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A B íblia.

t 4pologetica
^ 1 DEESTUDO
Antigo e Novo Testamentos
Incluindo notas de estudo e auxílios

Traduzida em Português por


JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA
Edição Corrigida e Revisada
Fiel ao Texto Original

ilC P - Instituto Cristão de Pesquisas


Bíblia Apologética
Copyright © 2000 ICP - Instituto Cristão de Pesquisas

Texto bíblico utilizado:


A lmeida, Corrigida, Fiel - ACF
C opyright © 1994,1995 Sociedade Bíblica T rinitariana do Brasil
Caixa Postal 3352 - CEP 01060-970 São Paulo-SP

ISBN 09 078 6141-5


T o d o s o s d ire ito s re se rv a d o s

Presidente: A ntonio Fonseca


Editor-geral: Jam ierson Oliveira
Coordenador- teológico: Elvis Brassaroto Aleixo
Revisor de textos: João Lira
Mapas: Missão Sepal (com adaptação)
Ilustrações: Paulo C unha
Diagramação: SPress Bureau
Impressão: Geográfica - Divisão de Bíblias

Primeira Edição 2000


l 4 im pressão 20.000 exemplares
2a im pressão 40.000 exemplares

Segunda Edição 2005


I a im pressão 20.000 exemplares

"tíCP - Instituto Cristão de Pesquisas


C a ix a P o stal 832 - C E P 13201-970 - Ju n d ia í/S P
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índice dos livros da Bíblia
Antigo Testamento
Abrev. Cap. Pag.
G ênesis Gn 50 1 Abrev. Cap. Pag.
Êxodo ÊX 40 62 P rov érb io s Pv 31 604
Levítico Lv 27 110 E desiastes Ec 12 627
N úm eros Nm 36 Cantares de Salomão Ct 8 637
143
Isaías Is 66 642
D eu teronôm io Dt 34 187
Jerem ias Jr 52 693
Josué Js 24 228
L am entações Lm 5 745
Juizes Jz 21 253 Ezequiel Ez 48 751
Rute Rt 4 278 D aniel Dn 12 799
1Sam uel ISm 31 283 O séias Os 14 816
2Sam uel 2Sm 24 317 Joel J1 3 824
IReis lRs 22 345 A m ós Am 9 828
2Reis 2Rs 25 377 O bad ias Ob 1 835
1C rônicas Jonas Jn 4 837
lC r 29 408
M iquéias Mq 7 841
2C rônicas 2Cr 36 437
N aum Na 3 846
E sdras Ed 10 471
H abacuque Hc 3 849
N eem ias Ne 13 482 Sofonias Sf 3 853
Ester Et 10 497 Ageu 2 857
Ag
Jó Jó 42 505 Z acarias Zc 14 860
Salm os SI 150 534 M alaquias Ml 4 869
Novo Testamento
Abrev. Cap. Pag. Abrev. Cap. Pag.
M ateus Mt 28 895 2Tessalonicenses 2Ts 3 1211
M arcos Mc 16 957 1T im óteo lT m 6 1215
Lucas Lc 24 988 2T im óteo 2Tm 4 1221
João Jo 21 1038 T ito Tt 3 1226
Filem om Fm 1 1229
Atos At 28 1084
H ebreu s Hb 13 1232
R om anos Rm 16 1124
Tiago Tg 5 1248
IC o rín tio s ICo 16 1144
1P edro IPe 5 1255
2C oríntios 2Co 13 1165
2P edro 2Pe 3 1262
G álatas G1 6 1178 ljo ã o ljo - 5 1266
Efésios Ef 6 1186 2João 2Jo 1 1273
Filipenses FP 4 1194 3João 3Jo 1 1276
C olossenses Cl 4 1199 Judas Jd 1 1278
1T essalonicenses lTs 5 1206 A pocalipse Ap 22 1281
índice dos livros da Bíblia
em ordem alfabética
A g e u ....................................................................... 857 Jo su é........................................................................ 228
A m ós....................................................................... 828 Ju d a s.................................................................... 1278
A p o ca lip se......................................................... 1281 Juizes........................................................................ 253
A tos....................................................................... 1084 Lam entações de J e re m ia s ................................... 745
Cantares de S alom ão ............................................. 637 Levítico.................................................................... 110
C o lo ssen ses....................................................... 1199 Lucas........................................................................ 988
Coríntios, 1......................................................... 1144 M alaquias............................................................... 869
C o rín tio s,2 ......................................................... 1165 M a rc o s .................................................................... 957
Crônicas, 1 ...............................................................408 M a te u s .................................................................... 895
Crônicas, 2 ...............................................................437 M iquéias.................................................................. 841
D an ie l..................................................................... 799 N a u m ...................................................................... 846
D eu te ro n ô m io ..................................................... 187 N e e m ia s................................................................. 482
Eclesiastes.............................................................. 627 N úm ero s................................................................. 143
Efésios.................................................................. 1186 O b a d ia s .................................................................. 835
E sd ras........................................................................471 O sé ia s...................................................................... 816
E s te r ..........................................................................497 Pedro, 1 ................................................................ 1255
Ê x o d o ....................................................................... 62 Pedro, 2 ................................................................ 1262
E z e q u ie l................................................................. 751 P ro v é rb io s............................................................. 604
F ilem o m .............................................................. 1229 Reis, 1 ...................................................................... 345
F ilip en ses............................................................ 1194 Reis, 2 ...................................................................... 377
G á la ta s................................................................ 1178 R o m a n o s ............................................................ 1124
G ên esis....................................................................... 1 R ute.......................................................................... 278
H ab acu q u e............................................................ 849 S a lm o s .................................................................... 534
H e b r e u s .............................................................. 1232 Samuel, 1 ..................................................................283
Isaías..........................................................................642 Samuel, 2 ............................................................... 317
Je re m ia s................................................................. 693 S o fo n ia s................................................................. 853
Jó .............................................................................. 505 Tessalonicenses, 1.............................................. 1206
João...................................................................... 1038 Tessalonicenses, 2 .............................................. 1211
João, 1 .................................................................. 1266 T iag o.................................................................... 1248
João, 2 .................................................................. 1273 T im óteo, 1 .......................................................... 1215
João, 3 .................................................................. 1276 Tim óteo, 2 .......................................................... 1221
J o e l......................................................................... 824 T ito ....................................................................... 1226
Jo n a s....................................................................... 837 Z a c a r ia s ................................................................. 860
Prefácio da 2 Edição Ampliada -

T o d o s os c ristã o s e s tã o fa m ilia riz a d o s c o m a G R A N D E C O M IS S Ã O , e x p re ssã o q u e se refe­


re à o rd e m d e Jesus p a r a q u e o ev a n g e lh o fosse p re g a d o a to d a c ria tu r a , c o n fo rm e le m o s e m M a ­
te u s 28.19, q u e diz: “P o rta n to id e, fazei d isc íp u lo s d e to d a s as n aç õ es , b a tiz a n d o -o s em n o m e d o
Pai, e d o F ilh o e d o E sp írito S a n to ” (C f. tb. M c 16.15,16; A t 1.8).
T o davia, m u ito s d o s q u e se d e d ic a m à p re g a ç ã o d o e v a n g elh o , o b ra o r d e n a d a p o r Jesus, s e n ­
te m g ra n d e d ific u ld a d e e m m a n u s e a r c o rre ta m e n te a P alav ra d e D e u s q u a n d o sã o q u e s tio n a d o s
so b re a e x p o siçã o q u e fazem d o ev a n g elh o .
A lg u n s e sc rito re s, q u a n d o a b o r d a m so b re o te m a “ev a n g e lism o p e s s o a l”, c o s tu m a m d iv id ir
as p esso as c o m q u e m v ã o d ia lo g a r e m q u a tro g ru p o s: a) cristãos; b ) d esvia d o s— s u b d iv id id o s em
d u a s classes: p e n ite n te s e im p e n ite n te s ; c) in créd u lo s— p esso as q u e p o u c o o u n a d a o u v ira m d o
S e n h o r Jesus C risto ; d ) heréticos.
Se p e rg u n ta rm o s q u a l d o s g r u p o s é m ais difícil d e ser a b o rd a d o , a resp o sta será, se m d ú v id a:
“O s h eré tico s”. Isso p o rq u e n ã o só h o stiliz am a p regação d o ev an g elh o , m a s ta m b é m a p re se n ta m fo r­
tes o b jeções às d o u trin a s b íblicas, c a u sa n d o g ra n d e e m b a ra ç o àq u e le q u e evangeliza. P o r esse m o ti­
vo, n ã o são p o u c o s os c ristão s q u e a b a n d o n a ra m o tra b a lh o d e evan g elização pessoal, p o r n ã o se e n ­
c o n tra re m p re p a ra d o s p a ra d ia lo g ar c o m o s a d e p to s das seitas e d as religiões n ão -c ristãs.
Esse p ro b le m a su sc ita u m p a ra d o x o q u e p o d e se r re s u m id o d a se g u in te fo rm a :
T o d o s o s c ristã o s e v an g élico s re c o n h e c e m a P ala v ra d e D e u s c o m o fo n te d e a u to rid a d e i n ­
d isc u tív e l e m m a té ria d e fé e p rá tic a . E m u n ís s o n o , os C R E M O S o u o s A R T IG O S D E FÉ d as ig re ­
jas ev an gélicas d e c la ra m , c o m p e q u e n a s d iferen ç as, s u a fé n a a u te n tic id a d e d a B íblia. D e m o d o
g eral, seus c re d o s d ec la ra m : “C re m o s s e r a B íblia a P a la v ra d e D eu s, a ú n ic a re g ra d e fé e p rá tic a
p a ra o c ristã o ”. Essa u n a n im id a d e em a c e ita r a B íblia c o m o in falív el P ala v ra d e D e u s é n o tá v e l, e
isso está p le n a m e n te d e a c o rd o c o m a p o siç ã o d o s c re n te s d e T essalô n ica, c o m o p o d e m o s le r em
1 T essalonicenses 2.13: “ P o r isso ta m b é m d a m o s , se m cessar, g raças a D e u s, p o is, h a v e n d o re c e b i­
d o d e n ó s a p a la v ra d a p re g a ç ã o d e D e u s, a receb estes, n ã o c o m o p a la v ra d e h o m e n s , m a s (s e g u n ­
d o é, n a v e rd a d e ) c o m o p a la v ra d e D e u s, a q u a l ta m b é m o p e r a e m v ó s, o s q u e cre stes”.
M as se isso é u m a re a lid a d e in egável, p o r q u e , e n tã o , p o u c o s c re n te s c o n h e c e m s a tis fa to ria ­
m e n te a P alav ra d e D eus? P o r q u e m u ito s n ã o e stã o a p to s p a r a a te n d e r à re c o m e n d a ç ã o d e 1P e­
d ro 3.15, q u e diz: “A ntes, sa n tifica i ao S e n h o r D e u s em v o sso s c o ra çõ es; e estai s e m p re p r e p a r a ­
d o s p a ra r e s p o n d e r c o m m a n s id ã o e te m o r a q u a lq u e r q u e v o s p e d ir a ra z ã o d a e s p e ra n ç a q u e h á
e m v ó s” ?

Abordando os adeptos das seitas


Este é o títu lo d o c a p ítu lo 14 d o liv ro O caos das seitas, n o q u a l, o a u to r, J. K. V an B aalen , a r ­
g u m e n ta : “N in g u é m chega a sa b e r d e m a is e, q u a n to m a is c o m p le to o n o sso c o n h e c im e n to , co m

IX
m a io r fac ilid a d e p o d e m o s fazer u so d ele p a ra fins p rá tic o s. A o m e s m o te m p o , u n s p o u c o s fato s
d o s q u a is re a lm e n te n o s a s s e n h o re a m o s são d e m u ito m a io r u tilid a d e d o q u e m u ito s fato s d o s
q u a is te m o s u m a id é ia geral, m a s q u e n ã o p o d e m o s d e fe n d e r c o n tra a ta q u e su til. A re sp o sta d o es­
co lar: ‘E u sei, m a s n ã o sei e x p lic a r’, e n g a n a s o m e n te o escolar. Se n ã o s o u b e rm o s r e s p o n d e r a o a r ­
g u m e n to d o s e c tá rio é p o r q u e n ã o d o m in a m o s o s fatos. É n o s s o c o n h e c im e n to in a d e q u a d o q u e
n o s o b rig a a a b a n d o n a r o c a m p o d e rro ta d o , d e s o n ra n d o o S e n h o r”.
O id e al se ria q u e to d o s os c ristã o s c o n h e c e sse m p ro fu n d a m e n te a q u ilo e m q u e c rê e m . M as,
in fe liz m e n te , m u ito s n ã o sã o c a p az es d e d e fin ir n e m d e d e fe n d e r su a fé.

A Bíblia Apologética de Estudo


A ssim , o IC P ( In s titu to C ris tã o d e P e sq u is a s ),d ia n te d as d ific u ld a d e s d e m u ito s c ristã o s n e s ­
se asp ec to , p r e p a ro u e sta n o v a e d iç ã o d a B íb lia A p o lo g é tic a d e E s tu d o , c u jo c o n te ú d o , 100% a m ­
p lia d o , visa a ju d a r a a tu a l g e ra ç ã o d e c ristã o s q u e se e sfo rç a m e m e v a n g e liz a r o s n ã o -a lc a n ç a d o s
( g ru p o a o q u a l p e rte n c e m o s se c tá rio s) e s e n te m falta d e u m a fe r ra m e n ta d e tr a b a lh o q u e facilite
o seu d iá lo g o c o m aq u e le s q u e d e s m e re c e m e /o u d e s c o n h e c e m a PALAVRA D E D E U S e a SALVA­
Ç Ã O o fe re c id a p o r C risto . Tal ta re fa , n o e n ta n to , n ã o se ria fácil se n ã o p u d é s s e m o s c o n ta r c o m o
au x ílio d e d iv e rso s c o la b o ra d o re s, e n tre os q u ais, d e sta c a m o s : N a ta n a e l R in a ld i, E g u in a ld o H élio
d e S o u za, Jailso n M a rin h o , H u g o lin o S ena B atista, M a rc o s H e ra ld o P aiva, Jo ã o F lávio M a rtin e z ,
P au lo C ris tia n o d a Silva, G ilso n B a rb o sa e P a u lo S érg io R o d rig u e s B atista. S erv o s d e D e u s q u e se
d e d ic a ra m m a is d ir e ta m e n te n e ste p ro je to .
N ã o p o u c a s vezes, f o m o s so lic ita d o s a aj u d a r irm ã o s c o m p ro b le m a s re la c io n a d o s às seitas,
p o rq u e , ao se re m v isita d o s p o r seu s a d e p to s, n ã o s o u b e ra m re f u ta r o s a rg u m e n to s a p re s e n ta d o s
c o n tra a fé c ristã . S em c o n ta r o s caso s e m q u e a lg u n s c ris tã o s p e r d e ra m p a re n te s p a ra as seitas e,
d e s e sp e ra d o s, te n ta r a m re sg a tá -lo s, m a s sem re s u lta d o s sa tisfa tó rio s.
É ju s ta m e n te p o r esse m o tiv o , e n tre o u tr o s , q u e a e q u ip e d o IC P esp e ra q u e , c o m a B íb lia
A p o lo g é tic a d e E s tu d o (e d iç ã o a m p lia d a ), o s irm ã o s se s in ta m m a is b e m p r e p a ra d o s p a r a o m i­
n istério .
T ra b a lh e m o s e n q u a n to é d ia , c o m o o b re iro s ca p az es e fru tífe ro s n o s c a m p o s d o S e n h o r, d e ­
f e n d e n d o a n o ssa fé!
“A m a d o s , p r o c u r a n d o e u escrev e r-v o s c o m to d a a d ilig ê n c ia a c erca d a sa lv aç ão c o m u m ,
tive p o r n e c e ssid a d e escrev er-v o s, e e x o rta r-v o s a b a ta lh a r p ela fé q u e u m a vez fo i d a d a ao s s a n ­
to s ” (Jd 1.3).

X
Como usar os recursos da
Bíblia Apologética de Estudo
A B íb lia A p o lo g é tic a d e E s tu d o (e d iç ã o a m p lia d a ) e m p re g a , c o m o b ase, a tr a d u ç ã o d e Jo ão
F erre ira d e A lm eid a: E d iç ão C o rrig id a e R evisada Fiel ao T ex to O rig in a l, p u b lic a d a p ela S o cie d a­
d e B íblica T rin ita ria n a , c u ja c a ra c te rístic a , e n tre o u tra s , é a e q u iv a lê n c ia p re c isa c o m a lin g u a g e m
e ru d ita , p o r m e io d a q u a l o tr a d u t o r p r o c u r a re p r o d u z ir o s asp e c to s fo rm a is d o te x to d a lín g u a
o rig in a l. O u seja, v o c a b u lá rio , e s tr u tu r a e asp ec to s estilístico s.
E sta B íblia a p re s e n ta u m a v a rie d a d e d e re c u rso s a p o lo g é tic o s, e n tre o s q u a is, d e s ta c a m -se
as “n o ta s d e r o d a p é ” e o “a p ê n d ic e ”, os q u a is c o n tê m d a d o s im p o r ta n te s s o b re c o n c e ito h is tó ri­
co e c u ltu ra l, sig n ific ad o relig io so e c o n te ú d o d o u tr in á r io d a s relig iõ es, se ita s e m o v im e n to s id e ­
ológicos.
A rela çã o q u e segue foi e la b o ra d a p a r a e x p lic a r c o m o o e s tu d a n te d ev e u tiliz a r e s ta o b r a q u e ,
se m d ú v id a , é u m a in d isp e n sá v e l f e r ra m e n ta p a ra o ex ercício d a a p o lo g é tic a cristã:

I n tr o d u ç ã o a o s liv r o s b íb lic o s . T extos exp licativ o s q u e c o n te m p la m a o rig e m d o títu lo d o


livro, a u to ria , d a ta ç ã o , a s s u n to p rim o r d ia l e, esp e c ia lm e n te , su a ên fase ap o lo g ética .

M e re c e m c o n f ia n ç a o s liv r o s a p ó c rifo s ? C o m e n tá rio in s e rid o e n tre o A n tig o e o N o v o Tes­


ta m e n to s , e x p o n d o , s is te m a tic a m e n te , su a s im p lic a ç õ e s d o u tr in á r ia s p a r a a o rto d o x ia cristã.

N o ta s d e e s tu d o . T ra z e m in fo rm a ç õ e s a re sp e ito d e d iv e rso s g ru p o s relig io so s. R e sp o n d e m e


a rg u m e n ta m , e s p e c ific a m e n te , o s v ersíc u lo s u sa d o s p e lo s m o v im e n to s h e ré tic o s e p elas relig iõ es.
As re sp o stas a p o lo g é tic a s f o ra m e la b o ra d a s d e m a n e ir a p rá tic a e co n c isa , e s p e c ific a m e n te p a ra
r e s p o n d e r às relig iõ es e se ita s q u e c ita m a B íblia S ag rad a . O o b je tiv o p r im o r d ia l d a s n o ta s é c a p a ­
c ita r o s c ristã o s ev an g élico s a lu ta r p e la D efesa da Fé ( Jd 3).
N esta n o v a e d iç ã o a m p lia d a d a B íb lia A p o lo g é tic a d e E s tu d o , o ICP, lite ra lm e n te , d u p lic o u
a q u a n tid a d e d e n o ta s. A q u elas q u e já c o n s titu ía m a p r im e ira e d içã o d a o b r a p a s s a ra m p o r re v i­
são e re fo rm u la ç ã o d e c o n te ú d o e estilo. F o ra m in s e rid o s íc o n es, a s so c ia d o s às n o ta s , p e lo s q u a is
o e s tu d a n te p o d e rá id e n tific a r m a is fa c ilm e n te os g ru p o s relig io so s e m q u e s tã o . M a is g ru p o s re li­
g io so s e m o v im e n to s id e o ló g ic o s f o ra m a c re sc e n ta d o s à o b ra , c o n fe rin d o -lh e , m a is u m a vez, c a ­
r á te r in é d ito . A lg u n s ex e m p lo s: e u b io se , v o d u ísm o , lo g o so fia, ra e lia n ism o , ca b ala, a g n o s tic ism o ,
g n o stic ism o , d e ísm o , u n iv e rsa lism o , re la tiv ism o , e n tre o u tro s.
A lém d isso , esta n o v a ed içã o tr a z d u a s n o v id a d e s ed ifican tes. A sa b er: 1) O a c ré sc im o d e c o ­
m e n tá r io s a p o lo g é tic o s fo rm u la d o s a p a r tir d e te x to s b íb lic o s g e ra lm e n te ig n o r a d o s p e la s seitas,
m a s d e g ra n d e im p o r tâ n c ia p a r a a defesa d a o rto d o x ia c ristã , m o r m e n te o q u e se refere à te o lo g ia ,
cristo lo g ia , p a ra c le to lo g ia e b ib lio lo g ia . 2) O a c ré sc im o d e n o ta s q u e r e s p o n d e m ao s a rg u m e n to s
ceticistas, q u e u sa m te x to s b íb lic o s a p a r e n te m e n te c o n tra d itó r io s ( q u a n d o a n a lis a d o s c o m o u ­
tr a s p assag e n s) p a r a p ô r e m d ú v id a a in fa lib ilid a d e d as S ag rad a s E sc ritu ra s.

XI
Apêndice
A tu a liz a d o e a m p lia d o em m a is d e 30 0 % e m relação ao c o n te ú d o d a p r im e ira e d içã o , tra z
d iv e rsa s e rele v an te s in fo rm a ç õ e s ao c o n te x to a p o lo g é tic o e h ere sio ló g ic o :

G lo s s á rio . T raz p a la v ra s e te rm o s u sa d o s n a s n o ta s m a rg in a is , e s c la re c e n d o o s v o c á b u lo s
te o ló g ic o s m a is c o m u n s n o m u n d o d a s seitas.

C r e d o s h is tó ric o s . D eclaraçõ es d o s pais da Igreja e d o s co n cílio s, d e ép o cas p o ste rio re s, q u e


n o rte a ra m a Igreja d ia n te d as falsas d o u trin a s q u e se le v a n ta ra m c o n tra a Ig reja d e C risto . D estac am -
se, n e s ta n o v a edição, a in se rç ão d e u m c o m e n tá rio so b re o p o u c o c o n h e c id o C re d o P rim itiv o .

T o m o d e L eão : D o c u m e n to d o g m á tic o e s c rito p elo b is p o L eão, d e R o m a , c u jo c o n te ú d o faz


a p o lo g ia à g e n u id a d e d a e n c a rn a ç ã o d e C risto , d e fe n d e n d o ta n to su a n a tu re z a h u m a n a q u a n to
su a n a tu re z a d iv in a

O s p a tr ia r c a s . S íntese b io g rá fic a d e d o ze “p a is” d a Ig re ja c ristã p rim itiv a .

O s h e r e s ia r c a s . S ín tese b io g rá fic a d e n o v e h ere g es q u e a fr o n ta r a m e d is to rc e ra m as d o u tr i­


n a s ap o s tó lic a s n o s p r im ó r d io s d a Ig reja cristã.

Q u a d r o r e s u m id o d o s c o n c ílio s t r i n i t á r i o s e c ris to ló g ic o s . P la n ilh a sim p lific a d a a p o n ta n ­


d o lo cal, d a ta , a s s u n to e m d isc u ssã o e re s u lta d o d o f ó ru m d o u tr in á rio .

A R e fo rm a P ro te s ta n e e s u a s p r in c ip a is c a u sa s. R e p ro d u ç ã o n a ín te g ra das fam o sas teses d o


re fo rm a d o r M a rtin h o L utero co m u m a in tro d u ç ã o explicativa so b re a ex p o sição d as c o rren te s h is­
tó ric as d o e p isó d io e o s diversos fatores q u e c u lm in a ra m c o m o e s to p im d a R e fo rm a P ro te sta n te.

C r o n o lo g ia d a s p r in c i p a is c o n fis s õ e s d e fé p r o te s ta n te s . P la n ilh a c o m d a ta s, n o m e s e u m
p e q u e n o c o m e n tá rio d as co n fissõ es d o u tr in á r ia s cristã s q u e s u r g ir a m ao lo n g o d a h is tó ria .

E s tu d o s o b r e h e r m e n ê u tic a . A s seitas n ã o p o s s u e m p r in c íp io s h e rm e n ê u tic o s e in te r p r e ­


ta m o s te x to s b íb lic o s c o n fo rm e su a s co n v e n iê n cia s. A o e v a n g e liz a rm o s os se c tá rio s, é f u n d a m e n ­
ta l c h a m a rm o s a a te n ç ã o d eles p a ra u m a in te r p re ta ç ã o le g ítim a d o te x to e m q u e s tã o . P ara isso,
p re c isa m o s, a c im a d e q u a lq u e r coisa, c o n h e c e r a lg u m a s re g ra s e leis fu n d a m e n ta is , c o m o as q u e
a p re s e n ta m o s aq u i.

C o m o id e n tif ic a r u m a s e ita . S c rip t d a p a le s tra já m in is tr a d a e m m a is d e cin co m il p ú lp ito s


em to d o o B rasil, d e m o n s tr a n d o as c a ra c te rístic a s d as se ita s e d o s falsos e n s in o s relig io so s. É u m
p a ra d ig m a c o m q u a tro p o n to s b ásico s, u m a f e r ra m e n ta ú til p a r a q u e o le ito r re c o n h e ç a as h e r e ­
sias q u e e n c o n tra c o tid ia n a m e n te .

D if e r e n ç a s e n t r e s e ita s e Ig re ja . S eção q u e a n a lis a as c a ra c te rís tic a s d a s se ita s e d a Igreja


v e rd a d e ira . A sp ecto s sociais, e s tr u tu r a o rg a n iz a c io n a l, litu rg ia e d o u tr in a sã o c o m p a ra d a s c o m o
p r o p ó s ito d e rev e lar ao le ito r o real o b je tiv o d a s seitas.

XII
O frá g il a lic e rc e d a s s e ita s . A n álise d e d u tiv a acerca d e a lg u n s d o s falsos f u n d a m e n to s m a is
e m p re g a d o s p elo s se c tá rio s p a ra d e fe n d e r a le g itim id a d e d e seu g ru p o .

A s a lv a ç ã o n a s v á r ia s re lig iõ e s . É u m a a b o rd a g e m s o b re o d e s e n v o lv im e n to d a d o u tr in a
d a salv ação e m diversas relig iõ es atu ais. A q u i, o s p o s ic io n a m e n to s s o te rio ló g ic o s d a s g ra n d e s re ­
lig iõ es são c o m p a ra d o s e a n a lis a d o s à lu z d as E sc ritu ra s S ag rad as.

H is tó r ic o d a s r e lig iõ e s e s e ita s m u n d ia is e s e ita s b r a s ile ir a s . E ssa a b o rd a g e m a ju d a rá o es­


tu d a n te a te r u m a v isã o d o s p o n to s m a is c o m u n s d e a tu a ç ã o d o s g r u p o s relig io so s. C o n té m e s b o ­
ços h istó ric o s d e to d a s as g ra n d e s relig iõ es m u n d ia is , além d e u m a se p a ra ç ã o d id á tic a c o m d e s­
ta q u e p a ra o s g ru p o s se c tá rio s o r iu n d o s d o B rasil.

V o c a b u lá rio g re g o . C o n té m c e rca d e d u z e n ta s p alav ras e m p re g a d a s n o N o v o T estam e n to .


V ejam os c o m o fu n c io n a : tr a z o v e rb e te n a L ín g u a P o rtu g u e s a , o c o r r e s p o n d e n te n o g reg o , su a
tra n s lite ra ç ã o e u m v e rsíc u lo n e o te s ta m e n tá r io e m q u e a p a la v ra se e n c o n tr a in s e rid a . C o m isso,
o e s tu d a n te te m ao se u alc a n c e u m a g ra n d e p ro p o s ta : a o p o r tu n id a d e d e o b te r a lg u m a s n o çõ e s
d a lín g u a grega, d e v id o à rele v ân c ia d esse id io m a à exegese b íb lica . S eg u em , a in d a , a lg u m a s in ­
fo rm a ç õ e s h istó ric a s s o b re a S e p tu a g in ta e o a lfa b eto grego.

C o n f r o n to d o u t r i n á r i o . C o n f r o n ta as seitas e n tre si, e s p e c ia lm e n te as p s e u d o c ris tã s , a p a r ­


tir d e seus co n c e ito s so b re D e u s, Jesus, E sp írito S an to , B íblia e salvação.

S u p re m a c ia e c o n fia b ild a d e d o N o v o T e sta m e n to . C o m e n tá rio so b re a in e rrâ n c ia e a c o n fia ­


b ilid ad e h istó ric a e d o c u m e n ta l d o N o v o T estam e n to e m face d e o u tra s o b ra s secu lares h istó ricas.

C r o n o lo g ia d a s h e r e s ia s c a tó lic a s . A p o n ta m e n to d e ta lh a d o e c ro n o ló g ic o d a s h ere sias


ca tó lica s a d o ta d a s d u r a n te u m p e r ío d o d e 1650 an o s.

B ib lio g ra fia s . E stá d iv id id a e m d u a s seções. N a b ib lio g ra fia d e o b ra s o rto d o x a s , são s u g e ri­


d as m a is d e 120 o b ra s, c u jo o b je tiv o é a m p lia r as p esq u isas n a áre a ap o lo g é tic a . N a b ib lio g ra fia d e
o b ra s h e te ro d o x a s, são a p o n ta d a s m a is d e 300 fo n te s, d a s q u a is fo ra m e x tra íd o s o s c o m e n tá rio s
d o s g ru p o s relig io so s re fu ta d o s n as n o ta s d e ro d a p é d e sta B íblia.

ín d ic e r e m is s iv o . S e p a ra d o a lfa b e tic a m e n te , in d ic a to d a s as n o ta s c o m e n ta d a s n e s ta o b ra ,
se g u n d o o re sp e ctiv o e m p re g o d o g r u p o religioso. O s s u b tó p ic o s v ê m d e a c o rd o co m a d isp o s iç ã o
d o u tr in á r ia d o m o v im e n to .

C o n c o r d â n c i a B íb lic a . F e r r a m e n ta p a r a p e s q u is a e lo c a liz a ç ã o r á p id a d o s v e rsíc u lo s


b íb lico s.
I n s titu c io n a l d o IC P . A p re se n ta o IC P ( In s titu to C ristã o d e P e sq u isa s), re sp o n sá v e l p ela
p u b lic a ç ã o d e s ta o b ra , e a p o n ta os d ez p o n to s q u e e n c e r r a m su a d e c la ra ç ã o d o u tr in á r ia in te rd e -
n o m in a c io n a l.

M a p a s e g rá fic o s . D e m o n s tra ç ã o d o p a n o r a m a re lig io so m u n d ia l e b ra s ile iro a p a r tir d e


rec en te s d a d o s estatístic o s. O b je tiv o : a ju d a r o e s tu d a n te a e n te n d e r o s d esafio s e p ro g re sso s d a
Ig reja n a ev a n g eliza çã o d o m u n d o .

XIII
Símbolos utilizados nas notas da Bíblia Apologética de Estudo
cHj C o m e n tá r io A p o lo g é tic o . T o m a m o s a c ru z , c o m o p r in c ip a l s ím b o lo c ristã o , p a r a re-
U p r e s e n ta r o p o s ic io n a m e n to o r to d o x o d ia n te d e p a ssag e n s b íb lica s im p o r ta n te s q u e
d e fe n d e m as d o u tr in a s evangélicas. T ra ta -se d e te x to s q u e q u a se n u n c a sã o u tiliz a d o s p elas sei­
ta s, p o is lh es são in c o n v e n ie n te s.

R e s p o s ta A p o lo g é tic a . C o m esta in síg n ia , e x p re ssa m o s a “ se n te n ç a ” o r to d o x a d ia n te


=> d a s m á s in te rp re ta ç õ e s e a p ro p ria ç õ e s se ctárias. O te o r d essa n o ta será s e m p re u m a ré ­
p lic a ex p lica tiv a e retific aç ão d o e rro im p e tr a d o p e lo g r u p o se c tá rio q u e d isto rc e o v ersíc u lo e m
an álise.

/Ck C a to lic is m o R o m a n o . A fim d e d is tin g u ir o c a to lic is m o r o m a n o d o c ris tia n is m o b íb li-


K iU co, b u s c a m o s re p re s e n tá -lo c o m a lg u m e le m e n to q u e lh e fosse p ec u lia r. A c re d ita m o s
q u e a m itra , p a rte d a in d u m e n tá r ia p a p a l, a te n d e p e rfe ita m e n te a esta n ecessid ad e.

J u d a ís m o . O m e n o rá , castiçal d e sete h a ste s, é u m a n tig o sím b o lo ju d e u d e riv a d o d o


castiçal q u e o rig in a lm e n te ficava n o te m p lo d e Je ru sa lé m , e rg u id o p elo filh o d e D av i,
S alo m ã o , n o sé cu lo 10 a.C .

Is la m is m o . T a m b é m c h a m a d o h ilal, to r n o u - s e o s ím b o lo a d o ta d o p elo islam ism o . P os-


su i u m a a n tig a c o n e x ã o c o m a rea lez a e, e n tre o s m u ç u lm a n o s , g u a rd a re sso n â n c ia co m
o c a le n d á rio lu n a r, q u e o rd e n a su a s v id a s religiosas.

H in d u ís m o . O O M , o u A U M , é o so m m a is s a g ra d o p a r a o s h in d u s e a s e m e n te d e to ­
d o s o s m a n tra s . O “ 3” re p re s e n ta a tría d e d o s d e u se s d a cria çã o , d a p re se rv a ç ã o e d a d e s­
tru iç ã o . O “O ” é o silên c io p a r a se a lc a n ç a r D eu s.

B u d is m o . D iz -se d o B u d a q u e ele c o lo c o u e m m o v im e n to a r o d a d a v id a (d h a r m a )
q u a n d o e x p lic o u a lei n a tu ra l d as coisas p a r a c in c o asce tas d u r a n te se u p r im e iro ser­
m ã o e m S a rn a th , n a ín d ia .

M o r m o n is m o . E ste g r u p o asso cia o a n jo m e n c io n a d o e m A p o ca lip se 14.6 ao a n jo M o -


r o n i, q u e , se g u n d o se u s a d e p to s, te ria sid o o re sp o n sá v e l p o r te rm in a r a c o m p ila ç ã o d as
p la ca s d e M ó r m o n (p ro fe ta e p ai d e M o ro n i).

r™ ! T e s te m u n h a s d e Je o v á. S eu tra d ic io n a l sím b o lo é a a n tig a to r re d e v ig ilân c ia, o p o s to


■ ' d a se n tin e la q u e a le rta as p esso as d o p e rig o p ró x im o , c o m p o r ta m e n to a r r o g a d o p elo
g ru p o p o r m e io d e su a s m e n sa g e n s a p o c a líp tic a s.

E s p ir itis m o K a r d e c is ta . São o s “e s p írito s ” q u e , s e g u n d o K ard ec, d ita r a m a q u ilo q u e é


c o n s id e ra d o h o je o c â n o n e d o e s p iritism o . D aí, a re p re se n ta ç ã o d o g r u p o p e lo e s p írito
c o b e rto p o r u m le n ço l, im a g e m q u e fico u p o p u la rm e n te e s te re o tip a d a .

M a ç o n a ria . O e s q u a d ro e o c o m p a sso são se u s sím b o lo s m a is c o m u n s . O p r im e ir o r e ­


p re se n ta o d e s tin o , o c a m in h o p a r a c im a , d ir ig in d o - s e a o in fin ito , a D eu s. O se g u n d o ,
o se n so d e m e d id a s d as coisas, e sig n ific a a ju stiça .

XIV
Adventismo do Sétimo Dia. O decálogo de Moisés, notadamente a observância do sá­
bado, como consta no quarto mandamento, é o sustentáculo das doutrinas adventistas,
que pregam que a salvação em Cristo está condicionada à guarda das leis.

rfêc&fc Teologia da Prosperidade. Embora tenhamos optado por simbolizar esse movimen-
to com as cédulas, por representarem o aspecto de mais vulto dentro dessa corrente, tal
prosperidade que apregoa não se restringe apenas ao aspecto financeiro.

Seitas Unicistas. O triângulo eqiiilátero representa a igualdade das pessoas divinas na


unidade composta da trindade cristã. A tarja sobre o triângulo remete à rejeição dos
grupos unicistas a esta doutrina bíblica.

Seitas Novaerenses. A fita entrelaçada foi concebida pelo esoterismo teosófico para ex­
plicar a interação do homem com as forças do cosmo: o homem unido ao visível e ao in­
visível, ao poder de supostos mestres de outras dimensões.

NVt Hare Krishna. Segundo as escrituras indianas, foi do umbigo do deus Vishnu que teria
nascido a flor de lótus, da qual surgiu outra divindade: Brahma. Na iconografia hindu,
a epifania de Krishna se dá sobre a flor de lótus.

Seitas Orientais. A meditação é ponto comum entre quase todas as diversas seitas
4 orientais. A concepção que possuem acerca desta prática está voltada a uma concentra­
ção intensa do espírito por meio de oração mental na posição de lótus.

Ocultismo. O pentagrama evoca simbologia múltipla com variadas interpretações


místicas, mas quase sempre esteve associado à magia, à bruxaria e ao ocultismo em ge­
ral. Seu uso é ostensivo entre as sociedades religiosas secretas e no esoterismo.

Cultos Afros. Há quem acredite que sem o ritmo do atabaque não há Candomblé nem
qualquer outro culto afro. No entanto, ressalvamos que se trata somente de uma ilus­
tração, não devendo atribuir-se carga pejorativa a qualquer instrumento musical.

ÇT) Ceticismo. Empregamos este símbolo para referendar as incompreensões, dúvidas e


® supostas contradições que alguns céticos alegam existir nas páginas das Escrituras Sa­
gradas e nas doutrinas cristãs.

Filosofias e Movimentos Seculares. “O pensador” de Rodin simboliza os conjuntos


doutrinários, escolas de pensamentos ou movimentos seculares que confrontam a Bí­
blia com princípios e raciocínios complexos e filosofantes.

Outros grupos religiosos. Dada a insuficiência simbólica para conceituar todos os gru­
pos religiosos com idéias díspares, escolhemos o globo para representá-los, afinal, to­
dos têm origem e expressão em várias partes do mundo.

XV
Antigo Testamento
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Gênesis
T itulo
A palavra gênesis q uer dizer “origem ”, “princípio” ou “com eço”. Esse livro conta de que form a tudo o
que existe com eçou e com o surgiram os anim ais e os seres hum anos, o pecado e o sofrim ento, etc. Na Bí­
blia hebraica, seu nom e é bereshit, derivado do prim eiro versículo “No princípio...”.
A u t o r ia e data

A autoria de Moisés é confirm ada no Novo Testamento nas palavras de Jesus ( Jo 5.45,46). Foi escrito
durante a peregrinação no deserto, p o r volta do ano 1500 a.C., segundo os m ais conservadores.

A ssunto
Alguns estudiosos dividem o livro em duas partes. A prim eira, do capítulo 1 ao 11, conta com o tudo
com eçou:“No princípio criou Deus...” A segunda, do capítulo 12 ao 50, relata a história dos patriarcas he­
breus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos, que foram o com eço das doze tribos de Israel.
Ê nfase a po lo g é tic a
Por ser um dos livros m ais citados no Novo Testamento, confirm a d o u trin as fundam entais da fé cris­
tã, como, po r exemplo: o Universo com o um resultado da ação de Deus a p artir do nada (ex-nihilo) (1.1);
o Espírito Santo presente n o processo da criação do m undo (1.2); a criação do hom em à imagem e sem e­
lhança de Deus (1.26); o hom em com o um ser especial, superior às dem ais criaturas (1.28); a pluralidade
divina (1.26); a vinda de u m redentor p or m eio da própria raça hu m an a (3.15); a queda do h om em pela
sua desobediência (Cap. 3); o sofrim ento e a m orte com o conseqüências do pecado (3.17-19); a tran s­
missão do pecado para toda a raça hum ana p o r interm édio de Adão (5.3); a aliança de Deus com A braão
(Cap. 15 e 17), etc.
Embora m uitos tenham buscado negar o sentido literal dos capítulos iniciais de Gênesis, vem os que
tanto Jesus quanto os apóstolos colocam todas as narrativas com o verdadeiros acontecim entos e não com o
m era representação ou sim bolism o. A teologia m odernista, influenciada pelos avanços científicos do sé­
culo 19, tentou reinterpretar ou ignorar com pletam ente m uitas narrativas do livro, pois julgava que esta­
riam em desacordo com o conhecim ento científico. Mas a obra perm anece com o um livro fundam ental
para o entendim ento de toda a teologia cristã. U m a m á interpretação deste livro pode alterar drasticam en­
te os fundam entos do cristianism o e, po r isso, ele não deve ser tratad o com negligência.
Os capítulos de 1 a 3, principalm ente, requerem um a forte análise apologética, visto que m uitas seitas
e m ovim entos heréticos fazem interpretações e inferências distorcidas dessas passagens. Entre tais distor­
ções, citam os as seguintes: a tradução de Gênesis 1.2 na Tradução do Novo M undo, utilizada pelas Teste­
m unhas de Jeová, que se refere ao Espírito Santo com o um a “força ativa de D eus”; os “ufólatras” in terp re­
tam o term o elohim com o se referindo aos extraterrestres, devido à pluralidade que o term o expressa; os
m órm ons vêem na “im agem e sem elhança” um a referência ao aspecto físico de D eus e, além disso, defen­
dem a queda com o algo positivo para a hum anidade, sem a qual a divindade não seria alcançada; os ad-
ventistas usam o descanso de Deus no sétim o dia com o argum ento p ara a guarda do sábado; o u tro s grupos
interpretam o prim eiro pecado com o sendo o conhecim ento sexual e a serpente, com o um órgão sexual
masculino; entre outras distorções.
Pelo fato de esses textos serem um dos m ais expressivos e conhecidos da literatura universal sobre a o ri­
gem do hom em , sofre ataques e interpretações erradas com o poucos. O trabalho apologético em to rn o des­
tes capítulos, portanto, é essencial, um a vez que são a base do desenvolvim ento da d o u trin a da salvação.
GÊNESIS
O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO

A criação dos céus e da terra e de tudo o q ue águas que estavam debaixo da expansão e as águas
neles existe que estavam sobre a expansão; e assim foi.
N O p rincípio criou Deus os céus e a terra. 8E cham ou D eus à expansão Céus, e foi a tarde e a

1 2E a terra era sem form a e vazia; e havia trevas


sobre a face do abism o; e o Espírito de Deus se m ovia
m anhã, o dia segundo.
ME disse Deus: A juntem -se as águas debaixo dos céus
num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
sobre a face das águas.
I0E cham ou D eus à porção seca Terra; e ao aju n ­
3E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
tam ento das águas cham ou Mares; e viu D eus que
4E viu D eus que era boa a luz; e fez D eus separação
era bom .
entre a luz e as trevas.
’E D eus cham ou à luz Dia; e às trevas cham ou Criação da vida vegetal
Noite. E foi a tarde ' 1E disse Deus: Produza a te rra erva verde, erva que
e a m anhã, o dia prim eiro. dê sem ente, árvore frutífera que dê fru to segundo
6E disse Deus: Haja um a expansão n o m eio das a sua espécie, cuja sem ente está nela sobre a terra;
águas, e haja separação entre águas e águas. e assim foi.
7E fez D eus a expansão, e fez separação entre as 12E a terra p ro d u ziu erva, erva d a n d o sem ente

No principio criou Deus E o Espírito de Deus


( 1 . 1) ( 1.2 )

r™ n Testemunhas de Jeová e unicismo. Negam a doutrina bf- r ™ j Testemunhas de Jeová ATraduçào do Novo Mundo (ver-
* ' blica da Trindade, procurando enfraquecer o conceito de I ' sáo da Bíblia das Testemunhas de Jeová), para negar a per­
pluralidade presente na forma Elohim - plural de Eloah (Deus, na sonalidade do Espirito Santo, traz 'força ativa de Deus" em lugar
língua hebraica). de “Espírito de Deus". Em todas as passagens da TNM, o nome
Espírito Santo é grafado com iniciais minúsculas (Cf. Mt 4.1-3).
Ciência Cristã. Diz que 'Deus é o princípio da metafísica
divina (...] Deus é tudo em tudo [...] Deus, o Espírito, sendo RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra hebraica para es-
tudo, a matéria nada é” . ■pírito (ruach) aparece 377 vezes no Antigo Testamento. Em
100 ocorrências é traduzida como Espírito de Deus e, nas de­
/2à Raelianlsmo. Afirma: “Elohim, um substantivo masculino
mais, espírito do homem, vento, respiração e sopro. Assim, pelo
plural em hebraico foi traduzido na palavra latina Deus, no
fato de a palavra ruach ter vários significados, a Sociedade Torre
singular. A Bíblia, que nos remetia à idéia da existência de enti­
de Vigia (organização que publica a Tradução do Novo Mundo)
dades divinas, deveria ter esta sua palavra traduzida para o plu­
se apropria da palavra, atribuindo-lhe o significado mais conve­
ral DEUSES, mas foi traduzida para o singular DEUS, o que é um niente á sua convicção doutrinária. A Bíblia, contudo, traz eviden­
erro em si mesmo".
tes e diversas referências aos atributos pessoais do Espírito Santo
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus é apresentado pela pri- (Jo 15.26; At 5.3,4; 13.2; 16.6.7; Rm 8.26,27; 1Co 6.19).
*= meira vez na Bíblia com o nome hebraico Elohim. Em Gêne­
úà Raelianlsmo. Entende que o mover do Espírito de Deus
sis 1.1, o verbo está no singular (criou) e o sujeito no plural (Deus).
vSô) seriam extraterrestres fazendo vôos de reconhecimento e
Elohim é a forma plural de Eloah, mas o significado é o mesmo:
satélites artificiais colocados na órbita da Terra para estudar sua
Deus. Quando analisamos o contexto bíblico (1.26: 3.22; 11.7),
constituição e atmosfera, tal como, hoje, estamos fazendo nos
podemos compreender a unidade composta de Deus na Trinda­
planetas Marte e Júpiter.
de, ou seja, um único Deus eternamente subsistente em três pes­
soas: Pai, Filho e Espírito Santo. Embora o nome Elohim, por si só, RESPOSTA APOLOGÉTICA: Este versículo relata o pro-
nào prove a unidade composta, o contexto, porém, apóia a uni­ ■cesso divino na criação, por meio da açáo do Espírito San­
dade composta de Deus: "façamos... nossa" (1.26.27); ‘ eis que o to de Deus. O texto e o contexto nada falam de extraterrestres ou
homem é como um de nós’ (3.22); "desçamos e confundamos" de naves e satélites, pois a idéia do autor é testificar e ratificar que
(11.7. V.tb. 1.26,27). Deus é o Criador de todas as coisas (Is 45.18). Tanto a filosofia ra-

2
GÊNESIS 1
conform e a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja se­ 2 ‘E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de
m ente está nela conform e a sua espécie; e viu D eus alma vivente qu e as águas abundantem ente p ro d u ­
que era bom . ziram conform e as suas espécies; e toda a ave de asas
13E foi a tarde e a m anhã, o dia terceiro. conform e a sua espécie; e viu D eus que era bom .
I4E disse Deus: H aja lum inares na expansão dos 22E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e m ulti­
céus, para haver separação en tre o dia e a noite; e plicai-vos, e enchei as águas nos m ares; e as aves se
sejam eles para sinais e para tem pos determ inados m ultipliquem na terra.
e para dias e anos. 2VE foi a tarde e a m anhã, o dia quinto.
I5E sejam para lum inares na expansão dos céus, 24E disse Deus: Produza a terra alm a vivente con­
para ilum inar a terra; e assim foi. form e a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra
I6E fez Deus os dois grandes lum inares: o lum inar conform e a sua espécie; e assim foi.
m aior para governar o dia, e o lu m in ar m enor para 25E fez D eus as feras da te rra con fo rm e a sua es­
governar a noite; e fez as estrelas. pécie, e o gado co n fo rm e a sua espécie, e to d o o
17E D eus os pôs na expansão dos céus para ilum i­ réptil da te rra conform e a sua espécie; e viu Deus
nar a terra, que era bom .
l8E para governar o dia e a noite, e para fazer
separação entre a luz e as trevas; e v iu D eus que Criação do h o m em
era bom . 26E disse Deus: Façamos o hom em à nossa imagem,
I9E foi a tarde e a m anhã, o dia quarto. conform e a nossa sem elhança; e d o m in e sobre os
peixes do m ar, e sobre as aves dos céus, e sobre o
Criação da vida a n im a l gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que
20E disse Deus: P roduzam as águas ab u n d a n te­ se m ove sobre a terra.
m ente répteis de alm a vivente; e voem as aves sobre 27E criou Deus o hom em à sua imagem ; à imagem
a face da expansão dos céus. de D eus o criou; hom em e m ulher os criou.

eliana quanto afilosofia mitológica greoo-romana não têm nenhu­ sessivo "nossa” (também 1* pessoa do plural) deveriam ser in­
ma base para que possam afirmar que foram os deuses que cria­ terpretados como sendo o Criador falando ao mestre-de-obras,
ram a vida na Terra. Na Bíblia, Deus deixa claro que Ele é o único Jesus. Declaram, ainda, que a pluralidade se refere à majesta­
Criador e que não há outro Deus além dele (Is 43.10; 45.12). de. O propósito desta interpretação é negar a doutrina bíblica
da Trindade.
Façamos o homem à nossa imagem g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A doutrina cristã da Trinda-
(1 26,27) •» d e é biblicamente explicada pelos seguintes fundamentos:
Raellanismo. O lider do movimento afirma que este tex­ a.) Há um só Deus (Dt 6.4; Is 43.10; 45.5,6); b.) Esse único Deus
to se refere à clonagem dos elohim. Com isso. está que­ é uma pluralidade de pessoas (1.26; 3.22. Comparar Is 6.1 -8 com
rendo dizer que o homem é o criador de suas próprias imagens Jo 12.37-41 e At 28.25); c.) Há três pessoas chamadas de Deus
e semelhanças. e eternas por natureza: o Pai (2Pe 1.17), o Filho (Jo 1.1; 20.28;
1Jo 5.20) e o Espírito Santo (At 5.3,4).
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A idéia de que a raça huma- As Escrituras atribuem a Jesus a criação de todas as coisas:
«=> na é fruto de uma criação alienígena remonta a 1968, quan­ “Sem ele nada do que foi feito se fez' (Jo 1.3). Em Jeremias 10.11,
do o escritor Erick Von Daniken lançou seu livro Eram os deuses lemos: “Os deuses que não fizeram os céus e a terra desapare­
astronautas? Como as demais seitas ufológicas, os raelianos ape­ cerão da terra e de debaixo deste céu’ . Atribuir a Jesus divinda­
nas adaptaram essa idéia antiga àsuafilosofia. A Bíblia ensina que de secundária é politeísmo. Ver Isaías 43.10: “Antes de mim deus
a vida só é possível pelo ato criador. Mesmo que no espaço exis­ nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá". Além dis­
tam planetas semelhantes ao nosso, lá não existiria vida se o Se­ so, os reis e governadores náo usavam a pluralidade ao falarem
nhor não a tivesse criado. E se Deus tivesse criado vida em ou­ ao povo ou ao fazerem seus decretos. Por exemplo: “Assim diz
tros planetas, e essas criaturas nos visitassem algum dia, o pró­ Ciro, rei da Pérsia* (Ed 1.2). E: “Esta é, pois, a cópia da carta que
prio Deus não nos teria deixado ignorantes a respeito. Podemos o rei Artaxerxes deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras
deduzir isso de Isaías 34.16. Além disso. Deus nos informou so­ dos mandamentos do S e n h o r, e dos seus estatutos sobre Isra­
bre detalhes muito exatos do futuro (por exemplo, a volta de Je­ el: Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras, escriba da lei do
sus, o fim deste mundo — respectivamente, Mt 24 e todo o livro Deus do céu; paz perfeita [. ..] Por mim se decreta que no meu rei­
de Apocalipse). Um dia. os céus serão enrolados como um per­ no* (Ed 7.11 -13). Vemos, nessas passagens, que os reis empre­
gaminho envelhecido (Is 34.4; Ap 6.14). Assim, se Deus de fato ti­ gavam tanto a terceira pessoa do singular: "Assim diz Ciro* (e não
vesse criado seres viventes em outro lugar (ou mundos), Ele, au­ “dizem” ou "dizemos") quanto a primeira pessoa do singular: “Por
tomaticamente. iria destruir a morada desses seres. mim se decreta" (e náo “por nós se decreta" ou “decretamos").
Testemiínhas de Jeová. Declaram que o verbo ‘ façamos* Unicismo. Deus estaria falando com os anjos (e não deixa
(1* pessoa do plural, “nós") e o respectivo pronome pos- de citar, ainda, Gn 3.22; 11.7).

3
GÊNESIS 1
28E D eus os abençoou, e D eus lhes disse: Frutificai que dê semente, que está sobre a face de to d a a terra;
e m u ltip licai-vos, e enchei a te rra, e sujeitai-a; e e to d a a árvore, em q ue há fru to que dê sem ente,
d o m in a i sobre os peixes do m a r e sobre as aves ser-vos-á para m antim ento.
dos céus, e sobre to d o o anim al q ue se m ove sobre ,0E a todo o anim al da terra, e a toda a ave dos céus, e
a terra. a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda
iSE disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva a erva verde será para m antim ento; e assim foi.

__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta interpretação nâo resis- si mesmos (V. Nm 33.52; 2Cr 23.17; Ez 7.20). A palavra criar (em
<=» te á análise do contexto, pois o versículo 27 diz claramen­ hebraico, bara) indica que algo vem a ser, passa a existir. Portanto,
te: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o não pode estar se referindo ao que é eterno. No Antigo Testamen­
criou'. O homem náo foi criado à imagem dos anjos, mas ã ima­ to, o termo bara jamais é empregado em relação ao que é eterno.
gem de Deus. Se neste texto Deus estivesse falando com seres O mesmo acontece no Novo Testamento (V. Cl 1.15-16; Ap 4.11).
angelicais, estes teriam de ser iguais a Deus. já que, no versícu­ É igualmente falacioso o argumento de Eddy, quando diz que se
lo 27, lemos: “à imagem de Deus o criou’ e não à imagem de an­ nós somos como Deus. Deus deve ser como nós. Ela se refere a
jos. Além disso, se Deus estivesse falando com os anjos (1.26), Deus tanto no masculino quanto no feminino (“Deus Pai-Mãe"), o
então os anjos também seriam criadores do homem. Essa teoria que é conhecido na Lógica como “conversão ilícita'. Porque to­
é contrária às Escrituras, porçue só Deus é o Criador (Is 44.24; dos os cavalos têm quatro patas náo quer dizer que todos os se­
45.5-7,18). res de quatro patas são cavalos. Da mesma forma, pelo fato de
Deus ter criado homens e mulheres não significa que o próprio
Igreja local. Declara: ‘ Gênesis 1 e 2 dáo-nos um quadro
Deus seja masculino e feminino. “Deus é Espírito' (Jo 4.24), ain­
da criação de Deus, mostrando-nos a economia divina. Até
da que os seres humanos criados por Ele possuam corpos (2.7).
mesmo na criação de Deus há um quadro do desejo de Deus de
O Antigo Testamento é monoteísta e distingue claramente entre
dispensar-se para dentro do seu homem criado. Devo testificar
o Criador e o mundo criado, enquanto a Ciência Cristã é panteís-
que o meu único encargo e o meu único interesse é a economia
ta e desconhece essa distinção. Uma interpretação panteísta do
de Deus. Deus quer dispensar a si mesmo para dentro de nós
Antigo Testamento tenta inserir o Deus da Bíblia na visão panteísta
para nos fazer homens-deus, náo homens bons. Um cristão não
do Universo, mas nega-lhe um atributo essencial, o de Criador de
é meramente um homem bom, mas um homem-deus. Fomos fei­
tudo quanto existe. Além disso, cada ser humano é uma criatura
tos à imagem de Deus com um espírito para recebê-lo para den­
finita trazida à existência por Deus, que é infinito e eterno.
tro de nós como nossa vida. nosso suprimento de vida e como
tudo para nós para ser o nosso conteúdo, a fim de que sejamos V . Mormonlsmo. Busca, nesta passagem, fundamento para
homens-deus’ . TÁ a idéia de que Deus tem um corpo físico. É da opinião de
que como o ser humano criado possui um corpo de carne e osso,
Teologia da Prosperidade. Um dos seus mestres afirma:
w ' 'Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, segun- Deus Pai também deve ter um corpo físico, já que a humanidade
doa nossa semelhança. A palavra semelhança, no original hebrai­ foi criada à sua imagem. Afirma seu fundador: “O Pai possui um
co, significa 'exata duplicação de uma espécie' [...] Adão era uma corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem".
duplicação exata da espécie de Deus'. RESPOSTA APOLOGÉTICA: Um princípio fundamental
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Lemos nas Escrituras que a •=> da Biblia é que ela interpreta a si mesma. Outros textos da
primeira criatura que tentou tornar-se igual a Deus foi Sa­ Sagrada Escritura sobre a natureza de Deus desautorizam a in­
tanás (Is 14.12-14; Ez 28.14-16). Depois foi ao Éden e ofereceu a terpretação mórmon desta passagem. Deus é Espírito (Jo 4.24),
divinização ao homem: 'sereis como Deus' (Gn 3.5). O homem e um espirito náo tem carne nem osso (Lc 24.39). Deus Pai, por­
acreditou na mentira satânica e. por conta disso, trouxe desgra­ tanto, não tem um corpo de carne e osso. O principal argumento
ça sobre a humanidade (Rm 5.12). Deus e os homens são, toda­ contra o mormonismo, todavia, é que o Criador é Deus, não ho­
via, de naturezas distintas (Is 31.3; Ez 28.2,9). Embora sejamos mem (Nm 23.19. Is 45.12; Os 11.9; Rm 1.22,23).
criados à imagem de Deus, náo possuímos nenhum dos atribu­
tos intransferíveis ou incomunicáveis de Deus — tais como: auto- E sujeitai-a; e dominai
existência, imutabilidade, onipotência, onisciência, onipresen­ (1.28)
ça e soberania absoluta. Por exemplo: Deus é eterno (SI 90.2), Teologia da Prosperidade. Um dos mestres desta cor-
mas o homem foi criado num ponto do tempo (Gn 1.26-31; Jó w *' rente afirma: “Adão era um superser quando Deus o criou.
38.4,21); Deus conhece tudo, até mesmo o coração do homem Náo sei se as pessoas sabem disso, mas ele foi o primeiro super­
(S1147.5; Is 40.13,14), mas o homem é ignorante acerca das coi­ homem que realmente viveu. Antes de tudo, as Escrituras decla­
sas de Deus (1Co 1.25). ram objetivamente que ele tinha domínio sobre os peixes do mar
Ciência Crlstà. Ensina que a humanidade é co-eterna com e as aves do céu — o que significa dizer que ele costumava voar.
Deus. Nas palavras de sua fundadora, Mary Baker Clover Ora, como poderia ter domínio sobre os pássaros se náo pudes­
Patterson Eddy, “homem e mulher — como coexistentes e eter­ se fazer o que eles fazem? A palavra 'domínio', no hebraico, afir­
nos com Deus — para sempre refletem, em glorificada qualida­ ma claramente que se você tem domínio sobre um objeto, você
de, o Deus Pai-Máe infinito". fará tudo quanto esse objeto faz. Noutras palavras, se esse sujei­
to ou objeto fizer algo que você náo pode fazer, você não terá do­
_ J g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A visão da Ciência Cristã
mínio sobre ele. E levo isso ainda mais longe. Adão não somente
<=» contém vários erros de interpretação bíblica. Contradiz o voava, mas voava pelo espaço sideral. Ele. com um pensamen­
significado das palavras imagem e semelhança ao afirmar que o to, estava na Lua’ .
gênero humano é como Deus em todos os aspectos. A palavra
imagem (em hebraico, tzehlem) , quando usada para descrever a RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia não fala em tais po­
relação entre os ídolos e os falsos deuses, indica que os ídolos deres excepcionais que fariam de Adão um super-hòmem.
são apenas uma representação dos deuses e náo os deuses em O Salmo 39.4-6 descreve a fragilidade do ser humano e Adão era

4
GÊNESIS 1,2

3IE viu Deus tu d o q uanto tinha feito, e eis que era A fo rm a çã o do ja rd im do É d en


m uito bom ; e foi a tarde e a m anhã, o dia sexto. 4Estas são as origens dos céus e da terra, q uando
foram criados; no dia em que o S enhor Deus fez a
O prim eiro sábado terra e os céus,
ASSIM os céus, a te rra e to d o o seu exército 5E to d a a p lanta do cam po q ue ainda não estava
2 foram acabados.
2E havendo Deus acabado no dia sétim o a obra que
na terra, e toda a erva d o cam po que ainda não
brotava; p o rq u e ainda o S en h o r D eus não tinha
fizera, descansou no sétim o dia de toda a sua obra, feito chover sobre a terra, e não havia hom em para
que tinha feito. lavrar a terra.
3E abençoou D eus o dia sétim o, e o santificou; 6U m vapor, porém , subia da terra, e regava toda a
porque nele descansou de toda a sua obra que Deus face da terra.
criara e fizera. 7E form ou o S enhor D eus o hom em do pó da terra,

um ser humano: "Faze-me conhecer, SENHOR, o meu fim, [...] to das fragilidades carnais humanas, necessitar de descanso —
para que eu sinta quanto sou frágil". Todas as manifestações so­ repouso físico (Jo 5.17).
brenaturais que se dâo por intermédio do homem procedem de
Deus ou do diabo (At 16.16-18). E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra
(2.7)
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom
Ciência Cristã. Alega que este texto é mentiroso, pois, se­
(1.31)
gundo acreditam, Deus náo criou a matéria. A matéria é
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Ao contrário do judaís­ má; não existe.
tf mo, o hindulsmo e certos segmentos da filosofia grega as­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Dizer que a matéria não exis-
sumem que a matéria é inerentemente má. Por isso, a ioga e ou­
<= te é contrariar o bom senso das Escrituras, é menosprezar
tras práticas ascetas hindus rejeitam a matéria, condenando-a de
a lógica e a razão, é ignorar os fatos. A Bíblia diz que Deus criou o
forma irrestrita. O texto em análise relata que Deus qualificou sua
mundo físico (1.1). O homem foi feito do pó da terra (2.7) e à ter­
criação de ‘ muito boa" O versículo 29 descreve que a criação das ra (ou seja. ao pó) voltará (Ec 12.7). Jesus sempre tez alusão ás
hortaliças, das plantas comestíveis e dos animais (v. 30) não foi coisas materiais tanto quanto às espirituais. O apóstolo Paulo diz
boa apenas aos olhos de Deus, por tê-los trazidos à existência; que colhemos as coisas materiais (Rm 15.27). A matéria, em si, é
antes, foi boa em relação à parte mais favorecida: o homem, por neutra, náo é boa nem má. Tudo depende de como a utilizamos.
obter, dessa forma, um meio de sobrevivência. Quanto à matéria Uma faca serve tanto para cortar o pão que mata a fome de uma
intrinsecamente humana (a carne), o texto bíblico, independente criança como para assassinar um pai de família. Tudo depende
da tese gnóstica, também a classifica como má. Todavia, a maté­ de sua utilização.
ria humana pode, e deve, ser empregada para o serviço espiritual
(2Co 5.10), o que irá beneficiá-la, mas náo torná-la boa. Isso por­ »p. Gnostlclsmo. Declara que a maioria das pessoas é igno-
que é impossível “melhorar" a natureza carnal, eivada de fraque­ (K . rante quanto à sua origem e condição.
zas e necessidades (Mt 26.41). A carne sequer tem proveito em __ H RESPOSTAAPOLOGÉTICA: É necessárioconsiderarque
si mesma quando em vida. quanto mais após a morte (Jo 6.63). «=• boa parte da população mundial não se interessa ou não
As Escrituras ensinam que tudo o que Deus fez é bom, inclusive é suficientemente esclarecida para discorrer sobre sua origem
o aspecto visível da criação. Nossa esperança é a redenção e a ou condição espiritual. Aquelas que estão habilitadas para tan­
transformação da matéria e não a sua aniquilação. A Bíblia ensina to se sagraram em dois principais conceitos: criacionismo (2.7)
que o nosso corpo (matéria) é o templo do Espírito: "Não sabeis e evolucionismo (Charles Darwin, 1809— 1882). Quanto à con­
vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em dição dos indivíduos no contexto espiritual (criacionismo) ou ao
vós?’ (1Co 3.16. V. tb.1Co 15.51-55, Rm 8.19-23). seu meio (análogo ao evolucionismo), exige-se, igualmente, dis­
tinção de credos. O cristão, que acolhe a Bíblia como revelação
E havendo Deus acabado[...] descansou divina, conhece, aceita e propaga sua origem e condição na ter­
(2.2,3) ra (Ec 12.7).
CT) Ceticismo. Questiona a onipotência do Deus bíblico, afir-
® mando ser inepto conferir tal atributo a um “ser" que se E o homem foi feito alma vivente
(2.7)
cansa.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O argumento empregado r— 1 Testemunhas de Jeová. Declaram que o homem e o ani-
' pelos céticos da Biblia é infundado e pueril. O verbo he­ ' ' mal são a mesma coisa, diferindo apenas no fato de o ho­
mem ser racional. Sáo aniquilacionistas, não crêem na sobrevi­
braico, neste texto, significa, literalmente, "cessar" ou “terminar",
vência da alma.
do qual se origina o termo shabbat, cuja tradução em português é
“sábado" ou “dia de descanso", o que é condizente com a satisfa­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: A expressão "alma viven-
ção de Deus diante ao que Ele havia realizado, como se constata >te" descreve o homem como criatura vivente. A referên­
em 1.31: "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e viu que era bom...’ cia 1.20,24.30, com relação aos animais, também significa cria­
Por outro lado. o testemunho de Jesus a respeito da obra (traba­ turas viventes. Náo que o homem e os animais sejam da mesma
lho) divina atesta que não seria possível a um Ser espiritual, isen­ natureza, mas simplesmente porque as duas espécies possuem

5
GÊNESIS 2
e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o h o ­ I6E o rdenou o S en h or Deus ao h om em , dizendo:
m em foi feito alm a vivente. De toda a árvore do jardim com erás livrem ente,
8E plantou o S enhor Deus um jardim no Éden, do 17Mas da árvore do conhecim ento do bem e do
lado oriental; e pôs ali o hom em que tinha formado. m al, dela não com erás; porque no dia em que dela
‘'E o S enhor Deus fez bro tar da terra toda a árvore comeres, certam ente m orrerás.
agradável à vista, e boa para com ida; e a árvore da
vida no m eio do jardim , e a árvore do conhecim ento C o m o D eus criou a n tu lh e r
do bem e do mal. 18E disse o S enhor Deus: N ão é b om que o hom em
I0E saía u m rio do Éden para regar o jardim ; e dali esteja só; far-lhe-ei um a ajudadora idônea para ele.
se dividia e se tornava em q uatro braços.
'’Havendo, pois, o S en h or Deus form ado da terra
' 'O no m e do prim eiro é Pisom; este é o que rodeia
to d o o anim al do cam po, e toda a ave dos céus, os
to d a a terra de Havilá, onde há ouro.
trouxe a Adão, para este ver com o lhes cham aria; e
,2E o o u ro dessa te rra é bom ; ali há o bdélio, e a
tu d o o que Adão cham ou a toda a alm a vivente, isso
p ed ra sardónica.
foi o seu nom e.
I3E o n om e do segundo rio é G iom ; este é o que
rodeia toda a terra de Cuxe. 20E Adão pôs os n om es a to d o o gado, e às aves
HE o nom e do terceiro rio é Tigre; este é o que vai dos céus, e a to d o o anim al do cam po; mas para o
para o lado oriental da Assíria; e o q u arto rio é o hom em não se achava ajudadora idônea.
Eufrates. 2'E n tão o S en h o r D eus fez cair um sono pesado
ISE to m o u o S en h or D eus o ho m em , e o pôs no sobre Adão, e este adorm eceu; e to m o u um a das suas
jardim do Éden para o lavrar e o guardar. costelas, e cerrou a carne em seu lugar;

vida. Homens e animais são, entretanto, profundamente dife­ 0 mesmo fez o apóstolo Paulo ao falar da queda dos nossos pri­
rentes. Os animais nào possuem morai, razão e espiritualida­ meiros pais (Rm 5.12).
de. como o homem (1.26-31; Jó 32.8; SI 8.4.5) . A palavra "alma"
(do hebraico nephesh e do grego, psychô) é empregada em vá­ No dia em que dela comeres, certamente morrerás
rios sentidos derivados. Na referência 2.7, poda ser entendida (2.16,17)
por “pessoa’ . Pessoa é todo ser que possui os seguintes atribu­
Testemunhas de Jeová: Dizem que a morte é o cessar da
tos: inteligência, vontade própria e sensibilidade. Não é possí­
' ' atividade consciente e inteligente.
vel, contudo, aplicar essa interpretação, conforme a referência
1.20,24,30, em relação aos animais. Os animais não são pesso­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os aniquilacionistas não
as, embora tenham alma sensitiva. Em sentido próprio, a palavra compreendem a advertência de Deus de que a morte seria
“alma" indica a parte imaterial, invisível, inteligente e consciente a conseqüência da desobediência à ordem de não comer da ár­
do homem, que é separada do corpo por ocasião da morte físi­ vore da ciência do bem e do mal. Sua dificuldade de compreen­
ca (35.18; Mt 10.28; Lc 12.4,5) e reunida ao corpo na ressurrei­ são está relacionada ao fato de que Adão e Eva comeram da árvo­
ção (1 Rs 17.21,22). No estado intermediário, entre a morte e a re proibida e continuaram fisicamente vivos, visto que Adáo viveu
ressurreição do corpo, a alma permanece em estado conscien­ até 930 anos. Mas Adão e Eva morreram espiritualmente ao pe­
te, ou no céu — se for cristã (2Co 5.6-8; Fp 1.21-23) — ou no Ha­ car. Essa é a primeira morte que entrou no mundo; ou seja, a se­
des, em sofrimento — se for incrédula (Lc 16.22-25). Por oca­ paração entre o homem e Deus (Lc 15.24; Ef 2.1; 1Tm 5.6). Poste­
sião da ressurreição, no arrebatamento da Igreja, o corpo (que riormente, veio a morte física, que é a separação entre a alma e o
jaz no pó da terra) e a alma serão reunidos; os cristãos ressus­ corpo (Lc 12.4,5). Em Tiago 5.20, lemos que se convertermos um
citarão e possuirão a imortalidade do corpo (1Co 15.51-53; Fp pecador, podemos salvar sua alma da morte espiritual.
3.20,31; 1Ts 4.14,16,17). Em ICorintios 15.39, lemos: “Como
nem toda came é uma mesma carne, mas uma é a carne dos Do conhecimento do bem e do mal
homens, e outra a carne dos animais, outra a came dos peixes, (2.17)
e outra a carne das aves. Da mesma forma, podemos dizer que
Ciência Cristã. Diz que o mal nào existe. É mentira. É ir­
nem toda alma é a mesma alma, pois uma é a dos homens, e
real.
outra a dos animais".
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia, por vezes, declara
E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden • que o mal é uma triste realidade: "Sabemos que somos de
(2 .8) Deus. e que todo o mundo está no maligno" (1Jo 5.19). O mal é
tão real que pode habitar até mesmo dentro do homem mais san­
Rosacrucianlsmo: Considera o Éden como uma condi­
to: "Acho entào esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem,
ção, um estado, e não um lugar.
o mal está comigo' (Rm 7.21). Ora, se o mal é uma ilusão, então
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia descreve o Jardim por que Deus advertiu Adão para não comer do fruto da árvore
= do Éden como um lugar literal e nào uma alegoria. Em seus do conhecimento do bem e do mal? É estranho que Deus usaria
ensinos, Jesus se referiu à criação de Adão e Eva como verda­ como matéria de provação algo que não existe. Isso poderia ser
de histórica: “... no princípio macho e fêmea os fez...” (Mt 19.4). chamado de provação?

6
GÊNESIS 2,3
22E da costela que o S e n h o r D eus to m o u do h o ­ feito. E esta disse à m ulher: É assim que Deus disse:
m em , form ou um a m ulher, e trouxe-a a Adão. N ão com ereis de toda a árvore do jardim?
23E disse Adão: Esta é agora osso dos m eus ossos, 2E disse a m ulher à serpente: Do firuto das árvores
e carne da m inha carne; esta será cham ada m ulher, do jardim com erem os,
p o rquanto do h om em foi tom ada. 3Mas do fruto da árvore que está no meio do jar­
24Portanto deixará o hom em o seu pai e a sua mãe, dim , disse Deus: N ão com ereis dele, nem nele toca­
e apegar-se-á à sua m ulher, e serão am bos um a reis para que não m orrais.
carne. ''Então a serpente disse à m ulher: C ertam ente não
25E am bos estavam nus, o hom em e a sua m ulher; morrereis.
e não se envergonhavam . ’Porque D eus sabe que no dia em que dele com er­
des se abrirão os vossos olhos, e sereis com o Deus,
Tentação de E va e queda do h o m em sabendo o bem e o mal.
ORA, a serpente era m ais astuta que todas as 6E viu a m u lh e r q u e aquela árvore era bo a para
3 alim árias do cam po que o S en h o r D eus tinha se com er, e agradável aos olhos, e árvore desejável

Deixará o homem [...] e apegar-se-á á sua mulher sumiu otítulo de Bhagwan Shree (Senhor Deus), disse: ‘ Quando
(2.24) vocês me chamam, chamam de fato a Jesus". Maharishi Mahesh
Yogi, declarou: "Aquietai-vos, e sabei que sois deuses'.
Ceticismo: Declara haver contradição entre este versículo
e 1Reis 11.3, texto no qual se enumeram as 700 esposas e Teologia da Prosperidade. Vários escritores ligados a
as 300 concubinas do harém de Salomão. esta doutrina divinizam o ser humano. Algumas declara­
ções que demonstram essa teologia: a.) "A razão para Deus criar
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A monogamia é ensinada
Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo [...] Ele [Adão] não
na Bíblia em várias oportunidades e de várias maneiras:
era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos
1) Pelo exemplo do versículo em destaque, já que Deus deu ao
primeiro homem apenas uma mulher; 2) pela proporcionalida­ estava subordinado a Deus"; b.) "Você não tem um deus em seu
de, visto que o número de concepção de crianças do sexo mas­ interior, você é um deus'; c.) “Eu sou um pequeno messias' ca­
culino e feminino é tecnicamente igual: 3) Por preceito, visto que minhando sobre a terra"; d.) “O homem [...] foi criado em termos
tanto o Antigo Testamento quanto o Novo determinam a moda­ de igualdade com Deus, e poderia permanecer na presença de
lidade monogâmica de união conjugal: 4) Por advertência, visto Deus sem qualquer consciência de inferioridade [. ..]. Deus nos
que em 1Reis 11.11 vemos a punição que recaiu sobre Salomão criou tão parecidos com Ele quanto possível [...] Ele nos fez se­
por ter-se desviado em sua velhice e servido a deuses estranhos; res do mesmo tipo dele mesmo [...] O homem vivia no reino de
e 5) Por prefiguração, uma vez que a união conjugal simboliza a Deus. Vivia em pé de igualdade com Ele [...] O crente é chama­
união entre Cristo Jesus (Noivo) e a Igreja (Noiva). A conduta de do de Cristo [...] Eis quem somos; somos Cristo!'; e.) "Deus du­
Salomão, neste sentido, efetivamente não se acha em harmo­ plicou a si mesmo em espécie! [...) Adão foi uma exata duplica­
nia com as exposições bíblicas que se referem às relações con­ ção do tipo de Deus’ .
jugais (Dt 17.17; 1Tm 3.2). De maneira prática, como ocorre em RESPOSTA APOLOGÉTICA: Todas as doutrinas que divi­
outras circunstâncias bíblicas, o fato de ela narrar acontecimen­ nizam o ser humano repetem, de alguma forma, a mentira
tos semelhantes a este que envolve Salomão não significa que de Satanás (3.5).A idéiaque defendem, de que Cristo teria ensina­
aprove sua prática. do em João 10.31 -39 que os seres humanos são, de fato, deuses
em miniaturas, não se sustenta, tendo em vista o que Jesus ensi­
Ora, a serpente [...] disse è mulher na em Marcos 12.29. A Bíblia toda. Antigo e Novo Testamentos,
(3-1) ensina que há um só Deus (Dt 6.4; Nm 23.29; 1Sm 15.29; Is 43.10;
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O espiritismo moderno 44 .6; Os 11.9; Mc 12.29; 1Co 8.4,6; Ef 4.6) . É preciso observar, ain­
t começou com as manifestações mediúnicas, em 31 de
março de 1848, das irmãs Catarina e Margarida Fox, em Hydes-
da, que, segundo as Escrituras. Satanás mentiu no Éden, e que
toda doutrina que se fundamenta nessa mentira não é outra coisa
ville, Nova York, EUA. Os espiritas consideram a data de funda­ senão "doutrina de demônios" (Jo 8.44; 1Tm 2.14; 4.1).
ção de sua religião o dia 18 de abril de 1857, quando foi publica­
do o Livro dos espíritos, de Leon Hippolyte Denizard Rivail, cujo E deu também a seu marido, e ele comeu com ela
pseudônimo é Allan Kardec. Alguns estudiosos consideram Eva (3.6)
a primeira vítima de uma manifestação mediúnica, quando o dia­ Igreja Local. Declara: "Adão, quando tomou para si o fruto
bo se utilizou da serpente (como uma espécie de médium) para
da árvore do conhecimento, sendo ele a própria terra, re­
enganá-la. O aumento das atividades espíritas é o cumprimento
cebeu Satanás, que então cresceu nele [...] O fruto de Satanás
da profecia de 1Timóteo 4.1,2.
foi semeado em Adão como uma semente no solo; assim Sata­
nás cresceu em Adão e tornou-se parte dele". E mais: “Quem en­
E sereis como Deus, sabendo o bem e o mal
tão está na nossa alma? O ego. O nosso ego está em nossa alma.
(3.5)
Será que fomos impressionados com o fato de que todos os três
Nova Era. Proclama a divindade do homem, repetindo a seres: Adão, Satanás e Deus — estão em nós hoje? Somos bas­
idéia da serpente: “Sereis como Deus’ . Rajneesh, que as­ tante complicados. O homem Adão está em nós; o diabo. Sata-

7
GÊNESIS 3
p ara dar en ten d im en to ; to m o u d o seu fruto, e 8E ouviram a voz do S enhor Deus, que passeava no
com eu, e d eu tam bém a seu m arido, e ele com eu jardim pela viração do dia; e esconderam -se Adão
com ela. e sua m ulher da presença do S enhor Deus, entre as
7E ntão foram abertos os olhos de am bos, e co­ árvores do jardim .
nheceram que estavam nus; e coseram folhas de 9E cham ou o S en h o r D eus a Adão, e disse-lhe:
figueira, e fizeram para si aventais. O nde estás?

nás, está em nós; e o Senhor da vida, o próprio Deus, está em nós. V Mormonlsmo. A segunda regra de fé de seus seguidores
Portanto, nos tornamos um pequeno jardim do Éden. Adão repre­ eft é: “Cremos que os homens serão punidos pelos seus pró­
sentando a raça humana, a árvore da vida representando Deus e a prios pecados e não pela transgressão de Adão". Quanto a este
árvore do conhecimento representando Satanás são as três par­ artigo, o apóstolo mórmon, James Talmage, escreveu: “A justiça
tes do jardim do Éden: e agora todos eles estão em nós. Adão, o divina proibe que nós sejamos considerados pecadores somen­
ego, está em nossa alma: Satanás, o diabo, está em nosso corpo: te porque os nossos pais transgrediram".
e Deus, o Deus Triúno. está em nosso espírito*.
fa Islamlsmo. Rejeita a doutrina bíblica do pecado original.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina claramente Tal crença é bem apresentada pelo erudito Ulfat Aziz Assa-
•= que Satanás é um ser pessoal distinto do homem. E fala mad: "... seria o cúmulo da injustiça condenar toda a raça huma­
dele como um anjo de luz que procura enganar o homem (2Co na por um pecado cometido há milhares de anos pelos primei­
11.13-15).'Em Mateus 4.1-11, Jesus foi tentado por Satanás. O ros progenitores".
diabo anda como leão, buscando a quem possa devorar: “Sede
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia não nos considera
sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derre­
dor. bramando como leão, buscando a quem possa tragar’ (1 Pe <=> pecadores somente por causa de Adão, mas “porque to­
5.8). Paulo ensina que devemos estar preparados contra todas as dos pecaram" (SI 51.5; Rm 3.23). Por outro lado, também é ver­
investidas de Satanás, o qual habita nas regiões celestiais: ‘ No dade que “o pecado entrou no mundo por um homem", Adão
demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu (Rm 5.12; 1Co 15.21). Assim, somos “filhos da desobediên­
poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais cia e, por natureza, filhos da ira" (Ef 2.2,3). É por isso que os
estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos homens necessitam nascer de novo (Jo 3.3-7), para que pos­
que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principa­ sam se tomar filhos de Deus por adoção (Jo 1.12,13; Gl 4.4-6;
dos, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste 1Jo3.1).
século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares ce­
lestiais" (Ef 6.10-12). E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe:
Onde estás?
Tomou do seu fruto, e comeu (3.9)
(3.6-9) Ceticismo. Vale-se deste versículo para questionar os atri­
Viver de Luz. Acredita que tudo começou com uma linda butos da onisciência e onipresença aplicados a Deus. se­
e cheirosa maçã! Afirma, em suas escrituras, que “Eva não gundo a ortodoxia cristã.
resistiu ao encanto da fruta e. pela primeira vez na vida, sentiu _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: É forçoso o apoio dos cé-
vontade não só de tocar, cheirar e apreciar, mas de ingerir aque­ » ticos, neste texto, para questionar os atributos divinos
la fruta tão linda e atraente. Ao experimentar o primeiro peda­ (onisciência e onipresença), cujo objetivo é impingir supostas
ço, Eva sentiu o prazer do paladar e apresentou sua descoberta contradições à Bíblia. O exemplo cotidiano social mostra que
para seu companheiro Adão, que também experimentou e gos­ esta prática divina, de questionar o transgressor, mesmo conhe­
tou da maçâ. Até al não aconteceu nada de errado, pois a maçã cendo de antemão seu erro, é comumente empregada em inves­
era um dos presentes de Deus e nunca fora proibida de ser de­ tigações policiais ou por pais que desejam ouvir uma confissão
gustada com amor e prazer [...] Mas Eva se tornou dependente do filho que praticou algum ato ilícito e cuja culpa já é conhe­
daquele prazer...". cida. Adão não tinha por hábito esconder-se, já que, até então,
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não encontramos, em ne- não havia motivos para tal procedimento. Mas, ao tentar, inutil­
«=> nhum lugar da Bíblia, que o fruto proibido fosse uma mente, “ocultar-se” de Deus, o Senhor, obviamente, conhecen­
maça, isso não é mais que especulação. Os adeptos dessa sei­ do o seu paradeiro e o motivo que o levou a agir dessa forma (SI
ta não conhecem nem o básico das Escrituras e tentam, de ma­ 139.2,3), procurou arrancar-lhe uma confissão. O Senhor Deus
neira equivocada, usar a própria Bíblia para apoiar suas inter­ empregou semelhante procedimento quando desejou desmas­
pretações errôneas da mesma. A problemática do contexto do carar os crimes de Davi (2Sm 11.4,15), apresentando, pela boca
livro de Gênesis é outra. O pecado de Eva não se deu pelo fato do profeta Natã, um enigma que fez que o próprio transgressor
de ela ter comido um fruto, ou uma maçã, porque o Senhor ti­ entregasse a si mesmo (2Sm 12.1-15). As mensagens dos an­
nha dado toda liberdade ao casal para que se alimentasse (Cf. jos que visitaram, a mando de Deus. José, Maria e Zacarias (Mt
2.9). Ou seja. a questão não era de ordem alimentar ou dietéti­ 1.20; Lc 1.5-11), antes do nascimento de Cristo, corroboram a
ca, mas de obediência a Deus. Aquela determinada árvore foi a verdade sobre a onisciência divina. Além disso, o exemplo de
prova que Adão e Eva tiveram para optar por obedecer ou não a Mateus 26.33,34 deixa claro que Deus (na pessoa de seu Filho,
Deus (Cf. 2.16,17). Após a queda do primeiro casal, Deus ainda Jesus Cristo) tinha pleno conhecimento de que Pedro, temendo
deu liberdade para que o homem se alimentasse de todo o tipo ser morto por ter sido identificado como correligionário de Je­
de carne (Cf. 9.3) e isso deixa inconteste que Adão e Eva nun­ sus. optaria por negar o Salvador. Quanto à sua onipresença, é
ca viveram de luz! suficiente o texto de Joáo 1.48.

8
GÊNESIS 3

l0E ele disse: O uvi a tua voz soar no jardim , e temi, a tu a dor, e a tu a conceição; com d o r darás à luz
porque estava nu, e escondi-m e. filhos; e o teu desejo será para o teu m arido, e ele te
1 'E Deus disse: Q uem te m ostrou que estavas nu? dom inará.
Com este tu da árvore de que te ordenei que não 17E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua
comesses? mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizen­
l2Então disse Adão: A m u lh er que m e deste por do: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti;
com panheira, ela m e deu da árvore, e comi. com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
i3E disse o S enhor D eus à m ulher: Por que fizeste l8Espinhos, e cardos tam bém , te produzirá; e co­
isto? E disse a m ulher: A serpente m e enganou, e m erás a erva do campo.
eu comi. 19No suor do teu rosto com erás o teu pão, até que te
l4Então o S en h or D eus disse à serpente: Porquanto tornes à terra; porque dela foste tom ado; p o rquanto
fizeste isto, m aldita serás m ais que toda a fera, e mais és pó e em p ó te tornarás.
que todos os anim ais d o cam po; sobre o teu ventre 20E cham ou Adão o n o m e de sua m ulher Eva; p o r­
andarás, e pó com erás todos os dias da tua vida. quanto era a m ãe de todos os viventes.
15E porei inim izade entre ti e a m ulher, e entre a tua 21E fez o S enhor D eus a Adão e à sua m ulher túnicas
sem ente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu de peles, e os vestiu.
lhe ferirás o calcanhar. 22Então disse o S e n h o r Deus: Eis que o ho m em é
16E à m ulher disse: M ultiplicarei grandem ente com o um de nós, sabendo o b em e o mal; ora, para

Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e ir­
Comeste tu da árvore? repreensíveis diante dele em caridade; e nos predestinou para
(3.11) filhos de adoção por Jesus Cristo” (Ef 1.4,5). O deus da con­
cepção das Testemunhas de Jeová é muito limitado, compa­
Testemunhas de Jeová. Dizem que Deus não sabia que o
homem iria pecar. Seguem algumas perguntas e suas res­ rável às limitações humanas. Na sua presciência, Deus sabia
pectivas respostas, cuidadosamente formuladas pela própria sei­ que Jeremias seria profeta e o escolheu mesmo antes de nas­
ta: “Incentivaria seus filhos a empreender um projeto com um fu­ cer: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que
turo maravilhoso, sabendo de Início que estava destinado ao fra­ saísse da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta"
casso? Será que o fato de Deus ter a capacidade de prever e de (Jr 1.5). Deus tem conhecimento ilimitado e antecipado: onis-
predeterminar eventos prova que Ele faz isso com respeito a to­ ciência e presciência (Rm 8.28-29), e, por esse motivo, pode
das as ações de todas as suas criaturas?'. revelar as coisas que ainda vão acontecer, mas respeita o li­
vre-arbítrio humano.
Resposta: "Uma pessoa que tem um rádio pode ouvir as notícias
mundiais. Mas o fato de que pode ouvir certa estação não signi­ Porei inimizade entre tl e a mulher
fica que realmente faça isto. Ela precisa primeiro ligar o rádio e (3.15)
daí selecionar a estação. Da mesma forma, Jeová tem a capaci­
dade de predizer eventos, mas a Bíblia mostra que Ele faz uso Catolicismo Romano. Pensadores católicos dizem que
seletivo e com discrição dessa capacidade que tem, com a de­ esta passagem está se referindo a Maria, sua Imaculada
vida consideração pelo livre-arbítrio com que dotou suas criatu­ Conceição, e ã sua atuação na obra de redenção.
ras humanas” .
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo não faz nenhu-
"Quando Deus criou Adão, será que sabia que ele ia pecar?” ■=» ma referência a Maria ou à sua alegada imaculada concep­
ção. Mesmo que Maria, de alguma forma indireta, pudesse ser li­
Resposta: 'Avisaria sobre um dano, sabendo ao mesmo tempo
em que você havia planejado tudo de modo que certamente lhes gada a este texto, seria um salto gigantesco procurar aqui evi­
resultaria em aflição? É, pois, razoável, atribuir isso a Deus?*. dências a favor da Imaculada Conceição, porque não existe, nes­
ta passagem, nenhuma referência a respeito. A interpretação li­
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A idéia de que Deus tenha teral do texto é que tanto Eva (e não Maria) quanto sua posterida­
■= sido surpreendido com o pecado humano desconsidera de estarão em constante guerra contra Satanás e seu reino, cul­
o fato de que o Senhor é onisciente, sabedor de tudo por essên­ minando na vitória esmagadora do Messias sobre o diabo e seus
cia (1 Cr 28.9: 29.17; SI 7.9; S1139.1; Is 43.12; 46.9,10; 48.5-7; seguidores. A “mulher", obviamente, é Eva, e a "semente da mu­
Jo 14.29; Ap 22.6). Deus, sabedor da queda do homem em pe­ lher" é, clara e literalmente, sua descendência (Gn 4.1,25), culmi­
cado, já havia providenciado, desde a eternidade, a redenção nando em Cristo, vitorioso sobre Satanás (Cf. Rm 16.20). Além
por meio de seu Filho, o Cordeiro redentor (“ ... Cordeiro que
do mais, a passagem não diz que a mãe do Messias seria conce­
foi morto desde a fundação do mundo” — Ap 13.8; "mas com
bida sem pecado.
o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi co­
O homem é como um de nós
nhecido, ainda antes da fundação do mundo” , 1Pe 1.20). Por
(3.22)
sua presciência (conhecimento de antemão), Deus já tinha vis­
to também os que iriam aceitar o sacrifício vicário e expiatório Nova Era. Declara que o problema do homem é a ignorân­
de Cristo para sua salvação: “Como também nos elegeu nele cia a respeito de sua própria divindade.

9
GÊNESIS 3,4
que não estenda a sua mão, e tom e tam bém da árvo­ 5Mas para Caim e p ara a sua oferta não atentou.
re da vida, e com a e viva eternam ente, E irou-se C aim fortem ente, e descaiu-lhe o sem ­
230 S en h or Deus, pois, o lan-çou fora do jardim do blante.
Éden, para lavrar a terra de que fora tom ado. 6E o S enhor disse a Caim: Por que te iraste? E por
24E havendo lançado fora o hom em , pôs querubins que descaiu o teu semblante?
ao oriente do jardim do Éden, e um a espada infla­ 7Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se
m ada que andava ao redor, para guardar o cam inho não fizeres bem , o pecado jaz à p o rta, e sobre ti será
da árvore da vida. o seu desejo, m as sobre ele deves dom inar.

O n ascim ento de C aint e A b e l O prim eiro h o m icíd io


E CO N H ECEU Adão a Eva, sua m ulher, e ela 8E falou C aim com o seu irm ão Abel; e sucedeu
4 concebeu e deu à luz a Caim , e disse: Alcancei
do S enhor um hom em .
que, estando eles no cam po, se levantou C aim con­
tra o seu irm ão Abel, e o m atou.
2E deu à luz m ais a seu irm ão Abel; eAbel foi pastor 9E disse o S en h o r a Caim : O n d e está Abel, teu
de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. irm ão? E ele disse: N ão sei; sou eu g u ard ad o r do
3E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do m eu irmão?
fruto da terra um a oferta ao S enhor . 10E disse Deus: Q ue fizeste? A voz do sangue do teu
4E Abel tam bém trouxe dos prim ogênitos das suas irm ão clama a m im desde a terra.
ovelhas, e da sua gordura; e atentou o S enhor para 1 ‘E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua
Abel e para a sua oferta. boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia jamais afirma que até Noé (5.1-32). A mulher de Caim (4.17) foi, obviamente, uma
Deus criou o homem divino ou que o Senhor tenha prome­ de suas irmãs, ou, talvez, sobrinhas. O mesmo raciocínio é válido
tido ao homem que ele poderia tomar-se deus. Esta foi a seduto­ também no caso de Sete (4.26; 5.6-8) e de todos os outros filhos
ra promessa de Satanás a Adão e Eva. Mas tal promessa, caso ti­ de Adão e Eva (5.4), visto que toda a humanidade descende uni­
vesse sido feita por Deus, não teria qualquer sentido, já que Adão camente de Adão e Eva (1.27,28; 2.7,18-24; 5.1,2).
e Eva, na concepção dessa seita, foram criados como deuses. O
Igreja da Unificação. Ensina o seguinte: “A queda de Eva
homem rejeitou o Deus Criador e pessoal, que tem o direito de
estabelecer os padrões, e, ao agir dessa forma, o homem estabe­
4 consistiu em duas espécies de casos de amor ilícito. O pri­
meiro [caso] foi a queda espiritual por meio do amor com o arcan­
leceu-se como seu próprio deus. Há apenas um Deus verdadeiro
jo”. Com isso ,querdizerqueJesus,ao completar sua obra de sal­
(Is 43.10; Jr 10.10,11). Gênesis 3 ensina: a.) O homem não foi cria­
vação na cruz, só se preocupou com a redenção espiritual, por
do como um deus; b.) O homem náo tornou-se um deus pela de­
isso Moon (por solicitação do próprio Jesus) veio completar a re­
sobediência; c.) Seja qual for o significado disso, trata-se de algo
denção física. Segundo ensinam, Jesus teria aparecido a Moon
que Deus não queria que acontecesse, porque não era bom; d.)
quando este orava em uma montanha na Coréia, em 1936. A im­
Essa atitude causou a expulsão do homem do Jardim, porque,
possibilidade de Jesus cumprir as duas redenções teria sido de­
aparentemente, destruiu o tipo de existência que Deus havia pla­
corrente do fato de Ele ter sido traído por João Batista, o que oca­
nejado para o homem.
sionou a precipitação de sua morte sem que antes tivesse com­
pletado a segunda redenção.
Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra
(4.1,2) RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia enfatiza que a obra
de redenção, única e eficaz, de Jesus já foi realizada na
Ceticismo. Apresenta a seguinte critica à Palavra de Deus:
cruz (Jo 19.30; Hb7.25; 9.11-24; 10.10-12). Tudo se deu em har­
se a Bíblia, em Gênesis 3.24, diz que Adão e Eva foram ex­
monia com a presciência de Deus (At 2.23). João Batista, por
pulsos do Paraíso, e no capitulo 4 que tiveram Caim e Abel, e de­
sua vez, náo traiu Jesus, mas completou cabalmente sua carrei­
pois seu filho Sete, com quem se casou Caim?
ra (At 13.15), como fiel profeta de Deus e arauto do Messias, ra­
__o RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Escritura Sagrada revela zão por que foi decapitado na prisão por ordem de Herodes (Mt
o verdadeiro Deus e sua obra, seu amor pela humanida­ 14.1-12). Quem traiu Jesus foi Judas Iscariotes. Sua traição, po­
de manifestado em seu Filho, Jesus Cristo. Logo, a Bíblia é cristo- rém, não impediu o cumprimento da obra de redenção que Je­
cêntrica e não um livro de história geral (Lc 19.10; Jo 3.16-19,36; sus veio realizar.
5.24). Esse livro traz apenas o que Deus julgou necessário ou im­
portante para que o homem pudesse compreender o plano divi­ E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão?
no de redenção. Aqui não estão narrados todos os acontecimen­ (4.9)
tos com precisão cronológica e muito menos apresenta todos os
Ceticismo. Usa este versículo para questionar os atribu­
pormenores dos fatos que relata. Adão e Eva tiveram muitos ou­
tos de onisciência e onipresença aplicados a Deus, segun­
tros filhos e filhas (5.4), além de Caim, Abel e Sete. O nascimento
do a ortodoxia cristã.
de Sete recebe destaque (4.25,26) porque ele foi contado como
substituto de Abel (4.25) e. portanto, como primogênito em lugar RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tal como foi observado na
de Caim, tornando-se o segundo patriarca nagenealogiade Adão referência 3.9. aqui também o objetivo da iniciativa divina

10
GÊNESIS 4

12Q uan do lavrares a terra, não te dará m ais a sua 20E Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que h a­
força; fugitivo e vagabundo serás na terra. bitam em tendas e têm gado.
l3Então disse Caim ao S e n h o r : É m aio r o m eu 2IE o no m e do seu irm ão era Jubal; este foi o pai de
castigo do que eu possa suportar. todos os que tocam h arp a e órgão.
MEis que hoje m e lanças da face da terra, e da tua 22E Zilá tam bém deu à luz a Tubalcaim, m estre de
face m e esconderei; e serei fugitivo e vagabundo toda a o bra de cobre e ferro; e a irm ã de Tubalcaim
na terra, e será que to d o aquele que m e achar, m e fo i Noema.
m atará.
23E disse Lam eque a suas m ulheres Ada e Zilá: Ouvi
I50 S enhor , porém , disse-lhe: P o rtanto qualquer
a m inha voz; vós, m ulheres de Lam eque, escutai as
que m atar a Caim , sete vezes será castigado. E pôs
m inhas palavras; porque eu m atei um hom em p o r
o S enhor um sinal em C aim , para que o não ferisse
m e ferir, e u m jovem p o r m e pisar.
qualquer que o achasse.
24P orque sete vezes C aim será castigado; mas
I6E saiu Caim de diante da face do S enhor , e habi­
Lam eque setenta vezes sete.
tou na terra de N ode, do lado oriental do Éden.
I7E conheceu Caim a sua m ulher, e ela concebeu,
e deu à luz a Enoque; e ele edificou um a cidade, e O n a scim en to de S ete
cham ou o nom e da cidade conform e o nom e de seu 25E to rn o u Adão a conhecer a sua m ulher; e ela deu
filho Enoque; à luz um filho, e cham ou o seu no m e Sete; porque,
18E a E noque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, disse ela, D eus m e deu o u tro filho em lugar de Abel;
e M eujael gerou a M etusael e M etusael gerou a porqu an to C aim o m atou.
Lameque. 26E a Sete tam b ém nasceu u m filho; e cham o u o
19E to m ou Lam eque para si duas m ulheres; o nom e seu nom e Enos; então se com eçou a invocar o nom e
de um a era Ada, e o nom e da outra, Zilá. do S enhor .

(desnecessária) de questionar Caim era uma confissão espontâ­ meio do texto sagrado, qual a cor da pele do casal original. Pode-
nea e nào a rebeldia dele. A insistência de Deus em dar oportuni­ se propor a questão inversa: "Quando surgiu a raça branca?”. Ao
dade de retratação a Caim — “Que fizeste..." (v. 10) — não é uma contrário disso, as Sagradas Escrituras demonstram que não há
prova do desconhecimento de Deus quanto ao homicídio. A com­ nenhuma depreciação em qualquer uma das raças, porque Deus
provação de que Deus conhecia os fatos encontra-se no segun­ condena o racismo (At 10.34; Cl 3.11). As proibições dos mór-
do questionamento: "A voz do sangue do teu irmão clama a mim mons quanto à ordenação ao sacerdócio aarônico e ao sacerdó­
desde a terra" (v. 10). O exemplo cotidiano social mostra que esta cio de Melquisedeque de pessoas da raça negra e seus descen­
prática divina, de questionar o transgressor mesmo conhecendo dentes estão registradas no livro The Wayto Perfection. Por meio
de antemão seu erro, é comumente empregada em investigações de uma revelação especial, estas ordenações foram abolidas em
policiais ou por pais que desejam ouvir uma confissão do filho que junho de 1976. Mas sua doutrina histórica, que diz que os negros
praticou um ato ilícito e cuja culpa já é conhecida. Deus usou o estão sob maldição divina, nunca foi mudada.
mesmo procedimento quando desejou desmascarar os crimes
de Davi (2Sm 11.4,15), propondo, pela boca do profeta Natá, um E conheceu Caim a sua mulher
enigma que fez que o próprio transgressorse autodelatasse (2Sm (4.16,17)
12.1 -15), o que demonstrou seu total conhecimento dos fatos. As
ÇT) Ceticismo. Questiona a credibilidade bíblica a partir desta
mensagens dos anjos que visitaram, a mando de Deus, José, Ma­
® referência, pois entende que se o único casal legítimo até
ria e Zacarias (Mt 1.20; Lc 1.5-11), antes do nascimento de Cristo,
então era formado por Adão e Eva, como Caim e Abel poderiam
corroboram a verdade a respeito da onisciância divina.
ter possuído mulheres?
Pôs o S enhor um sinal em Caim . H RESPOSTA APOLOGÉTICA: Gênesis 5.4 nos mostra que
(4.15) «=» Adão, após ter gerado Sete. viveu mais oitocentos anos
e, ainda fecundo, gerou filhos e filhas. A longevidade propicia­
V . Mormonlsmo. Segundo afirmava, o sinal que Deus colo-
da por Deus ao primeiro casal possibilitou o cumprimento da or­
cou em Caim era a cor negra. Esse pensamento fica claro
dem estabelecida em Gênesis 1.28; "Sede fecundos; multiplicai-
no livro de Moisés 7.8, 22. contido em A pérola de grande valor,
vos; enchei a terra". Logo, a multiplicação dos seres humanos e
publicação da seita. Acreditava, também, que a descendência de
a perfeita admissibilidade da existência de pares femininos para
Caim e sua marca foram preservadas durante o Dilúvio por meio
Caim e Sete são legitimadas, restando a lógica compreensão de
de Cão, que teria se casado com uma descendente de Caim cha­
que (visto que a lei mosaica, que regulava o grau de parentesco
mada Egyptus. Os que nasceram com pele negra náo teriam lu­
entre os nubentes, ainda não havia sido promulgada — Lv 18.9;
tado valentemente ao lado de Deus na preexistência.
20.17), para a época, não havia outra forma de se trazer uma ter­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não há qualquer base bíbli­ ceira geração adâmica à vida, Caim e Sete casaram-se com suas
ca para tal afirmação, já que sequer podemos afirmar, por próprias irmãs.

11
GÊNESIS 5

A genealogia de S ete I9E viveu Jerede, depois que gerou a Enoque, o ito ­
ESTE é o livro das gerações de Adão. No dia centos anos, e gerou filhos e filhas.
em que Deus criou o hom em , à sem elhança de 2UE foram todos os dias de Jerede novecentos e
D eus o fez. sessenta e dois anos, e m orreu.
2H o m em e m ulher os criou; e os abençoou e 2IE viveu E noque sessenta e cinco anos, e gerou a
ch a m o u o seu no m e Adão, no dia em que foram M atusalém.
criados. 22E an dou E noque com Deus, depois que gerou a
3E Adão viveu cento e trin ta anos, e gerou um filho à M atusalém , trezentos anos, e gerou filhos e filhas.
sua sem elhança, conform e a sua imagem , e pôs-lhe 23E foram todos os dias de E noque trezentos e ses­
o no m e de Sete. senta e cinco anos.
4E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, 24E andou E noque com Deus; e não apareceu mais,
oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. p orquanto Deus para si o tom ou.
SE foram todos os dias que Adão viveu, novecentos 25E viveu M atusalém cento e oitenta e sete anos, e
e trin ta anos, e m orreu. gerou a Lameque.
'’E viveu Sete cento e cinco anos, e gerou a Enos. 26E viveu M atusalém , depois que gerou a Lam e­
7E viveu Sete, depois que gerou a Enos, oitocentos que, setecentos e o iten ta e dois anos, e gerou filhos
e sete anos, e gerou filhos e filhas. e filhas.
8E foram todos os dias de Sete novecentos e doze J7E foram todos os dias de M atusalém novecentos
anos, e m orreu. e sessenta e nove anos, e m orreu.
9E viveu Enos noventa anos, e gerou a Cainã. 28E viveu Lam eque cento e o iten ta e dois anos, e
I0E viveu Enos, depois que gerou a Cainã, oitocen­ gerou um filho,
tos e quinze anos, e gerou filhos e filhas. 29A quem cham ou Noé, dizendo: Este nos consolará
1 'E foram todos os dias de Enos novecentos e cinco acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos,
anos, e m orreu. por causa da terra que o S enhor am aldiçoou.
,2E viveu C ainã setenta anos, e gerou a Maalalel. i0E viveu L am eque, depois que gerou a Noé,
BE viveu Cainã, depois que gerou a Maalalel, o ito ­ q uinh en to s e noventa e cinco anos, e gerou filhos
centos e quarenta anos, e gerou filhos e filhas. e filhas.
14E foram todos os dias de Cainã novecentos e dez 3IE foram todos os dias de Lam eque setecentos e
anos, e m orreu. setenta e sete anos, e m orreu.
I5E viveu Maalalel sessenta e cinco anos, e gerou ,2E era N oé da idade de q uinhentos anos, e gerou
a Jerede. N oé a Sem, Cão e Jafé.
16E viveu Maalalel, depois que gerou a Jerede, o ito ­
centos e trin ta anos, e gerou filhos e filhas. A corrupção geral do gênero h u m an o
I7E foram todos os dias de M aalalel oitocentos e E ACONTECEU que, com o os h om ens com e­
noventa e cinco anos, e m orreu.
I8E viveu Jerede cento e sessenta e dois anos, e
6 çaram a m ultiplicar-se sobre a face da terra, e
lhes nasceram filhas,
gerou a Enoque. ■‘V iram os filhos de Deus que as filhas dos hom ens

Deus para si o tomou irem para o céu, Jesus ensinou claramente que os patriarcas Abraão,
(5.24) Isaque e Jacó vivem e estarão com todos os santos r>océu (Mt 8.11;
22.31,32). Estaverdade se repete em Hebreus 11.16; 12.22,23, onde
Testemunhas de Jeová. Negam que Enoque tenha sido ar­
está declarado que os patriarcas e os crentes do Antigo Testamento
rebatado para não provar a morte, admitindo apenas que
habitarão na cidade vindoura, a Jerusalém celestial.
ele não sentiu as dores da morte. São da mesma opinião quanto
ao arrebatamento de Elias, que, segundo dizem, foi encontrado
Os filhos de Deus e as filhas dos homens
escrevendo uma carta a um dos reis de Judá. Tais idéias são de­
(6.1-4)
correntes do ensino que fala que os santos do Antigo Testamento
não irão para o céu, mas viverão aqui na terra. Segundo essa sei­ Testemunhas de Jeová. Segundo sua interpretação, a fra­
ta, somente 144 mil pessoas declaradas ungidas irão para o céu. se “filhos de Deus” está se referindo aos anjos, que assumi­
Enoque e Elias, porém, não fazem parte deste grupo. ram corpos físicos e vieram à terra para ter relações sexuais com
belas mulheres, união da qual teriam nascido gigantes iníquos.
RESPOSTAAPOLjOGÉTICA: Enoque e Elias foram arrebata­
dos ao céu sem provara morte. São figuras do arrebatamento RESPOSTA APOLOGÉTICA: Ainda que tal interpretação
da Igreja (1Ts4.16,17). Quanto aos santos do Antigo Testamento não possa ser defendida, acreditamos, porém, que os “filhos de

12
GÊNESIS 5 ,6

eram form osas; e to m aram para si m ulheres de até ao réptil, e até à ave dos céus; porque m e arre­
todas as que escolheram. pendo de os haver feito.
’Então disse o S en h o r : N ão contenderá o m eu 8Noé, porém , achou graça aos olhos do S enhor .
Espírito para sem pre com o h om em ; po rq u e ele 9Estas são as gerações de Noé. Noé era hom em justo
tam bém é carne; porém os seus dias serão cento e e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus.
vinte anos. 10E gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé.
4Havia naqueles dias gigantes na terra; e tam bém 1 'A terra, porém , estava corrom pida diante da face
depois, quando os filhos de D eus entraram às filhas de Deus; e encheu-se a terra de violência.
dos h om ens e delas geraram filhos; estes eram os I2E viu D eus a terra, e eis que estava corrom pida;
valentes que houve na antiguidade, os hom ens de porque todà a carne havia corrom pido o seu cam i­
fama. nho sobre a terra.
’ E v iu o S en h or q u e a m a ld a d e d o h o m e m se
m u ltip lic a r a s o b re a t e r r a e q u e to d a a im a g in a ç ã o D eus a n u n c ia o d ilú vio a N o é
d o s p e n s a m e n to s d e s e u c o ra ç ã o e ra só m á c o n ti ­ 1JE ntão disse D eus a Noé: O fim de to d a a carne
n u a m e n te . é v ind o p eran te a m in h a face; p o rq u e a te rra está
6Então arrependeu-se o S en h o r de haver feito o cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
hom em sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. MFaze para ti u m a arca da m adeira de gofer; farás
7E disse o S en h o r : D estruirei o hom em que criei de com partim entos na arca e a betum arás p o r dentro
sobre a face da terra, desde o hom em até ao anim al, e por fora com betum e.

Deus” sejam os descendentes piedosos de Sete. Apresentamos, ser esclarecida pelo profeta Jonas para que não fosse subverti­
para isso, os seguintes argumentos: da, o que, sem dúvida, teria ocorrido se os seus habitantes fos­
Em primeiro lugar, ao analisarmos o texto de Mateus 22.29,30, sem deixados à mercê de seus próprios conceitos (Jn 3.4). O pró­
que diz: ‘Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não co­ prio Deus declarou que os habitantes daquela cidade não eram
nhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque na res­ sequer capazes de distinguir a mão direita da esquerda (Jn 4.11).
surreição nem casam nem sáo dados em casamento; mas serào O plano evangélico não é diferente: se o homem não crê nos en­
como os anjos de Deus no céu”, entendemos que as paixões e sinamentos de Cristo e de seus discípulos, por meio da Palavra,
os apetites sexuais são especificamente manifestações do corpo será condenado (Mc 16.16). O apóstolo Paulo afirmou que a sa­
e não dos anjos celestiais. bedoria humana é loucura diante de Deus (1Co 3.19).
Em segundo lugar, náo foi da união entre os "filhos de Deus” e
as “filhas dos homens” que nasceram os gigantes. Pelo contrá­ Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito
rio. eles já existiam antes desse acontecimento. Vejamos: “Havia, o homem sobre a terra
naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os fi­ (6. 6)
lhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram fi­
Mormonlsmo e Ceticismo. Questionam a imutabilida­
lhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os va­
de divina descrita na Bíblia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17),
rões de fama” (6.4).
visto que o texto sagrado identifica arrependimento na condu­
Em terceiro lugar, caso esses "filhos de Deus” fossem anjos de­
ta de Deus. Que a alegação divina (“arrependeu-se o Senhor")
caídos, seriam demônios e náo mais "filhos de Deus"; logo, náo
não condiz com a natureza perfeita e presciente pretendida pela
poderiam ser considerados como tais.
teologia bíblica.
Em quarto lugar, os descendentes de Sete “invocavam o nome
do Senhor", tal como o próprio Sete (4.26). Ou seja, possuíam co- RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo em estudo refe­
munhàocom Deus. Andavam com Deus, como Enoque (5.22-24). re-se à tristeza de Deus por conta da má índole do homem
'Acharam graça diante do Senhor", como Noé (5.29; 6.8). E obti­ (v. 5). Aqui, temos uma figura de linguagem (antropopática). para
veram “testemunho de que agradaram a Deus e se tomaram her­ o entendimento humano, que indica que Deus se contristou pela
deiros da justiça que é segundo a fé" (Hb 11.5,7). desobediência do homem. De modo algum, está querendo dizer
que Deus cometeu erros. Em Números 23.19. o sentido da pala­
A Imaginação dos pensamentos de seu coração vra de Deus, ao contrário da palavra dos homens, se cumpre. Em
era só má continuamente Jeremias 18.7-10, lemos: “No momento em que falar contra uma
(6.5) nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para
destruir, se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da
Espiritismo. Declara que o Senhor Deus concedeu ao ho­
sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava
mem o livre-arbitrío para que pudesse, por sua própria ex­
fazer-lhe”. O texto mostra que se o homem se arrepender, Deus
periência, discernir o bem e o mal.
nào lhe enviará o mal anunciado. Não se trata de um arrependi­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O conceito do bem e do mal mento igual ao que os seres humanos sentem ao cometer erros.
inerente aos homens está muito aquém de ser comparado Deus não erra, logo, seu "arrependimento" não é igual ao nosso.
ao conceito divino, que em nada condiz com as medíocres idéias Devemos reconhecer que o Deus soberano e imutável sabe lidar
humanas (Mt 5.39-44). O texto destacado prova que o homem, apropriadamente com as mudanças no comportamento huma­
em sua essência, é intrinsecamente mau, não conhecendo ou es­ no. Quando os homens pecam, ou quando pecam e se arrepen­
tando disposto a praticar o amor desinteressado. Nínive precisou dem, o Senhor Deus muda seu pensamento, abençoando ou pu-

13
GÊNESIS 6 ,7

ISE desta m aneira a farás: De trezentos côvados o 22Assim fez Noé; conform e a tu d o o que Deus lhe
com prim ento da arca, e de cinqüenta côvados a sua m andou, assim o fez.
largura, e de trin ta côvados a sua altura.
1' Farás na arca um a janela, e de um côvado a aca­ N o é e sua fa m ília e n tra m na arca
barás em cima; e a p o rta da arca porás ao seu lado; DEPOIS disse o S e n h o r a Noé: E ntra tu e to d a a
far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.
l7P orque eis que eu trago u m dilúvio de águas
7 tua casa n a arca, p orque tenho visto que és justo
diante de m im nesta geração.
sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há 2De todos os anim ais lim pos tom arás para ti sete e
espírito de vida debaixo dos céus; tu d o o que há na sete, o m acho e sua fêmea; m as dos anim ais que não
terra expirará.
são lim pos, dois, o m acho e sua fêmea.
l8Mas contigo estabelecerei a m in h a aliança; e
’T am bém das aves dos céus sete e sete, m acho e
entrarás n a arca, tu e os teus filhos, tua m ulher e as
fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a
m ulheres de teus filhos contigo.
face de toda a terra.
l9E d e tu d o o q u e v iv e ,d e to d a a c a rn e ,d o is d e c a d a
4Porque, passados ainda sete dias, farei chover so­
espécie, farás en tra r na arca, para os conservar vivos
bre a terra quarenta dias e q uarenta noites; e desfarei
contigo; m acho e fêm ea serão.
20Das aves conform e a sua espécie, e dos anim ais de sobre a face da terra to d a a substância que fiz.
conform e a sua espécie, de to d o o réptil da terra 5E fez N oé con fo rm e a tu d o o que o S en h o r lhe
conform e a sua espécie, dois de cada espécie virão a ordenara.
ti, para os conservar em vida. 6E era N oé da idade de seiscentos anos, q u ando o
21E leva contigo de toda a comida que se come e ajun­ dilúvio das águas veio sobre a terra.
ta-a para ti; e te será para m antim ento, a ti e a eles. 7N oé e n tro u n a arca, e com ele seus filhos, sua

nindo, de acordo com a nova situação (Êx 32.12,14; 1Sm 15.11; quando analisamos o relato bíblico, percebemos o quanto é es­
2Sm 24.16; Jr 18.11; Am 7.3-6). tranho os céticos evocarem esta questão, uma vez que é neces­
Assim, a expressão "arrependeu-se o Senhor" está no real sen­ sário distinguir os versículos confrontados pela exegese. O texto
tido de mudança de atitude, e não passa de uma indicação de em estudo (6.19) refere-se à ordem de Deus a Noé. Jã a referên­
que a atitude de Deus para com o homem que peca é necessa­ cia 7.2,3 é o registro das instruções adicionais do Senhor. Assim,
riamente diferente da atitude desse mesmo Deus para com o ho­ fica estabelecido o consenso, por meio do qual podemos ver clara
mem que lhe obedece. Um exemplo prático e perfeitamente apli­ e perfeitamente o motivo que levou o Senhor a orientar o seu ser­
cável vislumbra-se na experiência do profeta Jonas (Jn 3.4-10), vo para que reservasse sete pares de animais limpos: esses ani­
quando o plano de Deus, motivado pelo imutável critério de jus­ mais deveriam ser usados no sacrifício durante o culto que seria
tiça divina que devastou Sodoma, era a ruína de Nínive, domina­ realizado após o dilúvio, como de fato aconteceu (8.20). Se não
da pela extrema malícia de seus habitantes. A opção peta obedi­ houvesse mais de dois pares de animais limpos, eles seriam ex­
ência, motivada pela fé dos ninivitas mediante a pregação de Jo­ tintos. A preservação de apenas um par de animais imundos era
nas, levou Deus a uma mudança de atitude. Ou seja, a uma apli­ suficiente, porque eles não seriam imolados.
cação correta (em termos divinos) de sua justiça, mostrando que
o Senhor sabe lidar apropriadamente com as mudanças de com­ Entra tu e toda a tua cata na arca
portamento dos homens. Em confrontação com o arrependimen­ (7.1)
to humano, revela-se o contraste, porque o homem que se arre­ /CK Catolicismo Romano. A Igreja Católica Romana compa-
pende muda seus critérios e valores e, conseqüentemente, de ati­ U y ra a si mesma com a arca de Noé ao afirmar: “Fora da Igre­
tude. Mas com Deus é diferente. Embora Eie mude de atitude, ja­ ja não há salvação [...] ela é figurada pela arca de Noé, a única
mais altera seus critérios. E essa é uma de suas características na que salva do dilúvio’ .
qual se encontra estampada sua imutabilidade.
r ™ l Testemunhas de Jeová. Segundo declaram, ‘ Foi apenas
E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie ' aquela única arca que sobreviveu ao dilúvio e não um sem-
(6.19) número de embarcações". O que as conduz à seguinte conclu­
são: ”... Haverá apenas uma organização - a organização visível
GD Ceticismo. Confronta este versículo com Gênesis 7.2 para de Deus - que sobreviverá.. .'. Entendem por organização visível
afirmar que há contradição nas orientações divinas quanto de Deus a Sociedade Torre de Vigia e todos que entrarem nela.
ao número de animais que deveriam ser arrebanhados na arca.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em verdade, aarca não sim-
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Gênesis 7.2 diz: “De todos ■ boliza nenhuma igreja ou organização religiosa, mas a sal­
os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e vação oferecida na pessoa de Jesus. Cristo é a nossa única arca
sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e de salvação. ‘ E em nenhum outro há salvação, porque também
sua fêmea". Alguns céticos sugerem que a diversidade numérica debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,
- dois e sete - revela uma contradição na orientação divina. Mas, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12; Hb 7.25).

14
GÊNESIS 7,8

m ulher e as m ulheres de seus filhos, po r causa das terra; e ficou som ente Noé, e os que com ele estavam
águas do dilúvio. na arca.
aD os anim ais lim pos e dos anim ais que não são 24E prevaleceram as águas sobre a terra cento e
limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, cinqüenta dias.
’E ntraram de dois em dois para ju n to de N oé na
arca, m acho e fêmea, com o D eus ordenara a Noé. As águas do d ilú v io
1°E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre d im in u e m
a terra as águas do dilúvio. E LEMBROU-SE D eus de Noé, e de todos os
11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segun­
do, aos dezessete dias do mês, naquele m esm o dia
8 seres, viventes, e de to d o o gado qu e estavam
com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a
se rom peram todas as fontes do grande abism o, e as terra, e aquietaram -se as águas.
janelas dos céus se abriram , 2C erraram -se tam bém as fontes do abism o e as
'"E houve chuva sobre a terra q uarenta dias e qua­ janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se.
renta noites. 3E as águas iam -se escoando co n tin u am en te de
13E no m esm o dia entraram na arca Noé, seus filhos sobre a terra, e ao fim de cento e cin q ü en ta dias
Sem, Cão e Jafé, sua m ulher e as m ulheres de seus m inguaram .
filhos. 4E a arca repousou no sétim o mês, no dia dezessete
' “Eles, e todo o anim al conform e a sua espécie, e do mês, sobre os m ontes de Ararate.
todo o gado conform e a sua espécie, e todo o réptil
5E foram as águas indo e m inguando até ao décimo
que se arrasta sobre a terra conform e a sua espécie,
mês; no décim o mês, no prim eiro dia do mês, apa­
e toda a ave conform e a sua espécie, pássaros de toda
receram os cum es dos m ontes.
qualidade.
6E aconteceu que ao cabo de q uarenta dias, abriu
,SE de toda a carne, em que havia espírito de vida,
Noé a janela da arca que tinha feito.
en traram de dois em dois para ju n to de N oé na
arca.
N o é solta u m corvo e ta m b ém u m a p om ba
,6E os que entraram eram m acho e fêmea de toda
7E soltou u m corvo, que saiu, indo e voltando, até
a carne, com o D eus lhe tinha ordenado; e o S enhor
que as águas se secaram de sobre a terra.
o fechou dentro.
8D epois soltou u m a pom ba, para ver se as águas
tinham m inguado de sobre a face da terra.
O d ilú vio chega
9A p o m b a, p o rém , não achou rep o u so para a
l7E d u ro u o dilúvio q u aren ta dias sobre a terra,
planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque
e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se
as águas estavam sobre a face de to d a a terra; e ele
elevou sobre a terra.
estendeu a sua m ão, e to m o u -a, e recolheu-a co n ­
I8E prevaleceram as águas e cresceram g ran d e­
sigo na arca.
m ente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
19E as águas prevaleceram excessivamente sobre a I0E esperou ainda o u tro s sete dias, e to rn o u a en ­
terra; e todos os altos m ontes que havia debaixo de viar a pom ba fora da arca.
todo o céu, foram cobertos. 1 'E a pom ba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada,
20Q uinze côvados acim a prevaleceram as águas; e um a folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé
os m ontes foram cobertos. que as águas tin h am m inguado de sobre a terra.
2’E expirou toda a carne que se m ovia sobre a terra, l2E ntão esperou ainda o u tro s sete dias, e enviou
tan to de ave com o de gado e de feras, e de to d o o fora a pom ba; m as não to rn o u m ais a ele.
réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o hom em . I3E aconteceu que n o an o seiscentos e u m , no
22T udo o que tinha fôlego de esp írito de vida mês p rim eiro , n o p rim e iro dia do m ês, as águas
em suas n arinas, tu d o o que havia em terra seca, se secaram de sobre a terra. E ntão N oé tiro u a co ­
m orreu. b e rtu ra da arca, e o lh o u , e eis que a face da te rra
23Assim foi destruído to d o o ser vivente que havia estava enxuta.
sobre a face da terra, desde o h om em até ao anim al, 14E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a
até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra estava seca.

15
GÊNESIS 8,9

N o é e sua fa m ília saem da arca im aginação do coração d o h o m e m é m á desde a


l5Então falou D eus a N oé dizendo: sua m eninice, n em to rn a re i m ais a ferir to d o õ
■'‘Sai da arca, tu com tu a m ulher, e teus filhos e as vivente, com o fiz.
m ulheres de teus filhos. “ E nquanto a terra durar, sem enteira e sega, e frio e
1 ■’Todo o anim al que está contigo, de toda a carne, calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.
de ave, e de gado, e de todo o réptil que se arrasta so­
bre a terra, traze fora contigo; e povoem ab undante­ A aliança q u e D eus fe z co m N o é e c o m todo o
m ente a terra e frutifiquem , e se m ultipliquem sobre gênero h u m a n o
a terra. E ABEN ÇO O U D eus a N oé e a seus filhos, e
l8E ntão saiu Noé, e seus filhos, e sua m ulher, e as
m ulheres de seus filhos com ele.
9 disse-lhes:
Frutificai e m ultiplicai-vos e enchei a terra.
1 “T o d o o anim al, to d o o réptil, e toda a ave, e tu d o o 2E o tem or de vós e o pavor de vós virão sobre todo
que se m ove sobre a terra, conform e as suas famílias, o anim al da terra, e sobre to d a a ave dos céus; tu d o o
saiu para fora da arca. que se move sobre a terra, e todos os peixes do m ar,
20E edificou N oé um altar ao S en h o r ; e tom ou de nas vossas m ãos são entregues.
todo o anim al lim po e de toda a ave lim pa, e ofereceu 'T udo q u an to se m ove, qu e é vivente, será para
holocausto sobre o altar. vosso m an tim en to ; tu d o vos ten h o d ado com o a
2IE o S en h o r sen tiu o suave cheiro, e o S en h o r erva verde.
disse em seu coração: N ão to rn arei m ais a am al­ ■'Acarne, porém , com sua vida, isto é, com seu san­
diço ar a te rra p o r causa d o ho m em ; p o rq u e a gue, não comereis.

E tomou de todo o animal limpo e de toda Depois de ter ressuscitado, Jesus preparou uma refeição mati­
a ave limpa, e ofereceu holocaustos nal de peixe e pão em um braseiro junto à praia para alguns dos
( 8 . 20 ) seus discípulos (Jo 21.9-13). A ovelha (ou cordeiro), além de ser
usada como alimento, tinha outras utilidades; era um animal im­
Ceticismo. Ignora o versículo em estudo e confronta a re­ portante por sua carne, leite e gordura da cauda que, às vezes,
ferência 6.19 com a referência 7.2 para alegar que há con­ chegava a pesar quase sete quilos. Na celebração da Páscoa,
tradição na narraçáo bíblica quanto à determinação divina so­ matava-se um cordeiro, que era comido em lembrança ao livra­
bre o número de animais que deveriam ser arrebanhados na mento da escravidão do Egito (Êx 12.1-28). A gordura era ofere­
arca de Noé. cida a Deus, por ser considerada a melhor parte ou a parte mais
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Trata-se de uma postura típi- rica de um animal (Lv 3.16). Não podia ser comida em tempos pri­
*=• ca daqueles que desejam desmerecer as Escrituras Sagra­ mitivos. Mas. ao que parece, ignoravam essa lei quando os ani­
das. Ou seja. daqueles que extraem os textos de seus contextos mais mortos eram usados apenas como alimento (Dt 12.15). Se
a fim de criarem suposições infundadas. O versículo em estudo aplicarmos o mandamento "Não matarás" aos animais, devemos
deixa claro que a orientação divina, na referência 7.2, deveria ser aplicá-lo também aos vegetais, porque são seres vivos. Quanto
mais precisa quanto ao montante de animais limpos a serem pre­ à alimentação, o Novo Testamento ensina que todas as criatu­
servados (sete pares), para que essas espécies não corressem ras de Deus são boas para alimento quando recebidas com gra­
o risco de extinção, devido à previsão do seu consumo em holo­ tidão (1Tm 4.35).
causto. Devemos considerar, ainda, que a obra de criação já ha­
via sido encerrada (2.2,3). Com seu sangue, nâo comereis
(9.4)
Tudo quanto se move, que é vivente, será para Testemunhas de Jeová. Com a intenção de proibir a
vosso mantimento transfusão de sangue, fazem uso indevido de diversos
(9.3) versículos especificamente destinados à orientação alimentar
do povo de Deus. Assim, citam o texto em estudo com a seguinte
cfh COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Na doutrina Hare Krish-
argumentação: "A transfusão de sangue é o mesmo que comer
U na, comer carne é abominável, uma vez que os animais são
sangue, porque se assemelha à alimentação intravenosa*.
criaturas vivas e Deus disse ‘ Não matarás’ . Todavia, citar as Es­
crituras para fundamentar esse ensino é inútil, visto que foi o pró­ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não há dúvida de que esta
prio Deus quem deu os animais para alimento dos homens. Veja­ passagem trata da proibição do uso do sangue de animais
mos: o novilho era considerado amelhor de todas as carnes e, por como alimento, é uma situação bem diferente da que ocorre quan­
esse motivo, reservado para as ocasiões mais festivas (Lc 15.23). do alguém precisa de uma transfusão de sangue para sobreviver, jà
O cabrito, ou bode (Lc 15.29). Algumas aves eram consideradas que, estando todos nós enfermos pelo pecado, o Senhor Jesus Cris­
impuras para alimento (Dt 14.11-20), mas a perdiz, a codomiz, o to não negou derramar seu próprio sangue por nós - numa grande
ganso e o pombo podiam ser comidos. Os peixes, alimento pre­ “transfusão de sangue" (Hb9.11-28; 1Jo3.16). Jesus deu asuavida,
dileto na Palestina, eram pescados em grandes quantidades no ou seja, o seu sangue, por nós. Como sabemos, as mudanças dou­
mar da Galiléia e no rio Jordão. trinárias entre as Testemunhas de Jeová são comuns e cada umade-

16
GÊNESIS 9

’C ertam ente requererei o vosso sangue, o sangue lem brar da aliança eterna entre D eus e toda a alma
das vossas vidas; da m ão de todo o anim al o requere­ vivente de to d a a carne, que está sobre a terra.
rei; com o tam bém da m ão do hom em , e da m ão do I7E disse D eus a Noé: Este é o sinal da aliança que
irm ão de cada um requererei a vida do hom em . tenho estabelecido en tre m im e entre toda a carne,
6Q uem d erram ar o sangue do hom em , pelo h o ­ que está sobre a terra.
m em o seu sangue será derram ado; po rq u e Deus I8E os filhos de Noé, qu e da arca saíram , foram
fez o hom em conform e a sua imagem. Sem, Cão e Jafé; e Cão é o pai de Canaã.
7Mas vós frutificai e m ultiplicai-vos; povoai ab u n ­ 19Estes três foram os filhos de Noé; e destes se p o ­
dantem ente a terra, e m ultiplicai-vos nela. voou toda a terra.
BE falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
9E eu, eis que estabeleço a m in h a aliança convosco N o é p la n ta u m a vinha
e com a vossa descendência depois de vós. 20E com eçou N oé a ser lavrador da terra, e plantou
I0E com toda a alm a vivente, que convosco está, de um a vinha.
aves, de gado, e de todo o anim al da terra convosco; 2'E bebeu do vinho, e em bebedou-se; e descobriu-
com todos que saíram da arca, até to d o o anim al se no m eio de sua tenda.
da terra. 22E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e
1 'E eu convosco estabeleço a m in h a aliança, que fê-lo saber a am bos seus irm ãos no lado de fora.
não será mais destruída toda a carne pelas águas do “ Então to m aram Sem e Jafé u m a capa, e puseram -
dilúvio, e que não haverá m ais dilúvio, para destruir na sobre am bos os seus om bros, e indo virados para
a terra. trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos
1 -E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho estavam virados, de m aneira que não viram a nudez
entre m im e vós, e entre toda a alm a vivente, que está do seu pai.
convosco, por gerações eternas. 24E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu
1 ’O m eu arco tenho posto nas nuvens; este será po r filho m en o r lhe fizera.
sinal da aliança entre m im e a terra. 2’E disse: M aldito seja Canaã; servo dos servos seja
14E acontecerá que, qu an d o eu trouxer nuvens aos seus irm ãos.
sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens. 26E disse: Bendito seja o S en h o r D eus de Sem; e
’’Então m e lem brarei da m in h a aliança, que está seja-lhe Canaã p o r servo.
entre m im e vós, e entre toda a alm a vivente de toda 27Alargue D eus a Jafé, e habite nas tendas de Sem;
a carne; e as águas não se tornarão m ais em dilúvio e seja-lhe Canaã p o r servo.
para destruir toda a carne. 28E viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cin ­
I6E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para m e qüenta anos.

las (das doutrinas) é tratada como uma "nova luz" e o conjunto de Johanes Stoeffler. membro do corpo docente da Universidade de
mudanças é denominado "luz progressiva". No início, interpretavam Tübingen, na Alemanha, publicou, em 1499, um livro chamado Efe­
o texto em pauta oomo sendo uma proibição contra a vacinação. E mérides , no qual anunciava o fim do mundo para 20 de fevereiro de
agiram dessa forma durante muitos anos. Tal proibição foi abolida 1524, por meio de um grande dilúvio. Foi tão grande a crença no
na revista A sentinela de janeiro de 1952 (p. 15). Depois, quando vie­ desastre que o rio Reno ficou repleto de barcos e "arcas”. No Bra­
ram os transplantes de órgãos, ensinavam que tais procedimentos sil, os membros da seita Borboletas Azuis esperaram em vão um
poderiam ser comparado à prática do canibalismo, costume exis­ novo dilúvio. Muitas seitas se baseiam nas seguintes palavras de
tente entre os bárbaros. Posteriormente, compararam o transplan­ Jesus: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda
te de órgãos á transfusão de sangue, ensinando que tais práticas do Filho do homem. Porquanto, assim como. nos dias anteriores
eram condenadas pela Bíblia em Atos 15.20,28. Liberaram o trans­ ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
plante de órgãos, mas, ainda hoje, proíbem a transfusão de sangue até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que
(desde julho de 1945). veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Fi­
lho do homem" (Mt 24.37-39; Lc 17.26-27). Esses versículos apre­
Não haverá mais dilúvio sentam apenas a indiferença das pessoas antes da iminente des­
(9.11) truição. Ou seja, demonstram o quanto o cotidiano das pessoas
não foi alterado: estavam como que anestesiadas espiritualmente,
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Aindaque Deus tenha de­ a ponto de não perceberem a vinda da repentina destruição. Assim
t clarado explicitamente que não destruiria mais o mundo com
águas, tem aparecido, de tempos em tempos, pessoas que acre­
também será com a vinda de Jesus: o cotidiano das pessoas es­
tará em total normalidade quando serão surpreendidas com a vin­
ditam que o mundo acabará com as águas de um novo dilúvio. da do Filho do homem.

17
GÊNESIS 9,10,11

29E foram todos os dias de N oé novecentos e cin­ 2,)Estes são os filhos de Cão segundo as suas fam í­
qüenta anos, e m orreu. lias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas
nações.
O s descendentes de N oé 2IE a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os
ESTAS, pois, são as gerações dos filhos filhos de Éber, o irm ão m ais velho de Jafé.
de Noé: Sem, Cão e Jafé; e nasceram -lhes 2iOs filhos de Sem são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude
filhos depois do dilúvio. e Arã.
2O s filhos de Jafé são: G om er, M agogue, M adai, 2,E os filhos de A rã são: Uz, H ul, G eter e Más.
Javã, Tubal, M eseque e Tiras. 24E Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Éber.
3E os filhos de G om er são: A squenaz, Rifate e 25E a Éber nasceram dois filhos: o no m e de um fo i
Togarma. Pelegue, p o rq u an to em seus dias se rep artiu a terra,
4E os filhos de Javã são: Elisá, Társis, Q u itim e e o nom e do seu irm ão foi Joctã.
D odanim . 26E Joctã gerou a A lm odá, a Selefe, a H azarm avé,
5Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas a Jerá,
suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo 27A H adorão, a Usai, a Dicla,
as suas famílias, entre as suas nações. 2SA O bal, a Abimael, a Sebá,
6E os filhos de Cão são: Cuxe, M izraim , P ute e 29A Ofir, a H avilá e a Jobabe; to d o s estes foram
Canaã. filhos de Joctã.
7E os filhos de Cuxe são: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá
,0E foi a sua habitação desde Messa, indo p ara
e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sebá e Dedã.
Sefar, m o n tan h a do oriente.
“E Cuxe gerou a N inrode; este com eçou a ser pode­
3'Estes são os filhos de Sem segundo as suas fam í­
roso na terra.
lias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segun­
9E este foi poderoso caçador diante da face do
do as suas nações.
Se n h o r ; p o r isso se diz: C om o N inrode, poderoso
“ Estas são as famílias dos filhos de N oé segundo as
caçador diante do Senho r .
suas gerações, nas suas nações; e destes foram divi­
I0E o p rincípio do seu reino foi Babel, Ereque,
didas as nações na terra depois do dilúvio.
Acade e Calné, na terra de Sinar.
"D esta m esm a te rra saiu à Assíria e edificou a
Toda a terra c o m unta m esm a língua
Nínive, Reobote-Ir, Calá,
1 E ERA toda a terra de um a m esm a língua e
l2E Resen, entre N ínive e Calá (esta é a grande
cidade).
I3E M izraim gerou a Ludim, a A nam im , a Leabim,
1 X de u m a m esm a fala.
2E aconteceu que, p artindo eles do oriente, acha­
a Naftuim , ram um vale n a terra de Sinar; e hab itaram ali.
14A P atrusim e a Casluim (donde saíram os filis­ 3E disseram uns aos outros: Eia, façam os tijolos e
teus) e a Caftorim . queim em o-los bem . E foi-lhes o tijolo p o r pedra, e
I5E C anaã gerou a Sidom , seu prim ogênito, e a o betum e p o r cal.
Hete; 4E disseram : Eia, edifiquem os nós um a cidade e
,f‘E ao jebuseu, ao am orreu, ao girgaseu, um a to rre cujo cum e toque nos céus, e façam o-nos
l7E ao heveu, ao arqueu, ao sineu, um nom e, para que não sejam os espalhados sobre a
l8E ao arvadeu, ao zem areu, e ao ham ateu, e depois face de toda a terra.
se espalha-ram as famílias dos cananeus. 5E ntão desceu o S e nho r para ver a cidade e a torre
I9E foi o term o dos cananeus desde Sidom , indo que os filhos dos hom ens edificavam;
para Gerar, até Gaza; indo para Sodom a e G o-m or- 6E o Se n h o r disse: Eis que o povo é um , e todos têm
ra, Admá e Zeboim , até Lasa. um a m esm a língua; e isto é o que com eçam a fazer;

Então desceu o SENHOR para ver a cidade


_ » RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 emprego de recurso an-
(11.5,7)
tropomórfico neste texto não desmerece o Deus Todo-
e p Ceticismo. Emprega o texto em estudo para afirmar o se- Poderoso nem lhe seqüestra a onipotência. O episódio em lide
® guinte: se Deus realmente possuísse atributos sobrenatu­ é análogo aos observados nas referências 3.9 e 4.9. Ou seja.
rais, não necessitaria “descer" para ver a obra dos homens. constata-se uma aproximação de Deus — desceu, desçamos

18
GÊNESIS 11,12

e agora, não haverá restrição para tu d o o que eles 2IE viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzen­
intentarem fazer. tos e sete anos, e gerou filhos e filhas.
22E viveu Serugue trin ta anos, e gerou a Naor.
A confusão das línguas 23E viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzen­
7Eia, desçam os e confundam os ali a sua língua, tos anos, e gerou filhos e filhas.
para que não entenda um a língua do outro. 24E viveu N aor vinte e nove anos, e gerou a Terá.
8Assim o S enhor os espalhou dali sobre a face de 25E viveu Naor, depois que gerou a Terá, cento e
toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. dezenove anos, e gerou filhos e filhas.
9Por isso se cham ou o seu nom e Babel, porquanto 26E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor,
ali confundiu o S enhor a língua de toda a terra, e dali e a Harã.
os espalhou o S enhor sobre a face de toda a terra. 27E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a
I“Estas são as gerações de Sem: Sem era da idade Abrão, a Naor, e a Harã; e H arã gerou a Ló.
de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois 28E m orreu H arã estando seu pai Terá ainda vivo,
do dilúvio. na terra do seu nascim ento, em Ur dos caldeus.
29E to m aram A brão e N aor m ulheres para si: o
II E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, q ui­
nom e da m u lh er de A brão era Sarai, e o nom e da
nhentos anos, e gerou filhos e filhas.
m ulher de N aor era Milca, filha de H arã, pai de
I2E viveu Arfaxade trin ta e cinco anos, e gerou a
Milca e pai de Iscá.
Selá.
30E Sarai foi estéril, não tin h a filhos.
13E viveu Arfaxade depois que gerou a Selá, q u atro­
J1E to m o u Terá a A brão seu filho, e a Ló, filho de
centos e três anos, e gerou filhos e filhas.
Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, m ulher
I4E viveu Selá trin ta anos, e gerou a Éber;
de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos cal­
15E viveu Selá, depois que gerou a Éber, quatrocen­ deus, para ir à terra de Canaã; e vieram até H arã, e
tos e três anos, e gerou filhos e filhas. habitaram ali.
I6E viveu Éber trin ta e q u atro anos, e gerou a 32E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e
Pelegue. m orreu Terá em Harã.
17E viveu Éber, depois que gerou a Pelegue, q u atro ­
centos e trin ta anos, e gerou filhos e filhas. D eus ch a m a A brão e lh e fa z promessas
I8E viveu Pelegue trin ta anos, e gerou a Reú. 1 ^ ORA, o S enhor disse a Abrão: Sai-te da tua
I9E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzen­ A tm i terra, da tua parentela e da casa de teu pai,
tos e nove anos, e gerou filhos e filhas. para a terra que eu te m ostrarei.
20E viveu Reú trin ta e dois anos, e gerou a 2E far-te-ei um a grande nação, e abençoar-te-ei e
Serugue. engrandecerei o teu nom e; e tu serás u m a bênção.

— em relação ao homem com o intuito de submeter a seu crivo reza: o Pai (2Pe 1.17), o Filho (Jo 1.1; 20.28; 1Jo 5.20) e o Espí­
os pensamentos e as atitudes humanas. Neste sentido, o con­ rito Santo (At 5.3,4).
troverso deismo (V. notas sobre o assunto) encontra seu cal- As Escrituras atribuem a Jesus acriação de todas as coisas, por­
canhar-de-aquiles, visto que o texto retrata o intenso interes­ que “sem ele nada do que foi feito se fez“ (Jo 1.3). Em Jeremias
se divino pela criação maior. Antes, não se satisfazendo com 10.11, lemos: “Os deuses que não fizeram os céus e a terra desa­
os propósitos inúteis e prejudiciais que a humanidade execu­ parecerão da terra e de debaixo deste céu’ . Atribuir a Jesus divin­
ta contra si mesma, participa, frustrando os planos que proce­ dade secundária é politeísmo. Conferir Isaias 43.10, que diz: “ ...
dem da concupiscência e soberba humanas, como no caso antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum
das torres de Babel. haverá“ . Além disso, os reis e governadores não usavam a plura­
lidade quando falavam com o povo ou elaboravam seus decre­
Desçamos e confundamos ali a sua língua tos. Por exemplo: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia" (Ed 1.2). E: “Esta
(11.7) é. pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes deu ao sacerdote Es-
dras, o escriba das palavras dos mandamentos do S e n h o r , e dos
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os verbos desçamos e
t confundamos indicam pluralidade de pessoas na unidade
da natureza divina. A doutrina cristã da Trindade é biblicamente
seus estatutos sobre Israel: Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote
Esdras, escriba da lei do Deus do céu; paz perfeita [...] Por mim
se decreta que no meu reino..." (Ed 7.11 -13). Vemos, nessas pas­
explicada pelos seguintes fundamentos: a.) Hé um só Deus (Dt sagens, que os reis empregaram tanto a 3* pessoa do singular:
6.4; Is 43.10; 45.5,6); b.) Esse único Deus é uma pluralidade de “Assim diz Ciro" (e não “dizem" ou “dizemos") quanto a 1* pes­
pessoas (Gn 1.26; 3.22. Comparar Is 6.1-8 com Jo 12.37-41; At soa do singular: “Por mim se decreta" (e não “por nós" se decre­
28.25); c.) Há três pessoas chamadas Deus e eternas por natu- ta ou “decretamos").

19
GÊNESIS 12,13

3E abençoarei os que te abençoarem , e am aldiço­ diante de Faraó; e foi a m ulher tom ada para a casa
arei os que te am aldiçoarem ; e em ti serão benditas de Faraó.
todas as famílias da terra. I6E fez bem a A brão p o r am o r dela; e ele teve ove­
4 Assim partiu Abrão com o o Se n h o r lhe tinha dito, lhas, vacas, ju m en to s, servos e servas, ju m en tas e
e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e camelos.
cinco anos quando saiu de Harã. l7Feriu, p o rém , o Se n h o r a Faraó e a sua casa,
’E to m o u Abrão a Sarai, sua m ulher, e a Ló, filho com grandes pragas, p o r causa de Sarai, m ulher de
de seu irm ão, e todos os bens que haviam adquirido, Abrão.
e as alm as que lhe acresceram em H arã; e saíram '"Então cham ou Faraó a Abrão, e disse: Q ue é isto
p ara irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de que m e fizeste? Por que não m e disseste que ela era
Canaã. tua mulher?
6E passou A brão p o r aquela terra até ao lugar de ‘‘’Por que disseste: É m inha irmã? Por isso a tom ei
Siquém , até ao carvalho de M oré; e estavam então por m inha m ulher; agora, pois, eis aqui tu a m ulher;
os cananeus na terra. tom a-a e vai-te.
7E apareceu o Se n h o r a Abrão, e disse: À tua des­ 2UE Faraó deu ordens aos seus hom ens a respeito
cendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao dele; e acom panharam -no, a ele, e a sua m ulher, e a
Se n h o r , que lhe aparecera. tu d o o que tinha.
8E m oveu-se dali para a m ontanha do lado oriental
de Betei, e arm o u a sua tenda, tendo Betei ao ociden­ A brão volta do Egito
te, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Se nho r , 1 SUBIU, pois, A brão do Egito para o lado
e invocou o nom e do S enhor . X J do sul, ele e sua m ulher, e tu d o o que tinha,
9D epois cam in h o u A brão dali, seguindo ainda e com ele Ló.
para o lado do sul. 2E era Abrão m u ito rico em gado, em p rata e em
ouro.
Abrão desce ao Egito 'E fez as suas jornadas do sul até Betei, até ao lugar
l()E havia fom e naquela terra; e desceu A brão ao on d e a p rin cíp io estivera a sua tenda, en tre Betei
Egito, para p eregrinar ali, p o rq u an to a fom e era eAi;
grande na terra. 4Até ao lugar do altar que o u tro ra ali tinha feito; e
" E aconteceu que, chegando ele para e n tra r no Abrão invocou ali o nom e do Senho r .
Egito, disse a Sarai, sua m ulher: O ra, bem sei que és 5E tam bém Ló, que ia com Abrão, tin h a rebanhos,
m ulher form osa à vista; gado e tendas.
l2E será que, qu an d o os egípcios te virem , dirão: ‘’E não tin h a capacidade a terra para poderem h a­
Esta é sua m ulher. E m atar-m e-ão a m im , e a ti te b itar juntos; p o rq u e os seus bens eram m uitos; de
guardarão em vida. m aneira que não podiam habitar juntos.
l5Dize, peço-te, que és m inha irm ã, para que m e
vá bem p o r tua causa, e que viva a m inha alm a por Abrão e L ó separam -se
am o r de ti. 7E houve contenda en tre os pastores do gado de
14E aconteceu que, entrando Abrão n o Egito, viram A brão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e
os egípcios a m ulher, que era m ui form osa. os perizeus habitavam então na terra.
I5E viram -na os príncipes de Faraó, e gabaram -na 8E disse Abrão a Ló: O ra, não haja contenda entre

E disse Abrão a Ló [...] porque somos Irmãos tuguês, o que não acontece com o idioma grego, rico em pala­
(13.8) vras e do qual as línguas latinas herdaram 23% do vocábulário. O
grego possui expressões especificas para a palavra: “irmão* (do
Catolicismo Romano. Aplica este texto como alicerce para
mesmo sangue, consanguíneo): ade/tos; “primo" (“parente"):
o dogma da virgindade perpétua de Maria. E afirma o se­
anèpsiós; e "parentes” : syngenés. Não há como mascarar esta
guinte: se Abraão era tio de Ló e não irmão, como ele o trata, no
realidade, visto que Isabel, prima de Maria, é tratada pelo subs­
idioma hebraico, tal pode ser feito, no grego, em relação aos ir­
tantivo grego syngenés (Lc 1.36). Colossenses 4.10 mostra Mar­
mãos de Jesus.
cos, sobrinho de Barnabé, sendo chamado de anépsiós, e João
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A comparação feita pela 18.26 discrimina o parente (syngenés) de Malco. Em todo o Novo
Igreja católica é descabida, visto que o idioma hebraico é Testamento grego a palavraac/e/fos (irmão) jamais é aplicada para
pobre em palavras, precisando, às vezes, de adaptações no por­ designar parentes de qualquer grau.

20
GÊNESIS 13,14
m im e ti, e entre os m eus pastores e os teus pastores, reis que estavam com ele, e feriram aos refains em
p orque somos irmãos. A sterote-Carnaim , e aos zuzins em Hã, e aos em ins
‘'N ão está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta- em Savé-Q uiriataim ,
te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direi­ 6E aos horeus n o seu m o n te Seir, até El-Parã que
ta; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. está ju n to ao deserto.
1(,E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a cam pina 7D epois to rn aram e vieram a En-M ispate (que
do Jordão, que era toda bem regada, antes do Se nho r é Cades), e feriram to d a a terra dos am alequi-
ter destruído Sodom a e G om orra, e era com o o ja r­ tas, e tam bém aos am o rreu s, que habitavam em
dim do Se n h o r , com o a terra do Egito, qu an d o se Hazazom-Tamar.
entra em Zoar. "Então saiu o rei de Sodom a, e o rei de G om orra,
"E n tã o Ló escolheu para si toda a cam pina do e o rei de Admá, e o rei de Zeboim , e o rei de Belá
Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram -se (esta é Z oar), e o rd en aram batalha co n tra eles no
u m do outro. vale de Sidim,
I2H abitou Abrão na terra de C anaã e Ló habitou 9C o n tra Q uedorlaom er, rei de Elão, e Tidal, rei
nas cidades da cam pina, e arm o u as suas tendas até de G oim , e A nrafel, rei de Sinar, e A rioque, rei de
Sodoma. Elasar; quatro reis contra cinco.
13O ra,eram m aus os hom ens de Sodom a, e grandes I0E o vale de Sidim estava cheio de poços de b e­
pecadores contra o Senhor . tum e; e fugiram os reis de Sodom a e de G om orra,
I4E disse o Se n h o r a Abrão, depois que Ló se apar­ e caíram ali; e os restantes fugiram para um m onte.
tou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o " E to m aram to d o s os bens de Sodom a, e de
lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do G om orra, e todo o seu m an tim en to e foram-se.
oriente, e do ocidente;
‘^Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e Ló é levado cativo
à tua descendência, para sem pre. l2Também tom aram a Ló, que habitava em Sodoma,
I6E farei a tua descendência com o o pó da terra; de filho do irm ão de Abrão, e os seus bens, e foram-se.
m aneira que se alguém p u der contar o pó da terra, l3E ntão veio um , qu e escapara, e o co n to u a
tam bém a tua descendência será contada. Abrão, o hebreu; ele habitava ju n to dos carvalhais
l7Levanta-te, percorre essa terra, no seu com p ri­ de M anre, o am o rreu , irm ão de Escol, e irm ão de
m en to e na sua largura; porque a ti a darei. Aner; eles eram confederados de Abrão.
I#E Abrão m udou as suas tendas, e foi, e habitou 1''O uvindo, pois, A brão q ue o seu irm ão estava
nos carvalhais de M anre, que estão ju n to a H ebrom ; preso, arm o u os seus criados, nascidos em sua casa,
e edificou ali um altar ao Senho r . trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã.
I5E dividiu-se co n tra eles de noite, ele e os seus
G uerra de quatro reis contra cinco criados, e os feriu, e os perseguiu até H obá, que fica
E ACONTECEU nos dias de A nrafel, rei à esquerda de Damasco.
M de Sinar, A rioque, rei de Elasar, Q uedor-
laomer, rei de Elão, e Tidal, rei de G oim ,
I6E to rn o u a trazer to d o s os seus bens, e to rn o u
a trazer tam bém a Ló, seu irm ão, e os seus bens, e
aQ ue estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, tam bém as m ulheres, e o povo.
a Birsa, rei de G om orra, a Sinabe, rei de Admá, e a 17E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que
Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar). voltou de ferir a Q uedorlaom er e aos reis que estavam
3Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei.
o M ar Salgado).
■•Doze anos haviam servido a Q uedorlaom er, mas M elq u ised eq u e abençoa Abrão
ao décim o terceiro ano rebelaram -se. l8E M elquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vi­
5E ao décim o q uarto ano veio Q uedorlaom er, e os nho; e era este sacerdote do D eus Altíssimo.

Melquisedeque [... J era este sacerdote do Deu. Altíssimo « = S fíES™ f™ APOLOGÉTICA: A Bíblia declara que o sacerdó-
(14 im cto de Melquisedeque se cumpnu na pessoa do Senhor Je­
sus, e que esse sacerdócio nâo tem sucessor, é Intransferível. Não
. Mormonlamo. Alegapossuirosacerdócio de Melquisedeqiie, existe evidência bíblica de que Jesus tenha passado o sacerdócio
H k considerado o maior, para executar os trabalhos sagrados. de Melquisedeque para outra pessoa. De fato, Hebreus 7.23 de-

21
GÊNESIS 14,15,16
,9E abençoou-o, e disse: Bendito seja A brão pelo um a cabra de três anos, e u m carneiro de três anos,
Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; um a rola e um pom binho.
iuE b en d ito seja o D eus Altíssimo, que entregou 10E trouxe-lhe todos estes, e p artiu -o s pelo meio, e
os teus inim igos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o pôs cada parte deles em frente da outra; m as as aves
dízim o de tudo. não partiu.
21E o rei de Sodom a disse a Abrão: D á-m e a m im as " E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão,
pessoas, e os bens tom a para ti. porém , as enxotava.
22Abrão, p orém , disse ao rei de Sodom a: Levantei ,2E pondo-se o sol, u m profu n d o sono caiu sobre
m in h a m ão ao S e n h o r, o D eus Altíssim o, o Pos­ Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão
suidor dos céus e da terra, caiu sobre ele.
23Jurando que desde um fio até à correia de um sa­ 1’Então disse a Abrão: Saibas, de certo, qu e p ere­
grina será a tua descendência em terra alheia, e será
pato, não tomarei coisa algum a de tu d o o que é teu;
reduzida à escravidão, e será afligida p o r q u a tro ­
para que não digas: Eu enriqueci a Abrão;
centos anos,
“ Salvo tão-som ente o que os jovens com eram , e a
14Mas tam bém eu julgarei a nação, à qual ela tem de
p arte que toca aos hom ens que com igo foram , Aner,
servir, e depois sairá com grande riqueza.
Escol e M anre; estes que tom em a sua parte.
I5E tu irás a teus pais em paz; em bo a velhice serás
sepultado.
D eus a n im a Abrão e p rom ete-lhe u m filh o
16E a quarta geração tornará para cá; porque a m edi­
DEPOIS destas coisas veio a palavra do
da da injustiça dos am orreus não está ainda cheia.
S e n h o r a Abrão em visão, dizendo: N ão te­
mas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssim o
D eus fa z tuna aliança co m A brão
galardão.
,7E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e
■’Então disse Abrão: Senhor D eus, que m e hás de dar,
eis um forno de fum aça, e u m a to ch a de fogo, que
pois ando sem filhos, e o m ordom o da m inha casa é o passou p o r aquelas m etades.
dam asceno Eliézer? '"N aquele m esm o dia fez o S e n h o r u m a aliança
3Disse m ais Abrão: Eis que não m e tens dado com Abrão, dizendo: À tu a descendência tenho
filhos, e eis que um nascido na m in h a casa será o dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande
m eu herdeiro. rio Eufrates;
4E eis que veio a palavra do S e n h o r a ele dizendo: ,9E o queneu, e o quenezeu, e o cadm oneu,
Este não será o teu herdeiro; m as aquele que de tuas 2UE o heteu, e o perizeu, e os refains,
en tran h as sair, este será o teu herdeiro. 21E o am orreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.
’E ntão o levou fora, e disse: O lha agora para os
céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse- A g a r é dada por m u lh e r a Abrão
lhe: Assim será a tua descendência. ORA Sarai, m u lh er de Abrão, não lhe dava
'’E creu ele no S e n h o r, e im putou-lhe isto por justiça. filhos, e ele tin h a u m a serva egípcia, cujo
7Disse-lhe mais: Eu sou o S e n h o r, que te tirei de Ur nom e era Agar.
dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. 2E disse Sarai a Abrão: Eis que o S e n h o r m e tem im pe­
8E d isse ele: S e n h o r D eus , c o m o sa b e re i q u e h e i d e dido de dar à luz; toma, pois, a m inha serva; porventu­
h e rd á -la ? ra terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
9E disse-lhe: Tom a-m e um a bezerra de três anos, e 3 Assim to m o u Sarai, m u lh er de Abrão, a Ag

clara que os judeus tiveram uma sucessão de sacerdotes, devi­ Tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egfpcla,
do à morte de cada um deles. Entretanto, o versículo 24 decla­ sua serva, e deu-a por mulher
ra quanto a Jesus: "Mas este, porque permanece eternamente, (16.3)
tem um sacerdócio perpétuo*. Esta é a razão pela qual não pre­
cisamos de sacerdotes da ordem de Melquisedeque. Jesus Cris­ "v Mormonlsmo. Aceitou, durante muitos anos, a poligamia,
to é o único sacerdote de que necessitamos. Sendo sacerdo­ » alegando que Joseph Smith havia recebido uma revelação
te eterno, da ordem de Melquisedeque, "pode também salvar do Senhor de que o casamento polígamo era a vontade de Deus
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus. vivendo sempre para os seus seguidores. Hoje, admite esse tipo de união como
para interceder por eles’ (v. 25). plano divino para o homem glorificado.

22
GÊNESIS 16,17

egípcia, sua serva, e deu-a po r m ulher a Abrão seu MPor isso se cham a aquele poço de Beer-Laai-Rói;
m arido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na eis que está entre Cades e Berede.
terra de Canaã. 1 ’E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão cha­
4E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela m o u o n o m e do seu filho que Agar tivera, Ismael.
que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus I6E era Abrão da idade de oiten ta e seis anos, q u an ­
olhos. do Agar d eu à luz Ismael.
’Então disse Sarai a Abrão: M eu agravo seja sobre
ti; m inha serva pus eu em teu regaço; vendo ela ago­ D eus m u d a o n o m e d e Abrão
ra que concebeu, sou m enosprezada aos seus olhos; 1 ^ SENDO, pois, A brão da idade de noventa
o S enhor julgue entre m im e ti. A / e nove anos, apareceu o S en h or a Abrão, e
6E disse A brão a Sarai: Eis que tua serva está na tua disse-lhe: Eu sou o D eus Todo-Poderoso, anda em
mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a m inha presença e sê perfeito.
Sarai, e ela fugiu de sua face. 2E porei a m in h a aliança en tre m im e ti, e te m ulti­
7E o anjo do S f.n ho r a achou ju n to a um a fonte de plicarei grandissim am ente.
água no deserto, ju n to à fonte n o cam inho de Sur. JEntão caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus
8E disse: Agar, serva de Sarai, d onde vens, e para com ele, dizendo:
onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai 4Q uan to a m im , eis a m in h a aliança contigo: serás
m inha senhora. o pai de m uitas nações;
9Então lhe disse o anjo do S en h o r : T orna-te para 5E não se cham ará m ais o teu n o m e Abrão, m as
tu a senhora, e hum ilha-te debaixo de suas mãos. A braão será o teu nom e; p orque p o r pai de m ui-tas
10Disse-lhe m ais o anjo do S en h o r : M ultiplicarei nações te ten h o posto;
sob rem a-neira a tua descendência, que não será 6E te farei frutificar grandissim am ente, e de ti farei
contada, po r num erosa que será. nações, e reis sairão de ti;
"D isse-lhe tam bém o anjo do S e n h o r : Eis que 7E estabelecerei a m in h a aliança en tre m im e ti e a
concebeste, e darás à luz u m filho, e cham arás o tua descendência depois de ti em suas gerações, por
seu nom e Ismael; p o rquanto o S en h or ouviu a tua aliança p erpétua, para te ser a ti p o r D eus, e à tu a
aflição. descendência depois de ti.
I2E ele será hom em feroz, e a sua m ão será contra 8E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a
todos, e a m ão de todos contra ele; e habitará diante terra de tuas peregrinações, to d a a te rra de Canaã
da face de todos os seus irm ãos. em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus.
13E ela cham ou o nom e do S enhor , que com ela fa­ "'Disse m ais D eus a Abraão: Tu, porém , guardarás
lava: Tu és Deus que m e vê; porque disse: N ão olhei a m inha aliança, tu, e a tu a descendência depois de
eu tam bém para aquele que m e vê? ti, nas suas gerações.

& Islamismo. Cita o texto em estudo para apoiar a prática e Salomão, apesar de poligamos, foram abençoados por causa
da poligamia. da graça de Deus. Aliás, a Bíblia registra o alto preço da poliga­
mia de Salomão (1 Rs 11.4).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A poligamia, união de um ho­
Em Mateus 19.4-6 e Marcos 10.6-9, Jesus cita o relato da cria­
mem com várias mulheres, nâo deve ser confundida com o ção da mulher e a Instituição do matrimónio (2.22-25) como fun­
adultério, que Implica cobiça e/ou relacionamento sexual com a damentos para o casamento monogámico. Conforme as pala­
mulher do próximo. A Escritura registra alguns casos de poligamia, vras de Jesus, em Marcos 7.7-9, as tradições humanas não po­
inclusive de homens abençoados por Oeus, como patriarcas e reis dem invalidar o mandamento de Deus. A monogamia funda-
de Israel. O relato da poligamia no Antigo Testamento tem sido usa­ menta-se no mandamento de Deus. Já a poligamia, nas tradi­
do pelos defensores dessa prática. Algumas vezes, sua origem era ções humanas.
a Infertilidade das esposas, como no caso de Abraão e Jacó (6.1-4; Os relatos bíblicos de poligamia descrevem costumes ou tradi­
30.1-5). Em outras, era as alianças políticas com reis estrangeiros, ções de origem humana. 0 casamento monogámico tem sua raiz
seladas com casamentos, como no caso de Salomão (1 Rs 11.1). no mandamento de Deus; ou seja, na vontade revelada do Cria­
Questiona-se a bênção divina sobre as pessoas que viviam de dor, que, depois de ter criado o homem, deu-lhe "uma mulher e
modo diverso do que Deus ordenou. Deus. porém, abençoa as disse já não serão dois, mas uma só carne" (2.22-24; Mc 10.8).
pessoas não pelo fato de elas estarem aquém de seu ideal, mas a Não é boa prática cristã transformar em mandamentos os exem­
despeito disso. Muitos homens não deixaram de ser abençoados plos registrados na Bíblia para nosso ensino e admoestação (Rm
porterem adquirido outras esposas, mas por outros motivos. Davi 15.4,1Co 10.11 ;2Tm 3.16. V.tb. 1Rs11.3).

23
GÊNESIS 17,18

1 °Esta é a m inha aliança, que guardareis entre m im aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-
e vós, e a tua descendência depois de ti: Q ue todo o lo-ei m ultiplicar grandissim am ente; doze príncipes
hom em entre vós será circuncidado. gerará, e dele farei u m a grande nação.
11E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto 2IA m in h a aliança, p o rém , estabelecerei com
será p o r sinal da aliança entre m im e vós. Isaque, o qual Sara d ará à luz neste tem p o d e­
120 filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo term inado, no ano seguinte.
o ho m em nas vossas gerações; o nascido na casa, e o 22Ao acabar de falar com Abraão, su b iu D eus de
com prado p o r dinheiro a qualquer estrangeiro, que diante dele.
não fo r da tu a descendência.
' ’C om efeito será circuncidado o nascido em tua A in stitu içã o da circuncisão
casa, e o com prado po r teu dinheiro; e estará a m i­ 2íEntão to m o u A braão a seu filho Ismael, e a todos
nh a aliança na vossa carne por aliança perpétua. os nascidos na sua casa, e a todos os com prados
I4E o hom em incircunciso, cuja carne do prepúcio p o r seu dinheiro, to d o o ho m em en tre os da casa
não estiver circuncidada, aquela alm a será extirpa­ de Abraão; e circuncidou a carne do seu prepúcio,
da do seu povo; quebrou a m inha aliança. naquele m esm o dia, com o Deus falara com ele.
24E era Abraão da idade de noventa e nove anos,
D eus m u d a o n o m e de Sarai quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.
1’Disse D eus m ais a A braão: A Sarai tua m ulher 2’E Ismael, seu filho, era da idade de treze anos, quan­
não cham arás mais pelo no m e de Sarai, m as Sara do lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio.
será o seu nom e. 26Naquele m esm o dia foram circuncidados Abraão
l6Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um e Ism ael seu filho,
filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de 27E todos os h o m en s da sua casa, os nascidos em
povos sairão dela. casa, e os com prados p o r dinheiro ao estrangeiro,
l7Então caiu A braão sobre o seu rosto, e riu-se, e foram circuncidados com ele.
disse no seu coração: A um h o m em de cem anos
há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de A p a recerem três h o m en s Abraão
noventa anos? DEPOIS apareceu-lhe o Se n h o r nos car­
I8E disse A braão a Deus: Q uem dera que viva valhais de M anre, estando ele assentado à
Ismael diante de teu rosto! po rta da tenda, no calor do dia.
I9E disse Deus: Na verdade, Sara, tu a m ulher, te 2E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três hom ens
dará um filho, e cham arás o seu nom e Isaque, e com em pé ju n to a ele. E vendo-os, correu da p o rta da
ele estabelecerei a m inha aliança, por aliança perpé­ tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra,
tua para a sua descendência depois dele. 3E disse: M eu Senhor, se agora tenho achado graça
20E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.

Apareceu-lhe o SENHOR [...] e eis três homens fa n jo s”. em 19.1) que foram encontrar-se com Ló quanto para
(18.1-33) o que permaneceu com Abraão (18.17; 19.28). Assim, segundo
a própria TNM, o varão que permaneceu com Abraão era Jeová
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Deus se apresentou a
t Abraão em três pessoas (varões, isto é, homens). A versão
de Almeida Corrigida e Revisada Fiel traduz as palavras Yáhweh
(18.22,33), e os dois varões que foram até Ló também eram Jeo­
vá (19.1,18). Além disso, aterceira pessoa do plural é empregada
no versículo 9 (“disseram") e, logo a seguir, o sujeito é o SENHOR
(v, 1,13,14,17,19,20,22,26,33) e Adonai (v. 3,27,30,31,32). ambas
(ou, como traduz a TNM, Jeová), na terceira pessoa do singular.
no hebraico, por SENHOR e Senhor, respectivamente.
Embora não se possa provar a doutrina da Trindade somente a
A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová usa,
partir desta passagem, ela demonstra a possibilidade da plurali­
tanto para o primeiro como para o segundo termo hebraico, o
dade na divindade, ou seja, a manifestação de Deus (teofania) em
nome Jeová (formado pelas consoantes de Yahweh e as vo­
uma unidade composta.
gais de Adonai, a partir do costume judeu de pronunciar, ao
ler a Bíblia, o termo Adonai em lugar de Yahweh). A título de
Inclinou-se à terra
comparação, leiam os versículos 1 e 3 nas seguintes versões:
(18.2)
“Apareceu-lhe o SENHOR“ (na ACF); "Jeová apareceu-lhe” (na
TNM); “ E disse: Meu Senhor" (na ACF); e “ Disse então: Jeo­ Catolicismo Romano. A Igreja Católica usa o costume dos
vá” (naTNM). orientais de prostrar-se diante de uma pessoa de posição
Ora, os mesmos termos (Yahweh: SENHOR e Adonai: Senhor. para justificar essa mesma prática diante das imagens dos “san­
E Jeová, na TNM) são empregados tanto para os dois homens tos" que ela mesma consagrou. O texto em referência nos infor-

24
GÊNESIS 18

4Q ue se traga já um pouco de água, e lavai os vossos I6E levantaram -se aqueles hom ens dali, e olharam
pés, e recostai-vos debaixo desta árvore; para o lado de Sodom a; e A braão ia com eles, acom ­
5E trarei um bocado de pão, para que esforceis o panhando-os.
vosso coração; depois passareis adiante, porquanto
po r isso chegastes até vosso servo. E disseram : Assim D eus a n u n cia a destruição de Sodom a e
faze com o disseste. G om orra
fiE Abraão apressou-se em ir ter com Sara à tenda, l7E disse o S en h o r : O cultarei eu a A braão o que
e disse-lhe: Amassa depressa três m edidas de flor de faço,
farinha, e faze bolos. 1 “Visto que A braão certam en te virá a ser um a
7E correu A braão às vacas, e to m o u um a vitela grande e p oderosa nação, e nele serão benditas
tenra e boa, e deu -a ao m oço, que se apressou em todas as nações da terra?
prepará-la.
'’Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de
SE tom ou m anteiga e leite, e a vitela que tinha pre­
ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para
parado, e pôs tudo diante deles, e ele estava em pé
que guardem o cam inho do S enhor , para agir com
ju n to a eles debaixo da árvore; e com eram .
justiça e juízo; para que o S en h o r faça vir sobre
9E disseram-lhe: O nde está Sara, tu a m ulher? E ele
A braão o que acerca dele tem falado.
disse: Ei-la aí na tenda.
20Disse m ais o S e n h o r : P o rq u an to o clam or de
10E disse: Certam ente tom arei a ti por este tem po da
Sodom a e G o m o rra se tem m ultiplicado, e p o r­
vida; e eis que Sara tua m ulher terá um filho. E Sara
quanto o seu pecado se tem agravado m uito,
escutava à porta da tenda, que estava atrás dele.
21Descerei agora, e verei se com efeito têm pratica­
" E eram A braão e Sara já velhos, e adiantados
em idade; já a Sara havia cessado o costum e das do segundo o seu clam or, que é vindo até m im ; e se
m ulheres. não, sabê-lo-ei.
12 Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei “ E ntão viraram aqueles h om ens os rostos dali, e
ainda deleite depois de haver envelhecido, sen-do foram -se p ara Sodom a; m as A braão ficou ainda em
tam bém o m eu senhor já velho? pé diante da face do S enhor .
I3E disse o S en h o r a A braão: Por que se riu Sara,
dizendo: Na verdade darei eu à luz ainda, havendo Abraão intercede p o r Sodom a
já envelhecido? 23E chegou-se A braão, dizendo: D estruirás ta m ­
l4Haveria coisa algum a difícil ao S en h o r ? Ao tem ­ bém o justo com o ímpio?
po determ inado tornarei a ti por este tem po da vida, 24Se p o rventura houver cinqüenta justos na cida­
e Sara terá um filho. de, destruirás tam bém , e não pouparás o lugar p o r
I5E Sara negou, dizendo: N ão m e ri; p o rq u an to causa dos cinqüenta justos que estão d entro dela?
tem eu. E ele disse: N ão digas isso, porque te riste. “ Longe de ti que faças tal coisa, que m ates o justo

ma o seguinte: “E levantou [Abraão] os seus olhos, e olhou, e eis se (Dt 34.6). Seu alvo aparente foi prevenir a idolatria que o diabo
três homens em pé junto a ele. E vendo-os, correu da porta da deseja encorajar (Jd 9).
tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra'. O que não deixa de Quanto ao texto em estudo, havia, ainda, a possibilidade de
ser mais um argumento para essa Igreja fundamentar seu ensi­ Abraão ter entendido tratar-se de uma aparição divina, mesmo
no sobre idolatria.. não conhecendo a natureza triúna de Deus.

__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há muitos casos na Bíblia Longe de ti que faças tal coisa [...] que
« em que se prostrar diante de outra pessoa é aprovado, con­ o justo seja como o ímpio
forme o texto em estudo, mas o contexto é muito diferente. Primei­ (18.25)
ro, as pessoas se prostravam por respeito e não por reverência
ou culto. Segundo, o ato de prostrar-se foi entendido como uma Espirttismo. Emprega o texto em estudo traçando um pa­
prática social e não como um rito religioso. Terceiro, a Bíblia con­ ralelo para explicar que o verdadeiro espírita e o verdadei­
ro cristão são iguais.
dena prostrar-se diante do anjo que esteja a serviço de Deus (Ap
22.8,9). Quarto, a Bíblia claramente condena a reverência diante . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os defensores da doutrina
de qualquer imagem em veneração religiosa de culto ( Êx 20.4). E, " espírita pecam por ignorar os princípios ortodoxos mais
finalmente, Deus sempre agiu no sentido de evitar tal prática. básicos do cristianismo. E, ao se lançarem no descabido deva­
Querem ver um exemplo? Sabendo Deus que os devotos isra­ neio, acham que podem assemelhar-se aos que foram remidos
elitas poderiam ser tentados a venerar os restos mortais de Moi­ pelo sangue da aliança (1Co 6.11; Rm 5.9). O abismo de contras­
sés, o que fez? Enterrou-os em um lugar onde ninguém soubes- tes e divergências existentes entre o cristianismo bíblico e a pre-

25
GÊNESIS 18,19

com o ím pio; que o justo seja com o o ím pio, longe Ló recebe os dois anjos e m sua casa
de ti. N ão faria justiça o Juiz de toda a terra? E VIERAM os dois anjos a Sodom a à tarde,
2í,E ntão disse o Se n h o r : Se eu em Sodom a achar e estava Ló assentado à p o rta de Sodom a;
cin qüenta justos dentro da cidade, pouparei a todo e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e incli-
o lugar p o r am or deles. nou-se com o rosto à terra;
27E respondeu A braão dizendo: Eis que agora m e 2E disse: Eis agora, m eus senhores, en tra i, peço-
atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza. vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e
28Se p o rv en tu ra de cinqüenta justos faltarem lavai os vossos pés; e de m adrugada vos levantareis
e ireis vosso cam inho. E eles disseram: N ão, antes na
cinco, destruirás p o r aqueles cinco toda a cidade?
rua passarem os a noite.
E disse: N ão a destruirei, se eu achar ali quarenta
3E porfiou com eles m uito, e vieram com ele, e
e cinco.
entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu
29E co n tinuou ainda a falar-lhe, e disse: Se porven­
bolos sem levedura, e com eram .
tu ra se acharem ali quarenta? E disse: N ão o farei por
4E antes qu e se deitassem , cercaram a casa, os
am o r dos quarenta.
hom ens daquela cidade, os h o m en s de Sodom a,
’"Disse mais: O ra, não se ire o Senhor, se eu ainda
desde o m oço até ao velho; to d o o povo de to d o s
falar: Se p orventura se acharem ali trinta? E disse: os bairros.
Não o farei se achar ali trinta. SE cham aram a Ló, e disseram -lhe: O nde estão os
31E disse: Eis que agora m e atrevi a falar ao Senhor: hom ens que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a
Se porventura se acharem ali vinte? E disse: N ão a nós, para que os conheçam os.
destruirei po r am o r dos vinte. 6Então saiu Ló a eles à porta, e fechou a p o rta atrás
32Disse mais: O ra, não se ire o Senhor, que ainda só de si,
mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? 7E disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal;
E disse: N ão a destruirei p or am or dos dez. 8Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não co­
33E retirou-se o S enhor , q uando acabou de falar a nheceram hom ens; fora vo-las trarei, e fareis delas
Abraão; e A braão tornou-se ao seu lugar. com o bom fo r aos vossos olhos; som ente nada façais

tensa decodificação de Kardec impossibilita quaisquer tentativas Traze-os fora a nós, para que os conheçamos
de comparações As doutrinas básicas do cristianismo sáo opos­ (19.5-8)
tas aos conceitos do espiritismo, dentre as quais podemos alis­
Homossexualismo. Os movimentos em defesa dos ho­
tar as seguintes: salvação por Cristo, deidade de Cristo, ressur­
mossexuais (isto é, movimentos gays) afirmam que quan­
reição, Trindade, inferno e céu. Isto posto, torna-se impraticável,
do os homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os
até para os verdadeiros espíritas, insistir no absurdo de compa-
visitantes (os dois anjos com aparência humana), não pretendiam
rar-se com os verdadeiros cristãos.
manter relações sexuais com eles. Dizem que, maliciosamente,
o verbo conhecer foi interpretado como sinônimo de ato sexual.
Ainda que sou pó e cinza Afirmam, ainda, que o pecado de Sodoma e Gomorra foi a inospi-
(18.27) talidade e não a homossexualidade. E baseiam este pensamen­
Catolicismo Romano. Baseia-se nesta referência para jus­ to no costume cananeu que garantia proteção a quem fosse re­
tificar o uso de cinzas nos ritos eclesiásticos que antece­ cebido sob um teto.
Muita coisa é alegada em favor disso a partir da frase de Ló:
dem a quaresma (Quarta-Feira de Cinzas).
“Nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do
R RESPOSTA APOLOGÉTICA: A questão primordial aqui meu telhado" (v. 8b). Por isso ele teria oferecido suas filhas para
«=> não é exatamente a condenação ou a aprovação das cin­ que pudesse satisfazer a multidão zangada e. dessa forma, pro­
zas como elemento de adoração a Deus, mas a distorção na in­ teger a vida dos visitantes que estavam sob seu teto.
terpretação do texto. Quando Abraão fala com Deus dizendo que A solicitação dos habitantes da cidade para conhecê-los se­
era pó e cinza, estava se referindo, materialmente, ao que lhe era ria simplesmente um meio de obterem alguma informação so­
peculiar, como homem: “pó", algo sem qualquer valor; "cinza", bre aqueles estranhos (19.7), já que a palavra hebraica ‘ conhe­
coisa passageira. Em verdade, estava se humilhando. Em decor­ cer" fyadha). geralmente, não teria nenhuma conotação sexu­
rência disso, observamos que não há cabimento, nesta referên­ al (cf. S1139.1).
cia, para que os católicos fundamentem sua tese quanto à práti­
Nova Era. Alguns de seus adeptos utilizam o mesmo racio­
ca ritualístlca a que se dedicam.
cínio empregado pelos grupos gays, como, por exemplo,
Ainda no Antigo Testamento, tradições como "rasgar as ves­
Matthew Fox. Acreditam que a homossexualidade é tão aceitável
tes’ já haviam sido censuradas por Deus (Jl 2.12,13). Todas es­
ao ‘ cristo cósmico" quanto a heterossexualidade.
sas práticas cerimoniais já foram abolidas pelo Senhor. Hoje, o
que Ele deseja é uma conversão interna, que transpareça exter­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: É verdade que o verbo que
namente (Is 1.11-16). *=» aparece na referência em estudo é o hebraico yadha, que

26
GÊNESIS 19

a estes hom ens, p orque p o r isso vieram à som bra para lá, e é pequena; ora, deixe-m e escapar para lá
do m eu telhado. (não é pequena?), para que m in h a alm a viva.
9Eles, porém , disseram: Sai daí. D isseram mais: 2IE disse-lhe: Eis aqui, ten h o -te aceitado tam bém
Com o estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e neste negócio, p ara não d estru ir aquela cidade, de
quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal que falaste;
a ti do que a eles. E arrem essaram -se sobre o hom em , 22Apressa-te, escapa-te para ali; p orque nada pode­
sobre Ló, e aproxim aram -se para arrom bar a porta. rei fazer, enqu an to não tiveres ali chegado. Por isso
1 “Aqueles hom ens porém estenderam as suas mãos se cham ou o no m e da cidade Zoar.
e fizeram en trar a Ló consigo na casa, e fecharam a 23Saiu o sol sobre a te rra, q u an d o Ló en tro u em
porta; Zoar.
UE feriram de cegueira os hom ens que estavam à
po rta da casa, desde o m enor até ao m aior, de m a­ D estruição de S odom a e G om orra
neira que se cansaram para achar a porta. 24E ntão o Se n h o r fez chover enxofre e fogo, do
l2Então disseram aqueles hom ens a Ló: Tens Se n h o r desde os céus, sobre Sodom a e G om orra;
alguém m ais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas 2,E d estruiu aquelas cidades e toda aquela cam pi­
filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora na, e todos os m oradores daquelas cidades, e o que
deste lugar; nascia da terra.
MPorque nós vam os d estru ir este lugar, porque 26E a m u lh er de Ló o lhou para trás e ficou conver­
o seu clam or tem au m en tad o diante da face do tida nu m a estátua de sal.
Senho r , e o S e nho r nos enviou a destruí-lo. 27E A braão levantou-se aquela m esm a m anhã, de
l4Então saiu Ló, e falou a seus genros, aos que h a­ m adrugada, e foi p ara aquele lugar o n d e estivera
viam de tom ar as suas filhas, e disse: Levantai-vos, diante da face do Se n h o r ;
saí deste lugar, po rq u e o Se n h o r há de d estru ir a 28E o lhou para Sodom a e G o m o rra e p ara toda a
cidade. Foi tido porém po r zom bador aos olhos de terra da cam pina; e viu, que a fum aça da terra subia,
seus genros. com o a de um a fornalha.
,SE ao am anhecer os anjos ap ertaram com Ló, 29E aconteceu que, d estruindo D eus as cidades da
dizendo: Levanta-te, tom a tu a m ulher e tuas duas cam pina, lem brou-se D eus de Abraão, e tiro u a Ló
filhas que aqui estão, para que não pereças na injus­ do m eio da destruição, d erru b an d o aquelas cidades
tiça desta cidade. em que Ló habitara.
l6Ele, porém , dem orava-se, e aqueles hom ens lhe 30E subiu Ló de Zoar, e habitou no m onte, e as suas
pegaram pela m ão, e pela m ão de sua m ulher e de duas filhas com ele; p o rq u e tem ia h abitar em Zoar; e
suas duas filhas, sendo-lhe o Se n h o r m isericordio­ habitou n u m a caverna, ele e as suas duas filhas.
so, e tiraram -no, e p useram -no fora da cidade. 3lEntão a prim ogênita disse à m enor: Nosso pai já
I7E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa- é velho, e não há hom em na terra que entre a nós,
te p o r tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares segundo o costum e de toda a terra;
em toda esta cam pina; escapa lá para o m onte, para 32Vem, dem os de beber v inho a nosso pai, e deite-
que não pereças. m o-n o s com ele, para que em vida conservem os a
I8E Ló disse-lhe: O ra, não, m eu Senhor! descendência de nosso pai.
l<’Eis que agora o teu servo tem achado graça aos 33E deram de beber vinho a seu pai naquela noite;
teus olhos, e engrandeceste a tua m isericórdia que e veio a p rim ogênita e deitou-se com seu pai, e não
a m im m e fizeste, para guardar a m in h a alm a em sentiu ele q u an d o ela se d eito u , n em q u an d o se
vida; m as eu não posso escapar no m onte, para que levantou.
porventura não m e apanhe este mal, e eu m orra. 34E suced eu , n o o u tro dia, q u e a p rim o g ê n ita
20Eis que agora aquela cidade está perto, para fugir disse à m en o r: Vês aq u i, eu já o n te m à n o ite m e

tem vários significados (segundo os especialistas, ele aparece dominados pelo desejo homossexual. O Novo Testamento (Cf.
mais de 900 vezes no Antigo Testamento). E aqui, neste caso, Jd 7) confirma que sua intenção era realmente a violação homos­
tem conotação sexual, porque a resposta de Ló, oferecendo suas sexual. Os textos de 2Pe 2.7-10 e 1Tm 1.8-10 listam diversas vio­
duas filhas virgens, aponta nesta direção (v. 8). lações da lei e colocam os sodomitas lado a lado com os parrici­
Em verdade, aqueles não queriam as mulheres, antes, estavam das. matricidas e roubadores de homens.

27
GÊNESIS 19,20,21

deitei com m eu pai; d em o s-lh e de beb er v inho 11E disse A braão: Porque eu dizia com igo: Cer­
tam b ém esta noite, e então en tra tu, d eita-te com tam en te não há te m o r de D eus neste lugar, e eles
ele, p ara que em vida conservem os a descendência m e m atarão p o r causa da m inha m ulher.
de nosso pai. 12E, na verdade, é ela tam bém m inha irm ã, filha de
,SE deram de beber vinho a seu pai tam bém naque­ m eu pai, m as não filha da m inha mãe; e veio a ser
la noite; e levantou-se a m enor, e deitou-se com ele; m inha m ulher;
e não sentiu ele quando ela se deitou, nem q uando I3E aconteceu que, fazendo-m e Deus sair errante
se levantou. da casa de m eu pai, eu lhe disse: Seja esta a graça que
36E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai. m e farás em to d o o lugar aonde chegarm os, dize de
,7E a prim ogênita deu à luz um filho, e cham ou-lhe m im : É m eu irm ão.
M oabe; este é o pai dos m oabitas até ao dia de hoje. 14Então to m o u A bim eleque ovelhas e vacas, e ser­
,8E a m enor tam bém deu à luz um filho, e cham ou- vos e servas, e os deu a Abraão; e restituiu-lhe Sara,
lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de A m om até o sua mulher.
dia de hoje. 15E disse A bim eleque: Eis que a m in h a te rra está
diante da tu a face; h abita o nde fo r b o m aos teus
Abraão nega q u e Sara é sua m u lh e r olhos.
E PARTIU A braão dali para a terra do sul, I6E a Sara disse: Vês que tenho dado ao teu irm ão
e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou m il moedas de prata; eis que ele te seja p o r véu dos
em Gerar. olhos para com todos os que contigo estão, e até para
2E havendo A braão dito de Sara, sua m ulher: É com todos os outros; e estás advertida.
m inha irm ã; enviou A bim eleque, rei de G erar, e I7E oro u A braão a Deus, e sarou Deus a Abimele­
tom ou a Sara. que, e à sua m ulher, e às suas servas, d e m a-neira que
’Deus, porém , veio a A bim eleque em sonhos de tiveram filhos;
noite, e disse-lhe: Eis que m o rto serás p o r causa da l8P orque o Se n h o r havia fechado totalm ente todas
m ulher que tom aste; porque ela tem m arido. as m adres da casa de Abimeleque, p o r causa de Sara,
4Mas A bim eleque ainda não se tin h a chegado a m ulher de Abraão.
ela; p o r isso disse: Senhor, m atarás tam bém um a
nação justa? O n a scim en to d e Isaque
’N ão m e disse ele m esm o: É m inha irm ã? E ela E O Senho r visitou a Sara, com o tinha dito; e
tam bém disse: É m eu irm ão. Em sinceridade do fez o Se nho r a Sara com o tinha prom etido.
coração e em pureza das m inhas m ãos tenho feito 2E concebeu Sara, e deu a Abraão u m filho na sua
isto. velhice, ao tem po determ inado, que D eus lhe tin h a
6E disse-lhe D eus em sonhos: Bem sei eu que na falado.
sinceridade do teu coração fizeste isto; e tam bém ■'E Abraão pôs n o filho que lhe nascera, que Sara lhe
eu te tenho im pedido de pecar contra m im ; po r isso dera, o no m e de Isaque.
não te perm iti tocá-la. 4E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando
7Agora, pois, restitui a m ulher ao seu m arido, p o r­ era da idade de oito dias, com o D eus lhe tin h a o r­
que profeta é, e rogará p o r ti, para que vivas; porém denado.
se não lha restituíres, sabe que certam ente m orrerás, 5E era A braão da idade de cem anos, q u an d o lhe
tu e tu d o o que é teu. nasceu Isaque seu filho.
SE levantou-se Abimeleque pela m anhã de m a d ru ­ 6E disse Sara: D eus m e tem feito riso; todo aquele
gada, cham ou a todos os seus servos, e falou todas que o ouvir se rirá comigo.
estas palavras em seus ouvidos; e tem eram m uito 7Disse mais: Q uem diria a A braão que Sara daria
aqueles hom ens. de m a m ar a filhos? Pois lhe dei u m filho n a sua
9Então cham ou A bim eleque a A braão e disse-lhe: velhice.
Q ue nos fizeste? E em que pequei co n tra ti, para 8E cresceu o m en in o , e foi desm am ado; então
trazeres sobre o m eu reino tam an h o pecado? Tu m e A braão fez u m g ran d e b an q u ete n o dia em que
fizeste aquilo que não deverias ter feito. Isaque foi desm am ado.
'"Disse m ais Abimeleque a Abraão: Q ue tens visto, 9E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual
para fazer tal coisa? tinha dado a Abraão, zombava.

28
GÊNESIS 21,22

l0E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu com A braão, dizendo: D eus é contigo em tu d o o
filho; porque o filho desta serva não herdará com que fazes;
Isaque, m eu filho. 23Agora, pois, ju ra-m e aq u i p o r D eus, que não
" E pareceu esta palavra m u ito m á aos olhos de m entirás a m im , nem a m eu filho, n em a m eu neto;
Abraão, po r causa de seu filho. segundo a beneficência que te fiz, m e farás a m im , e
l2Porém Deus disse a A braão: N ão te pareça mal à terra onde peregrinaste.
aos teus olhos acerca do m oço e acerca da tu a serva; 24E disse Abraão: Eu jurarei.
em tu d o o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em 25A braão, p o rém , rep reen d eu a A bim eleque p o r
Isaque será cham ada a tua descendência. causa de u m poço de água, que os servos de A bim e­
l3Mas tam bém do filho desta serva farei um a n a­ leque haviam to m ad o à força.
ção, p o rquanto é tu a descendência. 26E ntão disse A bim eleque: Eu não sei quem fez
isto; e tam bém tu não m o fizeste saber, nem eu o
A despedida d eA g a r e Ism ael ouvi senão hoje.
14Então se levantou A braão pela m an h ã de m a­ 27E to m o u A braão ovelhas e vacas, e deu-as a Abi­
drugada, e to m o u pão e u m odre de água e os deu m eleque; e fizeram am bos um a aliança.
a Agar, p o ndo-os sobre o seu om bro; tam bém lhe 28Pôs A braão, p o rém , à p arte sete cordeiras do
deu o m enino e despediu-a; e ela partiu, andando rebanho.
errante no deserto de Berseba. 2,E A bimeleque disse a Abraão: Para que estão aqui
' ’E consum ida a água do odre, lançou o m enino estas sete cordeiras, que puseste à parte?
debaixo de um a das árvores. 30E disse: Tomarás estas sete cordeiras de minha mão,
I6E foi assentar-se em frente, afastando-se à dis­ para que sejam em testemunho que eu cavei este poço.
tância de um tiro de arco; porque dizia: Q ue eu não 3lPor isso se ch am o u aquele lugar Berseba, p o r­
veja m o rre r o m enino. E assentou-se em frente, e quanto am bos ju raram ali.
levantou a sua voz, e chorou. 32Assim fizeram aliança em Berseba. D epois se
I7E ouviu D eus a voz do m enino, e b radou o anjo levantou A bim eleque e Ficol, príncipe do seu exér­
de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Q ue tens, cito, e to rn aram -se p ara a terra dos filisteus.
Agar? N ão temas, p orque D eus ouviu a voz do m e­ 33E plan to u um bosque em Berseba, e invocou lá o
n ino desde o lugar onde está. nom e do Se nho r , Deus eterno.
18Ergue-te, levanta o m enino e pega-lhe pela mão, 34E p ereg rin o u A braão n a terra dos filisteus m u i­
porque dele farei u m a grande nação. tos dias.
19E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e
foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino. D eus m a n d a A braão m a ta r seu filh o Isaque
20E era Deus com o m enino, que cresceu; e habitou E ACONTECEU depois destas coisas, que
no deserto, e foi flecheiro. provou D eus a Abraão, e disse-lhe: Abraão!
2IE hab itou no deserto de Parã; e sua m ãe tom ou- E ele disse: Eis-m e aqui.
lhe m ulher da terra do Egito. 2E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho,
Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de M oriá, e ofe­
A b im eleq u e fa z u m a aliança com Abraão rece-o ali em holocausto sobre u m a das m ontanhas,
22E aconteceu naquele m esm o tem po que A bim e­ que eu te direi.
leque, com Ficol, príncipe do seu exército, falou 3Então se levantou A braão pela m an h ã de m adru-

Toma o teu filho e oferece-o ali em holocausto crifício, estava provando a fé e a obediência do patriarca. Isaque
(22.1-18) não foi imolado, pois Deus já havia providenciado o carneiro do
holocausto em substituição e resgate de sua vida.
Grupos religiosos marclonlstas. Para Marciáo, o Deus do
O caso de Isaque é um paralelo com a oferta que Deus faz de
Antigo Testamento era mau e o Deus do Novo Testamen­
seu Filho unigénito, Jesus Cristo, como prova de seu amor e em
to bom. A referência em estudo é usada por essa seita para ne­
resgate propiciatório ou vicário de toda a humanidade (Jo 3.16).
gar que o Deus de Israel, tal como revelado no Antigo Testamen­
No que diz respeito à revelação de Deus no Antigo Testamento,
to, era o verdadeiro Deus.
Jesus não fez diferença entre o Pai que o enviara e o Deus de Is­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Para os cristãos, esta passa­ rael, revelado no Antigo Testamento.
gem não apresenta dificuldades. É óbvio e claro que Deus, Por exemplo, em Mateus 22.37, Jesus reitera o ensino do Anti­
ao pedir a Abraão para oferecero seu próprio filho, Isaque. em sa­ go Testamento, mais especificamente de Deuteronômio 6.5. de

29
GÊNESIS 22,23

gada, e albardou o seu jum ento, e to m o u consigo Porquanto fizeste esta ação, e não m e negaste o teu
dois de seus m oços e Isaque seu filho; e cortou lenha filho, o teu único filho,
para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que l7Q ue deveras te abençoarei, e grandissim am ente
D eus lhe dissera. m ultiplicarei a tu a descendência com o as estrelas
"Ao terceiro dia levantou A braão os seus olhos, e dos céus, e com o a areia que está na praia do m ar;
viu o lugar de longe. e a tua descendência possuirá a p o rta dos seus ini­
5E disse A braão a seus moços: Ficai-vos aqui com migos;
o jum ento, e eu e o m oço irem os até ali; e havendo IHE em tu a descendência serão ben d itas todas as
adorado, tornarem os a vós. nações da terra; p o rq u a n to obedeceste à m in h a
6E to m o u A braão a lenha do holocausto, e pô-la voz.
sobre Isaque seu filho; e ele to m o u o fogo e o cutelo ' ‘‘Então A braão to rn o u aos seus m oços, e levan­
na sua mão, e foram am bos juntos. taram -se, e foram ju n to s p ara Berseba; e A braão
7Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu habitou em Berseba.
pai! E ele disse: Eis-me aqui, m eu filho! E ele disse: 20E sucedeu depois destas coisas, que anunciaram
Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro a Abraão, dizendo: Eis que tam bém Milca deu filhos
para o holocausto? a N aor teu irm ão.
8E disse A braão: D eus proverá p ara si o cordeiro 2lUz o seu prim ogênito, e Buz seu irm ão, e Q ue-
para o holocausto, m eu filho. Assim cam inharam m uel, pai de Arã,
am bos juntos. 22E Quésede, e Hazo, e Pildas, e Jidlafe, e Betuel.
9E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edi­ 23E Betuel gerou Rebeca. Estes oito deu à luz Milca
ficou A braão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e a Naor, irm ão de Abraão.
am arrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar 2,,E a sua concubina, cujo nom e era Reum á, ela lhe
em cim a da lenha. deu tam bém a Tebá, Gaã, Taás e Maaca.
10E estendeu A braão a sua m ão, e to m o u o cutelo
para im olar o seu filho; A m o rte de Sara
11 Mas o anjo do S enhor lhe bradou desde os céus, e E FOI a vida de Sara cento e v in te e sete
disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-m e aqui. anos; estes foram os anos da vida de Sara.
l2Então disse: N ão estendas a tu a m ão sobre o 2E m orreu Sara em Q uiriate-A rba, que é H ebrom ,
m oço, e não lhe faças nada; p o rq u an to agora sei na terra de Canaã; e veio A braão lam en tar Sara e
que tem es a Deus, e não m e negaste o teu filho, o chorar p o r ela.
teu único filho. 'D epois se levantou A braão de diante de sua m o r­
l3Então levantou A braão os seus olhos e olhou; e ta, e falou aos filhos de Hete, dizendo:
eis u m carneiro detrás dele, travado pelos seus chi­ 4E strangeiro e peregrino sou en tre vós; dai-m e
fres, n u m m ato; e foi Abraão, e to m o u o carneiro, e possessão de sepultura convosco, p ara que eu sepul­
ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. te a m inha m o rta de diante da m inha face.
HE cham ou A braão o no m e daquele lugar: o S e ­ 5E responderam os filhos de Hete a Abraão, dizen-
n h o r proverá ; donde se diz até ao dia de hoje: No do-lhe:
m onte do S enhor se proverá. "O uve-nos, m eu senhor; príncipe poderoso és no
l5E ntão o anjo do S en h o r b rad o u a A braão pela m eio de nós; en terra a tu a m o rta na mais escolhida
segunda vez desde os céus, de nossas sepulturas; n en h u m de nós te vedará a sua
16E disse: Por m im m esm o jurei, diz o S en h o r : sepultura, para en terrar a tu a m orta.

que devemos amar a Deus "de toda a tua alma e de todo o teu RESPOSTA APOLOGÉTICA: A análise dos atinentesa este
coração". O próprio Antigo Testamento ensina que os sacrifícios episódio é suficiente para rechaçar a idéia ceticista. Embora
humanos são abomináveis aos olhos de Deus {Lv 18.21; 20.1 -5; Deus tenha efetivamente requerido que Abraão imolasse seu filho,
2Rs 23.10; Jr 32.35). Isaque, o Senhor agiu dessa forma com propósitos que até hoje
Ceticismo. Coteja este versículo e Levítico 18.21, dos quais surtem efeitos (Mt 10.37). Obviamente que Deus, em sua presciên­
alega colher contradição, ao afirmar que a Bíblia ao mes­ cia, sabia a posição de Abraão diante de tal determinação. Atendi­
mo tempo apresenta textos que retratam Deus requerendo sa­ do o pleito divino até o momento crucial, o próprio Deus, por inter­
crifícios humanos e textos em que este mesmo Deus proíbe tais médio de seu anjo, impediu o holocausto (22.11,12), o que é uma
sacrifícios. demonstração de que esse tipo de procedimento não lhe apraz.

30
GÊNESIS 23,24

7Então se levantou Abraão, inclinou-se diante do cova do cam po de Macpela, em frente de M anre, que
povo da terra, diante dos filhos de Hete, é H ebrom , na terra de Canaã.
8E falou com eles, dizendo: Se é de vossa vontade “ Assim o cam po e a cova que nele estava foram
que eu sepulte a m inha m o rta de diante de m inha confirm ados a A braão, pelos filhos de H ete, em
face, ouvi-m e e falai p o r m im a Efrom , filho de possessão de sepultura.
Zoar,
9Q ue ele m e dê a cova de M acpela, que ele tem no A braão nuznda seu servo buscar u m a m u lh e r
fim do seu cam po; que m a dê pelo devido preço em para isaque
herança de sepulcro no m eio de vós. E ERA A braão já velho e adiantado em ida­
l0O ra Efrom habitava no m eio dos filhos de Hete; e de, e o S f.n h o r havia abençoado a A braão
respondeu Efrom, heteu, a Abraão, aos ouvidos dos em tudo.
filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta -E disse A braão ao seu servo, o m ais velho da casa,
da sua ridade, dizendo: que tin h a o governo sobre tu d o o que possuía: Põe
"N ã o , m eu senhor, ouve-m e: O cam po te dou, agora a tu a m ão debaixo da m in h a coxa,
tam bém te d ou a cova que nele está, diante dos ’Para que eu te faça ju ra r pelo S en h or D eus dos
olhos dos filhos do m eu povo ta dou; sepulta a tua céus e D eus da terra, que não to m arás para m eu
m orta. filho m ulher das filhas dos cananeus, no m eio dos
12Então A braão se inclinou diante da face do povo quais eu habito.
da terra, 4Mas que irás à m in h a te rra e à m inha parentela, e
13E falou a Efrom , aos ouvidos do povo da terra, dali tom arás m u lh er para m eu filho Isaque.
dizendo: Mas se tu estás por isto, ouve-m e, peço-te. 5E disse-lhe o servo: Se p o rv en tu ra não quiser
O preço do cam po o darei; tom a-o de m im e sepul­ seguir-m e a m ulher a esta terra, farei, pois, to rn ar o
tarei ali a m inha m orta. teu filho à terra d onde saíste?
I4E respondeu Efrom a Abraão, dizendo-lhe: 6E A braão lhe disse: G uarda-te, que não faças lá
lsM eu senhor, ouve-m e, a terra é de quatrocentos to rn ar o m eu filho.
siclos de prata; que é isto entre m im e ti? Sepulta a 70 S en h or Deus dos céus, que m e to m o u da casa
tua m orta. de m eu pai e da terra da m in h a parentela, e que m e
16E Abraão deu ouvidos a Efrom , e A braão pesou a falou, e que m e ju rou, dizendo: À tu a descendência
Efrom a prata de que tinh a falado aos ouvidos dos darei esta terra; ele enviará o seu anjo adiante da tua
filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, corren­ face, para que tom es m u lh er de lá para m eu filho.
te entre m ercadores. “Se a m ulher, p o rém , não quiser seguir-te, serás
,7Assim o cam po de Efrom, que estava em M acpe­ livre deste m eu ju ram en to ; som ente n ão faças lá
la, em frente de M anre, o cam po e a cova que nele to rn ar a m eu filho.
estava, e todo o arvoredo que no cam po havia, que 9Então pôs o servo a sua m ão debaixo da coxa de
estava em todo o seu contorno ao redor, A braão seu senhor, e ju ro u -lh e sobre este negócio.
l8Se confirm ou a A braão em possessão diante dos I0E o servo to m o u dez cam elos, dos cam elos do
olhos dos filhos de Hete, de todos os que entravam seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de seu
pela po rta da cidade. senhor estavam em sua m ão, e levantou-se e partiu
I9E depois sepultou A braão a Sara sua m ulher na para M esopotâm ia, para a cidade de Naor.

Nào tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus esposas de quaisquer outros povos (Dt 7.1-3). Quanto ao episó­
(24.3,4) dio que envolve Sansào e Dalila, a filistéia. não é correto, como
pensam os céticos, achar que Deus se agradava dessa união. En­
Ceticismo. Confronta este versiculo com Juizes 14.4 para
tretanto, o Senhor se valeu daquilo que Ele mesmo havia conce­
fundamentar suposta contradição bíblica, uma vez que o
dido a Sansão (força sobrenatural) para que fosse usado contra
texto de Juizes parece admitir, com o apoio divino, a união entre
os filisteus em momento oportuno.
servos do Senhor e idólatras.
O povo judeu sentia-se oprimido e escravizado pelos filisteus, de
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Na referência em estudo, quem Sansão havia se tornado “amigo", e, poroontadisso, parecia
«=* Abraão dá exemplo a seus descendentes para que tomas­ não haver nenhuma esperança de libertação para Israel. Mas Deus
sem mulheres de linhagem semita e nào dos cananeus, que eram aproveitou-se da obstinada desobediência de San são para promo­
amaldiçoados (9.24-27). Logo, os judeus nào deveriam buscar ver entre ele e os filisteus a demanda que libertou os judeus.

31
GÊNESIS 24

1 'E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, ju n to a 27E disse: Bendito seja o Se n h o r D eus de m eu se­
um poço de água, pela tarde, ao tem po que as moças n h o r A braão, que não retiro u a sua benevolência
saíam a tirar água. e a sua verdade de m eu senhor; q u an to a m im , o
I2E disse: Ó Senho r , Deus de m eu senhor Abraão, Se n h o r m e guiou n o cam inho à casa dos irm ãos de
d á-m e hoje bo m encontro, e faze beneficência ao m eu senhor.
m eu senhor Abraão! 28E a donzela correu, e fez saber estas coisas n a casa
13Eis que eu estou em pé ju n to à fonte de água e as fi­ de sua mãe.
lhas dos hom ens desta cidade saem para tirar água; 29E Rebeca tinha um irm ão cujo nom e era Labão, o
1 '’Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa qual correu ao encontro daquele hom em até a fonte.
agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: ,0E aconteceu que, q u an d o ele viu o pendente, e as
Bebe, e tam b ém darei de beber aos teus camelos; pulseiras sobre as m ãos de sua irm ã, e q u an d o ouviu
esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e as palavras de sua irm ã Rebeca, que dizia: Assim m e
qu e eu conheça nisso que usaste de benevolência falou aquele h o m em ; foi ter com o h om em , que
com m eu senhor. estava em pé ju n to aos camelos, à fonte,
31E disse: E ntra, bendito do S e n h o r ; p o r que estás
O encontro co m R ebeca fora? pois eu já preparei a casa, e o lugar p ara os
l5E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar, camelos.
eis que Rebeca, que havia nascido a Betuel, filho de 32Então veio aquele h o m em à casa, e desataram
Milca, m ulher de Naor, irm ão de Abraão, saía com os cam elos, e d eram palha e pasto aos cam elos, e
o seu cântaro sobre o seu om bro. água para lavar os pés dele, e os pés dos hom ens que
16E a donzela era m ui form osa à vista, virgem , a estavam com ele.
quem hom em não havia conhecido; e desceu à fon­ 3 ’D epois puseram com ida diante dele. Ele, porém ,
te, e encheu o seu cântaro e subiu. disse: N ão com erei, até qu e ten h a dito as m inhas
17Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Peço- palavras. E ele disse: Fala.
te, deixa-me beber um pouco de água do teu cântaro. 34Então disse: Eu sou o servo de Abraão.
I8E ela disse: Bebe, m eu senhor. E apressou-se e J5E o S e n h o r ab en ço o u m u ito o m eu senhor, de
abaixou o seu cântaro sobre a sua m ão e deu-lhe m aneira que foi engrandecido, e deu-lhe ovelhas e
de beber. vacas, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e
I9E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Tirarei jum entos.
tam bém água para os teus camelos, até que acabem 36E Sara, a m u lh e r do m eu senhor, deu à luz um
de beber. filho a m eu senhor depois da sua velhice, e ele deu-
20E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebe­ lhe tu d o q u anto tem.
douro, e correu o u tra vez ao poço para tirar água, e 37E m eu senhor m e fez jurar, dizendo: N ão tom arás
tiro u para todos os seus camelos. m ulher para m eu filho das filhas dos cananeus, em
2IE o hom em estava adm irado de vê-la, calando- cuja terra habito;
se, para saber se o Se n h o r havia prosperado a sua ’“Irás, porém , à casa de m eu pai, e à m in h a família,
jo rn ad a ou não. e tom arás m u lh er para m eu filho.
22E aconteceu que, acabando os cam elos de beber, 39E ntão disse eu ao m eu senhor: P orventura não
to m o u o hom em u m p endente de o u ro de m eio m e seguirá a m ulher.
siclo de peso, e duas pulseiras para as suas m ãos, do 40E ele m e disse: O S enho r , em cuja presença tenho
peso de dez siclos de ouro; andado, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o
23E disse: De quem és filha? Faze-mo saber, peço- teu cam inho, para que tom es m ulher p ara m eu filho
te. H á tam bém em casa de teu pai lugar para nós da m in h a família e da casa de m eu pai;
pousarm os? 4‘Então serás livre do m eu ju ram en to , q u an d o
24E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de fores à m in h a família; e se não te derem , livre serás
Milca, o qual ela deu a Naor. do m eu juram ento.
25D isse-lhe mais: T am bém tem os palha e m uito 42E hoje cheguei à fonte, e disse: Ó Se n h o r , D eus
pasto, e lugar para passar a noite. de m eu senhor Abraão, se tu agora prosperas o m eu
2AE ntão inclinou-se aquele h om em e ad o ro u ao cam inho, no qual eu ando,
Se n h o r , 43Eis que estou ju n to à fonte de água; seja, pois, que

32
GÊNESIS 24,25

a donzela que sair para tirar água e à qual eu disser: Rebeca co n sen te e m casar co m lsaque
Peço-te, dá-m e um pouco de água do teu cântaro; 5SE cham aram a Rebeca, e disseram -lhe: Irás tu
44E ela m e disser: Bebe tu e tam bém tirarei água com este hom em ? Ela respondeu: Irei.
para os teus camelos; esta seja a m ulher que o S e­ 59Então despediram a Rebeca, sua irm ã, e sua ama,
n hor designou ao filho de m eu senhor. e o servo de Abraão, e seus hom ens.
45E antes que eu acabasse de falar no m eu coração, ,>0E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: Ó nossa
eis que Rebeca saía com o seu cântaro sobre o seu irmã, sê tu a m ãe de milhares de milhares, e que a tua
om bro, desceu à fonte e tiro u água; e eu lhe disse: descendência possua a p o rta de seus aborrecedores!
Peço-te, dá-m e de beber. 6IE Rebeca se levantou com as suas m oças, e su ­
46E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro de sobre si, b iram sobre os cam elos, e seguiram o hom em ; e
e disse: Bebe, e tam bém darei de beber aos teus came­ tom ou aquele servo a Rebeca, e partiu.
los; e bebi, e ela deu tam bém de beber aos camelos. 62O ra, lsaque v in h a de o n d e se vem d o poço de
47E n tio lhe perguntei, e disse: De quem és filha? E Beer-Laai-Rói; p orque habitava na terra do sul.
ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que lhe deu 63E lsaque saíra a orar no campo, à tarde; e levantou
Milca. Então eu pus o p en d en te no seu rosto, e as os seus olhos, e olhou, e eis que os camelos vinham .
pulseiras sobre as suas mãos; MRebeca tam bém levantou seus olhos, e viu a Isa-
48E in d in a n d o -m e adorei ao S enhor , e bendisse ao que, e desceu do camelo.
S enhor , Deus do m eu senhor Abraão, que m e havia 65E disse ao servo: Q uem é aquele h o m em que vem
encam inhado pelo cam inho da verdade, para tom ar pelo cam po ao nosso encontro? E o servo disse: Este
a filha do irm ão de m eu senhor para seu filho. é m eu senhor. Então to m o u ela o véu e cobriu-se.
49Agora, pois, se vós haveis de fazer benevolência e ver­ “ E o servo contou a lsaque todas as coisas que fizera.
dade a meu senhor, fazei-mo saber; e se não, também 67E lsaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e
m o fazei saber, para que eu vá à direita, ou à esquerda. tom ou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e am ou-a. Assim
,0Então responderam Labão e Betuel, e disseram: lsaque foi consolado depois da morte de sua mãe.
D o S en h or procedeu este negócio; n ão podem os
falar-te mal o u bem . A braão casa com Q u etu ra e te m filh o s dela
5lEis que Rebeca está diante da tua face; tom a-a, e E ABRAÀO to m o u outra m ulher; e o seu
vai-te; seja a m ulher do filho de teu senhor, com o nom e era Q uetura;
tem dito o S enhor . 2E deu-lhe à luz Z inrã, Jocsã, Medã, M idiã, Jisba-
,2E aconteceu que, o servo de Abraão, ouvindo as que e Suá.
suas palavras, inclinou-se à terra diante do S enhor . 3E Jocsã gerou Seba e D edã; e os filhos de Dedã
” E tiro u o servo jóias de p rata e jóias de ouro, e foram Assurim, Letusim e Leum im.
vestidos, e deu-os a Rebeca; tam bém deu coisas 4E os filhos de M idiã foram Efá, Efer, Enoque, Abi-
preciosas a seu irm ão e à sua mãe. da e Elda. Estes todos foram filhos de Q uetura.
,4Então com eram e beberam , ele e os hom ens que ’Porém A braão deu tu d o o que tin h a a lsaque;
com ele estavam, e passaram a noite. E levantaram - 6Mas aos filhos das concubinas que A braão tinha,
se pela m anhã, e disse: D eixai-m e ir a m eu senhor. deu A braão presentes e, vivendo ele ainda, despe­
55E ntão disseram seu irm ão e sua mãe: Fique a diu-os do seu filho lsaque, enviando-os ao oriente,
donzela conosco alguns dias, o u pelo m enos dez para a terra oriental.
dias, depois irá. 7Estes, pois, são os dias dos anos d a vida de Abraão,
,6Ele, porém , lhes disse: N ão m e detenhais, pois o que viveu cento e setenta e cinco anos.
S enhor tem prosperado o m eu cam inho; deixai-m e
partir, para que eu volte a m eu senhor. Abraão m orre
57 E disseram : C ham em os a donzela, e p ergunte­ aE A braão expirou, m o rren d o em boa velhice, ve­
mos-lho. lho e farto de dias; e foi congregado ao seu povo;

Abraão expirou [...] e foi congregado ao seu povo seu povo*. Esta expressão se repete em Gênesis 49.33, por oca-
(25.8) sião da morte de Jacó. Em que lugar Abraão e Jacó foram congre-
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Sobre a morte de Abraão, gados ao seu povo, na sepultura ou no sheol (o mundo Invisível
a referência em estudo declara:"... e foi congregado ao dos mortos)? Certamente, não na sepultura, mas no sheol. Jacó

33
GÊNESIS 25,26

9E Isaque e Ismael, seus filhos, sepultaram -no na O na scim en to de Esaú e Jacó


cova de M acpela, no cam po de Efrom, filho de Zoar, 24E cu m p rin d o -se os seus dias p ara d ar à luz, eis
heteu, que estava em frente de M anre, gêm eos n o seu ventre.
luO cam po que A braão co m p rara aos filhos de 2SE saiu o prim eiro ruivo e todo com o u m vestido
Hete. Ali está sepultado A braão e Sara, sua mulher. de pêlo; p or isso cham aram o seu nom e Esaú.
ME aconteceu depois da m o rte de A braão, que 26E depois saiu o seu irm ão, agarrada sua m ão ao
D eus abençoou a Isaque seu filho; e habitava Isaque calcanhar de Esaú; p o r isso se cham ou o seu nom e
ju n to ao poço Beer-Laai-Rói. Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos q uando
os gerou.
Os descendentes de Ism ael 27E cresceram os m eninos, e Esaú foi ho m em p eri­
l2Estas, porém , são as gerações de Ismael filho de to na caça, ho m em do cam po; m as Jacó era hom em
Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a simples, h abitando em tendas.
Abraão. 2“E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu
I3E estes são os nom es dos filhos de Ismael, pe­ gosto, m as Rebeca am ava a Jacó.
los seus nom es, segundo as suas gerações: O p ri­ 29E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do cam po,
m ogênito de Ismael era Nebaiote, depois Q uedar, e estava ele cansado;
Adbeel e M ibsão, Í0E disse Esaú a Jacó: D eixa-m e, peço-te, com er
l4M isma, D um á, Massá, desse g u isa d o verm elho, porque estou cansado. Por
15H adade, Tema, Jetur, Nafis e Q uedem á. isso se cham o u Edom .
l6Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus 3lE ntão disse Jacó: V ende-m e hoje a tu a p rim o -
nom es pelas suas vilas e pelos seus castelos; doze genitura.
príncipes segundo as suas famílias. 32E disse Esaú: Eis qu e estou a p o n to de m o rrer;
I7E estes são os anos da vida de Ism ael, cento e para que m e s e rv irá a prim ogenitura?
trin ta e sete anos, e ele expirou e, m orrendo, foi con­ 33Então disse Jacó: Jura-m e hoje. E ju ro u -lh e e
gregado ao seu povo. vendeu a sua p rim ogenitura a Jacó.
ISE h ab itaram desde H avilá até Sur, que está em ,4E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas;
frente do Egito, com o quem vai para a Assíria; e fez o
e ele com eu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim
seu assento diante da face de todos os seus irm ãos.
desprezou Esaú a sua prim ogenitura.

Os descendentes de Isaque
Isaque vai a G erar -por causa da fo m e
1-’E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão:
E HAVIA fom e na terra, além da p rim e i­
Abraão gerou a Isaque;
20E era Isaque da idade de quarenta anos, q uando ra fom e, q ue foi nos dias de A braão; p o r
to m o u p or m ulher a Rebeca, filha de Betuel, aram eu isso foi Isaque a A bim eleque, rei dos filisteus, em
de Padã-Arã, irm ã de Labão, aram eu. Gerar.
2IE Isaque orou insistentem ente ao S e n h o r po r sua 2E apareceu-lhe o S enho r , e disse: N ão desças ao
m ulher, p orquanto era estéril; e o S e n h o r ouviu as Egito; habita na terra que eu te disser;
suas orações, e Rebeca sua m ulher concebeu. 3Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoa­
22E os filhos lutavam d entro dela; então disse: Se rei; p o rq u e a ti e à tua descendência darei todas estas
assim é, p o r que sou eu assim ? E foi p erg u n ta r ao terras, e confirm arei o ju ram en to que tenho jurado
S e n h o r. a A braão teu pai;
23E o S e n h o r lhe disse: D uas nações h á no teu 4E m ultiplicarei a tu a descendência com o as es­
ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, trelas dos céus, e darei à tu a descendência todas
e u m povo será m ais forte do que o o u tro povo, e o estas terras; e p o r m eio dela serão benditas todas as
m aior servirá ao m enor. nações da terra;

morreu efoi congregado ao seu povo. Demoraram quarenta dias ser sepultad o em Macpela (50.13), o que prova que Jacó "foi con-
para embalsamá-lo (50.3). Os egípcios choraram sua morte durante gregado ao seu povo", náo na sepultura dos seus pais, mas no she-
setentadias (50.3). Depois, conduziram o corpo embalsamado para ol. visto que, até entáo, não havia sido ainda sepultado.

34
GÊNESIS 26

’P orquanto A braão obedeceu à m inha voz, e guar­ 18E to rn o u Isaque e cavou os poços de água que
dou o m eu m andado, os m eus preceitos, os m eus cavaram nos dias de A braão seu pai, e que os filisteus
estatutos, e as m inhas leis. entulharam depois da m o rte de Abraão, e cham ou-
6Assim h abitou Isaque em Gerar. os pelos nom es que os cham ara seu pai.
7E perguntando-lhe os hom ens daquele lugar acer­ l9Cavaram , pois, os servos de Isaque naquele vale,
ca de sua m ulher, disse: É m in h a irm ã; porque tem ia e acharam ali um poço de águas vivas.
dizer: É m inha m ulher; para que porventura (dizia 2UE os pastores de G erar porfiaram com os pasto­
ele) não m e m atem os ho m en s daquele lugar por res de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso
am or de Rebeca; porque era form osa à vista. cham ou aquele poço Eseque, p orque contenderam
*E aconteceu que, com o ele esteve ali m uito tem po, com ele.
Abimeleque, rei dos filisteus, o lhou por um a janela, 21Então cavaram o u tro poço, e tam bém porfiaram
e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebeca sobre ele; p o r isso ch am ou-o Sitna.
sua mulher. 22E p artiu dali, e cavou o u tro poço, e não porfia­
9Então cham ou A bim eleque a Isaque, e disse: Eis ram sobre ele; p o r isso ch am ou-o Reobote, e disse:
que na verdade é tua m ulher; com o pois disseste: É P orque agora nos alargou o S en h o r , e crescem os
m inha irmã? E disse-lhe Isaque: P orque eu dizia: nesta terra.
Para que eu porventura não m orra p or causa dela. 2,D epois subiu dali a Berseba.
IHE disse Abimeleque: Q ue é isto que nos fizeste? 24E apareceu-lhe o S enhor naquela m esm a noite,
Facilm ente se teria deitado alguém deste povo e disse: Eu sou o D eus de A braão teu pai; não temas,
com a tua mulher, e tu terias trazido sobre nós um porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e m ultipli­
delito. carei a tua descendência p o r am o r de A braão m eu
"E m an dou Abimeleque a todo o povo, dizendo: servo.
Q ualquer que tocar neste hom em ou em sua m u ­ “ Então edificou ali um altar, e invocou o nom e do
lher, certam ente m orrerá. S enhor , e arm ou ali a sua tenda; e os servos de Isaque
I2E sem eou Isaque naquela m esm a terra, e colheu cavaram ali u m poço.
naquele m esm o ano cem m edidas, porque o S enhor
o abençoava. A b im e le q u e fa z u m a aliança co m Isaque
I3E engrandeceu-se o hom em , e ia enriquecendo- 26E A bim eleque veio a ele de Gerar, com Auzate seu
se, até que se to rn o u m ui poderoso. amigo, e Ficol, príncipe do seu exército.
UE tin h a possessão de ovelhas, e possessão de 27E disse-lhes Isaque: Por que viestes a m im , pois
vacas, e m uita gente de serviço, de m aneira que os que vós m e odiais e m e repelistes de vós?
filisteus o invejavam. 28E eles disseram: H avem os visto, na verdade, que
1SE todos os poços, que os ser-vos de seu pai tinham o S en h o r é contigo, p o r isso dissemos: Haja agora
cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus e n tu ­ juram en to entre nós, entre nós e ti; e façam os alian­
lharam e encheram de terra. ça contigo.
l6Disse tam bém A bim eleque a Isaque: A parta-te 29Q ue não nos faças m al, com o nós te não tem os
de nós; p o rq u e m u ito m ais poderoso te tens feito tocado, e com o te fizemos som ente bem , e te deixa­
do que nós. m os ir em paz. Agora tu és o bendito do S enhor .
17Então Isaque partiu dali e fez o seu acam pam ento i0Então lhes fez u m banquete, e co m eram e b e­
no vale de Gerar, e habitou lá. beram ;

Abraão obedeceu à minha voz Senhor lhe pediu para que saisse da terra dos seus pais (12.1;
(26.5) At 7.1 -4). Obedeceu a Deus quando o Senhor lhe pediu para que
andasse em sua presença e fosse perfeito (17.1,2). Obedeceu a
Adventismo do Sétimo Dia. Afirma que Abraão ouviu a
Deus quando o Senhor lhe pediu para que guardasse o concerto
YU U voz de Deus e guardou os seus mandamentos (preceitos).
da circuncisão (17.9-11). Obedeceu a Deus quando o Senhor lhe
Logo, teria guardado o sábado.
pediu para que ouvisse sua mulher Sara e mandasse Agar, a ser­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto não declara que es­ va, sair de sua casa (21.12). Obedeceu a Deus quando o Senhor
ses preceitos ou estatutos fossem os Dez Mandamentos, lhe pediu paraque oferecesse seu filho Isaque em sacrifício (22.2).
visto que a lei foi dada 430 anos depois de Abraão (Gl 3.17). Que E obedeceu a Deus quando o Senhor lhe pediu para que perma­
preceitos ou leis Abraão guardou? Obedeceu a Deus quando o necesse na terra que haveria de lhe indicar (26.2,3).

35
GÊNESIS 26,27

3,E levantaram -se de m adrugada e juraram um ao seus olhos com o enganador; assim trarei eu sobre
outro; depois os despediu Isaque, e despediram -se m im m aldição, e não bênção.
dele em paz. I3E disse-lhe sua mãe: M eu filho, sobre m im seja a
,2E aconteceu, naquele m esm o dia, que vieram os tua maldição; som ente obedece à m in h a voz, e vai,
servos de Isaque, e anunciaram -lhe acerca do ne­ traze-mos.
gócio do poço, que tinham cavado; e disseram-lhe: I4E foi, e to m o u -o s, e trouxe-os a sua m ãe; e sua
Temos achado água. m ãe fez um guisado saboroso, com o seu pai gos­
33E ch am ou-o Seba; p o r isso é o no m e daquela tava.
cidade Berseba até o dia de hoje. 15D epois to m o u Rebeca os vestidos de gala de Esaú,
340 r a , sendo Esaú da idade de quarenta anos, to ­ seu filho m ais velho, que tinha consigo em casa, e
m o u p o r m ulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a vestiu a Jacó, seu filho m enor;
Basemate, filha de Elom, heteu. l6E com as peles dos cabritos cobriu as suas m ãos e
3,E estas foram para Isaque e Rebeca um a am argu­ a lisura do seu pescoço;
ra de espírito. l7E deu o guisado saboroso e o pão que tin h a p re­
parado, na m ão de Jacó seu filho.
Isaque m a n d a Esaú fa ze r-lh e u m guisado I8E foi ele a seu pai, e disse: M eu pai! E ele disse:
E ACONTECEU que, com o Isaque enve­ Eis-me aqui; quem és tu, m eu filho?
lheceu, e os seus olhos se escureceram , de ,9E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, te u p rim o ­
m aneira que não podia ver, cham ou a Esaú, seu filho gênito; tenho feito com o m e disseste; levanta-te
m ais velho, e disse-lhe: M eu filho. E ele lhe disse: agora, assenta-te e com e da m inha caça, para que a
Eis-me aqui. tua alm a m e abençoe.
2E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o 20Então disse Isaque a seu filho: C om o é isto, que
dia da m inha m orte; tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o
3Agora, pois, tom a as tuas arm as, a tu a aljava e o S e n h o r teu Deus a m an d o u ao m eu encontro.
teu arco, e sai ao cam po, e apanha para m im alguma 21E disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que
caça. te apalpe, m eu filho, se és m eu filho Esaú m esm o,
4E faze-me um guisado saboroso, com o eu gosto, e ou não.
traze-mo, para que eu com a; para que m inha alma 22Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apal­
te abençoe, antes que m orra. pou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as m ãos são
5E Rebeca escutou q u an d o Isaque falava ao seu as m ãos de Esaú.
filho Esaú. E foi Esaú ao cam po para apanhar a caça 21E não o conheceu, p orquanto as suas m ãos esta­
que havia de trazer. vam cabeludas, com o as m ãos de Esaú seu irm ão; e
abençoou-o.
Rebeca e Jacó enganam a Isaque 24E disse: És tu m eu filho Esaú mesmo? E ele disse:
ftEntão falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis Eu sou.
que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu 25E ntão disse: Faze chegar isso p erto de m im , para
irm ão, dizendo: que com a da caça de m eu filho; p ara que a m inha
7Traze-m e caça, e faze-me um guisado saboroso, alm a te abençoe. E chegou-lhe, e com eu; trouxe-lhe
para que eu com a, e te abençoe diante da face do tam bém vinho, e bebeu.
Se nho r , antes da m inha m orte. 26E disse-lhe Isaque seu pai: O ra chega-te, e beija-
“Agora, pois, filho m eu, ouve a m inha voz naquilo m e, filho m eu.
que eu te m ando: 27E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro
9Vai agora ao rebanho, e traze-m e de lá dois bons das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o chei­
cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para ro do m eu filho é com o o cheiro do cam po, que o
teu pai, com o ele gosta; Se n h o r abençoou;
l0E levá-lo-ás a teu pai, para que o com a; para que 2“Assim , pois, te dê D eus do orvalho dos céus, e
te abençoe antes da sua m orte. das g o rd u ras da terra, e ab u n d ân cia de trigo e de
1 ‘Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú m osto.
m eu irm ão é hom em cabeludo, e eu hom em liso; 29Sirvam -te povos, e nações se encurvem a ti; sê
,2P orventura m e apalpará o m eu pai, e serei aos senho r de teus irm ãos, e os filhos da tu a m ãe se en-

36
GÊNESIS 27,28

curvem a ti; m alditos sejam os que te am aldiçoarem , 43Agora, pois, m eu filho, ouve a m inha voz, e levan-
e benditos sejam os que te abençoarem . ta-te; acolhe-te a Labão m eu irm ão, em Harã,
44E m o ra com ele alguns dias, até que passe o furor
E saú descobre q u e J a c ó já havia de teu irm ão;
tom ado a bênção 45Até q ue se desvie de ti a ira de teu irm ão, e se
30E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar esqueça do que lhe fizeste; então m andarei trazer-
a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de te de lá; p o r que seria eu desfilhada tam bém de vós
Isaque seu pai, veio Esaú, seu irm ão, da sua caça; am bos n u m m esm o dia?
3IE fez tam bém ele um guisado saboroso, e trouxe- 46E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da m i­
o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, m eu pai, e nha vida, p o r causa das filhas de Hete; se Jacó tom ar
com e da caça de teu filho, para que m e abençoe a m ulher das filhas de H ete, com o estas são, das filhas
tu a alma. desta terra, para que m e servirá a vida?
32E disse-lhe Isaque seu pai: Q uem és tu? E ele disse:
Eu sou teu filho, o teu prim ogênito Esaú. Isaque m a n d a Jacó a Padã-Arã
33Então estrem eceu Isaque de um estrem ecim ento E ISAQUE cham ou a Jacó, e abençoou-o, e
m uito grande, e disse: Q uem , pois, éaquele que apa­ o rd en o u -lh e, e disse-lhe: N ão tom es m u ­
n h o u a caça, e ma trouxe? E com i de tudo, antes que lher de entre as filhas de Canaã;
tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito. 2Levanta-te, vai a Padã-A rã, à casa de Betuel, pai
14Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, b rad o u de tua m ãe, e tom a de lá um a m u lh er das filhas de
com grande e m ui am argo brado, e disse a seu pai: Labão, irm ão de tu a mãe;
A bençoa-m e tam bém a m im , m eu pai. 3E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça fru ti­
3,E ele disse: Veio teu irm ão com sutileza, e tom ou ficar, e te m ultiplique, p ara qu e sejas um a m ultidão
a tua bênção. de povos;
36E ntão disse ele: N ão é o seu nom e justam ente 4E te dê a bênção de A braão, a ti e à tu a descendên­
lacó, tanto que já duas vezes m e enganou? A m inha cia contigo, para que em herança possuas a te rra de
prim ogenitura m e tom ou, e eis que agora m e to m o u tuas peregrinações, que D eus deu a Abraão.
a m inha bênção. E perguntou: N ão reservaste, pois, 5Assim despediu Isaque a Jacó, o qual se foi a
para m im n enhum a bênção? Padã-A rã, a Labão, filho de Betuel, aram eu, irm ão
37Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que de Rebeca, m ãe de Jacó e de Esaú.
o ten h o posto p o r senhor sobre ti, e todos os seus éVendo, pois, Esaú que Isaque abençoara a Jacó, e
irm ãos lhe tenho dado p o r servos; e de trig o e de o enviara a Padã-Arã, para to m ar m u lh er dali para
m osto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, si, eque, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: N ão
m eu filho? tom es m ulher das filhas de Canaã;
38E disse Esaú a seu pai: Tens u m a só bênção, m eu 7E que Jacó obedecera a seu pai e a sua m ãe, e se
pai? A bençoa-m e tam bém a m im , m eu pai. E levan­ fora a Padã-Arã;
tou Esaú a sua voz, e chorou. 8Vendo tam bém Esaú que as filhas de C anaã eram
39Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis m ás aos olhos de Isaque seu pai,
que a tu a habitação será nas gorduras da terra e no 9Foi Esaú a Ism ael, e to m o u p ara si p o r m ulher,
orvalho dos altos céus. além das suas m ulheres, a M aalate filha de Ismael,
40E pela tua espada viverás, e ao teu irm ão servirás. filho de Abraão, irm ã de Nebaiote.
Acontecerá, porém , que q u an d o te assenhoreares,
então sacudirás o seu jugo do teu pescoço. A visão da escada d e Jacó
41E Esaú odiou a Jacó p o r causa daquela bênção, l0Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã;
com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no 11E chegou a u m lugar o nde passou a noite, porque
seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de m eu já o sol era posto; e to m o u u m a das pedras daquele
pai; e m atarei a Jacó m eu irm ão. lugar, e a pôs p o r seu travesseiro, e deitou-se naquele
42E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de lugar, para dorm ir.
Esaú, seu filho m ais velho; e ela m an d o u cham ar a 12E sonhou: e eis u m a escada posta na terra, cujo
Jacó, seu filho m enor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu to p o tocava n o s céus; e eis q ue os anjos de Deus
irm ão se consola a teu respeito, propondo m atar-te. subiam e desciam p o r ela;

37
GÊNESIS 28,29

l3E eis que o Se n h o r estava em cim a dela, e disse: bem , e eis aqui Raquel sua filha, que vem com as
Eu sou o Se n h o r D eus de A braão teu pai, e o D eus ovelhas.
de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti 7E ele disse: Eis que ainda é pleno dia, não é tem po
e à tu a descendência; de aju n tar o gado; dai de b eber às ovelhas, e ide
l4E a tu a descendência será com o o pó da terra, e ap ascen tá-te.
estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e SE disseram: N ão podem os, até que todos os reba­
ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas nhos se ajuntem , e rem ovam a pedra de sobre a boca
todas as fam ílias da terra; do poço, para que dem os de beber às ovelhas.
l5E eis que estou contigo, e te guardarei por onde
q uer que fores, e te farei to rn ar a esta terra; porque Jacó en co n tra R aquel
não te deixarei, até que haja cum prido o que te te­ 9Estando ele ainda falando com eles, veio Raquel
n h o falado. com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora.
“'Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na ver­ I0E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de La­
dade o S enhor está neste lugar; e eu não o sabia. bão, irm ão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irm ão
I7E tem eu, e disse: Q uão terrível è este lugar! Este de sua m ãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre
não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a a boca do poço e d eu de beber às ovelhas de Labão,
p o rta dos céus. irm ão de sua mãe.
11E Jacó beijou a Raquel, e lev an to u a sua voz e
A coluna de B etei chorou.
l8Então levantou-se Jacó pela m an h ã de m a d ru ­ I2E Jacó an u n cio u a Raquel que era irm ão de seu
gada, e to m o u a ped ra que tin h a posto p o r seu pai, e que era filho de Rebeca; então ela correu, e o
travesseiro, e a pôs po r coluna, e d erram o u azeite anun cio u a seu pai.
em cim a dela. 13E aconteceu que, ouvindo Labão as novas de Jacó,
I9E cham ou o nom e daquele lugar Betei; o nom e filho de sua irm ã, correu-lhe ao encontro, e ab ra­
porém daquela cidade antes era Luz. çou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa; e ele contou
20E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for com igo, a Labão todas estas coisas.
e m e guardar nesta viagem que faço, e m e der pão HEntão Labão disse-lhe: V erdadeiram ente és tu o
para comer, e vestes para vestir; m eu osso e a m in h a carne. E ficou com ele u m mês
2 ‘E eu em paz to m a r à casa de m eu pai, o S enho r inteiro.
m e será por Deus; l5D epois disse Labão a Jacó: P orque tu és m eu
22E esta pedra que tenho posto po r coluna será casa irm ão, hás de servir-m e de graça? D eclara-m e qual
de Deus; e de tudo quanto m e deres, certam ente te será o teu salário.
darei o dízimo. I6E Labão tinha duas filhas; o nom e da m ais velha
era Lia, e o nom e da m enor Raquel.
Jacó chega ao poço d e H arã 17Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de fo rm o ­
ENTÃO pôs-se Jacó a cam inho e foi à terra so sem blante e form osa à vista.
do povo do oriente; 18E Jacó am ava a Raquel, e disse: Sete anos te servi­
2E olhou, e eis u m poço no cam po, e eis três reba­ rei p o r Raquel, tu a filha menor.
nhos de ovelhas que estavam deitados ju n to a ele; 19Então disse Labão: M elhor é que eu a dê a ti, do
porque daquele poço davam de beber aos rebanhos; que eu a dê a o u tro hom em ; fica comigo.
e havia um a grande pedra sobre a boca do poço. 20Assim serviu Jacó sete anos p o r Raquel; e estes
5E ajuntavam ali todos os rebanhos, e rem oviam a lhe pareceram com o poucos dias, pelo m u ito que
pedra de sobre a boca do poço, e davam de beber às a amava.
ovelhas; e tornavam a pôr a pedra sobre a boca do
poço, no seu lugar. Labão engana Jacó
4E disse-lhes Jacó: Meus irm ãos, d onde sois? E dis­ 2' E disse Jacó a Labão: D á-m e m in h a m ulher, p o r­
seram: Somos de Harã. que m eus dias são cum pridos, para que eu m e case
5E ele lhes disse: Conheceis a Labão, filho de Naor? com ela.
E disseram : Conhecem os. 22Então reu n iu Labão a todos os h om ens daquele
6D isse-lhes mais: Está ele bem ? E disseram : Está lugar, e fez u m banquete.

38
GÊNESIS 29,30

J3E aconteceu, à tarde, que to m o u Lia, sua filha, e 5E concebeu Bila, e deu a Jacó um filho.
trouxe-a a Jacó que a possuiu. 6Então disse Raquel: Julgou-m e D eus, e tam bém
24E Labão deu sua serva Zilpa a Lia, sua filha, por ouviu a m in h a voz, e m e d eu um filho; p o r isso
serva. cham ou-lhe Dã.
25E aconteceu que pela m anhã, viu que era Lia; 7E Bila, serva de Raquel, concebeu o u tra vez, e deu
pelo que disse a Labão: Por que m e fizeste isso? a Jacó o segundo filho.
N ão te tenho servido p o r Raquel? Por que então 8Então disse Raquel: C om g randes lutas tenho
m e enganaste? lutado com m inha irm ã; tam bém venci; e cham ou-
26E disse Labão: N ão se faz assim no nosso lugar, lhe Naftali.
que a m enor se dê antes da prim ogênita. ’Vendo, pois, Lia que cessava de ter filhos, to m o u
27C um pre a sem ana desta; então te darem os ta m ­ tam bém a Zilpa, sua serva, e deu -a a Jacó p o r m u ­
bém a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos lher.
comigo servires. I0E deu Zilpa, serva de Lia, u m filho a Jacó.
"E n tã o disse Lia: A fortunada! e ch am ou-lhe
Jacó casa co m R aq u el Gade.
2#E Jacó fez assim, e cum priu a sem ana de Lia; e n ­ 12D epois deu Zilpa, serva de Lia, u m segundo filho
tão lhe deu po r m ulher Raquel sua filha. a Jacó.
2I)E Labão deu sua serva Bila po r serva a Raquel, l3Então disse Lia: Para m in h a ventura; p o rq u e as
sua filha. filhas m e terão p o r bem -aventurada; e cham ou-lhe
10E possuiu tam bém a Raquel, e am ou tam bém a Aser.
Raquel m ais do que a Lia e serviu com ele ainda I4E foi R úben nos dias da ceifa do trigo, e achou
outros sete anos. m andrágoras n o cam po. E trouxe-as a Lia sua mãe.
3'Vendo, pois, o Se n h o r que Lia era desprezada, Então disse Raquel a Lia: O ra dá-m e das m a n d rá­
abriu a sua m adre; porém Raquel era estéril. goras de teu filho.
I5E ela lhe disse: É já p o u co que hajas to m a d o o
O n ascim ento dos filh o s de Jacó m eu m arido, tom arás tam bém as m andrágoras do
32E concebeu Lia, e deu à luz u m filho, e cham ou-o m eu filho? Então disse Raquel: Por isso ele se deitará
Rúben; pois disse: Porque o Se n h o r atendeu à m inha contigo esta noite pelas m andrágoras de teu filho.
aflição, por isso agora m e am ará o m eu m arido. l6V indo, pois, Jacó à ta rd e d o cam p o , saiu -lh e
,3E concebeu ou tra vez, e deu à luz um filho, dizen­ Lia ao en c o n tro , e disse: A m im p o ssu irá s, esta
do: Porquanto o Se n h o r ouviu que eu era des-preza- noite, p o rq u e certam e n te te aluguei com as m a n ­
da, e deu-m e tam bém este. E cham ou-o Simeão. drág o ras do m eu filho. E d eito u -se com ela aquela
34E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: noite.
Agora esta vez se unirá m eu m arido a m im , porque três ,7E ouviu D eus a Lia, e concebeu, e deu à luz um
filhos lhe tenho dado. Por isso cham ou-o Levi. quin to filho.
35E concebeu ou tra vez e d eu à luz um filho, dizen­ l8Então disse Lia: D eus m e tem dado o m eu galar­
do: Esta vez louvarei ao Senho r . Por isso cham ou-o dão, pois tenho dado m in h a serva ao m eu m arido.
Judá; e cessou de dar à luz. E cham ou-lhe Issacar.
,9E Lia concebeu o u tra vez, e deu a Jacó um sexto
VENDO Raquel que não dava filhos a Jacó, filho.
teve inveja de sua irm ã, e disse a Jacó: Dá- 20E disse Lia: Deus m e deu um a boa dádiva; desta
m e filhos, se não m orro. vez m orará o m eu m arido com igo, porque lhe tenho
2Então se acendeu a ira de Jacó co n tra Raquel, e dado seis filhos. E ch am ou-lhe Zebulom .
disse: Estou eu no lugar de Deus, que te im pediu o 2IE depois teve u m a filha, e cham ou-lhe Diná.
fruto de teu ventre? 22E lem brou-se D eus de Raquel; e Deus a ouviu, e
3E ela disse: Eis aqui m inha serva Bila; coabita com abriu a sua madre.
ela, para que dê à luz sobre m eus joelhos, e eu assim 23E ela concebeu, e deu à luz um filho, e disse: Ti-
receba filhos por ela. rou-m e D eus a m in h a vergonha.
4Assim lhe deu a Bila, sua serva, por m ulher; e Jacó 24E cham ou-lhe José, dizendo: O Se n h o r m e acres­
a possuiu. cente o u tro filho.

39
GÊNESIS 30,31

Labão fa z u m novo acordo cotn Jacó '"'Então separou Jacó os cordeiros, e pôs as faces do
25E aconteceu que, com o Raquel deu à luz a José, rebanho p ara os listrados, e to d o o m o reno entre o
disse Jacó a Labão: D eixa-m e ir, que m e vá ao m eu rebanho de Labão; e pôs o seu reb an h o à p arte, e não
lugar, e à m inha terra. o pôs com o rebanho de Labão.
26D i-m e as m inhas m ulheres, e os m eus filhos, pe­ 41E sucedia que cada vez que concebiam as ovelhas
las quais te tenho servido, e ir-me-ei; pois tu sabes o fortes, p u n h a Jacó as varas nos canos, d ian te dos
serviço que te tenho feito. olhos do rebanho, p ara que concebessem d iante
27Então lhe disse Labão: Se agora tenho achado gra­ das varas.
ça em teus olhos, fica comigo. Tenho experim entado 42Mas, q u an d o era fraco o rebanho, não as punha.
que o S en h or m e abençoou po r am or de ti. Assim as fracas eram de Labão, e as fortes de Jacó.
28E disse mais: D eterm ina-m e o teu salário, que 43E cresceu o h o m em em grande m aneira, e teve
to darei. m uito s rebanhos, e servas, e servos, e cam elos e
29E ntão lhe disse: Tu sabes com o te tenho servido, jum entos.
e com o passou o teu gado comigo.
30P orque o pouco que tin h as antes de m im tem D eus m anda Jacó to m a r á terra dos seus pais
au m en tado em grande núm ero; e o S enhor te tem 1 ENTÃO ouvia as palavras dos filhos de
abençoado p o r m eu trabalho. Agora, pois, quando
hei de trabalhar tam bém p o r m inha casa?
3 X Labão, que diziam: Jacó tem tom ad o tudo
o que era de nosso pai, e do que era de nosso pai fez
3IE disse ele: Q ue te darei? Então disse Jacó: N ada ele toda esta glória.
me darás. Se m e fizeres isto, tornarei a apascentar e 2Viu tam bém Jacó o rosto de Labão, e eis que não
a guardar o teu rebanho; era para com ele com o anteriorm ente.
32Passarei hoje por todo o teu rebanho, separando 3E disse o S enhor a Jacó: T orna-te à terra dos teus
dele todos os salpicados e m alhados, e todos os m o ­ pais, e à tu a parentela, e eu serei contigo.
renos entre os cordeiros, e os m alhados e salpicados 4Então m a n d o u Jacó cham ar a Raquel e a Lia ao
entre as cabras; e isto será o m eu salário. cam po, para ju n to do seu rebanho,
33Assim testificará po r m im a m inha justiça no dia 5E disse-lhes: Vejo que o rosto de vosso pai não é
de am anhã, qu an d o vieres e o m eu salário estiver para com igo com o anteriorm ente; porém o D eus de
diante de tua face; tu d o o que não for salpicado e m eu pai tem estado comigo;
m alhado entre as cabras e m oreno entre os cordei­ 6E vós m esm as sabeis que com to d o o m eu esforço
ros, ser-m e-á p o r furto. tenho servido a vosso pai;
34Então disse Labão: Q uem dera seja conform e a 7Mas vosso pai m e enganou e m u d o u o salário dez
tu a palavra. vezes; porém D eus não lhe p erm itiu que m e fizesse
35E separou naquele m esm o dia os bodes listrados mal.
e m alhados e todas as cabras salpicadas e m alhadas, 8Q uan d o ele dizia assim: Os salpicados serão o teu
todos em que havia brancura, e todos os m orenos salário; então todos os rebanhos davam salpicados.
entre os cordeiros; e deu-os nas m ãos dos seus E q u an d o ele dizia assim: O s listrados serão o teu
filhos. salário, então todos os rebanhos davam listrados.
36E pôs três dias de cam inho entre si e Jacó; e Jacó ’Assim D eus tiro u o gado de vosso pai, e deu-o a
apascentava o restante dos rebanhos de Labão. m im .
10E sucedeu que, ao tem po em que o rebanho co n ­
A m aneira com o Jacó enga n o u Labão cebia, eu levantei os m eus olhos e vi em sonhos,
37Então to m o u Jacó varas verdes de álam o e de ave­ e eis que os bodes, que cobriam as ovelhas, eram
leira e de castanheiro, e descascou nelas riscas b ra n ­ listrados, salpicados e m alhados.
cas, descobrindo a brancura que nas varas havia, 1 ‘E disse-m e o anjo de D eus em sonhos: Jacó! E eu
38E pôs estas varas, que tin h a descascado, em disse: Eis-me aqui.
frente aos rebanhos, nos canos e nos bebedouros 12E disse ele: Levanta agora os teus olhos e vê todos
de água, aonde os rebanhos vinham beber, para que os bodes que cobrem o rebanho, que são listrados,
concebessem quando vinham beber. salpicados e m alhados; p o rq u e ten h o visto tu d o o
39E concebiam os rebanhos diante das varas, e as ove­ que Labão te fez.
lhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas. l3Eu sou o D eus de Betei, o nde tens u n g id o u m a

40
GÊNESIS 31

coluna, onde m e fizeste um voto; levanta-te agora, saudades de voltar à casa de teu pai, p o r que furtaste
sai-te desta terra e to rna-te à terra da tua parentela. os m eus deuses?
,4Então responderam Raquel e Lia e disseram - 3'E ntão respondeu Jacó, e disse a Labão: Porque
lhe: Há ainda para nós p arte o u herança na casa de temia; pois que dizia comigo, se porventura não me
nosso pai? arrebatarias as tuas filhas.
15Não nos considera ele com o estranhas? Pois ven - 32C om quem achares os teus deuses, esse não viva;
deu-nos, e com eu de todo o nosso dinheiro. reconhece diante de nossos irm ãos o que é teu do
16Porque toda a riqueza, que Deus tirou de nosso que está com igo, e to m a-o para ti. Pois Jacó não
pai, é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faze tudo sabia que Raquel os tin h a furtado.
o que Deus te m andou. 3iEntão en tro u Labão n a tenda de Jacó, e na te n ­
,7Então se levantou Jacó, pondo os seus filhos e as da de Lia, e na tenda de am bas as servas, e não os
suas m ulheres sobre os camelos; achou; e saindo da ten d a de Lia, e n tro u na tenda
IRE levou todo o seu gado, e todos os seus bens, que de Raquel.
havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara 34Mas tin h a to m ad o Raquel os ídolos e os tinha
em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre
Canaã. eles; e apalpou Labão toda a tenda, e não os achou.
I9E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, 3,E ela disse a seu pai: N ão se acenda a ira aos olhos
furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha. de m eu senhor, que não posso levantar-m e diante
2UE Jacó logrou a Labão, o aram eu, porque não lhe da tua face; p o rq u an to tenho o costum e das m ulhe­
fez saber que fugia. res. E ele p rocurou, m as não achou os ídolos.
2IE fugiu ele com tu d o o que tinha, e levantou- 36E ntão iro u -se Jacó e co n ten d eu com Labão; e
se e passou o rio; e se dirigiu para a m o n tan h a de respondeu Jacó, e disse a Labão: Q ual é a m in h a
Gileade. transgressão? Qual é o m eu pecado, que tão fu rio ­
sam ente m e tens perseguido?
Labão persegue Jacó 37H avendo apalpado to d o s os m eus m óveis, que
22E no terceiro dia foi anunciado a Labão que Jacó achaste de todos os m óveis de tu a casa? Põe- no aqui
tinha fugido. diante dos m eus irm ãos e de teus irm ãos; e que ju l­
23Então to m o u consigo os seus irm ãos, e atrás dele guem entre nós am bos.
seguiu o seu cam inho por sete dias; e alcançou-o na ,8Estes vinte anos eu estive contigo; as tuas ovelhas
m ontanha de Gileade. e as tuas cabras nu n ca ab o rtaram , e não com i os
24Veio, porém , Deus a Labão, o aram eu, em sonhos, carneiros do teu rebanho.
de noite, e disse-lhe: G uarda-te, que não fales com 39N ão te trouxe eu o despedaçado; eu o pagava; o
Jacó nem bem nem mal. furtado de dia e o furtado de noite da m inha m ão
2,Alcançou, pois, Labão a Jacó, e arm ara Jacó a sua o requerias.
tenda naquela m ontanha; arm ou tam bém Labão 40Estava eu assim: De dia m e consum ia o calor, e de
com os seus irmãos a sua, na m ontanha de Gileade. noite a geada; e o m eu sono fugiu dos m eus olhos.
26Então disse Labão a Jacó: Q ue fizeste, que m e 4lTenho estado agora vinte anos na tua casa; ca­
lograste e levaste as m inhas filhas com o cativas pela torze anos te servi p o r tuas duas filhas, e seis anos
espada? p o r teu rebanho; m as o m eu salário tens m udado
27Por que fugiste ocultam ente, e lograste-m e, e não dez vezes.
me fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria, 42Se o D eus de m eu pai, o D eus de A braão e o tem o r
e com cânticos, e com tam boril e com harpa? de Isaque não fora com igo, p o r certo m e despedi­
28T am bém não m e perm itiste beijar os m eus fi­ rias agora vazio. D eus aten d eu à m inha aflição, e ao
lhos e as m inhas filhas. Loucam ente agiste, agora, trabalho das m inhas m ãos, e repreendeu-íe ontem
fazendo assitn. à noite.
29Poder havia em m inha m ão para vos fazer mal,
mas o D eus de vosso pai m e falou on tem à noite, A aliança en tre Labão e Jacó em G aleede
dizendo: G uarda-te, que não fales com Jacó nem 43Então respondeu Labão, e disse a Jacó: Estas filhas
bem nem mal. são m inhas filhas, e estes filhos são m eus filhos, e este
50E agora se querias ir embora, p o rq u an to tinhas rebanho é o m eu rebanho, e tu d o o que vês, é meu; e

41
GÊNESIS 31,32

que farei hoje a estas m inhas filhas, ou a seus filhos, e enviei para o anunciar a m eu senhor, para que ache
que deram à luz? graça em teus olhos.
44Agora pois vem , e façam os aliança eu e tu , que 6E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Fomos
seja p o r testem unho entre m im e ti. a teu irm ão Esaú; e tam bém ele vem para en co n trar-
4,Então to m o u Jacó um a pedra, e erigiu-a por te, e quatrocentos h om ens com ele.
coluna. 'E ntão Jacó tem eu m uito e angustiou-se; e repartiu
46E disse Jacó a seus irmãos: A juntai pedras. E to ­ o povo que com ele estava, e as ovelhas, e as vacas, e
m aram pedras, e fizeram um m ontão, e com eram os camelos, em dois bandos.
ali sobre aquele m ontão. sPorque dizia: Se Esaú vier a um b an d o e o ferir, o
47E ch a m o u -o Labão Jegar-Saaduta; porém Jacó outro bando escapará.
ch am o u -o Galeede. 9Disse mais Jacó: Deus de m eu pai Abraão, e Deus
4tlE ntão disse Labão: Este m o n tão seja hoje por de m eu pai Isaque, o Senho r , que m e dis-seste: Tor-
testem unha entre m im e ti. Por isso se lhe cham ou na-te à tua terra, e a tua parentela, e far-te-ei bem ;
Galeede, "’M enor sou eu que todas as beneficências, e que
49E Mispá, porquanto disse: A tente o Se n h o r entre toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; p o rq u e
m im e ti, q uando nós estiverm os apartados um do com m eu cajado passei este Jordão, e agora m e to r­
outro. nei em dois bandos.
5HSe afligires as m inhas filhas, e se tom ares m ulhe­ 11 Livra-me, peço-te, da m ão de m eu irm ão, da m ão
res além das m inhas filhas, ninguém está conosco; de Esaú; p o r que eu o tem o; p o rv en tu ra não venha,
atenta que Deus é testem unha entre m im e ti. e m e fira, e a m ãe com os filhos.
5lDisse m ais Labão a Jacó: Eis aqui este m esm o 12E tu o disseste: C ertam ente te farei bem , e farei
m ontão, e eis aqui essa coluna que levantei entre a tu a descendência com o a areia do m ar, que pela
m im e ti. m ultidão não se pode contar.
S2Este m ontão seja testem unha, e esta coluna seja 13E passou ali aquela noite; e to m o u do que lhe veio
testem unha, que eu não passarei este m ontão a ti, à sua mão, um presente para seu irm ão Esaú:
e q ue tu não passarás este m o n tão e esta coluna a l4D uzentas cabras e vinte bodes; duzentas ovelhas
m im , p ara mal. e vinte carneiros;
5íO D eus de A braão e o Deus de Naor, o Deus de 1’Trinta camelas de leite com suas crias, quarenta
seu pai, julgue entre nós. E ju ro u Jacó pelo tem or de vacas e dez novilhos; vinte jum entas e dez ju m en -
seu pai Isaque. tinhos;
54E ofereceu Jacó um sacrifício na m o n ta n h a, e l6E deu-os na m ão dos seus servos, cada rebanho à
convidou seus irm ãos, para com er pão; e com eram parte, e disse a seus servos: Passai adiante de m im e
pão e passaram a noite na m ontanha. pond e espaço entre rebanho e rebanho.
” E levantou-se Labão pela m anhã de m adrugada, 17E ordenou ao prim eiro, dizendo: Q u an d o Esaú,
e beijou seus filhos e suas filhas e ab en-çoou-os e m eu irm ão, te encontrar, e te p erg u n tar, dizendo:
partiu; e voltou Labão ao seu lugar. De quem és, e p ara onde vais, e de quem são estes
diante de ti?
A visão de Jacó e m M a a n a im l8Então dirás: São de teu servo Jacó, presente que
JA C Ó também seguiu o seu cam inho, e envia a m eu senhor, a Esaú; e eis que ele m esm o vem
en contraram -no os anjos de Deus. tam bém atrás de nós.
2E Jacó disse, qu an d o os viu: Este é o exército de ,9E ord en o u tam bém ao segundo, e ao terceiro, e a
Deus. E cham ou aquele lugar M aanaim . todos os q ue vinham atrás dos rebanhos, dizendo:
C onfo rm e a esta m esm a palavra falareis a Esaú,
Jacó envia m ensageiros a E saú quan d o o achardes.
3E enviou Jacó m ensageiros adiante de si a Esaú, 20E direis tam bém : Eis que o teu servo Jacó vem
seu irm ão, à terra de Seir, territó rio de Edom. atrás de nós. Por que dizia: Eu o aplacarei com o
4E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a m eu se­ presente, qu e vai adiante de m im , e depois verei a
n h o r Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: C om o peregri­ sua face; p o rv en tu ra ele m e aceitará.
no m orei com Labão, e m e detive lá até agora; 2lAssim, passou o presente adiante dele; ele, p o ­
5E tenho bois e jum entos, ovelhas, e servos e servas; rém , passou aquela noite no arraial.

42
GÊNESIS 32,33

Jacó passa o vau de Jaboque e luta com u m anjo 3E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à
22E levantou-se aquela mesma noite, e tom ou as terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
suas duas mulheres, e as suas duas servas, e os seus 4Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-
onze filhos, e passou o vau de Jaboque. o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e
23E tom ou-os e fê-los passar o ribeiro; e fez passar choraram.
tudo o que tinha. ’Depois levantou os seus olhos, e viu as mulheres,
24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um ho­ e os m eninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele
mem, até que a alva subiu. disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado
2,E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a teu servo.
a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa 6Então chegaram as servas; elas e os seus filhos, e
de Jacó, lutando com ele. inclinaram-se.
26E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. 7E chegou também Lia com seus filhos, e inclina­
Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me aben­ ram-se; e depois chegou José e Raquel e inclina­
çoares. ram-se.
8E disse Esaú: De que te serve todo este bando que
27E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos
28Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Is­
olhos de meu senhor.
rael; pois como príncipe lutaste com Deus e com os
9Mas Esaú disse: Eu tenho bastante, meu irmão;
homens, e prevaleceste.
seja para ti o que tens.
29E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a
l0Então disse Jacó: Não, se agora tenho achado gra­
saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo
ça em teus olhos, peço-te que tomes o meu presente
meu nome? E abençoou-o ali.
da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto,
30E chamou Jacó o nom e daquele lugar Peniel, por­
com o se tivesse visto o rosto de Deus, e tomaste
que dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha
contentamento em mim.
alma foi salva.
1 'Toma, peço-te, a minha bênção, que te foi tra­
3IE saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e man­
zida; porque Deus graciosamente ma tem dado; e
quejava da sua coxa. porque tenho de tudo. E instou com ele, até que a
’-Por isso os filhos de Israel não com em o nervo tomou.
encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até o dia ,2E disse: Caminhemos, e andemos, e eu partirei
de hoje; porquanto tocara a juntura da coxa de Jacó adiante de ti.
no nervo encolhido. l3Porém ele lhe disse: Meu senhor sabe que estes
filhos são tenros, e que tenho com igo ovelhas e vacas
O encontro d e E saú e Jacó de leite; se as afadigarem som ente um dia, todo o
E LEVANTOU Jacó os seus olhos, e olhou, e rebanho morrerá.
eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens l4Ora passe o m eu senhor adiante de seu servo;
com ele. Então repartiu os filhos entre Lia, e Raquel, e eu irei com o guia pouco a pouco, conform e ao
e as duas servas. passo do gado que vai adiante de mim, e conforme
2E pôs as servas e seus filhos na frente, e a Lia e seus ao passo dos m eninos, até que chegue a meu senhor
filhos atrás; porém a Raquel e José os derradeiros. em Seir.

Tenho visto a Deus face a face testemunhar com olhos humanos sua glória celeste descober­
(32.30) ta. A referência em estudo nos mostra que Jacó estava diante
de uma manifestação teofânica de Deus. Ou seja, uma aparição
Mormonismo. Afirma que Deus Pai tem corpo físico e ros­ representada na forma humana. Neste caso, tratava-se de uma
to que podem ser vistos. aparição tangível, mas que não refletia a glória e o resplendor ce­
leste. O que seria algo impossível, de acordo com êxodo 33.20.
ÇT) Ceticismo. Diz haver contradição entre a referência em es-
Para o apóstolo Paulo, era extremamente possivel contemplar
® tudo e Éxodo 33.20,23 e João 1.18, por não concordarem
o resplendor divino de forma íntima, imanente (2Co 4.6). Jesus
com a possibilidade de o homem ver o Senhor face a face.
atestou a possibilidade da contemplação de Deus, o Pai, ape­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Existe diferença entre con- nas em representação humana, quando disse: *Quem me vê a
>= templar uma representação de Deus em figura humana e mim vê o Pai" (Jo 14.9).

43
GÊNESIS 33,34

15E Esaú disse: Perm ite então que eu deixe contigo darei o que m e disserdes; dai-m e som en te a m oça
alguns da m inha gente. E ele disse: Para que é isso? por m ulher.
Basta q ue ache graça aos olhos de m eu senhor. 1-’Então responderam os filhos de Jacó a Siquém e
"'Assim voltou Esaú aquele dia pelo seu cam inho a H am or, seu pai, enganosam ente, e falaram , p o r­
a Seir. quanto havia violado a D iná, sua irm ã.
l7Jacó, porém , partiu para Sucote e edificou para I4E disseram -lhe: N ão p o d em o s fazer isso, d ar a
si um a casa; e fez cabanas para o seu gado; p o r isso nossa irm ã a um hom em não circuncidado; porque
cham ou aquele lugar Sucote. isso seria um a vergonha para nós;
' ’N isso, porém , co nsentirem os a vós: se fordes
Jacó chega à S iq u é m e levanta u m altar com o nós; que se circuncide to d o o h o m em entre
l8E chegou Jacó salvo à Salém, cidade de Siquém, vós;
que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã- l6Então dar-vos-em os as nossas filhas, e to m are­
Arã; e arm o u a sua tenda diante da cidade. m os nós as vossas filhas, e h abitarem os convosco, e
|,*E com prou um a parte do cam po em que esten­ serem os um povo;
dera a sua tenda, da m ão dos filhos de H am or, pai de l7Mas se não nos ouvirdes, e não vos circuncidar­
Siquém , p o r cem peças de dinheiro. des, tom arem os a nossa filha e ir-nos-em os.
20E levantou ali um altar, e cham ou-lhe: D eus, o I8E suas palavras foram boas aos olhos de H am or,
Deus de Israel. e aos olhos de Siquém, filho de H am or.
19E não tardou o jovem em fazer isto; p orque a filha
D iná é desflorada de Jacó lhe contentava; e ele era o m ais ho n rad o de
E SAIU D iná, filha de Lia, que esta dera a toda a casa de seu pai.
Jacó, para ver as filhas da terra. 2<’Veio, pois, H am o r e Siquém , seu filho, à p o rta
2E Siquém , filho de H am or, heveu, príncipe da­ da sua cidade, e falaram aos hom ens da sua cidade,
quela terra, viu-a, e tom ou-a, e deitou-se com ela, dizendo:
e hum ilhou-a. 2‘Estes h o m en s são pacíficos conosco; p o rtan to
'E apegou-se a sua alm a com D iná, filha de Jacó, e habitarão nesta terra, e negociarão nela; eis que a
am ou a m oça e falou afetuosam ente à moça. terra é larga de espaço para eles; tom arem os nós as
4Falou tam bém Siquém a H am or, seu pai, dizendo: suas filhas p o r m ulheres, e lhes darem os as nossas
Tom a-m e esta m oça por m ulher. filhas.
’Q uan d o Jacó ouviu que D iná, sua filha, fora vio­ 22Nisto, porém , consentirão aqueles hom ens, em
lada, estavam os seus filhos no cam po com o gado; habitar conosco, para que sejamos um povo, se todo
e calou-se Jacó até que viessem. o ho m em entre nós se circuncidar, com o eles são
6E saiu H am or, pai de Siquém , a Jacó, para falar circuncidados.
com ele. 23E seu gado, as suas possessões, e to d o s os seus
7E vieram os filhos de Jacó d o cam po, ouvindo isso, anim ais não serão nossos? C onsintam os som ente
e entristeceram -se os hom ens, e iraram -se m uito, com eles e habitarão conosco.
p o rq u an to Siquém com etera um a insensatez em 24E deram ouvidos a H am or e a Siquém, seu filho,
Israel, deitando-se com a filha de Jacó; o que não se todos os que saíam da p o rta da cidade; e foi circun­
devia fazer assim. cidado todo o hom em , de todos os que saíam pela
“Então falou H am or com eles, dizendo: A alm a de po rta da sua cidade.
Siquém, m eu filho, está enam orada da vossa filha;
dai-lha, peço-vos, po r m ulher; A traição de Sinteão e Levi
9E aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas, 25E aconteceu que, ao terceiro dia, q u an d o esta­
e tom ai as nossas filhas para vós; vam com a mais violenta dor, os dois filhos de Jacó,
l0E habitareis conosco; e a te rra estará diante de Simeão e Levi, irm ãos de Diná, to m aram cada um
vós; habitai e negociai nela, e tom ai possessão nela. a sua espada, e en traram afoitam ente na cidade, e
" E disse Siquém ao pai dela, e aos irm ãos dela: m ataram todos os hom ens.
Ache eu graça em vossos olhos, e darei o que m e 26M ataram tam b ém ao fio da espada a H am or, e
disserdes; a seu filho Siquém ; e to m aram a D iná da casa de
,2A um entai m uito sobre m im o dote e a dádiva e Siquém , e saíram.

44
GÊNESIS 34,35

27Vieram os filhos de Jacó aos m o rto s e saquearam 8E m orreu D ébora, a am a de Rebeca, e foi sepulta­
a cidade; porquanto violaram a sua irm ã. da ao pé de Betei, debaixo do carvalho cujo no m e
28As suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus ju m en ­ cham ou Alom-Bacute.
tos, e o que havia na cidade e no cam po, tom aram . 9E apareceu Deus o u tra vez a Jacó, v indo de Padã-
29E todos os seus bens, e todos os seus m eninos, e Arã, e abençoou-o.
as suas mulheres, levaram presos, e saquearam tudo I0E disse-lhe Deus: O teu no m e é Jacó; não te
o que havia em casa. cham arás m ais Jacó, m as Israel será o teu nom e. E
30Então disse Jacó a Sim eão e a Levi: Tendes-m e cham ou-lhe Israel.
turbado, fazendo-m e cheirar mal entre os m o rad o ­ 1 'Disse-lhe m ais Deus: Eu sou o Deus Todo-Pode-
res desta terra, entre os cananeus e perizeus; tendo roso; frutifica e m ultiplica-te; u m a nação, sim, um a
eu pouco povo em núm ero, eles ajuntar-se-ão, e m ultidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos
serei destruído, eu e m inha casa. teus lombos;
3,E eles disseram : D evia ele tra ta r a nossa irm ã l2E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a
com o a u m a prostituta?
Isaque, e à tua descendência depois de ti darei a terra.
13E Deus subiu dele, do lugar o n d e falara com ele.
D eus m anda Jacó a B etei levantar u m altar
14E Jacó pôs um a coluna no lugar onde falara com
DEPOIS disse D eus a Jacó: Levanta-te,
ele, um a coluna de pedra; e d erram o u sobre ela um a
sobe a Betei, e habita ali; e faze ali um altar
libação, e deitou sobre ela azeite.
ao Deus que te apareceu, qu an d o fugiste da face de
I5E ch am o u Jacó aquele lugar, o n d e D eus falara
Esaú teu irmão.
com ele, Betei.
2Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com
ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio
O na scim en to de B e n ja m im e a
de vós, e purificai-vos, e m udai as vossas vestes.
m o rte d e R a q u el
’E levantem o-nos, e subam os a Betei; e ali farei um
l6E p artiram de Betei; e havia ainda u m pequeno
altar ao Deus que m e respondeu no dia da m inha
angústia, e que foi com igo no cam inho que tenho espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Ra­
andado. quel, e ela teve trabalho em seu parto.
4Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, 17E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto,
que tinham em suas m ãos, e as arrecadas que esta­ lhe disse a parteira: N ão tem as, p orque tam bém este
vam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do filho terás.
carvalho que está ju n to a Siquém. I8E aconteceu que, saindo-se-lhe a alm a (porque
5E partiram ; e o terro r de D eus foi sobre as cidades m orreu), cham ou-lhe Benoni; m as seu pai cham ou-
que estavam ao redor deles, e não seguiram após os lhe Benjamim.
filhos de Jacó. l9Assim m o rreu Raquel, e foi sepultada no cam i­
6Assim chegou Jacó a Luz, que está na te rra de nho de Efrata; que é Belém.
Canaã (esta é Betei), ele e to d o o povo que com 20E Jacó pôs u m a coluna sobre a sua sepultura; esta
ele havia. é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
7E edificou ali um altar, e cham ou aquele lugar El- 2'E ntão p artiu Israel, e estendeu a sua tenda além
Betel; p o rquanto Deus ali se lhe tinha m anifestado, de Migdal Eder.
q u an d o fugia da face de seu irm ão. 22E aconteceu que, habitando Israel naquela terra,

Pôs uma coluna sobre a sua sepultura lar quanto no plural. Suas designações: a) Um terreno que
(35.20) pode ser vendido e comprado para qualquer finalidade, como.
por exemplo, sepultar parentes (Éx 14.11); b) Um lugar que
Testemunhas de Jeová. Ensinam que o sheol e o hades
pode ser tocado por uma pessoa viva (Nm 19.16); c) Um lu­
significam a sepultura comum da humanidade. Na sepul­
gar em que os ossos (restos mortais) podem ser encontrados
tura, os mortos estão em descanso, aguardando o dia da ressur­
(2Rs 13.21); d) Um lugar que pode ser cavado e ossos, exuma­
reição. Não estão lá para ser condenados pelos pecados que co­
dos (2Rs 23.16). Diferentemente, sheol, no hebraico, e hades,
meteram em vida, mas. sim, para alcançar uma nova oportunida­
no grego, sempre são citados no singular, nunca no plural; e
de de salvação durante os mil anos do reinado de Cristo.
se referem a um lugar invisível da alma, nunca ao local do se-
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra hebraica para pultamento do corpo (Lc 16.23).
sepultura é kever, e pode ser vista tanto no singu­

45
GÊNESIS 35,36

foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu Sam á e M izá; estes foram os filhos d e Basem ate,
pai; e Israel o soube. E eram doze os filhos de Jacó. m ulher de Esaú.
2,Os filhos de Lia: Rúben, o prim ogênito de Jacó, UE estes foram os filhos de A olibam a, m u lh er de
depois Simeão e Levi, e Judá, e Issacar e Zebulom ; Esaú, filha de Aná, filho de Zibeão; ela teve de Esaú:
24O s filhos de Raquel: José e Benjamim; Jeús, Jalão e Coré.
2,E os filhos de Bila, serva de Raquel: D ã e Naftali; l5Estes são os príncipes dos filhos de Esaú: os filhos
2f,E os filhos de Ziipa, serva de Lia: G ade e Aser. de Elifaz, o prim ogênito de Esaú, o príncipe Temã, o
Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em príncipe Omar, o príncipe Zefô, o príncipe Quenaz.
Padã-Arã. "’O príncipe C oré, o p rín cip e G aetã, o p rín cip e
27E Jacó veio a seu pai Isaque, a M anre, a Q uiriate- Amaleque; estes são os príncipes de Elifaz na terra
A rba (que é H ebrom ), o nde peregrinaram A braão de Edom; estes são os filhos de Ada.
e Isaque. I7E estes são os filhos de Reuel, filhos de Esaú: o
28E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. príncipe N aate, o p rín cip e Zerá, o príncipe Samá,
29E Isaque expirou, e m orreu, e foi recolhido ao seu o príncipe M izá; estes são os prín cip es de Reuel,
povo, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus filhos, na terra de Edom ; estes são os filhos de Basemate,
o sepultaram . m ulher de Esaú.
I8E estes são os filhos de A olibam a, m u lh er de Esaú:
Os d escendentes de Esaú o príncipe Jeús, o príncipe Jalão, o p rín cip e Coré;
E ESTAS são as gerações de Esaú (que é estes são os príncipes de A olibam a, filha de Aná,
Edom ). m ulher de Esaú.
2Esaú to m ou suas m ulheres das filhas de Canaã; a l9Estes são os filhos de Esaú, e estes são seus p rín ­
Ada, filha de Elom, heteu, e a Aolibama, filha de Aná, cipes: Ele é Edom.
filho de Zibeão, heveu. -‘’Estes são os filhos de Seir, horeu, m oradores da­
}E a Basemate, filha de Ismael, irm ã de Nebaiote. quela terra: Lotã, Sobal, Zibeão e Aná,
■*E Ada teve de Esaú a Elifaz; e Basem ate teve a 2'D isom , Eser e Disã; estes são os prín cip es dos
Reuel; horeus, filhos de Seir, na terra de Edom .
5E A olibam a deu à luz a Jeús, Jalão e Coré; estes 22E os filhos de Lotã foram H ori e H om ã; e a irm ã
são os filhos de Esaú, que lhe nasceram na terra de de Lotã era Tim na.
Canaã. 23Estes são os filhos de Sobal: Alvã, M anaate, Ebal,
6E Esaú tom ou suas m ulheres, e seus filhos, e suas Sefô e Onã.
filhas, e todas as almas de sua casa, e seu gado, e to ­ 24E estes são os filhos de Zibeão: Aiá e Aná; este é o
dos os seus anim ais, e todos os seus bens, que havia Aná que achou as fontes term ais no deserto, q uando
ad q u irid o na terra de Canaã; e foi para outra terra apascentava os ju m en to s de Zibeão, seu pai.
apartando-se de Jacó, seu irm ão; 2,E estes são os filhos de Aná: D isom e A olibam a,
7Porque os bens deles eram m uitos para habitarem afilha de Aná.
juntos; e a terra de suas peregrinações não os podia 26E estes são os filhos de Disã: H endã, Esbã, Itrã e
sustentar p o r causa do seu gado. Querã.
8P ortanto Esaú habitou na m o n tan h a de Seir; Esaú 27Estes são os filhos d e Eser: Bilã, Zaavã e Acã.
é Edom. 2ítEstes são os filhos de Disã: Uz e Arã.
9Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos edo- 29Estes são os prín cip es dos horeus: o príncipe
meus, na m o n tan h a de Seir. Lotã, o p rín cip e Sobal, o príncipe Zibeão, o p rín ­
l0Estes são os nom es dos filhos de Esaú: Elifaz, filho cipe Aná.
de Ada, m ulher de Esaú; Reuel, filho de Basemate, ,0O p rín cip e D isom , o príncipe Eser, o príncipe
m ulher de Esaú. Disã: estes são os príncipes dos horeus segundo os
n E os filhos de Elifaz foram : Temã, O m ar, Zefô, seus p rincipados na terra de Seir.
G aetã e Quenaz. 3IE estes são os reis qu e reinaram na te rra de
,2E T im na era concubina de Elifaz, filho de Esaú, e E dom , antes que reinasse rei algum sobre os filhos
teve de Elifaz a Amaleque. Estes são os filhos de Ada, de Israel.
m ulher de Esaú. 32Reinou, pois, em E dom Bela, filho de Beor, e o
L,E estes foram os filhos de Reuel: N aate, Zerá, nom e da sua cidade foi Dinabá.

46
GÊNESIS 36,37

33E m o rreu Bela; e Jobabe, filho de Zerá, de Bozra, bém ficava em pé, e eis que os vossos m olhos o ro ­
reinou em seu lugar. deavam, e se inclinavam ao m eu m olho.
i4E m orreu Jobabe; e Husão, da terra dos tem ani- 8Então lhe disseram seus irm ãos: Tu, pois, deveras
tas, reinou em seu lugar. reinarás sobre nós? Tu deveras terás d o m ínio sobre
” E m orreu Husão, e em seu lugar reinou Hadade, nós? Por isso ainda m ais o odiavam p o r seus sonhos
filho de Bedade, o que feriu a M idiã, no cam po de e por suas palavras.
Moabe; e o nom e da sua cidade/oi Avite. 9E teve José o u tro sonho, e o co ntou a seus irm ãos, e
36E m o rreu H adade; e Samlá de M asreca reinou disse: Eis que tive ainda o u tro sonho; e eis que o sol,
em seu lugar. e a lua, e onze estrelas se inclinavam a m im .
r E m o rreu Samlá; e Saul de Reobote, ju n to ao rio, I0E co n tan d o -o a seu pai e a seus irm ãos, rep re­
reinou em seu lugar. endeu-o seu pai, e disse-lhe: Q ue son h o é este que
38E m orreu Saul; e Baal-Hanã, filho de Acbor, rei­ tiveste? P o rv en tu ra virem os, eu e tu a m ãe, e teus
nou em seu lugar. irm ãos, a inclinar-nos p erante ti em terra?
,9E m o rreu Baal-H anã, filho de Acbor; e H adar rei­ "S eu s irm ãos, pois, o invejavam; seu pai porém
nou em seu lugar, e o nom e de sua cidade/oi Pau; e o guardava este negócio no seu coração.
nom e de sua m ulher fo i M eetabel, filha de M atrede, l2E seus irm ãos foram apascentar o rebanho de seu
filha de Me-Zaabe. pai, ju n to de Siquém.
40E estes são os nom es dos príncipes de Esaú, se­ 13Disse, pois, Israel a José: N ão apascentam os teus
gundo as suas gerações, segundo os seus lugares, irm ãos ju n to de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a eles.
com os seus nom es: o príncipe T im na, o príncipe E ele respondeu: Eis-me aqui.
Alva, o príncipe Jetete, 14E ele lhe disse: O ra vai, vê com o estão teus irmãos,
410 príncipe Aolibama, o príncipe Ela, o príncipe e com o está o rebanho, e traze-m e resposta. Assim o
Pinom , enviou do vale de H ebrom , e foi a Siquém.
420 príncipe Q uenaz, o príncipe Temã, o príncipe I5E ach o u -o u m h o m em , p o rq u e eis q ue andava
Mibzar, erran te pelo cam po, e p erg u n to u -lh e o h o m em ,
4,0 príncipe Magdiel, o príncipe Irã: estes são os dizen-do: Q ue procuras?
príncipes de Edom , segundo as suas habitações, na I6E ele disse: P rocuro m eus irm ãos; dize-m e, peço-
terra da sua possessão. Este é Esaú, pai de Edom. te, onde eles apascentam .
I7E disse aquele hom em : Foram -se daqui; porque
Os sonhos de José ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu atrás
E JACÓ habitou na terra das peregrinações de seus irm ãos, e achou-os em Dotã.
de seu pai, na terra de Canaã.
2Estas são as gerações de Jacó. Sendo José de dezes­ O s irm ãos d e José conspiram a sua m orte
sete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; 1SE v iram -n o de longe e, antes que chegasse a eles,
sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e conspiraram co n tra ele para o m atarem .
com os filhos de Zilpa, m ulheres de seu pai; e José 19E d isseram u m ao o u tro : Eis lá vem o so n h a-
trazia m ás notícias deles a seu pai. d o r-m o r!
3E Israel am ava a José m ais do que a todos os seus 20V inde, pois, agora, e m atem o-lo, e lancem o-lo
filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe um a num a destas covas, e direm os: U m a fera o com eu; e
túnica de várias cores. verem os que será dos seus sonhos.
4 Vendo, pois, seus irm ãos que seu pai o am ava mais 2IE o u v in d o -o R úben, liv ro u -o das suas m ãos, e
do que a todos eles, o d iaram -n o , e não p o -d iam disse: N ão lhe tirem os a vida.
falar com ele pacificamente. 22Tam bém lhes disse Rúben: N ão derram eis san­
sTeve José u m sonho, que contou a seus irm ãos; gue; lançai-o nesta cova, que está n o deserto, e não
por isso o odiaram ainda mais. lanceis m ãos nele; isto disse para livrá-lo das m ãos
"E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho deles e para to rn á-lo a seu pai.
sonhado: 23E aconteceu que, chegando José a seus irm ãos,
7Eis que estávamos atan d o m olhos no m eio do tiraram de José a sua túnica, a túnica de várias cores,
cam po, e eis que o m eu m olho se levantava, e ta m ­ que trazia.

47
GÊNESIS 37,38

24E tom aram -no, e lançaram -no na cova; porém a Ju d á e Tam ar


cova estava vazia, não havia água nela. E ACONTECEU no m esm o tem p o que
25D epois assentaram -se a com er pão; e levantaram Judá desceu de entre seus irm ãos e entrou
os seus olhos, e olharam , e eis que um a com panhia na casa de um h o m em de A dulão, cujo n o m e era
de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos tra ­ H ira,
ziam especiarias e bálsam o e m irra, e iam levá-los 2E viu Judá ali a filha de um hom em cananeu, cujo
ao Egito. nom e era Sua; e to m o u -a p o r m ulher, e a possuiu.
!E ela concebeu e d eu à luz um filho, e cham ou-
José é vendido pelos seus irm ãos lhe Er.
26Então Judá disse aos seus irm ãos: Q ue proveito 4E to rn o u a conceber e deu à luz um filho, e cha-
haverá que m atem os a nosso irm ão e escondam os m ou-lh e Onã.
o seu sangue? ’E co n tin u o u ainda e deu à luz um filho, e cham ou-
27Vinde e vendam o-lo a estes ismaelitas, e não seja lhe Selá; e Judá estava em Q uezibe, q u an d o ela o
nossa m ão sobre ele; porque ele é nosso irm ão, nos­ deu à luz.
6Judá, pois, to m o u um a m ulher para Er, o seu p ri­
sa carne. E seus irm ãos obedeceram .
m ogênito, e o seu nom e era Tamar.
28Passando, pois, os m ercadores m idianitas, ti­
7Er, p o rém , o prim o g ên ito de Judá, era m au aos
raram e alçaram a José da cova, e venderam José
olhos do S enhor , p o r isso o S enhor o m atou.
p o r vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais
sE ntão disse Judá a O nã: Toma a m u lh er do teu
levaram José ao Egito.
irm ão, e casa-te com ela, e suscita descendência a
29Voltando, pois, R úben à cova, eis que José não
teu irm ão.
estava na cova; então rasgou as suas vestes.
9O nã, porém , soube que esta descendência não h a­
30E voltou a seus irm ãos e disse: O m enino não está;
via de ser para ele; e aconteceu que, q u an d o possuía
e eu aonde irei?
a m ulh er de seu irm ão, derram ava o sêm en na terra,
3'E ntão tom aram a túnica de José, e m ataram um
para não dar descendência a seu irm ão.
cabrito, e tingiram a túnica no sangue. I0E o q u e fazia e ra m a u a o s o lh o s d o S enhor , p e lo
32E enviaram a túnica de várias cores, m andando q u e ta m b é m o m a to u .
levá-la a seu pai, e disseram : Tem os achado esta "E n tã o disse Judá a Tam ar sua nora: Fica-te vi­
túnica; conhece agora se esta será o u não a túnica úva na casa de teu pai, até que Selá, m eu filho, seja
de teu filho. grande. P orquanto disse: Para que p o rventura não
33E conheceu-a, e disse: É a túnica de m eu filho; um a m o rra tam bém este, com o seus irm ãos. Assim se foi
fera o com eu; certam ente José foi despedaçado. T am ar e ficou na casa de seu pai.
,4Então Jacó rasgou as suas vestes, pôs saco sobre os l2Passando-se pois m uitos dias, m o rreu a filha de
seus lom bos e lam entou a seu filho m uitos dias. Sua, m u lh er de Judá; e depois de consolado Judá
3,E levantaram -se todos os seus filhos e todas as subiu aos tosquiadores das suas ovelhas em Tim na,
suas filhas, para o consolarem ; recusou porém ser ele e H ira, seu amigo, o adulam ita.
consolado, e disse: P orquanto com choro hei de 13E d eram aviso a Tam ar, dizendo: Eis que o teu
descer ao m eu filho até a sepultura. Assim o chorou sogro sobe a T im na, a tosquiar as suas ovelhas.
seu pai. l4E ntão ela tiro u de sobre si os vestidos da sua v iu ­
36E os m idianitas venderam -no no Egito a Potifar, vez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e assentou-
oficial de Faraó, capitão da guarda. se à entrada das duas fontes que estão no cam inho de

Hei de descer ao meu fllho até a sepultura duas partes. O lugar dos santos era chamado Seio de Abraáo, Tro­
(37.35,36) no da glória e Jardim do Éden. A outra parte era o infemo. lugar
de tormento consciente dos perdidos (Lc 16.19-31). Na referên­
Testemunhas de Jeová. Dogmatizam a palavra sheol, di­
cia em estudo, fica claro que Jacó não considerava o sheol como
zendo que significa única e exclusivamente a sepultura co­
simples sepultura, mas um lugar na região inferior. Prova disso é
mum da humanidade.
que ele desejou ir ao sheol para encontrar-se com José, seu filho
RESPOSTA APOLOGÉTICA: No hebraico, o termo tradu­ querido. Jacó não esperava encontrar seu filho na sepultura, mas
zido na ACF por sepultura também é sheol, que é corres­ em outro lugar, no mundo invisível dos mortos (V. Lc 16.23). Sen­
pondente à palavra grega hades, cujo significado é ‘ o mundo Invi­ do assim, sheol não pode significar simplesmente a sepultura co­
sível dos mortos". Antes da vinda de Cristo, o sheol se dividia em mum da humanidade.

48
GÊNESIS 38,39

Tim na, porque via que Selá já era grande, e ela não 30E depois saiu o seu irm ão, em cuja m ão estava o
lhe fora dada po r mulher. fio encarnado; e cham aram -lhe Zerá.
I5E vendo-a Judá, teve-a po r um a prostituta, p o r­
que ela tinha coberto o seu rosto. José tia casa de Potifar
i6E dirigiu-se a ela no cam inho, e disse: Vem, E JOSÉ foi levado ao Egito, e Potifar, ofi­
peço-te, deixa-m e possuir-te. P orquanto não sabia cial de Faraó, capitão da guarda, hom em
que era sua nora. E ela disse: Q ue darás, para que egípcio, co m p ro u -o da m ão dos ism aelitas que o
possuas a mim? tinham levado lá.
1 'E ele disse: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. 2E o S en h or estava com José, e foi hom em p ró sp e­
E ela disse: D ar-m e-ás p en h o r até que o envies? ro; e estava na casa de seu senhor egípcio.
l8Então ele disse: Q ue p enhor é que te darei? E ela ’Vendo, pois, o seu senhor q ue o S e n h o r estava
disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está com ele, e tu d o o que fazia o S e n h o r prosperava em
em tua m ão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela sua mão,
concebeu dele. 4José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele
I9E ela se levantou, e se foi e tiro u de sobre si o seu o pôs sobre a sua casa, e entregou n a sua m ão tudo
véu, e vestiu os vestidos da sua viuvez. o que tinha.
20E Judá enviou o cabrito po r m ão do seu am igo, o ’E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua
adulam ita, para to m a r o pen h o r da m ão da m ulher; casa e sobre tu d o o que tinha, o S en h or abençoou
porém não a achou. a casa do egípcio p o r am o r de José; e a bênção do
21E p erguntou aos hom ens daquele lugar, dizendo: S en h or foi sobre tu d o o q ue tin h a, na casa e no
O nde está a prostituta que estava no cam inho ju n to campo.
às duas fontes? E disseram: Aqui não esteve p rosti­ 6E deixou tu d o o que tin h a na m ão de José, de
tuta alguma. m aneira que nada sabia do que estava com ele, a não
22E tornou-se a Judá e disse: N ão a achei; e tam bém ser do pão qu e com ia. E José era form oso de porte,
disseram os hom ens daquele lugar: Aqui não esteve e de semblante.
prostituta. 7E aconteceu depois destas coisas que a m u lh er do
23Então disse Judá: Deixa-a ficar com o penhor, seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-
p ara que porv en tu ra não caiam os em desprezo; te comigo.
eis que ten h o enviado este cabrito; m as tu não a 8Porém ele recusou, e disse à m u lh er do seu senhor:
achaste. Eis que o m eu senhor não sabe do que há em casa co­
24E aconteceu que, quase três meses depois, deram migo, e entregou em m in h a m ão tu d o o que tem;
aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e 9N inguém há m aio r do que eu nesta casa, e n e­
eis que está grávida do adultério. Então disse Judá: n h u m a coisa m e vedou, senão a ti, p o rq u an to tu és
T irai-a fora para que seja queim ada. sua m ulher; com o pois faria eu tam an h a maldade,
25E tirando-a fora, ela m an d o u dizer a seu sogro: e pecaria contra Deus?
Do hom em de quem são estas coisas eu concebi. E ela I0E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e
disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e não lhe d ando ele ouvidos, para deitar-se com ela,
este cordão, e este cajado. e estar com ela,
^ E conheceu-os Judá e disse: M ais ju sta é ela do "S ucedeu n u m certo dia que ele veio à casa para
que eu, p o rq u an to não a te n h o dado a Selá m eu fazer seu serviço; e n en h u m dos da casa estava ali;
filho. E nunca m ais a conheceu. l2E ela lhe pegou pela sua roupa, dizendo: Deita-
27E aconteceu ao tem p o de d ar à luz que havia te comigo. E ele deixou a sua roupa na m ão dela, e
gêmeos em seu ventre; fugiu, e saiu para fora.
2KE sucedeu que, d ando ela à luz, que um pôs fora I3E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua
a mão, e a parteira tom ou-a, e atou em sua m ão um roupa em sua m ão, e fugira para fora,
fio encarnado, dizendo: Este saiu prim eiro. l4C h am o u aos ho m en s de sua casa, e falou-lhes,
29Mas aconteceu que, to rn an d o ele a recolher a sua dizendo: Vede, m eu m arido trouxe-nos u m hom em
mão, eis que saiu o seu irm ão, e ela disse: C om o tu hebreu para escarnecer de nós; veio a m im para dei­
tens rom pido, sobre ti é a rotura. E cham aram -lhe tar-se comigo, e eu gritei com grande voz;
Perez. 15E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a

49
GÊNESIS 39,40

m inha voz e gritava, deixou a sua roupa comigo, e do seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egito,
fugiu, e saiu para fora. que estavam presos na casa do cárcere.
I6E ela pôs a sua roupa perto de si, até que o seu 6E veio José a eles pela m anhã, e o lh o u p ara eles, e
senhor voltou à sua casa. viu que estavam p erturbados.
17Então falou-lhe conform e as m esm as palavras, 7Então p erg u n to u aos oficiais de Faraó, que com
dizendo: Veio a m im o servo hebreu, que nos tro u ­ ele estavam no cárcere da casa de seu senhor, dizen­
xeste, para escarnecer de m im ; do: Por que estão hoje tristes os vossos semblantes?
l8E aconteceu que, levantando eu a m in h a voz e 8E eles lhe disseram : Tivem os u m sonho, e n in ­
gritando, ele deixou a sua roupa com igo, e fugiu guém há que o interprete. E José disse-lhes: N ão são
para fora. de D eus as interpretações? C ontai-m o, peço-vos.
I9E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as p a­ ''Então contou o copeiro-m or o seu sonho a José,
lavras de sua m ulher, que lhe falava, dizendo: C on­ e disse-lhe: Eis que em m eu sonho havia u m a vide
form e a estas m esm as palavras m e fez teu servo, a diante da m inha face.
sua ira se acendeu. 1 °E na vide três sarm entos, e b ro tan d o ela, a sua flor
20E o senhor de José o tom ou, e o entregou na casa saía, e os seus cachos am adureciam em uvas;
do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam 1 ‘E o copo de Faraó estava na m inha m ão, e eu to ­
encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere. m ava as uvas, e as esprem ia no copo de Faraó, e dava
210 Se nho r , porém , estava com José, e estendeu so­o copo na m ão de Faraó.
bre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos 12E ntão disse-lhe José: Esta é a sua interpretação:
do carcereiro-m or. O s três sarm entos são três dias;
22E o carcereiro-m or entregou na m ão de José to ­ ’’D entro ainda de três dias Faraó levantará a tua
dos os presos que estavam na casa do cárcere, e ele cabeça, e te restaurará ao teu estado, e darás o copo
ordenava tudo o que se fazia ali. de Faraó n a sua m ão, conform e o costum e antigo,
21E o carcereiro-m or não teve cuidado de n e ­ quand o eras seu copeiro.
n hu m a coisa que estava na m ão dele, p o rquanto o l4Porém lem bra-te de m im , q uando te for bem ; e
rogo-te que uses com igo de com paixão, e que faças
S e n h o r estava com ele, e tudo o que fazia o S e n h o r
prosperava. m enção de m im a Faraó, e faze-me sair desta casa;
15Porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus;
José na prisão interpreta dois sonhos e tam p o u co aqui nada tenho feito p ara que m e p u ­
E ACONTECEU, depois destas coisas, que sessem nesta cova.
o l6Vendo então o padeiro-m or que tin h a interpre­
copeiro do rei do Egito, e o seu padeiro,
ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. tado bem , disse a José: Eu tam bém sonhei, e eis que
2E indignou-se Faraó m uito co n tra os seus dois três cestos brancos estavam sobre a m inha cabeça;
oficiais, contra o copeiro-m o r e contra o padeiro- l7E no cesto m ais alto havia de todos os m anjares
mor. de Faraó, o bra de padeiro; e as aves o com iam do
3E entregou-os à prisão, na casa do capitão da cesto, de sobre a m inha cabeça.
guarda, n a casa do cárcere, n o lugar onde José es­ l8E ntão respondeu José, e disse: Esta é a sua inter­
tava preso. pretação: Os três cestos são três dias;
4E o capitão da guarda pô-los a cargo de José, para l9D entro ainda de três dias Faraó tirará a tu a cabe­
que os servisse; e estiveram m uitos dias na prisão. ça e te p en d u rará n u m pau, e as aves com erão a tua
5E am bos tiveram um sonho, cada um seu sonho, carne de sobre ti.
na m esm a noite, cada um conform e a interpretação 20E aconteceu ao terceiro dia, o dia do nascim ento

O dia do nascimento de Faraó gãos, e decretavam a morte de alguém na ocasião em que come­
(40.20-22) moravam seus aniversários. Nenhum herói da fé comemorou ani­
versário, mas apenas homens ímpios..
Testemunhas de Jeová. Afirmam que há apenas dois ani­
versários na Bíblia: o de Faraó e o de Herodes (Mt 14.6; Mc RESPOSTA APOLOGÉTICA: Contrariando as Testemu­
6.21). Com base nisso, a Sociedade Torre de Vigia proíbe que nhas de Jeová, a Bíblia relata alguns outros aniversários.
seus adeptos celebrem aniversário e ataca aqueles que o come­ Jó era um homem justo e celebrava os aniversários de seus fi­
moram. Dizem que tanto Faraó quanto o rei Herodes eram reis pa­ lhos. “E Iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam ban-

50
GÊNESIS 40,41

de Faraó, que fez um banquete a todos os seus ser­ 1 'E ntão tivem os um son h o na m esm a noite, eu e
vos; e levantou a cabeça do copeiro-m or, e a cabeça ele; sonham os, cada um conform e a interpretação
do padeiro-m or, no m eio dos seus servos. do seu sonho.
21E fez to rn ar o copeiro-m or ao seu oficio de copei­ I2E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do
ro, e este deu o copo na m ão de Faraó, capitão da guarda, e contam os-lhe os nossos sonhos
22Mas ao padeiro-m or enforcou, com o José havia e ele no-los interpretou, a cada um conform e o seu
interpretado. sonho.
2iO copeiro-m or, porém , não se lem brou de José, I3E com o ele nos in terp reto u , assim aconteceu; a
antes se esqueceu dele. m im m e foi restituído o m eu cargo, e ele foi enfor­
cado.
José interpreta os sonhos de Faraó u Então m an d o u Faraó cham ar a José, e o fizeram
E ACONTECEU que, ao fim de dois anos sair logo do cárcere; e barbeou-se e m u d o u as suas
inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em roupas e apresentou-se a Faraó.
pé ju n to ao rio.
‘'E Faraó disse a José: Eu tive u m sonho, e ninguém
2E eis que subiam do rio sete vacas, form osas à vista
há que o interprete; m as de ti ouvi dizer que quando
e gordas de carne, e pastavam no prado.
ouves u m sonho o interpretas.
SE eis que subiam do rio após elas outras sete vacas,
U'E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está
feias à vista e m agras de carne; e paravam ju n to às
em m im ; D eus dará resposta de paz a Faraó.
outras vacas na praia do rio.
l7Então disse Faraó a José: Eis que em m eu sonho
4E as vacas feias à vista e m agras de carne, com iam
estava eu em pé na m argem do rio,
as sete vacas form osas à vista e gordas. E ntão acor­
1SE eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne
d o u Faraó.
e form osas à vista, e pastavam no prado.
5Depois d orm iu e sonhou ou tra vez, e eis que bro ­
I9E eis que o u tras sete vacas subiam após estas,
tavam de u m m esm o pé sete espigas cheias e boas.
6E eis que sete espigas m iúdas, e queim adas do m u ito feias à vista e m agras de carne; n ão tenho
vento oriental, brotavam após elas. visto o utras tais, q u anto à fealdade, em to d a a terra
7E as espigas m iúdas devoravam as sete espigas do Egito.
grandes e cheias. Então acordou Faraó, e eis que era 20E as vacas m agras e feias com iam as prim eiras
um sonho. sete vacas gordas;
8E aconteceu que pela m anhã o seu espírito pertur- 2IE en travam em suas en tran h as, m as não se co­
bou-se, e enviou e cham ou todos os adivinhadores nhecia que houvessem entrado; p o rq u e o seu pare­
do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó contou- cer era feio com o no princípio. Então acordei.
lhes os seus sonhos, m as ninguém havia que lhos 22D epois vi em m eu sonho, e eis que de u m m esm o
interpretasse. pé subiam sete espigas cheias e boas;
’Então falou o copeiro-m or a Faraó, dizendo: Das 2VE eis que sete espigas secas, m iúdas e queim adas
m inhas ofensas m e lem bro hoje: do vento oriental, brotavam após elas.
1 "Estando Faraó m uito indignado contra os seus 24E as sete espigas m iúdas devoravam as sete espi­
servos, e p o n d o -m e sob prisão na casa do capitão gas boas. E eu contei isso aos magos, m as ninguém
da guarda, a m im e ao padeiro-m or, houve que m o interpretasse.

quetes cada um por sua vez', o que indica a comemoração do especiais de A Sentinela e Despertai!). Náo comemoram somente
aniversário de cada um deles (Jó 1.4). Jó, referindo-se ao seu o dia do aniversário natalício (de nascimento). Junto a essa inter­
dia de nascimento, afirmou: "Pereça o dia em que nasci.,.', pretação oficial, a Sociedade Torre de Vigia acrescenta Eclesias-
(Jó 3.2,3). No versfculo 1, lemos: “Depois disto abriu Jó a sua tes 7.1, que diz: “Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento,
boca, e amaldiçoou o seu dia'. Tanto Faraó quanto Herodes, e o dia da morte do que o dia do nascimento". Mas essa tese não
pelo fato de serem reis ímpios e violentos, estavam acostuma­ resiste à verdade da Palavra de Deus. Lucas 1.14 diz: “ E terás pra­
dos a executar as pessoas em qualquer ocasião e não somen­ zer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento'. O nasci­
te no dia de seu aniversário. mento de João Batista foi uma ocasião de festa e alegria. Os filhos
As Testemunhas de Jeová náo proíbem celebrações e aniversá­ de Jó (servo temente e fiel a Deus) não deixavam passar em bran­
rios de casamento, e comemoraram com grande pompa os 100 co seus respectivos aniversários. Por que se baseiam em Faraó e
anos de aniversário do nascimento de sua instituição (em edições Herodes para que possam proibir essas comemorações?

51
GÊNESIS 41,42

“ Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um 43E o fez subir no segundo carro que tinha, e clam a­
só; o que Deus há de fazer, m ostrou-o a Faraó. vam diante dele: Ajoelhai. Assim o pôs sobre toda a
-6As sete vacas form osas são sete anos, as sete terra do Egito.
espigas form osas tam bém são sete anos, o sonho 44E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; po rém sem ti
éum só. ninguém levantará a sua m ão o u o seu pé em toda
27E as sete vacas feias à vista e m agras, que subiam a terra do Egito.
depois delas, são sete anos, e as sete espigas m iúdas 4,E Faraó ch am o u a José de Z afenate-Panéia, e
e queim adas do vento oriental, serão sete anos de deu-lhe p o r m u lh er a A zenate, filha de Potífera,
fome. sacerdote de O m ; e saiu José p o r toda a te rra do
“ Esta é a palavra que ten h o dito a Faraó; o que Egito.
Deus há de fazer, m ostrou-o a Faraó. 46E José era da idade de trin ta anos q u an d o se apre­
29E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura sentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença
em toda a terra do Egito. de Faraó e passou p o r to d a a terra do Egito.
,0E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e 47E nos sete anos de fartura a terra produziu ab u n ­
toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, dantem ente.
e a fom e consum irá a terra; 4SE ele aju n to u todo o m an tim en to dos sete
3IE não será conhecida a abundância n a terra, por anos, que houve n a te rra do Egito; e g u ard o u o
causa daquela fom e que haverá depois; porquanto m an tim e n to nas cidades, p o n d o nas m esm as o
será gravíssima. m antim en to do cam po que estava ao redor de cada
32E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é cidade.
porque esta coisa é determ inada por Deus, e Deus 49Assim aju n to u José m uitíssim o trigo, com o a
se apressa em fazê-la. areia do m ar, até que cessou de contar; p o rquanto
33Portanto, Faraó previna-se agora de um hom em não havia num eração.
entendido e sábio, e o p onha sobre a terra do Egito. ,0E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um
34Faça isso Faraó e p onha governadores sobre a ano de fom e), que lhe deu Azenate, filha de Potífera,
terra, e tom e a q u in ta p arte da te rra do Egito nos sacerdote de O m .
sete anos de fartura, 51E cham o u José ao prim ogênito M anassés, p o r­
3,E ajuntem toda a com ida destes bons anos, que que disse: Deus m e fez esquecer de todo o m eu tra ­
vêm , e am ontoem o trigo debaixo da m ão de Faraó, balho, e de toda a casa de m eu pai.
para m antim ento nas cidades, e o guardem . 52E ao segundo cham ou Efraim; p orque disse: Deus
36Assim será o m an tim e n to para p rovim ento da m e fez crescer na terra da m inha aflição.
terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra 53E ntão acabaram -se os sete anos de fartu ra que
do Egito; para que a terra não pereça de fome. havia n a terra do Egito.
37E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos 54E com eçaram a vir os sete anos de fom e, com o
olhos de todos os seus servos. José tin h a dito; e havia fome em todas as terras, mas
em tod a a terra do Egito havia pão.
Faraó põe José com o governador do E gito 55E ten d o to d a a te rra do Egito fom e, clam ou o
38E disse Faraó a seus servos: A charíam os um h o ­ povo a Faraó p o r pão; e Faraó disse a todos os egíp­
m em com o este em quem haja o espírito de Deus? cios: Ide a José; o que ele vos disser, fazei.
'“'D epois disse Faraó a José: Pois que D eus te fez S6H avendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José
saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio tu d o em que havia m antim ento, e vendeu aos egíp­
com o tu. cios; p o rq u e a fom e prevaleceu na terra do Egito.
40Tu estarás sobre a m inha casa, e por tu a boca se 57E de todas as terras vinham ao Egito, para com ­
governará todo o m eu povo, som ente no tro n o eu p rar de José; p o rq u an to a fom e prevaleceu em todas
serei m aior que tu. as terras.
4'Disse m ais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto
sobre toda a terra do Egito. O s irtnãos d e José descem ao Egito
42E tiro u Faraó o anel da sua m ão, e o pôs na m ão V EN D O então Jacó que havia m antim ento
de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs no Egito, disse a seus filhos: Por que estais
u m colar de ouro no seu pescoço. olhando uns para os outros?

52
GÊNESIS 42

2Disse mais: Eis que tenh o ouvido que há m anti­ 20E trazei-m e o vosso irm ão m ais novo, e serão
m entos no Egito; descei para lá, e com prai-nos dali, verificadas vossas palavras, e não m orrereis. E eles
para que vivamos e não m orram os. assim fizeram.
3Então desceram os dez irm ãos de José, para com ­ 21 Então disseram uns aos outros: N a verdade, somos
prarem trigo no Egito. culpados acerca de nosso irm ão, pois vim os a angús­
4A Benjam im , porém , irm ão de José, não enviou tia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não
Jacó com os seus irm ãos, porque dizia: Para que lhe ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia.
não suceda, porventura, algum desastre. 22E Rúben respondeu-lhes, dizendo: N ão vo-lo dizia
’Assim, entre os que iam lá foram os filhos de eu: N ão pequeis contra o m enino; m as não ouvistes; e
Israel p ara com prar, p o rq u e havia fom e na te rra vedes aqui, o seu sangue tam bém é requerido.
de Canaã. 23E eles não sabiam que José os entendia, porque
6José, pois, era o governador daquela terra; ele ven­ havia intérprete entre eles.
dia a todo o povo da terra; e os irm ãos de José chega­ 24E retirou-se deles e chorou. D epois to rn o u a eles,
ram e inclinaram -se a ele, com o rosto em terra. e falou-lhes, e to m o u a Simeão dentre eles, e am ar-
7E José, vendo os seus irm ãos, conheceu-os; porém rou-o perante os seus olhos.
m o stro u -se estranho para com eles, e falou-lhes
asperam ente, e disse-lhes: D e on d e vindes? E eles Os irm ãos de José vo lta m do E gito
disseram : Da terra de C anaã, para co m prarm os 25E ordenou José, que enchessem os seus sacos de
m antim ento. trigo, e que lhes restituíssem o seu dinheiro a cada
fiJosé, pois, conheceu os seus irm ãos; m as eles não um no seu saco, e lhes dessem com ida para o cam i­
o conheceram . nho; e fizeram -lhes assim.
9Então José lem brou-se dos sonhos que havia tido 26E carregaram o seu trigo sobre os seus jum entos
deles e disse-lhes: Vós sois espias, e viestes para ver e partiram dali.
a nudez da terra. 27E, ab rin d o um deles o seu saco, para dar pasto
1ÜE eles lhe disseram: Não, senhor m eu; m as teus ao seu ju m e n to n a estalagem , viu o seu dinheiro;
servos vieram com prar m antim ento. porque eis que estava na boca do seu saco.
1 ‘Todos nós som os filhos de um m esm o hom em ; 28E disse a seus irm ãos: Devolveram o m eu d in h ei­
som os h om ens de retidão; os teus servos não são ro, e ei-lo tam bém aqui no saco. Então lhes desfale­
espias. ceu o coração, e pasm avam , dizendo um ao outro:
I2E ele lhes disse: Não; antes viestes para ver a n u ­ Q ue é isto que Deus nos tem feito?
dez da terra. 29E vieram p ara Jacó, seu pai, na terra de Canaã; e
I3E eles disseram: Nós, teus servos, somos doze ir­ contaram -lhe tu d o o que lhes aconteceu, dizendo:
m ãos, filhos de um h om em n a terra de Canaã; e eis 3(lO hom em , o senhor da terra, falou conosco aspe­
que o mais novo está com nosso pai hoje; m as um ram ente, e trato u -n o s com o espias da terra;
já não existe. 31Mas dissem os-lhe: Som os hom ens de retidão;
l4Então lhes disse José: Isso é o que vos tenho dito, não som os espias;
sois espias; n Somos doze irm ãos, filhos de nosso pai; um não
15N isto sereis provados; pela vida de Faraó, não mais existe, e o mais novo está hoje com nosso pai
saireis daqui senão q uando vosso irm ão m ais novo na terra de Canaã.
vier aqui. 33E aquele h o m em , o sen h o r da terra, nos disse:
16Enviai um dentre vós, que traga vosso irm ão, mas N isto conhecerei que vós sois hom ens de retidão;
vós ficareis presos, e vossas palavras sejam provadas, deixai com igo um de vossos irm ãos, e tom ai para a
se há verdade convosco; e se não, pela vida de Faraó, fom e de vossas casas, e parti,
vós sois espias. 34E trazei-m e vosso irm ão m ais novo; assim sabe­
17E pô-los juntos, em prisão, três dias. rei que não sois espias, m as homens de retidão; então
ISE ao terceiro dia disse-lhes José: Fazei isso, e vive­ vos darei o vosso irm ão e negociareis na terra.
reis; porque eu tem o a Deus. 3,E aconteceu que, despejando eles os seus sacos,
l9Se sois hom ens de retidão, que fique um de vos­ eis que cada um tin h a o pacote com seu dinheiro no
sos irm ãos preso na casa de vossa prisão; e vós ide, seu saco; e viram os pacotes com seu dinheiro, eles
levai m antim ento para a fom e de vossa casa, e seu pai, e tem eram .

53
GÊNESIS 42,43

36Então Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-m e des­ l2E tom ai em vossas m ãos d in h eiro em dobro,
filhado; José já não existe e Sim eão não está aqui; e o dinheiro que voltou na boca dos vossos sacos
agora levareis a Benjamim. Todas estas coisas vie­ tornai a levar em vossas m ãos; bem p ode ser que
ram sobre m im . fosse erro.
37Mas R úben falou a seu pai, dizendo: M ata os l3Tomai tam b ém a vosso irm ão, e levantai-vos e
m eus dois filhos, se eu não to rn ar a trazê-lo para ti; voltai àquele hom em ;
entrega-o em m inha m ão, e tornarei a trazê-lo. 14E Deus Todo-Poderoso vos dê m isericórdia dian ­
38Ele porém disse: N ão descerá m eu filho convos­ te do hom em , p ara qu e deixe vir convosco vosso
co; p o rq uanto o seu irm ão é m o rto , e só ele ficou. o u tro irm ão, e B enjam im ; e eu, se fo r desfilhado,
Se lhe suceder algum desastre n o cam inho po r desfilhado ficarei.
onde fordes, fareis descer m inhas cãs com tristeza
à sepultura. Os irm ãos d e José ja n ta m co m ele
15E os hom ens to m aram aquele presente, e dinhei­
Os irm ãos de José descem outra vez ao Egito ro em dobro em suas m ãos, e a Benjamim; e levan­
E A FOM E era gravíssima na terra. taram -se, e desceram ao Egito, e apresentaram -se
2E aconteceu que, com o acabaram de diante de José.
com er o m an tim e n to que trouxeram do Egito, l6Vendo, pois, José a Benjam im com eles, disse ao
disse-lhes seu pai: Voltai, com prai-nos um pouco que estava sobre a sua casa: Leva estes hom ens à casa,
de alimento. e m ata reses, e p rep ara tudo; p o rq u e estes hom ens
3Mas Judá respondeu-lhe, dizendo: F ortem ente com erão com igo ao m eio-dia.
nos protestou aquele hom em , dizendo: N ão vereis 17E o ho m em fez com o José dissera, e levou-os à
a m inha face, se o vosso irm ão não vier convosco. casa de José.
4Se enviares conosco o nosso irm ão, descerem os e 18E ntão tem eram aqueles hom ens, p o rq u an to
te com prarem os alim ento; foram levados à casa de José, e diziam : Por causa do
’M asse não o enviares,não desceremos; porquanto dinheiro que dantes voltou nos nossos sacos, fomos
aquele hom em nos disse: N ão vereis a m inha face, se trazidos aqui, para nos incrim inar e cair sobre nós,
o vosso irm ão não vier convosco. para que nos tom e p o r servos, e a nossos jum entos.
6E disse Israel: P or que m e fizeste tal m al, fazen­ 1 ‘'P or isso chegaram -se ao hom em que estava sobre
do saber àquele ho m em que tínheis ainda outro a casa de José, e falaram com ele à p o rta da casa,
irmão? 20E disseram : Ai! senhor m eu, certam ente desce­
7E eles disseram : Aquele hom em particu larm en ­ m os dantes a co m p rar m antim ento;
te nos p erg u n to u p o r nós, e pela nossa parentela, 21E aconteceu que, chegando à estalagem, e ab rin ­
dizendo: Vive ainda vosso pai? Tendes m ais um do os nossos sacos, eis que o dinheiro d é cada um
irm ão? E respondem os-lhe conform e as m esm as estava na boca do seu saco, nosso dinheiro p o r seu
palavras. Podíam os nós saber que diria: Trazei peso; e to rn am o s a trazê-lo em nossas mãos;
vosso irmão? 22Tam bém tro u x em o s o u tro d in h eiro em nossas
sEntão disse Judá a Israel, seu pai: Envia o jovem m ãos, p ara co m p rar m an tim en to ; não sabem os
com igo, e levantar-nos-em os, e irem os, para que quem ten h a posto o nosso d in h eiro nos nossos
vivam os e não m orram os, nem nós, nem tu, nem sacos.
os nossos filhos. 23E ele disse: Paz seja convosco, não temais; o vosso
9Eu serei fiador po r ele, da m inha m ão o requere­ Deus, e o D eus de vosso pai, vos tem dado u m tesou­
rás; se eu não o trouxer, e não o puser perante a tu a ro nos vossos sacos; o vosso dinheiro m e chegou a
face, serei réu de crim e para contigo para sempre. m im . E trouxe-lhes fora a Simeão.
I0E se não nos tivéssem os detido, certam ente já 24D epois levou os hom ens à casa de José, e deu-lhes
estaríam os segunda vez de volta. água, e lavaram os seus pés; tam bém deu pasto aos
"E n tã o disse-lhes Israel, seu pai: Pois que assim seus jum entos.
é, fazei isso; tom ai do mais precioso desta terra em 25E prep araram o presente, para q u an d o José viesse
vossos vasos, e levai ao h om em u m presente: um ao m eio-dia; p o rq u e tin h a m ouvido que ali haviam
p o u co do bálsam o e um pouco de mel, especiarias e de com er pão.
m irra, terebinto e am êndoas; 26Vindo, pois, José à casa, trouxeram -lhe ali o p re­

54
GÊNESIS 43,44

sente que tinham em suas mãos; e inclinaram -se a 8Eis que o dinheiro, que tem os achado nas bocas
ele até à terra. dos nossos sacos, te to rn am o s a trazer desde a terra
27E ele lhes perguntou com o estavam, e disse: Vos­ de Canaã; com o, pois, fu rtaríam o s da casa do teu
so pai, o ancião de quem falastes, está bem? Ainda senhor prata ou ouro?
vive? 9 Aquele, com quem de teus servos for achado, m o r­
28E eles disseram: Bem está o teu servo, nosso pai ra; e ainda nós serem os escravos do m eu senhor.
vive ainda. E abaixaram a cabeça, e inclinaram -se. I0E ele disse: O ra seja tam bém assim conform e as
29E ele levantou os seus olhos, e viu a Benjamim, vossas palavras; aquele com quem se achar será m eu
seu irm ão, filho de sua mãe, e disse: Este é vosso ir­ escravo, porém vós sereis desculpados.
m ão m ais novo de quem falastes? D epois ele disse: 11E eles apressaram -se e cada u m pôs em terra o seu
Deus te dê a sua graça, m eu filho. saco, e cada um abriu o seu saco.
30E José apressou-se, po rq u e as suas entranhas I2E buscou, com eçando do m aior, e acabando no
com overam -se por causa do seu irm ão, e procurou mais novo; e achou-se o copo no saco de Benjamim.
onde chorar; e en trou na câm ara, e chorou ali. 13E ntão rasgaram as suas vestes, e carregou cada
3'D epois lavou o seu rosto, e saiu; e conteve-se, e um o seu jum ento, e to rn aram à cidade.
disse: Ponde pão. I4E veio Judá com os seus irm ãos à casa de José,
32E serviram -lhe à parte, e a eles tam bém à parte, e porque ele ainda estava ali; e p rostraram -se diante
aos egípcios, que com iam com ele, à parte; porque dele em terra.
os egípcios não podem com er pão com os hebreus, !,E disse-lhes José: Q ue é isto qu e fizestes? N ão
po rq u an to é abom inação para os egípcios. sabeis vós q ue um h o m em com o eu pode, m uito
33E assentaram -se diante dele, o prim ogênito bem , adivinhar?
segundo a sua prim ogenitura, e o m enor segundo
a sua m enoridade; do que os hom ens se m aravilha­ A h u m ild e súplica d e Judá
vam entre si. l6E ntão disse Judá: Q ue direm os a m eu senhor?
34E apresentou-lhes as porções que estavam diante Q ue falaremos? E com o nos justificaremos? Achou
dele; p orém a porção de Benjam im era cinco vezes D eus a iniqüidade de teus servos; eis que somos es­
m aio r do que as porções deles todos. E eles bebe­ cravos de m eu senhor, tan to nós com o aquele em
ram , e se regalaram com ele. cuja m ão foi achado o copo.
17Mas ele disse: Longe de m im que eu tal faça; o h o ­
A astúcia d e José para d eter seus irmãos m em em cuja m ão o copo foi achado, esse será m eu
E DEU ordem ao que estava sobre a sua servo; porém vós, subi em paz para vosso pai.
casa, dizendo: Enche de m a n tim en to os l8E ntão Judá se chegou a ele, e disse: Ai! senhor
sacos destes hom ens, q uanto puderem levar, e põe m eu, deixa, peço-te, o teu servo dizer um a palavra
o dinheiro de cada um na boca do seu saco. aos ouvidos de m eu senhor, e não se acenda a tu a ira
2E o m eu copo, o copo de prata, porás na boca do contra o teu servo; p orque tu és com o Faraó.
saco do m ais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez '''M eu senhor p erg u n to u a seus servos, dizendo:
conform e a palavra que José tinha dito. Tendes vós pai, ou irmão?
’V inda a luz da m anhã, despediram -se estes h o ­ 20E dissemos a m eu senhor: Temos u m velho pai,
m ens, eles com os seus jum entos. e um filho da sua velhice, o m ais novo, cujo irm ão é
4Saindo eles da cidade, e não se havendo ainda dis­ m orto; e só ele ficou de sua m ãe, e seu pai o ama.
tanciado, disse José ao que estava sobre a sua casa: 21Então tu disseste a teus servos: Trazei-m o a m im ,
Levanta-te, e persegue aqueles hom ens; e, alcançan- e porei os m eus olhos sobre ele.
do-os, lhes dirás: Por que pagastes mal p o r bem? 22E nós dissem os a m eu senhor: Aquele m oço não
5N ão é este o copo em que bebe m eu senhor e poderá deixar a seu pai; se deixar a seu pai, este
pelo qual bem adivinha? Procedestes mal n o que m orrerá.
fizestes. 23E ntão tu disseste a teus servos: Se vosso irm ão
6E alcançou-os, e falou-lhes as m esm as palavras. m ais novo não descer convosco, nunca m ais vereis
7E eles disseram-lhe: Por que diz m eu senhor tais a m inha face.
palavras? Longe estejam teus servos de fazerem 24E aconteceu que, su b in d o n ó s a teu servo m eu
sem elhante coisa. pai, e co ntando-lhe as palavras de m eu senhor,

55
GÊNESIS 44,45

25Disse nosso pai: Voltai, com prai-nos um pouco "Pelo que Deus m e enviou adiante de vós, para
de m antim ento. conservar vossa sucessão n a terra, e para guardar-
26E nós dissemos: N ão poderem os descer; mas, se vos em vida p o r um grande livram ento.
nosso irm ão m enor for conosco, desceremos; pois "Assim não fostes vós que m e enviastes para cá, se­
não poderem os ver a face do hom em se este nosso não Deus, que m e tem posto p o r pai de Faraó, e p o r
irm ão m enor não estiver conosco. senhor de toda a sua casa, e com o regente em toda
27E ntão disse-nos teu servo, m eu pai: Vós sabeis a terra do Egito.
que m inha m ulher m e deu dois filhos; ’Apressai-vos, e subi a m eu pai, e dizei-lhe: Assim
28E um ausentou-se de m im , e eu disse: C ertam en­ tem dito o teu filho José: D eus me tem posto p o r
te foi despedaçado, e não o tenho visto até agora; senhor em toda a terra do Egito; desce a m im , e não
29Se agora tam bém tirardes a este da m inha face, te dem ores;
e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as m i­ IHE habitarás na terra de G ósen, e estarás perto de
nhas cãs com aflição à sepultura. m im , tu e os teus filhos, e os filhos dos teus filhos, e as
30Agora, pois, indo eu a teu servo, m eu pai, e o tuas ovelhas, e as tuas vacas, e tu d o o que tens.
m oço não indo conosco, com o a sua alm a está ligada 1' E ali te sustentarei, p o rq u e ainda haverá cinco
com a alma dele, anos de fom e, p ara que não pereças de pobreza, tu e
3'Acontecerá que, vendo ele que o m oço ali não tua casa, e tu d o o que tens.
está, m orrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu I2E eis que vossos olhos, e os olhos de m eu irm ão
servo, nosso pai, com tristeza à sepultura. Benjam im , vêem que é m inha boca que vos fala.
32Porque teu servo se deu por fiador por este moço I3E fazei saber a m eu pai toda a m in h a glória no
para com m eu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, Egito, e tu d o o que tendes visto, e apressai-vos a
serei culpado para com m eu pai por todos os dias. fazer descer m eu pai para cá.
33Agora, pois, fique teu servo em lugar deste m oço l4E lançou-se ao pescoço de Benjamim seu irm ão,
por escravo de m eu senhor, e que suba o m oço com e chorou; e Benjam im chorou também ao seu pes­
os seus irmãos. coço.
34Porque, com o subirei eu a m eu pai, se o m oço I5E beijou a todos os seus irm ãos, e chorou sobre
não fo r com igo? para que não veja eu o m al que eles; e depois seus irm ãos falaram com ele.
sobrevirá a m eu pai.
Faraó ouve fa la r dos irmãos d e José
José dá-se a co n h ecer a seus irmãos 16E esta notícia ouviu-se na casa de Faraó: Os ir­
ENTÃO José não se podia conter diante de m ãos de José são vindos; e pareceu bem aos olhos
todos os que estavam com ele; e clam ou: de Faraó, e aos olhos de seus servos.
Fazei sair daqui a todo o hom em ; e ninguém ficou 17E disse Faraó a José: Dize a teus irmãos: Fazei isto:
com ele, quando José se deu a conhecer a seus ir­ carregai os vossos anim ais e parti, tornai à terra de
mãos. Canaã.
2E levantou a sua voz com choro, de m aneira que os I8E to rn ai a vosso pai, e às vossas famílias, e vinde
egípcios o ouviam , e a casa de Faraó o ouviu. a m im ; e eu vos darei o m elhor da terra do Egito, e
3E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda com ereis da fartu ra da terra.
m eu pai? E seus irm ãos não lhe puderam responder, I9A ti, pois, é ordenado: Fazei isto: tom ai vós da ter­
porque estavam pasm ados diante da sua face. ra do Egito carros para vossos m eninos, para vossas
4E disse José a seus irm ãos: Peço-vos, chegai-vos m ulheres, e para vosso pai, e vinde.
a m im . E chegaram -se; então disse ele: Eu sou José 20E não vos pese coisa alguma dos vossos utensí­
vosso irm ão, a quem vendestes para o Egito. lios; p o rq u e o m elhor de toda a terra do Egito será
’Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese vosso.
aos vossos olhos p or m e haverdes vendido para cá; 21E os filhos de Israel fizeram assim. E José deu-lhes
porque para conservação da vida, D eus m e enviou carros, co n fo rm e o m an d ad o de Faraó; tam bém
adiante de vós. lhes deu com ida para o cam inho.
6P orque já houve dois anos de fom e no m eio da 22A to d o s lhes deu, a cada um , m udas de roupas;
terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá mas a Benjam im d eu trezentas peças de p rata, e
lavoura nem sega. cinco m udas de roupas.

56
GÊNESIS 45,46

23E a seu pai enviou sem elhantem ente dez ju m e n ­ I3E os filhos de Issacar: Tola, Puva, Jó e Sinrom .
tos carregados do m elhor do Egito, e dez jum entos 14E os filhos de Zebulom : Serede, Elom e Jaleel.
carregados de trigo e pão, e com ida para seu pai, l5Estes são os filhos de Lia, que ela deu a Jacó em
para o cam inho. Padã-Arã, além de D iná, sua filha; todas as alm as de
24E despediu os seus irm ãos, e partiram ; e disse- seus filhos e de suas filhas foram trin ta e três.
lhes: N ão contendais pelo cam inho. I6E os filhos de Gade: Zifiom, Hagi, Suni, Esbom,
2,E subiram do Egito, e vieram à terra de Canaã, a E ri.A rodi e Areli.
Jacó seu pai. I7E os filhos de Aser: Im na, Isvá, Isvi, Berias e Sera, a
26Então lhe anunciaram , dizendo: José ainda vive, irm ã deles; e os filhos de Berias: H éber e M alquiel.
e ele tam bém é regente em toda a terra do Egito. E o ' “Estes são os filhos de Zilpa, a qual Labão deu à sua
seu coração desm aiou, porque não os acreditava. filha Lia; e deu a Jacó estas dezesseis almas.
27Porém , havendo-lhe eles contado todas as pala­ l9Os filhos de Raquel, m u lh er de Jacó: José e Ben­
vras de José, que ele lhes falara, e vendo ele os carros jam im .
que José enviara para levá-lo, reviveu o espírito de 20E nasceram a José n a terra do Egito, M anassés
Jacó seu pai. e Efraim , que lhe d eu A zenate, filha de Potífera,
28E disse Israel: Basta; ainda vive m eu filho José; eu sacerdote de O m .
irei e o verei antes que m orra. 2IE os filhos de B enjam im : Belá, Bequer, Asbel,
Gera, N aam ã, Eí, Rôs, M upim , H upim e Arde.
Jacó e toda a sua fa m ília descem ao Egito 22Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a
E PARTIU Israel com tu d o q u an to tinha, Jacó, ao todo catorze almas.
e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao 23E o filho de Dã: Husim.
Deus de seu pai Isaque. 24E os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.
2E falou D eus a Israel em visões de noite, e disse: 2,Estes são os filhos de Bila, a qual Labão deu à
Jacó, Jacó! E ele disse: Eis-m e aqui. sua filha Raquel; e deu estes a Jacó; todas as almas
3E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não tem as foram sete.
descer ao Egito, p orque eu te farei ali um a grande 26Todas as almas que vieram com Jacó ao Egito, que
nação. saíram dos seus lom bos, fora as m ulheres dos filhos
4E descerei contigo ao Egito, e certam ente te farei de Jacó, todas foram sessenta e seis almas.
tornar a subir, e José porá a sua m ão sobre os teus 27E os filhos de José, que lhe nasceram n o Egito,
olhos. eram duas almas. Todas as alm as da casa de Jacó, que
5Então levantou-se Jacó de Berseba; e os filhos de vieram ao Egito, eram setenta.
Israel levaram a seu pai Jacó, e seus meninos, e as suas
mulheres, nos carros que Faraó enviara para o levar. O en co n tro de José com seu pai
6E tom aram o seu gado e os seus bens que tinham 28E Jacó enviou Judá adiante de si a José, para o
adquirido na terra de Canaã, e vieram ao Egito, Jacó encam inhar a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.
e toda a sua descendência com ele; 29Então José ap ro n to u o seu carro, e subiu ao en ­
7Os seus filhos e os filhos de seus filhos com ele, as contro de Israel, seu pai, a Gósen. E, apresentando-
filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua descen­ se-lhe, lançou-se ao seu pescoço, e ch o ro u sobre o
dência levou consigo ao Egito. seu pescoço longo tem po.
8E estes são os nom es dos filhos de Israel, que ,0E Israel disse a José: M orra eu agora, pois já tenho
vieram ao Egito, Jacó e seus filhos: Rúben, o p rim o ­ visto o teu rosto, que ainda vives.
gênito de Jacó. •’ ’D epois disse José a seus irm ãos, e à casa de seu
‘"E os filhos de Rúben: Enoque, Palu, H ezrom e pai: Eu subirei e anunciarei a Faraó,e lhe direi: M eus
Carm i. irm ãos e a casa de m eu pai, que estavam na terra de
I0E os filhos de Simeão: Jemuel, Jam im , O ade, Ja- Canaã, vieram a mim!
quim , Zoar e Saul, filho de um a m ulher cananéia. 32E os hom ens são pastores de ovelhas, p o rq u e são
11E os filhos de Levi: G érson, C oate e M erari. hom ens de gado, e trouxeram consigo as suas ove­
,2E os filhos de Judá: Er, O nã, Selá, Perez e Zerá; lhas, e as suas vacas, e tu d o o que têm.
Er e O nã, porém , m orreram na terra de Canaã; e os 33Q uando, pois, acontecer que Faraó vos cham ar, e
filhos de Perez foram H ezrom e H am ul. disser: Q ual é o vosso negócio?

57
GÊNESIS 46,47

,4Então direis: Teus servos foram hom ens de gado 14Então José recolheu to d o o dinheiro que se achou
desde a nossa m ocidade até agora, tanto nós com o na terra do Egito, e na te rra de C anaã, pelo trigo
os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, que com pravam ; e José trouxe o dinheiro à casa de
porque todo o pastor de ovelhas é abom inação aos Faraó.
egípcios. ' ’Acabando-se, pois, o dinheiro da terra do Egito,
e da terra de Canaã, vieram todos os egípcios a José,
José a n u n cia a Faraó a chegada de seu pai dizendo: D á-nos pão; p o r que m orrerem os em tua
ENTÀO veio José e anu n cio u a Faraó, e presença? p o rq u an to o dinheiro nos falta.
disse: M eu pai e os m eus irm ãos e as suas 'hE José disse: Dai o vosso gado,e eu vo-lo darei por
ovelhas, e as suas vacas, com tu d o o que têm , são vosso gado, se falta o dinheiro.
vindos da te rra de C anaã, e eis que estão na terra 17E ntão trouxeram o seu gado a José; e José deu-
de Gósen. lhes pão em troca de cavalos, e das ovelhas, e das
2E to m o u um a parte de seus irm ãos, a saber, cinco vacas e dos jum entos; e os sustentou de pão aquele
hom ens, e os pôs diante de Faraó. ano p o r todo o seu gado.
"'Então disse Faraó a seus irm ãos: Q ual é o vosso I8E acabado aquele ano, vieram a ele n o segundo
negócio? E eles disseram a Faraó: Teus servos são ano e disseram -lhe: N ão o cultarem os ao m eu se­
pastores de ovelhas, tan to nós com o nossos pais. n h o r que o dinheiro acabou; e m eu senhor possui os
'’Disseram m ais a Faraó: V iem os para peregrinar anim ais, e n enh u m a o u tra coisa nos ficou diante de
nesta terra; po rq u e não há pasto para as ovelhas m eu senhor, senão o nosso corpo e a nossa terra;
de teus servos, p o rq u an to a fom e é grave na terra ' ‘'P or que m orrerem os diante dos teus olhos, tanto
de Canaã; agora, pois, rogam os-te que teus servos nós com o a nossa terra? C om pra-nos a nós e a nossa
habitem na terra de Gósen. terra p o r pão, e nós e a nossa terra serem os servos de
’Então falou Faraó a José, dizendo: Teu pai e teus Faraó; e dá-nos sem ente, para que vivam os, e não
irm ãos vieram a ti; m orram os, e a terra não se desole.
6A terra do Egito está diante de ti; no m elhor da 20Assim José co m p ro u toda a terra do Egito para
terra faze habitar teu pai e teus irm ãos; habitem na Faraó, porque os egípcios venderam cada um o seu
terra de G ósen, e se sabes que entre eles há hom ens cam po, po rq u an to a fom e prevaleceu sobre eles; e a
valentes, os porás por m aiorais do gado, sobre o que terra ficou sendo de Faraó.
eu tenho. 2IE, q u anto ao povo, fê-lo passar às cidades, desde
7E trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Fa­ um a extrem idade da terra do Egito até a outra ex­
raó; e Jacó abençoou a Faraó. trem idade.
8E Faraó disse a Jacó: Q uantos são os dias dos anos “ Som ente a terra dos sacerdotes não a com prou,
da tua vida? p o rqu an to os sacerdotes tinham porção de Faraó, e
l)E Jacó disse a Faraó: O s dias dos anos das m inhas eles com iam a sua porção que Faraó lhes tinha dado;
peregrinações são cento e trin ta anos, poucos e por isso não venderam a sua terra.
m aus foram os dias dos anos da m inha vida, e não 23Então disse José ao povo: Eis que hoje ten h o com ­
chegaram aos dias dos anos da vida de m eus pais nos p rado a vós e a vossa terra para Faraó; eis aí tendes
dias das suas peregrinações. sem ente para vós, para que semeeis a terra.
I(,E Jacó abençoou a Faraó, e saiu da sua presença. 24H á de ser, p o rém , qu e das colheitas dareis o
1 'E José fez habitar a seu pai e seus irm ãos e deu- q uinto a Faraó, e as q uatro partes serão vossas, para
lhes possessão na terra do Egito, no m elhor da terra, sem ente do cam po, e p ara o vosso m an tim en to , e
na terra de Ramessés, com o Faraó ordenara. dos que estão nas vossas casas, e para que com am
12E José sustentou de pão a seu pai, seus irm ãos e vossos filhos.
to d a a casa de seu pai, segundo as suas famílias. 2’E disseram : A vida nos tens dado; achem os gra­
ça aos olhos de m eu senhor, e serem os servos de
C om o José com prou toda a terra do Faraó.
E gito para Faraó 26José, pois, estabeleceu isto p o r estatuto, até ao
l3E não havia pão em toda a terra, porque a fome dia de hoje, sobre a terra do Egito, que Faraó tirasse
era m u ito grave; de m odo que a terra do Egito e a o quinto; só a terra dos sacerdotes não ficou sendo
terra de Canaã desfaleciam p o r causa da fome. de Faraó.

58
GÊNESIS 47 ,4 8 ,4 9

27Assim habitou Israel na terra do Egito, na terra de de velhice, já não podia ver; e fê-los chegar a ele, e
Gósen, e nela tom aram possessão, e frutificaram , e beijou-os, e abraçou-os.
m ultiplicaram -se m uito.
28E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos, de Jacó abençoa José e seus filh o s
sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram ME Israel disse a José: Eu não cu idara ver o teu
cento e quarenta e sete anos. rosto; e eis que Deus m e fez ver tam bém a tu a des­
29Chegando-se, pois, o tem po da m o rte de Israel, cendência.
cham ou a José, seu filho, e disse-lhe: Se agora tenho 12Então José os tiro u dos joelhos de seu pai, e incli­
achado graça em teus olhos, rogo-te que ponhas a nou-se à terra diante da sua face.
tua m ão debaixo da m in h a coxa, e usa com igo de |3E to m o u José a am bos, a Efraim n a sua m ão d i­
beneficência e verdade; rogo-te que não m e enterres reita, à esquerda de Israel, e M anassés na sua mão
no Egito, esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele.
30Mas que eu jaza com os m eus pais; p o r isso m e l4M as Israel estendeu a sua m ão direita e a pôs
levarás do Egito e m e enterrarás na sepultura deles. sobre a cabeça de Efraim , que era o m enor, e a sua
E ele disse: Farei conform e a tu a palavra. esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as
3'E disse ele: Jura-m e. E ele jurou-lhe; e Israel incli­ suas m ãos propositadam ente, não obstante M anas­
nou-se sobre a cabeceira da cama. sés ser o prim ogênito.
15E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presen­
Jacó adoece ça andaram os m eus pais Abraão e Isaque, o Deus que
E ACONTECEU, depois destas coisas, que m e sustentou, desde que eu nasci até este dia;
alguém disse a José: Eis que te u pai está 160 anjo que m e livrou de to d o o mal, abençoe estes
enferm o. Então to m o u consigo os seus dois filhos, rapazes, e seja cham ado neles o m eu nom e, e o nom e
Manassés e Efraim. de m eus pais A braão e Isaque, e m ultipliquem -se
2E alguém participou a Jacó, e disse: Eis que José com o peixes, em m ultidão, no m eio da terra.
teu filho vem a ti. E esforçou-se Israel, e assentou-se l7Vendo, pois, José que seu pai p u n h a a sua m ão
sobre a cama. direita sobre a cabeça de Efraim, foi m au aos seus
3E Jacó disse a José: O D eus T odo-Poderoso m e olhos; e to m o u a m ão de seu pai, para a tran sp o r de
apareceu em Luz, na te rra de C anaã, e m e aben­ sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés.
çoou. 18E José disse a seu pai: N ão assim, m eu pai, porque
■'E m e disse: Eis que te farei frutificar e m ultiplicar, este é o prim ogênito; põe a tu a m ão direita sobre a
e to rn ar-te-ei um a m ultidão de povos e darei esta sua cabeça.
terra à tua descendência depois de ti, em possessão 19Mas seu pai recusou, edisse:E uosei,m eu filho, eu o
perpétua. sei; tam bém ele será um povo, e tam bém ele será gran­
5 Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na de; contudo o seu irm ão m enor será m aior que ele, e a
terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são sua descendência será um a m ultidão de nações.
meus: Efraim e Manassés serão m eus, com o R úben 20Assim os ab en ço o u naquele dia, dizendo: Em
e Simeão; ti abençoará Israel, dizendo: D eus te faça com o a
6Mas a tua geração, que gerarás depois deles, será Efraim e com o a M anassés. E pôs a Efraim diante
tua; segundo o nom e de seus irm ãos serão cham a­ de Manassés.
dos na sua herança. 2'D epois disse Israel a José: Eis que eu m orro, m as
7Vindo, pois, eu de Padã, m o rreu -m e Raquel n o ca­ D eus será convosco, e vos fará to rn a r à te rra de
m inho, na terra de Canaã, havendo ainda pequena vossos pais.
distância para chegar a Efrata; e eu a sepultei ali, no 22E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a m ais do
cam inho de Efrata, que é Belém. que a teus irm ãos, que tom ei com a m in h a espada e
8E Israel viu os filhos de José, e disse: Q uem são com o m eu arco, da m ão dos am orreus.
estes?
9E José disse a seu pai: Eles são m eus filhos, que Jacó abençoa seus filh o s e m orre
Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze­ DEPOIS cham ou Jacó a seus filhos, e disse:
mos aqui, para que os abençoe. Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há
,(,O s olhos de Israel, po rém , estavam carregados de acontecer nos dias vindouros;

59
GÊNESIS 49

2 Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel ,7Dã será serpente ju n to ao cam inho, um a víbora
vosso pai. ju n to à vereda, que m o rd e os calcanhares do cavalo,
3Rúben, tu és m eu prim ogênito, m in h a força e o e faz cair o seu cavaleiro p o r detrás.
princípio de m eu vigor, o mais excelente em alteza e I8A tua salvação espero, ó Se n h o r !
o mais excelente em poder. ,9Quanto a Gade, u m a tro p a o acom eterá; m as ele
4Im petuoso com o a água, não serás o mais exce­ a acom eterá p o r fim.
lente, porquanto subiste ao leito de teu pai. E ntão o 20D e Aser, o seu pão será gordo, e ele dará delícias
contam inaste; subiu à m inha cama. reais.
5Simeão e Levi são irm ãos; as suas espadas são ins­ 2lNaftali é u m a gazela solta; ele dá palavras for­
trum entos de violência. mosas.
<’No seu secreto conselho não entre m in h a alma, 22José é um ram o frutífero, ram o frutífero ju n to à
com a sua congregação m inha glória não se ajunte; fonte; seus ram os correm sobre o m uro.
porque no seu furor m ataram hom ens, e na sua 2íO s flecheiros lhe deram am argura, e o flecharam
teim a arrebataram bois. e odiaram .
'M aldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, 240 seu arco, porém , susteve-se no forte, e os bra­
pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espal harei ços de suas m ãos foram fortalecidos pelas m ãos
em Israel. do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de
8Judá, a ti te louvarão os teus irm ãos; a tua m ão será Israel).
sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai 2SPelo D eus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo
a ti se inclinarão. Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos
9Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; dos altos céus, com bênçãos do abism o que está em ­
encurva-se, e deita-se com o um leão, e com o um baixo, com bênçãos dos seios e da m adre.
leão velho; quem o despertará? 26As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de
,0O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador m eus pais, até à extrem idade dos outeiros eternos;
dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congre­ elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da
garão os povos. cabeça do que foi separado de seus irm ãos.
11 Ele am arrará o seu jum en tin h o à vide, e o filho da 27Benjam im é lobo que despedaça; pela m an h ã
sua jum enta à cepa mais excelente; ele lavará a sua com erá a presa, e à tarde repartirá o despojo.
roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. 28Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o
I20 s olhos serão verm elhos de vinho, e os dentes que lhes falou seu pai q uando os abençoou; a cada
brancos de leite. u m deles abençoou segundo a sua bênção.
l3Z ebulom habitará no p o rto dos m ares, e será 29D epois o rdenou-lhes, e disse-lhes: Eu m e co n ­
com o p o rto dos navios, e o seu term o será para grego ao m eu povo; sepultai-m e com m eus pais, na
Sidom. cova que está no cam po de Efrom, o heteu,
l4Issacar ^ ju m e n to de fortes ossos, deitado entre 5uNa cova que está no cam po de M acpela, que
dois fardos. está em frente de M anre, na terra de Canaã, a qual
'^E viu ele que o descanso era bom , e que a terra A braão co m p ro u com aquele cam po de E from , o
era deliciosa e abaixou seu o m bro para acarretar, e heteu, p o r herança de sepultura.
serviu debaixo de tributo. J'Ali sepultaram a A braão e a Sara sua m ulher; ali
l6D ã julgará o seu povo, com o um a das tribos de sepultaram a Isaque e a Rebeca sua m ulher; e ali eu
Israel. sepultei a Lia.

Todas estas são as doze tribos de Israel


(49.28) distribuída, o que esclarece o seguinte: não havia uma tribo com
o nome de José, mas haveria duas tribos intrinsecamente rela­
cionadas a José. Estamos falando das tribos Efraim e Manas-
Ceticismo. Compara esta referência com Gênesis 48.20
sés. Em termos práticos, Efraim seria a tribo “A" e Manassés a tri­
para questionar o número correto das tribos de Israel (doze
bo "B" da casa de José. A questão é dirimida pelo fato de a tribo
ou treze?), alegando que há contradição.
de Levi não ter recebido possessão territorial: seus descenden­
. H RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jacó foi pai de doze filhos tes foram distribuídos pelo território de Canaã, após sua conquis­
<= e não de treze. O texto de Gênesis 48.22 mostra que José ta (Nm 18.23,24). Como podemos ver, doze territórios foram es­
foi favorecido por seu pai com uma porção dobrada da herança tabelecidos para as tribos de Israel. E não treze.

60
GÊNESIS 49,50

320 cam po e a cova que está nele,foram com prados que A braão tin h a co m p rad o com o cam po, p o r
aos filhos de Hete. herança de sepultura de Efrom , o heteu, em frente
33A cabando, pois, Jacó de dar instruções a seus de Manre.
filhos, encolheu os pés na cam a, e expirou, e foi 14D epois de haver sepultado seu pai, voltou José
congregado ao seu povo. para o Egito, ele e seus irm ãos, e todos os que com
ele subiram a sepultar seu pai.
A lam entação -por Jacó e o seu enterro
ENTÃO José se lançou sobre o rosto de seu José a n im a a seus irm ãos
pai e chorou sobre ele, e o beijou. 15Vendo en tão os irm ãos de José que seu pai já
*E José ordenou aos seus servos, os m édicos, que estava m o rto , disseram : P o rv en tu ra nos odiará
em balsamassem a seu pai; e os m édicos em balsam a­ José e certam ente nos retribuirá todo o m al que lhe
ram a Israel. fizemos.
3E cum priram -se-lhe quarenta dias; porque assim ‘'’P ortanto m an d aram dizer a José: Teu pai o rd e­
se cum prem os dias daqueles que se em balsam am ; nou, antes da sua m orte, dizendo:
e os egípcios o choraram setenta dias. 17Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a tra n s ­
4Passados, pois, os dias de seu choro, falou José à gressão de teus irm ãos, e o seu pecado, p o rq u e te
casa de Faraó, dizendo: Se agora tenho achado graça fizeram mal; agora, pois, rogam os-te que perdoes a
aos vossos olhos, rogo-vos que faleis aos ouvidos de transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José
Faraó, dizendo: chorou q uando eles lhe falavam.
5M eu pai m e fez jurar, dizendo: Eis que eu m orro; l8D epois vieram tam b ém seus irm ãos, e p ro stra­
em m eu sepulcro, que cavei para m im na terra de ram -se d iante dele, e disseram : E is-nos aqui p o r
Canaã, ali m e sepultarás. Agora, pois, te peço, que eu teus servos.
suba, para que sepulte a m eu pai; então voltarei. I9E José lhes disse: N ão temais; p o rv en tu ra estou eu
fiE Faraó disse: Sobe, e sepulta a teu pai com o ele em lugar de Deus?
te fez jurar. 2UVós bem intentastes m al co n tra m im ; porém
TE José subiu para sepultar a seu pai; e subiram com D eus o in te n to u para bem , p ara fazer com o se vê
ele todos os servos de Faraó, os anciãos da sua casa, neste dia, para conservar m uita gente com vida.
e todos os anciãos da terra do Egito. 21Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e
sC om o tam bém toda a casa de José, e seus irmãos, e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo
a casa de seu pai; som ente deixaram na terra de Gósen o coração deles.
os seus m eninos, e as suas ovelhas e as suas vacas.
9E subiram tam bém com ele, tan to carros com o A m o rte d e José
gente a cavalo; e o cortejo foi grandíssim o. 22José, pois, hab ito u no Egito, ele e a casa de seu pai;
"’C hegando eles, pois, à eira de Atade, que está e viveu José cento e dez anos.
além do Jordão, fizeram um grande e dolorido 23E viu José os filhos de Efraim, da terceira geração;
pranto; e fez a seu pai um a grande lam entação por tam b ém os filhos de M aquir, filho de M anassés,
sete dias. nasceram sobre os joelhos de José.
"E vendo os m oradores da terra, os cananeus, 24E disse José a seus irm ãos: Eu m o rro ; mas Deus
o luto na eira de A tade, disseram : É este o p ran to certam ente vos visitará, e vos fará subir desta te rra à
grande dos egípcios. Por isso cham ou-se-lhe Abel- terra que ju ro u a Abraão, a Isaque e a Jacó.
M izraim , que está além do Jordão. 25E José fez ju rar os filhos de Israel, dizendo: C er­
I2E fizeram -lhe os seus filhos assim com o ele lhes tam en te vos visitará D eus, e fareis tra n sp o rta r os
ordenara. m eus ossos daqui.
l3Pois os seus filhos o levaram à terra de C anaã, 26E m o rreu José da idade de cento e dez anos, e o
e o sepultaram na cova do cam po de M acpela, em balsam aram e o puseram n u m caixão no Egito.

61
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Êxodo
T I tulo
Êxodo é o term o grego aplicado a este livro na Septuaginta, cujo significado é “saída”, “p artida”, porque
descreve a saída do povo de Israel do Egito. Em hebraico, o título do livro, com o os dem ais, tam bém vem
das prim eiras palavras do texto. A saber: Shemot, que expressa: “os nom es de”.

A u toria e data
C onform e M arcos 7.10 e outras passagens análogas, Moisés é o seu autor, pois foi testem unha ocular
da m aior parte dos acontecim entos narrados. Escreveu o livro entre 1450 e 1410 a.C., aproxim adam ente,
d u ran te os anos de peregrinação.

A ssunto
O livro tem quatro partes principais: 1) A libertação dos israelitas; 2) A viagem até o M onte Sinai; 3)
O antigo concerto, tam bém conhecido com o a antiga aliança, q uando D eus entrega ao povo a sua lei; e 4)
A construção do santuário móvel, que era arm ado e desarm ado d u ran te a peregrinação dos israelitas no
deserto (B L H ,p.71).

Ê nfase apologética
Este é o segundo livro de Moisés. Nele está fundam entada a instituição da Lei, um dos elem entos mais
im portantes da história de Israel e de to d o o contexto teológico, tanto do Novo quanto do Antigo Testa­
mento. N arra tam bém o p onto inicial da história de Israel, iniciando com a sua libertação e os prim eiros
anos de peregrinação no deserto.
O principal p o n to deste livro que exige um a exposição apologética é o que se refere à relação entre o
cristão e a lei. Alguns grupos fazem distinção entre lei m oral, que corresponde aos Dez M andam entos es­
critos nas duas tábuas de pedra, e lei cerim onial, descrita no restante dos livros mosaicos. Tais grupos ale­
gam que a últim a foi abolida po r Jesus na cruz, enquanto a prim eira, isto é, a lei m oral, m antém sua igual
validade. Neste aspecto, destacam a necessidade da guarda do sábado, não reconhecendo nesta lei um si­
nal distintivo entre D eus e o povo de Israel.
O utros grupos, em bora não façam esta distinção, criam u m legalismo que, m esm o não ganhando ex­
pressão teológica, na prática é a obediência aos preceitos m orais da lei, que teriam prerrogativas fu n d a­
m entais para a salvação.
O judaísm o, talvez, seja a m elhor expressão do apego à letra da lei e o não reconhecim ento da transito-
riedade deste concerto (Rm 10.1 -4). Para os judeus, a eternidade da lei não perm ite que n en h u m de seus
preceitos seja invalidado e, por isso, deve ser considerada na íntegra.
A O SEGUNDO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO

E xodo
Os descendentes d e Jacó n o Egito os afligirem com suas cargas. P orque edificaram a
ESTES pois são os nom es dos filhos de Israel, Faraó cidades arm azéns, P itom e Ramessés.
1 que entraram no Egito com Jacó; cada um e n ­
trou com sua casa:
l2M as q u an to m ais os afligiam, tan to m ais se m u l­
tiplicavam , e tan to m ais cresciam; de m aneira que
2Rúben, Simeão, Levi, e Judá; se enfadavam p o r causa dos filhos de Israel.
’Issacar, Z ebulom , e Benjamim; L,E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com
4Dã e Naftali, G ade e Aser. dureza;
5Todas as almas, pois, que procederam dos lo m ­ u Assim que lhes fizeram am argar a vida com dura
bos de Jacó, foram setenta almas; José, porém , es­ servidão, em b arro e em tijolos, e com to d o o tra ­
tava no Egito. balho no cam po; com todo o seu serviço, em que os
6Faleceu José, e todos os seus irm ãos, e toda aque­ obrigavam com dureza.
la geração.
TE osfilhos de Israel frutificaram, aum entaram m ui­ As -parteiras p o u p a m as vidas aos recém -nascidos
to, e multiplicaram -se, e foram fortalecidos grande­ 15E o rei do Egito falou às parteiras das hebréias (das
mente; de m aneira que a terra se encheu deles. quais o nom e de um a era Sifrá, e o da o u tra Puá),
l6Edisse: Q u an d o ajudardes a d ar à luz às hebréias,
O rei q u e ttão co n h e ce u José e as virdes sobre os assentos, se for filho, m atai-o;
8E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não mas se for filha, então viva.
conhecera a José; l7As parteiras, porém , tem eram a D eus e não fize­
90 qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos ram com o o rei do Egito lhes dissera, antes conserva­
de Israel é m uito, e m ais poderoso do que nós. vam os m eninos com vida.
lüEia, usem os de sabedoria para com eles, para que l8E ntão o rei do Egito cham o u as parteiras e dis-
não se m ultipliquem , e aconteça que, vindo guerra, se-lhes: Por que fizestes isto, deixando os m eninos
eles tam bém se ajuntem com os nossos inim igos, e com vida?
pelejem contra nós, e subam da terra. ‘"E as parteiras disseram a Faraó: É que as m ulhe­
1'E puseram sobre eles m aiorais de tributos, para res hebréias não são com o as egípcias; p o rq u e são

E as parteiras disseram a Faraó... que. caso cometessem o ato, eram condenadas à pena de mor­
<1-19) te. E, para se livrarem dessa sentença, preferiam apresentar ao
rel “meias-verdades" (1.19). Ou seja, não revelavam a Faraó que
Ceticismo. Confronta esta passagem com Levitico 19.11,
haviam chegado tarde para o trabalho de parto. O atraso das par­
afirmando que Sifráe Puá mentiram a Faraó, transgredindo
teiras, como vimos, era proposital.
a lei, mas, mesmo assim. Deus as abençoou, o que implicaria em
Embora as Escrituras registrem as faltas de pessoas tementes a
contradição quanto ao que a Bíblia ensina a respeito (1.20,21).
Deus. tais pessoas, porém, jamais as recomendam. O Senhor Deus
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A ordem do rel era para que nào abençoou aquelas mulheres (1.20,21) porterem mentido a Fa­
as parteiras praticassem o infanticídio contra o povo he­ raó, mas porque foram tementes ao Senhor, preservando o povo
breu (1.16). Para evitar a barbaridade do ato, as parteiras lança­ hebreu da extinção pelo decreto sanguinário do rei egípcio. Neste
ram máo de uma estratégia: a morosidade (demora). Assim, as sentido, se acha consagrado o princípio de que a lealdade ao Se­
mães davam à luz seus filhos sozinhas, e quando as parteiras nhor nem sempre concorda com as ordens arbitrárias e injustas
chegavam |á era tarde. não podiam mais matar as crianças, por­ dos governantes (ou mandantes) seculares (Rm 13; 1Pe 2.17).

63
ÊXODO 1,2,3

vivas, e já têm dado à luz antes que a parteira ve­ m ens h ebreus contendiam ; e disse ao injusto: Por
nha a elas. que feres a teu próxim o?
’’’P ortanto Deus fez bem às parteiras. E o povo se M0 qual disse: Q uem te tem posto a ti p o r m aioral
au m entou, e se fortaleceu m uito. e juiz sobre nós? Pensas m atar-m e, com o m ataste o
2IE aconteceu que, com o as parteiras tem eram a egípcio? Então tem eu Moisés, e disse: C ertam ente
Deus, ele estabeleceu-lhes casas. este negócio foi descoberto.
“ Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizen­ ’’O u v in d o , pois, Faraó este caso, p ro c u ro u m a­
do: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, ta r a Moisés; m as Moisés fugiu de diante da face de
mas a todas as filhas guardareis com vida. Faraó, e h ab ito u na terra de M idiã, e assentou-se
ju n to a um poço.
O n ascim ento de M oisés I6E o sacerdote de M idiã tin h a sete filhas, as quais
E FOI um hom em da casa de Levi e casou com vieram tirar água, e encheram os bebedouros, para
2 um a filha de Levi.
2E a m ulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo
d ar de beber ao rebanho de seu pai.
l7Então vieram os pastores, e expulsaram -nas dali;
que ele era form oso, escondeu-o três meses. Moisés, porém , levantou-se e defendeu-as, e deu de
3N ão podendo, porém , m ais escondê-lo, to m o u beber ao rebanho.
,SE voltando elas a Reuel seu pai, ele disse: Por que
um a arca de juncos, e a revestiu com b arro e be­
hoje tornastes tão depressa?
tum e; e, pondo nela o m enino, a pôs nos juncos à
I9E elas disseram : U m hom em egípcio nos livrou
m argem do rio.
da m ão dos pastores; e tam bém nos tiro u água em
4E sua irm ã postou-se de longe, para saber o que
abundância, e deu de beber ao rebanho.
lhe havia de acontecer.
2UE disse a suas filhas: E onde está ele? P or que dei­
5E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as
xastes o hom em ? C ham ai-o para que com a pão.
suas donzelas passeavam, pela m argem do rio; e ela
2IE M oisés co n sen tiu em m o rar com aquele h o ­
viu a arca no m eio dos juncos, e enviou a sua cria­
m em ; e ele deu a Moisés sua filha Zípora,
da, que a tom ou.
22A qual d eu à luz um filho, a quem ele ch am o u
'’E abrindo-a, viu ao m en in o e eis que o m enino
G érson, p o rq u e disse: Peregrino fui em terra es­
chorava; e m oveu-se de com paixão dele, e disse:
tranha.
Dos m eninos dos hebreus é este.
7Então disse sua irm ã à filha de Faraó: Irei ch a­
A m o rte do rei do Egito
m ar um a am a das hebréias, que crie este m enino 2,E aconteceu, depois de m uitos dias, que m o rre n ­
para ti? do o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram p o r
SE a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a m oça, causa da servidão, e clam aram ; e o seu clam or subiu
e cham ou a m ãe do m enino. a Deus p o r causa de sua servidão.
‘'Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este m enino, 24E ouviu Deus o seu gemido, e lem brou-se Deus da
e cria-m o; eu te darei teu salário. E a m ulher tom ou sua aliança com A braão, com Isaque, e com Jacó;
o m enino, e criou-o. 25E viu Deus os filhos de Israel, e aten to u D eus para
I0E, q uando o m en in o já era grande, ela o tr o u ­ a sua condição.
xe à filha de Faraó, a qual o adotou; e cham ou-lhe
Moisés, e disse: P orque das águas o tenho tirado. D eus fa la co m Aloisés do m eio
da sarça ardente
M oisés m ata u m egípcio e fo g e para M idiã E APASCENTAVA Moisés o rebanho de Jetro,
"E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já
hom em , saiu a seus irm ãos, e aten to u para as suas
3 seu sogro, sacerdote em M idiã; e levou o reba­
n ho atrás do deserto, e chegou ao m o n te de Deus,
cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, h o ­ a H orebe.
m em de seus irm ãos. 2E a p a r e c e u - lh e o a n jo d o S enhor e m u m a c h a m a
12E olhou a um e a o u tro lado e, vendo que não ha­ d e fo g o d o m e io d u m a sa rça ; e o lh o u , e eis q u e a sar­
via ninguém ali, m a to u ao egípcio, e escondeu-o ça a r d ia n o fo g o , e a sa rç a n ã o se c o n s u m ia .
na areia. ’E M oisés disse: Agora m e virarei para lá, e verei
L,E to rn o u a sair n o dia seguinte, e eis que dois h o ­ esta grande visão, porque a sarça não se queim a.

64
ÊXODO 3

■'E vendo o S e n h o r que se virava para ver, bradou do a m im , e tam bém ten h o visto a opressão com que
Deus a ele do m eio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. os egípcios os oprim em .
Respondeu ele: Eis-me aqui. lüVem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que
, E disse: N ão te chegues para cá; tira os sapatos tires o m eu povo (os filhos de Israel) do Egito.
de teus pés; po rq u e o lugar em que tu estás é te r­ 1'E ntão M oisés disse a Deus: Q uem sou eu, que vá
ra santa. a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?
6Disse mais: Eu sou o D eus de teu pai, o Deus ,2E disse: C ertam en te eu serei contigo; e isto te
de A braão, o D eus de Isaque, e o D eus de Jacó. E será p o r sinal de que eu te enviei: Q uan d o houve­
Moisés encobriu o seu rosto, p o rq u e tem eu olhar res tirado este povo do Egito, servireis a Deus n es­
para Deus. te m onte.
7E disse o S e n h o r : T enho visto atentam ente a afli­ 1 'E ntão disse Moisés a Deus: Eis que q uando eu for
ção do m eu povo, que está no Egito, e tenho ouvi­ aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos
do o seu clam or p o r causa dos seus exatores, p o r­ pais m e enviou a vós; e eles m e disserem: Q ual é o
que conheci as suas dores. seu nom e? Q ue lhes direi?
"Portanto desci para livrá-lo da m ão dos egípcios, I4E disse D eus a M oisés: e u s o u o q u e sou. Disse
e para fazê-lo subir daquela terra, a um a terra boa e mais: Assim dirás aos filhos de Israel: e u s o u m e en ­
larga, a um a terra que m ana leite e mel; ao lugar do viou a vós.
cananeu, e do heteu, e do am orreu, e do perizeu, e 15E D eus disse m ais a Moisés: Assim dirás aos filhos
do heveu, e do jebuseu. de Israel: O S e n h o r Deus de vossos pais, o Deus de
9E agora, eis que o clam or dos filhos de Israel é vin- A braão, o Deus de Isaque, e o D eus de Jacó, m e en-

A uma terra que mana leite e mel a identificação e. por isso, pegaram em pedras para atirar nele.
(3.8) Queriam condená-lo por blasfêmia por ter pronunciado o nome
de Deus (coisa que eles, em hipótese alguma, faziam). Mas Jesus
ÇT) Ceticismo. Confronta a referência em estudo com Núme-
proferiu o santo nome de Deus em referência a si mesmo: “Antes
" ros 13.32, interpretando-a equivocadamente ao atribuir co­
que Abraão existisse, EU SOU".
notação de miséria em Canaã, um forte motivo de contradição,
Como se não bastasse, a edição anotada da Tradução do Novo
visto que. aqui, a terra é citada como fértil.
Mundo (com referências de 1986, p. 84) afirma que a locução gre­
. - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto de Números 13, ga Ego eimi ho on significa: “Eu sou o Ser" ou “Eu sou o Existen­
<= por si só, prova que a interpretação dos céticos é incabí­ te'. Mas em João 1.18 a mesma expressão (rto on) é empregada
vel. O relatório apresentado por alguns espias que acompanha­ para definir a relação que há entre o Deus Pai e o Deus unigéni­
ram Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã era exagerado to, Jesus Cristo.
e covarde, não refletia os benefícios da terra, como no caso dos Tal tradução, elaborada pela Sociedade Torre de Vigia, deve ser
outros espias enviados antes deles (Nm 13.27). É fato que, na oca­ rejeitada, porque adultera o texto bíblico com o único objetivo de
sião, existiam em Canaã homens de alta estatura e fortes guerrei­ dissociar Jesus da unidade divina e classificá-lo como mero re­
ros (Nm 13.28), porque a região vinha sendo palco de constan­ presentante de Jeová Deus.
tes batalhas campais entre as tribos que desejavam tomá-la, por
ser uma terra extremamente fértil. O texto de Números 14.36,37 é EU SOU me enviou a vós
uma prova cabalcontra atese dos céticos, por documentar a mor­ (3.14)
te dos covardes que induziram o povo à murmuração.
Ciência Cristã. Sua visão sobre Deus é panteista. Ou seja,
EU SOU O QUE SOU Deus é “Tudo em tudo".
(3-14) ._W RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia mostra tanto a trans-
r — 1 Testemunhas de Jeová. A Tradução do Novo Mundo traz: S cendência quanto a imanência de Deus. Deus está fora de
' ' “Mostrarei Ser”. E, em João 8.58: "eu tenho sido’ . Seu ob­ sua criação (Gn 1.1), mas age dentro dela (At 17.24,25). O Deus
jetivo, com isso, evidentemente, é inferiorizar Jesus, negando ao da Bíblia é um ser pessoal (possui personalidade) e pode dizer de
Filho de Deus a divindade que lhe é devida. Dessa forma, tal tra­ si mesmo “EU SOU". O Senhor Deus pensa, decide, ama, se ira,
dução evita a associação natural entre o EU SOU, da referência perdoa, se alegra, etc. Deus é piedoso: “Passando, pois, o Senhor
em estudo, e o EU SOU, do evangelho de João. perante ele, clamou: O Senhor Deus, misericordioso e piedoso,
tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade” (34.6).
__sg RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto da Tradução do
•>= Novo Mundo não corresponde ao original bíblico, mas
Este é meu nome eternamente
atende unicamente ao propósito da Sociedade Torre de Vigia:
(3.15)
negar a divindade de Jesus Cristo. Nas palavras de Jesus, em
João 8.58, o Senhor repete, a respeito de si mesmo, o nome de r ™ l Testemunhas de Jeová. Usam este versículo para argu-
Deus revelado a Moisés, conforme a referência em estudo. Os ju­ mentar que são as únicas pessoas que adoram o verda-
deus que ouviram Jesus pronunciar essas palavras entenderam deiro Deus, uma vez que somente elas chamam Deus de Jeová.

65
ÊXODO 3 ,4

viou a vós; este é m eu nom e eternam ente, e este é 2E o Se n h o r disse-lhe: Q ue é isso n a tu a mão? E ele
m eu m em orial de geração em geração. disse: U m a vara.
l6Vai, e ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O 3E ele disse: Lança-a na terra. Ele a lançou na terra,
Se n h o r D eus de vossos pais, o D eus de Abraão, de e torn o u -se em cobra; e Moisés fugia dela.
Isaque e de Jacó, m e apareceu, dizendo: C ertam ente 4Então disse o Se n ho r a Moisés: Estende a tu a m ão
vos tenho visitado e visto o que vos é feito no Egito. e pega-lhe pela cauda. E estendeu sua m ão, e pegou-
l7P o rtan to eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do lhe pela cauda, e to rn o u -se em vara na sua m ão;
Egito à terra do cananeu, do heteu, do am orreu, 5Para que creiam que te apareceu o Se n h o r Deus
do perizeu, do heveu e do jebuseu, a um a terra que de seus pais, o D eus de A braão, o Deus de Isaque e
m ana leite e mel. o D eus de Jacó.
I8E ouvirão a tua voz; e irás, tu com os anciãos de 6E disse-lhe m ais o Se n h o r : Põe agora a tua m ão no
Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: O Se n h o r Deus teu seio. E, tirando-a, eis que a sua m ão estava lep ro ­
dos hebreus nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos sa, branca com o a neve.
ir cam inho de três dias para o deserto, para que sa­ 7E disse: T o rn a a p o r a tu a m ão no teu seio. E to r­
crifiquem os ao Se n h o r nosso Deus. n o u a colocar sua m ão no seu seio; depois tiro u -a do
‘''Eu sei, porém , que o rei do Egito não vos deixará seu seio, e eis que se to rn ara com o a sua carne.
ir, nem ainda p o r um a m ão forte. KE acontecerá que, se eles não te crerem , nem o u ­
2HP orque eu estenderei a m in h a m ão, e ferirei ao virem a voz do prim eiro sinal, crerão à voz do d er­
Egito com todas as m inhas m aravilhas que farei no radeiro sinal;
m eio dele; depois vos deixará ir. ‘’E se acontecer que ainda não creiam a estes dois si­
21E eu darei graça a este povo aos olhos dos egíp­ nais, nem ouvirem a tua voz, to m arás das águas do
cios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis rio, e as derram arás na terra seca; e as águas, que to ­
vazios, m arás do rio, tornar-se-ão em sangue sobre a te r­
22P orque cada m ulher pedirá à sua vizinha e à sua ra seca.
hóspeda jóias de prata, e jóias de ouro, e vestes, as ,0Então disse Moisés ao Se n h o r : Ah, m eu Senhor!
quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; eu não sou hom em eloqüente, nem de o n tem nem
e despojareis os egípcios. de anteontem , nem ainda desde que tens falado ao
teu servo; p o rq u e sou pesado de boca e pesado de
M ilagres através de M oisés língua.
ENTÃO respondeu Moisés, e disse: Mas eis que n E disse-lhe o Se n h o r : Q uem fez a boca do h o ­
4 não m e crerão, nem ouvirão a m inha voz, p o r­
que dirão: O Se n h o r não te apareceu.
m em? o u quem fez o m u d o , ou o surdo, o u o que
vê, ou o cego? N ão sou eu, o Se n h o r ?

Para essa seita, quem chama Deus de Deus ou Senhor pode es­ vem ter um relacionamento íntimo com o Senhor, chamando-o de
tar chamando ou orando a um deus falso. Se alguém deseja falar “Aba, Pai* (Rm8.15; GI4.6). Onome outorgado aos cristãos para
com o Deus verdadeiro, segundo afirmam, deve chamá-lo pelo que fosse invocado na nova aliança é o do Senhor Jesus (At 4.10-
nome de Jeová. 12; 16.30,31; Fp2.9-11; C l3.17).

__B RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esse entendimento só sur- Que é Isso na tua mão?
■= giu em 1931, quando os adeptos dessa seita adotaram (4.2)
o nome organizacional de Testemunhas de Jeová, indicando,
Ceticismo. Usa esta referência para questionar o atribu­
como base bíblica para isso, Isaías 43.10. Antes, afirmavam: “O
to da onisciência que a ortodoxia cristã aplica, correta­
nome Deus quer dizer o Altíssimo, o Criador de todas as coisas. O
mente, a Deus.
nome Jeová significa os propósitos do Eterno para com suas cria­
turas. O nome Deus Todo-Poderoso quer dizer que o seu poder é RESPOSTA APOLOGÉTICA: O argumento ceticista que
ilimitado. O nome Altíssimo dá a entender que Ele é o Supremo e desmerece a pessoa de Deus por ter questionado a Moiséí
que além dele não existe nenhum outro. E o nome Pai quer dizer quanto ao que havia em sua mão é extremamente pobre. Será qui
que Ele é o Doador da vida*. Deus realmente não sabia? Claro que sim. Aiém de onisciente, i
O Senhor Jesus nunca iniciou suas orações dizendo: “Deus Senhor Deus é presciente. portanto, sabia que se tratava de um
Jeová" ou “JeováDeus’ , mas: "Pai” (Mt 11.25; 26.39-42; Lc 10.21; vara. Moisés também estava ciente do objeto que carregava, ap<
22.42; 23.34-46; Jo 11.41; 12.27, 28; 17.1-26). A oração-mode- nas não conhecia o plano de Deus para aquele artefato. Daí a in
lo ensinada por Jesus se inicia da seguinte maneira: ‘ Pai nosso* portãnciado questionamento, paraque Moisés contemplasse o s<
(Mt 6.9; Lc 11.2). Os cristãos, na qualidade de filhos de Deus, de­ brenatural e não questionasse a legitimidade do "sinal" divino.

66
ÊXODO 4,5

12Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te en ­ 29Então foram M oisés e Arão, e ajuntaram todos os
sinarei o que hás de falar. anciãos dos filhos de Israel.
l3Ele, porém , disse: Ah, m eu Senhor! Envia pela WE Arão falou todas as palavras que o S enhor falara
m ão daquele a quem tu hás de enviar. a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.
l4Então se acendeu a ira do S enhor contra Moisés, 31E o povo creu; e q u an d o ouviram que o S enhor
e disse: N ão é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição,
falará m uito bem ; e eis que ele tam bém sai ao teu en­ inclinaram -se, e adoraram .
contro; e, vendo-te, se alegrará em seu coração.
I5E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; M oisés e A rão fa la m a Faraó
e eu serei com a tua boca, e com a dele, ensinando- E DEPOIS foram M oisés e A rão e disseram
vos o que haveis de fazer. a Faraó: Assim diz o S en h o r D eus de Israel:
I6E ele falará po r ti ao povo; e acontecerá que ele te Deixa ir o m eu povo, para que m e celebre u m a fes­
será por boca, e tu lhe serás p o r Deus. ta no deserto.
17T om a, pois, esta vara na tu a m ão, com que fa­ 2M as Faraó disse: Q u em é o S en h o r , cuja voz
rás os sinais. eu ouvirei, para deixar ir Israel? N ão conheço o
S en h or , nem tam pouco deixarei ir Israel.

M oisés volta para o Egito 3E eles disseram: O D eus dos hebreus nos enco n ­
' “Então foi Moisés, e voltou para Jetro, seu sogro, trou; p o rtan to deixa-nos agora ir cam inho de três
dias ao deserto, para que ofereçam os sacrifícios ao
e disse-lhe: Eu irei agora, e tornarei a m eus irm ãos,
S enhor nosso Deus, e ele não venha sobre nós com
que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse,
pestilência o u com espada.
pois, Jetro a Moisés: Vai em paz.
4Então disse-lhes o rei do Egito: Moisés e Arão, por
‘‘'Disse tam bém o S en h or a Moisés em M idiã: Vai,
que fazeis cessar o povo das suas obras? Ide às vos­
volta para o Egito; porque todos os que buscavam a
sas cargas.
tua alm a m orreram .
’E disse tam bém Faraó: Eis que o povo da terra já é
-°Tom ou, pois, M oisés sua m u lh e r e seus filhos,
m uito, e vós os fazeis ab an d o n ar as suas cargas.
e os levou sobre um jum en to , e to rn o u à terra do
Egito; e Moisés to m o u a vara de D eus na sua mão.
Faraó aflige os israelitas
21E disse o S en h or a Moisés: Q u ando voltares ao
'’P o rtan to deu ordem Faraó, naquele m esm o dia,
Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as m a­
aos exatores do povo, e aos seus oficiais, dizendo:
ravilhas que tenho posto na tua m ão; mas eu lhe en­
7D aqui em diante não torneis a dar palha ao povo,
durecerei o coração, para que não deixe ir o povo.
para fazer tijolos, com o fizestes antes: vão eles m es­
22Então dirás a Faraó: Assim diz o S en h or : Israel é
mos, e colham palha para si.
m eu filho, m eu prim ogênito.
8E lhes im poreis a conta dos tijolos que fizeram a n ­
2,E eu te tenho dito: Deixa ir o m eu filho, para que tes; nada dim inuireis dela, p o rq u e eles estão ocio­
me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu m a­ sos; p o r isso clam am , dizendo: V am os, sacrifique­
tarei a teu filho, o teu prim ogênito. m os ao nosso Deus.
24E aconteceu no cam inho, n u m a estalagem, que o 9Agrave-se o serviço sobre estes hom ens, para que
S enhor o encontrou, e o quis m atar. se ocu p em nele e não confiem em palavras m e n ­
2,Então Zípora to m o u um a pedra aguda, e circun­ tirosas.
cidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, "’Então saíram os exatores do povo, e seus oficiais,
e disse: C ertam ente m e és um esposo sanguinário. e falaram ao povo, dizendo: Assim diz Faraó: Eu não
26E desviou- se dele. Então ela disse: Esposo sangui­ vos darei palha;
nário, p or causa da circuncisão. 1 'Id e vós m esm os, e tom ai vós palha o nde a achar­
27Disse o S enhor a Arão: Vai ao deserto, ao encon­ des; p o rq u e nada se d im in u irá de vosso serviço.
tro de Moisés. E ele foi, e en controu-o no m onte de l2E ntão o povo se espalhou p o r to d a a te rra do
Deus, e beijou-o. Egito, a colher restolho em lugar de palha.
28E relatou M oisés a A rão todas as palavras do ' 3E os exatores os apertavam , dizendo: Acabai vos­
S en h or , com que o enviara, e to d o s os sinais que sa obra, a tarefa de cada dia, com o q u an d o havia
lhe m andara. palha.

67
ÊXODO 5 ,6

14E foram açoitados os oficiais dos filhos de Israel, poderosa os deixará ir, sim , p o r um a m ão p o d ero ­
que os exatores de Faraó tin h am posto sobre eles, sa os lançará de sua terra.
dizendo estes: P or que não acabastes vossa tarefa, 2Falou m ais D eus a Moisés, e disse: Eu sou o
fazendo tijolos com o antes, assim tam bém ontem S en h or .
e hoje? 5E eu apareci a A braão, a Isaque, e a Jacó, com o
lsP or isso, os oficiais dos filhos de Israel, foram e o D eus T o d o-P oderoso; m as pelo m eu n o m e, o
clam aram a Faraó, dizendo: P or que fazes assim a S en h o r , não lhes fui perfeitam ente conhecido.
teus servos? 4E tam bém estabeleci a m in h a aliança com eles,
"’Palha não se dá a teus servos, e nos dizem: Fazei para dar-lhes a terra de Canaã, a terra de suas pere­
tijolos; e eis que teus servos são açoitados; porém o grinações, na qual foram peregrinos.
teu povo tem a culpa. ’E tam bém ten h o ouvido o gem ido dos filhos de
'"M as ele disse: Vós sois ociosos; vós sois ociosos; Israel, aos quais os egípcios fazem servir, e lem brei-
p o r isso dizeis: Vamos, sacrifiquem os ao S en h or . m e da m inha aliança.
lsIde, pois, agora, trabalhai; palha p o rém não se 6P o rtan to dize aos filhos de Israel: Eu sou o S en h or ,
vos dará; contudo, dareis a conta dos tijolos.
e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos
‘‘'Então os oficiais dos filhos de Israel viram -se em
livrarei da servidão, evos resgatarei com braço esten­
aflição, p o rq u a n to se dizia: N ada dim inuireis de
dido e com grandes juízos.
vossos tijolos, da tarefa do dia no seu dia.
"E eu vos to m arei p o r m eu povo, e serei vosso
Deus; e sabereis qu e eu sou o S en h o r vosso Deus,
O s israelitas q ueixam -se d e M oisés e Arão
que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios;
20E en contraram a Moisés e a A rão, que estavam
SE eu vos levarei à terra, acerca da qual levantei m i­
defronte deles, quando saíram de Faraó.
nha m ão, ju ran d o que a daria a A braão, a Isaque e a
21E disseram-lhes: O S enhor atente sobre vós, e j ul-
Jacó, e vo-la darei p o r herança, eu o S en h o r .
gue isso, p o rq u an to fizestes o nosso caso repelente
'’Deste m odo falou Moisés aos filhos de Israel, mas
diante de Faraó, e diante de seus servos, dando-lhes
eles não ouviram a Moisés, p o r causa da angústia de
a espada nas m ãos, para nos m atar.
22E ntão, to rn an d o -se M oisés ao S e n h o r , disse: espírito e da d u ra servidão.
Senhor! p o r que fizeste mal a este povo? p o r que 1 "Falou mais o S en h or a Moisés, dizendo:
m e enviaste? 1 ‘Entra, e fala a Faraó rei do Egito, que deixe sair os
23Porque desde que m e apresentei a Faraó para fa­ filhos de Israel da sua terra.
lar em teu nom e, ele m altratou a este povo; e de n e­ l2M oisés, p o rém , falou p erante o S en h o r , dizen­
n h u m a sorte livraste o teu povo. do: Eis que os filhos de Israel não m e têm ouvido;
com o, pois, Faraó m e ouvirá? T am bém eu sou in-
D eus p ro m ete livrar os israelitas circunciso de lábios.
ENTÃO disse o S en h or a Moisés: A gora verás o ‘■’Todavia o S en h or falou a M oisés e a Arão, e deu-
6 que hei de fazer a Faraó; p orque p o r um a m ão lhes m an d am e n to para os filhos de Israel, e para

Mas pelo meu nome, o Senhor [Jeová], náo lhes nhor e Deus, são nomes diferentes para o único Deus verdadei­
perfeitamente fui conhecido ro, os mórmons acreditam que cada um destes nomes designa
(6.3) um deus diferente. Entretanto, um exame mais detalhado do con­
texto mostra que Elohim e Jehovah são um e é o mesmo Deus
'v Mormonismo. Alegaque Jesusé Jeová, pois só Jesus apa-
dos hebreus.
'feii receu a Abraão (Jo 8.56-58).
Gênesis 2 refuta esta distinção arbitrária. Vejamos o que diz o
_£=) RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os cristãos ortodoxos tam- versículo 4:"... no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus".
■=» bém crêem que Jesus é Jeová, mas não é este o caso. En­ Quando Jacó disse a Isaque: “Porque o Senhor teu Deus . ", a tra­
quanto nós, os evangélicos, entendemos que o nome Jeová é dução literal é: “Porque Jehovahteu£toWm...’ (Gn27.20). Todavia,
um dos nomes do Deus triúno - Pai, Filho e Espirito Santo, os o maior obstáculo para os mórmons é o shema |udaico de Deutero-
mórmons crêem totalmente diferente: que Jesus é Jeová e o Pai nômio 6.4, que diz:"... o Senhor nosso Deus é o único Senhor". Na
de Jesus é Elohim. Idealizam as três pessoas da Trindade como língua original hebraica, a versão literal desse texto é: “Jeová, nosso
três deuses separados, com a única diferença de serem unidos Elohim é o único Elohim'. Por desconhecerem as línguas originais
em propósitos e pensamentos. Enquanto os cristãos compreen­ da Bíblia, os mórmons inventaram essa separação absurda entre
dem que Elohim e Jehovah, traduzidos, respectivamente, por Se­ Elohim e Jeová, criando, com isso. dois deuses separados.

68
ÊXODO 6 ,7

Faraó rei do Egito, para que tirassem os filhos de D eus a n im a M oisés a fa la r outra vez a Faraó
Israel da terra do Egito. 28E aconteceu que naquele dia, q uando o S enhor
falou a M oisés na terra do Egito,
G enealogias d e R ú b en , Sim eâ o e L evi 29Falou o S en h o r a M oisés, dizendo: Eu sou o
l4Estas são as cabeças das casas de seus pais: Os fi­ S en h o r ; fala a Faraó, rei d o Egito, tu d o q u an to eu
lhos de Rúben, o p rim ogênito de Israel: E noque te digo.
e Palu, H ezrom e C arm i; estas são as famílias de “ Então disse Moisés p erante o S en h o r : Eis que eu
Rúben. sou incircunciso de lábios; com o, pois, Faraó m e
I5E os filhos de Simeão: Jem uel, Jam in, O ade, ouvirá?
Jaquim , Z oar e Saul, filho de um a cananéia; estas
ENTÃO disse o S en h or a Moisés: Eis que te te­
são as famílias de Simeão.
I6E estes são os nom es dos filhos de Levi, segundo
as suas gerações: G érson, C oate e M erari; e os anos
7 nho posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu ir­
m ão, será o teu profeta.
da vida de Levi foram cento e trin ta e sete anos. 2T u falarás tu d o o que eu te m andar; e Arão, teu ir­
m ão, falará a Faraó, que deixe ir os filhos de Israel
l7Os filhos de G érson: Libni e Simei, segundo as
da sua terra.
suas famílias;
3Eu, p o rém , endu recerei o coração de Faraó, e
1SE os filhos de Coate: Anrão, Izar, H ebrom e Uziel;
m ultiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as
e os anos da vida de C o a te /o ra m cento e trin ta e
m inhas maravilhas.
três anos.
4Faraó, pois, n ão vos ouvirá; e eu porei m in h a mão
'“’E os filhos de Merari: M ali e M usi; estas são as fa­
sobre o Egito, e tirarei m eus exércitos, m eu povo,
mílias de Levi, segundo as suas gerações.
os filhos de Israel, da te rra do Egito, com grandes
20E A nrão tom ou p o r m ulher a Joquebede, sua tia,
juízos.
e ela deu-lhe Arão e Moisés: e os anos da vida de
5Então os egípcios saberão que eu sou o S en h o r ,
Anrão foram cento e trin ta e sete anos.
quan d o estender a m in h a m ão sobre o Egito, e tira r
2IE os filhos de Izar: C orá, Nefegue e Zicri.
os filhos de Israel do m eio deles.
22E os filhos de Uziel: M isael, Elzafã e Sitri. 6Assim fizeram M oisés e Arão; com o o S en h or lhes
23E Arão tom ou por m ulher a Eliseba, filha de Ami- ordenara, assim fizeram.
nadabe, irm ã de N aasson; e ela deu-lhe N adabe, 7E M oisés era da idade de o iten ta anos, e A rão
Abiú, Eleazar e Itam ar. da idade de o iten ta e três anos q u an d o falaram a
24E os filhos de Corá: Assir, Elcana e Abiasafe; estas Faraó.
são as famílias dos coraítas. 8E o S f.n h o r falou a M oisés e a Arão, dizendo:
25E Eleazar, filho de Arão, to m o u p o r m ulher um a 9Q u an d o Faraó vos falar, dizendo: Fazei vós um
das filhas de Putiel, e ela deu-lhe a Finéias; estes são m ilagre, dirás a Arão: T om a a tu a vara, e lança-a
os cabeças dos pais dos levitas, segundo as suas fa­ diante de Faraó; e se to rn ará em serpente.
mílias.
2,'Estes são A rão e Moisés, aos quais o S en h or dis­ O coração d e Faraó é en d u recid o
se: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito, segun­ 1 “Então Moisés e Arão foram a Faraó, e fizeram as­
do os seus exércitos. sim com o o S f.nho r ordenara; e lançou Arão a sua
27Estes são os que falaram a Faraó, rei do Egito, vara d iante de Faraó, e diante dos seus servos, e to r ­
para que tirasse do Egito os filhos de Israel; estes são nou-se em serpente.
Moisés e Arão. 11E Faraó tam bém cham ou os sábios e encantado-

Os magos do Egito fizeram também o mesmo enganar a humanidade por meio de atos sobrenaturais. O próprio
(7.11) Jesus atestou a respeito (Mt 24.24). As obras do diabo se repetem
por toda a história e terão o seu ápice em Apocalipse 13.13,14. To­
Ceticismo. Questiona a onipotência do Deus bíblico, afir­
davia. o que devemos enfatizar aqui é a origem das imitações re­
mando que os encantadores egípcios eram capazes de fa­
alizadas pelos magos do Egito. Em 2Timóteo 3.8, Paulo comenta
zer sinais semelhantes aos que Moisés, por seu Deus. fazia.
que Janes e Jambres eram homens corruptos quanto á fé. e. por
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Quanto à prática da magia, conta disso, a fonte do poder que os habilitou a resistir a Moisés
temos visto, desde Gênesis 3, o esforço de Satanás para era maligna. Do mesmo modo, existem, hoje. movimentos que

69
ÊXODO 7,8

res; e os m agos do Egito fizeram tam bém o m esm o 2,E virou-se Faraó, e foi para sua casa; nem ainda
com os seus encantam entos. nisto pôs seu coração.
l2P o rq u e cada um lançou sua vara, e to rn aram - 24E todos os egípcios cavaram poços ju n to ao rio,
se em serpentes; m as a vara de A rão tragou as va­ para beberem água; p o rq u an to não podiam beber
ras deles. da água do rio.
1 ’Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os 2,Assim se cu m p riram sete dias, depois que o
ouviu, com o o Se n h o r tinha falado. Se n h o r ferira o rio.
HE ntão disse o Se n h o r a Moisés: O coração de
Faraó está endurecido, recusa deixar ir o povo. A segunda praga: A s rãs
DEPOIS disse o Se n h o r a Moisés: Vai a Faraó
' sVai pela m anhã a Faraó; eis que ele sairá às águas;
p õ e-te em frente dele na beira do rio, e tom arás em
tu a m ão a vara que se to rn o u em cobra.
8 e dize-lhe:
Assim diz o Se n h o r : Deixa ir o m eu povo, para que
I6E lhe dirás: O Senho r D eus dos hebreus m e tem me sirva.
enviado a ti, dizendo: Deixa ir o m eu povo, para 2E se recusares deixá-lo ir, eis que ferirei com rãs
q u e m e sirva no deserto; porém eis que até agora todos os teus term os.
n ão tens ouvido. *E o rio criará rãs, que subirão e virão à tua casa, e
l7Assim diz o Se n h o r : N isto saberás que eu sou o ao teu d o rm itó rio , e sobre a tu a cam a, e às casas dos
teus servos, e sobre o teu povo, e aos teus fornos, e
Se n h o r : Eis que eu com esta vara, que ten h o em m i­
às tuas am assadeiras.
nha m ão, ferirei as águas que estão n o rio, e to rnar-
4E as rãs subirão sobre ti, e sobre o teu povo, e so­
se-ão em sangue.
bre todos os teus servos.
I8E os peixes, que estão no rio, m orrerão, e o rio
’Disse m ais o Se n h o r a Moisés: Dize a Arão:
cheirará mal; e os egípcios terão nojo de beber da
Estende a tu a m ão com tu a vara sobre as correntes,
água do rio.
e sobre os rios, e sobre os tanques, e faze subir rãs so­
bre a terra do Egito.
A prim eira praga: as águas tornam -se em sangue
6E A rão estendeu a sua m ão sobre as águas do
19Disse m ais o Se n h o r a Moisés: Dize a Arão: T om a
Egito, e subiram rãs, e cobriram a terra do Egito.
tua vara, e estende a tu a m ão sobre as águas do Egito,
7E ntão os m agos fizeram o m esm o com os seus
sobre as suas correntes, sobre os seus rios, e sobre os
en can tam en to s, e fizeram subir rãs sobre a terra
seus tanques, e sobre todo o ajuntam ento das suas
do Egito.
águas, para que se tornem em sangue; e haja sangue SE Faraó cham ou a Moisés e a Arão, e disse: Rogai ao
em toda a terra do Egito, assim nos vasos de m adei­ Senho r que tire as rãs de m im e do m eu povo; depois
ra com o nos de pedra. deixarei ir o povo, para que sacrifiquem ao Se n h o r .
2HE M oisés e Arão fizeram assim com o o S e n h o r 9E disse Moisés a Faraó: D igna-te dizer-m e q u an ­
tin h a m andado; e A rão levantou a vara, e feriu as do é que hei de rogar p o r ti, e pelos teus servos, e por
águas que estavam no rio, diante dos olhos de Faraó, teu povo, para tirar as rãs de ti, e das tuas casas, e fi­
e diante dos olhos de seus servos; e todas as águas do quem som ente no rio?
rio se to rnaram em sangue, 10E ele disse: A m anhã. E Moisés disse: Seja confor­
21E os peixes, que estavam no rio, m orreram , e o rio m e à tu a palavra, para que saibas que ninguém há
cheirou mal, e os egípcios não podiam beber a água com o o Sen h o r nosso Deus.
do rio; e houve sangue po r toda a terra do Egito. 11E as rãs apartar-se-ão de ti, das tuas casas, dos teus
22Porém os magos do Egito também fizeram o m es­ servos, e do teu povo; som ente ficarão no rio.
m o com os seus encantam entos; de m odo que o co­ ,2E ntão saíram M oisés e A rão da presença de
ração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, com o Faraó; e M oisés clam o u ao Se n h o r p o r causa das
o Se n ho r tinha dito. rãs que tin h a posto sobre Faraó.

procuram imitar a manifestação do poder de Oeus, mas tais movi- Arào trouxe piolhos sobre homens e animais e os magos não pu-
mentos estão longe da vontade divina (Mt 7.21 -23; Jo 6.40). deram repetir o feito (8.18). Diante disso, entendemos que, apesar
Devemos, ainda, observar que o poder dos magos era limita- de possuir poder suficiente e deixar os homens perplexos, Sata-
do, o que fica claro a partir da terceira praga, quando o bordão de nás não pode proceder como e quando quiser (Jó 1 - 2).

70
ÊXODO 8 ,9

15E o S enhor fez conform e a palavra de Moisés; e as 27D eixa-nos ir cam in h o de três dias ao deserto,
rãs m orreram nas casas, nos pátios, e nos campos. para que sacrifiquem os ao S en h o r nosso Deus,
14E a ju n ta ra m -se em m o n tõ e s, e a te rra c h e i­ com o ele nos disser.
ro u mal. 28E ntão disse Faraó: D eixar-vos-ei ir, para que
l5V endo, pois, Faraó que havia descanso, en dure­ sacrifiqueis ao S en h or vosso D eus no deserto; so­
ceu o seu coração, e não os ouviu, com o o S enhor m ente que, indo, não vades longe; orai tam bém
tinha dito. por m im .
^ E M oisés disse: Eis q u e saio de ti, e o rarei ao
A terceira praga: Os piolhos S e n h o r , q u e estes en x a m e s de m o scas se r e ti­
l6Disse m ais o S en h o r a Moisés: D ize a Arão: rem a m a n h ã de F araó , d o s seus servos, e d o seu
Estende a tu a vara, e fere o pó da terra, para que se p ovo; s o m e n te q u e F araó n ão m ais m e engane,
to rn e em piolhos p o r toda a terra do Egito. n ão d e ix a n d o ir a este p o v o p a ra sa crifica r ao
17E fizeram assim; e Arão estendeu a sua m ão com Senhor.
a sua vara, e feriu o pó da terra, e havia m uitos pio­ 30Éntão saiu Moisés da presença de Faraó, e orou
lhos nos hom ens e no gado; todo o pó da terra se to r­ ao S en h o r .
no u em piolhos em toda a terra do Egito. 31E fez o S enhor conform e a palavra de Moisés, e os
I8E os m agos fizeram tam bém assim com os seus
enxam es de m oscas se retiraram de Faraó, dos seus
encantam entos para pro d u zir piolhos, m as não p u ­
servos, e do seu povo; não ficou u m a só.
deram ; e havia piolhos nos hom ens e n o gado.
32Mas endureceu Faraó ainda esta vez seu coração,
|l*Então disseram os m agos a Faraó: Isto é o dedo
e não deixou ir o povo.
de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e
não os ouvia, com o o S en h or tinha dito.
A q u in ta praga: A peste nos an im a is
DEPOIS o S en h or disse a Moisés: Vai a Faraó, e
A quarta praga: A s moscas
20Disse m ais o S en h o r a Moisés: L evanta-te pela 9
dize-lhe: Assim diz o S en h o r D eus dos hebreus:
Deixa ir o m eu povo, para que m e sirva.
m anhã cedo e põe-te diante de Faraó; eis que ele sai­
2P orque se recusares deixá-los ir, e ainda p o r fo r­
rá às águas; e dize-lhe: Assim diz o S en h o r : Deixa ir
ça os detiveres,
o m eu povo, para que m e sirva.
'Eis que a m ão do S en h o r será sobre teu gado, que
2 ' P orque se não deixares ir o m eu povo, eis que en -
está no cam po, sobre os cavalos, sobre os jum entos,
viarei enxam es de m oscas sobre ti, e sobre os teus
sobre os camelos, sobre os bois, e sobre as ovelhas,
servos, e sobre o teu povo, e às tuas casas; e as casas
dos egípcios se encherão destes enxam es, e tam bém com pestilência gravíssima.
a terra em que eles estiverem. 4E o S enhor fará separação entre o gado dos israe­

22E naquele dia eu separarei a terra de G ósen, em litas e o gado dos egípcios, para que nada m o rra de
que m eu povo habita, que nela não haja enxam es tu d o o que for dos filhos de Israel.
de moscas, para que saibas que eu sou o S en h o r no 5E o S en h o r assinalou certo tem p o , dizendo:
m eio desta terra. A m anhã fará o S enhor esta coisa na terra.
23E porei separação entre o m eu povo e o teu povo; 6E o S en h or fez isso no dia seguinte, e todo o gado

am anhã se fará este sinal. dos egípcios m orreu; po rém do gado dos filhos de
-4E o S enhor fez assim; e vieram grandes enxames Israel não m o rreu nenhum .
de moscas à casa de Faraó e às casas dos seus servos, 7E Faraó enviou a ver, e eis que do gado de Israel
e sobre toda a terra do Egito; a terra foi corro m p i­ não m o rrera n enhum ; porém o coração de Faraó se
da destes enxames. agravou, e não deixou ir o povo.
2,Então cham ou Faraó a Moisés e a Arão, e disse:
Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra. A sexta praga: A s úlceras
26E M oisés disse: N ão convém que façam os as­ “Então disse o S en h o r a M oisés e a Arão: T om ai
sim, p o rq ue sacrificaríamos ao S en h or nosso Deus vossas m ãos cheias de cinza do forno, e M oisés a es­
a abom inação dos egípcios; eis que se sacrificás­ palhe p ara o céu diante dos olhos de Faraó;
semos a abom inação dos egípcios perante os seus 9E to rn a r-se -á em pó m iú d o so b re to d a a te r­
olhos, não nos apedrejariam eles? ra do Egito, e se to rn a rá em sarna, qu e arrebente

71
ÊXODO 9,1 0

em úlceras, nos h om ens e no gado, po r toda a te r­ ra; e o Se n h o r fez chover saraiva sobre a terra do
ra do Egito. Egito.
IHE eles to m aram a cinza do forno, e puseram -se 24E havia saraiva, e fogo m isturado en tre a sarai­
dian te de Faraó, e M oisés a espalhou para o céu; va, tão grave, qual nu n ca houve em to d a a terra do
e to rn o u -se em sarna, que arrebentava em úlceras Egito desde que veio a ser um a nação.
nos hom ens e no gado; 2,E a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tu d o
" D e m aneira que os m agos não podiam parar q u an to havia n o cam po, desde os hom ens até aos
diante de Moisés, p o r causa da sarna; p orque havia animais; tam bém a saraiva feriu toda a erva do cam ­
sarna nos magos, e em todos os egípcios. po, e quebrou todas as árvores do cam po.
l2Porém o Se n h o r endureceu o coração de Faraó, e 26Som ente na terra de Gósen, onde estavam os fi­
não os ouviu, com o o S e n h o r tinha dito a Moisés. lhos de Israel, não havia saraiva.
27Então Faraó m an d o u cham ar a Moisés e a Arão,
A i am eaças de D eus e disse-lhes: Esta vez pequei; o Senho r é justo, mas
1'E n tão disse o Se n h o r a Moisés: Levanta-te pela eu e o m eu povo ímpios.
m an h ã cedo, e põe-te diante de Faraó, e dize-lhe: 2“O rai ao Se n h o r (pois q ue basta) para qu e não
Assim diz o Se n h o r D eus dos hebreus: Deixa ir o haja mais trovões de Deus nem saraiva; e eu vos dei­
m eu povo, para que m e sirva; xarei ir, e não ficareis m ais aqui.
l4P orque esta vez enviarei todas as m inhas pragas 2''Então lhe disse Moisés: Em saindo da cidade es­
sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre tenderei m inhas m ãos ao Se n h o r ; os trovões cessa­
o teu povo, para que saibas que não há o u tro com o
rão, e não haverá m ais saraiva; para que saibas que
eu em toda a terra.
a terra é do Se n h o r .
l5P orque agora tenho estendido m inha m ão, para
3üTodavia, q u anto a ti e aos teus servos, eu sei que
te ferir a ti e ao teu povo com pestilência, e para que
ainda não tem ereis diante do Se n h o r Deus.
sejas destruído da terra;
31E o linho e a cevada foram feridos, p o rq u e a ceva­
16Mas, deveras, para isto te m antive, para m ostrar
da já estava na espiga, e o linho na haste.
m eu poder em ti, e para que o m eu nom e seja a n u n ­
,2M as o trigo e o centeio não foram feridos, p o r­
ciado em toda a terra.
que estavam cobertos.
I7Tu ainda te exaltas contra o m eu povo, para não
33Saiu, pois, M oisés da presença de Faraó, da ci­
o deixar ir?
dade, e estendeu as suas m ãos ao Se n h o r ; e cessa­
ram os trovões e a saraiva, e a chuva não caiu mais
A sétim a praga: A saraiva
sobre a terra.
,8Eis que am anhã po r este tem po farei chover sa­
raiva m ui grave, qual nunca houve no Egito, desde 34V endo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os
o dia em que foi fundado até agora. trovões, pecou ainda mais; e endureceu o seu cora­
l9Agora, pois, envia, recolhe o teu gado, e tu d o o ção, ele e os seus servos.
que tens no cam po; todo o hom em e anim al, que for 35Assim o coração de Faraó se en dureceu, e não
achado no cam po, e não for recolhido à casa, a sa­ deixou ir os filhos de Israel, com o o Se n h o r tinha
raiva cairá sobre eles, e m orrerão. dito p o r Moisés.
20Q u em dos servos de Faraó tem ia a palavra do
Se n h o r , fez fugir os seus servos e o seu gado para D eus am eaça Faraó co m a praga dos gafanhotos
as casas; DEPOIS disse o Se n h o r a Moisés: Vai a
JIMas aquele que não tin h a considerado a pala­ Faraó, p o rq u e ten h o endurecido o seu co­
vra do Se n h o r deixou os seus servos e o seu gado ração, e o coração de seus servos, p ara fazer estes
no cam po. m eus sinais no m eio deles,
22Então disse o Se n h o r a Moisés: Estende a tua m ão 2E p ara que contes aos ouvidos de teus filhos, e dos
para o céu, e haverá saraiva em toda a terra do Egito, filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os
sobre os hom ens e sobre o gado, e sobre toda a erva m eus sinais, que ten h o feito entre eles; para que sai­
do cam po, na terra do Egito. bais que eu sou o Se n h o r .
23E M oisés estendeu a sua vara para o céu, e o 3Assim foram M oisés e Arão a Faraó, e disse­
Se n h o r deu trovões e saraiva, e fogo corria pela te r­ ram -lhe: Assim diz o S e n h o r D eus dos hebreus:

72
ÊXODO 10,11

Até quando recusarás hum ilhar-te diante de mim? raiva; e não ficou verde algum nas árvores, nem na
Deixa ir o m eu povo para que m e sirva; erva do cam po, em to d a a terra do Egito.
4P orque se ainda recusares deixar ir o m eu povo, “'’Então Faraó se apressou a ch am ar a Moisés e a
eis que trarei am anhã gafanhotos aos teus term os. Arão, e disse: Pequei contra o S en h or vosso Deus,
5E cobrirão a face da terra, de m odo que não se p o ­ e contra vós.
derá ver a terra; e eles com erão o restante que esca­ 17Agora, pois, peço-vos que perdoeis o m eu peca­
pou, o que vos ficou da saraiva; tam bém com erão do som ente desta vez, e que oreis ao S en h or vosso
toda a árvore que vos cresce no cam po; Deus que tire de m im som ente esta m orte.
6E encherão as tuas casas, e as casas de todos os teus 18E saiu da presença de Faraó, e o ro u ao S en h o r .
servos e as casas de todos os egípcios, quais nunca 19Então o S enhor trouxe um vento ocidental for­
viram teus pais, nem os pais de teus pais, desde o dia tíssimo, o qual levantou os gafanhotos e os lançou
em que se acharam na terra até o dia de hoje. E vi- no M ar V erm elho; não ficou um só gafanhoto em
rou-se, e saiu da presença de Faraó. todos os term os do Egito.
‘E os servos de Faraó disseram -lhe: Até quando 20O S e n h o r , porém , en d u receu o coração de
este hom em nos há de ser po r laço? Deixa ir os h o ­ Faraó, e este não deixou ir os filhos de Israel.
mens, para que sirvam ao S enhor seu Deus; ainda
não sabes que o Egito está destruído? A nona praga: A s trevas
8Então M oisés e A rão foram levados o u tra vez a 2 'E ntão disse o S enhor a Moisés: Estende a tua m ão
Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao S en h o r vosso para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, tre ­
Deus. Q uais são os que hão de ir? vas que se apalpem.
9E Moisés disse: H avem os de ir com os nossos jo ­ 22E Moisés estendeu a sua m ão para o céu, e h o u ­
vens, e com os nossos velhos; com os nossos filhos, ve trevas espessas em to d a a terra do Egito p o r três
e com as nossas filhas, com as nossas ovelhas, e com dias.
os nossos bois havem os de ir; porque tem os de ce­ 2,N ão viu um ao o u tro , e ninguém se levantou do
lebrar u m a festa ao S en h o r . seu lugar p o r três dias; m as todos os filhos de Israel
1 “Então ele lhes disse: Seja o S en h or assim convos­ tinham luz em suas habitações.
co, com o eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; 24Então Faraó cham ou a Moisés, e disse: Ide, servi
olhai que há mal diante da vossa face. ao S en h o r ; som ente fiquem vossas ovelhas e vossas
1 'N ão será assim; agora ide vós, hom ens, e servi ao vacas; vão tam bém convosco as vossas crianças.
S en h or ; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram 25Moisés, porém , disse: T u tam bém darás em nos­
da presença de Faraó. sas m ãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçam os
ao S enhor nosso Deus.
A oitava praga: Os gafanhotos 26E tam bém o nosso gado há de ir conosco, nem
' -Então disse o S enhor a Moisés: Estende a tu a m ão um a u n h a ficará; p o rq u e daquele havem os de to ­
sobre a terra do Egito para que os gafanhotos ve­ m ar, para servir ao S enhor nosso Deus; porque não
nham sobre a terra do Egito, e com am toda a erva sabem os com que havem os de servir ao S en h o r , até
da terra, tudo o que deixou a saraiva. que cheguem os lá.
1’Então estendeu M oisés sua vara sobre a terra 270 S enhor , porém , endureceu o coração de Faraó,
do Egito, e o S en h or trouxe sobre a terra u m vento e este não os quis deixar ir.
oriental to d o aquele dia e toda aquela noite; e acon­ 28E disse-lhe Faraó: V ai-te de m im , guarda-te que
teceu que pela m anhã o vento oriental trouxe os ga­ não mais vejas o m eu rosto; p o rq u e no dia em que
fanhotos. vires o m eu rosto, m orrerás.
I4E vieram os gafanhotos sobre to d a a terra do 29E disse Moisés: Bem disseste; eu nunca m ais ve­
Egito, e assentaram -se sobre todos os term os do rei o teu rosto.
Egito; tão num erosos foram que, antes destes n u n ­
ca houve tantos, nem depois deles haverá. D eus a n u n c ia a iMoisés a m orte de todos os
15Porque cobriram a face de toda a terra, de m odo prim ogênitos
que a terra se escureceu; e com eram toda a erva da 1 E O SENHOR disse a Moisés: A inda um a
terra, e todo o fruto das árvores, que deixara a sa­ 1 JL praga trarei sobre Faraó, e sobre o Egito;

73
ÊXODO 11,12

depois vos deixará ir daqui; e, quando vos deixar ir 6E o guardareis até ao décim o q u arto dia deste mês,
totalm ente, a toda a pressa vos lançará daqui. e todo o ajuntam ento da congregação de Israel o sa­
2Fala agora aos ouvidos do povo, que cada hom em crificará à tarde.
peça ao seu vizinho, e cada m ulher à sua vizinha, 7E to m arão do sangue, e p ô -lo -ão em am bas as
jóias de prata e jóias de ouro. om breiras, e na verga da porta, nas casas em que o
3E o S e n h o r deu ao povo graça aos olhos dos egíp­ com erem .
cios; tam bém o hom em M oisés era m ui grande na “E naquela noite com erão a carne assada no fogo,
terra do Egito, aos olhos dos servos de Faraó e aos com pães ázimos; com ervas am argosas a com erão.
olhos do povo. ‘’N ão com ereis dele cru, nem cozido em água, se­
4Disse m ais Moisés: Assim o S e n h o r tem dito: À não assado n o fogo, a sua cabeça com os seus pés e
m eia- noite eu sairei pelo m eio do Egito; com a sua fressura.
SE to d o o prim ogênito na terra do Egito m orrerá, I0E nada dele deixareis até am anhã; mas o que dele
desde o prim ogênito de Faraó, que haveria de as- ficar até am anhã, queim areis no fogo.
sentar-se sobre o seu tro n o , até ao prim ogênito da 1 'Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos,
serva que está detrás da m ó, e to d o o prim ogênito os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o
dos animais. comereis apressadamente; esta é a páscoa do S e n h o r .
6E haverá grande clam or em toda a terra do Egito, I2E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e fe­
com o nu nca houve sem elhante e nunca haverá; rirei todo o prim ogênito na terra do Egito, desde os
7Mas en tre todos os filhos de Israel nem m esm o hom ens até aos anim ais; e em to d o s os deuses do
um cão m overá a sua língua, desde os hom ens até Egito farei juízos. Eu sou o S e n h o r .
aos anim ais, para que saibais que o S e n h o r fez dife­ ISE aquele sangue vos será p o r sinal nas casas em
rença entre os egípcios e os israelitas. que estiverdes; vendo eu sangue, passarei p o r cim a
8Então todos estes teus servos descerão a m im , e de vós, e não haverá entre vós praga de m o rtan d a­
se inclinarão diante de m im , dizendo: Sai tu, e todo de, q u an d o eu ferir a terra do Egito.
o povo que te segue as pisadas; e depois eu sairei. E ME este dia vos será p o r m em ória, e celebrá-lo-eis
saiu da presença de Faraó ardendo em ira. por festa ao S e n h o r ; nas vossas gerações o celebra­
90 S e n h o r dissera a Moisés: Faraó não vos ouvirá, reis po r estatuto perpétuo.
para que as m inhas m aravilhas se m ultipliquem na ' ’Sete dias com ereis pães ázimos; ao prim eiro dia
terra do Egito. tirareis o ferm ento das vossas casas; p o rq u e qual­
10E Moisés e Arão fizeram todas estas m aravilhas quer que com er pão levedado, desde o prim eiro até
diante de Faraó; m as o S e n h o r endureceu o cora­ ao sétim o dia, aquela alma será cortada de Israel.
ção de Faraó, que não deixou ir os filhos de Israel lhE ao prim eiro dia haverá santa convocação; ta m ­
da sua terra. bém ao sétim o dia tereis santa convocação; n en h u ­
m a obra se fará neles, senão o que cada alm a houver
A instituição da 'primeira páscoa de com er; isso som ente aprontareis para vós.
E FALOU o S e n h o r a M oisés e a A rão na l7G uardai pois a festa dos pães ázimos, p o rq u e n a­
terra do Egito, dizendo: quele m esm o dia tirei vossos exércitos da terra do
2Este m esm o mês vos será o princípio dos meses; Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas ge­
este vos será o prim eiro dos meses do ano. rações p o r estatuto perpétuo.
3Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos lsN o prim eiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde,
dez deste mês tom e cada um para si um cordeiro, com ereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde.
segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada '■’Por sete dias não se ache n en h u m ferm ento nas
família. vossas casas; porque qualquer que com er pão leve­
4Mas se a família for pequena para um cordeiro, en­ dado, aquela alma será cortada da congregação de
tão tom e um só com seu vizinho perto de sua casa, Israel, assim o estrangeiro com o o natural da terra.
conform e o núm ero das almas; cada um conform e “ N enhum a coisa levedada com ereis; em todas as
ao seu com er, fareis a conta conform e ao cordeiro. vossas habitações com ereis pães ázimos.
50 cordeiro, ou cabrito, será sem m ácula, um m a­ 2' C ham ou pois M oisés a todos os anciãos de I srael,
cho de um ano, o qual tom areis das ovelhas o u das e disse-lhes: Escolhei e to m ai vós co rd eiro s para
cabras. vossas famílias, e sacrificai a páscoa.

74
ÊXODO 12

“ Então tom ai um m olho de hissopo, e m olhai-o vacas, com o tendes dito; e ide, e abençoai-m e ta m ­
no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga bém a m im .
da porta, e em am bas as om breiras, do sangue que 33E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se
estiver na bacia; porém n enhum de vós saia da p o r­ para lançá-los da terra; p o rq u e diziam : T odos se­
ta da sua casa até à m anhã. rem os m ortos.
2,Porque o S enhor passará para ferir aos egípcios, 34E o povo to m o u a sua massa, antes que levedas­
porém q uando vir o sangue na verga da porta, e em se, e as suas am assadeiras atadas em suas roupas so­
am bas as om breiras, o S enhor passará aquela p o r­ bre seus om bros.
ta, e não deixará o destruidor en trar em vossas ca­ 35Fizeram, pois, os filhos de Israel conform e à p a­
sas, para vos ferir. lavra de Moisés, e pediram aos egípcios jóias de p ra ­
“ P o rtan to guardai isto p o r estatu to para vós, e ta, e jóias de ouro, e roupas.
para vossos filhos para sem pre. 36E o S enhor deu ao povo graça aos olhos dos egíp­
25E acontecerá que, quando entrardes na terra que cios, e estes lhe davam o que pediam ; e despojaram
o S enhor vos dará, com o tem dito, guardareis este aos egípcios.
culto.
26E acontecerá que, quando vossos filhos vos dis­ A saída dos israelitas do Egito
serem: Q ue culto é este? 37Assim p artiram os filhos de Israel de Ramessés
27Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao para Sucote, cerca de seiscentos m il a pé, som ente
S enhor , que passou as casas dos filhos de Israel no de hom ens, sem co n tar os m eninos.
Egito, q uando feriu aos egípcios, e livrou as nossas 38E subiu tam bém com eles m uita m istura de gente,
casas. Então o povo inclinou-se, e adorou. e ovelhas, e bois, um a grande quantidade de gado.
28E foram os filhos de Israel, e fizeram isso com o o 39E cozeram bolos ázim os da m assa que levaram
S enhor ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram. do Egito, p orque não se tin h a levedado, p o rq u an to
foram lançados do Egito; e não se p u d eram deter,
A m orie dos prim ogênitos nem p repararam com ida.
29E aconteceu, à m eia-noite, que o S en h o r feriu 40O tempo que os filhos de Israel h ab itaram no
a todos os prim ogênitos na terra do Egito, desde o Egito fo i de q uatrocentos e trin ta anos.
prim ogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, 41E aconteceu que, passados os q u atro cen to s e
até ao prim ogênito do cativo que estava no cárcere, trin ta anos, naquele m esm o dia, todos os exércitos
e todos os prim ogênitos dos anim ais. do S enhor saíram da terra do Egito.
'°E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus 42Esta noite se guardará ao S enhor , porque nela os ti­
servos, e todos os egípcios; e havia grande clam or rou da terra do Egito; esta é a noite do S enhor, que de­
no Egito, porque não havia casa em que não hou­ vem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.
vesse um m orto. 43Disse m ais o S enhor a Moisés e a Arão: Esta é a
3'E ntão cham ou a M oisés e a A rão de noite, e dis­ ordenança da páscoa: n en h u m filho do estrangei­
se: Levantai-vos, saí do m eio do m eu povo, tanto ro com erá dela.
vós com o os filhos de Israel; e ide, servi ao S en h o r , 44P orém to d o o servo com p rad o p o r dinheiro, de­
com o tendes dito. pois que o houveres circuncidado, en tão com e­
32Levai tam bém convosco vossas ovelhas e vossas rá dela.

E aconteceu, à meia-noite, que o SENHOR feriu a nal de seus governantes. Éóbvioque os egípcios, comoumtodo, es­
todos os primogênitos na terra do Egito tavam felizes e satisfeitos porterem os israelitas como seus escravos
(12.29,30) em suas terras, pois não precisavam ver seusfilhos submetidosatra-
balhos forçados e braçais. Os egípcios, que até então já haviam sofri­
Ceticismo. Questionaa justiça divina declarada pela teolo­
do várias calamidades, poderiam ter-se manifestado por meio de um
gia bíblica, uma vez que afirma que o povo egípcio era res­
golpe de Estado, evitando, assim, maiores prejuízos. Mas não, pre­
ponsável pela opressáo de Faraó contra Israel.
feriram deixar a decisão final para seu líder. Possivelmente, acredita­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A questão aqui parece ser vam que somente no palácio real ou nas residências da aristocracia
<=■ maissociopolitica do que religiosa Assim, époucocrfvel que vidas seriam ceifadas, o que. evidentemente, não mudaria a postura
se possa negociar com uma nação a não ser de forma coletiva, por­ soberba de Faraó. Somente uma catástrofe nos moldes bíblicos po­
que o destino de um povo está intimamente ligado à política nacio­ deria induzir a libertação do povo de Deus.

75
ÊXODO 12,13

4,0 estrangeiro e o assalariado não com erão dela. entre teus olhos, p ara que a lei do S en h o r esteja em
4f,N um a casa se com erá; não levarás daquela carne tua boca; p o rq u an to com m ão forte o S en h o r te ti­
fora da casa, nem dela quebrareis osso. rou do Egito.
47Toda a congregação de Israel o fará. 1 “P ortanto tu guardarás este estatuto a seu tem po,
4íiPorém se algum estrangeiro se hospedar conti­ de ano em ano.
go e quiser celebrar a páscoa ao S en h o r , seja-lhe cir­ “ T am bém acontecerá que, q u an d o o S enhor te
cuncidado todo o hom em , e então chegará a cele­ houver in tro d u zid o na terra dos cananeus, com o
brá-la, e será com o o natural da terra; m as nenhum ju ro u a ti e a teus pais, q u an d o ta houver dado,
incircunciso com erá dela. J2Separarás para o S enhor tu d o o que ab rir a m a­
4l)U m a m esm a lei haja para o natural e para o es­ dre e todo o prim ogênito dos anim ais que tiveres;
trangeiro que peregrinar entre vós. os m achos serão do S en h o r .
5"E to d o s os filhos de Israel o fizeram ; com o o "P o ré m , to d o o p rim o g ên ito da ju m en ta resga­
S en h or ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram. tarás com um cordeiro; e se o não resgatares, cor­
s 1E aconteceu naquele m esm o dia que o S enhor ti­ tar-lhe-ás a cabeça; m as to d o o prim ogênito do h o ­
ro u os filhos de Israel da terra do Egito, segundo os m em , entre teus filhos, resgatarás.
seus exércitos. 14E q u ando teu filho te p erguntar no fu tu ro , dizen­
do: Q ue é isto? D ir-lhe-ás: O S enhor nos tiro u com
O s ■primogênitos são santificados a D eus
m ão forte do Egito, da casa da servidão.
1 ^ ENTÃO falou o S enhor a Moisés, dizendo:
1’P o rq u e sucedeu que, en d u recen d o -se Faraó,
J. J ^Santifica-me todo o prim ogênito, o que
para não nos deixar ir, o S enhor m atou todos os p ri­
abrir to d a a m adre entre os filhos de Israel, de h o ­
m ogênitos na terra do Egito, desde o prim ogênito
m ens e de animais; porque m eu é.
do hom em até o prim ogênito dos anim ais; p o r isso
JE Moisés disse ao povo: Lem brai-vos deste m es­
eu sacrifico ao S en h or todos os prim ogênitos, sen­
m o dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão;
do machos; porém a todo o prim ogênito de m eus
pois com m ão forte o S en h or vos tiro u daqui; p o r­
filhos eu resgato.
tanto não com ereis pão levedado.
U'E será isso p o r sinal sobre tu a m ão, e p o r frontais
4Hoje, no mês de Abibe, vós saís.
5E a c o n te c e rá q u e , q u a n d o o S en h or te h o u v e r i n ­
entre os teus olhos; porque o S en h or , com m ão for­
t r o d u z id o n a t e r r a d o s c a n a n e u s , e d o s h e te u s , e d o s te, nos tiro u do Egito.
a m o rre u s , e d o s h e v e u s , e d o s je b u s e u s , a q u a l j u r o u
a te u s p a is q u e te d a ria , te r r a q u e m a n a le ite e m e l,
D eus g u ia o povo pelo c a m in h o
g u a rd a r á s e ste c u lto n e s te m ês. 1TE aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo,
6Sete dias com erás pães ázimos, e ao sétim o dia ha­ D eus não os levou pelo cam inho da terra dos filis­
verá festa ao S en h o r . teus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para
Sete dias se com erá pães ázimos, e o levedado não que porv en tu ra o povo não se arrependa, vendo a
se verá contigo, nem ainda ferm ento será visto em guerra, e volte ao Egito.
to d o s os teus term os. l8M as D eus fez o povo ro d ear pelo cam in h o do
8E naquele m esm o dia farás saber a teu filho, d i­ deserto do M ar V erm elho; e arm ados, os filhos de
zendo: Isto é pelo que o S enhor m e tem feito, q u an ­ Israel subiram da terra do Egito.
do eu saí do Egito. l9E M oisés levou consigo os ossos de José, p o r­
9E te será p o r sinal sobre tu a m ão e p o r lem brança q uan to havia este solenem ente ajuram entado os fi-

E Moisés levou consigo os ossos de José


g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta passagem-ou qual-
(13.19)
quer outra - não habilita a interpretação apresentada por
Catolicismo Romano. Emprega este texto para apoiar o Roma. O propósito em destaque é a retirada dos ossos de José
dogma da veneração de reliquias, a respeito da qual afir­ do Egito e não a veneração desses ossos. Insere, ainda, a prá­
ma: "... São permissiveise proveitosas as reliquias dos santos...". tica cultural de preservação dos restos mortais. É oportuno re­
E cita, ainda, a declaração do Concílio de Trento: “... Também os memorarmos o que o rei Ezequias fez com a serpente de metal
santos corpos dos santos mártires [...] e daqueles que habitam que Moisés havia construído, a mando de Deus e com um fim
comCristo[...] devem ser honrados pelos fiéis.. .".O objetivo des­ específico, que o povo passou a venerá-la, dando-lhe até um
sa veneração é alcançar benefícios da parte dos "santos". nome. Vejamos otexto: 'Ele tirou os altos, quebrou as estátuas.

76
ÊXODO 13,14

lhos de Israel, dizendo: C ertam ente D eus vos visita­ taram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás
rá; fazei, pois, subir daqui os m eus ossos convosco. deles, e tem eram m uito; então os filhos de Israel cla­
20Assim partiram de Sucote, e acam param -se em m aram ao S f.n h o r .
Etã, à entrada do deserto. " E disseram a M oisés: N ão havia sepulcros no
2IE o S enhor ia adiante deles, de dia nu m a co lu ­ Egito, para nos tirar de lá, p ara que m o rram o s nes­
na de nuvem para os guiar pelo cam inho, e de n o i­ te deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair
te n u m a coluna de fogo para os ilum inar, para que do Egito?
cam inhassem de dia e de noite. l2N ão é esta a palavra qu e te falam os no Egito, d i­
22N unca tirou de diante do povo a coluna de n u ­ zendo: Deixa-nos, que sirvam os aos egípcios? Pois
vem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite. que m elh o r nos fora servir aos egípcios, do que
m orrerm os no deserto.
D eus a n u n cia a ruína dos egípcios l3Moisés, porém , disse ao povo: N ão temais; estai
ENTÃO falou o S f.n h o r a M oisés, dizen­ quietos, e vede o livram ento do S en h o r , que hoje
M do:
2Fala aos filhos de I srael que voltem , e que se acam ­
vos fará; p orque aos egípcios, que hoje vistes, n u n ­
ca mais os tornareis a ver.
pem d iante de P i-H airote, en tre M igdol e o m ar, I40 S en h or p e le ja rá p o r v ó s, e v ó s v o s c a la re is.
diante de Baal-Zefom; em frente dele assentareis o
cam po ju n to ao mar. A passagem pelo m ar
’Então Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão em ba­ l5Então disse o S enhor a Moisés: Por que clamas a
raçados na terra o deserto os encerrou. mim? Dize aos filhos de Israel que m archem .
4E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os ’6E tu, levanta a tu a vara, e estende a tu a m ão sobre
persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu o m ar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem
exército, e saberão os egípcios que eu sou o S en h o r . pelo m eio do m ar em seco.
E eles fizeram assim. I7E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e
’Sendo, pois, an unciado ao rei do Egito que o estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em
povo fugia, m u d o u -se o coração de Faraó e dos Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos
seus servos contra o povo, e disseram : P or que fi­ seus cavaleiros,
zem os isso, havendo deixado ir a Israel, para que 18E os egípcios saberão que eu sou o Sen h o r , q u a n ­
não nos sirva? do for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos
6E ap ro n to u o seu carro, e to m o u consigo o seu seus cavaleiros.
povo; I9E o anjo de Deus, que ia diante do exército de Israel,
7E to m o u seiscentos carros escolhidos, e todos os se retirou, e ia atrás deles; tam bém a coluna de nuvem
carros do Egito, e os capitães sobre eles todos. se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles.
8P orque o S en h or endureceu o coração de Faraó, 20E ia en tre o cam po dos egípcios e o cam po de
rei do Egito, para que perseguisse aos filhos de Israel; Israel; e a nuvem era trevas para aqueles, e para es­
porém os filhos de Israel saíram com alta mão. tes clareava a noite; de m aneira que em toda a noite
9E os egípcios perseguiram -nos, todos os cavalos e não se aproxim ou u m do outro.
carros de Faraó, e os seus cavaleiros e o seu exérci­ 2‘Então Moisés estendeu a sua m ão sobre o m ar, e
to, e alcançaram -nos acam pados ju n to ao m ar, per­ o S en h or fez retirar o m ar p o r u m forte vento o rien ­
to de P i-H airote, diante de Baal-Zefom. tal toda aquela noite; e o m ar to rn o u -se em seco, e
I0E aproxim ando Faraó, os filhos de Israel levan- as águas foram partidas.

deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de me­ não intervém no mundo com ações sobrenaturais. Eles não crêem
tal que Moisés fizera; porquanto até aquele dia os filhos de Israel na revelação (Mt 16.17; Lc 24.45; 2Co 4.6) e, por isso, desmere­
lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustâ” (2Rs 18.4). cerem a Biblia (revelação escrita). A referência em estudo aponta
para uma das maiores demonstrações do poder divino. Por causa
E as éguas foram partidas do entendimento que sustentam, que o Criador está ausente de
(14.21) sua criação (Hb 11.6, SI 58.10,11. V. notas), também não conside­
ram a abertura do Mar Vermelho como uma provisão sobrenatural
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Diantedeste milagre, cai do Criador, cujo objetivo era o livramento do seu povo. Os deistas
Í por terra a opinião dos céticos e dos deistas de que Deus dizem que esse milagre não passa de uma fábula.

77
ÊXODO 14,15

22E os filhos de Israel entraram pelo m eio do m ar ’Os abism os os cobriram ; desceram às pro fu n d e­
em seco; e as águas foram -\hes com o m u ro à sua di­ zas com o pedra.
reita e à sua esquerda. 6A tu a d estra, ó S e n h o r , se tem glorificado em
2íE os egípcios os seguiram, e entraram atrás deles p o d er, a tu a d estra, ó Se n h o r , tem desped açad o
todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus ca­ o inim igo;
valeiros, até ao m eio do m ar. 7E com a grandeza da tua excelência derrubaste aos
24E aconteceu que, na vigília daquela m anhã, o que se levantaram co n tra ti; enviaste o teu furor, que
Se n h o r , na coluna do fogo e da nuvem , viu o cam ­ os consum iu com o o restolho.
po dos egípcios; e alvoroçou o cam po dos egípcios. 8E com o sopro de tuas narinas am ontoaram -se as
25E tirou-lhes as rodas dos seus carros, e dificulto- águas, as correntes pararam com o m ontão; os abis­
sam ente os governavam . E ntão disseram os egíp­ m os coalharam -se no coração do mar.
cios: Fujam os da face de Israel, porque o Se n h o r por 90 inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei
eles peleja contra os egípcios. os despojos; fartar-se-á a m inha alma deles, arranca­
26E disse o Se n h o r a Moisés: Estende a tu a m ão so­ rei a m inha espada, a m inha m ão os destruirá.
bre o m ar, para que as águas to rn em sobre os egíp­ 1 “Sopraste com o teu vento, o m ar os cobriu; afu n ­
daram -se com o chum bo em veem entes águas.
cios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.
" Ó Se n h o r , q u em é com o tu en tre os deuses?
Q uem é com o tu glorificado em santidade, ad m irá­
Os egípcios perecem no m ar
vel em louvores, realizando maravilhas?
27Então Moisés estendeu a sua m ão sobre o m ar, e
l2Estendeste a tu a m ão direita; a terra os tragou.
o m ar retornou a sua força ao am anhecer, e os egíp­
L,Tu, com a tu a beneficência, guiaste a este povo,
cios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Se n h o r
que salvaste; com a tua força o levaste à habitação
derru b o u os egípcios no m eio do m ar,
da tua santidade.
2!iP orque as águas, to rn an d o , cobriram os carros e
,4O s povos o ouviram , eles estrem eceram , um a
os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os ha­
do r apoderou-se dos habitantes da Filístia.
viam seguido no m ar; n enhum deles ficou.
l5E ntão os príncipes de Edom se pasm aram ; dos
29Mas os filhos de Israel foram pelo m eio do m ar
poderosos dos m oabitas apoderou-se um trem or;
seco; e as águas foram -lhes com o m uro à sua m ão
derreteram -se to d o s os habitantes de Canaã.
direita e à sua esquerda.
‘'’Espanto e pavor caiu sobre eles; pela grandeza do
,0Assim o Se n h o r salvou Israel naquele dia da mão
teu braço em udeceram com o pedra; até qu e o teu
dos egípcios; e Israel viu os egípcios m ortos na praia povo houvesse passado, ó Se n h o r , até que passasse
do mar. este povo que adquiriste.
3IE viu Israel a grande m ão que o Se n h o r m ostra­ l7Tw os introduzirás, e os plantarás no m o n te da
ra aos egípcios; e tem eu o povo ao Se n h o r , e creu no tu a herança, tio lugar que tu, ó Se n h o r , aparelhaste
Se n h o r e em Moisés, seu servo. para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as
tuas m ãos estabeleceram .
O câ n tico de M oisés lsO Se n h o r reinará eterna e perpetuam ente;
ENTÃO cantou M oisés e os filhos de Israel l9P orque os cavalos de Faraó, com os seus carros e
este cântico ao Se n h o r , e falaram , dizendo: com os seus cavaleiros, entraram no m ar, e o Senho r
C antarei ao Se n h o r , porque gloriosam ente triu n ­ fez to rn ar as águas do m ar sobre eles; m as os filhos
fou; lançou no m ar o cavalo e o seu cavaleiro. de Israel passaram em seco pelo m eio do m ar.
20 Se n h o r é a m inha força, e o meu cântico; ele m e 20E ntão M iriã, a profetisa, a irm ã de Arão, to m o u
foi por salvação; este é o m eu Deus, p o rtan to lhe fa­ o tam boril na sua m ão, e todas as m ulheres saíram
rei um a habitação; ele é o Deus de m eu pai, p o r isso atrás dela com tam boris e com danças.
o exaltarei. 2IE M iriã lhes respondia: C antai ao Se n h o r , p o r­
’O Se n h o r é hom em de guerra; o Se n h o r é o seu que gloriosam ente triu n fo u ; e lançou no m ar o ca­
nom e. valo com o seu cavaleiro.
4Lançou no m ar os carros de Faraó e o seu exérci­ 22D epois fez M oisés p a rtir os israelitas do M ar
to; e os seus escolhidos príncipes afogaram -se no V erm elho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram
M ar Vermelho. três dias no deserto, e não acharam água.

78
ÊXODO 15,16

As águas d e M ara somos nós? As vossas m urm urações não são contra
23Então chegaram a M ara; m as não puderam be­ nós, m as sim contra o Se n h o r .
ber das águas de M ara, porque eram am argas; por 9D epois disse Moisés a Arão: Dize a to d a a congre­
isso cham ou-se o lugar Mara. gação dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença do
24E o povo m u rm u ro u co n tra M oisés, dizendo: Se n h o r , p o rq u e ouviu as vossas m urm urações.
Q ue havem os de beber? I0E aconteceu que, q u an d o falou A rão a to d a a
25E ele clam ou ao Se n h o r , e o Se n h o r m ostrou-lhe congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram
um a árvore, que lançou nas águas, e as águas se to r­ para o deserto, eis que a glória do S e n h o r ap are­
naram doces. Ali lhes deu estatutos e um a o rd en a n ­ ceu na nuvem .
ça, e ali os provou.
26E disse: Se ouvires aten to a voz do Se n h o r teu D eus m a n d a co d o m izes e m aná
Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e 1'E o Se n h o r falou a M oisés, dizendo:
inclinares os teus ouvidos aos seus m andam entos, l2T en h o ouvido as m u rm u raçõ es dos filhos de
e guardares todos os seus estatutos, nen h u m a das Israel. Fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes co­
enferm idades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; mereis carne, e pela m anhã vos fartareis de pão; e sa­
p orque eu sou o Se nho r que te sara. bereis que eu sou o Se n ho r vosso Deus.
27Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de I3E aconteceu que à tard e su b iram codornizes, e
água e setenta palm eiras; e ali se acam param ju n ­ cobriram o arraial; e pela m an h ã jazia o orvalho ao
redor do arraial.
to das águas.
I4E qu an d o o orvalho se levantou, eis que sobre a
face do deserto estava u m a coisa m iúda, redonda,
Os israelitas m u rm u ra m reclam ando pão
m iúda com o a geada sobre a terra.
E PARTINDO de Elim, toda a congregação
15E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos
dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim,
outros: Q ue é isto? P o rq u e não sabiam o que era.
que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês
Disse-lhes pois M oisés: Este é o p ão que o Se n h o r
segundo, depois de sua saída da terra do Egito.
vos deu p ara com er.
2E to d a a congregação dos filhos de Israel m u rm u ­
l6Esta é a palavra que o Se n h o r tem m an d ad o :
rou contra Moisés e contra Arão no deserto.
Colhei dele cada u m conform e ao que pode com er,
3E os filhos de Israel disseram -lhes: Q uem dera ti­
um ôm er p o r cabeça, segundo o n ú m ero das vos­
véssemos m orrido por m ão do Se n h o r na terra do
sas almas; cada um to m ará para os que se acharem
Egito, q uando estávam os sentados ju n to às panelas
na sua tenda.
de carne, q uando com íam os pão até fartar! Porque
I7E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram ,
nos tendes trazido a este deserto, para m atardes de
uns m ais e o u tro s m enos.
fome a toda esta m ultidão.
18Porém , m ed in d o -o com o ôm er, n ão sobejava ao
'’Então disse o Se n h o r a Moisés: Eis que vos farei que colhera m uito, n em faltava ao que colhera p o u ­
chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá dia­ co; cada um colheu tan to q u an to podia com er.
riam ente a porção para cada dia, para que eu o p ro ­ ''’E disse-lhes Moisés: N inguém deixe dele para
ve se anda em m inha lei o u não. am anhã.
5E acontecerá, no sexto dia, que prepararão o que 20Eles, p o rém , não d eram ouvidos a Moisés, a n ­
colherem ; e será o d obro do que colhem cada dia. tes alguns deles deixaram dele p ara o dia seguinte;
6E ntão disseram M oisés e A rão a todos os filhos e criou bichos, e cheirava mal; p o r isso indignou-se
de Israel: À tarde sabereis que o Se n h o r vos tiro u da M oisés co n tra eles.
terra do Egito, 21 Eles, pois, o colhiam cada m anhã, cada u m co n ­
7E am anhã vereis a glória do S e n h o r , p o rq u an to form e ao q ue podia com er; p o rq u e, aquecendo o
ouviu as vossas m urm urações contra o Se n h o r . E sol, derretia-se.
quem somos nós, para que m urm ureis contra nós?
sDisse m ais Moisés: Isso será qu an d o o Se n h o r à M a n á no sábado
tarde vos der carne para com er, e pela m anhã pão 22E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em d o ­
a fartar, p o rquanto o Se n ho r ouviu as vossas m u r­ bro, dois ôm eres para cada um ; e todos os príncipes
m urações, com que m u rm urais contra ele. E quem da congregação vieram, e co n taram -no a Moisés.

79
ÊXODO 16,17

23E ele disse-lhes: Isto é o que o Se n h o r tem dito: 3,E com eram os filhos de Israel m an á q u aren ta
A m anhã é repouso, o santo sábado do Se n h o r ; o que anos, até qu e en traram em terra habitada; com e­
quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes ram m aná até que chegaram aos term o s da terra
cozer em água, cozei-o em água; e tu d o o que sobe­ de Canaã.
jar, guardai para vós até am anhã. ,6E um ôm er é a décim a parte do efa.
24E guardaram -no até o dia seguinte, com o Moisés
tinha ordenado; e não cheirou mal nem nele h o u ­ Os israelitas m u rm u ra m pela fa lta d e água
ve algum bicho. 1 ^ DEPOIS to d a a congregação dos filhos de
2?E ntão disse Moisés: C om ei-o hoje, p o rq u a n ­ J . / Israel p artiu do deserto de Sim pelas suas
to hoje é o sábado do Se n h o r ; hoje não o achareis jornadas, segundo o m a n d am en to do Se n h o r , e
no cam po. acam pou em Refidim; e não havia ali água para o
2,'Seis dias o colhereis, m as o sétim o dia é o sába­ povo beber.
do; nele não haverá. 2Então contendeu o povo com Moisés, e disse: Dá-
27E aconteceu ao sétim o dia, que alguns do povo nos água para beber. E M oisés lhes disse: P or que
saíram para colher, m as não o acharam . contendeis comigo? P or que tentais ao Se n h o r ?
28Então disse o Se n h o r a Moisés: Até quando re­ 'T en d o pois ali o povo sede de água, o povo m u r­
cusareis gu ard ar os m eus m an d am en to s e as m i­ m u ro u contra M oisés, e disse: Por que nos fizeste
nhas leis? subir do Egito, para nos m atares de sede, a nós e aos
29Vede, p o rq u a n to o Se n h o r vo s deu o sábado, nossos filhos, e ao nosso gado?
p o rtanto ele n o sexto dia vos dá pão para dois dias; 4E clam ou M oisés ao Se n h o r , dizendo: Q ue farei a
cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lu ­ este povo? D aqui a pouco m e apedrejará.
gar no sétim o dia. 5Então disse o Se n h o r a Moisés: Passa diante do
,0Assim repousou o povo no sétim o dia. povo, e to m a contigo alguns dos anciãos de Israel;
31E ch am ou a casa de Israel o seu no m e m aná; e e tom a na tua m ão a tua vara, com que feriste o rio,
era com o sem ente de coentro branco, e o seu sabor evai.
com o bolos de mel. 6Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em
32E disse Moisés: Esta é a palavra que o Se n h o r tem H orebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o
m andado: Encherás um ôm er dele e guardá-lo-ás povo beberá. E M oisés assim o fez, diante dos olhos
para as vossas gerações, para que vejam o pão que dos anciãos de Israel.
vos tenho dado a com er neste deserto, quando eu 7E cham ou aquele lugar Massá e M eribá, p o r cau­
vos tirei da terra do Egito. sa da co ntenda dos filhos de Israel, e p o rq u e ten ta­
,3Disse tam bém Moisés a Arão: T om a um vaso, e ram ao Se n h o r , dizendo: Está o Se n h o r no m eio de
põe nele um ôm er cheio de m aná, e coloca-o diante nós, ou não?
do Se n h o r , para guardá-lo para as vossas gerações.
34C om o o Se n h o r tinha ordenado a Moisés, assim A m a le q u e peleja contra os israelitas
A rão o pôs diante do T estem unho, para ser gu ar­ 8Então veio A m aleque, e pelejou contra Israel em
dado. Refidim.

Até quando recusareis guardar os meus mandamentos...? zendo isso da maneira que a lei no Antigo Testamento prescrevia:
( 16 . 28 ) não sair de casa no sábado (16.29); não ferver ou assar comida
(16.23); guardar o sábado dentro de casa (16.29); não acender
(Tv^i Adventismo do Sétimo Dia. Afirma que a guarda do sába-
fogo (35.3); não fazer viagens (Ne 10.31); nào carregar peso
Y ÍllJ do foi instituída no Éden e que Adão já a observava.
(Jr 17.21); nào fazer transações comerciais (Am 8.5); etc.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em Êxodo 15.25, lê-se que Os defensores da observância do sábado, como um pro­
Deus"... lhes deu estatutos e uma ordenação, e ali [no de­ cedimento necessário para a salvação, Ignoram os ensinos do
serto] os provou*. Logo, o sábado foi ordenado no deserto, de­ Novo Testamento a respeito desse dia (Mt 12.1-13; At 15.1,10;
pois da saída dos filhos de Israel do Egito, e não antes. Os cris­ Cl 2.16,17). Em verdade, estão colocando sua esperança em suas
tãos. segundo o testemunho claro do Novo Testamento, estão próprias obras e não na obra redentora de Cristo (Rm 3.28; Gl 2.16;
livres da observância do sábado (Cl 2.16,17). Gl 3.10,11). Estão ensinando a outros oque eles mesmos não pra­
De fato, a tentativa de reconciliação com Deus por meio de ticam (Mt 23.15; At 15.1,10; Rm 2.21). E, por conta disso, tornam-
obras implica a nulidade da obra de Cristo e a obrigatoriedade se culpados da própria lei, pois nào a cumprem integralmente,
de se guardar toda a lei (Gl 5.2,3). Assim, aqueles que conside­ atraindo sobre si mesmos a maldição da lei (Dt 27.11—28.1-68;
ram ser importante guardar o sábado devem julgar se estão fa­ Js 24.19,20; Gl 5.1-5; Tg 1.23; 2.10).

80
ÊXODO 17,18

9P or isso disse M oisés a Josué: Escolhe-nos h o ­ 8E Moisés co n to u a seu sogro todas as coisas que o
m ens, e sai, peleja contra Amaleque; am anhã eu es­ Se n h o rtin h a feito a Faraó e aos egípcios por am o r
tarei sobre o cum e do outeiro, e a vara de Deus es­ de Israel, e to d o o trabalho que passaram no cam i­
tará na m inha mão. nho, e como o Se n h o r os livrara.
I0E fez Josué com o Moisés lhe dissera, pelejando 9E alegrou-se Jetro de to d o o bem que o Senho r ti­
co n tra A m aleque; m as M oisés, A rão, e H u r subi­ nha feito a Israel, livrando-o da m ão dos egípcios.
ram ao cum e do outeiro. 10E Jetro disse: Bendito seja o Se n h o r , que vos li­
1 'E acontecia que, q u an d o Moisés levantava a sua vrou das m ãos dos egípcios e da m ão de Faraó; que
mão, Israel prevalecia; m as quando ele abaixava a livrou a este povo de debaixo da m ão dos egípcios.
sua m ão, A m aleque prevalecia. 1 'Agora sei que o Se n h o r é m aior que todos os deu ­
12Porém as m ãos de Moisés eram pesadas, por isso ses; porque n a coisa em que se ensoberbeceram , os
to m aram um a pedra, e a puseram debaixo dele, sobrepujou.
para assentar-se sobre ela; e Arão e H u r sustenta­ l2Então Jetro, o sogro de Moisés, to m o u holocaus­
ram as suas m ãos, um de u m lado e o o u tro do o u ­ to e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e todos os an ­
tro; assim ficaram as suas m ãos firm es até que o sol ciãos de Israel, para com erem pão com o sogro de
se pôs.
Moisés diante de Deus.
13E assim Josué desfez a A m aleque e a seu povo, ao
I3E aconteceu que, no o u tro dia, M oisés assentou-
fio da espada.
se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante
'■•Então disse o Se n h o r a Moisés: Escreve isto
de Moisés desde a m anhã até à tarde.
para m em ória n u m livro, e relata-o aos ouvidos de
l4V endo, pois, o sogro de M oisés tu d o o que ele fa­
Josué; que eu totalm ente hei de riscar a m em ória de
zia ao povo, disse: Q ue é isto, que tu fazes ao povo?
A m aleque de debaixo dos céus.
Por que te assentas só, e to d o o povo está em pé
I5E Moisés edificou um altar, ao qual cham ou: o
diante de ti, desde a m anhã até à tarde?
Se n h o r £ m in h a b a n d e ir a .
1’E ntão disse M oisés a seu sogro: É p o rq u e este
I6E disse: P orquanto ju ro u o Se n h o r , haverá guer­
povo vem a m im , para consultar a Deus;
ra do Se n h o r contra A m aleque de geração em ge­
l6Q u an d o tem algum negócio vem a m im , para
ração.
que eu julgue en tre um e o u tro e lhes declare os es­
tatu to s de D eus e as suas leis.
O sogro de M oisés traz-lhe sua m u lh e r
I70 sogro de Moisés, porém , lhe disse: N ão é bom
e seus filh o s
o que fazes.
ORA Jetro, sacerdote de M idiã, sogro de
Moisés, ouviu todas as coisas que Deus lsT o talm en te desfalecerás, assim tu com o este
tin h a feito a M oisés e a Israel seu povo, com o o povo que está contigo; p o rq u e este negócio é m ui
Senho r tinha tirado a Israel do Egito.
difícil para ti; tu só não o podes fazer.
2E Jetro, sogro de Moisés, to m o u a Zípora, a m u ­ 19O uve agora m in h a voz, eu te aconselharei, e Deus
lher de Moisés, depois que ele lha enviara, será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva
3C om seus dois filhos, dos quais u m se cham a­ tu as causas a Deus;
va G érson; porque disse: Eu fui peregrino em te r­ 2UE declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes sa­
ra estranha; ber o cam inho em q ue devem an d ar, e a o bra que
4E o o u tro se cham ava Eliézer; p o rq u e disse: O devem fazer.
Deus de m eu pai foi po r m inha ajuda, e m e livrou 2IE tu d en tre to d o o povo p ro cu ra ho m en s ca­
da espada de Faraó. pazes, tem entes a D eus, h om ens de verdade, que
5V indo, pois, Jetro, o sogro de M oisés, com seus odeiem a avareza; e p õ e-n o s sobre eles p o r m aio ­
filhos e com sua m ulher, a M oisés no deserto, ao rais de mil, m aiorais de cem, m aiorais de cin q ü en ­
m o n te de Deus, o nde se tinha acam pado, ta, e m aiorais de dez;
6Disse a Moisés: Eu, te u sogro Jetro, venho a ti, 22Para que julguem este povo em to d o o tem po; e
com tua m ulher e seus dois filhos com ela. seja que to d o o negócio grave tragam a ti, mas todo
7Então saiu M oisés ao encontro de seu sogro, e in ­ o negócio pequeno eles o julguem ; assim a ti m esm o
clinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
com o estavam, e entraram na tenda. 2,Se isto fizeres, e Deus to m andar, poderás então

81
ÊXODO 18,19,20

subsistir; assim tam bém todo este povo em paz irá I2E m arcarás lim ites ao povo em redor, dizendo:
ao seu lugar. Guardai-vos, não subais ao m onte, n em toqueis o
24E M oisés d eu ouvidos à voz de seu sogro, e fez seu term o; to d o aquele que to car o m o n te, certa­
tu d o q u an to tinha dito; m ente m orrerá.
25E escolheu M oisés hom ens capazes, de to d o o '■N enhum a m ão tocará nele; p o rq u e ce rtam en ­
Israel, e os pôs p o r cabeças sobre o povo; m aiorais te será apedrejado ou asseteado; q uer seja anim al,
de mil, m aiorais de cem, m aiorais de cinqüenta e quer seja hom em , não viverá; soando a buzina lo n ­
m aiorais de dez. gam ente, então subirão ao m onte.
26E eles julgaram o povo em to d o o tem po; o negó­ 14Então M oisés desceu do m onte ao povo, e san ti­
cio árd u o trouxeram a Moisés, e to d o o negócio pe­ ficou o povo; e lavaram as suas roupas.
q u eno julgaram eles. ISE disse ao povo: Estai p ro n to s ao terceiro dia; e
27E ntão despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi não vos chegueis a m ulher.
à sua terra. I6E aconteceu que, ao terceiro dia, ao am anhecer,
houve trovões e relâm pagos sobre o m onte, e um a
D eus fa la com M oisés no m o n te Sinai espessa nuvem , e um sonido de buzina m u i forte,
AO terceiro m ês da saída dos filhos de de m aneira que estrem eceu todo o povo que esta­
Israel da terra do Egito, no m esm o dia che­ va n o arraial.
garam ao deserto de Sinai, 17E Moisés levou o povo fora do arraial ao en co n ­
2P orque partiram de Refidim e entraram no deser­ tro de Deus; e puseram -se ao pé do m onte.
to de Sinai, onde se acam param . Israel, pois, ali se 1KE todo o m o n te Sinai fumegava, p orque o Se n h o r
acam pou em frente ao m onte. descera sobre ele em fogo; e a sua fum aça subiu
3E subiu M oisés a D eus, e o Se n h o r o cham ou com o fumaça de u m a fornalha, e to d o o m onte tre ­
do m onte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e m ia grandem ente.
anunciarás aos filhos de Israel: ,VE o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais;
4Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, com o vos Moisés falava, e D eus lhe respondia em voz alta.
levei sobre asas de águias, e vos trouxe a m im ; 20E, descendo o Se n h o r sobre o m o n te Sinai, so­
5Agora, pois, se diligentem ente ouvirdes a m inha bre o cum e do m onte, cham ou o Senho r a Moisés
voz e guardardes a m inha aliança, então sereis a m i­ ao cum e do m onte; e Moisés subiu.
n h a prop riedade peculiar den tre todos os povos, 21E disse o Se n h o r a Moisés: Desce, adverte ao povo
porque toda a terra é m inha. que não traspasse o term o para ver o Se n h o r , para
6E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo san­ que m uitos deles não pereçam .
to. Estas são as palavras que falarás aos filhos de 22E tam bém os sacerdotes, qu e se chegam ao
Israel. Se n h o r , se hão de santificar, para que o Se n h o r não
7E veio Moisés, e cham ou os anciãos do povo, e ex­ se lance sobre eles.
pôs diante deles todas estas palavras, que o Se nho r “ E ntão disse M oisés ao Se n h o r : O povo não p o ­
lhe tinha ordenado. derá subir ao m o n te Sinai, p o rq u e tu nos tens ad ­
8Então todo o povo respondeu a um a voz, e disse: vertido, dizendo: M arca term os ao red o r do m o n ­
T u d o o que o Senho r tem falado, farem os. E relatou te, e santifica-o.
M oisés ao Sf.n h o r as palavras do povo. 24E disse-lhe o Se n h o r : Vai, desce; depois subirás
9E disse o Se n h o r a Moisés: Eis que eu virei a ti tu, e A rão contigo; os sacerdotes, porém , e o povo
num a nuvem espessa, para que o povo ouça, falan­ não traspassem o termo para subir ao Se n h o r , para
do eu contigo, e para que tam bém te creiam eterna­ que não se lance sobre eles.
m ente. P orque Moisés tinha anunciado as palavras 25Então M oisés desceu ao povo, e disse-lhe isto.
do seu povo ao Se n h o r .
1 "Disse tam bém o Se n h o r a Moisés: Vai ao povo, Os dez m a n d a m en to s
e santifica-os hoje e am anhã, e lavem eles as suas ENTÃO falou D eus todas estas palavras,
roupas, dizendo:
11E estejam prontos para o terceiro dia; p o rquanto 2Eu sou o Se n h o r teu D eus, que te tirei da terra do
no terceiro dia o Se n h o r descerá diante dos olhos de Egito, da casa da servidão.
to d o o povo sobre o m onte Sinai. ■
’N ão terás o u tro s deuses diante de m im .

82
ÊXODO 20

4Não farás para ti im agem de escultura, nem algu­ porque o Se n ho r não terá p o r inocente o qu e to m ar
ma sem elhança do que há em cim a nos céus, nem o seu n o m e em vão.
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 8Lem bra-te do dia do sábado, para o santificar.
’N ão te encurvarás a elas nem as servirás; porque 9Seis dias trabalharás, e farás to d a a tu a obra.
eu, o Se n h o r teu Deus, sou D eus zeloso, que visito a l0M as o sétim o dia é o sábado do Se n h o r te u Deus;
iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e qu ar­ não farás n en h u m a o b ra, nem tu , nem teu filho,
ta geração daqueles que m e odeiam . nem tu a filha, nem o teu servo, nem a tu a serva, nem
6E faço m isericórdia a m ilhares dos que m e am am o teu anim al, nem o teu estrangeiro, que está den ­
e aos que guardam os m eus m andam entos. tro das tuas portas.
7N ão tom arás o nom e do Se n h o r teu D eus em vão; 11P orque em seis dias fez o Se n h o r os céus e a ter-

Visfto a iniqüidade dos pais nos filhos tro deus diante de Deus eficar sem culpa? Curvar-se diante de ima­
(20.5,6) gens, ou tomar o seu santo nome em vào e ficar sem culpa? De­
sejavam honrar seus pais? Ou quereriam matar alguém? Cometer
^ Maldição hereditária. Muitos textos são usados para de-
adultério, furtar, testemunhar falsamente, cobiçar e ficar sem cul­
fen(jer essa doutrina, tais como: Levítico 26.39; Números
pa? Podiam, então, os sacerdotes violar o sábado no templo e fi­
14.18; 23.8; Deuteronômio 30.19; Efésios 4.27; 5.15-16. O mais
car sem culpa?". A resposta é óbvia: “Sim!”. Jesus, como Senhor
enfatizado, porém, é a referência em estudo.
do sábado, com autoridade para determinar o grau de culpabilida­
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA; O texto em pauta está rela- de de quem trabalha nesse dia, declarou: 'Mas, se vós soubésseis
«= cionado à nação de Israel e à idolatria. Nada diz a respeito o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condena­
de "espíritos* do alcoolismo, do adultério, da pornografia, etc. O ríeis os inocentes” (Mt 12.7). Além disso, não estamos mais debai­
ensino de todas as passagens supracitadas é que o pecado tem xo do antigo concerto (Hb 8.6-13). O sábado foi abolido (Os 2.11;
efeitos ou conseqüências funestos, não apenas para quem o pra­ Cl 2.14-17). Mas os adventistas insistem em dizer que a palavra “sá­
tica, mas também para os outros. Os filhos que pecam pelo exem­ bados" , em Colossenses 2.14-17, se refere aos sábados de cerimô­
plo dos pais demonstram que não amam a Deus. Mas o Senhor nias anuais, denominados festas (Lv 23.37).
Deus, de forma alguma, irá amaldiçoar os filhosdosidólatras sim­ Os próprios adventistas declaram que as palavras "sábado" e “sá­
plesmente por serem seus filhos, mas por se tomarem participan­ bados" e a expressão "dia de sábado", que aparecem 60 vezes no
tes e imitadores dos pecados dos pais. NovoTestamento, em 59 dos casos estão se referindo ao sábado se­
De igual modo. Deus não irá abençoar os filhos dos fiéis sim­ manal. Por que motivo, então, deixam de interpretar o texto de Co­
plesmente por serem seus filhos, antes, fará que se tornem par­ lossenses 2.16 dessa maneira, visto que se fosse entendido no seu
ticipantes e imitadores da fidelidade dos pais. As maldições bí­ real sentido, contaria com o apoio de mais 59 referências bíblicas?
blicas que aparecem no Antigo Testamento recaem sobre todos Confirmando o nosso ponto de vista, diz Samuele Bacchiocchi,
aqueles que não desfrutam da comunhão com Deus (Dt27.11-25; escritor adventista: “Um outro significado argumentado contra os
Ml 2.2). Os justos (os crentes fiéis), todavia, que são abençoados sábados cerimoniaisouanuaiséo fato dequeestesjá estão inclu­
por Deus, não podem ser amaldiçoados (Nm 23.8,23; Pv 3.33; ídos nas palavras 'dias de festa', positivamente que a palavra SA-
26.2; Rm 8.33,34; 1Jo 5.18). BBATON, como é usada em Colossenses 2.16, não pode se refe­
Ao mesmo tempo em que a Bibiia previne sobre as conse­ rir aos sábados festivos, anuais ou cerimoniais...".
qüências do pecado, também ensina (e faz isso claramente) so­ Com isso, vemos que é a doutrina adventista que determina a
bre a responsabilidade de cada indivíduo. Todos nascemos pe­ compreensão de seus adeptos a respeito dessa passagem, sem
cadores, ou seja, sob o domínio do pecado (do pecado original). levar em consideração as evidências lingüísticas e contextuais
Mas cada um de nós é responsável pelos pecados que comete e e indo contra as regras de hermenêutica bíblica. O sábado e to­
prestará cortas de seus atos a Deus (Jr 31.29-30; Ez 18.20; Rm 6.6-7; das as instituições do culto no Antigo Testamento foram sombra
1 Co 5.7; Gl 3.13; Cl 2.14,15). ou símbolo preparatório de bênçãos da salvação presente e fu­
tura em Jesus Cristo.
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar
( 20 . 8 ) Porque em seis dias fez o SENHOR os céus
e a terra [...] e ao sétimo dia descansou
I Adventlsmo do Sétimo Dia. Argumenta: "Você gostaria
( 20 . 11 )
I de ter outro deus diante de Deus? Curvar-se diante de ima­
gens, ou tomar o seu Santo nome em vão? Não desejam vocês ÇT) Ceticismo. Questiona a onipotência do Deus bíblico ao afir-
honrar seus pais? Ou querem matar alguém? Cometer adultério, ® mar ser inepto conferir tal atributo a um "ser” que se cansa.
furtar, testemunhar falsamente, cobiçar?” . Efica aguardando pela
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O verbo hebraico neste tex-
resposta que, obviamente, é: “Não". Em seguida, pergunta: “Por
= to significa, literalmente, “cessar" ou “terminar", do qual se
que então você não guarda o sábado, se o mesmo faz parte do
origina o termo shabbat. cuja tradução em português é: "sába­
corpo dos Dez Mandamentos?".
do" ou "dia de descanso", o que está de acordo com a satisfação
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em resposta atai questiona- de Deus diante da obra que tinha realizado, como pode ser vis­
=» mento, devemos ler Mateus 12.5, que diz: “Ou não tendes to em Gênesis 1.31: "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e viu que
lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sá­ era bom...’ . Outrossim, o testemunho de Jesus sobre a obra divi­
bado, e ficam sem culpa?’ . Diante disso, deveríamos fazer aos sa- na atesta que não seria possível um “ser" espiritual (ainda que fos­
batistas as mesmas perguntam com as quais gostam de abordar se um anjo), isento das fragilidades humanas, sentir necessida­
seus ouvintes. A saber: "Os sacerdotes no templo podiam ter ou­ de de descanso — repouso físico (Jo 5.17).

83
ÊXODO 20

ra, o m ar e tu d o que neles há, e ao sétim o dia des­ I9E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouvire­
cansou; p o rtan to abençoou o Se n h o r o dia do sába­ mos: e não fale D eus conosco, p ara que não m o r­
do, e o santificou. ramos.
l2H o n ra a teu pai e a tua m ãe, p ara que se p ro lo n ­ 20E disse M oisés ao povo: N ão tem ais, D eus veio
guem os teus dias na terra que o S e n h o r teu Deus para vos provar, e para que o seu tem o r esteja d ian ­
te dá. te de vós, a fim de que não pequeis.
‘■
’N ão m atarás. 2IE o povo estava em pé de longe. Moisés, porém ,
HN ão adulterarás. se chegou à escuridão, o nde Deus estava.
l5N ão furtarás. i2Então disse o Se n h o r a Moisés: Assim dirás aos
l6N ão dirás falso testem unho contra o teu próxi­ filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu
mo. falei convosco.
,7N ão cobiçarás a casa do teu próxim o, não cobi­ 2,N ão fareis ou tro s deuses com igo; deuses de p ra­
çarás a m u lh er do teu próxim o, nem o seu servo, ta ou deuses de o u ro não fareis p ara vós.
nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jum ento, 24U m altar de terra m e farás, e sobre ele sacrifica­
n em coisa algum a do teu próxim o. rás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as
I8E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o tuas ovelhas, e as tu as vacas; em todo o lugar, o nde
sonido da buzina, e o m onte fum egando; e o povo, eu fizer celebrar a m em ória do m eu nom e, virei a ti
vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. e te abençoarei.

Não matarás fruto da poligamia resultou sempre em tragédias para os servos


(20.13) de Deus ao longo da história bíblica. À luz do Novo Testamento,
essa prática é inadmissível (1Tm 3.2; Tt 1.6).
CT) Ceticismo. Confronta este versículo com Juizes 3.20,21
® e afirma que há contradição entre os dois textos, uma vez
que, em Juizes, o próprio Deus suscitou um homem a cometer Não fale Deus conosco
homicídio. (20.19)


RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os céticos precisam, mes-
mo considerando o sétimo mandamento, compreender e
aceitar que Deus é o Concessor da vida e, conseqüentemente,
<s>
Catolicismo Romano. Para justificar a intercessão dos
santos, diz que Moisés rogava pelo povo. E vai mais lon­
ge ao afirmar que o nome Medianeiro ou Mediador é aplicado so­
tem direito sobre ela (Jó 1.21), podendo tomá-la quando e como mente a Jesus Cristo (1Tm 2.5), porque sua mediação éabsoluta­
quiser sem que, com isso, transgrida seus próprios estatutos. mente necessária, suficiente, não carecendo de auxilio, mas isso
Quanto ao texto de Juizes, alegam que Eúde fora levantado por não exclui os medianeiros subalternos e dependentes de Cristo.
Deus como libertador do povo israelita (Jz 3.15). É necessário es­ . B RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há problemas graves nesse
clarecer que nem tudo o que a Biblia relata está em harmonia com ■=■ argumento católico, porque a Bíblia nào reconhece nem
os mandamentos divinos. Ou seja, não significa que ela aprove. menciona qualquer mediação ao lado da única e suficiente me­
O próprio texto em análise não apresenta, sequer por inferência, diação de Cristo. Não fala de mediadores ou medianeiros subal­
aprovação divina ao bárbaro assassinato perpetrado por Eúde. ternos, mas de um só Mediador (ou Medianeiro). Jesus disse:
Em suma, a Bíblia tão-somente relata o fato "Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai se­
não por mim" (Jo 14.6). Os apóstolos deram testemunho inequí­
Não adulterarás voco disso: “Debaixo do céu nenhum outro nome há, dado en­
(20.14) tre os homens, pelo qual devamos ser salvos' (At 4.12). “Porque
Mormonlsmo. Em sua concepção, ter várias esposas não há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
1 * era adultério até 06/10/1890. Adultério seria tomar esposas Cristo, homem' (1Tm2.5). "Se alguém pecar, temos um Advoga­
de outros homens, já casados. do para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2.1).
Se a mediação de Cristo é ÚNICA, então exclui qualquer outra
. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Isso não é verdade. Os dois mediação. Cristo é o verdadeiro e único Mediador, o que torna fal­
•= exemplos constituem pecado. Em seu livro. Doutrinas e sos todos os outros mediadores ou medianeiros. A intercessão
convênios, os próprios mórmons nomeiam a poligamia de adulté­ de Moisés não serve como exemplo para a mediação dos “san­
rio. Vejamos: ‘ Amarás a tua esposa de todo o teu coração e a ela tos", conforme ensina a Igreja Católica. Moisés estava vivo e os
te apegarás e a nenhuma outra. E aquele que olhar uma mulher “santos” católicos já morreram, portanto não participam mais das
para a cobiçar, negará a fé e não terá o Espirito: e se não se arre­ coisas deste mundo.
pender será expulso. Não cometerás adultério. E o que cometer
adultério, e não se arrepender, será expulso. Mas o que haja co­
Se um ferir uma mulher grávida
metido adultério e se arrepender de todo o seu coração, e o aban­
(21.22,23)
donar; e não mais o cometer; tu perdoarás" (D&C 42.22-24). O Li­
vro de Mórmon também é contraa poligamia (Mosias 11.1-2; Jacó COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A Palavra de Deus consi­
2.24-27). A ordem de Deus era: “Tampouco para si multiplicará
mulheres, para que o seu coração não se desvie...” (Dt 17:17). O
t dera a vida de um feto como a vida de um adulto. Logo, não
temos aqui uma brecha para que oaborto seja aceito. Pelo contrá-

84
ÊXODO 20,21

25E se m e fizeres um altar de pedras, não o farás de o seu próxim o, m a tan d o -o à traição, tirá-lo-ás do
pedras lavradas; se sobre ele levantares o teu buril, m eu altar, para que m orra.
profaná-lo-ás. I50 que ferir a seu pai, o u a sua m ãe, certam en ­
2f,T am bém não subirás ao m eu altar p o r degraus, te será m orto.
p ara qu e a tua nudez não seja d escoberta d ia n ­ I6E quem rap ta r um h o m em , e o vender, o u for
te deles. achado na sua m ão, certam ente será m orto.

As leis acerca dos servos e dos hom icidas As leis acerca dos q u e a m aldiçoam os pais ou
ESTES são os estatutos que lhes proporás. fe re m q u a lq u e r pessoa
2Se com prares um servo hebreu, seis anos l7E quem am aldiçoar a seu pai o u a sua mãe, certa­
servirá; mas ao sétim o sairá livre, de graça. m ente será m orto.
5Se en trou só com o seu corpo, só com o seu cor­ 18E se dois h o m en s pelejarem , ferindo-se um ao
po sairá; se ele era hom em casado, sua m ulher sai­ outro com pedra o u com o pu n h o , e este não m o r­
rá com ele. rer, m as cair na cama,
4Se seu senhor lhe houver dado um a m ulher e ela l9Se ele to rn a r a levantar-se e an d ar fora, sobre o
lhe houver dado filhos o u filhas, a m ulher e seus fi­ seu bord ão , então aquele que o feriu será absolvi­
lhos serão de seu senhor, e ele sairá sozinho. do; som ente lhe pagará o tem p o que perdera e o fará
5M as se aquele servo expressam ente disser: Eu curar totalm ente.
am o a m eu senhor, e a m inha m ulher, e a m eus fi­ 20Se alguém ferir a seu servo, ou a sua serva, com
lhos; não quero sair livre, pau, e m o rrer debaixo da sua m ão, certam ente será
6Então seu senhor o levará aos juizes, e o fará che­ castigado;
gar à porta, o u ao um bral da porta, e seu senhor lhe 21P orém se sobreviver p o r um o u dois dias, não
furará a orelha com u m a sovela; e ele o servirá para será castigado, p orque é d inheiro seu.
sempre. 22Se alguns h o m en s pelejarem , e um ferir um a
7E se um hom em vender sua filha para ser serva, ela m ulher grávida, e for causa de que aborte, po rém
não sairá com o saem os servos. não havendo o u tro dan o , certam ente será m u lta­
8Se ela não agradar ao seu senhor, e ele não se des­ do, conform e o que lhe im puser o m arido d a m u ­
posar com ela, fará que se resgate; não poderá ven­ lher, e julgarem os juizes.
dê-la a um povo estranho, agindo deslealm ente 2,M as se houver m orte, então darás vida p o r vida,
com ela. 2401ho p o r olho, d en te p o r dente, m ão p o r m ão,
yM as se a desposar com seu filho, fará com ela co n ­ pé por pé,
form e ao direito das filhas. 25Q ueim adura p o r queim adura, ferida p o r ferida,
l0Se lhe tom ar outra, não d im inuirá o m a n tim en ­ golpe p o r golpe.
to desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação 26E qu an d o alguém ferir o olho do seu servo, ou
marital. o olho da sua serva, e o danificar, o deixará ir livre
"E se lhe não fizer estas três coisas, sairá de graça, pelo seu olho.
sem dar dinheiro. 27E se tirar o dente do seu servo, ou o dente da sua
l2Q uem ferir alguém , de m o d o que este m orra, serva, o deixará ir livre pelo seu dente.
certam ente será m orto. 28E se algum b oi escornear h o m em ou m ulher,
’’P orém se lhe não arm o u cilada, m as D eus lho que m o rra, o boi será apedrejado certam ente, e a
entregou nas m ãos, ord en ar-te-ei um lugar para sua carne não se com erá; m as o d o n o do boi será
onde fugirá. absolvido.
l4M as se alguém agir prem ed itad am en te contra 29Mas se o boi dantes era escorneador, e o seu dono

rio. O objetivo da multa imposta a quem provocasse um parto pre­ E quando alguém ferir o olho do seu
maturo era auxiliar a mulher em suas dificuldades. Mas se do par­ servo [...] o deixará Ir livre pelo seu olho
to sobreviesse morte, nâo se aceitaria reparação financeira: seria (21.26)
"vida por vida". É importante notar que, no original, a palavra em­
Ceticismo. Usa o paralelo entre este texto e Deuteronômio
pregada neste contexto é yatsa, que significa, literalmente: "sair" 15.12-18 para afirmar que a Bíblia apresenta normas con­
ou "dar à luz". Não tem o sentido de aborto voluntário.
traditórias para a alforria dos escravos.

85
ÊXODO 21,22

foi conhecedor disso, e não o guardou, m atando 6Se irro m p er um fogo, e pegar n o s espinhos, e
hom em o u m ulher, o boi será apedrejado, e ta m ­ queim ar a m eda de trigo, o u a seara, o u o cam ­
bém o seu dono m orrerá. po, aquele que acendeu o fogo to talm en te pagará
3USe lhe for im posto resgate, então dará p o r resgate o queim ado.
da sua vida tudo q uanto lhe for im posto, 7Se alguém der ao seu próxim o dinheiro, ou bens, a
3lQ uer tenha escorneado um filho, q uer tenha es- guardar, e isso for furtado da casa daquele hom em ,
corneado um a filha; conform e a este estatuto lhe o ladrão, se for achado, pagará o dobro.
será feito. 8Se o ladrão não for achado, então o d o n o da casa
32Se o boi escornear um servo, o u um a serva, dar- será levado d iante dos juizes, a ver se não pôs a sua
se-á trin ta siclos de prata ao seu senhor, e o boi será m ão nos bens do seu próxim o.
apedrejado. 9Sobre todo o negócio fraudulento, sobre boi, so­
33Se alguém ab rir um a cova, ou se alguém cavar bre ju m en to , sobre gado m iúdo, sobre roupa, so ­
u m a cova, e não a cobrir, e nela cair um boi ou um bre toda a coisa perdida, de que alguém disser que é
jum ento, sua, a causa de am bos será levada p erante os juizes;
340 d o no da cova o pagará; pagará em d inheiro ao aquele a quem condenarem os juizes pagará em d o ­
seu dono, m as o anim al m orto será seu. bro ao seu próxim o.
35Se o boi de alguém ferir o boi do seu próxim o, l0Se alguém der a seu próxim o a guardar um ju m en ­
e m orrer, então se venderá o boi vivo, e o d inheiro to, ou boi, ou ovelha, ou outro animal, e este m orrer,
dele se repartirá igualm ente, e tam bém repartirão ou for dilacerado, ou arrebatado, ninguém o vendo,
entre si o boi m orto. 11Então haverá ju ra m e n to do Se n h o r en tre a m ­
3<>M as se foi n o tó rio que aquele boi antes era escor- bos, de que não pôs a sua m ão nos bens do seu p r ó ­
neador, e seu d ono não o guardou, certam ente p a­ xim o; e seu d o n o o aceitará, e o o u tro não o res­
gará boi p o r boi; porém o m orto será seu. tituirá.
l2Mas, se de fato lhe tiver sido furtado, pagá-lo-á
As leis acerca da propriedade ao seu dono.
SE alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar 1 'P o rém se //lefor dilacerado, trá-lo-á em testem u­
ou vender, p o r um boi pagará cinco bois, e nho disso, e não pagará o dilacerado.
pela ovelha quatro ovelhas. I4E se alguém pedir em prestado a seu próxim o al­
2Se o ladrão for achado roubando, e for ferido, e gum animal, e for danificado ou m orto, não estando
m orrer, o que o feriu não será culpado do sangue. presente o seu dono, certam ente o pagará.
3Se o sol houver saído sobre ele, o agressor será 15Se o seu d o n o estava presente, não o pagará; se foi
culpado do sangue; o ladrão fará restituição total; alugado, será pelo seu aluguel.
e se não tiver com que pagar, será vendido p o r seu
furto. A s leis acerca da im oralidade e idolatria
■•Se o furto for achado vivo na sua m ão, seja boi, ou l6Se alguém enganar alguma virgem , que não for
ju m en to , ou ovelha, pagará o dobro. desposada, e se deitar com ela, certam ente a d o tará
’Se alguém fizer pastar o seu anim al num cam po e tom ará p o r sua m ulher.
ou n u m a vinha, e largá-lo para com er no cam po de l7Se seu pai inteiram ente recusar dar-lha, pagará
o u tro, o m elhor do seu p róprio cam po e o m elhor ele em d inheiro conform e ao dote das virgens.
da sua própria vinha restituirá. I8A feiticeira não deixarás viver.

. - B RESPOSTA APOLOGÉTICA: É um exagero cético tentar Quanto ao procedimento descrito em Deuteronômio, não tem
«=» desmerecer a Palavrade Deus confrontando textos que em nada a ver com este, uma vez que: 1) dita normas sobre os ser­
nada se comunicam, a nâo ser pela questão do forro da escra­ vos hebreus que se vendiam a seus próprios irmãos (v. 12);
vidão. O que se observa na referência em estudo é que o escra­ 2) não fala de alforria sendo concedida como compensação
vo. que não era hebreu e pertencia a uma classe social inferior, pelos ferimentos por agressões físicas; 3) relata um favoreci-
não podia aplicar a Lei de Talião (descrita até o v. 25) ao seu ofen- mento superior ao não permitir que a alforria se resumisse em
sor. Mas se fosse ferido gravemente nos olhos ou nos dentes por si mesma, ou seja, o senhor do sen/o hebreu deveria, ao dis-
agressão cometida pelo senhor, este deveria compensá-lo, por pensá-lo, conceder-lhe direito ao gado, aos cereais e ao fru­
tê-lo lesado, com a alforria, deixando-o livre, como ressarcimen­ to do lagar (v. 14). Assim, não há nadaque habilite o questio­
to pelo mal que lhe causou. namento dos céticos.

86
ÊXODO 22,23

19T odo aquele que se deitar com anim a], certa­ 5Se vires o ju m e n to , daquele que te odeia, caído
m ente m orrerá. debaixo da sua carga, deixarás pois de ajudá-lo?
20O que sacrificar aos deuses, e não só ao Se n h o r , Certam ente o ajudarás a levantá-lo.
será m orto. 6N ão perverterás o direito do teu pobre na sua de­
2lO estrangeiro não afligirás, nem o oprim irás; m anda.
pois estrangeiros fostes na terra do Egito. 7D e palavras de falsidade te afastarás, e não m a­
22A n en hum a viúva nem órfão afligireis. tarás o inocente e o justo; p o rq u e não justificarei
21Se de algum m odo os afligires, e eles clam arem a o ím pio.
m im , eu certam ente ouvirei o seu clamor. "Tam bém suborno não tom arás; porque o su b o r­
24E a m inha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e no cega os que têm vista, e perverte as palavras dos
vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos. justos.
25Se em prestares dinheiro ao m eu povo, ao pobre 9T am bém nâo o p rim irás o estrangeiro; pois vós
que está contigo, não te haverás com ele com o um conheceis o coração do estrangeiro, pois fostes es­
usurário; não lhe im poreis usura. trangeiros na terra do Egito.
26Se tom ares em p enhor a ro u p a d o teu próxim o,
lho restituirás antes do p ô r do sol, O ano de descanso e o sábado
27P orque aquela é a sua cobertura, e o vestido da ' “T am bém seis anos sem earás tu a terra, e recolhe­
sua pele; em que se deitaria? Será pois que, q u an ­ rás os seus frutos;
do clamar a m im , eu o ouvirei, p orque sou m iseri­ "M as ao sétim o a dispensarás e deixarás descan­
cordioso. sar, para que possam com er os pobres do teu povo,
28A Deus não am aldiçoarás, e o príncipe dentre o e da sobra com am os anim ais do cam po. Assim fa­
teu povo não maldirás. rás com a tu a vinha e com o teu olival.
29As tuas prim ícias, e os teus licores não retardarás; 12Seis dias farás os teus trabalhos, m as ao sétim o
o prim ogênito de teus filhos m e darás. dia descansarás; para que descanse o te u boi, e o teu
30Assim farás dos teus bois e das tuas ovelhas: sete jum ento; e para que tom e alento o filho da tu a es­
dias estarão com sua mãe, e ao oitavo dia m os darás. crava, e o estrangeiro.
3IE ser-m e-eis hom ens santos; p o rta n to não co­ 13E em tudo o que vos ten h o dito, guardai-vos; e
m ereis carne despedaçada n o cam po; aos cães a do nom e de o u tro s deuses nem vos lem breis, nem
lançareis. se ouça da vossa boca.

O te ste m u n h o falso e a injustiça As três festas


NÃO adm itirás falso boato, e não porás a l4Três vezes no ano m e celebrareis festa.
tua m ão com o ím pio, para seres testem u­ I5A festa dos pães ázim os guardarás; sete dias co­
nha falsa. m erás pães ázim os, com o te ten h o o rd en ad o , ao
2N ão seguirás a m ultidão para fazeres o mal; nem tem po apon tad o no m ês de Abibe; p o rq u e nele saís­
nu m a d em anda falarás, to m a n d o parte com a te do Egito; e ninguém apareça vazio p erante m im ;
m aioria para torcer o direito. l6E a festa da sega dos p rim eiros frutos do teu tra ­
3N em ao pobre favorecerás na sua dem anda. balho, que houveres sem eado no cam po, e a festa da
4Se encontrares o boi do teu inim igo, o u o seu ju ­ colheita, à saída do ano, q u an d o tiveres colhido do
m ento, desgarrado, sem falta lho reconduzirás. cam po o teu trabalho.

Ao sétimo dia descansarás Em Colossenses 2.14-17, o apóstolo Paulo, divinamente inspi­


(23.12) rado. explica a relação entre o ministério de Cristo e a abolição
do sábado no Novo Testamento: ‘ Havendo riscado a cédula que
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Oséias 2.11 fala da aboli­
Í ção da observância do dia do sábado: “E farei cessar todo
o seu gozo, e as suas festas, e as suas luas novas e os seus sába­
era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira
nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E,
despojando os principados e potestades, os expôs publicamente
dos, e todas as suas festividades'. Esta profecia se cumpriu com
e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo
o ministério de Cristo: 'Vindo a plenitude dos tempos, Deus en­
comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
viou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir
nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o
os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de
corpo é de Cristo". Ver também Êxodo 16.28; 20.8:31.17,18.
filhos'(Gl 4.4,5).

87
ÊXODO 23,24

17Três vezes no ano todos os teus hom ens aparece­ que darei nas tuas m ãos os m oradores d a terra, para
rão d iante do S enhor D eus . que os lances fora de diante de ti.
18N ão oferecerás o sangue do m eu sacrifício com ,2N ão farás aliança algum a com eles, o u com os
pão levedado; nem ficará a g ordura da m inha festa seus deuses.
de n oite até pela m anhã. 33N a tua terra não habitarão, para que não te façam
l9As prim ícias dos prim eiros frutos da tua terra pecar contra m im ; se servires aos seus deuses, cer­
trarás à casa do S en h or teu Deus; não cozerás o ca­ tam ente isso será u m laço para ti.
brito no leite de sua mãe.
D eus m a n d a M oisés e os anciãos
D eus p rom ete enviar u m anjo su b irem ao m o n te
20Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que DEPOIS disse a Moisés: Sobe ao S en h o r , tu
te guarde pelo cam inho, e te leve ao lugar que te te­ e Arão, N adabe e Abiú, e setenta dos anci­
n h o preparado. ãos de Israel; e adorai de longe.
2lG uarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o 2E só Moisés se chegará ao S en h or ; mas eles não se
provoques à ira; p orque não perdoará a vossa rebel­ cheguem , nem o povo suba com ele.
dia; porque o m eu nom e está nele. 3 Veio, pois, Moisés, e co n to u ao povo todas as p a­
22Mas se diligentem ente ouvires a sua voz, e fizeres lavras do S en h o r , e to d o s os estatutos; então o povo
tu d o o que eu disser, então serei inim igo dos teus respondeu a u m a voz, e disse: T odas as palavras, que
inimigos, e adversário dos teus adversários. o S en h or tem falado, faremos.
23P orque o m eu anjo irá adiante de ti, e te levará aos 4Moisés escreveu todas as palavras do S en h or , e le-
am orreus, e aos heteus, e aos perizeus, e aos cana- vantou-se pela m anhã de m adrugada, e edificou um
neus, heveus e jebuseus; e eu os destruirei. altar ao pé do m o n te, e doze m o n u m en to s, segun­
24N ão te inclinarás diante dos seus deuses, nem do as doze tribos de Israel;
os servirás, nem farás conform e às suas obras; an ­ ’E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os
tes os destruirás totalm ente, e quebrarás de to d o as quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao
suas estátuas. S en h or sacrifícios pacíficos de bezerros.
25E servireis ao S en h or vosso Deus, e ele abençoa­ '’E Moisés to m o u a m etade do sangue, e a pôs em
rá o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do m eio de bacias; e a outra m etade do sangue espargiu sobre
vós as enferm idades. o altar.
26N ão haverá m u lh er que aborte, nem estéril na 7E to m o u o livro da aliança e o leu aos ouvidos do
tua terra; o nú m ero dos teus dias cum prirei. povo, e eles disseram : T udo o que o S en h or tem fa­
27Enviarei o m eu terro r adiante de ti, destruindo a lado farem os, e obedecerem os.
todo o povo aonde entrares, e farei que todos os teus 8E ntão to m o u Moisés aquele sangue, e espargiu-
inim igos te voltem as costas. o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da alian­
28T am bém enviarei vespões adiante de ti, que lan­ ça qu e o S enhor tem feito convosco sobre todas es­
cem fora os heveus, os cananeus, e os heteus de tas palavras.
d iante de ti. 9E subiram M oisés e Arão, N adabe e Abiú, e seten­
29N ão os lançarei fora de diante de ti n u m só ano, ta dos anciãos de Israel.
para que a terra não se torne em deserto, e as feras I0E viram o D eus de Israel, e debaixo de seus pés
do cam po não se m ultipliquem contra ti. havia com o que u m a pavim entação de pedra de sa­
30Pouco a pouco os lançarei de diante de ti, até que fira, que se parecia com o céu n a sua claridade.
sejas m ultiplicado, e possuas a terra p o r herança. 1 ‘P orém não estendeu a sua m ão sobre os escolhi­
31E porei os teus term os desde o M ar V erm elho até dos dos filhos de Israel, m as viram a Deus, e com e­
ao m ar dos filisteus, e desde o deserto até ao rio; p o r­ ram e beberam .

E viram o Deus de Israel . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus se manifestou de mui-


(24.9-11) S . tas maneiras, e a esse procedimento divino chamamos de
teofania (Nm 12.8). As visões que as pessoas tinham de Deus
Mormonismo. Emprega esta passagem para afirmar que eram parciais, de acordo com asua percepção humana. Ninguém
Deus Pai tem um corpo ffsico, podendo ser visto pelos ho- jamais viu o Senhor Deus completamente, ou seja, em sua ple-

88
ÊXODO 24,25

12Então disse o Sen h o r a Moisés: Sobe a m im ao ’C onform e a tu d o o qu e eu te m o strar para m o d e­


m onte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e lo do tabernáculo, e para m odelo de todos os seus
os m andam entos que tenho escrito, para os ensinar. pertences, assim m esm o o fareis.
13E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e
subiu Moisés ao m o n te de Deus. A arca d e m adeira d e acácia
NE disse aos anciãos: Esperai-nos aqui, até que to r­ '“T am bém farão um a arca de m adeira de acácia; o
nem os a vós; e eis que Arão e H ur ficam convosco; seu co m p rim en to será de dois côvados e m eio, e a
quem tiver algum negócio, se chegará a eles. sua largura de u m côvado e m eio, e de um côvado e
I5E, subindo Moisés ao m onte, a nuvem cobriu o m eio a sua altura.
m onte. 1 'E cobri-la-á de o u ro puro; p o r d en tro e p o r fora
I6E a glória do S en h o r repousou sobre o m o n te a cobrirás; e farás sobre ela u m a coroa de o u ro ao
Sinai, e a nuvem o cobriu p o r seis dias; e ao sétimo redor;
dia cham ou a Moisés do m eio da nuvem . l2E fundirás para ela q u atro argolas de o uro, e as
I7E o parecer da glória do S en h o r era com o um porás nos q u atro can to s dela, duas argolas n um
fogo consum idor no cum e do m onte, aos olhos dos lado dela, e duas argolas n o u tro lado.
filhos de Israel. I JE farás varas de m adeira de acácia, e as cobrirás
IKE Moisés entrou no m eio da nuvem , depois que com ouro.
subiu ao m onte; e M oisés esteve no m onte quaren­ I4E colocarás as varas nas argolas, aos lados da arca,
ta dias e quarenta noites. para se levar com elas a arca.
” As varas estarão nas argolas da arca, não se tira­
D eus m anda o povo trazer ofertas para o rão dela.
tabernáculo lhDepois porás na arca o testemunho, que eu te darei.
ENTÃO falou o S en h o r a M oisés, d izen­
do: O propiciatório d e ouro puro
2Fala aos filhos de Israel, que m e tragam um a oferta ' 7T am bém farás um p ro p iciató rio de o u ro puro;
alçada; de todo o hom em cujo coração se m over vo­ o seu co m p rim en to será de dois côvados e m eio, e a
luntariam ente, dele tom areis a m inha oferta alçada. sua largura de u m côvado e meio.
*E esta é a oferta alçada que recebereis deles: o uro, l8Farás tam bém dois qu eru b in s de ouro; de ouro
e prata, e cobre, batido os farás, nas duas extrem idades do p ro p i­
4E azul, e p úrpura, e carm esim , e linho fino, e pê­ ciatório.
los de cabras, l9Farás um q u eru b im n a extrem idade de um a
5E peles de carneiros tintas de verm elho, e peles de parte, e o o u tro q uerubim na extrem idade da ou tra
texugos, e m adeira de acácia, parte; de um a só peça com o propiciatório, fareis os
fiA zeitepara a luz, especiarias para o óleo da unção, q u eru b in s nas duas extrem idades dele.
e especiarias para o incenso, ■’’O s qu eru b in s estenderão as suas asas p o r cima,
"Pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode cob rin d o com elas o p ro p iciató rio ; as faces deles
e para o peitoral. um a defronte da outra; as faces dos querubins esta­
8E m e farão um santuário, e habitarei no meio deles. rão voltadas para o propiciatório.

nitude. porque Ele habita na luz inacessível (Jo 1.18; 1Tm 6.16. O segundo argumento desenvolveu a teoria da pedagogia di­
V. tb. Gn 32.30). vina, que é resumida da seguinte forma por dom Estevão Betten­
court: "...Os cristãos foram percebendo que a proibição de fazer
Farás também dois querubins imagens no Antigo Testamento tinha o mesmo papel de pedago­
(25.18;37.7) go (condutor de crianças destinado a cumprir as suas funções e
retirar-se) que a Lei de Moisés em geral tinha junto ao povo de Is­
Catolicismo Romano. Para escapar da acusação de que rael. Por isso o uso das imagens foi-se implantando. As gerações
seus fiéis praticam a idolatria, a Igreja Católica Romana de­ cristãs compreenderam que. segundo o método da pedagogia
senvolveu trés argumentos básicos. O primeiro deles é que o texto de divina, atualizada na Encarnação, deveriam procurar subir ao in­
Êxodo 20.4,5 não se tratava (ou não se trata) de uma proibição abso­ visível passando pelo visível que Cristo apresentou aos homens;
luta, mas condicionada pelas circunstâncias em que se encontravam a meditação das fases da vida de Jesus e a representação artís­
os israelitas, visto que o próprio Deus lhes mandou construir imagens tica das mesmas se tornaram recursos com que o povo fiel pro­
sagradas (25.17-22; 1Rs 6.23-29; 7.23-28; 1Cr 22.8-13). curou aproximar-se do Filho de Deus. Assim criaram a idéia de

89
ÊXODO 25

2IE porás o propiciatório em cim a da arca, depois largura de u m côvado, e a sua altura de u m côva-
que houveres p osto na arca o testem u n h o que eu do e meio.
te darei. 24E cobri-la-ás com o u ro puro; tam bém lhe farás
-2E ali virei a ti, e falarei contigo de cim a do p ro p i­ um a coroa de o u ro ao redor.
ciatório, do m eio dos dois querubins (que estão so­
2,T am bém lhe farás um a m oldura ao redor, da lar­
bre a arca do testem unho), tudo o que eu te ordenar
gura de quatro dedos, e lhe farás um a coroa de ouro
para os filhos de Israel.
ao redor da m oldura.
A mesa de m adeira de acácia 26T am bém lhe farás q uatro argolas de ouro; e p o ­
2,T am bém farás um a mesa de m adeira de acácia; rás as argolas aos q u atro cantos, que estão nos seus
o seu co m p rim en to será de dois côvados, e a sua q u atro pés.

que, nas igrejas, as imagens tornaram-se a Bíblia dos iletrados, sistem em cultuar imagens? c.) Se as imagens fossem realmente
dos simples e das crianças, exercendo função pedagógica de o livro daqueles que não sabem ler. por que os católicos alfabe­
grande alcance. É o que notam alguns escritores cristãos anti­ tizados são tão devotos e apegados a elas?; d.) Será que pode­
gos: 'O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas mos desobedecer a Bíblia para superar uma deficiência de enten­
e ajuda grandemente'. O que a Bíblia é para os que sabem ler, a dimento? e.) Onde está a base bíblica para a teoria da pedagogia
imagem o é para os iletrados'. divina?; f.) Será que a encarnação do Verbo poderia servir de base
O terceiro argumento criou a teoria da distinção de devoção ou para se fazer imagens dos santos e cultuá-los?
culto: dulia (devoção aos santos e aos anjos), hiperdulia (devo­ O verdadeiro cristianismo é fé exclusiva na obra do Senhor Je­
ção a Maria) e latria (culto prestado a Deus). sus (Jo3.16; Rm5.8; Ef 2.8,9; 1Tm 2.5; Tt 2.11). É adoração úni­
ca a Deus: *Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás’
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus proibiu seu povo de (Mt 4.11; Lc4.8).
= confeccionar e cultuar imagens, estátuas, ou qualquer ou­ O principal de todos os mandamentos é: a.) "Ouve, ó Israel, o
tro objeto ou ser. visto que os povos pagãos atribulam a esses Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás ao Senhorteu Deus
artefatos de barro, madeira, ou de qualquer material corruptível, de todo o teu coração, de toda a sua alma, de todo o teu entendi­
caráter religioso, acreditando, inclusive, que a divindade se fazia mento e de todas as tuas forças” (Mc 12.29,30; Mt 22.37); b.) “Mas
presente por meio de tal prática. vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores ado­
O Deus Todo-Poderoso instruiu seu povo a não cuituar ima­ rarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que
gens (20.23; 34.17), por isso as imagens que mandou confec­ assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram
cionar não tinham por objetivo elevar a piedade de Israel e muito o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24).
menos serviam de modelo para reflexão ou conduta: eram ape­ Quanto àteoria dos três tipos de devoção: dulia, hiperdulia e la­
nas símbolos decorativos e representativos. É o caso da Arca tria, perguntamos: Qual é a diferença entre dulia e hiperdulia? E
da Aliança, dos querubins no tabernáculo e no templo, entre ou­ qual é a diferença dessas duas em relação à latria?
tros utensílios (1 Rs 6.23-29: 7.23-26,1 Cr 22.8-13) e ornamentos A verdade é que os três termos se confundem. Dulia e hiperdu­
(1Rs 7.23-28). Essas figuras jamais foram adoradas ou venera­ lia podem estar envolvidos com latria. A distinção entre eles não
das ou vistas como objetos de devoção ou adoração. Se os fi­ define coisa alguma. As pessoas que se prostram diante da ima­
lhos de Israel tivessem agido dessa forma, Deus mandaria des­ gem de Conceição Aparecida, ou de São João, ou de São Sebas­
truir esses objetos, como aconteceu com a serpente de bronze tião ou de Jesus sabem que estão cultuando em níveis diferen­
que Moisés levantou no deserto e o povo a transformou em obje­ tes? Para elas não seria tudo a mesma coisa?
to de culto (2Rs18.4). Imaginemos o procedimento de um católico romano bem ins­
Quando analisamos esta questão na história de Israel na anti­ truído em um culto. De inicio, ele pretende cultuar São João. En­
guidade (o povo hebreu que recebeu os mandamentos de Deus) tão. dobra seus joelhos diante da imagem de tal “santo" e pratica
e dos judeus religiosos de hoje, que procuram se manter fiéis a a dulia. Depois, resolve cultuar Maria, deixando a dulia para prati­
Deus, entendemos que, embora o Antigo Testamento proibisse, car a hiperdulia. E. finalmente, decide prestar culto a Deus. colo­
relativamente, a confecção de imagens, a adoração ou culto a es­ cando em prática a latria.
sas imagens eiaabsolutamente proibido: "Não te prostrarás dian­ Não acreditamos que o povo católico romano saiba diferenciar
te delas e não lhes prestarás culto" (20.4b). esses três tipos de adoração. E, mesmo que soubesse, dificilmen­
Em algumas sinagogas do século 3° (e em algumas mais recen­ te conseguiria respeitar os limites de cada uma delas.
tes), encontramos pinturas de heróis da fé em seus vitrais, mas "O culto aos santos só começa a partir de cem anos, aproxima­
nunca veremos judeus orando, cultuando ou invocando Moisés, damente, depois da morte de Jesus, com uma tímida veneração
Abraão ou Ezequiel. Não existem argumentos e evidências que aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de
justifiquem o culto, a veneração ou a fabricação de imagens no Deus é a invocação sub tuum praesidium, formulada no fim do sé­
Novo Testamento. culo 3oou, mais provavelmente, no início do 4o. Não podemos di­
Considerando o segundo argumento apresentado pelos católi­ zer que a veneração dos santos - e muito menos a veneração da
cos, de que um dos objetivos da Igreja romana é ensinar a Bíblia Mãe de Cristo - faça parte do patrimônio original".
ao povo por meio das imagens, especialmente aos menos alfabe­ Se o culto aos santos e a Maria fosse correto, João. que escre­
tizados, surgem-nos algumas perguntas: a.) Por que cultuar ima­ veu o último evangelho, no ano 100 d.C., aproximadamente, com
gens, se o objetivo é ensinar a Bíblia?: b.) Por que, após tantos certeza teriafalado a respeito e incentivado tal prática. No entanto,
anos, com milhares de católicos já alfabetizados, os fiéis ainda in- nos adverte: “Filhinhos. guardai-vos dos ídolos’ (1Jo 5.21).

90
ÊXODO 25,26

27D efronte da m oldura estarão as argolas, com o 4E farás laçadas de azul na orla de u m a co rtina,
lugares para os varais, para se levar a mesa. n a extrem idade, e na ju n tu ra; assim tam bém farás
28Farás, pois, estes varais de m adeira de acácia, na orla da extrem idade da outra cortina, na segun­
e cobri-los-ás com ouro; e levar-se-á com eles a da juntura.
mesa. ’C in q ü en ta laçadas farás n u m a co rtin a, e outras
29T am bém farás os seus pratos, e as suas colheres, e cinqüenta laçadas farás na extrem idade da cortina
as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de que está na segunda ju n tu ra; as laçadas estarão p re­
oferecer libações; de ouro p u ro os farás. sas um a com a outra.
10E sobre a mesa porás o pão da proposição peran ­ 6Farás tam b ém cin q ü en ta colchetes de o u ro , e
te a m inha face perpetuam ente. ajuntarás com estes colchetes as cortinas, um a com
3lT am bém farás u m candelabro de o u ro puro; de a outra, e será um tabernáculo.
ouro batido se fará este candelabro; o seu pé, as suas ?Farás tam bém co rtin as de pêlos de cabras para
hastes, os seus copos, os seus botões, e as suas flores servirem de tenda sobre o tabernáculo; onze cor­
serão do m esm o. tinas farás.
32E dos seus lados sairão seis hastes; três hastes do * 0 co m prim ento de u m a cortina será de trin ta cô­
candelabro de um lado dele, e três hastes do outro vados, e a largura da m esm a cortina de q u atro côva­
lado dele. dos; estas onze cortinas serão da m esm a m edida.
33N um a haste haverá três copos a m odo de am ên­ 9E ju n tarás cinco destas cortinas à parte, e as outras
doas, um botão e um a flor; e três copos a m odo de seis cortinas tam bém à parte; e dobrarás a sexta co r­
am êndoas na o utra haste, um botão e um a flor; as­ tina à frente da tenda.
sim serão as seis hastes que saem do candelabro. I0E farás cinqüenta laçadas na b orda de um a cor­
i4M as no candelabro m esm o haverá q u atro co­ tina, na extrem idade, na ju n tu ra, e outras cinqüen­
pos a m odo de am êndoas, com seus botões e com ta laçadas n a b o rd a da outra co rtin a, n a segunda
suas flores; jun tu ra.
35E um botão debaixo de duas hastes que saem dele; "F arás tam b ém cin q ü en ta colchetes de cobre, e
e ainda u m botão debaixo de duas outras hastes que colocarás os colchetes nas laçadas, e assim ajuntarás
saem dele; e ainda um botão debaixo de duas outras a tenda, para que seja um a.
hastes que saem dele; assim se fará com as seis has­ 12E a parte que sobejar das cortinas da tenda, a sa­
tes que saem do candelabro. ber, a m etade da cortina que sobejar, penderá de so­
''’Os seus botões e as suas hastes serão do mesmo; bra às costas do tabernáculo.
tudo será de um a só peça, obra batida de ouro puro. I3E um côvado de um lado, e o u tro côvado do o u ­
37T am bém lhe farás sete lâm padas, as quais se tro, que sobejará no co m p rim en to das cortinas da
acenderão para ilum inar defronte dele. tenda, penderá de sobra aos lados do tabernáculo de
,HO s seus espevitadores e os seus apagadores serão um e de o u tro lado, para cobri-lo.
de o u ro puro. l4Farás tam b ém à tenda u m a coberta de peles de
39De um talento de o u ro p u ro os farás, com todos carneiro, tintas de verm elho, e outra coberta de pe­
estes vasos. les de texugo em cima.
40Atenta, pois, que o faças conform e ao seu m ode­
lo, que te foi m ostrado no m onte. A s tábuas do tabernáculo
l5Farás tam b ém as tábuas p ara o tabernáculo de
As cortinas do tabernáculo m adeira de acácia, que serão postas verticalm ente.
E O TABERNÁCULO farás de dez cortinas ■'’O co m p rim en to de u m a táb u a será de dez cô ­
de linho fino torcido, e azul, púrp u ra, e car­ vados, e a largura de cada táb u a será de u m côva­
mesim; com querubins as farás de obra esmerada. do e meio.
20 co m p rim en to de um a co rtin a será de vinte e l7D ois encaixes terá cada tábua, travados u m com
oito côvados, e a largura de um a co rtin a de q u a­ o outro; assim farás com todas as tábuas do taber­
tro côvados; todas estas cortinas serão de um a m e­ náculo.
dida. I8E farás as tábuas para o tabernáculo assim: vinte
3Cinco cortinas se enlaçarão um a à outra; e as ou­ tábuas para o lado m eridional.
tras cinco cortinas se enlaçarão u m a com a outra. l9Farás tam bém q u aren ta bases de prata debaixo

91
ÊXODO 26,27

das vinte tábuas; duas bases debaixo de um a tábua 37E farás para esta co rtin a cinco colunas de m a ­
para os seus dois encaixes e duas bases debaixo de deira de acácia, e as cobrirás de ouro; seus colche­
o u tra tábua para os seus dois encaixes. tes serão de o uro, e far-lhe-ás de fundição cinco ba­
-°Tam bém haverá vinte tábuas ao outro lado do ta­ ses de cobre.
bernáculo, para o lado norte,
21C om as suas quaren ta bases de prata; duas b a­ O a ltar dos holocaustos
ses debaixo de um a tábua, e duas bases debaixo de FARÁS tam bém o altar de madeira de acá­
o u tra tábua, cia; cinco côvados será o com prim ento, e
22E ao lado do tabernáculo para o ocidente farás cinco côvados a largura (será q uadrado o altar), e
seis tábuas. três côvados a sua altura.
2,Farás tam bém duas tábuas para os cantos do ta­ 2E farás as suas p o n tas nos seus q uatro cantos; as
bernáculo, de am bos os lados. suas pontas serão do m esm o, e o cobrirás de cobre.
24E p o r baixo se ajuntarão, e tam bém em cim a dele 3Far-//ie-ás tam bém os seus recipientes, para reco­
se ajuntarão nu m a argola. Assim se fará com as duas lher a sua cinza, e as suas pás, e as suas bacias, e os
tábuas; am bas serão por tábuas para os dois cantos. seus garfos e os seus braseiros; todos os seus uten sí­
2,5Assim serão as oito tábuas com as suas bases de lios farás de cobre.
prata, dezesseis bases; duas bases debaixo de um a 4Far-lhe-ás tam bém um crivo de cobre em form a
tábua, e duas bases debaixo da ou tra tábua. de rede, e farás a esta rede q uatro argolas de metal
26Farás tam bém cinco travessas de m adeira de acá­ nos seus q u atro cantos.
cia, para as tábuas de um lado do tabernáculo, ’E as porás d en tro da borda do altar p ara baixo, de
27E cinco travessas para as tábuas do outro lado do m aneira que a rede chegue até ao m eio do altar.
tabernáculo; com o tam bém cinco travessas para as bFarás tam bém varais para o altar, varais de m adei­
tábuas do o u tro lado do tabernáculo, de am bos os ra de acácia, e os cobrirás de cobre.
lados, para o ocidente. 7E os varais serão postos nas argolas, de m an ei­
2íiE a travessa central estará no m eio das tábuas, ra que os varais estejam de am bos os lados do altar,
passando de um a extrem idade até à outra. quando for levado.
29E cobrirás de o u ro as tábuas, e farás de o u ro as "Oco e de tábuas o farás; com o se te m o stro u no
suas argolas, para passar por elas as travessas; ta m ­ m onte, assim o farão.
bém as travessas as cobrirás de ouro.
30E ntão levantarás o tabernáculo conform e ao O pátio do tabernáculo
m odelo que te foi m ostrado no m onte. 9Farás tam b ém o pátio do tab ern ácu lo , ao lado
m eridional que dá para o sul; o pátio terá cortinas
O véu do tabernáculo de linho fino torcido; o co m p rim en to de cada lado
’1D epois farás um véu de azul, e púrpura, e carm e­ será de cem côvados.
sim, e de linho fino torcido; com querubins de obra 1 lrTambém as suas vinte colunas e as suas vinte b a­
prim a se fará. ses serão de cobre; os colchetes das colunas e as suas
32E colocá-lo-ás sobre quatro colunas de madeira faixas serão de prata.
de acácia, cobertas de ouro; seus colchetes serão de 1 'Assim tam bém para o lado n o rte as cortinas, no
o uro, sobre quatro bases de prata. com prim ento, serão de cem côvados; e as suas vinte
33Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os col­
arca do testem unho ali dentro do véu; e este véu vos chetes das colunas e as suas faixas serão de prata,
fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo, 12E na largura do pátio para o lado do ocidente ha­
34 E porás a coberta do propiciatório sobre a arca verá cortinas de cin qüenta côvados; as suas colunas
do testem unho no lugar santíssim o, dez, e as suas bases dez.
3,E a mesa porás fora do véu, e o candelabro de­ 1’S em elhantem ente a largura do pátio do lado
fronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; oriental para o levante será de cinqüenta côvados.
m as a mesa porás ao lado do norte. l4D e m aneira que haja quinze côvados de cortinas
36Farás tam bém para a porta da tenda, um a cortina de um lado; suas colunas três, e as suas bases três.
de azul, e p úrpura, e carm esim , e de linho fino to r­ I5E quinze côvados das cortinas do o u tro lado; as
cido, de obra de bordador. suas colunas três, e as suas bases três.

92
ÊXODO 27,28

l6E à p o rta do pátio haverá um a co rtin a de vinte 8E o cinto de o bra esm erada do seu éfode, que es­
côvados, de azul, e púrp u ra, e carm esim , e de linho tará sobre ele, será da sua m esm a obra, igualm ente,
fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas de ouro, de azul, e de p ú rp u ra, e de carm esim , e de
quatro, e as suas bases quatro. linho fino torcido.
17Todas as colunas do pátio ao redor serão cingidas 9E tom arás duas pedras de ônix, e gravarás nelas os
de faixas de prata; os seus colchetes serão de prata, nom es dos filhos de Israel,
m as as suas bases de cobre. l0Seis dos seus nom es n u m a pedra, e os outros seis
' “O co m prim ento do pátio será de cem côvados, nom es na o u tra pedra, segundo as suas gerações;
e a largura de cada lado de cinqüenta, e a altura de " C o n fo rm e à o b ra do la p id ário , como o lavor
cinco côvados, as cortinas serão de linho fino torci­ de selos lavrarás estas d u as pedras, com os n o ­
do; m as as suas bases serão de cobre. m es d o s filhos de Israel; engastadas ao red o r em
l9No tocante a todos os vasos do tabernáculo em o u ro as farás.
todo o seu serviço, até todos os seus pregos, e todos 12E porás as duas pedras nas om breiras do éfode,
os pregos do pátio, serão de cobre. por pedras de m em ó ria p ara os filhos de Israel; e
Arão levará os seus nom es sobre am bos os seus om ­
O azeite puro bros, para m em ória d iante do S e n h o r .
20T u pois ordenarás aos filhos de Israel que te tra ­ l3Farás tam bém engastes de ouro,
gam azeite p u ro de oliveiras, batido, para o candeei­ l4E duas cadeiazinhas de o u ro puro; de igual m e­
ro, para fazer arder as lâm padas continuam ente. dida, de o bra de fieira as farás; e as cadeiazinhas de
2)N a tenda da congregação, fora do véu que está fieira porás nos engastes.
diante do testem unho, Arão e seus filhos as porão ''’Farás tam bém o peitoral do juízo de o bra esm e­
em ordem , desde a ta rd e até a m anhã, p erante o rada, conform e à obra do éfode o farás; de o u ro , de
S en h or ; isto será um estatuto perpétuo para os fi­ azul, e de p ú rp u ra, e de carm esim , e de linho fino
lhos de Israel, pelas suas gerações. torcido o farás.
1 '’Q uadrado e duplo, será de um palm o o seu co m ­
Deus escolhe A rão e se u sfd h o s para sacerdotes prim ento, e de u m palm o a sua largura.
DEPOIS tu farás chegar a ti teu irm ão Arão, I7E o encherás de pedras de engaste, com qu atro
e seus filhos com ele, do m eio dos filhos de ordens de pedras; a o rd em de um sárdio, de um to ­
Israel, para m e adm inistrarem o ofício sacerdotal; pázio, e de um carbúnculo; esta será a prim eira o r­
a saber: Arão, N adabe, e Abiú, Eleazar e Itam ar, os dem ;
filhos de Arão. lsE a segunda o rd em será de um a esm eralda, de
2E farás vestes sagradas a Arão teu irm ão, para gló­ um a safira, e de um diam ante;
ria e ornam ento. l9E a terceira o rd em será de u m jacinto, de um a
•’Falarás tam bém a todos os que são sábios de co­ ágata, e de u m a am etista;
ração, a quem eu tenho enchido do espírito da sa­ 20E a q u arta ordem será de um berilo, e de u m ônix,
bedoria, que façam vestes a A rão para santificá-lo; e de um jaspe; engastadas em o u ro serão nos seus
para que m e adm inistre o ofício sacerdotal. engastes.
21E serão aquelas pedras segundo os nom es dos fi­
As vestes sacerdotais lhos de Israel, doze segundo os seus nom es; serão
4Estas pois são as vestes que farão: u m peitoral, e esculpidas com o selos, cada u m a com o seu nom e,
um éfode, e um m anto, e um a túnica bordada, um a para as doze tribos.
m itra, e u m cinto; farão, pois, santas vestes para “ T am bém farás para o p eitoral cadeiazinhas de
Arão, teu irm ão, e para seus filhos, para m e adm i­ igual m edida, obra trançada de o u ro puro.
nistrarem o ofício sacerdotal. 21T am bém farás p ara o peitoral dois anéis de o uro,
’E to m arão o ouro, e o azul, e a púrp u ra, e o car­ e porás os dois anéis nas extrem idades do peitoral.
m esim, e o linho fino, 24E ntão porás as duas cadeiazinhas de fieira de
6E farão o éfode de ouro, e de azul, e de púrpura, e de o u ro nos dois anéis, nas extrem idades do peitoral;
carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada. 25E as duas p ontas das duas cadeiazinhas de fieira
7Terá duas om breiras, que se un am às suas duas colocarás nos dois engastes, e as porás nas om brei­
pontas, e assim se unirá. ras do éfode, na frente dele.

93
ÊXODO 28,29

26Farás tam bém dois anéis de ouro, e os porás nas 40T am bém farás túnicas aos filhos de Arão, e far-
duas extrem idades do peitoral, na sua b orda que es­ lhes-ás cintos; tam bém lhes farás tiaras, para glória
tiver ju n to ao éfode por dentro. e ornam ento.
27Farás tam bém dois anéis de ouro, que porás nas 4IE vestirás com eles a Arão, teu irm ão, e tam bém
duas om breiras do éfode, abaixo, na frente dele, seus filhos; e os ungirás e consagrarás, e os santifica­
perto da sua ju n tu ra , sobre o cinto de obra esm e­ rás, para que m e adm inistrem o sacerdócio.
rada do éfode. 42Faze-lhes tam bém calções de linho, para co b ri­
28E ligarão o peitoral, com os seus anéis, aos anéis rem a carne nua; irão dos lom bos até as coxas.
do éfode p o r cim a, com um cordão de azul, para 43E estarão sobre A rão e sobre seus filhos, q u a n ­
que esteja sobre o cinto de obra esm erada do éfode; do en trarem n a ten d a da congregação, o u q u a n ­
e nu n ca se separará o peitoral do éfode. do chegarem ao altar para m inistrar no santuário,
29Assim Arão levará os nom es dos filhos de Israel para que não levem iniqüidade e m orram ; isto será
no peito ral do juízo sobre o seu coração, q u a n ­ estatuto perp étu o para ele e para a sua descendên­
do e n tra r no santuário, para m em ória diante do cia depois dele.
S en h or continuam ente.
O sacrifício e as cerim ônias da consagração
U rim e T u m in t ISTO é o que lhes hás de fazer, para os santi­
30T am b ém porás no peitoral do juízo U rim e ficar, para que m e adm inistrem o sacerdó­
T um im , para que estejam sobre o coração de Arão, cio: Tom a u m novilho e dois carneiros sem mácula,
q uando entrar diante do S en h o r : assim Arão levará 2E pão ázimo, e bolos ázimos, am assados com azei­
o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração d ian ­ te, e coscorões ázimos, untados com azeite; com flor
te do S en h or continuam ente. de farinha de trigo os farás,
31T am bém farás o m anto do éfode, to d o de azul. 3E os porás n u m cesto, e os trarás no cesto, com o
,2E a abertura da cabeça estará no m eio dele; esta novilho e os dois carneiros.
ab ertu ra terá u m a b orda de o bra tecida ao redor; 4E ntão farás chegar a Arão e a seus filhos à p o rta da
com o abertura de cota de m alha será, para que não tenda da congregação, e os lavarás com água;
se rom pa. 5D epois tom arás as vestes, e vestirás a Arão da tú ­
3,E nas suas bordas farás rom ãs de azul, e de p ú r ­ nica e do m an to do éfode, e do éfode, e do peitoral; e
p u ra, e de carm esim , ao red o r das suas bordas; e o cingirás com o cinto de o bra de artífice do éfode.
cam painhas de ouro no m eio delas ao redor. 6E a m itra porás sobre a sua cabeça; a coroa da san­
í4U m a cam painha de o u ro , e um a rom ã, outra tidade porás sobre a m itra.
cam painha de ouro, e outra rom ã, haverá nas b o r­ 7E tom arás o azeite da unção, e o derram arás sobre
das d o m an to ao redor, a sua cabeça; assim o ungirás.
i5E estará sobre Arão quando m inistrar, para que se 8D epois farás chegar seus filhos, e lhes farás ves­
ouça o seu sonido, quando entrar no santuário dian­ tir túnicas.
te do S en h or , e quando sair, para que não m orra. 9E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes
atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por esta­
A lâm ina de ouro p uro tuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos;
am bém farás um a lâmina de ouro puro, e nela gra­ l0E farás chegar o novilho diante da ten d a da co n ­
varás com o as gravuras de selos: santidade ao S enhor . gregação, e A rão e seus filhos p orão as suas m ãos so­
37E atá-la-ás com um cordão de azul, de m odo que bre a cabeça do novilho;
esteja na m itra, na frente da m itra estará; “ E im olarás o novilho perante o S en h or , à p o rta
38E estará sobre a testa de Arão, para que A rão leve da tenda da congregação.
a iniqüidade das coisas santas, que os filhos de Israel 12D epois tom arás do sangue do novilho, e o porás
santificarem em todas as ofertas de suas coisas san­ com o teu dedo sobre as p o n tas do altar, e to d o o
tas; e estará continuam ente na sua testa, para que te­ sangue restante derram arás à base do altar.
nham aceitação perante o S en h o r . 1-’T am bém to m arás to d a a g o rd u ra que cobre as
39Tam bém farás túnica de linho fino; tam bém fa­ entranhas, e o redenho de sobre o fígado, e am bos
rás u m a m itra de lin h o fino; m as o cinto farás de os rins, e a g ordura que houver neles, e queim á-los-
o bra de bordador. ás sobre o altar;

94
ÊXODO 29

l4M as a carne do novilho, e a sua pele, e o seu es­ to perpétuo dos filhos de Israel, porque é oferta al­
terco queim arás com fogo fora do arraial; é sacrifí­ çada; e a oferta alçada será dos filhos de Israel, dos
cio pelo pecado. seus sacrifícios pacíficos; a sua oferta alçada será
15Depois tom arás um carneiro, e Arão e seus filhos para o S en h o r .
p orão as suas m ãos sobre a cabeça do carneiro, 29E as vestes sagradas, q ue são de A rão, serão de
l6E im olarás o carneiro, e tom arás o seu sangue, e seus filhos depois dele, para serem ungidos com elas
o espalharás sobre o altar ao redor; para serem consagrados com elas.
17E partirás o carneiro p o r suas partes, e lavarás as 30Sete dias as vestirá aquele que de seus filhos for
suas entranhas e as suas pernas, e as porás sobre as sacerdote em seu lugar, q u an d o en tra r na tenda da
suas partes e sobre a sua cabeça. congregação para m in istrar no santuário.
l8Assim queim arás todo o carneiro sobre o altar; 3IE tom arás o carneiro das consagrações e cozerás
é um holocausto para o S en h o r , cheiro suave; um a a sua carne no lugar santo;
oferta queim ada ao S e n h o r . 32E A rão e seus filhos com erão a carne deste car­
19Depois tom arás o o u tro carneiro, e Arão e seus fi­ neiro, e o pão que está no cesto, à po rta da tenda da
lhos porão as suas m ãos sobre a sua cabeça; congregação.
i0E im olarás o carneiro e tom arás do seu sangue, ,3E com erão as coisas com que for feita expiação,
e o porás sobre a p o n ta da orelha direita de Arão, e para consagrá-los, e p ara santificá-los; mas o estra­
sobre as pontas das orelhas direitas de seus filhos, nho delas não com erá, p o rq u e são santas.
com o tam bém sobre os dedos polegares das suas 34E se sobejar alguma coisa da carne das consagra­
m ãos direitas, e sobre os dedos polegares dos seus ções ou do pão até pela m anhã, o que sobejar quei­
pés direitos; e o restante do sangue espalharás sobre m arás com fogo; não se com erá, porque é santo.
o altar ao redor; 35Assim, pois, farás a Arão e a seus filhos confor­
2'E ntão tom arás do sangue, que estará sobre o al­ m e a tu d o o que eu te tenho ordenado; por sete dias
tar, e do azeite da unção, e o espargirás sobre Arão os consagrarás.
e sobre as suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as ?<’T am bém cada dia prepararás um novilho por sa­
vestes de seus filhos com ele; para que ele seja santi­ crifício pelo pecado para as expiações, e purificarás
ficado, e as suas vestes, tam bém seus filhos, e as ves­ o altar, fazendo expiação sobre ele; e o ungirás para
tes de seus filhos com ele. santificá-lo.
2~Depois tom arás do carneiro a gordura, e a cau­ S7Sete dias farás expiação pelo altar, e o santifica­
da, e a gordura que cobre as entranhas, e o redenho rás; e o altar será santíssim o; tu d o o que to car o al­
do fígado, e am bos os rins com a gordura que hou­ tar será santo.
ver neles, e o om bro direito, p orque é carneiro das ,sIsto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois
consagrações; cordeiros de u m ano, cada dia, continuam ente.
23E u m pão, e u m bolo de pão azeitado, e um cos- 39U m co rd eiro oferecerás pela m anhã, e o o u tro
corão do cesto dos pães ázim os que estão diante do cordeiro oferecerás à tarde.
S en h o r . 40C om um co rd eiro a décim a p arte de flor de fa­
24E tu d o porás nas m ãos de A rão, e nas m ãos de rinha, m isturada com a quarta p arte de u m him de
seus filhos; e com m ovim ento oferecerás p erante azeite batido, e p ara libação a q u arta p arte de um
o S enhor . him de vinho,
25D epois o tom arás das suas m ãos e o queim arás 41E o outro cordeiro oferecerás à tarde, e com ele farás
no altar sobre o holocausto p o r cheiro suave peran­ com o com a oferta da m anhã, e conform e à sua liba­
te o Sen h o r ; é oferta queim ada ao S en h o r . ção, por cheiro suave; oferta queim ada é ao Senhor .
26E tom arás o peito do carneiro das consagrações, 42Este será o holocausto co n tínuo p o r vossas ge­
que é de Arão, e com m ovim ento oferecerás peran ­ rações, à p o rta da tenda da congregação, perante o
te o Se n h o r ; e isto será a tua porção. S enhor , onde vos encontrarei, para falar contigo ali.
27E santificarás o peito da oferta de m ovim ento e 43E ali virei aos filhos de Israel, para que p o r m inha
o om bro da oferta alçada, que foi m ovido e alçado glória sejam santificados.
do carneiro das consagrações, que for de Arão e de 44E santificarei a ten d a da congregação e o altar;
seus filhos. tam bém santificarei a Arão e seus filhos, para que
28E será para A rão e para seus filhos p o r estatu ­ me adm inistrem o sacerdócio.

95
ÊXODO 29,30

45E habitarei n o m eio dos filhos de Israel, e lhes se­ 14Q ualquer que passar pelo arrolam ento, de vinte
rei o seu Deus, anos para cima, dará a oferta alçada ao S en h o r .
4'’E saberão que eu sou o S enhor seu Deus, que os 1 sO rico não dará mais, e o p obre não dará m enos
tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio da m etade do siclo, q uando derem a oferta alçada ao
deles. Eu sou o S en h or seu Deus. S en h or , para fazer expiação p o r vossas almas.
|6E tom arás o dinheiro das expiações dos filhos de
O altar do incenso Israel, e o darás ao serviço da tenda da congregação;
E FARÁS um altar para queim ar o incenso; e será para m em ória aos filhos de Israel d iante do
de m adeira de acácia o farás. S en h o r , para fazer expiação p o r vossas almas.
20 seu co m p rim en to será de um côvado, e a sua
largura de um côvado; será quadrado, e dois côva- A pia de cobre
dos a sua altura; dele m esm o serão as suas pontas. l7E falou o S en h o r a Moisés, dizendo:
3E com o u ro p u ro o forrarás, o seu teto, e as suas lsFarás tam bém u m a pia de cobre com a sua base
paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás um a de cobre, para lavar; e a porás en tre a ten d a da co n ­
coroa de o u ro ao redor. gregação e o altar; e nela deitarás água.
,I,E Arão e seus filhos nela lavarão as suas m ãos e
4Tam bém lhe farás duas argolas de ouro debaixo da
os seus pés.
sua coroa; nos dois cantos as farás, de am bos os la­
2<>Q u an d o en trarem na ten d a da congregação,
dos; e serão para lugares dos varais, com que será
lavar-se-ão com água, p ara q ue não m o rram , ou
levado.
qu an d o se chegarem ao altar para m inistrar, para
’E os varais farás de m adeira de acácia, e os forra­
acender a oferta queim ada ao S en h o r .
rás com ouro.
21 Lavarão, pois, as suas m ãos e os seus pés, para que
f’E o porás diante do véu que está diante da arca do
não m orram ; e isto lhes será p o r estatuto perpétuo a
testem unho, diante do propiciatório, que está sobre
ele e à sua descendência nas suas gerações.
o testem unho, o nde m e ajuntarei contigo.
7E Arão sobre ele queim ará o incenso das especia­
O azeite da santa u n çã o
rias; cada m anhã, quando puser em ordem as lâm ­
22Falou m ais o S en h or a Moisés, dizendo:
padas, o queim ará.
21Tu, pois, to m a para ti das principais especiarias,
8E, acendendo A rão as lâm padas à tarde, o quei­
da m ais p u ra m irra q u in h en to s siclos, e de canela
m ará; este será incenso contínuo perante o S enhor arom ática a m etade, a saber, duzentos e cinqüenta
pelas vossas gerações. siclos, e de cálam o arom ático d uzentos e cin q ü en ­
9N ão oferecereis sobre ele incenso estranho, nem ta siclos,
holocausto, nem oferta; nem tam pouco derram areis 24E de cássia quin h en to s siclos, segundo o siclo do
sobre ele libações. santuário, e de azeite de oliveiras um him .
I0E u m a vez n o ano A rão fará expiação sobre as 2,E disto farás o azeite da santa unção, o perfum e
suas p ontas com o sangue do sacrifício das expia­ com posto segundo a o bra do perfum ista: este será o
ções; u m a vez no ano fará expiação sobre ele pelas azeite da santa unção.
vossas gerações; santíssim o é ao S en h o r . 26E com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca
do testem unho,
O resgate da alm a 27E a mesa com todos os seus utensílios, e o cande­
“ Falou m ais o S enhor a Moisés dizendo: labro com os seus utensílios, e o altar do incenso.
12Q uan do fizeres a contagem dos filhos de Israel, 28E o altar do holocausto com todos os seus u te n ­
conform e a sua som a, cada um deles dará ao S enhor sílios, e a pia com a sua base.
o resgate da sua alma, quando os contares; para que 29Assim santificarás estas coisas, p ara qu e sejam
não haja entre eles praga algum a, qu an d o os con- santíssim as; tu d o o que to car nelas será santo.
* tares. ,0T am bém ungirás a Arão e seus filhos, e os santifi­
’’T o d o aquele que passar pelo arrolam ento dará carás para m e adm inistrarem o sacerdócio.
isto: a m etade de um siclo, segundo o siclo do san­ 3IE falarás aos filhos de Israel, dizendo: Este m e
tu á rio (este siclo é de vinte geras); a m etade de um será o azeite da santa unção nas vossas gerações.
siclo é a oferta ao S en h o r . 32N ão se ungirá com ele a carne do hom em , nem

96
ÊXODO 30,31

fareis outro de sem elhante com posição; santo é, e m unho, e o propiciatório que estará sobre ela, e to ­
será santo para vós. dos os pertences da tenda;
3 íO hom em que com puser um perfum e com o este, 8E a m esa com os seus utensílios, e o candelabro
ou dele puser sobre um estranho, será extirpado do de ouro p u ro com to d o s os seus pertences, e o al­
seu povo. tar do incenso;
9E o altar do holocausto com todos os seus utensí­
O incenso santo lios, e a pia com a sua base;
í4Disse mais o S enhor a Moisés: T om a especiarias l0E as vestes do m inistério, e as vestes sagradas de
arom áticas, estoraque, e onicha, e gálbano; estas es­ Arão o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para ad ­
peciarias aromáticas e o incenso puro, em igual pro­ m inistrarem o sacerdócio;
porção; 1 'E o azeite da unção, e o incenso arom ático para
” E disto farás incenso, um perfum e segundo a arte o santuário; farão conform e a tu d o que te tenho
do perfum ista, tem perado, p u ro e santo; m andado.
36E um a parte dele m oerás, e porás diante do tes­
tem unho, na tenda da congregação, on d e eu virei a O sábado santo
ti; coisa santíssima vos será. i:Falou m ais o S enhor a Moisés, dizendo:
J7Porém o incenso que fareis conform e essa com ­ ,3T u, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo:
posição, não o fareis para vós m esm os; santo será C ertam en te guardareis m eus sábados; p o rq u a n ­
para o S enhor . to isso é um sinal entre m im e vós nas vossas gera­
380 hom em que fizer tal com o este para cheirar, ções; para que saibais que eu sou o S enhor , que vos
será extirpado do seu povo. santifica.
l4P o rtan to guardareis o sábado, p orque santo é
Os artífices da obra do tabernáculo para vós; aquele que o p ro fan ar certam ente m o r­
1 DEPOIS falou o S enhor a Moisés, dizendo: rerá; p o rq u e qualquer que nele fizer alguma obra,
3 A 2Eis que eu tenho cham ado po r nom e a
Bezalel, o filho de Uri, filho de H ur, da tribo de Judá,
aquela alm a será elim inada do meio do seu povo.
1 'Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sá­
3E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de bado do descanso, santo ao S en h or ; qualquer que
entendim ento, e de ciência, em todo o lavor, no dia do sábado fizer algum trabalho, certam en ­
4Para elaborar projetos, e trabalhar em ouro, em te m orrerá.
prata, e em cobre, “ G uardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, ce-
’E em lapidar pedras para engastar, e em entalhes lebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua.
de m adeira, para trabalhar em todo o lavor. l7Entre m im e os filhos de Israel será um sinal para
6E eis que eu ten h o posto com ele a Aoliabe, o filho sem pre; p o rq u e em seis dias fez o S en h o r os céus
de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedo­ e a terra, e ao sétim o dia descansou, e restaurou-se.
ria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para
que façam tudo o que te tenho ordenado. As duas tábuas do te stem u n h o
7A saber: a tenda da congregação, e a arca do teste­ 18E deu a Moisés (q u an d o acabou de falar com ele

Porque em seis dias tez o SENHOR os céus e se um anjo), isento das fragilidades humanas, sentir necessidade
a terra, • ao sétimo dia descansou de descanso — repouso físico (Jo 5.17).
(31.17)
Será um sinal para sempre
Ceticismo. Questiona a onipotência do Deus bíblico,
(31.17,18)
afirmando ser inepto conferir tal atributo a um ser que
se cansa. (£v£) Adventlsmo do Sétimo Dia. Afirma que esta referência
\ 5 iU comprova que a guarda do sábado é obrigatória por causa
. - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O verbo hebraico neste tex-
da expressão "para sempre", para a qual dão a seguinte interpre­
■=■ to significa, literalmente, "cessar" ou “terminar", do qual se
tação: "de duração permanente” .
origina o termo shabbat, cuja tradução em português é: "sába­
do" ou ‘ dia de descanso", o que está de acordo com a satisfação RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há outros textos na Bí­
de Deus diante da obra que tinha realizado, como pode ser vis­ blia que falam de “preceitos perpétuos* ou “para sem­
to em Gênesis 1.31: "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e viu que pre" e não são considerados “de duração permanente" pelos
era bom...". Outrossim, o testemunho de Jesus sobre a obra divi­ próprios sabatistas. Segundo a Bíblia, são preceitos perpétu­
na atesta que não seria possível um ser espiritual (ainda que fos­ os: a circuncisão (Gn 17.7,13), a unção dos sacerdotes (40.15)

97
ÊXODO 31,32

n o m onte Sinai) as duas tábuas do testem unho, tá­ assentou-se a com er e a beber; depois levantou-se
buas de pedra, escritas pelo dedo de Deus. a folgar.
"Então disse o S en h o r a Moisés: Vai, desce; p o r­
O bezerro de ouro que o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem
MAS vendo o povo que Moisés tardava em corrom pido,
descer do m onte, acercou-se de Arão, e dis- 8E depressa se tem desviado do cam inho que eu lhe
se-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adian­ tinha ordenado; eles fizeram para si u m bezerro de
te de nós; porque q uanto a este Moisés, o hom em fundição, e p erante ele se inclinaram , e ofereceram -
que nos tiro u da terra d o Egito, não sabem os o que lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel,
lhe sucedeu. que te tiro u da terra do Egito.
2E A rão lhes disse: A rrancai os pendentes de ouro, ‘'Disse mais o S en h o r a Moisés: T enho visto a este
que estão nas orelhas de vossas m ulheres, e de vos­ povo, e eis que é povo de d ura cerviz.
sos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. l0Agora, pois, deixa-m e, para que o m eu fu ro r se
3Então todo o povo arran co u os pendentes de acenda contra ele, e o consum a; e eu farei de ti um a
o u ro , que estavam nas suas orelhas, e os tro u x e­ grande nação.
ram a Arão. "M oisés, porém , suplicou ao S en h o r seu D eus e
4E ele 05 to m o u das suas m ãos, e trabalhou o ouro disse: Ó S en h or , p o r que se acende o teu furor co n ­
com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. tra o teu povo, que tiraste da te rra do Egito com
Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te ti­ grande força e com forte mão?
rou da terra do Egito. u Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para
5E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e m al os tirou, para m atá-los nos m ontes, e para des-
apregoou Arão, e disse: A m anhã será festa ao Senhor . truí-los da face da terra? T o rn a-te do fu ro r da tua
6E no dia seguinte m adrugaram , e ofereceram ho- ira, e arrepende-te deste m al contra o teu povo.
locaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo 1’Lem bra-te de A braão, de Isaque, e de Israel, os

e a celebração da Páscoa (12.14). Por que só vèem no sábado E arrepende-te deste mal contra o teu povo
um preceito perpétuo? (32.12)
Ceticismo. Questionaa imutabilidade divina descrita na Bí­
E tez dele um bezerro de fundição blia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17), visto que a referência em
(32.4) estudo identifica "arrependimento" na conduta de Deus, o que
Esoterismo. Afirma que o Antigo Testamento contém mui­ não condiz com sua natureza perfeita e presciente, conforme pre­
tos textos referentes ã adoração astrológica planetária. O tendida pela teologia bíblica.
bezerro de ouro, fabricado por Arão, foi baseado na astrologia .__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O emprego da linguagem
egípcia dodeusTaurus, otouro (32.1-35). => antropomórfica na referência em pauta não desmerece a
presciência do DeusTodo-Poderoso e muito menos contradiz as
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Israel foi bem advertido
declarações bíblicas que atestam a imutabilidade divina. A ex­
“ quanto à proibição dessa prática. No Antigo Testamento, pressão “arrepende-te", queem seu sentido real significa “mudar
os adivinhos, e todos os que os consultavam, deviam ser ape­ de atitude", é simplesmente uma indicação, em linguagem huma­
drejados, como podemos observar nos textos que seguem: a.) na, de que o procedimento de Deus para com o homem que peca
"Não vos viráreis para os adivinhadores e encantadores; não os é necessariamente diferente da posição que o Senhor toma em
busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vos­ relação à pessoa que lhe obedece.
so Deus" (Lv 19.31); b.) “Quando alguém se virar para os adi­ Um exemplo prático e perfeitamente aplicável pode ser visto na
vinhadores e encantadores, para se prostituir com eles, eu po­ vida de Jonas (Jn 3.4-10). Deus pretendia destruir Nínive por cau­
rei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo" sa da extrema malícia de seus habitantes, tal como fez com Sodo-
(Lv 20.6); c.) "Quando, pois, algum homem ou mulher em si ti­ ma, por meio de seu imutável critério e justiça divina. Mas a obedi­
ver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, cer­ ência dos ninivitas. por conta da pregação do profeta Jonas, fez
tamente morrerá, serão apedrejados; o seu sangue será sobre que Deus optasse por uma “mudança de atitude". Ou seja, uma
eles” (Lv 20.27). aplicaçáo correta (em termos divinos) de sua justiça, em uma per­
Alguns lideres religiosos e políticos de Israel se envolveram feita e sábia demonstração de que o Pai sabe lidar apropriada­
com a astrologia, mas Deus sempre levantava para si homens fi­ mente com as mudanças de comportamento dos homens.
éis para que pudessem combater a prática da astrologia; "Tam­ Confrontando o “arrependimento" de Deus com o arrependi­
bém destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabelece­ mento do homem, constatamos haver grandes diferenças. O ho­
ram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao mem, quando se arrepende, muda seus critérios, seus valores e.
redor de Jerusalém, como também os que queimavam incen­ conseqüentemente, sua atitude. O Senhor Deus, não, ao se “ar­
so a Baal. ao Sol, à Lua. e aos planetas, e a todo o exército dos repender", muda de atitude, mas sem jamais alterar seus critérios,
céus" (2Rs23.5). característica em que se acha estampada sua imutabilidade!

98
ÊXODO 32

teus servos, aos quais p o r ti m esm o tens jurad o , M oisés m anda m a ta r os idólatras
e lhes disseste: M ultiplicarei a vossa descendência 2,E, vendo M oisés que o povo estava despido, p o r­
com o as estrelas dos céus, e darei à vossa descendên­ que Arão o havia deixado despir-se para vergonha
cia toda esta terra, de que tenho falado, para que a entre os seus inim igos,
possuam por herança eternam ente. 26Pôs-se em pé Moisés na p o rta do arraial e disse:
l4Então o S enhor arrependeu-se do mal que disse­ Q uem é do S en h o r , venha a m im . Então se ajunta­
ra que havia de fazer ao seu povo. ram a ele todos os filhos de Levi.
I5E virou-se M oisés e desceu do m o n te com as 27E disse-lhes: Assim diz o S en h or Deus de Israel:
duas tábuas do testem unho na m ão, tábuas escri­ C ada um p o n h a a sua espada sobre a sua coxa; e pas­
tas de am bos os lados; de um e de o u tro lado esta­ sai e to rn ai pelo arraial de p o rta em porta, e m ate
vam escritas. cada um a seu irm ão, e cada um a seu am igo, e cada
I6E aquelas tábuas eram obra de D eus; tam bém a um a seu vizinho.
escritura era a m esm a escritura de D eus, esculpi­ 28E os filhos de Levi fizeram conform e à palavra
da nas tábuas. de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil
17E, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, dis­ hom ens.
se a Moisés: A larido de guerra há no arraial. 29P orq u an to M oisés tin h a dito: Consagrai hoje as
1 “Porém ele respondeu: N ão é alarido dos vitorio­ vossas m ãos ao S e n h o r ; p o rq u a n to cada um será
sos, nem alarido dos vencidos, m as o alarido dos contra o seu filho e contra o seu irm ão; e isto, para
que cantam , eu ouço. que ele vos conceda hoje u m a bênção.

M oisés quebra as tábuas do te ste m u n h o M oisés in terced e -pelo povo


19E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e 30E aconteceu que no dia seguinte Moisés disse ao
vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, povo: V ós com etestes gran d e pecado. Agora, p o ­
e arrem essou as tábuas das suas m ãos, e quebrou-as rém , subirei ao S en h or ; porv en tu ra farei p ropicia­
ao pé do m onte; ção p o r vosso pecado.
•°E tom ou o bezerro que tinham feito, e queim ou-o 3'Assim to rn o u -se Moisés ao S en h o r , e disse: Ora,
no fogo, m oendo-o até que se to m o u em pó; e o espar­ este povo com eteu grande pecado fazendo para si
giu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel. deuses de ouro.
2IE Moisés perguntou a Arão: Q ue te tem feito este 32Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-
povo, que sobre ele trouxeste tam an h o pecado? m e, peço-te, do teu livro, que tens escrito.
22Então respondeu Arão: Não se acenda a ira do meu 33Então disse o Sen h or a Moisés: Aquele que pecar
senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal; contra m im , a este riscarei do m eu livro.
23E eles m e disseram : Faze-nos um deus que vá 34Vai, pois, agora, conduze este povo para onde te
ad ian te de nós; p orque não sabem os o que suce­ tenho dito; eis que o m eu anjo irá adiante de ti; p o ­
deu a este Moisés, a este hom em que nos tiro u da rém no dia da m in h a visitação visitarei neles o seu
terra do Egito. pecado.
24Então eu lhes disse: Q uem tem ouro, arranque-o; 35Assim feriu o S enhor o povo, p o r ter sido feito o
e deram -m o, e lancei-o no fogo, e saiu este bezerro. bezerro que Arão tin h a form ado.

Porventura (arei propiciação por vosso pecado 2Co5.14,15,18-21;1Jo2.1,2; Hb9.11-14). Oque os cristãos fazemé
(32.30-33) praticar, entre si, a solidariedade, própria de irmãos: “Levai as cargas
uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6.2).
Catolicismo Romano. Em defesa da doutrina das indul­
Quanto ao sentimento de Moisés, ele preferia a própria morte à
gências, ensina uma expiação vicária dos membros do cor­
condenação do povo de Israel. O apóstolo Paulo, no Novo Tes­
po de Cristo, a igreja: 'Como Cristo, a Cabeça sofreu a expiação e
tamento. expressa o mesmo sentimento (Rm 9.1-5; 10.1,2). Em­
tomou lugar dos membros, assim também um membro pode to­
bora tais gestos indiquem um amor profundo, um pecador não
mar o lugar de outro membro".
pode remir outro pecador (SI 49.7,8). E muito menos a misericór­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus não riscou o nome de dia de Deus pode ser movida pela vontade humana (Rm 9.15,16).
*=» Moisés de seu livro, isto é, não tomou a vida de Moisés como Assim, a referência em estudo não serve como fundamento para
propiciação pelo pecado de idolatria do povo de Israel. Ao contrário, a doutrina católica, que. aliás, contradiz a doutrina da auto-sufici-
"visitou, neles, o seu pecado" (v. 34,35). Só existe uma propiciação ência da morte de Cristo para a imputação da justiça aos que nele
pelos pecados dahumanidade.osacrifíciodoRlho de Deus (Rm5.l8; crêem (Jo 19.30; Hb 1.3; 2.14,15).

99
ÊXODO 33

D eus não irá no m eio do povo, arraial; m as o seu servidor, o jovem Josué, filho de
m as enviará u m anjo N um , nu n ca se apartava do m eio da tenda.
DISSE m ais o S en h or a Moisés: Vai, sobe
daqui, tu e o povo que fizeste subir da te r­ M oisés roga a D eus a sua presença
ra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a 12E Moisés disse ao S enhor : Eis que tu m e dizes: Faze
Jacó, dizendo: À tu a descendência a darei. subir a este povo, porém não m e fazes saber a quem
2E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os hás de enviar comigo; e tu disseste: C onheço-te por
cananeus, e os am orreus, e os heteus, e os perizeus, teu nom e, tam bém achaste graça aos m eus olhos.
e os heveus, e os jebuseus, 15Agora, pois, se ten h o achado graça aos teus
3 A um a terra que m ana leite e mel; porque eu não olhos, rogo-te que m e faças saber o teu cam inho, e
subirei no m eio de ti, p o rq u an to és povo de dura conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos;
cerviz, para que te não consum a eu no cam inho. e considera que esta nação é o teu povo.
4E, ouvindo o povo esta m á notícia, pranteou-se e ,4Disse pois: Irá a m in h a presença contigo para te
ninguém pôs sobre si os seus atavios. fazer descansar.
’P orq u anto o S enhor tinha dito a Moisés: Dize aos l5Então lhe disse: Se tu m esm o não fores conosco,
filhos de Israel: És povo de d u ra cerviz; se p o r um não nos faças subir daqui.
m o m en to subir no m eio de ti, te consum irei; p o ­ l6C om o, pois, se saberá agora que te n h o achado
rém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é
que te hei de fazer. p o r andares tu conosco, de m odo a serm os separa­
hEntão os filhos de Israel se despojaram dos seus dos, eu e o teu povo, de todos os povos que há so­
atavios, ao pé do m onte Horebe. bre a face da terra?
7E to m o u Moisés a tenda, e a estendeu para si fora 1'E n tã o disse o S en h o r a Moisés: Farei tam bém
do arraial, desviada longe do arraial, echam ou-lhe a isto, que tens dito; p o rq u an to achaste graça aos
tenda da congregação. E aconteceu que todo aquele m eus olhos, e te conheço p o r nom e.
que buscava o S enhor saía à tenda da congregação,
que estava fora do arraial. M oisés roga a D eus q u e lhe
SE acontecia que, saindo M oisés à tenda, to d o o m ostre a sua glória
povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta lflEntão ele disse: Rogo-te que m e m ostres a tua
da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até glória.
ele en trar na tenda. l9P orém ele disse: Eu farei passar to d a a m inha
9E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia bondade p o r d iante de ti, e proclam arei o n o m e do
a coluna de nuvem , e punha-se à po rta da tenda; e o S enhor diante de ti; e terei m isericórdia de quem eu
S enhor falava com Moisés. tiver m isericórdia, e m e com padecerei de quem eu
I()E, vendo to d o o povo a coluna de nuvem que es­ m e com padecer.
tava à p o rta da tenda, tod o o povo se levantava e 20E disse mais: N ão poderás ver a m inha face, por­
cada um , à porta da sua tenda, adorava. quanto hom em nenhum verá a m inha face, e viverá.
11E falava o S enhor a Moisés face a face, com o qual­ 1 'Disse mais o S en h o r : Eis aqui um lugar ju n to a
q u er fala com o seu am igo; depois tornava-se ao m im ; aqui te porás sobre a penha.

Falava o S e n h o r a Moisés face a face rito não tem carne e osso* (Lc 24.39). Logo, o Deus Pai nào tem
(33.11) um corpo físico!
Mormonlsmo. Usa esta referência para defender sua dou-
E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas
W trina que diz que o Oeus Pai tem um corpo físico.
costas; mas a minha face nào se verá
__ sg RESPOSTA APOLOGÉTICA: A frase "face a face” , usa- (33.21-23)
= da no hebraico, significa “pessoalmente", “diretamente"
ÇT) Ceticismo. Para os céticos, estes versículos apresentam
ou “intimamente". Moisés teve o privilégio de experimentar uma
" contradição, pois nào concordam entre si com a possibili­
espécie de relacionamento, sem mediador, com Deus. Mas tan­
dade de o homem poder ver o Senhor face a face.
to ele quanto qualquer outro mortal jamais viram o rosto (a essên­
cia) de Deus (1Tm 6.16). A Bíblia é extremamente dara e enfática RESPOSTA APOLOGÉTICA: A inaptidão dos céticos
quando diz que “Deus é Espirito, e importa que os que o adoram • quanto às questões espirituais é o seu maior obstácu­
o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.24). E mais: “Um espi­ lo para que possam compreender os conceitos textuais bíbli-

100
ÊXODO 33,34

22E acontecerá que, quando a m inha glória passar, D eus fa z u m a aliança c o m Israel
pôr-te-ei n um a fenda da penha, e te cobrirei com a 10Então disse: Eis q ue eu faço u m a aliança; farei
m inha m ão, até que eu haja passado. diante de to d o o teu povo m aravilhas que nunca fo­
23E, havendo eu tirado a m inha m ão, m e verás pe­ ram feitas em toda a terra, n em em nação alguma;
las costas; mas a m inha face não se verá. de m aneira que todo este povo, em cujo m eio tu es­
tás, veja a o bra do Se n h o r ; p o rq u e coisa terrível é o
A s novas tábuas dos dez m an d a m en to s que faço contigo.
ENTÃO disse o Se n h o r a M oisés: Lavra 1 'G u ard a o que eu te o rdeno hoje; eis que eu lança­
duas tábuas de pedra, com o as prim eiras; e rei fora diante de ti os am orreus, e os cananeus, e os
eu escreverei nas tábuas as m esm as palavras que es­ heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus.
tavam nas prim eiras tábuas, que tu quebraste. l2G uarda-te de fazeres aliança com os m oradores
2E p rep ara-te para am anhã, para que subas pela da terra aonde hás de entrar; para que não seja por
m anhã ao m onte Sinai, e ali põe-te diante de m im laço n o m eio de ti.
no cum e do m onte. ' 3M as os seus altares derrubareis, e as suas estátuas
3E ninguém suba contigo, e tam bém ninguém apa­ quebrareis, e os seus bosques cortareis.
reça em to d o o m onte; nem ovelhas nem bois se l4P orque não te inclinarás d ian te de o u tro deus;
apascentem defronte do m onte. pois o no m e do Se n h o r é Zeloso; é um Deus zeloso.
4Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, com o as ,5Para que não faças aliança com os m oradores da
primeiras; elevantando-se pela m anhã de madrugada, terra, e quando eles se prostituírem após os seus deu­
subiu ao m onte Sinai, com o o Senhor lhe tinha orde­ ses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, com o convi­
nado; e levou as duas tábuas de pedra nas suas mãos. dado deles, com as tam bém dos seus sacrifícios,
5E o Se n h o r desceu nu m a nuvem e se pôs ali ju n to l6E tom es mulheres das suas filhas para os teus fi­
a ele; e ele proclam ou o nom e do Se n h o r . lhos, e suas filhas, p rostituindo-se com os seus d eu ­
6P assando, pois, o S e n h o r p era n te ele, clam ou: ses, façam que tam b ém teus filhos se p ro stitu am
O Se n h o r , o Se n h o r D eus, m isericordioso e pie­ com os seus deuses.
doso, tard io em irar-se e grande em beneficência 17N ão te farás deuses de fundição.
e verdade; ‘*A festa dos pães ázim os guardarás; sete dias co­
7Q ue guarda a beneficência em m ilhares; que p er­ m erás pães ázim os, com o te te n h o o rd en ad o , ao
doa a in iqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao tem po apon tad o do m ês de Abibe; p o rq u e n o mês
culpado não tem por inocente; que visita a iniqüida­ de Abibe saíste do Egito.
de dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos 19 T u d o o que abre a m adre m eu é, até to d o o teu
até a terceira e quarta geração. gado, que seja m acho, e que abre a m adre de vacas
8E M oisés apressou-se, e inclinou a cabeça à te r­ e de ovelhas;
ra, adorou, 20O b u rro , porém , que ab rir a madre, resgatarás
9E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos com u m cordeiro; mas, se o não resgatares, cortar-
teus olhos, vá agora o S enhor no m eio de nós; p o r­ lhe-ás a cabeça; todo o prim ogênito de teus filhos res­
que este é povo de du ra cerviz; porém perdoa a nos­ gatarás. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.
sa iniqüidade e o nosso pecado, e tom a-nos po r tua 2'Seis dias trabalharás, m as ao sétim o dia descan­
herança. sarás: na arad u ra e n a sega descansarás.

cos. São coisas bem diferentes: contemplar uma representação No evangelho de João, temos a afirmação de que Deus (o
de Deus em forma de figura humana ou algo semelhante e tes­ Pai) fora revelado pela Imagem humana de seu Filho, Jesus
temunhar com os olhos humanos a glória celeste e descober­ Cristo. Paulo, por sua vez, diz ser perfeitamente possível con­
ta de Deus. templar o resplendor divino de forma, imanente (2Co 4.6). E é
O texto em destaque nos mostra que Deus (o Pai), por sua infi­ desse mesmo apóstolo o testemunho de que Cristo, uma vez
nita bondade, não deixou que Moisés visse aquilo que, certamen­ glorificado com o Pai, já não podia mais ser contemplado por
te, não poderia resistir (33.20). Por isso o Senhor lhe mostrou ape­ ele face a face: ‘ Subitamente o cercou um resplendor de luz
nas o que Moisés poderia ver: "as costas" (33.23). O versículo 22 docéu"(At9.3).
é responsável pela descrição do zelo divino para com seu servo, Jesus atestou a possibilidade de contemplação de Deus (o
porque, segundo a advertência divina, Moisés teria morrido se ti­ Pai) apenas em representação humana: *Quem me vê a mim vê
vesse visto a face do Altíssimo. o Pai’ (Jo 14.9).

101
ÊXODO 34,35

22T am bém guardarás a festa das sem anas, que é a 35Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de
festa das prim ícias da sega do trigo, e a festa da co­ Moisés, e que resplandecia a pele do seu rosto; e to r­
lheita no fim do ano. nava Moisés a p ô r o véu sobre o seu rosto, até entrar
2,T rês vezes ao ano todos os hom ens aparecerão para falar com ele.
p erante o Senhor D eus , o D eus de Israel;
24P o rq ue eu lançarei fora as nações de diante de ti, O sábado
e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua ENTÂO M oisés convocou to d a a congre­
terra, q u an d o subires para aparecer três veres no gação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas
ano diante do S enhor teu Deus. são as palavras que o S en h or o rd en o u que se cu m ­
25N ão sacrificarás o sangue do m eu sacrifício com prissem.
pão levedado, nem o sacrifício da festa da páscoa fi­ 2Seis dias se trabalhará, mas o sétim o dia vos será
cará da noite para a m anhã. santo, o sábado do repouso ao S en h or ; to d o aquele
26As prim ícias dos p rim eiros frutos da tua terra que nele fizer qualquer trabalho m orrerá.
trarás à casa do S enhor teu Deus; não cozerás o ca­ 3N ão acendereis fogo em n en h u m a das vossas m o ­
b rito no leite de sua mãe. radas n o dia do sábado.
27Disse m ais o S en h or a Moisés: Escreve estas pa­
lavras; p orque conform e ao teor destas palavras te­ As ofertas para o tabernáculo
nho feito aliança contigo e com Israel. 4Falou mais M oisés a to d a a congregação dos filhos
28E e stev e ali c o m o S enhor q u a r e n ta d ia s e q u a r e n ­ de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o S en h or o r­
ta n o ite s ; n ã o c o m e u p ã o , n e m b e b e u á g u a , e e s c re ­ denou, dizendo:
v e u n a s tá b u a s as p a la v ra s d a a lia n ç a , o s d e z m a n ­ 5Tom ai do que tendes, um a oferta para o Senhor ;
d a m e n to s . cada um , cujo coração é voluntariamente disposto, a
trará por oferta alçada ao S enhor : ouro, prata e cobre,
O rosto de M oisés resplandece 6C om o tam bém azul, p ú rp u ra , carm esim , linho
29E aconteceu que, descendo M oisés do m o n te fino, pêlos de cabras,
Sinai trazia as duas tábuas do testem unho em suas 7E peles de carneiros, tintas de verm elho, e peles de
mãos, sim, q u an d o desceu do m onte, Moisés não texugos, m adeira de acácia,
sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois 8E azeite para a lum inária, e especiarias para o azei­
que falara com ele. te da unção, e para o incenso arom ático.
’“O lhando, pois, Arão e to d o s os filhos de Israel 9E pedras de ônix, e pedras de engaste, para o éfo-
para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplande­ de e para o peitoral.
cia; por isso tem eram chegar-se a ele. I0E venham todos os sábios de coração entre vós, e
31Então Moisés os cham ou, e Arão e todos os p rín ­ façam tu d o o que o S en h or tem m andado;
cipes da congregação to rn aram -se a ele; e M oisés 110 tabernáculo, a sua ten d a e a sua coberta, os seus
lhes falou. colchetes e as suas tábuas, as suas barras, as suas co­
32D epois chegaram tam b ém todos os filhos de lunas, e as suas bases;
Israel; e ele lhes o rdenou tudo o que o S en h or fala­ l2A arca e os seus varais, o propiciatório e o véu de
ra com ele no m o n te Sinai. cobertura,
33Assim que Moisés acabou de falar com eles, pôs 13A m esa e os seus varais, e todos os seus pertences;
um véu sobre o seu rosto. e os pães da proposição,
34Porém , entrando Moisés perante o S e n h o r , para l4E o candelabro da lum inária, e os seus utensílios,
falar com ele, tirava o véu até sair; e, saindo, falava e as suas lâm padas, e o azeite para a lum inária,
com os filhos de Israel o que lhe era ordenado. l5E o altar do incenso e os seus varais, e o azeite da

E azeite para a luminária


(35.8) bém o Espirito Santo e a presença de Deus (em espirito) entre os
homens. Mas os católicos, baseados em uma falsa interpretação
Catolicismo Romano. Usa esta referência para apoiar o da Bíblia, empregam velas em seus rituais, acendendo-as aos
emprego de velas em suas liturgias e práticas cultuais. mortos (que supostamente estão no purgatório) e oferecendo-as
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O azeite, neste versículo, aos "santos de devoção", como indulgências. Tais procedimen­
" tanto quanto na referência 27.20, representa unçáo, e tam­ tos. no entanto, não têm respaldo bíblico.

102
ÊXODO 35,36

unção, e o incenso arom ático, e a cortina da porta o Se n h o r tem cham ado p o r nom e a Bezalel, filho de
para a entrada do tabernáculo, Uri, filho de H u r, da trib o de Judá.
l60 altar do holocausto, e o crivo de cobre, os seus 31E o Espírito de D eus o encheu de sabedoria, en ­
varais, e todos os seus pertences, a pia e a sua base, tendim ento, ciência e em to d o o lavor,
l7As cortinas do pátio, as suas colunas e as suas ba­ 32E para criar invenções, para trabalhar em o u ro , e
ses, e o reposteiro da porta do pátio, em prata, e em cobre,
l8As estacas do tabernáculo, e as estacas do pátio, 33E em lapidar de pedras para engastar, e em en ­
e as suas cordas, talhar m adeira, e para trabalhar em to d a a obra es­
l9As vestes do m inistério para m inistrar no santu­ m erada.
ário, as vestes santas de Arão o sacerdote, e as vestes 34T am bém lhe dispôs o coração para ensinar a ou­
de seus filhos, para adm inistrarem o sacerdócio. tros; a ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tri­
bo de Dã.
A prontidão do povo em trazer ofertas 35E ncheu-os de sabedoria do coração, para fazer
20Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu toda a obra de m estre, até a m ais engenhosa, e a do
da presença de Moisés, gravador, em azul, e em p ú rp u ra, em carm esim , e
2IE veio to d o o hom em , a quem o seu coração m o ­ em linho fino, e do tecelão; fazendo toda a obra, e
veu, e to d o aquele cujo espírito voluntariam ente o criando invenções.
excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Se n h o r para
a o bra da tenda da congregação, e para todo o seu ASSIM trab alh aram Bezalel e Aoliabe, e
to d o o h o m em sábio de coração, a quem
serviço, e para as vestes santas.
o Se n h o r dera sabedoria e inteligência, p ara saber
22Assim vieram hom ens e m ulheres, todos dispos­
com o haviam de fazer to d a a o b ra p ara o serviço
tos de coração; tro u x eram fivelas, e pendentes, e
do santuário, conform e a tu d o o que o Se n h o r ti­
anéis, e braceletes, todos os objetos de ouro; e todo
nha ordenado.
o hom em fazia oferta de o u ro ao Se n h o r ;
23E todo o hom em que se achou com azul, e p ú r­
M oisés entrega aos obreiros
pura, e carm esim , e linho fino, e pêlos de cabras, e
as ofertas do povo
peles de carneiro tintas de verm elho, e peles de te­
2E ntão M oisés ch am o u a Bezalel e a Aoliabe, e a
xugos, os trazia;
to d o o h o m em sábio de coração, em cujo co ra­
24T odo aquele que fazia oferta alçada de prata ou
ção o Se n h o r tin h a d ado sabedoria; a to d o aq u e­
de metal, a trazia por oferta alçada ao Se n h o r ; e todo
le a quem o seu coração m oveu a se chegar à obra
aquele que possuía m adeira de acácia, a trazia para para fazê-la.
toda a obra do serviço.
3Estes receberam de M oisés to d a a oferta alçada,
25E todas as m ulheres sábias de coração fiavam que trouxeram os filhos de Israel para a o bra do ser­
com as suas m ãos, e traziam o que tin h am fiado, o viço do santuário, para fazê-la, e ainda eles lhe tra ­
azul e a p úrpura, o carm esim e o linho fino. ziam cada m an h ã ofertas voluntárias.
26E todas as m ulheres, cujo coração as m oveu em 4E vieram todos os sábios, que faziam to d a a obra
habilidade fiavam os pêlos das cabras. do santuário, cada u m da o bra que fazia,
27E os príncipes traziam pedras de ônix e pedras de 5E falaram a M oisés, dizendo: O povo traz m u i­
engastes para o éfode e para o peitoral, to m ais do que basta para o serviço da o bra que o
2SE especiarias, e azeite para a lum inária, e para o Se n h o r o rd en o u se fizesse.
azeite da unção, e para o incenso arom ático. 6Então m an d o u M oisés que proclam assem por
29T o d o hom em e m ulher, cujo coração volu n ta­ todo o arraial, dizendo: N en h u m hom em , nem m u ­
riam ente se m oveu a trazer alguma coisa para toda lher, faça mais obra algum a para a oferta alçada do
a o bra que o Se n h o r o rdenara se fizesse pela m ão santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais,
de Moisés; assim os filhos de Israel trouxeram por 7P orque tin h am m aterial bastante para to d a a obra
oferta voluntária ao Se n h o r . que havia de fazer-se, e ainda sobejava.

D eus cham a B ezalel e A oliahe As cortinas


“ Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que 8Assim to d o o sábio de coração, en tre os que fa-

103
ÊXODO 36,37

ziam a obra, fez o tabernáculo de dez cortinas de 2,Tam bém fez vinte tábuas ao o u tro lado do taber­
lin h o fino to rcid o , e de azul, e de p ú rp u ra , e de náculo, do lado norte,
carm esim , com querubins; da ob ra m ais esm era­ 26C om as suas q u aren ta bases de prata; duas b a­
da as fez. ses debaixo de u m a tábua, e duas bases debaixo de
90 co m prim ento de cada cortina era de vinte e oito o u tra tábua.
côvados, e a largura de quatro côvados; todas as cor­ 27E ao lado do tabernáculo para o ocidente fez seis
tinas tinham u m a m esm a m edida. tábuas.
I0E ligou cinco cortinas u m a com a outra; e outras 28Fez tam bém duas tábuas para os cantos do tab er­
cinco cortinas tam bém ligou um a com outra. náculo nos dois lados,
1 'D epois fez laçadas de azul na b orda de um a cor­ 29As quais p o r baixo estavam juntas, e tam bém se
tina, à extrem idade, na juntu ra; assim tam bém fez ajuntavam p o r cim a com um a argola; assim fez com
na borda, à extrem idade da ju n tu ra da segunda co r­ am bas nos dois cantos.
tina. 30Assim eram oito tábuas com as suas bases de p ra ­
12C inqüenta laçadas fez nu m a cortina, e cinqüenta ta, a saber, dezesseis bases; duas bases debaixo de
laçadas fez nu m a extrem idade da cortina, que se li­ cada tábua.
gava com a segunda; estas laçadas eram contrapos­ 3'Fez tam bém travessas de m adeira de acácia; cin­
tas um a a outra. co para as tábuas de um lado do tabernáculo,
l3Tam bém fez cinqüenta colchetes de ouro, e com 32E cinco travessas p ara as tábuas do o u tro lado do
estes colchetes un iu as cortinas um a com a outra; e tabernáculo; e o utras cinco travessas para as tábuas
assim foi feito um tabernáculo. do tabernáculo do lado ocidental.
HFez tam bém cortinas de pêlos de cabras para a ,3E fez que a travessa do meio passasse pelo meio
tenda sobre o tabernáculo; fez onze cortinas. das tábuas de u m a extrem idade até a outra.
1 ’O co m prim ento de um a cortina era de trin ta cô­ 34E cobriu as tábuas de ouro, e as suas argolas (os
vados, e a largura de quatro côvados; estas onze co r­ lugares das travessas) fez de ouro; as travessas tam ­
tinas tinham um a m esm a m edida. bém cobriu de ouro.
I6E uniu cinco cortinas à parte, e outras seis à parte,
l7E fez cinqüenta laçadas na b orda da últim a co r­ Os véus e as colunas
tina, na jun tu ra; tam bém fez cinqüenta laçadas na 35D epois fez o véu de azul, e de p ú rp u ra, e de car­
borda da cortina, na ou tra juntura. m esim , e de linho fino torcido; de obra esm erada o
IKFez tam bém cinqüenta colchetes de metal, para fez com querubins.
ajuntar a tenda, para que fosse um todo. 36E fez-lhe q uatro colunas de m adeira de acácia, e
as cobriu de ouro; e seus colchetes fez de ouro, e fu n ­
A coberta d e peles e as tábuas diu-lhe q uatro bases de prata.
19Fez tam bém , para a tenda, um a coberta de peles 37Fez tam bém para a porta da ten d a o véu de azul,
de carneiros, tintas de verm elho; e po r cim a um a e de p ú rp u ra, e de carm esim , e de linho fino to rci­
coberta de peles de texugos. do, da o bra do b o rdador,
20T am bém fez, de m adeira de acácia, tábuas levan­ 38C om as suas cinco colunas e os seus colchetes; e
tadas para o tabernáculo, que foram colocadas ver­ as suas cabeças e as suas m olduras cobriu de ouro; e
ticalm ente. as suas cinco bases eram de cobre.
2'O co m prim ento de cada tábua era de dez côva­
dos, e a largura de um côvado e meio. A arca
22Cada tábua tinha duas cavilhas pregadas um a a FEZ tam bém Bezalel a arca de m adeira de
o u tra; assim fez com todas as tábuas do ta b ern á­ acácia; o seu co m p rim en to era de dois cô­
culo. vados e meio; e a sua largura de um côvado e meio;
23Assim, pois, fez as tábuas para o tabernáculo; e a sua altura de um côvado e meio.
vinte tábuas para o lado que dá para o sul; 2E cobriu-a de o u ro p u ro p o r d en tro e p o r fora; e
24E fez quarenta bases de p rata debaixo das v in ­ fez-lhe um a coroa de o u ro ao redor;
te tábuas; duas bases debaixo de um a tábua, para as 3E fu ndiu-lhe q uatro argolas d eo u ro nos seus q u a­
suas duas cavilhas, e duas debaixo de o utra, para as tro cantos; n u m lado duas, e no o u tro lado duas a r­
suas duas cavilhas. golas;

104
ÊXODO 37,38

4E fez varais de m adeira de acácia, e os cobriu de do feitio de am êndoas, um botão e um a flor; assim
ouro; eram as seis hastes que saíam do candelabro.
5E pôs os varais pelas argolas aos lados da arca, para 2uMas n o m esm o candelabro havia q uatro copos
se levar a arca. do feitio de am êndoas com os seus botões e com as
suas flores.
O propiciatório 21 E havia u m botão debaixo de duas hastes da m es­
6Fez tam bém o propiciatório de o u ro puro; o seu m a peça; e outro b o tão debaixo de duas hastes da
co m p rim ento era de dois côvados e m eio, e a sua m esm a peça; e mais um botão debaixo de duas has­
largura de um côvado e meio. tes da m esm a peça; assim se fez para as seis hastes,
7Fez tam bém dois querubins de ouro; de obra bati­ que saíam dele.
da os fez, nas duas extrem idades do propiciatório. 22Os seus botões e as suas hastes eram da m esm a
'U m querubim na extrem idade de um lado, e o o u ­ peça; tu d o era um a o bra batida de o u ro puro.
tro n a o u tra extrem idade do o u tro lado; de um a só 23E fez-lhe, de o u ro p u ro , sete lâm padas com os
peça com o propiciatório fez os querubins nas duas seus espevitadores e os seus apagadores;
extrem idades dele. 24De u m talento de o u ro p u ro fez o candelabro e
9E os q uerubins estendiam as asas po r cim a, co­ todos os seus utensílios.
brindo com elas o propiciatório; e os seus rostos es­
tavam defronte um do outro; os rostos dos q u eru ­ O altar do incenso
bins estavam virados para o propiciatório. 2,E fez o altar do incenso de m adeira de acácia; de
um côvado era o seu com prim ento, e de u m côvado
A m esa a sua largura, era quadrado; e de dois côvados a sua
l0Fez tam b ém a m esa de m adeira de acácia; o seu altura; dele m esm o eram feitas as suas pontas.
com prim ento era de dois côvados, e a sua largura de 26E co b riu -o de o u ro p u ro , a p arte su p erio r e as
um côvado, e a sua altura de um côvado e meio. suas paredes ao redor, e as suas pontas; e fez-lhe
1 'E cobriu-a de ouro p uro, e fez-lhe u m a coroa de um a coroa de o u ro ao redor.
ouro ao redor. 27Fez-lhe tam b ém duas argolas de o u ro debai­
l2Fez-lhe tam bém , ao redor, um a m oldura da lar­ xo da sua coroa, e os seus dois cantos, de am bos os
gura da m ão; e fez um a coroa de ouro ao red o r da seus lados, para neles se colocar os varais, e com
m oldura. eles levá-lo.
l3F u n d iu-lhe tam bém q u atro argolas de ouro; e 28E os varais fez de m adeira de acácia, e os cobriu
pôs as argolas nos q u atro cantos que estavam em de ouro.
seus qu atro pés.
u Defironte da m oldura estavam as argolas para os O a zeite da u n çã o e o incenso arom ático
lugares dos varais, para se levar a mesa. ^ T am b ém fez o azeite santo da unção, e o incenso
l5Fez tam bém os varais de m adeira de acácia, e os arom ático, p u ro , qual obra do perfum ista.
cobriu de ouro, para se levar a mesa.
!<’E fez de ouro p u ro os utensílios que haviam de O altar do holocausto
estar sobre a mesa, os seus pratos e as suas colheres, FEZ tam bém o altar do holocausto de m a­
e as suas tigelas e as suas taças em que se haviam de deira de acácia; de cinco côvados era o seu
oferecer libações. com prim ento, e de cinco côvados a sua largura, era
quadrado; e de três côvados a sua altura.
O candelabro 2E fez-lhe as suas p o n tas nos seus q u atro cantos;
17Fez tam bém o candelabro de o u ro puro; de obra da m esm a peça eram as suas pontas; e cobriu-o de
batida fez este candelabro; o seu pedestal, e as suas cobre.
hastes, os seus copos, as suas maçãs, e as suas flores, 3Fez tam bém to d o s os utensílios do altar; os cin­
form avam com ele um a só peça. zeiros, e as pás, e as bacias, e os garfos, e os brasei­
lsSeis hastes saíam dos seus lados; três hastes do ros; todos esses pertences fez de cobre.
candelabro, de um lado dele, e três do o u tro lado. 4Fez tam bém , para o altar, um crivo de cobre, em
|l,N um a haste estavam três copos do feitio de am ên­ form a de rede, n a sua cercadura em baixo, até ao
doas, um botão e um a flor; e na outra haste três copos m eio do altar.

105
ÊXODO 38,39

5E fundiu q u atro argolas para as quatro extrem i­ náculo do testem u n h o , que p o r ord em de Moisés
dades do crivo de cobre, para os lugares dos varais. foram contadas para o m inistério dos levitas, por
6E fez os varais de m adeira de acácia, e os cobriu interm édio de Itam ar, filho de Arão, o sacerdote.
de cobre. 22Fez, pois, Bezalel, o filho de Uri, filho de H u r, da
7E pôs os varais pelas argolas aos lados do altar, tribo de Judá, tu d o q u an to o Se nho r tin h a o rd en a­
para com eles levar o altar; fê-lo oco e de tábuas. do a Moisés.
8Fez tam bém a pia de cobre com a sua base de co­ 23E com ele Aoliabe, filho de A isam aque, da tri­
bre, dos espelhos das mulheres que se reuniam , para bo de Dã, um m estre de obra, e engenhoso artífice,
servir à p o rta da tenda da congregação. e bord ad o r em azul, e em p ú rp u ra e em carm esim
e em linho fino.
O pátio 24T odo o o u ro gasto na obra, em to d a a o b ra do
9Fez tam bém o pátio do lado meridional; as cortinas santuário, a saber, o o u ro da oferta, fo i vinte e nove
do pátio eram de linho fino torcido, de cem côvados. talentos e setecentos e trin ta siclos, conform e ao si-
10As suas vinte colunas e as suas vinte bases eram clo do santuário;
de cobre; os colchetes destas colunas e as suas m ol­ 25E a prata dos arrolados da congregação fo i cem
duras eram de prata; talentos e m il e setecentos e setenta e cinco siclos,
11E do lado norte cortinas de cem côvados; as suas vin­ conform e o siclo do santuário;
te colunas e as suas vinte bases eram de cobre, os col­ 26U m beca p o r cabeça, isto é, m eio siclo, conform e
chetes das colunas e as suas m olduras eram de prata. o siclo do santuário; de todo aquele que passava aos
I2E do lado do ocidente cortinas de cinqüenta côva­ arrolados, da idade de vinte anos para cima, que fo ­
dos, as suas colunas dez, e as suas bases dez; os colche­ ram seiscentos e três mil e quinhentos e cinqüenta.
tes das colunas e as suas m olduras eram de prata. 27E houve cem talentos de prata para fu n d ir as b a­
13E do lado leste, ao oriente, cortinas de cinqüen­ ses do santuário e as bases do véu; para as cem bases
ta côvados. cem talentos; u m talento para cada base.
14As cortinas de um lado da porta eram de quinze 28E dos m il e setecentos e setenta e cinco siclos fez
côvados; as suas colunas três e as suas bases três. os colchetes das colunas, e cobriu os seus capitéis, e
15E do o u tro lado da po rta do pátio, de am bos os os cingiu de m olduras.
lados, eram cortinas de quinze côvados; as suas co­ 29E o cobre da oferta fo i setenta talentos e dois mil
lunas três e as suas bases três. e quatrocentos siclos.
l6T odas as cortinas do pátio ao redor eram de li­ 30E dele fez as bases da po rta da tenda da congrega­
n ho fino torcido. ção e o altar de cobre, e o crivo de cobre e todos os
17E as bases das colunas eram de cobre; os colchetes utensílios do altar.
das colunas e as suas m olduras eram de prata; e o re­ 31E as bases do pátio ao redor, e as bases da porta
vestim ento dos seus capitéis era de prata; e todas as do pátio, e todas as estacas do tabernáculo e todas as
colunas do pátio eram cingidas de prata. estacas do pátio ao redor.
ISE a cobertura da po rta do pátio era de ob ra de
b o rdador, de azul, e de p úrpura, e de carm esim , e As vestes dos sacerdotes
de linho fino torcido; e o com prim ento era de vin­ FIZERAM tam bém as vestes do m in isté­
te côvados, e a altura, na largura, de cinco côvados, rio, p ara m in istrar n o san tu ário , de azul,
conform e as cortinas do pátio. e de p ú rp u ra e de carm esim ; tam b ém fizeram as
I9E as suas quatro colunas e as suas q u atro bases vestes santas, para Arão, com o o Se n h o r o rd en a­
eram de cobre, os seus colchetes de prata, e o revesti­ ra a Moisés.
m ento dos seus capitéis, e as suas m olduras, tam ­ 2Assim se fez o éfode de o uro, de azul, e de p ú rp u ­
bém de prata. ra, e de carm esim e de linho fino torcido.
20E todas as estacas do tabernáculo e do pátio ao re­ 3E estenderam as lâm inas de o u ro , e as co rtaram
d o r eram de cobre. em fios, para tecê-los entre o azul, e entre a p ú rp u ­
ra, e en tre o carm esim , e entre o linho fino com tra ­
A enum eração das coisas balho esm erado.
do tabernáculo 4F izeram -lhe om b reiras qu e se ajuntavam ; e
2'Esta é a enum eração das coisas usadas no tab er­ uniam -se em suas duas pontas.

106
ÊXODO 39

5E o cinto de obra esm erada do éfode, que estava vesse sobre o cinto de o bra esm erada do éfode, e o
sobre ele, form ava com ele um a só peça e era de obra peitoral não se separasse do éfode, com o o Se n h o r
sem elhante, de ouro, de azul, e de púrp u ra, e de car­ ordenara a Moisés.
mesim, e de linho fino torcido, com o o Se n h o r o r­ 22E fez-se o m a n to do éfode de o bra tecida, to d o
denara a Moisés. de azul.
T a m b é m p rep araram as pedras de ônix, engas­ 23E a abertura do m a n to estava no m eio dele, com o
tadas em ouro, lavradas com gravuras de um selo, abertura de cota de m alha; esta abertura tinha um a
com os nom es dos filhos de Israel. borda em volta, para que se não rompesse.
7E as pôs sobre as om breiras do éfode por pedras 24E nas bordas do m an to fizeram rom ãs de azul, e
de m em ória para os filhos de Israel, com o o Se nho r de pú rp u ra, e de carm esim , de fio torcido.
o rdenara a Moisés. 25Fizeram tam b ém as cam painhas de o u ro p uro,
8Fez-se tam bém o peitoral de obra de artífice, pondo as cam painhas n o m eio das rom ãs nas b o r­
com o a obra do éfode, de ouro, de azul, e de p ú r­ das do m anto, ao redor, en tre as rom ãs;
pura, e de carm esim , e de linho fino torcido. 26U m a cam painha e um a rom ã, outra cam painha e
’Q u ad rado era; d u p lo fizeram o peitoral; o seu outra rom ã, nas bordas do m an to ao redor; para m i­
com prim ento era de u m palm o, e a sua largura de nistrar, com o o Se n h o r o rd en ara a Moisés.
um palm o dobrado. 27Fizeram tam bém as túnicas de linho fino, de obra
I0E engastaram nele q u atro ordens de pedras; um a tecida, para Arão e para seus filhos.
o rd em de um sárdio, de um topázio, e de um car­ 2SE a m itra de linho fino, e o o rn ato das tiaras de li­
búnculo; esta era a prim eira ordem ; n h o fino, e os calções de linho fino torcido,
11E a segunda ordem de um a esm eralda, de um a 2"E o cinto de linho fino torcido, e de azul, e de
safira e de um diam ante; púrp u ra, e de carm esim , o bra de b ordador, com o o
12E a terceira ordem de um jacinto, de um a ágata, Se n h o r ordenara a Moisés.
e de um a am etista; “ Fizeram tam bém , de o u ro p uro, a lâm ina da co­
13E a quarta ordem de um berilo, e d e u m ô n ix ,e d e roa de santidade, e nela escreveram o escrito com o
u m jaspe, engastadas em engastes de ouro. de gravura de selo: s a n t id a d e a o Se n h o r .
14Estas pedras, pois, eram segundo os nom es dos 31E ataram -n a com um cordão de azul, para p ren ­
filhos de Israel, doze segundo os seus nom es; com o dê-la à parte superior da m itra, com o o Se n h o r o r­
gravuras de selo, cada um a com o seu nom e, segun­ denara a Moisés.
do as doze tribos. 32Assim se acabou toda a obra do tabernáculo da
15T am bém fizeram para o peitoral cadeiazinhas de tenda da congregação; e os filhos de Israel fizeram
igual m edida, obra de ouro p uro trançado. conform e a tu d o o que o Se n h o r ord en ara a Moisés;
I6E fizeram dois engastes de ouro e duas argolas de assim o fizeram.
ouro; e puseram as duas argolas nas duas extrem i­
dades do peitoral. O tabernáculo é entregue
17E puseram as duas cadeiazinhas de trança de a M oisés
o u ro nas duas argolas, nas duas extrem idades do 3 ,D epois trouxeram a Moisés o tabernáculo, a ten ­
peitoral. da e to d o s os seus pertences; os seus colchetes, as
IKE as outras duas pontas das duas cadeiazinhas de suas tábuas, os seus varais, e as suas colunas, e as
trança puseram nos dois engastes; e as puseram so­ suas bases;
bre as om breiras do éfode na frente dele. 34E a cobertura de peles de carneiro tintas de ver­
19Fizeram tam bém duas argolas de ouro, que puse­ m elho, e a cobertura de peles de texugos, e o véu de
ram nas duas extrem idades do peitoral, na sua b o r­ cobertura;
da que estava ju n to ao éfode p o r dentro. 35 A arca do testem unho, e os seus varais, e o p ro ­
20Fizeram m ais duas argolas de ouro, que p use­ piciatório;
ram nas duas om breiras do éfode, abaixo, na frente 36A mesa com todos os seus pertences, e os pães da
dele, perto da sua juntura, sobre o cinto de obra es­ proposição;
merada do éfode. 370 candelabro p u ro com suas lâm padas, as lâm ­
2 ‘E ligaram o peitoral com as suas argolas às argo­ padas em ordem , e to d o s os seus pertences, e o azei­
las do éfode com u m cordão de azul, para que esti­ te para a lum inária;

107
ÊXODO 39,40

"T am b ém o altar de ouro, e o azeite da unção, e o ' 5E os ungirás com o ungiste a seu pai, para que me
incenso arom ático, e a cortina da porta da tenda; adm inistrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será
,90 altar de cobre, e o seu crivo de cobre, os seus va­ p o r sacerdócio p erpétuo nas suas gerações.
rais, e todos os seus pertences, a pia, e a sua base; I6E Moisés fez conform e a tudo o que o Sf.n h o r lhe
■“‘As cortinas do pátio, as suas colunas, e as suas ba­ ordenou, assim o fez.
ses, e a cortina da po rta do pátio, as suas cordas, e os
seus pregos, e todos os utensílios do serviço do ta­ O tabernáculo é levantado
bernáculo, para a tenda da congregação; 17Assim, n o prim eiro mês, no ano segundo, ao p ri­
41As vestes do m inistério para m inistrar no sa n tu ­ m eiro dia do mês foi levantado o tabernáculo.
ário; as santas vestes de Arão o sacerdote, e as vestes '"M oisés levantou o tabernáculo, e pôs as suas b a­
dos seus filhos, para adm inistrarem o sacerdócio. ses, e arm o u as suas tábuas, e colocou nele os seus
42C onform e a tu d o o que o Sen h o r ordenara a M oi­ varais, e levantou as suas colunas;
sés, assim fizeram os filhos de Israel toda a obra. ' ’E estendeu a ten d a sobre o tabernáculo, e pôs
4iViu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham a cob ertu ra da te n d a sobre ela, em cim a, com o o
feito; com o o Se n h o r ordenara, assim a fizeram; en ­ Se n h o r ordenara a Moisés.
tão Moisés os abençoou. “ T o m o u o testem u n h o , e pô-lo n a arca, e co lo ­
cou os varais na arca; e pôs o propiciatório em cima
D eus m anda M oisés levantar o tabernáculo da arca.
FALOU m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo: 2IE in tro d u ziu a arca no tabernáculo, e pen d u ro u
-N o p rim eiro mês, no prim eiro dia do o véu da cobertura, e cobriu a arca do testem unho,
mês, levantarás o tabernáculo da tenda da congre­ com o o Sf.n h o r o rd en ara a Moisés.
gação, 22Pôs tam bém a mesa na tenda da congregação, ao
3E porás nele a arca do testem u n h o , e cobrirás a lado do tabernáculo, p ara o norte, fora do véu,
arca com o véu. 23E sobre ela pôs em ord em o pão perante o S e n ho r ,
4Depois colocarás nele a mesa, e porás em ordem o com o o Se n h o r o rd en ara a Moisés.
que se deve p ôr em ordem nela; tam bém colocarás 24Pôs tam bém na ten d a da congregação o cande­
nele o candelabro, e acenderás as suas lâm padas. labro na frente da m esa, ao lado do tabernáculo,
5E porás o altar de ouro para o incenso diante da para o sul,
arca do testem unho; então pendurarás a cortina da 25E acendeu as lâm padas perante o Se n h o r , com o
porta do tabernáculo. o Se n h o r ord en ara a Moisés.
'’Porás tam bém o altar do holocausto diante da 26E pôs o altar de o u ro na tenda da congregação,
po rta do tabernáculo da tenda da congregação. diante do véu,
7E porás a pia entre a tenda da congregação e o al­ 27E acendeu sobre ele o incenso de especiarias aro ­
tar, e nela porás água. máticas, com o o Se n h o r ord en ara a Moisés.
“Depois porás o pátio ao redor, e pendurarás a cor­ 2sP e n d u ro u ta m b é m a c o rtin a da p o rta do ta ­
tina à porta do pátio. b ern ácu lo ,
‘'E ntão tom arás o azeite da unção, e ungirás o ta ­ 29E pôs o altar do holocausto à porta do tabernácu­
bernáculo, e tu d o o que há nele; e o santificarás com lo da tenda da congregação, e sobre ele ofereceu h o ­
todos os seus pertences, e será santo. locausto e oferta de alim entos, com o o Se n h o r o r­
"’U ngirás tam bém o altar do holocausto, e todos denara a Moisés.
os seus utensílios; e santificarás o altar; e o altar será ,0Pôs tam bém a pia entre a tenda da congregação
santíssimo. e o altar, e nela pôs água para lavar.
' 'Então ungirás a pia e a sua b ase, e a santificarás. 31E Moisés, e Arão e seus filhos nela lavaram as suas
l2Farás tam b ém chegar a A rão e a seus filhos à m ãos e os seus pés.
p o rta da tenda da congregação; e os lavarás com 32Q u an d o en trav am n a ten d a da congregação, e
água. qu an d o chegavam ao altar, lavavam -se, com o o
I !E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o Se n h o r ord en ara a Moisés.
santificarás, para que m e adm inistre o sacerdócio. 3,Levantou tam bém o pátio ao redor do taberná­
l4T am bém farás chegar a seus filhos, e lhes vesti­ culo e do altar, e p en d u ro u a cortina da p o rta do p á­
rás as túnicas, tio. Assim M oisés acabou a obra.

108
ÊXODO 40

A n u v e m cobre o tabernáculo tabernáculo, então os filhos de Israel cam inhavam


34Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e em todas as suas jornadas.
a glória do Se n h o r encheu o tabernáculo; 37Se a nuvem , porém , não se levantava, não cam i­
3,De m aneira que M oisés não podia en trar na te n ­ nhavam , até ao dia em que ela se levantasse;
da da congregação, porq u an to a nuvem perm ane­ 38P o rq u an to a nuvem do Se n h o r estava de dia so­
cia sobre ela, e a glória do Se n h o r enchia o taber­ bre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre
náculo. ele, perante os olhos de to d a a casa de Israel, em
36Q uando, pois, a nuvem se levantava de sobre o todas as suas jornadas.

109
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Levítico
T it u l o
Faz referência aos levitas— a trib o sacerdotal. Foi o no m e atrib u íd o em grego pela Septuaginta. N o h e­
braico, é wayyiqta, que significa: “e cham ou”, as duas prim eiras palavras d o livro.

A u t o r ia e data
Este é o terceiro livro escrito p o r Moisés, conform e é dem onstrado n a passagem neotestam entária de
M arcos 1.44, entre outras sem elhantes. Tam bém foi elaborado d u ran te a peregrinação no deserto, entre
1450 e 1410 a.C.

A ssunto
Seu tem a principal é a santidade. A palavra hebraica qodesh, traduzida p o r “santidade” o u “santo”, apa­
rece m ais de 150 vezes em suas páginas. A expressão “Sereis santos porque eu sou santo” é freqüentem en­
te repetida em todo o livro (11.44,45; 19.2; 20.7,26).
Sua linguagem é voltada para a classe sacerdotal. Sacerdote, sacrifício, sangue e ofertas são term os co-
m u m ente referidos. É um verdadeiro “m anual do levita”, a trib o sacerdotal, p o r m eio do qual são o rien ta­
dos nas m inúcias dos sacrifícios e do serviço do tabernáculo em geral. Tam bém são instruídos com respei­
tos às grandes festas do calendário hebreu e em diversas leis dietéticas que regulam entavam a vida diária
do povo de Israel.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Alguns grupos ligados às religiões africanas buscam um a justificação para suas práticas no livro de Le­
vítico, ignorando que o sacrifício de C risto foi a realização de to d o o sim bolism o que envolvia os dem ais
tipos de sacrifício. O judaísm o tam bém perm anece acreditando na validade dos m esm os.
Além disso, os grupos que dão ênfase à Lei consideram as leis dietéticas ainda válidas e, p o r isso, se abs­
têm de certos tipos de carne, não com o dieta alim entícia, m as com o preceito religioso.
A questão da transfusão de sangue, elem ento tão polêm ico do grupo das Testem unhas de Jeová, b u s­
ca em Levítico seu apoio, identificando sangue com alm a e p roibindo seus m em bros de receberem sangue
p o r meio da transfusão, m esm o que disto dependa sua vida.
As festas judaicas, de igual m odo, tam bém são consideradas válidas, ainda hoje, p o r alguns grupos que
realizam anualm ente essas com em orações, alegando que seu sentido sim bólico é atual.
Por esse motivo, este livro, em bora possua destinatários tão específicos, sofre m ás interpretações e dis­
torções sérias, que precisam ser esclarecidas à luz da m ensagem neotestam entária.
LEVÍTICO
O TERCEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO

Os holocaustos perante o Se n h o r ; e os filhos de Arão, os sacerdotes,


E CH A M O U o Se n h o r a Moisés, e falou com ele espargirão o seu sangue em redor sobre o altar.
1 da tenda da congregação, dizendo:
-’Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q uando algum
l2D epois o p artirá nos seus pedaços, com o ta m ­
bém a sua cabeça e o seu redenho; e o sacerdote os
de vós oferecer oferta ao Se nho r , oferecerá a sua ofer­ porá em ordem sobre a lenha que está no fogo so­
ta de gado, isto é, de gado vacum e de ovelha. bre o altar;
’Se a sua oferta fo r holocausto de gado, oferece­ l3Porém a fressura e as p ernas lavar-se-ão com
rá m acho sem defeito; à p o rta da tenda da congre­ água; e o sacerdote tu d o oferecerá, e o queim ará so­
gação a oferecerá, de sua p ró p ria vontade, p era n ­ bre o altar; holocausto é, oferta queim ada, de chei­
te o Senhor . ro suave ao Se nho r .
■*Ep orá a sua m ão sobre a cabeça do holocausto, 14E se a sua oferta ao Se n h o r for holocausto de aves,
para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação. oferecerá a sua oferta de rolas ou de pom binhos;
’D epois degolará o bezerro perante o Se n h o r ; e os 15E o sacerdote a oferecerá sobre o altar, e tirar-lhe-
filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e á a cabeça, e a queim ará sobre o altar; e o seu sangue
espargirão o sangue em redor sobre o altar que está será esprem ido na parede do altar;
diante da porta da tenda da congregação. l6E o seu p apo com as suas penas tira rá e o lan ­
6Então esfolará o holocausto, e o partirá nos seus çará ju n to ao altar, p ara o lado do orien te, no lu ­
pedaços. gar da cinza;
7E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o 17E fendê-la-á ju n to às suas asas,porém não a p a rti­
altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo. rá; e o sacerdote a queim ará em cim a do altar sobre a
“Tam bém os filhos de Arão, os sacerdotes, porão lenha que está no fogo; holocausto é, oferta queim a
em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho sobre a da de cheiro suave ao Senho r .
lenha que está no fogo em cim a do altar;
’Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão As ofertas d e a lim entos
com água; e o sacerdote tu d o isso queim ará sobre o E QUANDO alguma pessoa oferecer oferta de
altar; holocausto é, oferta queim ada, de cheiro su­
ave ao Se nho r .
2 alim entos ao Se n h o r , a sua oferta será de flor de
farinha, e nela deitará azeite, e p o rá o incenso so­
I0E se a sua oferta/or de gado m iúdo, de ovelhas ou bre ela;
de cabras, p ara holocausto, oferecerá m acho sem 2E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos
defeito. quais tom ará dela um p u n h ad o da flor de farinha,
1‘E o degolará ao lado do altar que dá para o norte, e do seu azeite com to d o o seu incenso; e o sacerdo-

Degolará o bezerro [...] oferecerão o sangue ineficaz para limpar os pecados dos homens (Hb 10.4). Somen­
(1.5) te o sangue de Cristo, derramado na cruz uma só vez (Hb 10.12),
pôde (e ainda pode) purificar o homem de todos os seus peca­
Cultos af ros. Seus adeptos afirmam que, no Antigo Testa­
dos (Jo 1.29; 1Jo 1.7).
mento. Deus exigia o sangue dos animais, por isso seus ri­
Concluímos, errtão. que todos os sacrifícios do Antigo Testamento
tuais estão em harmonia com a Biblia.
eram táo-somente um tipo do verdadeiro e único sacrifício de Jesus.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A matança de animais no An­ Logo, as pessoas que sacrificam animais com propósitos religiosos
tigo Testamento apontava para o sacrifício perfeito e aceitá­ (um ritual ineficaz, diga-se de passagem) estâo, na verdade, sacrifi­
vel do Filho de Deus, Jesus Cristo. O sangue daqueles animais era cando náo ao Deus da Bíblia, mas aos demônios (1Co 10.20,21).

111
LE V ÍTIC 02.3

te a q u e im a rá c o m o m e m o r ia l s o b re o a lta r; o fe rta JE porá a sua m ão sobre a cabeça da sua oferta, e a


q u e im a d a é, d e c h e ir o su a v e a o S en h o r . degolará diante da p o rta da tenda da congregação;
3E o qu e sobejar da oferta de alim entos, será de e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o san­
Arão e de seus filhos; coisa santíssim a é, das ofertas gue sobre o altar em redor.
queim adas ao S enhor . ’D epois oferecerá, do sacrifício pacífico, a oferta
4E, q u an d o ofereceres oferta de alim entos, cozi­ queim ada ao S en h o r ; a gordura que cobre a fressu-
da no forno, será de bolos ázim os de flor de fari­ ra, e toda a g ordura que está sobre a fressura,
nha, am assados com azeite, e coscorões ázimos u n ­ 4E am bos os rins, e a g ordura que está sobre eles, e
tados com azeite. ju n to aos lom bos, e o redenho que está sobre o fíga­
5E, se a tua oferta fo r oferta de alim entos cozida na do com os rins, tirará.
caçoula, será da flor de farinha sem ferm ento, am as­ 'E os filhos de Arão queim arão isso sobre o altar,
sada com azeite. em cim a do holocausto, que estará sobre a lenha
6Em pedaços a partirás, e sobre ela deitarás azeite; que está no fogo; oferta queim ada é de cheiro sua­
oferta é de alimentos. ve ao S enhor .
7E, se a tua oferta for oferta de alim entos de frigi­ 6E se a sua oferta fo r de gado m iúdo p o r sacrifício
deira, far-se-á da flor de farinha com azeite. pacífico ao S enhor , seja m acho ou fêmea, sem d e­
8Então trarás a oferta de alim entos, que se fará d a­ feito o oferecerá.
quilo, ao S e n h o r ; e se apresentará ao sacerdote, o 7Se oferecer u m cordeiro p o r sua oferta, oferecê-
qual a levará ao altar. lo-á perante o S en h o r ;
9E o sacerdote tom ará daquela oferta de alim entos “E porá a sua m ão sobre a cabeça da sua oferta, e
com o m em orial, e a queim ará sobre o altar; oferta
a degolará diante da tenda da congregação; e os fi­
queim ada é de cheiro suave ao S enhor .
lhos de Arão espargirão o seu sangue sobre o altar
10E, o que sobejar da oferta de alim entos, será de
em redor.
Arão e de seus filhos; coisa santíssim a é, das ofertas
9Então, do sacrifício pacífico, oferecerá ao S enhor ,
queim adas ao S enhor .
po r oferta queim ada, a sua gordura, a cauda toda,
" N e n h u m a oferta de alim entos, que oferecerdes
a qual tirará do espinhaço, e a gordura que cobre a
ao S en h or , se fará com ferm ento; po rq u e de n e­
fressura, e toda a gordura que está sobre a fressura;
n h u m ferm ento, nem de mel algum , oferecereis
' “C om o tam b ém am bos os rins, e a g o rd u ra que
oferta queim ada ao S enhor .
está sobre eles, e ju n to aos lom bos, e o redenho que
l2Deles oferecereis ao S en h o r p o r oferta das p ri­
está sobre o fígado com os rins, tirá-los-á.
mícias; porém sobre o altar não subirão p o r chei­
11E o sacerdote queim ará isso sobre o altar; alim en­
ro suave.
to é da oferta queim ada ao S enhor .
I3E todas as tuas ofertas dos teus alim entos te m ­
l2Mas, se a sua oferta fo r u m a cabra, p eran te o
perarás com sal; e não deixarás faltar à tua oferta de
S en h or a oferecerá,
alim entos o sal da aliança do teu Deus; em todas as
tuas ofertas oferecerás sal. 13E p orá a sua m ão sobre a sua cabeça, e a degolará
HE, se fize res a o S en h o r o f e r ta d e a lim e n to s d a s diante da tenda da congregação; e os filhos de Arão
p r im íc ia s , o fe re c e rá s c o m o o f e rta d e a lim e n to s d a s espargirão o seu sangue sobre o altar em redor.
tu a s p r im íc ia s d e e sp ig a s v e rd e s, to s ta d a s a o fo g o ; l4D epois oferecerá dela a sua oferta p o r oferta
isto é, d o g r ã o tr ilh a d o d e e sp ig a s v e rd e s c h eias. queim ada ao S enhor , a gordura que cobre a fressu­
15E sobre ela deitarás azeite, e porás sobre ela incen­ ra, e toda a g ordura que está sobre a fressura;
so; oferta é de alimentos. l5C om o tam b ém am bos os rins, e a g o rd u ra que
lftAssim o sacerdote queim ará o seu m em orial do está sobre eles, e ju n to aos lom bos, e o redenho que
seu grão trilhado, e do seu azeite, com todo o seu in ­ está sobre o fígado com os rins, tirá-los-á.
censo; oferta queim ada é ao S enhor . '*E o sacerdote o queim ará sobre o altar; alim en­
to é da oferta queim ada de cheiro suave. Toda a gor­
Os sacrifícios de paz du ra será do S enhor .
E SE a s u a o f e r ta /o r s a c r if ic io p a c ífic o ; se a o f e ­ l7E statuto p erp é tu o é pelas vossas gerações, em
3 re c e r d e g a d o , m a c h o o u fê m e a , a o fe re c e rá se m
d e f e ito d ia n te d o S e n h o r.
todas as vossas habitações: n en h u m a gordura nem
sangue algum com ereis.

112
LEVÍTICO 4

O sacrifício pelos pecados dos sacerdotes sobre a cabeça do novilho perante o S en h or ; e dego-
FALOU m ais o S enhor a Moisés, dizendo: lar-se-á o novilho perante o S enhor .
2Fala aos filhos de Israel, dizendo: Q u ando u’Então o sacerdote ungido trará do sangue do n o ­
um a alma pecar, por ignorância, contra alguns dos vilho à tenda da congregação,
m andam entos do S enhor , acerca do que não se deve l7E o sacerdote m olhará o seu dedo naquele san­
fazer, e proceder contra algum deles; gue, e o espargirá sete vezes perante o S enhor , dian ­
'S e o s a c e r d o te u n g i d o p e c a r p a r a e s c â n d a lo d o te do véu.
p o v o , o fe re c e rá a o S enhor , p e lo s e u p e c a d o , q u e c o ­ 18E daquele sangue p orá sobre as pontas do altar,
m e te u , u m n o v ilh o s e m d e f e ito , p o r e x p ia ç ã o d o que está perante a face do S enhor , na tenda da co n ­
pecado. gregação; e todo o restante do sangue d erram ará à
4E trará o novilho à po rta da tenda da congregação, base do altar do holocausto, que está diante da p o r­
perante o S enhor , e porá a sua m ão sobre a cabeça do ta da tenda da congregação.
novilho, e degolará o novilho perante o S enhor . ‘9E tira rá dele to d a a sua g ordura, e queim á-la-á
5Então o sacerdote u ngido tom ará d o sangue do sobre o altar;
novilho, e o trará à tenda da congregação; 20E fará a este novilho, com o fez ao novilho da ex­
6E o sacerdote m olhará o seu dedo no sangue, e d a­ piação; assim lhe fará, e o sacerdote p o r eles fará
quele sangue espargirá sete vezes perante o S enhor propiciação, e lhes será perdoado o pecado.
diante do véu do santuário. 21D epois levará o novilho fora do arraial, e o quei­
7Tam bém o sacerdote porá daquele sangue sobre m ará com o queim o u o prim eiro novilho; é expia­
as pontas do altar do incenso aromático, perante o ção do pecado da congregação.
S enhor que está na tenda da congregação; e to d o o
restante do sangue do novilho d erram ará à base do O sacrifício pelos pecados de u m p rín cip e
altar do holocausto, que está à p o rta da ten d a da 22Q u an d o u m p rín cip e pecar, e p o r ignorância
congregação. proceder contra algum dos m an d am en to s do Se­
8E tirará toda a g ordura do novilho da expiação; a n h o r seu Deus, naquilo que não se deve fazer, e as­
gordura que cobre a fressura, e toda a gordura que sim for culpado;
está sobre a fressura, 2,O u se o pecado que com eteu lhe for notificado,
'’E os dois rins, e a gordura que está sobre eles, que então trará pela sua oferta um b ode tirado das ca­
está ju n to aos lom bos, e o redenho de sobre o fíga­ bras, m acho sem defeito;
do, com os rins, tirá-los-á, 24E p orá a sua m ão sobre a cabeça do bode, e o de­
10C om o se tira do boi do sacrifício pacífico; e o sa­ golará n o lugar onde se degola o holocausto, p eran ­
cerdote os queim ará sobre o altar do holocausto. te a face do S en h o r ; expiação do pecado é.
1 ‘Mas o couro do novilho, e toda a sua carne, com 25D epois o sacerdote com o seu dedo to m ará do
a sua cabeça e as suas pernas, e as suas entranhas, e sangue da expiação, e o p orá sobre as p ontas do altar
o seu esterco, do holocausto; então o restante do seu sangue d erra­
l2Enfim, o novilho to d o levará fora do arraial a m ará à base do altar do holocausto.
um lugar lim po, onde se lança a cinza, e o q ueim a­ 26Tam bém queim ará sobre o altar to d a a sua gor­
rá com fogo sobre a lenha; onde se lança a cinza se dura com o g o rd u ra do sacrifício pacífico; assim o
queim ará. sacerdote p o r ele fará expiação do seu pecado, e lhe
será perdoado.
O sacrifício pelos pecados do povo
1 -'Mas, se toda a congregação de Israel pecar por ig­ O sacrifício pelos pecados de q u a lq u e r pessoa
norância, e o erro for oculto aos olhos do povo, e se 27E, se qualquer pessoa do povo da terra pecar p o r
fizerem contra alguns dos m andam entos do S enhor , ignorância, fazendo contra algum dos m an d am en ­
aquilo que não se deve fazer, e forem culpados, tos do S enhor , aquilo que não se deve fazer, e assim
l4E q uando o pecado que com eteram for conheci­ for culpada;
do, então a congregação oferecerá um novilho, p or 28O u se o pecado qu e com eteu lhe for notificado,
expiação do pecado, e o tra rá diante da tenda da então trará pela sua oferta um a cabra sem defeito,
congregação, pelo seu pecado que com eteu,
l5E os anciãos da congregação p orão as suas m ãos 29E p orá a sua m ão sobre a cabeça da oferta da ex-

113
LEVÍTICO 4,5

piação do pecado, e a degolará no lugar do ho lo ­ deira, ou um a cabrinha pelo pecado; assim o sacer­
causto. dote por ela fará expiação do seu pecado.
,0D epois o sacerdote com o seu dedo tom ará do 7Mas, se em sua m ão não houver recurso para gado
seu sangue, e o porá sobre as pontas do altar do h o ­ m iúdo, então trará, p ara expiação da culpa que co­
locausto; e todo o restante do seu sangue d erram a­ m eteu, ao S en h or , duas rolas o u dois pom binhos;
rá à base do altar; um para expiação do pecado, e o o u tro p ara h olo­
31E tir a r á to d a a g o r d u r a , c o m o se t ir a a g o r d u r a d o causto;
sa c rifíc io p a c ífic o ; e o s a c e rd o te a q u e im a r á s o b re o 8E os trará ao sacerdote, o qual prim eiro oferecerá
a lta r, p o r c h e iro su a v e a o S en h o r ; e o s a c e rd o te fa rá aquele que é para expiação do pecado; e com a sua
e x p ia ç ã o p o r e la, e s e r -lh e -á p e r d o a d o o pecado. un h a lhe fenderá a cabeça ju n -to ao pescoço, m as
32Mas, se pela sua oferta trouxer um a cordeira para não o partirá;
expiação do pecado, sem defeito trará. 9E do sangue da expiação do pecado espargirá so­
33E porá a sua m ão sobre a cabeça da oferta da ex­ bre a parede do altar, porém o que sobejar daque­
piação do pecado, e a degolará po r oferta pelo peca­ le sangue esprem er-se-á à base do altar; expiação
do, no lugar onde se degola o holocausto. do pecado é.
,4D epois o sacerdote com o seu dedo tom ará do 10E do o u tro fará holocausto conform e ao costu­
sangue da expiação do pecado, e o porá sobre as me; assim o sacerdote p o r ela fará expiação do seu
pontas do altar do holocausto; então todo o restan­ pecado que com eteu, e ele será perdoado.
te do seu sangue derram ará na base do altar. 1 ‘Porém , se em sua m ão não houver recurso para
35E tirará toda a sua gordura, com o se tira a gor­ duas rolas, o u dois po m b in h o s, então aquele que
d u ra do cordeiro do sacrifício pacífico; e o sacer­ pecou trará com o oferta a décim a parte de um efa
dote a queim ará sobre o altar, em cim a das ofer­ de flor de farinha, p ara expiação do pecado; não dei­
tas queim adas do S en h or ; assim o sacerdote por ele tará sobre ela azeite nem lhe porá em cim a o incen­
fará expiação dos seus pecados que com eteu, e ele so, p o rq u an to é expiação do pecado;
será perdoado. l2E a trará ao sacerdote, e o sacerdote dela to m a­
rá a sua m ão cheia pelo seu m em orial, e a queim a­
O sacrifício pelos pecados ocultos rá sobre o altar, em cim a das ofertas queim adas do
E Q U AN D O alguma pessoa pecar, ouvindo S en h o r ; expiação de pecado é.
um a voz de blasfêmia, de que fo r testem unha, IJAssim o sacerdote p o r ela fará expiação do seu
seja porque viu, o u porque soube, se o não d en u n ­ pecado, que com eteu em algum a destas coisas, e lhe
ciar, então levará a sua iniqüidade. será perdoado; e o restante será do sacerdote, com o
2O u, quando alguma pessoa tocar em algum a coi­ a oferta de alim entos.
sa im unda, seja corpo m orto de fera im unda, seja
corpo m o rto de anim al im undo, seja corpo m orto O sacrifício pelo sacrilégio
de réptil im undo, ainda que não soubes-se, co n tu ­ l4E falou o S enhor a Moisés, dizendo:
do será ele im undo e culpado. 1 ’Q u an d o alguma pessoa com eter u m a transgres­
3O u, q uando tocar a im undícia de um hom em , são, e pecar p o r ignorância nas coisas sagradas do
seja qualquer que fo r a sua im undícia, com que se S en h or , en tão trará ao S en h or pela expiação, um
faça im undo, e lhe for oculto, e o souber depois, será carneiro sem defeito do rebanho, conform e à tu a es­
culpado. tim ação em siclo de prata, segundo o siclo do san tu ­
4O u, q u ando alguma pessoa jurar, pronunciando ário, para expiação da culpa.
tem erariam ente com os seus lábios, para fazer mal, l6Assim restituirá o que pecar nas coisas sagra­
ou para fazer bem , em tu d o o que o hom em p ro ­ das, e ainda lhe acrescentará a q u in ta parte, e a dará
nuncia tem erariam ente com ju ram en to , e lhe for ao sacerdote; assim o sacerdote, com o carneiro da
oculto, e o souber depois, culpado será nu m a des­ expiação, fará expiação p o r ele, e ser-lhe-á perd o a­
tas coisas. do o pecado.
sSerá, pois, que, culpado sendo nu m a destas coisas,
confessará aquilo em que pecou. O sacrifício pelos pecados de ignorância
6E a s u a e x p ia ç ã o t r a r á a o S enhor , p e lo s e u p e c a d o l7E, se algum a pessoa pecar, e fizer, contra algum
q u e c o m e te u : u m a fê m e a d e g a d o m iú d o , u m a c o r ­ dos m an d am en to s d o S en h or , aquilo qu e não se

114
LEVÍTICO 5,6

deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo será u O fogo arderá co n tin u am en te sobre o altar; não
ela culpada, e levará a sua iniqüidade; se apagará.
l8E trará ao sacerdote um carneiro sem defeito do
rebanho, conform e à tu a estim ação, p ara expiação A lei da oferta d e a lim en to s
da culpa, e o sacerdote por ela fará expiação do erro HE esta é a lei da oferta de alim entos: os filhos de
que com eteu sem saber; e ser-lhe-á perdoado. Arão a oferecerão perante o S en h o r d iante do altar.
' “'Expiação de culpa é; certam ente se fez culpado 15E dela tom ará um p unhado da flor de farinha, da
diante do S enhor . oferta e do seu azeite, e todo o incenso que estiver so­
bre a oferta de alimentos; então o acenderá sobre o al­
O sacrifício pelos pecados voluntários tar, cheiro suave é isso, p o r ser m em orial ao Senhor .
FALOU mais o S en h or a Moisés, dizendo: I6E o restante dela com erão Arão e seus filhos; ázi­
2Q uando alguma pessoa pecar, e transgredir m o se com erá n o lugar santo, no pátio da tenda da
contra o S enhor, e negar ao seu próxim o o que lhe deu congregação o com erão.
em guarda, ou o que deixou na sua mão, ou o roubo, ou I7Levedado não se cozerá; sua porção é que lhes
o que reteve violentamente ao seu próximo, dei das m inhas ofertas queim adas; coisa santíssi­
’O u que achou o perdido, e o negar com falso ju ra ­ ma é, com o a expiação do pecado e com o a expia­
m ento, o u fizer algum a outra coisa de todas em que ção da culpa.
o hom em costum a pecar; l8Todo o ho m em en tre os filhos de A rão com erá
4Será pois que, com o pecou e tornou-se culpado, dela; estatuto perp étu o será para as vossas gerações
restituirá o que roubou, o u o que reteve violenta­ das ofertas queim adas do S en h o r ; todo o que as to ­
m ente, o u o depósito que lhe foi dado em guarda, car será santo.
ou o perdido que achou,
5O u tu d o aquilo sobre que ju ro u falsam ente; e o A oferta na consagração dos sacerdotes
restituirá no seu todo, e ainda sobre isso acrescen­ 19Falou m ais o S en h o r a Moisés, dizendo:
tará o quinto; àquele de quem é o dará no dia de sua 20Esta é a oferta de Arão e de seus filhos, a qual ofe­
expiação. recerão ao S enhor no dia em que ele for ungido; a
6E a s u a e x p ia ç ã o t r a r á a o S en h o r : u m c a r n e ir o se m décim a parte de um efa de flor de farinha pela oferta
d e fe ito d o r e b a n h o , c o n f o r m e à t u a e s tim a ç ã o , p a r a de alim entos contínua; a m etade dela pela m anhã, e
e x p ia ç ã o d a c u lp a trará a o sa c e rd o te ; a outra m etade à tarde.
7E o sacerdote fará expiação p o r ela diante do 21N um a caçoula se fará com azeite; cozida a trarás;
S enhor , e será perdoada de qualquer das coisas que e os pedaços cozidos da oferta oferecerás em chei­
fez, tornando-se culpada. ro suave ao S enhor .
22Tam bém o sacerdote, que de entre seus filhos for
A lei do holocausto ungido em seu lugar, fará o m esm o; p o r estatuto
8Falou mais o S enhor a Moisés, dizendo: perpétuo será ela toda queim ada ao S enhor .
9Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a 23Assim to d a a oferta do sacerdote será totalm ente
lei do holocausto; o holocausto será queim ado so­ queim ada; não se com erá.
bre o altar toda a noite até pela m anhã, e o fogo do
altar arderá nele. A lei da expiação do pecado
,0E o sacerdote vestirá a sua veste de linho, e vesti­ 24Falou m ais o S en h or a Moisés, dizendo:
rá as calças de linho, sobre a sua carne, e levantará 25Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da
a cinza, q u an d o o fogo houver consum ido o ho lo ­ expiação do pecado; no lugar o nde se degola o h o ­
causto sobre o altar, e a porá ju n to ao altar. locausto se degolará a expiação do pecado perante
“ D epois despirá as suas vestes, e vestirá outras o S en h o r ; coisa santíssim a á
vestes; e levará a cinza fora do arraial para um lu ­ 2óO sacerdote que a oferecer pelo pecado a com e­
gar limpo. rá; no lugar santo se com erá, no pátio da tenda da
I20 fogo que está sobre o altar arderá nele, não se congregação.
apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada 27Tudo o que tocar a carne da oferta será santo; se o
m anhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto e seu sangue for espargido sobre as vestes de alguém,
sobre ele queim ará a gordura das ofertas pacíficas. lavarás em lugar santo aquilo sobre o qu e caiu.

115
LEVÍTICO 6 ,7

28E o vaso de barro em que for cozida será quebra­ 1 ’Com os bolos oferecerá por sua oferta pão leve­
do; porém , se for cozida num vaso de cobre, esfre- dado, com o sacrifício de ação de graças da sua ofer­
gar-se-á e lavar-se-á na água. ta pacífica.
2T o d o o hom em entre os sacerdotes a com erá; coi­ '"•E de to d a a oferta oferecerá um a parte por oferta
sa santissím a é. alçada ao S enhor , que será do sacerdote que espar­
,0Porém , não se com erá n enhum a oferta pelo pe­ gir o sangue da oferta pacífica.
cado, cujo sangue se traz à tenda da congregação, 1 'M as a carne do sacrifício de ação de graças da sua
para expiar n o santuário; no fogo será queim ada. oferta pacífica se com erá no dia do seu oferecim en­
to; nada se deixará dela até à m anhã.
A lei da expiação da culpa ‘'“E, se o sacrifício da sua oferta fo r voto, ou ofer­
E ESTA è a lei da expiação da culpa; coisa san­ ta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifí­
7 tíssim a é.
2No lugar o nde degolam o holocausto, degolarão
cio se com erá; e o q ue dele ficar tam bém se com e­
rá no dia seguinte;
a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue se es­ l7E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao ter­
pargirá sobre o altar em redor. ceiro dia será queim ado no fogo.
JE dela se oferecerá toda a sua gordura; a cauda, e a 1 “Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se co­
gordura que cobre a fressura. m er ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será acei­
■Também am bos os rins, e a gordura que neles há, to, nem lhe será im putado; coisa abominável será, e a
que está ju n to aos lom bos, e o redenho sobre o fíga­ pessoa que dela com er levará a sua iniqüidade.
do, com os rins se tirará; |l|E a carne que tocar algum a coisa im unda não se
5E o sacerdote os queim ará sobre o altar em oferta com erá; com fogo será queim ada; m as da outra car­
queim ada ao S en h o r ; expiação da culpa è. ne, qualquer que estiver lim po, com erá dela.
6Todo o varão entre os sacerdotes a com erá; no lu ­ 20Porém , se algum a pessoa com er a carne do sa­
gar santo se com erá; coisa santíssim a é. crifício pacífico, que é do S en h or , tendo ela sobre
7C om o a expiação pelo pecado, assim será a expia­ si a sua im undícia, aquela pessoa será extirpada do
ção da culpa; um a m esm a lei haverá para elas; será seu povo.
do sacerdote que houver feito propiciação com ela. 2IE, se um a pessoa tocar algum a coisa im unda,
T a m b é m o sacerdote, que oferecer o holocausto como im u n d ícia de h om em , o u gado im u n d o , ou
de alguém, terá para si o couro do holocausto que qualquer abom inação im unda, e com er da carne do
oferecer. sacrifício pacífico, que é do S enhor , aquela pessoa
9C om o tam bém toda a oferta que se cozer n o for­ será extirpada do seu povo.
no, com tudo que se preparar na frigideira e na ca-
çoula, será do sacerdote que a oferecer. D eus proíbe o co m er a gordura e o sangue
‘T a m b é m toda a oferta am assada com azeite, ou 22D epois falou o S enhor a Moisés, dizendo:
seca, será de todos os filhos de Arão, assim de um 2íFala aos filhos de Israel, dizendo: N enhum a gor­
com o de outro. du ra de boi, nem de carneiro, nem d e cabra com e­
reis;
A lei do sacrifício da paz ■'■'Porém pode-se usar da g ordura de corpo m o r­
' 'E e s ta é a lei d o sa c rifíc io p a c ífic o q u e se o fe re c e ­ to, e da g ordura do dilacerado por feras, para toda a
rá a o S en h or : obra, m as de n en h u m a m aneira a comereis;
,2Se o oferecer p o r oferta de ação de graças, com o 25Porque qualquer que com er a gordura do animal,
sacrifício de ação de graças, oferecerá bolos ázim os do qual se oferecer ao S f.n h o r oferta queim ada, a
am assados com azeite; e coscorões ázim os am assa­ pessoa qu e a com er será extirpada do seu povo.
dos com azeite; e os bolos am assados com azeite se­ 2<’E n en h u m sangue com ereis em qualquer das vos­
rão fritos, de flor de farinha. sas habitações, q u er de aves quer de gado.

Nenhum sangue comereis taçáo: "A transfusão de sangue é o mesmo que comer sangue.
(7.26,27) porque se assemelha à alimentação*.
r ~ " j Testemunhas de Jeová. Fazem uso indevido desta refe- . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto proibe explicita-
' réncia para proibir a transfusão de sangue. Sua argumen- ■=» mente a ingestão de sangue de aves e de animais, mas

116
LEVÍTICO 7,8

í7Toda a pessoa que com er algum sangue, aquela 4Fez, pois, Moisés com o o Se n h o r lhe ordenara, e
pessoa será extirpada do seu povo. a congregação reuniu-se à p o rta da tenda da co n ­
gregação.
A porção dos sacerdotes ’Então disse Moisés à congregação: Isto é o que o
“ Falou m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo: Se n h o r o rd en o u que se fizesse.
igFala aos filhos de Israel, dizendo: Q uem oferecer 6E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os la­
ao Senho r o seu sacrifício pacífico, trará a sua ofer­ vou com água.
ta ao Se n h o r do seu sacrifício pacífico. 7E vestiu-lhe a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs
30As suas próprias m ãos trarão as ofertas queim a­ sobre ele o m anto; tam bém pôs sobre ele o éfode, e
das do Se n h o r ; a gordura do peito com o peito trará cingiu-o com o cinto de obra esm erada do éfode e
para m ovê-lo por oferta m ovida perante o Senhor . o aperto u com ele.
31E o sacerdote queim ará a gordura sobre o altar, 8D epois pôs-lhe o peitoral, p o n d o no peitoral o
porém o peito será de A rão e de seus filhos. U rim e o Tum im ;
^T am bém a espádua direita dareis ao sacerdote 9E pôs a m itra sobre a sua cabeça; e sobre esta, na
por oferta alçada dos vossos sacrifícios pacíficos. parte dianteira, pôs a lâm in a de ouro, a coroa da
33Aquele dos filhos de Arão que oferecer o sangue santidade, com o o Se n h o r ordenara a Moisés.
do sacrifício pacífico, e a gordura, esse terá a espá­ 10Então Moisés to m o u o azeite da unção, e ungiu o
dua direita para a sua porção; tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o santificou;
34Porque o peito m ovido e a espádua alçada tom ei 1 'E dele espargiu sete vezes sobre o altar, e u ngiu o
dos filhos de Israel dos seus sacrifícios pacíficos, e altar e todos os seus utensílios, com o tam bém a pia
os dei a Arão, o sacerdote, e a seus filhos, por estatu­ e a sua base, para santificá-las.
to perpétuo dos filhos de Israel. 12D epois d erram o u do azeite da unção sobre a ca­
35Esta é a porção de Arão e a porção de seus filhos das beça de Arão, e ungiu-o, para santificá-lo.
ofertas queimadas do Senhor , desde o dia em que ele os ' ’T am bém M oisés fez chegar os filhos de Arão, e
apresentou para adm inistrar o sacerdócio ao Senhor . vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e
3<>0 que o Sen h o r ordenou que se lhes desse dentre aperto u -lh es as tiaras, com o o Se n h o r o rd en ara a
os filhos de Israel no dia em que os ungiu; estatuto Moisés.
perpétuo é pelas suas gerações. 14Então fez chegar o novilho da expiação do peca­
37Esta é a lei do holocausto, da oferta de alim entos, do; e Arão e seus filhos puseram as suas m ãos sobre
e da expiação do pecado, e da expiação da culpa, e da a cabeça do novilho da expiação do pecado;
oferta das consagrações, e do sacrifício pacífico, 15E o degolou; e Moisés to m o u o sangue, e pôs dele
38Q ue o Se n h o r ordenou a Moisés n o m o n te Sinai, com o seu dedo sobre as p ontas do altar em redor,
no dia em que ordenou aos filhos de Israel que ofe­ e purificou o altar; depois d erram o u o restante do
recessem as suas ofertas ao Se n h o r , no deserto de sangue à base do altar, e o santificou, para fazer ex­
Sinai. piação p o r ele.
16D epois to m o u to d a a g ordura que está na fressu-
A consagração d e A rão e seus filh o s ra, e o redenho do fígado, e os dois rins e a sua gor­
FALOU m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo: dura; e Moisés queim o u -o s sobre o altar.
2Toma a Arão e a seus filhos com ele, e as ves­ l7M as o novilho com o seu couro, e a sua carne,
tes, e o azeite da unção, com o tam bém o novilho da e o seu esterco, queim ou com fogo fora do arraial,
expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto com o o Se n h o r ord en ara a Moisés.
dos pães ázimos, ' “D epois fez chegar o carn eiro d o holocausto; e
3E reúne toda a congregação à p o rta da tenda da Arão e seus filhos puseram as suas m ãos sobre a ca­
congregação. beça do carneiro;

os adeptos dessa seita ampliam seu conteúdo, incluindo a ad­ sacrifícios: entre outras coisas, prenunciava o precioso san­
ministração médica de sangue humano, algo jamais imagina­ gue de Jesus, o Cordeiro de Deus. Utilizar estes versículos
do por Moisés, e muito menos pelos antigos israelitas que liam como uma visão profética sobre os prós e os contras dos pro­
o Pentateuco. A ingestão de sangue era proibida pela lei mo­ cedimentos médicos é ignorar totalmente o contexto da pas­
saica porque o sangue constituía uma parte importante dos sagem (Gn 9.4).

117
LEVÍTICO 8,9

l9E degolou-o; e Moisés espargiu o sangue sobre o 32Mas o que sobejar da carne e do pão, q u eim a­
altar em redor. reis com fogo.
20P artiu tam bém o carneiro nos seus pedaços; e 33Tam bém da p o rta da tenda da congregação não
Moisés queim ou a cabeça, e os pedaços e a gordura. saireis por sete dias, até ao dia em que se cu m p ri­
2'P o rém a fressura e as pernas lavou com água; e rem os dias da vossa consagração; p o rq u an to p o r
Moisés queim ou to d o o carneiro sobre o altar; h o ­ sete dias ele vos consagrará.
locausto de cheiro suave, um a oferta queim ada ao 34C om o se fez neste dia, assim o Se n h o r ord en o u se
Se nho r , com o o Se n h o r ordenou a Moisés. fizesse, para fazer expiação p o r vós.
22D epois fez chegar o o u tro carneiro, o carneiro 3'’Ficareis, pois, à p o rta da tenda da congregação
da consagração; e Arão com seus filhos puseram as dia e noite p o r sete dias, e guardareis as o rd en a n ­
suas m ãos sobre a cabeça do carneiro. ças do Senho r , para que não m orrais; porque assim
23E degolou-o; e Moisés to m o u do seu sangue, e o m e foi ordenado.
pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre 36E Arão e seus filhos fizeram todas as coisas que o
S en h o r ordenara pela m ão de Moisés.
o polegar da sua m ão direita, e sobre o polegar do
seu pé direito.
24Moisés tam bém fez chegar os filhos de Arão, e pôs Arão oferece sacrifícios p o r si e pelo povo
E ACONTECEU, ao dia oitavo, que Moisés c h a ­
daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles,
e sobre o polegar da sua m ão direita, e sobre o p o ­ 9 m ou a Arão e seus filhos, e os anciãos de Israel,
2E disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do
legar do seu pé direito; e Moisés espargiu o restante
pecado, e um carneiro para holocausto, sem defei­
do sangue sobre o altar em redor.
to; e traze-os perante o Senhor .
25E to m o u a gordura, e a cauda, e toda a gordura
’D epois falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai
que está na fressura, e o redenho do fígado, e am bos
um b ode p ara expiação do pecado, e um bezerro,
os rins, e a sua gordura e a espádua direita.
e um cordeiro de u m ano, sem defeito, p ara h o lo ­
26Tam bém do cesto dos pães ázim os, que esta­
causto;
va diante do Se n h o r , tom ou um bolo ázim o, e um
4Tam bém um b o i e u m carneiro p o r sacrifício p a­
bolo de pão azeitado, e um coscorão, e os pôs sobre
cífico, para sacrificar perante o Se nho r , e oferta de
a gordura e sobre a espádua direita.
alim entos, am assada com azeite; p o rq u an to hoje o
2TE tudo isto pôs nas m ãos de Arão e nas m ãos de
Se n h o r vos aparecerá.
seus filhos; e os ofereceu por oferta m ovida peran ­
’E ntão trouxeram o que o rd en ara Moisés, diante
te o Se nho r . da tenda da congregação, e chegou-se toda a co n ­
28D epois Moisés to m o u -o s das suas m ãos, e os gregação e se pôs perante o S enho r .
queim o u no altar sobre o holocausto; estes foram 6E disse Moisés: Esta é a coisa que o S e nho r orde­
um a consagração, por cheiro suave, oferta queim a­ n o u qu e fizésseis; e a glória do S e n h o r vos ap are­
da ao Se nho r . cerá.
29E to m ou M oisés o peito, e ofereceu-o por ofer­ 7E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze a
ta m ovida perante o Senho r . Aquela foi a porção de tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze
Moisés do carneiro da consagração, com o o Se n h o r expiação p o r ti e pelo povo; depois faze a oferta
ordenara a Moisés. do povo, e faze expiação p o r eles, co m o o rd en o u
’°Tomou Moisés tam bém do azeite da unção, e do o Senho r .
sangue que estava sobre o altar, e o espargiu sobre “E ntão A rão se chegou ao altar, e degolou o bezer­
Arão e sobre as suas vestes, e sobre os seus filhos, e ro da expiação que era p o r si mesm o.
sobre as vestes de seus filhos com ele; e santificou a SE os filhos de Arão trouxeram -lhe o sangue, e m o ­
Arão e as suas vestes, e seus filhos, e as vestes de seus lhou o seu dedo no sangue, e o pôs sobre as pontas do
filhos com ele. altar; e o restante do sangue derram ou à base do altar.
31E Moisés disse a Arão, e a seus filhos: Cozei a car­ l0Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado de
ne diante da p o rta da tenda da congregação, e ali a expiação do pecado, q u eim ou sobre o altar, com o o
com ereis com o pão que está no cesto da consagra­ Se n h o r ordenara a Moisés.
ção, com o tenho ordenado, dizendo: Arão e seus fi­ "P o rém a carne e o couro queim o u com fogo fora
lhos a comerão. do arraial.

118
LEVÍTICO 9,10

12Depois degolou o holocausto, e os filhos de Arão rem a m im , e serei glorificado diante de todo o povo.
lhe entregaram o sangue, e espargiu-o sobre o al­ Porém Arão calou-se.
tar em redor. 4E M oisés ch am o u a M isael e a Elzafa, filhos de
BTam bém lhe entregaram o holocausto nos seus Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, levai a vossos
pedaços, com a cabeça; e queim ou-o sobre o altar. irmãos de diante do santuário, para fora do arraial.
I4E lavou a fressura e as pernas, e as queim ou sobre 5E ntão chegaram , e os levaram nas suas túnicas
o holocausto no altar. para fora do arraial, com o Moisés lhes dissera.
‘‘’D epois fez chegar a oferta do povo, e to m o u o 6E Moisés disse a Arão, e a seus filhos Eleazar e
bode da expiação do pecado, que era pelo povo, e Itam ar: N ão descobrireis as vossas cabeças, nem
o degolou, e o p rep aro u p o r expiação d o pecado, rasgareis vossas vestes, para que não m orrais, nem
com o o prim eiro. venha grande indignação sobre to d a a congregação;
“ Fez tam bém chegar o holocausto, e ofereceu-o m as vossos irm ãos, to d a a casa de Israel, lam entem
segundo o rito. este incêndio que o Se n h o r acendeu.
' 7E fez chegar a oferta de alim entos, e a sua m ão en­ 7N em saireis da p o rta da ten d a da congregação,
cheu dela, e queim ou-a sobre o altar, além do holo­ para que não m orrais; p o rq u e está sobre vós o azei­
causto da m anhã. te da unção do Senho r . E fizeram conform e à pala­
l8D epois degolou o boi e o carneiro em sacrifício vra de Moisés.
pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão en­
Os sacerdotes e a bebida fo rte
tregaram -lhe o sangue, que espargiu sobre o altar
8E falou o Se n h o r a Arão, dizendo:
em redor.
9N ão bebereis v in h o n em bebida forte, n em tu
,9C om o tam bém a gordura do boi e do carneiro,
nem teus filhos contigo, q u an d o entrardes na tenda
a cauda, e o que cobre a fressura, e os rins, e o rede-
da congregação, para que não m orrais; estatuto per­
nho do fígado.
p étuo será isso entre as vossas gerações;
20E puseram a gordura sobre os peitos, e queim ou
10E para fazer diferença entre o santo e o profano e
a gordura sobre o altar;
entre o im u n d o e o lim po,
2'M as os peitos e a espádua direita Arão ofereceu
"E p ara en sin ar aos filhos de Israel to d o s os es­
por oferta m ovida perante o Senho r , com o Moisés
tatu to s que o Se n h o r lhes tem falado p o r m eio de
tin h a ordenado.
Moisés.
22D epois Arão levantou as suas m ãos ao povo e o
abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pe­
A lei acerca das coisas santas
cado, e o holocausto, e a oferta pacífica. 12E disse Moisés a Arão, e a Eleazar e a Itam ar, seus
23Então entraram Moisés e A rão na tenda da con­ filhos, que lhe ficaram: Tom ai a oferta de alim en­
gregação; depois saíram , e abençoaram ao povo; e a tos, restante das ofertas queim adas do Senho r , e co-
glória do Se n h o r apareceu a todo o povo. m ei-a sem levedura ju n to ao altar, p o rq u an to é coi­
24Porque o fogo saiu de diante do Se n h o r , e con­ sa santíssima.
su m iu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o ’’P ortanto a com ereis n o lugar santo; p orque isto
que vendo to d o o povo, jubilaram e caíram sobre é a tu a porção, e a p orção de teus filhos, das ofer­
as suas faces. tas queim adas do S e n h o r ; p orque assim m e foi o r­
denado.
N adabe e A b iú m orrem d ia n te do S e n h o r l4Tam bém o peito d a oferta m ovida e a espádua da
E OS filhos de Arão, N adabe e Abiú, to m a­ oferta alçada, com ereis em lugar lim po, tu, e teus fi­
ram cada um o seu incensário e puseram lhos e tuas filhas contigo; porque foram dados por
neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofere­ tu a porção, e p o r porção de teus filhos, dos sacrifí­
ceram fogo estranho p erante o S enhor, o q u e não cios pacíficos dos filhos de Israel.
lhes ordenara. 15A espádua da oferta alçada e o peito da oferta m o ­
2Então saiu fogo de diante do Se n h o r e os consu­ vida trarão com as ofertas queim adas de gordura,
m iu; e m orreram perante o Se nho r . para oferecer por oferta m ovida p eran te o Se n h o r ; o
3E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Se n h o r falou, que será p o r estatuto perpétuo, p ara ti e para teus fi­
dizendo: Serei santificado naqueles que se chega­ lhos contigo, com o o Se n h o r tem ordenado.

119
LEVÍTICO 10,11

l6E M oisés diligentem ente buscou o bode da ex­ 7Tam bém o porco, p orque tem unhas fendidas, e a
piação, e eis que já fora queim ado; p o rtan to in ­ fenda das unhas se divide em duas, m as não ru m i­
d ig n o u -se grandem ente co n tra Eleazar e contra na; este vos será im undo.
Itam ar, os filhos de Arão que ficaram , dizendo: 8Das suas carnes não com ereis, nem tocareis nos
l7Por que não com estes a expiação do pecado no seus cadáveres; estes vos serão im undos.
lugar santo, pois é coisa santíssim a e Deus a deu a 9De todos os anim ais que há nas águas, com ereis os
vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação, seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas
para fazer expiação p o r eles diante do Se n h o r ? águas, nos m ares e nos rios, esses comereis.
18Eis que não se trouxe o seu sangue para dentro do 10Mas todo o que não tem barbatanas, nem esca­
santuário; certam ente devíeis te r com ido no sa n tu ­ m as, nos m ares e nos rios, todo o réptil das águas, e
ário, com o ten h o ordenado. todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para
l9Então disse Arão a Moisés: Eis que hoje oferece­ vós abom inação.
ram a sua expiação pelo pecado e o seu holocausto 1 ‘Ser-vos-ão, pois, p o r abom inação; da sua carne
perante o S enhor , e tais coisas m e sucederam ; se hoje não comereis, e abom inareis o seu cadáver.
tivesse com ido da oferta da expiação pelo pecado,
l2Todo o que não tem barbatanas o u escamas, nas
seria isso porventura aceito aos olhos do S en h o r ?
águas, será para vós abom inação.
20E Moisés, ouvindo isto, deu-se p o r satisfeito.
13Das aves, estas abom inareis; não se com erão, se­
rão abom inação: a águia, e o quebrantosso, e o xo-
Os anim ais q u e se devem e não se devem com er

11
frango,
E FALOU o S en h or a Moisés e a Arão, di-
l4E o m ilhano, e o abutre segundo a sua espécie.
X zendo-lhes:
1 ’Todo o corvo segundo a sua espécie,
2Fala aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os ani­
l6E o avestruz, e o m ocho, e a gaivota, e o gavião se­
mais, que com ereis dentre todos os anim ais que há
gundo a sua espécie.
sobre a terra;
'D en tre os anim ais, todo o que tem unhas fendi­ ,7E o bufo, e o corvo m arinho, e a coruja,
das, e a fenda das u nhas se divide em duas, e ru m i­ l8E a gralha, e o cisne, e o pelicano,
na, deles comereis. 19E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a
■‘Destes, porém , n ão com ereis; dos que rum inam poupa, e o m orcego.
o u dos que têm unhas fendidas; o camelo, que ru ­ 20Todo o inseto que voa, que anda sobre q uatro pés,
m ina, m as não tem u nhas fendidas; esse vos será será para vós u m a abom inação.
im undo; 2'M as isto com ereis de todo o inseto que voa, que
5E o coelho, porque rum ina, m as não tem as unhas anda sobre q u atro pés: o que tiver p ernas sobre os
fendidas; esse vos será im undo; seus pés, para saltar com elas sobre a terra.
6E a lebre, p orque rum ina, m as não tem as unhas 22Deles com ereis estes: a locusta segundo a sua es­
fendidas; essa vos será im unda. pécie, o gafanhoto devorador segundo a sua espé-

E o coelho, porque rumina [...] E a lebre, porque rumina Destes, porém, não comereis
(11.5,6) (11.1-24)
Ceticismo. Diz que o texto bíblico não está correto, uma (W ?) Adventlsmo do Sétimo Dia. Declara que Deus proibiu o
vez que o coelho e a lebre não são animais ruminantes. \ Í lU consumo de certos animais, por isso proibe a ingestão de
alimentos descritos na lei como imundos.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os animais considerados
limpos precisavam ruminar e ter as unhas fendidas, para RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 apóstolo Paulo reco-
que fossem usados como alimento e servissem para o holocaus­ mendaliberdade na alimentação .A distinção entre animais
to oferecido ao Senhor Deus. O texto hebraico referente a este ver- puros e impuros na lei de Moisés (Rm 14.1,2; 1Tm 4.3-5) ou a pro­
siculo traduz os animais em destaque da seguinte maneira: "coe­ cedência pagã da carne vendida no mercado (1Co 8.4; 10.25) não
lho”, shalan, uma espécie de ratazana; e "lebre", 'amebheth. deveriam preocupar a consciência dos cristãos: 'Todas as coisas
Realmente, o coelho e a lebre não são "animais ruminantes" — são puras para os puros” (Tt 1.15). E mais: “O manjar não nos faz
assim como o porco e o camelo —, mas roedores. Não se trata de agradáveis a Deus. porque, se comemos, nada temos de mais,
uma descrição de caráter científico, mas de uma indicação daqui­ e, se não comemos, nada nos falta" (1Co 8.8). Os fracos é que fa­
lo que se verifica na prática. Ou seja, tais animais, se observarmos zem diferença entre alimentos, abstendo-se da carne e comendo
bem, dão a impressão de que estão ruminando, devido ao fato de legumes (Rm 14.2; 1Co8.9; 10.28).
estarem sempre movendo as maxilas. O apóstolo Paulo adverte que a proibição de alimentos e de ou-

120
LEVÍTICO 11,12

cie, o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto se­ 37E, se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre
gundo a sua espécie. alguma sem ente que se vai semear, será limpa;
23E todos os outros insetos que voam , que têm qua­ 38Mas se for deitada água sobre a sem ente, e se dos
tro pés, serão para vós um a abom inação. seus cadáveres cair alguma coisa sobre ela, vos será
24E por estes sereis im undos: qualquer que tocar os p o r im unda.
seus cadáveres, im undo será até à tarde. ,9E se m o rrer algum dos anim ais, que vos servem de
2,Q ualquer que levar os seus cadáveres lavará as m antim ento, quem tocar no seu cadáver será im u n ­
suas vestes, e será im u n d o até à tarde. do até à tarde;
2l,Todo o anim al que tem un h a fendida, m as a fen­ *°E quem com er do seu cadáver lavará as suas ves­
da n ão se divide em duas, e todo o que n ão ru m i­ tes, e será im u n d o até à tarde; e quem levar o seu
na, vos será por im undo; qualquer que tocar neles corpo m o rto lavará as suas vestes, e será im u n d o
será im undo. até à tarde.
27E to d o o anim al que anda sobre as suas patas, 4lTam bém todo o réptil, que se arrasta sobre a ter­
todo o anim al que anda a q u atro pés, vos será por ra, será abom inação; n ão se com erá.
im undo; qualquer que tocar nos seus cadáveres será 42Tudo o que an d a sobre o ventre, e tu d o o que
im undo até à tarde. anda sobre q uatro pés, ou que tem m uitos pés, en ­
28E o que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e tre todo o réptil que se arrasta sobre a terra, não co­
será im undo até à tarde; eles vos serão por imundos. mereis, p o rq u an to são u m a abom inação.
29Estes tam bém vos serão p o r im undos entre os 43N ão vos façais abom ináveis, p o r n en h u m réptil
répteis que se arrastam sobre a terra; a d oninha, e o que se arrasta, nem neles vos contam ineis, p ara não
rato, e a tartaruga segundo a sua espécie, serdes im undos p o r eles;
30E o ouriço cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa, e a 44Porque eu sou o Se n h o r vosso Deus; p o rtan to vós
lesma e a toupeira. vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou san­
3'Estes vos serão po r im undos dentre todos os rép­ to; e não vos contam inareis com n en h u m réptil que
teis; qualquer que os tocar, estando eles m ortos, será se arrasta sobre a terra;
im undo até à tarde. 4,Porque eu sou o S enho r , que vos fiz subir da ter­
32E tudo aquilo sobre o que cair algum a coisa deles ra do Egito, p ara que eu seja vosso Deus, e para que
estando eles m ortos será im undo; seja vaso de m a­ sejais santos; p o rq u e eu sou santo.
deira, o u veste, o u pele, o u saco, q ualquer in stru ­ 46Esta é a lei dos anim ais, e das aves, e de to d a cria­
m ento, com que se faz alguma obra, será posto na tu ra vivente que se m ove nas águas, e de to d a cria­
água, e será im undo até à tarde; depois será lim po. tu ra que se arrasta sobre a terra;
33E todo o vaso de barro, em que cair alguma coi­ 47Para fazer diferença entre o im u n d o e o lim po; e
sa deles, tu d o o que houver nele será im undo, e o entre anim ais que se pod em com er e os anim ais que
vaso quebrareis. não se podem comer.
J4Todo o alim ento que se com e, sobre o qual cair
água de tais vasos, será im undo; e toda a bebida que A purificação da m u lh e r depois do parto
se bebe, depositada nesses vasos, será im unda. 1 FALOU m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo:
35E aquilo sobre o que cair algum a p arte de seu í 2Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se um a
corpo m orto, será im undo; o forno e o vaso de bar­ m ulher conceber e der à luz um m enino, será im u n ­
ro serão quebrados; im undos são: p o rtan to vos se­ da sete dias, assim com o nos dias da separação da
rão p o r im undos. sua enferm idade, será im unda.
36Porém a fonte ou cisterna, em que se recolhem 3E no dia oitavo se circuncidará ao m enino a carne
águas, será lim pa, m as quem tocar no seu cadáver do seu prepúcio.
será im undo. 4D epois ficará ela trin ta e três dias no sangue da

tras dádivas e bênçãos de Deus é indicio da origem demoníaca Em sua visão. Pedro viu um lençol descer do céu com ali-
da doutrina de certos grupos religiosos sectários e apóstatas. Os mentos considerados imundos pela lei. mas uma voz lhe or-
cristàos verdadeiros e fiéis recebem os alimentose as demais dá- denou que os comesse. Ao recusar, a voz lhe disse: "Não
divas de Deus com ação de graças, santificando-os pela Palavra faças tu comum (ou seja, Impuro] ao que Deus purificou’
de Deus a pela oração (1Tm 4.1-6). (At 10.15).

121
LEVÍTICO 12,13

sua purificação; nenhum a coisa santa tocará e não la na pele se tem estendido, o sacerdote o declarará
entrará no santuário até que se cum pram os dias da po r im undo; é lepra.
sua purificação. ’Q u an d o no ho m em houver praga de lepra, será
5Mas, se dér à luz um a m enina será im u n d a duas levado ao sacerdote,
sem anas, com o na sua separação; depois ficará ses­ l0E o sacerdote o exam inará, e eis que, se há incha­
senta e seis dias no sangue da sua purificação. ção branca na pele, a qual to rn o u o pêlo em branco,
6E, q u ando forem cum pridos os dias da sua p u ri­ e houver carne viva na inchação,
ficação po r filho o u p or filha, trará um cordeiro de "L ep ra inveterada é na pele da sua carne; p o rta n ­
u m ano p o r holocausto, e um p o m b in h o o u um a to, o sacerdote o declarará por im undo; não o encer­
rola para expiação do pecado, diante da p o rta da rará, porque im u n d o é.
tenda da congregação, ao sacerdote. 12E, se a lepra se espalhar de todo n a pele, e a lepra
70 q u a l o o fe re c e rá p e r a n te o S enhor , e p o r ela fa rá cobrir toda a pele do que tem a praga, desde a sua
p r o p ic ia ç ã o ; e s e rá lim p a d o flu x o d o s e u sa n g u e ; cabeça até aos seus pés, q u anto pod em ver os olhos
e s ta é a lei d a q u e d e r à lu z m e n i n o o u m e n in a .
do sacerdote,
KMas, se em sua m ão não houver recursos para um l3E ntão o sacerdote exam inará, e eis que, se a le­
pra tem coberto to d a a sua carne, então declarará
cordeiro, então tom ará duas rolas, ou dois pom bi-
o que tem a praga p o r lim po; todo se to rn o u b ra n ­
nhos, um para o holocausto e o u tro para a p ro p i­
co; lim po está.
ciação do pecado; assim o sacerdote p o r ela fará ex­
14Mas no dia em que aparecer nela carne viva será
piação, e será lim pa.
im undo.
15Vendo, pois, o sacerdote a carne viva, declará-lo-
A s leis acerca da praga da lepra
á por im undo; a carne é im unda; é lepra.
1 ^ FALOU m ais o S en h or a M oisés e a Arão,
l<’O u, to rn an d o a carne viva, e m u d an d o -se em
A 3 dizendo:
branca, então virá ao sacerdote,
2Q u an do um hom em tiver na pele da sua carne,
17E este o exam inará, e eis que, se a praga se to rn o u
inchação, ou pústula, ou m ancha lustrosa, na pele
branca, então o sacerdote declarará lim po o que tem
de sua carne como praga da lepra, então será leva­
a praga; lim po está.
do a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sa­
l8Se tam bém a carne, em cuja pele houver alguma
cerdotes.
úlcera, sarar,
3E o sacerdote exam inará a praga na pele da carne;
l9E, em lugar da pústula, vier inchação branca ou
se o pêlo na praga se to rn o u branco, e a praga pare­ m ancha lustrosa, tiran d o a verm elho, m ostrar-se-á
cer m ais profunda do que a pele da sua carne, é p ra ­ então ao sacerdote.
ga de lepra; o sacerdote o exam inará, e o declarará 20E o sacerdote exam inará, e eis que, se ela p are­
p o r im undo. ce m ais funda do que a pele, e o seu pêlo se to rn o u
4Mas, se a m ancha na pele de sua ca rn e/o r branca, branco, o sacerdote o declarará p o r im undo; é p ra ­
e não parecer m ais profunda do que a pele, e o pêlo ga da lepra que b ro to u da pústula.
não se to rn o u branco, então o sacerdote encerrará o 2IE o sacerdote, vendo-a, e eis que se nela não hou­
que tem a praga p o r sete dias; ver pêlo branco, nem estiver m ais funda do qu e a
5E ao sétim o dia o sacerdote o exam inará; e eis que, pele, m as encolhida, então o sacerdote o en cerra­
se a praga, ao seu parecer parou, e na pele não se es­ rá p o r sete dias.
tendeu, então o sacerdote o en cerrará p o r outro s 22Se ela grandem ente se estender na pele, o sacer­
sete dias; dote o declarará p o r im undo; praga è.
6E o sacerdote ao sétim o dia o exam inará ou tra vez; 2 ,M as se a m ancha p arar no seu lugar, não se esten­
e eis que, se a praga se recolheu, e na pele não se es­ dendo, inflam ação da pústula é; o sacerdote, pois, o
tendeu, então o sacerdote o declarará p o r lim po; é declarará p o r limpo.
um a pústula; e lavará as suas vestes, e será lim po. 24O u, q u an d o na pele da carne houver q u eim ad u ­
7Mas, se a pústula na pele se estende grandem ente, ra de fogo, e no que é sarado da queim adura houver
depois que foi m ostrado ao sacerdote para a sua p u ­ m ancha lustrosa, tiran d o a verm elho ou branco,
rificação, outra vez será m ostrado ao sacerdote, 25E o sacerdote vendo-a, e eis que se o pêlo na m a n ­
8E o sacerdote o exam inará, e eis que, se a p ú stu ­ cha se to rn o u b ranco e ela parece m ais funda do que

122
LEVÍTICO 13

a pele, lepra é, que floresceu pela queim adura; p or­ 36Então o sacerdote o exam inará, e eis que, se a ti­
tan to o sacerdote o declarará p o r im u n d o ; é p ra ­ nha se tem estendido na pele, o sacerdote não b u s­
ga de lepra. cará pêlo am arelo; im u n d o está.
26Mas, se o sacerdote, vendo-a, e eis que, se na m a n ­ 37Mas, se a tin h a ao seu ver parou, e pêlo preto nela
cha não aparecer pêlo branco, nem estiver m ais fu n ­ cresceu, a tin h a está sã, lim po está; p o rtan to o sacer­
da do que a pele, m as recolhida, o sacerdote o encer­ dote o declarará p o r lim po.
rará p o r sete dias. 38E, q uando hom em o u m u lh er tiver m anchas lus­
27Depois o sacerdote o exam inará ao sétim o dia; se trosas brancas na pele da sua carne,
grandem ente se houver estendido na pele, o sacer­ wE ntão o sacerdote olhará, e eis que, se na pele da
dote o declarará po r im undo; é praga de lepra. sua carne aparecem m anchas lustrosas escurecidas,
28Mas se a m ancha parar no seu lugar, e na pele não é im pigem que floresceu n a pele, lim po está.
se estender, m as se recolher, inchação da queim a­ 4<>E, q u an d o os cabelos do hom em caírem da cabe­
dura é; p ortanto o sacerdote o declarará p o r limpo, ça, calvo é, m as lim po está.
porque inflam ação é da queim adura. 4IE, se lhe caírem os cabelos n a frente da cabeça,
2VE, q u ando hom em o u m ulher tiver chaga na ca­ m eio calvo é; mas lim po está.
beça ou na barba, 42Porém , se na calva, o u na m eia calva, houver p ra­
30E o sacerdote, exam inando a chaga, e eis que, se ga branca averm elhada, é lepra, florescendo na sua
ela parece mais funda do que a pele, e pêlo am arelo calva ou na sua m eia calva.
fino h á nela, o sacerdote o declarará p o r im undo; é 43H avendo, pois, o sacerdote exam inado, e eis que,
tinha, é lepra da cabeça o u da barba. se a inchação da praga, na sua calva ou m eia calva,
31Mas, se o sacerdote, havendo examinado a praga da está branca, tiran d o a verm elho, com o parece a le­
tinha, e eis que, se ela não parece mais funda do que a pra na pele da carne,
pele, e se nela não houver pêlo preto, então o sacerdote 44Leproso é aquele h om em , im u n d o está; o sacer­
encerrará o que tem a praga da tinha por sete dias. dote o declarará totalm ente p o r im undo, na sua ca­
32E o sacerdote exam inará a praga ao sétim o dia; e beça tem a praga.
eis que, se a tinha não se tiver estendido, e nela não 4,Também as vestes do leproso, em quem está a praga,
houver pêlo am arelo, nem a tinha parecer m ais fun­ serão rasgadas, e a sua cabeça será descoberta, e cobrirá
da do que a pele, o lábio superior, e clamará: Im undo, imundo.
33Então se rapará; m as não rapará a tinha; e o sa­ 46Todos os dias em que a praga houver nele, será
cerdote segunda vez encerrará o que tem a tinha por im undo; im u n d o está, habitará só; a sua habitação
sete dias. será fora do arraial.
34D epois o sacerdote exam inará a tinha ao sétim o 47Q u an d o tam bém em algum a roupa houver p ra ­
dia; e eis que, se a tinha não se houver estendido na ga de lepra, em roupa de lã, o u em ro u p a de linho,
pele, e ela não parecer m ais funda do que a pele, o 48O u no fio urdido, ou no fio tecido, seja de linho,
sacerdote o declarará p o r lim po, e lavará as suas ves­ ou seja de lã, ou em pele, ou em qualquer o bra de
tes, e será lim po. peles,
35Mas, se a tinha, depois da sua purificação, se h o u ­ 49E a praga na roupa, ou na pele, o u no fio urdido,
ver estendido grandem ente na pele, ou no fio tecido, ou em qualquer coisa de peles apa-

Quando também em alguma roupa houver senta uma relação de anomalias que podem ser distintas pelos
praga de lepra, em roupa sintomas. O versículo 6 refere-se a um tipo de doença que pode­
de lã, ou em roupa de linho... ria apresentar melhora em uma semana, o que já não seria típico
(13.47,59) no caso do mal de Hansen. Os versículos 7 e 8 dizem respeito a
uma úlcera de pele seguida de gangrena (necrose do tecido cutâ­
Ceticismo. Diz que há incoerência na Bíblia, simplesmen­
neo). O versículo 24 fala dos casos de infecções em áreas quei­
te porque compreende que os versículos em estudo estão
madas da pele e o 30 da descamaçáo que se observa no couro
se referindo a uma enfermidade que. humana e cientificamente
cabeludo, nos casos de psoríase.
falando, jamais poderia acometer um tecido morto.
Voltando àquestão das alterações nos tecidos das vestimentas,
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tal critica provém dos par- tais problemas eram classificados como sara 'at. já que princípios
<=• cos conhecimentos dos céticos sobre a língua hebraica. A semelhantes serviam para diagnosticar “imundicias" nas vestes.
expressão sara até muito mais genérica do que a simples identifi­ Então, segundo o relato bíblico, o "mofo progressivo" era imundo
cação de uma alteração patológica da pele. Levítico 13.2-42 apre­ (Lv 13.47-52), mas o "mofo estável", limpo (Lv 13.53-58).

123
LE V ÍTIC 013,14

recer verde ou verm elha, praga de lepra é, po r isso se e o hissopo, e os m olhará, com a ave viva, no sangue
m ostrará ao sacerdote, da ave que foi degolada sobre as águas correntes.
,UE o sacerdote exam inará a praga, e encerrará TE sobre aquele que há de purificar-se da lepra es­
aquilo que tem a praga po r sete dias. pargirá sete vezes; en tão o declarará p o r lim po, e
51Então exam inará a praga ao sétim o dia; se a praga soltará a ave viva sobre a face do cam po.
se houver estendido na roupa, ou n o fio urdido, ou 8E aquele que tem de purificar-se lavará as suas ves­
no fio tecido o u na pele, para qualquer obra que for tes, e rapará todo o seu pêlo, e se lavará com água; as­
feita da pele, lepra roedora é, im unda está; sim será lim po; e depois entrará no arraial, porém ,
S2Por isso se queim ará aquela roupa, ou fio urdido, ficará fora da sua tenda p o r sete dias;
ou fio tecido de lã, o u de linho, ou de qualquer obra 9E será que ao sétim o dia rapará todo o seu pêlo, a
de peles, em que houver a praga, p orque lepra roe­ sua cabeça, e a sua barba, e as sobrancelhas; sim , ra ­
d ora é; com fogo se queim ará. pará todo o pêlo, e lavará as suas vestes, e lavará a sua
’JMas, o sacerdote, vendo, e eis que, se a praga não carne com água, e será lim po,
se estendeu na roupa, ou no fio urdido, o u no teci­ 10E ao oitavo dia tom ará dois cordeiros sem defei­
do, ou em qualquer obra de peles, to, e um a cordeira sem defeito, de um ano, e três d í­
,4Então o sacerdote ordenará que se lave aquilo no zim as de flor de farinha para oferta de alim entos,
qual havia a praga, e o encerrará segunda vez po r am assada com azeite, e um logue de azeite;
1 *E o s a c e rd o te q u e faz a p u rific a ç ã o a p r e s e n ta r á
sete dias;
o h o m e m q u e h o u v e r d e p u rific a r-s e , c o m a q u e la s
” E o sacerdote, exam inando a praga, depois que
co isas, p e r a n te o S enhor , à p o r t a d a te n d a d a c o n ­
for lavada, e eis q u e se ela não m u d o u o seu as­
g re g a ç ã o .
pecto, nem se estendeu, im u n d o está, com fogo o
12E o sacerdote tom ará um dos cordeiros, e o ofere­
queim arás; praga p en etran te é, seja p o r d en tro ou
cerá p o r expiação da culpa, e o logue de azeite; e os
p o r fora.
oferecerá por oferta m ovida p erante o S enhor .
S6Mas se o sacerdote verificar que a praga se tem re­
l3E ntão degolará o cordeiro no lugar em que se d e­
colhido, depois de lavada, então a rasgará da roupa,
gola a oferta da expiação do pecado e o holocausto,
ou da pele ou do fio urdido o u tecido;
no lugar santo; p o rq u e quer a oferta da expiação da
57E, se ainda aparecer na roupa, ou no fio urdido ou
culpa com o a da expiação do pecado é para o sacer­
tecido ou em qualquer coisa de peles, lepra brotante
dote; coisa santíssim a é.
é; com fogo queim arás aquilo em que há a praga;
,4E o sacerdote to m ará do sangue da expiação da
58Mas a roupa o u fio urdido o u tecido o u qualquer culpa, e o p orá sobre a p o n ta da orelha direita d a­
coisa de peles, que lavares, e de que a praga se reti­ quele que tem de purificar-se e sobre o d edo p o ­
rar, se lavará segunda vez, e será lim pa. legar d a sua m ão d ireita, e no dedo polegar do seu
59Esta é a lei da praga da lepra na roupa de lã, ou de pé direito.
Unho, ou do fio urdido, ou tecido, ou de qualquer ’’T am bém o sacerdote tom ará do logue de azei­
coisa de peles, para declará-la lim pa, ou para decla­ te, e o d erram ará na palm a da sua p ró p ria m ão es­
rá-la im unda. querda.
16E ntão o sacerdote m olhará o seu d edo direito
A lei acerca do leproso depois de sarado no azeite que está na sua m ão esquerda, e d aq u e­
DEPOIS falou o S enhor a Moisés, dizendo:
M 2Esta será a lei do leproso no dia da sua p u ­
rificação: será levado ao sacerdote,
le azeite com o seu dedo espargirá sete vezes p eran ­
te o S en h o r ;
l7E o restante do azeite, que está na sua mão, o sa­
*E o sacerdote sairá fora do arraial, e o exam inará, e cerdote p orá sobre a po n ta da orelha direita daque­
eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada, le que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da
4Então o sacerdote ordenará que por aquele que se sua m ão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé d i­
houver de purificar se tom em duas aves vivas e lim ­ reito, em cim a do sangue da expiação da culpa;
pas, e pau de cedro, e carm esim , e hissopo. ISE o restante do azeite que está na m ão do sacer­
’M andará tam bém o sacerdote que se degole um a dote, o p o rá sobre a cabeça daquele que tem de p u ri­
ave n u m vaso de barro sobre águas vivas, ficar-se; assim o sacerdote fará expiação p o r ele pe­
6E tom ará a ave viva, e o pau de cedro, e o carm esim , rante o S enhor .

124
LEVÍTICO 14

1 ta m b é m o sacerdote fará a expiação do pecado, e A lei acerca da lepra n u m a casa


fará expiação p o r aquele que tem de purificar-se da 33Falou mais o S en h or a Moisés e a Arão, dizendo:
sua im undícia; e depois degolará o holocausto; 34Q uando tiverdes en trad o na terra de Canaã que
-°E o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de vos hei de d ar p o r possessão, e eu enviar a praga da
alim entos sobre o altar; assim o sacerdote fará ex­ lepra em algum a casa d a terra da vossa possessão,
piação p or ele, e será limpo. 35Então aquele, de quem for a casa, virá e inform ará
21Porém s t fo r pobre, e em sua m ão não houver re­ ao sacerdote, dizendo: Parece-m e que há com o que
cursos p ara tanto, to m ará um cordeiro para expia­ praga em m in h a casa.
ção da culpa em oferta de m ovim ento, para fazer ex­ 36E o sacerdote o rd en ará que desocupem a casa,
piação p or ele, e a dízim a de flor de farinha, am as­ antes que en tre p ara exam inar a praga, para que
sada com azeite, p ara oferta de alim entos, e u m lo- tu d o o que está na casa não seja contam inado; e d e­
gue de azeite, pois en tra-rá o sacerdote, para exam inar a casa;
22E duas rolas, o u dois pom b in h o s, conform e as 37E, vendo a praga, e eis que se ela estiver nas pare­
suas posses, dos quais um será para expiação do p e­ des da casa em covinhas verdes o u vermelhas, e p a­
cado, e o o u tro para holocausto. recerem m ais fundas do que a parede,
23E ao oitavo dia da sua purificação os trará ao sa­ 38Então o sacerdote sairá da casa para fora da p o r­
cerdote, à p o rta da tenda da congregação, p era n ­ ta, e fechá-la-á p o r sete dias.
te o S enhor . 39Depois, ao sétim o dia o sacerdote voltará, e exa­
24E o sacerdote tom ará o cordeiro da expiação da
m inará; e se vir que a praga nas paredes da casa se
culpa, e o logue de azeite, e os oferecerá por oferta
tem estendido,
m ovida perante o S enhor .
40Então o sacerdote o rd en ará que a rran q u e m as
25Então degolará o cordeiro da expiação da cu l­
pedras, em que estiver a praga, e que as lancem fora
pa, e o sacerdote tom ará do sangue da expiação da
da cidade, n u m lugar im undo;
culpa, e o po rá sobre a p o n ta da orelha direita d a­
41E fará raspar a casa p o r den tro ao redor, e o pó que
quele que tem de purificar-se, e sobre o dedo pole­
houverem raspado lançarão fora da cidade, n u m lu ­
gar da sua m ão direita, e sobre o dedo polegar do
gar im undo;
seu pé direito.
42D epois tom arão o u tras pedras, e as porão no lu ­
26Tam bém o sacerdote d erram ará do azeite na pal­
gar das prim eiras pedras; e o u tro b arro se tom ará, e
m a da sua p rópria m ão esquerda.
a casa se rebocará.
27Depois o sacerdote com o seu dedo direito espar­
43Porém , se a praga to rn a r a b ro tar na casa, depois
girá do azeite que está n a sua m ão esquerda, sete ve­
de arrancadas as pedras e raspada a casa, e de novo
zes perante o S enhor .
28E o sacerdote porá do azeite que está na sua m ão rebocada,
na p o n ta da orelha direita daquele que tem de p u ri­ 44Então o sacerdote en trará e exam inará, se a praga
ficar-se, e no dedo polegar da sua m ão direita, e no na casa se tem estendido, lepra roedora h á na casa;
dedo polegar do seu pé direito; no lugar do sangue im un d a está.
da expiação da culpa. 45P o rtan to se d errib ará a casa, as suas pedras, e a
29E o que sobejar do azeite que está na m ão do sacer­ sua m adeira, com o tam bém todo o b arro da casa; e
dote porá sobre a cabeça daquele que tem de purifi­ se levará p ara fora da cidade a u m lugar im undo.
car-se, para fazer expiação por ele perante o S enhor . 46E o que en tra r naquela casa, em qualquer dia em
30D epois oferecerá um a das rolas ou um dos p o m ­ que estiver fechada, será im u n d o até à tarde.
binhos, conform e suas posses, 47Tam bém o que se deitar a d o rm ir em tal casa, la­
3'S im , c o n f o rm e a s s u a s p o ss e s , s e rá u m para e x ­ vará as suas roupas; e o que com er em tal casa lava­
p ia ç ã o d o p e c a d o e o o u t r o para h o l o c a u s t o c o m rá as suas roupas.
a o f e rta d e a lim e n to s ; e assim o s a c e r d o te fa rá e x ­ 48Porém , to rn an d o o sacerdote a en tra r na casa e
p ia ç ã o p o r a q u e le q u e te m d e p u r if ic a r - s e p e r a n ­ exam inando-a, se a praga não se tem estendido, d e­
te o S enhor . pois que a casa foi rebocada, o sacerdote a declarará
32Esta é a lei daquele em quem estiver a praga da le­ p o r lim pa, porque a praga está curada.
pra, cujas posses não lhe perm itirem o devido para 49D epois tom ará, p ara expiar a casa, duas aves, e
purificação. pau de cedro, e carm esim e hissopo;

125
LE V ÍTIC 014,15

5ÜE degolará um a ave nu m vaso de barro sobre o fluxo, sem haver lavado as suas m ãos com água,
águas correntes; lavará as suas roupas, e se banhará em água, e será
5lE ntão tom ará pau de cedro, e o hissopo, e o car­ im undo até à tarde.
m esim , e a ave viva, e os m olhará no sangue da ave I2E o vaso de b arro, que tocar o que tem o fluxo,
degolada e nas águas correntes, e espargirá a casa será quebrado; porém , todo o vaso de m adeira será
sete vezes; lavado com água.
,2Assim expiará aquela casa com o sangue da ave, e ‘’Q u ando, pois, o q ue tem o fluxo, estiver lim po
com as águas correntes, e com a ave viva, e com o pau do seu fluxo, contar-se-ão sete dias para a sua p u ri­
de cedro, e com o hissopo, e com o carm esim . ficação, e lavará as suas roupas, e banhará a sua car­
5íEntão soltará a ave viva para fora da cidade, so­ ne em águas correntes; e será limpo.
bre a face do cam po; assim fará expiação pela casa, I4E ao oitavo dia tom ará duas rolas ou dois pom -
e será lim pa. binhos, e virá p erante o Se nho r , à p o rta da tenda da
MEsta é a lei de toda a praga da lepra, e da tinha, congregação e os dará ao sacerdote;
55E da lepra das roupas, e das casas, 15E o sacerdote oferecerá um para expiação do pe­
56E da inchação, e das pústulas, e das m anchas lus­ cado, e o o u tro para holocausto; e assim o sacer­
trosas; dote fará p o r ele expiação do seu fluxo p eran te o
,7Para ensinar quando alguma coisa será im unda, e Se nho r .
q uando será lim pa. Esta é a lei da lepra. ‘'’Tam bém o h o m em , q uando sair dele o sêm en da
cópula, toda a sua carne banhará com água, e será
Im u n d ícia s do h o m em e da m u lh e r im u n d o até à tarde.
FALOU m ais o S en h o r a M oisés e a Arão 17Tam bém to d a a roupa, e toda a pele em que h o u ­
dizendo: ver sêm en da cópula se lavará com água, e será
2Falai aos filhos de Israel, e dizei-lhes: Q ualquer im un d o até à tarde.
hom em que tiver fluxo da sua carne, será im undo ,flE tam bém se um hom em se deitar com a m ulher
p o r causa do seu fluxo. e tiver emissão de sêm en, am bos se b anh arão com
3Esta, pois, será a sua im undícia, p o r causa do seu água, e serão im undos até à tarde.
fluxo; se a sua carne vasa o seu fluxo o u se a sua car­ l9Mas a m ulher, q u an d o tiver fluxo, e o seu fluxo
ne estanca o seu fluxo, esta é a sua im undícia. de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na
4Toda a cam a, em que se deitar o que tiver fluxo, sua separação, e qualq u er q ue a tocar, será im u n ­
será im unda; e toda a coisa, sobre o que se assen­ do até à tarde.
tar, será im unda. 20E tu d o aquilo sobre o que ela se deitar d u ran te a
5E q u alquer que tocar a sua cam a, lavará as suas sua separação, será im undo; e tu d o sobre o que se
roupas, e se banhará em água, e será im undo até à assentar, será im undo.
tarde. 2,E qualquer que tocar na sua cam a, lavará as suas
6E aquele que se assentar sobre aquilo em que se as­ vestes, e se banhará com água, e será im u n d o até à
sentou o que tem o fluxo, lavará as suas roupas, e se tarde.
banhará em água, e será im undo até à tarde. 22E qualquer que tocar algum a coisa, sobre o que
7E aquele que tocar a carne do que tem o fluxo, la­ ela se tiver assentado, lavará as suas vestes, e se b a­
vará as suas roupas, e se b an h ará em água, e será nhará com água, e será im u n d o até à tarde.
im undo até à tarde. 23Se tam bém tocar alguma coisa que estiver sobre
sQ uan d o tam bém o que tem o fluxo cuspir sobre a cam a o u sobre aquilo em que ela se assentou, será
um lim po, então lavará este as suas roupas, e se ba­ im un d o até à tarde.
nhará em água, e será im undo até à tarde. 24E se, com efeito, qualquer h o m em se deitar com
9Tam bém toda a sela, em que cavalgar o que tem o ela, e a sua im undícia estiver sobre ele, im u n d o será
fluxo, será im unda. p o r sete dias; tam bém to d a a cam a, sobre que se d ei­
I0E qualquer que tocar em algum a coisa que esteve tar, será im unda.
debaixo dele, será im undo até à tarde; e aquele que 25T am bém a m ulher, q u an d o tiver o fluxo do seu
a levar, lavará as suas roupas, e se banhará em água, sangue, p o r m uitos dias fora do tem p o d a sua se­
e será im undo até à tarde. paração, ou q uando tiver fluxo de sangue p o r mais
1'Tam bém todo aquele em quem tocar o que tem tem po do que a sua separação, todos os dias do flu­

126
LEVÍTICO 15,16

xo da sua im undícia será im unda, com o nos dias da de quem sai o sêm en d a cópula, e que fica p o r eles
sua separação. im undo;
2'’Toda a cam a, sobre que se deitar todos os dias do 3,C om o tam bém d a m u lh er enferm a n a sua sepa­
seu fluxo, ser-lhe-á com o a cam a da sua separação; ração, e daquele qu e padece do seu fluxo, seja h o ­
e toda a coisa, sobre que se assentar, será im unda, m em o u m ulher, e do hom em que se deita com m u-
conform e a im undícia da sua separação. Iher im unda.
27E q u alquer que a tocar será im undo; p o rtan to
lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será C om o o su m o sacerdote deve
im undo até à tarde. en tra r n o santuário
28Porém quando for lim pa do seu fluxo, então se E FALOU o S e n h o r a Moisés, depois da
contarão sete dias, e depois será lim pa. m o rte dos dois filhos de Arão, que m o rre ­
2VE ao oitavo dia tom ará duas rolas, o u dois pom - ram q uando se chegaram diante do S enhor .
binhos, e os trará ao sacerdote, à po rta da tenda da 2Disse, pois, o S enhor a Moisés: Dize a Arão, teu ir­
congregação. m ão, que não entre n o santuário em to d o o tem po,
,0E ntão o sacerdote oferecerá um para expiação para den tro do véu, diante do propiciatório que está
do pecado, e o o utro para holocausto; e o sacerdote sobre a arca, para que não m orra; porque eu apare­
fará p o r ela expiação d o fluxo da sua im undícia pe­ cerei n a nuvem sobre o propiciatório.
rante o S enhor . 3C om isto Arão en trará n o santuário: com u m n o ­
31Assim separareis os filhos de Israel das suas vilho, p ara expiação do pecado, e um carneiro para
im undícias, para que não m o rra m nas suas im un- holocausto.
dícias, co ntam inando o m eu tabernáculo, que está ''Vestirá ele a tú n ica santa de linho, e terá cerou­
no m eio deles. las de linho sobre a sua carne, e cingir-se-á com um
32Esta é a lei daquele que tem o fluxo, e daquele cinto de linho, e se cobrirá com u m a m itra de linho;

O bode da expiação e o bode emissário Cristo, mas também por Satanás, está pregando outro evange­
(16.1-22) lho (2Co 11.4; Gl 1.8,9). Como é possivel atribuir a Satanás a obra
da salvação? Não há outro salvador além de Cristo. Satanás foi
Adventismo do Sétimo Dia e Igreja Local. Declaram que
condenado por seu próprio pecado (2Pe 2.4). O Filho de Deus
VÜjLI o bode emissário tipificava Satanás. Vejamos o que ensi­
veio justamente para desfazer as obras do diabo e trazer à luz a
nam os adventistas: "Satanás não somente arrastou o peso e cas­
vida e a incorrupçáo pelo evangelho (1Jo 3.8; 2Tm 1.10). Sata­
tigo de seus próprios pecados, mas também dos pecados da hos­
nás não será eliminado da existência, mas lançado no lago de
te dos remidos, os quais foram colocados sobre ele e também
fogo (Ap 20.10).
deve sofrer pela ruína de almas, por ele causada'. Agora, a Igreja
Local, pelas palavras de Witness Lee: ‘ Ele também fez com que New Lite Mission. Afirma que o ritual da imposição de
todos os nossos pecados fossem postos sobre Satanás...". mãos feito por Arão é uma figura do batismo de Jesus efe­
tuado por João Batista. Assim como Arão transferia os pecados
„_n RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os versículos 5 e 10 da refe-
do povo para o bode. João Batista, como representante da huma­
=» réncia em estudo declaram que, para a expiação do peca­
nidade, transferiu nossos pecados para Jesus.
do, eram apresentados dois bodes. Satanás não é a oferta pelo
nosso pecado. Foi Cristo, e somente Ele, quem carregou os nos­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: A maioria dos argumentos
sos pecados: ‘ Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas en­ dos adeptos dessa seita é destituída de fundamento bíbli­
fermidades, e as nossas dores levou sobre si" (Comparar Is 53.4- co. Há uma enorme diferença entre a expiação feita por Arão sob o
6.11.12 com Mt 8.16,17; Jo 1.29:1Pe2.24). A obra expiatória de bode emissário e o batismo de Jesus efetuado por João Batista. É
Cristo é tipificada pelos dois bodes (16.5,10), sobre os quais eram digno de nota que nenhum dos evangelistas dos sinópticos mos­
confessadas as iniqüidades e transgressões de todo o povo: en­ tra João Batista impondo as mãos sobre a cabeça de Jesus.
quanto um era sacrificado ao Senhor e o seu sangue aspergi­ O ofício do sumo sacerdote não era batizar, mas fazer expiação,
do sobre o propiciatório, no interior do templo (v. 15). o outro era uma vez por ano. Se o batismo de João fosse um antítipo do sa­
apresentado vivo ao Senhor e enviado ao deserto (v. 21). crifício sacerdotal, isso levaria ao absurdo de afirmar que João fez
O Novo Testamento apresenta Jesus como remoção — propi­ expiação pela humanidade como se fosse co-redentor. o que se­
ciação (Rm 3.25; Hb 2.17; 1Jo 2.2 e 4.10) — e como o Cordeiro ria uma grande heresia. No batismo, João não estava transferin­
de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; 1Jo 3.5). Atribuirá do os pecados para Jesus, mas apenas cumprindo toda a justiça.
Satanás participação na remoção dos pecados é fazer do diabo Até porque João se recusou a batizar Jesus, por achar um ritual
co-salvador dos pecadores com Cristo. A morte do primeiro bode desnecessário, pois o propósito de seu batismo era o arrependi­
Indicava expiação plena do pecado: ‘ Deus, enviando o seu Filho mento de pecados e Jesus não possuía pecados.
[...] condenou o pecado na carne’ (Rm 8.3). A expulsão do segun­ No Antigo Testamento, o ritual da imposição de mãos era reser­
do bode indicava a completa remoção da maldição: ‘ Nenhuma vado a ocasiões especiais, tal como a oração e a bênção, jamais
condenação há para os que estão em Cristo Jesus’ (Rm 8.1). para transferir pecados. A imposição de mãos em simbologia à
Quem ensina que os pecados não são expiados somente por transferência de pecados era praticada somente em animais.

127
LEVÍTICO 16

estas são vestes santas; p o r isso banhará a sua carne si m esm o, e pela sua casa, e p o r to d a a congrega­
na água, e as vestirá. ção de Israel.
SE da congregação dos filhos de Israel tom ará dois ' “Então sairá ao altar, que está p erante o S enhor , e
bodes p ara expiação do pecado e um carneiro para fará expiação p o r ele; e tom ará do sangue do novi­
holocausto. lho, e do sangue do bode, e o porá sobre as pontas
6D epois Arão oferecerá o novilho da expiação, que do altar ao redor.
será para ele; e fará expiação p o r si e pela sua casa. I9E daquele sangue espargirá sobre o altar, com o
T am b ém tom ará am bos os bodes, e os porá peran ­ seu dedo, sete vezes, e o purificará das im undícias
te o S enhor , à porta da tenda da congregação. dos filhos de Israel, e o santificará.
8E A rão lançará sortes sobre os dois bodes; um a “ H avendo, pois, acabado de fazer expiação pelo
pelo S enhor , e a o u tra pelo bode emissário. santuário, e pela tenda da congregação, e pelo altar,
9E ntão Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair então fará chegar o b ode vivo.
a sorte pelo S enhor , e o oferecerá para expiação do 2IE Arão p orá am bas as suas m ãos sobre a cabeça
pecado. do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüi-
10Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode dades dos filhos de Israel, e todas as suas transgres­
sões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a ca­
em issário, apresentar-se-á vivo peran te o S en h or ,
beça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela m ão de
para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao de­
um h om em designado para isso.
serto com o bode emissário.
22Assim aquele b ode levará sobre si todas as ini-
qüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no
O sacrifício pelo próprio su n w sacerdote
deserto.
n E A rão fará chegar o novilho da expiação, que
2,D epois Arão virá à tenda da congregação, e des­
será p o r ele, e fará expiação po r si e pela sua casa; e
pirá as vestes de linho, que havia vestido q u an d o e n ­
degolará o novilho da sua expiação.
trara no santuário, e ali as deixará.
l2Tomará tam bém o incensário cheio de brasas de
24E banhará a sua carne em água no lugar santo, e
fogo do altar, de diante do S enhor , e os seus punhos
vestirá as suas vestes; então sairá e preparará o seu
cheios de incenso aromático m oído, e o levará para
holocausto, e o holocausto do povo, e fará expiação
dentro do véu.
po r si e pelo povo.
I3E p o r á o in c e n s o s o b re o fo g o p e r a n te o S enhor ,
2STam bém queim ará a gordura da expiação do p e­
e a n u v e m d o in c e n s o c o b r ir á o p r o p ic ia tó r io , q u e
cado sobre o altar.
está s o b re o te s te m u n h o , p a r a q u e n ã o m o r r a . 26E aquele que tiver levado o b ode em issário lavará
HE tom ará do sangue do novilho, e com o seu dedo as suas vestes, e ban h ará a sua carne em água; e de­
espargirá sobre a face do propiciatório, para o lado pois en trará n o arraial.
oriental; e perante o propiciatório espargirá sete ve­ 2"Mas o novilho da expiação, e o bode da expiação
zes do sangue com o seu dedo. do pecado, cujo sangue foi trazido para fazer expia­
ção no santuário, serão levados fora do arraial; p o ­
O sacrifício pelo povo rém as suas peles, a sua carne, e o seu esterco quei­
’’D epois degolará o bode, da expiação, que será m arão com fogo.
pelo povo, e trará o seu sangue para d en tro do véu; 28E aquele que os queim ar lavará as suas vestes, e
e fará com o seu sangue com o fez com o sangue do b anhará a sua carne em água; e depois en trará no
novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e p e­ arraial.
rante a face do propiciatório.
l6Assim fará expiação pelo santuário p o r causa das A fe sta a n u a l das expiações
im undícias dos filhos de Israel e das suas transgres­ 29E isto vos será p o r estatuto perpétuo: no sétim o
sões, e de todos os seus pecados; e assim fará para a mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e ne­
tenda da congregação que reside com eles n o meio n h u m trabalho fareis nem o n atural nem o estran ­
das suas im undícias. geiro que peregrina en tre vós.
17E n en h u m hom em estará na tenda da congrega­ ,0Porque naquele dia se fará expiação p o r vós, para
ção q u an do ele en trar para fazer expiação no san­ purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos
tuário, até que ele saia, depois de feita expiação por pecados perante o S enhor .

128
LEVÍTICO 16,17

■'É um sábado de descanso para vós, e afligireis as 7E nunca m ais oferecerão os seus sacrifícios aos de­
vossas almas; isto é estatuto perpétuo. m ônios, após os quais eles se prostituem ; isto ser-
32E o sacerdote, que for ungido, e que for sagrado, lhes-á p o r estatuto perp étu o nas suas gerações.
para adm inistrar o sacerdócio, no lugar de seu pai, sD ize-lhes, pois: Q u alq u er h o m em da casa de
fará a expiação, havendo vestido as vestes de linho, Israel, o u dos estrangeiros que p ereg rin am entre
as vestes santas; vós, que oferecer holocausto ou sacrifício,
“ Assim fará expiação pelo santo santuário; tam ­ 9E não o trouxer à p o rta da tenda da congregação,
bém fará expiação pela tenda da congregação e pelo para oferecê-lo ao S e n h o r , esse hom em será extir­
altar; sem elhantem ente fará expiação pelos sacer­ pado do seu povo.
dotes e p or todo o povo da congregação.
34E isto vos será p o r estatuto perpétuo, para fazer A proibição d e co m er sangue
expiação pelos filhos de Israel de todos os seus pe­ l0E qualquer hom em da casa de Israel, o u dos es­
cados, um a vez no ano. E fez Arão com o o Senho r trangeiros que peregrinam entre eles, que com er al­
ordenara a Moisés. gum sangue, contra aquela alm a porei a m inha face,
e a extirparei do seu povo.
O sangue de todos os a nim ais deve ser trazido à 1 'P orque a vida da carne está n o sangue; pelo que
porta do tabernáculo vo-lo ten h o dado sobre o altar, para fazer expiação
FALOU m ais o S e n h o r a Moisés, dizendo: pelas vossas almas; p o rq u an to é o sangue que fará
2Fala a Arão e aos seus filhos, e a todos os expiação pela alma.
filhos de Israel, e dize-lhes: Esta é a palavra que o l2P ortanto ten h o dito aos filhos de Israel: N enhum
S e n h o r ordenou, dizendo: dentre vós com erá sangue, nem o estrangeiro, que
3Q u alq uer hom em da casa de Israel que degolar peregrine entre vós, com erá sangue.
boi, o u cordeiro, ou cabra, no arraial, ou quem os 1’T am bém qualq u er h o m em dos filhos de Israel,
degolar fora do arraial, o u dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que
4E não os trouxer à p o rta da tenda da congrega­ caçar anim al o u ave que se com e, d erram ará o seu
ção, para oferecer oferta ao S e n h o r diante do taber­ sangue, e o cobrirá com pó;
náculo d o S e n h o r , a esse h om em será im putado o MPorquanto a vida de to d a a carne é o seu sangue;
sangue; derram ou sangue; p o r isso será extirpado p o r isso tenho dito aos filhos de Israel: N ão com e­
do seu povo; reis o sangue de n en h u m a carne, porque a vida de
5Para que os filhos de Israel, trazendo os seus sacri­ toda a carne é o seu sangue; qualquer que o com er
fícios, que oferecem sobre a face do cam po, os tra ­ será extirpado.
gam ao S e n h o r , à p o rta da tenda da congregação, 1 ’E to d o o hom em entre os naturais, o u entre os es­
ao sacerdote, e os ofereçam por sacrifícios pacífi­ trangeiros, que com er corpo m o rto ou dilacerado,
cos ao S e n h o r . lavará as suas vestes, e se b an h ará com água, e será
6E o sacerdote espargirá o sangue sobre o altar do im u n d o até à tarde; depois será lim po.
S e n h o r , à po rta da tenda da congregação, e queim a­ l6Mas, se 05 não lavar, n em b an h ar a sua carne, le­
rá a gordura por cheiro suave ao S e n h o r . vará sobre si a sua iniqüidade.

Qualquer homem [...] que comer algum sangue lizado na alimentação. Seu uso exclusivo era fazer expiação, ra­
(17.10-16) zão pela qual a Bíblia apresenta diversas referências proibindo
sua utilização para fins alimentícios (7.26; Gn 9.4; 17.12; 17.14;
Testemunhas de Jeová. Com base neste texto, proibem a
19.26; Dt 12.16; 12.23, entre outras passagens).
transfusão de sangue.
O sangue não utilizado na expiação deveria ser derramado so­
— 3 RESPOSTA APOLOGÉTICA: Por que o Antigo Testamen- bre a terra, conforme Deuteronômio 12.16: “Tão-somente o san­
<= to proibia o uso de sangue como alimento? Porque o san­ gue náo comereis; sobre a terra o derramareis como água". É im­
gue e a gordura dos animais eram elementos de culto, pertenciam portante notarmos que os judeus ortodoxos, observadores fiéis
ao Senhor e foram reservados por Ele para a expiação: ‘ Porque a das ordenanças e leis bíblicas, não têm qualquer objeção à trans­
vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o fusão de sangue. Segundo o rabino Ricardo Segni: *Do sangue
altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o san­ é proibido apenas o consumo como alimentação, mas não a uti­
gue que fará expiação pela alma’ (17.11). lização para outros fins. inclusive o comercial. Nào há objeçáo ju­
O sangue dos animais não deveria, em hipótese alguma, ser uti­ daica às transfusões de sangue" (7.26,27; Gn 9.4).

129
LEVÍTICO 18

C asam entos ilícitos 12A nudez da irm ã de teu pai não descobrirás; ela é
FALOU m ais o S enhor a Moisés, dizendo: parenta de teu pai.
2Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu 13A nudez da irm ã de tu a m ãe não descobrirás; pois
sou o S en h or vosso Deus. ela é parenta de tu a mãe.
3N ão fareis segundo as obras da terra do Egito, em 14A nudez do irm ão de teu pai não descobrirás; não
que habitastes, nem fareis segundo as obras da ter­ te chegarás à sua m ulher; ela é tu a tia.
ra de Canaã, para a qual vos levo, nem andareis nos 15A nudez de tua n ora não descobrirás: ela é m ulher
seus estatutos. de teu filho; não descobrirás a sua nudez.
4Fareis conforme os m eus juízos, e os m eus estatu­ 16A nudez da m u lh er de teu irm ão não descobrirás;
tos guardareis, para andardes neles. Eu sou o S enhor é a nudez de teu irm ão.
I7A nudez de u m a m ulher e de sua filha não des­
vosso Deus.
cobrirás; não tom arás a filha de seu filho, nem a fi­
’Portanto, os m eus estatutos e os m eus juízos guar­
lha de sua filha, p ara descobrir a sua nudez; paren-
dareis; os quais, observando-os o ho m em , viverá
tas são; m aldade é.
p o r eles. Eu sou o S enhor .
1SE não tom arás u m a m ulher ju n tam en te com sua
6N en h um h om em se chegará a qualquer paren-
irm ã, para fazê-la sua rival, descobrindo a sua n u ­
ta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou
dez diante dela em sua vida.
o S enhor .
7Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe:
U niões abom ináveis
ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. l9E não chegarás à m u lh er d u ran te a separação da
sNão descobrirás a nudez da m ulher de teu pai; é sua im undícia, p ara descobrir a sua nudez,
nudez de teu pai. 20N em te deitarás com a m u lh er de teu próxim o
’A nudez da tua irm ã, filha de teu pai, o u filha de para cópula, para te contam inares com ela.
tu a mãe, nascida em casa, ou fora de casa, a sua n u ­ 2IE da tu a descendência não darás n en h u m para
dez não descobrirás. fazer passar pelo fogo perante M oloque; e não p rofa­
I0A nudez da filha do teu filho, o u da filha de tua narás o nom e de teu Deus. Eu sou o S enhor .
filha, a sua nu d ez não d escobrirás; p o rq u e é tu a 22Com hom em não te deitarás, com o se fosse m u ­
nudez. lher; abom inação é;
"A nudez da filha da m ulher de teu pai, gerada 23N em te deitarás com um anim al, para te conta­
de teu pai (ela é tua irm ã), a sua nudez não desco­ m inares com ele; nem a m ulher se p orá perante um
brirás. anim al, para ajuntar-se com ele; confusão é.

Parentas são; maldade é ção dos céticos, ora requer sacrifícios humanos, ora condena es­
(18.16,17) ses mesmos sacrifícios.

cAj COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Como se pode observar g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus jamais fomentou aprá-
U na referência em estudo, Oeus condena a prática do inces­ <=■ tica de sacrifícios humanos. Aconfrontação procedida para
to. Os relatos bíblicos sobre este tipo de depravação podem (e inferir contradição ao texto bíblico revela incapacidade e ignorân­
muitas vezes são) ser usados pelos críticos que acusam a Bíblia cia sobre o contexto de Gênesis e a referência em estudo. No caso
de apresentar contradições. No exemplo de Caim (o mais empre­ de Abraão, Deus estava tào-somente provando a fé de seu ser­
gado pelos céticos), Oeus ainda não tinha concedido tal manda­ vo quando lhe pediu para imolar em holocausto seu filho Isaque.
mento ao seu povo (Gn 4.17), o que só veio a acontecer nos dias E Abraão demonstrou submissão ao Senhor ao atender ao pedi­
de Moisés (v. 17). do que lhe fora feito. Mas. como prova do veto divino aos sacrifí­
Quanto ao exemplo de Ló, foi pecado, porque sua atitude já era cios humanos, o próprio Deus. por meio de seu anjo (Gn 22.11 -
algo extremamente reprovado por Deus; ou seja, contrariava os 14), repreendeu a Abraão para que não prosseguisse com o ato,
propósitos divinos para a humanidade (Gn 19.30-38). Em suma, provendo um cordeiro para o holocausto.
a Escritura Sagrada denomina o incesto como perversão sexual
e iniqüidade perante Deus. Abominação é
(18.22-24)
E da tua descendência não darás nenhum Homossexualismo. Declara que a proibição contra esta
para fazer passar pelo fogo perante Moloque prática é restritamente direcionada ao contexto legislativo
(18.21) do Antigo Testamento, não estando em vigor nos dias atuais.
Ceticismo. Confronta este texto com Gênesis 22.2 para . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Palavra de Deus demons-
conferir contradição à Bíblia que, de acordo com a acusa­ •=» tra que a proibição da prática homossexual não era me-

130
LEVÍTICO 18,19

24C om n en h u m a destas coisas vos contam ineis; comerá; m as o que sobejar ao terceiro dia, será quei­
porque com todas estas coisas se contam inaram as m ado com fogo.
nações que eu expulso de diante de vós. 7E se alguma coisa dele for com ida ao terceiro dia,
25Por isso a terra está contam inada; e eu visito a sua coisa abom inável é; não será aceita.
iniqüidade, e a terra vom ita os seus m oradores. 8E qualquer que o com er levará a sua iniqüidade,
“ Porém vós guardareis os m eus estatutos e os po rq u an to p ro fan o u a san tid ad e d o S e n h o r ; p o r
m eus juízos, e nenhum a destas abom inações fa­ isso tal alm a será extirpada do seu povo.
reis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregri­ 9Q uan d o tam bém fizerdes a colheita da vossa terra,
na entre vós; o canto do teu cam po não segarás totalm ente, nem
27Porque todas estas abom inações fizeram os h o ­ as espigas caídas colherás da tu a sega.
m ens desta terra, que nela estavam antes de vós; e a I“Sem elhantem ente não rabiscarás a tu a vinha,
terra foi contam inada. nem colherás os bagos caídos da tu a vinha; deixá-
2SPara que a terra não vos vom ite, havendo-a con­ los-ás ao p o b re e ao estrangeiro. Eu sou o S enhor
tam inado, com o vom itou a nação que nela estava vosso Deus.
antes de vós. II N ão furtareis, nem m entireis, nem usareis de fal­
2<)Porém , qualquer que fizer algum a destas abom i­ sidade cada u m com o seu próxim o;
nações, sim, aqueles que as fizerem serão extirpa­ 12N em jurareis falso pelo m eu nom e, pois p rofana­
dos do seu povo. rás o n o m e do teu D eus. Eu sou o S enhor .
30Portanto guardareis o m eu m andam ento, não fa­ ' •’N ão oprim irás o teu próxim o, nem o roubarás; a
zendo n enhum a das práticas abom ináveis que se fi­ paga do diarista não ficará contigo até pela m anhã.
zeram antes de vós, e não vos contam ineis com elas. l4N ão am aldiçoarás ao surdo, nem porás tro p e­
Eu sou o S en h or vosso Deus. ço diante do cego; m as tem erás o teu Deus. Eu sou
o S enhor .
A repetição d e diversas leis 15N ão farás injustiça no juízo; não respeitarás o p o ­
FALOU m ais o S enhor a Moisés, dizendo: bre, nem h o n rarás o poderoso; com justiça julga­
■Fala a to d a a congregação dos filhos de rás o teu próxim o.
Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o S enhor l6N ão andarás com o m exeriqueiro en tre o teu
vosso Deus, sou santo. povo; não te porás co n tra o sangue do teu próxim o.
!Cada u m tem erá a sua m ãe e a seu pai, e guardará Eu sou o S enhor .
os m eus sábados. Eu sou o S en h o r vosso Deus. 17N ão odiarás a teu irm ão no teu coração; não dei­
4N ão vos viráreis para os ídolos nem vos fareis d eu ­ xarás de repreender o teu próxim o, e p o r causa dele
ses de fundição. Eu sou o S en h or vosso Deus. não sofrerás pecado.
5E, q u an d o oferecerdes sacrifício pacífico ao l8N ão te vingarás nem guardarás ira co n tra os fi­
S enhor , da vossa pró p ria vontade o oferecereis. lhos do teu povo; m as am arás o teu próxim o com o
6No dia em que o sacrificardes, e no dia seguinte, se a ti m esm o. Eu sou o S enhor .

ramente um preceito do Antigo Testamento, antes, é condena­ çaram mão de uma estratégia: a morosidade (demora). Assim,
da também no Novo Testamento: “Nào erreis: nem os devassos, as mães davam à luz seus filhos sozinhas, e quando as parteiras
nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os chegavam já era tarde, não podiam mais matar as crianças, por­
sodomitas (...) herdarão o reino de Deus' (1Co 6.10). Confira Ro­ que, caso cometessem o ato, eram condenadas à pena de mor­
manos 1.26,27,1 Timóteo 1.10 e Gênesis 19.5-8. te. E, para se livrarem dessa sentença, preferiam apresentar ao rei
"meias-verdades" (Êx 1.19). Ou seja, não revelavam a Faraó que
Nem mentireis, nem usareis de falsidade haviam chegado tarde para o trabalho de parto. O atraso das par­
(19.11) teiras, como vimos, era proposital.
Embora as Escrituras registrem as faltas de pessoas temen­
Ceticismo. Confronta esta passagem com Êxodo
tes a Deus, tais pessoas, porém, jamais as recomendam. O Se­
1.18,19, afirmando que Sifrá e Puá mentiram a Faraó,
nhor Deus não abençoou aquelas mulheres (1.20,21) por terem
transgredindo a lei, mas, mesmo assim. Deus as abençoou,
mentido a Faraó, mas porque foram tementes ao Senhor, pre­
o que implicaria em contradição quanto ao que a Bíblia ensi­
servando o povo hebreu da extinção pelo decreto sanguinário
na a respeito.
do rei egípcio. Neste sentido, se acha consagrado o princípio de
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A ordem do rei era para que que a lealdade ao Senhor nem sempre concorda com as ordens
= as parteiras praticassem o infanticídio contra o povo he­ arbitrárias e injustas dos governantes (ou mandantes) seculares
breu (Êx 1.16). Para evitar a barbaridade do alo, as parteiras lan­ (Rm 13; 1Pe2.17).

131
LEVÍTIC019,20

l9G uardarás os m eus estatutos; não perm itirás que 3■’C om o um n atu ra l en tre vós será o estrangeiro
se ajuntem m isturadam ente os teus anim ais de d i­ que peregrina convosco; am á-lo-ás com o a ti m es­
ferentes espécies; n o teu cam po não sem earás se­ mo, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou
mentes diversas, e não vestirás roupa de diversos es­ o S enhor vosso Deus.
tofos m isturados. 35N ão com etereis injustiça no juízo, nem na vara,
2ÜE, q u an d o u m h om em se deitar com um a m u ­ nem no peso, n em na m edida.
lher que for serva desposada com o u tro hom em , e 36Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him
não for resgatada nem se lhe houver dado liberda­ tereis. Eu sou o S enhor vosso Deus, que vos tirei da
de, então serão açoitados; não m orrerão, pois ela terra do Egito.
não foi libertada. ,7Por isso guardareis to d o s os m eus estatutos, e
2IE, por expiação da sua culpa, trará ao S enhor , à todos os m eus juízos, e os cum prireis. Eu sou o
p o rta da tenda da congregação, u m carneiro da ex­ S enhor .
piação,
22E, com o carneiro da expiação da culpa, o sacer­ As penas de diversos crim es
dote fará propiciação por ele perante o S enhor , pelo FALOU m ais o S enhor a Moisés, dizendo:
pecado que com eteu; e este lhe será perdoado. 2T am bém dirás aos filhos de Israel:
23E, q u an d o tiverdes en trad o na terra, e p la n tar­ Q ualquer que, dos filhos de Israel, o u dos estran ­
des to d a a árvore de com er, ser-vos-á incircunci- geiros que peregrinam em Israel, d er da sua descen­
so o seu fruto; três anos vos será incircunciso; dele dência a M oloque, certam ente m orrerá; o povo da
não se comerá. terra o apedrejará.
24Porém no q uarto ano todo o seu fruto será santo 3E eu porei a m in h a face contra esse hom em , e o ex­
para dar louvores ao S enhor . tirparei do m eio do seu povo, p o rq u an to deu da sua
25E no quinto ano com ereis o seu fruto, para que descendência a M oloque, p ara co n tam in ar o m eu
vos faça aum entar a sua produção. Eu sou o S enhor santuário e profanar o m eu santo nom e.
vosso Deus. 4E, se o povo da terra de algum a m aneira esconder
2hN ão com ereis coisa alguma com o sangue; não os seus olhos daquele h om em , q u an d o der da sua
agourareis nem adivinhareis. descendência a M oloque, para não o m atar,
2rN ão cortareis o cabelo, arredondando os cantos 5E ntão eu po rei a m in h a face co n tra aquele h o ­
da vossa cabeça, nem danificareis as extrem idades m em , e contra a sua família, e o extirparei do m eio
da tua barba. do seu povo, bem com o a todos que forem após ele,
2#Pelos m ortos não dareis golpes na vossa carne; nem prostituindo-se com M oloque.
fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o S enhor. ' Q u an d o alguém se v irar p ara os adivinhadores
2''Não contam inarás a tu a filha, fazendo-a prosti- e encantadores, para se p ro stitu ir co m eles, eu p o ­
tuir-se; para que a terra não se prostitua, nem se en­ rei a m in h a face co n tra ele, e o extirparei do m eio
cha de maldade. do seu povo.
’“Guardareis os m eus sábados, e o m eu santuário 7P ortan to santificai-vos, e sede santos, pois eu sou
reverenciareis. Eu sou o S enhor . o S enhor vosso Deus.
3‘N ão vos viráreis para os adivinhadores e encan­ 8E guardai os m eus estatutos, e cum pri-os. Eu sou
tadores; não os busqueis, contam inando-vos com o S enhor que vos santifica.
eles. Eu sou o S enhor vosso Deus. ‘'Q uan d o um hom em am aldiçoar a seu pai ou a sua
“ D iante das cãs te levantarás, e honrarás a face do m ãe, certam ente m orrerá; am aldiçoou a seu pai ou
ancião; e tem erás o teu Deus. Eu sou o S enhor . a sua mãe; o seu sangue será sobre ele.
,3E q uando o estrangeiro peregrinar convosco na '“T am bém o h o m em qu e ad u lterar com a m u ­
vossa terra, não o oprim ireis. lher de o u tro , havendo ad u lterad o com a m u lh er

Não vos viráreis para os adivinhadores


nosticador, nem feiticeiro [...] nem quem consulte os mortos’
(19.31)
(Ot 19.10,11). Hoje, a adivinhação compreende, entre outras prá­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Deus proibiu a mediu- ticas, a rabdomancia (uso de varas), a radiestesia (uso de pându-
t nidade (contato com os mortos) e a prática de adivinha­
ções: "Entre ti nào se achará (...] nem adivinhador, nem prog-
los), a quiromancia (uso das mãos), a cartomancia (uso de car­
tas) , consulta aos búzios e runas.

132
LEVÍTICO 20,21

do seu próxim o, certam ente m orrerá o adúltero e 25Fareis, pois, diferença entre os anim ais lim pos e
a adúltera. im undos, e entre as aves im undas e as limpas; e as
1 ‘E o hom em que se deitar com a m ulher de seu vossas alm as não fareis abom ináveis p o r causa dos
pai descobriu a nudez de seu pai; am bos certam en­ anim ais, o u das aves, o u de tu d o o que se arrasta so­
te m orrerão; o seu sangue será sobre eles. bre a terra; as quais coisas apartei de vós, para tê-las
1 S em elhantem ente, quando um hom em se deitar po r im undas.
com a sua nora, am bos certam ente m orrerão; fize­ 26E ser-m e-eis santos, p o rq u e eu, o S e n h o r, sou
ram confusão; o seu sangue será sobre eles. santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.
’’Q uando tam bém um hom em se deitar com ou­ 27Q u ando, pois, algum hom em o u m ulher em si ti­
tro hom em , com o com m ulher, am bos fizeram abo­ ver u m espírito de necrom ancia ou espírito de ad i­
m inação; certam ente m orrerão; o seu sangue será vinhação, certam ente m orrerá; serão apedrejados;
sobre eles. o seu sangue será sobre eles.
HE, q u ando um hom em to m ar um a m ulher e a sua
mãe, m aldade é; a ele e a elas queim arão com fogo, Leis acerca dos sacerdotes
para que não haja m aldade no m eio de vós. DEPOIS disse o S enhor a Moisés: Fala aos
1’Q uando tam bém u m h om em se deitar com um sacerdotes, filhos de Arão, e dize-lhes: O sa­
anim al, certam ente m orrerá; e m atareis o animal. cerdote não se contam inará p o r causa de u m m o r­
1 T am b ém a m ulher que se chegar a algum animal, to entre o seu povo,
p ara ajuntar-se com ele, aquela m u lh er m atarás 2Salvo p o r seu parente mais chegado: p o r sua mãe,
bem assim com o o anim al; certam ente m orrerão; e p o r seu pai, e p o r seu filho, e p o r sua filha, e p o r
o seu sangue será sobre eles. seu irm ão.
I7E, q u an d o u m h om em to m a r a sua irm ã, filha 3E p o r sua irm ã virgem , chegada a ele, que ainda
de seu pai, ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e não teve m arido; p o r ela tam bém se contam inará.
ela a sua, torpeza é; p o rtan to serão extirpados aos 4Ele sendo principal entre o seu povo, não se co n ­
olhos dos filhos do seu povo; descobriu a nudez de tam inará, pois que se profanaria.
sua irm ã, levará sobre si a sua iniqüidade. 5N ão farão calva n a sua cabeça, e não rap arão as
' SE, quando um hom em se deitar com um a m ulher extrem idades da sua b arb a, nem d arão golpes na
no tem po da sua enferm idade, e descobrir a sua n u ­ sua carne.
dez, descobrindo a sua fonte, e ela descobrir a fon­ 6Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nom e
te do seu sangue, am bos serão extirpados do meio do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do
do seu povo. Senhor , e o pão do seu Deus; portanto serão santos.
‘‘'Tam bém a nudez da irm ã de tua mãe, o u da irm ã 7N ão to m arão m u lh er p ro stitu ta o u desonrada,
de teu pai não descobrirás; p o rq u an to descobriu a nem to m arão m u lh er rep u d iad a de seu m arido;
sua parenta, sobre si levarão a sua iniqüidade. pois santo é a seu Deus.
2HQ uan do tam bém um hom em se deitar com a sua “P ortanto o santificarás, p o rq u an to oferece o pão
tia descobriu a nudez de seu tio; seu pecado sobre si do teu Deus; santo será p ara ti, pois eu, o S e n h o r que
levarão; sem filhos m orrerão. vos santifica, sou santo.
2IE quando um hom em to m ar a m ulher de seu ir­ 9E quando a filha de um sacerdote com eçar a prosti­
mão, im undícia é; a nudez de seu irm ão descobriu; tuir-se, profana a seu pai; com fogo será queimada.
sem filhos ficarão. I0E o sum o sacerdote entre seus irm ãos, sobre cuja
22G uardai, pois, todos os m eus estatutos, e todos os cabeça foi d erram ad o o azeite da unção, e que for
meus juízos, e cum pri-os, para que não vos vom ite a consagrado p ara vestir as vestes, não descobrirá a
terra, para a qual eu vos levo para habitar nela. sua cabeça nem rasgará as suas vestes;
23E não andeis nos costum es das nações que eu ex­ 11E não se chegará a cadáver algum , nem p o r causa
pulso de diante de vós, p orque fizeram todas estas de seu pai nem p o r sua m ãe se contam inará;
coisas; p ortanto fui enfadado deles. 12N em sairá do santuário, para que não profane o
2,,E a vós vos ten h o dito: Em herança possuireis a santuário do seu Deus, pois a coroa do azeite da u n ­
sua terra, e eu a darei a vós, para a possuirdes, terra ção do seu D eus está sobre ele. Eu sou o Senho r .
que m ana leite e mel. Eu sou o S e n h o r vosso Deus, I3E ele tom ará p o r esposa um a m u lh er n a sua vir­
que vos separei dos povos. gindade.

133
LEVÍTICO 21,22

14Viúva, ou repudiada o u desonrada ou p ro stitu ­ ’O u qualquer que tocar a algum réptil, pelo qual
ta, estas não tom ará; mas virgem do seu povo tom a­ se fez im undo, o u a algum hom em , pelo qual se fez
rá p o r mulher. im undo, segundo toda a sua im undícia;
’’E não profanará a sua descendência entre o seu 60 hom em que o to car será im u n d o até à tarde,
povo; porque eu sou o Se n h o r que o santifico. e não com erá das coisas santas, m as banhará a sua
16Falou m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo: carne em água.
17Fala a Arão, dizendo: N inguém da tu a descen­ "E havendo-se o sol já posto, então será lim po, e
dência, nas suas gerações, em que houver algum de­ depois com erá das coisas santas; p o rq u e este é o
feito, se chegará a oferecer o pão do seu Deus. seu pão.
l8Pois n e n h u m h om em em quem houver algu­ "O corpo m o rto e o dilacerado não com erá, para
m a deform idade se chegará; como hom em cego, ou que não se contam ine com ele. Eu sou o Se nho r .
coxo, o u de nariz chato, o u de m em bros dem asiada­ ’G uardarão, pois, o m eu m andam ento, p ara que
m ente com pridos, p o r isso não levem pecado, e m o rram nele, haven-
l9O u h o m em que tiver quebrado o pé, ou a m ão do-o profanado. Eu sou o Sen h o r que os santifico.
quebrada, luT am bém n e n h u m estran h o com erá das coisas
20O u corcunda, o u anão, o u que tiver defeito no santas; nem o hóspede do sacerdote, nem o diarista
olho, o u sarna, o u im pigem , o u que tiver testícu­ com erá das coisas santas.
lo m utilado. 11 Mas q uando o sacerdote com prar algum a pessoa
2lN en h um h o m em da descendência de Arão, o com o seu dinheiro, aquela com erá delas, e os nasci­
sacerdote, em quem houver algum a deform idade,
dos na sua casa, estes com erão do seu pão.
se chegará p ara oferecer as ofertas queim adas do
12E, q uando a filha do sacerdote se casar com h o ­
Se n h o r ; defeito nele há; não se chegará para ofere­
m em estranho, ela não com erá da oferta das coi­
cer o pão do seu Deus.
sas santas.
22Ele com erá do pão do seu Deus, tanto do santís­
1 ’Mas q u an d o a filha do sacerdote for viúva ou re­
sim o com o do santo.
pudiada, e não tiver filho, e se houver to rn ad o à casa
2,Porém até ao véu não entrará, nem se chegará ao
de seu pai, com o na sua m ocidade, do pão de seu pai
altar, p o rquanto defeito há nele, para que não p ro ­
com erá; m as n en h u m estranho com erá dele.
fane os m eus santuários; po rq u e eu sou o Se n h o r
I4E q u an d o alguém p o r erro com er a coisa santa,
que os santifico.
sobre ela acrescentará um a q u in ta parte, e a dará ao
24E Moisés falou isto a Arão e a seus filhos, e a todos
sacerdote com a coisa santa.
os filhos de Israel.
15Assim não profanarão as coisas santas dos filhos
de Israel, que oferecem ao Sf.nh o r ,
Leis acerca dos sacerdotes
l6N em os farão levar a in iq ü id ad e da culpa, co­
DEPOIS falou o Se n h o r a M oisés, dizen­
do: m end o as suas coisas santas; pois eu sou o S enho r
2Dize a Arão e a seus filhos que se apartem das coi­ que as santifico.
sas santas dos filhos de Israel, que a m im m e santi­
ficam, p ara que não profanem o m eu santo nom e. Leis acerca dos sacrifícios
Eu sou o Senho r . l7Falou m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo:
3D ize-lhes: Todo o hom em , que en tre as vossas l8Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de
gerações, de toda a vossa descendência, se chegar Israel, e dize-lhes: Q ualquer que, da casa de Israel,
às coisas santas que os filhos de Israel santificam o u dos estrangeiros em Israel, oferecer a sua oferta,
ao Se n h o r , te n d o sobre si a sua im undícia, aq u e­ quer dos seus votos, q uer das suas ofertas voluntá­
la alm a será extirpada de diante da m inha face. Eu rias, que oferecem ao Se n h o r em holocausto,
sou o Senhor . ‘“Segundo a sua vontade, oferecerá m acho sem d e­
4N inguém da descendência de Arão, que for lepro­ feito, o u dos bois, ou dos cordeiros, o u das cabras.
so, ou tiver fluxo, com erá das coisas santas, até que 20N en h u m a coisa em que haja defeito oferecereis,
seja lim po; com o tam bém o que tocar algum a coi­ porqu e não seria aceita em vosso favor.
sa im u n d a de cadáver, o u aquele de que sair sêmen 2IE, q u an d o alguém oferecer sacrifício pacífico ao
da cópula, Se n h o r , separando d o sb o is o u d a s ovelhas um voto,

134
LEVÍTICO 22,23

ou oferta voluntária, sem defeito será, para que seja lenidades do S enhor , qu e convocareis, serão santas
aceito; n enhum defeito haverá nele. convocações; estas são as m inhas solenidades:
220 ceg o , o u q u e b r a d o , o u a le ija d o , o v e rru g o s o ,
o u sa rn o s o , o u c h e io d e im p ig e n s , e ste s n ã o o fe re ­ O sábado
c ere is ao S enhor , e d e le s n ã o p o r e is o f e rta q u e im a ­ 3Seis dias trab alh o se fará, m as o sétim o dia será
d a a o Sen h or s o b re o a lta r. o sábado do descanso, santa convocação; n enhum
23Porém boi, ou gado m iúdo, com prido o u curto trabalho fareis; sábado do S enhor é em todas as vos­
de m em bros, poderás oferecer poroferta voluntária, sas habitações.
m as p o r voto não será aceito.
240 m a c h u c a d o , o u m o íd o , o u d e s p e d a ç a d o , o u A páscoa
c o r ta d o , n ã o o fe re c e re is a o S en h o r ; n ã o fa re is isto 4Estas são as solenidades do Senhor , as santas convo­
n a v o ssa te rra . cações, que convocareis ao seu tem po determ inado:
2,T am bém da m ão do estrangeiro nen h u m ali­ 5No mês prim eiro, aos catorze do mês, pela tarde,
m ento oferecereis ao vosso Deus, de todas estas coi­ é a páscoa do S enhor .
sas, pois a sua corrupção está nelas; defeito nelas há; 6E aos quinze dias deste m ês é a festa dos pães ázi­
não serão aceitas em vosso favor. m os do S en h o r ; sete dias com ereis pães ázimos.
26Falou m ais o S enhor a Moisés, dizendo: 7No prim eiro dia tereis santa convocação; n enhum
27Q uan do nascer o boi, o u cordeiro, o u cabra, sete trabalho servil fareis;
dias estará debaixo de sua mãe; depois, desde o o i­ 8Mas sete dias oferecereis oferta q u eim ada ao
tavo dia em diante, será aceito p o r oferta queim a­ S en h o r ; ao sétim o dia haverá santa convocação; n e­
da ao S enhor . nhum trabalho servil fareis.
28Tam bém boi o u gado m iúdo, a ele e a seu filho
não degolareis no m esm o dia. As prim ícias
29E, q u a n d o o fe re c e rd e s sa c rifíc io s d e lo u v o re s a o 9E falou o S enhor a Moisés, dizendo:
S enhor , o o fe re c e re is d a v o ssa v o n ta d e . l0Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q u an d o h o u ­
30N o m esm o dia se com erá; dele nada deixareis fi­ verdes en trad o na terra, que vos hei de dar, e fizer­
car até pela m anhã. Eu sou o S enhor . des a sua colheita, então trareis um m olho das p ri­
3'P or isso guardareis os m eus m andam entos, e os mícias da vossa sega ao sacerdote;
cum prireis. Eu sou o S enhor . 11E ele m overá o m olho p erante o S enhor , para que
32E não profanareis o m eu santo nom e, para que eu sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote
seja santificado no m eio dos filhos de Israel. Eu sou o moverá.
o S enhor que vos santifico; I2E no dia em que m overdes o m olho, preparareis
33Q ue vos tirei da terra do Egito, p ara ser o vosso um cordeiro sem defeito, de u m ano, em holocaus­
Deus. Eu sou o Senhor . to ao S enhor ,
13E a sua oferta de alim entos, será de duas dízimas
A s festas solenes do S e n h o r de flor de farinha, am assada com azeite, para oferta
DEPOIS falou o S enhor a Moisés, dizendo: queim ada em cheiro suave ao S enhor , e a sua liba­
2Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As so- ção será de vinho, um q u arto de him.

O sétimo dia será o sábado do descanso não ferver ou assar comida (Êx 16.23); guardar o sábado den­
(23.3) tro de casa (Êx 16.29); não acender fogo (êx 35.3); não fazer via­
gens (Ne 10.31); não carregar peso (Jr 17.21); não fazer transa­
(JY?) Adventlsmo do Sétimo Dia. Usa este texto para ensinar
ções comerciais (Am 8.5).
\ÍJ-U que a guarda do sábado é um procedimento necessário
Os defensores da observância do sábado, como um proce­
à salvação.
dimento necessário para a salvação, ignoram os ensinos do
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os cristãos, segundo o tes­ Novo Testamento a respeito desse dia (Mt 12.1-13; At 15.1,10; Cl
temunho claro do Novo Testamento, estão livres da obser­ 2.16,17). Em verdade, estão colocando sua esperança em suas
vância do sábado (Cl 2.16,17). De fato. a tentativa de reconcilia­ próprias obras e não na obra redentora de Cristo (Rm 3.28; Gl
ção com Deus por meio de obras implica a nulidade da obra de 2.16; Gl 3.10.11). Estão ensinando a outros o que eles mesmos
Cristo e a obrigatoriedade de se guardar toda a lei (Gl 5.2,3). As­ não praticam (Mt 23.15; At 15.1,10; Rm2.21). E, por conta disso,
sim, aqueles que consideram ser importante guardar o sábado tornam-se culpados da própria lei. pois não a cumprem integral­
devem julgar se estão fazendo isso da maneira que a lei no Anti­ mente. atraindo sobre si mesmos a maldição da lei (Dt 27.11—
go Testamento prescrevia: não sair de casa no sábado (Èx 16 .29); 28.1 -68; Js 24.19,20; Gl 5.1 -5; Tg 1.23; 2.10).

135
LEVÍTICO 23

' 4E não com ereis pão, nem trigo tostado, nem espi­ 25N enhum trab alh o servil fareis, m as oferecereis
gas verdes, até aquele m esm o dia em que trouxerdes oferta queim ada ao S enhor .
a oferta do vosso Deus; estatuto perpétuo d por vos­
sas gerações, em todas as vossas habitações. O dia da expiação
1 ’D epois para vós contareis desde o dia seguinte ao 26Falou m ais o S en h or a Moisés, dizendo:
sábado, desde o dia em que trouxerdes o m olho da 27Mas aos dez dias desse sétim o mês será o dia da
oferta m ovida; sete sem anas inteiras serão. expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vos­
16Até ao dia seguinte ao sétim o sábado, contareis sas almas; e oferecereis oferta queim ada ao S enhor .
cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de ali­ -*E naquele m esm o dia n en h u m trab alh o fareis,
m entos ao S enhor . p orque é o dia da expiação, para fazer expiação por
17Das vossas habitações trareis dois pães de m ovi­ vós perante o S en h or vosso Deus.
m ento; de duas dízim as de farinha serão, levedados 2I>Porque to d a a alm a, que naquele m esm o dia se
não afligir, será extirpada do seu povo.
se cozerão; prim ícias são ao S enhor .
30Tam bém toda a alma, que naquele m esm o dia fi­
1 “T am bém com o pão oferecereis sete cordeiros
zer algum trabalho, eu a destruirei do m eio do seu
sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois car­
povo.
neiros; holocausto serão ao S enhor , com a sua ofer­
3' N enhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é p e­
ta de alim entos, e as suas libações, por oferta quei­
las vossas gerações em todas as vossas habitações.
m ada de cheiro suave ao S enhor .
32Sábado de descanso vos será; então afligireis as
'T a m b é m oferecereis um bode para expiação do
vossas almas; aos nove do mês à tarde, de u m a tarde
pecado, e dois cordeiros de um ano p o r sacrifício
a ou tra tarde, celebrareis o vosso sábado.
pacífico.
33E falou o S en h or a Moisés, dizendo:
“ Então o sacerdote os m overá com o pão das p ri­
34Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias
mícias por oferta m ovida perante o S enhor , com os deste m ês sétim o será a festa dos tab ern ácu lo s ao
dois cordeiros; santos serão ao S en h or para uso do S enhor p o r sete dias.
sacerdote. 35Ao p rim eiro dia haverá santa convocação; n e­
2IE naquele m esm o dia apregoareis que tereis san­ n h u m trabalho servil fareis.
ta convocação; n enhum trabalho servil fareis; esta­ 36Sete dias oferecereis ofertas queim adas ao
tu to perpétuo é em todas as vossas habitações pelas S en h o r ; ao oitavo dia tereis santa convocação, e ofe­
vossas gerações. recereis ofertas queim adas ao S en h o r ; dia de proibi­
22E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não ção é, n enhum trabalho servil fareis.
acabarás de segar os cantos do teu cam po, nem colhe­ 37Estas são as solenidades do S en h or , qu e ap re­
rás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o goareis p ara santas convocações, p ara oferecer ao
estrangeiro as deixarás. Eu sou o S enhor vosso Deus. S en h or oferta queim ada, holocausto e oferta de ali­
23E falou o S en h or a Moisés, dizendo: m entos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia
24Fala aos filhos de Israel, dizendo: N o mês sétimo, próprio;
ao prim eiro do mês, tereis descanso, m em orial com 38Além dos sábados do S enhor , e além dos vos­
sonido de trom betas, santa convocação. sos dons, e além de todos os vossos votos, e além

Estas são as solenidades do S enhor sábados do Senhor', o que deixa claro que esses sábados não
(23.37,38) estavam incluídos nas solenidades do versículo 37.
Quando o apóstolo Paulo declara: "Portanto, ninguém vos jul­
(Ty?i Adventlsmo do Sétimo Dia. Segundo interpreta, estas so-
gue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de fes­
\31Ü lenidades ou festas se referiam aos sábados cerimoniais ou ta, ou da lua nova. ou dos sábados, que são sombras das coi­
festas anuais, já abolidos, e não à observância do sábado sema­
sas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Cl 2.16,17), seu objetivo
nal. E fundamenta sua teoria em Colossenses 2.16.
é nos mostrar, com clareza, que. na cruz, os dias de festa (cha­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: De acordo com o texto em mados pelos adventistas de “sábados anuais ou cerimoniais")
referência, o número de festas dos judeus era sete: Asmos, e os sábados semanais (indicados pela palavra sábados) fo­
Páscoa, Pentecostes (ou Primícias), Trombetas, Expiação e Ta­ ram abolidos.
bernáculos (que se dividia em duas, primeiro e último dia). Todas Em verdade, o sábado semanal era uma sombra (um tipo) que
elas são indicadas no versículo 37, que diz: “Estas são as soleni­ apontava para o verdadeiro descanso que desfrutamos em Cris­
dades [ou festas] do Senhor”. Mas o versículo 38 acrescenta: “Os to (Comparar Is 11.10 com Mt 11.28-30).

136
LEVÍTICO 23,24

d e t o d a s a s v o ssa s o f e r ta s v o lu n tá r ia s , q u e d a r e is “Em cada dia de sábado, isto se p o rá em o rd em


a o S en h or . perante o S en h o r co n tin u am en te, pelos filhos de
wPorém aos quinze dias do mês sétim o, quando ti­ Israel, p o r aliança perpétua.
verdes recolhido do fruto da terra, celebrareis a festa 9E será de Arão e de seus filhos, os quais o com e­
do S enhor por sete dias; no prim eiro dia haverá des­ rão no lugar santo, p o rq u e um a coisa santíssim a é
canso, e no oitavo dia haverá descanso. para eles, das ofertas queim adas ao S enhor , p o r es­
40E n o prim eiro dia tom areis para vós ram os de tatuto perpétuo.
form osas árvores, ram os de palm eiras, ram os de ár­
vores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos ale­ A p ena do pecado d e blasfêm ia
grareis perante o S enhor vosso Deus p or sete dias. l0E apareceu, no meio dos filhos de Israel o filho de
4IE c e le b ra re is e s ta fe s ta a o S en h or p o r se te d ia s um a m u lh er israelita, o qual era filho de um hom em
c a d a a n o ; e s ta tu to p e r p é tu o é p e la s v o ssas g e ra ç õ e s; egípcio; e o filho da israelita e u m hom em israelita
n o m ê s s é tim o a c e le b ra re is . discutiram no arraial.
4'Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais "E n tã o o filho da m u lh er israelita blasfem ou o
em Israel habitarão em tendas; nom e do S enhor , e o am aldiçoou, p o r isso o trouxe­
43Para que saibam as vossas gerações que eu fiz ha­ ram a Moisés; e o nom e de sua m ãe era Selomite, fi­
bitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da lha de D ibri, da trib o de Dã.
terra do Egito. Eu sou o S en h or vosso Deus. ,2E eles o puseram na prisão, até que a vontade do
44Assim p ro n u n cio u Moisés as solenidades do S en h or lhes pudesse ser declarada.
S enhor aos filhos de Israel. I3E falou o S enhor a Moisés, dizendo:
l4Tira o que tem blasfem ado para fora do arraial; e
A lei acerca das lâm padas todos os que o ouviram p orão as suas m ãos sobre a
E FALOU o S en h or a Moisés, dizendo: sua cabeça; então toda a congregação o apedrejará.
^Ordena aos filhos de Israel que te tragam I5E aos filhos de Israel falarás, dizendo: Q u alq u er
azeite de oliveira, puro, batido, para a lum inária, que am ald iço ar o seu D eus, levará sobre si o seu
para m anter as lâm padas acesas continuam ente. pecado.
3A rã o as p o r á e m o r d e m p e r a n te o S e n h o r c o n ti ­ I(>E aquele que blasfem ar o nom e do S enhor , cer­
n u a m e n te , d e s d e a ta r d e a té à m a n h ã , fo ra d o v é u tam ente m orrerá; toda a congregação certam ente o
d o te s te m u n h o , n a te n d a d a c o n g re g a ç ã o ; e s ta tu to apedrejará; assim o estran g eiro co m o o n atu ral,blas­
p e r p é tu o è p e la s v o ssas g e ra ç õ e s. fem ando o nom e do S enhor , será m orto.
4Sobre o candelabro de ouro p u ro p orá em ordem 17E quem m atar a alguém certam ente m orrerá.
as lâm padas perante o S enhor continuam ente. l8Mas qu em m atar um anim al, o restitu irá, vida
p o r vida.
O pão para a »tesa do S exhor l9Q uan d o tam bém alguém desfigurar o seu próxi­
’Também tom arás da flor de farinha, e dela cozerás mo, com o ele fez, assim lhe será feito:
doze pães; cada pão será de duas dízimas de um efa. ■“ Q u eb rad u ra p o r q u eb ra d u ra , olho p o r olho,
6E o s p o r á s e m d u a s file iras, se is e m cada file ira , s o ­ dente p o r dente; com o ele tiver desfigurado a al­
b r e a m e s a p u r a , p e r a n te o S e n h o r. gum hom em , assim se lhe fará.
7E s o b r e cada file ira p o r á s in c e n s o p u r o , p a r a q u e 21Q uem , pois, m atar um anim al, restitui-lo-á, mas
seja, p a r a o p ã o , p o r o f e rta m e m o r ia l; o f e rta q u e i­ quem m atar um ho m em será m orto.
m a d a é a o S e n h o r. 22U m a m esm a lei tereis; assim será para o estran-

Vlda por vida nição é que demonstra a distinção entre a vida (ou alma) dos ho­
(24.17,18) mens e a dos animais. Não há como restituir a vida humana, por
isso o agressor deve pagar com sua própria vida. Já a perda de
Testemunhas de Jeová. Segundo afirmam, o homem e o
um animal pode ser restitufda por outro.
animal sáo a mesma coisa, diferindo apenas no fato de o
A diferenciação das penas esclarece que o ser humano tem
homem ser racional. São aniquilacionistas. Ou seja, não crêem
uma dignidade peculiar, está acima de todas as demais criatu­
na sobrevivência da alma.
ras. O ensino da imortalidade da alma é bem claro na Escritura:
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em estudo usa o ter- “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma;
«=> mo "vida" ou “alma” , que no hebraico é nephesh, para se temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e
referir ao homem e ao animal como seres vivos. A diferença na pu­ o corpo" (Mt 10.28).

137
LEVÍTICO 24,25

geiro com o para o natural; pois eu som o S enhor vos ­ ''Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás pas­
so Deus. sar a trom beta do jubileu; n o dia da expiação fareis
23E disse Moisés, aos filhos de Israel que levas­ passar a trom beta p o r toda a vossa terra,
sem o que tinha blasfem ado para fora do arraial, e 1()E santificareis o an o qiiinquagésim o, e aprego­
o apedrejassem ; e fizeram os filhos de Israel com o o areis liberdade na terra a todos os seus m oradores;
S en h or ordenara a Moisés. ano de jubileu vos será, e tornareis, cada u m à sua
possessão, e cada u m à sua família.
O ano sabático 1 'O ano qüinquagésim o vos será jubileu; n ão se­
FALOU m ais o S enhor a Moisés no m onte meareis nem colhereis o que nele nascer de si m es­
Sinai, dizendo; m o, nem nele vindim areis as uvas das separações,
2Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q u ando tiver­ 1 •’Porque jubileu é, santo será p ara vós; a novidade
des en trado na terra, que eu vos dou, então a terra do cam po comereis.
descansará u m sábado ao S enhor .
l3N este ano do jubileu to rn areis cada u m à sua
3Seis anos sem earás a tu a terra, e seis anos podarás
possessão.
a tua vinha, e colherás os seus frutos;
I4E q u ando venderdes algum a coisa ao vosso p ró ­
4Porém ao sétim o ano haverá sábado de descanso
xim o, ou a com prardes da m ão do vosso próxim o,
para a terra, um sábado ao S en h o r ; não sem earás o
ninguém engane a seu irm ão;
teu cam po nem podarás a tua vinha.
l5C onform e ao n ú m ero dos anos, desde o jubileu,
’O que nascer de si m esm o da tua sega, não colhe­
com prarás ao teu próxim o; e conform e o n úm ero
rás, e as uvas da tua separação não vindim arás; ano
dos anos das colheitas, ele a venderá a ti.
de descanso será para a terra.
6Mas os frutos do sábado da terra vos serão p o r ali­ l6C onform e se m u ltip liq u em os anos, a u m en ta­
m ento, a ti, e ao teu servo, e à tu a serva, e ao teu dia­ rás o seu preço, e conform e à dim inuição dos anos
rista, e ao estrangeiro que peregrina contigo; abaixarás o seu preço; porque conforme o núm ero
7E ao teu gado, e aos teus anim ais, que estão na tua das colheitas é que ele te vende.
terra, todo o seu prod u to será p o r m antim ento. l;N inguém , pois, engane ao seu próxim o; m as te­
rás tem o r do teu Deus; porque eu sou o S en h or vos­
O ano do ju b ile u so Deus.
T am b ém contarás sete sem anas de anos, sete vezes I8E observareis os m eus estatutos, e guardareis os
sete anos; de m aneira que os dias das sete sem anas m eus juízos, e os cum prireis; assim habitareis se­
de anos te serão quarenta e nove anos. guros na terra.

Sete semanas de anos bado de descanso para a terra" (v. 3,4). Ao final de 49 anos, ou
(25.8) sete semanas de anos, havia o Ano do jubileu, celebrado com o
perdão das dívidas, libertação de escravos e devolução das pos­
Testemunhas de Jeová. O segundo presidente da Socie­
ses (v. 10,13,14).
dade Torre de Vigia, Joseph F. Rutherford, multiplicou o pe­
O Ano do Jubileu tinha por objetivo prevenir ou, ao menos, pór
ríodo de cinqüenta anos entre cada jubileu pelos setenta anos de
limites à opressão (v. 14,17), e figurava também o tempo da gra­
servidão sob o império babilónico e chegou à conclusão de que,
ça e do perdão trazido por Cristo para toda a humanidade: “Eis
em 1925, ocorreria a ressurreição corporal dos príncipes:
aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação"
'Simplesmente calculou que estes júbilos de cinqüenta anos
(2Co 6.2; ver Hb 4.16).
cada um dará o total de 3500 anos [...] Portanto, podemos se­
O não-cumprimento da profecia de Rutherford mostra que ele
guramente esperar que 1925 marcará a volta às condições de
foi reprovado no teste bíblico do verdadeiro profeta (Dt 18.20-
perfeição humana de Abraáo, Isaque, Jacó e antigos fiéis, es­
22; Jr 23.32).
pecialmente esses mencionados pelo apóstolo no capítulo onze
de Hebreus", Catolicismo Romano. Declarou que 2000 seria o "ano do
Estava tão certo de que sua profecia se cumpriria que chegou jubileu’ que proclamaria indulgências plenárias aos fiéis.
a comprar uma mansão em San Diego, Califórnia, à qual deu o
, _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não existe identidade entre o
nome de Beth Sarim (Casa dos príncipes), para abrigar os fiéis do
■=■ jubileu católico romano e o jubileu bíblico. As indulgências
Antigo Testamento que ressuscitariam em tal data.
constituem cancelamento de pecados de quem vai a Roma. É o pe­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Além do descanso sema­ cado de simonia (o que se refere ao ato de Simão, o mago, que pre­
nal para homens livres ou escravos e animais emprega­ tendeu comprar de Pedro o dom de conferir o Espírito Santo), apon­
dos no trabalho, a lei mosaica previa o descanso da terra: "Seis tado por Pedro em Atos 8.18-23. A salvação é gratuita, pela fé em
anos semearás a tua terra [...] Porém ao sétimo ano haverá sá­ Cristo: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé" (Ef 2.8).

138
LEVÍTICO 25

19E a terra dará o seu fruto, e com ereis a fartar, e decaírem, então sustentá-lo-ás, com o estrangeiro e
nela habitareis seguros. peregrino viverá contigo.
20E se disserdes: Q ue com erem os no ano sétimo? 36N ão tom arás dele juros, nem ganho; m as do teu
eis que n ão havem os de sem ear nem fazer a n o s­ Deus terás tem or, para que teu irm ão viva contigo.
sa colheita; 37N ão lhe darás teu dinheiro com usura, nem d a­
2' Então eu m andarei a m inha bênção sobre vós no rás do teu alim ento p o r interesse.
sexto ano, para que dê fruto po r três anos, 38Eu sou o S e n h o r v o ss o Deus, que vos tirei da ter­
22E no oitavo ano semeareis, e com ereis da colhei­ ra do Egito, para vos d ar a terra de C anaã, para ser
ta velha até ao ano nono; até que venha a nova co­ vosso Deus.
lheita, com ereis a velha. 39Q u an d o tam bém teu irm ão em pobrecer, estan­
23Tam bém a terra não se venderá em perpetuida­ do ele contigo, e vender-se a ti, não o farás servir
de, p orque a terra é m inha; pois vós sois estrangei­ com o escravo.
ros e peregrinos comigo. 40C om o diarista, com o peregrino estará contigo;
24Portanto em toda a terra da vossa possessão da­ até ao ano do jubileu te servirá;
reis resgate à terra. 4' Então sairá do teu serviço, ele e seus filhos com ele,
2,Q uando teu irm ão em pobrecer e vender alguma e tornará à sua família e à possessão de seus pais.
parte da sua possessão, então virá o seu resgatador, 42Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito;
seu parente, e resgatará o que vendeu seu irmão. não serão vendidos com o se vendem os escravos.
26E se alguém não tiver resgatador, porém conse­ 43N ão te assenhorearás dele com rigor, m as do teu
Deus terás tem or.
guir o suficiente para o seu resgate,
44E qu anto a teu escravo ou a tu a escrava que tive­
27Então contará os anos desde a sua venda, e o que
res, serão das nações que estão ao redor de vós; d e­
ficar restituirá ao hom em a quem a vendeu, e to rn a ­
les com prareis escravos e escravas.
rá à sua possessão.
4'’Tam bém os com prareis dos filhos dos forasteiros
28Mas se não conseguir o suficiente para restituir-
que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias
lha, então a que fo i vendida ficará n a m ão do com ­
que estiverem convosco, que tiverem gerado na vos­
p rad o r até ao ano do jubileu; porém no ano do ju ­
sa terra; e vos serão p o r possessão.
bileu sairá, e ele tornará à sua possessão.
46E possuí-los-eis p o r herança p ara vossos filhos
29E, quando alguém vender um a casa de m oradia
depois de vós, para herdarem a possessão; p erp e tu ­
em cidade m urada, então poderá resgatá-la até que
am ente os fareis servir; m as sobre vossos irm ãos, os
se cu m p ra o ano da sua venda; d uran te um ano in­
filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor,
teiro será lícito o seu resgate.
uns sobre os outros.
!l)Mas, se, cum prindo-se-lhe um ano inteiro, ainda
47E se o estrangeiro ou peregrino que está contigo
não for resgatada, então a casa, que estiver na cida­ alcançar riqueza, e teu irm ão, que está com ele, em ­
de que tem m uro, em perpetuidade ficará ao que a pobrecer, e vender-se ao estrangeiro ou peregrino que
com prou, pelas suas gerações; não sairá no jubileu. está contigo, ou a alguém da família do estrangeiro,
3'M as as casas das aldeias que não têm m uro ao re­ 48D epois que se houver vendido, haverá resgate
dor, serão estim adas com o o cam po da terra; para para ele; um de seus irm ãos o poderá resgatar;
elas haverá resgate, e sairão no jubileu. 49O u seu tio, ou o filho de seu tio o poderá resga­
32Mas, no tocante às cidades dos levitas, às casas das tar; ou u m dos seus parentes, da sua família, o p o ­
cidades da sua possessão, direito perpétuo de resga­ derá resgatar; ou, se alcançar riqueza, se resgatará a
te terão os levitas. si mesm o.
33E se alguém com prar dos levitas, um a casa, a casa 50E acertará com aquele q u e o com prou, desde o
com prada e a cidade da sua possessão sairão do p o ­ ano que se vendeu a ele até ao ano do jubileu, e o p re­
der do com prador no jubileu; porque as casas das ço da sua venda será conform e o núm ero dos anos;
cidades dos levitas são a sua possessão n o m eio dos conform e os dias de u m diarista estará com ele.
filhos de Israel. 5‘Se ainda faltarem m uitos anos, conform e a eles
í4Mas o cam po do arrabalde das suas cidades não restituirá, p ara seu resgate, p arte do dinheiro pelo
se venderá, porque lhes é possessão perpétua. qual foi vendido,
35E, quando teu irm ão em pobrecer, e as suas forças 52E se ainda restarem poucos anos até ao ano do

139
LEVÍTICO 25,26

jubileu, então fará contas com ele; segundo os seus 8Cinco de vós perseguirão a um cento deles, e cem
anos restituirá o seu resgate. de vós perseguirão a dez mil; e os vossos inim igos
,JC o m o diarista, de ano em ano, estará com ele; cairão à espada diante de vós.
não se assenhoreará sobre ele com rigor diante dos 9E para vós olharei, e vos farei frutificar, e vos m u l­
teus olhos. tiplicarei, e confirm arei a m inha aliança convosco.
,4E, se desta sorte não se resgatar, sairá no ano do I0E com ereis da colheita velha, há m u ito tem p o
jubileu, ele e seus filhos com ele. guardada, e tirareis fora a velha p o r causa da nova.
" P o rq u e os filhos de Israel m e são servos; m eus 11E porei o m eu tabernáculo no m eio de vós, e a m i­
servos são eles, que tirei da terra do Egito. Eu sou o nha alm a de vós não se enfadará.
S enhor vosso Deus. 1 -E andarei no m eio de vós, e eu vos serei p o r Deus,
e vós m e sereis p o r povo.
M a ndam entos 13Eu sou o S en h or vosso Deus, que vos tirei da ter­
NÃO fareis para vós fdolos, nem vos levan­ ra dos egípcios, para que não fôsseis seus escravos;
tareis im agem de escultura, nem estátua, e quebrei os tim ões do vosso jugo, e vos fiz andar
nem poreis pedra figurada na vossa terra, para incli­ eretos.
nar-vos a ela; porque eu sou o S en h or vosso Deus.
2G uardareis os m eus sábados, e reverenciareis o A d vertên cia s para os desobedientes
m eu santuário. Eu sou o S enhor . MMas, se não m e ouvirdes, e não cum prirdes todos
estes m andam entos,
Promessas -para os obedientes 1,E se rejeitardes os m eus estatutos, e a vossa alm a
ASe andardes nos m eus estatutos, e guardardes os se enfadar dos m eus juízos, não cu m p rin d o to ­
m eus m andam entos, e os cum prirdes, dos os m eus m an d am en to s, p ara invalidar a m i­
4Então eu vos darei as chuvas a seu tem po; e a ter­ nha aliança,
ra dará a sua colheita, e a árvore do cam po dará o w’Então eu tam bém vos farei isto: porei sobre vós
seu firuto; terror, a tísica e a febre ardente, que consum am os
’E a debulha se vos chegará à vindim a, e a vin d i­ olhos e ato rm en tem a alma; e sem eareis em vão a
m a se chegará à sem enteira; e com ereis o vosso pão vossa sem ente, pois os vossos inim igos a com erão.
a fartar, e habitareis seguros na vossa terra. I7E porei a m inha face contra vós, e sereis feridos
''Também darei paz na terra, e dorm ireis seguros, e diante de vossos inim igos; e os que vos odeiam , de
não haverá quem vos espante; e farei cessar os ani­ vós se assenhorearão, e fugireis, sem ninguém vos
mais nocivos da terra, e pela vossa terra não passa­ perseguir.
rá espada. I8E, se ainda com estas coisas não m e ouvirdes, en ­
"E perseguireis os vossos inim igos, e cairão à espa­ tão eu prosseguirei a castigar-vos sete vezes mais,
da diante de vós. po r causa dos vossos pecados.

Guardareis os meus sábados [...] a terra folgará Comparemos, agora, Números 28.3,6 (“E dir-lhes-ás: Esta é a
nos seus sábados oferta queimada que oferecereis ao SENHOR: dois cordeiros de
(26.2,34) um ano, sem defeito, cada dia, em contínuo holocausto: este é o
holocausto contínuo, instituído no monte Sinai, em cheiro suave,
(Vy?! Adventlsmo do Sétimo Dia. Ensina que “os meus sãba-
oferta queimada ao SENHOR") com Deuteronômio 12.6: (“E ali
\3IXl dos" sáo os sábados semanais e os "seus sábados", os sá­ trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos
bados cerimoniais, já abolidos.
dízimos, e a oferta alçada da vossa mão. e os vossos votos, e as
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Se os sábados chamados vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e
«= por Deus de “os meus sábados" e “seus sábados" são di­ das vossas ovelhas"). Poderíamos, porventura, entender que es­
ferentes, poderíamos, por analogia, raciocinar que o Pai, mencio­ tão se referindo a sacrifícios diferentes simplesmente porque o
nado por Jesus em João 20.17 como “meu Pai", é diferente do pronome "vossos" é empregado no segundo texto?
Pai mencionado por Jesus com a invocação de “vosso Pai". Será Se fosse assim, seria lógico comparar Levítico 26.2 com Leví-
que o fato de se alterar o pronome possessivo mudou também o tico 26.34,35 e ensinar que se referem a sábados distintos sim­
Pai? Comparemos Isaías 56.7 (“Também os levarei ao meu san­ plesmente porque trazem pronomes possessivos diferentes:
to monte, e os alegrarei na minha casa de oração...") com Mateus meus e seus?
23.37,38 (“Jerusalém. Jerusalém [...] Bs que a vossa casa vai fi­ Ora, as mesmas instituições dizem que são do Senhor porque
car-vos deserta"). Será que podemos admitir que estes dois tex­ foram ordenadas pelo Senhor e dos judeus porque foram desig­
tos estão se referindo a duas casas diferentes ou ao templo de nados para os judeus. O que passar disso é jogo de palavras para
Jerusalém? fundamentar uma lei que fora abolida por Cristo na cruz.

140
LEVÍTICO 26,27

l9Porque quebrarei a soberba da vossa força; e fa­ não descansou n o s vossos sábados, q u an d o h ab i­
rei que os vossos céus sejam com o ferro e a vossa ter­ táveis nela.
ra com o cobre. 36E, q u anto aos que de vós ficarem, eu porei tal p a­
20E em vão se gastará a vossa força; a vossa terra vor nos seus corações, nas terras dos seus inimigos,
não dará a sua colheita, e as árvores da terra não d a­ que o ru íd o de um a folha m ovida os perseguirá;
rão o seu fruto. e fugirão como quem foge da espada; e cairão sem
2IE se andardes co n trariam en te para com igo, e ninguém os perseguir.
não m e quiserdes ouvir, trar-vos-ei pragas sete ve­ 37E cairão uns sobre os o u tro s com o diante da es­
zes mais, conform e os vossos pecados. pada, sem ninguém os perseguir; e não podereis re­
22Porque enviarei entre vós as feras do cam po, as sistir diante dos vossos inim igos.
quais vos desfilharão, e desfarão o vosso gado, e vos 38E perecereis entre as nações, e a terra dos vossos
dim inuirão; e os vossos cam inhos serão desertos. inim igos vos consum irá.
2,Se ainda com estas coisas não vos corrigirdes 39E aqueles que en tre vós ficarem se consum irão
voltando para m im , m as ainda andardes con traria­ pela sua in iq ü id ad e nas terras dos vossos in im i­
m ente para comigo, gos, e pela iniqüidade de seus pais com eles se con­
24Eu tam bém andarei co n trariam en te para co n ­ sum irão.
vosco, e eu, eu m esm o, vos ferirei sete vezes mais por 40Então confessarão a sua iniqüidade, e a in iq ü id a­
causa dos vossos pecados. de de seus pais, com as suas transgressões, com que
2,Porque trarei sobre vós a espada, que executará transgrediram co n tra m im ; com o tam bém eles an ­
a vingança da aliança; e ajuntados sereis nas vossas daram contrariam ente para comigo.
cidades; então enviarei a peste entre vós, e sereis en­ 41Eu tam bém andei para com eles contrariam ente,
tregues na m ão do inim igo. e os fiz en trar na terra dos seus inim igos; se então o
26Q uando eu vos quebrar o sustento do pão, então seu coração incircunciso se hum ilhar, e então to m a­
dez m ulheres cozerão o vosso pão nu m só forno, e rem p o r bem o castigo da sua iniqüidade,
devolver-vos-ão o vosso pão p o r peso; e comereis, 42Tam bém eu m e lem brarei da m in h a aliança com
m as não vos fartareis. Jacó, e tam bém da m in h a aliança com Isaque, e ta m ­
27E se com isto não m e ouvirdes, m as ainda an d ar­ bém da m in h a aliança com A braão m e lem brarei, e
des contrariam ente para comigo, da terra m e lem brarei.
28Tam bém eu para convosco andarei c o n tra ria ­ 43E a terra será abandonada p o r eles, e folgará nos
m ente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por seus sábados, sendo assolada p o r causa deles; e to ­
causa dos vossos pecados. m arão p o r bem o castigo da sua iniqüidade, em ra ­
29Porque com ereis a carne de vossos filhos, e a car­ zão m esm o de que rejeitaram os m eus juízos e a sua
ne de vossas filhas. alm a se enfastiou dos m eus estatutos.
J0E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas 44E, dem ais disto tam bém , estando eles na terra dos
imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os ca­ seus inim igos, não os rejeitarei nem m e enfadarei
dáveres dos vossos deuses; a m in h a alm a se enfa­ deles, para consum i-los e invalidar a m inha aliança
dará de vós. com eles, p orque eu sou o Se n h o r seu Deus.
3IE reduzirei as vossas cidades a deserto, e asso­ 45A ntes p o r am o r deles m e lem brarei da aliança
larei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso com os seus antepassados, que tirei da terra do Egito
cheiro suave. perante os olhos dos gentios, p ara lhes ser p o r Deus.
,2E assolarei a terra e se espantarão disso os vossos Eu sou o Senho r .
inim igos que nela m orarem . 4<’Estes são os estatutos, e os juízos, e as leis que
33E espalhar-vos-ei entre as nações, e desem bai­ deu o Se n h o r entre si e os filhos de Israel, no m onte
nharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será as­ Sinai, pela m ão de Moisés.
solada, e as vossas cidades serão desertas.
34Então a terra folgará nos seus sábados, todos os Votos especiais
dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vos­ FALOU m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo:
sos inimigos; então a terra descansará, e folgará nos 2Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:
seus sábados. Q u an d o alguém fizer p articu la r voto, segundo a
35Todos os dias da assolação descansará, porque tua avaliação serão as pessoas ao S e nho r .

141
LEVlTICO 27

’Se for a tu a avaliação de um hom em , da idade 19E se aquele que santificou o cam po de algum a
de vinte anos até a idade de sessenta, será a tu a ava­ m aneira o resgatar, então acrescentará a q u in ta par­
liação de cinqüenta siclos de prata, segundo o siclo te do dinheiro da tu a avaliação, e ficará seu.
do santuário. 20E se não resgatar o cam po, ou se vender o cam po
4Porém , se for m ulher, a tu a avaliação será de trin ­ a outro hom em , n u n ca m ais se resgatará.
ta siclos. 21Porém havendo o cam po saído no ano do ju b i­
5E, se for de cinco anos até vinte, a tu a avaliação de leu, será santo ao S enhor , com o cam po consagrado;
um h om em será vinte siclos e da m ulher dez siclos. a possessão dele será do sacerdote.
6E, se/o r de um m ês até cinco anos, a tu a avaliação 22E se alguém santificar ao S enhor o cam po que com ­
de u m hom em será de cinco siclos de p rata, e a tua prou, e não for parte do campo da sua possessão,
avaliação pela m ulher será de três siclos de prata. “ Então o sacerdote lhe contará o valor da tua ava­
7E, se for de sessenta anos e acim a, pelo ho m em liação até ao ano do jubileu; e no m esm o dia dará a
a tu a avaliação será de quinze siclos e pela m ulher tu a avaliação com o coisa santa ao S enhor .
dez siclos. 24N o ano do ju b ileu o cam po to rn ará àquele de
"Mas, se/or mais pobre do que a tu a avaliação, en­ quem o com prou, àquele de quem era a possessão
tão apresentar-se-á diante do sacerdote, para que o do campo.
sacerdote o avalie; conform e as posses daquele que 25E toda a tu a avaliação se fará conform e ao siclo
fez o voto, o avaliará o sacerdote. do santuário; o siclo será de vinte geras.
9E, se/o r anim al dos que se oferecem em oferta ao 26Mas o prim ogênito de u m anim al, p o r já ser do
S enhor , tu d o q uanto der dele ao S en h o r será santo. S enhor , ninguém o santificará; seja boi ou gado m i­
1 "Não o mudará, nem o trocará bom por mau, ou m au údo, do S en h or é.
por bom; se porém de alguma maneira trocar animal 27Mas, se/or de u m anim al im undo, o resgatará, se­
por animal, tanto um como o outro, será santo. gundo a tua estim ação, e sobre ele acrescentará a sua
1 'E, se fo r a lg u m a n im a l im u n d o , d o s q u e n ã o se quinta parte; e se não se resgatar, vender-se-á segun­
o fe re c e m e m o f e rta a o S enhor , e n tã o a p r e s e n ta r á o do a tu a estimação.
a n im a l d ia n te d o s a c e rd o te ,
12E o sacerdote o avaliará, seja bo m o u seja m au; se­ N ão há resgate para as coisas consagradas
gundo a avaliação do sacerdote, assim será. 2STodavia, n en h u m a coisa consagrada, que alguém
l3P orém , se de algum a m a n e ira o resgatar, e n ­ consagrar ao S enhor de tudo o que tem , de hom em ,
tão acrescen tará a sua q u in ta p a rte so b re a tu a ou de anim al, o u do cam po da sua possessão, se ven­
avaliação. derá n em resgatará; to d a a coisa consagrada será
I4E q u a n d o a lg u é m s a n tific a r a s u a c a sa p a r a ser santíssim a ao S enhor .
s a n ta a o S enhor , o s a c e rd o te a a v a lia rá , seja b o a o u 29Toda a coisa consagrada que for consagrada do
seja m á ; c o m o o s a c e rd o te a av aliar, a ssim se rá. hom em , não será resgatada; certam ente m orrerá.
' ’Mas, se o que a santificou resgatar a sua casa, en­ 30T am bém todas as dízimas do cam po, da sem ente
tão acrescentará a q u in ta parte do d inheiro sobre a do cam po, do fruto das árvores, são do S en h o r ; san­
tu a avaliação, e será sua. tas são ao S enhor .
16Se tam bém alguém santificar ao S en h o r um a 31Porém , se alguém das suas dízim as resgatar algu­
parte do cam po da sua possessão, então a tu a avalia­ m a coisa, acrescentará a sua quinta p arte sobre ela.
ção será segundo a sua sem ente: um ô m e r de se­ 32No tocante a todas as dízimas do gado e do reb a­
m ente de cevada será avaliado p o r cin q ü en ta si­ n h o , tu d o o qu e passar debaixo da vara, o dízim o
clos de prata. será santo ao S enhor .
l7Se santificar o seu cam po desde o ano do jubileu, 31N ão se investigará entre o b o m e o m au, nem o
conform e à tua avaliação ficará. trocará; m as, se de algum a m aneira o trocar, tan to
1 "Mas, se santificar o seu cam po depois do ano do um com o o o u tro será santo; não serão resgatados.
jubileu, então o sacerdote lhe contará o dinheiro 34Estes são os m an d am en to s que o S en h or o r­
conform e aos anos restantes até ao ano do jubileu, d en o u a M oisés, p ara os filhos de Israel, n o m o n ­
e isto se abaterá da tua avaliação. te Sinai.

142
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Números
T it u l o
Seu nom e foi conferido pela Septuaginta, pois narra os dois recenseam entos dos exércitos israelitas. O
primeiro, realizado no Sinai, no início da peregrinação (cap. 1), e o segundo, nos limites de Canaã (cap. 26).
Este no m e vem da versão grega A rithm oi que, na Vulgata, se en co n tra com o N um eri. Todavia, seu título
m ais exato é o hebreu, bemidbar, que significa “no deserto”.

A u t o r ia e data

É de Moisés, que o escreveu na m esm a época dos dem ais. Provavelm ente, p o r tratar-se das n arrati­
vas dos acontecim entos no deserto, deve tê-lo elaborado n o período em que estiveram p arados em Ca-
des-Barnéia.

A ssunto
Sua prim eira parte conclui a narração da experiência no Sinai retrocedendo ao tem p o do Êxodo (Leví-
tico funciona com o um tipo de parênteses). A m aior parte do livro relata algum as das experiências da p e­
regrinação, desde o m om ento que Israel p artiu do Sinai até chegar, com a nova geração, p róxim o às fro n ­
teiras da terra prom etida.
O prim eiro ano e m eio (aproxim adam ente) dos quarenta anos de Israel está registrado em Êxodo 12.37
até N úm eros 14.45; e os últim os meses, em N úm eros 20.14 até o final do livro. E ntre 14.45 e 20.14 há um
período de trin ta e oito anos (Cf. D t 2.14).
Nota-se, com freqüência, em suas páginas, a m urm uração dos filhos de Israel, d u ran te a peregrinação
no deserto, contra Moisés, devido às dificuldades encontradas com a falta de água e o fastio pelo m aná que
caía diariam ente. Tam bém há a m enção do relatório negativo de dez espias, a tentativa de en co n trar um
líder para o retorno ao Egito e o castigo de Deus expresso na peregrinação no deserto d u ran te quarenta
anos, período equivalente à contagem num érica dos dias de espionagem .
ê n fa s e a p o lo g é tic a

O livro de N úm eros é voltado para a narração dos fatos que envolvem a peregrinação de Israel no de­
serto. Tam bém , com o o p ró p rio nom e diz e já foi exposto, trata-se do censo de Israel, a contagem dos seus
exércitos. Por esse m otivo, não é um trabalho doutrinário. N ão se presta à exposição de novas leis o u m an ­
dam entos, mas, principalm ente, dos acontecim entos desse período.
É interessante destacar o fato relativo à confecção da serpente de bronze, u m a vez que este único ato
ordenado por Deus tem sido utilizado p ara justificar a confecção e adoração de imagens. M as vemos que
a finalidade e os fatos posteriores que envolvem este episódio são suficientes p ara m o strar que a in te n ­
ção de Deus, ao dar esta ordem a Moisés, nada tinha a ver com permissão ou incitação à idolatria (Nm 21.4-9;
2Rs 18.4).
NÚMEROS
O QUARTO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO

D eus m anda M oisés n u m era r 20Foram , pois, os filhos de Rúben, o p rim o g ên i­


os h om ens de guerra to de Israel, as suas gerações, pelas suas famílias, se­
FALOU m ais o Se n h o r a M oisés no deserto de gundo a casa de seus pais, pelo n ú m ero dos nom es,
1 Sinai, na tenda da congregação, no prim eiro dia cabeça p o r cabeça, to d o o ho m em de vinte anos
do segundo m ês, n o segundo ano da sua saída da para cima, todos os que podiam sair à guerra,
terra do Egito, dizendo: 2lForam contados deles, da trib o de Rúben, qu a­
2T om ai a som a de toda a congregação d o sfilhosde renta e seis m il e quinhentos.
Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de 22Dos filhos de Simeão, as suas gerações pelas suas
seus pais, conform e o núm ero dos nom es de todo o famílias, segundo a casa dos seus pais; os seus co n ­
hom em , cabeça p o r cabeça; tados, pelo n ú m ero dos nom es, cabeça p o r cabeça,
3Da idade de vinte anos para cima, todos os que em to d o o hom em de vinte anos para cima, todos os que
Israel podem sair à guerra, a estes contareis segun­ podiam sair à guerra,
do os seus exércitos, tu e Arão. 2iForam contados deles, da tribo de Simeão, cin­
4Estará convosco, de cada tribo, um hom em que qüenta e nove m il e trezentos.
seja cabeça da casa de seus pais. 24D os filhos de Gade, as suas gerações, pelas suas
’Estes, pois, são os nom es dos h om ens que estarão famílias, segundo a casa de seus pais, pelo n ú m ero
convosco: D e Rúben, Elizur, filho de Sedeur; dos nom es dos de vinte anos para cima, todos os que
6De Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai; podiam sair à guerra,
7De Judá, N aasson, filho de A m inadabe; 2iForam contados deles, da trib o de Gade, q u aren ­
RDe Issacar, N atanael, filho de Zuar; ta e cinco mil e seiscentos e cinqüenta.
''De Zebulom , Eliabe, filho de H elom ; 2A D os filhos de Judá, as suas gerações, pelas suas fa­
IHDos filhos de José: De Efraim, Elisama, filho de mílias, segundo a casa de seus pais; pelo n ú m ero dos
A m iúde; de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur; nom es dos de vinte anos para cima, todos os que p o ­
" D e Benjam im , Abidã, filho de G ideoni; diam sair à guerra,
l2De Dã, Aieser, filho de Amisadai; 27Foram contados deles, da tribo de Judá, setenta e
” De Aser, Pagiel, filho de Ocrã; q u atro mil e seiscentos.
l4De Gade, Eliasafe, filho de Deuel; 2KD os filhos de Issacar, as suas gerações, pelas suas
15De Naftali, Aira, filho de Enã. famílias, segundo a casa de seus pais, pelo núm ero
u’Estes foram os cham ados da congregação, os dos nom es dos de vinte anos para cima, to d o s os que
príncipes das tribos de seus pais, os cabeças dos m i­ podiam sair à guerra,
lhares de Israel. 29Foram co n tad o s deles da trib o de Issacar, cin ­
l7Então to m aram Moisés e Arão a estes hom ens, qüenta e q u atro m il e quatrocentos.
que foram declarados pelos seus nom es, 1(JDos filhos de Z ebulom , as suas gerações, pelas
,8E reuniram toda a congregação no prim eiro dia suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo n ú ­
do mês segundo, e declararam a sua descendência m ero dos nom es dos de vinte anos para cima, todos
segundo as suas famílias, segundo a casa de seus os que podiam sair à guerra,
pais, pelo n ú m e ro dos nom es dos de vinte anos 31Foram contados deles, da trib o de Z ebulom , cin­
p ara cim a, cabeça p o r cabeça; qüenta e sete m il e quatrocentos.
19C om o o Se n h o r ordenara a Moisés, assim os co n ­ 32D os filhos de José, dos filhos de Efraim, as suas
to u no deserto de Sinai. gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus

144
NÚMEROS 1,2

pais, pelo núm ero dos nom es dos de vinte anos para Os levitas não são contados
cima, todos os que podiam sair à guerra, 4"Mas os levitas, segundo a tribo de seus pais, não
ilForam contados deles, da trib o de Efraim, q u a­ foram contados entre eles,
renta m il e quinhentos. 48P orq u an to o S en h o r tin h a falado a Moisés, d i­
34Dos filhos de M anassés, as suas gerações, pelas zendo:
suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo n ú ­ 4‘'P orém não contarás a trib o de Levi, nem to m a­
m ero dos nom es dos de vinte anos para cima, todos rás a som a deles en tre os filhos de Israel;
os q u e podiam sair à guerra, 50M as tu põ e os levitas so b re o ta b e rn á c u lo do
35Foram contados deles, da trib o de M anassés, te ste m u n h o , e so b re to d o s os seus u te n sílio s, e
trin ta e dois mil e duzentos. so b re tu d o o q u e p e rte n c e a ele; eles levarão o
,6Dos filhos de Benjam im , as suas gerações, pelas ta b e rn á c u lo e to d o s os seus u ten sílio s; e eles o
suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo n ú ­ ad m in istra rã o , e acam p ar-se -ã o ao red o r do ta ­
m ero dos nom es dos de vinte anos para cim a, todos bernácu lo .
os que podiam sair à guerra, SIE, q u an d o o tabernáculo partir, os levitas o d e­
i7Foram contados deles, da trib o de B enjam im , sarm arão; e, q uando o tabernáculo se houver de as­
trin ta e cinco mil e quatrocentos. sentar no arraial, os levitas o arm arão; e o estranho
3SDos filhos de Dã, as suas gerações, pelas suas fa­ que se chegar m orrerá.
mílias, segundo a casa de seus pais, pelo n úm ero dos ,2E os filhos de Israel arm arão as suas tendas, cada
nom es dos de vinte anos para cima, todos os que p o ­ um no seu esquadrão, e cada um ju n to à sua b an ­
diam sair à guerra, deira, segundo os seus exércitos.
i9Foram contados deles, da tribo de Dã, sessenta e ’ ’M as os levitas arm arão as suas tendas ao red o r do
dois mil e setecentos. tabernáculo do testem unho, para que não haja in ­
■"'Dos filhos de Aser, as suas gerações, pelas suas fa­ dignação sobre a congregação dos filhos de Israel,
mílias, segundo a casa de seus pais, pelo n úm ero dos pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do ta ­
nom es dos de vinte anos para cima, todos os que p o ­ bernáculo do testem unho.
diam sair à guerra, 154Assim fizeram os filhos de Israel; conform e a tudo
4lForam contados deles, da tribo de Aser, q u aren ­ o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram.
ta e um mil e quinhentos.
42Dos filhos de Naftali, as suas gerações, pelas suas A ordem das tribos no a ca m p a m en to
famílias, segundo a casa de seus pais, pelo núm ero E FALOU o S enhor a Moisés e a Arão, dizendo:
dos nom es dos de vinte anos para cim a, todos os que
podiam sair à guerra,
2 2O s filhos de Israel arm arão as suas tendas,
cada um debaixo da sua bandeira, segundo as in ­
AiForam contados deles, da tribo de N aftali, cin­ sígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da
qüenta e três mil e quatrocentos. tenda da congregação, arm arão as suas tendas.
44Estes foram os contados, que contaram Moisés *Os q ue arm arem as suas tendas do lado do o rie n ­
e Arão, e os príncipes de Israel, doze hom ens, cada te, para o nascente, serão os da b an d eira do exér­
um era pela casa de seus pais. cito de Judá, seg u n d o os seus esq u ad rõ es, e N a-
4,Assim foram todos os contados dos filhos de Is­ assom , filho de A m inadabe, será p rín cip e dos fi­
rael, segundo a casa de seus pais, de vinte anos para lhos de Judá.
cima, todos os que podiam sair à guerra em Israel; 4E o seu exército, os que foram contados deles, era
46T odos os contados eram seiscentos e três m il e de setenta e q u atro mil e seiscentos.
quinhentos e cinqüenta. 5E ju n to a ele arm ará as suas tendas a tribo de Issa-

Cada um junto à sua bandeira adoração. Bandeira, estandarte ou pendão são a mesma coisa.
(1.52; 2.2-34) É a insígnia distintiva de uma nação, corporação ou comunidade
religiosa. A Bíblia revela claramente que cada tribo de Israel tinha
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Estes textos sâo um for­
t te fundamento contra os ensinos das Testemunhas de Jeo­
vá que afirmam oseguinte: não praticam formas sutis de idolatria,
sua própria bandeira, mas a referência em estudo não diz que os
israelitas praticavam formas sutis de idolatria, embora estivessem
acampados junto à sua bandeira (2.2). A própria Sociedade Tor­
como. por exemplo, prestar devoção a bandeiras e cantar hinos
re de Vigia usa a torre como insígnia ou logotipo. Logo, não é ido­
que glorificam nações. Compreendemos sua preocupação em
latria ter símbolo e respeitá-lo.
relação à idolatria, porém, saudar a bandeira ou alguém não é

145
NÚMEROS 2,3

car; e N atanael, filho de Z uar, será príncipe dos fi­ Efraim foram cento e oito m il e cem, segundo os seus
lhos de Issacar. esquadrões; e estes m archarão em terceiro lugar.
6E o seu exército, os que foram contados deles, era 25A bandeira do exército de D ã estará para o norte,
de cinqüenta e quatro m il e quatrocentos. segundo os seus esquadrões; e Aieser, filho de Ami-
7D epois a tribo de Zebulom ; e Eliabe, filho de He- sadai, será príncipe dos filhos de Dã.
lam , será príncipe dos filhos de Zebulom . 26E o seu exército, os que foram contados deles, era
8E o seu exército, os q u e foram contados deles, era de sessenta e dois mil e setecentos.
de cinqüenta e sete m il e quatrocentos. 27E ju n to a ele arm ará as suas tendas a trib o de
T o d o s os que/oram contados do exército de Judá, Aser; e Pagiel, filho de O crã, será p rín cip e dos fi­
cento e oitenta e seis mil e quatrocentos, segundo os lhos de Aser.
seus esquadrões, estes m archarão prim eiro. 2SE o seu exército, os que foram contados deles, era
I0A b an deira do exército de R úben, segundo os de quarenta e um mil e quinhentos.
seus esquadrões, estará para o lado do sul; e Elizur, 29D epois a tribo de Naftali; e Aira, filho de Enã, será
filho de Sedeur, será príncipe dos filhos de Rúben, príncipe dos filhos de Naftali.
1 'E o seu exército, os que foram contados deles, era 30E o seu exército, os queforam contados deles, era
de q uarenta e seis mil e quinhentos. de cinqüenta e três m il e quatrocentos.
3,Todos os que foram contados no exército de Dã
I2E ju n to a ele arm ará as suas tendas a tribo de Si-
foram cento e cin qüenta e sete mil e seiscentos; estes
meão; e Selumiel, filho de Zurisadai, será príncipe
m archarão em últim o lugar, segundo as suas b an ­
dos filhos de Simeão.
deiras.
13E o seu exército, os que foram contados deles, era
32Estes são os que foram contados dos filhos de Is­
de cinqüenta e nove mil e trezentos.
rael, segundo a casa de seus pais; todos os que foram
l4Depois a tribo de Gade; e Eliasafe, filho de D eu-
contados dos exércitos pelos seus esquadrões foram
el, será príncipe dos filhos de Gade.
seiscentos e três m il e q uinhentos e cinqüenta.
,5E o seu exército, os que foram contados deles, era
33Mas os levitas não foram contados entre os filhos
de quarenta e cinco m il e seiscentos e cinqüenta.
de Israel, com o o S enhor ordenara a Moisés.
1'’Todos os que foram contados no exército de R ú­
34E os filhos de Israel fizeram conform e a tu d o o
ben foram cento e cinqüenta e um m il e q u atrocen­
que o Senhor ord en ara a Moisés; assim arm aram o
tos e cinqüenta, segundo os seus esquadrões; e estes
arraial segundo as suas bandeiras, e assim m archa­
m archarão em segundo lugar.
ram , cada qual segundo as suas gerações, segundo
l7Então partirá a tenda da congregação com o exér­
a casa de seus pais.
cito dos levitas no m eio dos exércitos; com o arm a­
ram as suas tendas, assim m archarão, cada um no Os serviços dos levitas n o tabernáculo
seu lugar, segundo as suas bandeiras. E ESTAS são as gerações de Arão e de Moisés,
18A b andeira do exército de Efraim segundo os
seus esquadrões, estará para o lado do ocidente; e
3 no dia em que o S en h or falou com M oisés, no
m o n te Sinai.
Elisama, filho de A m iúde, será príncipe dos filhos 2E estes são os nom es dos filhos de Arão: o p rim o ­
de Efraim. gênito N adabe; depois Abiú, Eleazar e Itam ar.
I9E o seu exército, os que foram contados deles, era 3Estes são os nom es dos filhos de Arão, dos sacer­
de q uarenta m il e quinhentos. dotes ungidos, cujas m ãos foram consagradas para
20E ju n to a ele estará a trib o de M anassés; e Ga- adm in istrar o sacerdócio.
maliel, filho de Pedazur, será príncipe dos filhos de 4Mas N adabe e Abiú m o rreram perante o S en h o r ,
Manassés. quand o ofereceram fogo estranho perante o Senhor
21E o seu exército, os que foram contados deles, era no deserto de Sinai, e não tiveram filhos; porém Ele­
de trin ta e dois mil e duzentos. azar e Itam ar adm inistraram o sacerdócio diante de
22Depois a tribo de Benjamim; e Abidã, filho de Gi- Arão, seu pai.
deoni, será príncipe dos filhos de Benjam im , 5E falou o S en h o r a Moisés, dizendo:
23E o seu exército, os que foram contados deles, era ‘Faze chegar a trib o de Levi, e p õ e-n a d ian te de
de trin ta e cinco m il e quatrocentos. Arão, o sacerdote, para que o sirvam ,
24T odos os que foram contados no exército de 7E ten h am cuidado d a sua guarda, e da guarda de

146
NÚMEROS 3

toda a congregação, diante da ten d a da congrega­ os que deles fo ram co n tad o s eram sete m il e q u i­
ção, para adm inistrar o m inistério do tabernáculo. nhentos.
SE tenham cuidado de todos os utensílios da te n ­ 23As famílias dos gersonitas arm arão as suas tendas
da da congregação, e da guarda dos filhos de Israel, atrás do tabernáculo, ao ocidente.
para adm inistrar o m inistério do tabernáculo. 24E o príncipe da casa p atern a dos gersonitas será
9Darás, pois, os levitas a Arão e a seus filhos; dentre Eliasafe, filho de Lael.
os filhos de Israel lhes são dados em dádiva. 25E os filhos de G érson terão a seu cargo, na tenda
10M as a Arão e a seus filhos ordenarás que guar­ da congregação, o tabernáculo, a tenda, a sua cober­
dem o seu sacerdócio, e o estranho que se chegar ta, e o véu da p o rta da ten d a da congregação.
m orrerá. 26E as cortinas do pátio, e o pavilhão da p o rta do
1'E falou o S enhor a Moisés, dizendo: pátio, que estão ju n to ao tabernáculo e ju n to ao al­
l2E eu, eis que te n h o to m ad o os levitas d o m eio tar, em redor; com o tam b ém as suas cordas para
dos filhos de Israel, em lugar de to d o o prim ogêni­ todo o seu serviço.
to, que abre a m adre, entre os filhos de Israel; e os 27E de Coate é a família dos am ram itas, e a família
levitas serão meus. dos jizaritas, e a família dos hebronitas, e a família
l3P orque todo o prim ogênito è m eu; desde o dia dos uzielitas; estas são as famílias dos coatitas.
em que tenho ferido a todo o prim ogênito na terra 28Pelo n ú m ero contado de todo o ho m em da id a­
do Egito, santifiquei para m im to d o o prim ogênito de de u m m ês para cima, eram oito m il e seiscentos,
em Israel, desde o hom em até ao animal: m eus se­ que tin h am cuidado da guarda do santuário.
rão; Eu sou o S e n h o r. 29As famílias dos filhos de C oate arm arão as suas
I4E falou o S en h or a M oisés no deserto de Sinai, tendas ao lado do tabernáculo, do lado do sul.
dizendo: ,0E o príncipe da casa p aterna das famílias dos co ­
15C onta os filhos de Levi, segundo a casa de seus atitas será Elisafã, filho de Uziel.
pais, pelas suas famílias; contarás a todo o hom em 3IE a sua guarda será a arca, e a mesa, e o candela­
da idade de um m ês para cima. bro, e os altares, e os utensílios do san tu ário com
,6E M oisés os co n to u conform e ao m an d ad o do que m inistram , e o véu com to d o o seu serviço.
S en h or , com o lhe foi ordenado. 32E o p rín cip e dos prín cip es de Levi será Eleazar,
l7Estes, pois, foram os filhos de Levi pelos seus n o ­ filho de A rão, o sacerdote; terá a su p e rin te n d ê n ­
mes: G érson, e Coate e M erari. cia so b re os qu e têm cu id ad o da g u ard a do sa n ­
I8E estes são os nom es dos filhos de G érson pelas tuário.
suas famílias: Libni e Simei. 33De M erari é a família dos m alitas e a família dos
I9E os filhos de Coate pelas suas famílias: A m rão, e musitas; estas são as famílias de M erari.
Izar, H ebrom e Uziel. 34E os que deles foram co ntados pelo n ú m e ro de
20E os filhos de M erari pelas suas famílias: Mali e todo o hom em de um m ês para cim a, foram seis mil
Musi; estas são as famílias dos levitas, segundo a casa e duzentos.
de seus pais. 3,E o príncipe da casa p aterna das famílias de M e­
2lDe G érson è a família dos libnitas e a família dos rari será Zuriel, filho de Abiail; arm arão as suas te n ­
simeítas; estas são as famílias dos gersonitas. das ao lado do tabernáculo, do lado do norte.
22O s que deles foram contados pelo n ú m ero de ,6E os filhos de M erari terão a seu cargo as tá b u ­
todo o hom em da idade de um mês para cim a, sim, as do tabernáculo, os seus varais, as suas colunas,

Mas a Arão e a seus filhos ordenarás ria exercer o sacerdócio. A partir desse fato, o ceticismo se arroga o di­
que guardem o seu sacerdócio reito de apontar contradição na Palavra de Deus ao comparar o texto
(3.10) em análise com 2Samuel 8.18, por ignorar que o termo hebraico para
sacerdote, kohen, tem um sentido mais amplo: "servo”, “ministro" e
Ceticismo. Segundo afirma, há contradição na Bíblia quan­
"conselheiro”.Adefinição“ministro",àexceçâo da tradução ARC, que
do o versículo em referência, que proíbe a ordenação de sa­
traz “príncipe", é empregada por todas as versões evangélicas bra­
cerdotes que não pertencessem à descendência de Arão, é con­
sileiras. Assim, concluímos que os filhos de Davi não são encontra­
frontado com 2Samuel 8.18.
dos, por exemplo, oferecendo sacrifícios (tarefa efetivamente exdusi-
, _ .g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia, no Antigo Testamento, va dos descendentes de Arão), mas apenas exercendo o sacerdócio
=» diz que quem não pertencesse à linhagem levítica não pode­ doméstico; ou seja, atuando como conselheiros espirituais.

147
NÚMEROS 3 ,4

as suas bases, e todos os seus utensí-lios, com todo 4"Tomarás, p o r cabeça, cinco siclos; conform e ao
o seu serviço. siclo do santuário os tom arás, a vinte geras o siclo.
J7E as colunas do pátio em redor, e as suas bases, as 4SE a Arão e a seus filhos darás o dinheiro dos res­
suas estacas e as suas cordas. gatados, dos que sobram entre eles.
,8E os que arm arão as suas tendas diante do taber­ 4VEntão Moisés to m o u o dinheiro do resgate dos
náculo, ao oriente, diante da tenda da congregação, que excederam sobre os resgatados pelos levitas.
para o nascente, serão Moisés e Arão, com seus fi­ s"Dos prim ogênitos dos filhos de Israel recebeu o
lhos, tendo o cuidado da guarda do santuário, pela dinheiro, m il e trezentos e sessenta e cinco sidos, se­
guarda dos filhos de Israel; e o estranho que se che­ gundo o siclo do santuário.
gar m orrerá. 5IE Moisés deu o dinheiro dos resgatados a Arão e
39T o d o s os que foram contados dos levitas, que a seus filhos, segundo o m andado do Se n h o r , com o
co ntaram Moisés e Arão po r m andado do Se n h o r , o S en h o r o rd en ara a Moisés.
segundo as suas famílias, to d o o hom em de um mês
para cima, foram vinte e dois mil. Os deveres dos levitas
40E disse o S f.n m o r a Moisés: C o n ta to d o o p rim o ­
E FALOU o Se nho r a Moisés e a Arão, dizendo:
gênito h o m em dos filhos de Israel, da idade de um
m ês para cim a, e to m a o n ú m e ro dos seus nom es,
4 2Fazei a som a dos filhos de Coate, dentre os fi­
lhos de Levi, pelas suas famílias, segundo a casa de
4 'E para m im tom arás os levitas (eu sou o Se n h o r ),
seus pais;
em lugar de todo o prim ogênito dos filhos de Israel,
3D a idade de trin ta anos para cim a até aos cinqüen­
e os anim ais dos levitas, em lugar de todo o p rim o ­
ta anos, será to d o aquele que en tra r neste serviço,
gênito entre os anim ais dos filhos de Israel.
para fazer o trabalho na tenda da congregação.
42E co n tou Moisés, com o o Se n h o r lhe ordenara,
4Este será o m inistério dos filhos de Coate na tenda
todo o prim ogênito entre os filhos de Israel.
da congregação, nas coisas santíssimas.
4,E todos os prim ogênitos hom ens, pelo núm ero
’Q uan d o p artir o arraial, Arão e seus filhos virão e
dos nom es dos da idade de um m ês para cima, se­
gun d o os que eram contados deles, foram vinte e tirarão o véu da tenda, e com ele cobrirão a arca do
dois m il e duzentos e setenta e três. testem unho;
44E falou o Se n h o r a Moisés, dizendo: hE pôr-lhe-ão p o r cim a um a coberta de peles de te­
45T om a os levitas em lugar de todo o prim ogênito xugos, e sobre ela estenderão u m pano, todo azul, e
entre os filhos de Israel, e os anim ais dos levitas em lhe colocarão os varais.
lugar dos seus anim ais; p o rq u an to os levitas serão 7T am bém sobre a mesa da proposição estenderão
meus: Eu sou o S e n h o r . um p ano azul; e sobre ela porão os pratos, as colhe­
46Q u an to aos duzentos e setenta e três, que se h o u ­ res, e as taças e os jarros para libação; tam bém o pão
verem de resgatar dos prim ogênitos dos filhos de Is­ co n tín u o estará sobre ela.
rael, que excedem ao n úm ero dos levitas, “D epois estenderão em cim a deles um pano de car-

Oa idade de trinta anos para cima preparação, um aprendizado, o que exigia do levita cinco anos de
(4.3,23,35) experiência antes de exercer efetivamente sua função.
Já o texto de 1Crônicas 23.3,24 registra duas situações que fa­
Ceticismo. Confronta o texto em análise com Números ziam que o responsável diminuísse, para vinte anos, a idade dos
8.24; 1Crônicas 23.3,24 e Esdras 3.8 para alegar contradi­ aspirantes levitas aos ofícios do tabernáculo. A saber: a) Visto que
ção bíblica quanto à idade exigida para a separação dos ofician­ o tabernáculo não precisava mais ser transportado, as responsa­
tes do tabernáculo. bilidades também diminuíram, o que possibilitou o ingresso de
.. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A referènciaem estudo escla- levitas mais jovens; b) Na época em que ocorreu esta alteração,
<=■ rece que a idade apropriada para que alguém pudesse exer­ o número de levitas que retornou da Babilônia era de apenas se­
cer os ofícios do tabernáculo (auxiliar os sacerdotes na manuten­ tenta e quatro (Ed 2.40).
ção e transporte do mobiliário e das vasilhas sagradas) era de. no Mas é preciso distinguir a contagem feita no versículo 3 da con­
mínimo, trinta anos. Quanto ao texto de Números 8.24. registra que tagem do versículo 24. Nesta última, foram arrolados somente
seriam separados para o oficio sagrado os levitas que tivessem aci­ aqueles que atuariam efetivamente nos ofícios do tabernáculo
ma de vinte e cinco anos, de onde não se deve inferir contradição ('filhos de Arão', v. 5). Na primeira, aqueles que exerceriam ou­
na Bíblia por conta das faixas etárias citadas no texto em análise. tras funções (filhos de Coate", v. 15). Logo, Esdras 3.8 apenas
Como em qualquer outro ofício, o sagrado também requeria uma segue esta orientação.

148
NÚMEROS 4

mesim , e com a coberta de peles de texugos o cobri­ 24Este será o m inistério das famílias dos gersonitas
rão, e lhe colocarão os seus varais. no serviço e no cargo.
9Então tom arão um pano azul, e cobrirão o can­ 25Levarão, pois, as cortinas do tabernáculo, e a te n ­
delabro da lum inária, e as suas lâm padas, e os seus da da congregação, e a sua coberta, e a coberta de
espevitadores, e os seus apagadores, e todos os seus peles de texugos, que está p o r cim a dele, e a cortina
vasos de azeite, com que o servem. da p o rta da tenda da congregação,
I0E envolverão, a ele e a todos os seus utensílios, 26E as cortinas do pátio, e a cortina da p o rta do p á­
na coberta de peles de texugos; e o colocarão so­ tio, que está ju n to ao tabernáculo, e ju n to ao altar
bre os varais. em redor, e as suas cordas, e to d o s os in stru m e n ­
1 'E sobre o altar de ouro estenderão um pano azul, tos do seu m inistério, com tu d o o que diz respeito a
e com a coberta de peles de texugos, o cobrirão, e lhe eles, para que sirvam.
colocarão os seus varais. 27T odo o m inistério dos filhos dos gersonitas, em
12T am bém tom arão todos os utensílios do m inis­ todo o seu cargo, e em todo o seu trabalho, será se­
tério, com que servem n o santuário; e os colocarão gundo o m and ad o de Arão e de seus filhos; e lhes d e­
n u m p ano azul, e os cobrirão com um a coberta de signareis as responsabilidades do seu cargo.
peles de texugos, e 05 colocarão sobre os varais. 28Este é o m in istério das fam ílias dos filhos dos
13E tirarão as cinzas do altar, e por cim a dele esten­ gersonitas na ten d a da congregação; e a sua g u ar­
derão um pano de púrpura. da será debaixo da m ão de Itam ar, filho de Arão, o
,4E sobre ele colocarão todos os seus in stru m en ­ sacerdote.
tos com que o servem: os seus braseiros, os garfos e 29Q u an to aos filhos de M erari, segundo as suas fa­
as pás, e as bacias; todos os pertences do altar; e por mílias e segundo a casa de seus pais os contarás;
cim a dele estenderão um a coberta de peles de texu­ 30Da idade de trin ta anos p ara cim a, até aos cin­
gos, e lhe colocarão os seus varais. qüenta, contarás a todo aquele que en trar neste ser­
’’H avendo, pois, Arão e seus filhos, ao p artir do ar­ viço, para adm inistrar o m inistério da tenda da co n ­
raial, acabado de cobrir o santuário, e todos os ins­ gregação.
trum entos do santuário, então os filhos de C oate vi­ 3'Esta, pois, será a responsabilidade do seu cargo,
rão para levá-lo; m as no santuário não tocarão para segundo to d o o seu m inistério, na tenda da congre­
que não m orram ; este é o cargo dos filhos de Coate gação: As tábuas do tabernáculo, e os seus varais, e
na tenda da congregação. as suas colunas, e as suas bases;
16Porém o cargo de Eleazar, filho de A rão, o sacer­ í2C om o tam bém as colunas do pátio em redor, e
dote, será o azeite da lum inária e o incenso arom á­ as suas bases, e as suas estacas, e as suas cordas, com
tico, e a contínua oferta dos alim entos, e o azeite da todos os seus instru m en to s, e com to d o o seu m i­
unção, o cargo de todo o tabernáculo, e de tu d o que nistério; e contareis os objetos que ficarão a seu car­
nele há, o santuário e os seus utensílios. go, no m e p o r nom e.
17E falou o Se n h o r a Moisés e a Arão, dizendo: 33Este é o m inistério das famílias dos filhos de M e­
18N ão deixareis extirpar a trib o das famílias dos co- rari, segundo to d o o seu m inistério, na ten d a da
atitas do m eio dos levitas. congregação, debaixo da m ão de Itam ar, filho de
l9M as isto lhes fareis, para que vivam e não m o r­ Arão, o sacerdote.
ram , q u an d o se aproxim arem das coisas santís­ ,4Moisés, pois, e Arão e os príncipes da congrega­
simas: Arão e seus filhos virão, e a cada u m coloca­ ção co n taram os filhos dos coatitas, segundo as suas
rão no seu m inistério e no seu cargo, famílias e segundo a casa de seus pais;
-"Porém não entrarão a ver, q u an d o cobrirem o 35Da idade de trin ta anos para cim a, até aos cin ­
santuário, para que não m orram . qüenta, todo aquele que e n tro u neste serviço, para
2lFalou m ais o Se n h o r a Moisés, dizendo: o m inistério da ten d a da congregação.
22Fazei tam bém a som a dos filhos de Gérson, segun­ 360 s que deles fo ra m co n tados, pois, segundo as
do a casa de seus pais, segundo as suas famílias: suas fam ílias, fo ram dois m il e setecentos e cin ­
23Da idade de trin ta anos para cim a até aos cin ­ qüenta.
qüenta, contarás a todo aquele que en trar a se o cu ­ 37Estes são os que foram contados das famílias dos
par no seu serviço, p ara executar o m inistério na coatitas, de to d o aquele que m inistrava n a ten ­
tenda da congregação. da da congregação, os quais M oisés e A rão conta-

149
NÚMEROS 4 ,5

ram , co nform e ao m an d ad o do S enhor pela m ão O im u n d o deve ser lançado


de Moisés. fo ra do arraial
’“Sem elhantem ente os que foram contados dos fi­ E FALOU o S enhor a Moisés, dizendo:
lhos de G érson, segundo as suas famílias, e segundo 2O rdena aos filhos de Israel que lancem fora
a casa de seus pais; do arraial a to d o o leproso, e a to d o o que p ad e­
39D a idade de trin ta anos para cim a até aos cin ­ ce fluxo, e a todos os im u n d o s p o r causa de contato
qüenta, todo aquele que en tro u neste serviço, para com algum m orto.
o m inistério na tenda da congregação. ’Desde o hom em até a m ulher os lançareis; fora do
'"’Os que deles foram contados, segundo as suas fa­ arraial os lançareis; p ara que não co n tam in em os
mílias, segundo a casa de seus pais, foram dois m il e seus arraiais, no m eio dos quais eu habito.
seiscentos e trinta. 4E os filhos de Israel fizeram assim, e os lançaram
41Estes são os contados das famílias dos filhos de fora do arraial; com o o S enhor falara a Moisés, as­
G érson, de to d o aquele que m inistrava na tenda sim fizeram os filhos de Israel.
da congregação; os quais Moisés e Arão contaram ,
conform e ao m andado do S en h or . A restituição
42E os que foram contados das famílias dos filhos 5Falou mais o S en h or a Moisés, dizendo:
de M erari, segundo as suas famílias, segundo a casa 6Dize aos filhos de Israel: Q u an d o h o m e m o u
de seus pais; m u lh e r fizer algum de to d o s os p ecados h u m a ­
43Da idade de trin ta anos para cim a, até aos cin­ nos, tran sg red in d o co n tra o S e n h o r , tal alm a cul­
qüenta, todo aquele que en tro u neste serviço, para pada é.
o m inistério na tenda da congregação. 7E confessará o seu pecado que com eteu; pela sua
44Os que deles foram contados, segundo as suas fa­ culpa, fará plena restituição, segundo a som a total,
mílias, eram três m il e duzentos. e lhe acrescentará a sua quinta parte, e a dará àque­
45Estes são os contados das famílias dos filhos de le con tra quem se fez culpado.
Merari; os quais Moisés e Arão contaram , conform e “M as, se aquele h o m em não tiver resgatador, a
ao m andado do S en h o r , pela m ão de Moisés. quem se restitua a culpa, então a culpa que se resti­
46Todos os que deles foram contados, que contaram tu ir ao S enhor será do sacerdote, além do carneiro
Moisés e Arão, e os príncipes de Israel, dos levitas, se­ da expiação pelo qual p o r ele se fará expiação.
gundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais; 9Sem elhantem ente toda a oferta de todas as coisas
47Da idade de trin ta anos para cim a, até aos cin­ santificadas dos filhos de Israel, que trouxerem ao
qüenta, todo aquele que entrava a executar o m i­ sacerdote, será sua.
nistério da adm inistração, e o m inistério das cargas I0E as coisas santificadas de cada um serão suas; o
na tenda da congregação, que alguém der ao sacerdote será seu.
4SOs que deles foram contados foram oito mil q u i­
n hentos e oitenta. A prava da m u lh e r suspeita de adultério
49C onform e ao m andado do S enhor , pela m ão de "F alo u m ais o S enhor a Moisés, dizendo:
M oisés, foram contados cada qual segundo o seu '-Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q u an d o a
m inistério, e segundo o seu cargo; assim foram con­ m u lh er de alguém se desviar, e tran sg red ir co n ­
tados p o r ele, com o o S enhor ordenara a Moisés. tra ele,

E confessará o seu pecado que cometeu mento de primeira grandeza neste ensino, uma vez que bastava
(5.7) à parte lesada manifestar-se. na presença de algumas testemu­
nhas, ao lider eclesiástico local, o que obrigava o culpado a ad­
Catolicismo Romano. Usa este versículo para provar que
mitir o seu erro.
a "confissão de pecados" por parte dos fiéis ao sacerdote
A confissão de pecados, cujo propósito é alcançar o perdão di­
católico tem respaldo bíblico.
vino, deve ser dirigida a Deus, conforme ensina a Bíblia: “Agora,
___b RESPOSTA APOLOGÉTICA: A referência em estudo de pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de vossos pais, e fazei a
•=■ maneira nenhuma ampara o dogma romano de ‘ confis­ sua vontade: e apartai-vos dos povos das terras, e das mulheres
são de pecados", antes, está se referindo ã lei da reparação e estrangeiras" (Ed 10.11). “Se confessarmos os nossos pecados,
indenização pelos pecados cometidos contra o próximo. A pre­ ele [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos puri­
tendida “confissão de pecados* a um sacerdote sequer era ele­ ficar de toda a injustiça’ (1Jo 1.9).

150
NÚMEROS 5,6

l3De m aneira que algum hom em se tenha deita­ oferta m em orativa, e sobre o altar a queim ará; e de­
do com ela, e for oculto aos olhos de seu m arido, e pois dará a beber a água à m ulher.
ela o tiver ocultado, havendo-se ela contam inado, 27E, h avendo-lhe d ad o a b eber aquela água, será
e contra ela não houver testem unha, e tio feito não que, se ela se tiver co n tam inado, e co n tra seu m ari­
for apanhada, do tiver transgredido, a água am aldiçoante entrará
14E o espírito de ciúm es vier sobre ele, e de sua m u ­ nela para am argura, e o seu ventre se inchará, e co n ­
lher tiver ciúm es, p o r ela se haver contam inado, ou sum irá a sua coxa; e aquela m u lh er será p o r m aldi­
sobre ele vier o espírito de ciúm es, e de sua m ulher ção no m eio do seu povo.
tiver ciúmes, não se havendo ela contam inado, 28E, se a m ulher se não tiver contam inado, m as es­
15Então aquele h om em tra rá a sua m ulher p era n ­ tiver lim pa, então será livre, e conceberá filhos.
te o sacerdote, e ju n ta m e n te tra rá a sua oferta p o r 29Esta é a lei dos ciúm es, q u ando a m ulher, em p o ­
ela; u m a décim a de efa de farinha de cevada, so ­ der de seu m arido, se desviar e for contam inada;
bre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá i0O u q u an d o sobre o ho m em vier o espírito de ciú­
incenso, p o rq u an to é oferta de alim entos p o r ci­ mes, e tiver ciúm es de sua m ulher, apresente a m u ­
úm es, o ferta m em o rativ a, que traz a in iq ü id ad e lher p eran te o Se n h o r , e o sacerdote nela execute
em m em ória. toda esta lei.
I6E o sacerdote a fará chegar, e a p orá peran te a 31E o h o m em será livre d a in iqüidade, p o rém a
face do Se n h o r . m ulher levará a sua iniqüidade.
I7E o sacerdote to m a rá água santa n u m vaso de
barro; tam bém tom ará o sacerdote do pó que h o u ­ A lei do nazireado
ver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. E FALOU o Se n ho r a Moisés, dizendo:
18Então o sacerdote apresentará a m ulher perante 2Faia aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q uan d o
o Se n h o r , e descobrirá a cabeça da m ulher; e a ofer­ um ho m em ou m u lh er se tiver separado, fazendo
ta m em orativa, que é a oferta p o r ciúm es, po rá so­ voto de nazireu, para se separar ao Se n h o r ,
bre as suas m ãos, e a água am arga, que traz consigo 3De vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de
a m aldição, estará na m ão do sacerdote. vinho, nem vinagre de bebida forte não beberá; nem
]9E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela m ulher: beberá algum a beberagem de uvas; n em uvas fres­
Se ninguém contigo se d eitou, e se não te apartaste cas nem secas com erá.
de teu m arido pela im undícia, destas águas am ar­ 4T odos os dias do seu nazireado não com erá de
gas, am aldiçoantes, serás livre. coisa algum a, que se faz da vinha, desde os caroços
20Mas, se te apartaste de teu m arido, e te contam i­ até às cascas.
naste, e algum hom em , fora de teu m arido, se dei­ 5Todos os dias do voto do seu nazireado sobre a sua
tou contigo, cabeça não passará navalha; até que se cu m p ram os
2' Então o sacerdote fará ju ra r à m ulher com o ju ra ­ dias, que se separou ao Se n h o r , santo será, deixando
m ento da m aldição; e o sacerdote dirá à m ulher: O crescer livrem ente o cabelo da sua cabeça.
Se n h o r te ponha po r m aldição e p o r praga no m eio ‘’T odos os dias que se separar para o Se n h o r n ão se
do teu povo, fazendo-te o Se n h o r consum ir a tua aproxim ará do corpo de u m m orto.
coxa e inchar o teu ventre. 7P o r seu pai, o u p o r sua m ãe, p o r seu irm ão, ou
22E esta água am aldiçoante entre nas tuas e n tra ­ p o r sua irm ã, p o r eles se não co n tam in ará quando
nhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consu­ forem m ortos; p o rq u an to o nazireado do seu Deus
m ir a coxa. Então a m ulher dirá: A m ém , Amém . está sobre a sua cabeça.
23D epois o sacerdote escreverá estas m esm as m al­ 8T o d o s os dias d o seu n a z ire a d o sa n to será ao
dições n u m livro, e com a água am arga as apagará. Se n h o r .
24E a água am arga, am aldiçoante, dará a beber à 9E se alguém vier a m o rre r ju n to a ele p o r acaso, su­
m ulher, e a água am aldiçoante en tra rá nela para bitam ente, que contam ine a cabeça do seu nazirea­
am argurar. do, então no dia da sua purificação rapará a sua ca­
25E o sacerdote tom ará a oferta po r ciúm es da m ão beça, ao sétim o dia a rapará.
da m ulher, e m overá a oferta p erante o Se n h o r ; e a ,0E ao oitavo dia tra rá d u as rolas, o u dois pom -
oferecerá sobre o altar. b in h o s, ao sacerd o te, à p o rta da te n d a d a co n ­
26T am bém o sacerdote tom ará u m p u n h ad o da gregação;

151
NÚMEROS 6,7

1 'E o sacerdote oferecerá, um para expiação do pe­ 260 Senho r sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
cado, e o o u tro para holocausto; e fará expiação por 27Assim porão o m eu n o m e sobre os filhos de Isra­
ele, do q ue pecou relativam ente ao m o rto ; assim el, e eu os abençoarei.
naquele m esm o dia santificará a sua cabeça.
12E ntão separará os dias do seu nazireado ao Se­ As ofertas dos príncipes na dedicação do
n h o r , e para expiação da transgressão trará um cor­ tabernáculo
deiro de um ano; e os dias antecedentes serão perdi­ E ACONTECEU, no dia em que Moisés acabou
dos, p o rq u an to o seu nazireado foi contam inado.
I3E esta éa lei do nazireu: no dia em que se cum p ri­
7de levantar o tabernáculo, e o ungiu, e o santifi­
cou, e todos os seus utensílios; tam bém o altar, e to ­
rem os dias do seu nazireado, trá-lo-ão à po rta da dos os seus pertences, e os ungiu, e os santificou,
tenda da congregação; 2Q ue os príncipes de Israel, os cabeças da casa de
14E ele oferecerá a sua oferta ao Se n h o r , um cordei­ seus pais, os que foram príncipes das tribos, que es­
ro sem defeito de um ano em holocausto, e um a cor­ tavam sobre os que foram contados, ofereceram ,
deira sem defeito de um ano para expiação do peca­ ’E tro u x eram a sua oferta p erante o Senhor, seis
do, e um carneiro sem defeito por oferta pacífica; carros cobertos, e doze bois; p o r dois príncipes um
l5E um cesto de pães ázimos, bolos de flor de fari­ carro, e cada um deles um boi; e os apresentaram
n h a com azeite, am assados, e coscorões ázim os u n ­ diante do tabernáculo.
tados com azeite, com o tam bém a sua oferta de ali­ 4E falou o Se n h o r a Moisés, dizendo:
m entos, e as suas libações. 5Recebe-05 deles, e serão para servir no m in isté­
lfcE o sacerdote os trará perante o Se n h o r , e sacrifi­ rio da tenda da congregação; e os darás aos levitas,
cará a sua expiação do pecado, e o seu holocausto; a cada qual segundo o seu m inistério.
l7T am bém sacrificará o carneiro em sacrifício p a­ 6Assim Moisés recebeu os carros e os bois, e os deu
cífico ao Se n h o r , com o cesto dos pães ázimos; e o aos levitas.
sacerdote oferecerá a sua oferta de alim entos, e a 'D o is carros e q uatro bois deu aos filhos de G érson,
sua libação. segundo o seu m inistério;
l8Então o nazireu à porta da tenda da congregação 8E q u atro carros e oito bois d eu aos filhos de M e-
rapará a cabeça do seu nazireado, e tom ará o cabe­ rari, segundo o seu m inistério, debaixo da m ão de
lo da cabeça do seu nazireado, e o porá sobre o fogo Itam ar, filho de Arão, o sacerdote.
que está debaixo do sacrifício pacífico. 9Mas aos filhos de Coate nada deu, p o rq u an to a seu
l9Depois o sacerdote tom ará a espádua cozida do cargo estava o santuário e o levavam aos om bros.
carneiro, e um pão ázim o do cesto, e um coscorão ,0E ofereceram os príncipes para a consagração do
ázim o, e os porá nas m ãos do nazireu, depois de ha­ altar, no dia em que foi ungido; apresentaram , pois,
ver rapado a cabeça do seu nazireado. os príncipes a sua oferta perante o altar.
20E o sacerdote os oferecerá em oferta de m ovi­ 1 ‘E disse o Se n h o r a Moisés: Cada príncipe ofere­
m en to p erante o S e n h o r : Isto é santo para o sa­ cerá a sua oferta, cada qual no seu dia, para a co n ­
cerdote, ju ntam ente com o peito da oferta de m o ­ sagração do altar.
vim ento, e com a espádua da oferta alçada; e depois I20 que, pois, no p rim eiro dia ap resen to u a sua
o nazireu poderá beber vinho. oferta foi N aassom , filho de A m inadabe, pela tr i­
21Esta é a lei do nazireu, que fizer voto da sua ofer­ bo de Judá.
ta ao Se n h o r pelo seu nazireado, além do que suas 13E a sua oferta fo i um prato de prata, do peso de
posses lhe perm itirem ; segundo o seu voto, que fi­ cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta
zer, assim fará conform e à lei do seu nazireado. siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
O m odo d e abençoar os filh o s de Israel ta de alim entos;
22E falou o Se n h o r a Moisés, dizendo: l4U m a colher de dez siclos de o u ro , cheia de in ­
23Fala a Arão, e a seus filhos dizendo: Assim aben­ censo;
çoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: l5U m novilho, u m carneiro, um co rd eiro de um
240 S enhor te a b e n ç o e e te g u a rd e ; ano, para holocausto;
2,0 S en h o r fa ça r e s p la n d e c e r o s e u r o s to s o b r e ti, l6U m b ode para expiação do pecado;
e t e n h a m is e ric ó rd ia d e ti; 17E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei-

152
NÚMEROS 7

ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
a oferta de Naassom, filho de A m inadabe. de flor de farinha am assada com azeite, para ofer­
IHN o segundo dia fez a sua oferta N atanael, filho de ta de alim entos;
Zuar, príncipe de Issacar. 38U m a colher de dez siclos d e o u ro , cheia de in ­
,9E como sua oferta ofereceu um prato de prata, do censo;
peso de cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de ’’U m novilho, um carneiro, um co rd eiro de um
setenta siclos, segundo o siclo do santuário; am bos ano para holocausto;
cheios de flor de farinha am assada com azeite, para 40U m bode para expiação do pecado;
a oferta de alim entos; 41E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­
20U m a colher de dez siclos de ouro, cheia de in ­ ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta/oi
censo; a oferta de Selumiel, filho de Zurisadai.
2lU m novilho, um carneiro, um cordeiro de um 42N o sexto dia ofereceu o p rín cip e dos filhos de
ano, para holocausto; Gade; Eliasafe, filho de Deuel.
“ U m bode para expiação do pecado; 43A sua oferta fo i um p rato de prata, do peso de
23E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ cento e trin ta siclos, u m a bacia de p rata de setenta
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
a oferta de N atanael, filho de Zuar. de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
24N o terceiro dia ofereceu o príncipe dos filhos de ta de alim entos;
Zebulom , Eliabe, filho de Helom . 44U m a colher de dez siclos de o u ro , cheia de in ­
25A sua oferta fo i um p rato de prata, do peso de censo;
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta 4,U m novilho, um carneiro, u m cordeiro de um
siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios ano, para holocausto;
de flor de farinha am assada com azeite, para ofer­ 46U m bode para expiação do pecado.
ta de alimentos; 47E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­
26U m à colher de dez siclos de o uro, cheia de in ­ ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta foi
censo; a oferta de Eliasafe, filho de Deuel.
27U m novilho, um carneiro, um cordeiro de um 4SN o sétim o dia ofereceu o príncipe dos filhos de
ano, para holocausto; Efraim, Elisama, filho de Amiúde.
2aUm bode para expiação do pecado; 49A sua oferta fo i u m p rato de p rata, do peso de
29E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
a oferta de Eliabe, filho de H elom . de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
30N o qu arto dia ofereceu o príncipe dos filhos de ta de alim entos;
R úben, Elizur, filho de Sedeur; ,0U m a colher de dez siclos de o u ro , cheia de in ­
3IA sua oferta fo i um p rato de prata, do peso de censo;
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta 5lU m novilho, um carneiro, um cordeiro de um
siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios ano, para holocausto;
de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­ 52U m bode para expiação do pecado;
ta de alimentos; 53E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­
,2Um a colher de dez siclos de ouro, cheia de incenso; ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i
33U m novilho, um carneiro, um cordeiro de um a oferta de Elisama, filho de A m iúde.
ano, para holocausto; ,4N o oitavo dia ofereceu o p rín cip e dos filhos de
,4U m bode para expiação do pecado; M anassés, Gamaliel, filho de Pedazur.
35E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ 55A sua oferta fo i u m p rato de p rata, do peso de
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta foi cento e trin ta siclos, u m a bacia de prata de setenta
a oferta de Elizur, filho de Sedeur. siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
36No quinto dia ofereceu o príncipe dos filhos de Si- de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
meão, Selumiel, filho de Zurisadai. ta de alim entos;
37A sua oferta foi um p rato de prata, do peso de 56U m a colher de dez siclos de o u ro , cheia de in ­
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta censo;

153
NÚMEROS 7,8

S7Um novilho, um carneiro, um cordeiro de um 77E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­
ano, para holocausto; ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i
,8U m bode para expiação do pecado; a oferta de Pagiel, filho de Ocrã.
,9E p ara sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ 78N o duodécim o dia ofereceu o príncipe dos filhos
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i de Naftali, Aira, filho de Enã.
a oferta de Gamaliel, filho de Pedazur. 79A sua oferta fo i um p rato de p rata, do peso de
hHN o dia n o n o ofereceu o p ríncipe dos filhos de cento e trin ta siclos, u m a bacia de prata de setenta
Benjam im , A bidã, filho de G ideoni; siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
61A sua oferta fo i um p rato de prata, do peso de de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta ta de alimentos;
siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios “ U m a colher de dez siclos de ouro, cheia de incenso;
de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­ 8'U m novilho, u m carneiro, um cordeiro de um
ta de alimentos; ano, para holocausto;
“ U m a colher de dez siclos de ouro, cheia de incenso; 82U m bode para expiação do pecado;
63U m novilho, um carneiro, um cordeiro de um 83E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­
ano, para holocausto; ros, cinco bodes, cinco cordeiros de u m ano; esta fo i
64U m bode para expiação do pecado; a oferta de Aira, filho de Enã.
65E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ S4Esta fo i a consagração do altar, feita pelos prínci­
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i
pes de Israel, no dia em que foi ungido, doze pratos de
a oferta de Abidã filho de Gideoni.
prata, doze bacias de prata, doze colheres de ouro.
“ No décim o dia ofereceu o príncipe dos filhos de
8,Cada p rato de p rata de cento e trin ta siclos, e cada
Dã, Aieser, filho de Amisadai.
bacia de setenta; to d a a prata dos vasos fo i dois m il e
67À sua oferta fo i um p ra to de prata, do peso de
quatrocentos siclos, segundo o siclo do santuário;
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta
8('D oze colheres de o u ro cheias de incenso, cada
siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios
colher de dez siclos, segundo o siclo do santuário;
de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­
todo o o u ro das colheres/o» de cento e vinte siclos;
ta de alim entos;
87T od o s os anim ais para holocausto foram doze
“ Uma colher de dez siclos de ouro, cheia de incenso;
novilhos, doze carneiros, doze cordeiros de u m ano,
MU m novilho, um carneiro, um cordeiro de um
com a sua oferta de alim entos e doze bodes para ex­
ano, para holocausto;
piação do pecado.
70U m bode para expiação do pecado;
71E para sacrifício pacífico dois bois, cinco carnei­ 88E to d o s os anim ais para sacrifício pacífico fo ­
ros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano; esta fo i ram v in te e q u atro novilhos, os carneiros sessen­
a oferta de Aieser, filho de Amisadai. ta, os bodes sessenta, os cordeiros de um an o ses­
72No dia undécim o ofereceu o príncipe dos filhos senta; esta foi a consagração do altar, depois que
de Aser, Pagiel, filho de Ocrã; foi ungido.
7,A sua oferta fo i um p rato de prata, do peso de S<1E, q u an d o M oisés entrava na ten d a da congre­
cento e trin ta siclos, um a bacia de prata de setenta gação para falar com ele, então ouvia a voz que lhe
siclos, segundo o siclo do santuário; am bos cheios falava de cim a do propiciatório, que estava sobre a
de flor de farinha, am assada com azeite, para ofer­ arca do testem unho entre os dois querubins; assim
ta de alim entos; com ele falava.
74U m a colher de dez siclos de ouro, cheia de incenso;
7,U m novilho, um carneiro, um cordeiro de um C om o devem ser acesas as lâm padas
ano, para holocausto; E FALOU o S e n h o r a M oisés, dizendo:
76U m bode para expiação do pecado; 2Fala a Arão, e dize-lhe: Q uan d o acenderes as

Fala a Arão, e dize-lhe: Quando acenderes as lâmpadas „ OEo i, n i.T .


__ p RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em análise decli-
1' ' «=* na tão-somente sobre o cerimonial determinado por Deus
Catolicismo Romano. Emprega esteversículo para avalizar no tabernáculo (Éx 27.20). O objetivo especifico desses utensl-
D o emprego de velas em suas liturgias e práticas cultuais. lios era única e exclusivamente iluminar o local em que se en-

154
NÚMEROS 8

lâm padas, as sete lâm padas ilum inarão o espaço em HE separarás os levitas do m eio dos filhos de Isra­
frente d o candelabro. el, para que os levitas sejam meus.
3E Arão fez assim: A cendeu as lâm padas do cande­ !,E depois os levitas en trarão para fazerem o ser­
labro para ilum inar o espaço em frente, com o o Se­ viço da tenda da congregação; e tu os purificarás, e
n h o r ordenara a Moisés. por oferta m ovida os oferecerás.
4E era esta a obra do candelabro, obra de o u ro ba­ l6P orq u an to eles, dentre os filhos de Israel, m e são
dados; em lugar de to d o aquele que abre a m adre,
tido; desde o seu pé até às suas flores era ele de ouro
do prim ogênito de cada um dos filhos de Israel, para
batido; conform e ao m odelo que o S enhor m ostra­
m im os tenho tom ado.
ra a Moisés, assim ele fez o candelabro.
I7P orque m eu é todo o prim ogênito entre os filhos
de Israel, entre os h om ens e entre os animais; no dia
A consagração dos levitas
em que, na terra do Egito, feri a todo o prim ogêni­
5E falou o S en h or a Moisés, dizendo: to, os santifiquei para m im .
'’Tom a os levitas do meio dos filhos de Israel e p u ­ I8E tom ei os levitas em lugar de todo o prim ogêni­
rifica-os; to entre os filhos de Israel.
7E assim lhes farás, para os purificar: Esparge so­ I9E os levitas, dados a A rão e a seus filhos, dentre os
bre eles a água da expiação; e sobre toda a sua car­ filhos de Israel, ten h o dado para m inistrarem o m i­
ne farão passar a navalha, e lavarão as suas vestes, e nistério dos filhos de Israel na tenda da congrega­
se purificarão. ção e p ara fazer expiação pelos filhos de Israel, para
"Então tom arão um novilho, com a sua oferta de ali­ que não haja praga entre eles, chegando-se os filhos
m entos de flor de farinha amassada com azeite; e to ­ de Israel ao santuário.
marás tu outro novilho, para expiação do pecado. 20E assim fizeram Moisés e Arão, e toda a congre­
9E farás chegar os levitas perante a tenda da congrega­ gação dos filhos de Israel, com os levitas; conform e
a tu d o o que o S enhor o rd en ara a M oisés acerca dos
ção e ajuntarás toda a congregação dos filhos de Israel.
levitas, assim os filhos de Israel lhes fizeram.
1 °Farás, pois, chegar os levitas perante o S enhor ; e os
21E os levitas se purificaram , e lavaram as suas vestes,
filhos de Israel porão as suas m ãos sobre os levitas.
e Arão os ofereceu por oferta m ovida perante o S e­
11E Arão oferecerá os levitas por oferta m ovida, pe­
n h o r , e Arão fez expiação p o r eles, para purificá-los.
rante o S en h or , pelos filhos de Israel; e serão para 22E depois vieram os levitas, para exercerem o seu
servirem no m inistério do S en h o r . m inistério na tenda da congregação, p erante Arão
12E o s lev itas c o lo c a r ã o as s u a s m ã o s s o b r e a c a b e ç a e perante os seus filhos; com o o S en h or ord en ara a
d o s n o v ilh o s ; e n tã o sa c rific a tu , u m para e x p ia ç ã o M oisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram.
d o p e c a d o , e o o u t r o para h o lo c a u s to a o S en h o r , 23E falou o S enhor a Moisés, dizendo:
p a r a fa ze r e x p ia ç ã o p e lo s lev itas. 2,,Este é o ofício dos levitas: Da idade de vinte e cin­
13E porás os levitas perante Arão, e perante os seus co anos para cim a entrarão, para fazerem o serviço
filhos, e os oferecerá por oferta m ovida ao S en h o r . no m inistério da tenda da congregação;

contravam no tabernáculo (êx 25.37) e, nos cerimoniais, segun­ cio, o sagrado também requeria uma preparação, um aprendiza­
do muitos, representavam a presença divina. do, o que exigia do levita cinco anos de experiência antes de exer­
Os católicos romanos empregam este artefato para fins ritu­ cer efetivamente sua função.
ais e como forma de sufrágios, oferecendo-o aos mortos que, Já o texto de 1Crônicas 23.3,24 registra duas situações que fa­
supostamente, estáo no purgatório e aos “santos' de devoçáo ziam que o responsável diminuísse, para vinte anos, a idade dos
como indulgência. Tal procedimento, no entanto, nào possui res­ aspirantes levitas aos ofícios do tabernáculo. A saber: a) Visto que
paldo bíblico. o tabernáculo não precisava mais ser transportado, as responsa­
bilidades também diminuíram, o que possibilitou o ingresso de
Da idade de vinte e cinco anos para cima levitas mais jovens; b) Na época em que ocorreu esta alteração,
(8.24) o número de levitas que retornou da Babilônia era de apenas se­
tenta e quatro (Ed 2.40).
GD Ceticismo. Confronta este texto com outros versículos
Mas é preciso distinguir a contagem feita no versículo 3 da con­
bíblicos (como, por exemplo. Nm 4,3,23,35; 1Cr 23.3,24;
tagem do versículo 24. Nesta última, foram arrolados somente
Ed 3.8) para alegar contradição na Biblia quanto à idade para a
aqueles que atuariam efetivamente nos ofícios do tabernáculo
separação dos oficiantes do templo.
("filhos de Arão', v. 5). Na primeira, aqueles que exerceriam ou­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Quanto a este versículo, po- tras funções (“filhos de Coate", v. 15). Logo, Esdras 3.8 apenas
<=» demos considerar que, assim como em qualquer outro ofí­ segue esta orientação.

155
NÚMEROS 8 ,9 ,1 0

2,Mas desde a idade de cinqüenta anos sairão do tiver em viagem, e deixar de celebrar a páscoa, essa
serviço deste m inistério, e nunca m ais servirão; alm a do seu povo será extirpada; p o rq u an to não
i6Porém com os seus irm ãos servirão na tenda da ofereceu a oferta do Se n h o r a seu tem po d eterm i­
congregação, para terem cuidado da guarda; m as o nado; esse hom em levará o seu pecado.
m inistério não exercerão; assim farás com os levi­ I4E, q u ando um estrangeiro peregrinar entre vós,
tas q u an to aos seus deveres. e tam bém celebrar a páscoa ao S e n h o r , segundo o
estatuto da páscoa e segundo o seu rito assim a cele­
/V celebração da páscoa n o deserto d e Sin a i brará; um m esm o estatuto haverá para vós, assim
E FALOU o Se n h o r a Moisés no deserto de Si­ para o estrangeiro, com o para o natural da terra.
9 nai, no ano segundo da sua saída da terra do
Egito, no prim eiro mês, dizendo: A n u ve m g u ia n d o a m archa dos israelitas
2Celebrem os filhos de Israel a páscoa a seu tem ­ l5E no dia em que foi levantado o tabernáculo, a
po determ inado. nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do teste­
3N o dia catorze deste mês, pela tarde, a seu te m ­ m unh o ; e à tarde estava sobre o tabernáculo com
po d eterm in ad o a celebrareis; segundo todos os um a aparência de fogo até à m anhã.
seus estatutos, e segundo todos os seus ritos, a ce­ lhAssim era de co n tín u o : a nuvem o cobria, e de
lebrareis. noite havia aparência de fogo.
''Disse, pois, M oisés aos filhos de Israel que cele­ 17Mas sem pre que a n uvem se alçava de sobre a te n ­
brassem a páscoa. da, os filhos de Israel partiam ; e no lugar o nde a n u ­
5Então celebraram a páscoa no dia catorze do p ri­ vem parava, ali os filhos de Israel se acam pavam .
m eiro mês, pela tarde, no deserto de Sinai; co n ­ '"Segundo a ordem do Se n h o r , os filhos de Israel
form e a tu d o o que o Se n h o r ordenara a Moisés, as­ partiam , e segundo a ordem do Se n h o r se acam pa­
sim fizeram os filhos de Israel. vam ; todos os dias em que a nuvem parava sobre o
tabernáculo, ficavam acam pados.
S eg unda celebração para os ausentes e os ' 9E, q u an d o a nuvem se detinha m uitos dias sobre
im undos o tabernáculo, então os filhos de Israel cum priam a
6E houve alguns que estavam im undos p o r terem ordem do Se n h o r , e não partiam .
tocado o corpo de um hom em m orto; e não podiam 20E, q u an d o a nuvem ficava poucos dias sobre o
celebrar a páscoa naquele dia; por isso se chegaram tabernáculo, segundo a ordem do Se n h o r se aloja­
perante M oisés e Arão naquele m esm o dia; vam , e segundo a ordem do Senho r partiam .
7E aqueles hom ens disseram -lhe: Im u n d o s esta­ 2'P o rém , outras vezes a nuvem ficava desde a ta r­
mos nós pelo corpo de um hom em m orto; p o r que de até à m anhã, e q u ando ela se alçava pela m anhã,
seríam os privados de oferecer a oferta do Se n h o r a então partiam ; q uer de dia q uer de noite alçando-se
seu tem po determ inado no m eio dos filhos de Is­ a nuvem , partiam .
rael? 22O u, q u an d o a nuvem sobre o tabernáculo se d e­
HE disse-lhes Moisés: Esperai, e eu ouvirei o que o tinha dois dias, o u um mês, ou u m ano, ficando so­
Se n h o r vos ordenará. bre ele, então os filhos de Israel se alojavam, e não
9Então falou o Se n h o r a Moisés, dizendo: partiam ; e alçando-se ela, partiam .
l0Fala aos filhos de Israel, dizendo: Q u an d o al­ 2,Segundo a ordem do Se n h o r se alojavam , e se­
guém en tre vós, o u entre as vossas gerações, for gundo a ordem do Se n h o r partiam ; cum priam o seu
im u n d o p o r tocar corpo m o rto , o u achar-se em dever p ara com o Se n h o r , segundo a ordem do Se ­
jo rn ad a longe de vós, co n tu d o ainda celebrará a n h o r p o r interm édio de Moisés.

páscoa ao Se n h o r .
" N o m ês segundo, n o dia catorze à tarde, a ce­ As duas trom betas de prata
lebrarão; com pães ázim os e ervas am argas a co ­ FALOU mais o Se n h o r a Moisés, dizendo:
m erão. 2Faze-te duas trom betas de prata; de obra
l2Dela nada deixarão até à m anhã, e dela não q u e­ batida as farás, e elas te servirão para a convocação
brarão osso algum; segundo todo o estatuto da pás­ da congregação, e para a partida dos arraiais.
coa a celebrarão. 3E, q uando as tocarem , então to d a a congregação
'■’Porém , q uando um h om em for lim po, e não es­ se reunirá a ti à p o rta da tenda da congregação.

156
NÚMEROS 10

4Mas, q uando tocar um a só, então a ti se congrega­ 20E sobre o exército da trib o dos filhos de Gade,
rão os príncipes, os cabeças dos m ilhares de Israel. Eliasafe, filho de Deuel.
’Q uando, retinindo, as tocardes, então partirão os 2,Então p artiram os coatitas, levando o santuário;
arraiais que estão acam pados do lado do oriente. e os outros levantaram o tabernáculo, en q u an to es­
6Mas, q uando a segunda vez retinindo, as to car­ tes vinham .
des, então partirão os arraiais q u e estão acam pa­ 22D epois p artiu a bandeira do arraial dos filhos de
dos do lado do sul; retin in d o , as tocarão para as Efraim segundo os seus exércitos; e sobre o seu exér­
suas partidas. cito estava Elisama, filho de Amiúde.
7Porém , ajuntando a congregação, as tocareis; mas 23E sobre o exército da trib o dos filhos de M anas-
sem retinir. sés, Gamaliel, filho de Pedazur.
8E os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as tro m ­ 24E sobre o exército da trib o dos filhos de Benja­
betas; e a vós serão p o r estatuto perpétuo nas vos­ m im , Abidã, filho de Gideoni.
sas gerações. 25Então p artiu a b an d eira do arraial dos filhos
9E, quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o de Dã, fechando todos os arraiais segundo os seus
inimigo, que vos oprim e, tam bém tocareis as tro m ­ exércitos; e sobre o seu exército estava Aieser, filho
betas retinindo, e perante o Senhor vosso Deus haverá de Amisadai.
lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos. 2,’E sobre o exército da trib o dos filhos de Aser, Pa-
'"Sem elhantem ente, no dia da vossa alegria e nas giel, filho de Ocrã.
27E sobre o exército da tribo dos filhos de Naftali,
vossas solenidades, e nos princípios de vossos m e­
Aira, filho de Enã.
ses, tam bém tocareis as trom betas sobre os vossos
28Esta era a ordem das partidas dos filhos de Israel
holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e
segundo os seus exércitos, q u an d o partiam .
vos serão por m em orial perante vosso Deus: Eu sou
o Se nho r vosso Deus.
Moisés roga a H obabe q u e vá c o m eles
29Disse então Moisés a H obabe, filho de Reuel, o
Os israelitas partem do S in a i
m idianita, sogro de Moisés: N ós cam inham os para
1 'E aconteceu, no ano segundo, n o segundo mês,
aquele lugar, de que o Se n h o r disse: V o-lo darei; vai
aos vinte do mês, que a nuvem se alçou de sobre o
conosco e te farem os bem ; p o rq u e o Se n h o r falou
tabernáculo da congregação.
bem sobre Israel.
I2E os filhos de Israel, segundo a o rdem de m a r­
J0P orém ele lhe disse: N ão irei; antes irei à m inha
cha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem p arou
terra e à m inha parentela.
no deserto de Parã.
’'E ele disse: O ra, não nos deixes; p o rq u e tu sa­
l3Assim p artiram pela prim eira vez segundo a o r­
bes onde devem os acam par no deserto; nos servi­
dem do Se n h o r , po r interm édio de Moisés.
rás de guia.
MP orque prim eiram ente p artiu a bandeira do a r­ 32E será que, vindo tu conosco, e sucedendo o
raial dos filhos de Judá segundo os seus exércitos; e bem q ue o Se n h o r nos fizer, tam b ém n ó s te fare­
sobre o seu exército estava N aassom , filho de Ami- m os bem .
nadabe.
I5E sobre o exército da tribo dos filhos de Issacar, A bênção d e M oisés
N atanael, filho de Zuar. 33Assim p artiram do m o n te d o Se n h o r cam inho
IAE sobre o exército da tribo dos filhos de Zebulom , de três dias; e a arca da aliança do Se n ho r cam inhou
Eliabe, filho de Helom . diante deles cam inho de três dias, para lhes buscar
l7Então desarm aram o tabernáculo, e os filhos de lugar de descanso.
G érson e os filhos de M erari partiram , levando o ta ­ ’■•E a nuvem do S e n h o r ia sobre eles de dia, q u a n ­
bernáculo. do partiam do arraial.
'"D epois partiu a bandeira d o arraial de R úben se­ 35Acontecia que, p artin d o a arca, Moisés dizia: Le­
gundo os seus exércitos; e sobre o seu exército esta­ vanta-te, Se n h o r , e dissipados sejam os teus inim i­
va Elizur, filho de Sedeur. gos, e fujam diante de ti os que te odeiam .
I9E sobre o exército da trib o dos filhos de Simeão, 3<’E, p o usando ela, dizia: Volta, ó Se n h o r , para os
Selumiel, filho de Zurisadai. m uitos m ilhares de Israel.

157
NÚMEROS 11

As m urm urações dos israelitas D eus designa setenta anciãos para a judarem
1 E A CO N TECEU que, queixou-se o povo M oisés
1 JL falando o que era m al aos ouvidos do Se­
n h o r ; e ouvindo o Se n h o r a sua ira se acendeu; e o
lhE disse o Se n h o r a Moisés: A junta-m e setenta h o ­
m ens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos
fogo do Se n h o r ardeu entre eles e consum iu os que do povo e seus oficiais; e os trarás p erante a tenda da
estavam na últim a parte do arraial. congregação, e ali estejam contigo.
2Então o povo clam ou a Moisés, e Moisés orou ao 17Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do
S e n h o r , e o fogo se apagou. espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e co n ­
3Pelo que cham ou aquele lugar Taberá, porquanto tigo levarão a carga do povo, para que tu não a le­
o fogo do Se n h o r se acendera entre eles. ves sozinho.
4E o vulgo, que estava n o m eio deles, veio a ter I8E dirás ao povo: Santificai-vos p ara am anhã, e
gran d e desejo; pelo que os filhos de Israel to rn a ­ com ereis carne; p o rq u an to chorastes aos ouvidos
ram a chorar, e disseram : Q uem nos dará carne a do S en h o r , dizendo: Q uem nos dará carne a comer?
comer? Pois íam os bem no Egito; p o r isso o Se n h o r vos dará
sL em bram o-nos dos peixes que n o Egito com ía­ carne, e comereis;
m os de graça; edos pepinos, e dos melões, e dos por- ,9N ão com ereis u m dia, nem dois dias, nem cinco
dias, nem dez dias, nem vinte dias;
ros, e das cebolas, e dos alhos.
20M as um m ês inteiro, até vos sair pelas narinas,
6Mas agora a nossa alm a se seca; coisa n enhum a há
até que vos enfastieis dela; p o rq u an to rejeitastes ao
senão este m aná diante dos nossos olhos.
Se n h o r , que está no m eio de vós, e chorastes diante
:E era o m aná com o sem ente de coentro, e a sua cor
dele, dizendo: Por que saím os do Egito?
com o a cor de bdélio.
2IE disse Moisés: Seiscentos m il h o m en s de pé é
8Espalhava-se o povo e o colhia, e em m oinhos o
este povo, no m eio do qual estou; e tu tens dito: D ar-
m oía, o u nu m gral o pisava, e em panelas o cozia, e
lhes-ei carne, e com erão um mês inteiro.
dele fazia bolos; e o seu sabor era com o o sabor de
22D egolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes
azeite fresco.
bastem ? O u ajuntar-se-ão para eles todos os peixes
<>E, q u an do o orvalho descia de noite sobre o a r­
do m ar, que lhes bastem?
raial, o m aná descia sobre ele.
23Porém , o Se n h o r disse a Moisés: Teria sido en ­
l0Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas fa­
curtada a m ão do Se n h o r ? Agora verás se a m inha
mílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Se­
palavra se há de cu m p rir ou não.
n h o r grandem ente se acendeu, e pareceu m al aos
24E saiu Moisés, e falou as palavras do Se n h o r ao
olhos de Moisés. povo, e aju n to u setenta h om ens dos anciãos do
povo e os pôs ao redor da tenda.
M oisés acha pesado o seu cargo 2,Então o Se n h o r desceu na nuvem , e lhe falou; e,
1 'E disse Moisés ao Se n h o r : P or que fizeste m al a tirand o do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre
teu servo, e p o r que não achei graça aos teus olhos, aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, q u an d o o
visto que puseste sobre m im o cargo de to d o este espírito repo u so u sobre eles, profetizaram ; m as d e­
povo? pois nu n ca mais.
l2C oncebi eu p o rv en tu ra to d o este povo? D ei-o 26P orém no arraial ficaram dois hom ens; o nom e
eu à luz? para que m e dissesses: leva-o ao teu colo, de u m era Eldade, e do o u tro M edade; e re p o u ­
com o a am a leva a criança que m am a, à terra que ju ­ sou sobre eles o espírito (p o rq u an to estavam entre
raste a seus pais? os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e p ro ­
13De onde teria eu carne para dar a todo este povo? fetizavam no arraial.
P o rq u an to contra m im choram , dizendo: D á-nos 27E ntão co rreu u m m oço e an u n cio u a M oisés e
carne a com er; disse: Eldade e M edade profetizam n o arraial.
l4Eu só não posso levar a to d o este povo, porque 28E Josué, filho de N um , servidor de Moisés, um
m u ito pesado é para mim. dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: M oi­
15E se assim fazes com igo, m ata-m e, peço-te, se te­ sés, m eu senhor, proíbe-lho.
n h o achado graça aos teus olhos, e não m e deixes 29P orém , M oisés lhe disse: T ens tu ciúm es por
ver o m eu mal. m im ? Q uem dera que to d o o povo do Se nho r fos­

158
NÚMEROS 11,12,13

7N ão é assim com o m eu servo Moisés que é fiel em


se p ro fe ta , e q u e o S enhor p u se ss e o s e u e s p ír ito s o ­
b r e ele! toda a m inha casa.
,0Depois Moisés se recolheu ao arraial, ele e os an ­ 8Boca a boca falo com ele, claram ente e não p o r
ciãos de Israel. enigm as; pois ele vê a sem elhança do S en h o r ; por
que, pois, não tivestes tem o r de falar contra o meu
C o d o m izes são m andadas servo, co n tra Moisés?
3‘Então soprou um vento do S en h or e trouxe co- ’Assim a ira do S en h o r co n tra eles se acendeu; e
dornizes do m ar, e as espalhou pelo arraial quase ca­ retirou-se.
m inho de um dia, de um lado e de o u tro lado, ao re­ I0E a nuvem se retiro u de sobre a tenda; e eis que
dor do arraial; quase dois côvados sobre a terra. M iriã ficou leprosa com o a neve; e olhou Arão para
’-Então o povo se levantou to d o aquele dia e toda M iriã, e eis que estava leprosa.
aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as co­ ' 1Por isso Arão disse a Moisés: Ai, senhor m eu, não
dom izes; o que m enos tinha, colhera dez ômeres; e ponhas sobre nós este pecado, pois agim os louca­
as estenderam para si ao redor do arraial. m ente, e tem os pecado.
33Q uan d o a carne estava entre os seus dentes, an ­ l2O ra, não seja ela com o u m m o rto , q ue saindo
tes que fosse m astigada, se acendeu a ira do S enhor do ventre de sua mãe, a m etade da sua carne já es­
co n tra o povo, e feriu o S e n h o r o povo com um a teja consum ida.
praga m u i grande. 13C lam ou, pois, M oisés ao S e n h o r , dizendo: ó
34Por isso o nom e daquele lugar se cham ou Q ui- Deus, rogo-te que a cures.
brote-A taavá, p o rq u an to ali enterraram o povo que 14E disse o S en h or a Moisés: Se seu pai cuspira em
teve o desejo. seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Este­
35De Q uibrote-A taavá cam inhou o povo para H a- ja fechada sete dias fora do arraial, e depois a reco­
zerote, e pararam em H azerote. lham .
' 5Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias,
A sedição de M iriã e Arão e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã.
1 ^ E falaram M iriã e Arão contra Moisés, por l6P orém , depois o povo p a rtiu de H azerote; e
X m causa da m ulher cusita, com quem casara; acam pou-se n o deserto de Parã.
po rq u an to tinha casado com um a m ulher cusita.
2E disseram : P o rventura falou o S en h o r som en­ D oze h o m en s são etiviados para espiar a terra de
te p o r Moisés? N ão falou tam bém p o r nós? E o Se­ C anaã
n h o r o ouviu. E falou o S en h or a Moisés, dizendo:
3E era o hom em M oisés m ui m anso, mais do que 2Envia hom ens que espiem a terra de C a­
todos os hom ens que havia sobre a terra. naã, que eu hei de d ar aos filhos de Israel; de cada
4E logo o S en h o r disse a M oisés, a A rão e a M i­ tribo de seus pais enviareis u m hom em , sendo cada
riã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram um príncipe entre eles.
eles três. 3E enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo a
'E n tão o S enhor desceu na coluna de nuvem , e se ordem do Senhor; to d o s aqueles hom ens eram ca­
pôs à porta da tenda; depois cham ou a Arão e a M i­ beças dos filhos de Israel.
riã e am bos saíram. 4E estes são os seus nom es: D a trib o de R úben, Sa-
6E disse: O uvi agora as m inhas palavras; se entre m ua, filho de Zacur;
vós houver profeta, eu, o S en h o r , em visão a ele me 5Da tribo de Simeão, Safate, filho de H ori;
farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. 6Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné;

E envlou-09 Moisés do deserto de Pará serto de Parã se estende pelo Porto de Elote, seguindo até o gol­
(13.3) fo de Acaba, no sentido norte-nordeste, atravessando Naal Pará
e Har Ramom, que incluem a região de Cades Barnéia, na mes­
Ceticismo. Confronta este versículo com Números 20.1
ma latitude de Punon. Logo, os espias iniciaram a viagem em Ca­
para dizer que há contradição bíblica quanto à região em
des Barnéia, que fica no deserto de Parã, conforme indica o versí­
que teria iniciado a missão dos doze espias.
culo 26:"... e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto
.. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tanto o versículo em estudo de Pará, em Cades".
■= quanto o texto confrontado estão corretos, visto que o de­

159
NÚMEROS 13,14

7Da trib o de Issacar, Jigeal, filho de José; to d a a congregação dos filhos de Israel n o deser­
8Da trib o de Efraim, Oséias, filho de N um ; to de Parã, em Cades; e deram -lhes notícias, a eles,
9Da trib o de Benjam im , Palti, filho de Rafu; e a tod a a congregação, e m o straram -lh es o fruto
"’D a trib o de Zebulom , Gadiel, filho de Sodi; da terra.
11 D a tribo de José, pela tribo de Manassés, Gadi fi­ 27E contaram -lhe, e disseram: Fom os à terra a que
lho de Susi; nos enviaste; e verdadeiram ente m ana leite e mel, e
,2Da tribo de Dã, Amiel, filho de Gemali; este é o seu fruto.
l3Da trib o de Aser, Setur, filho de Micael; 2sO povo, porém , que habita nessa te rra é p o d ero ­
l'*Da trib o de Naftali, Nabi, filho de Vofsi; so, e as cidades fortificadas e m ui grandes; e tam bém
l5Da trib o de Gade, Geuel, filho de M aqui. ali vim os os filhos de Anaque.
l6Estes são os nom es dos hom ens que Moisés en ­ 29Os am alequitas habitam na terra do sul; e os he-
viou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de N um , teus, e os jebuseus, e os am orreus habitam na m o n ­
M oisés cham ou Josué. tanha; e os cananeus habitam ju n to do m ar, e pela
l7Enviou-os, pois, M oisés a espiar a terra de Ca- m argem do Jordão.
naã; e disse-lhes: Subi p o r aqui para o lado do sul, e ,nEntão Calebe fez calar o povo p erante Moisés, e
subi à m ontanha: disse: C ertam en te subirem os e a possuirem os em
l8E vede que terra é, e o povo que nela habita; se é herança; p o rq u e seguram ente prevalecerem os co n ­
forte o u fraco; se pouco o u m uito. tra ela.
,9E com o é a terra em que habita, se boa ou má; e 3lPorém , os ho m en s que com ele subiram disse­
quais são as cidades em que eles habitam ; se em a r­ ram : N ão p o d erem o s subir co n tra aquele povo,
raiais, o u em fortalezas. p orqu e é m ais forte do que nós.
2HT am bém com o é a terra, se fértil ou estéril; se nela 32E infam aram a terra que tin h am espiado, dizen­
há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tom ai do fru ­ do aos filhos de Israel: A terra, pela qual passam os
to da terra. E eram aqueles dias os dias das p rim í­ a espiá-la, é terra que consom e os seus m oradores;
cias das uvas. e to d o o povo que vim os nela são h om ens de g ran­
21Assim subiram e espiaram a terra desde o deserto de estatura.
de Zim , até Reobe, à entrada de Ham ate. 33T am b ém vim os ali gigantes, filhos de A naque,
22E subiram para o lado d o sul, e vieram até He- descendentes dos gigantes; e éram os aos nossos
brom ; e estavam ali Aimã, Sesai e Talm ai, filhos de olhos com o gafanhotos, e assim tam bém éram os
A naque (H ebrom foi edificada sete anos antes de aos seus olhos.
Zoã no Egito).
23Depois foram até ao vale de Escol, e dali co rta­ Os israelitas q u erem vo lta r para o E gito
ram u m ram o de vide com um cacho de uvas, o E ntão to d a a congregação levantou a sua
qual trouxeram dois homens, sobre um a vara; com o
tam bém das rom ãs e dos figos.
M voz; e o povo chorou naquela noite.
2E to d o s os filhos de Israel m u rm u ra ra m co n tra
24C ham aram àquele lugar o vale de Escol, p o r cau­ M oisés e co n tra Arão; e toda a congregação lhes dis­
sa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel. se: Q uem dera tivéssemos m o rrid o na terra do Egi­
25E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de q u a­ to! ou, m esm o neste deserto!
renta dias. 3E p o r qu e o S enhor nos traz a esta terra, para cair­
26E cam inharam , e vieram a M oisés e a Arão, e a m os à espada, e para que nossas m ulheres e nossas

E verdadeiramente mana leite e mel [...] é terra cabfvel. O relatório apresentado por alguns espias que acompa­
que consome os seus moradores nharam Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã era exa­
(13.27,32) gerado e covarde, não refletia os benefícios da terra, como no
caso dos outros espias enviados antes deles (v. 27). É fato que.
Ceticismo. Simplesmente pelo fato de o versículo 27 di­
na ocasião, existiam em Canaã homens de alta estatura e fortes
zer 'verdadeiramente mana leite e mel' e o 32 'terra que
guerreiros (v. 28), porque a região vinha sendo palco de cons­
consome os seus moradores* (numa alusão à miséria, segundo
tantes batalhas campais entre as tribos que desejavam tomá-
os céticos) usa estas referências para fundamentar uma supos­
la, por ser uma terra extremamente fértil. O texto de Números
ta contradição bíblica.
14.36.37 é uma prova cabal contra a tese dos céticos, por do­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto desta referên- cumentar a morte dos covardes que induziram o povo à mur­
>=> cia, por si só, prova que a interpretação dos céticos é in- muração.

160
NÚMEROS 14

crianças sejam po r presa? N ão nos seria m elhor vol­ face a face, ó S en h o r , lhes apareces, que tua nuvem
tarm os ao Egito? está sobre ele e que vais adiante dele nu m a coluna de
4E diziam uns aos outros: C onstituam os u m líder, nuvem de dia, e n u m a coluna de fogo de noite.
e voltem os ao Egito. I5E se m atares este povo co m o a u m só h o m em ,
’Então M oisés e Arão caíram sobre os seus rostos então as nações, que antes ouviram a tu a fama, fa­
perante toda a congregação dos filhos de Israel. larão, dizendo:
6E Josué, filho de N um , e Calebe filho de Jefoné, “’P orq u an to o S en h o r não podia p ô r este povo na
dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. terra que lhe tinha jurado; p o r isso os m ato u no d e­
7E falaram a toda a congregação dos filhos de Is­ serto.
rael, dizendo: A terra pela qual passam os a espiar é l7Agora, pois, rogo-te que a força do m eu Senhor
terra m u ito boa. se engrandeça; com o tens falado, dizendo:
8Se o Se n h o r se agradar de nós, então nos porá nes­ l80 S enhor é longânim o, e grande em m isericór­
ta terra, e no-la dará; terra que m ana leite e mel. dia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que
“T ão -so m en te não sejais rebeldes contra o S en h or , o culpado não tem p o r inocente, e visita a in iq ü i­
e não tem ais o povo dessa terra, p o rq u an to são eles dade dos pais sobre os filhos até a terceira e q u ar­
nosso pão; retirou-se deles o seu am paro, e o S enhor ta geração.
é conosco; não os temais. ’’Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a
"’Mas toda a congregação disse que os apedrejas­ grandeza da tu a m isericórdia; e com o tam b ém p er­
sem; porém a glória do S en h o r apareceu na tenda doaste a este povo desde a terra do Egito até aqui.
da congregação a todos os filhos de Israel. 20E disse o S e n h o r : C o n fo rm e à tu a palavra lhe
1 'E disse o S en h or a Moisés: Até q u an d o m e p ro ­ perdoei.
vocará este povo? e até q uando não crerá em m im , 21Porém , tão certam en te como eu vivo, e com o a
apesar de todos os sinais que fiz no m eio dele? glória do S enhor encherá to d a a terra,
l2C om pestilência o ferirei, e o rejeitarei; e te farei 22E que todos os hom ens qu e viram a m in h a gló­
a ti povo m aior e m ais forte do que este. ria e os m eus sinais, que fiz no Egito e n o deserto,
13E disse Moisés ao S en h or : Assim os egípcios o o u ­ e m e ten taram estas dez vezes, e não obedeceram à
virão; p o rquanto com a tua força fizeste subir este m inha voz,
povo do m eio deles. 2,N ão verão a terra de que a seus pais jurei, e n e­
UE dirão aos m oradores desta terra, os quais ouvi­ n h u m daqueles que m e provocaram a verá.
ram que tu, ó S en h or , estás no m eio deste povo, que 24P orém o m eu servo Calebe, p o rq u an to nele hou-

Os quais ouviram que tu, ó SENHOR, estás Visita a Iniqüidade dos pais sobre
no melo deste povo, que face a face os filhos
(14.14) (14.18)
ÇT) Ceticismo. Enxerga contradição entre este versículo e os xg». Maldição Hereditária. Os seguidores desta doutrina usam
" de Génesis 32.30 e João 1,18 por, supostamente, não con­ este versículo para justificar e promover a idéia de um Deus
cordarem entre si sobre a possibilidade de o homem poder ver o vingativo que castiga, indiscriminadamente, gerações posterio­
Senhor face a face. res por causa das ações funestas de seus ancestrais.
g RESPOSTAAPOLOGÉTICA: O contexto da referência em _ | | RESPOSTAAPOLOGÉTICA: O texto em pauta está rela-
■=> análise prova que não se trata de uma aparição divina que = cionado à nação de Israel e à idolatria. Nada diz a respei­
reproduza a glória de Oeus em sua total plenitude (1Sm 2.8). Aex- to de “espíritos” do alcoolismo, do adultério, da pornografia, etc.
pressão “facea face' está relacionada à "nuvem de glória” que co­ O ensino desta passagem é que o pecado tem efeitos ou conse­
bria o tabernáculo e certificava ao povo da presença divina. Todas qüências fatais, não apenas para quem o pratica, mas também
as semanas, doze pães sagrados eram oferecidos a Deus sobre para os outros. Os filhos que pecam pelo exemplo dos pais de­
a mesa dos pães da proposição. O termo hebraico para citar esta monstram que não amam a Deus. Mas o Senhor Deus, de forma
ocasião èsulham v*lehem panim. que traduzido é: “a mesa com alguma, irá amaldiçoar os filhos dos idólatras simplesmente por
o pão da Presença". O apóstolo Paulo afirmou que era possível a serem seus filhos, mas por se tornarem participantes e imitado­
contemplação do resplendordivino de forma imanente (2Co4.6). res dos pecados dos pais.
Mas é dele também o testemunho de que Cristo, uma vez glorifi­ De igual modo, Deus não irá abençoar os filhos dos fiéis sim­
cado com o Pai, já não podia mais ser contemplado por ele face plesmente por serem seus filhos, antes, fará que se tornem
a face: “... subitamente o cercou um resplendor de luz do céu" (At participantes e imitadores da fidelidade dos pais. As maldi­
9.3). O próprio Jesus, em certa ocasião, atestou a possibilidade ções bíblicas que aparecem no Antigo Testamento recaem so­
da contemplação de Deus (o Paí) apenas em representação hu­ bre todos aqueles que não desfrutam da comunhão com Deus
mana: “Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14.9). (Dt 27.11 -25; Ml 2.2). Osjustos (os crentes fiéis), todavia, abençoa-

161
NÜMEROS 14

ve o u tro espírito, e perseverou em seguir-m e, eu o dades q u a re n ta anos, e co n h ecereis o m eu afas­


levarei à terra em que entrou, e a sua descendência ta m en to .
a possuirá em herança. 3SEu, o Sf.n h o r , falei; assim farei a to d a esta m á
2,O ra, os am alequitas e os cananeus habitam no congregação, que se levantou contra m im ; neste de­
vale; tornai-vos am anhã e cam inhai para o deserto serto se consum irão, e aí falecerão.
pelo cam inho do M ar Verm elho. 36E os hom ens que M oisés m andara a espiar a te r­
ra, e que, voltando, fizeram m u rm u rar toda a co n ­
Aos m u rw u ra d o res não é p erm itid o entrar na gregação contra ele, infam ando a terra,
terra de C anaã 37Aqueles m esm os hom ens que infam aram a terra,
26Depois falou o Senhor a Moisés e a Arão dizendo: m orreram de praga perante o Se n h o r .
27Até q u an d o sofrerei esta m á congregação, que 38Mas Josué, filho de N um , e Calebe, filho de Jefo­
m u rm u ra contra mim? Tenho ouvido as m u rm u ra­ né, que eram dos h om ens que foram espiar a terra,
ções dos filhos de Israel, com que m u rm u ram con­ ficaram com vida.
tra m im .
39E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de
28Dize-lhes: Vivo eu, diz o Se n h o r , que, com o fa­
Israel; então o povo se co ntristou m uito.
lastes aos m eus ouvidos, assim farei a vós outros.
40E levantaram -se pela m anhã de m adrugada, e su ­
^ N este deserto cairão os vossos cadáveres, com o
b iram ao cum e do m onte, dizendo: Eis-nos aqui, e
tam bém todos os que de vós foram contados segun­
subirem os ao lugar que o Se n h o r tem falado; p o r­
do toda a vossa conta, de vinte anos para cim a, os
q u an to havem os pecado.
que dentre vós contra m im m urm urastes;
4'M as Moisés disse: Por que transgredis o m an d a­
,uN ão entrareis na terra, pela qual levantei a m inha
do do Se n h o r ? Pois isso não prosperará.
m ão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho
42N ão subais, pois o Se n h o r não estará no m eio
de Jefoné, e Josué, filho de N um .
de vós, para qu e não sejais feridos diante dos vos­
3‘Mas os vossos filhos, de que dizeis: P or presa se­
rão, porei nela; e eles conhecerão a te rra que vós sos inimigos.
desprezastes. 43P o rq u e os am alequitas e os cananeus estão ali
32Porém , quanto a vós, os vossos cadáveres cairão diante da vossa face, e caireis à espada; pois, p o r­
neste deserto. quanto vos desviastes do Se n h o r , o Se n h o r não es­
33E vossos filhos pastorearão neste deserto q u a ­ tará convosco.
renta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, 44C o n tu d o , tem erariam en te, te n taram su b ir ao
até que os vossos cadáveres se consum am neste de­ cum e do m onte; m as a arca da aliança do Se n h o r e
serto. M oisés não se apartaram do m eio do arraial.
34S egundo o n ú m e ro dos dias em q u e esp ias­ 45E ntão desceram os am alequitas e os cananeus,
tes esta te rra , q u a re n ta dias, cada dia re p re se n ­ que habitavam n a m o ntanha, e os feriram , d erro ­
ta n d o um ano, levareis sobre vós as vossas in iq ü i- tando -o s até H orm á.

dos por Deus, nào podem ser amaldiçoados (23.8,23;Pv3.33;26.2; sui veracidade histórica, logo a região deveria estar eivada de
Rm 8.33.34; 1Jo 5.18). sepulturas.
Ao mesmo tempo em que a Bíblia previne sobre as conseqüên­
. a RESPOSTA APOLOGÉTICA: A condição de nômade do
cias do pecado, também ensina (e faz isso claramente) sobre a
“ povo peregrino hebreu e, por conseqüência, suas constan­
responsabilidade de cada indivíduo. Todos nascemos pecado­
tes mudanças de acampamento impediam-no de edificar sepultu­
res, ou seja, sob o domínio do pecado (do pecado original). Mas
ras com estruturas duráveis, à medida que a geração mais velha ia
cada um de nós é responsável pelos pecados que comete e pres­
perecendo. Assim, não se pode falar na preservação de esquele­
tará contas de seus atos a Deus (Jr31.29-30; Ez 18.20; Rm6.6-7;
tos sepultados em covas rasas, cavadas na areia ou em pedriscos,
1C o 5.7; G l3.13; Cl 2.14.15).
e muito menos na possibilidade de sua violação, por parle dos ani­
mais que se alimentavam da carne de cadáveres pútridos.
Que se levantou contra mim; neste deserto se
A reclamação dos céticos, portanto, não procede, para que pos­
consumirão, e aí falecerão
sa comprometer a veracidade histórica do registro bíblico, segun­
(14.35)
do o qual, todos os adultos que se envolveram na rebelião de Ca-
Ceticismo. Com base apenas no testemunho arqueológi­ des Barnéia faleceram antes da travessia do rio Jordão. Exceto,
co, contradita este texto ao afirmar que se o mesmo pos­ é claro. Josué e Calebe.

162
NÚMEROS 15

A repetição de diversas leis ' “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q uan d o en ­
DEPOIS falou o S e n h o r a M oisés, dizen­trardes n a terra em que vos hei de introduzir,
do: 1’A contecerá que, q u an d o com erdes do pão da
2Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q u ando en­ terra, então oferecereis ao Se n h o r oferta alçada.
trardes na terra das vossas habitações, que eu vos 20Das prim ícias da vossa m assa oferecereis um
hei de dar, bolo em oferta alçada; com o a oferta da eira, assim
3E ao Se n h o r fizerdes oferta queim ada, holocaus­ o oferecereis.
to, ou sacrifício, para cu m p rir u m voto, ou em ofer­ 21Das prim ícias das vossas massas dareis ao Senho r
ta voluntária, ou nas vossas solenidades, para fa­ oferta alçada nas vossas gerações.
zerdes ao Se n h o r um cheiro suave de ovelhas ou 22E, q u a n d o vierdes a errar, e não cu m p rird e s
gado, to d o s estes m a n d am e n to s, qu e o Se n h o r falou a
4E ntão aquele que ap resentar a sua oferta ao Se­ Moisés,
n h o r , p o r oferta de alim entos trará u m a décim a de
23T udo q u an to o S e n h o r vo s tem m and ad o p o r in ­
flor de farinha m isturada com a q uarta parte de um term édio de Moisés, desde o dia que o S e n h o r o rd e­
him de azeite. nou, e dali em diante, nas vossas gerações,
5E de vinho para libação prepararás a q uarta par­ 24Será que, q u an d o se fizer algum a coisa p o r ig­
te de um him , para holocausto, o u p ara sacrifício norância, efor encoberto aos olhos da congregação,
para cada cordeiro; toda a congregação oferecerá u m novilho p ara h o ­
6E para cada carneiro prepararás um a oferta de ali­ locausto em cheiro suave ao S e n h o r, com a sua ofer­
m entos de duas décim as de flor de farinha, m istura­ ta de alim entos e libação co n fo rm e ao estatu to , e
da com a terça parte de u m h im de azeite. um bode para expiação do pecado.
7E de vinho para a libação oferecerás a terça parte 25E o sacerdote fará expiação p o r to d a a congrega­
de um him ao Se n h o r , em cheiro suave. ção dos filhos de Israel, e lhes será perdoado, p o r­
8E, q u ando preparares novilho para holocausto ou quan to foi p o r ignorância; e tro u x eram a sua ofer­
sacrifício, para cum prir um voto, ou um sacrifício ta, oferta queim ada ao Se n h o r , e a sua expiação do
pacífico ao Se n h o r , pecado p eran te o Se n h o r , p o r causa da sua igno­
9C om o novilho apresentarás u m a oferta de ali­ rância.
m entos de três décimas de flor de farinha m isturada 26Será, pois, p erdoado a to d a a congregação dos fi­
com a m etade de um him de azeite. lhos de Israel, e m ais ao estrangeiro que peregrina
I0E de vinho para a libação oferecerás a m etade de no m eio deles, p o rq u an to p o r ignorância sobreveio
um him , oferta queim ada em cheiro suave ao Se ­ a to d o o povo.
nhor. 27E, se algum a alm a pecar p o r ignorância, para ex­
1 'Assim se fará com cada boi, o u com cada carnei­ piação do pecado oferecerá um a cabra de um ano.
ro, ou com cada um dos cordeiros ou cabritos. 28E o sacerd o te fará expiação pela pessoa qu e p e ­
l2Segundo o nú m ero que oferecerdes, assim o fa­ cou, q u a n d o p ecar p o r ig n o rân cia, p e ra n te o S e ­
reis com cada um , segundo o n úm ero deles. n h o r , fazen d o ex piação p o r ela, e lhe será p e r­

' ’Todo o natural assim fará estas coisas, oferecen­ doad o .


do oferta queim ada em cheiro suave ao S e n h o r . 29Para o natural dos filhos de Israel, e para o estran­
u Q u an d o tam bém p eregrinar convosco algum geiro que no m eio deles peregrina, u m a m esm a lei
estrangeiro, ou que estiver no m eio de vós nas vos­ vos será, para aquele que pecar p o r ignorância.
sas gerações, e ele apresentar um a oferta qu eim a­ J0Mas a pessoa q ue fizer algum a coisa tem eraria-
da de cheiro suave ao S e n h o r, com o vós fizerdes, m ente, q u er seja dos n atu rais q u er dos estrangei­
assim fará ele. ros, injuria ao S e n h o r; tal pessoa será extirpada do
l5U m m esm o estatuto haja para vós, ó congrega­ m eio do seu povo.
ção, e para o estrangeiro que entre vós peregrina, p o r 3'P ois desprezou a palavra do S e n h o r, e an ulou o
estatuto p erpétuo nas vossas gerações; com o vós, seu m andam ento; totalm ente será extirpada aquela
assim será o peregrino p erante o S e n h o r. pessoa, a sua iniqüidade será sobre ela.
l6U m a m esm a lei e um m esm o direito haverá para 32E stando, pois, os filhos de Israel no deserto,
vós e para o estrangeiro que peregrina convosco. acharam um h o m em ap an h an d o lenha n o dia de
l7Falou mais o Se n h o r a Moisés, dizendo: sábado.

163
NÚMEROS 15,16

33E os que o acharam apanhando lenha o trouxe­ censo perante o Se n h o r ; e será que o ho m em a quem
ram a M oisés e a A râo, e a toda a congregação. o S e n h o r escolher, este será o santo; basta-vos, fi­
14E o puseram em guarda; p o rq u an to ainda não es­ lhos de Levi.
tava declarado o que se lhe devia fazer. “Disse m ais M oisés a Coré: O uvi agora, filhos de
"D isse, pois, o Se n h o r a Moisés: C ertam ente m o r­ Levi:
rerá aquele hom em ; toda a congregação o apedre­ 9Porventura p o u co para vós é que o D eus de Is­
jará fora do arraial. rael vos ten h a separado da congregação de Israel,
3hEntão toda a congregação o tiro u para fora do a r­ para vos fazer chegar a si, e ad m in istrar o m inisté­
raial, e o apedrejaram , e m orreu, com o o Se n h o r o r­ rio do tabernáculo do Se n h o r e estar p erante a co n ­
d enara a Moisés. gregação para m inistrar-lhe;
37E falou o Se n h o r a Moisés, dizendo: "’E te fez chegar, e todos os teus irm ãos, os filhos
38Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q ue nas b o r­ de Levi, contigo? ainda tam bém procurais o sacer­
das das suas vestes façam franjas pelas suas gera­ dócio?
ções; e nas franjas das bordas po n h am um cordão "A ssim tu e to d o o te u grupo estais contra o Se n h o r ;
de azul. e Arão, quem é ele, que m urm ureis contra ele?
WE as franjas vos serão p ara que, vendo-as, vos I2E M oisés m a n d o u cham ar a D atã e a A birão,
lem breis de todos os m an d am e n to s do S e n h o r , e filhos de Eliabe; p o rém eles disseram : N ão su b i­
os cum prais; e não seguireis o vosso coração, nem rem os;
após os vossos olhos, pelos quais andais vos pros­ 13Porventura p ouco é que nos fizeste subir de um a
tituindo. terra que m ana leite e mel, para nos m atares neste
40Para que vos lem breis de todos os m eus m a n ­ deserto, senão que tam bém queres fazer-te p rín ci­
dam entos, e os cum prais, e santos sejais a vosso pe sobre nós?
Deus. ,4N em tam p o u co nos trouxeste a u m a te rra que
4'Eu sou o Se n h o r vosso D eus, que vos tirei da te r­ m ana leite e mel, nem nos deste cam po e vinhas em
ra do Egito, para ser vosso Deus. Eu sou o S e nho r herança; porventura arrancarás os olhos a estes h o ­
vosso Deus. mens? N ão subirem os.
' ’Então Moisés irou-se m uito, e disse ao Se n h o r :
A rebelião de Coré, D atâ e A birão N ão atentes para a sua oferta; nem um só ju m en to
E C oré, filho de Jizar, filho de C oate, fi­ tom ei deles, n em a n en h u m deles fiz mal.
lho de Levi, to m o u consigo a D atã e a Abi­ l6Disse m ais M oisés a Coré: T u e to d o o teu g ru ­
rão, filhos de Eliabe, e a O m , filho de Pelete, filhos po ponde-vos p erante o Sk n h o r , tu e eles, e Arão,
de Rúben. am anhã.
2E levantaram -se p erante M oisés com duzentos e I7E tom ai cada u m o seu incensário, e neles p o nde
cin q ü en ta hom ens dos filhos de Israel, príncipes incenso; e trazei cada u m o seu incensário perante o
da congregação, cham ados à assem bléia, hom ens Se n h o r , duzentos e cinqüenta incensários; tam bém
de posição, tu e Arão, cada u m o seu incensário.
3E se congregaram co n tra M oisés e co n tra Arão, ' “T om aram , pois, cada um o seu incensário, e n e­
e lhes disseram: Basta-vos, pois que toda a congre­ les puseram fogo, e neles deitaram incenso, e sepuse-
gação é santa, todos são santos, e o Sen h o r está no ram p erante a p o rta da ten d a da congregação com
m eio deles; por que, pois, vos elevais sobre a co n ­ M oisés e Arão.
gregação do Se n h o r ? 1 °E C oré fez aju n tar contra eles to d o o povo à po rta
4Q u an do M oisés ouviu isso, caiu sobre o seu ros­ da tenda da congregação; então a glória do Senho r
to. apareceu a toda a congregação.
5E falou a C oré e a toda a sua congregação, dizen­ 2(>E falou o Se n h o r a M oisés e a Arão, dizendo:
do: A m anhã pela m anhã o Sen h o r fará saber quem é 2'A partai-vos do m eio desta congregação, e os
seu, e quem é o santo que ele fará chegar a si; e aque­ consum irei n u m m om ento.
le a quem escolher fará chegar a si. 22M as eles se p ro straram sobre os seus rostos, e dis­
6Fazei isto: T om ai vós incensários, C oré e to d o seram : Ó Deus, D eus dos espíritos de toda a carne,
seu grupo; pecará um só h o m em , e indignar-te-ás tu co n tra
7E, p o n d o fogo neles am anhã, sobre eles deitai in ­ toda esta congregação?

164
NÚMEROS 16,17

23E falou o S enhor a Moisés, dizendo: Arão, se chegue para acender incenso p erante o S e ­
24Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do n h o r ; para que não seja com o Coré e a sua congrega­
derredor da habitação de Coré, D atã e Abirão. ção, com o o S enhor lhe tin h a dito p o r interm édio
25Então Moisés levantou-se, e foi a D atã e a Abirão; de Moisés,
e após ele seguiram os anciãos de Israel. 41Mas no dia seguinte to d a a congregação dos fi­
26E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, lhos de Israel m u rm u ro u co n tra M oisés e contra
peço-vos, das tendas destes hom ens ím pios, e não Arão, dizendo: Vós m atastes o povo do S en h o r .
toqueis nada do que é seu para que porventura não 42E aconteceu que, aju n tan d o -se a congregação
pereçais em todos os seus pecados. contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da
J7Subiram , pois, do d erred o r da habitação de congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do
Coré, D atã e Abirão. E D atã e A birão saíram , e se S enhor apareceu.
puseram à porta das suas tendas, ju ntam ente com as 43V ieram , pois, M oisés e Arão perante a tenda da
suas m ulheres, e seus filhos, e suas crianças. congregação.
28Então disse Moisés: N isto conhecereis que o Se­ 44Então falou o S en h or a M oisés, dizendo:
n h o r m e enviou a fazer todos estes feitos, que de 45Levantai-vos do m eio desta congregação, e a
m eu coração não procedem. consum irei n u m m o m en to ; en tão se p ro straram
29Se e s te s m o r r e r e m c o m o m o r r e m to d o s o s h o ­ sobre os seus rostos,
m e n s , e se f o r e m v is ita d o s c o m o sã o v is ita d o s to d o s 4(,E disse M oisés a Arão: T o m a o teu incensário,
o s h o m e n s , então o S en h or n ã o m e e n v io u . e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele,
3()Mas, se o S en h or criar algum a coisa nova, e a te r­ e vai depressa à congregação, e faze expiação p o r
ra abrir a sua boca e os tragar com tu d o o que é seu, eles; p o rq u e grande indignação saiu de d ian te do
e vivos descerem ao abism o, então conhecereis que Senhor; já com eçou a praga.
estes hom ens irritaram ao S en h o r . 47E to m o u -o A rão, com o M oisés tin h a falado, e
31E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas correu ao m eio da congregação; e eis que já a praga
palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu. havia com eçado entre o povo; e deitou incenso nele,
32E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas e fez expiação pelo povo.
casas, com o tam bém a todos os hom ens que perten­ 4SE estava em pé entre os m o rto s e os vivos; e ces­
ciam a Coré, e a todos os seus bens. sou a praga.
33E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao abis­ 4,E os que m o rreram daquela praga foram cato r­
m o, e a te rra os cobriu, e pereceram do m eio da co n ­ ze m il e setecentos, fora os q ue m o rreram pela cau­
gregação. sa de Coré.
34E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu ao ,ÜE voltou Arão a M oisés à p o rta da ten d a da c o n ­
clam or deles; porque diziam: Para que não nos tra ­ gregação; e cessou a praga.
gue a terra tam bém a nós.
3íEntão saiu fogo do S enhor , e consum iu os duzen­ A vara d e A rão floresce
tos e cinqüenta hom ens que ofereciam o incenso. 1 ^ ENTÃO falou o S enhor a Moisés, dizendo:
36E falou o S enhor a Moisés, dizendo: X / 2Fala aos filhos de Israel, e tom a deles um a
37Dize a Eleazar, filho de A rão, o sacerdote, que vara para cada casa p atern a de todos os seus prínci­
tom e os incensários do m eio do incêndio, e espalhe pes, segundo as casas de seus pais, doze varas; e es­
o fogo longe, p orque santos são; creverás o n o m e de cada um sobre a sua vara.
38Q u an to aos incensários daqueles que pecaram ’P orém o no m e de Arão escreverás sobre a vara de
co n tra as suas alm as, deles se façam folhas esten­ Levi; p o rq u e cada cabeça da casa de seus pais terá
didas para cobertura do altar; p o rq u an to os tro u ­ um a vara.
xeram perante o S en h o r ; pelo que santos são; e se­ 4E as porás n a ten d a da congregação, p erante o tes­
rão p o r sinal aos filhos de Israel. tem un h o , o n d e eu virei a vós.
39E Eleazar, o sacerdote, to m o u os incensários de 5E será que a vara do ho m em que eu tiver escolhi­
metal, que trouxeram aqueles que foram queimados, do florescerá; assim farei cessar as m u rm u raçõ es
e os estenderam em folhas para cobertura do altar, dos filhos de Israel co n tra m im , com que m u rm u ­
*°Por m em orial p ara os filhos de Israel, que n e­ ram contra vós.
n h u m estranho, que não for da descendência de 6Falou, pois, M oisés aos filhos de Israel; e todos

165
NÚMEROS 17,18

os seus príncipes deram -lhe cada um um a vara, para 7Mas tu e teus filhos contigo cum prireis o vosso sa­
cada príncipe um a vara, segundo ascasasdeseuspais, cerdócio no tocante a tu d o o que é do altar, e a tudo
doze varas; e a vara de Arão estava entre as deles. o que está d en tro do véu, nisso servireis; eu vos te­
"E M oisés pôs estas varas perante o Se n h o r na te n ­ nho dado o vosso sacerdócio em dádiva m inisterial
da do testem unho. e o estranho que se chegar m orrerá.
“Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou "Disse m ais o Se n h o r a Arão: Eis que eu te tenho
na ten d a do testem unho, e eis que a vara de Arão, dado a guarda das m inhas ofertas alçadas, com to ­
pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores das as coisas santas dos filhos de Israel; p o r causa da
e b ro tara renovos e dera am êndoas. unção as ten h o dado a ti e a teus filhos p o r estatu­
9Então M oisés tiro u todas as varas de diante do Se­ to perpétuo.
n h o r a todos os filhos de Israel; e eles o viram , e to ­ 9Isto terás das coisas santíssim as do fogo; to d as
m aram cada um a sua vara. as suas ofertas co m to d as as suas ofertas de ali­
l0Então o Se n h o r disse a Moisés: T o m a a pôr a vara m entos, e com to d as as suas expiações pelo p eca­
de A rão p erante o testem unho, para que se gu ar­ do, e com todas as suas expiações pela culpa, que
de p o r sinal para os filhos rebeldes; assim farás aca­ m e apresentarão; serão coisas santíssim as para ti e
bar as suas m urm urações contra m im , e n ão m o r­ p ara teus filhos.
rerão. l0N o lugar santíssim o as com erás; to d o o hom em
11E Moisés fez assim; com o lhe ordenara o Se n h o r , a com erá; santas serão para ti.
assim fez. "T a m b é m isto será teu: a o ferta alçada dos seus
12E ntâo falaram os filhos de Israel a Moisés, dizen­ dons com todas as ofertas m ovidas dos filhos de Is­
do: Eis aqui, nós expiram os, perecem os, nós todos rael; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas contigo, as te­
perecem os. nh o d ado p o r estatuto perpétuo; to d o o que estiver
l3T odo aquele que se ap roxim ar do tab ern ácu ­ lim po na tu a casa, delas com erá.
lo do Se n h o r , m orrerá; serem os pois todos c o n ­ l2T o d o o m elh o r do azeite, e to d o o m elh o r do
sumidos? m osto e do grão, as suas prim ícias que derem ao Se­
n h o r , as tenho d ado a ti.

Os deveres e direitos dos sacerdotes, e dos levitas 1 '’O s prim eiros frutos de tu d o que houver na terra,
ENTÀO disse o Senhor a Arão: Tu, e teus que trouxerem ao Se n h o r , serão teus; todo o que es­
filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis tiver lim po na tu a casa os com erá.
sobre vós a iniqüidade do santuário; e tu e teus fi­ l4T oda a coisa consagrada em Israel será tua.
lhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade do vos­ 1 T u d o que ab rir a m adre, e to d a a carne que tro u ­
so sacerdócio. xerem ao S e n h o r , ta n to de h o m en s com o de an i­
2E tam bém farás chegar contigo a teus irm ãos, a mais, será teu; po rém os prim ogênitos dos hom ens
tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem resgatarás; tam b ém os p rim ogênitos dos anim ais
a ti, e te sirvam; m as tu e teus filhos contigo estareis im undos resgatarás.
perante a tenda do testem unho. " O s que deles se houverem de resgatar resgatarás,
3E eles cum prirão as tuas ordens e terão o encargo da idade de u m mês, segundo a tu a avaliação, p o r
de to d a a tenda; m as não se chegarão aos utensílios cinco siclos de dinheiro, segundo o siclo do santuá­
do santuário, nem ao altar, para que não m orram , rio, que é de vinte geras.
tan to eles com o vós. 17M as o prim ogênito de vaca, ou prim ogênito de
4Mas se ajuntarão a ti, e farão o serviço da tenda da ovelha, o u p rim o g ên ito de cabra, não resgatarás,
congregação em todo o m inistério da tenda; e o es­ santos são; o seu sangue espargirás sobre o altar, e a
tran h o não se chegará a vós. sua gordura queim arás em oferta queim ada de chei­
5Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o servi­ ro suave ao Se n h o r .
ço do altar; para que não haja o u tra vez furor sobre I8E a carne deles será tua; assim com o o peito da
os filhos de Israel. oferta de m o v im en to , e o o m b ro d ireito, teus se­
6E eu, eis que tenho tom ado vossos irm ãos, os levi­ rão.
tas, do m eio dos filhos de Israel; são dados a vós em ‘T o d a s as ofertas alçadas das coisas santas, qu e os
dádiva pelo Se n h o r , para que sirvam ao m inistério filhos de Israel oferecerem ao Se n h o r , ten h o dado a
d a ten d a da congregação. ti, e a teus filhos e a tuas filhas contigo, p o r estatuto

166
NÚMEROS 18,19

perpétuo; aliança perpétua de sal perante o Senho r 2Este é o estatuto da lei, que o Se n h o r o rdenou, d i­
é, para ti e para a tu a descendência contigo. zendo: Dize aos filhos de Israel que te tragam um a
i0Disse tam bém o Se n h o r a Arão: N a sua terra he­ novilha ruiva, que não tenha defeito, e sobre a qual
rança n en h u m a terás, e n o m eio deles, nen h u m a não tenha sido posto jugo.
p arte terás; eu sou a tu a parte e a tu a herança no ’E a dareis a Eleazar, o sacerdote; ele a tirará para
m eio dos filhos de Israel. fora do arraial, e degolar-se-á diante dele.
21E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os 4E Eleazar, o sacerdote, to m ará d o seu sangue com
dízim os em Israel p or herança, pelo m inistério que o seu dedo, e dele espargirá para a frente da tenda
executam , o m inistério da tenda da congregação. da congregação sete vezes.
22E nunca m ais os filhos de Israel se chegarão à te n ­ 5Então queim ará a novilha perante os seus olhos;
da da congregação, para que não levem sobre si o pe­ o seu couro, e a sua carne, e o seu sangue, com o seu
cado e m orram . esterco, se queim ará.
23M as os levitas executarão o m inistério da te n ­ 6E o sacerdote to m ará pau de cedro, e hissopo, e
da da congregação, e eles levarão sobre si a sua in i­ carm esim , e os lançará n o m eio do fogo que quei­
qüidade; pelas vossas gerações estatu to perpétuo m a a novilha.
será; e no m eio dos filhos de Israel n en h u m a he­ 7Então o sacerdote lavará as suas vestes, e banhará
rança terão, a sua carne na água, e depois entrará no arraial; e o
24P orque os dízim os dos filhos de Israel, que ofe­ sacerdote será im u n d o até à tarde.
recerem ao Se n h o r em oferta alçada, te n h o dado T a m b é m o que a q u eim o u lavará as suas vestes
p o r herança aos levitas; p o rq u an to eu lhes disse: No com água, e em água ban h ará a sua carne, e im u n ­
meio dos filhos de Israel n enhum a herança terão. do será até à tarde.
25E falou o Se n h o r a Moisés, dizendo: M E um hom em lim po ajuntará a cinza da novilha,
26T am bém falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: Q u an ­ e a porá fora do arraial, n u m lugar lim po, e ficará
do receberdes os dízim os dosfilh o sd e Israel, que eu ela guardada para a congregação dos filhos de Isra­
deles vos tenho dado por vossa herança, deles ofe­ el, para a água da separação; expiação é.
recereis u m a oferta alçada ao Se n h o r , os dízim os ]0E o que ap an h o u a cinza da novilha lavará as suas
dos dízimos. vestes, e será im u n d o até à tarde; isto será p o r esta­
27E contar-se-vos-á a vossa oferta alçada, com o tu to p erp étu o aos filhos de Israel e ao estrangeiro
grão da eira, e com o plenitude do lagar. que peregrina no m eio deles.
28Assim tam bém oferecereis ao Se n h o r um a oferta 11 Aquele que tocar em algum m o rto , cadáver de al­
alçada de todos os vossos dízim os, que receberdes gum hom em , im u n d o será sete dias.
dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do u Ao terceiro dia se purificará com aquela água, e
Se n ho r a Arão, o sacerdote. ao sétim o dia será lim po; m as, se ao terceiro dia se
29De todas as vossas dádivas oferecereis toda a não purificar, não será lim po ao sétim o dia.
oferta alçada do Se n h o r ; de tu d o o m elhor deles, a L,T odo aquele que tocar em algum m o rto , cadáver
sua santa parte. de algum h om em , e n ão se purificar, contam ina o
“ D ir-lhes-ás pois: Q u ando oferecerdes o m elhor tabernáculo do Se n h o r ; e aquela pessoa será extir­
deles, com o novidade da eira, e com o novidade do pada de Israel; p o rq u e a água d a separação não foi
lagar, se contará aos levitas. espargida sobre ele, im u n d o será; está nele ainda a
3IE o com ereis em todo o lugar, vós e as vossas fa­ sua im undícia.
mílias, p o rque vosso galardão é pelo vosso m inis­ 14Esta é a lei, q u an d o m o rrer algum ho m em em al­
tério n a tenda da congregação. gum a tenda, to d o aquele que en tra r n aquela te n ­
32Assim, não levareis sobre vós o pecado, q u a n ­ da, e todo aquele que nela estiver, será im u n d o sete
do deles oferecerdes o m elhor; e não profanareis dias.
as coisas santas dos filhos de Israel, para que não ' T a m b é m to d o o vaso aberto, sobre o qual não
m orrais. houver p ano atado, será im undo.
I6E to d o aquele qu e sobre a face do cam po tocar
A água da separação em alguém que for m o rto pela espada, o u em outro
FALOU m ais o Se n h o r a M oisés e a Arão m o rto ou nos ossos de algum h om em , o u nu m a se­
dizendo: pultura, será im u n d o sete dias.

167
NÚMEROS 19,20

l7Para um im u n d o , pois, to m arão da cinza da M oisés fe re a rocha e as águas saem


queim a da expiação, e sobre ela colocarão água 7E o S enhor falou a Moisés dizendo:
corrente n um vaso. T o m a a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão,
I8E um hom em lim po tom ará hissopo, e o m olha­ teu irm ão, e falai à rocha, perante os seus olhos, e
rá naquela água, e a espargirá sobre aquela tenda, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e
sobre todos os móveis, e sobre as pessoas que ali es­ darás a beber à congregação e aos seus anim ais.
tiverem , com o tam bém sobre aquele que tocar os ‘'E ntão Moisés to m o u a vara de diante do S en h o r ,
ossos, ou em alguém que foi m orto, o u que faleceu, com o lhe tinha ordenado.
ou n u m a sepultura. 10E Moisés e Arão reu n iram a congregação diante
19E o lim po ao terceiro e sétimo dia espargirá sobre o da rocha, e Moisés disse-lhes: O uvi agora, rebeldes,
im undo; e ao sétim o dia o purificará; e lavará as suas porventura tirarem os água desta rocha para vós?
vestes, e se banhará na água, e à tarde será limpo. 11 Então Moisés levantou a sua m ão, e feriu a rocha
“ Porém o que for im undo, e se não purificar, do duas vezes com a sua vara, e saiu m uita água; e b e­
m eio da congregação será ele extirpado; porquanto beu a congregação e os seus anim ais.
contam inou o santuário do S en h or ; água de separa­ I2E o S en h or disse a Moisés e a Arão: P o rq u an to
ção sobre ele não foi espargida; im u n d o é. não crestes em m im , p ara m e santificardes diante
211sto lhes será por estatuto perpétuo; e o que espar­ dos filhos de Israel, p o r isso não introduzireis esta
gir a água da separação lavará as suas vestes; e o que congregação na terra que lhes tenho dado.
tocar a água da separação será im undo até à tarde, l3Estas são as águas de M eribá, p o rq u e os filhos
“ E tu d o o que tocar o im undo tam bém será im u n ­ de Israel co n ten d eram com o S en h o r ; e se santifi­
do; e a pessoa que o tocar será im unda até à tarde. cou neles.

A m orte de M iriã M oisés solicita passagem através d e E d o m


C H EG A N D O os filhos de Israel, to d a a l4D epois Moisés, de Cades, m an d o u mensageiros
congregação, ao deserto de Z im , no mês ao rei de Edom , dizendo: Assim diz teu irm ão Israel:
prim eiro, o povo ficou em Cades; e M iriã m orreu Sabes todo o trabalho que nos sobreveio,
ali, e ali foi sepultada. l5C om o nossos pais desceram ao Egito, e nós no
2E não havia água para a congregação; então se reu­ Egito habitam os m uitos dias; e como os egípcios nos
niram contra M oisés e contra Arão. m altrataram , a nós e a nossos pais;
3E o povo contendeu com Moisés, dizendo: Q uem 16E clam am os ao S en h or , e ele ouviu a nossa voz,
dera tivéssemos perecido quan d o pereceram n os­ e m a n d o u um anjo, e nos tiro u do Egito; e eis que
sos irm ãos perante o S en h o r ! estam os em Cades, cidade na extrem idade dos teus
4E p o r que trouxestes a congregação do S en h or a term os.
este deserto, para que m orram os aqui, nós e os nos­ l7D eixa-nos,pois, passar pela tu a terra; não passa­
sos animais? rem os pelo cam po, nem pelas vinhas, nem bebere­
5E p o r que nos fizestes subir do Egito, para nos m os a água dos poços; irem os pela estrada real; não
trazer a este lugar mau? lugar onde não há sem en­ nos desviarem os para a direita nem para a esquer­
te, nem de figos, nem de vides, nem de rom ãs, nem da, até que passem os pelos teus term os.
tem água para beber. l8P orém E dom lhe disse: N ão passarás p o r m im ,
‘Então Moisés e Arão se foram de diante do povo à para que eu não saia com a espada ao teu encontro.
porta da tenda da congregação, e se lançaram sobre '‘’Então os filhos de Israel lhe disseram: Subirem os
os seus rostos; e a glória do S en h or lhes apareceu. pelo cam inho aplanado, e se eu e o m eu gado beber-

Chegando os filhos de Israel [...] o povo ficou em Cades


( 20 . 1) serto de Pará se estende pelo Porto de Elote. seguindo até o gol­
fo de Acaba, no sentido norte-nordeste. atravessando Naal Parã
Ceticismo. Confronta este versículo com Números 13.3
e Har Ramom, que incluem a região de Cades Baméia, na mesma
para dizer que há contradição bíblica quanto à região em
latitude de Punon. Logo, os espias iniciaram a viagem em Cades
que teria iniciado a missão dos doze espias.
Baméia, que fica no deserto de Pará, conforme indica Números
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tantooversículoem estudo 13.26:"... e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto
«= quanto o texto confrontado estão corretos, visto que o de­ de Pará, em Cades".

168
NÚMEROS 20,21

m os das tuas águas, darei o preço delas; não desejo As serpentes ardentes e a serpente de bronze
algum a outra coisa, senão passar a pé. 4Então partiram do m o n te H or, pelo cam inho do
“ Porém ele disse: N ão passarás. E saiu-lhe Edom M ar V erm elho, a rodear a terra de Edom; porém a
ao encontro com m uita gente, e com m ão forte. alma d o povo angustiou-se naquele cam inho.
2'Assim recusou E dom deixar passar a Israel pelo ’E o povo falou contra D eus e contra Moisés: Por
seu term o; p o r isso Israel se desviou dele. que nos fizestes subir do Egito para qu e m orrêsse­
m os neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há;
A m orte de Arão e a nossa alm a tem fastio deste pão tão vil.
“ E ntão partiram de Cades; e os filhos de Israel, 6Então o S en h or m a n d o u entre o povo serpentes
toda a congregação, chegaram ao m onte H or. ardentes, que picaram o povo; e m o rreu m uita gen­
23E falou o S en h or a Moisés e a A rão no m onte H or, te em Israel.
nos term os da terra de Edom , dizendo: Por isso o povo veio a M oisés, e disse: H avem os
24Arão será recolhido a seu povo, porque não en ­ pecado, p o rq u an to tem os falado co n tra o S enhor e
trará na terra que te n h o dado aos filhos de Isra­ contra ti; o ra ao S enhor que tire de nós estas serpen­
el, p o rq u an to rebeldes fostes à m in h a ordem , nas tes. Então Moisés o ro u pelo povo.
águas de M eribá. 8E disse o S f.n h o r a Moisés: Faze-te um a serpente
2ST om a a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os su­ ardente, e põe-na sobre um a haste; e será que viverá
bir ao m onte H or. to d o o que, tendo sido picado, olhar para ela.
26E despe a Arão as suas vestes, e veste-as em Ele­ 9E Moisés fez um a serpente de m etal, e pô-la so­
azar, seu filho, porque A rão será recolhido, e m o r­ bre um a haste; e sucedia que, picando algum a ser­
rerá ali. pente a alguém, q u an d o esse olhava para a serpen­
27Fez, pois, M oisés com o o S en h o r lhe ordenara; te de m etal, vivia.
e subiram ao m onte H o r perante os olhos de toda
a congregação. Jornadas dos israelitas
28E Moisés despiu a Arão de suas vestes, e as vestiu "'Então os filhos de Israel partiram , e alojaram -se
em Eleazar, seu filho; e m orreu Arão ali sobre o cum e em O bote.
do monte; e desceram Moisés e Eleazar do m onte. "D ep o is p artiram de O b o te e alojaram -se nos o u ­
2‘V endo, pois, toda a congregação que Arão era m or­ teiros de Ije-A barim , no deserto que está defronte
to, choraram a Arão trinta dias, toda a casa de Israel. de M oabe, ao nascente do sol.
l2Dali partiram , e alojaram -se ju n to ao ribeiro de
Os israelitas destroem os ca naneus Zerede.
1 O uvindo o cananeu, rei de Arade, que ha- I3E dali p artiram e alojaram -se no lado de A rnom ,
2 X bitava para o lado sul, que Israel vinha pelo
cam inho dos espias, pelejou contra Israel, e dele le­
que está n o deserto e sai dos term os dos am orreus;
porque A rnom é o term o de M oabe, en tre M oabe
vou alguns prisioneiros. e os am orreus.
2Então Israel fez um voto ao S en h o r , dizendo: Se ‘■•Por isso se diz no livro das guerras do S en h o r : O
de fato entregares este povo na m inha m ão, destrui­ que fiz n o M ar V erm elho e nos ribeiros de A rnom ,
rei totalm ente as suas cidades. ‘SE à co rrente dos ribeiros, que descendo para a si­
’O S en h o r , pois, ouviu a voz de Israel, e lhe en ­ tuação de Ar, se encosta aos term os de M oabe.
tregou os cananeus; e os israelitas destruíram to tal­ 16E dali partiram para Beer; este é o poço do qual
m ente, a eles e às suas cidades; e o no m e daquele lu­ o S en h o r disse a Moisés: A ju n ta o povo e lhe d a­
gar cham ou H orm á. rei água.

Faze-te uma serpente ardente Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Fi­
(21.4-9) lho do homem seja levantado" (Jo 3.14). Posteriormente, quan­
do os israelitas fizeram desse simbolo um ídolo, o rei Ezequias
Catolicismo Romano. Cita a fabricação da serpente de
o destruiu: “ Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abai­
bronze para justificar a feitura de imagens.
xo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moi­
_g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia diz que a serpente sés fizera: porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe quei­
<=• de bronze não foi feita para ser cultuada. Era apenas um mavam incenso, e lhe chamaram Neustà" (2 Rs 18.4).
símbolo, para que o povo pudesse olhar e ser curado: “E, como

169
NÚMEROS 21,22

l7Então Israel cantou este cântico: Brota, ó poço! 34E disse o S enhor a Moisés: N ão o tem as, porque
Cantai dele: eu o tenho d ad o na tu a m ão, a ele, e a to d o o seu
l!T u , poço, que cavaram os príncipes, que escava­ povo, e a sua terra, e far-lhe-ás com o fizeste a Siom,
ram os nobres do povo, e o legislador com os seus rei dos am orreus, que habitava em H esbom .
bordões; e do deserto partiram para M ataná; 3SE de tal m aneira o feriram , a ele e a seus filhos, e
l9E de M ataná a Naaliel, e de Naaliel a Bamote. a todo o seu povo, qu e n en h u m deles escapou; e to ­
20E de B am ote ao vale que está n o cam po de M oa- m aram a sua terra em possessão.
be, no cum e de Pisga, e à vista do deserto.
B ala q u e e Balaão
Os israelitas fe re m os reis de M oabe e de Basã DEPOIS p artiram os filhos de Israel, e
2' Então Israel m andou mensageiros a Siom, rei dos acam p aram -se nas cam pinas de M oabe,
am orreus, dizendo: além do Jordão na altura de Jericó.
22D eixa-m e passar pela tu a terra; não nos desvia­ 2V endo, pois, Balaque, filho de Zipor, tu d o o que
rem os pelos cam pos nem pelas vinhas; as águas dos Israel fizera aos am orreus,
poços não beberem os; irem os pela estrada real até 3M oabe tem eu m u ito d iante deste povo, p o rq u e
q u e passem os os teus term os. era num eroso; e M oabe andava angustiado p o r cau­
2,Porém Siom não deixou passar a Israel pelos seus sa dos filhos de Israel.
term os; antes Siom congregou to d o o seu povo, e 4Por isso M oabe disse aos anciãos dos m idiani-
saiu ao e n contro de Israel no deserto, e veio a Jaza, tas: A gora lam berá esta congregação tu d o quanto
e pelejou contra Israel. houver ao redor de nós, com o o boi lam be a erva do
24Mas Israel o feriu ao fio da espada, e to m o u a sua
cam po. N aquele tem po Balaque, filho de Z ipor, era
terra em possessão, desde A rnom até Jaboque, até
rei dos m oabitas.
aos filhos de A m om ; p o rq u an to o term o dos filhos
’Este enviou m ensageiros a Balaão, filho de Beor,
de A m om era forte.
a Petor, que está ju n to ao rio, na terra dos filhos do
2SAssim Israel to m o u todas as cidades; e habitou
seu povo, a cham á-lo, dizendo: Eis qu e um povo
em todas elas, em H esbom e em todas as suas al­
saiu do Egito; eis que cobre a face da terra, e está p a­
deias.
rado defronte de m im .
26P o rq ue H esbom era cidade de Siom , rei dos
6Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-m e este povo,
am orreus, que tinha pelejado contra o precedente
pois mais poderoso é do que eu; talvez o poderei fe­
rei dos m oabitas, e tinha tom ad o da sua m ão toda a
rir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu
sua terra até A rnom .
abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares
27P or isso dizem os que falam em provérbios: V in­
será amaldiçoado.
de a H esbom ; edifique-se e estabeleça-se a cidade
7Então foram -se os anciãos dos m oabitas e os a n ­
de Siom.
2SP orque fogo saiu de H esbom , e um a cham a da ciãos dos m idianitas com o preço dos encantam en­
cidade de Siom; e consum iu a Ar dos m oabitas, e os tos nas suas mãos; e chegaram a Balaão, e disseram -
senhores dos altos de A rnom . lhe as palavras de Balaque.
29Ai de ti, Moabe! perdido és, povo de Q uem ós! BE ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei
entregou seus filhos, que iam fugindo, e suas filhas, a resposta, com o o S en h or m e falar; então os p rín ­
com o cativas a Siom, rei dos am orreus. cipes dos m oabitas ficaram com Balaão.
3I,E nós os derribam os; H esbom perdida é até Di- “E veio D eus a Balaão, e disse: Q uem são estes h o ­
bom , e os assolam os até N ofá, que se estende até m ens que estão contigo?
M edeba. IHE Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei
3 'Assim Israel habitou na terra dos am orreus. dos m oabitas, os enviou, dizendo:
,2D epois m a n d o u M oisés espiar a Jazer, e to m a ­ 1'Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da
ram as suas aldeias, e daquela possessão lançaram terra; vem agora, am aldiçoa-o; porventura poderei
os am orreus que estavam ali. pelejar co n tra ele e expulsá-lo.
33Então viraram -se, e subiram o cam inho de Basã; 12Então disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem
e O gue, rei de Basã, saiu contra eles, ele e todo o seu am aldiçoarás a este povo, porquanto é bendito.
povo, à peleja em Edrei. l3Então Balaão levantou-se pela m anhã, e disse aos

170
NÜMEROS 22

príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o S e­ 26Então o anjo do S enhor passou mais adiante, e pôs-
n ho r recusa deixar-m e ir convosco. se num lugar estreito, onde não havia caminho para se
ME levantaram -seos príncipes dos m oabitas, e vie­ desviar nem para a direita nem para a esquerda.
ram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir co­ 27E, vendo a ju m en ta o anjo do S en h o r , deitou-se
nosco. debaixo de Balaão; e a ira de Balaão acendeu-se, e
l5Porém Balaque to rn o u a enviar m ais príncipes, espancou a ju m en ta com o bordão.
m ais honrados do que aqueles. 28Então o S en h or ab riu a boca da jum enta, a qual
I60 s quais foram a Balaão, e lhe disseram : Assim disse a Balaão: Q ue te fiz eu, que m e espancaste es­
diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te de­ tas três vezes?
m ores em vir a m im . 29E Balaão disse à jum enta: P or que zom baste de
l7P orque grandem ente te honrarei, e farei tudo o m im ; quem dera tivesse eu u m a espada na m ão,
que m e disseres; vem pois, rogo-te, am aldiçoa-m e porque agora te m ataria.
este povo. 30E a jum enta disse a Balaão: Porventura não sou a
18Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Ba­ tua jum enta, em que cavalgaste desde o tem po em
laque: A inda que Balaque m e desse a sua casa cheia que m e to m ei tu a até hoje? Acaso tem sido o m eu
de prata e de o u ro , eu não poderia ir além da o r­ costum e fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.
dem do S enhor m eu Deus, para fazer coisa peque­ 3'E ntão o S en h or abriu os olhos a Balaão, e ele viu
na ou grande; o anjo do S en h o r , que estava no cam inho e a sua es­
19Agora, pois, rogo-vos que tam bém aqui fiqueis esta pada desem bainhada na m ão; pelo que inclinou a
noite, para que eu saiba o que mais o Senhor m e dirá. cabeça, e prostrou-se sobre a sua face.
20Veio, pois, D eus a Balaão, de noite, e disse-lhe: 32Então o anjo do S en h or lhe disse: Por que já três
Se aqueles hom ens te vieram cham ar, levanta-te, vai vezes espancaste a tu a jum enta? Eis que eu saí para
com eles; todavia, farás o que eu te disser. ser teu adversário, p o rq u an to o teu cam inho é p er­
2lEntão Balaão levantou-se pela m anhã, e albardou verso diante de m im ;
a sua jum enta, e foi com os príncipes de Moabe. ,3Porém a ju m en ta m e viu, e já três vezes se desviou
22E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o de d iante de m im ; se ela não se desviasse de diante
anjo do S enhor pôs-se-lhe no cam inho p o r adver­ de m im , na verdade que eu agora te haveria m ata­
sário; e ele ia cam inhando, m o n tad o na sua ju m e n ­ do, e a ela deixaria com vida.
ta, e dois de seus servos com ele. 34E ntão Balaão disse ao anjo do S en h o r : Pequei,
23Viu, pois, a jum enta o anjo do S en h o r , que esta­ porque não sabia que estavas neste cam inho para te
va no cam inho, com a sua espada desem bainhada opores a m im ; e agora, se parece m al aos teus olhos,
na mão; pelo que desviou-se a jum enta do cam inho, voltarei.
indo pelo cam po; então Balaão espancou a ju m e n ­ 35E disse o anjo do S en h or a Balaão: V ai-te com es­
ta para fazê-la to rn ar ao cam inho. tes hom ens; m as som ente a palavra q ue eu falar a
24Mas o anjo do S en h o r pôs-se nu m a vereda en ­ ti, esta falarás. Assim Balaão se foi com os p rín ci­
tre as vinhas, havendo um a parede de um e de o u ­ pes de Balaque.
tro lado. 36O uvindo, pois, Balaque que Balaão vinha, saiu-
2,V endo, pois, a jum enta, o anjo do S en h or , encos­ lhe ao enco n tro até à cidade de M oabe, que está no
tou-se contra a parede, e apertou contra a parede o term o de A rnom , n a extrem idade do term o dele.
pé de Balaão; p or isso to rn o u a espancá-la. 37E Balaque disse a Balaão: Porventura não enviei

Eu não poderia ir além da ordem do SENHOR meu Deus, dança de atitude divina ocorreu, provavelmente, por causa dos
para fazer coisa pequena ou grande pensamentos escusos de Balaão, devido às ofertas materiais de
(22.17-22,33) Balaque. Dal o motivo da ira manifesta (v. 22) e da severa adver­
tência divina (v. 33).
Ceticismo. Questiona a coerência bíblica neste capítulo,
O caráter leviano de Balaão fez que Balaque e seu povo
uma vez que Deus se irou contra Balaão, intentando matá-
destruíssem o caminho que conduzia o povo hebreu ao Se­
lo, mesmo depois que Balaão prometeu fidelidade ao Senhor.
nhor Deus. E fez isso por meio da prostituição física e espiri­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia nos ensina que Deus tual (25.1-3; 31.16). A morte de Balaão, pelas mãos dos isra­
>=> prova - sonda - os corações, numa clara referência à sua elitas (Nm 31.8), comprova sua corrupção e o fim que Deus
onisciência quanto às reais intenções do homem (SI 7.9). A mu­ lhe atribuiu.

171
NÚMEROS 22,23

diligentem ente a cham ar-te? Por que não vieste a o contem plo; eis que este povo habitará só, e entre
mim? N ão posso eu na verdade honrar-te? as nações não será contado.
isE ntão Balaão disse a Balaque: Eis que eu tenho "’Q uem contará o pó de Jacó e o n ú m ero d a q u ar­
v indo a ti; porventura poderei eu agora de algum a ta parte de Israel? Q ue a m inha alm a m o rra da m o r­
fo rm a falar algum a coisa? A palavra que D eus p u ­ te dos justos, e seja o m eu fim com o o seu.
ser na m inha boca, essa falarei. "E n tã o disse Balaque a Balaão: Q ue m e fizeste?
ÍSE Balaão foi com Balaque, e chegaram a Q uiria- Cham ei-te para am aldiçoar os m eus inim igos, mas
te-H uzote. eis que inteiram ente os abençoaste.
40Então Balaque m atou bois e ovelhas; e deles en­ 11E ele respondeu, e disse: Porventura não terei cui­
viou a Balaão e aos príncipes que estavam com ele. dado de falar o que o S enhor pôs na m inha boca?
4'E sucedeu que, pela m anhã Balaque tom ou a Ba­ 13Então Balaque lhe disse: R ogo-te que venhas co ­
laão, e o fez subir aos altos de Baal, e viu ele dali a úl­ migo a o u tro lugar, de o nde o verás; verás som ente
tim a parte do povo. a últim a parte dele, mas a to d o ele não verás; e am al­
diçoa-m o dali.
B alaque edifica sete altares
,4Assim o levou consigo ao cam po de Zofim , ao
ENTÃO Balaão disse a Balaque: Edifica-
cum e de Pisga; e edificou sete altares, e ofereceu um
m e aqui sete altares, e p repara-m e aqui
novilho e um carneiro sobre cada altar.
sete novilhos e sete carneiros.
1'’Então disse a Balaque: Fica aqui ju n to do teu h o ­
JFez, pois, Balaque com o Balaão dissera: e Bala­
locausto, e eu irei ali ao en contro do S enhor.
que e Balaão ofereceram um novilho e um carnei­
,6E, en c o n tran d o -se o S en h o r com Balaão, pôs
ro sobre cada altar.
um a palavra na sua boca, e disse: T o rn a para Bala­
3Então Balaão disse a Balaque: Fica-te ju n to do teu
que, e assim falarás.
holocausto, e eu irei; porventura o S en h or m e sairá
17E, vindo a ele, eis que estava ju n to do holocausto,
ao encontro, e o que m e m ostrar te notificarei. En­
e os príncipes dos m oabitas com ele; disse-lhe pois
tão foi a um lugar alto.
4E e ncontrando-se Deus com Balaão, este lhe dis­ Balaque: Q ue coisa falou o S en h o r ?
se: Preparei sete altares, e ofereci um novilho e um
carneiro sobre cada altar. A s profecias d e Balaão
5Então o S enhor pôs a palavra na boca de Balaão, e l8E ntão proferiu a sua parábola, e disse: Levanta-
disse: T orna-te para Balaque, e assim falarás. te, Balaque, e ouve; inclina os teus ouvidos a m im ,
6E to rn an d o para ele, eis que estava ju n to do seu filho de Zipor.
holocausto, ele e todos os príncipes dos moabitas. 1 ‘’D eus não é hom em , para que m inta; nem filho do
7Então proferiu a sua parábola, e disse: De Arã, me hom em , para que se arrependa; porventura diria ele,
m andou trazer Balaque, rei dos m oabitas, das m o n ­ e não o faria? O u falaria, e não o confirmaria?
tanhas do oriente, dizendo: Vem , am aldiçoa-m e a 20Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem
Jacó; e vem, denuncia a Israel. abençoado, e eu não o posso revogar.
8C om o amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E 2lN ão viu iniqüidade em Israel, nem contem plou
com o denunciarei, quando o S e n h o r não denuncia? m aldade em Jacó; o S e n h o r seu Deus éc o m ele, e no
9P orque do cum e das penhas o vejo, e dos outeiros m eio dele se ouve a aclamação de um rei.

Deus não é homem, para que minta; nem arrependimento quando apresenta atitude diferente daquela da
lilho do homem, para que se arrependa qual decorreu o mal, ou seja. corrigindo-se. Mas para que esta mu-
(23.19) dançadeatitude se manifeste, oagente, necessariamente, mudará
seus critérios, valores e conceitos. Em contrapartida, Deus, quan­
Ceticismo. Diz haver contradição entre Gênesis 6.6,1 Sa­
do muda de atitude, jamais muda seus critérios e estatutos. A ex­
muel 15.10,11 e Jonas 3.10 e o texto em estudo por não
pressão “arrependeu-se o Senhor" (Gn 6.6; 1Sm 15.10,11) está no
concordarem com o que dizem.
seu real sentido: mudança de atitude. Mas essa mudança é sim­
RESPOSTA APOLOG ÉTICA: O arrependimento registrado plesmente uma indicação (em linguagem humana) de que a atitu­
nos textos destacados pelo ceticismo se refere à mudança de de Deus para com o homem que peca é diferente de sua atitude
de atitude. Em linhas gerais, a compreensão desta questão deve em relação ao que lhe é obediente. Quanto a estes imutáveis con­
ser fundamentada nas seguintes verdades: o homem demonstra ceitos divinos, lemos o testemunho de Tiago 1.17.

172
NÚMEROS 23,24

22D eus os tirou do Egito; as suas forças são com o ?De seus baldes m anarão águas, e a sua sem ente es­
as do boi selvagem. tará em m uitas águas; e o seu rei se erguerá mais do
23Pois contra Jacó não vale encan tam en to , nem que Agague, e o seu reino será exaltado.
adivinhação contra Israel; neste tem p o se dirá de “Deus o tiro u do Egito; as suas forças são com o as
Jacó e de Israel: Q ue coisas D eus tem realizado! do boi selvagem; consum irá as nações, seus inim i­
24Eis que o povo se levantará com o leoa, e se ergue­ gos, e q u eb rará seus ossos, e com as suas setas os
rá com o leão; não se deitará até que com a a presa, e atravessará.
beba o sangue dos m ortos. 9Encurvou-se, deitou-se com o leão, e com o leoa;
25Então Balaque disse a Balaão: N em o am aldiço­ quem o despertará? benditos os que te abençoarem ,
arás, nem o abençoarás. e m alditos os que te am aldiçoarem .
26Porém Balaão respondeu, e disse a Balaque: Não ,0Então a ira de Balaque se acendeu contra Balaão,
te falei eu, dizendo: T udo o que o S en h or falar isso e bateu ele as suas palm as; e Balaque disse a Balaão:
farei? Para am aldiçoar os m eus inim igos te tenho cham a­
J’Disse mais Balaque a Balaão: O ra vem , e te levarei do; porém agora já três vezes os abençoaste in tei­
a outro lugar; porventura bem parecerá aos olhos de ram ente.
Deus que dali m o amaldiçoes. 1 'Agora, pois, foge p ara o teu lugar; eu tin h a dito
28Então Balaque levou Balaão consigo ao cum e de que te ho n raria grandem ente; m as eis que o S enhor
Peor, que dá para o lado d o deserto. te privou desta honra.
2<)Balaão disse a Balaque: Edifica-m e aqui sete al­ 12Então Balaão disse a Balaque: N ão falei eu tam bém
tares, e prepara-m e aqui sete novilhos e sete car­ aos teus mensageiros, que m e enviaste, dizendo:
neiros. 13A inda que Balaque m e desse a sua casa cheia de
’"Balaque, pois, fez com o dissera Balaão: e ofere­ prata e ouro, não poderia ir além da ordem do S e­
ceu u m novilho e um carneiro sobre cada altar. n h o r , fazendo bem o u mal de m eu próprio coração;
o que o S en h or falar, isso falarei eu?
VENDO Balaão que bem parecia aos olhos l4Agora, pois, eis que m e vou ao m eu povo; vem ,
do Senhor que abençoasse a Israel, não se avisar-te-ei do que este povo fará ao teu povo nos
foi esta vez com o antes ao en contro dos encanta­ últim os dias.
m entos; mas voltou o seu rosto para o deserto. 15Então proferiu a sua parábola, e disse: Fala Balaão,
2E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Is­ filho de Beor, e fala o hom em de olhos abertos;
rael, que estava acam pado segundo as suas tribos, l6Fala aquele q ue o uviu as palavras de D eus, e o
veio sobre ele o Espírito de Deus. que sabe a ciência do Altíssimo; o que viu a visão do
3E proferiu a sua parábola, e disse: Fala, Balaão, fi­ T odo-P oderoso, que cai, e se lhe abrem os olhos.
lho de Beor, e fala o hom em de olhos abertos; l7V ê-lo-ei, m as não agora, contem plá-lo-ei, m as
4Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, o que não de perto; um a estrela procederá de Jacó e um
vê a visão do T odo-Poderoso; que cai, e se lhe abrem cetro subirá de Israel, que ferirá os term os dos m o-
os olhos: abitas, e destruirá todos os filhos de Sete.
sQ uão form osas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas 18E E dom será u m a possessão, e Seir, seus in im i­
moradas, ó Israel! gos, tam bém será u m a possessão; pois Israel fará
6C om o ribeiros se estendem , com o jardins à beira proezas.
dos rios; com o árvores de sândalo o S en h o r os plan­ I9E do m in ará um de Jacó, e m atará os que restam
tou, com o cedros ju n to às águas; das cidades.

E o seu rei se erguerá mais do que Agague sempre são fundamentadas nos parcos conhecimentos bíbli­
(24.7) cos e teológicos que possuem. Tanto neste quanto no texto
de 1Samuel, “agague* é um título que se atribuía aos monar­
Ceticismo. Alega anacronismo entre este versículo e 1Sa­
cas da tribo dos amalequitas, tal como o nome "faraó”, entre o
muel 15.8, entendendo que Agague não deveria ser men­
povo egípcio e “césar", entre os romanos. 0 título "César" ser­
cionado por ter sido um rei contemporâneo de Saul.
via para lembrar o último nome de Gaius Julius Caesar, precur­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É típico dos contradizen- sor desta linhagem. O Novo Testamento cita quatro personalida­
tes, como os céticos, levantarem questões descabidas des dessa classe: Augusto (Lc 2.1); Tibério (Mt 22.17); Cláudio
que sirvam para desacreditar o texto bíblico. Mas suas teorias (At 17.7) eNero(Fp 4.22).

173
NÚMEROS 24 ,2 5 ,2 6

-"E vendo os am alequitas, proferiu a sua parábola, VE os que m orreram daquela praga foram vinte e
e disse: A m aleque é a prim eira das nações; porém o qu atro mil.
seu fim será a destruição. ‘“Então o S enhor falou a Moisés, dizendo:
21E v endo os quenitas, proferiu a sua parábola, e “ Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacer­
disse: Firm e está a tu a habitação, e puseste o teu n i­ dote, desviou a m in h a ira de sobre os filhos de Is­
n h o n a penha. rael, pois foi zeloso com o m eu zelo no m eio d e­
22Todavia o quenita será consum ido, até que As- les; de m odo que, no m eu zelo, não consum i os fi­
su r te leve p o r prisioneiro. lhos de Israel.
23E, p roferindo ainda a sua parábola, disse: Ai, l2P o rta n to dize: Eis que lhe d o u a m in h a alian­
quem viverá, q uando D eus fizer isto? ça de paz;
24E as naus virão das costas de Q uitim e afligirão 1 ’E ele, e a sua descendência depois dele, terá a alian­
a Assur; tam bém afligirão a Éber; que tam bém será ça do sacerdócio perpétuo, p o rquanto teve zelo pelo
para destruição. seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.
25Então Balaão levantou-se, e se foi, e voltou ao seu 14E o nom e do israelita, que foi m o rto com a m idia­
lugar, e tam bém Balaque se foi pelo seu cam inho. nita, era Zim ri, filho de Saiu, príncipe da casa p ater­
na dos sim eonitas.
Os israelitas p ecam com as filh a s dos m oabitas
’’E o nom e da m u lh er m idianita m o rta era Cos-
E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo co­
bi, filha de Z ur, cabeça do povo da casa p aterna en ­
m eçou a prostituir-se com as filhas dos m o­
tre os m idianitas.
abitas.
“ Falou mais o S enhor a Moisés, dizendo:
2Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deu­
,7Afligireis os m idianitas e os ferireis,
ses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
'"P orque eles vos afligiram a vós com os seus en ­
^Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do S e­
ganos com que vos enganaram n o caso de Peor, e
n ho r se acendeu contra Israel.
no caso de Cosbi, filha do príncipe dos m idianitas,
■'Disse o S en h o r a Moisés: T om a todos os cabeças
irm ã deles, que foi m o rta no dia da praga no caso
do povo, e enforca-os ao S f.n h o r diante do sol, e o
de Peor.
ard o r d a ira do S enhor se retirará de Israel.
’Então M oisés disse aos juizes de Israel: Cada um
m ate os seus hom ens que se ju n taram a Baal-Peor. D eus m a n d a contar os israelitas
hE eis que veio um hom em dos filhos de Israel, e ACONTECEU, pois, que, depois daquela
trouxe a seus irm ãos um a m idianita, à vista de M oi­ praga, falou o S enhor a Moisés, e a Eleazar,
sés, e à vista de toda a congregação dos filhos de Isra­ filho de Arão, o sacerdote, dizendo:
el, ch o rando eles diante da tenda da congregação. 2T om ai a som a de to d a a congregação dos filhos
7V endo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de de Israel, da idade de vinte anos para cima, segun­
Arão, sacerdote, se levantou do m eio da congrega­ do as casas de seus pais; todos os que em Israel p o ­
ção, e to m o u um a lança na sua m ão; dem sair à guerra.
8E foi após o hom em israelita até à tenda, e os atra­ 3Falaram -lhes, pois, Moisés.e Eleazar, o sacerdote,
vessou a am bos, ao ho m em israelita e à m ulher, nas cam pinas de M oabe, ju n to ao Jordão na altura
pelo ventre; então a praga cessou de sobre os fi­ de Jericó, dizendo:
lhos de Israel. 4Conta o povo da idade de vinte anos p ara cima,

E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil do texto de êxodo 32.6, quando os israelitas instigaram a Arão a
(25.9) confeccionar um bezerro de ouro, diante do qual o povo se pros­
trou enquanto aguardava Moisés, que estava no Monte Horebe,
Ceticismo. Confronta este texto com 1Corlntios 10.8 para
ocasião em que Deus puniu todos os transgressores. Mas o nú­
fundamentar uma suposta contradição, uma vez que a
mero de vítimas não foi especificado (Êx 32.35). Na carta de Pau­
epístola paulina enumera vinte e três mil mortos.
lo, esta correlação aparece no versículo 7: "Não vos façais, pois,
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É um erro dos céticos asso­ idólatras [...] o povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-
ciar este texto com 1Coríntios 10.8, acreditando que Paulo se para folgar".
estava se referindo ao episódio protagonizado por Balaão. Bala­ Isto posto, fica desmerecida a idéia de contradição entre a refe­
que e o povo hebreu, do qual resultou na morte de vinte e qua­ rência em destaque e o texto 1Coríntios 10,8 que, como provado,
tro mil pessoas. Em verdade, o apóstolo está fazendo menção acha-se inserido em outro contexto.

174
NÚMEROS 26

com o o S en h or ordenara a M oisés e aos filhos de Is­ ram: de Tola, a família dos tolaítas; de Puva, a fam í­
rael, que saíram do Egito. lia dos puvitas;
5Rúben, o prim ogênito de Israel; os filhos de Rú- 24De Jasube, a família dos jasubitas; de Sinrom , a
ben: de Enoque, a família dos enoquitas; de Palu, a família dos sinronitas.
família dos paluítas; 25Estas são as famílias de Issacar, segundo os que
6De H ezrom , a fam ília dos hezronitas; de C arm i, a foram deles contados, sessenta e q u atro mil e tre ­
família dos carmitas. zentos.
rEstas são as famílias dos rubenitas; e os que foram 2í,Os filhos de Zebulom , segundo as suas famílias,
deles contados foram q uarenta e três m il e setecen­ foram: de Serede, a família dos sereditas; de Elom,
tos e trinta. a fam ília dos elonitas; de Jaleel, a família dos jale-
8E os filhos de Palu, Eliabe; elitas.
9E os filhos de Eliabe, N em uel, e D atã, e Abirão: 27Estas são as famílias dos zebulonitas, segundo
estes, D atã e Abirão, foram os do conselho da con­ os que fo ra m deles co n tados, sessenta m il e q u i­
gregação, que contenderam co n tra M oisés e co n ­ nhentos.
tra Arão no grupo de Coré, quando rebelaram co n ­ 28Os filhos de José segundo as suas famílias, foram
tra o S e n h o r; M anassés e Efraim.
l0E a terra abriu a sua boca, e os tragou com Coré, 29O s filhos de M anassés foram ; de M aquir, a fam í­
quando m orreu aquele grupo; quando o fogo co n ­ lia dos m aquiritas; e M aquir gerou a Gileade; de Gi-
sum iu duzentos e cinqüenta hom ens, os quais ser­ leade, a família dos gileaditas.
,0Estes são os filhos de Gileade; de Jezer, a família
viram de advertência.
dos jezeritas; de H eleque, a família dos helequitas;
1'M as os filhos de Coré não m orreram .
3IE de Asriel, a família dos asrielitas; e de Siquém,
,2O s filhos de Sim eão, segundo as suas famílias:
a família dos siquem itas;
de N em uel, a família dos nem uelitas; de Jam im , a
32E de Semida, a família dos sem idaítas; e de Hefer,
família dos jam initas; de Jaquim , a família dos ja-
a família dos heferitas.
quinitas;
33P orém , Zelofeade, filho de H efer, não tin h a fi­
L,De Zerá, a família dos zeraítas; de Saul, a fam í­
lhos, senão filhas; e os nom es das filhas de Zelofea-
lia dos saulitas.
d e foram Maalá, N oa, Hogla, M ilca e Tirza.
,4Estas são as famílias dos sim eonitas, vinte e dois
34Estas são as famílias de M anassés; e os que foram
mil e duzentos.
deles contados, foram cinqüenta e dois m il e sete­
’’O s filhos de Gade, segundo as suas gerações; de
centos.
Zefom , a família dos zefonitas; de Hagi, a família
’’Estes são os filhos de Efraim, segundo as suas fa­
dos hagitas; de Suni, a família dos sunitas;
mílias: de Sutela, a família dos sutelaítas; de Bequer,
l6De O zni, a família dos oznitas; de Eri, a família a família dos bequeritas; de Taã, a família dos taa-
dos eritas; nitas.
17De Arode, a família dos aroditas; de Areli, a fa­ 36E estes são os filhos de Sutela: de Erã, a família
mília dos arelitas. dos eranitas.
18Estas são as famílias dos filhos de G ade, segun­ 37Estas são as famílias dos filhos de Efraim, segun­
do os que foram deles contados, quarenta mil e qui­ do os que foram deles contados, trin ta e dois mil e
nhentos. quinhentos; estes são os filhos de José, segundo as
l9Os filhos de Judá, Er e O nã; m as Er e O nã m o rre­ suas famílias.
ram na terra de Canaã. 380 s filhos de Benjam im , segundo as suas famílias:
20Assim os filhos de Judá foram segundo as suas fa­ de Belá, a família dosbelaítas; de Asbel, a fam ília dos
mílias; de Selá, a família dos selanitas; de Perez, a fa­ asbelitas; de Airã, a família dos airam itas;
mília dos perezitas; de Zerá, a família dos zeraítas. 3,De Sufã, a fam ília dos sufam itas; de H ufã, a fam í­
2IE os filhos de Perez foram: de H ezrom , a família lia dos hufam itas.
dos hezronitas; de H am ul, a família dos ham ulitas. 40E os filhos de Belá foram A rde e N aam ã; de Arde,
22Estassão as famílias de Judá, segundo os que foram a família dos arditas; de N aam ã, a fam ília dos na-
deles contados, setenta e seis m il e quinhentos. am anitas.
230 s filhos de Issacar, segundo as suas fam ílias,/o­ 41Estes são os filhos de Benjamim, segundo as suas

175
NÚMEROS 26,27

famílias; e os que foram deles contados, foram qua­ 60E a A rão n asceram N ad a b e, A biú, E leazar, e
renta e cinco m il e seiscentos. Itam ar.
Estes são os filhos de Dã, segundo as suas fam í­ 61Porém N adabe e Abiú m o rreram q u an d o tro u ­
lias; de Suã, a família dos suam itas. Estas são as fa­ xeram fogo estranho perante o S en h o r .
m ílias de Dã, segundo as suas famílias. 62E os que deles foram contados eram vinte e três
4,T odas as famílias dos suam itas, segundo os que mil, todo o hom em da idade de um m ês para cima;
foram deles contados, foram sessenta e quatro mil porqu e estes não foram contados entre os filhos de
e quatrocentos. Israel, p o rq u an to não lhes foi dada herança en tre
44Os filhos de Aser, segundo as suas famílias, fo ­ os filhos de Israel.
ram: de Im na, a família dos im naítas; de Isvi, a fam í­ 61Estes são os que foram contados p o r M oisés e Ele­
lia dos isvitas; de Berias, a família dos beriítas. azar, o sacerdote, que contaram os filhos de Israel
4-Dos filhos de Berias,foram; de Héber, a família dos nas cam pinas de M oabe, ju n to ao Jordão na dire­
heberitas; de Malquiel, a família dos malquielitas. ção de Jericó.
46E o nom e da filha de Aser foi Sera. 64E entre estes n en h u m houve dos que foram c o n ­
47Estas são as famílias dos filhos de Aser, segundo tados por Moisés e Arão, o sacerdote, q u an d o co n ta­
os que foram deles contados, cinqüenta e três m il e ram aos filhos de Israel no deserto de Sinai.
quatrocentos. 65P o rq u e o S en h o r dissera deles q ue certam ente
4SOs filhos de Naftali, segundo as suas famílias; de m orreriam no deserto; e n en h u m deles ficou senão
Jazeel, a fam ília dos jazeelitas; de G uni, a fam ília Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de N um .
dos gunitas;
49De Jezer, a família dos jezeritas; de Silém, a fam í­ A lei acerca das heranças
lia dos silemitas. E CHEGARAM as filhas de Zelofeade, filho
’"Estas são as famílias de Naftali, segundo as suas de Hefer, filho de Gileade, filho de M aquir,
famílias; e os que foram deles contados, foram q u a­ filho de M anassés, entre as famílias de M anassés, fi­
renta e cinco m il e quatrocentos. lho de José; e estes são os nom es delas; M aalá, N oa,
’ 1Estes são os que foram contados dos filhos de Is­ Hogla, Milca, e Tirza;
rael, seiscentos e um m il e setecentos e trinta. 2E apresentaram -se diante de Moisés, e d iante de
Eleazar, o sacerdote, e diante dos príncipes e de toda
A lei acerca da divisão da terra a congregação, à p o rta da tenda da congregação, d i­
52E falou o S enhor a Moisés, dizendo: zendo:
” A estes se repartirá a terra em herança, segundo 3N osso pai m o rre u no deserto, e não estava en ­
o n úm ero dos nom es. tre os que se congregaram co n tra o S en h or no g ru ­
,4Aos m uitos aum entarás a sua herança, e aos p o u ­ po de Coré; m as m o rreu no seu p ró p rio pecado, e
cos dim inuirás a sua herança; a cada um se dará a não teve filhos.
sua herança, segundo os que foram deles contados. 4P or que se tiraria o nom e de nosso pai do m eio da
’‘’Todavia a terra se repartirá por sortes; segundo sua família, p o rq u an to não teve filhos? D á-nos p o s­
os nom es das tribos de seus pais a herdarão. sessão entre os irm ãos de nosso pai.
’''Segundo sair a sorte, se repartirá a herança deles 5E M oisés levou a causa delas p erante o S en h o r .
entre as tribos de m uitos e as de poucos. 6E falou o S en h or a Moisés, dizendo:
,7E estes são os que foram contados dos levitas, se­ 7As filhas de Zelofeade falam o que é justo; certam en­
gundo as suas famílias: de G érson, a família dos ger- te lhes darás possessão de herança entre os irmãos de
sonitas; de C oate, a família dos coatitas; de M erari, seu pai; e a herança de seu pai farás passar a elas.
a família dos m eraritas. 8E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Q uan d o al­
’“Estas são as famílias de Levi: a família dos libni- guém m o rrer e não tiver filho, então fareis passar a
tas, a família dos hebronitas, a família dos m alitas, sua herança à sua filha.
a família dos m usitas, a família dos coreítas. E C o­ 9E, se não tiver filha, então a sua herança dareis a
ate gerou a Anrão. seus irmãos.
ME o nom e da m ulher de A nrão era Joquebede, fi­ l0Porém , se não tiver irm ãos, então dareis a sua he­
lha de Levi, a qual nasceu a Levi no Egito; e de A nrão rança aos irm ãos de seu pai.
ela teve Arão, e Moisés, e M iriã, irm ã deles. 1' Se tam bém seu pai não tiver irm ãos, então dareis

176
NÚMEROS 27,28

a sua herança a seu parente, àquele que lh e/o r o mais 3E dir-lhes-ás: Esta é a oferta queim ada que ofere­
chegado da sua família, para que a possua; isto aos cereis ao S en h o r : dois cordeiros de u m ano, sem d e­
filhos de Israel será p o r estatuto de direito, com o o feito, cada dia, em co n tín u o holocausto;
S enhor ordenou a Moisés. 4U m cordeiro sacrificarás pela m anhã, e o o u tro
cordeiro sacrificarás à tarde;
D eus a n u n cia a m orte de M oisés ’E a décim a parte de um efa de flor de farinha em
'-D epois disse o S enhor a Moisés: Sobe a este m o n ­ oferta de alim entos, m isturada com a quarta parte
te de Abarim, e vê a terra que ten h o dado aos filhos de um him de azeite batido.
de Israel. 6Este é o holocausto contínuo, instituído n o m o n ­
I3E, te n d o -a visto, então serás recolhido ao teu te Sinai, em cheiro suave, oferta queim ada ao Se­
povo, assim com o foi recolhido teu irm ão Arão; nhor.
l4P orquanto, no deserto de Zim , na contenda da TE a sua libação será a quarta parte de um him para
congregação, fostes rebeldes ao m eu m andado de m e um cordeiro; no santuário, oferecerás a libação de
santificar nas águas diante dos seus olhos (estas são as bebida forte ao S en h o r .
águas de M eribá de Cades, no deserto de Zim). 8E o o u tro cordeiro sacrificarás à tarde, com o a
15Então falou Moisés ao S en h o r , dizendo: oferta de alim entos d a m anhã, e com o a sua liba­
' ftO S en h or , Deus dos espíritos de toda a carne, p o ­
ção o oferecerás em oferta queim ada de cheiro su ­
nha um hom em sobre esta congregação,
ave ao S en h o r .
irQ ue saia diante deles, e que entre diante deles, e
que os faça sair, e que os faça entrar; para que a con­
Ofertas para dias santos
gregação do S enhor não seja com o ovelhas que não
9Porém , no dia de sábado, oferecerás dois cordei­
têm pastor.
ros de um ano, sem defeito, e duas décimas de flor
de farinha, m isturada com azeite, em oferta de ali­
Josué é designado para sucessor de M oisés
m entos, com a sua libação.
'“Então disse o S en h or a Moisés: T om a a Josué, fi­
"’H olocausto é de cada sábado, além do holocaus­
lho de N um , hom em em quem há o Espírito, e im ­
to contínuo, e a sua libação.
põe a tua m ão sobre ele.
" E nos p rincípios dos vossos m eses oferecereis,
I9E apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e pe­
em holocausto ao S en h or , dois novilhos e u m car­
rante toda a congregação, e dá-lhe as tuas ordens na
neiro, sete cordeiros de u m ano, sem defeito;
presença deles.
12E três décim as de flor de farinha m isturada com
20E põe sobre ele da tua glória, para que lhe obede­
azeite, em oferta de alim entos, para um novilho; e
ça toda a congregação dos filhos de Israel.
2‘E apresentar-se-á perante Eleazar, o sacerdote, o duas décim as de flor de farinha m isturada com azei­
qual p o r ele consultará, segundo o juízo de U rim , te, em oferta de alim entos, para um carneiro.
perante o S en h or ; conform e a sua palavra sairão, e I3E u m a décim a de flor de farinha m isturada com
conform e a sua palavra entrarão, ele e todos os fi­ azeite em oferta de alim entos, para um cordeiro;
lhos de Israel com ele, e toda a congregação. holocausto é de cheiro suave, oferta queim ada ao
22E fez Moisés com o o S f.n h o r lhe ordenara; p o r­ S en h o r .
que to m ou a Josué, e apresentou-o perante Eleazar, 14E as suas libações serão a m etade de um him de
o sacerdote, e perante toda a congregação; vinho para u m novilho, e a terça parte de um him
23E sobre ele im pôs as suas m ãos, e lhe deu ordens, para um carneiro, e a quarta parte de um him para
com o o S en h or falara por interm édio de Moisés. um cordeiro; este é o holocausto da lua nova de cada
mês, segundo os meses do ano.
O holocausto perpétuo ' ’T am bém um bode para expiação do pecado ao
FALOU m ais o S en h or a Moisés, dizendo: S en h o r , além do holocausto contínuo, com a sua li­
2D á o rdem aos filhos de Israel, e dize- bação se oferecerá.
lhes: Da m inha oferta, do m eu alim en to p ara as l6P orém no mês prim eiro, aos catorze dias do mês,
m inhas ofertas queim adas, do m eu cheiro suave, é a páscoa do S en h or .
tereis cuidado, para m e oferecê-las ao seu tem po I7E aos quinze dias do m esm o m ês haverá festa;
determ inado. sete dias se com erão pães ázimos.

177
NÚMEROS 28,29

lsN o p rim eiro dia haverá santa convocação; n e­ 6 Além do holocausto do mês, e a sua oferta de ali­
n h u m trabalho servil fareis; m entos, e o holocausto co n tín u o , e a sua oferta de
l9M as oferecereis oferta queim ada em holocausto alim entos, com as suas libações, segundo o seu esta­
ao S en h o r , dois novilhos e um carneiro, e sete cor­ tu to , em cheiro suave, oferta queim ada ao S en h o r .
deiros de um ano; eles serão sem defeito. 7E no dia dez deste sétim o m ês tereis santa co n ­
20E a sua oferta de alim entos será de flor de farinha vocação, e afligireis as vossas almas; n en h u m tra ­
m istu rad a com azeite; oferecereis três décim as para balho fareis.
u m novilho, e duas décim as para um carneiro. "Mas por holocausto, em cheiro suave ao S e n h o r ,
21 Para cada um dos sete cordeiros oferecereis um a oferecereis um novilho, um carneiro e sete c o r­
décima; deiros de um ano; eles serão sem defeito.
22E um bode para expiação do pecado, para fazer l|E, pela sua oferta de alim entos de flor de farinha
expiação p or vós. m isturada com azeite, três décim as para o novilho,
2,Estas coisas oferecereis, além do holocausto da duas décimas para o carneiro,
m anhã, que é o holocausto contínuo. l0E um a décim a para cada um dos sete cordeiros;
24Segundo este m odo, cada dia oferecereis, p o r sete 1 'U m bode para expiação do pecado, além da ex­
dias, o alim ento da oferta queim ada em cheiro sua­ piação do pecado pelas propiciações, e do holocaus­
ve ao S en h o r ; além do holocausto contínuo se ofe­ to co n tín u o , e da sua oferta de alim entos com as
recerá isto com a sua libação. suas libações.
25E no sétim o dia tereis santa convocação; nenhum
trabalho servil fareis. As ofertas nas festas solenes
“ S em elhantem ente, tereis santa convocação no l2Sem elhantem ente, aos quinze dias deste sétim o
dia das prim ícias, quando oferecerdes oferta nova mês tereis santa convocação; n enhum trabalho ser­
de alim entos ao S en h o r , segundo as vossas sem a­ vil fareis; m as sete dias celebrareis festa ao S en h o r .
nas; n en hum trabalho servil fareis. I3E, por holocausto em oferta queim ada, de chei­
27Então oferecereis ao S en h or por holocausto, em ro suave ao S en h o r , oferecereis treze novilhos, dois
cheiro suave, dois novilhos, um carneiro e sete cor­ carneiros e catorze cordeiros de u m ano; todos eles
deiros de um ano; sem defeito.
28E a sua oferta de alim entos de flor de farinha m is­ 14E, pela sua oferta de alim entos de flor de farinha
tu rad a com azeite: três décim as para um novilho, m isturada com azeite, três décim as p ara cada um
duas décim as para um carneiro; dos treze novilhos, duas décim as para cada carnei­
29E um a décima, para cada um dos sete cordeiros; ro, entre os dois carneiros;
"'U m bode para fazer expiação p or vós. l?E u m a décim a p ara cada um dos catorze c o r­
3lAlém do holocausto contínuo, e a sua oferta de deiros;
alim entos, os oferecereis (ser-vos-ão eles sem defei­ l6E u m bode para expiação do pecado, além do
to) com as suas libações. holocausto co n tín u o , a sua oferta de alim entos e a
sua libação;
A s ofertas na festa das trom betas l7D epois, no segundo dia, doze novilhos, dois car­
SEMELHANTEMENTE, tereis santa co n ­ neiros, catorze cordeiros de um ano, sem defeito;
vocação no sétim o mês, no prim eiro dia do l8E a sua oferta de alim entos e as suas libações para
mês; n en hum trabalho servil fareis; será para vós dia os novilhos, para os carneiros e p ara os cordeiros,
de sonido de trom betas. conform e o seu núm ero, segundo o estatuto;
2Então por holocausto, em cheiro suave ao S en h o r , 19E um bode para expiação do pecado, além do h o ­
oferecereis um novilho, um carneiro e sete cordei­ locausto co n tín u o , da sua oferta de alim entos e das
ros de um ano, sem defeito. suas libações.
3E pela sua oferta de alim entos de flor de farinha 20E, no terceiro dia, onze novilhos, dois carneiros,
m isturada com azeite, três décim as para o novilho, catorze cordeiros de um ano, sem defeito;
e duas décim as para o carneiro, 2IE as suas ofertas de alim entos, e as suas liba­
4E u m a décim a para cada um dos sete cordeiros. ções p ara os novilhos, para os carneiros e p ara os
5E u m bode para expiação do pecado, para fazer cordeiros, conform e o seu núm ero, segundo o es­
expiação p o r vós; tatuto;

178
NÚMEROS 29,30

22E um bode para expiação do pecado, além do h o ­ sas ofertas de alim entos, e com as vossas libações, e
locausto contínuo, e da sua oferta de alim entos e da com as vossas ofertas pacíficas.
sua libação. 40E falou M oisés aos filhos de Israel, conform e a
23E, no quarto dia, dez novilhos, dois carneiros, ca­ tudo o que o S en h or ordenara a Moisés.
torze cordeiros de um ano, sem defeito;
24A sua oferta de alim entos, e as suas libações para A lei acerca dos votos
os novilhos, para os carneiros, e para os cordeiros, E FALOU M oisés aos cabeças das tribos
conform e o seu núm ero, segundo o estatuto; dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a pala­
25E um bode para expiação do pecado, além do ho­ vra que o S en h o r tem ordenado.
locausto contínuo, da sua oferta de alim entos e da 2Q uan d o u m hom em fizer voto ao S en h or , o u fi­
sua libação. zer ju ram en to , ligando a sua alm a com obrigação,
26E, no q uinto dia, nove novilhos, dois carneiros e não violará a sua palavra: segundo tu d o o que saiu
catorze cordeiros de u m ano, sem defeito. da sua boca, fará.
27E a sua oferta de alim entos, e as suas libações para ’T am bém q u an d o u m a m ulher, na sua m ocidade,
os novilhos, para os carneiros e para os cordeiros, estando ainda na casa de seu pai, fizer voto ao S e ­
n h o r , e com obrigação se ligar,
conform e o seu núm ero, segundo o estatuto;
28E u m bode para expiação do pecado além do h o ­ 4E seu pai ouvir o seu voto e a sua obrigação, com
locausto co n tín u o , e da sua oferta de alim entos e que ligou a sua alma; e seu pai se calar para com ela,
todos os seus votos serão válidos; e to d a a obrigação
da sua libação.
com que ligou a sua alma, será válida.
29E, no sexto dia, oito novilhos, dois carneiros, ca­
5Mas se seu pai lhe tolher n o dia que tal ouvir, to ­
torze cordeiros de um ano, sem defeito;
dos os seus votos e as suas obrigações com que tiver
30E a sua oferta de alim entos, e as suas libações para
ligado a sua alma, não serão válidos; m as o S enhor
os bezerros, para os carneiros e para os cordeiros,
lhe perdoará, p o rq u an to seu pai lhos tolheu.
conform e o seu núm ero, segundo o estatuto;
6E se ela for casada, e for obrigada a alguns votos,
3IE um bode para expiação do pecado, além do h o ­
ou à pronunciação dos seus lábios, com que tiver li­
locausto contínuo, da sua oferta de alim entos e da
gado a sua alma;
sua libação.
7E seu m arido o ouvir, e se calar para com ela no dia
32E, no sétim o dia, sete novilhos, dois carneiros,
em que o ouvir, os seus votos serão válidos; e as suas
catorze cordeiros de um ano, sem defeito.
obrigações com que ligou a sua alma, serão válidas.
33E a sua oferta de alim entos, e as suas libações para
"Mas se seu m arido lhe tolher no dia em que o o u ­
os novilhos, para os carneiros e para os cordeiros,
vir, e anular o seu voto a que estava obrigada, com o
conform e o seu núm ero, segundo o seu estatuto,
tam bém a pronunciação dos seus lábios, com que
,4E um bode para expiação do pecado, além do ho­
ligou a sua alma; o S en h or lhe perdoará.
locausto contínuo, da sua oferta de alim entos e da ‘’N o tocante ao voto da viúva, ou da repudiada, tudo
sua libação. com que ligar a sua alma, sobre ela será válido.
35No oitavo dia tereis dia de solenidade; nenhum l0Porém se fez voto na casa de seu m arido, o u ligou
trabalho servil fareis; a sua alm a com obrigação de ju ram ento;
36E por h o lo c a u s to em o fe rta q u e im a d a d e c h e ir o 11E seu m arido o ouviu, e se calou para com ela, e não
su a v e a o S en h or o fe re c e re is u m n o v ilh o , u m c a r ­ lho tolheu, todos os seus votos serão válidos, e toda a
n e ir o , se te c o r d e ir o s d e u m a n o , se m d e fe ito ; obrigação, com que ligou a sua alma, será válida.
37A sua oferta de alim entos e as suas libações para l2Porém se seu m arido lhos an ulou no dia em que
o novilho, para o carneiro e para os cordeiros, con­ os ouviu; tu d o q u an to saiu dos seus lábios, q u er dos
form e o seu núm ero, segundo o estatuto. seus votos, q uer da obrigação da sua alma, não será
38E u m bode para expiação do pecado, além do h o ­ válido; seu m arido lhos anulou, e o S en h or lhe p er­
locausto contínuo, e da sua oferta de alim entos e da doará.
sua libação. l3T odo o voto, e to d o o ju ram en to de obrigação,
39Estas coisas fareis ao S enhor nas vossas solenida- para h u m ilh ar a alm a, seu m arid o o confirm ará,
des além dos vossos votos, e das vossas ofertas vo­ o u anulará.
luntárias, com os vossos holocaustos, e com as vos­ l4Porém se seu m arido, de dia em dia, se calar in ­

179
NÚMEROS 30,31

teiram ente para com ela, então confirm a todos os oficiais do exército, capitães dos m ilhares e capitães
seus votos e todas as suas obrigações, que estiverem das centenas, que vinham do serviço d a guerra.
sobre ela; confirm ado lhos tem , porquanto se calou I5E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as m u ­
para com ela no dia em que o ouviu. lheres?
' ’Porém se de todo lhos anular depois que o ouviu, l6Eis que estas foram as que, p o r conselho de Ba­
então ele levará a iniqüidade dela. laão, deram ocasião aos filhos de Israel de transgre­
16Estes são os estatutos que o Senhor o rd en o u a dir con tra o S enhor no caso de Peor; por isso houve
Moisés entre o m arido e sua m ulher; entre o pai e aquela praga entre a congregação do S en h o r .
sua filha, na sua m ocidade, em casa de seu pai. 17Agora, pois, m atai to d o o hom em entre as crian­
ças, e m atai toda a m u lh er que conheceu algum h o ­
A vitória sobre os m idianitas m em , deitando-se com ele.
E FALOU o S enhor a Moisés, dizendo: l8Porém , todas as m en in as que não conheceram
2Vinga os filhos de Israel dos m idianitas; algum hom em , d eitando-se com ele, deixai-as vi­
depois recolhido serás ao teu povo. ver para vós.
’Falou, pois, M oisés ao povo, dizendo: A rm em - I9E alojai-vos sete dias fora do arraial; qualq u er
se alguns de vós para a guerra, e saiam contra os m i­ que tiver m atado algum a pessoa, e qualquer que ti­
dianitas, para fazerem a vingança do S en h or co n ­ ver tocado algum m orto, ao terceiro dia, e ao sétim o
tra eles. dia vos purificareis, a vós e a vossos cativos.
''Mil de cada tribo, entre todas as tribos de Israel, 20T am bém purificareis toda a roupa, e to d a a obra
enviareis à guerra. de peles, e to d a a obra de pêlos de cabras, e to d o o
5Assim foram dados, dos m ilhares de Israel, mil de utensílio de m adeira.
cada tribo; doze mil arm ados para a peleja. 2 ' E disse Eleazar, o sacerdote, aos hom ens da guer­
6E Moisés os m andou à guerra, m il de cada tribo, e ra, que foram à peleja: Este é o estatuto da lei que o
com eles Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, com S en h or o rd en o u a Moisés.
os vasos do santuário, e com as trom betas do alari­ 22C o n tu d o o o u ro , e a prata, o cobre, o ferro, o es­
do na sua mão. tanho, e o chum bo,
7E pelejaram contra os m idianitas, com o o S enhor 2,T oda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis pas­
o rdenara a Moisés; e m ataram a todos os hom ens. sar pelo fogo, para qu e fique lim pa, todavia se p u ri­
8M ataram tam bém , além dos que já haviam sido ficará com a água da purificação; m as tu d o que não
m ortos, os reis dos midianitas: a Evi, e a Requém, e a pode resistir ao fogo, fareis passar pela água.
Zur, e a H ur, e a Reba, cinco reis dos m idianitas; ta m ­ 24T am b ém lavareis as vossas ro u p as ao sétim o
bém a Balaão, filho de Beor, m ataram à espada. dia, para q u e fiqueis lim pos; e d epois en trareis
9Porém , os filhos de Israel levaram presas as m u ­ no arraial.
lheres dos m idianitas e as suas crianças; tam bém le­
varam todos os seus anim ais e todo o seu gado, e to ­ A divisão da presa
dos os seus bens. 2,Falou m ais o S en h or a Moisés, dizendo:
I0E queimaram a fogo todas as suas cidades com to­ 26Faze a som a da presa que foi tom ada, de h om ens
das as suas habitações e todos os seus acampamentos. e de anim ais, tu e Eleazar, o sacerdote, e os cabeças
" E tom aram todo o despojo e toda a presa de h o ­ das casas dos pais da congregação,
m ens e de animais. 27E divide a presa em duas m etades, entre os que
I2E trouxeram a Moisés e a Eleazar, o sacerdote, e à se arm aram para a peleja, e saíram à guerra, e toda
congregação dos filhos de Israel, os cativos, e a p re­ a congregação.
sa, e o despojo, para o arraial, nas cam pinas de M o- 28Então para o S en h or to m arás o trib u to dos h o ­
abe, que estão ju n to ao Jordão, na altura de Jericó. m ens de guerra, que saíram a esta peleja, de cada
quinhentos um a alm a, dos hom ens, e dos bois, e dos
A purificação dos soldados jum en to s e das ovelhas.
’’P orém Moisés e Eleazar, o sacerdote, e todos os 29D a sua m etade o tom areis, e o dareis ao sacerdote
príncipes da congregação, saíram a recebê-los fora Eleazar, para a oferta alçada do S enhor .
do arraial. 30Mas, da m etade dos filhos de Israel, tom arás um
HE indignou-se M oisés g randem ente co n tra os de cada cinqüenta, um dos hom ens, dos bois, dos

180
NÚMEROS 31,32

ju m e n to s , e d a s o v e lh a s, e d e to d o s o s a n im a is ; e o s lhas, anéis, arrecadas, e colares, para fazer expiação


d a r á s a o s le v ita s q u e tê m c u id a d o d a g u a r d a d o t a ­ pelas nossas alm as p erante o S en h o r .
b e r n á c u lo d o S enhor . 5‘Assim M oisés e Eleazar, o sacerdote, receberam
31E fizeram Moisés e Eleazar, o sacerdote, com o o deles o o u ro , sendo todos os objetos bem trabalha­
Senhor ordenara a Moisés. dos.
32Foi a presa, restante do despojo que tom aram os 52E foi todo o o u ro da oferta alçada, que oferece­
hom ens de guerra, seiscentas e setenta e cinco mil ram ao S en h or , dezesseis mil esetecentose cinqüen­
ovelhas; ta siclos, dos chefes de mil e dos chefes de cem
33E setenta e dois mil bois; 53(Po« cada u m dos h om ens de guerra, tin h a to ­
34E sessenta e um m il jum entos; m ado presa para si).
35E, das m ulheres que não conheceram hom em 54Receberam, pois, M oisés e Eleazar, o sacerdote,
algum, deitando-se com ele, todas as alm as foram o ouro dos chefes de m il e dos chefes de cem, e o le­
trinta e duas mil. varam à tenda da congregação, p o r m em orial para
36E a m etade, que era a porção dos que saíram à os filhos de Israel p erante o S en h o r .
guerra, foi em n ú m ero de trezentas e trin ta e sete
mil e quinhentas ovelhas. A s tribos d e R ú b e n e G ade p ed em
Í7E das ovelhas, o trib u to para o S en h or foi de seis­ a terra d e G ileade
centas e setenta e cinco. E OS FILHOS de R úben e os filhos de Gade
,8E foram o s b o is t r i n t a e se is m il; e o s e u t r ib u t o tin h am gado em grande quantidade; e vi­
ram a terra de Jazer, e a terra de Gileade, e eis que o
p a ra o S enhor s e te n ta e d o is.
lugar era lugar de gado.
39E foram os jum entos trin ta mil e quinhentos; e o
2V ieram , pois, os filhos de Gade, e os filhos de R ú­
seu trib u to para o S enhor sessenta e um .
ben e falaram a Moisés e a Eleazar, o sacerdote, e aos
4DE houve de pessoas dezesseis mil; e o seu tributo
chefes da congregação, dizendo:
para o S enhor trin ta e duas pessoas.
3A tarote, e D ibom , e Jazer, e N in ra, e H esbom , e
41E deu Moisés a Eleazar, o sacerdote, o trib u to da
Eleale, e Sebã, e Nebo, e Beom,
oferta alçada do S en h o r , com o o S en h o r o rd en a­
4A te rra qu e o S en h o r feriu d ian te da congrega­
ra a Moisés.
ção de Israel, é terra p ara gado, e os teus servos têm
42E da m etade dos filhos de Israel que M oisés sepa­
gado.
rara da dos hom ens que pelejaram ,
’D isseram mais: Se acham os graça aos teus olhos,
43(A m etade p ara a congregação foi, das ovelhas,
dê-se esta terra aos teus servos em possessão; e não
trezentas e trin ta e sete mil e quinhentas;
nos faças passar o Jordão.
44E dos bois trin ta e seis mil;
6P orém M oisés disse aos filhos de G ade e aos fi­
4,E dos jum entos trin ta mil e quinhentos; lhos de Rúben: Irão vossos irm ãos à peleja, e fica­
46E das pessoas, dezesseis mil). reis vós aqui?
47Desta m etade dos filhos de Israel, Moisés to m o u 7Por que, pois, desencorajais o coração dos filhos
um de cada cinqüenta, de hom ens e de anim ais, e de Israel, para que não passem à terra que o Senhor
os deu aos levitas, que tin h a m cuidado da guarda lhes tem dado?
do tabernáculo do S en h o r , com o o S en h o r o rd e­ 8Assim fizeram vossos pais, q u an d o os m andei de
nara a Moisés. Cades-Barnéia, a ver esta terra.
’C hegando eles até ao vale de Escol, e vendo esta
A oferta voluntária dos oficiais terra, desencorajaram o coração dos filhos de Isra­
4tlEntão chegaram -se a Moisés os oficiais que esta­ el, para que não entrassem na te rra que o S enhor
vam sobre os m ilhares do exército, os chefes de mil lhes tinha dado.
e os chefes de cem; l0Então a ira do S f.n h o r se acendeu naquele m es­
4<,E disseram a Moisés: T eus servos to m a ram a m o dia, e ju ro u dizendo:
som a dos hom ens de guerra que estiveram sob as " Q u e os hom ens, que subiram do Egito, de vinte
nossas ordens; e não falta n enhum de nós. anos para cim a, não verão a terra que jurei a Abraão,
50Por isso trouxem os um a oferta ao S en h o r , cada a Isaque, e a Jacó! p o rq u an to não perseveraram em
um o que achou, objetos de ouro, cadeias, o u m ani­ seguir-m e;

181
NÚMEROS 32,33

l2Exceto Calebe, filho de Jefoné o quenezeu, e Jo­ sacerdote, e a Josué filho de N um , e aos cabeças das
sué, filho de N um , porq u an to perseveraram em se­ casas dos pais das tribos dos filhos de Israel.
guir ao S en h o r . 2ltE disse-lhes Moisés: Se os filhos de G ade e os fi­
l3Assim se acendeu a ira do S enhor contra Israel, lhos de Rúben passarem convosco o Jordão, a rm a­
e fê-los an d ar errantes pelo deserto quarenta anos do cada u m para a guerra, perante o S en h o r , e a terra
até que se consum iu toda aquela geração, que fize­ estiver subjugada d iante de vós, em possessão lhes
ra m al aos olhos do S en h o r . dareis a terra de Gileade.
14E eis que vós, um a geração de hom ens pecadores, 3HPorém , se não passarem arm ados convosco, te­
vos levantastes em lugar de vossos pais, para ain ­ rão possessões entre vós, na terra de Canaã.
da m ais acrescentar o furor da ira do S enhor co n ­ 31E responderam os filhos de G ade e os filhos de
tra Israel. R úben, dizendo: O qu e o S enhor falou a teus ser­
15Se vós vos virardes de segui-lo, tam bém ele os vos, isso faremos.
deixará de novo n o deserto, e destruireis a todo 32N ós passarem os, arm ados, p eran te o S en h or , à
este povo. terra de Canaã, e terem os a possessão de nossa he­
lhEntão chegaram -se a ele, e disseram : Edificare­ rança aquém do Jordão.
m os currais aqui para o nosso gado, e cidades para 3iAssim deu-lhes Moisés, aos filhos de Gade, e aos
as nossas crianças; filhos de Rúben, e à meia tribo de M anassés, filho
l7P orém nós nos arm arem os, apressando-nos de José, o reino de Siom, rei dos am orreus, e o rei­
adiante dos de Israel, até que os levemos ao seu lu ­ no de O gue, rei de Basã; a terra com as suas cidades
gar; e ficarão as nossas crianças nas cidades fortes nos seus term os, e as cidades ao seu redor.
p o r causa dos m oradores da terra. 34E os filhos de G ade edificaram a D ibom , e Ata-
18N áo voltaremos para nossas casas, até que os filhos rote, e Aroer;
de Israel estejam de posse, cada um , da sua herança. ” E Atarote-Sofã, e Jazer, e Jogbeá;
1''P orque não herdarem os com eles além do Jor­ 36E Bete-N im ra, e Bete-H arã, cidades fortes; e cu r­
dão, nem m ais adiante; p o rq u an to nós já tem os a rais de ovelhas.
nossa herança aquém do Jordão, ao oriente. 37E os filhos de R úben edificaram a H esbom , e Ele-
20Então M oisés lhes disse: Se isto fizerdes assim, se ale, e Q uiriataim ;
vos arm ardes à guerra perante o S en h o r ; 38E N ebo, e Baal-M eom , m udando-lhes o nom e, e
21E cada um de vós, arm ado, passar o Jordão pe­ Sibma; e os nom es das cidades que edificaram cha­
rante o S en h o r , até que haja lançado fora os seus ini­ m aram p o r outros nom es.
m igos de diante dele, 39E os filhos de M aquir, filho de Manassés, foram -
22E a terra esteja subjugada perante o S en h o r ; en­ se para Gileade, e a tom aram ; e daquela possessão
tão voltareis e sereis inculpáveis perante o S enhor expulsaram os am orreus que estavam nela.
e p erante Israel; e esta terra vos será por possessão 40Assim Moisés deu Gileade a M aquir, filho de M a­
perante o S en h o r ; nassés, o qual h ab ito u nela.
2ÍE se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o 4IE foi Jair, filho de M anassés, e to m o u as suas al­
S enhor ; e sabei que o vosso pecado vos há de achar. deias; e cham ou-as H avote-Jair.
24Edificai cidades para as vossas crianças, e c u r­ 42E foi N obá, e to m o u a Q uenate com as suas al­
rais para as vossas ovelhas; e fazei o que saiu da vos­ deias; e ch a m o u -a N obá, segundo o seu próprio
sa boca. nom e.
2,Então falaram os filhos de Gade, e os filhos de Rú-
ben a Moisés, dizendo: C om o ordena m eu senhor, A s jornadas desde o Egito até M oabe
assim farão teus servos. ESTAS são as jornadas dos filhos de Israel,
26As nossas crianças, as nossas m ulheres, o nosso q u e saíram da terra do Egito, segundo os
gado, e todos os nossos anim ais estarão aí nas cida­ seus exércitos, sob a direção de M oisés e Arão.
des de Gileade. 2E escreveu M oisés as suas saídas, segundo as suas
27M as os teus servos passarão, cada um arm ado jornadas, conform e ao m andado do S en h o r ; e estas
para a guerra, a pelejar perante o S en h o r , com o tem são as suas jornadas, segundo as suas saídas.
falado o m eu senhor. 3P artiram , pois, de Ramessés no prim eiro mês, no
28E ntão Moisés deu ordem acerca deles a Eleazar, o dia quinze do prim eiro mês; no dia seguinte da pás­

182
NÚMEROS 33

coa saíram os filhos de Israel po r alta m ão, aos olhos 22E p artiram de Rissa, e acam param -se em Q ue-
de todos os egípcios, elata.
^Enquanto os egípcios enterravam os que o S enhor 23E p artira m de Q ueelata, e acam param -se no
tinha ferido entre eles, a todo o prim ogênito, e ha­ m onte de Séfer.
vendo o S en h o r executado juízos tam bém contra 24E partiram do m o n te de Séfer, e acam param -se
os seus deuses. em H arada.
'P artiram , pois, o^ filhos de Israel de Ramessés, e 25E p artiram de H arada, e acam param -se em Ma-
acam param -se em Sucote. quelote.
"E p artiram de Sucote, e acam param -se em Etã, 26E p artiram de M aquelote, e acam param -se em
que está no fim do deserto. Taate.
:E p artiram de Etã, e voltaram a Pi-H airote, que 27E partiram de Taate, e acam param -se em Tara.
está defronte de Baal-Zefom, e acam param -se dian­ 28E p artiram de Tara, e acam param -se em Mitca.
te deM igdol. 29E partiram de M itca, e acam param -se em Has-
8E partiram de Pi-H airote, e passaram pelo meio m ona.
do m ar ao deserto, e andaram cam inho de três dias 30E p artiram de H asm o n a, e acam param -se em
no deserto de Etã, e acam param -se em M ara. M oserote.
9E p artiram de M ara, e vieram a Elim, e em Elim 31E p artira m de M oserote, e acam param -se em
havia doze fontes de águas e setenta palm eiras, e Bene-Jaacã.
acam param -se ali. 32E p artiram de Bene-Jaacã, e acam param -se em
10E p artiram de Elim , e acam param -se ju n to ao H or-H agidgade.
M ar Vermelho. 33E partiram de H or-H agidgade, e acam param -
"E partiram do M ar V erm elho, e acam param -se se em Jotbatá.
no deserto de Sim. 34E p a rtira m de Jo tb atá, e acam p aram -se em
I2E partiram do deserto de Sim, e acam param -se A brona.
em Dofca. 3,E p artiram de A brona, e acam param -se em
UE p artiram de Dofca, e acam param -se em Alus. Ezion-Geber.
ME p artiram de Alus, e acam param -se em Refi- 36E p artiram de Ezion-G eber, e acam param -se no
dim ; porém não havia ali água, para que o povo be­ deserto de Zim , que é Cades.
besse. ,7E p artiram de Cades, e acam param -se no m onte
l5Partiram , pois, de Refidim, e acam param -se no H or, no fim da terra de Edom .
deserto de Sinai. 38E ntão Arão, o sacerdote, su b iu ao m o n te H or,
16E partiram do deserto de Sinai, e acam param -se conform e ao m an d ad o do S e n h o r ; e m o rre u ali no
em Q uibrote-Taavá. q u in to m ês do an o quadragésim o da saída dos fi­
I7E partiram de Q uibrote-T aavá, e acam param -se lhos de Israel da te rra do E gito, no p rim e iro dia
em H azerote. do mês.
'"E p artiram de H azerote, e acam param -se em 39E era A rão da idade de cento e vinte e três anos,
Ritmá. q uando m o rreu no m o n te H or.
I9E p artiram de R itm á, e acam param -se em Ri- 40E ouviu o cananeu, rei de H arade, que h ab ita­
m om -Perez. va o sul n a terra de C anaã, que chegavam os filhos
20E p artiram de R im om -Perez, e acam param -se de Israel.
em Libna. 41E partiram do m o n te H or, e acam param -se em
2IE p artiram de Libna, e acam param -se em Rissa. Zalm ona.

Então Aréo, o sacerdote, subiu ao monte Hor [...] e morreu ali dilheiraem que se localizava o Monte Sinai. Nos textos apontados
(33.38) pelos céticos, os locais são mencionados como se estivessem
próximos uns dos outros, ainda que seguindo uma ordem dife­
Ceticismo. Confronta este texto com Deuteronômio 10.6
rente. Em dois deles consta a presença de água e, provavelmen­
para afirmar contradição bíblica quanto ao locai do faleci­
te, foram visitados mais de uma vez. Beerote significa “poço". Mo­
mento de Arão.
será, ‘ castigo’ , logo é verossímil que lhe tenham atribuído este
__ p RESPOSTA APOLOGÉTICA: Moserá era um lugar no dis- nome pelo fato de Arão ter morrido ali.
*=■ trito do Monte Hor, assim como Horebe era o nome da cor-

183
NÚMEROS 33,34

42E p a rtira m de Z alm ona, e acam p aram -se em ’O lado do sul vos será desde o deserto de Zim até
Punom . aos term os de Edom; e o term o do sul vos será des­
43E p a rtira m de P u n o m , e acam p aram -se em de a extrem idade do M ar Salgado para o lado do
O bote. oriente.
44E p artira m de O bote, e acam param -se em Ije- 4E este lim ite vos irá rodeando do sul para a subida
A barim , no term o de M oabe. de Acrabim, e passará até Zim ; e as suas saídas se­
4,E p artiram de Ije-A barim , e acam param -se em rão do sul a Cades-Barnéia; e sairá a H azar-A dar, e
D ibom -G ade. passará a Azmom ;
46E p artiram de D ibom -G ade, e acam param -se em ’Rodeará m ais este lim ite de A zm om até ao rio do
A lm om -D iblataim . Egito; e as suas saídas serão para o lado do m ar.
47E p artiram de A lm om -D iblataim , e acam param - 6Q u an to ao lim ite do ocidente, o M ar G rande vos
se nos m ontes de A barim , defronte de N ebo. será p o r limite; este vos será o lim ite do ocidente.
4IÍE p artira m dos m ontes de A barim , e acam pa­ 7E este vos será o term o do norte: desde o M ar
ram -se nas cam pinas de M oabe, ju n to ao Jordão, na G rande m arcareis até ao m onte H or.
direção de Jericó. 8D esde o m o n te H o r m arcareis até à en tra d a de
4<*E acam param -se ju n to ao Jordão, desde Bete-Je- H am ate; e as saídas deste term o serão até Zedade.
sim ote até Abel-Sitim, nas cam pinas de M oabe. 9E este lim ite seguirá até Zifrom , e as suas saídas se­
rão em H azar-Enã; este vos será o term o do norte.
D eus m anda lançar fora os ‘°E p o r lim ite do lado do oriente m arcareis de H a-
m oradores de C anaã zar-Enã até Sefã.
,UE falou o S enhor a Moisés, nas cam pinas de M oa­ " E este lim ite descerá desde Sefã até Ribla, para o
be ju n to ao Jordão na direção de Jericó, dizendo: lado do oriente de Aim; depois descerá este term o,
5'Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q u ando e irá ao longo da b orda do m ar de Q uinerete para o
houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, lado do oriente.
,2Lançareis fora to d o s os m oradores da te rra de 12Descerá tam bém este lim ite ao longo do Jordão,
diante de vós, e destruireis todas as suas pinturas; e as suas saídas serão no M ar Salgado; esta vos será
tam bém destruireis todas as suas im agens de fundi­ a terra, segundo os seus lim ites ao redor.
ção, e desfareis todos os seus altos; I3E M oisés deu o rd em aos filhos de Israel, dizen­
55E to m a reis a te rra em possessão, e nela h ab i­ do: Esta é a terra que herdareis p o r sorte, a qual o Se­
tareis; p o rq u a n to vos ten h o dado esta terra, para n h o r m an d o u d ar às nove tribos e à m eia tribo.

possuí-la. ' 4P orque a tribo dos filhos dos rubenitas, segundo


54E p o r sortes herdareis a terra, segundo as vossas a casa de seus pais, e a trib o dos filhos dos gaditas,
famílias; aos m uitos m ultiplicareis a herança, e aos segundo a casa de seus pais, já receberam ; tam bém a
poucos dim inuireis a herança; conform e a sorte sair m eia tribo de M anassés recebeu a sua herança.
a alguém, ali a possuirá; segundo as tribos de vossos lsJá duas tribos e m eia tribo receberam a sua h e­
pais recebereis as heranças. rança aquém do Jordão, na direção de Jericó, do lado
” Mas se não lançardes fora os m oradores da terra do oriente, ao nascente.
de diante de vós, então os que deixardes ficar vos se­
rão p o r espinhos nos vossos olhos, e p o r aguilhões Os h o m en s q u e d evem d iv id ir a terra
nas vossas virilhas, e apertar-vos-ão na terra em que 16Falou m ais o S enhor a Moisés, dizendo:
habitardes, |7Estes são os nom es dos hom ens que vos reparti­
’''E será que farei a vós com o pensei fazer-lhes a rão a terra p o r herança: Eleazar, o sacerdote, e Jo­
eles. sué, filho de N um .
'“T om areis m ais de cada trib o um príncipe, para
Os lim ites da terra repartir a terra em herança.
FALOU m ais o S enhor a Moisés, dizendo: '^E estes são os n o m es dos hom ens: D a trib o de
2Dá o rdem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Judá, Calebe, filho de Jefoné;
Q u an d o entrardes na terra de Canaã, esta há de ser 20E, da trib o dos filhos de Simeão, Sam uel, filho
a terra que vos cairá em herança; a terra de Canaã, de A m iúde;
segundo os seus term os. 2‘Da tribo de Benjamim, Elidade, filho de Quislom;

184
NÜMEROS 34,35

22E, da tribo dos filhos de Dã, o príncipe Buqui, fi­ l0Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Q uando pas­
lho de Jogli; sardes o Jordão à terra de Canaã,
23Dos filhos de José, da tribo dos filhos de M anas- 11 Fazei com que vos estejam à m ão cidades que vos
sés, o príncipe H aniel, filho de Éfode; sirvam de cidades de refúgio, para que ali se acolha o
24E, da tribo dos filhos de Efraim, o principe Que- hom icida que ferir a algum a alm a p o r engano.
muel, filho de Siftä; I2E estas cidades vos serão p o r refúgio do vingador
2,E, da tribo dos filhos de Zebulom , o principe Eli- do sangue; para que o hom icida não m orra, até que
zafã, filho de Parnaque; seja apresentado à congregação para julgam ento.
26E, da tribo dos filhos de Issacar, o principe Pal- ,3E das cidades que derdes haverá seis cidades de
tiel, filho de Aza; refúgio para vós.
27E, da tribo dos filhos de Aser, o príncipe Aiüde, 14Três destas cidades dareis além do Jordão, e três
filho de Selomi; destas cidades dareis na terra de Canaã; cidades de
28E, da tribo dos filhos de Naftali, o principe Peda- refúgio serão.
el, filho de Amiúde. l5Serão p o r refugio estas seis cidades p ara os filhos
29Estes são aqueles a quem o S enhor ordenou, que de Israel, e para o estrangeiro, e para o que se hos­
repartissem as heranças aos filhos de Israel na te r­ pedar n o m eio deles, para que ali se acolha aquele
ra de Canaã. que m atar a alguém p o r engano.
l6Porém , se o ferir com instrum ento de ferro e m o r­
As cidades dos levitas rer, hom icida é; certam ente o hom icida m orrerá.
E FALOU o S en h or a M oisés nas cam pi­ l7O u, se lhe ferir com um a pedrada, de que possa
nas de M oabe, ju n to ao Jordão na direção m orrer, e m o rrer, hom icida é; certam ente o h o m i­
de Jericó, dizendo: cida m orrerá.
2Dá ordem aos filhos de Israel que, da herança da sua l8O u, se o ferir com in stru m e n to de pau que ti­
possessão, dêem cidades aos levitas, em que habitem; e ver na m ão, de que possa m o rrer, e ele m orrer, h o ­
tambétn aos levitas dareis arrabaldes ao redor delas. m icida é; certam ente m o rrerá o hom icida.
3E terão estas cidades para habitá-las; porém os l90 vingador do sangue m atará o hom icida; en ­
seus arrabaldes serão para o seu gado, e para os seus contran d o -o , m atá-lo-á.
bens, e para todos os seus anim ais. 20Se tam bém o em p u rrar com ódio, o u com m au
4E os arrabaldes das cidades, que dareis aos levitas, intento lançar co n tra ele alguma coisa, e m orrer;
desde o m uro da cidade para fora, serão de mil cô- 2I0 u p o r inim izade o ferir com a sua m ão, e m o r­
vados em redor. rer, certam ente m orrerá aquele que o ferir; hom icida
5E de fora da cidade, do lado do oriente, m edireis é; o vingador do sangue, encontrando o hom icida, o
dois mil côvados, e do lado do sul, dois m il côvados, matará.
e do lado do ocidente dois m il côvados, e do lado do 22Porém , se o em p u rrar subitam ente, sem in im i­
norte dois m il côvados, e a cidade no meio; isto te­ zade, ou co n tra ele lançar algum in stru m en to sem
rão p o r arrabaldes das cidades. intenção;
6Das cidades, pois, que dareis aos levitas, haverá 2,O u, sobre ele deixar cair algum a pedra sem o ver,
seis cidades de refugio, as quais dareis para que o de que possa m orrer, e ele m o rrer, sem que fosse seu
hom icida ali se acolha; e, além destas, lhes dareis inim igo nem procurasse o seu mal;
quarenta e duas cidades. 24Então a congregação julgará entre aquele que fe­
7Todas as cidades que dareis aos levitas serão quaren­ riu e o vingador do sangue, segundo estas leis.
ta e oito cidades, juntam ente com os seus arrabaldes. 2,E a congregação livrará o hom icida d a m ão do
8E q u an to às cidades que derdes da herança dos vingador do sangue, e a congregação o fará voltar à
filhos de Israel, do que tiver m uito tom areis m u i­ cidade do seu refúgio, o n d e se tin h a acolhido; e ali
to, e do que tiver pouco tom areis pouco; cada um ficará até à m o rte do sum o sacerdote, a quem ungi­
dará das suas cidades aos levitas, segundo a heran­ ram com o santo óleo.
ça que herdar. “ P orém , se de algum a m an eira o h o m icid a sair
dos lim ites d a cid ad e de refú g io , o n d e se tin h a
Seis cidades de refúgio acolhido,
''Falou mais o S enhor a Moisés, dizendo: 27E o vingador do sangue o achar fora dos limites

185
NÚMEROS 35,36

da cidade de seu refugio, e o m atar, não será culpa­ 3E, casando-se elas com alguns dos filhos das ou­
do do sangue. tras tribos dos filhos de Israel, então a sua herança
2sPois o hom icida deverá ficar na cidade do seu re­ será dim inuída da herança de nossos pais, e acres­
fugio, até à m orte do sum o sacerdote; mas, depois centada à herança da trib o a que vierem a pertencer;
da m o rte do sum o sacerdote, o hom icida voltará à assim se tirará da sorte da nossa herança.
terra da sua possessão. 4 V indo tam bém o ano do jubileu dos filhos de Isra­
29E estas coisas vos serão p or estatuto de direito às el, a sua herança será acrescentada à herança da tri­
vossas gerações, em todas as vossas habitações. bo daqueles com que se casarem; assim a sua h era n ­
30T odo aquele que m atar algum a pessoa, confor­ ça será tirada da herança da tribo de nossos pais.
m e dep o im ento de testem unhas, será m orto; mas 5Então Moisés deu ordem aos filhos de Israel, se­
u m a só testem u n h a não testem u n h ará co n tra al­ gundo o m andado do S en h o r , dizendo: A trib o dos
guém , para que m orra. filhos de José fala o que é justo.
3IE não recebereis resgate pela vida do hom icida 6Isto é o que o S en h o r m a n d o u acerca das filhas
que é culpado de m orte; pois certam ente m orrerá. de Zelofeade, dizendo: Sejam p o r m ulheres a quem
32T am bém não tom areis resgate por aquele que se bem parecer aos seus olhos, co n tan to que se casem
acolher à sua cidade de refugio, para to rn ar a habi­ na família da trib o de seu pai.
tar na terra, até à m orte do sumo sacerdote. ’Assim a herança dos filhos de Israel não passará
33Assim não profanareis a terra em que estais; p o r­ de tribo em tribo; pois os filhos de Israel se chegarão
que o sangue faz profanar a terra; e nen h u m a expia­ cada um à herança da tribo de seus pais.
ção se fará pela terra p o r causa do sangue que nela 8E qualquer filha que herdar alguma herança das
se d erram ar, senão com o sangue daquele que o tribos dos filhos de Israel se casará com alguém da
derram ou. fam ília da tribo de seu pai; para que os filhos de Is­
34N ão contam inareis pois a terra na qual vós habi­ rael possuam cada um a herança de seus pais.
tais, no m eio da qual eu habito; pois eu, o S en h or , 9 Assim a herança não passará de um a trib o a outra;
habito no m eio dos filhos de Israel. pois as tribos dos filhos de Israel se chegarão cada
um a à sua herança.
O s casam entos das herdeiras ll'C om o o S en h or ord en ara a M oisés, assim fize­
E CHEGARAM os chefes dos pais da fa­ ram as filhas de Zelofeade.
m ília de Gileade, filho de M aquir, filho de "P o is M aalá, Tirza, Hogla, Milca e N oa, filhas de
M anassés, das famílias dos filhos de José, e falaram Zelofeade, se casaram com os filhos de seus tios.
d iante de Moisés, e diante dos príncipes, chefes dos I2E elas casaram -se nas famílias dos filhos de M a­
pais dos filhos de Israel, nassés, filho de José; assim a sua h erança ficou na
2E disseram : O S enhor m andou a m eu senhor que, tribo da família de seu pai.
p o r sorte, desse esta terra em herança aos filhos de 13Estes são os m and am en to s e os juízos que m an -
Israel; e a m eu senhor foi o rdenado pelo S en h o r , dou o S enhor através de M oisés aos filhos de Isra­
qu e a h erança do nosso irm ão Zelofeade se desse el nas cam pinas de M oabe, ju n to ao Jordão, na di­
às suas filhas. reção de Jericó.

186
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Deuteronômio
TItulo
D euteronôm io significa “segunda lei”, do grego deutero, “segunda”, e nomos, “lei”. Tem este n o m e p o r­
que é a reapresentação da Lei para a nova geração. A prim eira havia m o rrid o no deserto e a segunda estava
se preparando para en tra r em Canaã. Daí a necessidade da repetição da Lei. N o hebraico, com o nos dem ais
livros, o nom e deriva da palavra inicial do livro, debaritn, isto é, “palavras”.
A utoria e data
O p ró prio Moisés testem unha a autoria do livro (1.1 -5; 31.22), m as devemos excetuar o últim o capítulo
(34), cujo conteúdo narra sua m orte. H á grande consenso em atrib u ir estas últim as palavras a Josué, seu
substituto. Foi escrito, aproxim adam ente, em 1405 a.C.

A ssunto
D euteronôm io é um a retom ada ao passado, um a retrospectiva da história de Israel, além de um a espé­
cie de renovação da lei, que é repetida para as novas gerações. Moisés, neste livro, expõe tam bém profecias,
que vão desde seus dias até o retorno final de Israel à Palestina e sua exaltação.
É o livro dos discursos finais de Moisés nas planícies de M oabe, do lado oposto da Palestina, um pouco
antes de sua m orte. A beleza poética desses serm ões é im pressionante. O livro retrata o am o r de D eus de
form a mais viva do que nos dem ais livros mosaicos.

Ê nfase apologética
Foi um dos livros de Moisés m ais atacados pela alta crítica, m as tam bém o m ais lem brado no Novo
Testamento. £ m encionado m ais de oitenta vezes nos escritos neotestam entários e citado p o r C risto mais
do que qualquer outro livro do Antigo Testamento. Algumas de suas passagens são clássicas, com o é o caso
de D euteronôm io 6.4,5, de onde Jesus extraiu um dos dois m aiores m andam entos.
Sua força profética é im pressionante. D euteronôm io 28 se cu m p riu diversas vezes e em m uitos sentidos
na história de Israel, assim com o o capítulo 30.
C ontém passagens im portantes q uanto à rejeição de práticas ocultistas e artes “divinatórias em geral”
(18.9-14). Em bora alguns insistam em sugerir que tais adm oestações tratava-se apenas de questões cu ltu ­
rais, elas foram repetidas p osteriorm ente com o algo explicitam ente condenável p o r Deus (Is 8.19).
O texto referente ao grande profeta que haveria de se levantar no m eio de Israel (18.15-19), em bora
seja um a clara referência ao Messias, cum prida na pessoa bendita de Jesus (At 3.22-26), é em pregado er­
roneam ente por m uçulm anos com o sendo um a referência a M aom é.
O QUINTO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO

DEUTERONÔMIO
O discurso de M oisés na ■planície do Jordão sábios e experim entados, e os tenho posto p o r cabe­
ESTAS são as palavras que M oisés falou a todo ças sobre vós, p o r capitães de milhares, e p o r capi­
1 o Israel além do Jordão, n o deserto, n a p laní­
cie defronte do M ar Vermelho, entre Parã e T ôfel, e
tães de cem, e p o r capitães de cinqüenta, e p o r capi­
tães de dez, e p o r governadores das vossas tribos.
Labã, e H azerote, e Di-Zaabe. I6E no m esm o tem p o m andei a vossos juizes, d i­
■Onze jornadas há desde H orebe, cam inho do zendo: O uvi a causa en tre vossos irm ãos, e julgai
m onte Seir, até Cades-Barnéia. justam ente entre o ho m em e seu irm ão, e entre o es­
’E sucedeu que, no ano quadragésim o, n o mês u n ­ trangeiro que está com ele.
décim o, no prim eiro dia do mês, Moisés falou aos l7N ão discrim inareis as pessoas em juízo; ouvireis
filhos de Israel, conform e a tu d o o que o S enhor lhe
assim o pequeno com o o grande; não tem ereis a face
m andara acerca deles.
de ninguém , p orque o juízo é de Deus; porém a cau­
4Depois que feriu a Siom, rei dos am orreus, que ha­
sa que vos for difícil fareis vir a m im , e eu a ouvirei.
bitava em H esbom , e a Ogue, rei de Basã, que habi­
18Assim naquele tem po vos ordenei todas as coisas
tava em Astarote, em Edrei.
que havíeis de fazer.
’Além do Jordão, na te rra de M oabe, com eçou
Moisés a declarar esta lei, dizendo: l9E ntão p artim o s de H orebe, e cam inham os p o r
60 S enhor nosso D eus nos falou em H orebe, d i­ todo aquele grande e trem endo deserto que vistes,
zendo: Assaz vos haveis dem orado neste m onte. pelo cam inho das m o ntanhas dos am orreus, com o
7Voltai-vos, e parti, e ide à m ontanha dos am orreus, o S en h o r nosso D eus nos ordenara; e chegam os a
e a todos os seus vizinhos, à planície, e à m ontanha, e Cades-Barnéia.
ao vale, e ao sul, e à m argem do m ar; à terra dos cana- 20Então eu vos disse: Chegados sois às m ontanhas
neus, e ao Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates. dos am orreus, que o S enhor nosso D eus nos dá.
sEis que tenho posto esta terra diante de vós; en ­ 2'Eis aqui o S en h or teu Deus tem posto esta terra
trai e possuí a te rra que o S en h or ju ro u a vossos pais, diante de ti; sobe, tom a posse dela, com o te falou o S e­
Abraão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e à sua des­ n h o r Deus de teus pais; não temas, e não te assustes.
cendência depois deles. “ E ntão todos vós chegastes a m im , e dissestes:
9E no m esm o tem po eu vos falei, dizendo: Eu sozi­ M andem os hom ens adiante de nós, para que nos es­
nho não poderei levar-vos. piem a terra e, de volta, nos ensinem o cam inho pelo
l0O S enhor vosso Deus já vos tem multiplicado; e eis
qual devem os subir, e as cidades a que devem os ir.
que em m ultidão sois hoje com o as estrelas do céu.
23Isto m e pareceu bem ; de m odo que de vós tom ei
110 S enhor Deus de vossos pais vos aum ente, ain­
doze hom ens, de cada trib o u m hom em .
da mil vezes m ais do que sois; e vos abençoe, com o
24E foram -se, e subiram à m o n tan h a, e chegaram
vos tem falado.
até ao vale de Escol, e o espiaram .
12C om o suportaria eu sozinho os vossos fardos, e
as vossas cargas, e as vossas contendas? 2’E to m aram do fruto da terra nas suas m ãos, e no-
"Tom ai-vos hom ens sábios e entendidos, experi­ lo trou x eram e nos in form aram , dizendo: Boa é a
m entados entre as vossas tribos, para que os ponha terra que nos dá o S enhor nosso Deus.
p o r chefes sobre vós. 26Porém vós não quisestes subir; m as fostes rebel­
l4Então vós m e respondestes, e dissestes: Bom é fa­ des ao m and ad o do S en h o r nosso Deus.
zer o que tens falado. 27E m u rm u rastes nas vossas tendas, e dissestes:
1’Tomei, pois, os chefes de vossas tribos, hom ens P orqu an to o S en h o r n o s odeia, nos tiro u da terra

188
DEUTERONÔMIO 1,2

do Egito para nos entregar nas m ãos dos am orreus, 44E os am orreus, qu e habitavam naquela m o n ta ­
para destruir-nos. nha, vos saíram ao en co n tro ; e perseguiram -vos
28Para onde subirem os? Nossos irm ãos fizeram com o fazem as abelhas e vos d erro taram desde Seir
com que se derretesse o nosso coração, dizendo: até H orm á.
M aior e m ais alto é este povo do que nós, as cidades 4,Tom ando, pois, vós, e chorando perante o S enhor ,
são grandes e fortificadas até aos céus; e tam bém vi­ o Senhor não ouviu a vossa voz, nem vos escutou.
m os ali filhos dos gigantes. 46Assim perm anecestes m uitos dias em Cades, pois
“ Então eu vos disse: N ão vos espanteis, nem os te­ ali vos dem orastes m uito.
mais.
,0O S enhor vosso D eus que vai adiante de vós, ele O s edom itas, m oabitas e am oniias
pelejará p o r vós, conform e a tu d o o que fez convos­ DEPOIS v iram o -n o s, e cam inham os ao d e­
co, diante de vossos olhos, no Egito;
3'C o m o tam bém no deserto, onde vistes que o Se­
2 serto, cam inho do M ar Vermelho, com o o Se­
n h o r m e tin h a dito, e m uitos dias rodeam os o m o n ­
n ho r vosso Deus nele vos levou, com o um hom em te Seir.
leva seu filho, p o r todo o cam inho que andastes, até 2E ntão o S en h or m e falou, dizendo:
chegardes a este lugar. 3Tendes rodeado b astan te esta m o n tan h a; virai-
32Mas nem por isso crestes no S en h or vosso Deus, vos para o norte.
33Q ue foi adiante de vós p o r todo o cam inho, para 4E dá ord em ao povo, dizendo: Passareis pelos ter­
vos achar o lugar on d e vós deveríeis acam par; de m os de vossos irm ãos, os filhos de Esaú, que h ab i­
noite no fogo, para vos m o strar o cam inho por onde tam em Seir; e eles terão m edo de vós; p o rém guar­
havíeis de andar, e de dia na nuvem . dai-vos bem.
34O uvindo, pois, o S en h o r a voz das vossas pala­ 5N ão vos envolvais com eles, p o rq u e não vos d a­
vras, indignou-se, e juro u , dizendo: rei da sua terra nem ainda a pisada da p lanta de um
35N enhum dos hom ens desta m aligna geração verá pé; p o rq u an to a Esaú tenho d ado o m o n te Seir por
esta boa terra que jurei dar a vossos pais. herança.
“ Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra 6C om prareis deles, p o r dinheiro, com ida para co­
que pisou darei a ele e a seus filhos; porquanto per­ m erdes; e tam bém água p ara beber deles co m p ra­
severou em seguir ao S enhor . reis p o r dinheiro.
37Tam bém o S enhor se indignou contra m im por 7Pois o S en h o r teu D eus te ab en ço o u em to d a a
causa de vós, dizendo: Tam bém tu lá não entrarás. o b ra das tuas m ãos; ele sabe qu e andas p o r este
,8Josué, filho de N um , que está diante de ti, ele ali en­ g rand e deserto; estes q u aren ta anos o S en h o r teu
trará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel. Deus esteve contigo, coisa n en h u m a te faltou.
39E vossos m eninos, de quem dissestes: Por presa 8Passando, pois, p o r nossos irm ãos, os filhos de
serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem nem Esaú, que habitavam em Seir, desde o cam inho da
o bem nem o mal, eles ali entrarão, e a eles a darei, e planície de Elate e de Eziom -G eber, nos viram os e
eles a possuirão. passam os o cam inho d o deserto de M oabe.
■"'Porém vós virai-vos, e parti para o deserto, pelo 9E ntão o S en h o r m e disse: N ão m olestes aos de
cam inho do M ar Vermelho. M oabe, e n ão contendas com eles em peleja, p o r­
4'E n tão respondestes, e m e dissestes: Pecam os que não te darei herança da sua terra; p o rq u an to te­
co n tra o S en h o r ; nós subirem os e pelejarem os, nho dado a A r por herança aos filhos de Ló.
conform e a tu d o o que nos ord en o u o S enhor nos­ l0(Os em ins dantes habitaram nela; um povo g ran ­
so Deus. E armastes-vos, cada um de vós, dos seus de e num eroso, e alto com o os gigantes.
instrum entos de guerra, e estivestes prestes para su­ "T am b ém estes fo ram considerados gigantes
b ir à m ontanha. com o os anaquins; e os m oabitas os cham avam
42E disse-m e o S en h o r : Dize-lhes: N ão subais nem emins.
pelejeis, pois não estou no m eio de vós; para que não l2O u tro ra os horeus tam b ém h ab itaram em Seir;
sejais feridos diante de vossos inimigos. porém os filhos de Esaú os lançaram fora, e os des­
43Porém, falando-vos eu, não ouvistes; antes fostes tru íram de diante de si, e hab itaram no seu lugar, as­
rebeldes ao m andado do S enhor , e vos ensoberbe­ sim com o Israel fez à terra da sua herança, que o S e­
cestes, e subistes à m ontanha. n h o r lhes tin h a dado).

189
DEUTERONÔMIO 2,3

,3Levantai-vos agora, e passai o ribeiro de Zerede. até que eu passe o Jordão, à terra que o S en h or no s­
Assim passam os o ribeiro de Zerede. so Deus nos há de dar.
NE os dias que cam inham os, desde Cades-Barnéia ,0Mas Siom, rei de H esbom , não nos quis deixar
até que passam os o ribeiro de Zerede, foram trin ta e passar p o r sua terra, p o rq u an to o S enhor teu D eus
oito anos, até que toda aquela geração dos hom ens endurecera o seu espírito, e fizera obstinado o seu
de guerra se consum iu do m eio do arraial, com o o coração para to dar n a tu a mão, com o hoje se vê.
S en h or lhes jurara. 31E o S enhor m e disse: Eis aqui, tenho com eçado a
‘’Assim tam bém foi contra eles a m ão do S enhor , dar-te Siom, e a sua terra; começa, pois, a possuí-/«
para os d estruir do m eio do arraial até os haver con­ p ara que herdes a sua terra.
sum ido. 32E Siom saiu -n o s ao encontro, ele e to d o o seu
' AE sucedeu que, sendo já consum idos todos os h o ­ povo, à peleja, em Jaza;
m ens de guerra, pela m orte, do m eio do povo, 33E o S enhor nosso D eus no-lo entregou, e o feri­
l70 S enhor m e f a lo u , d iz e n d o : m os a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo.
1“H oje passarás a Ar, pelos term os de M oabe; 34E naquele tem p o tom am os todas as suas cidades,
l9E chegando até defronte dos filhos de A m om , não e cada u m a destruím os com os seus hom ens, m u ­
os molestes, e com eles não contendas; porque da lheres e crianças; não deixam os a ninguém .
terra dos filhos de A m om não te darei herança, p o r­ 35Som ente tom am o s p o r presa o gado p ara nós, e o
q u anto aos filhos de Ló a ten h o dado por herança. despojo das cidades que tínham os tom ado.
20(Tam bém essa foi considerada terra de gigantes; 36D esde A roer, q u e está à m arg em do rib eiro de
antes nela habitavam gigantes, e os am onitas os cha­ A rnom , e a cid ad e q ue está ju n to ao rib eiro , até
m avam zam zum ins; G ileade, n e n h u m a cid ad e h o u v e qu e de n ó s es­
2'U m povo grande, e numeroso, e alto, com o os gi­ capasse; tu d o isto o S en h o r n o sso D eus nos e n ­
gantes; e o S enhor os destruiu de diante dos amonitas, tregou.
e estes os lançaram fora, e habitaram no seu lugar; 37Som ente à terra dos filhos de A m om n ão ch e­
22 Assim com o fez com os filhos de Esaú, que habi­ gastes; nem a to d a a m argem do ribeiro de Jaboque,
tavam em Seir, de diante dos quais destruiu os ho- nem às cidades da m o ntanha, nem a coisa algum a
reus, e eles os lançaram fora, e habitaram no lugar que nos proibira o S enhor nosso Deus.
deles até este dia;
2,Tam bém os caftorins, que saíram de Caftor, des­ O gue, rei de Basã
tru íram os aveus, que habitavam em C azerim até DEPOIS nos viram os e subim os o cam inho de
Gaza, e habitaram n o lugar deles). 3
Basã; e Ogue, rei de Basã, nos saiu ao encontro,
24Levantai-vos, parti e passai o ribeiro de A rnom ; ele e to d o o seu povo, à peleja em Edrei.
eis aqui na tua m ão tenho dado a Siom, am orreu, rei 2Então o S enhor m e disse: N ão o tem as, p o rq u e a
de H esbom , e a sua terra; com eça a possuí-la, e co n ­ ele e a to d o o seu povo, e a sua terra, tenho dado na
tende com eles em peleja. tu a m ão; e far-lhe-ás com o fizeste a Siom , rei dos
25Neste dia com eçarei a p ô r um te rro r e um m edo am orreus, que habitava em H esbom .
de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o 3E tam b ém o S en h or nosso Deus nos deu na n o s­
céu; os que ouvirem a tu a fam a trem erão diante de sa m ão a O gue, rei de Basã, e a to d o o seu povo; de
ti e se angustiarão. m aneira que o ferim os até que não lhe ficou sobre­
26E ntão m andei m ensageiros desde o deserto de vivente algum.
Q uedem ote a Siom, rei de H esbom , com palavras 4E naquele tem po tom am os todas as suas cidades;
de paz, dizendo: nen h u m a cidade houve que lhes não tomássemos;
27Deixa-m e passar pela tua terra; som ente pela es­ sessenta cidades, to d a a região de Argobe, o reino
trada irei; não m e desviarei para a direita nem para de O gue em Basã.
a esquerda. 5Todas estas cidades eram fortificadas com altos
28A comida, para que eu com a, vender-m e-ás por m uros, portas e ferrolhos; e m uitas o utras cidades
dinheiro, e dar-m e-ás p o r dinheiro a água para que sem m uros.
eu beba; tão-som ente deixa-m e passar a pé; 6E destruím o-las com o fizemos a Siom, rei de Hes­
2,C om o fizeram com igo os filhos de Esaú, que h a­ bom , d estru in d o todas as cidades, hom ens, m ulhe­
b itam em Seir, e os m oabitas que habitam em Ar; res e crianças.

190
DEUTERONÔMIO 3,4

7Porém todo o gado, e o despojo das cidades, tom a­ 20Até que o Se n h o r dê descanso a vossos irm ãos
m os para nós p o r presa. com o a vós; p ara que eles herdem tam b ém a te r­
8 Assim naquele tem po tom am os a terra das m ãos ra que o Se n h o r vosso D eus lhes há de dar além do
daqueles dois reis dos am orreus, que estavam além Jordão; então voltareis cada qual à sua herança que
do Jordão; desde o rio de A rnom , até ao m onte de já vos tenho dado.
H erm om 2 'Tam bém dei ordem a Josué n o m esm o tem po, di­
9(A H erm om os sidônios cham am Siriom ; porém zendo: Os teus olhos têm visto tu d o o que o Se nho r
os am orreus o cham am Senir); vosso Deus tem feito a estes dois reis; assim fará o Se ­
l0Todas as cidades do planalto, e to d o o Gileade, e n h o r a todos os reinos, a que tu passarás.

todo o Basã, até Salcá e Edrei, cidades do reino de 22N ão os temais, p o rq u e o Se n h o r vosso D eus é o
O gue em Basã. que peleja p o r vós.
11 Porque só Ogue, o rei de Basã, restou dos gigan­
tes; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está por­ A oração de M oisés para en tra r em C anaã
ventura em Rabá dos filhos de Amom? D e nove cô- 23T am bém eu pedi graça ao Se n h o r n o m esm o
vados, o seu com prim ento, e de quatro côvados, a tem po, dizendo:
sua largura, pelo côvado com um . 24Senhor D eus!já com eçaste a m o strar ao teu servo
12Tomamos, pois, esta terra em possessão naque­ a tua grandeza e a tu a forte m ão; pois, que Deus há
le tem po: Desde Aroer, que está ju n to ao ribeiro de nos céus e na terra, que possa fazer segundo as tuas
A rnom , e a m etade da m ontanha de Gileade, com as obras, e segundo os teus grandes feitos?
suas cidades, tenho dado aos rubenitas e gaditas. 25Rogo-te que m e deixes passar, para que veja esta
I3E o restante de Gileade, com o tam bém to d o o boa terra que está além do Jordão; esta boa m o n ta­
Basã, o reino de Ogue, dei à m eia trib o de M anas- nha, e o Líbano!
sés; toda aquela região de Argobe, p o r to d o o Basã, “ Porém o Sen h o r indignou-se m u ito co n tra m im
se chamava a terra dos gigantes. p o r causa de vós, e não m e ouviu; antes o Se n h o r m e
l4Jair, filho de Manassés, alcançou toda a região de disse: Basta; não m e fales mais deste assunto;
Argobe, até ao term o dos gesuritas, e m aacatitas, e a 27Sobe ao cum e de Pisga, e levanta os teus olhos ao
cham ou de seu nom e, H avote-Jair até este dia. ocidente, e ao norte, e ao sul, e ao oriente, e vê com os
I5E a M aquir dei Gileade. teus olhos; porque não passarás este Jordão.
l6Mas aos rubenitas e gaditas dei desde Gileade 28M anda, pois, a Josué, e an im a-o, e fortalece-o;
até ao ribeiro de A rnom , cujo m eio serve de lim i­ porque ele passará adiante deste povo, e o fará p o s­
te; e até ao ribeiro de Jaboque, o term o dos filhos suir a terra que verás.
de Am om . 29Assim ficamos neste vale, defronte de Bete-Peor.
l7C om o tam bém a cam pina, e o Jordão po r term o;
desde Q uinerete até ao m ar da cam pina, o M ar Sal­ M oisés exorta o povo à obediência
gado, abaixo de Asdote-Pisga para o oriente. AGORA, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os ju ­
18E n o m esm o tem po vos ordenei, dizendo: O Se­
n h o r vosso D eus vos deu esta terra, para possuí-la;
4 ízos que eu vos ensino, para os cum prirdes; para
que vivais, e entreis, e possuais a terra que o Se nho r
passai, pois, arm ados vós, todos os hom ens valentes, D eus de vossos pais vos dá.
diante de vossos irm ãos, os filhos de Israel. 2N ão acrescentareis à palavra que vos m ando, nem
,9T ão-som ente vossas m ulheres, e vossas crianças, dim inuireis dela, p ara que guardeis os m an d am en ­
e vosso gado (porque eu sei que tendes m uito gado), tos do Se n h o r vosso Deus, que eu vos m ando.
ficarão nas vossas cidades, que já vos tenho dado. 3Os vossos olhos têm visto o que o Se n h o r fez p o r

Nào acrescentareis à palavra que vos mando, RESPOSTA APOLOGÉTICA: Claro está que as palavras de
nem diminuireis dela Deuteronòmio não condenam as revelações adicionais do
(4.2) próprio Deus, antes, proíbem aos homens adicionarem qualquer
coisa de si mesmos à sua Palavra. Ou seja, textos que Deus não
Mormonlsmo. Defende-se desta censura afirmando que. tenha inspirado. Vejamos o que o Senhor ordenou a Jeremias a
seguindo este raciocínio, os próprios cristãos teriam acres­ respeito: "Escreve num livro todas as palavras que te tenho fala­
centado textos àBiblia, poistodooseu restante— outros 61 livros do" (Jr 30.2).
— surgiu após estas palavras. Será que, baseado na referência em estudo, o profeta poderia

191
DEUTERONÔMIO 4

causa de Baal-Peor; pois a todo o ho m em que se­ te; e o m o n te ardia em fogo até ao m eio dos céus, e
guiu a Baal-Peor o S enhor teu Deus consum iu do havia trevas, e nuvens e escuridão;
meio de ti. 12Então o S enhor vos falou do m eio do fogo; a voz
4P orém vós, que vos achegastes ao S en h or vosso das palavras ouvistes; porém , além da voz, não vis­
Deus, hoje todos estais vivos. tes figura alguma.
’Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, 1-’Então vos an u n cio u ele a sua aliança que vos o r­
com o m e m andou o S enhor m eu Deus; para que as­ denou cum prir, os dez m andam entos, e os escreveu
sim façais no m eio da terra a qual ides a herdar. em duas tábuas de pedra.
hG uardai-os pois, e cum pri-os, porque isso será a l4Tam bém o S enhor m e o rd en o u ao m esm o te m ­
vossa sabedoria e o vosso entendim ento perante os po que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os
olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e cum prísseis n a terra a qual passais a possuir.
dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. 1’G uardai, pois, com diligência as vossas alm as,
"Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses
pois n en h u m a figura vistes n o dia em que o S enhor ,
tão chegados com o o S en h or nosso Deus, todas as
em H orebe, falou convosco do m eio do fogo;
vezes que o invocamos?
16Para que não vos corrom pais, e vos façais alguma
*E que nação há tão grande, que tenha estatutos e
im agem esculpida n a form a de qualquer figura, se­
juízos tão justos com o toda esta lei que hoje ponho
m elhança de ho m em ou m ulher;
perante vós?
l7Figura de algum anim al que haja n a terra; figura
'T ão -so m ente guarda-te a ti m esm o, e guarda bem
de algum a ave alada que voa pelos céus;
a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que
os teus olhos têm visto, e não se apartem do teu co­ l8Figura de algum anim al qu e se arrasta sobre a
ração todos os dias da tua vida; e as farás saber a teus terra; figura de algum peixe que esteja nas águas de­
filhos, e aos filhos de teus filhos. baixo da terra;
l0O dia em que estiveste perante o S enhor teu Deus ,9Q ue não levantes os teus olhos aos céus e vejas o
em H orebe, quando o S enhor m e disse: A junta-m e sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e
este povo, e os farei ouvir as m inhas palavras, e sejas im pelido a que te inclines p erante eles, e sirvas
aprendê-las-ão, para m e tem erem todos os dias que àqueles que o S enhor teu Deus rep artiu a to d o s os
na terra viverem, e as ensinarão a seus filhos; povos debaixo de todos os céus.
11E vós vos chegastes, e vos pusestes ao pé do m o n ­ 20Mas o S enhor vos to m o u , e vos tiro u da fornalha

negar-se a escrever? Absolutamente. O erro seria evidenciado dagam por que Deus o teria criado tão estupendo sem que isso
caso o profeta tivesse adicionado suas opiniões àquilo que o Se­ fosse um motivo para pesquisas de exploração por parte da as­
nhor lhe ordenara a escrever. Assim, o texto do Pentateuco não se tronomia edaastrologia. E, baseados nessa teoria, justificam tan­
opõe às revelações posteriores até o fechamento do cânon sagra­ tas especulações.
do, já que temos na própria Bíblia outras declarações semelhan­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A vastidão do Universo não
tes (Pv 30.5.6, Mt 5.18,19).
justifica a prática astrológica. Antes, revela a grandeza do
João, o autor sagrado de Apocalipse, advertiu-nos quanto às
Criador, o que nos leva a adorá-lo de todo o coração: “Amarás o
pessoas que. propositadamente, poderiam alterar o conteúdo e
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e
as idéias do livro por meio de adições ou subtrações. É o caso de
de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande manda­
Joseph Smith, que adulterou a versáo autêntica de Apocalipse 5.6
mento" (Mt 22.37,38). Em Salmos 19.1, encontramos um gran­
— "... e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espiritos de
de motivo para glorificarmos a Deus por sua magnificência: "Os
Deus enviados a toda a terra" — em funçào de sua própria inter­
céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra
pretação. que diz:"... e tinha doze pontas e doze olhos, que são
das suas mãos". Tudo o que Deus criou demonstra a sua so­
os doze servos de Deus enviados a toda a terra”.
berania: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se
Sobreacanonicidadeda Bíblia, lemos: “Porque a profecia nunca
manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas
foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens san­
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder,
tos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2Pe 1.21).
como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pe­
las coisas que estão criadas, para que eles fiquem, inescusá­
Não levantes os teus olhos [...] e vejas o sol, e a lua, e as
veis" (Rm 1.19,20).
estrelas, [...] e sejas impelido a que te Inclines perante eles
Assim, devemos levantar os olhos aos céus apenas para reco­
(4.19)
nhecermos a grandeza e a soberania de Deus e não para buscar­
Astrologia. Algumas pessoas, quando estudam astrono­ mos o conhecimento do futuro, por meio das supostas adivinha­
mia e começam a considerar a grandeza do Universo, in­ ções esotéricas.

192
DEUTERONÔMIO 4

de ferro do Egito, para que lhe sejais po r povo here­ 11 P orquanto o S en h or teu D eus é Deus m isericor­
ditário, com o neste dia se vê. dioso, e não te desam parará, nem te destruirá, nem
2'Tam bém o S enhor se indignou contra m im por se esquecerá da aliança que ju ro u a teus pais.
causa das vossas palavras, e ju ro u que eu não passa­ 32Agora, pois, pergunta aos tem pos passados, que
ria o Jordão, e que não entraria na boa terra que o te precederam desde o dia em que D eus criou o h o ­
S enhor teu Deus te dará p o r herança. m em sobre a terra, desde um a extrem idade d o céu
22P orque eu nesta terra m orrerei, não passarei o até à outra, se sucedeu jam ais coisa tão grande com o
Jordão; p o rém vós o passareis, e possuireis aque­ esta, ou se jam ais se ouviu coisa com o esta?
la boa terra. 330 u se algum povo ouviu a voz de Deus falando do
2 ’G uardai-vos e não vos esqueçais da aliança do S e ­ meio do fogo, com o tu a ouviste, e ficou vivo?
n hor vosso Deus, que tem feito convosco, e não fa­
34O u se Deus intentou ir to m a r para si u m povo do
çais para vós escultura alguma, im agem de alguma m eio de outro povo com provas, com sinais, e com
coisa que o S en h or vosso Deus vos proibiu.
milagres, e com peleja, e com m ão forte, e com bra­
24Porque o S enhor teu D eus é um fogo que conso­
ço estendido, e com grandes espantos, conform e a
me, um Deus zeloso.
tudo q u anto o S en h or vo sso D eus vos fez no Egito
“ Q uando, pois, gerardes filhos, e filhos de filhos,
aos vossos olhos?
e vos envelhecerdes na terra, e vos corrom perdes, e
3SA ti te foi m ostrado para que soubesses que o Se­
fizerdes alguma escultura, sem elhança de algum a
n hor é Deus; n en h u m o u tro há senão ele.
coisa, e fizerdes o que é m au aos olhos do S enhor
36Desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensi­
teu Deus, para o provocar à ira;
nar, e sobre a terra te m o stro u o seu grande fogo, e
26H oje tom o p o r testem unhas co n tra vós o céu e a
ouviste as suas palavras do m eio do fogo.
terra, que certam ente logo perecereis da terra, a qual
passais o Jordão para a possuir; não prolongareis os 37E, p o rq u an to am o u teus pais, e escolheu a sua
vossos dias nela, antes sereis de todo destruídos. descendência depois deles, te tiro u do Egito diante
27E o S enhor v o s e s p a lh a r á e n tr e o s p o v o s, e fica ­ de si, com a sua grande força,
re is p o u c o s e m n ú m e r o e n tr e a s n a ç õ e s à s q u a is o 38Para lançar fora de diante de ti nações m aiores e
S enhor vos c o n d u z irá . m ais poderosas do que tu, para te in tro d u zir e te dar
28E ali servireis a deuses que são obra de m ãos de a sua terra por herança, com o neste dia se vê.
hom ens, m adeira e pedra, que não vêem, nem o u ­ 3‘'P or isso hoje saberás, e refletirás no teu coração,
vem, nem com em , nem cheiram . que só o S en h or é Deus, em cim a no céu e em baixo
2‘'Então dali buscarás ao S en h or teu Deus, e o acha­ n a terra; n en h u m o u tro há.
rás, q u ando o buscares de todo o teu coração e de 40E guardarás os seus estatutos e os seus m a n d a­
toda a tua alma. m entos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti,
“ Q uan do estiverdes em angústia, e todas estas coi­ e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os
sas te alcançarem , então nos últim os dias voltarás dias na terra que o S enhor teu Deus te dá para todo
para o S en h or teu Deus, e ouvirás a sua voz. o sempre.

E ali servireis a deuses [...] que nào vêem, siculo não prejudica a doutrina de que Deus é Espírito e não tem
nem ouvem, nem comem, nem cheiram corpo físico. Deus é Espírito (Jo 4.24), e um espírito não tem carne
(4.28) nem ossos (Lc 24.39). Todavia, mesmo Deus sendo Espirito isso
não o impede de falar, ver ou cheirar (Gn 1.3; 6.5; 8.21), o que. na
Mormonlsmo. Declara que o Deus dos cristãos é um deus
teologia, é denominado de antropomorfismo.
falso, pois não come, não vê, não ouve e não cheira, ao con­
Além disso. Deus nào é um homem exaltado, pois Ele não é ho­
trário do deus dos mórmons, que é um homem exaltado, com um
mem (Nm 23.19; Os 11.9). Antes, é Deus de eternidade a eterni­
corpo de carne e ossos, portanto, come. vê, cheira e ouve.
dade (SI 90.2; 106.48; Is 40.28). Está muito além das proporções
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A referência em estudo não limitadas de um mero homem com corpo, pois Salomão diz que
•= fornece base para a herética concepção mórmon de que nem os céus dos céus podem contê-lo (1 Rs 8.27).
Deus é um homem exaltado com corpo de carne e ossos. Antes, A doutrina mórmon contradiz até mesmo passagens do Li­
está dizendo que se Israel desobedecesse a Deus seria levado vro de Mórmon, que se refere a Deus como sendo um Espíri­
cativo por seus inimigos e serviria a deuses mortos, de madeira to: "É Deus aquele Grande Espírito que tirou nossos pais da ter­
e pedra, que não ouvem e não falam, muito diferentes do Deus ra de Jerusalém? E disse-lhe Aarão: Sim, Ele é aquele Grande
vivo que os libertara do Egito. E isso se cumpriu séculos depois Espírito e criou todas as coisas, tanto no céu quanto na terra’
de Moisés ter proferido tal profecia. De qualquer forma, este ver- (Alma 22.9,10).

193
DEUTERONÔMIO 4 ,5

Três cidades de refúgio ’(Naquele tem p o eu estava em pé en tre o S enhor e


4'E ntão Moisés separou três cidades além do Jor­ vós, para vos notificar a palavra do S en h o r ; porque
dão, do lado do nascim ento do sol; temestes o fogo e não subistes ao m onte), dizendo:
42Para que ali se acolhesse o hom icida que involun­
tariam en te m atasse o seu próxim o a quem dantes A repetição dos d ez m a n d a m en to s
não tivesse ódio algum; e se acolhesse a um a destas 6Eu sou o S enhor teu Deus, que te tirei da terra do
cidades, e vivesse; Egito, da casa da servidão;
43A Bezer, no deserto, no planalto, para os rubeni- 7N ão terás o u tro s deuses diante de m im ;
“N ão farás para ti im agem de escultura, nem sem e­
tas; e a Ram ote, em Gileade, para os gaditas; e a Golã,
em Basã, para os manassitas. lhança algum a do que há em cim a no céu, nem em
44Esta é, pois, a lei que Moisés propôs aos filhos baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra;
de Israel. 9N âo te encurvarás a elas, nem as servirás; porque
eu, o S enhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
4’Estes são os testem unhos, e os estatutos, e os ju ­
ízos, que Moisés falou aos filhos de Israel, havendo iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e q u ar­
saído do Egito; ta geração daqueles que m e odeiam.
46Além do Jordão, no vale defronte de Bete-Peor, I(,E faço m isericórdia a m ilhares dos que m e am am
na terra de Siom, rei dos am orreus, que habitava em e guardam os m eus m andam entos.
H esbom , a quem feriu M oisés e os filhos de Israel, 1 ‘N ão tom arás o no m e do S enhor teu Deus em vão;
havendo eles saído do Egito. p orqu e o S enhor não terá por inocente ao que to ­
47E tom aram a sua terra em possessão, com o ta m ­ m ar o seu nom e em vão.
bém a terra de Ogue, rei de Basã, dois reis dos am or­ l2G uarda o dia de sábado, para o santificar, com o
reus, que estavam além do Jordão, do lado do nas­ te o rd en o u o S enhor teu Deus.
cim ento do sol. ' 3Seis dias trabalharás, e farás to d o o teu trabalho.
48Desde Aroer, que está à m argem do ribeiro de Ar- l4Mas o sétim o dia é o sábado do S enhor teu Deus;
nom , até ao m onte Sião, que é H erm om , não farás n en h u m trabalho nele, nem tu, nem teu fi­
49E toda a campina além do Jordão, do lado do orien­lho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tu a serva,
te, até ao m ar da campina, abaixo de Asdote-Pisga. nem o teu boi, nem o teu jum ento, nem anim al al­
gum teu, nem o estrangeiro que está d en tro de tuas
Revisão da aliança portas; para que o teu servo e a tua serva descansem
E C H A M O U M oisés a to d o o Israel, e disse- com o tu;
lhes: O uve, ó Israel, os estatutos e juízos que ' ’P orque te lem brarás que foste servo na terra do
hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guar­ Egito, e que o S en h or teu Deus te tiro u dali com m ão
dá-los-eis, para os cum prir. forte e braço estendido; p o r isso o S enhor teu Deus
20 S enhor nosso Deus fez conosco aliança em H o- te ord en o u que guardasses o dia de sábado.
rebe. l6H o n ra a teu pai e a tua mãe, com o o S en h or teu
3N ão com nossos pais fez o S en h o r esta aliança, D eus te o rd en o u , para que se prolonguem os teus
m as conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos. dias, e para que te vá bem na te rra qu e te dá o S e­
4Face a face o S enhor falou conosco no m onte, do n h o r teu Deus.
m eio do fogo ,7N ão m atarás.

Face a face o SENHOR falou conosco vina. Todas as semanas, doze pães sagrados eram oferecidos
(5.4) a Deus sobre a mesa dos pães da proposição. O termo hebrai­
co para citar esta ocasião é sulham Vlehem panim, que tradu­
Ceticismo. Oiz que há contradição entre este versículo e
zido é: “a mesa com o pão da Presença'. O apóstolo Paulo afir­
Gênesis 32.30, Êxodo 33.20.23 e João 1.18. por suposta­
mou que era possível a contemplação do resplendor divino de
mente não concordarem entre si sobre a possibilidade de o ho­
forma íntima, imanente (2Co 4.6). Mas é dele também o teste­
mem poder ver o Senhor face a face.
munho de que Cristo, uma vez glorificado com o Pai, jâ não po­
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto da referência dia mais ser contemplado por ele face a face: “ ... subitamente o
= em análise prova que não se trata de uma aparição divina cercou um resplendor de luz do céu" (At 9.3). O próprio Jesus,
que reproduza a glória de Deus em sua total plenitude (1 Sm 2.8). em certa ocasião, atestou a possibilidade da contemplação de
A expressão 'face a face' está relacionada à “nuvem de glória' Deus (o Pai) apenas em representação humana: “Quem me vê
que cobria o tabernáculo e certificava ao povo da presença di- a mim vê o Pai' (Jo 14.9).

194
DEUTERONÔMIO 5 ,6

lsN ão adulterarás. 29Q uem dera que eles tivessem tal coração que m e
'■'Não furtarás. tem essem , e guardassem to d o s os m eus m a n d a ­
2uN ão dirás falso testem unho contra o teu próxi­ m entos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles
mo. e a seus filhos p ara sempre.
2'N ão cobiçarás a m ulher do teu próxim o; e não ,0Vai, dize-lhes: Tornai-vos às vossas tendas.
desejarás a casa do teu próxim o, nem o seu campo, 3lTu, porém , fica-te aqui com igo, para que eu a ti
nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem te diga todos os m andam entos, e estatutos, e juízos,
o seu jum ento, nem coisa algum a do teu próxim o. que tu lhes hás de ensinar, p ara qu e cu m p ra m na
terra que eu lhes darei para possuí-la.
O povo pede a M oisés para receber 3201hai, pois, que façais com o vos m an d o u o S e­
a lei do S e n h o r n h o r vosso Deus; não vos desviareis, nem para a di­
22Estas palavras falou o S en h o r a to d a a vossa reita nem para a esquerda.
congregação n o m onte, do m eio do fogo, da n u ­ 33A ndareis em to d o o cam inho que vos m anda o
vem e da escuridão, com grande voz, e nada acres­ S en h o r vosso D eus, p ara que vivais e bem vos su­
centou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a ceda, e prolongueis os dias na te rra que haveis de
m im m as deu. possuir.
23E sucedeu que, ouvindo a voz do m eio das tre ­
vas, e vendo o m onte ardendo em fogo, vos achegas­ O fim da lei é obediência
tes a m im , todos os cabeças das vossas tribos, e vos­ ESTES, pois, são os m andam entos, os estatutos
sos anciãos;
24E dissestes: Eis aqui o S en h or nosso D eus nos fez
6 e os juízos q ue m an d o u o S en h o r vosso D eus
para ensinar-vos, para que os cum prísseis n a terra a
ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvim os a sua voz que passais a possuir;
do m eio do fogo; hoje vim os que D eus fala com o 2Para que tem as ao S enhor teu Deus, e guardes to ­
hom em , e que este perm anece vivo. dos os seus estatutos e m andam entos, que eu te orde­
25Agora, pois, p o r que m orreríam os? Pois este no, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da
grande fogo nos consum iria; se ainda m ais ouvísse­ tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
m os a voz do S en h or nosso D eus m orreríam os. 3Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para
26Porque, quem há de toda a carne, que ouviu a voz que bem te suceda, e m u ito te m ultipliques, com o te
do Deus vivente falando do m eio do fogo, com o nós, disse o S enhor Deus de teus pais, na terra que m ana
e ficou vivo? leite e mel.
27Chega-te tu, e ouve tu d o o que disser o S enhor 4O uve, Israel, o S en h o r nosso D eus é o único S e­
nosso Deus; e tu nos dirás tu d o o que te disser o S e ­ nho r .
n h o r nosso Deus, e o ouvirem os, e o cum prirem os. 5 Amarás, pois, o S enhor teu Deus de todo o teu cora­
28O uvindo, pois, o S en h o r as vossas palavras, ção, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
q uando m e faláveis, o S enhor m e disse: Eu ouvi as 6E estas palavras, que hoje te ord en o , estarão no
palavras deste povo, que eles te disseram ; em tu d o teu coração;
falaram bem . 7E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assenta-

O S e n h o r nosso Deus é o único S e n h o b Confrontando a referência em estudo com outros textos bíblicos,
(6.4) aprendemos que há um só Deus verdadeiro, que é trino em perso­
nalidade (2Co 13.13). Ou seja, há três pessoas de umasó natureza e
Testemunhas de Jeová. Declaram que este texto prova
cada uma dessas três pessoas da Trindade é chamada na Bíblia de
que não há pluralidade de pessoas na divindade.
Deus: o Pai (1Pe 1.2), o Filho (Jo 20.28) e o Espírito Santo (At 5.3,4).
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: No hebraico, a palavra “úni- E cada uma delas possui os atributos da deidade, incluindo onipre­
■= co" está no "construto" e revela uma unidade composta sença (S1139.7: Mt 28.20; Hb 4.13), onisciência (Mt 9.4; Rm 11.33;
e não uma unidade absoluta. Assim, até mesmo no texto áureo 1 Co 2.10) e onipotência (Mt 28.18; Rm 15.19; 1Pe1.5).
do judaísmo encontramos a unidade composta de Deus na ex­ Mateus 28.19 é uma referência à Trindade: “Portanto ide, ensi­
pressão “único’ . Outro exemplo de unidade composta pode ser nai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e
visto em Gênesis 2.24: “Portanto deixará o homem o seu pai e a do Espírito Santo’ . A palavra 'nom e' aqui é singular no grego, In­
sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher e serão ambos uma car­ dicando que existe um só Deus, mas existem três pessoas distin­
ne". Aqui, as duas pessoas, distintamente, são consideradas por tas na divindade, como é indicado pelos artigos definidos: o Pai,
Deusumasócame. o Filho e o Espirito Santo.

195
DEUTERONÔMIO 6 ,7

do em tu a casa, e andando pelo cam inho, e deitan­ Proibida a c o m u n h ã o c o m outras nações


do-te e levantando-te. QUANDO o S enhor teu D eus te houver in tro ­
8Tam bém as atarás p or sinal na tu a m ão, e te serão
por frontais entre os teus olhos.
7 duzido na terra, à qual vais p ara a possuir, e ti­
ver lançado fora m uitas nações de d iante de ti, os
’E as escreverás nos um brais de tu a casa, e nas tuas heteus, e os girgaseus, e os am orreus, e os cananeus,
portas. e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações
“’Q uando, pois, o S en h o r teu D eus te in tro d u ­ m ais num erosas e m ais poderosas do que tu;
zir na terra que ju ro u a teus pais, Abraão, Isaque e 2E o S enhor teu D eus as tiver dado diante de ti, para
Jacó, que te daria, com grandes e boas cidades, que as ferir, totalm ente as destruirás; não farás com elas
tu não edificaste, aliança, nem terás piedade delas;
11E casas cheias de to d o o bem , que tu não encheste, 'N em te aparentarás com elas; não darás tuas fi­
e poços cavados, que tu não cavaste, vinhas e olivais, lhas a seus filhos, e não to m arás suas filhas p ara
que tu não plantaste, e com eres, e te fartares, teus filhos;
12G uarda-te, que não te esqueças do S enhor , que te 4Pois fariam desviar teus filhos de m im , para que
tiro u da terra do Egito, da casa da servidão. servissem a o u tro s deuses; e a ira do Sen h o r se acen­
130 S enhor teu Deus tem erás e a ele servirás, e pelo deria contra vós, e depressa vos consum iria.
seu nom e jurarás. 5Porém assim lhes fareis: D errubareis os seus alta­
MN ão seguireis outros deuses, os deuses dos povos res, quebrareis as suas estátuas; e cortareis os seus
que houver ao redor de vós; bosques, e queim areis a fogo as suas im agens de es­
l5Porque o S enhor teu Deus é um Deus zeloso no cultura.
m eio de ti, para que a ira do S enhor teu Deus se não 6P orque povo santo és ao S en h o r teu Deus; o Se­
acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra. n h o r te u D eus te escolheu, p ara q ue lhe fosses o

u’N ão tentareis o S en h or vosso Deus, com o o te n ­ seu povo especial, d e to d o s os povos que há so ­
tastes em Massá; bre a terra.
l7D iligentem ente guardareis os m andam entos do 70 S en h or não to m o u prazer em vós, nem vos es­
S enhor vosso Deus, com o tam bém os seus testem u­ colheu, p orque a vossa m ultidão era m ais do que a
nhos, e seus estatutos, que te tem m andado. de todos os outros povos, pois vós éreis m enos em
I8E farás o que é reto e b om aos olhos do S enhor , nú m ero do que todos os povos;
para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa ter­ “Mas, p orque o S enhor vos am ava, e p ara guardar
ra, a qual o S en h or ju ro u dar a teus pais. o juram en to que fizera a vossos pais, o S enhor vos
19Para que lance fora a todos os teus inim igos de tiro u com m ão forte e vos resgatou da casa da servi­
diante de ti, com o o S enhor tem falado. dão, da m ão de Faraó, rei do Egito.
•^Quando teu filho te p erguntar no futuro, dizen­ ^Saberás, pois, que o S enhor teu D eus, ele é Deus,
do: Q ue significam os testem unhos, e estatutos e ju ­ o D eus fiel, que guard a a aliança e a m isericórdia
ízos que o S enhor nosso D eus vos ordenou? até m il gerações aos que o am am e guardam os seus
2‘E ntão dirás a teu filho: Éram os servos de Faraó m andam entos.
no Egito; porém o S enhor , com m ão forte, nos ti­ 10E retribui no rosto qualquer dos que o odeiam ,
ro u do Egito; fazendo-o perecer; não será tardio ao que o odeia;
” E o S enhor , aos nossos olhos, fez sinais e m aravi­ em seu rosto lho pagará.
lhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Fa­ 11 G uarda, pois, os m andam entos e os estatutos e os
raó e toda sua casa; juízos que hoje te m an d o cum prir.
23E dali nos tiro u , para nos levar, e nos dar a terra 12Será, pois, que, se ouvindo estes juízos, os guar­
que ju rara a nossos pais. dardes e cum prirdes, o S enhor teu Deus te guardará
24E o S enhor nos ordenou que cum príssem os to ­ a aliança e a m isericórdia que ju ro u a teus pais;
dos estes estatutos, que tem êssem os ao S en h or n os­ 13E am ar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará m ultipli­
so D eus, para o nosso p erp étuo bem , para nos guar­ car; abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tu a
d ar em vida, com o no dia de hoje. terra, o teu grão, e o teu m osto, e o teu azeite, e a cria­
2!E será para nós justiça, quando tiverm os cuidado ção das tuas vacas, e o rebanho do teu gado m iúdo,
de cu m p rir todos estes m andam entos perante o Se­ na terra que ju ro u a teus pais dar-te.
n h o r nosso Deus, com o nos tem ordenado. l4B endito serás m ais do que to d o s os povos; não

196
DEUTERONÔMIO 7,8

haverá estéril entre ti, seja hom em , seja m ulher, nem


e vos m ultipliqueis, e entreis, e possuais a terra que
entre os teus animais. o S enhor ju ro u a vossos pais.
1 ’E o S enhor de ti desviará toda a enferm idade; so­ 2E te lem brarás de todo o cam inho, pelo qual o S e­
bre ti não porá n enhum a das m ás doenças dos egíp­ nho r teu D eus te guiou no deserto estes quarenta
cios, que bem sabes, antes as p orá sobre todos os que anos, para te hum ilhar, e te provar, para saber o que
te odeiam. estava n o teu coração, se guardarias os seus m an d a­
1 '‘Pois consum irás a todos os povos que te der o S e­
m entos, ou não.
n ho r teu Deus; os teus olhos não os poupará; e não 3E te hum ilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou
servirás a seus deuses, pois isto te seria p or laço. com o m aná, que tu não conheceste, nem teus pais
17Se disseres no teu coração; Estas nações são o conheceram ; para te dar a entender que o hom em
mais n um erosas do que eu; com o as poderei lan­ não viverá só de pão, m as de tu d o o que sai da boca
çar fora? do S en h or viverá o hom em .
'"Delas não tenhas tem or; não deixes de te lem ­ 4N unca se envelheceu a tu a roupa sobre ti, nem se
b rar do que o S en h or teu D eus fez a Faraó e a to ­inchou o teu pé nestes q uarenta anos.
dos os egípcios; ’Sabes, pois, n o teu coração que, co m o um h o ­
l9Das grandes provas que v iram os teus olhos, e m em castiga a seu filho, assim te castiga o S en h or
dos sinais, e m aravilhas, e m ão forte, e braço esten­teu Deus.
dido, com que o S en h o r teu Deus te tirou; assim fará 6E guarda os m an d am en to s do S en h o r teu Deus,
o S enhor teu D eus com todos os povos, diante dos para andares nos seus cam inhos e p ara o temeres.
quais tu temes. 7Porque o S en h o r teu D eus te põe n u m a boa ter­
20E m ais, o S en h or teu D eus entre eles m andará ra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de m a n an ­
vespões, até que pereçam os que ficarem e se escon­ ciais, que saem dos vales e das m ontanhas;
derem de diante de ti. “Terra de trigo e cevada, e de vides e figueiras, e ro ­
2lN ão te espantes diante deles; po rq u e o S enhor meiras; terra de oliveiras, de azeite e mel.
teu Deus está no m eio de ti, D eus grande e terrível. T e r r a em que com erás o pão sem escassez, e nada
22E o S en h or teu D eus lançará fora estas nações te faltará nela; terra cujas pedras são ferro, e de cujos
pouco a pouco de diante de ti; não poderás destruí- m ontes tu cavarás o cobre.
las todas de pronto, para que as feras do cam po não I"Q uando, pois, tiveres com ido, e fores farto, lo u ­
se m ultipliquem contra ti. varás ao S en h or teu D eus pela bo a terra que te deu.
23E o S enhor teu Deus as entregará a ti, e lhes infligi­
II G uarda-te que não te esqueças do S en h or teu
rá um a grande confusão até que sejam consumidas. Deus, deixando de guardar os seus m andam entos, e
24Também os seus reis te entregará na mão, para que os seus juízos, e os seus estatutos que hoje te ordeno;
apagues os seus nom es de debaixo dos céus; nenhum l2Para não suceder que, havendo tu co m id o e fo­
hom em resistirá diante de ti, até que os destruas. res farto, e havendo edificado boas casas, e h ab i­
tando-as,
Os ídolos d evem ser destruídos l3E se tiverem au m en tad o os teus gados e os teus
2,As imagens de escultura de seus deuses queim a­ rebanhos, e se acrescentar a p rata e o ouro, e se m u l­
rás a fogo; a prata e o o uro que estão sobre elas não tiplicar tu d o q u anto tens,
cobiçarás, nem os tom arás para ti, para que não l4Se eleve o teu coração e te esqueças do S enhor
te enlaces neles; pois abom inação é ao S en h or teu teu Deus, que te tiro u da terra do Egito, da casa da
Deus. servidão;
26N ão porás, pois, abom inação em tu a casa, para l5Q ue te guiou p o r aquele grande e terrível deser­
que n ão sejas anátem a, assim com o ela; de to d o a to de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de terra
detestarás, e de todo a abom inarás, p orque anáte­ seca, em que não havia água; e tiro u água para ti da
m a é. rocha pederneira;
‘'’Q ue no deserto te sustentou com m aná, que teus
E xortação para lem brar-se da m isericórdia pais não conheceram ; p ara te h um ilhar, e para te
de D eus provar, p ara n o fim te fazer bem ;
TODOS os m andam entos que hoje vos o rd e17E ­ digas no teu coração: A m in h a força, e a fortale­
8 no guardareis para os cum prir; para que vivais, za da m in h a m ão, m e ad quiriu este poder.

197
DEUTERONÔMIO 8,9

l8Antes te lem brarás do S en h or teu Deus, que ele é tas com o dedo de Deus; e nelas estava escrito co n ­
o que te dá força para adquirires riqueza; para con­ form e a todas aquelas palavras que o S en h o r tinha
firm ar a sua aliança, que ju ro u a teus pais, com o se falado convosco no m onte, do m eio do fogo, no dia
vê neste dia. da assembléia.
19Será, porém , que, se de qualquer m odo te esque­ "S ucedeu, pois, que ao fim dos q u aren ta dias e
ceres do S en h or teu Deus, e se ouvires outros deuses, quarenta noites, o S en h or m e deu as duas tábuas de
e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu tes­ pedra, as tábuas da aliança.
tifico contra vós que certam ente perecereis. 12E o S en h or m e disse: Levanta-te, desce depres­
20C om o as nações que o Sen h o r d estruiu diante de sa daqui, p o rq u e o teu povo, que tiraste do Egito,
vós, assim vós perecereis, p o rq u an to não queríeis já se tem corrom pido; cedo se desviaram do cam i­
obedecer à voz do S enhor vosso Deus. n ho que eu lhes tin h a ordenado; fizeram para si um a
im agem de fundição.
As m u rm urações e as infidelidades dos Israelitas ‘•’Falou-m e ainda o S enhor , dizendo: Atentei para

9
OUVE, ó Israel, hoje passarás o Jordão, para en ­ este povo, e eis que ele é povo obstinado;
trares a possuir nações m aiores e m ais fortes do l4D eixa-m e que os destrua, e apague o seu nom e
que tu; cidades grandes, e m uradas até aos céus; de debaixo dos céus; e te faça a ti nação m ais p o d e­
2Um povo grande e alto, filhos de gigantes, que tu rosa e mais num erosa d o que esta.
conheces, e de que já ouviste. Q uem resistiria d ian ­ 15Então virei-m e, e desci do m onte; o qual ardia em
te dos filhos dos gigantes? fogo e as duas tábuas da aliança estavam em am bas
•’Sabe, pois, hoje que o S en h or teu Deus, que pas­ as m inhas mãos.
sa adiante de ti, é um fogo consum idor, que os des­ I6E olhei, e eis que havíeis pecado contra o S enhor
truirá, e os derrubará de diante de ti; e tu os lança­ vosso Deus; vós tínheis feito um bezerro de fu n d i­
rás fora, e cedo os desfarás, com o o S en h o r te tem ção; cedo vos desviastes do cam inho que o S enhor
falado. vos ordenara.
4Q uando, pois, o S enhor teu Deus os lançar fora l7Então peguei das duas tábuas, e as arrojei das m i­
de diante de ti, não fales no teu coração, dizendo: nhas m ãos, e as quebrei diante dos vossos olhos.
Por causa da m inha justiça é que o S enhor m e tro u ­ 1BE m e lancei p erante o S enhor , com o antes, q u a­
xe a esta te rra p ara a possuir; p o rq u e pela im pie­ renta dias, e q u aren ta noites; não com i pão e não
dade destas nações é que o S enhor as lança fora de bebi água, p o r causa de todo o vosso pecado que h a­
diante de ti. víeis com etido, fazendo mal aos olhos do S en h or ,
’N ão épor catisa da tu a justiça, nem pela retidão do para o provocar à ira.
teu coração que entras a possuir a sua terra, m as pela 19Porque tem i p o r causa da ira e do furor, com que
im piedade destas nações o S en h or teu Deus as lança o S enhor tan to estava irado contra vós para vos des­
fora, de diante de ti, e para confirm ar a palavra que o tru ir; porém ainda por esta vez o S en h or m e ouviu.
S enhor jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. •°Também o S en h o r se irou m u ito co n tra Arão
'’Sabe, pois, que não é po r causa da tu a justiça que para o destruir; m as tam bém orei p o r Arão ao m es­
o S enhor teu Deus te dá esta boa terra para possuí- m o tem po.
la, pois tu és povo obstinado. 21Porém eu tom ei o vosso pecado, o bezerro que tí­
7L em bra-te, e não te esqueças, de que m uito p ro ­ nheis feito, e o queim ei a fogo, e o pisei, m o en d o -o
vocaste à ira ao S enhor teu Deus no deserto; desde o bem , até que se desfez em pó; e o seu pó lancei no ri­
dia em que saístes do Egito, até que chegastes a esse beiro que descia do m onte.
lugar, rebeldes fostes contra o S en h o r ; 22Tam bém em Taberá, e em Massá, e em Q uibrote-
«Pois em H orebe provocastes à ira o S enhor , ta n ­ H ataavá provocastes m uito a ira do S enhor .
to que o S en h or se indignou contra vós para vos 2,Q u an d o tam b ém o S en h o r vos enviou de Ca-
destruir. des-B arnéia, dizendo: Subi, e possuí a terra, que
’Subindo eu ao m o n te a receber as tábuas de pedra, vos ten h o dado: rebeldes fostes ao m an d ad o do Se­
as tábuas da aliança que o S enhor fizera convosco, n h o r vosso D eus, e não o crestes, e n ão obedeces­
então fiquei no m o n te quarenta dias e quarenta n o i­ tes à sua voz.
tes; pão não comi, e água não bebi; 24Rebeldes fostes co n tra o S enhor desde o dia em
1 °E o S enhor m e deu as duas tábuas de pedra, escri­ que vos conheci.

198
DEUTERONÔMIO 9,10

2,E prostrei-m e perante o S en h o r ; aqueles q uaren­ 7Dali p artiram a G udgodá, e de G udgodá a Jotba-
ta dias e quarenta noites estive prostrado, p o rq u an ­ tá, terra de ribeiros de águas.
to o S enhor dissera que vos queria destruir.
26E orei ao S enhor , dizendo: Senhor D eus, não des­ Da vocação da tribo de L evi
truas o teu povo e a tua herança, que resgataste com “No m esm o tem p o o S en h o r separou a trib o de
a tua grandeza, que tiraste do Egito com m ão forte. Levi, para levar a arca da aliança do S enhor , p ara es­
27Lem bra- te dos teus servos, Abraão, Isaque, e Jacó. tar diante do Sen h or , para o servir, e p ara abençoar
N ão atentes para a dureza deste povo, nem para a em seu n o m e até ao dia de hoje.
sua im piedade, nem para o seu pecado; 9Por isso Levi não tem parte nem herança com seus
28Para que o povo da te rra d o n d e nos tiraste não irm ãos; o S enhor é a sua herança, com o o S enhor
diga: P orquanto o S enhor não os pôde introduzir na teu D eus lhe tem falado.
terra de que lhes tinha falado, e p orque os odiava, os I0E eu estive no m onte, com o nos prim eiros dias,
tirou para m atá-los no deserto; quarenta dias e quarenta noites; e o S enhor m e ouviu
“ Todavia são eles o teu povo e a tua herança, que
ainda por esta vez; não quis o S enhor destruir-te.
tiraste com a tua grande força e com o teu braço es­
"P o rém o S en h o r m e disse: Levanta-te, p õ e-te a
tendido.
cam inho adiante do povo, para que entrem , e p o s­
suam a terra que jurei d ar a seus pais.
A s segundas tábuas da lei
NAQUELE m esm o tem p o m e disse o S e ­
E xortação à obediência
n h o r : Alisa duas tábuas de pedra, com o as
12Agora, pois, ó Israel, que é que o S en h or teu Deus
prim eiras, e sobe a m im ao m o n te, e faze-te um a
pede de ti, senão que tem as o S en h or teu Deus, que
arca de m adeira;
andes em todos os seus cam inhos, e o ames, e sirvas
2E naquelas tábuas escreverei as palavras que esta­
ao S en h or teu Deus com todo o teu coração e com
vam nas prim eiras tábuas, que quebraste, e as p o ­
toda a tu a alma,
rás n a arca.
n Q ue guardes os m a n d am en to s do S en h o r , e os
3 Assim, fiz um a arca de m adeira de acácia, e alisei
duas tábuas de pedra, com o as prim eiras; e subi ao seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?
m onte com as duas tábuas na m inha mão. ,4Eis que os céus e os céus dos céus são do S enhor
4Então escreveu nas tábuas, conform e à prim eira teu Deus, a terra e tu d o o que nela há.
escritura, os dez m andam entos, que o S en h o r vos l5T ão -so m en te o S en h o r se agradou de teus pais
falara no dia da assembléia, no m onte, do m eio do para os am ar; e a vós, descendência deles, esco­
fogo; e o S en h or m as deu a m im ; lheu, depois deles, de to d o s os povos com o nes­
5E virei-m e, e desci do m onte, e pus as tábuas na te dia se vê.
arca que fizera; e ali estão, com o o S en h o r m e o r­ l6Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e
denou. não mais endureçais a vossa cerviz.
6E p artiram os filhos de Israel de Beerote-Bene- l7Pois o S enhor vosso Deus é o D eus dos deuses, e
Jaacã a M oserá; ali faleceu A rão, e ali foi sepulta­ o Senhor dos senhores, o D eus grande, poderoso e
do, e Eleazar, seu filho, ad m in istro u o sacerdócio terrível, que não faz acepção de pessoas, nem acei­
em seu lugar. ta recom pensas;

E partiram os filhos de Israel de Beerote-Bene-Jaacá


rente. Dois deles consta a presença de água e. provavelmente, fo­
a Moserá: ali faleceu Arão
ram visitados mais de uma vez. Beerote significa “poço". Moserá,
( 10 .6 )
'castigo", logo é verossímil que lhe tenham atribuído este nome
Ceticismo. Confronta este versículo com Números 33.38 pelo fato de Aráo ter morrido ali.
para afirmar inegável contradição bíblica quanto ao local
do falecimento de Arão. Deus dos deuses
(10.17)
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Moserá era um lugar no dis­
trito do Monte Hor, assim como Horebe era o nome da cor­ COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Só existe um Deus ver­
dilheira em que se localizava o Monte Sinai. Nos textos apontados
pelos céticos, os locais são mencionados como se estivessem
Í dadeiro, embora os homens tenham criado, em sua men­
te e coração, muitos falsos deuses. Mas esses falsos deuses não
próximos uns dos outros, ainda que seguindo uma ordem dife­ possuem natureza divina (Gl 4.8). Era justamente isso que Moi-

199
DEUTERONÔMIO 10,11

lsQ ue faz justiça ao órfão e à viúva, e am a o estran­ a tu a sem ente, e a regavas com o te u pé, com o a
geiro, dando-lhe pão e roupa. um a horta.
l9Por isso am areis o estrangeiro, pois fostes estran­ 11 Mas a terra que passais a possuir é terra de m o n ­
geiros na terra do Egito. tes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas;
20Ao Se n h o r teu Deus tem erás; a ele servirás, e a ele l2Terra de que o S e n h o r teu D eus tem cuidado; os
te chegarás, e pelo seu nom e jurarás. olhos do Se n h o r teu D eus estão sobre ela co n tin u a­
21Ele éo teu louvor e o teu Deus, que te fez estas gran­ m ente, desde o princípio até ao fim do ano.
des e terríveis coisas que os teus olhos têm visto.
“ Com setenta alm as teus pais desceram ao Egito; e Os benefícios da obediência
agora o Se n h o r teu Deus te pôs com o as estrelas dos 1 ’E será que, se diligentem ente obedecerdes a m eus
céus em m ultidão. m andam entos que hoje vos ordeno, de am ar ao Se­
n h o r vosso Deus, e de o servir de to d o o vosso cora­

1 AMARÁS, pois, ao Se n h o r teu D eus, e ção e de toda a vossa alma,


1 X guardarás as suas ordenanças, e os seus es­
tatutos, e os seus juízos, e os seus m andam entos, to ­
l4Então darei a chuva da vossa te rra a seu tem po, a
tem po rã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão,
dos os dias. e o vosso m osto e o vosso azeite.
2E hoje sabereis que falo, não com vossos filhos, 1 ’E darei erva no teu cam po aos teus anim ais, e co­
que o n ão sabem, e não viram a instrução do Senho r m erás, e fartar-te-ás.
vosso Deus, a sua grandeza, a sua m ão forte, e o seu l6G uardai-vos, que o vosso coração não se engane,
braço estendido; e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos incli­
’N em tam pouco os seus sinais, nem os seus feitos, neis perante eles;
que fez no m eio do Egito a Faraó, rei do Egito, e a 17E a ira do Se n h o r se acenda contra vós, e feche ele
toda a sua terra; os céus, e não haja água, e a terra n ão dê o seu fruto,
4N em o que fez ao exército dos egípcios, aos seus e cedo pereçais da boa terra que o Se n h o r vos dá.
cavalos e aos seus carros, fazendo passar sobre eles l8Ponde, pois, estas m inhas palavras n o vosso co­
as águas do M ar Vermelho quando vos perseguiam , ração e n a vossa alm a, e atai-as p o r sinal n a vos­
e com o o Se n h o r os destruiu, até ao dia de hoje; sa m ão, para que estejam p o r frontais entre os vos­
’N em o que vos fez no deserto, até que chegastes sos olhos.
a este lugar; I9E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assen­
6E o que fez a D atã e a Abirão, filhos de Eliabe, filho tado em tu a casa, e andando pelo cam inho, e d eitan­
de Rúben; com o a terra abriu a sua boca e os tragou do-te, e levantando-te;
com as suas casas e com as suas tendas, com o ta m ­ 20E escreve-as nos um brais de tu a casa, e nas tuas
bém tu d o o que subsistia, e lhes pertencia, no m eio portas;
de todo o Israel; 21 Para que se m ultipliquem os vossos dias e os dias
7Porquanto os vossos olhos são os que viram toda de vossos filhos na terra que o Se n h o r ju ro u a vossos
a grande obra que fez o Senho r . pais dar-lhes, com o os dias dos céus sobre a terra.
“Guardai, pois, todos os m andam entos que eu vos 22P orque se diligentem ente guardardes todos estes
o rd en o hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocu­ m andam entos, que vos o rd en o para os guardardes,
peis a terra que passais a possuir; am an d o ao Se n h o r vosso Deus, an d an d o em todos
9E para que prolongueis os dias na terra que o Se­ os seus cam inhos, e a ele vos achegardes,
n h o r ju ro u dar a vossos pais e à sua descendência, 23T am bém o Senho r , de diante de vós, lançará fora
terra que m ana leite e mel. todas estas nações, e possuireis nações m aiores e
' “P orque a te rra que passas a p ossuir não é com o m ais poderosas do que vós.
a te rra do Egito, de onde saíste, em que semeavas 24Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será

sés tinha em mente quando escreveu, sob a direçáo do Espírito dade. Só existe um Deus verdadeiro (Jo 17.3; 1Jo 5.20). O profe­
Santo, o texto em referência. ta Isaías declara: ‘ Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os
Em verdade. Moisés estava enfatizando a soberania de Deus termos da terra; porque eu sou Deus e nào há outro" (Is 45.22).
sobre todo o Universo. Satanás é chamado de "deus deste sécu­ E: "Antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim ne­
lo" (2Co 4.4), e busca adoração (Mt 4.9), mas é uma falsa divin­ nhum haverá" (Is 43.10).

200
DEUTERONÔMIO 11,12

vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o voluntárias, e os prim ogênitos das vossas vacas e das
rio, o rio Eufirates, até ao m ar ocidental, será o vos­ vossas ovelhas.
so term o. 7E ali com ereis perante o S e n h o r vosso Deus, e vos
25N inguém resistirá diante de vós; o Se n h o r vosso alegrareis em tu d o em qu e puserdes a vossa m ão,
Deus p orá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso vós e as vossas casas, n o que abençoar o S e nho r vos­
terro r e o tem or de vós, com o já vos tem dito. so Deus.
sN ão fareis conform e a tu d o o que hoje fazemos
A bênção e a m aldição aqui, cada qual tu d o o q ue bem parece aos seus
26Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e olhos.
a maldição; 9P orque até agora não entrastes n o descanso e na
27A bênção, quando cum prirdes os m andam entos herança que vos dá o Se n h o r vosso Deus.
do Se n h o r vosso Deus, que hoje vos m ando; l0Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que
2sPorém a maldição, se não cum prirdes os m anda­ vos fará h erdar o S e n h o r vosso Deus; e vos dará re­
m entos do S enho r vosso Deus, e vos desviardes do pouso de todos os vossos inim igos em redor, e m o ­
cam inho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros rareis seguros.
deuses que não conhecestes. 1 'E n tão haverá u m lugar qu e escolherá o Se n h o r
29E será que, quando o Se n h o r teu D eus te in tro ­ vosso D eus para ali fazer h abitar o seu nom e; ali tra ­
duzir na terra, a que vais para possuí-la, então p ro ­ reis tu d o o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e
nunciarás a bênção sobre o m onte G erizim , e a m al­ os vossos sacrifícios, e os vossos dízim os, e a oferta
dição sobre o m onte Ebal. alçada da vossa m ão, e to d a a escolha dos vossos vo­
30Porventura não estão eles além do Jordão, junto tos que fizerdes ao Senho r .
ao cam inho do pôr do sol, na te rra dos cananeus, I2E vos alegrareis p era n te o Se n h o r vosso D eus,
que habitam na cam pina defronte de Gilgal, junto vós, e vossos filhos, e vossas filhas, e os vossos ser­
aos carvalhais de Moré? vos, e as vossas servas, e o levita q ue está d en tro
3'Porque passareis o Jordão para entrardes a pos­ das vossas p o rtas; p o is convosco não tem p arte
su irá terra, que vos dá o Se n h o r vosso Deus; e a pos­ nem herança.
suireis, e nela habitareis. 13G uarda-te, que não ofereças os teus holocaustos
32Tende, pois, cuidado em cu m p rir todos os esta­ em todo o lugar que vires;
tutos e os juízos, que eu hoje vos proponho. l4Mas no lugar que o S e n h o r escolher n u m a das
tuas trib o s ali oferecerás os teus holocaustos, e ali
O ú n ic o lugar de cu lto farás tu d o o que te ordeno.
1 /" \ ESTES são os estatutos e os juízos que tereis lsPorém , conform e a to d o o desejo da tu a alm a,
X cuidado em cum prir na terra que vos deu o m atarás e com erás carne, d en tro das tuas portas, se­
Se n h o r Deus de vossos pais, para a possuir todos os gundo a bênção do Se n h o r teu Deus, que te dá em
dias que viverdes sobre a terra. todas as tuas portas; o im u n d o e o lim po dela com e­
2Totalm ente destruireis todos os lugares, onde as rá, com o do corço e do veado;
nações que possuireis serviram os seus deuses, so­ '‘’T ão-som ente o sangue não comereis; sobre a ter­
bre as altas m ontanhas, e sobre os outeiros, e debai­ ra o derram areis com o água.
xo de toda a árvore frondosa; ,7D en tro das tuas p o rtas não poderás com er o d í­
3E derrubareis os seus altares, e quebrareis as suas zim o do teu grão, nem d o teu m osto, nem do teu
estátuas, e os seus bosques queim areis a fogo, e des­ azeite, n em os prim ogênitos das tuas vacas, n em das
truireis as im agens esculpidas dos seus deuses, e tuas ovelhas; nem n en h u m dos teus votos, que h o u ­
apagareis o seu nom e daquele lugar. veres p ro m etid o , n em as tuas ofertas voluntárias,
4Assim não fareis ao Se n h o r vosso Deus; nem a oferta alçada da tu a mão.
5Mas o lugar que o Se n h o r vosso D eus escolher de l8Mas os com erás p erante o Se n h o r teu Deus, no
todas as vossas tribos, para ali p ô r o seu nom e, b u s­ lugar que escolher o Se n h o r teu D eus, tu , e teu fi­
careis, para sua habitação, e ali vireis. lho, e a tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o le­
6E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sa­ vita que está d en tro das tuas portas; e perante o Se­
crifícios, e os vossos dízim os, e a oferta alçada da n h o r teu D eus te alegrarás em tu d o em que puse­

vossa m ão, e os vossos votos, e as vossas ofertas res a tu a mão.

201
DEUTERONÔMIO 12,13

l9G uarda-te, que não desam pares ao levita todos com o serviram estas nações os seus deuses, do m es­
os teus dias na terra. m o m odo tam bém farei eu.
20Q u an d o o S en h o r teu D eus dilatar os teus ter­ 31Assim não farás ao S enhor teu Deus; p o rq u e tudo
m os, com o te disse, e disseres: C om erei carne; p o r­ o que é abom inável ao S enhor , e que ele odeia, fize­
q u an to a tu a alm a tem desejo de com er carne; con­ ram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas fi­
form e a todo o desejo da tua alma, com erás carne. lhas queim aram no fogo aos seus deuses.
2'Se estiver longe de ti o lugar que o S en h o r teu ,2Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer;
D eus escolher, para ali p ô r o seu nom e, então m a­ nada lhe acrescentarás nem dim inuirás.
tarás das tuas vacas e das tuas ovelhas, que o S enhor
te tiver dado, com o te tenho ordenado; e com erás O castigo dos falsos profetas e dos idólatras
d en tro das tuas portas, conform e a to d o o desejo 1 ^ Q U ANDO profeta ou so n h ad o r de sonhos
X se levantar no meio de ti, e te der u m sinal
da tu a alma.
“ Porém , com o se com e o corço e o veado, assim ou prodígio,
2E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver
com erás; o im u n d o e o lim po tam b ém com erão
falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não
deles.
conheceste, e sirvam o-los;
2,Som ente esforça-te para que não com as o san­
3N ão ouvirás as palavras daquele profeta ou sonha­
gue; pois o sangue é vida; pelo que não com erás a
d o r de sonhos; p o rq u an to o S en h or vosso Deus vos
vida com a carne;
prova, para saber se am ais o S enhor vosso D eus com
24N ão o com erás; na te rra o d erram arás com o
todo o vosso coração, e com to d a a vossa alma.
água.
4Após o S enhor vosso D eus andareis, e a ele tem e­
2'’N ão o com erás; para que bem te suceda a ti, e a
reis, e os seus m andam entos guardareis, e a sua voz
teus filhos, depois de ti, quando fizeres o quefor reto
ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.
aos olhos do S enhor . 5E aquele profeta o u sonhador de sonhos m orrerá,
26Porém, as coisas santas que tiveres, e os teus votos pois falou rebeldia co n tra o S en h or vosso Deus, que
tom arás, e virás ao lugar que o S en h or escolher. vos tiro u da terra do Egito, e vos resgatou da casa da
27E oferecerás os teus holocaustos, a carne e o san­ servidão, para te ap artar do cam inho que te o rd e­
gue sobre o altar do S enhor teu Deus; e o sangue dos n ou o S en h or teu Deus, para andares nele: assim ti­
teus sacrifícios se derram ará sobre o altar do S enhor rarás o m al do m eio de ti.
teu Deus; porém a carne com erás. “’Q u an d o te incitar teu irm ão, filho da tu a m ãe, ou
28G uarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, teu filho, ou tu a filha, o u a m u lh er do teu seio, o u teu
para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de am igo, que te é com o a tu a alma, dizendo-te em se­
ti para sempre, q uando fizeres o que for bom e reto gredo: Vamos, e sirvam os a outros deuses que não
aos olhos do S enhor teu Deus. conheceste, nem tu nem teus pais;
29Q uando o S enhor teu Deus desarraigar de dian­ 7D entre os deuses dos povos que estão em redor de
te de ti as nações, aonde vais a possuí-las, e as possu­ vós, perto o u longe de ti, desde um a extrem idade da
íres e habitares na sua terra, terra até à o u tra extrem idade;
,0G uarda-te, que não te enlaces seguindo-as, de­ "Não consentirás com ele, n em o ouvirás; nem o
pois q ue forem destruídas diante de ti; e que não teu olho o pou p ará, nem terás piedade dele, nem o
perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim esconderás;

Pois até seus filhos e suas filhas queimaram dida para inferir contradição ao texto bíblico revela incapaci­
no fogo aos seus deuses dade e ignorância sobre o contexto de Gênesis e a referência
(12.31) em estudo. No caso de Abraão, Deus estava tão-somente pro­
vando a fé de seu servo quando lhe pediu para imolar em ho­
Ceticismo. Confronta este texto com Gênesis 22.2 para
locausto seu filho Isaque. E Abraão demonstrou submissão
conferir contradição à Bíblia que, de acordo com a acusa­
ao Senhor ao atender ao pedido que lhe fora feito. Mas, como
ção dos céticos, ora requer sacrifícios humanos, ora condena es­
prova do veto divino aos sacrifícios humanos, o próprio Deus,
ses mesmos sacrifícios (Cf, Lv 18.21).
por meio de seu anjo (Gn 22.11-14), repreendeu a Abraão para
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus jamais fomentou a que não prosseguisse com o ato, provendo um cordeiro para
*=. prática de sacrifícios humanos. A confrontação proce­ o holocausto.

202
DEUTERONÔMIO 13,14

9Mas certam ente o m atarás; a tua m ão será a p ri­ 6Todo o anim al que tem unhas fendidas, dividi­
m eira contra ele, para o m atar; e depois a m ão de das em duas, que ru m in a, en tre os anim ais, aq u i­
todo o povo. lo comereis.
I0E o apedrejarás, até que m orra, pois te procurou 7Porém estes não com ereis, dos que somente ru m i­
apartar do S e n h o r teu Deus, que te tiro u da terra do nam , o u que têm a u n h a fendida: o cam elo, e a lebre,
Egito, da casa da servidão; e o coelho, p o rq u e ru m in a m m as não têm a u nha
11 Para que todo o Israel o ouça e o tem a, e não torne fendida; im undos vos serão.
a fazer sem elhante m aldade no m eio de ti. sNem o porco, p o rq u e tem u n h a fendida, m as não
u Q u an do ouvires dizer, de algum a das tuas cida­ rum in a; im u n d o vos será; não com ereis da carne
des que o S e n h o r teu Deus te dá para ali habitar: destes, e não tocareis nos seus cadáveres.
13Uns homens, filhos de Belial, que saíram do meio de 9Isto com ereis de tu d o o que há nas águas; tudo o
ti, incitaram os m oradores da sua cidade, dizendo: Va­ que tem barbatanas e escamas comereis.
mos, e sirvamos a outros deuses que não conhecestes; l0Mas tu d o o que não tiver barbatanas nem esca­
u Então inquirirás e investigarás, e com diligência mas não o comereis; im u n d o vos será.
perguntarás; e eis que, sendo verdade, e certo que se ' 'Toda a ave lim pa comereis.
fez tal abom inação no m eio de ti; ,2Porém estas são as que não comereis: a águia, e o
1 sC ertam ente ferirás, ao fio da espada, os m orado­ quebrantosso, e o xofrango,
res daquela cidade, destruindo a ela e a tudo o que 13E o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua
nela houver, até os animais. espécie.
I6E ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua p ra­ I4E to d o o corvo, segundo a sua espécie.
ça; e a cidade e todo o seu despojo queim arás total­ 15E o avestruz, e o m ocho, e a gaivota, e o gavião, se­
m ente para o S e n h o r teu Deus, e será m ontão perpé­ gundo a sua espécie.
tuo, nunca mais se edificará. 16E o bufo, e a coruja, e a gralha,
l7Tam bém não se pegará à tu a m ão nada do aná­ l7E o cisne, e o pelicano, e o corvo m arinho,
tema, para que o S e n h o r se aparte do ardor da sua l8E a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a
ira, e te faça m isericórdia, e tenha piedade de ti, e te poupa, e o morcego.
m ultiplique, com o ju ro u a teus pais; l9Tam bém to d o o inseto que voa, vos será im u n ­
lsQ uando ouvires a voz do S e n h o r teu Deus, para do; não se com erá.
guardares todos os seus m andam entos que hoje te 20Toda a ave lim pa comereis.
ordeno; para fazeres o que fo r reto aos olhos do S e ­ 2lN ão com ereis n en h u m anim al m orto; ao estran ­
n h o r teu Deus. geiro, que está den tro das tuas portas, o darás a co­
mer, ou o venderás ao estranho, p o rq u an to és povo
A tiintais lim pos e im undos santo ao S e n h o r teu Deus. N ão cozerás o cabrito
FILHOS sois do S e n h o r vosso Deus; não com leite da sua mãe.
M vos dareis golpes, n em fareis calva entre
vossos olhos p o r causa de algum m orto. Os d ízim o s para o serviço doSENHOR
2Porque és povo santo ao S e n h o r teu Deus; e o Se­ “ C ertam ente darás os dízim os de todo o fruto da
n h o r te escolheu, de todos os povos que há sobre a tu a sem ente, que cada ano se recolher d o campo.
face da terra, para lhe seres o seu p ró p rio povo. 23E, p erante o S e n h o r teu Deus, no lugar que esco­
3N enhum a coisa abom inável comereis. lher p ara ali fazer h ab itar o seu nom e, com erás os
4Estes são os anim ais que com ereis: o boi, a ove­ dízim os do teu grão, do teu m osto e do teu azeite, e
lha, e a cabra. os prim ogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas;
50 veado e a corça, e o búfalo, e a cabra m ontês, e o para que aprendas a tem er ao S e n h o r teu D eus to ­
texugo, e a cam urça, e o gamo. dos os dias.

é extremamente condenável à luz das Escrituras. Qualquer coi­


Não vos dareis golpes
sa que façamos que seja prejudicial ao corpo físico é uma ofensa
(14.1,2)
ao Espirito Santo, que usa o nosso corpo como lugar de sua ha­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A autoflagelação, ‘ ato bitação e expressão: 'Ou não sabeis que o vosso corpo é o tem­
t ou efeito de flagelar-se, açoitar-se, chicotear-se", tal como
é observada por alguns católicos durante o período da Páscoa,
plo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos?" (1Co 6.19).

203
DEUTERONÔMIO 14,15

24E q uando o cam inho te for tão com prido que os 5Se som ente ouvires diligentem ente a voz do Se­
não possas levar, p o r estar longe de ti o lugar que es­ nhor teu D eus para cuidares em cu m p rir todos es­
colher o S enhor teu Deus para ali p ô r o seu nom e, tes m andam entos que hoje te ordeno;
q u an d o o S enhor teu Deus te tiver abençoado; 6Porque o S enhor teu Deus te abençoará, com o te
2,Então vende-os, e ata o dinheiro na tu a mão, e vai tem falado; assim, em prestarás a m uitas nações, mas
ao lugar que escolher o S en h or teu Deus; não tom arás em préstim os; e dom inarás sobre m u i­
2ftE aquele dinheiro darás po r tu d o o que deseja a tas nações, m as elas não d om inarão sobre ti.
tua alma, p o r vacas, e po r ovelhas, e po r vinho, e po r 7Q uan d o entre ti houver algum pobre, de teus ir­
bebida forte, e p o r tu d o o que te pedir a tu a alma; m ãos, em algum a das tuas portas, na terra que o Se­
com e-o ali perante o S en h or teu Deus, e alegra-te, n h o r teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração,

tu e a tu a casa; nem fecharás a tu a m ão a teu irm ão que fo r pobre;


27Porém não desam pararás o levita que está d en ­ “Antes lhe abrirás de todo a tu a m ão, e livrem ente
tro das tuas portas; pois não tem p arte nem h era n ­ lhe em prestarás o que lhe falta, q u anto baste para a
ça contigo. sua necessidade.
28Ao fim de três anos tirarás todos os dízim os da ‘'G uarda-te, que não haja palavra perversa no teu
tu a colheita n o m esm o ano, e os recolherás dentro coração, dizendo: Vai-se aproxim ando o sétimo ano,
das tuas portas; o ano da remissão; e que o teu olho seja m aligno para
29Então virá o levita (pois nem parte nem herança com teu irm ão pobre, e não lhe dês nada; e que ele cla­
tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que m e contra ti ao S enhor , e que haja em ti pecado.
estão dentro das tuas portas, e com erão, e fartar-se- 1 "Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja
ão; para que o S enhor teu D eus te abençoe em toda m aligno, q u an d o lhe deres; pois p o r esta causa te
a obra que as tuas m ãos fizerem. abençoará o S en h or teu Deus em to d a a tua obra, e
em tu d o o que puseres a tu a mão.
O ano da remissão "P o is nunca deixará de haver pobre n a terra; pelo
AO fim dos sete anos farás remissão. que te ordeno, dizendo: L ivrem ente abrirás a tu a
2Este, pois, é o m odo da remissão; todo o m ão para o teu irm ão, para o teu necessitado, e para
credor rem itirá o que em prestou ao seu próxim o; o teu p obre na tu a terra.
não o exigirá do seu próxim o o u do seu irm ão, pois l2Q u an d o teu irm ão hebreu ou irm ã hebréia se
a remissão do S enhor é apregoada. vender a ti, seis anos te servirá, m as no sétim o ano
3D o estrangeiro o exigirás; m as o que tiveres em o deixarás ir livre.
poder de teu irm ão a tu a m ão o rem itirá. 13E, q u an d o o deixares ir livre, não o despedirás
4Exceto q uando não houver entre ti pobre algum; vazio.
pois o S enhor abundantem ente te abençoará na ter­ 14Liberalm ente o fornecerás do teu rebanho, e da
ra que o S enhor teu D eus te dará p o r herança, para tua eira, e do teu lagar; daquilo com que o S enhor
possuí-la. teu D eus te tiver abençoado lhe darás.

Exceto quando não houver entre ti pobre [...] Pois nunca ca mais haveria pobres na terra (Dt 15.4), independentemente do
deixará de haver pobre na terra fato de os judeus observarem criteriosamente a norma; antes, es­
(15.4-11) tava declarando que a obediência perfeita e coerente aos padrões
santos possibilitaria (teoricamente) uma sociedade menos afligi­
Ceticismo. Segundo afirma, há contradição entre os versí­
da pela pobreza. Já o versículo 11 enfatiza, em sua predição divi­
culos em referência por não concordarem entre si sobre a
na, a realidade incontestável da pobreza que acompanha as ge­
extinção ou manutenção de pobres na terra.
rações humanas no mundo.
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Embora não haja simplicida-
<=> de nesta questão, deve-se atentar que esta exposição apa­ Quando teu Irmão hebreu ou irmã hebréia se vender
rentemente confusa dos textos não propicia a consolidação de a ti [...] no sétimo ano o deixarás Ir livre
erro. O perdão de empréstimos pessoais aos pobres é o que pare­ (15.12-18)
ce estar em vista aqui. Deus desejava abençoar materialmente seu
Ceticismo. Usa o paralelo entre este texto e Êxodo 21.26
povo na terra prometida para que os empréstimos se tomassem
para afirmar que a Bíblia apresenta normas contraditórias
desnecessários (15.5,6). Ainda que uma obediência completa pu­
para a alforria dos escravos.
desse erradicar a miséria em Israel. Moisés reconheceu a realidade
da existência constante de alguma pobreza na terra (Dt 15.11). _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: É um exagero cético tentar
Assim, verifica-se que Deus não estava predizendo que nun­ “ desmerecer a Palavra de Deus confrontando textos que em

204
DEUTERONÔMIO 15,16

ISE lem brar-te-ás de que foste servo na te rra do 6Senão no lugar que escolher o Sen h o r teu Deus,
Egito, e de que o Sen h o r teu D eus te resgatou; p or­ para fazer h abitar o seu nom e, ah sacrificarás a pás­
tan to hoje te ordeno isso. coa à tarde, ao p ô r do sol, ao tem p o determ inado da
16Porém se ele te disser: N ão sairei de ti; porquanto tua saída do Egito.
te am o a ti, e a tu a casa, po r estar bem contigo; 7Então a cozerás, e com erás no lugar que escolher
l7Então tom arás um a sovela, e lhe furarás a orelha o Se n h o r teu Deus; depois voltarás pela m anhã, e
à porta, e teu servo será para sem pre; e tam bém as­ irás às tuas tendas.
sim farás à tua serva. "Seis dias com erás pães ázim os e no sétim o dia é
l8N ão seja duro aos teus olhos, quando despedi-lo solenidade ao S e n h o r teu Deus; n en h u m trabalho
liberto de ti; pois seis anos te serviu em equivalência farás.
ao dobro do salário do diarista; assim o Se n h o r teu 9Sete sem anas contarás; desde que a foice com eçar
Deus te abençoará em tu d o o que fizeres. na seara iniciarás a co n tar as sete semanas.
‘‘'Todo o prim ogênito que nascer das tuas vacas e "’D epois celebrarás a festa das sem anas ao Se nho r
das tuas ovelhas, o m acho santificarás ao Senho r teu teu Deus; o que deres será oferta voluntária da tua
Deus; com o prim ogênito do teu boi não trabalharás, m ão, segundo o Se n h o r teu D eus te houver ab en ­
nem tosquiarás o prim ogênito das tuas ovelhas. çoado.
2(lPerante o Se n h o r teu D eus os com erás de ano em " E te alegrarás p erante o Se n h o r teu Deus, tu, e teu
ano, no lugar que o Se n h o r escolher, tu e a tua casa. filho, e tua filha, e o teu servo, e a tu a serva, e o levi­
2'Porém , havendo nele algum defeito, se fo r coxo, ta que está den tro das tuas portas, e o estrangeiro, e
ou cego, ou tiver qualquer defeito, não o sacrificarás o órfão, e a viúva, que estão n o m eio de ti, no lugar
ao Senho r teu Deus. que o Sen h o r teu D eus escolher para ah fazer habi­
22Nas tuas portas o com erás; o im undo e o lim po o ta r o seu nom e.
comerão tam bém , com o da corça o u do veado. I2E lem b rar-te-ás de que foste servo n o Egito; e
2íSom ente o seu sangue não com erás; sobre a ter­ guardarás estes estatutos, e os cum prirás.
ra o derram arás com o água. I3A festa dos tab ern ácu lo s celebrarás sete dias,
quan d o tiveres colhido da tu a eira e do teu lagar.
A s três festas I4E, na tu a festa, alegrar-te-ás, tu , e teu filho, e tua
GUARDA o mês de Abibe, e celebra a páscoa filha, e o teu servo, e a tu a serva, e o levita, e o es­
ao Se nho r teu Deus; porque no mês de Abibe trangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão d en tro das
o Senho r teu Deus te tirou do Egito, de noite. tuas portas.
2Então sacrificarás a páscoa ao Se n h o r teu Deus, l5Sete dias celebrarás a festa ao Se n h o r teu Deus,
das ovelhas e das vacas, n o lugar que o Se n h o r esco­ no lugar qu e o Se n h o r escolher; p o rq u e o Sen h o r
lher para ali fazer habitar o seu nom e. teu D eus te há de abençoar em toda a tua colheita,
3Nela não com erás levedado; sete dias nela com e­ e em todo o trabalho das tuas m ãos; p o r isso certa­
rás pães ázimos, pão de aflição (p orquanto apressa­ m ente te alegrarás.
dam ente saíste da terra do Egito), para que te lem ­ 16Três vezes no ano to d o o h o m em entre ti aparece­
bres do dia da tua saída da terra do Egito, todos os rá perante o Se n h o r teu Deus, no lugar que escolher,
dias da tua vida. na festa dos pães ázim os, e na festa das sem anas, e na
4Levedado não aparecerá contigo p o r sete dias em festa dos tabernáculos; porém não aparecerá vazio
todos os teus term os; tam bém da carne que m atares perante o Se n h o r ;
à tarde, no prim eiro dia, nada ficará até à m anhã. 17Cada u m , conform e ao d o m da sua m ão, c o n ­
5N ão poderás sacrificar a páscoa em n enhum a das form e a bênção do Se n h o r teu D eus, que lhe tiver
tuas portas que te dá o Se n h o r teu Deus; dado.

nada se comunicam, a não ser pela questão do forro da escravi­ tos por agressões físicas; 3) relata um favorecimento superior ao
dão. Quanto ao procedimento descrito aqui, não tem nada a ver não permitir que a alforria se resumisse em si mesma, ou seja, o
com o de Êxodo, uma vez que: 1) dita normas sobre os servos he­ senhor do servo hebreu deveria, ao dispensá-lo, conceder-lhe di­
breus que se vendiam a seus próprios irmãos (v. 12); 2) não fala reito ao gado, aos cereais e ao fruto do lagar (v. 14). Assim. não há
de alforria sendo concedida como compensação pelos ferimen­ nada que habilite o questionamento dos céticos.

205
DEUTERONÔMIO 16,17

Deveres dos ju iz e s ele, para m atá-lo; e depois as m ãos de to d o o povo;


l8Juízes e oficiais porás em todas as tuas cidades assim tirarás o m al do m eio de ti.
que o S en h o r teu Deus te d er entre as tuas tribos,
para qu e julguem o povo com juízo de justiça. C o n su lta dos sacerdotes
l9N ão torcerás o juízo, não farás acepção de pesso­ ^Q uando algum a coisa te for difícil dem ais em ju í­
as, nem receberás peitas; p o rq u an to a peita cega os zo, entre sangue e sangue, entre d em anda e dem an ­
olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. da, entre ferida e ferida, em questões de litígios nas
20A justiça, som ente a justiça seguirás; para que vi­ tuas portas, en tão te levantarás, e subirás ao lugar
vas, e possuas em herança a terra que te dará o S e­ que escolher o S en h or teu Deus;
n ho r teu Deus. “E virás aos sacerdotes levitas, e ao juiz que houver
naqueles dias, e in q u irirás, e te an u n ciarão a sen­
O castigo da idolatria tença do juízo.
21N ão plantarás nenhum a árvore ju n to ao altar do I0E farás conform e ao m andado da palavra que te
S en h or teu Deus, que fizeres para ti. anunciarem no lugar que escolher o S en h o r ; e te­
22N em levantarás im agem , a qual o S en h o r teu rás cuidado de fazer conform e a tu d o o que te en ­
Deus odeia. sinarem .
1 'C o n fo rm e ao m and ad o da lei que te ensinarem ,
1 ^ NÀO sacrificarás ao S en h or teu Deus, boi e conform e ao juízo que te disserem , farás; da pala­
X / o u gado m iúdo em que haja defeito o u al­ vra que te anunciarem te não desviarás, nem para a
gum a coisa m á; pois abom inação é ao S en h o r teu direita nem para a esquerda.
Deus. I20 h o m em , pois, que se h ouver soberbam ente,
2Q u an d o no m eio de ti, em algum a das tuas po r­ não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para
tas que te dá o S en h or teu Deus, se achar algum h o ­ servir ao S eni ior teu Deus, nem ao juiz, esse hom em
m em ou m ulher que fizer m al aos olhos do S enhor m orrerá; e tirarás o m al de Israel;
teu Deus, transgredindo a sua aliança, 13Para que todo o povo o ouça, e tem a, e nunca mais
3Q ue se for, e servir a outros deuses, e se encurvar a se ensoberbeça.
eles ou ao sol, o u à lua, ou a todo o exército do céu,
o que eu não ordenei, A eleição e os deveres d e u m rei
4E te for denunciado, e o ouvires; então bem o in ­ 14Q u an d o entrares na terra que te dá o S enhor teu
quirirás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez D eus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Po­
tal abom inação em Israel, rei sobre m im u m rei, assim com o têm todas as n a­
’Então tirarás o hom em o u a m ulher que fez este ções que estão em redor de mim;
malefício, às tuas portas, e apedrejarás o tal hom em 1 ?Porás certam ente sobre ti com o rei aquele que es­
ou m ulher, até que m orra. colher o S en h or teu Deus; dentre teus irm ãos porás
6Por boca de duas testem unhas, o u três testem u­ rei sobre ti; não poderás p ô r hom em estranho sobre
nhas, será m o rto o que houver de m orrer; p o r boca ti, que não seja de teus irmãos.
de u m a só testem unha não m orrerá. l6Porém ele n ão m ultiplicará para si cavalos, nem
7As m ãos das testem unhas serão prim eiro contra fará voltar o povo ao Egito para m ultiplicar cava-

Porás certamente sobre tl como rei Deus ocupasse o trono. Isso porque acreditavam que Samuel era
(17.14-20) sobre eles e não que Deus estava com eles por meio de Samuel.
Quando Saulfoi escolhido rei de Israel, Samuel advertiu o povo,
Ceticismo. Alega haver contradição entre este versículo e
dizendo: ‘ Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que vos
1 Samuel 8.7,9, visto que aqui o Senhor estabelece normas
livrou de todos os vossos males e trabalhos". Os israelitas con­
para que um monarca seja instituído sobre o povo e em 1Samuel
sagraram ainda mais os seus erros quando deixaram de obser­
Deus manifesta o Interesse de reinar por si mesmo.
var o mandamento do Senhor: “Porás certamente sobre ti como
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto de 1Samuel rei aquele que escolher o Senhor teu Deus". Como se pode ver,
mostra que tanto a motivação quanto aforma como o povo a regra de Deuteronômio se referia, sem dúvida, a um monarca
pedira a Samuel para estabelecer um rei sobre si destoavam das humano, mas cujo coração Deus conhecia e aprovava, como no
normas estabelecidas em Deuteronômio. Na ocasião, a vontade caso de Davi.
do povo era ter um rei, fosse quem fosse, e não que um homem de

206
DEUTERONÔMIO 17,18

los; pois o Senho r vos tem dito: N unca m ais volta­ gado m iúdo; que darão ao sacerdote a espádua e as
reis p o r este cam inho. queixadas e o bucho.
'T a m p o u c o para si m ultiplicará m ulheres, para 4D ar-lhe-ás as prim ícias do teu grão, do teu m os­
que o seu coração não se desvie; nem p rata nem to e do teu azeite, e as prim ícias da tosquia das tuas
ouro m ultiplicará m uito para si. ovelhas.
l8Será tam bém que, quan do se assentar sobre o tro ­ 5Porque o S enhor teu D eus o escolheu de todas as
no do seu reino, então escreverá para si num livro, tuas tribos, para que assista e sirva no n o m e do S e­
um traslado desta lei, do original que está diante dos nhor , ele e seus filhos, todos os dias.
sacerdotes levitas. 6E, quando chegar um levita de alguma das tuas p o r­
” E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua tas, de todo o Israel, onde habitar; e vier com todo o
vida, para que aprenda a tem er ao Se n h o r seu Deus, desejo da sua alma ao lugar que o S enhor escolheu;
para guardar todas as palavras desta lei, e estes esta­ 7E servir no nom e do S en h or seu Deus, com o ta m ­
tutos, para cum pri-los; bém todos os seus irm ãos, os levitas, que assistem
20Para que o seu coração não se levante sobre os ali perante o S enhor ,
seus irm ãos, e não se aparte do m andam ento, nem sIgual porção com erão, além das vendas do seu p a­
para a direita nem para a esquerda; para que p ro ­ trim ônio.
longue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no
meio de Israel. As abom inações das nações são proibidas
9Q u an d o entrares na terra que o S enhor teu Deus
Os direitos dos sacerdotes e dos levitas te der, não aprenderás a fazer conform e as abom i­
OS sacerdotes levitas, toda a trib o de nações
Levi, daquelas nações.
não terão parte nem herança com Israel; 1 “E ntre ti não se achará quem faça passar pelo fogo
das ofertas queim adas do S enhor e da sua h era n ­ a seu filho o u a sua filha, n em adivinhador, nem
ça comerão. prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
2Por isso não terão herança no m eio de seus irmãos; ' 'N em encantador, nem quem consulte a u m espí­
o Se n h o r é a sua herança, com o lhes tem dito. rito adivinhador, nem mágico, nem quem consul­
3Este, pois, será o direito dos sacerdotes, a receber te os m ortos;
do povo, dos que oferecerem sacrifício, seja boi ou '"Pois todo aquele que faz tal coisa é abom inação

Tampouco para si multiplicará mulheres Entre tl não se achará quem faça passar
(17.17) pelo fogo a seu filho ou a sua filha
(18.10)
Ceticismo. Segundo declara, há contradição entre este
versículo e 1Reis 11,3, onde diz que Salomão possuía um Ceticismo. Confronta este texto com Gênesis 22.2 para
harém com 700 esposas e 300 concubinas. conferir contradição à Bíblia que, de acordo com a acusa­
ção dos céticos, ora requer sacrifícios humanos, ora condena es­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A monogamia é ensinada
ses mesmos sacrifícios (Cf. Lv 18.21).
na Bíblia em várias oportunidades e de várias maneiras:
a.) Pelo exemplo do versículo em destaque, já que Deus con­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deusjamaisfomentou aprá-
cedeu ao primeiro homem apenas uma mulher; b.) Pela pro­ tica de sacrifícios humanos. Aconfrontação procedida para
porcionalidade, visto que o número de concepção de crianças inferir contradição ao texto bíblico revela incapacidade e ignorân­
do sexo masculino e feminino é tecnicamente igual; c.) Por pre­ cia sobre o contexto de Génesis e a referência em estudo. No caso
ceito, uma vez que tanto o Antigo quanto o Novo Testamento de Abraão, Deus estava tão-somente provando a fé de seu ser­
determinam a modalidade monogâmicade uniáo conjugal; d.) vo quando lhe pediu para imolar em holocausto seu filho Isaque.
Por advertência, porque 1Reis 11.11 registra a puniçáo que re­ E Abraão demonstrou submissão ao Senhor ao atender ao pedi­
caiu sobre Salomão, por ter-se desviado em sua velhice e ser­ do que lhe fora feito. Mas. como prova do veto divino aos sacrifí­
vido a deuses estranhos; e.) Por prefiguração, uma vez que a cios humanos, o próprio Deus. por meio de seu anjo (Gn 22.11-
união conjugal simboliza a união entre Cristo Jesus (Noivo) e 14), repreendeu a Abraão para que não prosseguisse com o ato,
a Igreja (Noiva). provendo um cordeiro para o holocausto.
Neste sentido, a conduta de Salomão, efetivamente, não se
acha em harmonia com as exposições bíblicas que se referem Nem mágico, nem quem consulte os mortos
às relações conjugais (Gn 2.24; 1Tm 3.2). De uma maneira práti­ (18.11)
ca, como ocorre em outras circunstâncias, o fato de a Bíblia nar­ A COMENTAR IO APOLOGÉTICO: Deus proibiu a prática de
rar acontecimentos semelhantes a este que envolve Salomão não U consulta aos mortos, por meio da mediunidade. e a arte di­
significa que ela os aprove. vinatória (18.9-15, Lv 20.27, Ap 21.8).Logo, o espiritismo é conde-

207
DEUTERONÔMIO 18

ao S en h o r ; e p o r estas abom inações o S en h o r teu l6C onform e a tu d o o que pediste ao S enhor teu
Deus os lança fora de diante de ti. D eus em H orebe, no dia da assem bléia, dizendo:
13Perfeito serás, com o o S en h o r teu Deus. N ão ouvirei m ais a voz do S en h or teu D eus, nem
l4Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem m ais verei este grande fogo, para que não m orra.
os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti ,:Então o S en h o r m e disse: Falaram bem naqui­
o S enhor teu D eus não p erm itiu tal coisa. lo que disseram.
,8£í's lhes suscitarei u m profeta do m eio de seus ir­
A prom essa d e u m grande profeta m ãos, com o tu , e porei as m inhas palavras na sua
l50 S en h or teu D eus te levantará um profeta do boca, e ele lhes falará tu d o o que eu lhe ordenar.
meio de ti, de teus irm ãos, com o eu; a ele ouvireis; I9E será que qualquer que não ouvir as m inhas pa-

nado pelas seguintes razóes: a.) A mediunidade é absolutamente aos outros; como eu vos ameis a vós, que também vós uns aos
proibida pela Biblia (Lv 19.31,1 Cr 10.13.14, Is 8.19,20); b.) Os es­ outros vos ameis" (13.34). "Levai as cargas uns dos outros e as­
píritos dos mortos em Cristo estão com Ele no céu e não voltam à sim cumprireis a lei de Cristo’ (6.2).
terra (2Sm 12.23,2Co 5.6-8. Fp 1.21 -23); c.) Os espíritos dos mor­ A segunda objeção diz que a expressão ‘ seus irmãos’ refere
tos não retornam à terra. aos ismaelitas e não aos israelitas. Este argumento pode ser refu­
Lendo atentamente Lucasl 6.19-31, entendemos que o homem tado facilmente quando verificamos de que maneira a palavra "ir­
rico pediu a Abraão que enviasse Lázaro à terra para avisar seus mão" é usada na Bíblia. E podemos constatar isso em Deutero-
irmãos sobre a existência do inferno (hades). Abraão respondeu nômio 17.15, quando Moisés dá instruções aos israelitas, dizen­
que isso não era necessário, porque seus irmãos tinham os es­ do: "Porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o
critos de Moisés e dos profetas. O rico não pediu para Abraão Senhor, teu Deus, dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não pode­
enviar uma alma penada, mas alguém que fosse ressuscitado! rás pôr homem estranho sobre ti, que náo seja de teus irmãos” .
É o que diz o versiculo 31 de Lucas: “Ainda que algum dos mor­ Ora, alguma vez Israel estabeleceu algum estrangeiro como rei?
tos ressuscite". É claro que não! Escolher um rei "dentre teus irmãos" refere-se a
A explicação que se pode dar sobre as manifestações espíri­ escolher alguém de uma das doze tribos de Israel. Da mesma for­
tas é que os que se apresentam como sendo espíritos de mortos ma. o profeta prometido aqui deveria ser um israelita.
são, na verdade, demônios. O apóstolo Paulo avisa, em Efésios A terceira objeção é que. supostamente, os evangelhos náo
6.11.12, que a nossa luta é contra as forças espirituais do mal, consistem nas palavras que Deus concedeu a Jesus. Mais uma
nas regiões celestes. vez, podemos constatar profunda falta de conhecimento do Novo
Testamento por parte dos muçulmanos. O próprio Jesus disse:
O SENHOR teu Deus te levantará um profeta do melo de ti "Porque eu náo tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me
(18.15-18) enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre
o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Por­
( ffr Islamismo. Declara que esta profecia é relativa a Maomé e
tanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito" (Jo 12.49,50.
V ? apresenta suas razões para negar sua referência a Jesus.
V. tb. Jo 7.16; 8.28). O próprio Jesus, profetizando sobre sua mor­
Primeira razão: o profeta prometido deveria ser um profeta legis­
te iminente, disse que deveria continuar sua jornada até Jerusa­
lador. e Jesus, segundo o Islã, não apresentou nenhuma declara­
lém: “Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte
ção referente a uma nova lei.
para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém" (Lc
Segunda razão: o profeta prometido seria suscitado não dentre
13.33. V. tb. Mt 13.57; 21.11; Lc7.16; Jo4.19; 6.14; 7.40; 9.17).
Israel, mas dentre seus irmãos, e Jesus era um israelita.
O muçulmano salientará que as semelhanças entre Moisés e
Terceira razão: a profecia diz: “Porei as minhas palavras na sua
Maomé ainda não foram explicadas. É verdade que existem mui­
boca". Os evangelhos não consistem nas palavras que Deus pôs
tas analogias, mas também muitas diferenças. Por exemplo, se
na boca de Jesus, apenas nos contam a história de Jesus, o que
Maomé era analfabeto, como a maioria dos muçulmanos afirma,
Ele disse em alguns de seus discursos públicos e o que os seus
então não era como Moisés, "que foi instruído em toda a ciência
discípulos disseram ou fizeram em ocasiões diferentes.
dos egípcios' (At 7.22). Dizem que Maomé recebeu suas revela­
Quarta razão: o prometido deveria ser um profeta. O ponto de
ções de um anjo. Moisés, porém, recebeu a Lei diretamente de
vista cristão é que Jesus não era um profeta, mas o filho de Deus.
Deus. Maomé não operou sinais ou milagres para corroborar o
Neste sentido, o muçulmano salientará semelhanças entre Mao-
seu chamado. Moisés, entretanto, executou muitos sinais. Mao­
mée Moisés. Cada um deles surgiu do meio dos idólatras. Os dois
mé era árabe e Moisés, israelita.
são legisladores. Inicialmente, foram rejeitados pelo seu povo e
Analisando os evangelhos, percebemos que Jesus era diferen­
tiveram de se exilar. Retornaram posteriormente para liderar suas
te de Moisés em alguns aspectos, mas em outros, muito pareci­
nações. Os dois casaram e tiveram filhos. Após a morte de cada
do. Os dois eram israelitas, o que é muito importante à luz do que
um. seus sucessores conquistaram a Palestina.
aprendemos acerca da expressão “dentre teus irmãos". Os dois
A conclusão muçulmana é que esta profecia foi cumprida so­
deixaram o Egito para ministrar a seu povo (Mt 2.15; Hb 11.27). Os
mente por Maomé, e se estas palavras não se aplicam a Maomé,
dois renunciaram grandes riquezas para melhor se identificarem
ainda permanecem sem cumprimento.
com o seu povo (Jo 6.15; 2Co 8.9; Hb 11.24-26). Dessa maneira,
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A primeira objeção diz que percebemos que tanto Jesus como Maomé tiveram semelhanças
<=• esta profecia não foi cumprida em Jesus porque Ele não foi com Moisés. Em que sentido, então, este profeta prometido se­
um legislador. Ao afirmarem isso, os muçulmanos demonstram ria semelhante a Moisés? A resposta encontra-se em Deuteronô-
profunda falta de compreensão do Novo Testamento. Vejamos o mio 34.10-12, onde duas características peculiares de Moisés são
que dizem o evangelho de João e a epistola aos gálatas, respec­ mencionadas: "E nunca mais se levantou em Israel profeta algum
tivamente: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; nem se-

208
DEUTERONÔMIO 18,19

lavras, que ele falar em m eu nom e, eu o requere­ ra, qu e te fará p o ssu ir o Se n h o r teu D eus, d iv id i­
rei dele. rás em três; e isto será para que todo o hom icida se
2"Porém o profeta que tiver a presunção de falar al­ acolha ali.
gum a palavra em m eu nom e, que eu não lhe tenha ■'Eeste é o caso tocante ao hom icida, que se acolher
m andado falar, ou o que falar em nom e de outros ali, para que viva; aquele que p o r engano ferir o seu
deuses, esse profeta m orrerá. próxim o, a quem não odiava antes;
21E, se disseres no teu coração: C om o conhecerei a 5C om o aquele que en tra r com o seu próxim o no
palavra que o Se n h o r não falou? bosque, p ara co rtar lenha, e, p o n d o força na sua
23Q u an do o profeta falar em no m e do Se n h o r , e m ão com o m achado p ara co rtar a árvore, o ferro
essa palavra não se cum prir, nem suceder assim; esta saltar do cabo e ferir o seu próxim o e este m orrer,
é palavra que o Se n h o r não falou; com soberba a fa­ aquele se acolherá a u m a destas cidades, e viverá;
lou aquele profeta; não tenhas tem or dele. 6Para que o vingador do sangue não vá após o h o ­
micida, q u an d o se enfurecer o seu coração, e o alcan­
As cidades d e refúgio çar, p o r ser co m prido o cam inho, e lhe tire a vida;
QUANDO o Se n h o r teu D eus desarraigar porqu e não é culpado de m o rte, pois o não o d ia­
as nações cuja te rra te dará o Se n h o r teu va antes.
Deus, e tu as possuíres, e m orares nas suas cidades 7P ortanto te d o u ordem , dizendo: Três cidades se­
e nas suas casas, pararás.
2Três cidades separarás, no m eio da te rra que te 8E, se o Se n h o r teu D eus dilatar os teus term os,
dará o Se n h o r teu Deus para a possuíres. com o ju ro u a teus pais, e te d er to d a a te rra que dis­
'Preparar-te-ás o cam inho; e os term os da tua ter­ se daria a teus pais

melhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou e, depois, para 1941. Posteriormente, mudaram para 1975, ano
para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a em que recomendaram às testemunhas de jeová que abando­
toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto gran­ nassem empregos, estudos e vendessem suas propriedades,
de que operou Moisés aos olhos de todo Israel”. O que não deixa alegando que o tempo se abreviava e o Armagedom estava às
de ser uma referência direta aos versículos em estudo. portas. Mas isso não aconteceu. Repetiu-se o fracasso profético.
O Senhor conhecia Moisés face aface (Êx 33.11). Maomé nunca Muitas outras seitas poderiam ser mencionadas aqui, porém, es­
teve esse tipo de relacionamento com Deus. Deus é tão transcen­ tas são as mais expressivas.
dente no islamismo que, exceto no caso de Moisés, nunca falou A Bíblia nos mostra que, algumas vezes, durante o período do
diretamente com o homem. Jesus, o verbo feito carne (Jo 1.14), Antigo Testamento (como acontece em nossos dias), surgiram
é o único que teve relacionamento com Deus, assim como Moi­ profetas verdadeiros e falsos. Há três provas para julgar a ve­
sés. De fato. o relacionamento de Jesus ultrapassa em muito o de racidade dos profetas. A primeira é baseada em suas respecti­
Moisés: "No princípio erao Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o vas mensagens: “Se a profecia de um profeta não se cumpriu,
Verbo era Deus" (Jo 1.1). Pouco precisamos falar sobre a segun­ ele é falso" (v. 22). A segunda, em seu caráter: “Sendo puro, ele
da característica de Moisés. Os muitos milagres que tanto Jesus é verdadeiro, ainda que sua profecia esteja distante, no futuro"
como Moisés operaram são bem conhecidos. O próprio Alcorão (Mt 7.15-19). E aterceira, em sua atitude: “Se a profecia se cumprir
testifica que Maomé não operou milagres (Alcorão 1.59; 1.90-93; e o profeta conduzir o povo a outros deuses, ele é falso” (13.2).
6.37; 6.109), mas Jesus sim (Alcorão 5.110). Podemos resumir as caracterfsticas dos falsos profetas da se­
Finalmente, o próprio Jesus nos diz quem é o profeta prometido guinte maneira: a.) Profetizou alguma coisa que não se cumpriu?
aqui: "Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, por­ b.) 100 de suas profecias se tornaram verdadeiras? (1Sm 3.19);
que de mim escreveu ele” (Jo 5.46. V. tb. Lc 24.27). c.) Pratica a mediunidade? (18.11); d.) Faz uso de adivinhação?
(18.11); e.) Envolve-se com médiuns e/ou feiticeiros? (18.10); f.)
Com soberba a falou aquele profeta Segue falsos ídolos ou deuses? (13.1-3; Êx 20.3,4); g.) Negaa dei­
(18.20-22) dade absoluta de Jesus Cristo? (Cl 2.8,9); h.) Nega a humanidade
de Jesus? (1Jo4.1,2); I.) Defende a abstinência de certos alimen­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Muitos grupos religiosos tos, alegando razões espirituais? (1Tm 4.3,4); j.) Proíbe o casa­
Í têm profetizado falsamente a respeito de eventos escato-
lógícos e outros pontos doutrinários. O mormonismo vaticinou a
mento, o sexo entre pessoas legalmente casadas e exige a anti-
concepção? (1Tm 4.3; Hb 13.4); k.) Promove a imoralidade ou o
segunda vinda de Jesus para 1890. No adventismo, William Miller sexo? (Jd 7); I.) Incentiva o legalismo que inclui a guarda do sá­
anunciou que a segunda vinda de Jesus ocorreria em 1843. De­ bado como modo de salvação? (Cl 2.14-23).
pois alterou a data para 22 de outubro de 1844, o que produziu o Uma resposta positiva sobre qualquer uma das questões apon­
conhecido "grande desapontamento" entre o grupo. tadas é uma forte indicação de que tal profeta não está falando
CharlesTaze Russell, fundador da Sociedade Torre de Vigia (das como porta-voz de Deus e de que Deus está provando seu povo:
Testemunhas de Jeová), profetizou que a guerra do Armagedom "Porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais
ocorreria em 1914, mas não procedeu. Entâo, Joseph F. Ruther- o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração e com toda a
ford, segundo presidente da sociedade, mudou a data para 1925. vossa alma” (13.3).

209
DEUTERONÔMIO 19,20

9(Q u an do guardares todos estes m andam entos, JE dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à p e­
que hoje te ordeno, para cum prí-los, am ando ao leja contra os vossos inim igos; não se am oleça o vos­
Se n h o r teu Deus e andando nos seus cam inhos to ­ so coração: não tem ais nem trem ais, nem vos ater­
dos os dias), então acrescentarás outras três cidades rorizeis diante deles,
além destas três. 4Pois o Se n h o r vosso Deus é o que vai convosco, a
l0Para que o sangue inocente não se d erram e no pelejar contra os vossos inim igos, para salvar-vos.
m eio da tu a terra, que o Se n h o r teu Deus te dá por ’Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: Q ual é
herança, e haja sangue sobre ti. o hom em que edificou casa nova e ainda não a con­
"M as, havendo alguém que odeia a seu próxim o, e sagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que p o rv en tu ­
lhe arm a ciladas, e se levanta contra ele, e o fere m o r­ ra não m o rra na peleja e algum o u tro a consagre.
talm ente, e se acolhe a algum a destas cidades, 6E qual é o hom em que plantou u n ja vinha e ain­
12Então os anciãos da sua cidade m andarão buscá- da não a desfrutou? Vá, e torne-se à sua casa, para
lo; e dali o tirarão, e o entregarão na m ão do vinga­ que p o rv en tu ra não m o rra na peleja e algum o u ­
d o r do sangue, para que m orra. tro a desfrute.
130 teu olho não o perdoará; antes tirarás o sangue 7E qual é o ho m em que está desposado com algu­
inocente de Israel, para que bem te suceda. m a m ulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à
sua casa, para que p o rv en tu ra não m o rra na peleja
A cerca dos lim ites e das testem u n h a s e algum o u tro hom em a receba.
MN ão m udes o lim ite do teu próxim o, que estabe­ 8E co ntinuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo:
leceram os antigos na tua herança, que receberás na Q ual é o hom em m edroso e de coração tím ido? Vá,
terra que te dá o Senho r teu D eus para a possuíres. e torne-se à sua casa, para que o coração de seus ir­
1’Uma só testem unha contra alguém não se levan­ m ãos não se d erreta com o o seu coração.
tará por qualquer iniqüidade, ou po r qualquer p e­ 9E será que, q u an d o os oficiais acabarem de falar
cado, seja qual for o pecado que com eteu; pela boca ao povo, então designarão os capitães dos exércitos
de duas testem unhas, ou pela boca de três teste­ para a dianteira do povo.
m unhas, se estabelecerá o fato. '"Q u an d o te achegares a algum a cidade para co m ­
l6Q uan do se levantar testem unha falsa contra al­ batê-la, apregoar-lhe-ás a paz.
guém , para testificar contra ele acerca de transgres­ " E será que, se te responder em paz, e te ab rir as
são, portas, todo o povo que se achar nela te será trib u ­
17Então aqueles dois hom ens, que tiverem a dem an­ tário e te servirá.
da, se apresentarão perante o Senhor , diante dos sa­ 12Porém , se ela não fizer paz contigo, mas antes te
cerdotes e dos juizes que houver naqueles dias. fizer guerra, então a sitiarás.
18E os juizes inquirirão bem ; e eis que, sendo a tes­ UE o Se n h o r teu D eus a d ará n a tua m ão; e to d o o
tem unha falsa, que testificou falsam ente contra seu hom em que houver nela passarás ao fio da espada.
irm ão, MPorém , as m ulheres, e as crianças, e os anim ais;
‘‘'Far-lhe-eis com o cuidou fazer a seu irm ão; e as­ e tu d o o que houver na cidade, to d o o seu despojo,
sim tirarás o mal do m eio de ti. tom arás para ti; e com erás o despojo dos teus in im i­
20Para que os que ficarem o ouçam e tem am , e n u n ­ gos, que te deu o Se n h o r teu Deus.
ca m ais tornem a fazer tal mal no m eio de ti. ' ’Assim farás a todas as cidades que estiverem mui
2'O teu olho não perdoará; vida por vida, olho por longe de ti, que não forem das cidades destas nações.
olho, dente po r dente, m ão p o r m ão, pé po r pé. 1'’Porém , das cidades destas nações, que o Se nho r
teu Deus te dá em herança, n en h u m a coisa que tem
As leis da guerra fôlego deixarás com vida.
Q U AN D O saíres à peleja contra teus inim i­ 17Antes destruí-las-ás totalm ente: aos heteus, e aos
gos, e vires cavalos, e carros, e povo m aior am orreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos he-
em núm ero do que tu, deles não terás tem or; pois veus, e aos jebuseus, com o te o rd en o u o Se n h o r teu
o Se n h o r teu Deus, que te tiro u da terra do Egito, Deus.
está contigo. 18Para que não vos ensinem a fazer conform e a to ­
2E será que, q uando vos achegardes à peleja, o sa­ das as suas abom inações, que fizeram a seus deuses,
cerdote se adiantará, e falará ao povo, e pequeis contra o Se n h o r vosso Deus.

210
DEUTERONÔMIO 20,21

’’Q uan d o sitiares um a cidade p o r m uitos dias, pe­ 9 Assim tirarás o sangue inocente do m eio de ti; pois
lejando contra ela para a tom ar, não destruirás o seu farás o que é reto aos olhos do S enhor .
arvoredo, colocando nele o m achado, p orque dele
comerás; pois que não o cortarás (pois o arvoredo A cerca da m u lh e r prisioneira
do cam po é m antim ento para o h om em ), para em ­ “'Q uando saíres à peleja co n tra os teus inim igos,
pregar no cerco. e o S enhor teu D eus os entregar nas tuas m ãos, e tu
20Mas as árvores que souberes que não são árvores deles levares prisioneiros,
de alim ento, destruí-las-ás e cortá-las-ás; e contra " E tu entre os presos vires um a m u lh er form osa à
a cidade que guerrear contra ti edificarás baluartes, vista, e a cobiçares, e a tom ares p o r m ulher,
até que esta seja vencida. l2Então a trarás para a tu a casa; e ela rapará a cabe­
ça e cortará as suas unhas.
E xpiação p or u m h om icíd io desconhecido 13E despirá o vestido do seu cativeiro, e se assentará
QUANDO na terra que te der o S en h or teu na tua casa, e chorará a seu pai e a sua m ãe u m mês
D eus, para possuí-la, se achar um m orto, inteiro; e depois chegarás a ela, e tu serás seu m ari­
caído no cam po, sem que se saiba quem o m atou, do e ela tu a mulher.
2Então sairão os teus anciãos e os teus juizes, e m e­ ' 4E será que, se te não co n ten tares dela, a deixa­
dirão a distância até as cidades que estiverem em re­ rás ir à sua vontade; mas de m odo algum a vende­
d o r do m orto; rás p o r dinheiro, nem a tratarás com o escrava, pois
3E, na cidade mais próxim a ao m orto, os anciãos da a tens hum ilhado.
mesma cidade tom arão um a novilha da manada, que
não tenha trabalhado nem tenha puxado com o jugo; O direito do prim o g ên ito
4E os anciãos daquela cidade trarão a novilha a um ' ’Q u an d o um ho m em tiver duas m ulheres, um a a
vale áspero, que nunca foi lavrado nem sem eado; e quem am a e o u tra a quem despreza, e a am ada e a
ali, naquele vale, degolarão a novilha; desprezada lhe derem filhos, e o filho prim ogênito
5Então se achegarão os sacerdotes, filhos de Levi; for da desprezada,
pois o S en h o r teu D eus os escolheu p ara o servi­ l6Será que, n o dia em que fizer h erd ar a seus filhos
rem , e para abençoarem em nom e do S en h o r ; e pela o que tiver, não poderá d ar a p rim o g en itu ra ao fi­
sua palavra se decidirá to d a a dem anda e to d o o fe­ lho da am ada, preferindo-o ao filho da desprezada,
rim ento; que é o prim ogênito.
6E todos os anciãos da m esm a cidade, m ais próxi­ 17Mas ao filho da desprezada reconhecerá p o r
m a ao m orto, lavarão as suas m ãos sobre a novilha prim ogênito, d an d o -lh e d o b rad a porção de tu d o
degolada no vale; quanto tiver; p o rq u an to aquele é o princípio da sua
7E protestarão, e dirão: As nossas m ãos não d erra­ força, o direito da prim o g en itu ra é dele.
m aram este sangue, e os nossos olhos o não viram .
KSê propício ao teu povo Israel, que tu, ó S enhor , A cerca d o sfd h o s desobedientes
resgataste, e não ponhas o sangue inocente no m eio ' sQ u an d o alguém tiver um filho contum az e rebel­
do teu povo Israel. E aquele sangue lhes será ex­ de, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua
piado. mãe, e, castigando-o eles, lhes não d er ouvidos,

Não destruirás o seu arvoredo cavam a cidade, e os motivos para que fossem preservados são
(20.19) descritos no versículo em estudo: “porque deles comerás” e “para
empregar o cerco".
Ceticismo. Segundo alega, há contradição entre este ver­
Por outro lado, a orientação descrita em 2Reis 3.18,19 as­
sículo e 2Reis 3.18,19, onde está escrito que a ordem de
sinala, como peculiaridade, que o povo, cujas terras seriam
Deus, por ocasião do embate judeu contra os moabitas, era para
devastadas, tratava-se dos moabitas, e não de outros inimi­
que as árvores fossem destruídas.
gos, também citados no segundo livro dos reis. Além do mais,
. - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Existe uma clara distinção para este último caso. ainda não havia sido prescrita a ocupa­
•=• entre as duas situações. No texto em análise, se acha de­ ção da terra. Ou seja, após a batalha os judeus deveriam vol­
clarado: “Quando sitiares uma cidade por muitos dias". Diante tar para Israel (2Rs 3.27), o que acaba justificando a desne­
disso, levando-se em conta que a palavra “sitiar’ significa "cer­ cessidade dos casos anteriores de preservação, quando os ju­
car" , por conseqüência, "os arvoredos" descritos aqui se encon­ deus se apoderaram das terras dos povos citados na referên­
travam no perímetro do local sitiado, ou seja, aqueles que cer­ cia 20.17 deste livro.

211
DEUTERONÔMIO 21,22

'“Então seu pai e sua m ãe pegarão nele, e o levarão ‘'N ão semearás a tu a vinha com diferentes espécies
aos anciãos da sua cidade, e à p o rta do seu lugar; de sem ente, para qu e não se degenere o fruto da se­
-°E dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é m ente que semeares, e a novidade da vinha.
rebelde e contum az, não dá ouvidos à nossa voz; é l0Com boi e com ju m e n to não lavrarás ju n ta ­
um com ilão e um beberrão. m ente.
2lEntão todos os hom ens da sua cidade o apedre­ "N ã o te vestirás de diversos estofos de lã e linho
jarão, até que m orra; e tirarás o m al do m eio de ti, c juntam ente.
todo o Israel ouvirá e tem erá. 12Franjas porás nas q u atro bordas da tu a m an ta,
com que te cobrires.
E xecução por enforcam ento
22Q u an d o tam bém em alguém houver pecado, A s penas para pecados com etidos co m m u lh eres
digno do juízo de m orte, e for m orto, e o p en d u ra­ 1’Q uan d o u m hom em to m ar m u lh er e, depois de
res nu m m adeiro, coabitar com ela, a desprezar,
230 seu cadáver não perm anecerá no m adei ro, mas 14E lhe im p u tar coisas escandalosas, e contra ela d i­
certam ente o enterrarás no m esm o dia; p o rq u a n ­ vulgar m á fama, dizendo: Tomei esta m ulher, e m e
to o p endurado é m aldito de Deus; assim não con­ cheguei a ela, porém não a achei virgem;
tam inarás a tu a terra, que o Sen h or teu Deus te dá l5Então o pai da m oça e sua m ãe tom arão os sinais
em herança. da virgindade da m oça, e levá-los-ão aos anciãos da
cidade, à porta;
A m o r para com o próxim o '°E o pai da m oça dirá aos anciãos: Eu dei m inha
V END O extraviado o boi o u ovelha de teu filha p o r m u lh er a este hom em , p o rém ele a des­
irm ão, não te desviarás deles; restituí-los- preza;
ás sem falta a teu irm ão. ,7E eis que lhe im p u to u coisas escandalosas, dizen­
2E se teu irm ão não estiver perto de ti, ou não o do: N ão achei virgem a tua filha; porém eis aqui os
conheceres, recolhê-los-ás na tua casa, para que fi­ sinais da virgindade de m inha filha. E estenderão a
quem contigo, até que teu irm ão os busque, e tu roupa diante dos anciãos da cidade.
lhos restituirás. 18E ntão os anciãos da m esm a cidade to m arão
’Assim tam bém farás com o seu jum ento, e assim aquele hom em , e o castigarão.
farás com as suas roupas; assim farás tam bém com |9E o m ultarão em cem siclos de prata, e os darão
to d a a coisa perdida, que se perder de teu irm ão, e ao pai da m oça; p o rq u an to divulgou m á fama sobre
tu a achares; não te poderás om itir. um a virgem de Israel. E lhe será p o r m ulher, em to ­
4Se vires o jum en to que é de teu irm ão, ou o seu boi, dos os seus dias não a poderá despedir.
caídos no cam inho, não te desviarás deles; sem fal­ -"Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgin­
ta o ajudarás a levantá-los. dade não se achou na moça,
2lE ntão levarão a m oça à p o rta da casa de seu pai,
Diversas leis e os h o m en s da sua cidade a apedrejarão, até que
5N ão haverá traje de hom em n am u lh er,e nem ves­ m o rra; pois fez' lo u cu ra em Israel, p ro stitu in d o -
tirá o hom em roupa de m ulher; porque, qualquer se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do m eio
que faz isto, abom inação é ao Se n h o r teu Deus. de ti.
6Q u an d o encontrares pelo cam inho um n inho de 22Q u an d o um h o m em for achado deitado com
ave n u m a árvore, o u no chão, com passarinhos, ou m ulh er que tenha m arido, então am bos m orrerão,
ovos, e a m ãe posta sobre os passarinhos, o u sobre os o hom em que se deitou com a m ulher, e a m ulher;
ovos, não tom arás a m ãe com os filhotes; assim tirarás o mal de Israel.
7Deixarás ir livrem ente a m ãe, e os filhotes tom a­ 2’Q u an d o houver m oça virgem , desposada, e um
rás para ti; para que te vá bem e para que p ro lo n ­ hom em a achar na cidade, e se d eitar com ela,
gues os teus dias. 24Então trareis am bos à p o rta daquela cidade, e os
sQ uan d o edificares um a casa nova, farás um p a­ apedrejareis, até que m o rram ; a m oça, po rq u an to
rapeito, no eirado, para que não pon h as culpa de não g rito u na cidade, e o h o m em , p o rq u an to h u ­
sangue na tua casa, se alguém de algum m odo cair m ilho u a m u lh er do seu próxim o; assim tirarás o
dela. mal do m eio de ti.

212
DEUTERONÔMIO 22,23

25E se algum hom em no cam po achar um a m oça 9Q u an d o o exército sair co n tra os teus inim igos,
desposada, e o hom em a forçar, e se deitar com ela, então te guardarás de toda a coisa má.
então m o rrerá só o hom em que se deitou com ela; l0Q uan d o entre ti houver alguém que, por algum
26Porém à m oça não farás nada. A m oça não tem acidente n o tu rn o , não estiver lim po, sairá fora do
culpa de m orte; porque, com o o hom em que se le­ arraial; não entrará n o m eio dele.
vanta co ntra o seu próxim o, e lhe tira a vida, assim 1 'Porém será que, declinando a tarde, se lavará em
é este caso. água; e, em se p o n d o o sol, en trará n o m eio do ar­
27Pois a achou no cam po; a m oça desposada gri­ raial.
tou, e não houve quem a livrasse. l2T am bém terás um lugar fora do arraial, para
2sQ u an do um ho m em achar um a m oça virgem , onde sairás.
que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com I3E en tre as tuas arm as terás u m a pá; e será que,
ela, e forem apanhados, quando estiveres assentado, fora, então com ela ca­
29Então o hom em que se deitou com ela dará ao pai varás e, virando-te, cobrirás o que defecaste.
da m oça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a h u ­ 14P orquanto o S e n h o r teu Deus anda no m eio de
m ilhou, lhe será po r m ulher; não a poderá despedir teu arraial, para te livrar, e entregar a ti os teus ini­
em todos os seus dias. migos; pelo que o teu arraial será santo, para que ele
,nN en h um hom em to m ará a m ulher de seu pai, não veja coisa feia em ti, e se aparte de ti.
nem descobrirá a nudez de seu pai.
Várias leis
Pessoas q u e são excluídas das assem bléias santas l5N ão entregarás a seu senhor o servo que, tendo
AQUELE a quem forem trilhados os testí­ fugido dele, se acolher a ti;
culos, o u cortado o m em bro viril, não en ­ l6C ontigo ficará, no m eio de ti, no lugar que esco­
trará na congregação do Se nho r . lher em algum a das tuas portas, onde lhe agradar;
2N enhum bastardo entrará na congregação do Se­ não o oprim irás.
n h o r ; nem ainda a sua décim a geração en tra rá na l7N ão haverá p ro stitu ta den tre as filhas de Israel;
congregação do Se nho r . nem haverá sodom ita dentre os filhos de Israel.
JN enhum am onita nem m oabita entrará na con­ 18N ão trarás o salário da p ro stitu ta nem preço de
gregação do Se n h o r ; nem ainda a sua décim a ge­ um sodom ita à casa do Se n h o r teu D eus p o r qual­
ração en trará na congregação do Se n h o r etern a­ quer voto; p orque am bos são igualm ente ab o m in a­
mente. ção ao S e n h o r teu Deus.
4Porquanto não saíram com pão e água, a receber- I9A teu irm ão não em prestarás com juros, n em d i­
vos no cam inho, quando saíeis do Egito; e p o rq u an ­ nheiro, nem com ida, nem qualquer coisa que se em ­
to alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Pe- preste com juros.
tor, de M esopotâm ia, para te am aldiçoar. 20Ao estranho em prestarás com juros, porém a teu
’Porém o Se n h o r teu Deus não quis ouvir Balaão; irm ão não em prestarás com juros; p ara que o Se ­
antes o Senho r teu D eus trocou em bênção a m aldi­ n h o r teu D eus te abençoe em tu d o que puseres a tua
ção; p o rquanto o Se n h o r teu D eus te amava. mão, na terra a qual vais a possuir.
f’N ão lhes procurarás nem paz nem bem em todos 2lQ uan d o fizeres algum voto ao Se n h o r teu Deus,
os teus dias para sempre. não tard arás em cu m p ri-lo ; p o rq u e o Se n h o r teu
7N ão abom inarás o edom eu, pois é teu irm ão; D eus certam en te o requererá de ti, e em ti have­
nem abom inarás o egípcio, pois estrangeiro fos­ rá pecado.
te na sua terra. 22Porém , ab sten d o -te de votar, não haverá peca­
8Os filhos que lhes nascerem na terceira geração, do em ti.
cada um deles entrará na congregação do Se n h o r . 2,Q que saiu dos teus lábios guardarás, e cum pri-

Nem haverá sodomita


si mesmas, condenadas, quer estejam relacionadas ou não (Lv
(23.17)
18.22; Rm 1.26,27). Nos Dez Mandamentos encontramos distin­
cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A prática homossexual ção entre a imoralidade e a idolatria. A imoralidade é menciona­
U não foi condenada apenas por seu relacionamento com da na primeira tábua da lei (ê x 20.3 ,4). Os pecados sexuais, na
a idolatria. Tanto a homossexualidade quanto a idolatria são, em segunda (Êx 20.14,17).

213
DEUTERONÔMIO 23,24

rás, tal com o voluntariam ente votaste ao Sen h or teu 'Q u a n d o se achar alguém que tiver fu rtad o um
Deus, declarando-o pela tua boca. dentre os seus irm ãos, dos filhos de Israel, e escravi-
24Q u an d o entrares na vinha do teu próxim o, co­ zá-lo, ou vendê-lo, esse ladrão m orrerá, e tirarás o
m erás uvas conform e ao teu desejo até te fartares, mal do m eio de ti.
porém não as porás no teu cesto. *Guarda-te da praga da lepra, e tenhas grande cui­
2,Q uando entrares na seara do teu próxim o, com dado de fazer conform e a tu d o o que te ensinarem
a tu a m ão arrancarás as espigas; porém não porás a os sacerdotes levitas; com o lhes ten h o ordenado, te­
foice na seara do teu próxim o. rás cuidado de o fazer.
9Lem bra-te do que o S enhor teu Deus fez a M iriã
Q U AN D O um hom em to m ar um a m ulher no cam inho, q u an d o saíste do Egito.
e se casar com ela, então será que, se não l0Q uando emprestares alguma coisa ao teu próximo,
achar graça em seus olhos, po r nela encontrar coisa não entrarás em sua casa, para lhe tirar o penhor.
indecente, far-lhe-á um a carta de repúdio, e lha dará
1 'Fora ficarás; e o hom em , a quem em prestaste, te
na sua mão, e a despedirá da sua casa.
trará fora o penhor.
2Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com
l2Porém , se for hom em pobre, não te deitarás com
outro hom em ,
o seu penhor.
3E este tam bém a desprezar, e lhe fizer carta de re­
' •’Em se p o n d o o sol, sem falta lhe restituirás o p e­
púdio, e lha der na sua m ão, e a despedir da sua casa,
nhor; para que d u rm a na sua roupa, e te abençoe; e
ou se este últim o hom em , que a to m o u para si po r
isto te será justiça diante do Sen h or teu Deus.
m ulher, vier a m orrer,
4Então seu prim eiro m arido, que a despediu, não
Caridade para com os pobres,
poderá to rn ar a tom á-la, para que seja sua m ulher,
depois que foi contam inada; pois é abom inação p e­ os estrangeiros e os órfãos
rante o S en h o r ; assim não farás pecar a terra que o l4N ão oprim irás o diarista p obre e necessitado de
S enhor teu D eus te dá po r herança. teus irm ãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua
'Q u a n d o um hom em for recém -casado não sai­ terra e nas tuas portas.
rá à guerra, nem se lhe im porá encargo algum; p o r 15N o seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se
um ano inteiro ficará livre na sua casa para alegrar a porá sobre isso; p o rq u an to p obre é, e sua vida de­
m ulher que tom ou. pende disso; para que não clame contra ti ao S enhor ,
6N ão se tom ará em p enhor am bas as m ós, nem a e haja em ti pecado.
m ó de cim a nem a de baixo; pois se penhoraria as­ u,O s pais não m orrerão pelos filhos, nem os filhos
sim a vida. pelos pais; cada um m o rrerá pelo seu pecado.

Quando um homem tomar uma o homem tinha plena autonomia para desfazer a aliança do matri­
mônio ao seu bel-prazer (Mc 10.9).
mulher [...] (ar-lhe-á uma carta de repúdio
O texto de Mateus, forçosamente contraditado pelos céticos, é
(24.1-4)
mais completo. Nele, Cristo enfatiza que, à exceção de adultério,
Ceticismo. Confronta este versículo com Mateus 10.1-9, nenhum outro motivo justificaria a dissolução do casamento, com
Marcos 10.1-12 e ICoríntios 7.10-16 para atirmar que há vistas para novas núpcias, o que retoma a aplicabilidade do texto
contradição por não concordarem entre sl a respeito das nor­ de Gênesis. Deste confronto, podemos suscitar ainda a questão
mas do divórcio. da proscrição, da poligamia e da escravidão.
Quanto ao texto de ICorintios 7.10-16, dois pontos principais
__B RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em primeiro lugar, é neces-
merecem ser destacados. Primeiro, para os casos de casais mis­
S sário enfatizar que a Bíblia, mesmo nesta seqüência, não
tos, a parte crédula deve zelar pela manutenção do casamento e
referenda a prática do divórcio. O escrito de repúdio visava ga­
jamais ser o pivô de uma separação, mesmo em um momento crí­
rantir à mulher o direito de propriedade sobre o dote que levou ao
tico da relação, cabendo, exclusivamente, à parte ímpia adecisão
se casar, para que o marido não incorresse em má-fé, alegando
pela ruptura da união. Segundo, a manutenção conjugal proposta
que a esposa o abandonara voluntariamente e. por conta disso,
visa, além da preservação da família e da moral, a santificação dos
se apropriasse, indevidamente, do dote. Esta prática servia ainda
filhos, que devem ser influenciados pela parte convertida.
para controlar a arbitrariedade de homens de "coração duro" (Mc
10.5), e esse mesmo evangelho, na seqüência apontada pelos
Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais
céticos, esclarece, primeiramente, o motivo da concessão do di­
(24.16)
vórcio à geraçáo mosaica, e, em seguida, explana sobre Gênesis
2.24, clássica orientação à monogamia descrita na expressão: "e Ceticismo. Defronta este versículo com 2Samuel 12.15-18
serão ambos uma só carne", repelindo, com isso, a idéia de que para impingir contradição bíblica ao entender que, aqui. os

214
DEUTERONÔMIO 24,25

17N ão perverterás o direito do estrangeiro e do ór­ A obrigação d e u m h o m em casar co m a viúva do


fão; nem tom arás em p en h o r a roupa da viúva. seu irm ão
l!tMas lem brar-te-ás de que foste servo no Egito, e 5Q uan d o irm ãos m orarem juntos, e u m deles m o r­
de que o S knhor teu Deus te livrou dali; pelo que te rer, e não tiver filho, então a m u lh er do falecido não
ordeno que faças isso. se casará com hom em estranho, de fora; seu cu n h a­
,9Q u an d o no teu cam po colheres a tu a colheita, do estará com ela, e a receberá p o r m ulher, e fará a
e esqueceres um m olho no cam po, não to rnarás a obrigação de cunhado p ara com ela.
tom á-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a 6E o prim ogênito que ela lhe der será sucessor do
viúva será; para que o S en h or teu D eus te abençoe nom e d o seu irm ão falecido, para que o seu nom e
em to d a a obra das tuas mãos. não se apague em Israel.
“ Q u an do sacudires a tu a oliveira, não voltarás 7Porém , se o hom em não quiser to m ar sua cu n h a­
para colher o fruto dos ram os; para o estrangeiro, da, esta subirá à p o rta dos anciãos, e dirá: M eu
para o órfão, e para a viúva será. cunhad o recusa suscitar a seu irm ão no m e em Is­
2'Q u a n d o vindim ares a tu a vinha, não voltarás rael; não q uer c u m p rir p ara com igo o dever de
para rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e cunhado.
para a viúva será. 8E ntão os anciãos da sua cidade o cham arão, e
22E lem brar-te-ás de que foste servo na te rra do com ele falarão; e, se ele persistir, e disser: N ão qu e­
Egito; p o rtanto te ordeno que faças isso. ro tom á-la;
9E ntão sua cun h ad a se chegará a ele na presença
A pena d e açoites dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe
QUANDO houver contenda entre alguns, e cuspirá no rosto, e protestará, e dirá: Assim se fará ao
vierem a juízo, para que os julguem , ao jus­ hom em que não edificar a casa de seu irm ão;
to justificarão, e ao injusto condenarão. 10E o seu n o m e se ch am ará em Israel: A casa do
2E será que, se o injusto m erecer açoites, o juiz o descalçado.
fará deitar-se, para que seja açoitado diante de si; se­ 11 Q u an d o pelejarem dois hom ens, u m contra o o u ­
gundo a sua culpa, será o n úm ero de açoites. tro, e a m u lh er d e um chegar para livrar a seu m a ri­
’Q uarenta açoites lhe fará dar, não mais; para que, do da m ão do que o fere, e ela estender a sua m ão, e
porventura, se lhe fizer d ar m ais açoites do que estes, lhe pegar pelas suas vergonhas,
teu irm ão não fique envilecido aos teus olhos. l2Então cortar-lhe-ás a m ão; não a p o u p ará o teu
4N ão atarás a boca ao boi, quando trilhar. olho.

pais não pagam pelos erros dos filhos, e vice-versa, e em 2Samuel b) Com relação à criança, a Bíblia explicita que lhe estava garan­
Davi, por conseqüência de seu pecado, perdeu o filho. tida a eternidade celeste e, filosoficamente, poderia reconhecer
em sua morte um benefício, por não ter de experimentar as agru­
. S j RESPOSTA APOLOGÉTICA: Antes de tudo. devemos es- ras que os homens enfrentam em vida. (Mt 19.14).
«=> tar cientes de que as normas traçadas em Deuteronômio Por fim, o contexto de 2Samuel prova que o próprio Davi era mo­
se referem aos preceitos legais que deveriam ser aplicados por tivado pela fé no que tange ao falecimento da criança, por estar
Israel assim que o povo se estabelecesse na terra prometida. Es­ ciente de que ela estava com Deus.
tes preceitos diziam respeito à proibição de se aplicar aos filhos a
punição por erros cometidos pelos pais. desde que os filhos não Seu cunhado estará com ela, e a receberá por mulher
tivessem efetivamente se comprometido com as transgressões (25.5-10)
paternas. Tal restrição, no entanto, fora inserida na lei para limitar
a autoridade dos julgadores humanos e não para impor limites ao Ceticismo. Declara que o procedimento adotado por Boaz
próprio Deus quanto ao exercício de sua justiça. para com Rute, e vice-versa, não estava de acordo com a
Para o caso de Davi, no texto de 2Samuel, é importante obser­ lei mosaica do levirato (Dt 25.5-10), o que entende ser uma con­
var que os céticos distorcem a exegese textual, afirmando que o tradição bíblica.
filho de Davi fora punido com a morte pelo pecado do pai. o que __g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Várias circunstâncias de-
é uma inverdade. Na verdade, Davi, o pai da criança, é que fora ■=» vem ser consideradas para que não exista o errôneo pen­
punido com a morte do menino: “O filho que te nasceu certamen­ samento de que há contradição nesta seqüência bíblica, pois a
te morrerá". situação proposta pelo texto era extremamente possível quan­
Para que não enxerguemos "excessos" na ação divina que pu­ do não houvesse irmão sobrevivente do falecido, e Quiliom já ha­
niu Davi com a morte do filho recém-nascido, devemos ter em via morrido. Neste caso, a responsabilidade recaia sobre o pa­
mente o seguinte: a) Diante da soberania divina e da proprieda­ rente mais próximo, e assim por diante. Antes de Boaz, só havia
de de Deus sobretudo o que existe e respira (SI 24.1), o Senhor o remidor não identificado que, provavelmente, valendo-se da
tem todo o direito de proceder da maneira que melhor lhe apraz; admoestação de Deuteronômio 23.3, não quis assumir Rute

215
DEUTERONÔMIO 25,26

Pesos e m edidas ju sta s ’Então testificarás p era n te o Se n h o r teu D eus, e


L,Na tu a bolsa não terás pesos diversos, um gran­ dirás: A ram eu, prestes a perecer, fo i m eu pai, e des­
de e u m pequeno. ceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, p o ­
l4N a tu a casa não terás dois tipos de efa, um g ran­ rém ali cresceu até vir a ser nação grande, p o d ero ­
de e um pequeno. sa, e num erosa.
15Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; 6Mas os egípcios nos m altrataram e nos afligiram,
para que se prolonguem os teus dias na terra que te e sobre nós im puseram um a d u ra servidão.
dará o S e n h o r teu Deus. 7Então clam am os ao Se n h o r D eus de nossos pais;
l6Porque abom inação è ao Se n h o r teu Deus todo e o Se n h o r ouviu a nossa voz, e aten to u para a n o s­
aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça. sa m iséria, e p ara o nosso trabalho, e p ara a n o s­
sa opressão.
A m a leq u e será destruído 8E o Se n h o r nos tiro u do Egito com m ão forte, e
17Lem bra-te do que te fez Am aleque no cam inho, com braço estendido, e com grande espanto, e com
qu an d o saías do Egito; sinais, e com milagres;
1 “C om o te saiu ao encontro no cam inho, e feriu na ‘’E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, ter­
tua retaguarda todos os fracos que iam atrás de ti, es­ ra que m ana leite e mel.
tando tu cansado e afadigado; e não tem eu a Deus. 10E eis que agora eu trouxe as prim ícias dos frutos
1 ‘'Será, pois, que, quando o Se n h o r teu Deus te tiver da terra que tu, ó Se nho r , m e deste. Então as porás
dado repouso de todos os teus inim igos em redor, na p erante o Se n h o r teu Deus, e te inclinarás p erante o
terra que o Se n h o r teu D eus te dá p o r herança, para Se n h o r teu Deus,
possuí-la, então apagarás a m em ória de Amaleque 1 ‘E te alegrarás p o r todo o bem que o Se n h o r teu
de debaixo do céu; não te esqueças. D eus te tem dado a ti e à tu a casa, tu e o levita, e o es­
trangeiro que está no m eio de ti.
As prim ícias da terra
E SERÁ que, quando entrares na terra que D ízim os do terceiro ano
o Se n h o r teu D eus te der p o r herança,12Q
e au an d o acabares de separar todos os dízim os da
possuíres, e nela habitares, tu a colheita n o ano terceiro, que é o ano dos dízi­
2E ntão tom arás das prim ícias de todos os frutos m os, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao ó r­
do solo, que recolheres da terra, que te dá o Se n h o r fão e à viúva, p ara que com am d en tro das tuas p o r­
teu Deus, e as porás n u m cesto, e irás ao lugar que tas, e se fartem ;
escolher o Se n h o r teu D eus, para ali fazer habitar l3E dirás perante o Se n h o r teu Deus: Tirei da m i­
o seu nome. nha casa as coisas consagradas e as dei tam bém ao
3E irás ao sacerdote, que houver naqueles dias, e levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, confor­
dir-lhe-ás: H oje declaro perante o Se n h o r teu Deus m e a todos os teus m andam entos que m e tens o rde­
que entrei na terra que o Se n h o r ju ro u a nossos pais nado; não transgredi os teus m an d am en to s, nem
dar-nos. deles m e esqueci;
4E o sacerdote tom ará o cesto da tua m ão, e o porá l4Delas não com i no m eu luto, nem delas nada ti­
diante do altar do Se n h o r teu Deus. rei q u an d o im u n d o , nem delas dei para os m or-

como esposa (Rt 4.6). Rute, então, para livrar-se da solenidade _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto desta referência,
de humilhação por ter sido rejeitada pelo remidor, propôs a Boaz o por si só. prova que a interpretação dos céticos é incabí­
que a tomasse por esposa e, assim, fosse o seu remidor, no lugar vel. O relatório apresentado por alguns espias que acompanha­
do outro. Devido às circunstâncias, não existe contradição bíbli­ ram Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã era exagerado
ca quanto à lei do levirato. e covarde, não refletia os benefícios da terra, como no caso dos
outros espias enviados antes deles (Nm 13.27). É fato que, na oca­
Terra que mana leite e mel sião, existiam em Canaã homens de alta estatura e fortes guerrei­
(26.9) ros (Nm 13.28), porque a região vinha sendo palco de constan­
Ceticismo. Confronta este texto com Números 13.32, inter­ tes batalhas campais entre as tribos que desejavam tomá-la. por
pretando-o equivocadamente, atribuindo miséria em Ca- ser uma terra extremamente fértil. Números 14.36,37 é uma pro­
naá, já que a terra, aqui, é citada como sendo fértil, o que seria va cabal contra a tese dos céticos, por documentar a morte dos
uma suposta contradição bíblica. covardes que induziram o povo à murmuração.

216
DEUTERONÔMIO 26,27,28

tos; o b e d e c i à v o z d o S enhor m e u D e u s; c o n f o rm e a '“P ortanto obedecerás à voz do S en h or teu Deus, e


t u d o o q u e m e o r d e n a s te , te n h o fe ito . cum prirás os seus m andam entos e os seus estatutos
'’Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e que hoje te ordeno.
abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste,
como juraste a nossos pais, terra que m ana leite e mel. As nuildições q u e serão lançadas do m o n te E bal
"E Moisés d eu ordem n aquele dia ao povo, d i­
A aliança zendo:
16Neste dia, o S enhor teu D eus te m anda cum prir l2Q u an d o houverdes passado o Jordão, estes es­
estes estatutos e juízos; guarda-os pois, e cum pre-os tarão sobre o m o n te G erizim , para abençoarem o
com todo o teu coração e com toda a tu a alma. povo: Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e José, e Ben­
17H oje declaraste ao S en h or que ele te será por jam im ;
Deus, e que andarás nos seus cam inhos, e guarda­ l3E estes estarão sobre o m o n te Ebal para am aldi­
rás os seus estatutos, e os seus m andam entos, e os çoar: Rúben, Gade, e Aser, e Zebulom , D ã e Naftali.
seus juízos, e darás ouvidos à sua voz. ' 4E os levitas testificarão a todo o povo de Israel em
18E o S enhor h o je te d e c la r o u q u e t u lh e se rá s p o r alta voz, e dirão:
se u p r ó p r i o p o v o , c o m o te te m d ito , e q u e g u a r d a ­ ' ’M aldito o ho m em que fizer im agem de escultu­
rá s to d o s o s se u s m a n d a m e n to s . ra, o u de fundição, abom inação ao S enhor , o bra da
19Para assim te exaltar sobre todas as nações que m ão do artífice, e a puser em um lugar escondido. E
criou, para louvor, e para fama, e para glória, e para todo o povo, respondendo, dirá: Amém.
que sejas um povo santo ao S enhor teu Deus, com o l6M aldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua
tem falado. mãe. E todo o povo dirá: Amém .
l7M aldito aquele que rem over os lim ites do seu
A lei gravada sobre pedras próxim o. E todo o povo dirá: Amém.
E DERAM ordem , Moisés e os anciãos, ao 1 “M aldito aquele que fizer que o cego erre de cam i­
povo de Israel, dizendo: G uardai todos es­ nho. E todo o povo dirá: Amém.
tes m andam entos que hoje vos ordeno; 19Maldito aquele que perverter o direito do estrangei­
2Será, pois, que, no dia em que passares o Jordão à ro, do órfao e da viúva. E todo o povo dirá: Amém.
te rra que te der o S en h o r teu D eus, levantar-te-ás -“M aldito aquele que se deitar com a m u lh er de seu
umas pedras grandes, e as caiarás. pai, po rq u an to descobriu a nudez de seu pai. E todo
3E, havendo-o passado, escreverás nelas todas as o povo dirá: Amém.
palavras desta lei, para entrares na terra que te der o 21M aldito aquele que se d eitar com algum animal.
S enhor teu Deus, terra que m ana leite e mel, com o E todo o povo dirá: Amém .
te falou o S enhor D eus de teus pais. 22M aldito aquele que se d eitar com sua irm ã, fi­
■'Será, pois, que, quan d o houveres passado o Jor­ lha de seu pai, o u filha de sua m ãe. E to d o o povo
dão, levantareis estas pedras, que hoje vos ordeno, dirá: Amém .
n o m o n te Ebal, e as caiarás. 23M aldito aquele que se d eitar com sua sogra. E
5E ali edificarás u m altar ao S en h or teu Deus, um to d o o povo dirá: Amém.
altar de pedras; não alçarás instrum ento de ferro so­ 24M aldito aquele qu e ferir ao seu p ró x im o em
bre elas. oculto. E to d o o povo dirá: Amém.
'’De pedras brutas edificarás o altar do S en h o r teu 25M aldito aquele q ue aceitar su b o rn o para ferir
Deus; e sobre ele oferecerás holocaustos ao S enhor um a pessoa inocente. E to d o o povo dirá: Amém.
teu Deus. 26M aldito aquele que não co n firm ar as palavras
T a m b é m sacrificarás ofertas pacíficas, e ali com e­ desta lei, n ão as cu m p rin d o . E to d o o povo dirá:
rás perante o S enhor teu Deus, e te alegrarás. Amém.
8E naquelas pedras escreverás todas as palavras
desta lei, exprim indo-as nitidam ente. As bênçãos a n u n cia d a s do m o n te G erizim
‘Falou m ais Moisés, jun tam en te com os sacerdo­ E S E R Á que, se ouvires a voz do S enhor teu
tes levitas, a to d o o Israel, dizendo: G uarda silên­ D eus, ten d o cuidado de g u ard ar todos os
cio e ouve, ó Israel! H oje vieste a ser povo do S e­ seus m andam entos que eu hoje te ordeno, o Senhor
n h o r teu Deus. teu D eus te exaltará sobre todas as nações da terra.

217
DEUTERONÔMIO 28

2E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, 20O S e n h o r m a n d a r á s o b r e t i a m a l d i ç ã o ; a c o n f u ­


quando ouvires a voz do S e n h o r teu Deus: são e a d e rro ta e m tu d o e m q u e p u se re s a m ã o p a ra
3Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo. fa z e r ; a té q u e s e ja s d e s tr u íd o , e a té q u e r e p e n t i n a ­
4Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua ter­ m e n te p e re ç a s , p o r c a u s a d a m a ld a d e d a s tu a s o b ra s ,
ra, e o fruto dos teus anim ais; e as crias das tuas va­ p e la s q u a is m e d e ix a s te .
cas e das tuas ovelhas. 2 'O Sf.ni io r f a r á p e g a r e m t i a p e s t i l ê n c i a , a t é q u e t e
'B endito o teu cesto e a tua am assadeira. c o n s u m a d a te r r a a q u e p a ss a s a p o s s u ir.
‘Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres. 220 Sen h o r te fe rir á c o m a tís ic a e c o m a fe b re , e
70 S e n h o r e n t r e g a r á , f e r i d o s d i a n t e d e t i , o s t e u s c o m a in fla m a ç ã o , e c o m o c a lo r a r d e n te , e c o m a s e ­
in im ig o s , q u e s e le v a n ta r e m c o n t r a ti; p o r u m c a ­ c u r a , e c o m c r e s ta m e n to e c o m f e r r u g e m ; e te p e r ­
m in h o s a ir ã o c o n tr a ti, m a s p o r s e te c a m in h o s f u ­ s e g u ir ã o a té q u e p e re ç a s .
g irã o d a tu a p re s e n ç a . 2,E o s te u s c é u s, q u e estão s o b r e a c a b e ç a , s e r ã o d e
kO S e n h o r m an d ará que a bênção esteja co n ti­ b ro n z e ; e a te rra q u e está d e b a i x o d e t i, será d e f e r r o .
go nos teus celeiros, e em tu d o o que puseres a tua 240 S e n h o r d a r á por c h u v a s o b r e a t u a t e r r a , p ó e
m ão; e te abençoará na te rra que te der o S e n h o r p o e ir a ; d o s c é u s d e s c e r á s o b r e ti, a té q u e p e re ç a s .
teu Deus. 2 .0 S e n h o r t e f a r á c a i r d i a n t e d o s t e u s i n i m i g o s ;
90 S e n h o r te confirm ará para si com o povo san­ p o r u m c a m i n h o s a i r á s c o n t r a e l e s , e p o r s e t e c a m i ­
to, com o te tem jurado, qu an d o guardares os m an ­ n h o s f u g i r á s d e d i a n t e d e l e s , e s e r á s e s p a l h a d o p o r
dam entos do S e n h o r teu Deus, e andares nos seus t o d o s o s r e i n o s d a t e r r a .
cam inhos. 2hE o t e u c a d á v e r s e r v i r á d e c o m i d a a t o d a s a s a v e s
,0E todos os povos da terra verão que é invocado d o s c é u s , e a o s a n i m a i s d a t e r r a ; e n i n g u é m o s e s ­
sobre ti o nom e do S e n h o r , e terão tem or de ti. p a n ta rá .
"E o S e n h o r te dará abundância de bens no fru ­ 270 S e n h o r te ferirá com as úlceras do Egito, com
to do teu ventre, e no fruto dos teus anim ais, e no tum o res, e com sarna, e com coceira, de que não
fruto do teu solo, sobre a terra que o S e n h o r jurou possas curar-te;
a teus pais te dar. -sO Se n h o r te ferirá com loucura, e com cegueira,
1 " O S e n h o r te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para e com pasm o de coração;
d ar chuva à tu a terra no seu tem po, e para abençoar 29E a p a l p a r á s a o m e i o - d i a , c o m o o c e g o a p a l p a n a
toda a obra das tuas mãos; e em prestarás a m uitas e s c u r i d ã o , e n ã o p r o s p e r a r á s n o s t e u s c a m i n h o s ;
nações, porém tu não tom arás em prestado. p o ré m s o m e n te se rá s o p rim id o e ro u b a d o to d o s o s
I3E o S e n h o r te porá p o r cabeça, e não po r cauda; d i a s , e n ã o haverá q u e m te s a lv e .
e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres ,0D e s p o s a r - t e - á s c o m uma m u l h e r , p o r é m o u t r o
aos m andam entos do S f.n h o r teu Deus, que hoje te h o m e m d o r m i r á c o m e l a ; e d i f i c a r á s um a c a s a , p o ­
ordeno, para os guardar e cum prir. r é m n ã o m o r a r á s n e l a ; p l a n t a r á s um a v i n h a , p o r é m
I4E não te desviarás de todas as palavras que hoje te n ã o a p r o v e i t a r á s o s e u f r u t o .
ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, an ­ 3'O t e u b o i s e r á m o r t o a o s t e u s o l h o s , p o r é m d e le
d an d o após outros deuses, para os servires. n ã o c o m e r á s ; o t e u j u m e n t o será r o u b a d o d i a n t e d e
t i , e n ã o v o l t a r á a ti ; a s t u a s o v e l h a s serão d a d a s a o s
Castigos por desobediência t e u s i n i m i g o s , e n ã o haverá q u e m te s a lv e .
l5Será, porém , que, se não deres ouvidos à voz do 32Teus filhos e tuas filhas serão dados a o u tro povo,
S e n h o r teu D eus, para não cuidares em cu m p rir to ­ os teus olhos o verão, e p o r eles desfalecerão to d o o
dos os seus m andam entos e os seus estatutos, que dia; porém não haverá p oder na tu a mão.
hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas m al­ 330 f r u t o d a t u a t e r r a e t o d o o t e u t r a b a l h o , c o m e ­
dições, e te alcançarão: rá u m p o v o q u e n u n c a c o n h e c e ste ; e tu s e rá s o p r i­
' ‘M aldito serás tu na cidade, e m aldito serás no m i d o e q u e b r a n t a d o t o d o s o s d i a s .
cam po. 34E e n l o u q u e c e r á s c o m o q u e v i r e s c o m o s t e u s
l7M aldito o teu cesto e a tua am assadeira. o lh o s .
1 “M aldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tu a ter­ 3 .0 S e n h o r t e f e r i r á c o m ú l c e r a s m a l i g n a s n o s j o ­
ra, e as crias das tuas vacas, e das tuas ovelhas. e lh o s e n a s p e r n a s , d e q u e n ã o p o s s a s s a ra r, d e s d e a
19M aldito serás ao entrares, e maldito serás ao saíres. p la n ta d o te u p é a té a o a lto d a c a b e ç a .

218
DEUTERONÔMIO 28

360 S enhor te le v a rá a ti e a te u re i, q u e tiv e re s p o s ­ 53E com erás o fruto do teu ventre, a carne de teus
to s o b re ti, a um a n a ç ã o q u e n ã o c o n h e c e s te , n e m filhos e de tuas filhas, que te der o S e n h o r teu Deus,
t u n e m te u s p a is ; e ali s e rv irá s a o u t r o s d e u s e s , a o no cerco e no ap erto com qu e os teus inim igos te
p a u e à p e d ra . apertarão.
37E serás por pasm o, por ditado, e p o r fábula, entre ,4Quanto ao hom em mais m im oso e delicado no
todos os povos a que o S e n h o r te levará. meio de ti, o seu olho será m aligno para com o seu ir­
38Lançarás m uita sem ente ao cam po; po rém co­ mão, e para com a m ulher do seu regaço, e para com
lherás pouco, porque o gafanhoto a consum irá. os dem ais de seus filhos que ainda lhe ficarem;
39Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não bebe­ 55De sorte que não dará a n en h u m deles da carne
rás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as de seus filhos, que ele com er; p o rq u an to nada lhe fi­
colherá. cou de resto no cerco e no aperto, com que o teu in i­
40Em todos os term os terás oliveiras; p orém não migo te apertará em todas as tuas portas.
te ungirás com azeite; p o rq u e a azeitona cairá da ,6E quanto à m ulher mais m im osa e delicada no
tu a oliveira. m eio de ti, que de m im o e delicadeza nunca tentou
4lFilhos e filhas gerarás; porém não serão para ti; pôr a planta de seu pé sobre a terra, será m aligno o
porque irão em cativeiro. seu olho co n tra o hom em de seu regaço, e co n tra seu
42Todo o teu arvoredo e o fruto da tua terra con­ filho, e co n tra sua filha;
sum irá a lagarta. 57E isto p o r causa de suas páreas, que saírem d entre
4,0 estrangeiro, que está no m eio de ti, se elevará os seus pés, e p ara com os seus filhos que tiver, p o r­
m uito sobre ti, e tu m ais baixo descerás; que os com erá às escondidas pela falta de tu d o , no
44Ele te em prestará a ti, p orém tu não em prestarás cerco e no aperto, com que o teu inim igo te ap erta­
a ele; ele será p o r cabeça, e tu serás p o r cauda. rá nas tuas portas.
45E todas estas m aldições virão sobre ti, e te perse­ ,BSe não tiveres cuidado de guardar todas as palavras
guirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; po r­ desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres
quanto não ouviste à voz do S e n h o r teu Deus, para este nom e glorioso e temível, o S e n h o r t e u deus,
guardares os seus m andam entos, e os seus estatutos, 59Então o S e n h o r fará espantosas as tuas pragas, e
que te tem ordenado; as pragas de tua descendência, grandes e p erm an en ­
46E serão entre ti p o r sinal e p o r m aravilha, com o tes pragas, e enferm idades m alignas e duradouras;
tam bém entre a tu a descendência para sempre. “ E fará to rn ar sobre ti todos os males do Egito, de
47Porquanto não serviste ao S e n h o r teu D eus com que tu tiveste tem or, e se apegarão a ti.
alegria e bondade de coração, pela abundância de 61T am bém o S e n h o r fará vir sobre ti to d a a enfer­
tudo. m idade e toda a praga, que não está escrita n o livro
48Assim servirás aos teus inim igos, que o S e n h o r desta lei, até que sejas destruído.
enviará contra ti, com fom e e com sede, e com n u ­ 62E ficareis poucos em núm ero, em lugar de have­
dez, e com falta de tudo; e sobre o teu pescoço porá rem sido com o as estrelas dos céus em m ultidão;
um jugo de ferro, até que te tenha destruído. p o rquan to não destes ouvidos à voz do S e n h o r teu
490 S enhor l e v a n ta rá c o n tr a ti u m a n a ç ã o d e l o n ­ Deus.
ge, d a e x tre m id a d e d a te r r a , q u e v o a c o m o a á g u ia , 63E será que, assim com o o S f.n h o r se deleitava
n a ç ã o c u ja lín g u a n ã o e n te n d e rá s ; em vós, em fazer-vos bem e m ultiplicar-vos, as­
'"N ação feroz de rosto, que não respeitará o rosto sim o S e n h o r se deleitará em destruir-vos e consu­
do velho, nem se apiedará do m oço; mir-vos; e desarraigados sereis da terra a qual pas­
51E com erá o fruto dos teus anim ais, e o fruto da tua sais a possuir.
terra, até que sejas destruído; e não te deixará grão, A4E o S e n h o r v o s e s p a lh a r á e n tr e to d o s o s p o v o s ,
mosto, nem azeite, nem crias das tuas vacas, nem d e s d e u m a e x tr e m id a d e d a t e r r a a té à o u t r a ; e ali
das tuas ovelhas, até que te haja consum ido; s e rv ire is a o u t r o s d e u s e s q u e n ã o c o n h e c e s te , n e m
,2E sitiar-te-á em todas as tuas portas, até que ve­ t u n e m te u s p a is ; a o p a u e à p e d r a .
nham a cair os teus altos e fortes m uros, em que 6,E nem ainda entre estas nações descansarás, nem
confiavas em toda a tu a terra; e te sitiará em todas a plan ta de teu pé terá repouso; p o rq u an to o Se­
as tuas portas, em toda a tua terra que te tem dado n h o r ali te dará coração agitado, e desfalecim ento
o Senhor teu Deus. de olhos, e desm aio da alma.

219
DEUTERONÔMIO 28,29

“ E a tu a vida, com o em suspenso, estará diante de ’’Para que hoje te confirm e p o r seu povo, e ele te
ti; e estrem ecerás de noite e de dia, e não crerás na seja p o r Deus, com o te tem dito, e com o ju ro u a teus
tua própria vida. pais, Abraão, Isaque e Jacó.
67Pela m anhã dirás: Ah! quem m e dera ver a noite! I4E não som ente convosco faço esta aliança e este
E à tarde dirás: Ah! quem m e dera ver a m anhã! pelo juram ento;
pasm o de teu coração, que sentirás, e pelo que verás 1 ’Mas com aquele que hoje está aqui em pé conos­
com os teus olhos. co perante o S e n h o r nosso Deus, e com aquele que
hoje não está aqui conosco.
“ E o S e n h o r te fará voltar ao Egito em navios, pelo
cam inho de que te tenho dito; nunca jamais o verás; lhP orque vós sabeis com o habitam os na terra do
e ali sereis vendidos com o escravos e escravas aos vos­ Egito, e com o passam os pelo m eio das nações p e­
sos inimigos; mas não haverá quem vos compre. las quais passastes;
17E vistes as suas abom inações, e os seus ídolos, o
D eus renova a aliança com o povo pau e a pedra, a p rata e o ouro que havia entre eles,
ESTAS são as palavras da aliança que o Se­ 1 HPara que entre vós não haja hom em , nem m ulher,
n h o r ordenou a Moisés que fizesse com os nem família, nem tribo, cujo coração hoje se desvie
filhos de Israel, na terra de M oabe, além da aliança do S e n h o r nosso D eus, para que vá servir aos d eu ­
que fizera com eles em H orebe. ses destas nações; para que entre vós não haja raiz
2E cham ou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ten­ que dê veneno e fel;
des visto tu d o q uanto o S e n h o r fez perante vossos 1 ‘‘E aconteça que, alguém ouvindo as palavras desta
olhos, na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus maldição, se abençoe n o seu coração, dizendo: Terei
servos, e a toda a sua terra; paz, ainda que ande conform e o parecer do m eu co­
’As grandes provas que os teus olhos têm visto, ração; para acrescentar à sede a bebedeira.
aqueles sinais e grandes maravilhas; 20O S e n h o r não lhe quererá perdoar; m as fum ega­
4Porém não vos tem dado o S e n h o r um coração rá a ira do S e n h o r e o seu zelo contra esse hom em , e
para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos toda a m aldição escrita neste livro pousará sobre ele;
para ouvir, até ao dia de hoje. e o S e n h o r apagará o seu nom e de debaixo do céu.
5E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se 21E o S e n h o r o separará para m al, de todas as tribos
envelheceram sobre vós as vossas vestes, e nem se de Israel, conform e a todas as m aldições da aliança
envelheceu o vosso sapato no vosso pé. escrita no livro desta lei.
6Pão não comestes, e vinho e bebida forte não b e­ 22Então dirá à geração vindoura, os vossos filhos,
bestes; para que soubésseis que eu sou o S e n h o r vos­ que se levantarem depois de vós, e o estrangeiro que
so Deus. virá de terras rem otas, vendo as pragas desta terra,
7 Vindo vós, pois, a este lugar, Siom, rei de H esbom , e as suas doenças, com que o S e n h o r a terá afligido;
e Ogue, rei de Basã, nos saíram ao encontro, à pele­ 2,E toda a sua terra abrasada com enxofre, e sal, de
ja, e nós os ferimos; sorte que não será semeada, e nada produzirá, nem
8E tom am os a sua terra e a dem os p o r herança aos nela crescerá erva alguma; assim com o fo i a destrui­
rubenitas, e aos gaditas, e à m eia trib o dos m anas- ção de Sodoma e de G om orra, de Admá e de Zeboim,
sitas. que o S e n h o r destruiu na sua ira e no seu furor.
'’G uardai, pois, as palavras desta aliança, e cum pri­ -4E todas as nações dirão: Por que fez o S e n h o r as­
as, p ara que prospereis em tu d o q uanto fizerdes. sim com esta terra? Q ual fo i a causa do furor desta
l0Vós todos estais hoje peran te o S e n h o r vosso tão gran d e ira?
Deus; os capitães de vossas tribos, vossos anciãos, e 25Então se dirá: P orquanto deixaram a aliança do
os vossos oficiais, todos os hom ens de Israel; S e n h o r D eus de seus pais, que com eles tin h a feito,
1 'O s vossos m eninos, as vossas m ulheres, e o es­ qu an d o os tiro u do Egito;
trangeiro que está no m eio do vosso arraial; des­ 26E foram , e serviram a o u tro s deuses, e se inclina­
de o rachador da vossa lenha até ao tirad o r da vos­ ram diante deles; deuses que eles não conheceram ,
sa água; e n en h u m dos quais lhes tin h a sido dado.
l2Para entrardes na aliança do S e n h o r teu Deus, e 27P or isso a ira do S e n h o r se acendeu co n tra esta
no seu juram ento que o S e n h o r teu D eus hoje faz terra, para trazer sobre ela to d a a m aldição que está
convosco; escrita neste livro.

220
DEUTERONÔMIO 29,30

28E o S e n h o r o s arrancou da sua te rra com ira, e obra das tuas m ãos, n o fruto do teu ventre, e n o fru ­
com indignação, e com grande furor, e os lançou em to dos teus anim ais, e no firuto da tu a terra para o teu
o u tra terra com o neste dia se vê. bem; p o rq u an to o S e n h o r to rn ará a alegrar-se em ti
29As coisas encobertas pertencem ao S e n h o r nos­ para te fazer bem , com o se alegrou em teus pais,
so Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a "’Q u an d o deres ouvidos à voz d o S e n h o r teu Deus,
nossos filhos para sem pre,para que cum pram os to ­ guardando os seus m and am en to s e os seus estatu­
das as palavras desta lei. tos, escritos neste livro da lei, q u an d o te converteres
ao S e n h o r teu D eus com todo o teu coração, e com
A m isericórdia de D eus para com os q u e se toda a tu a alma.
arrependem
E SERÁ que, sobrevindo-te todas estas coi­ A lei do S e n h o r é m u ito clara
sas, a bênção o u a m aldição, que tenho pos­ “ P orque este m an d am en to , qu e hoje te ordeno,
to diante de ti, e te recordares delas entre todas as n a­ não te é encoberto, e tam p o u co está longe de ti.
ções, para onde te lançar o S e n h o r teu Deus, 12N ão está nos céus, p ara dizeres: Q uem subirá por
2E te converteres ao S e n h o r teu Deus, e deres ouvi­ nós aos céus, que n o -lo traga, e n o -lo faça ouvir,
dos à sua voz, conform e a tu d o o que eu te ordeno para que o cum pram os?
hoje, tu e teus filhos, com todo o teu coração, e com l3N em tam p o u co está além do m ar, para dizeres:
toda a tua alma, Q uem passará p o r nós além do mar, p ara que no-lo
3Então o S e n h o r teu D eus te fará voltar do teu ca­ traga, e no-lo faça ouvir, para que o cum pram os?
tiveiro, e se com padecerá de ti, e torn ará a ajuntar- l4Porque esta palavra está m u i p erto de ti, na tua
te dentre todas as nações entre as quais te espalhou boca, e no teu coração, p ara a cum prires.
o S e n h o r teu Deus. l5Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem,
4 A inda que os teus desterrados estejam na extre­ e a m o rte e o mal;
m idade do céu, desde ali te ajuntará o S e n h o r teu ''‘Porquanto te ordeno hoje que am es ao S e n h o r teu
Deus, e te tom ará dali; Deus, que andes nos seus cam inhos, e que guardes os
5E o S e n h o r teu Deus te trará à terra que teus pais seus m andam entos, e os seus estatutos, e os seus juí­
possuíram , e a possuirás; e te fará bem , e te m ulti­ zos, para que vivas, e te multipliques, e o S e n h o r teu
plicará m ais do que a teus pais. Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir.
6E o S e n h o r teu D eus circuncidará o teu coração, e l7Porém se o teu coração se desviar, e não quiseres
o coração de tua descendência, para am ares ao Se­ dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a o u ­
n h o r teu Deus com to d o o coração, e com toda a tua tros deuses, e os servires,
alma, para que vivas. 1 "Então eu vos declaro hoje que, certam en te, p e­
7E o S e n h o r teu D eus po rá todas estas m aldições recereis; n ão p ro lo n g areis os dias n a te rra a qu e
sobre os teus inim igos, e sobre os que te odiarem , vais, passando o Jordão, p ara que, en tra n d o nela,
que te perseguiram . a possuas;
“Converter-te-ás, pois, e darás ouvidos à voz do Se­ 19O s céus e a te rra to m o hoje p o r testem unhas co n ­
n h o r ; cum prirás todos os seus m andam entos que tra vós, de que te ten h o proposto a vida e a m orte, a
hoje te ordeno. bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que
,JE o S e n h o r teu Deus te fará prosperar em toda a vivas, tu e a tu a descendência,

Bênção e a maldição nas para quem o pratica, mas também para os outros. Os fi­
(30.19) lhos que pecam pelo exemplo dos pais demonstram que não
Maldição Hereditária. Os adeptos desta corrente teológi­ amam a Deus. Mas o Senhor Deus, de forma alguma, irá amal­
ca afirmam que Deus castiga ou abençoa os filhos, por vá­ diçoar os filhos dos idólatras simplesmente por serem seus fi­
rias gerações, baseado no comportamento dos pais. E apelam lhos, mas por se tornarem participantes e imitadores dos pe­
para textos como Êxodo 20.4-6 e Levítico 26.39. cados dos pais.
De igual modo, Deus não irá abençoar os filhos dos fiéis simples­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em pauta está rela- mente por serem seus filhos, antes, fará que se tomem participan­
cionado à nação de Israel e à idolatria. Nada diz a res­ tes e imitadores da fidelidade dos pais. As maldições bíblicas que
peito de “espíritos" do alcoolismo, do adultério, da pornogra­ aparecem no Antigo Testamento recaem sobre todos aqueles que
fia, etc. O ensino de todas as passagens supracitadas é que não desfrutam da comunhão com Deus (Dt 27.11-25; Ml 2.2). Os
o pecado tem efeitos ou conseqüências mortais, náo ape­

221
DEUTERONÔMIO 30,31

“ A m ando ao S e n h o r teu Deus, dando ouvidos à ninos e os estrangeiros qu e estão d en tro das tuas
sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e portas, para que ouçam e ap ren d am e tem am ao Se­
o prolongam ento dos teus dias; para que fiques na n h o r vosso Deus, e ten h am cuidado de fazer todas

terra que o S e n h o r ju ro u a teus pais, a Abraão, a Isa- as palavras desta lei;


que, e a Jacó, que lhes havia de dar. 1 'E que seus filhos, que não a souberem , ouçam e
aprendam a tem er ao S e n h o r vosso Deus, todos os
M oisés nom eia Josué seu sucessor dias que viverdes sobre a terra a qual ides, passando
1 DEPOIS foi Moisés, e falou estas palavras o Jordão, para a possuir.
3 X a to d o o Israel,
2E disse-lhes: D a idade de cento e vinte anos sou eu D eus dá a Josué o encargo do povo
hoje; já não poderei m ais sair e entrar; além disto o l4E disse o S e n h o r a Moisés: Eis que os teus dias são
S e n h o r m e disse: N ão passarás o Jordão. chegados, para que m orras; cham a a Josué, e apre­
jO S e n h o r teu Deus passará adiante de ti; ele des­ sentai-vos na ten d a da congregação, para que eu lhe
tru irá estas nações de diante de ti, para que as pos­ dê ordens. Assim foram Moisés e Josué, e se apresen­
suas; Josué passará adiante de ti, com o o S e n h o r taram n a tenda da congregação.
tem falado. ’’Então o S e n h o r apareceu na tenda, na coluna de
4E o S e n h o r lhes fará com o fez a Siom e a Ogue, reis nuvem ; e a coluna de nuvem estava sobre a p o rta
dos am orreus, e à sua terra, os quais destruiu. da tenda.
’Q uando, pois, o S e n h o r vo-los der diante de vós, I6E disse o S e n h o r a Moisés: Eis que dorm irás com
então com eles fareis conform e a to d o o m a n d a­ teus pais; e este povo se levantará, e prostituir-se-
m ento que vos tenho ordenado. á in d o após os deuses estranhos n a terra, para cujo
6Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos es­ m eio vai, e m e deixará, e anulará a m in h a aliança
panteis diante deles; porque o S e n h o r teu Deus é o que tenho feito com ele.
que vai contigo; não te deixará nem te desamparará. ‘‘Assim se acenderá a m inha ira naquele dia co n ­
7E cham ou Moisés a Josué, e lhe disse aos olhos de tra ele, e desam pará-lo-ei, e esconderei o m eu rosto
to d o o Israel: Esforça-te e anim a-te; po rq u e com dele, para que seja devorado; e tantos males e angús­
este povo entrarás na terra que o S e n h o r ju ro u a teus tias o alcançarão, que dirá naquele dia: N ão m e al­
pais lhes dar; e tu os farás herdá-la. cançaram estes males, porque o m eu D eus não está
"O S e n h o r, p o is , é a q u e le q u e v a i a d ia n te d e ti; ele no m eio de m im?
s e rá c o n tig o , n ã o te d e ix a rá , n e m te d e s a m p a r a r á ; ‘“Esconderei, pois, totalm ente o m eu rosto naq u e­
n ã o te m a s , n e m te e sp a n te s. le dia, p o r todo o m al que tiver feito, p o r se haverem
to rn ad o a o u tro s deuses.
A lei deve ser lida ao povo de
sete em sete anos U m câ n tico de te stem u n h o
9E Moisés escreveu esta lei, e a deu aos sacerdotes, na boca de Josué
filhos de Levi, que levavam a arca da aliança do Se­ 19Agora, pois, escrevei-vos este cântico, e ensinai-
n h o r , e a todos os anciãos de Israel. o aos filhos de Israel; ponde-o n a sua boca, p ara que
,0E ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada este cântico m e seja p o r testem u n h a co n tra os fi­
sete anos, no tem po determinado do ano da rem is­ lhos de Israel.
são, na festa dos tabernáculos, 20Porque introduzirei o m eu povo n a terra que ju ­
"Q u a n d o to d o o Israel vier a com parecer perante rei a seus pais, que m ana leite e mel; e com erá, e se
o S e n h o r teu Deus, no lugar que ele escolher, lerás fartará, e se engordará; en tão se to rn a rá a o u tro s
esta lei diante de todo o Israel aos seus ouvidos. deuses, e os servirá, e m e irritarão, e anularão a m i­
12A junta o povo, os hom ens e as m ulheres, os m e- nha aliança.

justos (os crentes fiéis), todavia, abençoados por Deus, não po­ responsabilidade de cada indivíduo. Todos nascemos pecado­
dem ser amaldiçoados (Nm 23.8,23: Pv 3.33; 26.2; Rm 8.33,34; res, ou seja, sob o domínio do pecado (do pecado original). Mas
1J0 5.18). cada um de nós é responsável pelos pecados que comete e pres­
Ao mesmo tampo em que a Bíblia previne sobre as conseqüên­ tará contas de seus atos a Deus (Jr 31.29,30; Ez 18.20; Rm 6.6,7;
cias do pecado, também ensina (e faz isso claramente) sobre a 1 Co 5.7; GI3.13; Cl 2.14,15).

222
DEUTERONÔMIO 31,32

2IE será que, quando o alcançarem m uitos males e 2G oteje a m in h a d o u trin a com o a chuva, destile a
angústias, então este cântico responderá contra ele m inha palavra com o o orvalho, com o chuvisco so­
p o r testem unha, pois não será esquecido da boca de bre a erva e com o gotas de água sobre a relva.
sua descendência; porq u an to conheço a sua im agi­ ’Porque apregoarei o n o m e do S e n h o r; engran d e­
nação, o que ele faz hoje, antes que o introduza na cei a nosso Deus.
terra que ten h o jurado. 4Ele é a Rocha, cuja o bra é perfeita, porque todos
22Assim Moisés escreveu este cântico naquele dia, os seus cam inhos justos são; D eus é a verdade, e não
e o ensinou aos filhos de Israel. há nele injustiça; justo e reto é.
2ÍE ordenou a Josué, filho de N um , e disse: Esforça- ’C orrom peram -se co n tra ele; não são seus filhos,
te e anim a-te; porque tu introduzirás os filhos de Is­ m as a sua m ancha; geração perversa e distorcida é.
rael na terra que lhes jurei; e eu serei contigo. ' Recom pensais assim ao S e n h o r, povo louco e ig­
24E aconteceu que, acabando M oisés de escrever norante? N ão é ele teu pai que te adquiriu, te fez e
n um livro, todas as palavras desta lei, te estabeleceu?
2,D eu ordem aos levitas, que levavam a arca da 7Lem bra-te dos dias da antiguidade, atenta para os
aliança do S e n h o r, dizendo: anos de m uitas gerações: pergunta a teu pai, e ele te
2<>Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca inform ará; aos teus anciãos, e eles te dirão.
da aliança do S e n h o r vosso Deus, para que ali este­ “Q u an d o o Altíssimo distribuía as heranças às n a­
ja por testem unha contra ti. ções, q u an d o dividia os filhos de Adão uns dos o u ­
27Porque conheço a tu a rebelião e a tua du ra cer­ tros, estabeleceu os term os dos povos, conform e o
viz; eis que, vivendo eu ainda hoje convosco, rebel­ n úm ero dos filhos de Israel.
des fostes contra o S e n h o r; e quanto m ais depois da ''Porque a porção do S e n h o r é o seu povo; Jacó é a
m inha morte? parte da sua herança.
2SA juntai perante m im to d o s os anciãos das vos­ l0A chou-o nu m a terra deserta, e n um erm o solitá­
sas tribos, e vossos oficiais, e aos seus ouvidos fala­ rio cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-
rei estas palavras, e contra eles p o r testem unhas to ­ o com o a m enina do seu olho.
marei o céu e a terra. "C o m o a águia desperta a sua n inhada, move-se
29Porque eu sei que depois da m inha m orte certa­ sobre os seus filhos, estende as suas asas, tom a-os, e
m ente vos corrompereis, e vos desviareis do cam inho os leva sobre as suas asas,
que vos ordenei; então este mal vos alcançará nos úl­ 12Assim só o S f.n h o r o guiou; e não havia com ele
tim os dias, quando fizerdes mal aos olhos do S e n h o r, deus estranho.
para o provocar à ira com a obra das vossas mãos. BEle o fez cavalgar sobre as alturas da terra, e co­
“ Então Moisés falou as palavras deste cântico aos ou­ m er os frutos do cam po, e o fez ch u p ar mel da rocha
vidos de toda a congregação de Israel, até se acabarem. e azeite da d ura pederneira.
l4M anteiga de vacas, e leite de ovelhas, com a gor­
Ú ltim o cântico d e M oisés dura dos cordeiros e dos carneiros que pastam em
INCLINAI os ouvidos, ó céus, e falarei; e Basã, e dos bodes, com o m ais escolhido trigo; e b e­
ouça a terra as palavras da m inha boca. beste o sangue das uvas, o vinho puro.

Ponde-o ao lado da arca da aliança Deus é a verdade


(31.21-26) (32.4)
(iYS) Adventismo do Sétimo Dia. Declara que a lei escrita por Ceticismo. Alega contradição entre este versículo e 1Reis
\3kJ Moisés— o Pentateuco—foi posta ao lado da arca do con­ 22.23, que narra um episódio no qual o próprio Deus su­
certo e. por ser cerimonial, já foi abolida. postamente promove a mentira entre os homens.
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: As duas tábuas de pedra, colo- RESPOSTA APOLOGÉTICA: No texto confrontado de
<=» cadas dentro da arca. continham preceitos da lei moral. Por ou­ 1 Reis, que diz que ‘ o Senhor pós o espírito de mentira na
tro lado. o livro da lei de Moisés também arrola preceitos morais. So­ boca de todos os teus profetas", nào existe a promoção e mui­
mente uma das tábuas dos Dez Mandamentos contém um preceito to menos a aprovação da mentira quando o contexto é analisado
cerimonial, que é a guarda do sábado. Jesus afirmou que dois man­ com a referência em estudo. O que ocorre, defato, é a "permissi-
damentos citados no livroda lei de Moisés (6.5; Lv 19.18), considerada bilidade divina' em situações como esta, por meio da qual o Se­
cerimonial pelos sabatistas, trazem a parte mais importante, o resu­ nhor, segundo sua presciência, realiza o seu plano.
mo da lei (Mt 22.37-39). A divisào lei cerimonial e moral nào é bíblica. Três aspectos importantes devem ser rigorosamente analisa-

223
DEUTERONÔMIO 32

ISE, engo rdando-se Jesurum , deu coices (engor­ 2tlPorque são gente falta de conselhos, e neles não
daste-te, engrossaste-te, e de gordura te cobriste) há entendim ento.
e deixou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da 29Q uem dera eles fossem sábios! Q ue isto e n ten ­
sua salvação. dessem, e atentassem p ara o seu fim!
16C om deuses estranhos o provocaram a zelos; com ’"C om o poderia ser que um só perseguisse m il, e
abom inações o irritaram . dois fizessem fugir dez mil, se a sua Rocha os não
17Sacrifícios ofereceram aos dem ônios, não a vendera, e o S e n h o r os não entregara?
Deus; aos deuses que não conheceram , novos deu­ 11 P orque a sua rocha n ão é com o a nossa Rocha,
ses que v ieram há pouco, aos quais não tem eram sendo até os nossos inim igos juizes disto.
vossos pais. ,2Porque a sua vin h a é a vinha de Sodom a e dos
18Esqueceste-te da Rocha que te gerou; e em esque­ cam pos de G om orra; as suas uvas são uvas veneno­
cim ento puseste o Deus que te form ou; sas, cachos am argos têm.
l90 que vendo o S e n h o r, os desprezou, p o r ter sido 330 seu vinho é ardente veneno de serpentes, e p e­
provocado à ira contra seus filhos e suas filhas; çonha cruel de víboras.
20E disse: Esconderei o m eu rosto deles, verei qual 34N ão está isto guardado comigo? Selado nos m eus
será o seu fim; p orque são geração perversa, filhos tesouros?
em quem não há lealdade. 3SM inha é a vingança e a recom pensa, ao te m ­
21A zelos m e provocaram com aquilo que não é po que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína
Deus; com as suas vaidades m e provocaram à ira: está próxim o, e as coisas que lhes hão de suceder, se
p o rtan to eu os provocarei a zelos com o que não é apressam a chegar.
povo; com nação louca os despertarei à ira. 36P orq u e o S e n h o r fará ju stiça ao seu povo, e se
22Porque u m fogo se acendeu na m inha ira, e arde­ co m p ad e ce rá de seus servos; q u a n d o v ir q u e o
rá até ao m ais p rofundo do inferno, e consum irá a p o d e r deles se foi, e não h á p reso n em d esam p a­
terra com a sua colheita, e abrasará os fun d am en ­ rado.
tos dos m ontes. 37Então dirá: O n d e estão os seus deuses? A rocha
23Males am ontoarei sobre eles; as m inhas setas es­ em quem confiavam,
gotarei contra eles. 38De cujos sacrifícios com iam a gordura, e de cujas
24Consum idos serão de fome, com idos pela febre ar­ libações bebiam o vinho? Levantem -se, e vos aju ­
dente e de peste amarga; e contra eles enviarei dentes dem , para que haja para vós esconderijo.
de feras, com ardente veneno de serpentes do pó. ’‘'Vede agora qu e eu, eu o sou, e m ais n en h u m deus
25Por fora devastará a espada, e p o r dentro o pavor; há além de m im ; eu m ato, e eu faço viver; eu firo, e eu
ao jovem, ju ntam ente com a virgem , assim à crian­ saro, e ninguém há que escape da m in h a mão.
ça de peito com o ao hom em encanecido. 40Porque levantarei a m inha m ão aos céus, e direi:
26Ew disse: Por todos os cantos os espalharei; farei Eu vivo para sem pre.
cessar a sua m em ória dentre os hom ens, 41Se eu afiar a m in h a espada reluzente, e se a m i­
27Se e u n ã o re c e a sse a ira d o in im ig o , p a r a q u e o s nha m ão travar o juízo, retrib u irei a vingança so­
se u s a d v e rs á rio s n ã o se ilu d a m , e p a r a q u e n ã o d i ­ bre os m eus adversários, e recom pensarei aos que
g a m : A n o s s a m ã o está e x a lta d a ; o S e n h o r n ã o fez m e odeiam .
tu d o isto. 42Em briagarei as m inhas setas de sangue, e a m i-

dos nesta questão: a) É imprescindível reconhecer o episódio ocre sapiência questionaríamos) para atingir seus propósitos
de 1Reis como uma visão e, como tal, está-se referindo à con­ de salvação (Rm 9.17).
templação de um quadro celeste, no qual a soberania divina,
que qualifica o Pai como Rei, é enfatizada; b) Não podemos ig­ Sacrifícios ofereceram aos demônios
norar que, quanto a essa visão, a ortodoxia cristã nos impele a (32.17)
compreender e a aceitar a soberania divina, disposta nas inú­ COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Toda e qualquer adora­
meras demonstrações de prevalência da vontade de Deus, ver­
dade que nos fornece a compreensão de que os espíritos, ain­
t ção que não tem por objetivo o verdadeiro Deus é idola­
tria. E era justamente esse o problema que afetava o povo de Is­
da que malignos, estão subjugados àsoberania do Altíssimo (Jó rael, devido à sua dureza de coração em aceitar a adoração ao
1—3); c) Esta soberania, aliada à multiforme sabedoria de Deus Senhor, sendo facilmente cativado pelo culto aos deuses estra­
(Ef 3.10), pode empregar certos métodos (que em nossa medí­ nhos (1Co 10.19,20).

224
DEUTERONÔMIO 32,33

nha espada com erá carne; do sangue dos m ortos e dez m ilhares de santos; à sua direita havia para eles
dos prisioneiros, desde a cabeça, haverá vinganças o fogo da lei.
do inimigo. *Na verdade am a os povos; todos os seus santos es­
Jubilai, ó nações, o seu povo, p orque ele vingará tão na sua m ão; postos serão n o meio, entre os teus
o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários pés, e cada um receberá das tuas palavras.
retribuirá a vingança, e terá m isericórdia da sua ter­ 4Moisés nos deu a lei, com o herança da congrega­
ra e do seu povo. ção de Jacó.
44E veio Moisés, e falou todas as palavras deste cânti­ ,E foi rei em Jesurum , q u an d o se congregaram os
co aos ouvidos do povo, ele e Josué, filho de Num. cabeças do povo com as tribos de Israel.
45E, acabando Moisés de falar todas estas palavras
a todo o Israel, As bênçãos das tribos
4<>Disse-lhes: Aplicai o vosso coração a todas as pa­ '’Viva R úben, e não m o rra, e que os seus hom ens
lavras que hoje testifico entre vós, para que as reco­ não sejam poucos.
m endeis a vossos filhos, para que tenham cuidado 7E isto é o que disse de Judá: Ouve, ó S e n h o r, a voz
de cum prir todas as palavras desta lei. de Judá, e in tro d u ze-o n o seu povo; as suas m ãos
47P orque esta p alavra n ão vos é vã, antes é a vos­ lhe bastem , e tu lhe sejas em ajuda co n tra os seus
sa vida; e p o r esta m esm a palav ra p ro lo n g areis inimigos.
os dias n a te rra a qual, p assando o Jordão, ides a 8E de Levi disse: Teu T um im e teu U rim são para
possuir. o teu am ado, que tu provaste em Massá, com quem
48D epois falou o S e n h o r a M oisés, naquele m es­ contendeste ju n to às águas de M eribá.
m o dia, dizendo: ’Aquele que disse a seu pai, e à sua mãe: N unca os
49Sobe ao m onte de A barim , ao m onte Nebo, que vi; e não conheceu a seus irm ãos, e n ão estim ou a
está na terra de M oabe, defronte de Jericó, e vê a ter­ seus filhos; pois guardaram a tu a palavra e observa­
ra de Canaã, que darei aos filhos de Israel po r pos­ ram a tu a aliança.
sessão. "’E nsinaram os teus juízos a Jacó, e a tu a lei a Isra­
50E m orre no m onte ao qual subirás; e recolhe-te el; puseram incenso no teu nariz, e o holocausto so­
ao teu povo, com o Arão teu irm ão m orreu no m o n ­ bre o teu altar.
te H or, e se recolheu ao seu povo. 1 'A bençoa o seu poder, ó S e n h o r, e aceita a o b ra
” P orquanto transgredistes co n tra m im no m eio das suas mãos; fere os lom bos dos que se levantam
dos filhos de Israel, às águas de M eribá de Cades, no co n tra ele e o odeiam , para que n u n ca m ais se le­
deserto de Zim; pois não m e santificastes n o meio vantem .
dos filhos de Israel. ]2E de B enjam im disse: O am ado do S e n h o r habi­
52Pelo que verás a terra diante de ti, po rém não en­ tará seguro com ele; todo o dia o cobrirá, e m orará
trarás nela, na terra que darei aos filhos de Israel. entre os seus om bros.
' JE de José disse: Bendita do S e n h o r seja a sua ter­
A bênção de M oisés ra, com o m ais excelente dos céus, com o orvalho e
ESTA, porém , é a bênção com que Moisés, com o abism o que jaz abaixo.
hom em de Deus, abençoou os filhos de Is­ I4E com os m ais excelentes frutos do sol, e com as
rael antes da sua m orte. m ais excelentes produções das luas,
’Disse pois: O S e n h o r veio de Sinai, e lhes subiu de l5E com o m ais excelente dos m o n tes antigos, e
Seir; resplandeceu desde o m o n te Parã, e veio com com o m ais excelente dos outeiros eternos.

Veio com dez milhares . . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Essa controvérsia pode ser
(33.2) ■=» facilmente dissipada quando consultamos um mapa da Bi-
blia. Paran está perto do Egito, na península do Sinai, e Seir, em
/ffr Islamlsmo. Muitos discípulos do islamismo acreditam que
Edom(Cf. 1.1;Gn14.6;Nm10.12; 12.16; 13.3). Náo encontramos
este versículo prevê três visitações distintas de Deus: no
citação da Palestina, onde Jesus ministrou. Paran, de forma algu­
Monte Sinai, a Moisés; no Seir, uma região perto do Mar Morto,
ma, está perto de Meca. mas a milhares de quilómetros. Além dis­
no deserto árabe, por intermédio de Jesus; e em Paran. Arábia,
so, o versículo está falando do Senhor Yahweh e náo de Maomé.
pela instrumentalidade de Maomé. que veio a Meca com um exér­
e este não veio com santos, mas com soldados.
cito de dez milhares.

225
DEUTERONÔMIO 33,34

,4E com o m ais excelente da terra, e da sua pleni­ de Jacó, n a terra de grão e de m osto; e os seus céus
tude, e com a benevolência daquele que habitava na gotejarão orvalho.
sarça, venha sobre a cabeça de José, e sobre o alto da ^B em -aventurado tu, ó Israel! Q uem é com o tu?
cabeça daquele que fo i separado de seus irmãos. U m povo salvo pelo S e n h o r, o escudo do teu socorro,
1 rEle tem a glória do prim ogênito do seu touro, e os e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos
seus chifres são chifres de boi selvagem; com eles re­ te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas.
chaçará todos os povos até às extrem idades da terra;
estes pois são os dez m ilhares de Efraim , e estes são M oisés vê a terra prom etida
os m ilhares de Manassés. ENTÃO su b iu Moisés das cam pinas de
IKE de Z ebulom disse: Zebulom , alegra-te nas tuas M oabe ao m o n te Nebo, ao cum e de Pisga,
saídas; e tu, Issacar, nas tuas tendas. que está em frente a Jericó e o S e n h o r m ostrou-lhe
19Eles cham arão os povos ao m onte; ali apresen­ toda a terra desde Gileade até Dã;
2E todo Naftali, e a terra de Efraim , e M anassés e
tarão ofertas de justiça, p o rq u e chuparão a a b u n ­
toda a terra de Judá, até ao m ar ocidental;
d ân cia dos m ares e os teso u ro s escondidos da
3E o sul, e a cam pina do vale de Jericó, a cidade das
areia.
palm eiras, até Zoar.
2nE de G ade disse: Bendito aquele que faz dilatar a
4E disse-lhe o S e n h o r : Esta é a te rra que ju rei a
Gade; habita com o a leoa, e despedaça o braço e o
A braão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tu a descendên­
alto da cabeça.
cia a darei; eu te faço vê-la com os teus olhos, p o ­
21E se proveu da m elhor parte, porquanto ali estava
rém lá não passarás.
escondida a porção do legislador; p o r isso veio com
os chefes do povo, executou a justiça do S e n h o r e os
M oisés m orre
seus juízos para com Israel.
5 Assim m orreu ali Moisés, servo do S e n h o r, n a ter­
22E de Dã disse: Dã é cria de leão; que salta de Basã.
ra de M oabe, conform e a palavra do S e n h o r.
2,E de Naftali disse: F arta-te, ó N aftali, da b en e­ 6E o sepultou n u m vale, n a terra de M oabe, em
volência, e enche-te da bênção do S f.n h o r; possui o frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lu ­
ocidente e o sul. gar da sua sepultura.
24E de Aser disse: Bendito seja Aser com seus filhos; 7Era Moisés da idade de cento e vinte anos q uando
agrade a seus irm ãos, e banhe em azeite o seu pé. m orreu; os seus olhos nunca se escureceram , nem
2SSeja de ferro e de m etal o teu calçado; e a tu a for­ perdeu o seu vigor.
ça seja com o os teus dias. 8E os filhos de Israel p ran tearam a Moisés trin ta
26N ão há outro, ó Jesurum , sem elhante a Deus, que dias, nas cam pinas de M oabe; e os dias do p ran to
cavalga sobre os céus para a tu a ajuda, e com a sua n o luto de Moisés se cum priram .
majestade sobre as m ais altas nuvens. 9E Josué, filho de N um , foi cheio do espírito de sa­
270 Deus eterno é a tua habitação, e p o r baixo estão bedoria, p o rq u an to Moisés tin h a posto sobre ele as
os braços eternos; e ele lançará o inim igo de diante suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvi­
de ti, e dirá: Destrói-o. dos, e fizeram com o o S e n h o r o rd en ara a Moisés.
2KIsrael, pois, habitará só, seguro, na terra da fonte I0E n u n ca m ais se levantou em Israel profeta al-

Assim morreu ali Moisés de um escritor que já tenha falecido, o que, de forma alguma, res­
(34.5) gata o mérito do autor e os créditos pela confecção da obra.
Ceticismo. Questiona: "Como Moisés poderia ter escrito
Nunca mais se levantou em Israel profeta
o livro de Deuteronômio se a sua morte é narrada no capi­
(34.10)
tulo 34 do mesmo?’ .
/ffr Islamlsmo. Cita este versiculo para dizer que o profeta pre-
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: É claro que Moisés, não po-
dito na referência 18.18 não poderia ser um israelita, o que
«=* dendo prever o tempo de sua morte, não redigiu o relato da
justificaria sua crença de que seria Maomé.
mesma. O último capítulo deste livro é um obituário escrito por al­
gum amigo próximo de Moisés divinamente inspirado, provavel­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os muçulmanos se confun­
mente Josué (34.9). Além disso, é perfeitamente comum o acrés­ dem ao interpretar a expressão "nunca mais” como algo
cimo de obituários às obras cujos autores pereceram antes de ver definitivo, sendo que, no caso em estudo, ela está querendo di­
seu término, assim como ocorre com o prefácio publicado no livro zer “até o momento da redação final do livro”, possivelmente rea-

226
DEUTERONÔMIO 34

gum com o Moisés, a quem o S e n h o r conhecera face Egito, a Faraó, e a to d o s os seus servos, e to d a a
a face; sua terra.
u N em sem elhante e m t o d o s o s s in a is e m a r a v i ­ I2E em toda a m ão forte, e em todo o grande espant
lh a s , q u e o S e n h o r o e n v io u p a r a fa z e r n a t e r r a d o o, que praticou Moisés aos olhos de todo o Israel.

lizada por Josuá. E o profeta que deveria vir teria de ser igual a temunhar com os olhos humanos a glória celeste e descober­
Moisés, que fez todos os sinais e maravilhas ‘ por mando do Se­ ta de Deus.
nhor" (34.11). Maomé, de acordo a Sura 17.90-93, náo realizou O texto em destaque nos remete ao livro de Êxodo, que nos
sinais e maravilhas, como o fizeram Moisés e o Senhor Jesus. E mostra que Deus (oPai), por sua infinita bondade, não deixou que
mais, esse profeta deveria, assim como Moisés, falar com Deus Moisés visse aquilo que, certamente, não poderia resistir (33.20).
face a face. Segundo o Alcorão, Maomé teve sua revelação por Então, o Senhor deixou que Moisés contemplasse apenas o que,
intermédio de anjos (Sura 2.97). Segundo a Bíblia, Jesus e Moi­ como homem, poderia ver: “Depois, quando eu tirar amào. me ve­
sés foram mediadores diretos (1Tm 2.5; Hb 9.15). Ou seja, havia rás pelas costas; mas a minha face náo se verá" (33.23). O versícu­
uma comunicação direta entre eles e Deus e Deus e eles (Jo 1.18; lo 22 é responsável pela descrição do zelo de Deus para com seu
12.49. V. tb. comentário de Dt 18.15-18). servo, porque, segundo a advertência divina, Moisés teria morri­
do se tivesse visto aface do Altíssimo, por isso o próprio Deus pro­
A quem o SENHOR conhecera face a face tegeu Moisés de sua irresistível presença.
(34.10) No evangelho de João, temos a afirmação de que Deus (o Pai)
fora revelado pela imagem humana de seu Filho, Jesus Cristo.
Ceticismo. Infere contradição entre este versículo e Gê­
Paulo, por sua vez, diz ser perfeitamente possível contemplar o
nesis 32.30, Êxodo 33.20-23 e João 1.18, por supostamen­
resplendor divino de forma íntima, imanente (2Co 4.6). E é des­
te náo concordarem entre si quanto à possibilidade de o homem
se mesmo apóstolo o testemunho de que Cristo, uma vez glo­
poder ver o Senhor face a face.
rificado com o Pai, já não podia mais ser contemplado por ele
.. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A inaptidão dos céticos face a face: “Subitamente o cercou um resplendor de luz do
>= quanto às questões espirituais é o seu maior obstácu­ céu" (At 9.3).
lo para que possam compreender os conceitos textuais bíbli­ Jesus atestou a possibilidade de contemplação de Deus (o Pai)
cos. São coisas bem diferentes: contemplar uma representação apenas em representação humana: "Quem me vê a mim vê o
de Deus em forma de figura humana ou algo semelhante e tes­ Pai" (Jo 14.9).

227
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Josué
T Itu lo
É o prim eiro livro da Bíblia que traz o nom e do seu p ró p rio autor, Josué.

A utoria e data
É de Josué, que em hebraico é Yeoshua e significa “Javé é salvação”. Josué era filho de N um , da trib o de
Efraim. Seu nom e era Oséias (N m 13.8), m as Moisés o alterou para Josué e ungiu-o com o seu sucessor
(N m 13.16; 27.18-23). É fácil deduzir que Josué escreveu o livro. Em cada capítulo, existem detalhes que
som ente o pró p rio Josué poderia descrever. Em 24.26 está escrito que ele m esm o escreveu os aconteci­
m entos narrados no livro, ju n to à lei.
A data do térm ino da com posição do livro não deve ser m uito posterior à prim eira m etade do século
14 a.C, um a vez que o tem po da tom ada da terra dem orou cerca de q uarenta anos.

A ssunto
Josué é um a espécie de “diário de guerra”. Nele, são narradas as batalhas e a conquista da terra de C anaã
pelos exércitos israelitas. N arra as vitórias e os fracassos relacionados com esta guerra e tam bém faz um a
descrição dos territórios e povos conquistados. Traz, ainda, a divisão da terra, por Josué, entre as doze tri­
bos e um discurso de exortação do autor incentivando o povo a perm anecer fiel ao Senhor.

Ê nfase apologética
Os vestígios arqueológicos relacionados com o livro de Josué são bastante significativos. Os que dizem
respeito à cidade de Jericó são m uito relevantes, um a vez que Jericó é considerada a cidade m u rad a mais
antiga do m undo. A chados arqueológicos identificam um a das destruições que a cidade sofreu, q uando
da conquista de Canaã, o que serve de confirm ação para o evento n arrad o em Josué.
Criou-se, em torno do livro, um grande conflito relacionado ao milagre narrado na referência 10.10-15,
onde é dito que “o Sol se deteve quase um dia inteiro”. Esta expressão foi considerada, d u ran te m uito tem ­
po, um a confirm ação do sistema “geocêntrico”, isto é, a Terra era o centro do Universo. Q u an d o os estu­
dos dos astrônom os levaram a concluir que o Sol era o centro de u m Sistema e a Terra se m ovia em to rn o
do Sol, a inquisição católica ordenou a queim a na fogueira dos que discordavam da Bíblia. P osteriorm en­
te, isto levou m uitos a um a rejeição com pleta das Escrituras, classificando-as com o errôneas e, até hoje, al­
gum as pessoas usam esse acontecim ento para lançar descrédito sobre a Bíblia.
Todavia, cabe lem brar que a Bíblia não é u m livro científico. “P ô r-d o -so F e “nascer do sol” são expres­
sões com uns tanto nas Escrituras quanto na linguagem coloquial. Alegar que a Bíblia está errada p o r usar
linguagem coloquial, não-científica, não é argum ento suficiente para anular sua infalibilidade.
O LIVRO DE

OSUÉ
D eus fa la a Josué e anim a-o não tem as, n em te espantes; p o rq u e o S en h or teu
E SUCEDEU depois da m o rte de Moisés, servo D eus é contigo, p o r o nde q uer que andares.
1 do S enhor , que o S enhor falou a Josué, filho de
N um , servo de Moisés, dizendo: Josué prepara o povo para passar
2Moisés, m eu servo, é m orto; levanta-te, pois, ago­ oJordão
ra, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que 10Então Josué deu o rd em aos prín cip es do povo,
eu d o u aos filhos de Israel. dizendo:
•’Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo "P assai pelo m eio do arraial e o rd en ai ao povo,
tenho dado, com o eu disse a Moisés. dizendo: Provede-vos de com ida, p o rq u e d en tro
4Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o de três dias passareis este Jordão, p ara que entreis
rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande a possuir a te rra q ue vos d á o S en h o r vosso Deus,
m ar para o poente do sol, será o vosso term o. para a possuirdes.
5N inguém te poderá resistir, todos os dias da tua 12E falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à m eia
vida; com o fui com Moisés, assim serei contigo; não tribo de M anassés, dizendo:
te deixarei nem te desam pararei. 1 ’Lem brai-vos da palavra qu e vos m a n d o u Moisés,
6Esforça-te, e tem bom ânim o; porque tu farás a este o servo do S enhor , dizendo: O S en h o r vosso Deus
povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. vos dá descanso, e vos dá esta terra.
'T ão -som ente esforça-te e tem m ui b o m ânim o, 14Vossas m ulheres, vossos m en in o s e vosso gado
para teres o cuidado de fazer conform e a toda a lei fiquem na te rra que Moisés vos d eu deste lado do
que m eu servo Moisés te ordenou; dela não te des­ Jordão; p o rém vós passareis arm ad o s n a frente
vies, nem para a direita nem para a esquerda, para de vossos irm ãos, to d o s os valentes e valorosos, e
que prudentem ente te conduzas p o r onde quer que ajudá-los-eis;
andares. 15Até que o S en h or dê descanso a vossos irm ãos,
8N ão se aparte da tua boca o livro desta lei; antes com o a vós, e eles tam bém possuam a terra qu e o
m edita nele dia e noite, p ara que tenhas cuidado S en h or vosso Deus lhes dá; então tornareis à terra
de fazer conform e a tu d o q uanto nele está escrito; da vossa herança, e possuireis a qu e vos deu Moisés,
porque então farás prosperar o teu cam inho, e serás o servo do S en h o r , deste lado d o Jordão, p ara o
bem sucedido. nascente do sol.
9N ão to m andei eu? Esforça-te, e tem bom ânim o; 16Então responderam a Josué, dizendo: Tudo quan-

Pars que tenhas cuidado de fazer conforme do, insiste na idéia de que as boas obras possuem méritos sal-
a tudo quanto nele está escrito víficos.
( 1. 8) Quanto ao primeiro equívoco, está patente na referência em es­
tudo que Deus. por sua Palavra, sempre instruiu os homens quan­
Espiritismo. A respeito da conduta humana, ensina: ‘ Não
to à sua vontade (Mt5—7; Jo 14.26; 1Ts 5.11-28). Quanto à pro­
vos digo como devíeis fazer [.. .] se eu vos ditasse a linha de
posta do segundo equívoco, a Bíblia esclarece que não há mérito
conduta, não teríeis mérito das vossas boas ações".
— para a salvação — nas boas ações humanas. Devemos con­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Estas palavras demons- siderar ainda a grosseira contradição. Vejamos: “deixo a iniciati­
■=> tram dois equívocos primários nesta crença. Primeiro, a va aos vossos bons corações". Como pode ser qualificado como
idéia de que o homem não deve ser orientado quanto à sua ma­ "bom" o coração de quem o espiritismo diz: “tem inclinação para
neira de proceder em relação à correta postura cristã. Segun­ o mal". E pior: sem receber orientação sobre sua conduta?

229
JOSUÉ 1,2

to nos ordenaste faremos, e onde quer que nos en­ que todos os m oradores da terra estão desfalecidos
viares iremos. diante de vós.
17C om o em tudo ouvim os a Moisés, assim te ouvi­ ‘"Porque tem os ouvido que o S en h o r secou as
rem os a ti, tão-som ente que o S enhor teu D eus seja águas do M ar Vermelho diante de vós, q u an d o saíeis
contigo, com o foi com Moisés. do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos am orreus,
l8Todo o hom em , que for rebelde às tuas ordens, a Siom e a O gue, qu e estavam além do Jordão, os
e não o uvir as tuas palavras em tu d o q uanto lhe quais destruístes.
m andares, m orrerá. T ão-som ente esforça-te, e tem '' O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em
b om ânim o. ninguém m ais há ânim o algum , p o r causa da vossa
presença; porque o Sen h o r vosso Deus é D eus em
Josué envia dois espias a Jerico cim a nos céus e em baixo na terra.
E JOSUÉ, filho de N um , enviou secretam ente,
2 de Sitim, dois hom ens a espiar, dizendo: Ide re­
conhecer a terra e a Jericó. Foram , pois, e entraram
A cordo com Raabe
1 "Agora, pois, j urai-m e, vos peço, pelo S enhor , que,
com o usei de m isericórdia convosco, vós tam bém
na casa de um a m ulher p rostituta, ciijo nom e era
usareis de m isericórdia para com a casa de m eu pai,
Raabe, e dorm iram ali.
e dai-m e um sinal seguro,
JEntão deu-se notícia ao rei de Jericó, dizendo: Eis
l3D e que conservareis com a vida a m eu pai e a
que esta noite vieram aqui uns hom ens dos filhos de
m inha mãe, com o tam bém a m eus irm ãos e a m i­
Israel, para espiar a terra.
nhas irm ãs, com tu d o o que têm e de que livrareis as
3Por isso m an d o u o rei de Jericó dizer a Raabe: Tira
nossas vidas da m orte.
fora os hom ens que vieram a ti e entraram na tua
1''Então aqueles h om ens responderam -lhe: A
casa, porque vieram espiar toda a terra.
nossa vida responderá pela vossa até à m orte, se não
4Porém aquela m ulher tom ou os dois hom ens, e os
denunciardes este nosso negócio, e será, pois, que,
escondeu, e disse: É verdade que vieram hom ens a
d an d o -n o s o S en h o r esta terra, usarem os contigo
m im , porém eu não sabia de onde eram . de m isericórdia e de fidelidade.
5E aconteceu que, havendo-se de fechar a porta, 1 ’Ela então os fez descer por um a corda pela janela,
sendo já escuro, aqueles hom ens saíram ; n ão sei p o rqu an to a sua casa estava sobre o m uro da cidade,
para o nde aqueles hom ens se foram ; ide após eles e ela m orava sobre o m uro.
depressa, porque os alcançareis. 16E disse-lhes: Ide-vos ao m onte, para que, p orven­
‘’Porém ela os tinha feito subir ao eirado, e os tinha tura, não vos encontrem os perseguidores, e escon­
escondido entre as canas do linho, que pusera em dei-vos lá três dias, até que voltem os perseguidores,
ordem sobre o eirado. e depois ide pelo vosso cam inho.
7E foram -se aqueles hom ens após eles pelo cam i­ I7E, disseram -lhe aqueles hom ens: D esobrigados
nho do Jordão, até aos vaus; e, havendo eles saído, seremos deste ju ram en to que nos fizeste jurar.
fechou-se a porta. l8Eis que, q u an d o nós en trarm o s na terra, atarás
8E, antes que eles dorm issem , ela subiu a eles no este cordão de fio de escarlata à janela p o r o n d e nos
eirado; fizeste descer; e recolherás em casa contigo a teu
9E disse aos hom ens: Bem sei que o Se n h o r vos pai, e a tu a m ãe, e a teus irm ãos e a to d a a fam ília
deu esta terra e que o pavor de vós caiu sobre nós, e de teu pai.

Não sei para onde aqueles homens se foram; uma vez, o temor a Deus suplantou a obediência aos mandatá­
Ide após eles depressa, porque os alcançareis rios temporais (Rm 13; 1Pe 2.17). E isso não infere contradição,
(2.4-6) até porque, Raabe (de nome e descendência egípcios) não esta­
va compromissada com a lei mosaica, logo, não poderiam recair
Ceticismo. Confronta esta passagem com Levftico 19.11
sobre ela as sanções aplicadas aos judeus.
para afirmar que Raabe mentiu, transgredindo a lei, mas
Raabe, a prostituta (6.25), não recebeu o benefício divino por­
que Deus, apesar disso, a abençoou, o que seria uma suposta
que mentiu aos enviados do rei de Jericó, mas porque temeu ao
contradição bfblica.
Deus dos espias de Josué. Neste sentido, fica consagrado o prin­
. . . » RESPOSTA APOLOGÉTICA: Assim como as parteiras Si- cípio de que primeiro vem a lealdade ao Senhor, depois a sujei­
■=■ frá e Puá (Êx 1.19), Raabe também agiu para preservar o ção aos mandantes seculares.
plano de Deus e, conseqüentemente, salvar o povo hebreu. Mais

230
JOSUÉ 2,3

l9Será, pois, que qualquer que sair fora da p o rta da 6E falou Josué aos sacerdotes, dizendo: Levantai
tu a casa, o seu sangue será sobre a sua cabeça, e nós a arca d a aliança, e passai adiante deste povo. Le­
seremos inocentes; m as qualquer que estiver conti­ vantaram , pois, a arca da aliança, e foram an dando
go, em casa, o seu sangue seja sobre a nossa cabeça, adiante do povo.
se alguém nele puser mão. 7E o S en h o r disse a Josué: H oje com eçarei a en ­
20Porém, se tu denunciares este nosso negócio, sere­ grandecer-te perante os olhos de to d o o Israel, para
m os desobrigados do juram ento que nos fizeste jurar. que saibam que, assim com o fui com Moisés, assim
21E ela disse: C onform e as vossas palavras, assim serei contigo.
seja. Então os despediu; e eles se foram ; e ela atou o "Tu, pois, o rd en arás aos sacerdotes que levam a
cordão de escarlata à janela. arca da aliança, dizendo: Q u an d o chegardes à beira
22Foram-se, pois, e chegaram ao m onte, e ficaram das águas do Jordão, parareis aí.
ali três dias, até que voltaram os perseguidores, 9Então disse Josué aos filhos de Israel: Chegai-vos
p o rq u e os perseguidores os buscaram p o r todo o para cá, e ouvi as palavras do S en h or vosso Deus.
cam inho, porém não os acharam . lüDisse m ais Josué: N isto conhecereis que o Deus
21Assim aqueles dois hom ens voltaram , e desce­ vivo está no m eio de vós; e que certam ente lançará
ram do m onte, e passaram , e chegaram a Josué, de diante de vós aos cananeus, e aos heteus, e aos
filho de N um , e co ntaram -lhe tu d o q uanto lhes heveus, e aos perizeus, e aos girgaseus, e aos am or-
acontecera; reus, e aos jebuseus.
24E disseram a Josué: C ertam en te o S en h o r tem 11 Eis que a arca da aliança do S enhor de toda a terra
dado toda esta terra nas nossas m ãos, pois até todos passa o Jordão diante de vós.
os m oradores estão atem orizados diante de nós. l2Tom ai, pois, agora doze h o m en s das trib o s de
Israel, de cada trib o um hom em ;
A travessia do Jordão 13P orque há de acontecer que, assim que as plantas
LEVANTOU-SE, pois, Josué de m adrugada, e dos pés dos sacerdotes, que levam a arca do S enhor ,
3 p artiram de Sitim, ele e todos os filhos de Israel;
e vieram até ao Jordão, e p o u saram ali, antes que
o Senhor de to d a a terra, repousem nas águas do
Jordão, se separarão as águas do Jordão, e as águas,
passassem. que vêm de cim a, pararão am ontoadas.
2E sucedeu, ao fim de três dias, que os oficiais pas­ ME aconteceu que, p artin d o o povo das suas te n ­
saram pelo m eio do arraial; das, para passar o Jordão, levavam os sacerdotes a
'E o rd enaram ao povo, dizendo: Q u an d o virdes arca da aliança adiante do povo.
a arca da aliança do S en h or v osso Deus, e que os 1SE q u an d o os que levavam a arca, chegaram ao
sacerdotes levitas a levam, partireis vós tam bém do Jordão, e os seus pés se m olharam n a beira das águas
vosso lugar, e seguireis. (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas
■•Haja contudo, entre vós e ela, um a distância de ribanceiras, todos os dias da ceifa),
dois m il côvados; e não vos chegueis a ela, para que l6P araram -se as águas, qu e v in h am de cim a; le­
saibais o cam inho pelo qual haveis de ir; porquanto vantaram -se n u m m ontão, m ui longe d a cidade de
p o r este cam inho nunca passastes antes. Adão, que está ao lado de Zaretã; e as que desciam
’Disse Josué tam bém ao povo: Santificai-vos, ao m ar das cam pinas, que é o M ar Salgado, foram
porque am anhã fará o S enhor m aravilhas no m eio de to d o separadas; então passou o povo em frente
de vós. de Jericó.

Levantai a arca da aliança, e passai adiante deste povo porte em caravana (Ez 27.25) era um costume dos israelitas e/ou
(3.6) dos gentios, portanto, não significava (ou determinava) expressão
de culto ou ritual. A forma como Roma pratica a procissão tem outro
Catolicismo Romano. Adota este versículo para legitimar
objetivo: usar imagens, que recebem culto e louvor dos católicos, o
as procissões, ocasião em que seus adeptos conduzem,
que em nada se assemelha à caravana empreendida por Josué.
em atitude de adoração e louvor, andores com imagens dos "san­
Vejamos a advertência do Senhor ao povo, que veio pela boca
tos’ do panteão dessa igreja.
do profeta: “Os que conduzem em procissão as suas imagens de
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tanto a arca quanto as ima­ escultura nada sabem" (Is 45.20). A expressão “suas imagens"
gens de querubins eram objetos consagrados ao tabernácu­ diz respeito àquilo que os homens projetavam a seu bel-prazer,
lo e cuja feitura tora determinada por Deus (Êx 25.10-19). O trans­ sem o respaldo divino.

231
JOSUÉ 3 ,4 ,5

l7Porém os sacerdotes, que levavam a arca da alian­ passaram diante do S enhor para batalha, às cam pi­
ça do S enhor , pararam firmes, em seco, no m eio do nas de Jericó.
Jordão, e todo o Israel passou a seco, até que todo o 14Naquele dia o S enhor engrandeceu a Josué diante
povo acabou de passar o Jordão. dos olhos de to d o o Israel; e tem eram -no, com o h a­
viam tem ido a Moisés, todos os dias da sua vida.
As doze pedras tiradas do m eio do Jordão ' ’Falou, pois, o S en h or a Josué, dizendo:
SUCEDEU que, acabando todo o povo de pas­ l6D á ordem aos sacerdotes, que levam a arca do
4 sar o Jordão, falou o S enhor a Josué, dizendo:
2Tomai do povo doze hom ens, de cada trib o um
testem unho, que subam do Jordão.
17E deu Josué ordem aos sacerdotes, dizendo: Subi
hom em ; do Jordão.
3E m andai-lhes, dizendo: Tirai daqui, do m eio do I8E aconteceu que, com o os sacerdotes, que leva­
Jordão, do lugar onde estavam firm es os pés dos vam a arca da aliança do S enhor , subiram do meio
sacerdotes, doze pedras; e levai-as convosco à outra do Jordão, e as plantas dos pés dos sacerdotes se
margem e depositai-as no alojam ento em que haveis puseram em seco, as águas do Jordão se to rn aram
de passar esta noite. ao seu lugar, e corriam , com o antes, sobre todas as
4C ham ou, pois, Josué os doze hom ens, que escolhe­ suas ribanceiras.
ra dos filhos de Israel; de cada tribo um hom em ; 1‘'Subiu, pois, o povo, do Jordão no dia dez do mês
5E disse-lhes Josué: Passai adiante da arca do Se­ prim eiro; e alojaram -se em Gilgal, do lado oriental
n h o r vosso D eus, ao m eio do Jordão; e cada um le­ de Jericó.
vante um a pedra sobre o om bro, segundo o núm ero 20E as doze pedras, que tinham tom ado do Jordão,
das tribos dos filhos de Israel; levantou-as Josué em Gilgal.
6Para que isto seja p o r sinal en tre vós; e quando 21E falou aos filhos de Israel, dizendo: Q uan d o no
vossos filhos no futuro perguntarem , dizendo: Q ue futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizen­
significam estas pedras? do: Q ue significam estas pedras?
7Então lhes direis que as águas do Jordão se separa­ 22Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel pas­
ram diante da arca da aliança do S en h o r ; passando sou em seco este Jordão.
ela pelo Jordão, separaram -se as águas do Jordão; 23P orque o S en h o r vosso D eus fez secar as águas
assim estas pedras serão para sem pre po r m em orial do Jordão d iante de vós, até que passásseis, com o
aos filhos de Israel. o S en h or vosso Deus fez ao M ar Vermelho que fez
8Fizeram, pois, os filhos de Israel assim com o Josué secar p erante nós, até que passássemos.
tin h a ordenado, e levantaram doze pedras do m eio 24Para que todos os povos da terra conheçam a m ão
do Jordão com o o S en h or dissera a Josué, segundo do S enhor , que é forte, para que tem ais ao S enhor
o núm ero das tribos dos filhos de Israel; e levaram - vosso D eus todos os dias.
nas consigo ao alojam ento, e as depositaram ali.
9Levantou Josué tam bém doze pedras no m eio do A circuncisão dos filh o s d e Israel
Jordão, no lugar onde estiveram parados os pés dos E SUCEDEU que, ouvindo to d o s os reis dos
sacerdotes, que levavam a arca da aliança; e ali estão am orreus, que habitavam deste lado do Jor­
até ao dia de hoje. dão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus, que
luPararam , pois, os sacerdotes, que levavam a arca, estavam ao pé do m ar, que o Senhor tin h a secado
no m eio do Jordão, em pé, até que se cu m p riu tudo as águas do Jordão, de d iante dos filhos de Israel,
q u an to o S en h o r m andara Josué dizer ao povo, até qu e passassem , desfaleceu-se-lhes o coração, e
conform e a tudo quanto Moisés tinha ordenado a não houve m ais ân im o neles, p o r causa dos filhos
Josué; e apressou-se o povo, e passou. de Israel.
11E s u c e d e u que, a ssim q u e t o d o o p o v o a c a b o u d e 2N aquele tem po disse o S enhor a Josué: Faze facas
p a ssa r, e n tã o p a s s o u a a rc a d o S enhor , e o s s a c e rd o ­ de pedra, e to rn a a circu n cid ar segunda vez aos
te s, à v ista d o p o v o . filhos de Israel.
I2E passaram os filhos de R úben, e os filhos de 3E ntão Josué fez para si facas de pedra, e circunci­
G ade, e a m eia tribo de Manassés, arm ados na frente d ou aos filhos de Israel no m o n te dos prepúcios.
dos filhos de Israel, com o Moisés lhes tinha falado; 4E fo i esta a causa p o r que Josué os circuncidou:
l3U ns q uarenta m il hom ens de guerra, arm ados, todo o povo que tin h a saído do Egito, os hom ens,

232
JOSUÉ 5,6

todos os hom ens de guerra, já haviam m o rrid o no do exército do Senho r . Então Josué se prostrou com
deserto, pelo cam inho, depois que saíram do Egito. o seu rosto em terra e o ad orou, e disse-lhe: Q ue diz
5Porque todos os do povo que saíram estavam m eu senhor ao seu servo?
circuncidados, m as a n en h u m dos que nasceram 1’E ntão disse o p rín cip e do exército do Senho r
no deserto, pelo cam inho, depois de terem saído do a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o
Egito, haviam circuncidado. lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.
6Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel
pelo deserto, até se acabar toda a nação, os hom ens Jericó é destruída
de guerra, que saíram do Egito, e não obedeceram à ORA Jericó estava rigorosam ente fechada por
voz do Se n h o r ; aos quais o Se n h o r tinha jurad o que
lhes não havia de deixar ver a terra que o Se n h o r ju ­
6 causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem
entrava.
rara a seus pais dar-nos; terra que m ana leite e mel. 2Então disse o Se n h o r a Josué: O lha, tenho dado
TPorém em seu lugar pôs a seus filhos; a estes Josué na tu a m ão a Jericó, ao seu rei e aos seus h om ens
circuncidou, p o rq u an to estavam incircuncisos, valorosos.
porque os não circuncidaram no cam inho. 3Vós, pois, todos os hom ens de guerra, rodeareis
SE aconteceu que, acabando de circuncidar a toda a cidade, cercando-a um a vez; assim fareis por seis
a nação, ficaram n o seu lugar no arraial, até que dias.
sararam. 4E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifres
"Disse mais o Se nho r a Josué: H oje retirei de sobre de carneiros adiante da arca, e no sétim o dia rode­
vós o o p ró b rio do Egito; p o r isso o nom e daquele areis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as
lugar se cham ou Gilgal, até ao dia de hoje. buzinas.
’E será que, tocando-se prolongadam ente a buzina
Celebra-se a páscoa de carneiro, ouvindo vós o seu sonido, todo o povo
‘"Estando, pois, os filhos de Israel acam pados em gritará com grande brado; e o m uro da cidade cairá
Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, à abaixo, e o povo subirá p o r ele, cada um em frente.
tarde, nas cam pinas de Jericó. '’Então Josué, filho de N um , cham ou aos sacerdotes
ME, ao o u tro dia depois da páscoa, nesse m esm o e disse-lhes: Levai a arca da aliança; e sete sacerdotes
dia, com eram , do fruto da terra, pães ázim os e es­ levem sete buzinas de chifres de carneiros, adiante
pigas tostadas. da arca do S enho r .
I2E cessou o m aná n o dia seguinte, depois que 7E disse ao povo: Passai e rodeai a cidade; e quem
com eram do fruto da terra, e os filhos de Israel não estiver arm ado, passe adiante da arca do Senho r .
tiveram m ais m aná; porém , no m esm o ano com e­ 8E assim foi que, com o Josué dissera ao povo, os
ram dos frutos da terra de Canaã. sete sacerdotes, levando as sete buzinas de carneiros
diante do Se nho r , passaram e tocaram as buzinas; e
U m a njo aparece a Josué a arca da aliança do Se n h o r os seguia.
13E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, ‘‘E os h om ens arm ados iam adiante dos sacerdo­
levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pòs em tes, que tocavam as buzinas; e a retaguarda seguia
pé diante dele um hom em que tinha na m ão um a após a arca; an d an d o e tocan d o as buzinas iam os
espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És sacerdotes.
tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? '"Porém ao povo Josué tin h a dado ordem , dizen­
I4E disse ele: Não, m as venho agora como príncipe do: N ão gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem

Terra que mana leite e mel panharam Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã era
(5.6) exagerado e covarde, não refletia os benefícios da terra, como
no caso dos outros espias enviados antes deles (Nm 13.27). É
Ceticismo. Confronta este texto com Números 13.32, inter­
fato que, na ocasião, existiam em Canaã homens de alta estatu­
pretando-o equivocadamente, atribuindo miséria em Ca­
ra e fortes guerreiros (Nm 13.28), porque a região vinha sendo
naã, já que a terra, aqui, é citada como sendo fértil, o que seria
palco de constantes batalhas campais entre as tribos que de­
uma suposta contradição bíblica.
sejavam tomá-la, por ser uma terra extremamente fértil. Núme­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto desta referên- ros 14.36.37 é uma prova cabal contra a tese dos céticos, por
*=» cia, por si só, prova que a interpretação dos céticos é in­ documentar a morte dos covardes que induziram o povo à mur­
cabível. O relatório apresentado por alguns espias que acom­ muração.

233
JOSUÉ 6,7

sairá palavra algum a da vossa boca até ao dia que eu talm ente ao fio da espada, desde o hom em até à
vos diga: G ritai. Então gritareis. m ulher, desde o m enino até ao velho, e até ao boi e
" E fez a a r c a d o S en h or r o d e a r a c id a d e , c o n ­ gado m iúdo, e ao jum ento.
t o r n a n d o - a u m a vez; e e n t r a r a m n o a r r a ia l, e ali
p a s s a r a m a n o ite . Raabe é salva
l2D epois Josué se levantou de m adrugada, e os “ Josué, porém , disse aos dois hom ens que tinham
sacerdotes levaram a arca do S enhor . espiado a terra: E ntrai na casa da m ulher p ro stitu ­
1 ’E os sete sacerdotes, que levavam as sete buzinas ta, e tirai-a de lá com tu d o q u an to tiver, com o lhe
de chifres de carneiros, adiante da arca do S enhor , tendes jurado.
iam an d an d o , e tocavam as buzinas, e os hom ens “ Então en traram os jovens espias, e tiraram a Ra­
arm ad o s iam adiante deles e a retaguarda seguia abe e a seu pai, e a sua mãe, e a seus irm ãos, e a tudo
atrás da arca do S en h o r ; os sacerdotes iam andando quanto tinha; tiraram tam bém a toda a sua p aren ­
e tocando as buzinas. tela, e os puseram fora do arraial de Israel.
14Assim rodearam o u tra vez a cidade n o segundo 24Porém a cidade e tu d o q u an to havia nela quei­
dia e voltaram para o arraial; e assim fizeram seis m aram a fogo; tão-som ente a p rata, e o ouro, e os
dias. vasos de m etal e de ferro, deram para o tesouro da
,SE sucedeu que, ao sétim o dia, m ad ru g aram ao casa do S enhor .
subir da alva, e da m esm a m aneira rodearam a 2ÍAssim deu Josué vida à p ro stitu ta Raabe e à fa­
cidade sete vezes; naquele dia som ente rodearam a mília de seu pai, e a tu d o q u an to tinha; e habitou
cidade sete vezes. no m eio de Israel até ao dia de hoje; p o rq u an to es­
I6E sucedeu que, tocando os sacerdotes pela sétim a condera os mensageiros que Josué tinha enviado a
vez as buzinas, disse Josué ao povo: G ritai, porque o espiar a Jericó.
S enhor vos tem dado a cidade. 26E naquele tem po Josué os esconjurou, dizendo:
l7Porém a cidade será anátem a ao S en h or , ela e M aldito diante do S enhor seja o hom em que se le­
tu d o q u anto houver nela; som ente a p ro stitu ta vantar e reedificar esta cidade de Jericó; sobre seu
Raabe viverá; ela e todos os que com ela estiverem prim ogênito a fundará, e sobre o seu filho m ais novo
em casa; p o rquanto escondeu os m ensageiros que lhe porá as portas.
enviamos. 27Assim era o S en h or com Josué; e corria a sua fama
lsT ão-som ente guardai-vos do anátem a, para que p o r toda a terra.
não toqueis nem tom eis algum a coisa dele, e assim
façais m aldito o arraial de Israel, e o perturbeis. O -pecado d e A c ã
19Porém toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal, e E TRANSGREDIRAM os filhos de Israel no
de ferro são consagrados ao S en h o r ; irão ao tesouro
do S enhor .
7anátem a; p o rq u e Acã filho de C arm i, filho de
Zabdi, filho de Zerá, da trib o de Judá, to m o u do
2HG ritou, pois, o povo, to can d o os sacerdotes as anátem a, e a ira do S en h or se acendeu co n tra os
buzinas; e sucedeu que, ouvin d o o povo o sonido filhos de Israel.
da buzina, grito u o povo com grande brado; e o 2Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns ho m en s
m u ro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada um a Ai, que está ju n to a Bete-Áven do lado do oriente
em frente de si, e tom aram a cidade. de Betei, falou-lhes dizendo: Subi, e espiai a terra.
21E tu d o quanto havia na cidade d estru íram to ­ Subiram , pois, aqueles hom ens, e espiaram a Ai.

E fez a arca do SENHOR rodear a cidade porte em caravana (Ez 27.25) era um costume dos israelitas e/ou
(6.11-16) dos gentios, portanto, não significava (ou determinava) expressão
de culto ou ritual.Aforma como Roma pratica a procissão tem outro
Catolicismo Romano. Adota este versículo para legitimar
objetivo: usar imagens, que recebem culto e louvor dos católicos, o
as procissões, ocasião em que seus adeptos conduzem,
que em nada se assemelha à caravana empreendida por Josué.
em atitude de adoração e louvor, andores com imagens dos "san­
Vejamos a advertência do Senhor ao povo, que veio pela boca
tos” do panteão dessa igreja.
do profeta: ‘ Os que conduzem em procissão as suas imagens de
. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tanto a arca quanto as ima- escultura nada sabem” (Is 45.20). A expressão “suas imagens”
<=» gens de querubins eram objetos consagrados ao tabernácu­ diz respeito àquilo que os homens projetavam a seu bel-prazer,
lo e cuja feitura fora determinada por Deus (Êx 25.10-19). O trans­ sem o respaldo divino.

234
JOSUÉ 7,8

3E voltaram a Josué, e disseram -lhe: N ão suba todo chegar a Israel, segundo as suas tribos; e a trib o de
o povo; subam uns dois mil, o u três mil hom ens, a Judá foi tom ada;
ferir a Ai; não fatigueis ali a to d o o povo, porque 1TE, fazendo chegar a trib o de Judá, to m o u a família
poucos são. dos zeraítas; e fazendo chegar a família dos zeraítas
“Assim, subiram lá, do povo, uns três m il hom ens, hom em p o r hom em , foi to m ad o Zabdi;
os quais fugiram diante dos hom ens de Ai. l8E, fazendo chegar a sua casa, hom em p o r hom em ,
5E os hom ens de Ai feriram deles uns trin ta e seis, foi tom ado Acã, filho de C arm i, filho de Zabdi, filho
e os perseguiram desde a p o rta até S ebarim , e os de Zerá, da trib o de Judá.
feriram na descida; e o coração do povo se derreteu l9Então disse Josué a Acã: Filho m eu, dá, peço-te,
e se to rn o u com o água. glória ao S e n h o r D eus de Israel, e faze confissão
6Então Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou p eran te ele; e declara-m e agora o que fizeste, não
em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senho r m o ocultes.
até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó 20E resp o n d eu Acã a Josué, e disse: V erdadeira­
sobre as suas cabeças. m ente pequei contra o Sen h o r D eus de Israel, e fiz
7E disse Josué: Ah! Senhor D eus ! Por que, com assim e assim.
efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para nos 2lQ u an d o vi entre os despojos um a boa capa b a­
entregares nas m ãos dos am orreus para nos fazerem bilónica, e duzentos siclos de prata, e um a cunha de
perecer? Antes nos tivéssemos contentado em ficar ouro, do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e to-
além do Jordão! mei-os; e eis que estão escondidos na terra, no m eio
8Ah, Senhor! Q ue direi? Pois Israel virou as costas da m inha tenda, e a prata p o r baixo dela.
diante dos inimigos! 22Então Josué enviou m ensageiros, que foram cor­
9O uvindo isto, os cananeus, e todos os m oradores rendo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua
da terra, nos cercarão e desarraigarão o nosso nom e tenda, e a prata p o r baixo.
da terra; e então que farás ao teu grande nome? 2 'Tom aram , pois, aquelas coisas do m eio da tenda,
1 “Então disse o S e nho r a Josué: Levanta-te; po r que e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel; e
estás prostrado assim sobre o teu rosto? as puseram perante o Senho r .
"Israel pecou, e transgrediram a m in h a aliança 24Então Josué, e to d o o Israel com ele, to m aram
que lhes tinha ordenado, e to m aram do anátem a, a Acã filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de
e furtaram , e m entiram , e debaixo da sua bagagem ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus
o puseram . jum entos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tu d o quanto
l2Por isso os filhos de Israel não p uderam subsistir ele tinha; e levaram -nos ao vale de Acor.
perante os seus inim igos; viraram as costas diante 25E disse Josué: Por que nos perturbaste? O Se nho r
dos seus inim igos; p o rquanto estão am aldiçoados; te pertu rb ará neste dia. E todo o Israel o apedrejou; e
não serei m ais convosco, se não desarraigardes o os queim aram a fogo depois de apedrejá-los.
anátem a do m eio de vós. 26E levantaram sobre ele um gran d e m o n tão de
l3Levanta-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos pedras, até o dia de hoje; assim o Sen h o r se ap arto u
para am anhã, porque assim diz o Sen h o r D eus de do ard o r da sua ira; pelo que aquele lugar se cham a
Israel: A nátem a há no m eio de ti, Israel; diante dos o vale de Acor, até ao dia de hoje.
teus inim igos não poderás suster-te, até que tireis o
anátem a do meio de vós. Ai é tom ada e destruúla
l4A m anhã, pois, vos chegareis, segundo as vossas ENTÃO disse o S e n h o r a Josué: N ão tem as, e
tribos; e será que a tribo que o S e n h o r to m a r se che­
gará, segundo as famílias; e a família que o Senho r
8 não te espantes; tom a contigo toda a gente de
guerra, e levanta-te, sobe a Ai; olha que te ten h o
tom ar se chegará p o r casas; e a casa que o Se n h o r dado na tu a m ão o rei de Ai e o seu povo, e a sua
tom ar se chegará hom em p o r hom em . cidade, e a sua terra.
15E será que aquele que for tom ado com o anátem a 2Farás, pois, a Ai e a seu rei, com o fizeste a Jericó, e
será queim ado a fogo, ele e tu d o q uanto tiver; po r­ a seu rei; salvo que, para vós, tom areis os seus des­
q u an to transgrediu a aliança do Se n h o r , e fez uma pojos, e o seu gado; põe em boscadas à cidade, por
loucura em Israel. detrás dela.
l6Então Josué se levantou de m adrugada, e fez 3Então Josué levantou-se, e to d a a gente de guerra,

235
JOSUÉ 8

para subir co n tra Ai; e escolheu Josué trin ta mil tens na tua mão, para Ai, porque a darei na tua mão.
hom ens valorosos, e enviou-os de noite. E Josué estendeu a lança, que estava n a sua m ão,
4E deu-lhes ordem , dizendo: Olhai! Ponde-vos de para a cidade.
em boscadas co n tra a cidade, p o r detrás dela; não 1’’Então a em boscada se levantou apressadam ente
vos alongueis m u ito da cidade; e estai todos vós do seu lugar, e, estendendo ele a sua m ão, correram
atentos. e entraram na cidade, e a tom aram ; e apressando-se,
5Porém eu e to d o o povo que está com igo nos apro­ puseram fogo na cidade.
xim arem os da cidade; e será que, quando nos saírem 20E virando-se os h om ens de Ai para trás, olharam ,
ao encontro, com o antes, fugirem os diante deles. e eis que a fum aça da cidade subia ao céu, e não p u ­
6Deixai-os, pois, sair atrás de nós, até que os tire­ deram fugir nem para um a parte nem para o u tra,
m os da cidade; po rq u e dirão: Fogem diante de nós porque o povo, que fugia para o deserto, se to rn o u
com o antes. Assim fugirem os diante deles. contra os que os seguiam.
7E ntão saireis vós da em boscada, e tom areis a ci­ 2IE vendo Josué e todo o Israel que a em boscada
dade; p o rq u e o Se n h o r vosso D eus vo-la dará nas to m a ra a cidade, e q ue a fum aça da cidade subia,
vossas mãos. voltaram , e feriram os hom ens de Ai.
8E seráque tom ando vós a cidade, pôr-lhe-eis fogo; 22Tam bém aqueles da cidade lhes saíram ao encon­
conform e a palavra do Se n h o r fareis; olhai que vo-lo tro, e assim ficaram no m eio dos israelitas, uns de
tenho m andado. um a, e outros de o u tra parte; e feriram -nos, até que
9Assim Josué os enviou, e eles se foram à em bos­ n en h u m deles sobreviveu nem escapou.
cada; e ficaram entre Betei e Ai, ao ocidente de Ai; 23Porém ao rei de Ai tom aram vivo, e o trouxeram
porém Josué passou aquela noite no m eio do povo. a Josué.
10E levantou-se Josué de m adrugada, e contou o 24E sucedeu que, acabando os israelitas de m atar
povo; e subiram ele e os anciãos de Israel adiante do to d o s os m o rad o res de Ai no cam po, n o deserto,
povo contra Ai. on d e os tin h am seguido, e havendo todos caído ao
11E subiram tam bém todos os hom ens de guerra, fio da espada, até serem consum idos, todo o Israel
que estavam com ele; e aproxim aram -se, e chega­ se to rn o u a Ai e a feriu ao fio de espada.
ram defronte da cidade; e alojaram -se do lado norte 25E todos os que caíram aquele dia, assim hom ens
de Ai, e havia um vale entre eles e Ai. com o m ulheres, foram doze mil, todos m oradores
l2T om ou tam bém uns cinco m il hom ens, e pô- de Ai.
los de em boscada en tre Betei e Ai, ao ocidente da 26Porque Josué não retirou a sua m ão, que esten­
cidade. dera com a lança, até destruir totalm ente a todos os
I3E puseram o povo, to d o o arraial que estava ao m oradores de Ai.
n o rte da cidade, e a em boscada ao ocidente da cida­ 27T ão -so m en te os israelitas to m aram p ara si o
de; e foi Josué aquela noite até ao m eio do vale. gado e os despojos da cidade, conform e à palavra
UE sucedeu que, vendo-o o rei de Ai, ele e todo o do Senho r , que tin h a ordenado a Josué.
seu povo se apressaram , e se levantaram de m a d ru ­ 2KQ ueim ou, pois, Josué a Ai e a to rn o u n u m m o n ­
gada, e os hom ens da cidade saíram ao encontro de tão perpétuo, em ruínas, até ao dia de hoje.
Israel ao com bate, ao tem po determ inado, defronte 2SE ao rei de Ai enforcou n u m m adeiro, até à tarde;
das cam pinas; porém ele não sabia que se achava e ao p ô r do sol o rd en o u Josué que o seu corpo fosse
um a em boscada contra ele atrás da cidade. tirado do m adeiro; e o lançaram à p o rta da cidade, e
lsJosué, pois, e todo o Israel se houveram como levantaram sobre ele u m grande m o n tão de pedras,
feridos diante deles, e fugiram pelo cam in h o do até o dia de hoje.
deserto.
"’Por isso todo o povo, que estava na cidade, foi Josué edifica u tn altar
convocado para os seguir; e seguiram a Josué e fo­ 30Então Josué edificou um altar ao Se n ho r Deus de
ram afastados da cidade. Israel, no m o n te Ebal.
I7E nem um só hom em ficou em Ai, nem em Betei, 3lC o m o M oisés, servo do S en h o r , o rd en ara aos
que não saísse após Israel; e deixaram a cidade aber­ filhos de Israel, co n fo rm e ao que está escrito no
ta, e seguiram a Israel. livro da lei de M oisés, a saber: um altar de pedras
18Então o Senho r disse a Josué: Estende a lança que inteiras, sobre o qual não se m overá instru m en to de

236
JOSUÉ 8,9

fe rro ; e o fe re c e ra m s o b re ele h o lo c a u s to s a o S enhor , estavam além do Jordão, a Siom rei de H esbom , e a


e s a c rific a ra m o fe rta s p a cífic a s. O gue, rei de Basã, que estava em Astarote.
32Tam bém escreveu ali, em pedras, um a cópia da 1 'P or isso nossos anciãos e todos os m oradores da
lei de Moisés, que este havia escrito diante dos filhos nossa terra nos falaram , dizendo: Tomai em vossas
de Israel. m ãos provisão para o cam inho, e ide-lhes ao enco n ­
33E to d o o Israel, com os seus anciãos, e os seus tro e dizei-lhes: N ós somos vossos servos; fazei, pois,
príncipes, e os seus juizes, estavam de um e de outro agora acordo conosco.
lado da arca, perante os sacerdotes levitas, que leva­ 12Este nosso pão tom am os quente das nossas casas
vam a arca da aliança do S enhor , assim estrangeiros para nossa provisão, no dia em que saímos para vir
com o naturais; m etade deles em frente do m onte a vós; e ei-lo aqui agora já seco e bolorento;
G erizim , e a o u tra m etade em frente do m onte l3E estes odres, que enchem os de vinho, eram
Ebal, com o Moisés, servo do S enhor , ordenara, para novos, e ei-los aqui já rotos; e estas nossas roupas e
abençoar prim eiram ente o povo de Israel. nossos sapatos já se têm envelhecido, p o r causa do
34E depois leu em alta voz todas as palavras da lei, m ui longo cam inho.
a bênção e a m aldição, conform e a tu d o o que está 1 ■'Então os hom ens de Israel tom aram da provisão
escrito no livro da lei. deles e não pediram conselho ao S enhor .
35Palavra n enhum a houve, de tu d o o que Moisés
I5E Josué fez paz com eles, e fez um acordo com
ordenara, que Josué não lesse perante toda a co n ­
eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congre­
gregação de Israel, e as m ulheres, e os m eninos, e os
gação lhes prestaram juram ento.
estrangeiros, que andavam no m eio deles.
I6E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de
fazerem acordo com eles, ou v iram que eram seus
A cordo dos gibeonitas com Josué
vizinhos, e que m oravam no m eio deles.
E SUCEDEU que, ouvindo isto todos os reis,
9 que estavam aquém do Jordão, nas m ontanhas,
e nas cam pinas, em toda a costa do grande mar, em
17Porque, p artin d o os filhos de Israel, chegaram às
cidades deles ao terceiro dia; e suas cidades eram
G ibeom e Cefira, e Beerote, e Q uiriate-Jearim .
frente do Líbano, os heteus, e os am orreus, os cana-
,8E os filhos de Israel não os feriram ; p o rq u an to os
neus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus,
príncipes da congregação lhes ju raram pelo S enhor
2Se ajuntaram eles de com um acordo, para pelejar
Deus de Israel; p o r isso toda a congregação m u rm u ­
contra Josué e contra Israel.
rava co n tra os príncipes.
3E os m oradores de G ibeom , ouvindo o que Josué
l9Então todos os príncipes disseram a to d a a co n ­
fizera com Jericó e com Ai,
4Usaram de astúcia, e foram e se fingiram em baixa­ gregação: N ós ju ram o s-lh es pelo S e n h o r D eus de
dores, e levando sacos velhos sobre os seus jum entos, Israel, pelo que não lhes podem os tocar.
e odres de vinho, velhos, e rotos, e rem endados; 20Isto, porém, lhes faremos: conservar-lhes-em os
5E nos seus pés sapatos velhos e rem endados, e ro u ­ a vida, para que não haja grande ira sobre nós, p o r
pas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o causa do ju ram en to que já lhes fizemos.
cam inho era seco e bolorento. 21D isseram -lhes, pois, os príncipes: Vivam ,e sejam
6E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal, e disseram rachadores de lenha e tiradores de água para toda a
a ele e aos hom ens de Israel: V iem os de um a terra congregação, com o os príncipes lhes disseram.
distante; fazei, pois, agora, acordo conosco. 22E Josué os cham ou, e falou-lhes dizendo: Por que
7E os hom ens de Israel responderam aos heveus: nos enganastes dizendo: M ui longe de vós h abita­
Talvez habiteis no meio de nós; com o pois farem os m os, m o ran d o vós no m eio de nós?
acordo convosco? 23Agora, pois, sereis m alditos; e dentre vós não dei­
"Então disseram a Josué: N ós somos teus servos. E xará de haver servos, nem rachadores de lenha, nem
disse-lhes Josué: Q uem sois vós, e de onde vindes? tiradores de água, para a casa do m eu Deus.
9E lhe responderam : Teus servos vieram de um a 24E ntão responderam a Josué, e disseram : Por­
terra m ui distante, p o r causa do nom e do S enhor q uanto com certeza foi anun ciad o aos teus servos
teu Deus, p o rq u an to ouvim os a sua fam a, e tu d o que o S enhor teu Deus o rd en o u a Moisés, seu servo,
quanto fez no Egito; que a vós daria toda esta terra, e destruiria todos os
1°E tudo quanto fez aos dois reis dos am orreus, que m oradores da terra diante de vós, tem em os m uito

237
JOSUÉ 9,10

por nossas vidas p o r causa de vós; por isso fizemos 9E Josué lhes sobreveio de repente, p o rq u e toda a
assim. noite veio subindo desde Gilgal.
2,E eis que agora estam os na tua m ão; faze-nos
aquilo que te pareça bom e reto. O s o le a lua são detidos
26Assim pois lhes fez, e livrou-os das m ãos dos l0E o S enhor os co n tu rb o u diante de Israel, e os fe­
filhos de Israel, e não os m ataram . riu com grande m atança em G ibeom ; e perseguiu-
27E naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha os pelo cam inho que sobe a Bete-H orom , e feriu-os
e tirad o res de água para a congregação e para o até Azeca e a M aquedá.
altar do S enhor , até ao dia de hoje, no lugar que ele " E sucedeu que fugindo eles de diante de Israel, à
escolhesse. descida de Bete-Horom, o S enhor lançou sobre eles,
do céu, grandes pedras, até Azeca, e m orreram ; eforam
G ibeom é sitiada por cin co reis m uitos mais os que m orreram das pedras da saraiva do
E SUCEDEU que, ouvindo A doni-Zede- que os que os filhos de Israel m ataram à espada.
que, rei de Jerusalém , que Josué tom ara a 12E ntão Josué falou ao S enhor , n o dia em que o S e­
Ai, e a tinha destruído totalm ente, e fizera a Ai, e n h o r deu os am orreus nas m ãos dos filhos de Israel,

ao seu rei, com o tinha feito a Jericó e ao seu rei, e e disse na presença dos israelitas: Sol, detém -te em
que os m oradores de G ibeom fizeram paz com os G ibeom , e tu, lua, no vale de Ajalom.
israelitas, e estavam no m eio deles, I3E o sol se deteve, e a lua paro u , até que o povo
2Tem eram m uito, porque G ibeom era um a cidade se vingou de seus inim igos. Isto não está escrito no
grande, com o um a das cidades reais, e ainda m aior livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no m eio do céu,
do que Ai, e todos os seus hom ens valentes. e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
3Pelo que A doni-Zedeque, rei de Jerusalém, enviou ME não houve dia sem elhante a este, nem antes
a Hoão, rei de H ebrom , e a Pirão, rei de Jarm ute, e a nem depois dele, ouvindo o S enhor assim a voz de
Jafia, rei de Laquis e a Debir, rei de Eglom, dizendo: um hom em ; p o rq u e o S enhor pelejava p o r Israel.
4Subi a m im , e ajudai-m e, e firam os a G ibeom , p o r­ I5E voltou Josué, e todo o Israel com ele, ao arraial,
q u anto fez paz com Josué e com os filhos de Israel. em Gilgal.
’E ntão se ajuntaram , e subiram cinco reis dos
am orreus, o rei de Jerusalém , o rei de H ebrom , o Josué vettee os reis
rei de Jarmute, o rei de Laquis, o rei de Eglom, eles e l6Aquelescinco reis, porém , fugiram , ese esconde­
todos os seus exércitos; e sitiaram a G ibeom e pele­ ram n u m a cova em M aquedá.
jaram contra ela. 17E foi anunciado a Josué, dizendo: Acharam -se os
'’Enviaram, pois, os hom ens de Gibeom a Josué, ao cinco reis escondidos num a cova em M aquedá.
arraial de Gilgal, dizendo: Não retires as tuas mãos de l8Disse, pois, Josué: A rrastai grandes pedras à
teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos e boca da cova, e p o n d e sobre ela ho m en s que os
ajuda-nos, porquanto todos os reis dos amorreus, que guardem ;
habitam na m ontanha, se ajuntaram contra nós. ' “'Porém vós não vos detenhais; persegui os vossos
7Então subiu Josué, de Gilgal, ele e toda a gente de inim igos, e atacai os que vão ficando atrás; n ão os
guerra com ele, e todos os hom ens valorosos. deixeis e n tra r nas suas cidades, p o rq u e o S en h or
8E o S en h or disse a Josué: N ão os tem as, p orque vosso D eus já vo-los deu na vossa mão.
os tenho dado na tu a mão; n enhum deles te poderá 20E sucedeu que, acabando Josué e os filhos de Is­
resistir. rael de os ferir com grande m atança, até consum i-

E o sol se deteve go de certas expressões que, ainda que imprecisas, são pronta­
(10.12,13) mente compreendidas pelos ouvintes. Por exemplo, em portu­
guês é correto utilizarmos as expressões "nascer do Sol" e “pôr-
Ceticismo. Declara que a Bíblia é imprecisa por dizer que
do-sol”, sem, com isso, nos preocuparmos se é a Terra ou o Sol
“o sol se deteve". E argumenta: se a Bíblia, de fato, fosse
que está em movimento. Devemos, ainda, considerar o fato de
verdadeira, teria dito que "a terra se deteve" e nào o Sol.
que Deus mede os céus "aos palmos" (Is 40.12). Assim, se o Se­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A referência em estudo nào nhor teve poder e sabedoria para criar os céus e a terra (Gn. 1.1),
apresenta nenhuma contradição. Temos de considerar não lhe seria impossível deter apenas o Sol. ou o planeta Terra,
que o uso correto da linguagem, muitas vezes, inclui o empre­ mas todo o Universo.

238
JOSUÉ 10,11

los, e os que ficaram deles se retiraram às cidades 35E no m esm o dia a tom aram , e a feriram a fio de
fortificadas, espada; e a todos os que nela estavam, destruiu total­
2,Todo o povo voltou em paz a Josué, ao arraial em m ente no m esm o dia, conform e a tu d o o que fizera
M aquedá; não havendo ninguém que movesse a sua a Laquis.
língua contra os filhos de Israel. 3éD epois Josué, e to d o o Israel com ele, subiu de
22D epois disse Josué: A bri a boca da cova, e trazei- Eglom a H ebrom , e pelejaram co n tra ela.
m e para fora aqueles cinco reis. 37E a to m aram , e a feriram ao fio de espada, assim
23Fizeram , pois, assim , e trouxeram -lh e aqueles ao seu rei com o a to d as as suas cidades; e a todos
cinco reis para fora da cova: o rei de Jerusalém , o os que nelas estavam, a ninguém deixou com vida,
rei de H ebrom , o rei de Jarm ute, o rei de Laquis e o conform e a tu d o o que fizera a Eglom; e a destruiu
rei de Eglom. totalm ente, a ela e a todos os que nela estavam.
24E sucedeu que, trazendo aqueles reis a Josué, 38E ntão Josué, e to d o o Israel com ele, to rn o u a
este cham ou todos os hom ens de Israel, e disse aos Debir, e pelejou contra ela.
capitães dos hom ens de guerra, que foram com 39E to m o u -a com o seu rei, e a todas as suas cidades,
ele: Chegai, p onde os vossos pés sobre os pescoços e as feriu a fio de espada, e a todos os que nelas esta­
destes reis. E chegaram , e puseram os seus pés sobre vam destruiu totalm ente; nada deixou; com o fizera
os pescoços deles. a H ebrom , assim fez a D ebir e ao seu rei, e com o
25Então Josué lhes disse: N ão tem ais, n em vos es­ fizera a Libna e ao seu rei.
panteis; esforçai-vos e anim ai-vos; p orque assim o '’‘’Assim feriu Josué to d a aquela terra, as m o n ta ­
fará o Sen h o r a todos os vossos inim igos, contra os nhas, o sul, e as cam pinas, e as descidas das águas,
quais pelejardes. e a todos os seus reis; n ad a deixou; m as tu d o o que
26E, depois disto, Josué os feriu, e os m atou, e os tin h a fôlego d estru iu , com o o rd en a ra o S en h or
enforcou em cinco m adeiros; e ficaram enforcados D eus de Israel.
nos m adeiros até à tarde. 41E Josué os feriu desde Cades-Barnéia, até Gaza,
27E sucedeu que, ao pôr do sol, deu Josué ordem que com o tam bém toda a terra de Gósen, e até Gibeom.
os tirassem dos m adeiros; e lançaram -nos na cova 42E de u m a vez to m o u Josué todos estes reis, e as
o nde se esconderam ; e puseram grandes pedras à suas terras; p o rq u an to o S en h o r D eus de Israel
boca da cova, que ainda ali estão até o dia de hoje. pelejava p o r Israel.
28E naquele m esm o dia to m o u Josué a M aquedá, 43E ntão Josué, e to d o o Israel com ele, v o ltou ao
e feriu-a a fio de espada, bem com o ao seu rei; total­ arraial em Gilgal.
m ente a d estruiu com todos que nela havia, sem
nada deixar; e fez ao rei de M aquedá com o fizera ao A s vitórias d e Josué sobre diversos reis
rei de Jericó. 1 SUCEDEU depois disto que, ouv in d o -o
2,E ntão Josué, e to d o o Israel com ele, passou de
M aquedá a Libna e pelejou contra ela.
1 X Jabim, rei de Hazor, enviou m ensageiros a
Jobabe, rei de M adom , e ao rei de Sinrom , e ao rei
30E tam bém o S en h or a deu na m ão de Israel, a ela de Acsafe;
e a seu rei, e a feriu a fio de espada, a ela e a todos que 2E aos reis, que estavam ao norte, nas m ontanhas, e
nela estavam; sem nada deixar; e fez ao seu rei com o na cam pina para o sul de Q uinerete, e nas planícies,
fizera ao rei de Jericó. e nas elevações de Dor, do lado do m ar;
3'E ntão Josué, e to d o o Israel com ele, passou de 3 Ao cananeu do oriente e do ocidente; e ao am orreu,
Libna a Laquis; e a sitiou, e pelejou contra ela; e ao heteu, e ao perizeu, e ao jebuseu nas m ontanhas;
32E o S en h o r deu a Laquis nas m ãos de Israel, e e ao heveu ao pé de H erm o m , n a te rra de Mizpá.
to m o u -a no dia seguinte e a feriu a fio de espada, a “Saíram pois estes, e to d o s os seus exércitos com
ela e a todos os que nela estavam, conform e a tudo eles, m uito povo, em m ultidão com o a areia que está
o que fizera a Libna. na praia do m ar; e m uitíssim os cavalos e carros.
}3Então H orão, rei de Gezer, subiu a ajudar a La­ 5Todos estes reis se ajuntaram , e vieram e se acam ­
quis, porém Josué o feriu, a ele e ao seu povo, até não param ju n to às águas de M erom , p ara pelejarem
lhe deixar nem sequer um . contra Israel.
34E Josué, e to d o o Israel com ele, passou de Laquis 6E disse o S enhor a Josué: N ão tem as diante deles;
a Eglom, e a sitiaram , e pelejaram contra ela. po rq u e am anhã, a esta m esm a h o ra, eu os darei

239
JOSUÉ 11,12

todos feridos diante dos filhos de Israel; os seus ca­ '’N ão houve cidade que fizesse paz com os filhos
valos jarretarás, e os seus carros queim arás a fogo. de Israel, senão os heveus, m oradores de Gibeom ;
7E Josué, e todos os hom ens de guerra com ele, por guerra as to m aram todas.
veio apressadam ente sobre eles às águas de M erom , -"Porquanto do S en h o r vinha o endurecim ento de
e atacou-os de repente. seus corações, p ara saírem à g u erra co n tra Israel,
8E o S en h o r os deu nas m ãos de Israel; e eles os para que fossem totalm ente destruídos e não achas­
feriram , e os perseguiram até à grande Sidom , e até sem piedade algum a; m as para os d estruir a todos
M isrefote-M aim , e até ao vale de M izpá ao oriente; com o o S enhor tin h a ordenado a Moisés.
feriram até não lhes deixarem nenhum . 2'N aquele tem p o veio Josué, e ex tirp o u os ana-
9E fez-lhes Josué com o o S enhor lhe dissera; os seus quins das m o n ta n h as de H ebrom , de Debir, de
cavalos jarretou, e os seus carros queim ou a fogo. A nabe e de todas as m o ntanhas de Judá e de todas as
I0E naquele m esm o tem po voltou Josué, e to m o u a m ontan h as de Israel; Josué os d estru iu totalm ente
Hazor, e feriu à espada ao seu rei; porq u an to H azor com as suas cidades.
antes era a cabeça de todos estes reinos. 22N enhum dos anaquins foi deixado na terra dos
"E a todos os que nela estavam, feriram ao fio da filhos de Israel; som ente ficaram alguns em Gaza,
espada, e totalm ente os destruíram ; nada restou do em Gate, e em Asdode.
que tin h a fôlego, e a H azor queim ou a fogo. 2,Assim Josué to m o u toda esta terra, conform e a
,2E Josué to m o u todas as cidades destes reis, e
tu d o o que o S en h or tinha dito a Moisés; e Josué a
todos os seus reis, e os feriu ao fio da espada, des-
d eu em h erança aos filhos de Israel, conform e as
tru in d o -o s totalm ente, com o o rd en ara Moisés
suas divisões, segundo as suas tribos; e a te rra des­
servo do S enhor .
cansou da guerra.
' ’T ão -som ente não q u eim aram os israelitas as
cidades que estavam sobre os seus outeiros; a não ser
As terras q u e M oisés d eu às duas e m eia tribos
Hazor, a qual Josué queim ou.
1 ESTES, pois, são os reis da terra, aos quais
UE todos os despojos destas cidades, e o gado, os
í m ii os filhos de Israel feriram e cujas terras p o s­
filhos de Israel tom aram para si; tão-so m en te a
suíram além do Jordão para o nascente do sol, desde
todos os hom ens feriram ao fio da espada, até que
o ribeiro de A rnom , até ao m o n te de H erm o m , e
os destruíram ; nada do que tinha fôlego deixaram
toda a planície do oriente:
com vida.
2Siom, rei dos am orreus, que habitava em Hesbom
15C om o o rd en ara o S en h o r a M oisés, seu servo,
assim Moisés o rdenou a Josué; e assim Josué o fez; e que dom inava desde Aroer, que está à beira do ri­
nem um a só palavra tirou de tu d o o que o S enhor beiro de A rnom , e desde o meio do ribeiro, e a m etade
ordenara a Moisés. de Gileade, e até ao ribeiro de Jaboque, o term o dos
l6Assim Josué to m o u to d a aquela terra, as m o n ­ filhos de Arnom.
tanhas, e to d o o sul, e to d a a terra de G ósen, e as 3E desde a cam pina até ao m ar de Q uinerete para
planícies, e as cam pinas, e as m ontanhas de Israel, e o oriente, e até ao m ar da cam pina, o M ar Salgado
as suas planícies. p ara o o rien te, pelo cam inho de Bete-Jesim ote; e
l7D esde o m o n te H alaque, que sobe a Seir, até desde o sul, abaixo de Asdote-Pisga.
Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé d o m o n te de 4C om o tam bém o term o de O gue, rei de Basã que
H erm om ; tam bém to m o u todos os seus reis, e os era do restante dos gigantes e que habitava em As-
feriu e os m atou. tarote e em Edrei;
laPor m uito tem po Josué fez guerra contra todos 5E do m in av a no m o n te H erm o m , e em Salcá, e
estes reis. em to d a a Basã, até ao te rm o dos gesureus e dos

Feriram ao fio da espada espada". Mas é claro e evidente que, neste caso, o texto está cha­
(11 . 11 ) mando a própria pessoa de alma, como acontece no relato bíbli­
co sobre os descendentes do patriarca Jacó: ‘ Todas as almas que
Testemunhas de Jeová. Citam esta referência para negar
vieram com Jacó ao Egito, que saíram dos seus lombos, fora as
que a alma sobrevive após a morte do corpo físico.
mulheres dos filhos de Jacó, todas foram sessenta e seis almas'
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O original hebraico diz, lite- (Gn 46.1 -27). É importante lembrar que este é apenas um dos di­
= ralmente: "E a toda a alma, que nela havia, feriram ao fio da versos sentidos da palavra alma na Bíblia (Mt 10.28; Gn 2.7).

240
JOSUÉ 12,13

maacateus, e m etade de Gileade, term o de Siom, rei o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu, e os
de Hesbom . aveus;
6A estes Moisés, servo do S e n h o r , e os filhos de 4Desde o sul, to d a a terra dos cananeus, e Meara,
Israel, feriram; e Moisés, servo do Sen h o r , deu esta que é dos sidônios; até Afeca, até ao term o dos
terra em possessão aos rubenitas, e aos gaditas, e à am orreus;
m eia tribo de Manassés. ’C om o tam bém a terra dos gebalitas, e todo o Lí­
bano, para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé
Os trinta e u m reis q u e Josué fe r iu do m o n te H erm om , até a entrada de Hamate;
7E estes são os reis da terra aos quais Josué e os filhos '’Todos os que h ab itam nas m o n tan h as desde o
de Israel feriram aquém do Jordão para o ocidente, Líbano até M isrefote-M aim , to d o s os sidônios;
desde Baal-Gade, no vale do Líbano, até ao m onte eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tão-so-
Halaque, que sobe a Seir; e Josué a deu às tribos de m ente reparte a terra em herança a Israel, com o já
Israel em possessão, segundo as suas divisões. te m andei.
* 0 que havia nas m ontanhas, e nas planícies, e nas 7Reparte, pois, agora esta terra p o r herança às nove
cam pinas, e nas descidas das águas, e no deserto, e tribos, e à m eia trib o de Manassés,
para o sul: o heteu, o am orreu, e o cananeu, o peri- sC om a qual os rubenitas e os gaditas já receberam
zeu, o heveu, e o jebuseu. a sua herança, além do Jordão para o oriente, assim
‘'O rei de Jericó, um ; o rei de Ai, que está ao lado de com o já lhes tin h a dado Moisés, servo do Senho r .
Betei, outro; 9Desde Aroer, que está à beira do ribeiro de A m om ,
e a cidade que está no m eio do vale, e toda a cam pina
lo0 rei de Jerusalém, outro; o rei de Hebrom, outro;
de M edeba até D ibom ;
1 'O rei de Jarm ute, outro; o rei de Laquis, outro;
10E todas as cidades de Siom , rei dos am orreus,
l20 rei de Eglom, outro; o rei de Geser, outro;
que reinou em H esbom , até ao term o dos filhos de
l30 rei de Debir, outro; o rei de Geder, outro;
Amom;
l40 rei de H orm á, outro; o rei de H arade, outro;
11E Gileade, e o term o dos gesureus, e dos maacateus,
1 s0 rei de Libna, outro; o rei de Adulão, outro;
e todo o m onte H erm om , e toda a Basã até Salcá;
l60 rei de M aquedá, outro; o rei de Betei, outro;
12Todo o reino de O gue em Basã, que reinou em As-
l70 rei de Tapua, outro; o rei de Hefer, outro;
tarote e em Edrei; este ficou do restante dos gigantes
l80 rei de Afeque, outro; o rei de Lassarom, outro;
que Moisés feriu e expulsou.
190 rei de M adom , outro; o rei de Hazor, outro;
,3Porém os filhos de Israel não expulsaram os gesu­
200 rei de S inrom -M eron, outro; o rei de Acsafe,
reus, nem os maacateus; antes Gesur e M aacate fica­
outro;
ram habitando no meio de Israel até ao dia de hoje.
2I0 rei de T aanaque, o u tro ; o rei de M egido,
14T ão-som ente à trib o de Levi não deu herança; os
outro; sacrifícios queim ados do Se n h o r D eus de Israel são
220 rei de Q uedes, outro; o rei de Jocneão do Car- a sua herança, com o já lhe tinha falado.
melo, outro; 1’Assim M oisés d eu à trib o dos filhos de Rúben,
230 rei de D or no outeiro de D or, o utro ; o rei de conform e as suas famílias.
G oim em Gilgal, outro; I6E foi o seu lim ite desde Aroer, q ue está à beira do
240 rei de Tirza, outro; trin ta e um reis ao todo. ribeiro de A rnom , e a cidade que está no m eio do
vale, e to d a a cam pina até Medeba;
Josué reparte a terra l7H esbom e todas as suas cidades, que estão na
1 ERA, porém , Josué já velho, en trad o em cam pina; D ibom , e B am ote-B aal, e Bete-Baal-
X dias; e disse-lhe o Se n h o r : Já estás velho, Meom;
en trad o em dias; e ainda m uitíssim a terra ficou l8E Jasa e Q uedem ote, e Mefaate;
para possuir. l9E Q u iriataim e Sibma, e Zerete-Saar, no m o n te
2 A terra que ainda fica é esta: Todos os term os dos do vale;
filisteus e toda a Gesur; 20Bete-Peor, e Asdote-Pisga, Bete-Jesimote;
'D esde Sior, que está em frente ao Egito, até ao 21E todas as cidades d a cam pina, e to d o o reino de
term o de Ecrom para o n orte, que se diz ser dos Siom, rei dos am orreus, que reinou em Hesbom , a
cananeus; cinco príncipes dos filisteus; o gazeu, e quem Moisés feriu, com o tam bém aos príncipes de

241
JOSUÉ 13,14,15

M idiã, Evi, e Requém , e Zur, e Hur, e Reba, príncipes Moisés herança além do Jordão; m as aos levitas não
de Siom, m oradores da terra. tin h a dado herança entre eles.
22Tam bém os filhos de Israel m ataram à espada a 4P orque os filhos d e José eram duas trib o s, M a­
Balaão, filho de Beor, o adivinho, com os outros que nassés e Efraim, e aos levitas não se d eu herança na
po r eles foram m ortos. terra, senão cidades em que habitassem , e os seus
23E o term o dos filhos de R úben ficou sendo o arrabaldes para seu gado e p ara seus bens.
Jordão e os seus limites; esta fo i a herança dos filhos ’C om o o S enhor ordenara a Moisés, assim fizeram
de Rúben, segundo as suas famílias, as cidades, e as os filhos de Israel, e repartiram a terra.
suas aldeias. 6Então os filhos de Judá chegaram a Josué em Gil-
24E deu Moisés à trib o de Gade, aos filhos de Gade, gal; e Calebe, filho de Jefoné o quenezeu, lhe disse:
segundo as suas famílias. Tu sabes o que o S enhor falou a Moisés, hom em de
25E foi o seu term o Jazer, e todas as cidades de Deus, em C ades-Barnéia p o r causa de m im e de ti.
Gileade, e m etade da terra dos filhos de A m om , até 7Q uarenta anos tinha eu, quando Moisés, servo do
Aroer, que está em frente de Rabá. S enhor , m e enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e
26E desde H esbom até R am ate-M izpá e Betonim , e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração;
desde M aanaim até ao term o de Debir; 8Mas m eus irm ãos, que subiram com igo, fizeram
27E no vale Bete-Arã, e Bete-Nimra, e Sucote, Zafom, derreter o coração do povo; eu porém perseverei em
que ficara do restante do reino de Siom, em Hesbom , seguir ao S enhor m eu Deus.
o Jordão e o s e u term o, até a extremidade do m ar de 9Então Moisés naquele dia ju rou, dizendo: C erta­
Q uinerete além do Jordão para o oriente. m ente a terra que pisou o teu pé será tua, e de teus
28Esta è a herança dos filhos de G ade segundo as filhos, em herança perpetuam ente; pois perseveras­
suas famílias, as cidades e as suas aldeias. te em seguir ao S en h or m eu Deus.
29D eu tam bém Moisés herança à m eia tribo de Ma- 10E agora eis que o S enhor me conservou em vida,
nassés; e deu à m eia tribo dos filhos de M anassés, com o disse; q u aren ta e cinco anos são passados,
segundo as suas famílias. desde que o S en h o r falou esta palavra a Moisés, an ­
,0De m aneira que o seu term o foi desde M aanaim , dando Israel ainda no deserto; e agora eis que hoje
to d o o Basã, todo o reino de Ogue, rei de Basã, e tenho já oitenta e cinco anos;
todas as aldeias de Jair, que estão em Basã, sessenta 1 'E ainda hoje estou tão forte com o no dia em que
cidades, M oisés m e enviou; qual era a m in h a força então,
31E m etade de Gileade, e Astarote, e Edrei, cidades tal é agora a m in h a força, tanto para a guerra com o
do reino de Ogue em Basã, deu aos filhos de M aquir, para sair e entrar.
filho de M anassés, a saber, à m etade dos filhos de l2Agora, pois, dá-m e este m onte de que o S enhor
M aquir, segundo as suas famílias. falou aquele dia; pois naquele dia tu ouviste que
32Isto é o que Moisés rep artiu em herança nas estavam ali os anaquins, e grandes e fortes cidades.
cam pinas de M oabe, além do Jordão para o oriente P orventura o S en h or será comigo, para os expulsar,
de Jericó. com o o S enhor disse.
33Porém , à tribo de Levi, Moisés não deu herança; 13E Josué o abençoou, e deu a Calebe, filho de Jefo­
o S en h or Deus de Israel é a sua herança, com o já lhe né, a H ebrom em herança.
tinha falado. 1 ■‘Portanto H ebrom ficou sendo herança de Calebe,
filho de Jefoné o quenezeu, até ao dia de hoje, porquan­
A herança das tribos to perseverara em seguir ao S enhor Deus de Israel.
ISTO, pois, é o que os filhos de Israel ti­ I5E antes o no m e de H ebrom era Q uiriate-A rba,
M veram em herança, na terra de C anaã, o
que Eleazar, o sacerdote, e Josué, filho de N um , e os
porque Arba foi o m aior h o m em entre os anaquins.
E a terra repousou da guerra.
cabeças dos pais das tribos dos filhos de Israel lhes
fizeram repartir, A herança d e Judá
2Por sorte da sua herança, com o o S enhor ordena­ A SORTE qu e coube à trib o dos filhos de
ra, pelo m inistério de Moisés, acerca das nove tribos Judá, segundo as suas famílias, foi até ao
e da m eia tribo. term o de E dom , o d eserto de Z im , p ara o sul, na
3P o rq u anto às duas trib o s e à m eia trib o já dera extrem idade do lado m eridional.

242
JOSUÉ 15

2E foi o seu term o para o sul, desde a extrem idade 17Tom ou-a, pois, O tniel, filho de Q uenaz, irm ão de
do M ar Salgado, desde a baía que olha para o sul; Calebe; e deu-lhe a sua filha Acsa p o r mulher.
3E sai para o sul, até à subida de Acrabim , e passa 18E sucedeu que, vindo ela a ele, o persuadiu que
a Zim , e sobe do sul a C ades-B arnéia, e passa po r pedisse u m cam po a seu pai; e ela desceu do seu
H ezrom , e sobe a Adar, e vira para Carca; jum ento; então Calebe lhe disse: Q ue é que tens?
4E passa A zm om , e sai ao ribeiro do Egito, e as lyE ela disse: D á-m e um a bênção; pois m e deste
saídas deste term o vão até ao m ar; este será o vosso terra seca, dá-m e tam bém fontes de águas. Então lhe
term o do lado do sul. deu as fontes superiores e as fontes inferiores.
’O term o, porém , para o oriente será o M ar Salga­ -“Esta é a h erança da trib o dos filhos de Judá, se­
do, até à foz do Jordão; e o term o para o norte será gundo as suas famílias.
da baía do m ar, desde a foz do Jordão. 2'São, pois, as cidades da trib o dos filhos de Judá,
6E este term o subirá até Bete-Hogla, e passará do até ao term o de Edom , no extrem o sul: Cabzeel, e
n o rte a Bete-Arabá, e este term o subirá até à pedra Eder, e Jagur.
de Boã, filho de Rúben. 22E Q uiná, e D im ona, e Adada,
7Subirá m ais este te rm o a D ebir desde o vale de 23E Q uedes, e Hazor, e Itnã,
Acor, indo para o n o rte ru m o a Gilgal, a qual está 24Zife, e Telem, e Bealote,
em frente da subida de A dum im , que está para o sul 2,E H azor-H adata, e Q u erio te-H ezro m (que é
do ribeiro; então este term o continua até às águas H azor),
de En-Semes; e as suas saídas estão do lado de En- 26Am ã e Sema, e M oladá,
Rogel. 2'E H azar-G ada, e H esm om , e Bete-Palete,
SE este term o sobe pelo vale do filho de H inom , do 2SE Hazar-Sual, e Berseba, e Biziotiá,
lado sul dos jebuseus (esta é Jerusalém ) e sobe este 29Baalá, e Iim , e Azem,
term o até ao cum e do m onte que está diante do vale 30E Eltolade, e Quesil, e H orm á.
de H inom para o ocidente, que está no fim do vale 3IE Ziclague, e M adm ana, e Sansana,
dos refains do lado do norte. 32E Lebaote, e Silim, e Aim, e Rim om ; todas as
’Então este term o vai desde a altura do m o n te até cidades e as suas aldeias, vinte e nove.
à fonte das águas de Neftoa; e sai até às cidades do 33Nas planícies: Estaol, e Zorá, e Asná,
m onte de Efrom; vai m ais este term o até Baalá (esta 34E Z anoa, e E n-G anim , Tapua, e Enã.
^Q uiriate-Jearim ). 35E Jarm ute, e Adulão, Socó, e Azeca,
10E ntão volta este term o desde Baalá p ara o oci­ 36E Saaraim , e A ditaim , e G ederá, e G ederotaim ;
dente, até às m ontanhas de Seir, e passa ao lado do catorze cidades e as suas aldeias.
m onte de Jearim do lado do n o rte (esta éQ uesalom ) 37Zenã, e Hadasa, e M igdal-Gade,
e desce a Bete-Semes, e passa p o r Tim na; 3íiE Dileã, e M izpe, e Jocteel,
"S ai este term o m ais ao lado de E crom , para o 39Laquis, e Bozcate, e Eglom,
n o rte, e este term o vai a Sicrom e passa o m onte 40E C abom , e Laamás, e Quitlis,
de Baalá, e sai em Jabneel; e assim este term o finda 41E G ederote, Bete-Dagom , e N aam á, e M aquedá,
no mar. dezesseis cidades e as suas aldeias.
t2Será, porém , o term o do lado do ocidente o M ar 42Libna, e Eter, e Asã,
G rande, e suas adjacências; este é o term o dos filhos 43E Iftá, e Asná, e Nezibe,
de Judá ao redor, segundo as suas famílias. 44E Q ueila, e Aczibe, e M aressa; nove cidades e as
"M as a Calebe, filho de Jefoné, deu um a parte suas aldeias.
no m eio dos filhos de Judá, conform e a ordem do 4SEcrom, com suas vilas, e as suas aldeias.
S enhor a Josué; a saber, a cidade de Arba, que é He- 46Desde Ecrom , e até ao m ar, todas as que estão do
brom ; este Arba era pai de Anaque. lado de Asdode, e as suas aldeias.
I4E Calebe expulsou dali os três filhos de Anaque: 47Asdode, com as suas vilas e as suas aldeias; Gaza,
Sesai, e Aimã, e Talmai, gerados de Anaque. com as suas vilas e as suas aldeias, até ao rio do Egito,
15E dali subiu aos habitantes de Debir; efora antes e o M ar G rande e o seu term o.
o nom e de Debir, Quiriate-Sefer. 4SE nas m ontanhas: Samir, Jatir, e Socó.
I6E disse Calebe: Q uem ferir a Q uiriate-Sefer, e a 49E D aná, e Q uiriate-Saná (que é D ebir),
tom ar, lhe darei a m inha filha Acsa p or m ulher. ,HE Anabe, Estemó, e A nim ,

243
JOSUÉ 15,16,17

5IE Gósen, e H olom , e Giló; onze cidades e as suas Efraim no m eio da herança dos filhos de Manassés;
aldeias. todas aquelas cidades e as suas aldeias.
“ Arabe, e D um á e Esã, IHE não expulsaram aos cananeus que habitavam
53E Janim , e Bete-Tapua e Afeca, em Gezer; e os cananeus h ab itam n o m eio dos
54E H u nta, e Q uiriate-A rba (que é H ebrom ), e efraim itas até ao dia de hoje; p o rém , sendo-lhes
Z ior; nove cidades e as suas aldeias. tributários.
” M aom , C arm elo, e Zife, e Jutá,
56E Jizreel, e Jocdeão, e Zanoa, A herança da m eia tribo de M anassés
,7C aim , Gibeá, e Tim na; dez cidades e as suas 1 ^ TAMBÉM coube sorte à trib o de M anas-
aldeias. X / sés, p o r q u an to era o prim ogênito de José.
,8Halul, Bete-Zur, e Gedor, M aquir, o prim ogênito de Manassés, pai de Gileade,
,9E M aarate, e Bete-Anote, e Eltecom; seis cidades p o rq u an to era hom em de guerra, teve a Gileade e
e as suas aldeias. Basã;
“ Q uiriate-B aal (que é Q uiriate-Jearim ), e Rabá; 2Tam bém os dem ais filhos de M anassés tiveram
duas cidades e as suas aldeias. a sua p arte, segundo as suas famílias, a saber: O s
61No deserto: Bete-Arabá, M idim , e Secacá, filhos de Abiezer, e os filhos de Heleque, e os filhos
62E Nibsã, e a Cidade do Sal, e En-Gedi; seis cidades de Asriel, e os filhos de Siquém, e os filhos de Hefer, e
e as suas aldeias. os filhos de Semida; esses são os filhos de Manassés,
6,N ão puderam , porém , os filhos de Judá expulsar filho de José, segundo as suas famílias.
os jebuseus que habitavam em Jerusalém ; assim 3Zelofeade, porém , filho de Hefer, filho de Gileade,
h ab itaram os jebuseus com os filhos de Judá em filho de M aquir, filho de M anassés, não teve filhos,
Jerusalém, até ao dia de hoje. m as só filhas; e estes são os n o m es de suas filhas:
Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza.
A herança de E fraim *Estas, pois, chegaram diante de Eleazar, o sacer­
SAIU depois a sorte dos filhos de José, dote, e diante de Josué, filho de N um , e diante dos
desde o Jordão, na direção de Jericó, ju n to príncipes, dizendo: O S f.ni ior o rd en o u a Moisés que
às águas de Jericó, para o oriente, estendendo-se se nos desse herança no m eio de nossos irm ãos, pelo
pelo deserto que sobe de Jericó pelas m ontanhas que, conform e a ordem do S enhor , lhes deu herança
de Betei. no m eio dos irm ãos de seu pai.
2E de Betei vai para Luz, e passa ao term o dos ar- 5E couberam a M anassés dez quinhões, afora a ter­
quitas, até Atarote, ra de Gileade e Basã, que está além do Jordão;
3E desce do lado do ocidente ao term o de Jafleti, até 6Porque as filhas de Manassés receberam herança
ao term o de Bete-H orom de baixo, e até Gezer, indo entre os filhos dele; e os o u tro s filhos de M anassés
term inar no mar. ficaram com a terra de Gileade.
4Assim alcançaram a sua herança os filhos de José, 7E o term o de M anassés foi desde Aser até M icm e­
Manassés e Efraim. tá, que está defro n te de Siquém ; e estende-se este
5E foi o term o dos filhos de Efraim , segundo as term o à direita até os m oradores de En-Tapua.
suas famílias, como se segue: o term o da sua herança T in h a M anassés a terra de Tapua; p o rém Tapua,
p ara o oriente era A tarote-A dar até B ete-H orom ju n to ao te rm o de M anassés, pertencia aos filhos
de cima; de Efraim.
6E sai este term o para o ocidente ju n to a M icm etá, 9E ntão descia este te rm o ao ribeiro de C aná. A
desde o norte, e to rn a este term o para o oriente Efraim couberam as cidades ao sul do ribeiro, entre
até Taanate-Siló, e passa p o r ela desde o oriente a as cidades de Manassés; e o term o de M anassés esta­
Janoa; va ao n o rte do ribeiro, indo term in ar no mar.
7E desce desde Janoa a A tarote e a N aarate e toca em ' “Efraim ao sul, e Manassés ao n o rte, e o m ar é o
Jericó, term inando no Jordão. seu term o; pelo n o rte tocam em Aser, e pelo oriente
sDe Tapua vai este term o para o ocidente ao ribeiro em Issacar.
de Caná, term inando n o m ar; esta é a herança da tri­ "P o rq u e em Issacar e em Aser tin h a M anassés a
bo dos filhos de Efraim, segundo as suas famílias, Bete-Seã e as suas vilas, e Ibleã e as suas vilas, e os
’Mais as cidades que se separaram para os filhos de habitantes de D or e as suas vilas, e os habitantes de

244
JOSUÉ 17,18

E n-D or e as suas vilas, e os habitantes de Taanaque 7P orq u an to os levitas não têm p arte no m eio de
e as suas vilas, e os habitantes de M egido e as suas vós, porque o sacerdócio do S en h o r é a sua parte; e
vilas; três outeiros. Gade, e R úben, e a m eia trib o de M anassés, recebe­
I2E os filhos de M anassés não p u d era m expulsar ram a sua herança além do Jordão p ara o oriente, a
os habitantes daquelas cidades; p o rquanto os cana- qual lhes deu Moisés, o servo do S enhor .
neus queriam habitar na m esm a terra. 8Então aqueles h om ens se levantaram e se foram; e
I3E sucedeu que, engrossando em forças os filhos Josué deu ordem aos que iam dem arcar a terra, di­
de Israel, fizeram tributários aos cananeus; porém zendo: Ide, e percorrei a terra, e dem arcai-a, e então
não os expulsaram de todo. voltai a m im , e aqui vos lançarei as sortes perante o
' “Então os filhos de José falaram a Josué, dizendo: S enhor , em Siló.
Por que m e deste po r herança só um a so rte e um 9Foram , pois, aqueles h om ens, e passaram pela
quinhão, sendo eu um tão grande povo, visto que o terra, e a d em arcaram , em sete partes segundo as
S enhor até aqui m e tem abençoado? cidades, descrevendo-a n u m livro; e voltaram a
!,E disse-lhes Josué: Se tão grande povo és, sobe ao Josué, ao arraial em Siló.
bosque, e ali corta, para ti, lugar na terra dos peri- l0Então Josué lhes lançou as sortes em Siló, perante
zeus e dos refains; pois que as m ontanhas de Efraim o S en h o r ; e ali rep artiu Josué a te rra aos filhos de
te são tão estreitas. Israel, conform e às suas divisões.
l6Então disseram os filhos de José: As m ontanhas
não nos bastariam ; tam bém carros de ferro há entre A herança d e B en ja m im
todos os cananeus que habitam na terra do vale, en­ 1 ‘E tiro u a sorte da trib o dos filhos de Benjam im ,
tre os de Bete-Seã e as suas vilas, e entre os que estão segundo as suas famílias; e coube-lhe o term o da sua
no vale de Jizreel. sorte entre os filhos de Judá e os filhos de José.
l7Então Josué falou à casa de José, a Efraim e a M a­ 12E o seu term o foi p ara o lado do norte, desde o
nassés, dizendo: G rande povo és, e grande força Jordão; e sobe aquele term o ao lado de Jericó para
tens; não terás um a sorte apenas; o norte, e sobe pela m o n ta n h a para o ocidente, ter­
18Porém as m ontanhas serão tuas. A inda que é bos­ m inando no deserto de Bete-Áven.
que, cortá-lo-ás, e as suas extrem idades serão tuas; 13E dali passa este term o a Luz, ao lado de Luz (que
p orque expulsarás os cananeus, ainda que tenham é Betei), p ara o sul; e desce a A tarote-A dar, ao pé
carros de ferro, ainda que sejam fortes. do m o n te que está do lado do sul de B ete-H orom
de baixo;
O tabernáculo é levantado e m S iló ‘“E vai este term o e volta ao lado do ocidente para
E TODA a congregação dos filhos de Israel o sul do m o n te que está defronte de B ete-H orom ,
se reuniu para o sul, te rm in an d o em Q uiriate-B aal (que é
em Siló, e ali arm aram a ten d a da congregação, Q uiriate-Jearim ), cidade dos filhos de Judá; esta é a
depois que a terra lhes foi sujeita. sua extensão p ara o ocidente.
2E dentre os filhos de Israel ficaram sete tribos que I5E a sua extensão para o sul começa na extrem ida­
ainda não tinham repartido a sua herança. de de Q uiriate-Jearim ; e vai este term o ao ocidente
3E disse Josué aos filhos de Israel: Até quando sereis e segue até à fonte das águas de Neftoa.
negligentes em chegardes para possuir a terra que o I6E desce este term o até à extrem idade do m onte
S enhor Deus de vossos pais vos deu? que está defro n te do vale do filho de H in o m , que
“De cada tribo escolhei vós três hom ens, para que no vale dos refains p ara o n o rte, e desce pelo vale
eu os envie, e eles se levantem e percorram a terra, de H inom do lado dos jebuseus para o sul; e então
e a dem arquem segundo as suas heranças, e voltem desce a En-Rogel;
a m im . l7E vai desde o n o rte, e chega a En-Semes; e dali sai
5E dividi-la-ão em sete partes: Judá ficará no seu a Gelilote, que está defronte da subida de A dum im ,
term o para o sul, e a casa de José ficará n o seu term o e desce à pedra de Boã, filho de Rúben;
para o norte. l8E passa até ao lado, defro n te de A rabá, para o
6E vós dem arcareis a terra em sete partes, e m e tra ­ norte, e desce a Arabá.
reis a m im aqui descrita, para que eu aqui lance as l9Passa m ais este term o até ao lado de Bete-Hogla,
sortes perante o S enhor nosso Deus, para o norte, saindo esse term o na baía do Mar Sal-

245
JOSUÉ 18,19

gado, para o norte, na extrem idade do Jordão, para I2E de Saride volta para o oriente, p ara o nascente
o sul; este é o term o do sul. do sol, até ao term o de Q uislote-Tabor, sai a Dabe-
20E o Jordão será seu term o do lado do oriente; esta rate, e vai subindo a Jafia.
é a h eran ça dos filhos de Benjam im , nos seus term os 13E dali passa pelo oriente, para o nascente, a Gate-
em redor, segundo as suas famílias. Hefer, em Ete-Cazim , chegando a Rim om -M etoar,
2IE as cidades da trib o dos filhos de B enjam im , que vai até Neá;
segundo as suas famílias, são: Jericó, e Bete-Hogla, l4E rodeando-a, passa o term o para o n o rte a Ha-
e Em eque-Q ueziz, natom , chegando ao vale de Iftá-El,
22E Bete-Arabá, e Zem araim , e Betei, 15E Catate, Naalal, e Sinrom , e Idala, e Belém; doze
23E Avim, e Pará, e Ofira, cidades e as suas aldeias.
24E Q uefar-A m onai, e O fni e Gaba: doze cidades e ,6Esta é a herança dos filhos de Zebulom , segundo
as suas aldeias; as suas famílias; estas cidades e as suas aldeias.
2,Gibeão, e Ramá e Beerote,
26E Mizpá, e Cefira e Moza, A herança d e Issacar
27E Requém e Irpeel, e Tarala, 17A q u arta sorte saiu para Issacar; aos filhos de
2*E Zela, Elefe, e Jebus (esta é Jerusalém ), Gibeá e Issacar, segundo as suas famílias.
Q uiriate: catorze cidades com as suas aldeias; esta é I8E foi o seu term o Jizreel, e Q uesulote e Suném ,
a herança dos filhos de B enjam im , segundo as suas 19E H afaraim , e Siom, e A naarate,
famílias. 20E Rabite e Q uisiom , e Ebes,
21E Remete, e En-G anim , e En-H adá, e Bete-Pazez.
A herança d e S im eão 22E chega este term o até Tabor, e Saazima, e Bete-
E SAIU a segunda sorte a Simeão, para a Semes; e vai term inar no Jordão; dezesseis cidades
trib o dos filhos de Simeão, segundo as suas e as suas aldeias.
famílias; e foi a sua herança no m eio da herança dos 23Esta é a herança da tribo dos filhos de Issacar, segun­
filhos de Judá. do as suas famílias; estas cidades e as suas aldeias.
2E tiveram na sua herança: Berseba, e Seba e Moladá.
3E Hazar-Sual, e Balá, e Azem, A herança d eA se r
4E Eltolade, e Betul, e H orm á, 24E saiu a q u in ta sorte para a trib o dos filhos de
5E Ziclague, e Bete-M arcabote, e Hazar-Susa, Aser, segundo as suas famílias.
6E Bete-Lebaote, e Saruém ; treze cidades e as suas 25E foi o seu term o Helcate, e Hali, e Béten, e Ac-
aldeias. safe,
7E Aim, e R im om , e Eter, e Asã; quatro cidades e as 26E A lam eleque, e Amade, e Misal; e chega ao Car-
suas aldeias. m elo para o ocidente, e a Sior-Libnate;
SE todas as aldeias que havia em redor destas ci­ 27E volta p ara o nascente do sol a Bete-D agom , e
dades, até Baalate-Ber (queé Ram á), d o sul; esta é a chega a Z ebulom e ao vale de Iftá-El, ao n o rte de
herança da tribo dos filhos de Simeão, segundo as B ete-Em eque e de Neiel, e vem sair a C abul, pela
suas famílias. esquerda,
9 A herança dos filhos de Simeão fo i tirada do q u i­ 28E H eb ro m , e Reobe, e H am o m , e C aná, até à
n hão dos de Judá, p o rq u an to a herança dos filhos grande Sidom.
de Judá era dem asiadam ente grande para eles; pelo 29E volta este term o a Ram á, e até à forte cidade de
que os filhos de Simeão tiveram a sua herança no Tiro; então to rn a este term o a H osa, p ara term inar
m eio deles. no m ar, n a região de Aczibe.
3,)E Umá, e Afeque, e Reobe; vinte e duas cidades e
A herança d e Z eb u lo m as suas aldeias.
l0E saiu a terceira sorte pelos filhos de Z ebulom , 31Esta é a herança da trib o dos filhos deAser, segun­
segundo as suas famílias; e foi o term o da sua h e­ do as suas famílias; estas cidades e as suas aldeias.
rança até Saride.
1JE sobe o seu term o pelo ocidente a M aralá, e vai A herança d e N a fta li
até Dabesete, e chega tam bém até ao ribeiro que está 32E saiu a sexta sorte p ara os filhos de N aftali, se­
defronte de Jocneão. gundo as suas famílias.

246
JOSUÉ 19,20,21

33E foi o seu term o desde Helefe e desde Alom em E stabelecem -se as cidades de refúgio
Z aananim , e A dami-Neguebe, e Jabneel, até Lacum, FALOU m ais o S enhor a Josué, dizendo:
term in ando no Jordão. 2Fala aos filhos de Israel, dizendo: Apartai
34E volta este term o pelo ocidente a Aznote-Tabor, para vós as cidades de refugio, de que vos falei pelo
e dali passa a H ucoque; e chega a Z ebulom ao sul, m inistério de Moisés,
e chega a Aser ao ocidente, e a Judá pelo Jordão, ao 3Para qu e fuja p ara ali o h om icida, que m atar
nascente do sol. alguma pessoa p o r engano, e não com intenção;
35E são as cidades fortificadas: Zidim , Zer, e H am a- para que vos sirvam de refugio co n tra o vingador
te, Racate e Q uinerete, do sangue.
36E Adama, e Ramá, e Hazor, 4E fugindo para algum a daquelas cidades, pôr-se-
37E Quedes, e Edrei, e En-H azor, á à p o rta dela e exporá a sua causa aos ouvidos dos
38E Irom , e Migdal-El, H orém e Bete-A nate.e Bete- anciãos da tal cidade; então o to m arão consigo na
Semes; dezenove cidades e as suas aldeias. cidade; e lhe darão lugar, p ara que habite com eles.
39Esta é a herança da trib o dos filhos de Naftali, 5E se o vingador do sangue o seguir, não entregarão
segundo as suas famílias; estas cidades e as suas na sua m ão o hom icida, p o rq u an to não feriu a seu
aldeias. próxim o com intenção, e não o o diou antes.
6E habitará na m esm a cidade, até que com pareça
A herança de Dã em juízo p eran te a congregação, até que m o rra o
40A sétim a sorte saiu para a trib o dos filhos de Dã, sum o sacerdote que houver naqueles dias; então o
hom icida voltará, e virá à sua cidade e à sua casa, à
segundo as suas famílias.
cidade de o nde fugiu.
4IE foi o term o da sua herança, Sora, e Estaol, e
7E ntão designaram a Q uedes na Galiléia, na
Ir-Semes,
m o n ta n h a de N aftali, e a Siquém , n a m o n ta n h a
42E Saalabim, e Aijalom, e Itla,
de Efraim , e a Q u iriate-A rb a (esta é H ebrom ), na
43E Elom, e T im na, e Ecrom,
m o n tan h a de Judá.
44E Elteque, e G ibetom , e Baalate,
8E, além do Jordão, na direção de Jericó p ara o
45E Jeúde, e Bene-Beraque, e G ate-Rim om ,
oriente, designaram a Bezer, n o deserto, n a cam pina
46E M e-Jarcom , e Racom , com o term o defronte
da trib o de Rúben, e a Ram ote, em Gileade da trib o
de Jafo;
de Gade, e a Golã, em Basã da trib o de Manassés.
47Saiu, porém , pequeno te rm o aos filhos de Dã,
"Estas são as cidades que foram designadas para
pelo que subiram os filhos de Dã, e pelejaram contra
todos os filhos de Israel, e p ara o estrangeiro que
Lesém, e a tom aram , e a feriram ao fio da espada, e
habitasse entre eles, para que se acolhesse a elas todo
a possuíram e habitaram nela; e a Lesém cham aram
aquele que p o r engano m atasse algum a pessoa, para
Dã, conform e ao nom e de D ã seu pai. que não m orresse às m ãos do vingador do sangue,
48Esta è a herança da tribo dos filhos de Dã, segun­ até se apresentar diante d a congregação.
do as suas famílias; estas cidades e as suas aldeias.
A s cidades da tribo d e Levi
A herança de Josué "J ENTÃO os cabeças dos pais dos levitas se
49A cabando, pois, de rep a rtir a te rra em herança
segundo os seus term os, deram os filhos de Israel a
2X achegaram a Eleazar, o sacerdote, e a Josué,
filho de N um , e aos cabeças dos pais das tribos dos
Josué, filho de N um , herança no m eio deles. filhos de Israel;
,0Segundo o m andado do S en h o r lhe deram a 2E falaram -lhes em Siló, n a terra de Canaã, dizen­
cidade que pediu, a Tim nate-Sera, na m o n ta n h a de do: O S enhor o rd en o u , pelo m inistério de Moisés,
Efraim; e reedificou aquela cidade, e habitou nela. que se nos dessem cidades para habitar, e os seus
5'Estas são as heranças que Eleazar, o sacerdote, arrabaldes para os nossos anim ais.
e Josué, filho de N um , e os cabeças dos pais das 3Por isso os filhos de Israel d eram aos levitas da sua
famílias rep artiram às tribos dos filhos de Israel, herança, conform e a ordem do S enhor , as seguintes
em herança, por sorte, em Siló, perante o S enhor , à cidades e os seus arrabaldes.
p o rta da tenda da congregação. E assim acabaram 4E saiu a sorte para as famílias dos coatitas; e aos
de repartir a terra. filhos de Arão, o sacerdote, que eram dos levitas,

247
JOSUÉ 21

tiveram p o r sorte da trib o de Judá, e da trib o de 23E da trib o de Dã, E lteque e os seus arrabaldes,
Simeão, e da tribo de Benjam im , treze cidades; G ibetom e os seus arrabaldes;
5E aos o utros filhos de Coate couberam po r sorte, 24Aijalom e os seus arrabaldes, G ate-R im om e os
das famílias da tribo de Efiraim, e da trib o de Dã, e seus arrabaldes; q uatro cidades.
da m eia tribo de Manassés, dez cidades; 25E da m eia trib o de M anassés, Taanaque e os seus
6E aos filhos de G érson couberam p o r sorte, das arrabaldes, e G ate-R im om e os seus arrabaldes;
famílias da trib o de Issacar, e da tribo de Aser, e da duas cidades.
trib o de N aftali, e da m eia trib o de M anassés, em 26As cidades p ara as famílias dos dem ais filhos de
Basã, treze cidades; C oate,/oram dez e os seus arrabaldes.
"Aos filhos de M erari, segundo as suas famílias, da 27E aos filhos de G érson, das famílias dos levitas,
trib o de Rúben, e da trib o de G ade, e da trib o de deram da m eia trib o de Manassés, G olã, cidade de
Zebulom , doze cidades; refúgio do hom icida, em Basã, e os seus arrabaldes,
8E deram os filhos de Israel aos levitas estas cidades e Beesterá e os seus arrabaldes; duas cidades.
e os seus arrabaldes p o r sorte, com o o S enhor orde­ 2Í1E da trib o de Issacar, Q uisiom e os seus arrab al­
nara pelo m inistério de Moisés. des, D aberate e os seus arrabaldes,
9D eram mais, da tribo dos filhos de Judá e da tribo 29Jarm ute e os seus arrabaldes, E n -G a n im e o s seus
dos filhos de Simeão, estas cidades, que p o r nom e arrabaldes; qu atro cidades.
foram m encionadas, 30E da trib o de Aser, Misal e os seus arrabaldes,
l0Para que fossem dos filhos de Arão, das famílias A bdom e os seus arrabaldes,
dos coatitas dos filhos de Levi; p o rquanto a p rim ei­ 3lH elcate e os seus arrabaldes, e Reobe e os seus
ra sorte foi sua. arrabaldes;
"A ssim lhes deram a cidade de A rba, do pai de 32E da tribo de Naftali, Q uedes, cidade de refúgio
A naque (esta é H ebrom ), no m o n te de Judá, e os do hom icida, na Galiléia, e os seus arrabaldes, e
seus arrabaldes ao redor. H am ote-D or e os seus arrabaldes, e C artã e os seus
l2Porém o cam po da cidade, e as suas aldeias, de­ arrabaldes; três cidades.
ram a Calebe, filho de Jefoné, po r sua possessão. ’’Todas as cidades dos gersonitas, segundo as suas
13Assim aos filhos de Arão, o sacerdote, deram famílias, foram treze cidades e os seus arrabaldes.
H ebrom , cidade do refugio do hom icida, e os seus 34E às fam ílias dos filhos de M erari, aos dem ais
arrabaldes, Libna e os seus arrabaldes; levitas, foram dadas, da trib o de Zebulom , Jocneão
l4Jatir e os seus arrabaldes, e E stem oa e os seus e os seus arrabaldes, C artã e os seus arrabaldes,
arrabaldes; 3,D im n a e os seus arrabaldes, Naalal e os seus a rra ­
l5E H olom e os seus arrabaldes, e D ebir e os seus baldes; qu atro cidades.
arrabaldes; 36E da trib o de Rúben, Bezer e seus arrabaldes, e
l6E Aim e os seus arrabaldes, e Jutá e os seus a r­ Jaza e os seus arrabaldes,
rabaldes, e Bete-Semes e os seus arrabaldes; nove 37Q u edem ote e os seus arrabaldes, e M efaate e os
cidades destas duas tribos. seus arrabaldes; q uatro cidades.
I7E da tribo de Benjam im , Gibeão e os seus a rra ­ 38E d a trib o de G ade, R am ote, cidade de refúgio
baldes, Geba e os seus arrabaldes; do hom icida, em Gileade, e os seus arrabaldes, e
IÃA natote e os seus arrabaldes, e A lm om e os seus M aanaim e os seus arrabaldes,
arrabaldes; quatro cidades. 39H esbom e os seus arrabaldes, Jazer e os seus arra­
l9Todas as cidades dos sacerdotes, filhos de Arão, baldes; ao todo, q u atro cidades.
foram treze cidades e os seus arrabaldes. 40Todas estas cidades foram dos filhos de M erari,
20E as famílias dos filhos de Coate, levitas, que fica­ segundo as suas fam ílias, qu e ainda restavam das
ram dos filhos de Coate, tiveram as cidades da sua famílias dos levitas; e foi a sua sorte doze cidades.
sorte, da tribo de Efraim. 4‘Todas as cidades dos levitas, no m eio da herança
2IE deram -lhes Siquém , cidade de refúgio do h o ­ dos filhos de Israel, foram q u aren ta e oito cidades e
micida, e os seus arrabaldes, no m onte de Efraim, e os seus arrabaldes.
Gezer e os seus arrabaldes; 42Estavam estas cidades, cada um a com os seus
22E Q uibzaim e os seus arrabaldes, e Bete-H orom arrabaldes em redor delas; assim estavam todas estas
e os seus arrabaldes; q u atro cidades. cidades.

248
JOSUÉ 21,22

43D esta m aneira deu o S enhor a Israel toda a terra O altar do te stem u n h o
que ju rara dar a seus pais; e a possuíram e h abita­ l0E, chegando eles aos lim ites do Jordão, ainda na
ram nela. terra de Canaã, ali os filhos de R úben, e os filhos de
44E o S enhor lhes deu repouso de todos os lados, Gade, e a m eia trib o de M anassés edificaram um al­
conforme a tudo quanto jurara a seus pais; e nenhum ta r ju n to ao Jordão, um altar de grande aparência.
de todos os seus inim igos pôde resisti-los; todos os " E ouviram os filhos de Israel dizer: Eis que os
seus inimigos o S enhor entregou-lhes nas mâos. filhos de Rúben, e os filhos de Gade, e a m eia tribo
4’Palavra algum a falhou de todas as boas coisas que de Manassés edificaram um altar diante da terra de
o Senhor falou à casa de Israel; tudo se cum priu. Canaã, nos lim ites do Jordão, do lado dos filhos de
Israel.
Josué abençoa e m anda para suas casas !iO uvindo isso os filhos de Israel, reuniu-se toda
as duas e m eia tribos a congregação dos filhos de Israel em Siló, para saí­
ENTÃO Josué cham ou os rubenitas, e os rem em guerra co n tra eles.
gaditas, e a m eia tribo de Manassés. I3E enviaram os filhos de Israel, aos filhos de Rú­
2E disse-lhes: Tudo q u an to M oisés, o servo do ben, e aos filhos de Gade, e à m eia trib o de M anas­
S en h or , vos ordenou, guardastes; e à m in h a voz sés, na terra de Gileade, a Finéias, filho de Eleazar,
obedecestes em tudo q uanto vos ordenei. o sacerdote,
3A vossos irm ãos p o r todo este tem po, até ao dia de l4E a dez príncipes com ele, de cada casa p aterna
hoje, não desam parastes; antes tivestes cuidado de um príncipe, de todas as tribos de Israel; e cada um
guardar o m andam ento do S enhor vosso Deus. era cabeça da casa de seus pais entre os m ilhares de
4Agora o S enhor vosso D eus deu repouso a vossos Israel.
irm ãos, com o lhes tin h a prom etido; voltai-vos, I5E, indo eles aos filhos de R úben, e aos filhos de
pois, agora, e ide-vos às vossas tendas, à te rra da Gade, e à m eia trib o de Manassés, à terra de Gileade,
vossa possessão, que Moisés, o servo do S enhor , vos falaram -lhes, dizendo:
deu além do Jordão. l6Assim diz to d a a congregação do S e n h o r : Q ue
’T ão -som ente tende cuidado de gu ard ar com transgressão é esta, qu e com etestes co n tra o Deus
diligência o m andam ento e a lei que Moisés, o ser­ de Israel, deixando hoje de seguir ao S en h or , edi­
vo do S enhor , vos m andou: que am eis ao S en h or ficando-vos u m altar, para vos rebelardes contra o
vosso Deus, e andeis em todos os seus cam inhos, e S en h or ?
guardeis os seus m andam entos, e vos achegueis a ,7Foi-nos p ouco a in iq ü id ad e de Peor, de que
ele, e o sirvais com todo o vosso coração, e com toda ainda até o dia de hoje não estam os purificados,
a vossa alma. m esm o que ten h a havido castigo n a congregação
'’Assim Josué os abençoou, e despediu-os; e foram - do S enhor ,
se às suas tendas. '"Para que hoje deixais de seguir o Sen h o r ? Será que
7O ra, Moisés dera herança em Basã à m eia tribo de rebelando-vos hoje co n tra o S enhor , am anhã ele se
Manassés, porém à o u tra m etade Josué deu herança irará co n tra toda a congregação de Israel.
entre seus irm ãos aquém do Jordão para o ociden­ ,9Se é, porém , que a terra da vossa herança é im u n ­
te; e enviando-os Josué tam bém às suas tendas os da, passai-vos para a terra da possessão do S enhor ,
abençoou; on d e h abita o tab ern ácu lo do S en h or , e tom ai
SE falou-lhes, dizendo: Voltai-vos às vossas tendas possessão en tre nós; m as não vos rebeleis co n tra
com grandes riquezas, e com m uitíssim o gado, com o S enhor , nem tampouco vos rebeleis co n tra nós,
prata, e com ouro, e com metal, e com ferro, e com edificando-vos um altar, além do altar do S en h o r
muitíssim as roupas; e com vossos irm ãos reparti o nosso Deus.
despojo dos vossos inimigos. “ N ão com eteu Acã, filho de Zerá, transgressão
9Assim os filhos de R úben, e os filhos de Gade, e a no tocante ao anátem a? N ão veio ira sobre to d a a
meia tribo de M anassés voltaram , e separaram -se congregação de Israel, de m odo que aquele hom em
dos filhos de Israel, de Siló, que está na terra de Ca- não m o rreu só, na sua iniqüidade?
naã, para irem à terra de Gileade, à terra da sua pos­ 2lEntão responderam os filhos de Rúben, e os fi­
sessão, de que foram feitos possuidores, conform e a lhos de Gade, e a m eia trib o de M anassés, e disseram
ordem do S enhor pelo m inistério de Moisés. aos cabeças dos m ilhares de Israel:

249
JOSUÉ 22,23

220 S en h or D eus dos deuses, o S en h or Deus dos Gade, voltaram da terra de Gileade à terra de Canaã,
deuses, ele o sabe, e Israel mesmo o saberá. Se fo i por aos filhos de Israel, e trouxeram -lhes a resposta.
rebeldia, ou p o r transgressão contra o S enhor , hoje ” E pareceu a resposta boa aos olhos dos filhos de
não nos preserve; Israel, e os filhos de Israel louvaram a Deus; e não
23Se n ó s e d ific a m o s u m a lta r p a r a n o s d e s v ia rm o s falaram mais em subir à guerra co n tra eles em exér­
d o S enhor , o u p a r a s o b r e ele o fe re c e r h o lo c a u s to e cito, para destruírem a terra em qu e habitavam os
o f e r ta d e a lim e n to s , o u s o b re ele a p r e s e n ta r o fe rta filhos de R úben e os filhos de Gade.
p a c ífic a , o S enhor m e s m o d e n ó s o re q u e ira . ,4E os filhos de R úben e os filhos de G ade deram ao
24E, se antes o não fizemos p o r receio disto, d i­ altar o nom e de Ede; para que seja testem unho entre
zendo: A m anhã vossos filhos virão a falar a nossos nós que o S en h or é Deus.
filhos, dizendo: Q ue tendes vós com o S enhor Deus
de Israel? Josué exorta o povo
2,Pois o S en h o r pôs o Jordão po r term o entre E SUCEDEU que, m uitos dias depois que
nós e vós, ó filhos de Rúben, e filhos de Gade; não o S enhor dera repouso a Israel de todos o
tendes p arte no S e n h o r ; e assim bem poderiam seus inim igos em redor, e sendo Josué já velho e
vossos filhos fazer desistir a nossos filhos de tem er entrad o em dias,
ao S enhor . 2C ham ou Josué a todo o Israel, aos seus anciãos, e
26Por isso dissemos: P reparem o-nos agora, e edi­ aos seus cabeças, e aos seus juizes, e aos seus oficiais,
fiquem os um altar, não para holocausto, nem para e disse-lhes: Eu;<í sou velho e en trad o em dias,
sacrifício, 3E vós já tendes visto tu d o q u an to o S en h or vos­
27Mas para que, entre nós e vós, e entre as nossas so D eus fez a todas estas nações p o r causa de vós;
gerações depois de nós, nos seja em testem unho, p o rq u e o S en h o r vosso D eus é que tem pelejado
para po d erm os fazer o serviço do S en h o r diante p o r vós.
dele com os nossos holocaustos, e com os nossos 4Vede que vos reparti p o r sorte, em h erança às
sacrifícios, e com as nossas ofertas pacíficas; para vossas tribos, estas nações que restam , bem com o
q u evossos filhos não digam am anhã a nossos filhos: as nações que tenho destruído, desde o Jordão até o
N ão tendes parte no S enhor . grande m ar para o pôr- do- sol.
28Por isso dissemos: Q uando suceder que am anhã 5E o S en h or vosso Deus as im pelirá, e as expelirá
assim nos digam a nós e às nossas gerações, então di­ de diante de vós; e vós possuireis a sua terra, com o o
remos: Vede o m odelo do altar do S enhor que fizeram S en h or vosso D eus vos tem prom etido.
nossos pais, não para holocausto nem para sacrifício, 6Esforçai-vos, pois, m u ito para guardardes e para
porém para ser testem unho entre nós e vós. fazerdes tu d o q u anto está escrito no livro da lei de
29N unca tal nos aconteça que nos rebelem os con­ Moisés; para que dele não vos aparteis, nem p ara a
tra o S enhor , o u que hoje nós abandonássem os o direita nem para a esquerda;
S enhor , edificando altar para holocausto, oferta de 7Para que não entreis no m eio destas nações que
alim entos ou sacrifício, fora do altar do S enhor nos­ ainda ficam convosco; e dos nom es de seus deuses
so Deus, que está perante o seu tabernáculo. não façais m enção, nem p o r eles façais jurar, n em os
'"O uvindo, pois, Finéias, o sacerdote, e os príncipes sirvais, nem a eles vos inclineis,
da congregação, e os cabeças dos m ilhares de Israel, aM as ao S en h o r vo sso D eus vos apegareis, com o
que com eles estavam, as palavras que disseram os fizestes até o dia de hoje;
filhos de Rúben, e os filhos de Gade, e os filhos de 9Pois o S enhor expulsou de diante de vós grandes
Manassés, pareceu bem aos seus olhos. e fortes nações; e, quanto a vós, ninguém vos tem
31E disse Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, aos podido resistir, até o dia de hoje.
filhos de Rúben, e aos filhos de Gade, e aos filhos de '“Um só hom em d en tre vós perseguirá a mil; pois
Manassés: H oje sabem os que o S enhor está no meio é o S enhor vosso D eus que peleja p o r vós, com o já
de nós; p o rq u an to não com etestes transgressão vos tem falado.
co n tra o S en h o r ; agora livrastes os filhos de Israel "P o rta n to , guardai diligentem ente as vossas al­
da m ão do S enhor . mas, para am ardes ao S en h o r vosso Deus.
32E Finéias filho de Eleazar, o sacerdote, com os l2Porque, se de algum m o d o vos desviardes, e vos
príncipes, deixando os filhos de Rúben, e os filhos de apegardes ao restante destas nações que ainda ficou

250
JOSUÉ 23,24

entre vós, e com elas vos aparentardes, e vós a elas vós; porém os entreguei nas vossas m ãos, e possuís­
entrardes, e elas a vós, tes a sua terra, e os destruí de diante de vós.
l3Sabei certam ente que o S en h o r vosso Deus 9Levantou-se tam b ém Balaque, filho de Zipor,
não co n tinuará a expulsar estas nações de diante rei dos m oabitas e pelejou co n tra Israel; e m andou
de vós, m as elas vos serão po r laço e rede, e açoite cham ar a Balaão, filho de Beor, para que vos am al­
às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos olhos; até diçoasse.
que pereçais desta boa terra que vos deu o S enhor l0Porém eu não quis ouvir a Balaão; pelo que ele vos
vosso Deus. abençoou grandem ente e eu vos livrei da sua mão.
l4E eis que vou hoje pelo cam inho de toda a terra; e “ E, passando vós o Jordão, e vindo a Jericó, os
vós bem sabeis, com todo o vosso coração, e com toda habitantes de Jericó pelejaram co n tra vós, os
a vossa alma, que nem um a só palavra falhou de todas am orreus, e os perizeus, e os cananeus, e os heteus,
as boas coisas que falou de vós o S enhor vosso Deus; e os girgaseus, e os heveus, e os jebuseus; porém os
todas vos sobrevieram, nenhum a delas falhou. entreguei nas vossas mãos.
” E será que, assim com o sobre vós vieram todas 12E enviei vespões adiante de vós, que os expulsaram
estas boas coisas, que o S enhor vosso D eus vos disse, de diante de vós, como a am bos os reis dos am orreus;
assim trará o S en h or sobre vós todas aquelas más não com a tu a espada nem com o teu arco.
coisas, até vos destruir de sobre a boa te rra que vos I3E eu vos dei a terra em qu e não trabalhastes, e
deu o S enhor vosso Deus. cidades que não edificastes, e habitais nelas e comeis
l6Q uan d o transgredirdes a aliança do S en h or vos­ das vinhas e dos olivais que não plantastes.
so Deus, que vos tem ordenado, e fordes e servirdes
a outros deuses, e a eles vos inclinardes, então a ira Josué renova a aliança co m o povo
do S enhor sobre vós se acenderá, e logo perecereis l4Agora, pois, tem ei ao S enhor , e servi-o com sin­
de sobre a boa terra que vos deu. ceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos
quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e
Josué recorda tu d o o q u e D eus fe z servi ao S enhor .
DEPOIS reu n iu Josué todas as trib o s de 1 ’Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao
Israel em Siquém; e cham ou os anciãos de S enhor , escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a
Israel, e os seus cabeças, e os seus juizes, e os seus quem serviram vossos pais, que estavam além do rio,
oficiais; e eles se apresentaram diante de Deus. ou aos deuses dos am orreus, em cuja terra habitais;
2Então Josué disse a to d o o povo: Assim diz o porém eu e a m inha casa serviremos ao S enhor .
S enhor Deus de Israel: Além do rio habitaram an­ l6E ntão resp o n d eu o povo, e disse: N unca nos
tigam ente vossos pais, Terá, pai de A braão e pai de aconteça que deixem os ao S en h or para servirm os
Naor; e serviram a ou tro s deuses. a outro s deuses;
’Eu, porém , tom ei a vosso pai A braão dalém do l7Porque o S en h or è o nosso Deus; ele é o que nos
rio e o fiz andar po r toda a terra de Canaã; tam bém fez subir, a nós e a nossos pais, da te rra do Egito,
m ultipliquei a sua descendência e dei-lhe a Isaque. da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes
4E a Isaque dei Jacó e Esaú; e a Esaú dei a m ontanha sinais aos nossos olhos, e nos gu ard o u p o r todo o
de Seir, para a possuir; po rém , Jacó e seus filhos cam inho que andam os, e entre todos os povos pelo
desceram para o Egito. m eio dos quais passamos.
’Então enviei Moisés e Arão e feri ao Egito, com o o I8E o S en h o r expulsou de d iante de nós a todos
fiz no m eio deles; e depois vos tirei de lá. esses povos, até ao am o rreu , m o rad o r da terra;
6E, tiran do eu a vossos pais do Egito, viestes ao m ar; tam bém nós servirem os ao S en h or , p o rq u an to é
e os egípcios perseguiram a vossos pais com carros nosso Deus.
e com cavaleiros, até ao M ar Vermelho. l9Então Josué disse ao povo: N ão podereis servir ao
7E clam aram ao S en h or , que pôs um a escuridão S enhor , p o rq u an to é D eus santo, é Deus zeloso, que
entre vós e os egípcios, e trouxe o m ar sobre eles, e os não perd o ará a vossa transgressão nem os vossos
cobriu, e os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito; pecados.
depois habitastes no deserto m uitos dias. 2üSe d e ix a r d e s a o S en h or , e s e rv ird e s a d e u s e s es­
8Então eu vos trouxe à terra dos am orreus, que h a­ t r a n h o s , e n tã o ele se t o r n a r á , e v o s f a rá m a l, e vos
bitavam além do Jordão, os quais pelejaram contra c o n s u m ir á , d e p o is d e v o s t e r fe ito o b e m .

251
JOSUÉ 24

2lEntão disse o povo a Josué: Não, antes ao S enhor 2flEntão Josué enviou o povo, cada um p ara a sua
serviremos. herança.
22E Josué disse ao povo: Sois testem unhas contra
vós m esm os de que escolhestes ao S enhor , para o As m ortes d e Josué e d e Eleazar
servir. E disseram : Somos testem unhas. 2‘'E depois destas coisas sucedeu que Josué, filho de
23Deitai, pois, agora, fora aos deuses estranhos que N um , servo do S enhor , faleceu, com idade de cento
há no m eio de vós, e inclinai o vosso coração ao e dez anos.
,0E sep u ltaram -n o no term o da sua herança, em
S enhor Deus de Israel.
T im nate-Sera, que está n o m o n te de Efraim, para o
24E disse o povo a Josué: Servirem os ao S en h o r
no rte do m onte de Gaás.
nosso Deus, e obedecerem os à sua voz.
3'Serviu, pois, Israel ao S en h or todos os dias de
25Assim, naquele dia fez Josué aliança com o povo
Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda sobre­
e lhe pôs p o r estatuto e direito em Siquém.
viveram m uito tem p o depois de Josué, e que sabiam
26E Josué escreveu estas palavras no livro da lei todas as obras que o Senhor tinha feito a Israel.
de Deus; e to m o u um a grande pedra, e a erigiu ali i2Tam bém os ossos de José, que os filhos de Israel
debaixo do carvalho que estava ju n to ao santuário trouxeram do Egito, foram enterrados em Siquém,
do S enhor . naquela p arte do cam po que Jacó co m p rara aos
27E disse Josué a to d o o povo: Eis que esta pedra filhos de H em or, pai de Siquém, p o r cem peças de
nos será p o r testem unho, pois ela ouviu todas as prata, e que se to rn ara herança dos filhos de José.
palavras, que o S en h or nos tem falado; e tam bém 33Faleceu tam bém Eleazar, filho de Arão, e o sepul­
será testem unho contra vós, para que não m intais taram no outeiro de Finéias, seu filho, que lhe fora
a vosso Deus. dado na m o n tan h a de Efraim.

252
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Juizes
T ítulo
É extraído dos líderes que passaram a libertar a nação israelita n um período de decadência espiritual,
“quando cada um fazia o que achava mais reto” (21.25). Tais líderes eram cham ados de “juizes”, “liberta­
dores” o u “salvadores”. D epois da m orte de Josué, doze hom ens e um a m u lh er foram cham ados de juizes
e convocados por D eus para livrar Israel em períodos de declínio e desunião. O título, em hebraico, é sho-
petim , que tam bém significa “juizes” ou “líderes executivos”.

A utoria e data
Alguns têm apontado Samuel com o seu possível autor, um a vez que este foi o últim o, e tam bém o mais
expressivo, juiz. O fato de o livro possuir certo caráter profético, no sentido de destacar os efeitos do co n ­
certo de Deus com Israel, reforça ainda m ais esta tese.
Pela referência 1.21, é possível afirmar, com certeza, que a data do livro é antes da captura de Jebus (Je­
rusalém ) por Davi, isto é, antes do ano 1000 a.C.

A ssunto
Trata de um longo período da história de Israel, entre a m o rte de Josué e os anciãos de sua época até o
tem po de Samuel. Com eça com a terceira geração de israelitas. Os que saíram do Egito m o rreram no de­
serto, seus filhos, n o entanto, herdaram a terra, geração que p ode ser considerada infiel ao Senhor. C ons­
tantem ente se rebelavam co n tra Deus, voltando-se para os cultos locais a Baal e a Astarote. C om o conse­
qüência, eram oprim idos pelos inim igos e, quando clam avam a Deus, o Senhor lhes levantava libertadores,
que eram cham ados de “juizes”. Perm aneciam fiéis até a m orte do juiz libertador, quando, então, reto rn a­
vam à idolatria e o ciclo recomeçava.
Os juizes exerciam autoridade lim itada pelo tem po (sua função não era hereditária), p o r isso, q uando
m o rriam , o caos retornava. Tam bém eram lim itados pela geografia, pois sua jurisdição não abrangia todas
as tribos. Na referência 21.25, tem os u m resum o que retrata bem a situação desse período.

Ê nfase apologética
O livro de Juizes, pela sua descrição de um período tão co n tu rb ad o da história de Israel, serve com o
testem unho para a fidelidade histórica das Escrituras. O fato de ter consciência e to m ar para si o título de
povo escolhido, não o exim e de apresentar suas fraquezas e o respectivo castigo de Deus. E nquanto a his­
tória dos povos da antiguidade se preocupava em pintá-los com as cores m ais bonitas possíveis, no caso de
Israel, seus escritos históricos apresentam um a fidelidade narrativa im pressionante, com o no livro de Juizes,
o nde sua infidelidade ao seu Deus é m ostrada de form a crua. Isto confere credibilidade ao livro.
Certos elem entos que surgem no livro, com o a polêm ica acerca da possibilidade de Jefté ter sacrifica­
do a sua filha (11.30-40), o ídolo de Mica (cap. 17) e o abuso de um a m ulher pela trib o de Benjam in (cap.
19) confirm am que as idéias m orais e religiosas estavam em com pleto caos, p o r falta não de u m a Lei, pois
com certeza possuíam a m osaica, m as por falta de um p oder executivo que im pusesse a prática da m esm a
em todo o território nacional e criasse a unidade necessária para isto (21.25).
O LIVRO DOS

J UlZES
N ovas conquistas pelas tribos I4E sucedeu que, indo ela a ele, o p ersuadiu que p e­
E SUCEDEU, depois da m o rte de Josué, que os disse um cam po a seu pai; e ela desceu do jum ento,
1 filhos de Israel p erguntaram ao Sen h o r , dizen­
do: Q uem dentre nós prim eiro subirá aos cananeus,
e Calebe lhe disse: Q ue é que tens?
!,E ela lhe disse: D á-m e uma bênção; pois m e deste
p ara pelejar contra eles? uma terra seca, dá-m e tam bém fontes de águas. E Ca­
2E disse o Se n h o r : Judá subirá; eis que entreguei lebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores.
esta terra na sua mão. l6Tam bém os filhos do queneu, sogro de Moisés,
3Então disse Judá a Simeão, seu irm ão: Sobe com i­ subiram da cidade das palm eiras com os filhos de
go à m in ha herança. E pelejem os co n tra os cana­ Judá ao deserto de Judá, que está ao sul de Arade, e
neus, e tam bém eu contigo subirei à tua herança. E foram , e habitaram com o povo.
Simeão p artiu com ele. 17E foi Judá com Simeão, seu irmão, e feriram aos ca­
4E subiu Judá, e o S e nho r lhe entregou na sua m ão naneus que habitavam em Zefate; e totalmente a des­
os cananeus e os perizeus; e feriram deles, em Beze- truíram , e cham ou-se o nom e desta cidade Hormá.
que, a dez mil hom ens. 1 "Tomou mais Judá a Gaza com o seu term o, e a As-
5E acharam Adoni-Bezeque em Bezeque, e pelejaram calom com o seu term o, e a Ecrom com o seu termo.
contra ele; e feriram aos cananeus e aos perizeus. I9E estava o S e n h o r com Judá, e despovoou as
6Porém A doni-Bezeque fugiu, m as o seguiram , e m o ntan h as; p o rém não expulsou aos m o rad o res
p ren d eram -n o e co rtaram -lh e os dedos polegares do vale, po rq u an to tin h am carros de ferro.
das m ãos e dos pés. 20E deram H ebrom a Calebe, com o Moisés o disse­
"Então disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, com os ra; e dali expulsou os três filhos de Anaque.
dedos polegares das m ãos e dos pés cortados, apa­ 21P orém os filhos de Benjam im não expulsaram
nhavam as migalhas debaixo da m inha mesa; assim os jebuseus que habitavam em Jerusalém; antes os
com o eu fiz, assim Deus m e pagou. E levaram -no a jebuseus ficaram h abitando com os filhos de Benja­
Jerusalém, e m orreu ali. m im em Jerusalém, até ao dia de hoje,
8E os filhos de Judá pelejaram contra Jerusalém, e 22E subiu tam bém a casa de José contra Betei, e fo i
tom ando-a, feriram -na ao fio da espada; e puseram o Se n h o r com eles.
fogo na cidade. 23E a casa de José m an d o u espias a Betei, e/o i antes
9E depois os filhos de Judá desceram a pelejar co n ­ o nom e desta cidade Luz.
tra os cananeus, que habitavam nas m ontanhas, e 24E viram os espias a um hom em , qu e saía da ci­
no sul, e nas planícies. dade, e lhe disseram : O ra, m ostra-nos a entrada da
I0E partiu Judá contra os cananeus que habitavam cidade, e usarem os contigo de m isericórdia.
em H ebrom (era porém ou trora o nom e de H ebrom , 25E, m ostrando-lhes ele a en trad a da cidade, feri­
Q uiriate-A rba), e feriram a Sesai, e a Aimã e Talmai. ram -n a ao fio da espada; po rém àquele hom em e a
" E dali partiu contra os m oradores de D ebir; e era to d a a sua família deixaram ir.
o u tro ra o nom e de Debir, Quiriate-Sefer. 2f,Então aquele hom em se foi à terra dos heteus, e
,2E disse Calebe: Q uem ferir a Quiriate-Sefer, e a edificou um a cidade, e cham ou o seu nom e Luz; este
tom ar, lhe darei a m inha filha Acsa p o r m ulher. é o seu no m e até ao dia de hoje.
I3E to m ou-a O tniel, filho de Q uenaz, o irm ão de 27M anassés não expulsou os habitantes de Bete-Seã,
Calebe, mais novo do que ele; e Calebe lhe deu a sua nem m esm o dos lugares da sua jurisdição; nem a
filha Acsa po r m ulher. Taanaque, com os lugares da sua jurisdição; nem os

254
JUÍZES 1,2

m oradores de Dor, com os lugares da sua jurisdição; 5Por isso cham aram àquele lugar, Boquim; e sacri­
nem os m oradores de Ibleão, com os lugares da sua ficaram ali ao S enhor .
jurisdição; nem os m oradores de M egido, com os ‘E havendo Josué despedido o povo foram -se os
lugares da sua jurisdição; e resolveram os cananeus filhos de Israel, cada u m à sua herança, para possu­
habitar na m esm a terra. írem a terra.
28E sucedeu que, quando Israel cobrou mais forças,
fez dos cananeus tributários; porém não os expul­ A infidelidade dos israelitas depois
sou de todo. da m o rte de Josué
29T am pouco expulsou Efraim os cananeus que 7E serviu o povo ao S en h or todos os dias de Josué,
habitavam em Gezer; antes os cananeus ficaram e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram
habitando com ele, em Gezer. depois de Josué, e viram toda aquela grande obra do
’"Tam pouco expulsou Z ebulom os m oradores S enhor , que fizera a Israel.
de Q uitrom , nem os m oradores de Naalol; porém 8Faleceu, p o rém , Josué, filho de N um , servo do
os cananeus ficaram hab itan d o com ele, e foram S enhor , com a idade de cento e dez anos;
tributários. 9E sep u ltaram -n o no te rm o da sua herança, em
3'Tam pouco Aser expulsou os m oradores de Aco, T im nate-H eres, no m o n te de Efraim, p ara o n o rte
nem os m oradores de Sidom; com o nem de Alabe, do m o n te de Gaás.
nem de Aczibe, nem de Helba, nem de Afeque, nem I0E foi tam bém congregada to d a aquela geração a
de Reobe; seus pais, e o u tra geração após ela se levantou, que
32Porém os aseritas hab itaram no m eio dos ca­ não conhecia ao S enhor , nem tam p o u co a o b ra que
naneus que habitavam na terra; p o rq u an to não os ele fizera a Israel.
expulsaram. "E n tã o fizeram os filhos de Israel o que era m au
3’Tam pouco Naftali expulsou os m oradores de aos olhos do S en h o r ; e serviram aos baalins.
Bete-Semes, nem os m oradores de Bete-Anate; mas I2E deixaram ao S en h o r D eus de seus pais, que
hab ito u no m eio dos cananeus que habitavam na os tirara da terra do Egito, e foram -se após o u tro s
terra; porém lhes foram trib u tário s os m oradores deuses, d en tre os deuses dos povos, que havia ao
de Bete-Semes e Bete-Anate. redor deles, e ad o ra ra m a eles; e provocaram o
,4E os am orreus im peliram os filhos de Dã até às S enhor à ira.
montanhas; porque nem os deixavam descer ao vale. ' ’P orquanto deixaram ao S enhor , e serviram a Baal
3,Tam bém os am orreus quiseram h abitar nas eaA starote.
m o n tan has de Heres, em A ijalom e em Saalbim; l4Por isso a ira do S enhor se acendeu contra Israel, e os
porém prevaleceu a m ão da casa de José, e ficaram entregou na mão dos espoliadores que os despojaram;
tributários. e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e não
36E fo i o term o dos am orreu s desde a subida de puderam m ais resistir diante dos seus inimigos.
Acrabim, desde a penha, e dali p ara cima. ’’Por o nde q u er que saíam , a m ão do S enhor era
contra eles para mal, com o o S en h or tin h a falado,
O anjo do S enhor repreende os israelitas e com o o S en h o r lhes tin h a ju rad o ; e estavam em
E SUBIU o anjo do S enhor de Gilgal a Boquim, grande aflição.
2 e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à
terra que a vossos pais tinha jurado e disse: N unca
I6E levantou o S en h o r juizes, q ue os livraram da
m ão dos que os despojaram .
invalidarei a m inha aliança convosco. 17Porém tam p o u co o u v iram aos juizes, antes
2E, quanto a vós, não fareis acordo com os m oradores p rostitu íram -se após o u tro s deuses, e ad o raram a
desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós eles; depressa se desviaram do cam inho, p o r o nde
não obedecestes à m inha voz. Por que fizestes isso? andaram seus pais, o bedecendo os m an d am en to s
3Assim tam bém eu disse: N ão os expulsarei de do S en h o r ; mas eles assim não fizeram.
diante de vós; antes estarão com o espinhos nas vos­ IBE, q u an d o o S en h o r lhes levantava juizes, o S e­
sas ilhargas, e os seus deuses vos serão p o r laço. n h o r era com o juiz, e os livrava da m ão dos seus
4E sucedeu que, falando o anjo do S en h o r estas inim igos, todos os dias daquele juiz; p o rq u an to o
palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou S en h o r se com padecia deles pelo seu gem ido, por
a sua voz e chorou. causa dos que os o prim iam e afligiam.

255
JUÍZES 2,3

‘‘'Porém sucedia que, falecendo o juiz, reincidiam e M esopotâm ia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-
se corrom piam mais do que seus pais, andando após Risataim oito anos.
ou tro s deuses, servindo-os, e adorando-os; nada
deixavam das suas obras, nem do seu obstinado O tn ie l livra-os
cam inho. ■'E os filhos de Israel clam aram ao Senho r , e o Se­
2<’Por isso a ira do Sen h o r se acendeu contra Israel, n h o r levantou-lhes um libertador, que os libertou:

e disse: P orquanto este povo transgrediu a m inha O tniel, filho de Q uenaz, irm ão de Calebe, m ais novo
aliança, que tin ha ordenado a seus pais, e não deram do que ele.
I0E veio sobre ele o Espírito do Se nho r , e julgou a
ouvidos à m inha voz,
Israel, e saiu à peleja; e o S e n h o r en tregou na sua
2'Tampouco desapossarei mais de diante deles a ne­
m ão a C usã-R isataim , rei da Síria; co n tra o qual
nhum a das nações, que Josué deixou, quando morreu;
prevaleceu a sua mão.
22Para p o r elas provar a Israel, se há de guardar, ou
"E n tã o a terra sossegou q uarenta anos; e O tniel,
não, o cam inho do Se n h o r , com o seus pais o guar­
filho de Q uenaz, faleceu.
daram , para nele andar.
23Assim o Se nho r deixou ficar aquelas nações, e não E iíd e livra-os de E glom
as desterrou logo, nem as entregou na m ão de Josué. l2Porém os filhos de Israel to rn aram a fazer o que
era m au aos olhos do Se n h o r ; então o S e n h o r for­
Servidão dos israelitas taleceu a Eglom, rei dos moabitas, contra Israel; p o r­
ESTAS, pois, são as nações que o Senho r deixou
3 ficar, para por elas provar a Israel, a saber, a todos
os que não sabiam de todas as guerras de Canaã.
quanto fizeram o que era m au aos olhos do Se nho r .
I3E reuniu consigo os filhos de A m om e os am ale-
quitas, e foi, e feriu a Israel, e to m aram a cidade das
2T ão-som ente para que as gerações dos filhos de palmeiras.
Israel delas soubessem (para lhes ensinar a guerra), UE os filhos de Israel serviram a Eglom , rei dos
pelo m enos os que dantes não sabiam delas. m oabitas, dezoito anos.
3Cinco príncipes dos filisteus, e todos os cananeus, l5Então os filhos de Israel clam aram ao Se n ho r , e o
e sidônios, e heveus que habitavam nas m ontanhas Se n h o r lhes levantou um libertador, a Eúde, filho de

do L íbano desde o m onte de B aal-H erm om , até à G era, filho de Jemim, hom em canhoto. E os filhos de
en trad a de Hamate. Israel enviaram pela sua m ão um presente a Eglom,
4Estes, pois, ficaram, para por eles provar a Israel, rei dos m oabitas.
I6E Eúde fez p ara si um a espada de dois fios, do
para saber se dariam ouvido aos m andam entos do
com prim ento de um côvado; e cingiu-a p o r baixo
Se n h o r , que ele tin h a o rdenado a seus pais, pelo
das suas vestes, à sua coxa direita.
m inistério de Moisés.
]7E levou aquele presente a Eglom, rei dos m o ab i­
5H ab itando, pois, os filhos de Israel no m eio dos
tas; e era Eglom h om em m uito gordo.
cananeus, dos heteus, e am orreus, e perizeus, e he­
,SE sucedeu que, acabando de entregar o presente,
veus, e jebuseus, despediu a gente que o trouxera.
6T om aram de suas filhas para si p o r m ulheres, e ‘9Porém ele m esm o voltou das im agens de escultu­
deram as suas filhas aos filhos deles; e serviram aos ra que estavam ao pé de Gilgal, e disse: Tenho um a
seus deuses. palavra secreta para ti, ó rei. O qual disse: Cala-te. E
7E os filhos de Israel fizeram o que era m au aos todos os qu e lhe assistiam saíram de d iante dele.
olhos d o S e n h o r , e se esqueceram do Se n h o r seu 20E Eúde en tro u n u m a sala de verão, que o rei ti­
Deus; e serviram aos baalins e a Astarote. nha só para si, o nde estava sentado, e disse: Tenho,
“Então a ira do Se n h o r se acendeu co n tra Israel, para dizer-te, u m a palavra de Deus. E levantou-se
e ele os vendeu na m ão de C usã-R isataim , rei da da cadeira.

E tirou a espada de sobre sua coxa direita, __ H REPOSTA APOLOGÉTICA: Os céticos alegam que o pro-
e lha cravou no ventre = • blema começa no versículo 15, onde é dito, explicitamente,
(3.20,21) que Eúde fora levantado por Deus para ser o libertador de Israel.
Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que nem tudo o que
Ceticismo. Afirma que este relato contradiz o sétimo man­ a Bíblia relata está em harmonia com os mandamentos divinos;
damento de Êxodo 20.13: “não matarás".

256
JUÍZES 3,4

2'E ntão Eúde estendeu a sua m ão esquerda, e tirou Canaã, que reinava em H azor; e Sísera era o capitão
a espada de sobre sua coxa direita, e lha cravou no do seu exército, o qual então habitava em Harosete
ventre, dos gentios.
22De tal m aneira que en trou até o cabo após a lâm i­ 3Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor , por­
na, e a gordura encerrou a lâm ina (porque não tirou quanto ele tinha novecentos carros de ferro, e por vinte
a espada do ventre); e saiu-lhe o excremento. anos oprimia violentamente os filhos de Israel.
23Então Eúde saiu ao pátio, e fechou as portas da
sala e as trancou. Débora e B araque livram Israel
24E, saindo ele, vieram os servos do rei, e viram , e eis 4E D ébora, m ulher profetisa, m ulher de Lapidote,
que as portas d a sala estavam fechadas; e disseram: julgava a Israel naquele tem po.
Sem dúvida está cobrindo seus pés na recâm ara da 5Ela assentava-se debaixo das palm eiras de D ébo­
sala de verão. ra, entre Ram á e Betei, nas m o n tan h as de Efraim; e
25E, esperando até se alarmarem, eis que ele não abria os filhos de Israel subiam a ela a juízo.
as portas da sala; então tom aram a chave, e abriram , e 6E m andou cham ar a Baraque, filho de Abinoão de
eis ali seu senhor estendido m orto em terra. Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura o Senhor
2<’E Eúde escapou, enquanto eles se dem oravam ; Deus de Israel não deu ordem , dizendo: Vai, e atrai
p orque ele passou pelas im agens de escultura, e gente ao m o n te Tabor, e to m a contigo dez mil h o ­
escapou para Seirá. mens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom?
27E sucedeu que, chegando ele, tocou a buzina nas "E atrairei a ti para o ribeiro de Q uisom , a Sísera,
m ontanhas de Efraim, e os filhos de Israel desceram capitão do exército de Jabim, com os seus carros, e
com ele das m ontanhas, e ele adiante deles. com a sua m ultidão; e o darei na tua mão.
28E disse-lhes: Segui-me, porque o Se n h o r vos tem “Então lhe disse Baraque: Se fores com igo, irei;
entregue vossos inim igos, os m oabitas, nas vossas porém , se não fores comigo, não irei.
mãos; e desceram após ele, e to m aram os vaus 9E disse ela: C ertam ente irei contigo, porém não será
do Jordão co n tra M oabe, e a ninguém deixaram tua a honra da jornada que em preenderes; pois à mão
passar. de iima m ulher o Se nho r venderá a Sísera. E Débora
29E naquele tem po feriram dos m oabitas uns dez se levantou, e partiu com Baraque para Quedes.
m il hom ens, todos corpulentos, e todos hom ens '“Então Baraque convocou a Z ebulom e a Naftali
valorosos; e não escapou nenhum . em Q uedes, e subiu com dez m il hom ens após ele; e
30Assim foi subjugado M oabe naquele dia debaixo D ébora subiu com ele.
da m ão de Israel; e a terra sossegou oitenta anos. 1' E Héber, queneu, se tin h a ap artad o dos queneus,
dos filhos de H obabe, sogro de Moisés; e tinha es­
Sangar lirra-os dos filisteu s tendido as suas tendas até ao carvalho de Z aanaim ,
3‘Depois dele foi Sangar, filho de Anate, que feriu a que está ju n to a Quedes,
seiscentos hom ens dos filisteus com um a aguilhada ' 2E anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abi­
de bois; e tam bém ele libertou a Israel. noão, tinha subido ao m o n te Tabor.
I3E Sísera convocou to d o s os seus carros, nove­
Servidão sob Jabim , rei d e C anaã centos carros de ferro, e to d o o povo que estava
PORÉM os filhos de Israel to rn aram a fazer com ele, desde H arosete dos gentios até ao ribeiro
4 o que era m au aos olhos do S e n h o r , depois
falecer Eúde.
dede Q uisom .
l4Então disse D ébora a Baraque: Levanta-te, p o r­
2E vendeu-os o S e n h o r na m ão de Jabim , rei de que este é o dia em que o Se n h o r tem dado a Sísera

ou seja, não significa que ela aprove. O próprio texto em análise fica que esta pessoa esteja "licenciada* para proceder segundo
não apresenta, sequer por inferência, aprovação divina ao bár­ suas próprias razões, exatamente como aconteceu com Faraó
baro assassinato perpetrado por Eúde. A Bíblia tão-somente re­ (Êx 12).
lata o fato. Por último, toda pessoa, mesmo levando em consideração
Se atentarmos para o que a Palavra de Deus fala sobre Faraó Éxodo 20.13. deve compreender e aceitar que Deus é o Concessor
(Rm 9.17), veremos que, mesmo sendo um monarca egípcio “le­ da vida e que. por conseqüência, tem todo o direito de tomá-la
vantado por Deus", nem por isso ficou isento do juízo por suas da forma que bem lhe aprouver, sem que. obviamente, transgri­
atrocidades, visto que o fato de Deus exaltar alguém não signi- da seus estatutos

257
JUÍZES 4,5

na tua mão; porventura o S e nho r não saiu adiante O câ n tico d e D ébora e B araque
de ti? Baraque, pois, desceu do m onte Tabor, e dez E CANTOU D ébora e B araque, filho de Abi-
mil hom ens após ele. noão, naquele m esm o dia, dizendo:
I5E o Se n h o r d erro to u a Sísera, e a todos os seus 2Louvai ao Senho r pela vingança de Israel, q u an d o
carros, e a todo o seu exército ao fio da espada, diante o povo se ofereceu voluntariam ente.
de Baraque; e Sísera desceu do carro, e fugiu a pé. ’Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei
IAE Baraque perseguiu os carros, e o exército, até ao Se n h o r ; salm odiarei ao Se n h o r Deus de Israel.
H arosete dos gentios; e todo o exército de Sísera caiu 4Ó Senho r , saindo tu de Seir, cam inhando tu desde
ao fio da espada, até não ficar um só. o cam po de E dom , a terra estrem eceu; até os céus
,7Porém Sísera fugiu a pé à tenda de Jael, m ulher de gotejaram ; até as nuvens gotejaram águas.
H éber, queneu; p o rq u an to havia paz entre Jabim, 5Os m ontes se derreteram diante do Senho r , e até
rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. Sinai diante do Se n h o r D eus de Israel.
6Nos dias de Sangar, filho de A nate, nos dias de
Jael m ata Sísera Jael cessaram os cam inhos; e os que andavam por
18E Jael saiu ao encontro de Sísera, e disse-lhe: En­ veredas iam p o r cam inhos torcidos.
tra, senhor m eu, entra aqui, não tem as. Ele entrou 7Cessaram as aldeias em Israel, cessaram; até que
na sua tenda, e ela o cobriu com um a coberta. eu, D ébora, m e levantei, p o r m ãe em Israel m e
'“’Então ele lhe disse: D á-m e, peço-te, de beber um levantei.
pouco de água, porque tenho sede. Então ela abriu 8E se escolhia deuses novos, logo a guerra estava às
um o dre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. portas; via-se p o r isso escudo ou lança entre q u a­
-°E ele lhe disse: Põe-te à porta da tenda; e há de ser renta m il em Israel?
que se alguém vier e te perguntar: H á aqui alguém? ‘'M eu coração è para os legisladores de Israel, que
Responderás então: Não. voluntariam ente se ofereceram entre o povo; b en ­
2'E ntão Jael, m ulher de Héber, tom ou um a estaca dizei ao Senhor .
da tenda, e lançou m ão de um m artelo, e chegou-se 10 Vós os que cavalgais sobre jum entas brancas, que
m ansam ente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, vos assentais em juízo, que andais pelo cam inho,
de sorte que p enetrou na terra, estando ele, porém , falai disto.
n u m p ro fu n d o sono, e já m u ito cansado; e assim 1 ' Donde se ouve o estrondo dos flecheiros, entre os
m orreu. lugares o nde se tiram águas, ali falai das justiças do
22E eis que, seguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu Se nho r , das justiças que fe z às suas aldeias em Israel;
ao encontro, e disse-lhe: Vem, e m ostrar-te-ei o então o povo do Se n h o r descia às portas.
hom em que buscas. E foi a ela, e eis que Sísera jazia l2D esperta, desperta, D ébora, desperta, desperta,
m o rto , com a estaca na fonte. entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos
23Assim D eus naquele dia sujeitou a Jabim, rei de os teus cativos, tu, filho de Abinoão.
C anaã, diante dos filhos de Israel. BEntão fez d o m in ar sobre os nobres entre o povo,
24E co n tinuou a m ão dos filhos de Israel a pesar e aos que restaram; fez-m e o Senho r d o m in ar sobre
a endurecer-se sobre Jabim , rei de Canaã; até que os poderosos.
exterm inaram a Jabim, rei de Canaã. l4D e Efraim saiu a sua raiz co n tra A m aleque; e

Estando ele, porém, num profundo sono [...] entre seus pés entender, de pronto, tratar-se de um poema (um salmo). Como
se encurvou, caiu exemplo, lemos, em Juizes 5.4, expressões do tipo: “a terra es­
(4.21:5.27) tremeceu”, "até os céus gotejaram" e 'até as nuvens gotejaram
água". E no versículo 5: “os montes se derreteram". Essa lin­
Ceticismo. Afirma que há contradição entre estes versícu­
guagem deve, necessariamente, ser tomada no contexto poéti­
los porentenderque um relataque Sísera foi morto enquan­
co, porque as metáforas expostas, como sabemos, se reterem à
to dormia (estava deitado) e o outro, que Sísera se achava de pé
ocorrência de êxodo 19.18 (a presença divina no Sinai) e aos fa­
no momento do ataque de Jael.
tos sobrenaturais.
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O esclarecimento para esta Isto posto, fica claro que a expressão "caiu", repetida uma vez
■= suposta contradição depende, antes de tudo, do reconhe­ na referência 5.27, não desmerece o relato do texto 4.21, já que
cimento do caráter poético da narrativa de Juizes 5, algo difícil pode estar poeticamente relacionada à “queda", não do corpo de
para aqueles que desconhecem as regras básicas de exegese Sísera, mas de seu poder e arrogância. Neste sentido. 1Samuel
bíblica, como a maioria dos céticos. O subtítulo deste capítulo, 15.28 afirma que Deus "rasgou" o reino das máosdeSaul, metá­
na versão ACF, é: “O cântico de Débora e Baraque', o que dá a fora que significa: “tirou com violência".

258
JUÍZES5.6

depois de ti vinha Benjam im dentre os teus povos; coloridos bordados; de estofos coloridos bordados
de M aquir desceram os legisladores, e de Zebulom de am bos os lados com o despojo para os pescoços.
os que levaram a cana do escriba. 31Assim, ó S enho r , pereçam todos os teus inimigos!
l5Tam bém os principais de Issacar foram com Porém os que te am am sejam com o o sol q u an d o sai
D ébora; e com o Issacar, assim tam bém Baraque, na sua força.
foi enviado a pé para o vale; nas divisões de Rúben 32E sossegou a terra q uarenta anos.
foram grandes as resoluções do coração.
l6Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os Servidão sob os m idianitas
PORÉM os filhos de Israel fizeram o que era
balidos dos rebanhos? Nas divisões de R úben tive­
ram grandes esquadrinhações do coração.
l7G ileade ficou além do Jordão, e D ã p o r que se
6 m au aos olhos do Se n h o r ; e o Se n h o r os deu nas
mãos dos m idianitas p o r sete anos.
deteve nos navios? Aser se assentou na beira dos 2E, prevalecendo a m ão dos m idianitas sobre Is­
mares, e ficou ju n to às suas baías. rael, fizeram os filhos de Israel p ara si, p o r causa
1 "Zebulom éu m povo que expôs a sua vida à m orte, dos m idianitas, as covas qu e estão nos m ontes, as
com o tam bém Naftali, nas alturas do cam po. cavernas e as fortificações.
3Porque sucedia que, sem eando Israel, os m idiani­
19Vieram reis, pelejaram ; então pelejaram os reis
tas e os am alequitas, e tam bém os do oriente, contra
de Canaã em Taanaque, ju n to às águas de Megido;
ele subiam .
não tom aram despojo de prata.
■*Epunham -se contra ele em cam po, e destruíam os
20Desde os céus pelejaram ; até as estrelas desde os
frutos da terra, até chegarem a Gaza; e não deixavam
lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera.
m antim en to em Israel, nem ovelhas, n em bois, nem
2lO ribeiro de Q uisom os arrastou, aquele antigo
jum entos.
ribeiro, o ribeiro de Q uisom . Pisaste, ó m inha alma,
’P orque subiam com os seus gados e tendas; vi­
à força.
nham com o gafanhotos, em grande m u ltid ão que
22Então os cascos dos cavalos se despedaçaram ;
não se podia contar, nem a eles nem aos seus cam e­
pelo galopar, o galopar dos seus valentes.
los; e entravam na terra, p ara a destruir.
23Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Se n h o r , acre-
' Assim Israel em pobreceu m u ito pela presença
m ente am aldiçoai aos seus m oradores; porquanto
dos m idianitas; então os filhos de Israel clam aram
não vieram ao socorro do Se n h o r , ao socorro do
ao Senho r .
Se n h o r com os valorosos.
7E sucedeu que, clam ando os filhos de Israel ao
24Bendita seja entre as m ulheres, Jael, m ulher de
Sen h o r p o r causa dos m idianitas,
H éber, o queneu; bendita seja entre as m ulheres "Enviou o Se n h o r um profeta aos filhos de Israel,
nas tendas. que lhes disse: Assim diz o Se nho r Deus de Israel: Do
25Água pediu ele, leite lhe deu ela; em prato de n o ­ Egito eu vos fiz subir, e vos tirei da casa da servidão;
bres lhe ofereceu m anteiga. 9E vos livrei da m ão dos egípcios, e da m ão de todos
26À estaca estendeu a sua m ão esquerda, e ao quanto s vos oprim iam ; e os expulsei de d ian te de
m artelo dos trabalhadores a sua direita; e m atou a vós, e a vós dei a sua terra.
Sísera, e rachou-lhe a cabeça, q u an d o lhe pregou e 10E vos disse: Eu sou o S e n h o r vosso Deus; não
atravessou as fontes. tem ais aos deuses dos am orreus, em cuja terra h a­
27E ntre os seus pés se encurvou, caiu, ficou esti­ bitais; m as não destes ouvidos à m in h a voz.
rado; entre os seus pés se encurvou, caiu; on d e se
encurvou, ali ficou abatido. U m a njo fa la co m G ideão
28A m ãe de Sísera olhava pela janela, e exclamava 1 ‘E ntão o anjo do Se n h o r veio, e assentou-se d e­
pela grade: Por que tarda em v iro seu carro? Por que baixo do carvalho que está em O fra, que pertencia a
se dem oram os ruídos dos seus carros? Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava m alhando
29As mais sábias das suas dam as responderam ; e até o trigo no lagar, para o salvar dos m idianitas.
ela respondia a si mesma: l2Então o anjo do Se n h o r lhe apareceu, e lhe disse:
30Porventura não achariam e rep artiriam despo­ O Seni io k é contigo, hom em valoroso.
jos? Uma ou duas m oças a cada hom em ? Para Sísera 13Mas G ideão lhe respondeu: Ai, Senhor m eu, se o
despojos de estofos coloridos, despojos de estofos Se nho r é conosco, p o r que tu d o isto n o s sobreveio?

259
JUÍZES 6,7

E que é feito de todas as suas m aravilhas que nossos 2SLevantando-se, pois, os h om ens daquela cidade,
pais nos contaram , dizendo: N ão nos fez o Senho r de m adrugada, eis que estava o altar de Baal der­
subir do Egito? Porém agora o Se n h o r nos desam ­ rubado, e o bosque estava ao pé dele, cortado; e o
p arou, e nos deu nas m ãos dos m idianitas. segundo boi oferecido no altar q u e/o ra edificado.
l4Então o Se nho r olhou para ele, e disse: Vai nesta 29E uns aos o u tro s disseram: Q uem fez esta coisa?
tua força, e livrarás a Israel das m ãos dos m idianitas; E, esquadrinhando, e inquirindo, disseram: Gideão,
porventura não te enviei eu? o filho de Joás, fez esta coisa.
I5E ele lhe disse: Ai, Senhor m eu, com que livrarei 3UEntão os hom ens daquela cidade disseram a Joás:
a Israel? Eis que a m inha família é a m ais pobre em Tira para fora a teu filho; para que m orra; pois der­
Manassés, e eu o m enor na casa de m eu pai. ribou o altar de Baal, e cortou o bosque que estava
I6E o Se n h o r lhe disse: P orquanto eu hei de ser ao pé dele.
contigo, tu ferirás aos m idianitas com o se fossem 31Porém Joás disse a todos os que se puseram co n ­
u m só hom em . tra ele: Contendereis vós p o r Baal? Livrá-lo-eis vós?
I7E ele disse: Se agora tenho achado graça aos teus Q ualquer que p o r ele contender ainda esta m anhã
olhos, dá-m e um sinal de que és tu que falas comigo. será m orto; se é deus, p o r si m esm o contenda; pois
18Rogo-te que daqui não te apartes, até que eu volte derru b aram o seu altar.
e traga o m eu presente, e o p o n h a perante ti. E disse: 32Por isso n aquele dia lhe ch am aram Jerubaal,
Eu esperarei até que voltes. dizendo: Baal co ntenda co n tra ele, pois d erru b o u
I9E en trou G ideão e p rep aro u um cabrito e pães o seu altar.
ázimos de um efa de farinha; a carne pôs n u m cesto 33E todos os m idianitas e am a-lequitas, e os filhos
e o caldo pôs num a panela; e trouxe-lho até debaixo do o riente se ajuntaram , e passaram , e acam param
do carvalho, e lho ofereceu. no vale de Jizreel.
20Porém o anjo de D eus lhe disse: Toma a carne e os 34Então o Espírito do Senhor revestiu aGideão, o qual
pães ázimos, e põe-/ios sobre esta penha e derram a- tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele.
lhe o caldo. E assim fez. 3SE enviou m ensageiros p o r to d a a tribo de M a­
2IE o anjo do Se n h o r estendeu a p o n ta do cajado, nassés, que tam b ém se aju n to u após ele; tam bém
que estava na sua m ão, e tocou a carne e os pães enviou m ensageiros a Aser, e a Z ebulom , e a Naftali,
ázimos; então subiu o fogo da penha, e consum iu a que saíram -lhe ao encontro.
carne e os pães ázimos; e o anjo do Se n h o r desapa­ 36E disse G ideão a Deus: Se hás de livrar a Israel p o r
receu de seus olhos. m inha m ão, com o disseste,
22E ntão viu G ideão que era o anjo do Se n h o r e 37Eis que eu porei u m velo de lã na eira; se o orvalho
disse: Ah, Senhor D eus, pois vi o anjo do S e n h o r estiver som ente n o velo, e to d a a terra ficar seca, en ­
face a face. tão conhecerei que hás de livrar a Israel p o r m inha
23Porém o Se nho r lhe disse: Paz seja contigo; não m ão, com o disseste.
temas; não m orrerás. 38E assim sucedeu; porque n o o u tro dia se levantou
24Então Gideão edificou ali u m altar ao Se n h o r , e de m adrugada, e ap erto u o velo; e do orvalho que
cham ou-lhe: o Se n h o r é p a z ; e ainda até o dia de hoje esprem eu do velo, encheu um a taça de água.
está em O fra dos abiezritas. 39E disse G ideão a Deus: N ão se acenda contra m im
25E aconteceu naquela m esm a noite, que o Senho r a tu a ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta
lhe disse: Toma o boi que pertence a teu pai, a saber, vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo
o segundo boi de sete anos, e derruba o altar de Baal, fique seco, e em toda a te rra haja o orvalho.
que é de teu pai; e corta o bosque que está ao pé dele. 40E D eus assim fez naquela noite; pois só o velo
26E edifica ao Se n h o r teu D eus um altar no cum e ficou seco, e sobre to d a a terra havia orvalho.
deste lugar forte, n u m lugar conveniente; e tom a o
segundo boi, e o oferecerás em holocausto com a O exército d e G ideão ven ce os m id ia n ita s
lenha que cortares do bosque. ENTÃO Jerubaal (que é G ideão) se levantou de
27Então Gideão tom ou dez hom ens dentre os seus
servos, e fez com o o Se n h o r lhe dissera; e sucedeu
7 m adrugada, e todo o povo que com ele havia, e
se acam param ju n to à fonte de H arode, de m aneira
que, tem endo ele a casa de seu pai, e os hom ens d a­ que tin h a o arraial dos m idianitas p ara o norte, no
quela cidade, não o fez de dia, m as fê-lo de noite. vale, p erto do outeiro de M oré.

260
JUÍZES 7,8

-E disse o Se nho r a Gideâo: M uito é o povo que está Joás, varão israelita. D eus tem d ado na sua m ão aos
contigo, para eu dar aos m idianitas em sua mão; a m idianitas, e to d o este arraial.
fim de que Israel não se glorie contra m im , dizendo: I5E sucedeu que, o uvindo G ideão a narração deste
A m inha m ão m e livrou. sonho, e a sua explicação, adorou; e voltou ao arraial
3 Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: de Israel, e disse: Levantai-vos, p orque o Se n h o r tem
Q uem for m edroso e tím ido, volte, e retire-se apressa­ dado o arraial dos m idianitas nas nossas mãos.
dam ente das m ontanhas de Gileade. Então voltaram l6Então dividiu os trezentos h om ens em três com ­
do povo vinte e dois mil, e dez m il ficaram. panhias; e deu-lhes a cada u m , nas suas m ãos, buzi­
4E disse o S e nho r a Gideão: A inda há m uito povo; nas, e cântaros vazios, com tochas neles acesas.
faze-os descer às águas, e ali os provarei; e será que, I7E disse-lhes: O lhai para m im , e fazei com o eu fi ­
daquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse zer; e eis que, chegando eu à extrem idade do arraial,
contigo irá; porém de to d o aquele, de que eu te dis­ será que, com o eu fizer, assim fareis vós.
ser: Este não irá contigo, esse não irá. 1 “Tocando eu a buzina, eu e todos os que comigo esti­
^E fez descer o povo às águas. Então o Senho r disse a verem, então tam bém vós tocareis a buzina ao redor de
Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua lín- todo o arraial, e direis: Espada do Senhor , e de Gideão.
gua.como as lambe o cão, esse porás à parte; como tam ­ 19Chegou, pois, G ideão, e os cem h om ens que com
ele iam, ao extrem o do arraial, ao princípio da vigí­
bém a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber.
lia da m eia-noite, havendo sido de pouco trocadas
6E foi o núm ero dos que lam beram , levando a m ão
as guardas; então tocaram as buzinas, e q uebraram
à boca, trezentos hom ens; e todo o restante do povo
os cântaros, que tinham nas mãos.
se abaixou de joelhos a beber as águas.
20Assim to caram as três com p an h ias as buzinas,
7E disse o Se n h o r a G ideão: C om estes trezentos
e queb raram os cântaros; e tin h am nas suas m ãos
hom ens que lam beram as águas vos livrarei, e darei
esquerdas as tochas acesas, e nas suas m ãos direitas
os m idianitas na tua mão; portanto, todos os dem ais
as buzinas, para tocarem , e clam aram : E spada do
se retirem , cada um ao seu lugar.
Senho r , e de Gideão.
8E o povo tom ou na sua m ão a provisão e as suas bu­
2IE conservou-se cada u m no seu lugar ao red o r
zinas, e enviou a todos os outros hom ens de Israel cada
do arraial; então todo o exército pôs-se a co rrer e,
um à sua tenda, porém os trezentos hom ens reteve; e
gritando, fugiu.
estava o arraial dos midianitas embaixo, no vale.
22Tocando, pois, os trezentos as buzinas, o Se n h o r
9E sucedeu que, naquela m esm a noite, o Se n h o r lhe
to rn o u a espada de um co n tra o outro, e isto em todo
disse: Levanta-te, e desce ao arraial, porque o tenho
o arraial, que fugiu para Zererá, até Bete-Sita, até aos
dado na tu a mão. lim ites de Abel-M eolá, acim a de Tabate.
I0E, se ainda tem es descer, desce tu e teu m oço 23Então os h om ens de Israel, de Naftali, de Aser e de
Purá, ao arraial; todo o M anassés foram convocados, e perseguiram
" E ouvirás o que dizem , e então, fortalecidas as aos m idianitas.
tuas m ãos descerás ao arraial. Então desceu ele com 24Tam bém G ideão enviou m ensageiros a todas as
o seu m oço Purá até ao extrem o das sentinelas que m ontanhas de Efraim, dizendo: Descei ao encontro
estavam n o arraial. dos m idianitas, e tom ai-lhes as águas até Bete-Bara,
I2E os m idianitas, os am alequitas, e todos os filhos e tam b ém o Jordão. C onvocados, pois, todos os
do oriente jaziam no vale com o gafanhotos em m ul­ hom en s de Efraim , to m a ra m -lhes as águas até
tidão; e eram inum eráveis os seus camelos, com o a Bete-Bara e o Jordão.
areia que há na praia do mar. 25E pren d eram a dois príncipes dos m idianitas, a
13Chegando, pois, Gideão, eis que estava contando O rebe e a Zeebe; e m ataram a O rebe n a p en h a de
um hom em ao seu com panheiro um sonho, e dizia: Orebe, e a Zeebe m ataram no lagar de Zeebe, e per­
Eis que tive um sonho, eis que u m pão de cevada to r­ seguiram aos m idianitas; e trouxeram as cabeças de
rado rodava pelo arraial dos m idianitas, e chegava O rebe e de Zeebe a Gideão, além do Jordão.
até à tenda, e a feriu, e caiu, e a tran sto rn o u de cim a
para baixo; e ficou caída. G ideão apazigua os efraim itas
14E respondeu o seu com panheiro, e disse: N ão é ENTÃO os h o m en s de Efraim lhe disseram:
isto ou tra coisa, senão a espada de Gideão, filho de 8 Q u e é isto que nos fizeste, q u e não nos cha-

261
JUÍZES 8

maste, q uando foste pelejar contra os m idianitas? E 16E to m o u os anciãos daquela cidade, e os espinhos
contenderam com ele fortem ente. do deserto, e os abrolhos; e com eles en sin o u aos
2Porém ele lhes disse: Q ue m ais fiz eu agora do hom ens de Sucote.
que vós? N ão são porventura os rabiscos de Efraim ITE d erru b o u a to rre de Penuel, e m ato u os hom ens
m elhores do que a vindim a de Abiezer? da cidade.
JDeus vos deu na vossa m ão os príncipes dos m i­ 1KD epois p erg u n to u a Zeba e a Salmuna: Q ue h o ­
dianitas, O rebe e Zeebe; que mais pude eu fazer do m ens eram os que m atastes em Tabor? E disseram:
que vós? Então a sua ira se ab randou para com ele, C om o és tu, assim eram eles; cada um parecia filho
quando falou esta palavra. de rei.
4E, com o G ideão veio ao Jordão, passou com os |1,Então disse ele: M eus irm ãos eram, filhos de m i­
trezentos hom ens que com ele estavam, já cansados, nha mãe; vive o Sen h o r , que, se os tivésseis deixado
mas ainda perseguindo. com vida, eu não vos m ataria.
5E disse aos hom ens de Sucote: Dai, peço-vos, al­ 20E disse a Jeter, seu p rim ogênito: Levanta-te,
guns pedaços de pão ao povo, que segue as m inhas m ata-os. Porém o m oço não puxou da sua espada,
pisadas; porque estão cansados, e eu vou ao encalço p orqu e temia; p o rq u an to ainda era jovem.
de Zeba e Salm una, reis dos m idianitas. 2lEntão disseram Z eba e Salm una: Levanta-te, e
6Porém os príncipes de Sucote disseram: Estão já, acom ete-nos; porque, qual o hom em , tal a sua va­
Zeba e Salm una, em tua m ão, para que dem os pão lentia. Levantou-se, pois, Gideão, e m ato u a Zeba e a
ao teu exército? Salm una, e to m o u os o rnam entos que estavam nos
7Então disse Gideão: Pois quando o Se n h o r der na pescoços dos seus camelos.
m inha m ão a Zeba e a Salm una, trilharei a vossa car­
ne com os espinhos do deserto, e com os abrolhos. G ideão recusa governar
8E dali subiu a Penuel, e falou-lhes da m esm a m a­ 22E ntão os h o m en s de Israel disseram a G ideão:
neira; e os hom ens de Penuel lhe responderam com o D om ina sobre nós, tan to tu, com o teu filho e o filho
os hom ens de Sucote lhe haviam respondido. de teu filho; p o rq u an to nos livraste da m ão dos
‘'Por isso tam bém falou aos hom ens de Penuel, dizen­ m idianitas.
do: Q uando eu voltar em paz, derribarei esta torre. 23Porém G ideão lhes disse: Sobre vós eu não
'"Estavam, pois, Zeba e Salm una em Carcor, e os dom inarei, n em tam p o u co m eu filho sobre vós
seus exércitos com eles, uns quinze m il homens, dom inará; o Sen h o r sobre vós dom inará.
todos os que restaram do exército dos filhos do 24E disse-lhes mais Gideão: U m a petição vos farei:
oriente; e os que caíram foram cento e vinte m il D á-m e, cada um de vós, os pendentes do seu despo­
hom ens, que puxavam da espada. jo (po rq u e tin h a m pendentes de ouro, p o rq u an to
" E subiu G ideão pelo cam inho dos que h ab ita­ eram ism aelitas).
vam em tendas, para o o rien te de N obá e Jogbeá; 2,E disseram eles: De boa von tad e os darem os. E
e feriu aquele exército, p o rquanto o exército estava estenderam um a capa, e cada um deles deitou ali um
descuidado. pendente do seu despojo.
I2E fugiram Zeba e Salm una; porém ele os perse­ 26E foi o peso dos pendentes de ouro, que pediu,
guiu, e to m ou presos a am bos os reis dos m idianitas, m il e setecentos siclos de ouro, afora os ornam entos,
a Zeba e a Salmuna, e afugentou a todo o exército. e as cadeias, e as vestes de p ú rp u ra que traziam os
"V oltando, pois, G ideão, filho de Joás, da peleja, reis dos m idianitas, e afora as coleiras que os cam e­
antes do nascer do sol, los traziam ao pescoço.
14Tom ou preso a um m oço dos hom ens de Sucote, 27E fez G ideão dele u m éfode, e colocou-o na sua ci­
e lhe fez perguntas; o qual lhe d eu por escrito os dade, em O fra; e todo o Israel prostituiu-se ali após
nom es dos príncipes de Sucote, e dos seus anciãos, ele; e foi p o r tropeço a G ideão e à sua casa.
setenta e sete hom ens. 2íiAssim foram abatidos os m idianitas diante dos
’’Então veio aos hom ens de Sucote, e disse: Vede filhos de Israel, e nun ca m ais levantaram a sua ca­
aqui a Zeba e a Salm una, a respeito dos quais des­ beça; e sossegou a terra q u aren ta anos nos dias de
prezivelm ente m e escarnecestes, dizendo: Estão já, Gideão.
Zeba e Salm una, na tua m ão, para que dem os pão 2SE foi Jerubaal, filho de Joás, e h ab ito u em sua
aos teus hom ens, já cansados? casa.

262
JUÍZES 8,9

3ÜE teve G ideão setenta filhos, que procederam “Foram um a vez as árvores a u ngir para si um rei, e
dele, porque tinha m uitas m ulheres. disseram à oliveira: Reina tu sobre nós.
3IE sua concubina, que estava em Siquém , lhe 9Porém a oliveira lhes disse: D eixaria eu a m inha
deu à luz tam bém um filho; e pôs-lhe p o r nom e gordura, que D eus e os h om ens em m im prezam , e
Abimeleque. iria pairar sobre as árvores?
32E faleceu Gideão, filho de Joás, nu m a boa velhice; l0E ntão disseram as árvores à figueira: Vem tu , e
e foi sepultado no sepulcro de seu pai Joás, em Ofra reina sobre nós.
dos abiezritas. 1 'Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a m inha
,3E sucedeu que, com o G ideão faleceu, os filhos doçura, o m eu b om fru to , e iria p airar sobre as
de Israel tornaram a se p rostituir após os baalins; e árvores?
puseram a Baal-Berite por deus. l2E ntão disseram as árvores à videira: Vem tu , e
34E assim os filhos de Israel não se lem braram do reina sobre nós.
Se nho r seu Deus, que os livrara da m ão de todos os MPorém a videira lhes disse: D eixaria eu o m eu
seus inim igos ao redor. m osto, que alegra a D eus e aos hom ens, e iria pairar
35Nem usaram de beneficência com a casa de Jeru- sobre as árvores?
l4Então todas as árvores disseram ao espinheiro:
baal, a saber, de G ideão, conform e a todo o bem que
Vem tu, e reina sobre nós.
ele havia feito a Israel.
1’E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me
ungis p o r rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo
A b im eleq u e declara-se rei
da m in h a som bra; m as, se não, saia fogo do espi­
E ABIMELEQUE, filho de Jerubaal, foi a Si­
9 quém , aos irm ãos de sua m ãe, e falou-lhes e a
toda a geração da casa do pai de sua m ãe, dizendo:
nheiro que consum a os cedros do Líbano.
l6Agora, pois, se é que em verdade e sinceridade
agistes, fazendo rei a A bimeleque, e se bem fizestes
2Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos
para com Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele
de Siquém : Q ual é m elhor para vós, que setenta
usastes conform e ao m erecim ento das suas m ãos
hom ens, todos os filhos de Jerubaal, dom inem
IT(Porque m eu pai pelejou p o r vós, e desprezou a
sobre vós, o u que u m h om em sobre vós dom ine?
sua vida, e vos livrou da m ão dos m idianitas;
Lem brai-vos tam bém de que sou osso vosso e carne
lfiPorém vós hoje vos levantastes co n tra a casa de
vossa.
m eu pai, e m atastes a seus filhos, setenta hom ens,
3Então os irmãos de sua mãe falaram acerca dele pe­
sobre u m a pedra; e a A bim eleque, filho d a sua serva,
rante os ouvidos de todos os cidadãos de Siquém todas
fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém , p orque
aquelas palavras; e o coração deles se inclinou a seguir évosso irm ão);
Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão. |t’Pois, se em verdade e sinceridade usastes com
4E d eram -lhe setenta peças de prata, da casa de Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-vos com Abi­
Baal-Berite; e com elas alugou A bim eleque uns m eleque, e tam bém ele se alegre convosco.
hom ens ociosos e levianos, que o seguiram . 2üMas, se não, saia fogo de A bimeleque, e consum a
5E veio à casa de seu pai, a O fra, e m ato u a seus aos cidadãos de Siquém , e a casa de Milo; e saia fogo
irm ãos, os filhos de Jerubaal, setenta hom ens, sobre dos cidadãos de Siquém , e da casa de Milo, que con­
um a pedra. Porém Jotão, filho m enor de Jerubaal, sum a a Abimeleque.
ficou, porque se tinha escondido. 2'E n tão p artiu Jotão, e fugiu e foi para Beer; e ali
6Então se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém, habitou p o r medo de A bimeleque, seu irmão.
e to d a a casa de Milo; e foram , e constituíram a Abi­
m eleque rei, ju n to ao carvalho alto que está perto A conspiração de G aal
de Siquém. “ H avendo, pois, Abim eleque d o m inado três anos
sobre Israel,
A parábola d e Jotão 2iEnviou Deus um m au espírito entre Abimeleque
7E, dizendo-o a Jotão, foi e pôs-se no cum e do e os cidadãos de Siquém ; e estes se houveram alei­
m onte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clam ou vosam ente contra A bimeleque;
e disse-lhes: O uvi-m e, cidadãos de Siquém, e Deus 24Para que a violência fe ita aos setenta filhos de
vos ouvirá a vós; Jerubaal viesse, e o seu sangue caísse sobre Abime-

263
JUÍZES 9

leque, seu irm ão, que os m atara, e sobre os cidadãos sirvamos? N ão ée steporventura o povo que despre­
de Siquém, que fortaleceram as m ãos dele para m a­ zaste? Sai pois, peço-te, e peleja co n tra ele.
tar a seus irmãos; 39E saiu Gaal à vista dos cidadãos de Siquém , e
25E os cidadãos de Siquém puseram contra ele quem pelejou co n tra Abimeleque.
lhe armasse em boscadas sobre os cum es dos montes; 40E A bim eleque o perseguiu p o rq u an to fugiu de
e a todo aquele que passava pelo cam inho junto a eles diante dele; e m uitos feridos caíram até à entrada
o assaltavam; e contou-se isso a Abimeleque. da po rta da cidade.
2(,Veio tam bém Gaal, filho de Ebede, com seus 41E A bim eleque ficou em A rum a. E Zebul expul­
irm ãos, e passaram a Siquém; e os cidadãos de Si­ sou a Gaal e a seus irm ãos, para que não pudessem
quém confiaram nele. habitar em Siquém.
27E saíram ao cam po, e vindim aram as suas vinhas, 42E sucedeu no dia seguinte que o povo saiu ao
e pisaram as uvas, e fizeram festas; e foram à casa de cam po; disto foi avisado Abimeleque.
seu deus, e com eram , e beberam , e am aldiçoaram 43Então to m o u o povo, e o repartiu em três tropas, e
a Abimeleque. pôs em boscadas no cam po; e olhou, e eis que o povo
28E disse Gaal, filho de Ebede: Q uem ^Abimeleque, saía da cidade, e levantou-se contra ele, e o feriu.
e quem é Siquém, para que o sirvamos? N ão é por­ 44Porque A bimeleque, e as tropas que com ele ha­
ventura filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu m o r­ via, rom peram de im proviso, e p araram à entrada
dom o? Servi antes aos h om ens de H am or, pai de da po rta da cidade; e as outras duas tropas deram de
Siquém; pois, por que razão serviríam os nós a ele? im proviso sobre todos quantos estavam no cam po,
2,Ah! se este povo estivera na m inha m ão, eu e os feriram .
expulsaria a Abim eleque. E diria a A bimeleque: 4,E A bim eleque pelejou contra a cidade todo aque­
M ultiplica o teu exército, e sai. le dia, e to m o u a cidade, e m ato u o povo que nela
30E, ouvindo Zebul, o m aioral da cidade, as pala­ havia; e assolou a cidade, e a sem eou de sal.
vras de Gaal, filho de Ebede, se acendeu a sua ira; 460 que ouvindo todos os cidadãos da torre de Si­
31E enviou astu tam en te m ensageiros a A bim ele­ quém , entraram na fortaleza, na casa do deus Berite.
que, dizendo: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus 47E contou-se a A bim eleque que todos os cidadãos
irm ãos vieram a Siquém, e eis que eles estão suble­ da to rre de Siquém se haviam congregado.
vando esta cidade contra ti. 48Subiu, pois, A bim eleque ao m o n te Salm om , ele
32Levanta-te, pois, de noite, tu e o povo que tiveres e tod o o povo que com ele havia; e Abimeleque to ­
contigo, e põe em boscadas no cam po. m ou na sua m ão um m achado, e cortou u m ram o
,3E levanta-te pela m anhã ao sair o sol, e dá de gol­ de árvore, e o levantou, e pô-lo ao seu om bro, e disse
pe sobre a cidade; e eis que, saindo co n tra ti, ele e o ao povo, que com ele havia: O que m e vistes fazer
povo que tiver com ele, faze-lhe com o puderes. apressai-vos a fazê-lo assim com o eu.
49Assim, pois, cada um de todo o povo, tam bém cor­
A b im eleq u e vence Gaal e os siquem itas to u o seu ram o e seguiu a Abimeleque; e po n d o os
í4Levantou-se, pois, A bim eleque, e todo o povo ram os ju n to da fortaleza, queim aram -na a fogo com
q ue com ele havia, de noite, e puseram em boscadas os que nela estavam, de m odo que todos os da torre de
a Siquém , com quatro tropas. Siquém m orreram , uns mil hom ens e mulheres.
3,E Gaal, filho de Ebede, saiu, e pôs-se à entrada da
p o rta da cidade; e A bimeleque, e to d o o povo que A m o rte de A b im eleq u e
com ele havia, se levantou das em boscadas. ' “Então Abimeleque foi a Tebes e a sitiou, e a tom ou.
36E, vendo Gaal aquele povo, disse a Zebul: Eis que 31Havia, porém , n o m eio da cidade um a torre forte;
desce gente dos cum es dos m ontes. Zebul, ao con­ e todos os hom ens e m ulheres, e todos os cidadãos
trário, lhe disse: As som bras dos m ontes vês com o da cidade se refugiaram nela, e fecharam após si as
se fossem hom ens. portas, e subiram ao eirado da torre.
37Porém Gaal ainda to rn o u a falar, e disse: Eis ali 52E A bim eleque veio até à torre, e a com bateu; e
desce gente do m eio da terra, e um a tropa vem do chegou-se até à p o rta da torre, para a incendiar.
cam inho do carvalho de M eonenim . 53Porém um a m u lh er lançou um pedaço de uma
38E ntão lhe disse Zebul: O nde está agora a tua boca, m ó sobre a cabeça de A bim eleque; e q u eb ro u -lh e
com a qual dizias: Q uem é Abimeleque, para que o o crânio.

264
JUÍZES 9,10,11

,4Então cham ou logo ao m oço, que levava as suas ventura dos egípcios, e dos am orreus, e dos filhos de
arm as, e disse-lhe: D esem bainha a tu a espada, e A m om , e dos filisteus,
m ata-m e; para que não se diga de m im : Um a m u ­ l2E dos sidônios, e dos am alequitas, e dos m aoni-
lher o m atou. E o m oço o atravessou e ele m orreu. tas, que vos o p rim iam , q u an d o a m im clamastes,
55Vendo, pois, os hom ens de Israel que Abimeleque não vos livrei das suas mãos?
já era m orto, foram -se cada um para o seu lugar. 11Contudo vós m e deixastes a m im , e servistes a
56Assim Deus fez to rn ar sobre A bim eleque o mal outros deuses; pelo que não vos livrarei mais.
que tin h a feito a seu pai, m atando a seus setenta l4Ide, e clamai aos deuses que escolhestes; que eles
irmãos. vos livrem no tem po do vosso aperto.
,7C om o tam bém to d o o mal dos hom ens de Si- ,5Mas os filhos de Israel disseram ao S e n h o r : Pe­
quém fez torn ar sobre a cabeça deles; e a m aldição camos; faze-nos conform e a tudo q u anto te parecer
de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles. bem aos teus olhos; tão -so m en te te rogam os que
nos livres nesta vez.
Tola e Jair ju iz e s dos israelitas I6E tiraram os deuses alheios do m eio de si, e ser­
E DEPOIS de A bim eleque, se levantou, viram ao S en h o r ; en tão se angustiou a sua alm a por
para livrar a Israel, Tola, filho de Puá, filho causa da desgraça de Israel.
de D odo, hom em de Issacar; e habitava em Samir, 17E os filhos de A m om se reuniram e se acam param
na m ontanha de Efraim. em Gileade; e também os de Israel se congregaram ,
2E julgou a Israel vinte e três anos; e m orreu, e foi e se acam param em Mizpá.
sepultado em Samir. lsEntão o povo e os príncipes de Gileade disseram
3E depois dele se levantou Jair, gileadita, e julgou a uns aos outros: Q uem será o ho m em que com eçará
Israel vinte e dois anos. a pelejar co n tra os filhos de Am om ? Ele será p o r
4E tin h a este trin ta filhos, que cavalgavam sobre cabeça de todos os m oradores de Gileade.
trin ta jum entos; e tin h am trin ta cidades, a que cha­
m aram Havote-Jair, até ao dia de hoje; as quais estão Jefté livra os israelitas
na terra de Gileade. 1 ERA então Jefté, o gileadita, hom em valo-
5E m orreu Jair, e foi sepultado em C am om . 1 í roso, p o rém filho de u m a p ro stitu ta; mas
Gileade gerara a Jefté.
Servidão sob os filiste u s e os am onitas 2Tam bém a m u lh er de G ileade lhe deu filhos, e,
‘Então to rn aram os filhos de Israel a fazer o que era sendo os filhos desta m ulher já grandes, expulsaram
m au aos olhos do S enhor , e serviram aos baalins, e a Jefté, e lhe disseram: N ão herdarás na casa de nosso
a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Si- pai, porque és filho de o u tra m ulher.
dom , e aos deuses de M oabe, e aos deuses dos filhos 3Então Jefté fugiu de diante de seus irm ãos, e h ab i­
de A m om , e aos deuses dos filisteus; e deixaram ao to u na terra de Tobe; e h om ens levianos se aju n ta­
Senhor , e não o serviram. ram a Jefté, e saíam com ele.
7E a ira do S enhor se acendeu contra Israel; e ven­ 4E aconteceu que, depois de algum tem po, os filhos
deu-os nas m ãos dos filisteus, e nas m ãos dos filhos de A m om pelejaram co n tra Israel.
de Amom. 5E sucedeu que, com o os filhos de A m om pele­
8E naquele mesmo ano o p rim iram e vexaram aos jassem co n tra Israel, fo ram os anciãos de Gileade
filhos de Israel; dezoito anos oprimiram a todos os buscar a Jefté n a terra de Tobe.
filhos de Israel que estavam além do Jordão, na terra 6E disseram a Jefté: Vem, e sê o nosso chefe; para
dos am orreus, que está em Gileade. que com batam os co n tra os filhos de Am om .
9Até os filhos de A m om passaram o Jordão, para 7Porém Jefté disse aos anciãos de Gileade: Porven­
pelejar tam bém contra Judá, e contra Benjam im , e tura não m e odiastes a m im , e não m e expulsastes da
co n tra a casa de Efraim; de m odo que Israel ficou casa de m eu pai? Por que, pois, agora viestes a m im ,
m uito angustiado. quand o estais em aperto?
l0Então os filhos de Israel clam aram ao S en h o r , SE disseram os anciãos de Gileade a Jefté: Por isso
dizendo: C ontra ti havemos pecado, visto que dei­ tornam o s a ti, p ara que venhas conosco, e combatas
xam os a nosso Deus, e servim os aos baalins. contra os filhos de A m om ; e nos sejas p o r chefe so­
1'Porém o S en h o r disse aos filhos de Israel: Por­ bre todos os m oradores de Gileade.

265
JUÍZES11

9Então Jefté disse aos anciãos de Gileade: Se m e passar nos seus lim ites; antes Siom aju n to u to d o
levardes de volta para com bater contra os filhos de o seu povo, e se acam p aram em Jasa, e com bateu
A m om , e o S enhor m os der diante de m im , então eu contra Israel.
vos serei po r chefe? 2IE o S enhor D eus de Israel deu a Siom, com todo
I0E disseram os anciãos de G ileade a Jefté: O Se­ o seu povo, na m ão de Israel, que os feriu; e Israel
nho r será testem unha entre nós, e assim o farem os to m o u p o r herança toda a terra dos am orreus que
conform e a tu a palavra. habitavam naquela região.
"A ssim Jefté foi com os anciãos de Gileade, e o 22E p o r h erança to m aram to d o s os lim ites dos
povo o pôs po r chefe e príncipe sobre si; e Jefté falou am orreus, desde A rnom até Jaboque, e desde o d e­
todas as suas palavras perante o S en h or em Mizpá. serto até ao Jordão.
I2E enviou Jefté m ensageiros ao rei dos filhos de 23Assim o S en h o r D eus de Israel desapossou os
A m om , dizendo: Q ue há entre m im e ti, que vieste am orreus de diante do seu povo de Israel; e os p o s­
a m im a pelejar contra a m inha terra? suirias tu?
1 3E disse o rei dos filhos de A m om aos mensageiros 24N ão possuirias tu aquilo que Q uem ós, teu deus,
de Jefté: É porque, saindo Israel do Egito, tom ou a desapossasse de d iante de ti? Assim possuirem os
m inha terra, desde A rnom até Jaboque, e ainda até nós todos quantos o S en h or nosso Deus desapossar
ao Jordão: R estitui-m a agora, em paz. de diante de nós.
l4Porém Jefté prosseguiu ainda em enviar m ensa­ 2,Agora, pois, és tu ainda m elhor do que Balaque,
geiros ao rei dos filhos de A m om , filho de Zipor, rei dos m oabitas? Porventura co n ­
15Dizendo-lhe: Assim diz Jefté: Israel não tomou, nem tendeu ele em algum tem po com Israel, ou pelejou
a terra dos moabitas, nem a terra dos filhos de Amom. algum a vez co n tra ele?
l6Porque, subindo Israel do Egito, andou pelo de­ -6E nquanto Israel hab ito u trezentos anos em Hes­
serto até ao M ar Vermelho, e chegou até Cades. b o m e nas suas vilas, e em Aroer e nas suas vilas, em
,7E Israel enviou mensageiros ao rei dos edomitas, todas as cidades que estão ao longo de A rnom , por
dizendo: Rogo-te que m e deixes passar pela tua terra. que o não recuperastes naquele tempo?
Porém o rei dos edom itas não lhe deu ouvidos; en­ 27Tam pouco pequei eu co n tra ti! P orém tu usas
viou tam bém ao rei dos moabitas, o qual igualmente mal com igo em pelejar contra m im ; o S enhor , que
não consentiu; e assim Israel ficou em Cades. é juiz, julgue hoje entre os filhos de Israel e entre os
1 "Depois andou pelo deserto e rodeou a terra dos filhos de Amom.
edom itas e a terra dos m oabitas, e veio do nascente 2ílPorém o rei dos filhos de A m om não deu ouvidos
do sol à terra dos m oabitas, e alojou-se além de Ar­ às palavras que Jefté lhe enviou.
nom ; porém não en trou nos lim ites dos moabitas, 29E ntão o Espírito do S en h o r veio sobre Jefté, e
p orque A rnom é lim ite dos m oabitas. atravessou ele p o r Gileade e M anassés, passando
l9Mas Israel enviou m ensageiros a Siom , rei dos po r M izpá de Gileade, e de M izpá de Gileade passou
am orreus, rei de H esbom ; e disse-lhe Israel: Deixa- até aos filhos de Am om .
nos, peço-te, passar pela tua terra até ao m eu lugar. 30E Jefté fez um voto ao S en h o r , e disse: Se total­
20Porém Siom não confiou em Israel p ara este m ente deres os filhos de A m om na m inha mão,

Aquilo que, saindo da porta de minha casa, me vier ao de ter-lhe concedido vitória, não aceitou o sacrifício (que se as­
encontro [...] o oferecerei em holocausto [...] cumpriu nela semelhava ao usado no culto pagáo) e muito menos aprovou o
o seu voto temerário voto de Jefté. Logo, se as coisas aconteceram dessa
(11.30-40) maneira, a punição prevista em Levítico 18.21 e 20.2 não poderia
ser aplicada a Jefté. visto que Jefté não ofertou ao deus Moloque,
Ceticismo. Confronta esta passagem com Levítico 18.21
mas ao Deus de Israel. Isso, no entanto, náo avaliza a tese da acei­
e Deuteronômio 18.10 para afirmar que a Bíblia, ao mes­
tação divina do voto, serve apenas para demonstrar que o ato de
mo tempo, apresenta textos em que Deus requer sacrifícios hu­
Jefté não deve ser comparado ao dos pagãos de sua época.
manos e textos em que Deus os proíbe, e isso, na concepção dos
A segunda corrente defende que esse sacrifício deve ser com­
céticos, é contradição.
preendido à luz do conceito posteriormente desenvolvido pelo
„ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Antes de tudo, devemos ob- apóstolo Paulo — de que todos devemos nos oferecer a Deus
■= servar se Jefté ofereceu realmente sua filha em holocaus­ como sacrifício vivo (Rm 12.1). Vendo a passagem por este ân­
to. Há duas correntes de pensamento a respeito deste assun­ gulo, é possível entender que Jefté, aconselhado pelos sacerdo­
to. A primeira delas diz que houve o sacrifício da vida da jovem, tes. tenha oferecido sua filha ao Senhor para servi-lo em sua casa
mas o voto que gerou este fato foi impensado e Deus. apesar pelo resto da vida. permanecendo virgem (v. 38.39). Todavia, esse

266
JUÍZES 11,12

31Aquilo que, saindo da p o rta de m in h a casa, me contenda com os filhos de A m om ; e chamei-vos, e


vier ao encontro, voltando eu dos filhos de A m om não m e livrastes da sua m ão;
em paz, isso será do Se nho r , e o oferecerei em h o ­ 3E, vendo eu que não m e livráveis, arrisquei a m i­
locausto. nha vida, e passei co n tra os filhos de A m om , e o Se ­
32Assim Jefté passou aos filhos de A m om , a com ba­ n h o r m os entregou nas mãos; p o r que, pois, subistes
ter contra eles; e o Se nho r os deu na sua mão. vós hoje, para com bater contra mim ?
33E os feriu com grande m ortandade, desde Aroer 4E aju n to u Jefté a to d o s os h om ens de Gileade, e
até chegar a M inite, vinte cidades, e até Abel-Que- com bateu co n tra Efraim ; e os hom ens de G ileade
ram im ; assim foram subjugados os filhos de A m om feriram a Efraim; p o rq u e este dissera-lhe: F ugiti­
diante dos filhos de Israel. vos sois de Efraim, vós gileaditas que habitais entre
34Vindo, pois, Jefté a M izpá, à sua casa, eis que a Efraim e Manassés,
sua filha lhe saiu ao en contro com adufes e com 5Porque to m aram os gileaditas aos efraim itas os
danças; e era ela a única filha; não tin h a ele outro vaus do Jordão; e sucedeu que, q u an d o algum dos
filho nem filha. fugitivos de Efraim dizia: D eixai-m e passar; então
3,E aconteceu que, qu an d o a viu, rasgou as suas os gileaditas perguntavam : És tu efraim ita? E dizen­
vestes, e disse: Ah! filha m inha, m uito m e abateste,
do ele: Não,
e estás entre os que m e turbam ! P orque eu abri a
6E ntão lhe diziam : Dize, pois, C hibolete; porém
m inha boca ao Se nho r , e não tornarei atrás.
ele dizia: Sibolete; p o rq u e não o podia p ro n u n ciar
3AE ela lhe disse: Meu pai, tu deste a palavra ao Se­
bem ; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus
n h o r , faze de m im conform e o que prometeste; pois
do Jordão; e caíram de Efraim naquele tem p o qu a­
o Se nho r te vingou dos teus inim igos, os filhos de
renta e dois mil.
Amom.
7E Jefté ju lgou a Israel seis anos; e Jefté, o gilea­
3TDisse mais a seu pai: C oncede-m e isto: Deixa-m e
dita, faleceu, e foi sepultado n u m a das cidades de
por dois meses que vá, e desça pelos m ontes, e chore
Gileade.
a m inha virgindade, eu e as m inhas com panheiras.
38E disse ele: Vai. E deixou-a ir po r dois meses; en ­
Ibzã, E lo m e A b d o m , ju iz e s dos israelitas
tão foi ela com as suas com panheiras, e chorou a sua
8E depois dele julgou a Israel Ibzã de Belém.
virgindade pelos m ontes.
9E tin h a este trin ta filhos, e trin ta filhas que casou
39E sucedeu que, ao fim de dois meses, to rn o u ela
p ara seu pai, o qual cu m p riu nela o seu voto que fora; e trin ta filhas trouxe de fora para seus filhos; e
tinha feito; e ela não conheceu hom em ; e daí veio o julgou a Israel sete anos.
costum e de Israel, 10Então faleceu Ibzã, e foi sepultado em Belém.
40Q ue as filhas de Israel iam de ano em ano lam en­ 1 'E depois dele julgou a Israel Elom , o zebulonita;
tar, p o r quatro dias, a filha de Jefté, o gileadita. e julgou a Israel dez anos.
12E faleceu Elom, o zebulonita, e foi sepultado em
Jefté e os gileaditas p eleja m contra os efraim itas Aijalom, na terra de Z ebulom .
ENTÃO se convocaram os ho m en s de I3E depois dele ju lg o u a Israel A bdom , filho de
Efraim, e passaram para o norte, e disseram Hilel, o piratonita.
a Jefté: Por que passaste a com bater contra os filhos I4E tin h a este q u aren ta filhos, e trin ta netos, que
de A m om , e não nos cham aste para ir contigo? cavalgavam sobre setenta jum entos; e julgou a Israel
Q ueim arem os a fogo a tua casa contigo. oito anos.
JE Jefté lhes disse: Eu e o m eu povo tivem os grande 15 Então faleceu A bdom , filho de Hilel, o pirato-

ato seria um sacrifício tão grande quanto matá-la, quando leva­ própria filha em holocausto, tendo em vista os seguintes pontos:
mos em consideração o contexto judaico daqueles dias, em que a proibição divina da prática e. conseqüentemente, a rejeição de
as várias linhagens e suas respectivas famílias constituíam o cen­ Deus a esse tipo de sacrifício, numa consideração ao contexto
tro da vida social. Assim. Jefté, ao destinar sua única filha ao ser­ geral das Escrituras.
viço do Senhor, com o voto de castidade perpétua, estaria fada­ Por fim, além destas considerações, devemos admitir que,
do a admitir o fim de sua própria linhagem. em nenhum momento, encontramos Deus requerendo tal sa­
Ainda pelos textos de Levítico e Deuteronômio (sobre a lei mo­ crifício de Jefté. O que não justifica questionarmos a justiça
saica) entende-se que, realmente, Jefté jamais teria oferecido a divina.

267
JUÍZES 12,13,14

nita; e foi sepultado em Piratom , na terra de Efraim, im unda com erá; tu d o q u an to lhe tenho ordenado
no m o n te dos am alequitas. guardará.
1 ’Então M anoá disse ao anjo do S en h o r : O ra deixa
O n ascim ento de Sansão que te detenham os, e te preparem os um cabrito.
I E OS filhos de Israel tornaram a fazer o que l6Porém o anjo d o S en h or disse a M anoá: A inda
í . 3 era m a u a o s o lh o s d o S en h or , e o Sen h o r os que m e detenhas, não com erei de teu pão; e se fize­
entregou na m ão dos filisteus por quarenta anos. res holocausto o oferecerás ao S enhor . Porque não
2E havia um hom em de Zorá, da trib o de Dã, cujo sabia M anoá que era o anjo do S enhor .
nom e era M anoá; e sua m ulher, sendo estéril, não I7E disse M anoá ao anjo do S en h o r : Q ual é o teu
tin h a filhos. nom e, para que, q u an d o se cu m p rir a tu a palavra,
'E o anjo do S enhor apareceu a esta m ulher, e disse- te honrem os?
lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; ISE o anjo do S enhor lhe disse: Por que perguntas
porém conceberás, e terás um filho. assim pelo m eu nom e, visto que é maravilhoso?
4Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida ’’’Então M anoá to m o u um cabrito e um a oferta
forte, ou com er coisa im unda. de alim entos, e os ofereceu sobre um a p en h a ao
sP orque eis que tu conceberás e terás um filho S en h o r : e houve-se o anjo m aravilhosam ente, o b ­
sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto servando-o M anoá e sua mulher.
o m enino será nazireu de D eus desde o ventre; e ele 20E sucedeu que, subindo a cham a do altar para o
com eçará a livrar a Israel da m ão dos filisteus. céu, o anjo do S en h or subiu na cham a do altar; o que
6E ntão a m ulher en tro u , e falou a seu m arido, vendo M anoá e sua m ulher, caíram em terra sobre
dizendo: Um hom em de D eus veio a m im , cuja seus rostos.
aparência era sem elhante a de um anjo de Deus, 2'E nu n ca m ais apareceu o anjo do S en h or a M a­
terribilíssim a; e não lhe perguntei donde era, nem noá, nem a sua m ulher; então com preendeu M anoá
ele m e disse o seu nom e. que era o anjo do S enhor .
7Porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás 22E disse M anoá à sua m ulher: C ertam ente m o rre­
um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida rem os, p o rq u an to tem os visto a Deus.
forte, e não com as coisa im unda; p orque o m enino wPorém sua m u lh er lhe disse: Se o S f.n h o r nos
será nazireu de Deus, desde o ventre até ao dia da quisesse m atar, não aceitaria d a nossa m ão o h o lo ­
sua m orte. causto e a oferta de alim entos, nem nos m ostraria
8Então M anoá orou ao S enhor , e disse: Ah! Senhor tu d o isto, nem nos deixaria ouvir tais coisas neste
m eu, rogo-te que o hom em de Deus, que enviaste, tem po.
ainda venha para nós o u tra vez e nos ensine o que 24D epois teve esta m ulher u m filho, a quem pôs o
devemos fazer ao m enino que há de nascer. no m e de Sansão; e o m enino cresceu, e o S en h o r o
9E Deus ouviu a voz de M anoá; e o anjo de Deus abençoou.
veio o u tra vez à m ulher, e ela estava no cam pó, p o ­ 2,E o E spírito do S en h or com eçou a incitá-lo de
rém não estava com ela seu m arido M anoá. quando em quando para o cam po de M aané-D ã,
10Apressou-se, pois, a m ulher, ecorreu, e noticiou- entre Z orá e Estaol.
o a seu m arido, e disse-lhe: Eis que aquele hom em
que veio a m im o outro dia m e apareceu. O casam ento d e Sansão
II Então M anoá levantou-se, e seguiu a sua m ulher, E DESCEU Sansão a T im nate; e, vendo
e foi àquele hom em , e disse-lhe: És tu aquele hom em em T im n ate u m a m u lh er das filhas dos
que falou a esta mulher? E disse: Eu sou. filisteus,
l2Então disse M anoá: C um pram -se as tuas pala­ 2Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse:
vras; mas qual será o m odo de viver e o serviço do Vi um a m ulher em T im nate, das filhas dos filisteus;
menino? agora, pois, tom ai-m a p o r mulher.
13E disse o anjo do S enhor a M anoá: D e tu d o q u an ­ 3Porém seu pai e sua m ãe lhe disseram : N ão há,
to eu disse à m ulher se guardará ela. porventura, m u lh er entre as filhas de teus irm ãos,
l4D e tu d o quanto procede da videira não com erá, nem en tre to d o o m eu povo, para que tu vás tom ar
n em v inho nem bebida forte beberá, nem coisa m ulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse

268
JUÍZES 14,15

Sansão a seu pai: Tom a-m e esta, porque ela agrada 14Então lhes disse: D o co m ed o r saiu com ida, e
aos m eus olhos. do forte saiu doçura. E em três dias não p u d eram
4Mas seu pai e sua m ãe não sabiam que isto vinha decifrar o enigm a.
do S en h or ; pois buscava ocasião contra os filisteus; ISE sucedeu que, ao sétim o dia, disseram à m ulher
po rquanto naquele tem po os filisteus dom inavam de Sansão: Persuade a teu m arid o que nos declare o
sobre Israel. enigma, p ara que porventura não queim em os afogo
5Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a a ti e à casa de teu pai; cham astes-nos aqui para vos
Tim nate; e, chegando às vinhas de T im nate eis que apossardes do que é nosso, não é assim?
um filho de leão, rugindo, lhe saiu ao encontro. 16E a m ulher de Sansão chorou diante dele, e disse:
6Então o Espírito do S en h o r se apossou dele tão T ão-som ente m e desprezas, e não m e am as; pois
poderosam ente que despedaçou o leão, com o quem deste aos filhos do m eu povo um enigm a para deci­
despedaça um cabrito, sem ter nada na sua mão; frar, e ainda não o declaraste a m im . E ele lhe disse:
porém nem a seu pai nem a sua m ãe deu a saber o Eis que nem a m eu pai nem a m in h a m ãe o declarei,
que tinha feito. e to declararia a ti?
7E desceu, e falou àquela m ulher, e ela agradou aos I7E ch o ro u d ian te dele os sete dias em que cele­
olhos de Sansão. bravam as bodas; sucedeu, pois, que ao sétim o dia
8E depois de alguns dias voltou ele para tom á-la; e, lho declarou, p o rq u an to o im portunava; então ela
apartando-se do caminho para ver o corpo do leão declarou o enigm a aos filhos do seu povo.
m orto, eis que nele havia um enxam e de abelhas lsD isseram , pois, a Sansão os h om ens daquela ci­
com mel. dade, ao sétim o dia, antes de se p ô r o sol: Q ue coisa
9E to m o u-o nas suas m ãos, e foi andando e com en­ há m ais doce do que o mel? E que coisa há m ais forte
do dele; e foi a seu pai e a sua m ãe, e deu-lhes do mel, do que o leão? E ele lhes disse: Se vós n ão lavrásseis
e com eram ; porém não lhes deu a saber que tom ara com a m in h a novilha, n u n ca teríeis descoberto o
o mel do corpo do leão. m eu enigm a.
1 “Descendo, pois, seu pai àquela m ulher, fez Sansão l9Então o Espírito do S e n h o r tão poderosam ente
ali um banquete; p orque assim os m oços costum a­ se apossou dele, que desceu aos ascalonitas, e m atou
vam fazer. deles trin ta hom ens, e to m o u as suas roupas, e deu as
11E sucedeu que, com o o vissem, trouxeram trin ta m udas de roupas aos que declararam o enigma; p o ­
com panheiros para estarem com ele. rém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai.
20E a m u lh er de Sansão foi dada ao seu com panhei­
O enigm a d e Sansão ro que antes o acom panhava.
l2Disse-lhes, pois, Sansão: Eu vos darei um enigm a
para decifrar; e, se nos sete dias das bodas o decifrar­ Sansão põe fo g o às searas dos filisteu s
des e descobrirdes, eu vos darei trin ta lençóis e trin ta E ACONTECEU, depois de alguns dias, que,
m udas de roupas. na sega do trigo, Sansão visitou a sua mulher,
I3E, se não puderdes decifrar, vós m e dareis a m im com um cabrito, e disse: Entrarei na câm ara de m inha
trin ta lençóis e as trin ta m udas de roupas. E eles lhe mulher. Porém o pai dela não o deixou entrar.
disseram: Dá-«os o teu enigm a a decifrar, para que 2E disse-lhe seu pai: Por certo pensava eu que de
o ouçam os. todo a desprezavas; de sorte que a dei ao teu com -

Mas seu pal e sua mãe não sabiam que isto vinha do Senhor pensam os céticos, achar que Deus se comprazia com a união de
(14.4) Sansão e Dalila, a filistéia.
Entretanto, o Senhor lançou mão daquilo que havia conce­
Ceticismo. Confronta este versículo com Génesis 24.3,4,
dido a Sansão (força sobrenatural) para usar contra os pró­
Deuteronómio 7.31,1 Corintios 7.39 e 2Coríntios 6.14 para
prios filisteus, visto que Sansão já havia decidido, segundo o
fundamentar suposta contradição bíblica, uma vez que esses tex­
livre-arbitrio, que caminho iria seguir. Os judeus estavam opri­
tos vetam a união conjugal entre cristãos e incrédulos.
midos e escravizados pelos filisteus, de quem Sansão se tor­
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo 3 do capítulo nara “amigo". E, por conta disso, não havia nenhuma espe­
= em análise deixa claro que as determinações de Moisés rança de que ele fizesse algo para libertar Israel. Foi então que
em Gênesis quanto à união conjugal deveriam ser obedecidas. Deus se aproveitou da desobediência obstinada de Sansão
O fato, porém, é que Sansão havia se tomado um jovem insensa­ para promover entre Sansão e os filisteus a demanda que li­
to, não respeitava os mandamentos divinos. Não é correto, como bertou o povo judeu.

269
JUÍZES 15,16

panheiro; p o rém não é sua irm ã m ais nova, m ais I5E achou um a queixada fresca de um jum ento, e
form osa do que ela? Toma-a, pois, em seu lugar. estendeu a sua m ão, e to m o u -a, e feriu com ela m il
’Então San são disse acerca deles: Inocente sou esta vez hom ens.
para com os filisteus, quando lhes fizer algum mal. l6Então disse Sansão: C om um a queixada de ju ­
''E foi Sansão, e pegou trezentas raposas; e, to m a n ­ m ento, m ontões sobre m ontões; com um a queixada
do tochas, as virou cauda a cauda, e lhes pôs um a de ju m en to feri a mil hom ens.
tocha no m eio de cada duas caudas. 17E aconteceu que, acabando ele de falar, lançou a quei­
5E chegou fogo às tochas, e largou-as na seara dos xada da sua mão; e chamou aquele lugar Ramate-LeL
filisteus; e assim abrasou os m olhos com a sega do l8E com o tivesse gran d e sede, clam ou ao Se n h o r ,
trigo, e as vinhas e os olivais. e disse: Pela m ão do teu servo tu deste esta grande
'’Então p erguntaram os filisteus: Q uem fez isto? E salvação; m orrerei eu pois agora de sede, e cairei na
responderam : Sansão, o genro do tim nita, porque m ão destes incircuncisos?
lhe to m o u a sua m ulher, e a deu a seu com panheiro. ‘"Então Deus fendeu um a cavidade que estava na
Então subiram os filisteus, e queim aram a fogo a ela queixada; e saiu dela água, e bebeu; e recobrou o
e a seu pai. seu espírito e reanim ou-se; p o r isso cham ou aquele
"Então lhes disse Sansão: É assim que fazeis? Pois, lugar: A fonte do que clama, que está em Lei até ao
havendo-m e vingado eu de vós, então cessarei. dia de hoje.
SE feriu-os com grande ferim ento, pernas ju n ta ­ 20E julgou a Israel, nos dias dos filisteus, vinte anos.
m ente com coxa; e desceu, e h ab ito u na fenda da
rocha de Etã. Sansão é traído p o r D alila
E FOI Sansão a Gaza, e viu ali um a m ulher
O s hom ens de Judá am arram a Sansão prostituta, e en tro u a ela.
9Então os filisteus subiram , e acam param -se co n ­ 2E fo i dito aos gazitas: Sansão e n tro u aqui. Cerca-
tra Judá, e estenderam -se po r Lei. ram -n o , e toda a noite lhe puseram espias à p o rta
IÜE perguntaram -lhes os hom ens de Judá: Por que da cidade; porém to d a a noite estiveram quietos,
subistes contra nós? E eles responderam : Subim os dizendo: Até à luz da m an h ã esperaremos; então o
para am arrar a Sansão, para lhe fazer a ele com o ele m atarem os.
nos fez a nós. 3Porém Sansão deitou-se até à m eia-noite, e à meia-
“ Então três mil hom ens de Judá desceram até a noite se levantou, e arrancou as portas da entrada da
fenda d a rocha de Etã, e disseram a Sansão: N ão sa­ cidade com am bas as um breiras, e juntam ente com a
bias tu que os filisteus dom inam sobre nós? Por que, tranca as tom ou, pondo-as sobre os om bros; e levou-
pois, nos fizeste isto? E ele lhes disse: Assim com o eles as para cima até ao cum e do m onte que está defronte
m e fizeram a m im , eu lhes fiz a eles. de H ebrom .
12E disseram-lhe: Descemos para te am arrar e te en­ ■*Edepois disto aconteceu que se afeiçoou a um a
tregar nas mãos dos filisteus. Então Sansão lhes disse: m ulh er do vale de Soreque, cujo nom e era Dalila.
Jurai-me que vós m esm os não m e acometereis. 5Então os príncipes dos filisteus su b iram a ela, e
13E eles lhe falaram, dizendo: Não, m as fortem ente lhe disseram : Persuade-o, e vê em que consiste a sua
te am arrarem os, e te entregarem os nas m ãos deles; grande força, e com o poderíam os assenhorear-nos
p o rém de m aneira n en h u m a te m atarem os. E dele e am arrá-lo, para assim o afligirmos; e te dare­
am arraram -n o com duas cordas novas e fizeram - m os, cada u m de nós, mil e cem moedas de prata.
no subir da rocha. ''Disse, pois, Dalila a Sansão: D eclara-m e, peço-te,
em que consiste a tu a grande força, e com que p o d e­
Sansão fe r e m il hom ens com a qiteixaâa de u m rias ser am arrad o p ara te poderem afligir.
ju m e n to 7D isse-lhe Sansão: Se m e am arrassem com sete
l4E, vindo ele a Lei, os filisteus lhe saíram ao e n ­ vergas de vim es frescos, que ain d a não estivessem
contro, jubilando; porém o Espírito do Se n h o r p o ­ secos, então m e enfraqueceria, e seria com o q u al­
derosam ente se apossou dele, e as cordas que ele quer outro hom em .
tinha nos braços se to rn aram com o fios de linho "Então os prín cip es dos filisteus lhe tro u x eram
q ue se queim aram no fogo, e as suas am arraduras se sete vergas de vim es frescos, que ainda não estavam
desfizeram das suas mãos. secos; e am arraram -n o com elas.

270
JUÍZES16

9E o espia estava com ela na câm ara interior. Então filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles
ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. Então o dinheiro.
quebrou as vergas de vimes, com o se quebra o fio da |qEntão ela o fez d o rm ir sobre os seus joelhos, e
estopa ao cheiro do fogo; assim não se soube em que cham ou a« m hom em , e rap o u -lh e as sete tranças do
consistia a sua força. cabelo de sua cabeça; e com eçou a afligi-lo, e retirou-
IHEntão disse Dalila a Sansão: Eis que zom baste de se dele a sua força.
m im , e m e disseste m entiras; ora declara-m e agora 20E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E
com que poderias ser am arrado. despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta
1 'E ele disse: Se m e am arrassem fortem ente com vez com o dantes, e m e sacudirei. P orque ele não
cordas novas, que ainda não houvessem sido usa­ sabia que já o S enho r se tin h a retirado dele.
das, então m e enfraqueceria, e seria com o qualquer 21E ntão os filisteus pegaram nele, e arran caram -
outro hom em . lhe os olhos, e fizeram -no descer a Gaza, e am arra­
12Então Dalila to m o u cordas novas, e o am arrou ram -n o com duas cadeias de bronze, e girava ele um
com elas, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, San­ m oinho no cárcere.
são. E o espia estava na recâm ara interior. Então as 22E o cabelo da sua cabeça com eçou a crescer, com o
quebrou de seus braços com o a u m fio. quando foi rapado.
1JE disse Dalila a Sansão: Até agora zom baste de
m im , e m e disseste m entiras; declara-m e pois, agora, Sansão fa z cair o tem p lo d e D agom
com que poderias ser am arrado? E ele lhe disse: Se 21Então os príncipes dos filisteus se aju n taram para
teceres sete tranças dos cabelos da m inha cabeça com oferecer um grande sacrifício ao seu deus D agom , e
o liço da teia. para se alegrarem , e diziam: Nosso deus nos entre­
UE ela as fixou com um a estaca, e disse-lhe: Os gou nas m ãos a Sansão, nosso inim igo.
filisteus vêm sobre ti, Sansão: Então ele despertou ^S em elhantem ente, vendo-o o povo, louvava ao
do seu sono, e arrancou a estaca das tranças tecidas, seu deus; p o rq u e dizia: N osso deus nos en tregou
juntam ente com o liço da teia. nas m ãos o nosso inim igo, e ao que destruía a nossa
‘^Então ela lhe disse: C om o dirás: Tenho-te am or, terra, e ao que m ultiplicava os nossos m ortos.
não estando com igo o teu coração? Já três vezes 2,E sucedeu que, alegrando-se-lhes o coração, disse­
zom baste de m im , e ainda não m e declaraste em ram: Chamai a Sansão, para que brinque diante de nós.
que consiste a tua força. E chamaram a Sansão do cárcere, que brincava diante
16E sucedeu que, im p o rtu n an d o -o ela todos os dias deles, e fizeram-no estar em pé entre as colunas.
com as suas palavras, e m olestando-o, a sua alm a se 26E ntão disse Sansão ao m oço q ue o tin h a pela
angustiou até a m orte. mão: G uia-m e para que apalpe as colunas em que se
I7E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: sustém a casa, para que m e encoste a elas.
Nunca passou navalha pela m inha cabeça, porque sou 270 r a estava a casa cheia de h om ens e m ulheres; e
nazireu de Deus desde o ventre de m inha mãe; se viesse também ali estavam todos os príncipes dos filisteus;
a ser rapado, ir-se-ia de m im a m inha força, e m e enfra­ e sobre o telhado havia uns três m il h om ens e m u ­
queceria, e seria com o qualquer outro homem. lheres, que estavam vendo Sansão brincar.
'"Vendo, pois, D alila que já lhe descobrira todo 28Então Sansão clam ou ao S enhor , e disse: Senhor
o seu coração, m a n d o u cham ar os príncipes dos D eus, peço-te que te lem bres de m im , e fortalece-m e
filisteus, dizendo: Subi esta vez, po rq u e agora m e agora só esta vez, ó Deus, p ara q u e de um a vez me
descobriu ele to d o o seu coração. E os príncipes dos vingue dos filisteus, pelos m eus dois olhos.

Senhor D e u s , peço-te que te lembres de que os filisteus eram um povo bárbaro e desumano. Foi traído por
mim e fortalece-me agora só esta vez Dalila, mas jamais desejou o suicídio, antes, preferiu a libertação
(16.28) do povo e a desforra pela cegueira que lhe fora violentamente in­
fligida (16.21). A matéria pode ser dirimida pelo testemunho de
Ceticismo. Dizqueestanarrativaé incoerente por entender
Jesus, a quem os céticos não atribuem a prática suicida. Disse
que ela é contrária à norma de Êxodo 20.13 — “náo mata­
Cristo de si mesmo: “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas [...] e
rás" — quanto ao consentimento divino à petiçáo de Sansão que.
dou a vida pelas ovelhas* (Jo 10.11,15). E, ainda: 'Ninguém tem
segundo julgam os céticos, cometeu suicídio.
maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus ami­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: De acordo com Juizes 14.4. gos' (Jo 15.13). Foi essa a intenção de Sansão em favor de seu
Sansão teve de aprender, da forma mais cruel possível, povo. E náo o suicídio!

271
JUÍZES 16,17,18

29A braçou-se, pois, Sansão com as duas colunas " E consentiu o levita em ficar com aquele hom em ;
do m eio, em que se sustinha a casa, e arrim ou-se e o m oço lhe foi com o u m de seus filhos.
sobre elas, com a sua m ão direita num a, e com a sua 12E Mica consagrou o levita, e aquele m oço lhe foi
esquerda na outra. p o r sacerdote; e esteve em casa de Mica.
30E disse Sansão: M orra eu com os filisteus. E in ­ 13Então disse Mica: Agora sei qu e o S enho r m e fará
clinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes bem ; p o rq u an to ten h o um levita p o r sacerdote.
e sobre todo o povo que nela havia; e foram m ais
os m ortos que m ato u na sua m o rte do que os que Os danitas b u sca m urna herança e tom am Laís
m atara em sua vida. NAQUELES dias não havia rei em Israel;
3'Então seus irm ãos desceram , e toda a casa de seu e n o s m esm os dias a trib o dos danitas
pai, e tom aram -no, e subiram com ele, e sepultaram - buscava para si h erança para habitar; p o rq u an to
no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de M anoá, seu até àquele dia entre as tribos de Israel não lhe havia
pai. Ele julgou a Israel vinte anos. caído por sorte sua herança.
2E enviaram os filhos de D ã, da sua tribo, cinco
M ica e o ídolo da sua casa hom ens dentre eles, hom ens valorosos, de Zorá e de
1 ^ E HAVIA um hom em da m o n ta n h a de Estaol, a espiar e reconhecer a terra, e lhes disseram:
í / Efraim, cujo nom e era Mica. Ide, reconhecei a terra. E chegaram à m o n tan h a de
20 qual disse à sua mãe: As m il e cem moedas de Efraim, até à casa de Mica, e passaram ali a noite.
prata que te foram tiradas, p o r cuja causa lançaste 3E quando eles estavam ju n to da casa de Mica, re­
maldições, e de que tam bém m e falaste, eis que esse conheceram a voz do m oço, do levita; e dirigindo-
d inheiro está comigo; eu o tom ei. Então lhe disse sua se para lá, lhe disseram : Q uem te trouxe aqui? Q ue
mãe: Bendito do Se n h o r seja m eu filho. fazes aqui? E que é que tens aqui?
3Assim restituiu as m il e cem moedas de prata à sua 4E ele lhes disse: Assim e assim m e tem feito Mica;
mãe; porém sua m ãe disse: Inteiram ente tenho d e­ pois m e tem contratado, e eu lhe sirvo de sacerdote.
dicado este dinheiro da m inha m ão ao Se n h o r , para ’E ntão lhe disseram : C onsulta a D eus, para que
m eu filho fazer um a im agem de escultura e u m a de possam os saber se p ro sp erará o cam inho que se­
fundição; de sorte que agora to tornarei a dar. guimos.
4Porém ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe; e f“E disse-lhes o sacerdote: Ide em paz; o cam inho
sua m ãe tom ou duzentas moedas de prata, e as deu ao que seguis está p erante o S enhor .
ourives, o qual fez delas um a imagem de escultura e 7Então foram -se aqueles cinco hom ens, e chega­
um a de fundição, que ficaram em casa de Mica. ram a Laís; e viram que o povo que havia no meio
5E teve este hom em , Mica, um a casa de deuses; e fez dela estava seguro, conform e ao costum e dos sidô-
um éfode e terafins, e consagrou um de seus filhos, nios, quieto e confiado; nem havia autoridade algu­
para que lhe fosse por sacerdote. ma do reino qu e p o r qualquer coisa envergonhasse
6N aqueles dias não havia rei em Israel; cada um a alguém naquela terra; tam bém estavam longe dos
fazia o que parecia bem aos seus olhos. sidônios, e não tinham relação com ninguém .
"Então voltaram a seus irm ãos, a Zorá e a Estaol, os
O levita e m casa d e M ica quais lhes disseram: Q ue dizeis vós?
7E havia um m oço de Belém de Judá, da trib o de 9E eles disseram : Levantai-vos, e subam os contra
Judá, que era levita, e peregrinava ali. eles; p o rq u e exam inam os a terra, e eis que é m u i­
HE este h om em partiu da cidade de Belém de Judá tíssim o boa. E vós estareis aqui tranqüilos? N ão
para peregrinar onde quer que achasse conveniente. sejais preguiçosos em irdes p ara en tra r a possuir
C hegando ele, pois, à m o n ta n h a de Efraim , até à esta terra.
casa de Mica, seguindo o seu cam inho, '“Q u an d o lá chegardes, vereis um povo confiado,
9Disse-lhe Mica: D onde vens? E ele lhe disse: Sou e a terra é larga de extensão; p o rq u e Deus vo-la en ­
levita de Belém de Judá, e vou peregrinar onde quer tregou nas m ãos; lugar em que não há falta de coisa
que achar conveniente. algum a que há na terra.
"’E ntão lhe disse Mica: Fica com igo, e sê-m e por '' Então parti ram dali, da trib o dos danitas, de Zorá
pai e sacerdote; e cada ano te darei dez moedas de e de Estaol, seiscentos h om ens m unidos de arm as
prata, e vestuário, e o sustento. E o levita entrou. de guerra.

272
JUIZES 18,19

12E subiram , e acam param -se em Q uiriate-Jearim , de ânim o m au não se lancem sobre vós, e tu percas
em Judá; então cham aram a este lugar M aané-D ã, a tua vida, e a vida dos da tu a casa.
até ao dia de hoje; eis que está po r detrás de Q uiria­ 26Assim seguiram o seu cam inho os filhos de Dã; e
te-Jearim. Mica, vendo que eram mais fortes do que ele, virou-
I3E dali passaram à m o n tan h a de Efraim; e chega­ se, e voltou à sua casa.
ram até a casa de Mica. 27Eles, pois, to m aram o que M ica tin h a feito, e o
sacerdote que tivera, e chegaram a Laís, a um povo
Os danitas levam o levita e os ídolos quieto e confiado, e os feriram ao fio da espada, e
HEntão responderam os cinco hom ens, que foram queim aram a cidade a fogo.
espiar a terra de Laís, e disseram a seus irm ãos: Sa­ 28E ninguém houve q u e os livrasse, p o rq u an to
beis vós tam bém que naquelas casas há um éfode, e estavam longe de Sidom , e não tin h a m relações
terafins, e um a imagem de escultura e um a de fu n ­ com ninguém , e a cidade estava n o vale que está
dição? Vede, pois, agora o que haveis de fazer. ju n to de Bete-Reobe; depois reedificaram a cidade
''’Então se dirigiram para lá, e chegaram à casa do e habitaram nela.
moço, o levita, em casa de Mica, e o saudaram . 29E cham aram -lhe Dã, conform e ao nom e de Dã,
I6E os seiscentos hom ens, que eram dos filhos de seu pai, que nascera a Israel; era, p o rém , antes o
Dã, m unidos com suas arm as de guerra, ficaram à nom e desta cidade Laís.
entrada da porta. <0E os filhos de Dã levantaram para si aquela im a­
l7Porém subindo os cinco hom ens, que foram gem de escultura; e Jônatas, filho de G érson, o filho
espiar a terra, entraram ali, e tom aram a im agem de de Manassés, ele e seus filhos foram sacerdotes da
escultura, o éfode, e os terafins, e a im agem de fu n ­ trib o dos danitas, até ao dia do cativeiro da terra.
dição, ficando o sacerdote em pé à entrada da porta, 3'Assim, pois, estabeleceram para si a im agem de
com os seiscentos hom ens que estavam m unidos escultura, que fizera Mica, p o r todos os dias em que
com as arm as de guerra. a casa de D eus esteve em Siló.
'"E ntrando eles, pois, em casa de Mica, e tom ando
a im agem de escultura, e o éfode, e os terafins, e a Os h o m en s de G ibeá a busam da m u lh e r
im agem de fundição, disse-lhes o sacerdote: Q ue d e u m levita
estais fazendo? A CONTECEU tam b ém naqueles dias,
19E eles lhe disseram: Cala-te, põe a m ão n a boca, e em que não havia rei em Israel, qu e houve
vem conosco, e sê-nos p o r pai e sacerdote. É m elhor um hom em levita, que, peregrinando aos lados da
ser sacerdote da casa de u m só hom em , do que ser m o n tan h a de Efraim , to m o u para si um a concubi­
sacerdote de um a trib o e de um a família em Israel? na, de Belém de Judá.
20E ntão alegrou-se o coração do sacerdote, e to ­ 2Porém a sua con cu b in a ad u ltero u co n tra ele, e
m o u o éfode, e os terafins, e a im agem de escultura; deixando-o, foi para a casa de seu pai, em Belém de
e en tro u no m eio do povo. Judá, e esteve ali alguns dias, a saber, q uatro meses.
21Assim viraram , e p artiram ; e os m eninos, e o 3E seu m arid o se levantou, e foi atrás dela, para lhe
gado, e a bagagem puseram diante de si. falar conform e ao seu coração, e para to rn ar a trazê-
22E, estando já longe da casa de Mica, os hom ens la; e o seu m oço e um par de ju m en to s iam com ele;
que estavam nas casas ju n to à casa de M ica, reuni­ e ela o levou à casa de seu pai, e, vendo-o o pai da
ram -se, e alcançaram os filhos de Dã. m oça, alegrou-se ao encontrar-se com ele.
23E clam aram após os filhos de Dã, os quais vira­ 4E seu sogro, o pai da m oça, o deteve, e ficou com
ram os seus rostos, e disseram a Mica: Q ue tens, que ele três dias; e com eram e beberam , e passaram ali
tanta gente convocaste? a noite.
24E ntão ele disse: O s m eus deuses, que eu fiz, me SE sucedeu que ao q u arto dia pela m anhã, de m a­
tom astes, juntam ente com o sacerdote, e partistes; drugada, ele levantou-se para partir; então o pai da
que m ais m e resta agora? C om o, pois, m e dizeis: m oça disse a seu genro: Fortalece o teu coração com
Q ue é que tens? um bocado de pão, e depois partireis.
2,Porém os filhos de D ã lhe disseram : N ão nos ‘A ssentaram -se, pois, e com eram am bos juntos, e
faças ouvir a tua voz, p ara que porventura hom ens beberam ; e disse o pai da m oça ao hom em : Peço-te

273
JUÍZES 19,20

que ainda esta noite queiras passá-la aqui, e alegre- tua serva, e para o m oço que vem com os teus servos;
se o teu coração. de coisa nenh u m a há falta.
7Porém o hom em levantou-se para partir; m as seu 2(lEntão disse o ancião: Paz seja contigo; tu d o
sogro o constrangeu a to rn ar a passar ali a noite. q u an to te faltar fique ao m eu cargo; tão -so m en te
"E, m ad rugando ao q u in to dia pela m anhã para não passes a noite na praça.
partir, disse o pai da moça: O ra, conforta o teu cora­ 21E levou-o à sua casa, e deu pasto aos jum entos; e,
ção. E detiveram -se até já declinar o dia; e am bos lavando-se os pés, com eram e beberam .
juntos com eram . 22Estando eles alegrando o seu coração, eis que os
9Então o hom em levantou-se para partir, ele, e a hom ens daquela cidade (h o m en s que eram filhos
sua concubina, e o seu m oço; e disse-lhe seu sogro, o de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e fala­
pai da moça: Eis que já o dia declina e a ta rd e já vem ram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para
chegando; peço-te que aqui passes a noite; eis que fora o hom em que en tro u em tu a casa, para que o
o dia já vai acabando, passa aqui a noite, e que o teu conheçam os.
coração se alegre; e am anhã de m adrugada levanta- 2,E o hom em , d o n o da casa, saiu a eles e disse-lhes:
te a cam inhar, e irás para a tua tenda. Não, irm ãos m eus, o ra não façais sem elhante mal;
"’Porém o hom em não quis ali passar a noite, mas já que este hom em entrou em m inha casa, não façais
tal loucura.
levantou-se, e partiu, e chegou até defronte de Jebus
2-,Eis que a m in h a filha virgem e a concubina dele
(que é Jerusalém ), e com ele o par de jum entos al­
vo-las tirarei fora; hum ilhai-as a elas, e fazei delas
bardados, com o tam bém a sua concubina.
o que parecer bem aos vossos olhos; po rém a este
"E stan d o , pois, já perto de Jebus, e tendo-se já
hom em não façais essa loucura.
declinado m uito o dia, disse o m oço a seu s e n h o r :
25P orém aqueles h o m en s n ão o quiseram ouvir;
Vamos agora, e retirem o-nos a esta cidade dos jebu-
então aquele h o m em pegou da sua concubina, e
seus, e passem os ali a noite.
lha tiro u para fora; e eles a conheceram e abusaram
1 -Porém disse-lhe seu senhor: N ão nos retirarem os
dela toda a noite até pela m anhã, e, subindo a alva,
a nenh u m a cidade estranha, que não seja dos filhos
a deixaram .
de Israel; mas irem os até Gibeá.
26E ao ro m p er da m anhã veio a m ulher, e caiu à
l’Disse m ais a seu m oço: Vamos, e cheguem os a
po rta da casa daquele hom em , o nde estava seu se­
um daqueles lugares, e passem os a noite em Gibeá
nhor, e ficou ali até que se fez claro.
ou em Ramá.
27E, levantando-se seu senhor pela m anhã, e ab rin ­
HPassaram, pois, adiante, e cam inharam , e o sol se
do as portas da casa, e saindo a seguir o seu cam inho,
lhes pôs junto a Gibeá, que é cidade de Benjamim. eis que a m ulher, sua concubina, jazia à p o rta da
ISE retiraram -se para lá, para passarem a noite em casa, com as m ãos sobre o limiar.
Gibeá; e, entrando ele, assentou-se na praça da ci­ 28E ele lhe disse: Levanta-te, e v am o-nos, po rém
dade, porque não houve quem os recolhesse em casa ela não respondeu; então, levantando-se o hom em
para ali passarem a noite. a pôs sobre o jum ento, e foi para o seu lugar.
16E eis que um velho hom em vinha à tarde do seu 21)Chegando, pois, à sua casa, to m o u um cutelo, e
trabalho do cam po; e era este hom em da m ontanha pegou na sua concubina, e a despedaçou com os
de Efraim, mas peregrinava em Gibeá; eram porém seus ossos em doze partes; e enviou-as p o r todos os
os hom ens deste lugar filhos de Benjamim. term os de Israel.
1 ^Levantando ele, pois, os olhos, viu a este viajante •,0E sucedeu que cada um que via aquilo dizia:
na praça da cidade, e disse o ancião: Para onde vais, N unca tal se fez, nem se viu desde o dia em que os
e d o nde vens? filhos de Israel subiram da terra do Egito, até ao dia
I8E ele lhe disse: V iajam os de Belém de Judá até de hoje; ponderai isto, considerai, e falai.
aos lados da m o n ta n h a de E fraim , de o n d e sou;
p o rq u an to fui a Belém de Judá, p orém agora vou Os israelitas vingam o u ltra je fe ito ao levita
à casa do S e n h o r ; e ninguém há que m e recolha ENTÀO todos os filhos de Israel saíram , e a
em casa, congregação se ajuntou, p erante o S e n h o r
' ‘T odavia tem os palha e pasto para os nossos ju ­ em M izpá, com o sefora u m só hom em , desde D ã até
m entos, e tam bém pão e vinho há para m im , e para a Berseba, com o tam bém a terra de Gileade.

274
JUlZES 20

2E os principais de todo o povo, de todas as tribos “ Entre todo este povo havia setecentos hom ens es­
de Israel, se apresentaram na congregação do povo colhidos, canhotos, os quais atiravam com a funda
de Deus; quatrocentos m il hom ens de pé que tira­ um a pedra em um cabelo, e não erravam .
vam a espada ,7E contaram -se dos hom ens de Israel, afora os de
3(O uviram , pois, os filhos de B enjam im que os Benjamim, quatrocentos m il ho m en s que tiravam
filhos de Israel da espada, e todos eles h om ens de guerra.
haviam subido a M izpá). E disseram os filhos de ,aE levantaram -se os filhos de Israel, e subiram a
Israel: Falai, com o sucedeu esta maldade? Betei; e consultaram a Deus, dizendo: Q uem dentre
4E ntão respondeu o h om em levita, m arido da nós subirá prim eiro a pelejar contra Benjamim? E
m ulher que fora m orta, e disse: Cheguei com a m i­ disse o S e n h o r : Judá subirá prim eiro.
nha concubina a Gibeá, cidade de Benjam im , para 19Levantaram -se, pois, os filhos de Israel pela m a­
passar a noite. nhã, e acam param -se co n tra Gibeá.
5Eos cidadãos de G ibeá se levantaram contra m im , 2nE os h om ens de Israel saíram à peleja co n tra Ben­
e cercaram a casa de noite; inten taram m atar-m e, jam im ; e os hom ens de Israel ord en aram a batalha
e violaram a m in h a concubina, de m aneira que contra eles, ao pé de Gibeá.
m orreu. 21Então os filhos de Benjam im saíram de Gibeá, e
6E ntão peguei na m in h a concubina, e fi-la em derru b aram p o r terra, naquele dia, vinte e dois mil
pedaços, e a enviei p o r toda a te rra da herança de hom ens de Israel.
Israel; p o rq u an to fizeram tal m alefício e loucura “ Porém esforçou-se o povo, isto é, os hom ens de
em Israel. Israel, e to rn aram a o rd en ar a peleja no lugar onde
TEis que todos sois filhos de Israel; dai aqui a vossa no prim eiro dia a tin h am ordenado.
palavra e conselho. 2,E subiram os filhos de Israel, e ch o raram perante
"Então to d o o povo se levantou com o um só h o ­ o S en h o r até à tarde, e p erg u n ta ra m ao S en h o r ,
m em , dizendo: N enhum de nós irá à sua tenda nem dizendo: T ornar-m e-ei a chegar à peleja co n tra os
nen h u m de nós voltará à sua casa. filhos de Benjam im , m eu irm ão? E disse o S en h o r :
‘'Porém isto é o que farem os a Gibeá: procederemos Subi co n tra ele.
co n tra ela p o r sorte. 24Chegaram -se, pois, os filhos de Israel aos filhos
I0E de todas as tribos de Israel, tom arem os dez h o ­ de Benjam im , no dia seguinte.
m ens de cada cem, e cem de cada mil, e m il de cada 2’T am bém os de Benjam im n o dia seguinte lhes
dez mil, para providenciarem m an tim en to para o saíram ao en co n tro fora de G ibeá, e d erru b aram
povo; para que, vindo ele a Gibeá de Benjam im , lhe ainda p o r terra m ais dezoito m il hom ens, todos dos
façam conform e a toda a loucura que tem feito em que tiravam a espada.
Israel. 26E ntão to d o s os filhos de Israel, e to d o o povo,
1 ‘Assim ajuntaram -se contra esta cidade todos os subiram , e vieram a Betei e choraram , e estiveram ali
hom ens de Israel, unidos com o u m só hom em . perante o S enhor , e jejuaram aquele dia até à tarde;
I2E as tribos de Israel enviaram hom ens p o r toda e ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas perante
a trib o de Benjam im , dizendo: Q ue m aldade é esta o S enhor .
que se fez entre vós? 27E os filhos de Israel p erg u n ta ra m ao S e n h o r
‘•’Dai-nos, pois, agora aqueles hom ens, filhos de (p o rq u a n to a arca da aliança de D eus estava ali
Belial, que estão em G ibeá, para que os m atem os, naqueles dias;
e tirem os de Israel o mal. Porém os filhos de Benja­ 28E Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, estava
m im não quiseram ouvir a voz de seus irm ãos, os perante ele naqueles dias), dizendo: Tornarei ainda
filhos de Israel. a pelejar contra os filhos de B enjam im , m eu irm ão,
14A ntes os filhos de B enjam im se aju n taram das ou pararei? E disse o S en h o r : Subi, que am anhã eu
cidades em G ibeá, p ara saírem a pelejar co n tra os to entregarei na mão.
filhos de Israel. 29Então Israel pôs em boscadas em redor de Gibeá.
l5E co n taram -se naquele dia os filhos de Benja­ " E subiram os filhos de Israel ao terceiro dia contra
mim, das cidades, vinte e seis m il hom ens que tira­ os filhos de Benjam im , e o rd en aram a peleja ju n to a
vam a espada, afora os m oradores de Gibeá, de que Gibeá, com o das o u tras vezes.
se contaram setecentos hom ens escolhidos. 31Então os filhos de Benjam im saíram ao encontro

275
JUÍZES 20,21

do povo, e desviaram -se da cidade; e com eçaram 4SEntão viraram as costas, e fugiram para o deserto,
a ferir alguns do povo, atravessando-os, com o das à penha de R im om ; colheram ainda deles pelos ca­
o u tras vezes, pelos cam inhos (um dos quais sobe m inhos uns cinco mil hom ens; e de perto os segui­
para Betei, e o o u tro para Gibeá pelo cam po), uns ram até G idom , e feriram deles dois mil hom ens.
trin ta dos hom ens de Israel. 46E, todos os qu e caíram de B enjam im , naquele
,2Então os filhos de Benjam im disseram : Estão dia, foram vinte e cinco mil hom ens que tiravam a
derrotados d ian te de nós com o dantes. Porém os espada, todos eles h om ens valentes.
filhos de Israel disseram : Fujamos, e desviem o-los 47Porém seiscentos hom ens viraram as costas, e fu­
da cidade para os cam inhos. giram para o deserto, à penha de Rim om ; e ficaram
33Então todos os hom ens de Israel se levantaram na penha de R im om qu atro meses.
do seu lugar, e ordenaram a peleja em Baal-Tamar; 48E os hom ens de Israel voltaram para os filhos de
e a em boscada de Israel saiu do seu lugar, da caverna B enjam im , e os feriram ao fio da espada, desde os
de Gibeá. hom ens da cidade até aos anim ais, até a tu d o quanto
34E dez mil hom ens escolhidos de to d o o Israel se achava, com o tam bém a todas as cidades, quantas
vieram contra Gibeá, e a peleja se agravou; porém acharam , puseram fogo.
eles não sabiam o m al que lhes tocaria.
3sEntão feriu o Se n h o r a Benjam im diante de Isra­ ORA, tin h am ju rad o os h o m en s de Israel
el; e destruíram os filhos de Israel, naquele dia, vinte em M izpá, dizendo: N en h u m de nós dará
e cinco mil e cem hom ens de Benjam im , todos dos sua filha p o r m u lh er aos benjam itas.
que tiravam a espada. ‘Veio, pois, o povo a Betei, e ali ficou até à tard e
3<>E v iram os filhos de Benjam im que estavam diante de Deus; e todos levantaram a sua voz, e
feridos; porque os hom ens de Israel deram lugar p rantearam com grande pranto,
aos benjam itas, p o rq u an to estavam confiados na JE disseram : Ah! Se n h o r D eus de Israel, p o r que
em boscada que haviam posto contra Gibeá. sucedeu isto, qu e hoje falte um a trib o em Israel?
37E a em boscada se apressou, e acom eteu a Gibeá; 4E sucedeu que, no dia seguinte, o povo, pela m a­
e a em boscada arrem eteu contra ela, e feriu ao fio da nhã se levantou, e edificou ali um altar; e ofereceu
espada toda a cidade. holocaustos e ofertas pacíficas.
,8E os hom ens de Israel tinham um sinal determ i­ 5E disseram os filhos de Israel: Q uem de todas as
n ado com a em boscada, que era fazer levantar da tribos de Israel não subiu à assembléia do S enhor?
cidade u m a grande nuvem de fumaça. Porque se tinha feito um grande ju ram en to acerca
39Viraram-se, pois, os hom ens de Israel na peleja; e dos que não fossem ao S e n h o r em M izpá, dizendo:
já Benjamim começava a ferir, dos hom ens de Israel, M orrerá certam ente.
quase trinta homens,pois diziam:Já infalivelmente es­ 6E arrep en d eram -se os filhos de Israel acerca de
tão derrotados diante de nós, com o na peleja passada. Benjam im , seu irm ão, e disseram : C o rtad a é hoje
40Então a nuvem de fum aça com eçou a se levantar de Israel um a tribo.
da cidade, como um a coluna; e, virando-se B en­ 7C om o havem os de conseguir m ulheres p ara os
jam im a olhar para trás de si, eis que a fum aça da que restaram deles, pois nós tem os ju rad o pelo Se­
cidade subia ao céu. n h o r que n en h u m a de nossas filhas lhes daríam os

41E os hom ens de Israel viraram os rostos, e os h o ­ p o r m ulher?


m ens de Benjam im pasm aram ; p orque viram que
o m al lhes tocaria. A ru ín a d e Jabes-G ileade
42E v iraram as costas diante dos hom ens de Isra­ 8E disseram : H á algum as das trib o s de Israel que
el, para o cam inho d o deserto; porém a peleja os não subiram ao Sen h o r a Mizpá? E eis que ninguém
apertou; e os que saíam das cidades os destruíram de Jabes-Gileade viera ao arraial, à assembléia.
no m eio deles. ''Porquanto, q uando se contou o povo, eis que n e­
4,£ cercaram aos de Benjam im , e os perseguiram , nhum dos m oradores de Jabes-Gileade se achou ali.
e à vontade os pisaram , até diante de Gibeá, para o "’Então a assem bléia enviou para lá doze mil h o ­
nascente do sol. m ens dos m ais valentes, e lhes o rd en o u , dizendo:
44E caíram de Benjam im dezoito mil hom ens, to ­ Ide, e ao fio da espada feri aos m oradores de Jabes-
d o s estes sendo hom ens valentes. Gileade, e às m ulheres e aos m eninos.

276
JUIZES 21

"P o rém isto é o que haveis de fazer: A todo o h o ­ dizendo: M aldito aquele que der m u lh er aos b e n ­
m em e a toda a m ulher que se houver deitado com jamitas.
u m hom em totalm ente destruireis. 19E ntão disseram : Eis qu e de an o em an o há so ­
I2E acharam entre os m oradores de Jabes-Gileade lenidade do S en h o r em Siló, qu e se celebra para
quatrocentas m oças virgens, que não tin h a m co­ o n o rte de Betei do lado do nascente do sol, pelo
nhecido hom em ; e as trouxeram ao arraial, a Siló, cam inho alto que sobe de Betei a Siquém , e para o
que está na terra de Canaã. sul de Lebona.
20E m an d aram aos filhos de B enjam im , dizendo:
Dão-se quatrocentas m ulheres aos benjam itas Ide, e em boscai-vos nas vinhas.
13Então toda a assembléia enviou, e falou aos filhos 2IE olhai, e eis aí as filhas de Siló a dan çar em rodas,
de Benjamim, que estavam na penha de R im om , e saí vós das vinhas, e arrebatai cada u m sua m ulher
lhes proclam ou a paz. das filhas de Siló, e ide-vos à terra de Benjam im .
I4E ao m esm o tem p o voltaram os benjam itas; e 22E será que, q uando seus pais o u seus irm ãos vie­
deram -lhes as m ulheres que haviam guardado com rem a litigar conosco, nós lhes direm os: Por am o r de
vida, das m ulheres de Jabes-Gileade; p o rém estas nós, tende com paixão deles, pois nesta guerra não
ainda não lhes bastaram . tom am os m ulheres p ara cada u m deles; p o rq u e não
l5E ntão o povo se arrependeu p o r causa de Ben­ lhas destes vós,para que agora ficásseis culpados.
jam im ; porquanto o Sen h o r tinha feito brecha nas 23E os filhos de B enjam im o fizeram assim , e leva­
tribos de Israel. ram m ulheres conform e ao n ú m ero deles, das que
I6E disseram os anciãos da assembléia: Q ue fare­ arrebataram das rodas que dançavam ; e foram -se,
m os acerca de m ulheres para os que restaram , pois e voltaram à sua herança, e reedificaram as cidades,
foram destruídas as m ulheres de Benjamim? e habitaram nelas.
irD isseram mais: Tenha Benjam im u m a herança ^T am b ém os filhos de Israel p artira m dali, cada
nos que restaram , e não seja destru íd a n en h u m a u m p ara a sua trib o e p ara a sua família; e saíram
tribo de Israel. dali, cada um para a sua herança.
IHPorém nós não lhes poderem os dar m ulheres 2,Naquele$ dias não havia rei em Israel; porém
de nossas filhas, porque os filhos de Israel juraram , cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.

277
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Rute
T it u l o
O título vem de sua protagonista, Rute, moabita que se casou com um dos filhos de Israel. O signifi­
cado de seu nom e tem sido aceito com o “companheira”, embora alguns estudiosos prefiram admitir que
tal significado seja desconhecido.

A u t o r ia e data
Os acontecimentos narrados neste pequeno livro são contemporâneos da primeira metade do livro de
Juizes (Rt 1.1). É possível perceber pelos personagens aqui envolvidos (Noem i e Boaz) que havia israeli­
tas fiéis mesmo em m eio à situação caótica descrita no livro de Juizes. É datado, provavelmente, durante o
tempo do reinado de Davi, pois a relação de descendentes que aponta se finda com o monarca (4.21,22).
Não deve, porém, ser do tempo de Salomão ou posterior a ele, pois, se fosse este o caso, certamente teria
sido mencionado, devido à sua fama.
Quanto à autoria, permanece uma incógnita, e poucos eruditos arriscam um palpite.

A ssun to
Narra a história de uma família de israelitas, composta por Abimeleque, sua mulher Noem i e seus dois
filhos, Malon e Quiliom, que vão morar no território de Moabe durante um período de seca e fom e em Is­
rael. Como resultado, casam-se com mulheres moabitas. Após a morte do marido e dos filhos, Noem i re­
torna a Israel e sua nora, Rute, insiste em segui-la. Sua fidelidade à sogra faz que seja desposada por Boaz,
homem rico de Belém, um dos nobres de Israel.
Por conta desse fato, Rute, mulher gentia, torna-se uma das ancestrais de Davi (4.17-22) e, por isso m es­
mo, recebe um papel de destaque na história de Israel.

Ê nfase a po lo g é tic a
Sua historicidade é confirmada no Novo Testamento. Seu nom e entra na genealogia de Jesus (Mt 1.5)
com o sendo a bisavó de Davi e uma das ancestrais do Messias.
Não podemos ignorar também o fato de que Davi, ao fugir da perseguição impetrada pelo rei Saul, foi
se esconder nas terras de Moabe. Sua descendência de família moabita lhe garantiria certa segurança na­
quelas terras.
Podemos ver também neste livro a aplicação de muitas leis que se encontram em Deuteronômio, como,
por exemplo, as leis do levirato, dos respingos das colheitas aos pobres e da remissão das terras pelo pa­
rente mais próximo. Isto é um testemunho a favor da autoria mosaica de Deuteronômio, uma vez que os
críticos dizem que Deuteronômio seria do tem po de Josias, mas podem os ver a aplicação dessas leis já no
período de Juizes.
O LIVRO DE

RUTE
N o e m i e suas noras I0E disseram -lhe: C ertam ente voltarem os contigo
O rfa e R u te ao teu povo.
E SUCEDEU que, nos dias em que os juizes jul­ "P o ré m N oem i disse: Voltai, m inhas filhas. Por
1 gavam, houve um a fom e n a terra; p o r isso um
hom em de Belém de Judá saiu a peregrinar nos cam ­
que iríeis com igo? Tenho eu ainda no m eu ventre
mais filhos, para que vos sejam p o r m aridos?
pos de Moabe, ele e sua m ulher, e seus dois filhos; 12 Voltai, filhas m inhas, ide-vos embora, que já m ui
2E era o nom e deste ho m em Elim eleque, e o de velha sou para ter m arido; ainda q u an d o eu disses­
sua m ulher Noemi, e os de seus dois filhos M alom se: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse
e Q uiliom , efrateus, de Belém de Judá; e chegaram m arido e ainda tivesse filhos,
aos cam pos de M oabe, e ficaram ali.
,3E sperá-los-íeis até que viessem a ser grandes?
3E m orreu Elimeleque, m arido de N oem i; e ficou
D eter-vos-íeis p o r eles, sem tom ard es m arido?
ela com os seus dois filhos,
N ão, filhas m inhas, que m ais am argo m e é a m im
4Os quais to m aram para si m ulheres m oabitas; e
do que a vós mesmas; p o rq u an to a m ão do S enhor
era o nom e de um a Orfa, e o da o u tra Rute; e ficaram
se descarregou contra m im .
ali quase dez anos.
l4Então levantaram a sua voz, e tornaram a chorar; e
5E m o rreram tam bém am bos, M alom e Q uiliom ,
Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela.
ficando assim a m ulher desamparada dos seus dois
15Por isso disse Noemi: Eis que voltou tu a cunhada
filhos e de seu m arido.
ao seu povo e aos seus deuses; volta tu tam bém após
6Então se levantou ela com as suas noras, e voltou
tua cunhada.
dos cam pos de M oabe, p orquanto na terra de M o­
abe ouviu que o S enhor tin h a visitado o seu povo, 16Disse, porém , Rute: N ão m e instes para que te aban­
dando-lhe pão. done, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu
7Por isso saiu do lugar onde estivera, e as suas noras fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu;
com ela. E, indo elas cam inhando, para voltarem o teu povo é o m eu povo, o teu Deus é o m eu Deus;
para a terra de Judá, 17O nde q uer que m orreres m orrerei eu, e ali serei
"Disse N oemi às suas noras: Ide, voltai cada um a à sepultada. Faça-me assim o S enhor , e o u tro tanto, se
casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevo­ outra coisa que não seja a m o rte m e separar de ti.
lência, com o vós usastes com os falecidos e comigo. 1 "Vendo N oem i, que de todo estava resolvida a ir
90 S en h or vos dê que acheis descanso cada um a com ela, deixou de lhe falar.
em casa de seu m arido. E, beijando-as ela, levanta­ l9Assim, pois, foram -se am bas, até que chegaram
ram a sua voz e choraram . a Belém; e sucedeu que, en tra n d o elas em Belém,

Aonde quer que tu (ores Irei eu guma, apóia esse tipo de relacionamento, como é o caso da re­
(1.16) ferência em estudo.
Os homossexuais agem assim com qualquer personagem his­
tórico. bíblico ou extrabíblico. Mas o Antigo Testamento condena
Homossexualismo. A teologia gay procura identificar o re­
essa prática, e deixa isso bem claro (Ver nota sobre 2Sm 1.26).
lacionamento de Rute e Noemi com o lesbianismo.
Logo, a interpretação de alguns de que houve envolvimento se­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É, no mínimo, curioso ver xual entre Rute e sua sogra, Noemi, não é aceitável. O que havia,
como os apologistas gays se apegam a qualquer coisa em de fato, era uma profunda afinidade espiritual entre as duas, algo
busca de credibilidade, inclusive na Bíblia, que, em hipótese al­ superior ao amor erótico.

279
RUTE 1,2,3

toda a cidade se com oveu p o r causa delas, e diziam: m arido; e deixaste a teu pai e a tu a m ãe, e a terra
Não é esta Noemi? onde nasceste, e vieste para u m povo qu e antes não
20P orém ela lhes dizia: N ão m e cham eis N oem i; conheceste.
cham ai-m e M ara; porque grande am argura m e tem I20 Se n h o r retrib u a o teu feito; e te seja concedido
dado o Todo-Poderoso. pleno galardão da parte do Se n h o r Deus de Israel,
2'Cheia parti, porém vazia o Senho r m e fez tom ar; sob cujas asas te vieste abrigar.
por que pois m e chamareis Noemi? O Senhor testifica 13E disse ela: Ache eu graça em teus olhos, senhor meu,
contra m im , e o Todo-Poderoso m e tem feito mal. pois m e consolaste, e falaste ao coração da tua serva,
22Assim N oem i voltou, e com ela Rute a m oabita, não sendo eu ainda com o um a das tuas criadas.
sua nora, que veio dos cam pos de M oabe; e chega­ HE, sendo já h ora de comer, disse-lhe Boaz: Ache-
ram a Belém no princípio da colheita das cevadas. ga-te aqui, e com e do pão, e m olha o teu bocado no
vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e
R u te respiga n o cam po ele lhe deu do trigo tostado, e com eu, e se fartou, e
de Boaz ainda lhe sobejou.
E TIN H A N oem i u m p arente de seu m arido, 15E, levantando-se ela a colher, Boaz deu ordem aos
2 ho m em valente e poderoso, da família de Elime-
leque; cera o seu nom e Boaz.
seus m oços, dizendo: Até entre as gavelas deixai-a
colher, e n ão a censureis.
2E Rute, a m oabita, disse a Noemi: D eixa-m e ir ao I6E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar,
cam po, e apanharei espigas atrás daquele em cujos para que os colha, e n ão a repreendais.
olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, m inha filha. I7E esteve ela ap an h an d o n aquele cam po até à
’Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no cam po tarde; e d eb u lh o u o que ap an h o u , e foi quase u m
após os segadores; e caiu-lhe em sorte um a parte do efa de cevada.
cam po de Boaz, que era da família de Elimeleque. 18E to m o u -o , e veio à cidade; e viu sua sogra o que
■•E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segado­ tinha apanhado; tam b ém tiro u , e d eu -lh e o que
res: O Se nho r seja convosco. E disseram -lhe eles: O sobejara depois de fartar-se.
Se n h o r te abençoe. I9E ntão disse-lhe sua sogra: O n d e colheste hoje,
5D epois disse Boaz a seu m oço, que estava posto e on d e trabalhaste? Bendito seja aquele q u e te re­
sobre os segadores: De quem é esta moça? conheceu. E relato u à sua sogra com qu em tin h a
6E respondeu o m oço, que estava posto sobre os trabalhado, e disse: O nom e do hom em com quem
segadores, e disse: Esta é a m oça m oabita que voltou hoje trabalhei é Boaz.
com N oem i dos cam pos de M oabe. 20Então N oem i disse à sua nora: Bendito seja ele
7Disse-m e ela: D eixa-m e colher espigas, e ajuntá- do Se nho r , que ainda não tem deixado a sua bene­
las entre as gavelas após os segadores. Assim ela veio, ficência n em p ara com os vivos nem p ara com os
e desde pela m anhã está aqui até agora, a não ser um m ortos. Disse-lhe m ais Noemi: Este hom em é nosso
pouco que esteve sentada em casa. parente chegado, e um dentre os nossos rem idores.
21E disse Rute, a m oabita: Tam bém ainda m e disse:
Boaz fa la a R u te b en ig n a m en te C om os m oços que tenho te ajuntarás, até que aca­
"Então disse Boaz a Rute: Ouve, filha m inha; não bem toda a sega que tenho.
vás colher em o utro cam po, nem tam pouco passes 22E disse N oem i a sua nora: M elhor é, filha m inha,
daqui; porém aqui ficarás com as m inhas moças. que saias com as suas moças, para que n o u tro cam ­
9Os teus olhos estarão atentos n o cam po que se­ po não te encontrem .
garem , e irás após elas; não dei ordem aos m oços, 23Assim, aju n to u -se com as m oças de Boaz, para
que não te molestem? Tendo tu sede, vai aos vasos, colher até que a sega das cevadas e dos trigos se aca­
e bebe do que os m oços tirarem . bou; e ficou com a sua sogra.
'“E ntão ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou
à terra; e disse-lhe: Por que achei graça em teus R u te vai deitar-se aos pés
olhos, para que faças caso de m im , sendo eu um a d e B oaz
estrangeira? E DISSE-LHE N oem i, sua sogra: M in h a filha,
' 'E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se m e contou
q u an to fizeste à tua sogra, depois da m o rte de teu
3não hei de b uscar descanso, p ara qu e fiques
bem?

280
RUTE 3,4

20 r a , pois, não é Boaz, com cujas m oças estiveste, tro, p o rq u an to ele disse: N ão se saiba que alguma
de nossa parentela? Eis que esta n o ite padejará a m ulher veio à eira.
cevada n a eira. l5Disse mais: D á-m e a capa que tens sobre ti, e se­
’Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e gura-a. E ela a segurou; e ele m ediu seis medidas de
desce à eira;porém não te dês a conhecer ao hom em , cevada, e lhas pôs em cim a; então foi para a cidade.
até que tenha acabado de com er e beber. ,6E foi à sua sogra, que lhe disse: C om o foi, m inha
4E há de ser que, quando ele se deitar, notarás o lugar filha? E ela lhe contou tu d o q u an to aquele hom em
em que se deitar; então entrarás, e descobrir-lhe-ás os lhe fizera.
pés, e te deitarás, e ele te fará saber o que deves fazer. 17Disse mais: Estas seis medidas de cevada m e deu,
5E ela lhe disse: Tudo q uanto m e disseres, farei. porque m e disse: N ão vás vazia à tua sogra.
6Então foi para a eira, e fez conform e a tu d o quanto 1 "Então disse ela: Espera, m in h a filha, até que
sua sogra lhe tinha ordenado. saibas com o irá o caso, porque aquele h om em não
7Havendo, pois, Boaz com ido e bebido, e estando descansará até que conclua hoje este negócio.
já o seu coração alegre, veio deitar-se ao pé de um
m onte de grãos; então veio ela de m ansinho, e lhe B oaz casa co m R u te
descobriu os pés, e se deitou. E BOAZ subiu à p o rta, e assentou-se ali; e eis

B oaz reconhece seu dever de


4
que o rem idor de que Boaz tin h a falado ia pas­
sando, e disse-lhe: Ó fulano, vem cá, assenta-te aqui.
casar com R u te E desviou-se para ali, e assentou-se.
8E sucedeu que, pela m eia- noite, o hom em es­ ^Então to m o u dez h om ens dos anciãos d a cidade, e
trem eceu, e se voltou; e eis que um a m u lh er jazia disse: Assentai-vos aqui. E assentaram -se.
a seus pés. 3Então disse ao rem idor: Aquela parte da terra que
9E disse ele: Q uem és tu? E ela disse: S om Rute, tua fo i de Elimeleque, nosso irm ão, N oem i, que to rn o u
serva; estende pois tu a capa sobre a tua serva, por­ da terra dos m oabitas, está vendendo.
que tu és o remidor. 4E eu resolvi in fo rm ar-te disso e dizer-te: C om -
I0E disse ele: Bendita sejas tu do Se nho r , m inha fi­ pra-fl diante dos habitantes, e d iante dos anciãos do
lha; m elhor fizeste esta tua últim a benevolência do m eu povo; se a hás de redim ir, redim e-a, e se não a
que a prim eira, pois após n en h u m dos jovens foste, houveres de redim ir, declara-m o, p ara que o saiba,
quer pobre quer rico. pois o u tro não há senão tu que a redim a, e eu depois
1 'Agora, pois, m in h a filha, não temas; tudo quanto de ti. Então disse ele: Eu a redim irei.
disseste te farei, pois toda a cidade do m eu povo sabe 5Disse p o rém Boaz: No dia em que com prares a
que és m ulher virtuosa. te rra da m ão de N oem i, tam b ém a com prarás da
u Porém agora é verdade que eu sou rem idor, mas m ão de Rute, a m oabita, m u lh er do falecido, para
ainda outro rem idor há m ais chegado do que eu. suscitar o n o m e do falecido sobre a sua herança.
,3Fica-te aqui esta noite, e será que, pela m anhã, se 6Então disse o rem idor: Para m im não a poderei
ele te redim ir, bem está, que te redim a; porém , se não redim ir, para que não prejudique a m inha herança;
quiser te redim ir, vive o Se nho r , que eu te redim irei. tom a para ti o m eu direito de rem issão, p orque eu
D eita-te aqui até am anhã. não a poderei redimir.
l4Ficou-se, pois, deitada a seus pés até pela m anhã, 7Havia, pois, já de m u ito tem po este costume em
e levantou-se antes que pudesse um conhecer o o u ­ Israel, quanto a remissão e perm uta, para confirm ar

to de que há contradição nesta seqüência bíblica, pois a situação


Também tomo por mulher a Rute, a moabita,
proposta pelo texto era extremamente possível quando não hou­
que foi mulher de Malom
vesse irmão sobrevivente do falecido, e Quiliom já havia morrido.
(4.3-10)
Neste caso, a responsabilidade recaía sobre o parente mais pró­
ximo, e assim por diante. Antes de Boaz, só havia o remidor não
Ceticismo. Declara que o procedimento adotado por Boaz
identificado que, provavelmente, valendo-se da admoestação de
para com Rute, e vice-versa, não estava de acordo com a
Deuteronômio 23.3, não quis assumir Rute como esposa (v. 6).
lei mosaica do levirato (Dt 25.5-10), o que entende ser uma con­
Rute. então, para livrar-se da solenidade de humilhação portersído
tradição bíblica.
rejeitada pelo remidor, propôs a Boaz que a tomasse por esposa e.
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Várias circunstâncias devem assim, fosse o seu remidor, no lugar do outro. Devido ãs circunstân­
«=■ ser consideradas para que não exista o errôneo pensamen­ cias. não existe contradição bíblica quanto à lei do Levirato.

281
RUTE 4

todo o negócio; o hom em descalçava o sapato e o R u te dá à lu z O bede, avô d e D avi


dava ao seu próxim o; e isto era por testem unho em l3Assim to m o u Boaz a Rute, e ela lhe foi p o r m u ­
Israel. lher; e ele a possuiu, e o Se n h o r lhe fez conceber, e
8Disse, pois, o rem idor a Boaz: Tom a-a para ti. E deu à luz um filho.
descalçou o sapato. l4Então as m ulheres disseram a N oem i: Bendito
9E ntão Boaz disse aos anciãos e a todo o povo: seja o Se n h o r , que não deixou hoje de te dar rem i­
Sois hoje testem unhas de que tom ei tu d o quanto dor, e seja o seu n o m e afam ado em Israel.
foi de Elimeleque, e de Quiliom, e de Malom, da mão 15Ele te será p o r restaurador da alma, e n u trirá a tu a
de Noemi, velhice, pois tu a n o ra, que te am a, o deu à luz, e ela
10E de que tam bém to m o p o r m u lh er a Rute, a te é m elhor do qu e sete filhos.
m oabita, que fo i m ulher de M alom , para suscitar 16E N oem i to m o u o filho, e o pôs n o seu colo, e foi
o n o m e do falecido sobre a sua herança, para que sua ama.
o n o m e do falecido não seja desarraigado den tre 17E as vizinhas lhe d eram um nom e, dizendo: A
seus irm ãos e da p o rta do seu lugar; disto sois hoje N oem i nasceu um filho. E d eram -lh e o n o m e de
testem unhas. O bede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
1 'E todo o povo que estava na porta, e os anciãos,
disseram: Somos testem unhas; o Se n h o r faça a esta As gerações d e Perez
m ulher, que en tra na tua casa, com o a Raquel e lsEstas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou
com o a Lia, que am bas edificaram a casa de Israel; a H ezrom ,
e p o rta-te valorosam ente em Efrata, e faze-te nom e 1 l,E Hezrom gerou a Rão, e Rão gerou a Aminadabe,
afam ado em Belém. 20E A m inadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou
12E seja a tu a casa com o a casa de Perez (que Tamar a Salm om ,
deu à luz a Judá), pela descendência que o Se nho r 2IE Salm om gerou a Boaz, e Boaz gerou a O bede,
te der desta moça. 22E O bede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.

282
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

1Samuel
T it u l o
O título deriva, provavelm ente, de seu autor parcial e últim o juiz de Israel, o profeta Samuel. Na Bí­
blia hebraica, originalm ente, os livros 1 e 2Samuel form avam um só. Em algum as Bíblias católicas, esse li­
vro tam bém era cham ado de IReis, e 2Samuel, de 2Reis. C om o conseqüência, 1 e 2Reis eram cham ados
de 3 e 4Reis.

A u t o r ia e data

É de Samuel, cujo nom e significa “ouvido p or D eus”. Evidências internas indicam que dificilm ente o
livro teria sido escrito antes da m orte de Salomão. Na passagem 27.6, há um a referência à m onarquia d i­
vidida. U m a provável data da com posição do livro seria 930 a.C.
Para sua com posição, o autor teria consultado os arquivos reais e diversas o u tras fontes. Entre estas, es­
tariam os “Atos de Davi”, escritos por Samuel ( ISm 10.25), N atan e Gade. Tais fontes são citadas em lC rô-
nicas 29.29.

A ssunto
O livro é bastante abrangente. Seu princípio relata a transição do período dos juizes para o período m o ­
nárquico de Israel (Cap. 1 a 9). Nesta seção, a figura central é o p ró p rio Samuel, últim o juiz de Israel, que,
p o r m eio da unção de Saul, inicia a m onarquia na nação.
O restante do livro relata as histórias de Saul, o prim eiro rei, e de Davi, que, em bora não tenha sido re­
conhecido com o rei até a m orte de Saul, é reconhecido po r todos com o o escolhido de Deus. Se conside­
rássem os o período áureo de Israel com o aquele abrangido p o r Saul, Davi e Salomão, o livro de 1Samuel
enfocaria o início desse período.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Sua historicidade é confirm ada pelo p ró p rio Jesus, que se utiliza da passagem de Davi e seus co m p a­
nheiros com endo o pão restrito aos sacerdortes (IS m 21.1-6) para q uebrar o cerim onialism o árido que
havia envolvido a guarda do sábado em seus dias (M t 12.3,4).
Por n arrar o início do poder executivo em Israel, retrata a superioridade de D eus sobre os falsos deu ­
ses das nações ( ISm 5) e a reprovação de Deus quanto à idolatria ( ISm 7).
Algumas de suas passagens têm sido distorcidas nos tem pos m odernos. Entre as m ais com uns está o
episódio de Saul e a feiticeira (cap. 28), em que supostam ente Samuel, já m o rto , teria aparecido a Saul e
falado a respeito de sua m orte. Isto de fato seria um a incoerência, um a vez que D eus não havia falado de
m odo legítim o com Saul (IS m 28.6) e não escolheria, de m o d o algum , esta prática proibida pela própria
lei (D t 18.9-14).
O u tra passagem m aliciosam ente distorcida nos tem pos m o d ern o s tem sido a am izade entre Davi e Jô-
natas, filho de Saul (IS m 18.1-4). E m bora o texto não faça n en h u m a afirm ação hom ossexual evidente, al­
gum as pessoas têm distorcido as palavras bíblicas, dando-lhes essa conotação, para tentar justificar p ráti­
cas condenadas po r toda a Escritura.
SAMUEL
O PRIMEIRO LIVRO DE

E lcana e suas m ulheres d o num a cadeira, ju n to a u m p ilar do tem p lo do


HOUVE um hom em de R am ataim -Zofim , da S en h o r .
1 m o n tan h a de Efraim , cujo no m e era Elcana,
filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de
1 °Ela, pois, com am argura de alma, o ro u ao S enhor ,
e chorou abundantem ente.
Zufe, efrateu. " E fez um voto, dizendo: S en h or dos Exércitos!
2E este tinha duas m ulheres: o nom e de um a era Se ben ig n am en te atentares p ara a aflição da tu a
Ana, e o da outra Penina. E Penina tin h a filhos, p o ­ serva, e de m im te lem brares, e da tua serva não te
rém Ana não os tinha. esqueceres, m as à tu a serva deres um filho hom em ,
’Subia, pois, este hom em , da sua cidade, de ano em ao S enhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre
ano, a ad orar e a sacrificar ao S en h or dos Exércitos a sua cabeça não passará navalha.
em Siló; e estavam ali os sacerdotes do S enhor , Hofni 12E sucedeu que, perseverando ela em o rar perante
e Finéias, os dois filhos de Eli. o S enhor , Eli observou a sua boca.
4E sucedeu que n o dia em que Elcana sacrificava, 1-’P orquanto Ana no seu coração falava; só se m o ­
dava ele porções a Penina, sua m ulher, e a todos os viam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz;
seus filhos, e a todas as suas filhas. pelo que Eli a teve p o r em briagada.
5Porém a Ana dava um a parte excelente; porque UE disse-lhe Eli: Até q u ando estarás tu em briaga­
am ava a Ana, em bora o S enhor lhe tivesse cerrado da? A parta de ti o teu vinho.
a madre. l5Porém Ana respondeu: N ão, senhor m eu, eu sou
6E a sua rival excessivamente a provocava, para a um a m u lh er atribulada de espírito; nem vinho nem
irritar; porque o S enhor lhe tinha cerrado a madre. bebida forte tenho bebido; porém tenho d erram a­
7E assim fazia ele de ano em ano. Sem pre que Ana do a m inha alm a p erante o S enhor .
subia à casa do S en h or , a outra a irritava; p o r isso u’N ão tenhas, pois, a tu a serva p o r filha de Belial;
chorava, e não comia. porqu e da m u ltid ão dos m eus cuidados e do m eu
“Então Elcana, seu m arido, lhe disse: Ana, p o r que desgosto tenho falado até agora.
choras? E por que não comes? E po r que está mal o teu 17E ntão resp o n d eu Eli: Vai em paz; e o D eus de
coração? N ão te sou eu m elhor do que dez filhos? Israel te conceda a petição que lhe fizeste.
I8E disse ela: Ache a tu a serva graça aos teus olhos.
A n a roga a D eus q u e lhe dê u m filh o Assim a m u lh er foi o seu cam inho, e com eu, e o seu
’E n tão A na se levantou, depois que com eram e sem blante já não era triste.
b eberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava assenta­ I9E levantaram -se de m adrugada, e adoraram pe-

Houve um homem [...] da montanha de seja reconhecido que tanto Samuel quanto seu pai, Elcana, eram
Efraim, cujo nome era Elcana procedentes da tribo levítica.
( 1. 1) O texto comparado simplesmente informa que Elcana vivia nas
montanhas de Efraim. É do conhecimento de todos que os levi­
Ceticismo. Infere contradição entre este versículo e 1Crô­
tas, por nào terem possessão material terrena, eram distribuídos
nicas 6.16.30, que diz que Elcana, pai de Samuel, é chama­
pelos territórios das doze tribos para que servissem nos afazeres
do de levita e nào de efraimita.
sacerdotais (Nm 35.6) A probabilidade é que Ramataim-Zofim,
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os dois textos estão corre- onde Elcana vivia, tenha sido uma das cidades designadas para
• = tosl Eli levou Samuel, ainda como aprendiz, para oficiar no a distribuição dos levitas.
templo. Posteriormente, Samuel começou a desempenhar fun­ Conclusão: Elcana era levita por descendência e efraimita por
ções do sacerdócio. Estes fatos dão suporte teológico para que localização geográfica.

284
1SAMUEL 1,2

rante o Sen h o r , e voltaram , e chegaram à sua casa, m intos; até a estéril d eu à luz sete filhos, e a que tinha
em Ramá, e Elcana conheceu a Ana sua m ulher, e o m uitos filhos enfraqueceu.
Se n h o r se lem brou dela. 60 Se n h o r é o qu e tira a vida e a dá; faz descer à
sepultura e faz tornar a subir dela.
N asce S a m u e l e é consagrado a D eus rO Se n h o r em pobrece e enriquece; abaixa e ta m ­
20E sucedeu que, passado algum tem po, A na con­ bém exalta.
cebeu, e deu à luz um filho, ao qual cham ou Samuel; “Levanta o pobre do pó, e desde o m o n tu ro exalta
porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senho r . o necessitado, para o fazer assentar entre os p rín ci­
2IE subiu aquele hom em Elcana com to d a a sua pes, para o fazer h erd ar o tro n o de glória; p orque
casa, a oferecer ao Se n h o r o sacrifício anual e a do Se n h o r são os alicerces da terra, e assentou sobre
cumprir o seu voto. eles o m undo.
22Porém Ana não subiu; m as disse a seu m arido: 9Os pés dos seus santos guardará, p o rém os ím pios
Q uando o m enino for desm am ado, então o levarei, ficarão m u d o s nas trevas; p o rq u e o h o m em não
para que apareça perante o Se nho r , e lá fique para prevalecerá pela força.
sempre. 1 °Os que contendem com o Se n h o r serão q u eb ran ­
23E Elcana, seu m arido, lhe disse: Faze o que bem tados, desde os céus trovejará sobre eles; o Se nho r
te parecer aos teus olhos; fica até que o desmam es;
julgará as extrem idades da terra; e dará força ao seu
então som ente confirm e o Se n h o r a sua palavra.
rei, e exaltará o p o d er do seu ungido.
Assim ficou a m ulher, e deu leite a seu filho, até que
“ E ntão Elcana foi a Ram á, à sua casa; p o rém o
o desm am ou.
m enino ficou servindo ao Se n h o r , p erante o sacer­
24E, h a v e n d o - o d e s m a m a d o , t o m o u - o c o n s ig o ,
dote Eli.
c o m trê s b e z e rro s , e u m efa d e fa rin h a , e u m o d r e d e
v in h o , e le v o u -o à c a sa d o S enhor , e m Siló, e era o
Os pecados dos filh o s de Eli
m e n in o ainda m uito c ria n ç a .
l2Eram, porém , os filhos de Eli filhos de Belial; não
25E degolaram u m bezerro, e trouxeram o m enino
conheciam ao Senhor .
a Eli.
1 ’Porquanto o costum e daqueles sacerdotes com o
2<,E disse ela: Ah, m eu senhor, viva a tua alma, m eu
povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício,
senh o r ; eu sou aquela m ulher que aqui esteve conti­
estando-se cozendo a carne, vinha o m oço do sacer­
go, p ara o rar ao Se nho r .
dote, com um garfo de três dentes em sua m ão;
27Por este m enino orava eu; e o Se n h o r atendeu à
l4E enfiava-o na caldeira, o u na panela, o u no cal­
m inha petição, que eu lhe tinha feito.
28Por isso tam bém ao Se n h o r eu o entreguei, por deirão, ou na m arm ita; e tu d o q u anto o garfo tirava,
todos os dias que viver, pois ao Se n h o r foi pedido. E o sacerdote tom ava p ara si; assim faziam a todo o
adorou ali ao Se nho r . Israel que ia ali a Siló.
1 ’Tam bém antes de queim arem a g o rd u ra vinha o
O cân tico de A n a m oço do sacerdote, e dizia ao ho m em que sacrifi­
ENTÃO orou Ana, e disse: O m eu coração cava: Dá essa carne para assar ao sacerdote; porque
2 exulta ao Se n h o r , o m eu p o d er está exaltado
no Se n h o r ; a m inha boca se dilatou sobre os m eus
não receberá de ti carne cozida, m as crua.
16E, dizendo-lhe o hom em : Q ueim e-se prim eiro a
inim igos, porquanto m e alegro n a tu a salvação. g ordura de hoje, e depois to m a para ti quanto dese­
2N ão há santo com o o Se n h o r ; p o rq u e não há jar a tu a alma, então ele lhe dizia: Não, agora a hás
o u tro fora de ti; e rocha nenhum a há com o o nosso de dar, e, se não, p o r força a tom arei.
Deus. ,7Era, pois, m u ito gran d e o pecado destes m oços
’N ão m ultipliqueis palavras de altivez, nem saiam perante o Se n h o r , p o rq u an to os h om ens despreza­
coisas arrogantes da vossa boca; po rq u e o Se n h o r vam a oferta do Senho r .
é o D eus de conhecim ento, e p o r ele são as obras
pesadas na balança. O m in istério d e S a m u e l
40 a rco d o s f o r te s fo i q u e b r a d o , e o s q u e t r o p e ç a ­ 1 “Porém Samuel m inistrava perante o Senhor , sen­
v a m f o ra m c in g id o s d e fo rça . do ainda jovem , vestido com um éfode de linho.
5O s fartos se alugaram p o r pão, e cessaram os fa­ 19E sua m ãe lhe fazia um a tú n ica pequena, e de ano

285
1SAMUEL2,3

em ano lha trazia, quan d o com seu m arido subia h o n ras a teus filhos m ais do que a m im , para vos
para oferecer o sacrifício anual. engordardes do principal de todas as ofertas do m eu
20E Eli abençoava a Elcana e a sua m ulher, e dizia: O povo de Israel?
Se n h o r te dê descendência desta m ulher, pela peti­ ’"Portanto, diz o Se n h o r Deus de Israel: Na verda­
ção que fez ao Se nho r . E voltavam para o seu lugar. de tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai
2lV isitou, pois, o Se n h o r a Ana, que concebeu, e and ariam d ian te de m im p erp etu am en te; porém
deu à luz três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel agora diz o Se n h o r : Longe de m im tal coisa, porque
crescia diante do Senho r . aos que m e h o n ram h onrarei, p o rém os que m e
22Era, p orém , Eli já m uito velho, e ouvia tu d o desprezam serão desprezados.
quanto seus filhos faziam a to d o o Israel, e de com o 3'Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e
se deitavam com as m ulheres que em bandos se o braço da casa de teu pai, para que não haja mais
ajuntavam à p o rta da tenda da congregação. ancião algum em tu a casa.
23E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Pois ouço Í2E verás o aperto da m orada de Deus, em lugar de
de todo este povo os vossos malefícios. todo o bem que houvera de fazer a Israel; nem have­
24Não, filhos m eus, porque não éboa esta fam a que rá p o r todos os dias ancião algum em tu a casa.
ouço; fazeis transgredir o povo do Senho r . ,30 h o m em , p o rém , a quem eu n ão desarraigar
25Pecando hom em contra hom em , os juizes o ju l­ do m eu altar será para te consum ir os olhos e para
garão; pecando, porém , o hom em contra o S e nho r , te entristecer a alma; e toda a m u ltidão da tu a casa
quem rogará p o r ele? Mas não ouviram a voz de seu m orrerá q u an d o chegar à idade varonil.
pai, p orque o Se n h o r os queria matar. 34E isto te será por sinal, a saber: o que acontecerá a
26E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se agradá­ teus dois filhos, a H ofni e a Finéias; am bos m orrerão
vel, assim para com o Se n h o r , com o tam bém para no m esm o dia.
com os hom ens. 35E eu suscitarei p ara m im um sacerdote fiel, que
procederá segundo o m eu coração e a m in h a alma,
Profecia contra a casa d e E li e eu lhe edificarei u m a casa firme, e andará sem pre
27E veio u m hom em de Deus a Eli, e disse-lhe: As­ diante do m eu ungido.
sim diz o Se n h o r : N ão m e manifestei, na verdade, à 36E será que to d o aquele que restar da tu a casa virá
casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, na casa a inclinar-se diante dele p o r u m a m oeda de p rata e
de Faraó? p o r um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que m e a d ­
28E eu o escolhi den tre todas as trib o s de Israel m itas a algum m inistério sacerdotal, para que possa
po r sacerdote, para oferecer sobre o m eu altar, para com er um pedaço de pão.
acender o incenso, e para trazer o éfode p erante
m im ; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queim a­ D eus fa la com S a m u e l em visão
das dos filhos de Israel. E O JOVEM Samuel servia ao Se n h o r perante
29Por que pisastes o m eu sacrifício e a m inha ofer­
ta de alim entos, que ordenei na m inha m orada, e
3Eli; e a palavra d o S e n h o r era de m u ita valia
naqueles dias; não havia visão m anifesta.

Tinha (alado eu [...] porém agora diz o SENHOR to na vida de Jonas (Jn 3.4-10). Deus pretendia destruir Níni-
(2.30) ve por causa da extrema malícia de seus habitantes, tal como
fez com Sodoma, por meio de seu imutável critério e justiça di­
Ceticismo. Atribui incoerência à Bíblia porque o seu Au­
vina. Mas a obediência dos ninivitas, por conta da pregação do
tor (Deus), a quem a teologia cristà atribui perfeição, muda
profeta Jonas, fez que Deus optasse por uma ‘ mudança de ati­
de idéia.
tude". Ou seja, uma aplicação correta (em termos divinos) de
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O emprego da linguagem sua justiça, em uma perfeita e sábia demonstração de que o Pai
*= antropomórfica na referência em pauta não desmerece a sabe lidar apropriadamente com as mudanças de comporta­
presciência do Deus Todo-Poderoso e muito menos contradiz as mento dos homens.
declarações bíblicas que atestam a imutabilidade divina. A ex­ Confrontando o "arrependimento" de Deus com o arrependi­
pressão ‘ arrepende-te", que em seu sentido real significa 'mudar mento do homem, constatamos haver grandes diferenças. 0
de atitude", é simplesmente uma indicação, em linguagem huma­ homem, quando se arrepende, muda seus critérios, seus valo­
na, de que o procedimento de Deus para com o homem que peca res e, conseqüentemente, sua atitude. O Senhor Deus, não. Ao
é necessariamente diferente da posição que o Senhor toma em se "arrepender", muda de atitude, mas sem jamais alterar seus
relação à pessoa que lhe obedece. critérios, característica em que se acha estampada sua imuta­
Um exemplo prático e perfeitamente aplicável pode ser vis­ bilidade!

286
1SAMUEL3.4

2E sucedeu, naquele dia, que, estando Eli deitado no S a m u e l co n ta a rnsão a E li


seu lugar (e os seus olhos com eçavam a escurecer, ISE Samuel ficou deitado até pela m anhã, e então
pois não podia ver), abriu as p o rtas da casa do Se n h o r ; p o rém tem ia
3E estando também Samuel já deitado, antes que a Samuel relatar esta visão a Eli.
lâm pada de Deus se apagasse no tem plo d o Se nho r , l6Então cham ou Eli a Samuel, e disse: Samuel, m eu
onde estava a arca de Deus, filho. E disse ele: Eis-me aqui.
■•O Se n h o r cham ou a Samuel, e disse ele: Eis-m e 1 7E ele disse: Q ual é a palavra que te falou? Peço-te
aqui. que não m a encubras; assim D eus te faça, e o u tro
5E correu a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me tanto, se m e encobrires alguma palavra de todas as
chamaste. Mas ele disse: N ão te cham ei eu, torna a que te falou.
deitar-te. E foi e se deitou. 18Então Samuel lhe co ntou todas aquelas palavras,
6E o S e nho r to rn o u a cham ar ou tra vez a Samuel, e e nada lhe encobriu. E disse ele: Ele é o Se n h o r ; faça
Samuel se levantou, e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, o que bem parecer aos seus olhos.
porque tu m e chamaste. Mas ele disse: N ão te cha­ I9E crescia Samuel, e o Se n h o r era com ele, e n e­
mei eu, filho m eu, torna a deitar-te. n h u m a de todas as suas palavras deixou cair em
7Porém Samuel ainda não conhecia ao Se n h o r , e terra.
ainda não lhe tinha sido m anifestada a palavra do -°E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu
Senhor . que Sam uel estava confirm ado p o r profeta do Se­
kO Se nho r , pois, to rn o u a cham ar a Samuel terceira nhor.

vez, e ele se levantou, e foi a EU, e disse: Eis-me aqui, 2IE co n tin u o u o Se n h o r a aparecer em Siló; p o r­
porque tu m e chamaste. Então entendeu Eli que o quan to o Se n h o r se m anifestava a Sam uel em Siló
Se nho r chamava o jovem. pela palavra do Senho r .
'’Por isso Eli disse a Samuel: Vai deitar-te e há de ser
que, se te chamar, dirás: Fala, Senhor , porque o teu ser­ Os filisteu s ven cem os israelitas
vo ouve. Então Samuel foi e se deitou no seu lugar. E VEIO a palavra de Sam uel a to d o o Israel; e
,0Então veio o Se nho r , e pôs-se ali, e cham ou com o
das outras vezes: Sam uel, Samuel. E disse Samuel:
4 Israel saiu à peleja co n tra os filisteus e acam ­
pou-se ju n to a Ebenézer; e os filisteus se acam param
Fala, porque o teu servo ouve. ju n to a Afeque.
1' E disse o Se n h o r a Samuel: Eis que vou fazer uma 2E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha,
coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão para sair contra Israel; e, estendendo-se a peleja, Is­
am bos os ouvidos. rael foi ferido diante dos filisteus, p o rq u e feriram na
12N aquele m esm o dia suscitarei co n tra Eli tu d o batalha, no cam po, uns qu atro mil hom ens.
q u an to tenho falado co n tra a sua casa, com eçarei 3E voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos
e acabarei. de Israel: Por qu e nos feriu o Se n h o r hoje diante
u Porque eu já lhe fiz saber que julgarei a sua casa dos filisteus? Tragam os de Siló a arca da aliança do
para sem pre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, Se nho r , e venha no m eio de nós, p ara que nos livre
porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os da m ão de nossos inim igos.
repreendeu. 4Enviou, pois, o povo a Siló, e tro u x eram de lá a
u Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jam ais será arca da aliança do Se n h o r dos Exércitos, que habita
expiada a sua iniqüidade, nem com sacrifício, nem entre os querubins; e os dois filhos de Eli, H ofni e
com oferta de alimentos. Finéias, estavam ali com a arca da aliança de Deus.

Fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu com que Eli teria aplicado as palavras de reprovação à sua prole
(3.13) desobediente. Assim, a questão em pauta pode ser dirimida pela
leitura de 1Samuel 2.29: ‘ E honras a teus filhos mais do que a
Ceticismo. Apresenta contradição nesta referência quan­
mim*. O que comprova a falta de severidade com que Eli corrigia
do comparada com 1Samuel 2.23-25, onde está registra­
seus filhos, por isso não mudaram de atitude em relação ás coi­
do que Eli repreendeu seus filhos rebeldes.
sas santas. Deus, então, "derramou" sua ira sobre Eli, cuja palavra
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: De fato, o capítulo dois fala de reprovação aos réprobos atos filiais não teria tido, aos olhos de
=■ da repreensão de Eli. Entretanto, é necessário enfatizar que Deus, caráter de efetiva repreensão. Resumindo, o problema não
a narrativa escrita não pode transmitir com fidelidade a emoção estava na ação, mas na maneira como foi executada.

287
1SAMUEL 4 ,5

’E sucedeu que, vindo a arca da aliança do S enhor e quebrou-se-lhe o pescoço e m orreu; p o rquanto o
ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, hom em era velho e pesado; e tin h a ele julgado Israel
até que a terra estremeceu. quarenta anos.
hE os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: 19E, estando sua nora, a m ulher de Finéias, grávida,
Q ue voz de grande júbilo é esta no arraial dos h e­ e próxim a ao parto, e ouvindo estas notícias, de que
breus? Então souberam que a arca do S en h o r era a arca de Deus era tom ada, e de que seu sogro e seu
vinda ao arraial. m arid o m o rreram , en cu rv o u -se e deu à luz; p o r­
7Por isso os filisteus se atem orizaram , porque di­ quanto as dores lhe sobrevieram .
ziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! 2"E, ao tem po em que ia m o rren d o , disseram as
Tal nunca jam ais sucedeu antes. m ulheres que estavam com ela: N ão tem as, pois
8Ai de nós! Q uem nos livrará da m ão desses g ran­ deste à luz um filho. Ela porém não respondeu, nem
diosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos fez caso disso.
egipcios com todas as pragas ju n to ao deserto. 21E cham ou ao m enino Icabode, dizendo: De Israel
''Esforçai-vos, e sede hom ens, ó filisteus, para que se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tom ada, e
porventura não venhais a servir aos hebreus, com o po r causa de seu sogro e de seu m arido.
eles serviram a vós; sede, pois, hom ens, e pelejai. 22E disse: De Israel a glória é levada presa; pois é
"’Então pelejaram os filisteus, e Israel foi ferido, tom ada a arca de Deus.
fugindo cada um para a sua tenda; e foi tão grande
o estrago, que caíram de Israel trin ta m il hom ens A arca n a terra d o sfd isteu s
de pé. OS filisteus, pois, tom aram a arca de D eus e a
trouxeram de Ebenézer a Asdode.
A arca é tom ada. H ofni e Finéias são m ortos 2Tom aram os filisteus a arca de Deus, e a colocaram
n E foi tom ada a arca de Deus: e os dois filhos de Eli, na casa de D agom , e a puseram ju n to a Dagom.
Hofni e Finéias, m orreram . 3L evantando-se, p o rém , de m ad ru g ad a no dia
'-E ntão correu, da batalha, um hom em de Benja­ seguinte, os de Asdode, eis que D agom estava caído
m im , e chegou no m esm o dia a Siló; e trazia as vestes com o rosto em terra, diante da arca do S en h o r ; e to ­
rotas, e terra sobre a cabeça. m aram a D agom , e to rn aram a pô-lo no seu lugar.
I5E, chegando ele, eis que Eli estava assentado 4E, levantando-se de m adrugada, no dia seguinte,
n u m a cadeira, olhando para o cam inho; porquanto pela m anhã, eis que Dagom jazia caído com o rosto
o seu coração estava trem en d o pela arca de Deus. em terra diante da arca do S enhor ; e a cabeça de D a­
E ntrando, pois, aquele h om em a anunciar isto na gom e am bas as palm as das suas m ãos estavam corta­
cidade, toda a cidade gritou. das sobre o limiar; som ente o tronco ficou a Dagom.
I4E Eli, ouvindo os gritos, disse: Q ue alvoroço é ’Por isso nem os sacerdotes de D agom , nem ne­
esse? Então chegou aquele hom em apressadam ente, nhum de to d o s os que en tram na casa de D agom
e veio, e o anunciou a Eli. pisam o lim iar de D agom em Asdode, até ao dia de
I5E era Eli da idade de noventa e o ito anos; e es­ hoje.
tavam os seus olhos tão escurecidos, que já não 6Porém a m ão do S en h or se agravou sobre os de
po d ia ver. Asdode, e os assolou; e os feriu com hem orróidas,
lhE disse aquele hom em a Eli: Eu sou o que venho em Asdode e nos seus term os.
da batalha; porque eu fugi hoje da batalha. E disse 7Vendo então os hom ens de Asdode que assim /oi,
ele: Q ue coisa sucedeu, filho meu? disseram: N ão fique conosco a arca do Deus de Isra­
17Então respondeu o que trazia as notícias, e disse: el; pois a sua m ão é d u ra sobre nós, e sobre Dagom ,
Israel fugiu de diante dos filisteus, e houve tam bém nosso deus.
grande m atança entre o povo; e, além disso, tam bém 8Por isso enviaram mensageiros e congregaram a
teus dois filhos, Hofni e Finéias, m orreram , e a arca si todos os príncipes dos filisteus, e disseram: Q ue
de Deus foi tom ada. farem os nós da arca do D eus de Israel? E responde­
ram : A arca do D eus de Israel será levada até Gate.
A m orte de E li e da m u lh e r de Finéias Assim levaram para lá a arca do D eus de Israel.
l8E sucedeu que, fazendo ele m enção da arca de 9E sucedeu que, assim qu e a levaram , a m ão do
Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado da porta, S en h or veio contra aquela cidade, com m ui grande

288
1SAMUEL 5,6

vexame; pois feriu aos hom ens daquela cidade, des­ 6Por que, pois, endureceríeis o vosso coração,
de o pequeno até ao grande; e tinham hem orróidas com o os egípcios e Faraó endureceram os seus co­
nas partes íntim as. rações? Porventura depois de os haver tratad o tão
l0Então enviaram a arca de D eus a Ecrom . Suce­ mal, os não deixaram ir, e eles não se foram?
deu, porém , que, vindo a arca de Deus a Ecrom, os 7Agora, pois, tom ai e fazei-vos um carro novo, e
de Ecrom exclam aram , dizendo: T ransportaram tom ai duas vacas com crias, sobre as quais não tenha
para nós a arca do D eus de Israel, para nos m atarem , subido o jugo, e atai as vacas ao carro, e tirai delas os
a nós e ao nosso povo. seus bezerros e levai-os para casa.
n E enviaram , e congregaram a todos os príncipes “Então tom ai a arca do S enhor , e p o n d e-a sobre o
dos filisteus, e disseram : Enviai a arca do D eus de carro, e colocai, n u m cofre, ao seu lado, as figuras
Israel, e torne para o seu lugar, para que não m ate de o u ro que lhe haveis de oferecer em expiação da
nem a nós nem ao nosso povo. Porque havia m ortal culpa, e assim a enviareis, para que se vá.
vexame em toda a cidade, e a m ão de D eus m uito se ‘'Vede então: Se ela subir pelo cam inho do seu ter­
agravara ali. m o a B ete-Sem es,/oi ele quem nos fez este grande
I2E os h om en s que não m o rriam eram tão a ta­ mal; e, se não, saberem os que não nos tocou a sua
cados com h em o rró id a s que o clam o r da cidade mão, e que isto nos sucedeu p o r acaso.
subia até o céu. I0E assim fizeram aqueles hom ens, e to m aram
duas vacas que criavam , e as ataram ao carro; e os
Os filisteu s en via m a arca para fo ra da sua terra seus bezerros encerraram em casa.
HAVENDO, pois, estado a arca d o S e n h o r na 11E puseram a arca do S enhor sobre o carro, com o
6 terra dos filisteus sete meses,
2Os filisteus cham aram os sacerdotes e os adivi­
tam bém o cofre com os ratos de o u ro e com as im a­
gens das suas hem orróidas.
nhadores, dizendo: Q ue farem os nós com a arca l2E ntão as vacas se en cam in h aram d iretam ente
do Se n h o r ? Fazei-nos saber com o a to rn arem o s a pelo cam inho de Bete-Semes, eseguiam u m m esm o
enviar ao seu lugar. cam inho, an d an d o e b erran d o , sem se desviarem ,
*Os quais disseram: Se enviardes a arca do Deus de nem para a direita nem para a esquerda; e os p rín ­
Israel, não a envieis vazia, porém sem falta enviareis cipes dos filisteus foram atrás delas, até ao term o de
um a oferta para a expiação da culpa; então sereis Bete-Semes.
curados, e se vos fará saber p orque a sua m ão não
se retira de vós. A arca chega a B ete-S em es
4Então disseram : Q ual é a expiação da culpa que l3E andavam os de Bete-Semes fazendo a sega do
lhe havemos de enviar? E disseram: Segundo o n ú ­ trigo no vale, e, levantando os seus olhos, viram a
m ero dos príncipes dos filisteus,cinco hem orróidas arca, e, vendo-a, se alegraram .
de o u ro e cinco ratos de ouro; p o rq u an to a praga é 14E o carro veio ao cam po de Josué, o bete-sem ita, e
um a m esm a sobre todos vós e sobre todos os vossos p aro u ali o nde havia um a grande pedra. E fenderam
príncipes. a m adeira do carro, e ofereceram as vacas ao S hni ior
5Fazei,pois, um as im agens das vossas hem orróidas em holocausto.
e dos vossos ratos, que andam destruindo a terra, e 15E os levitas desceram a arca do S en h o r , com o
dai glória ao D eus de Israel; p o rv en tu ra aliviará a tam bém o cofre que estava ju n to a ela, em que
sua m ão de cim a de vós, e de cim a do vosso deus, e estavam os objetos de o u ro , e puseram -nos sobre
de cim a da vossa terra. aquela gran d e pedra; e os h o m en s de Bete-Semes

E puseram a arca do SENHOR sobre o carro teus, ainda que afastados da lei de Moisés, não lançaram mão
(6 . 10- 12) de imagens de ídolos para que fossem sendo cultuadas pelo
caminho, sendo certo que os "ratos" e as “hemorróidas" ape­
/Ck Catolicism o Romano. Emprega esta referência para
nas simbolizavam a maldição que os alcançou (cap. 5). Ob­
W justificar, como procedimento bíblico, as procissões que
viamente, não eram objetos de culto. O problema não está no
realiza.
ato da procissão, mas no emprego das malsinadas imagens
. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: As únicas semelhanças que, em datas comemorativas, recebem, por parte dos partici­
«= entre uma prática e outra é o andor (carro) e a multi­ pantes da procissão, louvor e honra cabíveis somente a Deus
dão (caravana) de pessoas que se dedicam ao ato. Os filis- e não aos homens.

289
1SAMUEL 6 ,7

o fe re c e ra m h o lo c a u s to s e sa c rifíc io s a o S enhor n o 4Então os filhos de Israel tiraram dentre si aos baa-


m e s m o d ia . lins e aos astarotes, e serviram só ao S e n h o r.
I6E, vendo aquilo os cinco príncipes dos filisteus, ’ Disse m ais Samuel: Congregai a todo o Israel em
voltaram para Ecrom no m esm o dia. Mizpá; e orarei p o r vós ao S enhor .
l7Estas, pois, são as hem orróidas de ouro que en ­ 6E congregaram -se em M izpá, e tiraram água, e a
viaram os filisteus ao S e n h o r em expiação da culpa: derram aram p eran te o S e n h o r, e jeju aram aquele
Por Asdode um a, po r Gaza o u tra, p o r Ascalom dia, e disseram ali: Pecamos contra o S e n h o r. E ju l­
outra, p o r Gate o utra, p o r Ecrom outra. gava Samuel os filhos de Israel em Mizpá.
lsC om o tam bém os ratos de ouro, segundo o n ú ­
m ero de todas as cidades dos filisteus, pertencentes Os fã is te u s são vencidos
aos cinco príncipes, desde as cidades fortificadas até "O uvindo, pois, os filisteus que os filhos de Israel
às aldeias, e até Abel. A grande pedra, sobre a qual estavam congregados em Mizpá, subiram os m aio ­
puseram a arca do S e n h o r, ainda está até ao dia de rais dos filisteus contra Israel; o que ouvindo os fi­
lhos de Israel, tem eram p o r causa dos filisteus.
hoje no cam po de Josué, o bete-sem ita.
8Por isso disseram os filhos de Israel a Samuel:
I9E o Senhor feriu os hom ens de Bete-Semes, p o r­
N ão cesses de clam ar ao S en h or nosso D eus p o r
q u anto olharam para dentro da arca do S f.n h o r; fe­
nós, para que nos livre da m ão dos filisteus.
riu do povo cinqüenta m il e setenta hom ens; então
9E ntão to m o u Sam uel um cordeiro de m am a, e
o povo se entristeceu, porq u an to o S en h or fizera tão
sacrificou-o inteiro em holocausto ao S e n h o r ; e
grande estrago entre o povo.
clam ou Samuel ao S e n h o r p o r Israel, e o S e n h o r lhe
2,)Então disseram os hom ens de Bete-Semes:
deu ouvidos.
Q uem poderia subsistir perante este santo S enhor
I0E sucedeu que, estando Sam uel sacrificando o
Deus? E a quem subirá de nós?
holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Is­
21Enviaram, pois, m ensageiros aos habitantes de
rael; e trovejou o S e n h o r aquele dia com grande es­
Q uiriate-Jearim , dizendo: Os filisteus rem eteram a
tro n d o sobre os filisteus, e os co nfundiu de tal modo
arca do S e n h o r; descei, pois, e fazei-a subir para vós. que foram d errotados diante dos filhos de Israel.
11E os hom ens de Israel saíram de Mizpá; e persegui­
ENTÃO vieram os hom ens de Q uiriate-Jearim ,
7 e levaram a arca do S enhor , e a trouxeram à casa
de Abinadabe, no outeiro; e consagraram a Eleazar,
ram os filisteus, e os feriram até abaixo de Bete-Car.
l2Então to m o u Samuel um a pedra, e a pôs entre
M izpá e Sem, e cham ou-lhe Ebenézer; e disse: Até
seu filho, para que guardasse a arca do S enhor . aqui nos ajudou o S e n h o r.
1-'Assim os filisteus foram abatidos, e nu n ca mais
S a m u e l exorta ao a rrep en d im en to vieram aos term os de Israel, p o rq u an to foi a m ão do
2E sucedeu que, desde aquele dia, a arca ficou em S en h or co n tra os filisteus todos os dias de Samuel.
Q uiriate-Jearim , e tantos dias se passaram que até I4E as cidades que os filisteus tin h am tom ado a Is­
chegaram vinte anos, e lam entava to d a a casa de rael foram -lhe restituídas, desde Ecrom até Gate, e
Israel pelo S enhor . até os seus term os Israel arrebatou da m ão dos filis­
5Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizen­ teus; e houve paz entre Israel e entre os am orreus.
do: Se com to d o o vosso coração vos converterdes I5E Sam uel ju lgou a Israel to d o s os dias da sua
ao S enhor , tirai dentre vós os deuses estranhos e os vida.
astarotes, e preparai o vosso coração ao S en h or , e 16E ia de ano em ano, e rodeava a Betei, e a Gilgal, e a
servi a ele só, e vos livrará da m ão dos filisteus. Mizpá, e julgava a Israel em todos aqueles lugares.

E Samuel julgou a Israel todos os dias de sua vida sua compreensão e interpretação das linhas sagradas da Bí­
(7.15) blia. Esta, é uma questão simples de ser elucidada. Samuel ha­
via delegado apenas a autoridade civil (temporal) a Saul, náo a
Ceticismo. Entende que esta afirmaçào náo é correta, vis­
autoridade espiritual. Havia, na monarquia israelita, uma distin­
to que, após a unção de Saul como rei, Samuel teria vivido
ção de poderes. Por exemplo, os reis não podiam exercer as ati­
ainda por um tempo (10.1; 12.1; 25.1).
vidades espirituais (2Cr 26.18) e os profetas não possuiam po­
... g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Por causa do seu despre- der político.
=» paro e incredulidade, os céticos são prejudicados em

290
1SAM UEL7,8 ,9

l7P orém voltava a Ramá, p orque estava ali a sua em pregará nos seus carros, e com o seus cavaleiros,
casa, e ali julgava a Israel; e edificou ali um altar ao para que co rram adiante dos seus carros.
S enhor . I2E os p o rá p o r chefes de m il, e de cinqüenta; e
para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega,
Os israelitas -pedem u m rei e fabriquem as suas arm as de guerra e os petrechos
E SUCEDEU que, ten d o Samuel envelhecido, de seus carros.
8 constituiu a seus filhos p o r juizes sobre Israel.
2E o no m e do seu filho p rim ogênito era Joël, e
13E to m ará as vossas filhas para perfum istas, cozi­
nheiras e padeiras.
o no m e do seu segundo, Abia; e foram juizes em I4E to m ará o m elhor das vossas terras, e das vos­
Berseba. sas vinhas, e dos vossos olivais, e os d ará aos seus
’Porém seus filhos não and aram pelos cam inhos servos.
dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram su­ 15E as vossas sem entes, e as vossas vinhas dizim ará,
para d ar aos seus oficiais, e aos seus servos.
borno, e perverteram o direito.
■'’T am bém os vossos servos, e as vossas servas, e
4Então todos os anciãos de Israel se congregaram ,
os vossos m elhores m oços, e os vossos ju m en to s
e vieram a Samuel, a Ramá,
tom ará, e os em pregará no seu trabalho.
5E disseram -lhe: Eis q u e ;á estás velho, e teus filhos
,7D izim ará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de
não an d am pelos teus cam inhos; constitui-nos,
servos.
pois, agora u m rei sobre nós, para que ele nos julgue,
l8Então naquele dia clam areis p o r causa do vosso
com o o têm todas as nações.
rei, que vós houverdes escolhido; m as o S enhor não
6Porém esta palavra pareceu m al aos olhos de Sa­
vos ouvirá naquele dia.
m uel, q u an d o disseram : D á-nos um rei, para que
l9Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e
nos julgue. E Samuel orou ao S enhor .
disseram: N ão, m as haverá sobre nós um rei.
7E disse o S enhor a Samuel: O uve a voz do povo em 2HE nós tam bém serem os com o todas as outras
tudo q u anto te dizem , pois não te têm rejeitado a ti, nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de
antes a m im m e têm rejeitado, para eu não reinar nós, e fará as nossas guerras.
sobre eles. 21O uvindo, pois, Samuel todas as palavras do povo,
"C onform e a todas as obras que fizeram desde o dia as repetiu aos ouvidos do S enhor .
em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a m im m e 22Então o S enhor disse a Samuel: D á ouvidos à sua
deixaram , e a outro s deuses serviram , assim ta m ­ voz, e constitui-lhes rei. E ntão Samuel disse aos h o ­
bém fazem a ti. m ens de Israel: Volte cada um à sua cidade.
9Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes
solenem ente, e declara-lhes qual será o costum e do S a u l busca as ju m e n ta s de seu pai
rei que houver de reinar sobre eles. E HAVIA u m ho m em de Benjam im , cujo no m e
I0E falou Sam uel todas as palavras do S en h o r ao
povo, que lhe pedia um rei.
9
era Q uis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de
Becorate, filho de Afia, filho de um hom em de Ben­
1 'E disse: Este será o costum e do rei que houver jam im ; hom em poderoso.
de reinar sobre vós; ele tom ará os vossos filhos, e os 2Este tin h a um filho, cujo no m e era Saul, m oço, e

E disse o Senhor a Samuel [...] a mim me têm o povo queria ter um homem qualquer reinando sobre Israel e
rejeitado, para eu não reinar sobre eles não um homem de Deus ocupando o trono. Isso porque acredita­
(8.7-9) vam que Samuel estava sobre eles e náo que Deus estava sobre
o povo por meio de Samuel.
Ceticismo. Alega haver contradição entre este versícu­
Quando Saul foi escolhido rei, Samuel fez a seguinte advertên­
lo e Deuteronômio 17.14-20, porque, aqui, Deus mani­
cia ao povo: “Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que
festa o interesse de reinar por si mesmo e em Deuteronômio
vos livrou de todos os vossos males e trabalhos”. O rol de erros
o Senhor estabelece normas para que se institua um monar­
se consagra quando o povo deixa de observar o mandamento do
ca sobre o povo.
Senhor, que diz: "Porás certamente sobre ti como rei aquele que
« _ H RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto de 1Samuel escolher o Senhor teu Deus'. Dessa forma, podemos constatar
= mostra que tanto a motivação quanto a forma como os is­ que a regra de Deuteronômio estava se referindo, sem dúvida, a
raelitas pediram a Samuel para estabelecer um rei sobre eles des­ um monarca humano, cujo coração Deus conhecia e aprovava,
toavam das normas estabelecidas em Deuteronômio. Naocasião, como no caso de Davi.

291
1SAMUEL 9

tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para
hom em m ais belo do que ele; desde os om bros para subir ao alto.
cim a sobressaía a todo o povo.
’E perderam -se as jum entas de Q uis, pai de Saul; S a u l en co n tra S a m u e l
p o r isso disse Q uis a Saul, seu filho: Tom a agora lsP orque o Se n h o r revelara isto aos ouvidos de
contigo um dos m oços, e levanta-te e vai procurar Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo:
as jum entas. "’A m anhã a estas horas te enviarei um hom em da
4Passaram, pois, pela m ontanha de Efraim, e dali terra de Benjam im , o qual ungirás por capitão sobre
passaram à terra de Salisa, p orém não as acharam ; o m eu povo de Israel, e ele livrará o m eu povo da
depois passaram à terra de Saalim, porém ta m p o u ­ m ão dos filisteus; p o rq u e ten h o olhado para o m eu
co estavam ali; tam bém passaram à terra de Benja­ povo; porque o seu clam or chegou a mim.
m im , porém tam pouco as acharam . ,7E q u an d o Sam uel v iu a Saul, o S en h or lhe res­
’V indo eles então à terra de Zufe, Saul disse para o pondeu: Eis aqui o ho m em de quem eu te falei. Este
seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltem os; para dom in ará sobre o m eu povo.
que p o rventura m eu pai não deixe de inquietar-se I8E Saul se chegou a Sam uel n o m eio da p o rta,
pelas jum entas e se aflija por causa de nós. e disse: M ostra-m e, peço-te, o n d e está a casa do
vidente.
6Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um
'"E Sam uel resp o n d eu a Saul, e disse: Eu sou o
hom em de Deus, e hom em h o n rad o é; tu d o quanto
vidente; sobe d iante de m im ao alto, e comei hoje
diz, sucede assim infalivelm ente; vam o-nos agora
com igo; e pela m an h ã te despedirei, e tu d o q u anto
lá; porventura nos m ostrará o cam inho que deve­
está no teu coração, to declararei.
m os seguir.
20E q u anto às jum entas que há três dias se te perd e­
TEntão Saul disse ao seu moço: Eis, porém , se lá for­
ram , não ocupes o teu coração com elas, p orque já
m os, que levaremos então àquele hom em ? Porque o
se acharam . E p ara quem é todo o desejo de Israel?
pão de nossos alforjes se acabou, e presente nenhum
Porventura não é p ara ti, e para toda a casa de teu
tem os para levar ao hom em de Deus; que temos?
pai?
8E o m oço to rn o u a responder a Saul, e disse: Eis
2lE ntão resp o n d eu Saul, e disse: Porventura não
que ainda se acha na m inha m ão um q uarto de um
sou eu filho de Benjam im , da m enor das tribos de Is­
siclo de prata, o qual darei ao hom em de Deus, para
rael? E a m in h a família a m en o r de todas as famílias
que nos m ostre o cam inho
da trib o de Benjamim? Por que, pois, m e falas com
'’(A ntigam ente em Israel, indo alguém consultar
sem elhantes palavras?
a Deus, dizia assim: V inde, e vam os ao vidente; 22Porém Samuel to m o u a Saul e ao seu moço, e os
porque ao profeta de hoje, antigam ente se chamava levou à câm ara; e deu-lhes lugar acim a de todos os
vidente). convidados, que eram uns trin ta hom ens.
'"Então disse Saul ao m oço: Bem dizes; vem , pois, “ E ntão disse Samuel ao cozinheiro: Dá aqui a
vam os. E foram -se à cidade onde estava o hom em porção qu e te dei, de que te disse: Põe-na à p arte
de Deus. contigo.
1 '£ , subindo eles à cidade, acharam um as m oças 24L evantou, pois, o cozinheiro a espádua, com o
q ue saíam a tira r água; e disseram -lhes: Está aqui que havia nela, e p ô -la d ian te de Saul; e disse Sa­
o vidente? muel: Eis que o que foi reservado está diante de ti.
12E elas lhes responderam , e disseram : Sim, eis aí o Com e; porque se guardou p ara ti para esta ocasião,
tens diante de ti; apressa-te, pois, p orque hoje veio dizendo eu: Tenho convidado o povo. Assim com eu
à cidade; p o rq u an to o povo tem hoje sacrifício no Saul aquele dia com Samuel.
alto. 2<E ntão desceram do alto p ara a cidade; e falou
' ’E n trando vós na cidade, logo o achareis, antes com Saul sobre o eirado.
que suba ao alto para com er; porque o povo não co­ 26E se levantaram de m adrugada; e sucedeu que,
m erá, até que ele venha; p orque ele é o que abençoa quase ao su b ir da alva, ch am o u Sam uel a Saul
o sacrifício, e depois com em os convidados; subi, ao eirado, dizendo: Levanta-te, e despedir-te-ei.
pois, agora, que hoje o achareis. Levantou-se Saul, e saíram am bos p ara fora, ele e
l4Subiram , pois, à cidade; e, vindo eles no m eio da Samuel.

292
1SAMUEL 9,10

27E, descendo eles para a extrem idade da cidade, p a rtir de Samuel, D eus lhe m u d o u o coração em
Samuel disse a Saul: Dize ao m oço que passe adiante outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele
de nós (e passou); porém tu espera agora, e te farei mesmo dia.
ouvir a palavra de Deus. I0E, chegando eles ao outeiro, eis que um gru p o de
profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus
S a m u el un g e S a u l com o rei de Israel se apoderou dele, e profetizou no m eio deles.
ENTÃO tom ou Samuel um vaso de azeite, 1 'E aconteceu que, com o todos os que antes o co­
e lho derram ou sobre a cabeça, e beijou-o, e nheciam viram que ele profetizava com os profetas,
disse: Porventura não te ungiu o S enhor por capitão então disse o povo, cada u m ao seu com panheiro:
sobre a sua herança? Q ue é o que sucedeu ao filho de Quis? Está tam bém
2A partando-te hoje de m im , acharás dois hom ens Saul entre os profetas?
ju n to ao sepulcro de Raquel, no term o de Benja­ I2E ntão um hom em dali respondeu, e disse: Pois
m im , em Zelza, os quais te dirão: A charam -se as ju ­ quem é o pai deles? Pelo que se to rn o u em provér­
m entas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou bio: Está Saul tam bém entre os profetas?
o negócio das jum entas, e anda aflito p o r causa de 13E, acabando de profetizar, foi ao alto.
vós, dizendo: Q ue farei eu po r m eu filho? ' 4E disse-lhe o tio de Saul, a ele e ao seu m oço: A on­
’E quando dali passares m ais adiante, e chegares ao de fostes? E disse ele: A buscar as jum entas, e, vendo
carvalho de Tabor, ali te encontrarão três hom ens, que não apareciam, fom os a Samuel.
que vão subindo a Deus a Betei; um levando três l5Então disse o tio de Saul: D eclara-m e, peço-te, o
cabritos, o o u tro três bolos de pão e o o u tro um que vos disse Samuel?
odre de vinho. I6E disse Saul a seu tio: D eclarou-nos, na verdade,
4E te perguntarão com o estás, e te darão dois pães, que as jum entas foram encontradas. Porém o negó­
que tom arás das suas mãos. cio do reino, de que Samuel falara, não lhe declarou.
sEntão chegarás ao outeiro de D eus, o n d e está a
guarnição dos filisteus; e há de ser que, en tran d o O povo escolhe S a u l para seu rei
ali na cidade, encontrarás um grupo de profetas l7C onvocou, pois, Sam uel o povo ao S en h o r , em
que descem do alto, e trazem diante de si saltérios, Mizpá.
e tam bores, e flautas, e harpas; e eles estarão profe­ 18E disse aos filhos de Israel: Assim disse o S enhor
tizando. Deus de Israel: Eu fiz subir a Israel do Egito, e livrei-
6E o Espírito do S en h or se apoderará de ti, e profe­ vos da m ão dos egípcios e da m ão de todos os reinos
tizarás com eles, e tornar-te-ás um outro hom em . que vos oprim iam .
7E há de ser que, quando estes sinais te vierem , faze l9Mas vós tendes rejeitado hoje a vosso Deus, que
o que achar a tua m ão, porque Deus é contigo. vos livrou de to d o s os vossos m ales e trabalhos, e
*Tu, porém , descerás antes de m im a Gilgal, e eis que lhe tendes falado: Põe um rei sobre nós. Agora, pois,
eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, epara ofe­ ponde-vos p eran te o S en h or , pelas vossas tribos e
recer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que segundo os vossos m ilhares.
eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer. 2UTendo, pois, Samuel feito chegar todas as tribos,
‘‘Sucedeu, pois, que, v iran d o ele as costas para tom ou-se a trib o de Benjamim.

E dela se tomou Saul, filho de Quis


( 10 .20 ,21 )
O contexto geral das Escrituras deve ser considerado na refe­
Ceticismo. Confronta esta passagem com 1Samuel 9.17 e rência em estudo para que se esclareça a questão. Como o povo
1 Samuel 10.24 para dizer que há contradição bíblica quan­
pediu a Deus um rei, o Senhor os atendeu e guiou Saul, que lan­
to à maneira pela qual Saul teria sido escolhido rei sobre os he­ çou a sorte. O texto de Provérbios 16.33 não pode ser ignorado,
breus: se por Deus, pelo povo ou por sorte. pois declara: "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor proce­
__» RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia declara que Saul de toda a determinação".
“ fora escolhido pelo povo: “Nào, mas haverá sobre nós um Quando Matias foi designado para assumir o lugar de Judas ls-
rei' (8.19); pelo Senhor: ‘ E quando Samuel viu a Saul, o Senhor cariotes, os discípulos lançaram sorte sobre ele e Barsabás, sen­
lhe respondeu [...] Este dominará sobre o meu povo’ (9.17); e por do certo que, entre os onze, não haveria nenhuma divisão, pois,
sorte: “Samuel tomou-se a tribo de Benjamim [...] tomou-se a conforme o texto de Provérbios, a determinação divina suscitou a
família de Matri; e dela se tomou Saul..." (10.20,21). unanimidade de opinião.

293
1SAMUEL 10,11,12

2IE, fazendo chegar a tribo de B enjam im pelas seguir a Saul e a Samuel, assim se fará aos seus bois.
suas famílias, tom ou-se a fam ília de M atri; e dela Então caiu o tem o r do S enhor sobre o povo, e saí­
se tom ou Saul, filho de Quis; e o buscaram , porém ram com o um só hom em .
não se achou. HE contou-os em Bezeque; e houve dos filhos de Is­
22Então tornaram a p erguntar ao S en h or se aquele rael trezentos mil, e dos hom ens de Judá trin ta mil.
hom em ainda viria ali. E disse o S f.n h o r : Eis que se 9Então disseram aos m ensageiros que vieram : As­
escondeu entre a bagagem. sim direis aos h om ens de Jabes-Gileade: A m anhã,
2JE correram , e o to m aram dali, e pôs-se no m eio em aquecendo o sol, vos virá livram ento. V indo,
do povo; e era m ais alto do que to d o o povo desde o pois, os m ensageiros, e an u n cian d o -o aos hom ens
om bro para cima. de Jabes, se alegraram .
24E ntão disse Sam uel a to d o o povo: Vedes já a IÜE os ho m en s de Jabes disseram aos amonitas:
quem o S enhor escolheu? Pois em to d o o povo não A m anhã sairem os a vós; en tão nos fareis conform e
há nenhum sem elhante a ele. Então jubilou todo o a tu d o o que parecer bem aos vossos olhos.
povo, e disse: Viva o rei! 1 'E sucedeu q ue ao o u tro dia Saul pôs o povo em
25E declarou Sam uel ao povo o direito do reino, três com panhias, e vieram ao m eio do arraial pela
e escreveu-o num livro, e pô-lo perante o S en h o r ; vigília da m anhã, e feriram aos am onitas até q ue o
então despediu Samuel a todo o povo, cada um para dia aqueceu; e sucedeu que os restantes se espalha­
sua casa. ram , de modo que não ficaram dois deles juntos.
26E foi tam bém Saul à sua casa, em Gibeá; e foram l2Então disse o povo a Samuel: Q uem é aquele
com ele do exército aqueles cujos corações D eus que dizia que Saul não reinaria sobre nós? D ai-nos
tocara. aqueles hom ens, e os m atarem os.
27Mas os filhos de Belial disseram: Ê este o que nos J3Porém Saul disse: H oje não m o rrerá n en h u m ,
há de livrar? E o desprezaram , e não lhe trouxeram pois hoje tem feito o S en h o r um liv ram en to em
presentes; porém ele se fez com o surdo. Israel.
I4E disse Samuel ao povo: Vinde, vam os nós a Gil-
S a u l vence os am onitas gal, e renovem os ali o reino.
1 ENTÃO subiu Naás, am onita, e sitiou a 15E to d o o povo p artiu para Gilgal, o nde proclam a­
1 J . Jabes-Gileade; e disseram to d o s os h o ­
m ens de Jabes a Naás: Faze aliança conosco, e te
ram a Saul p o r rei p erante o S enhor , e ofereceram ali
ofertas pacíficas perante o S en h o r ; e Saul se alegrou
serviremos. m uito ali com todos os hom ens de Israel.
2Porém Naás, am onita, lhes disse: C om esta condi­
ção farei aliança convosco: que a todos vos arranque S a m u e l resigtui o seu cargo
o olho direito, e assim ponha esta afronta sobre todo ENTÃO disse Samuel a to d o o Israel: Eis
o Israel. q u e ouvi a vossa voz em tu d o q u an to me
’Então os anciãos de Jabes lhe disseram : D eixa-nos dissestes, e constituí sobre vós um rei.
p o r sete dias, para que enviem os m ensageiros po r 2Agora, pois, eis que o rei vai adiante de vós. Eu já
todos os term os de Israel, e, não havendo ninguém envelheci e encaneci, e eis que m eus filhos estão co n ­
que nos livre, então virem os a ti. vosco, e tenho andado d iante de vós desde a m inha
4E, vindo os m ensageiros a Gibeá de Saul, falaram m ocidade até ao dia de hoje.
estas palavras aos ouvidos do povo. E ntão to d o o ’Eis-me aqui; testificai contra m im p eran te o S e­
povo levantou a sua voz, e chorou. nhor , e perante o seu ungido, a quem o boi tom ei,
5E eis que Saul vinha do cam po, atrás dos bois; e a quem o ju m e n to tom ei, e a quem defraudei, a
disse Saul: Q ue tem o povo, que chora? E contaram - quem ten h o o p rim id o , e de cuja m ão te n h o rece­
lhe as palavras dos hom ens de Jabes. bido su b o rn o e com ele encobri os m eus olhos, e
6E ntão o Espírito de D eus se apoderou de Saul, vo-lo restituirei.
o u v in d o estas palavras; e acendeu-se em grande 4E ntão disseram : Em nada nos defraudaste, nem
m aneira a sua ira. nos oprim iste, nem recebeste coisa algum a da m ão
7E to m o u um a ju n ta de bois, e cortou-os em p e­ de ninguém .
daços, e os enviou a todos os term os de Israel pelas 5E ele lhes disse: O S en h o r seja testem unha contra
m ãos dos mensageiros, dizendo: Q ualquer que não vós, e o seu ungido seja hoje testem unha, que nada

294
1SAMUEL 12,13

tendes achado na m inha mão. E disse o povo: Ele é m os a m o rrer; p o rq u e a todos os nossos pecados
testem unha. tem os acrescentado este m al, de p ed irm o s p ara
6Então disse Sam uel ao povo: O S en h o r é o que nós u m rei.
escolheu a Moisés e a Arão, e tirou a vossos pais da 20Então disse Samuel ao povo: N ão temais; vós te n ­
terra do Egito. des com etido todo este mal; po rém não vos desvieis
TAgora, pois, ponde-vos aqui em pé, e pleitearei de seguir ao S enhor , m as servi ao S en h o r com todo
convosco perante o S f.n ho r , sobre todos os atos de o vosso coração.
justiça do S enhor , que fez a vós e a vossos pais. 21E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que
KHavendo entrado Jacó no Egito, vossos pais cla­ nada aproveitam , e tam p o u co vos livrarão, p orque
m aram ao S enhor , e o S enhor enviou a Moisés e a vaidades são.
Arão que tiraram a vossos pais do Egito, e os fizeram 22Pois o S en h or , p o r causa do seu g ran d e nom e,
habitar neste lugar. não desam parará o seu povo; p o rq u e aprouve ao
'‘Porém esqueceram -se do S enhor seu Deus; então S en h o r fazer-vos o seu povo.
os vendeu à m ão de Sísera, capitão do exército de 23E q u an to a m im , longe de m im q u e eu peque
Hazor, e na m ão dos filisteus, e na m ão d o rei dos co n tra o S en h or , deixando de o ra r p o r vós; antes
m oabitas, que pelejaram contra eles. vos ensinarei o cam inho bom e direito.
I0E clam aram ao S en h o r , e disseram : Pecamos, ^ T ão-so m en te tem ei ao S enhor , e servi-o fielm en­
pois deixam os ao S enhor , e servim os aos baalins e te com to d o o vosso coração; p o rq u e vede q uão
astarotes; agora, pois, livra-nos da m ão de nossos grandiosas coisas vos fez.
inimigos, e te serviremos. 25Porém , se perseverardes em fazer m al, perecereis,
"E o S e n h o r enviou a Jerubaal, e a B araque, e a assim vós com o o vosso rei.
Jefté, e a Samuel; e livrou-vos da m ão de vossos
inimigos em redor, e habitastes seguros. G uerra en tre os israelitas e os filisteu s
I2E vendo vós que Naás, rei dos filhos de A m om , 1 ' y SAUL reinou u m ano; e no segundo ano do
vinha co n tra vós, m e dissestes: N ão, m as reinará J . 3 seu reinado sobre Israel,
sobre nós um rei; sendo, porém , o S en h o r vosso 2Saul escolheu para si três m il homens de Israel; e
Deus, o vosso rei. estavam com Saul dois mil em M icmás e na m o n ta ­
13A g o ra , p o is , v e d e s a í o re i q u e e le g e s te s e q u e nha de Betei, e m il estavam com lônatas em Gibeá
p e d is te s ; e eis q u e o S en h o r te m p o s to s o b r e v ó s de Benjam im ; e o resto d o povo despediu, cada um
u m rei. para sua casa.
14Se tem erdes ao S eni ior , e o servirdes, e derdes o u ­ 'E Jônatas feriu a guarnição dos filisteus, que es­
vidos à sua voz, e não fordes rebeldes ao m andado tava em Gibeá, o que os filisteus ouviram ; pelo que
do S en h or , assim vós, com o o rei que reina sobre Saul tocou a tro m b e ta p o r to d a a terra, dizendo:
vós, seguireis o S enhor vosso Deus. O uçam os hebreus.
lsMas se não derdes ouvidos à voz d o S en h or , e 4Então to d o o Israel ouviu dizer: Saul feriu a guar­
antes fordes rebeldes ao m an d ad o do S en h o r , a nição dos filisteus, e tam bém Israel se fez abom iná­
m ão do S en h or será contra vós, com o o era contra vel aos filisteus. Então o povo foi convocado para
vossos pais. ju n to de Saul em Gilgal.
16Ponde-vos tam bém agora aqui, e vede esta gran ­ ’E os filisteus se aju n taram p ara pelejar contra
de coisa que o S en h o r vai fazer diante dos vossos Israel, trin ta m il carros, e seis m il cavaleiros, e povo
olhos. em m ultidão com o a areia que está à beira do m ar;
1?N ão é hoje a sega do trigo? C lam arei,pois, ao S e­ e subiram , e se acam param em M icmás, ao o riente
n hor , e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que de Bete-Áven.
é grande a vossa m aldade, que tendes feito perante 6Vendo, pois, os h om ens de Israel q ue estavam em
o S enhor , pedindo para vós um rei. apuros (porque o povo estava angustiado), o povo
l8Então invocou Samuel ao S enhor , e o S enhor deu se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos
trovões e chuva naquele dia; por isso to d o o povo penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas.
tem eu sobrem aneira ao S enhor e a Samuel. 7E alguns dos hebreus passaram o Jordão para a
|l|E to d o o povo disse a Samuel: Roga pelos teus te rra de G ade e Gileade; e, estando Saul ainda em
servos ao S en h o r teu D eus, p ara que não v en h a­ Gilgal, to d o o povo ia atrás dele trem endo.

295
1SAMUEL 13,14

S a u l oferece sacrifícios e S a m u e l reprova-o -"Por isso todo o Israel tin h a que descer aos filisteus
SE esperou Saul sete dias, até ao tem po que Samuel para am olar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o
determinara; não vindo, porém , Sam uel a Gilgal, o seu m achado, e o seu sacho.
povo se dispersava dele. 2lT inham porém lim as para os seus sachos, e para
9Então disse Saul: Trazei-me aqui u m holocausto, e as suas enxadas, e para as forquilhas de três dentes, e
ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. para os m achados, e para consertar as aguilhadas.
10E sucedeu que, acabando ele de oferecer o h o ­ 22E sucedeu que, no dia da peleja, não se achou
locausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao nem espada nem lança na m ão de todo o povo que
encontro, para o saudar. estava com Saul e com Jônatas; porém acharam -se
1 ‘Então disse Samuel: Q ue fizeste? Disse Saul: Por­ com Saul e com Jônatas seu filho.
quanto via que o povo se espalhava de m im , e tu não 2íE saiu a g uarnição dos filisteus ao desfiladeiro
vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham de Micmás.
ajuntado em M icmás,
12Eu disse: Agora descerão os filisteus sobre m im a A vitória de Jônatas sobre os filisteu s
Gilgal, e ainda à face do S enhor não orei; e co nstran­ SUCEDEU, pois, que u m dia disse Jônatas,
gi-m e, e ofereci holocausto.
’’E ntão disse Sam uel a Saul: Procedeste nes-
M filho de Saul, ao m oço que lhe levava as
arm as: Vem, passem os à guarnição dos filisteus,
ciam ente, e não guardaste o m an d am en to que o que está lá daquele lado. P orém não o fez saber a
S en h o r teu Deus te o rdenou; p o rq u e agora o Se­ seu pai.
n h o r teria confirm ado o teu reino sobre Israel para 2E estava Saul à extrem idade de Gibeá, debaixo da
sempre; rom eira que havia em M igrom ; e o povo que estava
l4P o r é m a g o r a n ã o s u b s is tir á o te u r e in o ; já te m com ele era u n s seiscentos hom ens.
b u s c a d o o S enhor p a r a si u m h o m e m s e g u n d o o se u 3E Aias, filho de Aitube, irm ão de Icabode, o filho
c o ra ç ã o , e já lh e te m o r d e n a d o o S enhor , q u e se ja de Finéias, filho de Eli, sacerdote do S enhor em Siló,
c a p itã o s o b re o s e u p o v o , p o r q u a n to n ã o g u a rd a s te trazia o éfode; p orém o povo não sabia que Jônatas
o q u e o S enhor te o r d e n o u . tinha ido.
‘’Então se levantou Sam uel, e subiu de Gilgal a 4E entre os desfiladeiros pelos quais Jônatas p ro ­
Gibeá de B enjam im ; e Saul co n to u o povo que se curava passar à guarnição dos filisteus, deste lado
achava com ele, uns seiscentos hom ens. havia um a pen h a aguda, e do o u tro lado um a penha
16E Saul e Jônatas, seu filho, e o povo que se achou aguda; e era o n o m e de um a Bozez, e o n o m e da
com eles, ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os o u tra Sené.
filisteus se acam param em M icmás. 5U m a penha para o n o rte estava defronte de M ic­
17E os saqueadores saíram do cam po dos filisteus más, e a o u tra p ara o sul, defronte de Gibeá.
em três com panhias; um a das com panhias foi pelo 6Disse, pois, Jônatas ao m oço qu e lhe levava as
cam inho de Ofra à terra de Suai. armas: Vem, passem os à guarnição destes incircun-
l8O utra com panhia seguiu pelo cam inho de Bete- cisos; p o rv en tu ra operará o S enhor p o r nós, porque
H orom , e a outra com panhia foi pelo cam inho do ter­ para com o S en h o r n e n h u m im p ed im en to há de
m o que dá para o vale Zeboim na direção do deserto. livrar com m uitos o u com poucos.
I9E em to d a a te rra de Israel nem um ferreiro se 7Então o seu pajem de arm as lhe disse: Faze tudo
achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os o que tens no coração; segue, eis-m e aqui contigo,
hebreus não façam espada nem lança. conform e o que quiseres.

Porque agora o Senhor teria confirmado cendo-lhe os motivos. Ainda que Samuel fosse um exímio co­
o teu reino sobre Israel para sempre nhecedor da lei e de suas profecias, como homem tinha algu­
(13.13) mas deficiências naturais de sua natureza e, por conta disso,
estava propenso a declarar algo que não estivesse de acor­
Ceticismo. Contesta este versículo afirmando que a heran­
do com o plano divino. Diferentemente de Samuel, o Senhor
ça perpétua do trono de Israel estava destinada à tribo de
Deus tinha consciência de que Saul não procederia confor­
Judá (Gn 49.10) e não a Saul, que era benjamita.
me o povo esperava. Com isso concluímos que as palavras
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Samuel, na referência proferidas pelos homens da Bíblia, mesmo os mais ilustres,
» em destaque, não faz promessas a Saul, apenas relata não podem ser comparadas às profecias ditadas por Deus,
a deposição do trono (fato determinado por Deus), esclare­ incontestes e inerrantes.

296
1SAMUEL 14

“Disse, pois, Jônatas: Eis que passarem os àqueles se esconderam pela m o n ta n h a de Efraim q ue os
hom ens, e nos revelaremos a eles. filisteus fugiam , eles ta m b ém os perseguiram de
'’Se nos disserem assim: Parai até que cheguem os perto n a peleja.
a vós; então ficaremos no nosso lugar, e não subi­ 23Assim livrou o S en h o r a Israel naquele dia; e o
rem os a eles. arraial passou a Bete-Áven.
1 “Porém, se disserem: Subi a nós; então subirem os,
pois o S fnh o r os tem entregado nas nossas mãos, e O atrevido voto d e S a u l
isto nos será po r sinal. 24E estavam os h om ens de Israel já exaustos n aq u e­
"R evelando-se eles à guarnição dos filisteus, dis­ le dia, p o rq u an to Saul co n ju ro u o povo, dizendo:
seram os filisteus: Eis q uejíí os hebreus saíram das M aldito o hom em que com er pão até à tarde, antes
cavernas em que se tinham escondido. que m e vingue de m eus inim igos. Por isso to d o o
I2E os hom ens da guarnição responderam a Jôna­ povo se absteve de provar pão.
tas e ao seu pajem de arm as, e disseram : Subi a nós, 25E todo o povo chegou a um bosque; e havia m el
e nós vos ensinarem os um a lição. E disse Jônatas ao na superfície do campo.
seu pajem de arm as: Sobe atrás de m im , porque o 2<’E, chegando o povo ao bosque, eis que havia um
S en h or os tem entregado na m ão de Israel. m anancial de mel; porém ninguém chegou a m ão à
’'E ntão subiu Jônatas com os pés e com as m ãos, e boca, p o rq u e o povo tem ia a conjuração.
o seu pajem de arm as atrás dele; e os filisteus caíam 27Porém Jônatas não tin h a ouvido q u an d o seu pai
diante de Jônatas, e o seu pajem de arm as os matava conjurara o povo, e estendeu a p o n ta d a vara que ti­
atrás dele. nha na m ão, e a m o lh o u no favo de mel; e, to rn an d o
HE sucedeu esta prim eira derrota, em que Jônatas a m ão à boca, aclararam -se os seus olhos.
e o seu pajem de arm as feriram uns vinte hom ens, 28Então resp o n d eu um do povo, e disse: Solene­
em cerca de m eia jeira de te rra que um a ju n ta de m ente co n ju ro u teu pai o povo, dizendo: M aldito
bois podia lavrar. o h o m em que co m er hoje pão. Por isso o povo
15E houve trem o r no arraial, no cam po e em todo o desfalecia.
povo; tam bém a m esm a guarnição e os saqueadores 2,Então disse Jônatas: M eu pai tem tu rb ad o a ter­
trem eram , até a terra se estrem eceu p o rq u an to era ra; o ra vede com o se m e aclararam os olhos p o r ter
trem o r de Deus. provado u m p o uco deste mel,
'"O lharam , pois, as sentinelas de Saul em Gibeá de ’"Q uanto m ais se o povo hoje livrem ente tivesse
Benjamim, e eis que a m ultidão se dissolvia, e fugia com ido do despojo q ue ach o u de seus inim igos.
para cá e para lá. P orém agora não foi tão g ran d e o estrago dos fi­
' 7Disse então Saul ao povo que estava com ele: O ra listeus.
contai, e vede quem é que saiu dentre nós. E co n ­ 3'F eriram , p o rém , aquele dia aos filisteus, desde
taram , e eis que nem Jônatas nem o seu pajem de M icm ás até A ijalom , e o povo desfaleceu em ex­
arm as estavam ali. trem o.
18Então Saul disse a Aias: Traze aqui a arca de Deus 32E ntão o povo se lançou ao despojo, e tom aram
(porque naquele dia estava a arca de D eus com os ovelhas, e vacas, e bezerros, e os degolaram no chão;
filhos de Israel). e o povo os com eu com sangue.
19E sucedeu que, estando Saul ainda falando com o 33E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo
sacerdote, o alvoroço que havia n o arraial dos filis­ peca co n tra o S en h o r , co m en d o com sangue. E
teus ia crescendo m uito, e se m ultiplicava, pelo que disse: Aleivosam ente procedestes; trazei-m e aqui já
disse Saul ao sacerdote: Retira a tua mão. um a grande pedra.
’"Então Saul e todo o povo que havia com ele se 34Disse m ais Saul: D ispersai-vos entre o povo, e d i­
reuniram , e foram à peleja; e eis que a espada de um zei-lhes: Trazei-m e cada u m o seu boi, e cada um a
era contra o outro, e houve m ui grande tum ulto. sua ovelha, e degolai-os aqui, e com ei, e não pequeis
2lT am bém com os filisteus havia hebreus, com o contra o S enhor , com endo com sangue. Então todo
dantes, que subiram com eles ao arraial em redor; o povo trouxe de noite, cada um pela sua m ão, o seu
e tam bém estes se ajuntaram com os israelitas que boi, e os degolaram ali.
estavam com Saul e Jônatas. 3SE n tã o e d ific o u S a u l um a lta r a o S e n h o r ; e ste foi o
22O uvindo, pois, todos os hom ens de Israel que p r im e ir o a lta r q u e e d ific o u a o S enhor .

297
1SAMUEL 14,15

Jônatas é condenado à m orte contra todos os seus inim igos em redor; contra Mo-
•,6D epois disse Saul: Desçam os de noite atrás dos abe, e contra os filhos de A m om , e co n tra Edom , e
filisteus, e despojem o-los, até que am anheça o dia, contra os reis de Zobá, e co n tra os filisteus, e para
e não deixem os deles um só hom em . E disseram : onde quer que se tornava executava castigo.
Tudo o que parecer bem aos teus olhos faze. Disse, 4!iE houve-se valorosam ente, e feriu aos am alequi-
porém , o sacerdote: C heguem o-nos aqui a Deus. tas, e liberou a Israel da m ão dos que o saqueavam.
37Então consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei 49E os filhos de Saul eram Jônatas, e Isvi, e M alqui-
atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na m ão de Israel? sua; e os nom es de suas duas filhas eram estes: o da
Porém aquele dia não lhe respondeu. mais velha M erabe, e o da m ais nova, Mical.
18E ntão disse Saul: Chegai-vos p ara cá, todos os ,0E o nom e da m ulher de Saul, Ainoã, filha de Ai-
chefes do povo, e inform ai-vos, e vede em que se maás; e o nom e do capitão do exército, Abner, filho
com eteu hoje este pecado. de Ner, tio de Saul.
,9P orque vive o S en h or que salva a Israel, que, 51E Q uis, pai de Saul, e Ner, pai de Abner, eram
ainda que seja em m eu filho Jônatas, certam ente filhos deAbiel.
m orrerá. E n enhum de todo o povo lhe respondeu. ,JE houve u m a forte guerra contra os filisteus, to ­
■"’Disse m ais a to d o o Israel: Vós estareis de um dos os dias de Saul; p o r isso Saul a todos os hom ens
lado, e eu e m eu filho Jônatas estarem os do o u tro valentes e valorosos que via, os agregava a si.
lado. Então disse o povo a Saul: Faze o que parecer
bem aos teus olhos. S a m u e l m a n d a S a u l destru ir os a m alequitas
41Falou, pois, Saul ao S enhor D eus de Israel: M os­ ENTÃO disse Samuel a Saul: Enviou-m e o
tra o inocente. Então Jônatas e Saul foram tom ados S enhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre
por sorte, e o povo saiu livre. Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do Senhor .
^ E n tão disse Saul: Lançai a sorte entre m im e Jôna­ 2 Assim diz o S enhor dos Exércitos: Eu m e recordei
tas, m eu filho. E foi tom ado Jônatas. do que fez A m aleque a Israel; com o se lhe opôs no
4iDisse então Saul a Jônatas: D eclara-m e o que tens cam inho, q u an d o subia do Egito.
feito. E Jônatas lho declarou, e disse: T ão som ente 'Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói total­
provei um pouco de mel com a po n ta da vara que m ente a tu d o o que tiver, e não lhe perdoes; porém
tinha na m ão; eis que devo m orrer? m atarás desde o hom em até à m ulher, desde os m e­
44Então disse Saul: Assim m e faça D eus, e o u tro ninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e
tanto, que com certeza m orrerás, Jônatas. desde os cam elos até aos jum entos.
4’’Porém o povo disse a Saul: M orrerá Jônatas, que 40 que Saul convocou ao povo, e os co n to u em
efetuou tão grande salvação em Israel? N unca tal Telaim, duzentos m il hom ens de pé, e dez mil h o ­
suceda; vive o S enhor , que não lhe há de cair no chão m ens de Judá.
um só cabelo da sua cabeça! pois com D eus fez isso ’Chegando, pois, Saul à cidade de Amaleque, pôs
hoje. Assim o povo livrou a Jônatas, para que não em boscada no vale.
morresse. 6E disse Saul aos queneus: Ide-vos, retirai-vos
46E Saul deixou de seguir os filisteus; e os filisteus e saí do m eio dos am alequitas, p ara que não vos
se foram ao seu lugar. destrua ju n tam en te com eles, p o rq u e vós usastes de
47Então tom ou Saul o reino sobre Israel; e pelejou m isericórdia com todos os filhos de Israel, quando

Matarás desde o homem até a mulher, (Gn 12.1-3). A eliminação dos amalequitas era necessária por
desde os meninos até os de peito causa da gravidade do pecado perpetrado por esse povo. A pre­
(15.2,3) servação de remanescentes poderia promover, no futuro, aforma-
çào de um novo grupo rebelde contra os judeus.
Ceticismo. Baseando-se nesta referência, questiona o ca­
Quanto às crianças, embora o argumento seja duramente seve­
ráter misericordioso e compassivo do Deus biblico que, se­
ro, devem ser vistas como realmente são efomos cada um de nós,
gundo afirmam os céticos, determina a morte de homens, mulhe­
isto é, gerados no ventre já manchados pelo pecado (Is 51.5) e
res e crianças inocentes.
portadores da condenação mortal (Rm 5.12). Outro aspecto imu­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O argumento de inocência tável refere-se ao fato de que um dia o Senhor nos recolherá, a to­
<=* só poderia ser aplicado, em primeiro plano, às crianças, dos, por meio da morte (Hb 9.27). Ainda é relevante considerar
pois havia um franco interesse amalequita em destruir Israel (v. que o homem precisa reconhecer que Deus é o Concessor da vida
2), naçáo dos planos redentores de Deus para a humanidade e que, por conseqüência, tem direito sobre ela (Jó 1.21).

298
1SAMUEL 15

subiram do Egito. Assim os queneus se retiraram do o povo p o u p o u ao m elhor das ovelhas, e das vacas,
m eio dos am alequitas. para as oferecer ao S en h or teu Deus; o resto, porém ,
7Então feriu Saul aos am alequitas desde Havilá até tem os d estruído totalm ente.
chegar a Sur, que está defronte do Egito. "’Então disse Samuel a Saul: Espera, e te declararei
8E to m o u vivo a Agague, rei dos am alequitas; p o ­ o que o S enhor m e disse esta noite. E ele disse-lhe:
rém a todo o povo destruiu ao fio da espada. Faia.
9E Saul e o povo pouparam a Agague, e ao m elhor I7E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno
das ovelhas e das vacas, e as da segunda ordem , e aos aos teus olhos, não foste p o r cabeça das trib o s de
cordeiros e ao m elhor que havia, e nâo os quiseram Israel? E o S enhor te u ngiu rei sobre Israel.
destruir totalm ente; p orém a toda a coisa vil e des­ 18E enviou-te o S enhor a este cam inho, e disse: Vai,
prezível destruíram totalm ente. e destrói totalm ente a estes pecadores, os am alequi­
tas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
D eus rejeita S a u l 1 ‘'Por que, pois, não deste ouvidos à voz do S enhor ,
l0Então veio a palavra do S en h o r a Sam uel, d i­ antes te lançaste ao despojo, e fizeste o que parecia
zendo: m au aos olhos do S en h o r ?
"A rrep en d o -m e de haver posto a Saul com o rei; 20Então disse Saul a Samuel: A ntes dei ouvidos à
p o rq u an to deixou de m e seguir, e não cu m p riu as voz do S enhor , e cam inhei no cam inho pelo qual o
m inhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda Sen h o r m e enviou; e trouxe a Agague, rei de Amale­
a noite clam ou ao S enhor . que, e os am alequitas destruí totalm ente;
1’E m adrugou Samuel para encontrar a Saul pela 2'M as o povo to m o u do despojo ovelhas e vacas,
m anhã: e anunciou-se a Samuel, dizendo: Já chegou o m elhor do interdito, para oferecer ao S enhor teu
Saul ao Carm elo, e eis que levantou para si um a co­ Deus em Gilgal.
luna. Então voltando, passou e desceu a Gilgal. 22Porém Samuel disse: Tem porventura o S enhor
1 'Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, com o
sejas tu do S en h o r ; cum p ri a palavra do S enhor . em que se obedeça à palavra do S en h o r ? Eis que o
l4Então disse Samuel: Q ue balido, pois, de ovelhas obedecer é m elhor do que o sacrificar; e o atender
é este aos m eus ouvidos, e o m ugido de vacas que melhor é do que a g ordura de carneiros.
ouço? 23Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e
' 5E disse Saul: De Am aleque as trouxeram ; porque o porfiar é como iniqüidade e idolatria. P orquanto

E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas __« RESPOSTA APOLOGÉTICA: O emprego da linguagem
(15.8) ■= antropomórfica na referência em pauta não desmerece a
presciência do Deus Todo-Poderoso e muito menos contradiz as
Ceticismo. Alega anacronismo entre este versículo e Nú­
declarações bíblicas que atestam a imutabilidade divina. A ex­
meros 24.7, entendendo que Agague não deveria ser men­
pressão "arrepende-te", que em seu sentido real significa "mudar
cionado por ter sido um rei contemporâneo de Saul.
de atitude", é simplesmente uma indicação, em linguagem huma­
„ p RESPOSTA APOLOGÉTICA: É típico dos contradizentes, na, de que o procedimento de Deus para com o homem que peca
<= como os céticos, levantarem questões descabidas que sir­ é necessariamente diferente da posição que o Senhor toma em
vam para desacreditar otexto bíblico. Mas suas teorias sempre sào relação à pessoa que lhe obedece
fundamentadas nos parcos conhecimentos bíblicos e teológicos Um exemplo prático e perfeitamente aplicável pode ser visto na
que possuem. Tanto neste quanto no texto de Números, "agague" vida de Jonas (Jn 3.4-10). Deus pretendia destruir Nínive por cau­
é um título que se atribuía aos monarcas da tribo dos amalequitas. sa da extrema malícia de seus habitantes, tal como fez com Sodo-
tal como o nome "faraó", entre o povo egípcio e “césar", entre os ma, por meio de seu imutável critério e justiça divina. Mas a obe­
romanos. O título "César" sen/ia para lembrar o último nome de diência dos ninivitas, por conta da pregação do profeta Jonas, fez
Gaius Julius Caesar, precursor desta linhagem. O Novo Testamen­ que Deus optasse por uma "mudança de atitude". Ou seja, uma
to cita quatro personalidades dessa classe: Augusto (Lc 2.1), Tibé- aplicação correta (em termos divinos) de sua justiça, em uma per­
rio (Mt 22.17), Cláudio (At 17.7) e Nero (Fp 4.22). feita e sábia demonstração de que o Pai sabe lidar apropriada­
mente com as mudanças de comportamento dos homens.
Arrependo-me de haver posto a Saul como rei Confrontando o "arrependimento" de Deus com o arrependi­
(15.10,11) mento do homem, constatamos haver grandes diferenças. O
Ceticismo. Questionaa imutabilidade divina descrita na Bí­ homem, quando se arrepende, muda seus critérios, seus valo­
blia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17), visto que a referência em res e, conseqüentemente, sua atitude. O Senhor Deus, não, ao
estudo identifica "arrependimento’ na conduta de Deus, o que se “arrepender", muda de atitude, mas sem jamais alterar seus
não condiz com sua natureza perfeita e presciente, conforme pre­ critérios, característica em que se acha estampada sua imuta­
tendida pela teologia bíblica. bilidade!

299
1SAMUEL 15,16

t u r e je ita s te a p a la v ra d o S en h or , ele t a m b é m te 3E convidarás a Jessé ao sacrifício; e eu te farei


re je ito u a ti, p a r a q u e n ã o sejas rei. saber o que hás de fazer, e ungir-m e-ás a quem eu
24E ntão disse Saul a Samuel: Pequei, p o rq u an to te disser.
te n h o tran sg re d id o a o rd em do S e n h o r e as tuas 4Fez, pois, Samuel o que dissera o S f.n ho r , e veio a
palavras; p o rq u e tem i ao povo, e dei o u vidos à Belém; então os anciãos da cidade saíram ao enco n ­
sua voz. tro, trem endo, e disseram: De paz é a tu a vinda?
25Agora, pois, rogo-te perdoa o m eu pecado; e volta 5E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao S e n h o r ;
comigo, para que adore ao S enhor . santificai-vos, e vinde com igo ao sacrifício. E san­
2’’Porém Samuel disse a Saul: N ão voltarei contigo; tificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou ao
porquanto rejeitaste a palavra do S enhor , já te rejei­ sacrifício.
tou o S enhor , para que não sejas rei sobre Israel. 6E sucedeu que, en tran d o eles, viu a Eliabe, e disse:
27E virando-se Sam uel para se ir, ele lhe pegou pela C ertam ente está p erante o S en h o r o seu ungido.
orla da capa, e a rasgou. 'P o rém o S e n h o r disse a Sam uel: N ão atentes
2sEntão Samuel lhe disse: O S enhor tem rasgado de para a sua aparência, n em p ara a g randeza da sua
ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu p róxi­ estatura, p o rq u e o tenho rejeitado; p o rq u e o Senhor
mo, m elhor do que tu. não vê com o vê o hom em , pois o ho m em vê o que
29E tam bém aquele que é a Força de Israel não m en­ está diante dos olhos, porém o S e n h o r olha para o
te nem se arrepende; porq u an to não é um hom em coração.
para que se arrependa. "Então cham o u Jessé a A binadabe, e o fez passar
wDisse ele então: Pequei; honra-m e, porém , agora diante de Samuel, o qual disse: N em a este tem es­
diante dos anciãos do m eu povo, e diante de Israel; e colhido o S enhor .
volta comigo, para que adore ao S enhor teu Deus. “Então Jessé fez passar a Sama; porém disse: Tam ­
31Então, voltando Samuel, seguiu a Saul; e Saul pouco a este tem escolhido o S enhor .
adorou ao S enhor . ' “Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de
Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O S enhor não
S a m u e l m ata aA gague tem escolhido a estes.
“ Então disse Samuel: Trazei-m e aqui a Agague, rei "D isse m ais Samuel a Jessé: Acabaram-se os m o ­
dos am alequitas. E Agague veio a ele anim osam ente; ços? E disse: A inda falta o m enor, que está apascen­
e disse Agague: Na verdade já passou a am argura tando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: M anda
da m orte. cham á-lo, p o rq u an to não nos assentarem os até que
3JDisse, porém , Samuel: Assim com o a tu a espada ele venha aqui.
desfilhou as m ulheres, assim ficará desfiLhada a tua l2E ntão m an d o u chamá-lo e fê-lo en tra r (e era
m ãe en tre as mulheres. Então Sam uel despedaçou a ruivo e form oso de sem blante e de boa presença); e
Agague perante o S enhor em Gilgal. disse o Sen h o r : Levanta-te, e unge-o, p o rq u e é este
í4Então Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu à sua mesmo.
casa, a G ibeá de Saul. 13Então Sam uel to m o u o chifre do azeite, e ungiu-o
35E nunca m ais viu Samuel a Saul até ao dia da sua no m eio de seus irm ãos; e desde aquele dia em d ian ­
m orte; porque Samuel teve dó de Saul. E o S enhor se te o Espírito do S en h or se apoderou de Davi; então
arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel. Samuel se levantou, e voltou a Ramá.

D eus m anda S a m u el u n g ir a D avi com o rei S a u l é a to rm en ta d o pelo espírito m aligno


ENTÃO disse o S enhor a Samuel: Até q u an ­ l4E o Espírito do S enhor se retirou de Saul, e ator-
do terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, m entava-o u m espírito m au da parte do S enhor .
para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de 1 ’Então os criados de Saul lhe disseram: Eis que ago­
azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belem ita; porque ra o espírito m au da parte de Deus te atorm enta;
dentre os seus filhos m e tenho provido de um rei. l6Diga, pois, nosso senhor a seus servos, que estão
2P orém disse Samuel: C om o irei eu? pois, ouvin­ na tua presença, gue busquem um h o m em que saiba
d o -o Saul, m e m atará. Então disse o S en h o r : Toma tocar harpa, e será que, q u an d o o espírito m au da
u m a bezerra das vacas em tuas m ãos, e dize: Vim parte de D eus vier sobre ti, então ele tocará com a
para sacrificar ao S enhor . sua mão, e te acharás m elhor.

300
1SAMUEL 16,17

17E ntão disse Saul aos seus servos: Buscai-m e, pois, 10Disse m ais o filisteu: H oje desafio as com panhias
um hom em que toque bem , e trazei-m o. de Israel, dizendo: D ai-m e u m h o m em , para que
‘“Então respondeu u m dos m oços, e disse: Eis que am bos pelejemos.
tenho visto a um filho de Jessé, o belem ita, que sabe 1 'O u v in d o então Saul e todo o Israel estas palavras
tocar e é valente e vigoroso, e hom em de guerra, e do filisteu, espantaram -se, e tem eram m uito.
p ru d en te em palavras, e de gentil presença; o Se­
n h o r é com ele. Jessé envia D avi a seus irm ãos
I9E Saul enviou m ensageiros a Jessé, dizendo: En­ ' 2E Davi era filho de um hom em efrateu, de Belém
via-m e Davi, teu filho, o que está com as ovelhas. de Judá, cujo nom e era Jessé, que tin h a oito filhos; e
-()Então tom ou Jessé um jum ento carregado de pão, nos dias de Saul era este hom em ;'á velho e adiantado
e um odre de vinho, e um cabrito, e enviou-os a Saul em idade entre os hom ens.
pela m ão de Davi, seu filho. ' 3Foram -se os três filhos m ais velhos de Jessé, e se­
21Assim Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o guiram a Saul à guerra; e eram os nom es de seus três
am ou m uito, e foi seu pajem de armas. filhos, que se foram à guerra, Eliabe, o prim ogênito,
22Então Saul m andou dizer a Jessé: Deixa estar a Davi e o segundo A binadabe, e o terceiro Sama.
perante m im , pois achou graça em m eus olhos. I4E Davi era o m enor; e os três m aiores seguiram
23E sucedia que, quando o espírito m au da parte a Saul.
de Deus vinha sobre Saul, Davi tom ava a harpa, e a ' 5Davi, porém , ia e voltava de Saul, p ara apascentar
tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se as ovelhas de seu pai em Belém.
achava m elhor, e o espírito m au se retirava dele. "’Chegava-se, pois, o filisteu pela m an h ã e à tarde;
e apresentou-se p o r q uarenta dias.
G uerra entre os israelitas e os filisteu s ' 7E disse Jessé a Davi, seu filho: Toma, peço-te, para
1 ^ E OS filisteus ajuntaram as suas forças para teus irm ãos u m efa deste grão tostado e estes dez
A / a guerra e congregaram -se em Socó, que pães, e corre a levá-los ao arraial, a teus irm ãos.
está em Judá, e acam param -se entre Socó e Azeca, lftPorém estes dez queijos de leite leva ao capitão
no term o de D am im . de mil; e visitarás a teus irm ãos, a ver se vão bem ; e
2Porém Saul e os hom ens de Israel se aju n taram tom arás o seu penhor.
e acam param no vale do carvalho, e o rdenaram a I9E estavam Saul, e eles, e to d o s os hom ens de Israel
batalha contra os filisteus. no vale do carvalho, pelejando com os filisteus.
3E os filisteus estavam nu m m onte de u m lado, e 20Davi então se levantou de m adrugada, pela m a­
os israelitas estavam n u m m onte do o u tro lado; e o nhã, e deixou as ovelhas com um guarda, e carre-
vale estava entre eles. gou-se, e partiu, com o Jessé lhe ordenara; e chegou
4Então saiu do arraial dos filisteus u m hom em ao lugar dos carros, q u an d o já o exército saía em
guerreiro, cujo nom e era Golias, de Gate, que tinha ordem de batalha, e a gritos cham avam à peleja.
de altura seis côvados e um palmo. 21E os israelitas e filisteus se puseram em ordem ,
5Trazia na cabeça um capacete de bronze, e vestia fileira contra fileira.
um a couraça de escamas; e era o peso da couraça de 22E Davi deixou a carga que tro u x era na m ão do
cinco m il siclos de bronze. guarda da bagagem , e correu à batalha; e, chegando,
6E trazia grevas de bronze p o r cim a de seus pés, e perguntou a seus irm ãos se estavam bem .
um escudo de bronze entre os seus om bros.
7E a haste da sua lança era com o o eixo do tecelão, O g igante G olias in su lta os israelitas
e a po n ta da sua lança de seiscentos siclos de ferro, e 23E, estando ele ain d a falando com eles, eis que
diante dele ia o escudeiro. vinha su b in d o do exército dos filisteus o ho m em
SE parou, e clam ou às com panhias de Israel, e dis­ guerreiro, cujo no m e era Golias, o filisteu de Gate; e
se-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? N ão sou falou conform e àquelas palavras, e Davi as ouviu.
eu filisteu e vós servos de Saul? Escolhei d entre vós 24Porém todos os hom ens em Israel, vendo aquele
um hom em que desça a m im . hom em , fugiram de diante dele, e tem iam grande­
'Se ele puder pelejar com igo, e m e ferir, a vós sere­ m ente.
mos por servos; porém , se eu o vencer, e o ferir, então 25E diziam os hom ens de Israel: Vistes aquele ho­
a nós sereis por servos, e nos servireis. m em que subiu? Pois subiu para afro n tar a Israel;

301
1SAMUEL 17

há de ser, pois, que, o hom em que o ferir, o rei o en­ 4(IE tom ou o seu cajado n a mão, e escolheu para si
riquecerá de grandes riquezas, e lhe dará a sua filha, cinco seixos do ribeiro, e pô-los n o alforje de pastor,
e fará livre a casa de seu pai em Israel. que trazia, a saber, n o surrão, e lançou m ão da sua
“ Então falou Davi aos hom ens que estavam com funda; e foi aproxim ando-se do filisteu.
ele, dizendo: Q ue farão àquele hom em , que ferir a 410 filisteu tam b ém vin h a se ap roxim ando de
este filisteu, e tira r a afronta de sobre Israel? Q uem Davi; e o que lhe levava o escudo ia adiante dele.
é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os
exércitos do Deus vivo? D avi encontra-se co m o gig a n te e m ata-o
27E o povo lhe to rn o u a falar conform e àquela pala­ 42E, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou,
vra dizendo: Assim farão ao hom em que o ferir. porq u an to era m oço, ruivo, e d e gentil aspecto.
2SE, ouvindo Eliabe, seu irm ão m ais velho, falar 4,Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão,
àqueles hom ens, acendeu-se a ira de Eliabe contra para tu vires a m im com paus? E o filisteu pelos seus
Davi, e disse: Por que desceste aqui? C om quem deuses am aldiçoou a Davi.
deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem 44Disse m ais o filisteu a Davi: Vem a m im , e darei a
conheço a tua presunção, e a m aldade do teu cora­ tu a carne às aves do céu e às bestas do cam po.
ção, que desceste para ver a peleja. 4,Davi, porém , disse ao filisteu: Tu vens a m im com
29Então disse Davi: Q ue fiz eu agora? Porventura espada, e com lança, e com escudo; p o rém eu venho
não há razão para isso? a ti em no m e do S en h o r dos Exércitos, o D eus dos
30E desviou-se dele para outro, e falou conform e exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
àquela palavra; e o povo lhe to rn o u a responder 46H oje m esm o o S en h o r te en tregará n a m in h a
conform e às prim eiras palavras. mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos
3IE, ouvidas as palavras que Davi havia falado, as do arraial dos filisteus darei hoje m esm o às aves do
anunciaram a Saul, que m andou cham á-lo. céu e às feras da terra; e to d a a terra saberá que há
32E Davi disse a Saul: N ão desfaleça o coração de D eus em Israel;
ninguém p o r causa dele; te u servo irá, e pelejará 47E saberá toda esta congregação que o S enhor sal­
contra este filisteu. va, não com espada, n em com lança; p o rq u e do Se­
33Porém Saul disse a Davi: C ontra este filisteu não n h o r é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.

poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, 48E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo
e ele hom em de guerra desde a sua mocidade. encontrar-se com Davi, apressou-se Davi, e correu
34Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava ao com bate, a encontrar-se com o filisteu.
as ovelhas de seu pai; e qu an d o vinha um leão e um 4<)E Davi pôs a m ão no alforje, e to m o u dali um a
urso, e tom ava uma ovelha do rebanho, pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na
” Eu saía após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre
e, quando ele se levantava contra m im , lançava-lhe o seu rosto em terra.
m ão da barba, e o feria e o matava. 50Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com um a
36Assim feria o teu servo o leão, com o o urso; assim funda e com u m a pedra, e feriu o filisteu, e o m atou;
será este incircunciso filisteu com o u m deles; p o r­ sem que Davi tivesse um a espada na mão.
q u an to afrontou os exércitos do D eus vivo. 51Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filis­
,7Disse mais Davi: O S enhor m e livrou das garras teu, e to m o u a sua espada, e tiro u -a da bainha, e o
do leão, e das do urso; ele m e livrará da m ão deste m atou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os
filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai, e o S enhor seja filisteus, que o seu herói era m orto, fugiram .
contigo. ,2Então os hom ens de Israel e Judá se levantaram ,
38E Saul vestiu a Davi de suas vestes, e pôs-lhe sobre e jubilaram , e seguiram os filisteus, até chegar ao
a cabeça um capacete de bronze; e o vestiu de uma vale, e até às p o rtas de Ecrom ; e caíram os feridos
couraça. dos filisteus pelo cam in h o de Saaraim até Gâte e
Í9E Davi cingiu a espada sobre as suas vestes, e até Ecrom.
com eçou a andar; porém nu n ca o havia experi­ 53Então voltaram os filhos de Israel de perseguirem
m entado; então disse Davi a Saul: N ão posso andar os filisteus, e despojaram os seus arraiais.
com isto, pois nunca o experim entei. E Davi tiro u ,4E Davi to m o u a cabeça do filisteu, e a trouxe a
aquilo de sobre si. Jerusalém; po rém pôs as arm as dele na sua tenda.

302
1SAMUEL 17,18

’’Vendo, porém , Saul, sair Davi a encontrar-se com ram a Davi, e a m im somente m ilhares; na verdade,
o filisteu, disse a Abner, o capitão do exército: De que lhe falta, senão só o reino?
quem é filho este m oço, Abner? E disse Abner: Vive 9E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em
a tua alma, ó rei, que o não sei. suspeita.
,6Disse então o rei: Pergunta, pois, de quem é filho 10E aconteceu no o u tro dia, que o m au espírito da
este moço. parte de Deus se apoderou de Saul, e profetizava no
,TVoltando, pois, Davi de ferir o filisteu, A bner o to­ m eio da casa; e Davi tocava a harpa com a sua mão,
m ou comigo, e o trouxe à presença de Saul, trazendo com o nos o u tro s dias; Saul, p o rém , tinha n a m ão
ele na m ão a cabeça do filisteu. um a lança.
5SE disse-lhe Saul: D e quem és filho, jovem? E disse 1 'E Saul atiro u com a lança, dizendo: Encravarei
Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita. a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por
duas vezes.
A m iza d e de Jônatas para com D avi ' 2E tem ia Saul a Davi, p orque o S en h or era com ele
E SUCEDEU que, acabando ele de falar e se tin h a retirado de Saul.
com Saul, a alm a de Jônatas se ligou com a l3Por isso Saul o desviou de si, e o pôs p o r capitão
alma de Davi; e Jônatas o am ou, com o à sua própria de mil; e saía e entrava diante do povo.
alma. I4E Davi se conduzia com p rudência em todos os
2E Saul naquele dia o to m o u , e não lhe perm itiu seus cam inhos, e o S en h or era com ele.
que voltasse para casa de seu pai. 1’V endo en tão Saul qu e tão p ru d en te m en te se
JE Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas conduzia, tin h a receio dele.
o amava com o à sua própria alma. l6P orém to d o o Israel e Judá am ava a Davi, p o r­
4E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, quanto saía e entrava diante deles.
e a deu a Davi, como tam bém as suas vestes, até a sua
espada, e o seu arco, e o seu cinto. S a u l in te n ta m a ta r D avi
5E saía Davi aonde quer que Saul o enviasse e l7Por isso Saul disse a Davi: Eis que M erabe, m inha
conduzia-se com prudência, e Saul o pôs sobre os filha mais velha, te darei p o r m ulher; sê-m e som ente
hom ens de guerra; e era aceito aos olhos de todo o filho valoroso, e guerreia as guerras do S en h or (p o r­
povo, e até aos olhos dos servos de Saul. que Saul dizia consigo: N ão seja co n tra ele a m inha
6Sucedeu, porém , que, vindo eles, qu an d o Davi mão, m as sim a dos filisteus).
voltava de ferir os filisteus, as m ulheres de todas l!íM as Davi disse a Saul: Q u em sou eu, e qual é a
as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, m inha vida e a família de m eu pai em Israel, para vir
can tan d o e dançando, com adufes, com alegria, e a ser genro do rei?
com instrum entos de música. |l,Sucedeu, porém , que ao tem po que M erabe, filha
de Saul, devia ser dada a Davi, ela foi dada p o r m u ­
O cântico das m u lh eres causa lher a Adriel, m eolatita.
indignação a Sa u l
7E as m ulheres d ançando e can tan d o se resp o n ­ M ical, a filh a d e S a u l, am a a D avi
diam um as às outras, dizendo: Saul feriu os seus 20Mas Mical, a outra filha de Saul am ava a Davi; o
m ilhares, porém , Davi os seus dez milhares. que, sendo anunciado a Saul, pareceu isto b om aos
“E ntão Saul se indignou m uito, e aquela palavra seus olhos.
pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez m ilhares de­ 2lE Saul disse: Eu lha darei, p ara que lhe sirva de

Jônatas o amou seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó" (Gn 25.28). Amizade: “As­
(18.1) sim Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e oamou muito, efoi seu
pajem de armas" (16.21). Amora Deus: "Amarás, pois, o SENHOR
Homossexualismo. O desgastado argumento da chama­
teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas
da “teologia gay" declara que a amizade entre Jônatas e
as tuas forças" (Dt 6.5). Eamor ao próximo: “Não te vingarás nem
Davi não passava de um relacionamento homossexual.
guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu pró­
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra hebraica ahavàh ximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.18).
«= nào tem apenas um único sentido, mas vários. Vejamos. Em todos estes exemplos, o verbo usado na Bíblia é ahaváh.
Amor paternal: “E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de Ver, ainda, 2Samuel 1.26.

303
1SAMUEL 18,19

laço, epara que a m ão dos filisteus venha a ser contra po rq u e ele não pecou co n tra ti, e p o rq u e os seus
ele. Disse, pois, Saul a Davi: C om a o u tra serás hoje feitos te são m uito bons.
m eu genro. ’Porque expôs a sua vida, e feriu aos filisteus, e fez
22E Saul deu ordem aos seus servos: Falai em o S enhor um grande livram ento a to d o o Israel; tu
segredo a Davi, dizendo: Eis que o rei te está m ui mesmo o viste, e te alegraste; porque, pois, pecarias
afeiçoado, e todos os seus servos te am am ; agora, co n tra o sangue inocente, m a tan d o a Davi, sem
pois, consente em ser genro do rei. causa?
23E os servos de Saul falaram todas estas palavras 6E Saul deu ouvidos à voz de Jônatas, e ju ro u Saul:
aos ouvidos de Davi. Então disse Davi: Parece-vos Vive o S enhor , que não m orrerá.
pouco aos vossos olhos ser genro do rei, sendo eu 7E Jônatas cham ou a Davi, e co ntou-lhe todas estas
hom em pobre e desprezível? palavras; e Jônatas levou Davi a Saul, e esteve p eran ­
24E os servos de Saul lhe anunciaram isto, dizendo: te ele com o antes.
Foram tais as palavras que falou Davi. 8E to rn o u a haver guerra; e saiu Davi, e pelejou
2,Então disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não contra os filisteus, e feriu-os com grande m atança,
tem necessidade de dote, senão de cem prepúcios e fugiram diante dele.
de filisteus, para se to m a r vingança dos inim igos ‘’Porém o espírito m au da parte do S en h or se to r­
do rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pela n o u sobre Saul, estando ele assentado em sua casa,
m ão dos filisteus. e tendo n a m ão a sua lança; e tocava Davi com a
26E an unciaram os seus servos estas palavras a mão, a harpa.
Davi, e este negócio pareceu bem aos olhos de Davi, I0E p ro cu ro u Saul encravar a Davi na parede, p o ­
de que fosse genro do rei; porém ainda os dias não rém ele se desviou de d iante de Saul, o qual feriu
se haviam cum prido. com a lança a parede; então fugiu Davi, e escapou
27Então Davi se levantou, e partiu com os seus h o ­ naquela mesma noite.
m ens, e feriu dentre os filisteus duzentos hom ens, e "P o rém Saul m andou mensageiros à casa de Davi,
Davi trouxe os seus prepúcios, e os entregou todos que o guardassem, e o matassem pela m anhã; do que
ao rei, para que fosse genro do rei; então Saul lhe deu Mical, sua m ulher, avisou a Davi, dizendo: Se não
p o r m ulher a sua filha. salvares a tu a vida esta noite, am anhã te matarão.
28E viu Saul, e n o to u que o S enhor era com Davi; e
Mical, filha de Saul, o amava. M ica l salva D avi
29Então Saul tem eu m uito m ais a Davi; e Saul foi l2Então Mical desceu a Davi p o r um a janela; e ele
todos os seus dias inim igo de Davi. se foi, e fugiu, e escapou.
30E, saindo os príncipes dos filisteus à campanha, 13E Mical to m o u u m a estátua e a deitou na cama,
sucedia que Davi se conduzia com m ais êxito do e pôs-lhe à cabeceira uma pele de cabra, e a cobriu
que todos os servos de Saul; p o rta n to o seu nom e com um a coberta.
era m uito estimado. I4E, m an d an d o Saul m ensageiros que trouxessem
a Davi, ela disse: Está doente.
Jônatas revela a D avi l5E ntão Saul to rn o u a m a n d ar m ensageiros que
o c iú m e de S a u l fossem a Davi, dizendo: Trazei-m o na cam a, para
E FALOU Saul a Jônatas, seu filho, e a todos que o mate.
os seus servos, para que m atassem a Davi. lhV indo, pois, os m ensageiros, eis que a estátua
Porém Jônatas, filho de Saul, estava m ui afeiçoado estava na cam a, e a pele de cabra à sua cabeceira.
a Davi. l7Então disse Saul a Mical: Por que assim m e enga­
2E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: M eu pai, naste, e deixaste ir e escapar o m eu inimigo? E disse
Saul, p ro cu ra m atar-te, pelo que agora guarda-te Mical a Saul: Porque ele m e disse: Deixa-m e ir, p o r
pela m anhã, e fica-te em oculto, e esconde-te. que hei de eu m atar-te?
3E sairei eu, e estarei à m ão de m eu pai no cam po l8Assim Davi fugiu e escapou, e foi a Samuel, em
em que estiverdes, e eu falarei de ti a m eu pai, e verei Ramá, e lhe p articipou tu d o q u anto Saul lhe fizera;
o que há, e to anunciarei. e foram , ele e Samuel, e ficaram em Naiote.
“E ntão Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, 1 "E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que Davi está
e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, em N aiote, em Ramá.

304
1SAMUEL 19,20

•°Então enviou Saul m ensageiros para trazerem a 8Usa, pois, de m isericórdia com o teu servo, porque
Davi, os quais viram um a congregação de profetas o fizeste en tra r contigo em aliança do S en h o r ; se,
profetizando, onde estava Samuel que presidia so­ porém , h á em m im crim e, m ata-m e tu m esmo; p o r
bre eles; e o Espírito de Deus veio sobre os m ensa­ que m e levarias a teu pai?
geiros de Saul, e tam bém eles profetizaram . ‘‘Então disse Jônatas: Longe de ti tal coisa; porém
il E, avisado disto Saul, enviou o u tro s m ensagei­ se de algum a fo rm a soubesse qu e já este mal está
ros, e tam bém estes profetizaram ; então enviou Saul inteiram en te d eterm in ad o p o r m eu pai, p ara que
ainda uns terceiros mensageiros, os quais tam bém viesse sobre ti, não to revelaria eu?
profetizaram . I0E disse Davi a Jônatas: Q uem m e fará saber, se
■“ Então foi tam bém ele m esm o a Ramá, e chegou po r acaso teu pai te responder asperam ente?
ao poço grande que estava em Secu; e, perguntando,
disse: O nde esfão Samuel e Davi? E disseram -lhe: Eis Jônatas fa z u m a aliança co m D avi
que estão em Naiote, em Ramá. "E n tã o disse Jônatas a Davi: Vem e saiam os ao
23Então foi para Naiote, em Ramá; e o m esm o Es­ cam po. E saíram am bos ao campo.
pírito de D eus veio sobre ele, e ia profetizando, até 12E disse Jônatas a Davi: O S e n h o r D eus de Israel
chegar a N aiote, em Ramá. seja testem unha! S ondando eu a m eu pai am an h ã a
24E ele tam bém despiu as suas vestes, e profetizou estas horas, ou depois de am anhã, e eis que se houver
diante de Samuel, e esteve n u p o r terra todo aquele coisa favorável para Davi, e eu então não enviar a ti,
dia e toda aquela noite; po r isso se diz: Está tam bém e não to fizer saber;
Saul entre os profetas? 150 S e n h o r faça assim com Jônatas o u tro tanto;
que se aprouver a m eu pai fazer-te mal, tam bém to
O encontro de D avi com Jônatas
farei saber, e te deixarei partir, e irás em paz; e o Se­
ENTÀO fugiu Davi de Naiote, em Ramá; e
n h o r seja contigo, assim com o foi com m eu pai.
veio, e disse a Jônatas: Q ue fiz eu? Q ual é o
UE, se eu então ainda viver, porventura não usarás
m eu crime? E qual é o m eu pecado diante de teu pai,
com igo da beneficência do S e n h o r , para q ue não
que pro cura tirar-m e a vida?
m orra?
2E ele lhe disse: Tal não suceda; não m orrerás; eis
' ’N em tam pouco cortarás da m inha casa a tua be­
que m eu pai não faz coisa n en h u m a grande, nem
neficência eternamente; nem ainda quando o Senhor
pequena, sem p rim eiro m e inform ar; p o r que,
desarraigar da terra a cada um dos inimigos de Davi.
pois, m eu pai m e encobriria este negócio? N ão será
l6Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi,
assim.
dizendo: O S e n h o r o requeira da m ão dos inim igos
3Então Davi to rn o u a jurar, e disse: Teu pai sabe
de Davi.
m uito bem que achei graça em teus olhos; po r isso
I7E Jônatas fez ju ra r a D avi de novo, p o rq u an to
disse: N ão saiba isto Jônatas, para que não se m a­
o amava; p o rq u e o am ava com todo o am o r da sua
goe. Mas, na verdade, com o vive o S enhor , e com o
vive a tu a alma, há apenas u m passo entre m im e a alma.
m orte. ,SE disse-lhe Jônatas: A m anhã é a lua nova, e não
■*E disse Jônatas a Davi: O que disser a tu a alma, te acharão no teu lugar, pois o teu assento se achará
eu te farei. vazio.
’Disse Davi a Jônatas: Eis que am anhã é a lua nova, ‘‘’E, au sen tan d o -te tu três dias, desce apressada­
em que costum o assentar-m e com o rei para com er; m ente, e vai àquele lugar o nde te escondeste no dia
porém deixa-m e ir, e esconder-m e-ei no cam po, até do negócio; e fica-te ju n to à pedra de Ezel.
à tarde do terceiro dia. 20E eu atirarei três flechas para aquele lado, com o
6Se teu pai notar a m inha ausência, dirás: Davi m e se atirasse ao alvo.
pediu m uito que o deixasse ir correndo a Belém, sua 21E eis que m andarei o m oço dizendo: Anda, busca
cidade; p o rq u an to se fa z lá o sacrifício anual para as flechas. Se eu expressam ente disser ao moço:
toda a linhagem . O lha que as flechas estão para cá de ti; to m a-o con­
7Se disser assim: Está bem ; então teu servo tem paz; tigo, e vem , p o rq u e há paz p ara ti, e não há nada,
porém se m uito se indignar, sabe que já está inteira­ vive o S e n h o r.
m ente determ inado no mal. 22P orém se disser ao m oço assim: O lha que as

305
1SAMUEL 20,21

flec h as estão p a r a lá d e ti; v a i-te embora, p o r q u e o cam po, ao tem po que tinha ajustado com Davi, e um
S en h or te d e ix a ir. m oço pequeno com ele.
23E quanto ao negócio de que eu e tu falamos, eis v'Então disse ao seu moço: C orre a buscar as fle­
que o S enhor está entre m im e ti eternam ente. chas que eu atirar. C o rreu ,pois, o m oço, e ele atirou
24Escondeu-se, pois, Davi no cam po; e, sendo a lua um a flecha, que fez passar além dele.
nova, assentou-se o rei para com er pão. 37E, chegando o m oço ao lugar da flecha que Jô­
25E, assentando-se o rei, com o das o u tras vezes, natas tin h a atirado, gritou Jônatas atrás do m oço,
no seu assento, no lugar ju n to à parede, Jônatas se e disse: N ão está porventura a flecha m ais p ara lá
levantou, e assentou-se A bner ao lado de Saul; e o de ti?
lugar de Davi apareceu vazio. 38E to rn o u Jônatas a g ritar atrás do moço: Apres-
26Porém naquele dia não disse Saul nada, porque sa-te, corre, n ão te dem ores. E o m oço de Jônatas
dizia: A conteceu-lhe algum a coisa, pela qual não apanhou as flechas, e veio a seu senhor.
está lim po; certam ente não está lim po. 3,E o m oço não en ten d eu coisa alguma; só Jônatas
27Sucedeu tam bém no outro dia, o segundo da lua e Davi sabiam deste negócio.
nova, que o lugar de Davi apareceu vazio; disse, pois, 40E ntão Jônatas d eu as suas arm as ao m oço que
Saul a Jônatas, seu filho: Por que não veio o filho de trazia, e disse-lhe: A nda, e leva-as à cidade.
Jessé nem ontem nem hoje a comer pão? 4IE, indo-se o m oço, levantou-se Davi do lado do
28E respondeu Jônatas a Saul: Davi m e pediu enca- sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-
recidam ente que o deixasse ir a Belém. se três vezes; e beijaram -se um ao outro, e choraram
2,D izendo: Peço-te que m e deixes ir, p o rquanto a juntos, mas Davi chorou m uito mais.
nossa linhagem tem um sacrifício na cidade, e m eu 42E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz; o que nós
irm ão m esm o m e m an d o u ir; se, pois, agora tenho tem os ju rad o am bos em n o m e do S en h or , dizen­
achado graça em teus olhos, peço-fe que m e deixes do: O S en h o r seja en tre m im e ti, e en tre a m inha
partir, para que veja a m eus irm ãos; p o r isso não descendência e a tu a descendência, seja p erp etu a­
veio à mesa do rei. m ente.
30Então se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e 43Então se levantou Davi, e partiu; e Jônatas en tro u
disse-lhe: Filho da m ulher perversa e rebelde; não sei na cidade.
eu que tens escolhido o filho de Jessé, para vergonha
tua e para vergonha da nudez de tu a mãe? D avi vai ter co m o sacerdote A im e le q u e
31Porque todos os dias que o filho de Jessé viver ENTÃO veio Davi a N obe, ao sacerdote
sobre a terra nem tu estarás seguro, nem o teu rei­ A im eleque; e A im eleque, trem en d o , saiu
no; pelo que envia, e traze-m o nesta hora; p orque é ao encontro de Davi, e disse-lhe: Por que vens só, e
digno de m orte. ninguém contigo?
32Então respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe 2E disse Davi ao sacerdote A imeleque: O rei m e
disse: Por que há de m orrer? Q ue tem feito? en com en d o u um negócio, e m e disse: N inguém
33Então Saul atirou-lhe com a lança, para o ferir; saiba deste negócio, pelo qual eu te enviei, e o qual
assim entendeu Jônatas que já seu pai tin h a deter­ te ordenei; q u an to aos m oços, apontei-lhes tal e tal
m inado m atar a Davi. lugar.
34Por isso Jônatas, todo encolerizado, se levantou 3Agora, pois, que tens à mão? D á-m e cinco pães na
da mesa; e no segundo dia da lua nova não com eu m inha m ão, o u o que se achar.
pão; p orque se magoava p o r causa de Davi, porque 4E, respondendo o sacerdote a Davi, disse: N ão te­
seu pai o tinha hum ilhado. n ho pão com um à m ão; há, porém , pão sagrado, se
3SE aconteceu, pela m anhã, que Jônatas saiu ao ao m enos os m oços se abstiveram das m ulheres.

A espada de Golias [...] eis que está aqui __g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Primeiramente, a armadu-
envolta num pano detrás do éfode «=» ra foi posta na tenda de Davi, mas, depois, levada para
(21.1,9) Nobe. A cronologia dos versículos confrontados deve ser cui­
Ceticismo. Afirma que há contradição entre este versículo e dadosamente estudada, porque a própria Bíblia não apresen­
1 ta nenhuma referência direta quanto ao traslado das armas
Samuel 17.54 por conta da localização da espada de Golias.
Um fala que se encontrava em Nobe e o outro, na tenda de Davi. de Golias.

306
1SAMUEL 21,22

5E respondeu Davi ao sacerdote, e lhe disse: As m u ­ D avi esconde-se na caverna


lheres, na verdade, se nos vedaram desde ontem e d e A d u lã o
anteontem ; quando eu saí, os vasos dos m oços eram ENTÃO Davi se retiro u dali, e escapou
santos; e de algum m odo é pão com um , sendo que para a caverna de Adulão; e o u v iram -n o
hoje santifica-se outro no vaso. seus irm ãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali
6Então o sacerdote lhe deu o pão sagrado, porquanto para ter com ele.
não havia ali outro pão senão os pães da proposição, 2E aju n to u -se a ele to d o o h o m em qu e se achava
que se tiraram de diante do Senhor , para se pôr ali pão em aperto, e to d o o h o m em endividado, e to d o o
quente no dia em que aquele se tirasse. hom em de espírito desgostoso, e ele se fez capitão
' Estava, porém , ali naquele dia um dos criados deles; e eram com ele u n s quatrocentos hom ens.
de Saul, detido peran te o Se n h o r , e era seu nom e 3E foi Davi dali a M izpá dos m oabitas, e disse ao rei
Doegue, edom eu, o mais poderoso dos pastores de dos moabitas: Deixa estar m eu pai e m inha m ãe con­
Saul. vosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim.
8E disse Davi a A im eleque: N ão tens aqui à m ão 4E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e ficaram
lança ou espada alguma? P orque não trouxe à m ão com ele todos os dias que Davi esteve n o lugar forte.
nem a m inha espada nem as m inhas arm as, porque ’Porém o profeta G ade disse a Davi: N ão fiques n a­
o negócio do rei era apressado.
quele lugar forte; vai, e entra na te rra de Judá. Então
9E disse o sacerdote: A espada de Golias, o filisteu,
Davi saiu, e foi para o bosque de Herete.
a quem tu feriste no vale do carvalho, eis que está
aqui envolta n u m pano detrás do éfode. Se tu a
C rueldade d e S a u l para co m os
queres tom ar, tom a-a, po rq u e n en h u m a o u tra há
sacerdotes d e N o b e
aqui, senão aquela. E disse Davi: N ão há o u tra se­
6E ouviu Saul que já se sabia de Davi e dos hom ens
m elhante; dá-m a.
que estavam com ele; e estava Saul em Gibeá, debai­
xo de u m arvoredo, em Ramá, e tinha na m ão a sua
D avi fo g e para A q u is, rei de G ate
lança, e to d o s os seus criados estavam com ele.
l0E Davi levantou-se, e fugiu aquele dia de diante
7Então disse Saul a todos os seus criados que esta­
de Saul, e foi a Aquis, rei de Gate.
vam com ele: Ouvi, peço-vos, filhos de Benjam im ,
1 'Porém os criados de A quis lhe disseram : N ão é
dar-vos-á tam bém o filho de Jessé, a todos vós, terras
este Davi, o rei da terra? N ão se cantava deste nas
danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém e vinhas, e far-vos-á a todos capitães de m ilhares e
Davi os seus dez milhares? capitães de centenas,
I2E Davi considerou estas palavras no seu ânim o, e sPara qu e todos vós ten h ais con sp irad o co n tra
tem eu m uito diante de Aquis, rei de Gate. m im , e ninguém há que m e dê aviso de qu e m eu fi­
BPor isso se contrafez d ian te dos o lhos deles, e lho tem feito aliança com o filho de Jessé, e n en h u m
fez-se com o doido entre as suas m ãos, e esgravatava dentre vós há que se doa de m im , e m o participe,
nas p o rtas de en tra d a, e deixava c o rrer a saliva pois m eu filho tem co n tra m im sublevado a m eu
pela barba. servo, para me arm ar ciladas, com o se vê neste dia?
l4Então disse Aquis aos seus criados: Eis que bem 9Então respondeu Doegue, o edom eu, que tam bém
vedes que este hom em está louco; po r que m o tro u ­ estava com os criados de Saul, e disse: Vi o filho de
xestes a mim? Jessé chegar a Nobe, a Aimeleque, filho de Aitube,
15Faltam -m e a m im doidos, para que trouxésseis a "’O qual co n su lto u p o r ele ao Se n h o r , e lhe deu
este para que fizesse doidices diante de mim ? H á de m antim ento, e lhe deu tam bém a espada de Golias,
en trar este na m inha casa? o filisteu.

guarda do sábado. Então, explicou que o Filho do Homem era o


O sacerdote lhe deu o pão sagrado
Senhor do sábado e mostrou que a observância do sábado está
(2 1 . 6 )
subordinada à lei do amor.
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Numa hora de necessi­ Os judeus poderiam ter-se levantado contra o exemplo de Je­
Í dade. Davi apanha o pão sagrado em detrimento da lei.
Em Mateus 12.3-8. Jesus faz referência a esse incidente para res­
sus e afirmado que Davi havia quebrado um preceito cerimonial
e que os discípulos estavam quebrando um preceito moral. Mas
ponder às acusações de que seus discípulos tinham quebrado a não fizeram isso. Por quê? Porque não dividiam a lei.

307
1SAMUEL22.23

"E n tã o o rei m a n d o u cham ar a A im eleque, sa­ D avi livra Q ueila


cerdote, filho de Aitube, e a toda a casa de seu pai, E FOI anunciado a Davi, dizendo: Eis que os
os sacerdotes que estavam em N obe; e todos eles filisteus pelejam contra Queila, e saqueiam
vieram ao rei. as eiras.
I2E disse Saul: Ouve, peço-te, filho de Aitube. E ele 2E consultou Davi ao S en h or , dizendo: Irei eu, e
disse: Eis-me aqui, senhor meu. ferirei a estes filisteus? E disse o S en h or a Davi: Vai,
l3Então lhe disse Saul: Por que conspirastes contra e ferirás aos filisteus, e livrarás a Queila.
mim, tu e o filho de Jessé? Pois deste-lhe pão e espada, 3Porém os h om ens de Davi lhe disseram : Eis que
e consultaste por ele a Deus, para que se levantasse con­ tem em os aqui em Judá, quanto m ais indo a Q ueila
tra m im a arm ar-m e ciladas, com o se vê neste dia? contra os esquadrões dos filisteus.
14E respondeu A im eleque ao rei e disse: E quem , ■*Então Davi to rn o u a consultar ao S en h or , e o
entre todos os teus criados, há tão fiel com o Davi, o S en h or lhe respondeu, e disse: Levanta-te, desce a
genro do rei, pronto na sua obediência, e honrado Queila, porque te dou os filisteus na tua mão.
na tua casa? ’Então Davi p artiu com os seus h om ens a Queila,
1 ’Comecei, porventura, hoje a consultar po r ele a e pelejou co n tra os filisteus, e levou os gados, e fez
Deus? Longe de m im tal! N ão im p u te o rei coisa grande estrago entre eles; e Davi livrou os m o rad o ­
n en h u m a a seu servo, nem a toda a casa de m eu pai, res de Queila.
pois o teu servo não soube nada de tu d o isso, nem hE sucedeu que, q u an d o Abiatar, filho de Aimele­
m u ito nem pouco. que, fugiu para Davi, a Queila, desceu com o éfode
l6P orém o rei disse: A im eleque, m o rrerás certa­ na mão.
m ente, tu e toda a casa de teu pai, "E foi anunciado a Saul que Davi tin h a ido a Queila,
l7E disse o rei aos da sua guarda que estavam com e disse Saul: D eus o entregou nas m inhas m ãos, pois
ele: Virai-vos, e m atai os sacerdotes do S enhor , p o r­ está encerrado, en tran d o nu m a cidade de portas e
que tam bém a sua m ão é com Davi, e porque so u ­ ferrolhos.
beram que fugiu e não m o fizeram saber. Porém os 8Então Saul m an d o u cham ar a to d o o povo à pele­
criados do rei não quiseram estender as suas m ãos ja, para que descessem a Queila, para cercar a Davi
para arrem eter contra os sacerdotes do S enhor . e os seus hom ens.
18E ntão disse o rei a Doegue: V ira-te, e arrem ete ‘’Sabendo, pois, Davi, que Saul m aquinava este mal
co n tra os sacerdotes. E ntão se virou D oegue, o co n tra ele, disse a Abiatar, sacerdote: Traze aqui o
edom eu, e arrem eteu contra os sacerdotes, e m atou éfode.
naquele dia oitenta e cinco hom ens que vestiam 10E disse Davi: 0 S enhor , Deus de Israel, teu servo
éfode de linho. tem o uvido q ue Saul p ro cu ra vir a Q ueila, para
'“'Tam bém a N obe, cidade destes sacerdotes, pas­ d estru ir a cidade p o r causa de m im .
sou a fio de espada, desde o hom em até à m ulher, "E n tre g ar-m e -ão os cidadãos de Q ueila na sua
desde os m eninos até aos de peito, e até os bois, mão? Descerá Saul, com o o teu servo tem ouvido?
ju m en to s e ovelhas passou a fio de espada. Ah! S enhor Deus de Israel! Faze-o saber ao teu ser­
vo. E disse o S en h o r : Descerá.
A biatar escapa e vai ter c o m D avi l2Disse m ais Davi: E ntregar-m e-ão os cidadãos
20P orém escapou um dos filhos de A imeleque, de Queila, a m im e aos m eus hom ens, nas m ãos de
filho de Aitube, cujo nom e era Abiatar, o qual fugiu Saul? E disse o S en h o r : Entregarão.
para Davi. 13Então Davi se levantou com os seus hom ens, uns
2IE A biatar anunciou a Davi que Saul tinha m atado seiscentos, e saíram de Q ueila, e foram -se aonde p u ­
os sacerdotes do S enhor . deram ; e sendo anunciado a Saul, que Davi escapara
22Então Davi disse a Abiatar: Bem sabia eu naquele de Q ueila, cessou de sair contra ele.
dia que, estando ali Doegue, o edom eu, não deixaria
de o denunciar a Saul; eu dei ocasião contra todas as S a u l persegue D avi no deserto d e Z ife
alm as da casa de teu pai. l4E Davi perm aneceu no deserto, n o s lugares for­
23Fica comigo, não temas, porque quem pro cu rar a tes, e ficou em u m m o n te no deserto de Zife; e Saul o
m in h a m orte também procurará a tua, pois estarás buscava to d o s os dias, p o rém D eus não o entregou
salvo comigo. na sua mão.

308
1SAMUEL 23,24

15V endo, pois, Davi, qu e Saul saíra à busca da D avi corta a orla do m a n to d e S a u l
sua vida, p erm aneceu no deserto de Zife, n u m E SUCEDEU que, voltando Saul de perse­
bosque. guir os filisteus, anunciaram -lhe, dizendo:
“ E ntão se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi Eis que Davi está no deserto de En-Gedi.
para D avi no bosque, e c o n fo rto u a sua m ão em 2Então to m o u Saul três m il h om ens, escolhidos
Deus; d entre to d o o Israel, e foi em busca d e Davi e dos
l7E disse-lhe: N ão tem as, que não te achará a m ão seus hom ens, até sobre os cum es das p enhas das
de Saul, m eu pai; p orém tu reinarás sobre Israel, e cabras m ontesas.
eu serei contigo o segundo; o que tam bém Saul, m eu 3E chegou a uns cu rrais de ovelhas n o cam inho,
pai, bem sabe. onde estava um a caverna; e en tro u nela Saul, a co­
18E am bos fizeram aliança perante o S en h o r ; Davi brir seus pés; e Davi e os seus hom ens estavam nos
ficou no bosque, e Jônatas voltou para a sua casa. fundos da caverna.
l9Então subiram os zifeus a Saul, a Gibeá, dizendo: 4Então os hom ens de Davi lhe disseram : Eis aqui
Não se escondeu Davi entre nós, nos lugares fortes o dia, do qual o S enhor te diz: Eis que te d o u o teu
no bosque, no outeiro de H aquilá, que está à mão inim igo nas tuas m ãos, e far-lhe-ás com o te parecer
direita de Jesimom? bem aos teus olhos. E levantou-se Davi, e m ansa­
20Agora, pois, ó rei, apressadam ente desce co n ­ m ente co rto u a orla do m anto de Saul.
form e a to d o o desejo da tu a alm a; a nós cum pre 5Sucedeu, p o rém , que depois o coração d oeu a
entregá-lo nas m ãos do rei. Davi, p o r ter cortado a orla do m anto de Saul.
21Então disse Saul: Bendito sejais vós do S enhor , ftE disse aos seus hom ens: O S en h or m e guarde de
porque vos com padecestes de m im . que eu faça tal coisa ao m eu senhor, ao u ngido do
"Id e, pois, e diligenciai ainda mais, e sabei e notai S enhor , estendendo eu a m in h a m ão contra ele; pois
o lugar que freqüenta, e quem o tenha visto ali; p o r­ é o ungido do S enhor .
que m e foi dito que é astutíssim o. 7E com estas palavras Davi conteve os seus hom ens,
23Por isso atentai bem, e inform ai-vos acerca de e não lhes perm itiu que se levantassem contra Saul;
todos os esconderijos, em que ele se esconde; e en­ e Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu
tão voltai para m im com toda a certeza, e ir-m e-ei caminho.
convosco; e há de ser que, se estiver naquela terra, o sD epois tam bém Davi se levantou, e saiu da caver­
buscarei entre todos os milhares de Judá. na, e g ritou p o r detrás de Saul, dizendo: Rei, m eu
24E n tão se lev an taram eles e se foram a Zife, senhor! E, olhando Saul p ara trás, Davi se inclinou
ad ian te de Saul; D avi, p o ré m , e os seus ho m en s com o rosto em terra, e se prostrou.
estavam no deserto de M aom , na cam pina, à direita 9E disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às p a­
de Jesimom. lavras dos hom ens que dizem: Eis que Davi procura
2?E Saul e os seus hom ens se foram em busca dele; o teu mal?
o que anunciaram a Davi, que desceu para aquela luEis que este dia os teus olhos viram , que o S enhor
penha, e ficou no deserto de M aom ; o que ouvindo hoje te pôs em m inhas m ãos nesta caverna, e alguns
Saul, seguiu a Davi para o deserto de M aom . disseram que te m atasse; po rém a m in h a m ão te
2<>E Saul ia deste lado do m onte, e Davi e os seus poupou; p o rq u e disse: N ão estenderei a m inha mão
hom ens do o utro lado do m onte; e, tem eroso, Davi contra o m eu senhor, pois é o ungido do Senhor .
se apressou a escapar de Saul; Saul, porém , e os seus "O lh a, pois, m eu pai, vê aqui a orla do teu m anto
hom ens cercaram a Davi e aos seus hom ens, para na m in h a m ão; p o rq u e co rta n d o -te eu a orla do
lançar m ão deles. m anto, não te m atei. Sabe, pois, e vê que não há na
a7Então veio um mensageiro a Saul, dizendo: Apres­ m inha m ão nem m al nem rebeldia algum a, e não
sa-te, e vem, porque os filisteus com ím peto en tra­ pequei co n tra ti; p o rém tu andas à caça da m in h a
ram na terra. vida, para m a tirares.
28Por isso Saul voltou de perseguir a Davi, e foi ao 12Julgue o S en h or entre m im e ti, e vingue-m e o Se­
encontro dos filisteus; p o r esta razão aquele lugar se n h o r de ti; po rém a m inha m ão não será co n tra ti.

cham ou Rochedo das Divisões. l3C om o diz o provérbio dos antigos: Dos ímpios
29E subiu Davi dali, e ficou nos lugares fortes de procede a im piedade; p o rém a m in h a m ão não será
En-Gedi. contra ti.

309
1SAMUEL 24,25

l4Após quem saiu o rei de Israel? A quem perse­ 8Pergunta-o aos teus m oços, e eles to dirão. Estes
gues? A um cão m orto? A u m a pulga? m oços, pois, achem graça em teus olhos, porque
150 S enhor , p o r é m , s e rá ju iz , e ju lg a rá e n tr e m im e viem os em boa ocasião. Dá, pois, a teus servos e a
ti, e v e rá , e a d v o g a rá a m in h a c a u s a , e m e d e f e n d e r á Davi, teu filho, o que achares à mão.
d a t u a m ão . ’Chegando, pois, os moços de Davi, e falando a Nabal
I(,E sucedeu que, acabando Davi de falar a Saul to ­ todas aquelas palavras em nom e de Davi, se calaram.
das estas palavras, disse Saul: É esta a tua voz, m eu
filho Davi? Então Saul levantou a sua voz e chorou. N abal recusa dar víveres aos servos de D avi
' 7E disse a Davi: Mais justo és do que eu; pois tu m e re­ l0E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse:
compensaste com bem , e eu te recompensei com mal. Q uem é Davi, e quem é o filho de Jessé? M uitos ser­
1SE t u m o s tr a s te h o je q u e p r o c e d e s te b e m p a r a c o ­ vos há hoje, que fogem ao seu senhor.
m ig o , p o is o S en h or m e t in h a p o s to e m tu a s m ã o s , 1 'T om aria eu, pois, o m eu pão, e a m inha água, e
e t u n ã o m e m a ta s te . a carne das m inhas reses que degolei para os m eus
|lJPorque, quem há que, encontrando o seu inim i­ tosquiadores, e o d aria a h om ens qu e eu não sei
go, o deixaria ir p o r bom cam inho? O S enhor , pois, d ond e vêm?
te pague com bem , p o r isso que hoje m e fizeste. 12Então os m oços de Davi puseram -se a cam inho e
20Agora, pois, eis que bem sei que certam ente hás voltaram , e chegando, lhe anunciaram tudo confor­
de reinar, e que o reino de Israel há de ser firm e na m e a todas estas palavras.
tua mão. l3Por isso disse Davi aos seus hom ens: Cada um
2lPortanto agora jura-m e pelo S enhor que não d e­ cinja a sua espada. E cada u m cingiu a sua espada,
sarraigarás a m inha descendência depois de m im , e cingiu tam b ém Davi a sua; e subiram após Davi
nem desfarás o m eu nom e da casa de m eu pai. u ns q u atro cen to s hom ens, e duzentos ficaram com
22Então ju ro u Davi a Saul. E foi Saul para a sua a bagagem .
casa; p o rém Davi e os seus hom ens subiram ao 14Porém um d en tre os m oços o an u n cio u a Abi­
lugar forte. gail, m ulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou
mensageiros desde o deserto a saudar o nosso am o;
A m orte de S a m u e l porém ele os destratou.
E FALECEU Sam uel, e to d o o Israel se 'T o d a v ia , aqueles ho m en s tê m -n o s sido m uito
ajuntou, e o prantearam , e o sepultaram na bons, e nunca fom os agravados por eles, e n ada nos
sua casa, em Ramá. E Davi se levantou e desceu ao faltou em to d o s os dias que convivem os com eles
deserto de Parã. quan d o estavam n o campo.
2E havia um hom em em M aom , que tinha as suas l6D e m u ro em red o r nos serviram , assim de dia
possessões no Carm elo; e era este hom em m uito p o ­ com o de noite, todos os dias que andam os com eles
deroso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras; e estava apascentando as ovelhas.
tosquiando as suas ovelhas no Carm elo. l7C onsidera, pois, agora, e vê o qu e hás de fazer,
3E era o nom e deste hom em Nabal, e o nom e de sua porque o mal já está de todo determ inado contra o
m u lh er Abigail; e era a m ulher de bom entendim en­ nosso am o e contra toda a sua casa, e ele é u m h o ­
to e form osa; porém o hom em era duro, e m aligno m em vil, que n ão há quem lhe possa falar.
nas obras, e era da casa de Calebe.
4E ouviu Davi no deserto que N abal tosquiava as A b ig a il apazigua D avi
suas ovelhas, ‘“E ntão Abigail se apressou, e to m o u duzentos
5E enviou Davi dez m oços, e disse aos moços: Subi pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas,
ao Carm elo, e, indo a Nabal, perguntai-lhe, em m eu e cinco m edidas de trigo tostado, e cem cachos de
nom e, com o está. passas, e duzentas pastas de figos passados, e os pôs
6E assim direis àquele próspero: Paz tenhas, e que a sobre jum entos.
tu a casa tenha paz, e tu d o o que tens tenha paz! J1,E disse aos seus m oços: Ide adiante de m im , eis
7 Agora, pois, tenho ouvido que tens tosquiadores. que vos seguirei de perto. O que, porém , não decla­
O ra, os pastores que tens estiveram conosco; agravo rou a seu m arid o Nabal.
n en h u m lhes fizemos, nem coisa algum a lhes faltou 20E sucedeu que, an d a n d o ela m o n tad a n u m ju ­
to d o s os dias que estiveram no Carm elo. m ento, desceu pelo encoberto do m onte, e eis que

310
1SAMUEL 25

Davi e os seus hom ens lhe vinham ao encontro, e ela 34Porque, na verdade, vive o Se n h o r Deus de Isra­
encontrou-se com eles. el, que m e im pediu de que te fizesse mal, que se tu
21E disse Davi: Na verdade que em vão tenho guarda­ não te apressaras, e não m e vieras ao encontro, não
do tudo quanto este tem no deserto, e nada lhe faltou ficaria a N abal até a luz da m anhã nem m esm o um
de tudo quanto tem, e ele m e pagou mal por bem. m enino.
22Assim faça D eus aos inim igos de Davi, e o u tro 35Então Davi to m o u da sua m ão o que tin h a trazi­
tanto, se eu deixar até am anhã de tu d o o que tem, do, e lhe disse: Sobe em paz à tu a casa; vês aqui que
até m esm o um m enino. tenho d ad o ouvidos à tu a voz, e ten h o aceitado a
23Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu tu a face.
do jum ento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante 36E, vindo Abigail a N abal, eis que tin h a e m su a casa
de Davi, e se inclinou à terra. um banquete, com o banquete de rei; e o coração de
24E lançou-se a seus pés, e disse: Ah, senhor meu, Nabal estava alegre nele, e ele já m uito em briagado,
m inha se;« a transgressão; deixa, pois, falar a tua ser­ pelo que ela não lhe deu a entender coisa alguma,
va aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva. pequena nem grande, até à luz da m anhã.
25M eu senhor, agora não faça este h om em vil, a 37Sucedeu, pois, que pela m an h ã, estan d o N abal
saber, Nabal, im pressão no seu coração, porque tal já livre do vinho, sua m u lh er lhe deu a en ten d er
é ele qual é o seu nom e. N abal é o seu nom e, e a lo u ­ aquelas coisas; e se am orteceu o seu coração, e ficou
cura está com ele, e eu, tu a serva, não vi os m oços de ele com o pedra.
m eu senhor, que enviaste. 38E aconteceu q u e, passados quase dez dias, feriu o
26Agora, pois, m eu senhor, vive o Sen h o r , e vive a Se n h o r a Nabal, e este m orreu.
tu a alma, que o Se n h o r te im pediu de vires com san­ 39E, o uvindo Davi que Nabal m orrera, disse: Ben­
gue, e de que a tu a m ão te salvasse; e, agora, tais quais d ito seja o Se n h o r , que ju lg o u a causa de m in h a
Nabal sejam os teus inim igos e os que procuram mal afronta recebida da m ão de N abal, e deteve a seu
contra o m eu senhor. servo do m al, fazendo o S e n h o r to rn a r o m al de
27E agora este é o presente que trouxe a tu a serva N abal sobre a sua cabeça. E m a n d o u Davi falar a
a m eu senhor; seja dado aos m oços que seguem ao Abigail, para tom á-la p o r sua m ulher.
m eu senhor. 40Vindo, pois, os criados de Davi a Abigail, n o Car-
2sPerdoa, pois, à tu a serva esta transgressão, porque melo, lhe falaram, dizendo: Davi nos tem m andado
certam ente fará o Se n h o r casa firm e a m eu senhor, a ti, para te to m ar p o r sua m ulher.
porque m eu senhor guerreia as guerras do Senho r , e 41Então ela se levantou, e se inclinou com o rosto
não se tem achado m al em ti por todos os teus dias, em terra, e disse: Eis que a tu a serva servirá de criada
29E, levantando-se algum ho m em para te perse­ p ara lavar os pés dos criados de m eu senhor.
guir, e para p rocurar a tua m orte, contudo a vida de 42E Abigail se apressou, e se levantou, e m o n to u
m eu senhor será atada n o feixe dos que vivem com nu m ju m en to com as suas cinco m oças que seguiam
o Se nho r teu Deus; porém a vida de teus inim igos as suas pisadas; e ela seguiu os m ensageiros de Davi,
ele arrojará ao longe, com o do m eio do côncavo de e foi sua mulher.
um a funda. 4'Tam bém to m o u Davi a A inoã de Jizreel; e am bas
i(,E há de ser que, usando o Se n h o r com o m eu se­ foram suas m ulheres.
n h o r conform e a todo o bem que já tem falado de ti, 44P orque Saul tin h a dado sua filha Mical, m ulher
e te houver estabelecido príncipe sobre Israel, de Davi, a Palti, filho de Laís, o qual era de Galim.
31Então, m eu Senhor, não te será p o r tropeço, nem
p o r pesar no coração, o sangue que sem causa d er­ D avi p o u p a outra vez a vida de S a u l
ram aste, nem tam pouco po r ter se vingado o m eu E VIERAM os zifeus a Saul, a Gibeá, dizen­
Senhor a si m esmo; e q uando o Se n h o r fizer bem a do: N ão está Davi escondido no outeiro de
m eu senhor, lem bra-te então da tu a serva. H aquilá, defronte de Jesimom?
32Então Davi disse a Abigail: Bendito o Se nho r Deus 2Então Saul se levantou e desceu ao deserto de Zife,
de Israel, que hoje te enviou ao m eu encontro. e com ele três m il ho m en s escolhidos de Israel, a
33E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje buscar a Davi no deserto de Zife.
m e im pediste de d erram ar sangue, e de vingar-m e 3E acam pou-se Saul no ou teiro de H aquilá, que
pela m inha p rópria mão. está defronte de Jesim om , ju n to ao cam inho; porém

311
1SAMUEL 26

Davi ficou n o deserto, e viu que Saul vinha seguin­ I4E Davi b rad o u ao povo, e a Abner, filho de Ner,
do-o no deserto. dizendo: N ão responderás, Abner? E ntão A bner res­
4Pois Davi enviou espias, e soube que Saul tinha pond eu e disse: Q uem és tu , que b radas ao rei?
vindo. l5Então disse Davi a Abner: Porventura não és h o ­
SE D avi se levantou, e foi ao lugar onde Saul se mem? E quem há em Israel com o tu? Por que, pois,
tin h a acam pado; viu Davi o lugar on d e se tin h a não guardaste o rei, teu senhor? P orque um do povo
d eitad o Saul, e Abner, filho de Ner, capitão do seu veio para d estru ir o rei, teu senhor.
exército; e Saul estava deitado dentro do lugar dos 16N ão é b o m isso, que fizeste; vive o S e n h o r , que
carros, e o povo estava acam pado ao redor dele. sois dignos de m orte, vós que não guardastes a vosso
6E dirigindo-se Davi a Aimeleque, o heteu, e a Abi- senhor, o ungido do Se n h o r ; vede, pois, agora onde
sai, filho de Z eruia, irm ão de Joabe, disse: Q uem está a lança do rei, e a bilha de água, que tinha à sua
descerá com igo a Saul ao arraial? E respondeu Abi- cabeceira.
sai: Eu descerei contigo. 17Então conheceu Saul a voz de Davi, e disse: N ão é
7Foram, pois, Davi e Abisai de noite ao povo, e eis que esta a tu a voz, m eu filho Davi? E disse Davi: É m inha
Saul estava deitado dorm indo dentro do lugar dos car­ voz, ó rei m eu Senhor.
ros, e a sua lança estava fincada na terra à sua cabeceira; 1 "Disse mais: Por que persegue o m eu S enhor tanto
e Abner e o povo deitavam-se ao redor dele. o seu servo? Q ue fiz eu? E que m aldade se acha na
8Então disse Abisai a Davi: D eus te entregou hoje m inhas mãos?
nas m ãos o teu inim igo; deixa-m e, pois, agora en ­ l9Ouve, pois, agora, te rogo, rei m eu Senhor, as
cravá-lo com a lança de um a vez na terra, e não o palavras de teu servo: Se o S e n h o r te incita contra
ferirei segunda vez. m im , receba ele a oferta de alimentos; se, porém ,
9E disse Davi a Abisai: N en h u m dan o lhe faças; são os filhos dos hom ens, m alditos sejam p erante o
porque quem estendeu a sua m ão contra o ungido Se n h o r ; pois eles m e têm expulsado hoje para que
do Senho r , e ficou inocente? eu não tenha parte n a herança do Senho r , dizendo:
l0Disse m ais Davi: Vive o Se n h o r que o Sen h o r o Vai, serve a o u tro s deuses.
ferirá, ou o seu dia chegará em que m orra, ou des­ 20Agora, pois, não se d erram e o m eu sangue na
cerá para a batalha e perecerá. terra diante do Se n h o r ; pois saiu o rei de Israel em
" O S e n h o r m e guarde, de que eu estenda a m ão busca de u m a pulga, com o qu em persegue um a
contra o ungido do Se n h o r ; agora, porém , tom a a perdiz nos m ontes.
lança que está à sua cabeceira e a bilha de água, e 2'E ntão disse Saul: Pequei; volta, m eu filho Davi,
vam o-nos. porque n ão to rn arei a fazer-te mal; p orque foi hoje
12Tomou, pois, Davi a lança e a bilha de água, da preciosa a m in h a vida aos teus olhos; eis que procedi
cabeceira de Saul, e foram-se; e ninguém houve que loucam ente, e errei grandissim am ente.
o visse, nem que o advertisse, nem que acordasse; 22Davi então respondeu, e disse: Eis aqui a lança do
porque todos estavam dorm indo, porque da parte do rei; venha cá u m dos m oços, e leve-a.
Senho r havia caído sobre eles um profundo sono. 2íO Se nho r , porém , pague a cada um a sua justiça
13E Davi, passando ao o utro lado, pôs-se no cum e e a sua lealdade; pois o Se n h o r te entregou hoje na
do m o n te ao longe, de maneira que entre eles havia m inha mão, porém não quis estender a m in h a m ão
grande distância. contra o ungido do Se nho r .

Malditos sejam com Abraão e sua descendência. O mesmo parâmetro divino


(26.19) se repete na vida de Jacó, o patriarca do povo eleito, ou seja,
Israel: "Sirvam-te povos, e naçóes se encurvem ati; sê senhor
Meninos de Deus. 0 Ifder desse grupo, Moisés Davi, usou
de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; maldi­
o texto em referência para justificar o ódio que guardou
tos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te
das pessoas que nào lhe deram crédito ou resistiram aos seus
abençoarem".
ensinos.
Outro fato importante que, pelo visto, tem passado despercebido
._g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A oração de Davi deve ser por esse grupo, é que Davi demonstrou amor até mesmo para com
*=> entendida mediante o contexto de Gênesis 12.3, onde Saul (por exemplo, teve a oportunidade de matá-lo, mas nào o fez).
Deus declara bênção ou maldição sobre os povos e os indiví­ “Em paga do meu amor, me hostilizam; eu. porém, oro" (S1109.4).
duos. Tudo iria depender da visão e da relação que tivessem Foi o que Davi escreveu.

312
1SAMUEL 26,27,28

24E eis que, assim com o foi a tua vida hoje de tanta porventura não nos den u n ciem , dizendo: Assim
estim a aos m eus olhos, assim seja a m in h a vida de Davi o fazia. E este era o seu costum e p o r todos os
m uita estima aos olhos do S enhor , e ele m e livre de dias que hab ito u na terra dos filisteus.
toda a tribulação. 12E Aquis confiava em Davi, dizendo: Fez-se ele por
2'’Então Saul disse a Davi: B endito sejas tu, m eu certo aborrecível para com o seu povo em Israel; por
filho Davi; pois grandes coisas farás e tam bém p re­ isso m e será p or servo p ara sem pre.
valecerás. Então Davi se foi pelo seu cam inho e Saul
voltou para o seu lugar. S a u l co n su lta u m a pitonisa de E n -D o r
E SUCEDEU naqueles dias que, ju n tan d o
Davi vai ter outra vez com A qu is, os filisteus os seus exércitos à peleja, para
rei de G ate fazer guerra contra Israel, disse Aquis a Davi: Sabe
DISSE, porém , Davi no seu coração: O ra, de certo q ue com igo sairás ao arraial, tu e os teus
algum dia ainda perecerei pela m ão de hom ens.
Saul; não há coisa m elhor para m im do que escapar 2Então disse Davi a Aquis: Assim saberás o que fará
apressadam ente para a terra dos filisteus, para que o teu servo. E disse Aquis a Davi: Por isso te terei p o r
Saul perca a esperança de m im , e cesse de m e buscar guarda da m in h a pessoa para sempre.
por todos os term os de Israel; e assim escaparei da 3E Samuel já estava m o rto , e to d o o Israel o tinha
sua mão. chorad o , e o tin h a sepultado em Ram á, qu e era a
2Então Davi se levantou, e passou, com os seiscen­ sua cidade; e Saul tin h a desterrado os adivinhos e
tos hom ens que com ele estavam, a Aquis, filho de
os encantadores.
M aoque, rei de Gate.
"E ajuntaram -se os filisteus, e vieram , e acam pa­
ram -se em Suném ; e aju n to u Saul a todo o Israel, e
A quis, co n fid en te de D avi
se acam param em Gilboa.
3E Davi ficou com Aquis em Gate, ele e os seus h o ­
’E, vendo Saul o arraial dos filisteus, tem eu, e estre­
m ens, cada um com a sua casa; Davi com am bas as
m eceu m u ito o seu coração.
suas m ulheres, Ainoã, a jizreelita,e Abigail, a m ulher
6E perg u n to u Saul ao Se n h o r , porém o Se n h o r não
de Nabal, o carmelita.
lhe respondeu, nem p o r son h o s, nem p o r U rim ,
4E, sendo Saul avisado que Davi tinha fugido para
nem p o r profetas.
Gate, não cuidou m ais de buscá-lo.
7Então disse Saul aos seus criados: Buscai-m e um a
5E disse Davi a Aquis: Se eu tenho achado graça em
m ulher que tenha o espírito de feiticeira, para que
teus olhos, dá-m e lugar n u m a das cidades da terra,
vá a ela, e consulte p o r ela. E os seus criados lhe dis­
para que ali habite; pois po r que razão habitaria o
seram: Eis que em E n-D or há um a m ulher que tem
teu servo contigo na cidade real?
o espírito de adivinhar.
6Então lhe deu Aquis, naquele dia, a cidade de Zi-
clague (por isso Ziclague pertence aos reis de Judá, 8E Saul se d isfarçou, e vestiu o u tra s ro u p as, e
até ao dia de hoje). foi ele com dois h o m en s, e de n o ite ch egaram à
7E foi o núm ero dos dias, que Davi habitou na terra m u lh er; e disse: P eço-íe q u e m e adivinhes pelo
dos filisteus, um ano e quatro meses. espírito de feiticeira, e m e faças su b ir a q u em eu
8E subia Davi com os seus hom ens, e davam sobre te disser.
os gesuritas, e os gersitas, e os am alequitas; porque 9Então a m u lh er lhe disse: Eis aqui tu sabes o que
antigam ente foram estes os m oradores da terra que Saul fez, com o tem d estruído da terra os adivinhos
se estende na direção de Sur, até à terra do Egito. e os encantadores; p o r que, pois, m e arm as u m laço
^E Davi feria aquela terra, e não dava vida nem a à m inha vida, para m e fazeres m orrer?
hom em nem a mulher, e tomava ovelhas, e vacas, e ju­ 10Então Saul lhe ju ro u pelo Se nho r , dizendo: Vive o
mentos, e camelos, e vestes; e voltava, e vinha a Aquis. S e n h o r , que n en h u m mal te sobrevirá p o r isso.
I0E dizendo Aquis: O nde atacastes hoje? Davi dizia: "A m ulher então lhe disse: A quem te farei subir?
Sobre o sul de Judá, e sobre o sul dos jeram eelitas, e E disse ele: Faze-m e subir a Samuel.
sobre o sul dos queneus. 12Vendo, pois, a m u lh er a Samuel, grito u com alta
1 'E Davi não deixava com vida nem a hom em nem voz, e falou a Saul, dizendo: Por que m e tens enga­
a m ulher, para trazê-los a Gate, dizendo: Para que nado? Pois tu mesmo és Saul.

313
1SAMUEL 28

13E o rei lhe disse: N ão temas; que é que vês? Então a m ão dos filisteus, e am anhã tu e teus filhos estareis
m ulher disse a Saul: Vejo deuses que sobem da terra. comigo; e o arraial de Israel o S enhor entregará na
HE lhe disse: C om o é a sua figura? E disse ela: Vem m ão dos filisteus.
su b in d o u m h om em ancião, e está envolto nu m a 20E im ediatam ente Saul caiu estendido p o r terra,
capa. E ntendendo Saul que era Samuel, inclinou-se e grandem ente tem eu p o r causa daquelas palavras
com o rosto em terra, e se prostrou. de Samuel; e não houve força nele; p orque não tinha
I5Samuel disse a Saul: Por que m e inquietaste, fa­ com ido pão to d o aquele dia e toda aquela noite.
zendo-m e subir? Então disse Saul: M ui angustiado 2lEntâo veio a m u lh er a Saul e, vendo que estava
estou, p o rque os filisteus guerreiam contra m im , e tão pertu rb ad o , disse-lhe: Eis que a tua criada deu
Deus se tem desviado de m im , e não m e responde ouvidos à tu a voz, e pus a m inha vida n a m inha mão,
mais, nem pelo m inistério dos profetas, nem po r e ouvi as palavras que disseste.
sonhos; p o r isso te cham ei a ti, para que m e faças 22Agora, pois, ouve tam bém tu as palavras da tua
saber o que hei de fazer. serva, e porei u m bocado de pão diante de ti, e come,
l6E ntão disse Samuel: Por que, pois, m e perguntas para que tenhas forças para te pores a cam inho.
a m im , visto que o S enhor te tem desam parado, e se 23Porém ele o recusou, e disse: N ão comerei. Porém
tem feito teu inimigo? os seus criados e a m ulher o constrangeram ; e deu
1’Porque o S en h or tem feito para contigo com o ouvidos à sua voz; e levantou-se do chão, e se assen­
pela m in h a boca te disse, e o S enhor tem rasgado tou sobre um a cama.
o reino da tu a m ão, e o tem dado ao teu próxim o, 24E tin h a a m u lh er em casa um bezerro cevado, e se
a Davi. apressou, e o m atou, e to m o u farinha, e a am assou,
,KC om o tu não deste ouvidos à voz do S en h o r , e e a cozeu em bolos ázimos.
não executaste o fervor da sua ira contra A maleque, 25E os trouxe d ian te de Saul e de seus criados, e
p o r isso o S enhor te fez hoje isto. com eram ; depois levantaram -se e p artiram naquela
I9E o S enhor entregará tam bém a Israel contigo na m esm a noite.

Vejo deuses que sobem da terra Não se pode conceber que Deus tenha proibido a feitiçaria e a
(28.13) consulta aos mortos e. depois, permitir que a feitiçaria trouxesse
oespíritode Samuel (Tg 1.17).
Espiritismo. Usa este texto, entre muitos outros, para ten­
No texto estudado, a mulher diz: “Vejo deuses que sobem da
tar justificar a mediunidade. Segundo ensina, se Saul, um
terra". Quem eram esses deuses? Só podiam ser demônios, pas-
rei escolhido por Deus, lançou mão desta prática, também pode­
sando-se por espíritos de luz ou adivinhadores (2Co 11.13,14; Mc
mos fazer isso. 5.9; Lc8.30). O diabo pode transfigurar-se em anjo de luz(16.23;
Voz da Pedra Angular. Diz que Samuel apareceu em um 2Co 11.13,14).
corpo teofânico da sexta dimensão. Os mortos não se comunicam com os vivos (Lc 16.19-31;
Hb 9.27).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em desobediência a todas 0 resultado dessa consulta foi trágica para Saul(1 Cr10.13). De
as ordens divinas contrárias à comunicação com os mor­ acordo com Deuteronômio 18.20-22, as profecias devem ser jul­
tos, Saul, desesperado pelo fato de Deus não estar mais lhe res­ gadas. E essas do falso Samuel não resistem ao exame. São am­
pondendo, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas (v. 6), bíguas, imprecisas e infundadas. Vejamos: Saul não foi entregue
procurou uma pitonisa (médium). Durante toda a sessão, apenas nas mãos dos filisteus (28.19), mas se matou (31.4), indo parar
a mulher vè algo e dá uma descrição vaga e imprecisa dos traços nas mãos dos homens de Jabes Gileade (31.11 -13). Não morre­
do espírito que aparece e fala com ela, o que foi suficiente para ram todos os seus filhos — “tu e teus filhos estareis" (v. 19) — como
iludir Saul, que pensou tratar-se de Samuel. insinua a obscura profecia. Pelo menos três ficaram vivos: Is-Bo-
A seguir, algumas das razões que demonstram fraude ou mani­ sete (2.8-10), Armoni e Mefibosete (21.8). E apenas três morreram
festação demoníaca naquela aparição: (31.6; 1Cr 10.2-6). As Escrituras declaram que as palavras de Sa­
Saul perdera a graça de Deus (15.23), por isso o silêncio do muel nunca caíram por terra (3.19).
Senhor para com ele (28.6). Havia,naquela ocasião, três manei­ A desobediência sempre traz o juízo divino. A consulta aos mor­
ras de Deus se comunicar com os homens: por sonhos — reve­ tos é proibida por Deus (Lv 19.31; 1Cr 10.13,14) e qualquer ten­
lação pessoal (Jó 33.15-17); por Urim e Tumim — revelação sa­ tativa de se estabelecer contato com eles é desobediência aos
cerdotal (Êx 28.30); e por meio dos profetas — revelação inspi­ preceitos divinos (V. comentário de Dt 18.10-12) e suas trágicas
rativa (Hb1). conseqüências não se farão esperar. O profeta Isaías nos adver­
Não se pode entender que Samuel, um homem santo duran­ te: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivi­
te toda a vida, pudesse, depois de morto, prestar-se a obede­ nhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo
cer a pitonisa — mulher abominável — , cometendo um pecado ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei
tão claramente proibido por Deus (Êx 22.18; Lv 20.27; Dt 18.19- e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais ve­
22; Is 47.13). rão a alva!” (8.19,20).

314
1SAMUEL 29,30

D avi m archa co m A q u is contra os israelitas os am alequitas tin h am invadido o sul, e Ziclague,


E AJUNTARAM os filisteus todos os seus e tin h am ferido a Ziclague e a tin h a m queim ado
exércitos em Afeque; e acam param -se os a fogo.
israelitas ju n to à fonte que está em Jizreel. 2E tin h am levado cativas as m ulheres, e todos os
2E os príncipes dos filisteus se foram para lá com que estavam nela, tan to pequenos com o grandes; a
centenas e com m ilhares; porém Davi e os seus h o ­ n inguém , porém , m ataram , tão -so m en te os leva­
m ens iam com Aquis na retaguarda. ram consigo, e foram o seu cam inho.
^Disseram então os príncipes dos filisteus: Q ue f a ­ 3E Davi e os seus h om ens chegaram à cidade e eis
zem aqui estes hebreus? E disse Aquis aos príncipes que estava queim ada a fogo, e suas m ulheres, seus
dos filisteus: N ão é este Davi, o servo de Saul, rei de filhos e suas filhas tin h am sido levados cativos.
Israel, que esteve com igo há alguns dias o u anos? 4Então Davi e o povo que se achava com ele alçaram
Coisa n en h u m a achei nele desde o dia em que se a sua voz, e choraram , até que neles não houve mais
revoltou, até ao dia de hoje. forças para chorar.
■'Porém os príncipes dos filisteus m uito se indigna­ 5Tam bém as duas m ulheres de D avi foram levadas
ram contra ele; e disseram -lhe os príncipes dos filis­ cativas; A inoã, a jizreelita, e Abigail, a m u lh er de
teus: Faze voltar este hom em , para que torne ao lugar Nabal, o carm elita.
em que tu o puseste, e não desça conosco à batalha, 6E Davi m uito se angustiou, porque o povo falava de
para que não se torne nosso adversário na batalha; apedrejá-lo, porque a alma de todo o povo estava em
pois, com que poderia este agradar a seu senhor? Por­ amargura, cada um por causa dos seus filhos e das suas
ventura não seria com as cabeças destes homens? filhas; todavia Davi se fortaleceu no S enhor seu Deus.
5N ão é este aquele Davi, de quem uns aos outros
cantaram nas danças, dizendo: Saul feriu os seus D avi livra os cath>os
milhares, porém Davi os seus dez milhares? 7E disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aime-
6E ntão Aquis cham ou a Davi e disse-lhe: Vive o leque: Traze-m e, peço-te, aqui o éfode. E A biatar
S enhor , que tu és reto, e que a tu a en trad a e a tu a trouxe o éfode a Davi.
saída com igo no arraial é boa aos m eus olhos; p o r­ “Então consultou D avi ao S en h or , dizendo: Per­
que n en h um mal em ti achei, desde o dia em que a seguirei eu a esta tropa? Alcançá-la-ei? E lhe disse:
m im vieste, até ao dia de hoje; porém aos olhos dos Persegue-a, p o rq u e decerto a alcançarás e tudo
príncipes não agradas. libertarás.
TVolta, pois, agora, e vai em paz; para que não faças 9Partiu, pois, Davi, ele e os seiscentos h om ens que
mal aos olhos dos príncipes dos filisteus. com ele se achavam, e chegaram ao ribeiro de Besor,
“E ntão Davi disse a Aquis: Por quê? Q ue fiz? O u onde p araram os que ficaram atrás.
que achaste no teu servo, desde o dia em que estive 10E perseguiu-os Davi, ele e os quatrocentos homens,
d iante de ti, até ao dia de hoje, para que não vá e pois que duzentos hom ens ficaram, por não poderem,
peleje contra os inim igos do rei, m eu senhor? de cansados que estavam, passar o ribeiro de Besor.
9Respondeu, porém , Aquis, e disse a Davi: Bem o " E acharam no cam po u m h o m em egípcio, e o
sei; e que na verdade aos m eus olhos és bom com o trouxeram a Davi; d eram -lh e pão, e com eu, e de­
um anjo de Deus; porém disseram os príncipes dos ram -lhe a beber água.
filisteus: N ão suba este conosco à batalha. ,2D eram -lhe tam bém u m pedaço de massa de figos
l0Agora, pois, am anhã de m adrugada levanta-te secos e dois cachos de passas, e com eu, e voltou-lhe o
com os servos de teu senhor, que têm vindo conti­ seu espírito, p orque havia três dias e três noites que
go; e, levantando-vos pela m anhã, de m adrugada, e não tin h a com ido pão nem bebido água.
havendo luz, parti. ' 3Então Davi lhe disse: De quem és tu, e de o n d e és?
1 'E ntão Davi de m adrugada se levantou, ele e os E disse o m oço egípcio: Sou servo de u m hom em
seus hom ens, para partirem pela m anhã, e voltarem am alequita, e m eu senhor m e deixou, p o rq u e ad o ­
à terra dos filisteus; e os filisteus subiram a Jizreel. eci há três dias.
‘■'Nós invadim os o lado do sul dos queretitas, e o
Ziclague é saqueada pelos a m alequitas lado de Judá, e o lado do sul de Calebe, e pusemos
SUCEDEU, pois, que, chegando Davi e os fogo a Ziclague.
seus h om ens ao terceiro dia a Ziclague, já I5E disse-lhe Davi: Poderias, descendo, guiar-me a

315
1SAMUEL 30,31

essa tropa? E disse-lhe: Por Deus ju ra-m e que não 29E aos de Racal, e aos qu e estavam nas cidades
m e m atarás, nem m e entregarás na m ão de m eu jeram eelitas e nas cidades dos queneus,
senhor, e, descendo, te guiarei a essa tropa. 30E aos de H orm á, e aos de Corasã, e aos de Ataca,
16E, descendo, o guiou e eis que estavam espalhados 3IE aos de H ebrom , e a to d o s os lugares em que
sobre a face de toda a terra, com endo, e bebendo, andara Davi, ele e os seus hom ens.
e d ançando, p o r to d o aquele g rande despojo que
to m aram da terra dos filisteus e da terra de Judá. A m o rte de S a u l
I7E feriu-os Davi, desde o crepúsculo até à tarde 1 OS filisteus, pois, pelejaram contra Israel; e
do dia seguinte; n e n h u m deles escapou, senão só
quatrocentos m oços que, m ontados sobre camelos,
3 A os hom ens de Israel fugiram de diante dos
filisteus, e caíram m o rto s n a m o n tan h a de Gilboa.
fugiram. 2E os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos; e
18Assim salvou Davi tu d o q u an to to m a ram os m ataram a Jônatas, e a A binadabe, e a M alquisua,
am alequitas; tam bém as suas duas m ulheres salvou filhos de Saul.
Davi. 3E a peleja se agravou contra Saul, e os flecheiros o
,9E ninguém lhes faltou, desde o m enor até ao alcançaram; e m uito tem eu por causa dos flecheiros.
maior, e até os filhos e as filhas; e tam bém desde o 4Então disse Saul ao seu pajem de armas: A rranca
despojo até tudo quanto lhes tinham tom ado, tudo a tu a espada, e atravessa-m e com ela, para que por­
Davi to rn o u a trazer. ventura não venham estes incircuncisos, e m e atra­
20Tam bém tom ou Davi todas as ovelhas e vacas, e vessem e escarneçam de m im . Porém o seu pajem
levavam -nas adiante do outro gado, e diziam : Este è de arm as não quis, porque tem ia m uito; então Saul
o despojo de Davi. tom o u a espada, e se lançou sobre ela.
21E, chegando Davi aos duzentos hom ens que, de 'V endo, pois, o seu pajem de arm as que Saul já era
cansados que estavam, não p uderam seguir a Davi, e m orto, tam bém ele se lançou sobre a sua espada, e
que deixaram ficar no ribeiro de Besor, estes saíram m orreu com ele.
ao encontro de Davi e do povo que com ele vinha; e, 6Assim faleceu Saul, e seus três filhos, e o seu pajem
chegando-se Davi com o povo, os saudou em paz. de arm as, e tam b ém todos os seus h om ens m o rre­
ram ju n tam en te naquele dia.
A lei da divisão da presa 7E, vendo os h om ens de Israel, que estavam deste
22Então todos os m aus e perversos, den tre os lado do vale e deste lado do Jordão, que os hom ens
hom ens que tinham ido com Davi, responderam , de Israel fugiram , e que Saul e seus filhos estavam
e disseram: Visto que não foram conosco, não lhes m ortos, aban d o n aram as cidades, e fugiram ; e vie­
darem os do despojo que libertam os; m as que leve ram os filisteus, e habitaram nelas.
cada u m sua m ulher e seus filhos, e se vá. "Sucedeu, pois, que, vindo os filisteus no o u tro dia
“ Porém Davi disse: N ão fareis assim, irmãos meus, para despojar os m ortos, acharam a Saul e a seus três
com o que nos deu o Senhor, que nos guardou, e entre­ filhos estirados n a m o n ta n h a de Gilboa.
gou a tropa que contra nós vinha, nas nossas mãos. 9E cortaram -lhe a cabeça, e o despojaram das suas
24E quem vos daria ouvidos nisso? Porque qual é a armas, e enviaram pela terra dos filisteus, em redor, a
p arte dos que desceram à peleja, tal tam bém será a anunciá-lo no tem plo dos seus ídolos e entre o povo.
p arte dos que ficaram com a bagagem ; igualm ente 1 °E puseram as suas arm as no tem plo de Astarote, e
repartirão. o seu corpo o afixaram no m uro de Bete-Sã.
2,0 que assim foi desde aquele dia em diante, po r­ "O u v in d o então os m oradores de Jabes-Gileade,
q uanto o pòs p o r estatuto e direito em Israel até ao o que os filisteus fizeram a Saul,
dia de hoje. l2Todo o h o m em valoroso se levantou, e cam i­
2AE, chegando Davi a Ziclague, enviou do despojo aos nh aram to d a a noite, e tiraram o corpo de Saul e os
anciãos de Judá, seus amigos, dizendo: Eis aí para vós corpos de seus filhos do m uro, de Bete-Sã, e, vindo
um a bênção do despojo dos inimigos do Se nho r ; a Jabes, os queim aram .
27Aos de Betei, e aos de Ramote do sul, e aos de Jater, 13E to m aram os seus ossos, e os sepultaram debaixo
28E aos de Aroer, e aos de Sifmote, e aos de Estemoa, de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias.

316
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

2Samuel
T it u l o

Provavelm ente, deriva-se de seu autor parcial e últim o juiz de Israel, o p rofeta Samuel. Na Bíblia h e­
braica, originalm ente, 1 e 2Samuel form avam um só livro. Em algum as Bíblias católicas, este livro ta m ­
bém era cham ado de 2Reis, enquanto 1Samuel, obviam ente, de 1Reis. C om o conseqüência, 1 e 2Reis eram
cham ados de 3 e 4Reis.

A u t o r ia e data

É de Samuel, cujo nom e significa “ouvido p or Deus”. C om certeza, os dois livros saíram de sua mão. E
esses dois livros, 1 e 2Samuel, abrangem um período de cerca de 100 anos (1075 a 975 a.C). Este foi co n ­
cluído após a divisão do reino, m as antes do cativeiro assírio (722 a.C.).

A ssunto
Samuel term ina o prim eiro livro com a m orte trágica de Saul, prim eiro m onarca de Israel, p o n d o fim ao
seu reinado e à sua dinastia. No segundo, o profeta inicia n arran d o o estabelecim ento de Davi com o rei so­
bre as doze tribos de Israel e prossegue com o registro das m uitas batalhas para a consolidação do reino.
A história de Davi é relatada com grande em oção e m uitos detalhes im portantes. Aqui, a aliança daví-
dica é estabelecida. Os dois pecados de Davi são expostos: seu adultério com Bate-Seba e a contagem do
povo. E tam bém a revolta de Absalão e o retorno ao trono. O u tro s acontecim entos im p o rtan tes são a to ­
m ada de Jerusalém da m ão dos jebuseus e a vinda da Arca da Aliança para a cidade.
E m bora a duração dos acontecim entos de 1Samuel não seja exatam ente considerada, 2Samuel ab ran ­
ge um período de quarenta anos, a duração do reinado de Davi.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Este livro tem sofrido ataques da alta crítica po r causa de alguns p o n to s aparentem ente discrepantes.
A explicação sobre a m o rte de Saul, dada pelo am alequita (1.10), parece contradizer 1Samuel 31.4,5.
Todavia, é fácil entender que o suicídio de Saul não foi bem -sucedido, p o rtan to o am alequita apenas quis
concluir sua m orte, julgando que, com isso, receberia um a recom pensa de Davi.
O u tra passagen que gerou crítica é 21.19, que diz que Golias foi m o rto pelas m ãos de El H anan. É bem
provável que se trate de u m m ero erro de copistas, um a vez que em 1Crônicas 20.5 é dito que, em verda­
de, El H anan m atou o irm ão de Golias.
É im portante entender que os autores dos livros históricos lidaram com diversas fontes diferentes. No
início, os livros históricos ainda não desfrutavam da m esm a reverência dedicada à lei mosaica. Assim, er­
ros com o este podiam acontecer.
A crítica de alguns a respeito de narrativas aparentem ente repetidas, que alegam tratar-se, na verdade,
de um a obra com vários autores diferentes, não tem fundam ento. A repetição de narrativas, m uitas vezes
com detalhes diferentes, é u m traço distintivo da técnica literária hebraica.
Mas, m esm o diante disso tudo, é fácil, m ais um a vez, perceber o valor da fidelidade histórica deste li­
vro, um a vez que um dos seus m aiores heróis, o m onarca Davi, não é po u p ad o de ter seus pecados regis­
trados em um de seus livros sagrados.
SAMUEL
O SEGUNDO LIVRO DE

Um a m alequita trás a notícia da m orte d e S a u l "E n tã o ap an h o u Davi as suas vestes, e as rasgou;


E SUCEDEU que, depois da m orte de Saul, vol­ assim fizeram to d o s os h o m en s que estavam com
1 tan do Davi da d errota dos am alequitas, ficou
dois dias em Ziclague;
ele.
12E prantearam , e choraram , e jejuaram até à tarde
2Ao terceiro dia um hom em veio do arraial de Saul, p o r Saul, e p o r Jônatas, seu filho, e pelo povo do
com as vestes rotas ecom terra sobre a cabeça; e, che­ S e nho r , e pela casa de Israel, p orque tin h am caído
gando ele a Davi, se lançou no chão, e se inclinou. à espada.
!E Davi lhe disse: D onde vens? E ele lhe disse: Esca­ l3Disse então Davi ao m oço qu e lhe tro u x era a
pei do arraial de Israel. nova: D o n d e és tu? E disse ele: Sou filho de u m
''E disse-lhe Davi: C om o foi lá isso? peço-te, dize- estrangeiro, am alequita.
mo. E ele lhe respondeu: O povo fugiu da batalha, 14E Davi lhe disse: C om o não tem este tu estender a
e m uitos do povo caíram , e m orreram ; assim com o m ão para m atares ao ungido do S en h o r ?
tam bém Saul e Jônatas, seu filho, foram m ortos. l5E ntão ch am o u Davi a um dos m oços, e disse:
5E disse Davi ao m oço que lhe trazia as novas: C om o Chega, e lança-te sobre ele. E ele o feriu, e m orreu.
sabes tu que Saul e Jônatas, seu filho, foram mortos? l6Pois Davi lhe dissera: O teu sangue seja sobre a
6Então disse o m oço que lhe dava a notícia: C he­ tu a cabeça, p orque a tu a própria boca testificou con­
guei p o r acaso à m ontanha de Gilboa, e eis que Saul tra ti, dizendo: Eu m atei o ungido do S enhor .
estava encostado sobre a sua lança, e eis que os car­
ros e a cavalaria apertavam -no. O pra n to de D avi por S a u l e Jônatas
7E, olhando ele para trás de si, viu-m e, e cham ou- 17E lam entou Davi a Saul e a Jônatas, seu filho, com
me; e eu disse: Eis-me aqui. esta lam entação
8E ele m e disse: Q uem és tu? E eu lhe disse: Sou l8(D izendo ele que ensinassem aos filhos de Judá o
am alequita. uso do arco. Eis que está escrito no livro de Jasher):
‘'E ntão ele m e disse: Peço-te, arrem essa-te sobre ' “'Ah, o rn am en to de Israel! Nos teus altos foi ferido,
m im , e m ata-m e, porque angústias m e têm cercado, com o caíram os poderosos!
pois toda a m inha vida está ainda em m im . 2UN ão o noticieis em Gate, não o publiqueis nas
,0Arrem essei-me, pois, sobre ele, e o matei, porque ruas de Ascalom, p ara que não se alegrem as filhas
bem sabia eu que não viveria depois da sua queda, e dos filisteus, para que não saltem de contentamento
tom ei a coroa que tinha na cabeça, e o bracelete que as filhas dos incircuncisos.
trazia n o braço, e os trouxe aqui a m eu senhor. 21Vós, m ontes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva

Arremessei-me, pois, sobre ele, e o matei ta seria um suplemento à narrativa de 1Samuel, pois o estrangei­
( 1 . 10 ) ro trazia consigo o bracelete e a coroa de Saul. supostas provas
de que o que falava era verdade. Irado com a notícia. Davi teria
Ceticismo. Confronta esta reterância com 1Samuel
matado o amalequita.
31.4 e 1Crônicas 10.4 para fundamentar uma contradi­
A segunda, mais crível e fiel aos textos, declara que a narrati­
ção quanto à morte de Saul. que, segundo afirmam os céticos,
va do amalequita é uma fábula inventada e criada por ele próprio
ora a Bíblia fala que foi pelas mãos de um amalequita, ora que
com a intenção de angariar o crédito e o respeito de Davi quando
ele se suicidou.
lhe contasse que havia assassinado Saul.
«—g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Quanto aestaqueslão, duas Como se pode ver, não há qualquer contradição bíblica. Em ver­
<= teses são sustentadas. A primeira delas versa sobre a ve­ dade, o amalequita quis tirar proveito pessoal da trágica situação,
racidade dos textos de 1 e 2Samuel. Aqui, o relato do amalequi­ assumindo um homicídio que não cometera.

318
2SAMUEL 1,2

caia sobre vós, nem haja cam pos de ofertas alçadas, do S enhor , que fizestes tal beneficência a vosso se­
pois aí desprezivelmente foi arrojado o escudo dos nhor, a Saul, e o sepultastes!
poderosos, o escudo de Saul, como se não fora u n ­ 6Agora, pois, o S en h o r use convosco de benefi­
gido com óleo. cência e fidelidade; e tam bém eu vos farei este bem ,
22Do sangue dos feridos, da g ordura dos valentes, porquan to fizestes isto.
nunca se retirou para trás o arco de Jônatas, nem 7Esforcem -se, pois, agora as vossas m ãos, e sede
voltou vazia a espada de Saul. hom ens valentes, pois Saul, vosso senhor, é m orto,
23Saul e Jônatas, tão am ados e queridos na sua m as tam b ém os da casa de Judí j á m e u n g iram a
vida, tam bém na sua m orte não se separaram ; eram m im p o r seu rei.
m ais ligeiros do que as águias, m ais fortes do que
os leões. A b n e r fa z Is-B osete rei d e Israel
24Vós, filhas de Israel, chorai p o r Saul, que vos *Porém Abner, filho de Ner, capitão do exército de
vestia de escarlata em delícias, que vos fazia trazer Saul, to m o u a Is-Bosete, filho de Saul, e o fez passar
ornam entos de ouro sobre as vossas vestes. a M aanaim ,
'“ C om o caíram os poderosos, no m eio da peleja! 9E o constituiu rei sobre Gileade, e sobre os assu-
Jônatas nos teus altos fo i m orto. ritas, e sobre Jizreel, e sobre Efraim , e sobre Benja­
26A ngustiado estou p o r ti, m eu irm ão Jônatas;
m im , e sobre todo o Israel.
quão am abilíssim o m e eras! Mais m aravilhoso m e
l0D a idade de q u aren ta anos era Is-Bosete, filho
era o teu am o r do que o am o r das m ulheres.
de Saul, q u an d o com eçou a rein ar sobre Israel, e
27C om o caíram os poderosos, e pereceram as ar­
reinou dois anos; m as os d a casa de Judá seguiam
mas de guerra!
a Davi.
" E foi o n úm ero dos dias que Davi rein o u em H e­
D avi é aclam ado rei de Ju d á
brom , sobre a casa de Judá, sete anos e seis meses.
E SUCEDEU depois disto que Davi consultou
2 ao S en h or , dizendo: Subirei a algum a das ci­
dades de Judá? E disse-lhe o S en h o r : Sobe. E falou
A batalha e m G ib eo m
l2Então saiu Abner, filho de Ner, com os servos de
Davi: Para o nde subirei? E disse: Para H ebrom .
Is-Bosete, filho de Saul, de M aanaim a G ibeom .
2E subiu D avi para lá, e tam bém as suas duas
m ulheres, Ainoã, a jizreelita, e Abigail, a m ulher de 1 -’Saíram tam bém Joabe, filho de Zeruia, e os servos
Nabal, o carmelita. de Davi, e se en co n traram uns com os o u tro s perto
’Fez tam bém Davi subir os hom ens que estavam do tanque de G ibeom ; e p araram estes deste lado do
com ele, cada um com a sua família; e habitaram nas tanque, e os o u tro s do o u tro lado do tanque.
cidades de H ebrom . I4E disse A bner a Joabe: Deixa levantar os m oços, e
4Então vieram os hom ens de Judá, e ungiram ali a joguem diante de nós. E disse Joabe: Levantem-se.
Davi rei sobre a casa de Judá. E deram avisos a Davi, 1’Então se levantaram , e passaram , em n ú m ero de
dizendo: O s hom ens de Jabes-Gileade foram os que doze de B enjam im , da p arte de Is-Bosete, filho de
sepultaram a Saul. Saul, e doze dos servos de Davi.
5Então enviou D avi m ensageiros aos hom ens de IAE cada u m lançou m ão da cabeça do o u tro, cra­
Jabes-Gileade, para dizer-lhes: Benditos sejais vós vou-lhe a espada no lado, e caíram juntos, p o r isso

Mais maravilhoso do que o amor das mulheres teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas
(1.26) as tuas forças" (Dt 6.5). E amor ao próximo: "Não te vingarás nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu pró­
Homossexualismo. O desgastado argumento da chama­
ximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR" (Lv 19.18). Em todos
da “teologia gay" declara que a amizade entre Jônatas e
estes exemplos, o verbo usado na Bíblia è ahaváh.
Davi nào passava de um relacionamento homossexual.
Ao declarar que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra hebraica ahaváh o de mulheres. Davi não quis inserir nenhuma conotação eróti­
«â não tem apenas um único sentido, mas vários. Vejamos. ca. Aliás, o amor das mulheres era algo que Davi conhecia mui­
Amorpaternal: “E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu to bem. Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita,
gosto, mas Rebeca amava a Jacó” (Gn 25.28). Amizade: "Assim Abital e Eglá e seu adultério com Bate-Seba são provas cabais
Davi veio a Saul, e esteve perante ele, e o amou muito, e foi seu da forte atração que Davi sentia pelo sexo oposto (3.2-5; 11.1-27;
pajem de armas" (16.21). Amora Deus: “Amarás, pois, o SENHOR 1Sm 18.27; 25.42,43).

319
2SAM UEL2.3

se cham ou àquele lugar H elcate-H azurim , que está 3'P o rém os servos de D avi feriram d en tre os de
ju n to a Gibeom . Benjamim, e dentre os h om ens de Abner, a trezentos
I7E seguiu-se naquele dia u m a crua peleja; porém e sessenta hom ens, que ali ficaram m ortos.
A bner e os hom ens de Israel foram feridos diante 32E levantaram a Asael, e sepultaram -no n a sepul­
dos servos de Davi. tu ra de seu pai, que estava em Belém; e Joabe e seus
18E estavam ali os três filhos de Z eruia, Joabe, hom ens cam in h aram to d a aquela noite, e am an h e­
Abisai, e Asael; e Asael era ligeiro de pés, com o as ceu-lhes o dia em H ebrom .
gazelas do cam po.
,9E Asael perseguiu a A bner; e não se desviou de E HOUVE u m a longa guerra entre a casa de Saul
detrás de Abner, nem para a direita n em p ara a
esquerda.
3 e a casa de Davi; po rém Davi ia se fortalecendo,
m as os da casa de Saul se iam enfraquecendo.
20E Abner, o lhando p ara trás, perg u n to u : És tu
Asael? E ele falou: Eu sou. Os filh o s d e D avi q u e nasceram
2'E ntão lhe disse Abner: D esvia-te para a direita, em H eb ro m
ou para a esquerda, e lança m ão de um dos m oços, 2E a Davi nasceram filhos em H ebrom ; e foi o seu
e tom a os seus despojos. Porém Asael não quis des­ prim ogênito A m nom , de A inoã a jizreelita;
viar-se de detrás dele. 3E seu segundo, Q uileabe, de Abigail, m u lh er de
22E ntão A bner to rn o u a dizer a Asael: D esvia-te Nabal, o carm elita; e o terceiro Absalão, filho de
de detrás de m im ; p o r que hei de eu ferir-te e dar Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur;
contigo em terra? E com o levantaria eu o m eu rosto 4E o quarto, A donias, filho de Hagite; e o quinto,
diante de Joabe, teu irmão? Sefatias, filho de Abital;
21Porém , não querendo ele se desviar, A bner o feriu ’E o sexto, Itreão, de Eglá, também m u lh er de Davi;
com a ponta da lança pela q u in ta costela, e a lança estes nasceram a Davi em H ebrom .
lhe saiu p o r detrás, e caiu ali, e m orreu naquele m es­ 6E, havendo guerra entre a casa de Saul e a casa de
m o lugar; e sucedeu que, todos os que chegavam ao Davi, sucedeu que A bner se fez podero so n a casa
lugar o nde Asael caiu e m orreu, paravam . de Saul.
24Porém Joabe e Abisai perseguiram a A bner; e
pôs-se o sol, chegando eles ao outeiro de Amá, que A b n e r fa z acordo co m D avi
está diante de Gia, ju n to ao cam inho do deserto de "E tinha tido Saul u m a concubina, cujo no m e era
Gibeão. Rispa, filha de Aiá; e disse ls-Bosete a Abner: Por que
2,E os filhos de Benjam im se aju n taram atrás de possuíste a concubina de m eu pai?
Abner, e fizeram um batalhão, e puseram -se no 8E ntão se iro u m u ito A bner pelas palavras de Is-
cum e de um outeiro. Bosete, e disse: Sou eu cabeça de cão, qu e pertença
26Então Abner gritou a Joabe, e disse: C onsum irá a a Judá? A in d a h o je faço beneficência à casa de
espada para sempre? N ão sabes tu que po r fim have­ Saul, teu pai, a seus irm ãos, e a seus am igos, e não
rá am argura? E até quand o não hás de dizer ao povo te en treg u ei nas m ãos d e Davi, e tu h o je buscas
q ue deixe de perseguir a seus irmãos? m otivo p ara m e argüires p o r causa da m aldade de
27E disse Joabe: Vive Deus, que, se não tivesses fa­ um a m ulher.
lado, só pela m anhã o povo teria cessado, cada um , ’Assim faça D eus a Abner, e o u tro tanto, se, com o o
de perseguir a seu irmão. S en h o r ju ro u a Davi, assim eu não lhe fizer,
28E ntão Joabe toco u a buzina, e to d o o povo p a ­ "T ran sferin d o o reino da casa de Saul, e confir­
rou, e não perseguiram m ais a Israel; e tam pouco m and o o tro n o de Davi sobre Israel, e sobre Judá,
pelejaram mais. desde Dã até Berseba.
29E cam inharam A bner e os seus hom ens toda ' 1E n en h u m a palavra podia ele responder a Abner,
aquela noite pela planície; e, passando o Jordão, porque o temia.
cam inharam p o r to d o o Bitrom , e chegaram a l2E ntão enviou A bner da sua parte m ensageiros a
M aanaim . Davi, dizendo: D e quem é a terra? E disse mais: C o­
,0T am bém Joabe voltou de perseguir a Abner, e m igo faze o teu acordo, e eis que a m in h a m ão será
aju n to u todo o povo; e dos servos de Davi faltaram contigo, para to rn ar a ti to d o o Israel.
dezenove hom ens, e Asael. I3E disse Davi: Bem, eu farei contigo acordo, p o ­

320
2SAMUEL 3 ,4

rém um a coisa te peço: não verás a m inha face, se e feriu-o ali pela q u in ta costela, e m orreu, p o r causa
p rim eiro não me trouxeres a M ical, filha de Saul, do sangue de Asael seu irm ão.
q u ando vieres ver a m inha face. 2sO que Davi depois ouvindo, disse: Inocente sou
14Tam bém enviou Davi m ensageiros a Is-Bosete, eu, e o m eu reino, para com o S enhor , para sem pre,
filho de Saul, dizendo: D á-m e m in h a m ulher Mical, do sangue de Abner, filho de Ner.
que eu desposei p or cem prepúcios de filisteus. 29Caia sobre a cabeça de Joabe e sobre toda a casa
!,E enviou ls-Bosete, e tiro u -a de seu m arido, a de seu pai, e nu n ca n a casa de Joabe falte quem tenha
Paltiel, filho de Laís. fluxo, o u quem seja leproso, o u qu em se aten h a a
I6E ia com ela seu m arido, cam inhando, e ch o ran ­ bordão, ou quem caia à espada, ou quem necessite
do atrás dela, até B aurim . Então lhe disse Abner: de pão.
Vai-te, agora volta. E ele voltou. wJoabe, pois, e Abisai, seu irm ão, m ataram a Ab­
17E falou A bner com os anciãos de Israel, dizendo: ner, p o r ter m o rto a Asael, seu irm ão, na peleja em
Já há m u ito tem po que procuráveis que Davi rei­ Gibeão.
nasse sobre vós.
18Fazei-o, pois, agora, po rq u e o S en h o r falou a D avi la m en ta a m orte d e A b n e r
Davi, dizendo: Pela m ão de Davi m eu servo livrarei 3'Disse, pois, Davi a Joabe, e a to d o o povo que
o m eu povo das m ãos dos filisteus e das m ãos de com ele estava: Rasgai as vossas vestes; e cingi-vos
todos os seus inimigos. de sacos e ide p ran tean d o diante de Abner. E o rei
I9E falou tam bém A bner aos de B enjam im ; e foi Davi ia seguindo o féretro.
tam bém A bner dizer aos de Davi, em H ebrom , tu d o í2E, sepultando a A bner em H ebrom , o rei levantou
o que era bom aos olhos de Israel e aos olhos de toda a sua voz, e chorou ju n to da sepultura de Abner; e
a casa de Benjamim. chorou to d o o povo.
20E foi Abner a Davi, em H ebrom , e vinte hom ens 3JE o rei, pran tean d o Abner, disse: H avia de m orrer
com ele; e Davi fez u m b anquete a A bner e aos h o ­ A bner com o m o rre o vilão?
m ens que com ele estavam. 34As tu as m ãos n ão estavam atadas, nem os teus
2' Então disse A bner a Davi: Eu m e levantarei, e irei, pés carregados de grilhões, mas caíste com o os que
e ajuntarei ao rei m eu senhor todo o Israel, para fa­ caem d iante dos filhos da m aldade! Então to d o o
zer acordo contigo; e tu reinarás sobre tu d o o que povo chorou m u ito m ais p o r ele.
desejar a tua alma. Assim despediu Davi a Abner, e 35D epois to d o o povo veio fazer com que Davi
ele foi em paz. com esse pão, sendo ainda dia; p o rém Davi ju rou,
dizendo: Assim D eus m e faça, e o u tro tanto, se, antes
Joabe m ata A b n e r à traição que o sol se ponha, eu provar pão ou algum a coisa.
i2E eis que os servos de D avi e Joabe vieram de ■
,60 que to d o o povo en ten d en d o , pareceu bem
um a batalha, e traziam consigo grande despojo; ejá aos seus olhos; assim com o tu d o q u an to o rei fez
Abner não estava com Davi em H ebrom , p orque o pareceu bem aos olhos de to d o o povo.
tinha despedido, e se tinha ido em paz. 37E todo o povo e todo o Israel entenderam naquele
“ Chegando, pois, Joabe, e to d o o exército que vi­ m esm o dia que não procedera do rei que m atasse a
nha com ele, deram aviso a Joabe, dizendo: Abner, Abner, filho de Ner.
filho de Ner, veio ao rei, e o despediu, e foi em paz. 3f,Então disse o rei aos seus servos: N ão sabeis que
24Então Joabe foi ao rei, e disse: Q ue fizeste? Eis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?
A bner veio ter contigo; p o r que pois o despediste, de 3,Q ue eu hoje estou fraco, ainda que u n g id o rei;
m aneira que se fosse assim livremente? estes hom ens, filhos de Z eruia, são m ais d u ro s do
2%Bem conheces a Abner, filho de Ner, que te veio que eu; o S en h o r pagará ao m alfeitor, conform e a
enganar, e saber a tua saída e a tua entrada, e en ten ­ sua m aldade.
der tu d o quanto fazes.
2I,E Joabe, retirando-se de Davi, enviou m ensagei­ A m orte de Is-Bosete
ros atrás de Abner, e o fizeram voltar desde o poço O U V IN D O , pois, o filho de Saul, que Abner
de Sirá, sem que Davi o soubesse.
27Voltando, pois, A bner a H ebrom , Joabe o levou à
4 m o rrera em H ebrom , as m ãos se lhe afrouxa­
ram ; e to d o o Israel pasm ou.
parte, à entrada da porta, p ara lhe falar em segredo; 2E tin h a o filho de Saul dois h o m en s capitães de

321
2SAMUEL 4 ,5

tropas; e era o nom e de um Baaná, e o nom e do o u ­ 2E tam bém outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós,
tro Recabe, filhos de Rim om , o beerotita, dos filhos eras tu o que saías e entravas com Israel; e tam bém
de Benjam im , porque tam bém Beerote se reputava o S en h or te disse: Tu apascentarás o m eu povo de
de Benjamim. Israel, e tu serás príncipe sobre Israel.
3E tin h a m fugido os beerotitas para G itaim , e ali ’Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao
têm peregrinado até ao dia de hoje. rei, em H ebrom ; e o rei D avi fez com eles acordo
4E Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado em H ebrom , p eran te o S en h o r ; e u n g iram a Davi
de ambos os pés; era da idade de cinco anos quando rei sobre Israel.
as novas de Saul e Jônatas vieram de Jizreel, e sua 4D a idade de trin ta anos era Davi q uando com eçou
am a o tom ou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se a reinar; q u aren ta anos reinou.
ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu no m e era 5Em H ebrom reinou sobre Judá sete anos e seis m e­
Mefibosete. ses, e em Jerusalém reinou trin ta e três anos sobre
5E foram os filhos de Rimom, o beerotita, Recabe e todo o Israel e Judá.
Baaná, e entraram em casa de Is-Bosete no maior calor 6E p a rtiu o rei com os seus ho m en s a Jerusalém ,
do dia, estando ele deitado a dormir, ao meio-dia. contra os jebuseus que habitavam naquela terra; e
6E ali entraram até ao m eio da casa, como que vindo falaram a Davi, dizendo: N ão entrarás aqui, pois os
buscar trigo, e o feriram na q uinta costela; e Recabe cegos e os coxos te repelirão, q uerendo dizer: N ão
e Baaná, seu irm ão, escaparam. entrará Davi aqui.
7Porque entraram na sua casa, estando ele na cam a 7P orém D avi to m o u a fortaleza de Sião; esta é a
deitado, n o seu quarto , e o feriram , e o m ataram , cidade de Davi.
e lhe cortaram a cabeça; e, to m an d o a sua cabeça, sP orque Davi disse naquele dia: Q ualquer que ferir
andaram toda a noite cam inhando pela planície. aos jebuseus, suba ao canal e fira aos coxos e aos
8E trouxeram a cabeça de Is-Bosete a Davi, a cegos, a quem a alm a de Davi odeia. Por isso se diz:
H ebrom , e disseram ao rei: Eis aqui a cabeça de Is- N em cego nem coxo entrará nesta casa.
Bosete, filho de Saul, teu inim igo, que procurava a 9Assim hab ito u Davi na fortaleza, e a cham ou a ci­
tua m orte; assim o S en h or vingou hoje ao rei m eu dade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde
senhor, de Saul e da sua descendência. Milo para dentro.
9Porém Davi, respondendo a Recabe e a Baaná, I0E Davi ia, cada vez mais, aum entando e crescendo,
seu irm ão, filhos de R im om , o beerotita, disse-lhes: porque o S enhor Deus dos Exércitos era com ele.
Vive o S enhor , que rem iu a m inha alm a de toda a 1 ‘E H irão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi,
angústia, e m adeira de cedro, e carpinteiros, e pedreiros que
l0Se aquele que m e trouxe novas, dizendo: Eis que edificaram a Davi u m a casa.
Saul é m orto, parecendo-lhe, porém, aos olhos que 12E entendeu D avi que o Sen h o r o confirm ara rei
era com o quem trazia boas novas, eu logo lancei sobre Israel, e que exaltara o seu reino p o r am o r do
m ão dele, e o m atei em Ziclague, cuidando ele que seu povo.
eu por isso lhe desse recom pensa, Os filhos de D avi que nasceram em Jerusalém
' 1Q u an to m ais a ím pios hom ens, que m atar am um 13E to m o u D avi m ais concubinas e m ulheres de
h o m em justo em sua casa, sobre a sua cama; agora, Jerusalém, depois que viera de H ebrom ; e nasceram
pois, n ão requereria eu o seu sangue de vossas m ãos, a Davi m ais filhos e filhas.
e não vos exterm inaria da terra? I4E estes são os n om es dos que lhe nasceram em
12E deu Davi ordem aos seus m oços que os m atas­ Jerusalém: Sam ua, e Sobabe, e Natã, e Salomão,
sem; e cortaram -lhes os pés e as m ãos, e os p e n d u ra­ 15E Ibar, e Elisua, e Nefegue, e Jafia,
ram sobre o tan q u e de H ebrom ; tom aram , porém , a 16E Elisama, e Eliada, e Elifelete.
cabeça de Is-Bosete, e a sepultaram na sepultura de 17O uv in d o , pois, os filisteus que haviam u n g id o
Abner, em H ebrom . a Davi rei sobre Israel, to d o s os filisteus su b iram
em busca de Davi; o qu e ou v in d o Davi, desceu à
Davi é constituído rei de todo o Israel fortaleza.
ENTÃO todas as tribos de Israel vieram a Davi, 18E os filisteus vieram , e se estenderam pelo vale
em H ebrom , e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, de Refaim.
somos teus ossos e tua carne. 19E Davi co n su lto u ao S en h or , dizendo: Subirei

322
2SAMUEL 5,6

co n tra os filisteus? E ntregar-m os-ás nas m inhas mão à arca de Deus, e pegou nela; porque os bois a
mãos? E disse o S enhor a Davi: Sobe, porque certa­ deixavam pender.
m ente entregarei os filisteus nas tuas mãos. 7Então a ira do S en h o r se acendeu co n tra Uzá, e
20Então foi Davi a Baal-Perazim; e feriu-os ali Davi, Deus o feriu ali p o r esta im prudência; e m o rreu ali
e disse: Rom peu o S enhor a m eus inim igos diante de ju n to à arca de Deus.
m im , com o quem rom pe águas. Por isso cham ou o 8E Davi se co n tristo u , p o rq u e o S en h o r abrira
nom e daquele lugar Baal-Perazim. ro tu ra em Uzá; e cham o u àquele lugar Perez-Uzá,
21E deixaram ali os seus ídolos; e Davi e os seus até ao dia de hoje.
hom ens os tom aram . ’E tem eu D avi ao S e n h o r naquele dia; e disse:
22E os filisteus to rn aram a subir, e se estenderam C om o virá a m im a arca do S en h or ?
pelo vale de Refaim. I0E não quis Davi retirar para ju n to de si a arca do
23E D avi consultou ao S en h o r , o qual disse: N ão S enhor , à cidade de Davi; m as Davi a fez levar à casa
subirás; mas rodeia p o r detrás deles, e virás a eles de O bede-E dom , o giteu.
por defronte das am oreiras. 11E ficou a arca do S en h o r em casa de O bede-
24E há de ser que, ouvindo tu um estrondo de m ar­ Edom , o giteu, três meses; e aben ço o u o S en h o r a
cha pelas copas das am oreiras, então te apressarás; O bede-E dom , e a to d a a sua casa.
p o rq u e o S e n h o r saiu então diante de ti, a ferir o l2E ntão avisaram a Davi, dizendo: A bençoou o
arraial dos filisteus. S enhor a casa de O bede-E dom , e tu d o q u an to tem ,
2,E fez Davi assim com o o S en h or lhe tinha orde­ po r causa da arca de Deus; foi pois Davi, e trouxe a
nado; e feriu os filisteus desde Gibeá, até chegar a arca de D eus para cim a, da casa de O bede Edom , à
Gezer. cidade de Davi, com alegria.
I3E sucedeu que, q u an d o os que levavam a arca do
D avi traz a arca para Jerusalém S en h or tin h am dado seis passos, sacrificava bois e
E TO RN O U Davi a ajuntar todos os escolhidos carneiros cevados.
6 de Israel, em número de trin ta mil.
2E levantou-se Davi, e p artiu , com to d o o povo que
I4E Davi saltava com todas as suas forças d iante
do S en h o r ; e estava D avi cingido de u m éfode de
tinha consigo, para Baalim de Judá, para levarem linho.
dali para cim a a arca de Deus, sobre a qual se invoca 1 ’Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca
o nom e, o no m e do S en h o r dos Exércitos, que se do S enhor , com júbilo, e ao som das trom betas.
assenta entre os querubins. I6E sucedeu que, en tran d o a arca do S en h o r na ci­
3E puseram a arca de D eus em um carro novo, e a dade de Davi, M ical, a filha de Saul, estava olhando
levaram da casa de A binadabe, que está em Gibeá; pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando
e Uzá e Aiô, filhos de A binadabe, guiavam o carro e saltando d iante do S en h o r , o desprezou no seu
novo. coração.
4E levando-o da casa de A binadabe, que está em I7E in tro d u zin d o a arca do S enhor , a puseram no
Gibeá, com a arca de Deus, Aiô ia adiante da arca. seu lugar, n a ten d a q ue D avi lhe arm ara; e ofere­
5E Davi, e toda a casa de Israel, festejavam perante ceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas p erante o
o S enhor , com toda a sorte de instrumentos de pau S enhor .
de faia, com o tam bém com harpas, e com saltérios, e I8E acabando D avi de oferecer os holocaustos e
com tam boris, e com pandeiros, e com címbalos. ofertas pacíficas, abençoou o povo em no m e do
6E, chegando à eira de N acom , estendeu Uzá a S en h or dos Exércitos.

A arca de Deus ção, mas por ter desobedecido à lei de Deus, porque o Senhor
(6.7) havia proibido qualquer pessoa, exceto os sacerdotes, de tocar
a arca (Nm 4.15). Assim, era necessário que todos cumprissem
Catolicismo Romano. Alguns teólogos dessa Igreja dizem
a ordem divina e não tocassem na arca — onde se encontrava a
que os filhos de Israel também reverenciavam a arca da
manifestação da santidade e da glória de Deus. Em nenhum mo­
aliança, assim como os católicos fazem com as imagens.
mento. houve indicação de veneração às relíquias. Não se espe­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A reverência dispensada à rava qualquer tipo de devoção religiosa. Até porque, Deus conde­
arca não permite promover a veneração de relíquias. A ir­ na a idolatria (Êx 20.4.5), que faz que a pessoa reverencie e cultue
reverência de Uzá não foi por ele ter falhado em alguma sauda­ a criatura em vez do Criador (Rm 1.25).

323
2SAMUEL 6,7

''’E rep artiu a to d o o povo, e a toda a m ultidão de o plantarei, para que habite n o seu lugar, e não mais
Israel, desde os hom ens até às m ulheres, a cada um , seja rem ovido, e n u n ca mais os filhos d a perversi­
um bolo de pão, e um bom pedaço de carne, e um dade o aflijam, com o dantes,
frasco de vinho; então retirou-se todo o povo, cada n E desde o dia em que m andei que houvesse juizes
u m para sua casa, sobre o m eu povo Israel; a ti, porém , te dei descanso
20E, voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, de todos os teus inim igos; tam bém o S en h or te faz
a filha de Saul, saiu a encontrar-se com Davi, e disse: saber que te fará casa.
Q u ão h o n rad o foi o rei de Israel, descobrindo-se l2Q u an d o teus dias forem com pletos, e vieres a
hoje aos olhos das servas de seus servos, com o sem d o rm ir com teus pais, então farei levantar depois
pejo se descobre qualquer dos vadios. de ti um dentre a tu a descendência, o qual sairá das
2‘Disse, porém , D avi a Mical: P erante o S e n h o r , tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
que m e escolheu preferindo-m e a teu pai, e a toda l3Este edificará u m a casa ao m eu nom e, e confir­
a sua casa, m a ndando-m e que fosse soberano sobre m arei o tro n o do seu reino para sem pre.
o povo do S en h or , sobre Israel, peran te o S enhor l4Eu lhe serei p o r pai, e ele m e será p o r filho; e,
tenho m e alegrado. se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de h o ­
22E ainda m ais do que isto m e envilecerei, e m e h u ­ m ens, e com açoites de filhos de hom ens.
m ilharei aos m eus olhos; mas das servas, de quem l5Mas a m in h a benignidade não se apartará dele;
falaste, delas serei honrado. com o a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
23E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até o dia 1'“P orém a tu a casa e o teu rein o serão firm ados
da sua m orte. para sem pre diante de ti; teu tro n o será firm e para
sem pre.
D avi deseja edificar u m tem p lo ao S enhor 1’C onform e a todas estas palavras, e conform e a
E SUCEDEU que, estando o rei D avi em sua toda esta visão, assim falou Natã a Davi.
7 casa, e tendo o S en h or lhe dado descanso de
todos os seus inim igos em redor,
l8Então en tro u o rei Davi, e ficou perante o S enhor ,
e disse: Q uem sou eu, Senhor D eus , e qual é a m inha
2Disse o rei ao profeta Natã: Eis que eu m oro em casa, para que m e tenhas trazido até aqui?
casa de cedro, e a arca de D eus m ora d en tro de **E ainda foi isto p o uco aos teus olhos, Senhor
cortinas. D eus , senão que tam bém falaste da casa de teu ser­
3E disse Natã ao rei: Vai, e faze tu d o q uanto está no vo para tem pos distantes; é este o procedim ento dos
teu coração; porque o S enhor é contigo. hom ens, ó S enhor D eus ?
4Porém sucedeu naquela m esm a noite, que a pala­ 20E que m ais te pode dizer ainda Davi? Pois tu co­
vra do S enhor veio a N atã, dizendo: nheces bem a teu servo, ó Senhor D eus .
’Vai, e dize a m eu servo Davi: Assim diz o S en h o r : 21Por causa da tu a palavra, e segundo o teu cora­
Edificar-me-ás tu um a casa para m inha habitação? ção, fizeste to d a esta grandeza; fazendo-a saber a
6Porque em casa n en h u m a habitei desde o dia em teu servo.
que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de 22P ortanto, grandioso és, ó S en h or Deus, porque
hoje; m as andei em tenda e em tabernáculo. não há sem elhante a ti, e não há outro Deus senão
TE em to d o o lugar em que andei com to d o s os tu só, segundo tu d o o que tem os ouvido com os
filhos de Israel, falei porventura algum a palavra a nossos ouvidos.
algum a das tribos de Israel, a quem m andei apas­ 23E qu em há com o o teu povo, com o Israel, gente
centar o m eu povo de Israel, dizendo: Por que não única n a terra, a qu em D eus foi resgatar para seu
m e edificais um a casa de cedro? povo, para fazer-te n o m e, e p ara fazer-vos estas
8 Agora, pois, assim dirás ao m eu servo Davi: Assim grandes e terríveis coisas à tu a terra, diante do teu
diz o S enhor dos Exércitos: Eu te tom ei da m alhada, povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as n a ­
de detrás das ovelhas, p ara que fosses o soberano ções e a seus deuses?
sobre o m eu povo, sobre Israel. 24E confirm aste a teu povo Israel p o r teu povo para
9E fui contigo, por onde quer que foste, e destruí a sem pre, e tu, S enhor , te fizeste o seu Deus.
teus inim igos diante de ti; e fiz grande o teu nom e, 25Agora, pois, ó S en h o r Deus, esta palavra que
com o o nom e dos grandes que há na terra. falaste acerca de teu servo e acerca da sua casa, con­
1 °E prepararei lugar para o m eu povo, para Israel, e firm a-a para sem pre, e faze com o tens falado.

324
2SAMUEL 7 ,8 ,9

26E engrandeça-se o teu nom e para sem pre, para grande de bronze de Betá e de Berotai, cidades de
que se diga: O S e n h o r dos Exércitos é D eus sobre Hadadezer.
Israel; e a casa de teu servo será confirm ada diante ‘'Então ouvindo Toí, rei de H am ate, que Davi ferira
de ti. a todo o exército de Hadadezer,
27Pois tu, S en h o r dos Exércitos, D eus de Israel, ’“M andou Toí, seu filho Jorão, ao rei Davi, para lhe
revelaste aos ouvidos de teu servo, dizendo: Edifi­ perguntar com o estava, e para lhe dar os parabéns
car-te-ei u m a casa. P ortanto o teu servo se anim ou por haver pelejado contra H adadezer, e p o r o haver
para fazer-te esta oração. ferido (porque H adadezer de contínuo fazia guerra
28Agora, pois, S enhor Deus, tu és o m esm o Deus, a Toí); e na sua m ão trazia vasos de prata, e vasos de
e as tuas palavras são verdade, e tens falado a teu ouro, e vasos de bronze,
servo este bem . " O s quais tam bém o rei D avi consagrou ao S e ­
29Sê, pois, agora servido de abençoar a casa de teu n hor , ju n tam en te com a p rata e o u ro que já havia
servo, para p erm anecer p ara sem pre diante de ti, consagrado de todas as nações que sujeitara.
pois tu, ó Senhor D eus , o disseste; e com a tu a b ên ­ 12Da Síria, e de M oabe, e dos filhos de A m om , e dos
ção será para sem pre bendita a casa de teu servo. filisteus, e de A m aleque, e dos despojos de H adade­
zer, filho de Reobe, rei de Zobá.
As vitórias de D avi sobre várias nações ’ ’T am bém D avi g an h o u n o m e, voltando ele de
E SUCEDEU depois disto que Davi feriu os fi­ ferir os sírios no vale do Sal, a saber, a dezoito mil.
8 listeus, e os sujeitou; e Davi tom ou a M etegue-
Ama das m ãos dos filisteus.
ME pôs guarnições, em E dom , em to d o o E dom
pôs guarnições, e todos os edom eus ficaram p o r
2Tam bém derro to u os m oabitas, e os m ediu com servos de Davi; e o S enhor ajudava a Davi p o r onde
cordel, fazendo-os d eitar p or terra; e os m ediu com quer que ia.
dois cordéis para os m atar, e com um cordel inteiro l5Reinou, pois, Davi sobre to d o o Israel; e Davi
para os deixar com vida. Ficaram assim os m oabitas fazia direito e justiça a to d o o seu povo.
por servos de Davi, pagando-lhe tributos. I6E Joabe, filho de Z eruia, era sobre o exército; e
3Feriu tam bém Davi a H adadezer, filho de Reobe, Jeosafá, filho de Ailude, era cronista.
rei de Zobá, quando ele ia recuperar o seu dom ínio 17E Z adoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de
sobre o rio Eufrates. Abiatar, eram sacerdotes, e Seraías escrivão.
4E tom ou-lhe Davi mil carros e setecentos cavalei­ 1 “T am bém Benaia, filho de Jeoiada, estava sobre os
ros e vinte m il hom ens de pé; e Davi jarreto u a todos quereteus e peleteus; po rém os filhos de Davi eram
os cavalos dos carros, e reservou deles cem carros. m inistros.
5E vieram os sírios de D am asco a socorrer a H ada­
dezer, rei de Zobá; porém Davi feriu dos sírios vinte A bondade d e D avi para co m o fd h o d e Jônatas
e dois m il hom ens. E DISSE Davi: H á ainda alguém qu e tenha
6E Davi pôs guarnições na Síria de Damasco, e os sí­
rios ficaram por servos de Davi,pagando-lhe tributos;
9 ficado da casa de Saul, para que lhe faça benevo­
lência p o r am o r de Jônatas?
e o S enhor guardou a Davi por onde quer que ia. 2E havia u m servo na casa de Saul cujo no m e era
7E Davi tom ou os escudos de ouro que havia com Ziba; e o cham aram à presença de Davi. Disse-lhe o
os servos de Hadadezer, e os trouxe a Jerusalém. rei: És tu Ziba? E ele disse: Servo teu.
"Tom ou m ais o rei Davi um a q u an tid ad e m uito 3E disse o rei: N ão há ainda alguém da casa de Saul

Porém os filhos de Davi eram ministros se arroga o direito de apontar contradição na Palavra de Deus ao
(8.18) comparar o texto em análise com Números 3.10, por ignorar qua
o termo hebraico para sacerdote, kohen.tem um sentido mais am­
Ceticismo. Segundo afirma, há contradição na Bíblia quan­
plo: "servo", "ministro" e “conselheiro". A definição "ministro", à
do o versículo em referência é confrontado com Números
exceção da tradução ARC, que traz "príncipe", é empregada por
3.10. que proíbe a ordenação de sacerdotes que não pertences­
todas as versões evangélicas brasileiras. Assim, concluímos que
sem à descendência de Arào.
os filhos de Davi não são encontrados, por exemplo, oferecendo
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia, no Antigo Testa­ sacrifícios (tarefa efetivamente exclusiva dos descendentes de
mento, diz que quem não pertencesse à linhagem levitica Arão), mas apenas exercendo o sacerdócio doméstico; ou seja,
não poderia exercer o sacerdócio. A partir desse fato, o ceticismo atuando como conselheiros espirituais.

325
2SA M U E L 9,10

para que eu use com ele da benevolência de Deus? reconhecerem esta cidade, e para espiá-la, e para
Então disse Ziba ao rei: A inda há um filho de Jôna- transtorná-la?
tas, aleijado de am bos os pés. 4Então to m o u H an u m os servos de Davi, e lhes
4E disse-lhe o rei: O nde está? E disse Z iba ao rei: raspou m etade da barba, e lhes co rto u m etade das
Eis que está em casa de M aquir, filho de Amiel, em vestes, até às nádegas, e os despediu.
Lo-Debar. 5Q u an d o isso foi in fo rm ad o a Davi, enviou ele
5Então m a n d o u o rei Davi, e o to m o u da casa de m ensageiros a encontrá-los, porque estavam aque­
M aquir, filho de Amiel, de Lo-Debar. les hom ens sobrem aneira envergonhados. M andou
6E M efibosete, filho de Jônatas, o filho de Saul, o rei dizer-lhes: Deixai-vos estar em Jericó, até que
veio a Davi, e se p ro stro u com o rosto por te rra e vos to rn e a crescer a barba, e então voltai.
inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis 6Vendo, pois, os filhos de A m om que se tin h am fei­
aqui teu servo. to abom ináveis p ara com Davi, enviaram os filhos
7E disse-lhe Davi: N ão tem as, p orque decerto usa­ de A m om , e alugaram dos sírios de Bete-Reobe e
rei contigo de benevolência p o r am o r de Jônatas, dos sírios de Z obá vinte m il hom ens de pé, e do rei
teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, de M aaca m il hom ens e dos h om ens de Tobe doze
e tu sem pre com erás pão à m inha mesa. mil hom ens.
sEntão se inclinou, e disse: Q uem é teu servo, para 7E ouvindo Davi, enviou a Joabe e a todo o exército
teres olhado para um cão m o rto tal com o eu? dos valentes.
9Então cham ou Davi a Ziba, m oço de Saul, e disse- 8E saíram os filhos de A m om , e o rd en aram a
lhe: Tudo o que pertencia a Saul, e a toda a sua casa, batalh a à en trad a da p o rta; m as os sírios de Z obá
tenho dado ao filho de teu senhor. e Reobe, e os h o m en s de Tobe e M aaca estavam à
l0Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e p arte no cam po.
teus servos, e recolherás osfrutos, para que o filho de 9Vendo, pois, Joabe que a batalha estava preparada
teu senhor tenha pão para com er; m as Mefibosete, co n tra ele pela frente e pela retaguarda, escolheu
filho de teu senhor, sem pre com erá pão à m inha dentre todos os hom ens de Israel, e form ou-os em
mesa. E tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. linha co n tra os sírios.
1' E disse Ziba ao rei: C onform e a tu d o q uanto m eu I0E o restante do povo entregou n a m ão de Abisai
senhor, o rei, m anda a seuservo, assim fará teu servo. seu irm ão, o qual form ou em linha co n tra os filhos
Q u an to a M efibosete, disse o rei, com erá à m in h a de A m om .
m esa com o um dos filhos do rei. 1 'E disse: Se os sírios forem m ais fortes do que eu,
12E tin h a M efibosete um filho pequeno, cujo nom e tu m e virás em socorro; e, se os filhos de A m om
era Mica; e todos quantos m oravam em casa de Ziba forem mais fortes do que tu, irei a socorrer-te.
eram servos de Mefibosete. 12Esforça-te, pois, e esforcem o-nos pelo nosso
l3M orava, pois, M efibosete em Jerusalém , p o r­ povo, e pelas cidades de nosso Deus; e faça o S enhor
q u anto sem pre com ia à mesa do rei, e era coxo de o que bem parecer aos seus olhos.
am bos os pés. 13Então se achegou Joabe, e o povo que estava com ele,
à peleja contra os sírios; e fugiram de diante dele.
D avi derrota os am onitas e os sírios l4E, vendo os filhos de A m om que os sírios fugiam,
E ACONTECEU depois disto que m orreu o tam b ém eles fugiram de diante de Abisai, e e n tra­
rei dos filhos de A m om , e seu filho H anum ram na cidade; e voltou Joabe dos filhos de Am om ,
reinou em seu lugar. e veio para Jerusalém.
2E ntão disse Davi: Usarei de benevolência com 1 sVendo, pois, os sírios que foram feridos diante de
H anum , filho de Naás, com o seu pai usou de bene­ Israel, to rn aram a refazer-se.
volência comigo. E enviou Davi os seus servos para lhE m a n d o u H adadezer, e fez sair os sírios que
consolá-lo acerca de seu pai; e foram os servos de estavam do o u tro lado do rio, e vieram a Helã; e So-
Davi à terra dos filhos de A m om . baque, capitão do exército de Hadadezer, marchava
3E ntão disseram os príncipes dos filhos de A m om diante deles.
a seu senhor, H anum : P orventura h o n ra Davi a teu l7D o que inform ado Davi, aju n to u a to d o o Israel,
p ai aos teus olhos, p orque te enviou consolado­ e passou o Jordão, e foi a Helã; e os sírios se puseram
res? N ão te enviou antes Davi os seus servos para em ordem co n tra Davi, e pelejaram com ele.

326
2S A M U E L 10.il, 12

1KPorém os sírios fugiram de diante de Israel, e Davi o em bebedou; e à tard e saiu a deitar-se na sua cam a
feriu dentre os sírios aos hom ens de setecentos carros, com os servos de seu senhor; p o rém n ão desceu à
e quarenta m il hom ens de cavalaria; feriu tam bém a sua casa.
Sobaque, capitão do exército, que m orreu ali. I4E sucedeu qu e pela m an h ã Davi escreveu um a
'‘’Vendo, pois, todos os reis, servos de Hadadezer, carta a Joabe; e m an d o u -lh a p o r m ão de Urias.
que foram feridos diante de Israel, fizeram paz com 1’Escreveu n a carta, dizendo: P onde a Urias na
Israel, e o serviram ; e tem eram os sírios de socorrer frente da m aio r força d a peleja; e retirai-vos de
aos filhos de Amom. detrás dele, para que seja ferido e m orra.
l6Aconteceu, pois, que, ten d o Joabe observado
D avi com ete u m adultério e u m hom icídio bem a cidade, pôs a Urias no lugar o nde sabia que
1 E ACONTECEU que, tendo decorrido um havia hom ens valentes.
1 JL ano, no tem po em que os reis saem à guerra, 17E, saindo os h om ens da cidade, e pelejando com
enviou D avi a Joabe, e com ele os seus servos, e a Joabe, caíram algum do povo, dos servos de Davi; e
todo o Israel; e eles destruíram os filhos de A m om , e m orreu tam bém Urias, o heteu.
cercaram a Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém. 18E ntão enviou Joabe, e fez saber a Davi to d o o
2E aconteceu que num a tarde Davi se levantou do seu sucesso daquela peleja.
leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu I9E deu ordem ao mensageiro, dizendo: Acabando
do terraço a um a m ulher que se estava lavando; e era tu de contar ao rei todo o sucesso desta peleja,
esta m ulher mui formosa à vista. 20E sucedendo que o rei se encolerize, e te diga: Por
*E m andou Davi indagar quem era aquela mulher; que vos chegastes tão perto da cidade a pelejar? N ão
e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de sabíeis vós que haviam de atirar do m uro?
Eliã, mulher de Urias, o heteu? 3'Q uem feriu a A bim eleque, filho de Jerubesete?
4Então enviou Davi mensageiros, e m andou trazê-la; N ão lançou um a m u lh er sobre ele do m u ro um
e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purifica­ pedaço de u m a m ó corredora, de que m o rreu em
da da sua imundícia); então voltou ela para sua casa. Tebes? Por que vos chegastes ao m uro? Então dirás:
5E a m u lher concebeu; e m a n d o u dizer a Davi: Tam bém m o rreu teu servo Urias, o heteu.
Estou grávida. 22E foi o m ensageiro, e en tro u , e fez saber a Davi
6E ntão Davi m a n d o u dizer a Joabe: Envia-m e tu d o o que Joabe o enviara a dizer.
Urias, o heteu. E Joabe enviou Urias a Davi. 21E disse o m ensageiro a Davi: N a verdade que mais
7Vindo, pois, Urias a ele, p erg u n to u Davi com o poderosos foram aqueles h om ens do que nós, e saí­
passava Joabe, e com o estava o povo, e com o ia a ram a nós ao cam po; porém nós fom os contra eles,
guerra. até à en trad a da porta.
sD epois disse Davi a Urias: Desce à tua casa, e lava 24Então os flecheiros atiraram contra os teus servos
os teus pés. E, saindo Urias da casa real, logo lhe foi desde o alto do m uro, e m orreram alguns dos servos
m andado um presente da mesa do rei. do rei; e tam bém m orreu o teu servo Urias, o heteu.
’Porém Urias se deitou à porta da casa real, com to ­ 25E disse Davi ao m ensageiro: Assim dirás a Joabe:
dos os servos do seu senhor; e não desceu à sua casa. N ão te pareça isto m al aos teus olhos; pois a espada
'°E fizeram saber isto a Davi, dizendo: U rias não tanto consom e este com o aquele; esforça a tua pele­
desceu à sua casa. Então disse Davi a Urias: N ão vens ja contra a cidade, e a derrota; esforça-o tu assim.
tu dum a jornada? Por que não desceste à tu a casa? 2,,O uvindo, pois, a m u lh er de Urias que seu m arido
1 'E disse Urias a Davi: A arca, e Israel, e Judá fica­ era m orto, lam en to u a seu senhor.
ram em tendas; e Joabe, m eu Senhor, e os servos de 27E, passado o luto, enviou Davi, e a recolheu em
m eu senhor estão acam pados no cam po; e hei de eu sua casa, e lhe foi p o r m ulher, e deu-lhe à luz um
en trar na m inha casa, para com er e beber, e para m e filho. Porém esta coisa que Davi fez pareceu m al aos
deitar com m inha m ulher? Pela tu a vida, e pela vida olhos do S enhor .
da tu a alma, não farei tal coisa.
l2Então disse Davi a Urias: D em ora-te aqui ainda N atã, o profeta, repreende a D avi
hoje, e am anhã te despedirei. Urias, pois, ficou em E O S enhor enviou N atã a Davi; e, apresen­
Jerusalém aquele dia e o seguinte. tando-se ele a Davi, disse-lhe: Havia num a
13E Davi o convidou, e com eu e bebeu diante dele, e cidade dois hom ens, u m rico e o u tro pobre.

327
2SAMUEL 12

20 rico possuía m uitíssim as ovelhas e vacas. tu a m ulher; e a ele m ataste com a espada dos filhos
’Mas o pobre não tinha coisa nenhum a, senão um a de Amom.
pequena cordeira que com prara e criara; e ela tinha '"Agora, pois, não se apartará a espada jam ais da
crescido com ele e com seus filhos; do seu bocado tu a casa, p o rq u an to m e desprezaste, e tom aste a
com ia, e do seu copo bebia, e dorm ia em seu regaço, m ulher de Urias, o heteu, para ser tu a m ulher.
e a tin h a com o filha. "A ssim diz o Se n h o r : Eis que suscitarei da tua
4E, vindo um viajante ao hom em rico, deixou este própria casa o m al sobre ti, e tom arei tuas m ulheres
de to m ar das suas ovelhas e das suas vacas para assar p eran te os teus olhos, e as darei a teu próxim o, o
qual se deitará com tuas m ulheres p erante este sol.
para o viajante que viera a ele; e to m o u a cordeira
' 2P orque tu o fizeste em oculto, m as eu farei este
do hom em pobre, e a preparou para o h om em que
negócio perante to d o o Israel e p erante o sol.
viera a ele.
l3Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Se n ho r .
’Então o furor de Davi se acendeu em grande m a­
E disse Natã a Davi: Tam bém o Sen h o r p erdoou o
neira contra aquele hom em , e disse a Natã: Vive o
teu pecado; não m orrerás.
Senhor , que digno de m orte é o hom em que fez isso.
'"'Todavia, p o rquanto com este feito deste lugar so­
6E pela cordeira to rn ará a d ar o quadruplicado,
brem aneira a que os inimigos do Se nho r blasfemem,
porque fez tal coisa, e porque não se com padeceu. tam bém o filho que te nasceu certam ente m orrerá.
7Então disse N atã a Davi: Tu és este hom em . Assim l5E ntão N atã foi para sua casa; e o Se n h o r feriu a
diz o S en h o r D eus de Israel: Eu te ungi rei sobre criança que a m u lh er de Urias dera a Davi, e adoeceu
Israel, e eu te livrei das m ãos de Saul; gravemente.
8E te dei a casa de teu senhor, e as m ulheres de teu 16E buscou Davi a D eus pela criança; e jejuou Davi, e
senhor em teu seio, e tam bém te dei a casa de Israel entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra.
e de Judá, e, se isto é pouco, m ais te acrescentaria tais l7E ntão os anciãos da sua casa se levantaram e
e tais coisas. foram a ele, para o levantar da terra; porém ele não
9Porque, pois, desprezaste a palavra do Se n h o r , quis, e não com eu pão com eles.
fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o ISE sucedeu que ao sétim o dia m o rreu a criança; e
heteu, feriste à espada, e a sua m ulher tom aste por tem iam os servos de Davi dizer-lhe que a criança es-

Também o filho que te nasceu certamente morrerá referem aos preceitos legais que deveriam ser aplicados por Israel
(12.14) assim que o povo se estabelecesse na terra prometida. Estes pre­
ceitos diziam respeito à proibição de se aplicar aos filhos a puni­
Catolicismo Romano. Usa o texto em referência para fun­
ção por erros cometidos pelos pais, desde que os filhos não ti­
damentar a doutrina que ensina sobre o purgatório. Diz
vessem efetivamente se comprometido com os erros dos país. Tal
que, assim como a morte do filho de Davi (fruto do adultério) veio
restrição, no entanto, fora inserida na lei para limitar a autoridade
como conseqüência de seu pecado (embora o Senhor tivesse
dos julgadores humanos e não para impor limites ao próprio Deus
perdoado Davi), aos homens também (mesmo depois de alcan­
quanto ao exercício de sua justiça.
çarem o perdão divino por seus erros) sobram conseqüências
Para o caso de Davi, é importante observar que os céticos
para a outra vida.
distorcem a exegese textual, afirmando que o filho de Davi
— R RESPOSTA APOLOGÉTICA: Verdadeiramente, a morte fora punido com a morte pelo pecado do pai, o que é uma in­
«=» do menino veio como conseqüência do erro de Davi, mas verdade. Na verdade, Davi, o pai da criança, é que fora puni­
isso não significa, em hipótese alguma, que sobram "seqüelas de do com a morte do menino: "O filho que te nasceu certamen­
pecado”, que devem ser "purgadas” após a morte. A exemplifica­ te morrerá".
ção é pobre e descabida. As conseqüências advindas dos nos­ Para que não enxerguemos "excessos" na ação divina que pu­
sos pecados (adultérios, roubos, vícios e demais corrupções) são niu Davi com a morte do filho recém-nascido, devemos ter em
atribuídas no plano terreno e não no espiritual. Mas, uma vez que mente o seguinte:
o homem tenha granjeado o perdão divino, fica isento da culpa, a) Diante da soberania divina e da propriedade de Deus sobre
como provao texto de Jeremias 31.34, que diz: “Porque perdoarei tudo o que existe e respira (SI 24.1). o Senhor tem todo o direito
a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados*. de proceder da maneira que melhor lhe apraz.
b) Com relação à criança, a Bíblia explicita que lhe estava
Ceticismo. Defronta este versículo com Deuteronômio
garantida a eternidade celeste e, filosoficamente falando, po­
24.16 para afirmar que há contradição bíblica, por enten­
deria reconhecer em sua morte um benefício, por não ter de
der que. no texto de Moisés, os pais não pagam pelos erros dos
experimentar as agruras que os homens enfrentam em vida.
filhos, e vice-versa, e, aqui, Deus estaria dizendo que "cobraria"
(Mt 19.14).
dos filhos os pecados dos pais.
Por fim, o contexto da referência em estudo prova que o próprio
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Antes de tudo, devemos es- Davi era motivado pela fé no que tange ao falecimento da criança,
*=■ tar cientes de que as normas traçadas em Deuteronômio se por estar ciente de que ela estava com Deus.

328
2SAMUEL 12,13

tava m orta, porque diziam: Eis que, sendo a criança 2E angustiou-se A m nom , até adoecer, p o r Tamar,
ainda viva, lhe falávamos, porém não dava ouvidos sua irm ã, p orque era virgem ; e parecia aos olhos de
à nossa voz; com o, pois, lhe direm os que a criança A m nom dificultoso fazer-lhe coisa algum a.
está m orta? Porque mais lhe afligiria. ’T inha, p o rém , A m n o m u m am igo, cujo no m e
’’Viu, porém , Davi que seus servos falavam baixo, e era Jonadabe, filho de Siméia, irm ão de Davi; e era
entendeu Davi que a criança estava m orta, pelo que Jonadabe hom em m ui sagaz.
disse Davi a seus servos: Está m orta a criança? E eles 40 qual lhe disse: Por qu e tu de dia em dia tan to
disseram: Está m orta. emagreces, sendo filho do rei? N ão m o farás saber a
20Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se mim ? Então lhe disse A m nom : A m o a Tamar, irm ã
ungiu, e m udou de roupas, e entrou na casa do Se­ de Absalão, m eu irm ão.
n h o r , e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e 5E Jonadabe lhe disse: D eita-te na tu a cam a, e fin-
lhe puseram pão, e com eu. ge-te doente; e, q u an d o teu pai te vier visitar, dize-
2IE disseram -lhe seus servos: Q ue é isto que fizeste? lhe: Peço-te que m inha irm ã Tam ar venha, e m e dê
Pela criança viva jejuaste e choraste; porém depois de com er pão, e prepare a com ida diante dos m eus
que m orreu a criança te levantaste e com este pão. olhos, para que eu a veja e com a d a sua mão.
22E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e cho­ 6Deitou-se, pois, A m nom , e fingiu-se doente; e, vin­
rei, porque dizia: Q uem sabe se D eus se com pade­ do o rei visitá-lo, disse A m nom , ao rei: Peço-te que
cerá de m im , e viverá a criança? m inha irm ã Tamar venha, e prepare dois bolos diante
23Porém, agora que está m orta, po r que jejuaria eu? dos m eus olhos, para que eu com a de sua mão.
Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não TM an d o u então Davi à casa, a Tamar, dizendo:
voltará para m im . Vai à casa de A m nom , teu irm ão, e faze-lhe alguma
24Então consolou Davi a Bate-Seba, sua mulher, e en­ com ida.
trou a ela, e se deitou com ela, e ela deu à luz um filho, e 8E foi Tam ar à casa de A m nom , seu irm ão (ele p o ­
deu-lhe o nom e de Salomão; e o Senho r o amou. rém estava deitado), e to m o u massa, e a am assou, e
2,E enviou pela m ão do profeta Natã, dando-lhe o fez bolos diante dos seus olhos, e cozeu os bolos.
nom e de Jedidias, p o r am or ao Senho r . 9E tom ou a frigideira, e os tiro u diante dele; porém
2AO ra pelejou Joabe co n tra Rabá, dos filhos de ele recusou comer. E disse A m nom : Fazei retirar a
Am om , e tom ou a cidade real. todos da m inha presença. E todos se retiraram dele.
27Então m andou Joabe mensageiros a Davi.e disse: Pe­ l0Então disse A m nom a Tam ar: Traze a com ida ao
lejei contra Rabá, e tam bém tomei a cidade das águas. q uarto , e com erei d a tu a m ão. E to m o u Tam ar os
28Ajunta, pois, agora o restante do povo, e cerca a bolos que fizera, e levou-os a A m nom , seu irm ão,
cidade, e tom a-a, para que tom ando eu a cidade, não no quarto.
se aclame sobre ela o m eu nom e. 1 'E chegando-lhos, para que com esse, pegou dela,
24E ntão aju n to u Davi a to d o o povo, e m archou e disse-lhe: Vem, deita-te com igo, m inha irmã.
para Rabá, e pelejou contra ela, e a tom ou. l2P orém ela lhe disse: N ão, m eu irm ão, não me
,0E tiro u a coroa da cabeça do seu rei, cujo peso era forces, p o rq u e não se faz assim em Israel; não faças
de um talento de ouro, e havia nela pedras preciosas, tal loucura.
e foi posta sobre a cabeça de Davi; e da cidade levou lsPorque, aonde iria eu com a m in h a vergonha? E
m ui grande despojo. tu serias com o um dos loucos de Israel. Agora, pois,
?1E, trazendo o povo que havia nela, o pôs às serras, peço-fe que fales ao rei, p o rq u e não m e negará a ti.
e às talhadeiras de ferro, e aos m achados de ferro, e l4Porém ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes,
os fez passar po r forno de tijolos; e assim fez a todas sendo m ais fo rte do qu e ela, a forçou, e se d eito u
as cidades dos filhos de A m om ; e voltou Davi e todo com ela.
o povo para Jerusalém. ’’D epois A m nom sen tiu grande aversão p o r ela,
pois m aior era o ódio que sentiu p o r ela do que o
A m n o m am a a Tam ar e com ete u m incesto am or com que a am ara. E disse-lhe A m nom : Levan-
1 ^ E A CONTECEU depois disto que, tendo ta-te, e vai-te.
X J Absalão, filho de Davi, um a irm ã fo rm o ­ l6Então ela lhe disse: N ão há razão de m e despedi­
sa, cujo nom e era Tamar, A m nom , filho de Davi, res assim; m aior seria este mal do que o o u tro que já
am ou-a. m e tens feito. Porém não lhe quis dar ouvidos.

329
2SAMUEL 13,14

17E cham ou a seu m oço que o servia, e disse: Ponha Absalão lho havia ordenado. E ntão todos os filhos
fora a esta, e fecha a p o rta após ela. do rei se levantaram , e m o n taram cada u m no seu
I8E trazia ela um a roupa de m uitas cores (porque m ulo, e fugiram.
assim se vestiam as filhas virgens dos reis); e seu ser­ ,0E aconteceu que, estando eles ainda no cam inho,
vo a pôs para fora, e fechou a po rta após ela. chegou a nova a Davi, dizendo-se: Absalão feriu a
l9Então Tam ar to m o u cinza sobre a sua cabeça, e todos os filhos do rei, e nen h u m deles ficou.
a roupa de m uitas cores que trazia rasgou; e pôs as 3'E ntão o rei se levantou, e rasgou as suas vestes, e
m ãos sobre a cabeça, e foi andando e clam ando. se lançou p o r terra; da m esm a m aneira todos os seus
20E Absalão, seu irm ão, lhe disse: Esteve A m nom , servos estavam com vestes rotas.
teu irm ão, contigo? O ra, pois, m in h a irm ã, cala-te; 32Mas Jonadabe, filho de Siméia, irm ão de Davi,
é teu irm ão. N ão se angustie o teu coração p or isto. respondeu, e disse: N ão diga o m eu senhor que m ata­
Assim ficou Tamar, e esteve solitária em casa de ram a todos os m oços filhos do rei, porque só m orreu
Absalão seu irm ão. A m nom ; porque assim tinha resolvido fazer Absalão,
21E, ouvindo o rei Davi todas estas coisas, m uito se desde o dia em que forçou a Tamar sua irmã.
lhe acendeu a ira. 33N ão se lhe ponha, pois, agora no coração do rei
22Porém Absalão não falou com A m nom , nem mal m eu senhor tal coisa, dizendo: M orreram todos os
nem bem ; porque Absalão odiava a A m nom , por ter filhos do rei; p o rq u e só m orreu A m nom .
forçado a Tam ar sua irm ã. 34E Absalão fugiu; e o moço que estava de guarda,
levantou os seus olhos, e olhou; e eis que muito povo vi­
Absalão m ata A m n o m nha pelo caminho por detrás dele, pelo lado do monte.
23E aconteceu que, passados dois anos inteiros, ,,;Então disse Jonadabe ao rei: Eis aqui vêm os filhos
Absalão tinha tosquiadores em Baal-H azor, que do rei; conforme à palavra de teu servo, assim sucedeu.
está ju n to a Efraim; e convidou Absalão a todos os ,6E aconteceu que, com o acabou de falar, os filhos
filhos do rei. do rei vieram , e levantaram a sua voz, e choraram ;
24E foi Absalão ao rei, e disse: Eis que teu servo tem e tam b ém o rei e to d o s os seus servos ch o raram
tosquiadores; peço que o rei e os seus servos venham am argam ente.
com o teu servo.
250 rei, porém , disse a Absalão: Não, filho m eu, não A bsalão fo g e para Talm ai
vamos todos juntos, para não te serm os pesados. E 37Assim Absalão fugiu, e foi a Talmai, filho de
instou com ele; porém não quis ir, m as o abençoou. Amiur, rei de Gesur. E Davi pranteava p o r seu filho
26E ntão disse Absalão: Q u an d o não, deixa ir co­ todos aqueles dias.
nosco A m nom , m eu irm ão. Porém o rei disse: Para 38Assim Absalão fugiu, e foi para G esur; esteve ali
que iria contigo? três anos.
27E, instando Absalão com ele, deixou ir com ele a •,9E ntão tin h a o rei Davi saudades de Absalão;
A m nom , e a todos os filhos do rei. p o rq u e já se tin h a consolado acerca d a m o rte de
28E Absalão deu ordem aos seus servos, dizendo: A m nom .
Tomai sentido; quando o coração de A m nom estiver
alegre do vinho, e eu vos disser: Feri a A m nom , então Joabe traz A bsalão para casa
o matareis; não temais: porque porventura não sou eu CO N H ECEN D O , pois, Joabe, filho de Ze-
quem vo-lo ordenei? Esforçai-vos, e sede valentes.
29E os servos de Absalão fizeram a A m nom com o
M ruia, que o coração do rei estava inclinado
para Absalão,

Então Tamar tomou cinza sobre a sua cabeça povo (v.13). Não há cabimento, nesta seqüência bíblica, para
(13.19) o pensamento romano de que esse ato deva ser considerado
uma prática ritualística. Até porque, no Antigo Testamento, vá­
Catolicismo Romano. Baseia-se nesta referência para jus­
rias tradições, como, por exemplo, "rasgar as vestes', já ha­
tificar o uso de cinzas nos rituais eclesiásticos que antece­
viam sido censuradas por Deus (Jl 2.12,13). E com o costume
dem a quaresma.
de cobrir a cabeça de cinzas não é diferente. Em suma, o ato
. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A iniciativa de Tamar, es- de Tamar tratava-se apenas de mais uma prática cerimonial,
<=■ pargir cinzas sobre a cabeça, estava relacionada à vio­ há muito abolida pelo culto interior, por meio do qual Deus de­
lência sexual que sofreu por parte de seu irmáo, Amnon, que seja uma conversão interna e sincera, que transpareça no ex­
a colocou em situação de ultraje e vergonha diante de todo o terior (Is 1.11-16).

330
2SAMUEL 14

2Enviou Joabe a Tecoa, e tom ou de lá um a m ulher e a tua serva: Falarei, pois, ao rei; p o rv en tu ra fará o rei
disse-lhe: Ora, finge que estás de luto; veste roupas de segundo a palavra da sua serva.
luto, e não te unjas com óleo, e sê com o um a m ulher l6Porque o rei ouvirá, para livrar a sua serva da m ão
que há já m uitos dias está de luto po r algum m orto. do hom em que intenta destruir ju n tam en te a m im
3E vai ao rei, e fala-lhe conform e a esta palavra. E e a m eu filho da herança de Deus.
Joabe lhe pôs as palavras na boca. l7Dizia m ais a tu a serva: Seja agora a palavra do rei
4E a m ulher tecoíta falou ao rei, e, deitando-se com o m eu senhor para descanso; p orque com o um anjo
rosto em terra, se prostrou e disse: Salva-me, ó rei. de Deus, assim é o rei, m eu senhor, p ara ouvir o bem
5E disse-lhe o rei: Q ue tens? E disse ela: Na verdade e o mal; e o Se n h o r teu D eus será contigo.
sou m ulher viúva; m o rreu m eu m arido. 18Então respondeu o rei, e disse à m ulher: Peço-te
T in h a , pois, a tu a serva dois filhos, e estes briga­ que não m e encubras o que eu te perguntar. E disse
ram entre si no cam po, e não houve quem os apar­ a m ulher: O ra fale o rei, m eu senhor.
tasse; assim um feriu ao outro, e o m atou. I9E disse o rei: N ão é verdade que a m ão de Joabe
?E eis que to d a a linhagem se levantou co n tra a anda contigo em tu d o isto? E respondeu a m ulher,
tua serva, e disseram: Dá-nos aquele que feriu a seu e disse: Vive a tua alm a, ó rei m eu senhor, que n in ­
irm ão, para que o m atem os, por causa da vida de guém se p o d erá desviar, nem p ara a direita nem
seu irm ão, a quem m atou, e para que destruam os para a esquerda, de tu d o quanto o rei, m eu senhor,
tam bém ao herdeiro. Assim apagarão a brasa que tem falado: Porque Joabe, teu servo, é quem m e deu
m e ficou, de sorte que não deixam a m eu m arido ordem , c fo i ele que pôs n a boca da tu a serva todas
nom e, nem rem anescente sobre a terra. estas palavras:
8E disse o rei à m ulher: Vai para tua casa; e eu m an ­ 20Para m u d a r o aspecto deste caso foi que o teu
darei ordem acerca de ti. servo Joabe fez isto; p o rém sábio é m eu senhor,
9E disse a m ulher tecoíta ao rei: A injustiça, rei m eu conform e à sabedoria de u m anjo de Deus, para
senhor, venha sobre m im e sobre a casa de m eu pai; entender tudo o que há n a terra.
e o rei e o seu trono fique inculpável. 2' Então o rei disse a Joabe: Eis que fiz isto; vai, pois,
I0E disse o rei: Q uem falar co n tra ti, traze-m o a e to rn a a trazer o jovem Absalão.
m im ; e nu nca m ais te tocará. 22Então Joabe se p ro stro u sobre o seu rosto em
" E disse ela: O ra, lem bre-se o rei do Se n h o r seu terra, e se inclinou, e agradeceu ao rei; e disse Joabe:
Deus, para que os vingadores do sangue não pros­ H oje conhece o teu servo qu e achei graça aos teus
sigam na destruição, e não exterm inem a m eu filho. olhos, ó rei m eu senhor, p o rq u e o rei fez segundo a
Então disse ele: Vive o S enho r , que não há de cair no palavra do teu servo.
chão nem um dos cabelos de teu filho. 23Levantou-se, pois, Joabe, e foi a Gesur, e trouxe
l2Então disse a m ulher: Peço-fe que a tua serva fale Absalão a Jerusalém.
um a palavra ao rei m eu senhor. E disse ele: Fala. 24E disse o rei: Torne p ara a sua casa, e não veja a
,3E disse a m ulher: Por que, pois, pensaste tu um a m inha face. T ornou, pois, Absalão para sua casa, e
tal coisa contra o povo de Deus? Porque, falando o não viu a face do rei.
rei tal palavra, fica com o culpado; visto que o rei não 2SN ão havia, porém , em todo o Israel hom em tão
to rn a a trazer o seu desterrado. belo e tão aprazível com o Absalão; desde a planta do
14Porque certam ente m orrerem os, e seremos com o pé até à cabeça não havia nele defeito algum.
águas derram adas na terra que não se ajuntam mais; 26E, quando tosquiava a sua cabeça (e sucedia que
Deus, pois, lhe não tirará a vida, m as cogita meios, no fim de cada ano a tosquiava, p o rq u an to m uito
para que não fique banido dele o seu desterrado. lhe pesava, epor isso a tosquiava), pesava o cabelo da
15E se eu agora vim falar esta palavra ao rei, m eu sua cabeça duzentos siclos, segundo o peso real.
senhor, é porque o povo m e atem orizou; dizia, pois, 27Tam bém nasceram a Absalão três filhos e u m a

Também nasceram a Absalão três filhos e uma filha __ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os dois textos estão corre-
<14.27) =■ tos, e sua exatidão reside no fato de não registrarem os no­
Ceticismo. Alega que há contradição entre este versícu­ mes dos filhos de Absalão, apenas o de Tamar, o que não deixa
lo e 2Samuel 18.18, que registra as seguintes palavras de ser uma clara demonstração de que os meninos nâo teriam
de Absalão: "Filho nenhum tenho para conservar a memória do sobrevivido além da infância. Conseqüentemente, nâo suscita­
meu nome". ram descendência.

331
2SAMUEL 14,15

filha, cujo nom e era Tam ar; e esta era m ulher for­ a ele para se inclinar diante dele, ele estendia a sua
m osa à vista. m ão, e pegava dele, e o beijava.
2SAssim ficou Absalão dois anos inteiros em Jeru­ 6E desta m aneira fazia Absalão a todo o Israel que
salém, e não viu a face do rei. vinha ao rei para juízo; assim furtava Absalão o co­
29M an dou, pois, Absalão cham ar a Joabe, para ração dos h om ens de Israel.
o enviar ao rei; po rém não quis vir a ele; e enviou 7A conteceu, pois, ao cabo de q u aren ta anos, que
ainda segunda vez e, contudo, não quis vir. Absalão disse ao rei: D eixa-m e ir pagar em H ebrom
,0Então disse aos seus servos: Vedes ali o pedaço o m eu voto que fiz ao Se nho r .
de cam po de Joabe pegado ao m eu, e tem cevada “Porque, m o ran d o eu em Gesur, na Síria, fez o teu
nele; ide, e ponde-lhe fogo. E os servos de Absalão servo um voto, dizendo: Se o Se n h o r o u tra vez me
puseram fogo ao pedaço de cam po. fizer to rn ar a Jerusalém, servirei ao Se nho r .
11 Então Joabe se levantou, e veio a Absalão, em 9E ntão lhe disse o rei: Vai em paz. Levantou-se,
casa, e disse-lhe: Por que puseram os teus servos pois, e foi para H ebrom .
fogo ao pedaço de cam po que é meu? I0E enviou Absalão espias p o r to d as as trib o s de
*2E disse Absalão a Joabe: Eis que enviei a ti, dizen­ Israel, dizendo: Q u an d o ouvirdes o som das tro m ­
betas, direis: Absalão reina em H ebrom .
do: Vem cá, para que te envie ao rei, a dizer-lhe: Para
11E de Jerusalém foram com Absalão duzentos h o ­
qu e vim de Gesur? M elhor m e fora estar ainda lá.
m ens convidados, po rém iam n a sua sim plicidade,
Agora, pois, veja eu a face do rei; e, se há ainda em
p orqu e nada sabiam daquele negócio.
m im algum a culpa, que m e mate.
u Tam bém Absalão m andou vir Aitofel, o gilonita,
’’E ntão foi Joabe ao rei, e assim lho disse. Então
do conselho de Davi, à sua cidade de Giló, estando
ch am o u a Absalão, e ele se apresentou ao rei, e se
ele oferecendo os seus sacrifícios; e a conjuração
inclinou sobre o seu rosto em terra diante do rei; e o
se fortificava, e v in h a o povo, e ia crescendo com
rei beijou a Absalão.
Absalão.

/\ rebelião de A bsalão
A fu g a de D avi
E ACONTECEU depois disto que Absalão
l3E ntão veio u m m ensageiro a Davi, dizendo: O
fez aparelhar carros e cavalos, e cinqüenta
coração de cada um em Israel segue a Absalão.
hom ens que corressem adiante dele.
MDisse, pois, Davi a todos os seus servos que esta­
2Tam bém Absalão se levantou pela m anhã, e p ara­ vam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e fujam os,
va a um lado do cam inho da porta. E sucedia que a p orqu e não poderíam os escapar diante de Absalão.
todo o hom em que tinha algum a dem anda para vir D ai-vos pressa a cam inhar, para que porventura não
ao rei a juízo, o cham ava Absalão a si, e lhe dizia: De se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum
que cidade és tu? E, dizendo ele: De um a das tribos mal, e fira a cidade a fio de espada.
de Israel é teu servo; lsEntão os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui
’E ntão Absalão lhe dizia: O lha, os teus negócios os teus servos, para tu d o q u anto d eterm in ar o rei,
são bo n s e retos, porém não tens quem te ouça da nosso senhor.
parte do rei. I6E saiu o rei, com to d a a sua casa, a pé; deixou,
■*Dizia m ais Absalão: Ah, quem m e dera ser juiz na porém , o rei dez m ulheres concubinas, para guar­
terra, para que viesse a m im todo o hom em que tives­ darem a casa.
se dem anda ou questão, para que lhe fizesse justiça! l7Tendo, pois, saído o rei com to d o o povo a pé,
’Sucedia tam bém que, quando alguém se chegava p araram n um lugar distante.

A intensa amargura de Absalão, como se pode perceber em solo seria a construção de seu próprio mausoléu. Isso por ter ten­
suas palavras, tem um motivo peculiar. Vejamos o que ele dis­ tado usurpar o trono de seu irmão. Salomão, assassinar o próprio
se: "Não terfilhos para conservar seu nome". Absalão tinha cons­ pai e profanar suas concubinas, proporcionando-lhes grande de­
ciência que seu passado o condenava. E, ainda que sua mulher sonra. Por esse motivo, não restaria a qualquer um de seus des­
pudesse lhe conceber outros filhos homens, seu medíocre con­ cendentes senão uma vergonhosa herança paterna.

332
2SAMUEL 15,16

l8E todos os seus servos iam a seu lado, como ta m ­ tofel está entre os que se conjuraram com Absalão.
bém todos os quereteus e todos os peleteus; e todos Pelo que disse Davi: ó Se n h o r , peço-te que to rn e em
os giteus, seiscentos hom ens que vieram de Gate a loucura o conselho de Aitofel.
pé, cam inhavam diante do rei. 32E aconteceu que, chegando Davi ao cum e, para
19Disse, pois, o rei a Itai, o giteu: Por que irias tu adorar ali a Deus, eis q ue H usai, o arq u ita, veio
tam bém conosco? V olta-te, e fica-te com o rei, encontrar-se com ele com a ro u p a rasgada e terra
porque és estrangeiro, e tam bém desterrado de teu sobre a cabeça.
lugar. 33E disse-lhe Davi: Se passares com igo, ser-m e-ás
2(lO ntem vieste, e te levaria eu hoje conosco a cam i­ pesado.
nhar? Pois eu vou para o nde p uder ir; volta, pois, e 14Porém se voltares p ara a cidade, e disseres a Ab­
to rn a a levar teus irm ãos contigo, com beneficência salão: Eu serei, ó rei, teu servo; bem fu i antes servo
e fidelidade. de teu pai, m as agora serei teu servo; dissipar-m e-ás
21Respondeu, porém , Itai ao rei, e disse: Vive o Se­ então o conselho de Aitofel.
n h o r , e vive o rei m eu senhor, que no lugar em que 35E não estão ali contigo Zadoque e Abiatar, sacerdo­
estiver o rei m eu senhor, seja para m o rte seja para tes? E será que todas as coisas que ouvires da casa do
vida, aí certam ente estará tam bém o teu servidor. rei, farás saber a Zadoque, e a Abiatar, sacerdotes.
22Então Davi disse a Itai: Vem,pois, e passa adiante. 36Eis que estão tam bém ali com eles seus dois filhos,
Assim passou Itai, o giteu, e todos os seus hom ens, Aimaás filho de Z adoque, e Jônatas filho de Abiatar;
e todas as crianças que havia com ele. pela m ão deles aviso m e m andareis, de todas as coi­
23E toda a terra chorava a grandes vozes, passando sas que ouvirdes.
todo o povo; tam bém o rei passou o ribeiro de Ce- 37Husai, pois, am igo de Davi, veio para a cidade; e
drom , e passou todo o povo na direção do cam inho Absalão en tro u em Jerusalém.
do deserto.
24Eis que tam bém Z adoque ali estava, e com ele to ­ D avi é enganado por Ziba
dos os levitas que levavam a arca da aliança de Deus; E PASSANDO Davi u m p o u co mais
e puseram ali a arca de Deus, e subiu Abiatar, até que adiante do cum e, eis qu e Ziba, o servo de
todo o povo acabou de passar da cidade. M efibosete, veio encontrar-se com ele, com um par
25Então disse o rei a Zadoque: Torna a levar a arca de jum en to s albardados, e sobre eles duzentos pães,
de Deus à cidade; que, se achar graça nos olhos do com cem cachos de passas, e cem de frutas de verão
Senhor , ele m e torn ará a trazer para lá e m e deixará e um odre de vinho.
ver a ela e a sua habitação. 2E disse o rei a Ziba: Q u e pretendes com isto? E
2,’Se, p o rém , disser assim: N ão ten h o prazer em disse Ziba: O s jum en to s são para a casa do rei, para
ti; eis-m e aqui, faça de m im com o parecer bem aos se m o n tarem neles; e o pão e as frutas de verão para
seus olhos. com erem os m oços; e o v in h o p ara beberem os
27Disse mais o rei a Z adoque, o sacerdote: Não és tu cansados n o deserto.
porventura vidente? T orna,pois, em paz para a cida­ 3E ntão disse o rei: Ora, o n d e está o filho de teu
de, e convosco também vossos dois filhos, Aimaás, senhor? E disse Ziba ao rei: Eis qu e ficou em Jerusa­
teu filho, e Jônatas, filho de Abiatar. lém; p o rq u e disse: H oje m e restituirá a casa de Israel
2801hai que m e dem orarei nas cam pinas do deserto o reino de m eu pai.
até que tenha notícias vossas. 4Então disse o rei a Ziba: Eis que teu é tudo q uanto
29Z adoque, pois, e Abiatar, tornaram a levar para tem Mefibosete. E disse Ziba: Eu m e inclino, que eu
Jerusalém a arca de Deus; e ficaram ali. ache graça em teus olhos, ó rei m eu senhor.
30E seguiu Davi pela encosta do m onte das Olivei­
ras, subindo e chorando, e com a cabeça coberta; e D avi é am aldiçoado p o r S im ei
cam inhava com os pés descalços; e todo o povo que 5E, chegando o rei Davi a Baurim, eis que dali saiu
ia com ele cobria cada u m a sua cabeça, e subiam um hom em da linhagem da casa de Saul, cujo nom e
chorando sem cessar. era Simei, filho de Gera, e, saindo, ia amaldiçoando.
31Então fizeram saber a Davi, dizendo: Também Ai- 6E atirava pedras co n tra D avi, e co n tra todos os

333
2SAMUEL 16,17

servos do rei Davi; ainda que todo o povo e todos os teu pai, que deixou para guardarem a casa; e assim
valentes iam à sua direita e à sua esquerda. todo o Israel ouvirá que te fizeste aborrecível para
7E, am aldiçoando-o Simei, assim dizia: Sai, sai, com teu pai; e se fortalecerão as m ãos de todos os
hom em de sangue, e hom em de Belial. que estão contigo.
sO S en h o r te deu agora a paga de to d o o sangue 22E stenderam , pois, para Absalão u m a tenda no
da casa de Saul, em cujo lugar tens reinado; já deu terraço; e Absalão possuiu as concubinas de seu pai,
o S enhor o reino na m ão de Absalão teu filho; e eis- perante os olhos de todo o Israel.
te agora na tu a desgraça, p orque és um hom em de 23E era o conselho de Aitofel, que aconselhava n a­
sangue. queles dias, com o se a palavra de D eus se consultara;
9Então disse Abisai, filho de Zeruia, ao rei: Por que tal era todo o conselho de Aitofel, assim para com
am aldiçoaria este cão m o rto ao rei m eu senhor? Davi com o para com Absalão.
D eixa-m e passar, e lhe tirarei a cabeça.
'“Disse, porém , o rei: Q ue ten h o eu convosco, DISSE m ais Aitofel a Absalão: D eixa-m e
filhos de Zeruia? O ra deixai-o am aldiçoar; pois / escolher doze mil hom ens, e m e levantarei,
o S en h o r lhe disse: A m aldiçoa a Davi; quem pois e perseguirei a Davi esta noite.
diria: Por que assim fizeste? 2E irei sobre ele, pois está cansado e frouxo de
' ‘Disse m ais Davi a Abisai, e a todos os seus servos: m ãos; e o espantarei, e fugirá todo o povo que está
Eis que m eu filho, que saiu das m inhas entranhas, com ele; e então ferirei som ente o rei.
p rocura a m in h a m orte; q u an to m ais ainda este }E farei to rn a r a ti to d o o povo; pois o h o m em a
benjam ita? D eixai-o, que am aldiçoe; p o rq u e o quem tu buscas é com o se tornassem todos; assim
S enhor lho disse. todo o povo estará em paz.
'2Porventura o Senhor olhará para a m inha miséria; e o 4E esta palavra pareceu boa aos olhos de Absalão, e
S enhor me pagará com bem a sua maldição deste dia. aos olhos de todos os anciãos de Israel.
' ’Prosseguiram, pois, o seu cam inho, Davi e os seus ’Disse, porém , Absalão: Cham ai agora tam bém a
hom ens; e também Simei ia ao longo do m onte, de­ H usai o arquita; e ouçam os tam bém o que ele dirá.
fronte dele, cam inhando e am aldiçoando, e atirava 6E, chegando H usai a Absalão, lhe falou Absalão,
pedras contra ele, e levantava poeira. dizendo: Desta m aneira falou Aitofel; farem os con­
I4E o rei e to d o o povo que ia com ele chegaram form e à sua palavra? Se não, fala tu.
cansados, e refrescaram -se ali. 7Então disse Husai a Absalão: O conselho que Ai­
tofel deu desta vez não é bom .
Conselhos d e A ito fe l e de H usai sDisse mais Husai: Bem conheces tu a teu pai, e a
' 5Absalão, pois, e todo o povo, os hom ens de Israel, seus hom ens, que são valorosos, e que estão com o
vieram a Jerusalém; e A itofel com ele. espírito am argurado, com o a ursa no cam po, ro u ­
I6E sucedeu que, chegando Husai, o arquita, am igo bada dos cachorros; e tam bém teu pai é hom em de
de Davi, a Absalão, disse H usai a Absalão: Viva o rei, guerra, e não passará a n oite com o povo.
viva o rei! <JEis que agora estará escondido nalgum a cova, ou
l7P orém Absalão disse a Husai: É esta a tu a bene­ em qualquer o u tro lugar; e será que, caindo no p rin ­
ficência p ara com o teu amigo? Por que não foste cípio alguns dentre eles, cada um que o ouvir então
com o teu amigo? dirá: H ouve d erro ta n o povo que segue a Absalão.
I8E disse H usai a Absalão: N ão, porém daquele que '“Então até o h o m em valente, cujo coração é com o
eleger o S enhor , e todo este povo, e todos os hom ens coração de leão, sem dúv id a desm aiará; p o rq u e
de Israel, dele serei e com ele ficarei. to d o o Israel sabe que teu pai é valoroso, e hom ens
I9E, dem ais disto, a quem serviria eu? Porventura valentes os que estão com ele.
não seria diante de seu filho? C om o servi diante de "E u , porém , aconselho que com toda a pressa se
teu pai, assim serei diante de ti. ajunte a ti to d o o Israel desde D ã até Berseba, em
20Então disse Absalão a Aitofel: Dai conselho entre m ultidão com o a areia do m ar; e tu em pessoa vás
vós sobre o que devemos fazer. com eles à peleja.
21E disse Aitofel a Absalão: Possue as concubinas de l2E n tão irem os a ele, em q u alq u er lugar que se

334
2SAMUEL 17,18

achar, facilmente cairem os sobre ele, com o o orva­ foi para sua casa e p ara a sua cidade, e deu ordem à
lho cai sobre a terra; e não ficará dele e de todos os sua casa, e se enforcou e m o rreu , e foi sepultado na
hom ens que estão com ele nem ainda um só. sepultura de seu pai.
I3E, se ele se retirar para alguma cidade, todo o Is­ 24E Davi foi a M aanaim ; e Absalão passou o Jordão,
rael levará cordas àquela cidade; e arrastá-la-em os ele e todo o hom em de Israel com ele.
até ao ribeiro, até que não se ache ali nem um a só 25E Absalão co n stitu iu a Amasa em lugar de Joabe
pedrinha. sobre o arraial; e era Amasa filho de um hom em cujo
l4Então disse Absalão e todos os hom ens de Israel: nom e era Itra, o israelita, o qual possuíra a Abigail,
M elhor é o conselho de H usai, o arq u ita, do que filha de Naás, irm ã de Zeruia, m ãe de Joabe.
o co n selho de A itofel (p o ré m assim o S e n h o r 26Israel, pois, e Absalão acam p aram na terra de
o o rd e n a ra , p ara a n iq u ila r o b o m conselh o de Gileade.
A itofel, p ara que o S e n h o r trouxesse o m al sobre
A bsalão). A vitória do exército de D avi sobre
■'E disse Husai a Z adoque e a Abiatar, sacerdotes: o d e A bsalão
assim e assim aconselhou Aitofel a Absalão e aos an ­ 27E sucedeu que, chegando Davi a M aanaim ,
ciãos de Israel; porém assim e assim aconselhei eu. Sobi, filho de Naás, de Rabá, dos filhos de A m om ,
1ÃAgora, pois, enviai apressadam ente, e avisai a e M aquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai, o
Davi, dizendo: N ão passes esta noite nas cam pinas gileadita, de Rogelim,
do deserto; logo tam bém passa ao o u tro lado, para 28T om aram cam as e bacias, e vasilhas de b arro, e
que o rei e to d o o povo que com ele está não seja trigo, e cevada, e farinha, e grão to rrad o , e favas, e
devorado. lentilhas, tam bém torradas,
1 :Estavam, pois, Jônatas e Aimaás ju n to à fonte de 29E mel, e m anteiga, e ovelhas, e queijos de vacas, e
Rogel; e foi um a criada, e lho disse, e eles foram e o os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava,
disseram ao rei Davi, porque não podiam ser vistos para com erem , p orque disseram : Este povo n o de­
en trar na cidade. serto está fam into, cansado e sedento.
1 BMas viu-os todavia um m oço, e avisou a Absalão;
porém am bos logo partiram apressadam ente, e en ­ A m o rte d e A bsalão
traram em casa de um hom em , em Baurim , o qual E DAVI co ntou o povo que tin h a consigo,
tinha um poço no seu pátio, e ali d entro desceram. e pôs sobre eles capitães de m il e capitães
I9E to m ou a m ulher a tam pa, e a estendeu sobre a de cem.
boca do poço, e espalhou grão descascado sobre ela; 2E Davi enviou o povo, u m terço sob o m an d o de
assim nada se soube. Joabe, e o u tro terço sob o m an d o de Abisai, filho de
20Chegando, pois, os servos de Absalão à m ulher, Zeruia, irm ão de Joabe, e o u tro terço sob o m ando
àquela casa, disseram : O nde estão Aimaás e Jônatas? de Itai, o giteu; e disse o rei ao povo: Eu tam bém
E a m ulher lhes disse: Já passaram o vau das águas. sairei convosco.
E havendo-os buscado, e não os achando, voltaram 3Porém o povo disse: N ão sairás, p o rque, se for­
para Jerusalém. m os obrigados a fugir, não se im p o rtarão conosco;
2IE sucedeu que, depois que se retiraram , Aimaás e, ainda que m etade de nós m orra, não farão caso de
e Jônatas saíram do poço, e foram , e anunciaram nós, p orque ainda, tais com o nós som os, ajuntarás
a Davi; e disseram a Davi: Levantai-vos, e passai dez mil; m elhor será, pois, que da cidade nos sirvas
depressa as águas, porque assim aconselhou contra de socorro.
vós Aitofel. 4Então disse-lhe Davi: O que bem parecer aos vos­
22Então Davi e todo o povo que com ele estava sos olhos, farei. E o rei se pôs do lado da p o rta, e todo
se levantou, e passaram o Jordão; e já pela luz da o povo saiu em centenas e em m ilhares.
m anhã nem ainda faltava um só que não tivesse 5E o rei deu ordem a Joabe, e a Abisai, e a Itai, di­
passado o Jordão. zendo: B randam ente tratai, p o r am o r de m im , ao
-'Vendo, pois, Aitofel que se não tinha seguido o jovem Absalão. E to d o o povo ouviu q u an d o o rei
seu conselho, albardou o jum ento, e levantou-se, e deu ordem a todos os capitães acerca de Absalão.

335
2SAMUEL 18

6Saiu, pois, o povo ao cam po, a encontrar-se com Tristeza d e D avi


Israel, e deu-se a batalha no bosque de Efraim. l9Então disse Aimaás, filho de Zadoque: D eixa-me
7E ali foi ferido o povo de Israel, diante dos servos correr, e denunciarei ao rei que já o S enhor o vingou
de Davi; e naquele m esm o dia houve ali uma grande da m ão de seus inim igos.
d erro ta de vinte mil. 20Mas Joabe lhe disse: Tu não serás hoje o p o rtad o r
"Porque ali se derram ou a batalha sobre a face de de novas, po rém o u tro dia as levarás; m as hoje não
to d a aquela terra; e foram m ais os do povo que o darás a nova, porque é m o rto o filho do rei.
bosque consum iu do que os que a espada consum iu 21E disse Joabe a Cusi: Vai tu, e dize ao rei o que
naquele dia. viste. E Cusi se inclinou a Joabe, e correu.
,fE Absalão se encontrou com os servos de Davi; e 22E prosseguiu Aimaás, filho de Z adoque, e disse a
Absalão ia m o n tad o nu m m ulo; e, en tran d o o m ulo Joabe: Seja o que fo r deixa-m e tam bém correr após
debaixo dos espessos ram os de um grande carvalho, Cusi. E disse Joabe: Para que agora correrias tu, m eu
pegou-se-lhe a cabeça no carvalho, e ficou p en d u ra­ filho, pois não tens m ensagem conveniente?
do entre o céu e a terra; e o m ulo, que estava debaixo 2,Seja o que for, disse Aimaás, correrei. E Joabe lhe
dele, passou adiante. disse: Corre. E Aimaás correu pelo cam inho da pla­
l0O que vendo um hom em , fez saber a Joabe, e dis­ nície, e passou a Cusi.
se: Eis que vi a Absalão p endurado n u m carvalho. 24E Davi estava assentado entre as duas portas; e a
sentinela subiu ao terraço da p o rta ju n to ao m uro;
1 'E ntão disse Joabe ao ho m em que lho fizera sa­
e levantou os olhos, e olhou, e eis que um hom em
ber: Pois que o viste, p o r que o não feriste logo ali
corria só.
em terra? E forçoso seria o eu dar-te dez moedas de
2,G ritou, pois, a sentinela, e o disse ao rei: Se vem só,
p rata e um cinto.
há novas em sua boca. E vinha andando e chegando.
l2Disse, porém , aquele hom em a Joabe: A inda que
26E ntão viu a sentinela o u tro hom em que corria,
eu pudesse pesar nas m inhas m ãos mil moedas de
e a sentinela g rito u ao porteiro, e disse: Eis que lá
prata, n ão estenderia a m inha m ão co n tra o filho do
vem outro h o m em co rren d o só. E ntão disse o rei:
rei, pois bem ouvim os que o rei te deu ordem a ti, e
Tam bém traz este novas.
a Abisai, e a Itai, dizendo: G uardai-vos, cada um de
27Disse mais a sentinela: Vejo o correr do prim eiro,
vós, de tocar no jovem Absalão.
que parece ser o correr de Aimaás, filho de Zadoque.
IJA inda que com etesse m entira a risco da m inha
E ntão disse o rei: Este é hom em de bem , e virá com
vida, nem por isso coisa nen h u m a se esconderia ao
boas novas.
rei; e tu m esm o te oporias.
28G ritou, pois, Aimaás, e disse ao rei: Paz. E incli­
l4Então disse Joabe: N ão m e dem orarei assim con­
nou-se ao rei com o rosto em terra, e disse: Bendito
tigo aqui. E to m o u três dardos, e traspassou com
seja o S enhor , que entregou os hom ens que levan­
eles o coração de Absalão, estando ele ainda vivo no taram a m ão co n tra o rei m eu senhor.
m eio do carvalho. 29E ntão disse o rei: Vai bem com o jovem , com
1 ’E o cercavam dez m oços, que levaram as arm as de Absalão? E disse Aimaás: Vi um gran d e alvoroço,
Joabe. E feriram a Absalão, e o m ataram . q uand o Joabe m an d o u o servo do rei, e a m im teu
l6E ntão tocou Joabe a buzina, e voltou o povo de servo; porém não sei o que era.
perseguir a Israel, porque Joabe deteve o povo. 3UE disse o rei: V ira-te, e põe-te aqui. E virou-se, e
I7E to m aram a Absalão, e o lançaram no bosque, parou.
num a grande cova, e levantaram sobre ele um m ui 31E eis que vinha Cusi; e disse Cusi: A nunciar-se-á
grande m ontão de pedras; e todo o Israel fugiu, cada ao rei m eu senhor que hoje o S enhor te vingou da
um para a sua tenda. m ão de todos os que se levantaram co n tra ti.
' KO ra, Absalão, quando ainda vivia, tinha tom ado 32E ntão disse o rei a Cusi: Vai bem com o jovem,
e levantado para si um a coluna, que está no vale do com Absalão? E disse Cusi: Sejam com o aquele jo ­
rei, p orque dizia: Filho n e n h u m ten h o p ara con­ vem os inim igos do rei m eu senhor, e todos os que
servar a m em ória do m eu nom e. E cham ou aquela se levantam co n tra ti para mal.
coluna pelo seu pró p rio nom e; p o r isso até ao dia de “ Então o rei se p ertu rb o u , e subiu à sala qu e estava
hoje se cham a o Pilar de Absalão. p o r cim a da porta, e chorou; e andando, dizia assim:

336
2SAMUEL 18,19

Meu filho Absalão, m eu filho, m eu filho, Absalão! o rei para a sua casa? P orque as palavras de to d o o
Q uem m e dera que eu m orrera po r ti, Absalão, m eu Israel chegaram ao rei, até à sua casa.
filho, m eu filho! 12Vós sois m eus irm ãos, m eus ossos e m inha carne
sois vós; p o r que, pois, seríeis os últim os em to rn ar
E DISSERAM a Joabe: Eis que o rei anda a trazer o rei?
chorando, e lastim a-se p o r Absalão. 1 jE a Amasa direis: Porventura não és tu m eu osso
2Então a vitória se tornou naquele mesmo dia em e m inha carne? Assim m e faça Deus, e o u tro tanto,
tristeza p o r todo o povo; porque naquele mesmo dia se não fores capitão do arraial diante de m im para
o povo ouvira dizer: M ui triste está o rei po r causa sem pre, em lugar de Joabe.
de seu filho. ,4Assim moveu ele o coração de todos os hom ens
3E naquele mesmo dia o povo en trou às furtadelas de Judá, com o o de u m só hom em ; e enviaram ao rei,
na cidade, com o o faz quando, envergonhado, foge dizendo: Volta tu com todos os teus servos.
da peleja. 15Então o rei voltou, e chegou até ao Jordão; e Judá
4Estava, pois, o rei com o rosto coberto; e o rei veio a Gilgal, para ir encontrar-se com o rei, ao outro
gritava a alta voz: M eu filho Absalão, Absalão m eu lado do Jordão.
I6E apressou-se Simei, filho de G era, benjam ita,
filho, m eu filho!
que era de B aurim ; e desceu com os h o m en s de
’E ntão en tro u Joabe na casa do rei, e disse: Hoje
Judá a encontrar-se com o rei Davi.
envergonhaste o rosto de todos os teus servos, que
17E com ele m il hom ens de Benjam im , com o ta m ­
livraram hoje a tua vida, e a vida de teus filhos, e de
bém Ziba, servo da casa de Saul, e seus quinze filhos,
tuas filhas, e a vida de tuas m ulheres, e a vida de tuas
e seus vinte servos com ele; e p ro n tam en te passaram
concubinas;
o Jordão adiante do rei.
6A m ando tu aos teus inim igos, e odiando aos teus
I8E, atravessando a barca, para fazer passar a casa
amigos. Porque hoje dás a entender que nada valem
do rei e p ara fazer o qu e b em parecesse aos seus
para contigo príncipes e servos; p o rq u e entendo
olhos, então Simei, filho de Gera, se p ro stro u diante
hoje que se Absalão vivesse, e todos nós hoje fôsse­
do rei, q u an d o ele passava o Jordão.
m os m ortos, estarias bem contente.
I9E disse ao rei: N ão m e im pute m eu senhor a m i­
'Levan ta-te, pois, agora; sai, e fala conform e ao co­
nha culpa, e não te lem bres do que tão perversam en­
ração de teus servos; porque pelo S en h or te ju ro que,
te fez teu servo, no dia em que o rei m eu senhor saiu
se não saíres, nem u m só ho m em ficará contigo esta
de Jerusalém; não conserve o rei isso no coração.
noite; e m aior mal te será isto do que todo o m al que 20Porque teu servo deveras confessa que pecou; p o ­
tem vindo sobre ti desde a tua m ocidade até agora. rém eis que eu sou o prim eiro que de to d a a casa de
"Então o rei se levantou, e se assentou à p o rta; e José desci a en co n trar-m e com o rei m eu senhor.
fizeram saber a todo o povo dizendo: Eis que o rei 2lEntão respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse:
está assentado à porta. Então to d o o povo veio apre­ N ão m orreria, pois, Simei p o r isto, havendo am al­
sentar-se diante do rei; porém Israel havia fugido diçoado ao ungido do S en h o r ?
cada um para a sua tenda. 22P orém Davi disse: Q ue tenho eu convosco, filhos
de Z eruia, p ara qu e hoje m e sejais adversários?
D avi volta para Jerusalém M orreria alguém hoje em Israel? Pois porventura
9E todo o povo, em todas as tribos de Israel, andava não sei que hoje fui feito rei sobre Israel?
porfiando entre si, dizendo: O rei nos tirou das m ãos 23E disse o rei a Simei: N ão m orrerás. E o rei lho
de nossos inim igos, e ele nos livrou das m ãos dos fi­ jurou.
listeus; e agora fugiu da terra p o r causa de Absalão.
10E Absalão, a quem ungim os sobre nós,já m orreu M efibosete encontra-se com Davi
na peleja; agora, pois, p o r que vos calais, e não fazeis 24Tam bém M efibosete, filho de Saul, desceu a en-
voltar o rei? contrar-se com o rei, e não tin h a lavado os pés, nem
1 “Então o rei Davi m a n d o u dizer a Z adoque e a tinha feito a barba, nem tin h a lavado as suas vestes
Abiatar, sacerdotes: Falai aos anciãos de Judá, dizen­ desde o dia em que o rei tin h a saído até ao dia em
do: Por que seríeis vós os últim os em to rn ar a trazer que voltou em paz.

337
2SAMUEL 19,20

25E sucedeu que, vindo ele a Jerusalém a encon- passando tam bém o rei, beijou o rei a Barzilai, e o
trar-se com o rei, disse-lhe o rei: Por que não foste abençoou; e ele voltou para o seu lugar.
com igo, Mefibosete? 40E dali passou o rei a Gilgal, e Q u im ã passou com
2AE disse ele: Ó rei m eu senhor, o m eu servo m e ele; e todo o povo de Judá co n d u ziu o rei, com o
enganou; porque o teu servo dizia: A lbardarei um tam bém a m etade do povo de Israel.
jum ento, e nele m ontarei, e irei com o rei; pois o teu 41E eis que todos os ho m en s de Israel vieram ao
servo é coxo. rei, e disseram ao rei: Por que te fu rta ram nossos
27D em ais disto, falsam ente acusou a teu servo irm ãos, os ho m en s de Judá, e co n d u ziram o rei e
d iante do rei m eu senhor; porém o rei m eu senhor a sua casa dalém do Jordão, e todos os h om ens de
é com o um anjo de Deus; faze, pois, o que parecer Davi com eles?
bem aos teus olhos. 42E ntão responderam todos os h om ens de Judá aos
2flP orque toda a casa de m eu pai não era senão de hom ens de Israel: P orquanto o rei é nosso parente;
h o m en s dignos de m orte diante do rei m eu senhor; e p o r que vos irais p o r isso? Porventura com em os às
e contudo puseste a teu servo entre os que com em custas do rei, ou nos deu algum presente?
à tu a mesa; e que mais direito tenho eu de clam ar 4’E responderam os hom ens de Israel aos hom ens
ao rei? de Judá, e disseram : Dez partes tem os no rei, e até
2<>E disse-lhe o rei: Por que ainda m ais falas de teus em Davi m ais tem os nós do que vós; p o r que, pois,
negócios? Já disse eu: Tu e Ziba reparti as terras. não fizestes conta de nós, para que a nossa palavra
,HE disse M efibosete ao rei: Tome ele tam bém tudo; não fosse a prim eira, para to rn ar a trazer o nosso rei?
pois já veio o rei m eu senhor em paz à sua casa. Porém a palavra dos hom ens de Judá foi mais forte
do que a palavra dos hom ens de Israel.
B arzilui encontra-se co m D avi
3 'Tam bém Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim, A sedição de Seba e a sua m orte
e passou com o rei o Jordão, para o acom panhar ao ENTÀO se achou ali por acaso um hom em
o u tro lado do Jordão. de Belial, cujo nom e era Seba, filho de Bicri,
32E era Barzilai m uito velho, da idade de oitenta hom em de Benjam im , o qual tocou a buzina, e disse:
anos; e ele tinha sustentado o rei, quando tinha a sua N ão tem os parte em Davi, nem herança no filho de
m orada em M aanaim , porque era grande hom em . Jessé; cada u m às suas tendas, ó Israel.
33E disse o rei a Barzilai: Passa tu com igo, e susten­ 2E ntão to d o s os h o m en s de Israel se separaram
tar-te-ei com igo em Jerusalém. de Davi, e seguiram Seba, filho de Bicri; p o rém os
34Porém Barzilai disse ao rei: Q uantos serão os dias hom ens de Judá se uniram ao seu rei desde o Jordão
dos anos da m inha vida, para que suba com o rei a até Jerusalém.
Jerusalém? ’V indo, pois, Davi p ara sua casa, em Jerusalém ,
35Da idade de oitenta anos sou eu hoje; poderia eu to m o u o rei as dez m ulheres, suas concubinas, que
discernir entre o bom e o m au? Poderia o teu servo deixara para guardarem a casa, e as pôs n u m a casa
ter gosto no que com er e beber? P oderia eu m ais sob guarda, e as sustentava; porém não as possuiu;
ouvir a voz dos cantores e cantoras? E p or que será e estiveram encerradas até ao dia da sua m orte, vi­
o teu servo ainda pesado ao rei m eu senhor? vendo como viúvas.
u’C om o rei passará teu servo ainda um pouco mais 4Disse mais o rei a Amasa: Convoca-me os hom ens de
além do Jordão; e p o r que m e recom pensará o rei Judá para o terceiro dia; e tu então apresenta-te aqui.
com tal recompensa? ’E foi Amasa para convocar a Judá; porém dem o­
’7Deixa voltar o teu servo, e m orrerei na m inha rou-se além do tem po que lhe tinha sido designado.
cidade, ju n to à se p u ltu ra de m eu pai e de m inha 6Então disse Davi a Abisai: Mais mal agora nos fará
m ãe; m as eis aí está o teu servo Q uim ã; passe ele Seba, o filho de Bicri, do que Absalão; por isso tom a
com o rei m eu senhor, e faze-lhe o que bem parecer tu os servos de teu senhor, e persegue-o, para que não
aos teus olhos. ache para si cidades fortes, e escape dos nossos olhos.
’“E ntão disse o rei: Q uim ã passará com igo, e eu "Então saíram atrás dele os hom ens de Joabe, e os
lhe farei com o bem parecer aos teus olhos, e tu d o quereteus, e os peleteus, e to d o s os valentes; estes
q u an to m e pedires te farei. saíram de Jerusalém p ara irem atrás de Seba, filho
’''H avendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e de Bicri.

338
2SAMUEL 20,21

“Chegando eles,pois, à pedra grande, que está ju n ­ m ulher a Joabe: Eis que te será lançada a sua cabeça
to a Gibeom , Amasa veio diante deles; e estava Joabe pelo m uro.
cingido da sua roupa que vestira, e sobre ela um cin­ 22E a m ulher, na sua sabedoria, foi a todo o povo,
to, ao qual estava presa a espada a seus lom bos, na e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e a lan ­
sua bainha; e, adiantando-se ele, lhe caiu a espada. çaram a Joabe; então este tocou a buzina, e se reti­
9E disse Joabe a Amasa: Vai bem , m eu irm ão? E raram da cidade, cada u m para a sua tenda, e Joabe
Joabe, com a m ão direita, pegou da barba de Amasa, voltou a Jerusalém, ao rei.
para o beijar. 2ÍE Joabe estava sobre to d o o exército de Israel; e
I0E Amasa não se resguardou da espada que estava Benaia, filho de Joiada, sobre os quereteus e sobre
na m ão de Joabe, de sorte que este o feriu com ela os peleteus;
na q u in ta costela, e lhe d erram o u p o r terra as e n ­ 24E A dorão sobre os trib u to s; e Jeosafá, filho de
tranhas, e não o feriu segunda vez, e m orreu; então Ailude, era o cronista;
Joabe e Abisai, seu irm ão, foram atrás de Seba, filho 2,E Seva, o escrivão; e Z ad o q u e e Abiatar, os sa­
de Bicri. cerdotes;
"M as um dentre os hom ens de Joabe p arou ju n to a 2í’E tam bém Ira, o jairita, era o oficial-mor de Davi.
ele, e disse: Q uem há que queira bem a Joabe, e quem
seja p o r Davi, siga Joabe. Fom e em Israel, e a sua causa
12E Amasa estava envolto no seu sangue no meio E HOUVE nos dias de Davi u m a fom e de
do cam inho; e, vendo aquele hom em , que to d o o três anos consecutivos; e Davi consultou ao
povo parava, rem oveu a A m asa do cam inho para S enhor , e o S enhor lhe disse: É p o r causa de Saul e da
o cam po, e lançou sobre ele um m anto; p orque via sua casa sanguinária, p o rq u e m ato u os gibeonitas.
que todo aquele que chegava a ele parava.
2E ntão ch am o u o rei aos gibeonitas, e lhes falou
I3E, com o estava rem ovido do cam inho, todos os
(ora os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas
hom ens seguiram a Joabe, para perseguirem a Seba,
do restante dos am orreus, e os filhos de Israel lhes
filho de Bicri.
tinham ju rad o , po rém Saul, no seu zelo à causa dos
I4E ele passou po r todas as tribos de Israel até Abel,
filhos de Israel e de Judá, p ro cu ro u feri-los).
e Bete-Maaca e a todos os beritas; e ajuntaram -se, e
’Disse, pois, Davi aos gibeonitas: Q ue quereis que
tam bém o seguiram.
eu vos faça? E que satisfação vos darei, p ara que
I5E vieram , e o cercaram em Abel de Bete-Maaca,
abençoeis a herança do S e n h o r?
e levantaram uma barragem contra a cidade, e isto
4Então os gibeonitas lhe disseram : N ão é por prata
colocado na trincheira; e to d o o povo que estava
nem o u ro que tem os questão com Saul e com sua
com Joabe batia no m uro, para derrubá-lo.
casa; nem tam pouco p retendem os m atar pessoa al­
l6E ntão um a m u lh er sábia grito u de d en tro da
gum a em Israel. E disse ele: Q ue é, pois, que quereis
cidade: O uvi, ouvi, peço -vos que digais a Joabe:
Chega-te aqui, para que eu te fale. que vos faça?
17Chegando-se a ela, a m ulher lhe disse: Tu és Joabe? ’E disseram ao rei: O hom em que nos destruiu, e inten­
E disse ele: Eu sou. E ela lhe disse: Ouve as palavras da tou contra nós de m odo que fôssemos assolados, sem
tua serva. E disse ele: Ouço. que pudéssemos subsistir em term o algum de Israel,
lsEntão falou ela, dizendo: A ntigam ente costum a­ 6De seus filhos se nos dêem sete hom ens, para que
va-se dizer: C ertam ente pediram conselho a Abel; e os enforquem os ao S e n h o r em G ibeá de Saul, o elei­
assim resolveram. to do Seni io r. E disse o rei: Eu os darei.
l9Sou eu um a das pacíficas e das fiéis em Israel; e tu TPorém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas,
procuras m atar um a cidade que é m ãe em Israel; por filho de Saul, por causa do juram ento do S e n h o r, que
que, pois, devorarias a herança do S e n h o r? entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul.
-"Então respondeu Joabe, e disse: Longe, longe de sMas tom ou o rei os dois filhos de Rispa, filha da Aiá,
m im que eu tal faça, que eu devore ou arruine! que tinha tido de Saul, a A rm oni e a Mefibosete; como
2IA coisa não é assim; p orém um só hom em do tam bém os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul,
m onte de Efraim, cujo nom e é Seba, filho de Bicri, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita,
levantou a m ão contra o rei, contra Davi; entregai- 9E os entregou na m ão dos gibeonitas, os quais os en­
m e só este, e retirar-m e-ei da cidade. Então disse a forcaram no monte, perante o Senhor ; e caíram estes

339
2SA M U EL 21,22

sete juntam ente; e foram m ortos nos dias da sega, nos C â n tico d e D avi e m ação de graças
dias primeiros, no princípio da sega das cevadas. E FALOU Davi ao S enhor as palavras deste
10E ntão Rispa, filha de Aiá, to m o u um pano de cântico, no dia em que o S enhor o livrou das
cilício, e estendeu-lho sobre u m a penha, desde o m ãos de todos os seus inimigos e das m ãos de Saul.
princípio da sega até que a água do céu caiu sobre 2Disse pois: O S en h o r é o m eu rochedo, e o m eu
eles; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de lugar forte, e o m eu libertador.
dia, nem os anim ais do cam po de noite. 3D eus é o m eu rochedo, nele confiarei; o m eu es­
' ‘E foi contado a Davi o que fizera Rispa, filha de cudo, e a força da m inha salvação, o m eu alto retiro,
Aiá, concubina de Saul. e o m eu refugio. 0 m eu Salvador, da violência m e
l2E ntão foi Davi, e to m o u os ossos de Saul, e os salvas.
ossos de Jônatas seu filho, dos m oradores de Jabes 40 S enhor , d ig n o d e lo u v o r, in v o c a re i, e d e m e u s
G ileade, os quais os fu rtaram da rua de Bete-Sã, in im ig o s fic a re i liv re,
o n d e os filisteus os tin h a m p en d u ra d o , quan d o 5P orque m e cercaram as ondas de m orte; as to rre n ­
feriram a Saul em Gilboa. tes dos hom ens ím pios m e assom braram .
,3E fez su b ir dali os ossos de Saul, e os ossos de 6C ordas do inferno m e cingiram ; en c o n traram -
Jônatas seu filho; e ajuntaram tam bém os ossos dos m e laços de m orte.
enforcados. ’Estando em angústia, invoquei ao S enhor , e a m eu
,4E nterraram os ossos de Saul, e de Jônatas seu fi­ D eus clamei; do seu tem plo ouviu ele a m in h a voz, e
lho na terra de Benjam im , em Zela, na sepultura de o m eu clam or chegou aos seus ouvidos.
seu pai Quis, e fizeram tu d o o que o rei ordenara; e 8Então se abalou e trem eu a terra, os fundam entos
depois disto D eus se aplacou com a terra. dos céus se m overam e abalaram , porque ele se irou.
‘'Subiu fum aça de suas narinas, e da sua boca um
Q uatro guerras contra os fd iste u s fogo devorador; carvões se incenderam dele.
1’T iveram m ais os filisteus u m a peleja c o n tra I0E abaixou os céus, e desceu; e um a escuridão
Israel; e desceu D avi, e com ele os seus servos; e havia debaixo de seus pés.
tanto p eleja ra m c o n tra os filisteus, q u e D avi se 11E subiu sobre u m querubim , e voou; e foi visto
cansou. sobre as asas do vento.
lhE Isbi-Benobe, que era dos filhos do gigante, cuja 12E p o r tendas pôs as trevas ao redor de si; a ju n ta­
lança pesava trezentos siclos de cobre, e que cingia m ento de águas, nuvens dos céus.
um a espada nova, intentou ferir a Davi. 13Pelo resplendor da sua presença brasas de fogo
17Porém , Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu se acenderam .
o filisteu, e o m atou. Então os hom ens de Davi lhe l4Trovejou desde os céus o S en h o r ; e o A ltíssim o
juraram , dizendo: N unca m ais sairás conosco à pe­ fez soar a sua voz.
leja, para que não apagues a lâm pada de Israel. 15E disparou flechas, e os dissipou; raios, e os per­
,8E aconteceu depois disto que houve em G obe turbo u .
ainda o u tra peleja co n tra os filisteus; então Sibe- 16E apareceram as profundezas do m ar, e os fu n d a­
cai, o husatita, feriu a Safe, que era dos filhos do m entos do m u n d o se descobriram ; pela repreensão
gigante. do S enhor , pelo sopro do vento das suas narinas.
' “H ouve m ais o u tra peleja co n tra os filisteus em 17D esde o alto enviou, e m e to m o u ; tiro u -m e das
Gobe; e El-Hanã, filho de Jaaré-O regim , o belem ita, m uitas águas.
feriu Golias, o giteu, de cuja lança era a haste com o 18Livrou-m e do m eu poderoso inim igo, e daqueles
órgão de tecelão. que m e tin h a m ódio, p o rq u e eram m ais fortes do
20H ouve ainda tam bém o u tra peleja em Gate, onde que eu.
estava um h om em de alta estatura, que tin h a em '“‘E n co n traram -m e n o dia da m in h a calam idade;
cada m ão seis dedos, e em cada pé outros seis, vinte e p orém o S en h o r se fez o m eu am paro.
q uatro ao todo, e tam bém este nascera do gigante. 2UE tiro u -m e p ara um lugar espaçoso, e livrou-m e,
2IE injuriava a Israel; p orém Jônatas, filho de Si- p orqu e tin h a prazer em m im .
m ei, irm ão de Davi, o feriu. 21R ecom pensou-m e o S en h or con fo rm e a m inha
22Estes quatro nasceram ao gigante em Gate; e caí­ justiça; con fo rm e a pureza de m in h as m ãos me
ram pela m ão de Davi e pela m ão de seus servos. retribuiu.

340
2SAMUEL 22,23

22Porque guardei os cam inhos do S en h o r ; e não m e 4SO s filhos de estranhos se m e sujeitaram ; ouvindo
apartei im piam ente do m eu Deus. a m inha voz, m e obedeceram .
2,Porque todos os seus juízos estavam diante de 46Os filhos de estranhos desfaleceram ; e, cingindo-
m im ; e de seus estatutos não m e desviei. se, saíram dos seus esconderijos.
24Porém fui sincero perante ele; e guardei-m e da 47Vive o S enhor , e ben d ito seja o m eu rochedo; e
m inha iniqüidade. exaltado seja Deus, a rocha da m in h a salvação,
25E m e retribuiu o S enhor conform e a m inha justi­ 480 D eus que m e dá inteira vingança, e sujeita os
ça, conform e a m inha pureza diante dos seus olhos. povos debaixo de m im .
26C om o benigno te m ostras benigno; com o h o ­ 49E o que m e tira dentre os m eus inim igos; e tu m e
mem íntegro te m ostras perfeito. exaltas sobre os que co n tra m im se levantam ; do
27Com o puro te m ostras puro; m as com o perverso hom em violento m e livras.
te m ostras rígido. S0Por isso, ó S enhor , te louvarei en tre os gentios, e
28E o povo aflito livras; m as teus olhos são contra entoarei louvores ao teu nom e.
os altivos, e tu os abaterás. 5‘Ele é a to rre das salvações do seu rei, e usa de be­
29Porque tu, S enhor , és a m inha lâm pada; e o S e­ nignidade com o seu ungido, com D avi, e com a sua
n ho r ilum ina as m inhas trevas. descendência para sem pre.
’“P orque contigo passo pelo m eio de u m esqua­
drão; pelo m eu D eus salto u m m uro. As ú ltim a s palavras d e D avi
3,0 cam inho de D eus é perfeito, e a palavra do E ESTAS são as últim as palavras de Davi:
S enhor refinada; e é o escudo de todos os que nele Diz Davi, filho de Jessé, e diz o h om em que
confiam. foi levantado em altura, o ungido do D eus de Jacó,
32Por que, quem é Deus, senão o S en h o r ? E quem é e o suave em salm os de Israel.
rochedo, senão o nosso Deus? 20 Espírito do S enhor falou p o r m im , e a sua pala­
33D eus é a m in h a fortaleza e a m inha força, e ele vra está na m in h a boca.
perfeitam ente desem baraça o m eu cam inho. 3Disse o D eus de Israel, a Rocha de Israel a m im
34Faz ele os m eus pés com o os das cervas, e m e põe m e falou: Haverá u m ju sto que d o m in e sobre os
sobre as m inhas alturas.
hom ens, que dom ine no tem o r de Deus.
35Instrui as m inhas m ãos para a peleja, de m aneira
4E será com o a luz da m anhã, quando sai o sol, da
que um arco de cobre se quebra pelos m eus braços.
m anh ã sem nuvens, quando pelo seu resplendor e
3'T am bém m e deste o escudo da tu a salvação, e
pela chuva a erva brota da terra.
pela tu a b ran d u ra m e vieste a engrandecer.
5A inda q ue a m in h a casa n ão seja tal p ara com
37Alargaste os m eus passos debaixo de m im , e não
D eus, co n tu d o estabeleceu com igo um a aliança
vacilaram os m eus artelhos.
eterna, que em tu d o será bem o rdenado e guardado,
38Persegui os m eus inim igos, e os derrotei, e nunca
pois to d a a m inha salvação e to d o o m eu prazer está
m e tornei até que os consumisse.
nele, apesar de que ainda não o faz brotar.
39E os consum i, e os atravessei, de m odo que nunca
‘Porém os filhos de Belial todos serão com o os es­
mais se levantaram , m as caíram debaixo dos m eus
pinhos que se lançam fora, p o rq u e não pod em ser
pés.
tocados com a mão.
40Porque m e cingiste de força para a peleja; fizeste
abater-se debaixo de m im os que se levantaram 7M as q u alq u er qu e os to car se arm ará de ferro e
contra m im , da haste de um a lança; e a fogo serão to talm en te
4IE deste-m e o pescoço de m eus inim igos, daque­ queim ados no mesmo lugar.
les que m e tinham ódio, e os destruí.
420 1 h a r a m , p o r é m n ã o houve lib e r ta d o r ; sim , p a r a Os trinta e sete poderosos de D avi
o S enhor , p o r é m n ã o lh e s r e s p o n d e u . "Estes são os nom es dos poderosos que Davi teve:
43Então os m oí com o o pó da terra; com o a lam a Josebe-Bassebete, filho de T aquem oni, o principal
das ruas os trilhei e dissipei. dos capitães; este era Adino, o eznita, que se opusera
44Também m e livraste das contendas do m eu povo; a oitocentos, e os feriu de u m a vez.
guardaste-m e para cabeça das nações; o povo que 9E dep o is dele Eleazar, filh o de D o d ó , filho de
não conhecia m e servirá. Aoí, en tre os três v alentes qu e estavam com Davi

341
2SAM UEL23.24

q u an d o p ro v o ca ra m os filisteus que ali se a ju n ­ riu dois fortes heróis de M oabe; e desceu ele, e feriu
taram à peleja, e q u a n d o se re tira ra m os ho m en s um leão no m eio d u m a cova, n o tem p o da neve.
de Israel. 2lTam bém este feriu u m egípcio, h o m em de res­
"'Este se levantou, e feriu os filisteus, até lhe cansar peito; e na m ão do egípcio havia u m a lança, porém
a m ão e ficar a m ão pegada à espada; e naquele dia ele desceu a ele com u m cajado, e arran co u a lança
o Se n h o r efetuou um grande livram ento; e o povo da m ão do egípcio, e com ela o m atou.
voltou ju n to dele, som ente a tom ar o despojo. 22Estas coisas fez Benaia, filho de Joiada, pelo que
"E depois dele Samá, filho de Agé, o hararita, teve nom e entre três poderosos.
q u an d o os filisteus se ajuntaram n u m a m ultidão, “ D entre os trin ta ele era o m ais nobre, porém aos
onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e três primeiros não chegou; e Davi o pôs sobre os seus
o povo fugira de diante dos filisteus. guardas.
l2Este, pois, se pôs n o m eio daquele pedaço de -4Asael, irm ão de Joabe, estava entre os trinta; El-
terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Se n h o r H anã, filho de D odó, de Belém;
efetuou um grande livram ento. ■^Samá, harodita; Elica, harodita;
' 'Tam bém três dos trin ta chefes desceram , e no ^'Helez, paltita; Ira, filho de Iques, tecoíta;
tem po da sega foram a Davi, à caverna de Adulão; e a 2’Abiezer, anatotita; M ebunai, husatita;
m ultidão dos filisteus acam para no vale de Refaim. 28Zalm om , aoíta; M aarai, netofatita;
l4Davi estava então nu m lugar forte, e a guarnição 29Elebe, filho de Baaná, netofatita; Itai, filho de
dos filisteus em Belém. Ribai, de Gibeá dos filhos de Benjamim;
15E teve Davi desejo, e disse: Q uem m e dera beber da 30Benaia, piratonita; H idai, do ribeiro de Gaás;
água da cisterna de Belém, que está junto à porta! 31Abi-Albom, arbatita; Azmavete, barum ita;
u,E ntão aqueles três poderosos ro m p eram pelo ,2Eliaba, saalbonita; os filhos de Jásen e Jônatas;
arraial dos filisteus, e tiraram água da cisterna de ’'Sam á, hararita, Aião, filho de Sarar, ararita;
Belém, que está ju n to à p o rta, e a to m aram , e a 34Elifelete, filho de Aasbai, filho de u m m aacatita;
trouxeram a Davi; porém ele não a quis beber, mas Eliã, filho de Aitofel, gilonita;
d erram o u-a perante o Senho r . i5Hesrai, carm elita; Paarai, arbita;
I7E disse: G uarda-m e, ó Se nho r , de que tal faça; be­ ,hIgal, filho de Natã, de Zobá; Bani, gadita;
beria eu o sangue dos hom ens que foram com risco 37Zeleque, am onita; Naarai, beerotita, o qu e trazia
da sua vida? De m aneira que não a quis beber; isto as arm as de Joabe, filho de Zeruia;
fizeram aqueles três poderosos. 38Ira, itrita; Garebe, itrita;
1 hTam bém Abisai, irm ão de Joabe, filho de Zeruia, 39Urias, heteu; trin ta e sete ao todo.
era chefe de três; e este alçou a sua lança contra tre ­
zentos e os feriu; e tinha nom e entre os três. A n um eração do povo
^Porventura este não era o m ais nobre dentre estes E A IRA do Se n h o r se to rn o u a acender
três? Pois era o prim eiro deles; porém aos primeiros contra Israel; e incitou a Davi co n tra eles,
três não chegou. dizendo: Vai, num era a Israel e a Judá.
■“ Tam bém Benaia, filho de Joiada, filho de u m h o ­ -Disse, pois, o rei a Joabe, capitão do exército, o
m em valoroso de Cabzeel, grande em obras, este fe­ qual tinha consigo: A gora percorre todas as tribos

Val, numera a Israel e a Judá guém nos céus, na terra ou no inferno pode suplantar a sobe­
(24.1) rania divina. Assim, a iniciativa de Satanás só foi possível por
causa da teologicamente reconhecida “vontade permissiva de
Ceticismo. Para alegar contradição bíblica, confronta este
Deus", sem a qual nada nem ninguém podem manifestar-se.
texto com 1Crônicas 21.1. que diz que Satanás incitou o
seja onde e como for.
senso realizado por Oavi em Israel.
A concessão divina do ato tinha o seguinte propósito: uma cons­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A compreensão desta trutiva “humilhação” do rei, uma liçáo espiritual. Duas oportunida­
aparente contradiçáo exige que o proponente da críti­ des bíblicas se assemelham a esta situação. A primeira envolve
ca se curve à ortodoxia bíblica. Se nos orientarmos por ela. ve­ Deus, Satanás e Jó (Jó 1—2). A segunda, Deus, Satanás e Cris­
remos que não existe divergência. O texto de 1Crônicas está to (os evangelhos). Em todos estes casos, a sanha satânica visa­
mais bem adaptado ao caso, visto que a incitação, de fato, ori- va destruição, mas a multiforme sabedoria de Deus e sua longa­
ginou-se em Satanás, cujo alvo era Davi. Todavia, nada ou nin­ nimidade, a exaltação espiritual da humanidade.

342
2SAMUEL 24

de Israel, desde Dã até Berseba, e nu m era o povo, Queres que sete anos de fom e te venham à tua terra;
para que eu saiba o n úm ero do povo. ou que p o r três meses fujas de teus inim igos, e eles
3Então disse Joabe ao rei: O ra, m ultiplique o Se­ te persigam ; ou que p o r três dias haja peste na tua
n h o r teu D eus a este povo cem vezes ta n to quanto terra? D elibera agora, e vê que resposta hei de dar
agora é, e os olhos do rei m eu senhor o vejam; mas, ao que m e enviou.
p o r que deseja o rei m eu Senhor este negócio? MEntão disse Davi a Gade: Estou em g ran d e a n ­
4Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, gústia; porém caiam os nas m ãos do Se n h o r , porque
e co n tra os capitães do exército; Joabe, pois, saiu m uitas são as suas m isericórdias; m as nas m ãos dos
com os capitães do exército da presença do rei, para hom ens não caia eu.
num erar o povo de Israel. ’’E n tão en viou o S e n h o r a peste a Israel, desde
5E passaram o Jordão; e acam param -se em Aroer, a m a n h ã até ao te m p o d eterm in a d o ; e desde Dã
à direita da cidade que está no m eio do ribeiro de até B erseba, m o rre ra m seten ta m il h o m e n s do
Gade, ju n to a Jazer. povo.
6E foram a Gileade, e à terra baixa de H odsi; ta m ­ '“E stendendo, pois, o an jo a sua m ão sobre Je­
bém foram até Dã-Jaã, e ao redor de Sidom. rusalém , p ara a destruir, o Se n h o r se arrep en d eu
7E foram à fortaleza de Tiro, e a todas as cidades dos daquele m al; e disse ao anjo que fazia a d estruição
heveus e dos cananeus; e saíram para o lado do sul e n tre o povo: Basta, agora retira a tu a m ão. E o
de Judá, a Berseba. anjo do S e n h o r estava ju n to à eira de A raú n a, o
“Assim percorreram toda a terra; e ao cabo de nove jebuseu.
meses e vinte dias voltaram a Jerusalém. I7E, vendo Davi ao anjo que feria o povo, falou ao
9E Joabe deu ao rei a som a do n ú m e ro do povo S enho r , dizendo: Eis que eu som o que pequei, e eu
contado; e havia em Israel oitocentos mil hom ens que iniquam ente procedi; porém estas ovelhas que
de guerra, que arrancavam da espada; e os hom ens fizeram? Seja, pois, a tu a m ão co n tra m im , e contra
de Judá eram quinhentos mil hom ens. a casa de m eu pai.
,8E G ade veio naquele m esm o dia a Davi, e disse-
O castigo q u e D eus enviou lhe: Sobe, levanta ao S e n h o r um altar n a eira de
10E pesou o coração de Davi, depois de haver n u ­ A raúna, o jebuseu.
m erado o povo; e disse Davi ao Se n h o r : M uito pe­ l9Davi subiu conform e à palavra de Gade, com o o
quei no que fiz; porém agora ó Senho r , peço-fe que Se n h o r lhe tinha ordenado.
perdoes a iniqüidade do teu servo; p o rq u e tenho -°E olhou A raúna, e viu que vinham para ele o rei
procedido m ui loucam ente. e os seus servos; saiu, pois, A raúna e inclinou-se
"L ev an tando-se, pois, Davi pela m anhã, veio diante do rei com o rosto em terra.
a palavra do Se n h o r ao profeta Gade, vidente de JIE disse Araúna: Por que vem o rei m eu senhor ao
Davi, dizendo: seu servo? E disse Davi: Para com prar de ti esta eira,
12Vai, e dize a Davi: Assim diz o Se n h o r : Três coisas a fim de edificar nela u m altar ao Se n h o r , para que
te ofereço; escolhe um a delas, para que ta faça. este castigo cesse de sobre o povo.
13Foi, pois, G ade a Davi, e fez-lho saber; e disse-lhe: “ Então disse A raúna a Davi: Tome, e ofereça o rei

A soma do número do povo contado [...] oitocentos mil nem os 12 mil que teriam sido especificamente destacados para
homens de guerra Jerusalém, referidos em 2Crônicas 1.14.
(24.9) Acrescentando estes números ao texto em análise, chegamos
ao total de 1 milháo e 100 mil, de acordo com 1Crônicas 21.5,6. Ou
Ceticismo. Proclama divergência entre este versículo e
seja, o número total do efetivo exército de Israel. Os 470 mil citados
1 Crônicas 21.5,6, que diz que a soma dos recenseados é
em 1Crônicas 21 não incluíam os 30 mil homens do exército per­
de um milhão e cem mil homens.
manente de Judá, conforme mencionados em 2Samuel 6.1.0 que
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A discrepância existente acontece, de acordo com evidente característica dos fatos, é queo
pode ser dirimida quando distinguimos as pessoas arrola­ autor de Crônicas rião mencionou que Joabe não tinha completa­
das nas duas ocasiões. O texto em análise envolve "oitocentos mil do a contagem dos homens de Judá (1Cr 21.6). A devida conside­
homens de guerra, que puxavam a espada*. Todavia, esta conta­ ração aos acréscimos e às exclusões dos grupos recenseados pro­
gem não incluía o exército permanente de 288 mil (1Cr 27.1 -15) va que. em nenhuma dessas passagens, existe erro.

343
2SAMUEL 24

m eu senhor o que bem parecer aos seus olhos; eis aí n h o r m eu D eus h o locaustos q u e n ão m e custem

bois para o holocausto, e os trilhos, e o aparelho dos nada. Assim D avi co m p ro u a eira e os bois p o r
bois p ara a lenha. cinqüenta siclos de prata.
2iTudo isto deu A raúna ao rei; disse m ais A raúna 25E edificou ali Davi ao Se n ho r um altar, e ofe­
ao rei: O Se n h o r teu Deus tom e prazer em ti. receu holocaustos, e ofertas pacíficas. Assim o
24Porém o rei disse a A raúna: N ão, m as p o r preço Se n ho r se aplacou para com a terra e cessou aquele
ju sto to com prarei, po rq u e n ão oferecerei ao S e­ castigo de sobre Israel.

Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta a Davi: Tome [...] eis ai os bois para o holocausto e os trilhos e o apa­
siclos de praia relho dos bois para a lenha" (v. 22). Em verdade, Araúna não oferece
(24.24) a eira gratuitamente, mas apenas os animais e os acessórios neces­
sários ao sacrifício, pelos quais Davi insiste em pagar os cinqüenta
Ceticismo. Confronta este versículo com 1Crônicas 21.25,
siclos de prata. 1Crônicas, porém, relata a negociação com a eira.
que registra que o valor pago pelo lugar negociado por Davi
Vejamos como se deu a transação: "Por aquelelugar.opeso de seis­
e Araúna (Omã) era de seiscentos siclos de ouro.
centos siclos de ouro". Com isso, ficam distintos os patrimônios ad­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A referência em estudo narra a quiridos em cada uma das passagens: a eira e os bois (pelo preço
compra dos bois e da eira, que Araúna estava ofertando gra­ de seiscentos siclos de ouro) e os animais e demais acessórios para
tuitamente a Davi, segundo explica o contexto: "Então disse Araúna o sacrifício (comprados a cinqüenta siclos de prata).

344
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

IReis
T itulo
Possui este no m e porque n arra a história dos reis de Judá (reino d o Sul) e Israel (reino do N orte). O tí­
tulo “Reis” se origina da tradução latina de Jerônim o (Vulgata). Na Bíblia hebraica, form a u m único livro
com 2Reis. Na Bíblia de edição católica, seu título é 3Reis.
A utoria e data
O autor é desconhecido. Provavelm ente, tenha sido escrito p o r um profeta, d u ran te o exílio na Babilô­
nia, p o r volta do ano 550 a.C. Alguns acreditam que fora redigido p o r Jeremias. O p ró p rio livro m encio­
na algum as fontes utilizadas em sua com posição (15.31). C om certeza, foram usados os arquivos oficiais
da corte e as coleções de histórias sobre os profetas. N ão podem os deixar de m encionar que “cronista” era
um ofício perm anente na m onarquia, p o rtan to boa parte deste m aterial tam bém foi aproveitada no li­
vro de Crônicas.

A ssunto
C om eça registrando os eventos históricos do povo de Israel, ju stam ente a p a rtir de onde 2Samuel é in ­
terrom pido. O escritor destaca os acontecim entos históricos com o reino u nido, sob a legislação de Salo­
mão, e o reino dividido. Tanto 1Reis q uanto 2Reis narram , paralelam ente, a história dos dois reinos: Israel
ao N orte e Judá ao Sul.
Razoável parte do livro se ocupa tam bém com o m inistério do profeta Elias. A oposição de Acabe e,
principalm ente, de sua esposa Jezabel contra a religião de Israel foi alvo das advertências do profeta. Elias
acabou se tornando, m ais do que qualquer outro, o representante geral do profetism o.
A historiografia hebraica é teocêntrica, o u seja, os acontecim entos são vistos sob a perspectiva da obe­
diência a Deus. A ação de D eus nos eventos hum anos é patente, exaltando e p u n in d o , repreendendo e ele­
gendo. A intenção da obra não é sim plesm ente n arrar a vida dos reis, m as extrair lições que possam ser
aplicadas na vida diária.

Ê nfase apologética
A inspiração e a veracidade histórica do livro de Reis são confirm adas no Novo Testam ento pela q u an ­
tidade de vezes em que é citado, tanto po r Jesus com o pelos dem ais escritores (Cf. Lc 4.25 com lR s 17.9;
Rm 11.2-4com lR s 19.10-14;T g5.17,18com lR s 17.1).
Neste livro, mais u m a vez, vemos a im parcialidade da historiografia hebraica, que não deixa de regis­
tra r nem m esm o a apostasia de Salomão, um dos m aiores vultos de sua história. N arra, da m esm a form a,
a apostasia de seu povo e de seus reis.
Alguns pontos do livro têm sido alvo de controvérsia. A poligam ia extrem a de Salomão, e tam bém de
o u tro s reis, tem servido de justificativa para alguns grupos criticarem o casam ento m onogâm ico. M as to ­
dos aqueles que abraçam essa idéia fingem desconhecer que a poligam ia foi ju stam ente o m otivo da qu e­
da de Salomão. Isso sem deixar de com entar que esta literatura não é norm ativa, m as inform ativa. Em n e­
nh u m lugar do livro ocorre a aprovação o u o incentivo à prática da poligam ia.
O u tro ponto utilizado para justificar o uso de im agens é o fato de Salom ão ter colocado figuras em alto
relevo no templo. Todavia, existe, e isso fica bem claro nas páginas sagradas, um a distância infinita entre
as figuras ornam entais do tem plo e as práticas idólatras, passadas e presentes. Logo, este livro está longe
de ser um apoio a tais práticas.
O PRIMEIRO LIVRO DOS

A velh ice de D avi l4Eis que, estando tu ain d a aí falando com o rei,
SENDO, pois, o rei Davi já velho, e en trad o eu tam bém entrarei depois de ti, e confirm arei as
1 em dias, cobriam -no de roupas, porém não se
aquecia.
tuas palavras.
I5E foi Bate-Seba ao rei n a sua câm ara; e o rei era
2Então disseram -lhe os seus servos: Busquem para m uito velho; e Abisague, a sunam ita, servia ao rei.
o rei m eu senhor um a m oça virgem, que esteja p e­ I6E Bate-Seba inclinou a cabeça, e se p ro stro u p e­
ran te o rei, e tenha cuidado dele; e d u rm a n o seu ran te o rei; e disse o rei: Q ue tens?
seio, para que o rei m eu senhor se aqueça. I7E ela lhe disse: Senhor meu, tu juraste à tua serva
3E buscaram por todos os term os de Israel um a pelo Se nho r teu Deus, dizendo: Salomão, teu filho, rei­
m oça form osa, e acharam a Abisague, sunam ita; e a nará depois de mim, e ele se assentará no m eu trono.
trouxeram ao rei. I8E agora eis que A donias reina; e tu , ó rei m eu
4E era a m oça sobrem aneira form osa; e tinha cui­ senhor, não o sabes.
dado do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu. l<fE m ato u vacas, e anim ais cevados, e ovelhas em
’E ntão A donias, filho de Hagite, se levantou, d i­ abundância, e convidou a todos os filhos do rei, e a
zendo: Eu reinarei. E preparou carros, e cavaleiros, e Abiatar, o sacerdote, e a Joabe, capitão do exército,
cinqüenta hom ens, que corressem adiante dele. mas a teu servo Salomão não convidou.
AE nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por “"Porém, ó rei m eu senhor, os olhos de todo o Israel
que fizeste assim? E era ele tam bém m uito form oso estão sobre ti, para que lhe declares quem se assenta­
de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão. rá sobre o tro n o do rei m eu senhor, depois dele.
7E tinha entendim ento com Joabe, filho de Zeruia, 1 'D e o u tro m odo sucederá que, q u an d o o rei m eu
e com A biatar o sacerdote; os quais o ajudavam , se­ senh o r d o rm ir com seus pais, eu e Salom ão m eu
guindo a Adonias. filho serem os os culpados.
“Porém Z adoque, o sacerdote, e Benaia, filho de 22E, estan d o ela ainda falando com o rei, eis que
Joiada, e Natã, o profeta, e Simei, e Rei, e os po d e­ entra o profeta Natã.
rosos que Davi tinha, não estavam com Adonias. 23E o fizeram saber ao rei, dizendo: Eis aí está o p ro ­
9E m atou Adonias ovelhas, e vacas, e anim ais ce­ feta Natã. E e n tro u à presença do rei, e p rostrou-se
vados, ju n to à pedra de Zoelete, que está perto da diante dele com o rosto em terra.
fonte de Rogel; e convidou a todos os seus irm ãos, 24E disse Natã: 0 rei m eu senhor, disseste tu: A do­
os filhos do rei, e a todos os hom ens de Judá, servos nias reinará depois de m im , e ele se assentará sobre
do rei. o m eu trono?
l0Porém a Natã, o profeta, e a Benaia, e aos podero­ 25Porque hoje desceu, e m ato u vacas, e animais ce­
sos, e a Salomão, seu irm ão, não convidou. vados, e ovelhas em abundância, e convidou a todos
1 'Então falou Natã a Bate-Seba, m ãe de Salomão, os filhos do rei e aos capitães do exército, e a Abiatar,
dizendo: N ão ouviste que Adonias, filho de Hagite, o sacerdote, e eis que estão com endo e bebendo pe­
reina? E que nosso senhor Davi não o sabe? rante ele; e dizem: Viva o rei Adonias.
l2Vem, pois, agora, edeixa-m e dar-te um conselho, 26Porém a m im , sendo eu teu servo, e a Zadoque,
para que salves a tu a vida, e a de Salom ão teu filho. o sacerdote, e a Benaia, filho de Joiada, e a Salomão,
13Vai, e chega ao rei Davi, e dize-lhe: N ão juraste tu, teu servo, não convidou.
rei senhor meu, à tua serva, dizendo: C ertam ente teu 27Foi feito isto da parte do rei m eu senhor? E não fi­
filho Salomão reinará depois de m im , e ele se assenta­ zeste saber a teu servo quem se assentaria no trono
rá no m eu trono? Por que, pois, reina Adonias? do rei m eu sen h o r depois dele?

346
IREIS 1,2

ME respondeu o rei Davi, e disse: C ham ai-m e a 43E resp o n d eu Jônatas, e disse a A donias: C e rta­
Bate-Seba. E ela en trou à presença do rei; e ficou em m ente nosso senhor, rei Davi, co n stitu iu rei a Sa­
pé diante do rei. lomão;
29Então ju ro u o rei e disse: Vive o S en h or , o qual 44E o rei enviou com ele a Z adoque, o sacerdo­
rem iu a m inha alma de toda a angústia, te, e a Natã, o profeta, e a Benaia, filho de Joiada, e
10Q ue, com o te jurei pelo S en h o r D eus de Israel, aos quereteus e aos peleteus; e o fizeram m o n ta r na
dizendo: C ertam ente teu filho Salom ão reinará m ula do rei.
depois de m im , e ele se assentará no m eu trono, em 4,E Z adoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, o ungi­
m eu lugar, assim o farei no dia de hoje. ram rei em G iom , e dali subiram alegres, e a cidade
31Então Bate-Seba se inclinou com o rosto em terra está alvoroçada; este é o clam or que ouviste.
e se p ro strou diante do rei, e disse: Viva o rei Davi ^ E tam bém Salomão está assentado n o tro n o do
m eu senhor para sempre. reino.
47E tam b ém os servos do rei vieram abençoar a
Salom ão é constitu íd o rei nosso senhor, o rei Davi, dizendo: Faça teu D eus
32E disse o rei Davi: C ham ai-m e a Z adoque, o sa­ que o n o m e de Salom ão seja m elh o r do que o teu
cerdote, e a N atã, o profeta, e a Benaia, filho de nom e; e faça que o seu tro n o seja m aior do que o teu
Joiada. E eles entraram à presença do rei. trono. E o rei se inclinou no leito.
33E o rei lhes disse: Tom ai convosco os servos de 4ftE tam b ém disse o rei assim: Bendito o S en h o r
vosso senhor, e fazei subir a m eu filho Salom ão na Deus de Israel, que hoje tem dado quem se assente
m ula que é m inha; e levai-o a Giom. no m eu tro n o , e que os m eus olhos o vissem.
34E Z adoque, o sacerdote, com Natã, o profeta, ali o 49Então estrem eceram e se levantaram to d o s os
ungirão rei sobre Israel; então tocareis a trom beta, e convidados que estavam com A donias; e cada um
direis: Viva o rei Salomão! se foi ao seu cam inho.
3,Então subireis após ele, e virá e se assentará no ,0Porém Adonias tem eu a Salomão; e levantou-se,
m eu tro n o , e ele reinará em m eu lugar; porque e foi, e apegou-se às p o n tas do altar.
tenho o rdenado que ele seja guia sobre Israel e 5IE fez-se saber a Salomão, dizendo: Eis que A do­
sobre Judá. nias tem e ao rei Salomão; p o rq u e eis que apegou-se
36Então Benaia, filho de Joiada, respondeu ao rei, às pontas do altar, dizendo: Jure-m e hoje o rei Salo­
e disse: Amém ; assim o diga o S en h or D eus do rei m ão que não m atará o seu servo à espada.
m eu senhor. 52E disse Salomão: Se for ho m em de bem , nem um
37C om o o S enhor foi com o rei m eu senhor, assim o de seus cabelos cairá em terra; se, porém , se achar
seja com Salomão, e faça que o seu trono seja m aior nele m aldade, m orrerá.
do que o tro n o do rei Davi m eu senhor. 53E m an d o u o rei Salomão, e o fizeram descer do
’"Então desceu Z adoque, o sacerdote, e N atã, o altar; e veio, e p rostrou-se perante o rei Salomão, e
profeta, e Benaia, filho de Joiada, e os quereteus, e os Salom ão lhe disse: Vai p ara tu a casa.
peleteus, e fizeram m o n tar a Salomão na m ula do rei
Davi, e o levaram a Giom. D avi dá conselhos a Salom ão e m orre
,9E Zadoque, o sacerdote, tom ou o chifre de azeite E APROXIMARAM-SE os dias da m o rte de
do tabernáculo, e u n g iu a Salom ão; e tocaram a
trom beta, e todo o povo disse: Viva o rei Salomão!
2 Davi; e deu ele ordem a Salom ão, seu filho, d i­
zendo:
4Í,E to d o o povo subiu após ele, e o povo tocava aEu vou pelo cam inho de to d a a terra; esforça-te,
gaitas, e alegrava-se com grande alegria; de m anei­ pois, e sê hom em .
ra que com o seu clam or a terra retiniu. 3E guarda a ordenança do S en h or teu Deus, para
4IE o ouviu A donias, e todos os convidados que andares nos seus cam inhos, e para guardares os seus
estavam com ele, que tin h a m acabado de com er; estatutos, e os seus m andam entos, e os seus juízos,
tam bém Joabe ouviu o sonido das trom betas, e e os seus testem unhos, com o está escrito na lei de
disse: Por que há tal ruído de cidade alvoroçada? Moisés; para que prosperes em tu d o q u an to fizeres,
42Estando ele ainda falando, eis que vem Jônatas, e para onde quer que fores.
filho de Abiatar, o sacerdote, e disse Adonias: Entra, 4P a ra q u e o S enhor c o n f ir m e a p a la v ra , q u e falou
p orque és hom em valente, e trarás boas novas. d e m im , d iz e n d o : Se te u s filh o s g u a r d a r e m o se u

347
IREIS 2

cam inho, p ara andarem perante a m in h a face fiel­ '"E disse Bate-Seba: Bem, eu falarei p o r ti ao rei.
m ente, com to d o o seu coração e com toda a sua l9Assim foi Bate-Seba ao rei Salom ão, a falar-lhe
alm a, nunca, disse, te faltará sucessor ao tro n o de por Adonias; e o rei se levantou a encontrar-se com
Israel. ela, e se inclinou d iante dela; então se assentou no
5E tam bém tu sabes o que m e fez Joabe, filho de seu trono, e fez p ô r u m a cadeira para a sua mãe, e ela
Zeruia, e o que fez aos dois capitães do exército de se assentou à sua direita.
Israel, a A bner filho de Ner, e a Amasa, filho de Jeter, 20Então disse ela: Só um a pequena petição te faço;
os quais m atou, e em paz d erram o u o sangue de não m a rejeites. E o rei lhe disse: Pede, m inha m ãe,
guerra, e pôs o sangue de guerra no cinto que tinha porq u e não ta negarei.
nos lom bos, e nos sapatos que trazia nos pés. 2,E ela disse: D ê-se Abisague, a sunam ita, a A do­
6Faze, pois, segundo a tua sabedoria, e não p erm i­ nias, teu irm ão, p o r m ulher.
tas qu e suas cãs desçam à sepultura em paz. 22Então respondeu o rei Salomão, e disse a sua mãe:
7Porém com os filhos de Barzilai, o gileadita, usarás E p o r que pedes a Abisague, a sunam ita, para A do­
de beneficência, e estarão entre os que com em à tua nias? Pede tam bém para ele o reino (porque é m eu
mesa, porque assim se chegaram eles a m im , quando irm ão m aior), para ele, digo, e tam bém para Abiatar,
eu fugia p o r causa de teu irm ão Absalão. sacerdote, e p ara Joabe, filho de Zeruia.
8E eis que tam bém contigo está Simei, filho de 23E ju ro u o rei Salom ão pelo S e n h o r , dizendo:
Gera, filho de Benjam im , de Baurim , que m e m al­ Assim Deus m e faça, e o u tro tanto, se não falou A do­
disse com m aldição atroz, no dia em que ia a M aa- nias esta palavra contra a sua vida.
naim; porém ele saiu a encontrar-se com igo ju n to 24Agora, pois, vive o Se n ho r , que m e confirm ou, e
ao Jordão, e eu pelo Senho r lhe jurei, dizendo que o m e fez assentar no tro n o de Davi, m e u p a i.e q u e m e
não m ataria à espada. tem feito casa, com o tinha falado, que hoje m o rre­
'’Mas agora não o tenhas p o r inculpável, pois és rá Adonias.
hom em sábio, e bem saberás o que lhe hás de fazer
para que faças com que as suas cãs desçam à sepul­ A donias, Joabe e S im e i são m ortos
tu ra com sangue. 2,E enviou o rei Salom ão pela m ão de Benaia, filho
IÜE Davi d orm iu com seus pais, e foi sepultado na de Joiada, o qual arrem eteu contra ele de m odo que
cidade de Davi. m orreu.
1 ‘E foram os dias que Davi reinou sobre Israel q u a­ 26E a Abiatar, o sacerdote, disse o rei: Vai p ara Ana-
renta anos: sete anos reinou em H ebrom , e em Jeru­ tote, para os teus cam pos, p orque és h om em digno
salém reinou trin ta e três anos. de m orte; p o rém hoje não te m atarei, p o rq u an to
levaste a arca do S enhor D eus diante de Davi, meu
Salom ão reina pai, e p o rq u an to foste aflito em tu d o q u an to m eu
l2E Salomão se assentou no tro n o de Davi, seu pai, pai foi aflito.
e o seu reino se fortificou sobrem aneira. 27Lançou, pois, Salomão fora a Abiatar, para que não
l3Então veio Adonias, filho de Hagite, a Bate-Seba, fosse sacerdote do Senhor , para cum prir a palavra do
m ãe de Salomão; e disse ela: De paz é a tu a vinda? E Senho r , que tinha falado sobre a casa de Eli em Siló.
ele disse: É de paz. 2ÍIE chegou a notícia até Joabe (p o rq u e Joabe
14E ntão disse ele: Uma palavra tenho que dizer-te. tin h a se desviado seguindo a A donias, ainda que
E ela disse: Fala. não tinha se desviado seguindo a Absalão), e Joabe
l5Disse, pois, ele: Bem sabes que o reino era meu, fugiu p ara o tabernáculo do Sen h o r , e apegou-se às
e todo o Israel tinha posto a vista em m im para que p ontas do altar.
eu viesse a reinar, contudo o reino foi transferido e 29E disseram ao rei Salomão que Joabe tin h a fugido
veio a ser de m eu irm ão, porque foi feito seu pelo para o tabernáculo do Se n h o r ; e eis que está ju n to ao
Se n h o r . altar; então Salom ão enviou Benaia, filho de Joiada,
l6Assim que agora u m a só petição te faço; não m a dizendo: Vai, arrem ete sobre ele.
rejeites. E ela lhe disse: Fala. ,0E foi Benaia ao tabernáculo do Se nho r , e lhe disse:
I7E ele disse: Peço-fe que fales ao rei Salom ão Assim diz o rei: Sai daí. E disse ele: Não, porém aqui
(p o rq u e ele não te rejeitará) que m e dê p o r m ulher m orrerei. E Benaia to rn o u com a resposta ao rei, d i­
a Abisague, a sunam ita. zendo: Assim falou Joabe, e assim m e respondeu.

348
IREIS 2,3

3IE disse-lhe o rei: Faze com o ele disse, e arrem e­ 4SMas o rei Salom ão será abençoado, e o tro n o
te contra ele, e sepulta-o, para que tires de m im e da de Davi será confirm ado p eran te o Se n h o r para
casa de m eu pai o sangue que Joabe sem causa der­ sempre.
ram ou. 4<1E o rei m an d o u a Benaia, filho de Joiada, o qual
52Assim o Se n h o r fará recair o sangue dele sobre saiu, e arrem eteu contra ele, de m odo que m orreu;
a sua cabeça, porque deu sobre dois hom ens mais assim foi confirm ado o reino na m ão de Salomão.
justos e m elhores do que ele, e os m atou à espada,
sem que m eu pai Davi o soubesse, a saber: a Abner, Salom ão casa co m a filh a d e Faraó
filho de Ner, capitão do exército de Israel, e a Amasa, E SALOMÀO se ap aren to u com Faraó, rei do
filho de Jeter, capitão do exército de Judá.
“ Assim recairá o sangue destes sobre a cabeça de
3 Egito; e to m o u a filha de Faraó, e a tro u x e à
cidade de Davi, até que acabasse de edificar a sua
Joabe e sobre a cabeça da sua descendência para sem ­ casa, e a casa do Senho r , e a m uralha de Jerusalém
pre; mas a Davi, e à sua descendência, e à sua casa, e ao em redor.
seu trono, dará o Senhor paz para todo o sempre. 2E ntretan to , o povo sacrificava sobre os altos;
,4E subiu Benaia, filho de Joiada, e arrem eteu con­ porque até àqueles dias ainda não se havia edifica­
tra ele, e o m atou; e foi sepultado em sua casa, no do casa ao nom e do Se nho r .
deserto. ■’E Salom ão am ava ao Se n h o r , andando nos esta­
3,E o rei pôs a Benaia, filho de Joiada, em seu lugar tutos de Davi seu pai; som ente que nos altos sacri­
sobre o exército, e a Zadoque, o sacerdote, pôs o rei ficava, e queim ava incenso.
em lugar de Abiatar. 4E foi o rei a G ibeom p ara lá sacrificar, porque
3f’Depois m andou o rei, e cham ou a Simei, e disse- aquele era o alto m aior; m il holocaustos sacrificou
lhe: Edifica-te um a casa em Jerusalém, e habita aí, e Salomão naquele altar.
daí não saias, nem para u m a nem para o u tra parte. ’E em G ibeom apareceu o Se n h o r a Salom ão de
,7Porque há de ser que no dia em que saíres e pas­ noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres
sares o ribeiro de C edrom , de certo que sem dúvida que eu te dê.
m orrerás; o teu sangue será sobre a tua cabeça. 6E disse Salomão: D e gran d e beneficência usaste
38E Simei disse ao rei: Boa é essa palavra; com o tem tu com teu servo Davi, m eu pai, com o tam bém ele
falado o rei m eu senhor , assim fará o teu servo. E andou contigo em verdade, e em justiça, e em reti­
Simei habitou em Jerusalém m uitos dias. dão de coração, perante a tu a face; e guardaste-lhe
39Sucedeu, porém , que, ao cabo de três anos, dois esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se
servos de Simei fugiram para Aquis, filho de Maaca, assentasse no seu trono, com o se vê neste dia.
rei de Gâte; e deram parte a Simei, dizendo: Eis que 7Agora, pois, ó Se n h o r m eu Deus, tu fizeste reinar
teus servos estão em Gate. a teu servo em lugar de Davi m eu pai; e sou apenas
40Então Simei se levantou, e albardou o seu ju ­ um m enino pequeno; não sei com o sair, nem com o
m ento, e foi a Gate, ter com Aquis, em busca de seus entrar.
servos; assim foi Simei, e trouxe os seus servos de 8E teu servo está no m eio do teu povo que elegeste;
Gate. povo grande, que nem se pode contar, nem nu m e­
4IE disseram a Salomão com o Simei fora de Jeru­ rar, pela sua m ultidão.
salém a Gate, e já tinha voltado. 9A teu servo, pois, dá um coração entendido para
42Então o rei m andou cham ar a Simei, e disse-lhe: julgar a teu povo, para que p ru d en tem en te discirna
N ão te conjurei eu pelo Se nho r , e protestei contra entre o bem e o mal; p o rq u e quem poderia julgar a
ti, dizendo: No dia em que saíres para um a ou ou tra este teu tão grande povo?
parte, sabe de certo que, sem dúvida, m orrerás? E tu I0E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor,
m e disseste: Boa é essa palavra que ouvi. de que Salom ão pedisse isso.
4iPor que, pois, não guardaste o ju ram en to do Se­ "E disse-lhe Deus: P orquanto pediste isso, e não
n h o r , nem a ordem que te dei? pediste para ti m uitos dias, nem pediste para ti ri­
44Disse m ais o rei a Simei: Betrt sabes tu toda a m al­ quezas, nem pediste a vida de teus inim igos; mas
dade que o teu coração reconhece, que fizeste a Davi, pediste p ara ti en ten d im en to , para discernires o
m eu pai; pelo que o Se n h o r fez recair a tua m aldade que é justo;
sobre a tua cabeça. l2Eis que fiz segundo as tu as palavras; eis que te

349
IREIS 3,4

dei um coração tão sábio e entendido, que antes de 27Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o m enino
ti igual não houve, e depois de ti igual não se levan­ vivo, e de m aneira nenhum a o mateis, porque esta é
tará. sua mãe.
1 ’E tam bém até o que não pediste te dei, assim ri­ 2SE todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei,
quezas com o glória; de m odo que não haverá um e tem eu ao rei; p o rq u e viram que havia nele a sabe­
igual entre os reis, por todos os teus dias. doria de Deus, para fazer justiça.
14E, se andares nos m eus cam inhos, guardando
os m eus estatutos, e os m eus m andam entos, com o A grandeza do rein o de Salom ão
an d o u Davi teu pai, tam bém prolongarei os teus ASSIM foi Salom ão rei sobre todo o Israel.
dias. 2E estes eram os príncipes que tinha: Azarias,
15E acordou Salomão, e eis que era sonho. E indo a filho de Zadoque, sacerdote;
Jerusalém, pôs-se perante a arca da aliança do Senhor , ’Eliorefe e Aias, filhos de Sisa, secretários; Jeosafá,
e sacrificou holocausto, e preparou sacrifícios pacífi­ filho de Ailude, cronista;
cos, e fez um banquete a todos os seus servos. 4Benaia, filho de Joiada, sobre o exército; e Z ado­
que e A biatar eram sacerdotes;
Salo m ão ju lg a a causa d e ditas m ulheres 5E Azarias, filho de N atã, sobre os provedores; e
l6Então vieram duas m ulheres prostitutas ao rei, e Zabude, filho de N atã, oficial-m or, am igo do rei;
se puseram p erante ele. 6E Aisar, m ordom o; A donirão, filho de Abda, sobre
|7E disse-lhe um a das mulheres: Ah! senhor m eu,
o tributo.
eu e esta m u lh er m oram os n u m a casa; e tive um
7E tin h a Salom ão doze oficiais sobre todo o Israel,
filho, estando com ela naquela casa.
que proviam ao rei e à sua casa; e cada u m tin h a que
"*E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do m eu
abastecê-lo p o r um m ês no ano.
parto, teve um filho tam bém esta m ulher; estáva­
8E estes são os seus nom es: Ben-H ur, nas m o n ta ­
m os juntas; n en h u m estranho estava conosco na
nhas de Efraim;
casa; som ente nós duas naquela casa.
’'B en-D equer em Macaz, e em Saalbim, e em Bete-
19E de noite m orreu o filho desta m ulher, p o rq u an ­
Semes, e em Elom, e em Bete-Hanã;
to se deitara sobre ele.
,0B en-H esede em A rubote; tam bém este tin h a a
20E levantou-se à m eia-noite, e tiro u o m eu filho do
Socó e a toda a terra de Hefer;
m eu lado, enquanto dorm ia a tu a serva, e o deitou
"B en-A binadabe em todo o term o de D or; tinha
no seu seio; e a seu filho m o rto deitou no m eu seio.
este a Tafate, filha de Salomão, p o r m ulher;
2IE, levantando-m e eu pela m anhã, para d a r de
l2Baaná, filho de Ailude, tinha a Taanaque, e a
m am ar a m eu filho, eis que estava m o rto ; mas,
atentando pela m anhã para ele, eis que não era m eu Megido, e a toda a Bete-Seã, que está ju n to a Zaretã,
filho, que eu havia tido. abaixo de Jizreel, desde Bete-Seã até Abel-M eolá,
22E ntão disse a o u tra m ulher: N ão, m as o vivo é para além de Jocmeão;
m eu filho, e teu filho o m orto. Porém esta disse: Não, 1 *0 filho de Geber, em Ram ote de Gileade; tinha
p o r certo, o m o rto é teu filho, e m eu filho o vivo. este as aldeias de Jair, filho de M anassés, as quais
Assim falaram perante o rei. estão em Gileade; tam bém tin h a o term o de Argobe,
■“ E ntão disse o rei: Esta diz: Este que vive é m eu o qual está em Basã, sessenta grandes cidades, com
filho, e teu filho o m orto; e esta o u tra diz: N ão, po r m uros e ferrolhos de cobre;
certo, o m orto é teu filho e m eu filho o vivo. l4Ainadabe, filho de Ido, em M aanaim .
24Disse m ais o rei: Trazei-me um a espada. E tro u ­ 15Aimaás em Naftali; tam bém este to m o u a Base-
xeram um a espada diante do rei. m ate, filha de Salomão, p o r m ulher;
2,E disse o rei: D ividi em duas partes o m enino l6Baaná, filho de H usai, em Aser e em Alote;
vivo; e dai m etade a um a, e m etade a outra. |7Jeosafá, filho de Parua, em Issacar;
2',Mas a m ulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei '“Simei, filho de Elá, em Benjamim:
(p o rq u e as suas en tranhas se lhe enterneceram por l9Geber, filho de Uri, na terra de Gileade, a terra de
seu filho),e disse: Ah! senhor m eu, dai-lhe o m enino Siom, rei dos am orreus, e de Ogue, rei de Basã; e só
vivo, e de m odo n en h u m o mateis. Porém a o u tra um a guarnição havia naquela terra.
dizia: N em teu nem m eu seja; dividi-o. 20E ram , pois, os de Judá e Israel m uitos, com o a

350
IREIS 4,5

areia que está ju n to ao m ar em m ultidão, com endo, Salom ão fa z acordo co m H irão, rei de Tiro
e bebendo, e alegrando-se. E EN V IO U H irão, rei de Tiro, os seus servos
21E dom inava Salomão sobre todos os reinos desde a Salom ão (p o rq u e ouvira que ungiram a Sa­
o rio até à terra dos filisteus, e até ao term o do Egito; lom ão rei em lugar de seu pai), p o rq u an to H irão
os quais traziam presentes, e serviram a Salom ão sem pre tin h a am ado a Davi.
todos os dias da sua vida. 2Então Salom ão m an d o u dizer a H irão:
22Era, pois, o p rovim ento de Salom ão cada dia, iBem sabes tu que Davi, m eu pai, não p ôde edificar
trin ta coros de flor de farinha, e sessenta coros de um a casa ao n o m e do Sen h o r seu Deus, p o r causa
farinha; da guerra com que o cercaram , até que o S e n ho r pôs
23Dez bois cevados, e vinte bois de pasto, e cem car­ seus inim igos debaixo das plantas dos seus pés.
neiros; afora os veados e as cabras m ontesas, e os 4Porém agora o S e n h o r m eu D eus m e tem dado
corços, e aves cevadas. descanso de todos os lados; adversário não há, nem
24P orque dom inava sobre tu d o q u an to havia do algum m au encontro.
lado de cá do rio, Tifsa até Gaza, sobre todos os reis 5E eis que eu intento edificar um a casa ao nom e do
do lado de cá do rio; e tinha paz de todos os lados Se n h o r m eu Deus, com o falou o Se n h o r a Davi, m eu
em redor dele. pai,dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu
25E Judá e Israel habitavam seguros, cada um de­ trono, ele edificará u m a casa ao m eu nom e.
baixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde 6Dá ordem , pois, agora, que do Líbano m e cortem
Dã até Berseba, todos os dias de Salomão. cedros, e os m eus servos estarão com os teus servos,
26T inha tam b ém Salom ão quaren ta m il estreba­ e eu te darei o salário dos teus servos, conform e a
rias de cavalos p ara os seus carros, e doze m il ca­ tu d o o que disseres; p orque bem sabes tu que entre
valeiros. nós ninguém há que saiba co rtar a m adeira com o
27Proviam , pois, estes provedores, cada u m no os sidônios.
seu mês, ao rei Salom ão e a todos quantos se che­ 7E aconteceu que, ouvindo H irão as palavras de Sa­
garam à mesa do rei Salomão; coisa n enhum a dei­ lom ão, m u ito se alegrou, e disse: Bendito seja hoje
xavam faltar. o S enho r , que deu a Davi um filho sábio sobre este
28E traziam a cevada e a palha para os cavalos e para tão grande povo.
os ginetes, para o lugar onde estava, cada um segun­ 8E enviou H irão a Salom ão, dizendo: O uvi o que
do o seu cargo. m e m andaste dizer. Eu farei to d a a tu a vontade
acerca das m adeiras de cedro e de cipreste.
A sabedoria de Salom ão 9O s m eus servos as levarão desde o Líbano até ao
2<>E deu Deus a Salom ão sabedoria, e m uitíssim o m ar, e eu as farei conduzir em jangadas pelo m ar até
entendim ento, e largueza de coração, com o a areia ao lugar que m e designares, e ali as desam arrarei; e
que está na praia do mar. tu as tom arás; tu tam b ém farás a m in h a vontade,
ME era a sabedoria de Salom ão m aior do que a sa­ d ando sustento à m inha casa.
bedoria de todos os do oriente e do que toda a sabe­ '“Assim deu H irão a Salom ão m adeira de cedro e
doria dos egípcios. m adeira de cipreste, conforme a to d a a sua vontade.
3IE era ele ainda m ais sábio do q u e to d o s os 1 'E Salomão deu a H irão vinte m il coros de trigo,
hom ens, e do que Etã, ezraíta, e H em ã, e Calcol, para sustento da sua casa, e vinte coros de azeite
e D arda, filhos de M aol; e correu o seu nom e p o r batido; isto dava Salomão a H irão anualm ente.
todas as nações em redor. l2Deu, pois, o Se n h o r a Salomão sabedoria, com o
,2E disse três mil provérbios, e foram os seus cân­ lhe tin h a falado; e houve paz en tre H irão e Salomão,
ticos mil e cinco. e am bos fizeram acordo.
3,T am bém falou das árvores, desde o cedro que
está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; Os preparativos para edificar o tem plo
tam bém falou dos anim ais e das aves, e dos répteis UE o rei Salom ão fez su b ir u m a leva de gente
e dos peixes. dentre to d o o Israel, e foi a leva de gente trin ta mil
,4E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria hom ens;
de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham l4E os enviava ao Líbano, cada m ês, dez mil por
ouvido da sua sabedoria. tu rn o ; u m mês estavam n o Líbano, e dois meses

351
IREIS 5,6

cada um em sua casa; e A donirão estava sobre a leva nem machado, nem n enhum outro instrum ento de
de gente. ferro se ouviu na casa q u ando a edificavam.
’’T in h a tam b ém Salom ão setenta m il que leva­ 8A po rta da câm ara do m eio estava ao lado direi­
vam as cargas, e oitenta mil que talhavam pedras nas to da casa, e p o r caracóis se subia à do m eio, e da do
m ontanhas, m eio à terceira.
■'’Afora os chefes dos oficiais de Salomão, que esta­ 9Assim, pois, edificou a casa, e a acabou; e co b riu a
vam sobre aquela obra, três m il e trezentos, os quais casa com pranchões e tabuados de cedro.
davam as ordens ao povo que fazia aquela obra. '"Tam bém edificou as câm aras em volta de to d a
I7E m an d o u o rei que trouxessem pedras g ran ­ a casa, de cinco côvados de altura, e as ligou à casa
des, e pedras valiosas, pedras lavradas, para funda­ com m adeira de cedro.
rem a casa. ' ‘E ntão veio a palavra do S e n h o r a Salom ão, d i­
1SE as lavraram os edificadores de H irão, e os gibli- zendo:
tas; e preparavam a m adeira e as pedras para edifi­ i2Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos
car a casa.
m eus estatutos, e fizeres os m eus juízos, e guard a­
res to d o s os m eus m an d am en to s, an d an d o neles,
Salom ão edifica o tem plo
confirm arei p ara contigo a m in h a palavra, a qual
E SUCEDEU que no ano de quatrocentos e oi­
6 ten ta, depois de saírem os filhos de Israel do
Egito, n o ano quarto do reinado de Salomão sobre
falei a Davi, teu pai;
13E habitarei no m eio dos filhos de Israel, e não d e­
sam pararei o m eu povo de Israel.
Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), come­
l4Assim edificou Salomão aquela casa, e a acabou.
çou a edificar a casa do Se n h o r .
'T a m b é m co b riu as paredes da casa p o r den tro
JE a casa que o rei Salomão edificou ao Se n h o r era
com tábuas de cedro; desde o soalho da casa até ao
de sessenta côvados de com prim ento, e de vinte cô-
teto tudo cobriu com m adeira p o r dentro; e cobriu
vados de largura, e de trin ta côvados de altura.
o soalho da casa com tábuas de cipreste.
3E o pórtico diante do tem plo da casa era de vinte
côvados de com prim ento, segundo a largura da l6Edificou m ais vinte côvados de tábuas de cedro
casa, e de dez côvados de largura diante da casa. nos lados da casa, desde o soalho até às paredes;
4E fez para a casa janelas de gelósias fixas. e p o r d en tro lhas edificou para o oráculo, p ara o
5E edificou câm aras ju n to ao m uro da casa, contra Santo dos Santos.
as paredes da casa, em redor, tanto do tem plo com o 17A casa, isto é, o tem plo an terio r tin h a q u aren ­
do oráculo; e assim lhe fez câm aras laterais em ta côvados.
redor. I8E o cedro da casa p o r d en tro era lavrado de
6 A câm ara de baixo era de cinco côvados de largu­ botões e flores abertas; tu d o era cedro, p ed ra n e­
ra, e a do m eio de seis côvados de largura, e a tercei­ n h um a se via.
ra de sete côvados de largura; porque pela parte de I9E p o r den tro da casa, n a parte m ais interior, p re­
fora da casa, em redor, fizera encostos, para que as p arou o oráculo, p ara p ô r ali a arca da aliança do
vigas não se apoiassem nas paredes da casa. Se nho r .
7E edificava-se a casa com pedras preparadas, com o 20E o oráculo no in terio r era de vinte côvados de
as traziam se edificava; de m aneira que nem m artelo, com prim ento, e de vinte côvados de largura, e de

Salomão [...] começou a edificar a casa do SENHOR te um só Deus e um Deus específico, com um nome específico. E o
( 6 . 1) próprio Deus classificou todos os outros deuses como falsos.
No ritual do primeiragrau da Maçonaria, porém, lemososeguin-
Maçonaria. Declara que sua origem está ligada à constru­
te: “Como os maçons podem pertencer a qualquer religião, é
ção do templo de Salomão.
de desejar que tenha sido colocado no altar uma das escritu­
__ H RESPOSTA APOLOGÉTICA: É uma afirmação sem funda- ras de cada fé, mas não se deve procurar impor qualquer inter­
<= mento. Vejamos os motivos; pretação particular do ritual a qualquer irmão da ordem". En­
a) Os próprios escritores maçons reconhecidos pelo grupo, en­ quanto o templo de Salomão determina: "Um só Deus, Jeová,
tre eles. Jorge Buarque Lira e Albert Pike, dizem que a origem da e mais nenhum outro", o templo dos maçons aceita: “ Qual­
maçonaria está ligada às religiões místicas do Oriente. quer deus, à sua escolha" (Harold Reimer). Diante disso, não
b) Otemplo de Salomão foi construído para defender o princípio é possível haver ligaçáo entre o templo de Salomão e a origem
de um Deus, excluindo todos os outros (2Cr 7.1 -22), porque exis­ da Maçonaria.

352
IREIS 6,7

vinte côvados de altura; e o revestiu de ouro puro; 35E as lavrou de qu eru b in s e de palm as, e de flores
tam bém revestiu de cedro o altar. abertas, e as revestiu de o u ro acom odado ao lavor.
2IE revestiu Salom ão a casa p o r d e n tro de ouro 36Tam bém edificou o pátio in terio r de três ordens
puro; e com cadeias de ouro pôs um a cortina diante de pedras lavradas e de u m a o rd em de vigas de
do oráculo, e o revestiu com ouro. cedro.
22Assim cobriu de o u ro to d a a casa, in te iram e n ­ 37N o ano q u arto se pôs o fundam ento da casa do
te; tam bém cobriu de o u ro to d o o altar que estava Se nho r , no m ês de Zive.
diante do oráculo. 38E n o ano undécim o, no mês de Bul, que é o mês
23E no oráculo fez dois q uerubins de m adeira de oitavo, se acabou esta casa com todas as suas coisas,
oliveira, cada um da altura de dez côvados. e com tu d o o que lhe convinha; e a edificou em sete
24E u m a asa de um querubim era de cinco côvados, anos.
e a o u tra asa do q uerubim de outros cinco côvados;
dez côvados havia desde a extrem idade de um a das Salom ão edifica u m palácio
suas asas até à extrem idade da outra das suas asas. PORÉM a sua casa edificou Salom ão em treze
25Assim era tam bém de dez côvados o o u tro que­
rubim ; am bos os q u eru b in s eram de um a m esm a
7 anos; e acabou to d a a sua casa.
2Tam bém edificou a casa do bosque do Líbano de
m edida e de um m esm o talhe. cem côvados de com prim ento, e de cinqüenta cô­
26A altura de um querubim era de dez côvados, e vados de largura, e de trin ta côvados de altura, sobre
assim a do o u tro querubim . quatro ordens de colunas de cedro, e vigas de cedro
27E pôs a estes qu eru b in s n o m eio da casa de sobre as colunas.
dentro; e os querubins estendiam as asas, de m anei­ 3E po r cim a estava coberta de cedro sobre as vigas,
ra que a asa de um tocava na parede, e a asa do outro que estavam sobre q u aren ta e cinco colunas, quinze
querubim tocava na o u tra parede; e as suas asas no em cada ordem .
meio da casa tocavam um a na outra. 4E havia três ordens de janelas; e um a janela estava
28E revestiu de ouro os querubins. defronte da o u tra janela, em três ordens.
29E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de es­ ’T am bém todas as p o rtas e om breiras quadradas
culturas e entalhes de querubins, e de palm as, e de eram de u m a m esm a vista; e um a janela estava de­
flores abertas, po r dentro e p o r fora. fronte da o u tra, em três ordens.
’“Tam bém revestiu de o u ro o soalho da casa, por "Depois fez um p ó rtico de colunas de cin q ü en ta
d entro e p o r fora. côvados de co m p rim en to e de trin ta côvados de lar­
3IE à entrada do oráculo fez portas de m adeira de gura; e o pórtico estava defronte delas, e as colunas
oliveira; o um bral de cim a com as om breiras/aziam com as grossas vigas defronte delas.
a quinta parte da parede. 7T am bém fez o pó rtico p ara o tro n o o n d e julga­
32Também as duas portas eram de madeira de olivei­ va, isto é, o pórtico do juízo, que estava revestido de
ra; e lavrou nelas entalhes de querubins, e de palmas, e cedro de soalho a soalho.
de flores abertas, os quais revestiu de ouro; tam bém es­ SE em sua casa, em que morava, havia o u tro pátio,
tendeu ouro sobre os querubins e sobre as palmas. por den tro do pórtico, de obra sem elhante à deste;
33E assim fez à p o rta do tem plo om breiras de m a­ tam bém para a filha de Faraó, que Salomão tom ara
deira de oliveira, da q uarta parte da parede. por mulher, fez um a casa semelhante àquele pórtico.
34E eram as duas portas de m adeira de cipreste; e 9Todas estas coisas eram de pedras de grande valor,
as duas folhas de um a porta eram dobradiças, assim cortadas à m edida, serradas à serra p o r d entro e p o r
com o eram tam bém dobradiças as duas folhas enta­ fora; e isto desde o fu n d am en to até às beiras do teto,
lhadas das outras portas. e p o r fora até ao grande pátio.

Fez dois querubins diam ser vistos pelo povo, apenas pelo sacerdote, mas somente
(6.23-38) quando entrava no recinto, uma vez por ano. As imagens cató­
Catolicismo Romano. Defende o uso de imagens porque, licas, porém, são exibidas publicamente. Uma diferença ainda
segundo argumenta, o próprio Deus, no Antigo Testamen­ maior e mais importante é que Deus ordenou a feitura dos que­
to, ordenou a feitura de imagens dos querubins. rubins, mas proibiu estritamente a adoração de qualquer ima­
gem (Êx 20.4,5).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os querubins foram coloca­
dos no lugar chamado “Santo dos santos", onde não po-

353
IREIS 7

‘"Tam bém estava fundado sobre pedras finas, m ar em redor; duas ordens destes botões/oram fu n ­
pedras grandes; sobre pedras de dez côvados e didas q u an d o o m ar foi fundido.
pedras de oito côvados. 25E firm ava-se sobre doze bois, três que olhavam
1 'E em cim a delas pedras de grande valor, lavradas para o norte, e três que olhavam para o ocidente, e
segundo as m edidas, e madeira de cedro. três que olhavam p ara o sul, e três qu e olhavam para
l2H avia três ordens de pedras lavradas, com um a o oriente; e o m ar estava em cim a deles, e todas as
o rdem de vigas de cedro; assim era também o pátio suas partes posteriores para o lado de dentro.
interior da casa do Senho r e o pórtico daquela casa. 26E a grossura era de um palm o, e a sua borda era
com o a de um copo, como de flor de lírios; ele levava
Diversas obras para o tem p lo dois m il batos.
13E enviou o rei Salomão um mensageiro e m andou 27Fez tam bém as dez bases de cobre; o co m p rim en ­
trazer a H irão de Tiro. to de u m a base de q u atro côvados, e de qu atro côva­
u Era ele filho de u m a m ulher viúva, da trib o de dos a sua largura, e três côvados a sua altura.
Naftali, efora seu pai um hom em de Tiro, que trab a­ 28E esta era a o b ra das bases; tin h a m cintas, e as
lhava em cobre; e era cheio de sabedoria, e de en ten ­ cintas estavam entre as m olduras.
dim ento, e de ciência para fazer toda a obra de cobre; 29E sobre as cintas que estavam entre as m olduras
este veio ao rei Salomão, e fez toda a sua obra. havia leões, bois, e querubins, e sobre as m olduras
1SE fo rm ou duas colunas de cobre; a altura de cada u m a base p o r cim a; e debaixo dos leões e dos bois
coluna era de dezoito côvados, e um fio de doze cô­ ju n tu ra s de obra estendida.
vados cercava cada um a das colunas. 30E um a base tin h a qu atro rodas de metal, e lâm i­
l6Tam bém fez dois capitéis de fundição de cobre nas de cobre; e os seus q uatro cantos tin h am supor­
para pôr sobre as cabeças das colunas; de cinco cô­ tes; debaixo da pia estavam estes suportes fundidos,
vados era a altura de um capitel, e de cinco côvados do lado de cada um a das junturas.
a altura do o u tro capitel. 3'E a boca da pia estava d en tro da coroa, e de um
17As redes eram de malhas, as ligas de obra de cadeia côvado p o r cim a; e era a sua boca redonda segundo
para os capitéis que estavam sobre a cabeça das colu­ a obra da base, de côvado e meio; e tam bém sobre a
nas, sete para um capitel e sete para o outro capitel. sua boca havia entalhes, e as suas cintas eram q u a­
'"Assim fez as colunas, ju n ta m e n te com duas fi­ dradas, não redondas.
leiras em redor sobre um a rede, para cobrir os ca­ 32E as q u atro rodas estavam debaixo das cintas, e os
pitéis que estavam sobre a cabeça das rom ãs, assim eixos das rodas na base; e era a altura de cada roda
tam bém fez com o o utro capitel. de côvado e meio.
I9E os capitéis que estavam sobre a cabeça das co­ 33E era a o b ra das rodas com o a o b ra d a roda de
lunas eram de obra de lírios no pórtico, de quatro carro; seus eixos, e suas cam bas e seus cubos, e seus
côvados. raios, todos eram fundidos.
-’"Os capitéis, pois, sobre as duas colunas estavam 34E havia q u atro su p o rtes aos q u atro cantos de
tam bém defronte, em cim a da parte globular que cada base; seus suportes saíam da base.
estava ju n to à rede; e duzentas rom ãs, em fileiras em 3,E no alto de cada base havia um a peça redonda de
redor, estavam tam bém sobre o o u tro capitel. m eio côvado de altura; tam bém sobre o alto de cada
2'D epois levantou as colunas no pórtico do base havia asas e cintas, que saíam delas.
tem plo; e levantando a coluna direita, pôs-lhe o 36E nas placas de seus esteios e nas suas cintas lavrou
nom e de Jaquim; e levantando a coluna esquerda, querubins, leões, e palmas, segundo o espaço de cada
pôs-lhe o no m e de Boaz. um a, e outros adornos em redor.
22E sobre a cabeça das colunas estava a obra de 37C o n fo rm e a esta fez as dez bases; todas tinham
lírios; e assim se acabou a o bra das colunas. u m a m esm a fundição, um a m esm a m edida, e u m
23Fez m ais o m ar de fundição, de dez côvados de m esm o entalhe.
u m a borda até à ou tra borda, perfeitam ente red o n ­ 38T am bém fez dez pias de cobre; em cada pia
do, e de cinco côvados de alto; e um cordão de trin ta cabiam q u are n ta batos, e cada pia era de q u a tro
côvados o cingia em redor. côvados, e sobre cada u m a das dez bases estava
24E p o r baixo da sua borda em redor havia botões u m a pia.
q u e o cingiam ; p o r dez côvados cercavam aquele 39E pôs cinco bases à direita da casa, e cinco à es­

354
IREIS 7,8

querda da casa; porém o m ar pôs ao lado direito da 3E vieram todos os anciãos de Israel; e os sacerdo­
casa para o lado do oriente, da parte do sul. tes alçaram a arca.
40D epois fez H irão as pias, e as pás, e as bacias; e 4E trouxeram a arca do Se n h o r p ara cim a, e o ta ­
acabou H irão de fazer toda a obra que fez para o rei bernáculo da congregação, ju n tam en te com todos
Salomão, para a casa do Senho r . os objetos sagrados que havia n o tabernáculo; assim
41Â saber: as duas colunas, e os globos dos capitéis os trouxeram para cim a os sacerdotes e os levitas.
que estavam sobre a cabeça das duas colunas; e as 5E o rei Salomão, e to d a a congregação de Israel que
duas redes, p ara cobrir os dois globos dos capitéis se congregara a ele, estava com ele d ian te d a arca,
que estavam sobre a cabeça das colunas. sacrificando ovelhas e vacas, que não se pod iam
42E as quatrocentas rom ãs para as duas redes, a contar nem n u m erar pela sua quantidade.
saber: duas carreiras de rom ãs para cada rede, para 6Assim trouxeram os sacerdotes a arca da aliança
cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam do Se n h o r ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao lugar
em cim a das colunas. santíssim o, até debaixo das asas dos querubins.
4,Juntam ente com as dez bases, e as dez pias sobre 7P orque os q u eru b in s estendiam am bas as asas
as bases; sobre o lugar da arca; e os querubins cobriam , por
44C om o tam bém u m mar, e os doze bois debaixo cima, a arca e os seus varais.
daquele m ar; 8E os varais sobressaíram tanto, que as p o n tas dos
4,E os caldeirões, e as pás, e as bacias, e todos estes varais se viam desde o san tu ário diante do oráculo,
objetos que fez H irão para o rei Salomão, para a casa porém de fora não se viam; e ficaram ali até ao dia
do Se n ho r , todos eram de cobre polido. de hoje.
46Na planície do Jordão, o rei os fu n d iu em terra ''Na arca nada havia, senão só as duas tábuas de
barrenta; entre Sucote e Zaretã. pedra, que Moisés ali pusera ju n to a H orebe, quando
47E deixou Salomão de pesar todos os objetos, pelo seu o Senho r fez a aliança com os filhos de Israel, saindo
excessivo núm ero; nem se averiguou o peso do cobre. eles da terra do Egito.
4STam bém fez Salom ão todos os objetos que convi­ 1 “E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário,
nham à casa do Se n h o r ; o altar de ouro, e a m esa de um a nuvem encheu a casa do Senho r .
ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição. ME os sacerdotes não podiam perm anecer em pé
49E os castiçais, cinco à direita e cinco à esquerda, para m inistrar, p o r causa da nuvem , p o rq u e a glória
diante do oráculo, de ouro finíssimo; e as flores, e as do Se n h o r enchera a casa do Se nho r .
lâm padas, e os espevitadores, tam bém de ouro.
%0Como tam b ém os vasos, e os apagadores, e as Salo m ã o fa la ao povo
bacias, e as colheres, e os perfum adores, de ouro fi­ l2Então falou Salomão: O S e n h o r disse que ele h a­
níssim o; e as dobradiças para as portas da casa in te­ bitaria nas trevas.
rio r para o lugar santíssim o, e as das portas da casa ‘ ’C ertam ente te edifiquei u m a casa para m orada,
do tem plo, também de ouro. assento p ara a tu a eterna habitação.
sl Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salo­ 14Então virou o rei o seu rosto, e abençoou toda a
m ão para a casa do S e n h o r ; então trouxe Salomão congregação de Israel; e to d a a congregação de Israel
as coisas que seu pai Davi havia consagrado; a prata, estava em pé.
e o ouro, e os objetos pôs entre os tesouros d a casa 15E disse: Bendito seja o Se n h o r D eus de Israel, que
do Se nho r . falou pela sua boca a Davi, m eu pai, e pela sua m ão
o cum p riu , dizendo:
D edicação do tem plo l6Desde o dia em que eu tirei o m eu povo Israel do
ENTÃO congregou Salom ão os anciãos de Egito, não escolhi cidade algum a de todas as tribos
8 Israel, e todos os cabeças das tribos, os chefes
dos pais dos filhos de Israel, diante de si em Jerusa­
de Israel, para edificar alguma casa para ali estabe­
lecer o m eu nom e; porém escolhi a Davi, p ara que
lém; para fazerem subir a arca da aliança do Sen h o r presidisse sobre o m eu povo Israel.
da cidade de Davi, que é Sião. l7T am bém Davi, m eu pai, p ro p u sera em seu co ­
2E todos os hom ens de Israel se congregaram ao rei ração o edificar casa ao n o m e do Se n h o r D eus de
Salomão, na ocasião da festa, no m ês de Etanim , que Israel.
é o sétim o mês. 18Porém o Se n h o r disse a Davi, m eu pai: P orquan­

355
IREIS 8

to propuseste no teu coração o edificar casa ao m eu O m eu nom e estará ali; para ouvires a oração que o
nom e, bem fizeste em o p ropor no teu coração. teu servo fizer neste lugar.
19Todavia tu não edificarás esta casa; p orém teu '°Ouve, pois, a súplica do teu servo, e do teu povo
filho, que sair de teus lom bos, edificará esta casa ao Israel, q uando o rarem neste lugar; tam bém ouve tu
m eu nom e. no lugar da tu a habitação nos céus; ouve tam bém ,
20Assim co nfirm ou o Se n h o r a sua palavra que e perdoa.
falou; p o rq u e m e levantei em lugar de D avi, m eu 3lQ u an d o alguém pecar co n tra o seu próxim o, e
pai, e m e assentei n o tro n o de Israel, com o tem puserem sobre ele ju ram en to de m aldição, fazen-
falado o Se n h o r ; e edifiquei um a casa ao nom e do do-o jurar, e vier ju ram en to de m aldição diante do
Se n h o r D eus de Israel. teu altar nesta casa,
2IE co n stitu í ali lugar para a arca em que está í2O uve tu, então, nos céus e age e julga a teus servos,
a aliança do S e n h o r , a qual fez com nossos pais, condenando ao injusto, fazendo recair o seu proce­
qu an d o os tirou da terra do Egito. der sobre a sua cabeça, e justificando ao justo, ren-
dendo -lh e segundo a sua justiça.
Salom ão ora a D eus !íQ u an d o o teu povo Israel for ferido d ian te do
22E pôs-se Salomão diante do altar do Se nho r , na inim igo, p o r ter pecado contra ti, e se converterem
presença de toda a congregação de Israel; e estendeu a ti, e confessarem o teu nom e, e o rarem e suplica­
as suas m ãos para os céus, rem a ti nesta casa,
23E disse: Ó S e n h o r D eus de Israel, não há D eus ,4O uve tu então nos céus, e perdoa o pecado do teu
co m o tu , em cim a n o s céus n em em baixo na povo Israel, e to rn a-o a levar à te rra que tens dado
te rra ; que g u ard as a alian ça e a b en eficên cia a a seus pais.
teus servos q u e a n d a m com to d o o seu coração 3SQ u an d o os céus se fechar, e não houver chuva,
d ian te de ti. po r terem pecado co n tra ti, e o rarem neste lugar, e
24Q ue guardaste a teu servo Davi, m eu pai, o que confessarem o teu nom e, e se converterem dos seus
lhe disseras; porque com a tu a boca o disseste, e com pecados, havendo-os tu afligido,
a tua m ão o cum priste, com o neste dia se vê. '"Ouve tu então nos céus, e perdoa o pecado d e teus
25 Agora, pois, ó Se n h o r D eus de Israel, guarda a teu servos e do teu povo Israel, ensinando-lhes o bom
servo Davi, m eu pai, o que lhe falaste, dizendo: N ão cam inho em que andem , e dá chuva na tu a terra que
te faltará sucessor diante de m im , que se assente no deste ao teu povo em herança.
tro n o de Israel; som ente que teus filhos guardem o 37Q u an d o houver fom e na terra, q u an d o houver
seu cam inho, para andarem diante de m im com o tu peste, q u an d o houver queim a de searas, ferrugem ,
andaste diante de m im . gafanhotos ou pulgão, q u an d o o seu inim igo o
26Agora tam bém , ó Deus de Israel, cum pra-se a tua cercar na te rra das suas po rtas, ou houver algum a
palavra que disseste a teu servo Davi, m eu pai. praga ou doença,
27Mas, na verdade, habitaria D eus na terra? Eis que ,sToda a oração, to d a a súplica, que qualquer h o ­
os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, m em de to d o o teu povo Israel fizer, conhecendo
q u an to m enos esta casa que eu ten h o edificado. cada um a chaga do seu coração, e estendendo as
2BVolve-te, pois, para a oração de teu servo, e para suas m ãos p ara esta casa,
a sua súplica, ó S e n h o r m eu D eus, para ouvires o ,9O uve tu en tão n o s céus, assento da tu a h ab i­
clam or e a oração que o teu servo hoje faz diante tação, e perdoa, e age, e dá a cada u m conform e a
de ti. todos os seus cam inhos, e segundo vires o seu co­
29Para que os teus olhos noite e dia estejam aber­ ração, p o rq u e só tu conheces o coração de to d o s os
tos sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: filhos dos hom ens.

Só tu conheces RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Palavra de Deus ensina que


o coração “ Cristoconheceuocoraçãoeasintençõesdetodososhomens.
(8.39) ■Jesus, pofém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu, e dis­
se-lhes: Que arrazoais em vossos corações?' (Lc 5.22. V. tb. Jo 2.24 e
Testemunhas de Jeová. Afirmam que só Jeová Deus co­ Mt 9.4). Visto que Jesus conhecia os pensamentos e as intenções dos
nhece o coraçáo dos filhos dos homens e, com isso, ex­ corações dos homens, e que só Deus conhece o coração, fica daro
cluem Jesus da deidade. que Jesus é Deus, assim como o Pai também é Deus.

356
IREIS 8

40Para que te tem am todos os dias que viverem na Sa lom ão abençoa o povo
terra que deste a nossos pais. ’■’Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer
41E tam bém ouve ao estrangeiro, que não fo r do ao Se n h o r esta oração e esta súplica, estando de jo ­
teu povo Israel, quando vier de terras rem otas, por elhos e com as m ãos estendidas para os céus, se le­
am o r do teu nom e vantou de diante do altar do S enho r .
42(Porque ouvirão do teu grande nom e, e da tua 5,E pôs-se em pé, e abençoou a toda a congregação
forte m ão, e do teu braço estendido), e vier orar vol­ de Israel em alta voz, dizendo:
tado para esta casa, 56Bendito seja o Se n h o r , que deu repouso ao seu
4,Ouve tu nos céus, assento da tu a habitação, e faze povo Israel, segundo tu d o o que disse; nem um a só
conform e a tu d o o que o estrangeiro a ti clamar, a palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou
fim de que todos os povos da terra conheçam o teu pelo m inistério de Moisés, seu servo.
nom e, para te tem erem com o o teu povo Israel, e 570 Se n h o r nosso Deus seja conosco, com o foi com
para saberem que o teu nom e é invocado sobre esta nossos pais; não nos desam pare, e não nos deixe.
casa que tenho edificado. 58Inclinando a si o nosso coração, para an d ar em
44Q uan do o teu povo sair à guerra contra o seu in i­ todos os seus cam inhos, e para guardar os seus m an ­
migo, pelo cam inho por que os enviares, e orarem
dam entos, e os seus estatutos, e os seus juízos que
ao Se n h o r , para o lado desta cidade, que tu elegeste,
orden o u a nossos pais.
e desta casa, que edifiquei ao teu nom e,
,9E que estas m inhas palavras, com que supliquei
45Ouve, então, nos céus a sua oração e a sua súpli­
perante o Se n h o r , estejam perto, diante do Se n h o r
ca, e faze-lhes justiça.
nosso D eus, de dia e de noite, p ara qu e execute o
4í’Q uan do pecarem contra ti (pois não há h om em
juízo d o seu servo e o juízo do seu povo Israel, a cada
que não peque), e tu te indignares contra eles, e os
qual no seu dia.
entregares às m ãos do inim igo, de m odo que os
“ Para qu e todos os povos da terra saibam que o
levem em cativeiro para a terra inim iga, quer longe
Se n h o r é Deus, e que não há outro.
ou perto esteja,
61E seja o vosso coração inteiro para com o Se n h o r
47E na terra aonde forem levados em cativeiro
nosso D eus, p ara andardes n o s seus estatutos, e
caírem em si, e se converterem , e na terra do seu ca­
guardardes os seus m an d am en to s com o hoje.
tiveiro te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversa­
62E o rei e todo o Israel com ele ofereceram sacrifí­
m ente procedem os, e com etem os iniqüidade,
cios perante a face do Senho r .
48E se converterem a ti com to d o o seu coração
e com to d a a sua alm a, na te rra de seus inim igos 63E deu Salomão para o sacrifício pacífico que ofe­
qu e os levarem em cativeiro, e o rarem a ti p ara o receu ao Se n h o r , vinte e d u as m il vacas e cento e
lado da sua te rra q u e deste a seus pais, para esta vinte m il ovelhas; assim o rei e to d o s os filhos de
cidade que elegeste, e para esta casa que edifiquei Israel consagraram a casa do Senho r .
ao teu nom e; 64No m esm o dia santificou o rei o m eio do átrio
490 u v e então nos céus, assento da tua habitação, a que estava diante da casa do Se n h o r ; p o rq u an to ali
sua oração e a sua súplica, e faze-lhes justiça. p reparara os holocaustos e as ofertas com a go rd u ­
50E perdoa ao teu povo que houver pecado contra ra dos sacrifícios pacíficos; p orque o altar de cobre
ti, todas as transgressões que houverem com etido que estava diante da face do Se n h o r era m u ito p e­
contra ti; e dá-lhes m isericórdia perante aqueles que queno para nele caberem os holocaustos e as ofer­
os têm cativos, para que deles tenham com paixão. tas, e a g o rd u ra dos sacrifícios pacíficos.
51Porque são o teu povo e a tu a herança que tiraste 65N o m esm o tem p o celebrou Salom ão a festa, e
da terra do Egito, do meio do forno de ferro. to d o o Israel com ele, u m a gran d e congregação,
52Para que teus olhos estejam abertos à súplica do desde a en trad a de H am ate até ao rio do Egito, p e­
teu servo e à súplica do teu povo Israel, a fim de os rante a face d o Se n h o r nosso Deus; p o r sete dias, e
ouvires em tudo quanto clam arem a ti. mais sete dias; catorze dias.
53Pois tu para tu a herança os elegeste de todos os 66E no oitavo dia despediu o povo, e eles abenço­
povos da terra, com o tens falado pelo m inistério de aram o rei; então se foram às suas tendas, alegres e
Moisés, teu servo, quando tiraste a nossos pais do felizes de coração, p o r causa de to d o o bem que o
Egito, Senhor D eus . Se n h o r fizera a Davi seu servo, e a Israel seu povo.

357
IREIS 8,9

O S enhor aparece a Salotnão " (Para o que H irão, rei de Tiro, trouxera a Salomão
pela segunda vez m adeira de cedro e de cipreste, e ouro, segundo todo
SUCEDEU, pois, que, acabando Salom ão de o seu desejo); então deu o rei Salom ão a H irão vinte
9 edificar a casa do Senhor, e a casa do rei, e todo cidades na terra da Galiléia.
o desejo de Salomão, que lhe veio à vontade fazer, 12E saiu H irão de T iro a ver as cidades que Salomão
20 Senhor to rn o u a aparecer a Salomão; com o lhe lhe dera, porém não foram boas aos seus olhos.
tin h a aparecido em Gibeom . ,3P or isso disse: Q u e cidades são estas qu e m e
3E o Senho r lhe disse: Ouvi a tua oração, e a súplica deste, irm ão meu? E cham aram -nas: Terra de Cabul,
que fizeste perante mim; santifiquei a casa que edifi­ até hoje.
caste, a fim de pôr ali o meu nom e para sempre; e os I4E enviara H irão ao rei cento e vinte talentos de
meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias. ouro.

‘E se tu andares perante m im com o a n d o u Davi,
teu pai, com inteireza de coração e com sinceridade, O tributo que Salotnão impôs
para fazeres segundo tu d o o que te m andei, e guar­ l5E esta é a causa do trib u to que im pôs o rei Sa­
dares os m eus estatutos e os m eus juízos, lom ão, para edificar a casa do S e n h o r e a sua casa,
’Então confirm arei o tro n o de teu reino sobre e M ilo, e o m u ro de Jerusalém , com o tam b ém a
Israel para sem pre; com o falei acerca de teu pai Hasor, e a M egido, e a Gezer.
Davi, dizendo: N ão te faltará sucessor sobre o trono lbPorque Faraó, rei do Egito, subiu e to m o u a Gezer,
de Israel; e a queim ou a fogo, e m atou os cananeus que m o ra­
6Porém, se vós e vossos filhos de qualquer m aneira vam n a cidade, e a deu em dote à sua filha, m ulher
vos apartardes de m im , e não guardardes os m eus de Salomão.
m andam entos, e os m eus estatutos, que vos tenho 17Assim edificou Salomão a Gezer, e Bete-H orom ,
proposto, m as fordes, e servirdes a outro s deuses, e a baixa,
vos prostrardes perante eles, IXE a Baalate, e a Tadmor, no deserto daquela terra,
7Então destruirei a Israel da te rra que lhes dei; e 1<JE a todas as cidades de provisões que Salom ão
a esta casa, que santifiquei a m eu nom e, lançarei tinha, e as cidades dos carros, e as cidades dos cava­
longe da m inha presença; e Israel será p o r provér­ leiros, e tu d o o que Salomão quis edificar em Jerusa­
bio e m otejo, entre todos os povos. lém, e no Líbano, e em toda a terra do seu dom ínio.
8E desta casa, que é tão exaltada, todo aquele que 20Q uanto a to d o o povo que restou dos am orreus,
por ela passar pasm ará, e assobiará, e dirá: Por que heteus, perizeus, heveus, e jebuseus, e que não eram
fez o Se n h o r assim a esta terra e a esta casa? dos filhos de Israel,
9E dirão: Porque deixaram ao Se n h o r seu Deus, 21A seus filhos, que restaram depois deles na terra, os
que tiro u da terra do Egito a seus pais, e se apega­ quais os filhos de Israel não p uderam destruir total­
ram a deuses alheios, e se encurvaram perante eles, m ente, Salomão os reduziu a trib u to servil, até hoje.
e os serviram ; p o r isso trouxe o S e n h o r sobre eles 22Porém dos filhos de Israel não fez Salomão servo
todo este mal. algum; porém eram hom ens de guerra, e seus cria­
IUE sucedeu, ao fim de vinte anos, que Salomão edi­ dos, e seus príncipes, e seus capitães, e chefes dos
ficara as duas casas; a casa do Se n h o r e a casa do rei seus carros e dos seus cavaleiros.

Porém dos filhos de Israel não fez Salomão servo algum 1Reis 5.13 (5.27, no original hebraico), Salomáo teria recrutado
(9.22) “uma leva de trabalhadores [mas ou ftarwnas] dentre todoolsrael".
Este contexto revela que um grupo de trabalhadores fora formado
Ceticismo. Infere contradição bíblica ao comparar este tex­
para trabalhar no projeto de construção. O grupo, aparentemente,
to com 1Rs 5.13, que diz: “E Salomão fez subir uma leva de
era constituído tanto de judeus como de nào judeus. Os versículos
gente de todo Israel". em relação aos israelitas escolhidos para o
20 e 21 comprovam que "os trabalhadores servis* recrutados por
trabalho nas obras de Salomão.
Salomão não pertenciam à nação israelita, e acrescenta a expres­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não há incorreção entre os são hebraica mas-obed para distingui-los. A falta do termo abed
dois relatos. É necessário distinguir as palavras emprega­ (variante de obed) no versículo 22 deixa claro que Salomão nào pe­
das para definir trabalhadores' neste contexto. De acordo com gou os israelitas para se servir deles, como se fossem escravos.

358
IREIS 9,10

23Estes eram os chefes dos oficiais que estavam m uitíssim as especiarias, e pedras preciosas; nunca
sobre a obra de Salomão, quinhentos e cinqüenta, veio especiaria em tanta abundância, com o a que a
que davam ordens ao povo que trabalhava na obra. rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
24Subiu, porém , a filha de Faraó da cidade de Davi, 1 'Tam bém as naus de H irão, que de O fir levavam
àsu a casa, que Salomão lhe edificara; então edificou ouro, traziam de O fir m u ita m adeira de alm ugue, e
a Milo. pedras preciosas.
25E oferecia Salom ão três vezes cada ano holo- 12E desta m adeira de alm ugue fez o rei balaústres
caustos e sacrifícios pacíficos sobre o altar que edifi­ p ara a casa do S e n h o r , e p ara a casa do rei, com o
caram ao Se nho r , e queim ava incenso sobre o que tam bém harpas e alaúdes para os cantores; nu n ca
estava perante o Se n h o r ; e assim acabou a casa. veio tal m adeira de alm ugue, nem se viu até o dia
26Tam bém o rei Salom ão fez naus em Eziom- de hoje.
Geber, que está ju n to a Elate, à praia do m ar de Sufe, I3E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tu d o o que
na terra de Edom . ela desejou, tu d o q u an to pediu, além do que dera
27E m an d ou H irão com aquelas naus a seus servos, po r sua generosidade; então voltou e p artiu para a
m arinheiros, que sabiam do mar, com os servos de sua terra, ela e os seus servos.
Salomão.
28E vieram a Ofir, e to m aram de lá quatrocentos As riquezas de Salom ão
e vinte talentos de ouro, e os trouxeram ao rei Sa­ ' 4E o peso do ouro que se trazia a Salom ão cada ano
lomão. era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro;
' ’Além do que entrava dos negociantes, e do con­
A rainha de Sabá visita Salom ão trato dos especieiros, e de todos os reis da Arábia, e
E O U V IN D O a rainha de Sabá a fam a de dos governadores da m esm a terra.
Salomão, acerca do nom e do Se nho r , veio “ Tam bém o rei Salomão fez duzentos paveses de
prová-lo com questões difíceis. ouro batido; seiscentos sidos de o u ro destinou para
2E chegou a Jerusalém com um a grande comitiva; cada pavês;
com camelos carregados de especiarias, e m uitíssi­ |7Fez tam bém trezentos escudos de o u ro batido;
m o ouro, e pedras preciosas; e foi a Salomão, e disse- três arráteis de ouro destinou para cada escudo; e o
lhe tu d o q uanto tinha n o seu coração. rei os pôs na casa do bosque do Líbano.
3E Salom ão lhe deu resposta a todas as suas p er­ ' “Fez m ais o rei um grande tro n o de m arfim , e o re­
guntas, nada houve que não lhe pudesse esclarecer. vestiu de ouro puríssim o.
4Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de l9T inh a este tro n o seis degraus, e era o alto do
Salomão, e a casa que edificara, trono p o r detrás redondo, e de am bos os lados tinha
5E a com ida da sua mesa, e o assentar de seus servos, encostos até ao assento; e dois leões, em pé, ju n to s
e o estar de seus criados, e as vestes deles, e os seus aos encostos.
copeiros, e os holocaustos que ele oferecia na casa 20Tam bém doze leões estavam ali sobre os seis d e­
do Senho r , ficou fora de si. graus de am bos os lados; nu n ca se tin h a feito obra
6E disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na sem elhante em n en h u m dos reinos.
m inha terra, dos teus feitos e da tu a sabedoria. 2'Tam bém todas as taças de beber do rei Salomão
7E eu não cria naquelas palavras, até que vim e eram de ouro, e todos os vasos da casa do bosque do
os m eus olhos o viram ; eis que não m e disseram Líbano eram de o u ro p uro; não havia neles prata,
m etade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fam a porque nos dias de Salomão não tin h a valor algum.
que ouvi. 22Porque o rei tin h a n o m ar as naus de Társis, com
sB em -aventurados os teus hom ens, bem -aventu- as naus de H irão; u m a vez em três anos tornavam
rados estes teus servos, que estão sem pre diante de as naus de Társis, e traziam o u ro e prata, m arfim , e
ti, que ouvem a tua sabedoria! bugios, e pavões.
9Bendito seja o Se n h o r teu Deus, que teve agrado 23Assim o rei Salom ão excedeu a to d o s os reis da
em ti, p ara te p ô r no tro n o de Israel; po rq u e o terra, tan to em riquezas com o em sabedoria.
Se n h o r am a a Israel para sem pre, p o r isso te estabe­ 24E to d a a te rra buscava a face de Salom ão, para
leceu rei, para fazeres juízo e justiça. ouvir a sabedoria que Deus tin h a posto no seu co­
I0E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e ração.

359
IREIS 10,11

2SE cada um trazia o seu presente, vasos de prata e tas concubinas; e suas m ulheres lhe perverteram o
vasos de ouro, e roupas, e arm aduras, e especiarias, coração.
cavalos e mulas; isso faziam de ano em ano. ''Porque sucedeu que, no tem po da velhice de Salo­
26T am bém ajuntou Salomão carros e cavaleiros, de mão, suas m ulheres lhe perverteram o coração para
sorte que tinha m il e quatrocentos carros e doze mil seguir outros deuses; e o seu coração não era perfei­
cavaleiros; e os levou às cidades dos carros, e ju n to to para com o Se n h o r seu Deus, com o o coração de
ao rei em Jerusalém. Davi, seu pai,
27E fez o rei que em Jerusalém houvesse prata com o ’Porque Salom ão seguiu a A starote, deusa dos si-
pedras; e cedros em abundância com o sicôm oros dônios, e M ilcom, a abom inação dos am onitas.
que estão nas planícies. 6Assim fez Salom ão o que parecia mal aos olhos
do S e n h o r ; e não perseverou em seguir ao S e n h o r ,
28E traziam do Egito, para Salomão, cavalos e fio de
com o Davi, seu pai.
linho; e os m ercadores do rei recebiam o fio de linho,
7E ntão edificou Salom ão um alto a Q uem ós, a
p o r um certo preço.
abom inação dos m oabitas, sobre o m onte que está
2,IE subia e saía um carro do Egito por seiscentos
diante de Jerusalém, e a M oloque, a abom inação dos
siclos de prata, e um cavalo po r cento e cinqüenta; e
filhos de A m om .
assim, p o r m eio deles, eram exportados para todos
8E assim fez p ara com todas as suas m ulheres es­
os reis dos heteus e para os reis da Síria.
trangeiras, as quais queim avam incenso e sacri­
ficavam a seus deuses.
A idolatria de Salom ão

1X 1 E O REI Salom ão am o u m uitas m ulheres


estrangeiras, além da filha de Faraó: m oa-
A ira d e D eus contra Salom ão
‘’Pelo que o Se n h o r se in dignou co n tra Salomão;
bitas, am onitas, edom itas, sidònias e hetéias, porq u an to desviara o seu coração do Se n h o r Deus
2Das nações de que o Se n h o r tin h a falado aos filhos de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera.
de Israel: N ão chegareis a elas, e elas não chegarão a IUE acerca deste assunto lhe tin h a dado ordem que
vós; de o u tra m aneira perverterão o vosso coração não seguisse a o u tro s deuses; porém n ão guardou o
para seguirdes os seus deuses. A estas se u niu Salo­ que o Se n h o r lhe ordenara.
m ão com amor. 1 'Assim disse o Se n h o r a Salomão: Pois que houve
3E tin h a setecentas m ulheres, princesas, e trezen­ isto em ti, qu e não guardaste a m in h a aliança e os

Suas mulheres lhe perverteram o coração para delo foi aviltado pelo pecado e pela insensibilidade do coração
seguir outros deuses do homem (Gn 4.23); c.) A lei de Moisés ordena, de forma clara,
(11.4) que até mesmo os reis deveriam proceder corretamente quanto
a esta questão (Dt 17.17): d.) O aviso contra a poligamia é repeti­
Maçonaria. Declara que Salomão foi um adorador eclético
do em outros relatos a respeito das esposas de Salomão (11.2);
e. por conta disso, justifica sua posição liberal em relação
e.) A intenção original de Deus foi reafirmada pelo Senhor Jesus,
aos vários deuses adorados por seus adeptos.
que enfatizou a necessidade de se seguir essa diretriz (Mt 19.4);
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os maçons citam os versí­ f.) O Novo Testamento acentua a questào (1Co 7.2); g.) O após­
culos 5 e 7, omitindo, propositadamente, o verso 6, cujo tolo Paulo insistiu em que um líder congregacional deveria ser
conteúdo dirime a questão: "Assim fez Salomão o q u e p a re cia marido de uma só esposa (1Tm 3.2-12); h.) O casamento mo­
m al a o s o lh o s d o Senhor; e não perseverou em seguir ao S e nhor, nogâmico representa o relacionamento entre Cristo e sua Igre­
como Davi, seu pai" (grifo nosso). É evidente, portanto, que a te­ ja (Ef 5.31,32).
oria maçónica não é correta. A poligamia nunca foi estabelecida por Deus para qualquer pes­
soa ou sob qualquer circunstância. De fato, a Bíblia revela puni­
Mormonl8mo. O profeta dos mórmons, Joseph Smith, dis-
ções e conseqüências funestas. Vejamos: a.) A poligamia é uma
; se ter recebido uma revelação do Senhor que apontava o
das primeiras características encontradas no contexto de Gêne­
casamento plural como sendo a vontade de Deus para a atualida­
sis, que relata o aparecimento de uma sociedade caída e rebelde
de. Porém, posteriormente, foi banido em 1890 pelo profeta Wil-
ao Senhor (Gn 4.19.23); b.) Em lugar de qualquer incentivo, en­
ford Woodruff
contramos exortações e denúncias quanto às suas conseqüên­
—-R RESPOSTA APOLOGÉTICA: A monogamia é o padrão cias (Dt 17.17; 1 Rs 11.2); c.) Tanto a poligamia quanto o divórcio
*=» de Deus para o casamento. De fato, a Bíblia registra a plu­ são registrados e suas leis codificadas, contudo, percebemos a
ralidade dos casamentos de Salomão, mas exorta claramente insatisfação de Deus nesses assuntos (Dt 24.1; Ml 2.16; Mt 19.8);
quanto ao erro desse procedimento (v. 2). Temos diversas razões d.) O Senhor tem observado as desvantagens sociais que as mu­
para que possamos entender assim: a.) Deus criou o casamen­ lheres têm sofrido e conclama que cada esposo trate sua respec­
to monogâmico como modelo (Gn 1 .27; 2.21 -25): b.) Esse mo­ tiva mulher com consideração (1 Pe 3.7).

360
IREIS 11

m eus estatutos que te m andei, certam ente rasgarei 27E esta fo i a causa p o r qu e levantou a m ão co n tra o
de ti este reino, e o darei a teu servo. rei: Salomão tinha edificado a Milo, e cerrou as aber­
,2Todavia nos teus dias não o farei, p o r am or de turas da cidade de Davi, seu pai.
Davi, teu pai; da m ão de teu filho o rasgarei; 2aE o hom em Jeroboão era forte e valente; e vendo
l3Porém todo o reino não rasgarei; um a tribo darei Salom ão a este jovem , que era laborioso, ele o pôs
a teu filho, p o r am or de m eu servo Davi, e por am or sobre todo o cargo da casa de José.
a Jerusalém, que tenho escolhido. -9Sucedeu, pois, naquele tem po que, saindo Jero­
boão de Jerusalém, o profeta Aias, o silonita, o en ­
D eus levanta adversários contra Salom ão contro u no cam inho, e ele estava vestido com um a
NL evantou,pois, o Se n h o r co n tra Salom ão u m ad­ roupa nova, e os dois estavam sós no campo.
versário, H adade, o edom eu; ele era da descendên­ 30E Aias pegou na ro u p a nova que tinha sobre si, e
cia do rei em Edom. a rasgou em doze pedaços.
' ’Porque sucedeu que, estando Davi em E dom , e 31E disse a Jeroboão: Toma para ti os dez pedaços,
subindo Joabe, o capitão do exército, a en terrar os porque assim diz o Se n h o r D eus de Israel: Eis que
m ortos, feriu a todo o ho m em em Edom rasgarei o reino da m ão de Salom ão, e a ti darei as
,6(Porque Joabe ficou ali seis meses com to d o o dez tribos.
Israel, até que destruiu a todo o hom em em Edom). 32Porém ele terá um a tribo, p o r am o r de Davi, m eu
17H adade, porém , fugiu, ele e alguns hom ens edo- servo, e p o r am o r de Jerusalém, a cidade q ue escolhi
meus, dos servos de seu pai, com ele, para ir ao Egito; de todas as tribos de Israel.
era, porém , H adade m uito jovem. 33Porque m e deixaram , e se encurvaram a Astaro-
IHE levantaram -se de M idiã, e foram a Parã, e to ­ te, deusa dos sidônios, a Q uem ós, deus dos m oabi-
m aram consigo hom ens de Parã, e foram ao Egito tas, e a M ilcom, deus dos filhos de A m om ; e não an ­
ter com Faraó, rei do Egito, o qual lhe d eu um a casa, daram pelos m eus cam inhos, para fazerem o que é
e lhe prom eteu sustento, e lhe deu um a terra. reto aos m eus olhos, a saber, os m eus estatutos e os
,9E achou H adade grande graça diante de Faraó, m eus juízos, com o Davi, seu pai.
de m aneira que lhe deu p o r m ulher a irm ã de sua 34Porém não tom arei nada deste reino da sua mão;
m ulher, a irm ã de Tafnes, a rainha. m as p o r príncipe o p o n h o p o r todos os dias da sua
20E a irm ã de Tafnes deu -lh e u m filho, G enuba- vida, p o r am or de Davi, m eu servo, a qu em escolhi,
te, o qual Tafnes criou na casa de Faraó; e G enubate o qual gu ard o u os m eus m an d am en to s e os m eus
estava na casa de Faraó, entre os filhos de Faraó. estatutos.
21 O uvindo, pois, H adade, no Egito, que Davi ad o r­ 3,Mas da m ão de seu filho tom arei o reino, e darei
m ecera com seus pais, e que Joabe, capitão do exér­ a ti, as dez tribos dele.
cito, era m orto, disse H adade a Faraó: D espede-m e, 36E a seu filho darei um a trib o ; para que Davi, m eu
para que vá à m inha terra. servo, sem pre tenha um a lâm pada d iante de m im
22Porém Faraó lhe disse: Pois que te falta comigo, em Jerusalém , a cidade que escolhi p ara p ô r ali o
que p ro cu ras p a rtir para a tu a terra? E disse ele: m eu nom e.
Nada, m as todavia despede-m e. 37E te tom arei, e reinarás sobre tu d o o que desejar
23T am bém D eus lhe levantou outro adversário, a tua alma; e serás rei sobre Israel.
a Rezom, filho de Eliada, que tin h a fugido de seu 38E há de ser que, se ouvires tudo o que eu te mandar,
senhor Hadadezer, rei de Zobá, e andares pelos m eus cam inhos, e fizeres o q u e é reto
24C o n tra quem tam bém ajuntou hom ens, e foi ca­ aos m eus olhos, g uardando os m eus estatutos e os
pitão de um esquadrão, quando Davi os m atou; e, m eus m andam entos, com o fez Davi, m eu servo, eu
indo-se p ara D am asco, hab itaram ali, e reinaram serei contigo, e te edificarei um a casa firme, com o
em Damasco. edifiquei a Davi, e te darei Israel.
2SE foi adversário de Israel, p o r todos os dias de Sa­ 39E p o r isso afligirei a descendência de Davi; to d a­
lomão, e isto além do mal que H adadefazia; porque via não para sempre.
detestava a Israel, e reinava sobre a Síria. 4UAssim Salomão procurou m atar Jeroboão; porém
26Até Jeroboão, filho de Nebate, efrateu, de Zereda, Jeroboão se levantou, e fugiu para o Egito, a ter com
servo de Salomão (cuja m ãe era m ulher viúva, p o r Sisaque, rei do Egito; e esteve no Egito até que Sa­
nom e Zerua), tam bém levantou a m ão contra o rei. lom ão m orreu.

361
IREIS 11,12

A m orte de Salom ão L,E o rei resp o n d eu ao povo d u ram en te; p o rq u e


4lQ u an to ao m ais dos atos de Salom ão, e a tudo deixara o conselho q ue os anciãos lhe haviam
q u anto fez, e à sua sabedoria,porventura não está es­ dado.
crito n o livro dos feitos de Salomão? I4E lhe falou conform e ao conselho dos jovens, d i­
42E o tem po que reinou Salom ão, em Jerusalém , zendo: M eu pai agravou o vosso jugo, p o rém eu
sobre todo o Israel fo i quarenta anos. ainda au m en tarei o vosso jugo; m eu pai vos cas­
43E adorm eceu Salom ão com seus pais, e foi sepul­ tigou com açoites, p orém eu vos castigarei com es­
tado na cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, corpiões.
reinou em seu lugar. 1 ’O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; p o rq u e esta
revolta vinha do S e n h o r, para confirm ar a palavra
Roboão causa separação en tre as tribos que o S e n h o r tin h a falado pelo m inistério de Aias,
E FOI Roboão para Siquém; porque todo o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
o Israel se reuniu em Siquém , p ara o faze­
rem rei. D ez tribos seguem Jeroboão
“Sucedeu que, Jeroboão, filho de N ebate, achando- '"Vendo, pois, to d o o Israel que o rei não lhe dava
se ainda no Egito, para onde fugira de diante do rei ouvidos, to rn o u -lh e o povo a responder, dizendo:
Salomão, voltou do Egito, Q ue p arte tem os nós com Davi? N ão há para nós
JPorque m andaram cham á-lo; veio, pois, Jeroboão herança no filho de Jessé. Às tuas tendas, ó Israel!
e to d a a congregação de Israel, e falaram a Roboão,
Provê agora a tu a casa, ó Davi. Então Israel se foi às
dizendo:
suas tendas.
4Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu
17N o tocante, p o rém , aos filhos de Israel qu e h a ­
a d u ra servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos
bitavam nas cidades de Judá, tam b ém sobre eles
im pôs, e nós te serviremos.
reinou Roboão.
SE ele lhes disse: Ide-vos até ao terceiro dia, e então
l8E ntão o rei Roboão enviou a Adorão, que estava
voltai a m im . E o povo se foi.
sobre os tributos; e todo o Israel o apedrejou, e ele
6E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que
m orreu ; m as o rei Roboão se an im o u a su b ir ao
estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando
carro p ara fugir p ara Jerusalém.
este ainda vivia, dizendo: C om o aconselhais vós que
l9Assim se rebelaram os israelitas co n tra a casa de
se responda a este povo?
Davi, até ao dia de hoje.
7E eles lhe falaram , dizendo: Se hoje fores servo
20E sucedeu que, ouvindo to d o o Israel que Jero­
deste povo, e o servires, e respondendo-lhe, lhe fala­
boão tin h a voltado, enviaram , e o cham aram para
res boas palavras, todos os dias serão teus servos.
8Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe a congregação, e o fizeram rei sobre to d o o Israel;
tin h a m dado, e teve conselho com os jovens que e ninguém seguiu a casa de D avi senão som ente a
haviam crescido com ele, que estavam diante dele. trib o de Judá.
‘’E disse-lhes: Q ue aconselhais vós que responda­ 2'V indo, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu toda a
m os a este povo, que m e falou, dizendo: Alivia o jugo casa de Judá e a trib o de Benjam im , cento e o iten ­
que teu pai nos impôs? ta m il escolhidos, destros para a guerra, para pele­
I()E os jovens que haviam crescido com ele lhe fala­ jar co n tra a casa de Israel, p ara restituir o reino a
ram: Assim dirás a este povo que te falou: Teu pai fez Roboão, filho de Salomão.
pesadíssim o o nosso jugo, m as tu o alivia de sobre 22Porém veio a palavra de D eus a Semaías, hom em
nós; assim lhe falarás: M eu dedo m ín im o é m ais de D eus, dizendo:
grosso do que os lom bos de m eu pai. 21Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a
1 ‘Assim que, se m eu pai vos carregou de um jugo toda a casa de Judá, e a Benjam im , e ao restante do
pesado, ainda eu aum entarei o vosso jugo; m eu pai povo, dizendo:
vos castigou com açoites, p o rém eu vos castigarei 24Assim diz o Se n h o r : N ão subireis nem pelejareis
com escorpiões. contra vossos irm ãos, os filhos de Israel; volte cada
12Veio, pois, Jeroboão e to d o o povo, ao terceiro um para a sua casa, p o rq u e eu é que fiz esta obra. E
dia, a Roboão, com o o rei havia ordenado, dizendo: ouviram a palavra do Se n h o r , e voltaram segundo a
Voltai a m im ao terceiro dia. palavra do Senho r .

362
IREIS 12,13

25E Jeroboão edificou a Siquém, no m onte de qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que
Efraim, e habitou ali; e saiu dali, e edificou a Penuel. sobre ti queim am incenso, e ossos de h om ens se
queim arão sobre ti.
A idolatria d e Jeroboão 3E deu, naquele m esm o dia, um sinal, dizendo: Este
26E disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o é o sinal de que o S enhor falou: Eis que o altar se fen­
reino à casa de Davi. derá, e a cinza, que nele está, se derram ará.
27Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do 4Sucedeu, pois, que, o u v in d o o rei a palavra do
S enhor , em Jerusalém, o coração deste povo se to r­ hom em de Deus, que clam ara co n tra o altar de Betei,
nará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e m e m ata­ Jeroboão estendeu a sua m ão de sobre o altar, dizen­
rão, e to rnarão a Roboão, rei de Judá. do: Pegai-o! M as a sua m ão, que estendera contra
28Assim o rei tom ou conselho, e fez dois bezerros ele, se secou, e não podia to rn ar a trazê-la a si.
de ouro; e lhes disse: M uito trabalho vos será o subir 5E o altar se fendeu, e a cinza se d erram o u do altar,
a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fi­ segundo o sinal que o hom em de D eus ap o n tara por
zeram subir da terra do Egito.
ordem do S enhor .
29E pôs um em Betei, e colocou o o u tro em Dã.
6Então respondeu o rei, e disse ao hom em de Deus:
30E este feito se to rn o u em pecado; pois que o povo
Suplica ao S en h or teu Deus, e roga p o r m im , para
ia até Dã para adorar o bezerro.
que se m e restitua a m inha mão. Então o hom em de
31Tam bém fez casa nos altos; e co n stitu iu sacer­
Deus suplicou ao S enhor , e a m ão do rei se lhe resti­
dotes dos m ais baixos do povo, que não eram dos
tuiu, e ficou com o dantes.
filhos de Levi.
7E o rei disse ao ho m em de Deus: Vem com igo para
32E fez Jeroboão um a festa no oitavo mês, no dia
casa, e conforta-te; e dar-te-ei u m presente.
décimo quinto do mês, com o a festa que se fazia em
sPorém o ho m em de Deus disse ao rei: A inda que
Judá, e sacrificou no altar; sem elhantem ente fez em
m e desses m etade da tu a casa, não iria contigo, nem
Betei, sacrificando aos bezerros que fizera; tam bém
com eria pão nem beberia água neste lugar.
em Betei estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera.
33E sacrificou no altar que fizera em Betei, n o dia 9Porque assim m e o rd en o u o S enhor pela sua pala­
décim o q uinto do oitavo mês, que ele tinha im agi­ vra, dizendo: N ão com erás pão nem beberás água; e
nado no seu coração; assim fez a festa aos filhos de não voltarás pelo cam inho p o r o nde vieste.
Israel, e sacrificou no altar, queim ando incenso. 10Assim foi p o r o u tro cam inho; e não voltou pelo
cam inho, p o r o n d e viera a Betei.
U m profeta prediz contra o altar
1 ^ E EIS que, p o r ordem do S en h or , veio, de U m leão m ata o profeta
X Judá a Betei, u m hom em de Deus; e Jero­ 1 'E m orava em Betei um velho profeta; e vieram
boão estava ju n to ao altar, para queim ar incenso. seus filhos, e con taram -lh e tu d o o que o hom em de
2E ele clam ou contra o altar p o r ordem do S enhor , D eus fizera aquele dia em Betei, e as palavras que
e disse: Altar, altar! Assim diz o S en h o r : Eis que um dissera ao rei; e as co ntaram a seu pai.
filho nascerá à casa de Davi, cujo nom e será Josias, o I2E disse-lhes seu pai: Por q ue cam in h o se foi? E

E Jeroboão edificou a Siquém A idolatria de Jeroboão


(12.25) (12.26-33)
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Mesmo com toda a con­
Ceticismo. Confronta este versículo com a referencial 4.17,
que diz: “Então a mulher de Jeroboão se levantou, e foi, e t denação bíblica, Jeroboão, no esforço de não perder a leal­
dade do povo. fez os bezerros de ouro de Betei e Dã, instituiu um
chegou a Tirza", para referir contradição quanto ao local em que
Jeroboão estabelecera morada antes de sua morte. sistema alternativo de adoração para Israel — tendo como mode­
lo o bezerro de ouro feito por Arão (Êx 32.8) — e nomeou pesso­
RESPOSTAAPOLOGÉTICA: Várias possibilidades podem as não capacitadas para o sacerdócio. Isso abriu as portas para
elucidar esta suposta contradição, como, por exemplo, a a invasão do paganismo, em especial o culto a Baal, que domi­
razoável argumentação de que Jeroboão poderia ter transferido nou o cenário religioso do reino do Norte e causou a migração
a capital do reino de Siquém para Tirza antes de seu passamen­ para o reino do Sul daqueles que permaneceram fiéis a Deus
to. Ou, ainda, que Tirza fosse um segundo local de moradia de (2Cr 11.13,14). O fato demonstra a impossibilidade de um ver­
Jeroboão, pois era perfeitamente comum que um monarca pos­ dadeiro adorador aceitar um sistema idólatra, pois este procedi­
suísse mais de uma residência (Cf. 12.1; 16.23,24). mento contraria a vontade do Senhor.

363
IREIS 13,14

seus filhos lhe m ostraram o cam inho p o r onde fora nho, e o ju m en to e o leão, que estavam parados ju n to
o hom em de D eus que viera de Judá. ao cadáver; e o leão não tin h a d evorado o corpo,
1’E ntão disse a seus filhos: A lbardai-m e um ju ­ nem tinha despedaçado o jum ento.
m ento. E albardaram -lhe o ju m e n to n o qual ele 2l,E ntão o profeta levantou o cadáver do hom em
m ontou. de D eus, e p ô -lo em cim a do ju m e n to levando-o
I4E foi após o hom em de Deus, e achou-o assentado consigo; assim veio o velho profeta à cidade, para o
debaixo de um carvalho, e disse-lhe: És tu o hom em chorar e enterrar.
de Deus que vieste de Judá? E ele disse: Sou. 30E colocou o cadáver no seu p ró p rio sepulcro; e
' ’Então lhe disse: Vem com igo à casa, e com e pão. prantearam -n o , dizendo: Ah, irm ão meu!
''’Porém ele disse: N ão posso voltar contigo, nem 3' E sucedeu que, depois de o haver sepultado, disse
entrarei contigo; nem tam pouco com erei pão, nem a seus filhos: M orren d o eu, sepultai-m e no sepulcro
beberei contigo água neste lugar. em que o hom em de Deus está sepultado; p o n d e os
l7Porque m e foi m andado pela palavra do S en h o r : m eus ossos ju n to aos ossos dele.
Ali não com erás pão, nem beberás água; nem volta­ 32Porque certam ente se cum prirá o que pela pala­
rás pelo cam inho p o r onde vieste. vra do S en h or exclam ou contra o altar que está em
18E ele lhe disse: Tam bém eu sou profeta com o tu, Betei, com o tam bém contra todas as casas dos altos
e um anjo m e falou p o r ordem do S enhor , dizendo: que estão nas cidades de Samaria.
Faze-o voltar contigo à tua casa, para que com a pão 33N em depois destas coisas deixou Jeroboão o seu
eb e b a água (porém m entiu-lhe). m au cam inho; antes, de todo o povo, to rn o u a cons­
l9Assim voltou com ele, e com eu pão em sua casa titu ir sacerdotes dos lugares altos; e a qualquer que
e bebeu água. queria consagrava sacerdote dos lugares altos.
20E sucedeu que, estando eles à mesa, a palavra do 34E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para
S enhor veio ao profeta que o tinha feito voltar. destruí-la e extingui-la da terra.
2 'E clam ou ao hom em de Deus, que viera de Judá,
dizendo: Assim diz o S en h o r : P o rquanto foste re­ A ias p re d iz a ru ín a da casa d e Jeroboão
belde à ordem do S enhor , e não guardaste o m anda­ NAQUELE tem po adoeceu Abias, filho de
m ento que o S enhor teu D eus te m andara,
22Antes voltaste, e com este pão e bebeste água no
M Jeroboão.
2E disse Jeroboão à sua m ulher: Levanta-te agora, e
lugar de que o Senhor te dissera: N ão com erás pão disfarça-te, para que não conheçam que és m ulher
nem beberás água; o teu cadáver não entrará no se­ de Jeroboão; e vai a Siló. Eis qu e lá está o profeta
pulcro de teus pais. Aias, o qual falou de m im , que eu seria rei sobre
23E sucedeu que, depois que com eu pão, e depois este povo.
que bebeu, albardou ele o ju m en to para o profeta 3E leva contigo dez pães, e bolos, e um a botija de
que fizera voltar. mel, e vai a ele; ele te declarará o que há de suceder
24Este, pois, se foi, e um leão o encontrou no cam i­ a este m enino.
nho, e o m atou; e o seu cadáver ficou estendido no 4E a m u lh er de Jeroboão assim fez, e se levantou, e
cam inho, e o ju m e n to estava parado ju n to a ele, e foi a Siló, e en tro u n a casa de Aias; e já Aias não podia
tam bém o leão estava ju n to ao cadáver. ver, p o rq u e os seus olhos estavam já escurecidos p o r
25E eis que alguns hom ens passaram , e v iram o causa da sua velhice.
corpo lançado no cam inho, com o tam bém o leão, 5Porém o S en h or disse a Aias: Eis que a m ulher de
que estava ju n to ao corpo; e foram , e o disseram na Jeroboão vem consultar-te sobre seu filho, porque
cidade o nde o velho profeta habitava. está doente; assim e assim lhe falarás; p orque h á de
26E, ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do ca­ ser que, en tran d o ela, fingirá ser outra.
m inho, disse: É o hom em de Deus, que foi rebelde à 6E sucedeu que, ouvindo Aias o ruído de seus pés,
ordem do S en h o r ; p o r isso o S enhor o entregou ao en tra n d o ela pela p o rta, disse-lhe ele: E ntra, m ulher
leão, que o despedaçou e m atou, segundo a palavra de Jeroboão; p o r que te disfarças assim? Pois eu sou
que o S enhor lhe dissera. enviado a ti com d u ras novas.
27Então disse a seus filhos: A lbardai-m e o ju m e n ­ 7Vai, dize a Jeroboão: Assim diz o S en h or D eus de
to. Eles o albardaram . Israel: P orquanto te levantei do m eio do povo, e te
28E ntão foi, e achou o cadáver estendido no cam i­ pus p o r príncipe sobre o m eu povo de Israel,

364
IREIS 14,15

8E rasguei o reino da casa de Davi, e o dei a ti, e tu com eçou a reinar, e dezessete anos reinou em Jeru­
não foste com o o m eu servo Davi, que guardou os salém, na cidade que o S en h or escolhera de todas as
m eus m andam entos e que a n d o u após m im com tribos de Israel para p ô r ali o seu nom e; e era o nom e
todo o seu coração para fazer som ente o que era reto de sua m ãe N aam á, am onita.
aos m eus olhos, 22E fez Judá o que era m au aos olhos do S enhor ; e
9Antes tu fizeste o m al, pior do que todos os que com os seus pecados qu e com eteram , provocaram -
foram antes de ti; e foste, e fizeste ou tro s deuses e no a zelos, m ais do que todos os seus pais fizeram.
imagens de fundição, para provocar-m e à ira, e m e 23Porque tam bém eles edificaram altos, e estátuas,
lançaste para trás das tuas costas; e im agens de Aserá sobre todo o alto outeiro e d e­
'“P ortanto, eis que trarei m al sobre a casa de Je- baixo de toda a árvore verde.
roboão; destruirei de Jeroboão to d o o hom em até 24H avia tam b ém sodom itas na terra; fizeram
ao m enino, tanto o escravo com o o livre em Israel; conform e a todas as abom inações dos povos que
e lançarei fora os descendentes da casa de Jero­ o S en h o r tin h a expulsado de d iante dos filhos de
boão, com o se lança fora o esterco, até que de todo Israel.
se acabe. “ O ra, sucedeu que, no q u in to ano do rei Roboão,
' 1Q uem m orrer dos de Jeroboão, na cidade, os cães Sisaque, rei do Egito, subiu co n tra Jerusalém,
o com erão, e o que m orrer no cam po as aves do céu 26E to m o u os tesouros da casa do S en h o r e os te­
o com erão, porque o S en h or o disse. souros da casa do rei; e levou tudo. Tam bém to m o u
12Tu, pois, levanta-te, e vai para tua casa; entrando todos os escudos de ouro que Salom ão tin h a feito.
os teus pés na cidade, o m enino m orrerá. 27E em lugar deles fez o rei R oboão escudos de
I3E todo o Israel o pranteará, e o sepultará; porque cobre, e os entregou nas m ãos dos chefes da guarda
de Jeroboão só este en trará em sepultura, p o rq u an ­ que guardavam a p o rta da casa do rei.
to se achou nele coisa boa para com o S enhor Deus 28E t o d a s a s v ezes q u e o re i e n tr a v a n a c a s a d o
de Israel em casa de Jeroboão. S enhor , os d a g u a rd a o s le v a v a m , e d e p o is o s t o r n a ­
I40 S enhor , porém , levantará para si um rei sobre v a m à c â m a r a d a g u a rd a .
Israel, que destruirá a casa de Jeroboão no m esm o 29Q u an to ao m ais dos atos de Roboão, e a tu d o
dia. Q ue digo eu? H á de ser já. quanto fez, porventura não está escrito no livro das
1 ’Tam bém o S en h or ferirá a Israel com o se agita a crônicas dos reis de Judá?
cana nas águas; e arrancará a Israel desta boa terra WE houve guerra en tre Roboão e Jeroboão todos
que tin h a dado a seus pais, e o espalhará para além os seus dias.
do rio; p o rquanto fizeram os seus ídolos, provocan­ 31E Roboão d o rm iu com seus pais, e foi sep u lta­
do o S enhor à ira. do com seus pais na cidade de Davi; e era o nom e de
I6E entregará a Israel p o r causa dos pecados de Je­ sua m ãe N aam á, am onita; e Abias, seu filho, reinou
roboão, o qual pecou, e fez pecar a Israel. em seu lugar.
l7Então a m ulher de Jeroboão se levantou, e foi,
e chegou a Tirza; chegando ela ao lim iar da porta, A bias im ita a im p ied a d e d e Roboão
m orreu o m enino. E N O décim o oitavo ano do rei Jeroboão,
I8E o sepultaram , e todo o Israel o pranteou, con­ filho de N ebate, Abias com eçou a reinar
form e a palavra do S enhor , a qual dissera pelo m inis­ sobre Judá.
tério de seu servo Aias, o profeta. 2E reinou três anos em Jerusalém; e era o nom e de
19Q u an to ao m ais dos atos de Jeroboão, com o sua m ãe Maaca, filha de Absalão.
guerreou, e com o reinou, eis que está escrito no livro 3E an d o u em todos os pecados que seu pai tin h a
das crônicas dos reis de Israel. com etido antes dele; e seu coração não foi perfei­
20E foram os dias que Jeroboão reinou vinte e dois to para com o S en h or seu D eus com o o coração de
anos; e d orm iu com seus pais; e N adabe, seu filho, Davi, seu pai.
reinou em seu lugar. 4Mas por am o r de Davi o S en h or seu D eus lhe deu
um a lâm pada em Jerusalém, levantando a seu filho
A im piedade de Roboão depois dele, e confirm ando a Jerusalém.
2'E Roboão, filho de Salomão, reinava em Judá; de ’Porquanto Davi tin h a feito o que era reto aosolhos
qu aren ta e um anos de idade era Roboão qu an d o do S enhor , e não se tin h a desviado de tudo quanto

365
IREIS 15

lhe ordenara em todos os dias da sua vida, senão só |,JH aja acordo en tre m im e ti, como houve entre
no negócio de Urias, o heteu. m eu pai e teu pai; eis qu e te m an d o um presente,
6E houve guerra entre Roboão e Jeroboão todos os prata e ouro; vai, e anula o teu acordo com Baasa, rei
dias da sua vida. de Israel, para que se retire de sobre m im .
'Q u a n to ao m ais dos atos de Abias, e a tu d o quanto 20E Ben-H adade deu ouvidos ao rei Asa, e enviou
fez, porventura não está escrito no livro das crô n i­ os capitães dos seus exércitos co n tra as cidades de
cas dos reis de Judá? T am bém houve guerra entre Israel; e feriu a Ijom , e a Dã, e a Abel-Bete-M aaca, e a
Abias e Jeroboão. toda a Q uinerete, com toda a terra de Naftali.
8E Abias d o rm iu com seus pais, e o sepultaram na 21E sucedeu que, ouvindo-o Baasa, deixou de edi­
cidade de Davi; e Asa, seu filho, reinou em seu lugar. ficar a Ramá; e ficou em Tirza.
22E ntão o rei Asa fez apregoar p o r toda a Judá que
Asa é b om rei sobre Ju d á todos, sem exceção, trouxessem as pedras de Ramá,
VE no vigésimo ano de Jeroboão, rei de Israel, co­ e a sua m adeira com que Baasa edificara; e com elas
m eçou Asa a reinar em Judá. edificou o rei Asa a G eba de Benjam im e a Mizpá.
1HE quarenta e um anos reinou em Jerusalém; e era Q u an to ao m ais de todos os atos de Asa, e a todo o
o nom e de sua m ãe Maaca, filha de Absalão. seu poder, e a tu d o q u anto fez, e as cidades que edi­
11E Asa fez o que era reto aosolhos do Se n h o r , com o ficou, porventura n ão está escrito n o livro das crô­
Davi seu pai. nicas dos reis de Judá? Porém , no tem po da sua ve­
'-P orque tiro u da te rra os sodom itas, e rem oveu lhice, padeceu dos pés.
todos os ídolos que seus pais fizeram. 24E Asa d o rm iu com seus pais, e foi sepultado com
IJE até a M aaca, sua m ãe, rem oveu para que não seus pais na cidade de Davi, seu pai; e Jeosafá, seu
fosse rainha, p o rq u an to tin h a feito um horrível filho, reinou em seu lugar.
ídolo a Aserá; tam bém Asa desfez o seu ídolo h o rrí­
vel, e o queim ou ju n to ao ribeiro de Cedrom . N adabe filh o de Jeroboão é u m m a u rei
l4Os altos, porém , não foram tirados; todavia foi 25E N adabe, filho de Jeroboão, com eçou a reinar
o coração de Asa reto para com o Se n h o r todos os sobre Israel no ano segundo de Asa, rei de Judá; e
seus dias. reinou sobre Israel dois anos.
I5E à c a sa d o S enhor tr o u x e a s c o is a s c o n s a g ra d a s 26E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r ; e an dou
p o r s e u p a i, e as c o isas q u e ele m e s m o c o n s a g ra r a ; nos cam inhos de seu pai, e no seu pecado com que
p r a ta , o u r o e v aso s. seu pai fizera pecar a Israel.
l6E houve guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, 27E co n sp iro u co n tra ele Baasa, filho de Aias, da
todos os seus dias. casa de Issacar, e feriu-o Baasa em G ibetom , que era
l7Porque Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá, e dos filisteus, q u an d o N adabe e todo o Israel cerca­
edificou a Ramá, para que a ninguém fosse p erm iti­ vam a G ibetom .
do sair, nem en trar a ter com Asa, rei de Judá. 28E m atou-o, pois, Baasa no ano terceiro de Asa, rei
l8Então Asa to m o u toda a prata e ouro que ficaram de Judá, e rein o u em seu lugar.
nos tesouros da casa do Senho r , e os tesouros da casa 29Sucedeu que, rein an d o ele, feriu a to d a a casa
do rei, e os entregou nas m ãos de seus servos; e o rei de Jeroboão; n ad a d e Jeroboão deixou que tivesse
Asa os enviou a B en-H adade, filho de T abrim om , fôlego, até o destruir, conform e à palavra do Senho r
filho de Heziom, rei da Síria, que habitava em D a­ que dissera pelo m inistério de seu servo Aias, o si-
masco, dizendo: lonita.

Os altos, porém, não foram tirados tes do reinado de Asa; b.) Maior zelo de Asa no princípio de seu
(15.14) reinado, quando combateu, eficazmente, a idolatria; c.) O fato de
que, durante sua gestão, Asa não teria conseguido promover to­
Ceticismo. Afirma contradição entre este versículo e
das as reformas planejadas, restando a destruição de alguns lo­
2Crônicas 14.3, que diz que o rei Asa teria abolido os "lu­
cais profanos; d.) A possibilidade de Asa ter removido os altares
gares altos" (altares idólatras).
dedicados a deuses estranhos, deixando permanecer apenas
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há explicações possíveis aqueles cujos rituais se voltavam ao Senhor.
*=» para o caso em análise. Vejamos: a.) A possibilidade de os Seja como for, qualquer uma destas posições dirime a
textos estarem se referindo, respectivamente, a períodos diferen­ questão.

366
IREIS 15,16

30Por causa dos pecados que Jeroboão com etera, vigésim o sétim o de Asa, rei de Judá; e rein o u em
e fez pecar a Israel, e p o r causa da provocação com seu lugar.
que irritara ao S enhor D eus de Israel. 1 ‘E sucedeu que, rein an d o ele, e estando assenta­
31Q u an to ao m ais dos atos de N adabe, e a tu d o do no seu trono, feriu a to d a a casa de Baasa; não lhe
quanto fez, porventura não está escrito no livro das deixou h om em algum, nem a seus parentes, nem a
crônicas dos reis de Israel? seus amigos.
32E houve guerra en tre Asa e Baasa, rei de Israel, 12Assim destruiu Z inri to d a a casa de Baasa, co n ­
todos os seus dias. form e à palavra do S en h o r que, co n tra Baasa, ele
falara pelo m inistério do profeta Jeú,
A profecia de J e ú contra Baasa rei de Israel I3Por to d o s os pecados de Baasa, e os pecados de
33N o ano terceiro de Asa, rei de Judá, Baasa, filho de Elá, seu filho, que com eteram , e com qu e fizeram
Aias, com eçou a reinar sobre todo o Israel em Tirza, pecar a Israel, irritan d o ao S en h or D eus de Israel
e reinou vinte e quatro anos. com as suas vaidades.
34E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r ; e andou l4Q uan to ao m ais dos atos de Elá, e a tu d o quanto
no cam inho de Jeroboão, e no pecado com que ele fez, não está escrito no livro das crônicas dos reis
tinha feito Israel pecar. de Israel?
lsNo ano vigésim o sétim o de Asa, rei de Judá,
ENTÃO veio a palavra do S enhor a Jeú, filho rein o u Z inri sete dias em Tirza; e o povo estava
de H anani, contra Baasa, dizendo: acam pado contra G ibetom , que era dos filisteus.
2Porquanto te levantei do pó, e te pus p o r príncipe ,6E o povo que estava acam pado ouviu dizer: Z inri
sobre o m eu povo Israel, e tu tens andado no cam i­ tem conspirado, e até m ato u o rei. Todo o Israel pois,
nho de Jeroboão, e tens feito pecar a m eu povo Israel, no m esm o dia, no arraial, constituiu rei sobre Israel
irritando-m e com os seus pecados, a O nri, capitão do exército.
3Eis que tirarei os descendentes de Baasa, e os des­ I7E subiu O nri, e todo o Israel com ele, de G ibetom ,
cendentes da sua casa, e farei a tua casa com o a casa e cercaram a Tirza.
de Jeroboão, filho de Nebate. I8E sucedeu que Z inri, vendo que a cidade era
4Q uem m orrer dos de Baasa, na cidade, os cães o tom ad a, foi ao paço da casa d o rei e q u eim o u -a
com erão; e o que dele m o rrer no cam po, as aves do sobre si; e m orreu,
céu o com erão. 19Por causa dos pecados que com etera, fazendo o
’Q u an to ao m ais dos atos de Baasa, e ao que fez, e que era m au aos olhos do S e n h o r, an d an d o n o ca­
ao seu poder,porventura não está escrito no livro das m inho de Jeroboão, e no pecado qu e ele com etera,
crônicas dos reis de Israel? fazendo Israel pecar.
6E Baasa d orm iu com seus pais, e foi sepultado em 20Q uan to ao m ais dos atos de Z inri, e à conspira­
Tirza; e Elá, seu filho, reinou em seu lugar. ção que fez,porventura não está escrito no livro das
7Assim veio tam bém a palavra do S e n h o r, pelo crônicas dos reis de Israel?
m inistério do profeta Jeú, filho de H anani, contra
Baasa e contra a sua casa; e isso p o r todo o mal que O n ri ven ce a T ib n i e reina
fizera aos olhos do S e n h o r, irritan d o -o com a obra 2'E ntão o povo de Israel se dividiu em dois p a rti­
de suas m ãos, para ser com o a casa de Jeroboão; e dos: m etade do povo seguia a T ibni, filho de Ginate,
p orque o havia ferido. para o fazer rei, e a outra m etade seguia a O nri.
22Mas o povo que seguia a O n ri foi m ais forte do
A conspiração d e Z inri que o povo que seguia a T ibni, filho de G inate; e
sNo ano vinte e seis de Asa, rei de Judá, Elá, filho Tibni m orreu, e O n ri reinou.
de Baasa, com eçou a reinar em Tirza sobre Israel; e 23No ano trin ta e u m de Asa, rei de Judá, O n ri co­
reinou dois anos. m eçou a reinar sobre Israel, e reinou doze anos; e em
9E Zinri, seu servo, capitão de m etade dos carros, Tirza reinou seis anos.
conspirou contra ele, estando ele em Tirza, b eben­ 24E de Sem er co m p ro u o m o n te de Sam aria por
do e em briagando-se em casa de Arsa, m o rd o m o dois talentos de prata, e edificou nele; e cham ou a
em Tirza. cidade que edificou Sam aria, do n o m e de Semer,
‘“E ntrou, pois, Z inri, e o feriu, e o m atou, no ano dono do m onte.

367
IREIS 16,17

25E fez O nri o que era m au aos olhos do S e n h o r; e porqu e foi, e hab ito u ju n to ao ribeiro de Q uerite,
fez pior do que todos quantos foram antes dele. que está diante do Jordão.
26E an d ou em todos os cam inhos de Jeroboão, filho 6E os corvos lhe traziam pão e carne pela m anhã;
de Nebate, com o tam bém nos pecados com que ele com o tam bém pão e carne à noite; e bebia do ri­
tinha feito pecar a Israel, irritando ao S enhor Deus beiro.
de Israel com as suas vaidades. 7E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou,
27Q uanto ao mais dos atos de O nri, ao que fez, e ao porqu e não tin h a havido chuva na terra.
poder que m anifestou, porventura não está escrito
no livro das crônicas dos reis de Israel? A viú va d e Sarepta
28E O nri d orm iu com seus pais, e foi sepultado em 8Então veio a ele a palavra do S enhor , dizendo:
Samaria; e Acabe, seu filho, reinou em seu lugar. ‘’Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom , e
habita ali; eis que eu ordenei ali a um a m u lh er viúva
A cabe reina e casa co m Jezabel que te sustente.
29E Acabe, filho de O nri, com eçou a reinar sobre ‘“Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegan­
Israel no ano trigésim o oitavo de Asa, rei de Judá; e do à p o rta da cidade, eis que estava ali um a m ulher
reinou Acabe, filho de O nri, sobre Israel, em Sam a­ viúva ap anhando lenha; e ele a cham ou, e lhe disse:
ria, vinte e dois anos. Traze-m e, peço-te, n u m vaso um p ouco de água
,0E fez Acabe, filho de O nri, o que era m au aos que beba.
olhos do S e n h o r, m ais do que todos os que foram 1 'E, indo ela a trazê-la, ele a cham o u e lhe disse:
antes dele. Traze-m e agora tam bém um bocado de pão na tua
3,E sucedeu que (com o se fora pouco an d a r nos mão.
pecados de Jeroboão, filho de N ebate) ainda tom ou 12Porém ela disse: Vive o S enhor teu Deus, que nem
por m u lher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidô- um bolo tenho, senão som ente um p u n h ad o de fa­
nios; e foi e serviu a Baal, e o adorou. rin h a n u m a panela, e u m p ouco de azeite n u m a
32E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou pre-
edificara em Samaria. pará-lo para m im e para o m eu filho, p ara que o co­
3’Tam bém Acabe fez um ídolo; de m odo que Acabe m am os, e m orram os.
fez m uito mais para irritar ao S e n h o r Deus de Israel, ,3E Elias lhe disse: N ão temas; vai, faze conform e à
do que todos os reis de Israel que foram antes dele. tu a palavra; p o rém faze dele prim eiro para m im um
34Em seus dias Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em bolo pequeno, e traze-m o aqui; depois farás para ti
Abirão, seu prim ogênito, a fundou, e em Segube, e para teu filho.
seu filho m enor, pôs as suas portas; conform e a p a­ l4Porque assim diz o S enhor D eus de Israel: A fa­
lavra do S enhor , que falara pelo m inistério de Josué, rin h a da panela não se acabará, e o azeite da botija
filho de N um . não faltará até ao dia em que o S en h o r dê chuva
sobre a terra.
Elias p rediz contra A cabe 15E ela foi e fez conform e a palavra de Elias; e assim
1 ^ ENTÀO Elias, o tisbita, dos m oradores de com eu ela, e ele, e a sua casa m uitos dias.
X / Gileade, disse a Acabe: Vive o S en h or Deus ,6Da panela a farinha não se acabou, e da botija
de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos o azeite não faltou; conform e a palavra do S enhor ,
nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a que ele falara pelo m inistério de Elias.
m inha palavra. 17E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o
filho desta m ulher, d o n a da casa; e a sua doença se
E lias é sustentado pelos corvos agravou m uito, até que nele n en h u m fôlego ficou.
2D epois veio a ele a palavra do S enhor , dizendo: l8E ntão ela disse a Elias: Q ue ten h o eu contigo,
3R etira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde- hom em de Deus? vieste tu a m im para trazeres à m e­
te ju n to ao ribeiro de Q uerite, que está diante do m ória a m in h a iniqüidade, e m atares a m eu filho?
Jordão. '“’E ele disse: D á-m e o teu filho. E ele o to m o u do
4E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho o r­ seu regaço, e o levou p ara cim a, ao quarto, o nde ele
denado aos corvos que ali te sustentem . mesmo habitava, e o deitou em sua cama,
5Foi, pois, e fez conform e a palavra do S en h o r ; 2“E clam ou ao S enhor , e disse: 0 S enhor m eu Deus,

368
IREIS 17,18

tam bém até a esta viúva, com quem m e hospedo, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele,
afligiste, m atando-lhe o filho? m e m ataria; porém eu, teu servo, tem o ao S enhor
2'E ntão se estendeu sobre o m enino três vezes, e desde a m in h a mocidade.
clamou ao S enhor , e disse: Ó S enhor m eu Deus, rogo- n Porventura não disseram a m eu sen h o r o que
te que a alma deste m enino torne a entrar nele. fiz, q u ando Jezabel m atava os profetas do S en h or ?
22E o S en h o r ouviu a voz de Elias; e a alm a do C om o escondi a cem ho m en s dos profetas do
m enino to rn o u a en tra r nele, e reviveu. S enhor , de cinqüenta em cinqüenta, nu m a cova, e
23E Elias to m o u o m enino, e o trouxe do quarto os sustentei com pão e água?
à casa, e o deu à sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu I4E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que
filho vive. Elias está aqui; ele m e m ataria.
24Então a m ulher disse a Elias: N isto conheço agora ' 5E disse Elias: Vive o S en h or dos Exércitos, p era n ­
que tu és hom em de Deus, eq u e a palavra do S enhor te cuja face estou, que deveras hoje m e apresentarei
na tua boca é verdade. a ele.
"’Então foi O badias encontrar-se com Acabe, e lho
Elias apresenta-se d ia n te de A cabe anunciou; e foi Acabe encontrar-se com Elias.
E SUCEDEU que, depois de m uitos dias, a
palavra do S en h o r veio a Elias, n o tercei­ E lias e os profetas de B aal
ro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe; porque l7E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe: És
darei chuva sobre a terra. tu o p ertu rb ad o r de Israel?
2E foi Elias apresentar-se a Acabe; e a fom e era ex­ '"Então disse ele: Eu não tenho p ertu rb ad o a Israel,
trem a em Samaria. m as tu e a casa de teu pai, porque deixastes os m an ­
3E Acabe cham ou a O badias, o m ordom o; e O ba- dam entos do S enhor , e seguistes a Baalim.
dias tem ia m uito ao S enhor , ’’Agora, pois, m anda reunir-se a m im to d o o Israel
4Porque sucedeu que, des-truindo Jezabel os p ro ­ no m o n te Carm elo; com o tam bém os quatrocentos
fetas do S enhor , O badias to m o u cem profetas, e de e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos p ro ­
cinqüenta em cinqüenta os escondeu num a cova, e fetas de Aserá, que com em da mesa de Jezabel.
os sustentou com pão e água. 20Então Acabe convocou todos os filhos de Israel; e
5E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as reuniu os profetas no m o n te Carm elo.
fontes de água, e a todos os rios; pode ser que ache­ 2'E ntão Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até
m os erva, para que em vida conservem os os cavalos quan d o coxeareis en tre dois pensam entos? Se o
e mulas, e não percam os todos os anim ais. S en h or é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o
6E rep artiram en tre si a terra, para a p ercorre­ povo nada lhe respondeu.
rem: Acabe foi à parte p o r um cam inho, e O badias 22Então disse Elias ao povo: S ó eu fiquei p o r profe­
tam bém foi sozinho p o r o u tro cam inho. ta do S enhor , e os profetas de Baal são quatrocentos
7Estando, pois, O badias já em cam inho, eis que e cinqüenta hom ens.
Elias o en controu; e O badias, reconhecendo-o, 23D êem -se-nos, pois, dois bezerros, e eles esco­
prostrou-se sobre o seu rosto, e disse: És tu o m eu lham para si um dos bezerros, e o dividam em pe­
senhor Elias? daços, e o p onham sobre a lenha, porém não lhe co­
8E disse-lhe ele: Eu sou; vai, e dize a teu senhor: Eis loquem fogo, e eu prepararei o o u tro bezerro, e o
que Elias está aqui. porei sobre a lenha, e não lhe colocarei fogo.
9Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues 24Então invocai o nom e do vosso deus, e eu invo­
a teu servo na mão de Acabe, para que m e mate? carei o nom e do S en h o r ; e há de ser que o deus que
l0Vive o S en h or teu Deus, que não houve nação responder p o r m eio de fogo esse será Deus. E to d o o
nem reino aonde o m eu senhor não m andasse em povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.
busca de ti; e dizendo eles: A qui não está, então fazia 25E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para
ju rar os reinos e nações, que não te haviam achado. vós u m dos bezerros, e preparai-o prim eiro, porque
1 ‘E agora dizes tu: Vai, dize a teu senhor: Eis que sois m uitos, e invocai o nom e do vosso deus, e não
aqui está Elias. lhe ponhais fogo.
I2E poderia ser que, apartando-m e eu de ti, o Es­ 26E tom aram o bezerro que lhes dera, e o prepara­
p írito do S en h o r te tom asse, não sei para onde, e, ram ; e invocaram o nom e de Baal, desde a manhã

369
IREIS 18,19

até ao m eio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! 38Então caiu fogo do S enhor , e consum iu o h olo­
Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e causto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu
saltavam sobre o altar que tinham feito. a água que estava no rego.
27E sucedeu que ao m eio-dia Elias zom bava deles e 390 que vendo to d o o povo, caíram sobre os seus
dizia: Clamai em altas vozes, p orque ele é um deus; rostos, e disseram: Só o S enhor é Deus! Só o S enhor
pode ser que esteja falando, o u que tenha alguma é Deus!
coisa que fazer, o u que intente alguma viagem; 4HE Elias lhes disse: Lançai m ão dos profetas de
talvez esteja dorm indo, e despertará. Baal, que n en h u m deles escape. E lançaram m ão
28E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Q uisom , e
com facas e com lancetas, conform e ao seu costu­ ali os m atou.
me, até derram arem sangue sobre si. 4'E n tão disse Elias a Acabe: Sobe, com e e bebe,
29E sucedeu que, passado o m eio-dia, profetizaram porque há ruído de um a abundante chuva.
eles, até a hora de se oferecer o sacrifício da tarde; 42E Acabe subiu a com er e a beber; m as Elias subiu
porém não houve voz, nem resposta, nem atenção ao cum e do C arm elo, e se inclinou p o r terra, e pôs o
alguma. seu rosto entre os seus joelhos.
30E ntão Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a 43E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado
m im . E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o do mar. E subiu, e olhou, e disse: N ão há nada. Então
altar do S enhor , que estava quebrado. disse ele: Volta lá sete vezes.
31E Elias tom ou doze pedras, conform e ao núm ero 44E sucedeu que, à sétim a vez, disse: Eis aqui um a
das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra pequ en a nuvem , com o a m ão de u m h om em , su ­
do S enhor , dizendo: Israel será o teu nom e. b indo do m ar. E ntão disse ele: Sobe, e dize a Acabe:
32E com aquelas pedras edificou o altar em nom e Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não
do S en h or ; depois fez um rego em redor do altar, se­ te impeça.
gundo a largura de duas m edidas de semente. 45E sucedeu que, entretanto, os céus se enegrece­
33Então arm ou a lenha, e dividiu o bezerro em pe­ ram com nuvens e vento, e veio u m a grande chuva;
daços, e o pôs sobre a lenha. e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel.
34E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derra­ 4Í’E a m ão do S en h o r estava sobre Elias, o qual
m ai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: cingiu os lom bos, e veio co rrendo p eran te Acabe,
Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse até à en trad a de Jizreel.
ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez;
35De m aneira que a água corria ao redor do altar; e Jezabel am eaça Elias
até o rego ele encheu de água. E ACABE fez saber a Jezabel tu d o q u anto
36Sucedeu que, no m o m en to de ser oferecido o Elias havia feito, e com o totalm ente m atara
sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproxim ou, todos os profetas à espada.
e disse: Ó S enhor D eus de A braão, de Isaque e de 2Então Jezabel m an d o u um m ensageiro a Elias, a
Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e dizer-lhe: Assim m e façam os deuses, e o u tro tanto,
que eu sou teu servo, e que conform e à tua palavra se de certo am anhã a estas horas não puser a tua vida
fiz todas estas coisas. com o a de um deles.
37R esponde-m e, S enhor , responde-m e, para que ’O que vendo ele, se levantou e, para escapar com
este povo conheça que tu és o S en h or Deus, e que tu vida, se foi, e chegando a Berseba, que é de Judá,
fizeste voltar o seu coração. deixou ali o seu servo.

Lançai mào dos profetas de Baal, que nenhum deles escape lar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morre­
(18.40) rá" (Dt 18.20). E sobre o idólatra, está escrito: “O que sacrificar aos
deuses, e não só ao SENHOR, será morto" (Éx 22.20).
Ceticismo. Argumenta que a morte dos profetas de Baal,
Pelo contexto da referência em debate, os profetas de Baal es­
além de demonstrar intolerância religiosa, foi um castigo
tavam praticando os dois pecados. Devemos lembrar que Deus
exagerado da parte de um Deus que se diz misericordioso.
nào é apenas soberano sobre toda a vida (“ E disse (Jó]: Nu
.. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A morte era a pena prevista saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o
■= tanto para o falso profeta como para o idólatra. Sobre o fal­ deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR"
so profeta, lemos: 'Porém o profeta que tiver a presunção de falar — Jó 1.21), mas absolutamente justo na execuçào da justiça
alguma palavra em meu nome. que eu não lhe tenha mandado fa­ (Gn 18.25).

370
IREIS 19,20

4Ele, porém , foi ao deserto, cam inho de um dia, e 17E há de ser que o que escapar da espada de Hazael,
foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a m atá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú,
m orte, e disse: Já basta, ó S enhor ; tom a agora a m inha m atá-lo-á Eliseu.
vida, pois não sou m elhor do que m eus pais. 1T a m b é m deixei ficar em Israel sete mil: todos os
5E deitou-se, e d o rm iu debaixo d o zim bro; e eis joelhos que não se d o b raram a Baal, e to d a a boca
que então u m anjo o tocou, e lhe disse: Levanta- que não o beijou.
te, come. l9P artiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de
6E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão co­ Safate, que andava lavrando com doze ju n tas de bois
zido sobre as brasas, e um a botija de água; e com eu, adiante dele, e ele estava com a duodécim a; e Elias
e bebeu, e to rn o u a deitar-se. passou p o r ele, e lançou a sua capa sobre ele.
7E o anjo do S enhor to rn o u segunda vez, e o tocou, 20E ntão deixou ele os bois, e co rreu após Elias; e
e disse: Levanta-te e com e, po rq u e te será m uito disse: D eixa-m e beijar a m eu pai e a m in h a m ãe,
longo o cam inho. e então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois,
que te fiz eu?
E lias no m o n te H orebe 2'Voltou, pois, de o seguir, e to m o u a ju n ta de bois,
8Levantou-se, pois, e com eu e bebeu; e com a força e os m atou, e com os aparelhos dos b ois cozeu as
daquela com ida cam inhou quarenta dias e q uaren­ carnes, e as deu ao povo, e com eram ; então se levan­
ta noites até H orebe, o m onte de Deus. to u e seguiu a Elias, e o servia.
9E ali entrou nu m a caverna e passou ali a noite; e eis
que a palavra do S en h or veio a ele, e lhe disse: Q ue G uerra en tre A ca b e e o rei da Síria
fazes aqui Elias? E BEN-HADADE, rei da Síria, ajuntou todo
10E ele disse: Tenho sido m uito zeloso pelo S enhor o seu exército; e havia com ele trinta e dois
D eus dos Exércitos, porque os filhos de Israel dei­ reis, e cavalos e carros; e subiu, e cercou a Samaria, e
xaram a tu a aliança, d erru b aram os teus altares, e pelejou contra ela.
m ataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e 2E enviou à cidade m ensageiros, a Acabe, rei de
buscam a m inha vida para m a tirarem . Israel,
1 'E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste m onte ’Q ue lhe disseram: Assim diz Ben-H adade: A tua
perante o S enhor . E eis que passava o S enhor , com o prata e o teu o u ro são meus; e tuas m ulheres e os m e­
também um grande e forte vento que fendia os montes lhores de teus filhos são meus.
e quebrava as penhas diante do S enhor ; porém o 4E respondeu o rei de Israel, e disse: C onform e a
S enhor não estava no vento; e depois do vento um ter­ tu a palavra, ó rei m eu senhor, eu sou teu, e tudo
remoto; também o Senhor não estava no terremoto; q uanto tenho.
l2E depois do terrem oto um fogo; porém também ’E to rn aram a vir os m ensageiros, e disseram :
o S enhor não estava no fogo; e depois do fogo um a Assim diz Ben-H adade: Enviei-te, n a verdade, m en ­
voz m ansa e delicada. sageiros que dissessem: Tu m e hás de d ar a tu a prata,
13E sucedeu que, o uvindo-a Elias, envolveu o seu e o teu ouro, e as tuas m ulheres e os teus filhos;
rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à en tra­ T o d av ia am an h ã a estas h o ras enviarei os m eus
da da caverna; e eis que veio a ele um a voz, que dizia: servos a ti, e esquadrinharão a tua casa, e as casas dos
Q ue fazes aqui, Elias? teus servos; e há de ser que tu d o o que de precioso ti­
I4E ele disse: Eu te n h o sido em extrem o zeloso veres, eles tom arão consigo, e o levarão.
pelo S en h o r D eus dos Exércitos, po rq u e os filhos 7Então o rei de Israel ch am o u a todos os anciãos da
de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus terra, e disse: N otai agora, e vede com o este hom em
altares, e m ataram os teus profetas à espada, e só eu procura o mal; pois m an d o u pedir-m e as m ulheres,
fiquei; e buscam a m inha vida para m a tirarem . os m eus filhos, a m in h a prata e o m eu ouro, e não
15E o S enhor lhe disse: Vai, volta pelo teu cam inho lhos neguei.
para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a BE to d o s os anciãos e to d o o povo lhe disseram :
Hazael rei sobre a Síria. N ão lhe dês ouvidos, nem consintas.
l6Tam bém a Jeú, filho de N insi, ungirás rei de 9Por isso disse aos m ensageiros de Ben-Hadade:
Israel; e tam bém a Eliseu, filho de Safate de Abel- Dizei ao rei, m eu senhor: Tudo o que prim eiro m an­
Meolá, ungirás profeta em teu lugar. daste pedir a teu servo, farei, porém isto não posso

371
IREIS 20

fazer. E v oltaram os m ensageiros, e lhe levaram a 24Faze, pois, isto: tira os reis, cada u m do seu lugar,
resposta. e substitui-os p o r capitães;
I(>E Ben-H adade enviou a ele mensageiros dizen­ 25E form a o u tro exército, igual ao exército que per­
do: Assim m e façam os deuses, e o u tro tanto, que o deste, cavalo p o r cavalo, e carro p o r carro, e pele­
pó de Sam aria não bastará para encher as m ãos de jem os com eles em cam p o raso, e veremos se não
todo o povo que m e segue. som os m ais fortes do que eles! E deu ouvidos à sua
"P o rém o rei de Israel respondeu: Dizei-lhe: N ão voz, e assim fez.
se gabe quem se cinge das arm as, com o aquele que 26E sucedeu que, passado um ano, Ben-H adade
as descinge. passou revista aos sírios, e subiu a Afeque, para p e­
I2E sucedeu que, ouvindo ele esta palavra, estando lejar contra Israel.
a beber com os reis nas tendas, disse aos seus servos: 27T am bém aos filhos de Israel se passou revista,
Ponde-vos em ordem contra a cidade. e providos de víveres m archaram contra eles; e os
1JE eis que um profeta se chegou a Acabe rei de filhos de Israel acam param -se defronte deles, com o
Israel, e lhe disse: Assim diz o S en h o r : Viste toda esta dois pequenos rebanhos de cabras; m as os sírios en ­
grande m ultidão? Eis que hoje ta entregarei nas tuas chiam a terra.
mãos, para que saibas que eu sou o S enhor . 28E chegou o hom em de Deus, e falou ao rei de Is­
,4E disse Acabe: Por quem? E ele disse: Assim diz o rael, e disse: Assim diz o S en h o r : Porquanto os sírios
disseram : O S en h or é Deus dos m ontes, e não Deus
S en h o r : Pelos m oços dos príncipes das províncias. E
dos vales; toda esta grande m ultidão entregarei nas
disse: Q uem com eçará a peleja? E disse: Tu.
tuas mãos; para que saibas que eu sou o S enhor .
’’Então contou os m oços dos príncipes das p ro ­
2<JE sete dias estiveram acam pados uns defronte
víncias, e foram duzentos e trin ta e dois; e depois
dos outros; e sucedeu ao sétim o dia que a peleja co­
deles contou a todo o povo, todos os filhos de Israel,
m eçou, e os filhos de Israel feriram dos sírios cem
sete mil.
mil h om ens de pé, n u m dia.
I6E saíram ao m eio-dia; e Ben-H adade estava be­
30E os restantes fugiram a Afeque, à cidade; e caiu o
bendo e em briagando-se nas tendas, ele e os reis, os
m uro sobre vinte e sete mil hom ens, que restaram;
trin ta e dois reis, que o ajudavam .
B en-H adade, porém , fugiu, e veio à cidade, escon-
I7E os m oços dos príncipes das províncias saíram
dendo-se de câm ara em câmara.
prim eiro; e B en-H adade enviou espias, que lhe
d eram avisos, dizendo: Saíram de Sam aria uns
A ca h e ven ce os sírios
hom ens.
3lE ntão lhe disseram os seus servos: Eis q ue já
18E ele disse: Ainda que para paz saíssem, tom ai-os
tem os ouvido que os reis da casa de Israel são reis
vivos; e ainda que à peleja saíssem, tom ai-os vivos. clem entes; p o n h am o s, pois, sacos aos lom bos, e
l9Saíram, pois, da cidade os m oços dos príncipes cordas às cabeças, e saiam os ao rei de Israel; pode
das províncias, e o exército que os seguia. ser que ele te p o u p e a vida.
2HE eles feriram cada um o seu adversário, e os J2Então cingiram sacos aos lom bos e cordas às ca­
sírios fugiram , c Israel os perseguiu; porém Ben- beças, e foram ao rei de Israel, e disseram: Diz o teu
H adade, rei da Síria, escapou a cavalo, com alguns servo Ben-H adade: D eixa-m e viver. E disse Acabe:
cavaleiros. Pois ainda vive? É m eu irm ão.
21E saiu o rei de Israel, e feriu os cavalos e os carros; 33E aqueles h om ens tom aram isto p o r b om pres­
e feriu os sírios com grande estrago. ságio, e apressaram -se em apan h ar a sua palavra, e
22E ntão o profeta chegou-se ao rei de Israel e lhe disseram: Teu irm ão Ben-H adade vive. E ele disse:
disse: Vai, esforça-te, e atenta, e olha o que hás de Vinde, trazei-m o. Então Ben-H adade foi a ele, e ele
fazer; p orque no decurso de um ano o rei da Síria o fez subir ao carro.
subirá contra ti. 34E disse ele: As cidades que m eu pai to m o u de teu
2JPorque os servos do rei da Síria lhe disseram : pai tas restituirei, e faze para ti ruas em D am asco,
Seus deuses são deuses dos m ontes, p o r isso foram com o m eu pai as fez em Sam aria. E eu, respondeu
m ais fortes do que nós; mas pelejem os com eles em Acahe, te deixarei ir com esta aliança. E fez com ele
cam po raso, e p o r certo veremos, se não som os mais aliança e o deixou ir.
fortes do que eles! 3,Então u m dos h o m en s dos filhos dos profetas

372
IREIS 20,21

disse ao seu com panheiro, pela palavra do S en h o r : 6E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e
O ra fere-me. E o hom em recusou feri-lo. lhe disse: D á-m e a tu a vinha p o r dinheiro; ou, se te
36E ele lhe disse: Porque não obedeceste à voz do apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele
S enhor , eis que, em te apartando de m im , um leão disse: N ão te darei a m inha vinha.
te ferirá. E com o dele se apartou, u m leão o encon­ 7Então Jezabel, sua m u lh er lhe disse: G overnas
tro u e o feriu. tu agora n o reino de Israel? Levanta-te, com e pão,
37D epois en co n tro u o u tro hom em , e disse-lhe: e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de
Ora fere-m e. E aquele hom em deu-lhe u m golpe, N abote, o jizreelita.
ferindo-o.
38Então foi o profeta, e pôs-se perante o rei no cam i­ Jezabel ordena a m orte de N abote
nho; e disfarçou-se com cinza sobre os seus olhos. “Então escreveu cartas em n o m e de Acabe, e as
39E sucedeu que, passando o rei, clam ou ele ao rei, selou com o seu sinete; e m a n d o u as cartas aos an ­
dizendo: Teu servo estava no m eio da peleja, e eis ciãos e aos nobres que havia n a sua cidade e h abita­
que, desviando-se um hom em , trouxe-m e outro vam com Nabote.
hom em , e disse: G uarda-m e este hom em ; se vier a 9E escreveu nas cartas, dizendo: A pregoai um
faltar, será a tua vida em lugar da vida dele, o u paga­ jejum , e p o nde N abote diante do povo.
rás um talento de prata. I0E p o n d e defronte dele dois filhos de Belial, que
''“Sucedeu, pois, que, estando o teu servo ocupado testem u n h em co n tra ele, dizendo: Blasfemaste
de um a e de o u tra parte, eis que o hom em desapa­ contra D eus e contra o rei; e trazei-o fora, e apedre­
receu. Então o rei de Israel lhe disse: Esta é a tu a sen­ jai-o para que m orra.
tença; tu m esm o a pronunciaste. 11E os hom ens da sua cidade, os anciãos e os nobres
41Então ele se apressou, e tirou a cinza de sobre os que habitavam na sua cidade, fizeram com o Jezabel
seus olhos; e o rei de Israel o reconheceu, que era lhes o rd en ara, conform e estava escrito nas cartas
um dos profetas. que lhes m andara.
42E disse-lhe: Assim diz o S en h o r : Porquanto sol­ l2A pregoaram um jeju m , e p u seram a N abote
taste da m ão o hom em que eu havia posto para des­ diante do povo.
truição, a tua vida será em lugar da sua vida, e o teu 13Então vieram dois hom ens, filhos de Belial, e pu-
povo em lugar do seu povo. seram -se defronte dele; e os hom ens, filhos de Belial,
43E foi o rei de Israel p ara a sua casa, desgostoso e testem unharam co n tra ele, co n tra N abote, perante
indignado; e chegou a Samaria. o povo, dizendo: N abote blasfem ou co n tra Deus e
contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o ape­
N abote recusa vender sua vin h a a A cabe drejaram , e m orreu.
E SUCEDEU depois destas coisas que, l4Então m an d aram dizer a Jezabel: N abote foi ape­
N abote, o jizreelita, tin h a um a vinha em Ji- drejado, e m orreu.
zreel ju n to ao palácio de Acabe, rei de Samaria. I5E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora ape­
2Então Acabe falou a N abote, dizendo: D á-m e a drejado N abote, e m orrera, disse a Acabe: Levanta-
tu a vinha, para que m e sirva de h orta, pois está vi­ te, e possui a vinha de N abote, o jizreelita, a qual te
zinha ao lado da m inha casa; e te darei p o r ela outra recusou dar p o r dinheiro; p o rq u e N abote não vive,
vinha m elhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o m as é m orto.
seu valor em dinheiro. I6E sucedeu que, o u v in d o Acabe, que N abote já
’Porém N abote disse a Acabe: G uarde-m e o S enhor era m o rto , levantou-se p ara descer para a vinha de
de que eu te dê a herança de m eus pais. N abote, o jizreelita, para to m ar posse dela.
4Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua
casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, D eus m a n d a E lias am eaçar a A ca b e
lhe falara, quando disse: N ão te darei a herança de l7E ntão veio a palavra do S en h o r a Elias, o tisbi-
m eus pais. E deitou-se na sua cam a, e voltou o rosto, ta, dizendo:
e não com eu pão. ,8L evanta-te, desce p ara e n c o n tra r-te com Aca­
5Porém, vindo a ele Jezabel, sua m ulher, lhe disse: be, rei de Israel, qu e está em S am aria; eis que
Q ue há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não está na v in h a de N abote, ao n d e tem descido para
comes pão? possuí-la.

373
1REIS 21,22

19E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o S en h o r : Por­ 5Disse m ais Jeosafá ao rei de Israel: Peço-te, consul­
ventura não m ataste e tom aste a herança? Falar-lhe- ta hoje a palavra do S enhor .
ás mais, dizendo: Assim diz o S en h o r : No lugar em 6Então o rei de Israel reuniu os profetas até quase
que os cães lam beram o sangue de N abote lam be­ quatro cen to s h om ens, e disse-lhes: Irei à peleja
rão tam bém o teu p ró p rio sangue. contra Ram ote de Gileade, o u deixarei de ir? E eles
2HE disse Acabe a Elias: Já m e achaste, inim igo meu? disseram : Sobe, p o rq u e o S en h o r a entregará na
E ele disse: Achei-fe; porq u an to já te vendeste para m ão do rei.
fazeres o que é m au aos olhos do S enhor . 7Disse, porém , Jeosafá: N ão há aqui ainda algum
21Eis que trarei mal sobre ti, e arrancarei a tua pos­ profeta do S enhor , ao qual possam os consultar?
teridade, e arrancarei de Acabe a to d o o hom em , 8Então disse o rei de Israel a Jeosafá: A inda há um
tan to o escravo com o o livre em Israel; hom em p o r quem p odem os consultar ao S en h o r ;
22E farei a tu a casa com o a casa de Jeroboãô, filho porém eu o odeio, p orque nunca profetiza de m im o
de Nebate, e com o a casa de Baasa, filho de Aias; po r queé bom , m as só o mal; este é Micaías, filho de Inlá.
causa da provocação, com que m e provocaste e fi­ E disse Jeosafá: N ão fale o rei assim.
zeste pecar a Israel. 9Então o rei de Israel cham o u um oficial, e disse:
23E tam bém acerca de Jezabel falou o S enhor , di­ Traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá.
zendo: O s cães com erão a Jezabel ju n to ao ante- I0E o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, estavam as­
m u ro d ejizreel. sentados cada u m no seu trono, vestidos de trajes
24Aquele que m orrer dos de Acabe, na cidade, os reais, na praça, à en tra d a da p o rta de Sam aria; e
cães o com erão; e o que m orrer no cam po as aves do todos os profetas profetizavam na sua presença.
céu o com erão. 1 ‘E Zedequias, filho de Q uenaaná, fez para si uns
2,Porém ninguém fora com o Acabe, que se ven­ chifres d e ferro, e disse: Assim diz o S e n h o r : Com
dera para fazer o que era m au aos olhos do S en h o r ; estes ferirás aos sírios, até de todo os consum ir.
porque Jezabel, sua m ulher, o incitava. I2E to d o s os profetas profetizaram assim, dizen­
“ E fez grandes abom inações, seguindo os ídolos, do: Sobe a Ram ote de Gileade, e triunfarás, porque
conform e a tu d o o que fizeram os am orreus, os o S en h or a entregará na m ão do rei.
quais o S en h o r lançou fora da sua possessão, de LÍE o m ensageiro que foi cham ar a Micaías falou-
diante dos filhos de Israel. lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas a
27Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, um a voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a
rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de saco, e tua palavra com o a palavra de u m deles, e fala bem.
jejuou; e jazia em saco, e andava m ansam ente. MPorém Micaías disse: Vive o S en h or que o que o
28Então veio a palavra do S enhor a Elias tisbita, di­ S enhor m e disser isso falarei.
zendo: I5E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, irem os
-''Não viste que Acabe se hum ilha p erante mim ? a Ram ote de G ileade à peleja, o u deixarem os d e ir?
Por isso, p orquanto se hum ilha perante m im , não- E ele lhe disse: Sobe, e serás bem sucedido; porque o
trarei este m al nos seus dias, mas nos dias de seu S enhor a entregará na m ão do rei.
filho o trarei sobre a sua casa. 16E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conj urarei, que
não m e fales senão a verdade em nom e do Senhor ?
A cabe fa z acordo com Jeosafá 17Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos
E ESTIVERAM quietos três anos, não h a­ m ontes, com o ovelhas que não têm pastor; e disse
vendo guerra entre a Síria e Israel. o S en h o r : Estes não têm senhor; to rn e cada um em
2Porém no terceiro ano sucedeu que Jeosafá, rei de paz para sua casa.
Judá, desceu para avistar-se com o rei de Israel. l8Então o rei de Israel disse a Jeosafá: N ão te disse
*E o rei de Israel disse aos seus servos: N ão sabeis eu, que n u n ca profetizará de m im o que é bom ,
vós que Ram ote de G ileade é nossa, e nós estamos senão só o q u eé mal?
quietos, sem a to m ar da m ão do rei da Síria? i9Então ele disse: Ouve, pois, a palavra do S en h o r :
■'Então perguntou a Jeosafá: Irás tu com igo à peleja Vi ao S en h or assentado sobre o seu trono, e to d o o
a R am ote de Gileade? E disse Jeosafá ao rei de Israel: exército do céu estava ju n to a ele, à sua m ão direita
Serei com o tu, e o m eu povo com o o teu povo, e os e à sua esquerda.
m eus cavalos como os teus cavalos. 20E disse o S en h o r : Q uem induzirá Acabe, p ara que

374
IREIS 22

suba, e caia em Ram ote de Gileade? E um dizia desta E chegaram -se a ele, p ara pelejar com ele; porém Je­
m aneira e o u tro de outra. osafá gritou.
2‘Então saiu um espírito, e se apresen to u diante 33E sucedeu que, vendo os capitães dos carros que
do S enhor , e disse: Eu o induzirei. E o S en h o r lhe não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo.
disse: C om quê? 34Então um hom em arm o u o arco, e atirou a esmo,
22E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de m enti­ e feriu o rei de Israel p o r entre as fivelas e as co u ra­
ra n a boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o ças; então ele disse ao seu carreteiro: D á volta, e tira-
induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim. m e do exército, p orque estou gravem ente ferido.
23Agora, pois, eis que o Sen h o r pôs o espírito de 35E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei foi
m en tira na boca de todos estes teus profetas, e o sustentado no carro defronte dos sírios; po rém ele
S en h or falou o m al contra ti. m o rreu à tarde; e o sangue da ferida corria para o
24Então Zedequias, filho de Q uenaaná, chegou, e fundo do carro.
feriu a Micaías no queixo, e disse: Por onde saiu de 36E depois do sol posto passou um pregão pelo
m im o Espírito do S en h or para falar a ti? exército, dizendo: C ada u m p ara a sua cidade, e
2,E disse Micaías: Eis que o verás naquele m esm o cada um para a sua terra!
dia, q uando entrares de câm ara em câm ara, para te 37E m o rreu o rei, e o levaram a Sam aria; e sepulta­
esconderes. ram o rei em Samaria.
26Então disse o rei de Israel: Tom ai a M icaías, e 3SE, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães
tornai a levá-lo a A m om , o governador da cidade, e lam beram o seu sangue (ora as prostitutas se lavavam
a Joás filho do rei. ali), conforme à palavra que o S enhor tinha falado.
27E direis: Assim diz o rei: Colocai este hom em na 39Q uanto ao mais dos atos de Acabe, e a tu d o quanto
casa do cárcere, e sustentai-o com o pão de angústia, fez, e à casa de m arfim que edificou, e a todas as cida­
e com água de am argura, até que eu venha em paz. des que edificou, porventura não está escrito no livro
28E disse Micaías: Se tu voltares em paz, o Senhor não das crônicas dos reis de Israel?
tem falado por mim. Disse mais: Ouvi, povos todos! 40Assim d o rm iu Acabe com seus pais; e Acazias, seu
filho, reinou em seu lugar.
A guerra contra os sírios e a m orte d e A cabe
29Assim o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, subi­ O reinado de Jeosafá e a sua m orte
ram a Ram ote de Gileade. 4‘E Jeosafá, filho de Asa, com eçou a reinar sobre
,0E disse o rei de Israel a Jeosafá: Eu m e disfarçarei, e Judá no q u arto an o de Acabe, rei de Israel.
entrarei na peleja; tu porém veste as tuas roupas. Dis­ 42E era Jeosafá da idade de trinta e cinco anos quando
farçou-se, pois, o rei de Israel, e entrou na peleja. começou a reinar; e vinte e cinco anos reinou em Jeru­
31E o rei da Síria dera ordem aos capitães dos carros, salém; e era o nom e de sua m ãe Azuba, filha de Sili.
que eram trinta e dois, dizendo: N ão pelejareis nem 43E an d o u em to d o s os cam inhos de seu pai Asa,
contra pequeno nem contra grande, m as só contra não se desviou deles, fazendo o que era reto aos
o rei de Israel. olhos do S enhor .
32Sucedeu que, vendo os capitães dos carros a Jeo­ 44Todavia os altos não se tiraram ; ainda o povo sa­
safá, disseram eles: C ertam ente este é o rei de Israel. crificava e queim ava incenso nos altos.

Eis q u e o S enhor p ô s o e s p ír ito d e m e n tir a n a b o c a Três aspectos importantes devem ser rigorosamente analisa­
d e t o d o s e s te s te u s p r o fe ta s dos nesta questão: a.) É imprescindível reconhecer o episódio
(22.23) de 1Reis como uma visão e, como tal, está-se referindo à con­
templação de um quadro celeste, no qual a soberania divina,
Ceticismo. Afirma que Deus contrariou seus próprios de­
que qualifica o Pai como Rei, é enfatizada; b.) Não podemos ig­
sígnios (Dt 32.4; Hb 6.18; Ap 21.8), todos contendo graves
norar que. quanto a essa visão, a ortodoxia cristã nos impele a
advertências contra a mentira e seus praticantes.
compreender e a aceitar a soberania divina, disposta nas inú­
__o RESPOSTA APOLOGÉTICA: No texto confrontado, que meras demonstrações de prevalência da vontade de Deus, ver­
diz que “o Senhor pós o espirito de mentira na boca de dade que nos fornece a compreensão de que os espíritos, ain­
todos estes teus profetas", não existe a promoção e muito me­ da que malignos, estão subjugados à soberania do Altíssimo (Jó
nos a aprovação da mentira quando o contexto é analisado com 1—3); c.) Esta soberania, aliada à multiforme sabedoria de Deus
Deuteronômio 32.4.0 que ocorre, de fato, é a "permissibilidade (Ef 3.10). pode empregar certos métodos (que em nossa medío­
divina’ em situações com esta, por meio da qual o Senhor, segun­ cre sapiência questionaríamos) para atingir seus propósitos de
do sua presciência, realiza o seu plano. salvação (Rm 9.17).

375
IREIS 22

45E Jeosafá esteve em paz com o rei de Israel. 5IE Jeosafá d o rm iu com seus pais, e foi sepultado
46Q u an to ao m ais dos atos de Jeosafá, e ao poder ju n to a eles, n a cidade de Davi, seu pai; e Jeorão, seu
que m o strou, e com o guerreou,porventura não está filho, reinou em seu lugar.
escrito no livro das crônicas dos reis de Judá? ,2E Acazias, filho de Acabe, com eçou a reinar sobre
47Tam bém expulsou da terra o restante dos sodo­ Israel, em Samaria, no ano dezessete de Jeosafá, rei
m itas, que ficaram nos dias de seu pai Asa. de Judá; e reinou dois anos sobre Israel.
48Então não havia rei em Edom,porém um vice-rei. S3E fez o que era m au aos olhos do S en h or ; porque
*9E fez Jeosafá navios de Társis, para irem aO fir por an d o u no cam inho de seu pai, com o tam bém no ca­
causa do ouro; porém não foram , porque os navios m in h o de sua mãe, e no cam inho de Jeroboão, filho
se quebraram em Eziom-Geber. de Nebate, que fez pecar a Israel.
50Então Acazias, filho de Acabe, disse a Jeosafá: 54E serviu a Baal, e adorou-o, e provocou a ira do
Vão os m eus servos com os teus servos nos navios. S en h or D eus de Israel, conform e a tu d o quanto
Porém Jeosafá não quis. fizera seu pai.

376
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

2Reis
T it u l o
Tem esse nom e p orque n arra a história dos reis de Judá (reino do Sul) e Israel (reino do N orte). O tí­
tulo “Reis” se origina da tradução latina de Jerônim o (Vulgata). Na Bíblia hebraica, form a um único livro
com IReis. Na Bíblia de edição católica, vem com o 4Reis.

A u t o r ia e data
O que foi dito sobre 1Reis pode, tam bém , ser aplicado a 2Reis. Mas não podem os deixar de destacar que
os capítulos 18 a 20 foram em prestados de Isaías 36 a 39. Apesar de alguns acharem que ocorreu o oposto,
as evidências são m ais favoráveis à prim eira hipótese.
A idéia de que o seu au tor seja Jeremias tem origem em um a tradição do Talm ude (Baba B athra 15a).
O utra base é o p onto de vista profético que abrange todo o livro. Neste caso, Jeremias não teria sido o au­
tor do últim o capítulo.
A ssunto
Inicia com o registro dos eventos históricos do povo de Israel, d ando co ntinuidade aos fatos nanrados
em IReis. Os acontecim entos históricos são do período em que Acazias está no tro n o de Israel e Josafá go­
verna sobre Judá. O escritor interm edeia os fatos ora falando sobre o reino de Israel, ora sobre o reino de
Judá. Israel teve dezenove reis, e todos fizeram o que era m au aos olhos de Deus. Judá foi governada p o r
vinte reis, dos quais apenas oito foram bons, fazendo o que era agradável aos olhos de Deus.
N arra as duas grandes tragédias nacionais: a queda de Israel (o reino do N orte) em 722 a.C., pelo p o ­
derio do im pério assírio; e a queda de Judá (reino do Sul), em 586 a.C., com a destruição de Jerusalém pela
m ão de N abucodonosor. O m inistério do profeta Eliseu, sucessor de Elias, tam bém ocupa o p rincípio do
livro. Ê d urante o período n arrad o neste segundo livro dos reis que ocorre o m inistério da m aioria dos p ro ­
fetas, com o, po r exemplo, Am ós, Oséias, Isaías e Jeremias.

Ê nfase a p o lo g é tic a
D a m esm a fo rm a q u e IR eis, este livro ta m b ém te m sua h isto ric id a d e e in sp ira çã o c o n firm a d a
pelo uso que dele fizeram os escritores do N ovo T estam ento (Cf. Lc 4.27 com 5.14; H b 11.35 com
4.35,36).
Em term os apologéticos, o livro fornece um forte elem ento contra a idolatria, um a vez que a serpen­
te de bronze (um a figura m essiânica), criada po r Moisés no deserto pela orientação de D eus, foi destru­
ída p o r Josias, po r ter-se to rn ad o in strum ento de idolatria (18.4). Traz, ainda, a n arrativa da ascensão de
Elias ao céu sem passar pela m orte, argum ento este que, incontestavelm ente, anula a alegada reencarna-
ção de Elias com o João Batista (2.11).
O SEGUNDO LIVRO DE

M oabe rebela-se contra Israel e A cazias adoece qüenta, com os seus cinqüenta; ele lhe respondeu,
E DEPOIS da m orte de Acabe, M oabe se rebe­ dizendo: H om em de Deus, assim diz o rei: Desce
1 lou contra Israel.
2E caiu Acazias pelas grades de u m q uarto alto, que
depressa.
I2E resp o n d eu Elias: Se eu sou h o m em de Deus,
tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, desça fogo do céu, e te consum a a ti e aos teus cin­
e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de qüenta. E ntão o fogo de D eus desceu do céu, e o
Ecrom , se sararei desta doença. consum iu a ele e aos seus cinqüenta.
3Mas o anjo do Se n h o r disse a Elias, o tisbita: IJE to rn o u a enviar um terceiro capitão de cin ­
Levanta-te, sobe para te encontrares com os m en ­ q üenta, com os seus cinqüenta; então subiu o
sageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: P orventura capitão de cin qüenta e, chegando, pôs-se de joelhos
não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal- diante de Elias, e suplicou-lhe, dizendo: H om em de
Zebube, deus de Ecrom? Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a m inha
4E p o r isso assim diz o Se n h o r : Da cam a, a que vida, e a vida destes cinqüenta teus servos.
subiste, não descerás, m as sem falta m orrerás. Então 14Eis que fogo desceu do céu, e consum iu aqueles
Elias partiu. dois prim eiros capitães de cinqüenta, com os seus
5E os m ensageiros voltaram p ara ele; e ele lhes cinqüenta; porém , agora seja preciosa aos teus olhos
disse: Q ue há, que voltastes? a m in h a vida.
6E eles lhe disseram: U m hom em saiu ao nosso 15Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com
encontro, e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos este, não temas. E levantou-se, e desceu com ele ao rei.
m andou, e dizei-lhe: Assim diz o Se n h o r : Porventura ,6E disse-lhe: Assim diz o Se n h o r : Por que enviaste
não há Deus em Israel, para que m andes consultar a m ensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de
Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto da cam a, a Ecrom? Porventura é porque não há Deus em Israel,
que subiste, não descerás, m as sem falta morrerás. para consultar a sua palavra? Portanto desta cama, a
7E ele lhes disse: Q ual era a aparência do hom em que que subiste, não descerás, mas certam ente morrerás.
veio ao vosso encontro e vos falou estas palavras? 17Assim, pois, m o rreu , conform e a palavra do
SE eles lhe disseram: Era um hom em peludo, e com Senho r , que Elias falara; e Jorão com eçou a reinar no
os lom bos cingidos de u m cinto de couro. E ntão seu lugar no an o segundo de Jeorão, filho de Jeosafá,
disse ele: É Elias, o tisbita. rei de Judá; p o rq u an to não tinha filho.
I80 m ais dos atos de Acazias, tu d o q u an to fez,
O fo g o do cé u consom e ce m h om ens porventura não está escrito n o livro das crônicas
9Então o rei lhe enviou um capitão de cinqüenta dos reis de Israel?
com seus cinqüenta; e, su bindo a ele (p o rq u e eis
que estava assentado n o cum e do m onte), disse- E lias é elevado ao céu
lhe: H om em de Deus, o rei diz: Desce. SUCEDEU que, q u ando o Se n h o r estava para
"’Mas Elias respondeu, e disse ao capitão de cin­
qüenta: Se eu, pois, sou h om em de D eus, desça
2 elevar a Elias n u m red em o in h o ao céu, Elias
partiu de Gilgal com Eliseu.
fogo do céu, e te consum a a ti e aos teus cinqüenta. 2E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, p o rq u e o
E ntão fogo desceu do céu, e co nsum iu a ele e aos Se n h o r m e enviou a Betei. Porém Eliseu disse: Vive
seus cinqüenta. o Se n h o r , e vive a tu a alm a, que não te deixarei. E
" E to rn o u o rei a enviar-lhe o utro capitão de cin­ assim foram a Betei.

378
2REIS2

3Então os filhos dos profetas que estavam em Betei Eliseu, o sucessor d e Elias
saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram : Sabes ,20 que vendo Eliseu, clam ou: M eu pai, m eu pai,
que o Se n h o r hoje tom ará o teu senhor p o r sobre carros de Israel, e seus cavaleiros! E nun ca m ais o
a tu a cabeça? E ele disse: T am bém eu bem o sei; viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas
calai-vos. partes.
4E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o ' 'Tam bém levantou a capa de Elias, que dele caíra;
Se n h o r m e enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o e, voltando-se, p aro u à m argem do Jordão.
Se nho r , e vive a tua alm a, que não te deixarei. E assim I4E to m o u a capa de Elias, que dele caíra, e feriu
foram a Jericó. as águas, e disse: O nde está o Se n h o r Deus de Elias?
5Então os filhos dos profetas que estavam em Q uand o feriu as águas elas se dividiram de u m ao
Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram : Sabes o utro lado; e Eliseu passou.
que o Se n h o r hoje tom ará o teu senhor p o r sobre 15Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam
a tu a cabeça? E ele disse: T am bém eu bem o sei;
defronte em Jericó, disseram : O espírito de Elias
calai-vos.
repousa sobre Eliseu. E vieram -lhe ao encontro, e
6E Elias disse: Fica-te aqui, p orque o Se n h o r m e
se p ro straram diante dele em terra.
enviou ao Jordão. M as ele disse: Vive o Senho r , e
I#E disseram -lhe: Eis que agora entre os teus ser­
vive a tu a alma, que não te deixarei. E assim am bos
vos há cinqüenta h om ens valentes; ora deixa-os ir
foram juntos.
p ara buscar a teu senhor; p ode ser que o elevasse
7E foram cinq ü en ta hom ens dos filhos dos p ro ­
o E spírito do Se n h o r e o lançasse em algum dos
fetas, e p araram defronte deles, de longe: e assim
m ontes, ou em algum dos vales. P orém ele disse:
am bos pararam ju n to ao Jordão.
N ão os envieis.
"Então Elias tom ou a sua capa e a dobrou, e feriu
as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e l7Mas eles insistiram com ele, até que, co n stra n ­
passaram am bos em seco. gido, disse-lhes: Enviai. E enviaram cin q ü en ta
’Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a hom ens, que o buscaram três dias, p o rém não o
Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que acharam .
seja to m ado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja l8Então voltaram para ele, pois ficara em Jericó; e
porção dobrada de teu espírito sobre m im . disse-lhes: Eu não vos disse que não fôsseis?
I0E disse: Coisa difícil pediste; se m e vires quando I9E os hom ens da cidade disseram a Eliseu: Eis que
fo r tom ado de ti, assim se te fará, porém , se não, não éboa a situação desta cidade, com o o m eu senhor vê;
se fará. porém as águas são más, e a terra é estéril.
"E sucedeu que, in d o eles an d an d o e falando, 20E ele disse: Trazei-m e u m p rato novo, e p o n d e
eis que u m carro de fogo, com cavalos de fogo, os nele sal. E lho trouxeram .
separou um do outro; e Elias subiu ao céu nu m 21E ntão saiu ele ao m anancial das águas, e deitou
redem oinho. sal nele; e disse: Assim diz o Se n h o r : Sararei a estas

Haja porção dobrada de teu espirito sobre mim E tomou a capa de Elias [...] e feriu as águas
(2.9-14) (2.14)
Espiritismo. Afirma que João Batista era Elias e quem pre­ /ftx Catolicismo Romano. Adota esta referência para defender
gou a reencamação muito antes de Kardec e do espiritis­ U y seu ensino de que as “relíquias sagradas" são uma fonte ou
mo foi Jesus. canal de milagres; logo, são dignas de veneração e culto.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O fato de Elias ter sido ele- RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em referência é
«=> vado aos céus em corpo refuta a idéia espírita de que Elias ' uma confirmação de que Eliseu seria o sucessor de Elias,
reencarnou em João Batista. Allan Kardec sintetizou a doutrina o qual também "partiu" as águas do Jordão com o seu manto (v.
da reencarnaçáo da seguinte maneira: “Nascer, morrer; renascer 8). Não há nenhuma relação entre este episódio e o relicário sa­
e progredir ainda. Esta é a lei*. Se Elias não morreu, não poderia grado católico.
reencarnar. A expressão “no espírito e virtude de Elias" (Lc 1.17) Roma dogmatizou estes episódios para poder valorizar a interme­
quer dizer que João Batista deveria dar prosseguimento ao mi­ diação do colegiado romano esuas sagradas relíquiasjunto aos fiéis
nistério profético de Elias. Jesus declarou: “Porque todos os pro­ católicos, pregando que o poder momentâneo apresentado nas cita­
fetas e a lei profetizaram até João. E, se quereis dar crédito, é este ções. operado segundo a ordenança divina, permanece inalteradoe
o Elias que havia de vir" (Mt 11.13,14). ativo nas relíquias sagradas, assim nomeadas pelo Vaticano.

379
2 REIS 2,3

águas; e não haverá m ais nelas m o rte nem esteri­ sete dias, e não havia água p ara o exército e nem para
lidade. o gado que os seguia.
“ Ficaram , pois, sãs aquelas águas, até ao dia de ‘"Então disse o rei de Israel: Ah! o Senho r cham ou
hoje, conform e a palavra que Eliseu tin h a falado. a estes três reis, para entregá-los nas m ãos dos
- ’Então subiu dali a Betei; e, subindo ele pelo cam i­ moabitas.
nho, uns m eninos saíram da cidade, e zom bavam 11E disse Jeosafá: N ão há aqui algum profeta do
dele, e diziam -lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo! Se n h o r , para que consultem os ao Se n ho r p o r ele?
24E, v irando-se ele para trás, os viu, e os am aldi­ E ntão respondeu u m dos servos do rei de Israel,
çoou no nom e do Se n h o r ; então duas ursas saíram dizendo: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que der­
do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daque­ ram ava água sobre as m ãos de Elias.
les m eninos. 12E disse Jeosafá: Está com ele a palavra do Se nho r .
25E dali foi para o m onte C arm elo de onde voltou Então o rei de Israel, Jeosafá, e o rei de Edom desce­
para Samaria. ram a ter com ele.
’’M as Eliseu disse ao rei de Israel: Q ue te n h o eu
E liseu salva três reis e os seus exércitos contigo? Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de
E JORÂO, filho de Acabe, com eçou a reinar tua mãe. Porém o rei de Israel lhe disse: N ão, porque
3 sobre Israel, em Samaria, no décim o oitavo ano
de Jeosafá, rei de Judá; e reinou doze anos.
o Senho r cham o u a estes três reis para entregá-los
nas m ãos dos m oabitas.
2E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r ; porém HE disse Eliseu: Vive o Se n h o r dos Exércitos, em
não com o seu pai, nem com o sua mãe; porque tirou cuja presença estou, que se eu n ão respeitasse a
a estátua de Baal, que seu pai fizera. presença de Jeosafá, rei de Judá, n ão olharia para ti
^Contudo aderiu aos pecados de Jeroboão, filho de nem te veria.
Nebate, com que fizera Israel pecar; não se apartou l5O ra, pois, trazei-m e u m músico. E sucedeu que,
deles. tocando o m úsico, veio sobre ele a m ão do Senho r .
4Então Mesa, rei dos m oabitas, era criador de gado, I6E disse: Assim diz o S e n h o r : Fazei neste vale
e pagava de tributo, ao rei de Israel, cem m il cordei­ m uitas covas.
ros, e cem m il carneiros com a sua lã. l7P o rq u e assim diz o Se n h o r : N ão vereis vento,
’Sucedeu, porém , que, m o rren d o Acabe, o rei dos e não vereis chuva; todavia este vale se encherá
m oabitas se rebelou contra o rei de Israel. de tanta água, qu e bebereis vós, o vosso gado e os
6Por isso Jorão ao m esm o tem po saiu de Samaria, vossos animais.
e fez revista de to d o o Israel. I8E ainda isto é pouco aos olhos do Se n h o r ; tam ­
7E foi, e m andou dizer a Jeosafá, rei de Judá: O rei bém entregará ele os m oabitas nas vossas m ãos.
dos m oabitas se rebelou contra m im ; irás tu comigo I9E ferireis a todas as cidades fortes, e a todas as
à guerra contra os moabitas? E disse ele: Subirei; e cidades escolhidas, e todas as boas árvores cortareis,
eu serei com o tu, o m eu povo com o o teu povo, e os e entupireis todas as fontes de água, e danificareis
m eus cavalos com o os teus cavalos. com pedras todos os bons campos.
KE ele disse: Por que cam inho subirem os? E ntão 20E sucedeu que, pela m anhã, oferecendo-se a
disse ele: Pelo cam inho do deserto de Edom. oferta de alim entos, eis que v in h am as águas pelo
‘'E p artiram o rei de Israel, o rei de Judá e o rei de cam inho de Edom ; e a terra se encheu de água.
Edom ; e andaram rodeando com um a m archa de 2‘O uvindo, pois, to d o s os m oabitas que os reis

E todas as boas árvores cortareis perímetro do local sitiado, ou seja, próximos à cidade. Motivos
(3.18,19) por que deveriam ser preservados, conforme a instrução de
Deuteronómio 20.19: a) “porque deles comerás"; b) "para em­
Ceticismo. Alega haver contradição entre este texto e
pregar no cerco” .
Deuteronómio 20.19, que proibia a destruição de árvores.
Por outro lado, a referência em estudo assinala que o povo,
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: As duas situações são ex- cujas terras seriam devastadas, eram os moabitas e não os povos
<=> tremamente distintas. Em Deuteronómio, está escrito: inimigos citados em Deuteronómio. E, para este último caso, não
“Quando sitiares uma cidade por muitos dias...". Assim, tendo havia sido prescrita ocupação da terra, senão que, após a bata­
em mente que a palavra sitiar significa “cercar”, por conseqüên­ lha, os israelitas voltassem para sua terra (3.27), o que acaba jus­
cia, “os arvoredos” descritos em Deuteronómio, cuja preserva­ tificando a desnecessidade da preservação anteriormente orde­
ção era determinada pela lei, eram aqueles que estivessem no nada para a ocasião diversa.

380
2REIS3.4

tin h am subido para pelejarem co n tra eles, co n ­ 7Então veio ela, e o fez saber ao hom em de Deus; e
vocaram a todos os que estavam em idade de cingir disse ele: Vai, vende o azeite, e paga a tu a dívida; e tu
cinto e daí para cima, e puseram -se às fronteiras. e teus filhos vivei do resto.
22E, levantando-se de m adrugada, e saindo o sol
sobre as águas, viram os m oabitas, defronte deles, A su n a m ita e o se u filh o
as águas verm elhas com o sangue. "Sucedeu tam b ém u m dia que, indo Eliseu a
23E disseram: Isto é sangue; certam ente que os reis Suném , havia ali u m a m u lh er im p o rtan te, a qual o
se destruíram à espada e se m ataram u m ao outro! reteve para com er pão; e sucedeu que todas as vezes
Agora, pois, à presa, moabitas! que passava p o r ali entrava para com er pão.
24Porém , chegando eles ao arraial de Israel, os 9E ela disse a seu m arido: Eis que tenho observado
israelitas se levantaram , e feriram os m oabitas, os que este que sem pre passa p o r n ó s é u m santo
quais fugiram diante deles e ainda en tra ra m nas hom em de Deus.
suas terras, ferindo ali tam bém os moabitas. luFaçamos-Wie, pois, u m pequeno q uarto ju n to ao
2,E arrasaram as cidades, e cada um lançou a sua m uro, e ali lhe p o n h am o s u m a cam a, u m a mesa,
pedra em todos os bons cam pos, e os entulharam , e um a cadeira e u m candeeiro; e há de ser que, vindo
entupiram todas as fontes de água, e cortaram todas ele a nós, p ara ali se recolherá.
as boas árvores, até que só em Q uir-H aresete deixa­ 1 'E sucedeu que um dia ele chegou ali, e recolheu-
ram ficar as pedras, m as os fundeiros a cercaram e se àquele quarto, e se deitou.
a feriram. 1JEntão disse ao seu servo Geazi: C ham a esta su n a­
26Mas, vendo o rei dos m oabitas que a peleja preva­ m ita. E cham ando-a ele, ela se pôs diante dele.
lecia contra ele, to m o u consigo setecentos hom ens 1 ’P orque ele tin h a falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que
que sacavam espada, para rom perem contra o rei de tu nos tens tratad o com todo o desvelo; que se há de
Edom , porém não puderam . fazer por ti? Haverá algum a coisa de que se fale por
27Então tom ou a seu filho prim ogênito, que havia ti ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu
de reinar em seu lugar, e o ofereceu em holocausto habito n o m eio do m eu povo.
sobre o m uro; pelo que houve grande indignação 14Então disse ele: Q ue se há de fazer p o r ela? E Geazi
em Israel; p o r isso retiraram -se dele, e voltaram disse: O ra ela não tem filho, e seu m arido é velho.
para a sua terra. l5Por isso disse ele: C ham a-a. E, cham an d o -a ele,
ela se pôs à porta.
E liseu a u m e n ta o azeite da viúva 16E ele disse: A este tem po determ inado, segundo
E UMA m ulher, das m ulheres dos filhos o tem p o d a vida, abraçarás u m filho. E disse ela:
4 dos profetas, clam ou a Eliseu, dizendo: M eu
m arido, teu servo, m orreu; e tu sabes que o teu servo
N ão, m eu senhor, h o m em de D eus, n ão m in tas à
tua serva.
tem ia ao Se n h o r ; e veio o credor, para levar os m eus ,7E concebeu a m ulher, e deu à luz u m filho, no
dois filhos para serem servos. tem po d eterm in ad o , no ano seguinte, segundo
2E Eliseu lhe disse: Q ue te hei de fazer? Dize-me que Eliseu lhe dissera.
é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem I8E, crescendo o filho, sucedeu que u m dia saiu
nada em casa, senão u m a botija de azeite. para ter com seu pai, que estava com os segadores,
3Então disse ele: Vai, pede em prestadas, de todos os 19E disse a seu pai: Ai, a m in h a cabeça! Ai, a m inha
teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. cabeça! Então disse a um m oço: Leva-o à sua mãe.
4Então entra, e fecha a p o rta sobre ti, e sobre teus 20E ele o tom ou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre
filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e os seus joelhos até ao m eio-dia, e m orreu.
põe à parte a que estiver cheia. 21E subiu ela, e o deitou sobre a cam a do hom em de
5Partiu, pois, dele, e fechou a p o rta sobre si e sobre Deus; e fechou aporta, e saiu.
seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as 22E cham ou a seu m arido, e disse: M anda-m e já um
enchia. dos m oços, e um a das jum entas, para que eu corra
6E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse ao hom em de Deus, e volte.
a seu filho: Traze-m e ainda um a vasilha. Porém ele 23E disse ele: Por que vais a ele hoje? N ão é lua nova
lhe disse: N ão há m ais vasilha alguma. Então o azeite nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem .
parou. 24Então albardou a jum enta, e disse ao seu servo:

381
2REIS4,5

Guia e anda, e não te detenhas no cam inhar, senão grand e ao lume, e faze u m caldo de ervas p ara os
q uando eu to disser. filhos dos profetas.
25P artiu ela, pois, e foi ao h om em de Deus, ao 39Então u m deles saiu ao cam po a ap an h ar ervas,
m o n te Carm elo; e sucedeu que, vendo-a o hom em e achou u m a p arra brava, e colheu dela enchendo
de D eus de longe, disse a Geazi, seu servo: Eis aí a a sua capa de colocíntidas; e veio, e as co rto u na
sunam ita. panela do caldo; p orque não as conheciam .
26Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai 40Assim deram de com er para os hom ens. E suce­
bem contigo? Vai bem com teu m arido? Vai bem deu que, com endo eles daquele caldo, clam aram e
com teu filho? E ela disse: Vai bem . disseram : H om em de Deus, há m o rte n a panela.
27C hegando ela, pois, ao h om em de D eus, ao N ão p uderam comer.
m onte, pegou nos seus pés; m as chegou Geazi para 41Porém ele disse: Trazei farinha. E d eito u -a na
retirá-la; disse p orém o h om em de Deus: Deixa- panela, e disse: Dai de com er ao povo. E já não havia
a, p orque a sua alm a está triste de am argura, e o m al n en h u m na panela.
Se n h o r me encobriu, e não m e m anifestou.
28E disse ela: Pedi eu a m eu senhor algum filho? V in te pães satisfazem ce m hom ens
N ão disse eu: N ão m e enganes? 42E um h o m em veio de Baal-Salisa, e trouxe ao
29E ele disse a Geazi: Cinge os teus lom bos, tom a hom em de D eus pães das prim ícias, vinte pães de
o m eu b ordão na tua m ão, e vai; se encontrares cevada, e espigas verdes n a sua palha, e disse: Dá ao
alguém não o saúdes, e se alguém te saudar, não povo, para que coma.
lhe respondas; e põe o m eu bo rd ão sobre o rosto 43P orém seu servo disse: C om o hei de p ô r isto
do m enino. diante de cem hom ens? E disse ele: Dá ao povo, para
30Porém disse a m ãe do m enino: Vive o Se n h o r , e que com a; p o rq u e assim diz o S e n h o r : Com erão, e
vive a tu a alma, que não te hei de deixar. Então ele se sobejará.
levantou, e a seguiu. 44Então lhos pôs diante, e com eram e ainda sobrou,
3IE Geazi passou adiante deles, e pôs o bordão conform e a palavra do Se nho r .
sobre o rosto do m enino; porém não havia nele voz
N aatnã é curado da lepra
nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele, e lhe
trouxe aviso, dizendo: O m enino não despertou. E NAAMÃ, capitão do exército do rei da Síria,
32E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o m enino era u m g ran d e hom em d ian te do seu senhor,
jazia m o rto sobre a sua cama. e de m u ito respeito; porque p o r ele o Se n h o r dera
33E ntão en tro u ele, e fechou a p o rta sobre eles livram ento aos sírios; e era este hom em herói valo­
am bos, e orou ao Senho r . roso, porém leproso.
34E subiu à cama e deitou-se sobre o m enino, e, 2E saíram tro p as da Síria, da te rra de Israel, e
pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos levaram presa um a m enina que ficou ao serviço da
sobre os olhos dele, e as suas m ãos sobre as m ãos dele, m ulher de Naamã.
se estendeu sobre ele; e a carne do m enino aqueceu. 3E disse esta à sua senhora: A ntes o m eu senhor
35D epois desceu, e an d o u naquela casa de um a estivesse d iante do profeta que está em Samaria; ele
p arte p ara a o utra, e tornou a subir, e se estendeu o restauraria d a sua lepra.
sobre ele, então o m enino esp irro u sete vezes, e 4E ntão foi N aam ã e notificou ao seu senhor,
abriu os olhos. dizendo: Assim e assim falou a m en in a qu e é da
36Então cham ou a Geazi, e disse: C ham a esta suna­ terra de Israel.
mita. E cham ou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o ' Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei um a
teu filho. carta ao rei de Israel. E foi, e to m o u na sua m ão dez
37E en trou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou talentos de prata, seis m il siclos de ouro e dez m udas
à terra; e to m o u o seu filho e saiu. de roupas.
AE levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo,
A m orte q u e havia na panela é tirada em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei
38E, voltando Eliseu a Gilgal, havia fom e naquela N aam ã, m eu servo, para que o cures da sua lepra.
te rra, e os filhos dos profetas estavam assentados 7E sucedeu que, len d o o rei de Israel a carta, ras­
na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela gou as suas vestes, e disse: Sou eu D eus, p ara m atar

382
2REIS 5,6

e para vivificar, p ara que este envie a m im um 19E ele lhe disse: Vai em paz. E foi dele a um a pequena
hom em , p ara que eu o cure da sua lepra? Pelo que distância.
deveras notai, peço-vos, e vede q ue busca ocasião
G eazi é atacado de lepra
co n tra m im .
"Sucedeu, porém , que, ouvindo Eliseu, hom em de 20Então Geazi, servo de Eliseu, h o m em de Deus,
Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, m andou disse: Eis que m eu sen h o r p o u p o u a este sírio
dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir N aam ã, não recebendo da sua m ão algum a coisa do
a mim, e saberá que há profeta em Israel. que trazia; porém, vive o Se n h o r que hei de correr
9Veio,pois, N aam ã com os seus cavalos, e com o seu atrás dele, e receber dele algum a coisa.
carro, e parou à po rta da casa de Eliseu. 21E foi Geazi a alcançar N aam ã; e N aam ã, vendo
l0E ntão Eliseu lhe m a n d o u um m ensageiro, que corria atrás dele, desceu do carro a encontrá-lo,
dizendo: Vai, e lava-te sete vezes n o Jordão, e a tua e disse-lhe: Vai tudo bem?
carne será curada e ficarás purificado. 22E ele disse: Tudo vai bem ; m eu sen h o r m e m a n ­
"P o rém , N aam ã m u ito se indignou, e se foi, d ou dizer: Eis que agora m esm o vieram a m im dois
dizendo: Eis que eu dizia comigo: C ertam ente ele jovens dos filhos dos profetas da m o n ta n h a de
sairá, pôr-se-á em pé, invocará o no m e do Sbn h o r Efraim; dá-lhes, pois, um talento de p ra ta e duas
seu Deus, e passará a sua m ão sobre o lugar, e res­ m udas de roupas.
taurará o leproso. 23E disse Naamã: Sê servido tom ar dois talentos. E
l2N ão são porventura A bana e Farpar, rios de instou com ele, e am arrou dois talentos de prata em
Damasco, m elhores do que todas as águas de Israel? dois sacos, com duas m udas de roupas; e pô-los sobre
N ão m e poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E dois dos seus servos, os quais os levaram diante dele.
voltou-se, e se foi com indignação. 24E, chegando ele a certa altura, to m o u -o s das suas
i;!E ntão chegaram -se a ele os seus servos, e lhe m ãos, e os d epositou na casa; e d espediu aqueles
falaram , e disseram : M eu pai, se o profeta te dis­ hom ens, e foram-se.
sesse alguma grande coisa, porventura não a farias? 2,Então ele entrou, e pôs-se diante de seu senhor.
Q u an to m ais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás E disse-lhe Eliseu: D onde vens, Geazi? E disse: Teu
purificado. servo não foi nem a um a n em a o u tra parte.
l4Então desceu, e m ergulhou no Jordão sete vezes, 26Porém ele lhe disse: Porventura não foi contigo o
conform e a palavra do h o m em de Deus; e a sua m eu coração, q uando aquele hom em voltou do seu
carne to rn o u -se com o a carne de u m m enino, e carro a encontrar-te? Era a ocasião para receberes
ficou purificado. prata, e para tom ares roupas, olivais e vinhas, ove­
15Então voltou ao hom em de Deus, ele e to d a a sua lhas e bois, servos e servas?
com itiva, e chegando, pôs-se diante dele, e disse: 2TP ortanto a lepra de N aam ã se pegará a ti e à tu a
Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus descendência p ara sem pre. E ntão saiu de d iante
senão em Israel; agora, pois, peço-te que aceites uma dele leproso, branco como. a neve.
bênção do teu servo.
1'’Porém ele disse: Vive o Se n h o r , em cuja presença O fe rro de u m m achado é fe ito flu tu a r
estou, que não a aceitarei. E instou com ele para que E DISSERAM os filhos dos profetas a Eliseu:
a aceitasse, mas ele recusou.
I7E disse N aam ã: Se não queres, dê-se a este teu
6 Eis que o lugar em qu e habitam os diante da tua
face, nos é estreito.
servo u m a carga de te rra que baste para carregar ^Vamos, pois, até ao Jordão e tom em os de lá, cada
duas m ulas; porque nunca m ais oferecerá este teu u m de nós, u m a viga, e façam o-nos ali um lugar
servo holocausto nem sacrifício a o u tro s deuses, para habitar. E disse ele: Ide.
senão ao Senho r . 5E disse um : Serve-te de ires com os teus servos. E
1 “Nisto perdoe o Se n h o r a teu servo; quando m eu disse: Eu irei.
senhor en trar na casa de R im om para ali adorar, e 4E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, corta­
ele se encostar na m inha m ão, e eu tam bém tenha de ram m adeira.
m e encurvar na casa de R im om ; quando assim m e 5E sucedeu que, d erru b an d o u m deles um a viga, o
encurvar na casa de R im om , nisto perdoe o Sen h o r ferro caiu na água; e clam ou, e disse: Ai, m eu senhor!
a teu servo. ele era em prestado.

383
2REIS6

6E disse o hom em de Deus: O n d e caiu? E m os­ 1KE, com o desceram a ele, Eliseu o ro u ao Se nho r e
tran d o -lh e ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a
e fez flutuar o ferro. de cegueira, conform e a palavra de Eliseu.
7E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua m ão ‘‘’E ntão Eliseu lhes disse: N ão é este o cam inho,
e o tom ou. nem é esta a cidade; segui-m e, e guiar-vos-ei ao
hom em que buscais. E os guiou a Samaria.
E liseu revela os conselhos do rei da Síria
2I’E sucedeu que, chegando eles a Sam aria, disse
“E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou Eliseu: Ó Se n h o r , abre a estes os olhos p ara que
com os seus servos, dizendo: Em tal e tal lugar estará vejam. O Senho r lhes abriu os olhos, para que vis­
o m eu acam pam ento. sem, e eis que estavam no m eio de Samaria.
9Mas o hom em de D eus enviou ao rei de Israel, 2'E, q u an d o o rei de Israel os viu, disse a Eliseu:
dizendo: G uarda-te de passares p o r tal lugar; p o r­ Feri-los-ei, feri-los-ei, m eu pai?
que os sírios desceram ali. 22M as ele disse: N ão os ferirás; feririas tu os que
l0Por isso o rei de Israel enviou àquele lugar, de tom asses prisioneiros com a tu a espada e com o teu
que o hom em de D eus lhe dissera, e de que o tinha arco? Põe-lhes diante pão e água, para que com am
avisado, e se guardou ali, não um a nem duas vezes. e bebam , e se vão para seu senhor.
1 ‘Então se turbou com este incidente o coração do 23E apresentou-lhes u m grande b anquete, e
rei da Síria, cham ou os seus servos, e lhes disse: Não com eram e beberam ; e os despediu e foram para
m e fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? seu senhor; e não en traram mais tropas de sírios na
I2E disse um dos servos: Não, ó rei m eu senhor; terra de Israel.
mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao
rei de Israel as palavras que tu falas no teu q uarto Sam aria é cercada
de dorm ir. 24E sucedeu, depois disto, que B en-H adade, rei da
13E ele disse: Vai, e vê onde ele está, para que envie, Síria, aju n to u to d o o seu exército; e subiu e cercou
e m ande trazê-lo. E fizeram -lhe saber, dizendo: Eis a Samaria.
que está em Dotã. 2,E houve gran d e fom e em Sam aria, p o rq u e eis
l4Então enviou para lá cavalos, e carros, e um que a cercaram , até que se vendeu u m a cabeça de
grande exército, os quais chegaram de noite, e cerca­ um ju m en to p o r oitenta peças de prata, e a quarta
ram a cidade. parte de u m cabo de esterco de pom bas p o r cinco
I?E o servo do hom em de D eus se levantou m uito peças de prata.
cedo e saiu, e eis que u m exército tin h a cercado a 2<>E sucedeu que, passando o rei pelo m uro, um a
cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe m ulher lhe b radou, dizendo: Acode-me, ó rei m eu
disse: Ai, m eu senhor! Q ue faremos? senhor.
I6E ele disse: N ão tem as; p orque m ais são os que 27E ele lhe disse: Se o Se nho r te não acode, d onde te
estão conosco do que os que estão com eles. acudirei eu? Da eira o u do lagar?
I7E o ro u Eliseu, e disse: Se n h o r , peço-te que lhe 28Disse-lhe m ais o rei: Q ue tens? E disse ela: Esta
abras os olhos, para que veja. E o Se n h o r abriu os m ulher m e disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o
olhos do moço, e viu; e eis que o m o n te estava cheio com am os, e am anhã com erem os o m eu filho.
de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. 2<,Cozem os, pois, o m eu filho, e o com em os; mas

Não é este o caminho, nem é esta a cidade cessem. E. além do mais, Eliseu já havia deixado a cidade quando
(6.19) lhes respondeu conforme o texto destacado. Como já não se en­
contrava mais em Dotã, Indo para outro lugar, com certeza aque­
Ceticismo. Alega não haver coerência neste versículo. ín-
le já não era mais o caminho ou Dotã, a cidade para a qual deve­
terpretando-o da seguinte maneira: se Eliseu era um ho­
riam seguir os sírios.
mem de Deus, não poderia mentir às tropas sírias.
O contexto, claramente, mostra que Eliseu os orientou cor­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A dificuldade dos céticos retamente, dizendo-lhes:"... segui-me. e guiar-vos-ei ao homem
neste ponto consiste em sua inabilidade para aplicar a de­ que buscais", o que se constitui em mais uma verdade, porque,
vida hermenêutica ao contexto, pois não se trata de uma menti­ de fato, Eliseu os conduziu até Samaria, onde o Senhor abriu
ra. As tropas sírias tinham sido destacadas para Dotã para cap­ os olhos dos sírios para que pudessem reconhecer tanto o local
turar Eliseu. No versículo 8. o texto explicita que, por causa da quanto o profeta. Assim, fica esclarecido que Eliseu não mentiu a
oração do profeta, Deus cegou os sírios para que não o reconhe­ ninguém, em momento algum.

384
2REIS 6,7

dizendo-lhe eu ao o u tro dia: Dá cá o teu filho, para 7Por isso se levantaram , e fugiram n o crepúsculo,
que o com am os; escondeu o seu filho. e deixaram as suas tendas, os seus cavalos, os seus
30E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta jum en to s e o arraial com o estava; e fugiram p ara
m ulher, rasgou as suas vestes, e ia passando pelo salvarem a sua vida.
m uro; e o povo viu que o rei trazia cilício p o r dentro, sC hegando, pois, estes leprosos à en tra d a do
sobre a sua carne, arraial, en tra ra m n u m a tenda, e com eram , b eb e­
31E disse: Assim m e faça Deus, e o u tro tanto, se a ram e to m aram dali p rata, o u ro e roupas, e foram
cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele. e 05 esconderam ; en tão voltaram , e en tra ra m em
32Estava então Eliseu assentado em sua casa, e o u tra tenda, e dali tam bém tom aram alguma coisa
tam bém os anciãos estavam assentados com ele. E e a esconderam .
enviou o rei um hom em adiante de si; m as, antes ‘’Então disseram uns para os outros: N ão fazemos
que o m ensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: bem ; este dia é dia de boas novas, e nos calamos;
Vistes com o o filho do hom icida m andou tirar-m e se esperarm os até à luz da m anhã, algum m al nos
a cabeça? O lhai pois que, quando vier o mensageiro, sobrevirá; p o r isso agora vam os, e o anunciarem os
fechai-lhe a p o rta, e e m p u rrai-o p ara fora com a à casa do rei.
porta; porventura não vem, após ele, o ru íd o dos '"Vieram, pois, e brad aram aos porteiros da cidade,
pés de seu senhor? e lhes anunciaram , dizendo: Fom os ao arraial dos
3iE, estando ele ainda falando com eles, eis que o sírios e eis que lá não havia ninguém , nem voz de
mensageiro descia a ele; e disse: Eis que este mal vem hom em , p o rém só cavalos atados, jum en to s atados,
do S enho r , que mais, pois, esperaria do Se n h o r ? e as tendas com o estavam.
1' E cham aram os porteiros, e o anunciaram dentro
E liseu prediz a a b u n d â n cia d e víveres da casa do rei.
ENTÃO disse Eliseu: Ouvi a palavra do Se n h o r ; I,!E o rei se levantou de noite, e disse a seus servos:
7 assim diz o Se n h o r : A m anhã, quase a este
tem po, haverá um a m edida de farinha p o r um siclo,
Agora vos farei saber o q ue é que os sírios nos fize­
ram ; bem sabem eles qu e esfaim ados estamos, pelo
e duas m edidas de cevada po r um siclo, à p o rta de que saíram do arraial, a esconder-se pelo cam po,
Samaria. dizendo: Q uan d o saírem da cidade, então os to m a­
2Porém um senhor, em cuja m ão o rei se encostava, rem os vivos, e entrarem os na cidade.
respondeu ao hom em de D eus e disse: Eis que ainda l3E ntão um dos seus servos resp o n d eu e disse:
que o Se n h o r fizesse janelas no céu, poder-se-ia Tom em -se, pois, cinco dos cavalos q ue restam
fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus aqui dentro (eis qu e são com o to d a a m u ltid ão
olhos, porém disso não com erás. dos israelitas que ficaram aqui; e eis que são com o
3E qu atro hom ens leprosos estavam à entrada da toda a m u ltidão dos israelitas q u e ;á pereceram ) e
porta, os quais disseram u ns aos outros: Para que enviem o-los, e vejamos.
estarem os nós aqui até m orrerm os? l4Tom aram , pois, dois cavalos de carro; e o rei os
4Se disserm os: E ntrem os na cidade, há fom e enviou com mensageiros após o exército dos sírios,
na cidade, e m orrerem os aí; e se ficarm os aqui, dizendo: Ide, e vede.
tam bém m orrerem os. Vamos nós, pois, agora, e I5E foram após eles até ao Jordão, e eis que todo o
passemos para o arraial dos sírios; se nos deixarem cam in h o estava cheio de ro u p as e de aviam entos
viver, viverem os, e se nos m atarem , tão som ente que os sírios, apressando-se, lançaram fora; e volta­
m orrerem os. ram os mensageiros e o anunciaram ao rei.
5E levantaram -se ao crepúsculo, para irem ao l6Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos sírios;
arraial dos sírios; e, chegando à entrada do arraial e havia um a m edida de farinha p o r um siclo, e duas
dos sírios, eis que não havia ali ninguém . m edidas de cevada p o r u m siclo, conform e a palavra
6Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios do Senho r .
ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de I7E pusera o rei à p o rta o sen h o r em cuja m ão se
um grande exército; de m aneira que disseram uns encostava; e o povo o atropelou na p o rta, e m orreu,
aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós com o falara o hom em de D eus, o que falou quando
os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem o rei descera a ele.
co n tra nós. l8Porque assim sucedeu com o o h o m em de Deus

385
2 REIS 7,8

falara ao rei dizendo: A m anhã, quase a este tem po, I0E Eliseu lhe disse: Vai, e dize-lhe: C ertam ente
haverá duas m edidas de cevada p o r um siclo, e viverás. Porém , o Se n h o r m e tem m o strad o que
um a m edida de farinha p o r um siclo, à p o rta de certam ente m orrerá.
Samaria. "E afirm ou a sua vista, e fitou os olhos nele até se
I9E aquele senhor respondeu ao hom em de Deus, e envergonhar; e o ho m em de D eus chorou.
disse: Eis que ainda que o Se n h o r fizesse janelas no 12Então disse Hazael: Por que chora o m eu senhor?
céu poderia isso suceder? E ele disse: Eis que o verás E ele disse: P orque sei o m al que hás de fazer aos
com os teus olhos, porém dali não comerás. filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os
20E assim lhe sucedeu, porque o povo o atropelou seus jovens m atarás à espada, e os seus m eninos des­
à porta, e m orreu. pedaçarás, e as suas m ulheres grávidas fenderás.
1 ’E disse Hazael: Pois, que é teu servo, que não é
A sun a m ita volta para a sua terra m ais do que u m cão, para fazer tão grande coisa? E
E FALOU Eliseu àquela m u lh er cujo filho ele disse Eliseu: O Se n h o r m e tem m ostrado que tu hás
8 ressuscitara, dizendo: Levanta-te e vai, tu e a
tu a fam ília, e peregrina o n d e puderes peregrinar;
de ser rei da Síria.
l4Então p artiu de Eliseu, e foi a seu senhor, o qual
p o rq u e o Se n h o r cham ou a fom e, a qual tam bém lhe disse: Q ue te disse Eliseu? E disse ele: Disse-m e
virá à terra por sete anos. que certam ente viverás.
2E levantou-se a m ulher, e fez conform e a palavra I5E sucedeu que no o u tro dia to m o u u m cobertor
do hom em de Deus; porque foi ela com a sua fam í­ e o m o lhou na água, e o estendeu sobre o seu rosto,
lia, e peregrinou na terra dos filisteus sete anos. e m orreu; e Hazael reinou em seu lugar.
3E sucedeu que, ao fim dos sete anos, a m ulher vol­
to u da terra dos filisteus, e saiu a clam ar ao rei pela O reinado de Jeorão
sua casa e pelas suas terras. “ E no ano q u in to de Jorão, filho de Acabe, rei de
■•Ora o rei falava a Geazi, servo do hom em de Deus, Israel, reinando ainda Jeosafá em Judá, com eçou a
dizendo: C onta-m e, peço-te, todas as grandes obras reinar Jeorão, filho de Jeosafá, rei de Judá.
que Eliseu tem feito. l7Era ele da idade de trin ta e dois anos quando
5E sucedeu que, contando ele ao rei com o ressusci­ com eçou a reinar, e oito anos reinou em Jerusalém.
tara a u m m orto, eis que a m ulher cujo filho ressus­ I8E an d o u n o cam in h o dos reis de Israel, com o
citara clam ou ao rei pela sua casa e pelas suas terras. tam bém fizeram os da casa de Acabe, p orque tinha
Então disse Geazi: 0 rei m eu senhor, esta é a m ulher, po r m ulher a filha de Acabe, e fez o que era m al aos
e este o seu filho a quem Eliseu ressuscitou. olhos do Senho r .
6E o rei perguntou à m ulher, e ela lho contou. Então l9Porém o Se n h o r n ão quis d estru ir a Judá por
o rei lhe deu um oficial, dizendo: Vaze-lhe restituir am or de Davi, seu servo, com o lhe tin h a falado que
tu d o q u anto era seu, e todas as rendas das terras lhe daria, para sem pre, um a lâm pada, a ele e a seus
desde o dia em que deixou a terra até agora. filhos.
20Nos seus dias se rebelaram os edom itas, contra o
H azael m ata a R en-H adade m and o de Judá, e puseram sobre si um rei.
7D epois veio Eliseu a D am asco, estando Ben- 21Por isso Jeorão passou a Zair, e todos os carros
H adade, rei da Síria, doente; e lho anunciaram , com ele; e ele se levantou de noite, e feriu os ed o ­
dizendo: O hom em de D eus é chegado aqui. m itas q ue estavam ao redor dele, e os capitães dos
8E ntão o rei disse a Hazael: Tom a um presente carros; e o povo foi para as suas tendas.
na tu a mão, e vai a encontrar-te com o hom em de 22Todavia os edom itas ficaram rebeldes, co n tra o
Deus; e pergunta p o r ele ao Se n h o r , dizendo: Hei de m ando de Judá, até ao dia de hoje; então, no m esm o
sarar desta doença? tem po, Libna tam bém se rebelou.
‘’Foi, pois, Hazael a encontrar-se com ele, e tom ou 230 m ais dos atos de Jeorão, e tu d o q u an to fez,
um presente na sua mão, a saber: de tu d o o que de porventura não está escrito no livro das crônicas
b om havia em Damasco, quarenta cam elos carre­ de Judá?
gados; e veio, e se pôs diante dele e disse: Teu filho 24E Jeorão d o rm iu com seus pais, e foi sepultado
B en-H adade, rei da Síria, m e enviou a ti, a dizer: com seus pais na cidade de Davi; e Acazias, seu filho,
Sararei eu desta doença? reinou em seu lugar.

386
2REIS 8,9

O reinado de Acazias Deus de Israel: U ngi-te rei sobre o povo do Se n h o r ,


25N o ano doze de Jorão, filho de Acabe, rei de sobre Israel.
Israel, com eçou a reinar Acazias, filho de Jeorão, 7E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que
rei de Judá. eu vingue o sangue de m eus servos, os profetas, e
2bEra Acazias de vinte e dois anos de idade quando o sangue de to d o s os servos do Senho r , da m ão de
com eçou a reinar, e reinou u m ano em Jerusalém; Jezabel.
e era o nom e de sua m ãe Atalia, filha de O nri, rei de 8E to d a a casa de Acabe perecerá; d estru irei de
Israel. Acabe to d o o hom em , ta n to o encerrado com o o
27E an dou no cam inho da casa de Acabe, e fez o que absolvido em Israel.
era mal aos olhos do Se n h o r , com o a casa de Acabe, 9Porque à casa de Acabe hei de fazer com o à casa de
porque era genro da casa de Acabe. Jeroboão, filho de Nebate, e com o à casa de Baasa,
28E foi com Jorão, filho de Acabe, a Ram ote de Gile- filho de Aias.
ade, à peleja contra Hazael, rei da Síria; e os sírios *°E os cães com erão a Jezabel no pedaço de cam po
de Jizreel; não haverá quem a enterre. Então abriu
feriram a Jorão.
a po rta e fugiu.
2‘'Então voltou o rei Jorão para se curar, em Jizreel,
11E, saindo Jeú aos servos de seu senhor, disseram -
das feridas que os sírios lhe fizeram em Ramá,
lhe: Vai tu d o bem? Por que veio a ti este louco? E ele
q u ando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e des­
lhes disse: Bem conheceis o hom em e o seu falar.
ceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver a
12M as eles disseram : É m en tira; agora faze-nos
Jorão, filho de Acabe, em Jizreel, porquanto estava
saber. E disse: Assim e assim m e falou, a saber: Assim
doente.
diz o S e n h o r : U ngi-te rei sobre Israel.
13E ntão se apressaram , to m a n d o cada u m a sua
Je ú é un g id o rei d e Israel
roupa puseram debaixo dele, no mais alto degrau; e
ENTÃO o profeta Eliseu cham ou um dos filhos
9 dos profetas, e lhe disse: Cinge os teus lom bos; e
tom a este vaso de azeite na tu a mão, e vai a Ram ote
tocaram a buzina e disseram : Jeú reina!
14Assim Jeú, filho de Jeosafá, filho de N insi, cons­
pirou contra Jorão. T inha, porém , Jorão cercado a
de Gileade; Ram ote de Gileade, ele e todo o Israel, p o r causa de
2E, chegando lá, vê o nde está Jeú, filho de Jeosafá, Hazael, rei da Síria.
filho de Ninsi; entra, e faze que ele se levante do meio 15Porém o rei Jorão voltou para se cu rar em Jizreel
de seus irm ãos, e leva-o à câm ara interior. das feridas que os sírios lhe fizeram, q u an d o pelejou
3E tom a o vaso de azeite, e derram a-o sobre a sua contra Hazael, rei da Síria. E disse Jeú: Se é da vossa
cabeça, e dize: Assim diz o Se n h o r : U ngi-te rei sobre vontade, ninguém saia da cidade, nem escape, para
Israel. Então abre a porta, foge, e não te detenhas. ir denunciar isto em Jizreel.
4Foi, pois, o m oço, o jovem profeta, a Ram ote de 16Então Jeú subiu a um carro, e foi a Jizreel, porque
Gileade. Jorão estava d eitado ali; e tam bém Acazias, rei de
5E, en tra n d o ele, eis que os capitães do exército Judá, descera para ver a Jorão.
estavam assentados ali; e disse: Capitão, tenho um a I7E o atalaia estava na to rre de Jizreel, e viu a tropa
palavra que te dizer. E disse Jeú: A qual de todos nós? de Jeú, que vinha, e disse: Vejo u m a tro p a. Então
E disse: A ti, capitão! disse Jorão: Tom a um cavaleiro, e envia-lho ao
6Então se levantou, en tro u na casa, e d erram o u o encontro; e diga: H á paz?
azeite sobre a sua cabeça, e disse: Assim diz o Se n h o r I8E o cavaleiro lhe foi ao encontro, e disse: Assim

No ano doze de Jorão [...] começou a reinar Acazias No sistema adotado em Judá. por meio do qual o reinado de
(8.25) Acazias foi contado, o primeiro ano oficial do governo começava
no final do ano da posse.
Ceticismo. Declara haver contradição entre este versícu­
Já o sistema empregado pelos israelitas, o ano oficial do rei­
lo e 2Reis 9.29. que afirma que Acazias assumiu o trono de
nado era contado a partir do momento em que ocorria a co­
Judá no ano onze de Jorão.
roação.
__a REPOSTA APOLOGÉTICA: A suposta contradição observa- Conseqüentemente, o que era considerado “ano onze" do rei­
2= da pelos céticos reside no fato dequeocálculodo reinado dos nado de Acazias em Judá, para o governo de Israel era ‘ano
monarcas era feito de maneiras diferentes em Israel e Judá. doze", de acordo com o método de contagem empregado.

387
2 REIS 9,10

diz o rei: H á paz? E disse Jeú: Q ue tens tu que fazer 31E, en tran d o Jeú pelas portas, disse ela: Teve paz
com a paz? Passa-te para trás de m im . E o atalaia Z inri, que m atou a seu senhor?
o fez saber, dizendo: C hegou a eles o m ensageiro, 32E levantou ele o rosto para a janela e disse: Q uem
porém não volta. é comigo? quem ? E dois ou três eunucos olharam
l9E ntão enviou o u tro cavaleiro; e, chegando este para ele.
a eles, disse: Assim diz o rei: H á paz? E disse Jeú: 33Então disse ele: Lançai-a daí abaixo. E lançaram -
Q ue tens tu que fazer com a paz? Passa-te para trás na abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a
de m im . parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.
20E o atalaia o fez saber, dizendo: Também este 34E ntran d o ele e havendo com ido e bebido, disse:
chegou a eles, p orém não volta; e o an d ar parece O lhai p o r aquela m aldita, e sepultai-a, p o rq u e é
com o o an d ar de Jeú, filho de N insi, po rq u e anda filha de rei.
furiosam ente. ,5E foram p ara a sepultar; porém não acharam
2'E ntão disse Jorão: Aparelha o carro. E aparelha­ dela senão somente a caveira, os pés e as palm as das
ram o seu carro. E saiu Jorão, rei de Israel, e Acazias, mãos.
rei de Judá, cada um em seu carro, e saíram ao ,6Então voltaram , e lho fizeram saber; e ele disse:
encontro de Jeú, e o acharam no pedaço de campo Esta é a palavra do S enhor , a qual falou pelo m inisté­
de N abote, o jizreelita. rio de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No pedaço
22E sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, disse: Há paz, do campo de Jizreel os cães com erão a carne de
Jeú? E disse ele: Q ue paz, enquanto as prostituições Jezabel.
da tua m ãe Jezabel e as suas feitiçarias são tantas? ,7E o cadáver de Jezabel será com o esterco sobre o
23Então Jorão voltou as m ãos e fugiu; e disse a Aca­ cam po, na herdade de Jizreel; de m odo que não se
zias: Traição há, Acazias. possa dizer: Esta é Jezabel.

J e ú m ata Jorão e Jezabel J e ú ex te rm in a a casa d e A ca b e


24Mas Jeú entesou o seu arco com toda a força, e E ACABE tin h a setenta filhos em Samaria.
feriu a Jorão entre os braços, e a flecha lhe saiu pelo Jeú escreveu cartas, e as enviou a Samaria,
coração; e ele caiu no seu carro. aos chefes de Jizreel, aos anciãos e aos aios dos filhos
25Então Jeú disse a Bidcar, seu capitão: Tom a-o, de Acabe, dizendo:
lança-o no pedaço do cam po de N abote, o jizree­ 2Logo, em chegando a vós esta carta, pois estão
lita; porque, lem bra-te de que, indo eu e tu juntos a convosco os filhos de vosso senhor, com o ta m ­
cavalo após seu pai, Acabe, o Se n h o r pôs sobre ele bém os carros, os cavalos, a cidade fortalecida e as
esta sentença, dizendo: arm as,
26Por certo vi ontem , à tarde, o sangue de N abote ’O lhai pelo m elhor e m ais reto dos filhos de vosso
e o sangue de seus filhos, diz o S e n h o r ; e neste senhor, o qual p o n d e sobre o tro n o de seu pai, e
m esm o campo te retribuirei, diz o S enhor . Agora, pelejai pela casa de vosso senhor .
pois, to m a-o e lança-o neste campo, conform e a 4Porém eles tem eram m uitíssim o, e disseram: Eis
palavra do S enhor. que dois reis não puderam resistir a ele; com o, pois,
270 que vendo Acazias, rei de Judá, fugiu pelo poderem os nós resistir-lhe?
cam inho da casa do jardim ; p orém Jeú o perseguiu 5E ntão o que tin h a cargo da casa, e o que tinha
dizendo: Feri tam bém a este; e o feriram no carro cargo d a cidade, os anciãos e os aios m an d aram
à subida de Gur, que está ju n to a Ibleão. E fugiu a dizer a Jeú: Teus servos som os, e tu d o q u an to nos
Megido, e m orreu ali. disseres farem os; a n inguém constituirem os rei;
2SE seus servos o levaram nu m carro a Jerusalém, e faze o que parecer b om aos teus olhos.
o sepultaram na sua sepultura ju n to a seus pais, na 6Então segunda vez lhes escreveu o u tra carta,
cidade de Davi dizendo: Se fordes m eus, e ouvirdes a m in h a voz,
29(E n o ano undécim o de Jorão, filho de Acabe, tom ai as cabeças dos hom ens, filhos de vosso
com eçou Acazias a reinar sobre Judá). senhor, e v in d e a m im am anhã, a este tem po, a
30D epois Jeú veio a Jizreel, o que ouvindo Jezabel, Jizreel (os filhos do rei, setenta h o m en s, estavam
p in to u -se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, com os grandes da cidade, que os m an tin h am ).
e o lh o u pela janela. 7Sucedeu que, chegada a eles a carta, to m aram os

388
2 REIS 10

filhos do rei, e os m ataram , setenta hom ens e puse­ J e ú m ata os servos de Baal
ram as suas cabeças nuns cestos, e lhas m andaram IKE aju n to u Jeú a to d o o povo, e disse-lhe: Pouco
a Jizreel. serviu Acabe a Baal; Jeú, porém, m u ito o servirá.
8E um m ensageiro veio, e lhe an u n c io u dizendo: l9Por isso cham ai-m e agora to d o s os profetas
Trouxeram as cabeças dos filhos do rei. E ele disse: de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacer­
Ponde-as em dois m ontões à entrada da p orta, até dotes; não falte n en h u m , porque tenho um grande
am anhã. sacrifício a Baal; todo aquele que faltar não viverá.
9E sucedeu que, pela m anhã, saindo ele, parou, e Porém Jeú fazia isto com astúcia, p ara d estru ir os
disse a todo o povo: Vós sois justos; eis que eu cons­ servos de Baal.
pirei contra o m eu senhor, e o matei; mas quem feriu 20Disse mais Jeú: C onsagrai a Baal um a assembléia
a todos estes? solene. E a apregoaram .
1 °Sabei,pois, agora que, da palavra do S enhor que o 2'Tam bém Jeú enviou p o r todo o Israel; e vieram
S enhor falou contra a casa de Acabe, nada cairá em
todos os servos de Baal, e n en h u m h o m em deles
ficou que não viesse; e en traram na casa de Baal, e
terra, p o rque o S en h o r tem feito o que falou pelo
encheu-se a casa de Baal, de um lado ao outro.
m inistério de seu servo Elias.
22Então disse ao que tin h a cargo das vestimentas:
1‘Tam bém Jeú feriu a todos os restantes da casa
Tira as vestim entas para todos os servos de Baal. E
de Acabe em Jizreel, com o tam bém a todos os seus
ele lhes tiro u para fora as vestimentas.
grandes, os seus conhecidos e seus sacerdotes, até
23E en tro u Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na
não deixar nenhum restante.
casa de Baal, e disse aos servos de Baal: Examinai,
l2Então se levantou e partiu, e foi a Samaria. E,
e vede bem, que p o rv en tu ra n en h u m dos servos
estando no cam inho, em Bete-Equede dos pastores,
do S en h o r aqui haja convosco, senão som ente os
13Jeú achou os irm ãos de Acazias, rei de Judá, e
servos de Baal.
disse: Q uem sois vós? E eles disseram: Os irm ãos de
24E, en tran d o eles a fazerem sacrifícios e holocaus-
Acazias somos; e descem os a saudar os filhos do rei
tos, Jeú preparou da parte de fora oitenta hom ens,
e os filhos da rainha. e disse-lhes: Se escapar algum dos hom ens que eu
l4Então disse ele: A panhai-os vivos. E eles os entregar em vossas m ãos, a vossa vida será pela vida
ap an h aram vivos, e os m ataram ju n to ao poço de dele.
Bete-Equede, quarenta e dois hom ens; e a n enhum 2,E sucedeu que, acabando de fazer o holocausto,
deles deixou ficar. disse Jeú aos da sua guarda e aos capitães: E ntrai,
I5E, p artindo dali, encontrou a Jonadabe, filho de feri-os, não escape nenhum . E os feriram ao fio da
Recabe, que lhe vinha ao encontro, o qual saudou e espada; e os da guarda e os capitães os lançaram fora,
lhe disse: Reto é o teu coração para com igo, com o e entraram no m ais in terio r da casa de Baal.
o m eu o é para contigo? E disse Jonadabe: É. Então, 26E tiraram as estátuas da casa de Baal, e as quei­
se é, d á-m e a mão. E deu-lhe a m ão, e Jeú fê-lo subir m aram .
consigo ao carro. 27Tam bém quebraram a estátua de Baal; e d e rru ­
U’E disse: Vai comigo, e verás o m eu zelo para com baram a casa de Baal, e fizeram dela latrinas, até ao
o S enhor . E o puseram no seu carro. dia de hoje.
I7E, chegando a Samaria, feriu a todos os que fica­ 28E assim Jeú d estruiu a Baal de Israel.
ram de Acabe em Samaria, até que os destruiu, con­ 29Porém não se ap arto u Jeú de seguir os pecados
form e a palavra que o S enhor dissera a Elias. de Jeroboão, filho de N ebate, com que fez pecar a

Todos os profetas de Baal ficaçóes das forças da natureza que supriam o regime de chuvas
(10.18-31) na Palestina, imprescindíveis para a sobrevivência das popula­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Por meio do sincretismo ções daquela região.
t religioso, os hebreus incorporaram à sua vida religiosa o
culto a Baal, uma religião voltada essencialmente à natureza e
Houve vários momentos de levante profético contra o baalismo
entre os hebreus, é o que demonstra o texto em estudo. Mas o
cuja ênfase principal era a fertilidade. povo só abandonou essa idolatria após o cativeiro babilónico.
Segundo as crenças religiosas dos cananeus. Baal era casa­ O movimento da Nova Era traz de volta várias idéias semelhan­
do com Astarte (Astarote ou Astorete, no Antigo Testamento) e ti­ tes, mas a Bíblia condena frontalmente esse tipo de religiosida­
nha por maior inimigo Mote (a morte). Tais deuses eram personi- de idólatra (18.40).

389
2REIS 10,11

Israel, a saber: dos bezerros de ouro, que estavam em 7E as duas partes de vós, a saber, todos os que saem
Betei e em Dã. no sábado, farão a guarda da casa do S fnh o r ju n to
30Por isso disse o S fn h o r a Jeú: P o rquanto bem ao rei.
agiste em fazer o que é reto aos m eus olhos e, con­ 8E rodeareis o rei, cada um com as suas arm as na
form e tu d o quanto eu tinha no m eu coração, fizeste m ão, e aquele qu e e n tra r en tre as fileiras o m a ta­
à casa de Acabe, teus filhos, até à q uarta geração, se rão; e vós estareis com o rei q u ando sair e quando
assentarão no tro n o de Israel. entrar.
3lMas Jeú não teve cuidado de an d ar com todo o 9Fizeram , pois, os centuriôes conform e tu d o
seu coração na lei do S en h or D eus de Israel, nem q uanto ordenara o sacerdote Joiada, to m an d o cada
se ap arto u dos pecados de Jeroboão, com que fez um os seus h om ens, tan to os que entravam no
pecar a Israel. sábado com o os que saíam no sábado; e foram ao
32Naqueles dias com eçou o S en h or a d im in u ir os sacerdote Joiada.
termos de Israel; porque Hazael os feriu em todas as IHE o sacerdote deu aos centuriôes as lanças e os
fronteiras de Israel. escudos que haviam sido do rei Davi, que estavam
33Desde o Jordão até ao nascente do sol, a toda na casa do S enhor .
a terra de Gileade; os gaditas, os rubenitas e os "E os da guarda se puseram , cada u m com as
m anassitas, desde Aroer, que está ju n to ao ribeiro arm as na m ão, desde o lado direito da casa até ao
de A rnom , a saber, Gileade e Basã. lado esquerdo da casa, do lado do altar, e do lado da
í4O ra o m ais dos atos de Jeú, tu d o quanto fez e todo casa, em redor do rei.
o seu p o d er,porventura não está escrito no livro das 12Então Joiada fez sair o filho do rei,e lhe pôs a coroa,
crônicas de Israel? e lhe deu o testem unho; e o fizeram rei, e o ungiram , e
35E Jeú d o rm iu com seus pais, e o sepultaram em bateram as palmas, e disseram: Viva o rei!
Samaria; e Jeoacaz, seu filho, reinou em seu lugar. ' JE Atalia, o uvindo a voz dos da guarda e do povo,
3hE os dias que Jeú reinou sobre Israel, em Samaria, foi ter com o povo, na casa do S enhor .
foram vinte e oito anos. I4E olhou, e eis que o rei estava ju n to à coluna, con­
form e o costum e, e os príncipes e os trom beteiros
A talia m anda m atar a fa m ília real ju n to ao rei, e to d o o povo da te rra estava alegre
1 VENDO, pois, Atalia, m ãe de Acazias, que e tocava as trom betas; então Atalia rasgou as suas
1 JL seu filho era m orto, levantou-se, e destruiu
toda a descendência real.
vestes, e clam ou: Traição! Traição!
l5Porém o sacerdote Joiada deu ord em aos cen-
2Mas Jeoseba, filha do rei Jorão, irm ã de Acazias, turiões que com andavam as tropas, dizendo-lhes:
to m o u a Joás, filho de Acazias, fu rta n d o -o dentre T irai-a p ara fo ra das fileiras, e a quem a seguir
os filhos do rei, aos quais m atavam , e o pôs, a ele e à m atai-o à espada. Porque o sacerdote disse: N ão a
sua am a na recâm ara, e o escondeu de Atalia, e assim m atem na casa do S enhor .
não o m ataram . “ E lançaram m ão dela; e ela foi, pelo cam inho da
3E esteve com ela escondido na casa do S enhor seis entrad a dos cavalos, à casa do rei, e ali a m ataram .
anos; e Atalia reinava sobre o país. I7E Joiada fez u m a aliança en tre o S en h or e o rei
e o povo, para que fosse o povo do S e n h o r ; com o
Joás escapa e é tingido rei tam bém entre o rei e o povo.
4E no sétim o ano enviou Joiada, e tom ou os cen- '"E ntão to d o o povo da terra e n tro u na casa de
turiões, com os capitães, e com os da guarda, e os Baal, e a d erru b aram , com o tam bém os seus altares,
colocou consigo na casa do S en h o r ; e fez com eles e as suas im agens, totalm ente quebraram , e a M atã,
um a aliança e ajuram entou-os na casa do S en h o r ; e sacerdote de Baal, m ataram diante dos altares; então
m ostrou-lhes o filho do rei. o sacerdote pôs oficiais sobre a casa do S enhor .
5E deu-lhes ordem , dizendo: Isto é o que haveis de I9E to m o u os centuriôes, e os capitães, e os da
fazer: U m a terça parte de vós, que entrais n o sábado, guarda, e to d o o povo da terra; e co n d u ziram da
fará a guarda da casa do rei. casa do S en h or , o rei, e foram , pelo ca m in h o da
6E outra terça parte estará à p o rta de Sur; e a outra p o rta dos da guarda, à casa do rei, e ele se assentou
terça p arte à porta detrás dos da guarda; assim fareis no tro n o dos reis.
a guarda desta casa, afastando a todos. 20E to d o o povo da te rra se alegrou, e a cidade

390
2REIS 11,12,13

repousou, depois que m ataram a Atalia, à espada, para repararem as fendas da casa do S enhor , e para
ju n to à casa do rei, tudo q u anto era necessário para reparar a casa.
2,Era Joás da idade de sete anos q u a n d o o fize­ l3Todavia, do d inheiro que se trazia à casa do
ram rei. S en h or não se faziam nem taças de prata, nem gar­
fos, nem bacias, nem trom betas, nem vaso algum de
Joás m anda reparar o leinplo ouro ou vaso de prata para a casa do S enhor .
N O ano sétim o de Jeú com eçou a reinar l4Porque o davam aos que faziam a obra, e repara­
Joás, e quarenta anos reinou em Jerusalém; vam com ele a casa do S enhor .
e era o nom e de sua m ãe Zíbia, de Berseba. 1’T am bém não pediam contas aos h o m en s em
2E fez Joás o que era reto aos olhos do S enhor todos cujas m ãos entregavam aquele dinheiro, p ara o
os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia. dar aos que faziam a obra, p orque procediam com
'T ão-som ente os altos não foram tirados; porque fidelidade.
ainda o povo sacrificava e queim ava incenso nos 1bM as o d in h eiro do sacrifício p o r delitos, e o
altos. dinheiro p o r sacrifício de pecados, não ie trazia à
4E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das casa do S en h or ; porque era para os sacerdotes.
coisas santas que se trouxer à casa do S enhor , a 1 rEntão subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra
saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, G ate, e a to m o u ; depois Hazael resolveu m archar
o dinheiro de cada um a das pessoas, segundo a sua contra Jerusalém.
avaliação, e to d o o dinheiro que trouxer cada um 18P orém Joás, rei de Judá, to m o u todas as coisas
voluntariam ente para a casa do S enhor , santas qu e Jeosafá, Jorão e Acazias, seus pais, reis de
5Os sacerdotes o recebam , cada u m dos seus Judá, consagraram , com o tam bém todo o ouro que
conhecidos; e eles mesmos reparem as fendas da se achou nos tesouros da casa do S enhor e n a casa
casa, toda a fenda que se achar nela. do rei e o m an d o u a Hazael, rei da Síria; e então se
‘ Sucedeu, porém , que, no ano vinte e três do rei desviou de Jerusalém.
Joás, os sacerdotes ainda não tin h am reparado as ‘“’O ra, o m ais dos atos de Joás, e tu d o q u an to fez,
fendas da casa. porventura não está escrito no livro das crônicas dos
'E n tão o rei Joás cham ou o sacerdote Joiada e os reis de Judá?
mais sacerdotes, e lhes disse: Por que não reparais as 20E levantaram -se os servos de Joás, e conspiraram
fendas da casa? Agora, pois, não tom eis mais dinheiro contra ele ferindo-o na casa de Milo, no caminho que
de vossos conhecidos, m as entregai-o para o reparo desce para Sila.
das fendas da casa. 21 P orque Jozacar, filho de Sim eate, e Jozabade,
SE con sentiram os sacerdotes em não tom arem filho de Som er, seus servos, o feriram , e m o rreu ,
mais dinheiro do povo, e em não repararem as fen­ e o sepultaram com seus pais na cidade de Davi. E
das da casa. Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.
’Porém o sacerdote Joiada to m o u um cofre e
fez u m buraco na tam pa; e a pôs ao pé do altar, à Jeoacaz e Jeoás, reis de Israel
m ão direita dos que entravam na casa do S en h o r ; 1 ^ N O ano vinte e três de Joás, filho de Acazias,
e os sacerdotes que guardavam a entrada da p o rta í J rei de Judá, com eçou a reinar Jeoacaz, filho
p u n h am ali todo o dinheiro que se trazia à casa dode Jeú, sobre Israel, em Sam aria, e reinou dezessete
S enhor . anos.
‘“Sucedeu que, vendo eles que já havia m uito -E fez o que era m au aos olhos do S en h o r ; p orque
d inheiro no cofre, o escrivão do rei subia com o seguiu os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que
sum o sacerdote, e contavam e ensacavam o dinheiro fez pecar a Israel; não se ap arto u deles.
que se achava na casa do S enhor . JPor isso a ira do S en h o r se acendeu contra Israel;
1 ‘E o dinheiro, depois de pesado, davam nas m ãos e entregou-os n a m ão de Hazael, rei da Síria, e na
dos que faziam a obra, que tinham a seu cargo a casa m ão de Ben-H adade, filho de Hazael, todos aqueles
do Senhor e eles o distribuíam aos carpinteiros e aos dias.
edificadores que reparavam a casa do S enhor . 4Porém Jeoacaz suplicou d iante da face do S enhor ;
l2C om o tam bém aos pedreiros e aos cabouquei­ e o S enhor ouviu; p orque viu a opressão de Israel,
ros; e para se com prar m adeira e pedras de cantaria pois o rei da Síria os oprim ia.

391
2 REIS 13,14

5E o S e n h o r deu um salvador a Israel, e saíram de Então disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha
sob as m ãos dos sírios; e os filhos de Israel habitaram do livram ento do S e n h o r é a flecha do livram ento
nas suas tendas, com o no passado contra os sírios; p orque ferirás os sírios; em Afeque,
6(C o n tu d o não se apartaram dos pecados da casa até os consum ir.
de Jeroboão, com que fez Israel pecar; porém ele lsDisse mais: Toma as flechas. E tom ou-as. Então
an d o u neles e tam bém o bosque ficou em pé em disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes,
Samaria). e cessou.
7Porque não deixou a Jeoacaz, do povo, senão só |l,E ntão o h o m em de D eus se in d ig n o u m u ito
cinqüenta cavaleiros, dez carros e dez mil hom ens contra ele, e disse: Cinco o u seis vezes a deverias
de pé, p orq u an to o rei da Síria os tinha d estruído e ter ferido; então feririas os sírios até os consum ir;
os tin h a feito com o o pó, trilhando-os. porém agora só três vezes ferirás os sírios.
sO ra, o m ais dos atos de Jeoacaz, e tu d o quanto fez,
e o seu poder, porventura não está escrito n o livro A m orte de E liseu
das crônicas dos reis de Israel? -"Depois m orreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tro ­
9E Jeoacaz d o rm iu com seus pais, e o sepultaram pas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano.
em Samaria; e Jeoás, seu filho, reinou em seu lugar. 2IE sucedeu que, en terra n d o eles um h om em ,
"’No ano trin ta e sete de Joás, rei de Judá, com eçou eis que viram u m a tro p a, e lançaram o hom em
a reinar Jeoás, filho de Jeoacaz, sobre Israel, em na sep u ltu ra de Eliseu; e, caindo nela o hom em , e
Samaria, e reinou dezesseis anos. to can d o os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou
11E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r; não se sobre os seus pés.
apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de 22E Hazael, rei da Síria, o p rim iu a Israel todos os
Nebate, com que fez Israel pecar,porém andou neles. dias de Jeoacaz.
l2O ra, o mais dos atos de Jeoás, e tudo quanto fez, 2,Porém o S enhor teve m isericórdia deles, e se com ­
e o seu poder, com que pelejou contra Amazias, rei padeceu deles, e tornou-se para eles p o r am or da sua
de Judá, porventura não está escrito no livro das aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não os quis des­
crônicas dos reis de Israel? truir, e não os lançou ainda da sua presença.
'■’E Jeoás d o rm iu com seus pais, e Jeroboão se 24E m o rreu Hazael, rei da Síria e B en-H adade, seu
assentou no seu trono; e Jeoás foi sepultado em filho, reinou em seu lugar.
Samaria, ju n to aos reis de Israel. 25E Jeoás, filho de Jeoacaz, to rn o u a to m ar as cida­
des das m ãos de B en-H adade, que ele tinha tom ado
E liseu adoece e Jeoás vem ter co m ele das m ãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes
l4E Eliseu estava doente da enferm idade de que Jeoás o feriu, e recuperou as cidades de Israel.
m orreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou
sobre o seu rosto, e disse: M eu pai, m eu pai, o carro A m a zia s m ata os assassinos de seu pai
de Israel, e seus cavaleiros! NO segundo ano de Jeoás, filho de Jeoacaz,
” E Eliseu lhe disse: Tom a u m arco e flechas. E
to m o u um arco e flechas.
M rei de Israel, com eçou a rein ar Amazias,
filho de Joás, rei de Judá.
l6Então disse ao rei de Israel: Põe a tua m ão sobre 2T inha vinte e cinco anos q uando com eçou a rei­
o arco. E pôs sobre ele a sua m ão; e Eliseu pôs as suas nar, e vinte e nove anos rein o u em Jerusalém. E era
m ãos sobre as do rei. o nom e de sua m ãe Joadã, de Jerusalém.
I7E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. 3E fez o que era reto aos olhos do S e n h o r, ainda que

Tocando os ossos de Eliseu, reviveu te de bronze no deserto (Nm 21.8,9) e a saliva do Senhor Jesus
(13.21) para curar o cego (Jo 9.6). Mas, em nenhuma ocasião, permi­
tiu a idolatria.
Catolicismo Romano. Afirma que este texto justifica a ve­
Ezequias, rei de Judá, despedaçou a serpente que Moisés ha­
neração às relíquias dos santos.
via feito, porque o povo estava lhe queimando incenso: 'E le ti­
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O milagre registrado na re- rou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e
<=■ ferência em estudo não promove ou justifica a veneração fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquan­
às relíquias. Deus usou diversos meios físicos para realizar mila­ to até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe
gres. como, por exemplo, a vara de Moisés (Êx 4.17), a serpen­ chamaram Neustã" (18.4).

392
2REIS 14

não com o seu pai Davi; fez, porém, conform e tudo I6E d o rm iu Jeoás com seus pais, e foi sepultado
o que fizera Joás seu pai. em Samaria, ju n to aos reis de Israel; e Jeroboão, seu
4Tão-som ente os altos não foram tirados; porque o filho, reinou em seu lugar.
povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. ' 7E viveu Amazias, filho de Joás, rei de Judá, depois
’Sucedeu que, sendo já o rein o c o n firm a d o na da m o rte de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel,
sua m ão, m a to u os servos q u e tin h a m m a tad o o quinze anos.
rei, seu pai. lsO ra, o m ais dos atos de Amazias,porventura não
'’Porém os filhos dos assassinos não m atou, com o está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?
está escrito no livro da lei de Moisés, no qual o Senho r |1,E conspiraram co n tra ele em Jerusalém, e fugiu
deu ordem , dizendo: N ão m atarão os pais por causa para Laquis; porém enviaram após ele até Laquis, e
dos filhos, e os filhos não m atarão por causa dos pais; o m ataram ali.
mas cada u m será m orto pelo seu pecado. 2UE o trouxeram em cim a de cavalos; e o sepultaram
7Este feriu a dez m il edom itas n o vale do Sal, e em Jerusalém, junto a seus pais, na cidade de Davi.
to m o u a Sela n a guerra; e cham ou-a Jocteel, até ao 21E to d o o povo de Judá to m o u a Azarias, que já
dia de hoje. era de dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de
"Então Amazias enviou mensageiros a Jeoás, filho Amazias, seu pai.
de Jeoacaz, filho de Jeú, rei de Israel, dizendo: Vem, 22Este edificou a Elate, e a restituiu a Judá, depois
vejam o-nos face a face. que o rei d o rm iu com seus pais.
'’Porém leoás, rei de Israel, enviou a Amazias, rei de
ludá, dizendo: O cardo que estava no Líbano m andou O reinado de Jeroboão II
dizer ao cedro que estava no Líbano: Dá tua filha por 2 ’No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei
m ulher a m eu filho; mas os animais do campo, que de Judá, começou a reinar em Samaria, Jeroboão, filho
estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo. de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos.
l0Na verdade feriste os m oabitas, e o teu coração 24E fez o que era m au aos olhos do S en h o r ; nu n ca se
se ensoberbeceu; gloria-te disso, e fica em tu a casa; aparto u de n en h u m dos pecados de Jeroboão, filho
e p o r que te entrem eterias n o mal, para caíres tu, e de N ebate, com que fez pecar a Israel.
Judá contigo? 25Tam bém este restituiu os term os de Israel, desde
1 'M as Amazias não o ouviu. E subiu Jeoás, rei de a entrad a de H am ate, até ao m ar da planície; co n ­
Israel, e Amazias, rei de Judá, e viram -se face a face, form e a palavra do S en h o r D eus de Israel, a qual
em Bete-Semes, que está em Judá. falara pelo m inistério de seu servo Jonas, filho do
UE Judá foi ferido diante de Israel, e fugiu cada um profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer.
para a sua tenda. 26P orque viu o S en h or que a m iséria de Israel era
I3E Jeoás, rei de Israel, to m o u a Amazias, rei de m uito am arga, e que nem havia escravo, n em absol­
Judá, filho de Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes; vido, nem quem ajudasse a Israel.
e veio a Jerusalém, e rom peu o m uro de Jerusalém, 27E ainda não falara o S en h or em apagar o no m e de
desde a p orta de Efraim até a p o rta da esquina, qua­ Israel de debaixo do céu; p orém os livrou p o r m eio
trocentos côvados. de Jeroboão, filho de Jeoás.
14E tom ou todo o ouro e a prata, e todos os vasos que 28O ra, o m ais dos atos de Jeroboão, tu d o q u anto
se acharam na casa do Senhor e nos tesouros da casa do fez, e seu poder, com o pelejou, e com o restitu iu a
rei, como também os reféns e voltou para Samaria. Damasco e a H am ate, pertencentes a Judá, sendo rei
’’O ra, o m ais dos atos de Jeoás, o que fez e o seu em Israel, porventura não está escrito no livro das
poder, e com o pelejou contra Amazias, rei de Judá, crônicas de Israel?
porventura não está escrito n o livro das crônicas dos 29E Jeroboão d o rm iu com seus pais, com os reis de
reis de Israel? Israel; e Zacarias, seu filho, reinou em seu lugar.

Jeroboão dormiu com seus pais "dormir com seus pais" (2.10; 11.21,43; 14.20), “sono de Lázaro"
(14.29) (Jo 11.11) e “crentes que estão adormecidos no Senhor" (1Ts 4.13;
1Co 15.51).
Testemunhas de Jeová. Para indicar que “quando alguém
morre, deixa de existir completamente, não está ciente de __o RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 real sentido dessas pas-
nada", citam as passagens bíblicas que contêm expressões como sagens precisa ser compreendido. A Bíblia fala de pes-

393
2REIS 15

Azarias, rei de Ju d á e veio a Samaria; e feriu a Salum , filho de Jabes, em


N O ano vinte e sete de Jeroboão, rei de Samaria, e o m atou, e rein o u em seu lugar.
Israel, com eçou a rein ar A zarias, filho de l5O ra, o m ais dos atos de Salum , e a conspiração
Amazias, rei de Judá. que fez, eis que está escrito n o livro das crônicas dos
2T inha dezesseis anos q uando com eçou a reinar, e reis de Israel.
cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém; e era o l6E n tão M enaém feriu a Tifsa, e a to d o s os que
no m e de sua m ãe Jecolias, de Jerusalém. nela havia, com o ta m b é m a seus term o s desde
3E fez o que era reto aos olhos do S e nho r , conform e T irza, p o rq u e n ão lha tin h a m aberto; e os feriu,
tu d o o que fizera Amazias, seu pai. pois, e a to d as as m u lh eres grávidas fendeu pelo
4T ão-som ente os altos não foram tirados; porque m eio.
o povo ainda sacrificava e queim ava incenso nos
altos. M e n a é m reina
5E o Se n h o r feriu o rei, e ficou leproso até ao dia da sobre Israel
sua m orte; e h ab ito u nu m a casa separada; porém 1'D esde o ano trin ta e nove de Azarias, rei de Judá,
Jotão, filho do rei, tinha o cargo da casa, julgando o M enaém , filho de G adi, com eçou a rein ar sobre
povo da terra. Israel, e reinou dez anos em Samaria.
AO ra, o m ais dos atos de Azarias, e tu d o o que fez, 18E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r ; todos os
porventura não está escrito no livro das crônicas dos seus dias não se ap arto u dos pecados de Jeroboão,
reis de Judá? filho de N ebate, com q ue fez pecar a Israel.
7E Azarias d o rm iu com seus pais e o sepultaram 19Então veio Pul, rei da Assíria, co n tra a terra; e
ju n to a seus pais, na cidade de Davi; e Jotão, seu M enaém d eu a Pul m il talentos de prata, p ara que
filho, reinou em seu lugar. este o ajudasse a firm ar o reino na sua mão.
20E M enaém tiro u este dinheiro de Israel, de todos
Zacarias reina seis m eses os poderosos e ricos, para dá-lo ao rei da Assíria, de
8No ano trin ta e oito de Azarias, rei de Judá, reinou cada hom em cinqüenta siclos de prata; assim voltou
Zacarias, filho de Jeroboão, sobre Israel, em Sama- o rei da Assíria, e não ficou ali n a terra.
ria, seis meses. 2'O ra, o m ais dos atos de M enaém , e tu d o quanto
9E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r , com o fez,porventura não está escrito no livro das crônicas
tin h am feito seus pais; nunca se aparto u dos peca­ dos reis de Israel?
dos de Jeroboão, filho de N ebate, com que fez pecar 22E M enaém d o rm iu com seus pais; e Pecaías, seu
a Israel. filho, reinou em seu lugar.
10E Salum, filho de Jabes, conspirou co n tra ele e
feriu-o diante do povo, e m atou-o; e reinou em seu Pecaías rei de Israel
lugar. 23No ano cinqüenta de Azarias, rei de Judá, com e­
" O ra , o m ais dos atos de Zacarias, eis que está çou a reinar Pecaías, filho de M enaém , sobre Israel,
escrito no livro das crônicas dos reis de Israel. em Samaria, e rein o u dois anos.
12Esta fo i a palavra do Se nho r , que falou a Jeú: Teus 24E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r ; nu n ca
filhos, até à q u arta geração, se assentarão sobre o se aparto u dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate,
tro n o de Israel. E assim foi. com que fez pecar a Israel.
25E Peca, filho de Remalias, seu capitão, conspirou
S a lu m reina e m S am aria u m m ês co n tra ele, e o feriu em Sam aria, no paço d a casa
' ’Salum, filho de Jabes, com eçou a reinar no ano do rei, ju n tam en te com A rgobe e com Arié, e com
trin ta e nove de Uzias, rei de Judá, e reinou um mês ele cinqüenta h om ens dos filhos dos gileaditas; e o
inteiro em Samaria. m atou, e reinou em seu lugar.
14Porque M enaém , filho de Gadi, subiu de Tirza, 26O ra, o m ais dos atos de Pecaías, e tu d o q u an to

soas conscientes na presença de Deus depois de mortas ção. Enquanto o espírito e a alma do crente não estão sujei­
(2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 6.9). As palavras “descanso" ou “sono” tos à condição do corpo (Lc 12.4), o corpo descansa. Por ou­
são figuras apropriadas para se referir à morte do corpo (Mt tro lado, a alma do ímpio está em lugar de tormento consciente
27.52). Essa morte é temporária, e o corpo espera a ressurrei­ (Lc 16.22-26).

394
2REIS 15,16

fez, eis que está escrito n o livro das crônicas dos reis ’P orque a n d o u n o cam in h o dos reis de Israel, e
de Israel. até a seu filho fez passar pelo fogo, segundo as abo­
27No ano cinqüenta e dois de Azarias, rei de Judá, m inações dos gentios que o Se n h o r lançara fora de
com eçou a reinar Peca, filho de Remalias, sobre diante dos filhos de Israel.
Israel, em Samaria, e reinou vinte anos. 4Tam bém sacrificou, e queim ou incenso nos altos
2tlE fez o que era m au aos olhos do Se n h o r ; nunca e nos outeiros, com o tam b ém debaixo de todo o
se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, arvoredo.
com que fez pecar a Israel. ’E ntão su b iu Rezim , rei da Síria, co m Peca,
2‘'Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, filho de Rem alias, rei de Israel, a Jerusalém , p ara
rei da Assíria, e to m o u a Ijom , a Abel-Bete-Maaca, a pelejar; e cercaram a Acaz, p o rém n ão o p u d e ra m
Janoa, e a Q uedes, a Hazor, a Gileade, e a Galiléia, e vencer.
a toda a terra de Naftali, e os levou à Assíria. 6N aquele m esm o tem po Rezim, rei da Síria, resti­
ínE Oséias, filho de Elá, conspirou co n tra Peca, tu iu Elate à Síria, e lançou fora de Elate os judeus;
filho de Remalias, e o feriu, e o m atou, e reinou em e os sírios vieram a Elate, e habitaram ali até ao dia
seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de Uzias. de hoje.
3'O ra, o m ais dos atos de Peca, e tu d o q uanto fez, 7E Acaz enviou m ensageiros a Tiglate-Pileser, rei
eis que está escrito no livro das crônicas dos reis de da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe,
Israel. e livra-m e das m ãos d o rei da Síria, e das m ãos do rei
de Israel, que se levantam co n tra m im .
jo tã o rei de Ju d á 8E tom o u Acaz a prata e o o u ro que se achou na casa
32N o ano segundo de Peca, filho de Remalias, rei do S enhor , e nos tesouros da casa do rei, e m an d o u
de Israel, com eçou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei um presente ao rei da Assíria.
de Judá. 9E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da
33T in h a v in te e cinco an o s de idade q u a n d o Assíria subiu co n tra D am asco, e to m o u -a e levou
co m eço u a reinar, e re in o u dezesseis an o s em cativo o povo para Q uir, e m ato u a Rezim.
Jerusalém ; e era o n o m e de sua m ãe Jerusa, filha "’Então o rei Acaz foi a D am asco, a encontrar-se
de Z adoque. com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo u m altar
34E fez o que era reto aos olhos do S e n h o r ; fez con­ que estava em Damasco, o rei Acaz enviou ao sacer­
form e tudo q uanto fizera seu pai Uzias. dote Urias o desenho e o m odelo do altar, conform e
35T ão-som ente os altos não foram tirados; porque toda a sua feitura.
o povo ainda sacrificava e queim ava incenso nos 1 'E Urias, o sacerdote, edificou um altar conform e
altos. Este edificou a p o rta alta da casa do Senho r . tudo o que o rei Acaz lhe tin h a enviado de Damasco;
36O ra, o m ais dos atos de Jotão, e tudo quanto fez, assim o fez o sacerdote Urias, antes que o rei Acaz
porventura não está escrito no livro das crônicas dos viesse de Damasco.
reis de Judá? ' 2Vindo, pois, o rei de D am asco, viu o altar; e o rei
37Naqueles dias com eçou o Se n h o r a enviar contra se chegou ao altar, e sacrificou nele.
Judá a Rezim, rei da Síria, e a Peca, filho de Rema­ ' 3E q u eim o u o seu holocausto, e a sua oferta de
lias. alim entos, e d erram o u a sua libação, e espargiu o
38E Jotão d o rm iu com seus pais, e foi sepultado sangue dos seus sacrifícios pacíficos sobre o altar.
ju n to a seus pais, na cidade de Davi, seu pai; e Acaz, l4P orém o altar de cobre, qu e estava p eran te o
seu filho, reinou em seu lugar. S e n h o r , ele tiro u de d iante d a casa, de en tre o seu
altar e a casa do Senhor , e pô-lo ao lado do altar, do
A caz, rei de Ju d á lado do norte.
N O ano dezessete de Peca, filho de Rem a­ ' SE o rei Acaz o rdenou a Urias, o sacerdote, dizendo:
lias, com eçou a reinar Acaz, filho de Jotão, Q ueim a no grande altar o holocausto da m anhã,
rei de Judá. com o tam bém a oferta de alim entos da noite, o
2Tinha Acaz vinte anos de idade quando com eçou holocausto do rei e a sua oferta de alim entos, e o
a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém , e holocausto de todo o povo da terra, a sua oferta de
não fez o que era reto aos olhos do S e n h o r seu Deus, alimentos, as suas ofertas de bebidas e to d o o san­
com o Davi, seu pai. gue dos holocaustos, e to d o o sangue dos sacrifícios

395
2 REIS 16,17

espargirás nele; p orém o altar de cobre será para "E andaram nos estatutos das nações que o Se nho r
m im , para Meie inquirir. lançara fora de diante dos filhos de Israel, e nos dos
I6E fez Urias, o sacerdote, conform e tu d o quanto o reis de Israel, que eles fizeram.
rei Acaz lhe ordenara. 9E os filhos de Israel fizeram secretam ente coisas
I7E o rei Acaz cortou as cintas das bases, e de cim a que não eram retas, co n tra o S e n h o r seu Deus; e
delas to m o u a pia, e tiro u o m ar de sobre os bois de edificaram altos em todas as suas cidades, desde a
cobre, que estavam debaixo dele, e pô-lo sobre um torre dos atalaias até à cidade fortificada.
pavim ento de pedra. I0E levantaram ,para si, estátuas e im agens do b o s­
l8Tam bém a coberta que, para o sábado, edifica­ que, em todos os altos outeiros, e debaixo de todas
ram na casa, e a entrada real externa, retirou da casa as árvores verdes.
do Senhor , p o r causa do rei da Assíria. “ E q u eim aram ali incenso em to d o s os altos,
l9O ra, o m ais dos atos de Acaz e o que fez,porven­ com o as nações, que o Se n h o r expulsara de diante
tura não está escrito no livro das crônicas dos reis deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira
de Judá? o S enhor .
20E d o rm iu Acaz com seus pais, e foi sepultado I2E serviram os ídolos, dos quais o S e n h o r lhes
ju n to a seus pais, na cidade de Davi; e Ezequias, seu dissera: N ão fareis estas coisas.
filho, reinou em seu lugar. ME o Sen h o r advertiu a Israel e a Judá, pelo m inis­
tério de todos os profetas e de to d o s os videntes,
Oséias, rei de Israel dizendo: Convertei-vos de vossos m aus cam inhos,
1 ^ N O ano duodécim o de Acaz, rei de Judá, e guardai os m eus m andam entos e os m eus estatu­
X / com eçou a reinar Oséias, filho de Elá, e tos, conform e toda a lei que ordenei a vossos pais e
reinou sobre Israel, em Sam aria, nove anos. que eu vos enviei pelo m inistério de m eus servos,
aE fez o que era m au aos olhos do Senho r , contudo os profetas.
não com o os reis de Israel que foram antes dele. MPorém não deram ouvidos; antes endureceram
3C o n tra ele subiu Salm aneser, rei da A ssíria; e a sua cerviz, com o a cerviz de seus pais, qu e não
Oséias ficou sendo servo dele, e pagava-lhe t r i ­ creram n o Se n h o r seu Deus.
butos. !,E rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança
■'Porém o rei da Assíria achou em Oséias conspira­ que fizera com seus pais, com o tam b ém as suas
ção; porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e advertências, com qu e p ro testara co n tra eles; e
não pagava tributos ao rei da Assíria cada ano, com o seguiram a vaidade, e to rn aram -se vãos; com o
dantes; então o rei da Assíria o encerrou e aprisio­ tam bém seguiram as nações, que estavam ao redor
n o u na casa do cárcere. deles, das quais o Se n h o r lhes tinha ordenado que
5P orque o rei da Assíria subiu p o r to d a a terra, e não as imitassem.
veio até Samaria, e a cercou três anos. “ E d eix aram to d o s os m a n d am e n to s do Se n h o r
6No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tom ou a seu D eus, e fizeram im ag en s de fu n d ição , dois
Samaria, e levou Israel cativo para a Assíria; e fê-los bezerro s; e fizeram um íd o lo d o b o sq u e, e a d o ­
habitar em Haia e em H abor ju n to ao rio de Gozã, e ra ra m p era n te to d o o exército do céu, e serviram
nas cidades dos medos, a Baal.
7Porque sucedeu que os filhos de Israel pecaram l7Tam bém fizeram passar pelo fogo a seus filhos e
co n tra o Se n h o r seu D eus, que os fizera subir da suas filhas, e deram -se a adivinhações, e criam em
terra do Egito, de debaixo da m ão de Faraó, rei do agouros; e venderam -se para fazer o que era m au aos
Egito; e tem eram a outros deuses. olhos do Se nho r , para o provocarem à ira.

Oséias [...] enviara mensageiros a Sô, rei do Egito seja dirimida. O nome Sô também pode ser traduzido por Sais.
(17.4) a capital de Tefnakht. Desse modo, a redação correta desta
passagem seria: "Oséias [...] enviara mensageiros a Sais, rei
Ceticismo. Questiona a legitimidade deste texto, afirman­
do Egito".
do que não acha amparo no restante da Bíblia que testifique
A TLH apresenta o seguinte texto alternativo: "... ao rei do Egito,
a veracidade da existência de um rei egípcio chamado Sô.
em Sais". A palavra Sô na Bíblia, como esclarecido, não corres­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É necessário um esclare­ ponde ao nome do monarca, mas, sim, à cidade-capital do reino
ci» cimento sobre o idioma hebraico para que esta dúvida egípcio, o que desconstitui a tese de erro.

396
2 REIS 17,18

l8P o rtan to o Se n h o r m uito se ind ig n o u contra ,2Tam bém tem iam ao Se n h o r ; e dos mais baixos do
Israel, e os tiro u de diante da sua face; nada m ais povo fizeram sacerdotes dos lugares altos, os quais
ficou, senão som ente a tribo de Judá. lhes faziam o ministério nas casas dos lugares altos.
l9Até Judá não guard o u os m a n d am en to s do 33Assim tem iam ao Se n h o r , m as também serviam a
Se n h o r seu Deus; antes andaram nos estatutos de seus deuses, segundo o costum e das nações dentre
Israel, que eles fizeram. as quais tin h am sido transportados.
2HPor isso o Se n h o r rejeitou a toda a descendência 34Até ao dia de hoje fazem segundo os p rim ei­
de Israel, e os oprim iu, e os deu nas m ãos dos despo- ros costum es; não tem em ao Se nho r , n em fazem
jadores, até que os expulsou da sua presença. segundo os seus estatutos, segundo as suas o rd e­
2'P o rq ue rasgou a Israel da casa de Davi; e eles nanças, segundo a lei e segundo o m an d am en to
fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate. E Jeroboão que o Se n h o r ordenou aos filhos de Jacó, a quem deu
aparto u a Israel de seguir ao Senho r , e os fez com eter o nom e de Israel.
um grande pecado. 3,C o n tu d o o Se n h o r tin h a feito um a aliança com
22Assim an d aram os filhos de Israel em todos os eles, e lhes ordenara, dizendo: N ão tem ereis a outros
pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se aparta­ deuses, nem vos inclinareis d ian te deles, nem os
ram deles; servireis, nem lhes sacrificareis.
23Até que o Se n h o r tirou a Israel de diante d a sua ,6M as o Senho r , que vos fez subir da terra do Egito
presença, com o falara pelo m inistério de todos os com gran d e força e com braço estendido, a este
seus servos, os profetas; assim foi Israel expulso da temereis, e a ele vos inclinareis e a ele sacrificareis.
sua terra à Assíria até ao dia de hoje. ,7E os estatutos, as ordenanças, a lei e o m a n d a­
m ento, que vos escreveu, tereis cuid ad o de fazer
O rei da Assíria leva para Sam aria todos os dias; e não tem ereis a o u tro s deuses.
m uito s estrangeiros 38E da aliança que fiz convosco não vos esquecereis;
24E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de e não tem ereis a o utros deuses.
Cuta, de Ava, de H am ate e Sefarvaim, e a fez habitar 39Mas ao Se n h o r vosso D eus tem ereis, e ele vos
nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; livrará das m ãos de todos os vossos inimigos.
e eles tom aram a Sam aria em herança, e habitaram '“'Porém eles não ouviram ; antes fizeram segundo
nas suas cidades. o seu prim eiro costum e.
25E sucedeu que, n o princípio da sua habitação ali, 41Assim estas nações tem iam ao Se n h o r e serviam
não tem eram ao Se n h o r ; e o Se n h o r m andou entre as suas im agens de escultura; tam bém seus filhos,
eles, leões, que m ataram a alguns deles. e os filhos de seus filhos, com o fizeram seus pais,
26Por isso falaram ao rei da Assíria, dizendo: A assim fazem eles até ao dia de hoje.
gente que transportaste e fizeste habitar nas cidades
de Samaria, não sabe o costum e do Deus da terra; E zequias restabelece o cu lto do S eniior
assim m an d o u leões entre ela, e eis que a m atam , E SUCEDEU que, n o terceiro ano de Oséias,
po rquanto não sabe o culto do D eus da terra. filho de Elá, rei de Israel, com eçou a reinar
27Então o rei da Assíria m a n d o u dizer: Levai ali um Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite 2T inha v in te e cinco anos de idade q u an d o
lá, e ele lhes ensine o costum e do Deus da terra. com eçou a reinar, e vinte e nove anos reinou em
28Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram Jerusalém ; e era o n o m e de sua m ãe Abi, filha de
de Samaria, e habitou em Betei, e lhes ensinou com o Zacarias.
deviam tem er ao Senho r . 3E fez o que era reto aos olhos do Senho r , conform e
29Porém cada nação fez os seus deuses, e os puse­ tu d o o que fizera Davi, seu pai.
ram nas casas dos altos que os sam aritanos fizeram, 4Ele tiro u os altos, q u eb ro u as estátuas, deitou
cada nação nas cidades, em que habitava. abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de
30E os de Babilônia fizeram Sucote-Benote; e os de m etal que Moisés fizera; p o rq u an to até àquele dia
Cuta fizeram Nergal; e os de H am ate fizeram Asima. os filhos de Israel lhe queim avam incenso, e lhe
31E os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvi- cham aram Neustã.
tas queimavam seus filhos no fogo a A dram eleque, 5No Se n h o r Deus de Israel confiou, de m aneira que
e a Anameleque, deuses de Sefarvaim. depois dele não houve quem lhe fosse semelhante

397
2 REIS 18

entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Q ue co n ­
antes dele. fiança é esta em que te estribas?
AP orque se chegou ao Sen h o r , não se apartou dele, 20Dizes tu (p o rém são palavras só de lábios): Há
e g u ard o u os m andam entos que o Se n h o r tinha conselho e p o d er p ara a guerra. Em quem , pois,
dado a Moisés. agora confias, que co n tra m im te rebelas?
7 Assim foi o S e n h o r com ele; para onde quer que 2'Eis que agora tu confias naquele bordão de cana
saía se conduzia com prudência; e se rebelou contra quebrada, no Egito, no qual, se alguém se encostar,
o rei da Assíria, e não o serviu. entrar-lhe-á pela m ão e a furará; assim é Faraó, rei
“Ele feriu os filisteus até Gaza, com o tam b ém os do Egito, para com todos os que nele confiam.
seus term os, desde a torre dos atalaias até à cidade “ Se, porém , m e disserdes: N o Se n h o r nosso Deus
fortificada. confiamos; porventura n ã o é esse aquele cujos altos
9E sucedeu, no q uarto ano do rei Ezequias (que era e cujos altares Ezequias tiro u , dizendo a Judá e a
o sétim o ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel), Jerusalém: P erante este altar vos inclinareis em
que Salmaneser, rei da Assíria, subiu contra Sama- Jerusalém?
ria, e a cercou. 2,O ra, pois, dá agora reféns ao m eu senhor, o rei da
I0E a tom aram ao fim de três anos, no ano sexto de Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar
Ezequias, que era o ano nono de Oséias, rei de Israel, cavaleiros para eles.
quando to m aram Samaria. 24C om o, pois, farias virar o rosto de u m só capitão
" E o rei da Assíria tran sp o rto u a Israel para a Assí­ dos m enores servos de m eu senhor, q u an d o tu con­
ria; e os fez levar a Haia e a Habor, ju n to ao rio de fias n o Egito, p o r causa dos carros e cavaleiros?
Gozã, e às cidades dos m edos; 25Agora, pois, subi eu porventura sem o Se n h o r
l2P orquanto não obedeceram à voz do Sen h o r co n tra este lugar, p ara o destruir? O Se n h o r me
seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.
q u anto Moisés, servo do Se n h o r , tin h a ordenado, -'‘Então disse Eliaquim , filho de H ilquias, e Sebna
nem o ouviram nem o fizeram. e Joá, a Rabsaqué: Rogam os-íe que fales aos teus
servos em siríaco; p orque bem o entendem os; e não
S enaqueribe invade Ju d á nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está
'•’Porém no ano décim o q u arto do rei Ezequias em cim a do m uro.
subiu Senaqueribe, rei da Assíria, co n tra todas as 27P orém R absaqué lhes disse: Porventura m a n ­
cidades fortificadas de Judá, e as tom ou. d o u -m e m eu sen h o r som ente a teu sen h o r e a ti,
l4Então Ezequias, rei de Judá, enviou ao rei da para falar estas palavras e não antes aos hom ens,
Assíria, a Laquis, dizendo: Pequei; retira-te de mim; que estão sentados em cim a do m uro, p ara que
tu d o o que m e im puseres suportarei. Então o rei ju n ta m e n te convosco com am o seu excrem ento e
da Assíria im pôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos bebam a sua urina?
talentos de prata e trin ta talentos de ouro. 2sRabsaqué, pois, se pôs em pé, e clam ou em alta
15Assim deu Ezequias toda a prata que se achou na voz em judaico, e respondeu, dizendo: O uvi a pala­
casa do Se nho r e nos tesouros da casa do rei. vra do grande rei, do rei da Assíria.
l6Naquele tem po cortou Ezequias o ouro das portas 29Assim diz o rei: N ão vos engane Ezequias; porque
do tem plo do Senhor , e das om breiras, de que ele, rei não vos poderá livrar da sua mão;
de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria. í(lN em tam p o u co vos faça Ezequias confiar no
17C o n tudo enviou o rei da Assíria a Tartã, e a Rabe- S enho r , dizendo: C ertam ente nos livrará o Senho r ,
Saris, e a Rabsaqué, de Laquis, com grande exército e esta cidade não será entregue na m ão do rei da
ao rei Ezequias, a Jerusalém ; subiram , e vieram a Assíria.
Jerusalém. E, subindo e vindo eles, pararam ao pé 3'N ão deis ouvidos a Ezequias; p orque assim diz o
do aqueduto da piscina superior, que está ju n to ao rei da Assíria: C ontratai com igo p o r presentes, e saí
cam inho do cam po do lavandeiro. a m im , e com a cada u m da sua vide e da sua figueira,
I8E cham aram o rei; e saíram a eles Eliaquim , filho e beba cada um a água da sua cisterna;
de Hilquias, o m ordom o, e Sebna, o escrivão, e Joá, ,2Até que eu venha, e vos leve p ara um a terra com o
filho de Asafe, o cronista. a vossa, terra de trig o e de m osto, te rra de pão e
I9E R absaqué lhes disse: O ra, dizei a Ezequias: de vinhas, te rra de oliveiras, de azeite e de mel; e

398
2REIS 18,19

assim vivereis, e não m orrereis; e não deis ouvidos l0Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: N ão te
a Ezequias; porque vos incita, dizendo; O Se n h o r engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jeru­
nos livrará. salém não será entregue n a m ão do rei da Assíria.
i3Porventura os deuses das nações p uderam livrar, 1 'Eis que já tens ouvido o q ue fizeram os reis da
cada u m a sua terra, das m ãos do rei da Assíria? Assíria a todas as terras, destruindo-as totalm ente;
14Q ue é feito dos deuses de H am ate e de Arpade? e tu, te livrarás?
Q ue é feito dos deuses de Sefarvaim , H ena e Iva? ,2Porventura as liv raram os deuses das nações, a
Porventura livraram a Sam aria da m inha mão? quem m eus pais destruíram , como a Gozã, a Harã,
35Q uais são eles, dentre todos os deuses das terras, a Rezefe, e aos filhos de Éden, que estavam em
que livraram a sua terra da m inha m ão, para que o Telassar?
Se n h o r livrasse a Jerusalém da m inha mão? ' ''Que é feito do rei de H am ate, do rei de Arpade, e
36Porém calou-se o povo, e não lhe respondeu um a do rei da cidade de Sefarvaim, H ena e Iva?
só palavra; porque m andado do rei havia, dizendo: 14Recebendo, pois, Ezequias as cartas das m ãos dos
Não lhe respondereis. m ensageiros e lendo-as, subiu à casa do Se n h o r ; e
37Então Eliaquim , filho de Hilquias, o m ordom o, Ezequias as estendeu p erante o Se nho r .
e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, I5E o ro u Ezequias p eran te o Se n h o r e disse: Ó
vieram a Ezequias com as vestes rasgadas, e lhe fize­ Se n h o r Deus de Israel, que habitas entre os q u eru ­
ram saber as palavras de Rabsaqué. bins, tu m esm o, só tu és D eus de todos os reinos da
terra; tu fizeste os céus e a terra.
E zequias ora na casa do S e k u o r ‘'’Inclina, Se n h o r , o teu ouvido, e ouve; abre,
E ACONTECEU que, tendo Ezequias ouvido Se n h o r , os teus olhos, e olha; e ouve as palavras
isto, rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco, de Senaqueribe, que enviou a este, p ara afro n tar
e entrou na casa do Senhor . o D eus vivo.
2Então enviou a Eliaquim , o m ordom o, e a Sebna, 17Verdade é, ó Se nho r , que os reis da Assíria assola­
o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de ram as nações e as suas terras.
sacos, ao profeta Isaías, filho de Amós. ,8E lançaram os seus deuses n o fogo; p o rq u an to
3E disseram -lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia não eram deuses, m as o b ra de m ãos de hom ens,
de angústia, de vituperação e de blasfêmia; porque m adeira e pedra; p o r isso os destruíram .
os filhos chegaram ao parto, e não há força para l9Agora, pois, ó Se n h o r nosso D eus, te suplico,
dá-los à luz. livra-nos da sua m ão; e assim saberão todos os rei­
4Bem pode ser que o Se n h o r teu D eus ouça todas as nos da terra que só tu és o S e n ho r Deus.
palavras de Rabsaqué, a quem enviou o seu senhor,
o rei da Assíria, para afro n tar o D eus vivo, e para Isaías conforta a E zequias
vituperá-lo com as palavras que o Senho r teu Deus 20Então Isaías, filho de Am ós, m an d o u dizer a Eze­
tem ouvido; faze, pois, oração pelo restante que quias: Assim diz o Se n h o r D eus de Israel: O que m e
subsiste. pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, ouvi.
5E os servos do rei Ezequias foram a Isaías. 2‘Esta é a palavra qu e o Se n h o r falou dele: A vir­
6E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: gem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba; a filha
Assim diz o S e n h o r : N ão tem as as palavras que de Jerusalém m eneia a cabeça p o r detrás de ti.
ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me 22A quem afrontaste e blasfemaste? E co n tra quem
blasfemaram. alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? C ontra
7Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um o Santo de Israel?
ru m o r, e voltará para a sua terra; à espada o farei 23Por m eio de teus m ensageiros afrontaste o
cair na sua terra. Senhor, e disseste: C om a m ultidão de m eus carros
sVoltou, pois, Rabsaqué, e achou o rei da Assíria subi ao alto dos m ontes, aos lados do Líbano, e cor­
pelejando contra Libna, porque tinha ouvido que o tarei os seus altos cedros e as suas m ais form osas
rei havia partido de Laquis. faias, e entrarei nas suas pousadas extrem as, até no
“E, ouvindo ele dizer de Tiraca, rei da Etiópia: Eis bosque do seu cam po fértil.
que saiu para te fazer guerra; to rn o u a enviar m en ­ 24Eu cavei, e bebi águas estranhas; e com as plantas
sageiros a Ezequias, dizendo: de m eus pés sequei todos os rios do Egito.

399
2 REIS 19,20

25Porventura não ouviste que já dantes fiz isto, e N isroque, seu deus, A dram eleque e Sarezer, seus
já desde os dias antigos o planejei? Agora, porém, o filhos, o feriram à espada; p o rém eles escaparam
fiz vir, para que fosses tu que reduzisses as cidades p ara a terra de A rarate; e E sar-H adom , seu filho,
fortificadas a m ontões desertos. reinou em seu lugar.
26Por isso os m oradores delas, com pouca força,
ficaram pasm ados e confundidos; eram como a erva E zeq u ia s adoece
do cam po, e a hortaliça verde, e o feno dos telhados, NAQUELES dias adoeceu Ezequias m o r­
e o trigo queim ado, antes de am adurecer. talm ente; e o profeta Isaías, filho de Amós,
27Porém o teu assentar, e o teu sair e o teu entrar, e veio a ele e lhe disse: Assim diz o Se n h o r : Põe em
o teu furor contra m im , eu o sei. ordem a tua casa, p orque m orrerás, e não viverás.
28Por causa do teu furor contra m im , e porque a tua 2E ntão v iro u o rosto para a parede, e o ro u ao
revolta subiu aos m eus ouvidos, p o rta n to porei o Se nho r , dizendo:
m eu anzol no teu nariz e o m eu freio n os teus lábios, 3Ah, Se n h o r ! Suplico-te lem b rar de que andei
e te farei voltar pelo cam inho p o r onde vieste. diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e
29E isto te será p o r sinal; este ano se com erá o que fiz o que era b o m aos teus olhos. E chorou Ezequias
nascer po r si m esm o, e no ano seguinte o que daí m uitíssim o.
proceder; porém , no terceiro ano sem eai e segai, ■•Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído
plantai vinhas, e com ei os seus frutos. do m eio do pátio, veio a ele a palavra do Senho r
3(,P orque o que escapou da casa de Judá, e restou, dizendo:
to rn ará a lançar raízes p ara baixo, e dará fru to para ’Volta, e dize a Ezequias, capitão do m eu povo:
cima. Assim diz o Se n h o r , o D eus de Davi, teu pai: O uvi a
31Porque de Jerusalém sairá o restante, e do m onte tu a oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei;
Sião o que escapou; o zelo do Se n h o r dos Exércitos ao terceiro dia subirás à casa do Senho r .
fará isto. hE acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das
32Portanto, assim diz o Se nho r acerca do rei da Assí­ m ãos do rei da Assíria te livrarei,« ti e a esta cidade; e
ria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha am pararei esta cidade p o r am o r de m im , e p o r am or
alguma; tam pouco virá perante ela com escudo, nem de Davi, m eu servo.
levantará contra ela trincheira alguma. 7Disse m ais Isaías: Tomai um a pasta de figos. E a
33Pelo cam inho p o r on d e vier, po r ele voltará; tom aram , e a puseram sobre a chaga; e ele sarou.
porém nesta cidade não entrará, diz o Senho r . 8E Ezequias disse a Isaías: Q ual é o sinal de que o
14Porque eu am pararei a esta cidade, para a livrar, Se n h o r m e sarará, e de que ao terceiro dia subirei à
p o r am or de m im e po r am or do m eu servo Davi. casa do Se n h o r ?
‘‘Disse Isaías: Isto te será sinal, da parte do Senhor , de
D eus fe re os assírios e livra Ju d á que o Senho r cum prirá a palavra que disse: Adiantar-
35Sucedeu, pois, que naquela m esm a noite saiu se-á a som bra dez graus, ou voltará dez graus atrás?
o anjo do S e n h o r , e feriu n o arraial dos assírios a 1 “E ntão disse Ezequias: É fácil que a som bra
cento e oitenta e cinco m il deles; e, levantando-se decline dez graus; n ão seja assim, m as volte a som ­
pela m anhã cedo, eis que todos eram cadáveres. bra dez graus atrás.
36Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, 1 'E n tão o p ro feta Isaías clam ou ao Se n h o r ; e fez
e voltou e ficou em Nínive. voltar a so m b ra dez graus atrás, pelos graus que
37E sucedeu que, estando ele p rostrado na casa de tinha declinado no relógio de sol de Acaz.

E fez voltar a sombra dez graus atrás 2Co 4.6), desmerecem a Bíblia (a revelação escrita) quando o as­
(20.11) sunto envolve os divinos poderes sobrenaturais.
O texto em destaque está-se referindo a um episódio que ja­
Deísmo. Ensina que Deus não intervém no mundo com
mais poderiamos esperar ou crer se nos apegássemos tão-so-
rthL ações sobrenaturais.
mente às expectativas humanas, pois se trata, literalmente, de
RESPOSTAAPOLOGÉTICA: É notável a aplicabilidade da uma "volta no tempo", mas sem necessariamente alterar seus
<=> frase "um abismo chama outro abismo" (SI 42.7) quando acontecimentos.
se observa o profundo mergulho dos deístas em seus desvarios Por sustentarem também o entendimento de que o Criador está
filosóficos. Como não crêem na “revelação” (Mt 16.17; Lc 24.45: ausente de sua criação, os deístas, de forma alguma, podem con-

400
2 REIS 20,21

A em baixada do rei de B abilônia A im p ied a d e d e M anassés


l2Naquele tem po enviou Berodaque-Baladã, filho T IN H A M anassés doze anos de idade
de Baladã, rei de Babilônia, cartas e um presente a q u an d o com eçou a reinar, e cinqüenta e
Gzequias; porque ouvira que Ezequias tinha estado cinco anos rein o u em Jerusalém ; e era o n o m e de
doente. sua m ãe Hefzibá.
1JE Ezequias lhes deu ouvidos; e lhes m ostro u toda 2E fez o que era m au aos o lh o sd o Se n h o r , conform e
a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias e
as abom inações dos gentios que o Se n h o r expulsara
os m elhores ungüentos, e a sua casa de arm as, e tudo de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.
quanto se achou nos seus tesouros; coisa nenhum a 3Porque to rn o u a edificar os altos que Ezequias, seu
houve que não lhes m ostrasse, nem em sua casa, pai, tin h a destruído, e levantou altares a Baal, e fez
nem em todo o seu dom ínio. um bosque com o o que fizera Acabe, rei d e Israel,
14Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe e se inclinou d iante de todo o exército dos céus, e
disse: Q ue disseram aqueles hom ens, e de onde vie­ os serviu.
ram a ti? Disse Ezequias: V ieram de u m país m uito 4E edificou altares na casa do Se n h o r , da qual o
rem oto, de Babilônia. Se n h o r tin h a falado: Em Jerusalém po rei o m eu
15E disse ele: Q ue viram em tua casa? E disse Ezequias:
nom e.
Tudo quanto há em m inha casa viram; coisa nenhum a ’T am bém edificou altares a to d o o exército dos
há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse. céus em am bos os átrios da casa do Se n h o r .
l6Então disse Isaías a Ezequias: O uve a palavra do 6E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava
Senhor . pelas nuvens, era agoureiro e o rd en o u adivinhos e
1 ?Eis que vêm dias em que tu d o quanto houver em feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era m au aos
tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia olhos do Senho r , para o provocar à ira.
de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa 7Tam bém pôs u m a im agem de escultura, do bos­
alguma, disse o Senho r . que que tinha feito, n a casa de que o Se n h o r dissera
I8E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jeru­
e que tu gerares, tom arão, para que sejam eunucos salém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei
no paço do rei da Babilônia. o m eu nom e para sem pre;
l9Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do 8E não m ais farei m over o pé de Israel desta terra
Senho r que disseste. Disse mais: E não haverá, pois, que tenho dado a seus pais; co n tan to que som ente
em m eus dias paz e verdade? tenham cuidado de fazer conform e tu d o o que lhes
20O ra, o m ais dos atos de Ezequias, e to d o o seu tenho ordenado, e conform e toda a lei que Moisés,
poder, e com o fez a piscina e o aqueduto, e como fez m eu servo, lhes ordenou.
vir a água à cidade, porventura não está escrito no 9Porém não ouviram ; p o rq u e M anassés de tal
livro das crônicas dos reis de Judá? modo os fez errar, que fizeram p io r do que as nações,
2IE Ezequias d o rm iu com seus pais; e M anassés, que o Se n h o r tin h a d estru íd o de d iante dos filhos
seu filho, reinou em seu lugar. de Israel.

siderar o retrocesso de dez graus da sombra (movimento do Sol pela Bíblia (Lv 19.31; 1Cr 10.13,14; Is 8.19,20). 2) Os espíritos
em sentido contrário) como um sinal de constatação da cura al­ dos mortos em Cristo estão com Ele no céu e não voltam è terra
cançada por Ezequias, uma vez que a ‘ revelação*, para eles. não (2Sm 12.23; 2Co 5.6-8; Fp 1.21-23). 3) Lendo atentamente Lucas
é um conceito sério. 16.19-31. entendemos que o homem rico pediu a Abraão que en­
viasse Lázaro à terra para avisar seus irmãos sobre a existência
Adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e do inferno (hades). Abraão respondeu que isso não era necessá­
ordenou adivinhos e feiticeiros rio, porque seus irmãos tinham os escritos de Moisés e dos pro­
( 21 . 6 ) fetas. O rico não pediu que Abraão enviasse uma alma penada,
mas alguém ressuscitado! (‘ ainda que algum dos mortos res­
Espiritismo. Defende a mediunidade, prática segundo a
suscite", v. 31).
qual os espíritos dos mortos se comunicam com os vivos.
A explicação sobre as manifestações espíritas é que os espí­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus proibiu a consulta ritos que se apresentam como sendo dos mortos na verdade
=■ aos mortos, a mediunidade e a arte divinatória (Lv 20.27; são demônios. Em Efésios 6.11.12, o apóstolo Paulo nos avi­
Dt 18.9-15; Ap 21.8). Logo, o espiritismo é condenado pelas sa que a nossa luta é contra as forças espirituais do mal, nas re­
seguintes razões: 1) A mediunidade é absolutamente proibida giões celestes.

401
2REIS21.22

l(lEntão o Se n h o r falou pelo m inistério de seus piraram co n tra o rei A m om ; e o povo da terra pôs
servos, os profetas, dizendo: Josias, seu filho, rei em seu lugar.
"P o rq u an to Manassés, rei de Judá, fez estas abo­ 2,Q u an to ao m ais dos atos de A m om , que fez,
m inações, fazendo pio r do que tudo quanto fizeram porventura não está escrito no livro das crônicas dos
os am orreus, que foram antes dele, e até tam bém a reis de Judá?
Judá fez pecar com os seus ídolos; 26E o sepultaram n a sua sep u ltu ra, no jard im de
l2Por isso, assim diz o Se n h o r D eus de Israel: Eis Uzá; e Josias, seu filho, reinou em seu lugar.
que hei de trazer um mal sobre Jerusalém e Judá,
que qualquer que ouvir, lhe ficarão retinindo am bos Josias repara o tem p lo
os ouvidos. TIN H A Josias oito anos de idade q u an d o
13E estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samaria com eçou a reinar, e reinou trin ta e um anos
e o p ru m o da casa de Acabe; e lim parei a Jerusalém, em Jerusalém; e era o nom e de sua m ãe, Jedida, filha
com o quem lim pa o prato, lim pa-o e vira-o para de Adaías, de Bozcate.
baixo. ’E fez o que era reto aos olhos do Se n h o r ; e an d o u
I4E desam pararei os restantes da m inha herança, em todo o cam inho de Davi, seu pai, e não se apar­
entregá-los-ei na m ão de seus inim igos; e servirão to u dele nem para a direita nem para a esquerda.
de presa e despojo para todos os seus inimigos; 3Sucedeu que, n o ano décim o oitavo do rei Josias,
1 ’Porquanto fizeram o que era m au aos m eus olhos o rei m an d o u ao escrivão Safa, filho de Azalias, filho
e m e provocaram à ira, desde o dia em que seus pais de Mesulão, à casa do Se nho r , dizendo:
saíram do Egito até hoje. 4Sobe a H ilquias, o sum o sacerdote, para que tom e
l6Além disso, tam bém M anassés derram o u m u i­ o dinheiro que se trouxe à casa do Se nho r , o qual os
tíssim o sangue inocente, até que encheu a Jerusalém guardas do um bral da porta aju n taram do povo,
de um ao outro extrem o, afora o seu pecado, com SE que o dêem na m ão dos que têm cargo da obra,
que fez Judá pecar, fazendo o que era m au aos olhos e estão encarregados da casa do Se n h o r ; para que o
do Senho r . dêem àqueles que fazem a o bra que há na casa do
17Q uanto ao mais dos feitos de M anassés, e a tu d o S enho r , para repararem as fendas d a casa;
q u anto fez, e ao seu pecado, que praticou, porven­ 6Aos carp in teiro s, aos edificadores e aos p ed rei­
tura não está escrito no livro das crônicas dos reis ros; e para co m p rar m adeira e pedras lavradas, para
de Judá? repararem a casa.
18E M anassés dorm iu com seus pais, e foi sepultado 7Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes
no jardim da sua casa, no jardim de Uzá; e A m om , entregara nas suas m ãos, p o rq u an to procediam
seu filho, reinou em seu lugar. com fidelidade.

A m o m é u m m a u rei H ilq u ia s acha o livro da lei


1’T inha A m om vinte e dois anos de idade quando “Então disse o sum o sacerdote H ilquias ao escrivão
com eçou a reinar, e dois anos reinou em Jerusalém; Safã: Achei o livro da lei na casa do Senho r . E H il­
e era o nom e de sua m ãe M esulemete, filha de Harus, quias deu o livro a Safã, e ele o leu.
de Jotbá. ’Então o escrivão Safa veio ter com o rei e, dando-
20E fez o que era m au aos olhos do Se nho r , com o lhe conta, disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro
fizera M anassés, seu pai. que se achou n a casa, e o entregaram n a m ão dos
21Porque andou em todo o cam inho em que andara que têm cargo d a obra, que estão encarregados da
seu pai; e serviu os ídolos, a que seu pai tinha ser­ casa do Se n h o r .
vido, e se inclinou diante deles. '“Tam bém Safã, o escrivão, fez saber ao rei,
22Assim deixou ao Sen h o r Deus de seus pais, e não dizendo: O sacerdote H ilquias m e deu um livro. E
an d o u no cam inho do Senho r . Safa o leu diante do rei.
1 ‘Sucedeu, pois, que, o uvindo o rei as palavras do
Josias reina sobre Ju d á livro da lei, rasgou as suas vestes.
2JE os servos de A m om conspiraram contra ele, e I2E o rei m an d o u a Hilquias, o sacerdote, a Aicão,
m ataram o rei em sua casa. filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safa o escri­
24Porém o povo da terra feriu a todos os que cons­ vão e a Asaías, o servo do rei, dizendo:

402
2REIS 22,23

13Ide, e consultai o Se n h o r p o r m im , pelo povo e o m en o r até ao m aior; e leu aos ouvidos deles todas
p o r todo o Judá, acerca das palavras deste livro que as palavras do livro da aliança, que se achou n a casa
se achou; porque grande é o furor do Senho r , que do Senho r .
se acendeu contra nós; porquanto nossos pais não ’E o rei se pôs em pé ju n to à coluna, e fez a aliança
deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem perante o Senho r , para seguirem o S e nho r , e guar­
conform e tu d o quanto acerca de nós está escrito. darem os seus m andam entos, os seus testem unhos
e os seus estatutos, com todo o coração e com toda
H u ld a profetiza
a alma, confirm ando as palavras desta aliança, que
HEntão foi o sacerdote H ilquias, e Aicão, Acbor, estavam escritas naquele livro; e todo o povo apoiou
Safã e Asaías à profetisa H ulda, m ulher de Salum, esta aliança.
filho de Ticvá, o filho de H arás, o guarda das ves­ 4E o rei m an d o u ao sum o sacerdote H ilquias, aos
tid u ras (e ela habitava em Jerusalém , na segunda sacerdotes da segunda o rd em , e aos guardas do
parte), e lhe falaram. um bral da porta, que tirassem do tem plo do Se nho r
I5E ela lhes disse: Assim diz o Se n h o r D eus de todos os vasos que se tin h am feito para Baal, para o
Israel: Dizei ao h om em que vos enviou a m im : bosque e para todo o exército dos céus e os queim ou
“ Assim diz o Se n h o r : Eis que trarei m al sobre este fora de Jerusalém, nos cam pos de C edrom e levou as
lugar, e sobre os seus m oradores, a saber: todas as cinzas deles a Betei.
palavras do livro que leu o rei de Judá. ’Tam bém destitu iu os sacerdotes qu e os reis de
17Porquanto m e deixaram , e queim aram incenso a Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos
outros deuses, para m e provocarem à ira po r todas nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, com o
as obras das suas m ãos, o m eu furor se acendeu tam bém os que queim avam incenso a Baal, ao sol, à
contra este lugar, e não se apagará. lua, e aos planetas, e a to d o o exército dos céus.
l8Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar 6Tam bém tiro u da casa d o Se n h o r o ídolo do
o Se nho r , assim lhe direis: Assim diz o Se n h o r Deus bosque levando-o p ara fora de Jerusalém até ao
de Israel, acerca das palavras, que ouviste: ribeiro de C edrom , e o q u eim o u ju n to ao ribeiro de
1’P orquanto o teu coração se enterneceu, e te C edrom , e o desfez em pó, e lançou o seu pó sobre
hum ilhaste peran te o S e n h o r , qu an d o ouviste o as sepulturas dos filhos do povo.
que falei contra este lugar, e co n tra os seus m o ra­ 7T am bém d e rru b o u as casas dos sodom itas que
dores, que seria para assolação e para m aldição, e estavam na casa do Se n h o r , em que as m ulheres
que rasgaste as tuas vestes, e choraste perante m im , teciam casinhas para o ídolo d o bosque.
tam bém eu te ouvi, diz o Sen h o r . 8E a todos os sacerdotes trouxe das cidades de Judá,
20Por isso eis que eu te recolherei a teus pais, e e profan o u os altos em que os sacerdotes q ueim a­
tu serás recolhido em paz à tu a sepultura, e os vam incenso, desde Geba até Berseba; e d erru b o u
teus olhos não verão todo o m al que h ei de trazer os altos que estavam às portas, ju n to à en trad a da
sobre este lugar. E ntão to rn a ra m a trazer ao rei a p o rta de Josué, o governador da cidade, que estava à
resposta. esquerda daquele que entrava pela p o rta da cidade.
9M as os sacerdotes dos altos não sacrificavam
Josias renova a aliança do S e n h o r sobre o altar do S e n h o r em Jerusalém ; porém
ENTÃO o rei ordenou, e todos os anciãos com iam pães ázim os no m eio de seus irm ãos.
de Judá e de Jerusalém se reuniram a ele. "T am bém profanou a Tofete, que está no vale dos
20 rei subiu à casa do S e n h o r, e com ele todos os filhos de H inom , para que ninguém fizesse passar a
hom ens de Judá, e todos os m oradores de Jerusa­ seu filho, ou sua filha, pelo fogo a M oloque.
lém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde "T am b ém tiro u os cavalos que os reis de Judá

Josias renova a aliança do Senhor dimento verdadeiro, pecados específicos são reconhecidos, fal­
(23.1-14) sos mestres e irmãos são devidamente disciplinados, práticas
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A renovação espiritual pagãs e mundanas sáo abandonadas e os padrões de santida­
t do rei Josias observa princípios bíblicos e não a tradição
idólatra em que o povo e o reino se encontravam.
de são restaurados.
Falar de renovação ou avivamento espiritual sem incluir mudan­
O princípio bíblico essencial para o verdadeiro avivamento é o ça de atitude ou arrependimento significa que não há propósito
arrependimento sincero de pecados. Sempre que há arrepen­ sadio e real mudança no coração e na maneira de viver do povo.

403
2REIS23

tin h a m d e d ic a d o a o so l, à e n t r a d a d a c a s a d o dos altos que havia nas cidades de Sam aria, e que os
S enhor , p e r to d a c â m a r a d e N a tã - M e le q u e , o reis de Israel tinham feito p ara provocarem à ira o
c a m a re ir o , q u e estava n o re c in to ; e o s c a r r o s d o so l Sen ho r ; e lhes fez conform e todos os atos que tinha
q u e im o u a fogo. feito em Betei.
l2T am bém o rei d e rru b o u os altares que estavam 2UE sacrificou to d o s os sacerdotes dos altos, que
sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais os reis havia ali, sobre os altares, e queim o u ossos hum anos
de Judá tinham feito, com o tam bém o rei d errubou sobre eles; depois voltou a Jerusalém.
os altares que fizera Manassés nos dois átrios da casa
do Se n h o r ; e esm iuçados os tiro u dali e lançou o pó A celebração da páscoa
deles no ribeiro de Cedrom . 210 rei deu ordem a todo o povo, dizendo: Celebrai
I30 rei p rofanou tam bém os altos que estavam a páscoa ao Se n h o r vosso Deus, com o está escrito
defronte de Jerusalém , à m ão direita do m onte de no livro da aliança.
M asite, os quais edificara Salom ão, rei de Israel, a “ Porque nunca se celebrou tal páscoa com o esta
Astarote, a abom inação dos sidônios, e a Q uem ós, a desde os dias dos juizes que julgaram a Israel, nem
abom inação dos m oabitas, e a M ilcom, a abom ina­ em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco
ção dos filhos de A m om . dos reis de Judá.
14Sem elhantem ente queb ro u as estátuas, cortou 23Porém no an o décim o oitavo d o rei Josias esta
os bosques e encheu o seu lugar com ossos de páscoa se celebrou ao Se n h o r em Jerusalém.
hom ens. 24E tam bém os adivinhos, os feiticeiros, os terafins,
os ídolos, e todas as abom inações q ue se viam na
Idolatria destruída terra de Judá e em Jerusalém , os ex tirp o u Josias,
15E tam bém o altar que estava em Betei, e o alto para confirm ar as palavras da lei, que estavam
qu e fez Jeroboão, filho de N ebate, com que tinha escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na
feito Israel pecar, esse altar d e rru b o u ju n ta m e n te casa do Senho r .
com o alto; queim ando o alto, em pó o esm iuçou, e 2,E antes dele não houve rei sem elhante, que se
queim ou o ídolo do bosque. convertesse ao S e n h o r com to d o o seu coração,
16E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam com to d a a sua alm a e com todas as suas forças,
ali no m onte; e m andou tirar os ossos das sepulturas, conform e to d a a lei de Moisés; e depois dele nunca
e os queim ou sobre aquele altar, e assim o profanou, se levantou o u tro tal.
conform e a palavra do Senho r , que profetizara o 26Todavia o Se n h o r não se dem oveu do ardor da sua
hom em de Deus, quando anunciou estas palavras. grande ira, com que ardia contra Judá, por todas as
1'E n tão disse: Q ue é este m o n u m en to que vejo? E provocações com que Manassés o tinha provocado.
os hom ens da cidade lhe disseram : É a sepultura do 27E disse o Se n h o r : Tam bém a Judá hei de tirar de
hom em de D eus que veio de Judá, e anunciou estas diante da m in h a face, com o tirei a Israel, e rejeitarei
coisas que fizeste contra este altar de Betei. esta cidade de Jerusalém que escolhi, com o tam bém
18E disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus a casa de que disse: Estará ali o m eu nom e.
ossos. Assim deixaram estar os seus ossos com os 28O ra, o m ais dos atos de Josias e tu d o q u anto fez,
ossos do profeta que viera de Samaria. porventura não está escrito no livro das crônicas dos
19D em ais disto tam bém Josias tiro u todas as casas reis de Judá?

E também os adivinhos, os feiticeiros, loridas, poeirados cemitérios (chamada "pó dos bobos"), sal e pi­
os terafins, os ídolos... menta vermelha em pó são, geralmente, costurados à bainha das
(23.24) saias ou presos nas ligas. Mas a Bíblia condena o uso de amu­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Praticantes da religião letos e talismãs, entre outros objetos, como meio de proteção. A
Í vodu (oficial no Haiti) usam amuletos feitos de: flanela ver­
melha com uma pedra-imã; roupa de defunto; sapo seco de um
proteção de uma pessoa que crê em Deus está em colocar sua
fé no próprio Deus que promete segurança aos que confiam nele
olho só; lagaito seco: asas de morcego, olhos de gato. fígado de (Hb 13.5; 1Pe 5.7).
coruja; e coração de galo. Se toda essa mistura for colocada de­ A crença em amuletos e talismãs não passa de grosseira su­
baixo do travesseiro de uma pessoa inimiga, pronto, é vitima de perstição. A Bíblia condena todo e qualquer tipo de feitiçaria e de­
uma morte terrível, segundo se acredita. clara que os que praticam tais atos irão se perder eternamente,
Bentinhos feitos de pano com pedacinhos de osso. pedras co­ caso não se arrependam (Ap 2I.8; 22.15).

404
2REIS 23,24

wNos seus dias subiu Faraó Neco, rei do Egito, con­ deus, as tropas dos sírios, as tropas dos m oabitas e as
tra o rei da Assíria, ao rio Eufrates; e o rei Josias lhe foi tropas dos filhos de A m om ; e as enviou contra Judá,
ao encontro; e, vendo-o ele, o m atou em Megido. para o destruir, conform e a palavra do Senho r , que
30E seus servos, n u m carro, o levaram m orto, de falara pelo m inistério de seus servos, os profetas.
Megido, e o trouxeram a Jerusalém, e o sepultaram 3E, na verdade, conform e o m and ad o do Se n h o r ,
na sua sepultura; e o povo da terra to m o u a Jeoacaz, assim sucedeu a Judá, p ara o afastar da sua presença
filho de Josias, e ungiram -no, e fizeram -no rei em por causa dos pecados de Manassés, conform e tudo
lugar de seu pai. quanto fizera.
4C om o tam bém por causa do sangue inocente que
Jeoacaz reina derram ou; pois encheu a Jerusalém de sangue in o ­
31Tinha Jeoacaz vinte e três anos de idade quando cente; e p o r isso o Se n h o r não quis perdoar.
com eçou a reinar, e três meses reinou em Jerusalém; sO ra, o m ais dos atos de Jeoiaquim , e tu d o quanto
e era o nom e de sua m ãe H am utal, filha de Jeremias, fez,porventura não está escrito no livro das crônicas
de Libna. dos reis de Judá?
32E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r , co n ­ 6E Jeoiaquim d o rm iu com seus pais; e Joaquim , seu
form e tu d o o que fizeram seus pais. filho, rein o u em seu lugar.
J3Porém Faraó Neco o m a n d o u prender em Ribla, 7E o rei do Egito nunca m ais saiu da sua terra; p o r­
em terra de H am ate, para que não reinasse em Jeru­ que o rei de Babilônia to m o u tudo q u anto era do rei
salém; e à terra im pôs pena de cem talentos de prata do Egito, desde o rio do Egito até ao rio Eufrates.
e um talento de ouro.
O p rin c íp io do cativeiro d e J u d á
R einado d e Jeo ia q u im 8T inha Joaquim dezoito anos de idade q uando
,4Tam bém Faraó Neco constituiu rei a Eliaquim , com eçou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém;
filho de Josias, em lugar de seu pai Josias, e lhe e era o no m e de sua m ãe, N eusta, filha de Elnatã, de
m u d o u o nom e para Jeoiaquim ; p orém a Jeoacaz Jerusalém.
to m o u consigo, e foi ao Egito, e m o rreu ali. 9E fez o que era m au aos olhos do Se nho r , conform e
35E Jeoiaquim deu aquela p rata e aquele ouro tu d o q u anto fizera seu pai.
a Faraó; p orém trib u to u a terra, para dar esse "’N aquele tem p o subiram os servos de N abuco­
dinheiro conform e o m andado de Faraó; a cada um donosor, rei de Babilônia, a Jerusalém ; e a cidade
segundo a sua avaliação exigiu a prata e o ouro do foi cercada.
povo da terra, para o dar a Faraó Neco. 1 'Tam bém veio N abucodonosor, rei de Babilônia,
36T in h a Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade contra a cidade, q u an d o já os seus servos a estavam
q u an d o com eçou a reinar, e reinou onze anos em sitiando.
Jerusalém; e era o nom e de sua m ãe Zebida, filha de l2E ntão saiu Joaquim , rei de Judá, ao rei de Babilô­
Pedaías, de Ruma. nia, ele, sua m ãe, seus servos, seus príncipes e seus
37E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r , con­ oficiais; e o rei de Babilônia o to m o u preso, no ano
form e tu d o q uanto fizeram seus pais. oitavo do seu reinado.
I3E tiro u dali todos os tesouros da casa do Se nho r
NOS seus dias subiu N abucodonosor, rei e os tesouros da casa do rei; e p artiu todos os vasos
de Babilônia, e Jeoiaquim ficou três anos de ouro, que fizera Salomão, rei de Israel, no tem plo
seu servo; depois se virou, e se rebelou contra ele. do Se nho r , com o o Se n h o r tin h a falado.
2E o Se n h o r enviou co n tra ele as tro p as dos cal­ 14E tran sp o rto u a toda a Jerusalém com o tam bém

O levaram morto, de Megido tes. O texto confrontado de 2Crôrvicas apenas nos informa o se­
(23.30) guinte: “e morreu", dando-nos a impressão de que, pelo fato de o
episódio da morte vir registrado após o acontecimento, Josias te­
Ceticismo. Declara que este versículo não é compatível
ria morrido em Jerusalém. Todavia, isto não procede. O versículo
com 2Crònicas 35.24 (seu correlato), que diz que a morte
29 da referência em estudo esclarece que: "Nos seus dias subiu
do rei Josias ocorreu em Jerusalém e não em Megido.
Faraó Neco (...) e, vendo-o ele, o matou em Megido". Após sua
, P RESPOSTA APOLOGÉTICA: É pura especulação tentar morte em Megido, seus servos o transportaram em um carro até
s . inferir contradição de contextos tão razoáveis quanto es­ Jerusalém, onde fora sepultado.

405
2 REIS 24,25

a todos os príncipes, e a todos os hom ens valorosos, ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram a
dez mil presos, e a todos os artífices e ferreiros; n in ­ Babilônia.
guém ficou senão o povo pobre da terra. 8E no q u into mês, no sétim o dia do mês (este era o
1‘’Assim tra n sp o rto u Joaquim à Babilônia; com o ano décim o n o n o de N abucodonosor, rei de Babilô­
tam b ém a m ãe do rei, as m ulheres do rei, os seus nia), veio N ebuzaradã, capitão da guarda, servo do
oficiais e os poderosos da te rra levou presos de rei de Babilônia, a Jerusalém.
Jerusalém à Babilônia. ''E queim ou a casa do Se n h o r e a casa do rei, com o
I6E todos os hom ens valentes, até sete mil, e artífi­ tam bém todas as casas de Jerusalém, e todas as casas
ces e ferreiros até mil, e todos os hom ens destros na dos grandes queim ou.
guerra, a estes o rei de Babilônia levou presos para '°E todo o exército dos caldeus, que estava com o
Babilônia. capitão da guarda, d erru b o u os m uros em redor de
I7E o rei de Babilônia estabeleceu a M atanias, seu Jerusalém.
tio, rei em seu lugar; e lhe m u d o u o nom e para ' 'E o m ais do povo que deixaram ficar na cidade,
Zedequias. os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia e o
m ais da m ultidão, N ebuzaradã, o capitão da guarda,
Zedequias reina levou presos.
‘“T inha Z edequias vinte e u m anos de idade ' 2Porém dos m ais pobres da terra deixou o capitão
q u ando com eçou a reinar, e reinou onze anos em da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavra­
Jerusalém; e era o nom e de sua m ãe H am utal, filha dores.
de Jeremias, de Libna. 1 ’Q uebraram mais, os caldeus, as colunas de cobre
I9E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r , co n ­ que estavam n a casa do Se n h o r , com o tam bém
form e tu d o quanto fizera Jeoiaquim. as bases e o m ar de cobre que estavam na casa do
iüPorque assim sucedeu por causa da ira do Se n h o r Se n h o r ; e levaram o seu bronze p ara Babilônia.
co n tra Jerusalém , e co n tra Judá, até os rejeitar de MT am bém to m a ram as caldeiras, as pás, os ap a­
diante da sua presença; e Zedequias se rebelou con­ gadores, as colheres e todos os vasos de cobre, com
tra o rei de Babilônia. que se m inistrava.
' ’Tam bém o capitão-da-guarda to m o u os brasei­
Jerusalém é destruída ros, e as bacias, o que era de o u ro puro, em o u ro e o
E SUCEDEU que, no n o n o ano do seu que era de prata, em prata.
reinado, no m ês décim o, aos dez do mês, '6As duas colunas, um mar, e as bases, que Salomão
N abucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jeru­ fizera para a casa d o Se n h o r ; o cobre de todos estes
salém, ele e todo o seu exército, e se acam pou contra vasos não tin h a peso.
ela, e levantaram contra ela trincheiras em redor. ' 7A altura de u m a coluna era de dezoito côvados, e
2E a cidade foi sitiada até ao undécim o ano do rei sobre ela havia um capitel de cobre, e de altura tinha
Zedequias. o capitel três côvados; e a rede e as rom ãs em redor
’Aos nove do mês quarto, quan d o a cidade se via do capitel, tu d o era de cobre; e sem elhante a esta era
apertada pela fome, nem havia pão para o povo da a o u tra coluna com a rede.
terra, l8T am bém o capitão-da-guarda to m o u a Seraías,
4E ntão a cidade foi invadida, e to d o s os hom ens prim eiro sacerdote, e a Sofonias, segundo sacerdote,
de guerra fugiram de noite pelo cam inho da porta, e aos três guardas do um bral da porta.
entre os dois m uros que estavam ju n to ao jardim do I9E da cidade to m o u a u m oficial, que tin h a cargo
rei (p o rq ue os caldeus estavam contra a cidade em dos h o m en s de guerra, e a cinco h o m en s dos que
redor), e o rei se foi pelo cam inho da cam pina. estavam na presença do rei, e se achavam na cidade,
’Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o com o tam b ém ao escrivão-m or do exército, que
alcançou nas cam pinas de Jericó; e todo o seu exér­ registrava o povo da te rra p ara a guerra, e a ses­
cito se dispersou. senta h om ens do povo da terra, que se achavam na
6E tom aram o rei, e o fizeram subir ao rei de Babilô­ cidade.
nia, a Ribla; e foi-lhe p ronunciada a sentença. 20E to m an d o -o s N ebuzaradã, o capitão da guarda,
7E aos filhos de Z edequias m ataram diante dos os levou ao rei de Babilônia, a Ribla.
seus olhos; e vazaram os olhos de Z edequias, e o 21E o rei de Babilônia os feriu e os m atou em Ribla,

406
2 REIS 25

na terra de H am ate; e Judá foi levado preso para fora ele m orreu, com o tam bém aos judeus, e aos caldeus
da sua terra. que estavam com ele em Mizpá.
“ Porém , q uanto ao povo que ficara na te rra de 24Então to d o o povo se levantou, desde o m enor até
Judá, que N abucodonosor, rei de Babilônia, deixou ao m aior, com o tam bém os capitães dos exércitos, e
ficar, pôs sobre ele, p o r governador a Gedalias, filho foram ao Egito, p o rq u e tem iam os caldeus.
de Aicão, filho de Safa. 27Depois disto sucedeu que, n o ano trinta e sete do
2 ’O uvindo, pois, os capitães dos exércitos, eles e os cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo,
seus hom ens, que o rei de Babilônia pusera a G eda­ aos vinte e sete do mês, Evil-Merodaque, rei de Babi­
lias p o r governador, vieram a Gedalias, a M izpá, a lônia, no an o em que reinou, levantou a cabeça de
saber: Ismael, filho de N etanias, e Joanã, filho de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão.
Careá, e Seraías, filho de Tanum ete, o netofatita, e 28E lhe falou b enignam ente; e pôs o seu tro n o
Jazanias, filho do m aacatita, eles e os seus hom ens. acim a do tro n o dos reis que estavam com ele em
24E Gedalias ju ro u a eles e aos seus hom ens, e lhes Babilônia.
disse: N ão tem ais ser servos dos caldeus; ficai na 29E lhe m u d o u as roupas de prisão, e de contínuo
terra, servi ao rei de Babilônia, e bem vos irá. com eu pão na sua presença todos os dias da sua vida.
25Sucedeu, porém , que, no sétim o mês, veio Ismael, 30E, q u anto à sua subsistência, pelo rei lhe foi dada
filho de Netanias, o filho de Elisama, da descendên­ subsistência contínua, a porção de cada dia no seu
cia real, e dez hom ens com ele, e feriram a Gedalias, e dia, todos os dias da sua vida.

407
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

1Crônicas
T ít u l o
N o cânon hebraico, 1 e 2Crônicas constituíam um só livro. Seu título, no hebraico, é Diberey hay-ya-
m im , q ue pode ser traduzido p o r “registro dos dias”, ou, de form a literal, “as palavras dos dias”. A crônica
era um tipo de literatura bastante com um nas cortes do O riente (2 S m 8 .1 6 ;E d 4 .1 5 ;E t6 .1 ).N a Bíblia ca­
tólica, 1 e 2Crônicas tam bém são cham ados de “'paralipôm enos”, pois sua narrativa seria paralela às n ar­
rativas de Samuel e Reis.

A u t o r ia e data

Foi escrito bem posteriorm ente aos livros de 1 e 2Reis. Segundo a tradição do Talm ude, o au to r te­
ria sido o sacerdote Esdras (Baba Bahtra 15*), em bora seu nom e não esteja especificado em lugar algum.
C om o principal líder de Israel depois do exílio e principal representante da classe sacerdotal, Esdras pos­
sui as características próprias para isto. M uitos eruditos estão de acordo com esta posição. Neste caso, o li­
vro poderia ser datado p o r volta de 450 a.C.
Em sua com posição, diversas fontes foram citadas: O livro dos reis de Judá e Israel; As palavras de Uzias,
com posto p o r Isaías; As palavras de Semaía, o profeta; As palavras de Ido, o vidente; As palavras de Jeú, fi­
lho de Hanani; o M idrash do profeta Ido; e As palavras de Ozai.
A ssunto
£ m uito m ais do que um a sim ples repetição dos acontecim entos dos livros de Reis. Na verdade, sua ên ­
fase histórica é outra. Prim eiram ente, não se ocupa com os acontecim entos do reino do N orte, Israel, m as se
concentra nas narrativas referente a Judá, om itindo certas passagens m ais negativas da história de Israel.
Principia com um longo registro genealógico, que passou a ser de extrem a im portância depois que os
israelitas retornaram do cativeiro. As genealogias do início do livro são das tribos de Judá e B enjam im , e
tam bém dos levitas.
Possui, ainda, vasto m aterial original que não pode ser enco n trad o nas narrativas anteriores, com o, p o r
exemplo, Davi preparando o m aterial para a construção do tem plo (22.1 -5), as divisões dos levitas no m i­
nistério do tem plo (cap. 23 a 27) e a exortação final de Davi a Israel e a Salomão (cap. 28 e 29).
Ê nfase ap o lo g é tic a
Alguns críticos têm feito questão de destacar as aparentes diferenças encontradas entre as narrativas
dos livros de Crônicas, Reis e Samuel. Todavia, um a análise m ais detalhada explica, de form a satisfatória,
essas falsas discrepâncias.
O u tro m otivo de calorosas discussões está relacionado aos seus erros num éricos. De fato, alguns n ú ­
m eros apontados parecem fora da realidade. Mas isso não passa sim plesm ente de erros dos copistas, um a
vez que o sistema num érico hebraico era bastante com plexo. Tais erros, no entanto, não pod em ser consi­
derados argum ento suficientem ente forte para anular o valor histórico da obra, e m u ito m enos sua infa­
libilidade divina decorrente da inspiração.
O PRIMEIRO LIVRO DAS

CRÔNICAS
G enealogia desde A dão a té N oé 2,Estas são as suas gerações: o p rim o g ên ito de
ADÃO, Sete, Enos, Ism ael fo i N ebaiote, e, depois, Q uedar, Adbeel,
1 2Cainã, Maalaleel, Jerede,
3Enoque, M atusalém , Lameque,
Mibsão,
'"M ism a, D um á, Massá, H adade, Tem a,
4Noé, Sem, Cão e Jafé. 3lJetur, Nafis e Q uedem á; estes foram os filhos de
sOs filhos de Jafé foram: G om er, M agogue, M adai, Ismael.
Javã, Tubal, M eseque e Tiras. ,2Q u an to aos filhos de Q u etu ra, co n cu b in a de
6E os filhos de G om er: A squenaz, Rifate, T ogar- A braão, esta deu à luz a Z inrã, a Jocsã, a M edã, a
ma. M idiã, a Jisbaque e a Suá; e os filhos de Jocsã foram
7E os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. Seba e Dedã.
8Os filhos de Cão: Cuxe, M izraim , P ute e Canaã. ,3E os filhos de M idiã: Efá, Efer, Enoque, A bida e
''E os filhos de Cuxe eram: Sebá, Havilá, Sabtá, Raa- Elda; todos estes/oram filhos de Q uetura.
m á e Sabtecá; os filhos de Raamá: Sebá e Dedã. 34A braão, pois, gerou a Isaque; e foram os filhos de
,0E Cuxe gerou a N inrode, que com eçou a ser Isaque: Esaú e Israel.
poderoso na terra. 3,Os filhos de Esaú: Elifaz, Reuel, Jeús, Jalão e Coré.
1 'E M izraim gerou a Ludim e a A nam im e a Lea- ihOs filhos de Elifaz: T em ã, O m ar, Zefi, G aetã,
bim e a N aftuim , Q uenaz, T im na e Amaleque.
l2E a Patrusim e a Casluim (dos quais procedem os 37Os filhos de Reuel: N aate, Zerá, Samá e Mizá.
filisteus) e a Caftorim . 38E os filhos de Seir: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, Di-
13E Canaã gerou a Sidom seu primogênito, e a Hete, som , Eser e Disã.
l4E aos jebuseus e aos am orreus e aos girgaseus, 39E os filhos de Lotã: H ori e H om ã; e a irm ã de Lotã
1SE aos heveus e aos arqueus e aos sineus, fo i Tim na.
,6E aos arvadeus e aos zem areus e aos ham ateus. 40O s filhos de Sobal eram Alvã, M anaate, Ebal, Sefi
17E foram os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, e Onã; e os filhos de Zibeão eram Aiá e Aná.
Lude, Arã, Uz, H ul, G eter e Meseque. 410 filho de Aná foi D isom ; e os filhos de D isom
I8E Arfaxade gerou a Selá e Selá gerou a Éber. foram H anrão, Esbã, Itrã e Querã.
19E a Éber nasceram dois filhos: o nom e de u m foi 42O s filhos de Eser eram: Bilã, Zaavã e Jaacã; os
Pelegue, porq u an to nos seus dias se repartiu a terra, filhos de Disã eram: Uz e Arã.
e o nom e de seu irm ão era Joctã. 43E estes são os reis que reinaram n a terra de Edom ,
20E Joctã gerou a A lm odá, a Selefe, a H azarm avé, antes que reinasse rei sobre os filhos de Israel: Bela,
e a Jerá, filho de Beor, e era o no m e da sua cidade D inabá.
2IE a H adorão, a Usai, e a Dicla, 44E m o rre u Bela, e rein o u em seu lugar Jobabe,
22E a O bal, a Abimael, a Sebá, filho de Zerá, de Bozra.
23E a Ofir, a Havilá, e a Jobabe: todos estes foram 4,E m o rreu Jobabe, e reinou em seu lugar H usão,
filhos de Joctã. da terra dos tem anitas.
24Sem, Arfaxade, Selá, 46E m o rreu H usão, e reinou em seu lugar H adade,
25Éber, Pelegue, Reú, filho de Bedade; este feriu os m idianitas no campo
■'’Serugue, N aor, Terá, de M oabe; e era o nom e da sua cidade Avite.
27Abrão, que é Abraão. 47E m o rreu H adade, e reinou em seu lugar Samlá,
280 s filhos de A braão foram: Isaque e Ismael. de Masreca.

409
1CRÔNICAS 1,2

48E m o rreu Samlá, e reinou em seu lugar Saul, de 18E Calebe, filho de H ezrom , gerou filhos de Azuba,
Reobote, ju n to ao rio. sua m ulher, e de Jeriote; e os filhos destaforam estes:
49E m o rreu Saul, e reinou em seu lugar Baal-Hanã, Jeser, Sobabe, e A rdom .
filho de Acbo. 19E m orreu Azuba; e Calebe to m o u para si a Efrate,
,0E, m orrendo Baal-Hanã, H adade reinou em seu da qual lhe nasceu H ur.
lugar; e era o nom e da sua cidade Paí; e o nom e de 20E H u r gerou a U ri, e U ri gerou a Bezaleel.
sua m ulher era M eetabel, filha de M atrede, filha de 2'E ntão H ezrom coabitou com a filha de M aquir,
M e-Zaabe. pai de Gileade, e, sendo ele de sessenta anos, a to ­
’ 1E, m o rrendo H adade, foram príncipes em Edom m ou; e ela deu à luz a Segube.
o p rín cipe T im na, o príncipe Alva, o príncipe Je- 22E Segube g erou a Jair; e este tin h a vinte e três
tete, cidades na terra de Gileade.
,20 príncipe O olibam a, o príncipe Elá, o príncipe 23E G esur e A rã to m aram deles as aldeias de Jair,
Pinom , e Q uenate, e seus lugares, sessenta cidades; todos
5,0 príncipe Q uenaz, o príncipe Tem ã, o príncipe estes foram filhos de M aquir, pai de Gileade.
Mibzar, 24E, depois da m o rte de H ezrom , em Calebe de
,40 príncipe M agdiel, o príncipe Irã, estes foram Efrata, Abia, m u lh er de H ezrom , deu à luz a Asur,
os príncipes de Edom. pai deT ecoa.
25E os filhos de Jerameel, prim ogênito de H ezrom ,
Os doze fd h o s de Jacó foram Rão, o p rim o g ên ito , B una, O rem , O zém e
ESTES são os filhos de Israel: Rúben, Simeão, Aias.
2 Levi, Judá, Issacar e Zebulom ;
2Dã, José e Benjamim, N aftali, G ade e Aser.
26Teve tam bém Jerameel ainda o u tra m ulher cujo
nom e era Atara; esta foi a m ãe de O nã.
27E foram os filhos de Rão, prim ogênito de Jeram e­
D escendentes d e Ju d á el: Maaz, Jam im , e Equer.
’Os filhos de Judá foram Er, e O nã, e Selá, estes 28E foram os filhos de Onã: Samai e Jada; e os filhos
três lhe nasceram da filha de Suá, a cananéia; e Er, o de Samai: N adabe e Abisur.
prim ogênito de Judá, foi m au aos olhos do Se n h o r , 29E o nom e da m u lh er de A bisur era Abiail, que lhe
pelo que o m atou. deu a Abã e a M olide.
4Porém T am ar, sua nora, lhe deu à luz Perez e Zerá; 30E foram os filhos de N adabe, Selede e Apaim ; e
todos os filhos de Judá foram cinco. Selede m orreu sem filhos.
5Os filhos de Perez foram H ezrom e H am ul. 31E o filho de A paim fo i Isi; e o filho de Isi, Sesã. E
6E os filhos de Zerá: Zinri, e Etã, e H em ã, e Calcol, o filho de Sesã, Alai.
e Dara: cinco ao todo. 32E os filhos de Jada, irm ão de Samai, foram Jeter e
7E os filhos de C arm i foram Acar, o pertu rb ad o r de Jônatas; e Jeter m o rreu sem filhos.
Israel, que pecou no anátem a. 33E os filhos de Jônatas foram: Pelete e Zaza; estes
8E o filho de Etã foi Azarias. foram os filhos de Jerameel.
9E os filhos de H ezrom , que lhe nasceram , foram 34E Sesã não teve filhos, mas filhas; e tin h a Sesã um
Jerameel, e Rão, e Q uelubai. servo egípcio, cujo nom e era Jará.
I0E Rão gerou a A m inadabe, e A m inadabe gerou a 35D eu, pois, Sesã sua filha p o r m ulher a Jará, seu
N aassom , príncipe dos filhos de Judá. servo; e lhe d eu à luz a Atai.
1‘E Naassom gerou a Salma, e Salma gerou a Boaz. 36E Atai gerou a N atã, e N atã gerou a Zabade.
12E Boaz gerou a O bede, e O bede gerou a Jessé. 37E Zabade gerou a Eflal, e Eflal gerou a Obede.
13E Jessé gerou a Eliabe, seu prim ogênito, e Abina- 38E O bede gerou a Jeú, e Jeú gerou a Azarias.
dabe, o segundo, e Siméia, o terceiro. 39E Azarias gerou a Helez, e Helez gerou a Eleasá.
l4N atanael, o quarto, Radai, o quinto. 40E Eleasá gerou a Sismai, e Sismai gerou a Salum.
15Ozém, o sexto, Davi, o sétimo. 4IE Salum gerou a Jecamias, e Jecamias gerou a
16E foram suas irm ãs Zeruia e Abigail; e foram os Elisama.
filhos de Zeruia: Abisai e Joabe, e Asael, três. 42E foram os filhos de Calebe, irm ão de Jerameel,
17E Abigail deu à luz a Amasa; e o pai de Amasa fo i Messa, seu prim ogênito (este fo i o pai de Zife), e os
Jeter, o ismaelita. filhos de M aressa, pai de H ebrom .

410
1CRÔ NICAS2,3,4

43E foram os filhos de H ebrom : Coré, T ápua, Re- 7N ogá, Nefegue, Jafia,
quém e Sema. “Elisama, Eliada, e Elifelete, nove.
44E Sema gerou a Raão, pai de Jorqueão; e Requém 9T odos estes foram filhos de Davi, afora os filhos
gerou a Samai. das concubinas e T am ar, irm ã deles.
45E fo i o filho de Samai, M aom ; e M ao m /o i pai de I0E o filho de Salom ão foi R oboão; de quem foi
Bete-Zur. filho Abias; de quem foi filho Asa; de quem foi filho
46E Efá, a concubina de Calebe, deu à luz a H arã, a Jeosafá;
Mosa, e a Gazez; e H arã gerou a Gazez. 1'D e quem foi filho Jorão; de quem foi filho Aca-
47E foram filhos de Jadai: Regém, Jotão, Gesã, Pe- zias; de quem foi filho Joás;
lete, EfáeSaafe. l2De qu em foi filho Amazias; de qu em foi filho
48De Maaca, concubina, Calebe gerou a Seber e a Jotão;
Tiraná. l3D e quem foi filho Acaz; de quem foi filho Eze-
49E a m ulher de Saafe, pai de M adm ana, deu à luz quias; de qu em foi filho Manassés;
a Seva, pai de M acbena e pai de Gibeá; e fo i a filha l4D e quem foi filho A m om ; de q u em foi filho
de Calebe, Acsa. Josias.
’“Estes foram os filhos de Calebe, filho de H ur, I5E os filhos de Josias foram : o p rim ogênito, Joa-
o prim ogênito de Efrata: Sobal, pai de Q uiriate- nã: o segundo, Jeoiaquim; o terceiro, Zedequias; o
Jearim, quarto, Sal um.
’ ’E Salma, pai dos belem itas, Harefe, pai de Bete- ,6E os filhos de Jeoiaquim : Jeconias, seu filho, e
Gader. Zedequias, seu filho.
52E foram os filhos de Sobal, pai de Q uiriate-Jea- I7E os filhos de Jeconias: Assir, e seu filho Sealtiel.
rim: H aroé e m etade dos m enuítas. lsO s filhos deste foram : M alquirão, Pedaías, Sena-
53E as famílias de Q uiriate-Jearim foram os jitreus, zar, Jecamias, H osam a, e Nedabias.
e os puteus, e os sum ateus, e os m israeus; destes ,9E os filhos de Pedaías: Z orobabel e Simei; e os fi­
saíram os zorateus, e os estaoleus. lhos de Zorobabel: M esulão, H ananias, e Selomite,
54Os filhos de Salma foram Belém e os netofatitas, sua irm ã,
A tarote, Bete-Joabe, e m etade dos m anaatitas, e os 20E H asubá, Oel, Berequias, Hasadias, Jusabe-H e-
zoritas. sede, cinco.
55E as fam ílias dos escribas que habitavam em 2,E os filhos de H ananias: Pelatias e Jesaías; os
Jabez foram os tiratitas, os sim eatitas e os sucatitas; filhos de Refaías, os filhos de A rnã, os filhos de
estes são os queneus, que vieram de H am ate, pai da O badias, e os filhos de Secanias.
casa de Recabe. 22E o filho de Secanias foi Semaías; e os filhos de
Semaías: H atus, e Igeal, e Bariá, e N earias, e Safate,
D escendentes de Davi seis.
E ESTES foram os filhos de Davi, que lhe nas­ 23E os filhos de N earias: Elioenai, e Ezequias, e
3 ceram em H ebrom : o prim ogênito, A m nom ,
de Ainoã, a jizreelita; o segundo Daniel, de Abigail,
Azricão, três.
24E os filhos de Elioenai; H odavias, Eliasibe, Pelaí-
a carmelita; as, Acube, Joanã, Delaías, e A nani, sete.
20 terceiro, Absalão, filho de M aaca, filha de
Talm ai, rei de Gesur; o q u arto , A donias, filho de D escendentes d e Ju d á
OS filhos de Judá foram : Perez, H ezrom , Car-
Hagite;
30 q u into, Sefatias, de Abital; o sexto, Itreão, de
Eglá, sua m ulher.
4 mi, H u r, e Sobal.
2E Reaías, filho de Sobal g erou a Jaate, e Jaate
4Seis filhos lhe nasceram em H ebrom , po rq u e ali gerou a A um ai e a Laade; estas são as famílias dos
rein o u sete anos e seis meses; e trin ta e três anos zoratitas.
reinou em Jerusalém. 3E estes foram os filhos do pai de Etã: Jizreel, Ism a e
SE estes lhe nasceram em Jerusalém: Siméia, e So- Idbas; e era o no m e de sua irm ã Hazelelponi.
babe, e N atã, e Salomão; estes quatro lhe nasceram 4E m ais Penuel, pai de G edor, e Ezer, pai de Husá;
de Bate-Sua, filha de Amiel. estes foram os filhos de H ur, o prim ogênito de Efra­
bNasceram-lhe m ais Ibar, Elisama, Elifelete, ta, pai de Belém.

411
1CRÔNICAS 4 ,5

SE tinha Asur, pai de Tecoa, duas m ulheres: Helá 26E os filhos de M ism a foram : H am uel, de quem foi
eN aará. filho Zacur, de quem foi filho Simei.
6E N aará deu à luz a Auzão, e a Hefer, e a T em eni, e 2"E Simei teve dezesseis filhos, e seis filhas, porém
a H aastari; estes foram os filhos de N aará. seus irm ãos não tiveram m uitos filhos; e toda a sua
7E os filhos de Helá: Zerete, Izar e Etnã. família não se m ultiplicou tan to com o as dos filhos
“E Coz gerou a A nube e a Zobeba e as famílias de de Judá.
Aarel, filho de H arum . 28E h ab itaram em Berseba, e em M oladá, e em
9E foi Jabez m ais ilustre do que seus irm ãos; e sua Hazar-Sual,
m ãe deu-lhe o nom e de Jabez, dizendo: P orquanto 29E em Bila, e em Ezém, e em Tolade,
com dores o dei à luz. ,HE em Betuel, e em H orm á, e em Ziclague,
'“P orque Jabez invocou o D eus de Israel, dizen­ 3'E em Bete-M arcabote, e em H azar-Susim , e em
do: Se m e abençoares m uitíssim o, e m eus term os Bete-Biri, e em Saaraim; estas foram as suas cidades,
am pliares, e a tua m ão for com igo, e fizeres que do até que Davi reinou.
mal não seja afligido! E D eus lhe concedeu o que i2E foram as suas aldeias: Etã, A im , R im om , T o-
lhe tinha pedido. quém , e Asã, cinco cidades,
"E Q uelube, irm ão de Suá, gerou a Meir; este é o 33E todas as suas aldeias, que estavam em red o r
pai de Estom. destas cidades, até Baal. Estas foram as suas habita­
I2E Estom gerou a Bete-Rafa, a Pasea, e aT eina, pai ções e suas genealogias.
34P orém M esobabe, e Janleque e Josa, filho de
de Ir-Naás; estes foram os hom ens de Reca.
Am azias,
IJE foram os filhos de Q uenaz: O tniel e Seraías; o
3,E Joel, e Jeú, filho de Josibias, filho de Seraías,
filho de Otniel: Hatate.
filho de Asiel,
ME M eonotai gerou a O fra, e Seraías gerou a Joabe,
36E Elioenai e Jaacobá, Jesoaías, Asaías, Adiei,
pai dos do vale dos artífices; p o rq u e os dali eram
Jesimiel, Benaias,
artífices.
37E Ziza, filho de Sifi, filho de Alom, filho de Jeda-
" E foram os filhos de Calebe, filho de Jefoné: Iru,
ías, filho de Sinri, filho de Semaías;
Elá e Naã; e o filho de Elá: Q uenaz.
38Estes, registrados p o r seus nom es, foram p rín ci­
,6E os filhos de Jealelel: Zife, Zifa, Tiria e Asareel.
pes nas suas famílias; e as famílias de seus pais se
17E os filhos de Ezra: Jeter, M erede, Efer, e Jalom; e
m ultiplicaram abundantem ente.
teve mais a M iriã, e Samai, e Isbá, pai de Estemoa.
39E chegaram até à entrada de G edor, ao oriente do
ISE sua m ulher, Judia, deu à luz a Jerede, pai de
vale, a buscar pasto para os seus rebanhos.
G edor, e a H éber, pai de Socó, e a Jecutiel, pai de
40E acharam pasto fértil e terra espaçosa, e quieta,
Zanoa; e estesforam os filhos de Bitia, filha de Faraó, e descansada; porque os de Cão haviam habitado ali
que M erede tom ou. antes.
I9E foram os filhos da m ulher de H odias, irm ã de 4'Estes, pois, que estão descritos p o r seus nom es,
Naã: Abiqueila, o garm ita, Estem oa, o m aacatita. vieram nos dias de Ezequias, rei de Judá, e d e rru ­
2ÜE os filhos de Simeão: A m om , Rina, B ene-H anã, baram as tendas e habitações dos que se acharam
e Tilom ; e os filhos de Isi: Zoete e Bene-Zoete. ali, e as d estru íram to talm en te até o dia de hoje, e
2'O s filhos de Selá, filho de Judá: Er, pai de Leca, e habitaram em seu lugar; p o rq u e ali havia pasto para
Lada, pai de M aressa, e as famílias da casa dos que os seus rebanhos.
fabricavam linho fino, em casa de Asbéia. 42T am bém deles, dos filhos de Simeão, quinhentos
2iC om o tam bém Joquim , e os hom ens de Cozeba, hom ens foram às m o ntanhas de Seir; levaram por
e Joás, e Sarafe (que dom inaram sobre os m oabitas), cabeças a Pelatias, e a Nearias, e a Refaías, e a Uziel,
e Jasubi-Leém; porém estas coisas já são antigas. filhos de Isi.
23Estes foram oleiros, e habitavam nas hortas e nos 43E feriram o restante dos que escaparam dos am a-
cerrados; estes ficaram ali com o rei na sua obra. lequitas, e habitaram ali até o dia de hoje.
24Os filhos de Simeão foram N em uel, Jam im , Jari-
be, Zerá, e Saul, O sfd h o s d e R ú b en
2,C ujo filho foi Salum , de quem foi filho M ibsão, Q U A N TO aos filhos de Rúben, o p rim o g ên i­
de q u em foi filho M isma. to de Israel (pois ele era o p rim o g ên ito ; m as

412
1CRÔNICAS5.6

p o rq u e profanara a cam a de seu pai, deu-se a sua 20E foram ajudados co n tra eles, e os hagarenos e
p rim o g enitura aos filhos de José, filho de Israel; to d o s q u an to s estavam com eles foram entregues
de m o d o que não foi contado, na genealogia da em sua m ão; p o rq u e, na peleja, clam aram a Deus
prim ogenitura, que lhes deu ouvidos, p o rq u an to confiaram nele.
2P orque Judá foi poderoso entre seus irm ãos, e 2IE levaram preso o seu gado; seus camelos, cin­
dele veio o soberano; p orém a p rim o g en itu ra foi qüenta mil, e duzentas e cinqüenta m il ovelhas, e
de José). dois m il jum entos, e cem m il hom ens.
lForam, pois, os filhos de Rúben, o prim ogênito de 22Porque m uitos caíram feridos, porque de Deus era
Israel: Enoque, Palu, H ezrom , e Carm i. a peleja; e habitaram em seu lugar, até ao cativeiro.
4Os filhos de Joel: Semaías, seu filho; Gogue, seu 23E os filhos da m eia trib o de M anassés habitaram
filho; Simei, seu filho; naquela terra; m u ltiplicaram -se desde Basã até
5M ica, seu filho; Reaías, seu filho; Baal, seu filho; B aal-H erm om , e Senir, e o m o n te de H erm om .
6Beera, seu filho, o qual Tiglate-Pilneser, rei da As­ 24E estes foram cabeças de suas casas paternas, a
síria, levou preso; este fo i príncipe dos rubenitas. saber: H efer, Isi, Eliel, Azriel, Jeremias, Hodavias, e
7Q uanto a seus irm ãos pelas suas famílias, quando Jadiel, h om ens valentes, h om ens de nom e, e chefes
foram postos nas genealogias, segundo as suas des­ das casas de seus pais.
cendências, tiveram p o r chefes Jeiel e Zacarias, 2'’P orém transgrediram co n tra o D eus de seus pais;
8E Bela, filho de Azaz, filho de Sema, filho de Joel, e se prostituíram , seguindo os deuses dos povos da
que habitou em Aroer, até N ebo e Baal-M eom, terra, os quais D eus destruíra de diante deles.
*Também habitou do lado do oriente, até à entrada 26P or isso o D eus de Israel suscitou o espírito de
do deserto, desde o rio Eufrates; porque seu gado se Pul, rei da Assíria, e o espírito de Tiglate-Pilneser,
tinha m ultiplicado na terra de Gileade. rei da Assíria, que os levaram presos, a saber: os
1HE nos dias de Saul fizeram guerra aos hagarenos, rubenitas e gaditas, e a m eia trib o de M anassés; e os
que caíram pela sua m ão; e eles habitaram nas suas trouxeram a H aia, e a H abor, e a H ara, e ao rio de
tendas defronte de todo o lado oriental de Gileade. Gozã, até ao dia de hoje.
11E os filhos de Gade habitaram d efronte deles, na
terra de Basã, até Salcá. D escendentes de L evi, seu m in istério
12 Joel foi chefe, e Safã o segundo; tam bém Janai e e suas cidades
Safate estavam em Basã. OS filhos de Levi foram: Gérson, Coate e Merari,
L,E seus irm ãos, segundo as suas casas paternas,
foram : Micael, M esulão, Seba, Jorai, Jacã, Zia, e
6
e Uziel.
2E os filhos de Coate: A nrão, e Izar, e H ebrom ,

Éber, sete. 3E os filhos de Anrão: Arão, Moisés, e Miriã; e os


l4Estes/oram os filhos de Abiail filho de H uri, filho filhos de Arão: N adabe, Abiú, Eleazar, e Itam ar.
de Jaroa, filho de Gileade, filho de Micael, filho de 4E Eleazar gerou a Finéias, e Finéias gerou a Abisua,
Jesisai, filho de Jado, filho de Buz; 5E Abisua gerou a Buqui, e Buqui gerou a Uzi,
1’Aí, filho de Abdiel, filho de G uni,/oi chefe da casa 6E Uzi gerou a Zeraías, e Zeraías gerou a M eraiote.
de seus pais. 7E M eraiote gerou a A m arias, e A m arias gerou a
I6E habitaram em Gileade, em Basã e nos lugares Aitube.
da sua jurisdição; com o tam bém em todos os arra­ 8E A itube gerou a Z ad o q u e, e Z ad o q u e gerou a
baldes de Sarom , até aos seus term os. Aimaás,
1T o d o s estes foram registrados, segundo as suas 9E Aimaás gerou a Azarias, e Azarias gerou a Joanã,
genealogias, nos dias de Jotão, rei de Judá, e nos dias l(,E Joanã gerou a Azarias; e este é o que exerceu o
de Jeroboão, rei de Israel. sacerdócio na casa que Salomão tin h a edificado em
1sDos filhos de Rúben, e dos gaditas, e da m eia tribo Jerusalém.
de Manassés, hom ens m uito valentes, que traziam " E Azarias gerou a A m arias, e A m arias g erou a
escudo e espada, e entesavam o arco, e eram destros Aitube,
na guerra; houve quarenta e q u atro m il e setecentos l2E A itube gerou a Z adoque, e Z ad o q u e gerou a
e sessenta, que saíam à peleja. Salum,
I9E fizeram guerra aos hagarenos, com o a Jetur, e l3E Salum gerou a H ilquias, e H ilquias gerou a
aN a fisea N o d a b e. Azarias,

413
1CRÔNICAS 6

l4E Azarias gerou a Seraías, e Seraías gerou a Jeo- ficou a casa do Se n h o r em Jerusalém; e estiveram,
zadaque, segundo o seu costum e, no seu m inistério.
1 !E Jeozadaque foi levado cativo quando o Se nho r 33Estes são, pois, os que ali estavam com seus filhos:
levou presos a Judá e a Jerusalém pela m ão de N a- dos filhos dos coatitas, Hem ã, o cantor, filho de Joel,
bucodonosor. filho de Samuel,
16O s filhos de Levi foram , pois, G érson, C oate, e 34Filho de Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliel,
M erari. filho de Toá,
I7E estes são os nom es dos filhos de Gérson: Libni 35Filho de Zufe, filho de Elcana, filho de M aate,
e Simei. filho de Amasai,
**E os filhos de Coate: A nrão, Izar, H ebrom , e 36Filho de Elcana, filho de Joel, filho d e Azarias,
Uziel. filho de Sofonias.
I90 s filhos de M erari: M ali e M usi; estas são as ,7Filho de Taate, filho de Assir, filho de Ebiasafe,
famílias dos levitas, segundo seus pais. filho de Coré,
20De Gérson: Libni, seu filho; Jaate, seu filho; 3sFilho de Isar, filho de Coate, filho de Levi, filho
Zima, seu filho; de Israel.
2‘Joá, seu filho; Ido, seu filho; Zerá, seu filho; Jea- 39E seu irm ão Asafe estava à sua direita; e era Asafe
tarai, seu filho. filho de Berequias, filho de Siméia,
22Os filhos de Coate foram: A m inadabe, seu filho; 40Filho de Micael, filho de Baaséias, filho de Mal-
Coré, seu filho; Assir, seu filho; quias,
23Elcana, seu filho; Ebiasafe, seu filho; Assir, seu 4,Filho de Etni, filho de Zerá, filho de Adaías,
filho; 42Filho de Etã, filho de Zima, filho de Simei,
24Taate, seu filho; Uriel, seu filho; Uzias, seu filho; 43Filho de Jaate, filho de G érson, filho de Levi.
e Saul, seu filho. 44E seus irm ãos, os filhos de M erari, estavam à
2,E os filhos de Elcana: Amasai e Aimote. esquerda; a saber: Etã, filho de Q uisi, filho de Abdi,
2(%Quanto a Elcana: os filhos de Elcana foram Zofai, filho de M aluque,
seu filho; e seu filho Naate. 4,Filho de H asabias, filho de Amazias, filho de
27Seu filho Eliabe, seu filho Jeroão, seu filho El­ H ilquias,
cana. 4f>Filho de Anzi, filho de Bani, filho de Semer,
28E os filhos de Samuel: Joel, seu prim ogênito, e o 47Filho de M ali, filho de M usi, filho de M erari,
segundo Abias. filho de Levi.
29O s filhos de M erari: Mali, seu filho Libni, seu 4SE seus irm ãos, os levitas, foram postos para todo
filho Simei, seu filho Uzá. o m inistério do tabernáculo da casa de Deus.
30Seu filho Siméia, seu filho Hagias, seu filho 49E Arão e seus filhos ofereceram sobre o altar do
Asaías. holocausto e sobre o altar do incenso, p o r to d o o
3 'Estes são, pois, os que Davi constituiu para o ofi­ serviço do lugar santíssim o, e p ara fazer expiação
cio do canto na casa do Se n h o r , depois que a arca po r Israel, conform e tu d o q u an to Moisés, servo de
teve repouso. Deus, tin h a ordenado.
32E m inistravam diante do tabernáculo da tenda ,HE estes foram os filhos de Arão: seu filho Eleazar,
da congregação com cantares, até que Salom ão edi- seu filho Finéias, seu filho Abisua.

Estas são as famílias dos levitas, segundo os conhecer, genealogicamente, que tanto Samuel quanto seu pai,
seus pais [...] Elcana Elcana, eram da tribo de Levi.
(6.19-23) O texto de 1Samuel simplesmente informa que Elcana vivia nas
montanhas de Efraim. Todos sabemos que os levitas, por não te­
Ceticismo. Alega contradição entre esta referência e
rem possessão material terrena, eram distribuídos pelos territó­
1Samuel 1.1, que diz que Elcana. pai de Samuel, é efrai-
rios das doze tribos para que pudessem servir nos afazeres sa­
mita, não levita.
cerdotais (Nm35.6).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os dois textos estão corre- A probabilidade é que Ramataim-Zofim, onde Elcana vivia, tenha
•=* tos. O fato de Eli ter levado Samuel para oficiar no templo, sido uma das cidades designadas para a distribuição dos levitas.
ainda que como aprendiz, e de Samuel ter desempenhado, pos­ Concluindo, Elcana era levita por descendência e efraimita por
teriormente, funções do sacerdócio, dá suporte teológico para re­ localização geográfica.

414
1CRÔNICAS 6,7

5'Seu filho Buqui, seu filho Uzi, seu filho Seraías, baldes, e Bileã e os seus arrabaldes; estas cidades tive­
,2Seu filho M eraiote, seu filho Amarias, seu filho ram os que ficaram da fam ília dos filhos de Coate.
Aitube, 71Os filhos de G érson tiveram, da família da meia
, JSeu filho Zadoque, seu filho Aimaás. tribo de Manassés, Golã, em Basã, e os seus arrabal­
54E estas foram as suas habitações, segundo os seus des, e A starote e os seus arrabaldes.
acam pam entos, nos seus term os, a saber: dos filhos 72E da trib o de Issacar, Q uedes e os seus arrabaldes,
de Arão, da família dos coatitas, porque a eles caiu e D aberate e os seus arrabaldes.
a sorte. 7áE Ram ote e os seus arrabaldes, e A ném e os seus
55D eram -lhes, pois, a H ebrom , na terra de Judá, e arrabaldes.
os arrabaldes que a rodeiam . 74E da trib o de Aser, M asal e os seus arrabaldes, e
56P orém o te rritó rio da cidade e as suas aldeias A bdom e os seus arrabaldes,
deram a Calebe, filho de Jefoné. 75E H ucoque e os seus arrabaldes, e Reobe e os seus
,7E aos filhos de Arão deram as cidades de refúgio: arrabaldes.
H ebrom e Libna e os seus arrabaldes, e Jatir e Este- 76E da trib o de N aftali, Q uedes, em Galiléia, e os
m oa e os seus arrabaldes. seus arrabaldes, H am o m e os seus arrabaldes e
,8E H ilém , e os seus arrabaldes, D ebir e os seus Q uiriataim e os seus arrabaldes.
arrabaldes, 77O s que ficaram dos filhos de M erari tiveram, da
59E Asã e os seus arrabaldes, e Bete-Semes e os seus tribo de Zebulom , a R im om e os seus arrabaldes, a
arrabaldes. T abor e os seus arrabaldes.
60E da tribo de Benjamim, Geba e os seus arrabal­ 78E dalém do Jordão, na altura de Jericó, ao oriente
des, A lem ete e os seus arrabaldes, e A natote e os do Jordão, da trib o de Rúben, a Bezer, n o deserto, e
seus arrabaldes; todas as suas cidades, pelas suas os seus arrabaldes, e a Jaza e os seus arrabaldes,
famílias, foram treze. 79E a Q uedem ote e os seus arrabaldes, e a M efaate
61Mas os filhos de Coate, que restaram da sua fa­ e os seus arrabaldes.
mília, tiveram, p o r sorte, dez cidades da m eia tribo S0E da trib o de Gade, a R am ote, em Gileade, e os
de Manassés. seus arrabaldes, e M aanaim e os seus arrabaldes,
62E os filhos de Gérson, segundo as suas famílias, 8IE a H esbom e os seus arrabaldes, e a Jazer e os
tiveram treze cidades da trib o de Issacar, e da tribo seus arrabaldes.
de Aser, e da tribo de Naftali e da tribo de Manassés,
em Basã. D escendentes d e Issacar
63O s filhos de M erari, segundo as suas famílias, E Q U A N TO aos filhos de Issacar, foram : Tola,
tiveram, p or sorte, doze cidades da tribo de Rúben,
e da tribo de Gade, e da tribo de Zebulom .
7 Pua, Jasube e Sinrom , quatro.
2E os filhos de Tola foram : Uzi, Refaías, Jeriel, Ja-
64Assim os filhos de Israel deram aos levitas estas mai, Ibsão e Semuel, chefes das casas de seus pais,
cidades e os seus arrabaldes. descendentes de Tola, h om ens valentes nas suas ge­
65E deram -lhes p o r sorte estas cidades, da tribo rações; o seu nú m ero , nos dias de Davi, foi de vinte
dos filhos de Judá, da trib o dos filhos de Simeão, e e dois m il e seiscentos.
da tribo dos filhos de Benjam im , às quais deram os 3E o filho de Uzi: Izraías; e os filhos de Izraías fo ­
seus nom es. ram: Mical, O badias, Joel e Issias; todos estes cinco
“ E quanto ao mais das famílias dos filhos de Coate, chefes.
se lhes deram , da tribo de Efraim as cidades dos seus 4E houve com eles nas suas gerações, segundo as
term os. suas casas paternas, em tro p as de guerra, trin ta e seis
67P orque lhes deram as cidades de refügio, Siquém mil; p orque tiveram m uitas m ulheres e filhos.
e os seus arrabaldes, nas m o n ta n h as de Efraim , 5E seus irm ãos, em todas as famílias de Issacar,
com o tam bém Gezer e os seus arrabaldes, h om en s valentes, foram o iten ta e sete m il, to d o s
68E Jocmeão e os seus arrabaldes, B ete-H orom e os contados pelas suas genealogias.
seus arrabaldes,
69E Aijalom e os seus arrabaldes, G ate-R im om e os D e B en ja m im
seus arrabaldes. ‘’Os filhos de Benjam im foram : Belá, e Bequer, e
"°E da meia tribo de Manassés, A ner e os seus arra­ Jediael, três.

415
1CRÔNICAS 7,8

7E os filhos de Belá: Esbom, e Uzi, e Uziel, e Jeri- 25E foi seu filho Refa, e Resefe, de q u em foi filho
m ote, e Iri, cinco chefes da casa dos pais, hom ens Tela, de qu em foi filho Taã,
valentes que foram contados pelas suas genealogias, 2('De quem foi filho Ladã, de quem foi filho A m iú­
vinte e dois m il e trin ta e quatro. de, de quem foi filho Elisama,
8E os filhos de Bequer: Zem ira, Joás, Eliezer, Elio- 27De quem foi filho N um , de qu em foi filho Jo­
enai, O nri, Jerim ote, Abias, A natote, e Alemete; sué.
to d o s estes foram filhos de Bequer. 28E/oi a sua possessão e habitação Betei e os lugares
9E foram contados pelas suas genealogias, segundo da sua jurisdição; e ao oriente N aarã, e ao ocidente
as suas gerações, e chefes das casas de seus pais, Gezer e os lugares da sua jurisdição, e Siquém e os
hom ens valentes, vinte m il e duzentos. lugares da sua jurisdição, até Gaza e os lugares da
10E /oi o filho de Jediael, Bilã; e os filhos de Bilã/o- sua jurisdição;
ram Jeús, Benjam im , Eúde, Q uenaaná, Zetã, Társis 29E do lado dos filhos de M anassés, Bete-Seã e os
e Aisaar. lugares da sua jurisdição, T aanaque e os lugares da
“ T odos estes filhos de Jediael foram chefes das sua jurisdição, M egido e os lugares da sua ju risd i­
fam ílias dos pais, hom ens valentes, dezessete mil e ção, D o r e os lugares da sua jurisdição; nestas h ab i­
duzentos, que saíam no exército à peleja. taram os filhos de José, filho de Israel.
,2E Supim , e H upim , filhos de lr, e H usim , dos
filhos de Aer. D e A ser
l3Os filhos de Naftali: Jaziel, e G uni, e Jezer, e Sa- 3HOs filhos de Aser foram: Im ná, Isvá, Isvi, Berias,
lum , filhos de Bila. e Sera, irm ã deles.
3IE os filhos de Berias: H éber e M alquiel; este foi o
De M anassés pai de Birzavite.
14Os filhos de Manassés: Asriel, que a m ulher de 32E H éber gerou a Jaflete, e a Som er, e a H otão, e a
Gileade concebeu (porém a sua concubina, a síria, Suá, irm ã deles.
concebeu a M aquir, pai de Gileade; 33E foram os filhos de Jaflete: Pasaque, e Bimal e
1SE M aquir tom ou a irmã de H upim e Supim por Asvate; estes foram os filhos de Jaflete.
m ulher, e era o seu nom e M aaca), e fo i o nom e do 34E os filhos de Semer: Ai, Roga, Jeubá, e Arã.
segundo Zelofeade; e Zelofeade teve filhas. 35E os filhos de seu irm ão Helém: Zofa, e Im na, e
I6E M aaca, m ulher de M aquir, deu à luz um filho, Seles, e Amai.
e cham ou-o Perez; e o n om e de seu irm ão fo i Seres; 3,’Os filhos de Zofa: Suá, e H arnefer, e Suai, e Beri,
e foram seus filhos Ulão e Raquém . e ln ra ,
I7E o filho de Ulão, Bedã; estes foram os filhos de 37Bezer, H ode, Samá, Silsa, Itrã, e Beera.
Gileade, filho de M aquir, filho de Manassés. 38E os filhos de Jeter: Jefoné, Pispa e Ara.
18E q u an to à sua irm ã H am olequete, teve a Is- 39E os filhos de Ula: Ará e H aniel e Rizia.
H ode, a Abiezer, e a Maalá. 40T odos estes foram filhos de Aser, chefes das ca­
19E foram os filhos de Semida: Aiã, Siquém , Liqui, sas paternas, h om ens escolhidos e valentes, chefes
e Anião. dos príncipes, e contados nas suas genealogias, no
20E os filhos de Efraim: Sutela, e seu filho Berede, e exército para a guerra; foi seu n ú m ero de vinte e seis
seu filho Taate, e seu filho Elada e seu filho Taate. m il hom ens.
2IE seu filho Zabade, e seu filho Sutela, e Ezer, e
Elade; e os hom ens de G ate, n atu rais da terra, os D escendentes de B e n ja m im e d e S a u l
m ataram , p o rq u e desceram para to m a r os seus E BENJAMIM gerou a Belá, seu prim ogênito, a
gados.
22P or isso Efraim, seu pai, p o r m uitos dias os ch o ­ 2
8 Asbel o segundo, e a Aará o terceiro,
A N oá o q u arto , e a Rafa o quinto.
rou; e vieram seus irm ãos para o consolar. 3E Belá teve estes filhos: A dar, Gera, A biúde,
23D epois coabitou com sua m ulher, e ela conce­ 4Abisua, N aam ã, Aoá,
beu, e teve um filho; e cham ou-o Berias; p orque ia 5Gera, Sefufá e H urão.
m al n a sua casa. 6E estes foram os filhos de Eúde; que foram chefes
24E sua filha fo i Seerá, que edificou a Bete-H orom , dos pais dos m oradores de Geba, e os levaram cati­
a baixa e a alta, com o tam bém a Uzém-Seerá. vos a M anaate;

416
1CRÔNICAS 8,9

7E N aam ã, e Aias e Gera; este os tra n sp o rto u , e 3SE teve Azei seis filhos, e estes foram os seus n o ­
gerou a Uzá e a Aiúde. mes: Azricão, B ocru, Ism ael, Searias, O badias, e
SE Saaraim (depois de os enviar), na terra de M oa- H anã; todos estes foram filhos de Azei.
be, geiou filhos de H usim e Baara, suas m ulheres. 3<,E os filhos de Ezeque, seu irm ão: Ulão, seu p ri­
“E de H odes, sua m ulher, gerou a Jobabe, a Zíbia, m ogênito, Jeús o segundo e Elifelete o terceiro.
a Mesa, a Malcã, 40E foram os filhos de U lão h om ens heróis, valen­
l0A Jeuz, a Saquias e a M irm a; estes foram seus tes, e flecheiros destros; e tiveram m u ito s filhos, e
filhos, chefes dos pais. filhos de filhos, cento e cinqüenta; todos estes foram
11E de H usim gerou a A bitube e a Elpaal. dos filhos de Benjamim.
I2E foram os filhos de Elpaal: Éber, M isã e Seme-
de; este edificou a O no e a Lode e os lugares da sua H a b ita n tes de Jeru sa lém depois
jurisdição. da volta do cativeiro
13E Berias e Sema foram cabeças dos pais dos m o ­ E T O D O o Israel foi contado p o r genealogias,
radores de Aijalom; estes afugentaram os m o rad o ­
res de Gate.
9 que estão escritas no livro dos reis de Israel; e os
de Judá foram tran sp o rtad o s a Babilônia, p o r causa
14E Aiô, Sasaque, Jerim ote, da sua transgressão.
1’Zebadias, Arade, Eder, 2E os prim eiros habitantes, que m oravam na sua
“ Micael, Ispa e Joa foram filhos de Berias. possessão e nas suas cidades, foram os israelitas, os
17Zebadias, M esulão, H izque, H éber, sacerdotes, os levitas, e os netineus.
l8Ismerai, Izlias e Jobabe, filhos de Elpaal. ’Porém alguns dos filhos de Judá, e dos filhos de
l9Jaquim , Zicri, Zabdi, Benjam im , e dos filhos de Efraim e M anassés, habi­
20Elienai, Ziletai, Eliel, taram em Jerusalém:
21Adaías, Beraías e Sinrate, filhos de Simei. 4Utai, filho de A m iúde, filho de O nri, filho de Inri,
22E Ispã, Éber, Eliel, filho de Bani, dos filhos de Perez, filho de Judá;
23Abdom , Zicri, H anã, 5E dos silonitas: Asaías o p rim o g ên ito , e seus
24H ananias, Elão, Antotias, filhos;
25E Ifdéias, e Penuel, filhos de Sasaque; 6E dos filhos de Zerá: Jeuel, e seus irm ãos, seiscen­
26E Sanserai, e Searias, e Atalias, tos e noventa;
27E Jaaresias, e Elias e Zicri, filhos de Jeroão. 7E dos filhos de Benjamim: Saiu, filho de M esulão,
2aEstes foram cabeças dos pais, segundo as suas filho de Hodavias, filho de H assenua,
gerações, chefes, e habitaram em Jerusalém. “E Ibnéias, filho de Jeroão, e Elá, filho de Uzi, filho
29E em G ibeão h ab ito u o pai de G ibeão; e era o de Micri, e M esulão, filho de Sefatias, filho de Reuel,
nom e de sua m ulher Maaca; filho de Ibnijas;
30E seu filho prim ogênito, A bdom ; depois Z ur, e 9E seus irm ãos, segundo as suas gerações, nove­
Quis, Baal, e N adabe, centos e cinqüenta e seis; todos estes hom ens foram
31E G edor, Aiô, e Zequer, chefes dos pais nas casas de seus pais.
32E M iclote gerou a Siméia; e tam b ém estes, de­ I()E dos sacerdotes: Jedaías, e Jeoiaribe, e Jaquim,
fro n te de seus irm ãos, hab itaram em Jerusalém 1‘E Azarias, filho de H ilquias, filho de M esulão,
com eles. filho de Zadoque, filho de M eraiote, filho de Aitube,
33E N er gerou a Q uis, e Q uis gerou a Saul; e Saul m aioral da casa de Deus;
gerou a Jônatas, a M alquisua, a A binadabe, e a 12Adaías, filho de Jeroão, filho de Pasur, filho de
Esbaal. M alquias, e Masai, filho de Adiei, filho de Jazera, fi­
34E filho de Jônatas foi Meribe-Baal; e M eribe-Baal lho de M esulão, filho de M esilemite, filho de Im er;
gerou a Mica. l3C om o tam b ém seus irm ãos, cabeças nas casas
35E os filhos de Mica foram: P itom , M eleque, Ta- de seus pais, m il, setecentos e sessenta, hom ens va­
reá, eAcaz. lentes para a o bra do m inistério da casa de Deus.
36E Acaz gerou a Jeoada; e Jeoada gerou a Alemete, I4E dos levitas: Semaías, filho de H assube, filho de
e a Azmavete, e a Zinri; e Z inri gerou a Moza, Azricão, filho de Hasabias, dos filhos de M erari;
37E Moza gerou a Bineá, cujo filho foi Rafa, de 1'E Baquebacar, H eres e Galai; e M atanias, filho de
quem foi filho Eleasá, cujo filho foi Azei. Mica, filho de Zicri, filho de Asafe;

417
1CRÔNICAS 9,10

16E O badias, filho de Semaías, filho de Galai, filho JIE M atitias, d en tre os levitas, o prim o g ên ito de
de Jedutum ; e Berequias, filho de Asa, filho de Elca- Salum , o coraíta, tin h a o encargo da o bra que se
na, m o rad o r das aldeias dos netofatitas. fazia em sertãs.
I7E fo ram porteiros: Salum , A cube, T alm om , 32E alguns dos seus irm ãos, dos filhos dos coatitas,
Aimã, e seus irm ãos, cujo chefe era Salum. tinham o encargo de preparar os pães da proposição
18E até aquele tem po estavam de guarda à po rta do para todos os sábados.
rei, do lado do oriente; estes foram os porteiros dos 33Destes fo ra m tam b ém os cantores, chefes dos
arraiais dos filhos de Levi. pais entre os levitas, h abitando nas câm aras, isen­
I9E Salum, filho de Coré, filho de Ebiasafe, filho de tos de serviços; p o rq u e de dia e de noite estava a seu
Corá, e seus irmãos da casa de seu pai, os coraítas, ti­ cargo ocuparem -se naquela obra.
nham cargo da obra do ministério, e eram guardas das “ Estesforam cabeças dos pais entre os levitas, chefes
portas do tabernáculo, com o seus pais foram respon­ em suas gerações; estes habitaram em Jerusalém.
sáveis pelo arraial do S e n h o r, e guardas da entrada. 3-Porém em G ibeão habitaram Jeiel, pai deG ibeão
20Finéias, filho de Eleazar, antes era líder entre eles; (e era o no m e de sua m ulher M aaca).
e o S e n h o r era com ele. 36E seu filho prim o g ên ito A bdom ; depois Z u r,
21E Zacarias, filho de M eselemias, porteiro da en­ Q uis, Baal, N er e N adabe,
trada da tenda da congregação. 37E G edor, Aiô, Zacarias e Miclote.
“ T odos estes, escolhidos para serem guardas das “ Miclote gerou a Simeão; e tam bém estes habitaram
portas, foram duzentos e doze; e foram estes, se­ em Jerusalém, defronte de seus irmãos, com eles.
gundo as suas aldeias, postos em suas genealogias; e 39E N er g erou a Q uis; e Q uis gerou a Saul, Saul
Davi e Samuel, o vidente, os constituíram nos seus gerou a Jônatas, a M alquisua, a A binadabe e a
respectivos cargos. Esbaal.
23Estavam, pois, eles, e seus filhos, às portas da casa 40E o filho de Jônatas foi M eribe-Baal, e M eribe-
do S en h or , na casa da tenda, ju n to aos guardas, Baal gerou a Mica.
24Os porteiros estavam aos quatro lados; ao orien ­ 41E os filhos de M ica foram : P ito m , M eleque e
te, ao ocidente, ao norte, e ao sul. Taréia.
25E seus irm ãos, que estavam nas suas aldeias, 42E Acaz gerou a Jaerá, e Jaerá gerou a Alemete, a
deviam, de tem po em tem po, vir p or sete dias para Azmavete e a Z inri; e Zinri gerou a Moza.
servirem com eles. 43E M oza gerou a Bineá, cujo filho fo i Refaías, de
26P orque havia naquele ofício q u atro porteiro s quem foi filho Eleasá, cujo filho fo i Azei.
principais que eram levitas, e tin h am o encargo das 44E teve Azei seis filhos, e estes foram os seus n o ­
câm aras e dos tesouros da casa de Deus. mes: Azricão, B ocru, Ismael, Seraias, O badias e
27E de noite ficavam em redor da casa de Deus, cuja H anã; estes foram os filhos de Azei.
guarda lhes tinha sido confiada, e tinham o encargo
de abri-la cada m anhã. A m orte d e S a u l e d e seus filh o s
28E alguns deles estavam encarregados dos u te n ­ E OS filisteus pelejaram com Israel; e os
sílios do m inistério, p orq ue p o r conta os traziam e h o m en s de Israel fugiram de diante dos fi­
p o r conta os tiravam . listeus, e caíram m ortos nas m o n tan h as de Gilboa.
29P orque deles havia alguns que tinham o encargo 2E os filisteus perseguiram a Saul e aos seus filhos
dos objetos e de todos os utensílios do santuário; e m ataram a Jônatas, a A binadabe e a M alquisua,
com o tam bém da flor de farinha, do vinho, do filhos de Saul.
azeite, do incenso, e das especiarias. 3E a peleja se agravou co n tra Saul, e os flecheiros o
i0E alguns dos filhos dos sacerdotes eram os obrei­ alcançaram ; e tem eu m u ito aos flecheiros.
ros da confecção das especiarias. 4Então disse Saul ao seu escudeiro: A rranca a tua

Então tomou Saul a espada, e se lançou sobre ela


(10.4) .—g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Quanto aesta questão, exis-
“ tem duas teses. A primeira sustenta a veracidade dos tex­
Ceticismo. Entende que este versículo deixa claro que Saul tos de 1 e 2 Samuel, sendo que o relato do amalequita (2Sm) se­
cometeu suicídio, enquanto 2Samuel diz que ele morreu ria simplesmente um suplemento à narrativa de 1Samuel. Seu
pelas mãos de um amalequita. fundamento se prende ao fato de que o amalequita trazia consi-

418
1CRÔNICAS 10,11

espada, e atravessa-m e com ela; para que porven­ conform e a palavra do Se n h o r pelo m inistério de
tura não venham estes incircuncisos e escarneçam Samuel.
de m im . P orém o seu escudeiro não quis, porque 4E p artiu Davi e to d o o Israel para Jerusalém, que
tem ia m uito; então to m o u Saul a espada, e se lançou é Jebus; p o rq u e ali estavam os jebuseus, habitantes
sobre ela. da terra.
5V endo, pois, o seu escudeiro que Saul estava m o r­ 5E disseram os habitantes de Jebus a Davi: T u não
to, tam bém ele se lançou sobre a espada e m orreu. entrarás aqui. P orém Davi g an h o u a fortaleza de
6Assim m orreram Saul e seus três filhos; e toda a Sião, que é a cidade de Davi.
sua casa m orreu juntam ente. 6Porque disse Davi: Q ualquer que prim eiro ferir os
7E, vendo todos os hom ens de Israel, que estavam jebuseus será chefe e capitão. Então Joabe, filho de
no vale, que haviam fugido, e que Saul e seus filhos Zeruia, subiu prim eiro a ela; pelo que foi feito chefe.
eram m ortos, deixaram as suas cidades, e fugiram; 7E Davi hab ito u na fortaleza; p o r isso foi cham ada
então vieram os filisteus, e habitaram nelas. a cidade de Davi.
8E sucedeu que, no dia seguinte, vindo os filisteus 8E edificou a cidade ao redor, desde M ilo até ao
a despojar os m ortos, acharam a Saul e a seus filhos circuito; e Joabe renovou o restante da cidade.
estirados nas m ontanhas de Gilboa. 9E Davi tornava-se cada vez m ais forte; p o rq u e o
9E o despojaram , e to m aram a sua cabeça e as suas S e n h o r dos Exércitos era com ele.
arm as, e as enviaram pela terra dos filisteus em re­
dor, para o anunciarem a seus ídolos e ao povo. Os poderosos de D avi
10E puseram as suas arm as na casa do seu deus, e a l0E estes foram os chefes dos poderosos que Davi
sua cabeça afixaram na casa de Dagom. tinha, e qu e o ap o iaram fortem ente no seu reino,
"O u v in d o , pois, to d a a Jabes de G ileade tu d o com to d o o Israel, para o fazerem rei, conform e a
q u anto os filisteus fizeram a Saul, palavra do S e n h o r, no to can te a Israel.
I2Então todos os hom ens valorosos se levantaram , 1‘E este é o n ú m ero dos poderosos que Davi tinha:
e tom aram o corpo de Saul, e os corpos de seus fi­ Jasobeão, h acm o n ita, chefe dos capitães, o qual,
lhos, e os trouxeram a Jabes; e sepultaram os seus b ran d in d o a sua lança co n tra trezentos, de u m a
ossos debaixo de um carvalho em Jabes, e jejuaram vez os m atou.
sete dias. 12E, depois dele Eleazar, filho de D odó, o aoíta; ele
l3Assim m o rre u Saul p o r causa da transgressão estava entre os três poderosos.
que com eteu contra o S e n h o r, p o r causa da palavra 13Este esteve com D avi em P as-D am im , q u an d o
do S e n h o r, a qual não havia guardado; e tam bém os filisteus ali se aju n taram à peleja, o n d e havia um
porque buscou a adivinhadora para a consultar. pedaço de cam po cheio de cevada; e o povo fugiu de
14E não buscou ao Se n h o r , que po r isso o m atou, e diante dos filisteus.
transferiu o reino a Davi, filho de Jessé. ,4E puseram -se no m eio daquele cam po, e o defen­
deram , e feriram os filisteus; e o S e n h o r efetuou um
D avi é u n g id o rei grande livram ento.

1 1 ENTÃO todo o Israel se ajuntou a D avi em


X H ebrom , dizendo: Eis que somos teus ossos
15E três dos trin ta capitães desceram à penha, a ter
com Davi, n a caverna de A dulão; e o exército dos
e tua carne. filisteus estava acam pado no vale de Refaim.
2E tam bém outrora, sendo Saul ainda rei, eras tu o I6E Davi estava então no lugar forte; e o alojam ento
que fazias sair e entrar a Israel; tam bém o S e n h o r teu dos filisteus estava então em Belém.
Deus te disse: T u apascentarás o m eu povo Israel, e I7E desejou Davi, e disse: Q uem m e dera beber da
tu serás chefe sobre o m eu povo Israel. água do poço de Belém, que está ju n to à porta!
3T am bém vieram todos os anciãos de Israel ao rei, lsEntão aqueles três ro m p eram pelo acam pam en­
a H ebrom , e Davi fez com eles aliança em H ebrom , to dos filisteus, e tiraram água d o poço de Belém,
perante o Se n h o r ; e ungiram a Davi rei sobre Israel, que estava ju n to à porta, e to m aram dela e a tro u -

go o bracelete e a coroa de Saul, supostas provas de seu teste­ A segunda, mais crível, destaca que a narrativa do amalequita é
munho. Então Davi. irado, devido à veracidade da notfcia, teria fabulosa (2Sm 1.10), cuja intenção, ao criá-la, era obter o crédito e
matado o amalequita. o respeito de Davi, por ter, supostamente, assassinado Saul.

419
1CRÔNICAS 11,12

xeram a Davi; porém Davi não a quis beber, mas a 43H anã, filho de Maaca; e Josafá, o m itatita;
derram ou ao Se n h o r , 44Uzias, o asteratita; Sama e Jeiel, filhos de H otão,
l9E disse: N unca m eu D eus perm ita que faça tal! o aroerita;
Beberia eu o sangue destes hom en s com as suas 4,Jediael, filho de Sinri; e Joa, seu irm ão, o tizita;
vidas? Pois com perigo das suas vidas a trouxeram . 46Eliel, o m aavita; e Jeribai e Josavias, filhos de
E ele não a quis beber. Isto fizeram aqueles três Elnaão; e Itm a, o m oabita;
hom ens. 47Eliel, O bede, e Jaasiel, o m esobaíta.
20E tam bém Abisai, irm ão de Joabe, era chefe de
três, o qual, bran d in d o a sua lança contra trezentos, Os q u e vieram a D avi em Z iclague
os feriu; e teve nom e entre os três. ESTES, porém , são os que vieram a Davi, a
21 Ele foi o m ais ilustre dos três, pelo que foi capitão Ziclague, estando ele ainda escondido, p o r
deles; porém não igualou aos primeiros três. causa de Saul, filho de Q uis; e eram dos valentes que
Z2Também Benaia, filho de Joiada, filho de um h o ­ o ajudaram na guerra.
m em poderoso de Cabzeel, grande em obras; ele fe­ 2Estavam arm ad o s de arco, e usavam ta n to da
riu a dois heróis de M oabe; e tam bém desceu, e feriu m ão direita com o da esquerda em atirar p edras e
u m leão dentro de um a cova, no tem po da neve. em atirar flechas com o arco; eram dos irm ãos de
“ T am bém feriu ele a um hom em egípcio, hom em Saul, benjam itas.
de grande altura, de cinco côvados; e trazia o egípcio 3Aiezer, o chefe, e Joás, filho de Semaa, o gibeatita,
u m a lança na m ão, com o o órgão do tecelão; m as e Jeziel e Pelete, filhos de Azmavete; e Beraca, e Jeú,
Benaia desceu contra ele com um a vara, e arrancou o anatotita,
a lança da m ão do egípcio, e com ela o m atou. 4E Ism aías, o gibeonita, valente en tre os trinta,
24Estas coisas fez Benaia, filho de Joiada; pelo que líder deles; e Jeremias, e Jaaziel, e Joanã, e Jozabade,
teve nom e entre aqueles três poderosos. o gederatita,
25Eis que dos trin ta foi ele o m ais ilustre; contudo 5Eluzai, e Jerim ote, e Bealias, e Samarias, e Sefatias,
não chegou aos primeiros três; e Davi o pôs sobre os o harufita,
da sua guarda. 6Elcana, Issias, Azarei, Joezer, e Jasobeão, os co-
26E foram os poderosos dos exércitos: Asael, irm ão raítas,
de Joabe, El-Hanã, filho de D odó, de Belém; 7E Joela, e Zabadias, filhos de Jeroão de G edor.
2:Sam ote, o harorita; Helez, o pelonita; KE dos gaditas se desertaram para Davi, ao lugar
“ Ira, filho de Iques, o tecoíta; Abiezer, o anatotita; forte n o deserto, valentes, h om ens de guerra para
29Sibecai, o husatita; liai, o aoíta; pelejar, arm ados com escudo e lança; e seus rostos
30M aarai, o netofatita; H elede, filho de Baaná, o eram com o rostos de leões, e ligeiros com o corças
netofatita; sobre os m ontes:
31Itai, filho de Ribai, de Gileade, dos filhos de Ben­ ‘’Ezer, o prim eiro; O badias, o segundo; Eliabe, o
jam im ; Benaia, o piratonita; terceiro;
32H urai, do ribeiro de Gaás; Abiel, o arbatita; l0M ism ana, o quarto; Jeremias, o quinto;
33Azmavete, o baarum ita; Eliabe, o saalbonita; 1'Atai, o sexto; Eliel, o sétimo;
34D os filhos de H asém , o gizonita: Jônatas, filho de 12Joanã, o oitavo; Elzabade, o nono;
Sage, o hararita; I3Jeremias, o décim o; M acbanai, o undécim o;
35Aião, filho de Sacar, o hararita; Elifal, filho de 14Estes, dos filhos de G ade, foram os capitães do
Ur; exército; o m en o r tinha o encargo de cem hom ens
36Hefer, o m equeratita; Aias, o pelonita; e o m aior de mil.
r H ezro, o carm elita; Naarai, filho de Ezbai; l5Estes são os que passaram o Jordão no prim eiro
38Joel, irm ão de N atã; M ibar, filho de Hagri; m ês, q u an d o ele tran sb o rd av a p o r to d a s as suas
3‘JZeleque, o am onita; N aarai, o beerotita, escudei­ ribanceiras, e fizeram fugir a to d o s os dos vales ao
ro de Joabe, filho de Zeruia; oriente e ao ocidente.
4üIra, o itrita; Garebe, o itrita; “'T am bém alguns d o s filhos de Benjam im e de
'4lUrias, o heteu; Zabade, filho de Alai; Judá vieram a Davi, ao lugar forte.
42A dina, filho de Siza, o rubenita, capitão dos ru- ,7E Davi lhes saiu ao en co n tro , e lhes falou, dizen­
benitas, e com ele trinta; do: Se vós vindes a m im pacificam ente e para me

420
1CRÔNICAS 12,13

ajudar, o m eu coração se unirá convosco; porém , se destros na ciência dos tem pos, p ara saberem o que
é para m e entregar aos m eus inim igos, sem que haja Israel devia fazer, e to d o s os seus irm ãos seguiam
deslealdade nas m inhas m ãos, o D eus de nossos pais suas ordens.
o veja e o repreenda. 33De Z ebulom , dos que podiam sair n o exército,
1“E ntão veio o espírito sobre A m asai, chefe de cinqüenta m il ordenados para a peleja com todas as
trin ta , e disse: N ós som os teus, ó Davi, e contigo arm as de guerra; com o tam bém destros para orde­
estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz contigo, e paz com narem um a batalha, e não eram de coração dobre.
quem te ajuda, pois que teu Deus te ajuda. E Davi os 34E de Naftali, m il capitães, e com eles trin ta e sete
recebeu, e os fez capitães das tropas. m il com escudo e lança.
l9T am bém de M anassés alguns passaram para 35E dos danitas, o rd en ad o s p ara a peleja, vinte e
Davi, q u ando veio com os filisteus para a batalha oito m il e seiscentos.
contra Saul; todavia Davi não os ajudou, p orque os 36E de Aser, dos que podiam sair no exército, para
príncipes dos filisteus, tendo feito conselho, o des­ ordenarem a batalha, q u aren ta mil.
pediram , dizendo: À custa de nossas cabeças passará 37E do o u tro lado do Jordão, dos rubenitas e gadi-
a Saul, seu senhor. tas, e da m eia tribo de M anassés, com to d a a sorte
20V oltando ele, pois, a Ziclague, passaram -se para de in stru m e n to s de guerra p ara pelejar, cento e
ele, de M anassés, A dna, Jozabade, Jediael, Micael, vinte mil.
Jozabade, Eliú, e Ziletai, capitães de m ilhares dos 3aT odos estes hom ens de guerra, postos em ordem
de Manassés. de batalha, vieram a H ebrom , com corações decidi­
2IE estes ajudaram a D avi co n tra aquela tropa, dos, para constituírem a Davi rei sobre to d o o Israel;
porque todos eles eram heróis poderosos, e foram e tam bém todo o restante de Israel tinha o m esm o
capitães no exército. coração para constituir a Davi rei.
22P orque naquele tem po, dia após dia, vinham a ,9E estiveram ali com Davi três dias, com en d o e
Davi para o ajudar, até que sefez u m grande exército, bebendo; p orque seus irm ãos lhes tin h am prep ara­
com o o exército de Deus. do as provisões.
40E tam bém seus vizinhos de m ais perto, até Issa­
Os q u e vieram a D avi em H ebrom car, e Zebulom , e Naftali, trouxeram , sobre ju m e n ­
2,O ra este é o n úm ero dos chefes arm ados para a tos, e sobre cam elos, e sobre m ulos, e sobre bois,
peleja, que vieram a Davi em H ebrom , para tran s­ pão, provisões de farinha, pastas de figos e cachos
ferir a ele o reino de Saul, conform e a palavra do de passas, e vinho, e azeite, e bois, gado m iú d o em
Se n h o r . abundância; porque havia alegria em Israel.
2■’Dos filhos de Judá, que traziam escudo e lança,
seis m il e oitocentos, arm ados para a peleja; A arca é depositada em casa d e O b ed e-E d o m
2■’D os filhos de Simeão, hom en s poderosos para 1 E DAVI to m o u conselho com os capitães
pelejar, sete mil e cem; JL J dos m ilhares, e das centenas, e com todos
26Dos filhos de Levi, q u atro m il e seiscentos. os líderes.
27Ioiada, que era o líder dos de Arão, e com ele três 2E disse Davi a to d a a congregação de Israel: Se
m il e setecentos. bem vos parece, e se isto vem do Se n h o r nosso Deus,
28E Zadoque, sendo ainda jovem , hom em p o d ero ­ enviem os depressa mensageiros a to d o s os nossos
so, com vinte e dois capitães da fam ília de seu pai; o u tro s irm ãos em todas as terras de Israel, e aos
29E dos filhos de B enjam im , irm ãos de Saul, três sacerdotes, e aos levitas nas suas cidades e nos seus
mil; p orque até então havia ainda m uitos deles que arrabaldes, para que se reú n am conosco;
eram pela casa de Saul. 3E tornem os a trazer para nós a arca do nosso Deus;
-,0E dos filhos de Efraim , vinte m il e oitocentos porque não a buscam os n o s dias de Saul.
hom ens poderosos, hom ens de nom e nas casas de 4E ntão disse to d a a congregação qu e se fizesse
seus pais. assim; p o rq u e este negócio pareceu reto aos olhos
31E da m eia trib o de M anassés, dezoito m il, que de to d o o povo.
foram apontados pelos seus nom es para virem fazer ’C onvocou, pois, Davi a to d o o Israel desde Sior
rei a Davi. do Egito até chegar a H am ate; para trazer a arca de
32E dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes, D eus de Q uiriate-Jearim .

421
ÍCRÔNICAS 13,14,15

6E então Davi com to d o o Israel subiu a Baalá de 9E vindo os filisteus, se estenderam pelo vale de
Q uiriate-Jearim , que está em Judá, para fazer subir Refaim.
dali a arca de D eus, o Se n h o r que habita entre os "’Então consultou Davi a Deus, dizendo: Subirei
querubins, sobre a qual é invocado o seu nom e. contra os filisteus, e nas m inhas m ãos os entregarás?
7E levaram a arca de Deus, da casa de A binadabe, E o Sen h o r lhe disse: Sobe, p o rq u e os entregarei nas
sobre um carro novo; e Uzá e Aiô guiavam o carro. tuas mãos.
8E Davi e todo o Israel, alegraram -se perante Deus "E , sub in d o a B aal-Perazim , Davi ali os feriu; e
com todas as suas forças; com cânticos, e com disse Davi: P or m in h a m ão D eus d erro to u a m eus
harpas, e com saltérios, e com tam borins, e com inim igos, com o se ro m p em as águas. P o r isso cha­
cím balos, e c o m trom betas. m aram aquele lugar, Baal-Perazim.
9E, chegando à eira de Q uid o m , estendeu U zá a I2E deixaram ali seus deuses; e o rd en o u Davi que
sua m ão, p ara segurar a arca, po rq u e os bois tr o ­ se queim assem a fogo;
peçavam. ,3P orém os filisteus to rn aram , e se estenderam
10Então se acendeu a ira do Se n h o r contra Uzá, e o pelo vale.
feriu, p o r ter estendido a sua m ão à arca; e m orreu I4E to rn o u D avi a consultar a Deus; e disse-lhe
ali perante Deus. D eus: N ão subirás atrás deles; m as rodeia-os p o r
" E Davi se encheu de tristeza p orque o Se n h o r h a ­ detrás, e vem a eles p o r defronte das am oreiras;
via aberto brecha em Uzá; p o r isso cham ou aquele 15E há de ser que, ouvindo tu um ru íd o de m archa
lugar Perez-Uzá, até ao dia de hoje.
pelas copas das am oreiras, então sairás à peleja; p o r­
I2E aquele dia tem eu Davi a D eus, dizendo: C om o
que Deus terá saído diante de ti, para ferir o exército
trarei a m im a arca de Deus?
dos filisteus.
13Por isso Davi não trouxe a arca a si, àcidade de Davi;
I6E fez Davi com o Deus lhe ordenara; e feriram o
porém a fez levar à casa de O bede-Edom , o giteu.
exército dos filisteus desde G ibeom até Gezer.
l4Assim ficou a arca de Deus com a família de O be­
l7Assim se espalhou o n o m e de D avi p o r todas
de-Edom, três meses em sua casa; e o Senho r aben­
aquelas terras; e o Se n h o r pôs o te m ò r dele sobre
çoou a casa de O bede-Edom , e tudo quanto tinha.
todas aquelas nações.

D avi fa z acordo com H irão


A arca é levada para Jerusalém
ENTÃO H irão, rei de T iro, m an d o u m en ­
M sageiros
a Davi, e m adeira de cedro, e pedreiros, e carpin­
D A V I tam bém fez casa para si na cidade de
Davi; e p rep aro u um lugar para a arca de
Deus, e arm ou-lhe um a tenda.
teiros, para lhe edificarem um a casa.
2E ntão disse Davi: N inguém p ode levar a arca de
2E entendeu Davi que o Se n h o r o tinha confirm a­
do rei sobre Israel; p o rq u e o seu reino tin h a sido D eus, senão os levitas; p o rq u e o Se n h o r os esco­
m u ito exaltado p o r am or do seu povo Israel. lheu, p ara levar a arca de D eus, e p ara o servirem
eternam ente.
As m ulheres d e D avi 3E D avi convocou a to d o o Israel em Jerusalém ,
3E Davi tom ou ainda m ais m ulheres em Jerusalém; para fazer subir a arca do Se n h o r ao seu lugar, que
e gerou Davi ainda m ais filhos e filhas. lhe tin h a preparado.
4E estes são os nom es dos filhos que teve em Jeru­ 4E Davi reu n iu os filhos de Arão e os levitas:
salém: Samua, Sobabe, N atã, Salomão, 5D os filhos de Coate: U riel, o chefe, e de seus ir­
5E Ibar, Elisua, Elpelete, m ãos cento e vinte.
6E Nogá, Nefegue, Jafia, 6D os filhos de M erari: Asaías, o chefe, e de seus
7E Elisama, Eliada, e Elifelete. irm ãos duzentos e vinte.
7D os filhos de G érson: Joel, o chefe, e de seus ir­
As vitórias de D avi sobre os filiste u s m ãos cento e trinta.
“O uvindo, pois, os filisteus que D avi havia sido “D os filhos de Elizafã: Semaías, o chefe, e de seus
u n g id o rei sobre to d o o Israel, to d o s os filisteus irm ãos duzentos.
subiram em busca de Davi; o que ouvindo Davi, logo '’D os filhos de H eb ro m : Eliel, o chefe, e de seus
saiu co n tra eles. irm ãos oitenta.

422
1CRÔNICAS 15,16

10Dos filhos de Uziel: A m inadabe, o chefe, e de seus levavam a arca da aliança do Se n h o r , sacrificaram
irm ãos cento e doze. sete novilhos e sete carneiros.
“ E cham ou Davi os sacerdotes Z adoque e Abia- 27E Davi ia vestido de um m an to de lin h o fino,
tar, e os levitas, Uriel, Asaías, Joel, Semaías, Eliel, e com o tam bém todos os levitas qu e levavam a arca,
A minadabe. e os cantores, e Q uenanias, m estre dos cantores;
I2E disse-lhes: Vós sois os chefes dos pais entre os tam bém Davi levava sobre si um éfode de linho,
levitas; santificai-vos, vós e vossos irm ãos, para que 2HE to d o o Israel fez su b ir a arca d a aliança do
façais subir a arca do S e n h o r D eus de Israel, ao lugar Se n h o r , com júbilo, e ao som de buzinas, e de
que lhe tenho preparado. trom betas, e de cím balos, fazendo ressoar alaúdes
,3P orquanto vós não a levastes na prim eira vez, o e harpas.
S e n h o r nosso D eus fez ro tu ra em nós, porque não 2<JE sucedeu que, chegando a arca da aliança do Se­
o buscam os segundo a ordenança. n h o r à cidade de Davi, M ical, a filha de Saul, olhou

l4Santificaram -se, pois, os sacerdotes e os levitas, de um a janela, e, v endo a D avi dan çar e tocar, o
para fazerem subir a arca do Se nho r Deus de Israel. desprezou no seu coração.
I5E os filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus
sobre os seus om bros, pelas varas que nela havia, TROUXERAM , pois, a arca de D eus, e a
com o M oisés tin h a ordenado conform e a palavra puseram no m eio da ten d a qu e D avi lhe ti­
do Se n h o r . nha arm ado; e ofereceram holocaustos e sacrifícios
16E disse Davi aos chefes dos levitas que constituís­ pacíficos p erante Deus.
sem, de seus irm ãos, cantores, para que com instru­ 2E, acabando Davi de oferecer os holocaustos e
m entos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, sacrifícios pacíficos, ab en ço o u o povo em no m e
se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria. do Se n h o r .
l7D esignaram , pois, os levitas a H em ã, filho de 3E repartiu a todos em Israel, tan to a hom ens com o
Joel; e dos seus irm ãos, Asafe, filho de Berequias; a m ulheres, a cada um , u m pão, e u m b o m pedaço
e dos filhos de M erari, seus irm ãos, Etã, filho de de carne, e um frasco de vinho.
Cusaías.
I8E com eles a seus irm ãos da segunda ordem: a A çã o d e graças e c â n tico d e D avi
Zacarias, Bene, Jaaziel, Sem iram ote, Jeiel, U ni, Elia- 4E pôs alguns dos levitas p o r m inistros p eran te a
be, Benaia, Maaséias, M atitias, Elifeleu, Micnéias, arca do S e n h o r; isto p ara recordarem , e louvarem ,
O bede-Edom , e Jeiel, os porteiros. e celebrarem ao S e n h o r Deus de Israel.
I9E os cantores, H em ã, Asafe e Etã, se faziam ouvir 5Era Asafe, o chefe, e Zacarias o segundo depois
com cím balos de metal; dele; Jeiel, e Sem iram ote, e Jeiel, e M atitias, e Eliabe,
20E Zacarias, Aziel, Sem iram ote, Jeiel, U ni, Eliabe, e Benaia, e O bede-E dom , e Jeiel, com alaúdes e com
Maaséias, e Benaia, com alaúdes, sobre Alamote: harpas; e Asafe se fazia ouvir com címbalos;
2IE M atitias, Elifeleu, M icnéias, O bede-E dom , 6T am bém Benaia, e Jaaziel, os sacerdotes, co n ti­
Jeiel, e Azazias, com harpas, sobre Sem inite, para n u am en te tocavam tro m b etas, p era n te a arca da
sobressaírem . aliança de Deus.
22E Q uenanias, chefe dos levitas, tinha o encargo 7E ntão naquele m esm o dia Davi, em prim eiro lu­
de dirigir o canto; ensinava-os a entoá-lo, po rq u e gar, deu o seguinte salmo para que, pelo m inistério
era entendido. de Asafe e de seus irm ãos, louvassem ao S e n h o r;
23E Berequias e Elcana eram p orteiros da arca. sLouvai ao Se n h o r , invocai o seu nom e, fazei co­
24E Sebanias, Jeosafá, N etanel, Amasai, Zacarias, nhecidas as suas obras en tre os povos.
Benaia, e Eliezer, os sacerdotes, tocavam as tro m ­ 9C antai-lhe, salm odiai-lhe, aten tam en te falai de
betas p erante a arca de Deus; e O bede-E dom e Jeías todas as suas maravilhas.
eram porteiros da arca. luGloriai-vos no seu santo nom e; alegre-se o cora­
“ Sucedeu, pois, que Davi e os anciãos de Israel, e ção dos que buscam ao Se n h o r .
os capitães dos m ilhares, foram , com alegria, para "B uscai ao Se n h o r e a sua força; buscai a sua face
fazer subir a arca da aliança do Se n h o r , da casa de continuam ente.
O bede-Edom. I2L em brai-vos das m aravilhas q ue fez, de seus
26E sucedeu que, ajudando D eus os levitas que prodígios, e dos juízos da sua boca;

423
1CRÔNICAS 16,17

13Vós, sem ente de Israel, seus servos, vós, filhos de 33Então jubilarão as árvores dos bosques perante o
Jacó, seus escolhidos. Se n h o r ; p o rq u an to
vem julgar a terra.
‘■•Ele é o S en h or nosso Deus; os seus juízos estão 34Louvai ao S e n h o r , porque é bom ; pois a sua be­
em to d a a terra. nignidade dura perpetuam ente.
15Lem brai-vos p erpetuam ente da sua aliança e da 35E dizei: Salva-nos, ó D eus da nossa salvação, e
palavra que prescreveu para mil gerações; ajunta-n o s, e livra-nos das nações, p ara qu e lo u ­
16D a aliança que fez com A braão, e do seu ju ra ­ vem os o teu santo nom e, e nos gloriem os no te u
m ento a Isaque; louvor.
,70 qual tam bém a Jacó confirm ou p o r estatuto, e 36Bendito seja o Se n h o r Deus de Israel, de etern i­
a Israel p o r aliança eterna, dade a eternidade. E to d o o povo disse: Amém ! E
l8Dizendo: A ti te darei a terra de C anaã, quinhão louvou ao Se n h o r .
da vossa herança. 37Então D avi deixou ali, diante da arca da aliança
l9Q uando eram poucos hom ens em núm ero, sim, do Se n h o r , a Asafe e a seus irm ãos, para m in istra­
m u i poucos, e estrangeiros nela, rem co n tin u am en te p eran te a arca, segundo se
20Q uan do andavam de nação em nação, e de um ordenara para cada dia.
reino para outro povo, 38E mais a O bede-E dom , com seus irm ãos, sessen­
2IA ninguém perm itiu que os oprim isse, e por ta e oito; a este O bede-E dom , filho de Jedutum , e a
am or deles repreendeu reis, dizendo: Hosa, deixou p o r porteiros.
22N ão toqueis os m eus ungidos, e aos m eus profe­ 3‘JE deixou a Z adoque, o sacerdote, e a seus irm ãos,
tas não façais mal. os sacerdotes, diante do tabernáculo do Se n h o r , no
2 ,C antai ao Se n h o r em toda a terra; anunciai de dia alto que está em G ibeom ,
em dia a sua salvação. 40Para oferecerem holocaustos ao Se n h o r co n ti­
■^Contai entre as nações a sua glória, entre todos os nuam ente, pela m anhã e à tarde, sobre o altar dos
povos as suas maravilhas. holocaustos; e isto segundo tu d o o que está escrito
25P orque grande é o Se n h o r , e m ui digno de lo u ­ na lei do Se n h o r que tinha prescrito a Israel.
vor, e m ais temível é do que todos os deuses. 4IE com eles a H em ã, e a Jedutum , e aos m ais es­
26P o rq u e todos os deuses dos povos são ídolos; colhidos, que foram ap ontados pelos seus nom es,
porém o Se nho r fez os céus. para louvarem ao S e n h o r , p o rq u e a sua benignida­
27Louvor e majestade há diante dele, força e alegria de dura perpetuam ente.
no seu lugar. 42C om eles, pois, estavam H em ã e Jedutum , com
2sT ributai ao Se n h o r , ó famílias dos povos, tributai trom betas e cím balos, para os que haviam de tocar,
ao Se n h o r glória e força. e com o u tro s instrum entos de m úsica de Deus; p o ­
2<)T ributai ao Se n h o r a glória de seu nom e; trazei rém os filhos de Jedutum estavam à porta.
presentes, e vinde perante ele; adorai ao S enho r na 43E ntão to d o o povo se retirou, cada u m para a sua
beleza da sua santidade. casa; e voltou Davi, para abençoar a sua casa.
50T rem a perante ele, trem a toda a terra; pois o
m u n d o se firm ará, para que não se abale. D avi deseja edificar o tem p lo
31Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; e diga-se 1 ^ SUCEDEU, pois, que, m o ran d o D avi já
en tre as nações: O Se n h o r reina. X / em sua casa, disse ao profeta Natã: Eis que
,2Bram e o m ar com a sua plenitude; exulte o cam ­ m o ro em casa de cedro, m as a arca da aliança do
po com tu d o o que nele há; Se n h o r está debaixo de cortinas.

Então Natã disse a Davi: Tudo quanto tens no teu coração texto para afirmar que, assim como a própria seita, Natã também
faze, porque Deus é contigo proferiu uma profecia falsa. Mas o que aconteceu foi o seguinte:
(17.1-4) Davi desejou construir uma casa para a Arca de Deus e falou de seu
projeto a um amigo, no caso, Natá. E como Natã sabia da aprova­
Testemunhas de Jeová. Empregam este texto para tentar
ção de Davi perante Deus, disse-lhe, informalmente: “Tudo quanto
justificar a tese dos "lampejos de luz”, cujo objetivo é ame­ tens no teu coração faze, porque Deus é contigo" (v. 2).
nizar o embuste das falsas profecias de 1914,1925 e 1975, entre Tais palavras, no entanto, não podem ser consideradas como
outras muitas mudanças. uma profecia. Ou seja, Natá não estava profetizando, uma vez
_g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O Corpo Governante das que, quanto a este desígnio de Davi, ele não sabia qual era de
«=• Testemunhas de Jeová faz uma forçosa interpretação deste fato a vontade de Deus.

424
1CRÔNICAS 17,18

2Entào N atã disse a Davi: T udo quanto tens n o teu pelo qu e falaste da casa de te u servo para tem pos
coração faze, p orque Deus é contigo. distantes; e trataste-m e com o a um hom em ilustre,
3M as sucedeu, na m esm a noite, que a palavra de ó S enhor Deus.
Deus veio a N atã, dizendo: l8Q ue m ais te dirá Davi, acerca d a h o n ra feita a teu
4Vai, e dize a Davi m eu servo: Assim diz o S en h or : servo? Porém tu conheces bem a teu servo.
T u não m e edificarás um a casa para eu m orar; I9Ó S e n h o r , p o r a m o r d e t e u s e rv o , e s e g u n d o o
’P orque em casa n enhum a m orei, desde o dia em t e u c o r a ç ã o , fiz e ste t o d a esta g r a n d e z a , p a r a fa ze r
que fiz subir a Israel até ao dia de hoje; m as fui de n o tó r ia t o d a s e sta s g ra n d e s c o isas.
tenda em tenda, e de tabernáculo em tabernáculo. 20S en h o r , ninguém há com o tu , e não há Deus fora
6Por todas as partes p o r on d e andei com todo o de ti, segundo tu d o q u an to ouvim os com os nossos
Israel, porventura falei algum a palavra a algum dos ouvidos.
juizes de Israel, a quem ordenei que apascentasse o 2IE quem há com o o teu povo Israel, única gente
m eu povo, dizendo: Por que não m e edificais uma na terra, a qu em D eus foi resgatar para seu povo,
casa de cedro? fazendo-te no m e com coisas grandes e tem erosas,
7Agora, pois, assim dirás a m eu servo Davi: Assim lançando as nações de d iante do teu povo, que res­
diz o S enhor dos Exércitos: Eu te tirei do curral, de gataste do Egito?
detrás das ovelhas, para que fosses chefe do m eu 22E confirm aste o teu povo Israel para ser teu povo
povo Israel. para sem pre; e tu, S en h o r , lhe foste p o r Deus.
8E estive contigo por toda a parte, po r on d e foste, 23Agora, pois, S en h or , a palavra que falaste de teu
e de diante de ti exterm inei todos os teus inim igos, servo, e acerca da sua casa, confirm a-a para sempre;
e te fiz um nom e com o o no m e dos grandes que e faze com o falaste.
estão na terra, 24C onfirm e-se e engrandeça-se o teu n o m e para
4E ordenarei um lugar para o m eu povo Israel, e sem pre, e diga-se: O S en h or dos Exércitos é o Deus
o plantarei, para que habite no seu lugar, e nunca de Israel, é D eus para Israel; e permaneça firm e
m ais seja rem ovido de u m a para o u tra parte; e diante de ti a casa de Davi, teu servo.
nunca m ais os filhos da perversidade o debilitarão 25P orque tu, D eus m eu, revelaste ao ouvido de teu
com o dantes, servo que lhe edificarias casa; pelo que o te u servo
l0E desde os dias em que ordenei juizes sobre o achou confiança para o rar em tu a presença.
m eu povo Israel. Assim abaterei a todos os teus 26Agora, pois, S en h o r , tu és o m esm o Deus, e falas­
inim igos; tam bém te faço saber que o S f.n h o r te te este bem acerca de teu servo.
edificará um a casa. 27Agora, pois, foste servido abençoar a casa de teu
“ E há de ser que, q u an d o forem cu m pridos os servo, para que perm aneça para sem pre diante de ti:
teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua porque tu , S en h o r , a abençoaste, eficará abençoada
descendência depois de ti, um dos teus filhos, e para sem pre.
estabelecerei o seu reino.
I2Este m e edificará casa; e eu confirm arei o seu Diversas vitórias d e D avi
tro n o para sempre. E DEPOIS disto aconteceu que Davi d er­
u Eu lhe serei p o r pai, e ele m e será p o r filho; e a ro to u os filisteus, e os sujeitou; e to m o u
m inha benignidade não retirarei dele, com o a tirei a Gâte, e os lugares da sua jurisdição, da m ão dos
daquele, que foi antes de ti. filisteus.
14Mas o confirm arei na m inha casa e no m eu reino 2T am bém d e rro to u os m oabitas; e os m oabitas
para sem pre, e o seu tro n o será firm e para sem pre. ficaram p o r servos de Davi, pagando tributos.
15C onform e todas estas palavras, e conform e toda ’T am b ém Davi d e rro to u a H adar-E zer, rei de
esta visão, assim falou N atã a Davi. Zobá, ju n to a H am ate, q uando ele ia estabelecer o
seu do m ínio sobre o rio Eufrates.
A oração de D avi 4E Davi lhe to m o u mil carros, e sete mil cavaleiros,
16Então en trou o rei Davi, e ficou perante o S en h o r ; e vinte mil h om ens de pé; e Davi jarreto u todos os
e disse: Q uem sou eu, S en h or Deus? e qual é a m inha cavalos dos carros; porém reservou deles para cem
casa, para que m e tenhas trazido até aqui? carros.
I7E ainda isto, ó D eus, foi p ouco aos teus olhos; 5E vieram os sírios de D am asco a socorrer a Hadar-

425
1CRÔNICAS 18,19

Ezer, rei de Zobá; porém Davi feriu dos sírios vinte 'D isseram os príncipes dos filhos de A m om a H a­
ed o is m il hom ens. num : Pensasporven tura, que foi para h o n rar teu pai
6E D avi pôs guarnições na Síria de D am asco, e aos teus olhos, que Davi te m a n d o u consoladores?
os sírios ficaram p o r servos de Davi, pagando-lhe N ão vieram seus servos a ti, a esq u ad rin h ar, e a
trib u to ; e o Se n h o r guardava a Davi, p or onde quer transto rn ar, e a espiar a terra?
que ia. 4Por isso H an u m to m o u os servos de Davi, e ras­
7E Davi to m o u os escudos de o uro, que tinham os pou-os, e cortou-lhes as vestes no m eio até à coxa da
servos de H adar-Ezer, e os trouxe a Jerusalém. perna, e os despediu.
8T am bém de Tibate, e de C um , cidades de H adar- SE foram -se, e avisaram a D avi acerca daqueles
Ezer, to m o u Davi m uitíssim o cobre, de que Salo­ hom ens; e enviou ele mensageiros a encontrá-los;
m ão fez o m ar de cobre, e as colunas, e os utensílios porque aqueles hom ens estavam sobrem aneira en ­
de cobre. vergonhados. Disse, pois, o rei: Deixai-vos ficar em
9E ouvindo Toí, rei de H am ate, que Davi destruíra Jericó, até que vos to rn e a crescer a barba, e então
to d o o exército de H adar-E zer, rei de Zobá, voltai.
10M andou seu filho H adorão a Davi, para lhe p er­ 6V endo, pois, os filhos de A m om que se tin h a m
g u n tar com o estava, e para o abençoar, p o r haver feito odiosos para com Davi, enviou H an u m , e os
pelejado co n tra H adar-E zer, e p o r havê-lo ferido filhos de A m om , m il talentos de prata para aluga­
(porque H adar-Ezer fazia guerra a T oí), enviando- rem para si carros e cavaleiros da M esopotâm ia, e
lhe tam bém toda a sorte de vasos de ouro, e de prata, da Síria de M aaca, e de Zobá.
e de cobre. 7E alugaram para si trin ta e dois m il carros, e o rei
" O s quais Davi tam bém consagrou ao S e n h o r , de M aaca e o seu povo, e eles vieram , e se acam pa­
ju n ta m e n te com a prata e o u ro que trouxera de ram diante de M edeba; tam bém os filhos de A m om
todas as demais nações: dos edom eus, e dos m oa- se aju n taram das suas cidades, e vieram p ara a
bitas, e dos filhos de A m om , e dos filisteus, e dos guerra.
am alequitas. "O que ouvindo Davi, enviou Joabe e to d o o exér­
l2T am bém Abisai, filho de Zeruia, feriu a dezoito cito dos hom ens valentes.
mil edom eus no Vale do Sal. 9E, saindo os filhos de A m om , ordenaram a b ata­
13E pôs guarnições em E dom , e todos os edom eus lha à p o rta da cidade; porém os reis que vieram se
ficaram p o r servos de Davi; e o Se n h o r guardava a puseram à parte no cam po.
Davi, p o r onde quer que ia. 1UE, vendo Joabe que a batalha estava prep arad a
I4E Davi reinou sobre todo o Israel; e fazia juízo e co n tra ele, pela frente e pela retaguarda, separou
justiça a todo o seu povo. den tre os m ais escolhidos de Israel, e os o rd en o u
I5E Joabe, filho de Zeruia, com andava o exército; contra os sírios.
Jeosafá, filho de Ailude, era cronista. 11E o resto do povo entregou n a m ão de Abisai, seu
16E Zadoque, filho de Aitube, e Abimeleque, filho irm ão; e puseram -se em ordem de batalha contra os
de A biatar, eram sacerdotes; e Savsa escrivão. filhos de A m om .
I7E Benaia, filho de Joiada, estava sobre os que- UE disse: Se os sírios forem mais fortes do que eu,
reteus e peleteus; porém os filhos de Davi eram os tu virás socorrer-m e; e, se os filhos de A m om forem
p rim eiros ju n to ao rei. mais fortes do que tu, então eu te socorrerei.
1’Esforça-te, e esforcem o-nos pelo nosso povo, e
Os m ensageiros de Dain são insultados pelas cidades do nosso Deus, e faça o Sen h o r o que
E A CO N TECEU, depois disto que Naás, parecer bem aos seus olhos.
rei dos filhos de A m om , m orreu; e seu l4Então se chegou Joabe, e o povo que tinha c o n ­
filho reinou em seu lugar. sigo, d iante dos sírios, para a batalha; e fugiram de
2Então disse Davi: U sarei de benevolência com diante dele.
H anum , filho de N aás, p o rq u e seu pai usou de 15V endo, pois, os filhos de A m om que os sírios
benevolência com igo. Por isso Davi enviou m e n ­ fugiram , tam bém eles fugiram de diante de Abisai,
sageiros para o consolarem acerca de seu pai. E, che­ seu irm ão, e en traram na cidade; e veio Joabe para
gando os servos de Davi à terra dos filhos de A m om , Jerusalém.
a H an u m , para o consolarem , 16E, vendo os sírios que foram d erro tad o s diante

426
1CRÔNICAS 19,20,21

de Israel, enviaram m ensageiros, e fizeram sair os 4E, depois disto, aconteceu que, levantando-se
sírios que habitavam do o u tro lado do rio; e Sofa- guerra em Gezer, com os filisteus, então Sibecai, o
que, capitão do exército de H adar-Ezer, marchava husatita, feriu a Sipai, dos filhos do gigante; e fica­
diante deles. ram subjugados.
I7Do que avisado Davi, ajuntou a to d o o Israel, e 5E to rn o u a haver gu erra co m os filisteus; e El-
passou o Jordão, e foi ter com eles, e o rd en o u co n ­ H anã, filho de Jair, feriu a Lami, irm ão de Golias,
tra eles a batalha; e, ten d o Davi ordenado a batalha o giteu, cuja haste da lança era com o órgão de te­
contra os sírios, pelejaram contra ele. celão.
l8Porém os sírios fugiram de diante de Israel, e 6E houve ainda o u tra guerra em Gate; o nde havia
feriu Davi, dos sírios, os hom ens de sete m il carros, um hom em de grande estatura, e tin h a vinte e q u a­
e quarenta mil hom ens de pé; e a Sofaque, capitão tro dedos, seis em cada m ão, e seis em cada pé, e que
do exército, m atou. tam bém era filho do gigante.
1'-Vendo, pois, os servos de H adar-E zer que ti­ 7E in ju rio u a Israel; porém Jônatas, filho de Simei,
nham sido feridos diante de Israel, fizeram paz com irm ão de Davi, o feriu;
Davi, e o serviram; e os sírios nunca m ais quiseram 8Estes nasceram ao gigante em Gate; e caíram pela
socorrer os filhos de A m om . m ão de Davi e pela m ão dos seus servos.

Várias vitórias D avi n u m era o povo


ACONTECEU que, n o decurso de um ENTÃO Satanás se levantou co n tra Israel,
ano, n o tem p o em que os reis costum am e incitou Davi a n u m e ra r a Israel.
sair para a guerra, Joabe levou o exército, e destruiu 2E disse Davi a Joabe e aos m aiorais do povo: Ide,
a terra dos filhos de A m om , e veio, e cercou a Rabá; n um erai a Israel, desde Berseba até Dã; e trazei-m e
porém Davi ficou em Jerusalém ; e Joabe feriu a a conta para que saiba o n ú m e ro deles.
Rabá, e a destruiu. 3E ntão disse Joabe: O S e n h o r acrescente ao seu
2E Davi tiro u a coroa da cabeça do rei deles, e achou povo cem vezes tan to com o é; porventura, ó rei m eu
nela o peso de um talento de ouro, e havia nela p e­ senhor, não são to d o s servos de m eu senhor? Por
dras preciosas; e foi posta sobre a cabeça de Davi; e que p ro cu ra isto o m eu senhor? P o rq u e seria isto
levou da cidade m ui grande despojo. causa de delito para com Israel.
’T am bém levou o povo que estava nela, e os fez tra ­ 4Porém a palavra do rei prevaleceu co n tra Joabe;
balhar com a serra, e com talhadeiras de ferro e com po r isso saiu Joabe, e passou p o r to d o o Israel; então
m achados; e assim fez D avi com todas as cidades voltou para Jerusalém.
dos filhos de A m om ; então voltou Davi, com todo 5E Joabe deu a Davi a som a do n ú m ero do povo;
o povo, para Jerusalém. e era to d o o Israel um m ilhão e cem m il hom ens,

Então Satanás [...] incitou Davi a numerar a Israel tunidades bíblicas se assemelham a esta situação. A primeira en­
(21 . 1) volve Deus, Satanás e Jó (Jó 1—2). A segunda, Deus, Satanás e
Ceticismo. Alega contradição entre este versículo e o próprio Cristo (evangelhos). Em todos estes casos, a sanha sa­
2Samuel 24.1, que diz que foi o Senhor, e não Satanás, tânica visava a destruição do homem, mas a multiforme sabedo­
que incitou a Davi a levantar o censo. ria de Deus e sua longanimidade, a exaltação espiritual da hu­
manidade.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A compreensão desta apa­
rente contradição exige que o proponente da critica se cur- A soma do número do povo [...] um milhão e cem mil homens
veà ortodoxia bíblica; pois, quando nos orientamos por ela, cons­ (21.5)
tatamos que não existe divergência alguma.
Ceticismo. Afirma divergência entre este texto e 2Samuel
O texto em estudo está mais bem adaptado ao caso, visto que a
24.9, que diz que a soma dos recenseados é de oitocen­
incitação originou-se realmente em Satanás, cujo alvo era Davi.
tos mil homens.
Mas nada, absolutamente nada, seja no céu, na terra ou no in­
ferno, pode suplantar a soberania divina, o que nos leva a en­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: A discrepância existente
tender que a instigação só foi possível por causa da teologica­ pode ser dirimida quando distinguimos as pessoas ar­
mente reconhecida "vontade permissiva de Deus", sem a qual roladas nas duas oportunidades. O texto de 2Samuel 24.9 fala
nada nem ninguém pode se manifestar em qualquer das esfe­ em oitocentos mil “homens de guerra, que puxavam a espada".
ras citadas. Todavia, esta contagem não incluía o exército permanente de 288
O propósito do consentimento divino ao ato era a “humilha- mil (27.1-15) nem os doze mil que teriam sido especificamente
ção’ (construtiva) do rei; ou seja, uma lição espiritual. Duas opor­ destacados para Jerusalém (2Cr 1.14). Acrescentando estes nú-

427
1CRÔNICAS 21

dos que arrancavam da espada; e de Judá q u a tro ­ tra Jerusalém; então Davi e os anciãos, cobertos de
centos e setenta mil hom ens, dos que arrancavam sacos, se p ro straram sobre os seus rostos.
da espada. 17E disse Davi a Deus: Não sou eu o que disse que se
'’Porém os de Levi e Benjam im não contou entre contasse o povo? E eu m esm o sou o que pequei, e fiz
eles, porque a palavra do rei foi abom inável a Joabe. m uito mal; m as estas ovelhas que fizeram? Ah! S e­
7E este negócio também pareceu m au aos olhos de n h o r , m eu Deus, seja a tua m ão contra m im , e contra

Deus; p o r isso feriu a Israel. a casa de m eu pai, e não para castigo de teu povo.
"Então disse Davi a Deus: Gravemente pequei em fa­ 1 “Então o anjo do S en h or o rd en o u a G ade que dis­
zer este negócio; porém agora sê servido tirar a iniqüi­ sesse a Davi para subir e levantar um altar ao S en h or
dade de teu servo, porque procedi m ui loucamente. na eira de O rnã, o jebuseu.
9Falou, pois, o S en h or a Gade, o vidente de Davi, 19Subiu, pois, Davi, conform e a palavra de Gade,
dizendo: que falara em n o m e do S en h o r .
10Vai, e fala a Davi, dizendo: Assim diz o S e n h o r : 20E, v irando-se O rn ã, viu o anjo, e esconderam -
Três coisas te p ro p o n h o ; escolhe u m a delas, para se seus q u atro filhos que estavam com ele; e O rnã
que eu ta faça. estava trilh an d o o trigo.
1 'E Gade veio a Davi, e lhe disse: Assim diz o S e ­ 21E Davi veio a Ornã; e olhou Ornã, eviua Davi, e saiu da
n h o r : Escolhe para ti, eira, e se prostrou perante Davi com o rosto em terra.
l2O u três anos de fom e, ou que três meses sejas 22E disse Davi a O rnã: D á-m e este lugar da eira, p a­
consum ido diante dos teus adversários, e a espada ra edificar nele u m altar ao S en h or ; d á-m o pelo seu
de teus inim igos te alcance, o u que três dias a espada valor, para que cesse este castigo sobre o povo.
do S en h o r , isto é, a peste na terra, e o anjo do S enhor 23Então disse O rnã a Davi: T om a-o para ti, e faça o
destru a to d o s os term os de Israel; vê, pois, agora, rei m eu senhor dele o que parecerbtm aos seus olhos;
que resposta hei de levar a quem m e enviou. eis que d o u os bois para holocaustos, e os trilhos para
1 ’Então disse Davi a Gade: Estou em grande angús­ lenha, e o trigo para oferta de alimentos; tu d o dou.
tia; caia eu, pois, nas m ãos do S en h o r , p o rq u e são 24E disse o rei Davi a Omã: Não, antes, pelo seu valor, a
m uitíssim as as suas m isericórdias; m as que eu não quero comprar; porque não tomarei o que é teu, para o
caia nas m ãos dos hom ens. S enhor , para que não ofereça holocausto sem custo.
14M andou, pois, o Sen h o r a peste a Israel; e caíram 25E Davi deu a O rn ã, p o r aquele lugar, o peso de
de Israel setenta mil hom ens. seiscentos siclos de ouro.
15E D eus m an d o u um anjo a Jerusalém para a 26E ntão Davi edificou ali um altar ao S e n h o r , e
destruir; e, d estruindo-a ele, o S en h o r o lhou, e se ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos; e
arrependeu daquele m al, e disse ao anjo destruidor: invocou o S en h o r , o qual lhe respondeu com fogo
Basta, agora retira a tu a m ão. E o anjo do S enhor do céu sobre o altar do holocausto.
estava ju n to à eira de O rnã, o jebuseu. 27E o S enhor deu ordem ao anjo, e ele to rn o u a sua
I6E, levantando Davi os seus olhos, viu o anjo do espada à bainha.
S en h o r , que estava entre a te rra e o céu, com a sua 2Í1V endo Davi, no mesmo tempo, que o S enhor lhe
espada desem bainhada na sua m ão estendida co n ­ respondera na eira de O m ã, o jebuseu, sacrificou ali.

meros ao texto em análise, chegamos a "um milháo e cem ho­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto de 2Samuel 24.24
mens', total do efetivo do exército de Israel. ■=>> narra a compra dos bois e da eira, que Araúna estava
Nos470 mil (cap. 21) não estão incluídos os trinta mil homens do ofertando gratuitamente a Davi, segundo explica o contexto:
exército permanente de Judá, mencionados em 2Samuel 6.1, o “ Então disse Araúna a Davi: Tome [...] eis aí os bois para o ho­
que evidencia que o autor de 1Crônicas não menciona que Joabe locausto, os trilhos e o aparelho dos bois para a lenha" (2Sm
não havia completado acontagem dos homens de Judá (21.6 ). 24.22). Em verdade, Araúna não ofereceu a eira gratuitamen­
A devida consideração aos acréscimos e às exclusóes dos gru­ te, mas somente os animais e os acessórios necessários ao
pos recenseados prova que não há erros nessas passagens. sacrifício, pelos quais Davi insiste em pagar os cinqüenta si­
clos de prata.
E Davi deu a Ornã, por aquele lugar, o peso de
A referência em estudo, porém, fala da negociação da eira, espe­
seiscentos siclos de ouro
cificando o seguinte: "E Davi deu a Orná, por aquele lugar, o peso
(21.25)
de seiscentos siclos de ouro”. Com isso, ficam distintos os patrimó­
Ceticismo. Confronta este versiculo com 2Samuel 24.24, nios adquiridos em cada uma das passagens: a eira e os bois (pelo
que diz que o preço pago pelo lugar negociado entre Davi preço de seiscentos siclos de ouro) e os animais e demais acessó­
e Araúna (Ornã) era de cinqüenta siclos de prata. rios para o sacrifício (comprados a cinqüenta siclos de prata).

428
ÍCRÔNICAS 21,22,23

“ P orque o tabernáculo do S en h o r , que M oisés porfilho, e eu lhe serei por pai, e confirm arei o tro n o
fizera no deserto, e o altar do holocausto, estavam de seu reino sobre Israel, para sem pre.
naquele tem po no alto de G ibeom . 1 'Agora, pois, m eu filho, o S en h o r seja contigo; e
30E não podia Davi ir perante ele consultar a Deus; prospera, e edifica a casa do S en h or teu Deus, com o
p orque estava aterrorizado p o r causa da espada do ele disse de ti.
anjo do S en h or . 120 S enhor te dê tão-som ente prudência e en ten ­
dim ento, e te in stru a acerca de Israel; e isso para
Davi fa z preparativos para edificar o tem plo guardar a lei do S en h or teu Deus.
E DISSE Davi: Esta será a casa do Senhor Deus, IJEntão prosperarás, se tiveres cuid ad o de cu m ­
e este será o altar do holocausto para Israel. p rir os estatutos e os juízos, que o S en h or m an d o u
2E deu o rdem Davi que se ajuntassem os estran ­ a M oisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom
geiros que estavam na te rra de Israel; e o rd en o u ânim o; não tem as, nem tenhas pavor.
cortadores de pedras, para que lavrassem pedras de '4Eis que na m in h a aflição preparei para a casa do
cantaria, para edificar a casa de Deus. S enhor cem mil talentos de o uro, e u m m ilhão de

3E aparelhou Davi ferro em abundância, para os talentos de prata, e de cobre e de ferro que não se p e­
pregos das p ortas das entradas, e para as junturas; sou, porque era em abundância; tam bém m adeira e
pedras preparei, e tu suprirás o qu e faltar.
com o tam bém cobre em abundância, que não foi
1 ’T am bém tens contigo obreiros em grande n ú m e­
pesado;
ro, cortadores e artífices em obra de pedra e madeira;
4E m adeira de cedro sem conta; po rq u e os sidô-
e toda a sorte de peritos em toda a espécie de obra.
nios e tírios traziam a D avi m adeira de cedro em
1 *Do ouro, da prata, e do cobre, e do ferro não há conta.
abundância.
Levanta-te, pois, e faze a obra, e o S enhor seja contigo.
’P orque dizia Davi: Salom ão, m eu filho, ainda é
I7E Davi deu ordem a to d o s os príncipes de Israel
m oço e tenro, e a casa que se há de edificar para o Se­
que ajudassem a Salomão, seu filho, dizendo:
n ho r deve ser m agnífica em excelência, para nom e e
18Porventura não está convosco o S enhor vosso
glória em todas as terras; eu, pois, agora lhe p rep a­
Deus, e não vos deu repouso ao redor? Porque entre­
rarei materiais. Assim p rep aro u Davi materiais em
gou na m inha m ão os m oradores da terra; e a terra foi
abundância, antes da sua m orte.
sujeita perante o S enhor e perante o seu povo.
6Então cham ou a Salomão seu filho, e lhe ordenou ’’D isponde, pois, agora o vosso coração e a vossa
que edificasse um a casa ao S en h or D eus de Israel. alm a para buscardes ao S en h or vosso Deus; e levan­
7E disse Davi a Salomão: Filho m eu, quanto a m im , tai-vos, e edificai o santuário do S en h or Deus, para
tive em m eu coração o propósito de edificar um a que a arca da aliança do S e n h o r , e os vasos sagrados
casa ao nom e do S en h o r m eu Deus. de Deus se tragam a esta casa, que se há de edificar
8Porém , veio a m im a palavra do S en h o r , dizendo: ao nom e do S en h o r .
T u d erram aste sangue em abundância, e fizeste
grandes guerras; não edificarás casa ao m eu nom e; D avi fa z S a lom ão rei
p o rquanto m uito sangue tens derram ado na terra, SENDO, pois, Davi já velho, e cheio de dias,
perante m im . fez a Salomão, seu filho, rei sobre Israel.
9Eis que o filho que te nascer será hom em de re­
pouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os Os deveres e fu n ç õ e s dos levitas
seus inimigos ao redor; portanto, Salomão será o seu 2E reu n iu a to d o s os p rín cip es de Israel, com o
nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias. tam bém aos sacerdotes e levitas.
l0Ele edificará um a casa ao m eu nom e, e m e será 3E foram co n tad o s os levitas de trin ta anos p ara

E (oram contados os levitas de trinta anos para cima [...] ._p RESPOSTA APOLOGÉTICA: Com relação aos versiculos em
desde a Idade de vinte anos para cima *= estudo, duas situações habilitaram Davi a diminuir, para vinte
(23.3,24) anos. a idade dos levitas que deveriam iniciar seu oficio no templo: a)
Visto que o transporte do tabernáculo não era mais necessário, as
Ceticismo. Confronta este texto com Números 4.3,23,35 e responsabilidades também se tomaram poucas, o que possibilitou o
Esdras 3.8 para alegar contradição biblica quanto à idade ingresso de levitas mais jovens; b) Na época em que houve essaalte­
para a separação dos oficiantes do templo. ração, apenas 74 levitas tinham retomado da Babilônia (Ed 2.40).

429
1CRÔNICAS 23,24

cim a; e foi o núm ero deles, segundo as suas cabeças, e os filhos de Q uis, seus parentes, as tom aram por
trin ta e oito mil hom ens. mulheres.
“Destes havia vinte e quatro mil, para prom overem 230 s filhos de M usi: M ali, e Eder, e Jerem ote, três.
a obra da casa do S enhor , e seis mil oficiais e juizes, 24Estes são os filhos de Levi, segundo a casa de seus
’E qu atro mil porteiros, e quatro m il p ara louva­ pais, chefes dos pais, con fo rm e foram co n tad o s
rem ao S en h or com os instrum entos, que eu fiz para pelos seus nom es, segundo as suas cabeças, que fa­
o louvar, disse Davi. ziam a obra do m inistério da casa do S en h o r , desde
6E Davi os repartiu por turnos, segundo os filhos a idade de vinte anos para cima.
de Levi, G érson, C oate e M erari. 2,P orque disse Davi: O S enhor D eus de Israel deu
7D os gersonitas: Ladã e Simei. repouso ao seu povo, e h abitará em Jerusalém para
8O s filhos de Ladã: Jeiel, o chefe, e Zetã, e Joel, três. sempre.
9O s filhos de Simei: Selomite, Haziel, e H arã, três; 26E tam bém , q u a n to aos levitas, qu e n u n ca mais
estes foram os chefes dos pais de Ladã. levassem o tabernáculo, nem algum de seus apare­
I0E os filhos de Simei: Jaate, Ziza, Jeús, e Berias; lhos pertencentes ao seu m inistério.
estes foram os filhos de Simei, quatro. 27P orque, segundo as últim as palavras de Davi,
1 ‘E Jaate era o chefe, e Ziza o segundo, m as Jeús e foram contados os filhos de Levi da idade de vinte
Berias não tiveram m uitos filhos; po r isso estes, sen­ anos p ara cima:
do contados ju n to s se to rn aram um a só família. 28P orque o seu cargo era assistir aos filhos de Arão
l2Os filhos de Coate: A nrão, Izar, H ebrom , e Uziel, no m inistério da casa do S en h o r , nos átrios, e nas
quatro. câmaras, e n a purificação de todas as coisas sagra­
l3O s filhos de A nrão: A rão e M oisés; e A rão foi das, e na o bra do m inistério da casa de Deus.
separado para santificar o santo dos santos, ele e 29A saber: para os pães da proposição, e para a flor
seus filhos, eternam ente; para incensar diante do de farinha, para a oferta de alim entos, e para os cos-
S en h or , para o servirem, e para darem a bênção em corões ázim os, e p ara as sertãs, e para o tostado, e
seu no m e eternam ente. para to d o o peso e m edida;
ME, quanto a Moisés, hom em de Deus, seus filhos 30E p a ra e s ta re m c a d a m a n h ã e m p é p a ra lo u v a re m e
foram contados entre os da tribo de Levi. c e le b ra re m a o S en h or ; e s e m e lh a n te m e n te à ta rd e ;
15Foram, pois, os filhos de Moisés, Gérson e Eliézer. 31E p ara oferecerem os holocaustos do S en h o r , aos
l6Dos filhos de G érson fo i Sebuel o chefe. sábados, nas luas novas, e nas solenidades, segundo
I7E, q u anto aos filhos de Eliézer, fo i Reabias o che­ o seu n ú m ero e costum e, co n tin u am en te perante
fe; e Eliézer não teve outros filhos; porém os filhos o S en h or ;
de Reabias foram m uitos. 32E para que tivessem cuidado da guarda da tenda
iaDos filhos de Izar fo i Selom ite o chefe. da congregação, e da guarda do san tu ário , e da
l9Q u an to aos filhos de H ebrom , foram Jerias o guarda dos filhos de Arão, seus irm ãos, n o m inisté­
prim eiro, Am arias o segundo, Jaaziel o terceiro, e rio d a casa do S en h o r .
Jecameão o quarto.
^’Q u an to aos filhos de Uziel, Mica o chefe, e Issias As divisões dos sacerdotes
o segundo. E Q U A N TO aos filhos de Arão, estas foram
2lO s filhos de M erari: M ali, e M usi; os filhos de as suas divisões: os filhos de Arão: N adabe,
Mali: Eleazar e Quis. A biú, Eleazar e Itam ar.
22E m o rre u Eleazar, e não teve filhos, porém filhas; 2E m o rreram N adabe e A biú antes de seu pai, e não

Logo, é preciso distinguir as duas contagens, sendo que do ver­ Números 4.3,23,35, uma vez que, como em qualquer outro ofí­
sículo 24 foram envolvidos aqueles que trabalhariam, efetivamen­ cio, o sagrado também exigia preparação e aprendizado, o que
te, nas funções do tabernáculo (os filhos de Arão. v. 5) e aqueles proporcionava ao levita aspirante cinco anos de experiência an­
que exerceriam outras funções (os filhos de Coate, v. 15). Esdras tes de começar a exercer efetivamente sua função.
3.8 apenas segue esta orientação. Assim, o texto de Números deixa claro que, para aquela oca­
Quanto ao texto de Números 8.24. está registrado o seguin­ sião, a idade apropriada para se exercer os ofícios do taberná­
te: seriam separados, para o ofício sagrado, os levitas da ida­ culo (ou seja, auxiliar os sacerdotes na manutenção e transpor­
de de vinte e cinco anos para cima. Mas ninguém pode inferir te do mobiliário e das vasilhas sagradas) era de. no mínimo,
contradição na Bíblia por causa das faixas etárias citadas em trinta anos.

430
1CRÔNICAS 24,25

tiveram filhos; e Eleazar e Itam ar adm inistravam o 24D os filhos de Uziel, M ica; dos filhos de M ica,
sacerdócio. Samir;
’E Davi, com Z adoque, dos filhos de Eleazar, e Ai- 2,0 irm ão de M ica, Issias; d o s filhos de Issias,
meleque, dos filhos de Itam ar, dividiu-os segundo Zacarias;
o seu ofício no seu m inistério. 26Os filhos de M erari, M ali e M usi; dos filhos de
4E acharam -se m uito m ais chefes dos pais entre os Jaazias, Beno;
filhos de Eleazar do que entre os filhos de Itam ar, 27O s filhos de M erari: de Jaazias, Beno, e Soão, e
qu ando os repartiram ; dos filhos de Eleazar d e­ Zacur, e Ibri;
zesseis chefes das casas paternas, m as dos filhos de 28De Mali, Eleazar; e este não teve filhos.
Itam ar, segundo as casas paternas, oito. 29Q u an to a Quis: dos filhos de Q uis, Jerameel;
5E os rep artiram p o r sortes, uns com os outros; ,0E os filhos de Musi: M ali, e Eder, e Jerimote; estes
porque houve governadores do santuário e gover­ foram os filhos dos levitas, segundo as suas casas
nadores da casa de Deus, assim dentre os filhos de paternas.
Eleazar, com o dentre os filhos de Itam ar. 3'Estes tam bém lan çaram sortes co m o seus ir­
f'E Semaías, filho de N atanael, o escrivão dentre os m ãos, os filhos de Arão, perante o rei Davi, e Z ado­
levitas, os registrou p erante o rei, e os príncipes, e que, e Aimeleque, e os chefes das famílias en tre os
sacerdotes e entre os levitas; assim fizeram, tan to os
Zadoque, o sacerdote, e Aimeleque, filho de Abia-
pais principais com o os irm ãos m enores.
tar, e os chefes dos pais entre os sacerdotes, e entre
os levitas; dentre as casas dos pais to m o u -se um a
F unções dos cantores e suas divisões
para Eleazar, e o u tra para Itam ar.
E DAVI, ju n ta m e n te com os capitães do
7E saiu a p rim eira sorte a Jeoiaribe, a segunda a
exército, separou p ara o m inistério os fi­
Jedaías,
lhos de Asafe, e de H em ã, e de Jedutum , para profe­
8 A terceira a H arim , a quarta a Seorim ,
tizarem com harpas, com cím balos, e com saltérios;
9A quinta a M alquias, a sexta a M iam im ,
e este foi o n ú m ero dos h om ens aptos para a obra
l0A sétim a a Hacoz, a oitava a Abias,
do seu m inistério:
1 ‘A n ona a Jesua, a décim a a Secanias,
2D os filhos de Asafe: Zacur, José, N etanias, e Asa-
l2A undécim a a Eliasibe, a duodécim a a Jaquim,
rela, filhos de Asafe; a cargo de Asafe, que profetiza­
,3A décim a terceira a H upa, a décim a q u arta a
va debaixo das ordens do rei Davi.
Jesebeabe, 'Q u a n to a Jedutum , os filhos: Gedalias, Zeri, Je-
14A décim a quinta a Bilga, a décim a sexta a Imer,
saías, Hasabias, e M atitias, seis, a cargo de seu pai,
” A décim a sétim a a Hezir, a décim a oitava a H a- Jedutum , o qual profetizava com a harpa, louvando
pizes, e d ando graças ao S en h or .
l6A décim a nona a Petaías, a vigésima a Jeezquel, 4Q u an to a H em ã, os filhos: Buquias, M atanias,
17A vigésima prim eira a Jaquim , a vigésima segun­ Uziel, Sebuel, Jerim ote, H ananias, H anani, Eliata,
da a G am ul, Gidalti, R om anti-Ezer, Josbecasa, M aloti, H otir, e
l8A vigésima terceira a Delaías, a vigésima quarta M aaziote.
a Maazias. 5T odos estes foram filhos de H em ã, o vidente do rei
I90 ofício destes no seu m inistério era en tra r na nas palavras de Deus, para exaltar o seu poder; p o r­
casa do S en h o r , segundo lhes fora o rd en ad o por que D eus dera a H em ã catorze filhos e três filhas.
Arão seu pai, com o o S en h o r D eus de Israel lhe 6T odos estes estavam sob a direção de seu pai, para
tinha m andado. a m úsica da casa do S en h o r , com saltérios, cím balos
20E do restante dos filhos de Levi: dos filhos de e harpas, para o m inistério da casa de Deus; e Asafe,
Anrão, Subael; dos filhos de Subael, Jedias. Jedutum , e H em ã, estavam sob as ord en s do rei.
2‘Q u an to a Reabias: dos filhos de Reabias, Issias 7E era o n ú m e ro deles, ju n ta m e n te co m seus
era o prim eiro; irm ãos in stru íd o s no canto ao S e n h o r , to d o s eles
12Dos izaritas, Selom ote; dos filhos de Selom ote, m estres, duzentos e oiten ta e oito.
Jaate; 8E deitaram sortes acerca da guarda igualm ente,
23E dos filhosdeHebrom, jeriasoprimeiro, Amarias assim o p equeno com o o grande, o m estre ju n ta­
o segundo, Jaaziel o terceiro, Jecameão o quarto; m ente com o discípulo.

431
1CRÔNICAS 25,26

9Saiu, pois, a prim eira sorte a Asafe, a saber a José; a 2E foram os filhos de M eselemias: Zacarias o p ri­
segunda a Gedalias; e ele, e seus irm ãos, e seus filhos, m ogênito, Jediael o segundo, Zebadias o terceiro,
ao todo eram doze. Jatniel o quarto,
I0A terceira a Zacur, seus filhos, e seus irmãos, doze. 3Elão o quinto, Joanã o sexto, Elioenai o sétim o.
1 'A q u arta a Izri, seus filhos, e seus irm ãos, doze. 4E os filhos de O bede-E dom foram : Sem aías o
I2A q u in ta a N etanias, seus filhos, e seus irm ãos, prim ogênito, Jozabade o segundo, Joá o terceiro, e
doze. Sacar o quarto, e N atanael o quinto,
I3A sexta a Buquias, seus filhos, e seus irm ãos, 5Amiel o sexto, Issacar o sétim o, Peuletai o oitavo;
doze. p orque Deus o tin h a abençoado.
'■•A sétim a a Jesarela, seus filhos, e seus irm ãos, hT am bém a seu filho Semaías nasceram filhos, que
doze. dom in aram sobre a casa de seu pai; p o rq u e foram
I5A oitava a Jesaías, seus filhos, e seus irm ãos, hom ens valentes.
doze. 'O s filhos de Semaías: O tni, Rafael, O bede, e El-
16A n o n a a M atanias, seus filhos, e seus irm ãos, zabade, com seus irm ãos, h om ens valentes, Eliú e
doze. Semaquias.
l7A décim a a Simei, seus filhos, e seus irm ãos, T o d o s estes fo ra m dos filhos de O bede-E dom ;
doze. eles e seus filhos, e seus irm ãos, h om ens valentes e
I8A undécim a a Azareel, seus filhos, e seus irm ãos,
de força para o m inistério; ao todo sessenta e dois,
doze.
de O bede-Edom .
I9A duodécim a a Hasabias, seus filhos, e seus ir­
9E os filhos e os irm ãos de M eselem ias, h om ens
m ãos, doze.
valentes, foram dezoito.
20 A décim a terceira a Subael, seus filhos, e seus
I0E de H osa, d en tre os filhos de M erari, foram
irm ãos, doze.
filhos: Sinri o chefe (ainda que não era o prim ogê­
2IA décim a q uarta a M atitias, seus filhos, e seus
nito, co ntudo seu pai o constituiu chefe),
irm ãos, doze.
11 H ilquias o segundo, Tebalias o terceiro, Zacarias
22A décim a q uinta a Jerem ote, seus filhos, e seus
o quarto ; to d o s os filhos e irm ãos de H osa foram
irm ãos, doze.
treze.
23A décim a sexta a H ananias, seus filhos, e seus
,2D estes se fizeram as tu rm as dos po rteiro s, al­
irm ãos, doze.
tern an d o os principais dos hom ens da guarda, ju n ­
24A décim a sétim a a Josbecasa, seus filhos, e seus
tam ente com os seus irm ãos, para m inistrarem na
irm ãos, doze.
casa do S en h or .
25A décim a oitava a H anani, seus filhos, e seus
I3E lançaram sortes, assim os pequenos com o os
irm ãos, doze.
26A décim a n o n a a M aloti, seus filhos, e seus ir­ grandes, segundo as casas de seus pais, p ara cada
m ãos, doze. porta.
27A vigésima a Eliata, seus filhos, e seus irm ãos, I4E caiu a sorte do oriente a Selemias; e lançou-se a
doze. sorte p o r seu filho Zacarias, conselheiro entendido,
28A vigésima prim eira a H otir, seus filhos, e seus e saiu-lhe a do norte.
irm ãos, doze. I5E para O bede-E dom a do sul; e para seus filhos a
29A vigésima segunda a G idalti, seus filhos, e seus casa dos depósitos.
irm ãos, doze. 16Para Supim e H osa a do ocidente, ju n to a p o rta
,0A vigésima terceira a M aaziote, seus filhos, e seus Salequete, perto do cam inho da subida; um a guarda
irm ãos, doze. defronte de o u tra guarda.
31A vigésima q uarta a Rom anti-Ezer, seus filhos, e 17Ao oriente seis levitas; ao n o rte q u atro p o r dia, ao
seus irm ãos, doze. sul q u atro p o r dia, porém para as casas dos depósi­
tos de dois em dois.
F unções dos porteiros l8Em Parbar, ao ocidente, q u atro ju n to ao cam i­
Q U AN TO às divisões dos porteiros: dos nho, e dois ju n to a Parbar.
coraítas: M eselem ias, filho de C oré, dos l9Estas são as tu rm as dos porteiros d en tre os filhos
filhos de Asafe. dos coraítas, e d en tre os filhos de M erari.

432
ÍCRÔNICAS 26,27

Os guardas dos tesouros que serviam ao rei em todos os negócios das tu rm as


20E dos levitas: Aias tinha cargo dos tesouros da que entravam e saíam de m ês em mês, em todos os
casa de Deus e dos tesouros das coisas sagradas. meses do ano; cada tu rm a de vinte e quatro mil.
2'Q u an to aos filhos de Ladã, os filhos dos gersoni- -Sobre a prim eira tu rm a do prim eiro mês estava
tas que pertencem a Ladã, chefes das casas paternas Jasobeão, filho de Zabdiel; e em sua tu rm a havia
de Ladã: Jeieli. vinte e q uatro mil.
“ Os filhos de Jeieli: Zetã e Joel, seu irm ão; estes iEra este dos filhos de Perez, chefe de todos os ca­
tinham cargo dos tesouros da casa do S en h o r , pitães dos exércitos, para o prim eiro mês,
2,Dos anram itas, dos izaritas, dos hebronitas, dos 4E sobre a tu rm a do segundo m ês estava Dodai, o
uzielitas. aoíta, com a sua tu rm a, cujo líder era M iclote; tam ­
24E Sebuel, filho de G érson, o filho de Moisés, era bém em sua tu rm a havia vinte e qu atro mil.
o chefe dos tesouros. 50 terceiro capitão do exército, para o terceiro mês,
25E seus irm ãos foram , do lado de Eliézer, Reabias era Benaia, filho de Joiada, chefe dos sacerdotes; tam ­
seu filho, e Jesaías seu filho, e Jorão seu filho, e Zicri bém em sua turm a havia vinte e quatro mil.
seu filho, e Selomite, seu filho. bEra este Benaia valente entre os trinta, e sobre os
26Este Selomite e seus irm ãos tinham a seu cargo to ­ trinta; e na sua tu rm a estava Amizabade, seu filho.
dos os tesouros das coisas dedicadas que o rei Davi e 'O quarto, do q uarto mês, era Asael, irm ão de Jo­
os chefes das casas paternas, capitães de milhares, e de abe, e depois dele Zebadias, seu filho; tam bém em
centenas, e capitães do exército tinham consagrado. sua tu rm a havia vinte e q u atro mil.
27Dos despojos das guerras dedicaram ofertas para kO quinto, do q u in to m ês, Sam ute, o israíta; tam ­
repararem a casa do S en h o r . bém em sua tu rm a havia vinte e q u atro mil.
28C om o tam bém tu d o q u an to tin h a consagrado 90 sexto, do sexto mês, Ira, filho de Iques, o tecoíta;
Samuel, o vidente, e Saul filho de Q uis, e A bner filho tam bém em sua tu rm a havia vinte e q u atro mil.
de N er, e Joabe filho de Zeruia; tu d o que qualquer ‘uO sétim o, do sétim o mês, Helez, o pelonita, dos
havia dedicado estava debaixo da m ão de Selomite filhos de Efraim; tam bém em sua tu rm a havia vinte
e seus irmãos. e quatro mil.
110 oitavo, do oitavo m ês, Sibecai, o husatita,
Os oficiais e os ju ize s dos zeraítas; tam b ém em sua tu rm a havia vinte e
29Dos izaritas, Q uenanias e seus filhos foram pos­ quatro mil.
tos sobre Israel com o oficiais e com o juizes, dos I20 n ono, do n o n o mês, Abiezer, o anatotita, dos
negócios externos. benjam itas; tam bém em sua tu rm a havia vinte e
,0D os h ebronitas foram H asabias e seus irm ãos, quatro mil.
hom ens valentes, m il e setecentos, que tin h am I30 décim o, do décim o mês, M aarai, o netofatita,
a su perintendência sobre Israel, além do Jordão dos zeraítas; tam b ém em sua tu rm a havia vinte e
para o ocidente, em to d a a ob ra do S en h o r , e para quatro mil.
o serviço do rei. I40 undécim o, do undécim o m ês, Benaia, o pira-
31D os hebronitas Jeriasera o chefe, segundo as suas tonita, dos filhos de Efraim; tam bém em sua tu rm a
gerações conform e as suas famílias. N o ano q uaren­ havia vinte e q u atro mil.
ta do reino de Davi se buscaram e acharam entre eles ’’O du o d écim o , do d u o d écim o mês, H eldai, o
hom ens valentes em Jazer de Gileade. netofatita, de Otniel; tam bém em sua tu rm a havia
32E seus irm ãos, hom ens valentes, dois m il e se­ vinte e q u atro mil.
tecentos, chefes dos pais; e o rei Davi os constituiu l6Sobre as tribos de Israel estavam: sobre os rube­
sobre os rubenitas e os gaditas, e a m eia trib o dos nitas era líder Eliezer, filho de Zicri; sobre os sime-
manassitas, para todos os negócios de Deus, e para onitas, Sefatias, filho de Maaca.
todos os negócios do rei. l7Sobre os levitas, Hasabias, filho d e Q uem uel;
sobre os aronitas, Zadoque;
As divisões de serviço para cada m ês l sSobre Judá, Eliú, dos irm ãos de Davi; sobre Issa-
ESTES são os filhos de Israel segundo o seu car, O nri, filho de Micael;
n ú m e ro , os chefes dos pais, e os capitães l9Sobre Zebulom , Ism aías, filho de O badias; sobre
dos m ilhares e das centenas, com os seus oficiais, Naftali, Jerim ote, filho de Azriel;

433
1CRÔNICAS 27,28

“ Sobre os filhos de Efraim , Oséias, filho de Aza- 2E pôs-se o rei Davi em pé, e disse: O uvi-m e, ir­
zias; sobre a m eia tribo de Manassés, Joel, filho de m ãos m eus, e povo m eu; em m eu coração propus eu
Pedaías; edificar uma casa de repouso para a arca da aliança
■“ Sobre a outra m eia tribo de M anassés em Gilea- do S e n h o r e para o estrado dos pés do nosso Deus, e
de, Ido, filho de Zacarias; sobre Benjam im , Jaasiel, eu tinh a feito o preparo para a edificar.
filho de Abner; 3Porém Deus m e disse: N ão edificarás casa ao m eu
22Sobre Dã, Azarei, filho de Jeroão. Estes eram os nom e, p o rq u e és ho m em de guerra, e derram aste
príncipes das tribos de Israel. m uito sangue.
“ N ão tom ou, porém , Davi o núm ero dos de vinte 4E o S en h o r D eus de Israel escolheu-m e de to d a
anos para baixo, porquanto o S enhor tinha falado que a casa de m eu pai, para que etern am en te fosse rei
havia de multiplicar a Israel com o as estrelas do céu. sobre Israel; p o rq u e a Judá escolheu p o r soberano,
24Joabe, filho de Zeruia, tin h a com eçado a num e- e a casa de m eu pai na casa de Judá; e entre os filhos
rá-Zos, porém n ão acabou; p o rq u an to viera por isso de m eu pai se agradou de m im para m e fazer reinar
grande ira sobre Israel; assim o n úm ero não se pôs sobre todo o Israel.
no registro das crônicas do rei Davi. 5E, de todos os m eus filhos (porque m uitos filhos
25E sobre os tesouros do rei estava Azmavete, filho m e deu o S e n h o r ) , escolheu ele o m eu filho Salomão
de Adiei; e sobre os tesouros dos campos, das cidades, para se assentar no tro n o do reino do S en h or sobre
e das aldeias, e das torres, Jônatas, filho de Uzias. Israel.
26E sobre os que faziam a o bra do cam po, na lavou­ 6E m e disse: T eu filho Salom ão, ele edificará a
ra d a terra, Ezri, filho de Quelube. m inha casa e os m eus átrios; p o rq u e o escolhi para
27E sobre as vinhas, Simei, o ram atita; porém sobre filho, e eu lhe serei p o r pai.
o que das vides entrava nas adegas do vinho, Zabdi, 7E estabelecerei o seu reino para sem pre, se perse­
o sifmita. verar em cum prir os m eus m andam entos e os m eus
28E sobre os olivais e sicôm oros que havia nas cam ­ juízos, com o até ao dia de hoje.
pinas, Baal-H anã, o gederita; porém Joás sobre os 8Agora, pois, p eran te os olhos de to d o o Israel, a
arm azéns do azeite. congregação do S e n h o r , e p eran te os ouvidos de
29E sobre os gados que pastavam em Sarom , Sitrai, nosso Deus, guardai e buscai todos os m an d am en ­
o saronita; porém , sobre os gados dos vales, Safate, tos do S en h o r vosso Deus, para que possuais esta
filho de Adiai. boa terra, e a façais h erd ar a vossos filhos depois de
30E sobre os camelos, Obil, o ismaelita; e sobre as vós, para sem pre.
jum entas, Jedias, o m eronotita. ‘‘E tu, m eu filho Salomão, conhece o D eus de teu
3IE sobre o gado m iúdo, Jaziz, o hagrita; todos pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma
esses eram adm inistradores da fazenda que tin h a alm a voluntária; p o rq u e esq u ad rin h a o S e n h o r
o rei Davi. todos os corações, e entende todas as im aginações
32E Jônatas, tio de Davi, era do conselho, hom em dos pensam entos; se o buscares, será achado de ti;
entendido, e tam bém escriba; e Jeiel, filho de Hac- porém , se o deixares, rejeitar-te-á para sem pre.
m oni, estava com os filhos do rei. 10O lha, pois, agora, p o rq u e o S e n h o r te escolheu
33E Aitofel era do conselho do rei; e H usai, o arqui- para edificares um a casa para o santuário; esforça-
ta, am igo do rei. te, e faze a obra.
,4E depois de Aitofel, Joiada, filho de Benaia, e Abia-
tar; porém Joabe era o general do exército do rei. D avi dá a Salom ão o desenho do tem plo
1 'E d eu Davi a Salomão, seu filho, a planta do al­
D avi exorta os príncipes e Salom ão pendre com as suas casas, e as suas tesourarias, e os
ENTÃO Davi reuniu em Jerusalém todos seus cenáculos, e as suas recâm aras interiores, com o
os príncipes de Israel, os príncipes das tri­ tam bém da casa do propiciatório.
bos, e os capitães das turm as, que serviam o rei, e os I2E tam bém a p lan ta de tu d o q u an to tin h a em
capitães dos m ilhares, e os capitães das centenas, e m ente, a saber: dos átrios da casa do S e n h o r , e de
os adm inistradores de toda a fazenda e possessão todas as câm aras ao redor, para os tesouros d a casa
do rei, e de seus filhos, com o tam bém os oficiais, os de Deus, e para os tesouros das coisas sagradas;
poderosos, e todo o hom em valente. 13E para as tu rm as dos sacerdotes, e p ara os levitas,

434
1CRÔNICAS 28,29

e p a r a to d a a o b r a d o m in is té r io d a c a sa d o S en h o r , sorte de pedras preciosas, e pedras de m árm ore em


e p a r a to d o s o s u te n s ílio s d o m in is té r io d a c a sa d o abundância.
S enhor . 3E ainda, p o rq u e tenho afeto à casa de m eu Deus, o
I4E deu ouro, segundo o peso do o uro, para todos o uro e prata particular que ten h o eu d o u para a casa
os utensílios de cada m inistério; tam bém a prata, do m eu Deus, afora tu d o q u an to tenho preparado
p o r peso, para to d o s os utensílios de prata, para para a casa do santuário:
todos os utensílios de cada m inistério. 4T rês m il talentos de o u ro de O fir; e sete m il ta ­
1SE o peso para os castiçais de ouro, e suas candeias lentos de p rata purificada, p ara co b rir as paredes
de o u ro segundo o peso de cada castiçal e as suas das casas.
candeias; tam bém para os castiçais de prata, segun­ sO u ro para os objetos de o u ro , e p rata para os de
do o peso do castiçal e as suas candeias, segundo o prata; e para toda a obra de m ão dos artífices. Q uem ,
uso de cada castiçal. pois, está disposto a encher a sua m ão, para oferecer
‘'’T am bém deu o o u ro po r peso para as mesas da hoje voluntariamente ao S en h o r ?
proposição, para cada mesa; com o tam bém a prata 6Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos
para as mesas de prata. de Israel, e os capitães de m il e de cem, até os chefes
I7E o u ro p u ro para os garfos, e para as bacias, e da obra do rei, voluntariam ente contribuíram .
para os jarros, e para as taças de ouro, para cada taça 7E deram para o serviço da casa de D eus cinco mil
seu peso; com o tam bém para as taças de prata, para talentos de o uro, e dez m il dracm as, e dez m il talen­
cada taça seu peso. tos de prata, e dezoito m il talentos de cobre, e cem
I8E para o altar do incenso, ouro purificado, po r mil talentos de ferro.
seu peso; com o tam bém o o u ro para o m odelo do 8E os que possuíam p edras preciosas, d eram -n as
carro, a saber, dos querubins, que haviam de esten­ para o tesouro da casa do S en h o r , a cargo de Jeiel
der as asas, e cobrir a arca da aliança do S enhor . o gersonita.
l9T u d o isto, disse Davi, fez-me entender o S en h o r , ‘’E o povo se alegrou p o rq u e co n trib u íram v o lu n ­
p o r escrito da sua m ão, a saber, todas as obras desta tariam ente; porque, com coração perfeito, v o lu n ­
planta. tariam ente deram ao S en h o r ; e tam bém o rei Davi
20E disse Davi a Salomão seu filho: Esforça-te e tem se alegrou com grande alegria.
bom ânim o, e faze a obra; não tem as, nem te apa­
vores; porque o S enhor Deus, m eu Deus, há de ser A ção d e graças de D avi
contigo; não te deixará, nem te desam parará, até que l0Por isso Davi louvou ao S en h or na presença de
acabes toda a obra do serviço da casa do S enhor . to d a a congregação; e disse Davi: B endito és tu,
2IE eis que aí tens as turm as dos sacerdotes e dos S en h or D eus de Israel, nosso pai, de eternidade em
levitas para todo o m inistério da casa de Deus; estão eternidade.
tam bém contigo, para toda a obra, voluntários com " T u a é, S e n h o r , a m agnificência, e o po d er, e a
sabedoria de toda a espécie para todo o m inistério; honra, e a vitória, e a m ajestade; p o rq u e teu é tudo
com o tam bém todos os príncipes, e to d o o povo, q uanto há nos céus e na terra; teu é, S en h o r , o reino,
para todos os teus m andados. e tu te exaltaste p o r cabeça sobre todos.
I2E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu d o m i­
A s ofertas para a construção do tem plo nas sobre tudo, e na tu a m ão há força e poder; e na
DISSE m ais o rei Davi a to d a a congrega­ tua m ão está o engrandecer e o d ar força a tudo.
ção: Salomão, m eu filho, a quem só Deus ’’Agora, pois, ó D eus nosso, graças te dam os, e
escolheu, éainda m oço e tenro, e esta obra égrande; louvam os o nom e da tu a glória.
p o rq u e não é o palácio para hom em , m as para o 1 “Porque quem sou eu, e quem é o m eu povo, para
S enhor Deus. que pudéssem os oferecer voluntariam ente coisas
2Eu, pois, com todas as m inhas forças já tenho semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu
p reparado para a casa de m eu D eus o u ro para as to damos.
obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para 1SP orque som os estrangeiros d iante de ti, e pere­
as de cobre, ferro para as de ferro e m adeira para as grinos com o todos os nossos pais; com o a som bra
de madeira, pedras de ônix, e as de engaste, e pedras são os nossos dias sobre a terra, e sem ti não há
ornam entais, e pedras de diversas cores, e to d a a esperança.

435
1CRÔNICAS 29

I6S en h or , nosso Deus, toda esta abundância, que rei a Salomão filho de Davi, e o ungiram ao S enhor
p reparam os, para te edificar um a casa ao teu santo p o r líder, e a Z adoque p o r sacerdote.
nom e, vem da tua m ão, e é toda tua. 23Assim Salomão se assentou no tro n o do S en h o r ,
I7E b em sei eu, Deus m eu, que tu provas os cora­ com o rei, em lugar de Davi seu pai, e prosperou; e
ções, e que da sinceridade te agradas; eu tam bém na to d o o Israel lhe obedecia.
sinceridade de m eu coração v o lu n tariam en te dei 24E todos os príncipes, e os grandes, e até todos os
todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu filhos do rei Davi, se subm eteram ao rei Salomão.
povo, que se acha aqui, voluntariam ente te deu. 2,E o S enhor m agnificou a Salom ão grandissim a-
1 “S en h or D eus de A braão, Isaque, e Israel, nossos m ente, perante os olhos de to d o o Israel; e deu-lhe
pais, conserva isto para sem pre n o in tento dos p en ­ m ajestade real, qual antes dele não teve n en h u m
sam entos do coração de teu povo; e encam inha o rei em Israel.
seu coração para ti. 2AAssim Davi, filho de Jessé, reinou sobre to d o o
I9E a Salom ão, m eu filho, dá u m coração perfeito, Israel.
para g u ardar os teus m andam entos, os teus teste­ 27E foram os dias que rein o u sobre Israel, q uarenta
m unhos, e os teus estatutos; e para fazer tudo, e para anos; em H ebrom reinou sete anos, e em Jerusalém
edificar este palácio que tenho preparado. reinou trin ta e três.
“ Então disse D avi a toda a congregação: A gora 2flE m o rre u n u m a bo a velhice, cheio de dias,
louvai ao S en h o r vosso Deus. Então toda a congre­ riquezas e glória; e Salom ão, seu filho, rein o u em
gação louvou ao S enhor D eus de seus pais, e inclina­ seu lugar.
ram -se, e prostraram -se perante o S en h o r , e o rei. 29O s atos, pois, do rei Davi, assim os prim eiro s
21E ao o u tro dia im olaram sacrifícios ao S e n h o r , com o os últim os, eis qu e estão escritos nas crô n i­
e ofereceram holocaustos ao S en h o r , mil bezerros, cas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta
mil carneiros, m il cordeiros, com as suas libações; e N atã, e nas crônicas de Gade, o vidente,
sacrifícios em abundância po r todo o Israel. ■’“Ju n tam en te com to d o o seu rein ad o e o seu
22E com eram e beberam naquele dia peran te o poder; e os tem pos que passaram sobre ele, e sobre
S en h or , com grande gozo; e a segunda vez fizeram Israel, e sobre todos os reinos daquelas terras.

436
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

2Crônicas
T ítulo
Os livros de 1 e 2C rônicas constituíam um só livro no cânon hebraico. N o hebraico, seu título é Dibe-
rey hay-yamim, cuja tradução é: “registro dos dias”, ou, m ais literalm ente: “as palavras dos dias”. A crô n i­
ca era um tipo de literatura bastante com um nas cortes do O riente (2Sm 8.16; Ed 4.15; Et 6.1). Na Bíblia
católica, são cham ados tam bém de “paralipôm enos”, pois sua narrativa seria paralela às narrativas dos li­
vros de Samuel e Reis.
A u t o r ia e data

Foi escrito bem depois dos livros de Reis. Segundo a tradição do Talmude, o au to r teria sido o sacerdo­
te Esdras (Baba Bahtra 15“), em bora seu nom e não esteja especificado em lugar algum. C om o principal lí­
der de Israel depois do exílio e principal representante da classe sacerdotal, possui as características p ró ­
prias para isto. M uitos eruditos estão de acordo com esta posição.
Em sua com posição, várias fontes são citadas: O livro dos reis de Judá e Israel; As palavras de Uzias,
com posto por Isaías; As palavras de Semaía, o profeta; As palavras de Ido, o vidente; As palavras de Jeú, fi­
lho de H anani; o M idrash do profeta Ido; e As palavras de Ozai.

A ssunto
Dá continuidade ao livro de 1Crônicas, com eça com o reinado de Salomão, qu e term ina no final do p ri­
m eiro livro, e segue n arran d o a história apenas dos reis de Judá. H á som ente referência ao reino do Norte,
Israel, q uando os dois reinos estão unidos em algum evento.
Em bora os acontecim entos (em sua grande m aioria) narrad o s já tenham sido contados em 1 e 2Reis,
detalhes im portantes são acrescidos, sem pre com enfoques diferentes. H á um grande destaque para o sa­
cerdócio e os levitas.
Registra diversas reform as (inclusive a m ais extensa narrativa do reavivam ento na história bíblica) sob
a ordem do rei Ezequias (cap. 29 a 31).

Ê nfase a p o lo g é tic a
É citado indiretam ente n a ocasião em que Jesus falou da m o rte de Z acarias en tre o altar e o tem plo
(Lc 11.51), n u m a referência a 2C rônicas 24.20,21. D evem os nos lem b rar que, n a Bíblia hebraica, a o r­
dem dos livros é outra e, po r conta disso, 2Crônicas é o último. Por isso Jesus se referiu a Abel com o sendo o
prim eiro justo e Zacarias, o derradeiro. Dessa form a, Jesus co n firm o u a h isto ricid ad e e a inspiração di­
vina do livro.
Talvez, seu p onto mais controverso seja a citação de um a carta escrita pelo profeta Elias para o rei Je-
orão (21.12). C om o nesse tem po Elias já tin h a ascendido ao céu, m uitos supõem u m a contradição óbvia.
Todavia, deve ser levado em conta que é apenas um a questão cronológica. Jeorão foi co-regente com seu
pai Josafá. Logo, não existe dificuldade n en h u m a em Elias ter escrito esta carta antes de ser arrebatado.
O SEGUNDO LIVRO DAS

CRÔNICAS
Salom ão oferece sacrifícios l2Sabedoria e conhecim ento te são dados; e te darei
SALOMÃO, filho de Davi, fortaleceu-se no seu riquezas, bens e ho n ra, quais não teve n en h u m rei
1 reino; e o S enhor seu D eus era com ele, e o en ­
grandeceu sobrem aneira.
antes de ti, e nem depois de ti haverá.

2E falou Salomão a to d o o Israel, aos capitães de m il A s fo rça s e as riquezas d e Salom ão


e de cem, aos juizes e a todos os governadores em 13 Assim Salom ão veio a Jerusalém, do alto que esta­
todo o Israel, chefes das famílias. va em G ibeom , de diante da tenda da congregação; e
3E foi Salomão, e toda a congregação com ele, ao reinou sobre Israel.
alto que estava em G ibeom , porque ali estava a te n ­ ,4E Salomão aju n to u carros e cavaleiros, e teve mil
da da congregação de Deus, que Moisés, servo do Se­ e quatrocentos carros, e doze m il cavaleiros; os quais
n hor , tin ha feito no deserto. pôs nas cidades dos carros, e ju n to ao rei em Jeru­
4Mas Davi tinha feito subir a arca de Deus de Q ui- salém.
riate-Jearim ao lugar que lhe preparara; porque lhe 1SE fezo rei que houvesse ouro e p rata em Jerusalém
tin h a arm ado uma tenda em Jerusalém. com o pedras; e cedros em tanta abundância com o
’Tam bém o altar de cobre que tinha feito Bezale- sicôm oros que há pelas campinas.
el, filho de Uri, filho de H ur, estava ali diante do ta­
IAE os cavalos, que tin h a Salomão, eram trazidos do
bernáculo do S en h or ; e Salomão e a congregação o
Egito; e os m ercadores do rei os recebiam em tropas,
buscavam.
cada um a pelo seu preço.
6E Salomão ofereceu ali sacrifícios p erante o Se­
I7E faziam subir e sair do Egito cada carro p o r seis­
nhor , sobre o altar de cobre que estava na tenda da
centos siclos de prata, e cada cavalo p o r cento e cin­
congregação; e ofereceu sobre ele m il holocaustos.
qüenta; e assim, p o r m eio deles eram para todos os
reis dos heteus, e para os reis da Síria.
Salom ão pede a D eus sabedoria
7N aquela m esm a noite D eus apareceu a Salomão, e
A ju d a na construção do tem plo
disse-lhe: Pede o que queres que eu te dê.
E D ETERM IN O U Salom ão edificar u m a casa
8E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande b e­
nignidade com m eu pai Davi, e a m im m e fizeste rei 2 ao no m e do S en h or , com o tam b ém um a casa
para o seu reino.
em seu lugar.
9Agora, pois, ó S enhor Deus, confirm e-se a tua pa­ 2E designou Salomão setenta m il ho m en s de car­
lavra, dada a m eu pai Davi; porque tu m e fizeste rei­ ga, e oitenta m il que talhavam pedras n a m o ntanha,
n ar sobre um povo num eroso com o o pó da terra. e três mil e seiscentos inspetores sobre eles.
l0D á-m e, pois, agora, sabedoria e conhecim ento, 3E Salom ão m an d o u dizer a H irão, rei de Tiro:
para que possa sair e en tra r perante este povo; pois C om o fizeste com Davi m eu pai, m and an d o -lh e ce­
quem poderia julgar a este tão grande povo? dros, para edificar um a casa em que m orasse, assim
"E n tã o Deus disse a Salomão: P orquanto houve tam bém fa ze comigo.
isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens, ou 4Eis que estou para edificar um a casa ao no m e do
h o n ra, nem a m orte dos que te odeiam , nem ta m ­ S enhor m eu Deus, p ara lhe consagrar, p ara queim ar
p ouco pediste m uitos dias de vida, m as pediste para perante ele incenso arom ático, epara a apresentação
ti sabedoria e conhecim ento, para poderes julgar a contínua do pão da proposição, para os holocaustos
m eu povo, sobre o qual te constituí rei, da m an h ã e da tarde, nos sábados e nas luas novas, e

438
2CRÔNICAS 2,3

nas festividades do S e n h o r nosso Deus; o que é o b ri­ quanta houveres m ister, e ta trarem o s em jangadas
gação perpétua de Israel. pelo m ar até Jope, e tu a farás subir a Jerusalém.
’E a casa que estou p ara ed ificar h á de ser g ra n ­ 17E Salomão co n to u todos os h om ens estrangei­
de; p o rq u e o n o sso D eus é m a io r d o q u e to d o s ros, que havia na terra de Israel, conform e o censo
os deuses. com que os contara Davi seu pai; e acharam -se cen­
6Porém, quem seria capaz de lhe edificar um a casa, to e cinqüenta e três m il e seiscentos.
visto que os céus e até os céus dos céus o não podem I8E designou deles setenta mil carregadores, e oi­
conter? E quem sou eu, que lhe edificasse casa, salvo tenta m il cortadores na m o n tan h a; com o tam bém
para queim ar incenso perante ele? três m il e seiscentos inspetores, para fazerem trab a­
7Manda-me, pois, agora um hom em hábil para traba­ lhar o povo.
lhar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em púrpu­
ra, em carmesim e em azul; e que saiba lavrar ao buril, A construção do te m p lo com eça
juntamente com os peritos que estão comigo em Judá e E C O M EÇOU Salom ão a edificar a casa do Se­
em Jerusalém, os quais Davi, m eu pai, preparou.
8M anda-m e tam bém m adeiras de cedro, de cipres­
3 n h o r em Jerusalém, no m o n te M oriá, o n d e o S e­
nhor aparecera a Davi seu pai, n o lugar que Davi ti­
te, e algum ins do Líbano; porque bem sei eu que os nha preparado na eira de O rnã, o jebuseu.
teus servos sabem co rtar m adeira n o Líbano; e eis 2E com eçou a edificar n o segundo mês, n o segun­
que os m eus servos estarão com os teus servos. do dia, no ano q u arto do seu reinado.
9Eissoparaprepararem m uitam adeira;porqueacasa 3E estes foram os fu n d am en to s que Salomão pôs
que estou para fazer há de ser grande e maravilhosa. para edificar a casa de Deus: o co m prim ento em cô-
lnE eis que a teus servos, os cortadores, que corta­ vados, segundo a prim eira m edida, era de sessenta
rem a m adeira, darei vinte m il coros de trigo m alha­ côvados, e a largura de vinte côvados.
do, vinte m il coros de cevada, vinte m il batos de vi­ 4E o pátio, que estava na frente, tin h a vinte côva­
nho e vinte mil batos de azeite. dos de com prim ento, segundo a largura da casa, e
11 EH irão, rei deTiro, respondeu p o r escrito que en­ a altura era de cento e vinte; e p o r d entro o revestiu
viou a Salomão, dizendo: Porque o S e n h o r tem am a­ com ou ro puro.
do o seu povo, te constituiu sobre ele rei. SE a casa grande forrou com m adeira de faia; e e n ­
l2Disse m ais H irão: Bendito seja o S e n h o r D eus de tão a revestiu com ouro fino; e fez sobre ela palm as
Israel, que fez os céus e a terra; o que deu ao rei Davi e cadeias.
um filho sábio, de grande prudência e entendim en­ '’Tam bém a casa ad o rn o u de pedras preciosas, para
to, que edifique casa ao S e n h o r, e para o seu reino. ornam ento; e o o u ro era o u ro de Parvaim.
l3Agora, pois, envio um ho m em sábio de grande T am b ém n a casa revestiu, com ouro, as traves, os
entendim ento, a saber, H irão m eu pai, um brais, as suas paredes e as suas portas; e lavrou
l4Filho de um a m ulher das filhas de Dã, e cujo pai querubins nas paredes.
foi hom em de Tiro; este sabe trabalhar em ouro, em 8Fez m ais a casa do lugar santíssim o, cujo com pri­
prata, em bronze, em ferro, em pedras e em m adei­ m ento, segundo a largura da casa, era de vinte côva­
ra, em p ú rp u ra, em azul, e em linho fino, e em car­ dos, e tam bém a largura de vinte côvados; e revestiu-
m esim , e é hábil para toda a obra do buril, e para toda a de ouro fino, do peso de seiscentos talentos.
a espécie de invenções, qualquer coisa que se lhe p ro ­ 90 peso dos pregos era de cinqüenta siclos de ouro;
puser, jun tam ente com os teus peritos, e os peritos e as câm aras cobriu de ouro.
de Davi, m eu senhor, teu pai.
15Agora,pois, m eu senhor, m ande para os seus ser­ O s dois q u eru b in s
vos o trigo, a cevada, o azeite e o vinho, de que falou; ‘“Tam bém fezna casa do lugar santíssim o dois qu e­
l6E nós cortarem os ta n ta m adeira no Líbano, rubins de obra móvel, e cobriu-os de ouro.

pelo povo, apenas pelo sumo sacerdote, mas somente uma vez
A imagem dos querubins
por ano, quando entrava no recinto para ofertar.
(3.10-14)
Ao contrário, as imagens católicas sâo exibidas publicamente.
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os querubins foram co­ Deus ordenou a feitura dos querubins, mas proibiu estritamente
t locados no Santo dos santos, onde não podiam ser vistos a adoração de qualquer imagem (Êx 20.4,5).

439
2CRÔNICAS 3 ,4

11E, quanto àsasas dos querubins, o seu com prim en­ 7Fez tam bém dez castiçais de ouro, segundo a sua
to era de vinte côvados; a asa de um deles, de cinco cô- form a, e pô-los no tem plo, cinco à direita, e cinco à
vados, e tocava na parede da casa; e a outra asa de cin­ esquerda.
co côvados, e tocava na asa do outro querubim . "Também fez dez mesas, e pô-las no tem plo, cin ­
1 ^Também a asa do outro querubim era de cinco cô­ co à direita e cinco à esquerda; tam bém fez cem b a­
vados, e tocava na parede da casa; era tam bém a o u ­ cias de ouro.
tra asa de cinco côvados, que tocava na asa do o u ­ 9Fez mais o pátio dos sacerdotes, e o gran d e átrio;
tro querubim . com o tam bém as p ortas para o pátio, as quais reves­
13E as asas destes querubins se estendiam vinte cô­ tiu de cobre.
vados; e estavam postos em pé, e os seus rostos vira­ 10E pôs o m ar ao lado direito, para o lado do o rien ­
dos para a casa. te, na direção do sul.
l4Tam bém fez o véu de azul, p ú rp u ra, carm esim e 1 ‘Tam bém H irão fez as caldeiras, as pás e as bacias.
linho fino; e pôs sobre ele querubins; Assim acabou H irão de fazer a obra, que fazia para o
l5Fez tam bém , diante da casa, duas colunas de trin ­ rei Salomão, na casa de Deus.
ta e cinco côvados de altura; e o capitel, que estava so­ 12 As duas colunas, os globos, e os dois capitéis so­
bre cada um a, era de cinco côvados. bre as cabeças das colunas; e as duas redes, para co­
lf,Tam bém fez cadeias no oráculo, e as pôs sobre b rir os dois globos dos capitéis, que estavam sobre a
as cabeças das colunas; fez tam bém cem rom ãs, as cabeça das colunas.
quais pôs entre as cadeias. 1 ’E as quatrocentas rom ãs para as duas redes; duas
I7E levantou as colunas diante do tem plo, u m a à di­ carreiras de rom ãs para cada rede, para cobrirem os
reita, e o u tra à esquerda; e cham ou o nom e da que dois globos dos capitéis que estavam em cim a das
estava à direita Jaquim, e o nom e da que estava à es­ colunas.
querda Boaz. 14Tam bém fez as bases; e as pias pôs sobre as bases;
1 'U m mar, e os doze bois debaixo dele;
O altar e o m a r de bronze 1 ''Sem elhantem ente as caldeiras, as pás, os garfos e
TAMBÉM fez um altar de m etal, de vinte côva­ todos os seus utensílios, fez H irão Abiú ao rei Salo­
4 dos de com prim ento, de vinte côvados de largu­
ra e de dez côvados de altura.
m ão, para a casa do Se n h o r , de cobre polido.
17Na cam pina do Jordão os fundiu o rei, n a terra ar­
2Fez tam bém o m ar de fundição, de dez côvados gilosa, entre Sucote e Zeredá.
de u m a borda até a outra, redondo, e de cinco côva­ I8E fez Salom ão todos estes objetos em grande
dos de altura; cingia-o ao redor um cordão de trin ­ abundância, que não se podia averiguar o peso do
ta côvados. cobre.
JE p o r baixo dele havia figuras de bois, que cingiam |qFez tam bém Salomão todos os objetos que eram
o m ar ao redor, dez em cada côvado, contornando- para a casa de D eus, com o tam bém o altar de ouro,
o; e tinha duas fileiras de bois, fundidos ju n ta m e n ­ e as mesas, sobre as quais estavam os pães da p ro ­
te com o mar. posição.
4E o m ar estavaposto sobre doze bois; três que olha­ 20E os castiçais com as suas lâm padas de o u ro fi­
vam para o norte, três que olhavam para o ocidente, níssim o, p ara as acenderem segundo o costum e, p e­
três que olhavam para o sul e três que olhavam para o rante o oráculo.
oriente; e o m ar estava posto sobre eles; e as suas p ar­ 21E as flores, as lâm padas e os espevitadores eram de
tes posteriores estavam todas para o lado de dentro. ouro, do m ais finíssimo ouro.
5£ tinha um palm o degrossura, e asua borda foi fei­ 22C om o tam b ém os apagadores, as bacias, as co ­
ta com o a borda de um copo, ou como um a flor-de- lheres e os incensários de o u ro finíssimo; e q u a n ­
lis, da capacidade de três mil batos. to à en trad a da casa, as suas portas de den tro do lu ­
gar santíssim o, e as p ortas da casa do tem plo, eram
Vários utensílios do tem plo de ouro.
“T am bém fez dez pias; e pôs cinco à direita e cinco à
esquerda, para lavarem nelas; o que pertencia ao h o ­ ASSIM se acabou to d a a obra que Salomão fez
locausto o lavavam nelas; porém o m ar era para que para a casa do Se n h o r ; então trouxe Salomão as
os sacerdotes se lavassem nele. coisas que seu pai Davi havia consagrado, a prata, o

440
2CRÔNICAS 5,6

ouro e todos os objetos, e pô-los entre os tesouros l4E os sacerdotes não po d iam perm anecer em pé,
da casa de Deus. para m inistrar, p o r causa d a nuvem ; porque a glória
do S enhor encheu a casa de Deus.
A arca é levada para o santuário do tem plo
“Então Salomão congregou em Jerusalém os an­ Salom ão abençoa o povo e louva a D eus
ciãos de Israel, e todos os chefes das tribos, os che­ ENTÃO falou Salomão: O S en h o r disse que h a­
fes dos pais entre os filhos de Israel, para fazerem su­
bir a arca da aliança do S enhor , da cidade de Davi,
6 bitaria nas trevas.
2E eu te tenho edificado um a casa para m orada, e
queéSião. um lugar para a tu a eterna habitação.
3E todos os hom ens de Israel se congregaram ao rei 3Então o rei virou o seu rosto, e abençoou a toda a
na ocasião da festa, que foi no sétim o mês. congregação de Israel, e toda a congregação de Isra­
4E vieram todos os anciãos de Israel; e os levitas le­ el estava em pé.
vantaram a arca. 4E ele disse: Bendito seja o S en h o r D eus de Israel,
5E fizeram subir a arca, e a tenda da congregação, que falou pela sua boca a Davi m eu pai; e pelas suas
com todos os objetos sagrados, que estavam na te n ­ m ãos o cum priu, dizendo:
da; os sacerdotes e os levitas os fizeram subir. 5Desde o dia em que tirei a m eu povo da te rra do
6Então o rei Salomão e toda a congregação de Isra­ Egito, não escolhi cidade algum a de todas as tribos
el, que se tinha reunido com ele diante da arca, sacri­ de Israel, para edificar nela um a casa em que estives­
ficaram carneiros e bois, que não se podiam contar, se o m eu nom e; nem escolhi hom em algum para ser
nem num erar, p o r causa da sua abundância. líder do m eu povo, Israel.
7A ssim tr o u x e r a m o s s a c e rd o te s a a r c a d a a lia n ç a d o 6Porém escolhi a Jerusalém p ara que ali estivesse o
S enhor a o s e u lu g a r, a o o r á c u lo d a c asa, a o l u g a r s a n ­ m eu nom e; e escolhi a Davi, para que estivesse sobre
tís sim o , até d e b a ix o d a s a sa s d o s q u e r u b in s . o m eu povo Israel.
“Porque os querubins estendiam am bas as asas so­ 7Tam bém Davi m eu pai teve no seu coração o edifi­
bre o lugar da arca, e os q u erubins cobriam , por car um a casa ao nom e do S enhor Deus de Israel.
cima, a arca e os seus varais. 8Porém o S enhor disse a Davi, m eu pai: P orquan­
9Então os varais sobressaíam para que as pontas dos to tiveste no teu coração o edificar um a casa ao m eu
varais da arca se vissem perante o oráculo, mas não se nom e, bem fizeste de ter isto no teu coração.
vissem de fora; e ali tem estado até ao dia de hoje. 9C o n tu d o tu não edificarás a casa, m as teu filho,
l0Na arca não havia coisa algum a senão as duas tá ­ que há de proceder de teus lom bos, esse edificará a
buas, que Moisés tinha posto em H orebe, quando casa ao m eu nom e.
o S enhor fez aliança com os filhos de Israel, saindo l0Assim confirm ou o S enhor a sua palavra, que fa­
eles do Egito. lou; p o rq u e eu m e levantei em lugar de Davi m eu
11E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário pai, e m e assentei sobre o tro n o de Israel, com o o
(porque todos os sacerdotes, que ali se acharam , se S enhor disse, e edifiquei a casa ao nom e do S enhor
santificaram , sem respeitarem as suas turm as, Deus de Israel.
12E os levitas, que eram cantores, todos eles, de Asa- 1 'E p u s nela a arca, em que está a aliança que o Se­
fe, de Hem ã, de Jedutum , de seus filhos e de seus ir­ n h o r fez com os filhos de Israel.

mãos, vestidos de linho fino, com címbalos, com sal­


térios e com harpas, estavam e m p é p a ra o oriente do A oração d e Salom ão
altar; e com eles até cento e vinte sacerdotes, que to ­ 12E pôs-se em pé, p eran te o altar do S enhor , n a p re­
cavam as trom betas). sença de toda a congregação de Israel, e estendeu as
1 ’E aconteceu que, quando eles uniform em ente to ­ suas mãos.
cavam as trom betas, e cantavam , para fazerem ouvir ’’P orque Salom ão tin h a feito um a plataform a de
um a só voz, bendizendo e louvando ao S en h o r ; e le­ metal, de cinco côvados de com prim ento, de cinco
vantando eles a voz com trom betas, cím balos, e ou­ côvados de largura e de três côvados de altura, e a ti­
tros instrum entos musicais, e louvando ao S enhor , nha posto no meio do pátio, e pôs-se em pé sobre ela,
dizendo: Porque ele é bom , porque a sua benignida­ e ajoelhou-se em presença de toda a congregação de
de dura para sem pre, então a casa se encheu de uma Israel, e estendeu as suas m ãos p ara o céu.
nuvem , a saber, a casa do S en h o r ; 14E disse: Ó S enhor D eus de Israel, não há Deus se­

441
2CRÔNICAS 6

m elhante a ti, nem nos céus nem na terra; que guar­ 2<>Q uan d o os céus se fecharem , e não houver chu­
das a aliança e a beneficência aos teus servos que ca­ va, po r terem pecado contra ti, e orarem neste lugar,
m in h am perante ti de todo o seu coração. e confessarem teu nom e, e se converterem dos seus
l5Q ue guardaste ao teu servo Davi, m eu pai, o que pecados, q u an d o tu os afligires,
lhe falaste; porque tu pela tua boca o disseste, e pela 27Então, ouve tu desde os céus, e perdoa o pecado
tu a m ão o cum priste, com o se vê neste dia. de teus servos, e do teu povo Israel, ensinando-lhes
16Agora, pois, Se n h o r D eus de Israel, guarda ao teu o bom cam inho, em que andem ; e dá chuva sobre a
servo Davi, m eu pai, o que falaste, dizendo: N unca tu a terra, que deste ao teu povo em herança.
hom em algum será cortado de diante de m im , que 2sQ uan d o houver fom e na terra, q u an d o houver
se assente sobre o tro n o de Israel; tão som ente que peste, q uando houver queim a de seara, o u ferrugem ,
teus filhos guardem seu cam inho, andando na m i­ gafanhotos, ou lagarta, cercando-a algum dos seus
n h a lei, com o tu andaste diante de m im . inim igos nas terras das suas portas, ou q u an d o h o u ­
17E agora, S enhor D eus de Israel, cum pra-se a tua ver qualquer praga, ou qualquer enferm idade,
palavra, que disseste ao teu servo Davi. “T o d a a oração, e toda a súplica, que qualquer h o ­
18Mas, na verdade, habitará Deus com os hom ens m em fizer, o u to d o o teu povo Israel, conhecendo
na terra? Eis que os céus, e o céu dos céus, não te p o ­ cada um a sua praga, e a sua dor, e estendendo as suas
dem conter, quanto m enos esta casa que tenho edi­ m ãos para esta casa,
ficado? 30Então, ouve tu desde os céus, do assento da tu a
19A tende, pois, à oração do teu servo, e àsua súplica, habitação, e perdoa, e dá a cada u m conform e a to ­
ó S enhor m eu Deus; para ouvires o clamor, e a o ra­ dos os seus cam inhos, segundo conheces o seu co­
ção, que o teu servo faz perante ti. ração (pois só tu conheces o coração dos filhos dos
20Q ue os teus olhos estejam dia e noite abertos so­ hom ens),
bre este lugar, de que disseste que ali porias o teu 31A fim de que te tem am , para andarem nos teus ca­
nom e; p ara ouvires a oração que o teu servo orar m inhos, todos os dias que viverem na terra que des­
neste lugar. te a nossos pais.
2lOuve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo 32Assim tam bém ao estrangeiro, qu e não for do teu
Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da povo Israel, q u an d o vier de terras rem otas p o r am o r
tu a habitação, desde os céus; ouve pois, e perdoa. do teu grande nom e, e da tua poderosa mão, e do teu
22Q uan do alguém pecar contra o seu próxim o, e braço estendido, v indo eles e o ran d o nesta casa;
lhe im puser juram ento de m aldição, fazendo-o ju ­ 33Então, ouve tu desde oscéus, do assento da tu a h a­
rar, e o ju ram en to de m aldição vier perante o teu al­ bitação, e faze conform e a tu d o o que o estrangeiro te
tar, nesta casa, suplicar; a fim de que todos os povos da terra conhe­
230 u v e tu, então, desde os céus, e age e julga a teus çam o teu nom e, e te tem am , com o o teu povo Isra­
servos, condenando ao ím pio, retrib u in d o o seu el; e a fim de saberem que pelo teu no m e é cham ada
proceder sobre a sua cabeça; e justificando ao justo, esta casa que edifiquei.
dando-lhe segundo a sua justiça. ,4Q u an d o o teu povo sair à guerra co n tra os seus
24Q uan do tam bém o teu povo Israel for ferido inim igos, pelo cam inho que os enviares, e orarem a ti
diante do inim igo, por ter pecado contra ti, e eles se para o lado desta cidade que escolheste, e desta casa,
converterem , e confessarem o teu nom e, e orarem e que edifiquei ao teu nom e,
suplicarem perante ti nesta casa, ^O uve, então, desde os céus a sua oração, e a sua sú­
25Então, ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados plica, e faze-lhes justiça.
d o teu povo Israel; e to rn a a levá-los à terra que lhes '"Q u an d o pecarem contra ti (pois não há hom em
tens dado e a seus pais. que não peque), e tu te indignares contra eles, e os

Quando pecarem contra ti


(6.36) humano: deixam claro que não existe homem que não peque (v.
36) e mostram que aqueles que dizem não ter pecado estão ape­
cTb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A logosofia ensina que, nas enganando-se a si mesmos: "Se confessarmos os nossos pe­
U para que a redenção seja um fato, é essencial não se co­ cados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purifi­
meter mais faltas, não acumular mais culpas ou dívidas. Mas as car de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo
Escrituras são extremamente realistas em sua avaliação do ser mentiroso, e a sua palavra não está em nós (Jo 1.9,10).

442
2CRÔNICAS 6,7

entregares diante do inimigo, para que os que os cati­ "E Salom ão santificou o m eio do átrio, que esta­
varem os levem em cativeiro para algum a terra, re­ va diante da casa do Se n h o r ; po rq u an to ali tin h a ele
m ota ou vizinha, oferecido os holocaustos e a g ordura dos sacrifícios
,7E na terra, para onde forem levados em cativeiro, pacíficos; p orque no altar de m etal, que Salomão ti­
caírem em si, e se converterem , e na terra do seu ca­ nha feito, não podia caber o holocausto, e a oferta de
tiveiro, a ti suplicarem , dizendo: Pecamos, perversa­ alim entos, e a gordura.
m ente procedem os e im piam ente agimos; 8E, assim, naquele m esm o tem p o celebrou Salo­
38E se converterem a ti com to d o o seu coração e m ão a festa p o r sete dias e todo o Israel com ele, um a
com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que grande congregação, desde a en trad a de H am ate, até
os levaram presos, e orarem para o lado da sua terra, ao rio do Egito.
que deste a seus pais, e para esta cidade que escolhes­ 9E no dia oitavo realizaram u m a assembléia solene;
te, e para esta casa que edifiquei ao teu nom e, porque sete dias celebraram a consagração do altar,
39Ouve, então, desde os céus, do assento da tua ha­ e sete dias a festa.
bitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o 10E no dia vigésimo terceiro do sétim o mês, despe­
seu direito; e perdoa ao teu povo que houver peca­ diu o povo para as suas tendas, alegres e de b o m âni­
do contra ti. mo, pelo bem que o Se n h o r tin h a feito a Davi, e a Sa­
■“ Agora, pois, ó meu Deus, estejam os teus olhos aber­ lom ão, e a seu povo Israel.
tos, e os teus ouvidos atentos à oração deste lugar.
41Levanta-te, pois, agora, Se n h o r Deus, para o teu D eus aparece a Salom ão
repouso, tu e a arca da tua fortaleza; os teus sacerdo­ “ Assim Salom ão acab o u a casa do S e n h o r , e a
tes, ó Se n h o r Deus, sejam vestidos de salvação, e os casa do rei, e tu d o q u an to Salom ão in te n to u fa­
teus santos se alegrem do bem . zer na casa do S e n h o r e na sua casa p ro sp eram en ­
42Ó Se n h o r D eus, não faças v irar o rosto d o teu te o efetuou.
ungido; lem bra-te das m isericórdias de Davi teu 12E o Se n h o r apareceu de noite a Salomão, e disse-
servo. lhe: Ouvi a tu a oração, e escolhi para m im este lugar
p ara casa de sacrifício.
A glória de D eus aparece 1 'Se eu fechar os céus, e não houver chuva; o u se o r­
E ACABANDO Salomão de orar, desceu o fogo denar aos gafanhotos que consum am a terra; o u se
7 do céu, e consum iu o holocausto e os sacrifícios;
e a glória do S e nho r encheu a casa.
enviar a peste entre o m eu povo;
14E se o m eu povo, que se cham a pelo m eu nom e, se
2E os sacerdotes não podiam en trar na casa do Se­ hum ilhar, e orar, e buscar a m inha face e se converter
n h o r , porque a glória do Se n h o r tinha enchido a casa dos seus m aus cam inhos, então eu ouvirei dos céus, e
do Senhor . perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
3E todos os filhos de Israel vendo descer o fogo, e a 15Agora estarão abertos os m eus olhos e atentos os
glória do Se n h o r sobre a casa, encurvaram -se com o m eus ouvidos à oração deste lugar.
rosto em terra sobre o pavim ento, e adoraram e lou­ l6Porque agora escolhi e santifiquei esta casa, para
varam ao Senhor , dizendo: P orque ele é bom , porque que o m eu no m e esteja nela perpetuam ente; e nela
a sua benignidade dura para sempre. estarão fixos os m eus olhos e o m eu coração todos
4E o rei e todo o povo ofereciam sacrifícios peran ­ os dias.
te o Senho r . I7E, q u an to a ti, se andares d ian te de m im , com o
5E o rei Salomão ofereceu sacrifícios de bois, vinte e andou Davi teu pai, e fizeres conform e a tu d o o que
dois mil, e de ovelhas, cento e vinte mil; e o rei e todo te ordenei, e guardares os m eus estatutos e os m eus
o povo consagraram a casa de Deus. juízos,
6E os sacerdotes, serviam em seus ofícios; com o l8Tam bém confirm arei o tro n o do teu reino, con­
tam bém os levitas com os instrum entos m usicais form e a aliança que fiz com Davi, teu pai, dizendo:
do Senho r , que o rei Davi tinha feito, para louvarem N ão te faltará sucessor que do m in e em Israel.
ao Senho r , p o rqueasua benignidade dura para sem ­ l9Porém se vós vos desviardes, e deixardes os m eus
pre, quando Davi o louvava pelo m inistério deles; e estatutos, e os m eus m an d am en to s, que vos tenho
os sacerdotes tocavam as trom betas d iante deles, e proposto, e fordes, e servirdes a o u tro s deuses, e vos
to d o o Israel estava em pé. prostrardes a eles,

443
2CRÔNICAS 7 ,8 ,9

20Então os arrancarei da m inha terra que lhes dei, e As ofertas d e Salom ão


lançarei da m inha presença esta casa que consagrei 12Então Salomão ofereceu holocaustos ao S enhor ,
ao m eu nom e, e farei com que seja p o r provérbio e sobre o altar do S en h or , que tin h a edificado d ian ­
m otejo entre todos os povos. te do pórtico,
21E desta casa, que é tão exaltada, qualquer que pas­ 13E isto segundo a ordem de cada dia, fazendo ofer­
sar p o r ela se espantará e dirá: Por que fez o S enhor tas conform e o m an d am en to de Moisés, nos sába­
assim com esta terra e com esta casa? dos e nas luas novas, e nas solenidades, três vezes no
22E dirão: P orque deixaram ao S enhor D eus de seus ano; na festa dos pães ázimos, n a festa das semanas,
pais, que os tiro u da terra do Egito, e se deram a o u ­ e na festa das tendas.
tros deuses, e se p rostraram a eles, e os serviram ; por 14Tam bém, conform e à ordem de Davi seu pai, d e­
isso ele trouxe sobre eles to d o este mal. signou as tu rm as dos sacerdotes para seus m inis­
térios, com o tam bém as dos levitas acerca dos seus
Salom ão edifica cidades cargos, para louvarem e m inistrarem d iante dos sa­
E SUCEDEU, ao fim de vinte anos, nos quais cerdotes, segundo o que estava o rdenado p ara cada
8 Salomão edificou a casa do Senhor, e a sua p ró ­
pria casa,
dia, e os p orteiros pelas suas tu rm as a cada p o rta;
porqu e assim tin h a m and ad o Davi, o ho m em de
2Q ue Salomão edificou as cidades que H irão lhe ti­ Deus.
n h a dado; e fez habitar nelas os filhos de Israel. ' ’E não se desviaram do m an d ad o do rei aos sa­
3Depois foi Salomão a H am ate-Zobá, e a tom ou. cerdotes e levitas, em negócio n en h u m , n em acer­
4Tam bém edificou a T adm or no deserto, e todas as ca dos tesouros.
cidades de provisões, que edificou em Ham ate. ' 6Assim se p reparou toda a o bra de Salomão, desde
5Edificou tam bém a alta B ete-H orom , e a baixa o dia da fundação da casa do S enhor , até se acabar; e
Bete-H orom ; cidades fortes, com m uros, portas e assim se concluiu a casa do S enhor .
ferrolhos; 17E ntão foi Salom ão a Eziom -G eber, e a Elote, à
6C om o tam bém a Baalate, e todas as cidades de praia do mar, na terra de Edom.
provisões, que Salomão tinha, e todas as cidades I8E enviou-lhe H irão, por m eio de seus servos, n a­
dos carros e as cidades dos cavaleiros; e tu d o q u an ­ vios, e servos práticos do mar, e foram com os ser­
to, conform e ao seu desejo, Salom ão quis edificar vos de Salomão a Ofir, e tom aram de lá quatro cen ­
em Jerusalém, e n o Líbano, e em toda a terra do seu tos e cinqüenta talentos de ouro; e os trouxeram ao
dom ínio. rei Salomão.

Salom ão fa z tributários os heteus A rainha d e Sabá vem ver a Salom ão


7Q u an to a to d o o povo, que tin h a ficado dos he­ E O U V IN D O a rainha de Sabá a fam a de Salo­
teus, am orreus, perizeus, heveus e jebuseus, que não
eram de Israel,
9 m ão, veio a Jerusalém, para prová-lo com ques­
tões difíceis, com um grande séquito, e com cam e­
“Dos seus filhos, que ficaram depois deles na terra, los carregados de especiarias; o u ro em abundância
os quais os filhos de Israel não destruíram , Salomão e pedras preciosas; e foi a Salomão, e falou com ele
os fez tributários, até ao dia de hoje. de tu d o o que tin h a n o seu coração.
‘'Porém , dos filhos de Israel, Salom ão não fez ser­ 2E Salomão lhe respondeu a todas as suas questões;
vos para sua obra (m as eram hom ens de guerra, che­ e não houve nada que não lhe pudesse esclarecer.
fes dos seus capitães, e capitães dos seus carros e ca­ 3Vendo, pois, a rain h a de Sabá a sabedoria de Salo­
valeiros), mão, e a casa que edificara;
"'Destes, pois, eram os chefes dos oficiais que o rei 4E as ig u a ria s d a s u a m e s a , o a s s e n ta r d o s se u s s e r­
Salomão tinha, duzentos ecinqüenta, que presidiam v o s, o e s ta r d o s se u s c ria d o s , e a s v e stes d e le s; e o s se u s
sobre o povo. c o p e iro s e a s v e stes d e le s; e a s u a s u b id a p e la q u a l ele
'' E Salomão fez subir a filha de Faraó da cidade de c h e g a v a à c asa d o S enhor , e la fic o u c o m o f o ra d e si.
Davi para a casa que lhe tinha edificado; porque dis­ 5Então disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi
se: M inha m ulher não m orará na casa de Davi, rei de na m in h a terra acerca dos teus feitos e da tu a sabe­
Israel, p o rquanto santos são os lugares nos quais en ­ doria.
tro u a arca do S enhor . '’Porém n ão cria naquelas palavras, até que vim, e

444
2CRÔNICAS 9,10

m eus olhos o viram, e eis que não m e disseram a m e­ ouro, e todos os vasos da casa do bosque do Líbano,
tade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a de ouro puro; a prata reputava-se por nada nos dias
fama que ouvi. de Salomão.
7Bem -aventurados os teus hom ens, e bem -aventu­ 21Porque, indo os navios do rei com os servos de H i­
rados estes teus servos, que estão sem pre diante de rão, a Társis, voltavam os navios de Társis, um a vez
ti, e ouvem a tua sabedoria! em três anos, e traziam o u ro e prata, m arfim , b u ­
“Bendito seja o Se nho r teu Deus, que se agradou de gios e pavões.
ti para te colocar no seu tro n o com o rei para o Se ­ 22Assim excedeu o rei Salom ão a todos os reis da ter­
n h o r teu Deus; porque teu Deus am a a Israel, para ra, em riquezas e sabedoria.
estabelecê-lo perpetuam ente; po r isso te constituiu 23E todos os reis da terra buscavam a presença de
rei sobre eles para fazeres juízo e justiça. Salomão, para ouvirem a sabedoria que D eus tinha
9E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e espe­ posto no seu coração.
ciarias em grande abundância, e pedras preciosas; e 24E cada um trazia o seu presente, vasos de prata, e
nunca houve tais especiarias, quais a rainha de Sabá vasos de ouro, e roupas, arm aduras, especiarias, ca­
deu ao rei Salomão. valos e mulas; assim faziam de ano em ano.
10E tam bém os servos de H irão e os servos de Salo­ 2,Teve tam bém Salom ão q u atro m il estrebarias
mão, que de O fir tinham trazido ouro, trouxeram para os cavalos de seus carros, e doze m il cavalei­
m adeira de algum ins, e pedras preciosas. ros; e colocou-os nas cidades dos carros, e ju n to ao
1 'E, da m adeira de algum ins, o rei fez balaústres, rei em Jerusalém.
para a casa do Se nho r , e para a casa do rei, com o ta m ­ 26E dom inava sobre todos os reis, desde o rio até à
bém harpas e saltérios para os cantores, quais n u n ­ terra dos filisteus, e até ao term o do Egito.
ca dantes se viram na terra de Judá. 27Tam bém o rei fez que houvesse p rata em Jeru­
12E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tu d o q u an ­ salém com o pedras, e cedros em tanta abundância
to ela desejou, e tu d o quanto lhe pediu, m ais do que com o os sicôm oros que h á pelas cam pinas.
ela m esm a trouxera ao rei. Assim voltou e foi para a 28E do Egito e de todas aquelas terras traziam cava­
sua terra, ela e os seus servos. los a Salomão.

As riquezas e a m agnificência de Salom ão A m o rte de Salom ão


!1E o peso do ouro, que vinha em um ano a Salo­ 29O s dem ais atos de Salomão, tan to os prim eiros
m ão, era de seiscentos e sessenta e seis talentos de com o os últim os,porventura não estão escritos n o li-
ouro, vro das crônicas de Natã, o profeta, e na profecia de
u Afora o que os negociantes e m ercadores traziam ; Aias, o silonita, e nas visões de Ido, o vidente, acerca
tam bém todos os reis da Arábia, e os governadores de Jeroboão, filho de Nebate?
da m esm a terra traziam a Salomão ouro e prata. 30E reinou Salom ão em Jerusalém q uarenta anos
l5Tam bém fez o rei Salom ão duzentos paveses de sobre todo o Israel.
ouro batido; para cada pavês destinou seiscentos si­ 3 'E d o rm iu Salomão com seus pais, e o sepultaram
dos de ouro batido. na cidade de Davi seu pai; e Roboão, seu filho, rei­
16C om o tam bém trezentos escudos de ouro batido; nou em seu lugar.
para cada escudo destinou trezentos sidos de ouro; e
Salomão os pôs na casa do bosque do Líbano. A revolta de dez tribos de Israel
17Fez m ais o rei um grande tro n o de m arfim , e o re­ E FOI Roboão a Siquém , porque todo o Is­
vestiu de ouro puro. rael se reu n ira ali, para fazê-lo rei.
18E o tro n o tinha seis degraus, e um estrado de ouro, 2Sucedeu que, ouv in d o -o Jeroboão, filho de N eba­
que eram ligados ao trono, e encostos de am bos os te (o qual estava então no Egito para onde fugira da
lados no lugar do assento; e dois leões estavam ju n ­ presença do rei Salom ão), voltou do Egito,
to aos encostos. 3Porque enviaram a ele, e o cham aram ; e vieram , Je­
l9E doze leões estavam ali de am bos os lados, so­ roboão e to d o o Israel, e falaram a Roboão dizendo:
bre os seis degraus; outro tal não se fez em n enhum 4Teu pai fez d u ro o nosso jugo; agora, pois, alivia tu
reino. a d ura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos
2l>Tam bém todas as taças do rei Salom ão eram de im pôs, e nós te servirem os.

445
2CRÔNICAS 10,11

5E ele lhes disse: D aqui a três dias voltai a m im . En­ 19Assim se rebelaram os israelitas co n tra a casa de
tão o povo se foi. Davi, até ao dia de hoje.
6E to m o u Roboão conselho com os anciãos, que
estiveram perante Salom ão seu pai, enquanto vi­ D eus -proíbe fa z e r guerra contra as d ez tribos
1 VINDO, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu,
veu, dizendo: C om o aconselhais vós que se respon­
da a este povo?
7E eles lhe falaram , dizendo: Se te fizeres benigno
1 X da casa de Judá e Benjam im , cento e o iten ­
ta mil escolhidos, destros na guerra, p ara pelejarem
e afável para com este povo, e lhes falares boas pala­ contra Israel, e p ara restituírem o reino a Roboão.
vras, todos os dias serão teus servos. 2Porém a palavra do Se n h o r veio a Semaías, h o ­
*Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe de­ m em de Deus, dizendo:
ram ; e to m o u conselho com os jovens, que haviam ’Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a
crescido com ele, e estavam perante ele. todo o Israel, em Judá e Benjamim, dizendo:
9E disse-lhes: Q ue aconselhais vós, que responda­ 4Assim diz o Se n h o r : N ão subireis, nem pelejareis
m os a este povo, que m e falou, dizendo: Alivia o jugo contra os vossos irm ãos; volte cada um à sua casa;
que teu pai nos impôs? porque de m im proveio isto. E ouviram as palavras
I0E os jovens, que com ele haviam crescido, lhe fa­ do Senho r , e desistiram de ir contra Jeroboão.
?E Roboão hab ito u em Jerusalém; e para defesa,
laram , dizendo: Assim dirás a este povo, que te falou:
edificou cidades em Judá.
Teu pai agravou o nosso jugo, tu porém alivia-nos;
hEdificou, pois, a Belém, a Etã, e a Tecoa,
assim, pois, lhe falarás: O m eu dedo m ínim o é mais
7E a Bete-Zur, a Socó, a Adulão,
grosso do que os lom bos de m eu pai.
SE a Gate, a M aressa, a Zife,
1 'Assim que, se m eu pai vos carregou de um jugo
9E a A doraim , a Laquis, e a Azeca,
pesado, eu ainda aum entarei o vosso jugo; m eu pai
l0E a Zorá, a Aijalom, e a H ebrom , que estavam em
vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei
Judá e em Benjam im ; cidades fortes.
com escorpiões.
1 'E fortificou estas fortalezas e pôs nelas capitães, e
12 Veio, pois, Jeroboão, e todo o povo, ao terceiro dia,
arm azéns de víveres, de azeite, e de vinho.
a Roboão, com o o rei havia ordenado, dizendo: Vol­
12E pôs em cada cidade paveses e lanças; fortifi­
tai a m im ao terceiro dia.
cou-as grandem ente;-e Judá e Benjam im pertence­
13E o rei lhes respondeu asperam ente; porque o rei
ram -lhe.
Roboão deixara o conselho dos anciãos.
I4E falou-lhes conform e o conselho dos jovens, di­ Todos os q u e ten tem a D eus vêm a Jerusalém
zendo: M eu pai agravou o vosso jugo, porém eu o l3T am bém os sacerdotes e os levitas, q u e havia
aum entarei mais; m eu pai vos castigou com açoites, em todo o Israel, se reu n iram a ele de to d o s os seus
porém eu vos castigarei com escorpiões. term os.
' ’Assim o rei não deu ouvidos ao povo, porque esta 14P orque os levitas deixaram os seus arrabaldes, e a
m u d an ça vinha de Deus, para que o Sen h o r confir­ sua possessão, e vieram a Judá e a Jerusalém, porque
m asse a sua palavra, a qual falara pelo m inistério de Jeroboão e seus filhos os lançaram fora p ara que não
Aias, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate. m inistrassem ao Se nho r .
l6Vendo, pois, todo o Israel, que o rei não lhe dava ,5E ele co n stitu iu para si sacerdotes, p ara os altos,
ouvidos, to rn o u -lh e o povo a responder, dizendo: para os dem ônios, e para os bezerros, que fizera.
Q ue p arte tem os nós com Davi? Já não temos heran - 16D epois desses tam bém , de todas as tribos de Isra­
ça no filho de Jessé. C ada um à sua tenda, ó Israel! el, os que deram o seu coração a buscarem ao Se n h o r
O lha agora pela tua casa, ó Davi. Assim todo o Isra­ Deus de Israel, vieram a Jerusalém, p ara oferecerem
el se foi para as suas tendas. sacrifícios ao S enho r Deus de seus pais.
17Porém, quanto aos filhos de Israel, que habitavam 17Assim fortaleceram o reino de Judá e corrobora­
nas cidades de Judá, sobre eles reinou Roboão. ram a Roboão, filho de Salomão, por três anos; porque
‘“Então o rei Roboão enviou a H adorão, que tinha três anos andaram no cam inho de Davi e Salomão.
cargo dos tributos; porém os filhos de Israel o ape­ ,8E R oboão to m o u p ara si, p o r m ulher, a M aalate,
drejaram , e ele m orreu. Então o rei Roboão se esfor­ filha de Jerim ote, filho de Davi; e Abiail, filha de Elia-
çou p ara subir ao seu carro, e fugiu para Jerusalém. be, filho de Jessé.

446
2CRÔNICAS 11,12,13

l9A qual lhe deu filhos: Jeús, Sam arias e Zaã. 1 ‘E todas as vezes que o rei entrava n a casa do Se ­
20E depois dela to m o u a Maaca, filha de Absalão; n h o r , vinhamos d a guarda, e os levavam; depois to r­
esta lhe deu Abias, Atai, Ziza e Selomite. navam a pô-los n a câm ara d a guarda.
21E am ava Roboão m ais a Maaca, filha de Absalão, 12E hum ilhando-se ele, a ira do Se n h o r se desviou
do que a todas as suas outras m ulheres e concubi­ dele, p ara que não o destruísse de todo; p orque em
nas; p orque ele tin h a tom ad o dezoito m ulheres, e Judá ainda havia boas coisas.
sessenta concubinas; e gerou vinte e oito filhos, e l3Fortificou-se, pois, o rei Roboão em Jerusalém, e
sessenta filhas. reinou; porque Roboão era da idade de quarenta e
22E R oboão designou Abias, filho de M aaca, para um anos, quando com eçou a reinar; e reinou dezes­
ser chefe e líder entre os seus irm ãos, porque que­ sete anos em Jerusalém, a cidade que o Se nho r esco­
ria fazê-lo rei. lheu, dentre todas as tribos de Israel, para pôr ali o seu
23E usou de prudência, e de todos os seus filhos, al­ nome; e era o nom e de sua m ãe Naamá, amonita.
guns espalhou por todas as terras de Judá, e Benja­ I4E fez o que era m au; p o rq u an to não preparou o
m im , p o r todas as cidades fortes; e deu-lhes víveres seu coração para buscar ao Senho r .
em abundância; e lhes p ro cu ro u m uitas mulheres. is O s atos, pois, de Roboão, assim os prim eiros,

com o os últim os, porventura não estão escritos nos


Deus castiga Roboão por causa da idolatria livros de Semaías, o profeta, e de Ido, o vidente, na
1 ^ SUCEDEU que, havendo Roboão confir- relação das genealogias? E houve guerras entre Ro­
J . m d m ado o reino, e havendo-se fortalecido, boão e Jeroboão em todos os seus dias.
deixou a lei do Se nho r , e com ele todo o Israel. ,6E Roboão d o rm iu com seus pais, e foi sepulta­
2E sucedeu que, no quinto ano do rei Roboão, Sisa- do na cidade de Davi; e Abias, seu filho, rein o u em
que, rei do Egito, subiu contra Jerusalém (porque ti­ seu lugar.
nham transgredido contra o Se n h o r )
’C om mil e duzentos carros e com sessenta m il ca­ A bias reina e peleja contra Jeroboão
valeiros; e era inum erável o povo que vinha com ele 1 ^ N O ano décim o oitavo do rei Jeroboão,
do Egito, de líbios, suquitas e etíopes. J . J Abias com eçou a reinar sobre Judá.
4E to m o u as cidades fortificadas, que Judá tinha; e 2Três anos reinou em Jerusalém; e era o nom e de sua
chegou até Jerusalém. m ãe Micaía, filha de Uriel de Gibeá; e houve guerra
5Então veio Semaías,o profeta, a Roboão e aos p rín ­ entre Abias e Jeroboão.
cipes de Judá que se aju n taram em Jerusalém po r 3E Abias o rd en o u a peleja com u m exército de va­
causa de Sisaque, e disse-lhes: Assim diz o Se n h o r : lentes guerreiros, quatro cen to s m il h o m en s esco­
Vós m e deixastes a m im , p o r isso tam bém eu vos dei­ lhidos; e Jeroboão dispôs co n tra ele a batalha com
xei n a m ão de Sisaque. oitocentos m il h om ens escolhidos, todos hom ens
6Então se hum ilharam os príncipes de Israel, e o rei, corajosos.
e disseram: O Se nho r Ajusto. 4E pôs-se Abias em pé em cim a do m o n te de Zem a-
7Vendo, pois, o Se n h o r que se hum ilhavam , veio raim , que está na m o n ta n h a de Efraim, e disse: O uvi-
a palavra do Se n h o r a Semaías, dizendo: H um ilha­ me, Jeroboão e todo o Israel:
ram-se, não os destruirei; antes em breve lhes darei *Porventura n ão vos convém saber que o S enho r
algum socorro, para que o m eu furor não se derram e D eus de Israel deu p ara sem pre a Davi a sobera­
sobre Jerusalém, p o r m ão de Sisaque. nia sobre Israel, a ele e a seus filhos, por um a alian­
8Porém serão seus servos; para que conheçam a di­ ça de sal?
ferença da m inha servidão e da servidão dos reinos 6C o n tu d o levantou-se Jeroboão, filho de N ebate,
da terra. servo de Salom ão, filho de Davi, e se rebelou co n ­
9Subiu, pois, Sisaque, rei do Egito, contra Jerusa­ tra seu senhor.
lém, e to m o u os tesouros da casa do Se nho r , e os te­ 7E ajuntaram -se a ele hom ens vadios, filhos de Be-
souros da casa do rei; levou tudo; tam bém to m o u os lial; e fortificaram -se contra Roboão, filho de Salo­
escudos de ouro, que Salomão fizera. m ão, sendo Roboão ainda jovem , e tern o de coração,
1UE fez o rei Roboão em lugar deles escudos de co­ e não lhes podia resistir.
bre, e os entregou na m ão dos chefes da guarda, que 8E agora julgais que podeis resistir ao reino do Se­
guardavam a p o rta da casa do rei. n h o r , que está na m ão dos filhos de Davi, visto que

447
2CRÔNICAS 13,14

sois uma grande m ultidão, e tendes convosco os be- com os lugares da sua jurisdição, e a Jesana com os
zerror de ouro que Jeroboão vos fez para deuses. lugares da sua jurisdição, e a Efrom com os lugares
9N ão lançastes vós fora os sacerdotes do Senhor , os da sua jurisdição.
filhos de Arão, e os levitas, e não fizestes para vós sacer­ 20E Jeroboão não recobrou m ais o seu p o d er nos
dotes, com o os povos das outras terras? Q ualquer que dias de Abias; po rém o Se n h o r o feriu, e m orreu.
vem a consagrar-se com um novilho e sete carneiros 21 Abias, porém , se fortificou, e to m o u para si ca­
logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses. torze m ulheres, e gerou vinte e dois filhos e dezes­
“’Porém , q u an to a nós, o Se n h o r é nosso Deus, e seis filhas.
n u n ca o deixam os; e os sacerdotes que m inistram 22O s dem ais atos de Abias, tan to os seus cam inhos
ao Se n h o r são filhos de Arão, e os levitas se ocupam com o as suas palavras, estão escritos na história do
na sua obra. profeta Ido.
"E q u eim am ao Se n h o r cada m anhã e cada ta r­
de holocaustos, incenso arom ático, com os pães da Asa reina
proposição sobre a mesa pura, e o candelabro de E ABIAS d o rm iu com seus pais, e o sepulta­
ouro, e as suas lâm padas para se acenderem cada tar­
de, p orque nós tem os cuidado do serviço do S enho r
M ram na cidade de Davi, e Asa, seu filho, rei­
nou em seu lugar; nos seus dias esteve a terra em paz
nosso Deus; porém vós o deixastes. dez anos.
12E eis que D eus está conosco, à nossa frente, com o 2E Asa fez o que era b om e reto aos olhos do Se n h o r
tam bém os seus sacerdotes, tocando com as tro m ­ seu Deus.
betas, para dar alarm e contra vós. Ó filhos de Isra­ ’Porque tiro u os altares dos deuses estranhos, e os
el, não pelejeis contra o S e n h o r Deus de vossos pais; altos; e quebrou as imagens, e co rto u os bosques.
porque não prosperareis. 4E m an d o u a Judá que buscasse ao Se n h o r D eus de
11 Mas Jeroboão arm ou um a em boscada, para dar seus pais, e que observasse a lei e o m andam ento.
sobre eles pela retaguarda; de m aneira que estavam 'T am bém tiro u de todas as cidades de Judá os altos
em frente de Judá e a em boscada por detrás deles. e as imagens; e sob ele o reino esteve em paz.
l4Então Judá olhou, e eis que tinham que pelejar '’E edificou cidades fortificadas em Judá; p orque a
p o r diante e por detrás; então clam aram ao Se n h o r ; terra estava quieta, e não havia guerra contra ele n a­
e os sacerdotes tocaram as trom betas. queles anos; p o rq u an to o Se n h o r lhe dera repouso.
1 ^E os hom ens de Judá gritaram ; e sucedeu que, gri­ :Disse, pois, a Judá: Edifiquem os estas cidades, e
tando os hom ens de Judá, D eus feriu a Jeroboão e a cerquem o-las de m u ro s e torres, p ortas e ferrolhos,
to d o o Israel diante de Abias e de Judás. enquanto a terra ainda é nossa, pois buscam os ao Se­
I6E os filhos de Israel fugiram de diante de Judá; e n h o r nosso Deus; buscam o-lo, e deu -n o s repouso

D eus os entregou na sua mão. de todos os lados. Edificaram , pois, e prosperaram .


17D e m aneira que Abias e o seu povo fizeram g ran ­ “T inha Asa um exército de trezentos m il de Judá,
de m atança entre eles; porque caíram feridos de Is­ que traziam pavês e lança; e duzentos e oitenta mil
rael q uinhentos mil hom ens escolhidos. de B enjam im , que traziam escudo e atiravam com
18E foram hum ilhados os filhos de Israel naq u e­ arco; to d o s estes eram h om ens valentes.
le tem po; e os filhos de Judá prevaleceram , p orque
confiaram n o Se n h o r Deus de seus pais. Vitórias sobre os etíopes
,9E Abias perseguiu Jeroboão; e tom ou-lhe a Betei 9E Zerá, o etíope, saiu co n tra eles, com um exérci-

Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos durante a gestão de Asa, ou seja, no princípio de seu reinado,
(14.3) quando combateu eficazmente a idolatria. E há aquela que indi­
ca que Asa, durante o seu governo, não teria conseguido promo­
Ceticismo. Afirma contradição entre este versículo e 1Reis
ver todas as reformas planejadas, ficando alguns locais profanos
15.14, que diz que o rei Asa não havia retirado os “lugares
sem serem abatidos.
altos’ (altares idólatras).
Mas as explicações não param por aí. Uma corrente sugere a
. . g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há explicações possíveis possibilidade de Asa ter removido os altares dedicados aos deu­
» para o caso em análise. Uma delas se refere à possibilida­ ses estranhos, deixando permanecer apenas aqueles cujos ri­
de de que os textos estejam mencionando, respectivamente, pe­ tuais se voltavam ao Senhor.
ríodos diferentes do reinado de Asa. Outra aponta um zelo maior Qualquer destas posições dirime a questão.

448
2CRÔNICAS 14,15

to de um m ilhão e com trezentos carros, e chegou 7Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos;
até Maressa. porque a vossa o bra tem u m a recom pensa.
'“Então Asa saiu contra ele; e o rdenaram a batalha “O uvindo, pois, Asa estas palavras, e a profecia do
no vale de Zefatá, ju n to a Maressa. profeta O dede, cobrou ânim o e tiro u as ab o m in a­
11E Asa clam ou ao S e n h o r seu Deus, e disse: S e n h o r, ções de to d a a terra, de Judá e de Benjam im , com o
nada para ti é ajudar, quer o poderoso quer o de ne­ tam bém das cidades que tom ara nas m o n tan h as de
n hu m a força; ajuda-nos, pois, S e n h o r nosso Deus, Efraim .e renovou o altar do S e n h o r, que estava d ia n ­
porque em ti confiam os, e no teu nom e viem os con­ te do pórtico do S e n h o r.
tra esta m ultidão. S e n h o r, tu és nosso Deus, não p re­ 9E reuniu a to d o o Judá, e Benjam im , e com eles os
valeça contra ti o hom em . estrangeiros de Efraim e M anassés, e de Simeão; p o r­
12E o Se n h o r feriu os etíopes diante de Asa e diante que m uitos de Israel tin h am passado a ele, vendo que
de Judá; e os etíopes fugiram. o S e n h o r seu D eus era com ele.
13E Asa, e o povo que estava com ele os perseguiram I0E ajuntaram -se em Jerusalém no terceiro mês; no
até Gerar, e caíram tantos dos etíopes, que já não ha­ ano décim o do reinado de Asa.
via neles resistência alguma; porque foram destruí­ 1 ‘E no m esm o dia ofereceram em sacrifício ao Se­
dos diante do S e n h o r, e diante do seu exército; e le­ n h o r , do despojo que trouxeram , setecentos bois e
varam dali m ui grande despojo. sete m il ovelhas.
I4E feriram todas as cidades nos arredores de Gerar, I2E e n traram na aliança p ara buscarem o S enho r
porque o terror do Se nho r veio sobre elas; e saquea­ D eus de seus pais, com to d o o seu coração, e com
ram todas as cidades, porque havia nelas m uita presa. toda a sua alma;
1 '’Tam bém feriram as m alhadas do gado; e levaram 13E de que todo aquele que não buscasse ao Senho r
ovelhas em abundância, e camelos, e voltaram para D eus de Israel, m orresse; assim o m en o r com o o
Jerusalém. m aior, tan to o hom em com o a m ulher.
I4E ju raram ao Sen h o r , em alta voz, com júbilo e
Asa renova a aliança do S enhor com trom betas e buzinas.
ENTÃO veio o Espírito de Deus sobre Aza­ 1 ?E to d o o Judá se alegrou deste ju ram ento; porque
rias, filho de Odede. de tod o o seu coração ju raram , e de to d a a sua von­
2E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe: O uvi-m e, tade o buscaram , e o acharam ; e o Se n h o r lhes deu
Asa, e todo o Judá e Benjamim: O S e n h o r está co n ­ repouso ao redor.
vosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, I6E tam bém a Maaca, sua mãe, o rei Asa depôs, para
o achareis; porém , se o deixardes, vos deixará. que não fosse mais rainha, porquanto fizera um horrí­
3E Israel esteve p o r m uitos dias sem o verdadeiro vel ídolo, a Aserá; e Asa destruiu o seu horrível ídolo, eo
Deus, e sem sacerdote que o ensinasse, e sem lei. despedaçou, e o queim ou junto ao ribeiro de Cedrom.
4Mas q uando na sua angústia voltaram para o Se­ l7O s altos, porém , não foram tirad o s de Israel;
n h o r Deus de Israel, e o buscaram , o acharam . contudo o coração de Asa foi perfeito to d o s os seus
?E naqueles tem pos não havia paz, nem para o que dias.
saía, nem para o que entrava, m as m uitas p ertu rb a­ 18E trouxe, à casa de Deus, as coisas consagradas por
ções sobre todos os habitantes daquelas terras. seu pai, e as coisas que ele m esm o tin h a consagrado:
6Porque nação contra nação e cidade contra cidade prata, o u ro e vasos.
se despedaçavam; porque D eus os perturbara com 19E não houve guerra até ao ano trigésim o q u into
toda a angústia. do reinado de Asa.

Porque a vossa obra tem uma recompensa


(15.7) mesmo. Todavia, quanto aos salvos, no atual advento da graça,
a produção de boas obras de qualquer espécie atende à deter­
Catolicismo Romano. Emprega este versículo para tentar
minação de João Batista (Mt 3.8): ou seja, acompanha o pensa­
justificar a prática de "boas obras’ como fator determinan­
mento de Tiago, que fala sobre a demonstração da fé por meio
te para que o homem seja salvo, contestando a teologia da sal­
das obras (Tg 2.18), o que toma pública a conversão humana.
vação pela graça.
Entretanto, tais obras não possuem vínculos ou determinam que
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A recompensa citada no aqueles que as praticam sejam merecedores da salvação plane­
*= texto em estudo refere-se ao fim traçado pelo homem a si jada por Deus em Cristo (1Co 13.2,3).

449
2CRÔNICAS 16,17

Asa e o rei da Síria p elejam contra Baasa contra ele, p o r causa disto; tam bém Asa, no m esm o
N O trigésim o sexto ano do reinado de Asa, tem po, o p rim iu a alguns do povo.
Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edi­ 11E eis que os atos de Asa, tan to os prim eiros, com o
ficou a Ramá, para não deixar ninguém sair, nem os últim os, estão escritos no livro dos reis de Judá e
chegar a Asa, rei de Judá. Israel.
2Então Asa tiro u a prata e o o u ro dos tesouros da I2E, no ano trin ta e nove do seu reinado, Asa caiu
casa do Se n h o r , e da casa do rei; e enviou servos a doente de seus pés, a sua doença era em extrem o gra­
Ben-H adade, rei da Síria, que habitava em D am as­ ve; contudo, na sua enferm idade, não buscou ao Se­
n h o r , mas antes os médicos.
co, dizendo:
3Acordo há entre m im e ti, com o houve entre m eu BE Asa d o rm iu com seus pais; e m o rre u no ano
pai e o teu; eis que te envio p rata e ouro; vai, pois, e quarenta e um do seu reinado.
I4E o sepultaram no seu sepulcro, que tin h a cava­
anula o teu acordo com Baasa, rei de Israel, para que
do para si na cidade de Davi, havendo-o deitado na
se retire de sobre m im .
cam a, que se enchera de perfum es e especiarias pre­
4E Ben-H adade deu ouvidos ao rei Asa, e enviou os
paradas segundo a arte dos perfum istas; e, destas coi­
capitães dos seus exércitos, contra as cidades de Is­
sas fizeram -lhe um a grande queim a.
rael, e eles feriram a Ijom , a Dã, a Abel-M aim, e a to ­
das as cidades-arm azéns de Naftali.
O bom reinado de Jeosafá
5E sucedeu que, ouvindo-o Baasa, deixou de edifi­
1 ^ E JEOSAFÁ, seu filho, reinou em seu lugar;
car a Ramá, e não continuou a sua obra.
X / e fortificou-se contra Israel.
6Então o rei Asa tom ou a todo o Judá, e levaram as
2E pôs soldados em todas as cidades fortificadas
pedras de Ramá, e a sua m adeira, com que Baasa edi­
de Judá, e estabeleceu guarnições na terra de Judá,
ficara; e com elas edificou a G eba e a Mizpá. com o tam bém nas cidades de Efraim , que Asa seu
7Naquele m esm o tem po veio H anani, o vidente, a
pai tin h a tom ado.
Asa,rei de Judá,e disse-lhe: Porquanto confiaste no rei 5E o Se n h o r era com Jeosafá; p orque an d o u nos
da Síria, e não confiaste no Senhor teu Deus, por isso o prim eiros cam inhos de Davi seu pai, e não buscou
exército do rei da Síria escapou da tua mão. a Baalins.
8Porventura não foram os etíopes e os líbios um 4Antes buscou ao D eus de seu pai, an d o u nos seus
grande exército, com m uitíssim os carros e cavalei­ m andam entos, e não segundo as obras de Israel.
ros? Confiando tu, porém , no Sen h o r , ele os en tre­ 5E o Se n h o r confirm ou o reino na sua mão, e todo
gou nas tuas mãos. o Judá deu presentes a Jeosafá, o qual teve riquezas e
9Porque, quanto ao S enho r , seus olhos passam po r glória em abundância.
toda a terra, para m ostrar-se forte para com aque­ 6E exaltou-seo seu coração nos cam inhos do Senho r
les cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois, e, ainda mais, tiro u os altos e os bosques de Judá.
procedeste loucam ente p orque desde agora haverá 7E n o terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus
guerras contra ti. príncipes, a Bene-Hail, a O badias, a Zacarias, a Na-
l0Porém Asa se indignou contra o vidente, e lan- tanael e a Micaías, p ara ensinarem nas cidades de
çou-o na casa do tronco; p orque estava enfurecido Judá.

Não buscou ao S e n h o r , m a s antes os médicos contra Deus. Sabemos que devemos, em todos os assuntos, con­
(16.12) fiar no Senhor (Mt 6.33). Aquilo que ultrapassa as limitações hu­
manas precisa ser posto aos pés de Deus (Jr 17.5).
Ciência Cristã. Usa esta passagem para indicar que o rei
Além disso, encontramos o uso de medicamentos tanto no An­
Asa morreu por ter procurado a ajuda de médicos em vez
tigo quanto no Novo Testamento (2Rs 20.7; 1Tm 5.23). E o fato de
de buscar o Senhor. Por conta disso, diz que nós também deve­
alguém náo ser curado não significa, necessariamente, que esteja
mos rejeitar quaisquer ajudas da medicina, ainda que afligidos
reprovado diante de Deus. O apóstolo Paulo deixou Trófimo doen­
com doenças graves.
te em Mileto (2Tm 4.20), e Epafrodito, mesmo Paulo estando pre­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo, em hipótese sente, ficou doente, quase à morte: sua saúde foi sendo restaura­
alguma, ensina que devemos rejeitar medicamentos ou da aos poucos (Fp 2.25-27).
orientação médica, e muito menos que quando consultamos os Naturalmente, Lucas, o médico amado, deve ter usado seus co­
médicos estamos rejeitando o Senhor. nhecimentos, várias vezes, paraauxiliaroapóstolo Paulo e outros
Desde o início do capítulo, Asa toma uma atitude de rebeldia membros das igrejas (Cl 4.14).

450
2CRÔNICAS 17,18

8E com eles os levitas, Semaías, N etanias, Zeba- 6Disse, p o rém , Jeosafá: N ão há ainda aqui algum
dias, Asael, Sem iram ote, Jônatas, A donias, Tobias profeta do Se n h o r , para que o consultemos?
e Tobe-Adonias e, com estes levitas, os sacerdotes, ’Então o rei de Israel disse a Jeosafá: A inda há um
Elisama e Jeorão. hom em p o r quem podemos consultar ao Se n h o r ;
9E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da porém eu o odeio, p o rq u e nunca profetiza de m im o
lei do Se n h o r ; e foram a todas as cidades de Judá, en­ que é bom , senão sem pre o mal; este é Micaías, filho
sinando entre o povo. de Inlá. E disse Jeosafá: N ão fale o rei assim.
I0E veio o tem o r do Se n h o r sobre todos os reinos 8Então o rei de Israel cham o u u m oficial, e disse:
das terras, que estavam ao redor de Judá, e não guer­ Traze aqui depressa a Micaías, filho de Inlá.
rearam contra Jeosafá. 9E o rei de Israel, e Jeosafá, rei de Judá, estavam as­
11E alguns dentre os filisteus traziam presentes a Je­ sentados cada u m no seu tro n o , vestidos com suas
osafá, e p rata com o trib u to ; tam bém os árabes lhe roupas reais, e estavam assentados na praça à en ­
trouxeram gado m iúdo; sete mil e setecentos carnei­ trada da p o rta de Samaria; e todos os profetas p ro ­
ros, e sete m il e setecentos bodes. fetizavam na sua presença.
12Cresceu,pois, Jeosafá grandem ente em extrem o e I0E Zedequias, filho de Q uenaaná, fez p ara si uns
edificou fortalezas e cidades de provisões em Judá. chifres de ferro, e disse: Assim diz o Se n h o r : C om es­
13Eteve m uitas obras nas cidades de Judá, e hom ens tes ferirás aos sírios, até de todo os consum ires.
de guerra e valentes, em Jerusalém. 1 'E todos os profetas profetizavam o m esm o, d i­
14E este é o núm ero deles segundo as suas casas p a­ zendo: Sobe a R am ote de Gileade, e triunfarás; p o r­
ternas; em Judá eram capitães dos m ilhares: o chefe que o S en h o r a dará n a m ão do rei.
Adna, e com ele trezentos mil hom ens valentes; 12E o m ensageiro, que foi cham ar a Micaías, falou-
15£ depois dele o capitão Joanã, e com ele d uzen­ lhe, dizendo: Eis que as palavras dos profetas, a um a
tos e oitenta mil; voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, ta m ­
1bE depois Amasias, filho de Zicri, que voluntaria­ bém a tua palavra com o a de um deles, e fala o que
m ente se entregou ao Senho r , e com ele duzentos mil é bom .
hom ens valentes; IJPorém M icaías disse: Vive o Se n h o r , que o que
17E de Benjamim, Eliada, hom em valente, e com ele m eu D eus m e disser, isso falarei.
duzentos mil, arm ados de arco e de escudo; 14 Vindo, pois, ele ao rei, este lhe disse: Micaías, ire­
l8E depois dele Jozabade, e com ele cento e oitenta m os a Ram ote de G ileade à guerra, ou deixarem os
mil, arm ados para a guerra. de ir? E ele disse: Subi, e triunfarás; e serão dados na
1‘‘Estes estavam no serviço do rei; afora os que o rei vossa mão.
tin h a posto nas cidades fortes po r todo o Judá. 15E o rei lhe disse: Até quantas vezes, te conjurarei,
para que não m e fales senão a verdade em n o m e do
A cordo entre Jeosafá e A ca b e Se n h o r ?
TIN H A , pois, Jeosafá riquezas e glória em l6Então disse ele: Vi a to d o o Israel disperso pelos
abundância, e aparentou-se com Acabe. m ontes, com o ovelhas que não têm pastor; e disse
■E depois de alguns anos desceu ele para Acabe em o Se n h o r : Estes não têm senhor; to rn e cada um em
Samaria; e Acabe m a to u ovelhas e bois em ab u n ­ paz para sua casa.
dância, para ele e para o povo que vinha com ele; e o l7Então o rei de Israel disse a Jeosafá: N ão te disse
persuadiu a subir com ele a Ram ote de Gileade. eu, que ele não profetizaria dem im o< jue^ bom , p o ­
3Porque Acabe, rei de Israel, disse a Jeosafá, rei de rém sempre o mal?
Judá: Irás tu com igo a R am ote de Gileade? E ele lhe 1 “Disse mais: Ouvi, pois, a palavra do Se n h o r : Vi ao
disse: Com o tu és, serei eu; e o m eu povo, com o o teu Se n ho r assentado no seu trono, e to d o o exército ce­
povo; iremos contigo à guerra. lestial em pé à sua m ão direita, e à sua esquerda.
4Disse m ais Jeosafá ao rei de Israel: Peço-te, consul­ 19E disse o Se n h o r : Q uem persuadirá a Acabe rei de
ta hoje a palavra do Se nho r . Israel, para que suba, e caia em R am ote de Gileade?
5Então o rei de Israel reuniu os profetas, quatrocen­ Um dizia desta m aneira, e o u tro de outra.
tos hom ens, e disse-lhes: Irem os à guerra contra Ra­ 2<)Então saiu um espírito e se apresentou diante do
m ote de Gileade, ou deixarei de ir? E eles disseram: Senho r , e disse: Eu o persuadirei. E o Se n h o r lhe dis­
Sobe; porque D eus a entregará na m ão do rei. se: Com quê?

451
2CRÔNICAS 18,19,20

2IE ele disse: Eu sairei, e serei um espírito de m en­ 2E Jeú, filho de H anani, o vidente, saiu ao encontro
tira na boca de todos os seus profetas. E disse o Se­ do rei Jeosafá e lhe disse: Devias tu ajudar ao ímpio,
n h o r : Tu o persuadirás, e ainda prevalecerás; sai, e e am ar aqueles que odeiam ao Se n h o r ? Por isso virá
faze-o assim. sobre ti grande ira da p arte do Senho r .
22 Agora, pois, eis que o Se n h o r pôs um espírito de ’Boas coisas co n tu d o se acharam em ti; porque ti­
m entira na boca destes teus profetas; e o Se nho r fa­ raste os bosques da terra, e preparaste o teu coração
lou o mal a teu respeito. para buscar a Deus.
-'E n tão Zedequias, filho de Q uenaaná, chegando- 4H abitou, pois, Jeosafá em Jerusalém; e to rn o u a
se, feriu a Micaías no queixo, e disse: Por que cam inho passar pelo povo desde Berseba até as m o n tan h as
passou de m im o Espírito do Se n h o r para falar a ti? de Efraim, e fez com que tornassem ao Se n h o r Deus
24E disse Micaías: Eis que o verás naquele dia, qu an ­ de seus pais.
do andares de câm ara em câm ara, para te escon­ 5E estabeleceu juizes na terra, em todas as cidades
deres. fortificadas, de cidade em cidade.
25Então disse o rei de Israel: Tomai a Micaías, e tor­ 6E disse aos juizes: Vede o que fazeis; p o rq u e não
nai a levá-lo a A m om , o governador da cidade, e a julgais da p arte do hom em , senão da p arte do Se­
Joás, filho d o rei. n h o r , e ele está convosco q uando julgardes.

26E direis: Assim diz o rei: Colocai este hom em na 7Agora, pois, seja o tem o r do Se n h o r convosco;
casa do cárcere; e sustentai-o com pão de angústia, e guardai-o, e fazei-o; p orque não há no Se n h o r nos­
com água de angústia, até que eu volte em paz. so D eus iniqüidade nem acepção de pessoas, nem
27E disse Micaías: Se voltares em paz, o Senho r não aceitação de suborno.
tem falado po r m im . Disse mais: Ouvi, povos todos! 8E tam bém estabeleceu Jeosafá a alguns dos levitas
e dos sacerdotes e dos chefes dos pais de Israel sobre
A guerra contra R am ote d e G ileade o juízo do Senhor , e sobre as causas judiciais; e vol­
“ Subiram , pois, o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, taram a Jerusalém.
a Ram ote de Gileade. 9E deu-lhes ordem , dizendo: Assim fazei no tem or
29E disse o rei de Israel a Jeosafá: D isfarçando-m e do Senho r , com fidelidade, e com coração íntegro.
eu, então entrarei na peleja; tu, porém , veste as tuas 1 l,E em toda a diferença que vier a vós de vossos irmãos
roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e en ­ que habitam nas suas cidades, entre sangue e sangue,
traram na peleja. entreleiem andam ento,entreestatutosejuízos,adm o-
’"Deu ordem , porém , o rei da Síria aos capitães dos estai-os, que não se façam culpados para com o Senhor ,
carros que tinha, dizendo: N ão pelejareis nem con­ e não venha grande ira sobre vós, e sobre vossos irmãos;
tra pequeno, nem contra grande; senão só contra o fazei assim, e não vos fareis culpados.
rei de Israel. " E eis que A m arias, o sum o sacerdote, presidi­
31Sucedeu que, vendo os capitães dos carros a Jeo­ rá sobre vós em to d o o negócio do Se n h o r ; e Zeba-
safá, disseram: Este é o rei de Israel, e o cercaram para dias, filho de Ismael, líder da casa de Judá, em todo
pelejar; porém Jeosafá clam ou, e o Se n h o r o ajudou. o negócio do rei; tam b ém os oficiais, os levitas, estão
E D eus os desviou dele; perante vós; esforçai-vos, pois, e fazei-o; e o Se n ho r
32Porque sucedeu que, vendo os capitães dos carros, será com os bons.
que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo.
33Então u m hom em arm ou o arco e atirou a esm o, e D eus co n ced e a Jeosafá vitória sobre
feriu o rei de Israel entre as jun tu ras e a couraça; en­ os seus inim igos
tão disse ao carreteiro: Dá volta, e tira-m e do exérci­ E SUCEDEU que, depois disto, os filhos de
to, porque estou gravem ente ferido. M oabe, eo sfilh o sd e Am om , e com eles ou­
34E aquele dia cresceu a peleja, m as o rei de Israel tros dos am onitas, vieram à peleja contra Jeosafá.
susteve-se em pé no carro defronte dos sírios até à 2E ntão vieram alguns que avisaram a Jeosafá, d i­
tarde; e m orreu ao tem po do p ô r do sol. zendo: Vem co n tra ti um a gran d e m u ltidão dalém
do m ar e da Síria; e eis qu e já estão em Hazazom-Ta-
O profeta J e ú repreende a Jeosafá m ar, q ue é En-Gedi.
E JEOSAFÁ, rei de Judá, voltou em paz à sua •’Então Jeosafá tem eu, e pôs-se a buscar o Se n h o r , e
casa em Jerusalém. apregoou jejum em to d o o Judá.

452
2CRÔNICAS 21,22,23

pai: P orquanto não andaste nos cam inhos de Jeosa- zael, rei da Síria, ju n to a R am ote de Gileade; e os sí­
fá, teu pai, e nos cam inhos de Asa, rei de Judá, rios feriram a Jorão.
l3Mas andaste no cam inho dos reis de Israel, e fi- 6E voltou para curar-se em Jizreel, das feridas que
zeste p ro stitu ira ju d áe ao sm o ra d o re sd e Jerusalém, lhe fizeram em Ramá, pelejando co n tra Hazael, rei
segundo a prostituição da casa de Acabe, e tam bém da Síria; e Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, des­
m ataste a teus irm ãos da casa de teu pai, m elhores ceu para ver a Jorão, filho de Acabe, em Jizreel, p o r­
do que tu; que estava doente.
l4Eis que o Se n h o r ferirá com um grande flagelo ao 7¥oi,pois,da vontade de D eus,que Acazias,para sua
teu povo, aos teus filhos, às tuas m ulheres e a todas ruína, visitasse Jorão; p o rq u e chegando ele, saiu com
as tuas fazendas. Jorão contra Jeú, filho de Ninsi, a quem o Se n h o r ti­
15Tu tam bém terás grande enferm idade p o r cau­ nha ungido para desarraigar a casa de Acabe.
sa de um a doença em tuas entranhas, até que elas sai­ “E sucedeu que, executando Jeú juízo co n tra a
am , de dia em dia, p o r causa do mal. casa de Acabe, achou os prín cip es de Judá e os fi­
,6D espertou, pois, o Sen h o r , contra Jeorão o espí­ lhos dos irm ãos de Acazias, qu e serviam a Acazias,
rito dos filisteus e dos árabes, que estavam do lado e os m atou.
dos etíopes. 9D epois buscou a Acazias (porque se tin h a escon­
17Estes subiram a Judá, e deram sobre ela, e levaram dido em Sam aria), e o alcançaram , e o trouxeram a
todos os bens que se achou na casa d o rei, com o ta m ­ Jeú, e o m ataram , e o sepultaram ; p o rq u e disseram:
bém a seus filhos e a suas m ulheres; de m odo que não Filho é de Jeosafá, que buscou ao Sen h o r com todo
lhe deixaram filho algum, senão a Jeoacaz, o mais o seu coração. E já não tin h a a casa de Acazias n in ­
m oço de seus filhos. guém que tivesse força p ara o reino.
l8E depoisde tu d o isto o S e n h o r o feriu nas suas en ­
tranhas com um a enferm idade incurável. A ta lia m a n d a m a ta r a fa m ília real,
19E sucedeu que, depois de m u ito tem po, ao fim m as Joás escapa
de dois anos, saíram -lhe as entranhas p o r causa da l0Vendo, pois, Atalia, m ãe de Acazias, que seu filho
doença; e m orreu daquela grave enferm idade; e o era m orto, levantou-se e d estruiu to d a a descendên­
seu povo não lhe queim ou arom a com o queim a­ cia real da casa de Judá.
ra a seus pais. 11 Porém Jeosabeate, filha do rei, to m o u a Joás, filho
20Era da idade de trin ta e dois anos quando com e­ de Acazias, fu rta n d o -o d en tre os filhos d o rei, aos
çou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém; e foi quais m atavam , e o pôs com a sua am a na câm ara dos
sem deixar de si saudades; e sepultaram -no na cida­ leitos; assim Jeosabeate, filha do rei Jeorão, m ulher
de de Davi, porém não nos sepulcros dos reis. do sacerdote Joiada (porque era irm ã de Acazias), o
escondeu de Atalia, de m odo que ela não o m atou.
Acazias reina l2E esteve com eles seis anos escondido na casa de
E OS m oradores de Jerusalém, em lugar de Deus; e Atalia reinou sobre a terra.
Jeorão, fizeram rei a Acazias, seu filho mais
moço, porque a tropa, que viera com os árabes ao ar­ Joiada u n g e a Joás, co m o rei e m Ju d á
raial, tinha m atado a todosos m ais velhos. Assim rei­ PORÉM no sétim o ano Joiada se anim ou, e
n o u Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá. to m o u consigo em aliança os chefes de cem,
2Era da idade de quarenta e dois anos, quando co­ a Azarias, filho de Jeroão, a Ismael, filho de Joanã, a
m eçou a reinar, e reinou um ano em Jerusalém; e era Azarias, filho de O bede, a Maaséias, filho de Adaías,
o nom e de sua m ãe Atalia, filha de O nri. e a Elisafate, filho de Zicri.
'Tam bém ele andou nos cam inhos da casa de Aca­ 2Estes percorreram a Judá e ajuntaram os levitas de
be, porque sua m ãe era sua conselheira, para proce­ todas as cidades de Judá e os chefes dos pais de Isra­
der im piam ente. el, e vieram para Jerusalém.
4E fez o que era m au aos olhos do Se nho r , com o a 3E to d a aquela congregação fez aliança com o rei
casa de Acabe, p orque eles eram seus conselheiros na casa de Deus; e Joiada lhes disse: Eis que o filho
depois da m orte de seu pai, para a sua perdição. do rei reinará, com o o Se n h o r falou a respeito dos
’Também andou nos conselhos deles, e foi com Jo- filhos de Davi.
rão, filho de Acabe, rei de Israel, à peleja contra Ha- 4Isto é o que haveis de fazer; u m a terça p arte de vós,

455
2CRÔNICAS 23,24

ou seja, dos sacerdotes e dos levitas que entram no derru b aram , e quebraram os seus altares, e as suas
sábado, serão guardas das portas; imagens, e a Matã, sacerdote de Baal, m ataram dian­
5E u m a terça parte estará na casa do rei;e a outra ter­ te dos altares.
ça p arte à po rta do fundam ento; e todo o povo esta­ I8E Joiada o rd en o u os ofícios na casa do Se n h o r ,
rá nos pátios da casa do Senho r . sob a direção dos sacerdotes levitas a quem Davi de­
6 Porém ninguém entre na casa do Senho r , senão os signara na casa do Se n h o r , para oferecerem os holo-
sacerdotes e os levitas que m inistram ; estes en tra­ caustos do Senho r , com o está escrito na lei de M oi­
rão, p orque são santos; m as todo o povo fará a guar­ sés, com alegria e com canto, conform e a instituição
da diante do Se n h o s . de Davi.
7E os levitas cercarão o rei de todos os lados, cada ' 9E pôs p o rteiro s às p o rta s da casa do Se n h o r , p ara
um com as suas arm as na m ão; e q ualquer que en ­ que nela não entrasse ninguém im undo em coisa al­
trar na casa será m orto; porém vós estareis com o rei, gum a.
qu an d o en trar e quando sair. 2UE to m o u os centuriões, os poderosos, os que ti­
8E fizeram os levitas e todo o Judá conform e a tudo nham dom ínio en tre o povo e todo o povo da terra,
o que ordenara o sacerdote Joiada; e to m o u cada um e conduziram o rei da casa do Se nho r , e en traram na
os seus hom ens, tanto os que entravam no sábado casa do rei passando pela p o rta maior, e assentaram -
com o os que saíam no sábado; porque o sacerdote no no tro n o real.
loiada não tin h a despedido as turm as. 2' E todo o povo da terra se alegrou, e a cidade ficou
’T am bém o sacerdote Joiada deu aos capitães de em paz, depois que m ataram a Atalia à espada.
cem as lanças, os escudos e as rodelas que foram do
rei Davi, os quais estavam na casa de Deus. Joás dá ordens para consertar o tem plo
I0E dispôs todo o povo, a cada um com as suas ar­ T IN H A Joás sete an o s d e id ad e q u a n ­
m as na mão, desde o lado direito da casa até o lado do com eçou a reinar, e q uarenta anos rei­
esquerdo da casa, do lado do altar e da casa, em re­ no u em Jerusalém; e era o nom e da sua m ãe Zíbia,
dor do rei. de Berseba.
11 Então tiraram para fora ao filho do rei, elhe puseram 2E fez Joás o que era reto aos olhos do Se n h o r , todos
a coroa; deram-lheo testem unho,e o fizeram rei; e Joia­ os dias do sacerdote Joiada.
da e seus filhos o ungiram , e disseram: Viva o rei! 3E to m o u -lh e Joiada duas m ulheres, e gerou fi­
12O uvindo, pois, Atalia a voz do povo que concorria lhos e filhas.
e louvava o rei, veio ao povo, à casa do Senho r . ■% depois disto, Joás resolveu renovar a casa do Se­
I3E olhou, e eis que o rei estava ju n to à coluna, à en­ nhor.

trada, e os príncipes e as trom betas ju n to ao rei; e 5 Reuniu, pois, os sacerdotes e os levitas, e disse-lhes:
todo o povo da terra estava alegre e tocava as tro m ­ Saí pelas cidades de Judá, e levantai dinheiro de todo
betas; e tam bém os cantores tocavam in stru m e n ­ o Israel para reparar a casa do vosso D eus de ano em
tos musicais, e dirigiam o cantar de louvores; en ­ ano; e vós, apressai este negócio. Porém os levitas
tão Atalia rasgou os seus vestidos, e clam ou: Traição, não se apressaram .
traição! 6E o rei c h am o u a Joiada, o chefe, e disse-lhe: Por
14Porém o sacerdote Joiada trouxe para fora os cen- que não requereste dos levitas, que trouxessem de
turiões que estavam postos sobre o exército e disse- Judá e de Jerusalém o trib u to que Moisés, servo do
lhes: T irai-a para fora das fileiras, e o que a seguir, Se n h o r , o rd en o u à congregação de Israel, para a te n ­
m orrerá à espada; porque dissera o sacerdote: N ão a da do testem unho?
mateis na casa do Senhor . ’Porque, sendo Atalia ím pia, seus filhos arru in a ­
ISE lançaram m ão dela; e ela foi pelo cam inho da ram a casa de Deus, e até todas as coisas sagradas da
en trad a da p o rta dos cavalos, à casa d o rei, e ali a casa do Sen h o r em pregaram em Baalins.
m ataram . 8E o rei, pois, deu ordem e fizeram um cofre, e o p u ­
seram fora, à p o rta da casa do Senho r .
A aliança q u e Joiada fe z 9E publicou-se em Judá e em Jerusalém que tro u ­
,6E Joiada fez aliança entre si e o povo e o rei, para xessem ao S e n h o r o trib u to de Moisés, o servo de
qu e fossem o povo do Senhor . Deus, ordenado a Israel no deserto.
'"D epois todo o povo en tro u na casa de Baal, e a '“Então todos os príncipes e todo o povo se alegra­

456
2CRÔNICAS 24,25

ram , e o trouxeram e o lançaram no cofre, até que fi­ que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera; porém m a­
cou cheio. tou-lhe o filho, o qual, m orrendo, disse: O Se n h o r o
11E sucedia que, quando levavam o cofre pelas mãos verá, e o requererá.
dos levitas, segundo o m andado do rei, e vendo-se
q u e;á havia m uito dinheiro, vinha o escrivão do rei, O ju íz o de D eus sobre Joás
e o oficial do sum o sacerdote, e esvaziavam o cofre, 2JE sucedeu que, decorrido um ano, o exército da
e tom avam -no e levavam -no de novo ao seu lugar; Síria subiu contra ele; e vieram a Judá e a Jerusalém,e
assim faziam de dia em dia, e aju n taram dinheiro destruíram dentre o povo a todos os seus príncipes; e
em abundância. enviaram todo o seu despojo ao rei de Damasco.
120 qual o rei e Joiada davam aos que tinham o en­ 24Porque ainda que o exército dos sírios viera com
cargo da obra do serviço da casa do Se n h o r ; e con­ poucos hom ens, co n tu d o o Se n h o r entregou na sua
trataram pedreiros e carpinteiros, para renovarem a m ão u m exército m ui num eroso, p o rq u an to deixa­
casa do Se n h o r ; com o tam bém ferreiros e serralhei­ ram ao Se n h o r Deus de seus pais. Assim executaram
ros, para repararem a casa do Se nho r . juízos contra Joás.
I3E os que tinham o encargo da obra faziam com 2,iE, q u an d o os sírios se retiraram , deixaram -no
que o trabalho de reparação fosse crescendo pelas gravem ente ferido; então seus servos conspiraram
suas mãos; e restauraram a casa de Deus no seu esta­ contra ele p o r causa do sangue do filho do sacerdo­
do, e a fortaleceram. te Joiada, e o feriram na sua cam a, e m orreu; e o se­
I4E, depois de acabarem , trouxeram ao rei e a Joia­ pultaram na cidade de Davi, porém não nos sepul­
da o resto do dinheiro, e dele fizeram utensílios para cros dos reis.
a casa do Senho r , objetos para m inistrar e oferecer, 24Estes, pois, foram os que conspiraram contra ele;
colheres, vasos de ouro e de prata. E continuam ente Zabade, filho de Simeate, a am onita, e Jeozabade, fi­
sacrificaram holocaustos na casa do Se nho r , todos lho de Sinrite, a m oabita.
os dias de Joiada. 27E, q u an to a seus filhos, e à grandeza do cargo que
15E envelheceu Joiada, e m orreu farto de dias; era da se lhe impôs, e à restauração da casa de Deus, eis que
idade de cento e trin ta anos quando m orreu. estão escritos no livro da história dos reis; e Amazias,
,6E o sepultaram na cidade de Davi com os reis; seu filho, reinou em seu lugar.
porque tinha feito bem em Israel, e para com Deus
e a sua casa. A m azias ven ce os edom itas
ERA Amazias da idade de vinte e cinco anos,
A idolatria de Joás q u ando com eçou a reinar, e rein o u vinte e
17Porém , depois da m orte de Joiada vieram os p rín ­ nove anos em Jerusalém; e era o no m e de sua m ãe Jo-
cipes de Judá e prostraram -se p erante o rei; e o rei adã, de Jerusalém.
os ouviu. 2E fezo que era reto aosolhos do Se n h o r , porém não
18E deixaram a casa do Se n h o r Deus de seus pais, e com inteireza de coração.
serviram às imagens do bosque e aos ídolos. Então, 3Sucedeu que, sendo-lhe o reino já confirm ado,
por causa desta sua culpa, veio grande ira sobre Judá m atou a seus servos que m ataram o rei seu pai;
e Jerusalém. 4Porém não m ato u os filhos deles; mas fez segun­
,9Porém enviou profetas entre eles, para os recon­ do está escrito na lei, no livro de Moisés, com o o Se­
du zir ao Senho r , os quais protestaram contra eles; n h o r ordenou, dizendo: N ão m orrerão os pais pelos

m as eles não deram ouvidos. filhos, nem os filhos pelos pais; m as cada um m o rre­
20E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do rá pelo seu pecado.
sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acim a do povo, ’E Amazias reuniu a Judá e os pôs segundo as ca­
e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os sas dos pais, sob capitães de milhares, e sob capitães
m andam entos do Senho r , de m odo q u e não possais de cem, p o r todo o Judá e Benjamim; e os contou, de
prosperar? Porque deixastes ao Se nho r , tam bém ele vinte anos para cim a, e achou deles trezentos mil es­
vos deixará. colhidos que podiam sair à guerra, e m anejar lan­
2IE eles conspiraram contra ele, e o apedrejaram ça e escudo.
p o r m andado do rei, no pátio da casa do Senhor . 6Tam bém de Israel to m o u a soldo cem m il homens
22Assim o rei Joás não se lem brou da beneficência valentes, p o r cem talentos de prata.

457
2CRÔNICAS 25,26

7Porém um hom em de Deus veio a ele, dizendo: cam po, que estavam no Líbano passaram e pisa­
Ó rei, não deixes ir contigo o exército de Israel; po r­ ram o cardo.
que o Se n h o r não é com Israel, a saber com os filhos |lT u dizes: Eis que tenho ferido os edom itas; e ele-
de Efraim. vou-se o teu coração, p ara te gloriares; agora, pois,
HSe íjimeres ir, faze-o assim, esforça-te para a peleja. fica em tu a casa; p o r que te entrem eterias no mal,
Deus, porém , te fará cair diante do inim igo; porque para caíres tu e Judá contigo?
força há em D eus para ajudar e para fazer cair. ■“ Porém Amazias não lhe deu ouvidos, porque isto
9E disse Amazias ao hom em de Deus: Q ue se fará, vinha de Deus, para entregá-los na m ão dos seus ini­
pois, dos cem talentos de prata que dei às tropas de migos; porquanto buscaram os deuses dos edomitas.
Israel? E disse o hom em de Deus: Mais tem o Se nho r 21E Jeoás, rei de Israel, subiu; e ele e Amazias, rei de
que te dar do que isso. Judá, viram -se face a face em Bete-Semes, qu e está
10Então separou Amazias as tropas que lhe tinham em Judá.
vindo de Efraim, para que se fossem ao seu lugar; por 22E Judá foi ferido diante de Israel; e fugiu cada um
isso se acendeu a sua ira contra Judá, e voltaram para para a sua tenda.
as suas casas ardendo em ira. 23E Jeoás, rei de Israel, prendeu a Amazias, rei de
1‘Esforçou-se, pois, Amazias, e conduziu o seu Judá, filho de Joás, o filho de Jeoacaz, em Bete-Se-
povo, e foi ao Vale do Sal; onde feriu a dez mil dos fi­ mes, e o trouxe a Jerusalém; e d erru b o u o m u ro de
lhos de Seir. Jerusalém, desde a p o rta de Efraim até à p o rta da es­
l2Também os filhos de Judá prenderam vivos dez quina, quatrocentos côvados.
mil, e os levaram ao cum e da rocha; e do mais alto 24Tam bém tomou to d o o ouro, a p rata, e todos os
da rocha os lançaram abaixo, e todos se despeda­ utensílios que se acharam na casa de D eus com O be-
çaram. de-E dom , e os tesouros da casa do rei, e os reféns; e
,3Porém os hom ens das tropas que Amazias des­ voltou para Samaria.
pedira, para que não fossem com ele à peleja, deram 2,E viveu Amazias, filho de Joás, rei de Judá, depois
sobre as cidades de Judá desde Sam aria, até Bete- da m orte de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, q u in ­
H orom ; e feriram deles três mil, e saquearam g ran­ ze anos.
de despojo. 2"Q uanto ao mais dos atos de Amazias, tan to os p ri­
m eiros com o os últim os, eis q u c,porventura, não es­
Deus castiga A m azias por causa da idolatria tão escritos no livro dos reis de Judá e de Israel?
14E sucedeu que, depois que Amazias veio da m a­ 27E desde o tem po em que Amazias se desviou do
tança dos edom itas e trouxe consigo os deuses dos S e nho r , conspiraram contra ele em Jerusalém, p o ­
filhos de Seir, tom ou-os p o r seus deuses, e prostrou- rém ele fugiu para Laquis; m as perseguiram -no até
se diante deles, e queim ou-lhes incenso. Laquis, e o m ataram ali.
' sEntão a ira do Sen h o r se acendeu contra Amazias, 2SE tro u x eram -n o sobre cavalos e sepultaram -no
e m an d ou-lhe um profeta que lhe disse: Por que bus­ com seus pais na cidade de Judá.
caste deuses deste povo, os quais não livraram o seu
p ró p rio povo da tua mão? Uzias reina e prospera
“’E sucedeu que, falando ele ao rei, este lhe respon­ ENTÃO todo o povo to m o u a Uzias, que ti­
deu: Puseram -te por conselheiro do rei? Cala-te! nha dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar
Por que haveria de ser ferido? Então parou o profe­ de Amazias seu pai.
ta, e disse: Bem vejo eu que já D eus deliberou des­ 2Este edificou a Elo te, e a restituiu a Judá, depois que
truir-te; porquanto fizeste isto, e não deste ouvidos o rei d o rm iu com seus pais.
ao m eu conselho. 'T inha Uzias dezesseis anos q u an d o com eçou a rei­
I7E, tendo tom ado conselho, Amazias, rei de Judá, nar, e cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém; e
m andou dizer a Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, era o no m e de sua m ãe Jecolia, de Jerusalém.
rei de Israel: Vem, vejam o-nos face a face. 4E fez o que era reto aos olhos do Se n h o r ; conform e
18Porém Jeoás, rei de Israel, m andou dizer a A m a­ a tu d o o que fizera Amazias seu pai.
zias, rei de Judá: O cardo que estava no Líbano m an ­ ’Porque deu-se a buscar a D eus nos dias de Zaca­
d o u dizer ao cedro que estava no Líbano: Dá tua fi­ rias, que era entendido nas visões de Deus; e nos dias
lha p o r m ulher a m eu filho; p orém os anim ais do em que buscou ao Se n h o r , Deus o fez prosperar.

458
2CRÔNICAS 20

4E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao Se n h o r ; res de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o Se n h o r
tam bém de todas as cidades de Judá vieram para vos diz: N ão temais, nem vos assusteis p o r causa des­
buscar ao Senhor . ta grande m ultidão; pois a peleja não é vossa, mas
5E pôs-se Jeosafá em pé na congregação de Judá e de de Deus.
Jerusalém, na casa do Se n h o r , diante d o pátio novo. ' '’A m anhã descereis co n tra eles; eis que sobem pela
6E disse: Ah! Se n h o r Deus de nossos p ais,porven­ ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do
tura não és tu D eus nos céus? N ão és tu que dom inas deserto de Jeruel.
sobre todos os reinos das nações? N a tu a m ão há for­ l7Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos,
ça e potência, e não h á quem te possa resistir. ficai parados, e vede a salvação do Sen h o r para co n ­
7 Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os m o ­ vosco, ó Judá e Jerusalém. N ão temais, nem vos as­
radores desta te rra de diante do teu povo Israel, e susteis; am anhã saí-lhes ao encontro, p orque o Se­
não a deste para sem pre à descendência de Abraão, n h o r será convosco.
teu amigo? l8Então Jeosafá se p ro stro u com o rosto em terra,
8E habitaram nela e edificaram -te nela um santuá­ e todo o Judá e os m oradores de Jerusalém se lança­
rio ao teu nom e, dizendo: ram p erante o Se nho r , adorando-o.
9Se algum m al nos sobrevier, espada, juízo, pes­ I9E levantaram -se os levitas, dos filhos dos coatitas,
te, o u fome, nós nos apresentarem os diante des­ e dos filhos dos coratitas, para louvarem ao Se nho r
ta casa e diante de ti, pois teu nom e está nesta casa, D eus de Israel, com voz m u ito alta.
e clam arem os a ti na nossa angústia, e tu nos ouvi­ 20E pela m anhã cedo se levantaram e saíram ao d e­
rás e livrarás. serto de Tecoa; e, ao saírem , Jeosafá pôs-se em pé, e
1 "Agora, pois, eis que os filhos de A m om , e de M o- disse: O uvi-m e, ó Judá, e vós, m oradores de Jerusa­
abe e os das m ontanhas de Seir, pelos quais não per­ lém: Crede n o Se n h o r vosso D eus, e estareis seguros;
m itiste passar a Israel, quando vinham da terra do crede nos seus profetas, e prosperareis;
Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram , 21E aconselhou-se com o povo, e o rd en o u can to ­
1 ‘Eis que nos dão o pago, vindo p ara lançar-nos res para o Se nho r , que louvassem à M ajestade santa,
fora da tu a herança, que nos fizeste herdar. saindo diante dos arm ados, e dizendo: Louvai ao Se ­
l2Ah! nosso Deus, porventura não os julgarás? Por­ n h o r porque a sua benignidade dura p ara sempre.

que em nós não há força perante esta grande m ulti­ 22E, q u an d o com eçaram a cantar e a dar louvores, o
dão que vem contra nós, e não sabem os o que fare­ Se n h o r pôs em boscadas co n tra os filhos de A m om
mos; po rém os nossos olhos estão postos em ti. e de M oabe e os das m o n tan h as de Seir, qu e vieram
I3E to d o o Judá estava em pé perante o Se n h o r , contra Judá, e foram desbaratados.
com o tam bém as suas crianças, as suas m ulheres, e 2,Porque os filhos de A m om e de M oabe se levanta­
os seus filhos. ram contra os m oradores das m ontanhas de Seir, para
1 "Então veio o Espírito do Senho r , no m eio da con­ os destruir e exterminar; e, acabando eles com os m o­
gregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Be- radores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
naia, filho de Jeiel, filho de M atanias, levita, dos fi­ 24Nisso chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam
lhos de Asafe, para a m ultidão, e eis que eram corpos m ortos, que
,5E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, m o rad o ­ jaziam em terra, e n en h u m escapou.

Crede nos seus profetas, e prosperareis bléia. Disse o anjo: Alguns, postos para os vermes, alguns sujei­
(20.20) tos às sete últimas pragas, alguns estarão vivos e permanecerão
na terra para ser trasladados por ocasião da vinda de Jesus". Essa
(ÍY 5 I Adventismo do Sétimo Dia. Freqüentemente, cita esta
profecia foi proferida em uma reunião de manhã cedo, em Battle
\5 u J passagem para justificar a condição da profetisa Ellen
Greek, Michigan. em 1856. Se diminuirmos 1856 de 2005, tere­
Gould White como porta-voz de Deus. Um escritor dessa seita,
mos, como resultado, 149 anos. Porventura, existe alguém vivo
Arnaldo Christianini, chega ao absurdo de afirmar: “Tudo quanto
daquela reunião, aguardando a volta de Cristo?
disse e escreveu foi puro, elevado, cientificamente correto e pro­
Para justificar o erro profético de Ellen G. White, seus defenso­
feticamente exato [...] a irmã White jamais escreveu uma inverda­
res se explicam dizendo: “É-nos dito pela mensageira do Senhor
de nem fez predições que não se cumprissem".
que se a igreja remanescente houvesse seguido o plano de Deus
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Muitas foram as profecias de em fazer a obra que lhe indicara, o dia do Senhor teria vindo antes
Ellen Gould White que se mostraram falsas. Entre elas. des­ disto, e os fiéis teriam sido recolhidos ao reino". O que não deixa
tacamos aseguinte: “Foi-me mostrado o grupo presente à assem­ de ser uma saída paliativa explicitamente frágil.

453
2CRÔNICAS 20,21

25E vieram Jeosafá e o seu povo para saquear os seus A m o rte de Jeosafá
despojos, e acharam entre eles riquezas e cadáveres DEPOIS Jeosafá d o rm iu com seus pais, e foi
em abundância, assim com o objetos preciosos; e to ­ sepultado ju n to a eles n a cidade de Davi; e
m aram p ara si tanto, que n ão pod iam levar; e três Jeorão, seu filho, reinou em seu lugar.
dias saquearam o despojo, porque era muito. 2E teve irm ãos, filhos de Jeosafá: Azarias, Jeiel, Za­
26E ao q uarto dia se aju n taram n o vale de Bera- carias, Asarias,M icael e Sefatias; todos estesforam fi­
ca; pois ali louvaram ao Se nho r . Por isso cham aram lhos de Jeosafá, rei de Israel.
aquele lugar o vale de Beraca, até ao dia de hoje. ’E seu pai lhes deu m u ito s presentes de prata, de
27Então voltaram todos os hom ens de Judá e de Je­ ouro e de coisas preciosíssimas, juntam ente com ci­
rusalém , e Jeosafá à frente deles, e to rn aram a Jeru­ dades fortificadas em Judá; porém , o reino, d eu a Je­
salém com alegria; p orque o Se n h o r os alegrara so­ orão, p o rq u an to era o prim ogênito.
bre os seus inim igos. 4E, subindo Jeorão ao reino de seu pai, e havendo-se
28E vieram a Jerusalém com saltérios, com harpas e fortificado, m ato u a todos os seus irm ãos à espada,
com trom betas, para a casa do Senho r . com o tam bém a alguns dos príncipes de Israel.
29E veio o tem or de D eus sobre todos os reinos d a­
quelas terras, ouvindo eles que o Se n h o r havia pele­ A im p ied a d e de Jeorão
jado contra os inim igos de Israel. ’D a idade de trin ta e dois anos era Jeorão, quando
30E o reino de Jeosafá ficou quieto; e o seu D eus lhe com eçou a reinar; e rein o u oito anos em Jerusalém.
deu repouso ao redor.
6E an dou no cam inho dos reis de Israel, com o fa­
3 'E Jeosafá reinou sobre Judá; era da idade de trin ta
zia a casa de Acabe; p o rq u e tin h a a filha de Acabe p o r
e cinco anos quando com eçou a reinar e vinte e cin­
m ulher; e fazia o que era m au aos olhos do Se nho r .
co anos reinou em Jerusalém; e o nom e de sua m ãe
7Porém o Se n h o r não quis destruir a casa de Davi,
era Azuba, filha de Sili.
em atenção à aliança que tin h a feito com Davi; e p o r­
,2E andou no cam inho de Asa, seu pai,enão se desviou
que tam bém tin h a falado que lhe daria p o r todos os
dele, fazendo o que era reto aos olhos do Senhor .
dias u m a lâm pada, a ele e a seus filhos.
3,C ontudo os altos não foram tirados porque o
sN os seus dias se revoltaram os edom itas contra o
povo não tin h a ainda disposto o seu coração para
m and o de Judá, e constituíram para si u m rei.
com o Deus de seus pais.
9Por isso Jeorão passou adiante com os seus p rín ­
340 r a , o restante dos atos de Jeosafá, assim, desde
os prim eiros até os últim os, eis que está escrito nas cipes, e todos os carros com ele; levantou-se de n o i­
notas de Jeú, filho de H anani, que as inseriu n o livro te, e feriu aos edom eus, que o tinham cercado, com o
dos reis de Israel. tam bém aos capitães dos carros.
35Porém, depois disto, Jeosafá, rei de Judá, se aliou ' “Todavia os edom itas se revoltaram co n tra o m a n ­
com Acazias, rei de Israel, que procedeu com toda a do de Judá até ao dia de hoje; então no m esm o tem po
im piedade. Libna se revoltou co n tra o seu m ando; porque d ei­
36E aliou-se com ele, para fazerem navios que fos­ xara ao Se n h o r D eus de seus pais.
sem a Társis; e fizeram os navios em Eziom Geber. "E le tam bém fez altos nos m ontes de Judá; e fez
,7Porém Eliezer, filho de Dodava, de M aressa, p ro ­ com qu e se corrom pessem os m oradores de Jerusa­
fetizou contra Jeosafá, dizendo: P orquanto te aliaste lém, e até a Judá im peliu a isso.
com Acazias, o S e nho r despedaçou as tuas obras. E 12E ntão lhe veio u m escrito da parte de Elias, o p ro ­
os navios se quebraram , e não puderam ir a Társis. feta, que dizia: Assim diz o Se n h o r Deus de Davi teu

Então lhe veio um escrito da parte de Elias (2Rs 1.17) reinou sobre Judá entre 848 e 841 a.C. Assim, logica­
(2 1 .12) mente, no reinado de Jeorão, o profeta Elias ainda estava presen­
te (2Rs 1.17,18; 2.1-11), sendo arrebatado em algum dia durante
Testemunhas de Jeová. Dizem que Elias não foi arrebatado
o reinado conjunto de Jeorão e seu pai, Josafá.
ao céu, mas teve morte natural, uma vez que escreveu uma
Não podemos esquecer que Jeorão, filho de Josafá, foi co-re-
carta para Jeorão, rei de Judá, depois de seu arrebatamento.
gente do pai durante aproximadamente sete anos. Jeorão come­
_ c g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O profeta Elias foi traslada­ çou a reinar no 18®ano de seu pai Josafá (2Rs8.16). O rei Josafá
is* do no reinado de Jorão, filho de Acabe (2Rs 1.17). Jorão reinou 25 anos (2Cr20.31). Portanto, é perfeitamente razoável que
reinou sobre Israel entre 852 e 841 a.C., e Jeorão, filho de Josafá o profeta Elias tenha enviado aquela carta a Jeorão, rei de Judá.

454
2CRÔNICAS 26,27

6Porque saiu e guerreou contra os filisteus, e que­ l9Então Uzias se indignou; e tinha o incensário na
b ro u o m uro de Gate, o m uro de Jabne, e o m uro de sua m ão para queim ar incenso. Indignando-se ele,
Asdode; e edificou cidades em Asdode, e entre os fi­ pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa pe­
listeus. rante os sacerdotes, na casa do Se nho r , ju n to ao al­
7E Deus o aj udou contra os filisteus e contra os árabes tar do incenso.
que habitavam em Gur-Baal, e contra os m eunitas. 20Então o sum o sacerdote Azarias o lh o u para ele,
SE os am onitas deram presentes a Uzias; e o seu com o tam bém todos os sacerdotes, e eis que já esta­
nom e foi espalhado até à entrada do Egito, porque va leproso n a sua testa, e apressuradam ente o lança­
se fortificou altam ente. ram fora; e até ele m esm o se deu pressa a sair, visto
’Tam bém Uzias edificou torres em Jerusalém , à que o Se n h o r o ferira.
porta da esquina, e à po rta do vale, e à p o rta do ân­ 2lAssim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua
gulo, e as fortificou. m orte; e m orou, por ser leproso, nu m a casa separa­
l0Tam bém edificou torres no deserto, e cavou m ui­ da, porque foi excluído da casa do Senho r . E Jotão,
tos poços, porque tinha m uito gado, tanto nos vales seu filho, tinha o encargo da casa do rei, julgando o
com o nas cam pinas; tinha lavradores, e vinhateiros, povo da terra.
nos m ontes e nos cam pos férteis; porque era amigo 22Q u an to ao m ais dos atos de Uzias, tan to os p ri­
da agricultura. m eiros com o os últim os, o profeta Isaías, filho de
1 'T inha tam bém Uzias um exército de homens des­ Amós, o escreveu.
tros na guerra, que saíam à guerra em tropas, segun­ 2SE d o rm iu Uzias com seus pais, e o sepultaram
do o núm ero da resenha feita po r m ão de Jeiel, o es­ com eles no cam po do sepulcro que era dos reis; p o r­
crivão, e Maaséias, oficial, sob a direção de H ananias, que disseram : Leproso é. E Jotão, seu filho, reinou
um dos capitães do rei. em seu lugar.
I20 total dos chefes dos pais, hom ens valentes, era
de dois mil e seiscentos. Jotão reina bem
13E debaixo das suas ordens havia um exército TIN H A Jotão vinte e cinco anos de idade,
guerreiro de trezentos e sete m il e quinhentos h o ­ qu an d o com eçou a reinar, e rein o u dezes­
mens, que faziam a guerra com força belicosa, para seis anos em Jerusalém; e era o nom e de sua m ãe Je-
ajudar o rei contra os inimigos. rusa, filha de Zadoque.
I4E preparou Uzias, para todo o exército, escudos, 2E fez o que era reto aos olhos do Senho r , confor­
lanças, capacetes, couraças e arcos, e até fundas para m e a tu d o o que fizera Uzias, seu pai, exceto que não
atirar pedras. en trou no tem plo do Senho r . E o povo ainda se cor­
15Tam bém fez em Jerusalém m áquinas da invenção rom pia.
de engenheiros, que estivessem nas torres e nos can­ 3Ele edificou a p o rta su p erio r da casa do Se n h o r ,
tos, para atirarem flechas e grandes pedras; e p ropa­ e tam bém edificou m uitas obras sobre o m u ro de
gou a sua fama até m uito longe; porque foi m aravi­ Ofel.
lhosam ente ajudado, até que se fortificou. 4Tam bém edificou cidades nas m o ntanhas de Judá,
e castelos e torres nos bosques.
Uzias é atacado de lepra 5Ele tam bém guerreou co n tra o rei dos filhos de
l6Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu A m om , e prevaleceu sobre eles, de m o d o que os fi­
coração até se corrom per; e transgrediu contra o Se­ lhos de A m om naquele ano lhe deram cem talentos
n h o r seu Deus, porque en tro u no tem plo do Se nho r de prata, e dez m il coros de trigo, e dez mil de ceva­
para queim ar incenso no altar do incenso. da; isto lhe trouxeram os filhos de A m om tam bém
l7Porém o sacerdote Azarias en tro u após ele, e com no segundo e n o terceiro ano.
ele oitenta sacerdotes do Se n h o r , h om ens valentes. 6Assim se fortificou Jotão, porque dirigiu os seus
I8E resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram : A ti, cam inhos na presença do Senho r seu Deus.
Uzias, não compete q ueim ar incenso perante o Se ­ 7O ra, o restante dos atos de Jotão, e todas as suas
n h o r , mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são guerras e os seus cam inhos, eis que estão escritos no
consagrados para queim ar incenso; sai do santuá­ livro dos reis de Israel e de Judá.
rio, porque transgrediste; e não será isto para honra 8Tinha vinte e cinco anos de idade, q u an d o come­
tu a da parte do Se n h o r Deus. çou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém.

459
2CRÔNICAS 27,28

9E d o rm iu Jotão com seus pais, e sepultaram -no lho de Salum, e Amasa, filho de Hadlai, co n tra os que
na cidade de Davi; e Acaz, seu filho, reinou em seu voltavam da batalha.
lugar. I3E lhes disseram : N ão fareis e n tra r aqui estes ca­
tivos, porque, além da nossa culpa contra o Se nho r ,
O m a u reinado de A ca z vós intentais acrescentar mais a nossos pecados e a
TIN H A Acaz vinte anos de idade, quando nossas culpas, sendo que já tem os grande culpa, e já
com eçou a reinar, e dezesseis anos reinou o ardor da ira está sobre Israel.
em Jerusalém; e não fez o que era reto aos olhos do '■'Então os homens arm ados deixaram os cativos e
Senho r , com o Davi, seu pai. o despojo diante dos príncipes e de toda a congre­
2A ntes a n d o u nos cam inhos dos reis de Israel, e, gação.
além disso, fez im agens fundidas a Baalins. ' 5E os hom ens que foram apontados p o r seus n o ­
t a m b é m queim ou incenso no vale do filho de Hi- mes se levantaram , e tom aram os cativos, e vestiram
n o m , e queim ou a seus filhos no fogo, conform e as do despojo a todos os que dentre eles estavam nus; e
abom inações dos gentios que o Se n h o r tinha expul­ vestiram -nos, e calçaram -nos, e deram -lhes de co­
sado de diante dos filhos de Israel. m er e de beber, e os ungiram , e a todos os que esta­
''Também sacrificou, e queim ou incenso nos altos vam fracos levaram sobre jum entos, e conduziram -
e nos outeiros, com o tam bém debaixo de toda a ár­ nos a Jericó, à cidade das palm eiras, a seus irmãos.
vore verde. D epois voltaram para Samaria.
5Por isso o Sen h o r seu Deus o entregou na m ão do
rei dos sírios, os quais o feriram , e levaram dele em A caz busca o socorro da Assíria
cativeiro um a grande m ultidão de presos, que tro u ­ l6N aquele tem po o rei Acaz m an d o u pedir aos reis
xeram a Damasco; tam bém foi entregue na m ão do da Assíria que o ajudassem.
rei de Israel, o qual lhe infligiu grande derrota. 17Porque o u tra vez os edom itas vieram , e feriram a
6Porque Peca, filho de Remalias, m ato u em Judá, Judá, e levaram presos em cativeiro.
num só dia, cento e vinte mil, todos hom ens valen­ 1 "Também os filisteus deram sobre as cidades da
tes; p o rq u an to deixaram ao Se n h o r D eus de seus cam pina e do sul de Judá, e tom aram a Bete-Semes,
pais. e a A ijalom , e a G ederote e a Socó, e os lugares da
7E Zicri, hom em valente de Efraim, m atou a M aa- sua jurisdição, e a T im na, e os lugares da sua ju ris­
sias, filho do rei, e a Azricão, o m ordom o, e a Elcana, dição, e a Ginzo, e os lugares da sua jurisdição; e h a­
o segundo depois do rei. bitaram ali.
8E os filhos de Israel levaram presos de seus ir­ HP orque o Se n h o r h u m ilh o u a Judá p o r causa de
m ãos duzentos m il, m ulheres, filhos e filhas; e ta m ­ Acaz, rei de Israel; p o rq u e este se houve desenfreada­
bém saquearam deles grande despojo, que levaram m ente em Judá, havendo prevaricado grandem en­
para Samaria. te contra o Senho r .
‘‘Mas estava ali um profeta do Se n h o r , cujo nom e 20E veio a eleTiglate-Pileser, rei da Assíria; porém o
era O bede, o qual saiu ao encontro do exército que pôs em aperto, e não o fortaleceu.
vinha para Samaria, e lhe disse: Eis que, irando-se o 2' Porque Acaz to m o u despojos da casa do Se nho r , e
Se n h o r D eus de vossos pais contra Judá, os entregou da casa do rei, e dos príncipes, e os deu ao rei da Assí­
na vossa mão, e vós os m atastes com um a raiva tal, ria; porém n ão o ajudou.
que chegou até aos céus. 22E ao tem po em qu e este o apertou, então ainda
I0E agora vós cuidais em sujeitar a vós os filhos de m ais transgrediu contra o Senho r , tal era o rei Acaz.
Judá e Jerusalém, com o cativos e cativas; porventu­ 2,Porque sacrificou aos deuses de Damasco, que o
ra não sois vós m esm os culpados contra o Se n h o r feriram e disse: Visto que os deuses dos reis da Sí­
vosso Deus? ria os ajudam , eu lhes sacrificarei, para que m e aju ­
' 'Agora, pois, ouvi-m e, e tornai a enviar os prisio­ dem a m im . Porém eles foram a sua ruína, e de todo
neiros que trouxestes cativos de vossos irm ãos; po r­ o Israel.
q u e o ardor da ira do Senho r está sobre vós. 24E aju n to u Acaz os utensílios da casa de Deus, e fez
' 2Então se levantaram alguns hom ens dentre os ca­ em pedaços os utensílios da casa de D eus, e fechou
beças dos filhos de Efraim, a saber, Azarias, filho de as portas da casa do Se n h o r , e fez para si altares em
Joanã, Berequias, filho de M esilemote, Jeizquias, fi­ todos os cantos de Jerusalém.

460
2CRÔNICAS 28,29

25Tam bém em cada cidade de Judá fez altos para titas; e dos filhos de M erari, Q uis, filho de Abdi, e
q ueim ar incenso a outros deuses; assim provocou à Azarias, filho de Jealelel; e dos gersonitas, Joá, filho
ira o Se n h o r Deus de seus pais. de Zim a, e Éden, filho de Joá;
26O ra, o restante dos seus atos e de todos os seus ca­ l3E dentre os filhos de Elisafã, Sinri e Jeuel; dentre
m inhos, tanto os prim eiros com o os últim os, eis que os filhos de Asafe, Zacarias e M atanias;
estão escritos no livro dos reis de Judá e de Israel. 14E dentre os filhos de H em am , Jeuel e Simei; e den ­
27E d o rm iu Acaz com seus pais, e o sepultaram na tre os filhos de Jedutum , Semafas e Uziel.
cidade, em Jerusalém; porém não o puseram nos se­ I5E aju n taram a seus irm ãos, e santificaram -se e
pulcros dos reis de Israel; e Ezequias, seu filho, rei­ vieram conform e ao m and ad o do rei, pelas palavras
nou em seu lugar. do Senho r , para purificarem a casa do Senhor .
16E os sacerdotes en traram na casa do Se nho r , para
E zequias m anda p urificar o tem plo a purificar, e tiraram para fora, ao pátio da casa do
TIN H A Ezequias vinte e cinco anos de id a­ Senho r , toda a im undícia que acharam no tem plo do
de, quando com eçou a reinar, e reinou vinte Se n h o r ; e os levitas a to m aram , para a levarem para
e nove anos em Jerusalém; e era o nom e de sua mãe fora, ao ribeiro de Cedrom .
Abia, filha de Zacarias. 17C om eçaram , pois, a santificar no prim eiro dia, do
2E fez o que era reto aos olhos do Se n h o r , conform e prim eiro mês; e ao oitavo dia do mês vieram ao al­
a tudo quanto fizera Davi, seu pai.
pendre do Se n h o r , e santificaram a casa do Se n h o r
3Ele, no prim eiro ano do seu reinado, no prim eiro
em oito dias; e no dia décim o sexto do p rim eiro mês
mês, abriu as portas da casa do Senhor , e as reparou.
acabaram .
4E trouxe os sacerdotes, e os levitas, e ajuntou-os na
1 "Então foram ter com o rei Ezequias, e disseram : Já
praça oriental,
purificam os toda a casa do Se n i io r , com o tam bém o
5E lhes disse: O uvi-m e, ó levitas, santificai-vos ago­
altar do holocausto com todos os seus utensílios e a
ra, e santificai a casa do Se n h o r Deus de vossos pais,
m esa da proposição com todos os seus utensílios.
e tirai do santuário a im undícia.
I9T am bém todos os objetos q ue o rei Acaz no seu
6Porque nossos pais transgrediram , e fizeram o que
reinado lançou fora, na sua transgressão, já p re­
era m au aos olhos do Se n h o r nosso Deus, e o deixa­
param os e santificamos; e eis que estão diante do al­
ram , e desviaram os seus rostos do tabernáculo do
tar do Senho r .
Senho r , e lhe deram as costas.
7Também fecharam as portas do alpendre, e apaga­
E zequias restabelece o cu lto d e D eus
ram as lâmpadas, e não queim aram incenso nem ofe­
20E ntão o rei Ezequias se lev an to u de m a d ru g a ­
receram holocaustos no santuário ao Deus de Israel.
8Por isso veio grande ira do Se n h o r sobre Judá e Je­ da, e reu n iu os líderes da cidade, e su b iu à casa do
S enho r .
rusalém , e os entregou à perturbação, à assolação,
e ao escárnio, com o vós o estais vendo com os vos­ 21E trouxeram sete novilhos e sete carneiros, e sete
sos olhos. cordeiros e sete bodes, para sacrifício pelo pecado,
’Porque eis que nossos pais caíram à espada, e nos­ pelo reino, e pelo santuário, e p o r Judá, e disse aos fi­
sos filhos, e nossas filhas, e nossas m ulheres; por isso lhos de Arão, os sacerdotes, que os oferecessem so­
estiveram em cativeiro. bre o altar do Se n h o r .
l0Agora m e tem vindo ao coração, que façamos uma 22E eles m ataram os bois, e os sacerdotes tom aram
aliança com o Se n ho r Deus de Israel, para que se des­ o sangue e o espargiram sobre o altar; tam bém m a­
vie de nós o ardor da sua ira. taram os carneiros, e espargiram o sangue sobre o
1 ‘Agora, filhos m eus, não sejais negligentes; pois o altar; sem elhantem ente m ataram os cordeiros, e es­
Se n h o r vos tem escolhido para estardes diante dele pargiram o sangue sobre o altar.
para o servirdes, e para serdes seus m inistros e quei­ 23Então trouxeram os bodes para sacrifício pelo pe­
m adores de incenso. cado, perante o rei e a congregação, e lhes im puse­
ram as suas mãos.
Os levitas p urificam o tem plo 24E os sacerdotes os m ataram , e com o seu sangue fi­
l2Então se levantaram os levitas, M aate, filho de zeram expiação do pecado sobre o altar, para recon­
Amasai, e Joel, filho de Azarias, dos filhos dos coa- ciliar a todo o Israel; p o rq u e o rei tin h a ordenado que

461
2CRÔNICAS 29,30

sefizesse aquele holocausto e sacrifício pelo pecado, cartas a Efraim e a M anassés para qu e viessem à casa
p o r to d o o Israel. do Senho r em Jerusalém, p ara celebrarem a páscoa
2,E pôs os levitas na casa do Se n h o r com cím ba- ao Senho r Deus de Israel.
los, com saltérios, e com harpas, conform e ao m a n ­ 2Porque o rei tivera conselho com os seus príncipes,
dado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e d o profe­ e com toda a congregação em Jerusalém, para cele­
ta Natã; p orque este m andado veio do Se n h o r , por brarem a páscoa n o segundo mês.
m ão de seus profetas. 3Porquanto não a pud eram celebrar no tem po p ró ­
26Estavam, pois, os levitas em pé com os in stru ­ prio, porque n ão se tin h am santificado sacerdotes
m entos de Davi, e os sacerdotes com as trom betas. em núm ero suficiente, e o povo não se tin h a aju n ta­
27E Ezequias deu ordem que oferecessem o h o lo ­ do em Jerusalém.
causto sobre o altar; e ao tem po em que com eçou o 4E isto pareceu bem aos olhos do rei, e de to d a a
holocausto, com eçou tam bém o canto do Se n h o r , congregação.
com as trom betas e com os instrum entos de Davi, SE ordenaram que se fizesse passar pregão p o rto d o
rei de Israel. o Israel, desde Berseba até Dã, para que viessem a ce­
28E toda a congregação se prostrou, quando entoa­ lebrar a páscoa ao Se n h o r Deus de Israel, em Jerusa­
vam o canto, e as trom betas eram tocadas; tudo isto lém; porque m uitos não a tinham celebrado com o
até o holocausto se acabar. estava escrito.
29E acabando de o oferecer, o rei e todos quantos '’Foram , pois, os correios com as cartas, do rei e dos
com ele se achavam se prostraram e adoraram . seus príncipes, p o r to d o o Israel e Judá, segundo o
“ Então o rei Ezequias e os príncipes disseram aos m and ad o do rei, dizendo: Filhos de Israel, conver­
levitas que louvassem ao Se n h o r com as palavras de tei-vos ao Se n h o r D eus de Abraão, de Isaque e de Is­
Davi, e de Asafe, o vidente. E o louvaram com alegria rael; para que ele se volte para o restante de vós que
e se inclinaram e adoraram . escapou da m ão dos reis da Assíria.
3IE respondeu Ezequias, dizendo: Agora vos con­ 7E não sejais com o vossos pais e com o vossos ir­
sagrastes a vós mesmos ao Se n h o r ; chegai-vos e tra­ m ãos, que transgrediram contra o Se n h o r Deus de
zei sacrifícios e ofertas de louvor à casa do Senhor . E a seus pais, pelo que os entregou à desolação com o
congregação trouxe sacrifícios e ofertas de louvor,e to ­ vedes.
dos os dispostos de coração trouxeram holocaustos. 8N ão endureçais agora a vossa cerviz, com o vos­
32E o núm ero dos holocaustos, que a congregação sos pais; dai a m ão ao Senho r , e vinde ao seu santuá­
trouxe, foi de setenta bois, cem carneiros, duzentos rio que ele santificou para sem pre, e servi ao Se­
cordeiros; tudo isto em holocausto para o Senho r . n h o r vosso Deus, para que o ard o r da sua ira se des­

*'Houve, tam bém , de coisas consagradas, seiscen­ vie de vós.


tos bois e três mil ovelhas. ‘'Porque, em vos convertendo ao Senhor , vossos ir­
34Eram , porém , os sacerdotes m ui poucos, e não m ãos e vossos filhos acharão m isericórdia p eran ­
podiam esfolar a todos os holocaustos; pelo que seus te os que os levaram cativos, e to rn arão a esta ter­
irm ãos os levitas os ajudaram , até a obra se acabar, e ra; p o rq u e o Se n h o r vosso D eus é m isericordioso e
até que os outros sacerdotes se santificaram ; porque com passivo, e não desviará de vós o seu rosto, se vos
os levitas fora m m ais retos de coração, para se santi­ converterdes a ele.
ficarem, do que os sacerdotes. I0E os correios foram passando de cidade em cida­
35E houve tam bém holocaustos em abundância, de, pela terra de Efraim e M anassés até Zebulom ; p o ­
com a g o rdura das ofertas pacíficas, e com as ofertas rém riram -se e zom baram deles.
de libação para os holocaustos. Assim se restabele­ 11 Todavia alguns de Aser, e de M anassés, e de Z eb u ­
ceu o m inistério da casa do Se nho r . lom , se hum ilh aram , e vieram a Jerusalém.
36E Ezequias, e todo o povo se alegraram , po r causa 12E a m ão de D eus esteve com Judá, dando-lhes
daquilo que Deus tinha preparado para o povo; p o r­ um só coração, para fazerem o m andado do rei e dos
que apressuradam ente se fez esta obra. príncipes, conform e a palavra do Senho r .
I3E ajuntou-se em Jerusalém m uito povo, p ara ce­
E zequias restaura a celebração da páscoa lebrar a festa dos pães ázim os, no segundo mês; um a
D EPOISdisto Ezequias enviou mensageiros congregação m u i grande.
p o r todo o Israel e Judá, e escreveu tam bém 14E levantaram -se, e tiraram os altares que havia em

462
2CRÔNICAS 30,31

Jerusalém; tam bém tiraram todos os altares de in ­ abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida; p orque
censo, e os lançaram no ribeiro de Cedrom . a sua oração chegou até à santa habitação de Deus,
1 ’Então sacrificaram a páscoa no dia décim o quar­ até aos céus.
to do segundo mês; e os sacerdotes e levitas se enver­
g onharam e se santificaram e trouxeram holocaus- 1 E ACABANDO tu d o isto, todos os israeli-
tos à casa do Senho r .
I6E puseram -se n o seu posto, segundo o seu cos­
3 M. tas que ali se achavam saíram às cidades de
Judá e quebraram as estátuas, cortaram os bosques,
tum e, conform e a lei de Moisés, o hom em de Deus; e derru b aram os altos e altares p o r toda Judá e Ben­
e os sacerdotes espargiam o sangue, tom ando-o da jam im , com o tam b ém em Efraim e Manassés, até
m ão dos levitas. que tu d o destruíram ; en tão to rn aram todos os fi­
17Porque havia m uitos na congregação que não se ti­ lhos de Israel, cada um para sua possessão, para as
nham santificado; por isso os levitas tinham o encar­ cidades deles.
go de m atarem os cordeiros da páscoa po r todo aquele
que não estava limpo, para o santificarem ao Senhor . As reform as d e E zequias
18Porque u m a m ultidão do povo, m uitos de Efraim 2E estabeleceu Ezequias as turm as dos sacerdotes e
e Manassés, Issacar e Z ebulom , não se tinham p u ri­ levitas, segundo as suas turm as, a cada um segundo
ficado, e contudo com eram a páscoa, não com o está o seu m inistério; aos sacerdotes e levitas p ara o h o ­
escrito; porém Ezequias orou p o r eles, dizendo: O locausto e para as ofertas pacíficas, para m in istra­
S enhor , que é bom , perdoa todo aquele rem , louvarem , e cantarem , às p o rtas dos arraiais
19Que tem preparado o seu coração para buscar ao do Se n h o r .
Se n h o r Deus, o Deus de seus pais, ainda que não es­ ■’Tam bém estabeleceu a p arte da fazenda do rei para
teja purificado segundo a purificação do santuário. os holocaustos; para os holocaustos da m an h ã e da
-°E ouviu o Se n h o r a Ezequias, e sarou o povo. tarde, e p ara os holocaustos dos sábados, e das luas
2IE os filhos de Israel, que se acharam em Jerusa­ novas, e das solenidades; com o está escrito n a lei do
lém, celebraram a festa dos pães ázim os sete dias Senho r .
com grande alegria; e os levitas e os sacerdotes lou­ 4E ord en o u ao povo, que m orava em Jerusalém, que
varam ao Se n h o r de dia em dia, com estrondosos desse a parte dos sacerdotes e levitas, para qu e eles
instrum entos ao Senho r . pudessem se dedicar à lei do Senho r .
22E Ezequias falou benignam ente a todos os levitas, 5E, depois que se divulgou esta ordem , os filhos de
que tin h am bom en tendim ento no conhecim ento Israel trouxeram m uitas prim ícias de trigo, m osto,
do Se n h o r ; e com eram as ofertas da solenidade por azeite, mel, e de todo o p ro d u to do cam po; tam bém
sete dias, oferecendo ofertas pacíficas, e louvando ao os dízim os de tu d o trouxeram em abundância.
Se n h o r D eus de seus pais. 6E os filhos de Israel e de Judá, que habitavam nas ci­
23E, tendo toda a congregação conselho para cele­ dades de Judá, tam bém trouxeram dízim os dos bois
brarem outros sete dias, celebraram ainda sete dias e das ovelhas, e dízim os das coisas dedicadas que
com alegria. foram consagradas ao Se n h o r seu Deus; e fizeram
24Porque Ezequias, rei de Judá, ofereceu à congre­ m uitos m ontões.
gação mil novilhos e sete m il ovelhas; e os príncipes 7No terceiro mês com eçaram a fazer os prim eiros
ofereceram à congregação mil novilhos e dez mil m ontões; e no sétim o mês acabaram .
ovelhas; e os sacerdotes se santificaram em gran ­ “V indo,pois,E zequiaseospríncipes,evendo aque­
de núm ero. les m ontões, bendisseram ao Se n h o r e ao seu povo
2,E alegraram -se, to d a a congregação de Judá, e os Israel.
sacerdotes, e os levitas, toda a congregação de todos 9E perg u n to u Ezequias aos sacerdotes e aos levitas
os que vieram de Israel, com o tam bém os estran­ acerca daqueles m ontões.
geiros que vieram da terra de Israel e os que habita­ I0E Azarias, o sum o sacerdote da casa de Zadoque,
vam em Judá. lhe respondeu, dizendo: Desde que se com eçou a
26E houve grande alegria em Jerusalém; p orque trazer estas ofertas à casa do Se n h o r , tem os com i­
desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, do e tem os fartado, e ainda sobejou em ab u n d ân ­
tal não houve em Jerusalém. cia; porque o Se n h o r abençoou ao seu povo, e sobe­
J'E ntão os sacerdotes e os levitas se levantaram e jo u esta abastança.

463
2CRÔNICAS 31,32

1 'Então ord en o u Ezequias que se preparassem câ­ 2Vendo, pois, Ezequias que S enaqueribe vinha, e
m aras na casa do Senho r , e as prepararam . que estava resolvido contra Jerusalém,
'-Ali recolheram fielmente as ofertas, e os dízimos, ’Teve conselho com os seus príncipes e os seus h o ­
e as coisas consagradas; e tinham cargo disto Co- m ens valentes, para que se tapassem as fontes das
nanias, o levita principal, e Simei, seu irm ão, o se­ águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram .
gundo. 4Assim m u ito povo se aju n to u , e tap o u todas as
' 3E Jeiel, Azarias, Naate, Asael, Jerim ote, Jozabade, fontes, com o tam bém o ribeiro que se estendia pelo
Eliel, Ism aquias, M aate, e Benaia, eram superinten­ m eio da terra, dizendo: Por qu e viriam os reis da As­
dentes sob a direção de C onaniase Simei, seu irm ão, síria, e achariam tantas águas?
por m andado do rei Ezequias, e de Azarias, líder da SE ele se anim ou, e edificou todo o m u ro q u eb ra­
casa de Deus. do até às torres, e levantou o o u tro m u ro p o r fora; e
I4E Coré, filho de Im na, o levita, porteiro do lado do fortificou a Milo na cidade de Davi, e fez arm as e es­
oriente, estava encarregado das ofertas voluntárias cudos em abundância.
que se faziam a Deus, para distribuir as ofertas alça­ bE pôs capitães de guerra sobre o povo, e reuniu-
das do Se nho r e as coisas santíssimas. os na praça da p o rta da cidade, e falou-lhes ao co ­
ISE debaixo das suas ordens estavam Éden, M inia- ração, dizendo:
m im , Jesua, Semaías, Am arias e Secanias, nas cida­ 7Esforçai-vos, e tende bom âni mo; não tem ais, nem
des dos sacerdotes, para distribuírem com fidelida­ vos espanteis, p o r causa do rei da Assíria, nem por
de a seus irm ãos, segundo as suas turm as, tanto aos causa de toda a m ultidão que está com ele, porque há
pequenos com o aos grandes;
um m aior conosco do que com ele.
l6Exceto os que estavam contados pelas genealo­
sC om ele está o braço de carne, m as conosco o Se­
gias dos hom ens, da idade de três anos para cima,
n h o r nosso D eus, para nos ajudar, e para guerre­
a todos os que entravam na casa do Se n h o r , para a
ar po r nós. E o povo descansou nas palavras de Eze­
obra de cada dia no seu dia, pelo seu m inistério nas
quias, rei de Judá.
suas guardas, segundo as suas turm as.
9Depois disto Senaqueribe, rei da Assíria, enviou os
' "Q uanto ao registro dos sacerdotes foi ele feito se­
seus servos a Jerusalém (ele porém estava diante de La-
gundo as suas famílias, e o dos levitas, da idade de
quis, com todas assuas forças),a Ezequias, rei de Judá, e
vinte anos para cima, foi feito segundo as suas guar­
a todo o Judá que estava em Jerusalém, dizendo:
das nas suas turm as;
l0Assim diz Senaqueribe, rei da Assíria: Em quecon-
lsCom o tam bém conform e às genealogias, com to ­
fiais vós, para vos deixardes sitiar em Jerusalém?
das as suas crianças, suas mulheres, eseus filhos,e suas
1 'Porventura não vos incita Ezequias, para m o rrer­
filhas, por toda a congregação. Porquecom fidelidade
des à fom e e à sede, dizendo: O Se n h o r nosso Deus
estes se santificavam nas coisas consagradas.
'“Tam bém dentre os filhos de Arão, os sacerdotes, nos livrará das m ãos do rei da Assíria?
que estavam nos cam pos dos arrabaldes das suas ci­ 12N ão é Ezequias o m esm o que tiro u os seus altos e
dades, em cada cidade, havia hom ens que foram de­ os seus altares, e falou a Judá e a Jerusalém, dizendo:
signados pelos seus nom es para distribuírem as por­ D iante de um único altar vos prostrareis, e sobre ele
ções a to d o o h o m e m entre os sacerdotes e a todos os queim areis incenso?
que estavam contados entre os levitas. ' 3N ão sabeis vós o que eu e m eus pais fizemos a todos
‘"E assim fez Ezequias em todo o Judá; e fez o que era ospovos das terras?Porventura puderam dequalquer
bom, e reto, e verdadeiro, perante o Senho r seu Deus. m aneira os deuses das nações daquelas terras livrar o
2' E to d a a obra que com eçou no serviço da casa de seu país da m inha mão?
Deus, e na lei, e nos m andam entos, para buscar a seu ‘■‘Q ual é, de to d o s os deuses daquelas nações que
Deus, ele a fez de todo o seu coração, e prosperou. m eus pais destruíram , o que p ôde livrar o seu povo
da m in h a m ão, p ara que vosso D eus vos possa livrar
Sen a q u erib e invade Ju d á da m in h a mão?
DEPOIS destas coisas e desta verdade, veio l5Agora, pois, não vos engane Ezequias, nem vos
Senaqueribe, rei da Assíria, e en tro u em incite assim, nem lhe deis crédito; porque n enhum
Judá, e acam pou-se contra as cidades fortificadas, e deus de nação algum a, nem de reino algum , p ôde li­
in ten to u apoderar-se delas. vrar o seu povo da m in h a mão, nem da m ão de meus

464
2CRÔNICAS 32,33

pais; quanto m enos vos poderá livrar o vosso Deus 29Edificou tam b ém cidades, e possuiu ovelhas e
da m inha mão? vacas em abundância; p o rq u e Deus lhe tinha dado
1‘Também seus servos falaram ainda mais contra o m uitíssim as possessões.
Senho r Deus, e contra Ezequias, o seu servo. ,0Tam bém o m esm o Ezequias ta p o u o m anancial
l7Escreveu tam bém cartas, para blasfem ar do Se­ superior das águas de G iom , e as fez correr p o r bai­
n h o r Deus de Israel, e para falar co n tra ele, dizen­ xo para o ocidente da cidade de Davi; p o rq u e Eze­
do: Assim com o os deuses das nações das terras não quias prosperou em todas as suas obras.
livraram o seu povo da m inha mão, assim tam bém 31 C ontudo, no tocante aos em baixadores dos p rín ­
o Deus de Ezequias não livrará o seu povo da m i­ cipes de Babilônia, que foram enviados a ele, a per­
nha mão. guntarem acerca do prodígio que se fez naquela ter­
'"E clam aram em alta voz em judaico co n tra o ra, Deus o desam parou, para tentá-lo, para saber
povo de Jerusalém , que estava em cim a do m uro, tu d o o que havia no seu coração.
para os atem orizar e os pertu rb ar, para que tom as­ ,2Q u an to aos dem ais atos de Ezequias, e as suas
sem a cidade. boas obras, eis que estão escritos na visão do profe­
I9E falaram do D eus de Jerusalém, com o dos deuses ta Isaías, filho de Amós, e no livro dos reis de Judá e
dos povos da terra, obras das m ãos dos hom ens. de Israel.
20Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de 33E d o rm iu Ezequias com seus pais, e o sepulta­
Amós, oraram contra isso, e clam aram ao céu. ram no m ais alto dos sepulcros dos filhos de Davi;
e todo o Judá e os habitantes de Jerusalém lhe fizer
D eus destrói o exército de Senaqtieribe am honras na sua m orte; e M anassés, seu filho, rei­
21Então o Senho r enviou um anjo que destruiu a to ­ n ou em seu lugar.
dos os hom ens valentes, e os líderes, e os capitães no
arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua A idolatria de M atiassés
terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus T IN H A M anassés doze anos de idade,
próprios filhos, o m ataram ali à espada. q u an d o com eçou a reinar, e cinqüenta e
22Assim livrou o Senho r a Ezequias, e aos m orado­ cinco anos reinou em Jerusalém.
res de Jerusalém, da m ão de Senaqueribe, rei da Assí­ 2E fez o que era m au aos olhos do Se nho r , confor­
ria, e da m ão de todos; e de todos os lados os guiou. me às abom inações dos gentios que o S en h o r lança­
23E m uitos traziam a Jerusalém presentes ao S e­ ra fora de diante dos filhos de Israel.
n h o r , e coisas preciosíssim as a Ezequias, rei de Judá, 3Porque to rn o u a edificar os altos que Ezequias, seu
de m odo que depois disto foi exaltado perante os pai, tin h a derrubado; e levantou altares aos Baalins,
olhos de todas as nações. e fez bosques, e prostrou-se d iante de to d o o exérci­
to dos céus, e o serviu.
D oença e m orte de E zequias 4E edificou altares na casa do Se nho r , da qual o Se­
24Naqueles dias Ezequias adoeceu m ortalm ente; e n h o r tinha falado: Em Jerusalém estará o m eu nom e

orou ao S enho r , o qual lhe falou, e lhe deu um sinal. eternam ente.
25Mas não correspondeu Ezequias ao benefício que 'Edificou altares a to d o o exército dos céus, em am ­
lhe fora feito; porqueo seu coração se exaltou; po r isso bos os átrios da casa do Senho r .
veio grande ira sobre ele, e sobre Judá e Jerusalém. '’Fez ele tam bém passar seus filhos pelo fogo no
26Ezequias, porém , se h u m ilh o u pela exaltação vale do filho de H in o m , e usou de adivinhações e de
do seu coração, ele e os habitantes de Jerusalém; e a agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e en ­
grande ira do Se n h o r não veio sobre eles, nos dias cantadores, e fez m uitíssim o mal aos olhos do Se­
de Ezequias. n h o r , para o provocar à ira.

27E teve Ezequias riquezas e glória em grande ab u n ­ T a m b é m pôs u m a im agem de escultura do ídolo
dância; proveu-se de tesouraria para prata, ouro, pe­ que tin h a feito, na casa de Deus, da qual Deus tinha
dras preciosas, especiarias, escudos, e toda a espécie falado a Davi e a Salomão seu filho: Nesta casa e em
de objetos desejáveis. Jerusalém, qu e escolhi de todas as trib o s de Israel,
2RTambém de arm azéns para a colheita do trigo, e porei o m eu nom e p ara sem pre.
do vinho, e do azeite; e de estrebarias para toda a es­ 8E nu n ca m ais rem overei o pé de Israel da terra que
pécie de anim ais e de currais para os rebanhos. destinei a vossos pais; contanto que ten h am cuidado

465
2CRÔNICAS 33,34

de fazer tu d o o que eu lhes ordenei, conform e a toda de escultura, antes que se hum ilhasse, eis que estão
a lei, e estatutos, e juízos, dados pela m ão de Moisés. escritos nos livros dos videntes.
‘‘E M anassés tan to fez errar a Judá e aos m o rad o ­ -°E d o rm iu M anassés com seus pais, e o sepultaram
res de Jerusalém, que fizeram pio r do que as nações em sua casa. A m om , seu filho, reinou em seu lugar.
que o S enhor tinha destruído de diante dos filhos
de Israel. O reinado de A m o m , a sua
1 °E falou o Se n h o r a M anassés e ao seu povo, porém im p ied a d e e m orte
não deram ouvidos. 2'T inha A m om vinte e dois anos de idade q u an d o
com eçou a reinar, e dois anos reinou em Jerusalém.
O cativeiro de M anassés, sua oração e m orte 22E fez o que era m au aos olhos do Se n h o r , com o
1 'Assim o S e n h o r trouxe sobre eles os capitães do havia feito M anassés, seu pai; porque A m om sacri­
exército do rei da Assíria, os quais prenderam a M a­ ficou a todas as im agens de escultura que Manassés,
nassés com ganchos e, am arran d o -o com cadeias, o seu pai tinha feito, e as serviu.
levaram para Babilônia. 2,Mas não se h u m ilh o u p erante o Se n h o r , com o
I2E ele, angustiado, o ro u deveras ao Se n h o r seu Manassés, seu pai, se hum ilhara; antes m ultiplicou
Deus, e h um ilhou-se m uito perante o Deus de seus A m om os seus delitos.
pais; 24E conspiraram contra ele os seus servos, e o m a­
13E fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, taram em sua casa.
e ouviu a sua súplica, e to rn o u a trazê-lo a Jerusa­ 2,Porém o povo da terra feriu a todos quantos cons-
lém, ao seu reino. Então conheceu M anassés que o pi raram contra o rei A m om ; e o povo da terra fez rei­
Se n h o r era Deus. nar em seu lugar a Josias, seu filho.
ME depois disto edificou o m uro de fora da cidade
de Davi, ao ocidente de G iom , no vale, e à entrada da Josias abole a idolatria
porta do peixe, e ao redor de Ofel, e o levantou m u i­ TIN H A Josias oito anos quando com eçou
to alto; tam bém pôs capitães de guerra em todas as a reinar, e trin ta e u m anos reinou em Je­
cidades fortificadas de Judá. rusalém.
1SE tirou da casa do Se n h o r os deuses estranhos e o 2E fez o que era reto aos olhos do Se n h o r ; e andou
ídolo, com o tam bém todos os altares que tinha edi­ nos cam inhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles
ficado no m onte da casa do Senho r , e em Jerusalém, nem p ara a direita nem p ara a esquerda.
e os lançou fora da cidade. ’P orque no oitavo ano do seu reinado, sendo ain ­
I6E reparou o altar do S e nho r e ofereceu sobre ele da m oço, com eçou a buscar o Deus de Davi, seu pai;
sacrifícios de ofertas pacíficas e de louvor; e ordenou e no duodécim o ano com eçou a purificar a Judá e a
a Judá que servisse ao Se n h o r D eus de Israel. Jerusalém, dos altos, e dos bosques, e das imagens de
17C ontudo o povo ainda sacrificava nos altos, mas escultura e de fundição.
som ente ao S enho r seu Deus. 4E d erru b aram p erante ele os altares de Baalins; e
‘“O restante dos atos de Manassés, e a sua oração ao despedaçou as im agens, que estavam acima deles; e
seu Deus, e as palavras dos videntes que lhe falaram os bosques, e as im agens d e escultura e de fundição
no nom e do Senho r D eus de Israel, eis que estão nas queb ro u e reduziu a pó, e o espargiu sobre as sepul­
crônicas dos reis de Israel. turas dos que lhes tinham sacrificado.
'“'E a sua oração, e com o Deus se aplacou para com ’E os ossos dos sacerdotes queim ou sobre os seus
ele, e to d o o seu pecado, e a sua transgressão, e os lu ­ altares; e purificou a Judá e a Jerusalém.
gares o nde edificou altos, e pôs bosques e im agens òO m esm o fe z nas cidades de Manassés, e de Efraim,

Joslas abole a Idolatria


dimento verdadeiro, pecados específicos são reconhecidos, fal­
(34.1-33)
sos mestres e irmãos são devidamente disciplinados, práticas
cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A renovação espiritual pagãs e mundanas são abandonadas e os padrões de santida­
U do rei Josias observa princípios bíblicos e não a tradição de são restaurados.
idólatra em que o povo e o reino se encontravam. Falar de renovação ou avivamento espiritual sem incluir mudan­
O princípio bíblico essencial para o verdadeiro avivamento é o ça de atitude ou arrependimento significa que não há propósito
arrependimento sincero de pecados. Sempre que há arrepen­ sadio e real mudança no coração e na maneira de viver do povo.

466
2CRÔNICAS 34

e de Simeão, e ainda até Naftali, em seus lugares as­ zendo: O sacerdote H ilquias entregou-m e u m livro.
solados ao redor. E Safã leu nele perante o rei.
7E, tendo d errubado os altares, e os bosques, e as ‘‘'Sucedeu que, ouvindo o rei as palavras da lei, ras­
im agens de escultura, até reduzi-los a pó, e tendo gou as suas vestes.
despedaçado todas as imagens do sol em toda a ter­ i0E o rei ord en o u a Hilquias, e a Aicão, filho de Safa,
ra de Israel, então voltou para Jerusalém. e a A bdom , filho de Mica, e a Safa, o escrivão, e a Asa-
ías, servo do rei, dizendo:
Josias repara o tem plo 21 Ide, consultai ao Se n h o r p o r m im , e pelos que res­
“E no ano décim o oitavo do seu reinado, havendo tam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste li­
já purificado a terra e a casa, enviou a Safã, filho de vro que se achou; porque grande é o furor do Senho r ,
Azalias, e a Maaséias, governador da cidade, e a Joá, que se d erram o u sobre nós; po rq u an to nossos pais
filho de Joacaz, cronista, para repararem a casa do não guardaram a palavra do Se n h o r , para fazerem
Senhor seu Deus. conform e a tu d o q u anto está escrito neste livro.
9E foram a Hilquias, sum o sacerdote, e deram o di­
nheiro que se tinha trazido à casa de Deus, e que os H u ld a prediz a ru ín a d e Jerusalém
levitas, que guardavam a entrada tinham recebido 22Então H ilquias, e os enviados do rei, foram ter com
da m ão de M anassés, e de Efraim, e de todo o restan­ a profetisa H ulda, m ulher de Salum, filho de Toca-
te de Israel, com o tam bém de to d o o Judá e Benja­ te, filho de Harás, guarda das vestim entas (e h abita­
m im , e dos habitantes de Jerusalém. va ela em Jerusalém na segunda parte); e falaram -
IHE eles o entregaram aos que tinham o encargo da lhe a esse respeito.
obra, e superintendiam a casa do Se n h o r ; e estes o 23E ela lhes disse: Assim diz o Se n h o r Deus de Israel:
deram aos que faziam a obra, e trabalhavam na casa Dizei ao hom em que vos enviou a mim:
do Senho r , para consertarem e repararem a casa. 24Assim diz o Se n h o r : Eis que trarei m al sobre este
n E deram -no aos carpinteiros e aos edificadores, lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as
para com prarem pedras lavradas, e m adeiras para as m aldições que estão escritas no livro que se leu p e­
ju n tu ra se para servirem de vigas para as casasque os rante o rei de Judá.
reis de Judá tinham destruído. 2,Porque m e deixaram , e queim aram incenso p e­
I2E estes hom ens trabalhavam fielm ente n a obra; rante ou tro s deuses, para m e provocarem à ira com
e os superintendentes sobre eles eram : Jaate e O ba- todas as obras das suas mãos; p o rtan to o m eu furor
dias, levitas, dos filhos de M erari, com o tam bém Za­ se derram o u sobre este lugar, e não se apagará.
carias e Mesulão, dos filhos dos coatitas, para adian­ 26Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar
tarem a obra; e todos os levitas que eram entendidos ao Se nho r , assim lhe direis: Assim diz o Se n h o r Deus
em instrum entos de música. de Israel, q u an to às palavras que ouviste:
13Estavam tam bém sobre os carregadores e dirigiam 27Porquanto o teu coração se enterneceu, e te h u m i­
todos os que trabalhavam em alguma obra; e dentre lhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra
os levitas havia escrivães, oficiais e porteiros. este lugar, e contra os seus habitantes, e te humilhaste
perante m im , e rasgaste as tuas vestes, e choraste pe­
H ilquias acha o livro da lei rante m im , tam bém eu te ouvi, diz o Senhor .
l4E, tirando eles o dinheiro que se tin h a trazido à 28Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido
casa do Senhor , Hilquias, o sacerdote, achou o livro ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo
da lei do Senho r , dada pela m ão de Moisés. o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus
1 '’E H ilquias disse a Safã, o escrivão: Achei o livro da habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei.
lei na casa do S enhor . E H ilquias deu o livro a Safã. 29E ntão o rei m a n d o u reu n ir todos os anciãos de
I6E Safã levou o livro ao rei, e deu-lhe conta, di­ Judá e Jerusalém.
zendo: Teus servos fazem tudo q uanto se lhes enco­ 30E o rei subiu à casa do Senho r , com todos os h o ­
m endou. m ens de Judá, e os habitantes de Jerusalém, e os sa­
I7E ajuntaram o d inheiro que se achou na casa do cerdotes, e os levitas, e to d o o povo, desde o m aior
Senhor , e o deram na m ão dos superintendentes e na até ao m enor; e ele leu aos ouvidos deles todas as pa­
m ão dos que faziam a obra. lavras do livro da aliança que fora achado na casa
l8Além disto, Safã, o escrivão, fez saber ao rei, di­ do Senho r .

467
2CRÔNICAS 34,35

31E p ô s - s e o re i e m p é e m s e u lu g a r, e fez a lia n ­ ' “Assim se preparou o serviço, e puseram -se os sa­
ça p e r a n t e o S enhor , p a r a s e g u ir e m a o S enhor , e cerdotes nos seus postos, e oslevitas nas suas turm as,
p a r a g u a r d a r o s se u s m a n d a m e n to s , e o s se u s te s te ­ conform e a ordem do rei,
m u n h o s , e o s se u s e s ta tu to s , c o m to d o o s e u c o r a ­ ' 'E ntão im olaram a páscoa; e os sacerdotes espar­
ç ã o , e c o m to d a a s u a a lm a , c u m p r i n d o a s p a la v ra s giram o sangue recebido das m ãos dos levitas que es­
d a a lia n ç a , q u e e stã o e s c rita s n a q u e le liv ro . folavam as reses.
32E fez com que todos quantos se achavam em Jeru­ 12E puseram de parte os holocaustos para os darem
salém e em B enjam im o firm assem; e os habitantes aos filhos do povo, segundo as divisões das casas p a­
de Jerusalém fizeram conform e a aliança de Deus, o ternas, para o oferecerem ao S e n h o r, com o está escri­
D eus de seus pais. to no livro de Moisés; e assim fizeram com os bois.
33E Josias tirou todas as abom inações de todas as I3E assaram a páscoa no fogo, segundo o rito; e as
terras que eram dos filhos de Israel; e a todos q u an ­ ofertas sagradas cozeram em panelas, e em caldei­
tos se achavam em Israel obrigou a que servissem ao rões e em sertãs; e p ro n tam en te as repartiram en ­
S e n h o r seu Deus. E nquanto ele viveu não se desvia­ tre todo o povo.
ram de seguir o S e n h o r, o Deus de seus pais. MD epois prepararam para si e para os sacerdotes;
p orque os sacerdotes, filhos de Arão.se ocuparam até
A celebração da páscoa à noite com o sacrifício dos holocaustos e da go rd u ­
ENTÂO Josias celebrou a páscoa ao S e n h o r ra; p o r isso os levitas prepararam para si e p ara os sa­
em Jerusalém; e m ataram o cordeiro da pás­ cerdotes, filhos de Arão.
coa no décim o quarto dia do prim eiro mês. ' ’Eoscantores, filhos de Asafe, estavam no seu posto,
2E e s ta b e le c e u o s s a c e r d o te s n o s se u s c a rg o s , e o s segundo o m andado de Davi, e de Asafe, e de Hemã,
a n im o u a o m in is té r io d a c a sa d o S enhor . e de Jedutum, vidente do rei, com o tam bém os por­
3E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e teiros a cada porta; não necessitaram de se desviarem
estavam consagrados ao S e n h o r : P ondea arca sagra­ do seu m inistério; porquanto seus irmãos, os levitas,
da na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de preparavam o necessário para eles.
Israel; não tereis mais esta carga aos om bros; agora 16Assim se estabeleceu todo o serviço do S enhor
servi ao S e n h o r vosso D eus, e ao seu povo Israel. naquele dia, para celebrar a páscoa, e oferecer h o ­
4E preparai-vos segundo as vossas casas paternas e locaustos sobre o altar do S enhor , segundo a ordem
segundo as vossas turm as, conform e à prescrição de do rei Josias.
Davi, rei de Israel, e a de Salomão, seu filho. I7E os filhos de Israel que ali se acharam celebra­
5E estai no santuário segundo as divisões das casas pa­ ram a páscoa naquele tem po, e a festa dos pães ázi­
ternas de vossos irmãos, os filhos do povo; e haja para m os, d u ran te sete dias.
cada divisão um a parte de um a família de levitas. ' “N unca, pois, se celebrou tal páscoa em Israel, des­
6E im olai a páscoa, e santificai-vos, e preparai-a de os dias do profeta Samuel; nem n en h u m rei de Is­
p ara vossos irm ãos, fazendo conform e a palavra do rael celebrou tal páscoa com o a que celebrou Josias
S e n h o r, dada pela m ão de Moisés. com os sacerdotes, e levitas, e todo o Judá e Israel, que
7E ofereceu Josias, aos filhos do povo, cordeiros e ca­ ali se acharam , e os habitantes de Jerusalém.
britos do rebanho, todos para os sacrifícios da páscoa, '“'N o décim o oitavo ano do reinado de Josias se ce­
em núm ero de trinta mil, por todos os que ali se acha­ lebrou esta páscoa.
vam, e de bois três mil; isto era da fazenda do rei.
“Tam bém apresentaram os seus príncipes ofertas Josias é m orto
voluntárias ao povo, aos sacerdotes e aos levitas: Hil- 20D epois de tu d o isto, havendo Josias já p rep ara­
quias,eZacarias,eJeiel,líderesdacasa de D eus,deram do o tem plo, subiu Neco, rei do Egito, para guerre­
aos sacerdotes para os sacrifícios da páscoa duas mil e ar con tra C arquem is, ju n to ao Eufrates; e Josias lhe
seiscentas reses de gado miúdo, e trezentos bois. saiu ao encontro.
9E C onanias, e Semaías, e N atanael, seus irm ãos, 21 Então ele lhe m an d o u mensageiros, dizendo: Q ue
com o tam bém Hasabias, e Jeiel, e Jozabade, chefe tenho eu contigo, rei de Judá? N ão é contra ti que ve­
dos levitas, apresentaram aos levitas, para os sacrifí­ nho hoje, m as co n tra a casa que m e faz guerra; e dis­
cios da páscoa, cinco m il reses de gado miúdo, e qui­ se D eus que m e apressasse; guarda-te de te opores a
nhentos bois. Deus, que é com igo, para que ele não te destrua.

468
2CRÔNICAS 35,36

22Porém Josias não virou dele o seu rosto, antes se ‘’Subiu, pois, contra ele N abucodonosor, rei de Ba­
disfarçou, para pelejar contra ele; e não deu ouvidos bilônia, e o am arro u com cadeias, para o levar a Ba­
às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus; an­ bilônia.
tes veio pelejar no vale de Megido. T am b ém aIgunsdos vasos da casa do S e n h o r levou
23E os flecheiros atiraram contra o rei Josias. Então N abucodonosor a Babilônia, e pô-los no seu tem ­
o rei disse a seus servos: T irai-m e daqui, porque es­ plo em Babilônia.
to u gravem ente ferido. sQ uanto ao m ais dos atos de Jeoiaquim, e as abom i­
24E seus servos o tiraram do carro, e o levaram no nações que fez, e o mais que se achou nele, eis que es­
segundo carro que tinha, e o trouxeram a Jerusalém; tão escritos n o livro dos reis de Israel e de Judá; e Jo­
e m orreu, e o sepultaram nos sepulcros de seus pais; aquim , seu filho, reinou em seu lugar.
e todo o Judá e Jerusalém p rantearam a Josias. T in h a Joaquim a idade de oito anos, q u an d o co ­
2,E Jeremias fez um a lam entação sobre Josias; e to ­ m eçou a reinar; e reinou três meses e dez dias em Je­
dos os cantores e cantoras, nas suas lam entações, rusalém ; e fez o que era m au aos olhos do S e n h o r.
têm falado de Josias, até ao dia de hoje; porque as es­ 10E no decurso de um ano enviou o rei N abucodo­
tabeleceram por estatuto em Israel; e eis que estão es­ nosor, e m an d o u trazê-lo a Babilônia, com os mais
critas nas lam entações. preciosos vasos da casa do Se n h o r ; e pôs a Zedequias,
2(>Q u an to ao m ais dos atos de Josias, e as suas boas seu irm âo, rei sobre Judá e Jerusalém.
obras, conform e o que está escrito na lei do S e n h o r,
2TE os seus atos, tan to os prim eiros com o os ú lti­ Z edequias reina
mos, eis que estão escritos no livro dos reis de Isra­ ' 'T in h a Zedequias a idade de v inte e cinco anos,
el e de Judá. q uand o com eçou a reinar; e onze anos reinou em
Jerusalém.
Jeoacaz é levado cativo para o Egito ‘2E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r seu Deus;
ENTÃO o povo da terra to m o u a Jeoacaz, fi­ nem se h u m ilhou perante o profeta Jeremias, quefa ­
lho de Josias, e o fez rei em lugar de seu pai, lava da p arte do S e n h o r.
em Jerusalém. ' 3Além disto, tam bém se rebelou contra o reiNabuco-
2Tinha Jeoacaz a idade de vinte e três anos, q u a n ­ donosor, que o tinha ajuram entado por Deus. Mas en­
do com eçou a reinar; e três meses reinou em Jeru­ dureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou «o seu coração,
salém, que não se converteu ao Senhor Deus de Israel.
'Porque o rei do Egito o depôs em Jerusalém, e con­ 1 T a m b é m todos os chefes dos sacerdotes e o povo
d enou a terra à con tribuição de cem talentos de prata aum entavam de mais em m ais as transgressões, se­
e um talento de ouro. gundo todas as abom inações dos gentios; e co n ta­
4E o rei do Egito pôs a Eliaquim , irm ão de Jeoacaz, m inaram a casa do Se n ho r , que ele tin h a santifica­
rei sobre Judá e Jerusalém, e m udou-lhe o nom e em do em Jerusalém.
Jeoiaquim; m as a seu irm ão Jeoacaz to m o u Neco, e ” E o Se n h o r Deus de seus pais, falou-lhes constan­
levou-o para o Egito. tem ente p o r interm édio dos mensageiros, porque se
com padeceu do seu povo e da sua habitação.
Je o ia q u im reina ,6Eles, porém , zom baram dos m ensageiros de
’T inha Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade, Deus, e desprezaram as suas palavras, e m ofaram
q u an d o com eçou a reinar, e reinou onze anos em dos seus profetas; até que o fu ro r do S e n h o r tan to
Jerusalém; e fez o que era m au aos olhos do S e n h o r subiu co n tra o seu povo, que mais n en h u m rem é­
seu Deus. dio houve.

E o trouxeram a Jerusalém; e morreu tes. A exegese, neste caso. é o único meio hábil para elucidar
(35.24) a questão. O texto destacado apenas nos informa; *e morreu",
dando-nos a impressão de que. pelo fato de o episódio da mor­
Ceticismo. Declara que este versículo não é compatível
te vir registrado após o acontecimento, Josias teria morrido em
com 2Reis 23.30 (seu correlato), que diz que a morte do rei
Jerusalém. Todavia, isto não procede. O texto de 2Reis esclarece
Josias ocorreu em Megido enào em Jerusalém.
que: “Nos seus dias subiu Faraó Neco (...) e. vendo-o ele. o matou
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É pura especulaçào tentar em Megido". Após sua morte em Megido. seus servos o transpor­
inferir contradição de contextos tão razoáveis quanto es­ taram em um carro até Jerusalém, onde foi sepultado.

469
2CRÔNICAS 36

l7Porque fez subir co n tra eles o rei dos caldeus, o 2‘Para que se cum prisse a palavra do S enhor , pela
qual m a to u os seus jovens à espada, na casa do seu boca de Jeremias, até que a te rra se agradasse dos
santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem seus sábados; todos os dias da assolação repousou,
das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a até que os setenta anos se cum priram .
todos entregou na sua mão. 22P orém , no p rim e iro an o de C iro, rei da P ér­
1SE todos os vasos da casa de Deus, grandes e peque­ sia (p a ra q u e se cu m p risse a p alav ra do Se n h o r
nos, os tesouros da casa do Se nho r , e os tesouros do pela boca de Jerem ias), d e s p e rto u o Se n h o r o es­
rei e dos seus príncipes, tudo levou para Babilônia. p írito de C iro, rei d a P érsia, o q u al fez passar p re ­
I9E queim aram a casa de Deus, e derru b aram os gão p o r to d o o seu rein o , co m o tam b ém p o r es­
m uros de Jerusalém, e todos os seus palácios quei­ crito, dizendo:
m aram a fogo, destruind o tam bém todos os seus 23Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Se n h o r D eus dos
preciosos vasos. céus m e deu todos os reinos da terra, e m e encarre­
20E os que escaparam da espada levou para Babilô­ gou de lhe edificar um a casa em Jerusalém, que está
nia; e fizeram -se servos dele e de seus filhos, até ao em Judá. Q uem há entre vós, de todo o seu povo, o
tem po do reino da Pérsia. Se n h o r seu D eus seja com ele, e suba.

470
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Esdras
T it u l o
O título é originado do nom e do pró p rio autor, o sacerdote Esdras. É contado com o um único volum e
no cânon judaico, juntam ente com o livro de Neemias.

A u t o r ia e data

É Esdras, cujo nom e deriva do hebraico Ezer e significa “ajuda”. N ão existem dúvidas de que tenha sido
ele o autor. Esdras foi um hábil sacerdote e u m dos m aiores líderes judaicos após o cativeiro babilónico.
Foi ele, inclusive, quem restaurou a religião judaica e, provavelm ente, lhe deu form a p ara os anos subse­
qüentes.
C onform e a referência 7.1, o governante na época em que Esdras foi a Jerusalém, p o r volta de 457 a.C.,
era Artaxerxes I (Longim anus). O reavivam ento teria ocorrido p o r volta do ano 445 a.C., logo, podem os
concluir que o livro não foi escrito m uito depois disso.

A ssunto
O livro pode ser dividido em duas partes principais. Os capítulos 1 a 6 n arram a história dos prim eiros
judeus que voltaram do cativeiro sob a liderança de Zorobabel e do sum o sacerdote Josué. Esse reto rn o foi
financiado pelo então fundador e governante do im pério m edo-persa, Ciro, o G rande. Os judeus regressa­
ram com o intuito de reconstruir o tem plo, que havia sido destruído p o r N abucodonosor. Sofreram g ran­
de oposição e desânim o, m as foram ajudados pelo m inistério dos profetas Ageu e Zacarias.
Na segunda parte, que abrange os capítulos 7 a 10, o personagem principal é o p ró p rio au to r do livro,
Esdras, que transm ite ao povo as instruções de Artaxerxes. Entre o final do capítulo 6 e o início do 7, já se
passaram cerca de 50 anos, p o r isso os personagens da prim eira parte não aparecem mais. Esdras, então,
com eça um reavivem ento religioso, levando o povo a rejeitar a m istu ra racial e a se voltar p ara a lei com
verdadeira dedicação.
O livro contém diversas genealogias, extrem am ente im portantes para o contexto da história judaica,
um a vez que a nação está sendo resgatada do caos no qual fora lançada pelo exílio babilónico.
Ê nfase ap o lo g é tic a
Alguns críticos m odernos tentaram negar a autoria e o tem po da com posição desse livro. E tu d o com
objetivo de encontrarem contradições entre esse livro e “as antiguidades judaicas” do h isto riad o r Flávio
Josefo. Para tanto, lançaram m ão de nom es encontrados em Esdras, os quais Josefo coloca com o sendo
de pessoas existentes em data m uito posterior. Os críticos, no entanto, não levaram em conta que os n o ­
mes hebraicos são m uito repetidos e, em qualquer p onto da história judaica, é possível en co n trar pessoas
com o m esm o nom e.
Pelo fato de o livro conter a o rdem para a edificação do tem plo de Jerusalém, os adventistas, entre o u ­
tros grupos, têm tom ado o ano 457 a.C. com o sendo a data prevista para a reconstrução de Jerusalém, co n ­
form e D aniel 9.25. C om interpretações distorcidas, passaram a afirm ar tam bém que a vinda de Jesus estava
m arcada para 1844. Mas tu d o o que envolve tais interpretações se m o stro u errôneo e o fato de se recusa­
rem a adm itir seus erros obrigou-os a criar outras d outrinas antibíblicas.
O LIVRO DE

ESDRAS
C iro convida os ju d e u s a edificarem o tem plo A lista dos q u e voltaram
N O prim eiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para ESTES são os filhos da província, que subiram
1 que se cum prisse a palavra do Se n h o r , pela boca
de Jerem ias), despertou o Se n h o r o espírito de Ciro,
2 do cativeiro, d en tre os exilados, que N abuco­
donoso r, rei de Babilônia, tin h a tran sp o rtad o a
rei da Pérsia, o qual fez passar pregão p o r todo o seu Babilônia, e to rn aram a Jerusalém e a Judá, cada um
reino, com o tam bém p o r escrito, dizendo: para a sua cidade;
2Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus 2Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias,
me deu todos os reinos da terra,em e encarregou de lhe Seraías, Reelaías, M ardoqueu, Bilsã, M izpar, Bigvai,
edificar um a casa em Jerusalém, que está em Judá. Reum e Baaná. O n ú m ero dos hom ens do povo de
’Q uem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Israel:
Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, *Os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.
e edifique a casa do Se n h o r D eus de Israel (ele é o 4O s filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
Deus) que está em Jerusalém. ’Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco.
4E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em 6Os filhos de Paate-M oabe, dos filhos de Jesuá-Jo-
que andar peregrinando, os hom ens do seu lugar abe, dois mil oitocentos e doze.
o ajudarão com prata, com o uro, com bens, e com 7O s filhos de Elão, mil duzentos e cin qüenta e
gados, além das dádivas voluntárias para a casa de quatro.
Deus, que está em Jerusalém. sO s filhos de Z atu, novecentos e quarenta e cinco.
’Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e 9O s filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos luOs filhos de Bani, seiscentos e q uarenta e dois.
aqueles cujo espírito D eus despertou, para subirem 1' Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e três.
a edificar a casa do Se n h o r , que está em Jerusalém. 12O s filhos de Azgade, mil duzentos e vinte e dois.
'’E todos os que habitavam nos arredores lhes fir­ 1’Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e seis.
m aram as m ãos com vasos de prata, com ouro, com I40 s filhos de Bigvai, dois m il e cinqüenta e seis.
bens e com gado, e com coisas preciosas; além de ' ’O s filhos de A dim , q uatrocentos e cin q ü en ta e
tu d o o que voluntariam ente se deu. quatro.
’T am bém o rei Ciro tirou os utensílios da casa do lf'Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
Se n h o r , que N abucodonosor tinha trazido de Jeru­ l7O s filhos de Bezai, trezentos e vinte e três.
salém, e que tinha posto na casa de seus deuses. ,sO s filhos de Jora, cento e doze.
REstes tiro u Ciro, rei da Pérsia, pela m ão de M i- ,9O s filhos de H asum , duzentos e vinte e três.
tredate, o tesoureiro, que os entregou contados a 20O s filhos de G ibar, noventa e cinco.
Sesbazar, príncipe de Judá. 2'O s filhos de Belém, cento e vinte e três.
9E este é o n úm ero deles: trin ta travessas de ouro, 22O s ho m en s de Netofá, cinqüenta e seis.
mil travessas de prata, vinte e nove facas, 2’O s h om ens de A natote, cento e vinte e oito.
l0T rinta bacias de ouro, mais outras quatrocentas e 24O s filhos de Azmavete, q uarenta e dois.
dez bacias de prata, e mil outros utensílios. 2’O s filhos de Q uiriate-A rim , Q uefira e Beerote,
1 'T o d o s os utensílios de o u ro e de p rata/o ram cin­ setecentos e q u aren ta e três.
co m il e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, 26Os filhos de Ramá, e de Geba, seiscentos e vinte
q u an d o os do cativeiro subiram de Babilônia para eum .
Jerusalém . 27Os hom ens de M icm ás, cento e vinte e dois.

472
ESDRAS 2,3

2SOs hom ens de Betei e de Ai, duzentos e vinte e ,6Os filhos de Jaalá, os filhos de D arcom , os filhos
três. de Gidel,
29Os filhos de N ebo, cinqüenta e dois. 570 s filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos de
J0Os filhos de Magbis, cento e cinqüenta e seis. Poquerete-H azebaim , os filhos de Ami.
31O s filhos do o u tro Elão, m il duzentos e cinqüenta 5RT odos os netinins, e os filhos dos servos de Salo­
e quatro. m ão, trezentos e noventa e dois.
32O s filhos de H arim , trezentos e vinte. 5''Tam bém estes subiram de Tel-M elá e Tel-Harsa,
330 s filhos de Lode, de H adide e de O no, setecentos Q uerube, Adã e Im er; porém não puderam provar
ev in tee cinco. que as suas famílias e a sua linhagem eram de Israel:
34O s filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco. ‘"Os filhos de Delaías, os filhos deT obias, os filhos
35Os filhos de Senaá, três m il seiscentos e trinta. de Necoda, seiscentos e cinqüenta e dois.
3f,Os sacerdotes: os filhos de Jedaías, da casa de 6IE dos filhos dos sacerdotes: os filhos de Habaías,
Jesuá, novecentos e setenta e três. os filhos de Coz, os filhos de Barzilai, que tom ou
,7Os filhos de Im er, m il e cinqüenta e dois. m ulh er das filhas de Barzilai, o gileadita, e que foi
3KOs filhos de Pasur, m il duzentos e quarenta e sete. cham ado do seu nom e.
39Os filhos de H arim , m il e dezessete. “ Estes pro cu raram o seu registro entre os que esta­
“ Os levitas: os filhos de Jesuá e Cadm iel, dos filhos vam arrolados nas genealogias, m as não se acharam
de Hodavias, setenta e quatro. nelas; assim, p o r im undos, foram excluídos do
sacerdócio.
4lOs cantores: os filhos de Asafe, cento e vinte e
63E o governador lhes disse que não com essem das
oito.
coisas consagradas, até que houvesse sacerdote com
42Os filhos dos porteiros: os filhos de Salum , os
U rim e com T um im .
filhos de Ater, os filhos de T alm om , os filhos de
64T oda esta congregação ju n ta foi de q u aren ta e
Acube, os filhos de H atita, os filhos de Sobai; ao
dois m il trezentos e sessenta,
todo, cento e trin ta e nove.
65Afora os seus servos e as suas servas, q u e foram
430 s netinins: os filhos de Zia, os filhos de Hasufa,
sete m il trezentos e trin ta e sete; tam bém tin h a d u ­
os filhos deT abaote,
zentos cantores e cantoras.
440 s filhos de Q uerós, os filhos de Siá, os filhos de
6<’Os seus cavalos, setecentos e trin ta e seis; os seus
Padom ,
m ulos, duzentos e q uarenta e cinco;
4SOs filhos de Lebaná, os filhos de Hagaba, os filhos
67O s seus camelos, quatrocentos e trin ta e cinco; os
de Acube,
jum entos, seis m il setecentos e vinte.
4(,Os filhos de Hagabe, os filhos de Sanlai, os filhos
6flE alguns dos chefes dos pais, v indo à casa do
de H anã,
Senhor, que habita em Jerusalém , d eram ofertas
47Os filhos de Gidel, os filhos de Gaar, os filhos de
voluntárias para a casa de Deus, para a estabelece­
Reaías, rem n o seu lugar.
4sOs filhos de Rezim, os filhos de N ecoda, os filhos 69C onform e as suas posses, deram para o tesouro
de Gazão, da obra, em ouro, sessenta e um a m il dracm as, e em
490 s filhos de Uzá, os filhos de Paseá, os filhos de prata cinco m il libras, e cem vestes sacerdotais.
Besai, 70E hab itaram os sacerdotes e os levitas, e alguns
í0Os filhos de Asna, os filhos de M eunim , os filhos do povo, tan to os cantores, com o os porteiros, e os
de Nefussim, netinins, nas suas cidades; com o tam bém to d o o
’ 'O s filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa, os Israel nas suas cidades.
filhos de H arur,
,2Os filhos de Bazlute, os filhos de M eída, os filhos É levantado o altar
de Harsa, CH EG A N D O , pois, o sétim o mês, e estando
,3Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos
deTam a.
3 os filhos de Israel já nas cidades, aju n to u -se o
povo, com o um só h om em , em Jerusalém.
S4Os filhos de Neziá, os filhos de Hatifa. -E levantou-se Jesuá, filho de Jozadaque, e seus
" O s filhos dos servos de Salomão; os filhos de So- irm ãos, os sacerdotes, e Z orobabel, filho de Sealtiel,
tai, os filhos de Soferete, os filhos de Peruda, e seus irm ãos, e edificaram o altar do D eus de Israel,

473
ESDRAS 3,4

para oferecerem sobre ele holocaustos, com o está I°Q uando, pois, os edificadores lançaram os alicer­
escrito na lei de Moisés, o hom em de Deus. ces do tem plo do S en h o r , então apresentaram -se os
JE firm aram o altar sobre as suas bases, porque o sacerdotes, já vestidos e com trom betas, e os levitas,
te rro r estava sobre eles, p o r causa dos povos das ter­ filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem ao S e­
ras; e ofereceram sobre ele holocaustos ao S en h or , n h o r conform e à instituição de Davi, rei de Israel.

holocaustos pela m anhã e à tarde. II Ecantavam juntosporgrupo.louvandoerendendo


4E celebraram a festa dos tabernáculos, com o está graças ao S enhor , dizendo: porque é bom ; porque a
escrito; ofereceram holocaustos cada dia, por ordem , sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo
conform e ao rito, cada coisa em seu dia. o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao
5E depois disto o holocausto contínuo, e os das luas S enhor , pela fundação da casa do S enhor .
novas e de todas as solenidades consagradas ao S e­ u P orém m uitos dos sacerdotes, e levitas e che­
n h o r ; com o tam bém de qualquer que oferecia oferta fes dos pais, já idosos, que viram a prim eira casa,
voluntária ao S en h or ; choraram em altas vozes q uando à sua vista foram
'’Desde o prim eiro dia do sétim o m ês com eçaram lançados os fu n d am en to s desta casa; mas m uitos
a oferecer holocaustos ao S en h o r ; porém ainda levantaram as vozes com júbilo e com alegria.
não estavam postos os fundam entos do tem plo do 11 De m aneira que não discernia o povo as vozes do
S en h or . júbilo de alegria das vozes do choro do povo; p orque
7D eram , pois, o dinheiro aos pedreiros e ca rp in ­ o povo jubilava com tão altas vozes, que o som se
teiros, com o tam bém com ida e bebida, e azeite ouvia de m u ito longe.
aos sidônios, e aos tírios, para trazerem do Líbano
m adeira de cedro ao m ar, para Jope, segundo a con­ A construção do tem plo é proibida
cessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia. O U V IN D O , pois, os adversários de Judá e

São postos os alicerces do tem plo


4 B enjam im que os que voltaram do cativeiro
edificavam o tem plo ao S enhor D eus de Israel,
8E no segundo ano da sua vinda à casa de D eus 2C hegaram -se a Z orobabel e aos chefes dos pais,
em Jerusalém , no segundo mês, Z orobabel, filho e disseram -lhes: D eixai-nos edificar convosco,
de Sealtiel, e Jesuá, filho de Jozadaque, e os outros porque, com o vós, buscarem os a vosso Deus; com o
seus irm ãos, os sacerdotes e os levitas, e todos os que tam b ém já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-
vieram do cativeiro a Jerusalém, com eçaram a obra H adom , rei da Assíria, que nos fez subir aqui.
da casa do S en h o r , e constituíram os levitas da idade 3P orém Zorobabel, e Jesuá, e os o u tro s chefes dos
de vinte anos para cima, para que a dirigissem. pais de Israel lhes disseram: N ão convém que nós e
''Então se levantou Jesuá, seus filhos, e seus irm ãos, vós edifiquem os casa a nosso Deus; m as nós sozi­
C adm iel e seus filhos, os filhos de Judá, com o um nhos a edificarem os ao S enhor Deus de Israel, com o
só hom em , para dirigirem os que faziam a obra na nos o rd en o u o rei Ciro, rei da Pérsia.
casa de Deus, bem com o os filhos de H enadade, seus 4Todavia o povo da terra debilitava as m ãos do
filhos e seus irm ãos, os levitas. povo de Judá, e inquietava-os no edificar.

Da Idade de vinte anos para cima alteração, o número de levitas entre o povo que tinham retomado
(3.8) da Babilônia éra de apenas 74 (2.40).
Logo. é preciso distinguir as duas contagens, sendo que na
Ceticismo. Confronta este versículo com os textos de
do versículo 24 foram envolvidos aqueles que trabalhariam, efe­
Números 4.3,23.35 e 1Crônicas 23.3,24 para alegar con­
tivamente, nas funções do tabernáculo (os filhos de Arão, v. 5) e
tradição bíblica quanto à idade em que os oficiantes do templo
aqueles que exerceriam outras funções (os filhos de Coate, v. 15).
deveriam ser separados.
Esdras apenas está seguindo essa orientação.
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em estudo apenas Quanto ao texto de Números8.24. está registrado o seguinte: se­
«= segue a orientação de Davi em 1Crônicas 23.3,24. onde riam separados, para o ofício sagrado, os levitas da idade de vinte
se encontram registradas as duas situações que habilitaram o e cinco anos para cima. Mas ninguém pode inferir contradição na
monarca a diminuir a idade, para vinte anos. dos oficiantes levitas Bíblia por causa das faixas etárias citadas em Números 4.3.23,35,
que deveriam iniciar suas funções no tabernáculo: a) Visto que o uma vez que, como em qualquer outro ofício, o sagrado também
transporte do tabernáculo não era mais necessário, as respon­ exigia preparação e aprendizado, o que proporcionava ao levita
sabilidades também se tomaram menores, o que possibilitou o aspirante cinco anos de experiência antes de começar a exercer
ingresso de levitas mais jovens: b) Na época em que houve essa efetivamente sua função.

474
ESDRAS 4,5

5E alugaram contra eles conselheiros, para frustra­ tem pos antigos aquela cidade se levantou co n tra os
rem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, reis, e nela se têm feito rebelião e sedição.
até ao reinado de D ario, rei da Pérsia. 20T am bém houve reis poderosos sobre Jerusalém
6N o reinado de Assuero, n o princípio do seu reina­ que dalém do rio d o m in aram em todo o lugar, e se
do, escreveram um a acusação contra os habitantes lhes pagaram direitos, trib u to s e pedágios.
de Judá e de Jerusalém. 2'Agora, pois, dai ordem para im pedirdes aqueles
TE nos dias de Artaxerxes escreveram Bislão, M i- hom ens, a fim de que não se edifique aquela cidade,
tredate, Tabeel, e os outros seus com panheiros, a até que eu dê um a ordem .
Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em UE guardai-vos de serdes rem issos nisto; p o r que
caracteres siríacos, e na língua siríaca. cresceria o d ano para prejuízo dos reis?
"Escreveram, pois, Reum , o chanceler, e Sinsai, o 2JEntão, depois que a cópia da carta do rei A rta­
escrivão, um a carta contra Jerusalém , ao rei A rta­ xerxes foi lida p eran te Reum , e Sinsai, o escrivão,
xerxes, do teor seguinte: e seus com panheiros, apressadam ente foram eles a
“'Então escreveu Reum , o chanceler, e Sinsai, o es­ Jerusalém, aos judeus, e os im pediram à força e com
crivão, e os o utros seus com panheiros, os dinaítas, violência.
afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babi­ “ Então cessou a obra da casa de Deus, q ue estava
lônios, susanquitas, deavitas, elamitas, em Jerusalém; e cessou até ao ano segundo do reina­
10E os outro s povos, que o grande e afam ado As- do de D ario, rei da Pérsia.
napar tran sp o rto u , e que fez h abitar na cidade de
Samaria, e nas dem ais províncias dalém do rio. A g eu e Zacarias co n tin u a m a
1‘Este, pois, é o teor da carta que m andaram ao rei construção do tem plo
Artaxerxes: Teus servos, os hom ens dalém do rio, E OS profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido,
em tal tem po. profetizaram aos judeus que estavam em Judá,
l2Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vie­ e em Jerusalém; em no m e do D eus de Israel lhes
ram a nós em Jerusalém , e reedificam aquela rebelde profetizaram.
e m alvada cidade, e vão restaurando os seus m uros, 2Então se levantaram Z orobabel, filho de Sealtiel,
e reparando os seus fundam entos. e Jesuá, filho de Jozadaque, e com eçaram a edificar
13Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedifi­ a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os
car, e os m uros se restaurarem , eles não pagarão os profetas de Deus, que os ajudavam .
direitos, os tributos e os pedágios; e assim se danifi­ 3Naquele tem po vieram a eles Tatenai, governador
cará a fazenda dos reis. dalém do rio, e Setar-Bozenai, e os seus com panheiros,
l4Agora, pois, p o rq u an to som os assalariados do edisseram-lhesassim:Quemvosdeuordemparareedi-
palácio, e não nos convém ver a desonra do rei, por ficardes esta casa, e restaurardes este muro?
isso m andam os avisar ao rei, 4D isseram -lhes, mais: E quais são os nom es dos
l5Para que se busque no livro das crônicas de teus hom ens que construíram este edifício?
pais. E acharás no livro das crônicas, e saberás que 5P orém os olhos de D eus estavam sobre os anciãos
aquela foi um a cidade rebelde, e danosa aos reis e dos judeus, e n ão os im p ed iram , até que o negócio
províncias, e que nela houve rebelião em tem pos chegasse a D ario, e viesse resposta p o r carta sobre
antigos; po r isso foi aquela cidade destruída. isso.
16Nós, pois, fazemos n o tório ao rei que, se aquela 6Cópia da carta que T atenai, o governador dalém
cidade se reedificar, e os seus m uros se restaurarem , do rio, com Setar-Bozenai e os seus com panheiros,
sucederá que não terás porção algum a deste lado os afarsaquitas, que estavam dalém do rio, enviaram
do rio. ao rei Dario.
17E o rei enviou esta resposta a Reum , o chanceler, e 7E nviaram -lhe u m a carta, na qual estava escrito:
a Sinsai, o escrivão, e aos dem ais seus com panheiros, T oda a paz ao rei D ario.
que habitavam em Samaria; com o tam bém aos de­ “Seja n o tó rio ao rei, que nós fom os à província de
mais que estavam dalém do rio: Paz! em tal tem po. Judá, à casa do grande Deus, a qual se edifica com
18A carta que nos enviastes foi explicitam ente lida grandes pedras, e a m adeira já está sendo posta nas
diante de mim. paredes; e esta obra vai sendo feita com diligência, e
I9E, ordenando-o eu, buscaram e acharam , que de se adianta em suas mãos.

475
ESDRAS 5,6

“Então perguntam os aos anciãos, e assim lhes dis­ 4Com trés carreiras de grandes pedras, e u m a car­
semos: Q uem vos deu ordem para reedificardes esta reira de m adeira nova; e a despesa se fará da casa
casa, e restaurardes este m uro? do rei.
10 Além disso, lhes perguntam os tam bém pelos seus sAiém disso, os utensílios de o u ro e de prata da casa
nom es, p ara tos declararm os; para que te pudésse­ de Deus, que N abucodonosor tran sp o rto u d o tem ­
m os escrever os nom es dos hom ens que entre eles plo que estava em Jerusalém , e levou para Babilônia,
são os chefes. serão restituídos, para que voltem ao seu lugar, ao
1'E esta foi a resposta que nos deram : Nós som os tem plo que está em Jerusalém, e serão postos na casa
servos do D eus dos céus e da terra, e reedificam os a de Deus.
casa que há m uitos anos foi edificada; porque um "Agora, pois, T atenai, governador dalém do rio,
grande rei de Israel a edificou e a term inou. Setar-Bozenai, e os seus com panheiros, os afarsa-
12M as depois que nossos pais provocaram à ira o quitas, que habitais dalém do rio, apartai-vos dali.
D eus dos céus, ele os entregou nas m ãos de N abuco- 7Deixai que se faça a obra desta casa de Deus; que
donosor, rei de Babilônia, o caldeu, o qual destruiu o governador dos judeus e os seus anciãos reedifi­
esta casa, e tran sp o rto u o povo para Babilônia. quem esta casa de D eus n o seu lugar.
‘3Porém , no prim eiro ano de Ciro, rei de Babilônia, sTam bém p o r m im se decreta o que haveis de fazer
o rei Ciro deu o rdem para que esta casa de Deus se com os anciãos dos judeus, para a reedificação desta
reedificasse. casa de Deus, a saber: que da fazenda do rei, dos tri­
14E até os utensílios de ouro e prata, da casa de Deus, butos dalém do rio se pague p ro n tam en te a despesa
que N ab ucodonosor to m o u do tem plo que estava a estes hom ens, para que não in terro m p am a obra.
em Jerusalém e os levou para o tem plo de Babilônia, 11E o que for necessário, com o bezerros, carneiros, e
o rei Ciro os tiro u do tem plo de Babilônia, e foram cordeiros, para holocaustos ao D eus dos céus, trigo,
dados a u m h o m e m c u jo nom e era Sesbazar, a quem sal, vinho e azeite, segundo o rito dos sacerdotes que
n om eou governador. estão em Jerusalém, dê-se-lhes, de dia em dia, para
1’E disse-lhe: T om a estes utensílios, vai eleva-os ao que não ha ja falta.
tem plo que está em Jerusalém, e faze reedificar a casa '"Para que ofereçam sacrifícios de cheiro suave ao
de Deus, no seu lugar. Deus dos céus, e orem pela vida do rei e de seus filhos.
U)Então veio este Sesbazar, e pôs os fundam entos 1‘T am bém p o r m im se decreta que todo o hom em
da casa de D eus, que está em Jerusalém , e desde que m u d ar este decreto, se arrancará um m adeiro da
então para cá se está reedificando, e ainda não está sua casa, e, levantado, o p en d u rarão nele, e da sua
acabada. casa se fará p o r isso um m o n tu ro .
‘"Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se na I20 D eus, pois, que fez h ab itar ali o seu no m e d er­
casa dos tesouros do rei, que está em B abilônia, se rube a to d o s os reis e povos que estenderem a sua
é verdade que se deu um a ordem pelo rei Ciro para m ão para m u d ar o decreto e para destruir esta casa
reedificar esta casa de D eus em Jerusalém , e sobre de Deus, que está em Jerusalém. Eu, D ario, baixei o
isto nos faça saber a vontade do rei. decreto; com diligência se faça.

O rei D ario confirm a a ordem de A caba-se o tem p lo e é consagrado


reedificar o tem plo ’ ’Então T atenai, o governador dalém do rio, Se-
ENTÃO o rei Dario deu ordem ,e buscaram nos tar-Bozenai e os seus com panheiros, assim fizeram
6 arquivos, onde se guardavam os tesouros em
Babilônia.
diligentem ente, con fo rm e ao que decretara o rei
D ario.
2E em Acmeta, no palácio, que está na província de l4E os anciãos dos judeus iam edificando e prospe­
Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um rando pela profecia d o profeta Ageu, e de Zacarias,
m em orial que dizia assim: filho de Ido. E edificaram e term in aram a o bra co n ­
*No prim eiro ano do rei Ciro, este baixou o seguin­ form e ao m a n d ad o do D eus de Israel, e conform e
te decreto: A casa de Deus, em Jerusalém, se reedifi­ ao decreto de C iro e D ario, e de Artaxerxes, rei da
cará para lugar em que se ofereçam sacrifícios, e seus Pérsia.
fundam entos serão firmes; a sua altura de sessenta ’’E acabou-se esta casa no terceiro dia do m ês de
côvados, e a sua largura de sessenta côvados; A dar, no sexto an o do reinado do rei Dario.

476
ESDRAS 6,7

l6E os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas, e o 2Filho de Salum, filho de Zadoque, filho de Aitube,
restante dos filhos do cativeiro, fizeram a dedicação 3Filho de Am arias, filho de Azarias, filho de M e-
desta casa de Deus com alegria. raiote,
1:E ofereceram para a dedicação desta casa de Deus 4Filho de Zeraquias, filho de Uzi, filho de Buqui,
cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cor­ ?Filho de Abisua, filho de Finéias, filho de Eleazar,
deiros, e doze cabritos po r expiação do pecado de todo filho de A rão, o sum o sacerdote;
o Israel; segundo o núm ero das tribos de Israel. 6Este Esdras subiu de Babilônia; e era escriba hábil
I8E puseram os sacerdotes nas suas turm as e os na lei de Moisés, que o S en h o r D eus de Israel tinha
levitas nas suas divisões, para o m inistério de Deus, dado; e, segundo a m ão do S enhor seu Deus, que es­
em Jerusalém, conform e ao que está escrito no livro tava sobre ele, o rei lhe deu tu d o q u an to lhe pedira.
de Moisés. "Tam bém subiram a Jerusalém alguns dos filhos de
19E os filhos do cativeiro celebraram a páscoa no dia Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos
catorze do prim eiro mês. porteiros e dos servidores do tem plo, no sétim o ano
20P orque os sacerdotes e levitas se purificaram do rei Artaxerxes.
com o se fossem um só homem, todos estavam lim ­ 8E no q u in to m ês chegou a Jerusalém , n o sétimo
pos; e m ataram o cordeiro da páscoa para todos os ano deste rei.
filhos do cativeiro, e para seus irm ãos, os sacerdotes, 9Pois no prim eiro dia do prim eiro mês foi o p rin ­
e para si mesmos. cípio da p artida de Babilônia; e no prim eiro dia do
2'Assim com eram a páscoa os filhos de Israel que q uinto mês chegou a Jerusalém, segundo a boa m ão
tinham voltado do cativeiro, com todos os que com do seu D eus sobre ele.
eles se apartaram da im undícia dos gentios da terra, l0P orque Esdras tin h a p rep arad o o seu coração
para buscarem o Se n h o r D eus de Israel; para buscar a lei do S en h or e para cum pri-la e para
22E celebraram a festa dos pães ázim os p o r sete dias ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
com alegria; p orque o S en h or os tinha alegrado, e 1' Esta é, pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes
tinha m udado o coração do rei da Assíria a favor deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras dos
deles, para lhes fortalecer as m ãos na obra da casa de m and am en to s do S en h o r , e dos seus estatutos sobre
Deus, o D eus de Israel. Israel:
12Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras, es­
Artaxerxes envia Esdras a Jerusalém criba da lei do D eus do céu, paz perfeita, etc.
E PASSADAS estas coisas no reinado de A rta­ ' 3P or m im se decreta que no m eu reino to d o aquele
7 xerxes, rei da Pérsia, Esdras, filho de Seraías,
filho de Azarias, filho de Hilquias,
do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que
quiser ir contigo a Jerusalém, vá.

Por mim se decreta sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao
(7.11-13) céu, depois de ressurgir1'.
(TVs) Adventismo do Sétimo Dia. Afirma que a contagem das RESPOSTA APOLOGÉTICA: O juízo investigativo ensina­
V illJ 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8.14 teve início com o do pelos adventistas não tem apoio na história e muito me­
decreto de Artaxerxes (em 457 a.C.) para a reconstrução de nos na Biblia, por três razões: 1) O ano457 a.C. é uma data errônea,
Jerusalém (Dn 9.25). E, ao transformarem essas 2.300 tardes pois o decreto para a reconstrução de Jerusalém foi datado em 445
e manhãs em dias proféticos — cada um deles corresponden­ a.C., conforme Neemias2.1-6.0 rei Artaxerxes autorizou Neemias
do a um ano — chegaram a 1844, ano em que, segundo es­ a ir a Jerusalém para reconstruir a cidade no 20e ano do seu rei­
tipularam, Jesus deveria voltar, mais precisamente em 22 de nado, que começou em 465 a.C. Quanto a esse fato histórico, os
outubro. Como isso não aconteceu, mudaram o santuário da adventistas escrevem o seguinte: “Neemias reconstrói Jerusalém.
terra para o céu e passaram a ensinar a doutrina do juízo in- Visitou-o seu irmão de Jerusalém, e lhe disse como os muros es­
vestigativo, que também é conhecida como “a obra da reden­ tavam derribados e as portas queimadas. Em resultado dessa visi­
ção incompleta”. ta, Neemias pediu que fosse encarregado da obra de reconstruir a
Disseram a respeito: “Durante dezoito séculos este ministério cidade’ . 2) Jesus entrou no lugar santíssimo do santuário celestial
continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de na condição de sumo sacerdote logo após sua ascensão e não em
Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegura- 22 de outubro de 1844 (Cf. Hb 6.19,20 com êx 26.33; Lv 16.2; 1Sm
va-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda perma­ 4.4; 2Rs 19.15; At 7.55,56; Hb9.11,12; 8.1; 9.23,24; 10.12,19,20; Ap
neciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço tí­ 3.21). 3) A obra redentora de Cristo foi concluída na cruz (Jo 19.30)
pico havia uma expiação ao fim do ano. semelhantemente, antes e, ao subir ao céu, quarenta dias depois de sua ressurreição, de­
que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há clarou, mais uma vez. que havia terminado a obra que veio realizar
também uma expiação para tirar o pecado do santuário [...] pela (Hb 1.3; 9.11,12,23,24; 10.10-12,19.20).

477
ESDRAS 7,8

l4P o rq u anto és enviado da parte do rei e dos seus 27Bendito seja o S e n h o r D eus de nossos pais, que
sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito tal inspirou ao coração do rei, para o rn ar a casa do
de Judá e de Jerusalém, conform e à lei do teu Deus, S e n h o r , que está em Jerusalém.
que está n a tua m ão; 2ÍIE que estendeu para m im a sua benignidade pe­
15E para levares a prata e o o uro que o rei e os seus rante o rei e os seus conselheiros e to d o s os príncipes
conselheiros voluntariam ente deram ao D eus de poderosos do rei. Assim m e anim ei, segundo a mão
Israel, cuja habitação está em Jerusalém; do S e n h o r m eu D eus sobre m im , e ajuntei d en tre
16E toda a prata e o ouro que achares em toda a p ro ­ Israel alguns chefes p ara subirem comigo.
víncia de Babilônia, com as ofertas voluntárias do
povo e dos sacerdotes, que voluntariam ente oferece­ A lista dos q u e voltaram co m Esdras
rem , para a casa de seu Deus, que está em Jerusalém. ESTES, pois, são os chefes das casas paternas e
l7P o rtan to diligentem ente com prarás com este
d inheiro novilhos, carneiros, cordeiros, com as
8 esta a genealogia dos que subiram com igo de
Babilônia n o reinado do rei Artaxerxes:
suas ofertas de alim entos, e as suas libações, e as 2D os filhos de Finéias, Gérson; dos filhos de Itam ar,
oferecerás sobre o altar da casa de vosso Deus, que Daniel; dos filhos de Davi, H atus;
está em Jerusalém. 3D os filhos de Secanias, e dos filhos de Parós, Z a­
1"Tam bém o que a ti e a teus irm ãos bem parecer carias, e com ele, segundo a genealogia, se contaram
fazerdes do restante da prata e do ouro, o fareis co n ­ até cento e cinqüenta hom ens.
form e a vontade do vosso Deus. 4D os filhos de Paate-M oabe, Elioenai, filho de
I9E os utensílios que te foram dados para o serviço Zacarias, e com ele duzentos hom ens.
da casa de teu Deus, restitui-os p erante o D eus de 5D os filhos de Secanias, o filho de Jeaziel, e com ele
Jerusalém. trezentos hom ens.
20E tudo m ais que for necessário para a casa de teu AE dos filhos de A dim , Ebede, filho de Jônatas, e
Deus, que te convenha dar, dá-lo-ás da casa dos te­ com ele cinqüenta hom ens.
souros do rei. 7E dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e com
21E p o r m im mesmo, o rei Artaxerxes, se decreta a ele setenta hom ens.
todos os tesoureiros que estão dalém do rio que tu d o KE dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Micael,
q u anto vos pedir o sacerdote Esdras, escriba da lei e com ele oitenta hom ens.
do Deus dos céus, pro n tam en te se faça. '’Dos filhos de Joabe, O badias, filho de Jeiel, e com
22 Até cem talentos de prata, e até cem coros de trigo, ele duzentos e dezoito hom ens.
e até cem batos de vinho, e até cem batos de azeite; 1UE dos filhos de Selomite, o filho de Josifias, e com
e sal à vontade. ele cento e sessenta hom ens.
23T u d o quanto se ordenar, segundo o m andado 1'E dos filhos de Bebai, Zacarias, o filho de Bebai, e
do Deus do céu, p rontam ente se faça para a casa do com ele vinte e oito hom ens.
D eus do céu; pois, para que haveria grande ira sobre 12E dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de H acatã, e
o reino do rei e de seus filhos? com ele cento e dez hom ens.
24T am bém vos fazemos saber acerca de todos os 13E dos últim os filhos de A donicão, cujos nom es
sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, servidores eram estes: Elifelete, Jeiel e Semaías, e com eles ses­
do tem plo e m inistros desta casa de Deus, que não senta hom ens.
será lícito im por-lhes, nem tributo, nem co n trib u i­ I4E dos filhos de Bigvai, U tai e Zabude, e com eles
ção, nem renda. setenta hom ens.
2SE tu , Esdras, conform e a sabedoria do teu Deus, 1’E ajuntei-os perto do rio que vai a Aava, e ficamos
que possues, nom eia m agistrados e juizes, que ju l­ ali acam pados três dias. E ntão atentei p ara o povo
guem a todo o povo que está dalém do rio, a todos os e para os sacerdotes, e não achei ali n en h u m dos
que sabem as leis do teu Deus; e ao que não as sabe, filhos de Levi.
lhe ensinarás. 1‘Enviei, pois, Eliezer, Ariel, Semaías, Elnatã,
26E todo aquele que não observar a lei do teu Deus Jaribe, Elnatã, N atã, Zacarias e M esulão, os che­
e a lei do rei, seja julgado prontam ente; quer seja fes; com o tam bém a Joiaribe, e a Elnatã, que eram
m o rte, q uer desterro, quer m u lta sobre os seus bens, entendidos.
q u er prisão. 17E enviei-os com m an d ad o a Ido, chefe em Casifia;

478
ESDRAS 8,9

e falei a eles o que deveriam dizer a Ido e aos seus estava sobre nós, e livrou-nos da m ão dos inim igos,
irm ãos, servidores do tem plo, em Casifia, que nos e dos que nos arm avam ciladas pelo cam inho.
trouxessem m inistros para a casa do nosso Deus. Í2E chegamos a Jerusalém, e repousamos ali três dias.
I8E trouxeram -nos, segundo a boa m ão de Deus so­ 33E no q u arto dia se pesou a prata, o o u ro e os u ten ­
bre nós, u m hom em entendido, dos filhos de Mali, sílios, na casa do nosso Deus, p o r m ão de M erem ote,
filho de Levi, filho de Israel, a saber: Serebias, com os filho do sacerdote Urias; e com ele Eleazar, filho de
seus filhos e irm ãos, dezoito; Finéias, e com eles Jozabade, filho de Jesuá, e N oa-
1VE a Hasabias, e com ele Jesaías, dos filhos de Me- dias, filho de Binui, levitas.
rari, com seus irm ãos e os filhos deles, vinte; 34T udo foi contado e pesado; e to d o o peso foi re­
20E dos servidores do tem plo que Davi e os prínci­ gistrado na m esm a ocasião.
pes deram para o m inistério dos levitas, duzentos e 3,E os exilados, que vieram do cativeiro, oferece­
vinte servidores do tem plo; que foram todos m en ­ ram holocaustos ao D eus de Israel: doze novilhos
cionados p o r seus nom es. po r tod o o Israel, noventa e seis carneiros, setenta e
2lEntão apregoei ali um jejum ju n to ao rio Aava, sete cordeiros, e doze bodes em sacrifício pelo peca­
para nos hum ilharm os diante da face de nosso Deus, do; tud o em holocausto ao S e n h o r.
para lhe pedirm os cam inho seguro para nós, para 36E ntão deram as ordens do rei aos seus sátrapas,
nossos filhos e para todos os nossos bens. e aos governadores dalém do rio; e estes ajudaram o
22P orque tive vergonha de pedir ao rei exército e povo e a casa de Deus.
cavaleiros para nos defenderem do inim igo pelo ca­
m inho; p orq u an to tínham os falado ao rei, dizendo: M u ito s israelitas casam-se com
A m ão do nosso Deus ésobre todos os que o buscam , m u lh eres hetéias
para o bem deles; m as o seu poder e a sua ira contra ACABADAS, pois, estas coisas, chegaram -se a
todos os que o deixam.
23Nós, pois, jejuam os, e pedim os isto ao nosso
9 m im os príncipes, dizendo: O povo de Israel,
os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos
Deus, e m oveu-se pelas nossas orações. povos destas terras, seguindo as abom inações dos
24Então separei doze dos chefes dos sacerdotes: cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus,
Serebias, Hasabias, e com eles dez dos seus irmãos. dos am onitas, dos m oabitas, dos egípcios, e dos
25E pesei-lhes a prata, o o u ro e os vasos; que eram a am orreus.
oferta para a casa de nosso Deus, que ofereceram o 2P orque to m aram das suas filhas para si e para seus
rei, os seus conselheiros, os seus príncipes e todo o filhos, e assim se m istu ro u a linhagem santa com os
Israel que ali se achou. povos dessas terras; e até os príncipes e m agistrados
26E pesei em suas m ãos seiscentos e cinqüenta ta­ foram os prim eiros nesta transgressão.
lentos de prata, e em vasos de prata cem talentos, e 3E ,o u v in d o eu tal coisa, rasguei asm inhasvesteseo
cem talentos de ouro, m eu m anto, e arranquei os cabelos da m in h a cabeça
27E vinte bacias de o u ro , de m il dracm as, e dois e da m inha barba, e sentei-m e atônito.
vasos de bom m etal lustroso, tão precioso com o 4Então se ajuntaram a m im todos os que trem iam
ouro. das palavras do D eus de Israel p o r causa da tran s­
28E disse-lhes: V óssois santos ao S e n h o r, esão san­ gressão dos do cativeiro; porém eu perm aneci sen­
tos estes utensílios, com o tam bém esta prata e este tado atônito até ao sacrifício da tarde.
o uro, oferta voluntária, oferecida ao S e n h o r Deus
de vossos pais. O ração e confissão a D eus
29Vigiai,pois, e guardai-os até que os peseis na pre­ 5E p erto do sacrifício da tarde m e levantei da m i­
sença dos chefes dos sacerdotes e dos levitas, e dos nha aflição, havendo já rasgado as m inhas vestes e o
chefes dos pais de Israel, em Jerusalém, nas câm aras m eu m anto, e m e p u sd e joelhos, eestendi as m inhas
da casa do S e n h o r. m ãos para o S e n h o r m eu Deus;
'"Então os sacerdotes e os levitas receberam o peso 6E disse: M eu Deus! Estou confuso e envergonha­
da prata, do ouro e dos utensílios, para os trazerem do, para levantar a ti a m in h a face, m eu Deus; porque
a Jerusalém, à casa de nosso Deus. as nossas iniqüidades se m ultiplicaram sobre a nossa
3IE partim os do rio Aava, no dia doze d o prim eiro cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus.
mês, para irm os a Jerusalém; e a m ão do nosso Deus : Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje

479
ESDRAS 9,10

estamos em grande culpa, e po r causa das nossas congregação de hom ens, m ulheres e crianças; pois
iniqüidades som os entregues, nós e nossos reis e o povo chorava com grande choro.
os nossos sacerdotes, na m ão dos reis das terras, à 2Então Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de
espada, ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do Elão, to m o u a palavra e disse a Esdras: N ós tem os
rosto, com o hoje se vê. transgredido co n tra o nosso D eus, e casamos com
8E agora, por um pequeno m om ento, se m anifes­ m ulheres estrangeiras d en tre os povos da terra, mas,
to u a graça da parte do Se n h o r , nosso Deus, para nos no tocan te a isto, ainda há esperança para Israel.
deixar alguns que escapem, e para dar-nos um a es­ 3Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de
taca no seu santo lugar; para nos ilum inar os olhos, que despedirem os todas as m ulheres, e os que delas
ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na são nascidos, conform e ao conselho do m eu senhor,
nossa servidão. e dos qu e trem em ao m an d ad o do nosso Deus; e
''P o rq u e somos servos; p orém na nossa servidão faça-se conform e a lei.
não nos desam parou o nosso Deus; antes estendeu 4Levanta-te, pois, p o rq u e te pertence este negócio,
sobre nós a sua benignidade perante os reis da Pér­ e nós seremos contigo; esforça-te, e age.
sia, para que nos desse vida, para levantarm os a casa 5E ntão Esdras se levantou, e ajuram entou os chefes
do nosso Deus, e para restaurarm os as suas assola- dos sacerdotes e dos levitas, e a todo o Israel, de que
ções; epara que nos desse um a parede de proteção em fariam conform e a esta palavra; e eles juraram .
Judá e em Jerusalém. 6E Esdras se levantou de diante da casa de Deus, e
‘“Agora, pois, ó nosso Deus, que direm os depois e n tro u na câm ara de Joanã, filho de Eliasibe; e, che­
disto? Pois deixam os os teus m andam entos, gando lá, não com eu pão, e nem bebeu água; p o rq u e
"O s quais mandaste pelo ministério de teus servos, os lam entava pela transgressão dos do cativeiro.
profetas, dizendo: A terra em que entrais para a possuir, 7E fizeram passar pregão p o r Judá e Jerusalém , a
terra im unda é pelas imundícias dos povos das terras, todos os que vieram do cativeiro, para que se aju n ­
pelas suas abominações com que, na sua corrupção a tassem em Jerusalém.
encheram, de um a extremidade à outra. 8E que todo aquele que em três dias não viesse,
12 Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos,
e suas filhas não tom areis para vossos filhos, e nunca toda a sua fazenda se poria em interdito, e ele seria
procurareis a sua paz e o seu bem ; para que sejais for­ separado da congregação dos do cativeiro.
tes, e com ais o bem da terra, e a deixeis p o r herança 9Então to d o s os h o m en s de Judá e Benjam im em
a vossos filhos para sem pre. trêsdiasse ajuntaram em Jerusalém; era o n o n o mês,
I3E depois de tu d o o que nos tem sucedido por aos vinte dias do mês; e to d o o povo se assentou na
causa das nossas m ás obras, e da nossa grande culpa, praça da casa de Deus, trem en d o por este negócio e
po rq u an to tu, ó nosso Deus, im pediste que fôsse­ p o r causa das grandes chuvas.
m os destruídos, p o r causa da nossa iniqüidade, e ‘“Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-
ainda nos deste um rem anescente com o este; lhes: Vós tendes transgredido, e casastes com m u ­
I4T ornarem os, pois, agora a violar os teus m a n ­ lheres estrangeiras, au m en tan d o a culpa de Israel.
dam entos e a ap arentar-nos com os povos destas "A gora, pois, fazei confissão ao Se n ho r D eus de
abom inações? N ão te indignarias tu assim co n tra vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos
nós até de todo nos consum ir, até que não ficasse povos das terras, e das m ulheres estrangeiras.
rem anescente nem quem escapasse? I2E respondeu toda a congregação, e disse em altas
1’Ah! Se n h o r D eus de Israel, justo és, pois ficamos vozes: Assim seja, conform e às tuas palavras nos
qual u m rem anescente que escapou, com o hoje convém fazer.
se vê; eis que estamos diante de ti, na nossa culpa, l3P orém o povo é m u ito , e tam bém é tem p o de
porque ninguém há que possa estar na tu a presença, grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora; nem
p o r causa disto. é ob ra de um dia nem de dois, p orque somos m uitos
os que transgredim os neste negócio.
Os israelitas arrependem -se l4O ra, p o n h am -se os nossos líderes, p o r to d a a
E EN QUANTO Esdras orava, e fazia co n ­ congregação sobre este negócio; e todos os que em
fissão, chorando e prostrando-se diante da nossas cidades casaram com m ulheres estrangeiras
casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, um a grande venham em tem pos apontados, e com eles os anciãos

480
ESDRAS 10

de cada cidade, e os seus juizes, até que desviem os de 2SE de Israel, dos filhos de Parós: Ramias, Jezias,
nós o ard or da ira do nosso Deus, p o r esta causa. M alquias, M iam im , Eleazar, M alquias e Benaia.
15Porém , som ente Jônatas, filho de Asael, e Jaseías, 26E dos filhos de Elão: M atanias, Zacarias, Jeiel,
filho de Ticva, se opuseram a isto; e M esulão, e Sa- Abdi, Jerem ote e Elias.
betai, levita, os ajudaram . 27E dos filhos de Zatu: Elioenai, Eliasibe, M atanias,
16E assim o fizeram os que voltaram do cativeiro; Jerem ote, Zabade e Aziza.
e o sacerdote Esdras e os hom ens, chefes dos pais, 28E dos filhos de Bebai: Joanã, H ananias, Zabai e
segundo a casa de seus pais, e todos pelos seus nom es, Atlai.
foram apontados; e assentaram -se n o prim eiro dia 29E dos filhos de Bani: M esulão, M aluque, Adaías,
do décim o mês, para inquirirem neste negócio. Jasube, Seal, Jeremote.
I7E no prim eiro dia do prim eiro m ês acabaram -,UE dos filhos de Paate-M oabe: A dna, Quelal, Be­
de tratar com todos os hom ens que casaram com naia, Maséias, M atanias, Bezalel, Binui e Manassés.
m ulheres estrangeiras. 31E dos filhos de H arim : Eliezer, Josias, Malquias,
Semaías, Simeão,
Eles despedem suas m ulheres hetéias 32Benjam im , M aluque, Semarias.
l8E acharam -se dos filhos dos sacerdotes que ca­ 33Dos filhos de H asum : M atenai, M atatá, Zabade,
saram com m ulheres estrangeiras: Dos filhos de Elifelete, Jeremai, M anassés e Simei.
Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irm ãos, Maaséias, e 34D os filhos de Bani: M aadai, A nrão, Uel,
Eliezer, e Jaribe, e Gedalias. 35Benaia, Bedias, Q ueluí,
19E deram as suas m ãos prometendo que despedi­ 36V anias, M erem ote, Eliasibe,
riam suas m ulheres; e, achando-se culpados, ofere­ 3TM atanias, M atnai e Jaasai,
ceram um carneiro do rebanho pelo seu delito. 38E Bani, Binui, Simei,
20E dos filhos de Im er: H anani e Zebadias. 3,E Selemias, N atã e Adaías,
2IE dos filhos de H arim : Maaséias, Elias, Semaías, 40M acnadbai, Sasai, Sarai,
Jeiel e Uzias. 4lAzareel, Selemias, Semarias,
22E dos filhos de Pasur: Elioenai, Maaséias, Ismael, 42Salum, Am arias e José.
Netanel, Jozabade e Eleasa. 43Dos filhos de N ebo: Jeiel, M atitias, Zabade, Zebi-
25E dos levitas: Jozabade, Simei, Q uelaías (este é na, Jadai, Joël e Benaia.
Q uelita), Petaías, Judá e Eliezer. 44T odos estes to m aram m ulheres estrangeiras; e
24E dos cantores: Eliasibe; e d os porteiros: Salum, alguns deles tin h am m ulheres de quem tiveram
T elém eU ri. filhos.

481
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Neemias
T it u l o
O título vem do nom e do protagonista, Neemias, o governador da Judéia enviado pelo im perador per­
sa p ara reconstrução dos m uros de Jerusalém e restauração geral da cidade e de to d a a província. O rigi­
nalm ente, form ava um único livro com Esdras. Inclusive, em alguns m anuscritos hebraicos antigos, não
havia nem m esm o um intervalo entre Esdras 10 e Neemias 1 . 0 historiador ju d e u Flávio Josefo tam bém
ju n to u os dois em sua contagem dos livros sagrados.

A u t o r ia e data
É Neemias, cujo nom e significa “Javé consola”. Se levarm os em consideração que os acontecim entos
narrados no últim o capítulo ocorreram p o r volta do ano 433 a.C., som os obrigados a colocar sua conclu­
são não m uito depois dessa data. Se considerarm os que o seu au to r é Esdras, tal com o a tradição hebraica
entende, devem os adiantar a data para o ano 420 a.C., aproxim adam ente.
Com certeza, o autor utilizou registros deixados pelo p ró p rio Neemias, u m a vez que o livro é escrito na
prim eira pessoa. Assim, o au to r seria, praticam ente, apenas um editor, em b o ra existam aqueles que des­
cartam com pletam ente que tenha sido o sacerdote Esdras quem o escreveu.

A ssunto
O livro n arra os últim os eventos históricos do A ntigo Testamento, se estendendo até o ano 430 a.C.,
aproxim adam ente. A profecia de M alaquias, provavelm ente, foi escrita alguns anos depois ou no interva­
lo de sua viagem à corte persa.
Seus personagens principais são Esdras e Neemias. E m bora o tem plo tenha sido reconstruído p o r Es­
dras, os m uros da cidade ainda estavam em ruínas, por causa da indolência do povo. O trabalho de re­
construção dos m uros e das portas da cidade de Jerusalém, o seu povoam ento e o sofrim ento do povo são
narrativas detalhadas, que vão até o térm in o da edificação e o período posterior, q uando ocorre um aviva-
m ento e o povo volta a obedecer à lei. Neemias apresenta o perfil de um grande líder.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Tal com o aconteceu com o livro de Esdras, o de Neemias tam bém teve sua validade histórica questio­
nada. A base dos questionam entos é a com paração que os críticos fizeram com os nom es dos reis descri­
tos em Neemias e suas referências nas literaturas de história secular. As palavras em pregadas em Neemias
tam bém são m otivo de desconfiança, porque, segundo os críticos, pertencem a um período m uito poste­
rior. Mas, à m edida que as pesquisas históricas e arqueológicas avançam , todas essas dificuldades vão sen­
do solucionadas. Um caso típico que exemplifica bem a questão é a referência à palavra dracm a, citada em
Neemias 7.71. Os críticos afirm avam que a dracm a era um a m oeda grega que não existia na época de Nee­
mias. M as os estudiosos têm m ostrado que, no século 5°a.C., já havia com ércio entre os gregos e o O rien ­
te M édio, trib u tan d o veracidade à narrativa bíblica.
-y O LIVRO DE

JN EEMIAS
N eem ias ora a D eus 9E vós vos convertereis a m im , e guardareis os m eus
AS palavras de N eem ias, filho de Hacalias. E m andam entos, e os cum prireis; então, ainda que os
I sucedeu no m ês de Quislev, no ano vigésimo,
estando eu em Susã, a fortaleza,
vossos rejeitados estejam na extrem idade do céu, de
lá os ajuntarei e os trarei ao lugar qu e tenho escolhi­
2Q ue veio H anani, um de m eus irm ãos, ele e do para ali fazer h ab itar o m eu nom e.
alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que l0Eles são teus servos e o teu povo qu e resgataste
escaparam , e que restaram do cativeiro, e acerca de com a tu a grande força e com a tu a forte mão.
Jerusalém. "A h! Senhor, estejam , pois, atentos os teus ouvi­
3E disseram -m e: O s restantes, que ficaram do dos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos
cativeiro, lá na província estão em grande m iséria que desejam tem er o teu nom e; e faze prosperar hoje
e desprezo; e o m uro de Jerusalém fendido e as suas o teu servo, e dá-lhe graça p erante este hom em . En­
portas queim adas a fogo. tão era eu copeiro do rei.
4E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assen­
tei-m e e chorei, e lam entei po r alguns dias; e estive Artaxerxes perm ite a N eem ia s ira Jerusalém
jejuando e orando perante o D eus dos céus. SUCEDEU, pois, no mês de Nisã, no an o vigé­
5E disse: Ah! Se n h o r D eus dos céus, D eus grande
e terrível! Q ue guarda a aliança e a benignidade
2 sim o do rei Artaxerxes, que estava posto vinho
diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém
para com aqueles que o am am e guardam os seus eu nunca estivera triste diante dele.
m andam entos; 2E o rei m e disse: P or que está triste o teu rosto,
6Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus pois não estás doente? N ão é isto senão tristeza de
olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, coração; então tem i sobrem aneira.
que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos 3E disse ao rei: Viva o rei para sempre! C om o não
de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados estaria triste o m eu rosto, estando a cidade, o lugar
dos filhos de Israel, que tem os com etido contra ti; dos sepulcros de m eus pais, assolada, e tendo sido
tam bém eu e a casa de m eu pai tem os pecado. consum idas as suas portas a fogo?
7De todo nos corrom pem os contra ti, e não g uar­ 4E o rei m e disse: Q ue m e pedes agora? Então orei
dam os os m andam entos, nem os estatutos, nem os ao D eus dos céus,
juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo. 5E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo
NLem bra-te, pois, da palavra que ordenaste a M oi­ é aceito em tu a presença, peço-te que m e envies a
sés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos Judá, à cidade dos sepulcros de m eus pais, para que
espalharei entre os povos. eu a reedifique.

E faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel Esdras 9.1 -15, quando se lamentava diante de Deus por todos os
(1.4-6) erros que o povo e as autoridades entre eles estavam cometen­
do: "Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os prín­
Catolicismo Romano. Tem neste versículo o alicerce para
cipes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não
tentar provar a suposta veracidade bíblica quanto à confis­
se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abomina­
são de pecados ao sacerdote católico.
ções dos cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus, dos
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A confissão declarada nes­ amonitas. dos moabitas, dos egípcios, e dos amorreus [...] E dis­
ta seqüência não era dirigida a homem algum, até porque, se: Meu Deusl Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti
a única incumbência do sumo sacerdote era a oferta do sacrifício a minha face, meu Deus: porque as nossas iniqüidades se multi­
para a expiação do pecado, não absolvia qualquerfalta. Prova de plicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até
que aconfissão do povo era dirigida a Deus se acha na oração de as céus" (Ed9.1,6).

483
NEEMIAS 2,3

6Então o rei m e disse, estando a rainha assentada lvO que ouvindo Sambalate, o h o ro n ita, e Tobias,
ju n to a ele: Q uanto d urará a tua viagem, e quando o servo am onita, e Gesém, o árabe, zom baram de
voltarás? E aprouve ao rei enviar-m e, apontando- nós, e desprezaram -nos, e disseram : Q ue é isto que
lhe eu um certo tem po. fazeis? Q uereis rebelar-vos co n tra o rei?
7Disse m ais ao rei: Se ao rei parece bem , dêem -se- 20Então lhes respondi, e disse: O D eus dos céus é o
m e cartas para os governadores dalém do rio, para que nos fará prosperar: e nós, seus servos, nos levan­
que m e perm itam passar até que chegue a Judá. tarem os e edificaremos; m as vós não tendes parte,
8C om o tam bém um a carta para Asafe, guarda da nem justiça, nem m em ória em Jerusalém.
floresta do rei, para que m e dê m adeira para cobrir as
portas do paço da casa, para o m u ro da cidade e para Dos q u e trabalharam n a edificação dos m uros
a casa em que eu houver de entrar. E o rei m as deu, E LEVANTOU-SE Eliasibe, o sum o sacerdote,
segundo a boa m ão de Deus sobre m im .
9Então fui aos governadores dalém do rio, e dei-
3 com os seus irm ãos, os sacerdotes, e reedifi­
caram a p o rta das ovelhas, a qual consagraram ; e
lhes as cartas do rei; e o rei tinha enviado com igo levantaram as suas portas, e até à to rre de M eá con­
capitães do exército e cavaleiros. sagraram , e até à to rre de H ananel.
l0O que ouvindo Sambalate, o horonita, e T obias, o 2E ju n to a ele edificaram os hom ens de Jericó; ta m ­
servo am onita, lhes desagradou extrem am ente que bém ao seu lado edificou Zacur, filho de Imri.
alguém viesse a pro cu rar o bem dos filhos de Israel. 3E à porta do peixe edificaram os filhos de Hasse-
11E cheguei a Jerusalém, e estive ali três dias. naá; a qual em adeiraram , e levantaram as suas p o r­
I2E de noite m e levantei, eu e poucos hom ens co­ tas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
migo, e não declarei a ninguém o que o m eu Deus 4E ao seu lado rep aro u M erem ote, filho de Urias,
m e pôs no coração para fazer em Jerusalém; e não o filho de Coz; e ao seu lado reparou M esulão, filho
havia com igo anim al algum , senão aquele em que de Berequias, o filho de Mesezabeel; e ao seu lado
estava m ontado. reparou Zadoque, filho de Baana.
BE de noite saí pela porta do vale, e para o lado da 5E ao seu lado repararam os tecoítas; porém os seus
fonte do dragão, e para a p orta do m o n tu ro , e co n ­ nobres não subm eteram a cerviz ao serviço de seu
tem plei os m uros de Jerusalém, que estavam fendi­ Senhor.
dos, e as suas portas, que tinham sido consum idas 6E a p o rta velha repararam -«« Joiada, filho de
pelo fogo. Paséia, e M esulão, filho de Besodias; estes a em adei­
I4E passei à porta da fonte, e ao tanque do rei; e não raram , e levantaram as suas portas com as suas
havia lugar po r onde pudesse passar o anim al em fechaduras e os seus ferrolhos.
que estava m ontado. 7E ao seu lado repararam Melatias, o gibeonita, e
’’Ainda, de noite subi pelo ribeiro e contem plei Jadom , m ero n o tita, hom ens de G ibeom e M izpá,
o m uro; e, virando entrei pela p orta do vale; assim que pertenciam ao dom ínio do governador dalém
voltei. do rio.
I6E não souberam os m agistrados aonde eu fora 8Ao seu lado rep aro u Uziel, filho de H araías, um
nem o que eu fazia; p orque ainda nem aos judeus, dos ourives; e ao seu lado reparou H ananias, filho
nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem aos m a­ de um dos boticários; e fortificaram a Jerusalém até
gistrados, nem aos m ais que faziam a obra, até então ao m u ro largo.
tinha declarado coisa alguma. 9E ao seu lado reparou Refaías, filho de H ur, líder
l7E ntão lhes disse: Bem vedes vós a m iséria em da m etade de Jerusalém.
que estam os, que Jerusalém está assolada, e que as I0E ao seu lado reparou Jedaías, filho de H arum afe,
suas portas têm sido queim adas a fogo; vinde, pois, e e defronte de sua casa e ao seu lado reparou H atus,
reedifiquem os o m uro de Jerusalém, e não sejam os filho de Hasabnéias.
mais um opróbrio. ' 'A o u tra porção rep aro u M alquias, filho de H a-
'“Então lhes declarei com o a m ão do m eu Deus rim , e H asube, filho de Paate-M oabe; com o tam bém
me fora favorável, com o tam bém as palavras do rei, a torre dos fornos.
que ele me tinha dito; então disseram: Levantem o- UE ao seu lado rep aro u Salum , filho de Haloés,
nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas m ãos para líder da outra m eia parte de Jerusalém , ele e suas
o bem . filhas.

484
NEEMIAS 3,4

13A p o rta do vale reparou-a H an u m e os m orado­ 28Desde acim a da p o rta dos cavalos repararam os
res de Zanoa; estes a edificaram , e lhe levantaram as sacerdotes, cada um defronte da sua casa.
portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, 29D epois deles rep aro u Z adoque, filho de Im er,
com o tam bém mil côvados do m uro, até a porta do defronte da sua casa; e depois dele reparou Semaías,
m onturo. filho de Secanias, guarda da p o rta oriental.
I4E a porta do m o n tu ro reparou-a M alquias, filho “ Depois dele reparou H ananias, filho deSelemias,
de Recabe, líder do distrito de Bete-H aquerém ; este e H anum , filho de Zalafe, o sexto, o u tra porção;
a edificou, e lhe levantou as portas com as suas fecha­ depois dele rep aro u M esulão, filho de Berequias,
duras e os seus ferrolhos. defronte da sua câmara.
I5E a p o rta da fonte reparou-a Salum, filho de Col- JID epois dele rep aro u M alquias, filho de um o u ­
Hoze, líder do distrito de Mizpá; este a edificou, e a rives, até à casa dos servidores do tem plo e m erca­
cobriu, e lhe levantou as portas com as suas fecha­ dores, defronte da p o rta de M ifcade, e até à câm ara
duras e os seus ferrolhos, com o tam bém o m u ro do do canto.
tanque de Hasselá, ao pé do jardim do rei, e até aos ,2E entre a câm ara do canto e a p o rta das ovelhas,
degraus que descem da cidade de Davi. repararam os ourives e os m ercadores.
l6D epois dele edificou Neemias, filho de A zbuque,
líder da m etade de B ete-Z ur, até defronte dos se­
Os inim igos te n ta m retardar a edificação
pulcros de Davi, até ao tanque artificial e até à casa
E SUCEDEU que, o uvindo Sambalate que edi­
dos valentes.
17Depois dele repararam os levitas, R eum , filho de
4 ficávamos o m uro, ardeu em ira, e se indignou
m uito; e escarneceu dos judeus.
Bani; ao seu lado reparou Hasabias, líder da m etade
2E falou na presença de seus irm ãos, e do exército
de Queila, no seu distrito.
de Samaria, e disse: Q ue fazem estes fracos judeus?
' “Depois dele repararam seus irm ãos, Bavai, filho
P erm itir-se-lhes-á isto? Sacrificarão? A cabá-lo-ão
de H enadade, líder da outra m eia parte de Queila.
n u m só dia? Vivificarão dos m ontões do pó as pedras
19 Ao seu lado reparou Ezer, filho de Jesuá, líder de
que foram queimadas?
Mizpá, outra porção, defronte da subida à casa das
’E estava com ele Tobias, o am onita, e disse: A inda
armas, à esquina.
que edifiquem , co n tudo, vindo u m a raposa, d erru ­
20Depois dele reparou com grande ardor Baruque,
bará facilm ente o seu m u ro de pedra.
filho de Zabai, ou tra m edida, desde a esquina até à
4O uve, ó nosso Deus, que som os tão desprezados, e
porta da casa de Eliasibe, o sum o sacerdote.
to rn a o seu o p ró b rio sobre a sua cabeça, e dá-os por
21Depois dele reparou M erem ote, filho de Urias, o
presa, na terra do cativeiro.
filho de Coz, o u tra porção, desde a porta da casa de
Eliasibe, até à extrem idade da casa de Eliasibe. SE não cubras a sua iniqüidade, e não se risque de
22E depois dele repararam os sacerdotes que habi­ diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram na
tavam na cam pina. presença dos edificadores.
23D epois reparou Benjam im e H asube, defronte 6P orém edificam os o m u ro , e to d o o m u ro se fe­
da sua casa; depois dele rep aro u Azarias, filho de chou até sua m etade; p o rq u e o coração do povo se
Maaséias, o filho de Ananias, ju n to à sua casa. inclinava a trabalhar.
24Depois dele reparou Binui, filho de H enadade, 7E sucedeu que, o uvindo Sam balate e Tobias, e
o u tra porção, desde a casa de Azarias até à esquina, os árabes, os am onitas, e os asdoditas, que tanto
e até ao canto. ia crescendo a reparação dos m u ro s de Jerusalém,
2,Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esqui­ que já as ro tu ras se com eçavam a tapar, iraram -se
na, e a to rre que sai da casa real superior, que está sobrem odo,
ju n to ao pátio da prisão; depois dele Pedaías, filho “E ligaram -se en tre si todos, para virem guerrear
de Parós. co n tra Jerusalém , e para os desviarem do seu in ­
26E os servidores do tem plo que habitavam em tento.
Ofel, até defronte da porta das águas, para o oriente, 9P orém nós o ram os ao nosso D eus e pusem os
e até à to rre alta. u m a guarda co n tra eles, de dia e de noite, p o r causa
27Depois repararam os tecoítas ou tra porção, d e­ deles.
fronte da to rre grande e alta, e até ao m uro de Ofel. ' “E ntão disse Judá: Já desfaleceram as forças dos

485
NEEMIAS 4,5

carregadores, e o p ó é m uito, e nós não poderem os nossas filhas, somos m uitos; então to m em o s trigo,
edificar o m uro. para que com am os e vivamos.
1‘D isseram , porém , os nossos inim igos: N ada sa­ 3T am bém havia quem dizia: As nossas terras, as
berão disto, nem verão, até que entrem os no meio nossas vinhas e as nossas casas em penham os, para
deles, e os m atem os; assim farem os cessar a obra. to m arm o s trigo nesta fome.
I2E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam ''Tam bém havia quem dizia: T om am os em presta­
entre eles, dez vezes nos disseram: D e todos os luga­ do dinheiro até para o trib u to do rei, sobre as nossas
res, to rn arão contra nós. terras e as nossas vinhas.
1 ’Então pus guardas nos lugares baixos p o r detrás 5 Agora, pois, a nossa carne é com o a carne de nossos
do m u ro e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias irm ãos, e nossos filhos com o seus filhos; e eis que
com as suas espadas, com as suas lanças, e com os sujeitam os nossos filhos e nossas filhas para serem
seus arcos. servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas,
UE olhei, e levantei-m e, e disse aos nobres, aos que já não estão no p oder de nossas m ãos; e o u tro s
m agistrados, e ao restante do povo: N ão os temais; têm as nossas terras e as nossas vinhas.
lem brai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai
pelos vossos irm ãos, vossos filhos, vossas m ulheres N eem ias repreende os ricos
e vossas casas. 6O uvindo eu, pois, o seu clam or, e estas palavras,
I5E sucedeu que, ouvindo os nossos inim igos que m uito m e indignei.
já o sabíam os, e que Deus tinha dissipado o conse­ 7E considerei comigo mesmo no m eu coração; depois
lho deles, todos voltam os ao m u ro , cada um à sua pelejei com os nobres e com os magistrados, e disse-
obra. lhes: Sois usurários cada um para com seu irmão. E
I6E sucedeu que, desde aquele dia, m etade dos convoquei contra eles um a grande assembléia.
m eus servos trabalhava na obra, e m etade deles ti­ 8E disse-lhes: N ós resgatam os os judeus, nossos
nh a as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os irm ãos, que foram vendidos às nações, segundo
líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. nossas posses; e vós o u tra vez venderíeis a vossos
17O s que edificavam o m uro, os que traziam as car­ irm ãos, o u vender-se-iam a nós? Então se calaram,
gas cos que carregavam , cada um com um a das m ãos e não acharam que responder.
fazia a obra e na outra tinha as arm as. 9Disse mais: N ão é b om o que fazeis; porventura
ISE os edificadores cada um trazia a sua espada não andaríeis no tem o r do nosso Deus, p o r causa do
cingida aos lom bos, e edificavam; e o que tocava a oprób rio das nações, os nossos inimigos?
trom beta estava ju n to comigo. ,0T am bém eu, m eus irm ãos e m eus servos, a juros
19E disse eu aos nobres, aos m agistrados e ao restan­ lhes tem os em prestado dinheiro e trigo. Deixemos
te do povo: G rande e extensa é a obra, e nós estam os este ganho.
apartados do m uro, longe uns dos outros. 11 Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas
20No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos vinhas, os seus olivais e as suas casas; com o tam bém
ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós. a centésim a parte do dinheiro, do trigo, do m osto e
2lAssim trabalhávam os na obra; e m etade deles do azeite, que vós exigis deles.
tin h a as lanças desde a subida da alva até ao sair das l2E ntão disseram : Restituir-lhes-em os, e nada
estrelas. p rocu rarem o s deles; farem os assim com o dizes.
22T am bém naquele tem po disse ao povo: Cada um Então cham ei os sacerdotes, e os fiz ju rar que fariam
com o seu servo fique em Jerusalém, para que à noite conform e a esta palavra.
nos sirvam de guarda, e de dia na obra. l3T am bém sacudi as m inhas vestes, e disse: Assim
2,Enem eu, nem meus irmãos, nem meusservos, nem sacuda D eus todo o ho m em da sua casa e do seu
os homens da guarda que m e seguiam largávamos as trabalho que não confi rm ar esta palavra, e assim seja
nossas vestes; cada um tinha suas armas e água. sacudido e vazio. E toda acongregação disse: Amém!
E louvaram ao Se n h o r ; e o povo fez conform e a esta
Os pobres m u rm u ra m contra os ricos palavra.
FOI, porém , grande o clam or do povo e de suas MT am bém desde o dia em que m e m an d o u qu e eu
m ulheres, contra os judeus, seus irmãos. fosse seu governador na terra de Judá, desde o ano
2P o rq u e havia quem dizia: Nós, nossos filhos e vinte, até ao ano trin ta e dois do rei A rtaxerxes, doze

486
NEEMIAS 5 ,6 ,7

anos, nem eu nem m eus irm ãos com em os o pão do coisa n en h u m a sucedeu; m as tu, do teu coração, o
governador. inventas.
l5Mas os prim eiros governadores, que foram 9P orque todos eles procuravam atem orizar-nos,
antes de m im , oprim iram o povo, e to m aram -lhe dizendo: As suas m ãos largarão a obra, e não se
pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata, efetuará. Agora, pois, 6 Deus, fortalece as m inhas
com o tam bém os seus servos dom inavam sobre o mãos.
povo; porém eu assim não fiz, p o r causa do tem o r 10E, en tran d o eu em casa de Semaías, filho de De-
de Deus. laías, o filho de M eetabel (que estava encerrado),
16C om o tam bém na obra deste m uro fiz reparação, disse ele: V am os ju n tam en te à casa de Deus, ao meio
e terra n enhum a com pram os; e todos os m eus ser­ do tem plo, e fechem os as portas do tem plo; porque
vos se ajuntaram ali à obra. virão m atar-te; sim , de noite virão m atar-te.
l7T am bém dos judeus e dos m agistrados, cento e 1‘Porém eu disse: Um ho m em com o eu fugiria? E
cinqüenta hom ens, e os que vinham a nós dentre quem há, com o eu, q u e en tre no tem plo para que
as nações que estão ao red o r de nós, se p u n h am à viva? De m aneira n en h u m a entrarei.
m inha mesa. IJE percebi que não era Deus qu em o enviara; mas
18E o que se preparava para cada dia era um b oi e esta profecia falou co n tra m im , p o rq u an to T obias e
seis ovelhas escolhidas; tam bém aves se m e prep a­ Sambalate o subornaram .
ravam e, de dez em dez dias, m uito vinho de todas as l3Para isto o su b o rn aram , p ara m e atem orizar, e
espécies; e nem p or isso exigi o pão do governador, para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem
p o rq u an to a servidão deste povo era grande. alguma causa para m e infam arem , e assim m e v itu ­
|()Lem bra-te de m im para bem , ó m eu D eus, e de perarem .
tu d o q u anto fiz a este povo. 1''Lem bra-te, m eu Deus, de Tobias e de Sambalate,
conform e a estas suas obras, e tam bém da profetisa
Os inim igos conspiram contra N oadia, e dos m ais profetas que p ro cu raram ate­
e in tim id a m N eem ias m orizar-m e.
SUCEDEU que, ouvindo Sam balate, Tobias, ' ’A cabou-se, pois, o m u ro aos vinte e cinco do mês
6 Gesém, o árabe, e o resto dos nossos inim igos,
que eu tinha edificado o m uro, e que nele já não
de Elul; em cinqüenta e dois dias.
,fcE sucedeu que, ouvin d o -o to d o s os nossos in i­
havia brecha alguma, ainda que até este tem po não migos, to d o s os povos que havia em red o r de nós
tin h a posto as portas nos portais, tem eram , e abateram -se m u ito aseusprópriosolhos;
2Sambalate e Gesém m andaram dizer-m e: Vem, e porque reconheceram que o nosso D eus fizera esta
congreguem o-nos jun tam en te nas aldeias, no vale obra.
de O no. Porém intentavam fazer-m e mal. l7T am bém naqueles dias alguns nobres de Judá
3E enviei-lhes m ensageiros a dizer: Faço um a gran ­ escreveram m uitas cartas que iam para Tobias; e as
de obra, de m odo que não poderei descer; por que cartas de Tobias vinham p ara eles.
cessaria esta obra, en q u a n to eu a deixasse, e fosse l8P orque m uitos em Judá lhe eram ajuram entados,
ter convosco? porqu e era genro de Secanias filho de Ará; e seu
4E do m esm o m odo enviaram a m im quatro vezes; filho Joanã se casara com a filha de M esulão, filho
e da m esm a form a lhes respondi. de Berequias.
5Então Sam balate ainda pela q u in ta vez m e enviou 1 ^Tam bém as suas boas ações contavam perante
seu servo com um a carta aberta na sua m ão; m im , e as m inhas palavras transm itiam a ele;portan­
6E na qual estava escrito: E ntre os gentios se ouviu, to Tobias escrevia cartas para m e atem orizar.
e G asm u diz: T u e os judeus intentais rebelar-vos,
então edificas o m uro; e tu te farás rei deles segundo N eem ia s estabelece guardas
estas palavras; SUCEDEU que, depois que o m u ro foi edifica­
7E que puseste profetas, para pregarem de ti em
Jerusalém, dizendo: E stearei em Judá; de m odo que
7 do, eu levantei as portas; e foram estabelecidos
os porteiros, os cantores e os levitas.
o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, 2Eu nom eei a H anani, m eu irm ão, e a Hananias,
agora, econsultem os juntam ente. líder da fortaleza, sobre Jerusalém ; p o rq u e ele era
8P orém eu m andei dizer-lhe: D e tu d o o que dizes hom em fiel e tem ente a Deus, m ais do q ue muitos.

487
NEEMIAS 7

3E disse-lhes: N ão se abram as portas de Jerusalém 290 s hom ens de Q uiriate-Jearim , Q uefira e Beero-
até que o sol aqueça, e enquanto os que assistirem ali te, setecentos e q u aren ta e três.
perm anecerem , fechem as portas, e vós trancai-os; e 3UO s h om ens de Ram á e Geba, seiscentos e vinte
ponham -se guardasdosm oradores de Jerusalém, cada eum .
um n a sua guarda, e cada um diante da sua casa. 31Os hom ens de M icm ás, cento e vinte e dois.
4E era a cidade larga de espaço, e grande, porém 32O s hom ens de Betei e Ai, cento e vinte e três.
pouco povo havia dentro dela; e ainda as casas não 3,0 s hom ens do o u tro N ebo, cinqüenta e dois.
estavam edificadas. 34Os filhos do o u tro Elão, mil, duzentos e cin q ü en ­
ta e quatro:
R elação dos q u e prim eiro vieram a Jerusalém 35O s filhos de H arim , trezentos e vinte.
5Então o m eu Deus m e pôs no coração que ajuntas­ 36O s filhos de Jericó, trezentos e qu aren ta e cinco.
se os nobres, os m agistrados e o povo, para registrar 37O s filhos de Lode, H adide e O n o , setecentos e
as genealogias; e achei o livro da genealogia dos que vinte eu m .
subiram prim eiro e nele estava escrito o seguinte: 380 s filhos de Senaá, três mil, novecentos e trinta.
6Estes são os filhos da província, que subiram do 390 s sacerdotes: Os filhos de Jedaías, da casa de
cativeiro dos exilados, que tran sp o rtara N abucodo- Jesuá, novecentos e setenta e três.
nosor, rei de Babilônia; e voltaram para Jerusalém e 4l,O s filhos de Im er, m il e cinqüenta e dois.
para Judá, cada u m para a sua cidade; 4'O s filhos de Pasur, mil, d uzentos e q u aren ta e
7O s quais vieram com Z orobabel, Jesuá, Neemias, sete.
Azarias, Raamias, N aam ani, M ordecai, Bilsã, Mis- 420 s filhos de H arim , m il e dezessete.
perete, Bigvai, N eum , e Baaná; este é o n úm ero dos 43O s levitas: Os filhos de Jesuá, de Cadm iel, dos
hom ens do povo de Israel. filhos de H odeva, setenta e quatro.
"Foram os filhos de Parós, dois mil, cento e setenta 44O s cantores: Os filhos de Asafe, cento e q uarenta
e dois. e oito.
9O s filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois. 4SO s porteiros: O s filhos de Salum , os filhos de Ater,
10O s filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois. os filhos de T alm om , os filhos de Acube, os filhos de
11 Os filhos de Paate-M oabe, dos filhos de Jesuá e de H atita, os filhos de Sobai, cento e trin ta e oito.
Joabe, dois mil, oitocentos e dezoito. 46O s servidores do tem plo: O s filhos de Zia, os
u Os filhos de Elão, mil, duzentos e cinqüenta e filhos de Hasufa, os filhos de Tabaote,
quatro. 47O s filhos de Q ueros, os filhos de Sia, os filhos de
13O s filhos de Z atu, oitocentos e quarenta e cinco. Padom ,
I40 s filhos de Zacai, setecentos e sessenta. 48O s filhos de Lebana, os filhos de H agaba, os filhos
1’Os filhos de Binui, seiscentos e quarenta e oito. de Salmai,
16Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e oito. 49O s filhos de H anã, os filhos de Gidel, os filhos de
l7Os filhos de Azgade, dois mil, trezentos e vinte Gaar,
edois. ,uO s filhos de Reaías, os filhos de Rezim, os filhos
18Os filhos de A donicão, seiscentos e sessenta e de N ecoda,
sete. 5lO s filhos de Gazão, os filhos de Uzá, os filhos de
l9Os filhos de Bigvai, dois m il e sessenta e sete. Paseá,
20Os filhos de Adim, seiscentos e cinqüenta e cin­ 52Os filhos de Besai, os filhos de M eunim , os filhos
co. de Nefússim ,
21Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito. 53O s filhos de Bacbuque, os filhos de H acufa, os
22Os filhos de H assum , trezentos e vinte e oito. filhos de H arur,
230 s filhos de Bezai, trezentos e vinte e quatro. ,4O s filhos de Bazlite, os filhos de M eída, os filhos
24O s filhos de H arife, cento e doze. de H arsa,
2,Os filhos de G ibeom , noventa e cinco. 55Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos
260 s hom ens de Belém e de Netofa, cento e oitenta deT am á,
eoito. 56O s filhos de Neziá, os filhos de Hatifa.
27O s hom ens de A natote, cento e vinte e oito. 57O s filhos dos servos de Salomão, os filhos de So-
28O s h om ens de Bete-Azmavete, quarenta e dois. tai, os filhos de Soferete, os filhos de Perida,

488
NEEMIAS 7,8

,xO s filhos de Jaala, os filhos de D arcom , os filhos 73E habitaram os sacerdotes, os levitas, os p o rtei­
de Gidel, ros, os cantores, alguns do povo, os servidores do
” Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos de tem plo, e to d o o Israel nas suas cidades.
Poquerete-H azebaim , os filhos de Am om .
""Todos os servidores do tem plo e os filhos dos Esdras lê a lei d ia n te do povo
servos de Salomão, trezentos e noventa e dois. E CHEGADO o sétim o mês, e estando os filhos
61Tam bém estes subiram de Tel-Melá, e Tel-Harsa,
Querube, Adom, Imer, porém não puderam provar
8 de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajun­
to u com o um só hom em , na praça, diante da porta
que a casa de seus pais e a sua linhagem, eram de IsraeL das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que tro u ­
62Os filhos de Delaías, os filhos de T obias, os filhos xesse o livro da lei de Moisés, que o Se n ho r tin h a
de Necoda, seiscentos e quarenta e dois. ordenado a Israel.
WE dos sacerdotes: os filhos de Habaías, os filhos de 2E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a c o n ­
Coz, os filhos de Barzilai, que tom ara um a m ulher gregação, tan to de h o m en s com o de m ulheres, e
das filhas de Barzilai, o gileadita, e que foi cham ado todos os que podiam ouvir com en tendim ento, no
do seu nom e. prim eiro dia do sétim o mês.
64Estes buscaram o seu registro nos livros genealó­ 3E leu no livro d ian te da praça, que está d iante da
gicos, porém não se achou; então, com o im undos, porta das águas, desde a alva até ao m eio-dia, p eran ­
foram excluídos do sacerdócio. te hom ens e m ulheres, e os que podiam entender; e
65E o governador lhes disse que não com essem das os ouvidos de to d o o povo estavam atentos ao livro
coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote da lei.
com U rim e T um im . 4E Esdras, o escriba, estava sobre u m p ú lp ito de
“ Toda esta congregação ju n ta fo i de quarenta e m adeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé
dois mil, trezentos e sessenta, ju n to a ele, à sua m ão direita, M atitias, Sema, Anaías,
67Afora os seus servos e as suas servas, que foram Urias, H ilquias e Maaséias; e à sua m ão esquerda,
sete mil, trezentos e trin ta e sete; e tin h am duzentos Pedaías, M isael, M elquias, H asum , H asbadana,
e quarenta e cinco cantores e cantoras. Zacarias e M esulão.
68O s seus cavalos, setecentos e trin ta e seis; os seus 5E Esdras ab riu o livro p eran te à vista de to d o o
m ulos, duzentos e quarenta e cinco. povo; p o rq u e estava acim a de to d o o povo; e, ab rin ­
6l)Camelos, quatrocentos e trin ta e cinco; ju m e n ­ do-o ele, todo o povo se pôs em pé.
tos, seis mil, setecentos e vinte. 6E Esdras louvou ao Se n h o r , o grande Deus; e todo
7nE um a parte dos chefes dos pais contribuíram o povo respondeu: A m ém , Amém ! levantando as
para a obra. O governador deu para o tesouro, em suas m ãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram
ouro, mil dracm as, cinqüenta bacias, e quinhentas ao Se n h o r , com os rostos em terra.
e trin ta vestes sacerdotais. 7E Jesuá, Bani, Serebias, Jam im , Acube, Sabetai,
71E alguns mais dos chefes dos pais contribuíram H odias, Maaséias, Q uelita, Azarias, Jozabade,
para o tesouro da obra, em ouro, vinte m il dracm as, H anã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e
e em prata, duas m il e duzentas libras. o povo estava no seu lugar.
72E o que deu o restante do povo foi, em ouro, vinte 8E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e
mil dracm as, e em prata, duas m il libras; e sessenta e explicando o sentido, faziam que, lendo, se en ten ­
sete vestes sacerdotais. desse.

O livro da lei de Moisés [...] na lei de Deus duas vezes (Êx 20 e Dt 5). É possivel que a lei moral dos adven-
(8.1,8) tistas esteja incluida na lei denominada cerimonial, escrita por
Moisés e colocada ao lado da arca. com preceitos inteiramen­
(iY?| Adventlsmo do Sétimo Dia. Declara que as expressões
te cerimoniais e abolidos, como ensinam? Sim, o decálogo é re­
UÜJ 'lei de Deus* e "lei de Moisés* estáo se referindo a duas leis
petido. A Bíblia esclarece que as expressões ‘ o livro da lei de
distintas: a primeira foi colocada dentro da arca e continha man­
Moisés* (v. 1) e “na lei de Deus" (v. 8 ) indicam a mesma lei, nào
damentos morais, e a segunda, ao lado da arca e Irazia preceitos
sáo duas leis distintas. Essa divisão da lei não passa de artificia­
inteiramente cerimoniais, mas que já foram abolidos.
lismo. Em Neemias 10.29. encontramos expressões sinônimas:
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os Dez Mandamentos, de- “lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés*. O mesmo
■= clarados como lei de Deus, se encontram no livro da lei ocorre em 2Reis 22.8.

489
NEEMIAS 8,9

9E N eem ias, que era o governador, e o sacerdote ,rE toda a congregação dos q ue voltaram do ca­
Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, tiveiro fizeram cabanas, e h ab itaram nas cabanas,
disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao porq u e nu n ca fizeram assim os filhos de Israel,
Se n h o r vosso Deus, então não vos lam enteis, nem desde os dias de Josué, filho de N um , até àquele dia;
choreis. P orque to d o o povo chorava, ouvindo as e houve m ui grande alegria.
palavras da lei. lsE ,d e d iae m d ia , Esdras leu no livro da lei de Deus,
'“Disse-lhes mais: Ide, com ei as gorduras, e bebei desde o prim eiro dia até ao derradeiro; e celebraram
as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada a solenidade da festa sete dias, e no oitavo dia, houve
preparado para si; p orque este dia é consagrado ao um a assembléia solene, segundo o rito.
nosso Senhor; po rtan to não vos entristeçais; porque
a alegria do Se n h o r é a vossa força. A rre p en d im e n to e confissão do pecado
E, N O dia vinte e q u atro deste mês, ajuntaram -
1'E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo:
Calai-vos; porque este dia é santo; p o r isso não vos
entristeçais.
9 se os filhos de Israel com jejum e com sacos, e
traziam terra sobre si.
12Então todo o povo se foi a com er, a beber, a enviar 2E a descendência de Israel se ap a rto u d e to d o s
porções e a fazer grande regozijo; p orque entende­ os estrangeiros, e pu seram -se em pé, e fizeram
ram as palavras que lhes fizeram saber. confissão pelos seus pecados e pelas in iqüidades
de seus pais.
A festa dos tabernáculos 3E, levantando-se n o seu lugar, leram no livro da lei
’•’E no dia seguinte ajuntaram -se os chefes dos pais do Se n h o r seu D eus um a q u arta parte do dia; e na
de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, a Esdras, o outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao
escriba; e isto para atentarem nas palavras da lei. Se n h o r seu Deus.
1*E acharam escrito na lei queo Senhor ordenara, pelo 4E Jesuá, Bani, Cadm iel, Sebanias, Buni, Serebias,
ministério de Moisés, queos filhos de Israel habitassem Bani e Q uenani se puseram em pé no lugar alto
em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês. dos levitas, e clam aram em alta voz ao Se n h o r seu
,5Assim publicaram , e fizeram passar pregão po r Deus.
todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí 5E os levitas, Jesuá, Cadmiel, Bani, H asabnéias, Se­
ao m onte, e trazei ram os de oliveiras, e ram os de rebias, H odias, Sebanias e Petaías, disseram: Levan­
zam bujeiros, e ram os de m urtas, e ram os de palm ei­ tai-vos, bendizei ao Se n h o r vosso D eus de eternida­
ras, e ram os de árvores espessas, para fazer cabanas, de em eternidade; e bendigam o teu glorioso nom e,
com o está escrito. que está exaltado sobre toda a bênção e louvor.
u,S aiu ,pois,o povo, e os trouxeram , e fizeram para 6Só tu és Se n h o r ; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e
si cabanas, cada u m no seu terraço, nos seus pátios, to d o o seu exército, a terra e tu d o q u an to nela há, os
e nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das m ares e tu d o q u an to neles há, e tu os guardas com
águas, e na praça da porta de Efraim. vida a todos; e o exército dos céus te adora.

E fizeram confissão pelos seus pecados se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abomina­
(9.1,2) ções dos cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus. dos
amonitas, dos moabitas, dos egipcios, e dos amorreus (...] E dis­
Catolicismo Romano. Emprega estes versículos para dar
se: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a
crédito ao dogma da confissão de pecados ao sacerdo­
te católico. minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multipli­
caram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até os
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A confissão declarada nes­ céus" (Ed 9.1.6).
ta seqüência não era dirigida a homem algum, até porque,
a única incumbência do sumo sacerdote era a oferta do sacrifício Tu fizeste o céu, o céu dos céus
para a expiação do pecado, não absolvia qualquer falta. Prova de (9.6)
que a confissão do povo era dirigida a Deus se acha na oração de
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: 0 mormonismo alega
Esdras 9.1-15, quando se lamentava diante deDeusportodosos
erros que o povo e as autoridades entre eles estavam cometen­
Í que Deus. antes de vir à terra, foi primeiramente procriado
nas mansões eternas do Pai como espirito. E chega à loucura de
do: ‘Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os prínci­ dizer que Deus tem avô. Todavia, a referência em estudo, de modo
pes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não geral, refuta as heresias mórmons a respeito de Deus. Mostra que

490
NEEMIAS 9

7T u és o Se n h o r , o Deus, que elegeste a Abrão, e o 19T odavia tu, pela m u ltidão das tuas m isericórdias,
tiraste de U r dos caldeus, e lhe puseste por nom e nãoosdeixastenodeserto.A colunadenuvem nunca
Abraão. se aparto u deles de dia, para os guiar pelo cam inho,
8E achaste o seu coração fiel p erante ti, e fizeste nem a coluna de fogo de noite, p ara lhes ilum inar; e
com ele a aliança, de que darias à sua descendência isto pelo cam inho p o r o nde haviam de ir.
a terra dos cananeus, dos heteus, dos am orreus, dos 20E deste o teu b o m espírito, p ara os ensinar; e o
perizeus, dosjebuseusedosgirgaseus;econfirm aste teu m aná não retiraste da sua boca; e água lhes deste
as tuas palavras, porq u an to és justo. na sua sede.
9E viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste 21De tal m o d o os sustentaste q u aren ta anos no
o seu clam or ju n to ao M ar Vermelho. deserto; nada lhes faltou; as suas roupas não se e n ­
lnE m ostraste sinais e prodígios a Faraó, e a todos velheceram, e os seus pés não se incharam .
os seus servos, e a to d o o povo da sua terra, p orque 22T am bém lhes deste reinos e povos, e os repar­
soubeste que soberbam ente os trataram ; e assim tiste em porções; e eles possuíram a terra de Siom,
adquiriste para ti nom e, com o hoje se vê. a saber, a terra do rei de H esbom , e a terra de Ogue,
“ E o m ar fendeste perante eles, e passaram pelo rei de Basã.
meio do m ar, em seco; e lançaste os seus persegui­ 23E m ultiplicaste os seus filhos com o as estrelas do
dores nas profundezas, com o um a pedra nas águas céu, e trouxeste-os à terra de que tinhas falado a seus
violentas. pais que nela entrariam para a possuírem .
12E guiaste-os de dia p o r um a coluna de nuvem , e 24Assim os filhos en traram e possuíram aquela te r­
de noite p o r uma coluna de fogo, para lhes ilum inar ra; e abateste p erante eles os m oradores da terra, os
o cam inho po r onde haviam de ir. cananeus, e lhos entregaste na m ão, com o tam bém
BE sobre o m o n te Sinai desceste, e dos céus falaste os reis e os povos da terra, para fazerem deles c o n ­
com eles, e deste-lhes juízos retos e leis verdadeiras, form e a sua vontade.
estatutos e m andam entos bons. 25E to m aram cidades fortificadas e terra fértil, e
I4E o teu santo sábado lhes fizeste conhecer; e pre­ possuíram casas cheias de to d a a fartura, cisternas
ceitos, estatutos e lei lhes m andaste pelo m inistério cavadas, vinhas e olivais, e árvores frutíferas, em
de Moisés, teu servo. abundância; e com eram e se fartaram e engordaram
I5E pão dos céus lhes deste na sua fom e, e água da e viveram em delícias, pela tu a grande bondade.
penha lhes produziste na sua sede; e lhes disseste que 26Porém se obstinaram , e se rebelaram co n tra ti, e
entrassem para possuírem a terra pela qual alçaste a lançaram a tu a lei para trás das suas costas, e m ata­
tua m ão, que lhes havias de dar. ram os teus profetas, que protestavam co n tra eles,
l6P orém eles e nossos pais se houveram soberba­ para que voltassem p ara ti; assim fizeram grandes
m ente, e endureceram a sua cerviz, e não deram abom inações.
ouvidos aos teus m andam entos. 27Porissoosentregastenam ãodosseusadversários,
I7E recusaram ouvir-fe, e não se lem braram das que os angustiaram ; m as no tem p o de sua angústia,
tuas m aravilhas, que lhes fizeste, e endureceram a clam ando a ti, desde os céus tu ouviste; e segundo a
sua cerviz e, na sua rebelião, levantaram um capitão, tua grande m isericórdia lhes deste libertadores que
a fim de voltarem para a sua servidão; p orém tu, ó os libertaram da m ão de seus adversários.
Deus perdoador, clem ente e m isericordioso, tardio 28P orém , em ten d o repouso, tornavam a fazer o
em irar-te, e grande em beneficência, tu não os m al diante de ti; e tu os deixavas na m ão dos seus
desam paraste. inim igos, para que dom inassem sobre eles; e c o n ­
18A inda m esm o quando eles fizeram para si um be­ vertendo-se eles, e clam ando a ti, tu os ouviste des­
zerro de fundição, e disseram: Este é o teu Deus, que de os céus, e segundo a tu a m isericórdia os livraste
te tiro u do Egito; e com eteram grandes blasfêmias; m uitas vezes.

Deus, sozinho, fez todo o Universo, até mesmo o céu dos céus. Além disso, a Bíblia afirma que, desde toda a eternidade, Ele é Deus
sem ninguém que o ajudasse. Tanto a dimensão física como a es­ (SI 90.2; 93.2; 103.17). O próprio Deus testifica que fora dele nunca
piritual foram criadas por Deus. houve nem haverá Deus (Is 43.10; 44.6,8.24; 45.5,6,21; 46.9).
Ora, como Deus pode ter sido procriado se foi justamente Ele Todas estas provas jogam por terra o ensino mórmon de que
quem criou tudo? Onde estavam seus supostos "pais e avós"? Deus teve pais e avós.

491
NEEMIAS 9,10

testificaste contra eles, para que voltassem para 5H arim , M erem ote, O badias,
a tua lei; porém eles se houveram soberbam ente, e '’Daniel, G inetom , Baruque,
não d eram ouvidos aos teus m andam entos, mas 7M esulão, Abias, M iam im ,
pecaram contra os teus juízos, pelos quais o hom em M Maazias, Bilgai, Semaías; estes eram os sacerdotes.
que os cu m p rir viverá; viraram o om bro, endurece­ 9E os levitas: Jesuá, filho de Azanias, Binui, dos
ram a sua cerviz, e não quiseram ouvir. filhos de H enadade, Cadmiel,
“ P orém estendeste a tua benignidade sobre eles 1°E seus irmãos: Sebanias, H odias, Q uelita, Pelaías,
p o r m uitos anos, e testificaste contra eles pelo teu H anã,
Espírito, pelo m inistério dos teus profetas; porém 1'M ica, Reobe, Hasabias,
eles não deram ouvidos; por isso os entregaste nas l2Zacur, Serebias, Sebanias,
m ãos dos povos das terras. ' 3H odias, Bani e Beninu.
3lM as pela tu a grande m isericórdia os não destru- l4O s chefes do povo: Parós, Paate-M oabe, Elão,
ístenem desam paraste, porqueés um Deus clem ente Z atu, Bani,
e m isericordioso. l5Buni, Azgade, Bebai,
32Agora, pois, nosso D eus, o grande, poderoso e 16Adonias, Bigvai, Adim,
terrível Deus, que guardas a aliança e a beneficência, 17Ater, Ezequias, Azur,
não tenhas em pouca conta toda a aflição que nos l8H odias, H asum , Bezai,
alcançou a nós, aos nossos reis, aos nossos príncipes, '“Harife, A natote, Nebai,
aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas, aos nos­ 2<lMagpias, M esulão, Hezir,
sos pais e a todo o teu povo, desde os dias dos reis da 2lMesezabeel, Z adoque, Jadua,
Assíria até ao dia de hoje. 22Pelatias, H anã, Anaías,
33Porém tu és justo em tu d o quanto tem vindo so­ 23Oséias, H ananias, H assube,
bre nós; p orque tu tens agido fielmente, e nós tem os 24Haloés, Pilha, Sobeque,
agido im piam ente. 25Reum , H asabná, Maaséias,
34E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos 26E Aias, H anã, Anã,
sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tu a lei, 27M aluque, H arim e Baaná.
e não deram ouvidos aos teus m andam entos e aos 28E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas,
teus testem unhos, que testificaste contra eles. os porteiros, os cantores, os servidores do tem plo,
“ P orque eles nem no seu reino, nem na m uita todos os que se tin h a m separado dos povos das
abundância de bens que lhes deste, nem na terra terras para a lei de D eus, suas m ulheres, seus filhos
espaçosa e fértil que puseste diante deles, te servi­ e suas filhas, todos os que tinham conhecim ento e
ram , nem se converteram de suas m ás obras. entendim ento,
36Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste ■^'Firmemente aderiram a seus irm ãos os mais n o ­
a nossos pais, para com erem o seu fruto e o seu bem , bres d en tre eles, e convieram n um anátem a e n u m
eis que somos servos nela. juram en to , de que an dariam na lei de Deus, que foi
37E ela m ultiplica os seus p rodutos para os reis, que dada pelo m inistério de Moisés, servo de Deus; e
puseste sobre nós, po r causa dos nossos pecados; e de que guardariam e cum pririam todos os m a n d a­
conform e a sua vontade dom inam sobre os nossos m entos do Se n h o r nosso Senhor, e os seus juízos e
corpos e sobre o nosso gado; e estam os n um a grande os seus estatutos;
angústia. 3UE que não daríam os as nossas filhas aos povos da
38E, todavia fizemos um a firm e aliança, e o escre­ terra, nem tom aríam os as filhas deles para os nossos
vem os; e selaram -no os nossos príncipes, os nossos filhos.
levitas e os nossos sacerdotes. 31E que, trazendo os povos da terra no dia de sábado
qualquer m ercadoria, e qualquer grão para vende­
Os nom es dos q u e selaram a aliança rem , nada com praríam os deles no sábado, nem no
E OS que selaram foram : N eem ias, o gover­ dia santificado; e no sétim o ano deixaríam os descan­
nador, filho de Hacalias, e Zedequias, sara terra, e perdoaríamos toda e qualquer cobrança.
2Seraías, Azarias, Jeremias, 32T am bém sobre nós pusem os preceitos, im p o n ­
3Pasur, Amarias, M alquias, do -n o s cada ano a terça p arte de u m siclo, para o
''H atus, Sebanias, M aluque, m inistério da casa do nosso Deus;

492
N E E M IA S10.il

33Para os pães da proposição, para a co ntínua ofer­ de Judá e dos filhos de B enjam im . Dos filhos de
ta de alim entos, e para o contínuo holocausto dos Judá, Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias, filho
sábados, das luas novas, para as festas solenes, para de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalaleel, dos
as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, filhos de Perez;
para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do 5E Maaséias, filho de Baruque, filho de Col-Hoze,
nosso Deus. filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe,
3'tT am bém lançam os sortes entre os sacerdotes, le­ filho de Zacarias, filho de Siloni.
vitas, e o povo, acerca da oferta da lenha que se havia 6Todos os filhos de Perez, que habitaram em Jeru­
de trazer à casa do nosso Deus, segundo as casas de salém, foram quatrocentos e sessenta e oito hom ens
nossos pais, a tem pos determ inados, de ano em ano, valentes.
para se queim ar sobre o altar do Se n h o r nosso Deus, 7E estes são os filhos de Benjam im : Saiu, filho de
com o está escrito na lei. M esulão, filho de Joede, filho de Pedaías, filho de
35Q ue tam bém traríam os as prim ícias da nossa Colaías, filho de M aaséias, filho de Itiel, filho de
terra, e as prim ícias de todos os frutos de todas as Jesaías.
árvores, de ano em ano, à casa do Se n h o r . 8E depois dele G abai e Salai, ao todo novecentos e
36E os prim ogênitos dos nossos filhos, e os do nosso vinte e oito.
gado, com o está escrito na lei; e que os prim ogênitos 9E Joel, filho de Zicri, superintendente sobre eles; e
do nosso gado e das nossas ovelhas traríam os à casa Judá, filho de Senua, o segundo sobre a cidade.
do nosso Deus, aos sacerdotes, que m inistram na 10Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim,
casa do nosso Deus. 1 'Seraías, filho de H ilquias, filho de M esulão, filho
37E que as prim ícias da nossa massa, as nossas de Zadoque, filho de M eraiote, filho de Aitube, líder
ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o m osto e o da casa de Deus,
azeite, traríam os aos sacerdotes, às câm aras da casa l2E seus irm ãos, que faziam a o bra na casa, o ito ­
do nosso Deus; e os dízim os da nossa terra aos levi­ centos e vinte e dois; e Adaías, filho de Jeroão, filho
tas; e que os levitas receberiam os dízim os em todas de Pelalias, filho de Anzi, filho de Zacarias, filho de
as cidades, da nossa lavoura. Pasur, filho de M alquias,
38E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os 13E seus irm ãos, chefes dos pais, duzentos e q u aren ­
levitas q u ando estes recebessem os dízim os, e que ta e dois; e Amassai, filho de Azareel, filho de Azai,
os levitas trariam os dízim os dos dízim os à casa do filho de M esilem ote, filho de Im er,
nosso Deus, às câm aras da casa do tesouro. 14E os irm ãos deles, hom ens valentes, cento e vinte
39P o rq u e àquelas câm aras os filhos de Israel e os e oito, e su p erin ten d en te sobre eles Z abdiel, filho
filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas do grão, de Gedolim.
do m osto e do azeite; p o rq u an to ali estão os vasos 15E dos levitas: Semaías, filho de H assube, filho de
do santuário, com o tam bém os sacerdotes que m i­ Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni;
nistram , os porteiros e os cantores; e que assim não 16E Sabetai, e Jozabade, dos chefes dos levitas,presi­
desam pararíam os a casa do nosso Deus. diam sobre a obra de fora da casa de Deus.
I7E M atanias, filho de M ica, filho de Zabdi, filho
R elação dos q u e habitaram e m Jerusalém de Asafe, o chefe, que iniciava as ações de graças na

1 1 E OS líderes do povo habitaram em Jerusa-


A lém, porém o restante do povo lançou sortes,
para tirar um de dez, que habitasse na santa cidade de
oração, e Bacbuquias, o segundo de seus irm ãos;
depois A bda, filho de Sam ua, filho de Galai, filho
de Jedutum .
Jerusalém, e as nove partes nas outras cidades. l8T odos os levitas na santa cidade, foram duzentos
2E o povo bendisse a todos os hom ens que volunta­ e oitenta e quatro.
riam ente se ofereciam para habitar em Jerusalém. 19E os porteiros, Acube, Talm om , com seus irm ãos,
3E estes são os chefes da província, que habitaram os guardas das portas, cento e setenta e dois.
em Jerusalém; porém nas cidades de Judá habitou
cada um na sua possessão, nas suas cidades, Israel, Dos q u e habitaram nas cidades d e Ju d á
os sacerdotes, os levitas, os servidores do tem plo, e 20E o restante de Israel, dos sacerdotes e levitas,
os filhos dos servos de Salomão. habitou em todas as cidades de Judá, cada um na
4H abitaram , pois, em Jerusalém alguns dos filhos sua herança.

493
NEEMIAS 11,12

2IE os servidores do tem plo, habitaram em Ofel; 9E Bacbuquiase Uni, seus irm ãos, estavam defron­
e Zia e G ispa presidiam sobre os servidores do te deles, nas guardas.
tem plo. I()E Jesuá gerou a Joiaquim , e Joiaquim gerou a
22E o su perintendente dos levitas em Jerusalém foi Eliasibe, e Eliasibe gerou a Joiada,
Uzi, filho de Bani, filho de Hasabias, filho de M ata- 1 lE Joiada gerou a Jônatas, e Jônatas gerou a Ja-
nias, filho de Mica; dos filhos de Asafe, os cantores, dua.
ao serviço da casa de Deus. I2E nos dias de Joiaquim foram sacerdotes, chefes
“ Porque havia um m andado do rei acerca deles, e dos pais: de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias;
uma certa regra para os cantores, cada qual no seu dia. 13De Esdras, M esulão; de Amarias, Joanã;
24E Petaías, filho de Mesezabeel, dos filhos de Zerá, I4De M aluqui, Jônatas; de Sebanias, José;
filho de Judá, estava à m ão do rei, em todos os ne­ 1 ’De H arim , A dna; de M eraiote, Helcai;
gócios do povo. ''’De Ido, Zacarias; de G inetom , Mesulão.
2,E q u an to às aldeias, com as suas terras, alguns dos l7De Abias, Zicri; de M iam im e de M oadias, Piltai;
filhos de Judá habitaram em Q uiriate-A rba e nos lsDe Bilga, Samua; de Semaías, Jônatas;
lugares da sua jurisdição, e em D ibom , e nos lugares ,9E de Joiaribe, M atenai; de Jedaías, Uzi;
da sua jurisdição, e em Jecabzeel e nas suas aldeias, -"De Salai, Calai; de A m oque, Éber;
26E em Jesuá, e em M olada, e em Bete-Pelete, 2lDe Hilquias, Hasabias; de Jedaías, N atanael.
2~E em Hazar-Sual, e em Berseba e nos lugares da 22D os levitas, nos dias de Eliasibe, foram inscritos
sua jurisdição, com o chefes de pais, Joiada, Joanã e Jadua; com o
28E em Ziclague, em M econa e nos lugares da sua tam bém os sacerdotes, até ao reinado de D ario, o
jurisdição, persa.
29E em E n-R im om , em Z orá e em Jarm ute, 2,Os filhos de Levi foram inscritos, com o chefes
ínEm Zanoa, A dulão e nas suas aldeias, em Laquis de pais, n o livro das crônicas, até aos dias de Joanã,
e nas suas terras, em Azaca e nos lugares da sua ju ­ filho de Eliasibe.
risdição. A cam param -se desde Berseba até ao vale 24Foram, pois, os chefes dos levitas: Hasabias,
de H inom . Serabias, e Jesuá, filho de Cadm iel; e seus irm ãos
31E os filhos de B enjam im habitaram desde Geba, estavam defronte deles, para louvarem e darem gra­
em M icmás, Aia, Betei e nos lugares da sua jurisdi­ ças, segundo o m and ad o de Davi, ho m em de Deus;
ção, guarda co n tra guarda.
32E em A natote, em N obe, em Ananias, 2sM atanias, Bacbuquias, O badias, M esulão, Tal-
33Em H azor, em Ramá, em G itaim , m om e Acube, eram porteiros, q u e faziam a guarda
34Em H adide, em Zeboim , em N ebalate, às tesourarias das portas.
35Em Lode e em O no, no vale dos artífices, 26Estes viveram nos dias de Jeoiaquim , filho de
36E alguns dos levitas habitaram nas divisões de Jesuá, o filho de Jozadaque; com o tam bém nos dias
Ju d á ed e Benjamim. de N eem ias, o governador, e do sacerdote Esdras,
o escriba.
Os sacerdotes qite vieram co m Zorobabel
ESTES são sacerdotes e levitas que subiram A dedicação dos m uros
com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Je­ 27E na dedicação d o sm u ro s de Jerusalém buscaram
suá: Seraías, Jeremias, Esdras, os levitas de to d o s os seus lugares, para trazê-los, a
2Amarias, M aluque, H atus, fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvo­

’Secanias, Reum , M erem ote, res e com canto, saltérios, cím balos e com harpas.
4ld o , G inetoi, Abias, 28E assim aju n taram os filhos dos cantores, tan to
5M iam im , M aadias, Bilga, da cam pina dos arredores de Jerusalém, com o das
6Semaías, Joiaribe, Jedaías, aldeias deN etofati;
7Salu, A m oque, Hilquias, Jedaías; estes foram os 29C om o tam b ém da casa de Gilgal, e dos cam pos
chefes dos sacerdotes e de seus irm ãos, nos dias de de Geba, e Azmavete; p o rq u e os cantores edificaram
Jesuá. para si aldeias nos arredores de Jerusalém.
8E os levitas: Jesuá, Binui, Cadm iel, Serebias, Judá, 30E purificaram -se os sacerdotes e os levitas; e logo
M atanias; este e seus irm ãos dirigiam os louvores. purificaram o povo, as portas e o m uro.

494
NEEMIAS 12,13

3lEntão fiz subir os príncipes de Judá sobre o 45E observava os preceitos do seu Deus, e os da p u ri­
m uro, e ordenei dois grandes coros em procissão, ficação; com o tam bém os cantores e porteiros, co n ­
um à m ão direita sobre o m uro do lado da p o rta do form e ao m andado de Davi e de seu filho Salomão.
m onturo. 46P orque já nos dias de Davi e Asafe, desde a an ti­
32E após ele ia Hosaías, e a m etade dos príncipes guidade, havia chefes dos cantores, e dos cânticos de
de Judá. louvores e de ação de graças a Deus.
}3E Azarias, Esdras e M esulão, 47Por isso todo o Israel, já nos dias de Z orobabel e
34Judá, Benjamim, Semaías e Jeremias. nos dias de Neemias, dava aos cantores e aos portei­
35E dos filhos dos sacerdotes, com trom betas: ros as porções de cada dia; e santificavam as porções
Zacarias, filho de Jônatas, filho de Semaías, filho aos levitas, e os levitas as santificavam aos filhos de
de M atanias, filho de Micaías, filho de Zacur, filho Arão.
deAsafe.
36E seus irm ãos, Semaías, e Azareel, Milalai, Gilalai, N eem ia s rem ove diversos abusos
Maai, N atanael, Judá e H anani, com os instru m en ­ 1 ^ NAQUELE dia leu-se no livro de Moisés,
tos m usicais de Davi, hom em de Deus; e Esdras, o i . 3 aos ouvidos do povo; e achou-se escrito
escriba, ia adiante deles. nele que os am onitas e os m oabitas não entrassem
37Indo assim para a p orta da fonte, defronte deles, jam ais na congregação de Deus,
subiram as escadas da cidade de Davi, onde começa ^Porquanto não tin h am saído ao en co n tro dos
a subida do m uro, desde cim a da casa de Davi, até à filhos de Israel com pão e água; antes co n tra eles
porta das águas, do lado do oriente. assalariaram a Balaão para os am aldiçoar; porém o
,8E o segundo coro ia em frente, e eu após ele; e a nosso D eus converteu a m aldição em bênção.
m etade do povo ia sobre o m uro, desde a torre dos ’Sucedeu, pois, que, o u v in d o eles esta lei, ap arta­
fornos, até à m uralha larga; ram de Israel to d o o elem ento m isto.
39E desde a p o rta de Efraim , passaram p o r cima 4O ra, antes disto, Eliasibe, sacerdote, que presidia
da p o rta velha, e da p o rta do peixe, e pela to rre de sobre a câm ara da casa do nosso Deus, se tinha apa­
H ananeel e a torre de Meá, até à porta das ovelhas; e rentado com Tobias;
pararam à porta da prisão. 5E fizera-lhe um a câm ara grande, o nde dantes se
4UEntão am bos os coros pararam na casa de Deus; depositavam as ofertas de alim entos, o incenso, os
com o tam bém eu, e a m etade dos m agistrados co­ utensílios, os dízimos do grão, do m osto e do azeite,
migo. que se ordenaram para os levitas, cantores e porteiros,
41E os sacerdotes Eliaquim, Maaséias, M iniam im , com o tam bém a oferta alçada para os sacerdotes.
Micaías, Elioenai, Zacarias e H ananias, com tro m ­ 6Mas d u ran te tu d o isto não estava eu em Jerusalém,
betas. porque no ano trin ta e dois de Artaxerxes, rei de Ba­
42C om o tam bém , Maaséias, Semaías, Eleazar, Uzi, bilônia, fui ter com o rei; m as após alguns dias tornei
Jo^nã, M alquias, Elão e Ezer; e faziam -se ouvir os a alcançar licença do rei.
cantores, juntam ente com Jezraías, o seu su p erin ­ 7E voltando a Jerusalém , co m p reen d i o m al que
tendente. Eliasibe fizera para Tobias, fazendo-lhe u m a câm ara
43E ofereceram , no m esm o dia, grandes sacrifícios nos pátios da casa de Deus.
e se alegraram ; porque D eus os alegrara com grande sO que m u ito m e desagradou; de sorte que lancei
alegria; e até as m ulheres e os m eninos se alegraram , todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.
de m odo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de 9E, o rd en an d o -o eu, purificaram as câm aras; e
longe. tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus,
com as ofertas de alim entos e o incenso.
O m inistério do tem plo "T am b ém en ten d i que os quinhões dos levitas
44T am bém no m esm o dia se nom earam hom ens não se lhes davam , de m aneira que os levitas e os
sobre as câmaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, cantores, que faziam a obra, tin h am fugido cada um
das primícias, dos dízimos, para ajuntarem nelas, dos para a sua terra.
campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes 1 ‘Então contendi com os m agistrados, e disse: Por
e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa que se desam parou a casa de Deus? P orém eu os
dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali. ajuntei, e os restaurei n o seu posto.

495
NEEMLA.S 13

12Então to d o o Judá trouxe os dízim os do grão, do fizerdes, hei de lançar m ão de vós. D aquele tem po
m osto e do azeite aos celeiros. em diante não vieram n o sábado.
13E p o r tesoureiros pus sobre os celeiros a Selemias, 22T am bém disse aos levitas qu e se purificassem , e
o sacerdote, e a Z adoque, o escrivão e a Pedaías, den­ viessem guardar as portas, para santificar o sábado.
tre os levitas; e com eles H anã, filho de Zacur, o filho N isto tam bém , D eus m eu, lem bra-te de m im e per­
de M atanias; porque foram achados fiéis; e se lhes doa-m e segundo a abundância da tu a benignidade.
encarregou a eles a distribuição para seus irmãos. 23Vi tam bém naqueles dias judeus que tinham
HPor isto, D eus m eu, lem bra-te de m im e não ris­ casado com m ulheres asdoditas, am onitas e m o-
ques as beneficências que eu fiz à casa de m eu Deus abitas.
e às suas observâncias. 24E seus filhos falavam m eio asdodita, e não p o ­
l5N aqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares diam falar judaico, senão segundo a língua de cada
ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre povo.
os ju m en tos; com o tam bém vinho, uvas e figos, e 25E contendi com eles, e os am aldiçoei e espanquei
to d a a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz j urar
dia de sábado; e protestei contra eles n o dia em que p o r Deus, dizendo: N ão dareis m ais vossas filhas a
vendiam m antim entos. seus filhos, e não tom areis m ais suas filhas, nem para
“T am b ém habitavam em Jerusalém tírios que vossos filhos n em para vós mesmos.
traziam peixe e toda a m ercadoria, que vendiam no 26Porventura não pecou nisto Salomão, rei de Isra­
sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém. el, não havendo en tre m uitas nações rei sem elhante
I7E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: a ele, e sendo ele am ado de seu D eus, e p o n d o -o
Q ue mal é este que fazeis, p rofanando o dia de sá­ Deus rei sobre to d o o Israel? E contudo as m ulheres
bado? estrangeiras o fizeram pecar.
lsPorventura não fizeram vossos pais assim, e não 27E dar-vos-íam os nós ouvidos, para fazerm os todo
trouxe o nosso Deus to d o este mal sobre nós e sobre este grande m al, prevaricando co n tra o nosso Deus,
esta cidade? E vós ainda m ais acrescentais o ardor de casando com m ulheres estrangeiras?
sua ira sobre Israel, profanando o sábado. 2!lT am bém um dos filhos de Joiada, filho de Elia-
19Sucedeu, pois, que, dando já som bra nas portas sibe, o sum o sacerdote, era genro de Sam balate, o
de Jerusalém antes do sábado, ordenei que as portas horon ita, p o r isso o afugentei de m im .
fossem fechadas; e m andei que não as abrissem até 2<'Lem bra-te deles, D eus m eu, pois co ntam inaram
passado o sábado; e pus às portas alguns de m eus o sacerdócio, com o tam bém a aliança do sacerdócio
servos, para que n enhum a carga entrasse n o dia de e dos levitas.
sábado. 30Assim os lim pei de todo o estrangeiro, e designei
20Então os negociantes e os vendedores de toda os cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na
a m ercadoria passaram a noite fora de Jerusalém, sua obra.
um a ou duas vezes. 3'C o m o tam bém para com as ofertas de lenha em
2‘Protestei, pois, contra eles, e lhes disse: P or que tem pos determ inados, e para com as prim ícias;
passais a noite defronte do m uro? Se o u tra vez o lem bra-te de m im , Deus m eu, para bem .

496
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Ester
TÍTULO
Seu nom e se refere a um a judia cham ada Ester, que divide a história com o seu p rim o M ardoqueu.

A u t o r ia e data

É a própria Ester, cujo nom e significa “estrela”. Em hebraico, seu nom e era Hadassah, cujo significa­
do é “um a árvore de m u rta”, sím bolo da vitória. N ão é fácil determ inar sua data e autoria. Em bora a tra d i­
ção faça referência ao pró p rio M ardoqueu, alguns, no entanto, questionam esta posição baseados em Es­
ter 10.2,3. Esta referência, porém , não anula a possibilidade de Ester ter sido a autora, u m a vez que se trata
apenas de um apontam ento às fontes em pregadas. O utro detalhe. O fato de a narrativa estar na terceira
pessoa tam bém é algo com um na literatura hebraica.
Q uanto à data, Ester 10.2 parece m o strar que Xerxes já estava m orto, logo, a narrativa é posterior ao ano
465 a.C. C om o não existem traços gregos no livro, que apresenta, com grandes detalhes, o contexto do im ­
pério persa, significa que sua data é anterior ao ano 330 a.C, q uando o im pério persa fora suplantado pela
potência grega. M uitos eruditos concordam que o livro fora realm ente escrito n o século 5o a.C.
A ssunto
Ester é o últim o livro histórico do Antigo Testamento. Seus eventos ocorreram d u ran te o período de
dom inação m edo-persa, na região da Pérsia, o u seja, fora do territó rio de Israel. E narra com o um a judia
foi elevada à posição de rainha da Pérsia e com o o plano de H am ã, um dos m inistros do rei, foi frustrado.
H am ã pretendia, por m eio de um decreto, aniquilar os judeus.
O livro apresenta um a peculiaridade: a ausência do nom e de Deus. Mas, em bora não haja nenh u m a
m enção ao nom e de Deus, a ação divina, no entanto, é claram ente visível. Alguns relacionam esta “ausên­
cia” com um a referência ao jejum . Mas toda a narrativa m ostra, de form a clara, a providência divina em
favor do povo escolhido.
A origem da festa do P urim , com em orada até os dias de hoje pelo judaísm o, é plenam ente explicada.

Ê nfase a p o lo g é tic a
M uitas objeções têm sido levantadas contra o livro de Ester. E os críticos, m ais u m a vez, se baseiam em
com parações com a história secular, que não traz n enhum a referência à rainha Ester. E é ju stam ente esse
argum ento que tem sido freqüentem ente usado em oposição ao relato bíblico. Todavia, é possível construir
paralelos interessantes entre as narrativas do livro de Ester e o livro do h istoriador H eródoto. M as não p o ­
dem os esquecer que cada povo costum ava d ar nom es diferentes a um m esm o personagem histórico.
Todavia, todos os questionam entos a respeito deste livro têm sido esclarecidos pelas descobertas ar­
queológicas. A m aior prova de sua historicidade, sem dúvida, é a m ilenar festa do P urim , com em orada p e­
los judeus até os dias atuais.
O LIVRO DE

ESTER
O b a n q u ete d eA ssuero l2Porém a rain h a Vasti recusou vir conforme a
E SUCEDEU nos dias deA ssuero, o Assuero que palavra do rei, p o r m eio dos camareiros; assim o rei
1 reinou desde a índia até a Etiópia, sobre cento e
vinte e sete províncias,
m uito se enfureceu, e acendeu nele a sua ira.
1 'E ntão p erg u n to u o rei aos sábios que entendiam
2Q ue, naquelesdiasassentando-seo rei Assuero no dos tem pos (porque assim se tratavam os negócios
tro n o do seu reino, que estava na fortaleza de Susã, do rei na presença de to d o s os que sabiam a lei e o
3N o terceiro ano do seu reinado, fez um banquete a direito;
todos os seus príncipes e seus servos, estando assim l4E os m ais chegados a ele eram: Carsena, Setar,
perante ele o p oder da Pérsia e M édia e os nobres e A dm ata, Társis, M eres, M arsena, e M em ucã, os sete
príncipes das províncias, príncipes dos persas e dos m edos, que viam a face do
4Para m ostrar as riquezas da glória do seu reino, e rei, e se assentavam com o principais no reino),
o esplendor da sua excelente grandeza, po r m uitos 1 sO que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti,
dias, a saber: cento e oitenta dias. p or não ter obedecido ao m andado do rei Assuero,
’E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete p o r m eio dos cam areiros.
a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, 16Então disse M em ucã na presença do rei e dos p rín ­
desde o m aior até ao m enor, p o r sete dias, no pátio cipes: Não som ente contra o rei pecou a rainha Vasti,
do jardim do palácio real. porém tam bém contra todos os príncipes, e contra
M s tapeçarias eram de p ano branco, verde, e azul todos os povos que há em todas as províncias do rei
celeste, pendentes de cordões de 1inho fino e p ú rp u ­ Assuero.
ra, e argolas de prata, e colunas de m árm ore; os leitos 17P orque a notíáa do que feza rainha chegará a todas
de ouro e de prata, sobre um pavim ento de m árm ore as mulheres, de m odo que aos seus olhos desprezarão
verm elho, e azul, e branco, e preto. a seus m aridos quando ouvirem dizer: M andou o rei
7E dava-se de beber em copos de ouro, e os copos Assuero que introduzissem à sua presença a rainha
eram diferentes uns dos outros; e havia m uito vinho Vasti, porém ela não veio.
real, segundo a generosidade do rei. ,8E neste mesmo dia as senhoras da Pérsia e da
HE o beber era po r lei, sem constrangim ento; p o r­ M édia, ouvindo o que fez a rainha, dirão o mesmo
que assim tinha ordenado o rei expressam ente a a todo s os príncipes do rei; e assim haverá m uito
todos os oficiais da sua casa, que fizessem conform e desprezo e indignação.
a vontade de cada um. l9Se bem parecer ao rei, saia da sua parte u m edito
’’T am bém a rainha Vasti deu u m banquete às m u ­ real, e escreva-se nas leis dos persas e dos m edos, e
lheres, na casa real do rei Assuero. não se revogue, a saber: que Vasti não entre mais na
presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a ou tra
Vasti, a rainha, recusa assistir que seja m elhor do que ela.
ao b anquete 2nE, ouvindo-se o m andado, que o rei decretará em
U)E ao sétim o dia, estando já o coração do rei alegre todo o seu reino (p o rq u e é grande), todas as m u lh e­
do vinho, m andou aM eum ã, B izta.H arbona, Bigtá, res darão h o n ra a seus m aridos, desde a m aior até à
Abagta, Z etar e Carcas, os sete cam areiros que ser­ m enor.
viam na presença do rei Assuero, 2IE pareceram bem estas palavras aos olhos do rei
" Q u e introduzissem na presença do rei a rainha e dos príncipes; e fez o rei conform e a palavra de
Vasti, com a coroa real, para m ostrar aos povos e aos M em ucã.
príncipes a sua beleza, porque era form osa à vista. “ Então enviou cartas a todas as províncias do rei, a

498
ESTER 1,2,3

cada província segundo a sua escrita, e a cada povo priam os dias das suas purificações, seis meses com
segundo a sua língua; que cada hom em fosse senhor óleo de m irra, e seis meses com especiarias, e com as
em sua casa, e que se falasse conform e a língua do coisas para a purificação das m ulheres),
seu povo. l3D esta m aneira, pois, vinha a m oça ao rei; dava-
se-lhe tu d o q u anto ela desejava, para levar consigo
Assuero casa com E ster da casa das m ulheres à casa do rei;
PASSADAS estas coisas, e apaziguado já o furor l4À tarde entrava, e pela m anhã tornava à segunda
2 do rei A ssuero, lem brou-se de Vasti, e do que
fizera, e do que se tinha decretado a seu respeito.
casa das m ulheres, sob os cuidados de Saasgaz, ca­
m areiro do rei, guarda das concubinas; não tornava
2Então disseram os servos do rei, que lhe serviam: mais ao rei, salvo se o rei a desejasse, e fosse cham ada
Busquem-se para o rei m oças virgens e formosas. pelo nom e.
3E p o nha o rei oficiais em todas as províncias do 1 ’C hegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio
seu reino, que ajuntem a todas as m oças virgens e de M ardoqueu (que a tom ara p or sua filha), para ir
formosas, na fortaleza de Susã, na casa das mulheres, ao rei, coisa nenhum a pediu, senão o que disse Hegai,
aos cuidados de Hegai, cam areiro do rei, guarda das cam areiro do rei, guarda das m ulheres; e alcançava
m ulheres, e dêem -se-lhes os seus enfeites. Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.
4E a m oça que parecer bem aos olhos do rei, reine 16Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa
em lugar de Vasti. E isto pareceu bem aos olhos do real, no décim o mês, q u eé o m êsdetebete, no sétim o
rei, e ele assim fez. ano do seu reinado.
5H avia então um ho m em jud eu na fortaleza de I7E o rei am o u a Ester m ais do que a todas as m u ­
Susã, cujo nom e era M ardoqueu, filho de Jair, filho lheres, e alcançou p erante ele graça e benevolência
de Simei, filho de Q uis, hom em benjam ita, m aisdo q u eto d as as virgens; epôs a coroa real n a sua
6Q ue fora tran sp o rtad o de Jerusalém , com os cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.
cativos que foram levados com Jeconias, rei de ' “Então o rei deu um grande ban q u ete a to d o s os
Judá, o qual transp o rtara N abucodonosor, rei de seus príncipes e aos seus servos; era o ban q u ete de
Babilônia. Ester; e deu alívio às províncias, e fez presentes se­
7Este criara a H adassa (que é Ester, filha de seu tio ), gundo a generosidade d o rei.
p orque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de '‘’E reu n in d o -se segunda vez as virgens, M a rd o ­
presença e form osa; e, m o rrendo seu pai e sua mãe, queu estava assentado à p o rta do rei.
M ardoqueu a tom ara po r sua filha. ■“ Ester, porém, não declarava a sua parentela e o
“Sucedeu que, divulgando-se o m andado do rei e seu povo, com o M ardoqueu lhe ordenara; porque
a sua lei, e ajuntando-se m uitas m oças na fortaleza Ester cu m p ria o m an d ad o de M ardoqueu, com o
de Susã, aos cuidados de Hegai, tam bém levaram quand o a criara.
Ester à casa do rei, sob a custódia de Hegai, guarda
das mulheres. M a rd o q u eu descobre
9E a m oça pareceu form osa aos seus olhos, e alcan­ u m a conspiração
çou graça perante ele; p o r isso se apressou a dar-lhe 21Naqueles dias, assentando-se M ardoqueu à porta
os seus enfeites, e os seus quinhões, com o tam bém do rei, dois cam areiros do rei, dos guardas da porta,
em lhe dar sete m oças de respeito da casa do rei; e a Bigtã e Teres, grandem ente se indignaram , e p ro cu ­
fez passar com as suas m oças ao m elhor lugar da casa raram atentar co n tra o rei Assuero.
das mulheres. 22E veio isto ao conhecim ento de M ardoqueu, e ele
1 “Ester, porém , não declarou o seu povo e a sua o fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em
parentela, p orque M ardoqueu lhe tinha ordenado nom e de M ardoqueu.
que o não declarasse. 23E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e am bos
1 'E passeava M ardoqueu cada dia diante do pátio foram p en d u rad o s n u m a forca; e foi escrito nas
da casa das m ulheres, para se inform ar de com o crônicas p erante o rei.
Ester passava, e do que lhe sucederia.
I2E, chegando a vez de cada m oça, para vir ao rei H a m ã cria ódio a M a rd o q u eu
Assuero, depois que fora feito a ela segundo a lei das DEPOIS destas coisas o rei A ssuero engran­
m ulheres, por doze meses (porque assim se cu m ­ 3 deceu a H am ã, filho de H am edata, agagita, e

499
ESTER 3,4

o exaltou, e pôs o seu assento acim a de todos os 1 'E disse o rei a H amã: Essa p rata te é dada com o
príncipes que estavam com ele. tam bém esse povo, para fazeres dele o que bem pa­
2E to d o s os servos do rei, que estavam à po rta do rei, recer aos teus olhos.
se inclinavam e se prostravam perante H am ã; p o r­ l2Então cham aram os escrivães do rei no prim eiro
que assim tinha o rdenado o rei acerca dele; porém mês, no dia treze do m esm o e, conform e a tudo
M ardoqueu não se inclinava nem se prostrava. q u an to H am ã m andou, se escreveu aos príncipes
3Então os servos do rei, que estavam à p o rta do do rei, e aos governadores que havia sobre cada p ro ­
rei, disseram a M ardoqueu: P or que transgrides o víncia, e aos líderes, de cada povo; a cada província
m andado do rei? segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua
4Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após língua; em no m e do rei Assuero se escreveu, e com
dia, e não lhes d ando ele ouvidos, o fizeram saber a o anel do rei se selou.
H am ã, para verem se as palavras de M ardoqueu se I3E enviaram -se as cartas p o r interm édio dos cor­
sustentariam , porque ele lhes tinha declarado que reios a todas as províncias do rei, para que destruís­
era judeu. sem, m atassem , e fizessem perecer a todos os judeus,
5V endo, pois, H am ã que M ardoqueu não se incli­ desde o jovem até ao velho, crianças e m ulheres, em
nava nem se prostrava diante dele, H am ã se encheu um mesmo dia, a treze do duodécim o mês (que é o
de furor. mês de A dar), e que saqueassem os seus bens.
6P orém teve com o pouco, nos seus propósitos, o l4U m a cópia do despacho que d eterm in o u a d i­
pôr as m ãos só em M ardoqueu (porque lhe haviam vulgação da lei em cada província, foi enviada a
declarado de que povo era M ardoqueu); H am ã, todos os povos, para que estivessem preparados
pois, p ro cu ro u d estruir a todos os judeus, o povo para aquele dia.
de M ardoqueu, que havia em to d o o reino de As- 15Os correios, pois, im pelidos pela palavra do rei,
suero. saíram , e a lei se pro clam o u na fortaleza de Susã. E
o rei e H am ã se assentaram a beber, porém a cidade
H a m ã tenta m atar todos de Susã estava confusa.
os ju d e u s
7N o prim eiro mês (que é o m ês de N isã), no ano
duodécim o do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a A consternação dos ju d e u s
sorte, perante H am ã, para cada dia, ep ara cada mês, Q U A N D O M ard o q u eu soube tu d o q u an to se
até ao duodécim o mês, que é o mês de Adar.
8E H am ã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e
4 havia passado, rasgou as suas vestes, e vestiu-se
de saco e de cinza, e saiu pelo m eio da cidade, e cla­
dividido entre os povos em todas as províncias do m o u com grande e am argo clamor;
teu reino um povo, cujas leissáo diferentes das leis de 2E chegou até diante d ap o rta do rei, porque ninguém
todos os povos, e que não cum pre as leis do rei; p or vestido de saco podia en trar pelas portas do rei.
isso não convém ao rei deixá-lo ficar. 3E em todas as províncias aonde a palavra do rei e
’Sebem parecerao rei, decrete-sequeos matem ; eeu a sua lei chegava, havia en tre os j udeus grande luto,
porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos com jejum , e choro, e lam entação; em uitos estavam
de prata, para que entrem nos tesouros do rei. deitados em saco e em cinza.
1 “E ntão tiro u o rei o anel da sua m ão, e o deu a 4E n tão v ieram as servas de E ster, e os seus ca­
H am ã, filho de H am edata, agagita, adversário dos m a re iro s, e fizeram -n a saber, do qu e a rain h a
judeus. m u ito se doeu; e m an d o u roupas para vestir a M ar-

E muitos estavam deitados em que se portassem como quem está em desgraça, como claro si­
saco e em cinza nal de tristeza, tal como aconteceu com Jó, quando sentou so­
(4.3) bre cinzas (Jó 2.8).
Assim, náo há cabimento neste versículo para que os católi­
Catolicismo Romano. Baseia-se nesta referência para Jus­
cos fundamentem sua tese quanto ao uso desse ritual. No Antigo
tificar o uso de cinzas nos ritos eclesiásticos que antece­
Testamento, tradições como esta. de rasgar as vestes, já haviam
dem a quaresma.
sido censuradas por Deus. (Jl 2.12,13). O emprego de cinzas é
RESPOSTA APOLOGÉTICA. Uma vez que o rei Assuero apenas mais uma prática cerimonial há muito abolida pelo culto
havia decidido, por lei, que os judeus deveriam ser dizima­ interior, no qual Deus reclama uma conversão interna sincera, que
dos da terra (3.12-15), natural era, segundo a tradição israelita. transpareça no exterior (Is 1.11 -16).

500
ESTER 4,5

d o q u eu , e tira r-lh e o pano de saco; p o rém ele não da casa do rei, defro n te do aposento do rei; e o rei
as aceitou. estava assentado sobre o seu tro n o real, na casa real,
5Então Ester cham ou a H atá (um dos cam areiros defronte da p o rta do aposento.
do rei, que este tinha posto para servi-la), e deu-lhe 2Esucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que esta­
ordem para ir a M ardoqueu, para saber que era va no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei
aquilo, e porquê. estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua
6E, saindo H atá a M ardoqueu, à praça da cidade, m ão, e Ester chegou, e tocou a p o n ta do cetro.
que estava diante da p o rta do rei, ’Então o rei lhe disse: Q ue é que queres, rainha
7M ardoqueu lhe fez saber tu d o q u an to lhe tinha Ester, ou qual é a tu a petição? Até m etade do reino
sucedido; com o tam bém a som a exata do dinheiro, se te dará.
que H am ã dissera que daria para os tesouros do rei,
pelos judeus, para destruí-los. E ster convida o rei e H a m ã para dois banquetes
"Tam bém lhe deu a cópia da lei escrita, que se p u ­ 4E disse Ester: Se parecer bem ao rei, venha hoje
blicara em Susã, para os destruir, para que a m os­ com H am ã ao banquete que lhe ten h o preparado.
trasse a Ester, e a fizesse saber; e para lhe o rdenar que
5Então disse o rei: Fazei apressar a H am ã, para
fosse ter com o rei, e lhe pedisse e suplicasse na sua que se atenda ao desejo de Ester. V indo, pois, o rei e
presença pelo seu povo. H am ã ao banquete, que Ester tinha preparado,
9Veio, pois, H atá, e fez saber a Ester as palavras de 6Disse o rei a Ester, no b anquete do vinho: Q ual
M ardoqueu. é a tu a petição? E ser-te-á concedida, e qual é o teu
l0Então falou Ester a H atá, m a n d an d o -o dizer adesejo? E se fará, ainda até m etade do reino.
M ardoqueu: 7E ntão respondeu Ester, e disse: M inha petição e
1 'Todos os servos do rei, e o povo das províncias do desejo é:
rei, bem sabem que todo o hom em ou m ulher que “Se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao
chegar ao rei no pátio interior, sem ser cham ado, não rei conceder-m e a m inha petição, e cu m p rir o m eu
há senão um a sentença, a de m orte, salvo se o rei esten­
desejo, venha o rei com H am ã ao banquete que lhes
der para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nesteshei de preparar, e am anhã farei conform e a palavra
trinta dias não tenho sido cham ada para ir ao rei. do rei.
1JE fizeram saber a M ardoqueu as palavras de Ester. 9Então saiu H am ã naquele dia alegre e de bom âni­
1’Então M ardoqueu m an d o u que respondessem m o; porém , vendo M ardoqueu à porta do rei, e que
a Ester: N ão im agines n o te u íntim o que, p o r es­ ele não se levantara nem se m overa d iante dele, en ­
tares na casa do rei, escaparás só tu en tre todos os tão H am ã se encheu de fu ro r contra M ardoqueu.
judeus. lüH am ã, porém , se refreou, e foi para sua casa; e
' 4Porque, se de todo te calares neste tem po, socorroenviou, e m an d o u vir os seus am igos, e Zeres, sua
e livram ento de outra parte sairá para os j udeus, mas m ulher.
tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para 1 'E contou-lhes H am ã a glória das suas riquezas, a
tal tem po com o este chegaste a este reino? m ultidão de seus filhos, e tu d o em que o rei o tinha
,5Então disse Ester que tornassem a dizer a M ar­ engrandecido, e com o o tin h a exaltado sobre os
doqueu: príncipes e servos do rei.
l6Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em u Disse m ais H am ã: T am p o u co a rainha Ester a
Susã, e jejuai po r m im , e não com ais nem bebais po rninguém fez vir com o rei ao ban q u ete que tin h a
três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as m inhas preparado, senão a m im ; e tam b ém para am anhã
servas tam bém assim jejuarem os. E assim irei ter estou convidado p o r ela ju n tam en te com o rei.
com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se 1 ’Porém tu d o isto não m e satisfaz, en q u an to eu vir
perecer, pereci. o judeu M ardoqueu assentado à p o rta do rei.
l7Então M ardoqueu foi, e fez conform e a tu d o l4Então lhe disseram Zeres, sua m ulher, e todos os
quanto Ester lhe ordenou. seus amigos: Faça-se u m a forca de cinqüenta côva-
dos de altura, e am anhã dize ao rei que nela seja en­
E ster vai à presença do rei forcado M ardoqueu; e então entra alegre com o rei

5
SUCEDEU, pois, que ao terceiro dia Esterao sebanquete. E este conselho bem pareceu a Hamã,
vestiu com trajes reais, e se pôs no pátio interior que m an d o u fazer a forca.

501
ESTER 6 , 7,8

\ O rei determ ina honrar M ardoqueu os cam areiros do rei, e se apressaram a levar H am ã
NAQUELA m esm a noite fugiu o sono do rei; ao banquete que Ester preparara.
6 então m andou trazer o livro de registro das
crônicas, as quais se leram diante do rei. E ster d en u n c ia a H a m ã
2E achou-se escrito que M ardoqueu tinha d en u n ­ VIN D O , pois, o rei com H am ã, para beber com
ciado Bigtã e Teres, dois dos cam areiros do rei, da
guarda da porta, que tinham procurado lançar mão
7 a rainha Ester,
2Disse o u tra vez o rei a Ester, no segundo dia, no
do rei Assuero. banquete do vinho: Q ual é a tu a petição, rainha
sEntão disse o rei: Q ue honra e distinção se deu por Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até m etade
isso a M ardoqueu? E os servos do rei, que m inistra­ do reino, se te dará.
vam ju n to a ele, disseram: Coisa nenhum a se lhe fez. 3Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei,
4Então disse o rei: Q uem está no pátio? E H am ã achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei,
tin h a entrado no pátio exterior da casa do rei, para dê-se-m e a m in h a vida com o m in h a petição, e o
dizer ao rei que enforcassem a M ardoqueu na forca m eu povo com o m eu desejo.
que lhe tin h a preparado. 4P orque fom os vendidos, eu e o m eu povo, para nos
5E os servos do rei lhe disseram: Eis que H am ã está destruírem , m atarem , e aniquilarem de vez; se ainda
no pátio. E disse o rei que entrasse. p o r servos e p o r servas nos vendessem, calar-m e-ia;
6E, en trando H am ã, o rei lhe disse: Q ue se fará ao ainda que o opressor não poderia ter com pensado
hom em de cuja h onra o rei se agrada? E ntão H am ã a perda do rei.
disse n o seu coração: D e quem se agradaria o rei para 5Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester:
lhe fazer h o n ra mais do que a mim? Q uem é esse e o nde está esse, cujo coração o instigou
7Assim disse H am ã ao rei: Para o hom em , de cuja a assim fazer?
h o n ra o rei se agrada, 6E disse Ester: O hom em , o opressor, e o inim igo, é
BTragam a veste real q u eo rei costum a vestir, com o este m au H am ã. Então H am ã se p ertu rb o u perante
tam bém o cavalo em que o rei costum a andar m o n ­ o rei e a rainha.
tado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. 7E o rei no seu furor se levantou do banquete do vi­
9E entregue-se a veste e o cavalo à m ão de um dos nho epassou para o jardim do palácio; e H am ã se pôs
príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque
hom em a quem o rei deseja h o nrar; e levem -no a viu que já o mal lhe estava determ inado pelo rei.
cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante “T orn an d o , pois, o rei do jardim do palácio à casa
dele: Assim se fará ao hom em a quem o rei deseja do banquete do vinho, H am ã tin h a caído prostrado
honrar! sobre o leito em que estava Ester. Então disse o rei:
l0E ntão disse o rei a H amã: A pressa-te, tom a a veste Porventura quereria ele tam bém forçar a rainha p e­
e o cavalo, com o disseste, e faze assim para com o rante m im nesta casa? Saindo esta palavra da boca
judeu M ardoqueu, que está assentado à porta do rei; do rei, cobriram o rosto de H am ã.
e coisa n enhum a om itas de tu d o q uanto disseste. ''E ntão disse H arbona, u m dos cam areiros que
11E H am ã to m o u a veste e o cavalo, e vestiu a M ar­ serviam d iante do rei: Eis que tam b ém a forca de
doqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e cinqüenta côvados de altura que H am ã fizera para
apregoou diante dele: Assim se fará ao hom em a M ardoqueu, que falara em defesa do rei, está ju n to à
quem o rei deseja honrar! casa de H am ã. E ntão disse o rei: Enforcai-o nela.
l2D epois disto M ardoqueu voltou para a p o rta do 1 "Enforcaram , pois, a H am ã na forca, que ele tinha
rei; p o rém H am ã se retiro u correndo à sua casa, p reparad o p ara M ardoqueu. E ntão o furor do rei
triste, e de cabeça coberta. se aplacou.
ME contou H am ã a Zeres, sua m ulher, e a todos os
seus amigos, tudo quanto lhe tinha sucedido. Então O rei g arante u m edito
os seus sábios e Zeres, sua m ulher, lhe disseram: Se em fa v o r dos ju d e u s
M ardoqueu, diante de quem já com eçaste a cair, éda NAQUELE m esm o dia deu o rei Assuero à rai­
descendência dos judeus, não prevalecerás contra
ele, antes certam ente cairás diante dele.
8 n ha Ester a casa de H am ã, inim igo dos judeus;
e M ard o q u eu veio p erante o rei, porque Ester tinha
14E estando eles ainda falando com ele, chegaram declarado quem ele era.

502
ESTER 8,9

2E tiro u o rei o seu anel, que tinha tom ado de H amã, em todas as províncias, e publicada entre todos os
e o deu a M ardoqueu. E Ester encarregou M ardo- povos,para queosjudeusestivessem preparadospara
queu da casa de Ham ã. aquele dia, para se vingarem dos seus inimigos.
3Falou mais Ester perante o rei, e se lhe lançou aos 14Os correios, sobre ginetes velozes, saíram apres-
seus pés; e chorou, e lhe suplicou que revogasse a suradam ente, im pelidos pela palavra do rei; e esta
m aldade de H am ã, o agagita, e o intento que tinha ordem foi publicada na fortaleza de Susã.
projetado contra os judeus. l5Então M ardoqueu saiu da presença do rei com
4E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então veste real azul-celeste e branca, com o tam bém
Ester se levantou, e pôs-se em pé perante o rei, com um a grande coroa de o u ro , e com um a capa
5E disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça de linho fino e p ú rp u ra, e a cidade de Susã exultou
perante ele, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu e se alegrou.
lhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem 16£ para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.
as cartas concebidas po r H am ã filho de H am edata, o 17T am bém em toda a província, e em toda a cidade,
agagita, as quais ele escreveu para aniquilar os judeus, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem , havia
que estão em todas as províncias do rei. entre os ju d eu s alegria e gozo, banquetes e dias de
6Pois com o poderei ver o m al que sobrevirá ao m eu folguedo; e m uitos, dos povos da terra, se fizeram
povo? E com o poderei ver a destruição da m inha judeus, p o rq u e o te m o r dos judeus tin h a caído
parentela? sobre eles.
7Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu
M ardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de H am ã, e a Os ju d e u s m a ta m os seus inim igos
ele p en d u raram n u m a forca, p o rq u an to estendera E, N O duodécim o mês, que é o m ês de Adar, no
as m ãos contra os judeus.
“Escrevei, pois, aos j udeus, com o parecerbem aos vos­
9 dia treze do m esm o mês em que chegou a palavra
do rei e a sua ord em para se executar, no dia em que
sos olhos, em nom e do rei, e selai-o com o anel do rei; os inim igos dos judeus esperavam assenhorear-se
porque o docum ento que se escreve em nom e do rei, e deles, sucedeu o contrário, p o rq u e os judeus foram
que se sela com o anel do rei, não se pode revogar. os que se 3 sse n h o re a ra m dos que os odiavam.
’Então foram cham ados os escrivães do rei, naquele 2Porque os ju d eu s nas suas cidades, em todas as
mesm o tem po, no terceiro mês (que éo mês de Sivã), províncias do rei Assuero, se aju n taram para p ô r
aos vinte e três dias; e se escreveu conform e a tudo as m ãos naqueles que procuravam o seu mal; e n in ­
quanto ordenou M ardoqueu aos judeus, com o tam ­ guém podia resistir-lhes, p orque o m edo deles caíra
bém aos sá trapas, e aos governadores, e aos líderes das sobre todos aqueles povos.
províncias, que se estendem da índia atéEtiópia, cento 3E todos os líderes das províncias, e os sátrapas, e
e vinte e sete províncias, a cada província segundo os governadores, e os que faziam a o bra do rei, au ­
o seu m odo de escrever, e a cada povo conform e a xiliavam os judeus; p o rq u e tinha caído sobre eles o
sua língua; com o tam bém aos judeus segundo o seu tem or de M ardoqueu.
m odo de escrever, e conform e a sua língua. 4P orque M ardoqueu era grande n a casa do rei, e a
I0E escreveu-se em nom e do rei Assuero e, selando- sua fam a crescia p o r todas as províncias, p o rq u e o
as com o anel do rei, enviaram as cartas pela m ão de hom em M ardoqueu ia sendo engrandecido.
correios a cavalo, que cavalgavam sobre ginetes, que ’Feriram , pois, os judeus a todos os seus inim igos,
eram das cavalariças do rei. a golpes de espada, com m atança e com destruição;
"N elas o rei concedia aos judeus, que havia em e fizeram dos seus inim igos o que quiseram .
cada cidade, que se reunissem , e se dispusessem 6E na fortaleza de Susã os judeus m ataram e destru­
para defenderem as suas vidas, e para destruírem , íram quin h en to s hom ens;
m atarem e aniquilarem todas as forças do povo e da 7C om o tam bém a P arsandata, e a D alfom e a As-
província que viessem contra eles, crianças e m u lh e­ pata,
res, e que se saqueassem os seus bens, 8E a Porata, e a Adalia, e a Aridata,
12N u m m esm o dia, em todas as províncias do rei 9E a Farm asta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaisata;
Assuero, n o dia treze do duodécim o mês, que é o luOs dez filhos de H am ã, filho de H am edata, o ini­
m êsd eA d ar, m igo dos judeus, m ataram , porém ao despojo não
13E um a cópia da carta seria divulgada com o decreto estenderam a sua m ão.

503
ESTER 9,10

1 'N o m esm o dia foi com unicado ao rei o núm ero 24P orque H am ã, filho de H am edata, o agagita, in i­
dos m o rto s na fortaleza de Susã. migo de to d o s os judeus, tin h a in ten tad o destruir
' 2E disse o rei à rainha Ester: N a fortaleza de Susã os os judeus, e tin h a lançado P ur, isto é, a sorte, para os
judeus m ataram e destruíram quinhentos hom ens, assolar e destruir.
e os dez filhos de H am ã; nas m ais províncias do 25Mas, vindo isto p erante o rei, m a n d o u ele p o r
rei que teriam feito? Q ual é, pois, a tu a petição? E cartas que o m au in ten to que H am ã form ara contra
dar-se-te-á. O u qual é ainda o teu requerim ento? os judeus, se tornasse sobre a sua cabeça; pelo que
E far-se-á. pend u raram a ele e a seus filhos n u m a forca.
'•’Então disse Ester: Se bem parecer ao rei, conce- 26Por isso àqueles dias cham am P urim , do nom e
da-se aos judeus que se acham em Susã que tam bém P ur; assim tam bém p o r causa de todas as palavras
façam am anhã conform e ao m andado de hoje; e
daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que
p en d u rem nu m a forca os dez filhos de Ham ã.
lhes tinha sucedido,
14Então disse o rei que assim se fizesse; e publicou-
27C onfirm aram os judeus, e to m aram sobre si, e
se um edito em Susã, e enforcaram os dez filhos de
sobre a sua descendência, e sobre to d o s os que se
H am ã.
achegassem a eles, que não se deixaria de g uardar
15E reuniram -se os judeus que se achavam em Susã
estes dois dias conform e ao que se escrevera deles, e
tam bém no dia catorze do m ês de Adar, e m ataram
segundo o seu tem p o determ inado, todos os anos.
em Susã trezentos hom ens; porém ao despojo não
estenderam a sua mão. 28E que estes dias seriam lem brados e guardados
l6T am bém os dem ais judeus que se achavam nas em cada geração, família, província e cidade, e que
províncias do rei se reuniram e se dispuseram em esses dias de P u rim não fossem revogados entre os
defesa das suas vidas, e tiveram descanso dos seus ini­ judeus, e que a m em ória deles nun ca teria fim entre
migos; e m ataram dos seus inimigos setenta e cinco os de sua descendência.
mil; porém ao despojo não estenderam a sua mão. 2l*Então a rain h a Ester, filha de Abiail, e M ard o ­
17Sucedeu isto no dia treze do m ês de Adar; e des­ queu, o judeu, escreveram com toda au toridade
cansaram no dia catorze, e fizeram, daquele dia, dia um a segunda vez, para confirm ar a carta a respeito
de banquetes e de alegria. de Purim .
' “T am bém os judeus, que se achavam em Susã se ,0E m an d aram cartas a todos os judeus, às cento
ajuntaram nos dias treze e catorze do m esm o; e des­ e vinte e sete províncias do reino de A ssuero, com
cansaram no dia quinze, e fizeram, daquele dia, dia palavras de paz e verdade.
de banquetes e de alegria. 3‘Para confirm arem estes dias de P u rim nos seus
19Os judeus, porém , das aldeias, que habitavam nas tem pos determinados, com o M ardoqueu, o judeu, e
vilas, fizeram do dia catorze do mês de A dar dia de a rain h a Ester lhes tin h am estabelecido, e com o eles
alegria e de banquetes, e dia de folguedo, e de m a n ­ m esm os já o tin h a m estabelecido sobre si e sobre a
darem presentes uns aos outros. sua descendência, acerca do jejum e do seu clam or.
32E o m an d ad o de Ester estabeleceu os sucessos
A fe sta d e P urim
daquele P urim ; e escreveu-se no livro.
20E M ardoqueu escreveu estas coisas, eenviou cartas
a todos os judeus que se achavam em todas as provín­
E xaltação d e M a rd o q u eu
cias do rei Assuero, aos de perto, e aos de longe,
DEPOIS disto im pôs o rei Assuero tributo
2lO rdenando-lhes que guardassem o dia catorze
sobre a terra, e sobre as ilhas do m ar.
do m ês de Adar, e o dia quinze do m esm o, todos
2E todos os atos do seu p oder e do seu valor, e o rela­
os anos,
22C om o os dias em que os judeus tiveram repouso to da grandeza de M ardoqueu, a quem o rei exaltou,
dos seus inimigos, e o mês que se lhes m u d o u de tris­ porventura não estão escritos n o livro das crônicas
teza em alegria, e de luto em dia de festa, para que os fi- dos reis da M édia e d a Pérsia?
zessem dias de banquetes e de alegria, e de m andarem 3P orque o ju d e u M ardoqueu/o» o segundo depois
presentes uns aos outros, e dádivas aos pobres. do rei Assuero, e grande entre os judeus, e estim a­
23E os judeus encarregaram -se de fazer o que já ti­ do pela m u ltidão de seus irm ãos, p ro cu ran d o o
nh am com eçado, com o tam bém o que M ardoqueu bem do seu povo, e pro clam an d o a prosperidade
lhes tin h a escrito. de tod a a sua descendência.

504
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE


T it u l o
É tom ado do seu protagonista, o justo Jó, habitante de Uz, no N orte da Arábia, o nde ocorreu a histó­
ria. Seu contexto se passa nessa região e cultura, po r isso não se trata de um “cenário” judaico. O significa­
do mais provável do nom e Jó é: “aquele que se volta” (para Deus).

A u t o r ia e data

E m bora o significado m ais provável do nom e Jó seja o supracitado, há, porém , controvérsias a respei­
to. Alguns estudiosos dizem que é “retorno”, enquanto outros, “o diado”. Q u an to à d ata e autoria do livro,
existem diversas teorias. E a m ais tradicional delas é que se trata do m ais antigo livro das Escrituras, escri­
to p o r Moisés d urante o tem po em que passou entre os m idianitas.
Mesmo diante de forte oposição, alguns pontos devem ser levados em conta q u an to à autoria e data­
ção do livro. Vejamos. Seu contexto é m uito antigo; não há nen h u m a referência à lei m osaica o u a qualquer
o u tro deus; m ostra algum as form as rem otas de idolatria, com o, p o r exemplo, a astrolatria; não há m enção
ao tabernáculo ou a qualquer u m dos elem entos da história de Israel; o nom e m ais usado para Deus é El-
Shadai, o Deus Todo-Poderoso, ou sim plesm ente El; é o pró p rio Jó quem apresenta o sacrifício, o que d e­
nota a ausência de classe sacerdotal, e podem os deduzir isto pela longevidade de Jó, u m privilégio alcan­
çado som ente nos dias dos patriarcas.

A ssunto
Satanás se apresenta a D eus e põe em dúvida a sinceridade de Jó em servi-lo desinteressadam ente. Deus
concede a Satanás liberdade para provar a Jó, que não som ente perde todos os bens e filhos com o tam bém
é acom etido de um a enferm idade m ortal. Falta-lhe o apoio da esposa. Jó perm anece fiel m esm o q uando os
quatro am igos que o visitaram procuram acusá-lo de ter com etido pecado. Por fim, seu cativeiro é rem ovi­
do e ele prospera, deixando-nos a lição de que o hom em pode servir a Deus sem visar recom pensas.
De certo m odo, o livro é um a resposta à m ilenar pergunta: “Por que sofrem os justos?” E m esm o que
não tenha dado um a resposta com pleta, nos é útil para o esclarecim ento de alguns aspectos.

Ê nfase a p o lo g é tic a
A historicidade e a inspiração deste livro podem ser apontadas na referência feita a Jó pelo profeta Eze-
quiel (Ez 14.14,20), pelas citações do Novo Testam ento (Cf. 1Co 1.19 com Jó 5.12) e pelas m enções na epís­
tola de Tiago (Tg5.11).
O livro contém um a riqueza de tem as im pressionante. A descrição d a ação de Satanás se reveste de m i­
núcias não encontradas nem m esm o nas páginas do Novo Testamento. Sua referência à ressurreição pode
significar que esta é um a das crenças m ais antigas da hum anidade, se aceitarm os a data m ais antiga para
este livro.
Alguns críticos têm lutado para quebrar a unidade do livro, m as estas objeções têm caído diante das
evidências textuais e lingüísticas, que testificam que o livro saiu da pena de um único autor.
O LIVRO DE

A virtude, tentação e perdas de Jó ele, h om em íntegro e reto, tem ente a Deus, e que se
HAVIA um hom em na terra de Uz, cujo nom e desvia do mal.
1 era Jó; e era este hom em íntegro, reto e tem ente
a D eus e desviava-se do mal.
‘'Então respondeu Satanás ao Se n h o r , e disse: Por­
ventura tem e Jó a D eus debalde?
2E nasceram -lhe sete filhos e três filhas. wPorventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua
JE o seu gado era de sete mil ovelhas, três m il cam e­ casa, e a tu d o q u an to tem? A obra de suas m ãos aben­
los, quinhentas juntas de bois e quinhentas ju m e n ­ çoaste e o seu gado se tem au m en tad o na terra.
tas; eram tam bém m uitíssim os os servos a seu ser­ 11 M as estende a tu a m ão, e toca-Z/ieem tu d o q u anto
viço, de m aneira que este hom em era m aior do que tem , e verás se não blasfema contra ti na tu a face.
12E disse o Senho r a Satanás: Eis que tudo quanto ele
todos os do oriente.
tem está na tua mão; som ente contra ele não estendas
4E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam b an ­
a tu a mão. E Satanás saiu da presença do Se n h o r .
quetes cada um por sua vez; e m andavam convidar as
13E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas
suas três irmãs a com erem e beberem com eles.
com iam , e bebiam vinho, n a casa de seu irm ão p ri­
’Sucedia, pois, que, decorrido o tu rn o de dias de
m ogênito,
seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se le­
HQ ue veio u m m ensageiro a Jó, e lhe disse: Os bois
vantava de m adrugada, e oferecia holocaustos se­
lavravam, e as jum entas pastavam ju n to a eles;
gundo o núm ero de todos eles; porque dizia Jó: T al­ 15E deram sobre eles os sabeus, e os to m aram , e aos
vez pecaram m eus filhos, e am aldiçoaram a D eus no servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para
seu coração. Assim fazia Jó continuam ente. trazer-te a nova.
6E n u m dia em que os filhos de D eus vieram apre- 16E stando este ainda falando, veio o u tro e disse:
sentar-se perante o S e n h o r , veio tam bém Satanás Fogo de D eus caiu do céu, e q u eim ou as ovelhas e
entre eles. os servos, e os consum iu, e só eu escapei para tra-
7Então o Sen h o r disse a Satanás: D onde vens? E Sa­ zer-te a nova.
tanás respondeu ao Se n h o r , e disse: De rodear a te r­ 17E stando ainda este falando, veio o u tro , e disse:
ra, e passear p o r ela. O rden an d o os caldeus três tropas, deram sobre os
8E disse o Se n h o r a Satanás: O bservaste tu a m eu camelos, e os to m aram , e aos servos feriram ao fio da
servo Jó? P orque ninguém há na terra sem elhante a espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.

Oferecia holocaustos segundo E Satanás respondeu ao Senhor


o número de todos eles (1.7)
(1.5)
Câ Nova Era. Ensina que o diabo não é uma personalida-
/CK Catolicismo Romano. Declara que uma pessoa pode ex- vSâ) de, mas uma personificação: "A figura do diabo, demônio,
'áU piar o seu próprio pecado e de outros por meio das indul­ Satanás, Lúcifer ilustra o instante da fraqueza do ser humano, que
gências. pode ser cíclico enquanto não forem varridas do coração huma­
no as suas secretas intenções, contrárias à vontade de Deus [...]
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Ao oferecer sacrifícios em fa-
As possessões demoníacas relatadas nas narrativas evangélicas
■ vor de seus filhos. Jó não estava ensinando que uma pes­
não se referem a incorporações malignas, mas a distúrbios emo­
soa pode expiar os pecados de outros, nem promovendo o en­
cionais". É o que afirma esse movimento
sino das indulgências. É verdade que Deus ouve as orações dos
justos (Tg 5.16), contudo, a virtudede um ser humano não étrans- . - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia apresenta o diabo e
ferida a outros (Ez 18.20). Ainda que as Escrituras nos convidem a ■=■ seus anjos como personalidades espirituais: “ Porque não
orar em favor das pessoas, como Jó orou, isso deve ser feito pe­ temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os
los vivos e não pelos mortos. principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas

506
JÓ 1,2

‘“E stando ainda este falando, veio o u tro , e disse: 3E disse o Se n h o r a Satanás: Observaste o m eu ser­
Estando teus filhos e tuas filhas com endo e bebendo vo Jó? P orque ninguém há na terra sem elhante a ele,
vinho, em casa de seu irm ão prim ogênito, hom em íntegro e reto, tem ente a Deus e que se des­
19Eis que um grande vento sobreveio dalém do de­ via do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, ha­
serto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu so­ vendo-m e tu incitado co n tra ele, para o consum ir
bre os jovens, e m orreram ; e só eu escapei para tra ­ sem causa.
zer-te a nova. 4Então Satanás respondeu ao Senho r , e disse: Pele por
“ Então Jó se levantou, e rasgou o seu m anto, e ra ­ pele, e tudo quanto o hom em tem dará pela sua vida.
p ou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. ’Porém estende atu a m ão, e toca-lhe nos ossos, e na
21E disse: N u saí do ventre de m in h a m ãe e n u to r­ carne, e verás se não blasfema co n tra ti na tua face!
narei para lá; o S e n h o r o deu, e o S e n h o r o tom ou: 6E disse o Sen h o r a Satanás: Eis que ele está na tua
bendito seja o nom e do S e n h o r. mão; porém guarda a sua vida.
22Em tu d o isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus 7Então saiu Satanás da presença do Se n h o r , e feriu
falta alguma. a Jó de úlceras m alignas, desde a planta do pé até ao
alto da cabeça.
A adversidade e cruel aflição de Jó "E Jó to m o u um caco para se raspar com ele; e esta­
E, V IN D O o u tro dia, em que os filhos de Deus va assentado no m eio da cinza.
2 vieram apresentar-se perante o Se n h o r , veio
tam bém Satanás entre eles, apresentar-se peran ­
“'Então sua m u lh er lhe disse: A inda reténs a tua sin­
ceridade? A m aldiçoa a Deus, e m orre.
te o Se n h o r . ‘“P orém ele lhe disse: C o m o fala qualquer doida,
2Então o Se n h o r disse a Satanás: D onde vens? E res­ falas tu; receberem os o bem de Deus, e não recebe­
p ondeu Satanás ao Se n h o r , e disse: De rodear a ter­ ríam os o mal? Em tu d o isto não pecou Jó com os
ra, e passear p o r ela. seus lábios.

deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos luga­ Havendo-me tu incitado contra ele, para o
res celestiais’ (Ef 6.12). consumir sem causa
Odiabo ‘trabalha' paradestruiravidadocnstão: "Sede sóbrios: (2.3)
vigiai: porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bra­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O espiritismo prega que
mando como leào, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5.8).
"Não ignoramos os seus ardis", diz Paulo em 2Coríntios 2.11.
t "não há efeito sem causa'. Com isso, cria certo automatismo
no campo espiritual que contrasta com a realidade bíblica. Deus,
queésoberanoe procede segundo asua perfeita vontade (Rm 12 .2),
Nu tornarei para lá não está preso a regras, senão àquelas que Ele mesmo impôs. E,
(1.20, 21) neste sentido, fez uma advertência atodos os que crêem: “no mun­
do tereis aflições' . E essas aflições hão de vir, efetivamente, com
Espiritismo. Acredita, assim como os demais grupos reli­
& giosos que pregam a reencarnaçào, que estes versículos um único propósito na vida do cristào: edificar o seu caráter
(1Tm3.10; 1Pe 1.7), exatamente como ocorreu com Jó.
comprovam suas crenças.
Declarar, no entanto, que tamanho sofrimento era conseqüên­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jó não estava falando em cia das más ações praticadas por Jó em outras vidas é afrontar a
■ alma retornando a outro corpo, para viver outra vez. mas,Deus. que, sendo eterno, declarou que o seu servo estava sendo
sim, que ele próprio voltaria à condição de pó. pois era pó (Gn supliciado “sem causa". Caso a tese da "pluralidade de existên­
3.19). Por isso a palavra útero é utilizada poeticamente em seu cias' fosse verdadeira, Deus não saberia?
livro em referência à terra. Isso não é estranho. Vemos também
Davi, no Salmo 139.15, usando a palavra terra para se referir ao Amaldiçoa a Deus, e morre
útero: "No oculto fui feito e entretecido como nas profundezas da (2.9)
terra". Apenas um literalismo radical levaria alguém adizer que Jó,
ÇT) Ceticismo. Afirma que o termo “amaldiçoa”, neste texto,
depois de morrer, voltaria ao útero de sua mãe, o que seria uma
® não corresponde ao texto hebraico, que seria corretamen­
interpretação absurda.
te traduzido por “abençoa" ou "saldar com uma bênção".
E, para finalizar, Jó não acreditava na reencarnaçào. Sua
esperança era a ressurreição em um corpo imortal, pois ele „ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra hebraica barakh
próprio declarou: “ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e *=* (da raiz berakh) significa, de fato, "abençoar", mas, no caso
que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumi­ em questão, o que ocorre é um eufemismo; ou seja, o termo ori­
da a minha pele. contudo, ainda em minha carne verei a Deus" ginal foi substituído para revelar sua real aplicação, já que não se­
(19.25,26). ria admissível, entre os judeus conservadores, empregar o idioma
O ensino da reencarnaçào não compreende as doutrinas bíbli­ hebraico para proferira frase “Amaldiçoa a Deus". O contexto, po­
cas de vida eterna e justiça, antes, apregoa um ciclo interminável rém. revela a verdadeira intenção do escritor em usar barakh: era
de nascimento-morte-nascimento. um antitético de "amaldiçoar".

507
J Ó 2 ,3,4

17Ali os m aus cessam de p ertu rb ar; e ali repousam


I 'O u v in do, pois, três am igos de Jó to d o este m al
que tin h a vindo sobre ele, vieram cada um do seu os cansados.
lugar: Elifaz o tem anita, e Bildade o suíta, e Zofar o l8Ali os presos ju n tam en te repousam , enãoouvem
naam atita; e com binaram condoer-se dele, para o a voz do exator.
consolarem . 19Ali está o p equeno e o grande, e o servo livre de
I2E, levantando de longe os seus olhos, não o co­ seu senhor.
nheceram ; e levantaram a sua voz e choraram , e ras­ 20P or que se dá luz ao miserável, e vida aos am ar­
garam cada u m o seu m anto, e sobre as suas cabeças gurados de ânimo?
lançaram pó ao ar. 2' Q ue esperam a m orte, e ela não vem; e cavam em
BE assentaram -se com ele na terra, sete dias e sete procura dela m ais do que de tesouros ocultos;
noites; e n en h u m lhe dizia palavra algum a, porque 22Q ue de alegria saltam , e exultam , achando a se­
viam q ue a d o r era m uito grande. pultura?
23 Por que se dá luz ao hom em , cujo cam inho éocul-
Jó am aldiçoa o seu n ascim ento to, e a quem D eus o encobriu?
e lam enta a sua m iséria 24P orque antes do m eu pão vem o m eu suspiro; eos
m eus gem idos se d erram am com o água.
DEPOIS disto ab riu Jó a sua boca, e am aldi­
3 çoou o seu dia.
2E Jó, falando, disse:
25P orque aquilo que tem ia m e sobreveio; eo que re­
ceava m e aconteceu.
’Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se dis­ 26N unca estive tranqüilo, nem sosseguei, nem re­
se: Foi concebido um hom em ! pousei, mas veio sobre m im a perturbação.
4C onverta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de
cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça so­ E lifa z repreende Jó
ENTÃO respondeu Elifaz o tem anita, e disse:
bre ele a luz.
5C o n tam in em -n o as trevas e a som bra da m orte; 4
2Se in ten tarm o s falar-te, enfadar-te-ás? Mas
habitem sobre ele nuvens; a escuridão do dia o es­ quem poderia co n ter as palavras?
pante! 3Eis que ensinaste a m uitos, e tens fortalecido as
6Quanto àquela noite, dela se apodere a escuridão; m ãos fracas.
e não se regozije ela entre os dias do ano; e não entre 4 As tuas palavras firm aram os que tropeçavam e os
no núm ero dos meses! joelhos desfalecentes tens fortalecido.
7Ah! que solitária seja aquela noite, e nela não en­ 5Mas agora, que se trata de ti, te enfadas; e tocando-
tre voz de júbilo! te a ti, te perturbas.
8A m aldiçoem -na aqueles que am aldiçoam o dia, 6Porventura não é o teu tem o r de Deus a tu a co n ­
que estão prontos para suscitar o seu pranto. fiança, e a tu a esperança a integridade dos teus ca­
9E scureçam -se as estrelas do seu crepúsculo; que m inhos?
espere a luz, e não venha; e não veja as pálpebras da 7Lem bra-te agora qual é o inocente que jam ais p e­
alva; receu? E onde foram os sinceros destruídos?
'“P orque não fechou as portas do ventre; nem es­ “Segundo eu ten h o visto, os que lavram in iq ü id a­
condeu dos m eus olhos a canseira. de, e sem eiam m al, segam o m esm o.
II Por que não m orri eu desde a m adre? E em sain­ 9C om o hálito de Deus perecem ; e com o sopro da
do do ventre, não expirei? sua ira se consom em .
u Por q ue m e receberam os joelhos? E po r que os l0O rugido do leão, e a voz do leão feroz, e os d en ­
peitos, para que mamasse? tes dos leõezinhos se quebram .
1 ’P orque já agora jazeria e repousaria; dorm iria, e 11 p erece o leão velho, p orque não tem presa; e os fi­
então haveria repouso para m im . lhos da leoa an d am dispersos.
l4C om os reis e conselheiros da terra, que para si l2U m a coisa m e foi trazida em segredo; e os m eus
edificam casas nos lugares assolados, ouvidos perceberam u m sussurro dela.
' '’O u com os príncipes que possuem ouro, que en ­ 1’E ntre p ensam entos vindos de visões da noite,
chem as suas casas de prata, quando cai sobre os hom ens o sono profundo,
l6O u com o aborto oculto, não existiria; com o as ' 4Sobrevieram -m e o espanto e o trem or, e todos os
crianças que não viram a luz. m eus ossos estrem eceram .

508
JÓ 4 ,5 ,6
17
15Então um espírito passou p o r diante de m im ; fez- Eis que bem -aventurado do ho m em a quem Deus
m e arrepiar os cabelos da m inha carne. repreende; não desprezes, pois, acorreção d o T o d o -
l6Parou ele, porém não conheci a sua feição; um Poderoso.
vulto estava diante dos m eus olhos; houve silêncio, l8P orque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere,
e ouvi u m a voz que dizia: e as suas m ãos curam .
17Seria porventura o h om em m ais justo do que l9Em seis angústias te livrará; e n a sétim a o m al não
Deus? Seria porventura o hom em m ais p u ro do que te tocará.
o seu Criador? 20N a fom e te livrará da m orte; e n a guerra, da vio­
l8Eis que ele não confia nos seus servos e aos seus lência da espada.
anjos atribui loucura; 2‘D o açoite da língua estarás encoberto; e não te­
l9Q uanto m enos àqueles que habitam em casas de m erás a assolação, q u an d o vier.
lodo, cujo fundam ento está no pó, e são esmagados 22D a assolação e da fom e te rirás, e os anim ais da
com o a traça! terra não tem erás.
20Desde a m anhã até à ta rd e são despedaçados; e 23P orque até com as pedras do cam po terás o teu
eternam ente perecem sem que disso se faça caso. acordo, e as feras do cam po serão pacíficas contigo.
21Porventura não passa com eles a sua excelência? 24E saberás que a tu a ten d a está em paz; e visitarás a
M orrem , m as sem sabedoria. tu a habitação, e não pecarás.
2,T am bém saberás que se m ultiplicará a tu a des­
£ lifaz exorta Jó a q u e busq u e a D eus cendência e a tu a posteridade com o a erva da terra,
CHAMA agora; há alguém que te responda? E 26N a velhice irás à sepultura, com o se recolhe o fei­
para qual dos santos te virarás? xe de trigo a seu tem po.
2P orque a ira destrói o louco; e o zelo m ata o tolo. 27Eis que isto já o havem os in q u irid o , e assim é;
*Bem vi eu o louco lançar raízes; porém logo am al­ ouve-o, e m edita nisso para teu bem.
diçoei a sua habitação.
*Seus filhos estão longe da salvação; e são despeda­ Jó ju stific a as suas queixas
çados às portas, e não há quem os livre. ENTÃO Jó respondeu, dizendo:
5A sua messe, o fam into a devora, e até dentre os es­ 2Oh! se a m inha m ágoa retam ente se pesasse,
pinhos a tira; e o salteador traga a sua fazenda. e a m in h a m iséria ju n tam en te se pusesse n u m a b a­
6P orque do pó não procede a aflição, nem da terra lança!
bro ta o trabalho. 3P orque, n a verdade, m ais pesada seria, do que a
7Mas o hom em nasce para a tribulação, com o as fa­ areia dos m ares; p o r isso é que as m inhas palavras
íscas se levantam para voar. têm sido engolidas.
8Porém eu buscaria a Deus; e a ele entregaria a m i­ ^Porque as flechas do T o d o -P o d ero so estão em
nha causa. m im , cujo ardente veneno suga o m eu espírito; os
9Ele faz coisas grandes e inescrutáveis, e m aravi­ terrores de Deus se arm am co n tra m im .
lhas sem núm ero. 5Porventura zurrará o ju m en to m ontês ju n to à rel­
10Ele dá a chuva sobre a terra, e envia águas sobre va? O u m ugirá o boi ju n to ao seu pasto?
os campos. 6O u com er-se-á sem sal o que é insípido? O u have­
"P a ra pôr aos abatidos num lugar alto; e para que rá gosto n a clara do ovo?
os enlutados se exaltem na salvação. 7A m in h a alm a recusa tocá-las, pois são para m im
>2Ele aniquila as imaginações dos astutos, para que com o com ida repugnante.
as suas m ãos não possam levar coisa alguma a efeito. 8Q uem dera que se cum prisse o m eu desejo, e que
l3Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e o D eus m e desse o que espero!
conselho dos perversos se precipita. 9E que D eus quisesse q u eb ran tar-m e, e soltasse a
HEles de dia encontram as trevas; e ao m eio-dia an ­ sua m ão, e m e acabasse!
dam às apalpadelas com o de noite. ,0Isto ainda seria a m in h a consolação, e m e refrige­
15Porém ao necessitado livra da espada, e da boca raria no m eu to rm en to , não m e p o u p an d o ele; p o r­
deles, e da m ão do forte. que não ocultei as palavras do Santo.
l6Assim há esperança para o pobre; e a iniqüidade " Q ual é a m in h a força, p ara que eu espere? O u qual
tapa a sua boca. é o m eu fim, para que ten h a ainda paciência?

509
JO 6,7

i2Éporventura a m inha força a força da pedra? Ou ,()H á porventura in iq ü id a d e n a m in h a língua?


é de cobre a m inha carne? O u não p o d e ria o m eu p a la d a r d istin g u ir co i­
u Está em m im a m inha ajuda? O u desam parou-m e sas iníquas?
a verdadeira sabedoria?
14 Ao que está aflito devia o amigo mosfrarcompaixão, PORVENTURA não tem o hom em guerra so­
ainda ao que deixasse o tem or do Todo-Poderoso.
1' Meus irmãos aleivosamente metrataram, com o um
7 bre a terra? E não são os seus dias com o os dias
do jornaleiro?
ribeiro, com o a torrente dos ribeiros que passam, 2C om o o servo que suspira pela som bra, e com o o
'“’Q ue estão encobertos com a geada, e neles se es­ jornaleiro que espera pela sua paga,
conde a neve, ’Assim m e deram p o r herança meses de vaidade; e
17N o tem po em que se derretem com o calor, se desfa­ noites de trabalho m e prepararam .
zem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar. 4D eitando-m e a d o rm ir, então digo: Q u an d o m e
l8Desviam-se as veredasdosseus cam inhos; sobem levantarei? M as com prida é a noite, e farto-m e de m e
ao vácuo, e perecem . revolver na cama até à alva.
19Os cam inhantes de Tem a os vêem; os passageiros ’A m inha carne se tem vestido de verm es e de to r­
de Sabá esperam po r eles. rões de pó; a m in h a pele está gretada, e se fez a b o ­
-°Ficam envergonhados, po r terem confiado e, minável.
chegando ali, se confundem . '’Os m eus dias são m ais velozes do que a lançadeira
2'A gora sois sem elhantes a eles; vistes o terror, e te­ do tecelão, e acabam -se, sem esperança.
mestes. 7Lem bra-te de que a m in h a vida éco m o o vento; os
22Acaso disse eu: D ai-m e o u oferecei-m e presen­ m eus olhos não to m a rão a ver o bem .
tes de vossos bens? aO s olhos dos qu e agora m e vêem não m e verão
2,O u livrai-m e das m ãos do opressor? O u redim i- mais; os teus olhos estarão sobre m im , po rém não
m e das m ãos dos tiranos? serei mais.
24Ensinai-m e, e eu m e calarei; e fazei-me entender 9Assim como a nuvem se desfaz epassa, assim aquele
em que errei. que desce à sepultura nunca to rn ará a subir.
250 h ! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas 10N unca m ais to rn ará à sua casa, nem o seu lugar
que é o que censura a vossa argiiição? jam ais o conhecerá.
2bPorventura buscareis palavras para m e repre­ “ Por isso não reprim irei a m inha boca; falarei na
enderdes, visto que as razões do desesperado são angústia do m eu espírito; queixar-m e-ei na am ar­
com o vento? gura da m in h a alma.
27M as antes lançais sortes sobre o órfão; e cavais l2Sou eu porventura o m ar, ou a baleia, para que m e
um a cova para o amigo. ponhas u m a guarda?
28Agora, pois, se sois servidos, olhai para m im ; e 1’D izendo eu: C onsolar-m e-á a m in h a cama; m eu
vede se m into em vossa presença. leito aliviará a m inha ânsia;
2‘'V oltai, pois, não haja iniqüidade; tornai-vos, l4Então m e espantas com sonhos, e com visões m e
digo, que ainda a m in h a justiça aparecerá nisso. assombras;

Aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir imortal, usufruindo bens permanentes (Hb 13.14) e não passa­
(7.9) geiros. O patriarca náo está negando sua fé na ressurreição. Ao
contrário, está afirmando que as coisas náo terão mais a mesma se­
Ceticismo. Diz haver contradição biblica porque ensina,
qüência de quando enfrentava as aflições que o abateram na ter­
em outras passagens, a doutrina da ressurreição que, nes­
ra. Também não desejaríamos voltar às mesmas aflições! A res­
te versículo, é negada veementemente por Jó.
surreição é uma doutrina estabelecida nas Escrituras (Cf. Dn 12.2;
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: De forma nenhuma, o versl- 1 Co 15.22: Ap 20.4-6). O Senhor ensinou que todos os que estão
=» culo em estudo não contradiz a doutrina da ressurreição. nos sepulcros ouvirão a sua voz e serão ressuscitados (5.28.29).
Prova disso é que, mais à frente (19.26), o próprio Jó declara sua Jó esperava passar algum tempo oculto no sheol— “até que de­
esperança na ressurreição. 0 que realmente ele estava preten­ pois te lembrasses de mim! Quando tomará lugar essa ressur­
dendo dizer ao afirmar: "nunca tornará a subir?". 0 versículo 10 reição?", foi o que disse. E Daniel nos revela: “ Muitos dos que
tem a explicação: "nunca mais tornará à sua casa". dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
Realmente, quando da ressurreição, não teremos de volta os outros para a vergonha e desprezo eterno [...] ao fim do tempo’
nossos bens materiais. Aliás, nós, os justos, teremos uma vida (Dn 12.2-4).

510
1 0 7 ,8 ,9

1’Assim a m inha alm a escolheria antes a estrangu- l7As suas raízes se entrelaçam , ju n to à fonte; para
lação; e antes a m orte do que a vida. o pedregal atenta.
16A m inha vida ab o m in o , pois n ão viveria para l8Se Deus o consum ir do seu lugar, negá-lo-á este,
sem pre; re tira -te de m im ; pois vaid ad e são os dizendo: N unca te vi!
m eus dias. 19Eis que este é a alegria d o seu cam inho, e outros
l7Q ue éo hom em , para que tan to o engrandeças, e brotarão do pó.
ponhas nele o teu coração, 20Eis que Deus não rejeitará ao reto; n em to m a pela
1RE cada m anhã o visites, e cada m om ento o proves? m ão aos malfeitores;
19Até q u ando não apartarás de m im , nem m e larga­ 2'A té que de riso te encha a boca, e os teus lábios
rás, até que engula a m inha saliva? de júbilo.
'"Se pequei, que te farei, ó G uarda dos hom ens? Por 22Os que te odeiam se vestirão de confusão, e a te n ­
que fizeste de m im um alvo para ti, para que a m im da dos ím pios não existirá mais.
m esm o m e seja pesado?
2IE por que não perdoas a m inha transgressão, e Jó confessa a ju stiç a d e D eus
não tiras a m inha iniqüidade? P orque agora m e dei­ ENTÃO Jó respondeu, dizendo:
tarei no pó, e de m adrugada m e buscarás, e não exis­ 2N a verdade sei que assim é; porque, com o se
tirei mais. justificaria o hom em para com Deus?
3Se quiser contender com ele, n em a u m a de m il coi­
B ildade ju stific a a D eus sas lhe p o d erá responder.
ENTÃO respondendo Bildade o suíta, disse: 4Ele é sábio de coração, e forte em poder; q u em se
8 2Até quando falarás tais coisas, e as palavras da endureceu contra ele, e teve paz?
tua boca serão como um vento im petuoso? $Eleé o que rem ove os m ontes, sem que o saibam , e
3Porventura perverteria D eus o direito? E perverte- o que os tran sto rn a no seu furor.
ria o T odo-Poderoso a justiça? '’O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colu­
4Se teus filhos pecaram co n tra ele, tam bém ele os nas estrem ecem .
lançou na m ão da sua transgressão. 70 que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.
’Mas, se tu de m adrugada buscares a Deus, e ao H0 que sozinho estende os céus, e anda sobre os al­
T odo-P oderoso pedires m isericórdia; tos do m ar.
‘'Se fores p u ro e reto, certam ente logo despertará 90 que fez a Ursa, o O rio n , e o Sete-estrelo, e as re-
p o r ti, e restaurará a m orada da tu a justiça. câm aras do sul.
7 O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, l0O que faz coisas grandes e inescrutáveis; e m ara­
porém o teu últim o estado crescerá em extrem o. vilhas sem núm ero.
“Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passa­ "E is que ele passa p o r diante de m im , e não o vejo;
das; e prepara-te para a inquirição de seus pais. e to rn a a passar p erante m im , e não o sinto.
9Porque nós somos de ontem , e nada sabemos; po r­ 12Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir?
quanto nossos dias sobre a terra são como a sombra. Q uem lhe dirá: Q ue ê o que fazes?
10Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, l3Deus não revogará a sua ira; debaixo dele se en ­
e do seu coração não tirarão palavras? curvam os auxiliadores soberbos.
1 'Porvetitura cresce o junco sem lodo? O u cresce a l4Q u an to m enos lhe responderia eu, ou escolheria
espadana sem água? diante dele as m inhas palavras!
12Estando ainda no seu verdor, ainda que não cor­ ' ’Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe resp o n ­
tada, todavia antes de qualquer outra erva se seca. deria; antes ao m eu Juiz pediria m isericórdia.
13Assim são as veredas de todos q uantos se esque­ “ A inda que cham asse, e ele m e respondesse, nem
cem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá. por isso creria que desse ouvidos à m in h a voz.
l4C uja esperança fica frustrada; e a sua confiança l7P orque m e q u eb ran ta com u m a tem pestade, e
será como a teia de aranha. m ultiplica as m inhas chagas sem causa.
,5Encostar-se-á à sua casa, m as ela não subsistirá; 18N ão m e p erm ite resp irar, antes m e farta de
apegar-se-á a ela, m as não ficará em pé. am arguras.
16Ele é viçoso perante o sol, e os seus renovos saem 19Q u an to às forças, eis qu e ele é o forte; e, quanto ao
sobre o seu jardim ; juízo, qu em m e citará com ele?

511
JÓ 9,10,11

20Se eu m e justificar, a m inha boca m e condenará; 8As tuas m ãos m e fizeram e m e form aram com ple­
sefo r perfeito, então ela m e declarará perverso. tam ente; co n tu d o m e consom es.
2iSe for perfeito, não estim o a m inha alma; despre­ yPeço-te que te lem bres de que com o b arro m e for­
zo a m in ha vida. m aste e m e farás voltar ao pó.
22A coisa éesta; po r isso eu digo que ele consom e ao 10Porventura não m e vazaste com o leite, e com o
perfeito e ao ím pio. queijo não m e coalhaste?
2 ,Q u ando o açoite m ata de repente, então ele zom ­ 1‘D e pele e carne m e vestiste, e de ossos e nervos
ba da prova dos inocentes. m e teceste.
24A terra é entregue nas m ãos do ím pio; ele cobre o 12 Vida e m isericórdia m e concedeste; e o teu cuida­
rosto dos juizes; se não é ele, quem é, logo? do guardou o m eu espírito.
25E os m eus dias são m ais velozes do que um cor­ l1Porém estas coisas as ocultaste no te u coração;
reio; fugiram , e não viram o bem . bem sei eu que isto esteve contigo.
26Passam com o navios veleiros; com o águia que se 14Se eu pecar, tu m e observas; e da m in h a in iq ü id a­
lança à com ida. de não m e escusarás.
27Se eu disser: Eu m e esquecerei da m inha queixa, e 15 Se for ím pio, ai de mim ! E se for justo, não levan­
tarei a m inha cabeça; farto estou da m in h a ignom í­
m udarei o m eu aspecto e tom arei alento,
nia; e vê qual é a m inha aflição,
28Receio todas as m inhas dores, porque bem sei que
l6P orque se vai crescendo; tu m e caças com o a um
não m e terás p o r inocente.
leão feroz; tornas a fazer m aravilhas para comigo.
29£, sendo eu ím pio, por que trabalharei em vão?
17T u renovas co n tra m im as tuas testem unhas, e
30A inda que m e lave com água de neve, e purifique
m ultiplicas co n tra m im a tu a ira; reveses e com ba­
as m inhas m ãos com sabão,
te estão comigo.
51A inda m e subm ergirás no fosso, e as m inhas p ró ­
,8Por que, pois, m e tiraste da m adre? Ah! se então
prias vestes m e abom inarão.
tivera expirado, e olho n en h u m m e visse!
,2Porqueele não ^hom em , com o eu, a quem eu res­
19Então eu teria sido com o se n u n ca fora; e desde o
ponda, vindo jun tam en te a juízo.
ventre seria levado à sepultura!
33N ão h á entre nós árbitro que p onha a m ão sobre
20Porventura não sãopoucosos meus dias? Cessa,pois,
nós am bos.
e deixa-me, para que por um pouco eu tom e alento.
<4Tire ele a sua vara de cim a de m im , e não m e am e­
2'A ntes que eu vá para o lugar de que não voltarei, à
d ro n te o seu terror. terra da escuridão e da som bra da m orte;

” Então falarei, e não o tem erei; porque não sou as­ 22T erra escuríssim a, com o a p ró p ria escuridão, te r­
sim em m im m esm o. ra da som bra da m o rte e sem ordem algum a, e onde
a luz é com o a escuridão.
Jó pede alívio à sua m iséria
A M IN H A alm a tem tédio da m inha vida; Zofar repreende Jó
darei livre curso à m inha queixa, falarei na 1 ENTÃO resp o n d eu Zofar, o naam atita, e
am argura da m inha alma.
2D ireia Deus: N ão m e condenes; faze-me saber por
1 í disse:
2Porventura não se dará resposta à m ultidão de p a­
que contendes comigo. lavras? E o ho m em falador será justificado?
3Parece-te bem que me oprim as, que rejeites o tra ­ 3Às tuas m en tiras se hão de calar os hom ens? E
balho das tuas m ãos e resplandeças sobre o conse­ zom barás tu sem que ninguém te envergonhe?
lho dos ímpios? 4Pois dizes: A m in h a d o u trin a é pu ra, e lim po sou
4Tens tu porventura olhos de carne? Vês tu com o aos teus olhos.
vê o hom em ? sM as n a verdade, qu em dera que Deus falasse e
!São os teus dias com o os dias do hom em ? O u são abrisse os seus lábios co n tra ti!
os teus anos com o os anos de um hom em , 6E te fizesse saber os segredos da sabedoria, que é
6Para te inform ares da m in h a iniqüidade, e averi­ m ultíplice em eficácia; sabe, pois, que Deus exige de
guares o m eu pecado? ti m enos do que merece a tu a iniqüidade.
7Bem sabes tu que eu não sou iníquo; todavia n in ­ 7Porventura alcançarás os cam inhos de D eus, ou
guém há que me livre da tua m ão. chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?

512
JÓ 11,12,13
HComo as alturas dos céus éa sua sabedoria; que p o ­ ''Q uem não entende, p o r todas estas coisas, que a
derás tu fazer? É m ais profu n d a do que o inferno, m ão do Se n h o r fez isto?
que poderás tu saber? I0N a sua m ão está a alm a de tu d o q u an to vive, e o
9Mais com prida é a sua m edida do que a terra, e espírito de to d a a carne hum ana.
mais larga do que o m ar. 11Porventura o ouvido não provará as palavras,
l0Seele passar, aprisionar, o u cham ar a juízo, quem com o o paladar prova as comidas?
o impedirá? 12C om os idosos está a sabedoria, e na longevidade
11 P orque ele conhece aos hom ens vãos, e vê o vício; o entendim ento.
e não o terá em consideração? 1 ’C om ele está a sabedoria e a força; conselho e en ­
12Mas o hom em vão é falto de entendim ento; sim, o tendim ento tem.
hom em nasce como a cria do ju m en to m ontês. l4Eis que ele derruba, e ninguém há que edifique;
u Se tu preparares o teu coração, e estenderes as prende um hom em , e ninguém há que o solte.
tuas m ãos para ele; 15Eis que ele retém as águas, e elas secam; e solta-as,
l4Se há iniqüidade na tua m ão, lança-a para longe e elas tran sto rn am a terra.
de ti e não deixes habitar a injustiça nas tuas tendas. 16C om ele está a força e a sabedoria; seu è o que erra
1 'P o rq u e então o teu rosto levantarás sem mácula; e o que o faz errar.
e estarás firme, e não tem erás. 17Aos conselheiros leva despojados, e aos juizes faz
l6P orque te esquecerás do cansaço, elem brar-te-ás desvairar.
dele com o das águas que já passaram . 1 “Solta a autoridade dos reis, e ata o cinto aos seus
lombos.
17E a tua vida mais clara se levantará do que o m eio-
l9Aos sacerdotes leva despojados, aos poderosos
dia; ainda que haja trevas, será com o a m anhã.
transtorna.
ISE terás confiança, po rq u e haverá esperança;
20Aos acreditados tira a fala, e tira o en ten d im en ­
olharás em volta e repousarás seguro.
to aos anciãos.
I9E deitar-te-ás, e ninguém te espantará; m uitos
2'D erram a desprezo sobre os príncipes, e afrouxa
suplicarão o teu favor.
o cinto dos fortes.
“ Porém os olhos dos ím pios desfalecerão, e pe­
22Das trevas descobre coisas profundas, e traz à luz
recerá o seu refúgio; e a sua esperança será o expi­
a som bra da m orte.
rar da alma.
2,M ultiplica as nações e as faz perecer; dispersa as
nações, e de novo as reconduz.
Jó defende-se
24T ira o entendim ento aos chefes dos povos da te r­
ENTÃO Jó respondeu, dizendo:
ra, e os faz vaguear pelos desertos, sem cam inho.
2N a verdade, vós sois o povo, e convosco
25Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz,
m orrerá a sabedoria.
e os faz desatinar com o ébrios.
'T am bém eu tenho entendim ento com o vós, e não
vos sou inferior; e quem não sabe tais coisas com o Jó co n tin u a a sua defesa
essas? "I O EIS que tu d o isto viram os m eus olhos, e os
4Eu sou motivo de riso para os m eus amigos; eu, que X * 3 m eus ouvidos o ouviram e entenderam .
invoco a Deus, e ele m e responde; o justo e perfeito 2C om o vós o sabeis, tam bém eu o sei; não vos sou
serve de zom baria. inferior.
’T ocha desprezível é, na opinião do que está des­ iM as eu falarei ao T odo-P oderoso, e quero defen­
cansado, aquele que está p ro n to a vacilar com os der-m e perante Deus.
pés. 4Vós, porém , sois inventores de m entiras, e vós to ­
6As tendas dos assoladores têm descanso, e os que dos m édicos que não valem nada.
provocam a Deus estão seguros; nas suas m ãos Deus ’Q uem dera que vos calásseis de todo, pois isso se­
lhes põe tudo. ria a vossa sabedoria.
7M as, pergunta agora às alimárias, e cada um a delas 6O uvi agora a m in h a defesa, e escutai os argum en­
te ensinará; e às aves dos céus, e elas te farão saber; tos dos m eus lábios.
“O u fala com a terra, e ela te ensinará; até os peixes 'Porventura p o r D eus falareis perversidade e por
do m ar te contarão. ele falareis m entiras?

513
JÓ 13,14

“Fareis acepção da sua pessoa? C ontendereis por 24Por que escondes o teu rosto, e m e tens por teu
Deus? inimigo?
9Ser-vos-ia bom , se ele vos esquadrinhasse? Ou 2ÍPorventura acossarás um a folha arrebatada pelo
zom bareis dele, com o se zom ba de algum homem? vento? E perseguirás o restolho seco?
1 “C ertam ente vos repreenderá, se em oculto fizer­ 26Por que escreves contra m im coisas am argas em e
des acepção de pessoas. fazes herdar as culpas da m inha m ocidade?
11Porventura não vos espantará a sua alteza, e não 27T am bém pões os m eus pés no tro n co , e obser­
cairá sobre vós o seu terror? vas todos os m eus cam inhos, e m arcas os sinais dos
12 As vossas m em órias são com o provérbios de cinza; m eus pés.
as vossas defesas com o defesas de lodo. 28E ele m e consom e com o a pod rid ão , e com o a
roupa, à qual ró i a traça.
l3Calai-vos p erante m im , e falarei eu, e venha so­
bre m im o que vier.
A brevidade e m iséria da vida h u m a n a
O H O M EM , nascido da m ulher, é de p o u ­
Jó deseja con h ecer os seus pecados
14P or que razão tom arei eu a m inha carne com os M
cos dias e farto de inquietação.
2Sai com o a flor, e m urcha; foge tam bém com o a
m eus dentes, e porei a m inha vida na m inha mão?
som bra, e não perm anece.
1 ’A inda queele m e m ate, nele esperarei; contudo os
3E sobre este tal abres os teus olhos, e a m im m e fa­
m eus cam inhos defenderei diante dele.
zes en trar no juízo contigo.
,6T am bém ele será a m inha salvação; porém o h i­
4Q uem do im u n d o tirará o puro? N inguém .
pócrita não virá perante ele. ’Visto que os seus dias estão determ inados, conti­
17O uvi com atenção as m inhas palavras, e com os
go está o n ú m ero dos seus meses; e tu lhe puseste li­
vossos ouvidos a m inha declaração. mites, e não passará além deles.
18Eis que já tenho ordenado a m inha causa, e sei que '’D esvia-te dele, p ara que ten h a repouso, até que,
serei achado justo. co m o o jo r n a le ir o , te n h a c o n te n ta m e n to n o
l9Q uem éo que contenderá comigo? Seeu agora me seu dia.
calasse, renderia o espírito. 7P orque h á esperança para a árvore que, se for cor­
2HD uas coisas som ente não faças para com igo; en ­ tada, ainda se renovará, e não cessarão os seus re­
tão não m e esconderei do teu rosto: novos.
2'Desvia a tua m ão para longe, de m im , e não m e “Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco
espante o teu terror. m o rrer no pó,
22C ham a, pois, e eu responderei; o u eu falarei, e tu 9Ao cheiro das águas b rotará, e dará ram os com o
m e responderás. um a planta.
23Q uantas culpas e pecados tenho eu? N otifica-m e 10Porém , m o rto o hom em , é consum ido; sim, ren ­
a m in h a transgressão e o m eu pecado. dendo o hom em o espírito, então o nde está ele?

Morrendo o homem, porventura tornará a viver? dentor (Cristo) vivia e que, em sua própria carne — e nào em ou­
(14.10-14) tra diferente — veria a Deus (19.25,26). Outro texto que não rece­
be atenção kardecista é 1Tessalonicenses4.16, que diz: “E os que
f\ Espiritismo. Usa este texto tora de seu contexto para ten-
morreram em Cristo ressuscitarão". E não: “reencamarão". Dessa
tar provar a crença da "pluralidade de existências", quediz
forma, tomando a correta interpretação e a consideração de todos
que o espírito do homem reinicia na vida terrena em um novo cor­
os textos atinentes a esta matéria, a tese espírita fica isolada, por­
po. desde a gestação.
que não pode ser sustentada pela Palavra de Deus.
__o RESPOSTA APOLOGÉTICA: O espiritismo não usa corre-
«=■ tamente a Palavra de Deus ao empregar este texto. Força Rendendo o homem o espírito, então onde está ele?
uma descabida interpretação da frase: "até que viesse a minha (14.10,22)
mudança", para fundamentar seu ensino de que o espírito de um
r™ n Testemunhas de Jeová. Dizem que o espírito do homem
corpo já falecido se “muda" para um óvulo fecundado em uma 1 f é a sua força de vida. deixando de existir com a morte do
"outra mãe", desprezando, com isso, as verdades contidas em
corpo.
1 João 3.2 e 1Coríntios 15.52. que versam sobre a glorificação do
corpo corruptível, o mesmo que será ressuscitado e não reencar- — R RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina que o espíri-
nado, como pretende a doutrina kardecista. “ to do homem é que possibilita o saber e o conhecer, mos­
Além do mais, Jó era, segundo a fé, conhecedor de que seu re­ trando, assim, que se trata de uma entidade inteligente (1Co 2.11).

514
JÓ 14,15

1 ‘C om o as águas se retiram do m ar, e o rio se esgo­ 4E tu tens feito vão o tem o r, e dim inuis os rogos
ta, e fica seco, diante de Deus.
12 Assim o hom em se deita, e não se levanta; até que 5P orque a tu a boca declara a tu a iniqüidade; e tu es­
não haja m ais céus, não acordará nem despertará colhes a língua dos astutos.
de seu sono. 6 A tua boca te condena, e não eu, e os teus lábios tes­
IJQ uem dera que m e escondesses na sepultura, e tificam contra ti.
m e ocultasses até que a tu a ira se fosse; e m e pusesses 7És tu porventura o prim eiro ho m em que nasceu?
u m lim ite, e te lem brasses de mim! O u foste form ado antes dos outeiros?
1'’M orrendo o hom em , porventura tom ará avivei? 8O m ouviste o secreto conselho de D eus e a tis d li­
Todos os dias de m eu com bate esperaria, até que mitaste a sabedoria?
viesse a m inha m udança. 9Q ue sabes tu, que nós não saibamos? Q ue en ten ­
' sCham ar-m e-ias, e eu te responderia, e terias afe­ des, que não haja em nós?
to à obra de tuas mãos. l0T am bém há entre nós encanecidos e idosos, m u i­
“ Mas agora contas os m eus passos; porventura não to mais idosos do que teu pai.
vigias sobre o m eu pecado? "P o rv en tu ra fazes p ouco caso das consolações de
I7A m in ha transgressão está selada nu m saco, e Deus, e da suave palavra que te dirigimos?
am ontoas as m inhas iniqüidades. l2P or que te arrebata o teu coração, e p o r que pis­
' fiE, na verdade, caindo a m ontanha, desfaz-se; e a cam os teus olhos?
rocha se rem ove do seu lugar. 1 ’Para virares contra Deus o teu espírito, e deixares
l9As águas gastam as pedras, as cheias afogam o pó sair tais palavras da tua boca?
da terra; e tu fazes perecer a esperança do hom em ; MQ ue é o hom em , para qu e seja puro? E o que nas­
20T u para sem pre prevaleces contra ele, e ele passa; ce da m ulher, para ser justo?
m udas o seu rosto, e o despedes. ' ’Eis que ele não confia nos seus santos, e nem os
21Os seus filhos recebem h onra, sem que ele o saiba; céus são p u ro s aos seus olhos.
são hum ilhados, sem que ele o perceba; “ Q uan to m ais abom inável e co rru p to é o hom em
22Mas a sua carne nele tem dores, e a sua alm a nele que bebe a iniqüidade com o a água?
lamenta.
O ím p io é a torm entado
E lifaz acusa Jó de im piedade nesta vida
ENTÃO respondeu Elifaz o tem anita, e ,7Escuta-m e, m ostrar-te-ei; e o que tenho visto te
disse: contarei
2Porventura proferirá o sábio vã sabedoria? E en­ 18( 0 que os sábios anunciaram , ouvindo-o de seus
cherá do vento oriental o seu ventre, pais, e o não ocultaram ;
3A rgüindo com palavras que de nada servem , e l9Aos quais som ente se dera a terra, e n en h u m es­
com razões, de que nada aproveita? tranho passou p o r entre eles):

Consequentemente, o espirito do homem fica consciente após — g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jó não está negando sua fé
a morte. Em Hebreus 12.23, lemos a respeito dos "espíritos dos «=» na ressurreição, mas afirmando que as coisas não terão
justos aperfeiçoados*. Nas referências seguintes, iremos substi­ mais a mesma seqüência de quando enfrentava as aflições que o
tuir a palavra "espírito" por “força de vida", para mostrar a incon­ abateram na terra: “E depois de consumida a minha pele, contudo
gruência de tal substituição: *E Jesus, conhecendo logo em sua ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os
força de vida que assim arrazoavam...” (Mc 2.8). “E, suspirando meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins
profundamente em sua força de vida” (Mc 8 .12). "... Purifiquemo- se consomem no meu interior" (19.26). Também nós não deseja­
nos de toda a imundícia da carne e da força de vida" (2Co 7.1). ríamos voltar às mesmas aflições! A ressurreição é uma doutrina
“Vigiai e orai [...] a força de vida está pronta, mas a carne é fra­ estabelecida nas Escrituras (Cf. Dn 12.2; 1Co 15.22; Ap 20.4-6).
ca* (Mt 26.41). O Senhor ensinou que todos os que estão nos sepulcros ouvi­
rão a sua voz e serão ressuscitados (5.28,29). Jó esperava passar
Morrendo o homem, porventura algum tempo oculto no sheol — “até que depois te lembrasses de
tornará a viver? mim! Quando tomará lugar essa ressurreição?". Daniel nos reve­
(14.14) la: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para
Ceticismo. Afirma que Jó não cria na possibilidade de res­ a vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo eterno [...] ao
suscitar. fim do tempo” (Dn 12.2-4).

515
JÓ 15,16,17

2UTodos os dias o ím pio éatorm entado, e se reserva, "Na verdade, agora tu m e tens fatigado; tu assolas­
para o tirano, um certo n úm ero de anos. te toda a m inha com panhia,
2lO sonido dos horrores está nos seus ouvidos; até gT estem unha disto é que já m e fizeste enrugado, e a
na paz lhe sobrevêm o assolador. m inha magreza já se levanta co n tra m im , e no m eu
22N ão crê que torn ará das trevas, m as que o espe­ rosto testifica contra m im .
ra a espada. “N a sua ira w edespedaçou, e ele m eperseguiu; ra n ­
2,A nda vagueando p o r pão, dizendo: O nde está? geu os seus dentes contra m im ; aguça o m eu adver­
Bem sabe que já o dia das trevas lhe está p rep a ra­ sário os seus olhos co n tra m im .
do, à mão. 1 °Abrem a sua boca contra m im ; com desprezo m e fe­
24A ssom bram -no a angústia e a tribulação; prevale­ riram nos queixos, e contra m im se aj untam todos.
cem contra ele, com o o rei preparado para a peleja; 1' Entrega-m e D eus ao perverso, e nas m ãos dos ím ­
2,P o rq u e estendeu a sua m ão contra Deus, e contra pios m e faz cair.
o T odo-P oderoso se em braveceu. 12Descansado estava eu, porém ele m e quebrantou;
2hA rrem ete contra ele com a dura cerviz, e contra e pegou-m e pela cerviz, e m e despedaçou; tam bém
os po n to s grossos dos seus escudos. m e pôs por seu alvo.
27P orq u anto cobriu o seu rosto com a sua gordura, ‘’C ercam -m e os seus flecheiros; atravessa-m e
e criou g o rdura nas ilhargas. os rins, e não m e p o u p a, e o m eu fel d erram a so ­
28E h ab itou em cidades assoladas, em casas em que bre a terra,
ninguém m orava, que estavam a p onto de fazer-se l4Fere-m e com ferim ento sobre ferim ento; arre­
m ontões de ruínas. m ete contra m im com o u m valente.
2*'Não se enriquecerá, nem subsistirá a sua fazenda, l5Cosi sobre a m inha pele o cilício, e revolvi a m i­
nem se estenderão pela terra as suas possessões. nha cabeça no pó.
,0N ão escapará das trevas; a cham a do fogo secará os "■O m eu rosto está todo averm elhado de chorar, e
seus renovos, e ao sopro da sua boca desaparecerá. sobre as m inhas pálpebras está a som bra da m orte:
N ão confie, pois, na vaidade, enganando-se a si 17Apesar de não haver violência nas m inhas m ãos,
m esm o, porque a vaidade será a sua recom pensa. e de ser p ura a m in h a oração.
í2Antes do seu dia ela se consum ará; e o seu ram o 18Ah! terra, não cubras o m eu sangue e não haja lu ­
não reverdecerá. gar para ocultar o m eu clamor!
Sacudirá as suas uvas verdes, com o as da vide, e '"Eis que tam bém agora a m inha testem unha está
deixará cair a sua flor com o a oliveira, no céu, e nas alturas o m eu testem unho está.
,4P orque a congregação dos hipócritas sefará esté­ ~"Os meus amigos são os que zom bam de m im ; os
ril, e o fogo consum irá as tendas do suborno. m eus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.
’^Concebem a malícia, e dão à luz a iniqüidade, e o 21A h! se alguém pudesse contender com D eus pelo
seu ventre prepara enganos. hom em , com o o hom em pelo seu próxim o!
22P orque decorridos poucos anos, eu seguirei o ca­
Já acusa a seus antigos de fa lta m inho por onde não tom arei.
de m isericórdia
ENTÃO respondeu Jó, dizendo: 1 O M EU espírito se vai co n su m in d o , os
2T enho ouvido m uitas coisas com o estas; X / m eus dias se vão apagando, e só tenho p e­
todos vós sois consoladores molestos. rante m im a sepultura.
’P orventura não terão fim essas palavras de vento? 2Deveras estou cercado de zom badores, e os m eus
O u o que te irrita, para assim responderes? olhos contem plam as suas provocações.
4Falaria eu tam bém com o vós falais, se a vossa ’P rom ete agora, e dá-m e um fiador para contigo;
alm a estivesse em lugar da m inha alm a, ou am o n ­ quem há que m e dê a mão?
toaria palavras contra vós, e m enearia contra vós a 4P orq u e aos seus corações encobriste o en ten d i­
m inha cabeça? m ento, p o r isso não os exaltarás.
5Antes vos fortaleceria com a m inha boca, e a con­ ’O que denuncia os seus amigos, a fim de serem des­
solação dos m eus lábios abrandaria a vossa dor. pojados, tam bém os olhos de seus filhos desfalecerão.
6Se eu falar, a m inha d o r não cessa, e, calando-m e (’P orém a m im m e pôs p o r um provérbio dos povos,
eu, qual é o meu alívio? de m odo que m e tornei um a abom inação p ara eles.

516
JÓ 17,18,19

7Pelo que/4 se escureceram de m ágoa os m eus olhos, está confiado, e isto o fará cam inhar para o rei dos
ejá todos os meus m em bros são com o a sombra. terrores.
8Os retos pasm arão disto, e o inocente se levantará l5M orará n a sua mesma tenda, o que não lhe per­
contra o hipócrita. tence; espalhar-se-á enxofre sobre a sua habitação.
9E o justo seguirá o seu cam inho firm em ente, e o l6P or baixo se secarão as suas raízes e p o r cim a se­
pu ro de m ãos irá crescendo em força. rão cortados os seus ram os.
10Mas, n a verdade, tornai todos vóse vinde; porque 17A sua m em ória perecerá da terra, e pelas praças
sábio n en hum acharei entre vós. não terá nom e.
1 'O s m eus dias passaram , e m alograram os m eus ,8D a luz o lançarão nas trevas, e afugentá-lo-ão do
propósitos, as aspirações do m eu coração. m undo .
12T rocaram a noite em dia; a luz está perto do fim , 19N ão terá filho n em neto entre o seu povo, e nem
po r causa das trevas. quem lhe suceda nas suas m oradas.
13Se eu esperar, a sepultura será a m inha casa; nas 20D o seu dia se espantarão os do ocidente, assim
trevas estenderei a m inha cama. com o se espantam os do oriente.
MÀ corrupção clamo: T u és m eu pai; caos vermes: 2'T ais são, n a verdade, as m oradas do perverso, e
Vós sois m inha m ãe e m inha irm ã. este é o lugar do que não conhece a Deus.
l5O nde, pois, estaria agora a m in h a esperança?
Sim, a m inha esperança, quem a poderá ver? Jó queixa-se da dureza
“ As barras da sepultura descerão qu an d o ju n ta ­ dos seus am igos
m ente no pó terem os descanso. RESPONDEU, porém , Jó, dizendo:
2Até q u an d o afligireis a m in h a alm a, e me
B ildade acusa Jó de presunção quebrantareis com palavras?
e im paciência 3Já dez vezes m e vituperastes; não tendes vergonha
ENTÀO respondeu Bildade, o suíta, e disse: de injuriar-m e.
2Até quando poreis fim às palavras? C o n ­ 4E m bora haja eu, na verdade, errado, com igo fica­
siderai bem, e então falaremos. rá o m eu erro.
3P or que som os tratados com o anim ais, e com o 5Se deveras vos quereis engrandecer co n tra m im , e
im undos aos vossos olhos? argüir-m e pelo m eu opróbrio,
4O h tu , que despedaças a tu a alm a na tua ira, será a 6Sabei agora que D eus é o que m e tran sto rn o u , e
terra deixada p or tua causa? R em over-se-ão as ro ­ com a sua rede m e cercou.
chas do seu lugar? 7Eis que clamo: Violência! P orém não sou ouvido.
5N a verdade, a luz dos ím pios se apagará, e a cham a Grito: Socorro! P orém não há justiça.
do seu fogo não resplandecerá. “O m eu cam inho ele entrincheirou, ejá não posso
6 A luz se escurecerá nas suas tendas, e a sua lâm pa­ passar, e nas m inhas veredas pôs trevas.
da sobre ele se apagará. 9Da m inha h o n ra m e despojou; e tiro u -m e a coroa
7Os seus passos firm es se estreitarão, e o seu próprio da m inha cabeça.
conselho o derrubará. ' 0Q ueb ro u -m e de todos os lados, e eu m e vou; e a r­
“P orque p o r seus próprios pés é lançado na rede, e rancou a m in h a esperança, com o a u m a árvore.
andará nos fios enredados. " E fez inflam ar co n tra m im a sua ira, e m e rep u to u
90 laço o apanhará pelo calcanhar, e a arm adilha para consigo, com o a seus inim igos.
o prenderá. ,2Juntas vieram as suas tropas, e p repararam c o n ­
l0Está escondida debaixo da te rra um a corda, e tra m im o seu cam inho, e se acam param ao red o r
um a arm adilha na vereda. da m in h a tenda.
1 ' Os assom bros o espantarão de todos os lados, e o ' 3Pôs longe de m im a m eus irm ãos, e os que m e co­
perseguirão a cada passo. nhecem , com o estranhos se apartaram de m im .
12Será fam into o seu vigor, e a destruição está p ro n ­ ' 4Os m eus parentes me deixaram , e os m eus co n h e­
ta ao seu lado. cidos se esqueceram de m im .
' ’Serão devorados os m em bros do seu corpo; sim, o ' 5Os m eus dom ésticos e as m inhas servas m e repu­
prim ogênito da m orte devorará os seus m em bros. taram com o u m estranho, e vim a ser u m estrangei­
14A sua confiança será arrancada da sua tenda, onde ro aos seus olhos.

517
JÓ 19,20

1''Cham ei a m eu criado, e ele não m e respondeu; 2 Visto que os m eus pensam entos m e fazem respon­
cheguei a suplicar-lhe com a m inha própria boca. der, eu m e apresso.
I70 m eu hálito se fez estranho à m inha m ulher; 3Eu ouvi a repreensão, que m e envergonha, mas
tan to que supliquei o interesse dos filhos do m eu o espírito do m eu en ten d im en to responderá p o r
corpo. mim .
18A téos pequeninos m edesprezam , e, levantando- 4Porventura não sabes tu que desde a antiguidade,
m e eu, falam contra m im. desde que o hom em foi posto sobre a terra,
‘‘‘Todos os hom ens da m inha confidência m e abo­ sO júbilo dos ím pios é breve, e a alegria dos h ip ó ­
m inam , e até os que eu am ava se to rn aram co n ­ critas m om entânea?
tra mim. 6A inda que a sua altivez suba até ao céu, e a sua ca­
20Os m eus ossos se apegaram à m inha pele e à m i­ beça chegue até às nuvens.
nh a carne, e escapei sd com a pele dos m eus dentes. 7C ontudo, com o o seu próprio esterco, perecerá
2lC om padecei-vos de m im , am igos m eus, co m ­ para sem pre; e os que o viam dirão: O nde está?
padecei-vos de m im , p orque a m ão de D eus m e to ­ "C om o um son h o voará, e não será achado, e será
cou. afugentado com o u m a visão da noite.
22P or que m e perseguis assim com o Deus, e da m i­ 90 olho, que já o viu, jam ais o verá, nem o seu lu ­
nh a carne não vos fartais? gar o verá mais.
23Q uem me dera agora, que as m inhas palavras fos­ I°Os seus filhos procu rarão agradar aos pobres, e as
sem escritas! Q uem m e dera, fossem gravadas num suas m ãos restituirão os seus bens.
livro! II Os seus ossos estão cheios do vigor da sua m oci­
2*E que, com pena de ferro, e com chum bo, para dade, m as este se deitará com ele n o pó.
sem pre fossem esculpidas na rocha. 12 A inda que o m al lhe seja doce n a boca, e ele o es­
25P orque eu sei que o m eu R edentor vive, e que po r conda debaixo da sua língua,
fim se levantará sobre a terra. l3E o guarde, e n ão o deixe, antes o retenha no seu
26E depois de consum ida a m inha pele, contudo paladar,
ainda em m inha carne verei a Deus, 14C o n tu d o a sua com ida se m u d a rá nas suas en tra­
27Vê-lo-ei, por m im m esm o, e os m eus olhos, enão nhas; fel de áspides será interiorm ente.
ou tro s o contem plarão; e por isso os m eus rins se l5Engoliu riquezas, porém vom itá-las-á; do seu
consom em no m eu interior. ventre D eus as lançará.
2SN a verdade, que devíeis dizer; P orq u e o persegui­ 16V eneno de áspides sorverá; língua de víbora o
mos? Pois a raiz da acusação se acha em m im . m atará.
wT em ei vós m esm os a espada; p o rq u e o fu ro r 17N ão verá as correntes, os rios e os ribeiros de mel
traz os castigos da espada, para saberdes que há e m anteiga.
um juízo. ‘"Restituirá o seu trabalho, e não o engolirá; confor­
m e ao poder de sua m udança, e não saltará de gozo.
Zofar descreve as calam idades ‘‘'P o rq u an to o p rim iu e desam parou os pobres, e
q u e os ím pios sofrem ro u b o u a casa que não edificou.
ENTÃO respondeu Zofar, o naam atita, e 20P o rq u an to não sentiu sossego n o seu ventre;
disse: nada salvará das coisas p o r ele desejadas.

Ainda em minha carne A reencarnação fala de muitas mortes. A Bíblia fala de uma
(19.25-27) única morte e ensina que há somente uma oportunidade de
salvação: enquanto temos vida (Is 55.6,7; 2Co 6.2). Depois
Espiritismo. Afirma que a reencarnação fazia parte dos
da morte, segue-se o juízo. E os estados finais são irreversí­
dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição.
veis (Lc 16.19-31; Mt 25.34,41,46). Os autênticos cristãos crê­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jóacreditava na ressurreição em na ressurreição e não na reencarnação: 'Morrendo o ho­
e náo na reencarnação. porque afirmava queseu espírito vol­ mem, porventura tornará a viver?” (14.14). Com esta pergunta,
taria à sua própria carne: *E depois de consumida a minha pele, Jó cria que. depois de morto, estando no sheol, Deus o traria
contudo ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei, por mim mes­ à vida de novo.
mo, e os meus olhos, e não outros, o contemplarão’ (v. 26,27). Se­ Todavia, ao proferir a frase: “E depois de consumida a minha
gundo o espiritismo, a reencarnação é o retomo do espirito em ou­ pele, ainda em minha carne verei a Deus", Jó estava apenas ex­
tra carne (corpo) e não na mesma carne, como esperava Jó. pressando sua esperança em uma ressurreição pessoal.

518
JÓ 20,21,22

2lN ada lhe sobejará do que com a; por isso as suas I4E, todavia, dizem a Deus: R etira-te de nós; p o r­
riquezas não durarão. que não desejam os ter co n h ecim ento dos teus ca­
22Sendo plena a sua abastança, estará angustiado; m inhos.
toda a força da miséria virá sobre ele. l5Q u em é o T o d o -P o d ero so ; p ara qu e nós o sir­
2iM esmo estando ele a encher a sua barriga, Deus vam os? E qu e n o s ap ro v e itará q u e lhe façam os
m andará sobre ele o ardor da sua ira, e a fará chover orações?
sobre ele quando for com er. 16V ed e, porém, que a prosperidade não es tá nas mãos
24A inda que fuja das arm as de ferro, o arco de b ro n ­
deles; esteja longe de m im o conselho dos ímpios!
ze o atravessará. 1 TQ uantas vezes sucede que se apaga a lâm pada dos
25D esem bainhará a espada que sairá do seu corpo, ímpios, e lhes sobrevêm a sua destruição? E Deus na
e resplandecendo virá do seu fel; e haverá sobre ele sua ira lhes reparte dores!
assombros. KPorque são com o a palha diante do vento, e com o
26T oda a escuridão se ocultará nos seus esconde­ a pragana, que arrebata o redem oinho.
rijos; um fogo não assoprado o consum irá, irá mal l9D eus guarda a sua violência para seus filhos, e dá-
com o que ficar na sua tenda. lhe o pago, para que o conheça.
27O scéus m anifestarão a sua iniqüidade; e a terra se 20Seus olhos verão a sua ruína, e ele beberá do furor
levantará contra ele.
do T odo-Poderoso.
28As riquezas de sua casa serão transportadas; no
21Por que, que prazer teria na sua casa, depois de
dia da sua ira todas se derram arão.
morto, cortando-se-Wie o n ú m ero dos seus meses?
29Esta, da parte de Deus, é a porção do hom em ím ­
22P orventura a D eus se ensinaria ciência, a ele que
pio; esta é a herança que D eus lhe decretou.
julga os excelsos?
23U m m o rre n a força da sua plenitude, estando in ­
Os ím pios m uita s vezes gozam
teiram ente sossegado e tranqüilo.
prosperidade nesta vida
24C om seus baldes cheios de leite, e a m edula dos
RESPONDEU, porém , Jó, dizendo:
seus ossos um edecida.
2Ouvi atentam ente as m inhas razões; e isto
25E o u tro, ao contrário, m o rre na am argura do seu
vos sirva de consolação.
coração, não havendo provado do bem .
3S ofrei-m e, e eu falarei; e hav en d o eu falado,
26Juntam ente jazem no pó, e os vermes os cobrem .
zom bai.
27Eis que conheço bem os vossos pensam entos; e os
4Porventura eu m e queixo de algum hom em ? Po­
rém , ainda que assim fosse, p o r que não se angus­ m aus intentos com que injustam ente m e fazeis vio­
lência.
tiaria o m eu espírito?
’O lhai para m im , e pasm ai; e p onde a m ão sobre 28P orque direis: O n d e está a casa do príncipe, e
aboca. onde a tenda em que m oravam os ímpios?
‘Porque, quando m e lem bro disto m e perturbo, e a 29Porventura não perguntastes aos que passam pelo
m inha carne é sobressaltada de horror. cam inho, e não conheceis os seus sinais,
7Por que razão vivem os ím pios, envelhecem, e ain­ 30Q ue o m au é preservado p ara o dia da destruição;
da se robustecem em poder? e arrebatado no dia do furor?
8A sua descendência se estabelece com eles perante 3 ' Q uem acusará d iante dele o seu cam inho, e quem
a sua face; e os seus renovos perante os seus olhos. lhe dará o pago do que faz?
9As suas casas têm paz, sem tem or; e a vara de Deus “ Finalm ente é levado à sepultura, e vigiam -lhe o
não está sobre eles. túm ulo.
l0O seu to u ro gera, e não falha; pare a sua vaca, e 33Os torrões do vale lhe são doces, e o seguirão to ­
não aborta. dos os hom ens; e adiante dele foram inumeráveis.
1 'Fazem sair as suas crianças, com o a um rebanho, “ Com o, pois, m e consolais com vaidade? Pois nas
e seus filhos andam saltando. vossas respostas ainda resta a transgressão.
l2Levantam a voz, ao som do tam boril e da harpa, e
alegram-se ao som do órgão. E lifa z exorta Jó ao a rrep en d im en to
l3Na prosperidade gastam os seus dias, e n u m m o ­ ENTÃO resp o n d eu Elifaz, o tem anita, di­
m en to descem à sepultura. zendo:

519
JÓ 22.23

2Porventura será o hom em de algum proveito a 26P orque então te deleitarás n o T odo-P oderoso, e
Deus? Antes a si m esm o o prudente será proveitoso. levantarás o teu rosto para Deus.
3Ow tem o T odo-P oderoso prazer em que tu sejas 27Orarás a ele, e ele te ouvirá, e pagarás os teus votos.
ju sto , ou algum lucro em que tu faças perfeitos os ->8D eterm inarás tu algum negócio, e ser-te-á firme,
teus caminhos? e a luz brilhará em teus cam inhos.
4Ow te repreende, pelo tem o r que tem de ti, ou en ­ 29Q uan d o te abaterem , então tu dirás: Haja exalta­
tra contigo em juízo? ção! E Deus salvará ao hum ilde.
’Porventura não é grande a tua malícia, e sem te r­ 30£livrará até ao que não é inocente; p o rq u e será li­
m o as tuas iniqiiidades? bertado pela pureza de tuas mãos.
6P orque sem causa penhoraste a teus irm ãos, e aos
nus despojaste as vestes. Jó deseja apresentar-se
7N ão deste ao cansado água a beber, e ao fam into p era n te Detts
retiveste o pão. RESPONDEU, porém , Jó, dizendo:
“M as para o poderoso era a terra, e o hom em tido 2 A inda hoje a m inha queixa está em am
em respeito habitava nela. gura; a m inha m ão pesa sobre m eu gem ido.
9 As viúvas despediste vazias, e os braços dos órfãos 3 Ah, se eu soubesse o nde o poderia achar! Então m e
foram quebrados. chegaria ao seu tribunal.
l0P or isso é que estás cercado de laços, e te p e rtu r­ “Exporia ante ele a m inha causa, e a m in h a boca en ­
ba um pavor repentino, cheria de argum entos.
IJO u trevas em que nada vês, e a abundância de ’Saberia as palavras com que ele m e responderia, e
águas que te cobre. entenderia o que m e dissesse.
12 Porventura D eus não está na altura dos céus? O lha
para a altura das estrelas; quão elevadas estão. Jó confia na m isericórdia de D eus
13sE dizes: que sabe Deus? Porventura julgará ele 6Porventura segundo a grandeza de seu p oder co n ­
através da escuridão? tenderia comigo? Não: ele antes m e atenderia.
l4As nuvens são esconderijo para ele, para que não 7Ali o reto pleitearia com ele, e eu m e livraria para
veja; e passeia pelo circuito dos céus. sem pre do m eu Juiz.
15Porventura queres guardar a vereda antiga, que 8Eis que se m e adianto, ali n ão está; se torno para
pisaram os hom ens iníquos? trás, não o percebo.
l6Eles foram arrebatados antes do seu tem po; sobre 9Se opera à esquerda, não o vejo; se se encobre à d i­
o seu fundam ento u m dilúvio se derram ou. reita, não o diviso.
17D iziam a Deus: R etira-te de nós. E: Q ue foi que o l0P orém ele sabe o m eu cam inho; p ro vando-m e
T odo-P oderoso nos fez? ele, sairei com o o ouro.
’“C o n tudo ele encheu de bens as suas casas; m as o 11 Nas suas pisadas os m eus pés se afirm aram ; g uar­
conselho dos ím pios esteja longe de m im . dei o seu cam inho, e não m e desviei dele.
l9O s justos o vêem, e se alegram , e o inocente es­ l2D o preceito de seus lábios nu n ca m e apartei, e
carnece deles. as palavras da sua boca guardei m ais do que a m i­
“ P orq uanto o nosso adversário não foi destruído, nha porção.
m as o fogo consum iu o que restou deles. l3Mas, se ele resolveu algum a coisa, quem então o
21Apega-te, pois, a ele, e tem paz, e assim te sobre­ desviará? O que a sua alm a quiser, isso fará.
virá o bem . l4P orque cum prirá o que está ordenado a m eu res­
22Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas pa­ peito, e m uitas coisas com o estas ainda tem consigo.
lavras no teu coração. l5P or isso m e p ertu rb o p erante ele, e q u an d o isto
23Se te voltares ao T odo-P oderoso, serás edificado; considero, tem o-m e dele.
se afastares a iniqüidade da tua tenda, ,6P o rq u e D eus m acerou o m eu coração, e o T odo-
24E deitares o teu tesouro no pó, e o ouro de O fir nas P oderoso m e p ertu rb o u .
pedras dos ribeiros, ,7P o rq u a n to n ão fui d esarraig ad o p o r causa das
2,Então oT odo-P oderoso será o teu tesouro, e atu a trevas, e n em en c o b riu o m eu ro sto co m a escu­
p rata acum ulada. ridão.

520
JÓ 24,25,26

Os ím pios, m u ita s vezes, fic a m 2‘Aflige à estéril que não dá à luz, e à viúva não faz
sem castigo nesta vida bem.
VISTO que do Todo Poderoso não se enco­ 22Até aos poderosos arrasta com a sua força; se ele
briram os tem pos, po r que, os que o conhe­ se levanta, não há vida segura.
cem, não vêem os seus dias? 2,Se Deus lhes dá descanso, estribam -se nisso; seus
2Até os lim ites rem ovem ; roubam os rebanhos, e olhos porém estão nos cam inhos deles.
os apascentam. 24P or um pouco se exaltam , e logo desaparecem ;
3Do órfão levam o jum ento; tom am em p en h o r o são abatidos, encerrados com o todos os demais; e
boi da viúva. cortados com o as cabeças das espigas.
4Desviam do cam inho os necessitados; e os pobres 25Se agora n ã o é assim, quem m e desm entirá e des­
da terra ju ntos se escondem . fará as m inhas razões?
5Eis que, como ju m en to s m onteses no deserto,
saem à sua obra, m adrugando para a presa; a cam pi­ B ildade sustenta q u e o h o m em não pode
na dá m antim ento a eles e aos seus filhos. justificar-se d ia n te d e D eus
6N o cam po segam o seu pasto, e vindim am a vi­ ENTÃO respondeu Bildade, o suíta, e disse:
nha do ím pio. 2 Com ele estão d o m ínio e tem or; ele faz p
7Ao n u fazem passar a noite sem roupa, não tendo nas suas alturas.
ele coberta contra o frio. 3Porventura têm n ú m ero as suas tropas? E sobre
“Pelas chuvas das m ontanhas são m olhados e, não quem não se levanta a sua luz?
tendo refúgio, abraçam -se com as rochas. 4C om o, pois, seria justo o hom em para com Deus, e
9Ao orfãozinho arrancam dos peitos, e tom am o com o seria p u ro aquele que nasce de m ulher?
p enhor do pobre. 5Eis que até a lua não resplandece, e as estrelas não
,0Fazem com que os nus vão sem ro u p a e aos fa­ são puras aos seus olhos.
m intos tiram as espigas. 6E q uan to m enos o hom em , que é um verm e, e o fi­
1 'D en tro das suas paredes esprem em o azeite; pi­ lho do hom em , q u e é u m verm ezinho!
sam os lagares, e ainda têm sede.
12Desde as cidades gem em os hom ens, e a alm a dos Já repreende B ildade
feridos exclama, e co n tu d o D eus lho não im puta JÓ, porém , respondeu, dizendo:
como loucura. 2C om o ajudaste aquele que não tin h a for­
l3Eles estão entre os que se opõem à luz; não co­ ça, e sustentaste o braço que n ão tin h a vigor?
nhecem os seus cam inhos, e não perm anecem nas ’C om o aconselhaste aquele que não tinha sabedoria,
suas veredas. e plenamente fizeste saber a causa, assim com o era?
' 4De m adrugada se levanta o hom icida, m ata o p o ­ 4A quem proferiste palavras, e de quem é o espíri­
bre e necessitado, e de noite é com o o ladrão. to que saiu de ti?
‘’Assim com o o olho do adúltero aguarda o cre­
púsculo, dizendo: N ão m e verá olho nenhum ; e Já exalta o poder de D eus
oculta o rosto, ’Os m ortos trem em debaixo das águas, com os seus
l6Nas trevas m inam as casas, que de dia se m arca­ m oradores.
ram; não conhecem a luz. ' O inferno está n u p eran te ele, e não há coberta
|7P orque a m anhã para todos eles é com o som bra para a perdição.
de m orte; pois, sendo conhecidos, sentem os pavo­ 70 n o rte estende sobre o vazio; e suspende a te r­
res da som bra da m orte. ra sobre o nada.
I8É ligeiro sobre a superfície das águas; m aldita é a "Prende as águas nas suas nuvens, todavia a nuvem
sua parte sobre a terra; não volta pelo cam inho das não se rasga debaixo delas.
vinhas. ,JEncobre a face do seu tro n o , e sobre ele estende a
I9A secura e o calor desfazem as águas da neve; as­ sua nuvem .
sim desfará a sepultura aos que pecaram . "‘M arcou um lim ite sobre a superfície das águas em
20 A m adre se esquecerá dele, os verm es o com erão redor, até aos confins da luz e das trevas.
gostosamente; nunca m ais haverá lem brança dele; e ‘ ‘As colunas do céu trem em , e se espantam da sua
a iniqüidade se quebrará com o um a árvore. ameaça.

521
JÓ 26,27,28

l2Com a sua força fende o m ar, e com o seu enten­ 210 vento oriental leva-o, e ele se vai, e varre-o com
dim ento abate a soberba. ím peto do seu lugar.
’’Pelo seu Espírito o rn o u os céus; a sua m ão for­ 22E Deus lançará isto sobre ele, e não lhe poupará;
m o u a serpente enroscadiça. irá fugindo da sua mão.
14Eis que isto são apenas as orlas dos seus cam inhos; 23Cada um baterá palm as co n tra ele e assobiará ti­
e quão pouco é o que tem os ouvido dele! Q uem , rando-o do seu lugar.
pois, entenderia o trovão do seu poder?
0 h o m em te m co n h e cim e n to das coisas da terra
Jó sustenta sua integridade e sinceridade NA verdade, há veios de onde se extrai a p ra ­
E PROSSEGUINDO Jó em seu discurso, ta, e lugar o n d e se refina o ouro.
disse: 20 ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre.
2Vive Deus, que desviou a m inha causa, e o T odo- 3Ele põe fim às trevas, e toda a extremidade ele esqua­
Poderoso, que am argurou a m inha alma. drinha, a pedra da escuridão e a da som bra da morte.
’Q ue, enquanto em m im houver alento, e o sopro 4 A bre u m poço de m ina longe dos hom ens, em lu ­
de Deus nas m inhas narinas, gares esquecidos do pé; ficando pendentes longe dos
4N ão falarão os m eus lábios iniqüidade, nem a m i­ hom ens, oscilam de um lado para outro.
nha língua pronunciará engano. ’D a terra procede o pão, mas p o r baixo é revolvi­
5 Longe de m im que eu vos justifique; até que eu ex­ da com o p o r fogo.
pire, nunca apartarei de m im a m inha integridade. AAs suas pedras são o lugar da safira, e tem pó de
6À m inha justiça m e apegarei e não a largarei; não m e ouro.
reprovará o m eu coração em toda a m inha vida. 7Essa vereda a ave de rapina a ignora, e não a viram
7Seja com o o ím pio o m eu inim igo, e com o o p er­ os olhos da gralha.
verso o que se levantar contra m im . 8N unca a pisaram filhos de anim ais altivos, nem o
“Porque qual será a esperança do hipócrita, havendo feroz leão passou p o r ela.
sido avaro, quando Deus lhe arrancar a sua alma? “Ele estende a sua m ão contra o rochedo, e revolve
9Porventura D eus ouvirá o seu clam or, sobrevin­ os m ontes desde as suas raízes.
do-lhe a tribulação? l0Dos rochedos faz sair rios, e o seu olho vê tu d o o
l0D eleitar-se-á no T odo-P oderoso, ou invocará a que há de precioso.
Deus em todo o tem po? 1 'O s rios tapa, e nem um a gota sai deles, e tira à luz
1 ‘Ensinar-vos-ei acerca da m ão de Deus, e não vos o que estava escondido.
encobrirei o que está com o T odo-Poderoso.
12Eis que todos vós;'á o vistes; p o r que, pois, vos des­ A sabedoria é u m do m de D eus
vaneceis na vossa vaidade? 12Porém o nde se achará a sabedoria, e o nde está o
' ’Esta, pois, é a porção do ho m em ím pio da p a r­ lugar da inteligência?
te de Deus, e a herança, que os tiranos receberão do 1 ’O hom em não conhece o seu valor, e nem ela se
T odo-Poderoso. acha na terra dos viventes.
MSe os seus filhos se m ultiplicarem , será para a es­ I40 abism o diz: N ão está em m im ; e o m ar diz: Ela
pada, e a sua prole não se fartará de pão. não está com igo.
1 ’Os que ficarem dele na m orte serão enterrados, e 1 ’N ão se dará p o r ela ouro fino, nem se pesará p ra­
as suas viúvas não chorarão. ta em troca dela.
“’Se am ontoar prata com o pó, e aparelhar roupas l<’N em se pode com prar p o r o u ro fino de Ofir, nem
com o lodo, pelo precioso ônix, nem pela safira.
17Ele as aparelhará, porém o justo as vestirá, e o in o ­ 17C om ela não se p ode co m p arar o o u ro nem o cris­
cente repartirá a prata. tal; nem se trocará p o r jóia de o u ro fino.
18E edificará a sua casa com o a traça, e com o o guar­ 1 KN ão se fará m enção de coral nem de pérolas; p o r­
da que faz a cabana. que o valor da sabedoria é m elhor que o dos rubis.
19Rico se deita, e não será recolhido; abre os seus l9N ão se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se
olhos, e nada terá. pode avaliar p o r o u ro puro.
2uPavores se apoderam dele com o águas; de noite o 20D onde, pois, vem a sabedoria, e o nde está o lugar
arrebata a tem pestade. da inteligência?

522
JÓ 28,29,30

21Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e l6D os necessitados era pai, e as causas de que eu não
oculta às aves do céu. tinha conhecim ento inquiria com diligência.
22A perdição e a m orte dizem: O uvim os com os I7E quebrava os queixos do perverso, e dos seus
nossos ouvidos a sua fama. dentes tirava a presa.
23Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar. I8E dizia: N o m eu n in h o expirarei, e m ultiplicarei
24P orque ele vê as extrem idades da terra; e vê tudo os m eus dias com o a areia.
o que há debaixo dos céus. I9A m inha raiz se estendia ju n to às águas, e o orva­
2,Q uando deu peso ao vento, e to m o u a m edida lho perm anecia sobre os m eus ramos;
das águas; 20A m inha h o n rase renovava em m im , e o m eu arco
2,’Q uando prescreveu leis para a chuva e cam inho se reforçava na m in h a m ão.
para o relâm pago dos trovões; 21O uviam -m e e esperavam, e em silêncio atendiam
27Então a viu e relatou; estabeleceu-a, e tam bém a ao m eu conselho.
esquadrinhou. 22H avendo eu falado, não replicavam , e m inhas ra­
28E disse ao hom em : Eis que o tem o r do S enhor é a zões destilavam sobre eles;
sabedoria, e apartar-se do m al é a inteligência. 23P orque m e esperavam , com o à chuva; e abriam a
sua boca, com o à chuva tardia.
L am entação de Jó ao lem brar-se do 24Se eu ria para eles, não o criam , e a luz do m eu ros­
seu prim eiro estado to não faziam abater;
E PRO SSEGU IU Jó n o seu d iscu rso , d i­ 25Eu escolhia o seu cam inho, assentava-m e com o
zendo: chefe, e habitava com o rei entre as suas tropas; com o
2Ah! quem m e dera ser com o eu fui nos meses pas­ aquele que consola os que pranteiam .
sados, com o nos dias em que D eus m e guardava!
’Q uan do fazia resplandecer a sua lâm pada sobre O estado m iserável em q u e Jó ca iu
a m inha cabeça e quando eu pela sua luz cam inha­ AGORA, porém , se riem de m im os de m e­
va pelas trevas. nos idade do que eu, cujos pais eu teria des­
4C om o fui nos dias da m inha m ocidade, quando o denhado de p ô r com os cães do m eu rebanho.
segredo de Deus estava sobre a m inha tenda; 2De que tam bém m e serviria a força das m ãos da­
’Q uando o T odo-P oderoso ainda estava com igo, e queles, cujo vigor se tin h a esgotado?
os m eus filhos em redor de m im . 3De m íngua e fom e se debilitaram ; e recolhiam -
'’Q uan do lavava os m eus passos na m anteiga, e da se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e d e­
rocha me corriam ribeiros de azeite; sertos.
7Q uando eu saía para a porta da cidade, e na rua fa­ 4A panhavam malvas ju n to aos arbustos, e o seu
zia preparar a m inha cadeira, m antim en to eram as raízes dos zim bros.
“Os m oços m e viam, e se escondiam , e até os idosos 5Do m eio dos homens eram expulsos, e gritavam
se levantavam e se p u n h am em pé; contra eles, com o co n tra o ladrão;
9Os príncipes co n tin h am as suas palavras, e p u ­ 6Para habitarem nos barrancos dos vales, e nas ca­
nham a m ão sobre a sua boca; vernas da terra e das rochas.
l0A voz dos nobres se calava, e a sua língua apega­ 7Bram avam en tre os arbustos, e ajuntavam -se d e­
va-se ao seu paladar. baixo das urtigas.
"O u v indo-m e algum ouvido, m e tinha p o r bem - *Eram filhos de doidos, e filhos de gente sem nom e,
aventurado; vendo-m e algum olho, dava testem u­ e da terra foram expulsos.
nho de m im ; 9Agora, porém , sou a sua canção, e lhes sirvo de
12Porque eu livrava o miserável, que clamava, com o provérbio.
também o órfao que não tinha quem o socorresse. l0A bom inam -m e, e fogem para longe de m im , e no
1JA bênção do que ia perecendo vinha sobre m im , e m eu rosto não se privam de cuspir.
eu fazia que rejubilasse o coração da viúva. "P o rq u e Deus desatou a sua corda, e m e oprim iu,
14Vestia-me da justiça, e ela m e servia de vestim en­ po r isso sacudiram de si o freio perante o m eu rosto.
ta; com o m anto e diadem a era a m inha justiça. I2À direita se levantam os moços; em p u rram os
15Eu m e fazia de olhos para o cego, e de pés para m eus pés, e preparam contra m im os seus caminhos
o coxo. de destruição.

523
JÓ 30,31

13D esbaratam -m e o cam inho; prom ovem a m inha sSe andei com falsidade, e s e o m eu pé se apressou
m iséria; contra eles não há ajudador. para o engano
HV êm contra m im com o po r um a grande brecha, e '’(Pese-m e em balanças fiéis, e saberá D eus a m i­
revolvem -se entre a assolação. nha sinceridade),
lsSobrevieram -m e pavores; com o vento perse­ 7Se os m eus passos se desviaram do cam inho, e se
guem a m inha honra, e com o nuvem passou a m i­ o m eu coração segue os m eus olhos, e se às m inhas
nha felicidade. m ãos se apegou qualquer coisa,
I6E agora derram a-se em m im a m inha alma; os "Então semeie eu e o u tro com a, e seja a m inha des­
dias da aflição se apoderaram de m im . cendência arrancada até à raiz.
l7D e noite se m e traspassam os m eus ossos, e os 9Se o m eu co ração se d eix o u sed u zir p o r u m a
m eus nervos não descansam. m u lh e r, o u se eu arm ei traiçõ es à p o rta do m eu
18Pela grandeza do meu mal está desfigurada a m inha pró x im o ,
veste, que, como a gola da m inha túnica, m e cinge. l0Então m oa m in h a m ulher para o u tro , e o u tro s se
'‘'L ançou-m e na lama, e fiquei sem elhante ao pó encurvem sobre ela,
e à cinza. "P o rq u e é u m a infâm ia, e é delito pertencente aos
20Clam o a ti, porém , tu não m e respondes; estou juizes.
em pé, porém , para m im não atentas. 12P orque é fogo que consom e até à perdição, e de­
2lT ornaste-te cruel contra m im ; com a força da tua sarraigaria toda a m inha renda.
m ão resistes violentam ente. l 3Se desprezei o direito do m eu servo ou da m inha
22Levantas-m e sobre o vento, fazes-me cavalgar so­ serva, q u an d o eles contendiam com igo;
bre ele, e derretes-m e o ser. 14Então que faria eu q uando Deus se levantasse? E,
23P orque eu sei que m e levarás à m orte e à casa do in quirin d o a causa, que lhe responderia?
ajuntam ento determ inada a todos os viventes. 15A quele que m e fo rm o u n o ventre não o fez ta m ­
24Porém não estenderá a m ão para o túm ulo, ain ­ bém a ele? O u não nos fo rm o u do m esm o modo na
da que eles clam em na sua destruição. madre?
2SPorventura não chorei sobre aquele que estava “•Se retive o que os pobres desejavam, ou fiz desfa­
aflito, ou não se angustiou a m inha alm a pelo ne­ lecer os olhos da viúva,
cessitado? l7O u se, sozinho com i o m eu bocado, e o órfão não
2bTodavia aguardando eu o bem , então m e veio o com eu dele
mal, esperando eu a luz, veio a escuridão. 18( P orque desde a m in h a m ocidade cresceu com i­
27As m inhas entranhas fervem e não estão quietas; go com o com seu pai, e fui o guia da viúva desde o
os dias da aflição m e surpreendem . ventre de m inha m ãe),
28D enegrido ando, porém não do sol; levantando- ’’Se alguém vi perecer p o r falta de roupa, e ao n e­
m e n a congregação, clam o po r socorro. cessitado p o r não ter coberta,
2‘'Irm ão m e fiz dos chacais, e com panheiro dos 2USe os seus lom bos não m e abençoaram , se ele não
avestruzes. se aquentava com as peles dos m eus cordeiros,
,0Enegreceu-se a m inha pele sobre m im , e os m eus 2lSe eu levantei a m inha m ão contra o órfao, p o r­
ossos estão queim ados do calor. quanto na p o rta via a m inha ajuda,
31A m inha harpa se to rn o u em luto, e o m eu órgão 22Então caia do o m b ro a m inha espádua, e separe-
em voz dos que choram . se o m eu braço do osso.
23P orq u e o castigo de D eus era para m im um as­
Já declara sua integridade som bro, e eu não podia su p o rtar a sua grandeza.
1 FIZ aliança com os m eus olhos; com o, pois, 24Se no o u ro pus a m in h a esperança, o u disse ao
3 A os fixaria num a virgem?
2Q ue porção teria eu do Deus lá de cima, o u que he­
ouro fino: Tu és a m inha confiança;
25Se m e alegrei de que era m uita a m inha riqueza, e
rança do T odo-P oderoso desde as alturas? de que a m in h a m ão tin h a alcançado m uito;
3Porventura não é a perdição para o perverso, o de­ 2,’Se olhei para o sol, q u an d o resplandecia, o u para
sastre para os que praticam iniqüidade? a lua, cam inhando gloriosa,
4O u não vê ele os m eus cam inhos, e não conta to ­ 27E o m eu coração se deixou enganar em oculto, e
dos os m eus passos? a m inh a boca beijou a m inha mão,

524
JÖ 31,32,33

28T am bém isto seria delito à punição de juizes; pois 9Os grandes não são os sábios, nem os velhos en ten ­
assim negaria a Deus que está lá em cima. dem o que é direito.
29Se m e alegrei da desgraça do que m e tem ódio, e l0Assim digo: D ai-m e ouvidos, e tam bém eu decla­
se exultei q uando o m al o atingiu rarei a m in h a opinião.
30(Tam bém não deixei pecar a m inha boca, dese­ “ Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos
jando a sua m orte com m aldição); às vossas considerações, até que buscásseis razões.
3‘Se a gente da m inha tenda não disse: Ah! quem 12A tentando, pois, para vós, eis que n en h u m de vós
nos dará da sua carne? N unca nos fartaríam os dela. há que possa convencer a Jó, nem que responda às
,20 estrangeiro não passava a noite na rua; as m i­ suas razões;
nhas portas abria ao viandante. 13Para que não digais: A cham os a sabedoria; D eus
33Se, com o Adão, encobri as m inhas transgressões, o derrub o u , e não ho m em algum.
ocultando o m eu delito no m eu seio; l4O ra ele não dirigiu co n tra m im palavra algum a,
34P orque eu tem ia a grande m ultidão, e o despre­ nem lhe responderei com as vossas palavras.
zo das famílias m e apavorava, e eu m e calei, e não 1’Estão pasm ados, não respondem m ais, faltam -
saí da porta; lhes as palavras.
35Ah! quem m e dera um que m e ouvisse! Eis que o l6Esperei, pois, m as não falam; p o rq u e já pararam ,
m eu desejo é que o T odo-P oderoso m e responda, e e não respondem mais.
que o m eu adversário escreva um livro. 17T am bém eu responderei pela m in h a parte; ta m ­
3<lPor certo que o levaria sobre o m eu om bro, sobre bém eu declararei a m in h a opinião.
m im o ataria por coroa. ‘"P orque estou cheio de palavras; o m eu espírito
370 n ú m ero dos m eus passos lhe m ostraria; com o m e constrange.
príncipe m e chegaria a ele. l9Eisque dentro de m im sou com o o m osto, sem res­
,8Se a m inha terra clam ar contra m im , e se os seus piradouro, prestes a arrebentar, com o odres novos.
sulcos ju n tam en te chorarem , 20Falarei, para que ache alívio; abrirei os m eus lá­
,9Se com i os seus frutos sem dinheiro, e sufoquei a bios, e responderei.
alma dos seus donos, 2'Q u e não faça eu acepção de pessoas, nem use de
4üPor trigo m e p roduza cardos, e p o r cevada joio. palavras lisonjeiras com o hom em !
A cabaram -se as palavras de Jó. 22P orque não sei usar de lisonjas; em breve m e le­
varia o m eu Criador.
E liú repreende Jó e os seus três am igos
ENTÃO aqueles três hom ens cessaram de E liú acusa Jó d e en te n d e r m a l
responder a Jó; p o rq u e era justo aos seus os ca m in h o s de D eus
próprios olhos. ASSIM, na verdade, ó Jó, ouve as m inhas ra­
2E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, zões, e dá ouvidos a todas as m inhas palavras.
da família de Rão; contra Jó seacendeu asua ira, porque 2Eis que já abri a m in h a boca;;á falou a m in h a lín ­
se justificava a si mesmo, mais do que a Deus. gua debaixo do m eu paladar.
3T am bém a sua ira se acendeu contra os seus três 3As m inhas razões provam a sinceridade do m eu
amigos, porque, não achando que responder, to d a­ coração, e os m eus lábios proferem o p u ro saber.
via condenavam a Jó. 40 Espírito de D eus m e fez; e a inspiração do T odo-
4Eliú, porém , esperou para falar a Jó, p o rq u an to ti­ Poderoso m e deu vida.
nham m ais idade do que ele. ’Se podes, responde-m e, põe em ordem as tuas ra­
’V endo, pois, Eliú que já não havia resposta na zões diante de m im , e apresenta-te.
boca daqueles três hom ens, a sua ira se acendeu. 6Eis que vim de Deus, com o tu; do barro tam bém
6E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, d i­ eu fui form ado.
zendo: Eu sou de m enos idade, e vós sois idosos; re­ 7Eis que não te p ertu rb ará o m eu terro r, nem será
ceei-me e tem i de vos declarar a m inha opinião. pesada sobre ti a m in h a mão.
7Dizia eu: Falem os dias, e a m ultidão dos anos en­ 8N a verdade tu falaste aos m eus ouvidos; e eu ouvi
sine a sabedoria. a voz das tuas palavras. Dizias:
8N a verdade, há um espírito n o hom em , e a inspi­ ‘’Limpo estou, sem transgressão; p u ro sou, e não te­
ração do T odo-P oderoso o faz entendido. nho iniqüidade.

525
JÓ 33,34

l0Eis que procura pretexto contra m im , e m e con­ 2<íEis que tu d o isto é o bra de D eus, duas e três vezes
sidera com o seu inim igo. para com o hom em ,
11 Põe no tronco os m eus pés, e observa todas as m i­ *"Para desviar a sua alm a da perdição, e o ilum inar
nhas veredas. com a luz dos viventes.
l2Eis que nisso não tens razão; eu te respondo; p o r­ 3'E scuta,pois, ó Jó, ouve-m e; cala-te, e eu falarei.
q u e m aior é D eus do que o hom em . 32Se tens algum a coisa que dizer, responde-m e;
l3Por que razão contendes com ele, sendo que não fala, porque desejo justificar-te.
responde acerca de todos os seus feitos? 3,Se não, escuta-m e tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sa­
l4Antes D eus fala um a e duas vezes; porém n in ­ bedoria.
guém atenta para isso.
l5Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono E liú acusa Jó d e fa la r in ju s ta m en te d e D eus
profu n d o sobre os hom ens, e adorm ecem na cama. RESPONDEU m ais Eliú, dizendo:
l6Então o revela ao ouvido dos hom ens, e lhes sela 2Ouvi, vós, sábios, as m inhas razões; e vós,
a sua instrução, entendidos, inclinai os ouvidos para m im .
l7Para apartar o hom em daquilo que faz, e escon­ 3P orque o ouvido prova as palavras, com o o pala­
der do ho m em a soberba. d ar experim enta a com ida.
l8Para desviar a sua alm a da cova, e a sua vida de 40 que é direito escolham os para nós; e conheça­
passar pela espada. m os entre nós o que é bom .
’’T am bém na sua cam a é castigado com dores; e ’P o rq u e Jó disse: Sou ju sto , e D eus tiro u o m eu
com incessante contenda nos seus ossos; direito.
20De m odo que a sua vida abom ina a f io pão, e a sua 6 Apesar do m eu direito sou considerado m e n tiro ­
alm a a com ida apetecível. so; a m in h a ferida é incurável, em bora eu esteja sem
21 Desaparece a sua carne a olhos vistos, e os seus os­ transgressão.
sos, que não se viam, agora aparecem . 7Q ue ho m em há com o Jó, qu e bebe a zom baria
22E a sua alm a se vai chegando à cova, e a sua vida com o água?
aos que trazem a m orte. 8E cam inha em com panhia dos que praticam a ini­
2,Se com ele, pois, houver u m m ensageiro, um in ­ qüidade, e anda com hom ens ímpios?
térprete, um entre m ilhares, para declarar ao h o ­ '’P orq u e disse: D e nada aproveita ao hom em o
m em a sua retidão, com prazer-se em Deus.
24Então terá m isericórdia dele, e lhe dirá: Livra-o, '"P ortan to vós, hom ens de en tendim ento, escutai-
para que não desça à cova; já achei resgate. me: Longe de D eus esteja o praticar a m aldade e do
25Sua carne se reverdecerá m ais do que era na m o ­ T odo-P oderoso o cometer a perversidade!
cidade, e torn ará aos dias da sua juventude. "P o rq u e, segundo a obra do hom em , ele lhe paga;
26Deveras o rará a D eus, o qual se agradará dele, e e faz a cada um segundo o seu cam inho.
verá a sua face com júbilo, e restituirá ao hom em a l2T am bém , na verdade, D eus não procede im pia­
sua justiça. m ente; nem o T odo-P oderoso perverte o juízo.
2701hará para os hom ens, e dirá: Pequei, e perverti ' 3Q uem lhe entregou o governo d a terra? E quem
o direito, o que de nada m e aproveitou. fez to d o o m undo?
28Porém Deus livrou a m inha alm a de ir para a cova, 14Se ele pusesse o seu coração contra o hom em , e re­
e a m inha vida verá a luz. colhesse p ara si o seu espírito e o seu fôlego,

__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Temos, no próprio texto em


O seu espírito e o seu fôlego ■=» estudo, a distinção dos termos “espírito" e “fôlego" do ho­
(34.14) mem, o que impede a confusào entre os dois. Note como. em certas
passagens bíblicas, seria contextuai mente incorreto substituir a pa­
Testemunhas de Jeová. Dizem que a palavra ‘ espírito'' re­ lavra 'espírito" por “fôlego", pois o espírito humano envolve muito
presenta a força ativa de vida que anima o corpo. Assim, mais que respiração ou alguma “força ativa de vida": Gn 41.8; Dt
quando o corpo morre, esse fôlego também se extingue e o ho­ 2.30; 1Sm 1.15; 1Rs 22.21,22; SI 34.18; PV16.18,19; 18.14; Ec1.14;
mem se torna inconsciente. Is 29.24; Jo 4.23; At 23.8,9; Ef 4.23; 1Ts 5.23; Hb 4.12; 1Jo 4.1 -6 .

526
JÓ 34,35,36

1 ’T oda a carne ju n ta m e n te expiraria, e o hom em entre nós bate palm as, e m ultiplica contra D eus as
voltaria para o pó. suas palavras.
l6Se, pois, há em ti entendim ento, ouve isto; incli­
na os ouvidos ao som da m inha palavra. O b em e o m a l não p o d em a feta ra D eus
17Porventura o que odiasse o direito se firmaria? E RESPONDEU m aisEliú, dizendo:
tu condenarias aquele que é justo e poderoso? 2T ens p o r direito dizeres: M aior C am inha
lsO u dir-se-á a um rei: Oh! vil? O u aos príncipes: justiça do que a de Deus?
Oh! ímpios? 3P orque disseste: De que m e serviria? Q ue provei­
19Q uanto menos àquele, que não faz acepção das to tiraria m ais do que do m eu pecado?
pessoas de príncipes, nem estim a o rico mais do que 4Eu te darei resposta, a ti e aos teus amigos contigo.
o pobre; porque todos são obras de suas mãos. ’A tenta para os céus, e vê; e contem pla as m ais altas
20Eles n u m m om ento m orrem ; e até à m eia-noite nuvens, que são m ais altas do que tu.
os povos são perturbados, e passam, e os poderosos 6Se pecares, que efetuarás co n tra ele? Se as tuas
serão tom ados não p o r m ão humana. transgressões se m ultiplicarem , que lhe farás?
2‘P orque os seus olhos estão sobre os cam inhos de 7Se fores justo, que lhe darás, o u que receberá ele
cada um , e ele vê todos os seus passos. da tua mão?
22N ão há trevas nem som bra de m orte, onde se es­ 8A tu a im piedade faria m al a o u tro tal com o tu; e a
condam os que praticam a iniqüidade. tua justiça aproveitaria ao filho do hom em .
23P orque Deus não sobrecarrega o hom em m ais do
que é justo, para o fazer ir a juízo diante dele. Por fa lta de f é dos aflitos, D eus não os ouve
24Q uebranta aos fortes, sem que se possa inquirir, 9P or causa das m uitas opressões os homens clam am
e põe o u tros em seu lugar. p o r causa do braço dos grandes.
2’EIe conhece, pois, as suas obras; de noite os tran s­ I0Porém ninguém diz: O n d e está D eus qu e m e
torna, e ficam m oídos. criou, que dá salm os d u ran te a noite;
2,’Ele os bate com o ím pios que são, à vista dos es­ " Q u e n o se n sin a m a isd o que aos anim ais da terrae
pectadores; nos faz m ais sábios do que as aves dos céus?
27P orq uanto se desviaram dele, e não com preende­ 12C lam am , porém ele não responde, p o r causa da
ram n en hum de seus cam inhos, arrogância dos maus.
28De sorte que o clam or do pobre subisse até ele, e 1 ’C erto é que D eus não ouvirá a vaidade, nem aten­
que ouvisse o clam or dos aflitos. tará para ela o T odo-P oderoso.
2,Se ele aquietar, quem então inquietará? Se e n ­ 14E q u an to ao que disseste, que o não verás, jufzo há
cobrir o rosto, quem então o poderá contem plar? perante ele; p o r isso espera nele.
Seja isto para com um povo, seja para com um h o ­ l5Mas agora, p o rq u e a sua ira ainda não se exerce,
m em só, nem grandem ente considera a arrogância,
,0Para que o hom em hipócrita nunca m ais reine, e l6Logo Jó em vão abre a sua boca, e sem ciência
não haja laços no povo. m ultiplica palavras.
3'N a verdade, quem a Deus disse: Suportei castigo,
não ofenderei mais. E liú ju stific a a D eus
320 que não vejo, ensina-m e tu; se fiz alguma m al­ PROSSEGUIU ainda Eliú, e disse:
dade, nunca m ais a hei de fazer? 2Espera-m e u m pouco, e m ostrar-te-ei
33Virá de ti com o há de ser a recom pensa, para que que ainda há razões a favor de Deus.
tu a rejeites? Faze tu, pois, e não eu, a escolha; fala 3D e longe trarei o m eu conhecim ento; e ao m eu
logo o que sabes. C riador atribuirei a justiça.
340 s h om ens de enten d im en to dirão com igo, e o 4Porque na verdade, as m inhas palavras não serão fal­
hom em sábio que m e ouvir: sas; contigo está um que tem perfeito conhecimento.
35Jó falou sem conhecim ento; e às suas palavras fal­ ’Eis que D eus é m u i grande, co n tu d o a ninguém
ta prudência. despreza; grande é em força e sabedoria.
36Pai meu! Provado seja Jó até ao fim, pelas suas res­ 6Ele não preserva a vida do ím pio, e faz justiça aos
postas próprias de hom ens malignos. aflitos.
J7Porque ao seu pecado acrescenta a transgressão; 7D o justo não tira os seus olhos; antes estão com

527
JÓ 3 6 ,37

os reis n o tro n o ; ali os assenta para sem pre, e assim 30Eis que estende sobre elas a sua luz, e encobre as
são exaltados. profundezas do mar.
8E se estão presos em grilhões, am arrados com cor­ 3IP orque p o r estas coisas julga os povos e lhes dá
das de aflição, m antim en to em abundância.
9E ntão lhes faz saber a obra deles, e as suas tran s­ ,2C om as nuvens encobre a luz, e ordena não bri­
gressões, p o rq u an to prevaleceram nelas. lhar, in terp o n d o a nuvem.
10Abre-lhes tam bém os seus ouvidos, para sua disci­ 330 que nos dá a enten d er o seu pensam ento, com o
plina, e ordena-J/i es que se convertam da maldade. tam bém ao gado, acerca d o temporal que sobe.
11 Se o ouvirem , e o servirem , acabarão seus dias em
bem , e os seus anos em delícias. D eus deve ser tem id o pelos seus grandes fe ito s
12Porém se não o ouvirem , à espada serão passados, SOBRE isto tam bém trem e o m eu coração,
e expirarão sem conhecim ento. e salta do seu lugar.
13E os hipócritas de coração am ontoam parasi a ira; 2 A tentam ente ouvi a indignação da sua voz, e o so­
e am arrando-os ele, não clam am p o r socorro. n ido que sai da sua boca.
HA sua alm a m orre na m ocidade, e a sua vida pere­ 3Ele o envia p o r debaixo de todos os céus, e a sua luz
ce entre os im puros. até aos confins da terra.
15Ao aflito livra da sua aflição, e na opressão se re­ ^Depois disto ruge um a voz; ele troveja com a sua
vela aos seus ouvidos. voz majestosa; e ele não os detém q u an d o a sua voz
é ouvida.
O pecado de Jó im p ed e a bênção divina ’C om a sua voz troveja Deus m aravilhosamente; faz
l6Assim tam bém te desviará da boca da angústia grandes coisas, que nós não podem os com preender.
para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as 6P orque à neve diz: Cai sobre a terra; com o tam bém
iguarias da tua mesa serão cheias de gordura. à garoa e à sua forte chuva.
17M as tu estás cheio do juízo do ím pio; o juízo e a 7Ele sela as m ãos de todo o hom em , para que con h e­
justiça te sustentam . çam todos os h om ens a sua obra.
18P o rq u an to h á furor, guarda-te de que não sejas 8E as feras en tram nos seus esconderijos e ficam nas
atingido pelo castigo violento, pois nem com resga­ suas cavernas.
te algum te livrarias dele. 9D a recâm ara do sul sai o tufao, e do n o rte o frio.
19Estim aria ele tanto tuas riquezas? Não, nem ouro, ‘"Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas
nem todas as forças do poder. se congelam.
20N ão suspires pela noite, em que os povos sejam 1 'T am bém de um idade carrega as grossas nuvens,
tom ados do seu lugar. e esparge as nuvens com a sua luz.
21 G uarda-te, e não declines para a iniqüidade; p o r­ l2Então elas, segundo o seu p ru d en te conselho, se
quanto isso escolheste antes que a aflição. espalham em redor, para que façam tu d o q u an to
22Eis que Deus é excelso em seu poder; quem ensi­ lhes ord en a sobre a superfície do m u n d o n a terra.
na com o ele? 13Seja que p o r vara, o u para a sua terra, o u p o r m i­
23Q uem lhe prescreveu o seu cam inho? O u, quem sericórdia as faz vir.
lhe dirá: T u com eteste maldade? 14A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; para, e consi­
^L em b ra-te de engrandecer a sua obra, que os h o ­ dera as m aravilhas de Deus.
m ens co ntem plam . 15Porventura sabes tu com o Deus as opera, e faz res­
25T odos os hom ens a vêem, e o h om em a enxer­ plandecer a luz da sua nuvem?
ga de longe. l6T ens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens
26Eis que Deus é grande, e nós não o com preendemos, e das m aravilhas daquele que é perfeito nos co n h e­
e o núm ero dos seus anos não se pode esquadrinhar. cim entos?
27P orque faz m iúdas as gotas das águas que, do seu I7O m de com o as tuas roupas aquecem , q u an d o do
vapor, d erram am a chuva, sul há calm a sobre a terra?
28A qual as nuvens destilam e gotejam sobre o h o ­ I8Om estendeste com ele os céus, que estão firm es
m em abundantem ente. com o espelho fundido?
29Porventura pode alguém entender as extensões |9E nsina-nos o que lhe diremos: porque nós nada
das nuvens, e os estalos da sua tenda? poderem os p ô r em boa ordem , por causa das trevas.

528
JÓ 37,38
-“C ontar-lhe-ia alguém o que ten h o falado? O u de­ 2Q uem éeste que escurece o conselho com palavras
sejaria um hom em que ele fosse devorado? sem conhecim ento?
11E agora não se pode olhar para o sol, que resplan­ 3Agora cinge os teus lom bos, com o hom em ; e per-
dece nas nuvens, quando o vento, ten d o passado, o guntar-te-ei, e tu m e ensinarás.
deixa limpo. 4O n d e estavas tu, qu an d o eu fundava a terra? Faze-
220 esplendor de ouro vem do n o rte;pois, em Deus mo saber, se tens inteligência.
há um a trem enda majestade. ’Q uem lhe pôs as m edidas, se é que o sabes? O u
23Ao T odo-Poderoso não podem os alcançar; gran­ quem estendeu sobre ela o cordel?
de é em poder; porém a ninguém oprim e em juízo e 6Sobre que estão fundadas as suas bases, o u quem
grandeza de justiça. assentou a sua pedra de esquina,
24Por isso o tem em os hom ens; ele não respeita os 7Q u an d o as estrelas da alva ju n tas alegrem ente
que se julgam sábios de coração. cantavam , e todos os filhos de Deus jubilavam?
8O u quem encerrou o m ar com portas, q uando este
D eus responde a Jó rom peu e saiu da m adre;
DEPOIS disto o Se n h o r respondeu a Jó de ''Q uando eu pus as nuvens p o r sua vestidura, e a es­
um redem oinho, dizendo: curidão p o r faixa?

Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? sua fragilidade, mas na sua força, o homem como combatente.
Faze-mo saber, se tens inteligência Jó empregara repetidamente palavras que pareciam dar a en­
(38.4) tender que Deus encontraria nele um digno combatente (31.35-
37;13.22). Ironicamente, Deus lembra-lhe essas palavras, orde­
Agnostlcismo. Adotaafilosofia de David Hume (1711 -1776)
nando-lhe que cinja os seus lombos como homem (gebher). Mas
para desclassificar o conhecimento sobre Deus declarado
náo tarda que a frágil e humana criatura se prostre em humíli­
pelos grupos religiosos. Hume considera a questào da ‘ causa e
ma confissáo de indignidade ante à nova revelação do poderoso
efeito" mais preponderante do que qualquer conhecimento. Por
Criador (42.6)” —Novo Comentário da Bíblia.
exemplo: “A causa do Universo é diferente da inteligência humana,
Portanto, o que Deus está enfatizando é a fragilidade humana
já que as invenções humanas sáo diferentes da natureza", diz ele.
de Jó. A oração do versículo 21 é de teor altamente irônico e náo
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A proposta deste questiona­ prova que Jó teve uma suposta preexistência. Tanto é assim que
i s mento é vazia, segundo a verdade bíblica, pois está claro o próprio patriarca reconhece o seu erro (40.3-5; 42.2,3). Esse era
que o homem está infinitamente aquém de Deus. O patriarca Jó foi o modo de interrogar pelo qual Sócrates levava o interlocutor ao
sabatinado por Deus e, obviamente, náo conseguiu lhe respon­ reconhecimento de sua própria ignorância, também chamado de
der nenhuma palavra (38 e 39). Isso porque a causa do Universo, "ironiasocrática" (Aurélio).
em tese, mesmo que revelada, náo poderia ser assimilada pela
criatura. O texto de Romanos 1.20, entretanto, mostra que, ape­ E todos os filhos de Deus jubilavam
sar da procedência inexplicável do Universo, como um todo, fora (38.4-7)
de Deus. o próprio Deus se nos revela, tal como se revelou a Jó
Mormonismo. Afirma que este texto deixa implícita a vida
no final da citada sabatina: "permitindo-lhe" conhecê-lo — “obra”
pré-mortal.
e “pessoa" (42.5). Deus, náo obstante, conhece as limitações de
suas criaturas e requer dessas criaturas o que está ao alcance de __g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Nem de longe este texto en-
suas mãos, não lhes exigindo obras tâo magnânimas quanto ás *=» sina que alguém tenha vivido em outros mundos antes de
suas: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as vir à terra. Pelo contrário. A pergunta divina mostra que Jó ainda
tuas forças’ (Ec 9.10; grifo nosso). não existia quando Deus formou o Universo (v. 4). Logicamente,
se Jó tivesse vivido uma vida pré-mortal, a pergu nta divina não te­
Porque já então eras nascido, e por ser ria sentido. O homem nunca é associado aos eventos cósmicos
grande o número dos teus dias da criação como aqui, mas os anjos sim, basta-nos observar o
(38.1-21) serviço realizado por eles, no livro de Apocalipse, em relação aos
elementos da natureza.
Creclendo en Gracia. Usa este texto para afirmar que o ho­
Além disso, se tivéssemos existido em outra vida. por que, en­
mem possui uma preexistência.
tão, não temos lembranças dessa suposta vida pregressa? Outra
_ Sg RESPOSTA APOLOGÉTICA: Se analisarmos o tex- questão que depõe contra essa falsa doutrina é o fato de que, ao
" to em referência dentro de seu contexto, veremos que criar o homem, inclusive com a alma, Deus usou a palavra bara,
não ensina tal coisa. O versículo 1 começa assim: ‘ depois dis­ que denota criação imediata do nada (Gn 1.27; SI. 139.13-16; di­
to', ou seja, depois da defesa que Jó apresentou nos capítu­ cionário Vme). Não há nenhuma prova bíblica de que a alma de
los 26 ao 31. No versículo 3. é usada uma curiosa palavra para Adão teve existência anterior ao seu corpo. A Bíblia mostra que
“homem” : gebher (V. tb. 40.7), cujo significado é: “homem for­ ambos os elementos constitutivos do ser humano (alma e cor­
te“ , “guerreiro", enfatizando força ou habilidade para lutar po) foram criados no mesmo instante. Não há o menor indício
(AugustusStrong). no texto de que um suposto espirito preexistente tenha preen­
Diz certo comentarista: “A palavra descreve o homem, não na chido um corpo.

529
JO 38,39

l0Q u an d o eu lhe tracei limites, e lhe p us p ortas e ’4O u podes levantar a tu a voz até às nuvens, para
ferrolhos, que a abundância das águas te cubra?
1 *E disse: Até aqui virás, e não m ais adiante, e aqui 350 u m andarás aos raios para qu e saiam , e te d i­
se p arará o orgulho das tuas ondas? gam: Eis-nos aqui?
i2Ou desde os teus dias deste ordem à m adrugada, ’'’Q uem pôs a sabedoria no íntim o, o u quem deu à
ou m ostraste à alva o seu lugar; m ente o entendim ento?
l3Para que pegasse nas extrem idades da terra, e os 37Q uem n u m erará as nuvens com sabedoria? O u os
ím pios fossem sacudidos dela; odres dos céus, qu em os esvaziará,
l4£ se transform asse com o o b arro sob o selo, e se i8Q uando se funde o pó n u m a massa, e se apegam
pusessem com o vestidos; os torrões uns aos outros?
15E dos ím pios se desvie a sua luz, e o braço altivo 39Porventura caçarás tu presa para a leoa, o u sacia­
se quebrante; rás a fom e dos filhos dos leões,
16O mentraste tu até às origens do m ar, o u passeas­ 40Q u an d o se agacham nos covis, e estão à esprei­
te no m ais p rofundo do abismo? ta nas covas?
17Ou descobriram -se-te as portas da m orte, o u vis­ 4'Q u em prepara aos corvos o seu alim ento, q u an ­
do os seus filhotes gritam a Deus e an d am vaguean­
te as portas da som bra da morte?
do, po r não terem o que comer?
18O h com o teu entendim ento chegaste às larguras
da terra? Faze-mo saber, se sabes tu d o isto.
SABES tu o tem po em que as cabras m o n ­
l9O nde está o cam inho onde m ora a luz? E, quanto
tesas têm filhos, ou observastes as cervas
às trevas, onde está o seu lugar;
quand o dão suas crias?
20Para que as tragas aos seus lim ites, e para que sai­
2C ontarás os meses que cum prem , o u sabes o te m ­
bas as veredas da sua casa?
po do seu parto?
21De certo tu o sabes, porque já então eras nascido,
3Q u an d o se encurvam , p roduzem seus filhos, e
e p o r ser grande o n úm ero dos teus dias!
lançam de si as suas dores.
220 u entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os
4Seus filhos enrijam , crescem com o trigo; saem, e
tesouros da saraiva,
nun ca m ais to rn am para elas.
23Q ue eu retenho até ao tem po da angústia, até ao
’Q uem despediu livre o ju m en to m ontês, e quem
dia da peleja e da guerra?
soltou as prisões ao ju m en to bravo,
240 n d e está o cam inho em que se reparte a luz, e se
6Ao qual dei o erm o p o r casa, e a terra salgada p o r
espalha o vento oriental sobre a terra? m orada?
25Q uem abriu para a inundação u m leito, e um ca­ 7Ri-se do ru íd o da cidade; não ouve os m uitos gri­
m in h o para os relâm pagos dos trovões, tos do condutor.
26Para chover sobre a terra, onde não há ninguém , 8 A região m o n tan h o sa é o seu pasto, e anda buscan­
e no deserto, em que não há hom em ; do tu d o que está verde.
27Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer 9O u, q u erer-te-á servir o boi selvagem? O u ficará
crescer os renovos da erva? no te u curral?
28A chuva porventura tem pai? O u quem gerou as 10O u com corda am arrarás, no arado, ao boi selva­
gotas do orvalho? gem? O u escavará ele os vales após ti?
29De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a 11 O u confiarás nele, p o r ser grande a sua força, ou
geada do céu? deixarás a seu cargo o teu trabalho?
’“C om o debaixo de pedra as águas se endurecem , e l2O u fiarás dele que te to rn e o que semeaste e o re­
a superfície do abism o se congela. colha na tu a eira?
31O u poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo 13A avestruz bate alegrem ente as suas asas, porém ,
o u soltar os cordéis do Ó rion? são benignas as suas asas e penas?
32O u produzir as constelações a seu tem po, e guiar 14Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
a U rsa com seus filhos? 15E se esquece de que algum pé os pode pisar, o u que
33Sabes tu as ordenanças dos céus, o u podes estabe­ os anim ais do cam po os podem calcar.
lecer o dom ínio deles sobre a terra? 16E ndurece-se para com seus filhos, com o se não

530
JÖ 39,40

fossem seus; debalde é seu trabalho, m as ela está sem 9O u tens braço com o Deus, ou podes trovejar com
tem or, voz com o ele o faz?
17Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu lüO rna-te, pois, de excelência e alteza; e veste-te de
entendim ento. m ajestade e de glória.
,8A seu tem po se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e 1 'D erram a os furores da tua ira, e atenta para todo
do que vai m ontado nele. o soberbo, e abate-o.
l9O u darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu I201ha para todo o soberbo, eh u m ilh a-o , e atrope­
pescoço com crinas? la os ím pios no seu lugar.
20O u espantá-lo-ás, com o ao gafanhoto? Terrível é l3Esconde-os ju n ta m e n te n o pó; at^-lhes os ros­
o fogoso respirar das suas ventas. tos em oculto.
21Escarva a terra, e folga na sua força, e sai ao encon­ '■'Então tam bém eu a ti confessarei que a tua m ão
tro dos arm ados. direita te poderá salvar.
22Ri-se do tem or, e não se espanta, e não to rn a atrás 1 ^Contemplas agora o beem ote, que eu fiz contigo,
p o r causa da espada. que com e a erva com o o boi.
21C ontra ele rangem a aljava, o ferro flam ante da 16Eis que a sua força está nos seus lom bos, e o seu
lança e do dardo. poder nos m úsculos do seu ventre.
17Quando quer, m ove a sua cauda com o cedro; os
24A gitando-se e indignando-se, serve a terra, e não
nervos das suas coxas estão entretecidos.
faz caso do som da buzina.
18Os seus ossos são como tu b o s de bronze; a sua os­
25Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a
sada é com o barras de ferro.
guerra, e o trovão dos capitães, e o alarido.
19Ele é ob ra-p rim a dos cam inhos de Deus; o que o
26O u voa o gavião pela tu a inteligência, e estende as
fez o proveu d a sua espada.
suas asas para o sul?
20Em verdade os m ontes lhe p ro d u zem pastos,
27O u se rem onta a águia ao teu m andado, e põe no
onde todos os anim ais do cam po folgam.
alto o seu ninho?
21D eita-se debaixo das árvores som brias, no escon­
28Nas penhas m ora e habita; no cum e das penhas,
derijo das canas e da lama.
e nos lugares seguros.
22As árvores som brias o cobrem , com sua som bra;
2gDali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.
os salgueiros do ribeiro o cercam.
,0E seus filhos chupam o sangue, e onde há m o r­
23Eis qu e u m rio tran sb o rd a , e ele n ão se apres­
tos, ali está ela. sa, co n fian d o ain d a qu e o Jordão se levante até à
sua boca.
RESPONDEU mais o S enhor a Jó, dizendo: 24P odê-lo-iam porventura caçar à vista de seus
2Porvetitura o contender contra o T odo- olhos, ou com laços lhe fu rar o nariz?
P oderoso é sabedoria? Q uem argüi assim a Deus,
responda po r isso. PODERÁS tirar com anzol o leviatã, o u li­
garás a sua língua com um a corda?
Jó h um ilh a -se perante D eus 2Podes p ô r um anzol no seu nariz, o u com um gan­
3Então Jó respondeu ao S en h or , dizendo: cho fixrar a sua queixada?
“Eis que sou vil; que te responderia eu? A m inha iPorventura m ultiplicará as súplicas para contigo,
m ão pon ho à boca. ou b ran d am en te falará?
5U m a vez tenho falado, e não replicarei; o u ainda 4Fará ele aliança contigo, ou o tom arás tu p o r ser­
duas vezes, porém não prosseguirei. vo para sempre?
5Brincarás com ele, com o se fora um passarinho,
D eus prossegue ou o prenderás para tuas meninas?
6Então o S en h or respondeu a Jó de um redem oi­ (’Os teus com panheiros farão dele u m banquete, ou
nho, dizendo: o repartirão entre os negociantes?
7Cinge agora os teus lom bos com o hom em ; eu te 'E ncherás a sua pele de ganchos, o u a sua cabeça
perguntarei, e tu m e explicarás. com arpões de pescadores?
8Porventura tam bém tornarás tu vão o m eu juízo, 8Põe a tu a m ão sobre ele, lem b ra-te da peleja, e
ou tu m e condenarás, para te justificares? nunca m ais tal intentarás.

531
JÓ 40,41,42

9Eis que é vã a esperança de apanhá-lo; pois não será 27Ele considera o ferro com o palha, e o cobre com o
o homem derrubado só ao vê-lo? pau podre.
“'N inguém há tão atrevido, que a despertá-lo se 2!iA seta o não fará fugir; as pedras das fundas se lhe
atreva; quem , pois, é aquele que ousa erguer-se tornam em restolho.
d iante de mim ? 29As pedras atiradas são para ele com o arestas, e ri-
"Q u e m prim eiro m e deu, para que eu haja de re- se do b ran d ir da lança;
tribuir-//ie?Pois o que está debaixo de todos os céus “ Debaixo de si tem conchas pontiagudas; estende-
ém eu. se sobre coisas pontiagudas como n a lama.
l2Não m e calarei a respeito dos seus m em bros, nem 3 ‘As profundezas faz ferver, com o um a panela; to r­
da sua grande força, nem a graça da sua com postura. na o m ar com o u m a vasilha de ungüento.
l3Q u em descobrirá a face da sua roupa? Q uem en­ 52Após si deixa u m a vereda lum inosa; parece o
trará n a sua couraça dobrada? abism o to rn ad o em bran cu ra de cãs.
14Q uem abrirá as portas do seu rosto? Pois ao redor 33N a terra não h á coisa que se lhe possa com parar,
dos seus dentes está o terror. pois foi feito para estar sem pavor.
15As suas fortes escamas são o seu orgulho, cada 34Ele vê tudo que é alto; é rei sobre todos os filhos
um a fechada como com selo apertado. da soberba.
l6U m a à ou tra se chega tão perto, que nem o ar pas­
sa p o r entre elas. Jó arrepende-se
l7U m as às o u tras se ligam; tanto aderem entre si, ENTÃO respondeu Jó ao S en h or , dizendo:
que não se podem separar. 2Bem sei eu que tudo podes, e que n en h u m
1 “Cada u m dos seus espirros faz resplandecer a luz, dos teus propósitos pode ser im pedido.
e os seus olhos são com o as pálpebras da alva. ’Q uem é este, que sem conhecim ento encobre o
‘‘'Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam conselho? Por isso relatei o que não entendia; coi­
dela. sas que para m im eram inescrutáveis, e que eu não
20Das suas narinas procede fumaça, com o de um a entendia.
panela fervente, ou de um a grande caldeira. ■'Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e
210 seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca tu m e ensinarás.
sai chama. 'C o m o ouvir dos m eus ouvidos ouvi, m as agora te
“ N o seu pescoço reside a força; diante dele até a vêem os m eus olhos.
tristeza salta de prazer. 6Por isso m e abom ino e m e arrependo no pó e na
” Os músculos da sua carne estão pegados entre si; cinza.
cada um está firm e nele, e n en h u m se move.
240 seu coração é firm e com o um a pedra e firm e D eus m a n d a os am igos d e j ó i r ter co m ele
com o a m ó de baixo. 7Sucedeu que, acabando o S en h o r de falar a Jó
25Levantando-se ele, trem em os valentes; em razão aquelas palavras, o S en h or disse a Elifaz, o tem ani-
dos seus abalos se purificam . ta: A m in h a ira se acendeu contra ti, e contra os teus
-'’Se alguém lhe tocar com a espada, essa não po d e­ dois amigos, p o rq u e não falastes de m im o que era
rá penetrar, nem lança, dardo o u flecha. reto, com o o m eu servo Jó.

O S e n h o r disse a Elifaz tidão nas palavras de Jó: . não dissestes de mim o que era reto,
(42.7) como o meu servo Jó”, sendo que o próprio Jó também é repre­
endido por Deus na referência 32.8, ao ser questionado da se­
Ceticismo. Usa este versículo para questionar a inerrân-
guinte forma: "Quem é este que escurece o conselho com pala­
cia bíblica, uma vez que Paulo, em ICoríntios 3.19, cita
vras sem conhecimento?”.
as palavras de Elifaz, mesmo sabendo que o Senhor o reputa­
É de se compreender que tanto Jó quanto seus três amigos erra­
ra como blasfemo.
ram quando proferiram algumas divagações. As equivocadas ob­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em Jó 5.13, Elifaz decla­ servações dos amigos do patriarca a respeito de seu martírio foram
ra: "Ele apanha os sábios na sua própria astúcia", expres­ devido ao desconhecimento do real propósito de Deus ao provar o
são reprisada pelo apóstolo Paulo em 1Corintios 3.19 em termos seu servo. Por isso que afirmaram, erroneamente, que o revés que
idênticos. Os céticos afirmam que, devido à reprovação divina à então assolava Jó era conseqüência de transgressões secretas.
pessoa de Elifaz, logo, também, o Novo Testamento estaria “con­ Em relação à referência 5.13, não deve haver dúvidas quanto à
taminado”. Mas o texto em análise revela que Deus encontra exa­ correção da máxima de Elifaz.

532
JÓ 42

8Tom ai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao dele, e o consolaram acerca de to d o o mal que o S e ­
m eu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o m eu n ho r lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu um a
servo Jó orará p o r vós; p orque deveras a ele aceita­ peça de dinheiro, e u m pen d en te de ouro.
rei, para que eu não vos trate conforme a vossa lo u ­ 12E assim abençoou o S en h or o últim o estado de Jó,
cura; p orque vós não falastes de m im o que era reto mais do qu e o prim eiro; pois teve catorze m il ove­
com o o m eu servo Jó. lhas, e seis m il camelos, e m il ju n tas de bois, e mil ju ­
9Então foram Elifaz, o tem anita, e Bildade, o suíta, mentas.
e Zofar, o naam atita, e fizeram com o o S en h or lhes 13T am bém teve sete filhos e três filhas.
dissera; e o S en h or aceitou a face de Jó. 14E cham ou o no m e da p rim eira Jemima, e o nom e
da segunda Q uezia, e o n o m e da terceira Q uéren-
D eus confere a j ó o dobro da prosperidade H apuque.
q u e tin h a antes 15E em to d a a terra não se acharam m ulheres tão
10E o S en h or virou o cativeiro de Jó, quando orava form osas com o as filhas de Jó; e seu pai lhes deu h e­
pelos seus amigos; e o S en h o r acrescentou, em do­ rança entre seus irm ãos.
bro, a tudo quanto Jó antes possuía. 16E depois disto viveu Jó cento e qu aren ta anos; e
11 Então vieram a ele todos os seus irm ãos, e todas as viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à q u ar­
suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram , e ta geração.
com eram com ele pão em sua casa, e se condoeram l7Então m o rreu Jó, velho e farto de dias.

533
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Salmos
T I tulo
Salmos é um título derivado do grego psalmos, que indica um poem a cantado com acom panham ento
m usical. A palavra salm os é citada no Novo Testam ento grego em IC o rín tio s 14.26, Efésios 5.19 e Colos-
senses 3.16, m as n enhum a dessas passagens faz, necessariam ente, um a referência ao livro de Salmos, a n ­
tes, é um a referência ao tipo de cântico.
Seu título em hebraico era Sepher Tehilim, que significava: “Livro dos louvores”.

A utoria e data
Setenta e três salm os são atribuídos a Davi, o “rei-poeta” de Israel. D oze aos filhos de Coré, a fam ília
dos cantores levitas (42-49,84,85,87,88). Doze a Asafe (50,73-83). D ois a Salomão (72,127). U m a M oi­
sés (90). E u m a Etã (89). C om isso, podem os deduzir u m longo período até o térm ino d a com posição dos
145 salmos. Pelo assunto do Salmo 126, o fecham ento, a com pilação final do livro, é pelo m enos posterior
ao exílio na Babilônia.

A ssunto
É o hinário de Israel e um dos m ais im portantes livros de seu cânon sagrado. É o p o n to inicial da ter­
ceira divisão da Bíblia hebraica (Lc 24.44). Citações dos m ais diversos salm os podem ser encontradas no
Novo Testamento.
Os salmos são a expressão da alm a hebraica em sua devoção ao seu Deus, p o r m eio da oração e ad o ­
ração. O livro retrata o sentim ento religioso do povo. Mas, m uitas vezes, possui caráter profético, q uando
Deus passa a falar na prim eira pessoa pela boca do salmista.
Seus tem as são am plam ente variados. Existem salm os que relem bram a história da nação; salm os cha­
m ados sapienciais, por tratarem da sabedoria ao estilo hebraico; salmos de adoração e ações de graças; sal­
m os im precatórios; e salm os messiânicos, entre outros.
O livro contém toda a beleza da poesia hebraica.

Ê nfase apologética
A abundância de citações dos salm os no Novo Testam ento com prova sua inspiração. Até m esm o a au ­
to ria davídica de alguns salmos é confirm ada p o r C risto e seus apóstolos. Para serm os m ais exatos, há 186
citações do Saltério nas obras do Novo Testamento.
Os salm os messiânicos, por sua vez, tiveram inúm eros cu m p rim en to s n a vida de Jesus. D etalhes de
seus atos e palavras foram antecipados nos salmos, principalm ente nos de Davi. O p ró p rio Jesus faz alusão
a este fato. É um testem unho irrefutável do elem ento preditivo e divino das Escrituras.
Em suas páginas, a confirm ação da divindade de C risto (Cf. SI 102 com H b 1), de sua ressurreição (Cf.
SI 16 com At 2) e de seu senhorio, posição com provada pelo p ró p rio Jesus ao debater com seus adversários
(Cf. SI 110 com M t 22.34-46). O sofrim ento de Jesus tam bém é am p lam ente descrito no Salmo 22.
C om o podem os ver, a força de expressão profética e m essiânica neste livro está em contínua evidên­
cia n a nova aliança.
SALMOS
O LIVRO DE

A fe lic id a d e dos ju sto s e o castigo dos ím pios 4Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zom ­
BEM-AVENTURADO o hom em que não anda bará deles.
1 segundo o conselho dos ím pios, nem se detém
no cam inho dos pecadores, nem se assenta na roda
’Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.
6Eu, porém , ungi o m eu Rei sobre o m eu santo
dos escarnecedores. m onte de Sião.
2 Antes tem o seu prazer na lei do Se n h o r , e na sua lei 7Proclam arei o decreto: o Se n h o r m e disse: Tu és
m edita de dia e de noite. m eu Filho, eu hoje te gerei.
’Pois será com o a árvore plantada ju n to a ribeiros 8Pede-m e, e eu te darei os gentios por herança, e os
de águas, a qual dá o seu fruto no seu tem po; as suas fins da terra por tu a possessão.
folhas não cairão, e tu d o quanto fizer prosperará. “'Tu os esm igalharás com u m a vara de ferro; tu os
4N ão são assim os ím pios; m as são com o a m oinha despedaçarás com o a um vaso de oleiro.
que o vento espalha. l0Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos
5Por isso os ím pios não subsistirão no juízo, nem os instruir, juizes da terra.
pecadores na congregação dos justos. "S ervi ao Se n h o r com tem or, e alegrai-vos com
6Porque o Se n h o r conhece o cam inho dos justos; trem or.
porém o cam inho dos ím pios perecerá. ‘-Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no
caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem -
A rebelião dos gentios e a vitória do M essias aventurados todos aqueles que nele confiam.
POR que se am otinam os gentios, e os povos
2 im aginam coisas vãs?
2O s reis da te rra se levantam e os governos co n ­
D avi confia em D eus na sua adversidade
Salmo de Davi, quando fugiu de diante da face
sultam ju ntam ente contra o Se n h o r e contra o seu dc Absalão, seu filho
ungido, dizendo: com o se têm m ultiplicado os m eus
Se n h o r ,
3R om pam os as suas ataduras, e sacudam os de nós
as suas cordas.
3 adversários!
São m uitos os que se levantam co n tra m im .

Medita de dia e de noite Nas religiões orientais, os praticantes dessa filosofia (a medi­
(1 2 ) tação) procuram esvaziar suas mentes, por meio de um proce­
dimento chamado “cessação dos pensamentos", cujo objetivo
Meditação Transcendental: Cita este versículo para afir­
4 mar que a Bíblia ensina tal filosofia como sendo uma prá­
tica recomendável.
é buscar, inutilmente, uma deidade interior, abrindo a psique ao
subjetivismo e, sem que percebam, estão se colocando sob influ­
ências malignas (Mt 12.43-45).
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Háumagrandediferençaentre
*=> a meditação bíblica e a meditação oriental. O objetivo cristão, Tu és meu filho, eu hoje te gerei
quanto à meditação, é comunhão com Deus e reflexão das verdades (2.7)
divinas e nãoo interesse pela busca do "eu interior': Tu conservarás
Mormonismo. Declara que Jesus (como os demais seres)
em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti"
nasceu por meio da procriação espiritual, é filho de pais ce­
(Is 26.3; Cl 3.1 -4; Fl 4.8). Neste sentido, o meio utilizado é a Palavra
lestes. e usa este versículo para dar respaldo a essa crença.
de Deus, não mantras e relaxamentos: "Oh! quanto amo a tua lei! É
a minha meditação em todo o dia" (119.97:1Tm4.15).Ométodoé ___g RESPOSTA APOLOG ÉTICA: Onde se sugere no texto em re-
racional e não subjetivo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão = • ferência que todos os espíritos foram produzidos no mundo
de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo espiritual e que se encarnaram para nascer? O contexto, neste caso,
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). não está falando de espíritos produzidos no mundo espiritual, mas,

535
SALMOS 3 ,4 ,5 ,6

2M uitos dizem da m inha alma: N ão há salvação 2A tende à voz do m eu clamor, Rei m eu e D eus meu,
para ele em Deus. (Selá.) pois a ti orarei.
’Porém tu , Se nho r , és um escudo para m im , a m i­ 3Pela m anhã ouvirás a m in h a voz, ó Se n h o r ; pela
nha glória, e o que exalta a m inha cabeça. m anhã apresentarei a ti a m inha oração, e vigiarei.
''C om a m in h a voz clamei ao Se n h o r , e ouviu-m e 4Porque tu não és um D eus que ten h a prazer na
desde o seu santo m onte. (Selá.) iniqüidade, nem contigo habitará o mal.
5Eu m e deitei e dorm i; acordei, po rq u e o Sen h o r ’O s loucos não pararão à tu a vista; odeias a todos
m e sustentou. os que praticam a m aldade.
6N ão tem erei dez m ilhares de pessoas que se puse­ '’D estruirás aqueles que falam a m entira; o Se n h o r
ram co n tra m im e m e cercam. aborrecerá o ho m em sanguinário e fraudulento.
7Levanta-te, Se n h o r ; salva-me, D eus m eu; pois 7Porém eu entrarei em tua casa pela grandeza da
feriste a todos os m eus inim igos nos queixos; que­ tua benignidade; e em teu tem or m e inclinarei para
braste os dentes aos ímpios. o teu santo tem plo.
8A salvação vem do Se n h o r ; sobre o teu povo seja a sSenho r , guia-m e na tua justiça, p o r causa dos m eus

tu a bênção. (Selá.) inim igos; endireita diante de m im o teu cam inho.


"'Porque não há retidão na boca deles; as suas e n tra ­
D avi ora a D eus na sua angústia nhas são verdadeiras m aldades, a sua garganta é um
Salmo de Davi para o músico-m or, sobre Neginote sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.
OUVE-ME quando eu clamo, ó D eus da m inha ,0D ed ara-o s culpados, ó Deus; caiam p o r seus
4 justiça, na angústia m e deste largueza; tem m i­
sericórdia de m im e ouve a m inha oração.
p róprio s conselhos; lança-os fora p o r causa da
m ultidão de suas transgressões, pois se rebelaram
2Filhos dos hom ens, até qu an d o convertereis a co n tra ti.
m inha glória em infâmia? A té quando am areis a "P o rém alegrem -se todos os que confiam em ti;
vaidade e buscareis a m entira? (Selá.) exultem eternam ente, p o rquanto tu os defendes; e
3Sabei, pois, que o S en h o r separou para si aquele em ti se gloriem os que am am o teu nom e.
que é piedoso; o Se n h o r ouvirá qu an d o eu clam ar 12Pois tu, Se n ho r , abençoarás ao justo; circundá-
a ele. lo-ás da tu a benevolência com o de um escudo.
4Perturbai-vos e não pequeis; falai com o vosso
coração sobre a vossa cam a, e calai-vos. (Selá.) D avi recorre à m isericórdia d e D eus
’Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no S e­ e alcança perdão
nhor. Salmo de Davi para o m úsico-m or em Neginote,
6M uitos dizem: Q uem nos m o strará o bem? Se ­ sobre Seminite
n h o r , exalta sobre nós a luz do teu rosto. S e nho r , nãom e repreendas na tu a ira, nem m e
7Puseste alegria no m eu coração, m ais do que no
tem po em que se lhes m ultiplicaram o trigo e o
6 castigues no teu furor.
2Tem m isericórdia de m im , Se n h o r , po rq u e sou
vinho. fraco; sara-m e, Senho r , porque os m eus ossos estão
8Em paz tam bém m e deitarei e dorm irei, porque só perturbados.
tu , Se nho r , m e fazes habitar em segurança. 3 Até a m in h a alm a está perturbada; m as tu , Se n h o r ,
até quando?
D eus odeia os ím pios e abençoa os ju sto s 4Volta-te, Se nho r , livra a m inha alma; salva-me por
Salmo de Davi para o músico- mor, sobre Neilote tua benignidade.
DÁ ouvidos às m inhas palavras, ó Se n h o r , aten­ ’P orque na m o rte não há lem brança de ti; no sepul­
de à m inha meditação. cro quem te louvará?

sim, dos reis da terra que planejavam livrar-se do Messias, como re­ tolos demonstraram que o Salmo 2 teve cumprimento em Cris­
almente o fizeram, por meio da crucificaçào (At 4.24-28). to (At 13.33,34). Logo, este versículo em nada apóía uma alega­
Este salmo é. destacadamente, messiânico e, como tal, seu da procriação de Cristo, porque Jesus é tão eterno quanto o Pai
cumprimento aplica-se a Jesus Cristo. Um principio básico da In­ (Jo 1.1), existindo como "EU SOU” (Êx 3.14), antes de Abraão (Jo
terpretação das Escrituras é que o Antigo Testamento deve ser en­ 8.58). Embora possuísse o estado eterno (V. Mq 5.2), Jesus Cris­
tendido à luz do que encontramos no Novo Testamento. Os após­ to nasceu como homem, em Belém.

536
SALMOS 6 ,7 ,8

bJá estou cansado do m eu gem ido, toda a noite l0O m eu escudo é de D eus, que salva os retos de
faço nadar a m inha cama; m olho o m eu leito com as coração.
m inhas lágrimas, "D eu s é juiz justo, u m D eus que se ira todos os
7/<í os m eus olhos estão consum idos pela m ágoa, dias.
e têm -se envelhecido p o r causa de todos os m eus 12Se o hom em não se converter, Deus afiará a sua es­
inimigos. pada; já tem arm ado o seu arco, e está aparelhado.
8A partai-vos de m im todos os que praticais a in i­ 13Ejápara ele preparou arm as mortais; e porá em ação
qüidade; porque o S en h o r já ouviu a voz do m eu as suas setas inflamadas contra os perseguidores.
pranto. l4Eis que ele está com dores de perversidade; con­
<>0 S enhor já o u v iu a m in h a sú p lic a ; o S enhor a c e i­ cebeu trabalhos, e p ro d u ziu mentiras.
t a r á a m in h a o ra ç ã o . l5C avou um p oço e o fez fundo, e caiu na cova
l0Envergonhem -se e perturbem -se todos os m eus que fez.
inim igos; to rn em atrás e envergonhem -se num 16A sua o bra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violên­
m om ento. cia descerá sobre a sua p ró p ria cabeça.
l7Eu louvarei ao S en h o r segundo a sua justiça, e
Davi confia e m D eus e protesta a sua inocência cantarei louvores ao n o m e do S en h o r altíssimo.
Sigaiom de Davi que cantou ao Senhor, sobre as palavras de
Cuxe, homem benjam i ta D eus églorificado nas suas obras e na sua b o n d a ­
S enhor m eu Deus, em ti confio; salva-m e de d e para co m o h o m em
7 todos os que m e perseguem , e livra-m e;
2Para que ele não arrebate a m inha alma, com o leão,
Salmo de Davi para o músico-m or, sobre G itite
0 S enhor , S enhor nosso, q uão adm irável é o teu
despedaçando-a, sem que haja quem a livre.
’S enhor m eu Deus, se eu fiz isto, se há perversidade
8 nom e em to d a a terra, pois puseste a tu a glória
sobre os céus!
nas m inhas mãos, •Tu ordenaste força da boca das crianças e dos que
4Se paguei com o mal àquele que tinha paz com igo m am am , p o r causa dos teus inim igos, p ara fazer
(antes, livrei ao que m e oprim ia sem causa), calar ao inim igo e ao vingador.
’Persiga o inim igo a m inha alm a e alcance-a; calque ’Q uan d o vejo os teus céus, o bra dos teus dedos, a
aos pés a m inha vida sobre a terra, e reduza a pó a lua e as estrelas que preparaste;
m inha glória. (Selá.) 4Q ue é o hom em m ortal para que te lem bres dele?
'’Levanta-te, S enhor , na tu a ira; exalta-te po r causa e o filho do hom em , para q ue o visites?
do furor dos m eus opressores; e desperta p o r m im 5Pois p ouco m en o r o fizeste d o que os anjos, e de
para o juízo que ordenaste. glória e de h o n ra o coroaste.
7Assim te rodeará o aju n tam en to de povos; po r 6Fazes com que ele tenha d o m ín io sobre as obras
causa deles, pois, volta-te para as alturas. das tuas m ãos; tu d o puseste debaixo de seus pés:
hO S en h or julgará os povos; julga-m e, S en h or , 7Todas as ovelhas e bois, assim com o os anim ais
conform e a m inha justiça, e conform e a integridade do cam po,
que há em mim. 8As aves dos céus, e os peixes do m ar, e tudo o que
“Tenha já fim a malícia dos ím pios; m as estabeleça- passa pelas veredas dos mares.
se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas os corações 9Ó Se n h o r , S enhor nosso, quão adm irável é o teu
e os rins. nom e sobre to d a a terra!

No sepulcro quem te louvará? Davi lamenta que se Deus não o tivesse livrado da depressão, me­
(6.5; 115.17) diante a destruição de seus inimigos (v. 3,10), ele teria morrido.
E, uma vez no sheol, Davi não poderia louvar, dar graças (yadah)
Adventlsmo do Sétimo Dia. Declara que, assim como du-
ao Senhor. A palavra yadah, em suas várias fornias, é encontra­
VOU rante o sono as pessoas nào louvam a Deus, os mortos tam­
da 103 vezes no Antigo Testamento e, sem qualquer exceção, é
bém nào podem fazê-lo.
sempre usada para a adoração pública, ou seja, a adoração con-
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina que estas pa­ gregacional.
lavras do salmista se referem ao louvor a Deus diante dos Em verdade, o salmista está afirmando que, uma vez morto,
homens. Sáo. geralmente, usadas com relação à adoração públi­ não haveria oportunidade para dar testemunho público no meio
ca na casa de Deus, no meio da congregação do povo de Israel. da congregação.

537
SALMOS 9 ,10

A çã o de graças por u m grande livram ento 17Os ím pios serão lançados n o inferno, e todas as
Salmo dc Davi para o músico-mor, sobre Mute-Láben nações que se esquecem de Deus.
EU te louvarei, Se n h o r , com todo o m eu cora­ l8Porque o necessitado não será esquecido para
9 ção; contarei todas as tuas maravilhas.
2Em ti m e alegrarei e saltarei de prazer; cantarei
sem pre, nem a expectação dos pobres perecerá per­
petuam ente.
louvores ao teu nom e, ó Altíssimo. 19Levanta-te, Se n h o r ; não prevaleça o hom em ;
3P orquanto os m eus inim igos retornaram , caíram sejam julgados os gentios diante da tu a face.
e pereceram diante da tua face. 20Põe-os em m edo, Senho r , para que saibam as n a ­
4Pois tu tens sustentado o m eu direito e am inha cau­ ções que são form adas por meros hom ens. (Selá.)
sa; tu te assentaste no tribunal, julgando justam ente;
’Repreendeste as nações, destruíste os ím pios; apa­ A audácia dos perseguidores, e o refúgio e m D eus
gaste o seu nom e para sem pre e eternam ente. PO R que estás ao longe, Se n h o r ? Por que te
AOh! inimigo! acabaram -se para sem pre as asso- escondes nos tem pos de angústia?
lações; e tu arrasaste as cidades, e a sua m em ória 2O s ím pios na sua arrogância perseguem furiosa­
pereceu com elas. m ente o pobre; sejam apanhados nas ciladas que
7Mas o S en h or está assentado perpetuam ente; j á m aquinaram .
preparou o seu tribunal para julgar. 'P orq u e o ím pio gloria-se do desejo da sua alma;
8Ele m esm o julgará o m u n d o com justiça; exercerá bendiz ao avarento, e renuncia ao Senho r .
juízo sobre povos com retidão. 4Pela altivez do seu rosto o ím pio não busca a Deus;
90 S enhor s e rá ta m b é m um a lto re fú g io p a r a o todas as suas cogitações são que não há Deus.
o p r im id o ; um a lto re fú g io e m te m p o s d e a n g ú s tia . 5O s seus cam inhos ato rm en tam sem pre; os teus
l0Em ti confiarão os que conhecem o teu nom e; juízos estão longe da vista dele, em grande altura, e
p o rq u e tu, Se n h o r , nunca desam paraste os que te despreza aos seus inim igos.
buscam . 6Diz em seu coração: N ão serei abalado, porque
1'C an tai louvores ao Se n h o r , que habita em Sião; nun ca m e verei na adversidade.
anunciai entre os povos os seus feitos. 7 A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de
12Pois quando inquire do derram am ento de sangue, astúcia; debaixo da sua língua há malícia e maldade.
lembra-se deles: não se esquece do clamor dos aflitos. 8Põe-se de em boscada nas aldeias; nos lugares
1'Tem m isericórdia de m im , Se n h o r , olha para a ocultos m ata o inocente; os seus olhos estão oculta­
m inha aflição, causada po r aqueles que m e odeiam ; m ente fixos sobre o pobre.
tu que m e levantas das portas da m orte; 9A rm a ciladas n o esconderijo, com o o leão no seu
l4Para que eu conte todos os teus louvores nas po r­ covil; arm a ciladas p ara ro u b ar o pobre; rouba-o,
tas da filha de Sião, e m e alegre na tua salvação. prenden d o -o n a sua rede.
15Os gentios enterraram -se na cova que fizeram; na l0Encolhe-se, abaixa-se, para que os pobres caiam
rede que ocultaram ficou preso o seu pé. em suas fortes garras.
,60 S enhor é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado 1 'D iz em seu coração: D eus esqueceu-se, cobriu o
foi o ím pio nas obras de suas mãos. (Higaiom; Selá.) seu rosto, e nunca isto verá.

Mas o S e n h o r [...] já preparou o seu tribunal para julgar Ao admitir esta postura, a tese universalista, na verdade, está-
(9.7) se convergindo paraa heresia romana do purgatório, avalizando-
a, visto que o ensino católico apresenta uma idéia semelhante de
&p. Universalismo. Prega que a obra de expiação de Cristo redenção pós-morte.
rxcü descarta a necessidade de um julgamento, visto que, por
sua amplidão, todas as criaturas inteligentes serão salvas. Os fmplos serão lançados no Inferno
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O estabelecimento de um tri- (9.17)
«= bunaldivinoantesdojuízoestáemperfeitaconcordânciacom Testemunhas de Jeová. Dizem que o inferno (sheol) é a
o contexto bíblico. Atese universalista é que precisa de fundamento. sepultura comum da humanidade.
O versículo 8 demonstra que o alcance deste juízo terá envergadura RESPOSTA APOLOGÉTICA: No hebraico, o termo tra­
mundial, quando Deus aplicará sua retidão impar (ou seja, sem igual, duzido também na ACF por sepultura é qever. A pala­
justa), o que esclarece que haverá diferença no julgamento de uns vra sheol é correspondente à palavra grega hades e signifi­
para outros, conforme ensina também Malaquias 3.18. ca o “mundo invisível dos mortos". Antes da vinda de Cristo,

538
SALMOS 1 0 ,1 1 ,1 2 ,1 3 ,1 4

l2Levanta-te, Se n h o r . Ó Deus, levanta a tu a mão; 2Cada um fala com falsidade ao seu próxim o; falam
não te esqueças dos hum ildes. com lábios lisonjeiros e coração dobrado.
13Por que blasfem a o ím pio de Deus? dizendo no 30 S e n h o r co rtará todos os lábios lisonjeiros e a
seu coração: Tu não o esquadrinharás? língua que fala soberbam ente.
u Tu o viste, porque atentas p ara o trabalho e en­ 4Pois dizem: C om a nossa língua prevaleceremos;
fado, para o retribuir com tuas mãos; a ti o pobre se são nossos os lábios; quem é S enhor sobre nós?
encom enda; tu és o auxílio do órfão. 5Pela opressão dos pobres, pelo gem ido dos neces­
l5Q uebra o braço do ím pio e malvado; busca a sua sitados m e levantarei agora, diz o Se n h o r ; porei a
im piedade, até que nen h u m a encontres. salvo aquele para quem eles assopram .
160 S enhor é Rei eterno; da sua terra perecerão os 6As palavras do Se n h o r são palavras puras, como
gentios. prata refinada em fornalha de barro, purificada sete
i 7S enhor , t u o u v is te o s d e s e jo s d o s m a n s o s ; c o n ­ vezes.
fo r ta r á s o s s e u s c o ra ç õ e s ; o s te u s o u v id o s e s ta rã o 7Tu os guardarás, Se n h o r ; desta geração os livrarás
a b e r to s para eles; para sem pre.
' “Para fazer justiça ao órfão e ao oprim ido, a fim “Os ím pios andam p o r to d a parte, q u an d o os m ais
de que o hom em da terra não prossiga m ais em usar vis dos filhos dos hom ens são exaltados.
da violência.
D avi, na sua extrem a tristeza, recorre a D eus e
D eus salva os retos e castiga os ím pios confia n ele
Salmo de Davi para o m úsico-m or Salmo de Davi para o m úsico-m or

1 1
1
NO S e n h o r confio; com o dizeis à m inha
alma: Fugi para a vossa m o n tan h a comoX
1 ^ A T É quan d o teesq u ecerásd em im , Se n h o r ?
Para sempre? Até q u an d o esconderás de
pássaro? m im o teu rosto?
2Pois eis que os ím pios arm am o arco, põem as 2Até q u an d o consultarei com a m inha alma, tendo
flechas na corda, para com elas atirarem , às escuras, tristeza no m eu coração cada dia? Até q u an d o se
aos retos de coração. exaltará sobre m im o m eu inimigo?
3Se forem destruídos os fundam entos, que poderá 3A tende-m e, ouve-m e, ó Se n h o r m eu Deus; ilu ­
fazer o justo? m ina os m eus olhos para que eu não adorm eça na
40 S enhor está n o s e u s a n to te m p lo , o t r o n o d o S e ­ m orte;
n ho r está n o s c éu s; o s s e u s o lh o s e s tã o a te n to s , e as 4Para que o m eu inim igo não diga: Prevaleci contra
su a s p á lp e b r a s p r o v a m o s filh o s d o s h o m e n s . ele; e os m eus adversários não se alegrem, vindo eu
50 S enhor p ro v a o ju s to ; p o r é m a o ím p io e a o q u e a vacilar.
a m a a v io lê n c ia o d e ia a s u a a lm a . 5Mas eu confio na tua benignidade; na tu a salvação
6Sobre os ím pios fará chover laços, fogo, enxofre e se alegrará o m eu coração.
vento tem pestuoso; isto será a porção do seu copo. 6C antarei ao Sen h o r , p o rq u an to m e tem feito
7P o rq u e o S e n h o r é ju s to , e a m a a ju s tiç a ; o s e u ro s to m uito bem .
o lh a p a r a o s re to s.
A corrupção do h o m em
A falsidade do h o m em e a veracidade de D eus Salmo de Davi para o m úsico-m or
Salmo de Davi para o músico-m or, sobre Seminite DISSE o néscio no seu coração: N ão há

SALVA-NOS, Se n h o r , po rq u e faltam os
M Deus. T êm -se co rrom pido, fazem-se ab o ­
m ináveis em suas obras, não h á ninguém que faça
hom ens bons; porque são poucos os fiéis o bem .
entre os filhos dos hom ens. 20 S e n h o r olhou desde os céus para os filhos dos

o sheol se dividia em duas partes. O lugar dos santos era cha­ Disse o néscio no seu coração: Não há Deus
mado "Seio de Abraão", "Trono da glória' e "Jardim do éden” . (14.1)
A outra parte era o Inferno, lugar de tormento consciente dos
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Existem apenas dois
perdidos (Lc 16.19-31). Por esse motivo, sheol não pode, de
forma alguma, significar simplesmente a sepultura comum da
humanidade.
t meios possfveis de se saber que Deus não existe: 1) Uma
pessoa, para afirmar que Deus não existe, precisaria ter conheci-

539
SALMOS 14,15,16

hom ens, para ver se havia algum que tivesse enten­ A confiança e fe lic id a d e do crente
dim ento e buscasse a Deus. e a certeza da vida eterna
3D esviaram -se todos e ju n tam en te se fizeram M ictãodeD avi
im undos: não há quem faça o bem , não há sequer GUARDA-ME, ó Deus, porque em ti confio.
um. 2A m inha alma disse ao Se n h o r : Tu és o
'’N ão terão conhecim ento os que praticam a m eu Senhor, a m in h a b o n dade não chega à tua
iniqüidade, os quais com em o m eu povo, como se presença,
com essem pão, e não invocam ao Se n h o r ? iMas aos santos que estão na terra, e aos ilustres em
5Ali se acharam em grande pavor, porque Deus está quem está to d o o m eu prazer.
na geração dos justos. 4As dores se m ultiplicarão àqueles que fazem
6Vós envergonhais o conselho dos pobres, p o r­ oferendas a o u tro deus; eu não oferecerei as suas
q u an to o Se n h o r é o seu refugio.
libações de sangue, nem tom arei os seus nom es nos
7O h, se de Sião tivera já vindo a redenção de Israel!
m eus lábios.
Q u an d o o Sen h o r fizer voltar os cativos do seu povo,
‘‘O Se n h o r é a p orção da m inha herança e do m eu
se regozijará Jacó e se alegrará Israel.
cálice; tu sustentas a m inha sorte.
6As linhas caem -m e em lugares deliciosos: sim,
O verdadeiro cidadão dos céus
coube-m e um a form osa herança.
Salmo de Davi
7Louvarei ao Se n h o r que m e aconselhou; até os
SENHOR, quem habitará no teu tab ern á­
m eus rins m e ensinam de noite.
culo? Q uem m orará n o teu santo m onte?
2Aquele que anda sinceram ente, e pratica a justiça, "Tenho posto o Se n h o r contin u am en te diante
e fala a verdade no seu coração. de m im ; p o r isso que ele está à m in h a m ão direita,
3Aquele que não difam a com a sua língua, nem faz nunca vacilarei.
mal ao seu próxim o, nem aceita n enhum o próbrio 9P o rtan to está alegre o m eu coração e se regozija
contra o seu próxim o; a m in h a glória; tam b ém a m in h a carne repousará
4A cujos olhos o réprobo é desprezado; m as h onra segura.
os que tem em ao Se n h o r ; aquele que jura com dano "'Pois não deixarás a m inha alm a n o inferno, nem
seu, e contudo não m uda. perm itirás que o teu Santo veja corrupção.
’Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem "F ar-m e-ás ver a vereda da vida; na tua presença
recebe peitas contra o inocente. Q uem faz isto nunca há fartu ra de alegrias; à tua m ão direita há delícias
será abalado. perpetuam ente.

mento absoluto de tudo o que está acontecendo em cada ponto didos, inferno. O “Seio de Abraão” foi o lugar em que Jesus es­
do Universo e 2) estar em todos os lugares, simultaneamente. No teve durante os três dias da sua morte. Seu corpo não viu a de­
caso. precisaria ser onisciente e onipresente. Do contrário, nào composição na sepultura e sua alma não ficou retida no hades.
poderia ter a certeza de que Deus não existe. Então, afirmar que O termo que indica inferno eterno e consciente é geena, que
Deus não existe é cometer um erro grave, gravíssimo. A Bíblia aparece doze vezes no Novo Testamento (Mt 5.22,29; 10.28;
aponta os meios pelos quais podemos ter conhecimento de Deus 23.33; M c9.45-47).
(At 17.24-26; Rm 1.19,20).
Na tua presença há fartura de alegrias
Não deixarás a minha alma no inferno (16.11)
(16.10)
cTb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Diferentemente do que
Testemunhas de Jeová. "Se o inferno é lugar de tormento, LI ensina o adventismo: que, ao morrer, o ser humano está
como se explica que Jesus foi ao inferno?”, perguntam dormindo inconsciente, a Bíblia declara que os redimidos no céu
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 texto em apreço traduz a estão experimentando fartura de alegria. O que fica inconsciente
*=• palavra hebraica sheol por "lugar de tormento" e á repeti­ é o corpo em decomposição e não a alma.
do em Atos 2.27. pelo apóstolo Pedro, que falava aos judeus que Segundo a Palavra de Deus. a palavra "dormir* é empregada em
Jesus, ao morrer, sua alma não fora retida no hades e o seu cor­ relação ao corpo inconsciente na sepultura, não à alma (Mt27.52).
po não vira a corrupção na sepultura, por ter ressuscitado dentre O texto de 1Tessalonicenses 4.14 declara: “Aos que em Jesus dor­
os mortos. Sheol (em hebraico) e hades (em grego) significam o mem, Deus os tomará a trazer com ele". E isso para se juntarem
mundo invisível dos mortos. aos corpos e, então, ocorrer a primeira ressurreição (1Co 15.51 -
Pela explicação de Jesus em Lucas 16.19-31, o mundo invisí­ 53). Estêvão, ao morrer, entregou seu espírito a Jesus e adorme­
vel dos mortos era dividido em dois compartimentos: o lugar dos ceu. Dormir, então, significa entregar a alma a Deus e o corpo à
santos era chamado "Seio de Abraão” (ou 'paraíso") e dos per­ sepultura (2Co 5.6-8. V. Tb. SI 6.5).

540
SALMOS 17,18

D avi pede a D eus q u e o proteja dos seus inim igos fortaleza, em qu em confio; o m eu escudo, a força da
Oração de Davi m inha salvação, e o m eu alto refugio.
1 ^ OUVE, Se n h o r , a justiça; atende ao m eu 3Invocarei o no m e do S enho r ,queédigno de louvor,
J . / clam or; dá ouvidos à m inha oração, que e ficarei livre dos m eus inim igos.
não éfeita com lábios enganosos. 4Tristezas de m o rte m e cercaram , e torrentes de
2Saia a m inha sentença de diante do teu rosto; aten­ im piedade m e assom braram .
dam os teus olhos à razão. ’Tristezas do inferno m e cingiram , laços de m orte
3Provaste o m eu coração; visitaste-m e de noite; m e surpreenderam .
exam inaste-m e, e nada achaste; propus que a m inha 5Na angústia invoquei ao Se n h o r , e clamei ao m eu
boca não transgredirá. Deus; desde o seu tem plo ouviu a m in h a voz, aos
4Q uan to ao trato dos hom ens, pela palavra dos teus seus ouvidos chegou o m eu clam or p eran te a sua
lábios m e guardei das veredas do destruidor. face.
’Dirige os m eus passos nos teus cam inhos,para que 7Então a te rra se abalou e trem eu; e os fu n d am en ­
as m inhas pegadas não vacilem. tos dos m ontes tam bém se m overam e se abalaram ,
6Eu te invoquei, ó Deus, pois m e queres ouvir; in ­ po rquan to se indignou.
sDas suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu
clina para m im os teus ouvidos, e escuta as m inhas
fogo que consum ia; carvões se acenderam dele.
palavras.
’A baixou os céus, e desceu, e a escuridão estava
7Faze m aravilhosas as tuas beneficências, ó tu que
debaixo de seus pés.
livras aqueles que em ti confiam dos que se levantam
I0E m o n to u n u m qu eru b im , e voou; sim , voou
contra a tua destra.
sobre as asas do vento.
8G uarda-m e com o à m enina do olho; esconde-m e
"F ez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que
debaixo da som bra das tuas asas,
o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos
9Dos ím pios que m e oprim em , dos m eus inim igos
céus.
m ortais que m e andam cercando.
12 Ao resplendor da sua presença as nuvens se espa­
l0Na sua gordura se encerram , com a boca falam
lharam , e a saraiva e as brasas de fogo.
soberbam ente.
13E o Se n h o r trovejou nos céus, o Altíssimo levan­
"T ê m -n o s cercado agora nossos passos; e baixa­
tou a sua voz; e houve saraiva e brasas de fogo.
ram os seus olhos para a terra;
l4M andou as suas setas, e as espalhou; m ultiplicou
12Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua
raios, e os desbaratou.
presa, e com o leãozinho que se põe em esconderijos.
’’Então foram vistas as profundezas das águas, e
l3Levanta-te, Se n h o r , detém -no, derriba-o, livra a foram descobertos os fundam entos do m u ndo, pela
m inha alm a do ím pio, com a tu a espada; tua repreensão, Senho r , ao sopro das tuas narinas.
14Dos hom ens com a tua m ão, Se nho r , dos hom ens l6Enviou desde o alto, e m e to m o u ; tiro u -m e das
do m undo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre m uitas águas.
enches do teu tesouro oculto. Estão fartos de filhos e 17Livrou-m e do m eu inim igo forte e dos que m e
dão os seus sobejos às suas crianças. odiavam , pois eram m ais poderosos do que eu.
1’Q u an to a m im , contem plarei a tua face na ju s­ l8S urpreenderam -m e no dia da m in h a calam ida­
tiça; eu m e satisfarei da tua sem elhança quando de; mas o Se n h o r foi o m eu am paro.
acordar. 'T ro u x e -m e p ara um lugar espaçoso; livrou-m e,
porque tin h a prazer em m im .
C ântico de louvor a D eus pelas 20R ecom pensou-m e o Se n h o r conform e a m in h a
suas m uita s bênçãos justiça, retrib u iu -m e co n fo rm ea pureza das m inhas
Para o músico-m or: salmo do servo do S e n h o r , Davi, o qual mãos.
falou as palavras deste cântico ao S e n h o r , no dia em que o 21Porque guardei os cam inhos do Se nho r , e não m e
S e n h o r o livro u de todos os seus inim igos e das mãos apartei im piam ente d o m eu Deus.
de Saul. E disse: 22Porque todos os seus juízos estavam diante de
EU te am arei, ó Senho r , fortaleza m inha. m im , e não rejeitei os seus estatutos.
20 Se n h o r é o m eu rochedo, e o m eu23Tam
lu ­ bém fui sincero p eran te ele, e m e guardei da
gar forte, e o m eu libertador; o m eu Deus, a m inha m inha iniqüidade.

541
SALMOS 18,19

24Assim que retrib u iu -m e o Se n h o r conform e a 42Então os esm iucei com o o pó d ian te do vento;
m inha justiça, conform e a pureza de m inhas mãos deitei-os fora com o a lam a das ruas.
perante os seus olhos. 43Livraste-m e das contendas do povo, e m e fizeste
2,C om o benigno te m ostrarás benigno; e com o cabeça dos gentios; u m povo que não conheci me
hom em sincero te m ostrarás sincero; servirá.
26C om o puro te m ostrarás puro; e com o perverso 44Em ouvindo a m inha voz, m e obedecerão; os
te m ostrarás indom ável. estranhos se subm eterão a m im .
27Porque tu livrarás o povo aflito, e abaterás os 45O s estranhos descairão, e terão m edo nos seus
olhos altivos. esconderijos.
28P orque tu acenderás a m inha candeia; o Senho r 4<’0 Se n h o r vive; e bendito seja o m eu rochedo, e
m eu D eus ilum inará as m inhas trevas. exaltado seja o D eus da m in h a salvação.
2"'Porque contigo entrei pelo m eio du m a tropa, 4~É D eus que m e vinga inteiram ente, e sujeita os
com o m eu D eus saltei um a m uralha. povos debaixo de m im ;
30O cam inho de Deus é perfeito; a palavra do Se­ 480 que m e livra de m eus inim igos; sim , tu m e
n h o r é provada; é um escudo para todos os que nele
exaltas sobre os q ue se levantam contra m im , tu m e
confiam.
livras do hom em violento.
31Porque quem é Deus senão o Se n h o r ? E quem é
49Assim que, ó Se n h o r , te louvarei entre os gentios,
rochedo senão o nosso Deus?
e cantarei louvores ao teu nom e,
32Deus é o que m e cinge de força e aperfeiçoa o m eu
’°Pois engrandece a salvação do seu rei, e usa de
cam inho.
benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a
33Faz os m eus pés com o os das cervas, e põe-m e nas
sua sem ente para sempre.
m inhas alturas.
34Ensina as m inhas m ãos para a guerra, de sorte que
A excelência da criação e da Palavra de D eus
os m eus braços quebraram um arco de cobre.
Salmo de Davi para o m úsico-m or
3,Tam bém m e deste o escudo da tua salvação; a
OS céus declaram a glória de Deus e o fir­
tua m ão direita m e susteve, e a tu a m ansidão m e
engrandeceu. m am ento anuncia a o b ra das suas mãos.
36Alargaste os m eus passos debaixo de m im , de 2 Um dia faz declaração a outro dia, e um a noite
m aneira que os m eus artelhos não vacilaram. m ostra sabedoria a outra noite.
37Persegui os m eus inim igos, e os alcancei; não 3N ão há linguagem nem fala onde não se ouça a
voltei senão depois de os ter consum ido. sua voz.
38Atravessei-os de sorte que não se p uderam levan­ 4A sua linha se estende p o r to d a a terra, e as suas
tar; caíram debaixo dos m eus pés. palavras até ao fim do m undo. Neles pôs um a tenda
’’’Pois m e cingiste de força para a peleja; fizeste para o sol,
abater debaixo de m im aqueles que contra m im se sO qual écom o um noivo que sai do seu tálam o, e se
levantaram . alegra com o u m herói, a correr o seu cam inho.
40D este-m e tam bém o pescoço dos m eus inim igos 6A sua saída é desde u m a extrem idade dos céus, e o
p ara que eu pudesse d estruir os que m e odeiam . seu curso até à o u tra extrem idade, e nada se esconde
4lC lam aram , m as não houve quem os livrasse; até ao seu calor.
ao S enhor , mas ele não lhes respondeu. 7A lei do S e n h o r é perfeita, e refrigera a alma; o

A lei do S enhor é perfeita o próprio livro de Deuteronômio como um todo. o livro da Aliança
(19.7) (Êx 24.7), ou, ainda, outras partes do Pentateuco.
Como, pois, os adventistas ousam citar o texto restringindo-o ao
( 4Y3 I Adventismo do Sétimo Dia. Declara que a lei perfeita é o
decálogo, se o texto de Deuteronômio está-se referindo a todas
u i U decálogo e, por isso, não pode ser mudada.
as palavras da lei e não somente aos Dez Mandamentos? Pela ex­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O significado da palavra é pressão "a lei do Senhor é perfeita", deve-se entender toda a lei.
<=* abrangente. 0 escritor, o rei Davi, tinha a obrigação de Por que, então, os adventistas guardam apenas o decálogo, igno­
ter ao lado do trono uma cópia da lei. para lè-la diariamente (Dt rando as demais leis?
17.18-20). Não se tratava, pois. das duas tábuas de pedra. Esta “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só
cópia da lei que o rei deveria ler não era somente o decálogo. Al­ ponto, tornou-se culpado de todos" (Tg 2.10).
guns comentaristas bíblicos entendem que tal cópia poderia ser

542
SALMOS 19,20,21,22

testem unho do Se n h o r é fiel, e dá sabedoria aos 2C um priste-lhe o desejo do seu coração, e não n e­
símplices. gaste as súplicas dos seus lábios. (Selá.)
8Os preceitos do Se n h o r são retos e alegram o co­ 3Pois vais ao seu encontro com as bênçãos de b o n ­
ração; o m andam ento do Se n h o r é puro, e ilum ina dade; pões na sua cabeça um a coroa de ouro fino.
os olhos. 4Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias
90 tem or do Se n h o r é lim po, e perm anece eterna­ para sem pre e eternam ente.
m ente; os juízos do Se n h o r são verdadeiros e justos ’G rande é a sua glória pela tu a salvação; glória e
juntam ente. m ajestade puseste sobre ele.
l0M ais desejáveis são do que o ouro, sim , do que 6Pois o abençoaste p ara sempre; tu o enches de gozo
m uito ouro fino; e m ais doces do que o mel e o licor com a tua face.
dos favos. 7Porque o rei confia n o Se nho r , e pela m isericórdia
1 ‘Tam bém p o r eles é adm oestado o teu servo; e em do Altíssimo nunca vacilará.
os guardar há grande recom pensa. 8 A tua m ão alcançará to d o s os teus inim igos, a tu a
12Q uem pode entender os seus erros? Expurga-m e mão direita alcançará aqueles que te odeiam .
tu dos que m e são ocultos. ‘T u os farás com o um fo rn o de fogo no tem p o da
1 ’Tam bém da soberba guarda o teu servo, para que tua ira; o Se n h o r os devorará na sua indignação, e o
se não assenhoreie de m im . Então serei sincero, e fogo os consum irá.
ficarei lim po de grande transgressão. 10Seu fruto destruirás da terra, e a sua sem ente den
l4Sejam agradáveis as palavras da m in h a boca e a tre os filhos dos hom ens.
m editação do m eu coração p erante a tu a face, Se­ 1 'P orque in ten taram o m al co n tra ti; m aq uinaram
n h o r , Rocha m inha e R edentor meu! um ardil, mas n ão prevalecerão.
12Assim que tu lhes farás voltar as costas; ecom tuas
Oração pelo rei flechas postas nas cordas lhes apontarás ao rosto.
Salmo de Davi para o m úsico-m or ' 3Exalta-te, Se n h o r , na tu a força; então cantarem os
O Se n h o r te ouça n o dia da angústia, o e louvarem os o teu poder.
nom e do D eus de Jacó te proteja.
2Envie-te socorro desde o seu santuário, e te suste­ O M essias sofre, m as triu n fa
nh a desde Sião. Salmo de Davi para o músico-mor,
3Lembre-se de todas as tuas ofertas, e aceite os teus sobre Aijelete Hashahar
holocaustos. (Selá.) DEUS m eu, D eus m eu, p o r que m e desam ­
4Conceda-te conform e ao teu coração, e cum pra paraste? Porque te alongas do m eu auxílio e
todo o teu plano. das palavras do m eu bram ido?
5N ós nos alegrarem os pela tu a salvação, e em nom e 2D eus m eu, eu clam o de dia, e tu não m e ouves; de
do nosso Deus arvorarem os pendões; cu m p ra o Se ­ noite, e não ten h o sossego.
n h o r todas as tuas petições. 3Porém tu és santo, tu que habitas en tre os louvores
‘Agora sei que o Se n h o r salva o seu ungido; ele o de Israel.
ouvirá desde o seu santo céu, com a força salvadora 4Em ti confiaram nossos pais; confiaram , e tu os
da sua mão direita. livraste.
7Uns confiam em carros e outros em cavalos, m as 5 A ti clam aram e escaparam ; em ti confiaram , e não
nós farem os m enção do n o m e do Se n h o r nosso foram confundidos.
Deus. 6Mas eu sou verm e, e não h om em , o p ró b rio dos
8Uns encurvam -se e caem, m as nós noslevantam os h om ens e desprezado do povo.
e estam os de pé. T o d o s os que m e vêem zom bam de m im , estendem
’Salva-«os, Se n h o r ; ouça-nos o rei qu an d o cla­ os lábios e m eneiam a cabeça, dizendo:
m arm os. “C onfiou n o Se n h o r , que o livre; livre-o, pois nele
tem prazer.
Davi louva a D eus pela vitória 9Mas tu és o que m e tiraste do ventre; fizeste-me
Salmo de Davi para o m úsico-m or confiar, estando aos seios de m in h a mãe.
O REI se alegra em tu a força, Se n h o r ; e na l0Sobre ti fui lançado desde a m adre; tu és o meu
tua salvação grandem ente se regozija. D eus desde o ventre de m in h a mãe.

543
SALMOS 22,23,24,25

1 'N ão te alongues de m im , pois a angústia está per­ A felicidade de termos o S e n h o r com o nosso pastor
to, e não há quem ajude. Salmo de Davi
12M uitos touros m e cercaram ; fortes touros de Basã O S e n h o r é o m eu pastor, nada m e faltará
m e rodearam . 2D eitar-m e faz em verdes pastos, guia-m e
l3A briram co n tra m im suas bocas, como um leão m ansam ente a águas tranqüilas.
que despedaça e que ruge. 3Refrigera a m in h a alma; guia-m e pelas veredas da
14C om o água m e derram ei, e todos os m eus ossos se justiça, p o r am o r do seu nom e.
d esconjuntaram ; o m eu coração é com o cera, derre- 4 A inda que eu andasse pelo vale da som bra da m o r­
teu-se n o m eio das m inhas entranhas. te, não tem eria m al algum , porque tu estás comigo;
I5A m in h a força se secou com o um caco, e a lín ­ a tua vara e o teu cajado m e consolam .
gua se m e pega ao paladar; e m e puseste no pó da ’Préparas um a mesa perante m im na presença dos
m orte. m eus inim igos, unges a m in h a cabeça com óleo, o
16Pois m e rodearam cães; o ajuntam ento de m alfei­ m eu cálice transborda.
tores m e cercou, traspassaram -m e as m ãos e os pés. 6C ertam ente que a b o n d ad e e a m isericórdia m e
17Poderia contar todos os m eus ossos; eles vêem e seguirão todos os dias da m inha vida; e habitarei na
m e contem plam . casa do S enhor p o r longos dias.
l8Repartem entre si as m inhas vestes, e lançam
O d o m ín io universal d e D eus
sortes sobre a m inha roupa.
Salmo de Davi
l9Mas tu, S enhor , não te alongues de m im . Força
DO S e n h o r é a terra e a sua plenitude, o
m inha, apressa-te em socorrer-m e.
m u n d o e aqueles que nele habitam .
20Livra am in h aa lm a d a espada, e a m inha predileta
2P orque ele a fun d o u sobre os m ares, e a firm ou
da força do cão.
sobre os rios.
21Salva-me da boca do leão; sim , ouviste-m e, das
'Q u em subirá ao m o n te do S enhor , o u quem estará
pontas dos bois selvagens.
no seu lugar santo?
22Então declararei o teu nom e aos m eus irm ãos;
4Aquele que é lim po de m ãos e p u ro de coração,
louvar-te-ei no m eio da congregação.
que não entrega a sua alm a à vaidade, nem ju ra
23Vós, que tem eis ao S enhor , louvai-o; todos vós,
enganosam ente.
sem ente de Jacó, glorificai-o; e tem ei-o todos vós,
’Este receberá a bênção do S en h o r e a justiça do
sem ente de Israel.
D eus da sua salvação.
24Porque não desprezou nem abom in o u a aflição
6Esta é a geração daqueles que buscam , daqueles
do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes,
que buscam a tu a face, ó Deus de Jacó. ( Selá. )
quando ele clam ou, o ouviu. 7Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos,
2,0 m eu louvor será de ti na grande congregação; ó entradas eternas, e en trará o Rei da Glória.
pagarei os m eus votos perante os que o tem em . HQ uem éeste Rei da Glória? O S en h or forte e p o d e­
26Os m ansos com erão e se fartarão; louvarão ao roso, o S en h or poderoso na guerra.
S en h o r os que o buscam ; o vosso coração viverá ‘'Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos,
eternam ente. ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.
27Todos os lim ites da terra se lem brarão, e se con­ l0Q uem é este Rei da Glória? O S e n h o r dos Exérci­
verterão ao S en h o r ; e todas as famílias das nações tos, ele é o Rei da G lória. (Selá.)
adorarão perante a tua face.
28Porque o reino é do S e n h o r , e ele do m in a entre C o nfiança d e D avi na oração
as nações. Salmo de Davi
29Todos os que na terra são gordos com erão e ado­ A TI, S e n h o r, levanto a m inha alma.
rarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão 2D eus m eu, em ti confio, não m e deixes
perante ele; e n en h u m poderá reter viva a sua alma. confundido, nem que os m eus inim igos triu n fem
30U m a sem ente o servirá; será declarada ao Senhor sobre m im .
a cada geração. 3N a verdade, não serão confundidos os q ue espe­
31Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que ram em ti; confundidos serão os que tran sg rid em
nascer, p o rquanto ele o fez. sem causa.

544
SALMOS 25,26,27

4Faze-me saber os teus cam inhos, S en h o r ; ensina- -’Porque a tu a b en ignidade está diante dos m eus
m e as tuas veredas. olhos; e tenho andado n a tu a verdade.
5G uia-me na tu a verdade, e ensina-m e, pois tu és o 4N ão m e tenho assentado com h om ens vãos, nem
Deus da m inha salvação; por ti estou esperando todo converso com os homens dissim ulados.
o dia. ’Tenho odiado a congregação de malfeitores; nem
6Lem bra-te, S enhor , das tuas m isericórdias e das m e ajunto com o s ímpios.
tuas benignidades, porque são desde a eternidade. 6Lavo as m inhas m ãos na inocência; e assim an d a­
TN ão te lem bres dos pecados da m inha m ocidade, rei, S enhor , ao red o r do teu altar.
nem das m inhas transgressões; mas segundo a tua TPara publicar com voz de louvor, e co n tar todas as
m isericórdia, lem bra-te de m im , p o r tua bondade, tuas m aravilhas.
S enhor . “S enhor , eu tenho am ado a habitação d a tu a casa e
“Bom e reto éo S en h o r ; por isso ensinará o cam inho o lugar o nde perm anece a tu a glória.
aos pecadores. 9N ão apanhes a m in h a alm a com os pecadores,
9G uiará os m ansos em justiça e aos m ansos ensina­ nem a m in h a vida com os hom ens sanguinolentos,
rá o seu cam inho. "’Em cujas m ãos há malefício, e cuja m ão direita
l(>Todas as veredas do S en h o r são m isericórdia e está cheia de subornos.
verdade para aqueles que guardam a sua aliança e os “ Mas eu ando n a m in h a sinceridade; livra-m e e
seus testem unhos. tem piedade de m im .
11 Por am or do teu nom e, S enhor , perdoa a m inha 120 m eu pé está posto em cam inho plano; nas con­
iniqüidade, pois é grande. gregações louvarei ao S enhor .
'-Q ual é o hom em que tem e ao S en h or ? Ele o ensi­
nará no cam inho que deve escolher. C onfiança e m D eus e a n elo pela sua presença
' 3A sua alm a pousará n o bem , e a sua sem ente Salmo de Davi
herdará a terra. O S en h or éa m in h a luz e a m in h a salvação;
' 40 se g re d o d o S en h or ^ c o m a q u e le s q u e o te m e m ; quem temerei? O S en h o r é a força da m inha
e ele lh e s m o s tr a r á a s u a a lia n ç a . vida; de quem m e recearei?
l5Os m eus olhos estão continuam ente no S enhor , 2Q u an d o os m alvados, m eus adversários e m eus
pois ele tirará os m eus pés da rede. inim igos, se chegaram contra m im , para com erem
I601ha para m im , e tem piedade de m im , p orque as m inhas carnes, tro p eçaram e caíram .
estou solitário e aflito. 3 A inda que um exército m e cercasse, o m eu coração
17As ânsias do m eu coração se têm m ultiplicado; não tem eria; ainda que a guerra se levantasse contra
tira-m e dos m eus apertos. m im , nisto confiaria.
‘"Olha para a m inha aflição e para a m inha dor, e 4U m a coisa pedi ao S enhor , e a buscarei: que possa
perdoa todos os m eus pecados. m o rar n a casa do S en h o r to d o s os dias da m in h a
' 901ha para os m eus inim igos, pois se vão m ultipli­ vida, p ara co n tem plar a fo rm o su ra do S enhor , e
cando e m e odeiam com ódio cruel. inquirir no seu templo.
“ G uarda a m inha alma, e livra-me; não m e deixes ’Porque no dia da adversidade m e esconderá n o seu
confundido, porquanto confio em ti. pavilhão; no oculto do seu tabernáculo m e esconde­
2 'G uardem -m e a sinceridade e a retidão, p o rq u an ­ rá; p ô r-m e-á sobre u m a rocha.
to espero em ti. T a m b é m agora a m in h a cabeça será exaltada sobre
22Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias. os m eus inim igos que estão em redor de m im ; p o r
isso oferecerei sacrifício de júbilo no seu tab ern ácu ­
D avi recorre a D eus, confiando lo; cantarei, sim , cantarei louvores ao S enhor .
na sua própria integridade 7Ouve, S en h or , a m in h a voz quando clam o; tem
Salmo de Davi tam bém piedade de m im , e responde-m e.
JULGA-ME, S enhor , p o is t e n h o andado “Q u an d o tu disseste: Buscai o m eu rosto; o m eu
e m m in h a sinceridade; te n h o confiado coração disse a ti: O teu rosto, S enhor , buscarei.
ta m b é m no S en h o r ; n ã o v a c ila re i. ‘'N ão escondas de m im a tu a face, não rejeites ao teu
•iE xam ina-m e,S E N H O R ,eprova-m e; e s q u a d r in h a os servo com ira; tu foste a m in h a ajuda, não m e deixes
m eus rin s e o m eu c o ra ç ã o . nem m e desam pares, ó D eus da m in h a salvação.

545
SALMOS 2 7 ,2 8 ,2 9 ,3 0 ,3 1

1 “Porque, quando m eu pai e m inha m ãe m e desam ­ 4A voz do S en h o r é poderosa; a voz do S enhor é


pararem , o S enhor m e recolherá. cheia de majestade.
"E n sin a-m e, S enhor , o teu cam inho, e guia-m e 5A voz do S en h or quebra os cedros; sim, o S enhor
pela vereda direita, p o r causa dos m eus inimigos. quebra os cedros d o Líbano.
12N ão m e entregues à vontade dos m eus adversá­ 6Ele os faz saltar com o um bezerro; ao Líbano e
rios; pois se levantaram falsas testem unhas contra Siriom , com o filhotes de bois selvagens.
m im , e os que respiram crueldade. 7A voz do S en h or separa as labaredas do fogo.
13Pereceria sem dúvida, se n ã o c re sse q u e v e ria a 8A voz do S en h or faz trem er o deserto; o S en h or faz
b o n d a d e d o S enhor n a te r r a d o s v iv e n te s. trem er o deserto de Cades.
1 "Espera no S enhor , anim a-te, e ele fortalecerá o teu 9 A voz do S enhor faz p arir as cervas, e descobre
coração; espera, pois, no S enhor . brenhas; e no seu tem plo cada um fala da sua glória.
10O S enhor se assentou sobre o dilúvio; o S enhor se
D avi roga a D eus q u e o aparte dos ím pios assenta com o Rei, perpetuam ente.
Salmo de Davi 1 'O S enhor dará força ao seu povo; o S en h or aben­
A TI clamarei, ó S enhor , Rocha m inha; çoará o seu povo com paz.
não em udeças para comigo; não aconteça,
calando-te tu para comigo, que eu fique sem elhante L o u vando pelo livram ento d e D eus
aos que descem ao abismo. Salmo e canção na dedicação da Casa. Salmo de Davi
2O u v e a v o z d a s m in h a s s ú p lic a s , q u a n d o a ti c la ­ EXALTAR-TE-EI, ó S enhor , p orque tu m e
m a r , q u a n d o le v a n ta r a s m in h a s m ã o s p a r a o te u exaltaste; e não fizeste com que m eus in im i­
s a n to o rá c u lo . gos se alegrassem sobre mim.
3N ão m e arrastes com os ím pios e com os que p rati­ 2S enhor m eu Deus, clamei a ti, e tu m e saraste.
cam a iniqüidade; que falam de paz ao seu próxim o, 3S enhor , fizeste subir a m in h a alm a da sepultura;
m as têm mal nos seus corações. conservaste-m e a vida para que não descesse ao
4D á-lhes segundo assu aso b rase segundo a malícia abismo.
dos seus esforços; dá-lhes conform e a obra das suas 4C antai ao S enhor , vó s que sois seus santos, e cele­
m ãos; torna-lhes a sua recom pensa. brai a m em ória da sua santidade.
5P orquanto não atentam às obras do S enhor , nem à 5Porque a sua ira dura só um m om ento; no seu fa­
obra das suas mãos; pois que ele os d errubará e não vor está a vida. O choro pode d u rar u m a noite, mas
os reedificará. a alegria vem pela m anhã.
6Bendito seja o S enhor , p o rq u e ouviu a voz das 6Eu dizia na m in h a prosperidade: N ão vacilarei
m inhas súplicas. jamais.
70 S enhor é a m in h a fo rç a e o m e u e s c u d o ; n e le 7Tu, S enhor , pelo teu favor fizeste forte a m inha
c o n f io u o m e u c o ra ç ã o , e fu i s o c o r r id o ; a s s im o m ontan h a; tu encobriste o teu rosto, e fiquei per­
m e u c o ra ç ã o sa lta d e p ra z e r, e c o m o m e u c a n to o turbado.
lo u v a re i. 8A ti, S enhor , clamei, e ao S enhor supliquei.
“O S enhor é a fo rç a d o se u p o v o ; ta m b é m é a fo rç a 9Q ue proveito há no m eu sangue, q u an d o desço à
s a lv a d o ra d o se u u n g id o . cova? Porventura te louvará o pó? A nunciará ele a
‘‘Salva o teu povo, e abençoa a tu a herança; e apas­ tu a verdade?
centa-os e exalta-os para sempre. "’Ouve, S enhor , e tem piedade de m im , S en h o r ; sê
o m eu auxílio.
D avi exorta a louvar a m ajestade de D eus "T ornaste o m eu p ran to em folguedo; desataste o
Salmo de Davi m eu p ano de saco, e m e cingiste de alegria,
DAI ao S enhor , ó filhos dos poderosos, dai 12Para que a m inha glória a ti cante louvores, e não se
ao S enhor glória e força. cale. S enhor , m eu Deus, eu te louvarei para sempre.
2D ai ao S enhor a glória devida ao seu nom e, adorai
o S enhor na beleza da santidade. A co n fu m ça e m D eus
3A voz do S en h or ouve-se sobre as suas águas; o Salmo de Davi para o músico-mor
D eus da glória troveja; o S enhor está sobre as m uitas 1 EM ti, S enhor , confio; nunca m e deixes con-
águas. 3 X fundido. Livra-m e pela tua justiça.

546
SALMOS 31,32

2Inclina para m im os teus ouvidos, livra-m e de­ l9Oh! quão grande é a tu a bondade, que guardaste
pressa; sê a m inha firm e rocha, um a casa fortíssim a parao sq u ete temem,aqwaZoperasteparaaquelesque
que m e salve. em ti confiam na presença dos filhos dos homens!
’Porque tu és a m inha rocha e a m inha fortaleza; assim, 20Tu os esconderás, no secreto da tu a presença, dos
por am o r do teu nom e, guia-m e e encam inha-m e. desaforos dos hom ens; encobri-los-ás em u m pavi­
4Tira-m e da rede que para m im esconderam , pois lhão, da contenda das línguas.
tu és a m inha força. 21 Bendito seja o S enhor , pois fez m aravilhosa a sua
’Nas tuas m ãos encom endo o m eu espírito; tu m e m isericórdia para com igo em cidade segura.
redim iste, Se n h o r D eus da verdade. 22Pois eu dizia na m in h a pressa: Estou cortado de
6O deio aqueles que se entregam a vaidades enga­ diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste a voz
nosas; eu, porém , confio no S enhor . das m inhas súplicas, q u an d o eu a ti clamei.
7Eu m e alegrarei e regozijarei na tu a benignidade, 23A m ai ao S enhor , vós todos que sois seus santos;
pois consideraste a m inha aflição; conheceste a m i­ porque o S en h or guarda os fiéis e retribui com ab u n ­
nha alma nas angústias. dância ao que usa de soberba.
8E não m e entregaste nas m ãos do inim igo; puseste 24E sforçai-vos,eelefortaleceráovosso coração, vós
os m eus pés nu m lugar espaçoso.
todos que esperais no S enhor .
9Tem m isericórdia de m im , ó S enhor , p orque estou
angustiado. C onsum idos estão de tristeza os m eus
A alegria do h o m em perdoado
olhos, a m inha alm a e o m eu ventre.
Masquil de Davi
l0Porque a m inha vida está gasta de tristeza, e os
BEM-AVENTURADO aquele cuja tran s­
meus anos de suspiros; a m inha força descai por causa
gressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
da m inha iniqüidade, e os m eus ossos se consomem .
2Bem -aventurado o hom em a quem o S en h o r não
“ Fui o próbrio entre todos os m eus inim igos, até
im puta m aldade, e em cujo espírito não há engano.
entre os m eus vizinhos, e h o rro r para os m eus co­
’Q u an d o eu guardei silêncio, envelheceram os
nhecidos; os que m e viam na ru a fugiam de m im .
m eus ossos pelo m eu b ram id o em to d o o dia.
l2Estou esquecido no coração deles, com o um
4 Porque de dia e de noite a tua m ão pesava sobre mim;
m orto; sou com o u m vaso quebrado.
o m eu h u m o r se tornou em sequidão de estio. (Selá.)
1 JPois ouvi a m urm uração de m uitos, tem o r havia
ao redor; enquanto jun tam en te consultavam contra ’Confessei-te o m eu pecado, e a m in h a m aldade
m im , in tentaram tirar-m e a vida. não encobri. Dizia eu: Confessarei ao S en h o r as
l4Mas eu confiei em ti, S enhor ; e disse: Tu és o m eu m inhas transgressões; e tu perdoaste a m aldade do
Deus. m eu pecado. (Selá.)
1 ’Os m eus tem pos estão nas tuas mãos; livra-m e das 6Por isso, todo aquele que é santo o rará a ti, a te m ­
m ãos dos m eus inim igos e dos que m e perseguem . po de te p o d er achar; até no tran sb o rd ar de m uitas
l6Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; águas, estas não lhe chegarão.
salva-me por tuas m isericórdias. TTu és o lugar em que m e escondo; tu m e preservas
17N ão m e deixes confundido, S enhor , p o rq u e te da angústia; tu m e cinges de alegres cantos de livra­
tenho invocado. Deixa confundidos os ím pios, e m ento. (Selá.)
em udeçam na sepultura. 8Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o cam inho que deves
1 “Em udeçam os lábios m entirosos que falam coisas seguir; guiar-te-ei com os m eus olhos.
más com soberba e desprezo contra o justo. 9N ão sejais com o o cavalo, nem com o a m ula, que

Tu me redimiste, S e n h o r Deus da verdade adorativos diante de uma imagem ou um símbolo, seja por impu­
(31.5) tar salvação a uma pessoa ou a uma organização".

Testemunhas de Jeová. Ensinam que uma organização RESPOSTA APOLOGÉTICA: Uma das características
religiosa pode se tornar um ídolo, por meio do qual Deus é «=. dessa seita é a sua mudança doutrinária. Contrariando
adorado. Dizem: “Se uma pessoa rende serviço em obediência a seus próprios ensinos, declara, para os dias atuais: “Você preci­
alguém ou a alguma organização, quer voluntária quer compul- sa pertencer à organização de Jeová e fazer a vontade de Deus, a
soriamente. considerando como algo em posição superior de do­ fim de receber sua bênção de vida eterna". Mas, de acordo com
mínio e com grande autoridade, então se pode dizer biblicamen­ a Bíblia, a infalível Palavra de Deus. a salvação não está em ne­
te que tal pessoa é idólatra". E mais: “Não podemos participar em nhuma organização religiosa, mas na pessoa excelsa de Jesus
nenhuma versão moderna de idolatria - seja em forma de gestos (At 4.12; 16.31).

547
SALMOS 32,3 3 ,3 4

n ã o tê m e n te n d im e n to , c u ja b o c a p re c isa d e c a b re s ­ l(iEis que os olhos do S en h or estão sobre os que o


to e fre io p a r a q u e n ã o se c h e g u e m a ti. tem em , sobre os que esperam n a sua misericórdia;
10O ím p io te m m u ita s d o re s , m a s à q u e le q u e c o n fia '‘’Para lhes livrar as alm as da m orte, e para os con­
n o S en h or a m is e r ic ó rd ia o c e rc a rá . servar vivos na fome.
"A legrai-vos no S enhor , e regozijai-vos, vós os 20A nossa alm a espera no S en h o r ; ele é o nosso
justos; e cantai alegrem ente, todos vós que sois retos auxílio e o nosso escudo.
de coração. 21 Pois nele se alegra o nosso coração; p o rq u an to
tem os confiado no seu santo nom e.
O jú b ilo do cren te na contem plação 22Seja a tu a m isericórdia, S enhor , sobre nós, com o
das obras de D eus em ti esperamos.
REGOZIJAI-VOS no Senhor, vós justos,
pois aos retos convém o louvor. D avi louva a D eus e exorta a confiar n ele
2Louvai ao S en h or com harpa, cantai a ele com o Salmo de Davi, quando m udou o seu semblante perante
saltério e um in strum ento de dez cordas. Abimcleque, e o expulsou,e ele se foi
’C antai-lhe um cântico novo; tocai bem e com LOUVAREI ao S f.n h o r em todo o tem po; o
júbilo. seu louvor estará continuam ente na m inha
4Porque a palavra do S enhor é reta, e todas as suas boca.
obras são fiéis. 2A m in h a alm a se gloriará no S en h or ; os m ansos o
'Ele am a a justiça e o juízo; a terra está cheia da ouvirão e se alegrarão.
bondade do S enhor . ^Engrandecei ao S en h o r com igo; e ju n to s exalte­
6Pela palavra do S enhor foram feitos os céus, e todo m os o seu nom e.
o exército deles pelo espírito da sua boca. 4Busquei ao S enhor , e ele m e respondeu; livrou-m e
7Ele ajunta as águas do m ar com o nu m m ontão; de tod o s os m eus tem ores.
põe os abism os em depósitos. 'O lh aram p ara ele, e foram ilum inados; e os seus
sTema toda a terra ao S e n h o r ; tem am -no todos os rostos não ficaram confundidos.
m oradores do m undo. 6C lam ou este pobre, e o S enhor o ouviu, e o salvou
‘‘Porque falou, e foi feito; m andou, e logo apareceu. de todas as suas angústias.
"’O S en h o r d e sfa z o c o n s e lh o d o s g e n tio s , q u e ­ 70 anjo do S enhor acam pa-se ao redor dos que o
b r a n ta o s in te n to s d o s p o v o s. tem em , e os livra.
1 'O conselho do S en h or perm anece para sem pre; “Provai, e vede que o S en h or é bom ; bem -aventu­
os intentos do seu coração de geração em geração. rado o hom em que nele confia.
12B em -aventurada é a nação cujo Deus é o S enhor , ‘T em ei ao S enhor , vós, os seus santos, pois nada
e o povo ao qual escolheu para sua herança. falta aos que o tem em .
1 !0 S enhor o lh a d e s d e o s c é u s e e s tá v e n d o a to d o s l0O s filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas
o s filh o s d o s h o m e n s . àqueles que buscam ao S enhor bem nenhum faltará.
l4Do lugar da sua habitação contem pla todos os "V in d e, m eninos, ouvi-m e; eu vos ensinarei o
m oradores da terra. tem o r do S f.nhor .
15Ele é que form a o coração de todos eles, que con­ ,2Q u em é o h o m em q ue deseja a vida, que quer
tem pla todas as suas obras. largos dias para ver o bem?
16N ão há rei que se salve com a grandeza dum exérci­ '^G uarda a tu a língua do m al, e os teus lábios de
to, nem o hom em valente se livra pela m uita força. falarem o engano.
170 cavalo é falaz para a segurança; não livra n in ­ 14A parta-te do m al, e faze o bem ; p rocura a paz, e
guém com a sua grande força. segue-a.

Aparta-te do mal, e faze o bem bito divino. Pois, segundo afirma, Ahura Mazda, que seria o
(34.14) deus único, estaria em contínuo conflito com Angra Mainyu (ou
Ahriman), o que estaria causando um permanente equilíbrio
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Na concepçáo zoroas- no Universo. Mas a concepção bíblica a respeito do bem e do
t tra, a idéia de um equilíbrio entre o bem e o mal é ainda
mais forte do que no taoismo. No zoroastrismo, este concei­
mal não aponta Satanás como um poder equivalente a Deus.
Deus é supremo e Satanás não passa de uma simples criatu­
to traz implicações nos relacionamentos humanos e no âm­ ra que se rebelou.

548
SALMOS 34,35,36

alm a com o jejum , e a m in h a oração voltava p ara o


15O s o lh o s d o S en h o r estão s o b r e o s ju s to s , e o s se u s
o u v id o s atentos a o s e u c la m o r. m eu seio.
I6A face d o S en h or está c o n tr a o s q u e fa z e m o m a l, l4Portava-m e com o se ele fora m eu irm ão ou am i­
p a r a d e s a rra ig a r d a te r r a a m e m ó r i a d e le s. go; andava lam en tan d o e m u ito encurvado, com o
17 Osjustos clam am , e o S en h o r os ouve, e os livra de quem chora por sua mãe.
todas as suas angústias. 15Mas eles com a m in h a adversidade se alegra­
1 “Perto está o Sen h or dos que têm o coração que­ vam e se congregavam ; os abjetos se congregavam
brantado, e salva os contritos de espírito. contra m im , e eu não o sabia; rasgavam -m e, e não
1’M uitas são as aflições do justo, m as o S en h or o cessavam.
livra de todas. l6C om hipócritas zom badores nas festas, rangiam
20Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um os dentes contra m im .
deles se quebra. l7Senhor, até quando verás isto? Resgata a m inha
21A malícia m atará o ím pio, e os que odeiam o j usto alma das suas assolações, e a m inha predileta dos leões.
serão punidos. l8Louvar-te-ei na grande congregação; entre m u i­
220 S enhor re sg a ta a a lm a d o s se u s s e rv o s, e n e ­ tíssimo povo te celebrarei.
n h u m d o s q u e n e le c o n fia m s e rá p u n id o . ' ’N ão se alegrem os m eus inim igos de m im sem
razão, nem acenem com os olhos aqueles que m e
D avi suplica para q u e D eus ju lg u e os ím pios odeiam sem causa.
Salmo de Davi 20Pois não falam de paz; antes projetam enganar os
PLEITEIA, S enhor , com aqueles que plei­ quietos da terra.
teiam com igo; peleja contra os que pelejam 2'A brem a b o c a d e p a re m p a r co n tra m im , e dizem:
contra m im . Ah! Ah! os nossos olhos o viram .
2Pega do escudo e da rodela, e levanta-te em m inha 22Tu, S enhor , o tens visto, não te cales; Senhor, não
ajuda. te alongues de m im :
3Tira da lança e obstrui o caminho aos que m e per­ 23D esperta e acorda para o m eu julgam ento, p ara a
seguem; dize à m inha alma: Eu sou a tua salvação. m inha causa, D eus m eu e S enhor m eu.
4Sejam confundidos e envergonhados os que bus­ 24Julga-m e segundo a tu a justiça, S en h or Deus
cam a m inha vida; voltem atrás e envergonhem -se m eu, e não deixes que se alegrem de m im .
os que contra m im tentam mal. 25N ão digam em seus corações: Ah! alm a nossa!
’Sejam com o a m oinha perante o vento; o anjo do N ão digam: N ós o havem os devorado.
S enhor os faça fugir. 26Envergonhem -se e co n fu n d am -se à u m a os que
'’Seja o seu cam inho tenebroso e escorregadio, e o se alegram com o m eu mal; vistam -se de vergonha e
anjo do S enhor os persiga. de confusão os que se engrandecem co n tra m im .
7Porque sem causa encobriram de m im a rede na 27C antem e alegrem -se os que am am a m in h a ju s­
cova, a qual sem razão cavaram para a m inha alma. tiça, e digam continuam ente: O S enhor seja en g ran ­
“Sobrevenha-lhe destruição sem o saber, e p ren ­ decido, o qual am a a prosperidade do seu servo.
da-o a rede que ocultou; caia ele nessa m esm a des­ 28E assim a m inha língua falará da tu a justiça e do
truição. teu louvor todo o dia.
9E a m inha alm a se alegrará no S en h o r ; alegrar-se-á
na sua salvação. A rtutlícia dos ím pios. D eu s salva os retos
“T odos osm eus ossos dirão: S enhor , quem é com o Salmo de Davi, servo do S e n h o r , para o m úsico-m or
tu, que livras o pobre daquele que é m ais forte do A TRANSGRESSÃO do ím pio diz no ín ti­
que ele? Sim, o pobre e o necessitado daquele que m o do m eu coração: N ão há tem o r de Deus
o rouba. perante os seus olhos.
"Falsas testem unhas se levantaram ; depuseram -Porque em seus olhos se lisonjeia, até qu e a sua
contra m im coisas que eu não sabia. iniqüidade se descubra ser detestável.
l2T ornaram -m e o m al pelo bem , ro u b an d o a m i­ 3As palavras da sua boca são m alícia e engano; dei­
nha alma. xou de en ten d er e de fazer o bem .
I3Mas, quanto a m im , q uando estavam enferm os, 4Projeta a m alícia na sua cama; põe-se n o cam inho
as m inhas vestes eram o saco; hum ilhava a m inha que não é bom ; n ão aborrece o mal.

549
SALMOS 36,37

5A t u a m is e ric ó rd ia , S en h or , está n o s c é u s , e a tu a 7Descansa no S enhor , e espera nele; não te indignes


fid e lid a d e chega a té à s m a is excelsas n u v e n s. p o r causa daquele que prospera em seu cam inho,
6A tu a justiça écom o as grandes m ontanhas; os teus p o r causa do hom em que executa astutos intentos.
juízos são um grande abismo. S enhor , tu conservas “Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de
os h om ens e os animais. form a algum a para fazer o mal.
7Q uão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que ’Porque os m alfeitores serão desarraigados; mas
os filhos dos hom ens se abrigam à sombra das tuas asas. aqueles que esperam no S enhor herdarão a terra.
“Eles se fartarão da gordura da tu a casa, e os farás 10Pois ainda u m pouco, e o ím pio não existirá; o lh a­
beber da corrente das tuas delícias; rás para o seu lugar, e n ão aparecerá.
9Porque em ti está o m anancial da vida; na tu a luz 11 Mas os m ansos herdarão a terra, e se deleitarão na
verem os a luz. abundância de paz.
“’Estende a tua benignidade sobre os que te conhe­ 120 ím pio m aquina contra o justo, e contra ele range
cem, e a tua justiça sobre os retos de coração. os dentes.
11 N ão venha sobre m im o pé dos soberbos, e não me 1;,0 S e n h o r se r ir á d e le , p o is v ê q u e v e m c h e g a n d o
m ova a m ão dos ímpios. o se u d ia.
I2Ali caem os que praticam a iniqüidade; cairão, e HOs ím pios puxaram da espada e arm aram o arco,
não se poderão levantar. para d errubarem o pobre e necessitado, e para m a­
tarem os de reta conduta.
A prosperidade dos pecadores acaba, e som ente 15Porém a sua espada lhes en trará no coração, e os
os ju sto s serão fe lize s seus arcos se quebrarão.
Salmo de Davi 16Vale m ais o p ouco que tem o justo, do que as ri­
NÃO te indignes p o r causa dos m alfeito­ quezas de m uitos ím pios.
res, nem tenhas inveja dos que praticam a l7Pois os braços dos ím pios se quebrarão, m as o
iniqüidade. S en h or sustém os justos.
2Porque cedo serão ceifados com o a erva, e m u r­ 1 sO S enhor conhece os dias dos retos, e a sua h era n ­
charão com o a verdura. ça perm anecerá para sem pre.
3Confia no S enhor e faze o bem ; habitarás na terra, l9N ão serão envergonhados nos dias m aus, e nos
e verdadeiram ente serás alim entado. dias de fom e se fartarão.
4Deleita-te tam bém n o S enhor , e te concederá os 20Mas os ím pios perecerão, e os inim igos do S enhor
desejos do teu coração. serão com o a g ordura dos cordeiros; desaparecerão,
’Entrega o teu cam inho ao S en h o r ; confia nele, e e em fum aça se desfarão.
ele o fará. 2lO ím pio to m a em prestado, e não paga; m as o
6E ele fará sobressair a tua justiça com o a luz, e o teu justo se com padece e dá.
juízo com o o m eio-dia. 22Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra,

Mas os fmpios perecerão consciência do rico que, após morrer afastado dos ideais divinos,
(37.20,34) padecia em tormentos, lembrando-se de sua anterior situação fa­
miliar (Lc 16.19-31).
Testemunhas de Jeová. Consideram que. neste texto, o
verbo perecer (na expressão ‘ perecerão’ ) declara 'perda
Os mansos herdarão a terra
de consciência' daqueles que morrem sem atender às exigências
(37.9,11,29)
de Jeová. Ou seja. tais pessoas passam do estado de existência
ffsica para a completa inexistência. Testemunhas de Jeová. Citam estes versículos em sua
pregação de casa em casa, proclamando a suposta espe­
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em primeiro lugar, deve-se
rança de uma vida eterna no paraíso na terra.
•*=» esclarecer que o mesmo termo hebraico para citar pereci­
mento do ímpio (abad) é empregado também para falar sobre o _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Ao serem analisados den-
perecimento do justo (Cf. Is 57.1; Mq 7.2). Todavia, os próprios <=» tro do seu próprio contexto, estes versículos apresen­
aniquilacionistas admitem que os justos não terão sua existência tam um quadro completamente diferente da crença dessa sei­
extinta. Dessa forma, torna-se forçosa a doutrina que ensina tal ta. Este salmo fala sobre a prosperidade aparente dos ímpios,
ocorrência em relação ao ímpio. que é passageira. Somente os justos seráo felizes. Embora al­
A palavra hebraica abad á usada para descrever coisas mera­ guns teólogos entendam que esteja se referindo ao milênio, o
mente perdidas, mas encontradas posteriormente. (Dt 22.3). A texto em análise não descreve um tempo futuro. O que se es­
parábola do rico e Lázaro ensina exatamente o contrário daqui­ pera ver no presente é que os mansos prosperem sob a bên­
lo que os aniquilacionistas tentam provar; ou seja, retrata a plena ção de Deus e os ímpios paguem um alto preço. Por exemplo,

550
SALMOS 37,38

e aqueles que forem p o r ele am aldiçoados serão 2Porque as tuas flechas se cravaram em m im , e a tua
desarraigados. m ão sobre m im desceu.
230 s p a s s o s d e um h o m e m bom sã o c o n f ir m a d o s 3Não há coisa sã na m in h a carne, p o r causa da tua
p e lo S enhor , e d e le ita -s e n o s e u c a m in h o . cólera; n em há paz em m eus ossos, p o r causa do m eu
24A inda que caia, não ficará prostrado, pois o Se­ pecado.
nhor o sustém com a sua mão. 4Pois jrf as m inhas iniqüidades ultrapassam a m i­
25Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desam ­ nha cabeça; com o carga pesada são dem ais para as
parado o justo, nem a sua semente a m endigar o pão. m inhas forças.
26C om padece-se sem pre, e em presta, e a sua se­ 5As m inhas chagas cheiram mal e estão corruptas,
m ente é abençoada. p or causa da m inha loucura.
27A parta-te do m al e faze o bem ; e terás m orada ''Estou encurvado, estou m u ito abatido, ando la­
para sempre. m entando todo o dia.
28Porque o S en h or am a o juízo e não desam para os 7Porque as m inhas ilhargas estão cheias de ardor, e
seus santos; eles são preservados para sempre; m as a não há coisa sã na m in h a carne.
sem ente dos ím pios será desarraigada. 8Estou fraco e m ui q u ebrantado; tenho rugido pela
29Os justos herdarão a terra e habitarão nela para inquietação do m eu coração.
sempre. 9Senhor, diante de ti está to d o o m eu desejo, e o m eu
,0A boca do justo fala a sabedoria; a sua língua fala gem ido não te é oculto.
do juízo. l0O m eu coração dá voltas, a m in h a força m e falta;
3,A lei do seu D eus está em seu coração; os seus
q uanto à luz dos m eus olhos, ela m e deixou.
passos não resvalarão.
1 ‘O s m eus am igos e os m eus com panheiros estão
,20 ím pio espreita ao justo, e procura m atá-lo.
ao longe da m inha chaga; e os m eus parentes se põem
330 S en h o r n ã o o d e ix a rá e m s u a s m ã o s , n e m o
à distância.
c o n d e n a r á q u a n d o f o r ju lg a d o .
12Tam bém os que buscam a m in h a vida m e arm am
34Espera no S en h or , e guarda o seu cam inho, e te
laços e os que procuram o m eu m al falam coisas que
exaltará para herdares a terra; tu o verás q uando os
danificam , e im aginam astúcias to d o o dia.
ím pios forem desarraigados.
13Mas eu, com o surdo, não ouvia, e era com o m udo,
35Vi o ím pio com grande p oder espalhar-se com o a
que não abre a boca.
árvore verde na terra natal.
l4Assim eu sou com o ho m em que não ouve, e em
36Mas passou e já não aparece; procurei-o, m as não
se pôde encontrar. cuja boca não há reprovação.
37N ota o hom em sincero, e considera o reto, porque •’Porque em ti, Se n h o r , espero; tu , Senhor m eu
o fim desse hom em é a paz. Deus, m e ouvirás.
38Q uanto aos transgressores, serão à um a destruí­ l6P orque dizia eu: O uve-me, p ara q ue não se ale­
dos, e as relíquias dos ím pios serão destruídas. grem de m im . Q u an d o escorrega o m eu pé, eles se
39Mas a salvação dos justos vem do S en h o r ; ele é a engrandecem contra m im .
sua fortaleza no tem po da angústia. l7P orque estou prestes a coxear; a m in h a d o r está
40E o S enhor os ajudará e os livrará; ele os livrará dos constantem ente p erante m im .
ím pios e os salvará, p o rq u an to confiam nele. 18Porque eu declararei a m inha iniqüidade; afligir-
m e-ei p o r causa do m eu pecado.
A dor e o arrep en d im en to do pecador 19Mas os m eus inim igos estão vivos e são fortes, e os
Salmo de Davi para lembrança que sem causa m e odeiam se m ultiplicam .
ó S enhor , n ã o m e r e p re e n d a s n a t u a ira , 20Os que dão m al pelo bem são m eus adversários,
n e m m e c a s tig u e s n o t e u fu ro r. p orqu an to eu sigo o q u e é bom .

nos versículos 1 e 2 , temos a recomendação de que não deve­ to, entendemos que os textos em referência dizem respeito aos
mos nos indignar por causa dos malfeitores. No 25, o salmista benefícios imediatos da boa conduta e ao fim infeliz dos ímpios.
descreve o que observou em sua própria vida. O mesmo ocor­ 0 alvo de Israel era manter os limites geopolíticos de sua nação, o
re com os demais. que somente seria possível pela graça de Deus: “os mansos her­
Concluímos, então, que este salmo fala de eventos que aconte­ darão a terra” . Aqueles que fossem submissos a Deus entrariam
ceram durante a vida de Davi. Quando analisamos o seu contex­ e permaneceriam na terra prometida.

551
SALMOS 38 ,3 9 ,4 0

2'N ão m e desam pares, Se nho r , m eu D eus, não te l3Poupa-m e, até que tom e alento, antes que m e vá,
alongues de m im . e não seja mais.
22 A pressa-te em m eu auxílio, Senhor, m inha sal­
vação. A obediência é ntelhor do q u e o sacrifício
Salmo de Davi para o m úsico-m or
A brevidade e vaidade da vida ESPEREI com paciência no Senho r , e ele se
Salmo de Davi para o músico-mor, para Jedutum inclinou para m im , e ouviu o m eu clamor.
EU disse: G uardarei os m eus cam inhos para 2T iro u -m ed u m lago horrível, d um charco de lodo,
não pecar com a m inha língua; guardarei a pôs os m eus pés sobre u m a rocha, firm ou os m eus
boca com um freio, enquanto o ím pio esriverdiante passos.
de m im . 3E pôs u m novo cântico n a m inha boca, um h ino ao
2C om o silêncio fiquei m udo; calava-m e m esm o nosso Deus; m uitos o verão, e tem erão, e confiarão
acerca do bem , e a m inha d o r se agravou. no Senho r .
3E squentou-se-m e o coração d entro de m im ; en­ 4Bem -aventurado o hom em que põe no Se n h o r a
q u anto eu m editava se acendeu um fogo; então falei sua confiança, e que não respeita os soberbos nem
com a m inha língua: os que se desviam para a m entira.
■‘Faze-me conhecer, Sf.nhor , o m eu fim,e a medida dos sMuitas são, Se nho r m eu Deus, as m aravilhas que
meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil. tens operado para conosco, e os teus pensam entos
sEis que fizeste os m eus dias como a palm os; o nãose podem contardiantedeti;seeuosquiseraanun-
tem po da m in h a vida é com o nada diante de ti; na ciar, e deles falar, são mais do que se podem contar.
verdade, todo hom em , p o r m ais firm e que esteja, é 6Sacrifício e oferta não quiseste; os m eus ouvidos
totalm ente vaidade. (Selá.) abriste; holocausto e expiação pelo pecado não
6Na verdade, todo hom em anda num a vã aparên­ reclamaste.
cia; na verdade, em vão se inquietam ; am ontoam 7E ntão disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de
riquezas, e não sabem quem as levará. m im está escrito.
7Agora, pois, Senhor, que espero eu? A m inha espe­ HD eleito-m e em fazer a tu a vontade, ó D eus meu;
rança está em ti. sim , a tu a lei está d en tro do m eu coração.
sLivra-m e de todas as m inhas transgressões; não ’Preguei a justiça na grande congregação; eis que
m e faças o o p róbrio dos loucos. não retive os m eus lábios, Senho r , tu o sabes.
''Emudeci; não abro a m inha boca, p o rq u an to tu "’N ão escondi a tu a justiça d en tro do m eu cora­
o fizeste. ção; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não
l0Tira de sobre m im a tua praga; estou desfalecido escondi da grande congregação a tu a benignidade e
pelo golpe da tua mão. a tua verdade.
' ' Quando castigas o hom em , com repreensões po r " N ã o retires de m im , Se n h o r , as tuas m isericór­
causa da iniqüidade, fazes com que a sua beleza se dias; guardem -m e continuam ente a tua benignida­
consum a com o a traça; assim todo hom em é vaida­ de e a tua verdade.
de. (Selá.) l2P orque males sem n ú m ero m e têm rodeado; as
l2Ouve, Se nho r , a m in h a oração, e inclina os teus m inhas iniqüidades m e p ren d eram de m o d o que
ouvidos ao m eu clam or; não te cales perante as m i­ não posso olhar para cima. São m ais num erosas do
nhas lágrimas, porque sou um estrangeiro contigo e que os cabelos da m in h a cabeça; assim desfalece o
peregrino, com o todos os m eus pais. m eu coração.

No rolo do livro de mim está escrito lei (Gl 4.4-6) .Tendo nascido sob a lei, Jesus cumpriu os seguin­
(40.7) tes preceitos: a) foi circuncidado (Lc 2.21); b) foi levado ao tem­
plo de Jerusalém (Cf. Lc 2.22 com Èx 13.2; Lv 12.2-4,6); c) guar­
(Ty ?| Adventismo do Sétimo Dia. Declara que a lei perfeita é o
dou, aos doze anos, a festa da Páscoa (Cf. Lc 2.39 com Lv 23.5.
\M U decálogo, por isso não pode ser mudada; e também que
6 ); d) guardou o sábado e os demais preceitos.
este texto se aplica profeticamente a Jesus. E se Jesus guardou a
Mas na cruz terminou a vigência das coisas previstas pela lei, in­
lei (os Dez Mandamentos), nós também devemos guardá-la.
clusive a observância do sábado (Ef 2.15; Cl 2.14-17).
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Palavra de Deus ensina
«= que Jesus guardou a lei porque nasceu sob a jurisdição da

552
SALMOS 40,41,42

l3D igna-te, S en h o r , livrar-m e: S enhor , apressa-te 7Todos os que m e odeiam m u rm u ram à u m a con­
em m eu auxílio. tra m im ; contra m im im aginam o mal, dizendo:
l4Sejam à um a confundidos e envergonhados os “Uma doença m á se lhe tem apegado; e agora que
que buscam a m inha vida para destruí-la; tornem está deitado, não se levantará mais.
atrás e confundam -se os que m e querem mal. 9Até o m eu p ró p rio am igo íntim o, em quem eu tan­
,5Desolados sejam em pago da sua afronta os que to confiava, que com ia do m eu pão, levantou contra
m e dizem: Ah! Ah! m im o seu calcanhar.
''’Folguem e alegrem -se em ti os que te buscam ; "’Porém tu, S enhor , tem piedade de m im ,e levanta-
digam constantem ente os que am am a tu a salvação: me, para que eu lhes dê o pago.
" P o r isto conheço eu qu e tu m e favoreces: que o
M agnificado seja o S enhor .
m eu inim igo não triu n fa de m im .
l7Mas eu sou pobre e necessitado; co n tu d o o Se­
12Q uanto a m im , tu m e sustentas na m in h a sinceri­
n h o r cuida de m im . Tu és o m eu auxílio e o m eu
dade, e m e puseste diante da tu a face p ara sempre.
libertador; não te detenhas, ó m eu Deus.
1’Bendito seja o S en h or D eus de Israel de século em
século. A m ém e Amém.
A traição dos inim igos e o socorro de D eus
Salmo de Davi para o m úsico-m or
A alm a anela por servir a D eus no seu tem p lo
BEM-AVENTURADO é aquele que atende
M asquil para o músico-m or, entre os filhos de Coré
ao pobre; o S e n h o r o livrará no dia do mal.
ASSIM com o o cervo bram a pelas correntes
20 S enhor o livrará, e o conservará em vida; será das águas, assim suspira a m in h a alm a por
abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade ti, ó Deus!
de seus inimigos. 2A m inha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quan­
'O S enhor o s u s te n ta r á n o le ito d a e n fe r m id a d e ; tu do entrarei e m e apresentarei ante a face de Deus?
o r e s ta u ra rá s d a s u a c a m a d e d o e n ç a . 3As m inhas lágrim as servem -m e de m an tim en to
4Dizia eu: S enhor , tem piedade de m im ; sara a m i­ de dia e de noite, en q u an to m e dizem co n stan te­
nh a alma, porque pequei contra ti. mente: O n d e está o teu Deus?
sOs m eus inim igos falam m al de m im , dizendo: 4Q uan d o m e lem bro disto, d entro de m im derram o
Q uando m orrerá ele, e perecerá o seu nome? a m inh a alma; pois eu havia ido com a m ultidão. Fui
6E, se algum deles vem ver-m e, fala coisas vãs; no com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor,
seu coração am ontoa a m aldade; saindo para fora, com a m ultidão que festejava.
é disso que fala. 5Por que estás abatida, ó m in h a alm a, e por que te

A minha alma tem sede de Deus (...] quando entrarei e RESPOSTA APOLOGÉTICA. No versículo 6 do capítulo
me apresentarei ante a face de Deus? em análise, a Bíblia fala que o homem tem uma alma den­
(42.2) tro dele. o que é repetido na referência 43.5.0 ensino de Jesus,
em Mateus 10.28, é que a alma é distinta do corpo e sobrevive
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O ateismo declara que a
t religião é uma neurose das massas, mas sequer é capaz de
distinguir religião de fé cristã. Religião é um conjunto de normas
à morte física. A palavra alma (no hebraico nephesh e no gre­
go, psychê) é empregada em vários sentidos derivados. Em Gê­
nesis 2.7, pode ser entendida por pessoa, que é todo o ser que
criadas pelo homem, e muitas delas para a sua própria conveni­
possui os atributos de inteligência, vontade própria e sensibili­
ência, dando-lhe conotação de obrigatoriedade (Mc 7.7; Tt 1.14).
dade. Não é possível, contudo, aplicar este sentido, em Gêne­
Fé cristã, em toda a sua extensão, se inicia e transcorre de acor­
sis 1.20,24,30, aos animais, pois, embora tenham alma sensiti­
do com a supervisão divina (Jo 16.8).
va, não são pessoas.
O compromisso do evangelista cristão é anunciar o evangelho
Em sentido próprio, a palavra alma indica a parte imaterial, invi­
grafado na Bíblia, que, ao contrário da religião, não se constitui
sível, inteligente e consciente do homem que é separada do cor­
em mandamento de homens. Deus, por virtude peculiar e exclusi­
po por ocasião da morte física (Gn 35.18; Mt 10.28; Lc 12.4,5),
va, convence o ouvinte da veracidade de sua Palavra. O versículo
mas reunida ao corpo quando da ressurreição (1 Rs 17.21-22).
em análise demonstra que a crença em um ser supremo (Deus) é
No estado Intermediário, entre a morte e a ressurreição do corpo,
inerente ao homem, que é esclarecido quanto às questões da fé
a alma permanece em estado consciente, no céu — se for cristã
ao adquirir contato com a Bíblia.
(2Co 5.6-8; Fp 1.21-23), ounohades, em sofrimento — se for in­
Testemunhas de Jeová. Dizem que o homem não tem crédula (Lc 16.22-25). Por ocasião da ressurreição, no arrebata­
uma alma consciente e inteligente (a parte imaterial, rela­ mento da Igreja, o corpo (que agora jaz no pó da terra) e a alma se­
cionada ao homem interior). É apenas uma alma. Morreu o ho­ rão reunidos. Os cristãos ressuscitarão e possuirão a imortalidade
mem, morreu a alma. do corpo (1Co 15.51-53; Fp3.20,31; 1Ts 4.14,16,17).

553
SALMOS 4 2 ,4 3 ,4 4

p ertu rb as em mim ? Espera em Deus, pois ainda o ’Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem
louvarei pela salvação da sua face. o seu braço os salvou, mas a tua destra e o teu braço,e a
('Ó m eu Deus, dentro de m im a m inha alma está aba­ luz da tu a face, porquanto te agradaste deles.
tida; p o r isso lem bro-m e de ti desde a terra do Jordão, 4Tu és o m eu Rei, ó Deus; o rd en a salvações para
e desde os herm onitas, desde o pequeno monte. Jacó.
7Um abism o cham a outro abism o, ao ruído das tuas 'P o r ti vencerem os os nossos inim igos; pelo teu
catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm nom e pisarem os os que se levantam contra nós.
passado sobre m im . 'P ois eu não confiarei no m eu arco, nem a m inha
8C ontudo o Se n h o r m an d ará a sua m isericórdia espada m e salvará.
de dia, e de noite a sua canção estará com igo, um a 7Mas tu nos salvaste dos nossos inim igos, e co n fu n ­
oração ao D eus da m inha vida. diste os que nos odiavam.
‘'Direi a Deus, m inha rocha: Por que te esqueceste 8Em Deus nos gloriam os todo o dia, e louvam os o
de mim ? Por que ando lam entando p o r causa da teu nom e eternam ente. (Selá.)
opressão do inimigo? 9Mas agora tu nos rejeitaste e nos confundiste, e não
l0Com ferida m ortal em m eus ossos m e afrontam sais com os nossos exércitos.
os m eus adversários, quando todo dia m e dizem: "'Tu nos fazes retirar do inim igo, e aqueles que nos
O nde está o teu Deus? odeiam nos saqueiam para si.
" P o r que estás abatida, ó m inha alm a, e p o r que 11 Tu nos entregaste com o ovelhas para com er, e nos
te p erturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois espalhaste entre os gentios.
ainda o louvarei, o qual é a salvação da m inha face, ' 2Tu vendes p o r nada o teu povo, e não aum entas a
e o m e u Deus. tua riqueza com o seu preço.
13Tu nos pões por opróbrio aos nossos vizinhos, por
Oração para q u e seja restituído aos escárnio e zom baria daqueles que estão à roda de nós.
privilégios do santuário l4Tu nos pões p o r provérbio entre os gentios, p o r
FAZE-ME justiça, ó Deus, e pleiteia a m inha m ovim ento de cabeça entre os povos.
causa contra a nação ím pia. Livra-m e do 15A m inha confusão está constantem ente diante de
hom em fraudulento e injusto. m im , e a vergonha do m eu rosto m e cobre,
2Pois tu és o Deus da m inha fortaleza; po r que m e l6À voz daquele que afronta e blasfema, p o r causa
rejeitas? Por que ando lam entando po r causa da do inim igo e do vingador.
opressão do inimigo? l7Tudo isto nos sobreveio; contudo não nos esque­
3Envia a tua luz e a tua verdade, para que m e guiem cemos de ti, nem nos houvem os falsam ente contra
e m e levem ao teu santo m onte, e aos teus tab ern á­ a tu a aliança.
culos. I80 nosso coração não voltou atrás, nem os nossos
4Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a m inha passos se desviaram das tuas veredas;
grande alegria, e com harp a te louvarei, ó Deus, l9A inda que nos q uebrantaste n um lugar de d ra ­
D eus meu. gões, e nos cobriste com a som bra da m orte.
5Por que estás abatida, ó m inha alma? E p o r que i0Se nós esquecem os o nom e do nosso Deus, e es­
te p ertu rbas dentro de mim? Espera em Deus, pois tendem os as nossas m ãos para um deus estranho,
ainda o louvarei, o qual é a salvação da m inha face e 2 ' Porventuranão esquadrinhará Deus isso? Pois ele
Deus m eu. sabe os segredos do coração.
22Sim, p o r am o r de ti, som os m o rto s to d o o dia;
L em b ra n ça dos favores antigos e pedido de livra­ som os reputados com o ovelhas para o m atadouro.
m e n to dos m ales presentes 21D esperta, p o r que dorm es, Senhor? Acorda, não
Masquil para o músico-mor, entre o filhos de Coré nos rejeites para sempre.
0 DEUS, nós ouvim os com os nossos
24Por que escondes a tu a face, e te esqueces da nossa
ouvidos, e nossos pais nos têm contado a m iséria e da nossa opressão?
ob ra que fizeste em seus dias, nos tem pos da a n ti­ 25Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso
guidade. ventre se apega à terra.
2C om o expulsaste os gentios com a tua m ão e os plan- 26Levanta-te em nosso auxílio, e resgata-nos por
taste a eles; como afligiste os povos e os derrubaste. am or das tuas m isericórdias.

554
SALMOS 45,46

União en tre o R ei e seu povo 14Levá-la-ão ao rei com vestidos bordados; as vir­
gens que a acom panham a trarão a ti.
Masquil, cântico dc amor, para o músico-m or, entre os fi­
lhos de Coré, sobre Shoshanim 15C om alegria e regozijo as trarão; elas entrarão no
O MEU coração ferve com palavras palácio
boas, do rei.
falo do que tenho feito no tocante ao Rei. A l6Em lugar de teus pais estarão teus filhos; deles
m inha língua é a pena de um destro escritor. farás príncipes sobre to d a a terra.
*Tu és m ais form oso do que os filhos dos hom ens; l7Farei lem brado o teu nom e de geração em gera­
a graça se d erram ou em teus lábios; po r isso Deus te ção; p o r isso os povos te louvarão eternam ente.
abençoou para sempre.
’Cinge a tu a espada à coxa, ó valente, com a tua A /é perfeita q u e aq u ele q u e crê te m e m D eus
glória e a tua majestade. Cântico sobre Alamote, para o m úsico-m or

4E neste teu esplendor cavalga prosperam ente, por entre os filhos de Core

causa da verdade, da m ansidão e da justiça; e a tua DEUS éo nosso refugio e fortaleza, socorro
bem presente na angústia.
destra te ensinará coisas terríveis.
2P ortan to não tem erem os, ainda que a terra se
’As tuas flechas são agudas no coração dos inim igos
m ude, e ainda que os m ontes se tran sp o rte m para
do rei, epor elas os povos caíram debaixo de ti.
o m eio dos mares.
'O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro
3A inda que as águas ru jam e se p ertu rb em , ainda
do teu reino é um cetro de eqüidade.
que os m ontes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
7Tu am as a justiça e odeias a im piedade; p o r isso
4H á um rio cujas correntes alegram a cidade de
Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais
Deus, o santuário das m oradas do Altíssimo.
do que a teus com panheiros.
5D eus está n o m eio dela; não se abalará. D eus a
T o d a s as tuas vestes cheiram a m irra e aloés e cássia,
ajudará, já ao rom per da m anhã.
desde os palácios de m arfim de onde te alegram. '’Os gentios se em braveceram ; os reinos se m ove­
9 As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres ram ; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.
mulheres; à tua direita estava a rainha o rnada de 70 S en h o r dos Exércitos está conosco; o D eus de
finíssimo ouro de Ofir. Jacó éo nosso refúgio. (Selá.)
10Ouve, filha, e olha, e inclina os teus ouvidos; es- “Vinde, contem plai as obras do Sen h o r ; que deso­
quece-te do teu povo e da casa do teu pai. lações tem feito na terra!
11 Então o rei se afeiçoará da tu a form osura, pois ele 9Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra
é teu Senhor; adora-o. o arco e corta a lança; queim a os carros no fogo.
12E a filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos l0Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exal­
do povo suplicarão o teu favor. tado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.
13A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido 110 S enhor dos Exércitos está conosco; o D eus de
é entretecido de ouro. Jacó é o nosso refugio. (Selá.)

As tuas flechas são agudas Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus


(45.3-5) (46.10)
/fof Islamismo. Afirma que este versículo aplica-se a Maomé. Meditação transcendental. Seu fundador. Maharishi
vS? que subjugou seus inimigos, sendo conhecido como o pro­
feta da espada, e não a Jesus, uma vez que nunca veio com uma
4 Mahesh Yogi. interpreta esta passagem a seu modo, a fim
de afirmar a deidade do homem: ‘ Saiba que você é deus e quando
espada (Mt 26.52). você entender que você é deus, você começará a viver a divinda­
de, e vivendo a divindade não terá mais razão para sofrer".
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto imediato, versículo
■=> 6 . identifica que a referência aplica-se a Deus e não a Maomé. __g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Será que o homem, por meio
Até mesmo o povo muçulmano compreende isso. pois crêem que -=• de esforço pessoal, poderia adquirir os atributos da divin­
Maomé foi apenas um profeta humano. Assim, estas palavras só po­ dade? Não! Este salmo hebreu não está insinuando a possibili­
dem ser corretamente aplicadas aJesus Cristo (Jo 8.58; 10.30). Além dade de o homem se tomar um deus. Isso seria um absurdo, uma
disso, temos a comprovação do Novo Testamento de que a passa­ blasfêmia (At 12.21 -23). O texto faz gritante distinção entre a cria­
gem em análise está-se referindo de fato a Cristo (Hb 1.8 ) que, em­ ção (o homem e aterra) e o Criador (Deus). Observe as seguintes
bora não tenha vindo com espada em sua primeira vinda, certa­ referências bíblicas: Dt 6 .4 ; 32.39:2Sm 7.22; 1Rs 8.60; SI 86.10;
mente virá portando uma na segunda vinda (Ap 19.11 -16). Is 44.6; Jl 2.27; 1Tm 2.5; Tg 2.19.

555
SALMOS 47 ,4 8 ,4 9

O triu n fo do reino de D eus '"Segundo é o teu nom e, ó D eus, assim é o teu lou­
Salmo para o músico-mor, entre os filhos de Coré vor, até aos fins da terra; a tua m ão direita está cheia
BATEI palm as, todos os povos; aclam ai a de justiça.
D eus com voz de triunfo. ' ' Alegre-se o m o n te de Sião; alegrem -se as filhas de
2P orque o Se n h o r Altíssimo é trem endo, e Rei gran­ Judá por causa dos teus juízos.
de sobre toda a terra. 12Rodeai Sião, e cercai-a, contai as suas torres.
3Ele nos subjugará os povos e as nações debaixo ' -’Marcai bem os seus antem uros, considerai os seus
dos nossos pés. palácios, para que o conteis à geração seguinte.
4Escolherá para nós a nossa herança, a glória de ' 4Porque este D eus é o nosso Deus para sempre; ele
Jacó, a quem am ou. ( Selá. ) será nosso guia até à m orte.
5Deus subiu com júbilo, o Sen h o r subiu ao som de
trom beta. A vaidade dos bens terrestres
6C antai louvores a Deus, cantai louvores; cantai Salmo para o m úsico-m or, entre os filhos de Coré

louvores ao nosso Rei, cantai louvores. OUVI isto, vós to d o s os povos; inclinai os
7Pois D eus é o Rei de toda a terra, cantai louvores ouvidos, todos os m oradores do m undo,
-Tanto baixos com o altos, tanto ricos com o pobres.
com inteligência.
3A m inha boca falará de sabedoria, e a m editação
KDeus reina sobre os gentios; D eus se assenta sobre
do m eu coração será de entendim ento.
o tro n o da sua santidade.
4Inclinarei os m eus ouvidos a um a parábola; decla­
9Os príncipes do povo se ajuntam , o povo do Deus
rarei o m eu enigm a na harpa.
de Abraão; porque os escudos da terra são de Deus.
5Por que temerei eu nos dias m aus, quando m e cer­
Ele está m uito elevado!
car a iniqüidade dos que me arm am ciladas?
6Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam
A beleza e os -privilégios d e Sião
na m ultidão das suas riquezas,
Cântico e salmo para os filhos de Coré
7N enhum deles de m odo algum pode rem ir a seu
GRANDE é o Se nho r e m ui digno de louvor,
irm ão, ou dar a D eus o resgate dele
na cidade do nosso Deus, no seu m onte 8(Pois a redenção da sua alma é caríssim a, e cessará
santo. para sem pre),
2Form oso de sítio, e alegria de toda a terra é o m onte ’Para que viva p ara sem pre, e não veja corrupção.
Sião sobre os lados do norte, a cidade do grande Rei. "’Porque ele vê que os sábios m o rrem ; perecem
3Deus é conhecido nos seus palácios p o r um alto igualm ente tan to o louco com o o brutal, e deixam a
refúgio. outros os seus bens.
4 Porque eis que os reis se ajuntaram ; eles passaram " O seu pensam ento interior é que as suas casas
juntos. serão perpétuas e as suas habitações de geração em
5V iram -no e ficaram m aravilhados; ficaram as­ geração; dão às suas terras os seus pró p rio s nom es.
som brados e se apressaram em fugir. 12Todavia o ho m em que está em h o n ra não p erm a­
'’Trem or ali os tom ou, e dores com o de m ulher de nece; antes é com o os anim ais, que perecem .
parto. 13Este cam inho deles é a sua loucura; co ntudo a sua
7Tu q uebras as naus de T ársis com um vento posteridade aprova as suas palavras. (Selá.)
o riental. l4C om o ovelhas são postos n a sepultura; a m orte
sC om o o ouvim os, assim o vim os n a cidade do Se­ se alim entará deles e os retos terão d o m ínio sobre
n h o r dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus eles na m anhã, e a sua form osura se consum irá na
a confirm ará para sempre. (Selá.) sepultura, a habitação deles.
^Lem bram o-nos, 6 Deus, da tua benignidade, no ''’Mas D eus rem irá a m inha alm a do p oder da se­
m eio do teu tem plo. p ultura, pois m e receberá. (Selá.)

so que o aperfeiçoe. Se esse bem é estendido aos semelhantes —


Pode remir a seu irmão
quanto mais, melhor— assegurar-se-á a descarga da dívida'.
(49.7-9)
Mas as Escrituras ensinam que ninguém pode redimir-se a
cfja COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A logosofia ensina que “o si mesmo. Somente a graça de Deus. pela fé no sangue de
u homem pode sim redimir gradualmente suas culpas median­ Jesus Cristo, derramado na cruz do calvário, pode nos resgatar
te o bem que representa para si a realização rigorosa de um proces­ (Ef2.8; C M .13,14).

556
SALMOS 49,50,51

16N ão temas, quando alguém se enriquece, quando ' “Q uan d o vês o ladrão, consentes com ele, e tens a
a glória da sua casa se engrandece. tua parte com adúlteros.
17Porque, quando m orrer, nada levará consigo, nem 19Soltas a tu a b o cap ara o m al,e a tua língua com põe
a sua glória o acom panhará. o engano.
18 A inda que na sua vida ele bendisse a sua alma; e os 20A ssentas-te a falar co n tra teu irm ão; falas mal
homens te louvarão, quando fizeres bem a ti mesmo, contra o filho de tu a mãe.
19Irá para a geração de seus pais; eles nunca verão 2' Estas coisas tens feito, e eu m e calei; pensavas que
a luz. era tal com o tu, mas eu te argüirei, e as porei por
2H0 hom em que está em honra, e não tem entendi­ ordem diante dos teus olhos:
m ento, é sem elhante aos anim ais, que perecem. 220 u v i pois isto, vós qu e vos esqueceis de Deus;
para que eu vos não faça em pedaços, sem haver
O bedecer é m elh o r q u e sacrificar quem vos livre.
Salmo de Asafe 23Aquele que oferece o sacrifício de louvor m e glo­
O cha­ e àquele que bem ordena o seu cam inho eu
DEUS poderoso, o Se n h o r , falou erificará;
m ou a terra desde o nascim ento do sol até m ostrarei a salvação de Deus.
ao seu ocaso.
2Desde Sião, a perfeição da form osura, resplande­ D avi confessa o seu pecado
ceu Deus. Salmo de Davi para o músico- mor, quando o profeta Natã
’Virá o nosso Deus, e não se calará; um fogo se irá veio a ele, depois dele ter possuído a Bate-Seba
consum indo diante dele, e haverá grande torm enta 1 TEM m isericórdia de m im , ó Deus, segundo
ao redor dele. 5 X a tu a benignidade; apaga as m inhas tran s­
4C ham ará os céus lá do alto, e a terra, p ara julgar gressões, segundo a m ultidão das tuas misericórdias.
o seu povo. 2Lava-me com pletam ente da m inha iniqüidade, e
5A juntai-m e os m eus santos, aqueles que fizeram purifica-m e do m eu pecado.
com igo um a aliança com sacrifícios. 3P orque eu conheço as m inhas transgressões, e o
6E os céus anunciarão a sua justiça; pois D eus m es­ m eu pecado está sem pre d iante de m im .
m o éo Juiz. (Selá.) 4C o n tra ti, co n tra ti som ente pequei, e fiz o que é
7Ouve, povo m eu, e eu falarei; ó Israel, e eu protes­ mal à tu a vista, para que sejas justificado q uando
tarei contra ti: Sou Deus, sou o teu Deus. falares, e p u ro q u an d o julgares.
“N ão te repreenderei pelos teus sacrifícios, ou holo- 5Eis qu e em iniqüidade fui form ado, e em pecado
caustos, que estão continuam ente perante m im . m e concebeu m inha mãe.
9Da tu a casa não tirarei bezerro, nem bodes dos 6Eis que am as a verdade n o íntim o, e no oculto m e
teus currais. fazes conhecer a sabedoria.
‘“Porque m eu é todo anim al da selva, eo gado sobre 7Purifica-m e com hissopo, e ficarei puro; lava-me,
milhares de m ontanhas. e ficarei m ais branco do que a neve.
"C o n h eço todas as aves dos m ontes; e m inhas são 8Faze-m e ouvir júbilo e alegria,para que gozem os
todas as feras do campo. ossos que tu quebraste.
12Se eu tivesse fome, não to diria, pois m eu éo m u n ­ 9Esconde a tua face dos m eus pecados, e apaga todas
do e toda a sua plenitude. as m inhas iniqüidades.
l3Com erei eu carne de touros? o u beberei sangue ‘°Cria em m im , ó Deus, um coração puro, e renova
de bodes? em m im um espírito reto.
l4Oferece a D eus sacrifício de louvor, e paga ao 1 'N ão m e lances fora da tu a presença, e não retires
Altíssimo os teus votos. de m im o teu Espírito Santo.
I5E invoca-m e no dia da angústia; eu te livrarei, e tu l2Torna a d ar-m e a alegria da tu a salvação, e sus-
me glorificarás. tém -m e com um espírito voluntário.
l6Mas ao ím pio diz Deus: Q ue fazes tu em recitar ,3Então ensinarei aos transgressores os teus cam i­
os m eus estatutos, e em to m a r a m inha aliança na nhos, e os pecadores a ti se converterão.
tua boca? l4Livra-m e dos crim es de sangue, ó D eus, Deus da
17Visto que odeias a correção, e lanças as m inhas m inha salvação, e a m in h a língua louvará altam ente
palavras para detrás de ti. a tu a justiça.

557
SALMOS 5 1 ,5 2 ,5 3 ,5 4 ,5 5

l5Abre, Senhor, os m eus lábios, e a m in h a boca ’Desviaram-se todos, e juntam ente se fizeram im un­
entoará o teu louvor. dos; não há quem faça o bem , não, nem sequer um.
IAPois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu 4Acaso não têm conhecim ento os que praticam a
não te deleitas em holocaustos. iniqüidade, os quais com em o m eu povo cotno se
17O s sacrifícios para D eus são o espírito q uebran­ com essem pão? Eles não invocaram a Deus.
tado; a um coração queb ran tad o e contrito não 5Ali se acharam em grande tem or, onde não havia
desprezarás, ó Deus. tem or, pois D eus espalhou os ossos daquele que te
l8Faze o bem a Sião, segundo a tu a boa vontade; cercava; tu os confundiste, p orque Deus os rejeitou.
edifica os m uros de Jerusalém. 6Oh! se já de Sião viesse a salvação de Israel! Q u a n ­
’“Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos do Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então se
holocaustos e das ofertas queim adas; então se ofe­ regozijará Jacó e se alegrará Israel.
recerão novilhos sobre o teu altar.
D avi roga a D eus q u e o salve dos seus inim igos
D avi prediz a ruína do ím p io Masquil de Davi para o m úsico-m or sobre Neginote, quan­
Masquil de Davi para o músico-mor, quando Doegue, o e do os zifeus vieram e disseram a Saul:
do meu, o anunciou a Saul, e lhe disse: Davi veio à casa de
Porventura não está escondido entre nós?
Abimeleque
SALVA-ME, ó Deus, pelo teu nom e, e faze-
POR que te glorias na malícia, ó hom em p o ­ m e justiça pelo teu poder.
deroso? Pois a bondade de Deus permanece
2Ó Deus, ouve a m inha oração, inclina os teus o u ­
continuam ente.
vidos às palavras da m inha boca.
2 A tua língua intenta o m al, com o um a navalha
3Porque os estran h o s se levantam co n tra m im , e
am olada, traçando enganos.
tiranos pro cu ram a m inha vida; não têm posto D eus
’Tu am as m ais o m al do que o b em ,e a m entira mais
perante os seus olhos. (Selá.)
do que o falar a retidão. (Selá.)
4Eis que Deus é o m eu ajudador, o S enhor está com
4Amas todas as palavras devoradoras, ó língua
aqueles que sustêm a m inha alma.
fraudulenta.
’Ele recom pensará com o mal os m eus inim igos.
5Tam bém D eus te destruirá para sem pre; arreba­
D estrói-os na tua verdade.
tar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarrai­
6Eu te oferecerei voluntariam ente sacrifícios; lo u ­
gar-te-á da terra dos viventes. (Selá.)
varei o teu nom e, ó Senhor , p o rq u e é bom ,
6E os justos o verão, e tem erão: e se rirão dele, di­
7Pois m e tem livrado de toda a angústia; e os m eus
zendo:
7Eis aqui o hom em que não pôs em Deus a sua forta­ olhos viram o m eu desejo sobre os m eus inimigos.
leza, antes confiou na abundância das suas riquezas,
ese fortaleceu na sua m aldade. D avi queixa-se da m alícia dos seus inim igos
Masquil de Davi para o músico-mor, sobre Neginote
8Mas eu sou com o a oliveira verde na casa de Deus;
confio n a m isericórdia de D eus p ara sem pre, eter­ INCLINA, ó Deus, os teus ouvidos à m inha
nam ente. oração, e não te escondas da m inha súplica.
“Para sem pre te louvarei, porque tu o fizeste, e es­ 2 A tende-m e, e ouve-me; lam ento na m inha queixa,
perarei no teu nom e, p orque é bom diante de teus e faço ruído,
santos. ’Pelo clam or do inim igo e por causa da opressão do
ím pio; pois lançam sobre m im a iniqüidade, e com
O ím p io nega a existência de D eus furor m e odeiam .
Masquil de Davi para o músico-m or, sobre Maalate 40 m eu coração está d olorido d en tro de m im , e
DISSE o néscio no seu coração: N ão há terrores da m o rte caíram sobre m im .
Deus. 5Tem or e trem o r vieram sobre m im ; e o h o rro r m e
T êm -se corrom pido, e com etido abom inável in i­ cobriu.
qüidade; não há ninguém que faça o bem . 6Assim eu disse: Oh! qu em m e dera asas com o de
2D eus olhou desde os céus para os filhos dos h o ­ pom ba! Então voaria, e estaria em descanso.
m ens, para ver se havia algum que tivesse en ten d i­ 7Eis que fugiria para longe, ep ern o itaria no deserto.
m en to e buscasse a Deus. (Selá.)

558
SALMOS 55,56,57

8A pressar-m e-ia a escapar da furia do vento e da 4 Em Deus louvarei asua palavra, em Deus pusam inha
tem pestade. confiança; não temerei o que m e possa fazer a carne.
9Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois 5Todos os dias torcem as m inhas palavras; todos os
tenho visto violência e contenda na cidade. seus pensam entos são co n tra m im p ara o mal.
l0De dia e de noite a cercam sobre os seus m uros; 6A juntam -se, escondem -se, m arcam os m eus pas­
iniqüidade e m alícia estão no m eio dela. sos, com o aguardando a m in h a alma.
1 'M aldade há dentro dela; astúcia e engano não se 7Porventura escaparão eles p o r m eio da sua iniqüi­
apartam das suas ruas. dade? Ó Deus, d erru b a os povos na tua ira!
l2Pois não era um inim igo que m e afrontava; então 8Tu contas as m inhas vagueaçôes; põe as m inhas
eu o teria suportado; nem era o que m e odiava que lágrim as n o teu odre. N ão estão elas no teu livro?
se engrandecia co n tra m im , porque dele m e teria 9Q uan d o eu a ti clamar, então voltarão para trás os
escondido. m eus inim igos: isto sei eu, p o rq u e D eus é p o r m im .
13Mas eras tu, hom em m eu igual, m eu guia e m eu ,0Em D eus louvarei a sua palavra; n o Se n h o r lo u ­
íntim o amigo. varei a sua palavra.
l4C onsultávam osjuntos suavemente, eandávam os "E m D eus ten h o posto a m in h a confiança; não
em com panhia na casa de Deus. tem erei o que m e possa fazer o hom em .
15A m orte os assalte, e vivos desçam ao inferno; po r­ ' 2Os teus votos estão sobre m im , ó Deus; eu te ren­
que há m aldade nas suas habitações e no meio deles. derei ações de graças;
l6Eu, porém , invocarei a Deus, e o Se n h o r m e 1 ’Pois tu livraste a m inha alm a da m orte; não livra­
salvará. rás os m eus pés da queda, p ara an d ar diante de Deus
,7De tarde e de m anhã e ao m eio-dia orarei; e cla­ na luz dos viventes?
marei, e ele ouvirá a m inha voz.
18Livrou em paz a m inha alm a da peleja que havia D avi acha socorro contra os seus inim igos e lo u ­
contra m im ; pois havia m uitos comigo. va a D eus
' 9Deus ouvirá, e os afligirá. Aquele que preside des­ Para o músico-mor. Al-Tachete. M ictão de Davi, quando
de a antiguidade (Selá), porque não há neles n e n h u ­ fugia de diante de Saul na caverna
m a m udança, e p o rtan to não tem em a Deus. T E M m isericórdiade m im .ó D eus,tem m i­
20Tal hom em pôs as suas m ãos naqueles que têm paz sericórdia de m im , p o rq u e a m in h a alm a
com ele; quebrou a sua aliança. confia em ti; e à som bra das tuas asas m e abrigo, até
2ÍAs palavras da sua boca eram m ais macias do que que passem as calamidades.
a m anteiga, m as havia guerra no seu coração: as suas 2C lam arei ao D eus altíssimo, ao D eus que por m im
palavras eram mais brandas do que o azeite; co n tu ­ tudo executa.
do, eram espadas desem bainhadas. 3Ele enviará desde os céus, e m e salvará do desprezo
22 Lança o teu cuidado sobre o Senhor , e ele te suste­daquele que procurava devorar-m e. (Selá.) Deus
rá; não perm itirá jam ais que o justo seja abalado. enviará a sua m isericórdia e a sua verdade.
23M as tu, ó Deus, os farás descer ao poço da p er­ 4A m in h a alm a está en tre leões, e eu estou entre
dição; hom ens de sangue e de fraude não viverão aqueles que estão abrasados, filhos dos hom ens,
m etade dos seus dias; m as eu em ti confiarei. cujos dentes são lanças e flechas, e a sua língua es­
pada afiada.
D avi roga a D eus q u e o livre dos seus inim igos ’Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tu a glória
Mictio de Davi para o músico-mor sobre Jonate-Elém-Re- sobre to d a a terra.
coquim, quando os filisteus o prenderam em Gate 6A rm aram u m a rede aos m eus passos; a m in h a alm a
TEM m isericórdia de m im , ó Deus, porque está abatida. C avaram u m a cova d iante de m im ,
o porém eles mesmos caíram no m eio dela. (Selá.)
hom em procura devorar-m e; pelejando
todo dia, m e oprim e. 7Preparado está o m eu coração, ó Deus, preparado
2Os m eus inim igos pro cu ram devorar-m e todo está o m eu coração; cantarei, e darei louvores.
dia; pois são m uitos os que pelejam contra m im , ó “D esperta, glória m inha; despertai, saltério e har­
Altíssimo. pa; eu mesmo despertarei ao ro m p er d a alva.
’Em qualquer tem po em que eu tem er, confiarei 9Louvar-te-ei,Senhor,entre os povos; eu tecantarei
em ti. entre as nações.

559
SALMOS 57,58,59

l0Pois a tua m isericórdia é grande até aos céus, e a ’Pois eis que põem ciladas à m in h a alm a; os fortes
tua verdade até às nuvens. se ajuntam co n tra m im .nãoportransgressão m inha
"S ê exaltado, ó Deus, sobre os céus; e seja a tua ou por pecado m eu, ó S enhor .
glória sobre toda a terra. ''Eles correm , e se preparam , sem culpa minha;
desperta para m e ajudares, e olha.
D avi reprova os ím pios sTu, pois, ó S enhor , D eus dos Exércitos, Deus de
Mictão de Davi para o músico-mor, Al-Tachete Israel, desperta p ara visitares todos os gentios; não
ACASO falais vós, deveras, ó congregação, tenhas m isericórdia de n enhum dos pérfidos que
a justiça? Julgais retam ente, ó filhos dos praticam a iniqüidade. (Selá.)
homens? 6Voltam à tarde; dão ganidos com o cães, e rodeiam
2Antes n o coração forjais iniqüidades; sobre a terra a cidade.
pesais a violência das vossas mãos. 7Eis que eles dão gritos com as suas bocas; espadas
5 A lienam -se os ím pios desde a m adre; andam erra­ estão nos seus lábios, porque, dizem eles: Q uem
dos desde que nasceram , falando m entiras. ouve?
40 seu veneno é sem elhante ao veneno da serpente; 8Mas tu , S enhor , te rirás deles; zom barás de todos
são com o a víbora surda, que tapa os ouvidos,
os gentios;
5Para não ouvir a voz dos encantadores, do encan­
9Por causa da sua força eu te aguardarei; pois Deus
tador sábio em encantam entos.
é a m in h a alta defesa.
6Ó Deus, quebra-lhes os dentes nas suas bocas; ar­
,nO Deus da m in h a m isericórdia virá ao m eu e n ­
ranca, S enhor , os queixais aos filhos dos leões.
contro; Deus m e fará ver o meu desejo sobre os m eus
7Escorram com o águas que correm constantem en­
inimigos.
te. Quando ele arm ar as suas flechas, fiquem feitas
" N ão os m ates, p ara que o m eu povo não se esque­
em pedaços.
ça; espalha-os pelo teu poder, e abate-os, ó Senhor,
sC om o a lesma se derrete, assim se vá cada um deles;
nosso escudo.
como o aborto dum a m ulher, que nunca viu o sol.
12 Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus
’Antes que as vossas panelas sintam o calor dos es­
lábios, fiquem presos n a sua soberba, e pelas m aldi­
pinhos, com o por um redem oinho os arrebatará ele,
vivo e em indignação. ções e pelas m entiras que falam.
l0O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará ' ’C onsom e-os n a tua indignação, consome-os,
os seus pés no sangue do ímpio. para que não existam, e para que saibam que Deus
11 Então dirá o hom em : Deveras há um a recompensa reina em Jacó até aos fins da terra. (Selá.)
para o justo; deveras há um Deus que julga na terra. '■ *Eto rn em a vir à tarde, e dêem ganidos com o cães,
e cerquem a cidade.
D avi suplica a D eus q u e o livre ' 5Vagueiem para cim a e para baixo p o r m an tim en ­
Para o músico-mor, Al-Tachete. Mictão de Davi, quando to, e passem a noite sem se saciarem.
Saul lhes m andou que guardassem a sua casa para l6Eu, porém , cantarei a tu a força; pela m anhã lo u ­
o matarem varei com alegria a tu a misericórdia; p o rq u an to tu
LIVRA-ME, m eu Deus, dos m eus inim i­ foste o m eu alto refúgio, e proteção no dia da m inha
gos, defende-m e daqueles que se levantam angústia.
contra m im . I7A ti, ó fortaleza m inha, cantarei salmos; porque
2Livra-me dos que praticam a iniqüidade, e salva- D eus é a m in h a defesa e o D eus da m in h a m iseri­
m e dos hom ens sanguinários. córdia.

Deveras há uma recompensa refutam esse conceito que descarta “recompensa" ou "casti­
para o justo gos divinos".
(58.11) Do versículo 1ao 5. Davi condena a postura do homem comum,
que náo teme a Deus. Do versículo 6 ao 9, relata os juízos que, es­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Contrariando a tese de- pera. hão de cair sobre os ímpios, segundo a justiça do Senhor.
t ísta. que crê que o Criador, ou “causa primeira da existên­
cia”, não está interessado em sua criação; não intervindo, galar­
Já no versículo em estudo, o salmista dá testemunho, tanto do
castigo quanto da recompensa, o que desqualifica a melindra­
doando ou castigando, os versículos em análise, por si mesmos, da tese deísta.

560
SALMOS 6 0 ,61,62,63

A ção de graças por várias vitórias Exortação a q u e se co nfie sontente em D eus


M ictão de Davi, de doutrina, para músico-m or, sobre Susã- Salmo de Davi para o músico-mor,
Edute, quando pelejou com os sírios da Mesopotámia, e sobre Jedutum
com os sírios de Zobá,e quando Joabe, tornando, feriu no A M IN HA alm a espera som ente em Deus;
Vale do Sal a doze m il dos edomeus dele vem a m inha salvação.
Ó DEUS, tu nos rejeitaste, tu nos espalhaste, 2Só ele é a m inha rocha e a m in h a salvação; é a m i­
tu te indignaste; oh, volta-te para nós. nha defesa; não serei grandem ente abalado.
2 Abalaste a terra, e a fendeste; sara as suas fendas, 3Até q u an d o m aquinareis o m al co n tra um h o ­
pois ela trem e. mem? Sereis m o rto s todos vós, sereis com o um a
3Fizeste ver ao teu povo coisas árduas; fizeste-nos parede encurvada e u m a sebe prestes a cair.
beber o vinho do atordoam ento. 4El es som ente consultam como o hão de d errubar
4Deste um estandarte aos que te tem em , para o da sua excelência; deleitam -se em m entiras; com a
arvorarem no alto, por causa da verdade. (Selá.) boca bendizem , m as nas suas entranhas maldizem.
’Para que os teus am ados sejam livres, salva-nos (Selá.)
com a tu a destra, e ouve-nos; 5Ó m in h a alma, espera som ente em Deus, porque
‘’Deus falou na sua santidade; eu m e regozijarei, dele vem a m inha esperança.
repartirei a Siquém e m edirei o vale de Sucote. ''Só ele é a m inha rocha e a m in h a salvação; é a m i­
7Meu é Gileade, e m eu é Manassés; Efraim é a força nha defesa; não serei abalado.
da m inha cabeça; Judá é o m eu legislador. 7Em D eus está a m in h a salvação e a m inha glória;
8M oabe é a m inha bacia de lavar; sobre Edom lan­ a rocha da m in h a fortaleza, e o m eu refugio estão
çarei o m eu sapato; alegra-te, ó Filístia, p o r m inha em Deus.
causa. 8Confiai nele, ó povo, em todos os tem pos; der­
9Q uem m e conduzirá à cidade forte? Q uem m e ram ai p eran te ele o vosso coração. D eus é o nosso
guiará até Edom? refugio. (Selá.)
l0N ão serás tu, ó Deus, que nos tinhas rejeitado? tu, ’C ertam ente que os h om ens de classe baixa são vai­
ó Deus, que não saíste com os nossos exércitos? dade, e os hom ens de o rd em elevada são m entira;
11 D á-nos auxílio na angústia, porque vão éo socor­ pesados em balanças, eles ju n to s são mais leves do
ro do hom em . que a vaidade.
12Em Deus farem os proezas; porque ele é qwepisará l0N ão confieis n a opressão, n em vos ensoberbeçais
os nossos inimigos. na rapina; se as vossas riquezas au m en tam , não
ponhais nelas o coração.
D avi confia e m D eus com o seu refúgio 1 ‘D eus falou u m a vez; duas vezes ouvi isto: que o
Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Neginote poder pertence a Deus.
OUVE, ó Deus, o m eu clam or; atende à I2A ti tam bém , Senhor, pertence a m isericórdia;
m inha oração. pois retribuirás a cada um segundo a sua obra.
2Desde o fim da terra clam arei a ti, quando o m eu
coração estiver desm aiado; leva-m e para a rocha que D avi anela pela presença d e D eus
é mais alta do que eu. Salmo de Davi quando estava no deserto de Judá
-'Pois tens sido u m refugio para m im , e u m a torre ó DEUS, tu és o m eu Deus, de m adrugada
forte contra o inim igo. te buscarei; a m in h a alm a tem sede de ti; a
■•Habitarei no teu tabernáculo para sem pre; abri- m inha carne te deseja m u ito em um a terra seca e
gar-m e-ei no esconderijo das tuas asas. (Selá.) cansada, o nde não há água;
5 Pois tu, ó Deus, ouviste os m eus votos; deste-m e a 2Para ver a tu a força e a tu a glória, com o te vi no
herança dos que tem em o teu nom e. santuário.
6Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão 3Porque a tu a benignidade é m elhor do que a vida,
com o m uitas gerações. os m eus lábios te louvarão.
7Ele perm anecerá diante de Deus para sem pre; pre- ■‘Assim eu te bendirei enqu an to viver; em teu nom e
para-Z/ie m isericórdia e verdade que o preservem. levantarei as m inhas mãos.
"Assim cantarei louvores ao teu nom e p erp e tu a­ ’A m inha alm a se fartará, com o de tu ta n o e de gor­
m ente, para pagar os m eus votos de dia em dia. dura; e a m in h a boca te louvará com alegres lábios,

561
SALMOS 6 3 ,6 4 ,6 5 ,6 6

'’Q uando m e lem brar de ti na m inha cam a, em edi- ’Com coisas trem endas em justiça nos responde­
tar em ti nas vigílias da noite. rás, ó D eus da nossa salvação; tu és a esperança de
7P orque tu tens sido o m eu auxílio; então, à som bra todas as extrem idades da terra, e daqueles que estão
das tuas asas m e regozijarei. longe sobre o mar.
"A m in ha alm a te segue de perto; a tu a destra me '’O que pela sua força consolida os m ontes, cingido
sustenta. de fortaleza;
9Mas aqueles que procuram a m in h a alm a para a 70 que aplaca o ruído dos m ares, o ruído das suas
destruir, irão para as profundezas da terra. ondas, e o tu m u lto dos povos.
I"Cairão à espada; serão uma ração para as raposas. "E os que habitam nos fins da terra tem em os teus si­
II Mas o rei se regozijará em Deus; qualquer que por nais; tu fazes alegres as saídas da m an h ã e d a tarde.
ele ju ra r se gloriará; porque se taparão as bocas dos 9Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces
que falam a m entira. grandem ente com o rio de Deus, que está cheio de
água; tu lhe preparas o trigo, q u an d o assim a tens
D avi suplica a D eus q u e guarde a sua vida preparada.
Salmo de Davi para o m úsico-m or ’“Enches de água os seus sulcos; tu lhe aplanas as
OUVE, ó Deus, a m in h a voz na m inha leivas; tu a am oleces com a m uita chuva; abençoas
oração; guarda a m inha vida do tem o r do as suas novidades.
inimigo. 11 C oroas o ano com a tu a bondade, e as tuas veredas
2Esconde-m e do secreto conselho dos m aus, e do destilam gordura.
tum ulto dos que praticam a iniqüidade. 12Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros
'Q u e afiaram as suas línguas com o espadas; earm a- os cingem de alegria.
ram por suas flechas palavras am argas, lsOs cam pos se vestem de rebanhos, e os vales se
4 A fim de atirarem em lugar oculto ao qa/eé íntegro; cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam .
disparam sobre ele repentinam ente, e não tem em .
’Firm am -se em m au intento; falam de arm ar laços C â n tico de louvor a D eus pelas suas
secretam ente, e dizem: Q uem os verá? grandes obras
6 A ndam in quirindo malícias, inquirem tu d o o que Cântico e salmo para o m úsico-m or
se pode inquirir; e am bos, o íntim o pensamento de CELEBRAI com júbilo a Deus, todas as
cada um deles, e o coração, são profundos. terras.
7Mas Deus atirará sobre eles um a seta, e de repente 2C antai a glória do seu nom e; dai glória ao seu
ficarão feridos. louvor.
8Assim eles farão com que as suas línguas tro p e­ JDizei a Deus: Q uão trem endo és tu nas tuas obras!
cem contra si mesmos; todos aqueles que os virem , Pela grandeza do teu p oder se subm eterão a ti os
fugirão. teus inimigos.
9E todos os hom ens temerão, e anunciarão a obra de 4Todos os moradores da terra te adorarão e te canta­
Deus; e considerarão prudentem ente os feitos dele. rão; cantarão o teu nom e. (Selá.)
l0O justo se alegrará no Se nho r , e confiará nele, e ’Vinde, e vede as obras de Deus: é trem endo nosseus
todos os retos de coração se gloriarão. feitos para com os filhos dos hom ens.
6C onverteu o m ar em terra seca; passaram o rio a
D avi louva a D eus pé; ali nos alegram os nele.
Salmo «cântico de Davi para o m úsico-m or 7Ele d o m in a eternam ente pelo seu poder; os seus
A TI, ó Deus, espera o louvor em Sião, e a ti olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebel­
se pagará o voto. des. (Selá.)
2Ó tu que ouves as orações, a ti virá toda a carne. KBendizei, povos, ao nosso Deus, e fazei ouvir a voz
3Prevalecem as iniqüidades contra m im ; porém tu do seu louvor,
lim pas as nossas transgressões. 9Ao que sustenta com vida a nossa alma, e não co n ­
4B em -aventurado aquele a quem tu escolhes, e sente que sejam abalados os nossos pés.
fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós l0Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste com o
serem os fartos da bondade da tua casa e do teu santo se afina a prata.
tem plo. 1‘Tu nos puseste na rede; afligiste os nossos lombos,

562
SALMOS 66,67,68

u Fizeste com que os hom ens cavalgassem sobre as 3Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presen­
nossas cabeças; passam os pelo fogo e pela água; mas ça de Deus, e folguem de alegria.
nos trouxeste a um lugar espaçoso. ''Cantai a Deus, cantai louvoresao seu nom e; louvai
l3Entrarei em tua casa com holocaustos; pagar-te- aquele que vai m o n ta d o sobre os céus, pois o seu
ei os m eus votos, nom e é Se n h o r , e exultai diante dele.
l4Os quais pronunciaram os m eus lábios, e falou a 5Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar
m inha boca, quando estava na angústia. santo.
15O ferecer-te-ei holocaustos gordurosos com 6D eus faz que o solitário viva em família; liberta
incenso de carneiros; oferecerei novilhos com ca­ aqueles que estão presos em grilhões; m as os rebel­
britos. (Selá.) des habitam em terra seca.
l6Vinde, e ouvi, todos os que tem eis a Deus, e eu 7Ó Deus, q uando saías diante do teu povo, quando
contarei o que ele tem feito à m inha alma. cam inhavas pelo deserto, (Selá.)
I7A ele clamei com a m inha boca, e ele foi exaltado 8A terra abalava-se, e os céus destilavam perante
pela m inha língua. a face de Deus; até o p ró p rio Sinai foi comovido na
,8Se eu atender à iniqüidade no m eu coração, o presença de Deus, do Deus de Israel.
Senhor não me ouvirá; ’Tu, ó D eus, m andaste a chuva em abundância,
’’Aias, na verdade, Deus m e ouviu; atendeu à voz confortaste a tua herança, q u an d o estava cansada.
da m inha oração. l0Nela habitava o teu rebanho; tu, ó Deus, fizeste
provisão da tu a b o n dade para o pobre.
20Bendito seja Deus, que não rejeitou a m inha o ra­
110 Senhor deu a palavra; grande era o exército dos
ção, nem desviou de m im a sua misericórdia.
que anunciavam as boas novas.
l2Reis de exércitos fugiram à pressa; e aquela que
O reino de D eus abrange toda a terra
ficava em casa repartia os despojos.
Salmo e cântico para o músico-mor, sobre Neginote
u A inda qu e vos tenhais deitado en tre redis, con­
DEUS tenha m isericórdia de nós e nos
tudo sereis como as asas dum a pom ba, cobertas de
abençoe; e faça resplandecer o seu rosto
prata, e as suas penas, de o u ro amarelo.
sobre nós (Selá.)
l4Q u an d o o O n ip o ten te ali espalhou os reis, foi
2Para que se conheça na terra o teu cam inho, e entre
com o a neve em Salmon.
todas as nações a tu a salvação.
I50 m o n te de Deus é como o m o n te de Basã, um
3Louvem -te a ti, ó Deus, os povos; louvem -te os
m onte elevado como o m o n te de Basã.
povos todos.
l6P orq u e saltais, ó m ontes elevados? Este é o m o n te
4 Alegrem-se e regozijem -se as nações, pois julgarás
que D eus desejou para a sua habitação, e o Se n h o r
os povos com eqüidade, egovernarás as nações sobre
habitará nele eternam ente.
aterra. (Selá.) 1 "Os carros de Deus são vinte m ilhares, m ilhares de
5Louvem -te a ti, ó Deus, os povos; louvem -te os milhares. O Senhor está en tre eles, como em Sinai,
povos todos. n o lugar santo.
6 Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, l8Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, rece­
nos abençoará. beste d o n s para os hom ens, e até para os rebeldes,
7D eus nos abençoará, e todas as extrem idades da para que o Se n h o r D eus habitasse entre eles.
terra o temerão. 1’Bendito seja o Senhor, qu e de dia em dia nos
carrega de benefícios; o D eus que é a nossa salvação.
C â n tico de louvor e ação de graças a D eus com o (Selá.)
nosso Salvador 20O nosso D eus é o D eus da salvação; e a D eus, o
Salmo e cântico de Davi para o m úsico-m or Senhor,pertencem os livram entos da m orte.
LEVANTE-SE Deus, e sejam dissipados os 21 Mas Deus ferirá gravemente a cabeça de seus inim i­
seus inim igos; fugirão de diante dele os que gos e o crânio cabeludo do que anda em suas culpas.
o odeiam. 22Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã, farei
2Com o se im pele a fum aça, assim tu os impeles; voltar o m eu povo das profundezas do m ar;
assim como a cera se derrete d iante d o fogo, assim 2,Para que o teu pé m ergulhe no sangue de teus
pereçam os im pios diante de Deus. inim igos, e no m esm o a língua dos teus cães.

563
SALMOS 68,69

J4Ó Deus, eles têm visto os teus cam inhos; os cam i­ 7Porque p o r am o r de ti tenho su p o rtad o afrontas;
nhos do m eu Deus, m eu Rei, no santuário. a confusão cobriu o m eu rosto.
25O s cantores iam adiante, os tocadores de ins­ "Tenho-m e to rn ad o u m estranho para com m eus
tru m e n to s atrás; entre eles as donzelas tocando irm ãos, e um desconhecido para com os filhos de
adufes. m inha mãe.
2,'Celebrai a D eus nas congregações; ao Senhor, 9Pois o zelo da tu a casa m e devorou, e as afrontas
desde a fonte de Israel. dos que te afrontam caíram sobre m im .
27Ali está o pequeno Benjamim, que dom ina sobre '“Q u an d o chorei, e castiguei com jejum a m in h a
eles, os príncipes de Judá com o seu ajuntam ento, os alm a, isto se m e to rn o u em afrontas.
príncipes de Z ebulom e os príncipes de Naftali. 1 ‘Pus p o r vestido um saco, e m e fiz um provérbio
2hO teu Deus ordenou a tua força; fortalece, ó Deus, para eles.
o que já fizeste para nós. 12Aqueles que se assentam à p o rta falam co n tra
2<’Por am or do teu tem plo em Jerusalém, os reis te m im ; e fui o cântico dos bebedores de bebida forte.
trarão presentes. 1 JEu, porém , faço a m inha oração a ti, Senho r , nu m
’"Repreende asperamente as feras dos canaviais, a tem po aceitável; ó Deus, ouve-m e segundo a g ran ­
m ultidão dos touros, com os novilhos dos povos, até deza da tua m isericórdia, segundo a verdade da tua
que cada um se subm eta com peças de prata; dissipa salvação.
os povos que desejam a guerra. l4Tira-m e do lamaçal, e não m e deixes atolar; seja eu
31Príncipes virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá livre dos que m e odeiam, e das profundezas das águas.
para Deus as suas mãos. 15N ão m e leve a co rrente das águas, e não m e ab ­
“ Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao sorva ao pro fu n d o , nem o p oço cerre a sua boca
Senhor. (Selá.) sobre mim.
J,Àquele que vai m ontado sobre os céus dos céus, lí'Ouve-m e, Se n h o r , pois boa é a tu a m isericórdia.
que existiam desde a antiguidade; eis que envia a sua O lha para m im segundo a tua m uitíssim a piedade.
voz, dá um brado veemente. 17E não escondas o teu rosto do teu servo, porque
estou angustiado; ouve-m e depressa.
u A tribuí a Deus fortaleza; a sua excelência está so­
bre Israel e a sua fortaleza nas mais altas nuvens. ' 8A proxim a-te da m inha alm a, e resgata-a; livra-
,SÓ Deus, tu és trem endo desde os teus santuários; m e po r causa dos m eus inimigos.
o Deus de Israel é o que dá força e p oder ao seu povo. |l,Bem tens conhecido a m inha afronta, e a m inha
Bendito seja Deus! vergonha, e a m in h a confusão; diante de ti estão
todos os m eus adversários.
Os sofrim entos de D avi 20Afrontas m e quebrantaram o coração, e estou fra­
Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Shoshanim quíssim o; esperei por alguém que tivesse com paixão,
LIVRA-ME, ó D eus,pois as águas entraram m as não houve nen h u m ; e p o r consoladores, m as
até à m inha alma. não os achei.
2 Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode 2lD eram -m e fel p o r m antim ento, e na m inha sede
estar em pé; entrei na profundeza das águas, on d e a m e deram a beber vinagre.
corrente m e leva. 22Torne-se-lhes a sua mesa diante deles em laço, e a
JEstou cansado declamar; a m inha garganta se secou; prosperidade em arm adilha.
os meus olhos desfalecem esperando o m eu Deus. 23Escureçam -se-lhes os seus olhos, para que não
4 Aqueles que m e odeiam sem causa são m ais do que vejam, e faze com que os seus lom bos trem am cons­
os cabelos da m inha cabeça; aqueles que procuram tantem ente.
destruir-m e,sendo injustam ente m eus inim igos, são 24D erram a sobre eles a tu a indignação, e prenda-os
poderosos; então restituí o que não furtei. o ardor da tu a ira.
’Tu, ó Deus, bem conheces a m inha estultice; e os 25Fique desolado o seu palácio; e não haja quem
m eus pecados não te são encobertos. habite nas suas tendas.
6N ão sejam envergonhados p o r m inha causa aque­ 26Pois perseguem àquele a quem feriste, e conver­
les q ue esperam em ti, ó Senhor, D eus dos Exércitos; sam sobre a d o r daqueles a quem chagaste.
não sejam confundidos p o r m inha causa aqueles 27Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não
que te buscam , ó Deus de Israel. entrem na tu a justiça.

564
SALMOS 69,70,71,72

28Sejam riscados do livro dos vivos, e não sejam aquele que m e tiraste das entranhas de m inha mãe;
inscritos com os justos. o m eu louvor será p ara ti constantem ente.
29Eu, porém , sou pobre e estou triste; p onha-m e a "Sou com o um prodígio p ara m uitos, m as tu és o
tu a salvação, ó Deus, nu m alto retiro. m eu refúgio forte.
,0Louvarei o nom e de Deus com um cântico, e en- “Encha-se a m in h a boca do teu louvor e da tua
grandecê-lo-ei com ação de graças. glória todo o dia.
31Isto será m ais agradável ao S enhor do que boi, ou ’Não m e rejeites no tem po da velhice; não me de­
bezerro que tem chifres e unhas. sam pares, q uando se for acabando a m inha força.
320 s m ansos verão isto, e se agradarão; o vosso '“Porque os m eus inim igos falam contra m im , e os
coração viverá, pois que buscais a Deus. que espiam a m inha alm a consultam juntos,
,3Porque o S enhor ouve os necessitados, e não des­ “ Dizendo: D eus o desam parou; persegui-o e to ­
preza os seus cativos. m ai-o, pois não há quem o livre.
34Louvem -no os céus e a terra, os m ares e tudo l2Õ Deus, não te alongues de m im ; m eu Deus,
q uanto neles se move. apressa-te em ajudar-m e.
35Porque Deus salvará a Sião, e edificará as cidades l3Sejam confundidos e consum idos os que são ad ­
de Judá; para que habitem ali e a possuam . versários da m inha alma; cubram -se de o p ró b rio e
36E herdá-la-á a sem ente de seus servos, e os que de confusão aqueles que p ro cu ram o m eu mal.
14Mas eu esperarei co n tinuam ente, e te louvarei
am am o seu nom e habitarão nela.
cada vez mais.
1 ’A m in h a boca m anifestará a tu a justiça e a tu a sal­
D avi suplica a D eus q u e se apresse e m livrá-lo
vação to d o o dia, pois não conheço o n ú m ero delas.
Salmo de Davi para o müsico-mor,
1'’Sairei n a força do Senhor D eus , farei m enção da
para lembrança
tu aju stiça.esó d ela .
APRESSA-TE, ó D eus, em m e livrar; Se­
17Ensinaste-m e,ó Deus, desde a m inha m ocidade;e
n h o r , apressa-te em ajudar-m e.
até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas.
2Fiquem envergonhados e confundidos os que
l8Agora tam bém , q u an d o estou velho e de cabelos
procuram a m inha alma; voltem para trás e confun­
brancos, não m e desam pares, ó D eus, até que tenha
dam -se os que m e desejam mal.
anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a
3Virem as costas com o recom pensa da sua vergo­
todos os vindouros.
nha os que dizem: Ah! Ah!
1 ’Tam bém a tu a justiça, ó Deus, está m u ito alta, pois
4Folguem e alegrem -se em ti todos os que te b u s­
fizeste grandes coisas, ó D eus, quem é sem elhante
cam; e aqueles que am am a tua salvação digam con­
ati?
tinuam ente: Engrandecido seja Deus.
20Tu, que m e tens feito ver m uitos males e angústias,
5Eu, porém , estou aflito e necessitado; apressa-te m e darás ainda a vida, e m e tirarás dos abism os da
p o r m im , ó Deus. Tu és o m eu auxílio e o m eu liber­ terra.
tador; S enhor , não te detenhas. 2‘A um entarás a m in h a grandeza, e de novo m e
consolarás.
D avi confia e m D eus ■^Também eu te louvarei com o saltério, bem como
P J 1 EM ti, S enhor , confio; nunca seja eu con- à tu a verdade, ó m eu Deus; cantarei com harpa a ti,
/ J . fundido. ó Santo de Israel.
•Livra-me na tua justiça, e faze-me escapar; inclina 2íO s m eus lábios exultarão q u an d o eu te cantar,
os teus ouvidos para m im , e salva-me. assim com o a m in h a alm a, que tu remiste.
3Sê tu a m inha habitação forte, à qual possa recorrer 24A m in h a língua falará da tu a justiça to d o o dia;
continuam ente. Deste um m andam ento que m e sal­ pois estão confundidos e envergonhados aqueles
va, pois tu és a m inha rocha e a m inha fortaleza. que procuram o m eu mal.
''Livra-me, m eu Deus, das m ãos do ím pio, das m ãos
do hom em injusto e cruel. O reino de Salom ão prefigura o do M essias
5Pois tu és a m inha esperança, Senhor D eus ; tu és a Salmo para Salomão
m inha confiança desde a m inha m ocidade. Ó DEUS, dá ao rei os teus juízos, e a tua
6Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és justiça ao filho do rei.

565
SALMOS 72,73

2Ele julgará ao teu povo com justiça, e aos teus 3Pois eu tin h a inveja dos néscios, q u an d o via a
pobres com juízo. prosperidade dos ímpios.
3O s m ontes trarão paz ao povo, e os outeiros, "Porque não há apertos n a sua m orte, m as firm e
justiça. está a sua força.
4Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do ne­ 5N ão se acham em trabalhos como outros hom ens,
cessitado, e quebrantará o opressor. nem são afligidos com o outros hom ens.
5Tem er-te-ão en q u an to durarem o sol e a lua, de 6Por isso a soberba os cerca com o um colar; vestem-
geração em geração. se de violência como de adorno.
6Ele descerá com o chuva sobre a erva ceifada, com o 7O s olhos deles estão inchados de gordura; eles têm
os chuveiros que um edecem a terra. m ais do que o coração podia desejar.
7Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de 8São corrom pidos e tratam m aliciosam ente de
paz haverá enquanto d u rar a lua. opressão; falam arrogantem ente.
“D om inará de m ar a mar, e desde o rio até às extre­ T õ e m as suas bocas co n tra os céus, e as suas línguas
m idades da terra. andam pela terra.
9 Aqueles que habitam no deserto se inclinarão ante lüPor isso o povo dele volta aqui, e águas de copo
ele, e os seus inim igos lam berão o pó. cheio se lhes esprem em .
10O s reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os " E eles dizem: C om o o sabe Deus? H á conheci­
reis de Sabá e de Seba oferecerão dons. m ento no Altíssimo?
11E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as 12Eis que estes são ím pios, e prosperam n o m undo;
nações o servirão. aum entam em riquezas.
l2Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, l3Na verdade que em vão tenho purificado o m eu
com o tam bém ao aflito e ao que não tem quem o coração; e lavei as m inhas m ãos na inocência.
ajude. 14Pois to d o o dia tenho sido afligido, e castigado
1 'C om padecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as cada m anhã.
almas dos necessitados. l5Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a
l4Libertará as suas almas do engano e da violência, geração de teus filhos.
e precioso será o seu sangue aos olhos dele. “’Q uan d o pensava em entender isto, fo i para m im
I5E viverá, e se lhe dará do ouro de Sabá; e conti­ m uito doloroso;
nuam ente se fará p o r ele oração; e todos os dias o 17Até q u eentrei no santuário de Deus; então enten­
bendirão. di eu o fim deles.
“'Haverá um punhado de trigo na terra sobre as '“C ertam ente tu os puseste em lugares escorrega­
cabeças dos montes; o seu fruto se moverá com o o Lí­ dios; tu os lanças em destruição.
bano, e os da cidade florescerão com o a erva da terra. l9C om o caem na desolação, quase n u m m om ento!
170 seu nom e perm anecerá eternam ente; o seu Ficam totalm ente consum idos de terrores.
nom e se irá propagando de pais a filhos enquanto o 20C om o um sonho, q uando se acorda, assim, 6
sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas Senhor, q u an d o acordares, desprezarás a aparência
as nações lhe cham arão bem -aventurado. deles.
1 “Bendito seja o Se n h o r Deus, o Deus de Israel, que 2lAssim o m eu coração se azedou, e sinto picadas
só ele faz maravilhas. nos m eus rins.
1 ‘JE bendito seja para sem pre o seu nom e glorioso; e 22Assim m e em bruteci, e nada sabia; fiquei como
encha-se toda a terra da sua glória. A m ém e Amém. um anim al p erante ti.
20A qui acabam as orações de Davi, filho de Jessé. 2’Todavia estou de co n tín u o contigo; tu me susten­
taste pela m inha m ão direita.
A prosperidade dos ím pios 24G uiar-m e-ás com o teu conselho, e depois m e
Salmo deAsafe receberás na glória.
VERDADEIRAMENTE bom é D eus para 25Q uem ten h o eu no céu senão a ti? e na terra não
com Israel, para com os lim pos de coração. há quem eu deseje além de ti.
2Q u an to a m im , os m eus pés quase que se desvia­ 2hA m in h a carne e o m eu coração desfalecem; mas
ram ; pouco faltou para que escorregassem os m eus Deus é a fortaleza do m eu coração, e a m inha porção
passos. para sem pre.

566
SALMOS 7 3 ,7 4 ,7 5 ,7 6

“'Pois eis que os que se alongam de ti,perecerão; tu 20A tende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos
tens destruído todos aqueles que se desviam de ti. da terra estão cheios de m oradas de crueldade.
’“Mas para m im , bom é aproxim ar-m e de Deus; 21O h, não volte envergonhado o oprim ido; louvem
pus a m inha confiança no Senhor D eus , para an u n ­ o teu no m e o aflito e o necessitado.
ciar todas as tuas obras. 22Levanta-te, ó D eus, pleiteia a tu a p ró p ria causa;
lem bra-te da afronta que o louco te faz cada dia.
A assolação do santuário 23N ão te esqueças dos gritos dos teus inim igos; o
Masquil deAsafe tum u lto daqueles que se levantam contra ti au m en ­
ó DEUS, po r que nos rejeitaste para sem ­ ta continuam ente.
pre? Por que se acende a tu a ira co n tra as
ovelhas do teu pasto? O -profeta louva a D eus
2Lem bra-te da tua congregação, que com praste Para o músico- mor, Al - Tachete. Salmo e cântico de Asafe
desde a antiguidade; da vara da tu a herança, que A TI, ó Deus, glorificam os, a ti dam os
remiste; deste m o n te Sião, em que habitaste. louvor, pois o teu nom e está perto, as tuas
•’Levanta os teus pés para as perpétuas assolações, m aravilhas o declaram.
para tu d o o que o inim igo tem feito de m al no san­ 2Q u an d o eu ocupar o lugar determ inado, julgarei
tuário. retam ente.
4Os teus inim igos bram am no m eio dos teus luga­
3 A te rra e todos os seus m oradores estão dissolvi­
res santos; põem neles as suas insígnias por sinais.
dos, m as eu fortaleci as suas colunas. (Selá.)
5 Um hom em se tornava famoso, conform e h o u ­
4Disse eu aos loucos: N ão enlouqueçais, e aos ím ­
vesse levantado m achados, contra a espessura do
pios: N ão levanteis a fronte;
arvoredo.
5N ão levanteis a vossa fronte altiva, nem faleis com
6Mas agora toda obra entalhada de um a vez q u e­
cerviz dura.
bram com m achados e martelos.
6Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do
7Lançaram fogo no teu santuário; profanaram ,
deserto vem a exaltação.
derru b ando-a até ao chão, a m orada do teu nom e.
7Mas D eus é o Juiz: a um abate, e a o u tro exalta.
8D isseram nos seus corações: D espojem o-los
sPorque n a m ão do Se n h o r há um cálice cujo vinho
du m a vez. Q ueim aram todos os lugares santos de
é tinto; está cheio de m istura; e dá a beber dele; m as
Deus na terra.
as escórias dele todos os ím pios da terra as sorverão
9Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem
e beberão.
há entre nós alguém que saiba até quando isto durará.
10Até quando, ó D eus, nos afrontará o adversário? 9E eu o declararei para sem pre; cantarei louvores
Blasfemará o inim igo o teu nom e para sempre? ao D eus dejacó.
“ Porque retiras a tu a m ão, a saber, a tu a destra? I0E quebrarei todas as forças dos ím pios, mas as
Tira-a de d entro do teu seio. forças dos justos serão exaltadas.
12Todavia D eus è o m eu Rei desde a antiguidade,
operando a salvação no m eio da terra. A m ajestade e o poder d e D eus
1 ’Tu dividiste o m ar pela tua força; quebrantaste as Salmo e cântico de Asafe, para o músico-mor,

cabeças das baleias nas águas. sobre Neginote

l4Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, eo deste CO N H E C ID O é D eus em Judá; grande é o


por m antim ento aos habitantes do deserto. seu no m e em Israel.
15Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios im ­ 2E em Salém está o seu tabernáculo, e a sua m o rad a
petuosos. em Sião.
16Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol. 3Ali q uebrou as flechas do arco; o escudo, e a espada,
l7Estabeleceste todos os lim ites da terra; verão e e a guerra. (Selá.)
inverno tu os formaste. 4Tu és m ais ilustre e glorioso do que os m ontes de
18Lem bra-te disto: que o inim igo afrontou ao Se­ caça.
n h o r e que um povo louco blasfem ou o teu nom e. ’O s qu e são ousados de coração são despojados;
l9N ão entregues às feras a alm a da tu a rola; não te d o rm iram o seu sono; e n en h u m dos hom ens de
esqueças para sem pre da vida dos teus aflitos. força achou as próprias mãos.

567
SALMOS 76,77,78

6À tu a repreensão, ó Deus de Jacó, carros e cavalos l5C om o teu braço rem iste o teu povo, os filhos de
são lançados n u m sono profundo. Jacó e de José. (Selá.)
7Tu, tu és temível; e quem subsistirá à tu a vista, um a l6As águas te viram , ó Deus, as águas te viram , e
vez que te irares? trem eram ; os abism os tam bém se abalaram .
8Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; a terra tre­ 17As nuvens lançaram água, os céus deram um som;
m eu e se aquietou, as tuas flechas correram du m a para o u tra parte.
9Q u an d o D eus se levantou para fazer juízo, para 18A voz do teu trovão estava no céu; os relâm pagos
livrar a to dos os m ansos da terra. (Selá.) ilum inaram o m u n d o ; a terra se abalou e trem eu.
' “C ertam ente a cólera do hom em redundará em I90 teu cam inho é no mar, e as tuas veredas nas
teu louvor; o restante da cólera tu o restringirás. águas grandes, e os teus passos não são conhecidos.
11 Fazei votos, e pagai ao Se n h o r vosso Deus; tragam “ Guiaste o teu povo, com o a um rebanho, pela m ão
presentes, os que estão em redor dele, àquele que é de Moisés e de Arão.
temível.
l2Ele ceifará o espírito dos príncipes; é trem endo A ira e a m isericórdia d e D eus
para com os reis da terra. M asquil de Asafe
ESCUTAI a m in h a lei, povo m eu; inclinai os
O estado interno do salm ista vossos ouvidos às palavras da m inha boca.
Salmo de Asafe, para o músico-mor, por Jedutum 2 Abrirei a m in h a boca num a parábola; falarei enig­
CLAMEI a D eus com a m inha voz, a D eus m as da antiguidade.
levantei a m inha voz, e ele inclinou para ’O s quais tem os ouvido e sabido, e nossos pais no-
m im o s ouvidos. los têm contado.
2No dia da m inha angústia busquei ao Senhor; a ■•Não os encobrirem os aos seus filhos, m ostrando
m inha m ão se estendeu de noite, e não cessava; a à geração fu tu ra os louvores do Se n h o r , assim com o
m inha alm a recusava ser consolada. a sua força e as m aravilhas que fez.
’Lem brava-m e de Deus, e m e perturbei; queixava- ’Porque ele estabeleceu um testem unho em Jacó, e
me, e o m eu espírito desfalecia. (Selá.) pôs um a lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para
4Sustentaste os m eus olhos acordados; estou tão que a fizessem conhecer a seus filhos;
pertu rb ado que não posso falar. 6Para que a geração v in d o u ra a soubesse, os filhos
’Considerava os dias da antiguidade, os anos dos qwenascessem, os quais se levantassem e a contassem
tem pos antigos. a seus filhos;
6D e noite cham ei à lem brança o m eu cântico; 7Para que pusessem em D eus a sua esperança, e se
m editei em m eu coração, e o m eu espírito esqua­ não esquecessem das obras de Deus, m as guardas­
drinhou. sem os seus m andam entos.
7Rejeitará o Senhor para sem pre e não to rn ará a 8E não fossem com o seus pais, geração contum az e
ser favorável? rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo
"Cessou para sem pre a sua benignidade? A cabou- espírito não foi fiel a Deus.
se ;<í a prom essa de geração em geração? 9O s filhos de Efraim , arm ados e trazendo arcos,
9Esqueceu-se Deus de ter m isericórdia? O u encer­ viraram as costas n o dia da peleja.
rou ele as suas m isericórdias na sua ira? (Selá.) l0N ão guard aram a aliança de Deus, e recusaram
10E eu disse: Isto é enferm idade m inha; mas eu me andar n a sua lei;
lembrarei dos anos da destra do Altíssimo. 1 'E esqueceram -se das suas obras e das m aravilhas
"E u m e lem brarei das obras do S e n h o r ; certa­ que lhes fizera ver.
m ente que eu m e lem brarei das tuas m aravilhas da 12M aravilhas que ele fez à vista de seus pais na terra
antiguidade. do Egito, no cam po de Zoã.
12M editarei tam bém em todas as tuas obras, e fala­ 13D ividiu o mar, e os fez passar p o r ele; fez com que
rei dos teus feitos. as águas parassem com o n u m m ontão.
n O teu cam inho, ó Deus, está no santuário. Q uem l4De dia os g uiou p o r um a nuvem , e to d a a noite
é D eus tão grande com o o nosso Deus? p or um a luz de fogo.
14Tu és o Deus que fazes m aravilhas; tu fizeste n o tó ­ 1’Fendeu as penhas no deserto; e deu-lhes de beber
ria a tu a força entre os povos. com o de grandes abismos.

568
SALMOS 78

l6Fez sair fontes da rocha, e fez correr as águas 39Porque se lem brou de que eram de carne, vento
com o rios. que passa e não volta.
I7E ainda prosseguiram em pecar contra ele, p ro ­ 40Q uantas vezes o provocaram no deserto, e o en ­
vocando ao Altíssimo na solidão. tristeceram na solidão!
I8E ten taram a D eus nos seus corações, pedindo 41 V oltaram atrás, e ten taram a Deus, e lim itaram o
carne para o seu apetite. Santo de Israel.
I9E falaram contra D eus, e disseram : Acaso pode 42N ão se lem b raram da sua mão, nem do dia em que
D eus preparar-nos um a mesa no deserto? os livrou do adversário;
20Eis que feriu a penha, e águas correram dela: re­ 4JC om o o p ero u os seus sinais no Egito, e as suas
bentaram ribeiros em abundância. Poderá tam bém maravilhas no cam po de Zoã;
dar-nos pão, o u preparar carne para o seu povo? 44E converteu os seus rios em sangue, e as suas cor­
2'P o rtan to o Se n h o r os ouviu, e se indignou; e rentes, para que não pudessem beber.
acendeu um fogo contra Jacó, e furor tam bém subiu 4,Enviou entre eles enxam es de moscas que os co n ­
contra Israel; sum iram , e rãs que os destruíram .
“ P orquanto não creram em Deus, nem confiaram 46D eu tam bém ao pulgão a sua novidade, e o seu
na sua salvação; trabalho aos gafanhotos.
23A inda que m andara às altas nuvens, e abriu as 47D estruiu as suas vinhas com saraiva, e os seus
portas dos céus, sicôm oros com pedrisco.
24E chovera sobre eles o m aná para com erem , e lhes 4STam bém entregou o seu gado à saraiva, e os seus
dera do trigo do céu. rebanhos aos coriscos.
2sO hom em com eu o pão dos anjos; ele lhes m a n ­ 4,Lançou sobre eles o ard o r da sua ira, furor, in ­
dou com ida a fartar. dignação, e angústia, m an d an d o m aus anjos contra
26Fez soprar o vento do oriente nos céus, e o trouxe eles.
do sul com a sua força. ’"Preparou cam inho à sua ira; não p o u p o u as suas
27E choveu sobre eles carne com o pó, e aves de asas almas da m orte, m as entregou à pestilência as suas
com o a areia do mar. vidas.
28E as fez cair no m eio do seu arraial, ao redor de ’1E feriu a to d o prim ogênito no Egito, prim ícias da
suas habitações. sua força nas tendas de Cão.
29Então com eram e se fartaram bem ; pois lhes 52Mas fez com que o seu povo saísse com o ovelhas, e
cum priu o seu desejo. os guiou pelo deserto com o um rebanho.
30N ão refrearam o seu apetite. A inda lhes estava a 53E os guiou com segurança, que não tem eram ; mas
com ida na boca, o m ar cobriu os seus inimigos.
31Q uando a ira de Deus desceu sobre eles, e m atou os ,4E os trouxe até ao term o do seu santuário, até este
mais robustos deles, e feriu os escolhidos de Israel. m o n te que a sua destra adquiriu.
32Com tu d o isto ainda pecaram , e não deram cré­ 55E expulsou os gentios de d iante deles, e lhes d i­
dito às suas maravilhas. vidiu um a herança p o r linha, e fez h ab itar em suas
33Por isso consum iu os seus dias na vaidade e os tendas as tribos de Israel.
seus anos na angústia. ,6C o n tu d o ten taram e provocaram o D eus Altíssi­
14Q uando os m atava, então o procuravam ; e volta­ mo, e não guardaram os seus testem unhos.
vam , e de m adrugada buscavam a Deus. 57M as retiraram -se p ara trás, e portaram -se infiel­
35E se lem bravam de que Deus era a sua rocha, e o m ente com o seus pais; viraram -se com o um arco
Deus Altíssimo o seu Redentor. enganoso.
36Todavia lisonjeavam -no com a boca, e com a 58Pois o provocaram à ira com os seus altos, e m ove­
língua lhe m entiam . ram o seu zelo com as suas im agens de escultura.
37Porque o seu coração não era reto para com ele, 5i>D eus ouviu isto e se indignou; e aborreceu a Israel
nem foram fiéis na sua aliança. sobrem odo.
38Ele, porém , que é m isericordioso, perd o o u a sua 60Por isso desam parou o tabernáculo em Siló, a
iniqüidade; e não os destruiu, antes m uitas vezes tenda que estabeleceu entre os hom ens.
desviou deles o seu furor, e não despertou toda a 61E deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão
sua ira. do inim igo.

569
SALMOS 78 ,7 9 ,8 0

62E entregou o seu povo à espada, e se enfureceu 1 “Porque diriam os gentios: O nde está o seu Deus?
contra a sua herança. Seja ele conhecido entre os gentios, à nossa vista,
mO fogo consum iu os seus jovens, e as suas moças pela vingança do sangue dos teus servos, que fo i
não fo ram dadas em casam ento. derram ado.
64O s seus sacerdotes caíram à espada, e as suas viú­ 1 'Venha p erante a tu a face o gem ido dos presos;
vas não fizeram lam entação. segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles
65Então o S enhor despertou, com o quem acaba que estão sentenciados à m orte.
de dorm ir, com o um valente que se alegra com o I2E to rn a aos nossos vizinhos, no seu regaço, sete
vinho. vezes tanto da sua injúria com a qual te injuriaram ,
“ E feriu os seus adversários p o r detrás, e pô-los em Senhor.
perpétuo desprezo. l3Assim nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te
67Além disto, recusou o tabernáculo de José, e não louvarem os eternam ente; de geração em geração
elegeu a tribo de Efraim. cantarem os os teus louvores.
6SAntes elegeu a trib o de Judá; o m onte Sião, que
ele amava. O profeta su p lica a D eus q u e livre a sua vin h a
6<>E edificou o seu santuário com o altos palácios, Para o músico-mor. Sobre Shoshanim Edute.
com o a terra, que fundou para sempre. Salmo de Asafe
70Tam bém elegeu a Davi seu servo, e o tiro u dos TU, que és pastor de Israel, dá ouvidos; tu,
apriscos das ovelhas; que guias a José com o a um rebanho; tu, que
71E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; te assentas entre os querubins, resplandece.
para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua he­ 2Perante Efraim, Benjam im e M anassés, desperta o
rança. teu poder, e vem salvar-nos.
72Assim os apascentou, segundo a integridade do 3Faze-nos voltar, ó Deus, e faze resplandecer o teu
seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos. rosto, e serem os salvos.
4Ó Sen h o r Deus dos Exércitos, até q u an d o te indig­
A assolação de Jerusalém narás co n tra a oração do teu povo?
Salmo de Asafe 5Tu os sustentas com pão de lágrim as, e lhes dás a
Ó DEUS, os gentios vieram à tua herança; beber lágrim as com abundância.
contam inaram o teu santo tem plo; reduzi­ 6Tu nos pões em contendas com os nossos vizinhos,
ram Jerusalém a m ontões de pedras. e os nossos inim igos zom bam de nós entre si.
2D eram os corpos m ortos dos teus servos p o r co­ 7Faze-nos voltar, ó D eus dos Exércitos, e faze res­
m ida às aves dos céus, e a carne dos teus santos às plandecer o teu rosto, e serem os salvos.
feras da terra. “Trouxeste um a vin h a do Egito; lançaste fora os
3D erram aram o sangue deles com o a água ao redor gentios, e a plantaste.
de Jerusalém, e não houve quem os enterrasse. ’Preparaste-lhe lugar, e fizeste com que ela deitasse
4Somos feitos o p ró b rio para nossos vizinhos, es­ raízes, e encheu a terra.
cárnio e zom baria para os que estão à roda de nós. 10O s m ontes foram cobertos da sua som bra, e os
5Até quando, Se n h o r ? Acaso te indignarás para seus ram os se fizeram como os form osos cedros.
sempre? A rderá o teu zelo com o fogo? "E la estendeu a sua ram agem até ao mar, e os seus
6D erram a o teu furor sobre os gentios que não te ram os até ao rio.
conhecem , e sobre os reinos que não invocam o teu 12Por que quebraste então os seus valados, de m odo
nom e. que todos os que passam p o r ela a vindim am ?
TP orque devoraram a Jacó, e assolaram as suas 130 javali da selva a devasta, e as feras do cam po a
m oradas. devoram .
“N ão te lem bres das nossas iniqüidades passadas; 14O h ! D eus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos,
venham ao nosso encontro depressa as tuas m iseri­ atende dos céus, e vê, e visita esta vide;
córdias, pois já estam os m uito abatidos. ' 5E a videira que a tu a destra plantou, e o sarm ento
’A juda-nos, ó D eus da nossa salvação, pela glória que fortificaste para ti.
do teu nom e; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados l6Estd queim ada pelo fogo, está cortada; pereceu
p o r am o r do teu nom e. pela repreensão da tu a face.

570
SALMOS 80 ,8 1 ,8 2 ,8 3

' 7Seja a tu a m ão sobre o hom em da tua destra, sobre ‘■'Em breve abateria os seus inim igos, e viraria a
o filho do hom em , que fortificaste para ti. m inha m ão co n tra os seus adversários.
l8Assim nós não te virarem os as costas; guarda- nos ' ’Os que odeiam ao Se n h o r ter-se-lhe-iam sujeita­
em vida, e invocarem os o teu nom e. do, e o seu tem po seria eterno.
l9Faze-nos voltar, Se n h o r D eus dos Exércitos; faze I6E o sustentaria com o trigo m ais fino, e o fartaria
resplandecer o teu rosto, e seremos salvos. com o mel saído da rocha.

D eus repreende a Israel pela sua ingratidão D eus repreende os ju iz e s p o r suas injustiças
Salmo de Asafe para o músico- mor, sobre G itite Salmo de Asafe
EXULTAI a Deus, nossa fortaleza; jubilaiao DEUS está na congregação dos poderosos;
Deus de Jacó. julga no m eio dos deuses.
2Tomai um salm o, e trazei ju n to o tam b o rim , a 2 Até q uando julgareis injustam ente, e aceitareis as
harpa suave e o saltério. pessoas dos ímpios? (Selá.)
3Tocai a trom beta na lua nova, no tem po apontado ’Fazei justiça ao p obre e ao órfão; justificai o aflito
da nossa solenidade. e o necessitado.
"Porque isto era um estatuto para Israel, e um a lei 4Livrai o pobre e o necessitado; tirai-o s das m ãos
do Deus de Jacó. dos ímpios.
5O rdenou-o em José por testem unho, quando saíra ’Eles não conhecem , n em entendem ; an d am em
pela terra do Egito, onde ouvi um a língua que não trevas; todos os fundam entos da terra vacilam.
entendia. 6Eu disse: V ós sois deuses, e todos vós filhos do
'’Tirei de seus om bros a carga; as suas m ãos foram Altíssimo.
livres dos cestos. "Todavia m orrereis com o hom ens, e caireis com o
7Clam aste na angústia, e te livrei; respondi-te no qualquer dos príncipes.
lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de sLevanta-te, ó D eus, julga a terra, pois tu possuis
Meribá. (Selá.) todas as nações.
sO uve-m e, povo m eu, e eu te atestarei: Ah, Israel,
se m e ouvires! O salm ista suplica a D eus q u e o livre
9N ão haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás Cântico e salmo de Asafe
ante um deus estranho. Ó DEUS, não estejas em silêncio; não te
l0Eu sou o Se n h o r teu Deus, que te tirei da terra do cales, n em te aquietes, ó Deus,
Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei. 2Porque eis que teus inim igos fazem tu m ulto, e os
"M as o m eu povo não quis ouvir a m inha voz, e que te odeiam levantaram a cabeça.
Israel não m e quis. ’T om aram astuto conselho co n tra o teu povo, e
l2Portanto eu os entreguei aos desejos dos seus co­ consultaram contra os teus escondidos.
rações, e andaram nos seus próprios conselhos. 4Disseram: V inde, e desarraiguem o-los para que
I30 h ! se o m eu povo m e tivesse ouvido! se Israel não sejam nação, nem haja m ais m em ória do nom e
andasse nos m eus caminhos! de Israel.

Vós sois deuses tes, nos ensina que, por causa da queda, o homem se tomou se­
(82.6,7) melhante aos falsos deuses deste mundo: corruptíveis e mortais
(1Co15;Hb9.27).
Mormonismo. Cita estas referências para justificar sua dou­
Em Joáo 10.35, Jesus repetiu o versículo 6 (do salmo em aná­
trina sobre a divinização do homem e apoiar seu ensino de
lise) aos seus acusadores. E. ao fazer isso, tinha dois objetivos:
que Satanás falou a verdade quando ofereceu divindade a Eva.
1) demonstrar-lhes que náo entendiam suas próprias Escrituras,
Viver de Luz. Acredita que somos divinos e que se parar­ por isso não estavam em condições de condená-lo ao afirmar
mos de comer podemos atingir a imortalidade ainda nes­ que era Deus; 2) demonstrar-lhes as profundezas e o horror de
ta vida. sua rebelião.
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA. Tal aplicação é falsa, pois o
«= texto em estudo não afirma "sereis Deus", mas “sois deu­
ses", e muito menos que a luz pode evitar a nossa morte. An­

571
SALMOS 83,84,85

5Porque consultaram ju ntos e unânim es; eles se para si, o nde p o n h a seus filhos, até mesmo nos teus
unem co ntra ti: altares, S enhor dos Exércitos, Rei m eu e D eus meu.
6 As tendas de Edom , e dos ismaelitas, de M oabe, e 4B em -aventurados os que habitam em tu a casa;
dos agarenos, louvar-te-ão continuam ente. (Selá.)
7De Gebal, e de A m om , e de A m aleque, a Filístia, 5Bem -aventurado o hom em cuja força está em ti,
com os m oradores de Tiro; em cujo coração estão os cam inhos aplanados.
8Tam bém a Assíria se ajuntou com eles; foram aju­ 6Qí/e, passando pelo vale de Baca, faz dele um a
dar aos filhos de Ló. (Selá.) fonte; a chuva tam bém enche os tanques.
9Faze-lhes com o aos m idianitas; com o a Sísera, 7Vão indo de força em força; cada um deles em Sião
com o a Jabim na ribeira de Q uisom ; aparece perante Deus.
l0Os quais pereceram em E ndor; to rnaram -se 8S enhor D eus dos Exércitos, escuta a m in h a o ra ­
com o estrum e para a terra. ção; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó! (Selá.)
"Faze aos seus nobres com o a O rebe, e com o a ’Olha, ó Deus, escudo nosso, e contem pla o rosto
Zeebe; e a todos os seus príncipes, com o a Zebá e do teu ungido.
com o a Zalm una, 10P orque vale m ais u m dia nos teus átrios do que
l2Q ue disseram: Tom em os para nós as casas de mil. Preferiria estar à p o rta da casa do m eu Deus, a
D eus em possessão. habitar nas tendas dos ímpios.
13Deus meu, faze-os com o um tufão, com o a aresta 11 Porque o S en h or D eus é um sol e escudo; o S enhor
diante do vento. dará graça e glória; não retirará bem algum aos que
14C om o o fogo que queim a um bosque, e com o a andam na retidão.
cham a que incendeia as brenhas, 12S E N H O R d o sE x é rc ito s,b e m -a v e n tu ra d o o h o m e m
l5Assim os persegue com a tu a tem pestade, e os q u e e m ti p õ e a s u a c o n fia n ç a .
assom bra com o teu torvelinho.
16Encham -se de vergonha as suas faces, para que O salm ista pede o livram ento das
busquem o teu nom e, S en h or . aflições presentes
17C onfundam -se e assom brem -se perpetuam ente; Salmo para o músico-mor, entre os filhos de Coré
envergonhem -se, e pereçam , ABENÇOASTE, S enhor , a tu a terra; fizeste
18Para que saibam que tu, a quem só pertence o voltar o cativeiro de Jacó.
nom e de S enhor , és o Altíssimo sobre toda a terra. 2Perdoaste a iniqüidade do teu povo; cobriste todos
os seus pecados. (Selá.)
A fe lic id a d e daquele q u e habita no 3Fizeste cessar to d a a tu a indignação; desviaste-te
santuário de D eus do ard o r da tu a ira.
Para o m úsico-m or sobre G itite Salmo para 4T orna-nos a trazer, ó D eus da nossa salvação, e faze
os filhos de Coré cessar a tua ira de sobre nós.
QUÂO amáveis são os teus tabernáculos, ’Acaso estarás sem pre irado contra nós? Estenderás
S enhor dos Exércitos! a tua ira a todas as gerações?
2A m in h a alm a está desejosa, e desfalece pelos 6N ão tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo
átrios do S en h o r ; o m eu coração e a m in h a carne se alegre em ti?
clam am pelo Deus vivo. 7M ostra-nos, S enhor , a tu a m isericórdia, e conce­
3Até o pardal encontrou casa, e a and o rin h a n inho de-nos a tu a salvação.

Só pertence o nome de S e n h o r dade Torre de Vigia. Para nós, o nome de Deus revela seu cará­
(83.18) ter e sua índole. Dai o Senhor possuir vários nomes, como: Deus
- E l (Gn 31.13; 35.1-3; 21.33; Is 40.28; SI 42.9,10), Deus Altíssi­
Testemunhas de Jeová. Normalmente, procuram levar
mo -ElElyon (Gn 14.19,20; Nm 24.16; Dt 32.8), Elohim (que apa­
seus ouvintes à leitura da Bíblia que possuem (TNM) porque
rece 2.498 vezes no Antigo Testamento, enquanto o seu singular,
o nome Jeová aparece registrado como Senhor em nossa Bíblia.
Eloah, 57), Todo-Poderoso-£7Shaday (Gn 17.1; 49.25; Nm24.4;
. a RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os cristãos entendem que Is 13.6) e Senhor-Actonay (Gn 18.1; Is 3.18; 6.1; Dn 9.16).
*= o nome de Deus não é simplesmente uma forma de distin­ Embora esta seita argumente que são apenas títulos, a Bíblia,
ção dos deuses falsos ou de suas criaturas, como ensina a Socie­ porém, afirma que são nomes (Êx 3.14,15).

572
SALMOS 85 ,8 6 ,8 7 ,8 8

8Escutarei o que Deus, o S enhor , falar; p orque fa­ 16Volta-te p ara m im , e tem m isericórdia de m im ;
lará de paz ao seu povo, e aos santos, para que não dá a tu a fortaleza ao teu servo, e salva ao filho da tua
voltem à loucura. serva.
’C ertam ente que a salvação está perto daqueles que l7M ostra-m e um sinal p ara bem , para que o vejam
o tem em , para que a glória habite na nossa terra. aqueles que m e odeiam , e se confundam ; p orque tu,
IUA m isericórdia e a verdade se encontraram ; a S enhor , m e ajudaste e m e consolaste.
justiça e a paz se beijaram .
11A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde D eus tem o m a io r prazer e m Sião
os céus. Salmo e cântico para os filhos de Coré
12Tam bém o S en h o r dará o que é bom , e a nossa O SEU fundam ento está nos m ontes santos.
terra dará o seu fruto. 20 S en h or am a as portas de Sião, m ais
13A justiça irá adiante dele, e nos porá no cam inho que todas as habitações de Jacó.
das suas pisadas. 3Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
(Selá.)
D avi im plora a rd e n tem e n te o socorro de D eus 4Farei m enção de Raabe e de B abilônia àqueles
Oração de Davi que m e conhecem ; eis que da Filístia, e de Tiro, e da
INCLINA, S enhor , os teus ouvidos, e ouve- Etiópia, se dirá: Este hom em nasceu ali.
me, porque estou necessitado e aflito. 5E de Sião se dirá: Este e aquele h o m em nasceram
2G uarda a m inha alma, pois sou santo: ó D eus meu, ali; e o m esm o Altíssimo a estabelecerá.
salva o teu servo, que em ti confia. 60 S enhor contará na descrição dos povos que este
•’Tem m isericórdia de m im , ó Senhor, pois a ti cla­ hom em nasceu ali. (Selá.)
m o todo o dia. 7Assim os cantores com o os tocadores de instru­
4 Alegra a alm a do teu servo, pois a ti, Senhor, levan­ m entos estarão lá; todas as m inhas fontes estão em ti.
to a m inha alma.
5Pois tu , Senhor, és bom , e p ro n to a perdoar, e 0 salm ista queixa-se das suas grandes desgraças
ab u n d an te em benignidade para todos os que te Cântico e salmo para os filhos de Coré e para o m úsico-m or
invocam. sobre Maalate Leanote; Masquii de Hemã, ezraíta
6Dá o u v id o s , S enhor , à m in h a o r a ç ã o e a te n d e à v o z S en h or Deus da m in h a salvação, diante de ti
d a s m in h a s sú p lica s. tenho clam ado de dia e de noite.
7No dia da m inha angústia clam o a ti, p orq u an to 2Chegue a m in h a oração p erante a tu a face, inclina
m e respondes. os teus ouvidos ao m eu clam or;
8Entre os deuses não há sem elhante a ti, Senhor, 3P orque a m in h a alm a está cheia de angústia, e a
nem há obras com o as tuas. m inha vida se aproxim a da sepultura.
‘T odas as nações que fizeste virão e se prostrarão 4Estou co n tad o com aqueles que descem ao abis­
perante a tua face, Senhor, e glorificarão o teu nome. mo; estou com o ho m em sem forças,
“’Porque tu és grande e fazes m aravilhas; só tu és 5Livre entre os m ortos, com o os feridos de m o rte
Deus. que jazem na sepultura, dos quais te não lem bras
"E nsina-m e, S enhor , o teu cam inho, e andarei na mais, e estão cortados da tu a mão.
tu a verdade; une o m eu coração ao te m o r do teu 6Puseste-m e no abism o m ais profundo, em trevas
nom e. e nas profundezas.
12Louvar-te-ei, Senhor D eus m eu, com todo o m eu 7Sobre m im pesa o teu furor; tu m e afligiste com
coração, e glorificarei o teu nom e para sempre. todas as tuas ondas. (Selá. )
l3Pois grande é a tu a m isericórdia para com igo; e “Alongaste de m im os m eus conhecidos, puseste-
livraste a m inha alm a do inferno m ais profundo. m e em extrem a abom inação p ara com eles. Estou
I4Ó Deus, os soberbos se levantaram contra m im , fechado, e não posso sair.
e as assembléias dos tiranos pro cu raram a m inha 9A m in h a vista desm aia p o r causa da aflição. S e ­
alma, e não te puseram perante os seus olhos. n ho r , tenho clam ado a ti to d o o dia, tenho estendido

‘’Porém tu, Senhor, és um D eus cheio de com pai­ para ti as m inhas mãos.
xão, e piedoso, sofredor, e grande em benignidade 1 "M ostrarás, tu , m aravilhas aos m ortos, ou os m or­
e em verdade. tos se levantarão e te louvarão? (Selá.)

573
SALMOS 88,89

"Será anunciada a tua benignidade na sepultura, 1 'Teus são os céus, e tu a é a terra; o m u n d o e a sua
o u a tua fidelidade na perdição? plenitude tu os fundaste.
'2Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua I20 no rte e o sul tu os criaste; Tabor e H erm om
justiça na terra do esquecimento? jubilam em teu nom e.
BEu, porém , Se nho r , tenho clam ado a ti, e de m a­ ' ’Tu tens um b raço poderoso; forte é a tua m ão, e
drugada te esperará a m inha oração. alta está a tua destra.
1 ■'Senhor, porque rejeitas a m in h a alma? Por que ‘■'Justiça e juízo são a base do teu tro n o ; m isericór­
escondes de m im a tua face? dia e verdade irão adiante do teu rosto.
1 '’Estou aflito, e prestes tenho estado a m o rrer desde ' ’Bem -aventurado o povo que conhece o som ale­
a m inha m ocidade; enquanto sofro os teus terrores, gre; andará, ó Se n h o r , na luz da tu a face.
estou perturbado. l6Em teu nom e se alegrará todo o dia, e na tu a ju s­
I6A tu a ardente indignação sobre m im vai passan­ tiça se exaltará.
do; os teus terrores m e têm retalhado. 1 'P ois tu és a glória da sua força; e n o teu favor será
17Eles m e rodeiam todo o dia com o água; eles ju n ­ exaltado o nosso poder.
tos m e sitiam. ' “P orque o Se n h o r é a nossa defesa, e o Santo de
1 "Desviaste para longe de m im am igos e com pa­ Israel o nosso Rei.
nheiros, e os meus conhecidos estão em trevas. ' 9E ntão falaste em visão ao teu santo, e disseste:
Pus o socorro sobre um que é poderoso; exaltei a um
A aliança de D eus co m Dain é trazida à m em ória eleito do povo.
M asquil de Etã, o ezraíta 20Achei a Davi, m eu servo; com santo óleo o ungi,
A S benignidades do Se n h o r cantarei perp e­ 2'C o m o qual a m in h a m ão ficará firm e, e o m eu
tuam ente; com a m inhabocam anifestarei a braço o fortalecerá.
tua fidelidade de geração em geração. 220 inim igo não o im p o rtu n ará, nem o filho da
2Pois disse eu: A tua benignidade será edificada perversidade o afligirá.
para sempre; tu confirm arás a tu a fidelidade até nos 23E eu derrubarei os seus inim igos p eran te a sua
céus, dizendo: face, e ferirei aos que o odeiam.
3Fiz u m a aliança com o m eu escolhido, e jurei ao 24E a m inha fidelidade e a m inha benignidade estarão
m eu servo Davi, dizendo: com ele; e em m eu nom e será exaltado o seu poder.
4A tu a sem ente estabelecerei para sem pre, e edifica­ 25Porei tam bém a sua m ão n o m ar, e a sua direita
rei o teu trono de geração em geração. (Selá.) nos rios.
5E os céus louvarão as tuas m aravilhas, ó Senho r , a 26Ele m e cham ará, dizendo: Tu és m eu pai, m eu
tua fidelidade tam bém na congregação dos santos. Deus, e a rocha da m inha salvação.
6Pois quem no céu se pode igualar ao Se n h o r ? 27Tam bém o farei m eu prim ogênito mais elevado
Q uem entre os filhos dos poderosos pode ser sem e­ do que os reis da terra.
lhante ao Se n h o r ? 28A m in h a benignidade lhe conservarei eu p ara
7Deus é m uito formidável na assembléia dos santos, sem pre, e a m in h a aliança lhe será firme,
e para ser reverenciado po r todos os que o cercam. 29E conservarei para sem pre a sua sem ente, e o seu
SÓ Senho r Deus dos Exércitos, quem è poderoso tro n o com o os dias do céu.
com o tu, Senhor , com a tua fidelidade ao redor de ti? 30Se os seus filhos deixarem a m inha lei, e não an ­
‘*Tu dom inas o ím peto do m ar; quando as suas darem nos m eus juízos,
ondas se levantam , tu as fazes aquietar. 31Se profanarem os m eus preceitos, e não guarda­
l0Tu quebraste a Raabe com o se fora ferida de rem os m eus m andam entos,
m orte; espalhaste os teus inim igos com o teu braço 32E ntão visitarei a sua transgressão com a vara, e a
forte. sua iniqüidade com açoites.

Será anunciada a tua benignidade na sepultura...?


Fp 1.21-23) ou no hades, em sofrimento — se for incrédula
( 88 . 11 )
(Lc 16.22-25). Por ocasião da ressurreição, no arrebatamento da
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: No estado intermediá­ Igreja, o corpo (que agora jaz no pó da terra) e a alma serão reu­
Í rio, entre a morte e a ressurreição do corpo, a alma per­
manece em estado consciente, no céu — se for cristá (2Co 5.6-8;
nidos. Os cristãos ressuscitarão e possuirão a Imortalidade do
corpo (1Co 15.51-53; Fp3.20,31; 1Ts4.14,16,17).

574
SALMOS 89,90

33Mas não retirarei totalm ente dele a m inha benig­ 46Até q u ando, S en h o r ? Acaso te esconderás para
nidade, nem faltarei à m inha fidelidade. sempre? A rderá a tu a ira com o fogo?
34N ão quebrarei a m inha aliança, não alterarei o 47Lem bra-te de quão breves são os m eus dias; por
que saiu dos m eus lábios. que criarias debalde todos os filhos dos homens?
35U m a vez jurei pela m in h a santidade que não 48Q ue hom em há, que viva, e não veja a m orte? Li­
m entirei a Davi. vrará ele a sua alm a do p oder da sepultura? (Selá.)
36A sua sem ente d urará para sem pre, e o seu trono, 4vSenhor, onde estão as tuas antigas benignidades
com o o sol diante de m im . que juraste a Davi pela tu a verdade?
37Será estabelecido para sem pre com o a lua e como ,üLem bra-te, Senhor, do o p ró b rio dos teus servos;
um a testem unha fiel n o céu. (Selá.) como eu trago no m eu peito o opróbrio de todos os
38Mas tu rejeitaste e aborreceste; tu te indignaste povos poderosos,
contra o teu ungido. 5'C o m o qual, S en h or , os teus inim igos têm difa­
39Abom inaste a aliança do teu servo; profanaste a m ado, com o qual têm difam ado as pisadas do teu
sua coroa, lançando-a p o r terra. ungido.
“ D errubaste todos os seus m uros; arruinaste as “ Bendito seja o S en h or para sem pre. A m ém , e
suas fortificações. Amém.
4lTodos os que passam pelo cam inho o despojam ;
é um o p róbrio para os seus vizinhos. A fra q u e za do h o m em e a p rovidência d e D eus
^E xaltaste a destra dos seus adversários; fizeste Oração de Moisés, homem de Deus
com que todos os seus inim igos se regozijassem. SENHOR, tu tens sido o nosso refugio, de
4’Tam bém em botaste o fio da sua espada, e não o geração em geração.
sustentaste na peleja. 2Antes qu e os m ontes nascessem , o u que tu for­
44Fizeste cessar a sua glória, e deitaste po r terra o masses a te rra e o m u n d o , m esm o de eternidade a
seu trono. eternidade, tu és Deus.
45Abreviaste os dias da sua m ocidade; cobriste-o de 3Tu reduzes o ho m em à destruição; e dizes: Tornai-
vergonha. (Selá.) vos, filhos dos hom ens.

Livrará ele a sua alma do poder da sepultura? tava Deus pela criação e reconhecia sua própria fragilidade como
(89.48) ser humano: “Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-
vos, filhos dos homens [...] Os dias da nossa vida chegam a se­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: No hebraico, o termo
Í traduzido também na ACF por sepultura é qever. A pa­
lavra sheol é correspondente à palavra grega hades e signifi­
tenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos,
o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos
voando" (v. 3,10).
ca “o mundo invisível dos mortos’ . Antes da vinda de Cristo,
Por outro lado, o profeta Isaías fala da eternidade de Deus como
o sheol se dividia em duas partes. O lugar dos santos era cha­
um ser imutável: ‘ Não sabes, nào ouviste que o eterno Deus, o
mado "Seio de Abraão” , "Trono da glória" e “Jardim do Éden” .
Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga?
A outra parte era o inferno, lugar de tormento consciente dos
É Inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e mul­
perdidos (Lc 16.19-31). Logo, sheol, de modo algum, pode
tiplica as forças ao que nào tem nenhum vigor. Os jovens se can­
significar simplesmente a sepultura comum da humanidade.
sarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que
(Gn 37.35,36).
esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como
águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fati­
De eternidade a eternidade, tu és Deus
garão" (Is 40.28-31).
(90.2)
A Meditação transcendental. Ensina que Deus é impessoal A brevidade da vida
a ® e faz parte da própria natureza. Declara Maharishl Mahesh (90.3-6,10-12)
Yogi. seu fundador: "O divino transcendental, onipresente, é, por
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A doutrina da reencar-
virtude de sua onipresença, o ser essencial de todos nós. Forma
a base de todas as vidas: não é outro senão o nosso próprio ser t naçáo tem sua origem no hinduísmo. Aqueles, porém, que
a defendem no Ocidente omitem que, segundo a própria filoso­
ou Ser [...] Deus é impessoal e mora no coração de cada ser [...]
fia hinduísta, não é uma coisa boa, que deva ser almejada. Pelo
Tudo o que há na criação é manifestação do ser impessoal abso­
contrário. Nos Upanishads Satapatha (escritos sagrados hindus),
luto e nào manifesto".
onde, referida pela primeira vez, a reencamaçáo aparece como
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os conceitos sobre Deus e um castigo infligido pelos deuses a uma vida má e não como uma
o homem, segundo a meditação transcendental, sào com­ forma de purificação, tal como é apregoada pelo espiritismo mo­
pletamente diferentes dos conceitos bíblicos. Deus é essencial­ derno (kardecismo).
mente distinto do homem, porque Deus é o Criador (Gn 1.1,26), A Bíblia, porém, mostra que a duração da vida humana sobre a
enquanto o homem é apenas um ser criado. O salmista Davi exal­ terra é curta, por Isso o homem deve temer a Deus agora.

575
SALMOS 90,91,92

‘'Porque m il anos são aos teus olhos com o o dia de “Som ente com os teus olhos contem plarás, e verás
on tem que passou, e com o a vigília da noite. a recom pensa dos ímpios.
’Tu os levas com o um a corrente de água; são como 9Porque tu, ó Se n h o r , és o m eu refúgio. No Altíssi­
um sono; de m anhã são com o a erva que cresce. m o fizeste a tu a habitação.
6D e m adrugada floresce e cresce; à tarde corta-se "‘N enhum mal te sucederá, nem praga alguma
e seca. chegará à tu a tenda.
7Pois som os consum idos pela tu a ira, e pelo teu "P o rq u e aos seus anjos dará ordem a teu respeito,
fiiror som os angustiados. para te guardarem em todos os teus cam inhos.
8D iante de ti puseste as nossas iniqüidades, os nos­ l2Eles te sustentarão nas suas m ãos, p ara que não
sos pecados ocultos, à luz do teu rosto. tropeces com o teu pé em pedra.
“Pois todos os nossos dias vão passando na tua in­ 13Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do
dignação; passam os os nossos anos com o um conto leão e a serpente.
que se conta. l4Porquanto tão encarecidam ente m e am ou, ta m ­
‘“Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se bém eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, p o rq u e
alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o conheceu o m eu nom e.
orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta 1 ’Ele m e invocará, e eu lhe responderei; estarei com
e vamos voando. ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
n Q uem conhece o p oder da tu a ira? Segundo és l6Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe m ostrarei
trem endo, assim é o teu furor. a m in h a salvação.
l2E n sin a-nosacontarosnossosdias,detal m aneira
que alcancemos corações sábios. O salm ista exorta a louvar a D eus
' 3Volta-te para nós, Se n h o r ; até quando? Aplaca-te Salmo e cântico para o sábado
para com os teus servos. BOM é louvar ao Senho r , e cantar louvores
l4Farta-nos de m adrugada com a tu a benignidade, ao teu nom e, ó Altíssimo;
para que nos regozijemos, e nos alegrem os todos os 2Para d em an h ã an u n c iara tua benignidade, e todas
nossos dias. as noites a tua fidelidade;
15A legra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos 3Sobre um in stru m en to de dez cordas, e sobre o
anos em que vim os o mal. saltério; sobre a harp a com som solene.
l6Apareça a tu a o bra aos teus servos, e a tu a glória 4Pois tu, Se n h o r , m e alegraste pelos teus feitos;
sobre seus filhos. exultarei nas obras das tuas mãos.
,7E seja sobre nós a form osura do Se n h o r nosso ’Q uão grandes são, Se nho r , as tuas obras! Mui
Deus, e confirm a sobre nós a obra das nossas mãos; profundos são os teus pensam entos.
sim , confirm a a obra das nossas mãos. 60 hom em b ru tal não conhece, nem o louco en ­
tende isto.
A segurança d a quele q u e se acolhe em D eus 7Q u an d o o ím pio crescer com o a erva, e q u an d o
A Q UELEquehabitanoesconderijodo Altís­ florescerem todos os que praticam a iniqüidade, é
simo, à som bra do O nipotente descansará. que serão destruídos perpetuam ente.
2Direi do Se n h o r : Ele é o m eu Deus, o m eu refúgio, "Mas tu , Senho r , és o Altíssimo para sempre.
a m in h a fortaleza, e nele confiarei. 9Pois eis que os teus inim igos, Senho r , eis que os
•’Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da teus inim igos perecerão; serão dispersos todos os
peste perniciosa. que praticam a iniqüidade.
4Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas l0Porém tu exaltarás o m eu poder, com o o do boi
asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e selvagem. Serei ungido com óleo fresco.
broquel. "O s m eus olhos verão o meu desejo sobre os meus
5N ão terás m edo do terro r de noite nem da seta que inimigos, e os m eus ouvidos ouvirão o meu desejo
voa de dia, acerca dos malfeitores que se levantam contra m im .
*N em da peste que anda na escuridão, nem da m o r­ I20 justo florescerá com o a palm eira; crescerá
tandade que assola ao m eio-dia. com o o cedro n o Líbano.
7Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tu a direita, mas 13O s que estão plantados na casa do Se n h o r flores­
não chegará a ti. cerão nos átrios do nosso Deus.

576
SALMOS 9 2 ,9 3 ,9 4 ,9 5 ,9 6

l4N a velhice ainda darão frutos; serão viçosos e 15Mas o j uízo voltará à retidão, e segui-lo-ão todos
vigorosos, os retos de coração.
l5Para anunciar que o S en h or é reto. Eleé a m inha 16Q uem será p o r m im co n tra os malfeitores?
rocha e nele não há injustiça. Q uem se p orá p o r m im co n tra os que praticam a
iniqüidade?
O p oder e a m ajestade do reino de D eus ,7Se o S en h or não tivera ido em m eu auxílio, a m i­
O S en h or re in a ; e stá v e s tid o d e m a je s ta d e . nha alm a quase que teria ficado n o silêncio.
O S en h o r se r e v e s tiu e c in g iu d e p o d e'"Q
r ; ouando eu disse: O m eu pé vacila; a tu a benigni­
m u n d o ta m b é m e s tá firm a d o , e n ã o p o d e r á vacilar. dade, S enhor , m e susteve.
20 te u t r o n o está fir m e d e s d e e n tã o ; t u és d e s d e a I9Na m ultidão dos m eus pensam entos d en tro de
e te rn id a d e . m im , as tuas consolações recrearam a m in h a alma.
3O s rio s le v a n ta m , ó S enhor , o s rio s le v a n ta m o se u 20Porventura o tro n o de iniqüidade te acom panha,
r u íd o , o s rio s le v a n ta m a s s u a s o n d a s . o qual forja o mal p o r u m a lei?
4Mas o S enhor n a s a ltu r a s é m a is p o d e r o s o d o q u e 2'Eles se ajuntam co n tra a alm a do justo, e conde­
o r u íd o d a s g r a n d e s á g u a s e do que as g r a n d e s o n d a s nam o sangue inocente.
d o m a r.
22Mas o S en h or é a m in h a defesa; e o m eu D eus é a

5M u i fiéis s ã o o s t e u s te s te m u n h o s ; a s a n tid a d e
rocha do m eu refúgio.
23E trará sobre eles a sua p ró p ria iniqüidade; e os
c o n v é m à tu a c asa, S enhor , p a r a s e m p re .
destru irá na sua p ró p ria malícia; o S en h o r nosso
D eus os destruirá.
A pelação à ju stiç a d e D eus contra os m alfeitores
Ó S en h o r D eus, a quem a vingança per­
O salm ista convida a louvar o S e n h o r
tence, ó Deus, a quem a vingança pertence,
VINDE, cantem os ao S en h or ; jubilem os à
m ostra-te resplandecente.
rocha d a nossa salvação.
2Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá a paga aos
2A presentem o-nos ante a sua face com louvores, e
soberbos.
celebrem o-lo com salmos.
3 Até q uando os ím pios, S enhor , até quando os ím ­
3Porque o S en h or éD eus grande, e Rei grande sobre
pios saltarão de prazer?
todos os deuses.
4A té quando proferirão, e falarão coisas duras, e se
4Nas suas m ãos estão as profundezas da terra, e as
gloriarão todos os que praticam a iniqüidade?
alturas dos m ontes são suas.
’Reduzem a pedaços o teu povo, ó S enhor , e afligem
5Seu é o mar, e ele o fez, e as suas m ãos form aram
a tu a herança.
a terra seca.
6M atam a viúva e o estrangeiro, e ao órfão tiram
*Ó, vinde, adorem os e prostrem o-nos; ajoelhem os
a vida. diante do S enhor que nos criou.
7C o n tu d o dizem: O S en h or não o verá; nem para 7Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto
isso atenderá o D eus de Jacó. e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz,
“A tendei, ó brutais d en tre o povo; e vós, loucos, 8N ão endureçais os vossos corações, assim com o na
q u ando sereis sábios? provocação e com o no dia da tentação n o deserto;
9Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que for­ ’Q uan d o vossos pais m e ten taram , m e provaram , e
m o u o olho, não verá? viram a m in h a obra.
1 “Aquele que argüi os gentios náo castigará? E o que '“Q uarenta anos estive desgostado com esta gera­
ensina ao hom em o conhecim ento, não saberá? ção, e disse: Émw povo que erra de coração, e não tem
" O S en h o r c o n h e c e o s p e n s a m e n to s d o h o m e m , conhecido os m eus cam inhos.
q u e sã o v a id a d e . 1 'A quem jurei n a m in h a ira que não en trarão no
12Bem -aventurado é o hom em a quem tu castigas, m eu repouso.
ó S enhor , e a quem ensinas a tua lei;
13Para lhe dares descanso dos dias m aus, até que se C o n v ite a toda a terra para louvar e tem er
abra a cova para o ímpio. ao S e n h o r
l4Pois o S en h or não rejeitará o seu povo, nem de­ CANTAI ao S en h or um cântico novo, can­
sam parará a sua herança. tai ao S en h or to d a a terra.

577
SALMOS 96 ,9 7 ,9 8

•*Cantai ao S enhor , bendizei o seu nom e; anunciai bOs céus anunciam a sua justiça, e todos os povos
a sua salvação de dia em dia. vêem a sua glória.
3 A nunciai entre as nações a sua glória; entre todos ?C onfundidos sejam todos os que servem imagens
os povos as suas maravilhas. de escultura, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos
4Porque grande éo S enhor , e digno de louvor, mais diante dele todos os deuses.
temível do que todos os deuses. HSião ouviu e se alegrou; e os filhos de Judá se ale­
’Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas graram por causa da tu a justiça, ó S enhor .
o S enhor fez os céus. 9Pois tu, S enhor , és o mais alto sobre toda a terra; tu
6Glória e m ajestade estão ante a sua face, força e és m u ito mais exaltado do que todos os deuses.
form osura no seu santuário. 1 "Vós, que am ais ao Senhor , odiai o mal. Ele guarda
7Dai ao S enhor , ó famílias dos povos, dai ao S enhor as almas dos seus santos; ele os livra das m ãos dos
glória e força. ímpios.
8Dai ao S f.n hor a glória devida ao seu nom e; trazei 1 'A luz semeia-se para o justo, e a alegria para os
oferenda, e entrai nos seus átrios.
retos decoração.
“'A d o ra i a o S enhor n a be le za d a s a n tid a d e ; tr e m e i
1 “Alegrai-vos, ó justos, no S enhor , e dai louvores à
d ia n te d e le to d a a te rr a .
m em ória da sua santidade.
1 “Dizei entre os gentios <ji/eo S enhor reina. O m un-
do tam bém se firm ará para que se não abale; julgará
Exortação a louvar o S e n h o r S a lm o
os povos com retidão.
CANTAI ao S enhor um cântico novo,
1 ‘Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; bram e o
porque fez maravilhas; a sua destra e o seu
m ar e a sua plenitude.
braço santo lhe alcançaram a salvação.
12Alegre-se o cam po com tu d o o que há nele; então
20 S e n h o r fez n o tó ria a sua salvação, m anifestou a
se regozijarão todas as árvores do bosque,
sua justiça p erante os olhos dos gentios.
13Ante a face do S enhor , porque vem, porque vem a
^Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade
julgar a terra; julgará o m undo com justiça e os povos
com a sua verdade. para com a casa de Israel; todas as extrem idades da
terra viram a salvação do nosso Deus.
A m ajestade do reino de D eus 4Exultai no S en h or to d a a terra; exclamai e alegrai-
O S enhor reina; regozije-se a terra; ale­ vos de prazer, e cantai louvores.
grem-se as m uitas ilhas. ’C antai louvores ao S en h or com a harpa; com a
2Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e harpa e a voz do canto.
juízo são a base do seu trono. 6C om trom betas e som de com etas, exultai perante
3Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inim igos a face do S enhor , do Rei.
em redor. 7Bram e o m ar e a sua plenitude; o m undo, e os que
4Os seus relâm pagos ilum inam o m undo; a terra nele habitam .
viu e trem eu. 8Os rios batam as palm as; regozijem-se tam bém as
sO s m ontes derretem com o cera na presença do m ontanhas,
S enhor , na presença do Senhor de toda a terra. ’Perante a face do S en h or , porque vem a julgar a

Prostral-vos diante dele todos os deuses Ao falar daquela maneira, Moisés estava enfatizando a sobe­
(97.7) rania de Deus sobre todo o Universo. Satanás é chamado de
'deus deste século" (2Co 4.4), e busca adoração (Mt 4.9), mas
Mormonlsmo. Cita este versículo para afirmar que os mór-
é uma falsa divindade. Só existe um Deus verdadeiro (Jo 17.3;
mons fiéis seráo deuses. E conclui dizendo que, ao mes­
1Jo 5.20).
mo tempo em que indica haver apenas um Deus, a própria Bíblia
O profeta Isaías declara: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós,
fala da existência de outros deuses.
todos os termos da terra; porque eu sou Deus e não há outro’
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Embora haja muitos falsos (Is 45.22). E: “Antes de mim deus nenhum se formou, e depois
deuses na mente dos homens, existe, porém, um só Deus de mim nenhum haverá* (Is 43.10). O apóstolo Paulo decla­
verdadeiro. Os falsos deuses não têm naturezadivina(GI4.8). Era ra que, por trás dos falsos deuses, estão realmente demônios
justamente isso que Moisés tinha em mente quando escreveu que (1Co 10.20). Chegará o dia em que até mesmo esses demô­
“o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos se­ nios confessarão o senhorio de Cristo Jesus (Fp 2.10. V. tb. co­
nhores, o Deus grande, poderoso e terrível". mentários sobre o SI 82.6,7).

578
SALMOS 9 8 ,9 9 ,100,101,102

terra; com justiça julgará o m undo, e o povo com a obra daqueles que se desviam ; não se m e pegará
eqüidade. a m im .
4Um coração perverso se apartará de m im ; não
E xortação a adorar a D eus no conhecerei o hom em m au.
seu santo m o n te 5Aquele que m u rm u ra do seu p róxim o às escon­
Q Q O Se n h o r reina; trem am os povos. Ele está didas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e
Z7 assentado entre os querubins; com ova-se a coração soberbo, não suportarei.
terra. 6Os m eus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para
20 Se n h o r é grande em Sião, e m ais alto do que que se assentem com igo; o que anda nu m cam inho
todos os povos. reto, esse m e servirá.
3Louvem o teu nom e, grande e trem endo, pois é 70 que usa de engano não ficará dentro da m inha
santo. casa; o que fala m entiras não estará firm e perante
"Também o poder do Rei am a o juízo; tu firm as a os m eus olhos.
eqüidade, fazes juízo e justiça em Jacó. “Pela m an h ã destruirei todos os ím pios da terra,
5Exaltai ao Se n h o r nosso Deus, e prostrai-vos dian­ para desarraigar da cidade do Se n h o r todos os que
te do escabelo de seus pés, pois é santo. praticam a iniqüidade.
6Moisés e Arão, entre os seus sacerdotes, e Samuel
entre os que invocam o seu nom e, clam avam ao Se­ O salm ista recorre a D eus para q u e
restabeleça o seu povo
n h o r , e Ele lhes respondia.
Oração do aflito, vendo-se desfalecido, e derramando a sua
7Na coluna de nuvem lhes falava; eles guardaram os
queixa perante a face do S e n h o r
seus testem unhos, e os estatutos que lhes dera.
1 A s~ \ Se n h o r , ouve a m in h a oração, e chegue
8Tu os escutaste, Se n h o r nosso Deus: tu foste um
X \ J £ ê í a ti o m eu clamor.
Deus que lhes perdoaste, ainda que tom aste vingan­
2N ão escondas de m im o teu rosto no dia da m inha
ça dos seus feitos.
angústia, inclina para m im os teus ouvidos; no dia
‘'Exaltai ao Se n h o r nosso D eus e adorai-o no seu
em que eu clamar, ouve-m e depressa.
m onte santo, pois o Se nho r nosso Deus é santo.
3Porque os m eus dias se consom em com o a fumaça,
e os m eus ossos ardem com o lenha.
Exortação a exaltar o S e n h o r
40 m eu coração está ferido e seco com o a erva, por
Salmo de louvor
isso m e esqueço de com er o m eu pão.
1 /"V CELEBRAI com júbilo ao Se n h o r , to-
5Por causa da voz do m eu gem ido os m eus ossos se
JL v / v / d a s as terras.
apegam à m inha pele.
2Servi ao Se n h o r com alegria; e entrai diante dele
6Sou sem elhante ao pelicano no deserto; sou com o
com canto. um m ocho nas solidões.
3Sabei que o Se n h o r é Deus; foi ele que nos fez, e 7Vigio, sou com o o pardal solitário no telhado.
não nós a nós m esm os; somos povo seu e ovelhas do 8Os m eus inim igos m e afrontam todo o dia; os que
seu pasto. se enfurecem contra m im têm ju rad o co n tra m im .
4E ntrai pelas portas dele com gratidão, e em seus 9Pois tenho com ido cinza com o pão, e m isturado
átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nom e. com lágrim as a m inha bebida,
5Porque o Se n h o r é bom , e eterna a sua m isericór­ l0Por causa da tu a ira e da tu a indignação, pois tu
dia; e a sua verdade dura de geração em geração. m e levantaste e m e arremessaste.
“ Os m eus dias são com o a som bra que declina, e
D avi prom ete a D eus andar p era n te ele com o a erva m e vou secando.
Sal mo de Davi 12Mas tu, Senho r , perm anecerás para sempre, a tua
1 A 1 CANTAREI a m isericórdia e o juízo; a m em ória de geração em geração.
J. A ti, Se nho r , cantarei. l3Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois o
2P ortar-m e-ei com inteligência no cam inho reto. tem po de te com padeceres dela, o tem po determ i­
Q uando virás a mim ? Andarei em m inha casa com nado, já chegou.
um coração sincero. l4Porque os teus servos têm prazer nas suas pedras,
3N ão porei coisa m á diante dos m eus olhos. O deio e se com padecem do seu pó.

579
SALMOS 102,103

15Então os gentios tem erão o no m e do S enhor , e C o n vite a louvar a D eus pela sua graça
todos os reis da terra a tua glória. Salmo de Davi
'''Q u an do o Se n h o r edificar a Sião, aparecerá na I M ^ BENDIZE, ó m in h a alm a, ao S e nho r ,
sua glória. A U e tu d o o que há em m im bendiga o seu.
17Ele atenderá à oração do desam parado, e não santo nome.
desprezará a sua oração. 2Bendize, ó m inha alma, ao Se nho r , e não te esque­
l8Isto se escreverá para a geração futura; e o povo ças de n en h u m de seus benefícios.
que se criar louvará ao Senhor . 3Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que
'“'Pois o lhou desde o alto do seu santuário, desde os sara todas as tuas enferm idades,
céus o Se n h o r contem plou a terra, 4Q ue redim e a tu a vida da perdição; que te coroa de
20Para ouvir o gem ido dos presos, para soltar os benignidade e de misericórdia,
sentenciados à m orte; sQ ue farta a tu a boca de bens, de sorte que a tu a m o ­
21 Para anunciarem o nom e do Se n h o r em Sião, e o cidade se renova com o a da águia.
seu louvor em Jerusalém, hO S e n h o r faz justiça e juízo a todos os oprim idos.
22Q uando os povos se ajuntarem , e os reinos, para 7Fez conhecidos os seus cam inhos a Moisés, e os
servirem ao Senhor . seus feitos aos filhos de Israel.
23A bateu a m inha força n o cam inho; abreviou os "M isericordioso e piedoso é o S e n h o r ; longânim o
meus dias. e grande em benignidade.
2''Dizia eu: M eu Deus, não m e leves no m eio dos 9N ão reprovará perpetuam ente, n em para sem pre
m eus dias, os teus anos são p o r todas as gerações. reterá a sua ira.
25Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são 10N ão nos trato u segundo os nossos pecados, nem
obra das tuas mãos. nos recom pensou segundo as nossas iniqüidades.
26Eles perecerão, m as tu perm anecerás; todos eles II Pois assim com o o céu está elevado acim a da terra,
se envelhecerão com o um vestido; com o roupa os assim é grande a sua m isericórdia p ara com os que
m udarás, e ficarão m udados. o tem em .
27P orém tu és o m esm o, e os teus an o s n u n ca 12Assim com o está longe o oriente do ocidente,
terão fim. assim afasta de nós as nossas transgressões.
2ftOs filhos dos teus servos continuarão, e a sua '3Assim com o um pai se compadece de seus filhos, as­
sem ente ficará firm ada perante ti. sim o Se nho r se com padece daqueles que o temem.

Fundaste a terra Que sara todas as tuas


(102.25) enfermidades
(103.3)
Testemunhas de Jeová. Afirmam que Jesus é inferior a
Jeová, porque fora criado primeiro, passando a criar so­ Ciéncla Cristã. Em sua concepção, este versículo de­
mente depois. monstra a inutilidade da medicina, uma vez que os pro­
fissionais dessa área estariam incentivando o mal ao fazerem as
.__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em análise diz que
pessoas crerem na doença.
M a criaçào é obra de Deus, além de declarar a imutabilida­
Seicho-No-lê. Compartilha da mesma crença e ensina
de do Senhor: "Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão
fim" (v. 27). A mesma passagem é aplicada a Jesus em Hebreus
1.10-12, o que mostra a igualdade de natureza e poder entre o Pai
4 que as doenças, na verdade, não existem, são manifesta­
ções fenomônicas.
e o Filho (V. tb. Jo 1.3). ___g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo em estudo não
-=• está, de forma alguma, menosprezando o tratamento mé­
Os teus anos nunca terão flm
dico. Seu autor apenas diz que Deus é quem sara todas as nos­
(102.27)
sas enfermidades (Êx 23.25). Estamos, aqui, participando de
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A logosofia declara: "O uma verdade fundamental, porque Deus cura tanto pela medici­
Í caminho logosófico é tão longo quanto a eternidade, por­
que é o caminho determinado pela lei da evolução, que impera so­
na ("Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médi­
co os sãos, mas, sim, os doentes"; Mt9.12) quanto pelo seu po­
bre todos os processos que se elaboram dentro da criação’ . der sobrenatural (2Cr 16.12). Em última análise, toda e qualquer
Na verdade, a lei que impera no Universo é a lei da decadência, cura vem de Deus.
como nos mostra o salmo em estudo. Tal decadência é o resulta­ Gostaríamos, finalmente, de alertar as pessoas quanto ao la­
do da entrada do pecado no mundo (Rm 5.12). Logo, não há lei mentável fato de que muitos já morreram por terem confiado nas
que sustente a proposição logosófica. práticas heréticas daqueles que rejeitam a medicina.

580
SALMOS 103,104

l4Pois ele conhece a nossa estrutura; lem bra-se de 10Tu, que fazes sair as fontes nos vales, as quais cor­
que somos pó. rem entre os m ontes.
l5Quanto ao hom em , os seus dias são com o a erva, 1 ‘D ão de beber a to d o o anim al do cam po; os ju ­
com o a flor do cam po assim floresce. m entos m onteses m atam a sua sede.
l6Passando po r ela o vento, logo se vai, e o seu lugar 12Junto delas as aves do céu terão a sua habitação,
não será mais conhecido. cantando entre os ram os.
17Mas a m isericórdia do S enhor é desde a eternida­ 13Ele rega os m ontes desde as suas câm aras; a terra
de e até a eternidade sobre aqueles que o tem em , e a farta-se do fruto das suas obras.
sua justiça sobre os filhos dos filhos; 14Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o
'“Sobre aqueles que guardam a sua aliança, e sobre serviço do hom em , para fazer sair da terra o pão,
os que se lem bram dos seus m andam entos para os l5E o vinho que alegra o coração do hom em , e o
cum prir. azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece
I90 S enhor te m e s ta b e le c id o o s e u t r o n o n o s c éu s,
o coração do hom em .
e o se u r e in o d o m in a s o b r e tu d o .
l6A sárvoresdo S enhor fartam -sedeseiva, os cedros
20Bendizei ao S enhor , todos os seus anjos, vós que
do Líbano que ele plantou,
excedeis em força, que guardais os seus m andam en­ 17O nde as aves se aninham ; quanto à cegonha, a sua
tos, obedecendo à voz da sua palavra.
casa é nas faias.
21 Bendizei ao S enhor , todos os seus exércitos, vós
18Os altos m ontes são para as cabras m onteses, e os
m inistros seus, que executais o seu beneplácito.
rochedos são refugio para os coelhos.
22Bendizei ao S enhor , todas as suas obras, em todos
’’D esignou a lua para as estações; o sol conhece o
os lugares do seu dom ínio; bendize, ó m inha alma,
seu ocaso.
ao S enhor .
20O rdenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem
todos os anim ais da selva.
A glória de D eus é m anifestada na criação
2'O s leõezinhos b ram am pela presa, e de Deus
1 / \ BENDIZE, ó m in h a a lm a , a o S enhor !
buscam o seu sustento.
X v/ S enhor D eus m eu, tu és m agnificentís-
22Nasce o sol e logo se acolhem , e se deitam nos
simo; estás vestido de glória e de majestade.
seus covis.
2Ele se cobre de luz com o de um vestido, estende os
céus com o um a cortina. 23Então sai o hom em à sua o bra e ao seu trabalho,
3Põe nas águas as vigas das suas câm aras; faz das até à tarde.
nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento. 24Ó S enhor , quão variadas são as tuas obras! Todas

4Faz dos seus anjos espíritos, dos seus m inistros um as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das
fogo abrasador. tuas riquezas.
’Lançou os fundam entos da terra; ela não vacilará 2^Assim é este m ar grande e m u ito espaçoso, onde
em tem po algum. há seres sem núm ero, anim ais pequenos e grandes.
6Tu a cobriste com o abism o, com o com u m vesti­ 26 Ali andam os navios; eo leviatã que form aste para
do; as águas estavam sobre os m ontes. nele folgar.
7À tua repreensão fugiram ; à voz do teu trovão se 27Todos esperam de ti, que lhes dês o seu sustento
apressaram . em tem po o p o rtu n o .
“Subiram aos m ontes, desceram aos vales, até ao 28D ando-lho tu, eles o recolhem ; abres a tua mão, e
lugar que para elas fundaste. se enchem de bens.
T e rm o lhes puseste, que não ultrapassarão, para 29Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes
que não tornem m ais a cobrir a terra. tiras o fôlego, m o rrem , e voltam para o seu pó.

Bendizei ao S e n h o r , todos os seus anjos tor está utilizando um recurso literário ao falar da criação em sua
(103.20,21) doxologia dirigida a Deus - o alvo é Deus e nâo a criaçào. Além do
mais, é completamente estranho associar os versículos em análi­
Catolicismo Romano. Cita estes versículos para afirmar
se com a intercessão por intermédio das pessoas mortas. Temos
que podemos orar aos anjos ou àqueles que já morreram.
claras exortações que condenam devoção à criação e às criatu­
___H RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tanto a natureza poética do ras (Êx20.2-4; Dt6.13).
<=» Livro dos Salmos quanto o seu contexto indicam que o au­

581
SALMOS 104,105

30Envias o teu Espírito, e são criados, e assim reno­ 1’Q uan d o andavam de nação em nação e dum
vas a face da terra. reino para o u tro povo;
3 'A g ló r ia d o S enhor d u r a r á p a r a s e m p re ; o S enhor '■•Não p erm itiu a ninguém que os oprim isse, e por
se a le g r a r á n a s su a s o b ra s . am or deles repreendeu a reis, dizendo:
“ O lhando ele para a terra, ela trem e; tocando nos 15N ão toqueis os m eus ungidos, e não m altrateis os
m ontes, logo fum egam . m eus profetas.
33Cantarei ao S enhor enquanto eu viver; cantarei l6C ham ou a fom e sobre a terra, q u eb ran to u todo
louvores ao m eu Deus, enquanto eu tiver existência. o sustento do pão.
34A m in ha m editação acerca dele será suave; eu m e l7M andou p erante eles um hom em , José, que foi
alegrarei no S enhor . vendido p o r escravo;
3’’D esapareçam da te rra os pecadores, e os ím pios lsCujos pés apertaram com grilhões; foi posto em
não sejam mais. Bendize, ó m in h a alma, ao S enhor . ferros;
Louvai ao S enhor . 19Até ao tem p o em que chegou a sua palavra; a
palavra do S enhor o provou.
0 cu idado de D eus pela sua aliança com o povo 20M andou o rei, e o fez soltar; o governador dos
1 A Ç LOUVAI ao S enhor , e invocai o seu povos, e o soltou.
í J n o m e ; fazei c o n h e c id a s as s u a s o b r a s 2'Fê-lo senhor da sua casa, e governador de to d a a
e n tr e o s p o v o s. sua fazenda;
2C antai-lhe, cantai-lhe salmos; falai de todas as 22Para sujeitar os seus príncipes a seu gosto, e ins­
suas maravilhas. tru ir os seus anciãos.
3Gloriai-vos no seu santo nom e; alegre-se o cora­ 23Então Israel e n tro u no Egito, e Jacó peregrinou
ção daqueles que buscam ao S enhor . na terra de Cão.
4Buscai ao S enhor e a sua força; buscai a sua face 24E au m en to u o seu povo em grande m aneira, e o
continuam ente. fez m ais poderoso do que os seus inim igos.
sLem brai-vos das m aravilhas que fez, dos seus 25Virou o coração deles para que odiassem o seu povo,
prodígios e dos juízos da sua boca; para que tratassem astutamente aos seus servos.
6Vós, sem ente de Abraão, seu servo, vós, filhos de 26E nviou Moisés, seu servo, e Arão, a qu em esco­
Jacó, seus escolhidos. lhera.
7Ele é o SfN'HOR nosso Deus; os seus juízos estão em 27M ostraram entre eles os seus sinais e prodígios,
toda a terra. na terra de Cão.
8Lem brou-se da sua aliança para sem pre, da pala­ 28M andou trevas, e a fez escurecer; e n ão foram
vra que m andou a m ilhares de gerações. rebeldes à sua palavra.
9A qual aliança fez com Abraão, e o seu juram ento 2,C onverteu as suas águas em sangue, e m ato u os
a Isaque. seus peixes.
I0E confirm ou o m esm o a Jacó por lei, e a Israel por 30A sua terra p roduziu rãs em abundância, até nas
aliança eterna, câm aras dos seus reis.
11 Dizendo: A ti darei a terra de Canaã, a região da 31Falou ele, e vieram enxam es de moscas e piolhos
vossa herança. em todo o seu term o.
,2Q u an do eram poucos hom ens em núm ero, sim, 32Converteu as suas chuvas em saraiva, e fogo ab ra­
m ui poucos, e estrangeiros nela; sado m a sua terra.

Não toqueis os meus ungidos Israel (V. 1Sm 12.3,5; 24.6,10: 26.9,11,16, 23: 2Sm 1.14,16;
(105.15) 19.21; SI 20.6; Lm 4.20).
As Escrituras nos orientam a analisar as afirmações (1Ts 5.21). O
ijjjg.. Teologia da prosperidade. Cita este versicuio para afirmar
apóstolo Paulo se sentiu ofendido quando os bereanos examina­
que certas pessoas, chamadas por Deus, estão além de
ram as Escrituras, todos os dias, para ver se as coisas de fato eram
qualquer crítica ou responsabilidade por seus atos.
assim? Não! Comparar os ensinos que ouvimos com as Escrituras
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Alguns dizem ser portado­ deve ser um hábito (2Tm 3.16-17). Devemos, constantemente, es­
res de imunidade, achando que foram ungidos por Deus, tar vigilantes quanto aos falsos ensinos (Rm 16.17,18; 1Tm 1.3,4;
por isso náo podem ser questionados em suas posições dou­ 4.16; 2Tm 1.13,14; Tt 1.9; 2.1). Além disso, todos os cristãos são
trinárias. No entanto, a frase "ungidos do Senhor" é comu- ungidos (1 JO2.20). Logo, nenhum llder cristão pode reclamar uma
mente usada no Antigo Testamento, em referência aos reis de posição especial, acima dos outros ou da critica doutrinal e moral.

582
SALMOS 105,106

3’Feriu as suas vinhas e os seus figueirais, e quebrou secou, e os fez cam in h ar pelos abism os com o pelo
as árvores dos seus term os. deserto.
34Falou ele e vieram gafanhotos e pulgão sem I0E os livrou d a m ão daquele que os odiava, e os
núm ero. rem iu da m ão do inim igo.
35E com eram toda a erva da sua terra, e devoraram “ E as águas cobriram os seus adversários; nem um
o fruto dos seus campos. só deles ficou.
36Feriu tam bém a todos os prim ogênitos da sua 12Então creram nas suas palavras, e can taram os
terra, as prim ícias de todas as suas forças. seus louvores.
37E tirou-os para fora com p rata e ouro, e entre as n Porém cedo se esqueceram das suas obras; não
suas tribos não houve um só fraco. esperaram o seu conselho.
3S0 Egito se alegrou quando eles saíram , porque o l4Mas deixaram -se levar à cobiça no deserto, e te n ­
seu tem or caíra sobre eles. taram a D eus na solidão.
39Estendeu um a nuvem por coberta, e um fogo para 1SE ele lhes cu m p riu o seu desejo, m as enviou m a­
ilum inar de noite. greza às suas almas.
^ O ra ra m , e ele fez vir codornizes, e os fartou de 16E invejaram a Moisés no cam po, e a Arão, o santo
pão do céu. do Senho r .
4lAbriu a penha, e dela correram águas; correram 17Abriu-se a terra, e engoliu a Datã, e cobriu o grupo
pelos lugares secos, como um rio. deA birão.
42Porque se lem brou da sua santa palavra, e de I8E u m fogo se acendeu n o seu grupo; a cham a
Abraão, seu servo. abrasou os ímpios.
43E tiro u dali o seu povo com alegria, e os seus esco­ l9Fizeram u m bezerro em H orebe e ad o raram a
lhidos com regozijo. im agem fundida.
44E deu-lhes as terras dos gentios; e herdaram o 20E converteram a sua glória na figura de um boi
trabalho dos povos; que com e erva.
4,Para que guardassem os seus preceitos, e obser­ 2‘Esqueceram -se de Deus, seu Salvador, que fizera
vassem as suas leis. Louvai ao Se nho r . grandezas no Egito,
22M aravilhas na terra de Cão, coisas trem endas no
A rebelião de Israel e a m isericórdia de D eus M ar Vermelho.
1 A / LOUVAI ao S enho r . Louvai ao Senho r , 23Por isso disse que os destruiria, não houvesse M oi­
J . v / U porque ele é bom , porque a sua m iseri­ sés, seu escolhido, ficado perante ele n a brecha, para
córdia dura para sempre. desviar a sua indignação, a fim de não os destruir.
2Q uem pode contar as obras poderosas do Se n h o r ? 24Tam bém desprezaram a te rra aprazível; não cre­
Q uem anunciará os seus louvores? ram na sua palavra.
3Bem -aventurados os que guardam o juízo, o que 25Antes m u rm u raram nas suas tendas, e não deram
pratica justiça em todos os tem pos. ouvidos à voz do Senho r .
4L em bra-te de m im , Sen h o r , segundo a tua boa 26Por isso levantou a sua m ão contra eles, para os
vontade para com o teu povo; visita-m e com a tua derru b ar no deserto;
salvação. 27Para d erru b ar tam bém a sua sem ente entre as
5Para que eu veja os bens de teus escolhidos, para nações, e espalhá-los pelas terras.
que eu m e alegre com a alegria da tua nação, para que 28Tam bém se ju n taram com Baal-Peor, e com eram
me glorie com a tua herança. os sacrifícios dos m ortos.
6Nós pecam os com o os nossos pais, com etem os a 29 Assim o provocaram à ira com as suas invenções;
iniqüidade, andam os perversam ente. e a peste rebentou entre eles.
7Nossos pais não entenderam as tuas m aravilhas “ E ntão se levantou Finéias, e fez juízo, e cessou
no Egito; não se lem braram da m ultidão das tuas aquela peste.
m isericórdias; antes o provocaram no m ar, sim no 31E isto lhe foi contado com o justiça, de geração em
M ar Vermelho. geração, para sempre.
sNão obstante, ele os salvou p o r am or do seu nom e, 32Indig n aram -n o tam bém ju n to às águas da con­
para fazer conhecido o seu poder. tenda, de sorte que sucedeu mal a Moisés, por causa
’Repreendeu, tam bém , o M ar Vermelho, e este se deles;

583
SALMOS 106,107

33Porque irritaram o seu espírito, de m odo que 7E os levou p o r cam inho direito, p ara irem a uma
falou im prudentem ente com seus lábios. cidade de habitação.
34N ão destruíram os povos, com o o Se nho r lhes 8Louvem ao Se n h o r pela sua bondade, e pelas suas
dissera. m aravilhas para com os filhos dos hom ens.
35Antes se m isturaram com os gentios, e aprende­ 9Pois fartou a alm a sedenta, e encheu de bens a alma
ram as suas obras. fam inta.
36E serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes l0Tal com o a que se assenta nas trevas e som bra da
u m laço. m orte, presa em aflição e em ferro;
37D em ais disto, sacrificaram seus filhos e suas filhas "P o rq u an to se rebelaram co n tra as palavras de
aos dem ônios, Deus, e desprezaram o conselho do Altíssimo.
J8E d erram aram sangue inocente, o sangue de seus '^Portanto, lhes abateu o coração com trabalho;
filhos e de suas filhas que sacrificaram aos ídolos de tropeçaram , e não houve quem os ajudasse.
Canaã; e a terra foi m anchada com sangue. l3Então clam aram ao Se n ho r na sua angústia, e os
39Assim se contam inaram com as suas obras, e se livrou das suas dificuldades.
corrom peram com os seus feitos. 14T irou-os das trevas e som bra da m orte; e quebrou
40Então se acendeu a ira do Se n h o r contra o seu as suas prisões.
povo, de m odo que abom inou a sua herança. 1 ’Louvem ao Se n h o r pela sua bondade, e pelas suas
41E os entregou nas m ãos dos gentios; e aqueles que maravilhas para com os filhos dos hom ens.
os odiavam se assenhorearam deles. l6Pois q uebrou as p o rtas de bronze, e despedaçou
42E os seus inim igos os o prim iram , e foram h u m i­ os ferrolhos de ferro.
lhados debaixo das suas mãos. l7O s loucos, p o r causa da sua transgressão, e p o r
43M uitas vezes os livrou, m as o provocaram com o causa das suas iniqüidades, são aflitos.
seu conselho, e foram abatidos pela sua iniqüidade. I8A sua alm a aborreceu toda a com ida, e chegaram
44C ontudo, atendeu à sua aflição, ouvindo o seu até às portas da m orte.
clamor. 19E ntão clam aram ao S e nho r na sua angústia, e ele
45E se lem brou da sua aliança, e se arrependeu se­ os livrou das suas dificuldades.
gundo a m ultidão das suas m isericórdias. 20Enviou a sua palavra, e os sarou; e os livrou da sua
46Assim, tam bém fez com que deles tivessem m ise­ destruição.
ricórdia os que os levaram cativos. 21 Louvem ao Se n h o r pela sua bondade, e pelas suas
47Salva-nos, Se n h o r nosso Deus, e congrega-nos m aravilhas para com os filhos dos hom ens.
d entre os gentios, para que louvem os o teu nom e 22E ofereçam os sacrifícios de louvor, e relatem as
santo, e nos gloriem os no teu louvor. suas obras com regozijo.
48Bendito seja o Se n h o r D eus de Israel, de eternida­ 23O s que descem ao m ar em navios, m ercando nas
de em eternidade, e to d o o povo diga: Amém . Louvai grandes águas.
ao Senhor . 24Esses vêem as obras do Senho r , e as suas m aravi­
lhas no profundo.
A bondade de D eus e m -proteger 25Pois ele m anda, e se levanta o vento tem pestuoso
todos os h om ens que eleva as suas ondas.
1 A ^ LOUVAI ao Se nho r , porque ele é bom , 26Sobem aos céus; descem aos abismos, e a sua alm a
A / porque a sua benignidade dura para se derrete em angústias.
sempre. 27 A ndam e cam baleiam com o ébrios, e perderam
2D igam -no os rem idos do S enhor , os que rem iu da todo o tino.
m ão do inim igo, ’"Então clam am ao Se n h o r n a sua angústia; e ele os
3E os que congregou das terras do oriente e do oci­ livra das suas dificuldades.
dente, do norte e do sul. 29Faz cessar a to rm en ta, e acalm am -se as suas
4A ndaram desgarrados pelo deserto,porcam inhos ondas.
solitários; não acharam cidade para habitarem . 30Então se alegram , p o rq u e se aquietaram ; assim os
’Fam intos e sedentos, a sua alm a neles desfalecia. leva ao seu p o rto desejado.
6E clam aram ao Se n h o r na sua angústia, e os livrou 31 Louvem ao Se n h o r pela sua bondade, e pelas suas
das suas dificuldades. m aravilhas para com os filhos dos hom ens.

584
SALMOS 107,108,109

32Exaltem -no na congregação do povo, e glorifi- l2D á-nos auxílio para sair da angústia, porque vão
quem -no na assembléia dos anciãos. é o socorro da parte do hom em .
33Ele converte os rios em um deserto, e as fontes em 13Em D eus farem os proezas, pois ele calcará aos pés
terra sedenta; os nossos inim igos.
34A terra frutífera em estéril, pela m aldade dos que
nela habitam . D avi roga a D eus o castigo dos ím pios
3,Converte o deserto em lagoa, e a te rra seca em Salmo de Davi para o m úsico-m or
fontes. I Ó DEUS do m eu louvor, não te cales,
36E faz habitar ali os fam intos, para que edifiquem J. 2Pois a boca do ím pio e a boca do
cidade para habitação; enganador estão abertas co n tra m im . T êm falado
37E sem eiam os cam pos e plantam vinhas, que contra m im com um a língua m entirosa.
produzem fruto abundante. 3Eles m e cercaram com palavras odiosas, e peleja­
3#T am bém os abençoa, de m odo que se m ultipli­ ram co n tra m im sem causa.
cam m uito; e o seu gado não dim inui. 4Em recompensa do m eu am o r são m eus adversá­
39Depois se dim inuem e se abatem , pela opressão, rios; m as eu faço oração.
e aflição e tristeza. 5E m e deram m al pelo bem , e ódio pelo m eu amor.
■“ D erram a o desprezo sobre os príncipes, e os faz an­ 6Põe sobre ele um ím pio, e Satanás esteja à sua
dar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho. direita.
4'Porém livra ao necessitado da opressão, em um 7Q uan d o for julgado, saia condenado; e a sua o ra ­
lugar alto, e m ultiplica as famílias com o rebanhos. ção se lhe to rn e em pecado.
42O s retos o verão, e se alegrarão, e toda a iniqüidade 8Sejam poucos os seus dias, e outro tom e o seu oficio.
tapará a boca. 9Sejam órfãos os seus filhos, e viúva sua m ulher.
43Q uem é sábio observará estas coisas, e eles com ­ l0Sejam vagabundos e pedintes os seus filhos, e
preenderão as benignidades do S enhor . busquem pão fora dos seus lugares desolados.
II Lance o credor m ão de tu d o q u anto tenha, e des­
D avi louva a D eus por suas promessas de socorro pojem os estranhos o seu trabalho.
Cântico e salmo de Davi l2N ão haja ninguém que se com padeça dele, nem
1 /"V O PREPARADO está o m eu coração, ó haja quem favoreça os seus órfãos.
A \ J O Deus; cantarei e darei louvores até com l3Desapareça a sua posteridade, o seu no m e seja
a m inha glória. apagado n a seguinte geração.
2D espertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei ,4Esteja n a m em ó ria do S en h o r a in iqüidade de
ao rom per da alva. seus pais, e não se apague o pecado de sua mãe.
’Louvar-te-ei entre os povos, S en h o r , e a ti cantarei 15Antes estejam sem pre p erante o S enhor , para que
louvores entre as nações. faça desaparecer a sua m em ória da terra.
4Porque a tu a benignidade se estende até aos céus, e ,éPorquanto não se lem brou de fazer misericórdia;
a tua verdade chega até às m ais altas nuvens. antes perseguiu ao hom em aflito e ao necessitado, para
’Exalta-te sobre os céus, ó Deus, e a tu a glória sobre que pudesse até m atar o quebrantado de coração.
toda a terra. ,7Visto que am ou a maldição, ela lhe sobrevenha, e
6Para que sejam livres os teus am ados, salva-nos assim com o não desejou a bênção, ela se afaste dele.
com a tua destra, e ouve-nos. 18Assim com o se vestiu de m aldição, com o sua ro u ­
7D eus falou na sua santidade; eu m e regozijarei; pa, assim penetre ela nas suas entranhas, com o água,
repartirei a Siquém, e m edirei o vale de Sucote. e em seus ossos com o azeite.
HM eu é Gileade, m eu é Manassés; e Efraim a força l9Seja p ara ele com o a roupa que o cobre, e com o
da m inha cabeça, )udá o m eu legislador. cinto que o cinja sem pre.
9M oabe a m inha bacia de lavar; sobre E dom lança­ 20Seja este o galardãodos meus contrários, da parte do
rei o m eu sapato, sobre a Filístia jubilarei. S enhor , e dos que falam mal contra a m inha alma.
l0Q uem m e levará à cidade forte? Q uem m e guiará 21Mas tu, ó D eus o Senhor, trata comigo pior am or do
até Edom? teu nom e, porque a tua m isericórdia éboa, livra-me,
11Porventura não serás tu, ó D eus, que nos rejeitas­ 22Pois estou aflito e necessitado, e o m eu coração
te? E não sairás, ó Deus, com os nossos exércitos? está ferido d entro de m im .

585
SALMOS 109,110,111

2,Vou-m e com o a som bra que declina; sou sacudi­ q u e p o n h a os te u s in im ig o s por escab elo dos
do com o o gafanhoto. te u s pés.
24De jejuar estão enfraquecidos os m eus joelhos, e 20 S enhor enviará o cetro da tu a fortaleza desde
a m in h a carne emagrece. Sião, dizendo: D om ina no m eio dos teus inimigos.
2,E ainda lhes sou opróbrio; quando m e contem ­ 30 teu povo será m ui voluntário no dia do teu p o ­
plam , movem as cabeças. d e r; nos o rnam entos de santidade, desde a m adre da
26Ajuda-m e, ó Sen h or m eu Deus, salva-me segun­ alva, tu tens o orvalho da tua mocidade.
do a tua m isericórdia. 4 Jurou o S enhor, e não se arrependerá: tu és um sa­
27P a ra q u e s a ib a m q u e e s ta é a t u a m ã o , e que tu ,
cerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
S enhor , o fizeste.
’O Senhor, à tu a direita, ferirá os reis n o dia da
28 Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; quando se levan­
sua ira.
tarem fiquem confundidos; e alegre-se o teu servo.
6Julgará entre os gentios; tudo encherá de corpos
2'‘V is ta m -s e o s m e u s a d v e rs á r io s d e v e r g o n h a , e
m ortos; ferirá os cabeças de m uitos países.
c u b ra m -se c o m a su a p ró p ria co n fu são c o m o co m
7Beberá do ribeiro no cam inho, p o r isso exaltará
um a c ap a .
-’"Louvarei grandem ente ao S en h or com a m inha a cabeça.
boca; louvá-lo-ei entre a m ultidão.
3‘Pois se p orá à direita do pobre, para o livrar dos D eus é louvado por a m o r das suas
que condenam a sua alma. obras m aravilhosas

O reino do M essias
11 1 LOUVAI ao S e n h o r. Louvarei ao S e n h o r
X X de todo o m eu coração, na assembléia
Salmo de Davi dos justos e na congregação.
DISSE o S e n h o r ao m e u S en h o r: 2G randes são as obras do S enhor , procuradas p o r
A ssenta-te à m in h a m ão d ireita, até todos os que nelas tom am prazer.

Disse o S e n h o r ao meu Senhor ICoríntios 15.25-28. Contudo, o versículo em estudo fala so­
( 110 . 1) bre inimigos que serão subjugados, não salvos. A condição de
estar debaixo dos pés dificilmente poderia descrever os bene­
r— Testemunhas de Jeová. Criticam a doutrina bíblica da Trin-
fícios adquiridos pelos herdeiros em Cristo (Rm 8.17; Ef 1.3).
’ ‘ dade argumentando que o Senhor não pode falar consigo
Davi, de nenhum modo, está falando sobre a salvação dos ini­
mesmo, e se Jesus fosse Deus, como poderia Deus falar consigo
migos de Deus, mas se referindo à vingança que recairá sobre
mesmo? E que a Tradução do Novo Mundo expõe melhor o versí­
os ímpios (v. 1,5)
culo em análise: "A pronunciaçáo de Jeová a meu Senhor é".
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em primeiro lugar, Deus não Segundo a ordem de Melquisedeque
. está falando consigo mesmo, como argumentam as Teste­ (110.4)
munhas de Jeová. Quando afirmamos que Jesus é Deus, não es­
Mormonlsmo. Usa esta passagem para provar que seus
tamos dizendo que Jesus é o Pai. Essa seita confunde a doutrina
adeptos possuem o sacerdócio restaurado de Melquise­
bíblica da Trindade com o único objetivo de dizer que os evangé­
deque, o que. nos dias atuais, os identificaria como os verdadei­
licos sáo contraditórios quanto a este conceito. Mas os cristãos
ros adoradores.
não confundem as Pessoas da unidade composta de Deus (Um
só Deus, três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo - Mt 28.19). O tex­ —- g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto mostra que a pro-
to bíblico em estudo diz claramente que o Senhor estava falando 53, fecia apontava para o Messias. No Novo Testamento, em He­
com o Senhor. Ou seja, o Pai (Senhor) se comunicando com o Fi­ breus 5 a 8 , esta mesma passagem é aplicada a Jesus, que não
lho (meu Senhor). Não se trata de má tradução. possui sucessor no sacerdócio de Melquisedeque. Ou seja, o pró­
Em segundo lugar, o fato de o Pai falar com o Filho náo o diminui em prio Jesus é o único sacerdote etemo nessa ordem (Hb 7.24).
sua divindade. Muitas vezes, no Novo Testamento, encontramos diá­ A Bíblia declara que o sacerdócio de Melquisedeque se cumpriu
logos como este que não comprometem, em nada, adivindade de Je­ na pessoa do Senhor Jesus e que esse sacerdócio não tem su­
sus. Esteversículo, entre outros com seus respectivos contextos, reve­ cessor, é intransferível. Não existe evidência bíblica de que Jesus
la, mais uma vez, a gloriosa doutrina bíblica da Santíssima Trindade. tenha passado o sacerdócio de Melquisedeque aoutras pessoas.
De fato, Hebreus 7.23 declara que os judeus tiveram uma suces­
Os teus inimigos por escabelo dos teus pés são de sacerdotes, devido à morte de cada um deles; mas o ver­
( 110 . 1) sículo 24 fala o seguinte, a respeito de Jesus: “Mas este, porque
permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo".
fin Universalismo. Alguns de seus adeptos citam este versí-
Eis a razão pela qual náo precisamos de sacerdotes da ordem de
rtfa. culo para respaldar a doutrina de que, finalmente, todos
Melquisedeque. Jesus Cristo é o único sacerdote de que necessi­
serão salvos.
tamos. Por Jesus ser sacerdote etemo. da ordem de Melquisede­
__ a RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os mesmos argumentos que, “pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam
■=■ usados em favor do universalismo são apresentados em a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25).

586
SALMOS 111,112,113,114

3A sua obra tem glória e m ajestade, e a sua justiça l0O ím pio o verá, e se entristecerá; rangerá os d en ­
perm anece para sempre. tes, e se consum irá; o desejo dos ím pios perecerá.
4Fez com que as suas maravilhas fossem lembradas;
piedoso e m isericordioso é o Senho r . E xortação a lo u va ra D eus
5D eu m antim ento aos que o tem em ; lem brar-se-á ' y LOUVAI ao Se nho r . Louvai, servos do
1
sem pre da sua aliança.
6A nunciou ao seu povo o poder das suas obras, para
J. 1 Se n h o r , louvai o nom e do Se nho r .
2Seja bendito o no m e do Se nho r , desde agora para
lhe dar a herança dos gentios. sempre.
7 As obras das suas m ãos são verdade e juízo, seguros 3Desde o nascim ento do sol até ao ocaso, seja lo u ­
todos os seus m andam entos. vado o nom e do Senho r .
“Perm anecem firm es para todo o sem pre; e são 4Exaltado está o Se nho r acim a de todas as nações, e
feitos em verdade e retidão. a sua glória sobre os céus.
9Redenção enviou ao seu povo; ordenou a sua alian­ 5Q uem é com o o Se n h o r nosso Deus, que habita
ça para sempre; santo e trem endo é o seu nom e. nas alturas?
1 uO tem or do Senhor é o princípio da sabedoria; bom
60 qual se inclina, para ver o que está nos céus e na
entendim ento têm todos os que cum prem os seus
terra!
mandamentos; o seu louvor permanece para sempre.
"Levanta o p obre do pó, e do m o n tu ro levanta o
necessitado,
A fe lic id a d e daquele que
sPara o fazer assentar com os príncipes, m esm o
tem e a D eus
com os príncipes do seu povo.
LOUVAI ao Se n h o r . B em -aventurado
9Faz com que a m ulher estéril habite em casa, e seja
o hom em que tem e ao Se n h o r , que em
alegre m ãe de filhos. Louvai ao Senho r .
seus m andam entos tem grande prazer.
2A sua sem ente será poderosa na terra; a geração
Exortação a te m e ra D eus
dos retos será abençoada.
1 / \ Q U ANDO Israel saiu do Egito, e a
3Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua
justiça perm anece para sem pre.
4Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, m i­ estranha,
1
X T casa de Jacó de um povo de língua

sericordioso e justo. 2Judá foi seu santuário, e Israel seu dom ínio.
50 hom em bom se com padece, e em presta; disporá 30 m ar viu isto, e fugiu; o Jordão voltou p ara trás.
as suas coisas com juízo; 4Os m ontes saltaram com o carneiros, e os outeiros
6Porque nunca será abalado; o justo estará em com o cordeiros.
m em ória eterna. ’Q ue tiveste tu, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que
7N ão tem erá m aus rum ores; o seu coração está voltaste para trás?
firme, confiando no Se nho r . &M ontes, que saltastes com o carneiros, e outeiros,
80 seu coração está bem confirm ado, ele não tem e­ com o cordeiros?
rá, até que veja o seu desejo sobre os seus inimigos. 7Treme, terra, na presença do Senhor, n a presença
9Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça do Deus de Jacó.
perm anece para sem pre, e a sua força se exaltará sO qual converteu o rochedo em lago de águas, e o
em glória. seixo em fonte de água.

O temor do S e n h o r é o princfpio da sabedoria ... g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina que o ser huma-
(111 .10 ) => no foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27).
Teosofia. Ensina que o objetivo da vida é despertar o deus Deus é distinto do homem (Ec5.2; Nm 23.19; Os 11.9). A própria
que dorme no interior do ser humano. Cada pessoa é mais ignorância do homem acerca de sua suposta divindade mostra
do que sublime, porque somos divinos: "Não é o temor do Senhor que ele não é Deus. Vejamos algumas diferenças entre Deus e o
homem: a) DeuséTodo-poderoso (Mt 19.26), o homem tem poder
o principio da sabedoria, maso conhecimento do EU que se torna
a própria sabedoria [...] O homem traz latentes no seu interior to­ limitado (Hb4.15); b) Deus é onipresente (S1139.7-12), o homem
dos os atributos da divindade que podem ser progressivamente é confinado no espaço e no tempo (Jo 1.50): c) Deus é eterno
desenvolvidos e atraídos à manifestação pelo pensamento puro (SI 90.2), o homem é criado no tempo (Gn 1.26); d) Deus é verda­
de (Is 65.16), o coração do homem é enganoso (Jr 17.9).
e reto comportamento'.

587
SALMOS 115,116

A glória do S enhor e a vaidade dos ídolos I20 S enhor se lem brou de nós; ele nos abençoará;
1 £ * N ÃO a nós, S en h or , não a nós, m as ao abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão.
1 X j y teu nom e dá glória, p o r am o r da tua
benignidade e da tu a verdade.
'^A bençoará os que tem em ao S en h or , ta n to p e­
quenos com o grandes.
2P orque dirão os gentios: O nde está o seu Deus? I40 Sen h or vos a u m e n t a r á c a d a v ez m a is , a vós e a
3Mas o nosso D eus está nos céus; fez tu d o o que lhe v o ss o s filhos.
agradou. 15S o is b e n d ito s d o S enhor , q u e fez o s c é u s e a te r ra .
4O s ídolos deles são prata e ouro, obra das m ãos u O s céus são os céus d o S en h or ; m as a te rra a deu
dos hom ens. aos filhos dos hom ens.
?Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. l7O s m o rto s não louvam ao S enhor , nem os que
6Têm ouvidos, m as não ouvem ; narizes têm , m as descem ao silêncio.
não cheiram . ' “M as nós b endirem os ao S enhor , desde agora e
7T êm m ãos, m as não apalpam ; pés têm , m as não para sem pre. Louvai ao S enhor .
andam ; nem som algum sai da sua garganta.
8 A eles se to rn em sem elhantes os que os fazem, A m o r e gratidão a D eus pela sua salvação
assim com o todos os que neles confiam. A M O ao S enhor , p o rq u e ele ouviu a
’Israel, confia n o S en h o r ; ele é o seu auxílio e o seu m in h a voz e a m inha súplica.
escudo. 2Porque inclinou a m im os seus ouvidos; portanto,
l0Casa de Arão, confia n o S en h o r ; ele é o seu auxílio o invocarei enqu an to viver.
e o seu escudo. !O s cordéis da m o rte m e cercaram , e angústias do
1 'Vós, os que tem eis ao S enhor , confiai no S en h o r ; inferno se apoderaram de m im ; encontrei aperto e
ele é o seu auxílio e o seu escudo. tristeza.

Onde está o seu Deus? Os mortos não louvam ao S e n h o h


(115.2-9) (115.17)

COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os versículos em análise I Adventismo do Sétimo Dia. Declara que, assim como d
Í confrontam a filosofia "racionalista cristã', que afirma que
‘ os que hoje rendem culto a um deus abstrato, acharão - ao cabo
I rante o sono as pessoas não louvam a Deus, os mortos tam­
bém não podem fazê-lo.
de tantas encarnações quantas precisarem para atingir o neces­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina que estas pa-
sário esclarecimento - tão tolo esse culto quanto ridículo. Os ci­ • lavras do salmista só se referem ao louvor a Deus diante dos
vilizados entendem, agora, ser a idéia, que também já alimenta­ homens. Sempre são usadas com relação à adoração pública na
ram, de adorar deuses representados por elementos da natureza casa de Deus, no meio da congregação do povo de Israel. Davi la­
ou animais inferiores". menta que se Deus não o tivesse livrado da depressão, mediante a
Todavia, como os próprios versículos nos mostram, querer equi­ destruição de seus inimigos (v. 3,10), ele teria morrido. E, uma vez
parar os dois conceitos de Deus como equivalentes (o Deus me­ no sheol, Davi nào poderia louvar, dar graças lyadah) ao Senhor. A
tafísico apontado no Salmo e os ‘ deuses’ representados peta na­ palavra yadah. em suas várias formas, é encontrada 103 vezes no
tureza) é algo totalmente irracional. O conceito de um Deus invi­ Antigo Testamento e, sem qualquer exceção, é sempre usada para
sível, transcendente, pessoal e infinito, como apresentado nas a adoração pública, ou seja, a adoração congregacíonal.
Escrituras, é muito superior às idéias pagãs de um deus manufa­ Em verdade, o salmista está afirmando que, depois de morto,
turado pelo homem. não haveria oportunidade para dar testemunho público no meio
da congregação.
Mas a terra a deu aos filhos dos homens
(115.16) Angústias do Inferno se apoderaram de mim
(116.3)
r ~ ~ ] Testemunhas de Jeová. Dizem que as pessoas aprova-
' ' das por Deus estão divididas em dois grupos: aquele que r~™n Testemunhas de Jeová. Dogmatizam a palavra sheol (in-
irá para o céu (os 144 mil) e o da grande multidão (de outras ove­ ' ' femo) ao dizer que o seu único significado é ‘ sepultura co­
lhas), que ficará na terra. mum da humanidade'.
___g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O versículo em referência RESPOSTA APOLOGÉTICA: Como uma pessoa poderia
*= não indica que Deus tem dado a terra para um grupo limi­ ■=* estar inconsciente na sepultura, sentindo angústias? No he­
tado de outras ovelhas, mas que todo o género humano tem rece­ braico, o termo traduzido também na ACF por sepultura é qever. A
bido a terra como herança. Deus criou a terra, depois as pessoas, palavra sheol é correspondente à palavra grega hades e significa o
que deveriam cuidar dela (V. Gn 1.28; SI 8.6-8). A Escritura decla­ “mundo invisível dos mortos'. Antes da vinda de Cristo, o sheol se
ra que todos os verdadeiros crentes viverão na presença direta de dividia em duas partes. O lugar dos santos era chamado ‘ Seio de
Deus. Todos os que crêem em Cristo são verdadeiros herdeiros Abraão", Trono da glória' e tlardim do Éden'. A outra parte era o in­
do reino de Deus (Mt 5.5; Gl 3.29; 4.28-31; Tt 3.7). ferno, lugar de tormento consciente dos perdidos (Lc 16.19-31).

588
SALMOS 116.117,118

‘'E ntão invoquei o nom e do S en h o r , dizendo: Ö 3Diga agora a casa de Arão que a sua benignidade
S enhor , livra a m inha alma. d ura para sempre.
’Piedoso é o S en h or e justo; o nosso D eus tem 4D igam agora os que tem em ao S en h o r que a sua
m isericórdia. benignidade d u ra para sem pre.
“O S enhor g u a r d a a o s sím p lic e s ; fu i a b a tid o , m a s 5Invoquei o S enhor n a angústia; o S en h o r m e o u ­
ele m e liv ro u . viu, e m e tiro u para um lugar largo.
7Volta, m inha alm a, para o teu repouso, pois o ''O S enhor está comigo; não tem erei o que m e pode
S enhor te fez bem. fazer o hom em .
8Porque tu livraste a m inha alm a da m orte, os m eus 70 S en h or está c o m ig o e n tr e a q u e le s q u e m e a ju ­
olhos das lágrimas, e os m eus pés da queda. d a m ; p o r isso v e rei cumprido o meu desejo s o b re o s
’Andarei perante a face do S en h or na terra dos q u e m e o d e ia m .
viventes. 8£ m elhor confiar no S enhor do que confiar no
l0Cri, p o r isso falei. Estive m uito aflito. hom em .
"D izia na m inha pressa: Todos os hom ens são 9É m e l h o r c o n f ia r n o S en h or d o q u e c o n f ia r n o s
m entirosos. p rín c ip e s .
u Q ue darei eu ao S enhor , p o r todos os benefícios “’Todas as nações m e cercaram , m as no no m e do
que m e tem feito? S en h or as despedaçarei.
' •^Tomarei o c álice d a sa lv aç ão , e in v o c a re i o n o m e "C ercaram -m e, e to rn aram a cercar-m e; m as no
d o S enhor . nom e do S en h or eu as despedaçarei.
MPagarei os m eus votos ao S enhor , agora, n a pre­ '■Cercaram -m e com o abelhas; po rém apagaram -
sença de todo o seu povo. se com o o fogo de espinhos; pois no no m e do S enhor
1!Preciosa é à vista do S enhor a m orte dos seus santos. as despedaçarei.
I6Ó S enhor , d e v e ra s s o u t e u s e rv o ; s o u t e u se rv o , ’’Com força m e impeliste para m e fazeres cair, p o ­
filh o d a t u a se rv a; s o lta s te as m in h a s a ta d u ra s . rém o S enhor m e ajudou.
l7Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o 140 S en h or é a m in h a fo rç a e o m e u c â n tic o ; e se fez
nom e do S enhor . a m in h a sa lv aç ão .
IKPagarei os m eus votos ao S enhor , na presença de 1 ’Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salva­
todo o seu povo, ção; a destra do S enhor faz proezas.
l9Nos átrios da casa do S enhor , no m eio de ti, ó I6A destra do S en h or se exalta; a destra do S enhor
Jerusalém. Louvai ao S enhor . faz proezas.
17N ão m orrerei, m as viverei; e contarei as obras do
D eus é louvado S enhor .
1 ^ LOUVA] ao S en h o r todas as nações, I80 S enhor m e c a s tig o u m u ito , m a s n ã o m e e n tr e ­
1 A / louvai-o todos os povos.
2Porque a sua benignidade é grande para conosco,
g o u à m o r te .
l9A bri-m e as portas da justiça; entrarei p o r elas, e
e a verdade do S enhor du ra para sem pre. Louvai ao louvarei ao S enhor .
S enhor . 20Esta é a p o rta do S enhor , pela qual os justos en­
trarão.
O salm ista louva a D eus pela sua m isericórdia 2‘Louvar-te-ei, pois m e escutaste, e te fizeste a m i­
LOUVAI a o S enhor , p o r q u e ele é b o m , nha salvação.
p o r q u e a s u a b e n ig n id a d e d u r a p a r a 22A p e d r a que o s e d ific a d o r e s re je ita r a m to r n o u - s e
se m p re . a c a b e ç a d a e s q u in a .
2Diga agora Israel que a sua benignidade d ura para 23Da parte do S enhor se fez isto; m aravilhoso é aos
sempre. nossos olhos.

No texto de Génesis 37.35,36. fica claro que Jacó não consi­ levaram sua túnica a Jacó. que não esperava encontrá-lo na se­
derava o sheol como simples sepultura, mas um lugar na região pultura, mas, sim, em outro lugar, no mundo invisível dos mor­
inferior. Tanto é que desejou ir ao sheol. para se encontrar com tos (V. Lc 16.23).
seu querido filho querido, José. embora o corpo de José. para Por esse motivo, sheol não pode, de forma alguma, significar
Jacó, houvesse sido devorado. Como prova, os irmãos de José simplesmente a sepultura comum da humanidade.

589
SALMOS 118,119

24Este é o dia que fez o S en h or ; regozijem o-nos, e l2Bendito és tu, ó S en h o r ; ensina-m e os teus esta­
alegrem o-nos nele. tutos.
25Salva-nos, agora, te pedim os, ó S en h o r ; ó S enhor , ' íC om os m eus lábios declarei to d o s os juízos da
te pedim os, prospera-nos. tu a boca.
26Bendito aquele que vem em nom e d o S f.n h o r ; nós NFolguei tan to no cam inho dos teus testem unhos,
vos bendizem os desde a casa do S enhor . com o em todas as riquezas.
27Deus é o S en h or que nos m ostrou a luz; atai o sa­ ’’M editarei nos teus preceitos, e terei respeito aos
crifício da festa com cordas, até às pontas do altar. teus cam inhos.
287w és o m eu Deus, e eu te louvarei; tu és o m eu l6Recrear-m e-ei nos teus estatutos; não m e esque­
Deus, e eu te exaltarei. cerei da tu a palavra.
29Louvai ao S enhor , porque ele é bom ; porque a sua
benignidade d ura para sempre. G ittm el
17Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a
A excelência da lei do S enhor tu a palavra.
' 8Abre tu os m eus olhos, para que veja as m aravi­
Á le f
lhas da tu a lei.
BEM-AVENTURADOS os retosem seus
,9Sou peregrino na terra; não escondas de m im os
caminhos, que andam na lei do S enhor .
teus m andam entos.
JB em -aventurados os que guardam os seus teste­
20A m in h a alm a está quebrantada de desejar os teus
m unhos, eq u e o buscam com to d o o coração.
juízos em todo o tem po.
3E não praticam iniqüidade, m as andam nos seus
21Tu repreendeste asperam ente os soberbos que
caminhos.
são am aldiçoados, que se desviam dos teus m an d a­
4Tu ordenaste os teus m andam entos, para que
m entos.
diligentem ente os observássemos.
22T ira de sobre m im o o próbrio e o desprezo, pois
sQ uem dera que os m eus cam inhos fossem dirigi­ guardei os teus testem unhos.
dos a observar os teus m andam entos. 2,Príncipes tam bém se assentaram , e falaram
6Então não ficaria confundido, atentando eu para contra m im , m as o teu servo m ed ito u nos teus es­
todos os teus m andam entos. tatutos.
7Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver 24T am bém os teus testem unhos são o m eu prazer e
aprendido os teus justos juízos. os m eus conselheiros.
"Observarei os teus estatutos; não m e desam pares
totalm ente. D álet
25A m in h a alm a está pegada ao pó; vivifica-me
B et segundo a tu a palavra.
9C om que purificará o jovem o seu cam inho? O b ­ 26Eu te contei os m eus cam inhos, e tu m e ouviste;
servando-o conform e a tu a palavra. ensina-m e os teus estatutos.
l0C om todo o m eu coração te busquei; não m e 27Faze-me en ten d er o cam inho dos teus preceitos;
deixes desviar dos teus m andam entos. assim falarei das tuas maravilhas.
1'Escondi a tu a palavra no m eu coração, para eu 28A m in h a alm a consom e-se de tristeza; fortalece-
não pecar contra ti. m e segundo a tu a palavra.

Este é o dia que fez o S e n h o r daicos pediram sua crucificação (Mt 27.21 -26). A pedra "foi pos­
(118.24) ta por cabeça de esquina" no dia de sua ressurreição, fato histó­
rico que ocorreu no domingo, ou seja, no primeiro dia da sema­
Adventlsmo do Sétimo Dia. Ensina que a instituição do
na (Mc 16.9).
VÍirJ domingo, como dia de adoração, foi uma decisão do rei
Quem deu o exemplo para se comemorar o primeiro dia da
Constantino e, outras vezes, do papa.
semana como sendo o dia do Senhor? O próprio Jesus. Ele
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O responsável pela institui­ apareceu, diversas vezes, aos seus seguidores no domingo
ção do primeiro dia da semana como dia do Senhor foi (Jo 20.1,19,20,25) . O apóstolo Paulo passou sete dias em Trôade,
o próprio Jesus. A pedra rejeitada pelos edificadores é Jesus mas somente no primeiro dia da semana foi celebrar a ceia do
Cristo, de acordo com a sua própria interpretação em Mateus Senhor (At 20.6,7). As coletas eram levantadas também nesse dia
21.42 ao aplicar o Salmo 118.22-24 à sua pessoa. A pedra, Jesus (1Co 16.1,2). Em Apocalipse 1.10, João chama o primeiro dia da
(At 4.10,11), foi rejeitada numa sexta feira, quando os líderes ju­ semana de "dia do Senhor”.

590
SALMOS 119

29Desvia de m im o cam inho da falsidade, e conce­ ,0Isto é a m inha consolação na m inha aflição, p o r­
de-m e piedosam ente a tua lei. que a tua palavra m e vivificou.
“ Escolhi o cam inho da verdade; propus-m e seguir 5'0 s soberbos zo m b aram grandem ente de m im ;
os teus juízos. contudo não m e desviei da tu a lei.
A pego-m e aos teus testem unhos; ó S en h or , não ,2Lem brei-m e dos teus juízos antiqüíssim os, ó
me confundas. S enhor , e assim m e consolei.
“ Correrei pelo cam inho dos teus m andam entos, 53G rande indignação se apoderou de m im p o r cau­
quando dilatares o m eu coração. sa dos ím pios que aban d o n am a tu a lei.
54O s teus estatutos têm sido os m eus cânticos na
He casa da m inha peregrinação.
3iEnsina-m e, ó S enhor , o cam inho dos teus estatu­ ” Lem brei-m e do teu nom e, ó Sen h o r , de noite, e
tos, e guardá-lo-ei até o fim. observei a tua lei.
*‘‘D á-m e entendim ento, e guardarei a tua lei, e ob- 56lsto fiz eu, porque guardei os teus m andam entos.
servá-la-ei de todo o m eu coração.
35Faze-me andar na vereda dos teus m andam entos, H et
p orque nela tenho prazer. ,70 S en h or é a m inha porção; eu disse que obser­
í(,Inclina o m eu coração aos teus testem unhos, e varia as tuas palavras.
não à cobiça. 58Roguei deveras o teu favor com todo o meu cora­
37Desvia os m eus olhos de contem plarem a vaida­ ção; tem piedade de m im , segundo a tu a palavra.
de, e vivifica-me no teu cam inho. 59C onsiderei os m eus cam inhos, e voltei os m eus
’“C onfirm a a tu a palavra ao teu servo, que é dedi­
pés para os teus testem unhos.
cado ao teu temor. 60Apressei-me, e não m e detive, a observar os teus
39Desvia de m im o o p róbrio que tem o, pois os teus
m andam entos.
juízos são bons. 61Bandos d eím p io sm e despojaram , mas eu não m e
esqueci da tu a lei.
40Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-
m e na tua justiça. 52À m eia-noite m e levantarei para te louvar, pelos
teus justos juízos.
Vav 61C om panheiro sou de todos os que te tem em e dos
4 ‘Venham sobre m im tam bém as tuas misericórdias, que guardam os teus preceitos.
ó S enhor , e a tua salvação segundo a tua palavra. ft4A terra, ó S enhor , está cheia da tua benignidade;
42Assim terei que responder ao que m e afronta,pois ensina-m e os teus estatutos.
confio na tua palavra.
43E não tires totalm ente a palavra de verdade da Tet
m inha boca, pois tenho esperado nos teus juízos. 65Fizeste bem ao teu servo, S enhor , segundo a tu a
44Assim observarei de contínuo a tua lei para sem ­ palavra.
pre e eternam ente. 66Ensina-m e b om juízo e ciência, pois cri nos teus
45E an d arei em liberdade; pois busco os teus m andam entos.
preceitos. 67A ntes de ser afligido andava errado; m as agora
46Tam bém falarei dos teus testem unhos perante os tenho guardado a tu a palavra.
reis, e não m e envergonharei. 68Tu és bom e fazes bem; ensina-m e os teus estatutos.
47E recrear-m e-ei em teus m andam entos, que 69O s soberbos forjaram m entiras co n tra m im ;
tenho am ado. mas eu com to d o o meu coração guardarei os teus
48Tam bém levantarei as m inhas m ãos para os preceitos.
teus m andam entos, que am ei, e m editarei nos teus 70Engrossa-se-lhes o coração com o gordura, mas
estatutos. eu m e recreio n a tu a lei.
71 Foi-m e b om ter sido afligido, para que aprendesse
Z áin os teus estatutos.
49Lem bra-te da palavra dada ao teu servo, na qual 72M elhor Ip a ra m im a lei da tu a boca do que milha­
m e fizeste esperar. res de o u ro ou prata.

591
SALMOS 119

Iód 95Os ím pios m e esperam p ara m e destruírem , mas


73As tuas m ãos m e fizeram e m e form aram ; dá-m e eu considerarei os teus testem unhos.
inteligência para entender os teus m andam entos. 96Tenho visto fim a toda a perfeição, mas o teu m an ­
74O s que tetem em alegraram -se quando m e viram , dam ento é am plíssimo.
p o rq u e tenho esperado na tua palavra.
7'’Bem sei eu, ó S e n h o r , que os teus juízos são justos, M em
e que segundo a tu a fidelidade m e afligiste. 97Oh! q u anto am o a tua lei! É a m in h a m editação
76Sirva pois a tua benignidade para m e consolar, em todo o dia.
segundo a palavra que deste ao teu servo. 98Tu, pelos teus m andam entos, m e fazes mais sábio
77V enham sobre m im as tuas m isericórdias, para do que os m eus inimigos; pois estão sem pre comigo.
que viva, pois a tua lei é a m inha delícia. "T e n h o mais entendim ento do que todos os m eus
78C onfundam -se os soberbos, pois m e trataram mestres, p orque os teus testem unhos são a m inha
dum a m aneira perversa, sem causa; mas eu m edita­ meditação.
rei nos teus preceitos. ,00Entendo m ais do que os antigos; p o rq u e guardo
7,Voltem-se para m im os que te tem em , e aqueles os teus preceitos.
que têm conhecido os teus testem unhos. 10‘Desviei os m eus pés de todo cam inho m au, para
80Seja reto o m eu coração nos teus estatutos, para guardar a tu a palavra.
que não seja confundido. l02N ão m e apartei dos teus juízos, pois tu m e en ­
sinaste.
Cáf 101Oh! quão doces são as tuas palavras ao m eu pala­
81Desfalece a m inha alm a pela tu a salvação, mas dar, mais doces do que o mel à m in h a boca.
espero na tua palavra. IH4Pelos teus m andam entos alcancei en ten d im en ­
S2Os m eus olhos desfalecem pela tua palavra; entre­ to; p o r isso odeio todo falso cam inho.
mentes dizia: Q uando m e consolarás tu?
8,Pois estou com o odre na fumaça; contudo não m e N un
esqueço dos teus estatutos. l0,Lâm pada p ara os m eus pés é tu a palavra, e luz
84Q uantos serão os dias do teu servo? Q uando m e para o m eu cam inho.
farás justiça contra os que m e perseguem? l06Jurei, e o cum prirei, que guardarei os teus justos
85Os soberbos m e cavaram covas, o que não é con­ juízos.
form e a tua lei. 107Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó S e n h o r , segun­
8í,Todos os teus m andam entos são verdade. Com do a tu a palavra.
m entiras m e perseguem ; ajuda-m e. tos Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da
87Quase que m e têm consum ido sobre a terra, mas m in h a boca, ó S e n h o r ; ensina-m e os teus juízos.
eu não deixei os teus preceitos. I09A m in h a alm a está de co n tín u o nas m inhas
88Vivifica-me segundo a tua benignidade; assim m ãos; todavia não m e esqueço da tu a lei.
guardarei o testem unho da tua boca. 1,(,O s ím pios m e arm aram laço; co n tu d o não m e
desviei dos teus preceitos.
Lá m e d 1" O s teus testem unhos tenho eu to m ad o p o r h e­
s9Para sem pre, ó S e n h o r , a tu a palavra perm anece rança para sem pre, pois são o gozo do m eu coração.
no céu. 112Inclinei o m eu coração a guardar os teus estatu­
90A tu a fidelidade dura de geração em geração; tu tos, p ara sem pre, até ao fim.
firm aste a terra, e ela perm anece firme.
91Eles continuam até ao dia de hoje, segundo as tuas Sá m ech
ordenações; porque todos são teus servos. ' 1’O deio os pensam entos vãos, m as am o a tu a lei.
92Se a tu a lei não fora to d a a m inha recreação, há 1l4Tu és o m eu refugio e o m eu escudo; espero na
m uito que pereceria na m inha aflição. tua palavra.
93N unca m e esquecerei dos teus preceitos; pois por 115A partai-vos de m im , malfeitores, pois guardarei
eles m e tens vivificado. os m and am en to s do m eu Deus.
94Sow teu, salva-me; pois tenho buscado os teus M(>Sustenta-m econform eatua palavra,paraqueviva,
preceitos. e não m e deixes envergonhado da m inha esperança.

592
SALMOS 119

ll7Sustenta-m e, e serei salvo, e de contínuo terei 140A tu a palavra é m u ito pura; portanto, o teu servo
respeito aos teus estatutos. a ama.
1,8Tu tens pisado aos pés todos os que se desviam 141 Pequeno sou e desprezado, porém não m e esque­
dos teus estatutos, pois o engano deles é falsidade. ço dos teus m andam entos.
1l9Tu tiraste da terra todos os ím pios, como a escó­ I42A tua justiça é um a justiça eterna, e a tu a lei é a
ria, p o r isso am o os teus testem unhos. verdade.
l20O m eu corpo se arrepiou com tem o r de ti, e temi 143Aflição e angústia se apoderam de m im ; contudo
os teus juízos. os teus m andam entos são o m eu prazer.
144A justiça dos teus testem unhos é eterna; dá-m e
A ín inteligência, e viverei.
l2lFiz juízo e justiça; não m e entregues aos m eus
opressores. C of
l22Fica p o r fiador do teu servo para o bem ; não l45Clam ei de todo o m eu coração; escuta-m e, S e ­
deixes que os soberbos m e oprim am . n hor , e guardarei os teus estatutos.
lí3Os m eus olhos desfaleceram pela tu a salvação e I46A ti te invoquei; salva-me, e guardarei os teus
pela prom essa da tu a justiça. testem unhos.
l24Usa com o teu servo segundo a tu a benignidade, 147A ntecipei o cair da noite, e clamei; esperei na
e ensina-m e os teus estatutos. tua palavra.
12,Sou teu servo; dá-m e inteligência, para entender 148Os m eus olhos anteciparam as vigílias da noite,
os teus testem unhos. para m editar n a tua palavra.
l2iJá é tem po de operares, ó S enhor , pois eles têm
149Ouve a m in h a voz, segundo a tu a benignidade;
q uebrantado a tu a lei.
vivifica-me, ó S enhor , segundo o teu juízo.
l27Por isso am o os teus m andam entos m ais do que
150A proxim am -se os que se dão a m aus tratos; afas­
o ouro, e ainda m ais do que o ouro fino.
tam -se da tua lei.
l2SPor isso estim o todos os teus preceitos acerca de
l51Tu estás perto, ó S enhor , e todos os teus m a n d a­
tudo, com o retos, e odeio toda falsa vereda.
m entos são a verdade.
1,2Acerca dos teus testem unhos soube, desde a an ­
Pe
tiguidade, que tu os fundaste para sempre.
,29M aravilhosos são os teus testem unhos; p o rta n ­
to, a m inha alm a os guarda.
R eish
130A entrada das tuas palavras dá luz, dá enten d i­
lí301ha para a m inha aflição, e livra-m e, pois não
m ento aos símplices.
m e esqueci da tu a lei.
131Abri a m inha boca, e respirei, pois que desejei os
l,4Pleiteia a m inha causa, e livra-m e; vivifica-me
teus m andam entos.
I3201ha para m im , e tem piedade de m im , confor­ segundo a tu a palavra.
me usas com os que am am o teu nom e. ' ” A salvação está longe dos ím pios, pois não bus­
l33O rdena os m eus passos na tu a palavra, e não se cam os teus estatutos.
apodere de m im iniqüidade alguma. 156M uitas são, ó S enhor , as tuas m isericórdias; vivi­
1,4Livra-me da opressão do hom em ; assim guarda­ fica-m e segundo os teus juízos.
rei os teus preceitos. 157M uitos são os m eus perseguidores e os m eus ini­
135Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e migos; m as não m e desvio dos teus testem unhos.
ensina-m e os teus estatutos. l5SVi os transgressores, e m e afligi, p o rq u e não
l36Rios de águas correm dos m eus olhos, porque observam a tu a palavra.
não guardam a tua lei. 159C onsidera com o am o os teus preceitos; vivifica-
me, ó S enhor , segundo a tua benignidade.
Tsádi 160A tu a palavra é a verdade desde o princípio, e
137Justo és, ó S enhor , e retos são os teus juízos. cada um dos teus juízos dura para sempre.
138Os teus testem unhos que ordenaste são retos e
m uito fiéis. S h iti
I390 m eu zelo m e consum iu, porque os m eus ini­ 161Príncipes m e perseguiram sem causa, m as o meu
m igos se esqueceram da tu a palavra. coração tem eu a tu a palavra.

593
SALMOS 119,120,121,122,123

'« fo lg o com a tua palavra, com o aquele que acha D eus é o guarda fie l do seu povo
um grande despojo. Cântico dos degraus
16JA bom ino e odeio a m entira; mas am o a tua lei. "I "| LEVANTAREI os m eus olhos para os
l64Sete vezes no dia te louvo pelos juízos da tu a 1 A m ontes, de onde vem o m eu socorro,
justiça. 20 m eu socorro vem do Se n h o r que fez o céu e a
1^ M u ita paz têm os que am am a tua lei, e para eles terra.
não há tropeço. ’N ão deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda
166Se nho r , tenho esperado na tu a salvação, e tenho não tosquenejará.
cu m prido os teus m andam entos. 4Eis que não tosquenejará nem d o rm irá o guarda
,67A m inha alm a tem observado os teus testem u- de Israel,
nhos; am o-os excessivamente. 50 Se nho r é quem te guarda; o Se n h o r é a tu a som -
l68Tenho observado os teus preceitos, e os teus tes- bra à tua direita,
tem unhos, porque todos os m eus cam inhos estão '’O sol não te m olestará de dia nem a lua de noite,
diante de ti. 70 S e n h o r te guardará de todo o mal; guardará a
tua alma.
Tav “O Se n h o r guardará a tua en tra d a e a tu a saída,
l69Chegue a ti o m eu clamor, ó Se n h o r ; dá-m e en- desde agora e para sempre,
tendim ento conform e a tua palavra.
170Chegue a m inha súplica perante a tua face; livra- Oração pela paz de Jerusalém
m e segundo a tua palavra. Cântico dos degraus, de Davi>
17lO sm e u sláb io sp ro fe riram o lo u v o r,q u an d o m e "| ALEGREI-ME q u an d o m e disseram :
ensinaste os teus estatutos. JL ím i Vamos à casa do Senho r .
I72A m inha língua falará da tua palavra, pois todos -Os nossos pés estão d en tro das tuas portas, ó
os teus m andam entos são justiça. Jerusalém.
17íVenha a tua m ão socorrer-m e, pois escolhi os ^Jerusalém está edificada com o u m a cidade que é
teus preceitos. com pacta.
174Tenho desejado a tua salvação, ó S e n h o r ; a tu a lei 4O nd e sobem as tribos, as tribos do Senho r , até ao
é todo o m eu prazer. testem u n h o de Israel, para darem graças ao nom e
175Viva a m inha alm a, e louvar-te-á; ajudem -m e do Senho r .
os teus juízos. ’Pois ali estão os tro n o s do juízo, os tro n o s da casa
l76D esgarrei-m e com o a ovelha perdida; busca de Davi.
o teu servo, pois não m e esqueci dos teus m anda- '’O rai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles
mentos. que te am am .
7H aja paz d en tro de teus m uros, e prosperidade
O salm ista ora por livram ento dentro dos teus palácios.
Cântico dos degraus 8Por causa dos m eus irm ãos e am igos, direi: Paz
1 ^ /~ \N A m inha angústia clamei ao Senho r , esteja em ti.
JL Ám i V / e m e ouviu. ‘‘Por causa da casa do Se n h o r nosso Deus, buscarei
2Se nho r , livra a m inha alm a dos lábios m entirosos o teu bem .
e da língua enganadora.
3Q ue te será dado, ou que te será acrescentado, A oração do cren te desprezado
língua enganadora? Cântico dos degraus
4Flechas agudas do poderoso, com brasas vivas de "I ^ A TI levanto os m eus olhos, ó tu que
zimbro. JL habitas nos céus.
5Ai de m im , que peregrino em M eseque, e habito 2Assim como osolhosdos servos atentam para as mãos
nas tendas de Quedar. dos seus senhores, eos olhos da serva para as mãos de sua
6A m inha alm a bastante tem po habitou com os que senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor
detestam a paz. nosso Deus, até que tenha piedade de nós.
7Pacífico sou, m as quando eu falo já eles procuram 3Tem piedade de nós, ó Senho r , tem piedade de nós,
a guerra. pois estam os assaz fartos de desprezo.

594
SALMOS 123,124,125,126,127,128,129

4 A nossa alma está extrem am ente farta da zom ba­ 3G randes coisas fez o S e n h o r p o r nós, pelas quais
ria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo estam os alegres.
dos soberbos. 4Traze-nos o u tra vez, ó S e n h o r, do cativeiro, com o
as correntes das águas no sul.
S ó D eus -pode livrar o seu povo S0 s que sem eiam em lágrimas segarão com alegria.
Cântico dos degraus, de Davi 6Aquele que leva a preciosa sem ente, andando e
1 / ~ \ / J SE não fora o S en h o r , que esteve ao chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazen­
A ím i ■" nosso lado, ora diga Israel; do consigo os seus m olhos.
2Se não fora o S e n h o r, que esteve ao nosso lado,
q uando os hom ens se levantaram contra nós, Segurança, prosperidade e fe c u n d id a d e vêm de
3Eles então nos teriam engolido vivos, quando a sua D eus só
ira se acendeu contra nós. Cântico dos degraus, de Salomão

4Então as águas teriam transbordado sobre nós, e a 1 » 7 SE o S enhor não edificar a casa, em vão

corrente teria passado sobre a nossa alma; A ám i / tra b a lh a m o sq u e ae d ific am ;se o S E N H O R

5E ntão as águas altivas teriam passado sobre a n ã o g u a rd a r a c id a d e , e m v ã o v ig ia a se n tin e la .

nossa alma; 2Inútil vos será levantar de m adrugada, repousar


6Bendito seja o S e n h o r, que não nos deu po r presa tarde, com er o pão de dores,pois assim dá ele aos seus
aos seus dentes. am ados o sono.
3Eis que os filhos são herança do S e n h o r, e o fruto
7A nossa alma escapou, com o um pássaro do laço dos
do ventre o seu galardão.
passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.
4C om o flechas na m ão de um homem poderoso,
sO nosso socorro está no nom e do S e n h o r, que fez
assim são os filhos da m ocidade.
o céu e a terra.
5B em -aventurado o ho m em que enche deles a sua
aljava; não serão confundidos, m as falarão com os
A segurança daquele q u e confia em D eus
seus inim igos à porta.
Cântico dos degraus
1 Ç O S q u e c o n fia m n o S e n h o r serão c o m o
A q u e le q u e tem e a D eus será abençoado
A m - J o m o n te d e S ião, que n ã o se a b a la , mas
na sua fa m ília
p e rm a n e c e p a r a s e m p re .
Cântico dos degraus
2Assim como estão os m ontes à roda de Jerusalém,
1 O BEM-AVENTURADO aquele que tem e
assim o S e n h o r está em volta do seu povo desde
A O ao S enhor e anda nos seus caminhos.
agora e para sempre.
2Pois com erás do trabalho das tuas mãos; feliz serás,
’Porque o cetro da im piedade não perm anecerá so­ e te irá bem .
bre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as 3A t u a m u lh e r será c o m o a v id e ira f r u tíf e r a a o s
suas m ãos para a iniqüidade. la d o s d a t u a c asa; o s te u s filh o s c o m o p la n ta s d e
4Faze bem , ó S e n h o r, aos bons e aos que são retos o liv e ira à r o d a d a t u a m e s a .
de coração. 4Eis que assim será abençoado o ho m em que tem e
'Q u a n to àqueles que se desviam para os seus ca­ ao S enhor .
m inhos tortuosos, levá-los-á o S enhor com os que ’O S enhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem
praticam a m aldade; paz haverá sobre Israel. de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.
D eus é louvado porque fe z retirar do cativeiro o
seu povo Israel é perseguido, m as não destruído
Cântico dos degraus Cântico dos degraus
1 ^ \ / Q U A N D O o S e n h o r tro u x e do cati- 1 Q
MUITAS vezes m e angustiaram desde a
A U v e i r o os que v o ltaram a Sião, estáva­ A M Zs m in h a m ocidade, diga agora Israel;
m os co m o os que sonham . 2M uitas vezes m e angustiaram desde a m inha m o­
2Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa cidade; todavia não prevaleceram contra mim.
língua de cântico; então se dizia entre os gentios: 'O s lavradores araram sobre as m inhas costas;
G randes coisas fez o Sen h or a estes. com pridos fizeram os seus sulcos.

595
SALMOS 129,130,131,132

40 Se n ho r é justo; cortou as cordas dos ímpios. O zelo de D avi pelo tem p lo e pela arca
’Sejam confundidos,* e voltem para trás todos os Cântico dos degraus
que odeiam a Sião. 1 ' y ^ LEMBRA-TE, Se n h o r , de Davi, e de
hSejam com o a erva dos telhados que se seca antes X « 3 dmi todas as suas aflições.
que a arranquem . 2C om o ju ro u ao Senho r , e fez votos ao poderoso
7C om a qual o segador não enche a sua mão, nem o Deus de Jacó, dizendo:
que ata os feixes enche o seu braço. •’C ertam ente que não entrarei na ten d a de m inha
"Nem tam pouco os que passam dizem: A bênção casa, nem subirei à m inha cama,
do Se n ho r seja sobre vós; nós vos abençoam os em 4N ão darei sono aos m eus olhos, nem repouso às
nom e do Senho r . m inhas pálpebras,
’E nquanto n ão achar lugar para o Senho r , um a
A esperança do perdão m orada para o poderoso Deus de Jacó.
Cântico dos degraus 6Eis que ouvim os falar dela em Efrata, e a acham os
1 DAS p ro fu n d e z a s a t i c la m o , ó Senho r . no cam po do bosque.
J . J V J ^Senhor, escuta a m inha voz; sejam os 7E ntrarem os nos seus tabernáculos; prostrar-nos-
teus ouvidos atentos à voz das m inhas súplicas.
em os ante o escabelo de seus pés.
3Se tu, Se nho r , observares as iniqüidades, Senhor,
MLevanta-te, Senho r , ao teu repouso, tu e a arca da
quem subsistirá?
tua força.
4Mas contigo está o perdão, para que sejas tem ido.
“Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e alegrem-
’A guardo ao Se n h o r ; a m inha alm a o aguarda, e
se os teus santos.
espero na sua palavra.
l0Por am or de Davi, teu servo, não faças v irar o
6A m inha alm a anseia pelo Senhor, m ais do que os
rosto do teu ungido.
guardas pela m anhã, mais do que aqueles que guar­
" O Se n h o r ju ro u com verdade a Davi, e não se
dam pela m anhã.
apartará dela: Do fruto do teu ventre porei sobre o
7Espere Israel no Senho r , porque no S e n h o r há
teu trono.
m isericórdia, e nele há abundante redenção.
8E ele rem irá a Israel de todas as suas iniqüidades. l2Se os teus filhos guardarem a m in h a aliança, e
os m eus testem unhos, que eu lhes hei de ensinar,
A h u m ild a d e do salm ista tam bém os seus filhos se assentarão perpetuam ente
Cântico dos degraus, de Davi no teu trono.
1 O 1 o m eu coração não se elevou
Se n h o r , l3P orque o S e nho r escolheu a Sião; desejou-a para
JL J i nem os m eus olhos se levantaram ; não a sua habitação, dizendo:
m e exercito em grandes m atérias, nem em coisas 14Este éo m eu repouso para sem pre; aqui habitarei,
m uito elevadas para m im . pois o desejei.
^Certam ente que m e tenho p o rtad o e sossegado 1’A bençoarei abundantem ente o seu m antim ento;
com o um a criança desm am ada de sua mãe; a m inha fartarei de pão os seus necessitados.
alm a está com o um a criança desm am ada. l6Vestirei os seus sacerdotes de salvação, e os seus
3Espere Israel no Senhor , desde agora e para sempre. santos saltarão de prazer.

Mas contigo está o perdão, para que sejas temido Tu e a arca da tua força
(130.3,4) (132.8)

COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Estes versículos se opõem Catolicismo Romano. Alguns católicos afirmam que a
t frontalmente ao ensinamento “racionalista cristão" de que
não existe perdão no plano espiritual. Vejamos o que esse grupo
arca do concerto, que neste salmo é vista sendo erguida e
entrando no lugar de descanso, se refere a um tipo do corpo in­
diz a respeito: “Dentre os mais graves erros das religiões, ocupa corruptível de Maria, que fora assunto ao céu.
lugar de destacado relevo o perdão para as faltas e. até mesmo, RESPOSTA APOLOGÉTICA: Embora admitam não se trata;
para os crimes cometidos por seus adeptos. A mística do perdão * de uma interpretação literal do texto, apenas um tipo, seu ar­
para os crimes, falcatruas e prevaricações não tem qualquer sen­ gumento é inválido. O problema principal da concepção imaculada
tido na vida espiritual'. Mas, segundo a Bíblia, negar a possibili­ de Maria ainda permanece. A analogia enlre a arca e Maria não en­
dade de perdão é, conseqüentemente, negar a possibilidade de contra lugar nas Escrituras. Comparações como esta servemtão-so­
salvação (Lc 7.47-50). mente para testificar que a Bíblia não dá nenhum apoio a tais ensi-

596
SALMOS 132,133,134,135,136

l7Ali farei brotar a força de Davi; preparei um a 6Tudo o que o S en h or quis, fez, nos céus e na terra,
lâm pada para o m eu ungido. nos m ares e em todos os abismos.
l8Vestirei os seus inim igos de vergonha; m as sobre 7Faz subir os vapores das extrem idades d a terra;
ele florescerá a sua coroa. faz os relâm pagos para a chuva; tira os ventos dos
seus tesouros.
A excelência do a m or fra tern a l 80 que feriu os prim ogênitos do Egito, desde os
Cântico dos degraus, de Davi hom ens até os animais;
"I O O OH- Quão bo m e quão suave é que os 90 que enviou sinais e prodígios no m eio de ti, ó
X J J irm ãos vivam em união. Egito, contra Faraó e co n tra os seus servos;
2É com o o óleo precioso sobre a cabeça, que desce 10O qu e feriu m u itas nações, e m a to u p o d ero so s
sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das reis:
suas vestes. 1'A Siom, rei dos am orreus, e a Ogue, rei de Basã, e
'C om o o orvalho de H erm om , e como o que desce a todos os reinos de Canaã;
sobre os m ontes de Sião, porque ali o S en h or ordena 12E deu a sua terra em herança, em herança a Israel,
a bênção e a vida para sempre. seu povo.
I30 teu nom e, ó S enhor , dura perp etu am en te, e a
E xortação a b en d izer ao S e n h o r tua m em ória, ó S enhor , de geração em geração.
Cântico dos degraus 14Pois o S en h or julgará o seu povo, e se arrependerá
1 O / | E IS a q u i, b e n d iz e i a o S enhor to d o s vó s, com respeito aos seus servos.
A ■ se rv o s d o S enhor , q u e a ssistis n a casa d o l5Os ídolos dos gentios são p rata e ouro, obra das
S enhor to d a s a s n o ite s. m ãos dos hom ens.
2Levantai as vossas m ãos no santuário, e bendizei l6Têm boca, m as não falam; têm olhos, e não
ao Senhor . vêem,
30 S enhor q u e fez o c é u e a t e r r a te a b e n ç o e d e s d e l7Têm ouvidos, m as não ouvem , nem h á respiro
Sião. algum nas suas bocas.
1"Sem elhantes a eles se to rn em os que os fazem, e
D eus é louvado pela sua bondade, todos os que confiam neles.
poder e ju stiç a ‘’’Casa de Israel, bendizei ao S e n h o r ; casa de Arão,
1 O LOUVAI ao S enhor . Louvai o nom e do bendizei ao S en h o r ;
1 J J S en h o r ; louvai-o, servos do S enhor . -°Casa de Levi, bendizei ao S en h o r ; vós os que te­
'V ós que assistis na casa do S enhor , nos átrios da meis ao S enhor , louvai ao S enhor .
casa do nosso Deus. 2'B endito seja o S en h or desde Sião, que habita em
3Louvai ao S enhor , porque o S en h or è bom ; cantai Jerusalém. Louvai ao S enhor .
louvores ao seu nom e, porque é agradável.
4Porque o S en h or escolheu para si a Jacó, e a Israel D eus é louvado p o r sua m isericórdia
para seu p róprio tesouro. 1 O / LOUVAI ao S enhor , p orque ele é bom ;
5Porque eu conheço que o S en h o r é grande e que o X « 3 V # p o rq u e a sua benignidade dura para
nosso Senhor está acim a de todos os deuses. sempre.

nos. 0 argumento é baseado na crença infundada de que o corpo de RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus declarou que o uso
Maria esteve incorruptível entre a morte e a alegada assunção. Além da Bíblia sem a intenção de obedecê-la é sacrílego e im­
disso, a Bíblia associa morte e corrupção a todos os seres humanos próprio (Mt 7.21 -27). A Palavra de Deus declara que há bênçãos
(1Co 15.42,53), exceto Cristo. Todos pecaram, mesmo a mãe de Je­ para os que ouvem, lêem e guardam as coisas que estão escritas
sus (Rm 5.12-15). em suas páginas. A maçonaria, como se sabe. está agrupada no
rol das seitas secretas. Seu segredo organizado e sistemático é
Irmãos vivam em união extremamente condenado pela Palavra de Deus: “Portanto, não
(133.1-3) os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se,
Maçonaria. Cita a Bíblia no primeiro grau de aprendiz, o nem oculto que não haja de saber-se. O que vos digo em trevas
que confunde alguns, que pensam que a maçonaria é uma dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telha­
sociedade cristã. dos" (Mt 10.26.27; Jo 18.20).

597
SALMOS 136,137,138

2Louvai ao D eus dos deuses; porque a sua benigni­ Saudades da pátria


dade dura para sempre. 1 ^ JUNTO aos rios de Babilônia, ali nos
’Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua be­ X / assentam os e choram os, q u an d o nos
nignidade dura para sempre. lem bram os de Sião.
4 Aquele que só faz maravilhas; porque a sua benig­ -Sobre os salgueiros que há no m eio dela, p en d u ra­
n idade dura para sempre. m os as nossas harpas.
’Aquele que p o r entendim ento fez os céus; porque 3Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos p e­
a sua benignidade dura para sempre. diam uma canção; e os que nos destruíram , que os
fcA queleque estendeu a terra sobre as águas; porque alegrássemos, dizendo: C antai-nos um a das canções
a sua benignidade dura para sempre. de Sião.
7Aquele que fez os grandes lum inares; porque a sua 4C om o cantarem os a canção do Sf.n h o r em terra
benignidade dura para sempre; estranha?
sO sol para governar de dia; p orque a sua benigni­ ’Se eu m e esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a
dade dura para sempre; m inha direita da sua destreza.
9 A lua e as estrelas para presidirem à noite; porque 6Se m e não lem brar de ti, apegue-se-m e a língua
a sua benignidade dura para sempre; ao m eu paladar; se não preferir Jerusalém à m inha
lüO que feriu o Egito nos seus prim ogênitos; p o r­ m aior alegria.
que a sua benignidade dura para sempre; 7Lem bra-te, Se nho r , dos filhos de Edom no dia de
11E tiro u a Israel do m eio deles; porque a sua benig­ Jerusalém, que diziam : D escobri-a, descobri-a até
nidade dura para sempre; aos seus alicerces.
l2Com m ão forte, e com braço estendido; porque a
8Ah! filha de Babilônia, que vais ser assolada; feliz
sua benignidade dura para sempre;
aquele qu e te re trib u ir o pago qu e tu nos pagaste
13Aquele que dividiu o M ar Vermelho em duas p ar­
a nós.
tes; porque a sua benignidade dura para sempre;
‘‘Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles
14E fez passar Israel pelo m eio dele; p orque a sua
nas pedras.
benignidade dura para sempre;
1’Mas derrubou a Faraó com o seuexército no MarVer-
A ção d e graças a D eus por a m o r da sua fid elid a d e
melho; porque a sua benignidade dura para sempre.
Salmo de Davi
'6Aquele que guiou o seu povo pelo deserto; porque
1 ^ Q EU te louvarei, de to d o o m eu coração;
a sua benignidade dura para sempre;
X J O n a presença dos deuses a ti cantarei
l7Aquele que feriu os grandes reis; p orque a sua
louvores.
benignidade dura para sempre;
2Inclinar-m e-ei p ara o teu santo tem plo, e louvarei
,KE m atou reis famosos; porque a sua benignidade
o teu n o m e pela tu a benignidade, e pela tua verdade;
dura para sempre;
lsSiom, rei dos am orreus; porque a sua benignida­ pois engrandeceste a tua palavra acim a de todo o
de dura para sempre; teu nom e.
20E Ogue, rei de Basã; porque a sua benignidade 3N o dia em que eu clamei, m e escutaste; e alentaste
dura para sempre; com força a m in h a alma.
2,E deu a terra deles em herança; p orque a sua be­ 4Todos os reis da te rra te louvarão, ó Se n h o r , q u an ­
nignidade dura para sempre; do ouvirem as palavras da tua boca;
22E mesmo em herança a Israel, seu servo; porque a 5E cantarão os cam inhos do Se n h o r ; pois grande é
sua benignidade dura para sempre; a glória do Sen h o r .
23Q ue se lem brou da nossa baixeza; p o rq u e a sua 6A inda que o Se n h o r é excelso, atenta todavia para o
benignidade dura para sempre; hum ilde; m as ao soberbo conhece-o de longe.
24E nos rem iu dos nossos inimigos; p orque a sua 7A ndando eu no m eio da angústia, tu m e reviverás;
benignidade dura para sempre; estenderás a tu a m ão co n tra a ira dos m eus inim igos,
2,0 que dá m antim ento a toda a carne; porque a sua e a tu a destra m e salvará.
benignidade dura para sempre. sO Se n h o r aperfeiçoará o que m e toca; a tu a benig­
26Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benigni­ nidade, ó Se n h o r , dura p ara sem pre; n ão desam pa­
dade dura para sempre. res as obras das tuas mãos.

598
SALMOS 139,140,141

A onipresença e a onipo tên cia de D eus 2íSonda-m e, ó Deus, e conhece o m eu coração;


Salmo de Davi para o m úsico-m or prova-m e, e conhece os m eus pensam entos.
I O Q S enhor , tu m e sondaste, e m e conheces. 24E vê se há em m im algum cam inho m au, e guia-
A J Z J 2Tu sabes o m eu assentar e o m eu le­ m e pelo cam inho eterno.
vantar; de longe entendes o m eu pensam ento.
'Cercas o m eu andar, e o m eu deitar; e conheces O salm ista ora para q u e seja guardado
todos os m eus cam inhos. Salmo de Davi para o m úsico-m or
4N ão havendo ainda palavra alguma na m inha lín­ "J / í / ' \ L I V R A - M E , ó S e nho r , do hom em mau;
gua, eis que logo, ó S enhor , tu d o conheces. X V/ guarda-m e do hom em violento,
5Tu m e cercaste p o r detrás e po r diante, e puseste 2Q ue pensa o m al no coração; contin u am en te se
sobre m im a tua mão. ajuntam para a guerra.
6Tal ciência é para m im m aravilhosíssim a; tão alta 3A guçaram as línguas com o a serpente; o veneno
que não a posso atingir. das víboras está debaixo dos seus lábios. (Selá.)
7Para onde m e irei do teu espírito, o u para onde 4G uarda-m e, ó S enhor , das m ãos do ím pio; guar­
fugirei da tu a face? da-m e do ho m em violento; os quais se propuseram
8Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer n o inferno a tran sto rn ar os m eus passos.
m inha cama, eis que tu ali estás também. ’O s soberbos arm aram -m e laços e cordas; estende­
9Se to m ar as asas da alva, se habitar nas extrem ida­ ram a rede ao lado do cam inho; arm aram -m e laços
des do mar, corrediços. (Selá.)
l0Até ali a tu a m ão m e guiará e a tu a destra m e 6Eu disse ao S en h o r : T u és o m eu Deus; ouve a voz
susterá. das m inhas súplicas, ó S enhor .
II Se disser: D ecerto que as trevas m e encobrirão; 7Ó D eus o Senhor, fortaleza da m inha salvação, tu
então a noite será luz à roda de m im . cobriste a m in h a cabeça no dia da batalha.
l2Nem ainda as trevas m e encobrem de ti; m as a 8N ão concedas, ó S enhor , ao ím pio os seus desejos;
noite resplandece com o o dia; as trevas e a luz são não prom ovas o seu m au propósito, para que não se
para ti a m esm a coisa; exalte. (Selá.)
1’Pois possuíste os m eus rins; cobriste-m e no ven­ 9Q uanto à cabeça dos que m e cercam , cubra-os a
tre de m inha mãe. m aldade dos seus lábios.
14Eu te louvarei, porque de um m odo assom broso, 10C aiam sobre eles brasas vivas; sejam lançados no
e tão m aravilhoso fui feito; m aravilhosas são as tuas fogo, em covas p rofundas, p a ra que se n ão to rn em
obras, e a m inha alm a o sabe m uito bem . a levantar.
15Os m eus ossos não te foram encobertos, quando 1'N ão terá firm eza na terra o ho m em de m á língua;
no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas o m al perseguirá o ho m em violento até que seja
da terra. desterrado.
1hOs teus olhos viram o m eu corpo ainda inform e; e ,2Sei que o S enhor sustentará a causa do oprim ido,
no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais e o direito do necessitado.
em continuação foram form adas, quando nem ain­ l3Assim os justos louvarão o teu nom e; os retos
da um a delas havia. habitarão na tu a presença.
I7E quão preciosos m e são, ó Deus, os teus pensa­
mentos! Q uão grandes são as som as deles! O ração para preservação no m eio da tentação
18Se as contasse, seriam em m aior n úm ero do que a Salmo de Davi
areia; quando acordo ainda estou contigo. 1 /t 1 S e n h o r , a ti clam o, escuta-m e; inclina
I9Ó Deus, tu m atarás decerto o ím pio; apartai-vos XT X 1 os teus ouvidos à m inha voz, q u an d o
p o rtan to de m im , hom ens de sangue. a ti clamar.
20Pois falam m alvadam ente contra ti; e os teus in i­ 2Suba a m in h a oração perante a tu a face como in ­
migos tom am o teu nom e em vão. censo, e as m inhas m ãos levantadas sejam como o
21N ão o d eio eu ,ó S E N H O R ,aq u e lesq u eteo d e iam ,e n ã o sacrifício da tarde.
m e aflijo p o r cau sa d o s q u e se le v a n ta m c o n tr a ti? 3Põe, ó S enhor , um a guarda à m in h a boca; guarda
22O deio-os com ódio perfeito; tenho-os p o r in i­ a porta dos m eus lábios.
migos. 4N ão inclines o m eu coração a coisas m ás, a praticar

599
SALMOS 141,142,143,144

obras más, com aqueles que praticam a iniqüidade; 5Lem bro-m e dos dias antigos; considero todos os
e não com a das suas delícias. teus feitos; m edito n a o bra das tuas m ãos.
5F ira-m e o justo, será isso um a benignidade; e 6Estendo p ara ti as m inhas m ãos; a m in h a alm a tem
repreenda-m e, será um excelente óleo, que não m e sede de ti, com o terra sedenta. (Selá.)
q u eb rará a cabeça; pois a m inha oração tam bém 7O uve-m e depressa, ó S en h o r ; o m eu espirito des­
ainda continuará nas suas próprias calamidades. maia. N ão escondas de m im a tu a face, para que não
6Q u an d o os seus juizes forem d errubados pelos seja sem elhante aos que descem à cova.
lados da rocha, ouvirão as m inhas palavras, pois são “Faze-me ouvir a tu a benignidade pela m anhã, pois
agradáveis. em ti confio; faze-m e saber o cam inho que devo
7Os nossos ossos são espalhados à boca da sepultu­ seguir, p orque a ti levanto a m in h a alma.
ra com o se alguém fendera e partira lenha na terra. 9Livra-me, ó S enhor , dos m eus inim igos; fujo para
“M as os m eus olhos te contemplam, ó D eus o Se­ ti, para m e esconder.
nhor; em ti confio; não desnudes a m inha alma. l0Ensina-m e a fazer a tua vontade, pois és o m eu
9G uarda-m e dos laços que m e arm aram ; e dos laços Deus. O teu Espírito é bom ; guie-m e p o r terra plana.
corrediços dos que praticam a iniqüidade. 1‘Vivifica-me, ó S enhor , po r am or do teu nom e; p o r
10Caiam os ím pios nas suas próprias redes, até que am o r da tu a justiça, tira a m inha alm a da angústia.
eu tenha escapado inteiram ente. 12E p o r tu a m isericórdia desarraiga os m eus in i­
migos, e destrói a todos os que angustiam a m inha
Oração n o m eio de grande dificuldade alma; pois sou teu servo.
Masquil de Davi; oração que fez quando estava na caverna
1 /t CO M a m inha voz clamei ao S en h o r ; A ção de graças pela proteção d e D eus
X é c o r n a m in h a v o z s u p liq u e i a o S enhor . Salmo de Davi
2D erram ei a m inha queixa perante a sua face; ex- 1 / t y t BENDITO seja o S enhor , m in h a rocha,
pus-lhe a m inha angústia. X ■" que ensina as m inhas m ãos para a p e­
3Q u an d o o m eu espírito estava angustiado em leja e os m eus dedos para a guerra;
m im , então conheceste a m inha vereda. No cam inho 2Benignidade m inha e fortaleza m inha; alto retiro
em que eu andava, esconderam -m e um laço. m eu e m eu libertador és tu; escudo m eu, em quem
401hei para a m inha direita, e vi; m as não havia eu confio, e que m e sujeita o m eu povo.
quem m e conhecesse. Refúgio m e faltou; ninguém 3S f.nho r , que é o hom em , para que o conheças, e o
cuidou da m inha alma. filho do hom em , para que o estimes?
5A ti, ó S enhor , clamei; eu disse: TU és o m eu refúgio, 40 hom em é sem elhante à vaidade; os seus dias são
e a m inha porção na terra dos viventes. com o a som bra que passa.
6Atende ao m eu clam or; p orque estou m uito aba­ ’Abaixa, ó S enhor , os teus céus, e desce; toca os
tido. Livra-me dos m eus perseguidores; porque são m ontes, e fumegarão.
mais fortes do que eu. 6V ibra os teus raios e dissipa-os; envia as tuas fle­
7Tira a m inha alm a da prisão, para que louve o teu chas, e desbarata-os.
nom e; os justos m e rodearão, pois m e fizeste bem . 7Estende as tuas m ãos desde o alto; livra-m e, e
arrebata-m e das m uitas águas e das m ãos dos filhos
O salm ista ora p or libertação estranhos,
Salmo de Davi 8Cuja boca fala vaidade, e a sua m ão direita é a des­
1 /t ^ Ó S E N H O R ,o u v e a m in h a o ra ç ã o ,in c lin a tra de falsidade.
X os ouvidos às m inhas súplicas; escuta- 9A ti, 6 D eus, cantarei um cântico novo; com o
m e segundo a tua verdade, e segundo a tua justiça. saltério e in stru m e n to de dez cordas te cantarei
2E não entres em juízo com o teu servo, porque à tu a louvores;
vista não se achará justo n enhum vivente. l0A ti, q u e dás a salvação aos reis, e que livras a Davi,
3Pois o inim igo perseguiu a m inha alm a; atro p e­ teu servo, da espada m aligna.
lo u -m e até ao chão; fez-me habitar na escuridão, 1'L ivra-m e, e tira-m e das m ãos dos filhos estra­
com o aqueles que m orreram há m uito. nhos, cuja boca fala vaidade, e a sua m ão direita é a
4Pois que o m eu espírito se angustia em m im ; e o destra de iniqüidade,
m eu coração em m im está desolado. 12Para que nossos filhos sejam com o plantas cresci-

600
SALMOS 144,145,146

das na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam ' 30 teu reino éu m reino eterno; o teu dom ínio dura
com o pedras de esquina lavradas à m oda de palácio; em todas as gerações.
u Para que as nossas despensas se encham de todo mO S enhor sustenta a todos os qu e caem, e levanta
provim ento; para que os nossos rebanhos produzam a todos os abatidos.
a m ilhares e a dezenas de m ilhares nas nossas ruas. ' ’Os olhos de todos esperam em ti, e lhes dás o seu
14Para que os nossos bois sejam fortes para o trab a­ m antim ento a seu tem po.
lho; para que não haja nem assaltos, nem saídas, nem 16Abres a tu a m ão, e fartas os desejos de todos os
gritos nas nossas ruas. viventes.
' ’Bem -aventurado o povo ao qual assim acontece; l7Justo è o S enhor em to d o s os seus cam inhos, e
bem -aventurado é o povo cujo D eus é o S enhor . santo em todas as suas obras.
1 “Perto está o S enhor de todos os que o invocam, de
A bondade, grandeza e providência de D eus todos os que o invocam em verdade.
Cântico de Davi l9Ele cu m p rirá o desejo dos que o tem em ; ouvirá o
1 / t Ç* EU te exaltarei, ó Deus, rei m eu, e seu clamor, e os salvará.
X i 1 J bendirei o teu nom e pelos séculos dos i0O S en h or guarda a to d o s os qu e o am am ; m as
séculos e para sempre. todos os ím pios serão destruídos.
2Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nom e pelos 2'A m in h a boca falará o louvor do S enhor , e toda
séculos dos séculos e para sempre. a carne louvará o seu santo no m e pelos séculos dos
3G rande éo S enhor , e m uito digno de louvor, e a sua séculos e para sempre.
grandeza inescrutável.
4Uma geração louvará as tuas obras à ou tra geração, A fra q u e za do h o m e m e a fid e lid a d e d e D eus
e anunciarão as tuas proezas. 1 / t / LOUVAI a o S enhor .
’Falarei da magnificência gloriosada tua majestade i O ó m in h a a lm a , lo u v a a o S e n h o r.
e das tuas obras maravilhosas. 2Louvarei ao S en h or d u ran te a m in h a vida; canta­
6E se falará da força dos teus feitos terríveis; e co n ­ rei louvores ao m eu D eus en q u an to eu for vivo.
tarei a tu a grandeza. 'N ã o confieis em príncipes, nem em filho de h o ­
7Proferirão ab undantem ente a m em ória da tua m em , em quem não há salvação.
grande bondade, e cantarão a tu a justiça. 4Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele m es­
8Piedoso e benigno éo S enhor , sofredor e de grande m o dia perecem os seus pensam entos.
misericórdia. 5B em -aventurado aquele qu e tem o D eus de Jacó
90 S enhor é b o m p a r a to d o s , e a s su a s m is e ric ó rd ia s p o r seu auxílio, e cuja esperança está posta no S enhor
são s o b r e to d a s as su a s o b ra s . seu Deus.
10Todas as tuas obras te louvarão, ó S enhor , e os teus 60 que fez os céus e a terra, o m ar e tu d o q u an to há
santos te bendirão. neles, e o que guarda a verdade para sempre;
1 'Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu 70 que faz justiça aos oprim idos, o que dá pão aos
poder, fam intos. O S f.n ho r solta os encarcerados.
l2Para fazer saber aos filhos dos hom ens as tuas 80 S en h or abre os olhos aos cegos; o S enhor levanta
proezas e a glória da m agnificência do teu reino. os abatidos; o S enhor am a os justos;

Perecem os seus pensamentos Em Lucas 12.18, está escrito a respeito do homem rico que pla­
(146.4) nejava derrubar seus celeiros e levantar outros maiores. Mas
Oeus lhe pediu a alma. Com isso, seus desígnios pereceram.
Testemunhas de Jeová. Afirmam que a morte é a cessa­
Imaginemos uma testemunha de jeová que tivesse o propósito
ção de toda e qualquer atividade consciente e inteligen­
de realizar algo, mas, por qualquer motivo, esquecesse o que
te e usam este texto para declarar que. com a morte, os pensa­
tinha em mente. Será que poderíamos afirmar que estava in­
mentos perecem.
consciente só porque esqueceu do projeto que desejava pôr
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra estonath, tradu­ em prática?
zida por “pensamentos”, significa também “propósitos", Em Isafas 55.7, lemos: "Deixe [...] o homem maligno os seus
"desígnios". Como diz a Ediçáo atualizada daTradução de Almei­ pensamentos". Será que o texto significa que o ímpio se tor­
da Fiel: “perecem os seus pensamentos', o que não significa que nou inconsciente? Assim, a passagem em questão está fa­
os mortos entrem em estado de inconsciência, mas que, em de­ lando da fragilidade dos desígnios, dos propósitos dos ho­
corrência da morte, os homens não podem dar prosseguimento mens que. por causa da morte, não conseguem atingir seus
aos seus propósitos. objetivos (v. 3).

601
SALMOS 146,147,148,149

90 S en h or g u a r d a o s e s tra n g e iro s ; su s tê m o ó r f ã o e Toda a criação d eve louvar


a v iú v a , m a s t r a n s to r n a o c a m in h o d o s ím p io s . ao S enhor
10O S en h o r reinará eternam ente; o teu Deus, ó Sião, I / t Q LOUVAI ao S enhor . Louvai ao S enhor
de geração em geração. Louvai ao S enhor . A T r O desde os céus, louvai-o nas alturas.
2Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os
E xortação a louvar ao S enhor seus exércitos.
pela sua bondade 'Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas
1 A ^ LOUVAI a o S enhor , p o r q u e é b o m luzentes.
A ■ / cantar louvores ao nosso Deus, porque 4Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre
é agradável; decoroso é o louvor. os céus.
20 S en h or edifica a Jerusalém, congrega os disper­ 5Louvem o nom e do S enhor , pois m andou, e logo
sos de Israel. foram criados.
'Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas hE os confirm ou eternam ente para sem pre, e lhes
feridas. deu um decreto que não ultrapassarão.
4C onta o núm ero das estrelas, cham a-as a todas 7Louvai ao S en h or desde a terra: vós, baleias, e
pelos seus nomes. todos os abismos;
5G rande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu “Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tem pestuo­
entendim ento é infinito. so que executa a sua palavra;
òO S enhor eleva o s h u m ild e s , e a b a te o s ím p io s a té 9M ontes e todos os outeiros, árvores frutíferas e
à te rra . todos os cedros;
7C antai ao S enhor em ação de graças; cantai louvo­ l0As feras e todos os gados, répteis e aves voadoras;
res ao nosso Deus sobre a harpa. II Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos
sEle é o q u e c o b re o c é u d e n u v e n s , o q u e p r e p a r a os juizes da terra;
a c h u v a p a r a a te r r a , e o q u e fa z p r o d u z ir e rv a s o b re 12M oços e m oças, velhos e crianças.
o s m o n te s ; 1 ’Louvem o no m e do S enhor , pois só o seu no m e é
90 q u e d á a o s a n im a is o s e u s u s te n to , e a o s filh o s exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu.
d o s c o rv o s, q u a n d o c la m a m . 14Ele tam bém exalta o poder do seu povo, o louvor
1 "Não se deleita na força do cavalo, nem se com praz de todos os seus santos, dos filhos de Israel, u m povo
nas pernas do hom em . que lhe é chegado. Louvai ao S enhor .
1 'O S e n h o r se a g r a d a d o s q u e o te m e m e d o s q u e
e s p e ra m n a s u a m is e ric ó rd ia . Os fié is louvam a seu D eus
I2Louva, ó Jerusalém, ao S en h o r ; louva, ó S ião, ao 1 /t LOUVAI ao S enhor . C antai ao S enhor
teu Deus. A H f Z s um cântico novo, e o seu louvor na con­
1’P orque fortaleceu os ferrolhos das tuas portas; gregação dos santos.
abençoa aos teus filhos dentro de ti. 2Alegre-se Israel naquele que o fez, regozijem -se os
14Ele é o que põe em paz os teus term os, e da flor da filhos de Sião no seu Rei.
farinha te farta. ’Louvem o seu no m e com danças; cantem -lhe o seu
,sO q u e e n v ia o s e u m a n d a m e n t o à te r r a ; a su a louvor com tam b o rim e harpa.
p a la v ra c o rre v e lo z m e n te . 4Porque o S en h or se agrada do seu povo; ornará os
I60 q u e d á a n e v e c o m o lã; e s p a rg e a g e a d a c o m o m ansos com a salvação.
c in z a; 5Exultem os santos na glória; alegrem -se nas suas
170 que lança o seu gelo em pedaços; quem pode camas.
resistir ao seu frio? 6Estejam n a sua garganta os altos louvores de Deus,
l8M anda a sua palavra, e os faz derreter; faz soprar e espada de dois fios nas suas mãos,
o vento, e correm as águas. 7Para tom arem vingança dos gentios, e darem re­
19M ostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os preensões aos povos;
seus juízos a Israel. "Para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus
20N ão fez assim a nenhum a o u tra nação; e quanto nobres com grilhões de ferro;
aos seus juízos, não os conhecem . Louvai ao S e­ ’Para fazerem neles o juízo escrito; esta será ah o n ra
n hor . de todos os seus santos. Louvai ao S enhor .

602
SALMOS 150

O salm ista exorta toda a criatura 3Louvai-o com o som de trom beta; louvai-o com o
a louvar ao S enhor saltério e a harpa.
4Louvai-o com o tam b o rim e a dança, louvai-o com
1 Ç /" V LOUVAI ao S e n h o r. Louvai a D eus no
instrum entos de cordas e com órgãos.
y j seu santuário; louvai-o no firm am ento sLouvai-o com os cím balos sonoros; louvai-o com
do seu poder. cím balos altissonantes.
2Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o con­ 6Tudo q u an to tem fôlego louve ao S enhor . Louvai
form e a excelência da sua grandeza. ao S enhor .

603
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Provérbios
T I tu lo
É u m tipo de literatura com um em m uitos povos e não som ente em Israel. Trata-se de um a coleção de
ditos substanciais, p or m eio dos quais, p o r com parações ou contrastes, são ensinadas m áxim as de sabe­
doria. Em outras palavras, seria um tipo de sabedoria que condensa ensinam entos profundos em peque­
nas frases.

A utoria e data
Esta coleção, em particular, foi com pilada principalm ente p o r Salomão, de quem , em 1Reis 4.32, é dito
que proferiu três m il provérbios. A inda existem no livro provérbios de o u tro s sábios, alguns anônim os
(duas coleções - 22.17 a 24.34) e outros não, com o os provérbios de Agur (cap 30) e de Lemuel (cap 31).
C om o afirm a o p róprio livro, sua edição foi realizada nos dias do rei Ezequias (25.1), que efetuou um a
grande reform a religiosa em Israel. Ezequias reinou entre 716 e 687 a.C., o u seja, 250 anos após o reina­
do de Salomão.

A ssunto
A palavra-chave do livro é sabedoria, a capacidade de viver bem a vida. D iferente da sabedoria grega,
que era especulativa, a sabedoria hebraica é prática, envolvendo os fatos do cotidiano; não é antropocên-
trica, com o a grega, m as teocênt rica, sendo que “o tem o r do Senhor é o princípio da sabedoria”. Trata de di­
versos assuntos da vida diária, com o, po r exemplo, o relacionam ento pessoal e familiar, o uso das riquezas,
o m o d o de falar e a vigilância q uanto à prostituição, à preguiça, à bebedice, entre m uitos o u tro s temas.
A lguns capítulos são bastante enfáticos, com o os que falam da sabedoria (8) e da m u lh er virtuosa
(31.10). Mas, em sua m aior parte, o livro não apresenta grandes capítulos tem áticos, apenas m áxim as de
sabedoria, expostas de form a diversificada. M uitas m áxim as são repetidas textualm ente o u apenas sua
idéia, com o utras palavras.

Ê nfase apologética
A obra é citada no Novo Testamento, o que serve para autenticar sua canonicidade e inspiração divi­
na. H á aqueles que conseguem ver, em algum as passagens, certo eco de profecia m essiânica (Cf. 2Pd 2.22
com .P v 26.11).
O livro não é dado a análises teológicas e/ou filosóficas, m as foi a referência 8.22 que deu origem a um a
das m aiores controvérsias teológicas da história da Igreja. N o século 4o, u m bispo, cham ado Ário, com e­
çou a ensinar, baseado no texto em referência, que Jesus era u m a sim ples criatura, que não era, de form a
algum a, igual a Deus. Tal interpretação, no entanto, ignorou dois pontos básicos. Vejamos. De fato, a p a­
lavra hebraica pode significar “o Senhor m e possuiu”, m as a sabedoria, aqui personificada, não representa
necessariam ente Jesus, é um a especulação. M esm o que o texto estivesse se referindo a Jesus, não existe co­
erência em p ensar que a sabedoria de Deus fora, algum dia, criada. O m ais sensato seria reconhecer que a
sabedoria de D eus sem pre existiu.
O LIVRO DE

PROVÉRBIOS
O prin cíp io da sabedoria l8No e n tan to estes a rm a m ciladas co n tra o seu
PROVÉRBIOS de Salom ão, filho de Davi, rei
1 de Israel;
2Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para
p ró p rio sangue; e espreitam suas p ró p rias vidas.
l9São assim as veredas de to d o aquele que usa de
cobiça: ela põ e a p erd er a alm a dos que a possuem .
se entenderem , as palavras da prudência.
’Para se receber a in stru ção do en ten d im en to , a C o n v ite da sabedoria
20A sab ed o ria clam a lá fora; pelas ruas levanta a
justiça, o juízo e a eqüidade;
sua voz.
4Para d ar aos sim ples, p rudência, e aos m oços, co­
21Nas esquinas m o vim entadas ela brada; nas en ­
nhecim ento e bom siso;
tradas das p o rtas e nas cidades pro fere as suas p a ­
50 sábio ouvirá e crescerá em conhecim ento, e o
lavras:
entendido adquirirá sábios conselhos; 22Até q u an d o , ó sim ples, am areis a sim plicidade?
6Para en tender os provérbios e sua interpretação; E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós
as palavras dos sábios e as suas proposições. insensatos, odiareis o conhecim ento?
7O t e m o r d o Sen h o r é o p r i n c í p i o d o c o n h e c im e n ­ 23A tentai p ara a m in h a repreensão; pois eis que
to ; o s lo u c o s d e s p r e z a m a s a b e d o ria e a in s tr u ç ã o . vos derram arei ab u n d a n te m en te do m eu espírito
e vos farei saber as m inhas palavras.
E vita n d o o m a u conselho 24E n tre ta n to , p o rq u e eu clam e i e recu sastes; e
®Filho m eu, ouve a instru ção de teu pai, e não e ste n d i a m in h a m ã o e n ã o h o u v e q u e m desse
deixes o ensinam ento de tu a m ãe, aten ç ão ,
25Antes rejeitastes to d o o m eu conselho, e não q u i­
’P orque serão com o diadem a gracioso em tu a
sestes a m in h a repreensão,
cabeça, e colares ao teu pescoço.
26T am bém de m in h a p a rte eu m e rirei n a vossa
10Filho m eu, se os pecadores p ro cu ram te atra ir
perdição e zom barei, em v in d o o vosso tem or.
com agrados, não aceites. 27V indo o vosso te m o r com o a assolação, e v indo
1 'Se disserem : Vem conosco a tocaias de sangue; a vossa perdição com o u m a to rm e n ta, sobrevirá a
em bosquem os o inocente sem m otivo; vós ap erto e angústia.
l2Traguem o-Ios vivos, com o a sepultura; e in te i­ 2SE ntão clam arão a m im , m as eu não resp o n d e­
ros, com o os que descem à cova; rei; de m ad ru g ad a m e buscarão, p o rém não m e
1 ’A charem os to d a sorte de bens preciosos; enche­ acharão.
rem os as nossas casas de despojos; 29P orq u an to o d iaram o co nhecim ento; e não p re­
l4Lança a tu a sorte conosco; terem os to d o s um a feriram o te m o r do S e n h o r :
30N ão aceitaram o m eu conselho, e desprezaram
só bolsa!
toda a m in h a repreensão.
15Filho m eu, não te p on h as a cam in h o com eles;
3'P o rta n to co m erão do fru to d o seu cam inho, e
desvia o teu pé das suas veredas;
fartar-se-ão dos seus p ró p rio s conselhos.
' 6P orque os seus pés correm p ara o m al, e se apres­ 32P orque o erro dos sim ples os m atará, e o desva­
sam a d erram ar sangue. rio dos insensatos os destruirá.
17Na verdade é in ú til estender-se a rede ante os 33M as o que m e d er ouvidos h ab itará em seguran­
olhos de qualquer ave. ça, e estará livre do te m o r do mal.

605
PROVÉRBIOS 2,3

O valor da sabedoria l9Todos os que se dirigem a ela não voltarão e não


FILHO m eu, se aceitares as m inhas palavras, e atinarão com as veredas da vida.
2 esconderes contigo os m eus m andam entos,
’Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e in­
20Para andares pelos cam inhos dos bons, e te con­
servares nas veredas dos justos.
clinares o teu coração ao entendim ento; 2‘Porque os retos h abitarão a terra, e os íntegros
3Se clam ares p o r conhecim ento, e po r inteligência perm anecerão nela.
alçares a tu a voz, 22Mas os ím pios serão arrancados d a terra, e os alei­
4Se com o a p rata a buscares e com o a tesouros es­ vosos serão dela exterm inados.
condidos a procurares,
5Então entenderás o tem or do S enhor , e acharás o G u ia para o jo v e m
FILHO m eu, n ão te esqueças d a m in h a lei, e o
conhecim ento de Deus.
6P orque o S enhor dá a sabedoria; da sua boca é que 3 teu coração guarde os m eus m andam entos.
2Porque eles aum entarão os teus dias e te acrescen­
vem o conhecim ento e o entendim ento.
tarão anos de vida e paz.
7Ele reserva a v erd a d eira sa b e d o ria p ara os
'N ão te desam parem a benignidade e a fidelida­
reto s. E scudo é p a ra os q u e c a m in h a m na s in ­
de; ata-as ao teu pescoço; escreve-as n a tábua do teu
cerid ad e,
coração.
“Para que guardem as veredas do juízo. Ele preser­
4E acharás graça e b o m entendim ento aos olhos de
vará o cam inho dos seus santos.
D eus e do hom em .
’E ntão entenderás a justiça, o juízo, a eqüidade e
5Confia no S en h o r de todo o teu coração, e não te
todas as boas veredas.
estribes no teu p ró p rio entendim ento.
l0Pois q uando a sabedoria en trar n o teu coração, e
‘Reconhece-o em todos os teus cam inhos, e ele en ­
o conhecim ento for agradável à tu a alma,
direitará as tuas veredas.
n O b om siso te guardará e a inteligência te co n ­
7N ão sejas sábio a teus p ró p rio s olhos; tem e ao
servará; S enhor e aparta-te do mal.
12Para te afastar do m au cam inho, e do hom em que 8Isto será saúde para o teu âm ago, e m edula para
fala coisas perversas; os teus ossos.
1 ’Dos que deixam as veredas da retidão, para anda­ 9H on ra ao S en h o r com os teus bens, e com a p ri­
rem pelos cam inhos escusos; m eira parte de todos os teus ganhos;
14Q ue se alegram de fazer mal, e folgam com as per- 10E se encherão os teus celeiros, e tran sb o rd arão de
versidades dos m aus, vinho os teus lagares.
15Cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos 11 Filho m eu, não rejeites a correção do S enhor , nem
seus cam inhos; te enojes da sua repreensão.
16Para te afastar da m ulher estranha, sim da estra­ 12P orque o S en h or repreende aquele a quem ama,
nha que lisonjeia com suas palavras; assim com o o pai ao filho a quem quer bem .
l7Q ue deixa o guia da sua m ocidade e se esquece da 13Bem -aventurado o hom em que acha sabedoria, e
aliança do seu Deus; o hom em que adquire conhecim ento;
1 "Porque a sua casa se inclina para a m orte, e as suas 14Porque é m elhor a sua m ercadoria do que artigos
veredas para os m ortos. de prata, e m aior o seu lucro que o ouro m ais fino.

Se clamares por conhecimento tido por eles como subjetivo, mas em especial o conhecimento
(2 . 1- 11 ) de Deus.
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O texto em análise aponta Na seqüência biblica em destaque, mais precisamente no ver­
Í para um contra-senso agnóstico, que declara haver provas
negativas e positivas quanto à existência de Deus, porém, todas
sículo 2, podem ser verificadas as condições para que o conhe­
cimento (de Deus) seja incutido na limitada mente humana. Uma
incondusas. Seguindo este conceito, não crê nem deixa de crer, terceira condição (v. 3) contradita a tese agnóstica, por qualificar
além de. baseado ainda nesta suposta subjetividade de Deus, o conhecimento como dádiva do próprio Deus, que poderá ser
adotar a "ausência de conhecimento" como a melhor forma de li­ “entendido" por aqueles que buscarem do Senhor esta virtude
dar com o desconhecido. E, por adotar esta postura, suscita opo­ (v. 5). Nos versículos 6 a 9, Salomáo mostra que o puro conheci­
sição tanto ao ateísmo quanto ao teismo. mento vem do Senhor (v. 8), e encerra a revelação ao explicar que
O conceito agnóstico aqui definido fala sobre o desprezo quem se compraz com o conhecimento (de Deus) é conservado
de seus adeptos quanto a qualquer forma de conhecimento pela inteligência (v. 11).

606
PROVÉRBIOS 3,4

1’M ais preciosa é do que os rubis, e tu d o o que mais A segurança na sabedoria


possas desejar não se pode com parar a ela. OUVI, filhos, a instrução do pai, e estai atentos
l6Vida longa de dias está na sua m ão direita; e na es­
querda, riquezas e honra.
4 para conhecerdes a prudência.
2Pois dou-vos boa d o u trin a; não deixeis a m inha
17Os seus cam inhos são cam inhos de delícias, e lei.
todas as suas veredas de paz. 3Porque eu era filho ten ro na com panhia de m eu
18£ árvore de vida para os que dela tom am , e são pai, e único diante de m in h a mãe.
bem -aventurados todos os que a retêm . 4E ele m e ensinava e m e dizia: Retenha o teu co­
1* 0 S enhor , c o m s a b e d o ria f u n d o u a te r r a ; c o m e n ­
ração as m inhas palavras; guarda os m eus m an d a­
te n d im e n to p r e p a r o u o s céu s.
m entos, e vive.
2(1Pelo seu conhecim ento se fenderam os abismos,
’A dquire sabedoria, adquire inteligência, e não
e as nuvens destilam o orvalho.
te esqueças nem te apartes das palavras da m inha
2'Filho m eu, não se apartem estas coisas dos teus
boca.
olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o b om siso;
22Porque serão vida para a tu a alm a, e ad o rn o ao 6N ão a abandones e ela te guardará; am a-a, e ela te
teu pescoço. protegerá.
2’Então andarás confiante pelo teu cam inho, e o teu 7A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sa­
pé não tropeçará. bedoria, em prega tu d o o que possuis n a aquisição
24Q uando te deitares, não temerás; ao contrário, o de entendim ento.
teu sono será suave ao te deitares. 8Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te
25N ão tem as o pavor repentino, nem a investida dos honrará.
perversos quando vier. ’D ará à tu a cabeça u m diadem a de graça e um a
26Porque o S en h or será a tu a esperança; guardará coroa de glória te entregará.
os teus pés de serem capturados. l0Ouve, filho m eu, e aceita as m inhas palavras, e se
27N ão deixes de fazer bem a quem o merece, estan­ m ultiplicarão os anos da tu a vida.
do em tuas m ãos a capacidade de fazê-lo. ' 'N o cam inho da sabedoria te ensinei, e p o r vere­
2SN ão digas ao teu próxim o: Vai, e volta am anhã das de retidão te fiz andar.
que to darei, se já o tens contigo. l2Por elas an dando, não se em baraçarão os teus
29N ão m aquines o m al contra o teu próxim o, pois passos; e se correres não tropeçarás.
que habita contigo confiadam ente.
l3Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a,
10N ão contendas com alguém sem causa, se não te
porque ela é a tu a vida.
fez n en h um mal.
' 4N ão entres pela vereda dos ím pios, nem andes no
'' N ão tenhas inveja do hom em violento, nem esco­
cam inho dos maus.
lhas n en h u m dos seus cam inhos.
1’Evita-o; não passes p o r ele; desvia-te dele e passa
"P o rq u e o perverso é abom inável ao S f.n ho r , mas
com os sinceros ele tem intim idade. de largo.
” A m a ld iç ã o d o S en h or h a b it a n a c a sa d o ím p io , ' 6Pois não dorm em , se não fizerem mal, e foge deles
m a s a h a b ita ç ã o d o s ju s to s a b e n ç o a rá . o sono se não fizerem alguém tropeçar.
,4C ertam ente ele escarnecerá dos escarnecedores, 17P orque com em o pão da im piedade, e bebem o
m as dará graça aos mansos. vinho da violência.
3’Os sábios herdarão honra, mas os loucos tom am l8Mas a vereda dos justos é com o a luz da aurora,
sobre si vergonha. que vai brilhando m ais e m ais até ser dia perfeito.

As revelações divinas sáo concedidas em partes? embuste das falsas profecias russelitas e suas doutrinas instá­
(4.18) veis. Além da notoriedade de não provar profecias progressi­
vas, é notável o objetivo de Salomáo em distinguir o “caminho
Testemunhas de Jeová. Usam esta referência para tentar
do salvo e o caminho do iníquo". O versículo 16 enfatiza o inte­
explicar as mazelas proféticas de seus líderes, cujas pre­
resse dos maus, concluindo o versículo 19 que sequer sabem no
dições nào se cumpriram, e justificar suas incontáveis mudan­
que tropeçam. O entendimento das Testemunhas de Jeová so­
ças doutrinárias.
bre a referência em destaque destoa claramente de Tiago 1.17,
__ a RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto dos versículos onde o autor declara que em Deus *não há mudança nem som­
M 14 a18 deixa claro que o texto em análise não sustenta o bra de variação".

607
PROVÉRBIOS 4 ,5 ,6

l90 cam inho dos ím pios é com o a escuridão; nem 12E então digas: C om o odiei a correção! e o m eu co­
sabem em que tropeçam . ração desprezou a repreensão!
20Filho m eu, atenta para as m inhas palavras; às I3E não escutei a voz dos que m e ensinavam , nem
m inhas razões inclina o teu ouvido. aos m eus m estres inclinei o m eu ouvido!
2lN ão as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda- l4No m eio d a congregação e da assem bléia foi que
as no ín tim o do teu coração. eu m e achei em quase to d o o mal.
22P orque são vida para os que as acham , e saúde l5Bebe água da tu a fonte, e das correntes do teu
p ara todo o seu corpo. poço.
23Sobre tu d o o que se deve guardar, guarda o teu co­ l6D erram ar-se-iam as tuas fontes p o r fora, e pelas
ração, p o rque dele procedem as fontes da vida. ruas os ribeiros de águas?
24Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a per­ l7Sejam p a ra ti só, e n ão p ara os estra n h o s c o n ­
versidade dos lábios. tigo.
25Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpe­ l8Seja ben d ito o teu m anancial, e alegra-te com a
bras olhem direto diante de ti. m ulher da tu a m ocidade.
26Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus ca­ '“'C om o cerva am orosa, e gazela graciosa, os seus
m inhos sejam bem ordenados! seios te saciem to d o o tem po; e pelo seu am o r sejas
27N ão declines nem para a direita nem para a es­ atraído perpetuam ente.
querda; retira o teu pé do mal. 20E porque, filho m eu, te deixarias atrair p o r o u tra
m ulher, e te abraçarias ao peito de u m a estranha?
O ;perigo do adultério 2‘Eis que os cam inhos do hom em estão p erante os
FILHO m eu, atende à m inha sabedoria; à m inha olhos do Se n h o r , e ele pesa todas as suas veredas.
5 inteligência inclina o teu ouvido;
2Para que guardes os m eus conselhos e os teus
22Q uanto ao ím pio, as suas iniqüidades o p ren d e­
rão, e com as cordas do seu pecado será detido.
lábios observem o conhecim ento. 21Ele m orrerá, p o rq u e desavisadam ente an d o u , e
3Porque os lábios da m ulher estranha destilam favos pelo excesso da sua loucura se perderá.
de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite.
4Mas o seu fim é am argoso com o o absinto, agudo Promessas perigosas
com o a espada de dois gumes. FILHO m eu, se ficaste p o r fiador do teu co m p a­
5Os seus pés descem para a m orte; os seus passos
estão im pregnados do inferno.
6 nheiro, se deste a tua m ão ao estranho,
2E te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te
6Para que não ponderes os cam inhos da vida, as prendeste nas palavras da tu a boca;
suas andanças são errantes: jam ais os conhecerás. 3Faze pois isto agora, filho m eu, e livra-te, já que
7Agora, pois, filhos, dai-m e ouvidos, e não vos des­ caíste nas m ãos do teu com panheiro: vai, hum ilha-
vieis das palavras da m inha boca. te, e im p o rtu n a o teu com panheiro.
“Longe dela seja o teu cam inho, e não te chegues à 4N ão dês sono aos teus olhos, nem deixes ad o rm e­
p o rta da sua casa; cer as tuas pálpebras.
’Para que não dês a o utrem a tua h onra, e não en­ 5Livra- te, com o a gazela da m ão do caçador, e com o
tregues a cruéis os teus anos de vida; a ave da m ão do passarinheiro.
1 °Para que não farte a estranhos o teu esforço, e todo
o fruto do teu trabalho vá parar em casa alheia; A loucura da indolência
1 ‘E n o fim venhas a gemer, no consum ir-se da tua 6Vai ter com a form iga, ó preguiçoso; olha para os
carne e do teu corpo. seus cam inhos, e sê sábio.

Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço versiculo15 usa uma linguagem figurada em referência à rela­
(5.15) ção sexual dentro do matrimônio, enfatizando que se deve bus­
car o contentamento com a esposa legítima. 0 objetivo do tex­
Urlnoterapla. Os adeptos desta falsa ciência afirmam que
to não é ensinar sobre a questão de se beber a própria urina. Tal
a Bíblia ensina que o indivíduo deve beber a própria urina
para obter mais saúde e enlevo espiritual. interpretação é descabida e extremamente fora, do mínimo que
seja, de senso textual. Jesus Cristo é a nossa única e suficien­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Todo o argumento deste ca­ te água da vida, pela qual devemos saciar a nossa sede espiri­
pitulo gira em torno da lealdade no casamento (v. 18). O tual (Jo4.10,11).

608
PROVÉRBIOS 6,7

7Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem d o ­ 29Assim ficará o que en tra r à m ulher do seu p ró x i­
m inador, mo; não será inocente to d o aquele que a tocar.
8Prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu 30N ão se injuria o ladrão, q u an d o furta para saciar-
m antim ento. se, tendo fome;
9Ó preguiçoso,até quando ficarás deitado? Q uando 3,E se for achado pagará o tan to sete vezes; terá de
te levantarás do teu sono? dar todos os bens da sua casa.
10Um pouco a dorm ir, um pouco a tosquenejar; um 32Assim, o que adultera com um a m ulher é falto de
pouco a repousar de braços cruzados; entendimento; aquele que faz isso destrói a sua alma.
11 Assim sobrevirá a tu a pobreza com o o meliante, e 33Achará castigo e vilipêndio, e o seu o p ró b rio
a tua necessidade com o um hom em arm ado. nunca se apagará.
34Porque os ciúm es enfurecerão o m arido; de m a­
O h o m em m a u neira n en h u m a perdoará no dia da vingança.
,20 hom em m au, o hom em iníquo tem a boca per­ 35N ão aceitará n en h u m resgate, n em se conform a­
vertida. rá por m ais que aum entes os presentes.
13Acena com os olhos, fala com os pés e faz sinais
com os dedos. FILHO m eu, guarda as m inhas palavras, e es­
l4H á no seu coração perversidade, to d o o tem po
m aquina mal; anda sem eando contendas.
7 conde d en tro de ti os m eus m andam entos.
2G uarda os m eus m and am en to s e vive; e a m inha
15Por isso a sua destruição virá repentinam ente; su­ lei, com o a m enina dos teus olhos.
bitam ente será quebrantado, sem que haja cura. 3A ta-os aos teus dedos, escreve-os n a tábua do teu
l6Estas seis coisas o Se n h o r odeia, e a sétim a a sua coração.
alma abom ina: 4Dize à sabedoria: Tu és m in h a irm ã; e à prudência
1701hos altivos, língua m entirosa, m ãos que derra­ cham a de tu a parenta,
m am sangue inocente, 5Para que elas te guardem da m ulher alheia, da es­
1 sO coração que m aquina pensam entos perversos, tranh a que lisonjeia com as suas palavras.
pés que se apressam a correr para o mal,
19A testem unha falsa que profere m entiras, e o que A astúcia da prostituta
semeia contendas entre irm ãos. 6P orque da janela da m in h a casa, o lhando eu p or
m inhas frestas,
G uardar-se do adultério 7Vi entre os sim ples, descobri entre os m oços, um
20Filho m eu, guarda o m andam ento de teu pai, e m oço falto de juízo,
não deixes a lei da tua mãe; sQ ue passava pela rua ju n to à sua esquina, e seguia
21Ata-os p erpetuam ente ao teu coração, e pendu- o cam inho da sua casa;
ra-os ao teu pescoço. 9No crepúsculo, à tarde do dia, n a tenebrosa noite
22Q uando cam inhares, te guiará; quando te deita­ e na escuridão.
res, te guardará; quando acordares, falará contigo. I0E eis que u m a m u lh er lhe saiu ao encontro com
23Porque o m andam ento é lâm pada, e a lei é luz; e as enfeites de prostituta, e astúcia de coração.
repreensões da correção são o cam inho da vida, 1 'Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em
24Para te guardarem da m ulher vil, e das lisonjas da sua casa os seus pés.
estranha. l2Foi para fora, depois pelas ruas, e ia espreitando
25N ão cobices no teu coração a sua form osura, nem p o r todos os cantos;
te prendas aos seus olhos. l3E chegou-se para ele e o beijou. C om face im p u ­
26Porque p o r causa du m a prostituta se chega a dente lhe disse:
pedir u m bocado de pão; e a adúltera anda à caça da l4Sacrifícios pacíficos tenho com igo; hoje paguei
alm a preciosa. os m eus votos.
27Porventura tom ará alguém fogo no seu seio, sem l5Por isto saí ao teu en co n tro a buscar diligente­
que suas vestes se queimem ? m ente a tu a face, e te achei.
280 u andará alguém sobre brasas, sem que se quei­ 16Já cobri a m in h a cam a com cobertas de tapeçaria,
m em os seus pés? com obras lavradas, com linho fino do Egito.

609
PROVÉRBIOS 7 ,8

''Já perfum ei o m eu leito com m irra, aloés e 7P orque a m inha boca p roferirá a verdade, e os
canela. m eus lábios abom inam a im piedade.
1 sVem, saciem o-nos de am ores até à m anhã; alegre­ sSão justas todas as palavras da m in h a boca: não há
m o -n o s com amores. nelas nenhum a coisa to rtu o sa nem pervertida.
19Porque o m arido não está em casa; foi fazer um a ■Todas elas são retas para aquele que as entende
longa viagem; bem , e justas p ara os que acham o conhecim ento.
2"Levou na suam ão um saquitel de dinheiro; volta­ '“Aceitai a m inha correção, e não a prata; e o conhe­
rá para casa só no dia marcado. cim ento, m ais do qu e o o u ro fino escolhido.
2'Assim, o seduziu com palavras m uito suaves e o ' 1Porque m elhor é a sabedoria do que os rubis; e tudo
persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. o que mais se deseja não se pode com parar com ela.
22E ele logo a segue, com o o boi que vai para o m a­ l2Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o
tad o u ro , e com o vai o insensato para o castigo das conhecim ento dos conselhos.
prisões; I30 t e m o r d o S enhor é o d i a r o m a l; a s o b e r b a e a
23Até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou com o a rro g â n c ia , o m a u c a m i n h o e a b o c a p e rv e rs a , e u
a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está o d e io .
arm ado contra a sua vida. 14M eu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou
24Agora pois, filhos, dai-m e ouvidos, e estai atentos o entendim ento; m in h a é a fortaleza.
às palavras da m inha boca. ' 5Por m im reinam os reis e os príncipes decretam
2,N ão se desvie para os cam inhos dela o teu cora­ justiça.
ção, e não te deixes perder nas suas veredas. l6Por m im governam príncipes e nobres;i/m , todos
26Porque a m uitos feridos derrubou; e são m uitíssi­ os juizes da terra.
m os os que po r causa dela foram m ortos. ' TEu am o aos que m e am am , e os que cedo m e b u s­
27A sua casa é cam inho do inferno que desce para carem , m e acharão.
as câm aras da m orte. ,8Riquezas e h o n ra estão com igo; assim com o os
bens duráveis e a justiça.
A excelência da sabedoria '’M elhor é o m eu fruto do que o ouro, do que o
NÃO clam a p orventura a sabedoria, e a inteli­ ouro refinado, e os m eus ganhos mais do que a prata
8 gência não faz ouvir a sua voz?
2No cum e das alturas, ju n to ao cam inho, nas en ­
escolhida.
2üFaço andar pelo cam inho da justiça, no m eio das
cruzilhadas das veredas se posta. veredas do juízo.
3Do lado das portas da cidade, à entrada da cidade, 2'Para que faça herdar bens perm anentes aos que
e à en trada das portas está gritando: m e am am , e eu encha os seus tesouros.
4 A vós, ó hom ens, clamo; e a m inha voz se dirige aos 220 S enhor m e p o s s u iu n o p rin c íp io d e se u s c a m i­
filhos dos hom ens. n h o s , d e s d e e n tã o , e a n te s d e su a s o b ra s .
’Entendei, ó simples, a prudência; e vós, insensatos, 23Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio,
entendei de coração. antes do com eço da terra.
6O uvi, porque falarei coisas excelentes; os m eus 24Q uan d o ainda não havia abismos, fui gerada,
lábios se abrirão para a eqüidade. quando ainda não havia fontes carregadas de águas.

O S e n h o r me possuiu O primeiro capítulo deste livro personifica a sabedoria, já


( 8 . 22 ) o capítulo oito, a prudência. Além disso, seus capítulos Ini­
ciais personificam a sabedoria como uma mulher que chora
Testemunhas de Jeová. Afirmam que, nestes versículos, a
fora nas ruas (1.20,21). É digno de nota que nenhum escri­
pessoa indicada como “sabedoria" é Jesus — que por ser
tor do Novo Testamento aplicou o capítulo oito a Jesus Cris­
muito especial, criado antes de todas as demais criaturas, desfru­
to. Deve-se entender que a sabedoria é tão eterna quanto o
ta de uma comunháo ímpar com Jeová.
próprio Deus, que é a fonte de toda a sabedoria. Neste sen­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta passagem tem sido tido, ela não foi criada, mas serviu como instrumento divino
*= alvo daqueles que advogam e refutam a deidade de Cristo. para realizar a criação.
Uma visão mais atenta do contexto e da natureza poética deste li­ Alguns comentaristas têm visto um paralelo entre Jesus e a sa­
vro comprova que não há referência a qualquer pessoa. A litera­ bedoria (1Co 1.24; Cl 2.3). Mesmo neste caso, a passagem pode
tura poética freqüentemente fala de uma idéia abstrata como se se referir a Jesus no sentido comum. Uma vez que a sabedoria é
fosse uma pessoa. A personificação é um recurso comum na lite­ tão eterna quanto Deus, não podemos entender que fora criada,
ratura de sabedoria hebraica. embora sua manifestação seja evidenciada na criação. E é exata-

610
PROVÉRBIOS 8 ,9 ,1 0

25Antes que os m ontes se houvessem assentado, 9D á in stru ção ao sábio, e ele se fará m ais sábio;
antes dos outeiros, eu fui gerada. ensina o ju sto e ele au m en ta rá em entendim ento.
26A inda ele não tinha feito a terra, nem os cam pos, luO tem or do S e n h o r é o princípio da sabedoria, e
nem o princípio do pó do m undo. o conhecim ento do Santo a prudência.
27Q uan d o ele preparava os céus, aí estava eu, "P o rq u e p o r m eu in term éd io se m ultiplicam os
quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; teus dias, e anos de vida se te aum entarão.
28Q uando firmava as nuvens acima, qu an d o forti­ 12Se fores sábio, p ara ti serás sábio; e, se fores escar­
ficava as fontes do abismo, necedor, só tu o suportarás.
29Q u an do fixava ao m ar o seu term o, para que as
águas não traspassassem o seu m ando, quando com ­ O ca m in h o do tolo
p unha os fundam entos da terra. 13A m ulher louca é alvoroçadora; é simples e nada
30Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era sabe.
cada dia as suas delícias, alegrando-m e p erante ele l4Assenta-se à p o rta da sua casa nu m a cadeira, nas
em todo o tem po; alturas da cidade,
3'R egozijando-m e no seu m u n d o habitável e en- l5E põe-se a cham ar aos que vão pelo cam inho, e
chendo-m e de prazer com os filhos dos hom ens. que passam reto pelas veredas, dizendo:
32Agora, pois, filhos, ouvi-m e, porque bem -aventu­ l6Q uem é simples, volte-se para cá. E aos faltos de
rados serão os que guardarem os m eus caminhos. entendim ento ela diz:
3JOuvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis. 17As águas roubadas são doces, e o pão tom ad o às
34B em -aventurado o h om em que m e dá ouvidos, escondidas é agradável.
velando às m inhas portas cada dia, esperando às l8Mas não sabem que ali estão os m ortos; os seus
om breiras da m inha entrada. convidados estão nas profundezas do inferno.
35Porque o que m e achar, achará a vida, e alcança­
rá o favor do S enhor . PROVÉRBIOS de Salom ão: O filho sábio
,6M as o que pecar contra m im violentará a sua p ró ­ alegra a seu pai, m as o filho insensato é a
pria alma; todos os que m e odeiam am am a m orte. tristeza de sua mãe.
2Os tesouros da im piedade de nada aproveitam ;
O ca m in h o da sabedoria mas a justiça livra da m orte.
A SABEDORIA já edificou a sua casa, já lavrou 30 Se n h o r não deixa o justo passar fome, m as re­
9 as suas sete colunas.
2Já abateu os seus anim ais e m isturou o seu vinho,
chaça a aspiração dos perversos.
40 que trabalha com m ão displicente em pobrece,
e já p reparou a sua mesa. mas a m ão dos diligentes enriquece.
3Já ord enou às suas criadas, e está convidando ’O que ajunta no verão é filho ajuizado, m as o que
desde as alturas da cidade, dizendo: dorm e na sega é filho que envergonha.
4Q uem é sim ples, volte-se para cá. Aos faltos de 6Bênçãos h á sobre a cabeça do justo, m as a violên­
senso diz: cia cobre a boca dos perversos.
sVinde, com ei do m eu pão, e bebei do vinho que 7 A m em ória do justo é abençoada, m as o nom e dos
tenho m isturado. perversos apodrecerá.
6Deixai os insensatos e vivei; e andai pelo cam inho 80 sábio de coração aceita os m andam entos, m as o
do entendim ento. insensato de lábios ficará transtornado.
70 que repreende o escarnecedor, tom a afronta para 9Q uem anda em sinceridade, an d a seguro; m as o
si; e o que censura o ím pio recebe a sua mancha. que perverte os seus cam inhos ficará conhecido.
BN ão repreendas o escarnecedor, para que não te ihO que acena com os olhos causa dores, e o tolo de
odeie; repreende o sábio, e ele te am ará. lábios ficará transtornado.

mente isso que a palavra hebraica quer dizer aqui. A sabedoria foi no texto grego da Septuaginta (que usa a expressão “O Senhor
manifestada por meio de sua funçào na criação (Cf. 3.19). me criou”), concluiu que Jesus era uma criatura, negando a dou­
O capítulo em análise originou uma polêmica por volta do ano trina biblica da Trindade. Na Biblia hebraica, porém, a palavra não
320 a.D., quando Ário, de Alexandria, examinando o versiculo 22 significa “criou", mas “possuiu".

611
PROVÉRBIOS 10,11

1 'A boca do justo é fonte de vida, m as a violência 3 A sinceridade dos íntegros os guiará, m as a perver­
cobre a boca dos perversos. sidade dos aleivosos os destruirá.
u O ó dio excita contendas, m as o am or cobre todos 4De nada aproveitam as riquezas n o dia d a ira, mas
os pecados. a justiça livra da m orte.
1 ’N os lábios do entendido se acha a sabedoria, mas 5 A justiça do sincero endireitará o seu cam inho,
a vara é para as costas do falto de entendim ento. m as o perverso pela sua falsidade cairá.
14O s s á b io s e n te s o u r a m a s a b e d o ria ; m a s a b o c a d o 6A justiça dos virtuosos os livrará, m as na sua per­
t o lo o a p r o x im a d a r u ín a . versidade serão apanhados os iníquos.
■'O s b e n s d o r ic o sã o a s u a c id a d e f o r te , a p o b re z a 7M orrendo o hom em perverso perece sua esperan­
d o s p o b r e s a s u a r u ín a . ça, e acaba-se a expectação de riquezas.
I6A o bra d o justo conduz à vida, o fruto do perver­ kO justo é libertado da angústia, e vem o ím pio para
so, ao pecado. o seu lugar.
170 cam inho para a vida é daquele que guarda a ins­ 90 hipócrita com aboca destrói o seu próxim o, m as
trução, m as o que deixa a repreensão com ete erro. os justos se libertam pelo conhecim ento.
1 sO q u e e n c o b r e o ó d io te m lá b io s fa lso s, e o q u e d i ­ 1 üNo bem dos justos exulta a cidade; e perecendo os
v u lg a m á fa m a é u m in s e n s a to . ím pios, há júbilo.
' ‘'Na m ultidão de palavras não falta pecado, m as o "P ela bênção dos h o m en s de b em a cidade se
que m odera os seus lábios é sábio. exalta, mas pela boca dos perversos é derrubada.
20Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos I20 que despreza o seu próxim o carece de en ­
perversos é de nen h u m valor. tendim ento, m as o h o m em entendido se m an tém
21Os lábios do justo apascentam a m uitos, m as os calado.
tolos m orrem po r falta de entendim ento. 1 sO m exeriqueiro revela o segredo, m as o fiel de es­
22A b ê n ç ã o d o S enhor é q u e e n riq u e c e ; e n ã o tr a z pírito o m antém em oculto.
c o n sig o d o re s. 14N ão havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na
2,Para o tolo, o com eter desordem é divertim ento; m ultidão de conselhos há segurança.
mas para o hom em entendido é o ter sabedoria. ‘’Decerto sofrerá severam ente aquele que fica p o r
24Aquilo que o perverso tem e sobrevirá a ele, m as o fiador do estranho, m as o que evita a fiança estará
desejo dos justos será concedido. seguro.
25C om o passa a tem pestade, assim desaparece o 16A m ulher graciosa guarda a h o n ra com o os vio­
perverso, m as o justo tem fundam ento perpétuo. lentos guardam as riquezas.
26C om o vinagre para os dentes, com o fum aça para 170 hom em b o m cuida bem de si m esm o, m as o
os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o cruel prejudica o seu corpo.
m andam . 1 sO ím pio faz o bra falsa, mas p ara o que semeia ju s­
270 t e m o r d o S enhor a u m e n t a o s d ia s , m a s o s p e r ­ tiça haverá galardão fiel.
v e rso s te r ã o o s a n o s d a v id a a b re v ia d o s . |gC om o a justiça encam inha para a vida, assim o
28A esperança dos justos é alegria, m as a expectação que segue o mal vai para a sua m orte.
dos perversos perecerá. 20A bom inação ao S enhor são os perversos de cora­
290 c a m in h o d o S en h or é fo rta le z a p a r a o s re to s , ção, m as os de cam inho sincero são o seu deleite.
m a s r u í n a p a r a o s q u e p r a tic a m a in iq ü id a d e . 21 A inda que ju n te as m ãos, o m au não ficará im ­
suO justo nunca jam ais será abalado, m as os perver­ pune, m as a sem ente dos justos será liberada.
sos não habitarão a terra. 22C om o jóia de ouro no focinho de um a porca,
31A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da assim é a m u lh er form osa que não tem discrição.
perversidade será cortada. 2,0 desejo dos justos é tão som ente para o bem , mas
,2Os lábiosdo justo sabem o que agrada, m as a boca a esperança dos ím pios é criar contrariedades.
dos perversos, só perversidades. 24Ao que distribui m ais se lhe acrescenta, e ao que
retém m ais do que é justo, é p ara a sua perda.
1 BALANÇA enganosa é abom inação para o 25A alm a generosa prosperará e aquele que atende
1 J . S enhor , m as o peso justo é o seu prazer.
2Em v indo a soberba, virá tam bém a afronta; mas
tam bém será atendido.
26Ao que retém o trigo o povo am aldiçoa, mas
com os hum ildes está a sabedoria. bênção haverá sobre a cabeça do que o vende.

612
PROVÉRBIOS 11,12,13

270 que cedo busca o bem , busca favor, m as o que 20No coração dos que m aq u in am o m al há engano,
p rocura o mal, esse lhe sobrevirá. m as os que aconselham a paz têm alegria.
28Aquele que confia nas suas riquezas cairá, m as os 2 ‘N enhum agravo sobrevirá ao justo, mas os ímpios
justos reverdecerão com o a folhagem. ficam cheios de problem as.
290 que p ertu rb a a sua casa herdará o vento, e o tolo 220 s lábios m entirosos são abom ináveis ao S enhor ,
será servo do sábio de coração. m as os que agem fielm ente são o seu deleite.
30O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha 2iO ho m em p ru d en te encobre o conhecim ento,
almas é sábio. m as o coração dos tolos proclam a a estultícia.
31Eis que o justo recebe na terra a retribuição; 24A m ão dos diligentes dom inará, m as os negligen­
quanto m ais o ím pio e o pecador! tes serão tributários.
2,A ansiedade no coração deixa o hom em abatido,
O QUE am a a instrução am a o conhecim en­ m as u m a boa palavra o alegra.
to, mas o que odeia a repreensão é estúpido. 2óO justo é m ais excelente do que o seu próxim o,
20 h o m e m d e b e m a lc a n ç a rá o fa v o r d o S enhor , m a s m as o cam inho dos ím pios faz errar.
a o h o m e m d e in te n ç õ e s p e rv e rsa s ele c o n d e n a rá . 270 preguiçoso deixa d e assar a sua caça, m as ser di­
30 hom em não se estabelecerá pela im piedade, mas ligente é o precioso bem do hom em .
a raiz dos justos não será rem ovida. 28N a vereda da justiça está a vida, e n o cam inho da
4 A m u lher virtuosa é a coroa do seu m arido, m as a sua carreira não há m orte.
que o envergonha é com o podridão nos seus ossos.
5Os pensam entos dos justos são retos, m as os con­ "I O O FILH O sábio aten d e à in stru ç ão do
selhos dos ím pios, engano. A pai; m as o esca rn e ced o r não ouve a re ­
6As palavras dos ím pios são ciladas para derram ar preensão.
sangue, m as a boca dos retos os livrará. 2Do fruto d a boca cada u m com erá o bem , m as a
7Os ím pios serão transtornados e não subsistirão, alm a dos prevaricadores com erá a violência.
m as a casa dos justos perm anecerá. 30 que guarda a sua boca conserva a sua alma, m as
8Cada qual será louvado segundo o seu en ten d i­ o que abre m u ito os seus lábios se destrói.
m ento, m as o perverso de coração estará em des­ 4A alm a do preguiçoso deseja, e coisa nenh u m a al­
prezo. cança, m as a alm a dos diligentes se farta.
’M elhor é o que se estim a em pouco, e tem servos, 50 justo odeia a palavra de m entira, m as o ím pio faz
do que o que se vangloria e tem falta de pão. vergonha e se confunde.
I()0 justo tem consideração pela vida dos seus an i­ 6 A justiça guarda ao que é de cam inho certo, m as a
mais, m as as afeições dos ím pios são cruéis. im piedade tran sto rn ará o pecador.
110 que lavra a sua terra se fartará de pão; m as o que 7H á alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa
segue os ociosos é falto de juízo. nenhu m a, e ou tro s qu e se fazem de pobres e têm
I20 ím pio deseja a rede dos m aus, m as a raiz dos m uitasriquezas.
justos produz o seu fruto. 80 resgate da vida de cada u m são as suas riquezas,
130 ím pio se enlaça na transgressão dos lábios, m as m as o p obre não ouve ameaças.
o justo sairá da angústia. 9A luz dos justos alegra, m as a candeia dos ím pios
14Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra se apagará.
das suas m ãos o hom em receberá a recom pensa. l0D a soberba só provém a contenda, m as com os
150 cam inho do insensato é reto aos seus próprios que se aconselham se acha a sabedoria.
olhos, m as o que dá ouvidos ao conselho é sábio. “ A riqueza de procedência vã d im inuirá, m as
16A ira do insensato se conhece no m esm o dia, mas quem a ajunta com o p ró p rio trab alh o a au m en ­
o pru d en te encobre a afronta. tará.
170 que diz a verdade m anifesta a justiça, mas a falsa I2A esperança adiada desfalece o coração, m as o
testem unha diz engano. desejo atendido é árvore de vida.
18H á alguns que falam com o que espada p en etran ­ 130 que despreza a palavra perecerá, m as o que
te, mas a língua dos sábios é saúde. tem e o m an d am en to será galardoado.
190 lábio da verdade perm anece para sem pre, m as a I4A d o u trin a do sábio é u m a fonte de vida para se
lingua da falsidade, dura por u m só m om ento. desviar dos laços da m orte.

613
PROVÉRBIOS 13,14

lsO b o m entendim ento favorece, m as o cam inho 9O s insensatos zom bam do pecado, m as entre os
dos prevaricadores é áspero. retos há benevolência.
16Todo p ru d en te procede com conhecim ento, mas l0O co ração co n h eceasu ap ró p riaam arg u ra,eo es-
o insensato espraia a sua loucura. tran h o não participará no ín tim o d a sua alegria.
I70 que prega a m aldade cai n o mal, mas o em bai­ 11A casa dos ím pios se desfará, m as a tenda dos retos
xador fiel é saúde. florescerá.
l8Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, '-H á u m cam in h o que ao h o m em parece direito,
m as o que guarda a repreensão será honrado. m as o fim dele são os cam inhos da m orte.
190 desejo que se alcança deleita a alma, m as apar- 13 Até no riso o coração sente d o r e o fim d a alegria
tar-se do m al é abom inável para os insensatos. é tristeza.
2H0 qu e anda com os sábios ficará sábio, m as o com ­ I40 que n o seu coração com ete deslize, se enfada
panheiro dos tolos será destruído. dos seus cam inhos, m as o hom em bom fica satisfei­
2lO m al perseguirá os pecadores, m as os justos to com o seu proceder.
serão galardoados com o bem . 150 sim ples d á crédito a cada palavra, m as o p ru ­
220 hom em de bem deixa um a herança aos filhos dente atenta para os seus passos.
de seus filhos, m as a riqueza do pecador é deposita­ I60 sábio tem e, e desvia-se do mal, m as o tolo se en ­
da para o justo. coleriza, e dá-se p o r seguro.
230 pobre, do sulco da terra, tira m antim ento em 170 que se indigna à toa fará doidices, e o h om em
abundância; m as há os que se consom em p o r falta de m aus intentos será odiado.
de juízo. 18Os sim ples herdarão a estultícia, m as os p ru d e n ­
240 que não faz uso da vara odeia seu filho, m as o tes serão coroados de conhecim ento.
que o am a, desde cedo o castiga. 19Os m aus inclinam -se diante dos bons, e os ím pios
250 ju s to c o m e a té fic a r sa tis fe ito , m a s o v e n tr e d o s diante das p o rtas dos justos.
ím p io s p a s s a rá n e c e ssid a d e . 2<>0 pobre é odiado até pelo seu próxim o, porém os
am igos dos ricos são m uitos.
TODA m ulher sábiaedifica a sua casa; m as a 210 que despreza ao seu próxim o peca, m as o que se
M tola a derruba com as próprias mãos.
20 q u e a n d a n a r e tid ã o te m e a o S enhor , m a s o q u e
com padece dos hum ildes é bem -aventurado.
22P orventura não erram os que praticam o mal?
se d e s v ia d e se u s c a m in h o s o d e sp re z a . m as beneficência e fidelidade haverá para os que
3Na boca do tolo está a punição da soberba, m as os praticam o bem .
sábios se conservam pelos próprios lábios. 23Em todo trab alh o há proveito, m as ficar só em p a­
4N ão havendo bois o estábulo fica lim po, m as pela lavras leva à pobreza.
força do boi há abundância de colheita. 24A coroa dos sábios é a sua riqueza, a estultícia dos
5 A verdadeira testem unha não m entirá, m as a tes­ tolos é só estultícia.
tem u n h a falsa se desboca em m entiras. 25A testem unha verdadeira livra as alm as, m as o
60 escarnecedor busca sabedoria e não acha n e­ que se desboca em m entiras é enganador.
n h u m a, para o prudente, porém , o conhecim en­ 26N o tem or do Se n h o r h á firm e confiança e ele será
to é fácil. um refúgio para seus filhos.
7D esvia-te do hom em insensato, p orque nele não 2:0 tem o r do S enhor é fonte de vida, para desviar
acharás lábios de conhecim ento. dos laços da m orte.
8 A sabedoria d o p ru d en te é entender o seu cam i­ 2íiNa m ultidão do povo está a glória do rei, mas na
nho, m as a estultícia dos insensatos é engano. falta de povo a ru ín a do príncipe.

Caminhos da morte boas. Pelo contrário, disse que há duas portas e dois caminhos
(14.12) que levam a fins opostos (Mt 7.13,14). Muitas coisas feitas em
nome da religião náo são aprovadas por Deus: prostituição sagra­
Bp, Universalismo. Muitas pessoas dizem que todas as reli-
da. poligamia, invocações de mortos, idolatria, feitiçarias, proibi­
rsro. giões sáo boas, e que náo faz diferença pertencer a qual­
ções de vacinas, transplantes de órgãos e transfusão de sangue,
quer uma delas.
além de sacrifícios de crianças a demônios, que ocasionam mor­
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus, quando esteve entre tes em nome de Deus (Jo 16.1,2; 1Co 10.19,20; Ap 21.8). Todos
•=• os homens na terra, não disse que todas as religiões são esses caminhos conduzem à morte.

614
PROVÉRBIOS 14,15,16

290 longânim o é grande em entendim ento, m as o I80 hom em iracundo suscita contendas,m aso lo n ­
que é de espírito im paciente m ostra a sua loucura. gânim o apaziguará a luta.
,0O sentim ento sadio é vida para o corpo, m as a I90 cam inho do preguiçoso é cercado de espinhos,
inveja é podridão para os ossos. mas a vereda dos retos é bem aplanada.
310 que oprim e o pobre insulta àquele que o criou, 20O filho sábio alegra seu pai, m as o ho m em insen­
mas o que se com padece do necessitado o honra. sato despreza a sua mãe.
32Pela sua própria malícia é lançado fora operverso, 21A estultícia é alegria para o que carece de en ten d i­
mas o justo até na m orte se m antém confiante. m ento, mas o hom em entendido anda retam ente.
33No coração do p ru d en te a sabedoria perm an e­ 22Q uando não há conselhos os planos se dispersam ,
ce, m as o que está n o interio r dos tolos se faz co­ mas havendo m uitos conselheiros eles se firm am .
nhecido. 230 hom em se alegra em responder bem , e quão
34A justiça exalta os povos, m as o pecado é a vergo­ boa é a palavra dita a seu tempo!
nha das nações. 24Para o entendido, o cam inho da vida leva para
,50 rei se alegra no servo prudente, m as sobre o que cim a, para que se desvie do inferno em baixo.
o envergonha cairá o seu furor. 250 S enhor desarraiga a casa dos soberbos, m as es­
tabelece o term o da viúva.
A RESPOSTA b randa desvia o furor, mas a 26Abomináveis são p ara o Sen h or os pensam entos
palavra du ra suscita a ira. do m au, mas as palavras dos puros são aprazíveis.
2A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca 270 que agir com avareza p ertu rb a a sua casa, m as
dos tolos derram a a estultícia. o que odeia presentes viverá.
'O s olhos do S enhor estão em todo lugar, contem ­ 2sO coração do justo m edita no qu e h á de respon­
plando os m aus e os bons. der, m as a boca dos ím pios jo rra coisas más.
4A língua benigna é árvore de vida, m as a perversi­ wO S en h or está longe dos ím pios, m as a oração dos
dade nela deprim e o espírito. justos escutará.
50 tolo despreza a instrução de seu pai, m as o que 30A luz dos olhos alegra o coração, a boa notícia for­
observa a repreensão se haverá prudentem ente. talece os ossos.
6Na casa do justo há um grande tesouro, mas nos 31 Os ouvidos que atendem à repreensão da vida
ganhos do ím pio há perturbação. farão a sua m o rad a no m eio dos sábios.
7Os lábios dos sábios d erram am o conhecim ento, 320 que rejeita a instrução m enospreza a p ró p ria
m as o coração dos tolos não faz assim. alma, m as o que escuta a repreensão adquire en ten ­
sO sacrifício dos ím pios é abom inável ao S enhor , dim ento.
m as a oração dos retos é o seu contentam ento. 330 tem or do S enhor é a instrução da sabedoria, e
90 cam inho do ím pio é abom inável ao S enhor , mas precedendo a h o n ra vai a hum ildade.
ao que segue a justiça ele ama.
l0Correção severa há para o que deixa a vereda, e o D O ho m em são as preparações do coração,
que odeia a repreensão m orrerá. m as do S enhor a resposta da língua.
" O in f e r n o e a p e r d iç ã o e s tã o p e r a n t e o S en h o r ; 2Todos os cam inhos do ho m em são pu ro s aos seus
q u a n to m a is o s c o ra ç õ e s d o s filh o s d o s h o m e n s ? olhos, m as o S en h or pesa o espírito.
120 escarnecedor não am a aquele que o repreende, ’Confia ao S en h or as tuas obras, e teus pensam en­
nem se chegará aos sábios. tos serão estabelecidos.
130 coração alegre aform oseia o rosto, m as pela dor 40 S en h or fez todas as coisas p ara atender aos seus
do coração o espírito se abate. próprio s desígnios, até o ím pio para o dia do mal.
I40 coração entendido buscará o conhecim ento, ’A bom inação é ao Sen h or todo o altivo de coração;
mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia. não ficará im p u n e m esm o de m ãos postas.
15Todos os dias do oprim ido são m aus, m as o cora­ 6PeIa m isericórdia e verdade a iniqüidade é p erd o ­
ção alegre é um banquete contínuo. ada, e pelo tem o r do S enhor os hom ens se desviam
16M elhor é o pouco com o tem or do S enhor , do que do pecado.
um grande tesouro onde há inquietação. 7Sendo os cam inhos do hom em agradáveis ao
l7M elhor é a com ida de hortaliça, onde há am or, do Senhor , até a seus inim igos faz que tenham paz com
que o b o i cevado, e com ele o ódio. ele.

615
PROVÉRBIOS 16,17

8M elhor é o pouco com justiça, do que a abu n d ân ­ 32M elhor é o que tarda em irar-se do que o p o d ero ­
cia de bens com injustiça. so, e o que controla o seu ânim o do que aquele que
90 c o ra ç ã o d o h o m e m p la n e ja o s e u c a m in h o , m a s tom a um a cidade.
o S en h or lh e d irig e o s p a sso s. 33A sorte se lança n o regaço, m as do S en h or proce­
l0Nos lábios do rei se acha a sentença divina; a sua de toda a determ inação.
boca não transgride quando julga.
110 p e so e a b a la n ç a ju s to s sã o d o Se n h o r ; o b r a su a 1 É M ELH OR um bocado seco, e com ele a
s ã o o s p e so s d a b o lsa . í / tranqüilidade, do que a casa cheia de igua­
12A bom inação é aos reis praticarem im piedade, rias e com desavença.
p orque com justiça é que se estabelece o trono. 20 servo p ru d en te d om inará sobre o filho que faz
13O s lá b io s d e ju s tiç a sã o o c o n te n t a m e n t o d o s reis; envergonhar; e repartirá a herança entre os irm ãos.
e les a m a r ã o o q u e fa la c o isas re ta s. ’O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas
140 f u r o r d o re i é m e n s a g e iro d a m o r te , m a s o o S enhor é quem prova os corações.
h o m e m s á b io o a p a z ig u a rá . 40 ím pio atenta p ara o lábio iníquo, o m entiroso
15No sem blante ilum inado do rei está a vida, e a sua inclina os ouvidos à língua maligna.
benevolência é com o a nuvem da chuva serôdia. ?0 que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o
16Q uão m elhor é ad q u irir a sabedoria do que o que se alegra da calam idade não ficará im pune.
ouro! e quão m ais excelente é adquirir a prudência 6A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória
do que a prata! dos filhos são seus pais.
17O s retos fazem o seu cam inho desviar-se do mal; o 7N ão convém ao tolo a fala excelente; q u anto
que guarda o seu cam inho preserva a sua alma. m enos ao príncipe, o lábio m entiroso.
18A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito sO presente é, aos olhos dos que o recebem , com o
precede a queda. pedra preciosa; p ara onde q uer que se volte servi­
l9M elhor é ser hum ilde de espírito com os m ansos, rá de proveito.
do que repartir o despojo com os soberbos. ’Aquele que encobre a transgressão busca a amizade,
2üO q u e a te n ta p ru d e n te m e n te p a ra o a ssu n to a ch a rá o mas o que revolve o assunto separa os maiores amigos.
b e m , e o q u e confia n o S e n h o r será b e m -a v e n tu ra d o . I0A repreensão p en etra m ais p ro fu n d am en te no
2'O s á b io d e c o ra ç ã o s e rá c h a m a d o p r u d e n te , e a p ru d en te do que cem açoites no tolo.
d o ç u r a d o s lá b io s a u m e n ta r á o e n s in o . "N a verdadeo rebelde não busca senão o mal; afinal,
220 e n te n d i m e n to p a r a a q u e le s q u e o p o s s u e m , é um mensageiro cruel será enviado contra ele.
u m a fo n te d e v id a , m a s a in s tr u ç ã o d o s to lo s é a s u a l2E ncontre-se o hom em com a ursa roubada dos
e stu ltíc ia . filhos, m as não com o louco n a sua estultícia.
2 ,0 coração do sábio instrui a sua boca, e aum enta ' ’Q u an to àquele que paga o bem com o mal, não se
o ensino dos seus lábios. apartará o mal da sua casa.
24As palavras suaves são favos de mel, doces para a l4C om o o soltar das águas é o início da contenda,
alma, e saúde para os ossos. assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão.
25H á um cam inho que parece direito ao hom em , 150 que justifica o ím pio, e o que condena o justo,
m as o seu fim são os cam inhos da m orte. tanto um com o o outro são abomináveis ao S enhor .
260 trabalhador trabalha para si m esm o, porque a 16D e que serviria o preço na m ão do tolo para com ­
sua boca o incita. p rar sabedoria, visto que não tem entendim ento?
270 h o m em ím pio cava o mal, e nos seus lábios há 17E m todo o tem p o am a o am igo e p ara a h o ra da
com o que u m a fogueira. angústia nasce o irm ão.
280 h o m e m p e rv e rs o in s tig a a c o n te n d a , e o i n t r i ­ lsO h o m em falto de e n ten d im en to com prom ete-
g a n te s e p a ra o s m a io re s a m ig o s. se, ficando p o r fiador na presença do seu amigo.
290 hom em violento coage o seu próxim o, e o faz I90 que am a a transgressão am a a contenda; o que
deslizar p o r cam inhos nada bons. exalta a sua p o rta busca a ruína.
30O que fecha os olhos para im aginar coisas ruins, 2Ü0 perverso de coração jam ais achará o bem ; e o
ao cerrar os lábios pratica o mal. que tem a língua dobre vem a cair no mal.
3'C o ro a de h o n ra são as cãs, q u an d o elas estão no 2' O que gera um tolo para a sua tristeza o faz; e o pai
cam in h o da justiça. do insensato não tem alegria.

616
PROVÉRBIOS 17,18,19

220 coração alegre é com o o b om rem édio, m as o I70 que pleiteia p o r algo, a princípio parece justo,
espírito abatido seca até os ossos. porém vem o seu próxim o e o examina.
2,0 ím pio tom a presentes em secreto para perver­ I8A sorte faz cessar os pleitos, e faz separação entre
ter as veredas da justiça. os poderosos.
24No rosto do entendido se vê a sabedoria, m as os |l,0 irm ão ofendido é m ais difícil de conquistar do
olhos do tolo vagam pelas extrem idades da terra. que um a cidade forte; e as contendas são com o os
250 filho insensato é tristeza para seu pai, e am ar­ ferrolhos de um palácio.
gura para aquela que o deu à luz. 20Do fruto da boca de cada um se fartará o seu
2'’Tam bém não é bom p u n ir o justo, nem ta m p o u ­ ventre; dos renovos dos seus lábios ficará satisfeito.
co ferir aos príncipes por eqüidade. 2' A m orte e a vida estão no p oder da língua; e aquele
270 que possui o conhecim ento guarda as suas pa­ que a am a com erá do seu fruto.
lavras, e o hom em de entendim ento é de precio­ 22Aquele que encontra um a esposa, acha o bem , e
so espírito. alcança a benevolência do S enhor .
28Até o tolo, quando se cala, é reputado po r sábio; e 230 pobre fala com rogos, m as o rico responde com
o que cerra os seus lábios é tido po r entendido. dureza.
240 h o m em de m uitos am igos deve m ostrar-se
BUSCA satisfazer seu p róprio desejo aquele amigável, m as há um am igo m ais chegado do que
que se isola; ele se insurge co n tra toda sa­
um irm ão.
bedoria.
20 tolo não tem prazer na sabedoria, m as só em que
M ELHOR é o p obre que an d a n a sua inte­
se manifeste aquilo que agrada o seu coração.
gridade do que o perverso de lábios e tolo.
’Vindo o ím pio, vem tam bém o desprezo, e com a
2Assim com o não é b o m ficar a alm a sem conheci­
ignom ínia a vergonha.
m ento, peca aquele que se apressa com seus pés.
■•Águas profundas são as palavras da boca do
’A estultícia do hom em perverterá o seu cam inho,
hom em , e ribeiro transbordante é a fonte da sabe­
e o seu coração se irará co n tra o S enhor .
doria.
4As riquezas granjeiam m uitos am igos, m as ao
5N ão é bom favorecer o ím pio, e com isso, fazer o
pobre, o seu p ró p rio am igo o deixa.
justo perder a questão.
5 A falsa testem unha não ficará im p u n e e o que res­
hOs lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca
pira m entiras não escapará.
brada p o r açoites.
6M uitos se deixam acom odar pelos favores do p rín ­
7A boca do tolo é a sua p rópria destruição, e os seus
lábios um laço para a sua alma. cipe, e cada um é am igo daquele que dá presentes.
8As palavras do m exeriqueiro são com o doces b o ­ 7Todos os irm ãos do p obre o odeiam ; q u an to mais
cados; elas descem ao íntim o do ventre. se afastarão dele os seus amigos! C orre após eles com
sO que é negligente na sua o bra é tam bém irm ão palavras, que não servem de nada.
do desperdiçador. sO que adquire en ten d im en to am a a sua alm a; o
' “Torre forte é o nom e do S e n h o r ; a ela correrá o que cultiva a inteligência achará o bem .
justo, e estará em alto refúgio. 9A falsa testem unha não ficará im pune; e o que p ro ­
' 'O s bens do rico são a sua cidade forte, e com o um a fere m entiras perecerá.
m uralha na sua imaginação. ‘°Ao tolo não é certo gozar de deleites; q u anto
I20 coração do hom em se exalta antes de ser abati­ m enos ao servo d o m in ar sobre os príncipes!
do e diante da honra vai a hum ildade. ' 'A pru d ên cia do hom em faz reter a sua ira, e é
' ’O que responde antes de ouvir com ete estultícia glória sua o passar p o r cim a da transgressão.
que é p ara vergonha sua. l2C om o o rugido do leão jovem é a indignação do
140 espírito do hom em susterá a sua enferm idade, rei, m as com o o orvalho sobre a relva é a sua bene­
mas ao espírito abatido, quem o suportará? volência.
150 coração do entendido adquire o conhecim en­ ' ’O filho insensato é u m a desgraça p a ra o p a i,e u m
to, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria. gotejar co n tínuo as contendas da m ulher.
"’Com presentes o hom em alarga o seu cam inho e I4A casa e os bens são herança dos pais; porém do
o eleva diante dos grandes. S enhor vem a esposa prudente.

617
PROVÉRBIOS 19,20

15A preguiça fazcairem profundo sono, ea alm a in­ sA s s e n ta n d o -s e o rei n o t r o n o d o ju íz o , c o m o s se u s


dolente padecerá fome. o lh o s d is s ip a to d o o m a l.
‘''O que guardar o m andam ento guardará a sua alma; 9Q uem poderá dizer: Purifiquei o m eu coração,
porém o que desprezar os seus cam inhos morrerá. lim po estou de m eu pecado?
l7Ao S enhor em presta o que se com padece do '“Dois pesos diferentes e duas espécies de m edida
pobre, ele lhe pagará o seu beneficio. são abom inação ao S enhor , tan to um com o outro.
‘"Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas 1 'Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações,
não deixes que o teu ânim o se exalte até o matar. se a sua o bra é p u ra e reta.
I90 hom em de grande indignação deve sofrer o I20 ouvido que ouve, e o olho que vê, o S en h or os
dano; p orque se tu o livrares ainda terás de to rn ar fez a am bos.
a fazê-lo. 13N ão am es o sono, para que não em pobreças; abre
‘“Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no os teus olhos, e te fartarás de pão.
fim sejas sábio. l4N ada vale, nada vale, dirá o com prador, mas,
2‘M uitos propósitos há no coração do hom em , indo-se, então se gabará.
porém o conselho do S enhor perm anecerá. 1’H á o u ro e abundância de rubis, m as os lábios do
-20 que o hom em m ais deseja é o que lhe faz bem ; conhecim ento são jóia preciosa.
porém é m elhor ser pobre do que m entiroso. l6Ficando alguém p o r fiador de u m estranho,
230 te m o r d o S en h or e n c a m in h a p a r a a v id a ; tom e-se-lhe a roupa; e p o r p en h o r àquele que se
a q u e le q u e o te m fic a rá s a tis fe ito , e n ã o o v is ita rá
obriga pela m ulher estranha.
m al nenhum .
,7Suave é ao hom em o pão da m entira, m as depois
240 preguiçoso esconde a sua m ão ao seio; e não
a sua boca se encherá de cascalho.
tem disposição nem de torná-la à sua boca.
l8Cada pensam ento se confirm a com conselho e
25Açoita o escarnecedor, e o simples tom ará aviso;
com bons conselhos se faz a guerra.
repreende ao entendido, e aprenderá conhecimento.
I90 que anda tagarelando revela o segredo; não te
2<’0 que aflige o seu pai, ou m anda em bora sua mãe,
introm etas com o que lisonjeia com os seus lábios.
é filho que traz vergonha e desonra.
-0O que am aldiçoa seu pai o u sua mãe, apagar-se-á
27Filho m eu, ouvindo a instrução, cessa de te des­
a sua lâm pada em negras trevas.
viares das palavras do conhecim ento.
21A herança que no princípio é adquirida às pres­
2íiO ím pio escarnece do juízo, e a boca dos perver­
sas, no fim não será abençoada.
sos devora a iniqüidade.
22N ão digas: V ingar-m e-ei do mal; espera pelo
29Preparados estão os juízos para os escarnecedo-
S enhor , e ele te livrará.
res, e os açoites para as costas dos tolos.
2, P e so s d ife r e n te s sã o a b o m in á v e is a o SENHOR,e b a ­
la n ç a e n g a n o s a n ã o é b o a .
O V IN H O é escarnecedor, a bebida forte al-
voroçadora; e todo aquele que neles errar 240 s passos do hom em são dirigidos pelo S en h o r ;
nunca será sábio. com o, pois, entenderá o hom em o seu cam inho?
2C om o o rugido do leão é o terro r do rei; o que o 25Laço é p a ra o h o m e m apropriar-se do que é santo,
provoca à ira peca contra a sua própria alma. e só refletir depois de feitos os votos.
3H onroso é para o hom em desviar-se de questões, 2hO rei sábio dispersa os ím pios e faz passar sobre
mas todo tolo é introm etido. eles a roda.
40 preguiçoso não lavrará p o r causa do inverno, 270 espírito do hom em é a lâm pada do S enhor ,
pelo que m endigará na sega, m as nada receberá. que esquadrinha to d o o in terio r até o mais íntim o
’C om o as águas profundas é o conselho no cora­ do ventre.
ção do hom em ; m a so h o m e m d e inteligência o trará 2SBenignidade e verdade guardam ao rei, e com be­
para fora. nignidade sustém ele o seu trono.
6A m u ltidão dos hom ens apregoa a sua p ró ­ 29A glória do jovem é a sua força; e a beleza dos
pria bondade, porém o hom em fidedigno quem o velhos são as cãs.
achará? 30Os vergões das feridas são a purificação dos maus,
rO ju sto anda na sua sinceridade; bem -aventura­ com o tam bém as pancadas que penetram até o mais
dos serão os seus filhos depois dele. íntim o do ventre.

618
PROVÉRBIOS 21,22

CO M O ribeiros de águas assim é o cora­ 230 que guarda a sua boca e a sua língua guarda a
ção do rei na m ão do S hnhor , que o inclina sua alm a das angústias.
a todo o seu querer. 240 soberbo e presum ido, zom bador é o seu nom e,
'T odo cam inho do hom em é reto aos seus olhos, trata com indignação e soberba.
mas o S enhor sonda os corações. 2’0 desejo do preguiçoso o m ata, p o rq u e as suas
’Fazer justiça e juízo é m ais aceitável ao S enhor do m ãos recusam trabalhar.
que sacrifício. 260 cobiçoso cobiça o dia todo, m as o justo dá, e
4Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura nada retém.
dos ím pios é pecado. 270 sacrifício dos ím pios já é abom inação; q u anto
’Os pensam entos do diligente tendem só para a mais oferecendo-o com m á intenção!
abundância, porém os de todo apressado, tão so­ 28A falsa testem u n h a perecerá, porém o ho m em
m ente para a pobreza. que dá ouvidos falará sem pre.
‘‘Trabalhar com língua falsa para ajuntar tesouros é 290 hom em ím pio endurece o seu rosto; m as o reto
vaidade que conduz aqueles que buscam a m orte. considera o seu cam inho.
7As rapinas dos ím pios os destruirão, porq u an to se ’°Não há sabedoria, nem inteligência, nem conse­
recusam a fazer justiça. lho contra o S enhor .
“O cam inho do hom em é to d o perverso e estranho, 31Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém
porém a obra do hom em p uro é reta. do S en h or vem a vitória.
9É m elhor m orar nu m canto de telhado do que ter
com o com panheira em casa am pla um a m ulher bri- VALE m ais ter um b o m no m e do que
guenta. m uitas riquezas; e o ser estim ado é m elhor
I0A alm a do ím pio deseja o mal; o seu próxim o não do que a riqueza e o ouro.
agrada aos seus olhos. 20 rico e o pobre se encontram ; a todos o S enhor
"Q u a n d o o escarnecedor é castigado, o sim ples os fez.
torna-se sábio; e o sábio q uando é instruído recebe ’O p ru d en te prevêo m al, e esconde-se; m as os sim ­
o conhecim ento. ples passam e acabam pagando.
I20 justo considera com prudência a casa do 40 galardão da hum ildade e o tem o r do S enhor são
ím pio; mas Deus destrói os ím pios p o r causa dos riquezas, h o n ra e vida.
seus males. ’Espinhos elaçoshá no cam inho do perverso; o que
1 ’O que tapa o seu ouvido ao clam or do pobre, ele guarda a sua alm a retira-se para longe dele.
m esm o tam bém clam ará e não será ouvido. 6Educa a criança no cam inho em que deve andar; e
I40 presente dado em segredo aplaca a ira, e a até q u an d o envelhecer não se desviará dele.
dádiva no regaço põe fim à m aior indignação. 70 rico dom ina sobre os pobres e o que tom a em ­
1 ’O fazer justiça é alegria para o justo, m as destrui­ prestado é servo do que em presta.
ção para os que praticam a iniquidade. 80 que sem ear a perversidade segará males; e com a
lhO hom em que anda desviado do cam inho do en ­ vara da sua p rópria indignação será extinto.
tendim ento, na congregação dos m o rto s repousa­ 90 que vê com bons olhos será abençoado, porque
rá. dá do seu pão ao pobre.
I70 que am a os prazeres padecerá necessidade; o l0Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda; e
que am a o vinho e o azeite nunca enriquecerá. acabará a questão e a vergonha.
lsO resgate do justo é o ím pio; o do h o n rad o é o " O que am a a pureza de coração, e é amável de
perverso. lábios, será am igo do rei.
I9É m elhor m orar num a terra deserta do que com l2Os olhos do S en h or conservam o conhecim ento,
a m ulher rixosa e irritadiça. m as as palavras do iníquo ele transtornará.
■“ Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas 13Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei m o rto
o hom em insensato os esgota. no m eio das ruas.
2lO que segue a justiça e a beneficência achará a l4Cova p rofunda é a boca das m ulheres estranhas;
vida, a justiça e a honra. aquele co n tra quem o S en h or se irar, cairá nela.
220 sábio escala a cidade do poderoso e derruba a 1 ’A estultícia está ligada ao coração da criança, mas
força da sua confiança. a vara da correção a afugentará dela.

619
PROVÉRBIOS 22,23

160 que oprim e ao pobre para se engrandecer a si QUAN D O te assentares a co m er com um


mesmo, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá. governador, atenta bem para o que é posto
17Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, diante de ti,
e aplica o teu coração ao m eu conhecim ento. 2E se és hom em de grande apetite, põe u m a faca à
,8Porque te será agradável se as guardares no teu tu a garganta.
íntim o, se aplicares todas elas aos teus lábios. JN ão cobices as suas iguarias p orque são com idas
l9Para que a tua confiança esteja no Se nho r , faço-te enganosas.
sabê-las hoje, a ti mesmo. 4N ão te fatigues para enriqueceres; e não apliques
“ Porventura não te escrevi excelentes coisas, acerca nisso a tua sabedoria.
’Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é
de todo conselho e conhecimento,
nada? p orque certam ente criará asas e voará ao céu
2'Para fazer-te saber a certeza das palavras da ver­
com o a águia.
dade, e assim possas responder palavras de verdade
6N ão com as o pão daquele que tem o olhar m alig­
aos que te consultarem?
no, nem cobices as suas iguarias gostosas.
22N ão roubes ao pobre, porque é pobre, nem atro ­
TPorque, com o im aginou no seu coração, assim é
peles na porta o aflito;
ele. C om e e bebe, te disse ele; porém o seu coração
“ Porque o S enhor defenderá a sua causa em juízo,
não está contigo.
e aos que os roubam ele lhes tirará a vida.
KVom itarás o bocado que com este, e perderás as
24N ão sejas com panheiro do hom em briguento
tuas suaves palavras.
nem andes com o colérico, 9N ão fales ao ouvido do tolo, p orque desprezará a
25Para que não aprendas as suas veredas, e tom es sabedoria das tuas palavras.
u m laço para a tua alma. l0N ão rem ovas os lim ites antigos n em entres nos
2hN ão estejas entre os que se com prom etem , e entre cam pos dos órfãos,
os que ficam po r fiadores de dívidas, 1 'P o rq u e o seu red en to r é poderoso; e pleiteará a
27Pois se não tens com que pagar, deixarias que te ti­ causa deles co n tra ti.
rassem até a tu a cam a de debaixo de ti? l2Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos
28N ão rem ovas os antigos lim ites que teus pais fi­ às palavras do conhecim ento.
zeram . 1 'N ão retires a disciplina da criança; pois se a fusti­
29Viste o hom em diligente na sua obra? Perante reis gares com a vara, nem por isso m orrerá.
será posto; não perm anecerá entre os de posição in­ 14Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alm a
ferior. do inferno.

Como imaginou no seu coração, assim é ele Livrarás a sua alma do inferno
(23.7) (23.14)
Ciência Cristã. Cita este versículo para afirmar que aquilo Testemunhas de Jeová. Dizem que o inferno é a sepultu­
que pensamos podemos criar, trazer à existência. Oue po­ ra comum da humanidade, onde os mortos estão incons­
demos "formar" a realidade por meio dos pensamentos. Assim, o cientes.
doente pode transformar sua realidade por esse meio.
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Se o inferno fosse realmen-
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Todo o contexto desta pas­ ■=» te a sepultura comum da humanidade, poderíamos con­
sagem bíblica (v. 6-6) está avisando sobre os riscos de se cluir, com base neste texto, que a criança que tivesse recebi­
comer pão com um invejoso (v. 6). Não há nada que justifique as do uma boa disciplina teria conquistado o privilégio de passar
chamadas ciências da mente. Diz apenas que os nossos pen­ a eternidade aqui. neste mundo. Seu corpo jamais iria à sepul­
samentos descrevem o caminho que realmente estamos palmi­ tura. O texto trata do inferno (sheol). para onde poderá ir a alma
lhando, mas não podem mudar, de forma alguma, a realidade do da criança que náo for devidamente disciplinada nos retos ca­
nosso mundo. minhos do Senhor.
Por outro lado, não há nada de errado em um cristão ter uma ati­ No estado intermediário, entre a morte e a ressurreição do
tude mental positiva (Fp 4.8. Cf. tb. Pv 15.13). Mas isso está longe corpo, a alma permanece em estado consciente, no céu — se
das afirmações dessa seita. Por exemplo, ninguém pode evitar a for cristã (2Co 5.6-8; Fp 1.21-23), ou no hades, em sofrimen­
morte (Hb 9.27). Além disso, a natureza humana é caída (Gn 6.5). to — se for incrédula (Lc 16.22-25). Por ocasião da ressurrei­
Usar a mente humana e seu caráter para restaurar o padrão hu­ ção, no arrebatamento da Igreja, o corpo (que agora jaz no pó
mano é usar uma ferramenta defeituosa. Devemos confiar no Se­ da terra) e a alma serão reunidos. Os cristãos ressuscitarão e
nhor, o Criador amoroso, em vez de tentar adquirir sucesso por possuirão a imortalidade do corpo (1Co 15.51-53; Fp 3.20,31;
meio da visualização (Mt 6.30). 1Ts4.14,16,17).

620
PROVÉRBIOS 23,24

15Filho m eu, se o teu coração for sábio, alegrar-se- 3Com a sabedoria se edifica a casa, e com o e n ten ­
á o m eu coração, sim , o m eu próprio. dim ento ela se estabelece;
I6E exultarão os m eus rins, q u an d o os teus lábios 4E pelo conhecim ento se encherão as câm aras com
falarem coisas retas. todos os bens preciosos e agradáveis.
I70 t e u c o ra ç ã o n ã o in v e je o s p e c a d o re s ; a n te s p e r ­ 50 h o m em sábio é forte, e o hom em de conheci­
m a n e c e n o t e m o r d o S en h or t o d o d ia . m ento consolida a força.
‘"Porque certam ente acabará bem ; não será m alo­ 6C om conselhos p ru d en tes tu farás a guerra; e há
grada a tua esperança. vitória n a m ultidão dos conselheiros.
l9Ouve tu, filho m eu, e sê sábio, e dirige n o cam i­ 7A sabedoria é dem asiadam ente alta para o tolo, na
nho o teu coração. p o rta não abrirá a sua boca.
20N ão estejas entre os beberrões de vinho, nem 8Àquele que cuida em fazer m al, cham á-lo-ão de
entre os com ilões de carne. pessoa danosa.
2'Porque o beberrão e o com ilão acabarão na p o ­ 90 pensam ento do tolo é pecado, e abom inável aos
breza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos. hom ens é o escarnecedor.
220 u v e teu pai, que te gerou, e não desprezes tua l0Se te m ostrares fraco no dia da angústia, é que a
mãe, quando vier a envelhecer. tua força é pequena.
23C om pra a verdade, e não a vendas; e tam bém a sa­ "S e tu deixares de livrar os que estão sendo leva­
bedoria, a instrução e o entendim ento. dos para a m orte, e aos que estão sendo levados para
^G ran d em en te se regozijará o pai do justo, e o que a m atança;
gerar u m sábio, se alegrará nele. l2Se disseres: Eis que não o sabem os; p o rv en tu ra
25Alegrem-se teu pai e tua m ãe, e regozije-se a que não o considerará aquele que p o n d era os corações?
te gerou. N ão o saberá aquele que atenta p ara a tu a alma? Não
26D á-m e, filho m eu, o teu coração, e os teus olhos dará ele ao hom em conform e a sua obra?
observem os m eus cam inhos. ' 3C om e mel, m eu filho, p orque é bom ; o favo de mel
27Porque cova p rofunda é a prostituta, e poço es­ é doce ao teu paladar.
treito a estranha. ' 4Assim será para a tu a alm a o conhecim ento da sa­
28Pois ela, com o u m salteador, se põe à espreita, e bedoria; se a achares, haverá galardão para ti e não
m ultiplica entre os hom ens os iníquos. será cortada a tu a esperança.
' 9Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para 15N ão arm es ciladas co n tra a habitação do justo, ó
quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as ím pio, nem assoles o seu lugar de repouso,
feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? ' 6Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; m as
3uPara os que se dem oram p erto do vinho, para os os ím pios tropeçarão no mal.
que andam buscando vinho m isturado. ' 7Q uan d o cair o teu inim igo, não te alegres, n em se
3,N ão olhes para o v inho qu an d o se m ostra ver­ regozije o teu coração q u an d o ele tropeçar;
melho, q u ando resplandece no copo e se escoa su­ 18Para que, vendo-o o S enhor , seja isso m au aos seus
avemente. olhos, e desvie dele a sua ira.
,2No fim, picará com o a cobra, e com o o basilis­ 19N ão te indignes p o r causa dos m alfeitores, nem
co m orderá. tenhas inveja dos ím pios,
33Os teus olhos olharão para as m ulheres estranhas, “ Porque o hom em m aligno n ão terá galardão, e a
e o teu coração falará perversidades. lâm pada dos ím pios se apagará.
34E serás com o o que se deita no m eio do m ar, e 2 ‘Teme ao Senhor , filho m eu, e ao rei, e não te ponhas
com o o que jaz no topo do mastro. com os que buscam m udanças,
3,E dirás: E spancaram -m e e não m e doeu; b ate­ 22Porque de repente se levantará a sua destruição, e
ram -m e e nem senti; quando despertarei? aí então a ruína de am bos, quem o sabe?
beberei o u tra vez. 23Tam bém estes são provérbios dos sábios: Ter res­
peito a pessoas n o julgam ento não é bom .
NÃO tenhas inveja dos h om ens malignos, 240 que disser ao ím pio: Justo és, os povos o am al­
nem desejes estar com eles. diçoarão, as nações o detestarão.
2Porque o seu coração m edita a rapina, e os seus 25Mas para os que o repreenderem haverá delícias,
lábios falam a malícia. e sobre eles virá a bênção do bem .

621
PROVÉRBIOS 24,25,26

“ Beijados serão os lábios do que responde com pa­ mensageiro fiel p ara com os que o enviam; porque
lavras retas. refresca a alm a dos seus senhores.
27Prepara de fora a tua obra, e aparelha-a no campo, l4Com o nuvens e ventos que não trazem chuva,
e então edifica a tua casa. assim é o hom em que se gaba falsamente de dádivas.
2sN ão sejas testem unha sem causa contra o teu p ró ­ n Pela longanim idade se persuade o príncipe, e a
xim o; e não enganes com os teus lábios. língua branda am olece até os ossos.
29N ão digas: C om o ele m e fez a m im , assim o farei 16Achaste mel? com e só o que te basta; para que
eu a ele; pagarei a cada u m segundo a sua obra. porventura não te fartes dele, e o venhas a vom itar.
“ Passei pelo cam po do preguiçoso, e ju n to à vinha l7N ão ponhas m uito os pés na casado teu próxim o;
do hom em falto de entendim ento, para que se não enfade de ti, e passe a te odiar.
31 Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua super­ 1 "M artelo, espada e flecha aguda é o hom em que
fície coberta de urtiga, e o seu m uro de pedras estava profere falso testem unho co n tra o seu próxim o.
derrubado. l9C om o dente quebrado, e pé desconjuntado, é a
320 que eu ten h o visto, o guardarei no coração, e confiança no desleal, no tem po da angústia.
vendo-o recebi instrução. 2uO que canta canções para o coração aflito é com o
33Um pouco a dorm ir, um pouco a cochilar; outro aquele que despe a roupa n u m dia de frio, ou com o
pouco deitado de m ãos cruzadas, para dorm ir, o vinagre sobre salitre.
34Assim te sobrevirá a tua pobreza com o um va­ 2'Se o teu inim igo tiver fom e, dá-lhe pão para
gabundo, e a tu a necessidade com o um hom em com er; e se tiver sede, dá-lhe água para beber;
arm ado. 22P orque assim lhe am ontoarás brasas sobre a
cabeça; e o Se n h o r to retribuirá.
TAMBÉM estes são provérbios de Salomão, 230 vento n o rte afugenta a chuva, e a face irada, a
os quais transcreveram os hom ens de Eze- língua fingida.
quias, rei de Judá. 24M elhor é m o rar só n um canto de telhado do que
2A glória de Deus está nas coisas encobertas; m as a com a m ulher briguenta nu m a casa ampla.
h o n ra dos reis, está em descobri-las. 25C om o água fresca para a alm a cansada, tais são as
'O s céus, pela altura, e a terra, pela profundidade, boas novas vindas da terra distante.
assim o coração dos reis é insondável. 2<1C om o fonte turvada, e m anancial poluído, assim
4Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fun- é o justo que cede diante do ím pio.
didor; 27C om er mel dem ais não é bom ; assim, a busca da
5Tira o ím pio da presença do rei,e o seu tro n o se fir­ p ró p ria glória não é glória.
m ará na justiça. 2SC om o a cidade derrubada, sem m uro, assim é o
6N ão te glories na presença do rei, nem te ponhas hom em que não p ode conter o seu espírito.
no lugar dos grandes;
7Porque m elhor é que te digam: Sobe aqui; do que CO M O a neve no verão, e com o a chuva na
seres hum ilhado diante do príncipe que os teus sega, assim não fica bem para o tolo a honra.
olhos já viram . 2C om o ao pássaro o vaguear, com o à an d o rin h a o
KN ão te precipites em litigar, para que depois, ao voar, assim a m aldição sem causa não virá.
fim, fiques sem ação, quando teu próxim o te puser !0 açoite é para o cavalo, o freio é para o jum ento, e
em apuros. a vara é para as costas dos tolos.
’Pleiteia a tua causa com o teu próxim o, e não reve­ 4N ão respondas ao tolo segundo a sua estultícia;
les o problem a a outrem , para que tam bém não te faças sem elhante a ele.
l0Para que não te desonre o que o ouvir, e a tu a in ­ ’Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para
fâmia não se aparte de ti. que não seja sábio aos seus próprios olhos.
1 'C o m o maçãs de ouro em salvas de prata, assim é ' Os pés corta, e o d ano sorve, aquele que m an d a
a palavra dita a seu tem po. m ensagem pela m ão d u m tolo.
12C om o pendentes de ouro e gargantilhas de ouro 7C om o as pernas do coxo, que pendem flácidas,
fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido assim é o provérbio na boca dos tolos.
atento. 8C om o o que arm a a funda com ped ra preciosa,
l3C om o o frio da neve no tem po da sega, assim é o assim é aquele que concede honra ao tolo.

622
PROVÉRBIOS 26,27

’C om o o espinho que entra na m ão do bêbado, ’M elhor é a repreensão franca do que o am or e n ­


assim é o provérbio na boca dos tolos. coberto.
l0O Poderoso, que form ou todas as coisas, paga ao 6Leais são as feridas feitas pelo am igo, m as os beijos
tolo, e recom pensa ao transgressor. do inim igo são enganosos.
" C o m o o cão to rn a ao seu vôm ito, assim o tolo 7A alm a farta pisa o favo de mel, m as para a alm a fa­
repete a sua estultícia. m inta todo am argo é doce.
12Tens visto o hom em que é sábio a seus próprios 8Q ual a ave que vagueia longe do seu n inho, tal é o
olhos? Pode-se esperar m ais do tolo do que dele. hom em que anda vagueando longe da sua m orada.
13Diz o preguiçoso: Um leão está no cam inho; um 90 óleo e o perfum e alegram o coração; assim o faz
leão está nas ruas. a doçura do am igo pelo conselho cordial.
1 °Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teupai; nem
14C om o a porta gira nos seus gonzos, assim o pre­
entres na casa de teu irm ão no dia da tua adversidade;
guiçoso na sua cama.
m elhor é o vizinho perto do que o irm ão longe.
1,0 preguiçoso esconde a sua m ão ao seio; e cansa-
1 ‘Sê sábio, filho m eu, e alegra o m eu coração, para
se até de torná-la à sua boca.
que ten h a algum a coisa que responder àquele que
l6Mais sábio é o preguiçoso a seus p róprios olhos
m e desprezar.
do que sete hom ens que respondem bem .
I20 avisado vê o m al e esconde-se; m as os simples
1tO que, passando, se põe em questão alheia, é como
passam e sofrem a pena.
aquele que pega u m cão pelas orelhas. BQ u an d o alguém fica p o r fiador do estranho,
lsC om o o louco que solta faíscas, flechas, e m o r­ tom a-lhe até a sua roupa, e p o r p en h o r àquele que
tandades, se obriga pela m u lh er estranha.
’’Assim é o hom em que engana o seu próxim o, e I40 que, pela m anhã de m adrugada, abençoa o seu
diz: Fiz isso po r brincadeira. amigo em alta voz, lho será im putado p o r maldição.
20Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo in­ I50 gotejar co n tín u o em dia de grande chuva, e a
trigante, cessará a contenda. m ulher contenciosa, um a e o u tra são semelhantes;
21 Com o o carvão para as brasas, e a lenha p ara o fogo, l6Tentar m oderá-la será com o deter o vento, ou
assim é o hom em contencioso para acender rixas. com o conter o óleo d en tro da sua m ão direita.
22As palavras do intrigante são com o doces boca­ ' 7C om o o ferro com ferro se aguça, assim o hom em
dos; elas descem ao m ais íntim o do ventre. afia o rosto do seu amigo.
2<Com o o caco de vaso coberto de escórias de prata, I80 que cuida da figueira com erá do seu fruto; e o
assim são os lábios ardentes com o coração maligno. que atenta para o seu senhor será honrado.
24 Aquele que odeia dissim ula com seus lábios, mas ,9C om o na água o rosto co rresponde ao rosto,
no seu íntim o encobre o engano; assim o coração do hom em ao hom em .
2SQ uan do te suplicar com voz suave não te fies nele, 20C om o o inferno e a perdição n u n ca se fartam ,
assim os olhos do hom em nunca se satisfazem.
porque abriga sete abom inações no seu coração,
21 C om o o crisol é para a prata, e o forno para o ouro,
26Cujo ódio se encobre com engano, a sua m aldade
assim o ho m em é provado pelos louvores.
será exposta perante a congregação.
22A inda que repreendas o tolo com o q u em bate o
270 que cava um a cova cairá nela; e o que revolve a
trigo com a m ão de gral entre grãos pilados, não se
pedra, esta voltará sobre ele.
apartará dele a sua estultícia.
28A língua falsa odeia aos que ela fere, e a boca lison­
25P rocura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe
jeira provoca a ruína. o teu coração sobre os teus rebanhos,
24Porque o tesouro não d u ra p ara sempre; e du rará
NÀO presum as do dia de am anhã, porque a coroa de geração em geração?
não sabes o que ele trará. 2,Q uan d o b ro tar a erva, e aparecerem os renovos, e
2Q ue um outro te louve, e não a tu a p ró p ria boca; o se jun tarem as ervas dos m ontes,
estranho, e não os teus lábios. 26Então os cordeiros serão para te vestires, e os
5 A pedra é pesada, e a areia é espessa; porém a ira do bodes p ara o preço do cam po;
insensato é mais pesada que am bas. 27E a abastança do leite das cabras p ara o teu sus­
40 furor é cruele a ira im petuosa, m as quem poderá tento, para sustento da tua casa e para sustento das
enfrentar a inveja? tuas servas.

623
PROVÉRBIOS 28,29

OS ím pios fogem sem que haja ninguém 190 que lavrar a sua terra virá a fartar-se de pão, mas
a persegui-los; mas os justos são ousados o que segue a ociosos se fartará de pobreza.
com o u m leão. 20O hom em fiel será coberto de bênçãos, m as o que
2Pela transgressão da terra m uitos são os seus p rín ­ se apressa a enriquecer não ficará im pune.
cipes, m as p o r hom em p ru d en te e entendido a sua 2'D a r im p o rtân cia à aparência das pessoas não é
continuidade será prolongada. bom , porque até por um bocado de pão um hom em
30 hom em pobre que oprim e os pobres é com o a prevaricará.
chuva im petuosa, que causa a falta de alim ento. 220 que q uer enriquecer depressa é ho m em de olho
4Os que deixam a lei louvam o ím pio; porém os que m aligno, po rém não sabe que a pobreza h á de vir
guardam a lei contendem com eles. sobre ele.
5Os hom ens m aus não entendem o juízo, mas os 230 que repreende o ho m em gozará depois m ais
que buscam ao Se n h o r entendem tudo. am izade do que aquele que lisonjeia com a língua.
6M elhor é o pobre que anda na sua integridade do 240 que rouba a seu p ró p rio pai, o u a sua m ãe, e
que o de cam inhos perversos ainda que seja rico. diz: N ão é transgressão, com panheiro é do ho m em
7 O que guarda a lei é filho sábio, m as o com panhei­ destruidor.
ro dos desregrados envergonha a seu pai. 250 orgulhoso de coração levanta contendas, m as
"O que aum enta os seus bens com usura e ganância o que confia no Se n h o r prosperará.
ajunta-os para o que se com padece do pobre. 260 que confia no seu p ró p rio coração é insensato,
90 que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua m as o que anda em sabedoria, será salvo.
oração será abominável. 270 que dá ao pobre não terá necessidade, m as o que
l0O que faz com que os retos errem por m au cam i­ esconde os seus olhos terá m uitas maldições.
nho, ele m esm o cairá na sua cova; m as os bons her­ 2KQ uan d o os ím pios se elevam, os hom ens andam
darão o bem. se escondendo, m as q uando perecem , os justos se
u O hom em rico é sábio aos seus p ró p rio s olhos, m ultiplicam .
m as o pobre que é entendido, o examina.
l2Q uan do os justos exultam , grande é aglória; mas O H O M EM que m uitas vezes repreendid
quando os ím pios sobem , os hom ens se escondem. endurece a cerviz, de repente será destru í­
I30 que encobre as suas transgressões nunca pros­ do sem que haja remédio.
perará, m as o que as confessa e deixa, alcançará m i­ 2Q u an d o os justos se engrandecem , o povo se
sericórdia. alegra, m as q u an d o o ím pio dom ina, o povo geme.
l4Bem -aventurado o hom em que co n tin u am en ­ 30 hom em que am a a sabedoria alegra a seu pai, mas
te tem e; mas o que endurece o seu coração cairá o com panheiro de prostitutas desperdiça os bens.
no mal. 40 rei com juízo sustém a terra, m as o am igo de
15C om o leão rugidor, e urso fam into, assim é o peitas a transtorna.
ím pio que dom ina sobre um povo pobre. sO hom em que lisonjeia o seu próxim o arm a um a
I&0 príncipe falto de entendim ento é tam bém um rede aos seus passos.
grande opressor, mas o que odeia a avareza p ro lo n ­ 6N a transgressão do hom em m au há laço, m as o
gará seus dias. justo jubila e se alegra.
170 hom em carregado do sangue de qualquer 70 justo se inform a da causa dos pobres, m as o
pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha. ím pio nem sequer tom a conhecim ento.
' “O que anda sinceram ente salvar-se-á, m as o per­ 8Os h om ens escarnecedores alvoroçam a cidade,
verso em seus cam inhos cairá logo. mas os sábios desviam a ira.

Mas o que as confessa Então, surge a pergunta: “Se não podemos esconder de Deus as
(28.13) nossas transgressões, a quem devemos confessá-las?". É uma
pergunta pueril. Pois. qualquer culpado que almeja a absolvição
Catolicismo Romano. Usa este versículo como um alicer­
jamais pedirá perdão pelo crime que cometeu a outra pessoa que
ce para tentar provar a suposta veracidade bíblica da con­
não fosse o juiz, que está investido de autoridade para absolver.
fissão de pecados aos seus sacerdotes.
Assim, em Mateus 6.9-13, na oração do “Pai-nosso", especial­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: É sabido por todos que de mente no versfculo12, Jesus nos orienta que devemos buscar o
Deus não é possível encobrir quaisquer transgressões. perdão de Deus, o Pai, e não dos homens.

624
PROVÉRBIOS 29,30

90 ho m em sábio que pleiteia com o tolo, quer se des da terra? Q ual é o seu nome? E qual é o no m e de
zangue, quer se ria, não terá descanso. seu filho, se é que o sabes?
1 “Os hom ens sanguinários odeiam ao sincero, m as 5Toda a Palavra de D eus é p u ra; escudo é p ara os
os justos procuram o seu bem . que confiam nele.
1 ‘O tolo revela todo o seu pensam ento, m as o sábio 6N ada acrescentes às suas palavras, para que não te
o guarda até o fim. repreenda e sejas achado m entiroso.
,20 governador que dá atenção às palavras m enti­ 7D uas coisas te pedi; não m as negues, antes que
rosas, achará que todos os seus servos são ímpios. m orra:
130 p o b r e e o u s u r á r i o se e n c o n tr a m ; o S en h or ilu ­ 8 Afasta de m im a vaidade e a palavra m entirosa; nã
m in a o s o lh o s d e a m b o s . m e dês nem a pobreza n em a riqueza; m an tém -m e
I40 rei que julga os pobres conform e a verdade fir­ do pão d a m in h a porção d e costum e;
m ará o seu tro n o para sempre. 9Para que, porventura, estando farto não te negue, e
15A vara e a repreensão dão sabedoria, m as a criança venha a dizer Q uem é o Senhor ? ou que, empobrecen­
entregue a si mesm a, envergonha a sua mãe. do, não venha a furtar, e tom e o nom e de Deus em vão.
l6Q uando os ím pios se m ultiplicam , m ultiplicam - ,0N ão acuses o servo d iante de seu senhor, para que
se as transgressões, m as os justos verão a sua queda. não te am aldiçoe e tu fiques o culpado.
1’Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará de­ " H á u m a geração qu e am aldiçoa a seu pai, e que
lícias à tu a alma. não bendiz a sua mãe.
18N ão havendo profecia, o povo perece; p orém o 12H á u m a geração que é p u ra aos seus p ró p rio s
que guarda a lei, esse é bem -aventurado. olhos, m as que nu n ca foi lavada da sua im undícia.
)90 servo não se em endará com palavras, porque, 13H á u m a geração cujos olhos são altivos, e as suas
ainda que entenda, todavia não atenderá. pálpebras são sem pre levantadas.
20Tens visto um h o m em precipitado n o falar? 14H á u m a geração cujos dentes são espadas, e cujas
M aior esperança há para um tolo do que para ele. queixadas são facas, p ara consum irem d a te rra os
2'Q u a n d o alguém cria o seu servo com m im os aflitos, e os necessitados d en tre os hom ens.
desde a meninice, po r fim ele tornar-se-á seu filho. I5A sanguessuga tem duas filhas: D á e Dá. Estas
220 hom em irascível levanta contendas; e o furio­ três coisas nu n ca se fartam ; e com a quarta, nunca
so m ultiplica as transgressões. dizem: Basta!
23A soberba do h om em o abaterá, m as a h o n ra sus­ **A sepultura; a m ad re estéril; a terra que não se
tentará o hum ilde de espírito. farta de água; e o fogo; nu n ca dizem: Basta!
240 que tem parte com o ladrão odeia a sua própria 17O s olhos que zom bam do pai, o u desprezam a
alma; ouve m aldições, e não o denuncia. obediência à mãe, corvos d o ribeiro os arrancarão e
2'O tem or do ho m em arm ará laços, m as o que os filhotes da águia os com erão.
confia no S enhor será posto em alto retiro. 18Estas três coisas m e m aravilham ; e q u atro há que
2hM uitos buscam o favor do poderoso, m as o juízo não conheço:
de cada um vem do S enhor . l90 cam inho da águia no ar; o cam inho da cobra na
27Abominação é, para os justos, o hom em iníquo; mas penha; o cam inho d o navio no m eio do m ar; e o ca­
abominação é, para o iníquo, o de retos caminhos. m inho do ho m em com u m a virgem.
20O cam inho da m u lh er adúltera é assim: ela come,
A sabedoria de A g u r depois lim pa a sua boca e diz: N ão fiz nada de mal!
PALAVRAS de Agur, filho de Jaque, o m a- 21 Por três coisas se alvoroça a terra; e p o r q uatro que
saíta, que proferiu este hom em a Itiel, a Itiel não pode suportar:
e a Ucal: 22Pelo servo, q u an d o reina; e pelo tolo, q u an d o vive
2Na verdade eu sou o m ais b ru to dos hom ens, nem na fartura;
m esm o tenho o conhecim ento de hom em . 23Pela m u lh er odiosa, q u an d o écasada; e pela serva,
3N em aprendi a sabedoria, nem tenho o conheci­ q uand o fica herdeira da sua senhora.
m ento do santo. 24Estas q u atro coisas são das m enores da terra,
4Q uem subiu ao céu e desceu? Q uem encerrou os porém bem providas de sabedoria:
ventos nos seus punhos? Q uem am arro u as águas 25As form igas não são u m povo forte; todavia no
nu m a roupa? Q uem estabeleceu todas as ext rem ida- verão preparam a sua com ida;

625
PROVÉRBIOS 30,31

26Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem n O coração do seu m arid o está nela confiado;
a sua casa na rocha; assim ele não necessitará de despojo.
270 s gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, 12Ela só lhe faz bem , e não m al, todos os dias da sua
e em bandos se repartem ; vida.
28A aranha se p endura com as m ãos, e está nos pa­ l3Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com
lácios dos reis. suas mãos.
29Estes três têm um bo m andar, e q u atro passeiam l4C om o o navio m ercante, ela traz de longe o seu
airosamente; pão.
30O leão, o m ais forte entre os anim ais, que não 15Levanta-se,m esm o à noite, para dar de com er aos
foge de nada; da casa, e distribuir a tarefa das servas.
3lO galgo; o bode tam bém ; e o rei a quem não se l6Exam ina u m a p ro p ried ad e e adquire-a; planta
p ode resistir. u m a vinha com o fruto de suas mãos.
32Se procedeste loucam ente, exaltando-te, e se pla­ l7Cinge os seus lom bos de força, e fortalece os seus
nejaste o mal, leva a m ão à boca; braços.
33Porque o mexer do leite p roduz m anteiga, o es­ lsVê que é boa a sua m ercadoria; e a sua lâm pada
p rem er do nariz produz sangue; assim o forçar da ira não se apaga de noite.
p roduz contenda. l9Estende as suas m ãos ao fuso, e suas m ãos pegam
na roca.
A s palavras da m ãe do rei L e m u e l 20Abre a sua m ão ao pobre, e estende as suas m ãos
1 PALAVRAS do rei Lemuel, a profecia que ao necessitado.
3 X lhe bensinou a sua mãe.
2Com o, filho meu? e com o, filho do m eu ventre? e
21 N ão tem e a neve na sua casa, porque toda a sua fa­
m ília está vestida de escarlata.
com o, filho dos m eus votos? 22Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de
3N ão dês às m ulheres a tu a força, nem os teus cam i­ seda e de p ú rp u ra.
nhos ao que destrói os reis. 23Seu m arid o é conhecido nas portas, e assenta-se
4N ão é p róprio dos reis, ó Lemuel, não é pró p rio entre os anciãos da terra.
dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar 24Faz p an o s de lin h o fino e vende-os, e entrega
bebida forte; cintos aos m ercadores.
5Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam 25 A força e a h o n ra são seu vestido, e se alegrará com
o direito de todos os aflitos. o dia futuro.
6Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o 26Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da benefi­
vinho aos am argurados de espírito. cência está na sua língua.
?Q u ebeba,e esqueça da sua pobreza, e da sua m isé­ 27Está atenta ao an d am en to da casa, e não com e o
ria não se lem bre mais. pão da preguiça.
8Abre a tua boca a favor do m udo, pela causa de 28Levantam -se seus filhos e cham am -na bem -
todos que são designados à destruição. aventurada; seu m arido tam bém , e ele a louva.
9Abre a tua boca; julga retam ente; e faze justiça aos 2,M uitas filhas têm procedido virtuosam ente, mas
pobres e aos necessitados. tu és, de todas, a m ais excelente!
30Enganosa é a beleza e vã a form osura, mas a
A m u lh er virtuosa m ulher que tem e ao Se n h o r , essa sim será louvada.
10M ulher virtuosa quem a achará? O seu valor 31 D ai-lhe do firuto das suas mãos, e deixe o seu p ró ­
m uito excede ao de rubis. p rio trabalho louvá-la nas portas.

626
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Eclesiastes
TI tulo
Seu nom e vem da tradução da Septuaginta do Antigo Testam ento e é u m a tradução da palavra h eb rai­
ca koheleth, o que dá a entender que o autor é u m professor ou pregador, aquele que fala n a congregação.
N ão deve ser confundido com o livro de Eclesiástico, u m apócrifo escrito no Egito incluído pela Igreja Ca­
tólica R om ana no cânon sagrado, p or volta de 1550, duran te o Concílio de Trento (Concílio da C ontra-
Reforma).

A u t o r ia e data

M uitos têm contestado a autoria de Salomão, mas é difícil pensar em o u tro au to r que pudesse fazer a
afirmação contida na referência 1.16, entre outras que tam bém apontam para ele. Vejamos. Em 1.1, o au ­
to r se intitula filho de Davi. Em 2.8, diz-se inigualável em riquezas. Em 2.7, afirm a que tin h a um grande
núm ero de servos. Em 2.3, fala que tinha o portunidade de satisfazer seus desejos sensuais. E em 2.4-6, que
construiu obras arquitetônicas magníficas. C om o se pode ver, n en h u m o u tro se encaixaria neste perfil.
Um a vez estabelecido isso, é fácil d atar o livro para o final da vida de Salomão, pois sua atitude reflete
alguém já am adurecido. A lguns chegam até m esm o a supor que o livro se trata de um tip o de confissão, de
arrependim ento do autor, depois de sua apostasia, conform e n arrad a em 1Reis 11.
Por esse m otivo, tu d o leva a crer que o livro teria sido escrito p o r volta de 940 a.C.

A ssunto
“Vaidade das vaidades, diz o pregador, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade” (1.2). Este é o refrão e o
tem a central do livro. A vida, com toda a sua transitoriedade e futilidade, é o assunto principal das reflexões
de Salomão, que fala de sua busca particular p o r todo tipo de prazeres terrenos e d a inutilidade de tudo. Ex­
põe todo o lado aflitivo da experiência h um ana e as injustiças que ocorrem debaixo do céu. Exalta a sabedo­
ria e p ropõe inúm eros provérbios práticos para o cotidiano. Podem os dizer que sua afirm ação n a referên­
cia 12.13,14 é um belo resum o do propósito da vida e daquilo que o ho m em deve buscar sobre a terra.

Ê nfase a p o lo g é tic a
O realism o de Eclesiastes, algum as vezes, parece chocante à m ente cristã, e isso de form a geral. Faz re­
ferências à m orte com o sendo o fim da existência, assim com o acontece com os anim ais irracionais. Tais
afirmações, no entanto, só têm sentido q uando todo o contexto do livro é considerado com o u m a análise
do h om em “debaixo do sol”, vivendo neste m undo am aldiçoado p o r Deus (G n 3.17).
Se fugirm os dessa análise exegética, será difícil entender sua declaração de que u m sábio é igual a um
tolo em sua m orte (2.15,16), o que é contrário a todas as asseverações das Escrituras. Logo, sua análise está
ligada à situação hum ana em u m m u n d o decadente.
Mas o au to r se m ostra extrem am ente eficaz para fazer um a separação definitiva entre o m u n d o “debai­
xo do sol” e o que vem após a m orte, desligando q ualquer elo entre os dois m u n d o s (9.5,6).
O LIVRO DE

ECLESIASTES
A vaidade de todas as coisas terrestres 14 Atentei para todas as obras que se fazem debaixo
PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em do sol, e eis que tu d o era vaidade e aflição de espí­
1 Jerusalém.
*Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de
rito.
1"'Aquilo q u eé to rto não se pode endireitar; aquilo
vaidades! T udo é vaidade. que falta não se pode calcular.
3Q ue proveito tem o hom em , de to d o o seu traba­ l6Falei eu com o m eu coração, dizendo: Eis que eu
lho, que faz debaixo do sol? m e engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos
4Uma geração vai, e outra geração vem; m as a terra os que houve antes de m im em Jerusalém; e o m eu
para sem pre perm anece. coração contem plou ab u n dantem ente a sabedoria
5Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao e o conhecim ento.
seu lugar de onde nasceu. I7E apliquei o m eu coração a conhecer a sabedoria
60 vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber
co ntinuam ente vai girando o vento, e volta fazendo
que tam bém isto era aflição de espírito.
os seus circuitos.
‘“P orque na m u ita sabedoria há m u ito enfado; e o
T o d o s os rios vão para o m ar, e contudo o m ar não
que au m enta em conhecim ento, au m enta em dor.
se enche; ao lugar para on d e os rios vão, para ali
to m a m eles a correr.
O s prazeres e as riquezas não dão a fe lic id a d e
8T odas as coisas são trabalhosas; o ho m em não o
DISSE eu n o m eu coração: O ra vem , eu te p ro ­
pode exprim ir; os olhos não se fartam de ver, nem
os ouvidos se enchem de ouvir.
2 varei com alegria; p o rtan to goza o prazer; mas
eis que tam bém isso era vaidade.
90 que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se
2Ao riso disse: Está doido; e da alegria: D e que serve
fará; de m odo que nada há de novo debaixo do sol.
esta?
lnH á algum a coisa de que se possa dizer: Vê, isto é
novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes ’Busquei no m eu coração com o estim ular com
de nós. vinho a m inha carne (regendo porém o m eu coração
1 'Já não há lem brança das coisas que precederam , com sabedoria), e entregar-m e à loucura, até ver o
e das coisas que hão de ser tam bém delas não haverá que seria m elhor que os filhos dos hom ens fizessem
lem brança, entre os que hão de vir depois. debaixo do céu d u ran te o n ú m e ro dos dias de sua
12Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. vida.
BE apliquei o m eu coração a esquadrinhar, e a in- 4Fiz p ara m im obras magníficas; edifiquei para
fo rm ar-m e com sabedoria de tu d o q uanto sucede m im casas; plantei para m im vinhas.
debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu D eus 5Fiz para m im hortas e jardins, e plantei neles árvo­
aos filhos dos hom ens, para nela os exercitar. res de to d a a espécie de fruto.

A vaidade de todas as coisas terrestres O autor deste livro sabe que haverá um fim quando Deus esta­
(1.3-11) rá julgando a todos (2.14), e, no texto em análise, está simples­
mente falando que os fatos se repetem neste mundo em parte
cfÍD COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Ao contrário do que mui- por causa das leis naturais e em parte porque os homens sem­
U tos hindus pensam, esta passagem não defende uma teo­ pre procedem do mesmo modo. A visão histórica da Bíblia é de
ria cíclica da história, que diz que não há progresso nos eventos um começo e um fim para a humanidade e não de um eterno ci­
humanos, mas apenas uma eterna repetição. clo recursivo.

628
ECLESLASTES 2,3

6Fiz para m im tanques de águas, para regar com 17P or isso odiei esta vida, p o rq u e a o bra que se faz
eles o bosque em que reverdeciam as árvores. debaixo do sol m e era penosa; sim, tu d o é vaidade e
7A dquiri servos e servas, e tive servos nascidos em aflição de espírito.
casa; tam bém tive grandes possessões de gados e 18T am bém eu odiei to d o o m eu trabalho, que reali­
ovelhas, m ais do que todos os que houve antes de zei debaixo do sol, visto que eu havia de deixá-lo ao
m im em Jerusalém. hom em que viesse depois de m im .
8A m ontoei tam bém para m im prata e o uro, e te­ 19E quem sabe se será sábio ou tolo? T odavia, se as­
souros dos reis e das províncias; provi-m e de canto­ senhoreará de todo o m eu trabalho que realizei e em
res e cantoras, e das delícias dos filhos dos hom ens; e que m e houve sabiam ente debaixo do sol; tam bém
de instrum entos de m úsica de toda a espécie. isto é vaidade.
9E fui engrandecido, e aum entei m ais do que todos 20E ntão eu m e volvi e entreguei o m eu coração ao
os que houve antes de m im em Jerusalém; perseve­ desespero n o tocante ao trabalho, o qual realizei
ro u tam bém com igo a m inha sabedoria. debaixo do sol.
I0E tu d o quanto desejaram os m eus olhos não 21P orque h á h o m em cujo trabalho é feito com sa­
lhes neguei, nem privei o m eu coração de alegria bedoria, conhecim ento, e destreza; co n tu d o deixará
alguma; mas o m eu coração se alegrou p o r to d o o o seu trabalho com o porção de quem nele não trab a­
m eu trabalho, e esta foi a m inha porção de to d o o lhou; tam bém isto é vaidade e grande mal.
m eu trabalho. 22Porque, que mais tem o hom em de to d o o seu tra­
"E olhei eu para todas as obras que fizeram as balho, e da aflição do seu coração, em que ele anda
m inhas m ãos, com o tam bém para o trabalho que trabalhando debaixo do sol?
eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tu d o era vai­ 2,P orque todos os seus dias são dores, e a sua ocupa­
dade e aflição de espírito, e que proveito nenhum ção é aflição; até de noite não descansa o seucoração;
havia debaixo do sol. tam bém isto é vaidade.
12Então passei a contem plar a sabedoria, e a loucu­ 24N ão há nada m elhor para o hom em do que com er
ra e a estultícia. Pois que fará o hom em que seguir ao e beber, e fazer com que sua alm a goze do bem do seu
rei? O mesmo que outros já fizeram. trabalho. T am bém vi que isto vem da m ão de Deus.
13Então vi eu que a sabedoria é m ais excelente do 25Pois quem p ode com er, o u quem p ode gozar
que a estultícia, q uanto a luz é m ais excelente do melhor do que eu?
que as trevas. 26P orque ao hom em que dbom diante dele, dá Deus
I40 s olhos do hom em sábio estão na sua cabeça, sabedoria e conhecim ento e alegria; m as ao pecador
m as o louco anda em trevas; então tam bém entendi dá trabalho, para que ele ajunte, e am ontoe, para
eu que o m esm o lhes sucede a am bos. dá-lo ao que é b om p eran te Deus. T am bém isto é
l5Assim eu disse no m eu coração: C om o acontece vaidade e aflição de espírito.
ao tolo, assim m e sucederá a m im ; p o r que então
busquei eu m ais a sabedoria? Então disse n o m eu H á, para todas as coisas, u m tem p o d eterm in a ­
coração que tam bém isto era vaidade. do por D eus
16P orque nunca haverá m ais lem brança do sábio T U D O tem o seu tem p o d eterm inado, e há
do que do tolo; p o rq u an to de tudo, nos dias futuros,
total esquecim ento haverá. E com o m orre o sábio,
3 tem po para to d o o pro p ó sito debaixo do céu.
2H á tem po de nascer, e tem po de m orrer; tem po de
assim m orre o tolo! plantar, e tem po de arrancar o que se plantou;

Tudo tem o seu tempo determinado tem de Deus e de Cristo — porque passam a acreditar que sua
(3.1) vida é dirigida pelos astros.
Astrologia. Explica o seguinte: “Já dizia o livro de Um exemplo notório na Bíblia desse afastamento de Deus é a
Eclesiastes: Tudo tem seu tempo determinado, e há tem­ atitude do mago Elimas, que procurava impedir que o procônsul
po para todo o propósito debaixo do céu'. Ou seja, os astros tâm Sérgio Paulo ouvisse a mensagem do evangelho pela boca de
hora certa para tudo, seja um negócio, um casamento, uma cirur­ Paulo. Diz o texto que o apóstolo se dirigiu ao mago e lhe disse:
gia, ou o nascimento de um filho". “Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, ini­
migo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos cami­
_ H RESPOSTA APOLOGÉTICA: Como a astrologia é uma nhos do Senhor?". Como conseqüência, o mago ficou cego por
««=» arte divinatória condenada pela Bíblia, o pior dano que um algum tempo (At 13.10-12).
astrólogo pode causar é contribuir para que as pessoas se afas­

629
ECLESIASTES 3 ,4

’T em po de m atar, e tem po de curar; tem p o de ím pio; p o rq u e há um tem po para to d o o propósito


derrubar, e tem po de edificar; e para toda a obra.
4T em po de chorar, e tem po de rir; tem po de p ra n ­ 1 “Disse eu no m eu coração, q u anto a condição dos
tear, e tem po de dançar; filhos dos hom ens, que D eus os provaria, para que
’T em po de espalhar pedras, e tem po de ajuntar assim pudessem ver que são em si mesm os com o os
pedras; tem po de abraçar, e tem po de afastar-se de animais.
abraçar; ' ‘'Porque o que sucede aos filhos dos hom ens, isso
6T em po de buscar, e tem po de perder; tem po de m esm o tam bém sucede aos anim ais, e lhes sucede
guardar, e tem po de lançar fora; a m esm a coisa; com o m o rre um , assim m o rre o
7Tem po de rasgar, e tem po de coser; tem po de estar outro; e todos têm o m esm o fôlego, e a vantagem dos
calado, e tem po de falar; hom ens sobre os anim ais não é nen h u m a, porque
"Tem po de am ar, e tem po de odiar; tem po de todos são vaidade.
guerra, e tem po de paz. 20T odos vão para u m lugar; todos foram feitos do
9Q ue proveito tem o trabalhador naquilo em que pó, e todos voltarão ao pó.
trabalha?
2' Q uem sabe que o fôlego do hom em vai para cima,
l0T enho visto o trabalho que D eus deu aos filhos
e que o fôlego dos anim ais vai para baixo d a terra?
dos hom ens, para com ele os exercitar.
22Assim que ten h o visto que não há coisa m elhor
1 'T u d o fez form oso em seu tem po; tam bém pôs o
do que alegrar-se o hom em nas suas obras, p orque
m u n d o no coração do homem, sem que este possa
essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver
descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até
o que será depois dele?
ao fim.
n ]á ten h o entendido que não há coisa m elhor para
Os m ales e as tribulações da vida
eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
DEPOIS voltei-m e, e atentei para todas as
l3E tam bém que todo o hom em com a e beba, e
goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom 4 opressões que se fazem debaixo do sol; e eis que
vi as lágrim as dos que foram oprim idos e dos que
de Deus.
14Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eterna­ não têm consolador, e a força estava do lado dos seus
mente; nada se lhe deve acrescentar, enada se lhe deve opressores; m as eles não tinham consolador.
tirar; e isto faz Deus para que haja tem or diante dele. 2P or isso eu louvei os que já m orreram , m ais do que
150 que é, já foi; e o que há de ser, tam bém já foi; e os que vivem ainda.
Deus pede conta do que passou. 3E m elhor que uns e o u tro s é aquele que ainda não
16Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia é; que n ão viu as m ás obras que se fazem debaixo
im piedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade. do sol.
l7Eu disse no m eu coração: D eus julg aráo justo e o 4T am bém vi eu que to d o o trabalho, e toda a destre-

Todos têm o mesmo fôlego po por ocasião da morte. O Novo Testamento afirma a mesma ver­
(3.19-21) dade: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46). “E
apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus,
(Ty í ) Adventlsmo do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeové. recebe o meu espírito" (At 7.59).
\3-lxJ Afirmam que nâo há diferença entre a morte dos homens e
a dos animais, pois ambos vão para o mesmo lugar (a sepultura), Pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?
onde estarão inconscientes. (3.22)
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os corpos dos animais e dos COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O entendimento espíri­
homens não são diferentes na morte, mas não há nada na
Biblia que diga que o homem se torna inconsciente depois de
Í ta despreza por completo a doutrina da transformação do
corpo carnal em corpo espiritual glorificado, especificada no con­
morto. Salomão está afirmando que os corpos de ambos (ho­ texto da ressurreição (1Jo 3.2; 1Co 15.52).
mens e animais) vão para o mesmo lugar, porque foram feitos do No caso em destaque. Salomão declara a impossibilidade de
pó. e todos voltarão ao pó (v. 20). O versículo 21 menciona a par­ sequer uma única nova existência para o homem após sua par­
te do homem que sobrevive à morte: o espirito, que. após a morte tida (morte) e. por conta disso, o homem deve esmerar-se por
do corpo, sobe para Deus. Verdade reiterada na referência 12.7, produzir “bons frutos" enquanto em vida, o que deixa daro que
que diz: ‘ E o espírito volte a Deus, que o deu'. Salomão está voltando a tratar desta questão (9.10), e de forma
Com isso, fica declarado biblicamente que o espírito deixa o cor­ ainda mais enfática.

630
ECLESIASTES 4,5

za em obras, traz ao hom em a invej adoseupróxim o. 5M elhor é que não votes do qüe votares e não
T am bém isto é vaidade e aflição de espírito. cum prires.
50 tolo cruza as suas m ãos, e com e a sua própria 6N ão consintas que a tu a boca faça pecar a tu a
carne. carne, nem digas d ian te do anjo que fo i erro; p o r
'’M elhor é a m ão cheia com descanso do que am bas que razão se iraria D eus contra a tu a voz, e destruiria
as m ãos cheias com trabalho, e aflição de espírito. a obra das tuas mãos?
7O u tra vez m e voltei, e vi vaidade debaixo do sol. 7P orque, com o n a m u ltidão dos sonhos há vai-
sH á um queésó, e não tem ninguém , nem tam p o u ­ dades, assim tam bém nas m uitas palavras; m as tu
co filho nem irm ão; e contudo não cessa do seu tra ­ tem e a Deus.
balho, e tam bém seus olhos não se satisfazem com “Se vires em alguma província opressão do pobre,
riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando e violência do direito e da justiça, não te adm ires
a m in h a alm a do bem? T am bém isto é vaidade e de tal procedim ento; pois quem está altam ente
enfadonha ocupação. colocado tem superior que o vigia; e há m ais altos
9M elhor é serem dois do que um , p orque têm do que eles.
m elhor paga do seu trabalho. 90 proveito da terra é para todos; até o rei se serve
'“P orque se u m cair, o o u tro levanta o seu com pa­ do cam po.
nheiro; m as ai do que estiver só; pois, caindo, não l0Q uem am ar o d inheiro jam ais dele se fartará; e
haverá o u tro que o levante. quem am ar a abundância nunca sefartará d a renda;
"T am bém , se dois dorm irem juntos, eles seaquen- tam bém isto é vaidade.
tarão; mas u m só, com o se aquentará? "O n d e os bens se multiplicam , ali se multiplicam
I2E, se alguém prevalecer co n tra um , os dois lhe tam bém os que deles comem; que mais proveito, pois,
resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra têm os seus donos do que os ver com os seus olhos?
tão depressa. 12Doce é o sono do trabalhador, quer com a pouco
13M elhor éa criança pobre e sábia do que o rei velho quer m uito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.
e insensato, que não se deixa m ais adm oestar. 13H á um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai en ­
‘"Porque um sai do cárcere para reinar; enquanto fermidades: as riquezas que os seus donos guardam
o u tro, que nasceu em seu reino, torna-se pobre. para o seu p ró p rio dano;
15Vi a todos os viventes andarem debaixo do sol l4P orque as m esm as riquezas se perdem p o r qual­
com a criança, a sucessora, que ficará no seu lugar. quer m á ventura, e havendo algum filho nada lhe
l6N ão tem fim todo o povo que foi antes dele; fica na sua mão.
tam pouco os que lhe sucederem se alegrarão dele. ' ’C om o saiu do ventre de sua mãe, assim n u
Na verdade que tam bém isto é vaidade e aflição de tornará, indo-se com o veio; e nada to m ará do seu
espírito. trabalho, que possa levar na sua mão.
l6Assim qwe tam bém isto é u m grave m al que, ju sta­
Vários conselhos práticos m ente com o veio, assim há de ir; e que proveito lhe
GUARDA o teu pé, quando entrares na casa de vem de trabalhar para o vento,
Deus; p orque chegar-se para ouvir é m elhor do 17E de haver com ido todos os seus dias nas trevas, e de
que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que haver padecido m uito enfado, e enfermidade, e furor?
fazem mal. l8Eis aqui o que eu vi, um a boa e bela coisa: com er e
2N ão te precipites com a tua boca, nem o teu cora­ beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho,
ção se apresse a p ro n u n ciar palavra algum a diante em que trabalhou debaixo d o sol.todososdiasde vida
de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção.
a terra; assim sejam poucas as tuas palavras. I9E a todo o hom em , a quem Deus deu riquezas e
3Porque, da m uita ocupação vêm os sonhos, e a voz bens, e lhe deu poder para delas com er e tom ar a sua
do tolo da m ultidão das palavras. porção, e gozar do seu trabalho, isto é d o m de Deus.
■'Quando a D eus fizeres algum voto, não tardes 20P o rq u e não se lem brará m u ito dos dias da sua
em cum pri-lo; porque não se agrada de tolos; o que vida; p o rq u an to D eus lhe enche de alegria o seu
votares, paga-o. coração.

631
ECLESIASTES 6,7

O m al debaixo do sol 6P orque qual o crepitar dos espinhos debaixo


HÁ um m al que tenho visto debaixo do sol, e é de uma panela, tal é o riso do tolo; tam b ém isto è
6 m u i freqüente entre os hom ens:
2Um hom em a quem D eus deu riquezas, bens e
vaidade.
7 V erdadeiram ente que a opressão faria endoidecer
ho n ra, e nada lhe falta de tu d o q uanto a sua alm a até ao sábio, e o suborno corrom pe o coração.
deseja, e Deus não lhe dá p o d er para daí com er, “M elhor é o fim das coisas do que o princípio delas;
antes o estranho lho come; tam bém isto é vaidade e m elhor è o paciente de espírito do que o altivo de
m á enferm idade. espírito.
3Se o hom em gerar cem filhos, e viver m uitos anos, 9N ão te apresses n o teu espírito a irar-te, p o rq u e a
e os dias dos seus anos forem m uitos, e se a sua alma ira repousa no íntim o dos tolos.
não se fartar do bem , e além disso não tiver sepultu­ l0N unca digas: P or q ue foram os dias passados
ra, digo que um aborto é m elhor do que ele. m elhores do que estes? P orque não provém da sa­
■•Porquanto debalde veio, e em trevas se vai, e de bedoria esta pergunta.
trevas se cobre o seu nom e. 1 ‘T ão boa è a sabedoria com o a herança, e dela
SE ainda que nunca viu o sol, nem conheceu nada, tiram proveito os que vêem o sol.
m ais descanso tem este do que aquele. 12P orquea sabedoria serve de defesa, com o de defesa
6E, ainda que vivesse duas vezes mil anos e não go­ serve o dinheiro; mas a excelência do conhecim ento é
zasse o bem , não vão todos para um m esm o lugar? que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.
7T odo o trabalho do hom em é para a sua boca, e 13A tenta para a obra de Deus; p o rq u e quem poderá
co n tu d o nunca se satisfaz o seu apetite. endireitar o que ele fez torto?
sP orque, que mais tem o sábio do que o tolo? E que ,4N o dia da prosperidade goza do bem , m as n o dia
mais tem o pobre que sabe an d ar perante os vivos? da adversidade considera; porque tam bém Deus fez
‘'M elhor é a vista dos olhos do que o vaguear da a este em oposição àquele, para que o h om em nada
cobiça; tam bém isto é vaidade e aflição de espírito. descubra do que há de vir depois dele.
l0Seja qualquer o que for, já o seu nom e foi nom ea­ 1 ’T u d o isto vi nos dias da m in h a vaidade: há justo
do, e sabe-se que é hom em , e que não pode co n ten ­ que perece na sua justiça, e há ím pio que prolonga
der com o que é m ais forte do que ele. os seus dias na sua m aldade.
1 ‘N a verdade que há m uitas coisas que m ultiplicam l6N ão sejas dem asiadam ente justo, nem dem asia­
a vaidade; que mais tem o hom em de melhor? dam en te sábio; p o r que te destruirias a ti mesmo?
l2Pois, quem sabe o que é b om nesta vida para o 17N ão sejas dem asiadam ente ím pio, nem sejas
hom em , por todos os dias da sua vida de vaidade, louco; p o r que m orrerias fora de teu tem po?
os quais gasta com o som bra? Q uem declarará ao l8Bom é que retenhas isto, e tam bém daquilo não
hom em o que será depois dele debaixo do sol? retires a tu a mão; p o rq u e quem tem e a D eus escapa
de tu d o isso.
As vantagens do sofrim ento, da paciência, I9A sabedoria fortalece ao sábio, m ais do que dez
e da m oderação poderosos que haja na cidade.
M ELHOR é a boa fam a do que o m elhor un- 20N a verdade que não há hom em justo sobre a terra,
7 güento, e o dia da m orte do que o dia do nasci­
m ento de alguém.
que faça o bem , e nunca peque.
2,T am pouco apliques o teu coração a todas as p a­
2M elhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde lavras que se disserem , para que não venhas a ouvir
há banquete, porque naquela está o fim de todos os o te u servo am aldiçoar-te.
hom ens, e os vivos o aplicam ao seu coração. 22P orque o teu coração tam bém já confessou que
3M elhor é a m ágoa do que o riso, po rq u e com a m uitas vezes tu am aldiçoaste a outros.
tristeza do rosto se faz m elhor o coração. 2íT u d o isto provei-o pela sabedoria; eu disse:
40 coração dos sábios está na casa do luto, m as o Sabedoria adquirirei; m as ela ainda estava longe
coração dos tolos na casa da alegria. de m im .
5M elhor ^ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir 240 que já sucedeu é rem o to e profundíssim o;
alguém a canção do tolo. quem o achará?

632
ECLESIASTES 7 ,8 ,9

25Eu apliquei o m eu coração para saber, e inquirir, e A vaidade n a m aldade e na ju stiça


buscar a sabedoria e a razão das coisas, e para conhe­ 11P orquanto não se executa logo o juízo sobre a m á
cer que a im piedade é insensatez e que a estultícia é obra, p o r isso o coração dos filhos dos hom ens está
loucura. inteiram ente disposto para fazer o mal.
26E eu achei um a coisa m ais am arga do que a m orte, 12Ainda que o pecador faça o m al cem vezes, e os dias
a m ulher cujo coração são redes e laços, e cujas m ãos se lhe prolonguem , co n tu d o eu sei com certeza que
são ataduras; quem for bo m diante de Deus escapará bem sucede aos que tem em a Deus, aos que tem em
dela, mas o pecador virá a ser preso p o r ela. diante dele.
27Vedes aqui, isto achei, diz o pregador, conferindo 1 3Porém o ím pio não irá bem , e ele não prolongará
um a coisa com a o u tra para achar a razão delas; os seus dias, que são com o a som bra; p o rq u e ele não
28A qual ainda busca a m inha alm a, porém ainda tem e diante de Deus.
não a achei; um hom em entre mil achei eu, m as um a 14Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra:
m ulher entre todas estas não achei. que há justos a quem sucede segundo as obras dos
29Eis aqui, o que tão-som ente achei: que Deus fez ao ím pios, e há ím pios a quem sucede segundo as obras
hom em reto, porém eles buscaram m uitas astúcias. dos justos. Digo que tam bém isto é vaidade.
l5Então louvei eu a alegria, p o rq u an to p ara o
A obediência devida ao rei hom em nada h á m elh o r debaixo do sol d o que
QUEM é com o o sábio? E quem sabe a in ter­ com er, beber e alegrar-se; p o rq u e isso o aco m p a­

8 pretação das coisas? A sabedoria do hom em faz


brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se m uda.
nhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus
lhe dá debaixo d o sol.
l6Aplicando eu o m eu coração a conhecer a sabedo­
2Eu digo: Observa o m andam ento do rei, e isso em
ria, e a ver o trabalho que há sobre a terra (que nem de
consideração ao ju ram en to que fizeste a Deus.
dia nem de noite vê o hom em sono nos seus olhos);
3N ão te apresses a sair da presença dele, nem p er­
l7Então vi to d a a o bra de D eus, que o h o m em não
sistas em algum a coisa m á, p o rq u e ele faz tu d o o
pode perceber, a o bra qu e se faz debaixo do sol; p o r
que quer.
mais que trabalhe o hom em para a descobrir, não a
4P orque a palavra do rei tem poder; e quem lhe
achará; e, ainda que diga o sábio que a conhece, nem
dirá: Q ue fazes?
por isso a poderá com preender.
5Q uem guardar o m an d am en to não experim en­
tará n en h u m mal; e o coração do sábio discernirá o
As m esm as coisas su ced em aos ju sto s e injustos
tem po e o juízo.
DEVERAS todas estas coisas considerei n o m eu
6P orque para to d o o propósito hásew tem poejuízo;
po rq u anto a m iséria do hom em pesa sobre ele.
9 coração, para declarar tu d o isto: que os justos, e
os sábios, e as suas obras, estão nas m ãos de Deus, e
7P orque não sabe o que há de suceder, e quando há também o hom em não conhece nem o am or nem o
de ser, quem lho dará a entender? ódio; tu d o passa p erante ele.
8N enhum hom em há que tenha dom ínio sobre o 2Tudo sucede igualm ente a todos; o m esm o sucede
espírito, para o reter; nem tam pouco tem ele poder ao ju sto e ao ím pio, ao b om e ao p u ro , com o ao
sobre o dia da m orte; com o tam bém não há licença im puro; assim ao que sacrifica com o ao que não
nesta peleja; nem tam pouco a im piedade livrará aos sacrifica; assim ao b o m com o ao pecador, ao que
ímpios. jura com o ao que tem e o juram ento.
’T u d o isto vi quando apliquei o m eu coração a toda 3 Este é o mal que h á en tre tu d o q u an to se faz debai­
a obra que se faz debaixo do sol; tem po há em que xo do sol; a todos sucede o m esm o; e que tam bém
um hom em tem dom ínio sobre outro hom em , para o coração dos filhos dos hom ens está cheio de m al­
desgraça sua. dade, e que há desvarios no seu coração en q u an to
'“Assim tam bém vi os ím pios, qu an d o os sepul­ vivem, e depois se vão aos m ortos.
tavam; e eles entravam , e saíam do lugar santo; e 4O ra, para aquele que está entre os vivos há espe­
foram esquecidos na cidade, em que assim fizeram; rança (p o rq u e m elh o r é o cão vivo do que o leão
tam bém isso é vaidade. m orto).

633
ECLESIASTES 9,10

5P orque os vivos sabem que hão de m orrer, mas os A sabedoria é s u p e rio ra loucura
m ortos não sabem coisa nenhum a, nem tam pouco IJT am bém vi esta sabedoria debaixo do sol, que
terão eles recom pensa, m as a sua m em ória fica en­ para m im foi grande:
tregue ao esquecim ento. 14Houve um a pequena cidade em que havia poucos
T a m b é m o seu am or, o seu ódio, e a sua inveja já hom ens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou
pereceram , e já não têm parte algum a para sempre, e levantou co n tra ela grandes baluartes;
em coisa algum a do que se faz debaixo do sol. ’’E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou
7 Vai, pois, com e com alegria o teu pão e bebe com aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lem ­
coração contente o teu vinho, pois já D eus se agrada brava daquele p o b re hom em .
das tuas obras. l6Então disse eu: M elhor é a sabedoria do que a
sEm to d o o tem po sejam alvas as tuas roupas, e força, ainda que a sabedoria do pobre fo i despreza­
nu n ca falte o óleo sobre a tu a cabeça. da, e as suas palavras não foram ouvidas.
9Goza a vida com a m ulher que am as, todos os 17As palavras dos sábios devem em silêncio ser
dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do ouvidas, mais do que o clam or do que dom ina entre
sol, todos os dias da tua vaidade; p orque esta é a tua os tolos.
porção nesta vida, e do teu trabalho, que tu fizeste 1 “M elhor é a sabedoria do que as arm as de guerra,
debaixo do sol. porém um só pecador destrói m uitos bens.
l0T udo quanto te vier à m ão para fazer, faze-o
conform e as tuas forças, p orque na sepultura, para A loucura é a causa de m u ita s desgraças
onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhe­ ASSIM com o as m oscas m ortas fazem
cim ento, nem sabedoria alguma. exalar m au cheiro e inutilizar o ungüento
1 ‘V oltei-m e, e vi debaixo do sol que não é dos li­ do perfum ador, assim é, para o fam oso em sabedoria
geiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem ta m ­ e em honra, um p ouco de estultícia.
pouco dos sábios o pão, nem tam pouco dos p ru ­ 20 coração do sábio está à sua direita, m as o coração
dentes as riquezas, nem tam pouco dos entendidos do tolo está à sua esquerda.
o favor, m as que o tem po e a o p o rtu n id ad e oco r­ 3E, até q u ando o tolo vai pelo cam inho, falta-lhe o
rem a todos. seu entendim ento e diz a todos que é tolo.
12Q ue tam bém o ho m em não sabe o seu tem po; 4Levantando-se contra ti o espírito do governador,
assim com o os peixes que se pescam com a rede m a­ não deixes o teu lugar, porque a submissão é um re­
ligna, e com o os passarinhos que se prendem com o m édio que aplaca grandes ofensas.
laço, assim se enlaçam tam bém osfilhosdos hom ens ’’A inda há um m al que vi debaixo do sol, com o o
no m au tem po, quando cai de repente sobre eles. erro que procede do governador.

Os mortos não sabem coisa nenhuma Os mortos não sabem coisa nenhuma
(9.5,6) (9-5,6)

(TVTt Adventlsmo do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová. cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O culto aos antepassa-
\Íu U Afirmam que os mortos não sabem nada, querendo dizer U dos que o taoísmo possui em comum com as demais reli­
com isso que estão inconscientes. giões do extremo Oriente não é apenas uma idolatria, mas tam­
bém uma impossibilidade. Os mortos, por melhor que tenham
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em estudo de­ sido suas obras, )á pereceram. Não têm parle alguma com qual­
clara que “os mortos não sabem coisa nenhuma, nem quer coisa que se faça debaixo do sol. Sua esfera de existência
tampouco terão eles recompensa". Se o interpretarmos de é o sheol/hades. Logo, nào participam das atividades humanas
modo absoluto, somos forçados a admitir que todos os mor­ (Lc 15.19-31). O culto aos antepassados toma-se, então, um tipo
tos estão nivelados pela inconsciência, sem nenhuma possi­ de contato com os demônios (1Co 10.19,20).
bilidade de obter recompensa. Mas tanto as testemunhas de
Jeová quanto os adventistas admitem que uma classe de mor­ O seu ódio [...] Já não têm parte alguma para sempre
tos vai ressuscitar e terá recompensas (Dn 12.2; Jo 5.28,29; (9.6)
At 24.15; Ap 22.12).
Espiritismo. Acredita que o ódio permanece no homem
Logo, há de se admitir que a interpretação correta da passagem
“mesmo depois de haver deixado a terra [...] seguindo-o
tem outro sentido: está afirmando que os mortos não sabem nada
de uma existência a outra"
do que se faz debaixo do sol (v. 6). Com relação à vida presente,
na verdade, nenhum morto tem qualquer relacionamento com os . H RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta descabida interpre-
que aqui ficam, mas isso não quer dizer que não tenham consciên­ = tação deseja fundamentar o conceito espírita da reen-
cia no lugar para onde há de ir. Se for fiel, irá para o céu. carnaçáo, buscando alicerçar a presença de características de

634
ECLESIASTES 10,11,12

6 A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ’Assim com o tu não sabes qual o cam inho do
ricos estão assentados em lugar baixo. vento, nem com o se fo rm a m os ossos no ventre da
^ i os servos a cavalo, e os príncipes andando sobre mulher grávida, assim tam bém não sabes as obras de
a terra com o servos. Deus, que faz todas as coisas.
sQ uem abrir um a cova, nela cairá, e quem rom per 6Pela m an h ã semeia a tu a sem ente, e à tarde não
um m uro, uma cobra o m orderá. retires a tu a m ão, p o rq u e tu não sabes qual prospe­
’Aquele que tran sp o rta pedras, será m altratado rará, se esta, se aquela, o u se am bas serão igualm ente
por elas, e o que racha lenha expõe-se ao perigo. boas.
1 °Se estiver em botado o ferro, e não se afiar o corte, 7C ertam ente suave è a luz, e agradável é aos olhos
então se deve redobrar a força; m as a sabedoria é ver o sol.
excelente para dirigir. “Porém , se o hom em viver m uitos anos, e em todos
1 'Seguram ente a serpente m orderá antes de estar eles se alegrar, tam bém se deve lem b rar dos dias
encantada, e o falador não é m elhor. das trevas, porque hão de ser m uitos. T udo q u anto
12Nas palavras da boca do sábio há favor, porém os sucede é vaidade.
lábios do tolo o devoram . 9Alegra-te, jovem , na tu a m ocidade, e recreie-se o
' 3O princípio das palavras da sua boca éa estultícia, teu coração nos dias da tu a m ocidade, e anda pelos
e o fim do seu falar um desvario péssimo. cam inhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos;
I40 tolo m ultiplica as palavras, porém , o hom em sabe, porém , que p o r todas estas coisas te trará Deus
não sabe o que será; e quem lhe fará saber o que será a juízo.
depois dele? l0Afasta, pois, a ira do teu coração, e rem ove da tua
I50 trabalho dos tolos a cada um deles fatiga, carne o mal, p o rq u e a adolescência e a juventude
porque não sabem com o ir à cidade. são vaidade.
l6Ai de ti, ó terra, quando teu rei é um a criança, e
cujos príncipes com em de m anhã. A m ocidade deve preparar-se para a ve lh ic e e
l7Bem -aventurada tu, ó terra, quando teu rei é filho para a m o rte
dos nobres, e teus príncipes com em a tem po, para se 1 LEMBRA-TE tam bém do teu C riador nos
fortalecerem , e não para bebedice. X 6m i dias da tu a m ocidade, antes que venham os
l8P or m uita preguiça se enfraquece o teto, e pela m aus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a
frouxidão das m ãos a casa goteja. dizer; N ão tenho neles contentam ento;
l9Para rir se fazem banquetes, e o vinho produz 2A ntes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as
alegria, e p o r tudo o dinheiro responde. estrelas, e to rn em a vir as nuvens depois da chuva;
20N em ainda no teu pensam ento am aldiçoesao rei, 3N o dia em que trem erem os guardas da casa, e se
nem tam pouco no m ais interior da tu a recâm ara encurvarem os h om ens fortes, e cessarem os m oe­
am aldiçoes ao rico; porque as aves dos céus levariam dores, p o r já serem poucos, e se escurecerem os que
a voz, e os que têm asas dariam notícia do assunto. olham pelas janelas;
4E as portas da rua se fecharem p o r causa do baixo
Façam os o q u e é bom n o tem po oportuno ruído da m oedura, e se levantar à voz das aves, e
1 LANÇA o teu pão sobre as águas, porque todas as filhas da m úsica se abaterem .
1X depois de m uitos dias o acharás.
2R epartecom sete, e ainda atécom oito, porque não
5C om o tam bém quando tem erem o que é alto, e
houver espantos no cam inho, e florescer a am en d o ­
sabes que mal haverá sobre a terra. eira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite;
’E stando as nuvens cheias, d erram am a chuva porqu e o hom em se vai à sua casa eterna, e os pran-
sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, o u para o teadores andarão ro d ean d o pela praça;
norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará. 6Antes que se ro m p a o cordão de prata, e se quebre
4Q uem observa o vento, nunca sem eará, e o que o copo de o u ro , e se despedace o cântaro ju n to à
olha para as nuvens nunca segará. fonte, e se quebre a roda ju n to ao poço,

pessoas falecidas entre os vivos, conceito inaceitável no con- após a morte, o homem nào tem qualquer participação na so-
texto bíblico. Os sentimentos humanos, tanto bons como maus, ciedade fisicamente operante, conforme o versículo em apre-
nâo podem produzir efeitos no mundo dos vivos, uma vez que, ço (Lc 16.19-31).

635
ECLESIASTES 12

7E o pó volte à terra, com o o era, e o espírito volte a "A s palavras dos sábios são com o aguilhões, e
Deus, que o deu. com o pregos, bem fixados pelos m estres das assem­
"Vaidade de vaidades, diz o pregador, tu d o é vai­ bléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.
dade. l2E,demaisdisto,fiJho m eu,atenta: não/wílimitepara
9E, q u an to m ais sábio foi o pregador, tan to mais fazer livros, e o m uito estudar é enfado da carne.
ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadri­ ‘ ’De tu d o o que se tem ouvido, o fim é: T em e a
n h ando, com pôs m uitos provérbios. Deus, e guarda os seus m andam entos; p orque isto é
o dever de to d o o hom em .
Todo o dever do h o m em l4P orque D eus há de trazer a juízo to d a a obra, e
'“P ro cu ro u o pregador achar palavras agradáveis; e até tu d o o que está encoberto, q uer seja bom , quer
escreveu-as com retidão, palavras de verdade. seja mau.

Guarda os seus mandamentos (S11.1-3). Não se trata especificamente do decálogo. Os supos­


(12.13,14) tos guardadores do sábado são transgressores da lei que preten­
dem guardar, pois não observam os 613 mandamentos contidos
(WS) Adventlsmo do Sétimo Dia. Declara que os mandamen-
no livro da lei (Gl 2.16; 3.11).
\3IXI tos mencionados na referência em estudo são os Dez Man­
Onde encontramos, no decálogo, o mandamento de visitaras viú­
damentos, pelos quais seremos julgados. E mais: se alguém não
vas, os enfermos e os órfãos (Tg 1.26,27)? O mandamento para que
guardar o quarto mandamento— o sábado — será condenado.
sejamos sóbrios, pacientes, amorosos? Em que parte são comba­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Este livro foi escrito pelo rei tidos, ainda no decálogo, pecados como ciúme, ansiedade, temor,
o Salomão, e os reis deveriam ter a seu lado uma cópia do li­ bebedeiras, impaciência e tantos outros? A Bíblia declaraque os que
vro da lei (Dt 17.15-19). Deveriam lê-la diariamente e meditar nela tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus (Gl 5.16.21).

636
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Cantares de Salomão
T ítulo
C om o o p róprio nom e indica, trata-se de um cântico, m ais precisam ente de um cântico de am or. A ex­
pressão “Cântico dos cânticos” significa algo superior, de extrem a beleza. Tam bém é, algumas vezes, d eno­
m inado C antares de Salomão, evocando o seu autor.

A utoria e data
Na abertura do livro, já tem os declarado o seu autor. Pelo que sabem os da narrativa de 1Reis 4.32, Sa­
lom ão escreveu mil e cinco cânticos. Assim, o livro de C antares pode ser a junção de alguns desses cânti­
cos, sob um m esm o tem a.
Alguns acham que este Cântico faça parte de um período tardio na vida de Salomão, q u an d o se arre­
pende de sua vida de poligam ia e se volta ao am o r de um a única m ulher. D e qualquer form a, o livro deve
ter sido escrito no século 9a a.C. É um trabalho reconhecido por m uitos eruditos com o sendo genuina­
m ente de S alom ão..

A ssunto
Em resum o, o livro pode ser descrito da seguinte form a: a expressão do am o r de Salom ão pela sulami-
ta. Seu nom e não é referido, apenas sua origem geográfica, Sulã. É difícil ju n ta r os diversos cânticos para
form ar um a narrativa cronologicam ente inteligível. Parece m ais um a história com u m tem a geral em que
diversos quadros sem ligação entre si são apresentados.
O livro, geralm ente, é interpretado de form a alegórica. O s judeus o lêem d u ran te a festa da Páscoa,
com o um a representação do am o r de D eus por Israel. Na Era cristã, passou a representar o am o r de Cristo
por sua Igreja, o u a união m ística da alm a fiel com Cristo. Seu sentido literal, com o representação do am o r
conjugal, foi deixado de lado, em bora tenha sido, algum as vezes, encarado dessa form a n a história da Igre­
ja, principalm ente nos tem pos m ais m odernos.

Ê nfase apologética
Tom ado em seu sentido literal, o livro de Cantares oferece um testem unho sólido para a coerência da
revelação divina. O ascetism o relacionado à vida sexual e conjugal, encontrado no O cidente cristianizado,
não é um produto das Escrituras Sagradas, mas, sim, da filosofia grega. O celibato clerical é co n trário ao
pensam ento da Bíblia, um a vez que vem os o am or conjugal cantado em tão belas palavras e sim bolizando
o am o r de Deus p o r Israel e de C risto pela Igreja.
Tal ascetismo foi longe dem ais, a p o n to de identificar o pecado original com o ato sexual. O livro de
Cantares apresenta a dem onstração de am or recíproco entre Salom ão e a sulam ita em to d a a sua beleza e
pureza, desfazendo, dessa form a, a falsa interpretação do cristianism o rom ano.
O LIVRO DE

C a n ta r es
A esposa anela pelo seu esposo 16Eis que és form oso, ó am ado m eu, e tam bém
amável; o nosso leito é verde.
CÂNTICO dos cânticos, que é de Salomão. 17As traves da nossa casa são de cedro, as nossas va­
^Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque randas de cipreste.
m elhor é o teu am or do que o vinho.
’Suave é o arom a dos teus ungüentos; como o un- EU sou a rosa de Sarom , o lírio dos vales.
güento derram ado é o teu nom e; por isso as virgens 2Q ual o lírio entre os espinhos, tal é m eu am or
te am am . entre as filhas.
4 Leva-me tu; correrem os após ti. O rei m e in tro d u ­ ’Q ual a m acieira entre as árvores do bosque, tal
ziu nas suas câmaras; em ti nos regozijarem os e nos é o m eu am ado entre os filhos; desejo m uito a sua
alegrarem os; do teu am or nos lem brarem os, mais som bra, e debaixo dela m e assento; e o seu fruto é
do que do vinho; os retos te am am . doce ao m eu paladar.
5Eu sou m orena, porém form osa, ó filhas de Jeru­ 4Levou-m e à casa do banquete, e o seu estandarte
sobre m im era o am or.
salém, com o as tendas de Q uedar, com o as cortinas
’Sustentai-m e com passas, confortai-m e com
de Salomão.
maçãs, p orque desfaleço de amor.
6N ão olheis para o eu ser m orena, porque o sol res­
6 A sua mão esquerda esteja debaixo da m inha
plandeceu sobre m im ; os filhos de m inha m ãe indig­
cabeça, e a sua mão direita m e abrace.
naram -se contra m im , puseram -m e p o r guarda das
7Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e
vinhas; a m inha vinha, porém , não guardei.
cervas do cam po, que não acordeis nem desperteis o
7Dize-me, ó tu, a quem am a a m inha alma: O nde
meu am or, até que queira.
apascentas o teu rebanho, onde o fazes descansar ao
8 Esta é a voz do m eu am ado; ei-lo aí, que já vem sal­
meio-dia; pois po r que razão seriaeucom oaqueanda
tan d o sobre os m ontes, pulando sobre os outeiros.
errante junto aos rebanhos de teus companheiros?
90 m eu am ado é sem elhante ao gam o, ou ao filho
8Se tu não o sabes, ó m ais form osa entre as m u lh e­
do veado; eis que está detrás da nossa parede, olh an ­
res, sai-te pelas pisadas do rebanho, e apascenta as do pelas janelas, espreitando pelas grades.
tuas cabras ju n to às m oradas dos pastores. IH0 m eu am ado fala e m e diz: Levanta-te, m eu
9Às éguas dos carros de Faraó te com paro, ó m eu am or, form osa m inha, e vem.
amor. 11 P orque eis que passou o inverno; a chuva cessou,
'“Form osas são as tuas faces entre os teus enfeites, o e se foi;
teu pescoço com os colares. ,2A parecem as flores na terra, o tem po de cantar
“ Enfeites de ouro te farem os, com incrustações chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
de prata. 13 A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em
12E nquanto o rei está assentado à sua mesa, o m eu flor exalam o seu arom a; levanta-te, m eu am or, for­
nardo exala o seu perfum e. m osa m inha, e vem.
1 ’O m eu am ado é para m im como um ram alhete de 14Pom ba m inha, que andas pelas fendas das penhas,
m irra, posto entre os m eus seios. no oculto das ladeiras, m ostra-m e a tua face, faze-
u Como um ram alhete de hena nas vinhas de En- m e ouvir a tu a voz, porque a tua voz é doce, e a tu a
Gedi é para m im o m eu am ado. face graciosa.
15Eis que és form osa, ó m eu am or, eis que és fo rm o ­ 1 ’A panhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem
sa; os teus olhos são com o os das pom bas. m al às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.

638
CANTARES 2 ,3 ,4 ,5

'"O m eu am ado é m eu, e eu sou dele; ele apascenta falar é agradável; a tu a fronte é qual um pedaço de
o seu rebanho entre os lírios. rom ã entre os teus cabelos.
17Até que refresque o dia, e fujam as som bras, volta, 40 teu pescoço é com o a to rre de Davi, edificada
am ado meu; faze-te sem elhante ao gam o ou ao filho para p en d u ra r arm as; m il escudos pendem dela,
dos veados sobre os m ontes de Beter. todos broquéis de poderosos.
5Os teus dois seios são com o dois filhos gêmeos da
DE noite, em m inha cam a, busquei aquele a gazela, que se apascentam entre os lírios.
3 quem am a a m inha alma; busquei-o, e não o
achei.
6Até que refresque o dia, e fujam as som bras, irei ao
m onte da m irra, e ao outeiro do incenso.
2Levantar-m e-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas 7Tu és to d a form osa, m eu am or, e em ti não há
ruas e pelas praças buscarei aquele a quem am a a m ancha.
m inha alma; busquei-o, e não o achei. 8Vem com igo do Líbano, ó m in h a esposa, vem
JA charam -m e os guardas, que rondavam pela com igo do Líbano; olha desde o cum e de Am ana,
cidade; eu lhes perguntei: Vistes aquele a quem am a desde o cum e de Senir e de H erm o m , desde os covis
a m inha alma? dos leões, desde os m ontes dos leopardos.
4A partando-m e eu um pouco deles, logo achei 9Enlevaste-m e o coração, m in h a irm ã, m inha
aquele a quem am a a m inh a alm a; agarrei-m e a ele, esposa; enlevaste-m e o coração com um dos teus
e não o larguei, até que o introduzi em casa de m inha olhares, com u m colar do teu pescoço.
mãe, na câm ara daquela que m e gerou. 10Q ue belos são os teus am ores, m in h a irm ã, esposa
!Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e m inha! Q u an to m elh o r é o teu am o r do que o vinho!
cervas do cam po, que não acordeis, nem desperteis E o arom a dos teus unguentos do que o de todas as
o m eu am or, até que queira. especiarias!
"Favos de mel m anam dos teus lábios, m inha
O cortejo n u p c ia l esposa! Mel e leite estão debaixo da tu a língua, e o
'’Q uem éesta que sobe do deserto, com o colunas de cheiro dos teus vestidos é com o o cheiro do Líbano.
fumaça, perfum ada de m irra, de incenso, e de todos l2Jardim fechado és tu , m in h a irm ã, esposa m inha,
os pós dos mercadores? m anancial fechado, fonte selada.
7Eis que é a liteira de Salom ão; sessenta valentes ,3Os teus renovos são um p o m ar de rom ãs, com
estão ao redor dela, dos valentes de Israel; frutos excelentes, o cipreste com o nardo.
sTodos arm ados de espadas, destros na guerra; cada ,40 nardo, e o açafrão, o cálam o, e a canela, com
um com a sua espada à cinta p or causa dos tem ores toda a sorte de árvores de incenso, a m irra e aloés,
noturnos. com todas as principais especiarias.
90 rei Salomão fez para si um a carruagem de m a­ l5És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que
deira do Líbano. correm do Líbano!
l0Fez-lhe as colunas de prata, o estrado de ouro, o l''Levanta-te, vento n o rte, e vem tu , vento sul; as­
assento de púrp u ra, o interior revestido com am or, sopra no m eu jardim , para que destilem os seus
pelas filhas de Jerusalém. arom as. Ah! entre o m eu am ado n o seu jardim , e
1 'Saí, ó filhas de Sião, e contem plai ao rei Salomão com a os seus frutos excelentes!
com a coroa com que o coroou sua m ãe no dia do seu
desposório e no dia do júbilo do seu coração. Os pen sa m en to s da esposa sobre o esposo
JÁ entrei no m eu jard im , m in h a irm ã, m in h a
O esposo ex p rim e o seu am or pela esposa 5esposa; colhi a m in h a m irra com a m in h a espe­
EIS que és form osa, m eu am or, eis que és form o­ ciaria, com i o m eu favo com o m eu mel, bebi o m eu
4 sa; os teus olhos são como os das pom bas entre as vinho com o m eu leite; comei, amigos, bebei a b u n ­
tuas tranças; o teu cabelo écom o o rebanho de cabras dantem ente, ó am ados.
que pastam no m onte de Gileade. 2Eu dorm ia, m as o m eu coração velava; e eis a voz
2O steus dentes são com o o rebanho das ove/has to s­ d o m eu am ado que está batendo: abre-m e, m inha
quiadas , que sobem do lavadouro, e das quais todas irm ã, m eu am or, pom b a m inha, im aculada m inha,
produzem gêmeos, e n enhum a há estéril entre elas. porque a m in h a cabeça está cheia de orvalho, os
3Os teus lábios são com o um fio de escarlate, e o teu m eus cabelos das gotas da noite.

639
CANTARES 5 ,6 ,7

3Já despi a m inha roupa; com o a to rnarei a vestir? Já O esposo descreve a sua esposa
lavei os m eus pés; com o os tornarei a sujar? "Form osa és, m eu am or, com o Tirza, aprazível
40 m eu am ado pôs a sua m ão pela fresta da porta, e com o Jerusalém, terrível com o u m exército com
as m inhas entranhas estrem eceram po r am or dele. bandeiras.
5Eu m e levantei para abrir ao m eu am ado, e as ’Desvia de m im os teus olhos, p orque eles m e d o ­
m inhas m ãos gotejavam m irra, e os m eus dedos m inam . O teu cabelo é com o o rebanho das cabras
m irra com doce arom a, sobre as aldravas da fecha­ que aparecem em Gilçade.
dura. '’O s teus dentes são com o o rebanho de ovelhas que
6Eu abri ao m eu am ado, m as já o m eu am ado tinha sobem do lavadouro, e das quais todas produzem
se retirado, e tinha ido; a m inha alm a desfaleceu gêmeos, e não há estéril entre elas.
quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei- 7C om o um pedaço de rom ã, assim são as tuas faces
o e não m e respondeu. entre os teus cabelos.
7A charam -m e os guardas que rondavam pela ci­ “Sessenta são as rainhas, e oitenta as concubinas, e
dade; espancaram -m e, feriram -m e, tiraram -m e o as virgens sem núm ero.
m anto os guardas dos m uros. 9Porém um a é a m in h a pom ba, a m in h a im acu ­
8Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achar­ lada, a única de sua mãe, e a m ais querida daquela
que a deu à luz; v iram -na as filhas e cham aram -na
des o m eu am ado, lhe digais que estou enferm a de
bem -aventurada, as rainhas e as concubinas louva­
amor.
ram -na.
9Q ue é o teu am ado m ais do que ou tro am ado, ó tu, a
"’Q uem é esta que aparece com o a alva do dia, for­
mais form osa entre as mulheres? Q ue é o teu am ado
m osa com o alua, brilhante com o o sol, terrível com o
mais do que outro am ado, que tanto nos conjuras?
um exército com bandeiras?
l0O m eu am ado é branco e rosado; ele é o p rim ei­
11 Desci ao jard im das nogueiras, para ver os frutos
ro entre dez mil.
do vale, a ver se floresciam as vides e brotavam as ro-
11A sua cabeça é cot?io o ouro m ais apurado, os seus
mãzeiras.
cabelos são crespos, pretos com o o corvo.
12A ntes de eu o sentir, m e pôs a m in h a alm a nos
l2Os seus olhos são com o os das pom bas ju n to às
carros do m eu n obre povo.
correntes das águas, lavados em leite, postos em en­
13Volta, volta, ó Sulamita, volta, volta, para que nós
gaste.
te vejam os. Por que olhais para a Sulam ita com o
l3As suas faces são com o um canteiro de bálsam o,
para as fileiras de dois exércitos?
como flores perfum adas; os seus lábios são como
lírios gotejando m irra com doce arom a. Q U Ã O form osos são os teus pés nos sapatos, ó
l4As suas m ãos são como anéis de ouro engastados
de berilo; o seu ventre como alvo m arfim , coberto
7 filha do príncipe! Os co n to rn o s de tuas coxas
são com o jóias, trabalhadas p o r m ãos d e artista.
de safiras. 20 teu um bigo como uma taça redonda, a que não
n As suas pernas como colunas de m árm ore, colo­ falta bebida; o teu ventre como m o n tão de trigo, cer­
cadas sobre bases de ouro puro; o seu aspecto com o cado delírios.
o Líbano, excelente com o os cedros. 'O s teus dois seios com o dois filhos gêm eos de
I6A sua boca é m uitíssim o suave; sim , ele é total­ gazela.
m ente desejável. Tal é o m eu am ado, e tal o m eu 40 teu pescoço com o a to rre de m arfim ; os teus
amigo, ó filhas de Jerusalém. olhos como as piscinas de H esbom , ju n to à p o rta de
Bate-Rabim; o teu nariz com o to rre do Líbano, que
PARA on d e foi o teu am ado, ó m ais form osa olha para Damasco.
6 entre as m ulheres? Para onde se retirou o teu
am ado, para que o busquem os contigo?
5A tu a cabeça sobre ti é com o o m onte C arm elo, e
os cabelos da tu a cabeça com o a p ú rp u ra; o rei está
20 m eu am ado desceu ao seu jardim , aos cantei­ preso nas galerias.
ros de bálsam o, para apascentar nos jardins e para '’Q uão form osa, e quão aprazível és, ó am o r em d e­
colher os lírios. lícias!
3Eu sou do m eu am ado, e o m eu am ado é meu; ele 7 A tu a estatura é sem elhante à palm eira; e os teus
apascenta entre os lírios. seios são semelhantes aos cachos de uvas.

640
CANTARES 7,8
*Dizia eu: Subirei à palm eira, pegarei em seus da ao seu amado? Debaixo da m acieira te despertei,
ram os; e então os teus seios serão com o os cachos ali esteve tu a m ãe com dores; ali esteve com dores
na vide, e o cheiro da tua respiração com o o das aquela que te deu à luz.
maçãs. 6Põe-m e com o selo sobre o teu coração, com o
9E a tua boca com o o bom vinho para o m eu am ado, selo sobre o teu braço, p o rq u e o am o r é forte com o
que se bebe suavem ente, e faz com que falem os a m orte, e du ro com o a sep u ltu ra o ciúm e; as suas
lábios dos que dorm em . brasas são brasas de fogo, com veem entes labaredas.
7 As m uitas águas não pod em apagar este am or, nem
O desejo da esposa pelo seu esposo os rios afogá-lo; ainda qu e alguém desse to d o s os
l0Eu sou do m eu am ado, e ele m e tem afeição. bens de sua casa pelo am or, certam ente o despre­
11 Vem, ó am ado m eu, saiam os ao cam po, passemos zariam .
as noites nas aldeias. "Temos um a irm ã pequena, que ainda não tem
l2L evantem o-nos de m anhã para ir às vinhas, ve­ seios; que farem os a esta nossa irm ã, no dia em que
jam os se florescem as vides, se já aparecem as tenras dela se falar?
uvas, se já brotam as rom ãzeiras; ali te darei os m eus 9Se ela fo r um m uro, edificarem os sobre ela um p a­
amores. lácio de prata; e, se ela for um a porta, cercá-la-em os
1 JAs m andrágoras exalam o seu perfum e, e às com tábuas de cedro.
nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, IHEu sou um m uro, e os m eus seios são com o as suas
novos e velhos; ó am ado m eu, eu os guardei para ti. torres; então eu era aos seus olhos com o aquela que
acha paz.
AH! quem me dera que foras com o m eu irm ão, 1 'Teve Salomão um a vinha em B aal-H am om ; en ­
8 que m am ou aos seios de m inha mãe! Q uando tregou-a a uns guardas; e cada u m lhe trazia pelo seu
te encontrasse lá fora, beijar-te-ia, e não m e despre­ fruto m il peças de prata.
zariam! 12A m inha vinha, que m e pertence, está diante de
2Levar-te-iae te introduziria na casa de m inha m ãe, m im ; as m il peças de prata são para ti, ó Salomão, e
e tu m e ensinarias; eu te daria a beber do vinho aro­ duzentas para os que guardam o seu fruto.
mático e do m osto das m inhas rom ãs. I3Ó tu , que habitas nos jardins, os com panheiros
3 A sua mão esquerda esteja debaixo da m inha estão atentos para ouvir a tu a voz; faze-me, pois,
cabeça, e a sua direita m e abrace. tam bém ouvi-la.
■'Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acor­ l4Vem depressa, am ado m eu, e faze-te sem elhan­
deis nem desperteis o m eu am or, até que queira. te ao gam o ou ao filho dos veados sobre os m ontes
'Q u e m é esta que sobe do deserto, e vem encosta­ dos arom as.

Porque o amor é forte como a morte Mas, neste caso, sua interpretação é que está errada, uma vez
(8 .6) que se refere à profundidade do sentimento de um amor puro.
A intercessão dos "santos" não tem qualquer cabimento bíblico
/Qs Catolicismo Romano. Estevão Bettencourt, renomado te-
U y ólogo católico, emprega parte deste texto para fundamen­ (Ec 9.5,6,10). Além disso, a Bíblia, pelas palavras de Deus profe­
tar que a morte dos 'santos' não extingue a comunhão com aque­ ridas pela boca do profeta Isaías. reprova a direção de clamores
les que continuam sua peregrinação na terra; declarando, ainda, aos mortos, sejam eles salvos ou condenados (Is 8.19). Destaca-
que os "santos" que já morreram permanecem intercedendo pe­ se, aqui, o grosseiro deslize do responsável por tal distorção.
los vivos na presença de Deus. Vejamos: disse que os “santos" intercedem pelos homens, mas,
anteriormente, declarou o seguinte: ‘ Senhor Jesus, nosso úni­
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tomada fora de contexto, a
co mediador".
§ passagem em análise pode adquirir qualquer significado.

641
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Isaías
TI tu lo
D evido à sua ênfase messiânica, trata-se de um dos principais livros do Antigo Testamento. Seu nom e
está ligado ao seu autor, Isaías, o m ais ilustre dos profetas, pois era de sangue real. Por sua narrativa no ca­
pítulo 6, é fácil inferir que Isaías tam bém era da linhagem sacerdotal.

A u t o r ia e data
É Isaías, cujo nom e significa “salvação do Senhor”. Isaías foi o m aior dos profetas literários e exerceu
seu m inistério em Judá, du ran te o governo de quatro reis, possivelm ente entre 740 e 680 a.C. D urante esse
período, cerca de sessenta anos, Sam aria foi tom ada, Israel levado para o cativeiro (em 722-721 a.C., ap ro ­
xim adam ente) e Judá invadida po r Senaqueribe, em 701 a.C.

A ssunto
C om o todos os dem ais profetas, o alcance das predições de Isaías é m u ito vasto. Fala de coisas diversas,
com o, p or exemplo, a queda de Babilônia e o futuro de outros reinos no O riente Médio, m as, principalm en­
te, sobre a vida do Messias, relacionando tanto o sofrim ento q u anto as glórias do reino messiânico. Enfa­
tiza a superioridade do D eus de Israel sobre todos os dem ais deuses e apresenta a mais clara exposição do
evangelho de Jesus C risto que se pode encontrar em qualquer porção do Antigo Testamento. É m uito p a­
recido com a epístola do apóstolo Paulo aos rom anos e é freqüentem ente citado no Novo Testamento. O
capítulo 53 fala profeticam ente do servo sofredor com o aquele sobre quem cairiam os nossos pecados.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Pelo seu caráter fortem ente messiânico, traz em si o germ e (origem ) do evangelho. A presenta in ú m e­
ras previsões que se cum priram na vida de Jesus (7.14; 61.1,2; 53.4-9), o que com provam sua m essianida-
de e a inspiração divina das Escrituras.
Podemos encontrar em Isaías a d o u trin a da expiação, m o stran d o que o sacrifício do Messias não foi
m era conseqüência política, com o querem alguns. E tam bém não foi sim plesm ente um “ato de am or”, an ­
tes, teve um valor substitutivo, vicário. Isaías 53 é citado no Novo Testam ento com o base para a salvação
( IC o 15.3). Podem os ler em suas páginas a respeito da justificação em C risto (50.8,9) e da insuficiência
das boas obras hum anas para a salvação do pecador (64.6). Isaías é o profeta mais citado pelos escritores
do Novo Testamento.
Além disso, o profeta teve de lidar com desvios do seu povo e repreender práticas contrárias à Palavra
de D eus, com o, por exemplo, a idolatria (44.12-20), as procissões (45.20), a consulta aos m ortos (8.19,20)
ea astro lo g ia (47.13-15).
A inda den tro de um contexto apologético, enfatiza a grandeza de Deus revelada na criação (40.21-28)e
as predições proféticas com o prova da superioridade de D eus sobre os dem ais supostos deuses (44.6-8).
0 LIVRO DO PROFETA

1SAÍAS
Descrição dos pecados e dos algum rem anescente,;« com o Sodom a seríam os, e
sofrim entos do povo sem elhantes a G om orra.
VISÃO de Isaías, filho de Amós, que ele teve a l0Ouvi a palavra do Senho r , vós poderosos de
1 respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias,
Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá.
Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de
G om orra.
2O uvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; p orque o 11 De que m e serve a m im a m u ltidão de vossos sa­
Se n h o r tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; crifícios, diz o Se n h o r ? Já estou farto dos holocaus-
mas eles se rebelaram con tra m im . tos de carneiros, e da g o rd u ra de anim ais cevados;
■’O boi conhece o seu possuidor, e o jum en to a m a n ­ nem m e agrado de sangue de bezerros, nem de cor­
jedoura do seu dono; mas Israel não tem conheci­ deiros, nem de bodes.
m ento, o m eu povo não entende. 12Q u an d o vindes p ara com parecer p eran te m im ,
4 Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüida­ quem requereu isto de vossas m ãos, qu e viésseis a
pisar os m eus átrios?
de, descendência de malfeitores, filhos corruptores;
,5N ão continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é
deixaram ao Senho r , blasfem aram o Santo de Israel,
para m im abom inação, e as luas novas, e os sábados,
voltaram para trás.
e a convocação das assembléias; não posso su p o rtar
’Por que seríeis ainda castigados, se m ais vos re­
iniqüidade, nem m esm o a reunião solene.
belaríeis? Toda a cabeça está enferm a e to d o o co­
14As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a
ração fraco.
m inha alm a as odeia; já m e são pesadas;jrf estou can ­
6Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa
sado de as sofrer.
sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não es­ 15Por isso, q u an d o estendeis as vossas m ãos, escon­
prem idas, nem ligadas, nem am olecidas com óleo. do de vós os m eus olhos; e ainda que m ultipliqueis as
7A vossa terra está assolada, as vossas cidades estão vossas orações, não as ouvirei,porque as vossas m ãos
abrasadas pelo fogo; a vossa terra os estranhos a de­ estão cheias de sangue.
voram em vossa presença; e está com o devastada, 16Lavai-vos, purificai-vos, tirai a m aldade de vossos
num a subversão de estranhos. atos de diante dos m eus olhos; cessai de fazer mal.
8E a filha de Sião é deixada com o a cabana na 17A prendei a fazer bem ; p ro cu rai o que é justo;
vinha, com o a cho u p an a n o pepinal, com o um a ajudai o op rim id o ; fazei justiça ao órfão; tratai da
cidade sitiada. causa das viúvas.
9Se o Se n h o r dos Exércitos não nos tivesse deixado l8V inde então, e argüi-m e, diz o Se n h o r : ainda

Vinde então, e argüi-me do argumentos conclusivos que davam testemunho dos fatos.
(1.18) Quando Deus criou o homem à sua imagem (Gn 1.26,27), certa­
mente incluiu a capacidade da razão (Mc 12.30). Deus convoca o
cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Alguns pregadores da
homem a arrazoar (Mc 12.30).
U teologia da prosperidade desprezam o papel da razão no
desenvolvimento da fé cristã, afirmando que ela desvia o cristão
Ainda que os vossos pecados sejam como a
da espiritualidade. Observamos, aqui, que o próprio Senhor cha­
escarlata, eles se tomarão brancos
ma o povo à razão. Indubitavelmente, Deus demonstra que a ra­
como a neve
zão é importante para o cristão.
(1.18)
No versículo em análise, a palavra hebraica para razáo (yakah)
é um termo jurídico muito utilizado para discutir questões. Cada Espiritismo. Quanto ao perdão das ofensas, o Evangelho
uma das partes apresentava evidências convincentes, produzin- Segundo o Espiritismo declara, de acordo com um espírito

643
ISAÍAS 1,2

que os vossos pecados sejam com o a escarlata, eles 29Porque vos envergonhareis pelos carvalhos que
se to rn arão brancos com o a neve; ainda que sejam cobiçastes, e sereis confu n d id o s pelos jardins que
verm elhos com o o carm esim , se to rn arão com o a escolhestes.
branca lã. "’Porque sereis com o o carvalho, ao qual caem as
|l,Se quiserdes, e obedecerdes, com ereis o bem folhas, e com o o jardim q u e não tem água.
desta terra. 3IE o forte se to rn ará em estopa, e a sua obra em
2UMas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devo­ faísca; e am bos arderão ju n tam en te, e não haverá
rados à espada; porque a boca do S e n h o r o disse. quem os apague.
21 C om o se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava
cheia de retidão! A justiça habitava nela, m as agora A glória fu tu r a d e Israel
homicidas. PALAVRA que viu Isaías, filho de Amós, a res­
22A tua prata tornou-se em escórias, o teu vinho se
m istu ro u com água.
2 peito de Judá e de Jerusalém.
2E acontecerá nos últim os dias que se firm ará o
2’0 s teus príncipes são rebeldes, e com panheiros m o n te da casa do S enhor no cum e dos m ontes, e se
de ladrões; cada um deles am a as peitas, e anda atrás elevará p o r cim a dos outeiros; e concorrerão a ele
das recompensas; não fazem justiça ao órfão, e não todas as nações.
chega perante eles a causa da viúva. JE irão m uitos povos, e dirão: Vinde, subam os ao
24Portanto diz o Senhor, o S enhor dos Exércitos, o m onte do S enhor , à casa do Deus de Jacó, para que
Forte de Israel: Ah! tom arei satisfações dos m eus ad ­ nos ensine os seus cam inhos, e andem os nas suas ve­
versários, e vingar-m e-ei dos m eus inim igos. redas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a p a­
25E voltarei contra ti a m inha mão, e purificarei in ­ lavra do S enhor .
teiram ente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a im ­ 4E ele julgará en tre as nações, e repreenderá a
pureza. m uitos povos; e estes converterão as suas espadas em
26E te restituirei os teus juizes, com o foram dantes; enxadões e as suas lanças em foices; u m a nação não
e os teus conselheiros, com o antigam ente; e então te levantará espada co n tra o u tra nação, nem aprende­
cham arão cidade de justiça, cidade fiel. rão m ais a guerrear.
27Sião será rem ida com juízo, e os que voltam para
ela com justiça. O dia do S enhor
28Mas os transgressores e os pecadores serão ju n ta ­ ’Vinde, ó casa de Jacó, e andem os na luz do S enhor .
m ente destruídos; e os que deixarem o S en h or serão 6Mas tu desam paraste o teu povo, a casa de Jacó,
consum idos. p orqu e se encheram dos costumes do o rien te e são

supostamente encarnado (Simeon, 1862): "O mérito do perdão é uma profecia que nunca se cumpriu. Todavia, o texto em estu­
proporcional à gravidade do mal". do não diz nada sobre uma capitai americana. Sião é outro nome
para Jerusalém (2Rs 19.21). O que o escritor faz é repetir a mes­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A filosofia espírita não con­
ma sentença de outra maneira. Não está falando de duas cida­
diz com os ensinamentos da Bíblia, uma vez que expressa
des, mas apenas de uma única cidade. Interpretar Sião como
o conceito da lei de talião (olho por olho, e dente por dente), cen­
uma cidade norte-americana é desvirtuar completamente o tex­
surada por Jesus em Mateus 5.38,39.
to bíblico.
No primeiro capítulo deste livro. Deus, por seu profeta, desqualifi­
ca a crença espírita, declarando que a observância das determina­
Costumes do Oriente
ções da lei mosaica não alcançava seu favor (1.14,15). Ao contrário
(2 .6 )
disso, o povo poderia até deixar de observá-las, desde que procu­
rasse se purificar do mal, atitude que proporcionaria perdão, não COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Muitas práticas adota­
importando o tipo de pecado que tivesse cometido. 0 transgressor
não precisava “ser punido na mesma intensidade de seu erro".
t das no Ocidente estão carregadas de conceitos taoístas,
tais como: o Tai-chi-chuan (idéia de equilíbrio, conceito de ch i,
que é a força do tao liberada), o Feng Shui (harmonia com a na­
De Slão sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do S e n h o r tureza, ajuste com o "caminho” - o tao) e o lado escuro e o lado
(2.3) claro da "força", que é o conceito de yin e yang. Mas, no texto
em estudo, observamos Deus repreendendo Israel por ter-se en­
Mormonlsmo. Afirma que no milênio haverá duas capitais:
volvido com os costumes orientais. Ou seja, as práticas ocultís-
uma na América (Sião) e outra em Jerusalém.
tas, não a cultura oriental, de modo geral. Neste sentido, entram
_ j g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Para os mórmons, Sião será também na censura as práticas dessa mesma natureza observa­
*=» construída no condado de Jackson. Missouri, EUA, aliás, das no Ocidente.

644
ISAÍAS 2,3

agoureiros com o os filisteus; e associam -se com os 30 capitão de cinqüenta, e o h o m em respeitável,


filhos dos estrangeiros, e o conselheiro, e o sábio en tre os artífices, e o elo­
7E a sua terra está cheia de prata e ouro, e não têm qüente orador.
fim os seus tesouros; tam bém a sua terra está cheia 4E dar-lhes-ei m eninos p o r príncipes, e crianças
de cavalos, e os seus carros não têm fim. governarão sobre eles.
T am b ém a sua terra está cheia de ídolos; inclinam - !E o povo será oprim ido; u m será co n tra o outro, e
se perante a obra das suas m ãos, diante daquilo que cada um co n tra o seu próxim o; o m enino se atreve­
fabricaram os seus dedos. rá contra o ancião, e o vil co n tra o nobre.
9E o povo se abate, e os nobres se hum ilham ; p o r­ ‘Q uan d o alguém pegar de seu irm ão n a casa de seu
tanto não lhes perdoarás. pai, dizendo: Tu tens roupa, sê nosso governador, e
'"Entra nas rochas, e esconde-te no pó, d o terro r do tom a sob a tu a m ão esta ruína;
Se nho r e da glória da sua majestade. 7N aquele dia levantará este a sua voz, dizendo: N ão
1 'O s olhos altivos dos h om ens serão abatidos, e a posso ser médico, nem tam pouco há em m in h a casa
sua altivez será hum ilhada; e só o Se n h o r será exal­pão, o u roupa alguma; não m e haveis de constituir
tado naquele dia. governador sobre o povo.
' 2Porque o dia do Se n h o r dos Exércitos será contra “P orque Jerusalém está arru in ad a, e Judá caída;
todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, porque a sua língua e as suas obras são co n tra o
para que seja abatido; Senho r , para provocarem os olhos da sua glória.
13E contra todos os cedros do Líbano, altos e subli­ 90 aspecto do seu rosto testifica co n tra eles; e p u ­
mes; e contra todos os carvalhos de Basã; blicam os seus pecados, com o Sodom a; não os dis­
UE contra todos os m ontes altos, e contra todos os sim ulam . Ai da sua alma! P orque fazem mal a si
outeiros elevados; mesmos.
,SE contra toda a torre alta, e contra todo o m uro l0Dizei ao justo que bem lhe irá; p o rq u e com erão
fortificado; do fruto das suas obras.
l6E contra todos os navios de Társis, e contra todas 1 ‘Ai do ímpio! M al lhe irá; p orque se lhe fará o que
as pinturas desejáveis. as suas m ãos fizeram.
17E a arrogância do hom em será humilhada, e asua alti­ l2O s opressores do m eu povo são crianças, e m u ­
vez se abaterá, e só o Seni ior será exaltado naquele dia.
lheres dom inam sobre ele; ah, povo meu! Os que te
I8E todos os ídolos desaparecerão totalm ente. guiam te enganam , e destroem o cam inho das tuas
l9Então os hom ens en trarão nas cavernas das veredas.
rochas, e nas covas da terra, do te rro r do Senho r , e 130 Se n h o r se levanta para pleitear, e põe-se de pé
da glória da sua m ajestade, q u an d o ele se levantar para julgar os povos.
para assom brar a terra. u O Se n h o r entrará em juízo contra os anciãos do
20Naquele dia o hom em lançará às toupeiras e aos seu povo, e contra os seus príncipes; é que fostes vós
morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de que consum istes esta vinha; o espólio do p obre está
ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem . em vossas casas.
21E en trarão nas fendas das rochas, e nas caver­ 15Q ue tendes vós, que esmagais o m eu povo e moeis
nas das penhas, po r causa d o terro r do Se n h o r , e da
as faces dos pobres? D iz o Senhor D eus dos Exér­
glória da sua majestade, q uando ele se levantar para citos.
abalar terrivelm ente a terra. l6Diz ainda m ais o Se n h o r : P orquanto as filhas de
22Deixai-vos do hom em cujo fôlego está nas suas Sião se exaltam , e andam com o pescoço erguido,
narinas; pois em que se deve ele estimar? lançando olhares im pudentes; e q u an d o andam ,
cam inham afetadam ente, fazendo u m tilintar com
Juízos preparatórios os seus pés;
PORQUE, eis que o Senhor, o Se n h o r dos Exér­
l7Portanto o Senhor fará tinhoso o alto da cabeça
3 citos, tirará de Jerusalém e de Judá o sustento e das filhas de Sião, e o Se n h o r p orá a descoberto a
o apoio; a todo o sustento de pão e a todo o susten­ sua nudez,
to de água; ' “N aquele dia tirará o Senhor os o rnam entos dos
20 poderoso, e o hom em de guerra, o juiz, e o p ro ­ pés, e as toucas, e adornos em form a de lua,
feta, e o adivinho, e o ancião, l9Os pendentes, e os braceletes, as estolas,

645
ISAÍAS 3 ,4 ,5

20Os gorros, e os ornam entos das pernas, e os cintos de Judá, julgai, vos peço, en tre m im e a m inha
e as caixinhas de perfum es, e os brincos, vinha.
2' Os anéis, e as jóias do nariz, 4Q ue m ais se podia fazer à m in h a vinha, qu e eu lhe
22Os vestidos de festa, e os m antos, e os xales, e as não tenha feito? Por que, esperando eu que desse
bolsas. uvas boas, veio a dar uvas bravas?
2,O s espelhos, e o linho finíssim o, e os turbantes, ’Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer
e os véus. à m inha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de
24E será que em lugar de perfum e haverá m au pasto; derrubarei a sua parede, para que seja pisada;
cheiro; e por cinto um a corda; e em lugar de encres- 6E a to rn arei em deserto; não será podada nem
pad u ra de cabelos, calvície; e em lugar de veste lu ­ cavada; po rém crescerão nela sarças e espinheiros;
xuosa, pano de saco; e queim adura em lugar de for­ e às nuvens darei ordem que não derram em chuva
m osura. sobre ela.
2’Teus hom ens cairão à espada e teus poderosos 7Porque a vinha do Se n h o r dos Exércitos é a casa de
n a peleja. Israel, e os hom ens de Judá são a p lanta das suas de­
26E as suas portas gem erão e prantearão; e ela, de­ lícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opres­
solada, se assentará no chão. são; justiça, e eis aqui clamor.
8 Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem cam po a
A purificação de Jerusalém cam po, até que não haja mais lugar, e fiquem com o
E SETE m ulheres naquele dia lançarão m ão de únicos m oradores no m eio da terra!
4 um hom em , dizendo: N ós com erem os do nosso
pão, e nos vestirem os do que é nosso; tão-som ente
9A m eus ouvidos disse o Se n h o r dos Exércitos: Em
verdade que m u itas casas ficarão desertas, e até as
querem os ser cham adas pelo teu nom e; tira o nosso grandes e excelentes sem m oradores.
opróbrio. IÜE dez jeiras de vinha não darão mais do que um
2N aquele dia o renovo do Se n h o r será cheio de bato; e um ôm er de sem ente não dará m ais do que
beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e for­ um efa.
m oso para os que escaparem de Israel. 1 'Ai dos que se levantam pela m anhã, e seguem a
3E será que aquele que for deixado em Sião, e ficar bebedice; e co n tin u am até à noite, até que o vinho
em Jerusalém, será cham ado santo; todo aquele que os esquente!
estiver inscrito entre os viventes em Jerusalém; I2E harpas e alaúdes, tam boris e gaitas, e vinho
4Q uando o S enhor lavar a im undícia das filhas de há nos seus banquetes; e não olham para a o bra do
Sião, e lim par o sangue de Jerusalém, do m eio dela, Sen h o r , nem consideram as obras das suas mãos.
com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor. 13P ortanto o m eu povo será levado cativo, p o r falta
5E criará o Se n h o r sobre todo o lugar do m onte de de entendim ento; e os seus nobres terão fom e, e a sua
Sião, e sobre as suas assembléias, um a nuvem de dia e m ultidão se secará de sede.
um a fumaça, e um resplendor de fogo flam ejante de l4P o rtan to o inferno grandem ente se alargou, e se
noite; porque sobre toda a glória haverá proteção. abriu a sua boca desm esuradam ente; e p ara lá desce­
6E haverá um tabernáculo para som bra co n tra o rão o seu esplendor, e a sua m ultidão, e a sua pom pa,
calor do dia; e para refugio e esconderijo contra a e os que entre eles se alegram.
tem pestade e a chuva. 1’Então o plebeu se abaterá, e o nobre se h u m ilh a­
rá; e os olhos dos altivos se hum ilharão.
A parábola da vin h a l6Porém o Se nho r dos Exércitos será exaltado em
e sua aplicação juízo; e Deus, o Santo, será santificado em justiça.
AGORA cantarei ao m eu am ado o cântico do l7Então os cordeiros pastarão com o de costum e, e
m eu querido a respeito da sua vinha. O m eu os estranhos com erão dos lugares devastados pelos
am ado tem um a vinha nu m outeiro fértil. gordos.
2E cercou-a, elim pando-a das pedras, plantou-a de l8Ai dos qu e pux am a in iqüidade com cordas de
excelentes vides; e edificou no m eio dela um a torre, vaidade, e o pecado com tirantes de carro!
e tam b ém construiu nela um lagar; e esperava que I9E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para qu e a ve­
desse uvas boas, porém deu uvas bravas. jam os; e aproxim e-se e venha o conselho do Santo
3Agora, pois, ó m oradores de Jerusalém, e hom ens de Israel, para que o conheçam os.

646
ISAÍAS 5 ,6 ,7

20Ai dos que ao m al cham am bem , e ao bem mal; 5Então disse eu: Ai de mim ! Pois estou perdido;
que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do porque sou um hom em de lábios im puros, e habito
am argo doce, e do doce amargo! no m eio de u m povo de im p u ro s lábios; os m eus
21 Ai dosquesão sábios a seus próprios olhos, e p ru ­ olhos viram o Rei, o Se n h o r dos Exércitos.
dentes diante de si mesmos! 6Porém um dos serafins voou para m im , trazendo
22Ai dos que são poderosos para beber vinho, e na sua m ão u m a brasa viva, que tirara do altar com
hom ens de p oder para m isturar bebida forte; um a tenaz;
23Dos que justificam ao ím pio por suborno, e aos 7E com a brasa tocou a m in h a boca, e disse: Eis que
justos negam a justiça! isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada,
24Por isso, com o alíngua de fogo consom e a palha, e e expiado o teu pecado.
o restolho se desfaz pela cham a, assim será a sua raiz 8D epois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A
com o podridão, e a sua flor se esvaecerá com o pó; quem enviarei, e quem h á de ir por nós? Então disse
p o rquanto rejeitaram a lei do Se n h o r dos Exércitos, eu: Eis-me aqui, envia-m e a m im .
e desprezaram a palavra do Santo de Israel. 9E ntão disse ele: Vai, e dize a este povo: O uvis, de
25Por isso se acendeu a ira do Se n h o r contra o seu fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, m as não
povo, e estendeu a sua m ão contra ele, e o feriu, de percebeis.
modo que as m ontanhas trem eram , e os seus cadáve­ ‘“Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados
res se fizeram com o lixo no m eio das ruas; com tudo os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não
isto não to rn o u atrás a sua ira, m as a sua m ão ainda veja com os seus olhos, e não ouça com os seus o u ­
está estendida. vidos, nem entenda com o seu coração, nem se co n ­
26E ele arvorará o estandarte para as nações de longe, verta e seja sarado.
e lhes assobiará para que venham desde a extrem idade 1 'E n tão disse eu: Até q u an d o Senhor? E respondeu:
da terra; e eis que virão apressurada e ligeiramente. Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem h a­
27N ão haverá entre eles cansado, nem quem tro p e­ bitantes, e as casas sem m oradores, e a terra seja de
ce; ninguém tosquenejará nem dorm irá; não se lhe to d o assolada.
desatará o cinto dos seus lom bos, nem se lhe quebra­ I2E o Se n h o r afaste dela os hom ens, e no m eio da
rá a correia dos seus sapatos. terra seja grande o desam paro.
2HAs suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos 13Porém ainda adécim a p art eficará nela,e to rn ará
retesados; os cascos dos seus cavalos são reputados a ser pastada; e com o o carvalho, e com o a azinhei­
com o pederneiras, e as rodas dos setts carros com o ra, que depois de se desfolharem , ainda ficam firmes,
redem oinho. assim a santa sem ente será a firm eza dela.
2<jO seu rugido será com o o do leão; rugirão com o
filhos de leão; sim, rugirão e arrebatarão a presa, e a Isaías é m a n d a d o a A c a z
levarão, e não haverá quem a livre. SUCEDEU, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão,
30E bram arão contra eles naquele dia, com o o b ra­
m ido do m ar; então olharão para a terra, e eis que só
7 filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei d a Síria,
e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Je­
verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus. rusalém , para pelejarem contra ela, m as nada p u d e­
ram co n tra ela.
Isaías é escolhido e consagrado profeta 2E deram aviso à casa de Davi, dizendo: A Síria fez
NO ano em que m o rre u o rei Uzias, eu vi aliança com Efraim. Então se m oveu o seu coração,
6 tam bém ao S enhor assentado sobre u m alto e
sublim e trono; e o seu séquito enchia o tem plo.
e o coração do seu povo, com o se m ovem as árvores
do bosque com o vento.
2Serafins estavam por cim a dele; cada um tinha seis 3Então disse o Sf.n h o r a Isaías: Agora, tu e teu filho
asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas Sear-Jasube, saí ao encontro de Acaz, ao fim do canal
cobriam os seus pés, e com duas voavam. do tan q u e superior, n o cam in h o do cam po do la-
3E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, vandeiro.
Santo éo Se nho r dos Exércitos; toda a terra está cheia 4E dize-lhe: A cautela-te, e aquieta-te; não temas,
da sua glória. nem se desanim e o teu coração p o r causa destes dois
4E os um brais das portas se m overam à voz do que pedaços de tições fum egantes; p o r causa do ardor da
clamava, e a casa se encheu de fumaça. ira de Rezim, e da Síria, e d o filho de Remalias.

647
ISAÍAS 7,8

5Porquanto a Síria teve contra ti m aligno conselho, 23Sucederá tam bém naquele dia que todo o lugar,
com Efraim , e com o filho de Remalias, dizendo: em que houver mil vides, do valor de m il siclos de
6Vamos subir contra Judá, e m olestem o-lo e repar­ prata, será para as sarças e p ara os espinheiros.
tam o-lo entre nós, e façamos reinar no m eio dele o 2■'Com arco e flecha se en trará ali, p o rq u e toda a
filho deTabeal. terra será sarças e espinheiros.
7Assim diz o Senhor D eus: Isto não subsistirá, nem 2,E quanto a to d o s os m ontes, que costum avam
tam pouco acontecerá. cavar com enxadas, para ali não irás por causa do
8Porém a cabeça da Síria será Damasco, e a cabeça tem or das sarças e dos espinheiros; p o rém servirão
de Damasco Rezim; e dentro de sessenta e cinco anos para se m andarem para lá os bois e para serem pisa­
Efraim será destruído, e deixará de ser povo. dos pelas ovelhas.
’E ntretanto a cabeça de Efraim será Sam aria, e a
cabeça de Samaria o filho de Remalias; se não o crer­ A ru ín a dos reinos de Israel e Síria
des, certam ente não haveis de perm anecer. DISSE-ME tam bém o S en h or : Toma u m grande

O sinal para A caz


8 rolo, e escreve nele com caneta de hom em :
A pressando-se ao despojo, apressurou-se à presa.
l0E co n tinuou o S enhor a falar com Acaz, dizendo: 2Então tom ei com igo fiéis testem unhas, a U rias sa­
11 Pede para ti ao S enhor teu Deus um sinal; pede-o, ou cerdote, e a Zacarias, filho de Jeberequias,
em baixo nas profundezas, ou em cima nas alturas. 3E fui ter com a profetisa, e ela concebeu, e deu à luz
l2Acaz, porém , disse: N ão pedirei, nem tentarei ao um filho; e o S en h o r m e disse: P õe-lhe o n o m e de
S enhor . Maer-Salal-Has-Baz.
13Então ele disse: O uvi agora, ó casa de Davi: Pouco 4Porque antes que o m enino saiba dizer m eu pai, ou
vos é afadigardes os hom ens, senão que tam bém afa- m inha mãe, se levarão as riquezas de Damasco, e os
digareis ao m eu Deus? despojos de Sam aria, diante do rei da Assíria.
1 "'Portanto o m esm o Senhor vos dará um sinal: Eis 5E continuou o Senhor a falar ainda comigo, dizendo:
que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e cha­ '’Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé
m ará o seu nom e Emanuel. que correm brandam ente, e alegrou-se com Rezim
15M anteiga e mel com erá, quando ele souber rejei­ e com o filho de Remalias,
tar o mal e escolher o bem. 7P ortanto eis que o Senhor fará subir sòbre eles as
''’Na verdade, an tesqueestem enino saiba rejeitaro águas do rio, fortes e im petuosas, isto é, o rei da Assí­
mal e escolher o bem , a terra, de que te enfadas, será ria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus
desam parada dos seus dois reis. leitos, e tran sb o rd ará por todas as suas ribanceiras.
17Porém o S enhor fará vir sobre ti, e sobre o teu SE passará a Judá, in u n d an d o -o , e irá passando p o r
povo, e sobre a casa de teu pai, pelo rei da Assíria, ele e chegará até ao pescoço; e a extensão de suas asas
dias tais, quais nunca vieram , desde o dia em que encherá a largura da tu a terra, ó Emanuel.
Efraim se separou de Judá. 9A juntai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai
1 “Porque há de acontecer que naquele dia assobiará ouvidos, todos os que sois de terras longínquas;
o S enhor às moscas, que há n o extrem o dos rios do cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e
Egito, e às abelhas que estão na terra da Assíria; sereis feitos em pedaços.
l9E todas elas virão, e pousarão nos vales desertos loTomai ju n ta m e n te conselho, e ele será fru stra­
e nas fendas das rochas, e em todos os espinheiros e do; dizei um a palavra, e ela não subsistirá, p orque
em todos os arbustos. D eus é conosco.
-’“N aquele m esm o dia rapará o S enhor com um a “ P orque assim o S enhor m e disse com m ão forte,
navalha alugada, que está além do rio, isto é, com o rei e m e ensinou que não andasse pelo cam inho deste
da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; e até a barba povo, dizendo:
totalm ente tirará. 12N ão cham eis conjuração, a tudo quanto este povo
21E sucederá naquele dia que um hom em criará cham a conj uração; e não tem ais o que ele tem e, nem
um a novilha e duas ovelhas. tam pouco vos assombreis.
22E acontecerá que por causa da abundância do leite 13Ao S en h or dos Exércitos, a ele santificai; eseja ele
que elas hão de dar, com erá m anteiga; e m anteiga e o vosso tem o r e seja ele o vosso assombro.
mel com erá todo aquele que restar no meio da terra. HE ntão ele vos será p o r santuário; m as servirá de

648
ISAÍAS 8,9

pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas escuridão, e som bras de ansiedade, e serão em p u r­
de Israel; por arm adilha e laço aos m oradores de Je­ rados para as trevas.
rusalém.
,5E m uitos entre eles tropeçarão, e cairão, e serão O a d ven to e o p oder do M essias
quebrantados, e enlaçados, e presos. MAS a terra, que foi angustiada, não será ente­
l6Liga o testem unho, sela a lei entre os m eus dis­
cípulos.
9 nebrecida; envileceu nos prim eiros tem pos, a
terra de Zebulom , e a terra de Naftali; m as nos últi­
17E esperarei ao S enhor , que esconde o seu rosto da m os tempos a enobreceu ju n to ao cam inho do mar,
casa de Jacó, e a ele aguardarei. além do Jordão, na Galiléia das nações.
IHEis-me aqui, com os filhos que m e deu o S enhor , 20 povo que andava em trevas, viu uma grande luz,
p o r sinais e p o r m aravilhas em Israel, da parte do e sobre os que habitavam na região da som bra da
S enhor dos Exércitos, que habita no m onte de Sião. m orte resplandeceu a luz.
l9Q u an do, pois, vos disserem : C onsultai os que 3Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste;
têm espíritos fam iliares e os adivinhos, que chil­ todosse alegrarão peranteti, com o se alegram naceifa,
reiam e m u rm u ram : Porventura não consultará o e com o exultam quando se repartem os despojos.
povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á 4 Porque tu quebraste o jugo da sua carga, e o bordão
aos m ortos? do seu om bro, e a vara do seu opressor, com o no dia
20À lei e ao testem unho! Se eles não falarem segun­ dos m idianitas.
do esta palavra, é porque não há luz neles. ’Porque to d o calçado que levava o guerreiro no
21E passarão pela terra duram ente oprim idos e fa­ tu m u lto da batalha, e to d o o m an to revolvido em
m intos; e será que, tendo fom e, e enfurecendo-se, sangue, serão queim ados, servindo de co m b u stí­
então am aldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhan­ vel ao fogo.
do para cima. 6Porque um m en in o nos nasceu, um filho se nos
22E, olhando para a terra, eis que haverá angústia e deu, e o principado está sobre os seus om bros, e se

Consultai os que têm espíritos familiares (1Sm 28.19; 31.4); c) Não morreram todos os filhos de Saul, con­
(8.19) forme também vaticinou o suposto Samuel (1Sm 28.19; 2Sm 2.8-10:
21.8); d) Saul não morreu no dia seguinte, mas cerca de dezoito
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO; O xintoismo tomou três
t formas de adoração: culto dos mortos da família, culto dos
mortos do clã e culto dos mortos Imperiais. Na cultura xintoista e,
dias depois (iSm 28.19; 2Sm 1.1-4).
Ora, é inverossímil que Samuel, que nunca desobedecera a
Deus (1Sm 12.3,4), agora, apósasua morte, viesse a declarar tan­
conseqüentemente, em grande parte da cultura japonesa, o en-
tos despautérios, o que não estaria em conformidade com as pro­
deusamento de antepassados mortos atinge suas proporções
fecias de alguém que fala em nome de Deus (Dt 18.22).
máximas, tornando-os seus principais deuses.
Mas o verdadeiro Deus, pela boca de Isaías, desdenha deste pro­
À lei e ao testemunho! Se eles não falarem
cedimento, visto que os mortos, e nào o Senhor, tornam-se o ampa­
segundo esta palavra, é porque não há luz neles
ro dos vivos. Como os mortos não têm parte nos acontecimentos
(8 .20)
desta vida (Ec 9.5,6; Lc 16.24-31), tal prática coloca as pessoas em
contato com espíritos enganadores (1Tm 4.1; 2Co 11.14). COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A ala moderna dos teó­

A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?


t logos universalistas se exime do exame bíblico, colocando
em dúvida o critério salvífico que se baseia exclusivamente na re­
(8.19) velação das Escrituras Sagradas. Nesta passagem, Deus, pela
boca do profeta, faz severas exortações ao povo, condenando
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: A Bíblia possui um exem­
t plo clássico de que tais manifestações não dizem respeito
a espíritos desencarnados, mas, sim, a espíritos de anjos caídos;
suas práticas ocultistas e filosofias religiosas que não estivessem
de acordo com a Palavra de Deus.
Considerando que o próprio Cristo avalizou os textos bíblicos
ou seja, aqueles que acompanharam o diabo em sua rebelião
do Antigo Testamento (Lc 24.44), logo, os do Novo Testamento
(2Pe2.4; Jd6).
também são dignos de aceitação e divinamente inspirados (1Tm
O argumento kardecista, que busca, sobretudo, amparo no epi­
1.15). Por conta disso, homem algum, a seu bel-prazer, com intuito
sódio em que Saul consultou uma pitonisa de En-Dor (1 Sm 28.7-
de fazer valer suas teses, pode desmerecer as Escrituras sem que
25), traz sérias objeções a todos os que fundamentam a encarna­
isso lhe traga grave prejuízo (Rm 2.16).
ção a partir da referência em análise.
Vejamos: a) A história é narrada por uma testemunha ocular,
Deus Forte, Pal da Eternidade
provavelmente um servo de Saul, um estrangeiro, e, como tal,
(9.6)
era supersticioso e crente no erro (1 Sm 28.7,8), embora o próprio
Saul tivesse desterrado os médiuns e adivinhos (1Sm 28.3); b) Voz da Verdade. Nega a doutrina bíblica da Trindade e cita
Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus para que o matassem este versículo para elaborar a seguinte pergunta: ‘ Como
“ao fio da espada", como falsamente profetizou o falso Samuel Jesus pode ser os dois: o Pai e o Filho?".

649
ISAÍAS 9,10

cham ará o seu nom e: M aravilhoso, Conselheiro, viúvas, porque todos eles são hipócritas e malfaze­
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. jos, e toda a boca profere doidices; e nem com tudo
7D o au m en to deste principado e da paz não haverá isto cessou a sua ira, mas ainda está estendida a sua
fim, sobre o tro n o de Davi e n o seu reino, para o mão.
firm ar e o fortificar com juízo e com justiça, desde 1“Porque a im piedade lavra com o u m fogo, ela
agora e p ara sem pre; o zelo do Se n h o r dos Exérci­ devora as sarças e os espinheiros; e ela se ateará
tos fará isto. no em aranhado da floresta; e subirão em espessas
nuvens de fumaça.
Juízos contra o reino de Israel l,Por causa da ira do S en h or dos Exércitos a terra
sO Senhor enviou um a palavra a Jacó, e ela caiu se escurecerá, e será o povo com o com bustível para
em Israel. o fogo; ninguém p oupará ao seu irm ão.
9E to d o este povo o saberá, Efraim e os m o rad o ­ 2l,Se colher à direita, ainda terá fome, e se com er à
res de Sam aria, que em soberba e altivez de cora­ esquerda, ainda não se fartará; cada u m com erá a
ção, dizem: carne de seu braço.
I°Os tijolos caíram , m as com cantaria tornarem os a 21Manassés a Efraim , e Efraim a Manassés, e am bos
edificar; cortaram -se os sicôm oros, m as em cedros serão contra Judá. C om tu d o isto não cessou a sua ira,
as m udarem os. m as ainda está estendida a sua mão.
II Portanto o S enhor suscitará, contra ele, os adver­
sários de Rezim, e ju n tará os seus inim igos. AI dos que decretam leis injustas, e dos es­
12Pela frente virão os sírios, e po r detrás os filisteus, crivães qu e prescrevem opressão.
e devorarão a Israel à boca escancarada; e nem com 2Para desviarem os pobres do seu direito, e para ar­
tu d o isto cessou a sua ira, m as ainda está estendi­ rebatarem o direito dos aflitos d o m eu povo; para
da a sua mão. despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!
1’Todavia este povo não se voltou para quem o feria, 3Mas que fareis vós n o dia da visitação, e n a desola­
nem buscou ao S enhor dos Exércitos. ção, que há de vir de longe? A quem recorrereis para
14Assim o S enhor cortará de Israel a cabeça e a obter socorro, e o nde deixareis a vossa glória,
cauda, o ram o e o junco, nu m m esm o dia 4Sem que cada um se abata entre os presos, e caia
15(O ancião e o hom em de respeito é a cabeça; e o entre m ortos? C om tu d o isto a sua ira não cessou,
profeta que ensina a falsidade é a cauda). m as ainda está estendida a sua mão.
16Porque os guias deste povo são enganadores, e os
que p o r eles são guiados são destruídos. A ru ín a da Assíria
17Por isso o S enhor não se regozija nos seus jovens, 5Ai da Assíria, a vara da m in h a ira, p o rq u e a m inha
e não se com padecerá dos seus órfãos e das suas indignação é com o bordão nas suas mãos.

__ p RESPOSTA APOLOGÉTICA: A doutrina ortodoxa da Trin­ dade e luz (2Tm 1.10). Verdadeiramente, Jesus é o Pai (ou Prove­
as dade declara que há um Deus em três pessoas: o Pai, o dor) da eternidade para todos os que nele crêem.
Filho, e o Espírito Santo. Entretanto, esta referência chama o
Testemunhas de Jeová. Afirmam que Jesus é um ‘ deus
Messias de Pai da Eternidade. Tendo em vista que as Escrituras
poderoso", mas que não é semelhante a Jeová em onipo­
interpretam as Escrituras, precisamos notar que Jesus conside­
tência. É notável o esforço que empregam para esclarecer que
ra o Pai como alguém distinto dele próprio, e isso é dito diver­
Jeová Deus poderia criar um outro “deus’ : “Mas isso não quer di­
sas vezes. Em muitas outras ocasiões, vemos, no mesmo texto,
zer que Jeová jamais concordasse que existisse alguém que fos­
tanto o Pai quanto o Filho (Cf., p. ex., Rm 15.6; 2Co 1.3,4; Gl 1.3;
se corretamente mencionado como sendo um deus’ .
Fp2.10,11; 1J0 2.1; 2 Jo3).
Uma vez que a Palavra de Deus nâo se contradiz, devemos ter _ = RESPOSTA APOLOGÉTICA: O fato de que tanto o Pai
estes fatos em mente para que possamos considerar o presente quanto o Filho são chamados de Deus Poderoso no mes­
texto, que náo indica que Jesus seja a pessoa do Pai, mas, sim, mo livro do profeta Isaías, dentro da mesma seçáo, demonstra
que Jesus seja o Pai de algo — neste caso, da eternidade. Outra igualdade entre ambos. Compare a passagem em estudo com a
perspectiva de compreensão sugere que a primeira parte do ver­ referência 10.21, onde o Filho e o Pai são chamados de Deus Forte
sículo em estudo esteja se referindo à encarnação de Jesus, en­ (ou Deus Poderoso). Atrever-se-íam as testemunhas de Jeová a
quanto a parte que traz os nomes pelos quais Jesus é chamado chamar Jeová de um “deus’ ? Isaías 40.3 é outra passagem bíbli­
expressa seu relacionamento com as pessoas. Ou seja, Jesus é, ca que identifica Jesus como Deus Poderoso e recebendo o nome
para nós, "Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternida­ Jeová. É necessário lembrar ainda que o nome Jeová pode ser
de, Príncipe da Paz". Neste sentido, Jesus é o provedor da vida corretamente aplicado tanto ao Pai quanto ao Filho, e também ao
eterna e, por sua morte e ressurreição, tem trazido vida, imortali­ Espírito Santo. Jeová é um nome polissêmico.

650
ISAÍAS 10,11

6Enviá-la-ei contra um a nação hipócrita, e contra 2‘Os restantes se converterão ao Deus forte, sim , os
o povo do m eu furor lhe darei ordem , p ara que lhe restantes de Jacó.
roube a presa, e lhe tom e o despojo, e o p o n h a para 22Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja com o a
ser pisado aos pés, com o a lam a das ruas. areia do m ar, só um rem anescente dele se converte­
7A inda que ele não cuide assim, nem o seu coração rá; um a destruição está determ inada, tran sb o rd an ­
assim o imagine; antes n o seu coração intenta des­ do em justiça.
tru ir e desarraigar não poucas nações. 23P orque determ in ad a já a destruição, o Senhor
“Porque diz: N ão são m eus príncipes todos eles D eus dos Exércitos a executará no m eio de toda
reis? esta terra.
‘'N ão è Calno com o Carquem is? N ão é H am ate 24Por isso assim diz o S enhor D eus dos Exércitos:
com o Arpade? E Samaria com o Damasco? Povo m eu, que habitas em Sião, não tem as à Assíria,
loC om o a m inha m ão alcançou os reinos dos q uando te ferir com a vara, e co n tra ti levantar o seu
ídolos, cujas imagens esculpidas eram m elhores do bordão à m aneira dos egípcios.
que as de Jerusalém e do que as de Samaria, 25Porque daqui a bem p ouco se cu m p rirá a m inha
1'Porventura com o fiz a Sam aria e aos seus ídolos, indignação e a m inha ira, para a consum ir.
não o faria igualm ente a Jerusalém e aos seus 26Porque o S en h o r dos Exércitos suscitará contra
ídolos? ela um flagelo, com o na m atança de M idiã ju n to à
u Por isso acontecerá que, havendo o S enhor aca­ rocha de Orebe; e a sua vara estará sobre o m ar, e ele
bado toda a sua obra no m onte Sião e em Jerusa­ a levantará com o sucedeu aos egípcios.
lém, então castigarei o fru to da arrogante g rande­ 27E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será
za do coração do rei da Assíria e a pom pa da altivez tirada do teu om bro, e o seu jugo do teu pescoço; e o
dos seus olhos. jugo será despedaçado p o r causa da unção.
l3P orquanto disse: Com a força da m inha m ão o 2sJá vem chegando a Aiate, já vai passando p o r
fiz, e com a m inha sabedoria, porque sou prudente; M igrom , e em M icmás deixa a sua bagagem.
e rem ovi os lim ites dos povos, e roubei os seus tesou­ 29Já passaram o desfiladeiro, já se alojam em Geba;
ros, e com o valente abati aos habitantes. já Ram á trem e, e Gibeá de Saul vai fugindo.
14E achou a m inha m ão as riquezas dos povos com o 30Clam a alto com a tua voz, ó filha de Galim! Ouve,
a um ninho, e com o se ajuntam os ovos abandona­ ó Laís! Ó tu pobre Anatote!
dos, assim eu ajuntei a toda a terra, e não houve quem 3lM adm ena;tí se foi; os m oradores de G ebim vão
movesse a asa, ou abrisse a boca, ou m urm urasse. fugindo em bandos.
15Porventura gloriar-se-á o m achado contra o que 32A inda um dia p arará em N obe; acenará com a
corta com ele, ou presum irá a serra contra o que sua m ão contra o m o n te da filha de Sião, o outeiro
puxa p o r ela, com o se o bordão movesse aos que o le­ de Jerusalém.
vantam , ou a vara levantasse com o não sendo pau? 33Mas eis que o Senhor, o S en h or dos Exércitos,
16Por isso o Senhor, o Se n h o r dos Exércitos, fará de­ cortará os ram os com violência, e os de alta estatura
finhar os que entre eles são gordos, e debaixo da sua serão cortados, e os altivos serão abatidos.
glória ateará um incêndio, com o incêndio de fogo. 34E co rtará com ferro a espessura da floresta, e o
17Porque a Luz de Israel virá a ser com o fogo e o seu Líbano cairá à m ão de um poderoso.
Santo por labareda, que abrase e consum aos seus es­
pinheiros e as suas sarças nu m só dia. O reino do M essias é ■pacífico e próspero
l8Tam bém consum irá a glória da sua floresta, e 1 PORQUE b ro tará um rebento do tronco
do seu cam po fértil, desde a alm a até à carne, e será
com o q u ando desm aia o porta-bandeira.
1 A de Jessé, e das suas raízes um renovo fru ti­
ficará.
19E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco 2E repousará sobre ele o Espírito do S enhor , o es­
em núm ero, que um m enino poderá contá-las. pírito de sabedoria e de entendim ento, o espírito de
20E acontecerá naquele dia que os restantes de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecim ento
Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, e de tem or do S enhor .
nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; 3E deleitar-se-á no tem o r do S en h o r ; e não julgará
antes estribar-se-ão verdadeiram ente sobre o segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá se­
Senhor , o Santo de Israel. gundo o ouvir dos seus ouvidos.

651
ISAÍAS 11,12,13

4Mas julgará com justiça aos pobres, e repreende­ não tem erei, porque o S en h or D eus é a m inha força e
rá com eqüidade aos m ansos da terra; e ferirá a terra o m eu cântico, e se to rn o u a m in h a salvação.
com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios ’E vós com alegria tirareis águas das fontes da sal­
m atará ao ímpio, vação.
5E a justiça será o cinto dos seus lom bos, e a fideli­ 4E direis naquele dia: Dai graças ao S enhor , invo­
dade o cinto dos seus rins. cai o seu nom e, fazei n o tó rio os seus feitos entre os
6E m orará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com povos, contai quão excelso é o seu nom e.
o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o ’C antai ao S en h or , p orque fez coisas grandiosas;
anim al cevado andarão juntos, e um m enino peque­ saiba-se isto em to d a a terra.
no os guiará. '’Exulta e jubila, ó habitante deSião, p orque grande
7A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deita­ é o Santo de Israel no m eio de ti.
rão juntos, e o leão com erá palha com o o boi.
"E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a A ru ín a d e B abilônia
desmamada colocará a sua m ão na cova do basilisco. ■J PESO de Babilônia, que v iu Isaías, filho de
9N ão se fará mal nem dano algum em todo o m eu JL . J A m ó s .
santo m onte, porque a terra se encherá do conheci­ 2Alçai um a bandeira sobre o m o n te elevado, levan­
m ento do S enhor , com o as águas cobrem o mar. tai a voz para eles; acenai-lhes com a m ão, para que
,(,E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual entrem pelas p o rtas dos nobres.
estará posta po r estandarte dos povos, será busca­ 3Eu dei ordensaos m eus santificados; sim, já cham ei
da pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glo­ os m eus poderosos para executarem a m inha ira, os
rioso. que exultam com a m inha majestade.
11E há de ser que naqueledia o Senhor to rn ará a pôr 4Já se ouve a gritaria da m ultidão sobre os m ontes,
a sua m ão para adquirir o u tra vez o rem anescente do com o a de m u ito povo; o som do rebuliço de reinos
seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de e de nações congregados. O S en h or dos Exércitos
Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de H am ate, passa em revista o exército de guerra.
e das ilhas do mar. 'Já vem de u m a terra rem ota, desde a extrem idade
I2E levantará um estandarte entre as nações, e aju n ­ do céu, o S enhor , e os instrum entos da sua indigna­
tará os desterrados de Israel, e os dispersos de ludá ção, para destruir toda aquela terra.
congregará desde os quatro confins da terra. '‘Clamai, pois, o dia do Sen h or está perto; vem do
13E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários Todo-Poderoso com o assolação.
de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a 7P ortanto, todas as m ãos se debilitarão, e o coração
Judá, e Judá não o prim irá a Efraim. de todos os hom ens se desanim ará.
' 4Antes voarão sobre os om bros dos filisteus ao oci­ 8E assom brar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores
dente; juntos despojarão aos do oriente; em Edom e ais, e se angustiarão, com o a m u lh er com dores de
e M oabe porão as suas m ãos, e os filhos de A m om parto; cada um se espantará do seu próxim o; os seus
lhes obedecerão. rostos serão rostos flamejantes.
15E o S enhor destruirá totalm ente a língua do m ar "Eis que vem o dia do S enhor , horrendo, com furor
do Egito, e m overá a sua m ão contra o rio com aforça e ira ardente, para p ô r a terra em assolação, e dela
do seu vento e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete corren­ d estru ir os pecadores.
tes e fará que por ele passem com sapatos secos. ‘“Porque as estrelas dos céus e as suas constelações
16E haverá cam inho plano para o rem anescente do não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a
seu povo, que for deixado da Assíria, com o sucedeu a lua não resplandecerá com a sua luz.
Israel no dia em que subiu da terra do Egito. “ E visitarei sobre o m u n d o a m aldade, e sobre os
ím pios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância
Deus é louvado por haver restaurado dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos.
o seu povo l2Farei que o hom em seja m ais precioso do que o
E DIRÁS naquele dia: G raças te dou, ó ouro puro, e m ais raro do que o ouro fino de Ofir.
Senhor, porque, ainda que te iraste contra l3Por isso farei estrem ecer os céus; e a te rra se
m im , a tua ira se retirou, e tu m e consolas. m overá do seu lugar, p o r causa do furor do S enhor
’Eis que Deus é a m inha salvação; nele confiarei, e dos Exércitos, e p o r causa do dia da sua ardente ira.

652
ISAÍAS 13,14

HE cada um será com o a corça que foge, e com o a dar-te descanso do teu sofrim ento, e do teu pavor, e
ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o da du ra servidão com que te fizeram servir,
seu povo, e cada um fugirá para a sua terra. 4Então proferirás este provérbio contra o rei de Ba­
' ’Todo o que for achado será transpassado; e todo bilônia, e dirás: C om o já cessou o opressor, como já
o que se un ir a ele cairá à espada. cessou a cidade dourada!
I6E suas crianças serão despedaçadas perante os % Já q u eb ran to u o S en h o r o bastão dos ím pios e o
seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas cetro dos dom inadores.
mulheres violadas. 6Aquele que feria aos povos com furor, com golpes
17Eis que eu despertarei contra elesos medos, que não incessantes, e que com ira dominava sobre as nações
farão caso da prata, nem tam pouco desejarão ouro. agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.
I8E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se 7Já descansa,já está sossegada toda a terra; rom pem
com padecerão do fruto do ventre; os seus olhos não cantando.
pouparão aos filhos. 8Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líba­
I9E Babilônia, o o rnam ento dos reinos, a glória e a
no, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra
soberba dos caldeus, será com o Sodom a e G om or-
nós para nos cortar.
ra, quando D eus as transtornou.
’O inferno desde o p ro fu n d o se tu rb o u p o r ti, para
20N unca m ais será habitada, nem nela m orará
te sair ao encontro na tua vinda; despertou p o r ti os
alguém de geração em geração; nem o árabe arm ará
m ortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos
ali a sua tenda, nem tam pouco os pastores ali farão
seus tro n o s a todos os reis das nações.
deitar os seus rebanhos.
10Estes todos responderão, e te dirão: Tu tam bém
21Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas
adoeceste com o nós, e foste sem elhante a nós.
casas se encherão de horríveis anim ais; e ali habita­
1 'Já foi derrubada na sepultura a tu a soberba com
rão os avestruzes, e os sátiros pularão ali.
22E os anim ais selvagens das ilhas uivarão em suas o som das tuas violas; os verm es debaixo de ti se es­
casas vazias, com o tam bém os chacais nos setts palá­ tenderão, e os bichos te cobrirão.
cios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu 12C om o caíste desde o céu, ó estrela da m anhã, filha
tem po, e os seus dias não se prolongarão. da alva! Como foste cortado p o r terra, tu que debili­
tavas as nações!
O livram ento de Israel I3E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima
PORQUE o S en h or se com padecerá de das estrelas de Deus exaltarei o m eu trono,e no m onte
M Jacó, e ainda escolherá a Israel e os p orá na
sua própria terra; e ajuntar-se-ão com eles os estran -
da congregação m e assentarei, aos lados do norte.
HSubirei sobre as alturas das nuvens, e serei seme­
geiros, e se achegarão à casa de Jacó. lhante ao Altíssimo.
2E os povos os receberão, e os levarão aos seus lu­ I5E co n tu d o levado serás ao inferno, ao m ais p ro ­
gares, e a casa de Israel os possuirá p o r servos, e por fundo do abismo.
servas, na terra do S en h o r ; e cativarão aqueles que os l<’O s que te virem te contem plarão, considerar-te-
cativaram, e dom inarão sobre os seus opressores. ão, e dirão: É este o ho m em que fazia estrem ecer a
5E acontecerá que no dia em que o Se n h o r vier a terra e que fazia trem er os reinos?

Como foste cortado por terra fluenciada por Satanás (é mais ou menos isso que acontece com
(14.12-16) os médiuns espíritas em transe).
Outro fato que deve ser considerado é que este capítulo intei­
Creciendo en Gracla: Os seguidores de José Luiz Miranda
ro é uma continuação da profecia contra o império da Babilônia
acreditam que este texto aponta para Adão, que seria o pró­
(13.1; 14.4). Quem caiu foi o rei da Babilónia (v. 8), pois debili­
prio Satanás, e que a palavra 'cortado'', nesta traduçáo. está erra­
tava as naçòes (v. 6) e era soberbo (13.19). A história nos con­
da. 0 certo seria "foste formado".
ta que os reis babilónicos tinham todas essas características de
■—g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os adeptos desse grupo grandeza (Dn 4.22), mas todos eles, por fim, foram abatidos (Cf.
•=■ conseguem ver o que não está no texto. Antes de tecer­ 14.23 com 47.10).
mos quaisquer comentários a respeito, é bom lembrar que a Bfblia O homem do verso 16 não pode ser Adão, pois, em sua época,
sempre compara Satanás com antiga serpente, dragão, leão e ou­ não havia reinos ou nações, e Adão não tinha cidades e muito me­
tros (2Co 11.3,14; Ap 12.9,20.2), jamais com Adão. A serpente é a nos fazia pessoas cativas (Is 14.17). Entretanto, isso se encaixa
própria que tentou Adão e Eva(Gn 3). Logo, havia no Éden, nes­ perfeitamente sobre o rei da Babilônia, e também a Satanás, por
te contexto, três personagens: Adão, Eva e a serpente, que foi in­ meio de uma figura de linguagem.

653
ISAÍAS 14,15,16

17Q ue p u n h a o m undo com o o deserto, e assolava as 32Q ue se responderá, pois, aos m ensageiros da
suas cidades? Q ue não abria a casa de seus cativos? nação? Q ue o S en h o r fu n d o u a Sião, p ara que os
1 “Todos os reis das nações, todos eles, jazem com opressos do seu povo nela encontrem refúgio.
h o n ra, cada um na sua m orada.
l9Porém tu és lançado da tu a sepultura, com o um P redição da ruína d e M oabe
renovo abom inável, como as vestes dos que foram PESO de M oabe. C ertam en te nu m a noite
m o rto s atravessados à espada, como os que descem foi d estru íd a Ar de M oabe, e foi desfei­
ao covil de pedras, com o um cadáver pisado. ta; certam ente n u m a noite foi destruída Q u ir de
20Com eles não te reunirás na sepultura; porque M oabe e foi desfeita.
destruíste a tua terra e m ataste o teu povo; a descen­ 2VaisubindoaBajite,eaDibom,aoslugares altos, para
dência dos m alignos não será jam ais nom eada. chorar; por Nebo e por Medeba clamará Moabe; todas
21 Preparai a matança para os seus filhos por causa da as cabeçasficarão calvas, etoda a barba será rapada.
maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem 3Cingiram -se de sacos nas suas ruas; nos seus ter­
possuam a terra, e encham a face do m undo de cidades. raços e nas suas praças todos an d am gritando, e
22Porque m e levantarei contra eles, diz o S en h or choram abundantem ente.
dos Exércitos, e extirparei de Babilônia o nom e, e os 4Assim H esbom com o Eleale, andam gritando; até
sobreviventes, o filho e o neto, diz o S enhor . Jaaz se ouve a sua voz; p o r isso os arm ados de M oabe
23E farei dela um a possessão de ouriços e a lagoas de clam am ; a sua alm a lhes será penosa.
águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o ’O m eu coração clam a por causa de M oabe; os seus
S enhor dos Exércitos. fugitivos foram até Zoar, com o um a novilha de três
anos; p o rq u e vão ch o ran d o pela subida de Luíte,
Profecia contra os assírios porque no cam inho de H oronaim levantam um las­
240 S en h or dos Exércitos jurou, dizendo: C om o tim oso pranto.
pensei, assim sucederá, e com o determ inei, assim 6P orque as águas de N inrim serão p ura assolação;
se efetuará. p orqu e já secou o feno, acabou a erva, e não há ver­
2,Q uebrantarei a Assíria na m inha terra, e nas du ra alguma.
m inhas m ontanhas a pisarei, para que o seu jugo se 7Por isso a abundância que ajuntaram , e o que guar­
aparte deles e a sua carga se desvie dos seus om bros. daram , ao ribeiro dos salgueiros o levarão.
26Este éo propósito que foi determ inado sobre toda 8Porque o p ran to rodeará aos lim ites de M oabe; até
a terra; e esta é a m ão que está estendida sobre todas Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim
as nações. chegará o seu lam ento.
2"Porque o S en h or dos Exércitos o determ inou; 9P orquanto as águas de D im om estão cheias de
quem o invalidará? E a sua m ão está estendida; quem sangue, p o rq u e ainda acrescentarei m ais a D im om ;
pois a fará voltar atrás? leões co n tra aqueles que escaparem de M oabe e
contra o restante da terra.
Profecias contra os filisteu s
28N o ano em que m orreu o rei Acaz, foi dada esta ENVIAI o cordeiro ao governador da terra,
sentença. desde Sela, no deserto, até ao m onte da filha
2‘'N ão te alegres, tu, toda a Filístia, p o r estar quebra­ de Sião.
da a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá 2De o u tro m o d o sucederá que serão as filhas de
u m basilisco, e o seu fruto será um a serpente arden­ M oabe ju n to aos vaus de A rnom com o o pássaro va-
te, voadora. gueante, lançado fora do ninho.
30E os prim ogênitos dos pobres serão apascenta­ T o m a conselho, executa juízo, põe a tua som bra no
dos, e os necessitados se deitarão seguros; porém pino do m eio-dia com o a noite; esconde os dester­
farei m o rrer de fom e a tua raiz, e ele m atará os teus rados, e não descubras os fugitivos.
sobreviventes. 4H abitem contigo os m eus desterrados, ó M oabe;
3‘Dá uivos, ó p orta, grita, ó cidade; tu, ó Filístia, serve-lhes de refúgio p eran te a face do destruidor;
estás toda derretida; porque do n o rte vem um a p orqu e o hom em violento terá fim; a destruição
fumaça, e não haverá quem fique sozinho nas suas é desfeita, e os opressores são consum idos sobre a
convocações. terra.

654
ISAÍAS 16,17,18

’Porque o trono se firm ará em benignidade, e sobre trigo e com o seu braço sega as espigas; eserá tam bém
ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade com o o que colhe espigas no vale de Refaim.
um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer 6Porém ainda ficarão nele alguns rabiscos, com o no
justiça. sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na m ais
6O uvim os da soberba de M oabe, que é soberbís- alta p o n ta dos ram os, e q u atro ou cinco nos seus
simo; da sua altivez, da sua soberba, e do seu furor; ram os m ais frutíferos, diz o S enhor Deus de Israel.
porém , as suas m entiras não serão firmes. 7Naquele dia atentará o ho m em para o seu Criador,
?P ortanto M oabe clam ará p o r M oabe; todos cla­ e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.
marão; gemereis pelos fundam entos de Q uir-H are- 8E não atentará para os altares, o b ra das suas mãos,
sete, pois certam entejá estão abatidos. nem olhará para o que fizeram seus dedos, nem para
8Porque os cam pos de H esbom enfraqueceram , e os bosques, nem para as imagens.
a vinha de Sibma; os senhores dos gentios q uebra­ 9N aquele dia as suas cidades fortificadas serão
ram as suas m elhores plantas que haviam chegado a com o lugares abandonados, no bosque ou sobre o
Jazer e vagueiam no deserto; os seus rebentos se es­ cum e das m ontanhas, os quais foram abandonados
tenderam e passaram além do mar. ante os filhos de Israel; e haverá assolação.
9Por isso prantearei, com o p ran to de Jazer, a vinha '“Porque te esqueceste do Deus da tu a salvação, e
de Sibma; regar-te-ei com as m inhas lágrim as, ó não te lem braste da rocha da tua fortaleza, p o rta n ­
Hesbom e Eleale; porque o júbilo dos teus frutos de to farás plantações form osas, e assentarás nelas sar­
verão e da tua sega desapareceu. m entos estranhos.
1 '£ no dia em que as plantares as farás crescer, e pela
1 °E fugiu a alegria e o regozijo do cam po fértil,e nas
m anhã farás que a tua sem ente brote; mas a colheita
vinhas não se canta, nem há júbilo algum; já não se
voará no dia da angústia e das dores insofríveis.
pisarão as uvas nos lagares. Eu fiz cessar o júbilo.
l2Ai do b ram ido dos grandes povos qu e bram am
"P o r isso o m eu ín tim o vibra p o r M oabe com o
com o b ram am os m ares, e do rugido das nações que
harpa, e o m eu interior po r Q uir-H eres.
rugem com o rugem as im petuosas águas.
I2E será que, quan d o virem M oabe cansado nos
’’Rugirão as nações, com o rugem as m uitas águas,
altos, então entrará no seu santuário a orar, porém
mas Deus as repreenderá e elas fugirão para longe; e
não prevalecerá.
serão afugentadas com o a pragana dos m ontes diante
1 ’Esta é a palavra que o S f.n h o r falou contra M oabe
do vento, e com o o que rola levado pelo tufão.
desde aquele tem po.
14Ao anoitecer eis que há pavor, mas antes que am a­
l4Porém agora falou o S enhor , dizendo: D entro de
nheça já não existe; esta é a p arte daqueles que nos
três anos (tais com o os anos de jornaleiros), será en­
despojam , e a sorte daqueles que nos saqueiam .
vilecida a glória de M oabe, com toda a sua grande
m ultidão; e o restante será pouco, pequeno e im ­ A destruição da E tiópia
potente. AI da terra que ensom breia com as suas
asas, que está além dos rios da Etiópia.
Profecia contra Damasco e Efraim 2Q ue envia em baixadores p o r m ar em navios de
1 PESO de Damasco. Eis que D am asco será junco sobre as águas, dizendo: Ide, m ensageiros ve­
A / tirada, e já não será cidade, antes será um lozes, a um povo de elevada estatura e de pele lisa; a
m ontão de ruínas. um povo terrível desde o seu princípio; a uma nação
2 As cidades de A roer serão abandonadas; hão de ser forte e esm agadora, cuja terra os rios dividem.
para os rebanhos que se deitarão sem que alguém 3 Vós, todos os habitantes do m undo, e vósos m orado­
os espante. res da terra, quando se arvorar a bandeira nos m ontes,o
3E a fortaleza de Efraim cessará, com o tam bém o vereis; e quando se tocar a trom beta, o ouvireis.
reino de D am asco e o restante da Síria; serão com o 4Porque assim m e disse o S en h o r : Estarei quieto,
a glória dos filhos de Israel, diz o S en h or dos Exér­ olhando desde a m in h a m orada, com o o ard o r do
citos. sol resplandecente depois da chuva, com o a nuvem
4E naquele dia será dim inuída a glória de Jacó, e a do orvalho no calor da sega.
gordura da sua carne ficará emagrecida. ’Porque antes da sega, q u an d o já o fruto está per­
5Porque será com o o segador que colhe a cana do feito e, passada a flor, as uvas verdes am adurecerem,

655
ISAÍAS 18,19

então, com foice podará os sarm entos e tirará os ceu; com o, pois, a Faraó direis: Sou filho de sábios,
ram os e os lançará fora. filho de antigos reis?
6Serão deixados juntos às aves dos m ontes e aos u O nde estão agora os teus sábios? N otifiquem -te
anim ais da terra; e sobre eles veranearão as aves agora, ou in fo rm em -te sobre o que o S enhor dos
de rapina, e todos os anim ais da terra invernarão Exércitos d eterm in o u contra o Egito.
sobre eles. l3Loucos to rn aram -se os príncipes de Zoã, enga­
7N aquele tem po tra rá um presente ao S en h or dos nados estão os príncipes de Nofe; eles fizeram errar
Exércitos um povo de elevada estatu ra e de pele o Egito, aqueles que são a pedra de esquina das suas
lisa, e u m povo terrível desde o seu princípio; um a tribos.
n ação forte e esm agadora, cuja te rra os rios d ivi­ I40 S enhor d erram o u no m eio dele um perver­
dem ; ao lugar do n o m e do S en h o r dos Exércitos, so espírito; e eles fizeram errar o Egito em to d a a
ao m o n te Sião. sua obra, com o o bêbado quando se revolve no seu
vôm ito.
Profecia contra o Egito 1 ’E não aproveitará ao Egito obra alguma que possa
PESO do Egito. Eis que o S en h o r vem ca­ fazer a cabeça, a cauda, o ram o, o u o junco.
valgando n u m a nuvem ligeira, e en tra rá ,6N aquele tem p o os egípcios serão com o m u lh e­
no Egito; e os ídolos do Egito estrem ecerão diante res, e trem erão e tem erão p o r causa do m o v im en ­
dele, e o coração dos egípcios se derreterá no m eio
to da m ão do S enhor dos Exércitos, que há de levan­
deles.
tar-se contra eles.
2Porque farei com que os egípcios, se levantem
17E a terra de Judá será um espanto para o Egito;
contra os egípcios, e cada um pelejará contra o
todo aquele a quem isso se anunciar se assom brará,
seu irm ão, e cada um contra o seu próxim o, cidade
por causa do propósito do S enhor dos Exércitos, que
contra cidade, reino contra reino.
determ inou co n tra eles.
■’E o espírito do Egito se esvaecerá no seu interior, e
'“N aquele tem po haverá cinco cidades na terra do
destruirei o seu conselho; e eles consultarão aos seus
Egito que falarão a língua de C anaã e farão ju ra ­
ídolos, e encantadores, e aqueles que têm espíritos
m en to ao S enhor dos Exércitos; e u m a se cham ará:
familiares e feiticeiros.
Cidade de destruição.
4E entregarei os egípcios nas m ãos de um senhor
19N aquele tem po o S enhor terá um altar no m eio
cruel, e um rei rigoroso os dom inará, diz o Senhor, o
da terra do Egito, e u m a coluna se erigirá ao S enhor ,
S enhor dos Exércitos.
ju n to da sua fronteira.
’E secarão as águas do mar, e o rio se esgotará e res­
~°E servirá de sinal e de testem unho ao S en h or dos
sequirá.
6Tam bém os rios exalarão m au cheiro e se esgota­ Exércitos na terra do Egito, p orque ao S en h or cla­
m arão p o r causa dos opressores, e ele lhes enviará
rão e secarão os canais do Egito; as canas e os juncos
m urcharão. um salvador e um protetor, que os livrará.
7A relva ju n to ao rio, ju n to às ribanceiras dos rios,e 2IE o S enhor se dará a conhecer ao Egito, e os egíp­
tu d o o que foi semeado ju n to ao rio, secará, será ar­ cios conhecerão ao S en h or naquele dia, e o ad o ra­
rancado e não subsistirá. rão com sacrifícios e ofertas, e farão votos ao S enhor ,
SE os pescadores gem erão, e suspirarão todos os e 05 cum prirão.
que lançam anzol ao rio, e os que estendem rede 22E ferirá o S enhor ao Egito, ferirá e o curará; e con-
sobre as águas desfalecerão. verter-se-ão ao S enhor , e m over-se-á às suas o ra ­
"E envergonhar-se-ão os que trabalham em linho ções, e os curará;
fino, e os que tecem pano branco. 2,N aquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria,
,0E os seus fundam entos serão despedaçados, e e os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assí­
to d o s os que trabalham po r salário ficarão com tris­ ria; e os egípcios servirão com os assírios.
teza de alma. 24N aquele dia Israel será o terceiro com os egípcios
1 'N a verdade são loucos os príncipes de Zoã; o con­ e os assírios, um a bênção n o m eio da terra.
selho dos sábios conselheiros de Faraó se em b ru te­ 2,Porque o S enhor dos Exércitos os abençoará, di­

656
ISAÍAS 19,20,21,22

zendo: Bendito seja o Egito, m eu povo, e a Assíria, 8E clamou: Um leão, m eu senhor! Sobre a to rre de
obra de m inhas m ãos, e Israel, m inha herança. vigia estou em pé co ntinuam ente d e dia, e de guarda
m e po n h o noites inteiras.
Profecia sim bólica contra os egípcios 9E eis agora vem um carro com hom ens, e um par
e os etíopes de cavaleiros. Então respondeu e disse: Caída é Ba­
N O ano em que Tartã, enviado p o r Sargom, bilônia, caída é! E todas as im agens de escultura dos
rei da Assíria, veio a Asdode, e guerreou seus deuses quebraram -se no chão.
contra ela, e a tom ou, 10Ah, m alhada m inha, e trigo d a m in h a eira! O que
-Nesse m esm o tem po falou o S enhor p o r interm é­ ouvi do S en h or dos Exércitos, D eus de Israel, isso
dio de Isaías, filho de Amós, dizendo: Vai, solta o ci­ vos anunciei.
lício de teus lom bos, e descalça os sapatos dos teus
pés. E ele assim o fez, indo n u e descalço. Profecia sobre D iiniá
’Então disse o S en h o r : Assim com o o m eu servo 1 ‘Peso de D um á. G ritam -m e de Seir: G uarda, que
Isaías an d ou três anos n u e descalço, por sinal e p ro ­ houve de noite? G uarda, que houve de noite?
dígio sobre o Egito e sobre a Etiópia, 12£ disse o guarda: Vem a m anhã, e tam bém a noite;
4Assim o rei da Assíria levará em cativeiro os presos se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde.
do Egito, e os exilados da Etiópia, tanto m oços com o
velhos, nus e descalços, e com as nádegas descober­ Profecia contra Arábia
tas, p ara vergonha do Egito. ' 3Peso co n tra Arábia. N os bosques da A rábia passa­
SE assom brar-se-ão, e envergonhar-se-ão, por reis a noite, ó viandantes de D edanim .
causa dos etíopes, sua esperança, com o tam bém l4Saí com água ao en co n tro dos sedentos; m o ra­
dos egípcios, sua glória. dores da terra de Tema, saí com pão ao encontro dos
6Então os m oradores desta ilha dirão naquele dia: fugitivos.
Vede que tal é a nossa esperança, à qual fugim os por ' ’Porque fogem de diante das espadas, de diante da
socorro, para nos livrarm os da face do rei da Assíria! espada desem bainhada, e de diante do arco arm ado,
Com o pois escaparem os nós? e de diante do peso da guerra.
'6Porque assim m e disse o Senhor: D entro de um
Predição da q ueda de B abilônia ano, com o os anos de jornaleiro, desaparecerá toda
"J PESO do deserto do mar. C om o os tufões a glória de Quedar.
M A de vento do sul, que tudo assolam, ele virá ' 7E os restantes do n ú m ero dos flecheiros, os p ode­
do deserto, de um a terra horrível. rosos dos filhos de Q uedar, serão dim inuídos, p o r­
2D ura visão m e foi anunciada: o pérfido trata per­ que assim disse o S enhor D eus de Israel.
fidam ente, e o d estruidor anda destruindo. Sobe,
ó Elão, sitia, ó M édia, que já fiz cessar to d o o seu Q uadro profético do cerco d e Jerusalém
gemido. PESO do vale da visão. Q ue tens agora,
■’Por isso os m eus lom bos estão cheios de angústia; pois que com todos os teus subiste aos te­
dores se apoderam de m im com o as dores daquela lhados?
que dá à luz; fiquei abatido quando ouvi, e desani­ 2Tu, cheia de clam ores, cidade tu rb u len ta, cidade
m ado vendo isso. alegre, os teus m o rto s não foram m ortos à espada,
■•O m eu coração se agita, o h o rro r apavora-m e; a nem m o rreram na guerra.
noite que desejava, se m e to rn o u em tem or. ’Todos os teus governadores ju n tam en te fugiram ,
’Põem -se a mesa, estão de atalaia, com em , bebem ; foram atados pelos arqueiros; todos os que em ti se
levantai-vos, príncipes, e untai o escudo. acharam , foram am arrados ju ntam ente, e fugiram
6Porque assim m e disse o Senhor: Vai, põe uina sen - para longe.
tinela, e ela que diga o que vir. 4P ortanto digo: Desviai de m im a vista, e chorarei
7E quando vir um carro com um par de cavaleiros, am argam ente; não vos canseis m ais em consolar-me
um carro com jum entos, e u m carro com camelos, pela destruição da filha do m eu povo.
ela que observe atentam ente com grande cuidado. 5Porque dia de alvoroço, e de atropelam ento, e de

657
ISAÍAS 22,23

confusão é este da parte do S enhor Df.us dos Exér­ 20E será naquele dia que cham arei a m eu servo Elia­
citos, no vale da visão; dia de derru b ar o m uro e de quim , filho de Hilquias;
clam ar até aos montes. 2 ' E vesti-lo-ei da tu a túnica, e cingi-lo-ei com o teu
6P orque Elão to m o u a aljava, ju n ta m e n te com cinto, e entregarei nas suas m ãos o teu dom ínio, e
carros de hom ens e cavaleiros; e Q uir descobriu os será com o pai para os m oradores de Jerusalém, e
escudos. para a casa de Judá.
7E os teus mais formosos vales se encherão de carros, 22E porei a chave da casa de Davi sobre o seu om bro,
e os cavaleiros se colocarão em ordem às portas. e abrirá, e n inguém fechará; e fechará, e ninguém
8E ele tirou a coberta de Judá, e naquele dia olhaste abrirá.
para as arm as da casa do bosque. 2,E fixá-lo-ei como a um prego n u m lugar firme, e
9E vistes as brechas da cidade de Davi, p o rq u a n ­ será com o um trono de honra para a casa de seu pai.
to ;'á eram m uitas, e ajuntastes as águas do tanque 24E nele p en d u rarão toda a h o n ra da casa de seu
de baixo. pai, a prole e os descendentes,como tam bém todos os
1 T am b ém contastes as casas de Jerusalém, e d erru ­ vasos m enores, desde as taças até os frascos.
bastes as casas, para fortalecer os m uros. 25N aquele dia, diz o S enhor dos Exércitos, o prego
"Fizestes tam bém um reservatório entre os dois fincado em lugar firm e será tirado; e será cortado,
m uros para as águas do tanque velho, porém não e cairá, e a carga que nele estava se desprenderá,
olhastes acima, para aquele que isto tinha feito, nem p orqu e o S enhor o disse.
considerastes o que o form ou desde a antiguidade.
I2E o Senhor D eus dos Exércitos, cham ou naque­ A ru ín a e restauração d e Tiro
le dia para chorar e para prantear, e para raspar a PESO de Tiro. Uivai, navios de Társis,
cabeça, e cingir com o cilício. p orque está assolada, a p o n to de não haver
13Porém eis aqui gozo e alegria, m atam -se bois e de- nela casa n enhum a, e de ninguém m ais en tra r nela;
golam-se ovelhas, com e-se carne, e bebe-se vinho, e desde a terra de Q u itim lhes foi isto revelado.
ífe-íe:C om am osebebam os,porqueam anhãm orre- 2Calai-vos, m oradores da ilha, vós a quem enche­
remos. ram os m ercadores de Sidom, navegando pelo mar.
14Mas o S enhor dos Exércitos revelou-se aos m eus 3E a sua provisão era a sem ente de Sior, que vinha
ouvidos, dizendo: C ertam ente esta m aldade não vos com as m uitas águas, a ceifa do Nilo, e ela era a feira
será expiada até que m orrais, diz o Senhor D f.us dos das nações.
Exércitos. 4Envergonha-te, ó Sidom, porque o mar, a fortaleza
do mar, fala, dizendo: Eu não tive dores de parto, nem
S ebna é degradado; E lia q u im é exaltado dei à luz, nem ainda criei jovens, nem eduquei virgens.
' ’Assim diz o S enhor D eus dos Exércitos: A nda e ’C om o q uando se ouviram as novas do Egito, assim
vai ter com este tesoureiro, com Sebna, o m o rd o ­ haverá dores q u an d o se ouvirem as de Tiro.
m o, e dize-lhe: '’Passai a Társis; clamai, m oradores da ilha.
16Q ue é que tens aqui, o u a q u e m te n s tu aqui, para ~Ê esta, porventura, a vossa cidade exultante, cuja
que cavasses aqui um a sepultura? Cavando em lugar origem é dos dias antigos, cujos pés a levaram para
alto a sua sepultura, e cinzelando na rocha um a longe a peregrinar?
m orada para ti mesmo? KQ uem fo rm o u este desígnio co n tra Tiro, d istri­
17Eis que o S en h or te arrojará violentam ente com o buidora de coroas, cujos m ercadores são príncipes e
u m hom em forte, e de todo te envolverá. cujos negociantes são os mais nobres da terra?
l8C ertam ente com violência te fará rolar, com o se 90 S eni ior dos Exércitos form ou este desígnio para
faz rolar um a bola nu m país espaçoso; ali m orrerás, denegrir a soberba de toda a glória, e envilecer os
e ali acabarão os carros da tua glória, ó opróbrio da mais nobres da terra.
casa do teu senhor. ' "Passa com o o Nilo pela tua terra, ó filha de Társis;
I9E dem itir-te-ei do teu posto, e te arrancarei do já não há quem te restrinja.
teu assento. 1 ‘Ele estendeu a sua m ão sobre o m ar, e tu rb o u os

658
ISAÍAS 23,24

reinos; o S enhor deu ordens contra Canaã, para que "Pranteia o m osto, enfraquece a vide; e suspiram
se destruíssem as suas fortalezas. todos os alegres de coração.
I2E disse: N unca mais exultarás de alegria, ó op ri­ 8Cessa o folguedo dos tam boris, acaba o ruído dos
m ida virgem , filha de Sidom ; levanta-te, passa a que exultam , e cessa a alegria da harpa.
Q uitim , e ainda ali não terás descanso. 9C om canções não beberão vinho; a bebida forte
1 'Vede a terra dos caldeus, ainda este povo não era será am arga para os que a beberem.
povo; a Assíria a fundou p ara os que m oravam no l0D em olida está a cidade vazia, todas as casas fecha­
deserto; levantaram as suas fortalezas, e edificaram ram , ninguém p ode entrar.
os seus palácios; porém converteu-a em ruína. 1 'H á lastimoso clam or nas ruas por falta do vinho;
‘■•Uivai, navios de Társis, porque está destruída a toda a alegria se escureceu, desterrou-se o gozo da terra.
vossa fortaleza. l2Na cidade só ficou a desolação, a p o rta ficou re­
l5Naquele dia Tiro será posta em esquecimento por duzida a ruínas.
setenta anos, conforme os dias de um rei; porém no fim
de setenta anos Tiro cantará como um a prostituta. C ân tico de louvor pela m isericórdia d e D eus
l6Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta en­ 13Porque assim será no interior da terra, e n o m eio
destes povos, com o a sacudidura da oliveira, e com o
tregue ao esquecim ento; faça doces melodias, canta
os rabiscos, q u an d o está acabada a vindim a.
m uitas canções, para que haja m em ória de ti.
14Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria; e por
l7Porque será no fim de setenta anos que o S enhor
causa da glória do S enhor exultarão desde o mar.
visitará a Tiro, e ela to rn ará à sua ganância de pros­
15Por isso glorificai ao S en h or no oriente, e nas ilhas
tituta, e prostituir-se-á com todos os reinos que há
do mar, ao no m e do S en h or Deus de Israel.
sobre a face da terra.
l6Dos confins da terra ouvim os cantar: G lória ao
I8E o seu com ércio e a sua ganância de p rostituta
justo. M as eu disse: Emagreço, em agreço, ai de mim!
serão consagrados ao S en h o r ; não se entesourará,
Os pérfidos têm tratad o perfidam ente; sim, os pérfi­
nem se fechará; m as o seu com ércio será para os que
dos têm tratad o perfidam ente.
habitam perante o S enhor , para que com am até se
I70 tem or, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó m o ra­
saciarem, e tenham vestim enta durável.
d o r da terra.
I8E será que aquele que fugir da voz de tem o r cairá
Predição do castigo de Israel
na cova, e o que su b ir da cova o laço o prenderá;
EIS que o S enhor esvazia a terra, e a desola,
porque as janelas do alto estão abertas, e os fu n d a­
e transtorna a sua superfície, e dispersa os
m entos da terra trem em .
seus m oradores.
‘’De to d o está q u eb ran tad a a terra, de todo está
2E o que suceder ao povo, assim sucederá ao sacer­
rom pida a terra, e de todo é m ovida a terra.
dote; ao servo, com o ao seu senhor; à serva, com o à
20D e to d o cam baleará a terra com o o ébrio, e será
sua senhora; ao com prador, com o ao vendedor; ao m ovida e rem ovida com o a choça de noite; e a sua
que em presta, com o ao que to m a em prestado; ao transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca
que dá usura, com o ao que paga usura. mais se levantará.
3De todo se esvaziará a terra, e de to d o será saquea­ 21E será que naquele dia o S enhor castigará os exérci­
da, porque o S enhor p ronunciou esta palavra. tos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra.
4A terra pranteia e se m urcha; o m u n d o enfraque­ 22E serão ajuntados como presos nu m a m asm orra, e
ce e se m urcha; enfraquecem os m ais altos do povo serão encerrados n u m cárcere; e outra vez serão cas­
da terra. tigados depois de m uitos dias.
5Na verdade a terra está contam inada po r causa dos 23Ealuaseenvergonhará,eosolseconfundiráquando
seus m oradores; porquanto têm transgredido as leis, o S enhor dos Exércitos reinar no m onte Sião e em Jeru­
m udado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. salém, e perante os seus anciãos gloriosamente.
(’Por isso a m aldição tem consum ido a terra; e os que
habitam nela são desolados; por isso são queim ados Ó S en h o r , tu és o m eu D eus; exaltar-te-
os m oradores da terra, e poucos hom ens restam. ei, e louvarei o teu n o m e, p o rq u e fizeste

659
ISAÍAS 24,25,26

m aravilhas; os teus conselhos antigos são verd a­ 2Abri as portas, para que entre nelas a nação justa,
de e firmeza. que observa a verdade.
2Porque da cidade fizeste um m ontão de pedras, e da ’Tu conservarás em paz aquele cuja m ente está
cidade forte um a ruína, e do paço dos estranhos, que firm e em ti; porque ele confia em ti.
não seja mais cidade, e jamais se torne a edificar. 4Confiai n o S en h o r perpetuam ente; porque o
’Por isso te glorificará um povo poderoso, e a cidade S enhor D eus é um a rocha eterna.
das nações form idáveis te tem erá. ’Porque ele abate os que habitam no alto, na cidade
4Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do elevada; hum ilha-a, hum ilha-a até ao chão, e d e rru ­
necessitado, na sua angústia; refúgio contra a te m ­
ba-a até ao pó.
pestade, e som bra contra o calor; porque o sopro dos
"O pé pisá-la-á; os pés dos aflitos, e os passos dos
opressores é com o a tem pestade contra o m uro.
pobres.
5C om o o calor em lugar seco, assim abaterás o
:0 cam inho do ju sto è to d o plano; tu retam ente
ím peto dos estranhos; como se abranda o calor pela
pesas o andar do justo.
som bra da espessa nuvem , assim o cântico dos tira ­
nos será hum ilhado. “Tam bém no cam inho dos teus juízos, S enhor , te
6E o S enhor dos Exércitos dará neste m onte a todos esperam os; n o teu n o m e e na tua m em ória está o
os povos um a festa com anim ais gordos, um a festa desejo da nossa alma.
de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos l)Com m inha alm a te desejei de noite, e com o m eu
velhos, bem purificados. espírito, que está d en tro de m im , m adrugarei a
TE destruirá neste m onte a face da cobertura, com buscar-te; porque, havendo os teus juízos n a terra, os
que todos os povos andam cobertos, e o véu com que m oradores do m u n d o aprendem justiça.
todas as nações se cobrem. 10Ainda que se m ostre favor ao ímpio, nem por isso
“A niquilará a m orte para sem pre, e assim enxuga­ aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a
rá o Senhor D eus as lágrim as de todos os rostos, e iniqüidade, e não atenta para a majestade do S enhor .
tirará o o próbrio do seu povo de toda a terra; porque " S enhor , a tu a m ão está exaltada, m as nem por
o S enhor o disse. isso a vêem; vê-la-ão, porém, e confúndir-se-ão por
"E naquele dia se dirá: Eis que este è o nosso Deus, causa do zelo que tens do teu povo; e o fogo consu­
a quem aguardávam os, e ele nos salvará; este é o m irá os teus adversários.
S enhor , a quem aguardávam os; na sua salvação go­
I2S enhor , t u n o s d a r á s a p a z, p o r q u e t u és o q u e fi­
zarem os e nos alegraremos.
z e s te e m n ó s to d a s a s n o ss a s o b ra s .
‘“Porque a m ão do S enhor descansará neste m onte;
1 ’Ó S en h or Deus nosso,já outros senhores têm tido
m as M oabe será trilhado debaixo dele, com o se
dom ínio sobre nós;porém, p o r ti só, nos lem bram os
trilha a palha no m onturo.
1 'E estenderá as suas m ãos p o r entre eles, com o as de teu nom e.
estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez l4M orrendo eles, não tornarão a viver; falecendo,
com as ciladas das suas mãos. não ressuscitarão; p o r isso os visitaste e destruíste, e
12E abaixará as altas fortalezas dos teus m uros, apagaste to d a a sua m em ória.
abatê-las-á e derrubá-las-á p o r terra até ao pó. 'T u , Senho r , aum entaste a esta nação, tu au m en ­
taste a esta nação,fizeste-te glorioso; alargaste todos
NAQUELE dia se entoará este cântico na os confins da terra.
terra de Judá: Temos um a cidade forte, a 1 "Ó S enhor , n a a n g ú stia te b u sc a ra m ; vindo so b re eles
que Deus pôs a salvação p o rm u ro s e antem uros. a tu a c o rre ç ão , d e rra m a r a m a sua o ra ç ã o secreta.

Não ressuscitarão [...] e apagaste toda a sua memória bular de novo o povo de Deus. Não é o caso de todos os ímpios,
(26.13,14,19) porque Jesus declarou que todos ressuscitarão, seja para a res­
surreição da vida ou para a condenação (Is 66.24; Jo 5.28.29).
Testemunhas de Jeová. Afirmam que alguns ímpios não
A Bíblia fala, ainda, sobre choro e ranger de dentes (Mt
vão ressuscitar e que na morte há inconsciência.
13.42,50), o que mostra que aqueles que forem para o inferno
_ C j RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os mortos de que fala o ver- sofrerão castigos eternos. Logo, os ímpios não estarão aniquila­
<=> sículo13 (“outros senhores têm tido domínio sobre nós") dos. Todos os seus grandes projetos, idéias e pensamentos pe­
são os governadores do Egito e da Babilônia. Isaías está decla­ recem sim com a morte, não porque estejam inconscientes, mas
rando que eles estão mortos, e que não ressuscitarão para exer­ porque não podem mais cumprir seus propósitos. Em outras par­
cer seu domínio sobre os israelitas. A crueldade dos senhoresque tes do livro, Isaías se refere ao sheol como um lugar de pessoas
oprimiam Israel está, agora, acabada. Não ressuscitarão para atri­ conscientes.

660
ISA ÍA S26.27,28

l7C om o a m ulher grávida, qu an d o está próxim a todo o fruto de se haver tirado seu pecado; q uando
a sua hora, tem dores de parto, e dá gritos nas suas ele fizer a todas as pedras do altar com o pedras de cal
dores, assim fom os nós diante de ti, ó Se n h o r ! feitas em pedaços, então os bosques e as imagens não
"*Bem concebem os nós e tivem os dores de parto, poderão ficar em pé.
porém dem os à luz o vento; livram ento não trouxe­ l0Porque a cidade fortificada ficará solitária, será
m os à terra, nem caíram os m oradores do m undo. um a habitação rejeitada e abandonada com o um de­
19Os teus m ortos e tam bém o m eu cadáver viverão e serto; ali pastarão os bezerros, e ali se deitarão, e de­
ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no vorarão os seus ram os.
pó, p orque o teu orvalho será com o o orvalho das "Q u a n d o os seus ram os se secarem, serão qu e­
ervas, e a terra lançará de si os m ortos. brados, e vindo as m ulheres, os acenderão, porque
•“ Vai, pois, povo m eu, en tra nos teus quartos, e este povo não é povo de entendim ento, assim aquele
fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só po r um que o fez não se com padecerá dele, e aquele que o
m om ento, até que passe a ira. form o u não lhe m ostrará n en h u m favor.
21Porque eis que o S e n h o r sairá do seu lugar, para 12E será naquele dia que o Se n h o r debulhará seus ce­
castigar os m oradores da terra, p o r causa da sua ini­ reais desde as correntes do rio, até ao rio do Egito; e
qüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não en ­ vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos u m a um .
cobrirá mais os seu m ortos. 13E será naquele dia que se tocará um a grande tro m ­
beta, e os que andavam perdidos pela terra da Assí­
Os cuidados de D eus pela sua vinha ria, e os que foram desterrados para a terra do Egito,
NAQUELE d ia o S en h or c a s tig a rá c o m a su a tornarão a vir, e adorarão ao Se nho r no m onte santo
d u r a e s p a d a , g r a n d e e fo rte , o le v ia tã , s e r­ em Jerusalém.
p e n te v elo z, e o le v ia tã , a s e r p e n te to r tu o s a , e m a ta rá
o d ra g ã o , q u e está n o m a r. O a n ú n c io do castigo d e E fra im e de Ju d á
2N aquele dia haverá um a vinha de vinho tinto; AI da coroa de soberba dos bêbados de
cantai-lhe. Efraim, cujo glorioso o rn am en to é como a
3Eu, o Se n h o r , a guardo, e cada m om ento a rega­ flor que cai, que está sobre a cabeça do fértil vale dos
rei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de vencidos do vinho.
dia a guardarei. 2Eis que o Senhor tem um forte e poderoso; com o
''Não há indignação em m im . Q uem m e poria sarças tem pestade de saraiva, torm enta destruidora, e como
e espinheiros diante de m im na guerra? Eu iria contra tem pestade de im petuosas águas que transbordam ,
eles e juntam ente os queimaria. ele, com a mão, derrubará por terra.
’O u que se apodere da m in h a força, e faça paz 3A coroa de soberba dos bêbados de Efraim será
comigo; sim, que faça paz comigo. pisada aos pés.
bDias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e 4E a flor caída do seu glorioso o rnam ento, que está
b rotará Israel, e encherão de fruto a face do m undo. sobre a cabeça do fértil vale, será com o o fruto tem ­
7Feriu-o com o feriu aos que o feriram? O u m atou-o, porão antes do verão, que, vendo-o alguém , e tendo-
assim com o m atou aos que foram m ortos por ele? o ainda na mão, o engole.
sCom m edida contendeste com ela, quando a rejei­ ’N aquele dia o Senho r dos Exércitos será p o r coroa
taste, quando a tiro u com o seu vento forte, no tem po gloriosa, e p o r diadem a form osa, para os restantes
do vento leste. de seu povo.
9Por isso se expiará a iniqüidade de Jacó, e este será 6E po r espírito de juízo, p ara o que se assenta a

Os teus mortos [...] viverão rente da interpretação do espiritismo. Em outras palavras, a Bíblia
(26.19) considera o texto em estudo em sua originalidade: “Os teus mor­
tos ressuscitarão’ . A ressurreição não coaduna com a reencarna-
Espiritismo. Emprega este texto para sustentar sua cren­
ção, antes, relere-se ao retorno à vida no próprio corpo que fora
ça na reencamação.
sepultado, ou consumido de qualquer outra forma, o que difere
.—j j j RESPOSTA APOLOGÉTICA: A expressão “os teus mortos diametralmente da reencarnaçào, que propóe a tomada de um
«=» [...]viverào",paraosespíritas,refere-seàocupaçãodeumou- novo corpo, desde o ventre da mãe.
tro corpo, pelo próprio espírito do laiecido, que volta à vida, renascen­ 0 entendimento espírita despreza por completo a doutrina da
do novamente no ventre materno. Esta tese é baseada em João 3.3. transformação do corpo carnal em corpo espiritual glorificado, espe­
A matéria bíblica, contudo, tem uma interpretação correta e dife­ cificada no contexto bíblico da ressurreição (1Jo 3.2; 1Co 15.52).

661
ISAÍAS 28,29

julgar, e p o r fortaleza para os que fazem recuar a m anhã após m anhã passará, de dia e de noite; e será que
peleja até à porta. somente o ouvir tal notícia causará grande turbação.
TMas tam bém estes erram p o r causa do vinho, e 20Porque a cam a será tão cu rta que ninguém se
com a bebida forte se desencam inham ; até o sacer­ poderá estender nela; e o co b erto r tão estreito que
dote e o profeta erram p o r causa da bebida forte; ninguém se poderá cobrir com ele.
são absorvidos pelo vinho; desencam inham -se por 21Porque o Se n h o r se levantará com o n o m onte Pe-
causa da bebida forte; andam errados na visão e tro ­ razim , e se irará, com o no vale de Gibeão, para fazer
peçam n o juízo. a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu
8Porque todas as suas mesas estão cheias de vôm i­ ato, o seu estranho ato.
tos e im undícia, e não há lugar limpo. 22Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos
9A quem , pois, se ensinaria o conhecim ento? E a grilhõesnão se façam m aisfortes;porquejáao Senhor
quem se daria a entender doutrina? Ao desm am ado D eus dos Exércitos ouvifalardeum a destruição, e essa
do leite, e ao arrancado dos seios? já está determ inada sobre toda a terra.
l0Porque é m andam ento sobre m andam ento, m an­ 23Inclinai os ouvidos, e ouvi a m in h a voz; atendei
dam ento sobre m andam ento, regra sobre regra, regra bem e ouvi o m eu discurso.
sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. 24Porventura lavra to d o o dia o lavrador, para
1 'Assim p o r lábios gaguejantes, e p o r ou tra língua, semear? Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
falará a este povo. 2’N ão é antes assim: q uando já tem nivelado a sua
12 Ao qual disse: Esteé o descanso, dai descanso ao can­ superfície, então espalha nela ervilhaca, e sem eia co­
sado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir. m inho; ou lança nela do m elhor trigo, o u cevada es­
l3Assim, pois, a palavra do Senho r lhes será m anda­ colhida, ou centeio, cada qual no seu lugar?
mento sobre m andam ento, m andam ento sobre m an­ 260 seu D eus o ensina, e o instrui acerca do que há
damento, regra sobre regra, regra sobre regra, um de fazer.
pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para 27Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem
trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos. sobre o com inho passa roda de carro; m as com uma
1 ■'Ouvi, pois, a palavra do Senhor , homensescarnece- vara se sacode a ervilhaca, e o com inho com um pau.
dores, que dominais este povo que está em Jerusalém. 2liO trigo é esm iuçado, m as não se trilha co n tin u ­
1 ’Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a m orte, e am ente, nem se esm iúça com as rodas do seu carro,
com o inferno fizemos acordo; q uando passar o di­ nem se quebra com os seus cavaleiros.
lúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusem os 29Até isto procede do Se n h o r dos Exércitos; porque
a m entira por nosso refugio, e debaixo da falsidade é m aravilhoso em conselho e grande em obra.
nos escondemos.
“ Portanto assim diz o Senhor D eus: Eis que eu as­ Profecia contra Judá infiel
sentei em Sião um a pedra, um a pedra já provada, AI de Ar iel, Ariel, a cidade o nde Davi acam ­
pedra preciosa de esquina, que está bem firm e e fu n ­ pou! Acrescentai ano a ano, e sucedam -se
dada; aquele que crer não se apresse. as festas.
I7E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo 2C o n tu d o porei a Ariel em aperto, e haverá p ranto
p ru m o , e a saraiva varrerá o refugio da m entira, e as e tristeza; e ela será para m im com o Ariel.
águas cobrirão o esconderijo. 3P orque te cercarei com o m eu arraial, e te sitiarei
I8E a vossa aliança com a m o rte se anulará; e com baluartes, e levantarei trincheiras contra ti.
o vosso acordo com o inferno não subsistirá; e, 4Então serás abatida, falarás de debaixo da terra, e a
q u an d o o dilúvio do açoite passar, então sereis po r tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tu a voz debai­
ele pisados. xo da terra, com o a de um que tem espírito familiar,
l9Desde que comece a passar, vos arrebatará, porque e a tu a fala assobiará desde o pó.

Como a de um que tem espírito familiar profecia sobre as placas de ouro encontradas por Joseph Smith e
(29.4) que deram margem ao surgimento do Livro de Mórmon.
Mormonlsmo. Afirma que o livro de Mórmon contém um RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em qualquer lugar da Bíblia
espírito familiar, ou seja. assuntos que nos são familiares, *= em que se menciona a expressão espíritos familiares se re­
e também que a ‘ faia fraca', que sai de debaixo da terra, é uma fere à mediunidade ou à comunicação de supostos espíritos de

662
ISAÍ AS 29,30

5E a m ultidão dos teus inim igos será com o o pó Promessa d e livram ento
m iúdo, e a m ultidão dos tiranos com o a pragana que xlPorventura não se converterá o Líbano, n um
passa, e n u m m om ento repentino isso acontecerá. breve m om ento, em cam po fértil? E o cam po fértil
6D o Se n h o r dos Exércitos serás visitada com tro ­ não se reputará p o r um bosque?
vões, e com terrem otos, e grande ruído com tufão ISE naquele dia os surdos ouvirão as palavras do
de vento, e tem pestade, e labareda de fogo consu­ livro, e dentre a escuridão e dentre as trevas os olhos
midor. dos cegos as verão.
'E com o o sonho e um a visão de noite será a m ul­ '"E os m ansos terão gozo sobre gozo no Se n h o r ;
tidão de todas as nações que hão de pelejar contra e os necessitados entre os hom ens se alegrarão no
Ariel, com o tam bém todos os que pelejarem contra Santo de Israel.
ela e contra a sua fortaleza, e a puserem em aperto. 2,)Porque o tiran o é reduzido a nada, e se consom e
8Será tam bém com o o fam into que sonha, que o escarnecedor, e todos os que se dão à iniqüidade
está a com er, porém , acordando, sente-se vazio; ou são desarraigados;
com o o sedento que sonha que está a beber, porém , 21O s que fazem culpado ao hom em p o r um a pala­
acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a vra, e arm am laços ao que repreende na porta, e os
sua alm a com sede; assim será toda a m ultidão das que sem m otivo põem de p arte o justo.
nações, que pelejarem contra o m onte Sião. 22P ortanto assim diz o Senho r , que rem iu a Abraão,
’Tardai, e maravilhai-vos, folgai, e clamai; bêbados acerca da casa de Jacó: Jacó não será agora envergo­
estão, m as não de vinho, an d am titubeando, mas nhado, nem agora se descorará a sua face.
não de bebida forte. 23Mas q u an d o ele vir seus filhos, obra das m inhas
l0Porque o Se n h o r d erram o u sobre vós um espírito m ãos no m eio dele, santificarão o m eu nom e; sim,
de p ro fu ndo sono, e fechou os vossos olhos, vendou santificarão ao Santo de Jacó, e tem erão ao D eus de
os profetas, e os vossos principais videntes. Israel.
11 Por isso toda a visão vos é com o as palavras de um 24E os errados de espírito virão a ter entendim ento,
livro selado que se dá ao que sabe 1er, dizendo: Lê isto, e os m u rm u rad o res aprenderão doutrina.
peço-te; e ele dirá: N ão posso, porque está selado.
,2O u dá-se o livro ao que não sabe 1er, dizendo: Lê Filhos rebeldes
isto, peço-te; e ele dirá: N ão sei 1er. AI dos filhos rebeldes, diz o Se n h o r , que
l3P orque o S enhor disse: Pois que este povo se tom am conselho, m as não de m im ; e que se
aproxim a de m im , e com a sua boca, e com os seus cobrem , com u m a cobertura, m as não do m eu espí­
lábios m e h onra, m as o seu coração se afasta para rito, para acrescentarem pecado sobre pecado;
longe de m im e o seu te m o r para com igo consis­ -Q ue descem ao Egito, sem pedirem o m eu conse­
te só em m an d am en to s de hom ens, em que foi ins­ lho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para
tru íd o ; confiarem n a som bra do Egito.
l4P ortanto eis que continuarei a fazer um a obra 3Porque a força de Faraó se vos to rn ará em vergo­
maravilhosa no m eio deste povo, um a obra m aravi­ nha, e a confiança n a som bra do Egito em confu­
lhosa e u m assom bro; p orque a sabedoria dos seus são.
sábios perecerá, e o entendim ento dos seus p ru d en ­ 4Porque os seus príncipes já estão em Zoã, e os seus
tes se esconderá. em baixadores já chegaram a Hanes.
,sAi dos que querem esconder p rofundam ente o 5Todos se envergonharão de u m povo que de nada
seu propósito do Se n h o r , e fazem as suas obras às es­ lhes servirá nem de ajuda, nem de proveito, porém
curas, e dizem: Q uem nos vê? E quem nos conhece? de vergonha, e de opróbrio.
l6Vós tu do perverteis, com o se o oleiro fosse igual 6Peso dos anim ais do sul. Para a terra de aflição e
ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: N ão m e fez; de angústia (de o nde vêm a leoa e o leão, a víbora, e
e o vaso form ado dissesse do seu oleiro: N ada sabe. a serpente ardente, v o adora) levarão às costas de ju -

mortos com os vivos. Isso é taxativamente condenado pela Escri­ Na referência 8.19, lemos: “Quando, pois, vos disserem: Con­
tura Sagrada como uma prática ligada à feitiçaria. A edição de Al­ sultai os que têm espfritos familiares e os adivinhos, que chilreiam
meida Revista e Corrigida traduz: “E será a tua voz debaixo da ter­ e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A fa­
ra, como a dum feiticeiro, e a tua fala assobiará desde o pó“. vor dos vivos consultar-se-á aos mortos?" (Cf. tb. Dt 18.9-12).

663
ISAÍAS 30

m entinhos as suas riquezas, e sobre as corcovas de ti, com o voando com asas; antes os teus olhos verão
camelos os seus tesouros, a um povo que de nada lhes a todos os teus mestres.
aproveitará. 21E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está p o r
:P orque o Egito os ajudará em vão, e para nenhum detrás de ti, dizendo: Este é o cam inho, andai nele,
fim; p o r isso clam ei acerca disto: No estarem quie­ sem vos desviardes nem para a direita nem para a
tos será a sua força. esquerda.
sVai, pois, agora, escreve isto nu m a tábua peran ­ 22E terás p o r contam inadas as coberturas de tuas
te eles e registra-o num livro; para que fique até ao esculturas de prata, e o revestim ento das tuas escul­
últim o dia, para sem pre e perpetuam ente. turas fundidas de ouro; e as lançarás fora com o um
9Porque este é um povo rebelde, filhos m entirosos, pano im undo, e dirás a cada um a delas: Fora daqui.
filhos que não querem ouvir a lei do S enhor . 23Então te dará chuva sobre a tua sem ente, com que
10Q ue dizem aos videntes: N ão vejais; e aos profe­ semeares a terra, com o tam bém pão da novidade da
tas: N ão profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos terra; e esta será fértil e cheia; naquele dia o teu gado
coisas aprazíveis, e vede para nós enganos. pastará em largos pastos.
11 Desviai-vos do cam inho, apartai-vos da vereda; 24E osbois e os jum entinhos, que lavram a terra, co­
fazei que o Santo de Israel cesse de estar p eran ­ m erão grão puro, que for padejado com a pá, e ciran­
te nós. dado com a ciranda.
1 2Por isso, assim diz o Santo de Israel: porq u an to re­ 25E em todo o m o n te alto, e em todo o outeiro le­
jeitais esta palavra, e confiais na opressão e perversi­ vantado, haverá ribeiros e correntes de águas, no dia
dade, e sobre isso vos estribais,
da grande m atança, q u an d o caírem as torres.
'■’Por isso esta m aldade vos será com o a brecha de
26E a luz da lua será com o a luz do sol, e a luz do sol
u m alto m uro que, form ando um a barriga, está pres­
sete vezes m aior, com o a luz de sete dias, no dia em
tes a cair e cuja quebra virá subitam ente.
que o S enhor ligar a q uebradura do seu povo, e curar
I4E ele o quebrará com o se quebra o vaso do oleiro
a chaga da sua ferida.
e, quebrando-o, não se com padecerá; de m odo que
27Eis que o n o m e do S enhor vem de longe, ard en ­
não se achará entre os seus pedaços um caco para
do a sua ira, sendo pesada a sua carga; os seus lábios
tom ar fogo do lar, o u tira r água da poça.
estão cheios de indignação, e a sua língua é com o um
15Porque assim diz o Senhor D eus , o Santo de Israel:
fogo consum idor.
V oltando e descansando sereis salvos; n o sossego
28E a sua respiração com o o ribeiro tran sb o rd an -
e na confiança estaria a vossa força, m as não q u i­
te,que chega até ao pescoço, para peneirar as nações
sestes.
com peneira de destruição, e um freio de fazer errar
"■Mas dizeis: N ão; antes sobre cavalos fugirem os;
nas queixadas dos povos.
p o rtan to fugireis; e, sobre cavalos ligeiros cavalga­
29Um cântico haverá entre vós, com o na noite em
rem os; p o r isso os vossos perseguidores tam bém
serão ligeiros. que se celebra um a festa santa; e alegria de coração,
17Mil homens fugirão ao grito de um , e ao grito de com o a daquele que vai com flauta, para en tra r no
cinco todos vós fugireis, até que sejais deixados com o m onte do S f.nho r , à Rocha de Israel.
o m astro no cum e do m onte, e com o a bandeira no ’°E o S en h or fará ouvir a sua voz m ajestosa e fará
outeiro. ver o abaixam ento do seu braço, com indignação de
ira, e labareda de fogo consum idor, raios e dilúvio e
A m isericórdia de D eus pedras de saraiva.
18Por isso, o S en h or esperará, para ter m isericórdia 31Porque com a voz do S enhor será desfeita em p e­
de vós; e p o r isso se levantará, para se com padecer de daços a Assíria, que feriu com a vara.
vós, porque o S en h or é um Deus de eqüidade; bem - 32E acada pancada do b ordão do juízo q u eo S enhor
aventurados todos os que nele esperam. lhe der, haverá tam boris e harpas; e com com bates de
‘‘'Porque o povo habitará em Sião, em Jerusalém; agitação com baterá co n tra eles.
não chorarás mais; certam ente secom padecerá de ti, ’’P orque Tofete já há m u ito está preparada; sim,
à voz do teu clam or e, ouvindo-a, te responderá. está preparada para o rei; ele a fez p ro fu n d a e larga;
20Bem vos dará o Senhor pão de angústia e água de a sua p ira é de fogo, e tem m uita lenha; o assopro do
aperto, m as os teus m estres nunca m ais fugirão de S enhor com o torrente de enxofre a acenderá.

664
ISAÍAS31,32,33

A loucura de confiar n o h o m em 6Porque o vil fala obscenidade, e o seu coração p ra­


O 1 AI dos que descem ao Egito a buscar socor- tica a iniqüidade, para usar hipocrisia, e para p ro ­
A ro,e se estribam em cavalos; e têm confian­ ferir m entiras contra o S enhor , para deixar vazia a
ça em carros, porque são m uitos; e nos cavaleiros, alm a do fam into, e fazer com que o sedento venha a
porque são poderosíssim os; e não atentam para o ter falta de bebida.
Santo de Israel, e não buscam ao S enhor . "Também todas as arm as do avarento são más;
2Todavia tam bém ele é sábio, e fará vir o mal, e não ele m aquina invenções m alignas, para d estru ir os
retirará as suas palavras; e levantar-se-á contra a casa m ansos com palavras falsas, m esm o q u an d o o pobre
dos m alfeitores, e contra a ajuda dos que praticam chega a falar retam ente.
a iniqüidade. “Mas o liberal projeta coisas liberais, e pela libera­
3Porque os egípcios são homens, e não Deus; e os seus lidade está em pé.
cavalos, carne, e não espírito; e quando o Senhor esten­ ‘'Levantai-vos, m ulheres, que estais sossegadas, e
der a sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, com o cairá ouvi a m in h a voz; e vós, filhas, que estais tão seguras,
o ajudado, e todos juntam ente serão consumidos. inclinai os ouvidos às m inhas palavras.
4Porque assim m e disse o S en h o r : C om o o leão e o ‘“Porque n u m ano e dias vireis a ser turbadas, ó m u ­
leãozinho rugem sobre a sua presa, ainda que se con­ lheres que estais tão seguras; p o rq u e a v indim a se
voque contra ele uma m ultidão de pastores, não se es­ acabará, e a colheita não virá.
pantam das suas vozes, nem se abatem pela sua m ul­ 1 ‘Tremei, m ulheres que estais sossegadas, e turbai-
tidão, assim o S enhor dos Exércitos descerá, para vos vós, que estais tão seguras; despi-vos, e ponde-
pelejar sobre o m onte Sião, e sobre o seu outeiro. vos nuas, e cingi com saco os vossos lom bos.
’C om o as aves voam , assim o S en h or dos Exérci­ l2Baterão nos peitos, pelos cam pos desejáveis, e
tos am parará a Jerusalém; ele a am parará, a livrará e, pelas vinhas frutíferas.
passando, a salvará. ,3Sobre a terra do m eu povo virão espinheiros e
<‘Convertei-vos, pois, àquele contra quem os filhos sarças, com o tam bém sobre todas as casas o nde há
de Israel se rebelaram tão profundam ente. alegria, na cidade jubilosa.
7Porque naquele dia cada um lançará fora os seus l4Porque os palácios serão abandonados, a m u lti­
ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que vos fa­ dão da cidade cessará; e as fortificações e as torres
bricaram as vossas m ãos para pecardes, servirão decavernasparasem pre,paraalegria dosju-
SE a Assíria cairá pela espada, não de poderoso m entos m onteses, e p ara pasto dos rebanhos;
homem; e a espada, não de hom em desprezível, a con­ l5Até que se d erram e sobre nós o espírito lá do
sumirá; e fugirá perante a espada e os seus jovens serão alto; então o deserto se to rn ará em cam po fértil, e o
tributários. cam po fértil será reputado p o r um bosque.
9E de m edo passará a sua rocha, e os seus príncipes I6E o juízo habitará no deserto, e a justiça m orará
terão pavor da bandeira, diz o S enhor , cujo fogo está no cam po fértil.
em Sião e a sua fornalha em Jerusalém. 17E o efeito da justiça será paz, e a operação da ju s­
tiça, repouso e segurança p ara sempre.
O reino de ju stiça ltiE o meu povo habitará em m orada de paz, e em m o­
EIS que reinará um rei com justiça, e do m i­ radas bem seguras, e em lugares quietos de descanso.
narão os príncipes segundo o juízo. l9Mas, descendo ao bosque, cairá saraiva e a cidade
2E será aquele hom em com o um esconderijo contra será inteiram ente abatida.
o vento, e um refúgio contra a tem pestade, com o ri­ 20Bem -aventurados vós os que semeais junto a todas
beiros de águas em lugares secos, e com o a som bra as águas; e deixais livres os pés do boi e do jum ento.
de um a grande rocha em terra sedenta.
3E os olhos dos que vêem não olharão para trás; e os Os inim igos do povo de D eus
ouvidos dos que ouvem estarão atentos. serão destruídos
4E o coração dos im prudentes entenderá o conhe­ AI deti,despojador,quenão foste despojado,
cimento; e a língua dosgagos estará p ronta para falar e que procedes perfidam ente contra os que
distintam ente. não procederam perfidam ente contra ti! Acaban­
5Ao vil nunca mais se cham ará liberal; e do avaren­ do tu de despojar, serás despojado; e, acabando tu de
to nunca mais se dirá que é generoso. tratar perfidam ente, perfidam ente te tratarão.

665
ISAÍAS 33

2S enhor , te m m is e r ic ó rd ia d e n ó s , p o r ti te m o s 150 que anda em justiça, e o que fala com retidão;


o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das
e s p e ra d o ; sê t u o n o s s o b r a ç o c a d a m a n h ã , c o m o
t a m b é m a n o ss a sa lv a ç ã o n o te m p o d a trib u la ç ã o . suas m ãos todo o presente; o que tapa os seus ouvi­
3Ao ruído do tu m u lto fugirão os povos; à tu a exal­ dos para não ouvir falar de derramamento de sangue
tação as nações serão dispersas. e fecha os seus olhos para não ver o mal.
4Então ajuntar-se-á o vosso despojo com o se ajunta l6Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas
a lagarta; com o os gafanhotos saltam, assim ele sal­ serão o seu alto refugio, o seu pão lhe será dado, as
tará sobre eles. suas águas serão certas.
’O S enhor está exaltado, pois habita nas alturas; 17Os teus olhos verão o rei na sua form osura, everão
encheu a Sião de juízo e justiça. a terra que está longe.
6E haverá estabilidade nos teus tem pos, a b u n d â n ­ I80 teu coração considerará o assom bro dizendo:
cia de salvação, sabedoria e conhecim ento; e o tem or O nde está o escrivão? O nde está o que pesou o tr i­
do S enhor será o seu tesouro. buto? O nde está o que conta as torres?
TEis que os seus em baixadores estão clam ando de
19N ão verás mais aquele povo atrevido, povo de fala
fora; e os mensageiros de paz estão chorando am ar­
obscura, que não se pode com preender e de língua
gamente.
tão estranha que não se pode entender.
8As estradas estão desoladas, cessou o que passava
20O lha para Sião, a cidade das nossas solenidades;
pela vereda, ele rom peu a aliança, desprezou as cida­
os teus olhos verão a Jerusalém , habitação quieta,
des, e já não faz caso dos hom ens.
ten d a que não será rem ovida, cujas estacas nunca
9A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha
serão arran cad as e das suas cordas n en h u m a se
e se m urcha; Sarom se to rn o u com o um deserto; e
quebrará.
Basã e Carm elo foram sacudidos.
2‘Mas ali o glorioso S enhor será para nós u m lugar
I“Agora, pois, m e levantarei, diz o S en h o r ; agora m e
erguerei. Agora serei exaltado. de rios e correntes largas; barco n en h u m de rem o
II Concebestes palha, dareis à luz restolho; e o vosso passará por ele, n em navio grande navegará p o r ele.
espírito vos devorará como o fogo. 22Porque o S enhor é o nosso Juiz; o S en h or éo nosso
12E os povos serão como as queim as de cal; como es­ legislador; o S en h or éo nosso rei, ele nos salvará.
pinhos cortados arderão no fogo. 23As tuas cordas se afrouxaram ; não p u d eram ter
1 'O uvi, vós os que estais longe, o que ten h o feito; e firm e o seu m astro, e nem desfraldar a vela; então a
vós que estais vizinhos, conhecei o m eu poder. presa de abundantes despojos se repartirá; e até os
l'tOs pecadores de Sião se assom braram , o trem or coxos dividirão a presa.
surpreendeu os hipócritas. Q uem dentre nós habi­ 24E m o rad o r n en h u m dirá: E nferm o estou; porque
tará com o fogo consum idor? Q uem dentre nós ha­ o povo que h ab itar nela será absolvido da in iq ü i­
bitará com as labaredas eternas? dade.

Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? O Senhor é o nosso legislador
(33.14) (33.22)
Catolicismo Romano. Tem nesta passagem o respaldo ao (Tv?\ Adventlsmo do Sétimo Dia. Declara que a “lei de Deus"
suposto fundamento da crença no purgatório. \ÃuU se refere apenas aos Dez Mandamentos e “lei de Moisés",
aos cinco livros escritos pelo próprio legislador.
.—w RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta interpretação está des-
«= provida de bom senso, uma vez que a parte final do versí­ i B RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há um só legislador, que é
culo é desconsiderada: “Quem dentre nós habitará com as laba­ S . Deus, o que indica que toda a lei foi dada por Ele. Quando
redas eternas?'. Se são eternas, logo não são passageiras, como lemos lei de Deus. entendemos que o próprio Deus é o autor des­
compreende o conceito católico a respeito do purgatório. sa lei, e quando lemos lei de Moisés, vemos que náo se trata de
Ainda que os católicos tentem distinguir esta tese, outros outra lei. mas da mesma lei concedida por Deus a Moisés. Não
pontos bíblicos a rechaçam, como, por exemplo, a experiência do há qualquer distinção, como se a primeira fosse lei moral e a se­
ladrão da cruz, que pecou até o último instante de sua vida. mas. gunda, cerimonial.
por crer, teve imediata garantia de ir ao paraiso tão logo expiras­ Encontramos, tanto na lei de Moisés quanto na denominada lei
se. Na parábola do "trabalhador da vinha", também está eviden­ de Deus, preceitos morais ecerimoniais intercalados. O livro da lei
ciado que mesmo aqueles que aceitam a Cristo no leito de morte é mencionado indistintamente como lei de Moisés e lei de Deus:
têm direito à recompensa da salvação, sem que sejam submeti­ “E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas
dos a mitológicos planos intermediários (Mt 20.1-16). cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça.

666
ISAÍAS 34,35

CHEGAI-VOS, nações, para ouvir, e vós l3E nos seus palácios crescerão espinhos, urtigas e
povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitu­ cardos nas suas fortalezas; e será um a habitação de
de, o m undo, e tu d o quanto produz. chacais, e sítio para avestruzes.
2Porque a indignação do S enhor está sobre todas as l4As feras do deserto se e n co n trarão com as feras
nações, e o seufuror sobre todo o exército delas; ele as da ilha, e o sátiro clam ará ao seu com panheiro; e os
destruiu totalm ente, entregou-as à m atança. anim ais n o tu rn o s ali pousarão, e acharão lugar de
3E os seus m ortos serão arrem essados e dos seus ca­ repouso para si.
dáveres subirá o seu m au cheiro; e os m ontes se der­ 15Ali se aninhará a coruja e porá os seus ovos, e tirará
reterão com o seu sangue. os seus filhotes, e os recolherá debaixo da sua sombra;
4E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus também ali os abutres se ajuntarão uns com os outros.
se enrolarão com o u m livro; e todo o seu exército ,6Buscai no livro do S enhor , e lede; nenh u m a destas
cairá, com o cai a folha da vide e com o cai o figo da coisas faltará, ninguém faltará com a sua com pa­
figueira. nheira; porque a m inha boca tem ordenado, e o seu
5Porque a m inha espada se em briagou nos céus; eis espírito m esm o as tem ajuntado.
que sobre Edom descerá, e sobre o povo do m eu aná­ 17Porque ele m esm o lançou as sortes p o r elas, e sua
tem a para exercer juízo. m ão lhas tens repartido com o cordel; para sem pre a
SA espada do S enhor está cheia de sangue, está en ­ possuirão, de geração em geração habitarão nela.
gordurada da gordura do sangue de cordeiros e de
bodes, da g ordura dos rins de carneiros; porque o A grandeza e glória do M essias
Senhor tem sacrifício em Bozra, e grande m atança O DESERTO e o lugar solitário se alegra­
na terra de Edom. rão disto; e o erm o exultará e florescerá
7E os bois selvagens cairão com eles, e os bezerros com o a rosa.
com os touros; e a sua terra em briagar-se-á de sangue 2A bundantem ente florescerá, etam b ém jubilará de
até se fartar, e o seu pó se engrossará com a gordura. alegria e cantará; a glória do Líbano se lhe deu, a ex­
8Porque será o dia da vingança do S enhor , ano de celência do C arm elo e Sarom; eles verão a glória do
retribuições pela contenda de Sião. S enhor , o esplendor do nosso Deus.
9E os seus ribeiros se tornarão em pez, e o seu pó em -’Fortalecei as m ãos fracas, e firm ai os joelhos tre ­
enxofre, e a sua terra em pez ardente. m entes.
'"Nem de noite nem de dia se apagará; para sempre a 4Dizei aos tu rb ad o s de coração: Sede fortes, não
sua fumaça subirá; de geração em geração será assola­ temais; eis que o vosso D eus virá com vingança, com
da; pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela. recom pensa de Deus; ele virá, e vos salvará.
1 'M as o pelicano e a coruja a possuirão, e o bufo e ’Então os olhos dos cegos serão abertos, e os o uvi­
o corvo habitarão nela; e ele estenderá sobre ela o dos dos surdos se abrirão.
cordel de confusão e nível de vaidade. 6Então os coxos saltarão com o cervos, e a língua dos
l2Eles cham arão ao reino os seus nobres, mas m udos cantará; p orque águas arrebentarão no de­
n en h u m haverá; e todos os seus príncipes não serão serto e ribeiros no erm o.
coisa alguma. 7E a terra seca se to rn ará em lagos, e a terra seden-

diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus mandou examinar
trouxesse o livro da le i de Moisés, que o Senhor tinha ordenado *=» as Escrituras judaicas e não outras quaisquer (Jo 5.39).
a Israel [...] E leram no livro, na le i de Deus; e declarando, e expli­ A Bíblia diz que a verdadeira luz já veio ao mundo antes de
cando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse [...] E acharam Meishu-Sama (Jo 1.9-10; 3.19). Jesus, como Ele próprio diz, é
escrito na lei que o Senhor ordenara, pelo ministério de Moisés, a luz e não uma das muitas luzes (Jo 8.12; 9.5; 12.46). E esta
que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da verdadeira luz, que é Cristo, encontra-se unicamente em sua
festa, no sétimo mês" (Ne 8.1,8,14; grifo nosso). Palavra (SI 119.105), porque os escritos bíblicos são os úni­
cos totalmente inspirados por Deus (2Tm 3.16). Mas, infeliz­
Buscai no livro do S e n h o r , e lede mente, algumas pessoas, por vezes, costumam substituir a
(34.16) luz das Escrituras pelas tradições dos homens (Mt 15.6; 7.26-
A Igreja Messiânica Mundial. Ensina que suas publicações se 27). Não é de se admirar que os "ensinamentos de Meishu-
o » encaixam neste versículo, por isso diz: “Cuidando dos ensina­ Sama" tenham mais autoridade religiosa para os messiânicos
mentos de Meishu-Sama através dos livros e pelas publicações da do que a Bíblia, pois o deus que inspirou Meishu-Sama não é
igreja, receberá pleno benefício da luz divina emanada deles" o Deus da Bíblia.

667
ISAÍAS 35,36,37

ta em m ananciais de águas; e nas habitações em que qué: Pedim os- te que fales aos teus servos em siríaco,
jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos. porque bem o entendem os, e não nos fales em ju d ai­
8E ali haverá um a estrada, um cam inho, que se co, aos ouvidos do povo qu e está sobre o m uro.
cham ará o cam inho santo; o im u n d o não passará 12Rabsaqué, porém , disse: Porventura m andou-m e
p o r ele, m as será p ara aqueles; os cam inhantes, até o m eu senhor ao teu sen h o r e a ti, para dizer estas p a­
m esm o os loucos, não errarão. lavras e não antes aos h o m en s que estão assentados
9Ali não haverá leão, nem anim al feroz subirá a sobre o m uro, p ara que com am convosco o seu es­
ele, nem se achará nele; p o rém só os rem idos a n ­ terco, e bebam a sua urina?
darão por ele. l3Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clam ou em alta
10E os resgatados do S enhor voltarão; e virão a Sião voz em judaico, e disse: O uvi as palavras do grande
com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas ca­ rei, do rei da Assíria.
beças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tris­ 14Assim diz o rei: N ão vos engane Ezequias; porque
teza e o gemido. não vos poderá livrar.
l,N em tam pouco Ezequias vos faça confiar no
Setiaquerihe cerca Jerusalém S en h or , dizendo: Infalivelm ente nos livrará o
E ACONTECEU n o ano décim o q uarto do S enhor , e esta cidade não será entregue nas m ãos do
rei Ezequias, que Senaqueribe, rei da As­ rei da Assíria.
síria, subiu contra todas as cidades fortificadas de l6N ão deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o
Judá,e as tom ou. rei da Assíria: Aliai-vos comigo, e saí a m im , e com a
2Então o rei da Assíria enviou a Rabsaqué, de Laquis cada um da sua vide, e da sua figueira, e beba cada um
a Jerusalém, ao rei Ezequias com um grande exérci­ da água da sua cisterna;
to, e ele p arou ju n to ao aqueduto do açude superior, l7Até que eu venha, e vos leve para um a terra com o
ju n to ao cam inho do cam po do lavandeiro. a vossa; terra de trigo e de mosto, terra de pão e de
3Então saíram a ter com ele Eliaquim, filho de H i- vinhas.
lquias, o m ordom o, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho 18N ão vos engane Ezequias, dizendo: O S en h or nos
de Asafe, o cronista. livrará. Porventura os deuses das nações livraram
4E Rabsaqué lhes disse: O ra dizei a Ezequias: Assim cada um a sua terra das m ãos do rei da Assíria?
diz o grande rei, o rei da Assíria: Q ueconfiança é esta, ,9O nd e estão os deuses de H am ate e de Arpade?
em que esperas? O nde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura li­
5Bem posso eu dizer: Teu conselho e p oder para a vraram a Sam aria da m in h a mão?
guerra são apenas vãs palavras; em quem , pois, agora 20Q uais d entre todos os deuses destes países livra­
confias, que contra m im te rebelas? ram a sua terra das m inhas m ãos, para que o S enhor
6Eis que confias no Egito, aquele b ordão de cana livrasse a Jerusalém das m inhas mãos?
quebrada, o qual, se alguém se apoiar nele lhe en tra­ 2'Eles, porém , se calaram , e não lhe responderam
rá pela mão, e a furará; assim é Faraó, rei do Egito, palavra alguma; p o rq u e havia m and ad o do rei, d i­
para com todos os que nele confiam. zendo: N ão lhe respondereis.
7Porém se m e disseres: N o S enhor , nosso Deus, 22Então Eliaquim , filho de Hilquias, o m ordom o,
confiam os; porventura não é este aquele cujos altos e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista,
e altares Ezequias tirou, e disse a Judá e a Jerusalém: vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas, e lhe fize­
Perante este altar adorareis? ram saber as palavras de Rabsaqué.
"Ora, pois, em penha-te com m eu senhor, o rei da
Assíria, e d ar-te-ei dois m il cavalos.se tu puderes dar Oração de E zequias
cavaleiros para eles. E ACONTECEU que, ten d o ouvido isso,
sCom o, pois, poderás repelir a um só capitão dos o rei Ezequias rasgou as suas vestes, e se
m enores servos do m eu senhor, quando confias no cobriu de saco, e en tro u na casa do S enhor .
Egito, p o r causa dos carros e cavaleiros? 2Então enviou Eliaquim , o m ordom o, e Sebna, o es­
“’Agora, pois, subi eu sem o S en h o r contra esta crivão, eo san cião sd o s sacerdotes, cobertos de sacos,
terra, para destruí-la? O S en h or mesmo m e disse: ao profeta Isaías, filho de Amós.
Sobe co n tra esta terra, e destrói-a. 3E disseram -lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia
"E n tã o disseram Eliaquim , Sebna e Joá a Rabsa- de angústia, e de vitupério, e de blasfêmias; porque

668
ISAÍAS 37

chegados são os filhos ao parto, e força não há para 2'E ntão Isaías, filho de Amós, m an d o u dizer a Eze­
dá-los à luz. quias: Assim diz o S enhor D eus de Israel: Q u an to ao
4Porventura o S en h or teu D eus terá ouvido as pala­ que pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria,
vras de Rabsaqué, a quem o rei da Assíria, seu senhor, 22Esta é a palavra que o S enhor falou a respeito dele:
enviou para afrontar o D eus vivo, e para vituperá-lo A virgem , a filha de Sião, te despreza, de ti zom ba; a
com as palavras que o Sen h or teu D eus tem ouvido; filha de Jerusalém m eneia a cabeça p o r detrás de ti.
faze oração pelo rem anescente que ficou. 2,A quem afrontaste e blasfemaste? E co n tra quem
5E os servos do rei Ezequias foram ter com Isaías. alçaste a voz, e ergueste os teus olhos ao alto? C ontra
6E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso senhor: o Santo de Israel.
Assim diz o S en h o r : N ão tem as à vista das palavras 24Por m eio de teus servos afrontaste o Senhor, e dis­
que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria seste: C om a m ultidão dos m eus carros subi eu aos
m e blasfemaram. cum es dos m ontes, aos últim os recessos do Líbano;
7Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um e cortarei os seus altos cedros e as suas faias escolhi­
rum or, e voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair m orto das, e entrarei na altura do seu cum e, ao bosque do
à espada na sua terra. seu cam po fértil.
"Voltou, pois, Rabsaqué, e achou ao rei da Assí­ 25Eu cavei, e bebi as águas; e com as plantas de m eus
ria pelejando contra Libna; porque ouvira que já se pés sequei todos os rios dos lugares sitiados.
havia retirado de Laquis. 2bPorventura não ouviste que já h á m u ito tem po eu
9E, ouviu ele dizer que Tiraca, rei da Etiópia, tinha fiz isto, t j á desde os dias antigos o tin h a form ado?
saído para lhe fazer guerra. Assim que ouviu isto, Agora porém o fiz vir, para que tu fosses o que des­
enviou m ensageiros a Ezequias, dizendo: truísse as cidades fortificadas, e as reduzisse a m o n ­
10Assim falareis a Ezequias, rei de Judá, dizendo: Não tões de ruínas.
te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jeru­ 27Por isso os seus m oradores, dispondo de pouca
salém não será entregue na m ão do rei da Assíria. força, andaram atem orizados e envergonhados; tor-
11 Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da As­ naram -se como a erva do cam po, e a relva verde, e o
síria a todas as terras, d estruindo-as totalm ente; e feno dos telhados, e o trigo queim ado antes da seara.
escaparias tu? 28Porém eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e o
l2Porventura as livraram os deuses das nações que teu entrar, e o teu furor co n tra m im .
m eus pais destruíram : Gozã, e H arã, e Rezefe, e os 29Por causa do teu furor contra m im , e porque a tua
filhos de Éden, que estavam em Telassar? arrogância subiu até aos m eus ouvidos, p o rtan to
13O nde está o rei de H am ate, e o rei de A rpade, e o porei o m eu anzol no teu nariz e o m eu freio nos teus
rei da cidade de Sefarvaim, H ena e Iva? lábios, e te farei voltar pelo cam inho p o r onde vieste.
14Recebendo, pois, Ezequias as cartas das m ãos dos 50E isto te será p o r sinal: Este an o se com erá o que
m ensageiros, e lendo-as, subiu à casa do S en h o r ; e espontaneam ente nascer, e n o segundo an o o que
Ezequias as estendeu perante o S enhor . daí proceder; porém n o terceiro ano semeai e segai,
' 5E o ro u Ezequias ao S enhor , dizendo: e plantai vinhas, e com ei os frutos delas.
l6Ó S enhor dos Exércitos, D eus de Israel, que ha­ 3‘Porque o que escapou da casa de Judá, e restou,
bitas entre os querubins; tu m esm o, só tu és Deus de tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para
todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra. cima.
17 Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, S enhor , 32Porque de Jerusalém sairá o restante, e do m onte
os teus olhos, e vê; e ouve todas as palavras de Senaque- de Sião os que escaparem; o zelo do S enhor dos Exér­
ribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo. citos fará isto.
’’‘Verdade é, S enhor , que os reis da Assíria assola­ “ P ortanto, assim diz o S enhor acerca do rei da As­
ram todas as nações e suas terras. síria: N ão en trará nesta cidade, nem lançará nela
I9E lançaram no fogo os seus deuses; porque deuses flecha alguma; tam pouco virá p erante ela com
não eram , senão obra de m ãos de hom ens, m adeira escudo, o u levantará trincheira contra ela.
e pedra; p o r isso os destruíram . 34Pelo cam inho p o r o nde vier, p o r esse voltará;
“ Agora, pois, ó S en h or nosso D eus, livra-nos da porém nesta cidade não en trará, diz o S enhor .
sua mão; e assim saberão todosos reinos da terra, que "P o rq u e eu am pararei esta cidade, para livrá-la,
só tu ás o S enhor . po r am or de m im e p o r am o r do m eu servo Davi.

669
ISAÍAS 37 ,3 8 ,3 9

D estruição do exército dos assírios 14C om o o grou, ou a an d o rin h a, assim eu chilreava,


36Entâo saiu o anjo do S enhor , e feriu no arraial dos e gemia com o a pom ba; alçava os m eus olhos ao alto;
assírios a cento e oitenta e cinco m il deles; e, quando ó S enhor , ando oprim ido, fica p o r m eu fiador.
se levantaram pela m anhã cedo, eis que todos estes 1 ’Q ue direi? C om o m e prom eteu, assim o fez; assim
eram corpos m ortos. passarei m ansam ente p o r todos os m eus anos, por
37Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se causa da am argura da m inha alma.
foi, e voltou, e habitou em Nínive. l6Senhor, p o r estas coisas se vive, e em todas elas
38E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nis- está a vida do m eu espírito, p o rtan to cu ra-m e e faze-
roque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o m e viver.
feriram à espada; escaparam para a terra de Ararate; e 17Eis que foi para a m inha paz que tive grande
Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar. am argura, m as a ti agradou livrar a m inha alm a da
cova da corrupção; p o rq u e lançaste p ara trás das
A doença de E zequias e a sua cura m aravilhosa tuas costas todos os m eus pecados.
NAQUELES dias Ezequias adoeceu de 1 “Porque não te louvará a sepultura, n em a m orte
um a enferm idade m o rtal; e veio a ele o te glorificará; nem esperarão em tu a verdade os que
p rofeta Isaías, filho de Am ós, e lhe disse: Assim diz descem à cova.
o S en h o r : Põe em ordem a tu a casa, p o rq u e m o rre ­ I90 vivente, o vivente, esse te louvará, com o eu hoje
rás, e não viverás. ofaço; o pai aos filhos fará n o tó ria a tu a verdade.
2Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e 20O S enhor veio salvar-me; p o r isso, tangendo em
orou ao S enhor . m eus instrum entos, nós o louvaremos todos os dias
}E disse: Ah! S enhor , peço-te, lem bra-te agora, de de nossa vida na casa do S enhor .
que andei diante de ti em verdade, e com coração 2,E dissera Isaías: Tom em u m a pasta de figos, e a
perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou po n h am com o em plastro sobre a chaga; e sarará.
Ezequias m uitíssim o. 22T am bém dissera Ezequias: Q ual será o sinal de
4Então veio a palavra do S enhor a Isaías, dizendo: que hei de subir à casa do S enhor ?
’Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o S enhor , o Deus de
Davi teu pai: Ouvi a tu a oração, e vi as tuas lágrimas; Os em baixadores de B abilônia enviados
eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos. a Jerusalém
6E livrar-te-ei das m ãos do rei da Assíria, a ti, e a esta NAQUELE tem po enviou M erodaque-
cidade, e defenderei esta cidade. Baladã, filho de Baladã, rei de Babilô­
7E isto te será da parte do S enhor com o sinal de que nia, cartas e um presente a Ezequias, p o rq u e tinha
o S enhor cum prirá esta palavra que falou. ouvido dizer que havia estado doente e que já tinha
8Eis que farei retroceder dez graus a som bra lança­ convalescido.
da pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim re­ 2E Ezequias se alegrou com eles, e lhes m o stro u a
trocedeu o sol os dez graus que já tinha declinado. casa do seu tesouro, a prata, e o ouro, e as especiarias,
‘’O escrito de Ezequias, rei de Judá, de quando ado­ e os m elhores ungüentos, e toda a sua casa de arm as,
eceu e sarou de sua enferm idade: e tu d o q u an to se achava nos seus tesouros; coisa n e­
I°Eu disse: No cessar de m eus dias ir-m e-ei às portas n h um a houve, nem em sua casa, nem em todo o seu
da sepultura; já estou privado do restante de m eus dom ínio, que Ezequias não lhes mostrasse.
anos. 3Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe
II Disse: N ão verei ao S enhor , o S enhor na terra dos disse: Q ue foi que aqueles hom ens disseram , e de
viventes; jam ais verei o hom em com os m oradores onde vieram a ti? E disse Ezequias: De u m a te rra
do m undo. rem ota vieram a m im , de Babilônia.
l2Já o tem po da m inha vida se foi, e foi arrebatada 4E disse ele: Q ue foi que viram em tu a casa? E disse
de m im , com o tenda de pastor; cortei a m inha vida Ezequias: V iram tu d o q u an to há em m in h a casa;
com o tecelão; ele m e cortará do tear; desde a m anhã coisa n en h u m a há nos m eus tesouros que eu deixas­
até à noite m e acabarás. se de lhes m ostrar.
l3Esperei com paciência até à m adrugada; com o ’Então disse Isaías a Ezequias: O uve a palavra do
u m leão quebrou todos os m eus ossos; desde a S en h or dos Exércitos:
m an h ã até à noite m e acabarás. 6Eis que virão dias em que tudo q u anto houver em

670
ISAÍAS 39,40

tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia 12Q uem m ediu na concha da sua m ão as águas, e
de hoje, será levado para Babilônia; não ficará coisa to m o u a m edida dos céus aos palm os, e recolheu
alguma, disse o S enhor . num a m edida o pó da terra e pesou os m ontes com
7E até de teus filhos, que procederem de ti, e tu ge­ peso e os outeiros em balanças?
rares, tom arão, para que sejam eunucos no palácio BQ uem g uiou o Espírito do S enhor , o u com o seu
do rei de Babilônia. conselheiro o ensinou?
sEntão disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do 14C om quem to m o u ele conselho, que lhe desse en ­
S enhor que disseste. Disse mais: Pois haverá paz e tendim ento, e lhe ensinasse o cam inho do juízo, e lhe
verdade em m eus dias. ensinasse conhecim ento, e lhe m ostrasse o cam inho
do entendim ento?
O livram ento prom etido ao povo de Israel 15Eis que as nações são consideradas p o r ele com o
CONSOLAI, consolai o m eu povo, diz o a gota de um balde, e com o o pó m iúdo das balan­
vosso Deus. ças; eis que ele levanta as ilhas com o a u m a coisa pe­
2Falai benignam ente a Jerusalém , e bradai-lhe queníssima.
que já a sua milícia é acabada, que a sua iniqüidade 16Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus
está expiada e que já recebeu em dobro da m ão do anim ais bastam para holocaustos.
S enhor , p o r todos os seus pecados. 17Todas as nações são com o nada p erante ele; ele as
’Voz do que clam a no deserto: Preparai o cam i­ considera m enos do que nada e como um a coisa vã.
nho do S en h o r ; endireitai n o erm o vereda a nosso I8A quem , pois, fareis sem elhante a Deus, o u com
Deus. que o com parareis?
■'Todo o vale será exaltado, e todo o m onte e todo o I90 artífice funde a im agem , e o ourives a cobre de
outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, ouro, e forja para ela cadeias de prata.
e o que é áspero se aplainará. 2üO em pobrecido, que não pode oferecer tanto, esco­
5E a glória do S e n h o r se m anifestará, e toda a carne lhe m adeira que não se apodrece; artífice sábio busca,
ju n tam ente a verá, pois a boca do S e n h o r o disse. para gravar um a imagem que não se pode mover.
‘U m a voz diz: Clama; e alguém disse: Q ue hei de 21Porventura não sabeis? Porventura não ouvis, ou
clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza com o desde o princípio não se vos notificou, o u não aten ­
a flor do campo. tastes para os fundam entos da terra?
7Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espíri­ 22Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra,
to do S enhor . Na verdade o povo é erva. cujos m oradores são para ele com o gafanhotos; é ele
*Seca-se a erva, ecai a flor, porém a palavra de nosso o que estende os céus com o cortina, e os desenrola
D eus subsiste eternam ente. com o tenda, para neles habitar;
T u , ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um 2,0 que reduz a nada os príncipes, e to rn a em coisa
m onte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas vã os j uízes da terra.
novas, levanta a tua voz fortem ente; levanta-a, não 24E m al se tem plantado, m al se tem sem eado, e mal
temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso se tem arraigado na terra o seu tronco, já se secam,
Deus. quando ele sopra sobre eles, e um tufão os leva com o
l0Eis que o Senhor D eus virá com p oder e seu braço a pragana.
d om inará po r ele; eis que o seu galardão está com ele, 2,A quem , pois, m e fareis sem elhante, para que eu
e o seu salário diante da sua face. lhe seja igual? diz o Santo.
11 C om o pastor apascentará o seu rebanho; entre os 26Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou
seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no estas coisas; foi aquele que faz sair o exército delas se­
seu regaço; as que am am entam guiará suavemente. gundo o seu núm ero; ele as cham a a todas pelos seus

Na concha da sua mão as águas forma, pela qual podemos vè-lo: "Então o Senhor vos falou do
(40.12) meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz.
não vistes figura alguma” (Dt 4.12). Estamos diante de uma lin­
Teologia da prosperidade. Declara que este versículo in-
guagem antropomórfica — uma linguagem figurativa que des­
Vv dica que Deus tem proporções humanas.
creve Deus em termos humanos. As Escrituras, freqüentemente,
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus é Espirito (Jo 4.24; Lc usam essa figura de linguagem para nos ajudar a compreender
SL 24.39). Deus Pai não é homem (Os 11.9), náo possui uma melhor o nosso Deus.

671
ISAÍAS 40,41

nomes; p or causa da grandeza das suas forças, e por­ jarem contigo, tornar-se-ão em nada, e com o coisa
quanto é forte em poder, nenhum a delas faltará. que não é nada, os que guerrearem contigo.
27Por que dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O m eu ca­ 1’Porque eu, o S en h or teu Deus, te to m o pela tua
m in h o está encoberto ao S enhor , e o m eu juízo passa m ão direita; e te digo: N ão tem as, eu te ajudo.
despercebido ao m eu Deus? u Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel;
2KN ão sabes, não ouviste que o eterno Deus, o S e eu te ajudo, diz o S enhor, e o teu redentor é o Santo de
n h o r , o C riador dos fins da terra, nem se cansa nem se Israel.
fatiga? É inescrutável o seu entendim ento. 15Eis que farei de ti um trilho novo, que tem dentes
2<lDá força ao cansado, e m ultiplica as forças ao que agudos; os m ontes trilharás e m oerás; e os outeiros
não tem n enhum vigor. tornarás com o a pragana.
i0Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os m oços lhTu os padejarás e o vento os levará, e o redem oi­
certam ente cairão; nho os espalhará; m as tu te alegrarás n o S enhor e te
3lM as os que esperam no S enhor renovarão as gloriarás no Santo de Israel.
forças, subirão com asas com o águias; correrão, e l7Os aflitos e necessitados buscam águas, e não há,
não se cansarão; cam inharão, e não se fatigarão. e a sua língua se seca de sede; eu o S en h o r os ouvirei,
eu, o Deus de Israel não os desam pararei.
A m isericordiosa providência 18 Abrirei rios em lugares altos, e fontes no m eio dos
d e D eus vales; tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra
CALAI-VOS perantem im ,óilhas,eospovos
seca em m ananciais de água.
renovem as forças; cheguem-se, e então fa­
1’Plantarei no deserto o cedro, a acácia, e a m urta,
lem; cheguem o-nos juntos a juízo.
e a oliveira; porei no erm o ju n tam en te a faia, o p i­
2Q uem suscitou do orienteo justo eo cham ou para o
nheiro e o álamo.
seu pé? Q uem deu as nações à sua face e o fez dom inar
20Para que todos vejam, e saibam , e considerem , e
sobre reis? Ele os entregou à sua espada com o o pó e
jun tam en te entendam que a m ão do Sen h or fez isto,
com o pragana arrebatada pelo vento ao seu arco.
e o Santo de Israel o criou.
3Ele os persegue e passa em paz, p o r u ma vereda por
21Apresentai a vossa dem anda, diz o S en h o r ; trazei
onde os seus pés nunca tinham cam inhado.
as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.
4Q uem op ero u e fez isto, cham ando as gerações
“ Tragam e anunciem -nos ascoisas que hão de acon­
desde o princípio? Eu o S enhor , o prim eiro, e com
tecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que aten­
os últim os eu mesm o.
tem os para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos
5As ilhas o viram , e tem eram ; os fins da terra trem e­
ouvir as coisas futuras.
ram; aproxim aram -se, e vieram .
23 A nunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para
6Um ao o utro ajudou, e ao seu irm ão disse: Esfor­
que saibam os que sois deuses; ou fazei bem , ou fazei
ça-te.
mal, p ara que nos assom brem os, e ju n tam en te o ve­
7E o artífice anim ou ao ourives, e o que alisa com
o m artelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa jam os.
soldada: Boa é. Então com pregos a firm a, para que 24Eis que sois m enos do que nada e a vossa obra é
não venha a mover-se. m enos do que nada; abominação é quetn vos escolhe.
"Porém tu, ó Israel, servo m eu, tu Jacó, a quem elegi 25Suscitei a um do norte, e ele há de vir; desde o nas­
descendência de Abraão, m eu amigo; cim ento do sol invocará o m eu nom e; e virá sobre os
'T u a quem tom ei desde os fins da terra, e te cham ei príncipes, com o sobre o lodo e, com o o oleiro pisa o
dentre os seus m ais excelentes, e te disse: Tu és o m eu barro, os pisará.
servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. 2t>Q uem an u n cio u isto desde o princípio, para que
IHN ão temas, p orque eu sou contigo; não te assom ­ o possam os saber, ou desde antes, para que digamos:
bres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te Justo é?P orém não há quem anuncie, nem ta m p o u ­
ajudo, e te sustento com a destra da m inha justiça. co quem m anifeste, nem tam p o u co quem ouça as
“ Eis que, envergonhados e confundidos serão vossas palavras.
to d o s os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão 21Eu sou o que prim eiro direi a Sião: Eis que ali estão;
em nada, e os que contenderem contigo, perecerão. e a Jerusalém darei um anunciador de boas novas.
12Buscá-los-ás, porém não os acharás; os que pele­ 28E q u an d o olhei, não havia ninguém ; nem m esm o

672
ISAÍAS41.42

entre estes, conselheiro algum havia a quem pergun­ I 30 S e n h o r s a irá c o m o p o d e ro s o , c o m o h o m e m


tasse ou que m e respondesse palavra. d e g u e r ra d e s p e rta r á o z elo ; c la m a rá , e fa rá g r a n d e
2<iEis que todos são vaidade; as suas obras não são ru íd o , e p re v a le c e rá c o n tr a s e u s in im ig o s.
coisa alguma; as suas im agens de fundição são vento ' 4Por m uito tem p o m e calei; estive em silêncio, e me
e confusão. contive; mas agora darei gritos com o a que está de
parto, e a todos os assolarei e ju n tam en te devorarei.
O servo do S i. síio r ' ’Os m ontes e outeiros tornarei em deserto, e toda
EISaquiom eu servo, a quem sustenho, o meu a sua erva farei secar, e tornarei os rios em ilhas, e as
eleito, em quem se apraz a m inha alma; pus o lagoas secarei.
m eu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios. I6E guiarei os cegos pelo cam inho que nu n ca co­
-Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua nheceram , fá-los-ei cam in h ar pelas veredas que não
voz na praça. conheceram ; tornarei as trevas em luz p erante eles,
3A cana trilhada não quebrará, nem apagará o e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei,
pavio que fumega; com verdade trará justiça. e nunca os desam pararei.
4Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha 17Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os
na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a sua lei. que confiam em im agens de escultura, e dizem às
’Assim diz Deus, o S e n h o r, que criou os céus, e os im agens de fundição: Vós sois nossos deuses.
estendeu, e espraiou a terra, e a tu d o q uanto produz; lsSurdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que p o s­
que dá a respiração ao povo que nela está, e o espíri­ sais ver.
to aos que andam nela. l9Q uem écego, senão o m eu servo, o u surdo com o o
6Eu, o S enhor , te cham ei em justiça, e te tom arei m eu mensageiro, a quem envio? E quem é cego com o
pela mão, e te guardarei, e te darei p o r aliança do o que é perfeito, e cego com o o servo do S e n h o r?
povo, e para luz dos gentios. -°Tu vês m uitas coisas, m as não as guardas; ainda
7Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão que tenhas os ouvidos abertos, nada ouves.
os presos, e do cárcere os que jazem em trevas. 2lO S e n h o r se agradava dele p o r am o r da sua ju sti­
sEu sou o S e n h o r ; este é o m eu nom e; a m inha ça; engrandeceu-o pela lei, e o fez glorioso.
glória, pois, a outrem não darei, nem o m eu louvor 22Mas este é um povo ro u b ad o e saqueado; todos
às imagens de escultura. estão enlaçados em cavernas, e escondidos em cárce­
9Eis que as prim eiras coisas já se cum priram , e as res; são postos p o r presa, e ninguém há que os livre;
novas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo- po r despojo, e ninguém diz: Restitui.
las faço ouvir. 2,Q uem h á entre vós que ouça isto, que atenda e
'“C antai ao SENHORum cântico novo, e o seulouvor ouça o que há de ser depois?
desde a extrem idade da terra; vós os que navegais 24Q uem entregou a Jacó p o r despojo, e a Israel aos
pelo mar, e tu d o q u an to há nele; vós, ilhas, e seus roubadores? Porventura não foi o S e n h o r, aquele
habitantes. contra quem pecam os, e nos cam inhos do qual não
1' Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as al­ queriam andar, não d an d o ouvidos à sua lei?
deias que Q uedar habita; exultem os que habitam 2,Por isso d erram o u sobre eles a indignação da sua
nas rochas, e clam em do cum e dos m ontes. ira, e a força da guerra, e Ihes pôs labaredas em redor;
' 2Dêem a glória ao S enhor , e anunciem o seu louvor porém nisso não atentaram ; e os queim ou, mas não
nas ilhas. puseram nisso o coração.

A minha glória, pois, a outrem não darei Todavia, o Novo Testamento esbanja versículos que atestam a glo­
(42.8) rificação de Jesus.
Iniciando por João 17 .5, fica evidenciado que Jesus já esta­
Testemunhas de Jeová. Ensinam que Deus requer devo­
va glorificado com o Pai antes mesmo da fundação do mun­
ção exclusiva, referindo-se, equivocadamente, ao fato de
do. E, após sua morte, simplesmente reclamou a restituição
que Jeová não tolera nenhuma rivalidade. Dessa forma, deve­
daquilo que já possuía (Hb12.2). Explicitando esta verdade,
mos manter os outros (referindo-se a Jesus) fora do nosso co­
Pedro declara, com todas as palavras: "O Deus de Abraão [...]
ração e ações.
glorificou a seu Filho Jesus" (At 3.13). A argumentação jeovis-
__» RESPOSTA APOLOGÉTICA: A maior dificuldade das ta é pobre e peca por omitir textos bíblicos que enfatizam a gló­
*=■ Testemunhas de Jeová em relação a este texto reside ria de Jesus, o que compromete a seriedade da retórica da pró­
no fato de não crerem na revelada doutrina da Trindade divina. pria seita.

673
ISAÍAS 43

S á D eus resgata Israel 7 A todos os que são cham ados pelo m eu nom e, e os
MAS agora, assim diz o Senhor que te criou, que criei para a m inha glória: eu os form ei, etam bém
ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, eu os fiz.
porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. T razei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que
2Q u an d o passares pelas águas estarei contigo, e têm ouvidos.
q u an d o pelos rios, eles não te subm ergirão; quando ‘Todas as nações se congreguem, e os povos se
passares pelo fogo, não te queim arás, nem a cham a reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto, e fazer-
arderá em ti. nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas teste­
•’Porque eu sou o S enhor teu Deus, o Santo de Israel, m unhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga:
o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia Verdade é.
e a Seba em teu lugar. l0Vós sois as m inhas testem unhas, diz o S enhor , e
■•Visto que foste precioso aos m eus olhos, também m eu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e m e
foste honrado, e eu te amei, assim dei os hom ens po r creiais, e entendais que eu sou o m esm o, e que antes
ti, e os povos pela tua vida. de m im deus n en h u m se form ou, e depois de m im
5N ão temas, po)'s, porque estou contigo; trarei a tua n enhu m haverá.
descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o 11Eu, eu som o S enhor, e fora de m im não h á Salvador.
ocidente. 12Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus es­
6Direi ao norte: Dá; e ao sul: N ão retenhas; trazei tran h o não houve entre vós, pois vós sois as m inhas
m eus filhos de longe e m inhas filhas das extrem ida­ testem unhas, diz o S en h or ; eu som Deus.
des da terra, 1 AA inda antes qu e houvesse dia, eu sou; e ninguém

Vóls sois as minhas testemunhas deu testemunho de Jesus: no seu batismo (Mt3.16,17) e no Monte
(43.10) da Transfiguração (Mt 17.5).
Logo, se Jesus foi testemunha de Jeová e Jeová foi testemunha
Testemunhas de Jeová. Acreditam que. dentre todas as
de Jesus, qual a diferença entre os dois testemunhos? Não são
religiões, sáo o verdadeiro povo de Deus, por isso podem
iguais, equivalentes? Quanto a isso, a Bíblia apresenta a declara­
ser chamadas de suas testemunhas.
ção de Jesus: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). “ Disse-lhe Filipe:
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não há um só versículo no Senhor, mostra-nos o Pai. o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou
*= Novo Testamento que afirme que os cristãos devem ser co­ há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?
nhecidos como testemunhas de Jeová, antes, há muitos textos Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
que declaram categoricamente que devem ser conhecidos e cha­ Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As pa­
mados de testemunhas de Jesus. lavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que
As referências a seguir são alguns exemplos da explícita proe­ está em mim mesmo, é quem faz as obras. Crede-me que estou
minência da expressão "testemunhas de Jesus": Atos 1.8; 2.32; no Pai. e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mes­
3.15; 4.17,18; e Apocalipse 17.6. mas obras" (Jo 14.8-11).
Vejamos, agora, um versículo em que Paulo, como testemunha
de Jeová (Is 43.10). perseguia as testemunhas de Jesus: ‘ Bem Ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno devia agindo eu, quem o impedirá?
eu praticar muitos atos” (At 26.9; grifo nosso). Depois de converti­ (43.13)
do, tornou-se testemunha de Jesus: “Disse-lhe, porém, o Senhor:
Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os ateístas declaram
nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe
mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (At 9.15,16; gri­
Ÿ que a religião é um instrumento para controle das mas­
sas. negando a existência de um Deus vivo. Mas a diversidade de
fo nosso). crenças, embora o cristianismo seja maioria esmagadora, prova
Além disso, os crentes são os únicos considerados teste­ que não existe um controle baseado em uma dogmática religio­
munhas de Jesus, o próprio Jeová das testemunhas de jeová sa, visto que há uma descentralização, tanto das crenças quanto
também o é. Como "testemunha verdadeira e fiel", Jeová deu de seus propagadores.
testemunho de Jesus: “Se eu testifico de mim mesmo, o meu tes­ O homem, como ser intelectual, está habilitado a aceitar ou re­
temunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim (o Pai], e jeitar qualquer conceito. Aliás, conceitos filosóficos e comporta-
sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro" (Jo 5.31,32; mentais também podem “manipular massas".Outro aspecto inte­
grifo nosso). “ E na vossa lei está também escrito que o teste­ ressante é o fato de que a grande maioria da população mundial
munho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de não possui qualquer fé, quando não, os indivíduos são meros re­
mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou" (Jo ligiosos nominais, ou seja, não aplicam em suas vidas as normas
8.17,18; grifo nosso). "Se recebemos o testemunho dos homens, da crença que professam. Onde estaria tal controle?
o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é O versículo em análise prova que Deus está realmente atento
este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si e no controle de tudo. inclusive do livre-arbítrio. posto que o ho­
mesmo tem o testemunho; quem a Deus náo crê mentiroso o fez, mem náo é obrigado a servir a Deus: "Esta é a palavra do Senhor
porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu’ a Zorobabel, dizendo: Náo por força nem por violência, mas sim
(1Jo 5.9,10; grifo nosso). Ocasiões, entre outras, em que Jeová pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc4.6).

674
ISAÍAS 43,44

há que possa fazer escapar das m inhas mãos; agindo 26Faze-me lem brar; entrem os ju n to s em juízo;
eu, quem o impedirá? conta tu as tuas razões, para que te possas justificar.
l4Assim diz o S en h o r , vosso Redentor, o Santo de 2TTeu prim eiro pai pecou, e os teus intérpretes p re­
Israel: Por am or de vós enviei a Babilônia, e a todos varicaram contra m im .
fiz descer com o fugitivos, os caldeus, nos navios com 28Por isso profanei os príncipes do santuário; e en ­
que se vangloriavam . treguei facó ao anátem a, e Israel ao opróbrio.
15Eu sou o S enhor , vosso Santo, o C riador de Israel,
vosso Rei. A soberania d e D eus e a
16Assim diz o S enhor , o que p reparou no m ar um vaidade dos ídolos
cam inho, e nas águas im petuosas um a vereda; AGORA, pois, ouve, ó Jacó, servo m eu, e tu,
l70 que fez sair o carro e o cavalo, o exército e a ó Israel, a quem escolhi.
força; eles jun tam en te se deitaram , en unca se levan­ 2Assim diz o S enhor que te criou e te form ou desde
tarão; estão extintos; com o um pavio se apagaram . o ventre, e que te ajudará: N ão tem as, ó Jacó, servo
l8Não vos lem breis das coisas passadas, nem con­ m eu, e tu, Jesurum , a quem escolhi.
sidereis as antigas. ’Porque derram arei água sobre o sedento, e rios
1'’Eis que faço um a coisa nova, agora sairá à luz;por­ sobre a terra seca; derram arei o m eu Espírito sobre
ventura não a percebeis? Eis que porei um cam inho a tu a posteridade, e a m in h a bênção sobre os teus
no deserto, e rios no erm o. descendentes.
-°Os animais do cam po m e honrarão, os chacais, e 4E brotarão com o a erva, com o salgueiros ju n to aos
os avestruzes; porque porei águas no deserto, erios no ribeiros das águas.
ermo, para dar de beber ao m eu povo, ao m eu eleito. 5Este dirá: Eu sou do Senhor ; e aquele se chamará do
21A esse povo que form ei para m im ; o m eu louvor nom e de Jacó; e aquele outro escreverá com a sua mão
relatarão. ao S enhor , e por sobrenom e tom ará o nom e de Israel.
“ C on tu do tu não m e invocaste a m im , ó Jacó, mas 6Assim diz o S enhor , Rei de Israel, e seu Redentor, o
te cansaste de m im , ó Israel. S enhor dos Exércitos: Eu sou o prim eiro, e eu sou o
2'N ão me trouxeste o gado m iúdo dos teus holocaus- últim o, e fora de m im não há Deus.
tos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te fiz 7E quem proclam ará com o eu, e anunciará isto, e o
servir com ofertas, nem te fatiguei com incenso. porá em ordem perante m im , desde que ordenei um
24N ão m e com praste por dinheiro cana arom áti­ povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as
ca, nem com a gordura dos teus sacrifícios m e satis­ que ainda hão de vir.
fizeste, mas m e deste trabalho com os teus pecados, sN ão vos assom breis, nem tem ais; porventura
e m e cansaste com as tuas iniqüidades. desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo a n u n ­
25Eu, eu m esm o, sou o que apago as tuas transgres­ ciei? Porque vós sois as m inhas testem unhas. Por­
sões p o r am or de m im , e dos teus pecados não m e ventura há o u tro D eus fora de m im ? N ão, não há
lembro. outra Rocha que eu conheça.

Dos teus pecados não me lembro Fora de mim não há Deus


(43.25) (44.6)
Igreja da Unificação. Afirma o seguinte a respeito do rev. COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O henoteismo é a cren­
Moon: “Ele está qualificado para apagar o pecado original.
Ele pode solucionar a queda do homem e ser meu Salvador (...]
Í ça que atribui poder supremo a um único Deus, a quem os
devotos adoram com exclusividade, sem, no entanto, negarem
Se eles pudessem entender a queda do homem poderiam enten­ a existência de outros deuses. É justamente essa crença que as
der que o Pai é o Messias". Testemunhas de Jeová manifestam. Sua Biblia—a Tradução Novo
— H RESPOSTA APOLOGÉTICA; A queda do homem não foi Mundo — traduz João 1.1 da seguinte forma: “No princípio era a
«= ocasionada pelo ato sexual entre Adão e Eva, visto que. antes Palavra e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era [um] deus".
da queda. Deus havia dito para que o casal crescesse e se multipli­ Dessa forma, sustentam a existência de dois deuses: o Deus
casse (Gn 1.28). O pecado original ocorreu devido ao fato de Adão e Todo-Poderoso, que é chamado Jeová, e "um deus" (com le­
Eva tomarem a decisão de viver separadamente de Deus e tentarem tra minúscula), considerado por elas apenas 'poderoso", que
decidir, por eles próprios, o que era bom e mau (Gn 3.1-9). é Jesus Cristo. Tal interpretação, no entanto, é anulada por
Jesus pode perdoar pecados (Mc 2.5-11; 1Jo 1.7, 9; Ap 1.5) e pela referência 43.10, que afirma: “E que antes de mim deus
ensinou que não devemos chamar ninguém de Pai, no sentido nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá" (V. tb.
espiritual (Mt 23.8-10), Jo 20.28; 1Jo 5.20).

675
ISAÍAS 44,45

'Todos os artífices de im agens de escultura são A promessa d e livram ento


vaidade, e as suas coisas m ais desejáveis são de 21Lem bra-te destas coisas, ó Jacó.e Israel, p o rq u an ­
n en h u m préstim o; e suas p ró p ria s testem unhas, to és m eu servo; eu te form ei, m eu servo és, ó Israel,
n ad a vêem nem entendem para que sejam enver­ não m e esquecerei de ti.
gonhados. 22Apaguei as tuas transgressões com o a névoa, e
l0Q uem form a um deus, e funde um a im agem de os teus pecados com o a nuvem ; to rn a-te para m im ,
escultura, que é de n enhum préstimo? porque eu te remi.
"E is que to d o s os seus co m p an h e iro s ficarão 2íC antai alegres, vós, ó céus, p o rq u e o S enhor o
co n fu n d id o s, pois os m esm os artífices não p a s­ fez; exultai vós, as partes m ais baixas da terra; vós,
sam de h om ens; aju n tem -se to d o s, e levantem - m ontes, retum bai com júbilo; também vós, bosques,
se; asso m brar-se-ão, e serão ju n ta m e n te c o n fu n ­ e todas as suas árvores; p orque o S en h or rem iu a
didos. Jacó, e glorificou-se em Israel.
'•'O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o 24Assim diz o S enhor , teu redentor, e que te form ou
form a com m artelos, e o lavra com a força do seu desde o ventre: Eu sou o S enhor que faço tudo, que
braço; ele tem fom e e a sua força enfraquece, e não sozinho estendo os céus, e espraio a terra p o r m im
bebe água, e desfalece. m esmo;
1jO ca rp in teiro estende a régua, d esen h a-o com 2SQ ue desfaço os sinais dos inventores de m en ­
u m a linha, aplaina-o com a plaina, e traç a-o com tiras, e enlouqueço os adivinhos; que faço to rn ar
o com passo; e o faz à sem elhança de um hom em , atrás os sábios, e converto em loucura o conheci­
seg u n d o a form a de um h o m em , para ficar em m ento deles;
casa. 2,’Q ue confirm o a palavra do seu servo, e cum p ro
l4Q uando corta para si cedros, tom a, também, o ci­ o conselho dos seus mensageiros; que digo a Jerusa­
preste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do lém: Tu serás habitada, e às cidades de Judá: Sereis
bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. edificadas, e eu levantarei as suas ruínas;
l5E ntão serve ao hom em para q ueim ar; e tom a 27Q ue digo à profundeza: Seca-te, e eu secarei os
deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; teus rios.
tam b ém faz um deus, e se p ro stra d ian te dele; 28Q ue digo de Ciro: É m eu pastor, e cu m p rirá tudo
tam bém fabrica um a im agem de escultura, e ajo­ o que m e apraz, dizendo tam bém a Jerusalém: Tu
elha-se diante dela. serás edificada; e ao tem plo: Tu serás fundado.
l6M etade dele queim a no fogo, com a outra m etade
prepara a carne para com er, assa-a e farta-se dela; D eus chaîna C iro
tam bém se aquenta, e diz: O ra já m e aquentei, já vi ASSIM diz o S enhor ao seu ungido, a Ciro,
o fogo. a quem to m o pela m ão direita, para abater
l7E n tão d o resto faz um deus, u m a im agem de as nações diante de sua face, e descingir os lom bos
escu ltu ra ; ajo elh a-se d ia n te dela, e se in c lin a , e dos reis, para ab rir diante dele as portas, e as portas
ro g a-lh e, e diz: L ivra-m e, p o rq u a n to tu és o m eu não se fecharão.
deus. 2Eu irei adiante de ti, e endireitarei os cam inhos to r­
l!iN ada sabem , nem entendem ; porque tap o u os tuosos; quebrarei as p ortas de bronze, e despedaça­
olhos p ara que não vejam, e os seus corações para rei os ferrolhos de ferro.
que não entendam . 3D ar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas e n ­
l9E n en h u m deles cai em si, e já não têm conheci­ cobertas, para que saibas que eu sou o S enhor , o Deus
m ento nem entendim ento para dizer: M etade quei­ de Israel, que te cham a pelo teu nom e.
mei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei 4P o ram o r de m eu servo Jacó,edelsrael,m eu eleito,
sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto um a eu te cham ei pelo teu nom e, pus o teu sobrenom e,
abom inação? A joelhar-m e-ei ao que saiu de uma ainda que não m e conhecesses.
árvore? 5Eu sou o S enhor , e não há outro; fora de m im não há
20Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado Deus; eu te cingirei, ainda que tu não m e conheças;
o desviou, de m aneira que já não pode livrar a sua 6Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde
alm a, nem dizer: Porventura não há um a m entira na o poente, qu e fo ra de m im não há o utro; eu sou o
m in h a m ão direita? S enhor , e não há outro.

676
ISAÍAS 45,46

TEu form o a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio 1 “Porque assim diz o Se n h o r que tem criado os céus,
o mal; eu, o Senho r , faço todas estas coisas. o Deus que form ou a terra, e a fez; ele a confirm ou,
“Destilai, ó céus, dessas alturas, e as nuvens chovam não a criou vazia, mas a fo rm o u para que fosse habi­
justiça; abra-se a terra, e produza a salvação, e ao tada: Eu som o S e nho r e não há outro.
m esm o tem po frutifique a justiça; eu, o Se nho r , as 1 ’N ão falei em segredo, nem em lugar algum escuro
criei. da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-
’Ai daquele que contende com o seu Criador! o m e em vão; eu sou o Se n h o r , q u e falo a justiça, e
caco entre outros cacos de barro! P orventura dirá anuncio coisas retas.
o barro ao que o form ou: Q ue fazes? o u a tua obra: 20Congregai-vos, e vinde; chegai-vos ju ntos, os que
N ão tens mãos? escapastes das nações; nada sabem os que conduzem
l0Ai daquele que diz ao pai: Q ue é o que geras? E à em procissão as suas im agens de escultura, feitas de
m ulher: Q ue dás tu à luz? m adeira, e rogam a um deus que não pode salvar.
1 'Assim diz o Senho r , o Santo de Israel, aquele que 21 A nunciai, e chegai-vos, e tom ai conselho todos
o form ou: Perguntai-m e as coisas futuras; dem an ­ juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade?
dai-m e acerca de m eus filhos, e acerca da obra das Q uem desde então o anunciou? Porventura não sou
m inhas mãos. eu, o Se n h o r ? Pois não há o u tro D eus senão eu; Deus
l2Eu fiz a terra, e criei nela o hom em ; eu o fiz; as justo e Salvador não há além de m im .
m inhas m ãos estenderam os céus, e a todos os seus
exércitos dei as m inhas ordens. D eus ch a m a as nações
l3Eu o despertei em justiça, e todos os seus cam i­ 2201hai para m im , e sereis salvos, vós, todos os
nhos endireitarei; ele edificará a m inha cidade, e sol­ term os da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.
tará os m eus cativos, não p o r preço nem p o r presen­ 23Por m im m esm o tenho ju rad o , já saiu da m inha
te, diz o Senho r dos Exércitos. boca a palavra de justiça, e não to rn ará atrás; que
l4Assim diz o Se n h o r : O trabalho do Egito, e o co­ diante de m im se d o b rará to d o o joelho, e por m im
mércio dos etíopes e dos sabeus, hom ens de alta es­ ju rará to d a a língua.
tatura, passarão para ti, e serão teus; irão atrás de ti, 24De m im se dirá: Deveras no Se n h o r há justiça e
virão em grilhões, e diante de ti se prostrarão;.far-te- força; até ele virão, m as serão envergonhados todos
ão as suas súplicas, dizendo: Deveras D eus está em ti, os que se indignarem co n tra ele.
e não há nenhum o u tro deus. 25Mas no Se n h o r será justificada, e se gloriará toda
1’V erdadeiram ente tu és o D eus que te ocultas, o a descendência de Israel.
Deus de Israel, o Salvador.
l6Envergonhar-se-ão, e tam bém se confundirão A q ueda dos ídolos d e B abilônia
todos; cairão jun tam en te na afronta os que fabri­ BEL está abatido, Nebo se encurvou, os seus
cam imagens. ídolos são
17Porém Israel é salvo pelo Se nho r , com um a eterna postos sobre os anim ais e sobre as feras; as cargas
salvação; por isso não sereis envergonhados nem dos vossos fardos são canseiras p ara as feras já can­
confundidos em toda a eternidade. sadas.

Eu formo a luz, e crio as treva*; eu faço a paz, e Já o sacrifício de Cristo, por sua longanimidade, propicia uma
crio o mal; eu, o S e n h o r , faço todas estas coisas vida inteira de “prazos e oportunidades" para que o homem
(45.7) se arrependa e seja salvo. Mas o “Deus guerreiro" do Antigo
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Certa corrente professa Testamento promete juízo e justiça a seus inimigos, posto que
t um ateísmo parcial, crendo no Deus bondoso e misericor­
dioso do Novo Testamento, mas descrendo totalmente do Deus
nenhum dos infiéis ficará isento de culpa, o que evidencia a ira no
Deus de amor e de misericórdia do Novo Testamento (Mt 25.41;
guerreiro do Antigo Testamento. Esta modalidade de ateísmo par­ Jo3.36; Ap 21.8).
cial peca por desacreditar da canonicidade integral da Palavra A própria Palavra também desbanca a tese ateísta ao reve­
de Deus. Parece que a principal distinção entre o juízo divino do lar que no Deus eterno “não há mudança nem sombra de varia­
Antigo Testamento e o seu equivalente escatológico reside exata­ ção" (Tg 1.17). Se traçarmos um paralelo entre a referência 44.24
mente na longanimidade que caracteriza o advento da graça. Ou e João 1.1-3 (conceito da Trindade divina), veremos que seria
seja, no Antigo Testamento, quando a norma não era cumprida, um despropósito enumerar distinções entre o Deus do Antigo
de imediato ocorriao julgamento e a aplicação dasentença, o que Testamento e o Deus do Novo Testamento, como se fossem inde­
era feito por sacrifício animal ou morte do transgressor. pendentes e distintos.

677
ISAÍAS 46,47

2Juntam ente se encurvaram ese abateram ; não p u ­ -Toma a m ó, e m ói a farinha; rem ove o teu véu, des­
deram livrar-se da carga, m as a sua alm a en tro u em calça os pés, descobre as pernas e passa os rios.
cativeiro. 3 A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu o p ró ­
3O uvi-m e, ó casa de Jacó, e todo o restante da brio; tom arei vingança, e não pouparei a hom em
casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o algum.
ventre, e sois levados desde a madre. 40 nosso redentor cujo nom e é o S en h or dos Exér­
4E até à velhice eu serei o m esm o, e ainda até às cãs citos, é o Santo de Israel.
eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos ’A ssenta-te calada, e en tra nas trevas, ó filha dos
trarei, evos livrarei. caldeus, porque nunca mais serás cham ada senho­
5A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, ra de reinos.
e me comparareis, para que sejamos semelhantes? 6M uito m e agastei co n tra o m eu povo, profanei a
"Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balan­ m inh a herança, e os entreguei na tu a m ão; porém
ças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante não usaste com eles de m isericórdia, e até sobre os
dele se prostram e se inclinam . velhos fizeste m u ito pesado o teu jugo.
7Sobre os om bros o tom am , o levam, e o põem no 7E disseste: Eu serei senhora para sempre; até agora
seu lugar; ali fica em pé, do seu lugar não se move; e, se não te im portaste com estas coisas, nem te lem bras­
alguém clama a ele, resposta nenhum a dá, nem livra te do fim delas.
alguém da sua tribulação. 8 Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a prazeres,
sLem brai-vos disto, e considerai; trazei -o à m em ó­ que habitas tão segura, que dizes n o teu coração: Eu
ria, ó prevaricadores. o so u ,e fora de m im não há outra; não ficarei viúva,
1:1Lem brai-vos das coisas passadas desde a antigui­ nem conhecerei a perda de filhos.
dade; que eu sou Deus, e não há o u tro Deus, não há 9Porém am bas estas coisas virão sobre ti n um m o ­
o u tro sem elhante a m im . m ento, no m esm o dia, perda de filhos e viuvez; em
"’Q ue anuncio o fim desde o princípio, e desde a toda a sua plenitude virão sobre ti,p o rcau sa da m u l­
antiguidade as coisas que ainda não sucederam ; tidão das tuas feitiçarias, e da grande abundância
que digo: O m eu conselho será firme, e farei toda a dos teus m uitos encantam entos.
m inha vontade. ' “Porque confiaste na tu a m aldade e disseste: N in ­
" Q u e cham o a ave de rapina desde o oriente, e guém m e pode ver; a tu a sabedoria e o teu conheci­
de u m a terra rem ota o hom em do m eu conselho; m ento, isso te fez desviar, e disseste no teu coração:
porque assim o disse, e assim o farei vir; eu o form ei, Eu sou, e fora de m im não há outra.
e tam bém o farei. " P o rta n to sobre ti virá o m al, sem que saibas a
' -O uvi-m e, ó duros de coração, os que estais longe sua origem , e tal destruição cairá sobre ti, sem que a
da justiça. possas evitar; e virá sobre ti de repente desolação que
1 ’Faço chegar am in h a justiça, e não estará ao longe, não poderás conhecer.
e a m inha salvação não tardará; m as estabelecerei em 12D eixa-te estar com os teus encantam entos, e com
Sião a salvação, e em Israel a m inha glória. a m ultidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste
desde a tua m ocidade, a ver se podes tira r proveito,
A queda de B abilônia ou se porventura te podes fortalecer.
DESCE, e assenta-te no pó, ó virgem filha ' ’Cansaste-te na m ultidão dos teus conselhos; le-
de Babilônia; assenta-te no chão; já não há vantem -se pois agora os agoureiros dos céus, os que
trono, ó filha dos caldeus, porque nu n ca m ais serás contem plavam os astros, os prognosticadores das
cham ada a tenra nem a delicada. luas novas, e salvem -te do que há de vir sobre ti.

Teus encantamentos [...] tuas feitiçarias A Bíblia proibe confiar em fetiches e/ou imagens (Êx 20 4). O
(47.12) culto do cristão é realizado em espirito e em verdade (Jo 4.24).
Quando as pessoas começaram a Iransformar objetos dedica­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os adeptos dos cultos
t afros usam fetiches, amuletos, imagens, velas, ervas, en­
tre outros artifícios, para conseguir realizar seus trabalhos espiri­
dos a Deus em amuletos, o próprio Deus mandou destruí-los
(2Rs 18.4). A nossa confiança deve estar unicamente na pes­
soa de Deus e náo em objetos materiais. Confiar em objetos é
tuais. Fetichismo nada mais é do que culto de objetos materiais,
superstição.
feitos pelo homem ou produzidos pela natureza, aos quais se atri­
bui poder sobrenatural e se presta adoração.

678
ISAÍAS 47,48,49

14E isqueserãocom oapragana,ofogoosqueim ará; l4Ajuntai-vos to d o s vós, e ouvi: Q uem , dentre eles,
não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; tem anunciado estas coisas? O S enho r o am ou, e exe­
não haverá brasas, para se aquentar, nem fogo para cutará a sua vontade contra Babilônia, e o seu braço
se assentar ju n to dele. será contra os caldeus.
15Assim serão para contigo aqueles com quem tra ­ l5Eu, eu o tenho falado; tam b ém já o cham ei, e o
balhaste, os teus negociantes desde a tu a m ocida­ trarei, e farei próspero o seu cam inho.
de; cada qual irá vagueando pelo seu cam inho; n in ­ l6Chegai-vos a m im , ouvi isto: N ão falei em segre­
guém te salvará. do desde o princípio; desde o tem po em que aquilo
se fez eu estava ali, e agora o Senhor D eus m e enviou
E xortação de D eus para com Israel a m im , e o seu Espírito.
OUVI isto, casa de Jacó, que vos chamais do 17Assim diz o Se n h o r , o teu Redentor, o Santo de
nom e de Israel, e saístes das águas de Judá, Israel: Eu sow o Sf.n h o r teu Deus, que te ensina o que
que jurais pelo nom e do Senhor , e fazeis m enção do é útil, e te guia pelo cam inho em que deves andar.
Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça. 18Ah! se tivesses dado ouvidos aos m eus m an d a­
2E até da santa cidade to m am o nom e e se firm am m entos, então seria a tua paz com o o rio, e a tu a jus­
sobre o D eus de Israel; o S e n h o r dos Exércitos é o tiça com o as ondas do mar!
seu nome. 1 “T am b ém a tu a descendência seria com o a areia,
3 As prim eiras coisas desde a antiguidade as a n u n ­ e os que procedem das tuas entranhas com o os seus
ciei; da m inha boca saíram , e eu as fiz ouvir; apres- grãos; o seu no m e nun ca seria cortado nem d estru ­
suradam ente as fiz, e aconteceram . ído de diante de m im .
4Porque eu sabia que eras duro, e a tu a cerviz u m 20Saí de Babilônia, fugi de en tre os caldeus. E a n u n ­
nervo de ferro, e a tua testa de bronze. ciai com voz de júbilo, fazei ouvir isso, elevai-o até ao
’Por isso te anunciei desde então, e te fiz ouvir antes fim da terra; dizei: O Se n h o r rem iu a seu servo Jacó.
que acontecesse, para que não dissesses: O m eu ídolo 21E não tin h am sede, quando os levava pelos deser­
fez estas coisas, e a m inha im agem de escultura, e a tos; fez-lhes correr água da rocha; fendeu a rocha, e
m inha imagem de fundição as m andou. as águas correram .
6Já o tens ouvido; olha bem para tu d o isto; porven­ 22M as os ím pios não têm paz, diz o Senho r .
tura não o anunciareis? Desde agora te faço ouvir
coisas novas e ocultas, e que nunca conheceste. O servo do S e s h o r é a lu z dos gentios
7Agora são criadas, e não de há m uito, e antes deste O U VI-M E, ilhas, e escutai vós, povos de
dia não as ouviste, para que porventura não digas: Eis longe: O Se n h o r me ch am o u desde o ven­
que eu já as sabia. tre, desde as en tran h as de m in h a m ãe fez m enção
"Nem tuasouviste.nem tu as conheceste, nem tam ­ do m eu nom e.
pouco há m uito foi aberto o teu ouvido, porque eu 2E fez a m in h a boca com o um a espada aguda, com
sabia que procederias m u ito perfidam ente, e que a som bra da sua m ão m e cobriu; e m e pôs com o um a
eras cham ado transgressor desde o ventre. flecha lim pa, e m e escondeu na sua aljava;
‘‘Por am or do m eu nom e retardarei a m inha ira, e 3E m e disse: Tu és m eu servo; és Israel, aquele p o r
por am or do m eu louvor m e refrearei para contigo, quem hei de ser glorificado.
para que te não venha a cortar. 4Porém eu disse: D ebalde tenho trabalhado, inútil
10Eis que já te purifiquei, m as não com o a prata; es- e vãm ente gastei as m inhas forças; todavia o m eu d i­
colhi-te na fornalha da aflição. reito está perante o Senho r , e o m eu galardão p era n ­
" P o r am or de m im , p o r am or de m im o farei, te o m eu Deus.
porque, com o seria profanado o m eu nome? E a 5E agora diz o Se n h o r , que m e fo rm o u desde o
m inha glória não a darei a outrem . ventre para ser seu servo, para que to rn e a trazer
12D á-m e ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem Jacó; porém Israel não se deixará ajuntar; co ntudo
chamei; eu s o m o m esm o, eu o prim eiro, eu tam bém aos olhos do S e nho r serei glorificado, e o m eu Deus
o último. será a m in h a força.
1 ’Também a m inha m ão fu ndou a terra, e a m inha 6Disse mais: Pouco é que sejas o m eu servo, para
destra m ediu os céus a palm os; eu os cham arei, e restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os
aparecerão juntos. preservados de Israel; tam b ém te dei para luz dos

679
ISAÍAS 49,50

gentios, p ara seres a m inha salvação até à extrem i­ e m e retirara; quem , pois, me criou estes? Eis que eu
dade da terra. fui deixada sozinha; e estes o nde estavam?
7Assim diz o Se n h o r , o R edentor de Israel, o seu 22Assim diz o Senhor D eus : Eis que levantarei a
Santo, à alm a desprezada, ao que a nação abom ina, m inha m ão para os gentios, e ante os povos arvo­
ao servo dos que dom inam : Os reis o verão, e se le­ rarei a m inha bandeira; então trarão os teus filhos
vantarão, com o tam bém os príncipes, e eles diante nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os
de ti se inclinarão, por am or do Se n h o r , que é fiel, e om bros.
do Santo de Israel, que te escolheu. 23E os reis serão os teus aios, e as suas rainhas as tuas
8A ssim d iz o S e n h o r: N o te m p o a c e itá v e l te o u v i e amas; diante de ti se inclinarão com o rosto em terra,
n o d ia d a sa lv a ç ã o te a ju d e i, e te g u a r d a r e i, e te d a re i e lam berão o pó dos teus pés; e saberás que eu sou o
p o r a lia n ç a d o p o v o , p a r a r e s ta u ra re s a te r r a , e d a r- Se nho r , que os que confiam em m im não serão co n ­
lh e s e m h e r a n ç a as h e r d a d e s a sso la d a s; fundidos.
’Para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em 24Porventura tirar-se-ia a presa ao poderoso, o u es­
trevas: Aparecei. Eles pastarão nos cam inhos, e em capariam os legalm ente presos?
todos os lugares altos haverá o seu pasto. 25Mas assim diz o Se n h o r : Por certo que os presos
l0N unca terão fom e, nem sede, nem o calor, nem se tirarão ao poderoso, e a presa do tiran o escapará;
o sol os afligirá; porque o que se com padece deles porque eu contenderei com os que contendem co n ­
os guiará e os levará m ansam ente aos m ananciais tigo, e os teus filhos eu remirei.
das águas. 26E sustentarei os teus opressores com a sua p ró ­
" E farei de todos os m eus m ontes um cam inho; e pria carne, e com o seu p ró p rio sangue se em b ria­
as m inhas estradas serão levantadas. garão, com o com m osto; e toda a carne saberá que
l2Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles do eu sou o Se n h o r , o teu Salvador, e o teu Redentor, o
norte, e do ocidente, e aqueles ou tro s da te rra de Forte de Jacó.
Sinim.
13Exultai, ó céus, e alegra-te, ó terra, e vós, m ontes, Exortações do servo do S e n h o r
estalai com júbilo, porque o Sen h o r consolou o seu ASSIM diz o S e n h o r: O nde está a carta de di­
povo, e dos seus aflitos se com padecerá. vórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei?
l4Porém Sião diz: Já m e desam parou o Se n h o r , e o O u quem é o m eu credor a quem eu vos tenha vendi-
m eu Senhor se esqueceu de m im . do?Eisqueporvossasm aldades fostes vendidos, e por
15Porventura pode u m a m ulher esquecer-se tanto vossas transgressões vossa mãe foi repudiada.
de seu filho que cria, que não se com padeça dele, do 2Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? C h a­
filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esqueces­ mei, e ninguém respondeu? Porventura tan to se en ­
se dele, contudo eu não m e esquecerei de ti. colheu a m in h a m ão, que já não possa remir? O u
16Eis que nas palm as das m inhas m ãos eu te gravei; não há mais força em m im para livrar? Eis que com
os teus m uros estão continuam ente diante de m im . a m in h a repreensão faço secar o mar, to rn o os rios
l7Os teus filhos pressurosamente virão, mas os teus em deserto, até que cheirem m al os seus peixes, p o r­
destruidores e os teus assoladores sairão do meio de ti. quan to não têm água e m orrem de sede.
IKLevanta os teus olhos ao redor, e olha; todos estes 3Eu visto os céus de negridão, pôr-lhes-ei u m saco
que se ajuntam vêm a ti; vivo eu, diz o Senho r , que de para a sua cobertura.
todos estes te vestirás, com o de u m ornam ento, e te 40 S enhor D eus m e deu um a língua erudita, para
cingirás deles com o noiva. que eu saiba dizer a seu tem po um a boa palavra ao
l9Porque nos teus desertos, e nos teus lugares soli­ que está cansado. Ele desperta-m e todas as m anhãs,
tários, e na tu a terra destruída, agora te verás aper­ desperta-m e o ouvido para que ouça, com o aqueles
tada de m oradores, e os que te devoravam se afasta­ que aprendem .
rão p ara longe de ti. 50 S enhor D eus m e ab riu os ouvidos, e eu não fui
20E até m esm o os filhos da tu a orfandade dirão aos rebelde; não m e retirei p ara trás.
teus ouvidos: M uito estreito é para m im este lugar; 6As m inhas costas ofereci aos que m e feriam , e a
ap arta-te de m im , para que possa h abitar nele. m inh a face aos que m e arrancavam os cabelos; não
21E dirás no teu coração: Q uem m e gerou estes? Pois escondi a m in h a face dos que m e afrontavam e me
eu estava desfilhada e solitária; entrara em cativeiro, cuspiam .

680
ISAÍAS 50,51

’Porque o S enhor D eus m e ajuda, assim não m e Se n h o r ; desperta com o nos dias passados, como nas
confundo; p o r isso pus o m eu rosto com o um seixo, gerações antigas. N ão és tu aquele que cortou em p e­
porque sei que não serei envergonhado. daços a Raabe, o que feriu ao chacal?
“Perto está o que m e justifica; quem contenderá lllN ão és tu aquele que secou o mar, as águas do
comigo? C om pareçam os juntam ente; quem é m eu grande abismo? O que fez o cam inho no fundo do
adversário? Chegue-se para m im . mar, para que passassem os remidos?
9Eis que o S enhor D eus m e ajuda; quem há que me "A ssim voltarão os resgatados do Se nho r , e virão
condene? Eis que todos eles com o roupas se envelhe­ a Sião com júbilo, e p erp étu a alegria haverá sobre as
cerão, e a traça os com erá. suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o
'"Q uem há entre vós que tem a ao Se n h o r e ouça gem ido fugirão.
a voz do seu servo? Q u ando andar em trevas, e não l2Eu, eu sou aquele que vos consola; quem , pois, és
tiver luz nenhum a, confie no nom e do Se n h o r , e tu para que tem as o hom em que é m ortal, ou o filho
firme-se sobre o seu Deus. do hom em , que se to rn ará em erva?
1 ‘Eis que todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis I3E te esqueces do Se n h o r que te criou, que esten­
com faiscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, deu os céus, e fun d o u a terra, e tem es continuam ente
e entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá todo o dia o fu ro r do angustiador, q u an d o se p re­
da m inha mão, e em torm entos jazereis. para para destruir; pois o nde está o furor do que te
atribulava?
A restauração e salvação de Israel 140 exilado cativo depressa será solto, e não m o rre­
1 O U V I-M E, vós os que seguis a justiça, os rá na caverna, e o seu pão não lhe faltará.
5 JL que buscais ao Se nho r . O lhai para a rocha 15Porque eu sou o Se n h o r teu D eus, que agito o mar,
de onde fostes cortados, e para a caverna do poço de de m o d o que bram em as suas ondas. O S e n h o r dos
onde fostes cavados. Exércitos é o seu nom e.
“O lhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos I6E p o n h o as m inhas palavras n a tu a boca, e te
deu a luz; porque, sendo ele só, o cham ei, e o aben­ cubro com a som bra da m inha m ão; para p lantar os
çoei e o m ultipliquei. céus, e para fundar a terra, e p ara dizer a Sião: Tu és
3Porque o Se n h o r consolará a Sião; consolará a o m eu povo.
todos os seus lugares assolados, e fará o seu deser­ ITD esperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que
to com o o Éden, e a sua solidão com o o jardim do bebeste da m ão do Se n h o r o cálice do seu furor; b e­
Se n h o r ; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, beste e sorveste os sedim entos do cálice do a to rd o ­
e voz de melodia. am ento.
4A tendei-m e, povo m eu, e nação m inha, inclinai l8De todos os filhos que ela teve, n en h u m há que
os ouvidos para m im ; p orque de m im sairá a lei, e o a guie m ansam ente; e de todos os filhos que criou,
m eu juízo farei repousar para a luz dos povos. n en h u m há que a tom e pela mão.
5 Perto está a m inha j ust iça, vem saindo a m inha sal­ l9Estas duas coisas te aconteceram ; quem terá co m ­
vação, e os m eus braços julgarão os povos; as ilhas paixão de ti? A assolação, e o q u eb ran tam en to , e a
m e aguardarão, e n o m eu braço esperarão. fome, e a espada! Por quem te consolarei?
6Levantai os vossos olhos para os céus, e olhai para a 20Os teus filhos já desmaiaram, jazem nas entradas
terra em baixo, porque os céus desaparecerão com o de todos os caminhos, com o o antílope na rede; cheios
a fumaça, e a terra se envelhecerá com o roupa, e estão do furor do Senho r e da repreensão do teu Deus.
os seus m oradores m o rrerão sem elhantem ente; 2'P o rtan to agora ouve isto, ó aflita, e em briagada,
porém a m inha salvação d urará para sem pre, e a m as não de vinho.
m inha justiça não será abolida. 22 Assim diz o teu Senhor o Se nho r , e o teu Deus, que
7O uvi-m e, vós que conheceis a justiça, povo em pleiteará a causa do seu povo: Eis que eu to m o da tua
cujo coração está a m inha lei; não tem ais o opróbrio m ão o cálice do atordoam ento, os sedim entos do
dos hom ens, nem vos turbeis pelas suas injúrias. cálice do m eu furor, nu n ca m ais dele beberás.
sPorque a traça os roerá com o a roupa, e o bicho os 23Porém , pô-lo-ei nas m ãos dos que te entristece­
comerá com o a lã; mas a m inha justiça d u rará para ram , que disseram à tua alma: Abaixa-te, e passare­
sempre, e a m inha salvação de geração em geração. m os sobre ti; e tu puseste as tuas costas com o chão, e
’D esperta, desperta, veste-te de força, ó braço do com o cam inho, aos viandantes.

681
ISAÍAS 52,53

DESPERTA, desperta, veste-te da tua for­ A aparição, as dores e a glória do M essias


taleza, ó Sião; veste-te das tuas roupas for­ l3Eis que o m eu servo procederá com prudência;
mosas, ó Jerusalém, cidade santa, porque nunca será exaltado, e elevado, e m ui sublime.
mais en trará em ti nem incircunciso nem im undo. l4C om o pasm aram m uitos à vista dele, pois o seu
2Sacode-te do pó, levanta-te, e assenta-te, ó Jeru­ parecer estava tão desfigurado, m ais do que o de
salém: solta-te das cadeias de teu pescoço, ó cativa o u tro qualquer, e a sua figura m ais do que a dos
filha de Sião. outros filhos dos hom ens.
3Porque assim diz o S en h o r : Por nada fostes vendi­ l5Assim borrifará m uitas nações, e os reis fecharão
dos; tam bém sem dinheiro sereis resgatados. as suas bocas p o r causa dele; porque aquilo que não
■•Porque assim diz o Senhor D eus : O m eu povo em lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não o uvi­
tem pospassadosdesceuaoE gito,paraperegrinarlá, ram entenderão.
e a Assíria sem razão o oprim iu.
5E agora, que tenho eu que fazer aqui, diz o S enhor, QUEM deu crédito à nossam pregação? E a
pois o meu povo foi tom ado sem nenhum a razão? Os quem se m anifestou o braço do S en h o r ?
que dom inam sobre ele dão uivos, diz o S enhor ; e o 2Porque foi sub in d o com o renovo p erante ele, e
m eu nom e e blasfemado incessantemente o dia todo. com o raiz de um a terra seca; não tinha beleza nem
'’P ortanto o m eu povo saberá o m eu nom e; pois, form o su ra e, o lh an d o nós para ele, não havia boa
naquele dia, saberá que sou eu m esm o o que falo: aparência nele, para que o desejássemos.
Eis-m eaqui. >Era desprezado, eo m aisrejeitadoentreoshom ens,
7Q uão form osos são, sobre os m ontes, os pés do que hom em de dores, e experim entado nos trabalhos; e,
anuncia as boas novas, que faz o uvir a paz, do que com o um de quem os hom ens escondiam o rosto,
anuncia o bem , que faz ouvir a salvação, do que diz era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
a Sião: O teu Deus reina! 4Verdadeiramente ele tom ou sobre si as nossas en ­
HEis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, ju n ta ­ fermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o re­
m ente exultam ; porque olho a olho verão, quando o putávam os p o r aflito, ferido de Deus, e oprim ido.
S enhor fizer Sião voltar. 5Mas ele fo i ferido p o r causa das nossas transgres­
‘'Clam ai cantando, exultai juntam ente, desertos de sões, e m o íd o p o r causa das nossas iniqüidades; o
Jerusalém; porque o S enhor consolou o seu povo, castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
rem iu a Jerusalém. pisaduras fom os sarados.
lüO S enhor desnudou o seu santo braço perante os “Todos nós andávam os desgarrados com o ovelhas;
olhos de todas as nações; e todos os confins da terra cada um se desviava pelo seu cam inho; m as o S enhor
verão a salvação do nosso Deus. fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
11 Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa 7Ele foi o p rim id o e afligido, m as não ab riu a sua
im unda; saí do m eio dela, purificai-vos, os que levais boca; com o um cordeiro foi levado ao m atadouro, e
os vasos do S f.nhor . com o a ovelha m u d a perante os seus tosquiadores,
12Porque vós não saireis apressadam ente, nem ireis assim ele não abriu a sua boca.
fugindo; porque o S enhor irá diante de vós, e o Deus sDa opressão e do juízo foi tirado; e quem co n ta­
de Israel será a vossa retaguarda. rá o tem po da sua vida? P orquanto foi cortado da

Tomou sobre sl as nossas enfermidades sa pregação? [...] Mas ele foi ferido por causa das nossas trans­
(53.4,5) gressões, e moído por causa das nossas iniqüidades". Pregação,
transgressões e iniqüidades atribuem ao contexto um restabeleci­
«rTj*., Teologia da prosperidade. Afirma que devemos nos apro-
mento espiritual — o pecado está sendofocalizado. Diversas oca­
W priar destes benefícios e que o crente verdadeiro nunca de­
siões são registradas nas Escrituras em que servos de Deus, aci­
veria contrair qualquer doença.
ma de qualquer suspeita, foram limitados e não puderam resolver
RESPOSTA APOLOGÉTICA: De acordo com a Bíblia, ha­ os problemas como desejavam.
veremos realmente de desfrutar do pleno restabelecimento Lemos em 2Coríntios 4.16: “Ainda que o nosso homem exterior
físico na ressu rreiçào (1Co15.42-44;1Ts4.15-17),maso restabe­ se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia". O após­
lecimento do nosso corpo, no estado mortal em que nos encon­ tolo Paulo não pôde curar a enfermidade de Timóteo (1Tm 5.23), e
tramos, não é garantido. muito menos Epafrodito (Fp 2.25-27) e Trófimo (2Tm 4.20). O pró­
O contexto da referência em estudo indica que o restabeleci­ prio apóstolo ficou doente (Gl 4.13-15) e sofria com um espinho
mento espiritual também está em vista: “Quem deu crédito à nos­ na carne (2Co 12.7-9). Contudo, ninguém se atreveria a dizer que

682
ISAÍAS 53,54

terra dos viventes; pela transgressão do m eu povo 6P orque o S en h o r te cham o u com o a m u lh er d e­


ele foi atingido. sam parada e triste de espírito; com o a m u lh er da
9E puseram a sua sepultura com os ím pios, e com o m ocidade, que fora desprezada, diz o teu Deus.
rico na sua m orte; ainda que nunca com eteu injus­ TPor um breve m o m en to te deixei, mas com g ran ­
tiça, nem houve engano na sua boca. des m isericórdias te recolherei;
'“Todavia, ao S en h or agradou m oê-lo, fazendo-o sC om u m p o u co de ira escondi a m in h a face de ti
enferm ar; quan d o a sua alm a se puser p o r expia­ p o r u m m o m e n to ; m as com b en ig n id ad e etern a
ção do pecado, verá a sua posteridade, prolongará m e co m p ad ecerei de ti, diz o S e n h o r , o té u Re­
os seus dias; e o bom prazer do S en h or p rospera­ dentor.
rá na sua mão. T o rq u e isto será para m im como as águas de Noé;
1 'Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará pois jurei que as águas de N oé não passariam mais
satisfeito; com o seu conhecim ento o m eu servo, o sobre a terra; assim jurei que não m e irarei mais
justo, justificará a m uitos; porque as iniqüidades contra ti, nem te repreenderei.
deles levará sobre si. '“Porque os m ontes se retirarão, e os outeiros serão
12 Por isso lhe darei a parte de m uitos, e com os p o ­ abalados; porém a m in h a benignidade não se apar­
derosos repartirá ele o despojo; p o rq u an to der­ tará de ti, e a aliança da m inha paz não m udará, diz
ram ou a sua alm a na m orte, e foi contado com os o S enhor que se com padece de ti.
transgressores; m as ele levou sobre si o pecado de ' 'Tu, oprim ida, arrojada com a to rm en ta e descon­
m uitos, e intercedeu pelos transgressores. solada, eis que eu assentarei as tuas pedras com todo
o ornam ento, e te fundarei sobre as safiras.
O progresso e a glória do povo de D eus UE farei os teus vitrais de rubis, e as tuas portas de
CANTA alegrem ente, ó estéril, que não carbúnculos, e todos os teus term os de pedras apra­
deste à luz; rom pe em cântico, e excla­ zíveis.
m a com alegria, tu que não tiveste dores de parto; ' 5E todos os teus filhos serão ensinados do S en h or ;
p orque mais são os filhos da m ulher solitária, do que e a paz de teus filhos será abundante.
os filhos da casada, diz o S enhor . u C om justiça serás estabelecida; estarás longe
^Amplia o lugar da tua tenda, e estendam -se as cor­ da opressão, p o rq u e já não tem erás; e tam bém do
tinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as terror, p orque não chegará a ti.
tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas. ' 5Eis que seguram ente poderão vir a ju n tar-se
’Porque transbordarás para a direita e para a es­ contra ti, m as não será p o r m im ; quem se aju n tar
querda; e a tua descendência possuirá os gentios e contra ti cairá p o r causa de ti.
fará que sejam habitadas as cidades assoladas. l6Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas
4N ão temas, porque não serás envergonhada; e não no fogo, e que p roduz a ferram enta para a sua obra;
te envergonhes, porque não serás hum ilhada; antes tam bém criei o assolador, para destruir.
te esquecerás da vergonha da tua m ocidade, e não te l7Toda a ferram enta preparada contra ti não p ro s­
lem brarás m ais do opróbrio da tua viuvez. perará, e toda a língua que se levantar co n tra ti em
’Porque o teu C riador éo teu m arido; o Sen h or dos juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos
Exércitos é o seu nom e; e o Santo de Israel é o teu Re­ do S enhor , e a sua justiça que de m im procede, diz
dentor; que é cham ado o D eus de toda a terra. o S enhor .

Paulo estava desqualificado como crente verdadeiro. Pelo contrá­ RESPOSTA APOLOGÉTICA: Neste versículo, a palavra
rio. esses cristãos aceitaram suas situações e confiaram na gra­ =» morte, grafada no hebraico, encontra-se no plural. Por
ça de Deus para sustentá-los. As Escrituras nos incentivam: "Não esse motivo, a teologia da prosperidade afirma que Jesus teve
estejais inquietos por coisa alguma: antes as vossas petições se­ duas mortes: uma espiritual (no inferno) e outra física (na cruz).
jam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, Embora o plural no hebraico freqüentemente refira-se à plura­
com ação de graças" (Fp 4.6). lidade numérica, também pode ser utilizado para intensificar
o significado de uma palavra, um plural de intensidade. Essa
E com o rico na sua morte espécie de plural não indica que haveria mais de uma morte,
(53.9) mas que a morte citada, a morte física, está intensificada em
termos de violência.
Teologia da prosperidade. Declara que Jesus morreu es-
piritualmente.

683
ISAÍAS 54,55,56

Todo o povo é convidado a procurar 9Porque assim como os céus são m ais altos do que a
a salvação terra, assim são os m eus cam inhos m ais altos do que
Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às os vossos cam inhos, e os m eus pensam entos mais
águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, altos do que os vossos pensam entos.
com prai, e comei; sim, vinde, com prai, sem dinhei­ '“Porque, assim com o desce a chuva e a neve dos
ro e sem preço, vinho e leite. céus, e para lá não to rn am , m as regam a terra, e a
2Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? fazem produzir, e brotar, e dar sem ente ao sem ea­
E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode dor, e pão ao que come,
satisfazer? O uvi-m e atentam ente, e com ei o que é 1 'Assim será a m in h a palavra, que sair da m in h a
bom , e a vossa alm a se deleite com a gordura. boca; ela não voltará para m im vazia, antes fará o que
3Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a m im; ouvi, e a me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.
vossa alma viverá; porque convosco farei um a aliança 1 ’Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados;
perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi. os m ontes e os outeiros rom perão em cântico diante
4Eis que eu o dei por testem unha aos povos, como de vós, e todas as árvores do cam po baterão palmas.
líder e governador dos povos. 13Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar
sEis que cham arás a um a nação que não conheces, da sarça crescerá a m u rta; o que será para o S enhor
e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por nom e, e p o r sinal eterno, que nunca se apagará.
p o r am or do S enhor teu Deus, e do Santo de Israel;
porque ele te glorificou. Promessas àqueles q u e
ABuscai ao Se n h o r enquanto se p ode achar, invo- gu a rd a m o sábado
cai-o enquanto está perto. ASSIM diz o S en h or : G uardai o juízo, e fazei
7Deixe o ím pio o seu cam inho,e o hom em m aligno justiça, porque a m inha salvação está pres­
os seus pensam entos, e se converta ao S enhor , que se tes a vir, e a m inha justiça, para se manifestar.
com padecerá dele; torne para o nosso Deus, porque ‘Bem-aventurado o hom em que fizer isto, e o filho do
grandioso é em perdoar. hom em que lançar m ão disto; que se guarda de profa­
"Porque os m eus pensam entos não são os vossos nar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal.
pensam entos, nem os vossos cam inhos os m eus ca­ 3E não fale o filho do estrangeiro, que se houver
m inhos, diz o S enhor . u n id o ao S enhor , dizendo: C ertam ente o S enhor m e

Buscai ao S e n h o r enquanto se pode achar O apóstolo Tiago ensina, em sua epistola universal (3.13-15),
(55.6,7) que aquilo que alguém chama “razão" — o oposto à loucura —
acreditando ser o meio de se conhecer Deus de forma “lúcida” ,
A COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Segundo os reencarna-
é, na verdade, um conceito tão medíocre quanto a sapiência de
U cionistas. para que a pessoa não entre num ciclo de suces­
seu articulador: o homem. O discurso de Tiago se torna mais sé­
sivas reencamações. deve praticar as boas obras, purificando seu
rio quando associa esta suposta "razão" aos feitos do diabo, o que
espirito até alcançar a salvação. Em contrapartida, este texto bí­
nos remete à verdade de Gênesis 6.5.
blico apela para a necessidade emergente de se buscar o Senhor
enquanto há oportunidade.
Que se guarda de profanar o sábado
A salvação não pode ser alcançadaem outras vidas, pois não ha­
(56.1-8)
verá outra oportunidade. A Bíblia é clara em alertar que a esperança
de salvação só existe nesta vida: “Hoje, se ouvirdes a sua voz. não (jVS\ Adventismo do Sétimo Dia. Declara que não devemos
endureçais os vossos corações, como na provocação" (Hb3.15). VOU profanar o sábado e que este mandamento não é restrito
apenas aos judeus, mas também aos gentios.
Porque os meus pensamentos não são
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em análise não se
os vossos pensamentos
aplica aos gentios, mas aos judeus. Tanto é assim que se
(55.8)
fala em casa de Jacó (v. 1) e nação (v. 2). No antigo concerto,
07, Deísmo. Intitula sua crença como religião natural, por de- Deus, freqüentemente, exortava o povo de Israel quanto aos pre­
rivar da razão, em oposição à religião sobrenatural, que
rirei. ceitos vigentes daquela época, os quais abrangiam os 613 man­
advém da revelação. damentos do livro da lei.
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Quando o conceito deísta
Tampouco diga o eunuco
= separa sua crença da cristã, procede, involuntariamente,
(56.3)
da únicaformaque deveria proceder, visto que, efetivamente, sua
filosofia discorda da "filosofia" de Deus. Todavia, ao arrogar-se a Homossexualismo. Usa este versículo para dizer que os eu­
“razão” da sua filosofia, em detrimento do que a Palavra de Deus nucos não eram proibidos de participar da adoração interna do
ensina, peca pela soberba. templo, o que indica que os gays têm acesso ao reino de Deus.

684
ISAÍAS 56,57

separará do seu povo; nem tam pouco diga o eunuco: escancarais a boca, e deitais para fora a língua? Por­
Eis que sou uma árvore seca. ventura não sois filhos da transgressão, descendên­
4Porque assim diz o Se n h o r a respeito dos eunucos, cia da falsidade,
que guardam os m eus sábados, e escolhem aquilo ’Q ue vos inflam ais com os deuses debaixo de toda
em que eu m e agrado, e abraçam a m inha aliança: a árvore verde, e sacrificais os filhos nos ribeiros, nas
’Tam bém lhes darei na m inha casa e d en tro dos fendas dos penhascos?
meus m uros um lugar e um nom e, m elhor do que o 6Nas pedras lisas dos ribeiros está a tua parte; estas,
de filhos e filhas; um nom e eterno darei a cada um estas são a tua sorte; sobre elas tam bém derram as­
deles, que nunca se apagará. te a tua libação, e lhes ofereceste ofertas; contentar-
^E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao m e-ia eu com estas coisas?
S enhor , para o servirem , e para am arem o nom e do
7Sobre o m onte alto e levantado pões a tu a cama; e
S enhor , e para serem seus servos, todos os que guar­
lá subiste para oferecer sacrifícios.
darem o sábado, não o profanando, e os que abraça­
8E detrás das portas, e dos um brais puseste o teu
rem a m inha aliança,
m em orial; pois te descobriste a outros que não a
T am b ém os levarei ao m eu santo m onte, e os ale­
m im , e subiste, alargaste a tu a cama, e fizeste alian­
grarei n a m in h a casa de oração; os seus holocaus-
ça com alguns deles; am aste a sua cama, onde quer
tos e os seus sacrifícios serão aceitos no m eu altar;
que a viste.
porque a m inha casa será cham ada casa de oração
9E foste ao rei com óleo, e m ultiplicaste os teus per­
para todos os povos.
fum es e enviaste os teus em baixadores para longe, e
te abateste até ao inferno.
A injustiça e a ju stiça
l0N a tu a com prida viagem te cansaste; porém não
8Assim diz o Senhor D eus , que congrega os disper­
sos de Israel: A inda ajuntarei outros aos que já se lhe disseste: N ão há esperança; achaste novo vigor na tua
ajuntaram . m ão; p o r isso não adoeceste.
9Vós, todos os anim ais do cam po, todos os anim ais 1 'M as de quem tiveste receio, o u tem or, p ara que
dos bosques, vinde comer. mentisses, e não te lem brasses de m im , nem no teu
"’Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; coração m e pusesses? N ão é porventura p o rq u e eu
todos são cães m udos, não podem ladrar; andam m e calei, e isso há m uito tem po, e não m e temes?
adorm ecidos, estão deitados, e gostam do sono. ,2Eu publicarei a tu a justiça, e as tuas obras, que não
11E estes cães são gulosos, não se podem fartar; eeles te aproveitarão.
são pastores que nada com preendem ; todos eles se
to rn am para o seu cam inho, cada um para a sua ga­ As promessas de D eus para o p en iten te
nância, cada um po r sua parte. ' ’Q u an d o clam ares, livrem -te os ídolos que a ju n ­
l2Vinde, dizem, trarei vinho, e beberem os bebida taste; m as o vento a todos levará, e um sopro os arre­
forte; e o dia de am anhã será com o este, e ainda batará; m as o que confia em m im possuirá a terra, e
m uito m ais abundante. herdará o m eu santo m onte.
I4E dir-se-á: Aplanai, aplanai a estrada, preparai o ca­
PERECE o justo, e n ão há quem considere m inho; tirai os tropeços do cam inho do m eu povo.
isso em seu coração, e os hom ens com pas­ ’’Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita
sivos são recolhidos, sem que alguém considere que na eternidade.ecujo nom e^S anto: N um alto e santo
o justo é levado antes do mal. lugar habito; com o tam bém com o contrito e abati­
2E ntrará em paz; descansarão nas suas cam as, os do de espírito, p ara vivificar o espírito dos abatidos,
que houverem andado na sua retidão. e para vivificar o coração dos contritos.

’Mas chegai-vos aqui, vós os filhos da agoureira, l6Porque não contenderei para sem pre, nem conti­
descendência adulterina, e de prostituição. nuam ente m e indignarei; porque o espírito perante
4De quem fazeis o vosso passatem po? C ontra quem a m inh a face se desfaleceria, e as alm as que eu fiz.

. - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A profecia se refere aos eu- das práticas homossexuais (Lv 18.22; Rm 1.26). Deus ama todas
<=> nucos e não aos homossexuais. Os eunucos, conforme re­ as pessoas, e isso inclui os homossexuais, que sáo convidados a
latados na Biblia, são assexuados e não gays. Encontramos, tan­ conhecer plenamente o evangelho. Contudo, o erro é condenado
to no Antigo quanto no Novo Testamento, exortações a respeito por Deus, e as Escrituras emitem julgamento sobre o pecado.

685
ISAÍAS 57,58,59

l7Pela iniqüidade da sua avareza m e indignei, e o 8Então rom perá a tu a luz com o a alva, e a tua cura
feri; escondi-m e, e indignei-m e; contudo, rebelde, apressadam ente brotará, e a tu a justiça irá adiante de
seguiu o cam inho do seu coração. ti, e a glória do S enhor será a tu a retaguarda.
l8Eu vejo os seus cam inhos, e o sararei, e o guia­ “Então clam arás,eo S enhor feresponderá; gritarás,
rei, e lhe tornarei a d ar consolação, a saber, aos seus e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do m eio de ti o jugo,
pranteadores. o estender do dedo, e o falar iniquam ente;
'“Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que 1 °Ese abrires a tua alm a ao fam into, e fartares a alma
está longe; e para o que está perto, diz o S enhor , e eu aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escu­
o sararei. ridão será com o o m eio-dia.
20Mas os ím pios são com o o m ar bravo, porque não 11E o S enhor te guiará continuam ente, e fartará a tua
se pode aquietar, e as suas águas lançam de si lama alm a em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e
e lodo. serás com o um jardim regado, e com o um m an an ­
21N ão há paz para os ím pios, diz o m eu Deus. cial, cujas águas nunca faltam.
12E os que de ti procederem edificarão as antigas
O fa lso e o verdadeiro je ju m ruínas; e levantarás os fundam entos de geração em
CLAMA em alta voz, não te detenhas, le­ geração; e cham ar-te-ão reparador das roturas, e
vanta a tua voz com o a tro m b eta e a n u n ­ restaurador de veredas para m orar.
cia ao m eu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó 13Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tu a
os seus pecados. vontade no m eu santo dia, e cham ares ao sábado de­
2Todavia m e procuram cada dia, tom am prazer em leitoso, e o santo dia do S enhor , digno de ho n ra, e o
saber os m eus cam inhos, com o um povo que p rati­ honrares n ão seguindo os teus cam inhos, nem pre-
ca justiça, e não deixa o direito do seu Deus; pergun- tendendo/ozer a tu a p rópria vontade, n em falares as
tam -m e pelos direitos da justiça, e têm prazer em se tuas p ró p rias palavras,
chegarem a Deus, l4E ntão te deleitarás no S en h o r , e te farei caval­
*Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para gar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a
isso? Poríjweafligimosasnossas almas, e tu não o sabes? h eran ça de teu pai Jacó; p o rq u e a boca d o S en h or
Eis que no dia em que jejuais achais o vossopróprio con­ o disse.
tentamento, e requereis todo o vosso trabalho.
4Eis que para contendas e debates jejuais, e para fe­ O s pecados e a salvação do povo d e D eus
rirdes com p u n h o iníquo; não jejueis com o hoje, E IS que a m ão do Se n h o r não está encolhi­
para fazer ouvir a vossa voz no alto. da, para que não possa salvar; nem agrava­
5Seria este o jejum que eu escolheria, que o hom em do o seu ouvido, p ara não p oder ouvir.
um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça com o 2Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre
o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? C ham a­ vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o
rias tu a isto jejum e dia aprazível ao S f.nho r ? seu rosto de vós, para que não vos ouça.
6Porventura não é este o jejum que escolhi, que ’Porque as vossas m ãos estão contam inadas de
soltes as ligaduras da im piedade, que desfaças as ata­ sangue, e os vossos dedos de iniqüidade; os vossos
d uras do jugo e que deixes livres os oprim idos, e des­ lábios falam falsidade, a vossa língua pronuncia per­
pedaces todo o jugo? versidade.
’ Porventura não é tam bém que repartas o teu pão 4N inguém há que clam e pela justiça, nem ninguém
com o fam into, e recolhas em casa os pobres aban­ que com pareça em juízo pela verdade; confiam na
donados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te es­ vaidade, e falam m entiras; concebem o mal, e dão à
condas da tua carne? luz a iniqüidade.

Náo há paz para os ímpios, diz o meu Deus


de defender a vida em harmonia com o meio ambiente e suas li­
(57.21)
nhas de energia, de modo que haja um equilíbrio adequado en­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O feng shui, prática chi­ tre as forças da natureza.
f nesa de princípios taoístas. ensina que a disposição dos
objetos de um ambiente, em consonância com os dados de nas­
Mas a Bíblia ensina que o homem em desarmonia com Deus
náo pode ter paz. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz
cimento de uma pessoa, pode produzir paz e tranqüilidade, além com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

686
ISAÍAS 59,60

’C hocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha; 19Então tem erão o nom e do S enhor desde o poente,
o que com er dos ovos deles, m orrerá; e, quebrando- e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o in i­
os, sairá um a víbora. migo com o um a corrente de águas, o Espírito do
6As suas teias não prestam para vestes nem se pode­ S enhor arvorará co n tra ele a sua bandeira.
rão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de 20E virá um R edentor a Sião e aos que em Jacó se
iniqüidade, e obra de violência há nas suas mãos. converterem da transgressão, diz o S enhor .
7Os seus pés correm para o m al, e se apressam para 2'Q u a n to a m im , esta é a m in h a aliança com eles,
derram arem o sangue inocente; os seus pensam en­ diz o S en h o r : o m eu espírito, que está sobre ti, e as
tos são pensam entos de iniqüidade; destruição e m inhas palavras, q u ep u s na tu a boca, não se desvia­
quebrantam ento há nas suas estradas. rão da tu a boca nem d a boca da tu a descendência,
"Não conhecem o cam inho da paz, nem há justiça nem da boca da descendência da tua descendência,
nos seus passos; fizeram p ara si veredas tortuosas; diz o S enhor , desde agora e para todo o sempre.
todo aquele que anda p o r elas não tem conheci­
m ento da paz. Jeru sa lém é restaurada à sua glória
9Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos LEVANTA-TE, resplandece, p o rq u e vem
alcança; esperam os pela luz, e eis que só há trevas; a tu a luz, e a glória do S en h o r vai nascen­
pelo resplendor, m as andam os em escuridão. do sobre ti;
1 "Apalpam os as paredes com o cegos, e com o os 2Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escu­
que não têm olhos andam os apalpando; tropeça­ ridão os povos; m as sobre ti o S en h or virá surgindo,
m os ao m eio-dia com o nas trevas, e nos lugares es­ e a sua glória se verá sobre ti.
curos com o m ortos. *E os gentios cam inharão à tu a luz, e os reis ao res­
1 'Todos nós bram am os com o ursos, e co n tin u a­ plendor que te nasceu.
m ente gem em os com o pom bas; esperam os pelo 4Levanta em redor os teus olhos, e vê; todos estes;«
juízo, e não o há; pela salvação, e está longe de nós. se ajuntaram , e vêm a ti; teus filhos virão de longe, e
u Porque as nossas transgressões se m ultiplicaram tuas filhas serão criadas ao teu lado.
perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; ’Então o verás, e serás ilum inado, e o teu coração es­
porque as nossas transgressões estão conosco, e co­ trem ecerá e se alargará; p orque a abundância do m ar
nhecem os as nossas iniqüidades; se torn ará a ti, e as riquezas dos gentios virão a ti.
' 'Com o o prevaricar, e m en tir contra o S enhor , e o 6 A m ultidão de cam elos te cobrirá, os drom edários
desviarm o-nos do nosso Deus, o falar de opressão e de M idiã e Efá; todos virão de Sabá; ouro e incenso
rebelião, o conceber e proferir do coração palavras trarão, e publicarão os louvores do S enhor .
de falsidade. 7Todas as ovelhas de Q uedar se congregarão a ti; os
' “Por isso o direito se to rn o u atrás, e a justiça se pôs carneiros de N ebaiote te servirão; com agrado su­
de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas birão ao m eu altar, e eu glorificarei a casa da m inha
ruas, e a eqüidade não pode entrar. glória.
15S im , a v e rd a d e d e sfale ce , e quem se d e sv ia d o m a l 8Q uem são estes que vêm v oando com o nuvens, e
a rris c a -s e a se r d e s p o ja d o ; e o S enhor v iu , e p a re c e u com o pom bas às suas janelas?
m a l a o s se u s o lh o s q u e n ã o h o u v e sse ju s tiç a . 9C ertam ente as ilhas m e aguardarão, e prim eiro
16E vendo que ninguém havia, m aravilhou-se de os navios de Társis, p ara trazer teus filhos de longe,
que não houvesse u m intercessor; p o r isso o seu pró­ e com eles a sua p rata e o seu ouro, para o n o m e do
prio braço lhe trouxe a salvação, e a sua p ró p ria ju s­ Sen h or teu Deus, e p ara o Santo de Israel, p o rq u an ­
tiça o susteve. to ele te glorificou.
l7Pois vestiu-se de justiça, com o de um a couraça, e 10E os filhos dos estrangeiros edificarão os teus
pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e p o r ves­ m uros, e os seus reis te servirão; p o rq u e no m eu
tidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de furor te feri, m as na m in h a benignidade tive m ise­
zelo, com o de um m anto. ricórdia de ti.
'"Conform e forem as obras deles, assim será a sua " E as tuas p o rtas estarão abertas de contínuo, nem
retribuição, furor aos seus adversários, e recom pen­ de dia nem de noite se fecharão; p ara que tragam a
sa aos seus inim igos; às ilhas dará ele a sua recom ­ ti as riquezas dos gentios, e, conduzidos com elas,
pensa. os seus reis.

687
ISAÍAS 60,61,62

12Porque a nação e o reino que não te servirem pere­ 4E edificarão os lugares antigam ente assolados, e
cerão; sim, essas nações serão de todo assoladas. restaurarão os anterio rm en te destruídos, e renova­
UA glória do Líbano virá a ti; a faia, o pinheiro, e rão as cidades assoladas, d estruídas de geração em
o álam o conjuntam ente, p ara ornarem o lugar do geração.
m eu santuário, e glorificarei o lugar dos m eus pés. SE haverá estrangeiros, que apascentarão os vossos
l4Tam bém virão a ti, inclinando-se, os filhos dos rebanhos; e estranhos serão os vossos lavradores e os
qu e te oprim iram ; e prostrar-se-ão às plantas dos vossos vinhateiros.
teus pés todos os que te desprezaram ; e cham ar-te- 6Porém vós sereis cham ados sacerdotes do S enhor ,
ão a cidade do S enhor , a Sião do Santo de Israel. evos cham arão m inistros de nosso Deus; com ereis a
1sEm lugar de seres deixada, e odiada, de m odo que riqueza dos gentios, e na sua glória vos gloriareis.
ninguém passava por ti, far-te-ei um a excelência 7Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e
p erpétua, um gozo de geração em geração. em lugar da afronta exultareis na vossa parte; p o r
IhE m am arás o leite dos gentios, e alim entar-te-ás isso na sua terra possuirão o dobro, e terão p erp é­
ao peito dos reis; e saberás que eu sou o S e n h o r, o teu tua alegria.
Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó. “Porque eu, o S enhor , am o o juízo, odeio o que foi
17Por cobre trarei ouro, e p o r ferro trarei prata, e por roubado oferecido em holocausto; p o rtan to , firm a­
madeira, bronze, e por pedras, ferro; e farei pacíficos rei em verdade a sua obra; e farei um a aliança eterna
os teus oficiais e justos os teus exatores. com eles.
l!iN unca mais se ouvirá de violência na tu a terra, 9E a sua posteridade será conhecida entre os gen­
desolação nem destruição nos teus term os; mas tios, e os seus descendentes no meio dos povos; todos
aos teus m uros cham arás Salvação, e às tuas portas q uantos os virem os conhecerão, com o descendên­
Louvor. cia bendita do S enhor .
1‘'N unca m ais te servirá o sol para luz do dia nem l0Regozijar-m e-ei m u ito no S enhor , a m inha
com o seu resplendor a lua te ilum inará; m as o alm a se alegrará no m eu Deus; p o rq u e m e vestiu
S enhor será a tua luz perpétua, e o teu D eus a tua de roupas de salvação, cobriu-m e com o m an to de
glória. justiça, com o um noivo se adorna com tu rb an te sa­
wN unca m ais se porá o teu sol, nem a tua lua m in ­ cerdotal, e com o a noiva que se enfeita com as suas
guará; p orque o S en h or será a tua luz perpétua, e os jóias.
dias do teu luto findarão. 1 'Porque, com o a terra p ro d u z os seus renovos, e
21E todos os do teu povo serão justos, para sem pre com o o jardim faz b ro tar o que nele se semeia, assim
herdarão a terra; serão renovos p o r m im plantados, o Senhor D eus fará b ro tar a justiça e o louvor para
obra das m inhas mãos, para que eu seja glorificado. todas as nações.
220 m e n o r v ir á a s e r m il, e o m ín i m o uma n a ç ã o
A glória de Jerusalém sem pre
fo rte ; e u , o S en h or , a o s e u te m p o o fa re i p r o n t a ­
m e n te . a u m en ta n d o
POR am o r de Sião não m e calarei, e p o r
A salvação é proclam ada am o r de Jerusalém não m e aquietarei, até
O que saia a sua justiça com o um resplendor, e a sua
ESPÍRITO do S enhor D eus está sobre
m im ; porque o S enhor m e ungiu, para salvação com o u m a tocha acesa.
pregar boas novas aos mansos; enviou-m e a restau­ 2E os gentios verão a tu a justiça, e to d o s os reis a tu a
rar os c ontritos de coração, a p roclam ar liberdade glória; e cham ar-te-ão p o r um n o m e novo, que a
aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; boca do S en h or designará.
2A apregoar o ano aceitável do S en h or e o dia da ’E serás u m a coroa de glória na m ão do S enhor , e
vingança do nosso Deus; a consolar todos os tris­ um diadem a real n a m ão do teu Deus.
tes; 4N un ca m ais te cham arão: D esam parada, nem
5 A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê a tua terra se d en o m in ará jam ais: Assolada; mas
glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de triste­ cham ar-te-ão: O m eu prazer está nela, e à tua terra:
za, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a A casada; p o rq u e o S en h or se agrada de ti, e a tua
fim de que se cham em árvores de justiça, plantações terra se casará.
do S enhor , para que ele seja glorificado. ’Porque, como o jovem se casa com a virgem , assim

688
ISAÍAS 62,63

teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se A çã o d e graças pelas benignidades


alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus. d e D eus
"Ó Jerusalém, sobre os teus m uros pus guardas, que ’As benignidades do S en h or m encionarei, e os
todo o dia e toda a noite jamais se calarão; ó vós, os que m uitos louvores do S enhor , conform e tudo quanto
fazeis lem brar ao S enhor , não haja descanso em vós, o S enhor nos concedeu; e grande bondade para com
’Nem deis a ele descanso, até que confirm e, e até a casa de Israel, que usou com eles segundo as suas
que ponha a Jerusalém p o r louvor na terra. misericórdias, e segundo a m u ltidão das suas benig­
“Jurou o S enhor pela sua m ão direita, e pelo braço nidades.
da sua força: N unca m ais darei o teu trigo por com ida “Porque dizia: C ertam ente eles são m eu povo, filhos
aos teus inimigos, nem os estrangeiros beberão o teu que não m entirão; assim ele se fez o seu Salvador.
mosto, em que trabalhaste. 9Em to d a a angústia deles ele foi angustiado, e o
9Mas os que o ajuntarem o com erão, e louvarão ao anjo da sua presença os salvou; pelo seu am or, e pela
S enhor ; e os que o colherem beberão nos átrios do sua com paixão ele os rem iu; e os to m o u , e os co n d u ­
m eu santuário. ziu todos os dias da antiguidade.
I“Passai, passai pelas portas; preparai o cam inho ' “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Es­
ao povo; aplainai, aplainai a estrada, lim pai-a das pírito Santo; p o r isso se lhes to rn o u em inim igo, eele
pedras; arvorai a bandeira aos povos. m esm o pelejou contra eles.
II Eis que o S enhor fez ouvir até às extrem idades da 1 ‘Todavia se lem brou dos dias da antiguidade, de
terra: Dizei à filha de Sião: Eis que vem a tu a salva­ Moisés, e do seu povo, dizendo: O n d e está agora o
ção; eis que com ele vem o seu galardão, e a sua obra que os fez subir do m ar com os pastores do seu re­
diante dele. banho? O n d e está o que pôs no m eio deles o seu Es­
12E cham ar-lhes-ão: Povo santo, rem idos do pírito Santo?
S enhor ; e tu serás cham ada: Procurada, a cidade não l2Aquele cujo braço glorioso ele fez an d ar à m ão
desam parada. direita de Moisés, que fendeu as águas diante deles,
para fazer p ara si um no m e eterno?
D eus salva e vinga a seu povo l3Aquele que os guiou pelos abism os, com o o
QUEM é este, que vem de Edom , de Bozra, cavalo no deserto, de modo que nun ca tropeçaram ?
com vestes tintas; este que é glorioso em sua HC om o o anim al que desce ao vale, o Espírito do
vestidura, que m archa com a sua grande força? Eu, S enhor lhes deu descanso; assim guiaste ao teu povo,
que falo em justiça, poderoso para salvar. para te fazeres um nom e glorioso.
2Por que está verm elha a tu a vestidura, e as tuas I5A tenta desde os céus, e olha desde a tu a santa e
roupas com o as daquele que pisa n o lagar? gloriosa habitação. O n d e estão o teu zelo e as tuas
’Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém obras poderosas? A com oção das tuas entranhas, e
houve com igo; e os pisei na m in h a ira, e os esm a­ das tuas m isericórdias, detém -se para comigo?
guei no m eu furor; e o seu sangue salpicou as m inhas 16Mas tu és nosso Pai, ainda que A braão não nos
vestes, e m anchei toda a m inha vestidura. conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó S enhor , és
■•Porque o dia da vingança estava no m eu coração; nosso Pai; nosso R edentor desde a antiguidade é o
e o ano dos m eus rem idos é chegado. teu nom e.
5E olhei, e não havia quem me ajudasse; e adm irei-me 1 'P o r que, ó S enhor , nos fazes errar dos teus cam i­
de não haver quem me sustivesse, po r isso o m eu braço nhos? Por que endureces o nosso coração, para que
m e trouxe a salvação, e o m e u fu ro r m e susteve. não te tem am os? Volta, p o r am o r dos teus servos, às
6E atropelei os povos na m inha ira, e os em briaguei tribos da tua herança.
no m eu furor; e a sua força derrubei po r terra. ‘“Só p o r u m p o u co de tem p o o teu santo povo

não só revela o nome Espirito Santo como também sua persona­


Contristaram o seu Espírito Santo
lidade. E diz, ainda, que os israelitas "contristaram o seu Espíri­
(63.10)
to Santo; por isso se lhes tomou em inimigo, e ele mesmo pele­
c^> COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Em oposição ao ensl- jou contra eles".
U namento das Testemunhas de Jeová, que afirmam que a Como contristar uma força ativa, expressão usada pela seita
pessoa do Espírito Santo nào se encontra nas Escrituras hebrai­ para se referir ao Espírito Santo? Como o Espírito Santo poderia
cas (como denominam o Antigo Testamento), o texto em análise pelejar contra alguém, na condição de uma simples força ativa?

689
ISAÍAS 63,64,65

a possuiu; nossos adversários pisaram o teu san ­ G entios e ju d e u s


tuário. FUI buscado dos que não perguntavam por
l9Som os feitos como aqueles sobre quem tu nunca m im , fui achado daqueles que não m e b u s­
dom inaste, e como os que nunca se cham aram pelo cavam; a um a nação que não se cham ava do m eu
teu nom e. nom e eu disse: Eis-me aqui. Eis-me aqui.
2Estendi as m inhas m ãos o dia todo a um povo re­
OH! se fendesses os céus, e descesses, c os belde, que anda p o r cam inho, que não é bom , após
m ontes se escoassem de diante da tua face, os seus pensam entos;
2C om o o fogo abrasador de fundição, fogo que faz 3Povo que de contínuo m e irrita diante da m inha
ferver as águas, para fazeres n o tório o teu nom e aos face, sacrificando em jardins e queim ando incenso
teus adversários, e assim as nações trem essem da tua sobre altares de tijolos;
presença! 4Q ue habita en tre as sepulturas, e passa as noites
’Q uan do fazias coisas terríveis, que nunca esperá­ ju n to aos lugares secretos; com e carne de porco e
vam os, descias, e os m ontes se escoavam diante da tem caldo de coisas abom ináveis nos seus vasos;
tu a face. sQ ue dizem: Fica o nde estás, e não te chegues a
4Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com m im , porque sou m ais santo do que tu. Estes são
ouvidos se percebeu, nem com osolhosseviuum Deus fum aça no m eu nariz, um fogo que arde todo o dia.
além de ti que trabalha para aquele que nele espera. '•Eis que está escrito diante de m im : n ão m e calarei;
’Saíste ao encontro daquele que se alegrava e p ra ­ mas eu pagarei, sim , pagarei no seu seio,
ticava justiça e dos que se lem bram de ti nos teus ca­ 7As vossas iniqüidades, e juntam ente as iniqüidades
m inhos; eis que te iraste, porque pecam os; neles há de vossos pais, diz o S enhor , que queim aram incenso
eternidade, para que sejamos salvos? nos montes, e m e afrontaram nos outeiros; assim lhes
'’Mas todos nós som os com o o im undo, e todas as tornarei a m edir as suas obras antigas no seu seio.
nossas justiças com o trap o da im undícia; e todos “Assim diz o S en h o r : C om o q u an d o se acha m osto
nós m urcham os com o a folha, e as nossas iniqüida- num cacho de uvas, dizem: N ão o desperdices, pois
des com o um vento nos arrebatam . há bênção nele, assim farei p o r am o r de m eus servos,
"E já ninguém há que invoque o teu nom e, que se que não os destrua a todos,
desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o 11E produzirei descendência a Jacó, e a Judá um her­
teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas deiro que possua os m eus m ontes; e os m eus eleitos
iniqUidades. herdarão a terra e os m eus servos habitarão ali.
8Mas agora, ó S f.nhor , tu és nosso Pai; nós o barro e I0E Sarom servirá de curral de rebanhos, e o vale de
tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos. Acor lugar de repouso de gados, p ara o m eu povo,
9N ão te enfureças tanto, ó S en h or , nem p e rp e tu ­ que m e buscou.
am ente te lembres da iniqüidade; olha, pois, nós te 1 ‘Mas a vós, os que vos apartais do S enhor , os que
pedim os, todos nós som os o teu povo. vos esqueceis do m eu santo m onte, os que preparais
l0As tuas santas cidades to rnaram -se um deserto; um a mesa para a F ortuna, e que m isturais a bebida
Sião está feita um deserto, Jerusalém está assolada. para o Destino.
1 'A nossa santa e gloriosa casa, em que te louvavam l2Tam bém vos destinareis à espada, e todos vos en ­
nossos pais, foi queim ada a fogo; e todas as nossas curvareis à m atança; p o rq u an to cham ei, e não res­
coisas preciosas se tornaram em assolação. pondestes; falei, e não ouvistes; m as fizestes o que
l2C onter-te-ias tu ainda sobre estas coisas, ó era m au aos m eus olhos, e escolhestes aquilo em que
S en h or ? Ficarias calado, e nos afligirias tanto? não tin h a prazer.

buir valor salvifico a obras caritativas é um ledo engano de proce­


Somos como o imundo, e todas as nossas dência diabólica, uma vez que o maior desejo de Satanás é des­
justiças como trapo da Imundícia
prestigiar a inigualável obra de Jesus na cruz para atribuir maior
(64.6)
valor às obras humanas.
cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Um dos mais básicos O apóstolo Paulo, que sempre se reconheceu pecador nato
u conceitos do cristianismo está relacionado a uma salva­ (Rm 7.14-26), prioriza o ensino de uma salvação que provém ex­
ção eterna que nâo decorre de qualquer mérito humano, visto clusivamente da graça divina, oriunda de um sacrifício que, para
que, se nâo fosse pela intervenção espiritual divina, o homem se tornar eficaz, não necessitou de qualquer participação huma­
nâo teria outro propósito a não ser propagar o mal (Gn 6.5). Atri- na (Hb 7.27; 9.28; 10.10).

690
ISAÍAS 65,66

1’P ortanto assim diz o Senhor D eus : Eis que os me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do m eu des­
m eus servos com erão, m as vós padecereis fome; eis canso?
que os m eus servos beberão, porém vós tereis sede; 2Porque a m inha m ão fez todas estas coisas, e assim
eis que os m eus servos se alegrarão, m as vós vos en­ todas elas foram feitas, diz o S en h o r ; m as para esse
vergonhareis; olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que
l4Eis que os m eus servos exultarão pela alegria de trem e da m inha palavra.
coração, m as vós gritareis pela tristeza de coração; e ’Q uem m ata um boi é como o que tira a vida a um
uivareis pelo quebrantam ento de espirito. hom em ; quem sacrifica u m cordeiro é como o que
I5E deixareis o vosso nom e aos m eus eleitos por degola um cão; quem oferece u m a oblação é como o
maldição; e o Senhor D eus vos m atará; e a seus servos que oferece sangue de porco; quem queim a incen­
cham ará p or outro nom e. so em m em orial é como o que bendiz a um ídolo;
''’Assim que aquele que se bendisser na terra, se tam bém estes escolhem os seus próprios cam inhos, e
bendirá no Deus da verdade; e aquele que ju rar na a sua alm a se deleita nas suas abom inações.
terra, jurará pelo Deus da verdade; p orque já estão “Tam bém eu escolherei as suas calam idades, farei
esquecidas as angústias passadas, e estão escondidas vir sobre eles os seus tem ores; p o rq u an to clamei e
dos m eus olhos. ninguém respondeu, falei e não escutaram ; m as fi­
zeram o que era m au aos m eus olhos, e escolheram
A nova Jerusalém aquilo em que eu não tin h a prazer.
l7Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e 5O uvi a palavra do S en h or , os que trem eis da sua
não haverá mais lem brança das coisas passadas, nem palavra. Vossos irm ãos, que vos odeiam e que para
mais se recordarão. longe vos lançam p o r am o r do m eu nom e, dizem:
l8Mas vós folgareis e exultareis p erpetuam ente no Seja glorificado o S enhor , p ara que vejam os a vossa
que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém um a alegria; m as eles serão confundidos.
alegria, e para o seu povo gozo. 6U m a voz de grande ru m o r virá da cidade, um a
,9E exultarei em Jerusalém, e m e alegrarei no m eu voz do tem plo, a voz do S enhor , que dá o pago aos
povo; e nunca m ais se ouvirá nela voz de choro nem seus inimigos.
voz de clamor. ’Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que
20N ão haverá m ais nela criança de poucos dias, nem lhe viessem as dores, deu à luz um m enino.
velho que não cum pra os seus dias; porque o m enino sQ uem jam ais ouviu tal coisa? Q uem viu coisas se­
m orrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos melhantes? Poder-se-ia fazer nascer um a terra num
será am aldiçoado. só dia? Nasceria um a nação de um a só vez? Mas Sião
2IE edificarão casas, e as habitarão; e plantarão esteve de p arto e já deu à luz seus filhos.
vinhas, e com erão o seu fruto. ’A briria eu a m adre, e não geraria? diz o S en h o r ; ge­
2-’N ão edificarão para que outro s habitem ; não raria eu, e fecharia a madre? diz o teu Deus.
plantarão para que outros com am ; p orque os dias '“Regozijai-vos com Jerusalém , e alegrai-vos p o r
do m eu povo serão com o os dias da árvore, e os m eus ela, vós todos os que a amais; enchei-vos p o r ela de
eleitos gozarão das obras das suas mãos. alegria, todos os que p o r ela pranteastes;
2,N ão trabalharão debalde, nem terão filhos para 1 'Para que mam eis, e vos farteis dos peitos das suas
a perturbação; porque são a posteridade bendita do consolações; para que sugueis, e vos deleiteis com a
Se nho r , e os seus descendentes estarão com eles. abundância da sua glória.
24E será que antes que clam em eu responderei; es­ l2P orque assim diz o S en h o r : Eis que estenderei
tando eles ainda falando, eu os ouvirei. sobre ela a paz com o um rio, e a glória dos gentios
250 lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o com o u m ribeiro que transborda; então m am areis,
leão com erá palha com o o boi; e pó será a com ida da ao colo vos trarão, e sobre os joelhos vos afagarão.
serpente. N ão farão mal nem dano algum em todo o ‘’C om o alguém a quem consola sua mãe, assim eu
m eu santo m onte, diz o S enhor . vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.
I4E vós vereis e alegrar-se-á o vosso coração, e os
A rejeição fin a l dos rebeldes vossos ossos reverdecerão com o a erva tenra; então
ASSIM diz o S en h o r : O céu é o m eu trono, a m ão do S enhor será n o tó ria aos seus servos, e ele se
e a terra o escabelo dos m eus pés; que casa indignará contra os seus inim igos.

691
ISAÍAS 66

15Porque, eis que o S en h or virá com fogo; e os seus as nações, p o r o ferta ao S e n h o r , so b re cavalos, e
carros com o u m torvelinho; para to rn ar a sua ira em em carro s, e em liteiras, e so b re m u las, e sobre
furor, e a sua repreensão em cham as de fogo. d ro m ed á rio s, tra rã o ao m eu sa n to m o n te , a Je­
16P orque com fogo e com a sua espada en trará o rusalém , diz o S e n h o r ; com o quando os filhos de
S en h o r em juízo com toda a carne; e os m o rto s do Israel trazem as suas ofertas em vasos lim p o s à
S en h o r serão m ultiplicados. casa do S en h or .
17O s que se santificam , e se purificam , nos jardins 21E tam bém deles tom arei a alguns para sacerdotes
uns após outros; os que com em carne de porco, e a e para levitas, diz o S enhor .
abom inação, e o rato, ju n tam en te serão consum i­ 22Porque, com o os novos céus, e a nova terra, que
dos, diz o S enhor . hei de fazer, estarão diante da m in h a face, diz o
1 "Porque conheço as suas obras e os seus pensa­ S enhor , assim tam bém há de estar a vossa posterida­
m entos; vem o dia em que ajuntarei todas as nações de e o vosso nom e.
e línguas; e virão e verão a m inha glória. 1*E será que desde um a lua nova até à o u tra, e desde
I9E porei entre eles um sinal, e os que deles escapa­ um sábado até ao o u tro, virá to d a a carne a adorar
rem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flechei­ perante m im , diz o S enhor .
ros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe, que não í4E sairão, e verão os cadáveres dos h om ens que
ouviram a m inha fama, nem viram a m inha glória; e prevaricaram co n tra m im ; p orque o seu verm e
anunciarão a m inha glória entre os gentios. nunca m orrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão
20E tra rã o a to d o s os vossos irm ãos, d en tre todas um h o rro r a to d a a carne.

Desde um sábado até ao outro o que se fala do sábado também é falado da lua nova. Os adven-
(66.22,23) tistas nào guardam a lua nova. Se alguém dissesse que iria visitar
sua noiva de sábado a sábado, isto implicaria diariamente e náo
Adventismo do Sétimo Dia. Afirma que o sábado será ob-
apenas no dia de sábado. Logo, a interpretação correta é que,
u l i l servado na "nova terra", porque este texto, em seu contex­
no futuro, náo iremos adorar a Deus em épocas especiais (ape­
to, faz referência a esse dia.
nas nos sábados ou na festividade da lua nova), mas permanen­
. g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Se o sábado estará em vi- temente, sem interrupção.
*=■ gor na nova terra, também estará em vigor a lua nova, pois

692
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Jeremias
T I tulo
O título leva o nom e do escritor, Jeremias, um dos quatro profetas maiores.

A utoria e data
É Jeremias, cujo nom e significa“Javé estabelece”. Pelo que podem os deduzir do prim eiro capítulo, Jere­
mias era bastante jovem q uando foi cham ado para ser profeta. Antes, era u m sacerdote da cidade de Ana-
tote. Entre os livros de todos os profetas, este é o que nos fornece m ais detalhes sobre a pessoa, o caráter e
a história de seu autor.
O cham ado de Jeremias ocorreu d u ran te o reinado de Josias, em 626 a.C. Sofonias e H abacuque, p ro ­
vavelmente, foram contem porâneos de Jeremias no início do seu m inistério e Daniel, no final, p o r quem ,
inclusive, foi citado (D n 9.1,2).

A ssunto
Jeremias, com o os dem ais profetas, é bastante abrangente em suas m ensagens, profetizando inclusi­
ve para as nações gentias. Mas o seu principal discurso sem pre foi para Israel. Suas prim eiras profecias,
enunciadas d urante os últim os anos de Jerusalém, foram advertências ao povo para que se arrependesse
de seus pecados, caso contrário, sua cidade seria destruída, o que de fato ocorreu em 586 a.C.
Sua m ensagem central era a seguinte: o dom ínio da Babilônia fora algo determ inado p o r Deus e o povo
precisava se subm eter ao Senhor. Ao serem transportados para a Babilônia, os judeus deveriam se adap­
tar às novas condições, pois seriam duradouras: setenta anos, precisam ente. Suas profecias vinham de en ­
contro a tu d o aquilo que os dem ais profetas proclam avam e a todos os anseios naturais do povo. Por esse
m otivo, sem pre foi rejeitado, perseguido, e vítim a de inúm eras ciladas. C hegou até m esm o a ser preso p o r
exortar Zedequias a se sujeitar a N abucodonosor.

Ê nfase apologética
Oferece, com o os dem ais livros proféticos, um forte testem unho da inspiração divina das Escrituras. E
isso se to rna m ais forte porque o cum prim ento de alguns pontos de suas profecias ocorreu em u m p erío ­
do de tem po relativam ente curto.
Geralm ente, algum as distorções são feitas sobre o seu texto, com o, p o r exemplo, confundir sua afirm a­
ção da presciência de Deus com a preexistência da alm a (1.5).
Jeremias sem pre contesta os falsos profetas quando expõe aqueles que fazem previsões do seu p ró ­
p rio espírito e querem colocar sim ples sonhos acim a da Palavra inspirada de Deus (23.28), além de ex­
p o r o erro da idolatria (cap. 44), da astrolatria (10.2) e da adoração à deusa, aqui cham ada rainha dos céus
(44.17-29).
O LIVRO DO PROFETA

EREMIAS
A vocação e prim eira visão de Jerem ias 12E disse-m e o S en h o r : Viste bem ; porque eu velo
PALAVRAS de Jeremias, filho de H ilquias, um sobre a m inha palavra para cum pri-la.
1 dos sacerdotes que estavam em A nato te, na terra
de Benjamim;
' 'E veio a m im a palavra do S enhor segunda vez, d i­
zendo: Q ue é que vês? E eu disse: Vejo um a panela a
2 Ao qual veio a palavra do S en h o r , nos dias de ferver, cuja face está p ara o lado do norte.
Josias, filho de A m om , rei de Judá, no décim o tercei­ I4E disse-m e o S e n h o r : D o n o rte se descobrirá o
ro ano do seu reinado. mal sobre todos os habitantes da terra.
JE lhe veio tam bém nos dias de Jeoiaquim , filho de 1 ’Porque eis que eu convoco todas as famílias dos
Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undécim o de Ze- reinos do norte, diz o S en h o r ; e virão, e cada um
dequias, filho de Josias, rei de Judá, até que Jerusalém p o rá o seu tro n o à en trad a das p o rtas de Jerusa­
foi levada em cativeiro no q uinto mês. lém, e contra todos os seus m uros em redor, e contra
4 Assim veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: todas as cidades de Judá.
’A ntes que te form asse no ventre te conheci, e antes "’E eu pronunciarei contra eles os m eus juízos, p o r
que saísses da m adre, te santifiquei; às nações te dei causa de to d a a sua malícia; pois m e deixaram , e
p o r profeta. queim aram incenso a deuses estranhos, e se encur­
6Então disse eu: Ah, Senhor D eus ! Eis que não sei varam diante das obras das suas mãos.
falar; p orque ainda sou um m enino. 17Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-
7Mas o S enhor m e disse: N ão digas: Eu sou um lhes tu d o quanto eu te m andar; não te espantes diante
m enino; p orque a todos a quem eu te enviar, irás; e deles, para que eu não te envergonhe diante deles.
tu d o q u anto te m andar, falarás. l8Porque, eis que hoje te p o n h o p o r cidade forte, e
KN ão tem as diante deles; p orque estou contigo para p o r coluna de ferro, e por m uros de bronze, contra
te livrar, diz o S enhor . toda a terra, co n tra os reis de Judá, co n tra os seus
9E estendeu o S en h or a sua m ão, e tocou-m e na príncipes, contra os seus sacerdotes, e co n tra o povo
boca; e disse-m e o S en h o r : Eis que po n h o as m inhas da terra.
palavras na tua boca; ' ’E pelejarão co n tra ti, mas não prevalecerão
"’O lha, p onho-te neste dia sobre as nações, e sobre contra ti; porque eu sou contigo, diz o S enhor , para
os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para te livrar.
destruíres, e para arruinares; e tam bém para edifi­
cares e para plantares. Jerem ias é enviado a Jerusalém
1 'A inda veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: E VEIO a m im a palavra do Senhor , dizendo:
Q ueéquevês, Jerem ias?Eeu disse: Vejo u m a v ara de 2Vai, e clam a aos ouvidos de Jerusalém, dizen­
am endoeira. do: Assim diz o S en h o r : Lem bro-m e de ti, da pie-

Antes que te formasse no ventre te conheci RESPOSTA APOLOGÉTICA. O versículo em análise náo
(1.5) => fala de preexistência ou reencarnaçáo. A palavra “co­
nhecer' implica um relacionamento especial de compro­
Mormonlsmo. Busca embasamento neste versículo para
misso. ‘ De todas as famílias da terra só a vós vos tenho co­
afirmar que as pessoas já existiam, como “espíritos-crian-
nhecido” (Am 3.2). Deus tem conhecimento antecipado (SI
ça", antes do nascimento.
139.13-16) e é eficaz em conduzir o chamado (1.8-10). O que
Espiritismo. Afirma que este versículo ensina a reencar- está em foco aqui são a soberania e a presciência do Se­
naçào. nhor (18.4-6).

694
JEREMIAS 2

dade da tu a m ocidade, e do am o r do teu noivado, o S enhor teu Deus, n o tem p o em que ele te guiava
q u an d o m e seguias no deserto, num a terra que não pelo caminho?
se semeava. l8Agora, pois, que te im p o rta a ti o cam inho do
*Então Israel era santidade para o S enhor , e as p ri­ Egito, para beberes as águas de Sior? E que te im por­
mícias da sua novidade; todos os que o devoravam ta a ti o cam inho da Assíria, p ara beberes as águas
eram tidos p o r culpados; o m al vinha sobre eles, diz do rio?
o S enhor . 19 A tu a malícia te castigará, e as tuas apostasias te re­
4Ouvi a palavra do S enhor , ó casa de Jacó, e todas as preenderão; sabe, pois, e vê, que m al e quão am argo é
famílias da casa de Israel; deixares ao S enhor teu Deus, e não teres em ti o m eu
5 Assim diz o S e n h o r : Q ue injustiça acharam vossos tem or, diz o Senhor D eus dos Exércitos.
pais em m im , para se afastarem de m im , indo após a 20Q u an d o eu já há m u ito quebrava o teu jugo, e
vaidade, e tornando-se levianos? rom pia as tuas ataduras, dizias tu: N unca mais trans­
6E não disseram: O nde está o S enhor , que nos fez gredirei; co ntudo em to d o o outeiro alto e debaixo
subir da terra do Egito, que nos guiou através do de toda a árvore verde te andas encurvando e pros-
deserto, po r um a te rra árida, e de covas, p o r um a titu in d o -te .
terra de sequidão e som bra de m orte, p o r um a terra 21 Eu m esm o te plantei com o vide excelente, um a
pela qual ninguém transitava, e na qual não m orava sem ente inteiram ente fiel; com o, pois, te to rn as­
hom em algum? te para m im um a p lanta degenerada com o vide es­
7E eu vos introduzi n u m a terra fértil, para com er­ tranha?
des o seu fruto e o seu bem ; m as quando nela entras­ 22Por isso, ainda que te laves com salitre, e am o n ­
tes contam inastes a m inha terra, e da m inha heran ­ toes sabão, a tu a iniqüidade está gravada diante de
ça fizestes um a abom inação. m im , diz o Senhor D eus .
“Os sacerdotes não disseram: O nde está o S en h or ? E 23C om o dizes logo: N ão estou contam inada nem
os que tratavam da lei não m e conheciam , e os pasto­ andei após os baalins? Vê o teu cam inho n o vale, co­
res prevaricavam contra m im , e os profetas profeti­ nhece o que fizeste; d rom edária ligeira és, que anda
zavam por Baal, e andaram após o que é de n enhum torcendo os seus cam inhos.
proveito. 24Jum enta m ontês, acostum ada ao deserto, que,
''P o rtan to ainda contenderei convosco, diz o S e­ conform e o desejo da sua alm a, sorve o vento, quem
n h o r ; e até com os filhos de vossos filhos co n ten ­ a deteria no seu cio? Todos os que a buscarem não se
derei. cansarão; n o mês dela a acharão.
l0Pois, passai às ilhas de Q uitim , e vede; e enviai a 2,Evita que o teu pé ande descalço, e a tu a garganta
Q uedar, e atentai bem , e vede se jam ais sucedeu coisa tenha sede. Mas tu dizes: N ão há esperança; porque
semelhante. am o os estranhos, após eles andarei.
11 H ouve alguma nação que trocasse os seus deuses, 26C om o fica co nfundido o ladrão q u an d o o apa­
ainda que não fossem deuses? Todavia o m eu povo nham , assim se confundem os d a casa de Israel; eles,
trocou a sua glória po r aquilo que é de nen h u m p ro ­ os seus reis, os seus príncipes, e os seus sacerdotes, e
veito. os seus profetas,
l2Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai 27Q ue dizem ao pau: Tu és m eu pai; e à pedra: Tu
verdadeiram ente desolados, diz o S enhor . m e geraste; p o rq u e m e v iraram as costas, e não o
13Porque o m eu povo fez duas maldades: a m im me rosto; m as no tem po da sua angústia dirão: Levan­
deixaram , o m anancial de águas vivas, e cavaram cis­ ta-te, e livra-nos.
ternas, cisternas rotas, que não retêm águas. 28O nde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para
u Acaso é Israel u m servo? É ele um escravo nascido ti? Q ue se levantem , se te podem livrar no tem p o da
em casa? Por que, pois, veio a ser presa? tu a angústia; p o rq u e os teus deuses, ó Judá, são tão
15Os filhos de leão rugiram sobre ele, levantaram a num erosos como as tuas cidades.
sua voz; e fizeram da sua terra um a desolação; as suas 29Por que contendeis comigo? Todos vós transgre­
cidades se queim aram , e ninguém habita nelas. distes contra m im , diz o S enhor .
16Até os filhos de Nofe e de Taínes te q uebraram o ,0Em vão castiguei os vossos filhos; eles não acei­
alto da cabeça. taram a correção; a vossa espada devorou os vossos
'"Porventura não fizeste isto a ti m esm o, deixando profetas com o um leão destruidor.

695
JEREMIAS 2,3

3‘O h geraçãol Considerai vós a palavra do S en h o r : m im ; m as não voltou; e viu isto a sua aleivosa irm ã
Porventura tenho eu sido para Israel um deserto? Judá.
O u u m a terra da m ais espessa escuridão? Por que, 8E vi que, p o r causa de tu d o isto, p o r ter com eti­
pois, diz o m eu povo: Temos determ inado; não vi­ do adultério a rebelde Israel, a despedi, e lhe dei a
rem os m ais a ti? sua carta de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irm ã,
n Porventura esquece-se a virgem dos seus enfeites, não temeu; m as se foi e tam bém ela m esm a se p ro s­
ou a noiva dos seus adornos? Todavia o m eu povo se tituiu.
esqueceu de m im por inum eráveis dias. 9E sucedeu que pela fam a da sua prostituição, co n ­
33Por que ornam entas o teu cam inho, para busca­ tam in o u a terra; p o rq u e ad u ltero u com a p ed ra e
res o am or? Pois até às m alignas ensinaste os teus ca­ com a madeira.
m inhos. 1 °E, contudo, apesar de tu d o isso a sua aleivosa irm ã
34Até nas orlas dos teus vestidos se achou o sangue Judá não voltou para m im de to d o o seu coração,
das alm as dos inocentes e necessitados; não cavei m as falsamente, diz o S enhor .
para achar, pois se vê em todas estas coisas. 11E o S enhor m e disse: Já a rebelde Israel m o stro u -
35E ainda dizes: Eu estou inocente; certam ente a sua se mais justa do que a aleivosa Judá.
ira se desviou de m im . Eis que entrarei em juízo con­ ' “Vai, pois, e apregoa estas palavras p ara o lado
tigo, p o rq u an to dizes: N ão pequei. norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o S enhor ,
,6Por que te desvias tanto, m u d an d o o teu cam i­ e não farei cair a m in h a ira sobre ti; p orque m iseri­
nho? Tam bém do Egito serás envergonhada, com o cordioso sou, diz o S enhor , e não conservarei para
foste envergonhada da Assíria. sem pre a m inha ira.
37Tam bém daquele sairás com as m ãos sobre a tua ' 'Som ente reconhece a tu a iniqüidade, que tran s­
cabeça; porque o S enhor rejeitou a tu a confiança, e grediste co n tra o S en h or teu Deus; e estendeste os
não prosperarás com eles. teus cam inhos aos estranhos, debaixo de to d a a
árvore verde, e n ão deste ouvidos à m in h a voz, diz
ELES dizem: Se um hom em despedir sua mulher, o S enhor .
3 e ela o deixar, e se ajuntar a o utro hom em , por­ l4Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o S en h o r ;
ventura tornará ele outra vez para ela? N ão se polui­ pois eu vos desposei; e vos tom arei, a u m de um a
rá de todo aquela terra? O ra, tu te prostituíste com cidade, e a dois de u m a família; e vos levarei a Sião.
m uitos am antes; mas ainda assim, torna para m im , I5E dar-vos-ei pastores segundo o m eu coração,
diz o Senhor . os quais vos apascentarão com ciência e com in te­
2Levanta os teus olhos aos altos, e vê: on d e não te ligência.
prostituíste? Nos cam inhos te assentavas para eles, I6E sucederá que, q u an d o vos m ultiplicardes e fru ­
com o o árabe no deserto; assim poluíste a terra com tificardes na terra, naqueles dias, diz o S enhor , nu n ca
as tuas fornicações e com a tu a malícia. m ais se dirá: A arca da aliança do S enhor , nem lhes
3Por isso foram retiradas as chuvas, e não houve virá ao coração; nem dela se lem brarão, n em a visi­
chuva serôdia; m as tu tens a fronte de um a p ro s­ tarão; nem se fará outra.
titu ta, e não queres ter vergonha. 17N aquele tem po cham arão a Jerusalém o tro n o do
4 Ao m enos desde agora não cham arás por m im , di­ S enhor , e todas as nações se ajuntarão a ela, em nom e
zendo: Pai m eu, tu és o guia da m inha mocidade? do S enhor , em Jerusalém; e nunca m ais andarão se­
’Conservará ele para sem pre a sua ira? O u a guar­ gundo o propósito do seu coração m aligno.
dará continuam ente? Eis que tens falado e feito ' KN aqueles dias andará a casa de Judá com a casa de
quantas m aldades pudeste. Israel; e virão ju n tas da terra do norte, para a terra
que dei em herança a vossos pais.
Israel e Ju d á são exortados a arrepender-se co m a l9Mas eu dizia: C om o te p orei en tre os filhos, e te
promessa de redenção darei a terra desejável, a excelente h erança dos exér­
6Disse m ais o S enhor nos dias do rei Josias: Viste o citos das nações? M as eu disse: Tu m e cham arás m eu
que fez a rebelde Israel? Ela foi a todo o m onte alto, pai, e de m im n ão te desviarás.
e debaixo de toda a árvore verde, e ali andou pros- ■^Deveras, como á m u lh er se aparta aleivosam en­
tituindo-se. te do seu m arido, assim aleivosam ente te houveste
7E eu disse: Depois que fizer tudo isto, voltará para com igo, ó casa de Israel, diz o S enhor .

696
JEREMIAS 3 ,4

2'N os lugares altos se ouviu um a voz, p ranto e sú­ e os sacerdotes pasm arão, e os profetas se m aravi­
plicas dos filhos de Israel; porq u an to perverteram o lharão.
seu cam inho, e se esqueceram do S en h o r seu Deus. 10E ntão disse eu: Ah, Senhor D eus ! V erdadeira­
22 Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebe­ m ente enganaste grandem ente a este povo e a Jeru­
liões. Eis-nos aqui, vim os a ti; porque tu és o S enhor salém , dizendo: Tereis paz; pois a espada penetra-
nosso Deus. lhe até à alma.
23C ertam ente em vão se confia nos outeiros e na 1 ‘N aquele tem po se dirá a este povo e a Jerusalém:
m ultidão das m ontanhas; deveras no S en h or nosso U m vento seco das alturas do deserto veio ao cam i­
Deus está a salvação de Israel. n ho da filha do m eu povo; não para padejar, nem
24Porque a confusão devorou o trabalho de nossos para lim par;
pais desde a nossa m ocidade; as suas ovelhas e o seu 1 zM as um vento mais veemente virá da m inha parte;
gado, os seus filhos e as suas filhas. agora tam bém eu pronunciarei juízos contra eles.
25D eitem o-nos em nossa vergonha; e cubra-nos a HEis que virá subindo com o nuvens e os seus carros
nossa confusão, p orque pecam os co n tra o S enhor com o a torm enta; os seus cavalos serão m ais ligeiros
nosso Deus, nós e nossos pais, desde a nossa m oci­ do que as águias; ai de nós, que som os assolados!
dade até o dia de hoje; e não dem os ouvidos à voz do l4Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para
S enhor nosso Deus. que sejas salva; até q u an d o perm anecerão n o m eio
de ti os pensam entos d a tu a iniqüidade?
SE voltares, ó Israel, diz o S en h or , volta para 15P orque u m a voz anuncia desde Dã, e faz ouvir a
4 m im ; e se tirares as tuas abom inações de diante
de m im , não andarás m ais vagueando,
calam idade desde o m o n te de Efraim.
16Lem brai isto às nações; fazei ouvir co n tra Jerusa­
2E jurarás: Vive o S enhor n a verdade, no juízo e na lém, que vigias vêm de um a terra rem ota, e levanta­
justiça; e nele se bendirão as nações, e nele se glo­ rão a sua voz co n tra as cidades de Judá.
riarão. 17C om o os guardas de u m cam po, estão co n tra ela
'Porque assim diz o Sen h o r aos hom ens de Judá e a ao redor; p o rq u an to ela se rebelou contra m im , diz
Jerusalém: Preparai para vós o cam po de lavoura, e o S enhor .
não semeeis entre espinhos. I80 teu cam inho e as tuas obras te fizeram estas
4Circuncidai-vos ao S enhor , e tirai os prepúcios do coisas; esta é a tu a m aldade, e am argosa é, que te
vosso coração, ó hom ens de Judá e habitantes de Je­ chega até ao coração.
rusalém, para que o m eu furor não venha a sair com o
fogo, e arda de m odo que não haja quem o apague, L am entações por Ju d á
p o r causa da m alícia das vossas obras. '9Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou
com dores no m eu coração! O m eu coração se agita
A invasão estrangeira an u n cia d a e descrita em mim. N ão posso m e calar; porque tu ,ó m inha alma,
5A nunciai em Judá, e fazei ouvir em Jerusalém, e ouviste o som da trom beta e o alarido da guerra.
dizei: Tocai a trom beta na terra, gritai em alta voz, “ D estruição sobre destruição se apregoa; porque
dizendo: Ajuntai-vos, e entrem os nas cidades for­ já toda a terra está destruída; de repente foram des­
tificadas. truídas as m inhas tendas, e as m inhas cortinas num
6Arvorai a bandeira rum o a Sião, fugi, não vos de­ m om ento.
tenhais; p orque eu trago do n o rte um m al, e um a 21 Até q u an d o verei a bandeira, e ouvirei a voz da
grande destruição. trom beta?
7Já u m leão subiu da sua ram ada, e u m destruidor 22Deveras o m eu povo está louco, já não m e conhe­
dos gentios; ele já partiu, e saiu do seu lugar para ce; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios
fazer da tu a terra um a desolação, a fim de que as tuas para fazer mal, m as não sabem fazer o bem .
cidades sejam destruídas, e ninguém habite nelas. 2,Observei a terra, e eis que era sem form a e vazia;
sPor isto cingi-vos de sacos, lam entai, e uivai, tam bém os céus, e não tin h am a sua luz.
porque o ardor da ira do S enhor não se desviou de 24Observei os m ontes, e eis que estavam trem endo;
nós. e todos os outeiros estremeciam.
9E su c e d e rá n a q u e le t e m p o , d iz o S en h or , que se 25Observei, e eis que n ão havia ho m em algum; e
d e sfa rá o c o ra ç ã o d o re i e o c o ra ç ã o d o s p rín c ip e s ; todas as aves do céu tin h am fugido.

697
JEREMIAS 4 ,5

26Vi tam bém que a te rra fértil era u m deserto; e q uand o os fartei, então adulteraram , e em casa de
todas as suas cidades estavam derrubadas diante do m eretrizes se ajuntaram em bandos.
S enhor , diante do furor da sua ira. *Como cavalos bem fartos, levantam -se pela
27Porque assim diz o S en h or : Toda esta terra será as­ m anhã, rin ch an d o cada um à m u lh er do seu p ró ­
solada; de todo, porém , não a consum irei. ximo.
2liP oristolam entaráaterra,eoscéusem cim aseene- 9Deixaria eu de castigar p o r estas coisas, diz o
grecerão; porquanto assim o disse, assim o propus, e S en h or , o u não se vingaria a m in h a alm a de um a
não m e arrependi nem m e desviarei disso. nação com o esta?
29Ao clam or dos cavaleiros e dos flecheiros fugiram l0Subi aos seus m uros, e destruí-os (porém não
todas as cidades; entraram pelas m atas e treparam façais u m a destruição final); tirai os seus ram os,
pelos penhascos; todas as cidades gearam abando­ porque não são do S enhor .
nadas, ejá ninguém habita nelas. "P orq u e aleivosissim amente se houveram contra
10Agora, pois, que farás, ó assolada? A inda que te m im a casa de Israel e a casa de Judá, diz o S enhor .
vistas de carm esim , ainda que te adornes com en ­ l2Negaram ao S enhor , e disseram: N ão é ele; nem
feites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus m al nos sobrevirá, nem verem os espada nem fome.
olhos, debalde te farias bela; os am antes te despre­ 13E até os profetas serão com o vento, porque a pala­
zam, e procuram tirar-te a vida. vra não está com eles; assim se lhes sucederá.
J1Porquanto ouço um a voz, com o a de um a mulher 1 ''Portanto assim diz o S enhor Deus dos Exércitos:
que está de parto, um a angústia com o a de que está Porquanto disseste tal palavra, eis que converterei as
com dores de parto do prim eiro filho; a voz da filha m inhas palavras n a tu a boca em fogo, e a este povo
de Sião, ofegante, que estende as suas m ãos, dizendo: em lenha, eles serão consum idos.
Oh! ai de m im agora, porque já a m inha alm a des­ 15Eis que trarei sobre vós um a nação de longe, ó casa
m aia p o r causa dos assassinos. de Israel, diz o S e n h o r ; é um a nação robusta, é um a
nação antiqüíssim a, um a nação cuja língua ignora­
Os ju ízo s de D eus sobre Jerusalém rás, e não entenderás o que ela falar.
DAI voltas às ruas de Jerusalém, e vede agora; e I6A sua aljava é com o um a sepultura aberta; todos
inform ai-vos, e buscai pelas suas praças, a verse eles são poderosos.
achais alguém, ou se há hom em que pratique a justi­ 17E com erão a tua sega e o teu pão, que teus filhos e
ça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei. tuas filhas haviam de com er; com erão as tuas ove­
2E ainda que digam: Vive o S enhor , de certo falsa­ lhas e as tuas vacas; com erão a tu a vide e a tu a figuei­
m ente juram . ra; as tuas cidades fortificadas, em que confiavas,
3Ah S enhor , porventura não atentam os teus olhos abatê-las-ão à espada.
para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consu- 1 “C ontudo, ainda naqueles dias, diz o S enhor , não
miste-os, e não quiseram receber a correção; e n d u ­ farei de vós um a destruição final.
receram as suas faces m ais d o que um a rocha; não 19E sucederá que, q u an d o disserdes: Por que nos fez
quiseram voltar. o S en h or nosso Deus todas estas coisas? Então lhes
4Eu, porém , disse: Deveras estes são pobres; são dirás: C om o vós m e deixastes, e servistes a deuses es­
loucos, pois não sabem o cam inho do S enhor , nem tranhos na vossa terra, assim servireis a estrangeiros,
o juízo do seu Deus. em terra que não é vossa.
5Irei aos grandes, e falarei com eles; po rq u e eles 20A nunciai isto na casa de Jacó, e fazei-o ouvir em
sabem o cam inho do S enhor , o juízo do seu Deus; Judá, dizendo:
mas estes jun tam en te quebraram o jugo, e rom pe­ 2’O uvi agora isto, ó povo insensato, e sem coração,
ram as ataduras. que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos e
6Por isso um leão do bosque os feriu, u m lobo dos não ouvis.
desertos os assolará; um leopardo vigia co n tra as 22Porventura não m e tem ereisa mim ? diz o S en h o r ;
suas cidades; qualquer que sair delas será despeda­ não tem ereis diante de m im , que pus a areia p o r
çado; porque as suas transgressões se avolum am , lim ite ao m ar, p o r o rdenança eterna, que ele não
m ultiplicaram -se as suas apostasias. traspassará? A inda que se levantem as suas ondas,
"Como, vendo isto, te perdoaria? Teus filhos m e não prevalecerão; ain d a qu e bram em , não a tras­
deixam a m im e ju ram pelos que não são deuses; passarão.

698
JEREMIAS 5,6

23Mas este povo é de coração rebelde e pertinaz: re- não se aparte de ti, para que não te to rn e em assola­
belaram -se e foram -se. ção e terra não habitada.
24E não dizem no seu coração: Tem am os agora ao 9Assim diz o S en h or dos Exércitos: D iligentem en­
Se n h o r nosso Deus, que dá chuva, a tem p o rã e a te respigarão os resíduos de Israel com o um a vinha;
tardia, ao seu tem po; e nos conserva as sem anas de­ torna a tua m ão, com o o vindim ador, aos cestos.
term inadas da sega. 10A quem falarei e testem unharei, para que ouça?
25As vossas iniqüidades desviam estas coisas, e os Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não
vossos pecados apartam de vós o bem. podem ouvir; eis que a palavra do S en h or é p ara eles
26Porque ím pios se acham entre o m eu povo; coisa vergonhosa, e não gostam dela.
andam espiando, com o quem arm a laços; põem ar­ “ Por isso estou cheio do fu ro r do S en h o r ; estou
m adilhas, com que prendem os hom ens. cansado de o conter; derram á-lo-ei sobre os m e­
27C om o um a gaiola está cheia de pássaros, assim as ninos pelas ruas e na reunião de todos os jovens;
suas casas estão cheias de engano; p o r isso se engran­ porque até o m arido com a m ulher serão presos, e o
deceram , e enriqueceram ; velho com o que está cheio de dias.
28Engordam -se, estão nédios, e ultrapassam até os I2E as suas casas passarão a outros, como também
feitos dos m alignos; não julgam a causa do órfão; as suas herdades e as suas m ulheres ju ntam ente;
todavia prosperam ; nem julgam o direito dos n e­ porque estenderei a m inha m ão contra os habitan­
cessitados. tes desta terra, diz o S enhor .
29Porventura n ã o c a s tig a r ia e u p o r c a u s a d e s ta s l3Porque desde o m en o r deles até ao maior, cada
coisas? d iz o S en h o r ; n ã o m e v in g a ria e u d e u m a um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdo­
n a ç ã o c o m o esta? te, cada um usa de falsidade.
,0Coisa espantosa e h o rre n d a se anda fazendo na 14E curam superficialm ente a ferida da filha do m eu
terra. povo, dizendo: Paz, paz; q uando não há paz.
31Os profetas profetizam falsam ente, e os sacerdo­ 15Porventura envergonham -se de com eter abom i­
tes dom inam pelas m ãos deles, e o m eu povo assim nação? Pelo contrário, de m aneira n en h u m a se e n ­
o deseja; mas que fareis ao fim disto? vergonham , nem tam p o u co sabem que coisa é en ­
vergonhar-se; p o rtan to cairão entre os que caem;
FUGI para salvação vossa, filhos de Benjamim, no tem po em que eu os visitar, tropeçarão, diz o
6 do meio de Jerusalém; e tocai a buzina em Tecoa,
e levantai um sinal de fogo sobre Bete-H aquerém ;
S enhor .
l6Assim diz o S en h o r : Ponde-vos nos cam inhos, e
p orque do lado no rte surge u m m al e um a grande vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o b om
destruição. cam inho, e andai p o r ele; e achareis descanso para as
2À form osa e delicada assemelhei a filha de Sião. vossas almas; m as eles dizem: N ão andarem os nele.
lM as contra ela virão pastores com os seus reba­ l7Tam bém p u s atalaias sobre vós, dizendo: Estai
nhos; levantarão contra ela tendas em redor, e cada atentos ao som da trom beta; m as dizem: N ão escu­
um apascentará n o seu lugar. tarem os.
4Preparai a guerra contra ela, levantai-vos, e suba­ 1 “P ortanto ouvi, vós, nações; e inform a-te tu , ó con­
mos ao pino do m eio-dia. Ai de nós! Já declina o dia, gregação, do que sefa z entre eles!
já se vão estendendo as som bras da tarde. 19Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este
'Levantai-vos, e subam os de noite, e destruam os povo, o próprio fruto dos seus pensam entos; porque
os seus palácios. não estão atentos às m inhas palavras, e rejeitam a
'’Porque assim diz o S en h or dos Exércitos: Cortai m inha lei.
árvores, e levantai trincheiras contra Jerusalém; esta 20Para que, pois, m e vem o incenso de Sabá e a
é a cidade que há de ser castigada, só opressão há no m elhor cana arom ática de terras rem otas? Vossos
meio dela. holocaustos não m e agradam , nem m e são suaves os
7C om o a fonte produz as suas águas, assim ela vossos sacrifícios.
produz a sua malícia; violência e estrago se ouvem 21P ortanto assim diz o S en h o r : Eis que arm arei tro ­
nela; enferm idade e feridas há diante de m im con­ peços a este povo; e tropeçarão neles pais e filhos ju n ­
tinuam ente. tam ente; o vizinho e o seu com panheiro perecerão.
sC orrige-te, ó Jerusalém, para que a m inha alm a 22Assim diz o S en h o r : Eis que um povo vem da terra

699
JEREMIAS 6,7

do norte, e um a grande nação se levantará das extre­ viúva, nem derram ardes sangue inocente neste
m idades da terra. lugar, nem andardes após o u tro s deuses p ara vosso
2íArco e lança trarão; são cruéis, e não usarão de próprio mal,
m isericórdia; a sua voz rugirá com o o m ar, e em ca­ 7Eu vos farei h abitar neste lugar, na terra que dei a
valos virão m ontados, dispostos com o hom ens de vossos pais, desde os tem pos antigos e para sempre.
guerra contra ti, ó filha de Sião. KEis que vós confiais em palavras falsas, que para
24O uvim os a sua fama, afrouxaram -se as nossas nada vos aproveitam .
mãos; angústia nos tom ou, e dores com o as de par­ 9Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e
turiente. jurareis falsam ente, e queim areis incenso a Baal, e
2sNão saiais ao cam po, nem andeis pelo cam inho; andareis após o u tro s deuses que não conhecestes,
porque espada do inim igo e espanto há ao redor. l0E então vireis, e vos poreis d iante de m im nesta
26Ó filha do m eu povo, cinge-te de saco, e revolve- casa, que se cham a pelo m eu nom e, e direis: Fomos
te na cinza; pranteia como p o r um filho único, pranto libertados para fazerm os todas estas abom inações?
de am argura; porque de repente virá o destruidor 11É pois esta casa, que se cham a pelo m eu nom e,
sobre nós. um a caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que
27Por torre de guarda te pus entre o m eu povo, por eu, eu m esm o, vi isto, diz o S enhor .
fortaleza, para que soubesses e exam inasses o seu 12Mas ide agora ao m eu lugar, que estava em Siló,
cam inho. onde, ao princípio, fiz habitar o m eu nom e, e vede
28Todos eles são os m ais rebeldes, andam m u rm u ­ o que lhe fiz, p o r causa da m aldade do m eu povo
rando; são duros como bronze e ferro; todos eles são Israel.
corruptores. l3Agora, pois, p o rq u an to fazeis todas estas obras,
29Já o fole se queim ou, o chum bo se consum iu com diz o S enhor , e eu vos falei, m adrugando, e falando, e
o fogo; em vão fundiu o fundidor tão diligentem en­ não ouvistes, e cham ei-vos, e não respondestes,
te, pois os m aus não são arrancados. l4Farei tam bém a esta casa, que se cham a pelo m eu
'"Prata rejeitada lhes cham arão, porque o S enhor nom e, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a
os rejeitou. vós e a vossos pais, com o fiz a Siló.
' ’E lançar-vos-ei de diante de m in h a face, com o
Promessas e am eaças proferidas contra Jtuiá lancei a todos os vossos irm ãos, a to d a a geração de
A PALAVRA que da parte do S enhor , veio a Je­ Efraim.
7 remias, dizendo: 16Tu, pois, não ores p o r este povo, nem levantes por
2Põe-te à po rta da casa do S enhor , e proclam a ali ele clam or o u oração, nem m e supliques, p o r que eu
esta palavra, e dize: O uvi a palavra do S enhor , todos não te ouvirei.
de Judá, os que entrais p o r estas portas, para adorar­ 17Porventura não vês tu o que andam fazendo nas
des ao S enhor . cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém?
1 Assim diz o S enhor dos Exércitos, o D eus de Israel: IKO s filhos ap an h am a lenha, e os pais acendem o
M elhorai os vossos cam inhos e as vossas obras, e vos fogo, e as m ulheres preparam a massa, para fazerem
farei h abitar neste lugar. bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros
■'Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo deuses, para m e provocarem à ira.
do S enhor , tem plo do S enhor , tem plo do S en h o r é l9Acaso é a m im que eles provocam à ira? diz o
este. S enhor , e não a si m esm os, para confusão dos seus
’Mas, se deveras m elhorardes os vossos cam inhos rostos?
e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre 20P o rtan to assim diz o Senhor D eus : Eis que a
um hom em e o seu próxim o; m inh a ira e o m eu fu ro r se d erram arão sobre este
r’Se não oprim irdes o estrangeiro, e o órfão, e a lugar, sobre os h om ens e sobre os anim ais, e sobre as

E oferecem libações a outros deuses mostra que o Deus verdadeiro não precisa destas coisas para se
(7.17-20) alimentar, pois Ele é o doador de todas as coisas: "Nem tampou­
co [Deus] é servido por mãos de homens, como que necessitan­
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O xintoísmo tem o costu­
Í me de oferecer alimentos (principalmente arroz e trigo)aos
ancestrais mortos. Mas a Palavra de Deus condena esta prática e
do de alguma coisa: pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e
a respiração, e todas as coisas" (At 17.25).

700
JEREMIAS 7,8

árvores do cam po, e sobre os frutos da terra; e acen- H inom , m as o Vale d a M atança; e enterrarão em
der-se-á, e não se apagará. Tofete, p o r não haver outro lugar.
2'Assim diz o S en h o r dos Exércitos, o D eus de 33E os cadáveres deste povo servirão de pasto às
Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sa­ aves dos céus e aos anim ais da terra; e ninguém os
crifícios, e com ei carne. espantará.
22Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os 34E farei cessar nas cidades de Judá, e nas ruas de
tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa algum a Jerusalém, a voz de gozo, e a voz de alegria, a voz de
acerca de holocaustos o u sacrifícios. esposo e a voz de esposa; p orque a terra se to rn ará
23Mas isto lhes ordenei, dizendo: D ai ouvidos à em desolação.
m inha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o
m eu povo; e andai em to d o o cam inho que eu vos NAQUELE tem po, diz o S enhor , tirarão para
m andar, para que vos vá bem.
24Mas não ouviram , nem inclinaram os seus ouvi­
8 fora das suas sepulturas os ossos dos reis de Judá,
e os ossos dos seus príncipes, e os ossos dos sacerdo­
dos, m as andaram nos seus próprios conselhos, no tes, e os ossos dos profetas, e os ossos dos h ab itan ­
propósito do seu coração m alvado; e andaram para tes de Jerusalém;
trás, e não para diante. 2E expô-los-ão ao sol, e à lua, e a to d o o exército do
2,Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do céu, a quem tinham am ado, e a quem tin h am servi­
Egito, até hoje, enviei-vos todos os m eus servos, os do, e após quem tin h am ido, e a quem tin h am bus­
profetas, todos os dias m adrugando e enviando-os. cado e diante de quem se tin h am p rostrado; não
26Mas não m e deram ouvidos, nem inclinaram os serão recolhidos nem sepultados; serão com o ester­
seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, e fize­ co sobre a face da terra.
ram pior do que seus pais. 3E será escolhida antes a m o rte do que a vida p o r
27D ir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, m as não todos os que restarem desta raça m aligna, que fica­
te darão ouvidos; cham á-los-ás, m as não te respon­ rem em todos os lugares onde os lancei, diz o S enhor
derão. dos Exércitos.
28E lhes dirás: Esta é a nação que não deu ouvidos à
voz do S enhor seu Deus e não aceitou a correção; já A apostasia do povo de D eus
pereceu a verdade, e foi cortada da sua boca. ''Dize-lhes mais: Assim diz o S e n h o r : Porventura
2,C orta o teu cabelo e lança-o de ti, e levanta um cairão e não se to rn arão a levantar? Desviar-se-ão,
p ran to sobre as alturas; p orque já o S en h or rejeitou e não voltarão?
e desam parou a geração do seu furor. 'P o r que,pois, se desvia este povo de Jerusalém com
30Porque os filhos de Judá fizeram o que era m au aos um a apostasia tão contínua? Persiste n o engano, não
m eus olhos, diz o S en h o r ; puseram as suas abom i­ quer voltar.
nações na casa que se cham a pelo m eu nom e, para 6Eu escutei e ouvi; não falam o q u e é reto, ninguém
contam iná-la. há que se arrependa da sua m aldade, dizendo: Q ue
3IE edificaram os altos de Tofete, que está no Vale fiz eu? C ada um se desvia na sua carreira, com o um
do Filho de H inom , para queim arem no fogo a seus cavalo que arrem ete com ím peto n a batalha.
filhos e a suas filhas, o que nunca ordenei, nem m e 7Até a cegonha no céu conhece os seus tem pos de­
subiu ao coração. term inados; e a rola, e o grou e a andorinha obser­
“ Portanto, eis que vêm dias, diz o S en h or , em que vam o tem po da sua arribação; m as o m eu povo não
não se cham ará m ais Tofete, nem Vale do Filho de conhece o juízo do S enhor .

Vale do Filho de Hinom Perguntamos: “O que Deus nunca ordenou e nunca subiu ao
(7.31) seu coração?'. Resposta: o ritual de sacrificar crianças a Molo-
que e a outros deuses, pois tal coisa é repugnante aos seus olhos
Testemunhas de Jeová. Citam este versículo em apoio à
(2Cr 33.6). De modo algum estava falando a respeito da existên­
analogia que fazem do inferno: “Se isso nunca veio ao co­
cia do inferno. Todavia, a Sociedade Torre de Vigia, lançando mão
ração de Oeus. certamente Ele não o utiliza em escala maior'.
de uma falsa analogia, diz que o versículo em estudo está-se re­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto sagrado diz o se­ ferindo ao inferno.
guinte: "E edificaram os altos de Tofete, que está no Vale Quanto ao uso do fogo na destruição, temos o fato de Sodoma
do Filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e suas e Gomorra, exemplos do juízo etemo (Jd 7).
filhas, o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração".

701
JEREMIAS 8,9

8Com o, pois, dizeis: N ós somos sábios, e a lei do choraria de dia e de noite os m o rto s da filha do meu
S enhor está conosco? Eis que em vão tem trabalha­ povo.
do a falsa pena dos escribas. 2Oh! se tivesse n o deserto um a estalagem de cam i­
“Os sábios são envergonhados, espantados e presos; nhantes! Então deixaria o m eu povo, e m e ap arta­
eis que rejeitaram a palavra do S en h o r ; que sabedo­ ria dele, porque todos eles são adúlteros, um bando
ria, pois, têm eles? de aleivosos.
' “Portanto darei suas mulheres a outros, e os seus 3E encurvam a língua como se fosse o seu arco,para
campos a novos possuidores; porque desde o m enor a m entira; fortalecem -se na terra, m as não p ara a
até ao maior, cada um deles se dá à avareza; desde o pro­ verdade; p orque avançam de m alícia em malícia, e a
feta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade. m im não me conhecem , diz o S enhor .
" E curam a ferida da filha de m eu povo leviana­ 4G uardai-vos cada um do seu próxim o, e de irm ão
m ente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. n en h u m vos fieis; p orque todo o irm ão não faz mais
l2Porventura envergonham -se de com eterem abo­ do que enganar, e to d o o próxim o anda calunian­
m inação? N ão; de m aneira nen h u m a se enver­ do.
gonham , nem sabem que coisa é envergonhar-se; ’E zom bará cada u m do seu próxim o, e não falam
p o rtan to cairão entre os que caem e tropeçarão no a verdade; ensinam a sua língua a falar a m entira,
tem po em que eu os visitar, diz o S enhor . andam -se cansando em proceder p erv ersam en te.
1 ’C ertam ente os apanharei, diz o S en h o r ;;<í não há 6A tu a habitação está no m eio do engano; pelo
uvas n a vide, nem figos na figueira, e até a folha caiu; engano recusam conhecer-m e, diz o S enhor .
e o que lhes dei passará deles. 7P ortanto assim diz o S enhor dos Exércitos: Eis que
l4Por que nos assentam os ainda? Juntai-vos e en­ eu os fundirei e os provarei; pois, de que outra m a ­
trem os nas cidades fortificadas, e ali pereçam os; pois neira procederia com a filha do m eu povo?
já o S enhor nosso D eus nos destinou a perecer e nos *Uma flecha m ortífera é a língua deles; fala engano;
deu a beber água de fel; p o rquanto pecam os contra com a sua boca fala cada um de paz com o seu p róxi­
o S enhor . m o m as no seu coração arm a-lhe ciladas.
1 ’Espera-se a paz, mas não há bem ; o tem po da cura, 9Porventura p o r estas coisas não os castigaria? diz
e eis o terror. o S en h o r ; ou não se vingaria a m in h a alm a de nação
16/á desde Dã se ouve o resfolegar dos seus cavalos, tal com o esta?
toda a terra trem e ao som dos rinchos dos seus fortes; "’Pelos m ontes levantarei choro e p ran to , e pelas
e vêm, e devoram a terra, e sua abundância, a cidade pastagens do deserto lam entação; p o rq u e já estão
e os que habitam nela. queim adas, e ninguém passa por elas; nem se ouve
l7Porque eis que envio entre vós serpentes e basi­ m ugido de gado; desde as aves dos céus, até os an i­
liscos, contra os quais não há encantam ento, e vos mais, andaram vagueando, e fugiram.
m orderão, diz o S eni ior. 1 'E farei de Jerusalém m ontões de pedras, m orada
lsOh! se eu pudesse consolar-m e na m inha triste­ de chacais, e das cidades de Judá farei assolação, de
za! O m eu coração desfalece em m im . sorte que não haja habitante.
l9Eis a voz do clamor da filha do m eu povo de terra ,2Q uem é o h o m em sábio, qu e entenda isto? e a
m ui remota; não está o S eni ior em Sião? N ão está nela quem falou a boca do S en h or , para que o possa
o seu rei? Por que me provocaram à ira com as suas anunciar? Por que razão pereceu a terra, e se quei­
imagens de escultura, com vaidades estranhas? m o u com o deserto, sem que n inguém passa por
2(lPassou a sega, findou o verão, e nós não estam os ela?
salvos. '•’E disse o S en h o r : Porque deixaram a m in h a lei,
2IEstou q u eb ran tad o pela ferida da filha do m eu que pus p erante eles, e n ão deram ouvidos à m inha
povo; ando de luto; o espanto se apoderou de m im . voz, nem andaram nela,
22Porventura não há bálsam o em Gileade? O u não 14Antes an d aram após o propósito do seu p ró p rio
há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da coração, e após os baalins, com o lhes ensinaram os
filha do m eu povo? seus pais.
1 ’P ortanto assim diz o S en h o r dos Exércitos, Deus
OH! se a m inha cabeça se tornasse em águas, e de Israel: Eis que darei de com er losna a este povo, e
9 os m eus olhos nu m a fonte de lágrimas! Então lhe darei a beber água de fel.

702
JEREMIAS 9,10

16E os espalharei entre gentios, que não conhece­ 26Ao Egito, e a Judá, e a Edom , e aos filhos de A m om ,
ram , nem eles nem seus pais, e m andarei a espada e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do seu
após eles, até que venha a consum i-los. cabelo, que habitam n o deserto; porque todas as
17Assim diz o S enhor dos Exércitos: Considerai, e nações são incircuncisas, e to d a a casa de Israel é in-
chamai carpideiras que venham ; e m andai p rocurar circuncisa de coração.
mulheres hábeis, para que venham .
18E se apressem , e levantem o seu lam ento sobre Os ídolos e o S enhor
nós; e desfaçam-se em lágrim as os nossos olhos, e as OUVI a palavra que o S e n h o r vos fala a vós,
nossas pálpebras destilem águas. ó casa de Israel.
l9Porque um a voz de p ran to se ouviu de Sião: 2Assim diz o S e n h o r : N ão aprendais o cam inho
C om o estam os arruinados! Estamos m ui envergo­ dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus;
nhados, p orque deixam os a terra, e p o r terem eles p orqu e com eles se atem orizam as nações.
lançado fora as nossas m oradas.
’Porque os costum es dos povos são vaidade; pois
20Ouvi, pois, vós, m ulheres, a palavra do S enhor , e
corta-se do bosque u m m adeiro, o bra das m ãos do
os vossos ouvidos recebam a palavra da sua boca; e
artífice, feita com m achado;
ensinai o p ranto a vossas filhas, e cada um a à sua vi­
4C om p rata e com o u ro o enfeitam , com pregos e
zinha a lamentação;
com m artelos o firm am , p ara que não se mova.
2‘Porque a m orte subiu pelas nossas janelas, e en ­
'’São com o a palm eira, o bra torneada, p o rém não
trou em nossos palácios, para exterm inar as crian­
podem falar; certam ente são levados, p o rq u an to
ças das ruas e os jovens das praças.
não podem andar. N ão tenhais receio deles, pois não
22Fala: Assim diz o S en h o r : Até os cadáveres dos
hom ens jazerão com o esterco sobre a face do campo, podem fazer m al, nem tam p o u co têm p o d er de fa­
e com o gavela atrás do segador, e não há quem a re­ zer bem .
colha. 6N inguém há sem elhante a ti, ó S en h or ; tu ésgrande,
21Assim diz o S en h or : N ão se glorie o sábio na sua e grande o teu nom e em poder.
sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se 'Q u e m não te tem eria a ti, ó Rei das nações? Pois
glorie o rico nas suas riquezas, isto só a ti pertence; p o rq u an to en tre todos os sábios
24Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em m e en ­ das nações, e em to d o o seu reino, ninguém há se­
tender e m e conhecer, que eu sou o S enhor , que faço m elhante a ti.
beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas 8Mas eles todos se em bruteceram e to rn aram -se
coisas m e agrado, diz o S enhor . loucos; ensino de vaidade é o m adeiro.
2,Eis que vêm dias, diz o S enhor , em que castigarei 4Trazem prata batida de Társis e o u ro de Ufaz, tra ­
a todo o circuncidado com o incircunciso. balho do artífice, e das m ãos do fu n d id o r; fazem

Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender Nem vos espanteis dos sinais dos céus
e me conhecer, que eu sou o S e n h o r ( 10 .2 )
(9.24)
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os astrólogos dizem que

t
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os agnósticos declaram
que há provas negativas e positivas quanto à existência de
t os arqueólogos identificaram a Torre de Babel como um "zi-
gurate", em cujo topo os sacerdotes poderiam ver e adorar o Sol, a
Deus, porém, todas inconclusas. Dentro deste conceito, crêem Lua e os planetas. Mas, biblicamente, sabemos que os astros não
e, ao mesmo tempo, não crêem. E, baseados nesta suposta sub­ foram criados para que os homens os tivessem como deuses, a
jetividade de Deus. adotam a ausência de conhecimento como quem pudessem recorrerem momentos de dificuldades.
sendo a melhor maneira de se lidar com o desconhecido. O ver­ O relato bíblico diz o seguinte: “No principio criou Deus os céus
sículo em destaque, porém, mostra que, aos olhos divinos, não e aterra" (Gn 1.1). Em seguida, foram criados os astros: "Haja lu­
há qualquer conhecimento fora de Deus que possa promover a minares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia
glorificação humana. e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e
Assim, o sábio (segundo o mundo), o forte e o rico não são para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus,
enaltecidos por Deus (v. 23), mas aquele que busca conhecer o para iluminar a terra; e assim foi" (Gn 1.14,15).
Senhor está habilitado a engrandecer-se entre os homens. A fal­ Eis a razão da existência dos astros. Não era (e ainda não é) da
ta completa de conhecimento (de Deus), condição peculiar aos vontade de Deus que o homem constituísse tais coisas em deu­
agnósticos, desmerece o homem diante de Deus. O próprio povo ses, por isso proibiu, terminantemente, a adoração de deuses em
do Senhor não atendia aos seus desígnios divinos por falta desse cima no céu. A consulta aos astros, pois, é adoração, um ato pu­
conhecimento, por isso a "rejeição divina" (Os 4.6). nido com a morte do transgressor (Dt 17.2-6).

703
JER EM IAS10.il

suas roupas de azul e p úrpura; ob ra de peritos são 2,D erram a a tu a indignação sobre os gentios que
todos eles. não te conhecem , e sobre as gerações que não in ­
l0M as o S e n h o r D eus é a verdade; ele m esm o é vocam o teu nom e; p orque devoraram a Jacó, e d e­
o D eu s vivo e o Rei etern o ; ao seu fu ro r trem e a voraram -n o e co n su m iram -n o , e assolaram a sua
te rra , e as nações n ão p o d em s u p o rta r a sua in ­ m orada.
dignação.
1 'Assim lhes direis: O s deuses que não fizeram os A aliança é violada
céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo
deste céu.
1 1 A PALAVRA que veio a Jeremias, da parte
X do S e n h o r, dizendo:
'2Ele fez a terra com o seu poder; ele estabeleceu o 2O uvi as palavras desta aliança, e falai aos hom ens
m u n d o com a sua sabedoria, e com a sua inteligên­ de Judá, e aos habitantes de Jerusalém.
cia estendeu os céus. ’Dize-lhes pois: Assim diz o S enhor D eus de Israel:
'■’Fazendo ele soar a sua voz, logo há ru m o r de M aldito o ho m em que não escutar as palavras desta
águas no céu, e faz subir os vapores da extrem idade aliança,
da terra; faz os relâm pagos para a chuva, e dos seus 4Q ue ordenei a vossos pais no dia em que os tirei da
tesouros faz sair o vento. terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: D ai o u ­
HTodo o hom em é em brutecido no seu conhe­ vidos à m inha voz, e fazei conform e a tu d o quanto
cim ento; envergonha-se todo o fu n d id o r da sua vos m ando; e vós sereis o m eu povo, e eu serei o
im agem de escultura; porque sua im agem fundida é vosso Deus.
m entira, e nelas não há espírito. sPara que confirm e o ju ram en to que fiz a vossos
' 5Vaidade são, obra de enganos: no tem po da sua vi­ pais de dar-lhes u m a terra que m anasse leite e mel,
sitação virão a perecer. com o se vê neste dia. Então eu respondi, e disse:
l6N ão è sem elhante a estes aquele que é a porção de A m ém , ó S enhor .
Jacó; porque ele é o que form ou tudo, e Israel é a vara 6E disse-m e o S en h o r : Apregoa todas estas palavras
da sua herança: S en h or dos Exércitos é o seu nom e. nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, dizen­
l7A junta da terra a tua m ercadoria, ó tu que habi­ do: O uvi as palavras desta aliança, e cum pri-as.
tas em lugar sitiado. 7P orque deveras adverti a vossos pais, no dia em
' “Porque assim diz o S enhor : Eis que desta vez arroja­ que os tirei da terra do Egito, até ao dia de hoje, m a­
rei como sefora com um a funda aos m oradores da terra, drugando, e protestando, e dizendo: Dai ouvidos à
e os angustiarei, para que venham a achá-lo, dizendo: m inha voz.
,9Ai de m im p o r causa do m eu quebrantam ento! A 8Mas não ouviram , nem inclinaram os seus o uvi­
m inha chaga m e causa grande dor; e eu havia dito: dos, antes andaram cada um conform e o propósito
C ertam ente isto é enferm idade que eu poderei su­ do seu coração m alvado; p o r isso trouxe sobre eles
portar. todas as palavras desta aliança que lhes m andei que
20A m in h a ten d a está d estru íd a, e to d a s as m inhas cum prissem , porém não cum priram .
cordas se ro m p eram ; os m eus filhos foram -se de ‘'D isse-m e m ais o S e n h o r : U m a conspiração se
m im , e não existem ; n in g u ém há m ais que esten ­ achou en tre os ho m en s de Judá, entre os h ab itan ­
da a m in h a tenda, n em que levante as m in h a s c o r­ tes de Jerusalém.
tinas, '“T orn aram às m aldades de seus prim eiros pais,
2'P orque os pastores se em bruteceram , e não b us­ que não quiseram ouvir as m inhas palavras; e eles
caram ao S en h o r ; por isso não prosperaram , e todos andaram após o u tro s deuses para os servir; a casa de
os seus rebanhos se espalharam . Israel e a casa de Judá q u eb raram a m inha aliança,
22Eis que vem um a voz de rum or, grande trem o r da que tinha feito com seus pais.
terra do n orte, para fazer das cidades de Judá um a "P o rta n to assim diz o S e n h o r : Eis que trarei mal
assolação, um a m orada de chacais. sobre eles, de que não poderão escapar; e clamarão a
23Eu sei, ó S enhor , que não é do hom em o seu ca­ m im , m as eu não os ouvirei.
m inho; nem do hom em que cam inha o dirigir os l2Então irão as cidades de Judá e os habitantes de
seus passos. Jerusalém e clam arão aos deuses a quem eles quei­
24Castiga-me, ó S enhor , porém com juízo, não na m aram incenso; estes, porém , de n en h u m m odo os
tu a ira, para que não m e reduzas a nada. livrarão no tem po do seu mal.

704
JEREMIAS 11,12

‘•’ Porque, segundo o n úm ero das tuas cidades, são 2Plantaste-os, e eles se arraigaram ; crescem, dão
os teus deuses, ó Judá! E, segundo o n úm ero das ruas tam bém fruto; chegado estás à sua boca, porém
de Jerusalém, levantastes altares à im pudência, alta­ longe dos seus rins.
res para queim ardes incenso a Baal. •’Mas tu, ó S enhor , m e conheces, tu m e vês, e provas
l4Tu, pois, não ores p o r este povo, nem levantes o m eu coração p ara contigo; arranca-os com o as
p o r ele clam or nem oração; p o rq u e não os ouvirei ovelhas para o m atad o u ro , e dedica-os p ara o dia
no tem po em que eles clam arem a m im , p o r causa da m atança.
do seu mal. 4 Até q uando lam entará a terra, e se secará a erva de
''Q u e direito tem a m inha am ada na m inha casa, todo o campo? Pela m aldade dos que habitam nela,
visto que com m uitos tem com etido grande lascívia? perecem os anim ais e as aves; p o rq u an to dizem: Ele
Crês que os sacrifícios e as carnes santificadas pode­ não verá o nosso fim.
rão afastar de ti o mal? Então saltarias de prazer. 5Se te fatigas correndo com h om ens que vão a pé,
I6D en o m inou-te o S en h or oliveira verde, form o­ com o poderás com petir com os cavalos? Se tão so­
sa p o r seus deliciosos frutos, mas agora à voz de um m ente nu m a terra de paz estás confiado, com o farás
grande tu m ulto acendeu fogo ao redor dela e se que­ na enchente do Jordão?
braram os seus ram os. '’Porque até os teus irm ãos, e a casa de teu pai, eles
l7Porque o S enhor dos Exércitos, que te plantou, p róprio s procedem deslealm ente contigo; eles
p ronunciou contra ti o mal, pela m aldade da casa m esm os clam am após ti em altas vozes: N ão te fies
de Israel e da casa de Judá, que para si m esm a fize­ neles, ainda que te digam coisas boas.
ram , pois m e provocaram à ira, queim ando incen­
so a Baal. A herança abandonada
7D esam parei a m inha casa, abandonei a m in h a he­
C onspiração contra Jerem ias rança; entreguei a am ada da m in h a alm a na m ão de
‘SE o S enhor m e fez sa b e r, e assim o so u b e ; e n tã o m e seus inim igos.
fizeste v e r as su a s a çõ es. KTornou-se a m inha herança para m im com o leão
‘‘‘E eu era com o um cordeiro, com o um boi que num a floresta; levantou a sua voz co n tra m im , p or
levam à m atança; p orque não sabia que m aq u in a­ isso eu a odiei.
vam propósitos contra m im , dizendo: D estruam os 9 A m inha herança é p ara m im ave de rap in a de
a árvore com o seu fruto, e cortem o-lo da terra dos várias cores. A ndam as aves de rap in a co n tra ela
viventes, e não haja m ais m em ória do seu nom e. em redor. Vinde, pois, ajuntai todos os anim ais do
20Mas, ó S en h o r dos Exércitos, justo Juiz, que cam po, trazei-os para a devorarem .
provas os rins e o coração, veja eu a tua vingança l0M uitos pastores destru íram a m in h a vinha, pisa­
sobre eles; pois a ti descobri a m inha causa. ram o m eu cam po; to rn aram em desolado deserto o
2'P ortanto, assim diz o S enhor acerca dos hom ens m eu cam po desejado.
de A natote, que buscam a tua vida, dizendo: N ão 1 'E m desolação a puseram , e clam a a m im na sua
profetizes no nom e do S enhor , para que não m orras desolação; e toda a te rra está desolada, p o rq u an to
às nossas mãos. não há ninguém que to m e isso a sério.
“ Portanto, assim diz o S en h o r dos Exércitos: Eis l2Sobre todos os lugares altos do deserto vieram
que eu os castigarei; os jovens m orrerão à espada, os destruidores; p o rq u e a espada do S enhor devora
seus filhos e suas filhas m orrerão de fome. desde um extrem o da terra até o outro; não há paz
23E não haverá deles um rem anescente, porque para n en h u m a carne.
farei vir o m al sobre os hom ens de A natote, n o ano 1’Sem earam trigo, e segaram espinhos; cansaram -
da sua visitação. se, mas de nada se aproveitaram ; envergonhados
sereis das vossas colheitas, e p o r causa do ard o r da
A prosperidade do ím pio ira do S enhor .
1 JUSTO serias, ó S enhor , ainda que eu en- 14Assim diz o S enhor , acerca de todos os m eus
J . iW trasse contigo num pleito; contudo falarei m aus vizinhos, que tocam a m inha herança, que fiz
contigo dos teus juízos. Por que prospera o cam inho herdar ao m eu povo Israel: Eis que os arrancarei da
dos ímpios, e vivem em paz todos os que procedem sua terra, e a casa de Judá arrancarei do m eio deles.
aleivosamente? 15E será que, depois de os haver arrancado, tornarei,

705
JEREMIAS 12,13,14

e m e com padecerei deles, e os farei voltar cada um à 14E fá-los-ei em pedaços atirando u n s contra os
sua herança, e cada um à sua terra. outros, e ju n tam en te os pais com os filhos, diz o
I6E será que, se diligentem ente aprenderem os ca­ S en h o r ; n ão perdoarei, n em pouparei, nem terei
m inhos do m eu povo, ju ran d o pelo m eu nom e: Vive deles com paixão, p ara que não os destrua.
o S en h or , com o ensinaram o m eu povo a ju rar por 1 ’Escutai, e inclinai os ouvidos; não vos ensoberbe­
Baal; então edificar-se-ão n o m eio do m eu povo. çais; porque o S en h o r falou:
l7Mas se não quiserem ouvir, totalm ente arrancarei “ Dai glória ao S enhor vosso Deus, antes que venha
a tal nação, e a farei perecer, diz o S enhor . a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos
m ontes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele
0 cativeiro é representado por u m cin to de linho a m ude em som bra de m orte, e a reduza à escuridão.
1 ^ ASSIM m e disse o S en h o r : Vai, e com pra 17E, se isto não ouvirdes, a m inha alm a chorará em
X um cinto de linho e p õe-no sobre os teus lugares ocultos, p o r causa da vossa soberba; e am ar­
lom bos, mas não o coloques na água. gam ente chorarão os m eus olhos, e se desfarão em
2E com prei o cinto, conform e a palavra do S enhor , lágrimas, porquanto o rebanho do S eni ío r foi levado
e o pus sobre os m eus lombos. cativo.
’Então m e veio a palavra do S enhor pela segunda l8Dize ao rei e à rainha: H um ilhai-vos, e assentai-
vez, dizendo: vos no chão; porque já caiu todo o o rn ato de vossas
4Toma o cinto que com praste, e que trazes sobre os cabeças, a coroa da vossa glória.
teus lom bos, e levanta-te; vai ao Eufrates, e esconde- 19As cidades do sul estão fechadas, e ninguém há
o ali na fenda de um a rocha. que as abra; todo o Judá foi levado cativo, sim, intei­
SE fui, e escondi-o ju n to ao Eufrates, com o o ram ente cativo.
S enhor m e havia ordenado. 20Levantai os vossos olhos, e vede os que vêm do
•“Sucedeu, ao final de m uitos dias, que m e disse o norte; o nde está o rebanho que se te deu, o rebanho
S en h o r : Levanta-te, vai ao Eufrates, e tom a dali o da tua glória?
cinto que te ordenei que o escondesses ali. 2lQ ue dirás, q u an d o ele te castigar p o rq u e os en ­
7E fui ao Eufrates, e cavei, e tom ei o cinto do lugar sinaste a serem capitães, e chefe sobre ti? P orventu­
onde o havia escondido; e eis que o cinto tinha ap o ­ ra não te tom arão as dores, com o à m u lh er que está
drecido, e para nada prestava. de parto?
sEntão veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: "Q u a n d o , pois, disseres no teu coração: Por que
9Assim diz o S enhor : D o m esm o m odo farei apodre­ m e sobrevieram estas coisas? Pela m ultidão das tuas
cer a soberba de Judá, e a muita soberba de Jerusalém. m aldades se descobriram as tuas fraldas, e os teus
l0Este povo m aligno, que recusa ouvir as m inhas calcanhares sofrem violência.
palavras, que cam inha segundo a dureza do seu co­ 23Porventura pode o etíope m u d a r a sua pele, ou o
ração, e anda após deuses alheios, para servi-los, e leopardo as suas manchas? E ntão podereis vós fazer
inclinar-se diante deles, será tal com o este cinto, que o bem , sendo ensinados a fazer o mal.
para nada presta. 24Assim os espalharei com o o restolho, que passa
11 Porque, com o o cinto está pegado aos lom bos do com o vento do deserto.
h om em , assim eu liguei a m im toda a casa de Israel, 2,Esta será a tu a sorte, a porção que te será m edida
e to d a a casa de Judá, diz o S enhor , para m e serem po r m im , diz o S en h or ; pois te esqueceste de m im , e
p o r povo, e po r nom e, e por louvor, e p o r glória; mas confiaste em m entiras.
não deram ouvidos. 26Assim tam bém eu levantarei as tuas fraldas sobre
l2Portanto, dize-lhes esta palavra: Assim diz o o teu rosto; e aparecerá a tu a ignom ínia.
S enhor D eus de Israel: Todo o odre se encherá de 27Já vi as tuas abom inações, e os teus adultérios, e
vinho; e dir-te-ão: Porventura não sabem os nós os teus rinchos, e a en o rm id ad e da tua prostituição
m uito bem que todo o odre se encherá de vinho? sobre os outeiros n o cam po; ai de ti, Jerusalém! Até
l3Mas tu dize-lhes: Assim diz o S en h o r : Eis que eu qu an d o ainda não te purificarás?
encherei de em briaguez a todos os habitantes desta
terra, e aos reis da estirpe de Davi, que estão assenta­ Jerem ias em vão in terced e pelo povo
dos sobre o seu trono, e aos sacerdotes, e aos profe­ A PALAVRA do S enhor , q ue veio a Jeremias,
tas, e a todos os habitantes de Jerusalém. M a respeito da gran d e seca.

706
JEREMIAS 14

2Anda chorando Judá, e as suas portas estão enfra­ 13Então disse eu: Ah! S enhor D eus , eis que os profe­
quecidas; andam de luto até ao chão, e o clam or de tas lhes dizem: N ão vereis espada, e não tereis fome;
Jerusalém vai subindo. antes vos darei paz verdadeira neste lugar.
3E os seus m ais ilustres enviam os seus pequenos HE disse-m e o S en h o r : O s profetas profetizam fal­
a buscar água; vão às cisternas, e não acham água; sam ente no m eu nom e; nu n ca os enviei, nem lhes
voltam com os seus cântaros vazios; envergonham - dei ordem , nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação,
se e confundem -se, e cobrem as suas cabeças. e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos
4Por causa da terra que se fendeu, porque n ão há profetizam .
chuva sobre a terra, os lavradores se envergonham e 1’Portanto assim diz o S en h or acerca dos profetas
cobrem as suas cabeças. que profetizam no m eu nom e, sem que eu os tenha
’Porque até as cervas no cam po têm as suas crias, e m andado, e que dizem: N em espada, nem fom e
abandonam seus filhos, porquanto não há erva. haverá nesta terra: À espada e à fome, serão consu­
6Eos jum entos m onteses se põem noslugares altos, m idos esses profetas.
sorvem o vento com o os chacais; desfalecem os seus ,6E o povo a quem eles profetizam será lançado nas
olhos, p o rquanto não há erva. ruas de Jerusalém, p o r causa da fom e e da espada; e
7Posto que as nossas m aldades testificam contra não haverá quem os sepultem , tan to a eles, como as
nós, ó S enhor , age po r am or do teu nom e; porque suas m ulheres, e os seus filhos e as suas filhas; porque
as nossas rebeldias se m ultiplicaram ; contra ti pe­ derram arei sobre eles a sua maldade.
camos. l7P ortan to lhes dirás esta palavra: O s m eus olhos
8Ó esperança de Israel, e R edentor seu n o tem po derram em lágrim as de noite e de dia, e não cessem;
da angústia, p o r que serias com o um estrangeiro porque a virgem , filha d o m eu povo, está gravem en­
na terra e com o o viandante que se retira a passar te ferida, de chaga m ui dolorosa.
a noite? l8Se eu saio ao cam po, eis ali os m o rto s à espada,
’Por que serias com o hom em surpreendido, com o e, se en tro na cidade, estão ali os debilitados pela
poderoso que não pode üvrar? Mas tu estás no meio fome; e até os profetas e os sacerdotes percorrem
de nós, ó S enhor , e nós som os cham ados pelo teu um a terra, que não conhecem .
nom e; não nos desampares. '^Porventura já de to d o rejeitaste a Judá? Ou re­
l0Assim diz o S enhor , acerca deste povo: Pois que pugna a tu a alm a a Sião? Por qu e nos feriste de tal
tan to gostaram de an d ar errantes, e não retiveram modo que já não há cu ra para nós? A guardam os a
os seus pés, por isso o S en h o r não se agrada deles, paz, e não aparece o bem ; e o tem p o da cura, e eis
mas agora se lem brará da iniqüidade deles, e visita­ aqui turbação.
rá os seus pecados. 20Ah! S e n h o r ! conhecem os a nossa im piedade e a
“ D isse-m e m ais o S en h o r : N ão rogues p o r este m aldade de nossos pais; p orque pecam os co n tra ti.
povo para seu bem. 2lN ão nos rejeites p o r am o r do teu nom e; não
'-Q u an d o jejuarem , não ouvirei o seu clam or, e abatas o tro n o da tu a glória; lem bra-te, e não anules
q uando oferecerem holocaustos e ofertas de ali­ a tu a aliança conosco.
mentos, não m e agradarei deles; antes eu os consu­ 22Porventura há, entre as vaidades dos gentios,
m irei pela espada, e pela fom e e pela peste. alguém que faça chover? O u pod em os céus dar

Os profetas profetizam falsamente no meu nome; expressão "presença”) tinha ocorrido em 1874, mas, depois, mu­
nunca os enviei, nem lhes dei ordem, daram para 1914.
nem lhes falei No livro Aproximou-se o reino de Deus de m il anos, escreveram:
(14.14) ■Naturalmente, eliminou o ano 1874 como a data da volta do Senhor
Jesus Cristo e do começo de sua presença ou parousia invisível " Mas
Testemunhas de Jeová. Dizem ser profetas de Deus e afir­
caíram em contradição ao publicarem, no mesmo livro, a seguinte de-
mam; “Nenhum de nós deve querer ser igual a estes inde­
daraçáo: “A presença ou parousia do rei começou em 1914".
cisos e impassíveis! É melhor saber agora, do que quando for
Quanto às várias datas fixadas para acontecimentos catastrófi­
tarde demais, que há uma classe autenticamente profética de
cos, disseram: “ Houve uma medida de desapontamento oom re­
cristãos entre nós'.
lação às datas de 1914.1918 e 1925 e (as Testemunhas de Jeová)
__» RESPOSTA APOLOGÉTICA. As Testemunhas de Jeová aprenderam a não mais fixar datas".
«= dizem ser profetas de Deus. mas suas profecias sempre Com isso. se caracterizam como falsos profetas (Dt 18.20-22;
fracassaram. Vejamos. Afirmaram que a vinda de Jesus (usam a Mt7.15).

707
JEREMIAS 14,15,16

chuvas? N ão és tu, ó Se n h o r nosso Deus? Portanto preço ao saque; e isso p o r to d o s os teus pecados,
em ti esperam os, pois tu fazes todas estas coisas. m esm o em todos os teus limites.
14E te farei passar aos teus inim igos n u m a terra que
J u lg a m en to e salvação dos ju d e u s não conheces; porque o fogo se acendeu em m inha
DISSE-ME, porém , o Se n h o r : A inda que ira, e sobre vós arderá;
Moisés e Sam uel se pusessem diante de 1 sTu, ó Senho r , o sabes; lem bra-te de m im , e visita-
m im , não estaria a m inha alm a com este povo; lança- me, e vinga-m e dos m eus perseguidores; não m e ar­
os de diante da m inha face, e saiam. rebates p o r tu a longanim idade; sabe que p o r am or
2E será que, quando te disserem: Para onde iremos? de ti tenho sofrido afronta.
D ir-lhes-ás: Assim diz o Se n h o r : Os que para a 16Achando-se as tuas palavras, logo as com i, e a tua
m orte, p ara a m orte, e os que para a espada, para a palavra foi para m im o gozo e alegria do m eu cora­
espada; e os que para a fome, para a fome; e os que ção; porque pelo teu no m e sou cham ado, ó Se n ho r
para o cativeiro, para o cativeiro. Deus dos Exércitos.
3Porque visitá-los-ei com quatro gêneros de males, l7N unca m e assentei na assembléia dos zom bado­
diz o Se n h o r : com espada para m atar, e com cães, res, nem m e regozijei; p o r causa da tu a m ão m e as­
para os arrastarem , e com aves dos céus, e com ani­ sentei solitário; pois m e encheste de indignação.
mais da terra, para os devorarem e destruírem . l8Por que d u ra a m in h a dor co n tinuam ente, e a
■’Entregá-los-ei ao desterro em todos os reinos da m in h a ferida m e dói, e já não ad m ite cura? Serias
terra; p o r causa de M anassés, filho deEzequias, rei de tu para m im com o coisa m entirosa e como águas in ­
Judá, e p o r tu d o q uanto fez em Jerusalém. constantes?
’Porque quem se com padeceria de ti, ó Jerusalém? ‘‘’P o r ta n to a ssim d iz o S en h or : Se t u v o lta re s , e n tã o
O u quem se entristeceria po r ti? O u quem se desvia­ te tr a r e i, e e s ta rá s d ia n te d e m im ; e se a p a r ta r e s o p r e ­
ria a p erguntar pela tua paz? c io s o d o v il, s e rá s c o m o a m in h a b o c a ; t o r n e m - s e
'T u m e deixaste, diz o Se n h o r , e tornaste-te para eles p a r a ti, m a s n ã o v o lte s t u p a r a eles.
trás; p o r isso estenderei a m inha m ão contra ti, e te 2UE eu te porei co n tra este povo com o forte m uro
destruirei; já estou cansado de m e arrepender. de bronze; e pelejarão contra ti, m as não prevalece­
"E padejá-los-ei com a pá nas portas da terra;;á des- rão contra ti; p o rq u e eu sou contigo para te guardar,
filhei, e destruí o m eu povo; não voltaram dos seus para te livrar deles, diz o Senho r .
cam inhos. 21E arrebatar-te-ei da m ão dos malignos, e livrar-
8As suas viúvas mais se m ultiplicaram do que a te-ei da m ão dos fortes.
areia dos mares; trouxe ao m eio-dia u m d estru i­
d o r sobre a m ãe dos jovens; fiz que caísse de repente Predição do cativeiro e do livra m en to d e Israel
sobre ela, e enchesse a cidade de terrores. E VEIO a m im a palavra do Senhor , dizendo:
9 A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a 2N ão tom arás para ti m ulher, nem terás
sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda de dia, con­ filhos nem filhas neste lugar.
fundiu-se, e envergonhou-se; e os que ficarem dela JP orq u e assim d iz o S e n h o r , acerca d o s filhos e
entregarei à espada, diante dos seus inim igos, diz o das filhas q ue nascerem neste lugar, acerca d e suas
Senho r . m ães, q u e os tiverem , e de seus pais q u e os gera­
l0Ai de m im , m inha mãe, p o r que m e deste à luz rem nesta terra:
hom em de rixa e hom em de contendas para toda a ■•Morrerão de enferm idades dolorosas, e não serão
terra? N unca lhes em prestei com usura, nem eles m e pranteados nem sepultados; servirão de esterco
em prestaram com usura, todavia cada um deles m e sobre a face da terra; e pela espada e pela fom e serão
am aldiçoa. consum idos, e os seus cadáveres servirão de m a n ­
1 ‘Disse o Se n h o r : D e certo que o teu rem anescen­ tim en to p ara as aves do céu e p ara os anim ais da
te será para o bem ; de certo, no tem po da calam ida­ terra.
de, e no tem po da angústia, farei que o inim igo te ’Porque assim diz o Se n h o r : N ão entres na casa do
dirija súplicas. luto, nem vás a lam entar, nem te compadeças deles;
l2Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do norte, porque deste povo, diz o S e n h o r , retirei a m inha paz,
ou o aço? benignidade e m isericórdia.
13As tuas riquezas e os teus tesouros entregarei sem 6E m o rrerão grandes e pequenos nesta terra, e não

708
JEREMIAS 16,17

serão sepultados, e não os prantearão, nem se farão 20Porvetitura fará u m ho m em deuses p ara si, que
por eles incisões, nem por eles se raparão os cabelos. contudo não são deuses?
7E não se partirá pão para consolá-los por causa de 2'P o rtan to , eis que lhes farei conhecer, desta vez
seus m ortos; nem lhes darão a beber do copo de con­ lhes farei conhecer a m in h a m ão e o m eu poder; e sa­
solação, pelo pai o u pela m ãe de alguém. berão que o m eu nom e é o S enhor .
RN em entres na casa do banquete, para te assenta­
res com eles a com er e a beber. 1 ^ O PECADO de Judá está escrito com um
‘’Porque assim diz o S enhor dos Exércitos, o Deus JL / p o nteiro de ferro, com p o n ta de d ia m an ­
de Israel: Eis que farei cessar, neste lugar, perante os te, gravado na tábua do seu coração e nas p ontas dos
vossos olhos, e em vossos dias, a voz de gozo e a voz vossos altares;
de alegria, a voz do esposo e a voz da esposa. 2C om o tam bém seus filhos se lem bram dos seus al­
I0E será que, quando anunciares a este povo todas tares, e dos seus bosques, ju n to às árvores frondosas,
estas palavras, e eles te disserem: Por que pronuncia sobre os altos outeiros.
o S enhor sobre nós todo este grande mal? E qual é a ’0 m eu m onte no campo! a tua riqueza e todos os
nossa iniqüidade, e qual éo nosso pecado, que com e­ teus tesouros darei por presa, como também os teus
tem os contra o S enhor nosso Deus? altos, por causa do pecado, em todos os teus term os.
"E n tão lhes dirás: P orquanto vossos pais m e dei­ ■•Assim p o r ti m esm o te privarás da tu a herança
xaram , diz o S enhor , e se foram após outros deuses, e que te dei, e far-te-ei servir os teus inim igos, na terra
os serviram , e se inclinaram diante deles, e a m im me que não conheces; p orque o fogo que acendeste na
deixaram, e a m inha lei não a guardaram . m inha ira arderá para sempre.
12E vós fizestes pior do que vossos pais; porque, eis 5 Assim diz o S en h o r : M aldito o ho m em que confia
que cada um de vós anda segundo o propósito do seu no hom em , e faz da carne o seu braço, e aparta o seu
m au coração, para não m e dar ouvidos a m im . coração do S en h o r !
' ’P ortanto lançar-vos-ei fora desta terra, para um a 6Porque será com o a tam argueira no deserto, e não
terra que não conhecestes, nem vós nem vossos verá q uando vem o bem ; antes m o rará nos lugares
pais; e ali servireis a deuses alheios de dia e de noite, secos do deserto, na terra salgada e inabitável.
porque não usarei de m isericórdia convosco. 7Bendito o ho m em qu e confia no S en h or , e cuja
l4Portanto, eis que dias vêm , diz o S enhor , em que confiança é o S enhor .
n u n ca mais se dirá: Vive o S enhor , que fez subir os “Porque será com o a árvore plantada ju n to às águas,
filhos de Israel da terra do Egito. que estende as suas raizes para o ribeiro, e não receia
' ’Mas: Vive o S enhor , que fez subir os filhos de quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no
Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar
os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, fruto.
a qual dei a seus pais. ’Enganoso é o coração, m ais do que todas as coisas,
l6Eis que m andarei m uitos pescadores, diz o e perverso; quem o conhecerá?
S enhor , os quais os pescarão; e depois enviarei l0Eu, o S enhor , esquadrinho o coração e provo os
m uitos caçadores, os quais os caçarão de sobre todo rins; e isto para dar a cada um segundo os seus cam i­
o m onte, e de sobre todo o outeiro, e até das fendas nhos e segundo o firuto das suas ações.
das rochas. "C om o a perdiz, que choca ovos que não pôs, assim
17Porque os m eus olhos estão sobre todos os seus é aquele qu e ajunta riquezas, m as não retam ente;
cam inhos; não se escondem da m inha face, nem a no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será um
sua m aldade se encobre aos m eus olhos. insensato.
‘“E prim eiram ente pagarei em dobro a sua m alda­ 12Um tro n o de glória, posto bem alto desde o p rin ­
de e o seu pecado, porque profanaram a m inha terra cípio, é o lugar do nosso santuário.
com os cadáveres das suas coisas detestáveis, e das 1’0 S enhor , esperança de Israel, todos aqueles que
suas abom inações encheram a m inha herança. te deixam serão envergonhados; os que se apartam
I9Ó S enhor , fortaleza m inha, e força m inha, e re­ de m im serão escritos sobre a terra; p o rq u e ab an d o ­
fugio m eu no dia da angústia; a ti virão os gentios nam o S enhor , a fonte das águas vivas.
desde os fins da terra, e dirão: Nossos pais herdaram MC ura-m e, S en h or , e sararei; salva-me, e serei
só m entiras, e vaidade, em que não havia proveito. salvo; porque tu és o m eu louvor.

709
JEREMIAS 17,18

' ’Eis que eles m e dizem: O nde está a palavra do O vaso do oleiro
S en h or ? Venha agora. A PALAVRA do S enhor , que veio a Jere­
16Porém eu não m e apressei em ser o pastor se* mias, dizendo:
guindo-te; nem tam pouco desejei o dia da aflição, 2Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e.lá te farei
tu o sabes; o que saiu dos m eus lábios está diante de ouvir as m inhas palavras.
tua face. 3E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo
17N ão m e sejas p o r espanto; m eu refúgio és tu no a sua obra sobre as rodas,
dia do mal. 4Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na
18Envergonhem -se os que m e perseguem , e não m e m ão do oleiro, to rn o u a fazer dele o u tro vaso, co n ­
envergonhe eu; assom brem -se eles, e não m e assom ­ form e o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
bre eu; traze sobre eles o dia do m al, e destrói-os com 5Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
dobrada destruição. 6N ão poderei eu fazer de vós com o fez este oleiro,
ó casa de Israel? diz o S enhor . Eis que, com o o b arro
A santificação do sábado na m ão do oleiro, assim sois vós n a m in h a m ão, ó
‘’Assim m e disse o S en h o r : Vai, e põe-te à porta casa de Israel.
dos filhos do povo, pela qual entram os reis de Judá, 7N o m o m en to em que falar co n tra um a nação, e
e pela qual saem; com o tam bém em todas as portas co n tra u m reino p ara arrancar, e p ara derrubar, e
de Jerusalém. para destruir,
20E dize-lhes: O uvi a palavra do S enhor , vós, reis de 8Se a tal nação, porém , contra a qual falar se conver­
Judá e todo o Judá, e todos os m oradores de Jerusa­
ter da sua m aldade, tam bém eu m e arrependerei do
lém que entrais po r estas portas.
m al que pensava fazer-lhe.
2lAssim diz o S en h o r : G uardai as vossas almas, e
9N o m o m en to em que falar de um a nação e de um
não tragais cargas no dia de sábado, nem as intro -
reino, para edificar e para plantar,
duzais pelas portas de Jerusalém;
l0Se fizer o m al diante dos m eus olhos, não d ando
22Nem tireis cargas de vossas casas no dia de sábado,
ouvidos à m inha voz, então m e arrependerei do bem
nem façais obra alguma; antes santificai o dia de
que tinha falado que lhe faria.
sábado, com o eu ordenei a vossos pais.
“ O ra, pois, fala agora aos ho m en s de Judá, e aos
2,Mas não escutaram , nem inclinaram os seus o u ­
m orad o res de Jerusalém, dizendo: Assim diz o
vidos; antes endureceram a sua cerviz, para não o u ­
S en h o r : Eis que estou forjando m al co n tra vós; e
virem , e para não receberem correção.
projeto um plano co n tra vós; convertei-vos, pois,
24Mas se vós diligentem ente m e ouvirdes, diz o
agora cada um do seu m au cam inho, e m elhorai os
S enhor , não introduzindo cargas pelas portas desta
vossos cam inhos e as vossas ações.
cidade no dia de sábado, e santificardes o dia de
' 2Mas eles dizem: N ão há esperança, p orque an d a­
sábado, não fazendo nele obra alguma,
25Então entrarão pelas portas desta cidade reis e rem os segundo as nossas im aginações; e cada um
príncipes, que se assentem sobre o trono de Davi, an ­ fará segundo o propósito do seu m au coração.
d an d o em carros e em cavalos; e eles e seus príncipes, 13P ortanto, assim diz o S en h o r : Perguntai agora
os hom ens de Judá, e os m oradores de Jerusalém; e entre os gentios qu em ouviu tal coisa? Coisa m ui
esta cidade será habitada para sempre. horren d a fez a virgem de Israel.
26E virão das cidades de Judá, e dos arredores de Je­ "Porventura a neve do Líbano deixará a rocha do
rusalém , e da terra de Benjam im , e das planícies, e cam po o u esgotar-se-ão as águas frias que correm
das m ontanhas, e do sul, trazendo holocaustos, e sa­ de terras estranhas?
crifícios, e ofertas de alim entos, e incenso, trazendo 1’C o n tu d o o m eu povo se tem esquecido de m im ,
tam bém sacrifícios de louvores à casa do S enhor . q ueim an d o incenso à vaidade, que os fez tropeçar
27Mas, se não m e ouvirdes, para santificardes o nos seus cam inhos, e nas veredas antigas, para que
dia de sábado, e para não trazerdes carga algum a, andassem p o r veredas afastadas, não aplainadas;
qu an d o entrardes pelas portas de Jerusalém no dia l6Para fazerem da sua terra objeto de espanto e de
de sábado, então acenderei fogo nas suas portas, o perpétuos assobios; to d o aquele que passar por ela
qual consum irá os palácios de Jerusalém , e não se se espantará, e m eneará a sua cabeça;
apagará. l7C om vento orien tal os espalharei diante do ini-

710
JEREMIAS 18,19,20

migo; m ostrar-lhes-ei as costas e não o rosto, no dia 7Porque dissiparei o conselho de Judá e de Jerusa­
da sua perdição. lém neste lugar, e os farei cair à espada diante de seus
18Então disseram: Vinde, e m aquinem os projetos inim igos, e pela m ão dos q ue buscam a vida deles; e
contra Jeremias; porque não perecerá a lei do sacer­ darei os seus cadáveres para pasto às aves dos céus e
dote, nem o conselho do sábio, nem a palavra do aos anim ais da terra.
profeta; vinde e firam o-lo com a língua, e não aten­ 8E farei esta cidade objeto de espanto e de assobio;
dam os a n enhum a das suas palavras. todo aquele que passar p o r ela se espantará, e asso­
1901ha para m im , S en h or , e o u v e a v o z d o s q u e c o n ­ biará p o r causa de todas as suas pragas.
te n d e m c o m ig o . ’E lhes farei com er a carne de seus filhos e a carne de
20Porventura pagar-se-á m al p o r bem? Pois cava­ suas filhas, e com erá cada um a carne do seu amigo,
ram um a cova para a m inha alma. Lem bra-te de que no cerco e no aperto em que os apertarão os seus in i­
eu com pareci à tua presença, para falar a favor deles, migos, e os que buscam a vida deles.
e para desviar deles a tua indignação; l0E ntão quebrarás a botija à vista dos hom ens que
21Portanto entrega seus filhos à fom e, e entrega-os forem contigo.
ao p o d er da espada, e sejam suas m ulheres rouba­ “ E dir-lhes-ás: Assim diz o S en h or dos Exércitos:
das dos filhos, efiquem viúvas; e seus m aridos sejam Deste m odo quebrarei eu a este povo, e a esta cidade,
feridos de m orte, e os seus jovens sejam feridos à com o se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais
espada na peleja. refazer-se, e os en terrarão em Tofete, porque não
22O uça-se o clam or de suas casas, quando de repen­ haverá mais lugar para os enterrar.
te trouxeres um a tropa sobre eles. Porquanto cava­ l2Assim farei a este lugar, diz o S en h or , e aos seus
ram um a cova para prender-m e e arm aram laços m oradores; sim , para p ô r a esta cidade com o a
aos m eus pés. Tofete.
“ Mas tu, ó S enhor , sabes to d o o seu conselho I3E as casas de Jerusalém, e as casas dos reis de
contra m im para m atar-m e; não perdoes a sua m al­ Judá, serão im undas com o o lugar de Tofete, com o
dade, nem apagues o seu pecado de diante da tua tam bém todas as casas, sobre cujos terraços queim a­
face; m as tropecem diante de ti; trata-o s assim no ram incenso a to d o o exército dos céus, e ofereceram
tem po da tua ira. libações a deuses estranhos.
l4Vindo, pois, Jeremias de Tofete onde o tin h a en ­
A botija quebrada viado o S enhor a profetizar, se pôs em pé no átrio da
ASSIM disse o S en h o r : Vai, e com pra um a casa do S enhor , e disse a to d o o povo:
botija de oleiro, e leva contigo alguns dos an ­ ” Assim diz o S en h o r dos Exércitos, o D eus de
ciãos do povo e alguns dos anciãos dos sacerdotes; Israel: Eis que trarei sobre esta cidade, e sobre todas
aE sai ao Vale do Filho de H inom , que está à entrada da as suas vilas, todo o m al que p ronunciei co n tra ela,
porta do sol, e apregoa ali as palavras que eu te disser; porqu an to endureceram a sua cerviz, p ara não o u ­
•’E dirás: O uvi a palavra do S enhor , ó reis de Judá, virem as m inhas palavras.
e m oradores de Jerusalém. Assim diz o S enhor dos
Exércitos, o D eus de Israel: Eis que trarei um mal Jerem ias n o cepo
sobre este lugar, e quem quer que dele ouvir retinir- E PASUR, filho de Im er, o sacerdote, que
lhe-ão os ouvidos. havia sido nom eado presidente na casa do
4P orquanto m e deixaram e alienaram este lugar, e S enhor , ouviu a Jeremias, que profetizava estas p a­
nele queim aram incenso a outros deuses, que nunca lavras.
conheceram , nem eles nem seus pais, nem os reis de 2E feriu Pasur ao profeta Jeremias, e o colocou no
Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes. cepo que está na p o rta superior de Benjam im , na
’Porque edificaram os altos de Baal, para q ueim a­ casa do S enhor .
rem seus filhos no fogo em holocaustos a Baal; o que 3E sucedeu que n o dia seguinte Pasur tiro u a Jere­
nunca lhes ordenei, nem falei, nem m e veio ao pen­ mias do cepo. E ntão disse-lhe Jeremias: O S enhor
samento. não cham a o teu nom e Pasur, m as, Terror p o r todos
6Por isso eis que dias vêm , diz o S enhor , em que este os lados.
lugar não se cham ará mais Tofete, nem o Vale do 4Porque assim diz o S en h o r : Eis que farei de ti um
Filho de H inom , m as o Vale da M atança. terror para ti mesm o, e para todos os teus amigos. Eles

711
JEREMIAS 20,21

cairão à espada de seus inimigos, e teus olhos o verão. O pesado cerco predito
Entregarei todo o Judá na m ão do rei de Babilônia; ele A PALAVRA que veio a Jeremias da parte do
os levará presos a Babilônia, e feri-los-á à espada. S enhor , q u an d o o rei Zedequias lhe enviou
’Tam bém entregarei toda a riqueza desta cidade, e a Pasur, filho de M alquias, e a Sofonias, filho de M a-
todo o seu trabalho, e todas as suas coisas preciosas, aséias; o sacerdote, dizendo:
sim , todos os tesouros dos reis de Judá entregarei na 2Pergunta agora p o r nós ao S en h or , p o r que Na-
m ão de seus inim igos, e saqueá-los-ão, e tom á-los- bucodonosor, rei de Babilônia, guerreia co n tra nós;
ão e levá-los-ão a Babilônia. bem pode ser que o S enhor trate conosco segundo
6E tu , Pasur, e todos os m oradores da tu a casa ireis todas as suas m aravilhas, e o faça retirar-se de nós.
para o cativeiro; e virás a Babilônia, e ali m orrerás, ’Então Jeremias lhes disse: Assim direis a Zede­
e ali serás sepultado, tu, e todos os teus amigos, aos quias:
quais profetizaste falsamente. ■•Assim diz o Sen h o r D eus de Israel: Eis que virarei
7Persuadiste-m e, ó S enhor , e persuadido fiquei; contra vós as arm as de guerra, que estão nas vossas
mais forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de es­ m ãos, com que vós pelejais co n tra o rei de Babilônia,
cárnio todo o dia; cada um deles zom ba de m im . e con tra os caldeus, que vos têm cercado de fora dos
8Porque desde que falo, grito, clamo: Violência e m uros, e ajuntá-los-ei no m eio desta cidade.
destruição; porque se to rn o u a palavra do S en h or 5E eu pelejarei co n tra vós com m ão estendida e
um o p ró brio e ludíbrio to d o o dia. com braço forte, e com ira, e com indignação e com
‘'Então disse eu: N ão m e lem brarei dele, e não fa­ grande furor.
larei m ais no seu nom e; m as isso foi no m eu cora­ 6E ferirei os habitantes desta cidade, assim os
ção com o fogo ardente, encerrado nos m eus ossos; e h om ens com o os anim ais; de gran d e pestilência
estou fatigado de sofrer, e não posso mais. m orrerão.
10Porque ouvi a m urm uração de m uitos, te rro r de 7E depois disto, diz o S enhor , entregarei Zedequias,
todos os lados: D enunciai, e o denunciarem os; todos rei de Judá, e seus servos, e o povo, e os que desta
os q u etêm pazcom igo aguardam o m eu m anquejar, cidade restarem da pestilência, e da espada, e da
dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então fome, n a m ão de N abucodonosor, rei de Babilônia, e
prevaleceremos contra ele e nos vingarem os dele. na m ão de seus inim igos, e na m ão dos que buscam a
11 Mas o S enhor está com igo com o um valente te rrí­ sua vida; e feri-los-á ao fio da espada; não os p o u p a­
vel; p o r isso tropeçarão os m eus perseguidores, e não rá, nem se com padecerá, nem terá m isericórdia.
prevalecerão; ficarão m uito confundidos; porque 8E a este povo dirás: Assim diz o S en h o r : Eis que
não se houveram prudentem ente, terão um a confu­ p o n h o diante de vós o cam inho da vida e o cam i­
são perpétua que nunca será esquecida. n ho da m orte.
l2T u ,p o is,ó S E N H O R d o sE x érc ito s,q u e p ro v aso ju sto , 90 que ficar nesta cidade há de m o rrer à espada, ou
e vês o s r in s e o c o ra ç ã o , p e rm ite q u e e u v eja a t u a v i n ­ de fom e, ou de pestilência; m as o que sair, e se render
g a n ç a c o n tr a eles; p o is já te revelei a m in h a c au sa. aos caldeus, que vos têm cercado, viverá, e terá a sua
13C antai ao S enhor , louvai ao S en h o r ; pois livrou a vida p o r despojo.
alm a do necessitado da m ão dos malfeitores. ' “Porque pus o m eu rosto contra esta cidade para
14M aldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia m al, e não p ara bem , diz o S en h or ; na m ão do rei de
em que m inha m ãe m e deu à luz. Babilônia se entregará, e ele queim á-la-á a fogo.
1’M aldito o hom em que deu as novas a m eu pai, " E à casa do rei de Judá dirás: O uvi a palavra do
dizendo: N asceu-te um filho; alegrando-o com isso S en h o r :
grandem ente. l2Ó casa de Davi, assim diz o S en h o r : Julgai pela
16E seja esse h o m e m c o m o as c id a d e s q u e o S enhor m an h ã ju stam en te, e livrai o espoliado d a m ão do
d e s tr u iu e n ã o se a r r e p e n d e u ; e o u ç a c la m o r p e la opressor; para que não saia o m eu fu ro r com o fogo,
m a n h ã , e a o te m p o d o m e io - d ia u m a la rid o . e se acenda, sem que haja qu em o apague, p o r causa
l7Por que não m e m ato u n a m adre? Assim m inha da m aldade de vossas ações.
m ãe teria sido a m inha sepultura, e teria ficado grá­ 13Eis q ue eu sou contra ti, ó m o rad o ra do vale, ó
vida perpetuam ente! rocha da cam pina, diz o S e n h o r ; co n tra vós que
l8Por que saí da m adre, para ver trabalho e tristeza, dizeis: Q uem descerá co n tra nós? O u quem entrará
e para que os m eus dias se consum am na vergonha? nas nossas m oradas?

712
JEREMIAS 21,22

14Eu vos castigarei segundo o fruto das vossas ações, e aposentos largos; e que lhe abre janelas, forrando-
diz o S enhor ; e acenderei o fogo no seu bosque, que a de cedro, e p in tan d o -a de vermelhão.
consum irá a tu d o o que está em redor dela. ” Porventura reinarás tu, p o rq u e te encerras em
cedro? Acaso teu pai não com eu e bebeu, e não p ra ­
Profecia contra a casa real de Ju d á ticou o juízo e a justiça? Por isso lhe sucedeu bem .
ASSIM diz o S en h o r : Desce à casa do rei de ' ‘Julgou a causa do aflito e necessitado; então lhe
Judá, e anuncia ali esta palavra, sucedeu bem ; porventura não é isto conhecer-m e?
■'Edize: O uve a palavra do S enhor , ó rei de Judá, que diz o S enhor .
te assentas no trono de Davi, tu, e os teus servos, o teu l7Mas os teus olhos e o teu coração não atentam
povo, que entrais po r estas portas. senão p ara a tua avareza, e para d erram ar sangue
3Assim diz o S en h o r : Exercei o juízo e a justiça, e inocente, e para praticara opressão, e a violência.
livrai o espoliado da m ão do opressor; e não o p ri­ ' KP ortanto assim d izo S en h or acerca de Jeoiaquim,
mais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não filho de Josias, rei de Judá: N ão o lam entarão, dizen­
façais violência, nem derram eis sangue inocente do: Ai, m eu irm ão, o u ai, m inha irmã! N em o lam en­
neste lugar. tarão, dizendo: Ai, senhor, ou, ai, sua glória!
4Porque, se deveras cum prirdes esta palavra, en ­ l9Em sepultura de ju m en to será sepultado, sendo
trarão pelas portas desta casa os reis que se assenta­ arrastado e lançado para bem longe, fora das portas
rão em lugar de Davi sobre o seu trono, andando em de Jerusalém.
carros e m ontados em cavalos, eles, e os seus servos, i0Sobe ao Líbano, e clam a, e levanta a tu a voz em
e o seu povo. Basã, e clam a desde Abarim; p o rq u e estão destruí­
5Mas, se não derdes ouvidos a estas palavras, por dos todos os teus nam orados.
m im m esm o ten h o jurado, diz o S enhor , que esta 21Falei contigo na tua prosperidade, m as tu disseste:
casa se to rnará em assolação. N ão ouvirei. Este tem sido o teu cam inho, desde a tua
‘Porque assim diz o S enhor acerca da casa do rei de mocidade, pois nunca deste ouvidos à m inha voz.
Judá: Tu és para m im Gileade, e a cabeça do Líbano; 220 vento apascentará a todos os teus pastores, e os
mas p o r certo que farei de ti um deserto e cidades teus n am o rad o s irão para o cativeiro; certam ente
desabitadas. então te confundirás, e te envergonharás p o r causa
7Porque preparei co n tra ti destruidores, cada um de toda a tua m aldade.
com as suas arm as; e cortarão os teus cedros escolhi­ 2,Ó tu, qu e habitas no Líbano e fazes o teu n inho
dos, e lançá-los-ão no fogo. nos cedros, quão lastim ada serás q u ando te vierem
“E m u ita s n a ç õ e s p a s s a rã o p o r e s ta c id a d e , e d ir á as dores e os ais com o da que está de parto.
c a d a u m a o s e u p ró x im o : P o r q u e p r o c e d e u o Senhor 24Vivo eu, diz o Senhor , que ainda que Conias, filho
a ssim c o m e sta g r a n d e c id a d e ? de Jeoiaquim , rei de Judá, fosse o anel do selo na
*'E dirão: Porque deixaram a aliança do S enhor seu m inha m ão direita, co ntudo dali te arrancaria.
Deus, e se inclinaram diante de o utros deuses, e os 2,iE entregar-te-ei na m ão dos que buscam a tua
serviram. vida, e na m ão daqueles diante de qu em tu temes, a
l0N ão choreis o m orto, nem o lastim eis; chorai saber, na m ão de N abucodonosor, rei de Babilônia,
abundantem ente aquele que sai, porque nunca mais e na m ão dos caldeus.
to rn ará nem verá a terra onde nasceu. 2<’E lançar-te-ei, a ti e à tu a m ãe que te deu à luz,
11 Porque assim diz o S enhor acerca de Salum, filho para u m a terra estranha, em que não nasceste, e ali
de Josias, rei de Judá, que reinou em lugar de Josias, m orrereis.
seu pai, e que saiu deste lugar: N unca m ais ali to r­ -7Mas à terra, para a qual eles com toda a alm a d e­
nará. sejam voltar, para lá não voltarão.
1 -Mas no lugar para onde o levaram cativo ali m o r­ 28É pois, este hom em Conias um ídolo desprezado e
rerá, e nunca m ais verá esta terra. quebrado,ou um vaso de que ninguém se agrada? Por
MAi daquele que edifica a sua casa com injustiça, e que razão foram arremessados fora, ele e a sua gera­
os seus aposentos sem direito, que se serve do servi­ ção, e arrojados para uma terra que não conhecem?
ço do seu próxim o sem rem unerá-lo, e não lhe dá o 29ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do S enhor .
salário do seu trabalho. 30Assim diz o S en h o r : Escrevei que este hom em
14Q ue diz: Edificarei para m im um a casa espaçosa, está privado de filhos, hom em que não prosperará

713
JEREMIAS 22,23

nos seus dias; porque n en hum da sua geração pros­ cairão nele; porque trarei sobre eles m al, no ano da
perará, para se assentar no tro n o de Davi, e reinar sua visitação, diz o Senhor .
ainda em Judá. 1 ’Nos profetas de Sam aria bem vi loucura; profe­
tizavam da parte de Baal, e faziam errar o m eu povo
AI dos pastores que destroem e dispersam Israel.
as ovelhas do m eu pasto, diz o S enhor . l4Mas nos profetas de Jerusalém vejo u m a coisa
■“Portanto assim diz o S enhor D eus de Israel, contra horrenda: com etem adultérios, e andam com fal­
os pastores que apascentam o m eu povo: Vós disper­ sidade, e fortalecem as m ãos dos m alfeitores, para
sastes as m inhas ovelhas, e as afugentastes, e não as que não se convertam da sua m aldade; eles têm -se
visitastes; eis que visitarei sobre vós a m aldade das tornado para m im com o Sodom a, e os seus m o ra­
vossas ações, diz o S enhor . dores com o G om orra.
’E eu m esm o recolherei o restante das m inhas ove­ ' ’P ortanto assim diz o S enhor dos Exércitos acerca
lhas, de todas as terras para onde as tiver afugenta­ dos profetas: Eis que lhes darei a com er losna, e lhes
do, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, farei beber águas de fel; porque dos profetas de Jeru­
e se m ultiplicarão. salém saiu a contam inação sobre toda a terra.
"’Assim diz o S en h or dos Exércitos: N ão deis o u ­
4E levantarei sobre elas pastores que as apascentem,
vidos às palavras dos profetas, que entre vós profe­
e nunca mais tem erão, nem se assom brarão, e nem
tizam ; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu
um a delas faltará, diz o S enhor .
coração, não da boca do S enhor .
' 7Dizem co ntinuam ente aos que m e desprezam : O
O R enovo de D avi
S en h or disse: Paz tereis; e a qualquer que an d a se­
’Eis que vêm dias, diz o S enhor , em que levantarei a
gundo a dureza do seu coração, dizem: N ão virá mal
Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sa­
sobre vós.
biam ente, e praticará o juízo e a justiça na terra.
l8Porque, quem esteve no conselho do S en h or , e
6N os seus dias Judá será salvo, e Israel habitará
viu, e ouviu a sua palavra? Q uem esteve atento à sua
seguro; e este será o seu nom e, com o qual Deus o
palavra, e ouviu?
cham ará: o S enhor iu s tiç a nossa .
,9Eis que saiu com indignação a tem pestade do
’P ortanto, eis que vêm dias, diz o S enhor , em que
S en h o r ; e um a tem pestade penosa cairá cruelm ente
nunca m ais dirão: Vive o S enhor , que fez subir os
sobre a cabeça dos ímpios.
filhos de Israel da terra do Egito; 20N ão se desviará a ira do S enhor , até que execute
sMas: Vive o S enhor, que fez subir, e que trouxe a ge­
e cum p ra os desígnios do seu coração; nos últim os
ração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as dias entendereis isso claram ente.
terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua 2lN ão m andei esses profetas, co ntudo eles foram
terra. correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram.
22Mas, se estivessem estado no m eu conselho, então
C ontra os falsos profetas teriam feito o m eu povo ouvir as m inhas palavras, e
9Q u an to aos profetas,;« o m eu coração está q u e­ o teriam feito voltar do seu m au cam inho, e da m al­
b ran tad o dentro de m im ; todosos m eus ossos estre­ dade das suas ações.
m ecem ; sou com o um hom em em briagado, e com o n Porventura sou eu Deus de perto, diz o S enhor , e
um hom em vencido de vinho, por causa do S enhor , não tam bém D eus de longe?
e p o r causa das suas santas palavras. 24Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de m odo
'"Porque a terra está cheia de adúlteros, e a terra que eu não o veja? diz o S enhor . Porventura não encho
chora p o r causa da maldição; os pastos do deser­ eu os céus e a terra? diz o S enhor .
to se secam; p orque a sua carreira é má, e a sua força 2’Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, pro­
não é reta. fetizando m entiras em m eu nom e, dizendo: Sonhei,
1 'Porque tanto o profeta, com o o sacerdote, estão sonhei.
contam inados; até na m inha casa achei asua m alda­ 26Até q u an d o sucederá isso no coração dos profe­
de, diz o S enhor . tas que profetizam m entiras, e que só profetizam do
12Portanto o seu cam inho lhes será com o lugares engano do seu coração?
escorregadios na escuridão; serão em purrados, e 2TO s quais cuidam fazer com qu e o m eu povo se es-

714
JEREMIAS 23,24,25

queça do m eu nom e pelos seus sonhos que cada um depois que N abucodonosor, rei de Babilônia, levou
conta ao seu próxim o, assim com o seus pais se es­ em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim , rei de
queceram do m eu nom e p o r causa de Baal. Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os
i80 profeta que tem um sonho conte o sonho; e ferreiros de Jerusalém, e os trouxe a Babilônia.
aquele que tem a m inha palavra, fale a m inha pala­ 2Um cesto tinha figos m u ito bons, com o os figos
vra com verdade. Q ue tem a palha com o trigo? diz tem porãos; mas o o u tro cesto tinha figos m uito
o S enhor . ruins, que não se podiam com er, de ruins que eram.
29Porventura a m inha palavra não é com o o fogo, diz 3E disse-m e o S e n h o r : Q ue vês tu, Jeremias? E eu
o Seni ior , e com o um m artelo que esmiúça a pedra? disse: Figos: os figos bons, m u ito bons e os ruins,
“'Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o m uito ruins, que não se podem comer, de ruins que
S enhor , que furtam as m inhas palavras, cada um ao são.
seu próxim o. 4Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
3‘Eis que eu sou contra os profetas, diz o S enhor , ’Assim diz o S enhor , o Deus de Israel: C om o a estes
que usam de sua própria linguagem , e dizem: Ele bons figos, assim tam bém conhecerei aos de Judá, le­
disse. vados em cativeiro; os quais enviei deste lugar para
32Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos a terra dos caldeus, para o seu bem .
m entirosos, diz o S enhor , e os contam , e fazem 6Porei os m eus olhos sobre eles, para o seu bem , e os
errar o m eu povo com as suas m entiras e com as farei voltar a esta terra, e edificá-los-ei, e não os des­
suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes truirei; e plantá-los-ei, e não os arrancarei.
dei ordem ; e não trouxeram proveito algum a este 7E dar-lhes-ei coração p ara que m e conheçam ,
povo, diz o S enhor . porque eu sou o S f.n h o r ; e ser-m e-ão p o r povo, e eu
3,Q uando, pois, te perg u n tar este povo, o u qual­ lhes serei p o r Deus; p orque se converterão a m im de
quer profeta, o u sacerdote, dizendo: Q ual é o peso todo o seu coração.
do S enhor ? Então lhe dirás: Este é o peso: Q ue vos SE com o os figos ruins, que se não podem com er, de
deixarei, diz o S enhor . ruins que são (p o rq u e assim diz o S en h o r ), assim en ­
34E, quanto ao profeta, e ao sacerdote, e ao povo, que tregarei Zedequias, rei de Judá, e os seus príncipes,
disser: Peso do S enhor , eu castigarei o tal hom em e e o restante de Jerusalém, que ficou nesta terra, e os
a sua casa. que habitam na terra do Egito.
35Assim direis, cada um ao seu próxim o, e cada um 9E entregá-los-ei para que sejam um prejuízo, um a
ao seu irm ão: Q ue respondeu o S f.n h o r ? e que falou ofensa para todos os reinos da terra, um o p ró b rio e
o S enhor ? um provérbio, e um escárnio, e um a m aldição em
í6Mas nunca m ais vos lem brareis do peso do todos os lugares para o nde eu os arrojar.
S en h or ; porque a cada um lhe servirá de peso a sua "’E enviarei entre eles a espada, a fom e, e a peste,
própria palavra; pois torceis as palavras do Deus até que se consum am de sobre a terra que lhes dei a
vivo, do S enhor dos Exércitos, o nosso Deus. eles e a seus pais.
37Assim dirás ao profeta: Q ue te respondeu o
S enhor , e que falou o S en h or ? Os setenta anos do cativeiro
38Mas, porque dizeis: Peso do S en h or ; assim o diz o A PALAVRA que veio a Jeremias acerca de
S enhor : Porque dizeis esta palavra: Peso do S enhor , todo o povo de Judá no q u arto ano de Jeoia­
havendo-vos ordenado, dizendo: N ão direis: Peso quim , filho de Josias, rei de Judá (que é o prim eiro
do S enhor ; ano de N abucodonosor, rei de Babilônia),
’‘'Por isso, eis que tam bém eu m e esquecerei total­ 2A qual anunciou o profeta Jeremiasa todo o povo de
m ente de vós, e tirarei da m inha presença, a vós e a Judá, e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo:
cidade que vos dei a vós e a vossos pais; 3Desde o ano treze de Josias, filho de A m om , rei de
40E porei sobre vós perpétuo opróbrio, e eterna ver­ Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos,
gonha, que não será esquecida. tem vindo a m im a palavra do S enhor , e vo-la tenho
anunciado, m adrugando e falando; m as vós não es­
Os dois cestos de figos cutastes.
FEZ-M E o S enhor ver, e eis dois cestos de 4Tam bém vos enviou o S enhor todos os seus servos,
figos, postos diante do tem plo do S f.n h o r , os profetas, m ad ru g an d o e enviando-os, mas vós

715
JEREMIAS 25

não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos D estruição d e B abilônia


para ouvir, '^Acontecerá, porém , que, q u an d o se cu m p rirem
’Q u an d o diziam: Convertei-vos agora cada um do os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia, e esta
seu m au cam inho, e da m aldade das suas ações, e h a­ nação, diz o Senhor , castigando a sua iniqüidade, e a
bitai na terra que o S enhor vos deu, e a vossos pais, da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas.
para sempre. I3E trarei sobre aquela terra todas as m inhas pala­
6E não andeis após outros deuses para os servirdes, vras, que disse co n tra ela, a saber, tu d o quanto está
e para vos inclinardes diante deles, nem m e provo­ escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra
queis à ira com a obra de vossas m ãos, para que não todas estas nações.
vos faça mal. '''Porque tam bém deles se servirão m uitas nações e
7Porém não m e destes ouvidos, diz o S enhor , mas grandes reis; assim lhes retribuirei segundo os seus
m e provocastes à ira com a obra de vossas m ãos, para feitos, e segundo as obras das suas mãos.
vosso mal. ' ’Porque assim m e disse o S enhor Deus de Israel:
“P ortanto assim diz o S enhor dos Exércitos: Visto Tom a da m inha m ão este copo do v inho do furor,
que não escutastes as m inhas palavras, e darás a beber dele a todas as nações, às quais eu te
9Eis que eu enviarei, e tom arei a todas as famílias do enviarei.
norte, diz o S enhor , com o tam bém a N abucodono- l6Para que bebam e trem am , e enlouqueçam , p o r
sor, rei de Babilônia, m eu servo, e os trarei sobre esta causa da espada, qu e eu enviarei entre eles.
terra, e sobre os seus m oradores, e sobre todas estas I7E tom ei o copo da m ão do S enhor , e dei a beber a
nações em redor, e os destruirei totalm ente, e farei todas as nações, às quais o S enhor m e enviou;
que sejam objeto de espanto, e de assobio, e de per­ l8A Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis,
pétuas desolações. e aos seus príncipes, para fazer deles u m a desola­
10E farei desaparecer dentre eles a voz de gozo, e ção, um espanto, u m assobio,e u m a m aldição, com o
a voz de alegria, a voz do esposo, e a voz da esposa, hoje se vê;
como também o som das m ós, e a luz do candeeiro. 19A Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus p rín ­
1 'E toda esta terra viráa ser um deserto eurn espanto; e cipes, e a todo o seu povo;
estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos. 20E a to d a a m istu ra de povo, e a todos os reis da

Não andeis após outros deuses O profeta ainda diz mais: “E acontecerá que, se alguma nação e
(25.6) reino náo servirem o mesmo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e
não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia,
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO. A maçonaria dá ao seu
Í deus o nome de GADU (O Grande Arquiteto do Universo),
que é identificado da seguinte forma: “ Nome pelo qual na maço­
a essa nação castigarei com espada, e com fome, e com peste,
diz o Senhor, até que a consuma pela sua mão” (27.8).
Depois de Judá ter servido o rei dos caldeus por dezoito anos,
naria se designa Deus. Alá, Logos, Osiris, Brahma, etc. dos dife­ recusou-se a permanecer submissa nos últimos dias de Zede-
rentes povos, já que ali se considera o Universo como uma Loja quias. Então, a profecia se cumpriu em Jerusalém. Tal profecia, no
ou Oficina em sua máxima perfeição'. entanto, não ameaçava somente Judá: "Se alguma nação e reino
Em oposição a esse pensamento, a Bíblia declara que há um não servirem“. Devemos perceber que o profeta fez ameaças, o
só Deus verdadeiro, que merece o nosso culto de adoração: "As­ que não teria sentido se a cidade já tivesse sido destruída.
sim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exér­ Outro ponto importante. A passagem 25.12 deste livro é uma
citos: eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há referência aos setenta anos de supremacia babilónica: “Quan­
Deus [...] Porventura há outro Deus fora de mim? Não, nâo há ou­ do se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia, e
tra Rocha que eu conheça’ (Is 44.6-8). esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniqüidade, e a da ter­
Não devemos tomar o nome de outros deuses em nossos lábios ra dos caldeus*. A derrocada de Nabonido/Belsazar marcou o
(Dt 6.13-15:2Rs 17.9,12; 1Cr16.25;2Cr2.5). fim da supremacia babilónica, e Deus castigou a iniqüidade da
terra dos caldeus.
Quando se cumprirem os setenta anos A supremacia babilónica teve seu inicio, segundo alguns, quan­
(25.9-13) do o rei Nabudoconosor derrotou Faraó-Neco, na batalha de Car-
quèmis, em 605 a.C.. no ano quarto de Joaquim, filho de Josias, rei
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Contrariando a interpre­
t tação de algumas seitas, a análise da profecia no contexto
desta passagem mostra-nos que os setenta anos nâo se restrin­
da Judá (46.2). Mas. segundo outros, o inicio se deu em 609 a.C.
(pois, do contrário, não seriam setenta anos) e o seu fim, em uma
noite de orgia, no banquete de Belsazar. em 539 a.C. (Dn 5).
gem apenas a Judá. Diz o seguinte: “Sobre todas estas nações Outro dado importante é que o início do cativeiro não coincide
em redor" (v. 9) e "Estas nações sen/irão ao rei da Babilônia se­ com a destruição de Jerusalém, já que a referência 28.1-4 diz ex­
tenta anos' (v.11). Logo, era possível, durante esses setenta anos, pressamente que, no ano oitavo de Zedequias, os vasos do tem­
servir o rei da Babilônia e a desolação de toda a Palestina, e não plo já se encontravam na Babilônia, com os cativos. Jerusalém foi
apenas Judá e Jerusalém. destruída no ano 11« de Zedequias (2Rs 25.2).

716
JEREMIAS 25,26

terra de Uz, e a todos os reis da terra dos filisteus, e 35E não haverá refúgio p ara os pastores, nem salva­
a Ascalom, e a Gaza, e a Ecrom , e ao rem anescente m ento para os principais do rebanho.
deAsdode, 36Voz de grito dos pastores, e uivos dos p rin ci­
21E a Edom , e a M oabe, e aos filhos de Amom; pais do rebanho; p orque o S en h or está d estruindo
22E a todos os reis deT iro, ea todos os reis de Sidom; o pasto deles.
e aos reis das ilhas que estão além do m ar; 37Porque as suas m alhadas pacíficas serão desarrai­
23A Dedã, e a Tema, e a Buz e a todos os que estão nos gadas, p o r causa do furor da ira do S enhor .
lugares mais distantes. ’"Deixou a sua tenda, com o o filho de leão; porque
24E a todos os reis da Arábia, e todos os reis do povo a sua terra foi posta em desolação, p o r causa do furor
m isto que habita no deserto; do opressor, e p o r causa do furor da sua ira.
25E a todos os reis de Zinri, e a todos os reis de Elão,
e a todos os reis da Média; E xortação ao a rrep en d im en to
26E a todos os reis do norte, os de perto, e os de N O princípio do reinado de Jeoiaquim,
longe, tanto um com o o outro, e a todos os reinos do filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra
m undo, que estão sobre a face da terra, e o rei de Se- do S enhor , dizendo:
saque beberá depois deles. 2 Assim diz o S enhor : Põe-te no átrio da casa do Senhor
27Pois lhes dirás: Assim diz o S enhor dos Exércitos, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa
o Deus de Israel: Bebei,e em bebedai-vos, e vom itai, e do S enhor ,todas as palavras que te m andei que lhes dis­
caí, e não torneis a levantar-vos, p o r causa da espada sesses; não omitas nenhum a palavra.
3Bem pode ser que ouçam , e se convertam cada um
que eu vos enviarei.
do seu m au cam inho, e eu m e arrependa do mal que
28E será que, se não quiserem tom ar o copo da tua
intento fazer-lhes p o r causa da m aldade das suas
m ão para beber, então lhes dirás: Assim diz o S enhor
ações.
dos Exércitos: C ertam ente bebereis.
''Dize-lhes pois: Assim diz o S en h o r : Se não m e
29Porque, eis que na cidade que se cham a pelo m eu
derdes ouvidos para andardes na m in h a lei, que pus
nom e com eço a castigar; e ficareis vós totalm ente
diante de vós,
impunes? N ão ficareis im punes, porque eu cham o
5Para que ouvísseis as palavras dos m eus servos, os
a espada sobre todos os m oradores da terra, diz o
profetas, que eu vos envio, m adrugando e enviando,
S enhor dos Exércitos.
mas não ouvistes;
,0Tu, pois, lhes profetizarás todas estas palavras,
6Então farei que esta casa seja com o Siló, e farei
e lhes dirás: O S en h or desde o alto bram irá, e fará
desta cidade um a m aldição p ara todas as nações
ouvir a sua voz desde a m o rad a da sua santidade;
da terra.
terrivelm ente bram irá contra a sua habitação, com
7Os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, ouviram
grito de alegria, com o dos que pisam as uvas, contra
a Jeremias, falando estas palavras na casa do Senhor .
todos os m oradores da terra.
3lChegará o estrondo até à extrem idade da terra, O ju lg a m e n to d e Jerem ias
porque o S enhor tem contenda com as nações, e n ­ 8E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo
trará em juízo com toda a carne; os ím pios entrega­ q uanto o S enhor lhe havia o rdenado que dissesse a
rá à espada, diz o S enhor . todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profe­
32Assim diz o S en h or dos Exércitos: Eis que o m al tas, e todo o povo, dizendo: C ertam ente m orrerás,
passa de nação para nação, e grande torm en ta se le­ 9Por qu e profetizaste no n o m e do S enhor , dizen­
vantará dos confins da terra. do: C om o Siló será esta casa, e esta cidade será asso­
33E serão os m ortos do S enhor , naquele dia, desde lada, de sorte que não fique nenhum m o rad o r nela?
um a extrem idade da terra até à outra; não serão E ajuntou-se to d o o povo co n tra Jeremias, n a casa
pranteados, nem recolhidos, n em sepultados; mas do S enhor .
serão p o r esterco sobre a face da terra. I0E, ouvindo os príncipes de Judá estas palavras, su ­
MUivai, pastores, e clamai, e revolvei-vos na cinza, b iram da casa do rei à casa do S enhor , e se assenta­
principais do rebanho, porque já se cum priram os ram à entrada da p o rta nova do S enhor .
vossos dias para serdes m ortos, e dispersos, e vós "E n tã o falaram os sacerdotes e os profetas aos
então caireis com o um vaso precioso. príncipes e a todo o povo, dizendo: Este hom em é

717
JEREMIAS 26,27

réu de m orte, porque profetizou contra esta cidade, 24Porém a m ão de Aicão, filho de Safa, foi com Jere­
com o ouvistes com os vossos ouvidos. mias, para que o não entregassem n a m ão do povo,
I2E falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o para ser m orto.
povo, dizendo: O S en h o r m e enviou a profetizar
contra esta casa, e contra esta cidade, todas as pala­ Jerem ias aconselha subm issão
vras que ouvistes. ao rei de B abilônia
13Agora, pois, m elhorai os vossos cam inhos e as N O prin cíp io do reinado d e Jeoiaquim ,
vossas ações, e ouvi a voz do S enhor vosso Deus, e ar- filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra
repender-se-á o S enhor do mal que falou contra vós. a Jeremias da p arte do S enhor , dizendo:
l4Q u an to a m im , eis que estou nas vossas mãos; 2Assim m e disse o S en h o r : Faze uns grilhões e jugos,
fazei de m im conform e o que for bom e reto aos e põe-nos ao teu pescoço.
vossos olhos. 3E envia-os ao rei de Edom , e ao rei de M oabe, e ao
1’Sabei, porém , com certeza que, se m e m atar­ rei dos filhos de A m om , e ao rei de Tiro, e ao rei de
des, trareis sangue inocente sobre vós, e sobre esta Sidom , pela m ão dos mensageiros que vêm a Jeru­
cidade, e sobre os seus habitantes; porque, na verda­ salém a fercom Zedequias, rei de Judá.
de, o S enhor m e enviou a vós, para dizer aos vossos 4E lhes ordenarás, que digam aos seus senhores:
ouvidos todas estas palavras. Assim diz o S en h or dos Exércitos, o Deus de Israel:
"’Então disseram os príncipes, e to d o o povo aos Assim direis a vossos senhores:
sacerdotes e aos profetas: Este hom em não é réu de ’Eu fiz a terra, o h om em , e os anim ais que estão
m orte, p orque em nom e do S enhor , nosso Deus, sobre a face da terra, com o m eu grande poder, e
nos falou. com o m eu braço estendido, e a dou a quem é reto
17Tam bém se levantaram alguns hom ens dentre os aos m eus olhos.
anciãos da terra, e falaram a toda a congregação do 6E agora eu entreguei todas estas terras na m ão
povo, dizendo: de N abucodonosor, rei de Babilônia, m eu servo; e
,8M iquéias, o m orastita, profetizou nos dias de ainda até os anim ais do cam po lhe dei, para que o
Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, sirvam .
dizendo: Assim disse o S en h o r dos Exércitos: Sião 7E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao
será lavrada como um cam po, e Jerusalém se to rn a ­ filho de seu filho, até que tam bém venha o tem po da
rá em m ontões de pedras, e o m onte desta casa com o sua p ró p ria terra, q uando m uitas nações e grandes
os altos de um bosque. reis se servirão dele.
l9M ataram -no,porve«(w ra, Ezequias, rei de Judá, e 8E acontecerá que, se alguma nação e reino não ser­
todo o Judá? Antes não tem eu ao S enhor , e não im ­ virem o m esm o N abucodonosor, rei de Babilônia, e
plorou o favor do S en h or ? E o S en h or não se arre­ não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei
pendeu do m al que falara contra eles? Nós, fazemos de Babilônia, a essa nação castigarei com espada, e
um grande m al contra as nossas almas. com fom e, e com peste, diz o S enhor , até que a con­
20Tam bém houve o u tro hom em que profetizava sum a pela sua mão;
em nom e do S enhor , a saber: Urias, filho de Semaí- 9E vós não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos
as de Q uiriate-Jearim , o qual profetizou contra esta vossos adivinhos, e aos vossos sonhos, e aos vossos
cidade, e co n tra esta terra, conform e todas as pala­ agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos
vras de Jeremias. falam, dizendo: N ão servireis ao rei de Babilônia.
2IE, ou v indo o rei Jeoiaquim, e todos os seus po d e­ I“P orque m entiras vos profetizam , para vos m an ­
rosos e todos os príncipes, as suas palavras, p ro cu ­ darem p ara longe da vossa terra, e para que eu vos
rou o rei m atá-lo; m as ouvindo isto, Urias tem eu e expulse dela, e pereçais.
fugiu, e foi para o Egito; II Mas a nação que colocar o seu pescoço sob o jugo
22Mas o rei Jeoiaquim enviou alguns hom ens ao do rei de Babilônia, e o servir, eu a deixarei na sua
Egito, asaber: Elnatã, filho deAcbor.eowtros hom ens terra, diz o S enhor , e lavrá-la-á e habitará nela.
com ele, ao Egito. I2E falei com Zedequias, rei de Judá, conform e
2,O s quais tiraram a Urias do Egito, e o trouxeram todas estas palavras, dizendo: Colocai os vossos
ao rei Jeoiaquim, que o feriu à espada, e lançou o seu pescoços no jugo do rei de Babilônia, e servi-o, a ele
cadáver nas sepulturas dos filhos do povo. e ao seu povo, e vivereis.

718
JEREMIAS 27,28

l3Por que m orrerias tu e o teu povo, à espada, e à do S enhor , que deste lugar to m o u N abucodonosor,
fome, e de peste, com o o S enhor disse contra a nação rei de Babilônia, levando-os a Babilônia.
que não servir ao rei de Babilônia? ■‘Tam bém a Jeconias, filho de Jeoiaquim , rei de
I4E não deis ouvidos às palavras dos profetas, que Judá, e a to d o s os do cativeiro de Judá, que e n tra ­
vos falam, dizendo: N ão servireis ao rei de Babilô­ ram em Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar,
nia; porque vos profetizam m entiras. diz o S en h o r ; porque quebrarei o jugo do rei de Ba­
15Porque não os enviei, diz o S enhor , e profetizam bilônia.
falsamente em m eu nom e; para que eu vos lance ’Então falou o profeta Jeremias ao profeta H an a­
fora, e pereçais, vós e os profetas que vos profeti­ nias, na presença dos sacerdotes, e n a presença de
zam. todo o povo qu e estava na casa do S enhor .
l6Tam bém falei aos sacerdotes, e a to d o este povo, ‘Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim
dizendo: Assim diz o S e n h o r : N ão deis ouvidos às faça o S en h o r ; confirm e o S enhor as tuas palavras,
palavras dos vossos profetas, que vos profetizam , di­ que profetizaste, e to rn e ele a trazer os utensílios da
zendo: Eis que os utensílios da casa do S enhor cedo casa do S enhor , e todos os do cativeiro de Babilônia
voltarão de Babilônia, porque vos profetizam m en­ a este lugar.
tiras. 7Mas ouve agora esta palavra, que eu falo aos teus
17N ão lhes deis ouvidos, servi ao rei de Babilônia, ouvidos e aos ouvidos de todo o povo:
e vivereis; po r que se to rn aria esta cidade em deso­ 8Os profetas que houve antes de m im e antes de ti,
lação? desde a antiguidade, profetizaram co n tra m uitas
18Porém, se são profetas, e se há palavras do S enhor terras, e co n tra grandes reinos, acerca de guerra, e
com eles, orem agora ao S en h or dos Exércitos, para de m al, e de peste.
que os utensílios que ficaram n a casa do S enhor , e 90 p rofeta que profetizar de paz, q u an d o se cum ­
na casa do rei de Judá, e em Jerusalém, não vão para p rir a palavra desse profeta, será conhecido com o
a Babilônia. aquele a quem o S f.n h o r na verdade enviou.
1''Porque assim diz o S en h or dos Exércitos acerca l0E ntão H ananias, o profeta, to m o u o jugo do pes­
das colunas, e do mar, e das bases, e dos dem ais u ten ­ coço do profeta Jeremias, e o quebrou.
sílios que ficaram na cidade, 1 'E falou H ananias na presença de todo o povo, di­
20Os quais N abucodonosor, rei de Babilônia, não zendo: Assim diz o S en h or : Assim, passados dois anos
levou, q u ando tran sp o rto u de Jerusalém para Ba­ com pletos, quebrarei o jugo de N abucodonosor, rei
bilônia a Jeconias, filho de Jeoiaquim , rei de Judá, de Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E
com o tam bém a todos os nobres de Judá e de Jeru­ Jeremias, o profeta, seguiu o seu cam inho.
salém; l2Mas veio a palavra do S en h or a Jeremias, depois
21Assim, pois, diz o S enhor dos Exércitos, o Deus de que H ananias, o profeta, qu eb ro u o jugo de sobre o
Israel, acerca dos utensílios que ficaram na casa do pescoço de Jeremias, o profeta, dizendo:
S enhor , e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém: ' ’Vai, e fala a H ananias, dizendo: Assim diz o
22À Babilônia serão levados, e ali ficarão até o dia em S en h o r : Jugos de m adeira quebraste, m as em vez
que eu os visitarei, diz o S en h o r ; então os farei subir, deles farás jugos de ferro.
e os tornarei a trazer a este lugar. ' ■'Porque assim diz o S enhor dos Exércitos, o Deus
de Israel: Jugo de ferro pus sobre o pescoço de todas
A lu ta d e Jerem ias co m o falso profeta H ananias estas nações, para servirem a N abucodonosor, rei de
E SUCEDEU no m esm o ano, n o p rincí­ Babilônia, e servi-lo-ão, e até os anim ais do cam po
pio do reinado de Zedequias, rei de Judá, lhe dei.
no ano quarto, no mês quinto, que H ananias, filho ' ’E disse o profeta Jeremias ao profeta H ananias:
de Azur, o profeta que era de G ibeom , m e falou na Ouve agora, H ananias: N ão te enviou o S enhor , mas
casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo tu fizeste que este povo confiasse em m entiras.
o povo, dizendo: '‘P ortanto, assim diz o S en h o r : Eis que te lançarei
2Assim fala o S enhor dos Exércitos, o D eus de Israel, de sobre a face da terra; este ano m orrerás, p orque
dizendo: Eu quebrei o jugo do rei de Babilônia. falaste em rebeldia co n tra o S enhor .
’Depois de passados dois anos com pletos, eu to r­ 17E m o rreu H ananias, o profeta, n o m esm o ano,
narei a trazer a este lugar todos os utensílios da casa no sétim o mês.

719
JEREMIAS 29

A carta de Jerem ias aos cativos de B abilônia 14E serei achado de vós, diz o S enhor , e farei voltar os
E ESTAS são as palavras da carta que Je­ vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações,
rem ias, o profeta, enviou de Jerusalém, e de todos os lugares para o nde vos lancei, diz o S e ­
aos que restaram dos anciãos do cativeiro, com o n h o r , e to rn arei a trazer-vos ao lugar de o nde vos

tam bém aos sacerdotes, e aos profetas, e a todo o transportei.


povo que N abucodonosor havia d eportado de Jeru­ 15Porque dizeis: O S en h or nos levantou profetas
salém para Babilônia em Babilônia.
2(Depois que saíram de Jerusalém o rei Jeconias, e 1 ‘Porque assim diz o S enhor acerca do rei que se as­
a rainha, e os eunucos, e os príncipes de Judá e Jeru­ senta no tro n o de Davi, e de todo o povo que habita
salém, e os carpinteiros e ferreiros), nesta cidade, vossos irm ãos, que não saíram conos­
5Pela m ão de Elasa, filho de Safã, e de Gem arias, co para o cativeiro.
filho de H ilquias (os quais Zedequias, rei de Judá, l7Assim diz o S en h or dos Exércitos: Eis que envia­
tinha enviado a Babilônia, a N abucodonosor, rei de rei entre eles a espada, a fome e a peste, e fá-los-ei
Babilônia), dizendo: com o a figos podres que não se pod em com er, de
4Assim diz o S enhor dos Exércitos, o Deus de Israel, ruins que são.
a todos os do cativeiro, os quais fiz tran sp o rtar de Je­ 18E persegui-los-ei com a espada, com a fom e, e
rusalém para Babilônia: com a peste; e dá-los-ei para deslocarem -se p o r
5Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e todos os reinos da terra, para serem u m a m aldição,
com ei o seu fruto. e u m espanto, e um assobio, e u m o p ró b rio entre
"Tomai m ulheres e gerai filhos e filhas, e tom ai m u ­ todas as nações para o nde os tiver lançado.
lheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a m a ri­ 1’P orquanto não deram ouvidos às m inhas p a­
dos, para que tenham filhos e filhas; e m ultiplicai- lavras, diz o S en h or , m andando-lhes eu os m eus
vos ali, e não vos dim inuais. servos, os profetas, m ad ru g an d o e enviando; mas
vós não escutastes, diz o Senhor .
~E p r o c u r a i a p a z d a c id a d e , p a r a o n d e v o s fiz t r a n s ­
p o r t a r e m c a tiv e iro , e o r a i p o r ela a o S en h o r ; p o r q u e 2üVós, pois, ouvi a palavra do S enhor , todos os do
n a s u a p a z v ó s te re is p az. cativeiro que enviei de Jerusalém a Babilônia.
"Porque assim diz o S enhor dos Exércitos, o Deus 21Assim diz o S en h or dos Exércitos, o D eus de
de Israel: N ão vos enganem os vossos profetas que Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías, e de Z ede­
estão n o m eio de vós, nem os vossos adivinhos, nem quias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsa­
deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais; m ente em m eu nom e: Eis que os entregarei na m ão
’Porque eles vos profetizam falsam ente em m eu de N abucodonosor, rei de Babilônia, e ele os ferirá
nom e; não os enviei, diz o S enhor . diante dos vossos olhos.
1 “Porque assim diz o S en h o r : C ertam ente que pas­ 22E todos os tran sp o rtad o s de Judá, que estão em
sados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e Babilônia, to m arão deles u m a m aldição, dizendo:
cum prirei sobre vós a m inha boa palavra, tornando O S en h o r te faça com o Zedequias, e com o Acabe, os
a trazer-vos a este lugar. quais o rei de Babilônia assou no fogo;
"P o rq u e eu bem sei os pensam entos que tenho a “ P orquanto fizeram loucura em Israel, e com ete­
vosso respeito, diz o S en h o r ; pensam entos de paz, e ram adultério com as m ulheres dos seus vizinhos, e
não de mal, para vos dar o fim que esperais. anunciaram falsam ente, em m eu no m e um a pala­
l2Então m e invocareis, e ireis, e orareis a m im , e eu vra, que não lhes m andei, e eu o sei e sou testem unha
vos ouvirei. disso, diz o S enhor .
I3E buscar-m e-eis, e m e achareis, quando m e bus­ 24E a Semaías, o neelam ita, falarás, dizendo:
cardes com todo o vosso coração. 25Assim fala o S en h o r dos Exércitos, o Deus de

Passados setenta anos em Babilônia texto original hebraico. Logo, deve ser traduzida para a nossa
(29.10) língua da seguinte maneira: “para Babilônia'. Assim, os setenta
anos de supremacia da Babilônia terminaram com o advento de
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO. Estes setenta anos não
Í são uma referência ao cativeiro e às desolações de Jeru­
salém. mas ao período de supremacia da Babilônia. A tradução
Ciro, em 539 a.C. Este fato coincidiu com o decreto desse monar­
ca em favor da liberdade dos judeus e de todas as nações em re­
dor (Cf. 25.11-14).
*em Babilônia", usada na versão em português, não aparece no

720
JEREMIAS 29,30

Israel, dizendo: P orquanto tu enviaste no teu nom e 9Mas servirão ao S enhor , seu Deus, com o tam bém
cartas a todo o povo que está em Jerusalém , com o a Davi, seu rei, que lhes levantarei.
tam bém a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, e l0N ão tem as, pois, tu , ó m eu servo Jacó, diz o
a todos os sacerdotes, dizendo: Se n h o r , nem te espantes, ó Israel; porque eis que te
2hO S enhor te pôs p o r sacerdote em lugar de Joiada, livrarei de terras de longe, e à tu a descendência da
o sacerdote, para que sejas encarregado da casa do terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e descansará, e
S enhor sobre todo o hom em fanático, e que profeti­ ficará em sossego, e não haverá quem o atem orize.
za, para o lançares na prisão e no tronco. 11 Porque eu sou contigo, diz o Sení ior, para te salvar;
27Agora, pois, p o r que não repreendeste a Jeremias, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te
o anatotita, que vos profetiza? espalhei; a ti, porém , não darei fim, mas castigar-te-ei
2liPorque até nos m andou dizer em Babilônia: Ainda com medida, e de todo não te terei p o r inocente.
o cativeiro m uito há de durar; edificai casas, e habitai 12Porque assim diz o S en h o r : A tu a ferida é in cu rá­
nelas; e plantai pomares, e comei o seu fruto. vel; a tu a chaga é dolorosa.
”JE leu Sofonias, o sacerdote, esta carta aos ouvidos 1JN ão há quem defenda a tua causa para te aplicar
de Jeremias, o profeta. curativo; não tens rem édios que possam curar.
<0E veio a palavra do S enhor a Jeremias, dizendo: l4Todos os teus am antes se esqueceram de ti, e não
31M anda a todos os do cativeiro, dizendo: Assim diz perguntam p o r ti; p orque te feri com ferida de ini­
o S enhor acerca de Semaías, o neelamita: P orquan­ migo, e com castigo de quem é cruel, pela grandeza
to Semaías vos profetizou, e eu não o enviei, e vos fez da tua m aldade e m ultidão de teus pecados.
confiar em m entiras, 15Por que gritas p o r causa da tu a ferida? Tua d o r é
32P ortanto assim diz o S en h o r : Eis que castigarei a incurável. Pela grandeza de tu a m aldade, e m ultidão
Semaías, o neelam ita, e a sua descendência; ele não de teus pecados, eu fiz estas coisas.
terá ninguém que habite entre este povo, e não verá l4Por isso todosos que te devoram serão devorados;
o bem que hei de fazer ao m eu povo, diz o S enhor , e todos os teus adversários irão, todos eles, para o ca­
porque falou em rebeldia contra o S enhor . tiveiro; e os que te roubam serão roubados, e a todos
os que te despojam entregarei ao saque.
D eus prom ete trazer do cativeiro o seu povo 17Porque te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas
A PALAVRA que do S enhor veio a Jeremias, chagas, diz o S enhor ; p orquanto te cham aram a repu­
dizendo: diada, dizendo: É Sião, já ninguém pergunta p o r ela.
2Assim diz o S en h or D eus de Israel: Escreve num l8Assim d izo S en h or : Eis que farei voltar do cativei­
livro todas as palavras que te tenho falado. ro as tendas de Jacó, e apiedar-m e-ei das suas m o ra ­
’Porque eis que vêm dias, diz o S enhor , em que farei das; e a cidade será reedificada sobre o seu m ontão, e
voltar do cativeiro o m eu povo Israel, e de Judá, diz o palácio perm anecerá com o habitualm ente.
o S e n h o r ; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus ,9E sairá deles o louvor e a voz de júbilo; e m u ltip li­
pais, e a possuirão. cá-los-ei, e não serão dim inuídos, e glorificá-los-ei,
4E estas são as palavras que disse o S enhor , acerca e não serão apoucados.
de Israel e de Judá. 20E seus filhos serão com o n a antiguidade, e a sua
’Porque assim diz o S en h o r : O uvim os um a voz de congregação será confirm ada diante de m im ; e cas­
trem or, de tem or mas não de paz. tigarei todos os seus opressores.
6Perguntai, pois, e vede, se um hom em pode dar à 2IE os seus nobres serão deles; e o seu governador
luz. Por que, pois, vejo a cada hom em com as m ãos sairá do m eio deles, e o farei aproxim ar, e ele se che­
sobre os lom bos com o a que está d ando à luz? e por gará a m im ; pois, quem de si m esm o se em penharia
que se to rnaram pálidos todos os rostos? para chegar-se a mim ? diz o S enhor .
TAh! p orque aquele dia é tão grande, que não houve 22E ser-m e-eis p o r povo, e eu vos serei p o r Deus.
outro semelhante; e é tem po de angústia para Jacó; 2JEis que a tem pestade do S en h or , a sua indignação,
ele, porém , será salvo dela. já saiu; um a tem pestade varredora, cairá cruelm en­
“Porque será naquele dia, diz o S enhor dos Exérci­ te sobre a cabeça dos ímpios.
tos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pesco­ 24N ão voltará atrás o furor da ira do S enhor , até que
ço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se ser­ tenha executado e até que tenha cum prido os desíg­
virão dele os estrangeiros. nios do seu coração; no fim dos dias entendereis isto.

721
JEREMIAS 31

1 NAQUELE tem po, diz o S e n h o r , serei o l6Assim diz o S en h o r : Reprim e a tua voz de choro,
3 X D eus de todas as fam ílias de Israel, e elas
serão o m eu povo.
e as lágrim as de teus olhos; p o rq u e há galardão para
o teu trabalho, diz o S en h or , pois eles voltarão da
2 Assim diz o S en h o r : O povo dos que escaparam terra do inimigo.
da espada achou graça no deserto. Israel m esm o, 17E há esperança q u an to ao teu futuro, diz o S enhor ,
q u an d o eu o fizer descansar. porqu e teus filhos voltarão para os seus term os.
!H á m uito que o S en h or m e apareceu, dizendo: 18Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizen­
P orquanto com am or eterno te am ei, po r isso com do: Castigaste-m e e fui castigado, com o novilho
benignidade te atraí. ainda não dom ado; converte-m e, e converter-m e-
''Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de ei, porque tu és o S enhor m eu Deus.
Israel! A inda serás adornada com os teus tam boris, ,9Na verdade que, depois que m e converti, tive arre-
e sairás nas danças dos que se alegram. pendim ento;edepoisque fui instruído,batinam inha
’A inda plantarás vinhas nos m ontes de Samaria; coxa; fiquei confuso, e tam bém m e envergonhei;
os plantadores as plantarão e com erão com o coisas porque suportei o opróbrio da m inha mocidade.
com uns. 20N ão é Efraim para m im um filho precioso, crian ­
'’Porque haverá um dia em que gritarão os vigias ça das m inhas delícias? P orque depois que falo
sobre o m onte de Efraim: Lcvantai-vos, e subam os a contra ele, ainda m e lem bro dele solicitam ente; por
Sião, ao S enhor nosso Deus. isso se com ovem p o r ele as m inhas entranhas; deve­
"Porque assim diz o S en h o r : C antai sobre Jacó com ras m e com padecerei dele, diz o S enhor .
alegria, e exultai po r causa do chefe das nações; p ro ­ 2lLevanta para ti sinais, faze para ti altos m arcos,
clamai, cantai louvores, e dizei: Salva, S enhor , ao teu aplica o teu coração à vereda, ao cam inho por onde
povo, o restante de Israel. andaste; volta, pois, ó virgem de Israel, regressa a
sEis que os trarei da terra do norte, e os congrega­ estas tuas cidades.
rei das extrem idades da terra; entre os quais haverá 22Até q uando andarás errante, ó filha rebelde?
cegos e aleijados, grávidas e as de parto juntam ente; Porque o S enhor criou um a coisa nova sobre a terra;
em grande congregação voltarão para aqui. um a m ulher cercará a um hom em .
‘’Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá- 2íAssim diz o S en h or dos Exércitos, o D eus de
los-ei aos ribeiros de águas, po r cam inho direito, no Israel: A inda dirão esta palavra na te rra de Judá, e
qual não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, nas suas cidades, q u an d o eu vos restaurar do seu ca­
e Efraim é o m eu prim ogênito. tiveiro: O S enhor te abençoe, ó m orada de justiça, ó
l0O uvi a palavra do S enhor , ó nações, e anunciai-a m onte de santidade!
nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a 24E nela habitarão Judá, e todas as suas cidades ju n ­
Israel o congregará e o guardará, com o o pastor ao tam ente; como tam bém os lavradores e os que pasto­
seu rebanho. reiam o rebanho.
1 'Porque o S en h or resgatou a Jacó, e o livrou da ■
“ P orque satisfiz a alm a cansada, e to d a a alm a en ­
m ão do que era mais forte do que ele. tristecida saciei.
12 Assim que virão, e exultarão no alto de Sião, e corre- 2<1N isto despertei, e olhei, e o m eu sono foi doce
rão aos bens do S enhor, ao trigo, e ao mosto, e ao azeite, para m im .
e aos cordeiros e bezerros; e a sua alma será como um 27Eis que dias vêm , diz o S eni ior , em que semearei
jardim regado, e nunca mais andarão tristes. a casa de Israel, e a casa de Judá, com a sem ente de
13Então a virgem se alegrará na dança, com o ta m ­ hom ens, e com a sem ente de animais.
bém os jovens e os velhos juntam ente; e tornarei o 2SE será que, com o velei sobre eles, para arrancar, e
seu pran to em alegria, e os consolarei, e lhes darei para derrubar, e para tran sto rn ar, e para destruir, e
alegria em lugar de tristeza. para afligir, assim velarei sobre eles, para edificar e
' 4E saciarei a alm a dos sacerdotes com gordura, e o para plantar, diz o S enhor .
m eu povo se fartará dos m eus bens, diz o S enhor . ^N aqueles dias nunca mais dirão: Os pais com eram
1 ’Assim diz o S kni io r : Um a voz se ouviu em Ramá, uvas verdes, e os dentes dos filhos se em botaram .
lam entação, choro am argo; Raquel chora seus ,0Mas cada u m m o rrerá pela sua iniqüidade; de
filhos; não quer ser consolada q uanto a seus filhos, todo o hom em que com er as uvas verdes os dentes
p o rq u e já não existem. se em botarão.

722
JEREMIAS 31,32

3lEis que dias vêm, d iz o S enhor, em que farei um a A prisão de Jerem ias
aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. A PALAVRA qu e veio a Jeremias da parte
32N ão conform e a aliança que fiz com seus pais, no do S enhor , no ano décim o de Zedequias,
dia em que os tom ei pela m ão, para os tirar da terra rei de Judá, o qual foi o décim o oitavo de N abuco-
do Egito; p orque eles invalidaram a m inha aliança donosor.
apesar de eu os haver desposado, diz o S enhor . -Ora, nesse tem po o exército do rei de Babilônia cerca­
33Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel va Jerusalém; e Jeremias, o profeta, estava encerrado no
depois daqueles dias, diz o S en h o r : Porei a m inha pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá;
lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu ’Porque Zedequias, rei de Judá, o tin h a encerrado,
serei o seu D eus e eles serão o m eu povo. dizendo: Por que profetizas tu , dizendo: Assim diz o
34E não ensinará m ais cada um a seu próxim o, nem S en h o r : Eis que entrego esta cidade na m ão do rei de
cada um a seu irm ão, dizendo: Conhecei ao S en h or ; Babilônia, e ele a tom ará;
porque todos m e conhecerão, desde o m enor até ao 4E Zedequias, rei de Judá, não escapará das m ãos
m aior deles, diz o S en h o r ; porque lhes perdoarei a dos caldeus; m as certam ente será entregue na mão
sua m aldade, e nunca m ais m e lem brarei dos seus do rei de Babilônia, e com ele falará boca a boca, e os
pecados. seus olhos verão os dele;
35Assim diz o S enhor , que dá o sol para luz do dia, e SE ele levará Zedequias p ara Babilônia, e ali estará,
as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, até que eu o visite, diz o S enhor e, ainda que pelejeis
que agita o m ar, b ram and o as suas ondas; o S enhor contra os caldeus, não ganhareis?
dos Exércitos é o seu nom e. 6Disse, pois, Jeremias: Veio a m im a palavra do
’'’Se falharem estas ordenanças de diante de m im , diz S enhor , dizendo:
o S enhor , deixará tam bém a descendência de Israel de "Eis que H ananeel, filho de Salum , teu tio, virá a
ser um a nação diante de m im para sempre. ti dizendo: C om pra para ti a m in h a herdade que
37Assim disse o S f.n h o r : Se puderem ser m edidos está em A natote, pois tens o direito de resgate para
os céus lá em cima, e sondados os fundam entos da com prá-la.
terra cá em baixo, tam bém eu rejeitarei toda a des­ ‘‘Veio, pois, a m im H ananeel, filho de m eu tio, se­
cendência de Israel, p o r tu d o quanto fizeram, diz o gundo a palavra do S enhor , ao pátio da guarda, e me
S enhor . disse: C om pra agora a m in h a herdade que está em
38Eis que vêm dias, diz o Seni ior , em que esta cidade A natote, na terra de Benjam im ; p o rq u e teu é o d i­
será reedificada para o S f.n ho r , desde a torre de Ha- reito de herança, e tens o resgate; com pra-a para ti.
naneel até à porta da esquina. E ntão entendi que isto era a palavra do S enhor .
39E a linha de m edir estender-se-á para diante dela, 9C om prei, pois, a herdade de H ananeel, filho de
até ao outeiro de Garebe, e virar-se-á para Goa. m eu tio, a qual está em Anatote; e pesei-lhe o din h ei­
40E todo o vale dos cadáveres e da cinza, e todos os ro, dezessete siclos de prata.
cam pos até ao ribeiro de C edrom , até à esquina da 10E assinei a escritura, e selei-a, e fiz confirm ar por
po rta dos cavalos para o oriente, serão consagrados testem unhas; e pesei-lhe o dinheiro nu m a balança.
ao S enhor ; não se arrancará nem se derrubará mais "E tom ei a escritura da com pra, selada segundo a
eternam ente. lei e os estatutos, e a cópia aberta.

Não conforme a aliança que fiz com seus pais ções do que a primeira, que se tornara repreensivel (2Co 3.6-
(31.31-33) 14; Hb 8.6-8).
cfb COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os Adventistas do Sé-
As ordenanças do Senhor
U timo Dia insistem em ensinar que a nova aliança estabele­
(31.35,36)
ce os mesmos mandamentos da antiga aliança, mudando apenas
de lugar: das tábuas de pedra para as tábuas de carne do cora­ COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O taoísmo não possui
ção. Entretanto, o texto em análise aponta que a nova aliança não
seria feita nas mesmas bases da antiga.
Í um conceito de Deus. Todavia, crê em uma espécie de
vontade ou legislação divina (a qual chamam, às vezes, de céu)
Como sabemos, a primeira aliança foi proposta por Deus que existe no Universo e o regula. Entretanto, é ilógica a existên­
(Êx 19.1-5) e aceita pelo povo israelita. A celebração da alian­ cia de uma lei sem um legislador, uma criação sem um criador.
ça ocorreu em Êxodo 24.2-8 e foi invalidada por causa da trans­ A Bíblia é coerente ao mostrar que. por trás da regularidade do
gressão. passando, então, a vigorar a nova aliança, confirmada Universo, existe um Deus pessoal e inteligente que estabeleceu
com melhores promessas e estabelecida em melhores condi­ as leis reguladoras.

723
JEREMIAS 32

l2E dei a escritura da com pra a B aruque, filho de lhes m andaste que fizessem, eles não o fizeram; por
Nerias, filho de Maaséias, n a presença de H anane- isso ordenaste lhes sucedesse todo este mal.
el, filho de m eu tio e na presença das testem unhas, 24Eis aqui os valados; já vieram co n tra a cidade para
que subscreveram a escritura da com pra, e na pre­ tom á-la, e a cidade está entregue na m ão dos caldeus,
sença de todos os judeus que se assentavam no pátio que pelejam co n tra ela, pela espada, pela fom e e pela
da guarda. pestilência; e o que disseste se cu m p riu , e eis aqui o
I3E dei ordem a Baruque, na presença deles, d i­ estás presenciando.
zendo: 2,C ontudo tu m e disseste, ó Senhor D eus : C om pra
u Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o D eus de para ti o cam po p o r dinheiro, e faze que o confirm em
Israel: Toma estas escrituras, este auto de com pra, testem unhas, em b o ra a cidade já esteja entregue na
tan to a selada, com o a aberta, e coloca-as n u m vaso m ão dos caldeus.
de barro, para que se possam conservar m uitos
dias. A prom essa da restauração de Israel
lsPorque assim diz o Senho r dos Exércitos, o Deus 26Então veio a palavra do Se n h o r a Jeremias, d i­
de Israel: A inda se com prarão casas, e cam pos, e zendo:
vinhas nesta terra. 27Eis que eu sou o Senho r , o D eus de to d a a carne;
I6E depois que dei a escritura da com pra a Baruque, acaso haveria algum a coisa dem asiado difícil para
filho de Nerias, orei ao Senho r , dizendo: mim?
17 Ah Senhor D eus! Eis que tu fizeste os céus e a terra -BP ortanto assim diz o Se n h o r : Eis que eu entrego
com o teu grande poder, e com o teu braço estendi­ esta cidade na m ão dos caldeus, e na m ão de N abu-
do; nada há que te seja dem asiado difícil; codonosor, rei de Babilônia, e ele a tom ará.
lftTu que usas de benignidade com m ilhares, e re­ 2<JE os caldeus, que pelejam contra esta cidade, en ­
tribuis a m aldade dos pais ao seio dos filhos depois trarão nela, e pôr-lhe-ão fogo, e queim arão, as casas
deles; o grande, o poderoso D eus cujo nom e é o sobre cujos terraços queim aram incenso a Baal e
Senho r dos Exércitos; ofereceram libações a o u tro s deuses, para m e p ro ­
'^G rande em conselho, e m agnífico em obras; vocarem à ira.
porque os teus olhos estão abertos sobre todos os 30Porque os filhos de Israel e os filhos de Judá não fi­
cam inhos dos filhos dos hom ens, p ara dar a cada zeram senão mal aos m eus olhos, desde a sua m oci­
um segundo os seus cam inhos e segundo o fruto das dade; p o rq u e os filhos de Israel nada fizeram senão
suas obras; provocar-m e à ira com as obras das suas m ãos, diz
20Tu puseste sinais e m aravilhas na terra do Egito o Se nho r .
até ao dia de hoje, tan to em Israel, com o entre os 31P orque para a m in h a ira e para o m eu fu ro r m e
outros hom ens, e te fizeste um nom e, o qual tu tens tem sido esta cidade, desde o dia em que a edifica­
neste dia. ram , e até ao dia de hoje, para que a tirasse da m inha
21E tiraste o teu povo Israel da terra do Egito, com presença;
sinais e com m aravilhas, e com m ão forte, e com 32Por causa de toda a m aldade dos filhos de Israel,
braço estendido, e com grande espanto, e dos filhos de Judá, que fizeram, p ara m e provo­
22E lhes deste esta terra, que juraste a seus pais que carem à ira, eles e os seus reis, os seus príncipes, os
lhes havias de dar, terra que m ana leite e mel. seus sacerdotes, e os seus profetas, com o tam b ém os
23E en traram tiela, e a possuíram , m as não obede­ hom ens de Judá e os m oradores de Jerusalém.
ceram à tu a voz, nem andaram na tua lei; tu d o o que 33E v iraram -m e as costas, e não o rosto; ainda que

Terra que mana leite e mel nharam Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã, e do qual o
(32.22) ceticismo recolhe a idéia de miséria, era exagerado e covarde, não
refletia os benefícios da terra, como no caso dos outros espias en­
Ceticismo. Confronta este texto com Números 13.32 (inter­
viados antes deles (Nm 13.27). É fato que. na ocasião, existiam em
pretando-o equivocadamente ao atribuir conotação de mi­
Canaã homens de alta estatura e fortes guerreiros (Nm 13.28), por­
séria em Canaã) para dizer que há contradição bíblica, já que aqui
que a região vinha sendo palco de constantes batalhas campais
a terra é considerada fértil.
entre as tribos que desejavam tomá-ia, por ser uma terra extrema­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto do capítulo 13 de mente fértil. O texto de Números 14.36,37 é uma prova cabal con­
Números, por si só, prova que a interpretação dos céticos é tra a tese dos céticos, por documentar a morte dos covardes que
incabível. O relatório apresentado por alguns espias que acompa­ induziram o povo à murmuração.

724
JEREMIAS 32,33

eu os ensinava, m adrugando e ensinando-os, con­ ’Clam a a m im , e responder-te-ei, e anunciar-te-ei


tu d o eles não deram ouvidos, para receberem o coisas grandes e firm es que não sabes.
ensino. 4Porque assim diz o Sen h o r , o D eus de Israel, acerca
34Antes puseram as suas abom inações na casa que das casas desta cidade, e das casas dos reis de Judá,
se cham a pelo m eu nom e, para a profanarem . que foram derrubadas com os aríetes e à espada.
35E edificaram os altos de Baal, que estão no Vale ’Eles en traram a pelejar co n tra os caldeus, m as
do Filho de H inom , para fazerem passar seus filhos isso é p ara os encher de cadáveres de hom ens, que
e suas filhas pelo fogo a M oloque; o que nunca lhes feri na m in h a ira e no m eu furor; p o rq u an to escon­
ordenei, nem veio ao m eu coração, que fizessem tal di o m eu rosto desta cidade, p o r causa de to d a a sua
abom inação, para fazerem pecar a Judá. maldade.
J6E p o r isso agora assim diz o Se n h o r , o D eus de éEis que eu trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e
Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis: Já está lhes m anifestarei abundância de paz e de verdade.
dada na m ão do rei de Babilônia, pela espada, pela 7E rem overei o cativeiro de Judá e o cativeiro de
fome, e pela pestilência: Israel, e os edificarei com o ao princípio.
37Eis que eu os congregarei de todas as terras, para 8E os purificarei de to d a a sua m aldade com que peca­
onde os tenho lançado na m in h a ira, e no m eu furor, ram contra m im ; e perdoarei todas as suas maldades,
e na m inha grande indignação; e os tornarei a trazer com que pecaram e transgrediram contra m im ;
a este lugar, e farei que habitem nele seguram ente. 9E este lugar m e servirá de nom e, de gozo, de louvor,
38E eles serão o m eu povo, e eu lhes serei o seu Deus; e de glória, entre todas as nações da terra, que o u ­
virem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão
,9E lhes darei um mesmo coração, e um só cam inho,
e pertu rb ar-se-ão p o r causa de todo o bem , e por
para que m e tem am todos os dias, para seu bem , e o
causa de toda a paz que eu lhe dou.
bem de seus filhos, depois deles.
l0Assim diz o Se n h o r : Neste lugar de que vós dizeis
40E farei com eles um a aliança eterna de não m e des­
que está desolado, e sem h o m em , sem anim al nas
viar de fazer-lhes o bem ; e porei o m eu tem or nos
cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, que estão
seus corações, para que nunca se apartem de m im .
assoladas, sem hom em , sem m orador, sem anim al,
4,E alegrar-m e-ei deles, fazendo-lhes bem ; e
ainda se ouvirá:
plantá-los-ei nesta te rra firm em ente, com to d o o
11A voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo e a
m eu coração e com toda a m inha alma.
voz da esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao Seni ior
42Porque assim diz o Se n h o r : C om o eu trouxe sobre
dos Exércitos, porque bom éo Senhor , porque a sua be­
este povo todo este grande mal, assim eu trarei sobre
nignidade dura para sempre; dosque trazem ofertas de
ele todo o bem que lhes tenho declarado.
ação de graças à casa do Senhor ; pois farei voltar os cati­
4,E com prar-se-ão cam pos nesta terra, da qual vós vos da terra com o ao princípio, diz o Senhor .
dizeis: Está desolada, sem hom ens, sem anim ais; está 12Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: A inda neste
entregue na m ão dos caldeus. lugar, que está deserto, sem h o m em nem anim al,
44C om prarão cam pos p or dinheiro, e assinarão as e em todas as suas cidades, haverá unia m o rad a de
escrituras, e as selarão, e farão que confirm em teste­ pastores, que façam repousar aos seus rebanhos.
m unhas, na terra de Benjam im , e nos contornos de I JNas cidades das m ontanhas, nas cidades das pla­
Jerusalém, e nas cidades de Judá, e nas cidades das nícies, e nas cidades do sul, e na terra de Benjamim,
m ontanhas, e nas cidades das planícies, e nas cida­ e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá,
des do sul; porque os farei voltar do seu cativeiro, diz ainda passarão os rebanhos pelas m ãos dos c o n ta­
o Senhor . dores, diz o Senho r .
l4Eis que vêm dias, diz o Senhor , em que cum prirei a
Promessas de paz e prosperidade boa palavra que falei à casa de Israel e à casa de Judá;
E VEIO a palavra do S e n h o r a Jeremias, se­ ' ’N aqueles dias e naquele tem p o farei b ro tar a
gunda vez, estando ele ainda encarcerado Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e ju sti­
no pátio da guarda, dizendo: ça na terra.
2 Assim diz o S e nho r que faz isto, o Se n h o r que 1 ‘Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará
form a isto, para o estabelecer; o S e n h o r é o seu seguram ente; e este é o nom e com o qual D eus a cha­
nome. mará: O S e nho r é a nossa justiça.

725
JEREMIAS 33,34

17Porque assim diz o S en h o r : N unca faltará a Davi de Judá; assim diz o S enhor acerca de ti: N ão m or­
hom em que se assente sobre o tro n o da casa de rerás à espada.
Israel; ’Em paz m orrerás, e conform e as queim as para teus
l8N em aos sacerdotes levíticos faltará hom em pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim
diante de m im , que ofereça holocausto, queim e queim arão para ti, ep rantear-te-ão, dizendo: Ah, S e­
oferta de alim entos e faça sacrifício todos os dias. n h o r ! Pois eu disse a palavra, diz o S enhor .

I9E veio a palavra do S enhor a Jeremias, dizendo: 6E falou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de
20A ssim d iz o S e n h o r : Se p u d e r d e s in v a lid a r a Judá, todas estas palavras, em Jerusalém,
m in h a a lia n ç a c o m o d ia , e a m in h a a lia n ç a c o m 7Q u an d o o exército do rei de Babilônia pelejava
a n o ite , d e ta l m o d o q u e n ã o h a ja d ia e n o ite a s e u contra Jerusalém, e co n tra todas as cidades que res­
te m p o , tavam de Judá, co n tra Laquis e co n tra Azeca; porque
2 'Tam bém se poderá invalidar a m inha aliança com estas fortes cidades foram as que ficaram dentre as
Davi, m eu servo, para que não tenha filho que reine cidades de Judá.
no seu trono; com o tam bém com os levitas, sacerdo­
tes, m eus m inistros. As am eaças d e D eus por causa da escravatura
22C om o não se pode contar o exército dos céus, HA palavra que do S en h or veio a Jeremias, depois
nem m edir-se a areia do m ar, assim m ultiplicarei que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo que
a descendência de Davi, m eu servo, e os levitas que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade;
m inistram diante de m im . 9Q ue cada u m despedisse livre o seu servo, e cada
23E veio ainda a palavra do S enhor a Jeremias, d i­ u m a sua serva, hebreu ou hebréia; de m aneira que
zendo: ningu ém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus
2APorventura não tens visto o que este povo está d i­ irm ãos.
zendo: As duas gerações, que o S en h or escolheu, 10E obedeceram todos os príncipes, e to d o o povo
agora as rejeitou? Assim desprezam o m eu povo, que havia en trad o na aliança, que cada u m despe­
com o se não fora mais um a nação diante deles. disse livre o seu servo, e cada um a sua serva, de m a­
25Assim diz o S en h or : Se a m inha aliança com o dia neira que não se fizessem mais servir deles; obedece­
e com a noite não perm anecer, e eu não puser as or­ ram , pois, e os soltaram ,
denanças dos céus e da terra, 1 'M as depois se arrependeram , e fizeram voltar os
26Tam bém rejeitarei a descendência de Jacó, e de servos e as servas que haviam libertado, e os sujeita­
Davi, m eu servo, para que não tom e da sua descen­ ram p o r servos e p o r servas.
dência os que dom inem sobre a descendência de l2Veio, pois, a palavra do S en h or a Jeremias, da
Abraão, Isaque, e Jacó; porque removerei o seu cati­ parte do S enhor , dizendo:
veiro, e apiedar-m e-ei deles. 1’Assim diz o S enhor , Deus de Israel: Eu fiz alian­
ça com vossos pais, n o dia em que os tirei da terra do
O fu tu r o de Zedequias é predito Egito, da casa da servidão, dizendo:
A PALAVRA que do S enhor veio a Jeremias, MAo fim de sete anos libertareis cada u m a seu
quando N abucodonosor, rei de Babilônia, e irm ão hebreu, que te for vendido, e te houver servido
to d o o seu exército, e todos os reinos da terra, que es­ seis anos, e despedi-lo-ás livre de ti; m as vossos pais
tavam sob o dom ínio da sua mão, e todos os povos, não m e ouviram , nem inclinaram os seus ouvidos.
pelejavam contra Jerusalém, e contra todas as suas I5E vos havíeis hoje arrependido, e fizestes o que é
cidades, dizendo: reto aos m eus olhos, apregoando liberdade cada um
2Assim diz o S enhor , o D eus de Israel: Vai, e fala ao seu próxim o; e fizestes diante de m im um a alian­
a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o ça, na casa que se cham a pelo m eu nom e;
S en h o r : Eis que eu entrego esta cidade na m ão do rei 16M udastes, porém , e profanastes o m eu nom e, e fi­
de Babilônia, o qual queim á-la-á a fogo. zestes voltar cada um ao seu servo, e cada um à sua
3E tu não escaparás da sua m ão, antes certam ente serva, os quais já tínheis despedido libertos confor­
serás preso e entregue na sua m ão; e teus olhos verão m e a vontade deles; e os sujeitastes, para que se vos
os olhos do rei de Babilônia, e ele te falará boca a fizessem servos e servas.
boca, e entrarás em Babilônia. l7P ortanto assim diz o S en h o r : Vós não m e ouvis­
4Todavia ouve a palavra do S enhor , ó Zedequias, rei tes a m im , para apregoardes a liberdade, cada um ao

726
JEREMIAS 34,35

seu irm ão, e cada um ao seu próxim o; pois eis que eu m uitos dias sobre a face da terra, em que vós andais
vos apregôo a liberdade, diz o Se n h o r , para a espada, peregrinando.
para a pestilência, e para a fome; e farei que sejais es­ 8O bedecem os, pois, à voz de Jonadabe, filho de
panto a todos os reinos da terra. Recabe, nosso pai, em tu d o q u an to nos ordenou; de
l8E entregarei os hom ens que transgrediram a m aneira que não bebem os vinho em todos os nossos
m inha aliança, que não cu m p riram as palavras da dias, nem nós, nem nossas m ulheres, nem nossos
aliança que fizeram diante de m im , com o bezerro, filhos, nem nossas filhas;
que dividiram em duas partes, e passaram pelo meio 9N em edificam os casas para nossa habitação; nem
das suas porções; tem os vinha, nem cam po, nem semente.
19A saber, os príncipes de Judá, e os príncipes de Je­ I0Mas habitam os em tendas, e assim obedecem os e
rusalém, os eunucos, e os sacerdotes, e todo o povo fazemos conform e tu d o q u anto nos o rd en o u Jona­
da terra que passou p o r m eio das porções do be­ dabe, nosso pai.
zerro; ' ‘Sucedeu, porém , que, sub in d o N abucodono-
20Entregá-los-ei, digo, na m ão de seus inim igos, e sor, rei de Babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde,
na m ão dos que procuram a sua m orte, e os cadáve­ e vam o-nos a Jerusalém, p o r causa do exército dos
res deles servirão de alim ento para as aves dos céus e caldeus, e p o r causa do exército dos sírios; e assim fi­
para os anim ais da terra. cam os em Jerusalém.
21E até o rei Zedequias, rei de Judá, e seus príncipes l2E ntão veio a palavra do Se n h o r a Jeremias, d i­
entregarei na m ão de seus inim igos e na m ão dos que zendo:
procuram a sua m orte, a saber, na m ão do exército 13Assim diz o Se n h o r dos Exércitos, o D eus de
do rei de Babilônia, que já se retirou de vós. Israel: Vai, e dize aos ho m en s de Judá e aos m o ra­
22Eis que eu darei ordem , diz o Se n h o r , e os farei dores de Jerusalém: Porventura n u n ca aceitareis
voltar a esta cidade, e pelejarão contra ela, e a to m a­ instrução, p ara ouvirdes as m inhas palavras? diz
rão, e a queim arão a fogo; e as cidades de Judá porei o Senho r .
em assolação, de sorte que ninguém habite nelas. MAs palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que o r­
d eno u a seus filhos que não bebessem vinho, foram
A obediência dos recabitas guardadas; pois não beberam até este dia, antes obe­
A PALAVRA que do Se n h o r veio a Jeremias, deceram o m an d am en to de seu pai; a m im , porém ,
nos dias de Jeoiaquim , filho de Josias, rei de que vos ten h o falado, m ad ru g an d o e falando, não
Judá, dizendo: m e ouvistes.
2Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à 15E vos tenho enviado todos os m eus servos, os p ro ­
casa do Senho r , a um a das câm aras e dá-lhes vinho fetas, m adrugando, e insistindo, e dizendo: Conver-
a beber. tei-vos, agora, cada um do seu m au cam inho, e fazei
3Então tom ei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de boas as vossas ações, e não sigais a o u tro s deuses para
Habazinias, e a seus irm ãos, e a todos os seus filhos, servi-los; e assim ficareis n a terra que vos dei a vós e
e a toda a casa dos recabitas; a vossos pais; porém n ão inclinastes o vosso ouvido,
4E os levei à casa do S enho r , à câm ara dos filhos de nem m e obedecestes a m im .
H anã, filho de Jigdalias, hom em de Deus, que estava l6Visto que os filhos de Jonadabe, filho de Recabe,
ju n to à câm ara dos príncipes, que ficava sobre a guardaram o m andam ento de seu pai que ele lhes or­
câm ara de Maaséias, filho de Salum, guarda do ves­ denou, m as este povo n ão m e obedeceu,
tíbulo; ‘"Por isso assim diz o Se n h o r Deus dos Exércitos,
5E pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças o D eus de Israel: Eis que trarei sobre Judá, e sobre
cheias de vinho, e copos, e disse-lhes: Bebei vinho. todos os m oradores de Jerusalém, to d o o m al que
6Porém eles disseram : N ão beberem os vinho, falei contra eles; pois lhes tenho falado, e não ouvi­
porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ram ; e clamei a eles, e não responderam .
ordenou, dizendo: N unca jam ais bebereis vinho, 18E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o
nem vós nem vossos filhos; S enho r dos Exércitos, o Deus de Israel: Pois que obe­
7N ão edificareis casa, nem sem eareis sem ente, decestes ao m andam ento de Jonadabe, vosso pai, e
nem plantareis vinha, nem a possuireis; m as h abi­ guardastes todos os seus m andam entos, e fizestes
tareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais conform e tu d o q u anto vos ordenou,

727
JEREMIAS 35,36

’’P ortanto assim diz o Se n h o r dos Exércitos, Deus Elisama, o escriba, e Delaías, filho de Semaías, e El-
de Israel: N unca faltará hom em a Jonadabe, filho de natã, filho de Acbor, e Gem arias, filho de Safa, e Ze-
Recabe, que esteja na m inha presença todos os dias. dequias, filho de H ananias, e to d o s os outros p rín ­
cipes.
O rolo de Jerem ias é lido n o tem plo IJE Micaías anunciou-lhes todas as palavras que
SUCEDEU, pois, no ano q uarto de Jeoia- ouvira, q u ando B aruque leu o livro, aos ouvidos do
quim , filho de Josias, rei de Judá, que veio povo.
esta palavra do S enhor a Jeremias, dizendo: MEntão todos os príncipes m an d aram Jeudi, filho
2Toma o rolo de um livro, e escreve nele todas as de Netanias, filho de Selemias, filho de Cusi, a B aru­
palavras que te tenho falado de Israel, e de Judá, e de que, para lhe dizer: O rolo que leste aos ouvidos do
todas as nações, desde o dia em que eu te falei, desde povo, to m a-o n a tu a m ã o ,e vem. E Baruque, filho de
os dias de Josias até ao dia de hoje. Nerias, to m o u o rolo na sua mão, e foi ter com eles.
iPorventura ouvirão os da casa de Judá todo o mal ,5E disseram -lhe: A ssenta-te agora, e lê-o aos
que eu intento fazer-lhes; para que cada qual se con­ nossos ouvidos. E leu Baruque aos ouvidos deles.
verta do seu m au cam inho, e eu perdoe a sua m alda­ 16E sucedeu que, ouvindo eles todas aquelas pala­
de e o seu pecado. vras, voltaram -se tem erosos u n s p ara os outros, e
■•Então Jeremias cham ou a Baruque, filho de disseram a Baruque: Sem dúvida algum a anuncia­
Nerias; e escreveu B aruque da boca de Jeremias no rem os ao rei todas estas palavras.
rolo de um livro todas as palavras do Sen h o r , que ele I7E p erguntaram a Baruque, dizendo: D eclara-nos
lhe tin h a falado. agora com o escreveste da sua boca todas estas p a­
5E Jeremias deu ordem a B aruque, dizendo: Eu lavras.
estou encarcerado; não posso en tra r na casa do I8E disse-lhes Baruque: Da sua boca ele m e ditava
Se nho r . todas estas palavras, e eu com tinta as escrevia no
'’Entra, pois, tu, e pelo rolo que escreveste da m inha livro.
boca, lê as palavras do Se n h o r aos ouvidos do povo, l9E ntão disseram os príncipes a Baruque: Vai, es-
na casa do Senhor , no dia de jejum ; e tam bém , aos conde-te, tu e Jeremias, e ninguém saiba onde
ouvidos de todos os de Judá, que vêm das suas cida­ estais.
des, as lerás.
7Pode ser que caia a sua súplica diante do Se nho r , e O rei destrói o rolo
se converta cada um do seu m au cam inho; porque 20E foram ter com o rei ao átrio: m as depositaram o
grande é a ira e o furor que o Se n ho r tem expressa­ rolo na câm ara de Elisama, o escriba, e anunciaram
do contra este povo. aos ouvidos do rei todas aquelas palavras.
SE fez Baruque, filho de Nerias, conform e tu d o 21Então enviou o rei a Jeudi, para que tom asse o
qu anto lhe havia ordenado Jeremias, o profeta, rolo; e Jeudi to m o u -o da câm ara de Elisama, o escri­
lendo naquele livro as palavras do Se nho r , na casa ba, e leu-o aos ouvidos do rei e aos ouvidos de todos
d o Senho r . os príncipes que estavam em to rn o do rei.
9E aconteceu, no quin to ano de Jeoiaquim , filho 22O ra, o rei estava assentado na casa de inverno,
de Josias, rei de Judá, no m ês nono, que apregoaram pelo n o n o mês; e diante dele estava um braseiro
jejum diante do Senho r a todo o povo em Jerusalém, aceso.
com o tam bém a todo o povo que vinha das cidades 23E sucedeu que, tendo Jeudi lido três o u quatro
de Judá a Jerusalém. folhas, co rtou-as com u m canivete de escrivão, e
l0Leu, pois, B aruque naquele livro as palavras de lançou-as no fogo que havia no braseiro, até que
Jeremias, na casa do Senho r , na câm ara de G em a- to d o o rolo se co n su m iu no fogo que estava sobre
rias, filho de Safã, o escriba, no átrio superior, à en­ o braseiro.
trad a da porta nova da casa do Senho r , aos ouvidos 24E não tem eram , nem rasgaram as suas vestes,
de todo o povo. nem o rei, nem n en h u m dos seus servos que ouvi­
“ E, ouvindo Micaías, filho de G em arias, filho de ram todas aquelas palavras.
Safã, todas as palavras do Sen h o r , daquele livro, 25E, posto qu e Elnatã, e Delaías, e G em arias tives­
12Desceu à casa do rei, à câm ara do escriba. Eeis que sem rogado ao rei que não queim asse o rolo, ele não
to d o s os príncipes estavam ali assentados, a saber: lhes deu ouvidos.

728
JEREMIAS 36,37

26Antes deu ordem o rei a Jerameel, filho de Ham a- 7Assim diz o Se nho r , D eus de Israel: Assim direis ao
leque, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de rei de Judá, que vos enviou a m im para m e consultar:
Abdeel, que prendessem a Baruque, o escrivão, e a Je­ Eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socor­
remias, o profeta; m as o Sen h o r os escondera. ro, voltará para a sua terra no Egito.
27Então veio a Jeremias a palavra do Sen h o r , depois 8E voltarão os caldeus, e pelejarão co n tra esta
que o rei queim ara o rolo, com as palavras que Baru­ cidade, e a tom arão, e a queim arão a fogo.
que escrevera da boca de Jeremias, dizendo: ''Assim diz o S e n h o r : N ão enganeis as vossas almas,
2SToma ainda outro rolo, e escreve nele todas aque­ dizendo: Sem dúvida se retirarão os caldeus de nós,
las palavras que estavam no prim ei ro rolo, que quei­ pois não se retirarão.
m ou Jeoiaquim, rei de Judá. "'Porque ainda que ferísseis a to d o o exército dos
2<)E a Jeoiaquim , rei de Judá, dirás: Assim diz o caldeus, que peleja contra vós, e só ficassem deles
Se n h o r : T u queim aste este rolo, dizendo: Por que hom ens feridos, cada um levantar-se-ia na sua
escreveste nele, dizendo: C ertam ente virá o rei de tenda, e queim aria a fogo esta cidade.
Babilônia, e d estruirá esta terra e fará cessar nela 11E sucedeu que, subindo de Jerusalém o exército
hom ens e animais? dos caldeus, p o r causa do exército de Faraó,
,uPortanto assim diz o Senho r , acerca de Jeoiaquim, l2Saiu Jeremias de Jerusalém, a fim de ir à terra de
rei de Judá: N ão terá quem se assente sobre o trono Benjamim, para dali se separar no m eio do povo.
de Davi, e será lançado o seu cadáver ao calor do dia, I3Mas, estando ele à p o rta de B enjam im , achava-
e à geada da noite. se ali u m capitão da guarda, cujo n o m e era Jerias,
3IE castigarei a sua iniqüidade nele, e na sua des­ filho de Selemias, filho de H ananias, o qual p ren ­
cendência, e nos seus servos; e trarei sobre ele e sobre deu a Jeremias, o profeta, dizendo: Tu foges para os
os m oradores de Jerusalém, e sobre os hom ens de caldeus.
Judá, todo aquele mal que lhes tenho falado, e não HE Jeremias disse: Isso é falso, não fujo para os cal­
ouviram . deus. Mas ele não lhe deu ouvidos; e assim Jerias
32Tom ou, pois, Jeremias o u tro rolo, e deu-o a B aru­ prendeu a Jeremias, e o levou aos príncipes.
que, filho de Nerias, o escrivão, o qual escreveu nele, 15E os príncipes se iraram m uito contra Jeremias, e o
da boca de Jeremias, todas as palavras do livro que feriram; epuseram -no na prisão,na casa de Jônatas,o
Jeoiaquim, rei de Judá, tinha queim ado no fogo; e escrivão; porque a tinham transform ado em cárcere.
ainda se lhes acrescentaram m uitas palavras sem e­ l6E ntrando, pois, Jeremias nas celas do calabouço,
lhantes. ali ficou m uitos dias.
I7E m a n d o u o rei Zedequias soltá-lo; e o rei lhe
Jerem ias na prisão perguntou em sua casa, em segredo: H á porventura
E ZEDEQUIAS, filho de Josias, a quem Na- alguma palavra do Se n h o r ? E disse Jeremias: H á. E
bucodo-nosor, rei de Babilônia, constituiu disse ainda: Na m ão do rei de Babilônia serás en ­
rei na terra de Judá, reinou em lugar de Conias, filho tregue.
de Jeoiaquim. ' “Disse m ais Jeremias ao rei Zedequias: Em que
2Mas nem ele, nem os seus servos, nem o povo da ten h o pecado co n tra ti, e co n tra os teus servos, e
terra deram ouvidos às palavras do Se n h o r que falou contra este povo, para que m e pusésseis na prisão?
pelo m inistério de Jeremias, o profeta. 19O nde estão agora os vossos profetas, que vos p ro ­
3C o n tu do m an d o u o rei Zedequias a Jucal, filho de fetizavam, dizendo: O rei de Babilônia não virá
Selemias, e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, contra vós nem co n tra esta terra?
ao profeta Jeremias, para lhe dizer: Roga agora por 20O ra, pois, ouve agora, ó rei m eu senhor: Seja
nós ao Se n h o r nosso Deus. aceita agora a m in h a súplica diante de ti, e não m e
4E entrava e saía Jeremias entre o povo, porque não deixes to rn ar à casa de Jônatas, o escriba, para que eu
o tin h am posto na prisão. não venha a m o rrer ali.
5E o exército de Faraó saíra do Egito; e quando os 2'E ntão o rd en o u o rei Zedequias qu e pusessem a
caldeus, que tinham sitiado Jerusalém, ouviram esta Jeremias no átrio da guarda; e d eram -lhe um pão
notícia, retiraram -se de Jerusalém. cada dia, da rua dos padeiros, até que se acabou
6Então veio a Jeremias, o profeta, a palavra do todo o pão da cidade; assim ficou Jeremias no átrio
Senho r , dizendo: da guarda.

729
JEREMIAS 38

Jerem ias é lançado na cisterna ‘'E disse Jeremias a Zedequias: Se eu te declarar,


OUVIRAM , pois, Sefatias, filho de M atã, e porventura não m e m atarás? E se eu te aconselhar,
Gedalias, filho de Pasur, e Jucal, filho de Se- não m e ouvirás?
lemias, e Pasur, filho de M alquias, as palavras que 1'’Então ju ro u o rei Zedequias a Jeremias,em segre­
anunciava Jeremias a todo o povo, dizendo: do, dizendo: Vive o Se n h o r , que nos fez esta alma,
2Assim diz o Se n h o r : O que ficar nesta cidade m o r­ que não te m atarei nem te entregarei na mão destes
rerá à espada, de fom e e de pestilência; m as o que hom ens que pro cu ram a tu a m orte.
sair aos caldeus viverá; porque a sua alm a lhe será l7Então Jeremias disse a Zedequias: Assim diz o
por despojo, e viverá. Se n h o r , Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Se vo­
JAssim diz o S e n h o r : Esta cidade infalivelm ente luntariam ente saíres aos príncipes do rei de Babilô­
será entregue na m ão do exército do rei de Babilô­ nia, então viverá atu a alm a,e esta cidade não se quei­
nia, e ele a tom ará. m ará a fogo, e viverás tu e a tua casa.
4E disseram os príncipes ao rei: M orra este hom em , l8Mas, se não saíres aos príncipes do rei de Babilô­
visto que ele assim enfraquece as m ãos dos hom ens nia, então será entregue esta cidade na m ão dos cal­
de guerra que restam nesta cidade, e as m ãos de todo o deus, e queim á-la-ão a fogo, e tu não escaparás da
povo, dizendo-lhes tais palavras; porque este hom em m ão deles.
não busca a paz para este povo, porém o mal. ■‘’E disse o rei Zedequias a Jeremias: Receio-me dos
’E disse o rei Zedequias: Eis que ele está na vossa judeus, que se passaram para os caldeus; que estes
mão; porque o rei nada pode fazer contra vós. me entreguem na m ão deles, e escarneçam de m im .
"Então tom aram a Jeremias, e o lançaram na cister­
20E disse Jeremias: N ão te entregarão; ouve, peço-
na de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da
te, a voz do Senho r , conform e a qual eu te falo; e bem
guarda; e desceram a Jeremias com cordas; m as na
te irá, e viverá a tu a alma.
cisterna não havia água, senão lama; e atolou-se Je­
21Mas, se tu não quiseres sair, esta é a palavra que m e
remias na lama.
m ostrou o Se n h o r :
:E, ouvindo Ebede-M eleque, o etíope, um eunuco
22Eis que todas as m ulheres que ficaram na casa do
que então estava na casa do rei, que tinham posto a
rei de Judá serão levadas aos príncipes do rei de Babi­
Jeremias na cisterna (estava, porém , o rei assentado
lônia, e elas m esm as dirão: Teus pacificadores te in ­
à p o rta de Benjam im ),
citaram e prevaleceram contra ti, m as agora que se
"Logo Ebede-M eleque saiu da casa do rei, e falou
atolaram os teus pés na lama, voltaram atrás.
ao rei, dizendo:
2íAssim que a todas as tuas m ulheres e a teus filhos
'*0 rei, senhor m eu, estes hom ens agiram mal em
levarão aos caldeus, e nem tu escaparás da sua mão,
tu d o q u anto fizeram a Jeremias, o profeta, lançan-
antes pela m ão do rei de Babilônia serás preso, e esta
do-o na cisterna; de certo m orrerá de fome no lugar
onde se acha, pois não há mais pão na cidade. cidade será queim ada a fogo.
1 "Então deu ordem o rei a Ebede-M eleque, o etíope, 24Então disse Zedequias a Jeremias: N inguém saiba
dizendo: Toma contigo daqui trin ta hom ens, e tira a estas palavras, e não m orrerás.
Jeremias, o profeta, da cisterna, antes que m orra. 25E quando ospríncipes,ouvindo que falei contigo,
11E to m o u Ebede-M eleque os hom ens consigo, e foi vierem a ti, e te disserem: D eclara-nos agora o que
à casa do rei, po r debaixo da tesouraria, e to m o u dali disseste ao rei e o que ele te disse, não n o-lo encubras,
uns trap o s velhos e rotos, e roupas velhas, e desceu- e não te m atarem os;
os a Jeremias na cisterna por meio de cordas. 26Então lhes dirás: Eu lancei a m inha súplica diante
I2E disse Ebede-M eleque, o etíope, a Jeremias: Põe do rei, que não m e fizesse to rn ar à casa de Jônatas,
agora estes trapos velhos e rotos, já apodrecidos, nas para m o rrer ali.
axilas, calçando as cordas. E Jeremias assim o fez. 27Vindo, pois, to d o so sp rín c ip e sa Jeremias, einter-
1 ’E puxaram a Jeremias com as cordas, e o alçaram rogando-o, declarou-lhes todas as palavras que o rei
da cisterna; e ficou Jeremias no átrio da guarda. lhe havia ordenado; e calados o deixaram , p orque o
MEntão o rei Zedequias m andou trazer à sua pre­ assunto não foi revelado.
sença Jeremias, o profeta, à terceira entrada da casa 28E ficou Jeremias no átrio da guarda, até o dia em
d o Se n h o r ; e disse o rei a Jeremias: Pergunto-te uma que Jerusalém foi tom ada, e ainda ali estava quando
coisa, não m e encubras nada. Jerusalém foi tom ada.

730
JEREMIAS 39,40

Nabucodonosor tonta Jerusalém e livra Jerem ias estando ele ainda encarcerado no átrio da guarda,
N O ano n o n o de Zede-quias, rei de Judá, dizendo:
no décim o mês, veio N abucodonosor, rei l6Vai, e fala a Ebede-M eleque, o etíope, dizendo:
de Babilônia, e to d o o seu exército, co n tra Jerusa­ Assim diz o S en h or dos Exércitos, D eus de Israel: Eis
lém, e a cercaram. que eu trarei as m inhas palavras sobre esta cidade
'N o ano undécim o de Zedequias, no quarto mês, para mal e não para bem ; e cum prir-se-ão diante de
aos nove do mês, fez-se um a brecha na cidade. ti naquele dia.
’E ntraram nela todos os príncipes do rei de Babilô­ 17A ti, porém , eu livrarei naquele dia, diz o S enhor ,
nia, e pararam na po rta do meio, a saber: Nergal-Sa- e não serás entregue na m ão dos hom ens, a quem
rezer,Sangar-Nebo, Sarsequim , Rabe-Saris, Nergal- temes.
Sarezer, Rabe-M ague, e todos os outros príncipes do '“Porque certam ente te livrarei, e não cairás à
rei de Babilônia. espada; mas a tu a alm a terás p o r despojo, p o rq u an ­
4E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e to confiaste em m im , diz o S enhor .
todos os hom ens de guerra, fugiram , saindo de noite
da cidade, pelo cam inho do jardim do rei, pela porta Jerem ias vai a G edalias
que está entre os dois m uros; e seguiram pelo cam i­ A PALAVRA que veio a Jeremias da parte do
nho da cam pina. S f.nhor , depois que N ebuzaradã, capitão da
5Mas o exército dos caldeus os perseguiu, e alcan­ guarda, o deixara ir de Ramá, q u an d o o to m o u , es­
çou a Zedequias nas cam pinas de Jericó; e eles o tan d o ele atado com cadeias no m eio de todos os do
prenderam , e fizeram -no subir a N abucodonosor, cativeiro de Jerusalém e de Judá, que foram levados
rei de Babilônia, a Ribla, na terra de H am ate, e o rei cativos para Babilônia.
o sentenciou. 2Tom ou o capitão da guarda a Jeremias, e disse-
6E o rei de Babilônia m ato u em Ribla os filhos de lhe: O S enhor teu Deus p ro n u n cio u este mal, contra
Zedequias, diante dos seus olhos; tam bém m atou o este lugar.
rei de Babilônia a todos os nobres de Judá. (E o S enhor o tr o u x e , e fez c o m o h a v ia fa la d o ; p o r ­
7E cegou os olhos de Zedequias, e o atou com duas q u e p e c a s te s c o n tr a o S enhor , e n ã o o b e d e c e s te s à
cadeias de bronze, para levá-lo a Babilônia. su a voz, p o r t a n t o v o s s u c e d e u isto.
8E os caldeus incendiaram a casa do rei e as casas do 4Agora, pois, eis que te soltei hoje das cadeias que
povo, e derrubaram os m uros de Jerusalém. estavam sobre as tuas m ãos. Se te apraz vir com igo
9E o restante do povo, que ficou na cidade, e os de­ para Babilônia, vem, e eu cuidarei de ti, m as se não te
sertores que se tinham passado para ele, e o restante apraz vir com igo para Babilônia, deixa de vir. Olha,
do povo que ficou, N ebuzaradã, capitão da guarda, toda a terra está diante de ti; para o n d eparecer bom
levou cativo para a Babilônia. e reto aos teus olhos ir, p ara ali vai.
loPorém os pobres dentre o povo, que não tinham 5Mas, com o ele ainda não tin h a voltado, disse-lhe:
nada, Nebuzaradã,capitão da guarda,deixou naterra Volta a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, a quem
de Judá; e deu-lhes vinhas e cam pos naquele dia. o rei de Babilônia pôs sobre as cidades de Judá, e
11 Mas N abucodonosor, rei de Babilônia, havia o r­ habita com ele no m eio do povo; ou se para q u al­
denado acerca de Jeremias, a N ebuzaradã, capitão quer o u tra parte te aprouver ir, vai. E deu-lhe o ca­
da guarda, dizendo: pitão da guarda sustento para o cam inho, e um pre­
'■Toma-o, e põe sobre ele os teus olhos, e não lhe sente, e o deixou ir.
faças n en h u m mal; antes com o ele te disser, assim 6Assim veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a
procederás com ele. Mizpá; e habitou com ele no m eio do povo que havia
' sPor isso m andou N ebuzaradã, capitão da guarda, ficado na terra.
e N ebusazbã, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe- 7O uvindo, pois, todos os capitães dos exércitos,
Mague, e todos os príncipes do rei de Babilônia, que estavam no cam po, eles e os seus hom ens, que
14M andaram retirar a Jeremias do átrio da guarda, o rei de Babilônia tinha nom eado a Gedalias, filho
e o entregaram a Gedalias, filho de Aicão, filho de de Aicão, governador da terra, e que lhe havia c o n ­
Safã, para que o levassem à casa; e ele habitou entre fiado os hom ens, e as m ulheres, e os m eninos, e os
o povo. mais pobres da terra, que não foram levados cati­
15O ra, tinha vindo a Jeremias a palavra do S enhor , vos a Babilônia,

731
JEREMIAS 40,41

*Vieram ter com Gedalias, a Mizpá; a saber: Ismael, assim aquele que o rei de Babilônia havia posto por
filho de N etanias, e Joanã e Jônatas, filhos de Careá, governador sobre a terra.
e Seraías, filho de Tanum ete, e os filhos de Efai, o n c - 'Tam bém m ato u Ismael a to d o s os ju d eu s que
tofatita, e Jezanias, filho de um m aacatita, eles e os com ele, com Gedalias, estavam em M izpá, com o
seus hom ens. tam bém aos caldeus, h om ens de guerra, que se
9E ju ro u Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, a achavam ali.
eles e aos seus hom ens, dizendo: N ão tem ais servir ''Sucedeu, pois, no dia seguinte, depois que ele m a­
aos caldeus; ficai na terra, e servi o rei de Babilônia, tara a Gedalias, sem ninguém o saber,
e bem vos irá. "Que vieram hom ens deS iquém ,de Siló.edeSam a-
'"Q uanto a m im , eis que habito em M izpá, para ria; oitenta hom ens, com a barba rapada, e as vestes
estar às ordens dos caldeus que vierem a nós; e vós rasgadas, e retalhando-se; e trazendo nas suas m ãos
recolhei o vinho, e as frutas de verão, e o azeite, e co­ ofertas e incenso, para levarem à casa do S e n h o r .
locai-os nos vossos vasos, e habitai nas vossas cida­ ''E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias,
des, que tomastes. desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontran­
1 'D o m esm o m odo todos os judeus que estavam do-os lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão.
em Moabe, e entre os filhos de A m om , e em Edom , 7Sucedeu, porém , que, entrando eles até ao meio da
e os que havia em todas aquelas terras, ouviram que cidade, m atou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou
o rei de Babilônia havia deixado alguns em Judá, e num poço, ele e os hom ens que estavam com ele.
que havia posto sobre eles a Gedalias, filho de Aicão, 8Mas houve entre eles dez hom ens que disseram a
filho de Safã, Ismael: N ão nos m ates, porque tem os, no cam po, te­
l2Então voltaram todos os judeus de todos os lu ­ souros, trigo, cevada, azeite e mel. E ele p o r isso os
gares, para onde foram lançados, e vieram à terra deixou, e não os m ato u entre seus irm ãos.
de Judá, a Gedalias, a Mizpá; e recolheram vinho e 9E o poço em que Ismael lançou todos os cadáve­
frutas do verão com m uita abundância. res dos hom ens que m ato u p o r causa de Gedalias é
' JJoanã, filho de Careá, e todos os capitães dos exér­ o m esm o que fez o rei Asa, p o r causa de Baasa, rei de
citos, que estavam no cam po, vieram a Gedalias, a Israel; foi esse m esm o que Ismael, filho de N etanias,
Mizpá. encheu de m ortos.
' 4E disseram-lhe: Bem sabes que Baalis, rei dos filhos I0E Ismael levou cativo a to d o o restante do povo
de A m om , enviou a Ismael, filho de Netanias, para que estava em M izpá, isto é, as filhas do rei, e to d o o
tirar-te a vida. Mas, Gedalias, filho de Aicão, não lhes povo que ficara em M izpá, que N ebuzaradã, capitão
deu crédito. da guarda, havia confiado a Gedalias, filho de Aicão;
1 ’Todavia Joanã, filho de Careá, falou a Gedalias em e levou-os cativos Ismael, filho de N etanias, e se foi
segredo, em M izpá, dizendo: Irei agora, e ferirei a para passar aos filhos de Amom.
Ismael, filho de Netanias, sem que ninguém o saiba; “ O uvindo, pois, Joanã, filho de Careá, e todos os
p o r que razão te tiraria ele a vida, de m odo que todos capitães dos exércitos que estavam com ele, todo o
os judeus, que se têm congregado a ti, fossem disper­ mal que havia feito Ismael, filho de Netanias,
sos, e perecesse o restante de Judá? 12Tom aram todos os seus hom ens, e foram pelejar
“ M as disse Gedalias, filho de Aicão, a Joanã, filho contra Ismael, filho de Netanias; e acharam -no ao pé
de Careá: N ão faças tal coisa; p orque falas falsamente das grandes águas que há em Gibeom .
contra Ismael. 13E aconteceu que, vendo to d o o povo, que estava
com Ismael, a Joanã, filho de Careá, e a todos os capi­
O assassinato de G edalias tães dos exércitos, que vinham com ele, se alegrou.
SUCEDEU, porém , no mês sétim o,queveio HE to d o o povo que Ismael levara cativo de Mizpá
Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, virou as costas, e voltou, e foi p ara Joanã, filho de
de sangue real, e com ele dez hom ens, príncipes do Careá.
rei, a Gedalias, filho de Aicão, a M izpá; e com eram ,5Mas Ismael, filho de N etanias, escapou com oito
pão juntos ali em Mizpá. hom ens de diante de Joanã, e se foi p ara os filhos de
2E levantou-se Ism ael, filho de N etanias, com os A m om .
dez hom ens que estavam com ele, e feriram à espada 1'’Então to m o u Joanã, filho de Careá, e todos os ca­
a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, m atando pitães dos exércitos qu e estavam com ele, a todo o

732
JEREMIAS 42,43

restante do povo que ele havia recobrado de Ismael, não vos arrancarei; p o rq u e estou arrependido do
filho de N etanias, desde M izpá, depois de haver mal que vos tenho feito.
m atado a Gedalias, filho de Aicão, isto é, aos hom ens "N ã o tem ais o rei de Babilônia, a quem vós temeis;
poderosos de guerra, e às m ulheres, e aos m eninos, e não o temais, diz o S enhor , po rq u e eu sou convosco,
aos eunucos que havia recobrado de Gibeom . para vos salvar e para vos livrar da sua mão.
17E p artira m , in d o h ab itar em G erute-Q uim ã, 12E vos concederei m isericórdia, p ara que ele tenha
que está p erto de Belém, para dali irem e e n tra ­ m isericórdia de vós, e vos faça voltar à vossa terra.
rem no Egito, 13Mas se vós disserdes: N ão ficaremos nesta terra,
18Por causa dos caldeus; porque os tem iam , p o r ter não obedecendo à voz do S en h or vosso Deus,
Ismael, filho de N etanias, m atado a Gedalias, filho 14D izendo: N ão, antes irem os à terra do Egito, onde
de Aicâo, a quem o rei de Babilônia tinha feito gover­ não verem os guerra, nem ouvirem os som de tro m ­
nador sobre a terra. beta, nem terem os fom e de pão, e ali ficaremos,
1 ’Nesse caso ouvi a palavra do S enhor , ó rem anes­
Jerem ias exorta o povo a não ir à cente de Judá: Assim diz o S en h o r dos Exércitos,
terra do E gito Deus de Israel: Se vós absolutam ente propuserdes a
ENTÀO chegaram todos os capitães dos en trar no Egito, e entrardes para lá habitar,
exércitos, e Joanã, filho de Careá, e Jeza- ““A contecerá que a espada quevó s tem eis vos alcan­
nias, filho de Hosaías, e todo o povo, desde o m enor çará ali na terra do Egito, e a fom e qu e vós receais vos
até ao maior, seguirá de perto no Egito, e ali m orrereis.
2E disseram a Jeremias, o profeta: Aceita agora 17Assim será com todos os h o m en s que puseram os
seus rostos para en trarem n o Egito, a fim de lá h a­
a nossa súplica diante de ti, e roga ao S en h o r teu
bitarem : m orrerão à espada, e de fome, e de peste; e
Deus, p o r nós e p o r to d o este rem anescente; porque
deles não haverá quem reste e escape do m al que eu
de m uitos restam os uns poucos, com o nos vêem os
farei vir sobre eles.
teus olhos;
18Porque assim diz o S en h or dos Exércitos, Deus de
3Para que o S en h or teu Deus nos ensine o cam i­
Israel: C om o se d erram o u a m in h a ira e a m in h a in ­
nho p o r onde havemos de andar e aquilo que have­
dignação sobre os habitantes de Jerusalém, assim se
m os de fazer.
derram ará a m in h a indignação sobre vós, q uando
4E disse-lhes Jeremias, o profeta: Eu vos tenho
entrardes no Egito; e sereis objeto de maldição, e de
ouvido; eis que orarei ao S enhor vosso Deus confor­
espanto, e de execração, e de opróbrio, e não vereis
m e as vossas palavras; e seja o que for que o S enhor
m ais este lugar.
vos responder eu vo-lo declararei; não vos ocultarei
,9Falou o S enhor acerca de vós, ó rem anescente de
um a só palavra.
Judá! N ão entreis no Egito; tende p o r certo que hoje
5Então eles disseram a Jeremias: Seja o S enhor entre
testifiquei contra vós.
nós testem unha verdadeira e fiel, se não fizerm os 2UP orque vos enganastes a vós m esm os, pois m e
conform e toda a palavra com que te enviar a nós o enviastes ao S en h or vo sso D eus, dizendo: O ra p o r
S enhor teu Deus. nós ao S enhor nosso Deus; e conform e tu d o o que
6Sejaela b o a ,o u s e /a m á ,àvozdoSEN HORnosso D e u s,a disser o S enhor nosso Deus, declara-no-lo assim, e
q u e m te en v ia m o s, o b e d e c e re m o s, p a ra q u e n o ss u c e d a o faremos.
b e m , o b e d e c e n d o à v o z d o S enhor n o ss o D e u s. 2IE vo-lo tenho declarado hoje; m as não destes o u ­
7E sucedeu que ao fim de dez dias veio a palavra do vidos à voz do S en h o r vosso Deus, em coisa algum a
S enhor a Jeremias. pela qual ele m e enviou a vós.
"Então cham ou a Joanã, filho de Careá, e a todos os 22Agora, pois, sabei p o r certo que m orrereis à
capitães dos exércitos, que havia com ele, e a todo o espada, de fom e e de peste no mesmo lugar o nde de­
povo, desde o m enor até ao maior, sejais ir, para lá m orardes.
9E disse-lhes: Assim diz o S enhor , D eus de Israel, a
quem m e enviastes, para apresentar a vossa súpli­ Jerem ias é levado ao E gito pelo povo
ca diante dele: E SUCEDEU que, acabando Jeremias de
l0Se de boa m ente ficardes nesta terra, então vos falar a todo o povo todas as palavras do
edificarei, e não vos derrubarei; e vos plantarei, e S en h or seu Deus, com as quais o S enhor seu Deus

733
JEREMIAS 43,44

lho havia enviado, para que lhes dissesse todas estas A m eaças contra os ju d e u s q u e fu g ir a m
palavras, para o Egito
2Então falaram Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, A PALAVRA que veio a Jeremias, acerca
filho de Careá, e todos os hom ens soberbos, dizen­ de to d o s os judeus, h abitantes da te rra do
do a Jeremias: Tu dizes m entiras; o Se n h o r nosso Egito, que habitavam em M igdol, e em Tafnes, e em
D eus não te enviou a dizer: N ão entreis no Egito, Nofe, e na terra de Patros, dizendo:
para ali habitar; 2 Assim diz o Se n h o r dos Exércitos, D eus de Israel:
}Mas Baruque, filho de Nerias, te incita contra nós, Vós vistes to d o o m al que fiz vir sobre Jerusalém, e
para entregar-nos na m ão dos caldeus, para nos m a­ sobre todas as cidades de Judá; e eis que elas são hoje
tarem , ou para nos levarem cativos para Babilônia. um a desolação, e ninguém habita nelas;
4N ão obedeceu, pois, Joanã, filho de Careá, nem 3Por causa da m aldade que fizeram, p ara m e
n en h u m de todos os capitães dos exércitos, nem o irarem , indo queim ar incenso, e servir a deuses es­
povo todo, à voz do Se n h o r , para ficarem na terra tranhos, que nunca conheceram , nem eles, nem vós,
de Judá. «em vossos pais.
5Antes tom ou Joanã, filho de Careá, e todos os capi­ 4E eu vos enviei todos os m eus servos, os profetas,
m adrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta
tães dos exércitos a todo o restante de Judá, que havia
coisa abom inável que odeio.
voltado dentre todas as nações, para onde haviam
5M as eles não escutaram , nem inclinaram os seus
sido lançados, para m orarem na terra de Judá;
ouvidos, para se converterem da sua m aldade, para
6Aos hom ens, e às m ulheres, e aos m eninos, e às
não queim arem incenso a o u tro s deuses.
filhas do rei, e a toda a alm a que N ebuzaradã, capi­
6D erram o u -se,p o is,a m in h a indignação e a m inha
tão da guarda, deixara com Gedalias, filho de Aicão,
ira, e acendeu-se nas cidades de Judá, e nas ruas de Je­
filho de Safã; com o tam bém a Jeremias, o profeta, e
rusalém , e elas to rn aram -se em deserto e em desola­
a Baruque, filho de Nerias;
ção, com o hoje se vê.
7E entraram na terra do Egito, porque não obedece­
7Agora, pois, assim diz o S enho r , Deus dos Exér­
ram à voz do Se n h o r ; e vieram até Tafnes.
citos, D eus de Israel: P or que fazeis vós tão grande
m al contra as vossas almas, para vos desarraigardes,
Profecia da conquista do E gito por
ao hom em e à m ulher, à criança e ao que m am a, do
N abucodonosor
m eio de Judá, a fim de não deixardes rem anescen­
"Então veio a palavra do Sf.n h o r a Jeremias, em
te algum;
Tafnes, dizendo: 8Iran d o -m e com as obras de vossas m ãos, q u ei­
’Toma na tua m ão pedras grandes, e esconde-as no m and o incenso a deuses estranhos na terra do Egito,
barro, no forno que está à entrada da casa de Faraó, aonde vós entrastes p ara lá habitar; para que a vós
em Tafnes, perante os olhos dos hom ens de Judá, m esm os vos desarraigueis, e para que sirvais de m al­
l0E dize-lhes: Assim diz o Se n h o r dos Exércitos, dição, e de o p ró b rio entre todas as nações da terra?
D eus de Israel: Eis que eu enviarei, e tom arei a N a­ ’Esquecestes já as m aldades de vossos pais, e as m al-
bucodonosor, rei de Babilônia, m eu servo, e porei o dades dos reis de Judá, e as m aldades de suas m u ­
seu tro n o sobre estas pedras que escondi; e ele esten­ lheres, e as vossas m aldades, e as m aldades de vossas
derá a sua tenda real sobre elas. m ulheres, que com eteram na terra de Judá, e nas
1 'E virá, e ferirá a terra do Egito; entregando para a ruas de Jerusalém?
m orte, quem é para a m orte; e quem é para o cati­ l0N ão se hum ilharam até ao dia de hoje, nem tem e­
veiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para ram , nem andaram na m in h a lei, nem nos m eus esta­
a espada. tutos, que pus diante de vós e diante de vossos pais.
12E lançarei fogo às casas dos deuses d o Egito, e 1 ‘P ortanto assim diz o S e n h o r dos Exércitos, Deus
queim á-los-á, e levá-los-á cativos; e vestir-se-á da de Israel: Eis que eu p o n h o o m eu rosto contra vós
terra do Egito, com o veste o pastor a sua roupa, e para mal, e para desarraigar a to d o o Judá.
sairá dali em paz. I2E tom arei os qu e restam d e Judá, os quais puse­
1 ’E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na ram os seus rostos para entrarem n a terra do Egito,
terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito quei­ p ara lá h ab itar e todos eles serão consum idos na
m ará a fogo. te rra do Egito; cairão à espada, e de fom e m orre-

734
JEREMIAS 44,45

rão; consum ir-se-ão, desde o m enor até ao m aior; à 24Disse m ais Jeremias a to d o o povo e a todas as m u ­
espada e de fome m orrerão; e servirão de execração, lheres: Ouvi a palavra do Se nho r , vó s , todo o Judá,
e de espanto, e de maldição, e de opróbrio. que estais na terra do Egito.
l3Porque castigarei os que habitam na terra do 25Assim fala o Se n h o r dos Exércitos, Deus de Israel,
Egito, com o castiguei Jerusalém, com a espada, com dizendo: Vós e vossas m ulheres não som ente falas­
a fom e e com a peste. tes po r vossa boca, senão tam bém o cum pristes p o r
l4De m aneira que da p arte rem anescente de Judá, vossas m ãos, dizendo: C ertam en te cum prirem os
que en trou na te rra d o Egito, p ara lá habitar, não os nossos votos que fizemos de queim ar incenso à
haverá quem escape e fique para to rn a r à terra de rainha dos céus e de lhe oferecer libações; confirm ai,
Judá, à qual eles suspiram voltar p ara nela m orar; pois, os vossos votos, e perfeitam ente cum pri-os.
porém não to rn arão senão uns fugitivos. 26P ortanto ouvi a palavra do Se nho r , todo o Judá,
,5Então responderam a Jeremias todos os homens que habitais na terra do Egito: Eis que eu ju ro pelo
que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a m eu grande nom e, diz o S e nho r , que nunca mais
deusesestranhos, e todas as mulheres que estavam pre­ será pronunciado o m eu no m e pela boca de n enhum
sentes«« grande multidão, como tam bém todo o povo hom em de Judá em to d a a terra do Egito dizendo:
que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo: Vive o Senhor D eus !
16Q uanto à palavra que nos anunciaste em nom e do 27Eis que velarei sobre eles p ara m al, e não para
Se nho r , não obedecerem os a ti; bem ; e serão consum idos todos os h o m en s de Judá,
17Mas certam ente cum prirem os toda a palavra que que estão n a terra do Egito, pela espada e pela fome,
saiu da nossa boca, queim ando incenso à rainha dos até que de todo se acabem.
céus, e oferecendo-lhe libações, com o nós e nossos 28E os que escaparem da espada voltarão da terra
pais, nossos reis e nossos príncipes, tem os feito, nas do Egito à terra de Judá, poucos em núm ero; e todo
cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tí­ o restante de Judá, que en tro u na te rra do Egito,
nham os fartura de pão, e andávam os alegres, e não para h ab itar ali, saberá se subsistirá a m in h a pala­
víamos mal algum. vra ou a sua.
l8Mas desde que cessamos de queim ar incenso 29E isto vos servirá de sinal, diz o Se n h o r , que eu
à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tive­ vos castigarei neste lugar, para que saibais que cer­
m os falta de tudo, e fom os consum idos pela espada tam ente subsistirão as m inhas palavras co n tra vós
e pela fome. para mal.
19E q u ando nós queim ávam os incenso à rainha dos 30Assim diz o Se n h o r : Eis que eu darei Faraó-H o-
céus, e lhe oferecíam os libações, acaso lhe fizemos fra, rei do Egito, na m ão de seus inim igos, e na m ão
bolos, para a adorar, e oferecem os-lhe libações sem dos que p ro cu ram a sua m orte; com o entreguei Ze-
nossos maridos? dequias, rei de Judá, na m ão de N abucodonosor, rei
20Então disse Jeremias a to d o o povo, aos hom ens e de Babilônia, seu inim igo, e que procurava a sua
às m ulheres, e a to d o o povo que lhe havia dado esta m orte.
resposta, dizendo:
21Porventura não se lem brou o Senho r , e não lhe A palavra d e Jerem ias a B a ru q u e
veio ao coração o incenso que queim astes nas ci­ A PALAVRA que Jeremias, o profeta, falou
dades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós e vossos a Baruque, filho de Nerias, q uando este es­
pais, vossos reis e vossos príncipes, com o tam bém o crevia, n u m livro, estas palavras, da boca de Jere­
povo da terra? mias, no ano q u arto de Jeoiaquim , filho de Josias,
22De m aneira que o Se n h o r não podia por mais rei de Judá, dizendo:
tem po sofrer a m aldade das vossas ações, as abo­ 2Assim diz o Se n h o r , D eus de Israel, acerca de ti, ó
m inações que cometestes; p o r isso se to rn o u a vossa Baruque:
terra em desolação, e em espanto, e em m aldição, ’Disseste: Ai d em im agora, p orque m e acrescentou
sem habitantes, com o hoje se vê. o Se n h o r tristeza sobre m in h a dor! Estou cansado do
“ Porque queim astes incenso, e p orque pecastes m eu gem ido, e não acho descanso.
contra o Senhor , e não obedecestes à voz do S enho r , 4Assim lhe dirás: Isto diz o Se n h o r : Eis que o que
e na sualei.e nos seus testem unhos não andastes, por edifiquei eu d errubo, e o qu e plantei eu arranco, e
isso vos sucedeu este mal, com o se vê neste dia. isso em toda esta terra.

735
JEREMIAS 45,46

5E procuras tu grandezas para ti m esm o? N ão as 1 sPor que foram derru b ad o s os teus valentes? N ão
procures; porque eis que trarei m al sobre toda a p uderam m anter-se firm es, p o rq u e o Se n h o r os
carne, diz o Se n h o r ; porém te darei a tu a alm a por abateu.
despojo, em todos os lugares para onde fores. '^M ultiplicou os que tropeçavam ; tam bém caíram
uns sobre os outros, e disseram : Levanta-te, e volte­
Profecia contra várias nações m os ao nosso povo, e à terra do nosso nascim ento,
A PALAVRA do Senho r , que veio a Jeremias, po r causa da espada que oprim e.
o profeta, contra os gentios, l7C lam aram ali: Faraó rei do Egito éapenas um b a­
2 Acerca do Egito, contra o exército de Faraó-Neco, rulho; deixou passar o tem p o assinalado.
rei do Egito, que estava j un to ao rio Eufrates em Car- 1 sVivo eu, diz o rei, cujo n o m e é o Senho r dos Exér­
quem is, ao qual feriu N abucodonosor, rei de Babi­ citos, que certam ente com o o Tabor entre os m ontes,
lônia, no ano q uarto de Jeoiaquim , filho de Josias, e com o o C arm elo ju n to ao m ar, certamente assim
rei de Judá. ele virá.
’P reparai o escudo e o pavês, e chegai-vos para a l9Prepara os utensílios para ires ao cativeiro, ó m o ­
peleja. radora, filha do Egito; porque Nofe será to rn ad a em
4 Selai os cavalos e montai, cavaleiros, e apresentai-vos desolação, e será incendiada, até que ninguém mais
com elmos; limpai as lanças, vesti-vos de couraças. aí m ore.
5Por que razão vejo os m edrosos voltando as costas? 20Bezerra m ui form osa é o Egito; m as já vem a des­
Os seus valentes estão abatidos, e vão fugindo, sem truição, vem d o norte.
olharem para trás; terro r há ao redor, diz o Senhor . 2'Até os seus m ercenários no m eio dela são com o
6N ão fuja o ligeiro, e não escape o valente; para o bezerros cevados; m as tam bém eles v iraram as
lado norte, ju n to à borda do rio Eufrates tropeça­ costas, fugiram juntos; não ficaram firmes; porque
ram e caíram. veio sobre eles o dia da sua ru ín a e o tem po do seu
7Q uem é este que vem subindo com o o Nilo, cujas castigo.
águas se m ovem com o os rios? 22A sua voz irá com o a da serpente; p orque m archa­
sO Egito vem subindo com o o Nilo, e com o rios rão com um exército, e virão contra ela com m acha­
cujas águas se m ovem ; e disse: Subirei, cobrirei a dos, com o cortadores de lenha.
terra, destruirei a cidade, e os que nela habitam . 23C ortarão o seu bosque, diz o S enho r , em bora seja
9Subi, ó cavalos, e estrondeai, ó carros, e saiam os im penetrável; p orque se m ultiplicaram m ais do que
valentes; os etíopes, e os do Líbano, que m anejam o os gafanhotos; são inumeráveis.
escudo, e os lídios, que m anejam e entesam o arco. 24A filha do Egito será envergonhada; será entregue
I°Porque este dia éo dia do Senhor D eus dos Exérci­ na m ão do povo d o norte.
tos, dia de vingança para ele se vingar dos seus adver­ 2,Diz o Se n h o r dos Exércitos, o D eus de Israel: Eis
sários; e a espada devorará, e fartar-se-á, e em bria- que eu castigarei a A m om de N ô, e a Faraó, e ao Egito,
gar-se-á com o sangue deles; porque o Senhor D eus e aos seus deuses, e aos seus reis; ao p ró p rio Faraó, e
dos Exércitos tem um sacrifício na terra do norte, aos que nele confiam.
ju n to ao rio Eufrates. 26E os entregarei na m ão dos que pro cu ram a sua
II Sobe a Gileade, e tom a bálsam o, ó virgem filha do m orte, n a m ão de N abucodonosor, rei de Babilônia,
Egito; debalde m ultiplicas rem édios, pois já n ão há e na m ão dos seus servos; m as depois será habitada,
cura para ti. com o nos dias antigos, diz o Se n h o r .
12As nações ouviram a tu a vergonha, e a terra está 27M as não tem as tu , servo m eu, Jacó, nem te es­
cheia do teu clam or; porque o valente tropeçou com pantes, ó Israel; p o rq u e eis que te livrarei m esm o de
o valente e am bos caíram juntos. longe, com o tam bém a tu a descendência da terra do
13 A palavra que falou o Se n h o r a Jerem ias, o profe­ seu cativeiro; e Jacó voltará, e descansará, e sossega­
ta, acerca da vinda de N abucodonosor, rei de Babi­ rá, e não haverá qu em o atem orize.
lônia, para ferir a terra do Egito. -KTu não tem as, servo m eu, Jacó, diz o Se n h o r ,
l4Anunciai no Egito, e fazei ouvir isto em Migdol; p orqu e estou contigo; p o rq u e porei term o a todas
fazei tam bém ouvi-lo em Nofe, e em Tafnes, dizei: as nações en tre as quais te lancei; m as a ti não darei
A presenta-te, eprepara-te; p orque a espada já devo­ fim, m as castigar-te-ei com justiça, e não te darei de
ro u o que está ao redor de ti. to d o p o r inocente.

736
JEREMIAS 47,48

Profecia contra os filisteu s “Porque virá o d estru id o r sobre cada um a das cida­
A PALAVRA do S e n h o r , que veio a Jere­ des, e n en h u m a cidade escapará, e perecerá o vale, e
mias, o profeta, co n tra os filisteus, antes destruir-se-á a cam pina; p o rq u e o S e n h o r o disse.
que Faraó ferisse a Gaza. ‘’Dai asas a M oabe; p o rq u e voando sairá, e as
aAssim diz o S e n h o r : Eis que se levantam as águas suas cidades se to rn arão em desolação, e ninguém
do norte, e tornar-se-ão em torrente transbordante, m orará nelas.
e alagarão a terra e sua plenitude, a cidade, e os que ‘“M aldito aquele que fizer a obra do S e n h o r fraudu-
nela habitam ; e os hom ens clam arão, e todos os m o ­ losamente; e m aldito aquele que retém a sua espada
radores da terra se lam entarão; do sangue.
3 Ao ruído estrepitoso dos cascos dos seus fortes ca­ 11 M oabe esteve descansado desde a sua m ocidade, e
valos, ao barulho de seus carros, ao estrondo das suas repousou nas suas fezes, e não foi m udado de vasilha
rodas; os pais não atendem aos filhos, p or causa da para vasilha, nem foi para o cativeiro; p o r isso co n ­
fraqueza das mãos; servou o seu sabor, e o seu cheiro n ão se alterou.
4Por causa do dia que vem , p ara destruir a todos os l2Portanto, eis que dias vêm , diz o S e n h o r , em que
filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o res­ lhe enviarei derram adores que o derram arão; e des­
tante que os socorra; porque o S e n h o r destruirá os pejarão as suas vasilhas, e rom perão os seus odres.
filisteus, o rem anescente da ilha de Caftor. 1JE M oabe terá vergonha de Q uem ós com o a casa
’A calvícieveio sobre Gaza, foi desarraigada Ascalom, de Israel se envergonhou de Betei, sua confiança.
com o restante do seu vale; até quando te retalharás? 14C om o direis: Somos valentes e hom ens fortes para
6Ah; espada do S e n h o r ! Até q u an d o deixarás a guerra?
de repousar? Volta para a tua bainha, descansa, e 1sM oabe está destruído, e subiu das suas cidades, e
aquieta-te. os seus jovens escolhidos desceram à m atança, diz o
7Mas com o te aquietarás? Pois o S e n h o r deu ordem Rei, cujo no m e é o S e n h o r dos Exércitos.
à espada contra Ascalom, e contra a praia do mar, 16Está prestes a vir a calam idade de M oabe; e apres-
para onde ele a enviou. sa-se m u ito a sua aflição.
17C ondoei-vos dele todos os que estais ao seu redor,
Profecia contra M oabe e todos os que sabeis o seu nom e; dizei: C om o se que­
CONTRA M oabe, assim diz o S e n h o r brou a vara forte, o cajado form oso?
dos Exércitos, D eus de Israel: Ai de Nebo, ‘“Desce da tua glória, e assenta-te em terra seca, ó
porque foi destruída; envergonhada está Q uiria- m oradora, filha de D ibom ; p orque o d estru id o r de
taim , já está tom ada; M isgabe está envergonhada M oabe subiu co n tra ti, e desfez as tuas fortalezas.
e desanim ada. l9Põe-te no cam inho, e espia, ó m o rad o ra de Aroer;
2 A glória de M oabe já não existe mais; em H esbom pergunta ao que vai fugindo; e à que escapou dize:
tram aram m al contra ela, dizendo: Vinde, e exterm i­ Q ue sucedeu?
nem o-la, para que não seja mais nação; tam bém tu, ó -“M oabe está envergonhado, p orque foi q u eb ran ­
M adm ém , serás silenciada; a espada te perseguirá. tado; lam entai e gritai; anunciai em A rnom que
’Voz de clam or de H oronaim ; ru ín a e grande des­ M oabe está destruído.
truição! 2‘T am bém o julgam ento veio sobre a terra da cam ­
4Está destruída M oabe; seus filhinhos fizeram ouvir pina; sobre H olom , sobre Jaza, sobre Mefaate,
um clamor. 22Sobre D ibom , sobre N ebo, sobre Bete-Dibla-
5Porque pela subida de Luíte eles irão com choro taim,
contínuo; porque na descida de H oronaim os ad­ 2,Sobre Q uiriataim , sobre Bete-Gamul, sobre Bete-
versários de M oabe ouviram as angústias do grito Meom,
da destruição. 24Sobre Q ueriote, e sobre Bozra; e até sobre todas as
6Fugi, salvai a vossa vida; sede com o a tam arguei- cidades da terra de M oabe, as de longe e as de perto.
ra no deserto; 2SJá é cortado o p oder de M oabe, e é q u eb ran tad o o
'P o rq u e,por causa da tua confiança nas tuas obras, seu braço, diz o S e n h o r .
e nos teus tesouros, tam bém tu serás tom ada; e 26Em briagai-o, porque contra o S e n h o r se engran­
Quem ós sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e deceu; e M oabe se revolverá no seu vôm ito, e ele
os seus príncipes juntam ente. tam bém se to rn ará objeto de escárnio.

737
JEREMIAS 48,49

27Pois não foi tam bém Israel objeto de escárnio? 4íTemor, e cova, e laço, vêm sobre ti, ó m o rad o r de
Porventura foi achado entre ladrões, para que M oabe, diz o S e n h o r .
sem pre que fales dele, saltes de alegria? 440 que fugir do tem o r cairá na cova, e o que subir
"D e ix ai as cidades, e habitai no rochedo, ó m o ra­ da cova ficará preso no laço; porque trarei sobre ele,
dores de M oabe; e sede com o a pom ba que se aninha sobre M oabe, o ano do seu castigo, diz o S e n h o r .
nos lados da boca da caverna. 4SO s que fugiam sem força p araram à so m b ra de
■^Ouvimos da soberba de M oabe, que é soberbíssi- H esbom ; pois saiu fogo de H esbom , e a labareda do
m o, como também da sua arrogância, e da sua vaida­ m eio de Siom, e devorou o canto de M oabe e o alto
de, e da sua altivez e do seu orgulhoso coração. da cabeça dos turbulentos.
“’Eu conheço, diz o S e n h o r , a sua indignação, mas 4(,Ai de ti, Moabe! Pereceu o povo de Q uem ós;
isso nada é; as suas m entiras nada farão. p orqu e teus filhos ficaram cativos, e tuas filhas em
3'P o r isso gem erei p o r M oabe, sim , gritarei por cativeiro.
todo o M oabe; pelos hom ens de Q uir-H eres lam en­ 47M as nos últim os dias farei voltar os cativos de
tarei; M oabe, diz o S e n h o r . Até aqui o juízo de M oabe.
3-C om o choro de lazer chorar-te-ei, ó vide de
Sibma; os teus ram os passaram o m ar, chegaram até Profecia contra várias nações
ao m ar de Jazer; porém o destruidor caiu sobre os CONTRA os filhos de A m om . Assim diz o
teus frutos do verão, e sobre a tu a vindim a. S e n h o r : Acaso Israel não tem filhos, nem
í3T irou-se, pois, o folguedo e a alegria do cam po tem herdeiro? Por que, pois, herdou M alcã a G ade e
fértil e da terra de M oabe; porque fiz cessar o vinho o seu povo habitou nas suas cidades?
nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo; o júbilo 2Portanto, eis que vêm dias, diz o S e n h o r , em que
não será júbilo. farei ouvir em Rabá dos filhos de A m om o alarido
’■'Por causa do grito de H esbom até Eleale e até Jaaz, de guerra, e tornar-se-á n u m m o n tão de ruínas, e os
se ouviu a sua voz desde Z oar até H oronaim , com o lugares da sua jurisdição serão queim ados a fogo; e
bezerra de três anos; porque até as águas do N inrim Israel herdará aos que o herdaram , diz o S e n h o r .
se tornarão em assolação. ’L am enta, ó H esbom , porque é destru íd a Ai;
3,E farei cessar em M oabe, diz o S e n h o r , quem sacri­ clamai, ó filhas de Rabá, cingi-vos de sacos, lam en­
fique nos altos, e queim e incenso aos seus deuses. tai, e dai voltas pelos valados; porque M alcã irá em
36Por isso ressoará com o flauta o m eu coração por cativeiro, ju n tam en te com seus sacerdotes e os seus
M oabe, tam bém ressoará com o flauta o m eu co­ príncipes.
ração pelos hom ens de Q uir-H eres; p o rq u an to a 4Por que te glorias nos vales, teus luxuriantes vales,
abundância que ajuntou se perdeu. ó filha rebelde, que confias nos teus tesouros, dizen­
37Porque toda a cabeça será tosquiada, e toda a do: Q uem virá co n tra mim?
barba será dim inuída; sobre todas as m ãos haverá 5Eis que eu trarei tem o r sobre ti, diz o Senhor D e u s
sarjaduras, e sobre os lom bos, sacos. dos Exércitos, de todos os que estão ao redor de ti; e
,8Sobre todos os telhados de M oabe e nas suas ruas sereis lançados fora cada um diante de si, e ninguém
haverá um p ranto geral; porque quebrei a M oabe, recolherá o desgarrado.
com o a um vaso que não agrada, diz o S e n h o r . 6Mas depois disto farei voltar os cativos dos filhos
<9C om o está quebrantado! C om o gritam ! C om o de A m om , diz o S e n i io r .
virou M oabe a cerviz envergonhado! Assim será 7Acerca de Edom . Assim diz o S e n h o r dos Exérci­
M oabe objeto de escárnio e de desm aio, para todos tos: Acaso não há mais sabedoria em Temã? Pereceu
que estão em redor dele. o conselho dos entendidos? C orrom peu-se a sua sa­
■"’Porque assim diz o S e n h o r : Eis que voará com o a bedoria?
águia,e estenderá as suas asas sobre M oabe. “Fugi, voltai-vos, buscai profundezas para habitar,
4' São tom adas as cidades, e ocupadas as fortalezas; ó m orad o res de D edã, p o rq u e eu trarei sobre ele a
e naquele dia será o coração dos valentes de M oabe ru ín a de Esaú, no tem po em que o castiguei.
com o o coração da m ulher que está com dores de 9S evindim adores viessem a ti, não deixariam rabis­
parto. cos? Se ladrões de noite viessem, não te danificariam
42E M oabe será destruído, para que não seja povo; q uanto lhes bastasse?
p o rq u e se engrandeceu contra o S e n h o r . ,0M as eu despi a Esaú, descobri os seus esconde­

738
JEREMIAS 49

rijos, e não se poderá esconder; foi destruída a sua fugir, e o trem or a to m o u ; angústia e dores a to m a­
descendência, com o tam bém seus irm ãos e seus vi­ ram com o da que está de parto.
zinhos, e ele já não existe. 2,C om o está ab an d o n ad a a cidade do louvor, a
11 Deixa os teus órfãos, eu os guardarei em vida; e as cidade da m inha alegria!
tuas viúvas confiem em m im. 26P ortanto cairão os seus jovens nas suas ruas; e
12Porque assim diz o S e n h o r : Eis que os que não es­ todos os h om ens de guerra serão consum idos n a­
tavam condenados a beber do copo, totalm ente o quele dia, diz o S e n h o r dos Exércitos.
beberão; e tu ficarias inteiram ente im pune? N ão fi­ 27E acenderei fogo no m u ro de Damasco, e consu­
carás im pune, m as certam ente o beberás. m irá os palácios de Bene-H adade.
13Porque p o r m im m esm o jurei, diz o S e n h o r , que 2SAcerca de Q uedar, e dos reinos de Hazor, que
Bozra servirá de espanto, de opróbrio, de assolação, N abucodonosor, rei de Babilônia, feriu. Assim diz o
e de maldição; e todas as suas cidades se tornarão em S e n h o r : Levantai-vos, subi contra Q uedar, e destruí
desolações perpétuas. os filhos do oriente.
14Ouvi novas vindas do S e n h o r , que um em baixa­ 2''Tomarão as suas tendas, os seus gados, as suas corti­
dor é enviado aos gentios, p ara lhes dizer: A juntai- nas e todos os seus utensílios, e os seus camelos levarão
vos, e vinde contra ela, e levantai-vos para a guerra. para si; e lhes clamarão: H á m edo por todos os lados.
l5Porque eis que te fiz pequeno entre os gentios, 3nFugi, desviai-vos para m u ito longe, buscai p ro ­
desprezado entre os hom ens. fundezas para habitar, ó m oradores de Hazor, diz o
u>Q u an to à tua terribilidade, enganou-te a arro ­ S e n h o r ; p orque N abucodonosor, rei de Babilônia,
gância do teu coração, tu que habitas nas cavernas tom o u conselho contra vós, e fo rm o u um desígnio
das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros; ainda contra vós.
que eleves o teu n in h o com o a águia, de lá te d e rru ­ 3lLevantai-vos, subi co n tra um a nação tranqüila,
barei, diz o S e n h o r . que habita confiadam ente, diz o S e n h o r , que não
l7Assim servirá Edom de desolação; to d o aquele tem portas, nem ferrolhos; habitam sós.
que passar por ela se espantará, e assobiará po r causa 32E os seus cam elos serão para presa, e a m ultidão
de todas as suas pragas. dos seus gados p ara despojo; e os espalharei a todo
lsSerá com o a destruição de Sodom a e G om orra, o vento, àqueles que estão nos lugares m ais distan ­
e dos seus vizinhos, diz o S e n h o r ; não habitará n in ­ tes, e de todos os seus lados lhes trarei a sua ruína,
guém ali, nem m orará nela filho de hom em . diz o S f.n h o r .
l9Eis que ele com o leão subirá da enchente do 33E H azor se to rn ará em m orada de chacais, em as­
Jordão contra a m orada do forte; porque nu m m o ­ solação para sem pre; ninguém h abitará ali, nem
m ento o farei correr dali; e quem é o escolhido que m orará nela filho de hom em .
porei sobre ela? Pois quem é sem elhante a mim ? e 34 A palavra do S e n h o r , que veio a Jeremias, o p ro
quem m e fixará o tem po? e quem é o pastor que sub­ feta, contra Elão, no princípio do reinado de Zede-
sistirá perante mim? quias, rei de Judá, dizendo:
2üP ortanto ouvi o conselho do S e n h o r , que ele de­ 35Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: Eis que eu que­
cretou contra Edom , e os seus desígnios que ele in ­ brarei o arco de Elão, o principal do seu poder.
tentou entre os m oradores de Temã: C ertam ente os 36E trarei sobre Elão os q u atro ventos dos quatro
m enores do rebanho serão arrastados; certam ente cantos dos céus, e os espalharei n a direção de todos
ele assolará as suas m oradas com eles. estes ventos; e não haverá nação aonde não cheguem
21A terra estrem eceu com o estrondo da sua queda; os fugitivos de Elão.
e do seu grito, até ao M ar Vermelho se ouviu o som . 37E farei que Elão tem a diante de seus inim igos e
22Eis que ele com o águia subirá, e voará, e estende­ diante dos que p ro cu ram a sua m orte; e farei vir
rá as suas asas contra Bozra; e o coração dos valentes sobre eles o mal, o fu ro r da m in h a ira, diz o S e n h o r ;
de Edom naquele dia será com o o coração da m ulher e enviarei após eles a espada, até que venha a co n ­
que está com dores de parto. sum i-los.
23Acerca de Damasco. E nvergonhou-se H am ate e 38E porei o m eu tro n o em Elão; e destruirei dali o rei
Arpade, porquanto ouviram m ás novas, desm aia­ e os príncipes, diz o S e n h o r .
ram; no m ar há angústia, não se pode sossegar. 39Acontecerá, porém , nos últim os dias, que farei
■^Enfraquecida está Damasco; virou as costas para voltar os cativos de Elão, diz o S e n h o r .

739
JEREMIAS 50

Profecia contra B abilônia que arm ais arcos; atirai-lhe, não poupeis as flechas,
A PALAVRA que falou o S e n h o r contra a porque pecou contra o S e n h o r .
Babilônia, contra a terra dos caldeus, por 1’G ritai co n tra ela ao redor, ela já se subm eteu;
interm édio de Jeremias, o profeta. caíram seus fundam entos, estão derru b ad o s os seus
2Anunciai en tre as nações; e fazei ouvir, e arvo­ m uros; porque esta é a vingança do S e n h o r ? vingai-
rai um estandarte, fazei ouvir, não encubrais; dizei: vos dela; com o ela fez, assim lhe fazei.
Tomada está Babilônia, confundido está Bei, espa­ ''’A rrancai de Babilônia o que semeia, e o que leva
tifado está M erodaque, confundidos estão os seus a foice no tem po da sega; p o r causa da espada afliti­
ídolos, e quebradas estão as suas imagens. va virar-se-á cada u m para o seu povo, e fugirá cada
'Porque subiu contra ela um a nação do norte, que um para a sua terra.
fará da sua terra um a solidão, e não haverá quem l7Cordeiro desgarrado é Israel; os leões o afugen­
nela habite; tanto os hom ens com o os anim ais fugi­ taram ; o prim eiro a devorá-lo foi o rei da Assíria;
ram , e se foram. e, p o r últim o N abucodonosor, rei de Babilônia, lhe
4Naqueles dias, e naquele tem po, diz o S e n h o r , o s quebrou os ossos.
filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá ju n ta ­ ‘“Portanto, assim diz o S e n i ío r dos Exércitos, Deus
m ente; andando e chorando virão, e buscarão ao de Israel: Eis que castigarei o rei de Babilônia, e a sua
S e n h o r seu Deus. terra, com o castiguei o rei da Assíria.
5Pelo cam inho de Sião perguntarão, para ali vol­ '■'E farei to rn ar Israel para a sua m orada, e ele pas­
tarão os seus rostos, dizendo: Vinde, e unam o-nos tará no C arm elo e em Basã; e fartar-se-á a sua alm a
ao S e n h o r , num a aliança eterna que nunca será es­ no m onte de Efraim e em Gileade.
quecida. 2HN aqueles dias, e naquele tem po, diz o S e n h o r ,
"Ovelhas perdidas têm sido o m eu povo, os seus buscar-se-á a m aldade de Israel, e não será achada; e
pastores as fizeram errar, p ara os m ontes as desvia­ os pecados de Judá, mas não se acharão; p orque per­
ram ; de m onte para outeiro andaram , esqueceram - doarei os rem anescentes que eu deixar.
se do lugar do seu repouso. 21Sobe contra a terra de M erataim , sim , co n tra ela,
:Todos os que as achavam as devoravam , e os e contra os m oradores de Pecode; assola e in teira­
seus adversários diziam : Culpa n en h u m a terem os; m ente destrói tu d o após eles, diz o S e n h o r , e faze con­
porque pecaram contra o S e n h o r , a m orada da justi­ form e tu d o o que te m andei.
ça, sim, o S e n h o r , a esperança de seus pais. 22Estrondo de batalha há na terra, e de grande des­
8Fugi do m eio de Babilônia, e saí da terra dos cal­ truição.
deus, e sede com o os bodes diante do rebanho. 2,C om o foi cortado e quebrado o m artelo de toda
‘'Porque eis que eu suscitarei e farei subir contra a a terra! C om o se to rn o u Babilônia objeto de espan­
Babilônia um a congregação de grandes nações da to entre as nações!
terra do norte, e se prepararão contra ela; dali será 24Laços te arm ei, e tam bém foste presa, ó Babilônia,
tom ada; as suas flechas serão com o as de valente e tu não o soubeste; foste achada, e tam bém ap an h a­
herói, nenhum a tornará sem efeito. da; porque co n tra o S e n h o r te entrem eteste.
I0A Caldéia servirá de presa; todos os que a saque­ 2<iO S e n i io r ab riu o seu depósito, e tiro u os in stru ­
aram serão fartos, diz o S e n h o r . m entos da sua indignação; p o rq u e o S enhor D e u s
11 P orquanto vos alegrastes, e vos regozijastes, ó sa­ dos Exércitos, tem u m a obra a realizar na terra dos
queadores da m inha herança, p o rq u an to vos en ­ caldeus.
gordastes com o novilha no pasto, e m ugistes com o 2<,V inde contra ela dos confins da terra, abri os seus
touros. celeiros; fazei dela m ontões de ruínas, e destru í-a de
l2Será m u i confundida vossa mãe, ficará envergo­ todo; nada lhe fique de sobra.
nhada a que vos deu à luz; eis que ela será a últim a das 27M atai a todos os seus novilhos, desçam a m atan ­
nações, um deserto, um a terra seca e um a solidão. ça. Ai deles, p o rq u e veio o seu dia, o tem p o do seu
‘•'Por causa do furor do S e n h o r não será habitada, castigo!
antes se tornará em total assolação; qualquer que lHEis a voz dos que fugiram e escaparam da terra de
passar p or Babilônia se espantará, assobiará po r Babilônia, para anunciarem em Sião a vingança do
todas as suas pragas. S e n h o r nosso Deus, a vingança do seu tem plo.
l4O rdenai-vos contra Babilônia ao redor, todos os 29Convocai co n tra Babilônia os flecheiros, a todos

740
JEREMIAS 50,51

os que arm am arcos; acam pai-vos co n tra ela em 4,0 rei de Babilônia ouviu a sua fama, e desfalece­
redor, ninguém escape dela; pagai-lhe conform e a ram as suas mãos; a angústia se apoderou dele, com o
sua obra, conform e tudo o que fez, fazei-lhe; porque da que está de parto.
se houve arrogantem ente contra o S e n h o r , contra o 44Eis que ele com o leão subirá da enchente do
Santo de Israel. Jordão, co n tra a m o rad a forte, p o rq u e n u m m o ­
'"Portanto, cairão os seus jovens nas suas ruas; e m ento o farei correr dali; e quem é o escolhido que
todos os seus hom ens de guerra serão desarraiga­ porei sobre ela? p orque quem é sem elhante a m im ,
dos naquele dia, diz o S e n h o r . e quem m e fixará o tem po? E quem é o pastor que
3‘Eis que eu sou contra ti, ó soberbo, diz o Senhor poderá perm anecer p erante mim?
D eus dos Exércitos; porque veio o teu dia, o tem po 4,P ortanto ouvi o conselho do S e n h o r , que ele de­
em que te hei de castigar. cretou contra Babilônia, e os seus desígnios que in ­
32Então tropeçará o soberbo, e cairá, e ninguém tento u contra a terra dos caldeus: certam ente os p e­
haverá que o levante; e porei fogo nas suas cidades, o quenos do rebanho serão arrastados; certam ente ele
qual consum irá todos os seus arredores. assolará as suas m oradas sobre eles.
33Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: Os filhos de 46Ao estrondo da tom ada de Babilônia estrem eceu
Israel e os filhos de Judá/oro m oprim idos ju n ta m e n ­ a terra; e o grito se ouviu entre as nações.
te; e todos os que os levaram cativos os retiveram ,

5
não os quiseram soltar. 1 ASSIM diz o Senhor: Eis que levantarei
34Mas o seu R edentor é forte, o S e n h o r dos Exérci­ í um vento d estru id o r co n tra Babilônia, e
tos é o seu nom e; certam ente pleiteará a causa deles, contra os que habitam no m eio dos q ue se levan­
para dar descanso à terra, e inquietar os m oradores tam contra m im .
de Babilônia. 2E enviarei padejadores co n tra Babilônia, que a
35A espada virá sobre os caldeus, diz o S e n h o r , e padejarão, e despejarão a sua terra; p o rq u e virão
sobre os m oradores de Babilônia, e sobre os seus contra ela em redor no dia da calam idade.
príncipes, e sobre os seus sábios. 30 flecheiro arm e o seu arco co n tra o que arm a o
36 A espada virá sobre os m entirosos, e ficarão seuin­arco, e co n tra o que se exalta na sua couraça; e
sensatos; a espada virá sobre os seus poderosos, e não perdoeis aos seus jovens; d estru í a to d o o seu
desfalecerão. exército.
37Aespada virá sobre os seus cavalos, e sobre os seus 4E os m o rto s cairão n a terra dos caldeus, e atraves­
carros, e sobre toda a m istura de povos, que está no sados nas suas ruas.
m eio dela; e tornar-se-ão com o m ulheres; a espada ’Porque Israel e Judá não foram aband o n ad o s do
virá sobre os seus tesouros, e serão saqueados. seu Deus, do S e n h o r dos Exércitos, ainda que a sua
3*Cairá a seca sobre as suas águas, e secarão; porque terra esteja cheia de culpas contra o Santo de Israel.
é uma terra de imagens esculpidas, e pelos seus ídolos 6Fugi do m eio de Babilônia, e livrai cada u m a sua
andam enfurecidos. alm a, e não vos destruais na sua m aldade; porque
3,Por isso habitarão nela as feras do deserto, com os este é o tem po da vingança do S e n h o r ; que lhe dará
anim ais selvagens das ilhas; tam bém habitarão nela a sua recom pensa.
as avestruzes; e nunca m ais será povoada, nem será 7Babilônia era u m copo de o u ro na m ão do S e n h o r ,
habitada de geração em geração. o qual em briagava a to d a a terra; do seu vinho beb
40C om o quando D eus subverteu a Sodom a e a ram as nações; p o r isso as nações enlouqueceram .
G om orra, e as suas cidades vizinhas, diz o S e n h o r , sN um m o m en to caiu Babilônia, e ficou arruinada;
assim ninguém habitará ali, nem m orará nela filho lam entai p o r ela, tom ai bálsam o p ara a sua dor, p o r­
de hom em . ventura sarará.
41Eis que u m povo vem do norte; um a grande nação ’Q ueríam os cu rar Babilônia, porém ela não sarou;
e m uitos reis se levantarão dos extrem os da terra. deixai-a, e vam o -n o s cada um p ara a sua terra;
42A rm am -se de arco e lança; eles são cruéis, e não porque o seu juízo chegou até ao céu, e se elevou até
têm piedade; a sua voz bram ará com o o mar, e sobre às m ais altas nuvens.
cavalos cavalgarão, todos postos em o rdem com o 10O S e n h o r t r o u x e a n o s s a j u s t i ç a à l u z ; v i n d e e c o n ­
um hom em para a batalha, contra ti, ó filha de Ba­ t e m o s e m S i ã o a o b r a d o S e n h o r , n o s s o D e u s .
bilônia. 1 ‘Aguçai as flechas, preparai os escudos; o S e n h o r

741
JEREMIAS 51

despertou o espírito dos reis da M édia; porque 26E não tom arão de ti ped ra p ara esquina, nem
o seu in ten to é co n tra Babilônia para a destruir; pedra para fundam entos, porque te tornarás em as­
porque esta é a vingança do S e n h o r , a vingança do solação perpétua, diz o S e n h o r .
seu tem plo. 2rArvorai u m estandarte na terra, tocai a buzina
' 2A rvorai um estandarte sobre os m uros de Babilô­ entre as nações, preparai as nações co n tra ela, co n ­
nia, reforçai a guarda, colocai sentinelas, preparai as vocai contra ela os reinos de A rara te, M ini, e Asque-
ciladas; porque com o o S e n h o r intentou, assim fez o naz; ordenai co n tra ela um capitão, fazei subir cava­
que tinha falado contra os m oradores de Babilônia. los, com o lagartas eriçadas.
I3Ó tu, que habitas sobre m uitas águas, rica de te­ -*Preparai contra ela as nações, os reis da M édia, os
souros, é chegado o teu fim, a m edida da tua ava­ seus capitães, e to d o s os seus m agistrados, e toda a
reza. terra do seu dom ínio.
MJurou o S e n h o r dos Exércitos por si m esm o, di­ 29Então trem erá a terra, e doer-se-á, p o rq u e cada
zendo: A inda que te enchi de hom ens, com o de la­ um dos desígnios do S e n h o r está firm e contra Babi­
garta, contudo levantarão gritaria contra ti. lônia, para fazer da terra de Babilônia um a desola­
l5Ele fez a terra com o seu poder, e ord en o u o ção, sem habitantes.
m u n d o com a sua sabedoria, e estendeu os céus com ,0O s poderosos de Babilônia cessaram de pelejar,
o seu entendim ento. ficaram nas fortalezas, desfaleceu a sua força, to rn a ­
16Fazendo ele ouvir a sua voz, grande estrondo ram -se com o m ulheres; incendiaram as suas m o ra­
de águas há nos céus, e faz subir os vapores desde o das, quebrados foram os seus ferrolhos.
fim da terra; faz os relâm pagos com a chuva, e tira o 31Um correio correrá ao encontro de outro correio,
vento dos seus tesouros, e u m m ensageiro ao encontro de outro mensageiro,
1’E m brutecido é todo o hom em , n o seu conheci­ para anunciar ao rei de Babilônia que a sua cidade
m ento; envergonha-se todo o artífice da im agem de está tom ada de to d o s os lados.
escultura; porque a sua im agem de fundição é m en­ 32E os vaus estão ocupados, e os canaviais q ueim a­
tira, e nelas não há espírito. dos a fogo; e os h om ens de g uerra ficaram assom ­
18 Vaidade são, obra de enganos; no tem po da sua vi­ brados.
sitação perecerão. 33Porque assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o Deus
1’N ão é sem elhante a estes a porção de Jacó; porque de Israel: A filha de Babilônia é com o um a eira, no
ele é o que form ou tudo; e Israel é a tribo da sua he­ tem p o da debulha; ainda um pouco, e o tem p o da
rança; o S e n h o r dos Exércitos é o seu nom e. sega lhe virá.
20Tu és m eu m achado de batalha e m inhas arm as de 34N abucodonosor, rei de Babilônia, devorou-m e,
guerra, e por meio de ti despedaçarei as nações e po r colocou-m e de lado, fez de m im um vaso vazio,
ti destruirei os reis; com o chacal m e trag o u , encheu o seu ventre das
21E p o r m eio de ti despedaçarei o cavalo e o seu ca­ m inhas delicadezas; lançou-m e fora.
valeiro; e p o r m eio de ti despedaçarei o carro e o que 3,A violência que se fez a m im e à m in h a carne
nele vai; venha sobre Babilônia, dirá a m o rad o ra de Sião; e
22E p o r meio de ti despedaçarei o hom em e a m ulher, o m eu sangue caia sobre os m oradores da Caldéia,
e p o r m eio de ti despedaçarei o velho e o m oço, e po r dirá Jerusalém.
m eio de ti despedaçarei o jovem e a virgem ; 36Portanto, assim diz o S e n h o r : Eis que pleitearei a
2’E p o r m eio de ti despedaçarei o pastor e o seu re­ tua causa, e tom arei vingança p o r ti; e secarei o seu
banho, e p o r m eio de ti despedaçarei o lavrador e a mar, e farei que se esgote o seu m anancial.
sua ju n ta de bois, e por meio de ti despedaçarei os ca­ 37E Babilônia se to rn ará em m ontões, m o rad a de
pitães e os m agistrados. chacais, espanto e assobio, sem que haja quem nela
24E pagarei a Babilônia, e a todos os m oradores da habite.
Caldéia, toda a m aldade que fizeram em Sião, aos 3SJuntam ente ru g irão com o filhos dos leões; b ra­
vossos olhos, diz o S e n h o r . m arão com o filhotes de leões.
25Eis-me aqui contra ti, ó m o n te destruidor, diz J9E stando eles excitados, lhes darei a sua bebida, e
o S e n h o r , que destróis toda a terra; e estenderei a os em briagarei, p ara que an d em saltando; porém
m in h a m ão contra ti, e te revolverei das rochas, e dorm irão um p erp étu o sono, e não acordarão, diz
farei de ti um m onte de queim a. o S e n h o r.

742
JEREMIAS 51,52

■“‘Fá-los-ei descer com o cordeiros à m atança, com o brados os seus arcos; p o rq u e o S e n h o r , Deus das re­
carneiros e bodes. com pensas, certam ente lhe retribuirá.
41C om o foi tom ada Sesaque, e apanhada de surpre­ ’7E em briagarei os seus príncipes, e os seus sábios e
sa a glória de toda a terra! C om o se to rn o u Babilônia os seus capitães, e os seus m agistrados, e os seus p o ­
objeto de espanto entre as nações! derosos; e dorm irão um sono eterno, e não acorda­
420 m ar subiu sobre Babilônia; com a m ultidão das rão, diz o Rei, cujo n o m e é o S e n h o r dos Exércitos.
suas ondas se cobriu. 58Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: O s largos
43T ornaram -se as suas cidades em desolação, terra m uros de Babilônia serão totalm ente derrubados, e
seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem as suas altas portas serão abrasadas pelo fogo; e tra ­
passa p o r ela filho de hom em . balharão os povos em vão, e as nações n o fogo, e eles
44E castigarei a Bei em Babilônia, e tirarei da sua se cansarão.
boca o que tragou, e nunca m ais concorrerão a ele as 59A palavra que Jeremias, o profeta, m an d o u a Se-
nações; tam bém o m uro de Babilônia caiu. raías, filho de Nerias, filho de Maaséias, indo ele com
45Saí do m eio dela, ó povo m eu, e livrai cada um a Zedequias, rei de Judá, a Babilônia, no q u arto an o do
sua alm a do ardor da ira do Se n h o r . seu reinado. E Seraías era o cam areiro-m or.
46E para que porventura não se enterneça o vosso “ Escreveu,pois, Jeremias num livro to d o o m a l que
coração, e não tem ais pelo ru m o r que se ouvir na havia dev ir sobre Babilônia, a saber, todas estas pala­
terra; p o rque virá num ano u m rum or, e depois vras qu e estavam escritas co n tra Babilônia.
noutro ano o u tro rum or; e haverá violência na terra, ME disse Jeremias a Seraías: Q u an d o chegares a Ba­
d o m inador contra dom inador. bilônia, verás e lerás todas estas palavras.
47P ortanto, eis que vêm dias, em que farei juízo 62E dirás: S e n h o r , tu falaste co n tra este lugar, que
sobre as imagens de escultura de Babilônia, e toda a o havias de desarraigar, até não ficar nele m o rad o r
sua terra será envergonhada, e todos os seus m ortos algum, nem hom em nem anim al, e que se to rn aria
cairão no m eio dela. em perpétua desolação.
4I,E os céus e a terra, com tu d o q uanto neles há, ju ­ 63E será que, acabando tu de ler este livro, atar-lhe-
bilarão sobre Babilônia; porque do norte lhe virão ás um a pedra e lançá-lo-ás no m eio do Eufrates.
os destruidores, diz o S e n h o r . 64E dirás: Assim será afun d ad a Babilônia, e não
49C om o Babilôniafezcair m ortos os de Israel, assim se levantará, p o r causa d o m al que eu hei de trazer
em Babilônia cairão os m ortos de toda a terra. sobre ela; e eles se cansarão. Até aqui são as palavras
’°Vós, que escapastes da espada, ide-vos, não de Jeremias.
pareis; de longe lem brai-vos do S e n h o r , e suba Jeru­
salém a vossa m ente. O cerco, tom ada e destruição
51Direis: E nvergonhados estam os, porque ouvi­ de Jeru sa lém
m os opróbrio; vergonha cobriu o nosso rosto, p o r­ ERA Zedequias da idade de vinte e um anos
quanto vieram estrangeiros contra os santuários da q u an d o com eçou a reinar, e reinou onze
casa do S e n h o r . anos em Jerusalém; e o n o m e de sua m ãe era H am u-
52Portanto, eis que vêm dias, diz o S e n h o r , em que tal, filha de Jeremias, de Libna.
farei juízo sobre as suas im agens de escultura; e ge­ 2E fez o que era m au aos olhos do S e n h o r , confor­
m erão os feridos em toda a sua terra. m e tudo o q ue fizera Jeoiaquim.
53Ainda que Babilônia subisse aos céus, e ainda que 3Assim, p o r causa da ira d o S e n h o r , contra Jerusa­
fortificasse a altura da sua fortaleza, todavia de m im lém e Judá, ele os lançou de diante dele, e Zedequias
virão destruidores sobre ela, diz o S e n h o r . se rebelou co n tra o rei de Babilônia.
,4D eB abilôniaseoM veclam ordegrandedestruição 4E aconteceu, que no an o n o n o do seu reinado, no
da terra dos caldeus; décim o mês, no décim o dia do mês, veio N abuco-
’’Porque o S e n h o r tem destruído Babilônia, e tem donosor, rei de Babilônia, contra Jerusalém , ele e
feito perecer nela a sua grande voz; quando as suas todo o seu exército, e se acam param contra ela, e le­
ondas bram am com o m uitas águas, é em itido o vantaram co n tra ela trincheiras ao redor.
ruído da sua voz. ’Assim esteve cercada a cidade, até ao undécim o
’‘Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilô­ ano do rei Zedequias.
nia, e os seus poderosos serão presos, já estão que­ hNo q u arto mês, aos nove dias do mês, quando já

743
JEREMIAS 52

a fom e prevalecia na cidade, e o povo da terra não fizera o rei Salomão para a casa do S e n h o r , o peso do
tinha pão, bronze de todos estes utensílios era incalculável.
'E n tão foi aberta um a brecha na cidade, e todos os 21Q uanto às colunas, a altura de cada um a era de de­
hom ens de guerra fugiram , e saíram da cidade de zoito côvados, e u m fio de doze côvados a cercava; e
noite, pelo cam inho da p o rta entre os dois m uros, era a sua espessura de qu atro dedos, e era oca.
a qual estava perto d o jardim do rei (porque os cal­ 22E havia sobre ela u m capitel de bronze; e a altura
deus cercavam a cidade ao redor), e foram pelo ca­ do capitel era de cinco côvados; a rede e as rom ãs ao
m inho da cam pina. redor do capitel eram de bronze; e sem elhante a esta
“Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e alcan­ era a segunda coluna, com as romãs.
çou a Zedequias nas cam pinas de Jericó, e todo o seu 2,E havia noventa e seis rom ãs em cada lado; as
exército se espalhou, abandonando-o. rom ãs todas, em red o r da rede, eram cem.
9E prenderam o rei, e o fizeram subir ao rei de Ba­ 24Levou tam bém o capitão da guarda a Seraías, o
bilônia, a Ribla, na terra de H am ate, o qual lhe p ro ­ sacerdote chefe, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e
nunciou a sentença. aos três guardas da porta.
,0E o rei de Babilônia degolou os filhos de Zede­ 25E da cidade to m o u a um eunuco que tin h a a seu
quias à sua vista, e tam bém degolou a todos os p rín ­ cargo os hom ens de guerra, e a sete hom ens que es­
cipes de Judá em Ribla. tavam próxim os à pessoa do rei, que se achavam na
1 'E cegou os olhos a Zedequias, e o atou com ca­ cidade, com o tam bém o escrivão-m or do exército,
deias; e o rei de Babilônia o levou para Babilônia, e o que alistava o povo da terra para a guerra, e a ses­
conservou na prisão até o dia da sua m orte. senta hom ens do povo da terra, que se achavam no
' 2E no q uinto mês, no décim o dia do mês, que era o m eio da cidade.
décim o n o n o ano do rei N abucodonosor, rei de Ba­ 2<’T om ando-os, pois, N ebuzaradã, capitão da
bilônia, N ebuzaradã, capitão da guarda, que assistia guarda, levou-os ao rei de Babilônia, a Ribla.
na presença do rei de Babilônia, veio a Jerusalém. 27E o rei de Babilônia os feriu e os m atou em Ribla,
I3E queim ou a casa do S e n h o r , e a casa do rei; e na terra de H am ate; assim Judá foi levado cativo para
tam bém a todas as casas de Jerusalém, e a todas as fora da sua terra.
casas dos grandes ele as incendiou. 28Este é o povo que N abucodonosor levou cativo,
I4E todo o exército dos caldeus, que estava com o no sétim o ano: três mil e vinte e três judeus.
capitão da guarda, d e rru b o u a todos os m uros em 2,,N o ano décimo oitavo de Nabucodonosor, ele levou
redor de Jerusalém. cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas.
15E dos mais pobres do povo, e a parte do povo, que ínN o ano vinte e três de N abucodonosor, N ebuza­
tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam radã, capitão da guarda, levou cativas, dos judeus,
passado para o rei de Babilônia, e o m ais da m ulti­ setecentas e quarenta e cinco pessoas; todas as pes­
dão, N ebuzaradã, capitão da guarda, levou presos. soas foram q uatro m il e seiscentas.
“ Mas dos m ais pobres da terra N ebuzaradã, capi­ 3'Sucedeu, pois, n o ano trigésim o sétim o do cati­
tão da guarda, deixou ficar alguns, para serem vin h a­ veiro de Jeoiaquim, rei de Judá, no duodécim o mês,
teiros e lavradores. aos vinte e cinco dias do mês, que Evil-M erodaque,
1 ’Q uebraram mais os caldeus as colunas de bronze, rei de Babilônia, n o primeiro ano do seu reinado, le­
que estavam na casa do S e n h o r , e as bases, e o m ar de vantou a cabeça de Jeoiaquim, rei de Judá, e tirou-
bronze, que estavam na casa do S e n h o r , e levaram o do cárcere;
todo o bronze para Babilônia. 32E falou com ele benignam ente, e pôs o seu tro n o
lsTam bém tom aram os caldeirões, e as pás, e as es- acim a dos tro n o s dos reis que estavam com ele em
pevitadeiras, e as bacias, e as colheres, e todos os Babilônia;
utensílios de bronze, com que se m inistrava. 13E lhe fez m u d ar as vestes da sua prisão; e passou a
’’E to m ou o capitão da guarda as bacias, e os b ra ­ com er pão sem pre na presença do rei, todos os dias
seiros, e as tigelas, e os caldeirões, e os castiçais, e as da sua vida.
colheres, e os copos; tanto o que era de p u ro ouro, 34E, q u an to à sua alim entação, foi-lhe dada refei­
com o o que era de prata maciça. ção co n tín u a do rei de Babilônia, p orção cotidia­
20Q u an to às duas colunas, ao único m ar, e aos doze na, no seu dia, até o dia da sua m orte, to d o s os dias
bois de bronze, que estavam debaixo das bases, que da sua vida.

744
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Lamentações
T itulo
Trata-se de um apêndice ao livro de Jeremias. Antes de estudá-lo, deve-se, prim eiro, ler a narrativa do
últim o capítulo de Jeremias. Lam entações era um tipo de cântico em Israel, utilizado para expressar aco n ­
tecim entos tristes.

A utoria e data
Sem nenhum a dúvida, o au to r é o profeta Jeremias (porque, algum as vezes, o livro é d enom inado de
“Lamentações de Jeremias”). C onhecido com o “profeta chorão”, Jeremias é assim cham ado devido à sua
atitude de constante tristeza e lam entação p o r causa do pecado de Judá e de suas futuras conseqüências.
O livro foi escrito p or volta de 586 a.C., quando Jeremias se encontrava em Mizpá.

A ssunto
Este canto triste é lido em voz alta em todas as sinagogas do m undo, pois trata do sofrim ento que so­
breveio a Jerusalém ao ser capturada p o r N abucodonosor, em 586 a.C.
O livro tam bém não deixa de ser um a grande apresentação do sofrim ento hum ano. M esm o diante des­
se quadro de d or pessoal e nacional, Jeremias consegue contem plar a m isericórdia do Senhor (3.20-24) e
d em onstrar que tais acontecim entos não são culpa de um Deus caprichoso, m as conseqüências do peca­
do h um ano (3.39).

Ê nfase apologética
Enfocando o seu valor à fé evangélica, é u m testem unho vivo do cu m p rim en to das profecias em rela­
ção ao evento histórico da destruição de Jerusalém por N abucodonosor. Se no início do livro de Jeremias
a questão era o que iria acontecer a Jüdá e a Jerusalém, em Lam entações tem os o pesar pelo cu m p rim en ­
to da profecia.
Na referência 4.10, há um paralelo profético extraordinário com D euteronôm io 28.56,57. É a E scritu­
ra citando a E scritura para d em onstrar a veracidade e o valor das predições.
-W - O LIVRO DE

L am entações
A hum ilh a çã o de Jerusalém ário os gentios, acerca dos quais m andaste que não

1 CO M O está sentada solitária aquela cidade, entrassem na tu a congregação.


antes tão populosa! T ornou-se com o viúva, a "T odo o seu povo anda suspirando, buscando o
que era grande entre as nações! A que era princesa pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de
entre as províncias, tornou-se tributária! m antim ento para restaurarem a alma; vê, Senho r , e
-Chora amargamente de noite, e as suas lágrimas lhe contem pla, que sou desprezível.
correm pelas faces; não tem quem aconsole entre todos l2N ão vos com ove isto a todos vós que passais pelo
os seus amantes; todos os seus amigos se houveram cam inho? Atendei, e vede, se há d o r com o a m inha
aleivosamente com ela, tom aram -se seus inimigos. dor, que veio sobre m im , com que o S e n h o r m e afli­
3Judápassou em cativeiro porcausadaaflição,epor giu, no dia do furor da sua ira.
causa da grande servidão; ela habita entre os gentios, 13Desde o alto enviou fogo a m eus ossos, o qual se
não acha descanso; todos os seus perseguidores a al­ assenhoreou deles; estendeu um a rede aos m eus pés,
cançam entre as suas dificuldades. fez-me voltar p ara trás, fez-me assolada e enferm a
4O s cam inhos de Sião pranteiam , p orque não há todo o dia.
quem venha à festa solene; todas as suas portas estão u O jugo das m inhas transgressões está atado pela
desoladas; os seus sacerdotes suspiram ; as suas vir­ sua mão; elas estão entretecidas, subiram sobre o
gens estão tristes, e ela mesma tem am argura. m eu pescoço, e ele abateu a m inha força; entregou-
’Os seus adversários têm sido feitos chefes, os seus m e o Senhor nas m ãos daqueles a quem não posso
inimigos prosperam ; porque o S enhor a afligiu, por resistir.
causa da multidão das suas transgressões; os seus filhi- lsO S enhor atropelou todos os m eus poderosos
nhos foram para o cativeiro na frente do adversário. no m eio de m im ; convocou contra m im um a assem ­
6E da filha de Sião já se foi toda a sua form osura; os bléia, para esm agar os m eus jovens; o Senhor pisou
seus príncipes ficaram sendo com o corços que não com o n um lagar a virgem filha de Judá.
acham pasto e cam inham sem força adiante do per­ l6Por estas coisas eu ando chorando; os m eus
seguidor. olhos, os m eus olhos se desfazem em águas; porque
7Lembra-se Jerusalém, nos dias da sua aflição e dos se afastou de m im o consolador que devia restaurar a
seus exílios, de todas as suas m ais queridas coisas, m inh a alm a; os m eus filhos estão assolados, porque
q u e tivera desde os tem pos antigos; qu an d o caía o prevaleceu o inimigo.
seu povo na mão do adversário, e não havia quem a 17Estende Sião as suas mãos, não há quem a console;
socorresse; os adversários a viram , e fizeram escár­ m an d o u o S e n h o r acerca de Jacó que lhe fossem in i­
nio da sua ruína. migos os que estão em redor dele; Jerusalém é entre
^Jerusalém gravem ente pecou, p o r isso se fez er­ eles com o um a m ulher im unda.
rante; todos os que a honravam , a desprezaram , '"Justo é o S e n h o r, pois m e rebelei contra o seu
porque viram a sua nudez; ela tam bém suspira e m andam ento; ouvi, pois, todos os povos, e vede
volta para trás. a m in h a dor; as m inhas virgens e os m eus jovens
MA sua im undícia está nas suas saias; nunca se lem ­ foram levados para o Cativeiro.
b ro u do seu fim; por isso foi pasm osam ente abati­ l9C ham ei os m eus am antes, mas eles m e engana­
da, não tem consolador; vê, S e n h o r , a m inha aflição, ram ; os m eus sacerdotes e os m eus anciãos expira­
p o rq u e o inim igo se tem engrandecido. ram na cidade; en q u an to buscavam para si m a n ti­
1 “E stendeu o adversário a sua m ão a todas as coisas m ento, para restaurarem a sua alma.
m ais preciosas dela; pois ela viu en trar no seu sa n tu ­ “ O lha, S enhor , p o rq u e estou angustiada; turbadas

746
LAMENTAÇÕES

estão as minhas entranhas; o m eu coração está trans­ '“Estão s e n ta d o s ^ te rra , silenciosos, os anciãos da
tornado dentro de mim, porque gravemente m e rebe­ filha de Sião; lanfam p ó sobre as suas cabeças, cingi­
lei; fora me desfilhou a espada, em casa está a morte. ram sacos; as virgens de Jerusalém abaixam as suas
2' Ouviram que eu suspiro, mas não tenho quem m e cabeças até à terra.
console; todos os m eus inim igos que souberam do 1 'Já se consum iram os m eus olhos com lágrimas,
m eu mal folgam, porque tu o fizeste; mas, em trazen­ turbadas estão as m inhas entranhas, o m eu fígado se
do tu o dia que apregoaste, serão com o eu. derram ou pela terra p o r causa do quebrantam ento
22Venha toda a sua m aldade diante de ti, e faze-lhes da filha do m eu povo; pois desfalecem o m en in o e a
como m e fizeste a m im p o r causa de todas as m inhas criança de peito pelas ruas da cidade.
transgressões; porque os m eus suspiros são muitos, l2Ao desfalecerem, com o feridos, pelas ruas da
e o m eu coração está desfalecido. cidade, ao exalarem as suas alm as no regaço de
suas mães, perg u n tam a elas: O n d e está o trigo e o
O cerco, fo n te e destruição de Jerusalém vinho?
CO M O cobriu o Senhor de nuvens na sua ira a 1 ’Q ue testem unho te trarei? A quem te com pararei,
2 filha de Sião! D erru b o u do céu à terra a glória
de Israel, e não se lem brou do escabelo de seus pés,
ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para
te consolar, ó virgem filha de Sião? Porque grande
no dia da sua ira. com o o m ar é a tua quebradura; quem te sarará?
2Devorou o Senhor todas as m oradas de Jacó, e não 14O s teus profetas viram para ti, vaidade e loucura,
se apiedou; d erru b o u n o seu furor as fortalezas da e não m anifestaram a tu a m aldade, para im pedirem
filha de Judá, eabateu-as até à terra; profanou o reino o teu cativeiro; m as viram para ti cargas vãs e m o ti­
e os seus príncipes. vos de expulsão.
’No furor da sua ira co rto u toda a força de Israel; ' 5Todos os que passam pelo cam inho batem palmas,
retirou para trás a sua destra de diante do inim igo; e assobiam e m eneiam as suas cabeças sobre a filha de
ardeu contra Jacó, com o labareda de fogo que con­ Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que d enom ina­
some em redor. vam: perfeita em form osura, gozo de toda a terra?
"‘A rm ou o seu arco com o inim igo, firm ou a sua ■'’Todos os teus inim igos abrem as suas bocas
destra com o adversário, e m atou tu d o o que era for­ contra ti, assobiam , e rangem os dentes; dizem: De-
m oso à vista; d erram ou a sua indignação com o fogo voram o-la; certam ente este^odiaqueesperávam os;
na tenda da filha de Sião. acham o-lo, vim o-lo.
’Tornou-se o S enhor com o inim igo; devorou a ITFez o Senho r o que intentou; cum priu a sua pala­
Israel, devorou a todos os seus palácios, destruiu as vra, que ordenou desde os dias da antiguidade; der­
suas fortalezas; e m ultiplicou na filha de Judá a la­ rubou, e não se apiedou; fez que o inim igo se alegrasse
m entação e a tristeza. por tua causa, exaltou o poder dos teus adversários.
6E arrancou o seu tabernáculo com violência,com o I80 coração deles clam ou ao Senhor: 0 m uralha
se fosse o de um a horta; destruiu o lugar da sua con­ da filha de Sião, corram as tuas lágrim as com o um
gregação; o S e n h o r, em Sião, pôs em esquecim ento ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem
a festa solene e o sábado, e na indignação da sua ira parem as m eninas de teus olhos.
rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote. ‘^Levanta-te, clama de noite no princípio das
7Rejeitou o Senhor o seu altar, detestou o seu san­ vigias; d erram a o teu coração com o águas diante da
tuário; entregou na m ão do inim igo os m uros dos presença do Senhor; levanta a ele as tuas m ãos, pela
seus palácios; deram gritos na casa do Senho r , com o vida de teus filhinhos, que desfalecem de fom e à en ­
em dia de festa solene. trada de todas as ruas.
"Intentou o S e n h o r destru iro m uro da filha de Sião; 20Vê, ó S e n h o r, e considera a quem fizeste assim!
estendeu o cordel sobre ele, não retirou a sua m ão H ão de com er as m ulheres o fruto de si mesmas, as
destruidora; fez gem er o antem uro e o m uro; estão crianças que trazem nos braços? O u m atar-se-á no
eles jun tam ente enfraquecidos. santuário do S enhor o sacerdote e o profeta?
9As suas portas caíram po r terra; ele destruiu e que­ 2lJazem p o r terra pelas ruas o m oço e o velho, as
brou os seus ferrolhos; o seu rei e os seus príncipes m inhas virgens e os m eus jovens vieram a cair à
estão entre os gentios, onde não há lei, nem os seus espada; tu os m ataste no dia da tu a ira; m ataste e não
profetas acham visão algum a do S e n h o r. te apiedaste.

747
T E N T A Ç Õ E S 2,3

22Convocaste os m eus te m a ^ - e m redor com o 21D isto m e recordarei na m inha m ente; p o r isso es­
num dia de solenidade; não houve no dia da ira do perarei.
S e n h o r quem escapasse, o u ficasse; aqueles que eu 22As m isericórdias do S e n h o r são a causa de não
trouxe nas m ãos e sustentei, o m eu inim igo os co n ­ serm os consum idos, p o rq u e as suas m isericórdias
sum iu. não têm fim;
23Novas são cada m anhã; grande é a tu a fidelidade.
A tristeza de Jerem ias 24A m in h a porção é o S e n h o r , diz a m in h a alm a;
EU sou aquele hom em queviu a aflição pela vara p o rtan to esperarei nele.
3 do seu furor. 2’Bom éo S e n h o r para os que esperam por ele, para
2Ele m e guiou e m e fez andar em trevas e não na luz. a alm a que o busca.
’Deveras fez virar e revirar a sua m ão contra m im 2<’Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a sal­
o dia todo. vação do S e n h o r .
4Fez envelhecer a m inha carne e a m inha pele, q u e­ 27Bom ép ara o hom em su p o rtar o jugo na sua m o ­
b ro u os m eus ossos. cidade.
’Edificou contra m im , e m e cercou de fel e trabalho. 28Assente-se solitário e fique em silêncio; p o rq u a n ­
6A ssentou-m e em lugares tenebrosos, com o os que to Deus o pôs sobre ele.
estavam m o rto há m uito. 29Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja espe­
TC ercou-m e de um a sebe.enão posso sair; agravou rança.
os m eus grilhões. ’°Dê a sua face ao que o fere; farte-se de afronta.
"Ainda quando clam o e grito, ele exclui a m inha 31Pois o Senhor não rejeitará para sempre.
oração. 32Pois, ainda qu e entristeça a alguém , usará de
''Fechou os m eus cam inhos com pedras lavradas, com paixão, segundo a grandeza das suas m iseri­
fez tortuosas as m inhas veredas. córdias.
I°Fez-se-me com o urso de em boscada, um leão em 33Porque não aflige nem entristece de b o m grado
esconderijos. aos filhos dos hom ens.
II Desviou os m eus cam inhos,e fez-me em pedaços; 34Pisar debaixo dos seus pés a to d o s os presos da
deixou-m e assolado. terra,
l2A rm ou o seu arco, e m e pôs com o alvo à flecha. « P erv erter o direito do hom em p eran te a face do
13Fez en trar nos m eus rins as flechas da sua aljava. Altíssimo,
l4Fui feito um objeto de escárnio para todo o m eu 36Subverter ao h o m em no seu pleito, não o veria
povo, e a sua canção todo o dia. o Senhor?
1’F artou-m e de am arguras, em briagou-m e de ab­ 37Q uem é aquele que diz, e assim acontece, quando
sinto. o Senhor o não mande?
' ‘’Q uebrou com cascalho os m eus dentes, abaixou- 38Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o
m e na cinza. mal com o o bem?
I7E afastaste da paz a m inha alm a; esqueci-m e do ’''De que se queixa,pois, o h o m em vivente? Queixe-
bem. se cada um dos seus pecados.
1 “Então disse eu: Já pereceu a m in h a força, com o 4<)E squadrinhem os os nossos cam inhos, e prove-
tam bém a m inha esperança n o S e n h o r . m o-los, e voltem os para o S e n h o r ,
1JL em bra-te da m inha aflição e do m eu pranto, do 41Levantem os os nossos corações com asm ãos para
absinto e do fel. D eus nos céus, dizendo:
2,lM inha alm a certam ente disto se lem bra, e se abate 42N ós transgredim os, e fom os rebeldes; por isso tu
dentro de m im . não perdoaste.

De que se queixa, pois, o homem vivente? assim não teria a probabilidade de pecar. Mas. se fosse dessa for­
(3.39) ma, o homem não passaria de uma máquina.
Deus também poderia optar por não criar o homem.
Ceticismo. Por que Deus criou o mundo, se sabia que ha­
Quanto ao homem, fez a sua própria escolha e desobedeceu
veria tanta dor?, pergunta.
a Deus, vindo a sofrer as conseqüências de seus atos (Rm 5.12).
-—g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus poderia ter criado o Todavia, pode ganhar mais com a obra redentora de Cristo do que
•=• homem como um robô, sem o direito de escolha, somente perdeu com a queda de Adão (Rm 5.10.15.17,19).

748
LAMENTAÇÕES 3,4

4 ’Cobriste-te de ira, e nos perseguiste; m ataste, não bom! Como estão espalhadas as pedras do san tu á­
perdoaste. rio sobre cada rua!
44C obriste-te de nuvens, para que não passe a nossa 2Os preciosos filhos de Sião, avaliados a p u ro ouro,
oração. com o são agora reputados p o r vasos de barro, o bra
4,C om o escória e refugo nos puseste no m eio dos das mãos do oleiro!
povos. 3Até os chacais abaixam o peito, dão de m am ar aos
4<Todos os nossos inim igos abriram contra nós a seus filhos; mas a filha do m eu povo tornou-se cruel
sua boca. com o os avestruzes no deserto.
47Tem or e laço vieram sobre nós, assolação e des­ 4A língua do que m am a fica pegada pela sede ao
truição. seu paladar; os m eninos pedem pão, e ninguém lho
4STorrentes de água d erram aram os m eus olhos, reparte.
po r causa da destruição da filha do m eu povo. ’Os que com iam com idas finas agora desfalecem
4,)Os m eus olhos choram , en ão cessam, porque não nas ruas; os que se criaram em carm esim abraçam
há descanso, m onturos.
50Até que o S e n h o r atente e veja desde os céus. 6Porque m aior é a iniqüidade da filha do m eu povo
51Os m eus olhos entristecem a m inha alma, por do que o pecado de Sodom a, a qual foi subvertida
causa de todas as filhas da m inha cidade. com o n u m m om ento, sem que m ãos lhe tocassem.
,2C om o ave m e caçam os que, sem causa, são meus
7O s seus nobres eram m ais puros do que a neve,
inimigos.
mais brancos do que o leite, mais verm elhosdecorpo
’’C o rtaram -m e a vida na m asm orra, e lançaram
do que os rubis, e m ais polidos do que a safira.
pedras sobre mim.
8Mas agora escureceu-se o seu aspecto mais do que
54Águas correram sobre a m inha cabeça; eu disse:
o negrum e; não são conhecidos nas ruas; a sua pele
Estou cortado.
se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se com o
’’Invoquei o teu nom e, S e n h o r , desde a m ais p ro ­
um pau.
funda m asm orra.
9Os m ortos à espada foram m ais ditosos do que os
’6O uviste a m inha voz; não escondas o teu ouvido
m ortos à fome; p orque estes morreram lentam ente,
ao m eu suspiro, ao m eu clamor.
por falta dos frutos dos cam pos.
57Tu te aproxim aste no dia em que te invoquei; dis­
l0As m ãos das m ulheres com passivas cozeram seus
seste: N ão temas.
próprios filhos; serviram -lhes de alim ento n a des­
’"Pleiteaste, Senhor, as causas da m inha alma, re­
truição da filha do m eu povo.
m iste a m inha vida.
59V is te , S e n h o r , a i n j u s t i ç a q u e m e f i z e r a m ; j u l g a a 1 'D eu o S e n h o r cu m p rim en to ao seu furor; d erra­
m in h a cau sa.
m ou o ard o r da sua ira, e acendeu fogo em Sião, que
'’"Viste toda a sua vingança, todos os seus pensa­ consum iu os seus fundam entos.
m entos contra m im , l2N ão creram os reis da terra, n em todos os m o ra­
61Ouviste a sua afronta, S e n h o r , todos os seus p en ­ dores do m undo, que entrasse o adversário e o in i­
samentos contra m im , migo pelas portas de Jerusalém.
6JOs lábios dos que se levantam contra m im e os l3Foi p o r causa dos pecados dos profetas, das
seus desígnios m e são contrários to d o o dia. m aldades dos seus sacerdotes, que d erram aram o
6-’Observa-os ao assentarem -se e ao levantarem -se; sangue dos justos no m eio dela.
eu sou a sua música. 14Vagueiam com o cegos nas ruas, andam co n ta­
(,4Tu l h e s d a r á s r e c o m p e n s a , S e n h o r , c o n f o r m e a m inados de sangue; de tal sorte que ninguém pode
o b ra das su as m ã o s. tocar nas suas roupas.
6,Tu lhes darás ânsia de coração, m aldição tua ' ’Desviai-vos, im undos! gritavam -lhes; desviai-
sobre eles. vos, desviai-vos, não toqueis! q u an d o fugiram e
“ Na tua ira os perseguirás, eo s destruirás de debai­ tam bém andaram erran tes,dizia-se entre osgentios:
xo dos céus do S e n h o r . N unca mais m o rarão aqui.
I6A face indignada do S e n h o r os espalhou, ele
A s grandes aflições do povo de Sião nunca m ais to rn ará a o lh ar p ara eles; n ão respei­
CO M O se escureceu o ouro! Como se m u d o utaram o a pessoa dos sacerdotes, nem se com padece­
4 ouro p u ro e ram dos velhos.

749
LAMENTAÇÕES 4,5

l7Os nossos olhos desfaleciam, esperando o nosso 7Nossos pais pecaram , e já não existem; e nós leva­
vão socorro; olhávam os atentam ente para um a m os as suas maldades.
nação que não nos podia livrar. 8Servos dom inam sobre nós; ninguém há que nos
l8E spiaram os nossos passos, de m aneira que não livre da sua mão.
po d íam o s an d ar pelas nossas ruas; está chegado o 9C om perigo de nossas vidas trazem os o nosso pão,
nosso fim, estão cum pridos os nossos dias, porque é p o r causa da espada do deserto.
vindo o nosso fim. ' °Nossa pele se queim ou com o u m forno, p o r causa
I90 s nossos perseguidores foram mais ligeiros do
do ardor da fome.
que as águias dos céus; sobre os m ontes nos perse­
11 Forçaram as m ulheres em Sião, as virgens nas ci­
guiram , no deserto nos arm aram ciladas.
dades de Judá.
- 0O fôlego das nossas narinas, o ungido do S e n h o r ,
12Os príncipes foram enforcados pelas m ãos deles;
foi preso nas suas covas; dele dizíamos: Debaixo da
as faces dos velhos não foram reverenciadas.
sua som bra viveremos entre os gentios.
2'Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom , que h a­ 13Aos jovens obrigaram a m oer, e os m eninos
bitas na terra de Uz; o cálice passará tam bém para ti; caíram debaixo das cargas de lenha.
em bebedar-te-ás, e te descobrirás. MOs velhos já não estão m ais às portas, os jovens;«
220 castigo da tua m aldade está consum ado, ó filha deixaram a sua música.
de Sião; ele nu n ca m ais te levará para o cativeiro; ele 15Cessou o gozo de nosso coração; converteu-se em
visitará a tu a m aldade, ó filha de E dom , descobrirá lam entação a nossa dança.
os teus pecados. '"Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós! porque
pecam os.
M ales presentes, e tristes recordações de Sião 17Por isso desm aiou o nosso coração; p o r isso se es­
LEMBRA-TE, S e n h o r , d o q u e n o s t e m s u c e d i ­ cureceram os nossos olhos.
d o ; c o n s id e ra , e o lh a o n o s s o o p ró b r io .
lsPelo m onte de Sião, que está assolado, andam as
2A nossa herança passou a estrangeiros, e as nossas
raposas.
casas a forasteiros.
l<,Tu, S e n h o r , perm aneces etern am en te, e o teu
'Ó rfão s som os sem pai, nossas m ães são com o
tro n o subsiste de geração em geração.
viúvas.
20Por que te esquecerias de n ó s p ara sempre? Por
"•A nossa água por dinheiro a bebem os, p o r preço
vem a nossa lenha. que nos desam pararias p o r tan to tem po?
’O s nossos perseguidores estão sobre os nossos 21C onverte-nos a ti, S e n h o r , e serem os convertidos;
pescoços; estam os cansados, e não tem os descanso. renova os nossos dias com o dantes.
6Aos egípcios e aos assírios estendem os as mãos, 22Mas tu nos rejeitaste totalm ente. Tu estás m uito
para nos fartarem de pão. enfurecido contra nós.

750
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Ezequiel
T it u l o
O nom e do livro deriva de seu autor, o profeta Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote. D iferentem ente de
Jeremias, Ezequiel era casado. É o terceiro dos quatro profetas cham ados maiores.

A u t o r ia e data
É de Ezequiel, cujo nom e significa “D eus fortalecerá”. Ezequiel foi sacerdote e se encontrava entre os
judeus exilados levados à Babilônia entre a prim eira e a últim a deportação de Judá (2Rs 24.11-16). O li­
vro foi escrito no século 4a a.C. C om o Daniel, tam bém é classificado com o u m dos profetas exílicos; isto é,
exerceu seu m inistério d u ran te o período em que se encontrava exilado na Babilônia. Todo o m aterial do
livro foi com pilado em ordem cronológica.

A ssunto
Toda a sua m ensagem é direcionada à casa de Israel, para que os israelitas pudessem m anter viva na lem ­
brança daquela geração do período do exílio os pecados que fez que D eus os punisse daquela m aneira, a
fim de que não voltassem a com eter os m esm os erros. O profeta procurava, ainda, avivar a fé dos desterra­
dos com respeito à recuperação da nação, pois Deus haveria de p u n ir seus opressores e restau rar a glória da
m onarquia davídica. O capítulo 37 é u m forte exemplo do restabelecim ento que lhes estava reservado.
Os últim os capítulos do livro são dedicados ao tem plo e ao serviço que envolve sua existência. C om o
até hoje não se testem unhou na história de Israel u m tem plo que apresentasse as características descritas
ali, alguns acham tratar-se de um tem plo do Israel futuro, devidam ente restaurado.

ênfase a p o lo g é tic a

Este livro foi, entre os profetas, um dos mais atacados pelos críticos. Por tratar-se de um gênero apoca­
líptico, m arcado p o r visões, foi considerado não confiável historicam ente, sendo atribuída u m a data bas­
tante tardia para sua com posição. A tualm ente, porém , tem sido aceito, p o r quase todas as opiniões, com o
sendo do tem po e da autoria de Ezequiel.
Algumas alegadas discrepâncias geográficas são apenas aparentes. É impossível negar a au to ria do li­
vro sim plesm ente po r estas nuances. Há, ainda, a questão relacionada a certas particularidades sacerdo­
tais, apresentada p o r aqueles que, erroneam ente, atribuem u m a data tardia p ara o livro de Levítico. Q u an ­
to às predições a respeito do tem plo (cap. 40 a 48), são de cun h o escatológico e só podem ser julgadas p o r
m eio dessa interpretação.
I ^ O LIVRO DO PROFETA

ryZEQUIEL
A prim eira visão dos q u eru b in s tin h a m rosto de boi; e tam bém tin h a m rosto de

1 E ACONTECEU no trigésim o ano, no q uarto


mês, no q uinto dia do mês, que estando eu no
meio dos cativos, ju n to ao rio Q uebar, se abriram os
águia todos os quatro.
1 'Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam
estendidas p o r cima; cada qual tinha duas asas juntas
céus, e eu tive visões de Deus. um a a outra, e duas cobriam os corpos deles.
’N o quinto dia do mês, no q uinto ano do cativeiro I2E cada qual andava para adiante de si; para onde
do rei Jeoiaquim, o espírito havia de ir, iam; não se viravam q uando
’Veio expressam ente a palavra do S en h o r a Eze- andavam .
quiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos cal­ 13E, q u anto à sem elhança dos seres viventes, o seu
deus, ju n to ao rio Q uebar, e ali esteve sobre ele a aspecto era com o ardentes brasas de fogo, com uma
m ão do S enhor . aparência de lâm padas; o fogo subia e descia p o r
''Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do
norte, um a grande nuvem, com um fogo revolvendo- fogo saíam relâmpagos;
se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia
,4E os seres viventes corriam , e voltavam , à sem e­
um a coisa, com o de cor de âmbar, que saía do meio
lhança de u m clarão de relâmpago.
do fogo.
’’E vi os seres viventes; e eis qu e havia u m a roda
’E do m eio dela saía a sem elhança de quatro seres
sobre a terra ju n to aos seres viventes, um a p ara cada
viventes. E esta era a sua aparência: tin h am a sem e­
um dos q uatro rostos.
lhança de hom em .
I60 aspecto das rodas, e a obra delas, era com o a
6E cada um tinha q u atro rostos, com o tam bém
cor de berilo; e as qu atro tinham u m a m esm a sem e­
cada um deles quatro asas.
lhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era com o se es­
7E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus
tivera um a roda no m eio de outra roda.
pés com o a planta do pé de um a bezerra, e luziam
com o a cor de cobre polido. l7A ndando elas, andavam pelos seus q uatro la d o s;
SE tinham m ãos de hom em debaixo das suas asas, não se viravam q u an d o andavam .
aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus 18E os seus aros eram tão altos, que faziam m edo;
rostos e suas asas. e estas q u atro tin h am as suas cam botas cheias de
"U niam -se as suas asas um a à outra; não se vira- olhos ao redor.
vam q u ando andavam , e cada qual andava co n tin u ­ 19E, an d an d o os seres viventes, andavam as rodas ao
am ente em frente. lado deles; e, elevando-se os seres viventes da terra,
I0E a sem elhança dos seus rostos era como o rosto elevavam-se tam bém as rodas.
de hom em ; e do lado direito todos os quatro tinham 20Para o n d e o esp írito q u eria ir, eles iam ; para
rosto de leão, e do lado esquerdo todos os q u atro on d e o espírito tin h a de ir; e as rodas se elevavam

Cada um tinha quatro rostos que é chamado de semelhança não deve ser tomado literalmente,
(1.5-28) mas simbolicamente. Os seres viventes eram anjos, que também
são citados em Isaías 6.2 e Apocalipse 4.6.
Ufologla. Baseando-se nesta referência, afirma que Eze-
Tais mensagens sáo sempre seguidas da presença de Deus e do
quiel foi visitado por alienigenas.
séquito que o acompanha em sua majestade. A Bíblia concorda
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta passagem não registraa que existam outras formas devidaforada terra, porém, conhecidas
■= visita de extraterrestres. Oversiculo28 declara, objetivamen­ como espíritos de mentira (1Rs 22.22) e espíritos de engano (1Tm
te: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor". Aquilo 4.1), que podem se manifestar de maneira sutil (2Co 11.14).

752
EZEQUIEL 1,2,3

defro n te deles, p o rq u e o espírito do ser vivente eles são casa rebelde), hão de saber, contudo, que
estava nas rodas. esteve no m eio deles um profeta.
2'A ndando eles, andavam elas e, p arando eles, pa- 6E tu, ó filho do hom em , não os temas, nem temas
ravam elas e, elevando-se eles da terra, elevavam-se as suas palavras; ainda que estejam contigo sarças e
também as rodas defronte deles; porque o espírito do espinhos, e tu habites entre escorpiões, não temas
ser vivente estava nas rodas. as suas palavras, nem te assustes com os seus sem ­
22E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma se­ blantes, porque são casa rebelde.
melhança de firm am ento, com a aparência de cristal 'M as tu lhes dirás as m inhas palavras, quer ouçam
terrível, estendido po r cima, sobre as suas cabeças. quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.
2,E debaixo do firm am ento estavam as suas asas di­ 8M as tu, ó filho do hom em , ouve o que eu te falo,
reitas um a em direção à outra; cada um tinha duas, não sejas rebelde com o a casa rebelde; abre a tu a
que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada um tinha boca, e com e o que eu te dou.
outras duas asas, que os cobriam do o u tro lado.
24E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, com o A visão do rolo do livro
o ruído de m uitas águas, com o a voz do O nipoten­ ‘'Então vi, e eis que um a m ão se estendia para m im ,
te, um tum ulto com o o estrépito de um exército; pa­ e eis que nela havia um rolo de livro.
rando eles, abaixavam as suas asas. I0E estendeu-o diante de m im , e ele estava escrito
po r den tro e p o r fora; e nele estavam escritas lam en­
25E ouviu-se um a voz vinda do firm am ento, que
tações, e suspiros e ais.
estava p o r cim a das suas cabeças; parando eles, abai­
xavam as suas asas.
DEPOIS m e disse: Filho do hom em , com e o
2|,E p o r cim a do firm am ento, que estava po r cima
das suas cabeças, havia algo sem elhante a um trono 3 que achares; com e este rolo, e vai, fala à casa de
Israel.
que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de
2Então abri a m inha boca, e m e deu a com er o rolo.
tro n o havia um a figura sem elhante à de um hom em ,
3E disse-me: Filho do h om em , dá de com er ao teu
na parte de cim a, sobre ele.
ventre, e enche as tuas en tran h as deste rolo que eu te
27E vi-a com o a cor de âm bar, com o a aparência do
dou. Então o com i, e era na m inha boca doce com o
fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos
o mel.
seus lom bos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos
■*Edisse-m e ainda: Filho do hom em , vai, en tra na
seus lom bos e daí para baixo, vi com o a sem elhança
casa de Israel, e dize-lhe as m inhas palavras.
de fogo, e um resplendor ao redor dele.
’Porque tu não és enviado a um povo de estranha
28C om o o aspecto do arco que aparece na nuvem no
fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel;
dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em ''Nem a m uitos povos de estranha fala, e de língua
redor. Este era o aspecto da sem elhança da glória do difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos
S en h or ; e, vendo isto, caí sobre o m eu rosto, e ouvi a tais te enviara, certam ente te dariam ouvidos.
voz de quem falava. 7Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos,
po rq u e não m e querem dar ouvidos a m im ; pois
A vocação de E zeq u iel toda a casa de Israel é de fronte obstinada e d ura de
E DISSE-ME: Filho do hom em , põe-te em pé, e
2 falarei contigo.
2Então entrou em m im o Espírito, quando ele falava
coração.
"Eis que fiz d u ro o teu rosto co n tra os seus rostos, e
forte a tua fronte co n tra a sua fronte.
comigo, e m e pôs em pé, e ouvi o que m e falava. 9Fiz com o diam ante a tu a fronte, mais forte do que
5E disse-me: Filho do hom em , eu te envio aos filhos a pederneira; não os tem as, pois, nem te assom bres
de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra com os seus rostos, p o rq u e são casa rebelde.
m im ; eles e seus pais transgrediram contra m im até ' “D isse-m e mais: Filho do hom em , recebe no teu
este m esm o dia. coração todas as m inhas palavras que te hei de dizer,
4E os filhos são de sem blante duro, e obstinados de e ouve-as com os teus ouvidos.
coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o ' 'Eia, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu
Senhor D eus. povo, e lhes falarás e lhes dirás: Assim diz o Senhor
5E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque D eus, quer ouçam q uer deixem de ouvir.

753
EZEQUIEL 3,4

12E lev antou-m e o Espírito, e ouvi p o r detrás de 27Mas, quando eu falar contigo, abrirei a tua boca,
m im um a voz de grande estrondo, que dizia: Bendi­ e lhes dirás: Assim diz o S enhor D eus: Q uem ouvir
ta seja a glória do S enhor , desde o seu lugar. ouça, e quem deixar de ouvir, deixe; porque eles são
13E ouvi o ruído das asas dos seres viventes, que to ­ casa rebelde.
cavam um as nas outras, e o ruído das rodas defronte
deles, e o sonido de um grande estrondo. Predição do cerco de Jerusalém
HEntão o Espírito m e levantou, e m e levou; e eu TU, pois, ó filho do hom em , to m a um tijolo, e
m e fui am argurado, na indignação do m eu espírito;
porém a m ão do S en iio r era forte sobre mim.
4 pô-lo-ás diante de ti, e grava nele a cidade de Je­
rusalém.
15E fui a Tel-Abibe, aos do cativeiro, que m oravam 2E põe contra ela um cerco, e edifica contra ela um a
ju n to ao rio Q uebar, e eu m orava o nde eles m o ra­ fortificação, e levanta co n tra ela um a trincheira, e
vam; e fiquei ali sete dias, pasm ado no meio deles. põe contra ela arraiais, e põe-lhe aríetes em redor.
SE tu tom a um a sertã de ferro, e põe-na p o r m u ro de
O atalaia de Israel ferro entre ti e a cidade; e dirige para ela o teu rosto,
U’E s u c e d e u q u e , a o fim d e s e te d ia s , v e io a p a la v ra e assim será cercada, e a cercarás; isto servirá de sinal
d o S enhor a m im , d iz e n d o : à casa de Israel.
’’Filho do hom em : Eu te dei p o r atalaia sobre a ■*Tu tam bém deita-te sobre o teu lado esquerdo, e
casa de Israel; e tu d a m in h a boca ouvirás a palavra e põe a iniqüidade da casa de Israel sobre ele; conforme
avisá-los-ás da m inha parte. o núm ero dos dias que te deitares sobre ele, levarás
'"Q uando eu disser ao ím pio: C ertam ente m o r­ as suas iniqüidades.
rerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ’Porque eu já te tenho fixado os anos da sua in iq ü i­
ím pio acerca do seu m au cam inho, para salvar a sua dade, conform e o núm ero dos dias, trezentos e n o ­
vida, aquele ím pio m orrerá na sua iniqüidade, mas venta dias; e levarás a iniqüidade da casa de Israel.
o seu sangue, da tua m ão o requererei. 6E, qu an d o tiveres cum prido estes dias, to rn ar-te-
1 ‘'M as, se avisares ao ím pio, e ele não se converter da ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a in i­
sua im piedade e do seu m au cam inho, ele m orrerá qüidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei
na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma. para cada ano.
-"Sem elhantem ente, q uando o justo se desviar da ’D irigirás, pois, o teu rosto para o cerco de Jeru­
sua justiça, e com eter a iniqüidade, e eu puser diante salém, com o teu braço descoberto, e profetizarás
dele um tropeço, ele m orrerá: porque tu não o avi­ contra ela.
saste, no seu pecado m orrerá; e suas justiças, que 8E eis que porei sobre ti cordas; assim tu não te vol­
tiver praticado, não serão lem bradas, m as o seu tarás de um lado para o outro, até que cum pras os
sangue, da tua m ão o requererei. dias do teu cerco.
2' Mas, avisando tu o justo, para que não peque, eele “E tu, tom a trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e
não pecar, certam ente viverá; porque foi avisado; e m ilho e aveia, e coloca-os n u m a vasilha, e faze deles
tu livraste a tua alma. pão; conforme o n ú m ero dos dias que tu te d eita­
22E a m ão do S enhor estava sobre m im ali, e ele me res sobre o teu lado, trezentos e noventa dias, com e­
disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo. rás disso.
2,E levantei-m e, e saí ao vale, e eis que a glória do I0E a tua com ida, que hás de com er, será do peso de
S enhor estava ali, com o a glória que vi ju n to ao rio vinte siclos p o r dia; de tem p o em tem po a comerás.
Q uebar; e caí sobre o m eu rosto. "T am bém beberás a água por m edida, a saber, a
24Então en trou em m im o Espírito, e m e pôs em pé, sexta parte de um him; de tem po em tem po beberás.
e falou comigo, e m e disse: E ntra, encerra-te dentro I2E o que com eres será com o bolos de cevada, e
da tua casa. cozê-los-ás sobre o esterco que sai do hom em , diante
2,E q u an to a ti, ó filho do hom em , eis que porão dos olhos deles.
cordas sobre ti, e te ligarão com elas; não sairás, pois, ME disse o S en h o r : Assim com erão os filhos de
ao m eio deles. Israel o seu pão im undo, en tre os gentios para onde
26E eu farei que a tua língua se pegue ao teu paladar, os lançarei.
e ficarás m udo, e não lhes servirás de repreendedor; '■•Então disse eu: Ah! Senhor D eus ! Eis que a m inha
p orque eles são casa rebelde. alm a não foi contam inada, pois desde a m inha m o­

754
EZEQUIEL4,5,6

cidade até agora, nunca com i daquilo que m orrer 11 Portanto, como eu vivo, diz o S enhor D eus, certa­
de si mesmo, ou que é despedaçado p o r feras; nem mente, p o rq u an to profanaste o m eu santuário com
carne abom inável en trou na m inha boca. todas as tuas coisas detestáveis, e com todas as tuas
15E disse- me: Vê, dei-te esterco de vacas, em lugar de abom inações, tam bém eu te dim inuirei, e o m eu
esterco de hom em ; e sobre ele prepararás o teu pão. olho não te perdoará, nem tam bém terei piedade.
1'’Disse-m e ainda: Filho do hom em , eis que eu que­ 12Um a terça parte de ti m o rrerá de peste, e se consu­
brarei o sustento de pão em Jerusalém, e com erão o m irá de fom e no m eio de ti; e o u tra terça parte cairá
pão p o r peso, e com ansiedade; e a água beberão por à espada em redor de ti; e a outra terça parte espa­
medida, e com espanto; lharei a todos os ventos, e desem bainharei a espada
,7Para que lhes falte o pão e a água, e se espantem atrás deles.
uns com os outros, e se consum am nas suas iniqüi- l3Assim se cu m p rirá a m inha ira, e satisfarei neles
dades. o m eu furor, e m e consolarei; e saberão que eu, o
S enhor , tenho falado no m eu zelo, q uando eu cu m ­
E TU, ó filho do hom em , tom a um a faca afiada, p rir neles o m eu furor.
com o navalha de barbeiro, e a farás passar pela 14E p ô r-te-ei em desolação, e p o r objeto de opróbrio
tua cabeça e pela tua barba; então tom arás um a ba­ entre as nações que estão em redor de ti, aos olhos de
lança de peso, e repartirás os cabelos. todos os que passarem.
2U m a terça parte queim arás no fogo, no m eio da I5E será objeto de op ró b rio e blasfêmia, instrução e
cidade, q uando se cum prirem os dias do cerco; espanto às nações que estão em redor de ti, quando
então tom arás outra terça parte, e feri-la-ás com eu executar em ti juízos com ira, e com furor, e com
um a faca ao redor dela; e a outra terça parte espa­ terríveis castigos. Eu, o S e n h o r , falei.
lharás ao vento; porque desem bainharei a espada "•Q uando eu enviar as m alignas flechas da fom e
atrás deles. contra eles, que servirão p ara destruição, as quais
'Tam bém tom arás dali um pequeno núm ero,e atá- eu m andarei para vos destruir, então aum entarei a
los-ás nas bordas do teu manto. fome sobre vós, e vos quebrarei o sustento do pão.
4E ainda destes tom arás alguns, e os lançarás no 17E enviarei sobre vós a fome, e as feras que te desfi-
m eio do fogo e os queim arás a fogo; e dali sairá um lharão; e a peste e o sangue passarão p o r ti; e trarei a
fogo contra toda a casa de Israel. espada sobre ti. Eu, o S enhor , falei.
5Assim diz o Senhor D eus: Esta é Jerusalém; colo­
quei-a no meio das nações e das terras que estão ao Profecia contra os m o n tes d e Israel
redor dela. E VEIO a m im a palavra do S enhor , dizendo:
‘’Ela, porém , m u d o u em im piedade os m eus juízos, 2Filho do hom em , dirige o teu rosto para os
mais do que as nações, e os m eus estatutos m ais do m ontes de Israel, e profetiza contra eles.
que as terras que estão ao redor dela; porque rejei­ *E dirás: M ontes de Israel, ouvi a palavra do Senhor
taram os m eus juízos e os m eus estatutos, e não an ­ D eus: Assim diz o Senhor D eu s aos m ontes, aos outei­
daram neles. ros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, sim eu, trarei a
7P ortanto assim diz o S enhor D eus: Porque m ulti­ espada sobre vós, e destruirei os vossos lugares altos.
plicastes mais do que as nações, que estão ao redor 4E serão assolados os vossos altares, e quebradas as
de vós, e não andastes nos m eus estatutos, nem guar- vossas im agens do sol e derrubarei os vossos m ortos,
dastesosm eus juízos, nem ainda procedestes segun­ diante dos vossos ídolos.
do os juízos das nações que estão ao redor de vós; 5E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos
“Por isso assim diz o Senhor D eus: Eis que eu, sim seus ídolos; e espalharei os vossos ossos em redor
eu, estou contra ti; e executarei juízos no m eio de ti dos vossos altares.
aos olhos das nações. 6Em todos os vossos lugares habitáveis, as cidades
■'E farei em ti o que nunca fiz, e o que jam ais farei, serão destruídas, e os lugares altos assolados; para
por causa de todas as tuas abom inações. que os vossos altares sejam destruídos e assolados, e
"’Portanto os pais com erão a seus filhos no m eio os vossos ídolos se quebrem e se acabem, e as vossas
de ti, e os filhos com erão a seus pais; e executarei em im agens sejam cortadas, e desfeitas as vossas obras.
ti juízos, e tudo o que restar de ti, espalharei a todos 7E os m ortos cairão no m eio de vós, para que sai­
os ventos. bais que eu sou o S e n h o r.

755
EZEQUIEL 6,7

“Porém deixarei um rem anescente, para que te­ 7 A m anhã vem p ara ti, ó hab itan te da terra. Vem
nhais en tre as nações alguns que escaparem da o tem po; chegado é o dia da turbação, e não mais o
espada, q u an d o fordes espalhados pelas terras. sonido de alegria dos m ontes.
''Então os que dentre vós escaparem se lem brarão 8Agora depressa derram arei o m eu fu ro r sobre ti, e
de m im entre as nações para on d e foram levados cum prirei a m in h a ira contra ti, e te julgarei confor­
em cativeiro; p o rq u an to m e quebrantei por causa m e os teus cam inhos, e porei sobre ti todas as tuas
do seu coração corrom pido, que se desviou de m im , abom inações.
e p o r causa dos seus olhos, que andaram se corrom ­ 9E não te p o u p ará o m eu olho, nem terei piedade
p endo após os seus ídolos; e terão nojo de si m esm os, de ti; conform e os teus cam inhos, assim te punirei,
p o r causa das m aldades que fizeram em todas as suas e as tuas abom inações estarão no meio de ti; e sabe­
abom inações. reis que eu, o S e n h o r, é que firo.
1 °E saberão que eu sou o S e n h o r, e que não disse de­ "’Eis aqui o dia, eis que vem; veio a m anhã, já flores­
balde que lhes faria este mal. ceu a vara, já reverdeceu a soberba.
1 'Assim diz o S enhor D eus : Bate com a mão, e bate "A violência se levantou em vara de im piedade;
com o teu pé, e dize: Ah! Por todas as grandes abo­ nada restará deles, nem da sua m ultidão, nem do seu
minações da casa de Israel! Porque cairão à espada, rum or, nem haverá lam entação p o r eles.
e de fome, e de peste. 12 Vem o tem po, é chegado o dia; o que com pra não
120 que estiver longe m orrerá de peste, e o que se alegre, eo que vende não se entristeça; porque a ira
está perto cairá à espada; e o que restar e ficar cerca­ ardente está sobre toda a m ultidão deles.
do m o rrerá de fome; assim cum prirei o m eu furor ‘•’P orque o qu e vende não to rn ará a possuir o que
sobre eles. vendeu, ainda que esteja entre os viventes; porque a
,3Então sabereis que eu sou o S e n h o r, q u an d o os visão, sobre toda a sua m ultidão, não to rn ará para
seus m o rtos estiverem no m eio dos seus ídolos, trás, nem ninguém fortalecerá a sua vida com a sua
em redor dos seus altares, em to d o o outeiro alto, iniqüidade.
em todos os cum es dos m ontes, e debaixo de toda uJá tocaram a trom beta, e tu d o p repararam , m as
a árvore verde, e debaixo de to d o o carvalho fro n ­ não há quem vá à peleja, p orque a m in h a ardente ira
doso, no lugar onde ofereciam cheiro suave a todos está sobre toda a sua m ultidão.
os seus ídolos. ' 5Fora está a espada, e d entro apeste e a fome; o que
1 4E estenderei a m inha m ão sobre eles, e farei a terra estiver no cam po m o rrerá à espada, e o que estiver na
desolada, e mais devastada do que o deserto do lado cidade a fom e e a peste o consum irão.
de Dibla, em todas as suas habitações; e saberão que I6E escaparão os que fugirem deles, m as estarão
eu sou o S enhor . pelos m ontes, com o pom bas dos vales, to d o s ge­
m endo, cada um p o r causa da sua iniqüidade.
V em o fim , o fim vem ! l7Todas as m ãos se enfraquecerão, e todos os jo e­
DEPOIS veio a m im a palavra do Senhor, d i­ lhos serão débeis com o água.
7 zendo: 18E cingir-se-ão de sacos, e o te rro r os cobrirá; e
2E tu , ó filho do hom em , assim diz o S enhor D e u s sobre todos os rostos haverá vergonha, e sobre todas
acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre as suas cabeças, calva.
os q uatro cantos da terra. 19A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro será
3 Agora vem o fim sobre ti, e enviarei sobre ti am in h a rem ovido; nem a sua p rata nem o seu o u ro os poderá
ira, e te julgarei conform e os teus cam inhos, e trarei livrar no dia do fu ro r do S en h o r ; eles não fartarão
sobre ti todas as tuas abom inações. a sua alma, nem lhes encherão o estôm ago, porque
4E não te poupará o m eu olho, nem terei piedade isto foi o tropeço da sua iniqüidade.
de ti, m as porei sobre ti os teus cam inhos, e as tuas 20E a glória do seu o rn am en to ele a pôs em m agnifi­
abom inações estarão no m eio de ti; e sabereis que cência, m as eles fizeram nela im agens das suas ab o ­
eu sou o S e n h o r. m inações e coisas detestáveis; p o r isso eu lha tenho
5Assim diz o Senhor D eus: Um mal, eis que um só feito coisa im unda.
mal vem. 2‘E en treg á-la-ei p o r presa, na m ão dos e s tra n ­
‘’Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis geiros, e aos ím pios da te rra por despojo; e a p ro ­
que vem. fanarão.

756
EZEQUIEL 7 ,8 ,9

22E desviarei deles o m eu rosto, e profanarão o m eu 8E disse-me: Filho do hom em , cava agora n aq u e­
lugar oculto; p orque entrarão nele saqueadores, e o la parede. E cavei na parede, e eis que havia um a
profanarão. porta.
23Faze uma cadeia, porque a terra está cheia de 9Então m e disse: E ntra, e vê as m alignas abom ina­
crim es de sangue, e a cidade está cheia de violência. ções que eles fazem aqui.
24E farei vir os piores dentre os gentios e possuirão I0E entrei, e olhei, e eis que toda a form a de répteis, e
as suas casas; e farei cessar a arrogância dos fortes, e animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de
os seus lugares santos serão profanados. Israel, estavam pintados na parede em todo o redor.
2,Vem a destruição; eles buscarão a paz, m as não 11E estavam em pé diante deles setenta hom ens dos
há nenhum a. anciãos da casa de Israel, e Jaazanias, filho de Safã, em
2,’M iséria sobre m iséria virá, e se levantará ru m o r pé, no m eio deles, e cada um tinha na m ão o seu in ­
sobre ru m or; então buscarão do profeta um a visão, censário; e subia uma espessa nuvem de incenso.
mas do sacerdote perecerá a lei e dos anciãos o co n ­ 12Então m e disse: Viste, filho do h om em , o que os
selho. anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um
270 rei la m e n ta r á , e o p r ín c ip e se v e s tirá d e d e s o ­ nas suas câm aras pintadas de imagens? Pois dizem:
laç ão , e as m ã o s d o p o v o d a t e r r a se c o n tu r b a r ã o ; O S enhor não nos vê; o S en h or ab an d o n o u a terra.
c o n f o r m e o s e u c a m i n h o lh e s fa re i, e c o n f o rm e o s 1 ’E disse-me: A inda tornarás a ver m aiores ab o m i­
se u s m e r e c im e n to s o s ju lg a re i; e s a b e rã o q u e e u sou nações, que estes fazem.
o S enhor . ' 4E levou-m e à entrada da p o rta da casa do S enhor ,
que está do lado norte, e eis que estavam ali m ulhe­
As abom inações n o santuário res assentadas chorando a Tamuz.
SUCEDEU, pois, no sexto ano, no sexto mês, 15E disse-me: Vês isto, filho do hom em ? A inda to r­
8 no quinto dia do mês, estando eu assentado na
m inha casa, e os anciãos de Judá assentados diante
narás a ver abom inações m aiores do que estas.
I6E levou-m e para o átrio interior da casa do
de m im , que ali a m ão do Senhor D eus caiu sobre S enhor , e eis que estavam à entrada do tem plo do
mim. S enhor , entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco
2E olhei, e eis um a semelhança com o o aspecto de hom ens, de costas para o tem plo do S enhor , e com
fogo; desdeo aspecto dos seus lombos, e daí para baixo, os rostos para o oriente; e eles, virados para o o rien­
era fogo; e dos seus lombos e daí para cima com o o as­ te adoravam o sol.
pecto de um resplendor com o a cor de âmbar. 17Então m e disse: Vês isto, filho do hom em ? Há por­
3E estendeu a form a de um a m ão, e tom ou-m e ventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que
pelos cabelos da m inha cabeça; e o Espírito m e le­ tais abom inações, que fazem aqui? H avendo enchi­
vantou entre a terra e o céu, e levou-m e a Jerusalém do a terra de violência, to rn am a irritar-m e; e ei-los
em visões de Deus, até à entrada da p o rta do pátio de a chegar o ram o ao seu nariz.
dentro, que olha para o norte, onde estava o assento lsPor isso tam bém eu os tratarei com furor; o m eu
da imagem do ciúmes, que provoca ciúmes. olho não poupará, nem terei piedade; ainda que m e
4E eis que a glória do D eus de Israel estava ali, con­ gritem aos ouvidos com gran d e voz, contudo não
form e o aspecto que eu tinha visto no vale. os ouvirei.
5E disse-me: Filho do hom em , levanta agora os teus
olhos para o cam inho do norte. E levantei os meus Preservação do ju sto
olhos para o cam inho do norte, e eis que ao norte da ENTÃO m e gritou aos ouvidos com grande voz,
po rta do altar, estava esta im agem de ciúm es na en ­
trada.
9 dizendo:
Fazei chegar os intendentes da cidade, cada um
6E disse-me: Filho do h om em , vês tu o que eles com as suas arm as destruidoras na mão.
estão fazendo? As grandes abom inações que a casa 2E eis que vinham seis h om ens a cam inho da p o rta
de Israel faz aqui, para que m e afaste do m eu san­ superior, que olha para o n o rte, e cada um com a sua
tuário? Mas ainda tornarás a ver m aiores ab o m i­ arm a d estru id o ra na m ão, e entre eles um hom em
nações. vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua
7E levou-me à p o rta do átrio; então olhei, e eis que cintura; e e n traram , e se puseram ju n to ao altar de
havia um buraco na parede. bronze.

757
EZEQ UIEL9,10

<E a glória do Deus de Israel se levantou de sobre o 4Então se levantou a glória do S e n h o r de sobre o
querubim , sobre o qual estava, indo até a entrada da querubim indo para a entrada da casa; e encheu-se a
casa;eclam ou ao hom em vestido d elin h o .q u etin h acasa de um a nuvem , e o átrio se encheu do resplen­
o tinteiro de escrivão à sua cintura. dor da glória do S e n h o r.
■*Edisse-lhe o S e n h o r : Passa pelo meio da cidade, 5E o ruído das asas dos q u eru b in s se ouviu até ao
pelo m eio de Jerüsalém, e m arca com um sinal as átrio exterior, com o a voz do Deus Todo-Poderoso,
testas dos hom ens que suspiram e que gem em por quando fala.
causa de todas as abom inações que se com etem no '’Sucedeu, pois, que, d an d o ele ordem ao hom em
meio dela. vestido de linho, dizendo: Toma fogo d en tre as
rodas, den tre os querubins, en tro u ele, e p arou
A destruição do ím p io ju n to às rodas.
SE aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela "Então estendeu u m querubim a sua m ão d en tre os
cidade após ele, e feri; não p oupe o vosso olho, nem querubins para o fogo que estava en treosquerubins;
vos compadeçais. e tom o u dele, e o pôs nas m ãos do que estava vestido
6Matai velhos, jovens, virgens,m eninosem ulheres, de linho; o qual o to m o u , e saiu.
até exterm iná-los; m as a todo o h om em que tiver o KE apareceu nos queru b in s u m a sem elhança de
sinal não vos chegueis; e com eçai pelo m eu santuá­ m ão de hom em debaixo das suas asas.
rio. E com eçaram pelos hom ens m ais velhos que es­ lJEntão olhei, e eis q u atro rodas ju n to aos q u e ru ­
tavam diante da casa. bins, um a roda ju n to a um querubim , e o u tra roda
7E disse-lhes: C ontam inai a casa e enchei os átrios ju n to a o u tro queru b im ; e o aspecto das rodas era
de m ortos; saí. E saíram , e feriram na cidade. com o a cor da pedra de berilo.
"Sucedeu, pois, que, havendo-os ferido, e ficando I0E, q u anto ao seu aspecto, as q u atro tin h am um a
eu sozinho, caí sobre a m inha face, e clamei, e disse: m esm a sem elhança; com o se estivesse um a roda no
Ah! Senhor D eus! dar-sè-á caso que destruas todo m eio de outra roda.
o restante de Israel, d erram ando a tua indignação "A n d a n d o estes, andavam para os q u atro lados
sobre Jerusalém? deles; não se viravam quando andavam , m as para o
9Então m e disse: A m aldade da casa de Israel e de lugar para o nde olhava a cabeça, para esse seguiam;
Judá é grandíssim a, e a terra se encheu de sangue e a não se viravam q u an d o andavam .
cidade se encheu de perversidade; porque dizem: O 12E to d o o seu corpo, as suas costas, as suas m ãos, as
S e n h o r abandonou a terra, e o S e n h o r não vê. suas asas e as rodas, as rodas que os q uatro tinham ,
l0Pois, tam bém , quanto a m im , não p oupará o m eu estavam cheias de olhos ao redor.
olho, nem m e com padecerei; sobre a cabeça deles IJE, q u an to às rodas, o uvindo eu, se lhes gritava:
farei recair o seu cam inho. Roda!
1 ‘Eis que o hom em que estava vestido de linho, a UE cada um tin h a q uatro rostos; o rosto do p ri­
cuja cintura estava o tinteiro, to rn o u com a respos­ m eiro era rosto de querubim , e o rosto do segundo,
ta, dizendo: Fiz com o m e m andaste. rosto de hom em , e do terceiro era rosto de leão, e do
quarto, rosto de águia.
A segunda visão dos q u eru b in s I5E os q u eru b in s se elevaram ao alto; estes são os
D E PO ISolhei.eeisqueno firm am ento,que m esm os seres viventes que vi ju n to ao rio Q uebar.
estava po r cima da cabeça dos querubins, lt’E, an d an d o os querubins, andavam as rodas ju n ­
apareceu sobre eles um a com o ped ra de safira, se­ tam ente com eles; e, levantando os querubins as suas
m elhante a form a de um trono. asas, para se elevarem de sobre a terra, tam bém as
2E falou ao hom em vestido de linho, dizendo: Vai rodas não se separavam deles.
p o r entre as rodas, até debaixo do querubim , e enche l7P arando eles, paravam elas; e, elevando-se eles
as tuas m ãos de brasas acesas d entre os querubins elevavam-se elas, p o rq u e o espírito do ser viven­
e espalha-as sobre a cidade. E ele en trou à m inha te estava nelas.
vista. 1 "Então saiu a glória do S enhor de sobre a entrada
JE os querubins estavam ao lado direito da casa, da casa, e p aro u sobre os querubins.
q u an d o en tro u aquele hom em ; e um a nuvem 19E os querubins alçaram as suas asas, e se elevaram
encheu o átrio interior. da terra aos m eus olhos, quando saíram ; e as rodas

758
E Z E Q U IE L 10.il, 12

os acom panhavam ; e cada um p aro u à entrada da ■ME aconteceu que, profetizando eu, m orreu Pela­
porta oriental da casa do S en h or ; e a glória do Deus tias, filho de Benaia; então caí sobre o m eu rosto, e
de Israel estava em cim a, sobre eles. clamei com grande voz, e disse: Ah! S enhor D eus !
20Estes são os seres viventes que vi debaixo do Deus Porventura darás tu fim ao rem anescente de Israel?
de Israel, ju n to ao rio Q uebar, e conheci que eram HEntão veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
querubins. ’’Filho do hom em , teus irm ãos, sim , teus irm ãos,
2'C ada um tinha q u atro rostos e cada um quatro os hom ens de teu parentesco, e toda a casa de Israel,
asas, e a sem elhança de m ãos de hom em debaixo todos eles são aqueles a quem os habitantes de Jeru­
das suas asas. salém disseram: A partai-vos para longe do S en h or ;
22E a sem elhança dos seus rostos era a dos rostos esta terra nos foi dada em possessão.
que eu tinha visto ju n to ao rio Q uebar, o aspecto l6P ortanto, dize: Assim diz o S enhor D eus : A inda
deles, e eles m esm os; cada um andava para diante que os lancei para longe entre os gentios, e ainda que
do seu rosto. os espalhei pelas terras, todavia lhes serei com o u m
pequeno santuário, nas terras para o nde forem.
O ju íz o de D eus contra os chefes do povo l7P ortanto, dize: Assim diz o S enhor D eus : Hei de
"| ENTÃO m e levantou o Espírito, e m e levou ajuntar-vos do m eio dos povos, e vos recolherei das
1 í à p o rta oriental da casa do S e n h o r, a qual terras para o nde fostes lançados, e vos darei a terra
olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da de Israel.
p o rta vinte e cinco hom ens; e no m eio deles vi a Ja- I8E virão ali, e tirarão dela todas as suas coisas d e­
azanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaia, testáveis e todas as suas abom inações.
príncipes do povo. I9E lhes darei um só coração, e um espírito novo
2E disse-me: Filho do hom em , estes são os hom ens porei d en tro deles; e tirarei da sua carne o coração
que m aquinam perversidade, e dão m au conselho de pedra, e lhes darei um coração de carne;
nesta cidade. 20Para que andem nos m eus estatutos, e guardem os
*Os quais dizem: N ão está próxim o o tem po de edi­ m eus j uízos, e os cum pram ; e eles m e serão p o r povo,
ficar casas; esta cidade é o caldeirão, e nós a carne. e eu lhes serei p o r Deus.
4P ortanto, profetiza co n tra eles; profetiza, ó filho 21Mas, q u anto àqueles cujo coração andar confor­
do hom em . m e o coração das suas coisas detestáveis, e as suas
'C aiu, pois, sobre m im o Espírito do S enhor , e abom inações, farei recair nas suas cabeças o seu ca­
disse-me: Fala: Assim diz o S e n h o r : Assim haveis m inho, diz o Senhor D eus .
falado, ó casa de Israel, porque, q uanto às coisas que 22Então os qu eru b in s elevaram as suas asas, e as
vos sobem ao espírito, eu as conheço. rodas os acom panhavam ; e a glória do D eus de Israel
'’Multiplicastes os vossos m ortos nesta cidade, een- estava em cim a sobre eles.
chestes as suas ruas de m ortos. 23E a glória do S enhor se alçou desde o m eio da
7Portanto, assim diz o S enhor D eus: Vossos m ortos, cidade; e se pôs sobre o m o n te que está ao o rie n ­
que deitastes no m eio dela, esses são a carne e ela é o te da cidade.
caldeirão; a vós, porém , vos tirarei do m eio dela. 24Depois o Espírito m e levantou, e m e levou à Cal-
T e m e s te s a e s p a d a , e a e s p a d a tr a r e i s o b re v ó s, d iz déia, para os do cativeiro, em visão, pelo Espírito de
o S e n h o r D eus . Deus; e subiu de sobre m im a visão que eu tinha tido.
gE vos farei sair do meio dela, evos entregarei na m ão 2,E falei aos do cativeiro todas as coisas que o
de estrangeiros, e exercerei os meus juízos entre vós. S en h or m e havia m ostrado.
"’Caireis à espada, e nos confins de Israel vos julga­
rei; e sabereis que eu sou o S enhor . A m u d a n ça para fo ra do m u ro
1 'Esta cidade não vos servirá de caldeirão, nem vós E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
servireis de carne no m eio dela; nos confins de Israel 2Filho do hom em , tu habitas no meio da casa
vos julgarei. rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos
I2E sa b e re is q u e e u sou o S enhor , p o r q u e n ã o a n ­ para ouvir e não ouve; porque eles são casa rebelde.
d a ste s n o s m e u s e s ta tu to s , n e m c u m p r is te s o s m e u s ’Tu, pois, ó filho do h o m em , p rep ara m obílias
ju íz o s; a n te s fizestes c o n f o rm e o s ju íz o s d o s g e n tio s para m udares, e de dia m u d a aos olhos deles; e do
q u e estão a o r e d o r d e v ó s. teu lugar m udarás para o u tro lugar aos olhos deles;

759
EZEQUIEL 12,13

bem pode ser que reparem nisso, ainda que eles são 1 "Filho do hom em , o teu pão comerás com tremor, e a
casa rebelde. tua água beberás com estremecimento e com receio.
''Aos olhos deles, pois, tirarás para fora, de dia, as I9E dirás ao povo da terra: Assim diz o Senhor
tuas mobílias, com o quem vai m udar; então tu sairás D eus acerca dos habitantes de Jerusalém, n a terra de
de tarde aos olhos deles, com o quem sai m udando Israel: O seu pão com erão com receio, e a sua água
para o cativeiro. beberão com susto, pois a sua terra será despojada
5Faze para ti, à vista deles, um a abertura na parede, de sua abundância, p o r causa da violência de todos
e tira-as para fora, por ali. os que nela habitam .
6Aos olhos deles, nos seus om bros, às escuras as ti­ 20E as cidades habitadas serão devastadas, e a terra se
rarás, e cobrirás o teu rosto, para que não vejas a tornará em desolação; e sabereis que eu sou o S enhor .
terra; p orque te dei p o r sinal à casa de Israel.
7E fiz assim, com o se m e deu ordem ; as m inhas m o ­ Profecia contra os falsos profetas
bílias tirei para fora de dia, com o m obílias do cati­ 21E veio ainda a m im a palavra do S enhor , dizendo:
veiro; então à tarde fiz, com a m ão, um a abertura 22Filho do h om em , que provérbio é este que vós
n a parede; às escuras as tirei para fora, e nos m eus tendes na terra de Israel, dizendo: Prolongar-se-ão
om bros as levei, aos olhos deles. os dias, e perecerá to d a a visão?
23P ortanto, dize-lhes: Assim diz o S enhor D eus :
8E, p e la m a n h ã , v e io a m im a p a la v r a d o S en h or ,
d iz e n d o : Farei cessar este provérbio, e já não se servirão mais
9Filho do hom em ,porventura não te disse a casa de deleem Israel; m asdize-lhes: Os dias estão próxim os
Israel, aquela casa rebelde: Q ue fazes tu? e o cum p rim en to de toda a visão.
1HDize-lhes: Assim diz o Senhor D eus : Esta carga 24Porque não haverá m ais algum a visão vã, nem
refere-se ao príncipe em Jerusalém, e a toda a casa de adivinhação lisonjeira, no m eio da casa de Israel.
Israel, que está no m eio dela. “ P orque eu, o S en h or , falarei, e a palavra que eu
11 Dize: Eusow o vosso sinal. Assim com o eu fiz, assim falar se cum prirá; não será mais adiada; porque em
se lhes fará a eles; irão para o exílio em cativeiro. vossos dias, ó casa rebelde, falarei u m a palavra e a
I2E o príncipe que está no meio deles levará aos cum prirei, diz o S enhor D eus .
om bros as mobílias, e às escuras sairá; farão um a aber­ 26Veio m ais a m im a palavra do S enhor , dizendo:
tura na parede para as tirarem por ela; o seu rosto co­ 27Filho do hom em , eis que os da casa de Israel
brirá, para que com os seus olhos não veja a terra. dizem: A visão que este tem é para m uitos dias, e ele
1’Tam bém estenderei a m in h a rede sobre ele, e profetiza de tem pos que estão longe.
será apanhado no m eu laço; e o levarei à Babilônia, 28P ortanto dize-lhes: Assim diz o S enhor D eus : N ão
à terra dos caldeus, e contudo não a verá, ainda que será m ais adiada n en h u m a das m inhas palavras; e a
ali m orrerá. palavra que falei se cum prirá, diz o S enhor D eus .
14E a todos os ventos espalharei os que estiverem ao
redor dele para seu socorro, e a todas as suas tropas; 1 O E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
e desem bainharei a espada atrás deles. JL J 2F ilh o d o h o m em ,p ro fetizaco n trao sp ro -
15Assim saberão que eu sou o S f.n ho r , quando eu os fetas de Israel que profetizam , e dize aos que só p ro ­
dispersar entre as nações e os espalhar pelas terras. fetizam de seu coração: O uvi a palavra do S en h o r ;
16Mas deles deixarei ficar alguns poucos, escapos da 3 Assim diz o Senhor D eus : Ai dos profetas loucos,
espada, da fom e, e da peste, para que contem todas as que seguem o seu próprio espírito e que nada
suas abom inações entre as nações para onde forem; viram!
e saberão que eu sou o S enhor . 4Os teus profetas, ó Israel, são com o raposas nos
17Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: desertos.

E dize aos que só profetizam de seu coração afirmou que, em uma visão, Deus lhe disse que. assim como João
(13.2) Batista foi o precursor da encarnação de Cristo, ele seria o precursor
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Há Inúmeros profetas, em da segunda vinda de Cristo. Mas Branham morreu em 1965, aos 56
t várias religiões, que "só profetizam de seu coração". Entre
tantos exemplos evidentes, fundamentamos esta pequena aborda­
anos, e Jesus ainda não voltou. A Biblia já contém toda a revelação
de que precisamos e nos adverte contra as revelações adicionais
gem falando de William Marion Branham (Tabernáculo da Fé), que (Jr14.14;Ap 22.18).

760
EZEQUIEL 13,14

5N ão subistes às brechas, nem reparastes o m uro ,9E vós m e profanastes entre o m eu povo, p o r p u ­
p ara a casa de Israel, para estardes firm es na peleja nhados de cevada, e por pedaços de pão, para m atar­
no dia do S e n h o r. des as almas que não haviam de morrer, e para guar­
6Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que di­ dardes em vida as almas que não haviam de viver,
zem: O S enhor disse; quando o S enhor não os enviou; m entindo assim ao m eu povo que escuta a mentira?
e fazem que se espere o cum prim ento da palavra. ’"Portanto assim diz o Senhor D eu s: Eis aí vou eu
7Porventura não tivestes visão de vaidade, e não fa­ contra as vossas alm ofadas, com qu e vós ali caçais
lastes adivinhação m entirosa, q u an d o dissestes: O as almas fazendo-as voar, e as arrancarei de vossos
S e n h o r diz, sendo que eu tal não falei? braços, e soltarei as alm as, sim , as almas que vós
“Portanto assim diz o Senhor D eus: C om o tendes caçais fazendo-as voar.
falado vaidade, e visto a m entira, p o rtan to eis que eu 2IE rasgarei os vossos véus, e livrarei o m eu povo
sou contra vós, diz o Senhor D eus. das vossas m ãos, e nunca m ais estará em vossas m ãos
‘'E a m inha m ão será contra os profetas que vêem para ser caçado; e sabereis que eu sou o S e n h o r.
vaidade e que adivinham m entira; não estarão na 22Visto que entristecestes o coração do justo com
congregação do m eu povo, nem nos registros da falsidade, não o havendo eu entristecido; e for­
casa de Israel se escreverão, n em entrarão na terra talecestes as m ãos do ím pio, para que não se desvias­
de Israel; e sabereis que eu sou o S enhor D eus. se do seu m au cam inho, para conservá-lo em vida.
l0Porquanto, sim, porq u an to andam enganando o 2 ’Portanto não vereis m ais vaidade, n em m ais fareis
m eu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e quando adivinhações; mas livrarei o m eu povo da vossa mão,
um edifica um a parede, eis que outros a cobrem com e sabereis que eu sou o S e n h o r.
argamassa não tem perada;
1 'Dize aos que a cobrem com argamassa não tem ­ O castigo dos idólatras
perada que ela cairá. H averá um a grande pancada E VIERAM a m im djgwMshomensdosanciãos
de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis,
e um vento tem pestuoso a fenderá.
M de Israel, e se assentaram diante de mim.
2Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
12O ra, eis que, caindo a parede, não vos dirão: O nde ’Filho do hom em ,estes hom ens levantaram os seus
está a argamassa com que a cobristes? ídolos nos seus corações, e o tropeço d a sua m aldade
13Portanto assim diz o S enhor D eus: Fendê-la-ei no puseram diante da sua face; devo eu de algum a m a­
m eu furor com vento tem pestuoso, e chuva de in u n ­ neira ser interrogado p o r eles?
dar haverá na m inha ira, e grandes pedras de saraiva ■•Portanto fala com eles, e dize-lhes: Assim diz o
na m inha indignação, para a consum ir. S enhor D eus : Q ualquer hom em da casa de Israel,
'■*E d errubarei a parede que cobristes com arga­ que levantar os seus ídolos n o seu coração, e puser o
massa não tem perada, e darei com ela por terra, e o tropeço da sua m aldade diante da sua face, e vier ao
seu fundam ento se descobrirá; assim cairá, e perece­ profeta, eu, o S enhor , v indo ele, lhe responderei co n ­
reis no m eio dela, e sabereis que eu sou o S e n h o r. form e a m ultidão dos seus ídolos;
15Assim cum prirei o m eu furor contra a parede, e 5Para que eu possa a p an h ar a casa de Israel no seu
contra os que a cobriram com argamassa não tem ­ coração, p o rquanto todos se apartaram de m im para
perada; e vos direi: Já não há parede, n em existem seguirem os seus ídolos.
os que a cobriram ; 6PortantodizeàcasadeIsrael:AssimdizoSenhorDEUs:
"’Os profetas de Israel, que profetizam acerca de Je­ Convertei-vos, e tornai-vos dos vossos ídolos; e des­
rusalém, e vêem para ela visão de paz, não havendo viai os vossos rostos de todas as vossas abominações;
paz, diz o Senhor D eus . rPorque q u alquer h o m em da casa de Israel, e dos
' 7E tu, ó filho do hom em , dirige o teu rosto contra estrangeiros que peregrinam em Israel, que se alie­
as filhas do teu povo, que profetizam de seu coração, nar de m im , e levantar os seus ídolos no seu coração,
e profetiza contra elas, e puser o tropeço da sua m aldade diante do seu rosto,
18E dize: Assim diz o Senhor D eus: Ai das que cosem e vier ao profeta, para m e consultar p o r m eio dele,
almofadas para todas as axilas, e que fazem véus para eu, o S e n h o r, lhe responderei p o r m im mesmo.
as cabeças de pessoas de toda a estatura, para caça­ 8E porei o m eu rosto contra o tal hom em , eo assolarei
rem as almas! Porventura caçareis as almas do m eu para que sirva de sinal e provérbio, e arrancá-lo-ei do
povo, e as almas guardareis em vida para vós? meio do meu povo; e sabereis que eu som o S enhor.

761
EZEQUIEL 14,15,16

9E se o profeta for enganado, e falar algum a coisa, 2,E sereis consolados, q u an d o virdes o seu cam inho
eu, o S enhor , terei enganado esse profeta; e estende­ e os seus feitos; e sabereis que não fiz sem razão tudo
rei a m inha m ão contra ele, e destruí-lo-ei do m eio quanto nela tenho feito, diz o Senhor D eus .
do m eu povo Israel.
I0E levarão sobre si o castigo da sua iniqüidade; o A videira in ú til
castigo do profeta será com o o castigo de quem o E VEIO a m im a palavra do S enhor , dizendo:
consultar. 2Filho do hom em , que m ais é a árvore da
"P ara que a casa de Israel não se desvie mais de videira d o q u eq u alq u er outra árvore, ou do que o sar­
m im , nem m ais se contam ine com todas as suas m ento que está entre as árvores do bosque?
transgressões; então eles serão o m eu povo, e eu lhes 3Toma-se dela m adeira p ara fazer algum a obra? O u
serei o seu Deus, diz o Senhor D eus. tom a-se dela algum a estaca, para que se lhe p en d u ­
re um vaso?
A ju stiç a dos castigos de D eus 4Eis que é lançado n o fogo, para ser consum ido;
l2Veio ainda a m im a palavra do S enhor , dizendo: am bas as suas extrem idades consom e o fogo, e o
1 -'Filho do hom em , quando um a terra pecar contra m eio dela fica tam bém queim ado; serviria porven­
m im , se rebelando gravem ente, então estenderei a tura para algum a obra?
m inha m ão co n tra ela, e lhe quebrarei o sustento ’O ra, se estando inteiro, não servia para o bra
do pão, e enviarei contra ela fom e, e cortarei dela alguma, q u anto m enos sendo consum ido pelo fogo,
hom ens e anim ais. e, sendo queim ado, se faria ainda obra dele?
'■'Ainda que estivessem no m eio dela estes três “P ortanto, assim diz o Senhor D eus: C om o a árvore
hom ens, Noé, D aniel e Jó, eles pela sua justiça livra­ da videira entre as árvores do bosque, que tenho en ­
riam apenas as suas almas, diz o Senhor D eus. tregue ao fogo para que seja consum ido, assim en ­
l5Se eu fizer passar pela terra as feras selvagens, e tregarei os habitantes de Jerusalém.
elas a desfilharem de m odo que fique desolada, e 7E porei a m inha face contra eles; do fogo sairão, mas
ninguém possa passar por ela po r causa das feras; o fogo os consumirá; e sabereis que eu sou o S enhor ,
1 hE estes três hom ens estivessem no meio dela, vivo eu, quando tiver posto a m inha face contra eles.
diz o Senhor D eus, que nem a filhos nem a filhas livra­ 8E tornarei a terra em desolação, p o rq u an to g ran ­
riam; eles só ficariam livres, e a terra seria assolada. dem ente transgrediram , diz o S enhor D eus .
I70 u , se eu trouxer a espada sobre aquela terra, e
disser: Espada, passa pela terra; e eu cortar dela ho- A m e n in a to m a -se u m a prostituta
m ense anim ais; E VEIO a m im o u tra vez a palavra do S e ­
l8A inda que aqueles três hom ens estivessem nela, n hor , dizendo:

vivo eu, diz o Senhor D eus , que nem filhos nem filhas 2Filho do hom em , faze conhecer a Jerusalém as suas
livrariam , mas som ente eles ficariam livres. abom inações.
l9O u, se eu enviar a peste sobre aquela terra, e der­ 3E dize: Assim diz o Senhor D eus a Jerusalém: A tua
ram ar o m eu furor sobre ela com sangue, para cortar origem e o teu nascim ento procedem da terra dos ca-
dela hom ens e animais, naneus. Teu pai era am o rreu , e tu a m ãe hetéia.
20A inda que Noé, D aniel e Jó estivessem no m eio 4E, quanto ao teu nascim ento, no dia em que nas­
dela, vivo eu, diz o Senhor D eus, que nem um filho ceste não te foi cortado o um bigo, nem foste lavada
nem um a filha eles livrariam , m as som ente eles li­ com água para te lim par; nem tam pouco foste esfre­
vrariam as suas próprias almas pela sua justiça. gada com sal, nem envolta em faixas.
2lPorque assim diz o Senhor D eus : Q u an to mais, 5N ão se apiedou de ti olho algum , para te fazer
se eu enviar os m eus quatro m aus juízos, a espada, a algum a coisa disto, com padecendo-se de ti; antes
fome, as feras, e a peste, contra Jerusalém, para cortar foste lançada em pleno cam po, pelo nojo da tua
dela hom ens e feras? pessoa, no dia em que nasceste.
22Mas eis que alguns fugitivos restarão nela, que 6E, passando eu junto de ti, vi-te a revolver-te no teu
serão levados para fora, assim filhos e filhas; eis que sangue, edisse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive;
eles virão a vós, e vereis o seu cam inho e os seus feitos; sim, disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive.
e ficareis consolados do mal que eu trouxe sobre Je­ TEu te fiz m ultiplicar com o o renovo do cam po, e
rusalém , e de tudo o que trouxe sobre ela. cresceste, e te engrandeceste, e chegaste à gran d e for­

762
EZEQUIEL 16

m osura; avultaram os seios, e cresceu o teu cabelo; 2,A cada canto do cam inho edificaste o teu lugar
mas estavas nua e descoberta. alto, e fizeste abom inável a tu a form osura, e alargas­
8E, passando eu ju n to de ti, vi-te, e eis que o teu te os teus pés a todo o que passava, e m ultiplicaste as
tem po era tem po de am ores; e estendi sobre ti a aba tuas prostituições.
do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te ju ram en ­ 2<’Tam bém te prostituíste com os filhos do Egito,
to, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor D eus, e teus vizinhos grandes de carne, e m ultiplicaste a tua
tu ficaste sendo m inha. prostituição para m e provocares à ira.
’Então te lavei com água, e te enxuguei do teu 27Por isso estendi a m in h a m ão sobre ti, e dim i­
sangue, e te ungi com óleo. n u í a tua porção; e te entreguei à vontade das que te
iuE te vesti com roupas bordadas, e te calcei com pele odeiam , das filhas dos filisteus, as quais se envergo­
de texugo, e te cingi com linho fino, e te cobri de seda. nhavam do teu cam inho depravado.
1 'E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas 2STam bém te prostituíste com os filhos da Assíria,
m ãos e u m colar ao redor do teu pescoço. p o rq u an to eras insaciável; e p ro stitu in d o -te com
I2E te pus um pendente na testa, e brincos nas ore­ eles, nem ainda assim ficaste farta.
lhas, e uma coroa de glória na cabeça. 29Antes multiplicaste as tuas prostituições na terra de
13E assim foste ornada de ouro e prata, e o teu vesti­ Canaã até Caldéia, e nem ainda com isso te fartaste.
dofo i de linho fino, e de seda e de bordados; nutriste- ,0Q uâo fraco é o teu coração, diz o Senhor D eus, fa­
te de flor de farinha, e mel e azeite; e foste form osa em zendo tu todas estas coisas, obras de u m a m eretriz
extremo, e foste próspera, até chegares a realeza. imperiosa!
I4E correu de ti a tua fama entre os gentios, por causa 31Edificando tu a tua abóbada ao canto de cada ca­
da tua form osura, pois era perfeita, por causa da m inho, e fazendo o teu lugar alto em cada rua! Nem
m inha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor D eus. foste com o a m eretriz, pois desprezaste a paga;
15Mas confiaste na tu a form osura, e te corrom peste n Foste como a m ulher adúltera que, em lugar de seu
por causa da tua fama, e prostituías-te a todo o que m arido, recebe os estranhos.
passava, para seres dele. 3\A todas as meretrizes dão paga, mas tu dás os teus
I6E tom aste dos teus vestidos, e fizeste lugares altos presentes a todos os teus am antes; e lhes dás presen­
pintados de diversas cores, e te prostituíste sobre eles, tes, para que venham a ti de todas as partes, pelas
com o nunca sucedera, nem sucederá. tuas prostituições.
ITE tom aste as tuas jóias de enfeite, que eu te dei 34Assim que contigo sucede o contrário das outras
do m eu ouro e da m inha prata, e fizeste im agens de m ulheres nas tuas prostituições, pois ninguém te
hom ens, e te prostituíste com elas. p rocura para prostituição; porque, d ando tu a paga,
1SE tom aste os teus vestidos bordados, e as cobriste; e e a ti não sendo dada a paga, fazes o contrário.
o m eu azeite e o m eu perfum e puseste diante delas. ’’Portanto, ó m eretriz, ouve a palavra do S enhor .
I9E o m eu pão que te dei, a flor de farinha, e o 36Assim diz o Senhor D eus : Porquanto se derram ou
azeite e o mel com que eu te sustentava, tam bém p u ­ o teu dinheiro, e se descobriu a tu a nudez nas tuas
seste diante delas em cheiro suave; e assim foi, diz o prostituições com os teus am antes, com o tam bém
Senhor D eus. com todos os ídolos das tuas abom inações, e do
20Além disto, tom aste a teus filhos e tuas filhas, que sangue de teus filhos que lhes deste;
me tinhas gerado, e os sacrificaste a elas, para serem 37Portanto, eis que ajuntarei a todos os teus am an ­
consum idos; acaso é pequena a tu a prostituição? tes, com os quais te deleitaste, com o tam bém a todos
21E m ataste a m eus filhos, e os entregaste a elas para os que am aste, com todos os que odiaste, e ajuntá-
os fazerem passar pelo fogo. los-ei co n tra ti em redor, e descobrirei a tua nudez
22E em todas as tuas abom inações, e nas tuas pros­ diante deles, para que vejam to d a a tua nudez.
tituições, não te lem braste dos dias da tua m ocidade, 18E julgar-te-ei com o são julgadas as adúlteras e as
q uando tu estavas nua e descoberta, e revolvida no que derram am sangue; e entregar-te-ei ao sangue de
teu sangue. furor e de ciúm e.
2,E sucedeu, depois de toda a tu a m aldade (ai, ai de 39E entregar-te-ei nas m ãos deles; e eles derrubarão
ti! diz o Senhor D eus ), a tua abóbada, e tran sto rn arão os teus altos lugares,
■“ Q ueedificaste um a abóbada,e fizeste lugares altos e te despirão os teus vestidos, e tom arão as tuas jóias
em cada rua. de enfeite, e te deixarão nu a e descoberta.

763
EZEQUIEL 16,17

■“ Então farão subir contra ti um a m ultidão, e te m ináveis do que elas; m ais justas são do que tu; en ­
apedrejarão, e te traspassarão com as suas espadas. vergonha-te logo tam b ém , e leva a tu a vergonha,
4IE q u eim arão as tuas casas a fogo, e executarão pois justificaste a tuas irmãs.
juízos co ntra ti aos olhos de m uitas m ulheres; e te 5íEu, pois, farei voltar os cativos delas; os cativos de
farei cessar de ser m eretriz, e paga não darás mais. Sodom a e suas filhas, e os cativos de Samaria e suas
■“ Assim satisfarei em ti o m eu furor, e os meus filhas, e os cativos do teu cativeiro dentre elas;
ciúm es se desviarão de ti, e m e aquietarei, e nunca ,4Para que leves a tua vergonha,e sejas envergonhada
mais m e indignarei. por tudo o que fizeste, dando-lhes tu consolação.
4,Porquanto n ão te lem braste dos dias da tu a m o ­ ” Q uan d o tuas irm ãs, Sodom a e suas filhas, to rn a ­
cidade, e m e provocaste à ira com tu d o isto, eis que rem ao seu prim eiro estado,e tambétn Sam ariaesuas
tam bém eu farei recair o teu cam inho sobre a tua filhas to rn arem ao seu p rim eiro estado, tam bém tu e
cabeça, diz o S enhor D eus , e não m ais farás tal p er­ tuas filhas tornareis ao vosso prim eiro estado.
versidade sobre todas as tuas abom inações. ,6N em m esm o Sodom a, tua irm ã, foi m encionada
44Eis que todo o que usa de provérbios usará contra pela tu a boca, no dia da tu a soberba,
ti este provérbio, dizendo: Tal m ãe, tal filha. 57A ntes que se descobrisse a tu a m aldade, com o no
4’Tu és filha de tu a mãe, que tinha nojo de seu m arido tem po do desprezo das filhas da Síria, e de todos os
e de seus filhos; e tu és irm ã de tuas irmãs, que tinham que estavam ao redor dela, as filhas dos filisteus, que
nojo de seus m aridos e de seus filhos; vossa mãe/o» te desprezavam em redor.
hetéia, e vosso pai am orreu. SSA tu a perversidade e as tuas abom inações tu le­
46E tu a irm ã, a m aior, è Samaria, ela e suas filhas, a varás, diz o S enhor .
qual habita à tua esquerda; e a tua irm ã m enor, que 59P orque assim diz o Senhor D eus: E u te farei com o
habita à tua m ão direita, é Sodom a e suas filhas. fizeste, que desprezaste o ju ram en to , queb ran d o a
47Todavia não andaste nos seus cam inhos, nem fi­ aliança.
zeste conform e as suas abom inações; m as com o se “ C o n tu d o eu m e lem brarei da m in h a aliança, que
fiz contigo nos dias da tu a mocidade; e estabelecerei
isto fora m ui pouco, ainda te corrom peste m ais do
contigo um a aliança eterna.
que elas, em todos os teus cam inhos.
6'E ntão te lem brarás dos teus cam inhos, e te con­
4SVivo eu, diz o Senhor D eus, que não fez Sodom a,
fundirás, q u an d o receberes tuas irm ãs m aiores do
tua irm ã, nem ela, nem suas filhas, com o fizeste tu e
que tu, com as m enores do que tu, p orque tas darei
tuas filhas.
po r filhas, m as não pela tu a aliança.
4‘>Eis que esta foi a iniqüidade de Sodom a, tu a irmã:
wPorque eu estabelecerei a m inha aliança contigo,
Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosida­
de teve ela e suas filhas; m as nunca fortaleceu a m ão e saberás que eu sou o S f.n h o r ;
do pobre e do necessitado. HPara que te lem bres disso, e te envergonhes, e
,0E se ensoberbeceram , e fizeram abom inações nunca m ais abras a tu a boca, p o r causa da tu a vergo­
diante de m im ; portanto, vendo eu isto as tirei dali. nha, qu an d o eu te expiar de tu d o q u anto fizeste, diz
’ 'Tam bém Samaria não com eteu a m etade de teus o Senhor D eus .
pecados; e m ultiplicaste as tuas abom inações mais
do que elas, e justificaste a tuas irm ãs, com todas as A parábola das duas águias e a videira
tuas abom inações que fizeste. 1 ^ E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
S2Tu, tam bém , que julgaste a tuas irmãs, leva a tua í / 2Filho do hom em , p ropõe um enigm a, e
vergonha pelos pecados, que com eteste, m ais abo- profere um a parábola para com a casa de Israel.

A iniqüidade de Sodoma , - j g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O pecado sexual é uma for-


(16.49) l ã ma de egoísmo, uma satisfação das paixões carnais. O
contexto, contudo, indica a espécie de pecado repugnante que
Homossexualismo. Cita este versículo para afirmar que os pairava sobre aquelas cidades. Lemos, no versículo 50: "Fizeram
pecados de Sodoma e Gomorra resumem-se tão-somen- abominações". E é justamente dessa forma que é chamado o pe­
te à avareza e à soberba, que a ausência de abordagem quanto cado da prática homossexual em Levítico 18.22: “Com homem
à prática homossexual os exclui da questão. Logo, concluem: os não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é’ .
homens foram condenados por sua atitude egoista e não por sua Por toda a Escritura, Sodoma é conhecida por sua perversão se­
preferência sexual. xual. Em Judas 7, seu pecado é denominado imoralidade.

764
EZEQUIEL 17,18

3E disse: Assim diz o S enhor D eus : U m a grande los e m u ita gente. Porventura prosperará o u escapa­
águia, de grandes asas, de plum agem com prida, e rá aquele que faz tais coisas, o u quebrará a aliança, e
cheia de penas de várias cores, veio ao Líbano e levou ainda escapará?
o mais alto ram o de um cedro. 16Vivo eu, diz o Senhor D eus , que no lugar em que
4E arrancou a p o n ta m ais alta dos seus renovos, e habita o rei que o fez reinar, cujo ju ram en to despre­
a levou a um a terra de m ercancia; n u m a cidade de zou, e cuja aliança quebrou, sim, com ele no m eio de
m ercadores a pôs. Babilônia certam ente m orrerá.
‘’Tomou da sem ente da terra, e a lançou n u m solo 17E Faraó, nem com grande exército, n em com um a
frutífero; tom ando-a, colocou-a ju n to às m uitas com panhia num erosa, fará coisa algum a com ele em
águas, plantando-a com o salgueiro. guerra, levantando trincheiras e edificando baluar­
6E brotou, e tornou-se num a videira m uito larga, de tes, para destruir m uitas vidas.
pouca altura,vir ando-separaelaosseusram os, porque l8Porque desprezou o juram ento, q u eb ran d o a
as suas raízes estavam debaixo dela; e tornou-se num a aliança; eis que ele tinha dado a sua mão; contudo fez
videira, e produzia sarmentos, e brotava renovos. todas estas coisas; não escapará.
7£ houve m ais um a grande águia, de grandes asas,
19Portanto, assim diz o S enhor D eus: Vivo eu, que
e cheia de penas; e eis que esta videira lançou para
o m eu juram ento, que desprezou, e a m in h a aliança,
ela as suas raízes, e estendeu para ela os seus ram os,
que quebrou, isto farei recair sobre a sua cabeça.
desde as covas do seu plantio, para que a regasse.
20E estenderei sobre ele a m inha rede, e ficará preso
8N um bom cam po, ju n to a m uitas águas, estava ela
no m eu laço; e o levarei a Babilônia, e ali entrarei em
plantada, para p ro d u zir ram os, e para d ar fruto, a
juízo com ele p o r causa da rebeldia que praticou
fim de que fosse videira excelente.
contra mim.
9Dize: Assim diz o Senhor D eus: Porventura há de
21E todos os seus fugitivos, com todas as suas tropas,
prosperar? N ão lhe arrancará as suas raízes, e não
cairão à espada, e os que restarem serão espalhados a
cortará o seu fruto, para que se seque? Para que
to d o o vento; e sabereis que eu, o S enhor , o disse.
sequem todas as folhas de seus renovos, e isto não
22Assim diz o Senhor D eus : Tam bém eu tom arei
com grande força, nem m uita gente, para arrancá-
la pelas suas raízes. um broto do topo do cedro, e o plantarei; do p rin ci­
IHMas, estando plantada, prosperará? Porventura, pal dos seus renovos cortarei o m ais tenro, e o plan ­
tocando-lhe vento oriental, de todo não se secará? tarei sobre u m m onte alto e sublime.
Nas covas do seu plantio se secará. 2,N o m o n te alto de Israel o plantarei, e p ro d u zi­
11Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: rá ram os, e d ará fruto, e se fará u m cedro excelente;
' 2Dize agora à casa rebelde: N ão sabeis o que signi­ e habitarão debaixo dele aves de to d a plum agem , à
ficam estas coisas? Dize: Eis que veio o rei de Babilô­ som bra dos seus ram os habitarão.
nia a Jerusalém, e to m o u o seu rei e os seus príncipes, 24Assim saberão todas as árvores do cam po que eu,
e os levou consigo para Babilônia. o Sen h o r , abati a árvore alta, elevei a árvore baixa,
I3E to m o u um da descendência real, e fez aliança sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca;
com ele, e o fez prestar juram ento; e to m o u consigo eu, o S enhor , o disse, e o fiz.
os poderosos da terra,
l4Para que o reino ficasse hum ilhado, e não se le­ A responsabilidade pelo pecado é individual
vantasse, em bora, guardando a sua aliança, pudes­ E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
se subsistir. 2Q uepensais, vós, os que usais esta parábola
15Mas rebelou-se contra ele, enviando os seus m en- sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais com eram uvas
sageiros ao Egito, para que se lhe m andassem cava- verdes, e os dentes dos filhos se em botaram ?

Os dentes dos filhos se embotaram? a inclinar-se ao erro (SI 51.1; Rm 5.12-19; 1Co 15.22). A Bíblia,
(18.1-21) neste ponto, está condenando a crença na chamada maldição
hereditária e ensinando que os delitos cometidos pelos pais não
(fü Islamismo. Cita este texto para rejeitar a doutrina do pe-
são transferidos, hereditariamente, aos filhos, embora as con­
cado original.
seqüências dos atos dos pais possam trazer sérios prejuízos
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os versículos em estudo aos filhos.
<= nada tèm a ver com o pecado original, que leva o homem

765
EZEQUIEL 18

’Vivo eu, diz o Senhor D eus, que nunca mais direis ções ele fez, certam ente m orrerá; o seu sangue será
esta p arábola em Israel. sobre ele.
4Eis que todas as alm assão m inhas; com o o é a alm a I4E eis que tam bém , se ele gerar u m filho que veja
do pai, assim tam bém a alm a do filho é m inha: a alma todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não co­
que pecar, essa m orrerá. m eter coisas semelhantes,
’Sendo, pois, o hom em justo, e praticando juízo e l5N ão com er sobre os m ontes, e não levantar os
justiça, seus olhos para os ídolos da casa de Israel, e não co n ­
6N ão com endo sobre os m ontes, nem levantando tam inar a m u lh er de seu próxim o,
os seus olhos p ara os ídolos da casa de Israel, nem lhE não op rim ir a ninguém , e não retiver o penhor,
co n tam inando a m ulher do seu próxim o, nem se e não roubar, d er o seu pão ao fam into, e cobrir ao
chegando à m ulher na sua separação, nu com roupa,
7N ão o prim in d o a ninguém , to rn an d o ao devedor l7D esviar do pobre a sua m ão, não receber u su ra e
o seu penhor, não roubando, d ando o seu pão ao fa­ juros, cu m p rir os m eus juízos, e andar nos m eus es­
m into, e cobrindo ao nu com roupa, tatutos, o tal não m o rrerá pela iniqüidade de seu pai;
“N ão dando o seu dinheiro à usura, e não receben­ certam ente viverá.
do demais, desviando a sua m ão da injustiça, e fazen­ '*Seu pai, p orque p ratico u a extorsão, ro u b o u os
do verdadeiro juízo entre hom em e hom em ; bens do irm ão, e fez o qu e não era bom no m eio de
’A ndando nos m eus estatutos, e guardando os seu povo, eis que ele m o rrerá pela sua iniqüidade.
m eus juízos, e procedendo segundo a verdade, o tal 19Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade
justo certam ente viverá, diz o Senhor D eus . do pai? P orque o filho procedeu com retidão e ju sti­
I0E se ele gerar um filho ladrão, derram ador de san­ ça, e guardou todos os m eus estatutos, e os praticou,
gue, que fizer a seu irm ão qualquer destas coisas; por isso certam ente viverá.
1 'E não cum prir todos aqueles deveres, mas antes 20A alm a que pecar, essa m orrerá; o filho não levará
com er sobre os m ontes, e contam inar a m ulher de a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade
seu próxim o, do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a im pie­
i:O prim ir ao pobre e necessitado, praticar roubos, dade do ím pio cairá sobre ele.
não to rn ar o penhor, e levantar os seus olhos para os 2'M as se o ím pio se converter de todos os pecados
ídolos, e com eter abom inação, que com eteu, e g uardar to d o s os m eus estatutos, e
1 !E em prestar com usura, e receber dem ais, por­ proceder com retidão e justiça, certam ente viverá;
ventura viverá? N ão viverá. Todas estas ab o m in a­ não m orrerá.

A alma que pecar, essa morrerá do, como afirmam as Testemunhas de Jeová. Isso fica evidente pelo
(18.4) fato de a Bíblia dedarar que o homem pode fugir da ira de Deus me­
diante o arrependimento: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fu­
Testemunhas de Jeová. Afirmam que aalma é fisicamente
gir da ira que está para vir?" (Lc3.7). O homem não pode escapar da
mortal, deixando de existir com a morte do corpo.
morte física, mas pode fugir da ira vindoura pelo arrependimento e
_ o RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra morte significasepa- aceitação de Cristo como seu Senhor e Salvador (Rm 10.9,10,13).
<=> raçáo e náo extinção. Em 1Timóteo 5.6, Paulo declara: “A que Se a morte física fosse o único castigo de Deus pelo pecado,
vive em deleites, vivendo está morta", o que mostra que uma pes­ então o mais cruel pecador poderia escapar da grande punição
soa pode estar morta espiritualmente (ou seja. separada de Deus) e de Deus (1Co 15.32).
continuar consciente. Em Efésios 2.1, Paulo, mais umavez, estabele­
ce: “Evos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados". An­ O filho não levará a iniqüidade do pai, nem
tes da conversão, os ouvintes do apóstolo estavam espiritualmente o pai levará a iniqüidade do filho
mortos, mas conscientes. Temos, ainda, o exemplo do “filho pródi­ (18.20)
go" ,que estava morto (separado de Deus),mas consciente. “ Porque
Ceticismo. Confronta este versículo com 2Samuel 12.15-
este meu filho estava morto, e reviveu..." (Lc 15.24).
18 para dizer que há contradição na Bíblia, porque em
Logo, o contexto do texto em análise está falando a respeito de
2Samuel Deus estaria afirmando que cobraria dos filhos os pe­
outro tipo de morte: a segunda morte. Em Ezequiel 18.21, Deus
cados paternos.
declara: "Mas se o Impio se converter de todos os pecados que
cometeu [...] certamente viverá”. Sabemos que até mesmo o ho­ _ w RESPOSTA APOLOGÉTICA: Antes de tudo. devemos es-
mem mais piedoso morrerá, fisicamente. Aqui, no caso em estu­ ã tar cientes de que a declaração do texto em questão é uma
do, Deus está afirmando que se um homem abandona seu pe­ referência á passagem de Deuteronômio, que fala dos preceitos
cado, segue outros caminhos e crê em Deus, não passará pela legais que deveriam ser aplicados por Israel assim que o povo se
segunda morte (Ap 2.11). estabelecesse na terra prometida. Esses preceitos, por sua vez,
A morte física nunca pode ser o único castigo de Deus pelo peca­ se referiam à proibição de se aplicar aos filhos a punição pelos er-

766
EZEQUIEL 18,19

22De todas as transgressões que com eteu não 2E dize: Q uem fo i tua mãe? Uma leoa entre os leões
haverá lem brança contra ele; pela justiça que prati­ a qual, deitada no m eio dos leõezinhos, criou os seus
cou viverá. filhotes.
23Desejaria eu, de qualquer m aneira, a m o rte do 3E educou u m dos seus filhotes, o qual veio a ser
ímpio? diz o Senhor D eus; N ão desejo antes que se leãozinho e aprendeu a apan h ar a presa, e devorou
converta dos seus cam inhos, e viva? hom ens,
24Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e co­ 4E, ouvindo falar dele asnações, foi apanhado na cova
m etendo a iniqüidade, fazendo conform e todas as
delas, e o trouxeram com cadeias à terra do Egito.
abom inaçõesquefazo ím pio,porventura viverá? De
’Vendo, pois, ela que havia esperado muito, eq u ea
todas as justiças que tiver feito não se fará m em ória;
sua expectação era perdida, to m o u o u tro dos seus fi­
na sua transgressão com que transgrediu, e no seu
lhotes, e fez dele um leãozinho.
pecado com que pecou, neles m orrerá.
bEste, pois, an d an d o co n tin u am en te no m eio dos
“ Dizeis, porém : O cam inho do S enhor não é di­
reito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Porventura não leões, veio a ser leãozinho, e apren d eu a apan h ar a
é o m eu cam inho direito? N ão são os vossos cam i­ presa, e devorou hom ens.
nhos tortuosos? 7E conheceu os seus palácios, e d estruiu as suas ci­
26Desviando-se o j usto da sua justiça, e com etendo dades; e assolou-se a terra, e a sua plenitude, ao som
iniqüidade, m orrerá po r ela; na iniqüidade, que co­ do seu rugido.
m eteu, m orrerá. xEntão se aju n taram co n tra ele os povos das p ro ­
27Mas, convertendo-se o ím pio da im piedade que víncias ao redor, e estenderam sobre ele a rede, e foi
com eteu, e procedendo com retidão e justiça, con­ apanhado na cova deles.
servará este a sua alm a em vida. 9E com cadeias colocaram -no em u m a jaula, e o le­
28Pois que reconsidera, e se converte de todas as varam ao rei de Babilônia; fizeram -no en trar nos lu­
suas transgressões que com eteu; certam ente viverá, gares fortes, para que não se ouvisse mais a sua voz
não m orrerá. nos m ontes de Israel.
29C ontudo, diz a casa de Israel: O cam inho do Se­
n h o r não é direito. Porventura não são direitos os A parábola da videira
m eus cam inhos, ó casa de Israel? E não são to rtu o ­ "T u a m ãe era com o u m a videira no teu sangue,
sos os vossos caminhos?
plantada ju n to às águas; ela frutificou, e encheu-se
'"P ortanto, eu vos julgarei, cada u m conform e os
de ram os, p o r causa das m uitas águas.
seus cam inhos, ó casa de Israel, diz o S enhor D eus.
11E tin h a varas fortes para cetros de dom inadores, e
Tornai-vos, e convertei-vos de todas as vossas tran s­
elevou-se a sua estatura entre os espessos ram os, e foi
gressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço.
vista na sua altura com a m ultidão dos seus ram os.
31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com
que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e 12Mas foi arrancada com furor, foi lançada p o r terra,
um espírito novo; pois, p o r que razão m orreríeis, ó e o vento oriental secou o seu firuto; quebraram -se e
casa de Israel? secaram-se as suas fortes varas, o fogo as consum iu,
32Porque não tenho prazer na m orte do que m orre, 13E agora está plantada no deserto, n u m a terra seca
diz o Senhor D eus; convertei-vos, pois, e vivei. e sedenta.
I4E de u m a vara dos seus ram os saiu fogo que con­
O lam ento da leoa sum iu o seu fruto de m aneira que nela não há mais
E T U levanta um a lam entação sobre os vara forte, cetro para dom inar. Esta é a lam entação,
príncipes de Israel, e servirá de lam entação.

ros cometidos pelos pais, desde que os filhos nào tivessem efe­ Para que ninguém diga que houve “excessos* na ação divina
tivamente se comprometido com tais transgressões. Para o caso que puniu Davi com a morte do filho recém-nascido, devemos
de Davi, em 2Samuel, é importante observar que os céticos dis­ lembrar que: devido à soberania divina e à propriedade de Deus
torcem a exegese textual, afirmando que o filho do rei fora punido sobre tudo o que existe e respira (SI 24.1), o Senhor tem todo o
com a morte por causa do pecado do pai, o que é uma inverdade. direito de proceder como bem lhe apraz.
Em verdade, Davi é que fora punido com a morte do filho: "O filho É importante, ainda, considerarmos a passagem de Mateus 19.14.
que te nasceu certamente morrerá".

767
EZEQUIEL 20

As abom inações da casa de Israel depois do êxodo serto, não an dando nos m eus estatutos, e rejeitando
E ACONTECEU, no sétim o ano, no quinto os m eus juízos, os quais, cu m p rin d o -o s, o hom em
mês, aos dez do mês, que vieram alguns dos viverá p o r eles; e profanaram grandem ente os meus
anciãos de Israel, para consultarem o S en h o r ; e as­ sábados; e eu disse que derram aria sobre eles o m eu
sentaram -se diante de m im . furor no deserto, para os consum ir.
2Então veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: l40<jnefiz, porém,/o» p o ram o r do m eu nom e,para
3Filho do hom em , fala aos anciãos de Israel, e dize- que não fosse profanado diante dos olhos dos gen­
lhes: Assim diz o S enhor D eus : Viestes consultar- tios perante a vista dos quais os fiz sair.
me? Vivo eu, que não m e deixarei ser consultado por 15E, contudo, eu levantei a m inha m ão para eles no
vós, diz o Senhor D eus . deserto, para não os deixar en trar na terra que lhes
4Porventura tu os julgarias, julgarias tu, ó filho do tinha dado, a qual m ana leite e mel, e é a glória de
homem? Notifica-lhes as abom inações de seus pais; todas as terras;
5E dize-lhes: Assim diz o S enhor D eus : No dia em 1 ‘Porque rejeitaram os m eus juízos, e não andaram
que escolhi a Israel, levantei a m inha m ão para a des­ nos m eus estatutos, e profanaram os m eus sábados;
cendência da casa de Jacó, e m e dei a conhecer a eles porque o seu coração andava após os seus ídolos.
na terra do Egito, e levantei a m inha m ão para eles, 17N ão obstante o m eu olho lhes perdoou, e eu não
dizendo: Eu sou o S en h or vosso Deus; os destruí nem os consum i no deserto.
6N aquele dia levantei a m inha m ão para eles, para 18Mas disse eu a seus filhos no deserto: N ão andeis
os tirar da terra do Egito, para um a terra que já tinha nos estatutos de vossos pais, n em guardeis os seus
previsto para eles, a qual m ana leite e mel, e é a glória juízos, nem vos contam ineis com os seus ídolos.
de todas as terras. 19Eu sou o S enhor vosso Deus; andai nos m eus esta­
7Então lhes disse: Cada um lance de si as abom ina­ tutos, e guardai os m eus juízos, e executai-os.
ções dos seus olhos, e não vos contam ineis com os 20E santificai os m eus sábados, e servirão de sinal
ídolos do Egito; eu sou o S en h o r vosso Deus. entre m im e vós, para que saibais que eu som o S enhor
8Mas rebelaram-se contra m im , e não m e quiseram vosso Deus.
ouvir; ninguém lançava de si as abom inações dos seus 21Mas tam bém os filhos se rebelaram contra m im , e
olhos, nem deixava os ídolos do Egito; então eu disse não andaram nos m eus estatutos, nem guardaram os
que derram aria sobre eles o m eu furor, para cum prir meus juízos para os fazer, os quais, cum prindo-os, o
a minha ira contra eles no meio da terra do Egito. hom em viverá por eles; eles profanaram os m eus sá­
90 que fiz, porém , fo i po r am or do m eu nom e, para bados; por isso eu disse que derram aria sobre eles o
que não fosse profanado diante dos olhos dos gen­ m eu furor, para cu m p rir contra eles a m inha ira no
tios, no m eio dos quais estavam, a cujos olhos eu me deserto.
dei a conhecer a eles, para os tira r da terra do Egito. 22Mas contive a m in h a mão, e o fiz p o r am or do
I0E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto. m eu nom e, para que não fosse profanado perante os
" E dei-lhes os m eus estatutos e lhes m ostrei os olhos dos gentios, à vista dos quais os fiz sair.
m eus juízos, os quais, cum p rin d o -o s o hom em , 2,T am bém levantei a m inha m ão p ara eles no d e­
viverá p or eles. serto, p ara os espalhar entre os gentios, e os d erra­
12E tam bém lhes dei os m eus sábados, para que ser­ m ar pelas terras,
vissem de sinal entre m im e eles; para que soubessem 24Porque não executaram os m eus juízos, e rejeita­
que eu sou o S enhor que os santifica. ram os m eus estatutos, e profanaram os m eus sába­
l3Mas a casa de Israel se rebelou contra m im no de­ dos, e os seus olhos iam após os ídolos de seus pais.

A qual mana leite e mel nharam Josué e Calebe no reconhecimento de Canaã, e do qual
( 20 . 6) o ceticismo recolhe a idéia de miséria, era exagerado e covarde,
não refletia os benefícios da terra, como no caso dos outros es­
Ceticismo. Confronta este texto com Números 13.32 (in-
pias enviados antes deles (Nm 13.27). É fato que, na ocasião,
terpretando-o equívocadamente ao atribuir conotação de
existiam em Canaá homens de alta estatura e fortes guerreiros
miséria em Canaã) para dizer que há contradição bíblica, já que
(Nm 13.28), porque a região vinha sendo palco de constantes
aqui a terra é considerada fértil.
batalhas campais entre as tribos que desejavam tomá-la. por ser
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto do capítulo 13 de uma terra extremamente fértil. O texto de Números 14.36,37 é uma
“ Números, por si só, prova que a interpretação dos céticos é prova cabal contra a tese dos céticos, por documentar a morte
incabível. O relatório apresentado por alguns espias que acompa­ dos covardes que induziram o povo à murmuração.

768
EZEQUIEL 20,21

25Por isso tam bém lhes dei estatutos que não eram D eus; Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a
bons, juízos pelos quais não haviam de viver; m im não m e quereis ouvir; m as não profaneis mais
26E os contam inei em seus próprios dons, nos quais o m eu santo nom e com as vossas dádivas e com os
faziam passar pelo fogo tu d o o que abre a m adre; para vossos ídolos.
assolá-los para que soubessem que eu sou o Senho r . 40Porque n o m eu santo m onte, no m onte alto de
27P ortanto fala à casa de Israel, ó filho do hom em , Israel,diz o Senhor D eus, ali m e servirá toda a casa de
e dize-lhe; Assim diz o S enhor D eus: A inda até nisto Israel, toda ela naquela terra; ali m e deleitarei neles,
m e blasfem aram vossos pais, e que procederam e ali requererei as vossas ofertas alçadas, e as p rim í­
traiçoeiram ente contra m im . cias das vossas oblações, com todas as vossas coisas
“ Porque, havendo-os eu introduzido na terra santas;
sobre a qual eu levantara a m inha mão, para lha dar, 4lC om cheiro suave m e deleitarei em vós, quando
então olharam para todo o outeiro alto, e para toda eu vos tirar d en tre os povos e vos congregar das
a árvore frondosa, e ofereceram ali os seus sacrifí­ terras em que andais espalhados; e serei santificado
cios e apresentaram ali a provocação das suas ofer­ em vós perante os olhos dos gentios.
tas; puseram ali os seus cheiros suaves, e ali d erram a­ 42E sabereis que eu sou o S enhor , q u an d o eu vos in ­
ram as suas libações. trodu zir n a terra de Israel, terra pela qual levantei a
29E eu lhes disse: Q ue alto é este, aonde vós ides? E m inh a m ão para dá-la a vossos pais.
seu nom e tem sido Bamá até o dia de hoje. 43E ali vos lem brareis de vossos cam inhos, e de
30P ortanto dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor todos os vossos atos com que vos contam inastes,
D eus : C ontam inai-vos a vós m esm os a m aneira de e tereis nojo de vós m esm os, p o r causa de todas as
vossos pais? E vos prostituístes com as suas abom i­ vossas m aldades que tendes com etido.
nações? 44E sabereis que eu sou o S enhor , q u an d o eu p ro ­
31E, q uando ofereceis os vossos dons, e fazeis passar ceder para convosco p o r am o r d o m eu nom e; não
os vossos filhos pelo fogo, não é certo que estais con­ conform e os vossos m aus cam inhos, nem confor­
tam inados com todos os vossos ídolos, até este dia? m e os vossos atos corruptos, ó casa de Israel, disse o
E vós m e consultaríeis, ó casa de Israel? Vivo eu, diz Senhor D eus .
o Senhor D eus , que vós não m e consultareis. 4,E veio a m im a palavra do Sen h or , dizendo:
32E o que veio à vossa m ente de m odo algum su­ 4<,Filho do hom em , dirige o teu rosto para o cam i­
cederá, quando dizeis: Serem os com o os gentios, nh o do sul, e d erram a as tuas palavras co n tra o sul, e
com o as outras fam ílias da terra, servindo ao m a­ profetiza co n tra o bosque do cam po do sul.
deiro e à pedra. 47E dize ao bosque do sul: Ouve ap alav rad o S en h o r :
33V ivo e u , d iz o S e n h o r D eus , q u e c o m m ã o fo rte , e Assim diz o Senhor D eus : Eis que acenderei em ti um
c o m b r a ç o e s te n d id o , e c o m in d ig n a ç ã o d e r ra m a d a , fogo qu e em ti consum irá toda a árvore verde e toda
h e i d e r e in a r s o b re vós. a árvore seca; não se apagará a cham a flam ejante,
34E vos tirarei dentre os povos, e vos congregarei antes com ela se queim arão todos os rostos, desde o
das terras nas quais andais espalhados, com m ão sul até ao norte.
forte, e com braço estendido, e com indignação der­ 4ítE v e rá to d a a c a r n e q u e e u , o S enhor , o a c e n d i;
ram ada. n ã o se a p a g a rá .
35E vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face 4<)E ntão disse eu: Ah! Senhor D eus ! Eles dizem de
entrarei em juízo convosco; m im : Não é este u m p ro ferid o r de parábolas?
36C om o entrei em juízo com vossos pais, no deser­
to da terra do Egito, assim entrarei em juízo convos­ A espada do S e siio h
co, diz o Senhor D eus. E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
37Tam bém vos farei passar debaixo da vara, e vos 2Filho do hom em , dirige o teu rosto contra
farei en trar no vínculo da aliança. Jerusalém,ederramaflsíMflipfl/flvrassobreossantuá-
,8E separarei dentre vós os rebeldes, e os que tran s­ rios, e profetiza sobre a terra de Israel.
grediram contra m im ; da terra das suas peregrina­ 3E dize à terra de Israel: Assim diz o S en h o r : Eis que
ções os tirarei, m as à terra de Israel não voltarão; e sou co n tra ti, e tirarei a m in h a espada da bainha, e
sabereis que eu som o S enhor . exterm inarei do meio de ti o justo e o ímpio.
39Q uanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor 4E, p o r isso que hei de ex term inar do meio de ti o

769
EZEQUIEL21

justo e o ím pio, a m inha espada sairá da sua bainha na outra, e farei descansar a m in h a indignação; eu,
co n tra to da a carne, desde o sul até o norte. o S f.n h o r, o disse.
’E s a b e rá t o d a a c a r n e q u e e u , o S e n h o r, tire i a I8E veio a m im a palavra d o S enhor , dizendo:
m in h a e s p a d a d a b a in h a ; n u n c a m a is v o lta r á a ela. |l,Tu, pois, ó filho do hom em , p ro p õ e dois cam i­
6Tu, porém , ó filho do hom em , suspira; suspira aos nhos, p o r o n d e venha a espada do rei de Babilô­
olhos deles, com quebrantam ento dos teus lom bos nia. A m bos procederão de u m a m esm a terra, e es­
e com am argura. colhe um lugar; escolhe-o n o cim o do cam inho da
7E será que, q uando eles te disserem: Por que sus­ cidade.
piras tu? Dirás: Por causa das novas, porque vêm; e “ U m cam inho proporás, p o r o n d e virá a espada
to d o o coração desm aiará, e todas as m ãos se enfra­ contra Rabá dos filhos de A m om , e contra Judá, em
quecerão, e todo o espírito se angustiará, e todos os Jerusalém, a fortificada.
joelhos se desfarão em águas; eis que vêm , e se cu m ­ 2‘Porque o rei de Babilônia parará na encruzilha­
prirão, diz o Senhor D eus . da, n o cim o dos dois cam inhos, para fazer adivinha­
8E v e io a m im a p a la v ra d o S enhor , d iz e n d o : ções; aguçará as suas flechas, consultará as imagens,
9Filho do hom em , profetiza, e dize: Assim diz o atentará para o fígado.
Senhor: dize: A espada, a espada está afiada e polida. 22À sua direita estará a adivinhação sobre Jerusa­
1 “Para grande m atança está afiada, para reluzir está lém, para o rdenar aos capitães, para abrirem a boca,
polida. A legrar-nos-em os pois? A vara de m eu filho orden an d o a m atança, p ara levantarem a voz com
é que despreza todo o m adeiro. júbilo, para porem os aríetes contra as portas, para
l'E foi dada a polir, para ser m anejada; esta espada levantarem trincheiras, para edificarem baluartes.
está afiada, e está polida, para ser posta na m ão do 2AIsto será com o adivinhação vã, aos olhos daqueles
m atador. que lhes fizeram j uram entos; m as ele se lem brará da
12Grita e geme, ó filho do hom em , porque ela será iniqüidade, para qu e sejam apanhados.
contra o m eu povo, contra todos os príncipes de ^ P o rta n to assim diz o Senhor D eus: Visto que me
Israel. Estes, ju ntam ente com o m eu povo, estão es­ fazeis lem brar da vossa iniqüidade, descobrindo-se
pantados com a espada; bate, pois, na tua coxa. as vossas transgressões, aparecendo os vossos peca­
' !Pois se faz um a prova; e que seria se a espada des­ dos em todos os vossos atos; visto que viestes em m e­
prezasse m esm o a vara? Ela não seria mais, diz o m ória, sereis apanhados com a mão.
Senhor D eus. 2,E tu , ó profano e ím pio príncipe de Israel, cujo dia
14Tu, pois, ó filho do hom em , profetiza e bate com as virá n o tem po da extrem a iniqüidade,
mãos um a na outra; e dobre-se a espada até a terceira 26Assim diz o Senhor D eus : T ira o diadem a, e
vez, a espada dos m ortos; ela é a espada para a grande rem ove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao h u ­
matança, que os traspassará até o seu interior. m ilde, e h um ilha ao soberbo.
1 ’Para que desmaie o coração, e se m ultipliquem as 27Ao revés, ao revés, ao revés porei aquela coroa, e
destruições, contra todas as suas portas, pus a ponta ela não mais será, até que venha aquele a quem per­
da espada, a que foi feita para reluzir, e está prepara­ tence de direito; a ele a darei.
da para a matança! 28E tu, ó filho do hom em ,profetiza, e dize: Assim diz
I6Ó espada, une-te, vira-te para a direita; prepara- o S enhor D e u s acerca dos filhos de A m om , e acerca
te, vira-te para a esquerda, para onde quer que o teu do seu o p ró b rio ; dize pois: A espada, a espada está
rosto se dirigir. desem bainhada, polida para a m atança, para consu­
I7E tam bém eu baterei com as m inhas m ãos um a mir, p o r estar reluzente;

obter sorte e prognóstico de eventos, mas o Senhor antecipa o


Parará na encruzilhada
resultado: “Isto será como adivinhações vãs, aos olhos daqueles
( 21 . 21 )
que lhes fizeram juramentos; mas ele se lembrará da iniqüidade,
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os adeptos dos cultos para que sejam apanhados” (v. 23).
t afros realizam despachos em bosques, matas e encruzi­
lhadas com o propósito de obter resultados favoráveis ou contrá­
O Deus do cristianismo nunca exigiu trabalhos em encruzilha­
das, antes, adverte: "Misericórdiaqueroe não sacrifício" (M19.13).
rios para determinadas pessoas. Quando as pessoas desobedecem à ordem divina e sacrificam
O versículo em estudo, porém, está demonstrando o costume aos seus ídolos e protetores, estão, na verdade, sacrificando aos
antigo de se consultar animais mortos em encruzilhadas para se demônios (1Co 10.20,21).

770
EZEQUIEL21.22

2‘‘E ntretanto te profetizam vaidade, te adivinham próxim o, o u tro co n tam in o u abom inavelm ente a
m entira, para te porem no pescoço dos ím pios, da­ sua nora, e o u tro h u m ilh o u no m eio de ti a sua irm ã,
queles que estão m ortos, cujo dia veio no tem po da filha de seu pai.
iniqüidade final. 12Presentes receberam no m eio d e ti para d erram a­
’“Torne a tua espada à sua bainha. No lugar em que rem sangue; usura e ju ro s ilícitos tom aste. e usaste
foste criado, na terra do teu nascimento, eu te julgarei. de avareza com o teu próxim o, o p rim in d o -o ; mas
3IE derram arei sobre ti a m inha indignação, asso­ de m im te esqueceste, diz o Senhor D eus .
prarei contra ti o fogo do m eu furor, entregar-te- I3E eis que bati as m ãos contra a avareza que com e­
ei nas m ãos dos hom ens brutais, inventores de des­ teste, e p o r causa do sangue que houve no meio de ti.
truição. u Porventura estará firm e o teu coração? Porventu­
32 Ao fogo servirás para ser consum ido; o teu sangue ra estarão fortes as tuas m ãos, nos dias em que eu tra ­
estará n o m eio da terra; já não serás m ais lem brado, tarei contigo? Eu, o S enhor , o disse, e o farei.
porque eu, o S e n h o r, o disse. 15E espalhar-te-ei entre as nações, e dispersar-te-ei
pelas terras, e porei term o à tu a im undícia.
As abom inações de Jerusalém 16E tu serás profanada em ti m esm a aos olhos dos
E VEIO a m im a palavra do S enhor , dizendo: gentios, e saberás que eu sou o S enhor .
2Tu, pois, ó filho do hom em , porventura 17E veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
julgarás, julgarás a cidade sanguinária? Faze-lhe co­ l8Filho do hom em , a casa de Israel se to rn o u para
nhecer, pois, todas as suas abom inações. m im em escórias; todos eles são bronze, e estanho,
3E dize: Assim diz o Senhor D eus: Ai da cidade que e ferro, e chum bo no m eio do forno; em escórias de
derram a o sangue no m eio de si para que venha o prata se tornaram .
seu tempo! Q ue faz ídolos contra si m esm a, para se 19P ortanto assim diz o Senhor D eus: Pois qu e todos
contam inar! vós vos tornastes em escórias, p o r isso eis que eu vos
4Pelo teu sangue que derram aste te fizeste culpada, ajuntarei no m eio de Jerusalém.
e pelos teus ídolos que fabricaste te contam inaste, e 20Como se ajuntam a prata, e o bronze, e o ferro, e
fizeste aproxim arem -se os teus dias, e tem chegado o chum bo, e o estanho, no m eio do forno, para as­
o fim dos teus anos; po r isso eu te fiz o o p róbrio das soprar o fogo sobre eles, a fim de se fundirem , assim
nações e o escárnio de todas as terras. vos ajuntarei na m inha ira e no m eu furor, e ali vos
’As que estão perto de ti e as que estão longe escar­ deixarei e fundirei.
necerão de ti, infam ada, cheia de inquietação. 21E congregar-vos-ei, e assoprarei sobre vós o fogo
6Eis que os príncipes de Israel, cada um conform e o do m eu furor; e sereis fundidos no m eio dela.
seu poder, estavam em ti para derram arem sangue. 22C om o se funde a prata no m eio do forno, assim
7Ao pai e à m ãe desprezaram em ti; para com o es­ sereis fundidos no m eio dela; e sabereis que eu, o
trangeiro usaram de opressão no m eio de ti; ao órfao Senhor , derram ei o m eu fu ro r sobre vós.
e à viúva o prim iram em ti. 23E veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
8As m inhas coisas santas desprezaste, e os m eus sá­ 24Filho do hom em , dize-lhe: Tu és um a terra que
bados profanaste. não está purificada; e qu e não tem chuva no dia da
9H om ens caluniadores se acharam em ti, para der­ indignação.
ram arem sangue; e em ti sobre os m ontes com eram ; 2,C onspiração dos seus profetas há no m eio dela,
perversidade com eteram no m eio de ti. com o um leão que ruge, que arrebata a presa; eles de­
,0A vergonha do pai descobriram em ti; a que estava voram as almas; to m am tesouros e coisas preciosas,
imunda, na sua separação, hum ilharam no meio de ti. m ultiplicam as suas viúvas no m eio dela.
1'U m com eteu abom inação com a m ulher do seu 26Os seus sacerdotes violentam a m in h a lei, e pro-

Violentam a minha lei


(22.26)
dotes e a todo o povo. As expressões seguintes mostram a inter­
Adventismo do Sétimo Dia. Afirma que esta acusação se
pretação correta do texto: a) cidade sanguinária (v. 2), que é Jeru­
\M5J aplica a todas as pessoas que não guardam o sábado.
salém, e b) príncipes de Israel (v. 6,8). Portanto, otexto em estudo
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A acusação não se limitaà nada tem a ver com os gentios que não estão debaixo da lei de
5= quebra do sábado por parte dos hebreus, mas aos sacer­ Moisés (Rm 6.14), mas sob a lei de Cristo (Gl 6.2).

771
EZEQUIEL 22,23

fanam as m inhas coisas santas; não fazem diferença filhos e suas filhas, m as a ela m ataram à espada; e
entre o santo e o profano, nem discernem o im puro torno u -se falada en tre as m ulheres, e sobre ela exe­
do p u ro ; e de m eus sábados escondem os seus olhos, cutaram os juízos.
e assim sou profanado no m eio deles. 1 ‘Vendo isto sua irm ã Aolibá, co rro m p eu o seu
27O s seus príncipes no m eio dela são com o lobos im oderado am o r m ais do que ela, e as suas devassi­
que arrebatam a presa, para derram arem sangue, dões foram m ais do que as de sua irm ã.
para destruírem as almas, para seguirem a avareza. l2E nam orou-se dos filhos da Assíria, dos capi­
28E os seus profetas têm feito para eles cobertura tães e dos m agistrados seus vizinhos, vestidos com
com argamassa não tem perada, profetizando vai­ prim or, cavaleiros que an d am m ontados em cava­
dade, adivinhando-lhes m entira, dizendo: Assim los, todos jovens cobiçáveis.
diz o Senhor D eus; sem que o S en h or tivesse falado. I3E vi qu e se tin h a contam inado; o cam inho de
29Ao povo da terra oprim em gravem ente, e andam am bas era o mesmo.
roubando, e fazendo violência ao pobre e necessita­ I4E au m en to u as suas im pudicícias, p o rq u e viu
do, e ao estrangeiro oprim em sem razão. hom en s p intados na parede, imagens dos caldeus,
30E busquei dentre eles um hom em que estivesse pintadas de vermelho;
tapando o m uro, e estivesse na brecha perante m im ’’C ingidos de cinto nos seus lombos, e tiaras largas
p o r esta terra, para que eu não a destruísse; porém a e tingidas nas suas cabeças, todos com parecer de
ninguém achei. príncipes, sem elhantes aos filhos de Babilônia em
31Por isso eu derram ei sobre eles a m inha indigna­ Caldéia, terra do seu nascim ento.
ção; com o fogo do m eu furor os consum i; fiz que
I6E enam orou-se deles, ao lançar sobre eles os seus
o seu cam inho recaísse sobre a sua cabeça, diz o
olhos; e lhes m an d o u m ensageiros à Caldéia.
Senhor D eus.
l7Então vieram a ela os filhos de Babilônia p ara o
leito dos am ores, e a co n tam in aram com as suas im ­
A olá e A olibá, as duas m eretrizes
pudicícias; e ela se co n tam in o u com eles; então a sua
VEIO m a is a m im a p a la v ra d o S enhor , d i ­
alm a apartou-se deles.
zendo:
1 *Assim pôs a descoberto as suas devassidões, e des­
2Filho do hom em , houve duas m ulheres, filhas de
cobriu a sua vergonha; então a m in h a alm a se apar­
um a mesma mãe.
to u dela, com o já tin h a se ap artad o a m inha alm a
3Estas se prostituíram no Egito; prostituíram -se na
de sua irm ã.
sua m ocidade; ali foram apertados os seus seios, e ali
l9Todavia ela m u ltiplicou as suas prostituições,
foram apalpados os seios da sua virgindade.
lem brando-se dos dias da sua m ocidade, em que se
4E os seus nom es eram: Aolá, a m ais velha, e Aolibá,
prostitu íra n a terra do Egito.
sua irm ã; e foram m inhas, e tiveram filhos e filhas;
e, quanto aos seus nom es, Sam aria é Aolá, e Jerusa­ 20E enam orou-se dos seus am antes, cuja carne é
lém é Aolibá. como a de jum entos, e cujo fluxo é como o de cavalos.
5E prostituiu-se Aolá, sendo m inha; eenam orou-se 21Assim trouxeste à m em ória a perversidade da tua
dos seus am antes, dos assírios, seus vizinhos, m ocidade, q u an d o os do Egito apalpavam os teus
‘Vestidos de azul, capitães e m agistrados, todos seios, p o r causa dos peitos da tua mocidade.
jovens cobiçáveis, cavaleiros m ontados a cavalo. 22Por isso, ó Aolibá, assim diz o Senhor D eus: Eis
7Assim com eteu ela as suas devassidões com eles, que eu suscitarei co n tra ti os teus am antes, dos quais
que eram todos a flor dos filhos da Assíria, e com se tin h a ap artad o a tu a alma, e os trarei contra ti de
todos os de quem se enam orava; com todos os seus toda a parte em derredor.
ídolos se contam inou. 23O s filhos de Babilônia, e todos os caldeus de
8E as suas prostituições, que trouxe do Egito, não Pecode, e de Soa, e de Coa, e todos os filhos da Assí­
as deixou; porque com ela se deitaram n a su a m oci­ ria com eles, jovens cobiçáveis, capitães e m agistra­
dade, e eles apalparam os seios da sua virgindade, e dos todos eles, grandes e afam ados senhores, todos
d erram aram sobre ela a sua im pudicícia. eles m o n tad o s a cavalo.
9P o rtanto a entreguei na m ão dos seus am antes, na 24E virão co n tra ti com carros, carretas e rodas, e
m ão dos filhos da Assíria, de quem se enam orara. com m ultidão de povos; e se colocarão co n tra ti em
l0Estes descobriram a sua vergonha, levaram seus redo r com paveses, e escudos e capacetes; e porei

772
EZEQUIEL 23,24

diante deles o juízo, e julgar-te-ão segundo os seus 40E, m ais ainda, m an d aram vir alguns hom ens, de
juízos. longe, aos quais fora enviado um mensageiro, e eis
25E porei contra ti o m eu zelo, e usarão de indigna­ que vieram . Por am o r deles te lavaste, coloriste os
ção contigo. Tirar-te-ão o nariz e as orelhas, e o que teus olhos, e te ornaste de enfeites.
restar cairá à espada. Eles tom arão teus filhos e tuas 41E te assentaste sobre um leito de honra, diante do
filhas, e o que ficar por últim o em ti será consum i­ qual estava um a mesa preparada; e puseste sobre ela
do pelo fogo. o m eu incenso e o m eu azeite.
■^’Também te despirão as tuas vestes, e te tom arão 42C om ela se ou via a voz de uma m ultidão satisfeita;
as tuas belas jóias. com hom ens de classe baixa foram trazidos beber-
27Assim farei cessar em ti a tu a perversidade e a tu a rões do deserto; e puseram braceletes nas m ãos das
prostituição trazida da terra do Egito; e não levanta­ m ulheres e coroas de esplendor nas suas cabeças.
rás os teus olhos para eles, nem te lem brarás nunca 43Então disse à envelhecida em adultérios: Agora
mais do Egito. deveras se prostituirão com ela, e ela com eles?
28Porque assim diz o Senhor D eus : Eis que eu te en­ 44E en traram a ela, com o quem e n tra a um a pros­
tregarei na m ão dos que odeias, na m ão daqueles de tituta; assim en traram a Aolá e a Aolibá, m ulheres
quem tem se apartado a tua alma. infames.
29E eles te tratarão com ódio, e levarão todo o fruto 45De m aneira que h om ens justos as julgarão com o
do teu trabalho, e te deixarão nua e despida; e desco- se julgam as adúlteras, e com o se julgam as que der­
brir-se-á a vergonha da tu a prostituição, e a tua per­ ram am sangue; p o rq u e são adúlteras, e sangue há
versidade, e as tuas devassidões. nas suas mãos.
i(,Estas coisas se te farão, porque te prostituíste após 46Porque assim diz o Senhor D eus: Farei subir con­
os gentios, e te contam inaste com os seus ídolos. tra elas um a m ultidão, e as entregarei ao desterro e
3lNo cam inho de tu a irm ã andaste; p o r isso entre­ ao saque.
garei o seu cálice na tua mão. 47E a m ultidão as apedrejará, e as golpeará com as
32Assim diz o Senhor D eus : Beberás o cálice de tua suas espadas; eles a seus filhos e asuas filhas m atarão,
irm ã, fundo e largo; servirás de riso e escárnio; pois e as suas casas queim arão a fogo.
nele cabe m uito. 48Assim farei cessar a perversidade da terra, para
■’■
’De em briaguez e de do r te encherás; o cálice de tua que se escarm entem todas as m ulheres, e não façam
irm ã Samaria é cálice de espanto e de assolação. conform e a vossa perversidade;
’4Bebê-lo-ás, pois, e esgotá-lo-ás, e os seus cacos 490 castigo da vossa perversidade eles farão recair
roerás, e os teus seios arrancarás; p orque eu o falei, sobre vós, e levareis os pecados dos vossos ídolos; e
diz o Senhor D eus . sabereis que eu som o Senhor D eus .
3,P ortanto, assim diz o S enhor D eus : C om o te es­
queceste de m im , e m e lançaste para trás das tuas A parábola da panela
costas, tam bém carregarás com a tua perversidade e E VEIO a m im a palavra do S enhor , no
as tuas devassidões. n o n o ano, no décim o m ês, aos dez do mês,
36Disse-m e ainda o S en h o r : Filho do hom em , por­ dizendo:
ventura julgarás tu a Aolá e a Aolibá? M ostra-lhes, 2Filho do hom em , escreve o nom e deste dia, deste
pois, as suas abom inações. m esm o dia; porque o rei de Babilônia se pôs contra
37Porque adulteraram , e sangue se acha nas suas Jerusalém neste m esm o dia.
m ãos, e com os seus ídolos adulteraram , e até os seus 3E fala p o r parábola à casa rebelde, e dize-lhes:
filhos, que de m im geraram , fizeram passar pelo fogo, Assim diz o Senhor D eus : Põe a panela ao lum e,
para os consum ir. põe-na, e deita-lhe tam bém água dentro.
38E ainda isto m e fizeram: co ntam inaram o m eu 4A junta nela pedaços, to d o s os bo n s pedaços, as
santuário no m esm o dia, e profanaram os m eus sá­ coxas e as espáduas; enche-a de ossos escolhidos.
bados. 5Escolhe o m elh o r do rebanho, e queim a tam bém
39Porquanto, havendo sacrificado seus filhos aos os ossos debaixo dela; faze-a ferver bem , e cozam -se
seus ídolos, vinham ao m eu santuário no m esm o d entro dela os seus ossos.
dia para o profanarem ; e eis que assim fizeram no 6P ortanto, assim diz o S enhor D eus : Ai d a cidade
m eio da m inha casa. sanguinária, da panela qu e escum a p o r dentro, e

773
EZEQUIEL 24,25

cuja escum a não saiu dela! Tira dela pedaço por 23E tereis nas cabeças os vossos tu rb an tes, e os
pedaço; não caia sorte sobre ela; vossos sapatos nos pés; não lam entareis, nem chora­
7P orque o seu sangue está no m eio dela, sobre um a reis, m as definhar-vos-eis nas vossas m aldades, e ge­
penha descalvada o pôs; não o d erram o u sobre a mereis uns com os outros.
terra, para o cobrir com pó. 24Assim vos servirá Ezequiel de sinal; conform e
"Para fazer subir a indignação, para to m ar vingan­ tudo q uanto ele fez, fareis; q u an d o isso suceder, sa­
ça, eu pus o seu sangue num a penha descalvada, para bereis que eu sou o Senhor D eus .
que não fosse coberto. 2ÍE quanto a ti, filho do hom em , não sucederá que
''Portanto, assim diz o Senhor D eus: Ai da cidade san­ no dia que eu lhes tira r a sua força, a alegria da sua
guinária! Tam bém eu farei um a grande fogueira. glória, o desejo dos seus olhos, e o anelo de suas
'"A m ontoa m uita lenha, acende o fogo,/ervebem a almas, com seus filhos e suas filhas,
carne, e tem pera o caldo, e ardam os ossos. 26Nesse dia virá ter contigo aquele que escapar, para
"E n tã o a porás vazia sobre as suas brasas, para te dar notícias pessoalm ente?
que ela aqueça, e se queim e o seu cobre, e se funda 27N aquele dia abrir-se-á a tu a boca para com aquele
a sua im undícia no meio dela, e se consum a a sua que escapar, e falarás, e não m ais ficarás m udo; assim
escuma. virás a ser para eles um sinal, e saberão que eu sou o
l2Ela com m entiras se cansou; e não saiu dela a sua S enhor .
m uita escuma; ao fogo irá a sua escuma.
l3Na im undícia está a infâm ia, p orquanto te p u ri­ Profecia contra A tn o m
fiquei, e não perm aneceste pura; nunca m ais serás E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo:
purificada da tu a im undícia, enquanto eu não fizer ‘Filho do hom em , dirigeo teu rosto contra
descansar sobre ti a m inha indignação. os filhos de A m om , e profetiza co n tra eles.
HEu, o S e n h o r, o disse: viva isso, e o farei, não me 3E dize aos filhos de A m om : O uvi a palavra do
tornarei atrás, e não pouparei, nem m e arrepende­ Senhor D eus : Assim diz o Senhor D eus : P o rquan­
rei; conform e os teus cam inhos, e conform e os teus to tu disseste: Ah! contra o m eu santuário, quando
feitos, te julgarão, diz o Senhor D eus. foi profanado; e contra a terra de Israel, q uando foi
assolada; e contra a casa de Judá, q u ando foi ao ca­
Predição da ru ín a de Jerusalém tiveiro;
15E v e io a m i m a p a la v ra d o S enhor , d iz e n d o : 4P ortanto, eis qu e te entregarei em possessão aos
“’Filho do hom em , eis que, de um golpe tirarei de do oriente, e em ti estabelecerão os seus acam pa­
ti o desejo dos teus olhos, mas não lam entarás, nem m entos, e p orão em ti as suas m oradas; eles com erão
chorarás, nem te correrão as lágrimas. os teus frutos, e eles beberão o teu leite.
l7G em e em silêncio, não faças luto p o r m ortos; 5E farei de Rabá um a estrebaria de camelos, e dos
ata o teu turbante, e põe nos pés os teus sapatos, e filhos de A m om u m curral de ovelhas; e sabereis que
não cubras os teus lábios, e não com as o pão dos eu som o S enhor .
hom ens. 6P orque assim diz o Senhor D eus : P orquanto b a­
18E falei ao povo pela m anhã,e à tarde m orreu m inha teste com as m ãos, e pateaste com os pés, e com todo
m ulher; e fiz pela m anhã com o m e foi mandado. o desprezo do teu coração te alegraste co n tra a terra
I9E o povo m e disse: Porventura não nos farás saber de Israel,
o que significam para nós estas coisas que estás fa­ 7Portanto, eis que eu tenho estendido a m in h a m ão
zendo? sobre ti, e te darei p o r despojo aos gentios, e te ar­
í0E eu lhes disse: Veio a m im a palavra do S enhor , rancarei d en tre os povos, e te destruirei den tre as
dizendo: terras, e acabarei de todo contigo; e saberás que eu
2lDize à casa de Israel: Assim diz o Senhor D eus : Eis sou o S enhor .
que eu profanarei o m eu santuário, a glória da vossa
força, o desejo dos vossos olhos, e o anelo das vossas Profecia contra M o abe
almas; e vossos filhos e vossas filhas, que deixastes, “Assim diz o S enhor D eus : P orquanto dizem
cairão à espada. M oabe e Seir: Eis que a casa de Judá é com o todos
n E fareis com o eu fiz; não vos cobrireis os lábios, e os gentios;
não com ereis o pão dos hom ens. 9Portanto, eis que eu abrirei o lado d e M oabe desde

774
EZEQUIEL 25,26

as cidades, desde as suas cidades da fronteira, a glória 6E suas filhas, que estão no cam po, serão m ortas à
da terra, Bete-Jesimote, Baal-M eom, e Q uiriataim . espada; e saberão que eu sou o S enhor .
I0E aos do oriente, contra os filhos de A m om , o en­ 7Porque assim diz o Senhor D eus : Eis que eu, desde
tregarei em possessão, para que não haja m em ória o norte, trarei co n tra Tiro a N abucodonosor, rei de
dos filhos de A m om entre as nações. Babilônia, o rei dos reis, com cavalos, e com carros, e
1 'Tam bém executarei juízos sobre M oabe, e sabe­ com cavaleiros, e com panhias, e m uito povo.
rão que eu sou o S enhor . 8As tuas filhas que estão n o cam po, ele as m atará
à espada, e levantará um baluarte co n tra ti, e fu n ­
Profecia contra E dom dará um a trin ch eira co n tra ti, e levantará paveses
12Assim diz o S enhor D eus : P orquanto Edom se contra ti.
houve vingativam ente para com a casa de Judá, e se 9E disporá os seus aríetes contra os teus m uros, e
fez culpadíssim o, quando se vingou deles; derrub ará as tuas torres com os seus m achados.
l3P ortanto assim diz o Senhor D eus: Tam bém es­ l0Por causa da m u ltidão de seus cavalos te co b ri­
tenderei a m inha m ão sobre Edom , e arrancarei dela rá o seu pó; os teus m uros trem erão com o estrondo
hom ens e anim ais; e a tornarei em deserto, e desde dos cavaleiros, e das rodas, e dos carros, q u an d o ele
Temã aféD edã cairão à espada. en tra r pelas tuas portas, com o os h om ens en tram
I4E exercerei a m inha vingança sobre Edom , pela num a cidade em que se fez brecha.
m ão do m eu povo de Israel; e farão em Edom segun­ " Com os cascos dos seus cavalos pisará todas as tuas
do a m inha ira e segundo o m eu furor; e conhecerão ruas; ao teu povo m atará à espada, e as tuas fortes co­
lunas cairão p o r terra.
a m inha vingança, diz o S enhor D eus .
12E roubarão as tuas riquezas, e saquearão as tuas
m ercadorias, e d erru b arão os teus m uros, e arrasa­
Profecia contra os filisteu s
rão as tuas casas agradáveis; e lançarão no m eio das
1 ’Assim diz o Senhor D eus: Porquanto os filisteus se
águas as tuas pedras, e as tuas m adeiras, e o teu pó.
houveram vingativam ente, e executaram vingança
13E farei cessar o ruído das tuas cantigas, e o som das
com desprezo de coração, para destruírem com per­
tuas harpas não se ouvirá mais.
pétua inim izade,
I4E farei de ti um a penha descalvada; virás a ser um
"’P ortanto assim diz o Senhor D eus : Eis que eu es­
enxugadouro das redes, nu n ca mais serás edificada;
tendo a m inha m ão sobre os filisteus, e arrancarei os
porque eu o S en h or o falei, diz o Senhor D eus.
quereteus, e destruirei o restante da costa do mar.
1’Assim diz o S enhor D eus a Tiro: Porventura não
17E executarei sobre eles grandes vinganças, com fu­
trem erão as ilhas com o estro n d o da tu a queda,
riosos castigos, e saberão que eu sou o Senhor , quando
quand o gem erem os feridos, q u an d o se fizer um a es­
eu tiver exercido a m inha vingança sobre eles.
pantosa m atança no m eio de ti?
I6E todos os príncipes do m ar descerão dos seus
Profecia contra Tiro
tronos, e tirarão de si os seus m antos, e despirão as
E SUCEDEU no undécim o ano, ao p ri­ suas vestes bordadas; se vestirão de trem ores, sobre
m eiro do mês, que veio a m im a palavra do a terra se assentarão, e estrem ecerão a cada m o m en ­
Senhor, dizendo: to; e po r tu a causa pasm arão.
‘Filho do hom em , visto que Tiro disse contra Jerusa­ ,7E levantarão um a lam entação sobre ti, e te dirão:
lém: Ah! está quebrada a porta dos povos; virou-se para C om o pereceste, ó bem povoada e afam ada cidade,
mim; eu me encherei, agora que ela está assolada; que foste forte no m ar; ela e os seus m oradores, que
'P o rtan to assim diz o Senhor D eus : Eis que eu estou atem orizaram a todos os seus habitantes!
contra ti, ó Tiro, e farei subir contra ti m uitas nações, ' “Agora, estrem ecerão as ilhas no dia da tua queda;
com o o m ar faz subir as suas ondas, sim , as ilhas, qu e estão no m ar, tu rb ar-se-ão com
4Elas destruirão os m uros de Tiro, e d errubarão as tua saída.
suas torres; e eu lhe varrerei o seu pó, e dela farei um a |,JPorque assim diz o S enhor D eus : Q u an d o eu te
penha descalvada. fizer um a cidade assolada, com o as cidades que não
5No m eio do m ar virá a ser um enxugadouro das se habitam , q u an d o eu fizer subir sobre ti o abismo,
redes; porque eu o falei, diz o Senhor D eus ; e servirá e as m uitas águas te cobrirem ,
de despojo para as nações. 2(,Então te farei descer com os que descem à cova, ao

775
EZEQUIEL 26,27

povo antigo, e te farei habitar nas m ais baixas partes ' 5O s filhos de Dedã eram os teus mercadores; muitas
da terra, em lugares desertos antigos, com os que ilhas eram o comércio da tua m ão; dentes de m arfim e
descem à cova, para que não sejas habitada; e esta­ pau de ébano tornavam a dar-te em presente.
belecerei a glória na terra dos viventes. I6A Síria negociava contigo p o r causa da m u lti­
2‘Farei de ti um grande espanto, e não m ais existi­ dão das tuas m anufaturas; pelas tuas m ercadorias
rás; e q u ando te buscarem então nunca m ais serás davam esm eralda, p ú rp u ra , o b ra bordada, linho
achada p ara sem pre, diz o S enhor D eus. fino, corais e ágata.
l7Judá e a terra de Israel, eram os teus mercadores;
A lam entação sobre Tiro pelas tuas m ercadorias trocavam trigo de M inite, e
E VEIO a m im a p a la v ra d o S enhor , d iz e n ­ Panague, e mel, azeite e bálsam o.
do: '"D am asco negociava contigo, p o r causa da m u lti­
2Tu pois, ó filho do hom em , levanta um a lam enta­ dão das tuas obras, p o r causa da abundância de toda
ção sobre Tiro. a sorte de riqueza, d an d o em troca vinho de H elbom
*E dize a Tiro, que habita nas entradas do m ar, e e lã branca.
negocia com os povos em m uitas ilhas: Assim diz ‘“'Tam bém Dã e Javã, de Uzal, pelas tuas m erca­
o Senhor D eus : 0 Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em dorias, davam em troca ferro trabalhado, cássia e
form osura. cálam o arom ático, que assim entravam no teu co­
■•No coração dos m ares estão os teus term os; os que mércio.
te edificaram aperfeiçoaram a tua form osura. 20D edã negociava contigo com panos preciosos
^Fabricaram todos os teus conveses de faias de para carros.
Senir; trouxeram cedros do Líbano para te fazerem 2IA Arábia, e todos os príncipes de Q uedar, eram
m astros. m ercadores ao teu serviço, com cordeiros, carneiros
6Fizeram os teus remos decarvalhosde Basã;os teus e bodes; nestas coisas negociavam contigo.
bancos fizeram -nos de m arfim engastado em buxo 220 s m ercadores de Sabá e Raam á eram os teus
das ilhas dos quiteus. m ercadores; em to d o s os seus m ais finos arom as,
7Linho fino bordado do Egito era a tua cortina, para em to d a a pedra preciosa e ouro, negociaram nas
te servir de vela; azul e p ú rp u ra das ilhas de Elisá era tuas feiras.
a tu a cobertura. 2,H arã, e Cane e Éden, os m ercadores de Sabá,
8Os m oradores de Sidom e de A rvade foram os teus A ssur e Q uilm ade negociavam contigo.
remadores; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em 24Estes eram teus m ercadores em roupas escolhi­
ti, esses foram os teus pilotos. das, em p ano de azul, e bordados, e em cofres de
9Os anciãos de Gebal e seus sábios foram em ti os roupas preciosas, am arrados com cordas e feitos de
que consertavam as tuas fendas; todos os navios do cedros, entre tu a m ercadoria.
m ar e os m arinheiros se acharam em ti, para tra ta ­ 25O s navios de Társis eram as tuas caravanas que
rem dos teus negócios. traziam tuas m ercadorias; e te encheste, e te glorifi­
loO s persas, e os lídios, e os de P ute eram no teu caste m u ito no m eio dos mares.
exército os teus soldados; escudos e capacetes p e n ­ 260 s teus rem adores te conduziram sobre g ran ­
d u raram em ti; eles m anifestaram a tu a beleza. des águas; o vento oriental te quebrou no m eio dos
1 'O s filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre mares.
os teus m uros em redor, e os gam aditas nas tuas 27As tuas riquezas, as tuas feiras, e tuas m ercadorias,
torres; penduravam os seus escudos nos teus m uros os teus m arinheiros, os teus pilotos, os que conserta­
em redor; eles aperfeiçoavam a tua form osura. vam as tuas fendas, os que faziam os teus negócios,
12Társis negociava contigo, p o r causa da abu n d ân ­ e todos os teus soldados, qu e estão em ti, ju n ta m e n ­
cia de toda a casta de riquezas; com prata, ferro, esta­ te com toda a tu a com panhia, que está no m eio de ti,
nho e chum bo, negociavam em tuas feiras. cairão no m eio dos m ares n o dia da tu a queda,
l3Javã, Tubal e M eseque eram teus m ercadores; 28Ao estro n d o da gritaria dos teus pilotos trem e­
em troca das tuas m ercadorias davam pessoas de rão os arrabaldes.
ho m en s e objetos de bronze. 29E todos os qu e pegam no remo, os m arinheiros,
MO s da casa de Togarma trocavam pelas tuas m er­ e todos os pilotos do m ar descerão de seus navios, e
cadorias, cavalos, e cavaleiros e mulos. pararão em terra.

776
EZEQUIEL27.28

,0E farão ouvir a sua voz sobre ti, e gritarão am ar­ 7Por isso eis qu e eu trarei sobre ti estrangeiros,
gam ente; e lançarão pó sobre as cabeças, e na cinza os mais terríveis dentre as nações, os quais desem ­
se revolverão. bainharão as suas espadas co n tra a form osura da tu a
3IE far-se-ão calvos po r tua causa, e cingir-se-ão de sabedoria, e m ancharão o teu resplendor.
sacos, e chorarão sobre ti com am argura de alma, e "Eles te farão descer à cova e m orrerás da m o rte dos
com am arga lam entação. traspassados no m eio dos mares.
J2E no seu pranto levantarão um a lam entação sobre “Acaso dirás ainda diante daquele que te m atar: Eu
ti.elam entarão sobre ti, dizendo: Quem fo i com o Tiro, sou Deus? m as tu és h om em , e não Deus, na m ão do
como a que foi destruída no meio do mar? que te traspassa.
33Q uando as tuas m ercadorias saiam pelos mares, 1 “Da m orte dos incircuncisos m orrerás, p o r m ão de
fartaste a m uitos povos; com a m ultidão das tuas ri­ estrangeiros, p o rq u e eu o falei, diz o Senhor D eus.
quezas e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra.
34No tem po em que foste quebrantada pelos mares, L a m en ta çã o sobre o rei d e Tiro
nas profundezas das águas, caíram , no m eio de ti, os 1 ‘Veio a m im a palavra do S enhor , dizendo:
teus negócios e to d a a tua com panhia. l2Filho do h om em , levanta um a lam entação sobre
3’’Todos os m oradores das ilhas estão a teu respeito o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o S enhor D eus : Tu
cheios de espanto; e os seus reis trem eram sobrem a­ eras o selo da m edida, cheio de sabedoria e perfei­
neira, e ficaram p erturbados nos seus rostos; to em form osura.
36Os m ercadores dentre os povos assobiaram 13Estiveste no Éden, jardim de Deus; de to d a a pedra
contra ti; tu te tornaste em grande espanto, e jam ais preciosa era a tu a cobertura: sardônia, topázio, dia­
subsistirá. m ante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, es­
m eralda e ouro; em ti se faziam os teus tam bores e
Profecia contra o rei de Tiro os teus pífaros; n o dia em que foste criado foram
E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo: preparados.
2 Filho do hom em , dize ao príncipe de 1Tiro:
4Tu eras o querubim , ungido para cobrir, e te esta­
Assim diz o Senhor D eus: P orquanto o teu coração beleci; no m o n te santo de D eus estavas, no m eio das
se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de pedras afogueadas andavas.
Deus m e assento no m eio dos mares; e não passas de ’’Perfeito eras nos teus cam inhos, desde o dia em
hom em , e não és Deus, ainda que estim as o teu co­ que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.
ração com o sefora o coração de Deus; 16Na m ultiplicação do teu com ércio encheram o
3Eis que tu és m ais sábio que Daniel; e não há segre­ teu interior de violência, e pecaste; p o r isso te lancei,
do algum que se possa esconder de ti. profanado, do m o n te de Deus, e te fiz perecer, ó qu e­
4 Pela tu a sabedoria e pelo teu entendim ento alcan­ rubim co b rid o r.d o m eio das pedras afogueadas.
çaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e p rata nos l7Elevou-se o teu coração p o r causa da tu a fo rm o ­
teus tesouros. sura, corrom peste a tu a sabedoria p o r causa do teu
’Pela extensão da tu a sabedoria no teu com ércio resplendor; p o r terra te lancei, diante dos reis te pus,
aum entaste as tuas riquezas; e eleva-se o teu coração para que olhem para ti.
p o r causa das tuas riquezas; 18Pela m u ltidão das tuas iniqüidades, pela injusti­
6Portanto, assim diz o Senhor D eus : Porquanto esti­ ça do teu com ércio profanaste os teus santuários; eu,
mas o teu coração, com o sefora o coração de Deus, pois, fiz sair do m eio de ti um fogo, que te consum iu

Estiveste no Éden [...] no dia em que foste criado cionar o nome “Éden” , não está se referindo, necessariamente,
(28.13-16) ao jardim terrestre criado por Deus em Génesis.
O termo “Éden" vem de uma raiz que significa “delicias", "pra­
Creciendo en Gracla. Afirma que este texto prova que
zer", "regalias", de onde vem também a noção de paraíso, isto
Lúcifer era Adão, porque diz que Lúclfer foi criado no
é, qualquer lugar agradável. Ezequiel aplica suas palavras ao rei
Éden. E mais: que o corpo de Satanás, ou Lúcifer, foi Adão.
Tiro, referindo, também de forma figurada, à corrupção da verda­
Que Satanás, ou Adão, ou. ainda, o ladrão, colocou a raça hu­
deira queda do anjo de luz, Lúcifer. O rei de Tiro é, então, compa­
mana em morte.
rado a este ser (v. 1-8).
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta passagem náo diz que Logo, se há algum homem comparado a Lúcifer, é o próprio rei
=> Adão era Satanás. Éumtextoaltamentesimbólico. Ao men­ de Tiro (v.12), náo Adão.

777
EZEQUIEL 28,29

e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos ’Fala, e dize: Assim diz o S enhor D eus : Eis-me
os que te vêem. co n tra ti, ó Faraó, rei do Egito, grande dragão, que
‘‘'Todos os que te conhecem entre os povos estão pousas no m eio dos teus rios, e que dizes: O m eu rio
espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e é m eu, e eu o fiz para m im .
nu n ca m ais subsistirá. 4M as eu porei anzóis em teus queixos, e farei que
os peixes dos teus rios se apeguem às tuas escamas;
Profecia contra Sidom e tirar-te-ei do m eio dos teus rios, e todos os peixes
20E v e io a m im a p a la v r a d o S enhor , d iz e n d o : dos teus rios se apegarem às tuas escamas.
21Filho do hom em , dirige o teu rosto contra Sidom , SE te deixarei no deserto, a ti e a todo o peixe dos teus
e profetiza contra ela, rios; sobre a face do cam po cairás; não serás recolhi­
22E dize: Assim diz o Senhor D eus: Eis-me contra ti, do nem ajuntado; aos anim ais da terra e às aves do
ó Sidom , e serei glorificado n o m eio de ti; e saberão céu te dei p o r m antim ento.
que eu sou o S enhor , quando nela executar juízos e 6E saberão todos os m oradores d o Egito que eu sou
nela m e santificar. o S enhor , p o rq u an to se to rn aram um b o rd ão de
23Porque enviarei contra ela a peste, e o sangue nas cana para a casa de Israel.
suas ruas, e os traspassados cairão no m eio dela, es­ 7T om ando-te eles pela m ão, te quebraste, e lhes
tando a espada contra ela por todos os lados; e sabe­ rasgaste to d o o om bro; e q u an d o se apoiaram em
rão qu e eu sou o S enhor . ti, te quebraste, e lhes fazias trem er todos os seus
2*E a casa de Israel nunca m ais terá espinho que lom bos.
a fira, nem espinho que cause dor, entre os que se 'P o rta n to , assim diz o Senhor D eus : Eis que eu
acham ao redor deles e que os desprezam ; e saberão trarei sobre ti a espada, e de ti destruirei hom em
que eu sou o Senhor D eus . e anim al,
2,Assim diz o Senhor D eus: Q u ando eu congregar 9E a terra do Egito se to rn ará em desolação e deser­
a casa de Israel dentre os povos entre os quais estão to; e saberão que eu sou o S enhor , p o rq u an to disse:
espalhados, e eu m e santificar entre eles, perante os O rio é m eu, e eu o fiz.
olhos dos gentios, então habitarão na sua terra que l0P ortanto, eis que eu estou co n tra ti, e co n tra os
dei a m eu servo, a Jacó. teus rios; e tornarei a terra do Egito deserta, em com ­
26E habitarão nela seguros, e edificarão casas, e pleta desolação, desde a torre de Syene até aos con­
plantarão vinhas, e habitarão seguros, qu an d o eu fins da Etiópia.
executar juízos contra todos os que estão ao seu 11 N ão passará por ela pé de hom em , nem pé de animal
redor e que os desprezam ; e saberão que eu sou o passará por ela, nem será habitada quarenta anos.
Se nho r seu Deus. 12P orque tornarei a terra do Egito em desolação no
m eio das terras desoladas; e as suas cidades entre as
Profecia contra o Egito cidades desertas se to rn arão em desolação por qu a­
N O décim o ano, no décim o mês, no dia doze renta anos; e espalharei os egípcios entre as nações,
do m ês, veio a m im a palavra do S en h o r , e os dispersarei pelas terras.
dizendo: l3Porém , assim diz o Senhor D eus: A o fim de q u a­
2Filho do hom em , dirige o teu rosto contra Faraó, renta anos ajuntarei os egípcios d en tre os povos
rei do Egito, e profetiza contra ele e co n tra to d o o entre os quais foram espalhados.
Egito. I4E rem overei o cativeiro dos egípcios, e os farei

E nunca mais subsitlrá A ruína é aplicada primeiramente ao rei (v. 17) e, depois, à pró­
(26.19) pria cidade de Tiro. É claro que Ezequíel, em certas partes do
relato, faz alusões indiretas ã queda de Lúcifer, mas não em
Creclendo en Gracla. Afirma que este texto fala sobre a
todo ele. A profecia ficaria obscura se a aplicássemos totalmen­
destruição de Satanás.
te à pessoa de Lúcifer. Não se pode construir uma doutrina em
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Como já foi visto na nota cima de textos não muito claros. Não podemos deixar de inter­
*= anterior, o versiculo em análise está ligado à profecia pretar passagens difíceis à luz das que são claras. Outros tex­
contra o rei de Tiro, que diz que esta cidade deixaria de existir tos afirmam claramente que Satanás está vivo e ativo no mun­
(Cf. 26.14,21). Historicamente, Tiro, com seu esplendor e comér­ do. Ele não foi destruído (Ef 6.11-13). Portanto, o versículo em
cio, foi destruída em 1291 a. D. Desde então, deixou de existir para questão não está se reportando a Satanás, mas à cidade de
sempre, jamais foi reconstruída novamente. Tiro e ao seu rei.

778
EZEQUIEL 29,30

voltar à terra de Patros, à terra de sua origem ; e serão fogo n o Egito, e forem d estruídos todos os que lhe
ali um reino hum ilde; davam auxílio.
l?Mais hum ilde se fará do que os outros reinos, e ‘'N aquele dia sairão m ensageiros de diante de m im
nunca mais se exalçará sobre as nações; porque os di­ em navios, para espantarem a Etiópia descuidada; e
m inuirei, para que não dom inem sobre as nações. haverá neles grandes dores, com o no dia do Egito;
I6E não será m ais a confiança da casa de Israel, para pois, eis que já vem.
lhes trazer à lem brança a sua iniqüidade, quando I0Assim diz o S enhor D eus: Eu, pois, farei cessar a
olharem para trás deles; antes saberão que eu sou o m ultidão do Egito, p o r m ão de N abucodonosor, rei
Senhor D eus. de Babilônia.
,7E sucedeu que, no ano vinte e sete, no prim eiro "E le e o seu povo com ele, os m ais terríveis das
mês, no prim eiro dia do mês, veio a m im a palavra nações, serão levados para destruírem a terra; e d e­
do S enhor , dizendo: sem bainharão as suas espadas co n tra o Egito, e en ­
l8Filho do hom em , N abucodonosor, rei de Babilô­ cherão a terra de m ortos.
nia, fez com que o seu exército prestasse um grande I2E secarei os rios, e venderei a terra entregando-a
serviço contra Tiro; toda a cabeça se to rn o u calva, na m ão dos m aus, e assolarei a terra e a sua plenitude
e todo o om bro se pelou; e não houve paga de Tiro pela m ão dos estrangeiros; eu, o S enhor , o disse.
para ele, nem para o seu exército, pelo serviço que 1’Assim diz o S enhor D eus : Tam bém destruirei os
prestou contra ela. ídolos, e farei cessar as im agens de Nofe; e não haverá
l9Portanto, assim diz o Senhor D eus : Eis que eu mais um príncipe da terra do Egito; e porei o tem or
darei a N abucodonosor, rei de Babilônia, a terra do na terra do Egito.
Egito; e levará a sua m ultidão, e tom ará o seu des­ I4E assolarei a Patros, e porei fogo a Zoã, e executa­
pojo, e roubará a sua presa, e isto será a recom pensa rei juízos em Nô.
para o seu exército. ,5E derram arei o m eu furor sobre Sim, a fortaleza
MComo recom pensa do seu trabalho, com que do Egito, e exterm inarei a m ultidão de Nô.
serviu contra ela, lhe dei a terra do Egito; porquanto I6E porei fogo no Egito; Sim terá grande dor, e N ô
trabalharam por m im , diz o Senhor D eus. será fendida, e Nofe terá angústias cotidianas.
21Naquele dia farei bro tar o poder na casa de Israel, I70 s jovens de Áven e Pi-Besete cairão à espada, e as
e abrirei a tua boca no m eio deles; e saberão que eu cidades irão em cativeiro.
sou o S enhor . 18E em Tafhes se escurecerá o dia, quando eu quebrar
ali os jugos do Egito, e nela cessar a soberba do seu poder;
O utra profecia contra o E gito uma nuvem a cobrirá, e suas filhas irão em cativeiro.
E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo: 19Assim executarei juízos no Egito, e saberão que
2Filho do hom em , profetiza, e dize: Assim eu sou o S enhor .
diz o Senhor D eus : Gemei: Ah! Aquele dia! 20E sucedeu que, no ano undécim o, n o prim eiro
’Porque está perto o dia, sim , está perto o dia do mês, aos sete do mês, veio a m im a palavra d o S enhor ,
Sen h o r ; dia nublado; será o tem po dos gentios. dizendo:
4 A espada virá ao Egito, e haverá grande dor na Eti­ 21Filho do hom em , eu quebrei o braço de Faraó, rei
ópia, quando caírem os traspassados no Egito; e to ­ do Egito, e eis que não foi atado para se lhe aplicar
m arão a sua m ultidão, e serão destruídos os seus rem édios, nem lhe colocarão ligaduras para o atar, a
fundam entos. fim de to rn á-lo forte, para pegar na espada.
’Etiópia, Pute e Lude, e toda a m istura de gente, e 22P ortanto assim diz o S enhor D eus: Eis que eu
Cube, e os hom ens da terra da liga, ju ntam ente com estou contra Faraó, rei do Egito, e quebrarei os seus
eles cairão à espada. braços, assim o forte com o o que está quebrado, e
6Assim diz o S en h o r : Tam bém cairão os que sustém farei cair da sua m ão a espada.
o Egito, e descerá a soberba de seu poder; desde a 2’E espalharei os egípcios entre as nações, e os dis­
torre de Syene ali cairão à espada, diz o S enhor persarei pelas terras.
D eus. 24E fortalecerei os braços do rei de Babilônia, e
7E serão desolados no m eio das terras assoladas; e as porei a m in h a espada na sua m ão; m as quebrarei os
suas cidades estarão no m eio das cidades desertas. braços de Faraó, e diante dele gem erá com o geme o
SE s a b e rã o q u e e u sou o Sen h or , q u a n d o e u p u s e r traspassado.

779
EZEQUIEL 30 ,3 1 ,3 2

2sEu fortalecerei os braços do rei de Babilônia, mas quebrados p o r todos os rios da terra; e todos os
os braços de Faraó cairão; e saberão que eu sou o povos da terra se retirarão da sua som bra, e o d ei­
S e n h o r, qu an d o eu puser a m inha espada na m ão xarão.
do rei de Babilônia, e ele a estender sobre a terra do 13Todas as aves do céu habitarão sobre a sua ruína,
Egito. e todos os anim ais do cam po se acolherão sob os
26E espalharei os egípcios entre as nações, e os dis­ seus renovos;
persarei entre as terras; assim saberão que eu sou o ' “Para que todas as árvores ju n to às águas não se
S e n h o r. exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa
no m eio dos ram os espessos, nem as que bebem
A glória da Assíria as águas venham a confiar em si, p o r causa da sua
1 E SUCEDEU, no ano undécim o, no tercei- altura; p orque todos estão entregues à m orte, até à
3 í to mês, ao prim eiro do mês, que veio a m im
a palavra do S e n h o r, dizendo:
terra m ais baixa, no m eio dos filhos dos hom ens,
com os que descem à cova.
2Filho do hom em , dize a Faraó, rei do Egito, e à sua l5Assim diz o Senhor D eus : No dia em qu e ele
m ultidão: A quem és sem elhante na tu a grandeza? desceu ao inferno, fiz eu que houvesse luto; fiz cobrir
’Eis que a Assíria era um cedro no Líbano, de ram os o abism o, p o r sua causa, e retive as suas correntes, e
form osos, de som brosa ram agem e de alta estatura, e detiveram -se as m uitas águas; e cobri o Líbano de
a sua copa estava entre os ram os espessos. preto p o r causa dele, e todas as árvores do cam po p o r
4As águas o fizeram crescer, o abism o o exalçou; as causa dele desfaleceram.
suas correntes corriam em to rn o da sua plantação, e l6Ao som da sua queda fiz trem er as nações, q u an d o
ele enviava os regatos a todas as árvores do cam po. o fiz descer ao inferno, com os que descem à cova; e
’Por isso se elevou a sua estatura sobre todas as ár­ todas as árvores do Éden, a flor e o m elhor do Líbano,
vores do cam po, e se m ultiplicaram os seus ram os, todas flídrvores queb eb em águas, se consolavam nas
e se alongaram as suas varas, po r causa das m uitas partes m ais baixas da terra.
águas quando brotava. l7T am bém estes com ele descerão ao inferno a
6Todas as aves do céu se aninhavam nos seus ram os, juntar-se aos que foram traspassados à espada, sim,
e todos os anim ais do cam po geravam debaixo dos aos que foram seu braço, e que habitavam à som bra
seus ram os, e todas as grandes nações habitavam à no m eio dos gentios.
sua som bra. I8A q u em ,pois, és sem elhante em glória e em g ran ­
7Assim era ele form oso na sua grandeza, na exten­ deza entre as árvores do Éden? Todavia serás preci­
são dos seus ram os, porque a sua raiz estava ju n to às pitado com as árvores do Éden às partes m ais baixas
m uitas águas. da terra; no m eio dos incircuncisos jazerás com os
sO s cedros, no jardim de Deus, não o podiam obs­ que foram traspassados à espada; este é Faraó e toda
curecer; as faias não igualavam os seus ram os, e os a sua m ultidão, diz o Senhor Df.us.
castanheiros não eram com o os seus renovos; n e­
n h u m a árvore no jardim de D eus se assem elhou a L a m en ta çã o sobre Faraó, rei do Egito
ele na sua form osura. E SUCEDEU que, no ano duodécim o, no
‘'Form oso o fiz com a m ultidão dos seus ram os; e duodécim o mês, ao prim eiro do mês, veio
todas as árvores do Éden, que estavam n o jardim de a m im a palavra do Se n h o r , dizendo:
Deus, tiveram inveja dele. 2Filho do hom em , levanta um a lam entação sobre
10P ortanto assim diz o Senhor Deus: P orquanto te Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: Eras sem elhante a um
elevaste na tua estatura, e se levantou a sua copa no filho do leão entre as nações, m as tu és com o u m a
m eio dos espessos ram os, e o seu coração se exalçou baleia nos m ares, e rom pias os teus rios, e turbavas as
n a sua altura, águas com os teus pés, e pisavas os teus rios.
n Eu o entregarei na m ão do m ais poderoso dos ’Assim diz o Senhor D eus : P ortanto, estenderei
gentios, que lhe dará o tratam en to merecido; pela sobre ti a m in h a rede com reunião de m uitos povos,
sua im piedade o lançarei fora. e te farão subir n a m in h a rede.
I2E estrangeiros, das m ais terríveis nações o cor­ 4E ntão te deixarei em terra; sobre a face do cam po te
tarão, e deixá-lo-ão; cairão os seus ram os sobre os lançarei, e farei p ousar sobre ti todas as aves do céu, e
m ontes e por todos os vales, e os seus renovos serão fartarei de ti os anim ais de toda a terra.

780
EZEQUIEL 32

5E porei as tuas carnes sobre os m ontes, e encherei meio do inferno, com os que a socorrem ; desceram,
os vales da tua altura. jazeram com os incircuncisos m o rto s à espada.
6E regarei com o teu sangue a terra onde nadas, até 22Ali está Assur com toda a sua m ultidão; em redor
aos m ontes; e os rios se encherão de ti. dele estão os seus sepulcros; to d o s eles m ortos, aba­
7E, apagando-te eu, cobrirei os céus, e enegrecerei tidos à espada.
as suas estrelas; ao sol encobrirei com um a nuvem , e 230 s seus sepulcros foram postos nas extrem ida­
a lua não fará resplandecer a sua luz. des da cova, e a sua m ultidão está em redor do seu se­
8Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre pulcro; todos eles m ortos, abatidos à espada; os que
ti, e trarei trevas sobre a tua terra, diz o Senhor tinham causado espanto na terra dos viventes.
D eus. -■*Ali está Elão com to d a a sua m u ltid ão em red o r
9E afligirei os corações de m uitos povos, quando eu do seu sepulcro; to d o s eles m o rto s, ab atid o s à
levar a tua destruição entre as nações, às terras que espada; desceram incircuncisos às partes m ais
não conheceste. baixas da terra, causaram terro r na terra dos viven­
I0E farei com que m uitos povos fiquem pasm ados tes e levaram a sua vergonha com os que desceram
de ti, e os seus reis trem am sobrem aneira, quando à cova.
eu b randir a m inha espada ante os seus rostos; e es­ •“ No m eio dos m o rto s lhe puseram um a cam a,
trem ecerão a cada m om ento, cada u m pela sua vida, entre toda a sua m ultidão; ao red o r dele estão os
no dia da tua queda. seus sepulcros; todos eles são incircuncisos, m ortos
11 Porque assim diz o Senhor D eus: A espada do rei à espada; p orque causaram terror na terra dos viven­
de Babilônia virá sobre ti. tes, e levaram a sua vergonha com os que desceram
l2Farei cair a tua m ultidão pelas espadas dos p o ­ à cova; foi posto no m eio dos m ortos.
derosos, que são todos os m ais terríveis das nações; 26Ali estão Meseque, Tubal e to d a a sua m ultidão;
e destruirão a soberba do Egito, e toda a sua m ulti­ ao redor deles estão os seus sepulcros; todos eles são
dão será destruída. incircuncisos, e m ortos à espada, p o rq u an to causa­
I3E exterm inarei todos os seus anim ais sobre as ram terror na te rra dos viventes.
m uitas águas; nem as tu rb ará m ais pé de hom em , 27Porém não jazerão com os poderosos que caíram
nem as tu rbarão unhas de animais. dos incircuncisos, os quais desceram ao inferno
‘“Então farei assentar as suas águas, e farei correr os com as suas arm as de guerra e puseram as suas es­
seus rios com o o azeite, diz o Senhor D eus . padas debaixo das suas cabeças; e a sua iniqüidade
15Q uando eu to rn ar a terra do Egito em desolação, está sobre os seus ossos, p o rq u an to eram o terro r dos
e ela for despojada da sua plenitude, e quando ferir fortes na terra dos viventes.
a todos os que habitam nela, então saberão que eu 28T am bém tu serás q uebrado n o m eio dos in ­
sou o S e n h o r. circuncisos, e jazerás com os que foram m o rto s à
,hEsta é a lam entação que se fará; que as filhas das espada.
nações farão; sobre o Egito e sobre toda a sua m u lti­ 29Ali está Edom , os seus reis e todos os seus p rín ci­
dão, diz o Senhor D eus. pes, que com o seu p oder foram postos com os que
foram m o rto s à espada; estes jazem com os incircun­
L am entação sobre o Egito cisos e com os que desceram à cova.
17E sucedeu que, no ano duodécim o, aos quinze do 30Ali estão os príncipes do norte, todos eles, e todos
mês, veio a m im a palavra do S enhor , dizendo: os sidônios, que desceram com os m ortos, envergo­
l8Filho do hom em , pranteia sobre a m ultidão do nhados com o terror causado pelo seu poder; e jazem
Egito, e faze-a descer, a ela e às filhas das nações m ag­ incircuncisos com os que foram m ortos à espada, e
níficas, às partes m ais baixas da terra, ju n tam en te levam a sua vergonha com os que desceram à cova.
com os que descem à cova. 3‘Faraó os verá, e se consolará com toda a sua m u l­
I9A quem sobrepujas tu em form osura? Desce, e tidão; sim, o próprio Faraó, e to d o o seu exército,
deita-te com os incircuncisos. m ortos à espada, diz o Senhor D eu s.
20No m eio daqueles que foram m o rto s à espada 32Porque também eu pus o m eu espanto n a terra dos
cairão; à espada ela está entregue; arrastai-a e a toda viventes; p o r isso jazerá no m eio dos incircuncisos,
a sua m ultidão. com os m o rto s à espada, Faraó e to d a a sua m ulti­
2’0 s m ais poderosos dos fortes lhe falarão desde o dão, diz o Senhor D eus.

781
EZEQUIEL 33

O ofício do verdadeiro profeta 1■'Quando eu tam bém disser ao ím pio: C ertam en­
E VEIO a m im a p a la v ra d o S enhor , d iz e n ­ te m orrerás; se ele se converter do seu pecado, e p ra­
do: ticar juízo e justiça,
2Filho do hom em , fala aos filhos do teu povo, e dize- 1’R estituindo esse ím pio o penhor, in d en izan ­
lhes: Q uando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o do o que furtou, an d an d o nos estatutos da vida, e
povo da terra to m ar um hom em dos seus term os, e não praticando iniqüidade, certam ente viverá, não
o constituir p o r seu atalaia; m orrerá.
SE, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar u'De todos os seus pecados que com eteu não se
a trom beta e avisar o povo; terá m em ória contra ele; juízo e justiça fez, certa­
JSe aquele que ouvir o som da trom beta, não se der m ente viverá.
por avisado, e vier a espada, e o alcançar, o seu sangue )?Todavia os filhos do teu povo dizem: N ão é justo
será sobre a sua cabeça. o cam inho do Senhor; m as o p ró p rio cam inho deles
’Ele ouviu o som da trom beta, e não se deu por avi­ é q u e não é justo.
sado, o seu sangue será sobre ele; m as o que se dá por lsD esviando-se o justo da sua justiça, e p raticando
avisado salvará a sua vida. iniqüidade, m o rrerá nela.
6Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e I9E, convertendo-se o ím pio da sua im piedade, e
não to car a trom beta, e não for avisado o povo, e a praticando juízo e justiça, ele viverá p o r eles.
espada vier, e levar um a vida d entre eles, este tal foi 20Todavia, vós dizeis: N ão é justo o cam in h o do
levado na sua iniqüidade, porém o seu sangue re­ Senhor; julgar-vos-ei a cada um conform e os seus
quererei da m ão do atalaia. cam inhos, ó casa de Israel.
7A ti, pois, ó filho do hom em , te constituí po r atalaia
sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da O castigo d e Israel por causa
m inha boca, e lha anunciarás da m inha parte. da sua presunção
"Se eu disser ao ím pio: ó ím pio, certam ente m o r­ 21E sucedeu que, no ano duodécim o do nosso cati­
rerás; e tu não falares, para dissuadir ao ím pio do veiro, no décim o mês, aos cinco do mês, veio a m im
seu cam inho, m orrerá esse ím pio na sua iniqüidade, um que tin h a escapado de Jerusalém, dizendo: A
porém o seu sangue eu o requererei da tu a mão. cidade está ferida.
"Mas, se advertires o ím pio do seu cam inho, para 220 r a , a m ão do Se n h o r estivera sobre m im pela
que dele se converta, e ele não se converter do seu tarde, antes que viesse o que tinha escapado; e ele
cam inho, ele m orrerá na sua iniqüidade; m as tu li­ abrira a m in h a boca antes que esse hom em viesse ter
vraste a tua alma. com igo pela m anhã; e abriu-se a m inha boca, e não
l0Tu, pois, filho do hom em , dize à casa de Israel: fiquei m ais calado.
Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas tran s­ 2,Então veio a m im a palavra do Senho r , dizendo:
gressões e os nossos pecados estão sobre nós, e nós 24Filho do hom em , os m oradores destes lugares d e­
desfalecemos neles, com o viveremos então? sertos da terra de Israel falam, dizendo: A braão era
"D ize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor D eus, que não um só, e possuiu esta terra; m as nós somos m uitos,
tenho prazer na m orte do ím pio, m as em que o esta terra nos foi dada em possessão.
ím pio se converta do seu cam inho, e viva. Conver­ 2’D ize-lhes p o rtan to : Assim diz o Senhor D eus:
tei-vos, convertei-vos dos vossos m aus cam inhos; Com eis a carne com o sangue, e levantais os vossos
pois, p o r que razão m orrereis, ó casa de Israel? olhos para os vossos ídolos, e derram ais o sangue!
l2Tu, pois, filho do hom em , dize aos filhos do teu Porventura possuireis a terra?
povo: A justiça do justo não o livrará no dia da sua 26Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis
transgressão; e, q uanto à im piedade do ím pio, não abom inação, e cada um contam ina a m ulher do seu
cairá por ela, n o dia em que se converter da sua im ­ próxim o! E possuireis a terra?
piedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no 27Assim lhes dirás: Assim disse o Senhor D eus: Vivo
dia em que pecar. e u .q u e o s q u e estiverem em lugares desertos,cairãoà
1 -’Q uando eu disser ao justo que certam ente viverá, espada, e o que estiver em cam po aberto o entregarei
e ele, confiando na sua justiça, praticar a iniqüidade, às feras, para que o devorem , e os que estiverem em
não virão à m em ória todas as suas justiças, m as na lugares fortes e em cavernas m orrerão de peste.
sua iniqüidade, que pratica, ele m orrerá. 2KE tornarei a terra em desolação e espanto e cessará

782
EZEQUIEL33.34

a soberba do seu poder; e os m ontes de Israel ficarão ‘’Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do S en h or :
tão desolados que ninguém passará por eles. '"Assim diz o Senhor D eus : Eis que eu estou contra
wEntão saberão que eu sou o S enhor , quando eu os pastores; das suas m ãos dem andarei as m inhas
to rn ar a terra em desolação e espanto, p o r causa de ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os
todas as abom inações que com eteram . pastores não se apascentarão m ais a si mesmos; e li­
JWQ u an to a ti, ó filho do hom em , os filhos do teu vrarei as m inhas ovelhas da sua boca, e não lhes ser­
povo falam de ti ju n to às paredes e nas p ortas das virão mais de pasto.
casas; e fala um com o outro, cada um a seu irm ão, “ Porque assim diz o S enhor D eus: Eis que eu, eu
dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja a palavra mesmo, procurarei pelas m inhas ovelhas, e as bus­
que procede do S enhor . carei.
S'E eles vêm a ti, com o o povo costum ava vir, e se 12C om o o pastor busca o seu rebanho, no dia em
assentam diante de ti, como m eu povo, e ouvem as que está no m eio das suas ovelhas dispersas, assim
tuas palavras, m as não as põem po r obra; pois li­ buscarei as m inhas ovelhas; e livrá-las-ei de todosos
sonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue lugares p o r o nde andam espalhadas, no dia nu b la­
a sua avareza. do e de escuridão.
,2E eis que tu és para eles com o uma canção de am o­ 1 ’E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países,
res, de quem tem voz suave, e que bem tange; porque e as trarei à sua pró p ria terra, e as apascentarei nos
ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra.
m ontes de Israel, ju n to aos rios, e em todas as habi­
3 ,Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então
tações da terra.
saberão que houve no m eio deles um profeta.
14Em bons pastos as apascentarei, e nos altos m ontes
de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão n um bom
Profecia contra os ■pastores infiéis de Israel
redil, e pastarão em pastos gordos nos m ontes de
E VEIO a m im a palavra do Senhor , dizendo:
Israel.
2Filho do hom em , profetiza contra os pas­
' 5Eu mesmo apascentarei as m inhas ovelhas, e eu as
tores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim
farei repousar, diz o S enhor D eus .
diz o Senhor D eus : Ai dos pastores de Israel que se
16A p erd id a buscarei, e a desgarrada to rn arei a
apascentam a si mesm os! N ão devem os pastores
trazer, e a quebrada ligarei, e a enferm a fortalece­
apascentar as ovelhas?
rei; m as a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-
3Com eis a gordura, e vos vestis da lã; m atais o
ei com juízo.
cevado; mas não apascentais as ovelhas.
17E q u an to a vós, ó ovelhas m inhas, assim diz o
4As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes,
S enhor D eus : Eis que eu julgarei entre ovelhas e ove­
e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornas­
tes a trazer, e a perdida não buscastes; m as dom inais lhas, entre carneiros e bodes.
sobre elas com rigor e dureza. ' “Acaso não vos basta pastar os bons pastos, senão
5 Assim se espalharam , p o r não haver pastor, e to r­ que pisais o resto de vossos pastos aos vossos pés? E
naram -se pasto para todas as feras do cam po, p o r­ não vos basta beber as águas claras, senão que sujais
quanto se espalharam . o resto com os vossos pés?
6As m inhas ovelhas andaram desgarradas por ,9E q u an to às m inhas ovelhas elas pastarão o que
todos os m ontes, e p o r todo o alto outeiro; sim , as haveis pisado com os vossos pés, e beberão o que
m inhas ovelhas andaram espalhadas po r toda a face haveis sujado com os vossos pés.
da terra, sem haver quem perguntasse p o r elas, nem 20Por isso o Senhor D eus assim lhes diz: Eis que eu,
quem as buscasse. eu m esm o, julgarei entre a ovelha gorda e a ovelha
7Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do S en h o r : magra.
8Vivo eu, diz o Senhor D eus, que, porquanto as 2lP orquanto com o lado e com o o m b ro dais e m ­
m inhas ovelhas foram entregues à rapina, e as m i­ purrões, e com os vossos chifres escorneais todas as
nhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as fracas, até que as espalhais para fora.
feras do cam po, por falta de pastor, e os m eus pasto­ 22P ortanto livrarei as m inhas ovelhas, para que
res não procuraram as m inhas ovelhas; e os pasto­ não sirvam mais de rapina, e julgarei entre ovelhas
res apascentaram a si mesmos, e não apascentaram e ovelhas.
as m inhas ovelhas; 25E suscitarei sobre elas u m só pastor, e ele as apas­

783
EZEQUIEL 34,35,36

centará; o m eu servo Davi é que as apascentará; ele 9Em desolações perpétuas te porei, e as tuas cida­
lhes servirá de pastor. des nunca m ais serão habitadas; assim sabereis que
24E eu, o S enhor , lhes serei por Deus, e o meu servo eu sou o S enhor .
Davi será príncipe no meio delas; eu, o S enhor, o disse. 1 “Porquanto disseste: As duas nações e as duas
25E farei com elas um a aliança de paz, e acabarei terras serão m inhas, e as possuirem os, sendo que o
com as feras da terra, e habitarão em segurança no S enhor se achava ali.
deserto, e d o rm irão nos bosques. 1 'P ortanto, vivo eu, diz o S enhor D eus, que proce­
2,’E delas e dos lugares ao redor do m eu outeiro, derei conform e a tu a ira, e conform e a tua inveja, de
farei um a bênção; e farei descer a chuva a seu tem po; que usaste, no teu ódio contra eles; e m e farei conhe­
chuvas de bênção serão. cer entre eles, q u an d o te julgar.
27E as árvores do cam po darão o seu fruto, e a terra 12E saberás que eu, o S enhor , ouvi todas as tuas blas­
dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; fêmias, que proferiste co n tra os m ontes de Israel, d i­
e saberão que eu sou o S enhor , q uando eu quebrar zendo: Já estão assolados, a nós nos são entregues
as ataduras do seu jugo e as livrar da m ão dos que se p o r pasto.
serviam delas. l3Assim vos engrandecestes co n tra m im com a
2ttE não servirão m ais de rapina aos gentios, as feras vossa boca, e multiplicastes as vossas palavras contra
da terra nunca mais as devorarão; e habitarão segu­ m im . Eu o ouvi.
ram ente, e ninguém haverá que as espante. l4Assim diz o S enhor D eus: Q uan d o to d a a terra se
2,E lhes levantarei um a plantação de renom e, e alegrar eu te porei em desolação.
nunca m ais serão consum idas pela fom e na terra, ’’C om o te alegraste da herança da casa de Israel,
nem m ais levarão sobre si o opró b rio dos gentios. porque foi assolada, assim te farei a ti; assolado serás,
3üSaberão, porém , que eu, o S en h or seu Deus, estou ó m onte Seir, e todo o Edom, sim , todo ele; e saberão
com elas, e que elas são o m eu povo, a casa de Israel, que eu sou o S enhor .
diz o Senhor D eus .
3lVós, pois, ó ovelhas m inhas, ovelhas do m eu Profecia fe ita aos m o n tes de Israel
pasto; hom ens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz E TU, ó filho do hom em , profetiza aos
o Senhor D eus . m ontes de Israel, e dize: M ontes de Israel,
ouvi a palavra do S enhor .
Profecia contra o m o n te Seir 2Assim diz o Senhor D eus: Pois que disse o inim i­
E VEIO a m im a palavra do S enhor, dizendo: go con tra vós: Ah! ah! até as alturas eternas serão
2Filho do hom em , dirige o teu rosto contra nossa herança;
o m onte Seir, e profetiza contra ele. 3P ortanto, profetiza, e dize: Assim diz o Senhor
3E dize-lhe: Assim diz o Senhor D eus : Eis que eu D eus : P orq u an to vos assolaram e devoraram de
estou contra ti, ó m onte Seir, e estenderei a m inha todos os lados, p ara que ficásseis feitos herança do
m ão contra ti, e te farei m aior desolação. restante dos gentios, e tendes andado em lábios p a­
4As tuas cidades farei desertas, e tu serás desolado; roleiros, e em infâm ia do povo,
e saberás que eu sou o S enhor . 4P ortanto, ouvi, ó m ontes de Israel, a palavra do
5P orq u anto guardaste inim izade perpétua, e es­ Senhor D eus : Assim diz o Senhor D eus aos m ontes
palhaste os filhos de Israel pelo p oder da espada no e aos outeiros, aos rios e aos vales, aos lugares asso­
tem po da sua calam idade e no tem po da iniqüida­ lados e solitários, e às cidades desam paradas que se
de final. to rn aram em rap in a e em escárnio p ara o restante
‘Por isso vivo eu, diz o Senhor D eus, que te preparei dos gentios que lhes estão em redor;
para sangue, e o sangue te perseguirá; visto que não ’P ortanto, assim diz o Senhor D eus: C ertam en ten o
odiaste o sangue, o sangue te perseguirá. fogo do m eu zelo falei contra o restante dos gentios,
:E farei do m onte Seir um a èxtrem a desolação, e e contra todo o Edom , qu e se ap ro p riaram da m inha
exterm inarei dele o que por ele passar, e o que por terra, com toda a alegria de seu coração, e com m e­
ele voltar. nosprezo da alm a, para a lançarem fora à rapina.
8E encherei os seus m ontes dos seus m ortos; nos 6P ortanto, profetiza sobre a te rra de Israel, e dize
teus outeiros, e nos teus vales, e em todos os teus rios aos m ontes, e aos outeiros, aos rios e aos vales: Assim
cairão os m ortos à espada. diz o Senhor D eus : Eis que falei n o m eu zelo e no

784
EZEQUIEL36

m eu furor, porque levastes sobre vós o opróbrio dos D eus: N ão é p o r respeito a vós que eu faço isto, ó casa
gentios. de Israel, m as pelo m eu santo nom e, que profanastes
7Portanto, assim diz o Senhor D eus : E u levantei a entre as nações para o nde fostes.
m inha mão, para que os gentios, que estão ao redor 23E eu santificarei o m eu grande nom e, que foi p ro ­
de vós, levem o seu opróbrio. fanado entre os gentios, o qual profanastes no m eio
“Mas vós, ó m ontes de Israel, produzireis os vossos deles; e os gentios saberão que eu sou o S e n h o r, diz
ram os, e dareis o vosso fru to para o m eu povo de o S enhor D eus , qu an d o eu for santificado aos seus
Israel; porque estão prestes a vir. olhos.
'Porque eis que eu estou convosco, e eu m e voltarei ■“ Evos tom arei dentre osgentios, e vos congregarei
para vós, e sereis lavrados e semeados. de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra.
1 °E multiplicarei hom ens sobre vós, a toda a casa de •“ Então aspergirei água p u ra sobre vós, e ficareis
Israel, a toda ela; e as cidades serão habitadas, e os lu­ purificados; de todas as vossas im undícias e de todos
gares devastados serão edificados. os vossos ídolos vos purificarei.
11E m ultiplicarei hom ens e anim ais sobre vós, e eles 26E dar-vos-ei um coração novo, e porei d entro de
se m ultiplicarão, e frutificarão. E farei com que sejais vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o cora­
habitados com o dantes evos tratarei m elhor que nos ção de pedra, e vos darei um coração de carne.
vossos princípios; e sabereis que eu sou o S e n h o r. 27E porei d entro de vós o m eu Espírito, e farei que
I2E farei andar sobre vós hom ens, o m eu povo de
andeis nos m eus estatutos, e guardeis os m eus juízos,
Israel; eles te possuirão, e serás a sua herança, e nunca
eos observeis.
m aisosdesfilharás.
28E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós
l3Assim diz o Senhor D eus : P orquanto vos dizem:
sereis o m eu povo, e eu serei o vosso Deus.
Tu és um a terra que devora os hom ens, e és um a terra
2,E livrar-vos-ei de todas as vossas im undícias; e
que desfilha as suas nações;
cham arei o trigo, e o m ultiplicarei, e não trarei fome
MPor isso tu não devorarás m ais os hom ens, nem
sobre vós.
desfilharás m ais as tuas nações, diz o Senhor D eus .
3UE m ultiplicarei o fruto das árvores, e a novidade
I5E farei que nunca m ais tu ouças a afronta dos
do cam po, para que nu n ca m ais recebais o opróbrio
gentios; nem levarás m ais sobre ti o o p ró b rio das
da fom e entre os gentios.
gentes, nem m ais desfilharás a tu a nação, diz o
51Então vos lem brareis dos vossos m aus cam inhos,
Senhor D eus .
e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo
em vós m esm os das vossas iniqüidades e das vossas
A restauração de Israel
16E v e io a m i m a p a la v ra d o S enhor , d iz e n d o : abom inações.
1 7Filho do hom em , quando a casa de Israel habita­ 32N ão é p o r am o r de vós que eu faço isto, diz o
va na sua terra, então a contam inaram com os seus S enhor D e u s; n o tó rio vos seja; envergonhai-vos,
cam inhos e com as suas ações. C om o a im undícia de e confundi-vos p o r causa dos vossos cam inhos, ó
um a m ulher em sua separação, tal era o seu cam inho casa de Israel.
perante o m eu rosto. J3Assim diz o S enhor D eus : N o dia em qu e eu vos
1 “Derram ei, pois, o m eu furor sobre eles, p o r causa purificar de todas as vossas iniqüidades, então farei
do sangue que derram aram sobre a terra, e dos seus com que sejam habitadas as cidades e sejam edifica­
ídolos, com que a contam inaram . dos os lugares devastados.
I9E espalhei-os entre os gentios, e foram dispersos 34E a terra assolada será lavrada, em lugar de estar
pelasterras;conform eosseus cam inhos, econform e assolada aos olhos de to d o s os que passavam.
os seus feitos, eu os julguei. ’’E dirão: Esta terra assolada ficou com o jardim
20E, chegando aos gentios para onde foram , profa­ do Éden: e as cidades solitárias, e assoladas, e des­
naram o m eu santo nom e, porquanto se dizia deles: truídas, estão fortalecidas e habitadas.
Estes são o povo do S e n h o r, e saíram da sua terra. 36Então saberão os gentios, que tiverem ficado ao
21Mas eu os poupei por am or do m eu santo nom e, redor de vós, que eu, o S e n h o r, tenho reedificado as
que a casa de Israel profanou entre os gentios para cidades destruídas, e plantado o que estava devasta­
onde foi. do. Eu, o S e n h o r, o disse e o farei.
22Dize portanto à casa de Israel: Assim diz o Senhor 37Assim diz o Senhor D eus : A inda p o r isso serei so­

785
EZEQUIEL36,37

licitado pela casa de Israel, que lho faça; m ultiplicar- e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo m eu, e
lhes-ei os hom ens, com o a um rebanho. vos trarei à terra de Israel.
,RC om o o rebanho santificado, com o o rebanho de 1 -’E sabereis que eusouo S enhor , q u an d o eu abrir os
Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades de­ vossos sepulcros, e vos fizer subir das vossas sepul­
sertas se encherão de rebanhos de hom ens; e sabe­ turas, ó povo meu.
rão que eu sou o S enhor . 14E porei em vós o m eu E spírito, e vivereis, e vos
porei na vossa terra; e sabereis que eu, o S enhor , disse
A visão de u m vale de ossos secos isto, e o fiz, diz o S enhor .
VEIO sobre m im a m ão do S enhor , e ele m e ,5E o u tra vez veio a m im a palavra do S enhor , d i­
fez sair no Espírito do S enhor , e m e pôs no zendo:
m eio de um vale que estava cheio de ossos. u'Tu, pois, ó filho do hom em , to m a um pedaço de
2E m e fez passar em volta deles; e eis que eram m ui m adeira, e escreve nele: Por Judá e pelos filhos de
num erosos sobre a face do vale, e eis que estavam se­ Israel, seus com panheiros. E tom a o u tro pedaço de
quíssimos. m adeira, e escreve nele: Por José, vara de Efraim, e
3E me disse: Filho do hom em , porventura viverão po r toda a casa de Israel, seus com panheiros.
estes ossos? E eu disse: Senhor D eus, tu o sabes. I7E ajunta u m ao o u tro, para que se unam , e se
4Então m e disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize- tornem um a só vara na tua mão.
lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do S enhor . 18E q u an d o te falarem os filhos do teu povo, dizen­
5 Assim diz o Senhor D eus a estes ossos: Eis que farei do: Porventura não nos declararás o que significam
en trar em vós o espírito, e vivereis. estas coisas?
6E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre 1 ‘T u lhes dirás: Assim diz o Senhor D eus: Eis que eu
vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espí­ tom arei a vara de José que esteve na m ão de Efraim,
rito, e vivereis, e sabereis que eu sou o S enhor . e a das tribos de Israel, suas com panheiras, e as aju n ­
7Então profetizei com o se m e deu ordem . E houve tarei à vara de Judá, e farei delas u m a só vara, e elas se
um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez farão um a só na m in h a mão.
um rebuliço, e os ossos se achegaram , cada osso ao 20E as varas, sobre que houveres escrito, estarão na
seu osso. tua m ão, perante os olhos deles.
8E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cres­ 21Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor D eus: Eis que
ceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles p o r cima; eu tom arei os filhos de Israel dentre os gentios, para
mas não havia neles espírito. onde eles foram , e os congregarei de todas as partes,
9E ele m e disse: Profetiza ao espírito, profetiza, e os levarei à sua terra.
ó filho do hom em , e dize ao espírito: Assim diz o 22E deles farei um a nação na terra, nos m ontes de
Senhor D eus: Vem dos quatro ven tos, ó espírito, e as­ Israel, e um rei será rei de todos eles, e nunca mais
sopra sobre estes m ortos, para que vivam. serão duas nações; nunca m ais para o fu tu ro se divi­
I0E profetizei com o ele m e deu ordem ; então o es­ dirão em dois reinos.
p írito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, 2JE nunca m ais se contam inarão com os seus
um exército grande em extremo. ídolos, nem com as suas abom inações, nem com as
"E n tã o m e disse: Filho do hom em , estes ossos suas transgressões, e os livrarei de todas as suas habi­
são to d a a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos tações, em que pecaram , e os purificarei. Assim eles
ossos se secaram , e pereceu a nossa esperança; nós serão o m eu povo, e eu serei o seu Deus.
m esm os estam os cortados. 24E m eu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles
l2P o rtanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o terão um só pastor; e and arão nos m eus juízos e
Senhor D eus : Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, guardarão os m eus estatutos, e os observarão.

Pedaço de madeira RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 contexto de toda


(37.16,17) esta passagem identifica, claramente, os dois peda­
ços de madeira. No versículo 22, vemos que os pedaços de
Mormonismo. Cita esta passagem para afirmar que tais
madeira, em hipótese alguma, se referem a dois livros (Bí­
peças sáo os pedaços de madeira usados para compor os
blia e Livro de Mórmon), mas a dois reinos, o das dez tribos
rolos de papiro, sendo que um deles, o de Judá, se referia à Biblia
e o de Judá.
e o outro, ao Livro de Mórmon, de Joseph Smith.

786
EZEQUIEL 37,38

25E habitarão na terra que dei a m eu servo Jacó, em 12 A fim de to m ar o despojo, e para arrebatar a presa,
que habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles e e torn ar a tu a m ão co n tra as terras desertas que agora
seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sem pre, e se acham habitadas, e contra o povo que se congre­
Davi, m eu servo, será seu príncipe eternam ente. gou dentre as nações, o qual ad quiriu gado e bens, e
2,’E farei com eles um a aliança de paz; e será um a habita no m eio da terra.
aliança perpétua. E os estabelecerei, e os m ulti­ 13Sebá e D edã, e os m ercadores de Társis, e todos os
plicarei, e porei o m eu santuário no m eio deles para seus leõezinhos te dirão: Vens tu para to m ar o des­
sempre. pojo? A juntaste a tua m ultidão para arrebatar a tua
27E o m eu tabernáculo estará com eles, e eu serei o presa? Para levar a prata e o ouro, para to m ar o gado
seu Deus e eles serão o m eu povo. e os bens, para saquear o grande despojo?
28E os gentios saberão que eu sou o S enhor que san­ 14P ortanto, profetiza, ó filho do h om em , e dize a
tifico a Israel, qu an d o estiver o m eu santuário no Gogue: Assim diz o S enhor D eus : Porventura não o
m eio deles para sempre. saberás naquele dia, q u an d o o m eu povo Israel h a­
bitar em segurança?
Profecia contra G ogue l5Virás, pois, do teu lugar, do extrem o norte, tu e
VEIO a m im a palavra do S enhor , dizendo: m uitos povos contigo, m o n tad o s todos a cavalo,
2Filho do hom em , dirige o teu rosto contra grande ajuntam ento, e exército poderoso,
Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Mese-
l6E subirás co n tra o m eu povo Israel, com o um a
que, e Tubal, e profetiza contra ele.
nuvem , p ara cobrir a terra. N os últim os dias suce­
5E dize: Assim diz o S enhor D eus : Eis que eu sou
derá que hei de trazer-te contra a m inha terra, para
contra ti, ó G ogue, príncipe e chefe de M eseque e
que os gentios m e conheçam a m im , q uando eu m e
de Tubal;
houver santificado em ti, ó Gogue, diante dos seus
4E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e
olhos.
te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cava­
l7Assim diz o S enhor D eus : N ão és tu aquele de
leiros, todos vestidos com prim or, grande m ultidão,
quem eu disse nos dias antigos, p o r interm édio
com escudo e rodela, m anejando todos a espada;
dos m eus servos, os profetas de Israel, os quais n a­
’Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com
queles dias profetizaram largos anos, que te traria
escudo e capacete;
contra eles?
6G ôm er e todas as suas tropas; a casa de Togarma,
l8Sucederá, porém , naquele dia, no dia em que vier
do extrem o norte, e todas as suas tropas, m uitos
G ogue contra a terra de Israel, diz o S enhor D eus ,
povos contigo.
7Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as m ultidões que a m in h a indignação subirá à m inha face.
do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de 1‘'Porque disse no m eu zelo, no fogo do m eu furor,
guarda. que, certam ente, naquele dia haverá grande trem or
sDepois de m uitos dias serás visitado. No fim dos sobre a terra de Israel;
anos virás à terra que se recuperou da espada, e 20De tal modo que trem erão diante da m inha face os
que fo i congregada d entre m uitos povos, ju n to aos peixes do mar, e as aves do céu, e os anim ais do campo,
m ontes de Israel, que sem pre se faziam desertos; mas e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos
aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas os hom ens que estão sobre a face da terra; e os m ontes
habitarão seguram ente. serão deitados abaixo, e os precipícios se desfarão, e
"Então subirás, virás com o um a tem pestade, far-te- todos os m uros desabarão por terra.
áscom o um a nuvem para cobrir a te rra .tu e todas as 21Porque cham arei contra ele a espada sobre todos
tuas tropas, e m uitos povos contigo. os m eus m ontes, diz o Senhor D eus ; a espada de cada
'“Assim diz o Senhor D eus : E acontecerá n aq u e­ um se voltará co n tra seu irmão.
le dia que subirão palavras no teu coração, e m aq u i­ 22E contenderei com ele p o r m eio da peste e do
narás um m au desígnio, sangue; e um a chuva in u n d an te, e grandes pedras
' 'E dirás: Subirei contra a terra das aldeias não m u ­ de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e
radas; virei contra os que estão em repouso, que h a­ sobre as suas tropas, e sobre os m uitos povos que es­
bitam seguros; todos eles habitam sem m uro, e não tiverem com ele.
têm ferrolhos nem portas; 23Assim eu m e engrandecerei em e santificarei, em e

787
EZEQUIEL 38,39

d a re i a c o n h e c e r a o s o lh o s d e m u ita s n a ç õ e s; e sa b e ­ e ali sepultarão a Gogue, e a to d a a sua m ultidão, e lhe


rã o q u e e u sou o S enhor . cham arão o vale da m ultidão de Gogue.
I2E a casa de Israel os enterrará d u ran te sete meses,
TU, pois, ó filho do hom em , profetiza ainda para purificar a terra.
contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor 13Sim, todo o povo da terra os enterrará, e será para
D eus : Eis que eu sou contra ti, ó G ogue, príncipe e eles m em orável dia em que eu for glorificado, diz o
chefe de M eseque e de Tubal. Senhor D eus.
2E te farei voltar, m as deixarei um a sexta parte de I4E separarão h o m en s que incessantem ente per­
ti, e far-te-ei subir do extrem o norte, e te trarei aos correrão a terra, para que eles, ju n tam en te com os
m ontes de Israel. que passam , sepultem os que tiverem ficado sobre a
3E, com u m golpe, tirarei o teu arco da tu a m ão es­ face da terra, para a purificarem ; d u ran te sete meses
querda, e farei cair as tuas flechas da tua m ão direita. farão esta busca.
15E os que percorrerem a terra, a qual atravessa­
4N os m ontes de Israel cairás, tu e todas as tuas
rão, vendo algum osso de hom em , porão ao lado um
tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de
sinal; até que os enterradores o tenham enterrado no
rapina, de toda espécie, e aos anim ais do cam po, te
vale da m ultidão de Gogue.
darei p o r com ida.
I6E tam bém o n o m e d a cidade será H am ona; assim
’Sobre a face do cam po cairás, porque eu o falei, diz
purificarão a terra.
o Senhor D eus .
l7Tu, pois, ó filho do hom em , assim diz o Senhor
6E enviarei um fogo sobre M agogue e entre os que
D eus , dize às aves de toda espécie, e a todos os ani­
habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o
mais do cam po: Ajuntai-vos e vinde, congregai-vos
S enhor .
de toda parte para o m eu sacrifício, que eu ofereci
7E farei conhecido o m eu santo nom e no m eio do
po r vós, um sacrifício grande, nos m ontes de Israel,
m eu povo Israel, e nunca m ais deixarei profanar o
e com ei carne e bebei sangue.
m eu santo nom e; e os gentios saberão que eu sou o
18Com ereis a carne dos poderosos e bebereis o
S enhor , o Santo em Israel.
sangue dos príncipes da terra; dos carneiros, dos
“Eis quevem , e se cum prirá, diz o Senhor D eus; este cordeiros, e dos bodes, e dos bezerros, todos ceva­
é o dia de que tenho falado. dos de Basã.
9E os habitantes das cidades de Israel sairão, e acen­ ‘“E com ereis a g ordura até vos fartardes e bebereis
derão ofogo, e queim arão as arm as, e os escudos e as o sangue até vos em bebedardes, do m eu sacrifício
rodelas, com os arcos, e com as flechas, e com os bas­ que ofereci p o r vós.
tões de mão, e com as lanças; e acenderão fogo com 20E, à m inha mesa, fartar-vos-ei de cavalos, de
elas por sete anos. carros, d e poderosos, e de todos os hom ens de
U)E não trarão lenha do cam po, nem a cortarão dos guerra, diz o S enhor D eus.
bosques, mas com as arm as acenderão fogo; e ro u ­ 21E eu porei a m in h a glória entre os gentios e todos
barão aos que os roubaram , e despojarão aos que os os gentios verão o m eu juízo, que eu tiver executado,
despojaram , diz o Senhor D eus . e a m inha m ão, que sobre elas tiver descarregado.
11E sucederá que, naquele dia, darei ali a G ogue um 22E saberão os da casa de Israel que eu sou o S enhor
lugar de sepultura em Israel, o vale dos que passam seu Deus, desde aquele dia em diante.
ao oriente do m ar; e pararão os que p o r ele passarem; 23E os gentios saberão que os da casa de Israel, por

E saberão que eu sou o Senhor sua índole. Daí o Senhor possuir vários nomes, como, por exem­
(39.6) plo: Deus — £/ (Gn 31.13; 35.1-3; Gn 21.33; Is 40.28; SI 42.9,10),
Deus Altíssimo — El Elyon (Gn 14.19,20; Nm 24.16: Dt32.8),£7o-
Testemunhas de Jeová. Ensinam que, pelo fato de sabe­
him (que aparece 2.498 vezes na Bíblia, no Antigo Testamento,
rem o verdadeiro nome Deus (Jeová, na TNM. versáo bíbli­
enquanto Eloah, seu singular, 57). Todo-Poderoso — El Shaday
ca da seita), podem distinguir o Senhor dos demais deuses fal­
(Gn 17.1; 49.25; Nm 24.4; Is 13.6) e Senhor — Adonay (Gn 18.1;
sos, o que lhes concede supremacia religiosa.
Is 3.18; 6.1; Dn 9.16).
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os cristãos entendem que o Enquanto as Testemunhas de Jeová argumentam que são
■= nome de Deus não é simplesmente uma forma de distinção apenas títulos, a Bíblia, por sua vez. apresenta-os como no­
dos deuses falsos ou de suas criaturas, como ensina a Socieda­ mes (Éx 3.14,15).
de Torre de Vigia. Para nós, o nome de Deus revela seu caráter e

788
EZEQUIEL 39,40

causa da sua iniqüidade, foram levados em cativeiro, da porta, u m a cana de largo, e o o u tro um bral, um a
porque se rebelaram contra m im , e eu escondi deles cana de largo.
a m inha face, e os entreguei nas m ãos de seus adver­ 7E cada câm ara tin h a u m a c a n a d e com prido, e um a
sários, e todos caíram à espada. cana de largo, e o espaço en tre os aposentos era de
24C onform e a sua im undícia e conform e as suas cinco côvados; e o um bral da porta, ao pé do vestí­
transgressões m e houve com eles, e escondi deles a bulo da porta, p o r dentro, era de um a cana.
m inha face. T am b ém m ediu o vestíbulo da porta, p o r dentro,
“ Portanto assim diz o Senhor D eus: A gora to rn a­ um a cana.
rei a trazer os cativos de Jacó, e m e com padecerei de ‘'Então m ediu o vestíbulo da porta, que tinha oito
toda a casa de Israel; zelarei pelo m eu santo nom e. côvados, e os seus pilares, dois côvados, e este vestí­
26E levarão sobre si a sua vergonha, e toda a sua re­ bulo da porta, estava p o r dentro.
beldia, com que se rebelaram contra m im , q uando l0As câm aras da p o rta p ara o lado do oriente eram
eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem três de um lado e três do outro; a m esm a m edida era
os espante. a dos três; tam bém os pilares de um lado e do outro
i7Q uando eu os to rn ar a trazer de entre os povos, e tinham a m esm a m edida.
os houver ajuntado das terras de seus inim igos, e eu 1 'M ediu m ais a largura da entrada da p o rta, que
for santificado neles aos olhos de m uitas nações,
era de dez côvados; e o co m p rim en to da p o rta, treze
2sEntão saberão que eu sou o S e n h o r seu Deus,
côvados.
vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre os gentios,
I2E o espaço em frente das câm aras era de um cô­
e os ajuntarei para voltarem a sua terra, e não mais
vado, e de um côvado o espaço do o u tro lado; e cada
deixarei lá nenhum deles.
câm ara tinha seis côvados de um lado e seis côva­
^ N em lhes esconderei m ais a m inha face, pois der­
dos do outro.
ram arei o m eu Espírito sobre a casa de Israel, diz o
1 ’Então m ediu a p o rta desde o telhado de u m a câ­
Senhor D eus.
m ara até ao telhado da o u tra, vinte e cinco côvados
de largo, p o rta contra porta.
A restauração do tem plo: os átrios e os vestíbulos
14Fez tam bém os pilares, de sessenta côvados, cada
N O ano vinte e cinco do nosso cativeiro, no
pilar, do átrio, em redor da porta.
princípio do ano, no décim o dia do mês, ca­
15E, desde a face da p o rta d a e n tra d a até à face do
torze anos depois que a cidade foi conquistada, n a­
vestíb u lo da p o rta in te rio r, havia c in q ü e n ta cô ­
quele m esm o dia veio sobre m im a m ão do Se n h o r ,
vados.
e m e levou para lá.
2Em visões de D eus m e levou à terra de Israel, e m e ,bHavia tam bém janelas estreitas nas câm aras, e nos
pôs sobre um m onte m uito alto, sobre o qual havia seus pilares, d entro da p o rta ao redor, e da m esm a
com o que um edifício de cidade para o lado sul. sorte nos vestíbulos; e as janelas estavam ao redor, na
3E, havendo-m e levado ali, eis que um hom em cuja parte de dentro, e nos pilares havia palmeiras.
aparência era com o a do bronze, tendo um cordel 17E ele m e levou ao á trio exterior, e eis que havia
de linho na sua m ão e um a cana de m edir, e estava nele câm aras, e um pavim ento que estava feito no
em pé na porta. átrio em redor; trin ta câm aras havia naquele pavi­
4E disse-m e o hom em : Filho do hom em , vê com os m ento.
teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, e põe no teu I8E o pavim ento do lado das portas era p roporcio­
coração tu d o q uanto eu te fizer ver; p orque para to nal ao co m prim ento das portas; o pavim ento estava
m ostrar foste tu aqui trazido; anuncia,pois, à casa de mais baixo.
Israel tu d o quanto vires. I9E m ediu a largura desde a dianteira da p o rta in ­
5E havia um m uro fora da casa, em seu redor, e na ferior até a dianteira do átrio interior, p o r fora, cem
mão do hom em um a cana de m edir, de seis côvados, côvados, do lado do oriente e do norte.
cada um dos quais tinha um côvado e u m palm o; e 20E, quanto à porta que olhava para o cam inho do
ele m ediu a largura do edifício, um a cana, e a altura, norte, no átrio exterior, ele m ediu o seu com prim ento
um a cana. e a sua largura.
6Então veio à po rta que olhava para o cam inho do 21E as suas câmaras eram três de um lado, e três do
oriente, e subiu pelos seus degraus; m ediu o um bral outro, e os seus pilares e os seus arcos eram da medida

789
EZEQUIEL 40

da prim eira porta: cinqüenta côvados era o seu havia palm eiras nos seus pilares de um e de outro
com prim ento, e a largura vinte e cinco côvados. lado; e eram as suas subidas de oito degraus.
22E as suas janelas, e os seus arcos, e as suas palm ei­ ,8E as suas câm aras e as suas en trad as estavam ju n to
ras, eram da m edida da p orta que olhava para o ca­ aos pilares das portas o nde lavavam o holocausto.
m in h o do oriente; e subia-se para ela po r sete de­ 39E n o vestíbulo da po rta havia duas mesas de um
graus, e os seus arcos estavam diante dela. lado, e duas mesas do outro, para nelas se m atar o ho­
2 *E a p o rta do átrio interior estava defronte da porta locausto e a oferta pelo pecado e pela culpa.
do n o rte bem com o da do oriente; e m ediu de porta 4lT am bém do lado de fora da subida para a entrada
a p o rta cem côvados. da porta do n o rte havia duas mesas; e do o u tro lado,
■“ Então ele m e levou ao cam inho do sul, e eis que que estava no vestíbulo da p o rta, havia duas mesas.
havia ali um a p o rta que olhava para o cam inho do 4lQ u atro mesas de um lado, e q u atro mesas do
sul, e m ediu os seus pilares e os seus arcos conform e outro; aos lados da p o rta oito mesas, sobre as quais
estas m edidas. imolavam.
25E havia tam bém janelas em redor dos seus arcos, 42E as q uatro mesas para o holocausto eram de
com o as o u tras janelas; cinqüenta côvados era o pedras lavradas; o co m prim ento era de um côvado
e meio, e a largura de um côvado e meio, e a altura de
com prim ento, e a largura vinte e cinco côvados.
um côvado; e sobre elas se punham os instrum entos
26E de sete degraus eram as suas subidas, e os seus
com que im olavam o holocausto e o sacrifício.
arcos estavam diante delas; e tinha palm eiras, um a
43E os ganchos de um palm o de comprimento, es­
de um lado e o u tra do outro, nos seus pilares.
tavam fixos p o r d en tro em redor, e sobre as m esas
27Tam bém havia um a p orta no átrio interior para
estava a carne da oferta.
o cam inho do sul; e m ediu de p o rta a p orta, para o
44E fora da p o rta in terio r estavam as câm aras dos
cam inho do sul, cem côvados.
cantores, no átrio de dentro, que estava ao lado da
“ Então m e levou ao átrio interior pela po rta do sul;
po rta do n o rte e olhava para o cam inho do sul; um a
e m ediu a porta do sul, conform e estas medidas.
estava ao lado da p o rta do oriente, e olhava para o
29E as suas câmaras, e os seus pilares, e os seus arcos
cam inho do norte.
eram conforme estas medidas; e tinham tam bém jane­
45E ele m e disse: Esta câm ara que olha para o ca­
las ao redor dos seus arcos; o com prim ento era de cin­
m inho do sul é para os sacerdotes que têm a guarda
qüenta côvados, e a largura de vinte e cinco côvados.
da casa.
30E havia arcos em redor; o com prim ento era de
46Mas a câm ara qu e olha para o cam inho do norte
vinte e cinco côvados, e a largura de cinco côvados.
é para os sacerdotes que têm a guarda do altar; são
3IE os seus arcos estavam na direção do átrio exte­ estes os filhos de Zadoque, que se chegam ao S enhor ,
rior, e havia palm eiras nos seus pilares; e de oito de­ den tre os filhos de Levi, para o servir.
graus eram as suas subidas. 47E m ediu o átrio; o co m prim ento de cem côvados
“ Depois me levou ao átrio interior, para o cam inho e a largura de cem côvados, um quadrado; e o altar
do oriente, e m ediu a porta conform e estas medidas; estava diante da casa.
33E tam bém as suas câm aras, e os seus pilares, e os 48Então m e levou ao vestíbulo da casa, e m ed iu a
seus arcos, conform e estas m edidas; e havia tam bém cada pilar do vestíbulo, cinco côvados de um lado, e
janelas em redor dos seus arcos; o com prim ento de cinco côvados do outro; e a largura da porta, três cô­
cinqüenta côvados, e a largura de vinte e cinco cô­ vados de um lado, e três côvados do outro.
vados. 490 co m p rim en to do vestíbulo era de vinte côva­
34E os seus arcos estavam no átrio de fora; tam bém dos, e a largura de onze côvados, e era p o r degraus,
havia palm eiras nos seus pilares de um e de outro que se subia a ele; e havia colunas ju n to aos pilares,
lado; e eram as suas subidas de oito degraus. um a de um lado e o u tra do outro.
35Então m e levou à p o rta do norte, e m ediu confor­
me estas medidas; A restauração do tem plo: o santuário
36As suas câmaras, os seus pilares, e os seus arcos; tam ­ ENTÀO m e levou ao tem plo, e m ediu os
bém tinha janelas em redor; o com primento era de cin­ pilares, seis côvados de largura de um lado,
qüenta côvados, e a largura de vinte e cinco côvados. e seis côvados de largura do outro, que era a largu­
37E os seus pilares estavam no átrio exterior; tam bém ra da tenda.

790
EZEQUIEL 40,41,42

2E a largura da entrada, dez côvados; e os lados da redor nos três andares, defronte do um bral, estavam
entrada, cinco côvados de um lado e cinco côvados cobertas de m adeira em redor; e isto desde o chão até
do outro; tam bém m ediu o seu com prim ento, de às janelas; e as janelas estavam cobertas.
quarenta côvados, e a largura, de vinte côvados. 17No espaço em cim a da p o rta, e até na casa, no seu
3E e n tro u no interior, e m ediu o pilar da entrada, interior e na parte de fora, e até toda a parede em
dois côvados, e a entrada, seis côvados, e a largura da redor, p o r d entro e p o r fora, tudo por medida.
entrada, sete côvados. 18E/or feito com querubins e palm eiras, de m aneira
4Tam bém m ediu o seu com prim ento, vinte côva­ que cada palm eira estava entre queru b im e q u eru ­
dos, e a largura, vinte côvados, diante do tem plo, e bim , e cada querubim tin h a dois rostos,
disse-me: Este é o Santo dos Santos. l9A saber: u m rosto de hom em olhava para a p al­
5E m ediu a parede da casa, seis côvados, e a largu­ m eira de u m lado, e um rosto de leãozinho p ara a
ra das câm aras laterais, quatro côvados, p o r todo o palm eira do o u tro lado; assim foi feito p o r toda a
redor da casa. casa em redor.
6E as câm aras laterais, estavam em três andares, 20Desde o chão até acim a da entrada estavam feitos
câm ara sobre câm ara, trin ta em cada andar, e elas os qu eru b in s e as palm eiras, com o tam bém pela
entravam na parede que tocava na casa pelas câm a­ parede do templo.
ras laterais em redor, para prenderem nela, e não tra ­ 2 'As om breiras do tem plo eram quadradas e, no to ­
vavam na parede da casa. cante à frente do santuário, a aparência de um a era
7E havia maior largura nas câm aras laterais supe­ com o a aparência da outra,
riores, p orque o caracol da casa ia subindo m uito 220 altar de m adeira era de três côvados de altura, e
alto p o r todo o redor da casa, p o r isso que a casa tinha o seu com prim ento de dois côvados; os seus cantos,
mais largura para cima; e assim da câm ara baixa se o seu com prim ento e as suas paredes eram de m adei­
subia à mais alta pelo meio. ra; e disse-me: Esta é a mesa que está perante a face
“E olhei para a altura da casa ao redor; e eram os fun­ do S enhor.
dam entos das câm aras laterais da medida de um a 23E o templo e o santuário, ambos tinham duas portas.
cana inteira, seis côvados grandes. 24E as portas tin h am duas folhas; duas folhas que
9A grossura da parede das câm aras laterais de fora viravam; duas para u m a p o rta e duas para a outra.
era de cinco côvados; e o que foi deixado vazio era o 2,E nelas, isto é, nas portas do tem plo, foram feitos
lugar das câm aras laterais, que estavam p o r dentro. querubins e palm eiras, com o estavam feitos nas p a­
"’E entre as câm aras havia a largura de vinte côva­ redes, e havia um a trave grossa de m adeira n a frente
dos p o r todo o redor da casa. do vestíbulo p o r fora.
11E as entradas das câm aras laterais estavam volta­ 26E havia janelas estreitas, e palm eiras, de um e de
das para o lugar vazio; um a entrada para o cam inho o utro lado, pelos lados do vestíbulo, com o tam bém
do norte, e ou tra entrada para o do sul; e a largura do nas câm aras da casa e nas grossas traves.
lugar vazio era de cinco côvados em redor.
l2Era tam bém o edifício que estava diante do lugar A restauração do tem plo: as câm aras santas
separado, do lado do ocidente, da largura de seten­ DEPOIS disto fez-m e sair para fora, ao
ta côvados; e a parede do edifício de cinco côvados átrio exterior, para o lado do cam inho do
de largura em redor, e o seu com prim ento era de n o ­ norte; e m e levou às câm aras que estavam defronte
venta côvados. do lugar separado, e que estavam defronte do edifí­
l3Assim m ediu a casa, do com prim ento de cem cô­ cio, do lado norte.
vados, com o tam bém o lugar separado, e o edifício, e 2Do co m p rim en to de cem côvados, era a entrada
as suas paredes, cem côvados de com prim ento. do norte; e a largura era de cinqüenta côvados.
14E a largura da frente da casa,e do lugar separado para 3Em frente dos vinte côvados, que tinha o átrio in te­
o oriente, de um a e de outra parte, de cem côvados. rior, e em frente do pavim ento que tinha o átrio exte­
‘’T am bém m ediu o com prim ento do edifício, rior, havia galeria co n tra galeria em três andares.
diante do lugar separado, que estava por detrás, e as 4E diante das câm aras havia um passeio de dez côva­
suas galerias de um a e de o u tra parte, cem côvados, dos de largo, do lado de dentro, e um cam inho de um
com o tem plo de dentro e os vestíbulos do átrio. côvado, e as suas entradas eram para o lado do norte.
l('Os um brais e as janelas estreitas, e as galerias em SE as câm aras superiores eram m ais estreitas; p o r­

791
EZEQUIEL 42,43

que as galerias tom avam aqui mais espaço do que as redor, de quinhentas canas de com prim ento, e q u i­
de baixo e as do m eio do edifício. nhentas de largura, para fazer separação entre o
6P orque elas eram de três andares, e não tinham santo e o profano.
colunas com o as colunas dos átrios; por isso desde
o chão se iam estreitando, m ais do que as de baixo A restauração do tem plo: a glória do S enhor
e as do meio. ENTÃO m e levou à porta, à p o rta que olha
7E o m uro que estava de fora, defronte das câmaras, para o cam inho do oriente.
no cam inho do átrio exterior, diante das câm aras, 2E eis que a glória do Deus de Israel vinha do cam i­
tinha cinqüenta côvados de com prim ento. nho do oriente; e a sua voz era com o a voz de m uitas
KPois o com prim ento das câm aras, que estavam no águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória.
átrio exterior, era decinqüenta côvados; e eis que de­ 3E o aspecto da visão que tive era com o o da visão
fronte do tem plo havia cem côvados. que eu tivera q u an d o vim destruir a cidade; e eram
''Porbaixo destas câmaras estava aentrada do lado do as visões com o as que tive ju n to ao rio Q uebar; e caí
oriente, quando se entra nelas pelo átrio exterior. sobre o m eu rosto.
l0Na largura do m uro do átrio para o lado do orien­ 4E a glória do S e n h o r entrou na casa pelo cam inho
te, diante do lugar separado, e diante do edifício, da porta, cuja face está para o lado do oriente.
havia tam bém câmaras. SE levantou-m e o Espírito, e m e levou ao átrio in te­
11E o cam inho que havia diante delas era da aparên­ rior; e eis que a glória do S enhor encheu a casa.
cia das câmaras, que davam para o norte; conform e o 6E ouvi alguém que falava com igo de d en tro da
seu com prim ento, assim era a sua largura; e todas as casa, e um ho m em se pôs em pé ju n to de m im .
suas saídas eram tam bém conform e os seus padrões, 7E disse-me: Filho do hom em , esfeéolugar do m eu
e conform e as suas entradas. trono, e o lugar das plantas dos m eus pés, o nde habi­
I2E conform e as portas das câm aras, que olhavam tarei no m eio dos filhos de Israel para sem pre; e os da
para o cam inho do sul, havia também um a entrada casa de Israel não contam inarão m ais o m eu nom e
no topo do cam inho, isto é, do cam inho em frente santo, nem eles nem os seus reis, com suas p ro stitu i­
do m uro direito, para o cam inho do oriente, quando ções e com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos,
8P ondo o seu lim iar ao pé do m eu lim iar, e o seu
se en tra po r elas.
,3Então m e disse: As câm aras do norte, e as câm a­ um bral ju n to ao m eu um bral, e havendo um a pare­
de entre m im e eles; e contam in aram o m eu santo
ras do sul, que estão diante do lugar separado, elas são
nom e com as suas abom inações que com etiam ; por
câmaras santas, em que os sacerdotes, que se chegam
isso eu os consum i na m inha ira.
ao S e n h o r, com erão as coisas mais santas; ali porão as
9Agora lancem eles para longe de m im a sua pros­
coisas mais santas, e a oferta de manjar, a oferta pelo
tituição, e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no
pecado, e a oferta pela culpa; porque o lugar é santo.
m eio deles para sempre.
MQ uando os sacerdotes entrarem , não sairão do
santuário para o átrio exterior, m as porão ali as suas
A restauração do tem plo: o altar dos holocaustos
vestiduras com que m inistraram , p orque elas são
1 ‘T u ,pois, ó filho do hom em , m ostra à casa de Israel
santas; e vestir-se-ão de o utras vestiduras, e assim se
esta casa, para que se envergonhe das suas m aldades,
aproxim arão do lugar pertencente ao povo.
e m eça o modelo.
1 ’E, acabando ele de m edir a casa interior, ele m e fez
“ E, envergonhando-se eles de tu d o q u anto fi­
sair pelo cam inho da porta, cuja face olha para o ca­
m inho do oriente; e a m ediu em redor. zeram , faze-lhes saber a form a desta casa, e a sua
l6M ediu o lado oriental com a cana de m edir, qui­ figura, e as suas saídas, e as suas entradas, e todas as
nhentas canas, com a cana de medir, ao redor. suas form as, e todos os seus estatutos, todas as suas
l7M ediu o lado do norte, com a cana de m edir, q u i­ form as, e todas as suas leis; e escreve isto aos seus
nhentas canas ao redor. olhos, para que guardem to d a a sua form a, e todos
l8M ediu tam bém o lado do sul, com a cana de os seus estatutos, e os cum pram .
m edir, quinhentas canas. 12Esta é a lei da casa: Sobre o cum e do m onte todo o
l9D eu um a volta para o lado do ocidente, e m ediu, seu co n to rn o em redor será santíssim o; eis que esta
com a cana de m edir, quinhentas canas. é a lei da casa.
20M ediu pelos q u atro lados; e havia um m uro em I3E estas são as m edidas do altar, em côvados (o

792
EZEQUIEL43.44

côvado é um côvado e u m palm o): e o fundo será de A restauração do tem plo: os sacerdotes
um côvado de altura, e um côvado de largura, e a sua ENTÀO m e fez voltar p ara o cam inho da
borda em todo o seu contorno, de um palm o; e esta p o rta exterior do santuário, que olha para
é a base do altar. o oriente, a qual estava fechada.
I4E do fundo, desde a terra até a arm ação inferior, •E disse-m e o S en h o r : Esta p o rta perm anecerá
dois côvados, e de largura um côvado, e desde a pe­ fechada, não se abrirá; ninguém en trará p o r ela,
quena arm ação até a grande, q u atro côvados, e a lar­ porque o S enhor , o D eus de Israel en tro u p o r ela; por
gura de um côvado. isso perm anecerá fechada.
15E o altar, de quatro côvados; e desde o altar e para ’Q uan to ao príncipe, p o r ser príncipe, se assen­
cima havia quatro pontas. tará nela p ara sem pre, para com er o pão diante do
I6E o altar terá doze côvados de com prim ento, e S en h o r ; pelo cam inho do vestíbulo da p o rta en tra­
doze de largura, quadrado nos quatro lados. rá e p o r esse m esm o cam inho sairá.
17E a arm ação, catorze côvados de com prim ento, 4Depois m e levou pelo cam inho da porta do norte,
e catorze de largura, nos seus quatro lados; e o con­ diante da casa; e olhei, e eis que a glória do S enhor
torno, ao redor dela, de m eio côvado, e o fundo dela encheu a casa do Senhor ; então caí sobre o m eu rosto.
de u m côvado, ao redor; e os seus degraus davam 5E disse-m e o S en h o r : Filho do h om em , p ondera
para o oriente. no teu coração, e vê com os teus olhos, e ouve com
18E disse-me: Filho do hom em , assim diz o Senhor os teus ouvidos, tudo q u an to eu te disser de todos os
D eus: Estes são os estatutos do altar, no dia em que o estatutos d a casa do Senhor , e de todas as suas leis;
fizerem, para oferecerem sobre ele holocausto e para e considera n o teu coração a en trad a d a casa, com
aspergirem sobre ele sangue. todas as saídas do santuário.
19E aos sacerdotes levitas, que são da descendên­ 6E dize ao rebelde, à casa de Israel: Assim diz o
cia de Zadoque, que se chegam a m im (diz o Senhor S enhor D eus : Bastem-vos todas as vossas ab o m i­
D eus ) para m e servirem , darás um bezerro, para nações, ó casa de Israel!
oferta pelo pecado. 7P orque introduzistes estrangeiros, incircuncisos
20E tom arás do seu sangue, e o porás sobre as suas de coração e incircuncisos de carne, para estarem no
quatro pontas, e sobre os q u atro cantos da arm a­ m eu santuário, para o profanarem em m in h a casa,
ção, e no contorno ao redor; assim o purificarás e o q uando ofereceis o m eu pão, a gordura, e o sangue; e
expiarás. eles invalidaram a m inha aliança, p o r causa de todas
2'Então tom arás o bezerro da oferta pelo pecado, as vossas abom inações.
e o queim ará no lugar da casa para isso designado, 8E não guardastes a o rdenança a respeito das
fora do santuário. m inhas coisas sagradas; antes vos constituístes, a
22E no segundo dia oferecerás w n bode, sem vós m esm os, guardas da m inha ordenança no m eu
m ancha, com o oferta pelo pecado; e purificarão o santuário.
altar, com o o purificaram com o bezerro. ’Assim diz o S enhor D eus : N enhum estrangeiro,
23E, acabando tu de purificá-lo, oferecerás u m b e­ incircunciso de coração o u incircunciso de carne,
zerro, sem m ancha, e um carneiro do rebanho, sem en trará n o m eu santuário, d en tre os estrangeiros
mancha. que se acharem no m eio dos filhos de Israel.
24E oferecê-los-ás perante a face do S en h o r ; e os sa­ l0Mas os levitas que se ap artaram para longe de
cerdotes deitarão sal sobre eles, e oferecê-los-ão em m im , q uando Israel andava errado; os quais an d a­
holocausto ao S enhor . vam transviados, desviados de m im ,para irem atrás
25Por sete dias prepararás, cada dia um bode com o dos seus ídolos, levarão sobre si a sua iniqüidade.
oferta pelo pecado; tam bém prepararão um bezer­ 1 ‘C o n tu d o serão m inistros n o m eu santuário, nos
ro, e um carneiro do rebanho, sem m ancha. ofícios das portas da casa, e servirão à casa; eles m a­
26Por sete dias expiarão o altar, e o purificarão; e tarão o holocausto, e o sacrifício para o povo, e esta­
assim consagrar-se-ão. rão perante eles, para os servir.
27E, cu m prindo eles estes dias, será que, ao oitavo 1 -Porque lhes m inistraram diante dos seus ídolos, e
dia, e dali em diante, os sacerdotes oferecerão sobre o fizeram a casa de Israel cair em iniqüidade; p o r isso
altar os vossos holocaustos e as vossas ofertas pacífi­ eu levantei a m in h a m ão co n tra eles, diz o Senhor
cas; e eu me deleitarei em vós, diz o Senhor D eus. D eus , e levarão sobre si a sua iniqüidade.

793
EZEQUIEL 44,45

' 3E não se chegarão a m im , para m e servirem no sa­ 27E, no dia em que ele en tra r no lugar santo, no átrio
cerdócio, nem para se chegarem a algum a de todas interior, para m in istrar n o lugar santo, oferecerá a
as m inhas coisas sagradas, às coisas que são santís­ sua expiação pelo pecado, diz o S enhor D eus .
sim as, m as levarão sobre si a sua vergonha e as suas 28Eles terão u m a herança: eu serei a sua herança.
abom inações que com eteram . N ão lhes dareis, p o rtan to , possessão em Israel; eu
1 “C ontudo, eu os constituirei guardas da o rdenan­ sou a sua possessão.
ça da casa, em to d o o seu serviço, e em tu d o o que "'Eles com erão a oferta de alim entos, e a oferta pelo
nela se fizer. pecado e a oferta pela culpa; e toda a coisa consagra­
l5Mas os sacerdotes levíticos, os filhos de Zado- da em Israel será deles.
que, que guardaram a ordenança do m eu santuário 30E as prim ícias de todos os prim eiros frutos de
q u an d o os filhos de Israel se extraviaram de m im , tudo, e toda a oblação de tudo, de todas as vossas
eles se chegarão a m im , para m e servirem , e estarão oblações, serão dos sacerdotes; tam bém as prim ei­
diante de m im , para m e oferecerem a gordura e o ras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que
sangue, diz o Senhor D eus. faça repousar a bênção sobre a tua casa.
l6Eles entrarão no m eu santuário, e se chegarão à 31 N enhum a coisa, que tenha m o rrid o o u tenha sido
m inha mesa, para m e servirem , e guardarão a m inha despedaçada, de aves e de anim ais, com erão os sa­
ordenança; cerdotes.
17E será que, quando entrarem pelas portas do átrio
interior, se vestirão com vestes de linho; e não se porá A partilha da terra: o lugar santo
lã sobre eles, quando servirem nas portas do átrio in ­ QUANDO, pois, repartirdes a terra em he­
terior, e dentro.
rança, oferecereis u m a oferta ao S e n h o r,
lsG orros de linho estarão sobre as suas cabeças, e
um a porção santa da terra; o seu co m p rim en to será
calções de linho sobre os seus lom bos; não se cingi­
de vinte e cinco m il canas e a largura de dez mil. Esta
rão de modo que lhes venha suor.
será santa em toda a sua extensão ao redor.
19E, saindo eles ao átrio exterior, ao átrio de fora, ao
2Desta porção o san tu ário ocu p ará quinhentas
povo, despirão as suas vestiduras com que m inistra­
canas de com prim ento, e quin h en tas de largura, em
ram , e as porão nas santas câm aras, e se vestirão de
quadrado, e terá em redor um espaço vazio de cin­
outras vestes, para que não santifiquem o povo es­
qüenta côvados.
tando com as suas vestiduras.
3E desta porção m edirás vinte e cinco mil côvados
2ÜE não raparão a sua cabeça, nem deixarão cres­
de com prim ento, e a largura de dez mil; e ali estará o
cer o cabelo; antes, com o convém, tosquiarão as
santuário, o lugar santíssim o.
suas cabeças.
4Esta será a porção santa da terra; ela será para os
21E n en hum sacerdote beberá vinho quando entrar
sacerdotes, m inistros do santuário, que dele se apro­
no átrio interior.
22E eles não se casarão nem com viúva nem com re­ xim am para servir ao S e n h o r; e lhes servirá de lugar
pudiada, mas tom arão virgens da linhagem da casa para suas casas, e de lugar santo para o santuário.
de Israel, ou viúva que for viúva de sacerdote. 5E os levitas, m inistros da casa, terão em sua pos­
23E a m eu povo ensinarão a distinguir entre o santo sessão, vinte e cinco mil canas de com prim ento,para
e o profano, e o farão discernir entre o im puro e o vinte câmaras.
puro. *E para possessão da cidade, de largura dareis cinco
24E, quando houver disputa, eles assistirão a ela para mil canas, e de com prim ento vinte e cinco mil, defronte
a julgarem; pelos meus juízos as julgarão; e as m inhas da oferta santa; o que será para toda a casa de Israel.
leis e os m eus estatutos guardarão em todas as m inhas 70 príncipe, porém , terá a sua parte deste e do outro
solenidades, e santificarão os m eus sábados. lado da área santa, e da possessão da cidade, diante
2,E eles não se aproxim arão de n e n h u m hom em da santa oferta, e em frente da possessão da cidade,
m orto, para se contam inarem ; m as p o r pai, ou por desde o extrem o ocidental até o extrem o oriental, e
mãe, ou por filho, ou por filha, ou p o r irm ão, ou po r de com prim ento, corresponderá a um a das porções,
irm ã que não tiver m arido, se poderão contam inar. desde o term o ocidental até ao term o oriental.
26E, depois da sua purificação, contar-se-lhe-ão 8E esta te rra será a sua possessão em Israel; e os
sete dias. m eus príncipes n u n ca m ais o p rim irão o m eu povo,

794
EZEQUIEL45.46

antes deixarão a terra à casa de Israel, conform e as 24T am bém p rep arará u m a oferta de alim entos, a
suas tribos. saber, u m efa, p ara cada bezerro, e u m efa para cada
9Assim diz o Senhor D eus : Basta já, ó príncipes de carneiro, e u m him de azeite para cada efa.
Israel; afastai a violência e a assolação e praticai juízo 25No sétim o mês, n o dia quinze do mês, na festa,
e justiça; tirai as vossas im posições do m eu povo, diz fará o m esm o p o r sete dias, ta n to o sacrifício pelo
o Senhor D eus. pecado, com o o holocausto, e com o a o ferta de ali­
"Tereis balanças justas, efa justo e bato justo. m entos, e com o o azeite.
" O efa e o bato serão de um a m esm a m edida, de
modo que o bato contenha a décim a parte do ômer, A doração p ú b lica
e o efa a décim a parte do ôm er; conform e o ôm er ASSIM diz o Senhor D eus:
será a sua m edida. A p o rta do átrio in terio r que dá para o
UE o siclo será de vinte geras; vinte siclos, vinte e oriente, estará fechada durante os seis dias que são de
cinco siclos, e quinze siclos terá a vossa mina. trabalho; m as no dia de sábado ela se abrirá; tam bém
13Esta será a oferta que haveis de oferecer: a sexta no dia da lua nova se abrirá.
parte de um efa de cada ôm er de trigo; tam bém dareis 2E o p ríncipe en trará pelo cam inho do vestíbulo
a sexta parte de um efa de cada ôm er de cevada. da porta, p o r fora, e perm anecerá ju n to da om brei­
l4Q uanto à ordenança do azeite, de cada bato de ra da porta; e os sacerdotes prepararão o holocaus­
azeite oferecereis a décim a parte de um bato tirado
to, e os sacrifícios pacíficos dele; e ele adorará ju n to
de um coro, que é um ôm er de dez batos; porque dez
ao um b ral da porta, e sairá; m as a p o rta não se fe­
batos fazem um ômer.
chará até à tarde.
,?E um cordeiro do rebanho, de cada duzentos, da
3E o povo d aterraad o raráàen trad ad am esm ap o rta,
terra mais regada de Israel, para oferta de alim entos,
nos sábados e nas luas novas, diante do Senhor .
e para holocausto, e para sacrifício pacífico; para que
4E o holocausto, que o príncipe oferecer ao S e n h o r,
façam expiação po r eles, diz o Senhor D eus.
será, no dia de sábado, seis cordeiros sem m ancha e
'' Todo o povo da terra concorrerá com esta oferta,
um carneiro sem m ancha.
para o príncipe em Israel.
5E a oferta de alim entos será u m efa para o carnei­
I7E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as
ro; e para o cordeiro, a oferta de alim entos será o que
ofertas de alim entos, e as libações, nas festas, e nas
p u d er dar; e de azeite um him para cada efa.
luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da
6M as no dia da lua nova será um bezerro sem m an ­
casa de Israel. Ele preparará a oferta pelo pecado, e a
cha, e seis cordeiros e um carneiro; eles serão sem
oferta de alim entos, e o holocausto, e os sacrifícios
mancha.
pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel.
1 “Assim diz o Senhor D e u s: N o prim eiro mês, no 7E preparará por oferta de m anjares um efa para o
prim eiro dia do mês, tom arás um bezerro sem bezerro e um efa para o carneiro, m as para os cordei­
m ancha e purificarás o santuário. ros, o que a sua m ão p u d er dar; e u m him de azeite
I9E o sacerdote tom ará do sangue do sacrifício para um efa.
pelo pecado, e porá dele nas om breiras da casa, e nos 8E, qu an d o en trar o príncipe, en trará pelo cam i­
quatro cantos da arm ação do altar, e nas om breiras n ho do vestíbulo da p o rta, e sairá pelo m esm o ca­
da p o rta do átrio interior. m inho.
20Assim tam bém farás no sétim o dia do mês, pelos 9Mas, q u an d o vier o povo d a terra perante a face do
que erram , e pelos símplices; assim expiareis a casa. S e n h o r nas solenidades, aquele que en tra r pelo ca­
2‘No prim eiro mês, no dia catorze do mês, tereis a m inho da p o rta do norte, p ara adorar, sairá pelo ca­
páscoa, uma festa de sete dias; pão ázimo se comerá. m inho da p o rta do sul; e aquele que en trar pelo cam i­
22E no m esm o dia o príncipe preparará po r si e por nho da p o rta do sul sairá pelo cam inho da p o rta do
todo o povo da terra, um bezerro com o oferta pelo norte; não to rn ará pelo cam inho da p o rta p o r o nde
pecado. entrou , m as sairá pela outra que está oposta.
23E durante os sete dias da festa preparará u m h o ­ IUE o príncipe en trará no m eio deles; q u an d o eles
locausto ao S e n h o r, de sete bezerros e sete carneiros entrarem e, saindo eles, sairão todos.
sem m ancha, cada dia, durante os sete dias; e em sa­ 11E nas festas e nas solenidades a oferta de alim en­
crifício pelo pecado u m bode cada dia. tos será um efa para o bezerro, e um efa para o carnei-

795
EZEQUIEL46.47

ro, m as p ara os cordeiros o que puder dar; e de azeite 24E m e disse: Estas são as cozinhas, o n d e os m inis­
um h im para um efa. tros da casa cozerão o sacrifício do povo.
I2E, q u an d o o príncipe fizer oferta voluntária de
holocaustos, ou de sacrifícios pacíficos, um a oferta A torrente das águas purificadoras
voluntária ao S enhor , então lhe abrirão a p orta que DEPOIS disto m e fez voltar à p o rta da
dá para o oriente, e fará o seu holocausto e os seus casa, e eis que saíam águas p o r debaixo do
sacrifícios pacíficos, com o houver feito no dia de um bral da casa para o oriente; porque a face da casa
sábado; e sairá, e se fechará a p o rta depois dele sair. dava para o oriente, e as águas desciam de debaixo,
ME p repararás u m cordeiro de um ano sem m a n ­ desde o lado direito da casa, ao sul do altar.
cha, em holocausto ao S f.n h o r , cada dia; todas as m a­ 2E ele m e fez sair pelo cam inho da porta do norte,
nhãs o prepararás. e m e fez dar um a volta pelo cam inho de fora, até à
‘■•E, ju n tam en te com ele prepararás um a oferta de p o rta exterior, pelo cam inho que dá para o oriente e
alim entos, todas as m anhãs, a sexta parte de um efa, eis que corriam as águas do lado direito.
e de azeite a terça parte de um him , para m isturar 'E saiu aquele ho m em para o oriente, tendo na m ão
com a flor de farinha; por oferta de alim entos para o um cordel de m edir; e m ediu m il côvados, e m e fez
S enhor , em estatutos perpétuos e contínuos. passar pelas águas, águas que m e davam pelos a r­
15Assim prepararão o cordeiro, e a oferta de ali­ telhos.
m entos, e o azeite, todas as m anhãs, em holocaus­ 4E m ediu mais m il côvados, e m e fez passar pelas
to contínuo. águas, águas q ue m e davam pelos joelhos; e o u tra
16Assim diz o Senhor Deus: Q uando o príncipe der vez m ed iu m il, e m e fez passar pelas águas que m e
um presente a algum de seus filhos, é sua herança, per­ davam pelos lombos.
tencerá a seus filhos; será possessão deles por herança. 5E m ediu mais mil, e era um rio, que eu não podia
'"Mas, d ando ele um presente da sua herança a atravessar, porque as águas eram profundas, águas
algum dos seus servos, será deste até ao ano da liber­ que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se
dade; então tornará para o príncipe, porque heran ­ podia passar.
ça dele é; seus filhos a herdarão. 6E disse-m e: Viste isto, filho do hom em ? Então
' *E o príncipe não tom ará nada da herança do povo levou-m e, e m e fez voltar para a m argem do rio.
p o r opressão, defraudando-os da sua possessão; da ~E, tendo eu voltado, eis que à m argem do rio havia
sua própria possessão deixará herança a seus filhos, um a gran d e abundância de árvores, de um e de
para que o m eu povo não seja separado, cada um da o u tro lado.
sua possessão. “Então disse-me: Estas águas saem para a região
1 ‘'Depois disto m e trouxe pela entrada que estava ao oriental, e descem ao deserto, e entram no mar;e, sendo
lado da porta, às câm aras santas dos sacerdotes, que levadas ao mar, as águas tornar-se-ão saudáveis.
olhavam para o norte; e eis que ali havia um lugar nos 9E será que to d a a criatura vivente que passar p o r
fundos extremos, para o lado do ocidente. onde q uer que en trarem estes rios viverá; e haverá
2ÜE ele m e disse: Este é o lugar o nde os sacerdotes m uitíssim o peixe, p o rq u e lá chegarão estas águas,
cozerão a oferta pela culpa, e a oferta pelo pecado, e e serão saudáveis, e viverá tu d o p o r o nde quer que
onde cozerão a oferta de alim entos, para que não as en tra r este rio.
tragam ao átrio exterior para santificarem o povo. luSerá tam bém que os pescadores estarão em pé
2lEntão m e levou para fora, para o átrio exterior, e ju n to dele; desde E n-G edi até En-Eglaim haverá
m e fez passar pelos quatro cantos do átrio; e eis que lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a
em cada canto do átrio havia outro átrio. sua espécie, será com o o peixe do m ar grande, em
22Nos quatro cantos do átrio havia outros átrios m ultidão excessiva.
juntos, de quarenta côvados de com prim ento e de "M as os seus charcos e os seus p ân tan o s não
trin ta de largura; estes quatro cantos tinham um a tornar-se-ão saudáveis; serão deixados p ara sal.
m esm a medida. I2E ju n to ao rio, à sua m argem , de um e de o utro
2,E havia um a fileira construída ao redor deles, ao lado, nascerá toda a sorte de árvore que dá fruto
redor dos quatro; e havia cozinhas feitas po r baixo para se com er; não cairá a sua folha, nem acabará
das fileiras ao redor. o seu fruto; nos seus meses p ro d u zirá novos frutos,

796
EZEQUIEL 47,48

porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto 4E ju n to ao term o de Naftali, desde o lado oriental
servirá de com ida e a sua folha de rem édio. até o lado ocidental, Manassés, u m a porção.
5E ju n to ao term o de M anassés, desde o lado orien­
A s fronteiras da terra de Israel tal até o lado ocidental, Efraim, u m a porção.
13Assim diz o Senhor D eus : Este será o term o con­ 6E ju n to ao term o de Efraim, desde o lado oriental
form e o qual repartireis a terra em herança, segundo até o lado ocidental, Rúben, um a porção.
as doze tribos de Israel; José terá duas partes. 7E ju n to ao term o de Rúben, desde o lado oriental
14E vós a herdareis, tanto um com o o outro; terra sobre até o lado ocidental, Judá, umaporção.
a qual levantei a m inha mão, para dá-la a vossos pais; 8E ju n to ao term o de Judá, desde o lado oriental até
assim esta mesma terra vos cairá a vós em herança. o lado ocidental, será a oferta que haveis de fazer de
I5E este será o term o da terra; do lado do norte, vinte e cinco m il canas delargura, e de com prim ento
desde o m ar grande, cam inho de H etlom , até à en ­ de cada um a das porções, desde o lado oriental até o
trada de Zedade; lado ocidental; e o santuário estará no meio dela.
1 '’Ham ate, Berota, Sibraim , que estão entre o term o 9A oferta que haveis de oferecer ao S enhor será do
de Damasco e o term o de H am ate; H azer-H aticom , com prim ento de vinte e cinco mil canas, e da largu­
que está ju n to ao term o de H aurã. ra de dez mil.
I7E o termo será desde o m ar até Hazar-Enom, o I0E ali será a oferta santa para os sacerdotes, m e­
termo de Damasco, e na direção do norte, para o norte, dindo para o n o rte vinte e cinco m il canas de compri­
está o term o de Hamate. Este será o lado do norte. mento, e p ara o ocidente dez m il de largura, e para o
oriente dez m il de largura, e para o sul vinte e cinco
18E o lado do oriente, entre H aurã, e Damasco, e Gi-
m il de com prim ento; e o santuário do S en h or estará
leade, e a terra de Israel será o Jordão; desde o term o
no m eio dela.
do n o rte até ao m ar do oriente medireis. Este será o
1 '£ será para os sacerdotes santificados d en tre os
lado do oriente.
filhos de Z adoque, que guard aram a m in h a o rd e­
I9E o lado do sul, para o sul, será desde Tam ar até às
nança, que não se desviaram , q u an d o os filhos de
águas da contenda de Cades, ju n to ao ribeiro, até ao
Israel se extraviaram , com o se extraviaram os outros
m ar grande. Este será o lado do sul.
levitas.
20E o lado do ocidente será o m ar grande, desde o
I2E eles terão um a oferta, da oferta da terra, lugar
term o do sul até a entrada de H am ate. Este será o
santíssim o, ju n to ao lim ite dos levitas.
lado do ocidente.
,3E os levitas terão, consoante ao term o dos sacer­
21Repartireis, pois, esta terra entre vós, segundo as
dotes, vinte e cinco m il canas de com prim ento, e de
tribos de Israel. largura dez mil; to d o o co m p rim en to será vinte e
22Será, porém , que a sorteareis para vossa herança, e cinco m il, e a largura dez mil.
para a dos estrangeiros que habitam no m eio de vós, I4E não venderão disto, n em trocarão, n em tra n s­
que gerarão filhos no m eio de vós; e vos serão com o ferirão as prim ícias da terra, porque é santidade ao
naturais entre os filhos de Israel; convosco entrarão S enhor ,
em herança, no m eio das tribos de Israel. l5Mas as cinco m il canas, as que restaram da lar­
23E será que na tribo em que habitar o estrangeiro, gura, diante das vinte e cinco mil, ficarão para uso
ali lhe dareis a sua herança, diz o Senhor D eus. com um , p ara a cidade, p ara habitação e para arra­
baldes; e a cidade estará no m eio delas.
Os term os das doze tribos I6E estas serão as suas m edidas: o lado do n o rte
E ESTES são os nom es das tribos: desde o de q u atro m il e q u in h en tas canas, o lado do sul de
extrem o norte, ao longo do cam inho de quatro mil e quinhentas, o lado oriental de quatro
H etlom , indo para H am ate, até H azar-E nom , term o m il e quinhentas e o lado ocidental de qu atro m il e
de Damasco para o norte, ao pé de H am ate, terá Dã quinhentas.
um a parte, desde o lado oriental até o ocidental. I7E os arrabaldes da cidade serão para o n o rte de
2E junto ao term o de Dã, desde o lado oriental até o duzentas e cinqüenta canas, para o sul de duzentas e
ocidental, Aser terá um a porção. cinqüenta, para o oriente de duzentas e cinqüenta e
3E ju n to ao term o de Aser, desde o lado oriental até para o ocidente de duzentas e cinqüenta.
o ocidental, Naftali, um a porção. I8E, q u anto ao que restou do com prim ento, con-

797
EZEQUIEL 48

soante com a santa oferta, será dez mil para o o rien ­ 26E ju n to ao term o de Issacar, desde o lado oriental
te, e dez m il para o ocidente; e corresponderá à santa até o lado ocidental, Z ebulom terá u m a porção.
oferta; e a sua novidade será para sustento daqueles 2TE ju n to ao term o de Z ebulom , desde o lado o rien ­
q u e servem a cidade. tal até o lado ocidental, G ade terá um a porção.
1 l,E os que servem à cidade, servi-la-ão dentre todas 2KE j u nto ao term o de Gade, ao sul, do lado sul, será
as tribos de Israel. o term o desde Tam ar até às águas da co ntenda de
20Toda a oferta será de vinte e cinco m il canas com Cades, ju n to ao rio até ao m ar grande.
mais vinte e cinco mil; em quad rad o oferecereis a 29Esta da terra que sorteareis em herança às tribos de
oferta santa, com a possessão da cidade. Israel; e estas são as suas porções, diz o Senhor Deus.
2IE o que restou será para o príncipe; deste e do 30E estas são as saídas da cidade, desde o lado norte:
o u tro lado da oferta santa, e da possessão da cidade, quatro mil e quinhentas canas p o r m edida.
d iante das vinte e cinco m il canas da oferta, até ao 3IE as portas da cidade serão conform e os nom es
term o do oriente e do ocidente, diante das vinte e das tribos de Israel; três portas para o norte: a p o rta
cinco mil, até ao term o do ocidente, corresponden­ de R úben um a, a p o rta de Judá o u tra, a p o rta de Levi
te às porções, será para o príncipe; e a santa oferta e outra.
o santuário da casa estarão no m eio dela. 32E do lado oriental quatro mil e quinhentas canas,
22E desde a possessão dos levitas, e desde a posses­ e três portas, a saber: a p o rta de José um a, a p o rta de
são da cidade, no m eio do que pertencer ao p rínci­ Benjam im outra, a p o rta de Dã outra.
pe, entre o term o de Judá, e o term o de Benjamim, 33E d o lado sul q u atro m il e quinhentas canas por
será isso para o príncipe. m edida, e três portas: a p o rta de Simeão um a, a p o rta
23E, quanto ao restante das tribos, desde olado orien­ de Issacar o u tra, a p o rta de Z ebulom outra.
tal até o lado ocidental, Benjamim terá um a porção. 34D o lado ocidental q u atro mil e quinhentas canas,
24E junto ao term o de Benjamim, desde o lado orien­ e as suas três portas: a p o rta de Gade um a, a p o rta de
tal até o lado ocidental, Simeão terá um a porção. Aser o u tra, a porta de N aítali outra.
25E ju n to ao term o de Simeão, desde o lado oriental "D ezoito mil canas por medida terá ao redor; e o n o ­
até o lado ocidental, Issacar terá um a porção. me da cidade desde aquele dia será: o S e n h o r e s l í a li.

798
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Daniel
T itulo
O título do livro deriva do nom e do autor, o profeta Daniel.

A utoria e data
É de Daniel, cujo nom e significa “juiz de D eus”, o u seja, aquele que julga em no m e o u da parte de Deus.
Q uando m uito jovem, Daniel foi levado à Babilônia no terceiro ano do rei Jeoaquim , n a p rim eira depor­
tação com andada po r N abucodonosor. Mas logo deu dem onstrações de sabedoria naquela terra famosa
por seus sábios e, finalm ente, ascendeu politicam ente, até se to rn ar o p rim eiro entre os três oficiais mais
im portantes do im pério M edo-Persa (5.29; 6.1 -3). Viveu na Babilônia até o ano 530 a.C., aproxim adam en­
te. D ata em que, provavelm ente, o livro foi com posto.
A ssunto
Poderíam os dividir o conteúdo do livro de D aniel em dois tipos de assuntos: 1) as narrativas, que de­
m onstravam a superioridade do Deus de Israel sobre o im pério babilónico; 2) as visões e revelações p ro ­
féticas, cuja finalidade era enfocar os reinos gentílicos no processo histórico e sua relação com o povo de
Israel.
Possui forte apelo escatológico e se distingue dos dem ais livros proféticos, devido ao seu estilo ap o ­
calíptico. No lugar da usual expressão “Assim diz o Senhor”, as profecias são em form a de revelações, so­
nhos e visões.
Ê nfase apologética
O livro de D aniel é um dos m ais fortes testem unhos do p o d er da profecia preditiva encontrado nas Es­
crituras. Detalhes da história foram revelados com antecedência tal que a alta crítica, p o r considerar seus
milagres impossíveis, adiou sua com posição para datas posteriores aos eventos. Um clássico exemplo é a
predição referente a Alexandre, o G rande, e ao im pério grego. H ouve predições que se cu m p riram à risca
(8.5-8). E a prova de que o livro fora escrito antes dos eventos está relacionada ao fato de que os próprios
judeus m ostraram tais Escrituras para Alexandre, segundo o historiador Flávio Josefo.
Todavia, por lidar com m uitos sim bolism os, tanto iconográficos q u anto num éricos, o livro tem sido
utilizado p o r diversos grupos escatológicos, com o, po r exemplo, os Adventistas do Sétim o Dia e as Teste­
m unhas de Jeová, para fazer predições distorcidas e sem fundam entos. G eralm ente, baseiam suas falsas
previsões quanto à data da vinda de Jesus à terra em passagens de Daniel e Apocalipse.
Com base na afirm ação de 2300 tardes e m anhãs (8.14), os adventistas predisseram a vinda de Jesus
para 1843 e as Testem unhas de Jeová para 1914. E m bora os estudantes de apologética considerem as p ro ­
fecias de Daniel cum pridas na história com o um grande argum ento para sua inspiração divina, estão cien­
tes de que se fosse possível prever as datas da segunda vinda de C risto pelo conteúdo do livro de D aniel o
p róprio Jesus teria feito isso d u ran te o seu m inistério terreno. Antes, porém , disse que se trata de um co­
nhecim ento oculto (M t 24.36).
Os vegetarianos, de m odo geral, principalm ente aqueles se dedicam a esse hábito p o r motivos religio­
sos, tam bém gostam de se apoiar no prim eiro capítulo de Daniel para dar em basam ento espiritual às suas
práticas. Mas o texto é apenas narrativo, não norm ativo. Até p orque os alim entos do rei eram consagra­
dos aos deuses pagãos. E foi justam ente esse o m otivo que levou D aniel e seus am igos a preferirem a abs­
tinência.
O LIVRO DO PROFETA

DIà n iel
D a n iel e outros jovens hebreus na corte 11 Então disse D aniel ao despenseiro a quem o chefe
de N abucodonosor dos eunucos havia constituído sobre Daniel, H an a­
N O ano terceiro do reinado de Jeoiaquim , rei nias, Misael e Azarias:
1 de Judá, veio N abucodonosor, rei de Babilônia,
a Jerusalém, e a sitiou.
12Experim enta, peço-te, os teus servos dez dias, e
que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
2E o Senhor entregou nas suas m ãos a Jeoiaquim, 1 ’Então se exam ine diante de ti a nossa aparência,
rei de Judá, e um a parte dos utensílios da casa de e a aparência dos jovens que com em a porção das
Deus, e ele os levou para a terra de Sinar,para a casa iguarias do rei; e, conform e vires, procederás para
do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro com os teus servos.
do seu deus. I4E ele consentiu isto, e os experim entou dez dias.
3E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que I5E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus sem ­
trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem blantes m elhores, e eles estavam m ais gordos de
real e dos príncipes, carne do que todos os jovens que com iam das igua­
“Jovens em quem não houvesse defeito algum , de rias do rei.
boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e l6Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das igua­
doutos em ciência, e entendidos no conhecim ento, rias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava le­
e que tivessem habilidade para assistirem no palá­
gumes.
cio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua
17Q uan to a estes qu atro jovens, D eus lhes deu o co­
dos caldeus.
nhecim ento e a inteligência em todas as letras, e sa­
5E o rei lhes determ inou a porção diária, das igua­
bedoria; m as a D aniel deu entendim ento em toda a
rias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim
visão e sonhos.
fossem m antidos po r três anos, para que no fim
18E ao fim dos dias, em que o rei tin h a falado que os
destes pudessem estar diante do rei.
trouxessem , o chefe doseunucos os trouxe diante de
6E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel,
N abucodonosor.
H ananias, Misael e Azarias;
1 ’E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram
7E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nom es, a
achados outros tais com o Daniel, H ananias, Misael e
saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a H ananias o
Azarias; p o rtan to ficaram assistindo diante do rei.
de Sadraque, e a Misael o de M esaque, e a Azarias o
20E em to d a a m atéria de sabedoria e de discerni­
de Abednego.
8E D aniel propôs no seu coração não se contam inar m ento, sobre o que o rei lhes p erg u n to u , os achou
com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho dez vezes m ais doutos do que todos os m agos astró­
que ele bebia; po rtan to pediu ao chefe dos eunucos logos que havia em todo o seu reino.
que lhe perm itisse não se contam inar. 2IE D aniel perm aneceu até ao prim eiro ano do rei
‘'O ra, Deus fez com que Daniel achasse graça e m i­ Ciro.
sericórdia diante do chefe dos eunucos.
I0E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho O sonho do rei é in terp reta d o por D aniel
E N O segundo ano do reinado de N abucodono­
m edo do m eu senhor, o rei, que determ inou a vossa
com ida e a vossa bebida; pois p o r que veria ele os
vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens
2 sor, N abucodonosor teve sonhos; e o seu espíri­
to se p ertu rb o u , e passou-se-lhe o sono.
da vossa idade? Assim porias em perigo a m inha 2Então o rei m an d o u cham ar os magos, os astrólo­
cabeça para com o rei. gos, os encantadores e os caldeus, para que declaras-

800
DANIEL 2

sem ao rei os seus sonhos; e eles vieram e se apresen­ sobre este m istério, a fim de que Daniel e seus com ­
taram diante do rei. panheiros não perecessem , jun ta m en te com o res­
3E o rei lhes disse: Tive um sonho; e para saber o tante dos sábios de Babilônia.
sonho está perturbado o m eu espírito. l9Então foi revelado o m istério a D aniel ««»ia visão
4E os caldeus disseram ao rei em aram aico: ó rei, de noite; então D aniel louvou o Deus do céu.
vive eternam ente! Dize o sonho a teus servos, e da­ “ Falou D aniel, dizendo: Seja ben d ito o nom e de
rem os a interpretação. D eus de eternidade a eternidade, porque dele são a
’Respondeu o rei, e disse aos caldeus: O assunto me sabedoria e a força;
tem escapado; se não m e fizerdes saber o sonho e a 21E ele m uda os tem pos e as estações; ele remove os
sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e
casas serão feitas um m onturo; conhecim ento aos entendidos.
6Mas se vós m e declarardes o sonho e a sua inter­ 22Ele revela o p ro fu n d o e o escondido; conhece o
pretação, recebereis de m im dádivas, recom pensas que está em trevas, e com ele m o ra a luz.
e grande honra; p o rtan to declarai-m e o sonho e a 23Ó D eus de m eus pais, eu te d o u graças e te louvo,
sua interpretação. porque m e deste sabedoria e força; e agora m e fizes­
7Responderam segunda vez, e disseram: Diga o rei o te saber o que te pedim os, p orque nos fizeste saber
sonho a seus servos, e darem os a sua interpretação. este assunto do rei.
“Respondeu o rei, e disse: Percebo m uito bem que 24Por isso D aniel foi ter com A rioque, ao qual o rei
vós quereis ganhar tem po; p orque vedes que o as­ tinha constituído para m atar os sábios de Babilônia;
sunto m e tem escapado. entrou , e disse-lhe assim: N ão m ates os sábios de Ba­
“De modo que, se não m e fizerdes saber o sonho, bilônia; introduze-m e na presença do rei, e declara­
um a só sentença será a vossa; pois vós preparastes rei ao rei a interpretação.
palavras m entirosas e perversas para as proferirdes 25Então A rioque depressa in tro d u ziu a D aniel na
na m inha presença, até que se m ude o tem po; p o r­ presença do rei, e disse-lhe assim: Achei um hom em
tanto dizei-m e o sonho, para q u eeu entenda que me dentre os cativos de Judá, o qual fará saber ao rei a
podeis dar a sua interpretação. interpretação.
"’Responderam os caldeus na presença do rei, e dis­ ^ ‘Respondeu o rei, e disse a D aniel (cujo nom e era
seram: N ão há ninguém sobre a terra que possa de­ Beltessazar): Podes tu fazer-m e saber o sonho que
clarar a palavra ao rei; pois nen h u m rei há, grande tive e a sua interpretação?
ou dom inador, que requeira coisas sem elhantes de 2rRespondeu Daniel na presença do rei, dizendo: O
algum mago, ou astrólogo, o u caldeu. segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos,
11 Porque o assunto que o rei requer é difícil; e n in ­ nem magos, nem adivinhos o podem declarar ao rei;
guém há que o possa declarar diante do rei, senão os 28Mas há um Deus no céu, o qual revela os m is­
deuses, cuja m orada não é com a carne. térios; ele, pois, fez saber ao rei N abucodonosor o
l2Por isso o rei m uito se irou e enfureceu; e ordenou que há de acontecer nos últim os dias; o teu sonho
que matassem a todos os sábios de Babilônia. e as visões da tu a cabeça que tiveste n a tu a cam a são
13E saiu o decreto, segundo o qual deviam ser m or­ estes:
tos os sábios; e buscaram a D aniel e aos seus com pa­ 29Estando tu, ó rei, na tu a cam a, subiram os teus
nheiros, para que fossem m ortos. pensam entos, acerca do que h á de ser depois disto.
u E ntão D aniel falou avisada e p rudentem ente a Aquele, pois, que revela os m istérios te fez saber o
Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído que há de ser.
para m atar os sábios de Babilônia. 30E a m im m e foi revelado esse mistério, não porque
‘’Respondeu, e disse a A rioque, capitão do rei: Por haja em m im m ais sabedoria que em todos os viven­
que se apressa tanto o decreto da parte do rei? Então tes, m as para que a interpretação se fizesse saber ao
Arioque explicou o caso a Daniel. rei, e para que entendesses os pensam entos do teu
I6E D aniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse coração.
tem po, para que lhe pudesse dar a interpretação. 3‘Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui um a grande
1 "Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso estátua; esta estátua, que era im ensa, cujo esplen­
a Hananias, Misael e Azarias, seus com panheiros; dor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua
,sPara que pedissem m isericórdia ao Deus do céu, aparência era terrível.

801
DANIEL 2,3

32 A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu 4‘Então o rei N abucodonosor caiu sobre a sua face,
peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas e ado ro u a Daniel, e o rd en o u que lhe oferecessem
coxas de cobre; um a oblação e perfum es suaves.
v,As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e 47R espondeu o rei a Daniel, e disse: C ertam ente o
em p arte de barro. vosso D eus é Deus dos deuses, e o S enhor dos reis
<_lEstavas vendo isto, quando u m a pedra foi corta­ e revelador de m istérios, pois pudeste revelar este
da, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés mistério.
de ferro e de barro, e os esm iuçou. 48Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu
^Então foi juntam ente esmiuçado o ferro, o barro, o m uitas e grandes dádivas, e o pôs p o r governador
bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram com o pra­ de tod a a província de Babilônia, com o tam b ém o
gana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de
lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, Babilônia.
se to m o u grande monte, e encheu toda a terra. 49E pediu D aniel ao rei, e constituiu ele sobre os n e­
’'•Este é o sonho; tam bém a sua interpretação dire­ gócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesa-
m os na presença do rei. que e Abednego; m as Daniel perm aneceu n a p o rta
37Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem do rei.
dado o reino, o poder, a força, e a glória.
3SE onde quer que habitem os filhos de hom ens, na A estátua de ouro
tua m ão entregou os anim ais do cam po, e as aves do 0 REI N abucodonosor fez u m a estátua de ouro,
céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça
de ouro.
3 cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largu­
ra de seis côvados; levantou-a no cam po de D ura, na
’l’E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao província de Babilônia.
teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual do m in a­ 2Então o rei N abucodonosor m a n d o u reu n ir os
rá sobre toda a terra. príncipes, os prefeitos, os governadores, os conse­
40E o qu arto reino será forte com o ferro; pois, com o lheiros, os tesoureiros, os juizes, os capitães, e todos
o ferro, esm iúça e quebra tudo; com o o ferro que os oficiais das províncias, para que viessem à co n ­
quebra todas as coisas, assim ele esm iuçará e fará sagração da estátua que o rei N abucodonosor tinha
em pedaços. levantado.
4IE, q u anto ao que viste dos pés e dos dedos, em ’E ntão se reuniram os príncipes, os prefeitos e go­
parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso vernadores, os capitães, os juizes, os tesoureiros, os
será um reino dividido; contudo haverá nele alguma conselheiros, e to d o s os oficiais das províncias, à
coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro m istu ra­ consagração da estátua que o rei N abucodonosor
do com barro de lodo. tinha levantado; e estavam em pé diante da im agem
42E com o os dedos dos pés eram em parte de ferro e que N abucodonosor tinha levantado.
em parte de barro, assim por u m a parte o reino será 4E o arauto apregoava em alta voz: O rdena-se a vós,
forte, e por o u tra será frágil. ó povos, nações e línguas:
4’Q uanto ao que viste do ferro m isturado com barro ’Q u an d o ouvirdes o som da buzina, da flauta, da
de lodo, m isturar-se-ão com sem ente hum ana, mas harpa, da sam buca, do saltério, da gaita de foles, e de
não se ligarão um ao outro, assim com o o ferro não toda a espécie de m úsica, prostrar-vos-eis, e ad o ra­
se m istura com o barro. reis a estátua de ouro que o rei N abucodonosor tem
^ M as, nos dias desses reis, o D eus do céu levan­ levantado.
tará um reino que não será jam ais destruído; e este 6E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será
reino não passará a outro povo; esm iuçará e con­ na m esm a h ora lançado d entro da fornalha de fogo
sum irá todos esses reinos, m as ele m esm o subsisti­ ardente.
rá para sempre, 7P ortanto, no m esm o instante em que todos os
4,Da m aneira que viste que do m onte foi cortada povos ouviram o som da buzina, da flauta, da
um a pedra, sem auxílio de m ãos, e ela esm iuçou o harpa, da sam buca, do saltério e de toda a espécie de
ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande m úsica, p ro straram -se todos os povos, nações e lín­
D eus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. guas, e ad o raram a estátua de ouro que o rei N abu­
C erto é o sonho, e fiel a sua interpretação. codonosor tin h a levantado.

802
DANIEL 3,4

Os com panheiros de D aniel na fo rn a lh a 2‘Então estes h om ens foram atados, vestidos com
de fogo ardente as suas capas, suas túnicas, e seus chapéus, e dem ais
"Por isso, no m esm o instante chegaram perto al­ roupas, e foram lançados d en tro da fornalha de fogo
guns caldeus, e acusaram os judeus. ardente.
9E responderam , dizendo ao rei N abucodonosor: 22E, p orque a palavra do rei era urgente, e a fornalha
Ó rei, vive eternam ente! estava sobrem aneira quente, a cham a do fogo m atou
"'Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo aqueles hom ens que carregaram a Sadraque, M esa­
hom em que ouvisse o som da buzina, da flauta, da que, e Abednego.
harpa, da sam buca, do saltério, e da gaita de foles, e a E estes trés homens, Sadraque, Mesaque e Abedne­
de toda a espécie de m úsica, se prostrasse e adoras­ go, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
se a estátua de ouro; ^ E n tão o rei N abucodonosor se espantou, e se le­
11E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria vantou depressa; falou, dizendo aos seus conselhei­
lançado dentro da fornalha de fogo ardente. ros: N ão lançam os nós, d entro do fogo, três hom ens
l2H á uns hom ens judeus, os quais constituíste atados? R esponderam e disseram ao rei: É verda­
sobre os negócios da província de Babilônia: Sadra- de, ó rei.
que, M esaque e Abednego; estes hom ens, ó rei, não 25Respondeu, dizendo: Eu, porém , vejo quatro h o ­
fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem m ens soltos, que andam passeando d en tro do fogo,
adoram a estátua de ouro que levantaste. sem sofrer n en h u m dano; e o aspecto do q u arto ése-
1 ’Então N abucodonosor, com ira e furor, m andou m elhante ao Filho de Deus.
trazer a Sadraque, M esaque e Abednego. E trouxe­ -6Então chegando-se N abucodonosor à p o rta da
ram a estes hom ens perante o rei. fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque,
u Falou N abucodonosor, e lhes disse: É de p ro p ó ­ M esaque e Abednego, servos do D eus Altíssimo,
sito, ó Sadraque, M esaque e Abednego, que vós não saí e vinde! Então Sadraque, M esaque e A bednego
servis a m eus deuses nem adorais a estátua de ouro saíram do m eio do fogo.
que levantei? 27E reuniram -se os príncipes, os capitães, os gover­
''Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o nadores e os conselheiros do rei e, contem plando
som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do estes hom ens, viram que o fogo não tinha tido poder
saltério, da gaita de foles, e de toda aespécie de música, algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua
para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom cabeça se tinha queim ado, nem as suas capas se m u ­
é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma daram , nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles.
hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o 28Falou N abucodonosor, dizendo: Bendito seja o
Deus que vos poderá livrar das m inhas mãos? Deus de Sadraque,M esaque e Abednego, que enviou
16Responderam Sadraque, M esaque e Abednego, e o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram
disseram ao rei N abucodonosor: N ão necessitamos nele, pois violaram a palavra do rei,preferindo en tre­
de te responder sobre este negócio. gar os seus corpos, para que não servissem nem ado­
17Eis que o nosso Deus, a quem nós servim os, é que rassem algum outro deus, senão o seu Deus.
nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo 29Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo
ardente, e da tu a m ão, ó rei. o povo, e nação e língua que disser blasfêmia contra
I8E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja des­
teus deuses nem adorarem os a estátua d eo u ro que le­ pedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; por­
vantaste. quanto não há outro Deus que possa livrar como este.
l9Então N abucodonosor se encheu de furor, e 30Então o rei fez prosperar a Sadraque, M esaque e
m udou-se o aspecto do seu sem blante contra Sa­ Abednego, na província de Babilônia.
draque, M esaque e Abednego; falou, e ordenou que
a fornalha se aquecesse sete vezes m ais do que se cos­ O edito do rei
tum ava aquecer. N A BU CO D ON O SO R rei, a todos os povos,
aoE ordenou aos hom ens m ais poderosos, que esta­
vam no seu exército, que atassem a Sadraque, M esa­
4 nações e línguas, que m o ram em to d a a terra:
Paz vos seja multiplicada.
que e Abednego, para lançá-los na fornalha de fogo 2Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e m ara­
ardente. vilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.

803
DANIEL 4

'Q uão grandes são os seus sinais,e quão poderosas ,7Esta sentença é p o r decreto dos vigias, e esta
as suas maravilhas! O seu reino éu m reino sem piter­ ordem por m andado dos santos, a fim de que conhe­
no, e o seu dom ínio de geração em geração. çam os viventes que o Altíssimo tem d o m ín io sobre
o reino dos hom ens, e o dá a quem quer, e até ao mais
O sonho de um a árvore grande hum ilde dos hom ens constitui sobre ele.
4Eu, N abucodonosor, estava sossegado em m inha lsEste sonho eu, rei N abucodonosor vi. Tu, pois,
casa, e próspero no m eu palácio. Beltessazar, dize a interpretação, p o rq u e to d o s os
’Tive um sonho, que m e espantou; e estando eu na sábios do m eu reino não puderam fazer-m e saber a
m in h a cam a, as im aginações e as visões da m inha sua interpretação, m as tu podes; pois há em ti o es­
cabeça m e turbaram . pirito dos deuses santos.
‘‘Por isso expedi um decreto, para que fossem in ­ ‘"Então Daniel, cujo no m e era Beltessazar, esteve
troduzidos à m inha presença todos os sábios de Ba­ atônito p o r u m a hora, e os seus pensam entos o tu r­
bilônia, para que m e fizessem saber a interp reta­ bavam; falou,pois, o rei, dizendo: Beltessazar, não te
ção do sonho. espante o sonho, nem a sua interpretação. R espon­
7Então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus deu Beltessazar, dizendo: S e n h o r m eu, seja o sonho
e os adivinhadores, e eu contei o sonho diante deles; contra os que te têm ódio, e a sua interpretação aos
mas não m e fizeram saber a sua interpretação. teus inimigos.
“Mas p o r fim en tro u na m inha presença Daniel, 20A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja
cujo nom e é Beltessazar, segundo o nom e do m eu altura chegava até ao céu, e que foi vista p o r to d a a
deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu terra;
lhe contei o sonho, dizendo: 21Cujas folhas eram formosas, e o seu fruto a b u n ­
’Beltessazar, m estre dos magos, pois eu sei que há
dante, e em que para todos havia sustento, debaixo
em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum m isté­
da qual m oravam os anim ais do cam po, e em cujos
rio te é difícil, dize-m e as visões do m eu sonho que
ram os habitavam as aves do céu;
tive e a sua interpretação.
22És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tu a
“’Eis, pois, as visões da m inha cabeça, estando eu
grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu d o m í­
na m inha cama: Eu estava assim olhando, e vi um a
nio até à extrem idade da terra.
árvore no m eio da terra, cuja altura era grande;
2,E q u an to ao que viu o rei, um vigia, u m santo,
"C rescia esta árvore, e se fazia forte, de m aneira
que descia do céu, e dizia: C ortai a árvore, e destruí-
que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos
a, m as o tronco com as suas raízes deixai na terra,
confins da terra.
e atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva
I2A sua folhagem era form osa, e o seu fruto a b u n ­
do cam po; e seja m olhado do orvalho do céu, e a
dante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela
sua porção seja com os anim ais do cam po, até que
os anim ais do cam po achavam som bra, e as aves do
céu faziam m orada nos seus ram os, e toda a carne se passem sobre ele sete tem pos;
m an tin h a dela. 24Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do
’’Estava vendo isso nas visões da m inha cabeça, Altíssimo, que virá sobre o rei, m eu senhor:
estando eu na m inha cama; e eis que um vigia, um 2,Serás tirad o dentre os hom ens, e a tu a m o rad a
santo, descia do céu, será com os anim ais do cam po, e te farão com er erva
l4C lam ando fortem ente, e dizendo assim: D erru ­ com o os bois, e serás m olhado do orvalho do céu; e
bai a árvore, e cortai-lhe os ram os, sacudi as suas passar-se-ão sete tem pos p o r cim a de ti; até que co­
folhas, espalhai o seu fruto; afugentem -se os anim ais nheças que o Altíssimo tem d o m ín io sobre o reino
de debaixo dela, e as aves dos seus ram os. dos hom ens, e o dá a quem quer.
’'M as deixai na terra o tronco com as suas raízes, 26E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco
atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti,
cam po; eseja m olhado do orvalho do céu,eseja asua depois que tiveres conhecido que o céu reina.
porção com os anim ais na erva da terra; 27Portanto, ó rei, aceita o m eu conselho, e põe fim
'''Seja m udado o seu coração, para que não seja aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas ini-
mais coração de hom em , e lhe seja dado coração de qüidades, usando de m isericórdia com os pobres,
anim al; e passem sobre ele sete tem pos. pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.

804
DANIEL 4,5

A loucura do rei 3Então trouxeram os vasos de ouro, que foram ti­


28Todas estas coisas vieram sobre o rei N abucodo- rados do tem plo da casa de Deus, que estava em Je­
nosor. rusalém, e beberam neles o rei, os seus príncipes, as
29Ao fim de doze meses, quando passeava no palá­ suas m ulheres e concubinas.
cio real de Babilônia, 4Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de
30Falou o rei, dizendo: N ão é esta a grande Babilô­ ouro, de prata, de bronze, de ferro, de m adeira, e de
nia que eu edifiquei para a casa real, com a força do pedra.
m eu poder, e para glória da m inha magnificência? 5Na m esm a hora apareceram uns dedos de m ão de
31Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu hom em , e escreviam, defronte do castiçal, na caia-
um a voz do céu: A ti se diz, ó rei N abucodonosor: d ura da parede do palácio real; e o rei via a parte da
Passou de ti o reino. m ão que estava escrevendo.
32E serás tirado d entre os hom ens, e a tua m orada 6M udou-se então o sem blante do rei,e os seus pen ­
será com os anim ais do cam po; far-te-ão com er erva sam entos o turbaram ; as juntas dos seus lom bos se
com o os bois, e passar-se-ão sete tem pos sobre ti, atérelaxaram , e os seus joelhos batiam u m no outro.
que conheças que o Altíssimo dom ina sobre o reino 7E gritou o rei com força, que se introduzissem os
dos hom ens, e o dá a quem quer. astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; e falou o
33Na mesma hora se cum priu a palavra sobre N a­ rei, dizendo aos sábios de Babilônia: Q ualquer que
bucodonosor, e foi tirado dentre os hom ens, e com ia ler este escrito, e m e declarar a sua interpretação, será
erva com o os bois, e o seu corpo foi m olhado do o r­ vestido de p ú rp u ra, e trará u m a cadeia de o u ro ao
valho do céu, até que lhe cresceu pêlo, com o as penas pescoço e, n o reino, será o terceiro governante.
da águia, e as suas unhas com o as das aves. "Então en traram todos os sábios do rei; m as não
34Mas ao fim daqueles dias eu, N abucodonosor, le­ puderam ler o escrito, nem fazer saber ao rei a sua
vantei os m eus olhos ao céu, e to m o u -m e a vir o en ­
interpretação.
tendim ento, e eu bendisse o Altíssimo, elouvei e glo­ 9Então o rei Belsazar perturbou-se m uito, e m udou-
rifiquei ao que vive para sem pre, cujo dom ínio é um se-lhe o semblante; e os seus senhores estavam sobres­
dom ínio sem piterno, e cujo reino é de geração em saltados.
geração. ,0A rainha, p o r causa das palavras do rei e dos seus
3,E todos os m oradores da terra são reputados em senhores, e n tro u na casa do banquete, e resp o n ­
nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exérci­ deu, dizendo: Ó rei, vive p ara sempre! N ão te p er­
to do céu e os m oradores da terra; não há quem possa turbem os teus pensam entos, nem se m ude o teu
estorvar a sua mão, e lhe diga: Q ue fazes? semblante.
36No mesmo tem po tornou a m im o m eu entendi­ 1 'H á no teu reino u m hom em , no qual há o espíri­
mento, e para a dignidade do m eu reino tom ou-m e to dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou
a vir a m inha majestade e o m eu resplendor; e busca­ nele luz, e inteligência, e sabedoria, com o a sabedo­
ram -m e os m eus conselheiros e os m eus senhores; e ria dos deuses; e teu pai, o rei N abucodonosor, sim,
fui restabelecido no meu reino, e a m inha glória foi au­
teu pai, o rei, o constituiu m estre dos magos, dos as­
mentada. trólogos, dos caldeus e dos adivinhadores;
37Agora, pois, eu, N abucodonosor, louvo, exalço e l2Porquanto se achou neste D aniel um espírito ex­
glorifico ao Rei d o céu; porque todas as suas obras celente, e conhecim ento, e entendim ento, interpre­
são verdade, e os seus cam inhos juízo, e pode h u m i­tando sonhos e explicando enigm as, e resolvendo
lhar aos que andam na soberba. dúvidas, ao qual o rei pôs o no m e de Beltessazar.
Cham e-se, pois, agora D aniel, e ele dará a in terp re­
O ban q u ete do rei B elsazar tação.
O REI Belsazar deu um grande banquete a mil dos l3Então D aniel foi in tro d u zid o à presença do rei.
seus senhores, e bebeu vinho na presença dos mil. Falou o rei, dizendo a Daniel: Ês tu aquele D aniel,
2H avendo Belsazar provado o vinho, m andou um dos filhos dos cativos de Judá, que o rei, m eu pai,
trazer os vasos de ouro e de prata, que N abucodo­ trouxe de Judá?
nosor, seu pai, tinha tirado do tem plo que estava em ,4Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito
Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus dos deuses está em ti, e que em ti se acham a luz, e o
príncipes, as suas m ulheres e concubinas. entendim ento e a excelente sabedoria.

805
DANIEL 5 ,6

15Agora m esm o foram introduzidos à m inha pre­ 2speres: Dividido foi o teu reino, e dado aos m edos
sença os sábios e os astrólogos, para lerem este escri­ e aos persas.
to, e m e fazerem saber a sua interpretação; mas não 29Então m andou Belsazar que vestissem a Daniel de
p u d eram dar a interpretação destas palavras. p ú rp u ra, e que lhe pusessem um a cadeia de ouro ao
16Eu, porém , tenho ouvido dizer de ti que podes dar pescoço, e proclam assem a respeito dele que havia
interpretação e resolver dúvidas. Agora, se puderes de ser o terceiro no governo do seu reino.
ler este escrito, e fazer-me saber a sua interpretação, 30N aquela noite foi m o rto Belsazar, rei dos cal­
serás vestido de p ú rp u ra, e terás cadeia de ouro ao deus.
pescoço e no reino serás o terceiro governante. 31E D ario, o m edo, o cu p o u o reino, sendo da idade
l7Então respondeu Daniel, e disse na presença do de sessenta e dois anos.
rei: As tuas dádivas fiquem contigo, e dá os teus prê­
m ios a ou tro; contudo lerei ao rei o escrito, efar-lhe- D a n iel na cova dos leões
ei saber a interpretação. E PARECEU bem a D ario constituir sobre o
1KÓ rei! Deus, o Altíssimo, deu a N abucodonosor,
teu pai, o reino, e a grandeza, e a glória, e a m ajes­
6 reino cento e vinte príncipes, que estivessem
sobre todo o reino;
tade. 2E sobre eles três presidentes, dos quais D aniel era
,9E p o r causa da grandeza, que lhe deu, todos os um , aos quais estes príncipes dessem conta, para que
povos, nações e línguas trem iam e tem iam diante o rei não sofresse dano.
dele; a quem queria m atava, e a quem queria co n ­ ’Então o mesmo Daniel sobrepujou a estes presiden­
servava em vida; e a quem queria engrandecia, e a tes e príncipes; porque nele havia u m espírito excelen­
quem queria abatia. te; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
2UM as q uando o seu coração se exaltou, eo seu espí­ 4Então os presidentes e os príncipes procuravam
rito se endureceu em soberba, foi derrubado do seu achar ocasião co n tra Daniel a respeito do reino; mas
tro n o real, c passou dele a sua glória. não podiam achar ocasião o u culpa algum a; porque
2IE fo i tirado dentre os filhos dos hom ens, e o seu ele era fiel, e não se achava nele n en h u m erro n em
coração foi feito sem elhante ao dos anim ais, e a sua culpa.
m orada foi com os jum entos monteses; fizeram -no ’Então estes hom ens disseram: N unca acharem os
com er a erva com o os bois, e do orvalho do céu foi ocasião algum a co n tra este Daniel, se n ão a achar­
m olhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o m os contra ele na lei do seu Deus.
Altíssimo, tem dom ínio sobre o reino dos hom ens, 6Então estes presidentes e príncipes foram ju n to s
e a quem quer constitui sobre ele. ao rei, e disseram -lhe assim: Ó rei D ario, vive para
22E tu, Belsazar, que és seu filho, não hum ilhaste o sempre!
teu coração, ainda que soubeste tu d o isto. 7Todos os presidentes do reino, os capitães e p rín ­
2ÍE te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram cipes, conselheiros e governadores, co ncordaram
trazidos à tu a presença os vasos da casa dele, e tu, os em prom ulgar u m edito real e confirm ar a p ro ib i­
teus senhores, as tuas m ulheres e as tuas concubi­ ção que qualquer que, p o r espaço de trin ta dias, fizer
nas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvo­ um a petição a qualquer deus, ou a qualquer hom em ,
res aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, e não a ti, ó rei, seja lançado n a cova dos leões.
de m adeira e de pedra, que n ão vêem , não ouvem , “A gora,pois, ó rei, confirm a a proibição, e assina o
nem sabem; m as a Deus, em cuja m ão está a tu a vida, edito, para que não seja m udado, conform e a lei dos
e de quem são todos os teus cam inhos, a ele não glo­ m edos e dos persas, que não se pode revogar.
rificaste. 9Por esta razão o rei D ario assinou o edito e a p ro i­
2J Então dele foi enviada aquela parte da m ão, que bição.
escreveu este escrito. "’Daniel, pois, q u an d o soube que o edito estava as­
25Este, pois, é o escrito que se escreveu: m e n e , m e n e , sinado, en tro u em sua casa (o ra havia no seu quarto
TEQUEL, UPARSIM. janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no
26Esta é a interpretação daquilo: m e n e : C ontou dia se p u n h a de joelhos, e orava, e dava graças diante
D eus o teu reino, e o acabou. do seu Deus, com o tam bém antes costum ava fazer.
27t e q u e l : Pesado foste na balança, e foste achado 11 Então aqueles h o m en s foram juntos, e acharam a
em falta. D aniel o ran d o e suplicando diante do seu Deus.

806
DANIEL 6 ,7

12Então se apresentaram ao rei e, a respeito do edito ainda não tin h am chegado ao fundo da cova quando
real, disseram-lhe: Porventura não assinaste o edito, os leões se ap oderaram deles, e lhes esm igalharam
pelo qual todo o hom em que fizesse um a petição a todos os ossos.
qualquer deus, ou a qualquer hom em , po r espaço 2SEntão o rei D ario escreveu a todos os povos,
de trin ta dias, e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova nações e línguas que m oram em toda a terra: A paz
dos leões? Respondeu o rei, dizendo: Esta palavra é vos seja multiplicada.
certa, conform e alei dos m edos e dos persas, que não 26Da m inha p arte é feito um decreto, pelo qual em
se pode revogar. todo o d o m ín io do m eu reino os h o m en s trem am
BEntão responderam ao rei, dizendo-lhe: Daniel, e tem am p erante o D eus de Daniel; p o rq u e ele é o
que é dos filhos dos cativos de Judá, não tem feito Deus vivo e que perm anece para sem pre, e o seu
caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste, antes três reino não se pode destruir, e o seu dom ínio durará
vezes p o r dia faz a sua oração. até o fim.
l4O uvindo então o rei essas palavras, ficou m uito 27Elesalva, livra, eoperasinaisem aravilhasnocéuena
penalizado, e a favor de D aniel propôs d entro do terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.
seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou 2SEste D aniel, pois, prosperou no reinado de Dario,
para salvá-lo. e no reinado de Ciro, o persa.
'’Então aqueles hom ens foram juntos ao rei, e dis-
seram -lhe: Sabe, ó rei, que é lei dos m edos e dos A visão dos quatro an im a is
persas que nenhum edito o u decreto, que o rei esta­ N O prim eiro ano de Belsazar, rei de Babilônia,
beleça, se pode mudar.
l6Então o rei ord en o u que trouxessem a Daniel,
7 teve D aniel u m sonho e visões da sua cabeça
q uando estava na sua cama; escreveu logo o sonho,
e lançaram -no na cova dos leões. E, falando o rei, e relatou a sum a das coisas.
disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuam en­ 2Falou D aniel, e disse: Eu estava o lhando na m inha
te serves, ele te livrará. visão da noite, e eis que os qu atro ventos do céu agi­
I7E foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da tavam o m ar grande.
cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos 3E q u atro anim ais grandes, diferentes uns dos
seus senhores, para que não se m udasse a sentença outros, subiam do mar.
acerca de Daniel. 40 prim eiro era com o leão, e tin h a asas de águia;
l8Então o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou enquan to eu olhava, foram -lhe arrancadas as asas,
a noite em jejum , e não deixou trazer à sua presença e foi levantado da terra, e posto em pé com o um
instrum entos de música; e fugiu dele o sono. hom em , e foi-lhe dado um coração de hom em .
‘‘'Pela m anhã, ao rom per do dia, levantou-se o rei, ’C ontinuei olhando, e eis aqui o segundo anim al,
e foi com pressa à cova dos leões. sem elhante a um urso, o qual se levantou de um lado,
20E, chegando-se à cova, cham ou p o r D aniel com te n d o n ab o c atrês costelas entre os seus dentes; e foi-
voz triste; e disse o rei a Daniel: D aniel, servo do lhe dito assim: Levanta-te, devora m uita carne.
Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem 6D epois disto, eu co n tinuei olhando, e eis aqui
tu co ntinuam ente serves, tenha podido livrar-te outro, sem elhante a um leopardo, e tin h a qu atro
dos leões? asas de ave nas suas costas; tin h a tam bém este animal
2' Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! quatro cabeças, e foi-lhe dado dom ínio.
220 m eu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca TD epois disto eu continuei o lhando nas visões da
dos leões, para que não m e fizessem dano, p orque noite, e eis aqui o qu arto anim al, terrível e espantoso,
foi achada em m im inocência diante dele; e tam bém e m uito forte, o qual tin h a dentes grandes de ferro;
contra ti, ó rei, não tenho com etido delito algum. ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o
2,Então o rei m uito se alegrou em si m esm o, e que sobejava; era diferente de todos os anim ais que
m andou tirar a D aniel da cova. Assim foi tirado apareceram antes dele, e tinha dez chifres.
Daniel da cova, e nen h u m dano se achou nele, “Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre
porque crera no seu Deus. eles subiu o u tro chifre pequeno, diante do qual três
24E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles hom ens dos prim eiros chifres foram arrancados; e eis que
que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na neste chifre havia olhos, com o os de h om em , e um a
cova dos leões, eles, seus filhos e suas m ulheres; e boca que falava grandes coisas.

807
DANIEL 7

9Eu continuei olhando, até que foram postos uns o possuirão para todo o sem pre, e de eternidade em
tronos, e u m ancião de dias se assentou; a sua veste eternidade.
era branca com o a neve, e o cabelo da sua cabeça l9Então tive desejo de conhecer a verdade a respei­
com o a pura lã; e seu tro n o era de cham as de fogo, e to do q uarto anim al, que era diferente de todos os
as suas rodas de fogo ardente. outros, m uito terrível, cujos dentes eram de ferro e
1HU m rio de fogo m anava e saía de diante dele; m i­ as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em p e­
lhares de m ilhares o serviam , e m ilhões de m ilhões daços e pisava aos pés o que sobrava;
assistiam diante dele; assentou-seo juízo,eabriram - 2ÜE tam bém a respeito dos dez chifres qu e tin h a na
se os livros. cabeça, e do o u tro que subiu, e diante do qual caíram
1 'E ntão estive olhando, por causa da voz das gran ­ três, isto é, daquele que tinha olhos, e um a boca que
des palavras que o chifre proferia; estive olhando até falava grandes coisas, e cujo parecer era m ais robus­
to do que o dos seus com panheiros.
que o anim al foi m orto, e o seu corpo desfeito, e en ­
21Eu olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra
tregue para ser queim ado pelo fogo;
os santos, e prevaleceu contra eles.
l2E, q u anto aos outros anim ais, foi-lhes tirado o
22Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos
dom ínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até
santos do Altíssimo; e chegou o tem po em que os
certo espaço de tempo.
santos possuíram o reino.
13Eu estava olhando nas m inhas visões da noite, e
2,Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na
eis que vinha nas nuvens do céu um com o o filho do
terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará
hom em ; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram
toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
chegar até ele. 24E, q u anto aos dez chifres, daquele m esm o reino
I4E foi-lhe dado o d o m ín io .e ah o n ra.eo rein o ,p ara
se levantarão dez reis; e depois deles se levantará
que todos os povos, nações e línguas o servissem; o outro, o qual será diferente dos prim eiros, e abate­
seu dom ínio é um dom ínio eterno, que não passará, rá a três reis.
e o seu reino tal, que não será destruído. 25E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destru i­
l5Q u an to a m im , Daniel, o m eu espírito foi abati­ rá os santos do Altíssimo, e cuidará em m u d ar os
do den tro do corpo, e as visões da m inha cabeça m e tem pos e a lei; e eles serão entregues na sua m ão, por
perturbaram . um tem po, e tem pos, e a m etade de u m tem po.
l6Cheguei-m e a um dos que estavam perto, e pedi- 26Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu
lhe a verdade acerca de tu d o isto. E ele m e disse, e fez- dom ínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.
m e saber a interpretação das coisas. 27E o reino, e o dom ínio, e a m ajestade dos reinos de­
17Estes grandes anim ais, que são quatro, são quatro baixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos
reis, que se levantarão da terra. do Altíssimo; o seu reino será u m reino eterno, e
l8Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e todos os dom ínios o servirão, e lhe obedecerão.

Um como o filho do homem; e dlrlglu-se ao ancião de dias blasfêmia e idolatria, como no caso de João, quando quis adorar
(7.13) um anjo (Ap 22.8,9). Adão e Miguel são criaturas, mas o ‘ ancião
de dias" é o Criador dos dois. Os três seres são diferentes.
Mormonismo. Acredita que o nome "ancião de dias“ se
í-i'. refere a Miguel ou a Adão.
Cuidará em mudar os tempos e a lei
« _ g RESPOSTA APOLOGÉTICA; Assim como a expressão (7.25)
>=» “filho do homem* se refere unicamente a Jesus Cristo (At
(TV?. Adventlsmo do Sétimo Dia. Afirma que o papa mudou o
7.56). a Bíblia indica que ‘ ancião de dias" só pode ser Deus. o Pai
\x x J dia da guarda do sábado para domingo.
de Jesus Cristo, uma das três pessoas da Trindade.
Os judeus acreditam que Deus é Jeová, o Deus verdadeiro. O RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto, quando fala da
livro de Daniel é profético, pois suas mensagens são a respeito =■ lei. não se refere ao sábado. Mesmo usando uma inter­
do fim dos tempos. A Bíblia nunca diz que Adão é Miguel, e muito pretação capciosa, os adventistas não podem indicar que o
menos que Miguel seja o "ancião de dias" relatado neste livro. Os papa tenha, supostamente, feito isso. Na verdade, se o texto
mórmons fundem, em uma só pessoa, três seres completamente provasse que a mudança está relacionada ao sábado, teríamos
diferentes — anjo, homem e Deus. Em Apocalipse 5.6,7, João de concluir que tal mudança ocorreu pela vontade do próprio
chama Jesus, metaforicamente, de Cordeiro, aquele que toma o Deus (Dn 2.20-21). Devemos reconhecer que a lei foi mudada
livro do ser que estava sentado no trono. João ainda escreve que por Cristo (Hb 7.12). Muitas passagens demonstram que Jesus
todos no céu adoraram aambos (v. 14): o ser e Jesus. Se o ‘ ancião cumpriu toda a lei, findando-a na cruz (Rm 10.4; 2Co 3.6-14;
de dias" fosse Miguel, este ato de adoração se constituiria em Gl 3.19-25; Cl 2.14-17).

808
DANIEL 7,8

28Aqui term inou o assunto. Q uanto a m im , Daniel, 7E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra
os m eus pensam entos m uito m e pertu rb aram , e ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não
m udou-se em m im o m eu sem blante; mas guardei havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o
o assunto no m eu coração. lançou p o r terra, e o pisou aos pés; n ão houve quem
pudesse livrar o carneiro da sua mão.
A visão de u m carneiro e de u m bode SE o bode se engrandeceu sobrem aneira; m as, es­
N O ano terceiro do reinado do rei Belsazar apa­ tan d o n a sua maior força, aquele grande chifre foi
8 receu-m e um a visão, a m im , Daniel, depois d a­
quela que m e apareceu n o princípio.
quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro
também insignes, para os qu atro ventos do céu.
-E vi na visão; e sucedeu que, q uando vi, eu estava 9E de um deles saiu um chifre m u ito pequeno, o
na cidadela de Susã, na província de Elão; vi, pois, na qual cresceu m u ito para o sul, e para o oriente, e para
visão, que eu estava ju n to ao rio Ulai. a ferra form osa.
3E levantei os m eus olhos, e vi, e eis que um carnei­ IHE se engrandeceu até co n tra o exército do céu; e
ro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os a alguns do exército, e das estrelas, lançou p o r terra,
dois chifres eram altos, m as um era m ais alto do que e os pisou.
o outro; e o mais alto subiu po r últim o. 11E se engrandeceu até contra o príncipe do exérci­
■*Vi que o carneiro dava m arradas para o ociden­ to; e p o r ele foi tirad o o sacrifício contínuo, e o lugar
te, e para o norte e para o sul; e n en h u m dos anim ais do seu santuário foi lançado p o r terra.
lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar- I2E um exército foi dado contra o sacrifício co n tí­
se da sua mão; e ele fazia conform e a sua vontade, e nuo, p o r causa da transgressão; e lançou a verdade
se engrandecia. po r terra, e o fez, e prosperou.
5E, estando eu considerando, eis que um bode 13D epois ouvi um santo que falava; e disse o u tro
vinha do ocidente sobre toda a terra, m as sem tocar santo àquele que falava: Até q u an d o durará a visão
no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora,
os olhos. para que sejam entregues o san tu ário e o exército, a
6E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, fim de serem pisados?
ao qual eu tinha visto etn pé diante do rio, e correu NE ele m e disse: Até duas m il e trezentas tardes e
contra ele no ím peto da sua força. m anhãs; e o santuário será purificado.

Sejam entregues o santuário e o exército V. tb. 1Macabeus 1.11, 17-28, 30-35). O santuário foi purificado
(8.13,14) por Judas Macabeu (1 Macabeus 4.36-54). A festa da dedicação,
em João 10.22, lembra este acontecimento da história do povo
(iY ?| Adventismo do Sétimo Dia. Em 1843, Samuel Snow, ami-
judeu. Desse modo, as 2.300 tardes e manhãs têm relação com o
\j 4_ZJ go de Guilherme Miller (o pai intelectual e espiritual do ad­ período em que o templo foi profanado por Antíoco Epífanes IV. Os
ventismo) profetizou a volta de Cristo para 22/10/1844, porém,
sacrifícios realizados duas vezes por dia profanaram o santuário
como era de se esperar, nada aconteceu. A frustração ficou co­
por 1.150 dias literais (Nm 28.1 -3).
nhecida como o dia da “grande decepção" e, para justificar o erro,
os adventistas fizeram novos cálculos e apresentaram uma nova
Duas mil e trezentas tardes e manhãs
interpretação do texto em análise: a.) o santuário a ser purificado
(8.14)
seria a terra e b.) a purificação se faria pelo fogo, relacionado com
a segunda vinda de Cristo. (JVTft Adventismo do Sétimo Dia. Baseado neste versículo, diz
\ Ü U que os2.300dias são 2.300 anos proféticos. Essa contagem
„ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Nâo devemos especular e
teve início no ano 457 a.C., quando Jesus, em vez de vir à terra
«= marcar datas para a vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32;
no final desses anos, entrou, em 22 de outubro de 1844, no lugar
At 1.7). Com base nos fatos históricos e na interpretação correta
santíssimo do santuário celestial, para finalizar a obra da redenção,
de todo o contexto dos versículos em estudo, pode-se dizer que
ensino também conhecido como “redenção incompleta".
o carneiro com duas pontas (v. 3) representava o rei da Média e
da Pérsia (v. 20); o bode (v. 5), o rei da Grécia (v. 21); a derrota RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia é clara e enfática
que o bode infligiu ao carneiro (v. 7,8). a vitória da Grécia sobre a *= quando ensina que o Senhor Jesus, em sua ascensão,
Média e a Pérsia; as quatro pontas que saíram do bode (v. 8), os entrou diretamente na presença do Pai, no lugar Santo dos san­
quatro reinos em que foi dividido o império grego com a morte de tos (At 7.55; Rm 8.34; Ef 1.20; Cl 3.1). Em segundo lugar, Jesus
Alexandre (1 Macabeus 1.1-9), constituídos por quatro generais: é apresentado na Bíblia, até o período atual, como sacerdote e
Cassandro, Ptolomeu, Seleuco e Lisímaco (v. 22). advogado e nâo como juiz (sacerdote: Hb 4 14,15; 5.1.8; 8.1;
A ponta pequena que surgiu de uma das quatro pontas (v. 9) re­ advogado: Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo2.1).
presentava o rei feroz de cara (v. 23). Antíoco Epífanes IV. que en­ Ouanto à redenção, a Bíblia declara que a obra de Jesus
trou em Jerusalém com astúcia, profanou o templo com sacrifícios foi realizada, por completo, na cruz, e de uma vez por todas
de porcos e introduziu uma estátua de Júpiter no templo (v. 11,12. (Jo 19.30; Hb 1.3:9.11,12; 10.12-14). E. finalmente, a data de iní-

809
DANIEL 8,9

1SE aconteceu que, havendo eu, Daniel, tido a visão, 26E a visão da tarde e da m an h ã que foi falada, d ver­
procurei o significado, eeis que seapresentou diante dadeira. Tu, porém , cerra a visão, porque se refere a
de m im com o que um a sem elhança de hom em . dias m uito distantes.
U’E ouvi um a voz de hom em entre as margens do 27E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enferm o alguns
Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, dá a entender a dias; então levantei-m e e tratei do negócio do rei. E
este a visão. espantei-m e acerca da visão, e não havia quem a en ­
ITE veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, m e tendesse.
am edrontei, e caí sobre o m eu rosto; mas ele me
disse: Entende, filho do hom em , p orque esta visão A oração de D aniel
acontecerá no fim do tem po. NO ano prim eiro de Dario, filho de Assuero, da
INE, estando ele falando com igo, caí adorm ecido
com o rosto em terra; ele, porém , m e tocou, e m e fez
9 linhagem dos m edos, o qual foi constituído rei
sobre o reino dos caldeus,
estar em pé. -N o prim eiro ano do seu reinado, eu, Daniel, en ­
19E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer tendi pelos livros que o n úm ero dos anos, de que
no últim o tem po da ira; pois isso pertence ao tem po falara o Se n h o r ao profeta Jeremias, em que haviam
determ inado do fim. de cum prir-se as desolações de Jerusalém, era de se­
20Aquele carneiro que viste com dois chifres são os tenta anos.
reis da M édia e da Pérsia, *E eu dirigi o m eu rosto ao Senhor Deus, para o
2'M as o b ode peludo é o rei da Grécia; e o grande buscar com oração e súplicas, com jejum , e saco e
chifre que tinha entre os olhos é o prim eiro rei; cinza.
220 ter sido quebrado, levantando-se quatro em ■*E orei ao Se n h o r m eu Deus, e confessei, e disse:
lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão Ah! Senhor! D eus grande e trem endo, q u eg u ard asa
da mesma nação, m as não com a força dele. aliança e a m isericórdia para com os que te am am e
23Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os guardam os teus m andam entos;
prevaricadores, se levantará u m rei, feroz de sem ­ ’Pecamos, e com etem os iniqüidades, e procede­
blante, e será entendido em adivinhações. m os im piam ente, e fom os rebeldes, ap artando-nos
2,,E se fortalecerá o seu poder, m as não pela sua p ró ­ dos teus m andam entos e dos teus juízos;
pria força; e destruirá m aravilhosam ente, e prospe­ 6E não dem os ouvidos aos teus servos, os profetas,
rará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os p ode­ que em teu n o m e falaram aos nossos reis, aos nossos
rosos e o povo santo. príncipes, e a nossos pais, com o tam bém a to d o o
25E pelo seu entendim ento tam bém fará prosperar povo da terra.
o engano na sua mão; e no seu coração se engrande­ 7A ti, ó Senhor, pertence a justiça, m as a nós a con­
cerá, e destruirá a m uitos que vivem em segurança; fusão de rosto, com o hoje se vê; aos hom ens de Judá,
e se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas e aos m oradores de Jerusalém, e a todo o Israel, aos
sem m ão será quebrado. de perto e aos de longe, em todas as terras p o r onde

cio da contagem dos 2.300 dias consta do ano 445 a.C. (conforme E súplicas, com |e|um, e saco e cinza
a referência 9.25, quando Artaxerxes estava no 20° ano do seu (9.3)
reinado) e não 457 a.C., como afirmam os adventistas. Virá, ainda,
o dia em que o Senhor Jesus julgará a todos (Rm 2.16) Catolicismo Romano. Baseia-se nesta referência para
justificar o uso de cinzas nos ritos eclesiásticos que ante­
Era de setenta anos cedem a quaresma.
(9.2) .. - g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Daniel, a quem foi dado o co-
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O profeta Daniel desco­ ■=» nhecimentodotempodairadivinaquehavenade pairarsobre
t briu estes setenta anos em Jeremias 25.10.11; 29.10, refe­
rências que, como já foi discutido, revelam que os setenta anos
a terra, cai de rosto em terra e se envolve em cinzas, numa demons­
tração de humilhação etristeza pela desgraça que estava porvir. Não
foram determinados para a supremacia da Babilónia. há cabimento, porém, para que a tese romana se fundamente neste
Ora. uma vez que a Babilônia foi derrubada, no primeiro ano de versículo para defender o uso de tal prática em seus rituais.
Dario (9.1), Daniel entendeu que os setenta anos dessa cidade No Antigo Testamento, tradições como “rasgar as vestes" já
haviam terminado. Logo, a promessa de Deus era trazer de volta haviam sido censuradas por Deus (Jl 2.12.13). Trata-se táo-so-
os cativos de Judá (conforme Jr 25.10-14; 29.10), o que seria o fim mente de mais uma prática cerimonial há muito abolida pelo culto
das desolações de Jerusalém (Ainda sobre o juízo investigativo, interior, no qual Deus reclama uma conversão interna e sincera,
ver comentário de Ap 14.6,7). que transpareça no exterior (Is 1.11 -16).

810
DANIEL 9,10

os tens lançado, por causa das suas rebeliões que co­ As setenta sem anas
m eteram contra ti. 20Estando eu ainda falando e orando, e confessan­
SÓ Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos do o m eu pecado, e o pecado do m eu povo Israel, e
nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, lançando a m in h a súplica perante a face do Senho r ,
porque pecam os contra ti. m eu Deus, pelo m onte santo do m eu Deus,
’Ao Senhor, nosso D eus,pertencem a misericórdia, 21Estando eu, digo, ainda falando na oração, o
e o perdão; pois nos rebelam os contra ele, hom em Gabriel, que eu tin h a visto n a m in h a visão
10E não obedecem os à voz do Se n h o r , nosso Deus, ao princípio, veio, voando rapidam ente, e tocou-
para andarm os nas suas leis, que nos deu po r inter­ me, à hora do sacrifício da tarde.
m édio de seus servos, os profetas. 22Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel,
1 'Sim, todo o Israel transgrediu a tu a lei, desvian­ agora saí para fazer-te entender o sentido.
do-se para não obedecer à tu a voz; p o r isso a m aldi­ 23N o princípio das tuas súplicas, saiu a ordem , e eu
ção e o juram ento, que estão escritos na lei de Moisés, vim , para to declarar, p orque és m ui am ado; consi­
servo de Deus, se derram aram sobre nós; porque pe­ dera, pois, a palavra, e entende a visão.
camos contra ele. 24Setenta sem anas estão determ inadas sobre o teu
I2E ele confirm ou a sua palavra, que falou contra
povo, e sobre a tu a santa cidade, para cessar a tran s­
nós, e contra os nossos juizes que nos julgavam , tra ­
gressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a
zendo sobre nós um grande mal; p orq u an to debai­
iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e
xo de todo o céu nunca se fez com o se tem feito em
a profecia, e para ungir o Santíssimo.
Jerusalém.
2,Sabe e entende: desde a saída d a ordem para res­
l3Com o está escrito na lei de Moisés, todo este mal
taurar, e p ara edificar a Jerusalém, até ao Messias, o
nos sobreveio; apesar disso, não suplicamos à face do
Príncipe, haverásetesem anas.esessentaeduassem a-
Seni ior nosso Deus, para nos convertermos das nossas
nas; as ruas e o m uro se reedificarão, m as em tem pos
iniqüidades, e para nos aplicarmos à tua verdade.
angustiosos.
'■4Por isso o S enhor vigiou sobreo mal, eo trouxe sobre
26E depois das sessenta e duas sem anas será co rta­
nós; porque justo é o S eni ior, nosso Deus, em todas as
do o Messias, m as não para si m esm o; e o povo do
suas obras, que fez, pois não obedecemos à sua voz.
príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o san tu á­
15Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o
rio, e o seu fim será com um a inundação; e até ao fim
teu povo da terra do Egito com m ão poderosa, e ga­
haverá guerra; estão determ inadas as assolações.
nhaste para ti nom e, com o hoje se vê; tem os pecado,
27E ele firm ará aliança com m uitos por um a semana;
tem os procedido im piam ente.
I6Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte- e na m etade da semana fará cessar o sacrifício e a obla­
se a tua ira e o teu furor da tu a cidade de Jerusalém, ção; e sobre a asa das abom inações virá o assolador, e
do teu santo m onte; porq ue p o r causa dos nossos isso até à consumação; e o que está determ inado será
pecados, e por causa das iniqüidades de nossos pais, derram ado sobre o assolador.
tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para
todos os que estão em redor de nós. Os a co n tecim en to s dos ú ltim o s dias
l7Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu N O terceiro an o de Ciro, rei da Pérsia, foi
servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário as­ revelada um a palavra a Daniel, cujo nom e
solado faze resplandecer o teu rosto, p o r am o r do era Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia
Senhor. grande conflito; e ele enten d eu esta palavra, e tinha
l8Inclina, ó Deus m eu, os teus ouvidos, e ouve; abre entendim ento da visão.
os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a 2Naqueles dias eu, D aniel, estive triste p o r três se­
cidade que écham ada pelo teu nom e, porque não lan­ manas.
çamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em 3A lim ento desejável não com i, nem carne nem
nossas justiças, mas em tuas m uitas misericórdias. vinho en traram na m inha boca, nem m e ungi com
19Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, ungüento, até que se cu m p riram as três semanas.
atende-nos e age sem tardar; p o r am or de ti mesmo, 4E no dia vinte e quatro do prim eiro m ês eu estava
ó D eus meu; porque a tu a cidade e o teu povo são à borda do grande rio H idequel;
cham ados pelo teu nome. ’E levantei os m eus olhos, e olhei, e eis um hom em

811
DANIEL 10,11

vestido de linho,e os seus lom bos cingidos com ouro d e m im : senhor m e u , p o r c a u s a d a v is ã o s o b re v ie ­


fino deUfaz; r a m - m e d o re s , e n ã o m e fic o u fo rç a a lg u m a .
"E o seu corpo era com o berilo, e o seu rosto pare­ '"Com o, pois, p ode o servo do m eu se n h o r falar
cia u m relâm pago, e os seus olhos com o tochas de com o m eu senhor? Porque, q u an to a m im , desde
fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam com o agora não resta força em m im , e nem fôlego ficou
bronze polido; e a voz das suas palavras era com o a em m im .
voz de um a m ultidão. ISE aquele, qu e tin h a aparência de u m h om em ,
"E só eu, D aniel, tive aquela visão. Os hom ens que tocou-m e o u tra vez, e fortaleceu-m e.
estavam com igo não a viram ; con tu d o caiu sobre 19E disse: N ão tem as, hom em m u ito am ado, paz
eles um grande tem or, e fugiram , escondendo-se. seja contigo; anim a-te, sim, anim a-te. E, falando ele
"Fiquei, pois, eu só, a contem plar esta grande visão, com igo,fiquei fortalecido, e disse: Fala, m eu senhor,
e não ficou força em m im ; transm udou-se o m eu porque m e fortaleceste.
sem blante em corrupção, e não tive força alguma. 20E ele disse: Sabes p o r que eu vim a ti? Agora, pois,
9C ont udo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o tornarei a pelejar co n tra o p ríncipe dos persas; e,
som das suas palavras, eu caí sobre o m eu rosto nu m saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.
profundo sono, com o m eu rosto em terra. 21Mas eu te declararei o que está registrado n a escri­
"’E eis que certa m ão m e tocou, e fez com que m e tura da verdade; e ninguém há que m e anim e contra
movesse sobre os m eus joelhos e sobre as palm as das aqueles, senão M iguel, vosso príncipe.
m inhas mãos.
" E m e disse: Daniel, hom em m uito am ado, en ten ­ O im p ério m edo-persa será destruído
de as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre
os teus pés, po rq u e a ti sou enviado. E, falando ele
1 1 EU, pois, n o prim eiro ano de Dario, o medo,
JL levantei-m e para anim á-lo e fortalecê-lo.
com igo esta palavra, levantei-m e trem endo. 2E agora te declararei a verdade: Eis que ainda três
l2Então m e disse: N ão tem as, Daniel, porque desde reis estarão n a Pérsia, e o q uarto acum ulará grandes
o prim eiro dia em que aplicaste o teu coração acom - riquezas, m ais do que todos; e, to rn an d o -se forte,
preender e a hum ilhar-te perante o teu Deus, são o u ­ p o r suas riquezas, suscitará a todos co n tra o reino
vidas as tuas palavras; e eu vim p o r causa das tuas da Grécia.
palavras. ’D epois se levantará um rei valente, que reinará
l3Mas o príncipe do reino da Pérsia m e resistiu com grande dom ínio, e fará o que lhe aprouver.
vinte e um dias, e eis que M iguel, um dos prim eiros “Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado,
príncipes, veio para ajudar-m e, e eu fiquei ali com e será repartido para os quatro ventos do céu; mas
os reis da Pérsia. não para a sua posteridade, nem tam pouco segundo
' “Agora vim , para fazer-te entender o que há de o seu d o m ínio com que reinou, porque o seu reino
acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque será arrancado, e passará a o u tro s que não eles.
a visão é ainda para m uitos dias. 5E será forte o rei do sul; m as um dos seus príncipes
’’E, falando ele com igo estas palavras, abaixei o será m ais forte do que ele, e reinará poderosam ente;
m eu rosto para a terra, e em udeci. seu do m ínio será grande.
I6E eis que alguém, sem elhante aos filhos dos 6Mas, ao fim de alguns anos, eles se aliarão; e a filha
hom ens, tocou-m e os lábios; então abri a m inha do rei do sul virá ao rei do no rte para fazer um trata­
boca, e falei, dizendo àquele que estava em pé diante do; m as ela não reterá a força do seu braço; nem ele

Miguel, o grande príncipe __o RESPOSTA APOLOGÉTICA: O arcanjo Miguel é mencio-


(10.13-21;12.1) <= nado cinco vezes na Bíblia (10.13,21: Jd 9: Ap 12.7). Em
nenhuma dessas citações Miguel é apontado como sendo Jesus.
(XYal Adventismo do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová. Outro versículo utilizado pelas Testemunhas de Jeová é 1Tessalo-
\S ílJ Afirmam que Jesus é Miguel. Quanto aos adventistas, di­ nicenses 4.16 (V. comentário do versículo).
zem: "Cremos que Miguel [original Michael] nào é senâo um dos A Bíblia, porém, mostra a diferença entre Jesus e Miguel: 1) Jesus é
muitos títulos aplicados ao Filho de Deus, Jesus". Já as Testemu­ Criador (Jo 1.3), Miguel é criatura (Ct 1.16): 2) Jesus é adorado pelos
nhas de Jeová: "Aevidência indica que o Filho de Deus, antes de anjos, inclusive por Miguel (Hb 1.6), que. assim como os demais
vir à terra, era conhecido como Miguel, e também é conhecido anjos, não pode ser adorado (Ap 22.8,9); 3) Jesus é Senhor dos se­
por esse nome desde que retornou ao céu, onde reside como o nhores (Ap 17.14), Miguel é príncipe (10.13): 4) Jesus é o Rei dos reis
glorificado Filho espiritual de Deus". (1Tm 6.15), Miguel é o príncipe dos judeus (12.1. V. tb. Hb 1.5.6).

812
DANIEL 11

persistirá, nem o seu braço, porque ela será en tre­ 20E em seu lugar se levantará quem fará passar um
gue, e os que a tiverem trazido, e seu pai, e o que a for­ arrecadador pela glória do reino; mas em poucos
talecia naqueles tempos. dias será quebrantado, e isto sem ira e sem batalha.
7Mas de um renovo das raízes dela um se levantará 2'D epois se levantará em seu lugar um homem vil,
em seu lugar, e virá com o exército, e entrará na for­ ao qual não tin h am dado a dignidade real; mas ele
taleza do rei do norte, e operará contra eles, e p re­ virá caladam ente, e to m ará o reino com engano.
valecerá. 22E com os braços de um a inundação serão varridos
“Tam bém os seus deuses com as suas im agens de de diante dele; e serão quebrantados, com o tam bém
fundição, com os seus objetos preciosos de p rata e o príncipe da aliança.
ouro, levará cativos para o Egito; e p o r alguns anos 23E, depois do concerto com ele, usará de engano; e
ele persistirá contra o rei do norte. subirá, e se to rn ará forte com pouca gente.
9E en trará n o reino o rei do sul, e to rn ará para a 24Virá tam bém caladam ente aos lugares m ais fér­
sua terra. teis da província, e fará o que nun ca fizeram seus
l0Mas seus filhos intervirão e reunirão um a m ulti­ pais, nem os pais de seus pais; repartirá en tre eles a
dão degrandes forças; e virá apressadam ente e in u n ­ presa e os despojos, e os bens, e form ará os seus p ro ­
dará, e passará adiante; e, voltando levará a guerra jetos co n tra as fortalezas, m as p o r certo tem po.
até a sua fortaleza. 23E suscitará a sua força e a sua coragem co n tra o
"E n tão o rei do sul se exasperará, e sairá, e pele­ rei do sul com um grande exército; e o rei do sul se
jará contra ele, contra o rei do norte; este p orá em envolverá na guerra com um grande e m ui p odero­
cam po grande m ultidão, e aquela m ultidão será en­ so exército; m as não subsistirá, porque m aquinarão
tregue na sua mão. projetos contra ele.
I2A m ultidão será tirada e o seu coração se elevará; 2í,E os que com erem os seus alim entos o d estru i­
mas ainda que derrubará m uitos milhares, contudo rão; e o exército dele será arrasado, e cairão m uitos
não prevalecerá. m ortos.
l3Porque o rei do n o rte tornará, e porá em cam po 27Tam bém estes dois reis terão o coração atento
um a m ultidão m aior do que a prim eira, e ao fim para fazerem o mal, e a um a m esm a mesa falarão a
dos tem pos, isto é, de anos, virá à pressa com grande m entira; m as isso não prosperará, p o rq u e ainda verá
exército e com m uitas riquezas. o fim no tem po determ inado.
I4E, naqueles tem pos, m uitos se levantarão contra o 2BEntão to rn ará para a sua terra com m uitos bens, e
rei do sul; e os violentos dentre o teu povo se levanta­ o seu coração será contra a santa aliança; e fará o que
rão para cum prir a visão, m as eles cairão. lhe aprouver, e to rn ará para a sua terra.
I5E o rei do norte virá, e levantará baluartes, e to ­ 2<fNo tem po determ inado tornará a vir em direção do
m ará a cidade forte; e os braços do sul não poderão sul; mas não será na ultima vez com o fo i na primeira.
resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá 30Porque virão contra ele navios de Q uitim , que lhe
força para resistir. causarão tristeza; e voltará, e se indignará co n tra a
160 que, pois, há de vir contra ele fará segundo a santa aliança, e fará o que lhe aprouver;voltará e aten­
sua vontade, e n inguém poderá resistir diante dele; derá aos que tiverem ab andonado a santa aliança.
e estará na terra gloriosa, e p o r sua m ão haverá des­ 31E braços serão colocados sobre ele, que profana­
truição. rão o san tu ário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício
I7E dirigirá o seu rosto, para vir com a potência de contínuo, estabelecendo abom inação desoladora.
todo o seu reino, e com ele os retos, assim ele fará; e 32E aos violadores da aliança ele com lisonjas p er­
lhe dará um a filha das m ulheres, para corrom pê-la; verterá, m as o povo que conhece ao seu Deus se to r­
ela, porém , não subsistirá, nem será para ele. nará forte e fará proezas.
l8D epois v ira rá o seu rosto p ara as ilhas, e to m a rá 33 E os entendidos entre o povo ensinarão a m uitos;
m uitas; m as um prín cip e fará cessar o seu o p ró ­ todavia cairão pela espada, e pelo fogo, e pelo cati­
b rio co n tra ele, e ainda fará recair sobre ele o seu veiro, e pelo roubo, p o r muitos dias.
opróbrio. 34E, caindo eles, serão ajudados com pequeno so­
l9V irará então o seu rosto para as fortalezas da corro; m as m uitos se ajuntarão a eles com lisonjas.
sua p rópria terra, m as tropeçará, e cairá, e não será 35E alguns dos entendidos cairão, para serem pro­
achado. vados, purificados, e em branquecidos, até ao fim

813
DANIEL 11,12

do tem po, p orque será ainda para o tem po deter­ Os ú ltim o s tem pos
m inado. 1 /" \ E NAQUELE tem po se levantará M iguel, o
íhE este rei fará conform e a sua vontade, e levantar- X grande príncipe, que se levanta a favor dos
se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o filhos do teu povo, e haverá um tem po de angústia,
D eus dos deuses falará coisas espantosas, e será prós­ qual nunca houve, desde que houve nação até àquele
pero, até que a ira se com plete; porque aquilo que tem po; m as naquele tem po livrar-se-á o teu povo,
está determ inado será feito. todo aquele que for achado escrito no livro.
,TE não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá ’E m uitos dos que d o rm em no pó da terra ressusci­
respeito ao am or das m ulheres, nem a deus algum , tarão, uns para vida eterna, e o u tro s para vergonha
porque sobre tu d o se engrandecerá. e desprezo eterno.
,sMas em seu lugar honrará a um deus das forças; e 3Os que forem sábios, pois, resplandecerão com o o
a um deus a quem seus pais não conheceram h o n ra­ fulgor do firm am ento; e os que a m uitos ensinam a
rá com ouro, e com prata, e com pedras preciosas, e justiça, com o as estrelas sem pre e eternam ente.
com coisas agradáveis. 4E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro,
,9Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as até ao fim do tem po; m uitos correrão de u m a parte
poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem m u l­
para outra, e o conhecim ento se m ultiplicará.
tiplicará a honra, e os fará reinar sobre m uitos, e re ­
5Então eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé
partirá a terra po r preço.
ou tro s dois, u m deste lado, à beira do rio, e o outro
4ÜE, no fim do tem po, o rei do sul lutará com ele, e
do o u tro lado, à beira do rio.
o rei do norte se levantará contra ele com carros, e
6E ele disse ao hom em vestido de linho, que estava
com cavaleiros, e com m uitos navios; e entrará nas
sobre as águas do rio: Q uando será o fim destas m a­
suas terras e as inundará, e passará.
ravilhas?
4' E entrará na terra gloriosa, e m uitos países cairão,
7E ouvi o hom em vestido de linho, que estava sobre
mas da sua m ão escaparão estes: E dom e M oabe, e os
as águas do rio, o qual levantou ao céu a sua m ão d i­
chefes dos filhos de Amom.
42E estenderá a sua m ão contra os países, e a terra reita e a sua m ão esquerda, e ju ro u p o r aquele que
do Egito não escapará. vive etern am en te que isso seria para u m tem po,
43E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e tem pos e m etade do tempo, e q u an d o tiverem aca­
de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os bado de espalhar o poder do povo santo, todas estas
etíopes o seguirão. coisas serão cum pridas.
44Mas os rum ores do oriente e do n o rte o espanta­ 8Eu, pois, ouvi, m as não entendi; p o r isso eu disse:
rão; e sairá com grande furor, para d estruir e extir­ Senhor m eu, qual será o fim destas coisas?
par a muitos. 9E ele disse: Vai, D aniel, porque estas palavras estão
45E arm ará as tendas do seu palácio entre o m ar fechadas e seladas até ao tem po do fim.
grande e o m onte santo e glorioso; m as chegará ao l0M uitos serão purificados, e em branquecidos, e
seu fim, e não haverá quem o socorra. provados; m as os ím pios procederão im piam ente,

Os que forem sábios, pois, resplandecerão como Deus ensina por parles e propõe profecias graduais?
o fulgor do firmamento (12.8,9)
(12.3)
pn~'n Testemunhas de Jeová. Usam estes versículos para expli-
/Ov Catolicismo Romano. Alega, a partir deste texto, que os car suas profecias que não se cumpriram e as constantes
U y que morreram como “justos" mantêm uma vida consciente mudanças em suas doutrinas.
e de intercessão.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Tomando todo o contexto.
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Este “resplandecer" prome- • vemos, na referência 10.5, que o anjo explica a Daniel que
-=■ tido aos que ensinam o caminho da salvaçào a muitos não as coisas que lhe haviam sido reveladas se cumpririam no tempo
está relacionado a nenhuma forma de intercessão, mas, sim, à do fim (aí entra o v. 9 em questáo), mas somente os salvos as
vida gloriosa a que todos os salvos estão destinados. entenderiam e não os iníquos, por viverem nas trevas, como bem
A expressão também diz respeito à transformação ocorrida no ensina o anjo (v. 10).
corpo de Cristo quando de sua ressurreição (Fp 3.21). Em hipó­ Entretanto, os "santos" teriam, em seu devido tempo, o co­
tese alguma apóia a idéia de preservação da consciência após nhecimento da "continuidade” da profecia e não de sua suposta
a morte, pelo menos no sentido de que funcione para interceder mudança, como acontece, amiúde, com as Testemunhas de
pelos homens em suas necessidades (Ec 9.5,6,10; Is 8.19). Jeová (2.47).

814
DANIEL 12

e n enhum dos ím pios entenderá, m as os sábios en­ 12Bem -aventurado o que espera e chega até m il tre ­
tenderão. zentos e trin ta e cinco dias.
1 ‘E desde o tem po em que o sacrifício contínuo for l3Tu, p o ré m , v ai até ao fim ; p o rq u e d e s c a n sa ­
tirado, e posta a abom inação desoladora, haverá mil rás, e te le v a n ta rá s n a tu a h e ra n ç a , n o fim d o s
duzentos e noventa dias. dias.

815
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Oséias
T itu lo
O título do livro está ligado ao p ró p rio profeta Oséias, filho de Beeri.

A u t o r ia e data

É de Oséias, cujo nom e significa “o Senhor salva”. Oséias desenvolveu seu m inistério d u ran te os dias de
quatro diferentes reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. E de Jeroboão II, rei de Israel. Esse fato coloca
a com posição do livro no século 9a a.C.
C ontem porâneo de Amós em Israel e de Isaías e M iquéias em Judá, a m ensagem de Oséias sem pre foi
direcionada principalm ente ao reino do N orte, ou seja, Israel, em bora tenha continuado seu m inistério
depois do cativeiro assírio, em 722 a.C.

A ssunto
E ntre os tem as abordados p o r Oséias, está a infidelidade de Israel para com Deus, representada n o seu
p ró p rio relacionam ento conjugal. Em verdade, é um a linguagem m etafórica, m as, de certo m odo, extre­
m am ente com um nas Escrituras Sagradas (Êx 34.15,16; Lv 17.7; 20.5,6; D t 32.16,21; Is 54.5).
A infidelidade do povo, sem dúvida, traria o juízo de D eus sobre o Israel adúltero, o que, de fato, acon­
teceu em 722 a.C., quando as dez tribos foram levadas cativas pelo im pério assírio.
N os capítulos finais do livro, há referência a diversos eventos da h istória de Israel, tais com o: a luta de
Jacó com seu irm ão no ventre de sua m ãe, a luta de Jacó com o anjo, a libertação do Egito, a peregrinação
no deserto e a direção por Moisés.
Mas, além do juízo, Oséias fala do am or de Deus p o r Israel, apesar de sua infidelidade, e profere in ú ­
m eras prom essas de bênção e de restauração futura para a nação rebelde.

Ê nfase a p o lo g é tic a
O livro tem apresentado algum as dificuldades e, ao m esm o tem po, fornecido elem entos im portantes
para a profecia e a teologia.
O “caso da m ulher de Oséias” é considerado, no m ínim o, estranho, u m a vez que o p ró p rio D eus teria
m and ad o o profeta se un ir a u m a m ulher prostituta e adúltera.
Na referência 11.1, tem os a profecia messiânica, citada po r M ateus 2.15, e tam bém a lem brança da fa­
m osa teofania de Gênesis 32.1,2,24-30, quando Jacó encontra um exército de anjos e luta com um hom em ,
que, aqui, em Oséias, é referido com o sendo Deus e anjo, ao m esm o tem po (12.4,5). Levando em conta que
o Anjo do Senhor é identificado com o um a pré-m anifestação de Jesus em form a angelical, tal testem unho
seria referente à divindade de Cristo.
O LIVRO DO PROFETA

OSÉIAS
C asam ento sim bólico de Oséias A idolatria e corrupção d e Israel
PALAVRA do S en h or , que foi dirigida a Oséias, DIZEI a vossos irm ãos: Ami; e a vossas irmãs:
1 filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz,Eze-
quias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de
2 Ruama.
^Contendei com vossa m ãe, contendei, porque
Joás, rei de Israel. ela não é m in h a m ulher, e eu não sou seu m arido; e
20 princípio da palavra do S en h o r p or m eio de desvie ela as suas prostituições da sua vista e os seus
Oséias. Disse, pois, o S enhor a Oséias: Vai, tom a um a adultérios de entre os seus seios.
m ulher de prostituições, e filhos de prostituição; ’Para q ue eu não a despoje, ficando ela nua, e a
porque a terra certam ente se prostitui, desviando- p o n h a com o n o dia em q ue nasceu, e a faça com o
se do S enhor . um deserto, e a to rn e com o u m a te rra seca, e a m ate
’Foi, pois, e tom ou a G ôm er, filha de D iblaim , e ela à sede;
concebeu, e lhe deu um filho. 4E não m e com padeça de seus filhos, p o rq u e são
■'E disse-lhe o Senhor : Põe-lhe o nom e de Jizreel; filhos de prostituições.
porquedaquiapoucovisitareiosanguedejizreelsobre ’P orque sua m ãe se prostituiu; aquela que os con­
a casa de Jeu, e farei cessar o reino da casa de Israel. cebeu houve-se to rpem ente, p o rq u e diz: Irei atrás
5E naquele dia quebrarei o arco de Israel no vale de m eus am antes, que tne dão o m eu pão e a m inha
de Jizreel. água, a m in h a lã e o m eu linho, o m eu óleo e as
6E to m o u ela a conceber, e deu à luz u m a filha. E m inhas bebidas.
Deus disse: Põe-lhe o nom e de Lo-Ruam a; porque 6Portanto, eis que cercarei o teu cam inho com es­
eu não to rnarei m ais a com padecer-m e da casa de pinhos; e levantarei u m m u ro de sebe, para que ela
Israel, mas tu d o lhe tirarei. não ache as suas veredas.
7Mas da casa de Judá m e com padecerei, e os salva­ 7Ela irá atrás de seus am antes, m as não os alcançará;
rei pelo S enhor seu Deus, pois não os salvarei pelo e buscá-los-á, m as não os achará; então dirá: Ir-m e­
arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos ei, e to rn ar-m e-ei a m eu p rim eiro m arido, porque
cavalos, nem pelos cavaleiros. m elhor m e ia então do que agora.
8E, depois de haver desm am ado a Lo-Ruam a, con­ ^Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei o grão, e o
cebeu e deu à luz u m filho. m osto, e o azeite, e que lhe m ultipliquei a p rata e o
9E Deus disse: Põe-lhe o nom e de Lo-Ami; porque ouro, que eles usaram para Baal.
vós não sois m eu povo, nem eu serei vosso Deus. ’P ortanto tornarei a tirar o m eu grão a seu tem po
‘“Todavia o n úm ero dos filhos de Israel será com o e o m eu m osto no seu tem po determ inado; e arreba­
a areia do m ar, que não pode m edir-se nem contar- tarei a m in h a lã e o m eu linho, com que cobriam a
se; e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: Vós sua nudez.
não sois m eu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do 1 °E agora descobrirei a sua vileza diante dos olhos dos
Deus vivo. seus am antes, e ninguém a livrará da m inha mão.
11E os filhos de Judá e os filhosde Israel juntos se con­ "E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as
gregarão, e constituirão sobre si um a só cabeça, e su­ suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas fes­
birão da terra; porque grande será o dia de Jizreel. tividades.

niaise abolidos e o pronome possessivo “meus" se refere aos sá­


Os seus sábados
bados do quarto mandamento. Por conta disso, declaram: "Deus
( 2 . 11 )
descansou no sábado do sétimo dia, porém fez o mesmo nos sába­
Adventlamo do Sétimo Dia. Alega que o pronome possessi- dos anuais. Ao primeiro. Deus chama ‘os meus sábados’ (Ez20.20) ;
\5-tXJ vo "seus" indica os sábados, conforme consideram, cerimo- aos últimos, chama-os de seus sábados' (Is 1.13; Os 2.11)’ .

817
OSÉIAS 2 ,3 ,4

12E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que 2E com prei-a p ara m im p o r quinze peças de prata,
ela diz: É esta a m inha paga que m e deram os m eus e u m ômer, e meio ôm er de cevada;
am antes; eu, pois, farei delas um bosque, e as feras do 3E ele lhe disse: Tu ficarás com igo m uitos dias; não
cam po as devorarão. te prostituirás, nem serás de outro hom em ; assim
1 ’Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais lhes tam bém eu esperarei p o r ti.
queim ou incenso, e se adornou dos seus pendentes 4Porque os filhos de Israel ficarão p o r m uitos dias
e das suas jóias, e andou atrás de seus am antes, mas sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem está­
de m im se esqueceu, diz o S en h o r . tua, e sem éfode ou terafim.
14Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o de­ 5D epois to rn arão os filhos de Israel, e buscarão
serto, e lhe falarei ao coração. ao S enhor seu Deus, e a Davi, seu rei; e tem erão ao
15E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por S enhor , e à sua bondade, no fim dos dias.
porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua
mocidade, e com o no dia em que subiu da terra do Israel e Ju d á são am eaçados com castigo
OUVI a palavra do S enhor , vós filhos de Israel,
Egito.
16E naquele dia, diz o S enhor , tu me cham arás: M eu
m arido; e não mais m e cham arás: M eu senhor.
4 porque o S enhor tem um a contenda com os h a­
bitantes da terra; p o rq u e na terra não há verdade,
1 ’E da sua boca tirarei os nom es dos baalins, e não nem benignidade, n em conhecim ento de Deus.
mais se lem brará desses nomes. 2Só permanecem o perjurar, o m entir, o m atar, o
18E naquele dia farei p o r eles aliança com as feras furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sangui­
do cam po, e com as aves do céu, e com os répteis nário segue im ediatam ente a outro.
da terra; e da terra quebrarei o arco, e a espada, e a 3Por isso a terra se lam entará, e qualquer que m o rar
guerra, e os farei deitar em segurança. nela desfalecerá, com os anim ais do cam po e com as
I9E desposar-te-ei com igo para sempre; desposar- aves do céu; e até os peixes do m ar serão tirados.
te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignida­ 4Todavia ninguém contenda, ninguém repreenda,
de, e em m isericórdias. p orque o teu povo é com o os que co ntendem com
20E desposar-te-ei com igo em fidelidade, e conhe­ o sacerdote.
cerás ao S enhor . sPor isso tropeçarás de dia, e o profeta contigo tro ­
21E a c o n te c e rá n a q u e le d ia que e u a te n d e re i, d iz o peçará de noite; e destruirei a tua mãe.
S enhor ; e u a te n d e re i ao s céus, e estes a te n d e rã o à 60 m eu povo foi destruído, p o rq u e lhe faltou o co­
terra . nhecim ento; p o rq u e tu rejeitaste o conhecim ento,
22E a terra atenderá ao trigo, e ao m osto, e ao azeite, tam bém eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote
e estes atenderão a Jizreel. diante de m im ; e, visto que te esqueceste da lei do teu
23E semeá-la-ei para m im na terra, e com padecer- Deus, tam bém eu m e esquecerei de teus filhos.
m e-ei dela que não obteve m isericórdia; e eu direi 7C om o eles se m ultiplicaram , assim pecaram
àquele que não era m eu povo: Tu és m eu povo; e ele contra m im ; eu m udarei a sua h o n ra em vergonha.
dirá: Tu és m eu Deus! 8C om em da oferta pelo pecado do m eu povo, e pela
transgressão dele têm desejo ardente.
E O Sen h or m e disse: Vai ou tra vez, am a um a 9Por isso, com o é o povo, assim será o sacerdote; e
3 m ulher, am ada de seu amigo, contudo adúltera,
com o o S enhor am a os filhos de Israel, em bora eles
castigá-lo-ei segundo os seus cam inhos, e dar-lhe-ei
a recom pensa das suas obras.
olhem para outros deuses, e am em os bolos de uvas. l0Com erão, m as não se fartarão; entregar-se-ão à

__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O uso dos pronomes pos- onde, alternadamente, ocorrem mudanças de pronomes:
«= sessivos "seus" e “meus" não apresenta sábados distin­ "meus", "seus" ou “vossos".
tos. Números 28.2 fala das ofertas e emprega as formas dos pro­ Em Joâo 20.17, “aquele Pai", mencionado por Jesus como
nomes possessivos "minha' e "meu” , enquanto Deuteronômio “meu Pai” é diferente do Pai chamado por Jesus de “vosso Pai"?
12.6 fala dos mesmos sacrifícios, mas utilizando as formas "vos­ Será que a mudança do pronome possessivo serviu também para
sos' e "vossas”. mudar a identidade do Pai? Assim, todo o ciclo sabático foi termi­
A passagem em estudo diz “seus" porque foram dados para os nado na cruz, sejam os dias de festa ou os sábados semanais (Cl
israelitas, e “meus sábados' porque foram dados por Deus. Não 2.14-17). Por outro lado, os adventistas se contradizem ao afirma­
se trata de sábados diferentes. Mais uma prova bíblica pode ser rem: “Em Oséias 2.11 está profetizado o fim da observância de to­
vista na comparação de Levítico 26.2 com Levítico 26.34,35,43, dos os tipos de sábados por parte do povo judeu".

818
OSÉIAS 4 ,5 ,6

lu x ú ria , m a s n ã o se m u ltip lic a rã o ; p o r q u e d e ix a ra m 5A soberba de Israel testificará n o seu rosto; e Israel


d e a te n ta r a o S enhor . e Efraim cairão pela sua injustiça, e Judá cairá ju n ­
1'A luxúria, e o vinho, e o m osto tiram o coração. tam ente com eles.
u O m eu povo consulta a sua m adeira, e a sua "Então irão com os seus rebanhos, e com o seu gado,
vara lhe responde, p orque o espírito da luxúria os para buscarem ao S enhor , m as não o acharão; ele se
engana, e prostituem -se, apartando-se da sujeição retirou deles.
do seu Deus. 7Aleivosam ente se houveram contra o S enhor ,
’’Sacrificam sobre os cum es dos m ontes, e quei­ porque geraram filhos estranhos; agora em um só
m am incenso sobre os outeiros, debaixo do carva­ mês os consum irá com as suas porções.
lho, e do álam o, e do olm eiro, p orque é boa a sua 8Tocai a buzina em Gibeá, a tro m b eta em Ramá;
som bra; p o r isso vossas filhas se prostituem , e as gritai altam ente em Bete-Áven; depois de ti, ó Ben­
vossas noras adulteram . jam im .
14Eu não castigarei vossas filhas, quando se prosti­ 9Efraim será para assolação no dia do castigo; entre
tuem , nem vossas noras, quando adulteram ; porque as tribos de Israel m anifestei o que está certo.
eles m esm os com as prostitutas se desviam , e com as l0Os príncipes de Judá são com o os qu e m ud am
m eretrizes sacrificam; pois o povo que não tem en­ os limites; derram arei, pois, o m eu fu ro r sobre eles
tendim ento será transtornado. com o água.
15Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, con­ "E fraim está oprim ido e quebrantado no juízo,
tudo não se faça culpado Judá; não venhais a Gilgal, porque quis andar após o m andam ento dos homens.
e não subais a Bete-Áven, e não jureis, dizendo: Vive ' ^Portanto a Efraim serei com o a traça, e para a casa
o S enhor . de Judá com o a podridão.
l6Porque com o um a novilha obstinada se rebelou ' ’Q u an d o Efraim viu a sua enferm idade, e Judá
Israel; agora o S en h o r os apascentará com o a um a sua chaga, subiu Efraim à Assíria e enviou ao rei
cordeiro nu m lugar espaçoso. Jarebe; m as ele não poderá sarar-vos, nem cu rar a
17Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o. vossa chaga.
I8A sua bebida se foi; lançaram -se à luxúria conti­ 1 ''Porque para Efraim serei com o um leão, e como um
nuam ente; certam ente os seus governadores am am leãozinho à casa de Judá; eu, eu o despedaçarei, e ir-me-
a vergonha. ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre.
l9U m vento os envolveu nas suas asas, e envergo- ' 5Irei e voltarei ao m eu lugar, até que se reconheçam
nhar-se-ão por causa dos seus sacrifícios. culpados e busquem a m in h a face; estando eles an ­
gustiados, de m adrugada m e buscarão.
Os príncipes e sacerdotes são repreendidos
OUVI isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de VINDE, e tornem os ao S enhor , porque ele des­
Israel, e daí ouvidos, ó casa do rei, porque contra
vós se dirige este juízo, visto que fostes um laço para
6pedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará aferida.
2D epois de dois dias nos d ará a vida; ao terceiro dia
Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor. nos ressuscitará, e viverem os diante dele.
2Os revoltos se aprofundaram na m atança; m as eu ’Então conheçam os, e prossigam os em conhe­
castigarei a todos eles. cer ao S en h o r ; a sua saída, com o a alva, é certa; e ele
3Eu conheço a Efiraim, e Israel não se esconde de a nós virá com o a chuva, com o chuva serôdia que
m im ; porque agora te tens prostituído, ó Efraim, e rega a terra.
Israel se contam inou. “Q ue te farei, ó Efraim? Q ue te farei, ó Judá? Porque
4N ão querem o rdenar as suas ações a fim de volta­ a vossa benignidade é com o a nuvem da m an h ã e
rem para o seu Deus, porque o espírito das prostitui­ com o o orvalho d a m adrugada, que cedo passa.
ções está no m eio deles, e não conhecem ao S enhor . 5Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras da

Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao S e n h o r posta subjetividade de Deus, adota a “ausência de conhecimento"


(6.3) como sendo a melhor forma de se lidar com o desconhecido,
Agnostlcismo. Declara que há provas negativas e positivas RESPOSTA APOLOGÉTICA: Da mesma forma que a
â quantoàexistênciade Deus, porém, todas inconclusas. Dentro
desse conceito, crê e. ao mesmo tempo, não crê; e. baseado na su­
■=• Bíblia convida o homem ao arrependimento e à conver­
são a Cristo (conhecimento espiritual), o convida também ao co-

819
OSÉIAS 6 ,7 ,8

m inha boca os m atei; e os teus juízos sairão como via não voltarão p ara o Se n h o r seu Deus, nem o b u s­
a luz, carão em tu d o isto.
6P orque eu quero a m isericórdia, e não o sacrifí­ 11 Porque Efraim é com o um a pom b a ingênua, sem
cio; e o conhecim ento de Deus, m ais do que os ho- entendim ento; invocam o Egito, vão para a Assíria.
locaustos. '^Q uando forem, sobre eles estenderei a m inha rede,
7Mas eles transgrediram a aliança, com o Adão; eles e com o aves do céu os farei descer; castigá-los-ei,con­
se p o rtaram aleivosam ente contra m im . form e o que eles têm ouvido na sua congregação.
8Gileade é a cidade dos que p raticam iniqüidade, 1JAi deles, p o rq u e fugiram de m im ; destruição
m anchada de sangue. sobre eles, p o rq u e se rebelaram co n tra m im ; eu os
9G am o as hordas de salteadores que esperam alguns, rem i, m as disseram m entiras contra m im .
assim é a com panhia dos sacerdotes que m atam no I4E não clam aram a m im com seu coração, m as
cam inho nu m mesmo consenso; sim, eles com etem davam uivos nas suas camas; p ara o trigo e para o
abominações. vinho se ajuntam , mas contra m im se rebelam .
l0Vejo um a coisa h orrenda na casa de Israel, ali está 15Eu os corrigi, e lhes esforcei os braços, mas
a prostituição de Efraim; Israel está contam inado. pensam mal contra m im .
“ Tam bém para ti, ó Judá, está assinada um a sega, 16Eles voltaram , mas não para o Altíssimo. Fize­
quando eu trouxer o cativeiro do m eu povo. ram -se com o um arco enganador; caem à espada os
seus príncipes, p o r causa do furor d a sua língua; este
SARANDO eu a Israel, se descobriu a iniqüi­ será o seu escárnio na terra do Egito.
7 dade de Efraim, com o tam bém as m aldades de
Samaria, porque praticaram a falsidade; e o ladrão O castigo está p róxim o
entra, e a h orda dos salteadores despoja p o r fora. PÕE a tro m b eta à tua boca.
2E não dizem no seu coração que eu m e lem bro de Ele virá com o a águia contra a casa do Se n h o r ,
to d a a sua m aldade; agora, pois, os cercam as suas porque transgrediram a m inha aliança, e se rebela­
obras; diante da m inha face estão. ram contra a m inha lei.
’C om a sua malícia alegram ao rei, e com as suas 2E a m im clam arão: Deus meu! Nós, Israel, te co­
m entiras aos príncipes. nhecem os.
■•Todos eles são adúlteros; são sem elhantes ao forno ’Israel rejeitou o bem ; o inim igo persegui-lo-á.
aceso pelo padeiro, que cessa de m exer nas brasas, 4Eles fizeram reis, m as não p o r m im ; constituíram
depois que am assou a massa, até que seja levedada. príncipes, mas eu não o soube; da sua p rata e do seu
5E no dia do nosso rei os príncipes se tornaram d o ­ ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos.
entes com frascos de vinho; ele estendeu a sua m ão ’O teu bezerro, ó Samaria, te rejeitou; a m inha ira
com os escarnecedores. se acendeu contra eles; até q uando serão eles incapa­
6Porque, prepararam o coração com o um forno, zes da inocência?
na sua em boscada; toda a noite d orm e o seu padeiro, 6P orque isso vem de Israel, um artífice o fez, e não
pela m anhã arde com o fogo de cham a. é Deus; m as em pedaços será desfeito o bezerro de
7Todos eles estão quentes com o um forno, e conso­ Samaria.
m em os seus juizes; todos os seus reis caem, ninguém :P orque sem earam vento, e segarão to rm en ta, não
en tre eles há que m e invoque. haverá seara, a erva não d ará farinha; se a der, tragá-
sEfraim se m istura com os povos; Efraim é u m bolo la-ão os estrangeiros.
que não foi virado. 8lsrael foi devorado; agora está entre os gentios
sEstrangeiros lhe com eram a força, e ele não o sabe; com o um vaso em que ninguém tem prazer.
tam bém as cãs se espalharam sobre ele, e não o sabe. "Porque su b iram à Assíria, como um ju m en to
I0E a soberba de Israel testificará diante dele; to d a­ m ontês, p o r si só; Efraim m ercou am ores.

nhecimento de Deus, por meio de sua Palavra. Oséias vai ainda ticos ficam distante da experiência que esse conhecimento, em
mais longe ao esclarecer que o conhecimento de Deus não se re­ sua forma mais importante, pode lhes proporcionar. Estamos fa­
sume à "letra”, mas ao contato íntimo, que, neste livro, é simboli­ lando da experiência que depende da fé que decorre do conheci­
zado pelo casamento. mento da "letra" (Hm 10.17). Neste sentido, é notório que perma­
Por evitarem o conhecimento material — a "letra" — os agnós­ neçam na "ausência de conhecimento".

820
OSÉIAS 8 ,9 ,1 0

'“Todavia, ainda que eles m erquem entre as nações, pais com o a fruta tem porã da figueira n o seu p rin cí­
eu os congregarei; e serão um pouco afligidos p or pio; m as eles foram para Baal-Peor, e se consagraram
causa da carga do rei dos príncipes. a essa vergonha, e se to rn aram abom ináveis com o
"P o rq u an to Efraim m ultiplicou os altares para aquilo que am aram .
pecar; teve altares para pecar. " Quanto a Efraim, a sua glória com o ave voará,
l2Escrevi-lhe as grandezas da m inha lei, porém não haverá nascim ento, não haverá gestação nem
essas são estim adas com o coisa estranha. concepção.
13Quanto aos sacrifícios das m inhas ofertas, sacri­ 12 A inda que venham a criar seus filhos, co n tu d o os
ficam carne, e a com em , mas o Se n h o r não as aceita;
privarei deles p ara que não fique n en h u m hom em .
agora se lem brará da sua iniqüidade, e p unirá os seus Ai deles, q uando deles eu m e apartar!
pecados; eles voltarão para o Egito. "E fraim , assim com o vi a Tiro, está plantado n u m
14Porque Israel se esqueceu do seu Criador, e edi­ lugar aprazível; mas Efraim levará os seus filhos ao
ficou tem plos, e Judá m ultiplicou cidades fortifica­ m atador.
das. M as eu enviarei um fogo contra as suas cidades, 14D á-lhes, ó Se n h o r ; mas que lhes darás? D á-lhes
que consum irá os seus palácios. um a m adre que aborte e seios secos.
’’Toda a sua m alícia se acha em Gilgal, p o rq u e ali
O pecado de Israel e a sua conseqüência os odiei; p o r causa da m aldade das suas obras lançá-
NÀO te alegres, ó Israel, não exultes, com o os los-ei para fora de m inha casa. N ão os am arei mais;
9 povos; porque ao pro stitu ir-te abandonaste o todos os seus príncipes são rebeldes.
teu Deus; am aste a paga de m eretriz sobre todas as l6Efiraim foi ferido, secou-se a sua raiz; não darão
eiras de trigo. fruto; sim , ainda que gerem, m atarei os frutos dese­
2 A eira e o lagar não os m anterão; e o m osto lhes jáveis do seu ventre.
faltará. 170 m eu D eus os rejeitará, porque não o ouviram ,
3Na terra do Se n h o r não perm anecerão; m as Efra­ e errantes andarão entre as nações.
im to rn ará ao Egito, e na Assíria com erão comida
im unda. ISRAEL é um a vide estéril que dá fruto para
4N ão d erram arão libações de vinho ao Se n h o r , si m esm o; conform e a ab undância do seu
nem lhe agradarão as suas ofertas. Os seus sacrifí­ fruto, m ultiplicou tam bém os altares; conform e a
cios lhes serão com o pão de pranteadores; todos os b ondad e da sua terra, assim fizeram boas as está­
que dele com erem serão im undos, porque o seu pão tuas.
será som ente para si m esm os; não en trará na casa 20 seu coração está dividido, p o r isso serão culpa­
do Senho r . dos; o Senhor dem olirá os seus altares, e destruirá as
5Q ue fareis vós no dia da solenidade, e no dia da suas estátuas.
festa do Se n h o r ? 3C ertam ente agora dirão: N ão tem os rei, porque
6Porque, eis que eles se foram p o r causa da destrui­ não tem em os ao Se n h o r ; e o rei, que faria p o r nós?
ção, m as o Egito os recolherá, Mênfis os sepultará; o 4Falaram palavras, ju ra n d o falsam ente, fazendo
desejável da sua prata as urtigas o possuirão p o r he­ um a aliança; p o r isso florescerá o juízo com o erva
rança, espinhos crescerão nas suas tendas. peçonhenta nos sulcos dos cam pos.
7Chegarão os dias da punição, chegarão os dias da 5Os m oradores de Sam aria serão atem orizados
retribuição; Israel o saberá; o profeta é um insen­ pelo bezerro de Bete-Áven; p o rq u e o seu povo se la­
sato, o hom em de espírito é u m louco; p o r causa m entará p o r causa dele, com o tam bém os seus sacer­
da abundância da tua iniqüidade tam bém haverá dotes idólatras que nele se regozijavam, p o r causa da
grande ódio. sua glória, que se ap arto u dela.
8Efraim era o vigia com o m eu Deus, mas o profeta '’Tam bém será levada para a Assíria como u m p re­
é como um laço de caçador de aves em todos os seus sente ao rei Jarebe; Efraim ficará confuso, e Israel se
cam inhos, e ódio na casa do seu Deus. envergonhará p o r causa do seu p ró p rio conselho.
9M uito profundam ente se corrom peram , com o 70 rei de Sam aria será desfeito com o a espum a
nos dias de Gibeá; ele lem brar-se-á das suas injusti­ sobre a face da água.
ças, visitará os pecados deles. 8E os altos de Áven, pecado de Israel, serão destru­
10Achei a Israel com o uvas no deserto, vi a vossos ídos; espinhos e cardos crescerão sobre os seus alta­

821
OSÉIAS 10,11,12

res; e dirão aos m ontes: Cobri-nos! E aos outeiros: 5N ão voltarápara a te rra d o Egito,m as a Assíria será
Caí sobre nós! seu rei; p orque recusam converter-se.
9D esde os dias de Gibeá pecaste, ó Israel; ali 6E cairá a espada sobre as suas cidades, e co nsum i­
perm aneceram ; a peleja em Gibeá, contra os filhos rá os seus ram os, e os devorará, p o r causa dos seus
da perversidade, não os alcançará. próprios conselhos.
l0Eu os castigarei na m edida do m eu desejo; e con- 7Porque o m eu povo é inclinado a desviar-se de
gregar-se-ão contra eles os povos, quando eu os atar m im ; ainda que cham am ao Altíssimo, n en h u m
pela sua dupla transgressão. deles o exalta.
11 Porque Efraim é um a bezerra dom ada, que gosta “C om o te deixaria, ó Efraim? C om o te entregaria,
de trilhar; e eu poupava a form osura do seu pesco­ ó Israel? C om o te faria com o Admá? Te poria com o
ço; m as farei cavalgar Efraim. Judá lavrará, Jacó lhe Zeboim? Está com ovido em m im o m eu coração, as
desfará os torrões. m inhas com paixões à u m a se acendem.
''Não executarei o furor da m inha ira; não voltarei para
1 ^Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a m ise­
destruir a Efraim, porque eu som Deus e não hom em , o
ricórdia; lavrai o cam po de lavoura; porque é tem po
Santo no meio de ti; eu não entrarei na cidade.
de buscar ao S enhor , até que venha e chova a ju sti­
1 “A ndarão após o S en h o r ; ele rugirá com o leão; ru ­
ça sobre vós.
gindo, pois, ele, os filhos do ocidente trem erão.
,3Lavrastes a im piedade, segastes a iniqüidade, e
"T rem en d o virão com o um passarinho, os do
comestes o fruto da m entira; porque confiaste no teu
Egito, e com o u m a pom ba, os da terra da Assíria, e os
cam inho, na m ultidão dos teus poderosos.
farei habitar em suas casas, diz o S enhor .
14Portanto, entre o teu povo se levantará um grande
12Efraim m e cercou com m entira, e a casa de Israel
tum ulto, e todas as tuas fortalezas serão destruídas,
com engano; m as Judá ainda d o m in a com Deus, e
com o Salmã d estruiu a Bete-Arbel no dia da guerra;
com os santos está fiel.
a mãe ali foi despedaçada com os filhos.
15Assim vos fará Betei por causa da vossa grande A controvérsia do S enhok c o m J u d á e co m Israel
malícia; de m adrugada o rei de Israel será totalm en­ EFRAIM se apascenta de vento, e segue o
te destruído. vento leste; todo o dia m ultiplica a m en ti­
ra e a destruição; e fazem aliança com a Assíria, e o
A ingratidão de Israel azeite se leva ao Egito.
11 QUANDO Israel era m enino, eu o am ei; e
A do Egito cham ei a m eu filho.
20 S en h or tam bém com Judá tem contenda, e cas­
tigará Jacó segundo os seus cam inhos; segundo as
2Mas, como os cham avam , assim se iam da sua face; suas obras o recom pensará.
sacrificavam a baalins, e queim avam incenso às im a­ 3N o ventre pegou do calcanhar de seu irm ão, e na
gens de escultura. sua força lutou com Deus.
3Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tom ando- 4Lutou com o anjo, e prevaleceu; chorou, e lhe su ­
os pelos seus braços, mas não entenderam que eu plicou; em Betei o achou, e ali falou conosco,
os curava. 5S im , o S enhor , o Deus dos Exércitos; o S enhor é o
4 A traí-os com cordas hum anas, com laçosde am or, seu m em orial.
e fui para eles com o os que tiram o jugo de sobre as ‘‘Tu, pois, converte-te a teu Deus; guarda a benevo­
suas queixadas, e lhes dei m antim ento. lência e o juízo, e em teu Deus espera sempre.

Segundo os seus caminhos; segundo divíduo traça para si próprio. Todavia, no que diz respeito aos
as suas obras o recompensará. salvos no atual advento da graça, a efetivação das boas obras
( 12 . 2 ) atende à determinação de João Batista em Mateus 3.8. ou seja,
acompanha o pensamento de Tiago, que fala sobre a demons­
Catolicismo Romano. Emprega este versículo para ten­
tração da fé por meio das obras (Tg 2 18), o que toma pública
tar justificar que as “boas obras" sào um fator determinan­
a conversão humana. Mas isso não significa que as boas obras
te para que a pessoa seja salva, contestando a teologia da sal­
tenham algum vínculo ou produzam merecimento para que al­
vação pela graça.
guém alcance a salvação planejada por Oeus em Jesus Cristo
__H RESPOSTA APOLOGÉTICA: A recompensa citada no (1Co 13.2.3).
«=» versículo em análise está se referindo ao fim que cada in­

822
OSÉIAS 12,13,14

7É um m ercador; tem nas m ãos um a balança enga­ todas as tuas cidades, e os teus juizes, dos quais dis­
nosa; am a a opressão. seste: D á-m e rei e príncipes?
8E diz Efraim: C o ntudo m e ten h o enriquecido, e 11Dei-te um rei na m inha ira, e tirei-o no m eu furor.
tenho adquirido para m im grandes bens; em todo ,2A iniqüidade de Efiraim está atada, o seu pecado
0 m eu trabalho não acharão em m im iniqüidade está arm azenado.
alguma que seja pecado. 13Dores de m ulher de p arto lhe sobrevirão; ele é um
9Mas eu sou o Se n h o r teu D eus desde a terra do filho insensato; p orque é tem po e não está no lugar
Egito; eu ainda te farei habitar em tendas, com o nos em que deve vir à luz.
dias da festa solene. l4Eu os rem irei da m ão do inferno, e os resgatarei
"’Falei aos profetas, e m ultipliquei a visão; e pelo da m orte. O nde estão, ó m orte, as tuas pragas? O nde
m inistério dos profetas propus símiles. está, ó inferno, a tu a perdição? O arrependim ento
11N ão é Gileade iniqüidade? P ura vaidade são eles; está escondido de m eus olhos.
em Gilgal sacrificam bois; os seus altares são com o 1’A inda que ele dê fruto entre os irm ãos, virá o
m ontões de pedras nos sulcos dos cam pos. vento leste, vento do Senho r , subindo do deserto, e
12Jacó fugiu para o cam po da Síria, e Israel serviu por secar-se-á a sua nascente,e secar-se-á a sua fonte; ele
uma mulher, e po r um a m ulher guardou o gado. saqueará o tesouro de todos os vasos desejáveis.
'■'Maso Se n h o r por m eio de um profeta fez subir a 16Sam aria virá a ser deserta, p o rq u e se rebelou
Israel do Egito, e p o r um profeta foi ele guardado. contra o seu Deus; cairão à espada, seus filhos serão
l4Efraim m ui am argosam ente provocou a sua ira; despedaçados, e as suas grávidas serão fendidas pelo
p o rtan to deixará ficar sobre ele o seu sangue, e o seu meio.
Senhor o recom pensará pelo seu opróbrio.
E xortação ao a rrependim ento,
O pecado de Israel e o seu castigo e promessa de perdão
1 ^ QUANDO Efraim falava, trem ia-se; foi CONVERTE-TE, ó Israel, ao Senho r teu
J . . 3 exaltado em Israel; m as ele se fez culpado
em Baal.e m orreu.
M Deus; porque pelos teus pecados tens caído.
2Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao
2E agora m ultiplicaram pecados, e da sua p rata fi­ S e n h o r ; dizei-lhe: Tira toda a iniqüidade, e aceita o
zeram um a imagem de fundição, ídolos segundo o que é bom ; e oferecerem os como novilhos os sacrifí­
seu entendim ento, todos obra de artífices, dos quais cios dos nossos lábios.
dizem: Os hom ens que sacrificam beijem os bezer­ 3N ão nos salvará a Assíria, não irem os m o n tad o s
ros. em cavalos, e à obra das nossas m ãos já não direm os
*Por isso serão com o a nuvem da m anhã, e com o o mais: Tu éso nosso deus; p orque p o rti o órfão alcan­
orvalho da m adrugada, que cedo passa; com o folhe­ ça m isericórdia.
lho que a tem pestade lança da eira, e com o a fum aça 4Eu sararei a sua infidelidade, eu voluntariam ente
da cham iné. os am arei; p o rq u e a m in h a ira se ap arto u deles.
■’Todavia, eu som o Se n h o r teu Deus desde a terra do 5Eu serei para Israel com o o orvalho. Ele florescerá
Egito; p o rtan to não reconhecerásoMfrodeus além de com o o lírio e lançará as suas raízes com o o Líbano.
m im , porque não há Salvador senão eu. 6Estender-se-ão os seus galhos, e a sua glória será
5Eu te conheci no deserto, na terra m uito seca. com o a da oliveira, e sua fragrância com o a do
6D epois eles se fartaram em proporção do seu Líbano.
pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se o seu cora­ ^Voltarão os que habitam debaixo da sua som bra;
ção, p o r isso se esqueceram de m im . serão vivificados como o trigo, e florescerão com o a
7Serei, pois, para eles com o leão; com o leopardo es­ vide; a sua m em ória será com o o vinho do Líbano.
piarei no cam inho. 8Efraim dirá: Q ue m ais tenho eu com os ídolos? Eu
“Com o ursa roubada dos seus filhos, os encontrarei, o tenho ouvido, e cuidarei dele; eu sou com o a faia
e lhes rom perei as teias do seu coração, e com o leão ali verde; de m im é achado o teu fruto.
os devorarei; as feras do cam po os despedaçarão. ’Q uem é sábio, p ara que en tenda estas coisas?
9Para a tua perda, ó Israel, te rebelaste contra m im , Q uem ép ru d en te, para que as saiba? Porque os cam i­
a saber, contra o teu ajudador. nhos do Sen h o r são retos, e os justos andarão neles,
10O nde está agora o teu rei, para que te guarde em m as os transgressores neles cairão.

823
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Joel
T it u l o
O no m e do livro deriva do p róprio profeta Joel, filho de Petuel, indicado na abertura do prim eiro ca­
pítulo (1.1).

A u toria e data
É de Joel, cujo nom e significa “O S enhor (Jeová) é D eus”. N ão existem dificuldades em identificá-lo
com o sendo o autor, em bora não se possa dizer mais nada sobre ele, exceto que era filho de Petuel.
Trata-se de um dos livros m ais difíceis de datar, porque n en h u m rei israelita ou nação estrangeira foi
citado em suas páginas. As opiniões divergem am plam ente neste sentido. M uitos pensam que foi escrito
no tem po de Joás.

A ssunto
Descreve a invasão de Judá por um a praga de gafanhotos que d estru iu tu d o no seu cam inho e em po­
breceu o povo (1.1 -2 .1 1 ), m as este episódio lança dúvidas q u anto se é u m a referência literal o u sim bóli­
ca. Na ocasião, o profeta insistiu com o povo para que se voltasse ao S enhor (2.12-17).
Na referência 2.18,19, os verbos hebraicos estão no tem po passado e foram traduzidos desse m odo em
algumas versões. Se o hebraico for tom ado em seu sentido literal, esses verbos indicam que o arrependi­
m ento do povo foi aceito e que o S enhor não só rem overia a praga dos gafanhotos (2.20), m as tam bém res­
tau raria tudo q uanto os insetos tinham com ido (2.25-27).
Já na referência 2.28-32, o profeta p enetra profundam en te no futuro, vislum brando o juízo e as ale­
grias vindouras. A invasão dos gafanhotos, agora apenas um item da história, pode ser considerada com o
um arauto das invasões dos exércitos hum anos que virão.

Ê nfase apologética
A autoria de Joel foi confirm ada no Novo Testam ento e o cu m p rim en to de um a de suas profecias en ­
dossa a inspiração divina do livro (Cf. 2.32 com At 2.21). O d erram am en to geral do Espírito Santo era algo
com pletam ente inusitado, um a vez que a ação do Espírito Santo, no Antigo Testamento, era restrita a cer­
tos ofícios específicos, com o reis, profetas e sacerdotes.
Apesar da brevidade e do pouco conhecim ento a respeito do contexto que cerca o livro, sua profecia foi
am plam ente citada. A salvação p o r m eio da invocação constante do no m e do Senhor (2.32), repetida no
Novo Testamento (At 2.21; Rm 10.13), é um forte apelo à divindade e à m essianidade de Jesus.
O LIVRO DO PROFETA

OEL
A terrível carestia causada pela locusta ra tam bém , e a palm eira e a macieira; todas as árvo­
e pela seca res do cam po se secaram , e já não há alegria entre os
PALAVRA do Se n h o r , que foi dirigida a Joel, filhos dos hom ens.
1 filho de Petuel.
2Ouvi isto, vós anciãos, e escutai, todos os m o ra ­
1 ’Cingi-vose lamentai-vos, sacerdotes; gemei, minis­
tros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, mi­
dores da terra: Porventura isto aconteceu em vossos nistros do m eu Deus; porque a oferta de alimentos, e a
dias, ou nos dias de vossos pais? libação, foram cortadas da casa de vosso Deus.
JFazei sobre isto um a narração a vossos filhos, e ,4Santificai um jeju m , convocai u m a assembléia
vossos filhos a seus filhos, e os filhos destes à outra solene, congregai os anciãos, e to d o s os m oradores
geração. desta terra, n a casa do Se n h o r vosso Deus, e clamai
■•O que ficou da lagarta, o gafanhoto o com eu, e o ao Senho r .
que ficou do gafanhoto, a locusta o com eu, e o que 15Ai do dia! P orque o dia do Se n h o r está perto, e
ficou da locusta, o pulgão o com eu. virá com o um a assolação do Todo-Poderoso.
’D espertai-vos, bêbados, e chorai; gem ei, todos 16Porventura o m an tim e n to não está co rtad o de
os que bebeis vinho, p o r causa do m osto, po rq u e diante de nossos olhos, a alegria e o regozijo da casa
tirado é da vossa boca. de nosso Deus?
6Porque subiu contra a m inha terra um a nação p o ­ 17As sem entes apodreceram debaixo dos seus to r­
derosa e sem núm ero; os seus dentes são dentes de rões, os celeiros foram assolados, os arm azéns der­
leão, e têm queixadas de um leão velho. rubados, p orque se secou o trigo.
7Fez da m inha vide u m a assolação, e tiro u a casca l8C om o gem e o anim al! As m anadas de gados
da m in h a figueira; despiu-a to d a, e a lan ço u por estão confusas, p o rq u e não têm pasto; tam bém os
terra; os seus sarm entos se em branqueceram . rebanhos de ovelhas estão perecendo.
8Lam enta com o a virgem que está cingida de saco, I9A ti, ó Se n h o r , clam o, p o rq u e o fogo consum iu
pelo m arido da sua m ocidade. os pastos do deserto, e a cham a abrasou todas as ár­
9Foi cortada a oferta de alim entos e a libação da vores do campo.
casa do Se n h o r ; os sacerdotes, m inistros do Senho r , 20T am bém todos os anim ais do cam po b ram am a
estão entristecidos. ti; p orque as correntes de água se secaram , e o fogo
10O campo está assolado, ea terra triste; porque o trigo consum iu os pastos do deserto.
está destruído, o m osto se secou, o azeite acabou.
11 Envergonhai-vos, lavradores, gem ei, v inhatei­ TOCAI a trom beta em Sião, e clamai em alta voz
ros, sobre o trigo e a cevada; p orque a colheita do
cam po pereceu.
2 n o m eu santo m onte; trem am todos os m o ra­
dores da terra, p orque o dia do Se n h o r vem , já está
I2A vide se secou, a figueira se m urchou, a rom ei- perto;

Santificai um jejum vino em regime de "troca’ , como se fosse algo negociável.


(1.14) A concessão do perdáo pelo Pai depende de um sincero ar­
rependimento. Deus não exige e muito menos deseja sacri­
Catolicismo Romano. Usa esta passagem para tentar jus­
fícios que. supostamente, leve alguém a merecer o perdáo
tificar as penitências, prática pela qual, conforme ensina o
(1Sm 15.22). O arrependimento sincero (At 2.38), no advento
magistério católico, pode-se obter o perdão divino.
do Novo Testamento, eximiu os israelitas - e também os gen­
.. a RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há uma grave distorção tios - da norma mosaica que determinava uma oblação pelo
nesta interpretação. Nào se pode granjear o perdão di­ pecado (êx 29.14,36).

825
JO EL2

-D ia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e deixará após si um a bênção, em oferta de alim entos
densas trevas, com o a alva espalhada sobre os e libação para o S enhor vosso Deus?
m ontes; povo grande e poderoso, qual nunca houve l5Tocai a tro m b eta em Sião, santificai u m jejum ,
desde o tem po antigo, nem depois dele haverá pelos convocai um a assembléia solene.
anos adiante, de geração em geração. lhCongregai o povo, santificai a congregação,
3D iante dele um fogo consom e, e atrás dele um a ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que
cham a abrasa; a terra diante dele é com o o jardim m am am ; saia o noivo da sua recâm ara, e a noiva do
do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, seu aposento.
nada lhe escapará. l7C horem os sacerdotes, m inistros do S en h or ,
4 A sua aparência é com o a de cavalos; e com o cava­ en tre o alpendre e o altar, e digam : P oupa a teu
leiros assim correm. povo, ó S en h or , e não entregues a tu a h erança ao
’C om o o estrondo de carros, irão saltando sobre os opróbrio, para que os gentios o dom inem ; p o r que
cum es dos m ontes, com o o ruído da cham a de fogo diriam entre os povos: O nde está o seu Deus?
que consom e a pragana, com o um povo poderoso,
posto em ordem para o com bate. Promessa de a b u n d â n cia
6D iante dele tem erão os povos; todos os rostos se 18Então o S en h or se m ostrou zeloso da sua terra, e
to rn arão enegrecidos. com padeceu-se do seu povo.
7C om o valentes correrão, com o hom ens de guerra I,E o S enhor , respondendo, disse ao seu povo: Eis
subirão os m uros; e m archará cada um no seu cam i­ que vos envio o trigo, e o m osto, e o azeite, e deles
n h o e não se desviará da sua fileira. sereis fartos, e vos não entregarei m ais ao opróbrio
"N inguém ap ertará a seu irm ão; m archará cada entre os gentios.
um pelo seu cam inho; sobre a m esm a espada se ar­ 20Mas rem overei paralonge de vós o exército do
rem essarão, e não serão feridos. norte, e lançá-lo-ei em u m a terra seca e deserta; a
9Irão pela cidade, correrão pelos m uros, subirão às sua frente para o m ar oriental, e a sua retaguarda
casas, en trarão pelas janelas com o o ladrão. para o m ar ocidental; e subirá o seu m au cheiro, e
“'D iante dele trem erá a terra, abalar-se-ão os céus; subirá a sua podridão; porque fez grandes coisas.
o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o 21 N ão temas, ó terra: regozija-te e alegra-te,porque
seu resplendor. o S enhor fez grandes coisas.
n E o S en h o r l e v a n ta r á a s u a v o z d i a n t e d o s e u 22N ão tem ais, anim ais do cam po, porque os pastos
e x é rc ito ; p o r q u e m u itís s im o g r a n d e é o s e u a r ­ do deserto reverdecerão, p orque o arvoredo dará o
raial; p o r q u e p o d e r o s o é, e x e c u ta n d o a s u a p a la v ra ; seu fruto, a vide e a figueira darão a sua força.
p o r q u e o d ia d o S en h or é g r a n d e e m u i te rr ív e l, e 23E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos
q u e m o p o d e r á s u p o rta r? no S enhor vosso Deus, porque ele vos dará em justa
12Ainda assim, agora mesmo diz o S en h o r : Conver­ m edida a chuva tem porã; fará descer a chuva n o p ri­
tei-vos a m im de todo o vosso coração; e isso com m eiro mês, a tem porã e a serôdia.
jejuns, e com choro, e com pranto. 24E as eiras se encherão de trigo, e os lagares tra n s­
I3E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, bordarão de m osto e de azeite.
e convertei-vos ao S enhor vosso D eus; p orque ele é 25E restituir-vos-ei o san o sq u e com eu o gafanhoto,
m isericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e a locusta, e o pulgão e a lagarta, o m eu grande exér­
grande em benignidade, e se arrepende do mal. cito que enviei contra vós.
l4Q uem sabe se não se voltará e se arrependerá, e 26E com ereis ab u n d an tem en te e vos fartareis, e

E as eiras se encherão de trigo, e os lagares dado por Deus (Cristo, Lc 24.44), observa-se, neste livro, que o
transbordarão de mosto e de azeite Criador provou que tem poder e deseja beneficiar o homem.
(2.23,24) A passagem em questão fala da promessa divina de multiplicar
as safras de trigo, uva e oliveira, o que deixa claro o poder e o inte­
Deísmo. Acredita que o 'criador', ou ‘ causa primeira da
resse divino de favorecer o seu povo, contestando a idéia deísta
rífti. existência", não está interessado em sua criação, por isso
que se refere a uma “divindade" que, embora criadora, desdenha
não intervém, não galardoa e muito menos castiga.
sua criação. Quando comparado à verdade bíblica, constata-se
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Considerando que o minis­ que tal conceito descreve um "deus" completamente estranho
tério dos profetas na propagação da revelação foi referen­ ao cristianismo.

826
JOEL 2,3

louvareis o nom e do S enhor vosso Deus, que p ro ­ 7Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os ven­
cedeu para convosco m aravilhosam ente; e o m eu destes, e farei to rn ar a vossa paga sobre a vossa p ró ­
povo nunca m ais será envergonhado. pria cabeça.
27E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e. que 8E venderei vossos filhos e vossas filhas na m ão dos
eu sou o S enhor vosso Deus, e que não há outro; e o filhos de Judá, que os venderão aos sabeus, a um
m eu povo nunca m ais será envergonhado. povo distante, porque o S enhor o disse.
’Proclam ai isto entre os gentios; preparai a guerra,
Promessa da efusão do E spírito suscitai os fortes; cheguem -se, subam todos os h o ­
-HE há de ser que, depois derram arei o m eu Espírito m ens de guerra.
sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas p ro ­ '“Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das
fetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte.
jovens terão visões. "A juntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor,
29E tam bém sobre os servos e sobre as servas n a ­ e congregai-vos. 0 S enhor , faze descer ali os teus
queles dias derram arei o m eu Espírito. fortes;
,0E m ostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue l2Suscitem -se os gentios, e subam ao vale de Jeo­
e fogo, e colunas de fumaça. safá; pois ali m e assentarei para julgar to d o s os gen­
3’O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, tios em redor.
antes que venha o grande e terrível dia do S enhor . 1’Lançai a foice, p o rq u e já está m a d u ra a seara;
32E há de ser que todo aquele que invocar o nom e vinde, descei, p o rq u e o lagar está cheio, e os vasos
do S enhor será salvo; porque no m o n te Sião e em dos lagares tran sb o rd a m , p o rq u e a sua m alícia é
Jerusalém haverá livram ento, assim com o disse grande.
o S en h or , e entre os sobreviventes, aqueles que o '■•Multidões, m ultidões no vale da decisão; p orque
S enhor chamar. o dia do S en h or está perto, no vale da decisão.
' ’O sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão
Os ju ízo s de D eus sobre as nações inim igas o seu resplendor.
PORQUE, eis que naqueles dias, e naquele I6E o S en h or b ram ará de Sião, e de Jerusalém fará
3 tem po, em que rem overei o cativeiro de Judá
e de Jerusalém,
ouvir a sua voz; e os céus e a terra trem erão, mas o
S en h or será o refugio do seu povo, e a fortaleza dos
2Congregarei todas as nações, e as farei descer ao filhos de Israel.
vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, po r |7E vós sabereis que eu sou o S en h or vosso Deus,
causa do m eu povo, e da m in h a herança, Israel, a que habito em Sião, o m eu santo m onte; e Jerusalém
quem elas espalharam entre as nações e repartiram será santa; estranhos não passarão m ais p o r ela.
a m inha terra.
3E lançaram sortes sobre o m eu povo, e deram um Israel será restaurada
m enino po r um a m eretriz,e venderam um a m enina ' 8E h á de ser que, naquele dia, os m ontes destilarão
por vinho, para beberem. m osto, e os outeiros m anarão leite, e todos os rios
^E tam bém que tendes vós com igo, Tiro e Sidom , e de Judá estarão cheios de águas; e sairá um a fonte, da
todas as regiões da Filístia? É tal o pago que vós m e casa do S en h or , e regará o vale de Sitim.
dais? Pois se m e pagais assim, bem depressa vos farei I90 Egito se fará u m a desolação, e E dom se fará
to rn ar a vossa paga sobre a vossa cabeça. um deserto assolado, p o r causa da violência que fi­
’Visto com o levastes a m inha prata e o m eu ouro, e zeram aos filhos de Judá, em cuja terra d erram aram
as m inhas coisas desejáveis e form osas pusestes nos sangue inocente.
vossos templos. 2UMas Judá será habitada para sem pre, e Jerusalém
6E vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusa­ de geração em geração.
lém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe 21E purificarei o sangue dos que eu não tin h a p u ri­
dos seus term os. ficado; p o rq u e o S enhor habitará em Sião.

827
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Amós
T it u l o
C om o os dem ais, deriva do autor, Am ós, que se refere a si m esm o com o “aquele que estava entre os
pastores de Tecoa” e designa suas profecias com o “as coisas que ele viu”. Logo, o livro é caracterizado por
visões.

A utoria e data
O nom e Amós tem origem em um verbo que significa “levar um fardo”. Repreendido e perseguido por
causa de sua m ensagem , dirigida ao reino do N orte, Israel, Amós sem pre fazia questão de dizer que não
era, usualm ente, um profeta, m as apenas u m boiadeiro e agricultor que D eus cham ara para exercer o m i­
nistério profético.
A mós identifica o tem po da sua profecia “nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de
Joás, rei de Israel, dois anos antes do terrem oto” (1.1). Por isso é possível definirm os a data em que o livro
foi com pilado: entre 760 e 755 a.C.

A ssunto
Amós é considerado o profeta da justiça social. O reino do N orte usufruía de certa prosperidade eco­
nôm ica, m as a distribuição de renda era extrem am ente injusta. A situação espiritual de Israel era calam i­
tosa, porque o povo havia, definitivam ente, se afastado de Deus. O profeta, então, relem bra que as cala­
m idades naturais que tinham assolado a nação nada m ais eram do que u m a form a de o Senhor cham ar a
atenção dos israelitas. Mas o povo perm aneceu rebelde e não se voltou para Deus.
Daí, anuncia o julgam ento divino sobre aquela situação iníqua, fato que, com certeza, não agradou os
governantes, que o forçaram a se retirar. Mas, além dos anúncios de juízo, sua profecia term ina com p ro ­
messa de restauração e prosperidade diante de Deus.

Ê nfase apologética
A profecia de Amós 9.11 é citada p o r Tiago no concílio de Jerusalém (At 15.16-18) para resolver a ques­
tão entre os gentios e a lei mosaica. Os versículos 14 e 15, do m esm o capítulo, oferecem grande suporte
para o cu m prim ento profético. T om ando com o sendo um a referência ao Israel étnico, teve u m cu m p ri­
m en to irrefutável. O Estado de Israel foi restabelecido em 1948 e tem desfrutado de prosperidade econô­
mica. Apesar das guerras lançadas contra os israelitas e das tentativas diplom áticas, não p uderam ser ar­
rancados de sua terra.
O LIVRO DO PROFETA

A MÓS
A m eaças contra diversas nações filhos de A m om , e p o r quatro, não retirarei o casti­
A S palavras de Amós, que estava entre os pasto­ go, porque fenderam o ventre às grávidas de Gilea­
I res deTecoa, as quais viu a respeito de Israel, nos
dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho
de, para dilatarem os seus term os.
l4Por isso porei fogo ao m u ro de Rabá, e ele consu­
de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terrem oto. m irá os seus palácios, com alarido no dia da batalha,
2Ele disse: O S en h or b ram ará de Sião, e de Jeru­ com tem pestade no dia da torm enta.
salém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores 15E o seu rei irá para o cativeiro, ele e os seus p rín ci­
prantearão, e secar-se-á o cum e do Carm elo. pes ju n tam en te, diz o S enhor .
3Assim diz o S en h o r : Por três transgressões de D a­
masco, e por quatro, não retirarei o castigo, porque ASSIM diz o S en h o r : Por três transgressões
trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
4Por isso porei fogo à casa de Hazael, e ele consum i­
2 de M oabe, e p o r quatro, não retirarei o casti­
go, porque q ueim ou os ossos do rei de Edom , até os
rá os palácios de Ben-H adade. tornar a cal.
5E quebrarei o ferrolho de Damasco, e exterm ina­
2Por isso porei fogo a M oabe, e consum irá os palá­
rei o m o rador do vale de Áven, e ao que tem o cetro
cios de Q ueriote; e M oabe m orrerá com grande es­
de Bete-Éden; e o povo da Síria será levado em cati­
trondo, com alarido, com som de trom beta.
veiro a Quir, diz o S enhor .
3Eexterm inarei o juiz do m eio dele,e a todos os seus
6Assim diz o S e n h o r : Por três transgressões de
príncipes com ele m atarei, diz o S enhor .
Gaza, e po r quatro, não retirarei o castigo, porque
levaram em cativeiro todos os cativos para os entre­
A ira d e D eus contra J u d á e Israel
garem a Edom.
4Assim diz o S en h or : Por três transgressões de Judá,
7Por isso porei fogo ao m uro de Gaza, e ele consu­
e po r quatro, não retirarei o castigo, p orque rejeita­
m irá os seus palácios.
ram a lei do S enhor , e não guardaram os seus esta­
8E exterm inarei o m orad o r de Asdode, e o que tem
tutos, antes se deixaram enganar p o r suas próprias
o cetro de Ascalom, e tornarei a m inha m ão contra
m entiras, após as quais andaram seus pais.
Ecrom; e o restante dos filisteus perecerá, diz o
Senhor D eus . 5 Por isso porei fogo a Judá, e ele consum irá os palá­
9 Assim diz o S e n h o r : Por três transgressões de Tiro, cios de Jerusalém.
e p o r quatro, não retirarei o castigo, porque entrega­ 6Assim diz o S e n h o r : Por três transgressões de
ram todos os cativos a Edom , e não se lem braram da Israel, e p o r quatro, não retirarei o castigo, porque
aliança dos irmãos. vendem o justo p o r dinheiro, e o necessitado por
10Por isso porei fogo ao m uro de Tiro, e ele consu­ um par de sapatos,
m irá os seus palácios. ’S uspirando pelo pó da terra, sobre a cabeça dos
“ Assim diz o S en h o r : Por três transgressões de pobres, pervertem o cam inho dos m ansos; e um
Edom, e por quatro, não retirarei o castigo, porque hom em e seu pai en tram à mesma m oça, p ara p ro ­
perseguiu a seu irm ão à espada, e aniquilou as suas fanarem o m eu santo nom e.
misericórdias; e a sua ira despedaçou eternam ente, 8E se deitam ju n to a qualquer altar sobre roupas
e conservou a sua indignação para sempre. em penhadas, e na casa dos seus deuses bebem o
12Por isso porei fogo a Temã, e ele consum irá os pa­ v inho dos que tin h am m ultado.
lácios de Bozra. ■Todavia eu destruí d iante dele o am orreu, cuja
l5Assim diz o S en h o r : Por três transgressões dos altura era com o a altura dos cedros, e que era forte

829
AMÓS 2,3

com o os carvalhos; m as destruí o seu fruto por cima, ’Cairá a ave no laço em terra, se não houver arm a­
e as suas raízes p o r baixo. dilha para ela? Levantar-se-á da terra o laço, sem que
‘“T am bém vos fiz subir da terra do Egito, e quaren­ tenha apanhado algum a coisa?
ta anos vos guiei no deserto, para que possuísseis a 'Tocar-se-á a tro m b eta na cidade, e o povo não es­
terra do am orreu. trem ecerá? Sucederá algum m al na cidade, sem que
11E dentre vossos filhos suscitei profetas, e dentre o S enhor o tenha feito?
os vossos jovens nazireus. N ão d isto assim, filhos de 7C ertam ente o S enhor D eus não fará coisa alguma,
Israel? diz o S enhor . sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
u Mas vós aos nazireus destes vinho a beber, e aos profetas.
profetas ordenastes, dizendo: N ão profetizareis. 8Rugiu o leão, qu em não temerá? Falou o S enhor
l3Eis que eu vos apertarei no vosso lugar com o se D eus , quem não profetizará?
aperta um carro cheio de feixes. ‘'Fazei ouvir isso nos palácios de Asdode, e nos p a­
14Assim perecerá a fuga ao ágil; nem o forte corrobo­ lácios da terra do Egito, e dizei: A juntai-vos sobre os
rará a sua força, nem o poderoso livrará a sua vida. m ontes de Sam aria, e vede que grandes alvoroços há
1, E não ficará em pé o que m aneja o arco, nem o li­ no m eio dela, e com o são oprim idos d entro dela.
geiro de pés se livrará, nem tam pouco se livrará o que 1°Porque não sabem fazer o q u eé reto, diz o S enhor ,
vai m on tado a cavalo. aqueles que entesouram nos seus palácios a violên­
I6E o mais corajoso entre os fortes fugirá nu naque­ cia e a destruição.
le dia, diz o S enhor . "P o rtan to , o Senhor D eus diz assim: O inim igo
virá, e cercará a terra, d erru b ará a tu a fortaleza, e os
Os vícios e tnaldades de Israel teus palácios serão saqueados.
OUVI esta palavra que o S en h or fala contra i:2Assim diz o S en h o r : C om o o pastor livra da boca
3 vós, filhos de Israel, contra toda a família que fiz
subir da terra do Egito, dizendo:
d o leão as duas pernas, ou um pedaço da orelha,
assim serão livrados os filhos de Israel que h ab i­
2De todas as famílias da terra só a vós vos tenho co­ tam em Sam aria, n o canto da cam a, e em D am as­
nhecido; po rtan to eu vos punirei po r todas as vossas co, num leito.
iniqüidades. ‘ ’O uvi, e protestai contra a casa de Jacó, diz o
iPorventura andarão dois juntos, se não estiverem Senhor D eus, o D eus dos Exércitos;
de acordo? l4Pois n o dia em que eu p u n ir as transgressões de
4Rugirá o leão n o bosque, sem que tenha presa? Le­ Israel, tam bém castigarei os altares de Betei; e as
vantará o leãozinho no seu covil a sua voz, se nada pontas do altar serão cortadas, e cairão p o r terra.
tiver apanhado? ' ’E ferirei a casa de inverno ju n tam en te com a casa

Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? É por estas e outras inúmeras doutrinas erróneas defendidas
(3.3) pelo catolicismo que devemos postular o movimento ecumêni­
co como antibíblico.
£K Ecumenismo. Seus defensores afirmam que. apesar das di-
r&A. vergèncias doutrinárias, os cristãos deveriam se pautar mais
Seus servos, os profetas
pelas doutrinas que lhes são semelhantes do que pelas diferenças.
(3.7)
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Este argumento não resiste ao
Mormonlsmo. Afirma que Deus. em todas as épocas, pos­
teste bfbllco. As diferençassáo muito grandes para ignorarmos.
sui um profeta na terra, por quem revela suas instruções,
Várias são as admoestações bíblicas para que nos apartemos daque­
por isso acredita que o presidente desse movimento é o profeta
les que promovem outras doutrinas (1Tm 6.3-6). Não podemos nos
de Deus para os dias atuais.
unir aos ensinamentos que conduzem a outro evangelho (Gl 1.6-8).
Seriahipocfisia ignorar as inúmeras diferenças doutrinárias, enquanto __a RESPOSTA APOLOGÉTICA: O contexto indica que Deus
a Bíblia nos incentiva a batalharmos peia‘fé central’ (Jd3). o estava exortando os israelitas por sua desobediência. A
Por exemplo. Os evangélicos créem que só Jesus salva, por passagem em destaque assegura que Deus havia avisado previa­
outro lado. os católicos colocam Maria como co-redentora. Os mente que o julgamento seguiria à desobediência. Contudo, os is­
evangélicos crêem que só a Bíblia é a regra de fé e prática do raelitas ignoraram os avisos dos profetas (Am 2.12).
cristão, por outro lado. os católicos colocam a tradição da Igre­ O teste bíblico para verificar a veracidade de um profeta encon­
ja em pé de igualdade com a Bíblia. Os evangélicos crêem que tra-se em Deuteronômio 18.20-22, e os do mormonismo não se
só Jesus é a cabeça da Igreja, por outro lado, os católicos afir­ encaixam com essa norma. Por exemplo, o profeta e fundador
mam que, além de Jesus, Deus deixou o papa como líder e ca­ dessa seita, Joseph Smith, falou que a nova Jerusalém se ria cons­
beça da cristandade. truída em Missouri, em sua geração.

830
A M Ó S 3 ,4 ,5

d e v e rã o ; e as c asas d e m a r f im p e re c e rã o , e as g r a n ­ '■’P orque eis aqui o qu e form a os m ontes, e cria o


d e s c asas te r ã o fim , d iz o S enhor . vento, e declara ao h o m em qual seja o seu pensa­
m ento, o que faz da m an h ã trevas, e pisa os altos da
O a n ú n c io de castigo terra; o S enhor , o D eus dos Exércitos, é o seu nom e.
OUVI esta palavra vós, vacas de Basã, que estais
4 no m onte de Samaria, que oprim is aos pobres,
que esmagais os necessitados, que dizeis a vossos se­
Predição do cativeiro d e Israel
O U VI esta palavra, que levanto com o um a la­
nhores: Dai cá, e bebam os. m entação sobre vós, ó casa de Israel.
’lurou o Senhor D eus, pela sua santidade, que dias 2 A virgem de Israel caiu, e não m ais to rn ará a levan-
estão para vir sobre vós,em que voslevarão com gan­ tar-se; desam parada está n a sua terra, não há quem
chos e a vossos descendentes com anzóis de pesca. a levante.
’Esaireispe/tubrechas, um a apósoutra.esereis lan­ •’Porque assim diz o Senhor D eus : A cidade da qual
çados para H arm om , disse o S enhor . saem mil conservará cem ,e aquela da qual saem cem
4Vinde a Betei, e transgredi; a Gilgal, e m ultiplicai as
conservará dez, para a casa de Israel.
transgressões; e cada m anhã trazei os vossos sacrifí­ 4P orque assim diz o S enhor à casa de Israel: Buscai-
cios, e os vossos dízim os de três em três dias. me, e vivei.
’E oferecei o sacrifício de louvores do que é leve­ ’Mas não busqueis a Betei, n em venhais a Gilgal,
dado, e apregoai as ofertas voluntárias, publicai- nem passeis a Berseba, porque Gilgal certam ente será
as; p orque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o levada ao cativeiro, e Betei será desfeita em nada.
Senhor D eus . 6Buscai ao S enhor , e vivei, para que ele não irro m ­
6Por isso tam bém vos dei lim peza de dentes em pa na casa de José com o um fogo, e a consum a, e não
todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os haja em Betei quem o apague.
vossos lugares; contudo não vos convertestes a m im , 7Vós que converteis o juízo em alosna, e deitais por
disse o S enhor . terra a justiça,
7Além disso, retive de vós a chuva qu an d o ainda fa l­ “Procurai o que faz o Sete-estrelo e o Ó rio n e to rn a
tavam três meses para a ceifa; e fiz que chovesse sobre a som bra da noite em m anhã, e faz escurecer o dia
um a cidade, e não chovesse sobre a o u tra cidade; como a noite, que cham a as águas do m ar, e as derra­
sobre um cam po choveu, m as o outro, sobre o qual m a sobre a terra; o S enhor é o seu nom e.
não choveu, secou-se. 90 que prom ove súbita destruição co n tra o forte;
“E andaram errantes duas ou três cidades, indo a de m odo que venha a destruição contra a fortaleza.
ou tra cidade para beberem água, m as não se sacia­ "’O deiam na p o rta ao que os repreende, e ab o m i­
ram ; co n tudo não vos convertestes a m im , disse o nam ao que fala sinceram ente.
S enhor . '' P ortanto, visto que pisais o pobre e dele exigis um
9Feri- vos com queim adura, e com ferrugem ; a m u l­ trib u to de trigo, edificastes casas de pedras lavradas,
tidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das m as nelas não habitareis; vinhas desejáveis plantas­
vossas figueiras, e das vossas oliveiras, com eu a lo- tes, m as não bebereis do seu vinho.
custa; contudo não vos convertestes a m im , disse o ' 2Porque sei que são m uitas as vossas transgressões
S f.nhor . e graves os vossos pecados; afl igis o justo, tom ais res­
l0Enviei a peste contra vós, à m aneira do Egito; gate, e rejeitais os necessitados na porta.
os vossos jovens m atei à espada, e os vossos cavalos l3P ortanto, o que for p ru d en te guardará silêncio
deixei levar presos, e o m au cheiro dos vossos arraiais naquele tem po, porque o tem po será mau.
fiz subir às vossas narinas; contudo não vos conver­ 14Buscai o bem , e não o mal, para que vivais; e
testes a m im , disse o S enhor . assim o S enhor , o D eus dos Exércitos, estará co n ­
1 ‘Subverti a alguns dentre vós, com o D eus subver­ vosco, com o dizeis.
teu a Sodom a e G om orra, e vós fostes com o um tição 1 ’O diai o m al, e am ai o bem , e estabelecei na p o rta o
arrebatado do incêndio; contudo não vos convertes­ juízo. Talvez o S enhor D eus dos Exércitos tenha pie­
tes a m im , disse o S enhor . dade do rem anescente de José.
l2Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te “ Portanto, assim diz o S enhor , o Deus dos Exérci­
farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com tos, o Senhor: Em todas as ruas haverá pranto, e em
o teu Deus. todas as estradas dirão: Ai! Ai! E ao lavrador cha­

831
A M Ó S 5,6,7

m arão p ara choro, e para p ran to os que souberem ros dos que forem levados cativos, e cessarão os fes­
prantear. tins dos banqueteadores.
|:E em todas as vinhas haverá pranto; porque pas­ 8Jurou o Senhor D eus po r si m esm o, diz o S enhor ,
sarei pelo m eio de ti, diz o S enhor . o D eus dos Exércitos: A bom ino a soberba de Jacó, e
IHAi daqueles que desejam o dia do S en h o r ! Para odeio os seus palácios; p o r isso entregarei a cidade e
que quereis vós este dia do S en h or ? Será de trevas e tu d o o que nela há.
não de luz. 9E acontecerá que, se num a casa ficarem dez hom ens,
Í9É como se um hom em fugisse de diante do leão, e m orrerão.
se encontrasse com ele o urso; o u com o se en tra n ­ "’Q uan d o o tio de alguém , aquele que o queim a,
d o n u m a casa, a sua m ão encostasse à parede, e fosse o tom ar para levar-lhe os ossos para fora da casa, e
m ordido por um a cobra. disser ao que estiver no m ais in terio r da casa: Está
‘°Não será, pois, o dia do S en h or trevas e não luz, e ainda alguém contigo? E este responder: N inguém ;
escuridão, sem que haja resplendor? então lhe dirá ele: Cala-te, porque não devem os fazer
2'O deio, desprezo as vossas festas, e as vossas as­ m enção do no m e do S enhor .
sembléias solenes não m e exalarão bom cheiro. "P o rq u e, eis que o S enhor ordena, e ferirá a casa
22E ainda que m e ofereçais holocaustos, ofertas de grande de brechas, e a casa pequena de fendas.
alim entos, não m e agradarei delas; nem atentarei 11Porventura correrão cavalos sobre rocha? Lavrar-
para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. se-á nela com bois? Mas vós haveis to rn ad o o juízo
2,Afasta de m im o estrépito dos teus cânticos; em fel, e o fruto da justiça em alosna;
porque não ouvirei as m elodias das tuas violas.
1 ’Vós que vos alegrais do nada, vós que dizeis: Não
24C orra, porém , o juízo com o as águas, e a justiça
é assim que p o r nossa p rópria força nos tem os to r­
com o o ribeiro im petuoso.
nado poderosos?
2,Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações no de­
MPorque, eis que eu levantarei sobre vós, ó casa de
serto p o r quarenta anos, ó casa de Israel?
Israel, um a nação, diz o S enhor , o D eus dos Exérci­
26Antes levastes a tenda de vosso M oloque, e a está­
tos, e oprim ir-vos-á, desde a entrada de H am ate até
tua das vossas imagens, a estrela do vosso deus, que
ao ribeiro do deserto.
fizestes para vós mesmos.
27Port an to vos levarei cativos, para além de D am as­
As visões
co, diz o S knhor , cujo nom e é o Deus dos Exércitos.
0 SENHOR D eus assim m e fez ver, e eis que ele

A corrupção de Israel 7 form ava gafanhotos no princípio do rebento da


erva serôdia, e eis que era a erva serôdia depois de
AI dos que vivem sossegados em Sião, e dos que
6 estão confiados n o m onte de Sam aria, que têm
no m e entre as prim eiras das nações, e aos quais vem
findas as ceifas do rei.
2E aconteceu que, tendo eles com ido com pleta­
m ente a erva da terra, eu disse: Senhor D eus , perdoa,
a casa de Israel!
2Passai a Calne, e vede; e dali ide à grande H am ate; rogo-te; quem levantará a Jacó? pois ele é pequeno.
e depois descei a Gate dos filisteus; serão m elhores }Então o S en h or se arrependeu disso. N ão aconte­
que estes reinos? O u m aior o seu term o do que o cerá, disse o S enhor .
vosso term o? 4 Assim m em o stro u o Senhor D eus: Eis que o Senhor
*0 vós que afastais o dia m au, e fazeis chegar o as­ D eus clamava, para contender com fogo; este consu­
sento da violência. m iu o grande abismo, e também um a parte da terra.
4Ai dos que d orm em em camas de m arfim , e se es­ ’Então eu disse: S enhor D eus , cessa, eu te peço;
tendem sobre os seus leitos, e com em os cordeiros do quem levantará a Jacó? pois é pequeno.
rebanho, e os bezerros do m eio do curral; ('E o S en h or se arrependeu disso. N em isso aconte­
5Q ue cantam ao som da viola, e inventam para si cerá, disse o S enhor D eus.
instrum entos musicais, assim com o Davi; "M ostrou-m e tam bém assim: e eis que o Senhor
6Q ue bebem vinho em taças, e se ungem com o estava sobre um m uro, levantado a p ru m o ; e tinha
m ais excelente óleo: m as não se afligem pela ruína um p ru m o na sua mão.
de José; *E o S enhor m e disse: Q ue vês tu, Amós? E eu disse:
7P ortanto agora irão em cativeiro entre os p rim ei­ Um p rum o. E ntão disse o Senhor: Eis que eu porei

832
A M Ó S 7 ,8 ,9

o p ru m o no m eio do m eu povo Israel; nunca mais APara co m p rarm o s os pobres p o r dinheiro, e os ne­
passarei po r ele. cessitados p o r u m par de sapatos, e para venderm os
''Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruí­ o refugo do trigo?
dos os santuários de Israel; e levantar-m e-ei com a 7Jurou o S en h or pela glória de Jacó: Eu não me es­
espada contra a casa de Jeroboão. quecerei de todas as suas obras para sempre.
l(,Então Amazias, o sacerdote de Betei, m andou sPor causa disto não estrem ecerá a terra, e não cho­
dizer a Jeroboão, rei de Israel: Am ós tem conspira­ rará todo aquele que nela habita? C ertam ente levan-
do contra ti, no m eio da casa de Israel; a terra não tar-se-á toda ela com o o grande rio, e será agitada, e
poderá sofrer todas as suas palavras. baixará com o o rio do Egito.
"P o rq ue assim diz Amós: Jeroboão m orrerá à 9E sucederá que, naquele dia, diz o S enhor D eus ,
espada, e Israel certam ente será levado para fora da farei que o sol se p o n h a ao m eio-dia, e a terra se en ­
sua terra em cativeiro. tenebreça no dia claro.
12D epois Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, e I0E to rn arei as vossas festas em luto, e to d o s os
foge para a terra de Judá, e ali com e o pão, e ali p ro ­ vossos cânticos em lam entações; e porei p ano de
fetiza; saco sobre todos os lom bos, e calva sobre toda
l3Mas em Betei daqui po r diante não profetizes
cabeça; e farei que isso seja com o luto p o r u m filho
mais, porque é o santuário do rei e casa real.
único, e o seu fim com o dia de am arguras.
I4E respondeu Amós, dizendo a Amazias: Eu não
sou profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e
F om e da palavra d e D eus
cultivador de sicômoros.
1 'Eis que vêm dias, diz o Senhor D eus , em que en ­
l5Mas o S en h or m e tiro u de seguir o rebanho, e
viarei fom e sobre a terra; não fom e de pão, nem sede
o S enhor m e disse: Vai, e profetiza ao m eu povo
de água, m as de ouvir as palavras do S enhor .
Israel.
UE irão errantes de um m ar até o u tro m ar, e do
16Agora, pois, ouve a palavra do S en h o r : T u dizes:
norte até ao oriente; correrão p o r toda a parte, bus­
N ão profetizes contra Israel, nem fales contra a casa
cando a palavra do S enhor , m as não a acharão.
de Isaque.
1 ’N aquele dia as virgens form osas e os jovens des­
1 ’Portanto assim diz o S en h o r : Tua m ulher se pros­
m aiarão de sede.
tituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à
l4O s que ju ram pela culpa de Sam aria, dizendo:
espada, e a tu a terra será repartida a cordel, e tu
Vive o teu deus, ó Dã; e vive o cam inho de Berseba;
m orrerás na terra im unda, e Israel certam ente será
esses mesmos cairão, e não se levantarão jam ais.
levado cativo para fora da sua terra.

A visão de u m cesto de fru to s Visão da destruição do altar


VI o Senhor, que estava em pé sobre o altar; e

8
0 SENHOR D eus assim m e fez ver: E eis aqui um
cesto de frutos do verão. 9 m edisse:
Fere o capitel, e estrem eçam os um brais, e faze tudo
2E disse: Q ue vês, Amós? E eu disse: Um cesto de
frutos do verão. Então o S en h or m e disse: Chegou em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu m ata­
o fim sobre o m eu povo Israel; nun ca m ais passa­ rei à espada até ao ú ltim o deles; n en h u m deles con­
rei p o r ele. seguirá fugir, n en h u m deles escapará.
3Mas os cânticos do tem plo naquele dia serão ge­ 2A inda que cavem até ao inferno, a m inha mão os
m idos, diz o Senhor D eus; m ultiplicar-se-ão os ca­ tirará dali; e, se subirem ao céu, dali os farei descer.
dáveres; em todos os lugares serão lançados fora em 3E, se se esconderem no cum e do Carm elo, buscá-
silêncio. los-ei, e dali os tirarei; e, se dos m eus olhos se ocul­
4O uvi isto, vós que anelais o abatim ento do neces­ tarem no fundo do m ar, ali darei ordem à serpente,
sitado; e destruís os miseráveis da terra, eela os picará.
’Dizendo: Q uando passará a lua nova, para ven­ 4E,se forem em cativeiro diante de seus inim igos, ali
derm os o grão, e o sábado, para abrirm os os ce­ darei ordem à espada que os m ate; e eu porei os m eus
leiros de trigo, dim inuindo o efa, e au m en tan d o o olhos sobre eles para o m al, e não para o bem.
siclo, e procedendo dolosam ente com balanças en­ ’Porque o Senhor D eus dos Exércitos é o que toca
ganosas, a terra, e ela se derrete, e todos os que habitam nela

833
AM ÓS9

chorarão; e ela subirá toda com o um rio, e abaixará Promessa d e restauração


com o o rio do Egito. "N aq u ele dia to rn arei a levantar o tabernáculo
bEle é o q u e e d ific a a s su a s c â m a r a s s u p e r io r e s n o caído de Davi, e repararei as suas brechas, e to rn a­
céu, e fu n d o u n a te rra a su a a b ó b a d a , e o q u e c h am a rei a levantar as suas ruínas, e o edificarei com o nos
as á g u a s d o m a r, e a s d e r r a m a s o b r e a te r r a ; o S enhor dias da antiguidade;
é o seu nom e. 12Par a que possuam o restante de E dom , e todos
’Tslão me sois, vós, ó filhos de Israel, com o os filhos dos os gentios que são cham ados pelo m eu nom e, diz o
etíopes? diz o S enhor : Não fiz eu subir a Israel da terra S enhor , que faz essas coisas.
do Egito, e aos filisteus de Caftor, e aos sírios de Quir? 1 ’Eis que vêm dias, diz o S enhor , em que o que lavra
“Eis que os olhos do S enhor D eus estão contra este alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas ao que lança
reino pecador, e eu o destruirei de sobre a face da a semente; e os m ontes destilarão m osto, e todos os
terra; m as não destruirei de todo a casa de Jacó, diz outeiros se derreterão.
o S enhor . ME trarei do cativeiro m eu povo Israel, e eles ree­
9Porque eis que darei ordem , e sacudirei a casa de dificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e
Israel entre todas as nações, assim com o se sacode plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão p o ­
grão no crivo, sem que caia na terra um só grão. m ares, e lhes com erão o fruto.
"'Todos os pecadores do m eu povo m orrerão à 15E plantá-los-ei na sua terra, e n ão serão m ais ar­
espada, os que dizem: N ão nos alcançará nem nos rancados da sua terra que lhes dei, diz o S enhor teu
encontrará o mal. Deus.

834
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Obadias
T ítulo
O badias é o nom e do autor do livro que, aliás, é o mais cu rto do Antigo Testam ento e um dos m enores
livros de toda a Escritura. Tam bém é cham ado de “u m a visão” (1.1).
A utoria e data
É de O badias, cujo nom e significa “servo” o u “adorador do Senhor”. N ão é possível estabelecer sua data
com exatidão, mas, com certeza, é anterior, aproxim adam ente, ao ano 585 a.C., logo depois da destruição
de Jerusalém p o r N abucodonosor, rei da Babilônia.

A ssunto
O livro se refere a um único assunto: a atitude dos edom itas com relação ao cativeiro de Judá, no p e­
ríodo em que Jerusalém foi saqueada pelos babilônios. Parece que o ressentim ento p ara com os judeus
era um sentim ento “cultural” entre os edom itas. Na realidade, Esaú nunca perd o o u Jacó, e isso foi passa­
do aos seus descendentes.
Q u an do da queda de Jerusalém, em 586 a.C., os edom itas se alegraram com a destruição de Judá, e che­
garam até m esm o a ajudar a Babilônia, ferindo os que escapavam.
Essa atitude de rancor, aliada à soberba, p o r se acharem superiores, foi o m otivo que levou Deus a lan­
çar sobre Edom um a profecia falando de seu exterm ínio.

Ê nfase a p o lo g é tic a
C ertos aspectos dessa profecia foram repetidos no livro de Jeremias, o que é u m a confirm ação de sua
inspiração divina.
Apesar de curto, esse livro teve seu cum prim ento facilmente detectado na história. D e fato, a profecia
do versículo 4 se cum priu com a destruição da capital de Edom , Selá (mais tarde cham ada de Petra), lo ­
calizada nas rochas, no alto da m ontanha. C om pletam ente destruída, as ruínas de Selá foram en co n tra­
das em 1812.
Os edom itas ficaram um tem po sujeito aos judeus, d u ran te o período dos M acabeus. Inclusive, m u i­
tos deles foram convertidos à força ao judaísm o. O fim dos edom itas, predito no livro, tam bém se concre­
tizou. Os herodes eram idum eus (variação de pronúncia), e foram os últim os da linhagem . C om a m orte
dos Herodes, os edom itas desapareceram do cenário.
Todas estas referências são um a prova incontestável da inspiração divina de O badias.
O LIVRO DO PROFETA

OBADIAS
Os pecados e o castigo de E dom teu irm ão, no dia do seu infortúnio; nem alegrar-te
'VISÂO de O badias: Assim diz o S enhor D eus a sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alar­
respeito de Edom : Temos ouvido a pregação do gar a tua boca, n o dia da angústia;
S enhor , e foi enviado aos gentios um em issário, di­ ' 3N em en trar pela p o rta do m eu povo, no dia da sua
zendo: Levantai-vos, e levantem o-nos contra ela calam idade; sim, tu não devias olhar satisfeito o seu
para a guerra. mal, n o dia da sua calam idade; n em lançar mão dos
2Eis que te fiz pequeno entre os gentios; tu és m uito seus bens, no dia da sua calamidade;
desprezado. MN em parar nas encruzilhadas, p ara exterm inares
JA soberba do teu coração te enganou, como o que os que escapassem; nem entregar os que lhe restas­
habita nas fendas das rochas, na sua alta m orada, que sem, no dia da angústia.
diz no seu coração: Q uem m e derrubará em terra? ' ’P orque o dia do S enhor está perto, sobre todos os
JSe te elevares com o águia, e puseres o teu n inho gentios; com o tu fizeste, assim se fará contigo; a tua
entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o S enhor . recom pensa voltará sobre a tu a cabeça.
'Se viessem a ti ladrões, o u assaltantes de noite l6Porque, com o vós bebestes no m eu santo m onte,
(com o estás destruído!), n ão fu rtariam o que lhes assim beberão tam bém de contínuo todos os gen­
bastasse? Se a ti viessem os vindim adores, não dei­ tios; beberão, e sorverão, e serão com o se nunca ti­
xariam algumas uvas? vessem sido.
'’C om o foram rebuscados os bens de Esaú! C om o
foram investigados os seus tesouros escondidos! A restauração e fe lic id a d e de Israel
T o d o s os teus confederados te levaram até a frontei­ 17M as no m o n te Sião haverá livram ento, e ele será
ra; os que gozam da tua paz te enganaram , prevalece­ santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas h e r­
ram contra ti; os que cotnetn o teu pão puseram debai­ dades.
xo de ti um a armadilha; não há nele entendim ento. ,SE a casa de Jacó será fogo, e a casa de José um a
sPorventura não acontecerá naquele dia, diz o cham a, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra
S enhor , que farei perecer os sábios de Edom , e o en ­ eles, e os consum irão; e ninguém mais restará dacasa
tendim ento do m onte de Esaú? de Esaú, p o rq u e o S en h or o falou.
l'E os teus poderosos, ó Temã, estarão atem oriza­ 19E os do sul possuirão o m o n te de Esaú, e os das
dos, para que do m onte de Esaú seja cada um exter­ planícies, os filisteus; possuirão tam bém os cam pos
m in ad o pela m atança. de Efraim, e os cam pos de Samaria; e Benjam im pos­
"’Porcausada violência feitaa teu irm ão Jacó,cobrir- suirá a Gileade.
te-á a confusão, e serás exterm inado para sempre. 20E os cativos deste exército, dos filhos de Israel,
1 'N o dia em que o confrontaste, no dia em que es­ possuirão os cananeus, até Zarefate; e os cativos de
tranhos levaram cativo o seu exército, e os estran ­ Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as ci­
geiros entravam pelas suas portas, e lançaram sortes dades do sul.
sobre Jerusalém, tu eras tam bém com o um deles. 2IE subirão salvadores ao m o n te Sião, para julga­
l2Mas tu não devias olhar com prazer para o dia de rem o m o n te de Esaú; e o reino será do S enhor .

836
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Jonas
T it u l o
O nom e do livro é derivado do protagonista, Jonas, filho de Amitai.
A u t o r ia e data

É de Jonas, cujo nom e significa “p om ba”. Profeta de Israel (reino do N orte), Jonas viveu m ais ou m enos
no tem po de Jeroboão II. Com isso, podem os concluir que o livro foi escrito p o r ele p o r volta do ano 780
a.C. É identificado com o filho de Am itai e sua profecia para Israel foi positiva, cujo cu m p rim en to encontra-
se registrado n o livro de 2Reis 14.23-25, passagem que dá a entender que o seu pai tam bém era profeta.
Jonas é considerado o prim eiro m issionário aos gentios.

A ssunto
É o p róprio Jonas, que, em desobediência à ordem de D eus para pregar em Nínive, to m o u um navio e
fugiu para Társis. A ação de D eus o faz voltar e sua pregação conduz to d a a cidade ao arrependim ento.
O m otivo que levou Jonas a rejeitar sua missão não foi a covardia, mas, sim, o ressentim ento. Os assí­
rios, im pério cuja capital era Nínive, eram m uito cruéis em suas guerras de conquistas, p o r isso Jonas não
queria ver o arrependim ento da cidade, m as sua destruição.
O centro da m ensagem do livro não é, de form a algum a, o m ilagre do peixe, m as o agir de D eus na vida
do profeta (cap. 4), quando o Senhor D eus ensina a Jonas o m otivo de sua m isericórdia.
Ê nfase a p o lo g é tic a
Jonas é um dos profetas m enores mais im pactantes. Jesus confirm ou sua historicidade, inspiração e
im portância ao com parar a perm anência de Jonas no ventre do peixe e o reto rn o do profeta com sua m o r­
te e ressurreição. Jesus tam bém não deixa de citar o arrependim ento dos ninivitas, colocando-os com o ju i­
zes no dia da ressurreição.
De todos os profetas m enores, Jonas é o que tem recebido o m aior ataque p o r parte dos críticos. O caso
do peixe (1.17), o arrependim ento total da cidade (3.5) e a aboboreira (4.6) têm sido relegado à posição de
lenda, m as apenas p o r m ero preconceito quanto aos milagres.
Casos sem elhantes ao de Jonas e o peixe têm sido constatados na atualidade. Vestígios arqueológicos
parecem confirm ar u m surto de m onoteísm o em Nínive no tem po de Jonas. E o caso da aboboreira, assim
com o os demais, pode facilm ente ser explicado p o r todos aqueles que acreditam em milagres.
A com paração que Jonas faz do ventre do peixe com o seol (equivalente ao hades grego, n o Novo Tes­
tam ento) é de grande im portância apologética, um a vez que o profeta estava consciente, o que não deixa
de ser um a indicação de que ninguém perde a consciência após a m orte.
O LIVRO DO PROFETA

ONAS
A vocação de Jonas m ar se nos acalme? Porque o m ar ia se to rn an d o cada
E VEIO a palavra do S en h or a Jonas, filho de vez m ais tem pestuoso.
1 Amitai, dizendo:
2Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clam a
'-E ele lhes disse: Levantai-m e, e lançai-m e ao m ar,
e o m ar sevos aquietará; p o rq u e eu sei que p o r m inha
contra ela, porque a sua m alícia subiu até à m inha causa vos sobreveio esta grande tempestade.
presença. ' ’E ntretanto, os h om ens rem avam , para fazer
voltar o ttavio à terra, m as não podiam , p o rq u an to o
A fu g a de Jonas e o seu castigo m ar se ia em bravecendo cada vez m ais co n tra eles.
3Porém , Jonas se levantou p ara fugir da presença '■•Então clam aram ao S enhor , e disseram : Ah,
do S enhor paraTársis. E descendo a Jope, achou um S en h o r ! N ós te rogam os, que não pereçam os por
navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passa­ causa da alm a deste hom em , e qu e não ponhas
gem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para sobre nós o sangue inocente; p orque tu, S enhor , fi­
Társis, p ara longe da presença do S enhor . zeste com o te aprouve.
4Mas o S knhor m andou ao m ar um grande vento, e I5E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e
fez-se no m ar um a forte tem pestade, eo navio estava cessou o m ar da sua fiíria.
a ponto de quebrar-se. ‘'’Tem eram , pois, estes h om ens ao S en h or com
'E n tão tem eram os m arinheiros, e clam avam cada grande tem or; e ofereceram sacrifício ao S enhor , e
u m ao seu deus, e lançaram ao m ar as cargas, que es­ fizeram votos.
tavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, l7Preparou, pois, o S enhor um grande peixe, para
porém , desceu ao porão do navio, e, tendo-se deita­ que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três
do, dorm ia um profundo sono. noites nas entran h as do peixe.
f'E o mestre do navio chegou-se a ele, e disse-lhe:
Q ue tens, dorm inhoco? Levanta-te, clama ao teu A oração d e Jonas e o seu livram ento
Deus; talvez assim ele se lem bre de nós para que não E OROU Jonas ao S enhor , seu Deus, das en tra­
pereçamos.
7E diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, elan-
2 nhas do peixe.
2E disse: Na m in h a angústia clamei ao S enhor , e ele
cemos sortes, para que saibamos por que causa nos so­ m e respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu o u ­
breveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre viste a m in h a voz.
Jonas. 3Porque tu m e lançaste no profundo, no coração dos
“Então lhe disseram : D eclara-nos tu agora, por mares, e a corrente das águas m e cercou; todas as tuas
causa de quem nos sobreveio este mal. Q ue ocupa­ ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
ção é a tua? D onde vens? Q ual é a tu a terra? E de que 4E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos;
povo és tu? todavia tornarei a ver o teu santo tem plo.
^E ele lhes disse: Eu sou hebreu, e tem o ao S enhor , o 5 As águas m e cercaram até à alm a, o abism o m e
Deus do céu, que fez o m ar e a terra seca. rodeou, e as algas se enrolaram na m in h a cabeça.
'"E ntão estes hom ens se encheram de grande 6Eu desci até aos fu ndam entos dos m ontes; a terra
tem or, e disseram -lhe: Por que fizeste tu isto? Pois m e encerrou para sem pre com os seus ferrolhos; mas
sabiam os hom ens que fugia da presença do S enhor , tu fizeste subir a m in h a vida da perdição, ó S enhor
porque ele lho tinha declarado. m eu Deus.
1'E disseram -lhe: Q ue te farem os nós, p ara que o 7Q u an d o desfalecia em m im a m inha alm a, lem ­

838
JONAS 2 ,3 ,4

b re i-m e d o S en h or ; e e n tr o u a ti a m in h a o r a ç ã o , n o levantou-se do seu trono, e tiro u de si as suas vestes,


te u s a n to te m p lo . e cobriu-se de saco, e sentou-se sobre a cinza.
BOs que observam as falsas vaidades deixam a sua 7E fez um a proclam ação que se divulgou em
misericórdia. Nínive, pelo decreto do rei e dos seus grandes, dizen -
''Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agra­ do: N em hom ens, nem anim ais, nem bois, nem ove­
decim ento; o que votei pagarei. D o S en h o r vem a lhas provem coisa algum a, nem se lhes dê alim entos,
salvação. nem bebam água;
luFalou, pois, o S en h or ao peixe, e este vom itou a sMas os h o m en s e os anim ais sejam cobertos de
lonas na terra seca. sacos, e clam em fortem ente a Deus, e convertam -se,
cada um do seu m au cam inho, e da violência que há
Jonas prega em N ín iv e nas suas mãos.
E VEIO a palavra d o S enhor segunda vez a Jonas, 9Q uem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e
3 dizendo:
2Levanta- te, e vai à grande cidade de Nínive, eprega
se apartará do furor da sua ira, de sorte que não p e­
reçamos?
contra ela a m ensagem que eu te digo. ,()E D eus viu as obras deles, com o se converteram
do seu m au cam inho; e Deus se arrependeu do mal
O a rrependim ento dos n inivitas que tin h a anunciado lhes faria, e não o fez.
’E levantou-se Jonas, e foi a Nínive, segundo a pa­
lavra do S enhor . O ra, Nínive era um a cidade m uito O d esco n ten ta m en to de Jonas
grande, de três dias de cam inho. e a resposta do S e n h o r
4E com eçou Jonas a en tra r pela cidade cam inho de MAS isso desagradou extrem am ente a Jonas, e
um dia, e pregava, dizendo: A inda q uarenta dias, e
Nínive será subvertida.
4 ele ficou irado.
2E orou ao S enhor , e disse: Ah! S enhor ! N ão fo i esta
5E os hom ens de N ínive creram em D eus; e p ro ­ m inha palavra, estando ainda na m inha terra? Por isso
clam aram um jejum , e vestiram -se de saco, desde o é que m e preveni, fugindo para Társis, pois sabia que
m aior até ao menor. és Deus compassivo e misericordioso, longânim o e
6Esta palavra chegou tam bém ao rei de Nínive; e ele grande em benignidade, e que te arrependes do mal.

E Deus se arrependeu do mal que tinha No arrependimento humano, revela-se o contrário; o homem
anunciado lhes faria, e nào o fez que se arrepende muda seus critérios e valores para, conse­
(3.10) qüentemente, mudar de atitude. Com Deus é diferente. Ele mu­
da de atitude sem jamais alterar seus critérios. Afinal, o Senhor
Ceticismo. Questiona a imutabilidade divina descrita na
é imutável.
Bíblia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17), uma vez que este texto
sagrado identifica arrependimento na conduta de Deus, o que nào
Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado
condiz com sua natureza perfeita e presciente, conforme preten­
(3.4-10; 4.1-2)
dida pela teologia bíblica.
Testemunhas de Jeová e Adventlsmo do Sétimo Dia.
_ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: O emprego do recurso de
Afirmam que suas profecias falharam como as de Jonas.
<= linguagem antropomórfica neste versículo nào desmerece
por isso os profetas modernos não devem ser condenados pelos
a presciência do Deus Todo-Poderoso nem contradiz as palavras
erros de suas previsões.
do profeta em Malaquias 3.6 ou do texto de Tiago 1.17. Da mesma
forma, não compromete o texto de Moisés em Números 23.19. RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jonas nâo se enganou, an­
A expressão “arrependeu-se o Senhor" significa, literalmente, tes, disse aos ninivitas exatamente aquilo que Deus lhe or­
“mudança de atitude", e é simplesmente uma indicação, em lin­ denara (3.1-4). Diante disso, será que tais argumentadores po­
guagem humana, de que a atitude de Deus para com o homem dem acusar Deus de erro? A proclamação de julgamento estava
que peca é, necessariamente, diferente de sua atitude para com condicionada à intransigência de Nínive (4.2), o que é bem escla­
o homem que lhe obedece. recido em Jeremias 18.7.8: “Se a tal nação, porém, contra a qual
O texto em destaque apresenta um exemplo prático e perfeita­ falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei
mente aplicável. O plano de Deus. motivado por seu imutável cri­ do mal que pensava fazer-lhe". Princípio claramente demonstra­
tério de justiça, era a ruína de Nínive. por causa da extrema malí­ do no caso de Nínive, de modo que a profecia de Jonas jamais
cia de seus habitantes. Mas a opçáo pela obediência, motivada deveria ser citada para diminuir a responsabilidade daqueles que
pela fé dos ninivitas na pregação de Jonas, fez que Deus mudas­ fazem previsões que não se cumprem.
se de atitude. Ou seja, levou o Senhor a uma aplicação correta Por outro lado. as profecias proclamadas por tais seitas "proféti­
(em termos divinos) de sua justiça, o que foi uma demonstração cas" nào foram condicionais. Ao contrário, apregoavam seu prog­
de que o Pai sabe perfeitamente bem lidar com as mudanças de nóstico como sendo a expressa Palavra ou vontade de Deus. Mas
comportamento do homem. todas elas falharam.

839
JONAS 4

’Peço-te, pois, ó S en h or , tira-m e a vida, porque um vento calm oso oriental, e o sol feriu a cabeça de
m elhor m e é m orrer do que viver. Jonas; e ele desm aiou, e desejou com to d a a sua alm a
4E disse o S en h o r : Fazes bem que assim te ires? m orrer, dizendo: M elhor m e é m o rrer do que viver.
sEntão Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente '’Então disse D eus a Jonas: Fazes bem que assim te
dela; e ali fez um a cabana, e sentou-se debaixo dela, à ires p o r causa da aboboreira? E ele disse: Faço bem
som bra, até ver o que aconteceria à cidade. que m e revolte até à m orte.
6E fez o S enhor Deus nascer um a aboboreira, e ela I()E disse o S en h o r : Tiveste tu com paixão da ab o b o ­
subiu por cima de Jonas, para que fizesse som bra sobre reira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer,
a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se que nu m a noite nasceu, e num a noite pereceu;
alegrou em extremo por causa da aboboreira. 1 'E não hei de eu ter com paixão da grande cidade
7Mas Deus enviou um verm e, no dia seguinte ao de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil
subir da alva, o qual feriu a aboboreira, e esta se hom ens que não sabem discernir en tre a sua m ão
secou. direita e a sua m ão esquerda, e tam bém m uitos an i­
“E aconteceu que, aparecendo o sol, Deus m andou mais?

E não hei de eu ter compaixão (...] de cento e vinte mil Se Deus concordasse que o homem pudesse proceder segun­
homens que não sabem discernir entre a do sua descabida compreensão de justiça, Sodoma e Gomorra
sua mão direita e a sua mão esquerda não teriam sido devastadas pela ira divina. Nínive, por sua vez,
(4.11) precisou ser esclarecida pelo profeta Jonas, para que não tives­
se o mesmo fim (3.4).
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O espiritismo declara o se­
t guinte. sobre o bem e o mal: 'Ao dar (Deus) ao homem o livre-
arbítrio, quis que ele chegasse pela própria experiência a discernir o
É digno de destaque queo próprio Deus declarou que os habitan­
tes daquela cidade não eram capazes sequer de distinguir a mão
direita da esquerda. O plano evangélico não é diferente: se o ho­
bem e o mal". Mas o conceito do homem sobre o bem e o mal está mem não crer no que Cristo tem a ensinar, mediante sua Palavra e
muito aquém de ser comparado com o conceito divino, que em nada discípulos, será condenado (Mc 16.16). O apóstolo Paulo afirmou
condiz com as medíocres idéias humanas (Mt 5.39-44). que a sabedoria humana é loucura diante de Deus (1Co 3.19).

840
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Miquéias
T it u l o
O profeta M iquéias em presta seu n om e ao livro. Provavelm ente, era nativo de Moresete, situada cerca
de vinte quilôm etros ao Sul de Jerusalém.

A u t o r ia e data

É de M iquéias, cujo n om e significa “quem é com o o Senhor?”. M iquéias foi co ntem porâneo do profe­
ta Isaías (Cf. M q 1.1 com Is 1.1) e escreveu o livro no século 8a a.C.

A ssunto
M iquéias segue a m esm a linha dos dem ais profetas. Em bora faça parte de Judá (reino do Sul), sua m e n ­
sagem é extrem am ente abrangente: Sam aria, Jerusalém, Israel, Judá e até m esm o outras nações.
As profecias de juízo divino contra Jerusalém e Sam aria colocam a Assíria com o um in stru m en to de
D eus para punir a iniqüidade da nação. Mas tam bém faz predições sobre a restauração de Israel e o fu tu ­
ro reino messiânico.
Além de fazer o povo se lem brar de com o ocorreu a libertação do Egito, fala sobre a natureza da ver­
dadeira adoração, o lam ento do S enhor pelo aum ento da iniqüidade e a opressão existente en tre os filhos
daquela nação. A presenta diversos trechos m uito sem elhantes às predições de Isaías, em bora nem sem pre
seja fácil distinguir quem serviu de fonte para quem ou se os dois tiveram apenas inspiração com um .

Ê nfase a p o lo g é tic a
A historicidade e a inspiração do livro de M iquéias são bem atestadas p o r citações tan to n o Antigo
q u an to n o Novo Testam ento. Jerem ias faz referência à pessoa histórica de M iquéias (Jr 26.18) e relacio­
n a-o ao reinado de Ezequias. No Novo Testamento, os escribas m ostram a H erodes o texto de M iquéias 5.2
para provar que o nascim ento do Messias seria em Belém. Posteriorm ente, Jesus cita, de form a literal, em
M ateus 10.35,36, o texto de M iquéias 7.6, confirm ando, assim, sua inspiração e historicidade.
A profecia cum prida, conform e M ateus 2.1, não só atesta a inspiração do livro, m as tam bém refuta um a
citação do Livro de M órm on (Alma 7.10), que diz que o Messias nasceria em Jerusalém.
O LIVRO DO PROFETA

MIQUÉIAS
A m eaças ccmtra Israel e Ju d á de Sião, p o rq u e em ti se acharam as transgressões
PALAVRA do S e n h o r, que veio a M iquéias, m o- de Israel.
1 rastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de
Judá, a qual ele viu sobre Sam aria e Jerusalém.
l4Por isso darás presentes a M oresete-G ate; as
casas de Aczibe se to rn arão em engano para os reis
-Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, e de Israel.
tu d o o que nela há; e seja o Senhor D eus testem unha '’Ainda trarei a ti, ó m o rad o ra de M aressa, aquele
contra vós, o Senhor, desde o seu santo templo. que te possuirá; chegará até A dulão a glória de
sPorque eis que o S e n h o r está para sair do seu lugar, Israel.
e descerá, e andará sobre as alturas da terra. l6Faze-te calva, e tosquia-te, p o r causa dos filhos
4E os m ontes debaixo dele se derreterão, e os vales se das tuas delícias; alarga a tu a calva com o a águia,
fenderão, com o a cera diante do fogo,com o as águas porqu e de ti foram levados cativos.
que se precipitam num abismo.
’Tudo isto p or causa da transgressão de Jacó, e dos AI daqueles que nas suas camas intentam a in i­
pecados da casa de Israel. Q ual é a transgressão de
Jacó? N ão ê Samaria? E quais os altos de Judá? N ão
2 qüidade, e m aquinam o mal; à luz da alva o p ra­
ticam , p orque está no poder da sua mão!
^Jerusalém? 2E cobiçam cam pos, e ro u b am -n o s, cobiçam
f'Por isso farei de Sam aria um m o n tão de pedras casas, e arrebatam -nas; assim fazem violência a um
do campo, um a terra de plantar vinhas, e farei rolar hom em e à sua casa, a um a pessoa e à sua herança.
as suas pedras n o vale, e descobrirei os seus funda­ ’Portanto, assim diz o S e n h o r: Eis que projeto um
mentos. mal contra esta família, do qual não tirareis os vossos
"E todas as suas imagens de escultura serão despe­ pescoços, e não andareis tão altivos, p orque o tem po
daçadas, e todas as suas ofertas serão queim adas pelo será m au.
fogo, e de todos os seus ídolos eu farei um a assolação; 4N aquele dia se levantará sobre vós um provérbio,
porque pela paga de prostituta os ajuntou, e para a e se lam entará p ran to lastim oso, dizendo: N ós esta­
paga de prostituta voltarão. m os inteiram ente desolados; a porção do m eu povo
8Por isso lam entarei, e gem erei, andarei despoja­ ele a troca; com o m e despoja! Tira os nossos cam pos
d o e nu; farei lam entação com o de chacais, e pranto e os reparte!
com o de avestruzes. ^Portanto, não terás tu na congregação do S e n h o r
‘’P orque a sua chaga é incurável, porque chegou até quem lance o cordel pela sorte.
Judá; estendeu-se até à p o rta do m eu povo, até Je­ 6N ão profetizeis aos que profetizam ; eles não p ro ­
rusalém. fetizarão p ara eles, pois não se ap artará a sua ver­
l0N ão o anuncieis em Gate, nem choreis m uito; re­ gonha.
volve-te n o pó, na casa de Afra. 7Ó vós que sois cham ados casa de Jacó, porventura
11 Passa, ó m oradora de Safir, em vergon hosa nudez; encurtou-se o Espírito do S e n h o r? São estas as suas
a m oradora de Zaanã não saiu; o p ran to de Bete-Ezel obras? E não é assim que fazem bem as m inhas pala­
tirará de vós a sua posição. vras ao que anda retam ente?
^Porque a m orad o ra de M arote sofre pelo bem ; fiMas o ntem , se levantou o m eu povo com o inim i­
porque desceu do S e n h o r o m al até à p o rta de Je­ go; de sobre a vestidura tirastes a capa daqueles que
rusalém. passavam seguros, com o hom ens que voltavam da
13Ata os anim ais ligeiros ao carro, ó m o rad o ra de guerra.
Laquis; esta foi o princípio do pecado para a filha ’Lançastes fora as m ulheres do m eu povo, da casa

842
MIQUÉLA.S 2 ,3 ,4

das suas delícias; das suas crianças tirastes para seus sacerdotes ensinam p o r interesse, e os seus p ro ­
sem pre a m inha glória. fetas adivinham p o r dinheiro; e ainda se encostam
I“Levan tai-vos, e ide-vos, porque este não é lugar de ao S enhor , dizendo: N ão está o S enhor no m eio de
descanso; po r causa da im undícia que traz destrui­ nós? N enhum mal nos sobrevirá.
ção, sim, destruição enorm e. 12P ortanto, p o r causa de vós, Sião será lavrada como
II Se houver alguém que, andando com espírito de um cam po, e Jerusalém se to rn ará em m ontões de
falsidade, mentir, dizendo: Eu te profetizarei sobre pedras, e o m o n te desta casa como os altos de um
o vinho e a bebida forte; será esse tal o profeta deste bosque.
povo.
‘^Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó; certam en­ O a n ú n c io da vocação dos gentios
te congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos MAS nos últim os dias acontecerá que o m o n te
juntos, com o ovelhas de Bozra; com o o rebanho no
meio do seu pasto, farão estrondo por causa da m ul­
4 da casa do S enhor será estabelecido no cum e
dos m ontes, e se elevará sobre os outeiros, e a ele
tidão dos hom ens. afluirão os povos.
13Subirá diante deles o que abrirá o caminho; eles 2E irão m uitas nações, e dirão: Vinde, e subam os ao
rom perão, e entrarão pela p orta, e sairão po r ela; e o m onte do S enhor , e à casa do D eus de Jacó, para que
rei irá adiante deles, e o S en h or à testa deles. nos ensine os seus cam inhos, e andem os pelas suas
veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a
A m eaças contra os chefes e falsos -profetas palavra do S enhor .
E DISSE eu: O uvi, peço-vos, ó chefes de Jacó, e 3E julgará en tre m uitos povos, e castigará nações
3 vós, príncipes da casa de Israel; não é a vós que
pertence saber o juízo?
poderosas e longínquas, e converterão as suas espa­
das em pás, e as suas lanças em foices; um a nação não
2A vós que odiais o bem , e am ais o mal, que arran ­ levantará a espada contra outra nação, nem apren­
cais a pele de cim a deles, e a carne de cim a dos seus derão m ais a guerra.
ossos; 4Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videi­
3E que com eis a carne do m eu povo, e lhes arrancais ra, e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os
a pele, e lhes esm iuçais os ossos, e os repartis com o espante, p o rq u e a boca do S en h or dos Exércitos o
para a panela e com o carne dentro do caldeirão. disse.
■*Então clam arão ao S enhor , mas não os ouvirá; 5Porque todos os povos andam , cada um em nom e
antes esconderá deles a sua face naquele tem po, do seu deus; m as nós andarem os em n o m e do S e ­
visto que eles fizeram mal nas suas obras. n h o r nosso Deus, para todo o sem pre.
’Assim diz o Se nho r acerca dos profetas que fazem 6N aquele dia, diz o S enhor , congregarei a que coxe­
errar o m eu povo, que m ordem com os seus dentes, ava, e recolherei a que tin h a sido expulsa, e a que eu
e clam am paz; m as contra aquele que nada lhes dá tinha m altratado.
na boca preparam guerra. 7E da que coxeava farei um rem anescente, e da que
*'P o rta n to , se vos fará noite sem visão, e tereis trevas tinha sido arrojada para longe, u m a nação p o d ero ­
sem adivinhação, e pôr-se-á o sol sobre os profetas, sa; e o S enhor reinará sobre eles n o m o n te Sião, desde
e o dia sobre eles se enegrecerá. agora e para sem pre.
7E os videntes se envergonharão, e os adivinhado­ 8E a ti, ó to rre do rebanho, fortaleza da filha de Sião,
res se confundirão; sim , todos eles cobrirão os seus a ti virá; sim , a ti v irá o prim eiro dom ínio, o reino da
lábios, porque não haverá resposta de Deus. filha de Jerusalém.
sMas eu estou cheio do p oder do Espírito do 9E agora, p o r que fazes tão grande pranto? N ão há
S enhor , e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a em ti rei? Pereceu o teu conselheiro? A poderou-se de
sua transgressão e a Israel o seu pecado. ti a dor, com o da que está de parto?
‘'Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e p rín ­ l0Sofre dores, e trabalha, p ara dar à luz, ó filha de
cipes da casa de Israel, que abom inais o juízo e per­ Sião, com o a q ue está de parto, porque agora sairás
verteis tudo o que é direito, da cidade, e m orarás no cam po, e virás até B abilô­
l0Edificando a Sião com sangue, e a Jerusalém com nia; ali, porém, serás livrada; ali te rem irá o S enhor
iniqüidade. da m ão de teus inim igos.
11 Os seus chefes dão as sentenças p o r suborno, e os "A gora se congregaram m uitas nações co n tra ti,

843
MIQUÉIAS 4 ,5 ,6

que dizem: Seja profanada, e vejam os nossos olhos de m uitos povos, com o um leão entre os anim ais do
o seu desejo sobre Sião. bosque, com o um leâozinho entre os rebanhos de
'-M as não sabem os pensam entos do S f.n hor , nem ovelhas, o qual, q uando passar, pisará e despedaça­
en tendem o seu conselho; p orque as aju n to u com o rá, sem que haja quem as livre.
gavelas n um a eira. 9A tua m ão se exaltará sobre os teus adversários; e
' 3Levanta-te e trilha, ó filha deSião; p orque eu farei todos os teus inim igos serão exterm inados.
de ferro o teu chifre, e de bronze as tuas unhas; e es­ I0E sucederá naquele dia, diz o S enhor , que eu ex­
m iuçarás a m uitos povos, e o seu ganho será consa­ term inarei do m eio de ti os teus cavalos, e d estru i­
grado ao S enhor , e os seus bens ao Senhor de toda rei os teus carros.
aterra. “ E destruirei as cidades da tua terra, e derrubarei
todas as tuas fortalezas;
AGORA ajunta-te em tropas, ó filha de tropas; l2E exterm inarei as feitiçarias da tua m ão; e não
pôr-se-á cerco contra nós; ferirão com a vara na terás adivinhadores;
face ao juiz de Israel. 13E destruirei do m eio de ti as tuas im agens de es­
cultura e as tuas estátuas; e tu não te inclinarás mais
Predição do n ascim en to do M essias diante da o bra das tuas mãos.
2E tu, Belém Efrata,posto que pequena entre os m i­ I4E arrancarei os teus bosques do m eio de ti; e des­
lhares de Judá, de ti m e sairá o que governará em truirei as tuas cidades.
Israel, e cujas saídas são desde os tem pos antigos, 15E com ira e com furor farei vingança sobre os gen­
desde os dias da eternidade. tios que não ouvem .
3Portanto os entregará até ao tem po em que a que
está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus A co n ten d a do S exiior c o m o seu povo
irm ãos voltará aos filhos de Israel. OUVI agora o que diz o S en h o r : Levanta-te,

A in stitu içã o do reino do M essias


6 contende com os m ontes, e ouçam os o u tei­
ros a tua voz.
’lE ele perm anecerá, e apascentará ao povo na força 2O uvi, m ontes, a dem anda do S enhor , e vós, fortes
do S enhor , na excelência do nom e do S en h o r seu fundam entos da terra; p orque o S en h o r tem um a
Deus; e eles perm anecerão, porque agora será en ­ dem anda com o seu povo, e com Israel en trará em
grandecido até aos fins da terra. juízo.
5E este será a nossa paz; quando a Assíria vier à nossa 3Ó povo m eu; que te tenho feito? E com que te en ­
terra, e quando pisar em nossos palácios, levantare­ fadei? Testifica co n tra mim.
m os contra ela sete pastores e oito príncipes dentre 4Pois te fiz subir da terra do Egito, e da casa da ser­
os hom ens. vidão te remi; e enviei adiante de ti a Moisés, Arão
hEsses consum irão a terra da Assíria à espada, e a eM iriã.
terra de N inrode nas suas entradas. Assim nos livrará ’Povo m eu, lem bra-te agora do que consultou Ba-
da Assíria, quando vier à nossa terra, e quando calcar laque, rei de M oabe, e o que lhe respondeu Balaão,
os nossos term os. filho de Beor, e do que aconteceu desde Sitim até
7E o rem anescente de Jacó estará n o m eio de m uitos Gilgal, para que conheças as justiças do S e n h o r.
povos, com o orvalho d ap a rte do S enhor , com o chu­ ''C om qu e m e apresentarei ao S e n h o r, e m e incli­
visco sobre a erva, que não espera pelo hom em , nem narei d iante do D eus altíssimo? A presentar-m e-ei
aguarda a filhos de hom ens. d iante dele com holocaustos, com bezerros de um
SE o restante de Jacó estará entre os gentios, no m eio ano?

E tu, 8elém Efrata — g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia ensina que os magos


(5.2) = foram a Jerusalém e não encontraram o menino Jesus. Mas,
aoconsultarem as Escrituras, constataram que Jesus deveria nascer
Mormonismo. Afirma que Jesus nasceu em Jerusalém em Belém. Então, foram até lá e encontraram omenino(Mt2.1-10).
: (Alma 7.10), é o nosso irmão mais velho, progrediu até che­ Jesus é Deus (Jo 1.1-3,14; Rm 9.5; Cl 2.9) e Criador de todas as
gar a ser um deus e teria primeiro sido gerado como um filho es­ coisas (Cl 1.15-17; Hb 1.2). Sua encarnação se tornou realidade
piritual, pelo Pai e por uma mãe celestial, sendo, somente depois, quando foi concebido, de forma sobrenatural, pelo Espírito Santo e
concebido fisicamente pelo Pai e por uma mãe terrena. nasceu de uma virgem chamada Maria (Mt 1.18-23; Lc 1.34,35).

844
MIQUÉIAS 6 ,7

7A gradar-se-á o S e n h o r de m ilhares de carneiros, vigias, veio o dia da tu a punição; agora será a sua
o u de dez mil ribeiros de azeite? D arei o m eu p ri­ confusão.
m ogênito pela m inha transgressão, o fruto do m eu 5N ão creiais no am igo, nem confieis no vosso guia;
ventre pelo pecado da m inha alma? daquela qu e repousa no teu seio, guarda as portas
8Ele te declarou, ó hom em , o que é bom ; e que é o da tua boca.
que o S e n h o r pede de ti, senão que pratiques a ju s­ '‘Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta
tiça, e am es a benignidade, e andes hum ildem ente contra sua mãe, a n ora co n tra sua sogra, os inimigos
com o teu Deus? do hom em são os da sua própria casa.
9A voz do S enhor clam a à cidade e o que é sábio verá ’Eu, porém , olharei p ara o S en h o r ; esperarei no
o teu nom e. Ouvi a vara, e quem a ordenou. Deus da m inha salvação; o m eu Deus m e ouvirá.
l0A inda há na casa do ím pio tesouros da im pieda­ “Ó inim iga m inha, n ão te alegres a m eu respeito;
de, e m edida escassa, que é detestável? ainda que eu tenha caído, levantar-m e-ei; se m o rar
"S eria eu lim po com balanças falsas, e com um a nas trevas, o S e n h o r será a m inha luz.
bolsa de pesos enganosos? '’Sofrerei a ira do S enhor , p orque pequei co n tra ele,
12Porque os seus ricos estão cheios de violência, e os até que julgue a m in h a causa, e execute o m eu direi­
seus habitantes falam m entiras e a sua língua é enga­ to; ele m e tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.
nosa n a sua boca. I0E a m in h a inim iga verá isso, e cobri-la-á a vergo­
l3Assim eu tam bém te enfraquecerei, ferindo-te e nha, que m e diz: O nde está o S e n h o r teu Deus? Os
assolando-te p o r causa dos teus pecados. m eus olhos a contem plarão; agora será ela pisada
'■’Tu com erás, m as não te fartarás, e a tu a h u m i­ com o a lam a das ruas.
lhação estará no m eio de ti; rem overás os teus bens 1 'N o dia em que reedificar os teus m uros, nesse dia
mas não livrarás; e aquilo que livrares, eu o entrega­ estará longe e dilatado o estatuto.
rei à espada. 12N aquele dia virá a ti, desde a Assíria e das cidades
1 ’Tu semearás, m as não segarás; pisarás a azeitona, fortificadas, e das cidades fortificadas até ao rio, e do
mas não te ungirás com azeite; episarás o m osto, mas m ar até ao mar, e da m o n ta n h a até à m o ntanha.
não beberás vinho. 1 }Mas esta terra será posta em desolação, por causa dos
16Porque se observam os estatutos de O n ri, e toda a seus moradores, por causa do fruto das suas obras.
obra da casa de Acabe, e andais nos conselhos deles; l4A pascenta o teu povo com a tu a vara, o reb a­
para que eu te faça u m a desolação, e dos seus h abi­ n ho da tu a herança, que habita a sós, no bosque, no
tantes um assobio; assim trareis sobre vós o o p ró ­ m eio do Carm elo; apascentem -se em Basã e Gilea-
brio do m eu povo. de, com o nos dias do passado.
’’Eu lhes m ostrarei m aravilhas, com o nos dias da
A queixa do povo de D eus tua saída da terra do Egito.
AI de mim! porque estou feito com o as colhei­ 16As nações o verão, e envergonhar-se-ão, p o r causa
7 tas de frutas do
verão, com o os rabiscos da vindim a; não há cacho
de todo o seu poder; p o rão a m ão sobre a boca, e os
seus ouvidos ficarão surdos.
de uvas p ara com er, nem figos tem porãos que a 17Lamberão o pó com o serpente, com o vermes da
m inha alm a deseja. terra, trem endo, sairão dos seus esconderijos; com
2Já pereceu da terra o hom em piedoso, e não há pavor virão ao S enhor nosso Deus, e terão medo de ti.
entre os hom ens um que seja justo; todos arm am ci­ ,8Q uem é D eus sem elhante a ti, que perdoa a in i­
ladas para sangue; cada um caça a seu irm ão com a qüidade, e que passa p o r cim a da rebelião do restante
rede, da sua herança? Ele não retém a sua ira para sem pre,
JAs suas m ãos fazem diligentem ente o mal; assim porque tem prazer na sua benignidade.
dem anda o príncipe, e o juiz julga pela recom pen­ ''T o rn a rá a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas
sa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas
todos eles tecem o mal. profundezas do mar.
*0 m elhor deles é com o um espinho; o m ais reto “ D arás a Jacó a fidelidade, e a A braão a benigni­
é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus dade, que juraste a nossos pais desdos dias antigos.

845
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Naum
T it u l o
O no m e do livro deriva do autor, N aum , o elcosita, que denom ina sua profecia de “peso de N ínive”.

A u t o r ia e d ata
É de N aum , cujo nom e significa “conforto” (de Deus) e está relacionado ao n o m e Neemias. A cidade de
Elcos, de onde procede o profeta, ainda não foi localizada satisfatoriam ente pelos estudiosos.
Q u an to à datação, não é difícil precisá-la. C om certeza, o livro foi escrito após a destruição, em 666 a.C.,
de Tebas, o u N ô-A m on (im portante cidade egípcia), p o r Assurbanipal, im p erad o r assírio; en q u an to N íni­
ve foi assolada em 612 a.C., aproxim adam ente. A profecia de N aum pertence a este intervalo de 54 anos.

A ssunto
A profecia de N aum trata de um único assunto: a destruição de Nínive, capital da Assíria, às m argens
do rio Tigre. Cerca de cem anos antes, a cidade tinha sido poupada, p o r causa do arrependim ento pela
pregação do profeta Jonas. Esta seria a segunda p arte da história: Nínive voltou às suas práticas de idola­
tria, feitiçaria e carnificina.
O livro é de um a beleza poética im pressionante. O profeta inicia descrevendo o caráter de Deus, que é
“tardio em irar-se”, m as grande em força. Em seguida, passa a dar detalhes sobre a destruição da cidade.

Ê nfase a po lo g é tic a
De todos os profetas m enores, N aum foi o que recebeu o m aior aval d a história e da arqueologia. Suas
predições foram de um a exatidão singular e seu cum prim en to , hoje, é facilm ente verificável. Perm anece
com o um forte m on u m en to da inspiração divina das Escrituras.
Por volta do final do século 19, o ceticism o reinante considerava que Nínive e a Assíria não passavam
de m eras lendas. Mas escavações na região descobriram não só a cidade, m as todo um im pério. Era o iní­
cio da “assiriologia”, um ram o da arqueologia. H oje se sabe que diversos detalhes da profecia de N aum se
cum priram em 612 a.C., quando Nabopolassar, da Babilônia, e Ciaxires, da Pérsia, fizeram o cerco e des­
tru íram Nínive. Sua aniquilação foi tão com pleta que, posteriorm ente, foram travadas batalhas em seus
sítios sem o conhecim ento de que ali havia existido u m a cidade tão grande.
NAUM
O LIVRO DO PROFETA

O peso de N ín iv e haja m ais linhagem do teu nom e; da casa dos teus


PESO de Nínive. Livro da visão de N aum , o el- deuses exterm inarei as im agens de escultura e de
1 cosita.
-O S en h or é Deus zeloso e vingador; o S en h or é
fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.
' ’Eis sobre os m ontes os pés do que traz as boas
vingador e cheio de furor; o S en h or tom a vingan­ novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas,
ça contra os seus adversários, e guarda a ira contra ó Judá, cum pre os teus votos, p o rq u e o ím pio não
os seus inimigos. tornará m ais a passar p o r ti; ele é inteiram ente ex­
jO Sen h o r é tardio em irar-se, m as grande em term inado.
poder, e ao culpado não tem p o r inocente; o S enhor
tem o seu cam inho na torm en ta e na tem pestade, e O cerco e tom ada de N ín iv e
as nuvens são o pó dos seus pés. 0 DESTRUIDOR subiu co n tra ti. G uarda tu a
■•Elerepreende ao mar, e o faz secar, e esgota todos os
rios; desfalecem Basã e o C arm elo, e a flor do Líbano
2
fortaleza, vigia o cam inho, fortalece os lom bos,
reforça m u ito o teu poder.
murcha. 2 Porque o S en h or restaurará a excelência de Jacó
5Os m ontes trem em perante ele, e os outeiros se com o a excelência de Israel; p orque os saqueadores
derretem ; e a terra se levanta na sua presença; e o os despojaram , e destruíram os seus sarm entos.
m undo, e todos os que nele habitam . ’O s escudos dos seus fortes serão verm elhos, os
"Quem parará diante do seu furor, e quem persisti­ hom ens valorosos estarão vestidos de escarlate, os
rá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derra­ carros com o tochas flam ejantes no dia da sua prep a­
m ou com o u m fogo, e as rochas foram po r ele der­ ração, e os ciprestes serão terrivelm ente abalados.
rubadas. 4Os carros correrão furiosam ente nas ruas, colidi­
rão u m co n tra o o u tro nos largos cam inhos; o seu
70 S enhor é b o m , ele serve d e fo rta le z a n o d ia d a a n ­
g ú stia , e c o n h e c e o s q u e c o n fia m n ele. aspecto será com o o de tochas, correrão com o re­
SE com u m a inundação transbordante acabará de lâmpagos.
um a vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão os 'Ele se lem brará dos seus valentes; eles,porém, tro ­
seus inimigos. peçarão na sua m archa; apressar-se-ão para chegar
9Q ue pensais vós contra o S en h or ? Ele m esm o vos ao seu m uro, q uando o am paro for preparado.
consum irá de todo; não se levantará po r duas vezes 6As portas dos rios se abrirão, e o palácio será dis­
a angústia. solvido.
“'Porque ainda que eles se entrelacem com o os es­ ’É decretado: ela será levada cativa, conduzida
pinhos, e se saturem de vinho com o bêbados, serão para cima; e as suas servas a acom panharão, gem en­
inteiram ente consum idos com o palha seca. do com o pom bas, batendo em seus peitos.
11 De ti saiu um que m aqu in o u o m al contra o sN ínive desde que existiu tem sido com o um
S enhor , um conselheiro vil. tanque de águas, po rém elas agora vazam. Parai,
12Assim diz o S en h or : Por mais seguros que estejam, parai, clamar-se-á; m as ninguém olhará para trás.
e por m ais num erosos que sejam, ainda assim serão “Saqueai a prata, saqueai o ouro, p orque não têm
exterm inados, e ele passará; eu te afligi, mas não te fim as provisões, riquezas há de todo o gênero de bens
afligirei mais. desejáveis.
1 -'Mas agora quebrarei o seu jugo de sobre ti, e ro m ­ 10Vazia, esgotada e devastada está; derrete-se o co­
perei os teus laços. ração, e trem em os joelhos, e em todos os lom bos há
u C o n tra ti, porém , o S en h or deu ordem que não dor, e os rostos de todos eles se enegrecem.

847
NAUM 2,3

1 ’O n d e está agora o covil dos leões, e as pastagens ten d o por esp lan ad a o m ar, e ain d a o m a r p o r m u ­
dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filho­ ralha?
te do leão, sem haver ninguém que os espantasse? 4Etiópia e Egito eram a sua força, e não tinha fim;
120 leão arrebatava o que bastava para os seus filho­ Pute e Líbia foram o seu socorro.
tes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia 1 "Todavia foi levada cativa para o desterro; tam bém
de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina. os seus filhos foram despedaçados nas entradas de
1 ’Eis que eu estou contra ti, diz o Se n h o r dos Exérci­ todas as ruas, e sobre os seus nobres lançaram sortes,
tos, e queim arei na fumaça os teus carros, e a espada e todos os seus grandes foram presos com grilhões.
devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a "T u tam bém serás em briagada, e te esconderás;
tua presa, e não se ouvirá m ais a voz dos teus m en­ tam bém buscarás força p o r causa do inimigo.
sageiros. 12Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com
figos tem porãos; se os sacodem, caem na boca do que
A destruição de N ín iv e os há de comer.
AI da cidade ensangüentada! IJEis que o teu povo no meio de ti são como m ulhe­
Ela está toda cheia de m entiras e de rapina; não res; as portas da tu a terra estarão de to d o abertas aos
se aparta dela o roubo. teus inimigos; o fogo consum irá os teus ferrolhos.
2Estrépito de açoite há, e o barulho do ruído das l4T ira águas para o cerco, reforça as tuas fortale­
rodas; e os cavalos atropelam , e carros vão saltando. zas; entra no lodo, e pisa o barro, pega a form a p ara
*0 cavaleiro levanta a espada flam ejante, com o a os tijolos.
lança relam pejante, e ali haverá um a m ultidão de 150 fogo ali te consum irá, a espada te exterm inará;
m ortos, e abundância de cadáveres, e não terão fim consum ir-te-á, com o a locusta. M ultiplica-te com o
os defuntos; tropeçarão nos seus corpos; a locusta, m ultiplica-te com o os gafanhotos.
4Por causa da m ultidão dos pecados da m eretriz l6M ultiplicaste os teus negociantes m ais do que as
m ui graciosa, da m estra das feitiçarias, que vendeu estrelas do céu; a locusta se espalhará e voará.
as nações com as suas fornicações, e as famílias pelas ,70 s teus príncipes são com o os gafanhotos, e os
suas feitiçarias. teus capitães com o os gafanhotos grandes, que se
5Eis que eu estou contra ti, diz o Se n h o r dos Exérci­ acam pam nas sebes nos dias de frio; em subindo o
tos; e levantarei a tu a saia sobre a tua face, e às nações sol voam , de sorte que não se sabe m ais o lugar onde
m ostrarei a tua nudez, e aos reinos a tua vergonha. estão.
6E lançarei sobre ti coisas abom ináveis, e envergo- 18O s teus pastores dorm irão, ó rei da Assíria, os teus
nhar-te-ei, e pôr-te-ei com o espetáculo. ilustres repousarão, o teu povo se espalhará pelos
7E há de ser que, todos os que te virem , fugirão de ti, m ontes, sem que haja quem o ajunte.
e dirão: Nínive está destruída, quem terá com paixão l9N ão há cura p ara a tua ferida, a tu a chaga é d o ­
dela? D onde te buscarei consoladores? lorosa. Todos os que ouvirem a tu a fam a baterão
8És tu m elh o r d o que N ô -A m o m , q u e está as­ as palm as sobre ti; porque, sobre quem não passou
se n tad a en tre os canais do Nilo, cercada de águas, contin u am en te a tu a malícia?

848
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Habacuque
T it u l o
H abacuque é o nom e do profeta, au to r do livro.

A u t o r ia e data

É de H abacuque, cujo no m e significa “abraço”.


H abacuque profetizou para Judá (reino do Sul) a respeito da im inente invasão dos babilônios (cal­
deus). C om parando os contextos da referência 1.2-4 com 2Reis 21.22, podem os datar o livro no período
do rei Jeoiaquim, entre 612 e 600 a.C. M as alguns estudiosos, querendo dar m aior exatidão, dizem que o
livro foi com pilado em 607 ou 606 a.C.
H abacuque 3.19 parece indicar a associação do autor com a m úsica, o que dá a entender que, talvez,
ele fosse um levita.
A ssunto
Entre os assuntos abordados, está a invasão dos caldeus, o que levou o profeta a u m a p rofunda in d a­
gação sobre o problem a do mal. C om o D eus podia perm itir tal coisa? E clamava pela justiça divina d ian ­
te de tanta iniqüidade.
O capítulo 3 é um a teofania, um a m anifestação de Deus inspirada em sua presença majestosa no M o n ­
te Sinai, conform e Êxodo 19.0 final do capítulo é um a das mais belas expressões do a m o r incondicional
a Deus.
Sua declaração n a referência 2.4 pode ser considerada um a das m ais im p o rtan tes da história eclesiás­
tica. Citada pelo apóstolo Paulo em Rom anos 1.17, viria a se to rn ar o grande lem a da Reform a P rotestan­
te, ocorrida no século 16, em resgate ao espírito da m ensagem cristã.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Sua inspiração e canonicidade são confirm adas em três passagens do Novo Testamento: Rom anos 1.17,
Gálatas 3.11 e H ebreus 10.38, os m ais expressivos textos que contrastam a salvação pela graça e a salvação
pela lei. C uriosam ente, é a única citação da palavra fé em todo o Antigo Testamento.
H abacuque discute o problem a do mal, talvez um dos po n to s m ais difíceis com o qual a teologia tem de
lidar. Ao ver a crueldade com que a Babilônia trato u Judá, o profeta se revoltou, fazendo o seguinte ques­
tionam ento: p or que um D eus tão bo m não interferia ou dem orava a intervir?
Sua declaração sobre a im portância da fé não resolve o problem a, m as ajuda o ser h u m an o a superar
os m om entos difíceis, até que o julgam ento divino chegue. No caso em questão, o julgam ento divino so­
bre a Babilônia.
O livro ainda se ocupa em repreender a idolatria, ap ontando as “respostas” dos pedidos feitos aos ído­
los com o u m a m anifestação do espírito do engano.
O LIVRO DO PROFETA

HABACUQUE
A in iq ü id a d e de Jiulá será castigada 14Epor que farias os hom ens com o os peixes do mar,
O PESO que viu o profeta H abacuque. com o os répteis, que não têm quem os governe?
2 Até quando, S e n h o r , clam arei eu, e tu não m •’Ele
e a todos levantará com o anzol, apanhá-los-á
escutarás? G ritar-te-ei: Violência! e não salvarás? com a sua rede, e os ajuntará na sua rede varredoura;
3Por que razão m e m ostras a iniqüidade, e m e fazes p o r isso ele se alegrará e se regozijará.
ver a opressão? Pois que a destruição e a violência ,6Por isso sacrificará à sua rede, e queim ará incen­
estão diante de m im , havendo tam bém quem susci­ so à sua varredoura; po rque com elas engordou asua
te a contenda e o litígio. porção, e engrossou a sua com ida.
4Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça n unca se 17Porventura p o r isso esvaziará a sua rede e não terá
manifesta; porque o ím pio cerca o justo, e a justiça piedade de m atar as nações continuam ente?
se m anifesta distorcida.
’Vede entre os gentios e olhai, e m aravilhai-vos, e Os caldeus serão castigados a seu tu rn o
adm irai-vos; p orque realizarei em vossos dias um a SOBRE a m in h a guarda estarei, e sobre a forta­
obra que vós não crereis, q uando for contada.
6Porque eis que suscito os caldeus, nação am arga e
2
leza m e apresentarei e vigiarei, para ver o que
falará a m im , e o que eu responderei q u ando eu for
im petuosa, que m archa sobre a largura da terra, para
argüido.
apoderar-se de m oradas que não são suas.
2Então o Se n h o r m e respondeu, e disse: Escreve a
7Horrível e terrível é; dela m esm a sairá o seu juízo
visão e to rn a-a bem legível sobre tábuas, para que a
e a sua dignidade.
possa ler quem passa correndo.
8E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leo­
3Porque a visão é ainda para o tem po determ inado,
pardos, e m ais espertos do que os lobos à tarde; os
m as se apressa para o fim, e não enganará; se tardar,
seus cavaleiros espalham -se p or toda parte; os seus
espera-o, porque certam ente virá, não tardará.
cavaleiros virão de longe; voarão com o águias que
4Eis que a sua alm a está orgulhosa, não é reta nele;
se apressam a devorar.
m as o justo pela sua fé viverá.
9Eles todos virão para fazer violência; os seus rostos
’Tanto m ais que, p o r ser dado ao v inho é desleal;
buscarão o vento oriental, e reunirão os cativos com o
areia. hom em soberbo que não perm anecerá; que alarga
I0E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão com o o inferno a sua alma; e é com o a m o rte que não
zom baria; eles se rirão de todas as fortalezas, porque se farta, e ajunta a si todas as nações, e congrega a si
am ontoarão terra, e as tom arão. todos os povos.
11 Então m uda a sua m ente, e seguirá, e se fará culpa­ 6N ão levantarão, pois, to d o s estes contra ele um a
do, atribuindo este seu poder ao seu deus. parábola e um provérbio sarcástico contra ele? E se
dirá: Ai daquele que m ultiplica o que não é seu! (até
A intercessão de H aba cu q u e quando?) e daquele que carrega sobre si dívidas!
l2Não és tu desde a eternidade, ó Senhor m eu Deus, 7Porventura n ão se levantarão de repente os teus
m eu Santo? Nós não morrerem os. 0 Senhor , para extorquiadores, e n ão despertarão os que te farão
juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar. trem er, e não lhes servirás tu de despojo?
1 '‘Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e “P orquanto despojaste a m uitas nações, todos os
a opressão não podes contem plar. Por que olhas para dem ais povos te despojarão a t i, p o r causa do sangue
os que procedem aleivosamente, e te calas quando o dos hom ens, e da violência feita à terra, à cidade, e a
ím pio devora aquele que é m ais justo do que ele? todos os que nela habitam .

850
HABACUQUE 2,3

9Ai daquele que, para a sua casa, ajunta cobiçosa­ 4E o resplendor se fez com o a luz, raios brilh an ­
m ente bens mal adquiridos, para p ô r o seu n inho no tes saíam da sua m ão, e ali estava o esconderijo da
alto, a fim de se livrar do poder do mal! sua força.
l0Vergonha m aquinaste para a tua casa; destruindo 5 Adiante dele ia a peste, e brasas ardentes saíam dos
tu a m uitos povos, pecaste contra a tua alma. seus passos.
"P o rq u e a pedra clam ará da parede, e a trave lhe 6Parou, e m ediu a terra; olhou, e separou as nações;
responderá do m adeiram ento. e os m ontes perpétuos foram esmiuçados; os outei­
l2Ai daquele que edifica a cidade com sangue, e que ros eternos se abateram , porque os cam inhos eter­
funda a cidade com iniqüidade!
nos lhe pertencem .
n Porventura não vem do Se n h o r dos Exércitos que
7Vi as tendas de Cusã em aflição; trem iam as corti­
os povos trabalhem pelo fogo e os hom ens se cansem
nas da terra de Midiã.
em vão?
8Acaso é contra os rios, Se n h o r , que estás irado?
,4Porque a terra se encherá do conhecim ento da
É contra os ribeiros a tu a ira, ou contra o m ar o teu
glória do Senhor , com o as águas cobrem o mar.
furor, visto que andas m o n tad o sobre os teus cava­
15Ai daquele que dá de beber ao seu com panheiro!
Ai de ti, que adicionas à bebida o teu furor, e o em be­ los, e nos teus carros de salvação?
bedas para ver a sua nudez! ‘'D escoberto se m ov im en to u o teu arco; os ju ra ­
"’Serás farto de ignom ínia em lugar de honra; bebe m entos feitos às tribos foram u m a palavra segura.
tu tam bém , e sê com o um incircunciso; o cálice da (Selá.) Tu fendeste a terra com rios.
mão direita do Senho r voltará a ti, e ignom ínia cairá 1 °Os m ontes te viram , e trem eram ; a inundação das
sobre a tua glória. águas passou; o abism o deu a sua voz, levantou ao
I7Porque a violência com etida contra o Líbano te alto as suas mãos.
cobrirá, e a destruição das feras te am edrontará, por " O sol e a lua p araram nas suas m oradas; a n d a­
causa do sangue dos hom ens, e da violência/eifa à ram à luz das tuas flechas, ao resplendor do relâm ­
terra, à cidade, e a todos os que nela habitam . pago da tua lança.
I HQ ue aproveita a imagem de escultura, depois que l2C om indignação m archaste pela terra, com ira
a esculpiu o seu artífice? Ela é im agem de fundição e trilhaste os gentios.
ensina m entira, para que quem a form ou confie na 13Tu saíste p ara salvação do teu povo, para salvação
sua obra, fazendo ídolos mudos? do teu ungido; tu feriste a cabeça da casa do ím pio,
l9Ai daquele que diz ao pau: Acorda! e à pedra descobrindo o alicerce até ao pescoço. (Selá.)
muda: Desperta! Pode isso ensinar? Eis que está co­ l4Tu traspassaste com as suas próprias lanças a
berta de ouro e de prata, m as dentro dela não há es­
cabeça das suas vilas; eles m e acom eteram tem pes­
pírito algum.
tuosos para m e espalharem ; alegravam-se, com o se
“ M as o Se n h o r está no seu santo tem plo; cale-se
estivessem para devorar o p obre em segredo.
diante dele toda a terra.
’’Tu com os teus cavalos m archaste pelo m ar,pela
massa de grandes águas.
A oração de H aba cu q u e
ORAÇÃO do profeta H abacuque sobre Sigio- l6O uv in d o -o eu, o m eu ventre se com oveu, à sua

3 note. voz trem eram os m eus lábios; en tro u a p o dridão nos


2O uvi, Senho r , a tua palavra, «temi; aviva, ó Senho r , m eus ossos, e estremeci dentro de m im ; no dia da an ­
a tua obra no m eio dos anos, no m eio dos anos faze-a gústia descansarei, q u an d o subir contra o povo que
conhecida; na tua ira lem bra-te da m isericórdia. invadirá com suas tropas.
3D eus veio de Temã, e do m o n te de Parã o Santo l7Porque ainda que a figueira não floresça, nem
(Selá). A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu- haja fruto na vide; ainda que decepcione o p ro d u to
se do seu louvor. da oliveira, e os cam pos não produzam m antim en-

Do monte de Parã o Santo RESPOSTA APOLOGÉTICA: Parã não está próximo a


(33) «= Meca, onde Maomé foi. Além disso, o texto em estudo refe­
Islamlsmo. Muitos muçulmanos acreditam que este versí- re-se a Deus, que vem em Julgamento. Não fala nada sobre Mao­
^ culo, em conexão com Deuteronômio 33.2, se refere a Mao- mé. A glória e o louvor estão sendo destinados ao Senhor e não
mé, vindo de Parã. ao profeta muçulmano.

851
HABACUQUE 3

to; ainda que as ovelhas da m alhada sejam arrebata­ 190 S eni io ií D eus éa m in h a força, e fará os m eus pés
das, e nos currais não haja gado; com o os das cervas, e m e fará andar sobre as m inhas
l8Todavia eu m e alegrarei no Se n h o r ; exultarei no alturas. (Para o ca n to r-m o r sobre os m eus in stru ­
D eus da m inha salvação. m entos de corda).

852
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Sofonias
T it u l o
O livro recebe o nom e do pró p rio escritor, Sofonias, que viveu na m esm a época em que os profetas
N aum e Habacuque.

A u t o r ia e data

É de Sofonias, cujo nom e significa “Javé esconde”. C onform e a referência 1.1, vem os que ele era filho
de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias. Logo, era tetraneto do rei Ezequias. Prova­
velmente, profetizou duran te o reinado de Josias, dirigindo suas m ensagens a Judá (reino do Sul), m as nos
anos anteriores ao avivam ento daquele rei, iniciado em 621 a.C.

A ssunto
O grande tem a de Sofonias é “o dia do Senhor”, que pinta com cores vivas e de form a apaixonada. Na
verdade, é o profeta que m ais usa a expressão “dia do S enhor”, o qual previa com o o dia em qu e D eus d er­
ram aria seu juízo sobre a iniqüidade de Judá. Assim, buscar o S enhor era a form a de escapar desse dia.
Suas profecias, no entanto, não se lim itavam apenas a Judá, diversos povos e lugares são alvo de suas
declarações proféticas. Gaza, Ascalon, Asdode, M oabe e A m on receberam severas repreensões de Sofo­
nias p o r causa de seus pecados. N em m esm o a Etiópia e a Assíria, com sua capital, Nínive, escaparam de
suas predições.
Por fim, com o era com um entre os profetas, não deixou de falar da fu tu ra restauração e glória de Israel
e Jerusalém e a punição de seus inim igos.

Ê nfase ap o lo g é tic a
O cu m prim ento profético é um dos elem entos im portantes que atestam a inspiração divina do livro.
As predições da referência 2.13, destinadas à Assíria e sua capital, Nínive, são exemplos clássicos d em o n s­
trados tam bém na profecia de N aum .
A astrolatria, a idolatria e o sincretism o religioso do povo de Judá (1.4,5) são severam ente condena­
dos por Sofonias.
SOFONIAS
O LIVRO DO PROFETA

A m eaças contra J u d á e Jerusalém se espessam com o a b orra do vinho, que dizem no seu
PALAVRA do S enhor , que veio a Sofonias, filho coração: O S enhor não faz o bem nem faz o mal.
1 de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho
de Ezequias, nos dias de Josias, filho de A m om , rei
l ;,Por isso serão saqueados os seus bens, e assola­
das as suas casas; e edificarão casas, m as não habi­
de Judá. tarão nelas, e p lantarão vinhas, m as não lhes bebe­
2Hei de consum ir po r com pleto tu d o de sobre a rão o seu vinho.
terra, diz o S enhor . 140 g r a n d e d ia d o S en h or está p e r to , sim , e stá p e r to ,

’C onsum irei os hom ens e os anim ais, consum irei e se a p re s s a m u ito ; a m a r g a é a v o z d o d ia d o S en h or ;

as aves do céu, e os peixes do m ar, e os tropeços ju n ­ c la m a rá ali o p o d e ro s o .

tam ente com os ímpios; e exterm inarei os hom ens 1 5Aquele dia será u m dia de indignação, dia de tri­
de sobre a terra, diz o S enhor . bulação e de angústia, dia de alvoroço e de assola­
4E estenderei a m inha m ão contra Judá, e contra ção, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de
todos os habitantes de Jerusalém, e exterm inarei densas trevas,
16D ia de tro m b eta e de alarido co n tra as cidades
deste lugar o restante de Baal, e o nom e dos sacerdo­
fortificadas e co n tra as torres altas.
tes dos ídolos, juntam ente com os sacerdotes;
17E angustiareios hom ens,que andarão com o cegos,
5E os que sobre os telhados adoram o exército do
porque pecaram contra o S en h or ; e o seu sangue se
céu; e os que se inclinam ju ran d o ao S enhor , e juram
derram ará com o pó, e a sua carne será com o esterco.
porM ilcom ;
1RN em a sua p rata nem o seu o u ro os poderá livrar
6E os que deixam de an d ar em seguim ento do
no dia da indignação do S enhor , m as pelo fogo do
S enhor , e os que não buscam ao S enhor , nem per­
seu zelo to d a esta terra será consum ida, porque cer­
guntam po r ele.
tam en te fará de to d o s os m oradores da terra um a
7Cala-te diante do S enhor D eus, porque o dia do
destruição total e apressada.
S enhor está perto; porque o S enhor preparou o sa­
crifício, e santificou os seus convidados. A m eaças contra diversas nações
“Acontecerá que, no dia do sacrifício do S enhor , CONGREGAI-VOS, sim, congregai-vos, ó nação
castigarei os príncipes, e os filhos do rei, e todos os
q ue se vestem de trajes estrangeiros.
2 n ão desejável;
2Antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia
9Castigarei naquele dia todo aquele que salta sobre passe com o a pragana; antes que venha sobre vós o
o lim iar, que enche de violência e engano a casa dos furor da ira do S en h o r , antes que venha sobre vós o
seus senhores. dia da ira do S enhor .
1UE n a q u e le d ia , d iz o SENHOR,/ar-se-á ouvir u m a voz 3Buscai ao S en h or , vós to d o s os m ansos da terra,
d e c la m o r d e s d e a p o r t a d o p e ix e , e u m u iv o d e s d e a que tendes posto p o r o bra o seu juízo; buscai a ju s­
se g u n d a p a rte , e g r a n d e q u e b r a n t a m e n to d e s d e o s tiça, buscai a m ansidão; pode ser que sejais escondi­
o u te iro s . dos no dia da ira do S enhor .
"U ivai vós, m oradores de M actes, porque todo o 4Porque Gaza será desam parada, e Ascalom assola­
povo que mercadejava está arruinado, todos os que da; A sdode ao m eio-dia será expelida, e Ecrom será
estavam carregados de dinheiro foram destruídos. desarraigada.
I2E há de ser que, naquele tem po, esquadrinharei a ’Ai dos habitantes da costa do mar, a nação dos
Jerusalém com lanternas, e castigarei os hom ens que quereteus! A palavra do S en h or será co n tra vós, ó

854
SOFONIAS 2,3

Canaã, terra dos filisteus; e eu vos destruirei, até que os seus sacerdotes p ro fan aram o santuário, e fize­
não haja m orador. ram violência à lei.
6E a costa do m ar será de pastos e cabanas para os 50 Se n h o r é justo no m eio dela; ele não com ete ini­
pastores, e currais para os rebanhos. qüidade; cada m an h ã traz o seu juízo à luz; nunca
7E será a costa para o restante da casa de Judá; ali falta; m as o perverso não conhece a vergonha.
apascentarão os seus rebanhos; de tarde se deitarão 6Exterm inei as nações, as suas torres estão assola­
nas casas de Ascalom; porque o Se n h o r seu D eus os das; fiz desertas as suas praças, a p o n to de não ficar
visitará, e os fará to rn ar do seu cativeiro. quem passe p o r elas; as suas cidades foram destru­
8Eu ouvi o escárnio de M oabe, e as injuriosas pala­ ídas, até não ficar ninguém , até não haver quem as
vras dos filhos de A m om , com que escarneceram do habite.
m eu povo, e se engrandeceram contra o seu term o. 7Eu dizia: C ertam ente m e tem erás, e aceitarás a
9Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Se n h o r correção, e assim a sua m o rad a não seria destruída,
dos Exércitos, o D eus de Israel, M oabe será com o conform e tu d o aquilo p orque a castiguei; m as eles
Sodom a, e os filhos de A m om com o G om orra, se levantaram de m adrugada, co rro m p eram todas
cam po de urtigas e poços de sal, e desolação per­ as suas obras.
pétua; o restante do m eu povo os saqueará, e o res­ 8Portanto esperai-m e, diz o Senhor , no dia em que
tante do m eu povo os possuirá.
eu m e levantar para o despojo; p o rq u e o m eu d e­
l0Isso terão em recom pensa da sua soberba, porque
creto é aju n tar as nações e congregar os reinos, para
escarneceram, e se engrandeceram contra o povo do
sobre eles d erram ar a m in h a indignação, e to d o o
Se nho r dos Exércitos.
ardor da m inha ira; p orque to d a esta terra será co n ­
1 'O Senho r será terrível para eles, porque em agre­
sum ida pelo fogo do m eu zelo.
cerá todos os deuses da terra; e todos virão adorá-lo,
9Porque então darei u m a linguagem p u ra aos
cada um desde o seu lugar, de todas as ilhas dos gen­
povos, para que todos invoquem o no m e do Se n h o r ,
tios.
para que o sirvam com u m mesmo consenso.
12Tam bém vós, ó etíopes, sereis m ortos com a
l0D além dos rios da Etiópia, m eus zelosos ad o ra­
m inha espada.
dores, que constituem a filha dos m eus dispersos, m e
13Estenderá tam bém a sua m ão contra o norte, e
trarão sacrifício.
destruirá a Assíria; e fará de N ínive um a desolação,
1 'N aquele dia não te envergonharás de n en h u m a
terra seca com o o deserto.
das tuas obras, com as quais te rebelaste co n tra m im ;
HE no meio dela repousarão os rebanhos, todos os
porque então tirarei do m eio de ti os que exultam na
anim ais das nações; e alojar-se-ão nos seus capitéis
assim o pelicano com o o ouriço; o canto das aves se tua soberba, e tu nu n ca m ais te ensoberbecerás no
ouvirá nas janelas; e haverá desolação nos limiares, m eu m onte santo.
quando tiver descoberto a sua obra de cedro. l2Mas deixarei no m eio de ti u m povo hum ilde e
l5Esta é a cidade alegre, que habita despreocupa- pobre; e eles confiarão no nom e do Se nho r .
dam ente, que diz no seu coração: Eu sou, e não há I30 rem anescente de Israel não com eterá in iq ü i­
o u tra além de m im ; com o se to rn o u em desolação, dade, n em proferirá m entira, e n a sua boca não se
em pousada de anim ais!Todo o que passar por ela as­ achará língua enganosa; m as serão apascentados, e
sobiará, e m eneará a sua mão. deitar-se-ão, e não haverá quem os espante.

O castigo de Jerusalém A prom essa fe ita aos fiéis


l4C anta alegrem ente, ó filha de Sião; rejubila, ó
AI da rebelde e contam inada, da cidade o pres­
3 sora! Israel; regozija-te, e exulta de todo o coração, ó filha
2N ão obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; de Jerusalém.
não confiou no Se n h o r ; n em se aproxim ou do seu 150 Se n h o r afastou os teus juízos, exterm inou o teu
Deus. inim igo; o Se nho r , o rei de Israel, está no m eio de ti;
’Os seus príncipes são leões rugidores no m eio dela; tu não verás m ais m al algum.
os seus juizes são lobos da tarde, que não deixam os l6N aquele dia se dirá a Jerusalém: N ão temas, ó
ossos para a m anhã. Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.
4O s seus profetas são levianos, h om ens aleivosos; I70 Se n h o r teu Deus, o poderoso, está no meio de

855
SOFONIAS 3

ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar- a que foi expulsa; e deles farei u m louvor e um nom e
se-á p o r seu am or, regozijar-se-á em ti com júbilo. em toda a terra em que foram envergonhados.
1 sOs entristecidos por causada reunião solene, con­ 2HNaquele tem p o vos farei voltar, naquele tem po
gregarei; esses que são de tie para os quais o opróbrio vos recolherei; certam ente farei de vós u m nom e e
dela era u m peso. u m louvor entre to d o s os povos da terra, quando
'''Eis que naquele tem po procederei contra todos fizer voltar os vossos cativos d iante dos vossos olhos,
os que te afligem, e salvarei a que coxeia, e recolherei diz o Senhor .

856
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Ageu
T ít u l o

O livro recebe o nom e do pró p rio escritor, Ageu.

A u t o r ia e data

É de Ageu, cujo nom e significa “festivo”. Ageu foi um dos profetas que voltou do exílio com Z orobabel
e o sum o sacerdote Josué m ediante o decreto do im perador persa, Ciro, o G rande. Assim, p odem os cons­
tatar que ele foi u m dos três profetas que exerceram seu m inistério após o p eríodo do desterro.
Ageu era contem porâneo de Zacarias (Ed 5.1,2) e incentivou o povo a reconstruir o tem plo de Jeru­
salém (Ed 1— 6). Suas profecias podem ser datadas no ano 520 a.C. Os detalhes secundários, o u seja, dia
e mês, são m uito fáceis de determ inar, u m a vez que Ageu teve o cuidado de registrar, m inuciosam ente, o
período exato de cada um a delas.

A ssunto
Zorobabel, o povo que o acom panhava e o sum o sacerdote sofreram forte oposição d u ran te a recons­
trução do tem plo de Jerusalém. Por conta disso, desanim aram . Resultado: as obras ficaram paradas e cada
um se voltou para seus próprios interesses pessoais. C om o conseqüência, a situação econôm ica daquele
rem anescente estava indo de mal a pior, pois, apesar de todo o esforço que em preendia, não estava p ro s­
perando.
A m ensagem de Ageu é para que o povo atentasse para sua situação e avaliasse o seguinte: seu trabalho
se to rn ara infrutífero p orque as obras do tem plo estavam estagnadas. Se houvesse u m retorno à co n stru ­
ção, aquela situação seria modificada, o que pôde ser percebido p o r m eio de u m a profecia posterior.

Ê nfase a p o lo g é tic a
É o segundo livro m ais curto do Antigo Testam ento, o prim eiro, é o de O badias. Todavia, expressões
com o “veio a palavra do Senhor” e “assim diz o Senhor dos exércitos” aparecem vinte e cinco vezes n o s dois
capítulos da profecia, o que é um a reivindicação insistente q u an to à inspiração divina de suas palavras.
Uma das provas de sua canonicidade e validade histórica é que a profecia da referência 2.6 foi citada
no texto de H ebreus 12.26,27.
A O LIVRO DO PROFETA

A geu
A g eu repreende o povo lavras do profeta Ageu, assim com o o S e n h o r seu
NO segundo ano do rei D ario, no sexto mês, no Deus o enviara; e tem eu o povo diante do Senho r .
1 prim eiro dia do mês, veio a palavra do Se nho r ,
por interm édio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho
’’Então Ageu, o m ensageiro do Senho r , falou ao
povo conform e a m ensagem do Senho r , dizendo:
de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jo- Eu sou convosco, diz o Senhor .
zadaque, o sum o sacerdote, dizendo: I4E o Se n h o r suscitou o espírito de Zorobabel, filho
2Assim fala o Se n h o r dos Exércitos, dizendo: Este de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué,
povo diz: N ão veio ainda o tem po, o tem po em que filho de Jozadaque, sum o sacerdote, e o espírito de
a casa do Se n h o r deve ser edificada. to d o o restante do povo, e eles vieram , e fizeram a
’Veio, pois, a palavra do Senho r , po r interm édio do obra n a casa do Se n ho r dos Exércitos, seu Deus,
profeta Ageu, dizendo: 15Ao vigésimo q u arto dia do sexto mês, n o segundo
4Porventura é para vós tem po de habitardes nas ano do rei Dario.
vossas casas forradas, enquanto esta casa fica d e­
serta? A glória do segundo tem p lo
’O ra, pois, assim diz o Sen h o r dos Exércitos: Consi­ N O sétim o mês, ao vigésimo prim eiro dia do
derai os vossos caminhos.
'’Semeais m uito, e recolheis pouco; comeis, p orém
2 mês, veio a palavra do Sf.n h o r p o r interm édio
do profeta Ageu, dizendo:
não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti- 2Fala agora a Zorobabel, filho de Sealtiel, governa­
vos, po rém ninguém se aquece; e o que recebe salá­ do r de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, sum o sa­
rio, recebe-o nu m saco furado. cerdote, e ao restante do povo, dizendo:
’Q uem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa
A g eu exorta o povo a reconstruir o tem plo na sua prim eira glória? E com o a vedes agora? N ão é
7Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Considerai os esta com o nada diante dos vossos olhos, com para­
vossos caminhos. da com aquela?
8Subi ao m onte, e trazei m adeira, e edificai a casa; e 4O ra, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senho r , e es­
dela m e agradarei, e serei glorificado, diz o Sf.n h o r . força-te, Josué, filho de Jozadaque, sum o sacerdo­
’Esperastes o m uito, m as eis que veio a ser pouco; e te, e esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senho r , e
esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissi­ trabalhai; p orque eu sou convosco, diz o Se n h o r dos
pei com um sopro. Por que causa? disse o Senho r dos Exércitos.
Exércitos. Por causa da m inha casa, que está deserta, ’Segundo a palavra da aliança que fiz convosco,
enqu an to cada um de vós corre à sua pró p ria casa. quan d o saístes do Egito, o m eu Espírito p erm an e­
1(>Por isso retém os céus sobre vós o orvalho, e a terra ce n o meio de vós; não temais.
detém os seus frutos. 6P orque assim diz o S e n h o r dos Exércitos: A inda
11E m andei vir a seca sobre a terra, e sobre os m ontes, um a vez, daqui a pouco, farei trem er os céus e a
e sobre o trigo, e sobre o m osto, e sobre o azeite, e terra, o m ar e a terra seca;
sobre o que a terra produz; com o tam bém sobre os 7E farei trem er todas as nações, e virão coisas precio­
hom ens, e sobre o gado, e sobre todo o trabalho das sas de todas as nações, e encherei esta casa de glória,
mãos. diz o Se n h o r dos Exércitos.
I2Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho “M inha é a prata, e m eu è o ouro, disse o Sf.n h o r dos
de Jozadaque, sum o sacerdote, e todo o restante do Exércitos.
povo obedeceram à voz do Se n h o r seu Deus, e às pa­ 9A glória desta ú ltim a casa será m aio r do que a da

858
AGEU2
prim eira, diz o Se n h o r dos Exércitos, e neste lugar m ente dez; q u an d o vinha ao lagar para tira r cin ­
darei a paz, diz o Se n h o r dos Exércitos. qüenta, havia somente vinte.
17Feri-vos com queim adura, e com ferrugem , e com
A repreensão e promessa de bênção saraiva, em toda a obra das vossas m ãos, e não houve
l0Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo entre vós quem voltasse para m im , diz o Senho r .
ano de D ario, veio a palavra do Se n h o r p o r interm é­ ' “Considerai, pois, vos rogo, desde este dia em
dio do profeta Ageu, dizendo: diante; desde o vigésimo q u arto dia do mês nono,
1'Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Pergunta agora desde o dia em que se fun d o u o tem plo do Senho r ,
aos sacerdotes, acerca da lei, dizendo: considerai essas coisas.
12Se alguém leva carne santa na orla das suas vestes, e 19Porventura há ainda sem ente no celeiro? Além
com ela tocar no pão, ou n o guisado, o u no vinho, ou disso a videira, a figueira, a rom eira, a oliveira, não
no azeite, ou em outro qualquer m antim ento, por­ têm dado os seusfrutos; mas desde este dia vos ab en ­
ventura ficará isto santificado? E os sacerdotes res­ çoarei.
ponderam : Não.
13E disse Ageu: Se alguém que for contam inado pelo A destruição dos inim igos
contato com o corpo m orto, tocar nalgum a destas 20E veio a palavra do Se n h o r segunda vez a Ageu, aos
coisas, ficará ela im unda? E os sacerdotes responde­ vinte e qu atro dias do mês, dizendo:
ram , dizendo: Ficará im unda. 2'Fala a Z orobabel, governador de Judá, dizendo:
MEntão respondeu Ageu,dizendo: Assim^este povo, Farei trem er os céus e a terra;
e assim é esta nação diante de m im , diz o Se n h o r ; e 22E tran sto rn arei o tro n o dos reinos, e destruirei
assim é toda a obra das suas m ãos; e tu d o o que ali a força dos reinos dos gentios; e tran sto rn arei os
oferecem im undo é. carros e os que neles andam ; e os cavalos e os seus ca­
15Agora, pois, eu vos rogo, considerai isto, desde valeiros cairão, cada um pela espada do seu irm ão.
este dia em diante, antes que se lançasse pedra sobre 23N aquele dia, diz o Se n h o r dos Exércitos, tom ar-
pedra no tem plo do Se nho r , te-ei, ó Zorobabel, servo m eu, filho de Sealtiel, diz o
l6Antes que sucedessem estas coisas, vinha alguém Se n h o r , e far-te-ei com o um anel de selar; p o rq u e te
a um m o ntão de grão, de vinte medidas, e havia so­ escolhi, diz o Seni io r dos Exércitos.

859
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Zacarias
T Itulo
O livro recebe o no m e do p ró p rio escritor, Zacarias, que foi co n tem p o rân eo de Ageu (Cf. 1.1 com
Ag 1.1) e, juntos, exortaram os líderes Zorobabel e Josué a reconstruírem o tem plo de Jerusalém.

A u t o r ia e data
É de Zacarias, cujo nom e significa “o Senhor lem bra”. Zacarias foi um dos profetas que atuou após o
exílio. Fez parte do prim eiro grupo que reto rn o u da Babilônia com Zorobabel e o sum o sacerdote Josué.
Seu m inistério teve início no segundo ano de D ario I Hystaspis, em 520 a.C. É provável que tenha conclu­
ído seu livro não m uito depois desse ano.

A ssunto
O livro pode ser dividido em duas partes. A prim eira trata de u m a série de visões (1— 8), bem ao esti­
lo apocalíptico, sem elhantes às visões de D aniel e Ezequiel, cuja interpretação tem criado inúm eras difi­
culdades para os expositores bíblicos, tanto judeus q uanto cristãos. Um fato com um a to d a e qualquer li­
teratura apocalíptica. N ão é algo exclusivo ao texto de Zacarias.
A segunda parte é extrem am ente rica em profecias messiânicas. Em um espaço relativam ente p eq u e­
no, Zacarias proferiu inúm eras m ensagens sobre o Messias, tanto sobre a sua prim eira vinda q u anto a res­
peito da segunda.
É de Zacarias a profecia que revela o Messias en tran d o em Jerusalém m o n tad o em u m a jum enta; o Mes­
sias sendo vendido por trin ta m oedas de prata; o Messias sendo m o rto e a dispersão dos discípulos.
Zacarias narra, ainda, o governo messiânico, a volta de Jesus sobre os m ontes das Oliveiras, a derrota
dos inim igos de Israel, as m udanças topográficas na terra de Israel, a festa dos tabernáculos e a relação en ­
tre as dem ais nações e Israel.

Ê nfase a p o lo g é tic a
Já foi com entado aqui a respeito do cum prim ento de algum as profecias messiânicas de Zacarias, e o
fato de essas profecias terem sido citadas pelo p róprio Jesus confirm a a historicidade, a canonicidade e a
inspiração do livro, que enfrenta algum as dificuldades. E um a delas está relacionada ao fato de M ateus ter
se referido às profecias de Zacarias 11.12,13 com o sendo de Jeremias ( M t 27.9,10).
C om o resposta a esta questão, alguns eruditos têm argum entado que os livros dos profetas eram sepa­
rados em grupos, assim, era com um certa profecia ser atribuída ao profeta que vinha à frente. Neste caso,
o livro de Zacarias foi agrupado em um conjunto principiado p o r Jeremias.
zACARIAS O LIVRO DO PROFETA

E xortação ao a rrependim ento l2Então o anjo do S en h o r respondeu, e disse: 0


N O oitavo m ês do segundo ano de D ario veio a S en h o r dos Exércitos, até q u an d o não terás co m ­
1 palavra do Se n h o r ao profeta Zacarias, filho de
Baraquias, filho de Ido, dizendo:
paixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, co n tra as
quais estiveste irado estes setenta anos?
20 S enhor se ir o u f o r te m e n te c o n tr a v o sso s p ais. 13E respondeu o S en h or ao anjo, que falava comigo,
’Portanto dize-lhes: Assim diz o S enhor dos Exér­ com palavr vras consoladoras.
citos: Tornai-vos para m im , diz o S enhor dos Exér­ I4E o anjo que falava com igo disse-me: Clam a,
citos, e eu m e tornarei para vós, diz o S en h or dos dizendo: Assim diz o S en h or dos Exércitos: Com
Exércitos. grande zelo estou zelando p o r Jerusalém e p o r Sião.
4E não sejais com o vossos pais, aos quais clam avam I5E com grande indignação estou irado co n tra os
os prim eiros profetas, dizendo: Assim diz o S enhor gentios em descanso; p orque eu estava pouco indig­
dos Exércitos: Convertei-vos agora dos vossos m aus nado, m as eles agravaram o mal.
cam inhos e das vossas m ás obras; m as não ouviram , I6P ortanto, assim diz o S en h o r : Voltei-me para
nem m e escutaram , diz o S enhor . Jerusalém com m isericórdia; nela será edificada a
5Vossos pais, onde estão? E os profetas, viverão eles m inha casa, diz o S en h o r dos Exércitos, e o cordel
para sempre? será estendido sobre Jerusalém:
‘C o n tu do as m inhas palavras e os m eus estatutos, l7Clam a o u tra vez, dizendo: Assim diz o S enhor
que eu ordenei aos profetas, m eus servos, não al­ dos Exércitos: As m inhas cidades ainda au m en ta­
cançaram a vossos pais? E eles voltaram , e disseram: rão e prosperarão; porque o S en h or ainda consola­
Assim com o o S en h or dos Exércitos fez tenção de rá a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.
nos tratar, segundo os nossos cam inhos, e segundo
as nossas obras, assim ele nos tratou. A segunda visão; os quatro chifres e os quatro
carpinteiros
A prim eira visão: os cavalos 18E levantei os m eus olhos, e vi, e eis quatro chifres.
7Aos vinte e quatro dias do m ês undécim o (que é o 19E eu disse ao anjo qu e falava com igo: Q ue são
mês de Sebate), no segundo ano de D ario, veio a pa­ estes? E ele m e disse: Estes são os chifres que disper­
lavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de Bara­ saram a Judá, a Israel e a Jerusalém.
quias, filho de Ido, dizendo: 20E o S en h or m e m o stro u qu atro carpinteiros.
"Olhei de noite, e vi um hom em m ontado num 2'E ntão eu disse: Q ue vêm estes fazer? E ele falou,
cavalo verm elho; e ele estava p arado entre as m urtas dizendo: Estes são os chifres que dispersaram a Judá,
que estavam na baixada; e atrás dele estavam cava­ de m aneira que ninguém pôde levantar a sua cabeça;
los vermelhos, m alhados e brancos. estes, pois, vieram para os am edrontarem , para der­
’E eu disse: Senhor m eu, quem são estes? E disse- rubarem os chifres dos gentios que levantaram o seu
me o anjo que falava comigo: Eu te m ostrarei quem poder contra a terra de Judá, para a espalharem .
são estes.
l0Então respondeu o hom em que estava entre as A terceira visão; Jeru sa lém é m edida
m urtas, e disse: Estes são os que o S enhor tem envia­ TORNEI a levantar os m eus olhos, e vi, e eis um
do para percorrerem a terra.
11E eles responderam ao anjo do S enhor , que estava
2
ho m em que tin h a n a m ão um cordel de medir.
2E eu disse: Para onde vais tu? E ele m e disse: Vou
entre as m urtas, e disseram: N ós já percorrem os a m edir Jerusalém, p ara ver qual é a sua largura e qual
terra, e eis que toda a terra está tranqüila e quieta. o seu com prim ento.

861
ZACARIAS 2 ,3 ,4

3E eis que saiu o anjo que falava com igo, e outro sua cabeça. E puseram um a m itra lim pa sobre a sua
anjo lhe saiu ao encontro. cabeça,e vestiram -no das roupas; eo anjo do Se n h o r
4E disse-lhe: Corre, fala a este jovem, dizendo: Je­ estava em pé.
rusalém será h abitada com o as aldeias sem m uros, 6E o anjo do S e n h o r protestou a Josué, dizendo:
p o r causa da m ultidão dos hom ens e dos anim ais 7 Assim diz o Se n ho r dos Exércitos: Se andares nos
que haverá nela. m eus cam inhos, e se observares a m inha o rd en an ­
5Pois eu, diz o Se n h o r , serei para ela um m uro de ça, tam bém tu julgarás a m in h a casa, e tam bém guar­
fogo em redor, e para glória estarei no m eio dela. darás os m eus átrios, e te darei livre acesso entre os
6Ah, ah! Fugi agora da terra do norte, diz o Se nho r , que estão aqui.
porque vos espalhei pelos quatro ventos do céu, diz “Ouve, pois, Josué, sum o sacerdote, tu e os teus
o Senho r . com panheiros que se assentam diante de ti, porque
7Ah! Sião! Escapa, tu, que habitas com a filha de Ba­ são hom ens portentosos; eis que eu farei vir o m eu
bilônia. servo, o reno vo .
8Porque assim diz o Senho r dos Exércitos: D epois 9Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué;
da glória ele m e enviou às nações que vos despoja­ sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu es­
ram; porque aquele que tocar em vós toca na m enina culpirei a sua escultura, diz o Se nho r dos Exércitos, e
do seu olho. tirarei a iniqüidade desta terra n u m só dia.
9Porque eis aí levantarei a m inha m ão sobre eles, e ‘"Naquele dia, diz o Se n h o r dos Exércitos, cada u m
eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim de vós convidará o seu próxim o p ara debaixo da v i­
sabereis vós que o Senho r dos Exércitos m e enviou. deira e para debaixo da figueira.
l0Exulta, e alegra-te ó filha de Sião, porque eis que
venho, e h ab itarei no m eio de ti, diz o S e n h o r . A q u in ta visão: o castiçal d e ouro
"E naquele dia m uitas nações se ajuntarão ao E O ANJO que falava com igo voltou, e desper­
Senhor , e serão o m eu povo, e habitarei no meio de ti
e saberás que o Senhor dos Exércitos m e enviou a ti.
4 to u -m e, com o a um hom em que é despertado
do seu sono,
12Então o Se n h o r herdará a Judá com o sua porção 2E disse-me: Q ue vês? E eu disse: O lho, e eis que vejo
na terra santa, e ainda escolherá a Jerusalém. um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu
'■’Cala-te, toda a carne, diante do Sf.n h o r , porque topo, com as suas sete lâm padas; e sete canudos, um
ele se levantou da sua santa m orada. para cada um a das lâm padas que estão no seu topo.
3E, p o r cim a dele, duas oliveiras, um a à direita do
Q uarta visão: o sum o sacerdote é acusado vaso de azeite, e o u tra à sua esquerda.
E ELE m ostrou-m e o sum o sacerdote Josué, o 4E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo:
3 qual estava diante do anjo do Senho r , e Satanás
estava à sua m ão direita, para se lhe opor.
Senhor m eu, que é isto?
5Então respondeu o ánjo que falava comigo, dizen­
2Mas o Senhor disse a Satanás: O Se nho r te repreen­ do-m e: N ão sabes tu o que é isto? E eu disse: Não,
da, ó Satanás, sim, o Senhor , que escolheu Jerusalém, senhor m eu.
te repreenda; não é este um tição tirado do fogo? 6E respondeu-m e, dizendo: Esta é a palavra do Se­
3Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. n h o r a Zorobabel, dizendo: N ão p o r força nem por

4E ntão respondeu, aos que estavam diante dele, di­ violência, m as sim pelo m eu Espírito, diz o Se nho r
zendo: T irai-lhe estas vestes sujas. E a Josué disse: Eis dos Exércitos.
que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, 7Q uem és tu, ó grande m onte? D iante de Zorobabel
e te vestirei de vestes finas. tornar-te-ás um a cam pina; porque ele trará a pedra
5E disse eu: P onham -lhe um a m itra lim pa sobre a angular com aclamações: G raça, graça a ela.

E eis que vejo um castiçal [...] com as suas sete lâmpadas todo o mundo. Hoje, simboliza a Igreja, que tem a mesma res­
(4.2) ponsabilidade de Israel, ou seja, ser luz no mundo (Fp 2.15).
Os católicos empregam este artefato para fins rituais e, ainda,
Catolicismo Romano. Emprega esteversículo para avalizar
como forma de sufrágios, oferecendo-os aos mortos que, supos­
o emprego de velas em suas liturgias e práticas cultuais.
tamente, se acham no purgatório e aos "santos" de devoçào,
__g RESPOSTA APOLOGÉTICA: 0 candelabro abordado nes- como indulgência. Tal procedimento, no entanto, nào tem res­
=■ ta passagem era um símbolo para Israel, que seria a luz para paldo na Bíblia.

862
ZACARIAS 4 ,5 ,6

8E a palavra do S en h o r veio novam ente a m im , d i­ m ulheres; e traziam vento n assuas asas, pois tinham
zendo: asas com o as da cegonha; e levantaram o efa entre a
9As m ãos de Zorobabel têm lançado os alicerces terra e o céu.
desta casa; tam bém as suas m ãos a acabarão, para '"Então eu disse ao anjo qu e falava comigo: Para
que saibais que o Se n h o r dos Exércitos m e enviou o nde levam elas o efa?
avós. "E ele m e disse: Para lhe edificarem u m a casa na
1 “Porque, quem despreza o dia das coisas peque­ terra de Sinar; e, estando ela acabada, ele será posto
nas? Pois esses se alegrarão, vendo o p ru m o na mão ali na sua base.
de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor , que
percorrem p o r toda a terra. A oitava visão: os quatro carros
1 'Respondi mais, dizendo-lhe: Q ue são as duas oli­ E OUTRA vez levantei os m eus olhos, e vi, e eis
veiras à direita e à esquerda do castiçal?
I2E, respondendo-lhe o u tra vez, disse: Q ue são
6 que q u atro carros saiam dentre dois m ontes, e
estes m ontes eram m ontes de bronze.
aqueles dois ram os de oliveira, que estão ju n to aos 2N o prim eiro carro eram cavalos verm elhos, e no
dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite d o u ­ segundo carro, cavalos pretos,
rado? 3E no terceiro carro, cavalos brancos, e no q uarto
13E ele m e falou, dizendo: N ão sabes tu o que é isto? carro, cavalos m alhados, todos eram fortes.
E eu disse: Não, senhor m eu. 4E respondi, dizendo ao anjo que falava com igo:
HEntão ele disse: Estes são os dois ungidos, que Q ue é isto, senhor meu?
estão diante do Senhor de toda a terra. 5E o anjo respondeu, dizendo-m e: Estes são os
quatro espíritos dos céu, saindo d o n d e estavam p e­
A sexta visão: o rolo volante rante o S enhor de toda a terra.
E OUTRA vez levantei os m eus olhos, e vi, e eis "O carro em que estão os cavalos pretos, sai para a
um rolo volante. terra do n o rte, e os brancos saem atrás deles, e os m a­
2E disse-m e o anjo: Q ue vês? E eu disse: Vejo um lhados saem para a terra do sul.
rolo volante, que tem vinte côvados de com prido e 7E os cavalos fortes saíam , e procuravam ir p o r
dez côvados de largo. diante, para percorrerem a terra. E ele disse: Ide,
3Então disse-me: Esta é a m aldição que sairá pela percorrei a terra. E percorreram a terra.
face de toda a terra; porque qualquer que furtar será SE cham ou-m e, e falou-m e,dizendo: Eis que aq u e­
desarraigado, conform e está estabelecido de um lado les que saíram para a terra do n o rte fizeram rep o u ­
do rolo; com o tam bém qualquer que jurar falsam en­ sar o m eu Espirito na terra do norte.
te, será desarraigado, conform e está estabelecido do
o u tro lado do rolo. As coroas na cabeça d e Josué
4Eu a farei sair, disse o Se n h o r dos Exércitos, e ela 9E a palavra do Sen h o r veio a m im , dizendo:
entrará na casa do ladrão, e na casa do que ju rar fal­ luTom a dos que foram levados cativos, a saber, de
sam ente pelo m eu nom e; e perm anecerá no m eio da Heldai, de Tobias e de Jedaías, os quais vieram de Ba­
sua casa, e a consum irá juntam ente com a sua m a­ bilônia, e vem tu no m esm o dia, e e n tra na casa de
deira e com as suas pedras. Josias, filho de Sofonias.
1 'Tom a, í% o, prata eouro,efazecoroas,epõe-nas na
A sétim a visão: a m u lh e r e o efa cabeça do sum o sacerdote Josué, filho de Jozadaque.
5E saiu o anjo, que falava com igo, e disse-m e: Le­
vanta agora os teus olhos, e vê que é isto que sai. O RENOVO
6E eu disse: Q ue é isto? E ele disse: Isto é um efa 12E fala-lhe, dizendo: Assim diz o S e n h o r dos
que sai. Disse ainda: Este é o aspecto deles em toda Exércitos: Eis aq u i o h o m em cujo n o m e é r e n o v o ;
aterra. ele b ro tará do seu lugar, e edificará o tem p lo do
7E eis que foi levantado um talento de chum bo, e Se n h o r .
um a m ulher estava assentada no m eio do efa. 13Ele m esm o edificará o tem plo do Se n h o r , e ele
8Eele disse: Esta é a im piedade. E a lançou dentro do levará a glória; assentar-se-á no seu tro n o e dom ina­
efa; e lançou sobre a boca deste o peso de chum bo. rá, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz
9E levantei os m eus olhos, e vi, e eis que saíram duas haverá entre am bos os ofícios.

863
ZACARIAS 6 ,7 ,8

l4E estas coroas serão para Helém, e para Tobias, 14Assim os espalhei com um tu rb ilh ão p o r entre
e para Jedaías, e para H em , filho de Sofonias, com o todas as nações, que eles não conheceram , e a terra
um m em orial no tem plo do Se nho r . foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém pas­
' ’E aqueles que estão longe virão, e edificarão no sava por ela, nem se voltava; p o rq u e fizeram da terra
tem plo do Senho r , e vós sabereis que o S e nho r dos desejada um a desolação.
Exércitos m e tem enviado a vós; e isto sucederá
assim, se diligentem ente ouvirdes a voz do Se nho r B ênçãos prom etidas
vosso Deus. DEPOIS veio a m im a palavra do Se n h o r dos

O je ju m q u e não agrada a D eus


8 Exércitos, dizendo:
2Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Zelei p o r Sião
ACONTECEU, no quarto ano do rei Dario, que com g ran d e zelo, e com gran d e in dignação zelei
7 a palavra do Se n h o r veio a Zacarias, no q uarto
dia do n o n o mês, que é Quisleu.
p o r ela.
3Assim diz o Se n h o r : Voltarei p ara Sião, e h ab ita­
2Q uan d o o povo enviou Sarezer e Régen-Meleque, rei no meio de Jerusalém; e Jerusalém cham ar-se-á
e os seus hom ens, à casa de Deus, para suplicarem o a cidade da verdade, e o m onte do Se n h o r dos Exér­
favor do Senho r , citos, o m onte santo.
3E para dizerem aos sacerdotes, que estavam na casa 4Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: A inda nas
do Se n h o r dos Exércitos, e aos profetas: C horarei praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas; le­
eu no q u into mês, fazendo abstinência, com o tenho vando cada um , n a mão, o seu bordão, p o r causa da
feito p o r tantos anos? sua m uita idade.
4Então a palavra do Se n h o r dos Exércitos veio a 5E as ruas da cidade se encherão de m eninos e m e­
m im , dizendo: ninas, que nelas brincarão.
’Fala a to d o o povo desta terra, e aos sacerdotes, di­ 6Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: Se isto for m a­
zendo: Q uando jejuastes, e pranteastes, no quinto e ravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles
no sétim o mês, duranteestes setenta anos,porventu­ dias, será tam bém m aravilhoso aos m eus olhos? diz
ra, foi m esm o para m im que jejuastes? o Se n h o r dos Exércitos.
6O u quando comestes, e quando bebestes, não foi 7Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Eis que salva­
para vós m esm os que com estes e bebestes? rei o m eu povo da terra do oriente e d a terra do oci­
7Não foram estas as palavras que o Se n h o r pregou dente;
pelo ministério dos prim eiros profetas, quando Jeru­ 8E trá-los-ei, e h ab itarão no m eio de Jerusalém; e
salém estava habitada e em paz, com as suas cidades ao eles serão o m eu povo, e eu lhes serei o seu Deus em
redor dela, e o sul e a cam pina eram habitados? verdade e em justiça.
SE a palavra do Se n h o r veio a Zacarias, dizendo: 9Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Esforcem-se as
9Assim falou o Se n h o r dos Exércitos, dizendo: Exe­ vossas m ãos, ó vós que nestes dias ouvistes estas p a­
cutai juízo verdadeiro, m ostrai piedade e m isericór­ lavras da boca dos profetas, que estiveram no dia em
dia cada um para com seu irm ão. que foi posto o fund am en to da casa do Se n h o r dos
,(>E não oprim ais a viúva, nem o órfão, nem o es­ Exércitos, para que o tem plo fosse edificado.
trangeiro, nem o pobre, nem intente cada um , em '"Porque antes destes dias não tem havido salário
seu coração, o mal contra o seu irm ão. p arao sh o m en s,n em lhes davam ganhososanim ais;
' 'Eles, porém , não quiseram escutar, e deram -m e nem havia paz p ara o qu e entrava nem para o que
o om bro rebelde, e ensurdeceram os seus ouvidos, saía, p o r causa do inim igo, p o rq u e eu incitei a todos
para que não ouvissem. os hom ens, cada u m contra o seu próxim o.
' 2Sim, fizeram os seus corações como pedra de dia­ "M as agora não serei para com o restante deste
m ante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras povo com o nos prim eiros dias, diz o Se n h o r dos
que o Senho r dos Exércitos enviara pelo seu Espíri­ Exércitos.
to p o r interm édio dos prim eiros profetas; daí veio a u P orque haverá sem ente de prosperidade; a vide
grande ira do Se n h o r dos Exércitos. dará o seu fruto, e a terra d ará a sua novidade, e os
13E aconteceu que, assim com o ele clam ou e eles não céus darão o seu orvalho; e farei que o restante deste
ouviram , tam bém eles clam aram , e eu não ouvi, diz povo herde tu d o isto.
o Se n h o r dos Exércitos. I3E há de suceder, ó casa de Judá, e casa de Israel,

864
ZACARIAS 8 ,9 ,1 0

que, assim com o fostes um a m aldição entre os gen­ rança será confundida; e o rei de Gaza perecerá, e As-
tios, assim vos salvarei, e sereis um a bênção; não calom não será habitada.
temais, esforcem-se as vossas m ãos. 6E u m bastardo habitará em Asdode, e exterm ina­
l4Porque assim diz o Se n h o r dos Exércitos: Com o rei a soberba dos filisteus.
pensei fazer-vos mal, qu an d o vossos pais m e provo­ 7E da sua boca tirarei o seu sangue, e dentre os seus
caram à ira, diz o S e n h o r dos Exércitos, e não m e ar­ dentes as suas abom inações; e ele tam bém ficará
rependi, com o u m rem anescente p ara o nosso Deus; e será
15Assim tornei a pensar nestes dias fazer o bem a Je­ com o governador em Judá, e Ecrom com o um je-
rusalém e à casa de Judá; não temais. buseu.
16Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade 8E acam par-m e-ei ao redor d a m in h a casa, contra
cada um com o seu próxim o; executai juízo de ver­ o exército, p ara que ninguém passe, nem volte; para
dade e de paz nas vossas portas. que não passe m ais sobre eles o opressor; porque
17E nenhum de vós pense mal no seu coração contra agora vi com os m eus olhos.
oseupróxim o,nem am eiso juram ento falso; porque 9A legra-te m uito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de
todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senho r . Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador,
18E a palavra do Sen h o r dos Exércitos veio a m im , pobre, e m o n tad o sobre u m jum ento, e sobre um ju-
dizendo: m entinho, filho de jum enta.
‘’Assim dfz o Se n h o r dos Exércitos: O jejum do I0E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém
quarto, e o jejum do quinto, e o jejum do sétim o, e o os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele
jejum do décim o mês será para a casa de Judá gozo, anunciará paz aos gentios; e o seu dom ínio se esten­
alegria, e festividades solenes; am ai, pois, a verda­ derá de m ar a mar, e desde o rio até às extrem ida­
de e a paz. des da terra.
20Assim diz o Senho r dos Exércitos: Ainda sucederá "A in d a q u an to a ti, p o r causa do sangue da tua
que virão os povos e os habitantes de m uitas cidades. aliança, libertei os teus presos d a cova em que não
2IE os habitantes de um a cidade irão à o u tra, di­ havia água.
zendo: Vamos depressa suplicaro favor do S enho r , e I"Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; tam bém
buscar o Se n h o r dos Exércitos; eu tam bém irei. hoje vos anuncio que vos restaurarei em dobro.
22Assim virão m uitos povos e poderosas nações, a II Porque curvei Judá para m im , enchi com Efraim
buscar em Jerusalém ao Se n h o r dos Exércitos, e a su­ o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus
plicar o favor do Senho r . filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei, ó Sião, com o a espada
23Assim diz o Se n h o r dos Exércitos: N aquele dia de u m poderoso.
sucederá que pegarão dez hom ens, de todas as lín ­ I4E o Se n h o r será visto sobre eles, e as suas flechas
guas das nações, pegarão, sim , na orla das vestes de sairão com o o relâm pago; e o Senhor D eus fará soar
um judeu, dizendo: Irem os convosco, porque tem os a trom beta, e irá com os redem oinhos do sul.
ouvido que Deus está convosco. ' ’ O Se n h o r dos Exércitos os am parará; eles devo­
rarão, depois qu e os tiverem sujeitado, as pedras da
O castigo de diversos povos funda; tam bém beberão e farão b arulho com o exci­
0 PESO da palavra do Se n h o r contra a terra de tados pelo vinho; e encher-se-ão com o bacias de sa­
9 H adraque, e D am asco, o seu repouso; porque
o olhar do hom em , e de todas as tribos de Israel, se
crifício, com o os cantos do altar.
16E o Se n h o r seu D eus naquele dia os salvará, com o
volta para o Senho r . ao rebanho do seu povo: p orque com o pedras de
2E tam bém H am ate que confina com ela, e T iro e um a coroa eles resplandecerão na sua terra.
Sidom, ainda que sejam mais sábias. l7Porque, q uão grande é a sua bondade! E quão
3E T iro edificou para si fortalezas, e am ontoou grande é a sua form osura! O trigo fará florescer os
prata com o o pó, e ouro fino com o a lam a das ruas. jovens e o m osto as virgens.
4Eis que o Senhor a despojará e ferirá no m ar a sua
força, e ela será consum ida pelo fogo. Promessas fe ita s a Israel
5Ascalom o verá e tem erá; tam bém Gaza, e terá PEDI ao Se n h o r chuva no tem po da chuva
grande dor; igualm ente Ecrom ; p orque a sua espe­ serôdia, sim, ao Se n h o r que faz relâmpagos;

865
ZACARIAS 10,11

e lhes dará chuvas abundantes, e a cada um erva no truída; voz d eb ram id o dos filhos de leões, porque foi
campo. destruída a soberba do Jordão.
2P orque os ídolos têm falado vaidade, e os adivi­ 4Assim diz o Se n h o r m eu Deus: A pascenta as ove­
nhos tê m visto m entira, e co n tam sonhos falsos; lhas da m atança,
com vaidade consolam , p o r isso seguem o seu ca­ ’Cujos possuidores as m atam , e não se têm p o r cul­
m inho com o ovelhas; estão aflitos, p o rq u e não há pados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o
pastor. Se n h o r , porque tenho enriquecido; e os seus pasto­

3C o n tra os pastores se acendeu a m inha ira, e cas­ res não têm piedade delas.
tigarei os bodes; mas o S e n h o r dos Exércitos visita­ '’C ertam ente não terei m ais piedade dos m o rad o ­
rá o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará com o o seu res desta terra, diz o Se n h o r ; mas, eis q ue entrega­
m ajestoso cavalo na peleja. rei os hom ens cada u m na m ão do seu p róxim o e na
"'Dele sairá a pedra de esquina, dele a estaca, dele m ão do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livra­
o arco d e guerra, dele ju n ta m e n te sairá to d o o rei da sua mão.
opressor. 7Eu, pois, apascentei as ovelhas da m atança, as
’E serão com o poderosos que na batalha esmagam pobres ovelhas do rebanho. Tomei p ara m im duas
ao inimigo no lodo das ruas; porque o Se n h o r estará varas: a um a cham ei Graça, e à o u tra cham ei U nião;
e apascentei as ovelhas.
com eles; e confundirão os que andam m ontados
8E destru í os três pastores n um mês; p o rq u e a
em cavalos.
m inha alm a se im pacientou deles, e tam bém a alm a
*E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de
deles se enfastiou de m im .
José, e fá-los-ei voltar, p orque m e com padeci deles;
l,E eu disse: N ão vos apascentarei mais; o que
e serão com o se eu não os tivera rejeitado, porque eu
m orrer, m o rra; e o que for destruído, seja destruí­
sou o Se n h o r seu Deus, e os ouvirei.
do; e as que restarem com am cada u m a a carne da
7E os de Efraim serão com o um poderoso, e o seu
outra.
coração se alegrará com o pelo vinho; e seus filhos o
,0E tom ei a m in h a vara Graça, e a quebrei, p ara des­
verão, e se alegrarão; o seu coração se regozijará no
fazer a m in h a aliança, que tin h a estabelecido com
Senho r .
todos estes povos.
8Eu lhes assobiarei, e os ajuntarei, porque eu os
11E foi desfeita naquele dia; e assim conheceram os
tenho rem ido; e m ultiplicar-se-ão com o antes se
pobres do rebanho, que m e respeitavam , que isto era
tinham m ultiplicado.
palavra do Senho r .
9Ainda que os espalhei p o r entre os povos, eles se 12 P orque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos
lem brarão de m im em lugares rem otos; e viverão olhos, dai-m e o m eu salário e, se não, deixai-o. E p e­
com seus filhos, e voltarão. saram o m eu salário, trin ta moedas de prata.
1 "Porque eu os farei voltar da terra do Egito, e os con­ I30 Se n h o r , pois, disse-m e: A rroja isso ao oleiro,
gregarei da Assíria; e trá-los-ei à terra de Gileade e do esse belo preço em que fui avaliado p o r eles. E tom ei
Líbano, e não se achará lugar bastante para eles. as trin ta moedas de p rata, e as arrojei ao oleiro, na
1 'E ele passará pelo m ar com angústia, e ferirá as casa do Se nho r .
ondas no mar, e todas as profundezas do Nilo se se­ l4Então quebrei a m inha segunda vara União, para
carão; então será derrubada a soberba da Assíria, e o rom p er a irm andade entre Judá e Israel.
cetro do Egito se retirará. 15E o Se n h o r disse-me: Toma ainda p ara ti o in stru ­
UE eu os fortalecerei no Senho r , e andarão no seu m ento de um pastor insensato.
nom e, diz o Senho r . 16Porque, eis que suscitarei u m pastor na terra, que
não cuidará das que estão perecendo, não buscará
O castigo dos im p en iten tes a pequena, e não cu rará a ferida, nem apascentará
1 ABRE, ó Líbano, as tuas portas para que o a sã; m as com erá a carne da gorda, e lhe despedaça­
1 A fogo consum a os teus cedros.
2Geme, ó cipreste, porque o cedro caiu, p orque os
rá as unhas.
l7Ai do p asto r inútil, que aban d o n a o rebanho! A
mais poderosos são destruídos; gemei, ó carvalhos espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho d i­
de Basã, porque o bosque forte é derrubado. reito; e o seu braço com pletam ente se secará, e o seu
3 Voz de uivo dos pastores! porque a sua glória é des­ olho direito com pletam ente se escurecerá.

866
ZACARIAS 12,13

A destruição dos inim igos do povo de D eus casa de Davi à parte, e suas m ulheres à parte; e a família
PESO da palavra do Se n h o r sobre Israel: da casa de N atã à parte, e suas m ulheres à parte;
Fala o Se n h o r , o que estende o céu, e que 13A família da casa de Levi à p arte, e suas m u lh e­
funda a terra, e que form a o espírito do hom em res à parte; a família de Simei à parte, e suas m ulhe­
d entro dele. res à parte.
2Eis que eu farei de Jerusalém um copo de trem or ' 4Todas as m ais famílias rem anescentes, cada fam í­
para todos os povos em redor, e tam bém para Judá, lia à parte, e suas m ulheres à parte.
durante o cerco contra Jerusalém.
•’E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém 1 O NAQUELE dia haverá uma fonte aberta para
um a pedra pesada para todos os povos; todos os X . 3 acasadeD avi.eparaoshabitantesdeJerusa­
que a carregarem certam ente serão despedaçados; e lém, para purificação do pecado e da imundícia.
ajuntar-se-á contra ela to d o o povo da terra. 2E acontecerá naquele dia, diz o Sen h o r dos Exérci­
''Naquele dia, diz o Se n h o r , ferirei de espanto a tos, que tirarei da terra os nom es dos ídolos, e deles
todos os cavalos, e de loucura os que m o n tam neles; não haverá m ais m em ória; e tam bém far ei sair da
mas sobre a casa de Judá abrirei os m eus olhos, e fe­ terra os profetas e o espírito da im pureza.
rirei de cegueira a todos os cavalos dos povos. 3E acontecerá que, q u an d o alguém ainda profeti­
5Então os governadores de Judá dirão no seu cora­ zar, seu pai e sua m ãe, q ue o geraram , lhe dirão: N ão
ção: Os habitantes de Jerusalém são a m inha força viverás, p o rq u e falaste m entira em no m e do Se n h o r ;
no Senho r dos Exércitos, seu Deus. e seu pai e sua mãe, qu e o geraram , o traspassarão
quando profetizar.
O a rrependim ento e a purificação de Israel 4E acontecerá naquele dia que os profetas se enver­
6Naquele dia porei os governadores de Judá com o gonharão, cada um da sua visão, q u an d o profetiza­
um braseiro ardente no m eio da lenha, e com o um rem; nem m ais se vestirão de m an to de pelos, para
facho de fogo entre gavelas; e à direita e à esquerda m entirem .
consum irão a todos os povos em redor, e Jerusalém ’Mas dirão: N ão sou profeta, sou lavrador da terra;
será habitada o u tra vez no seu lugar, em Jerusalém; porque certo hom em en sinou-m e a guardar o gado
7E o Senhor salvará prim eiram ente as tendasde Judá, desde a m in h a m ocidade.
para que a glória da casa de Davi e a glória dos habi­ 6E se alguém lhe disser: Q ue feridas são estas nas
tantes de Jerusalém não seja exaltada sobre Judá. tuas mãos? D irá ele: São feridas com que fui ferido
8N aquele dia o Se n h o r protegerá os habitantes de em casa dos m eus amigos.
Jerusalém; e o m ais fraco dentre eles naquele dia será
com o Davi, e a casa de Davi será com o Deus, com o o O Pastor fe rid o
anjo do Se n h o r diante deles. 7Ó espada, desperta-te co n tra o m eu pastor, e
9E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir co n tra o hom em que é o m eu com panheiro, diz o
todas as nações que vierem co n tra Jerusalém; Se n h o r dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-
l0Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de ão as ovelhas; m as volverei a m in h a m ão sobre os
Jerusalém, derram arei o Espírito de graça e de sú­ pequenos.
plicas; e olharão para m im , a quem traspassaram ; 8E acontecerá em to d a a terra, diz o Se n h o r , que as
e pran tea-rão sobre ele, com o quem pranteia pelo duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; m as a
filho unigénito; e chorarão am argam ente po r ele, terceira parte restará nela.
com o se chora am argam ente pelo prim ogênito. l'E farei passar esta terceira p arte pelo fogo, e a p u ­
"N aquele dia será grande o p ran to em Jerusa­ rificarei, com o se purifica a prata, e a provarei, com o
lém, com o o pran to de H adade-R im om no vale de se prova o ouro. Ela invocará o m eu nom e, e eu a
Megido. ouvirei; direi: É m eu povo; e ela dirá: O Sen h o r é o
12E a terra pranteará, cada família à parte: a família da m eu Deus.

um falecido para um ser em geração. Os ensinamentos hindu-


E que forma o espírito do homem dentro dele
ístas sobre voltar ao mundo para pagar dívidas anteriores são
( 12 . 1)
extremamente opostos às Escrituras, que falam de uma única
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Este texto é um forte existência para cada ser: “E, como aos homens está ordenado
u golpe na idéia de que o espírito humano transmigra de morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hb9.27).

867
ZACARIAS 14

O ju lg a m e n to fin a l A exaltação d e Jeru sa lém


EIS que vem o dia do S enhor , em que teus 12E esta será a praga com que o S enhor ferirá a todos
M despojos se repartirão no meio de ti.
2Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja
os povos qu e guerrearam co n tra Jerusalém: a sua
carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apo d re­
contra Jerusalém; e a cidade será tom ada, e as casas cerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes a p o ­
serão saqueadas, e as m ulheres forçadas; e m etade da drecerá na sua boca.
cidade sairá para o cativeiro, m as o restante do povo 13N aquele dia tam b ém acontecerá que haverá da
não será extirpado da cidade. parte do S en h or um a grande perturbação en tre eles;
’E o S en h or s a irá , e p e le ja r á c o n tr a e sta s n a ç õ e s , porqu e cada u m pegará na m ão do seu próxim o, e
c o m o p e le jo u , sim , n o d ia d a b a ta lh a . cada um levantará a m ão contra o seu próxim o.
4E naquele dia estarão os seus pés sobre o m onte I4E tam bém Judá pelejará em Jerusalém, e as ri­
das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para quezas de todos os gentios serão ajuntadas ao redor,
o oriente; e o m onte das Oliveiras será fendido pelo ouro e prata e roupas em grande abundância.
meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um 15Assim será tam bém a praga dos cavalos, dos
vale m uito grande; e m etade do m onte se apartará
m ulos, dos cam elos e dos ju m en to s e de todos os
para o norte, e a outra m etade dele para o sul.
anim ais que estiverem naqueles arraiais, com o fo i
5E fugireis pelo vale dos m eus m ontes, pois o vale
esta praga.
dos m ontes chegará até Azei; e fugireis assim com o
I6E acontecerá que, todos os que restarem de todas
fugistes de diante do terrem oto nos dias de Uzias,
as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de
rei de Judá. Então virá o S enhor m eu Deus, e todos
ano em ano p ara ad o rar o Rei, o S en h or dos Exérci­
os santos contigo.
tos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
6E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa
I7E acontecerá que, se algum a das famílias da terra
luz, nem espessa escuridão.
não subir a Jerusalém , para ad o rar o Rei, o S enhor
TMas será um dia conhecido do S en h or ; nem dia
dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
nem noite será; m as acontecerá que ao cair da tarde
haverá luz. I8E, se a fam ília dos egípcios não subir, nem vier,
“Naquele dia tam bém acontecerá que sairão de Je­ não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com
rusalém águas vivas, m etade delas para o m ar o rien ­ que o S en h or ferirá os gentios que não subirem a ce­

tal, e m etade delas para o m ar ocidental; no verão e lebrar a festa dos tabernáculos.
no inverno sucederá isto. ,9Este será o castigo do pecado dos egípcios e o cas­
9E o S en h or será rei sobre toda a terra; naquele dia tigo d o pecado de todas as nações que não subirem a
um será o Senhor , e um será o seu nom e. celebrar a festa dos tabernáculos.
10Toda a terra em redor se to rn ará em planície, ■
“ Naquele dia serágravado sobre as cam painhas dos
desde Geba até R im om , ao sul de Jerusalém , e ela cavalos: santidade ao S en h o r ; e as panelas na casa do

será exaltada, e habitada n o seu lugar, desde a porta S enhor serão com o as bacias diante do altar.
de Benjamim até ao lugar da prim eira porta, até à 2 ' E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão co n ­
p o rta da esquina, e desde a torre de H ananeel até aos sagradas ao S en h or dos Exércitos, e todos os que sa­
lagares do rei. crificarem virão, e delas tom arão, e nelas cozerão.
1 'E habitarão nela, e não haverá m ais destruição, E naquele dia não haverá m ais cananeu na casa do
porque Jerusalém habitará segura. S en h or dos Exércitos.

868
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE

Malaquias
T ít u l o

O nom e do livro deriva do au to r das profecias, Malaquias.


A u t o r ia e data

É de Malaquias, cujo nom e significa “m eu mensageiro”, provavelm ente um a form a abreviada d e “m en-
sageiro do Senhor”. É o ú ltim o profeta canônico. Além do significado de seu nom e, não se sabe m uita coi­
sa a seu respeito. Talvez tenha profetizado d u ran te a viagem de Neemias à corte persa (Ne 13), ou, então,
pouco tem po depois de haver retornado a Jerusalém.
Sua profecia tem sido situada no ano 435 a.C.

A ssunto
A palavra de M alaquias é um a exigência para que o povo corrija certos aspectos de sua vida religiosa.
Entre os assuntos que m ereciam a repreensão inspirada do profeta, destacavam -se a negligência com os
sacrifícios, a infidelidade conjugal e a questão dos dízim os e ofertas.
Seu estilo retórico é de perguntas e respostas. O u seja, fazia as afirm ações e apresentava ao povo seu
questionam ento. Em seguida, concedia a resposta.

Ê nfase a p o lo g é tic a
A profecia de M alaquias 3.1 foi freqüentem ente citada pelos autores dos evangelhos (M t 11.10; Mc 1.2;
Lc 1.76). D evido ao seu cum prim ento literal, serve-nos tam bém com o indicador de sua canonicidade, his­
toricidade e inspiração. Indiretam ente, essa profecia é um a referência à divindade de Cristo. O riginalm en­
te, está relacionada a Jeová. Mas depois é exclusivamente aplicada ao Messias.
A profecia a respeito de Elias (4.5) tam bém foi constan tem en te citada nos evangelhos (M t 17.10,11;
Jo 1.21). Alguns têm usado essa profecia para dizer que Elias reencarnou. M as fazem isso p o r ignorar que
tal crença nunca fez parte do contexto de Israel na antiga aliança. Em verdade, o retorno de Elias sem pre
foi visto com o algo escatológico. N ão existe n enhum a base para se estabelecer qualquer tipo de relação re-
encarnacionista entre Elias e João Batista.
-m JT O LIVRO DO PROFETA

M alaquias
A ingratidão do povo porque o m eu no m e é grande entre os gentios, diz o
PESO da palavra do Se n h o r contra Israel, por Se n h o r dos Exércitos.

1 interm édio de Malaquias.


2Eu vos tenho am ado, diz o Se nho r . Mas vós dizeis:
,2Mas vós o profanais, q u an d o dizeis: A m esa do
Senhor é im p u ra, e o seu p roduto, isto é, a sua com ida
Em que nos tens am ado? N ão era Esaú irm ão de é desprezível.
Jacó? disse o Se n h o r ; todavia am ei a Jacó, I3E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lanças­
3E odiei a Esaú; e fiz dos seus m ontes u m a desola­ tes ao desprezo, diz o Se n h o r dos Exércitos; vós ofe­
ção, e dei a sua herança aos chacais do deserto. receis o que fo i roubado, e o coxo e o enferm o; assim
4A inda que Edom diga: E m pobrecidos estam os, trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz
porém tornarem os a edificar os lugares desolados; o Senho r .
assim diz o S e n h o r dos Exércitos: Eles edificarão, 14Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no
e eu destruirei; e lhes cham arão: Term o de im pie­ seu rebanho, prom ete e oferece ao Senhor o que tem
mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Se n h o r dos
dade, e povo contra quem o Se n h o r está irado para
Exércitos, o m eu nom e é temível entre os gentios.
sempre.
5E os vossos olhos o verão, e direis: O Se n h o r seja
O fo rm a lism o dos sacerdotes
engrandecido além dos term os de Israel.
AGORA, ó sacerdotes, este m an d am en to é para
60 filho h onra o pai, e o servo o seu senhor; se eu
vós.
som pai, o nde está a m inha honra? E, se eu sou senhor,
2Se não ouvirdes e se não propuserdes, n o vosso
onde está o m eu tem or? diz o Se n h o r dos Exércitos a
coração, d ar h o n ra ao m eu nom e, diz o Sen h o r dos
vós, ó sacerdotes, que desprezais o m eu nom e. E vós
Exércitos, enviarei a m aldição co n tra vós, e am aldi­
dizeis: Em que nós tem os desprezado o teu nome?
çoarei as vossas bênçãos; e tam bém já as tenho am al­
7Ofereceis sobre o m eu altar pão im undo, e dizeis:
diçoado, p o rq u e não aplicais a isso o coração.
Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A
3Eis que reprovarei a vossa sem ente, e espalharei
m esa do Senho r é desprezível. esterco sobre os vossos rostos, o esterco das vossas
"Porque, quando ofereceis anim al cego para o sa­ festas solenes; e p ara ju n to deste sereis levados.
crifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou 4Então sabereis que eu vos enviei este m an d am en ­
enferm o, isso não é mau? O ra apresenta-o ao teu go­ to, para que a m in h a aliança fosse com Levi, diz o
vernador; porventura terá ele agrado em ti? ou acei­ Se nho r dos Exércitos.
tará ele a tu a pessoa? diz o Se n h o r dos Exércitos. ’M inha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu
9 Agora, pois, eu suplico, pedi a Deus, que ele seja m i­ lhasdei para que temesse; então tem eu -me, e assom-
sericordioso conosco; isto veio das vossas mãos; acei­ brou-se p o r causa do m eu nom e.
tará ele a vossa pessoa? diz o Se nho r dos Exércitos. 6A lei da verdade esteve na sua boca, e a iniqüidade
l0Q uem há tam bém entre vós que feche as portas não se achou nos seus 1ábios; an d o u com igo em paz e
pom ada, e não acenda debalde o fogo do m eu altar? em retidão, e da iniqüidade converteu a m uitos.
Eu não tenho prazer em vós, diz o Se nho r dos Exér­ "Porque os lábios do sacerdote devem g uardar o
citos, nem aceitarei oferta da vossa mão. conhecim ento, e da sua boca devem os homens bus­
11 Mas desdeo nascente do sol até ao poente é grande car a lei p o rq u e ele é o m ensageiro do Se n h o r dos
entre os gentios o m eu nom e; e em todo o lugar se Exércitos.
oferecerá ao m eu nom e incenso, e u m a oferta pura; 8Mas vós vos desviastes do cam inho; a muitosfizes-

870
MALAQUIAS 2 ,3

tes tropeçar n a lei; corrom pestes a aliança de Levi, em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a
diz o Sen h o r dos Exércitos. m ulher da sua m ocidade.
9Por isso tam bém eu vos fiz desprezíveis, e indig­ 16Porque o Se n h o r , o D eus de Israel diz que odeia o
nos diante de todo o povo, visto que não guardastes repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua
os m eus cam inhos, m as fizestes acepção de pesso­ roupa, diz o Se n h o r dos Exércitos; p o rtan to guar­
dai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.
as na lei.
l7Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda
dizeis: Em que o enfadamos? Nisto que dizeis: Qualquer
Os casam entos com m ulheres estranhas
que faz o mal passa por b om aos olhos do Senhor , e
e o divórcio são ilícitos
desses é que ele se agrada, ou, onde está o Deus do juízo?
l0N ão tem os nós todos um mesmo Pai? N ão nos
criou u m mesmo Deus? Por que agim os aleivosa­ O a n ú n c io da vinda do S ekiior
m ente cada um contra seu irm ão, profanando a EIS que eu envio o m eu m ensageiro, que p re­
aliança de nossos pais?
3
parará o cam inho diante de m im ; e de repente
11 Judá tem sido desleal, e abom inação se com eteu virá ao seu tem plo o Senhor, a quem vós buscais; e o
em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o m ensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que
santuário do Se nho r , o qual ele am a, e se casou com ele vem, diz o Sen h o r dos Exércitos.
a filha de deus estranho. 2Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem
u O Se n h o r destruirá das tendas de Jacó o hom em subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será com o
que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que o fogo do ourives e com o o sabão dos lavandeiras.
apresenta um a oferta ao Se n h o r dos Exércitos. 3E assentar-se-á com o fu n d id o r e p u rificador de
13A inda fazeis isto o u tra vez, cobrindo o altar do prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará
com o o u ro e com o prata; então ao Se n h o r trarão
Se n ho r de lágrimas, com choro e com gem idos; de
oferta em justiça.
sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a acei­
4E a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável
tará com prazer da vossa mão.
ao Senho r , com o nos dias antigos, e com o nos p ri­
14E dizeis: Por quê? Porque o Se n h o r foi testem u­
m eiros anos.
nha entre ti e a m ulher da tu a m ocidade, com a qual 5E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei um a teste­
tu foste desleal, sendo ela a tua com panheira, e a m u n h a veloz contra os feiticeiros, co n tra os adúlte­
m ulher da tua aliança. ros, co n tra os que ju ram falsam ente, co n tra os que
I5E não fez ele somente um , ainda que lhe sobra­ defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o
va o espírito? E p o r que som ente um ? Ele buscava órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não
um a descendência para Deus. P ortanto guardai-vos m e tem em , diz o Se n h o r dos Exércitos.

Porque eu, o S e n h o r , não mudo plesmente uma indicação, em linguagem humana, de que a ati­
(3.6) tude de Deus para com o homem que peca é, necessariamen­
te, diferente de sua atitude para com o homem que lhe obede­
Ceticismo. Usa textos como Gênesis 6.6, ISamuel
ce (Jn3.10).
15,10,11 e Jonas 3.10 para contestar este versículo e de­
clarar que há contradição entre eles, o que, supostamente, incor­ Mormonlsmo. Afirma que Deus, devido à sua imutabilida­
reria em erro bíblico. de, sempre comunicará uma nova revelação e uma nova
Escritura. E uma vez que proveu a Escritura Sagrada, sempre pro­
RESPOSTA APOLOGÉTICA. O arrependimento de que
videnciará Escritura Sagrada.
fala o texto destacado pelo ceticismo se refere à "mudan­
ça de atitude'', também comentada nas passagens dos outros li­ ___g RESPOSTA APOLOGÉTICA: É necessário consultar os
vros da Bíblia citados acima. «= contextos interno e externo deste livro. A referência em es­
Em linhas gerais, a compreensão desta questão deve se funda­ tudo, por exemplo, assegura que Deus é imutável em sua natu­
mentada nas seguintes verdades. Vejamos. O homem demonstra reza e em seus propósitos soberanos, e que as pessoas que são
arrependimento quando apresenta uma atitude diferente daque­ alvo de sua graça podem descansar. O contexto está advogando
la pela qual decorreu o mal. Mas ao se corrigir, para que esta mu­ as promessas imutáveisde Deus para Israel. Em lugar nenhum ve­
dança de atitude se manifeste, necessariamente irá mudar seus mos a idéia de que cada época tem sua Escritura peculiar.
critérios, valores e conceitos. Com Deus é diferente, muda de ati­ O texto de Colossenses 2.2 mostra que a revelação do Antigo
tude. mas jamais seus critérios e estatutos. Testamento se cumpre em Cristo, mistério de Deus. A fé que pos­
A expressão "arrependeu-se o Senhor" (Gn 6.6; 1Sm 15.10,11) suímos nos foi entregue de uma vez por todas (Jd 3). Portanto,
encontra-se no seu real sentido: "mudança de atitude” , e é sim­ não há necessidade de qualquer nova revelação quanto à natu-

871
MALAQUIAS 3 ,4

6Porque eu, o S enho r , não m udo; p o r isso vós, ó l4Vós tendes dito: In ú til é servir a Deus; qu e nos
filhos de Jacó, não sois consum idos. aproveita term os cuidado em guardar os seus precei­
tos, e em andar de luto diante do Se n h o r dos Exér­
N ão devem os roubar o S enhor citos?
7D esde os dias de vossos pais vos desviastes dos lsO ra, pois, n ó s rep u ta m o s p o r b em -a v e n tu ra ­
m eus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos dos os soberbos; ta m b ém os que com etem im p ie­
para m im , e eu m e tornarei para vós, diz o Se n h o r dade são edificados; sim , eles ten tam a D eus, e es­
dos Exércitos; m as vós dizeis: Em que havem os de capam .
tornar? 1'’Então aqueles que tem eram ao Se n h o r falaram
‘‘Roubará o hom em a Deus? Todavia vós m e ro u ­ freqüentem ente u m ao o utro; e o Se n ho r aten to u e
bais, e dizeis: Em que te roubam os? Nos dízim os e ouviu; e u m m em o rial foi escrito diante dele, para
nas ofertas. os que tem eram o Sen h o r , e para os que se lem bra­
’C om m aldição sois am aldiçoados, p orque a m im ram do seu nom e.
m e roubais, sim, toda esta nação. 1TE eles serão m eus, diz o Senho r dos Exércitos; n a­
' “Trazei todos os dízim os à casa do tesouro, para quele dia serão para m im jóias; poupá-los-ei, com o
que haja m antim ento na m inha casa, e depois fazei um hom em p oupa a seu filho, que o serve.
prova de m im nisto, diz o Se n h o r dos Exércitos, se eu 1 “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o
não vos abrir as janelas do céu, e não derram ar sobre ím pio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.
vós um a bênção tal até que não haja lugar suficien­
te para a recolherdes. PO RQ U E eis q ue aquele dia vem ard en d o
1 'E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele
não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no
4 com o fornalha; to d o s os soberbos, e to d o s os
que com etem im piedade, serão com o a palha; e o
cam po não será estéril, diz o Se n h o r dos Exércitos. dia qu e está p ara v ir os abrasará, diz o Se n h o r dos
I2E todas as nações vos cham arão bem -aventu­ Exércitos, de so rte qu e lhes n ão deixará nem raiz
rados; porque vós sereis um a te rra deleitosa, diz o nem ram o.
Se n h o r dos Exércitos. 2Mas para vós, os que tem eis o m eu nom e, nascerá
l3As vossas palavras foram agressivas para m im , o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e
diz o Se n h o r ; mas vós dizeis: Q ue tem os falado saltareis com o bezerros da estrebaria.
contra ti? 3E pisareis os ím pios, porque se farão cinza debai-

reza de Deus, à pessoa de Cristo e/ou ao caminho da salvação. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio
O apóstolo Paulo alertou: "Ainda que nós mesmos ou um anjo do (3.18)
céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anun­
Sj) Gnostlclsmo. Acredita que consegue identificar "fagulhas"
ciado, seja anátema" (Gl 1.8).
r & í da divindade supostamente encapsulada em certos indiví­
duos espirituais.
Abrir as janelas do céu
(3.10,11) RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus, pela boca do profe­
ta Malaquias, declarou que não haveria necessidade de
Bt, Deismo. Acredita que o “criador" ou “causa primeira da
maiores recursos ou complexos conhecimentos para que a hu­
rcftl existência“ não está interessado em sua criação, por isso
manidade separasse o “espiritual" do “camal": aqueles que ser­
não intervém, não galardoa e muito menos castiga.
vem o Senhor e os que não o servem.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Considerando que o mi- O gnosticismo, porém, insiste em buscar explicações tipica­
*=» nistério dos profetas na propagação da revelação foi re­ mente esotéricas para situações já esclarecidas, de forma práti­
ferendado por Deus (Cristo, Lc 24.44), podemos observar, nes­ ca, pela Bíblia. Em Efésios 5.1, Paulo conclama os cristãos para
te livro, que há muitos versículos em que o Criador provou ter que sejam imitadores de Deus; isto é, que procurassem seguir as
poder e desejo de beneficiar o homem. Na seqüência, Deus orientações e exemplos do Deus trino, o que, aos olhos do mun­
garante três intervenções: a) “abrir as janelas do céu" — en­ do, é postura de difícil desenvolvimento, visto que o homem é in­
viar chuvas; b) "repreender o devorador" — destruir as pragas trinsecamente mau (Gn 6.5). Logo, um comportamento que aten­
da plantação; e c) “o fruto da vide não seria estéril" — multipli­ da aos preceitos divinos (amor, bondade, paz, etc., Gl 5.22) é
cação das safras. interpretado pelos descrentes como típico de verdadeiros “san­
Esta exposição metafórica de preocupações divinas com a pri­ tos". A própria Bíblia, no entanto, distingue o “homem espiritual”
mazia de sua criação (o homem) contrastafrontalmente atese de- (1Co 2.15) do “homem carnal" (1Co 3.3). Ou seja, o homem que
ísta de um “criador" alheio à sua própria criação. serve a Deus e o homem que não serve a Deus.

872
MAL AQUIAS 4

xo das plantas de vossos pés, naquele dia que estou 5Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que
preparando, diz o Se n h o r dos Exércitos. venha o grande e terrível dia do Se n h o r ;
'’Lembrai-vos da lei de Moisés, m eu servo, que lhe 6E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o
m andei em H orebe para todo o Israel, a saber, esta­ coração dos filhos a seus pais; p ara qu e eu não venha,
tutos e juízos. e fira a terra com m aldição.

Vos enviarei o profeta Elias outro batismo. Antes, é uma referência profética a João Batista
(4.5,6) (Mt 11.14: Lc 1.17). E, como o próprio João Batista declarou
(Jo 1.21-23), náo está-se referindo á reencamação, mas, sim, ao
Mormonismo. Afirma o seguinte: para as pessoas que
fato de ele ter vindo no espírito e na força de Elias (Lc 1.17).
morreram sem conhecer os requerimentos de salvação (ou
Jesus disse a respeito de João Batista: "Ele mesmo é Elias, que
seja, sem serem batizadas) e para os desobedientes que, mais
estava para vir*. O ministério de João Batista foi dirigido somente
tarde. vêm ao arrependimento, o piano de Deus fornece adminis­
aos vivos (Mt 3.1 -6). Náo houve batismo pelos mortos (1Co 15.29).
tração vicarial das ordenanças essenciais, o que é adquirido por
Além disso, a salvação não é algo que possa ser administrado a fa­
meio da posteridade, que batiza em favor dos ancestrais.
vor de alguém que já morreu (Hb 9.27).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em análise náo faz
nenhuma alusão ao batismo pelos mortos ou a qualquer

873
Merecem confiança
os livros apócrifos?
Preâmbulo
O termo “apócrifo”tem sua origem no vocábulo grego apokryphos (Mc 4.22), cujas varian­
tes de seu significado podem ser: “oculto”, “escondido”, “secreto” ou “misterioso”. Essa expressão
tem sido aplicada, comumente, em matéria bíblico-teológica, a certos livros que, embora sejam
classificados como “sagrados”por alguns cristãos da antiguidade, não são aceitos por tantos ou­
tros como canônicos; isto é, de redação divinamente inspirada.
O termo ocorre novamente em Colossenses 2.3, para designar o depósito divino e “oculto”
da sabedoria que se acha em Deus.
Foi empregado pela primeira vez, para classificar uma relação de livros, na Stromata 13, ca­
pítulo 4 — obra de Clemente de Alexandria ( Titus Flávios C lem ens), escritor, doutor e apologis­
ta da Igreja, mestre de Orígenes.

Definições
Na antiguidade, e também no âmbito da Igreja, a expressão “apócrifo” designava qualquer
obra literária da qual não se conhecia o autor. Ou, ainda, para designar as obras que, ao invés do
próprio nome, registrasse apenas o pseudônimo do escritor.
Em matéria literária religiosa, sempre que uma obra trazia sentido dúbio em seu contexto,
questionava-se sua canonicidade, aplicando-lhe o termo. E, neste caso, a conotação era pejorativa.

Qual é o significado das palavras cânon e canônico?

De origem semítica, na língua hebraica qãneh (Ez 40.3) e no grego, kanón


Canôn (G16.16), tem sido traduzido em nossas versões em português por “regra”,
“norma”. Literalmente, significa “vara” ou “instrumento de medir”.

Aquilo que está de acordo com o cânon, em relação aos 66 livros da


Canônico
Bíblia hebraica e evangélica.

O livro de Apocalipse, que hoje consta do cânon neotestamentário, aos olhos de Gregório
de Nissa (falecido em 395 d.C.) carecia de autenticidade, portanto fora exclusivamente tido por
ele como obra apócrifa. Orígenes de Alexandria também classificava como tal as citações bíblicas
cujas origens eram desconhecidas. Jerônimo, outro doutor da Igreja, tradutor da Vulgata Latina,
questionou a legitimidade do texto de Efésios 5.14, afirmando ter sido obra de um profeta des-
875
conhecido, logo, de origem apócrifa. Epifânio, por sua vez, entendia que o termo se referia aos li­
vros aos quais não se guardava espaço na Arca da Aliança, por isso eram acondicionados em ou­
tro ambiente.
Mais tarde, a palavra “apócrifo” alcançou maior abrangência, passando também a definir
a literatura espúria e herética, ainda que no século 5opermanecesse sendo freqüentemente em­
pregada para definir obras religiosas não-canônicas e não exatamente as obras tidas como heré­
ticas.
O uso original, que se referia à ausência de canonicidade, é o que predomina até hoje. Neste
âmbito, Geisler, em sua Enciclopédia de apologética, apresenta aseguinte divergência de posiciona­
mento quanto ao cânon das Escrituras entre as correntes doutrinárias católica e protestante:

Posição católica sobre o cânon Posição protestante sobre o cânon


A Igreja determina o cânon A Igreja descobre o cânon
A Igreja é mãe do cânon A Igreja é filha do cânon
A Igreja é magistrada do cânon A Igreja é ministra do cânon
A Igreja regula o cânon A Igreja reconhece o cânon
A Igreja é juíza do cânon A Igreja é testemunha do cânon
A Igreja é mestra do cânon A Igreja é serva do cânon

Apócrifos do Antigo Testamento


Havia diversidade de conceitos sobre os livros do Antigo Testamento entre os povos contem­
porâneos dos hebreus. Os saduceus, por exemplo, valorizavam somente os livros mosaicos (Pen-
tateuco) como genuinamente inspirados. Os adeptos do farisaísmo, da região palestina, criam
nas obras veterotestamentárias tal e qual aparecem nas atuais Bíblias utilizadas pelos evangélicos,
lá os judeus helenistas respeitavam essencialmente o cânon que foi atribuído à Bíblia empregada
pela Igreja Católica Romana, a mesma que é utilizada ainda hoje.
A tradução grega do Antigo Testamento, chamada Septuaginta (ou Versão dos LXX apósto­
los), agregou em seu conteúdo os chamados apócrifos. Esta situação acabou levando os cristãos
da época, que não possuíam uma definição ditada pelos doutores, a considerarem a autenticida­
de dos apócrifos, o que prevaleceu até o ano 400 d. C., aproximadamente, quando Jerônimo, autor
da Vulgata Latina, desclassificou as obras por entender que não traziam coesão doutrinária com
os demais livros, muito embora a Igreja oriental pré-patrística e a ocidental, que precedeu a Re­
forma Protestante, continuassem a creditar legitimidade a essas obras.
Após a Reforma, o colegiado eclesial atribuiu nova e diversificada classificação a tais livros,
como: a) comuns (não-sagrados), adotada pela congregação de Westminster; e b) registros de
exemplos morais e históricos (descartando o emprego doutrinário), conforme versaram a Bíblia
de Genebra, os Trinta e Nove artigos da Igreja Anglicana e a Igreja Oriental.
A sagração dos apócrifos ao emprego da Bíblia Católica Romana ocorreu no Concílio de
876
Trento (1546-1548), quando foi descartada a classificação de Jerônimo, que não os havia incluído
em sua Vulgata, desprezando, todavia, as obras: a) I e II Esdras e b) A oração de Manassés.
A Igreja Ortodoxa Grega entende que a posição correta é a do Concílio de Trulan (692), o
qual adotou, na íntegra, o emprego das obras que hoje são tidas como livros apócrifos.
A relação dos apócrifos da Bíblia Católica contém sete títulos e alguns acréscimos: Tobias,
Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, Acréscimos em Daniel e Acrésci­
mos em Ester.
Entre os quais, podemos destacar uma série de narrativas comprometedoras quanto à legi­
timidade da reclamada inspiração, tomando por base o texto anotado na versão da Bíblia de Je­
rusalém.

Diferença entre as Bíblias hebraicas, protestantes e católicas

Bíblia
Bíblias Bíblia hebraica Bíblia católica
protestante

Livros do Antigo
39 livros 39 livros 46 livros
Testamento

Os judeus não
Livros do Novo
aceitam o Novo 27 livros 27 livros
Testamento
Testamento

Implicações no livro de Tobias


Tobias, um romance do período em que Israel esteve cativo pela Assíria, fala de um demônio
chamado Asmodeu (isoladamente dos demais livros bíblicos) cuja especialidade é destruir ma­
trimônios, matando os maridos, tantos quantos a mulher for entregue (Tb 3.8).
Na referência 4.10, o texto atenta contra a salvação pela fé, declarando o seguinte: “...a esmo­
la livra da morte e impede que se caia nas trevas...”, o que, obviamente, está relacionado ao contex­
to espiritual. Sem dúvida, é um dos trechos dos quais Roma extrai a idéia de que as boas obras po­
dem prover salvação.
A partir da referência 5.4, Tobias encontra-se com Rafael, um suposto anjo de Deus que pos­
sui características particulares: é mentiroso e herege. Pela narrativa, nota-se o seguinte sobre esta
insólita criatura: a) é um dos filhos de Israel (5.5); b) se hospeda, com freqüência, na casa de certo
Gabael (5.6); c) mente sobre sua identidade e afirma ser filho de Azarias, filho do grande Ananias,
um dos irmãos do pai de Tobias (5.13); d) ensina curandeirismo a Tobias, afirmando que a fuma­
ça do coração ou do fígado de certo peixe apanhado por Tobias, quando queimado, afugenta de­
mônios para sempre e o fel (vesícula) cura determinado tipo de cegueira (6.7-9).
No capítulo 6,Tobias dátestemunho do jácitado demônio Asmodeu, que, agora, declara seu sen­
timento de“amor”por Sara, sua parenta,por isso matou seus sete maridos durante as núpcias (6.15).
Para aniquilar esse suposto Asmodeu, o dito anjo pede para Tobias exercitar feitiçaria quan­
do Sara lhe for dada por esposa, colocando fogo no coração e no fígado de um peixe durante as
núpcias, para que a fumaça afugentasse Asmodeu para sempre da presença de Sara (6.17,18).
877
No capítulo 8, após o encantamento realizado por Tobias para afugentar o demônio, é dito
que Rafael saiu atrás de Asmodeu e o seguiu até o Egito, para só então acorrentá-lo (8.1 -3). A vesí­
cula (fel) do peixe, que o suposto anjo havia dito ter poder para curar determinada cegueira, entra
em ação no capítulo 11, promovendo a cura do pai de Tobias, Tobit. Esta cura, segundo a promes­
sa do próprio anjo, seria provida por Deus (5.10); entretanto, posteriormente, a cura é atribuída
por Tobias ao anjo herege e mentiroso (12.3). Em meio a tantas contradições, não é possível con­
cluir quem— ou o quê— teria curado a cegueira de Tobit.
Em Tobias 12.7, Rafael faz uma declaração que contradiz a experiência de Jó, quando diz:
“Praticai o bem e a desgraça não vos atingirá”, o que parece restringir Deus a uma automaticida-
de que não existe.
O ápice da heresia na obra de Tobias aparece na frase: “A esmola livra da morte e purifica do
pecado”, pois o livro de Hebreus, respaldado em toda a lei e cerimonial mosaico, afirma que “sem
derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb 9.22).
Após isso, o falso anjo também profetiza falsamente, declarando: “Os que dão esmola terão
longa vida” (12.9). Depois disso, Rafael deixa a mentira e revela sua suposta identidade, qual seja:
ser um enviado de Deus para benefício da família de Tobit (12.15).
Por tudo isso, verifica-se, em Tobias, dificuldades insuperáveis que desqualificam a obra até
mesmo quando examinada historicamente.

Implicações no livro de Judite


Essa literatura, cuja escrituração ocorreu no ano 100 a.C., aproximadamente, acha-se re­
pleta de vícios que desmerecem seu emprego como fonte segura de citação. Uma análise superfi­
cial é o bastante para identificar trechos fabulosos que não encontram amparo em todo o conte­
údo da Escritura Sagrada.
Em Judite 1.1, já constatamos uma declaração isolada de todo o restante do Antigo Testa­
mento: diz que o reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia (Assíria), foi em Nínive.
Outra falha demonstrada pelo autor desse apócrifo se acha na citação de Holofernes como sen­
do o general do exército de Nabucodonosor (2.4), posto que esse personagem sequer é citado nos
textos canônicos. Quem aparece na Bíblia ocupando tal cargo é Nebuzaradã (Jr 39.9-18; 40.1 -6).
No capítulo 5, o autor emprega mal as palavras e afirma que os hebreus foram expulsos do
Egito (v. 12). Mas, como sabemos, os hebreus deixaram o Egito empreendendo fuga, o que é dia­
metralmente avesso à expulsão.
No capítulo 13, encontramos Judite orando a Deus, pedindo-lhe força para atacar o general
(v. 4-7). Todavia, não se vislumbra no texto uma única referência divina de concordância ou con­
sentimento para esse ataque. No versículo 11, Judite atribui o homicídio a Deus, dizendo: “O Se­
nhor nosso Deus ainda está conosco para realizar proezas [...] e exercer seu poder contra os ini­
migos”.Vejamos: Judite planeja o ataque, adorna-se para tal, seduz Holofernes para passar a noite
com ele em sua tenda e, por fim, corta a cabeça de Holofernes. Onde se acha a proeza e o exercí­
cio do poder divino? As manifestações bíblicas de Deus operando em batalhas são avalizadas por
ocorrências sobrenaturais (2Sm 5.24; Jz 7.2,7).
Um último e estranho aspecto desse livro apócrifo é a citação das entregas espontâneas de
vítimas (16.18). Tal citação, ao que parece, está relacionada à oferta de sacrifícios, mas escrita de
878
tal forma que dá margem a outras interpretações, como, por exemplo, as pessoas se sujeitavam a
ser imoladas em holocaustos, dando a entender que não havia espontaneidade em se oferecer ani­
mais (elementos comuns nesses rituais) ao sacrifício.
Diante disso, podemos constatar que esse apócrifo também atendeu àapelação romana que, por
ocasião da Reforma, acrescentou à Bíblia uma obra que não se igualaria, jamais, aos textos canônicos.

1 e2MACABEUS

O título provém da alcunha atribuída a Judas (Macabeu) em IMacabeus 2.4, sendo, poste­
riormente, estendida aos seus correligionários.
A Bíblia de Jerusalém declara, em sua nota de rodapé, que o relato de 1Macabeus abrange um
período aproximado de quarenta anos, indo desde a ascensão de Antíoco Epifanes ao trono (175
a.C.) até o início do governo de João Hircano ( 134a.C.).
Embora o original tenha sido escrito no idioma hebraico, preservou-se apenas uma tradução
grega. Seu autor, segundo consta, foi um judeu da palestina que procedeu em sua escrituração no ano
134 a.C. A introdução do livro aponta seu herói principal: Judas Macabeu, reconhecido pelo intro­
dutor como o cronista (e não o autor) de uma luta que culminou com a salvação do povo judeu.
Quanto ao livro de 2Macabeus, não se trata de uma continuação do primeiro, mas, em par­
te, pode ser qualificado como um paralelo do primeiro. Atesta-se uma grande diferença entre o
gênero literário do segundo livro e do primeiro. O segundo foi escrito, originalmente, no idioma
grego e é apresentado como um resumo da obra de certo homem chamado Jasão deCirene (2.23).
Em seu formato original, possuía cinco volumes, que, então, foram transformados no compên­
dio que ora analisamos. É qualificado pelos críticos da Igreja romana como uma obra cujo esti­
lo escriturístico está relacionado às características helenistas, não sendo, todavia, dos melhores.
Credita-se, porém, maior conhecimento da cultura helénica ao autor do segundo livro do que ao
autor do primeiro.

Implicações no livro de IMacabeus


Na referência 2.46, o texto apresenta um homem chamado Matatias empreendendo incur­
sões por terras israelitas circuncidando, à força, todos os meninos que, porventura, não tivessem
sido atingidos pela determinação de Levítico 12.3, provocando, neste aspecto, conflito com o tex­
to de Zacarias 4.6, em que tal procedimento é vetado.
Existem problemas de ordem eclesial e administrativa no livro. Um deles surge na referên­
cia 10.20, que diz que Jônatas é ungido sumo sacerdote do templo por um ímpio, alguém que se­
quer pertencia à comunidade israelita.
O rei Alexandre Balas, filho de Antíoco Epifanes (10.1), procede a ordenação com o intuito de
fazer prevalecer sua oferta a Jônatas, em detrimento de Demétrio, outro rei, que, segundo a narra­
tiva, pretende aliar-se ao futuro sumo sacerdote. O escritor desse livro desconhecia ou ignorou que
havia um procedimento padrão para a ordenação do sumo sacerdote, conforme previsto em Êxodo
29. Obviamente, uma consagração dessa natureza deveria partir do mandado divino e ser efetuada
por alguémhabilitado para tal, o que não era o caso de Alexandre Balas. Outro procedimento atípico,
envolvendo apostura de Jônatas, está relacionado ao objetivo para o qual fora consagrado. Ou seja, a
879
atribuição exclusiva do sumo sacerdote era cuidar da administração do santuário e, ao mesmo tem­
po, acumular as funções atinentes ao que administrava os procedimentos militares (10.21)?
Na referência 12.21, verifica-se outra declaração estranha que não se encontra nos textos ca­
nônicos. Vejamos: “Encontrou-se, num documento referente aos espartanos e aos judeus, a in­
formação de que são irmãos e que pertencem à descendência de Abraão”. Não se acha na história
de Esparta qualquer ligação étnica, ainda que longínqua, entre judeus e espartanos, quanto mais
que refira irmandade entre estes povos.
Na referência 15.8, Antíoco VII encaminha uma carta a Simão, irmão de Judas Macabeu
(que, nesse período, já havia morrido - 9.18), concedendo-lhe inúmeros e inigualáveis benefí­
cios. Um desses benefícios, em especial, chega ao seguinte absurdo: “Toda dívida que tenhas no
momento para com o tesouro real, ou que venhas a contrair no futuro, desde agora e para sempre
te seja cancelada”. Ora, em tese, Simão estava habilitado a tomar “emprestado”todo o tesouro real
sem que tivesse qualquer obrigação em restituí-lo, o que implica em que, querendo Simão, pode­
ria perfeitamente tomar o reino de Antíoco VII para si.
Este breve quadro demonstra o seguinte: uma crítica mais séria, que considere as minúcias
do texto e as práticas literárias adotadas pelo escritor (como, por exemplo, a transcrição integral
de todas as cartas que, mutuamente, foram enviadas), revela que o livro, de modo algum, tem base
para ser consolidado como uma obra autêntica.

Implicações no livro de 2Macabeus


Acompanhando o estilo em que foi escrito o livro de 1Macabeus, nesse, também, constata­
mos, entre outras coisas, uma série de anacronismos. Começando pela narrativa sobre a morte do
rei Antíoco, a referência 1.11-17 fala que ele foi assassinado brutalmente por apedrejamento, sen­
do, em seguida, esquartejado, enquanto 1Macabeus 6.1 -17 diz que o rei morreu de tristeza, por
não ter alcançado seu objetivo: a conquista de Elimaida e suas riquezas.
E não só isso. A primeira narrativa sobre a morte do rei Antíoco, conforme registrada no ca­
pítulo 9, também é incoerente. O texto versa a respeito do juízo divino, que teria caído sobre esse
rei por causa de sua arrogância, proporcionando-lhe dores, fraturas, chagas e a ação de vermes,
ocasionando o seu falecimento.
Por essas contradições, compreende-se que a obra (ainda que levando em consideração a
citação de personagens históricos verídicos) nada mais é do que uma fábula. Até porque, os pró­
prios editores da Bíblia de Jerusalém reconhecem que o autor associou a morte de Antíoco (Epi-
fanes) à de Antíoco III, baseado na crença popular, visto que ninguém conhecia, ao certo, a forma
como Antíoco Epifanes havia perecido.
Na referência 2.13-15, o autor menciona textos dos quais não existem citações paralelas. Trata-
se de supostas obras escritas por Neemias e Davi, que estariam guardadas na biblioteca de Neemias.
Judas Macabeu teria sido um dos homens que colaboraram com a recuperação de tais livros (v. 14).
Dos versículos 19 a 32, pode-se vislumbrar, com facilidade, o quanto essa obra é artificial. A
narração, feita na primeira pessoa do plural (nós), é um esforço do escritor em atender às necessi­
dades dos prováveis leitores, o que infere planejamento humano para transcrição de algo, impe­
dindo que se qualifique, nesta parte, como obra divinamente inspirada, quando atentamos para
os ditos: “... para os que desejam adentrar nos relatos da história [... ] tivemos o cuidado de propor­
cionar satisfação...” (v. 24,25).
Outra prova contra a inspiração e a falta de orientação divina para esse livro é quando o au­
880
tor declara:“Contudo, pelo reconhecimento que esperamos de muitos, de boa mente nos subme­
temos à dura tarefa” (v. 27). Com isso, se mostra, efetivamente, desprovido de amparo espiritual,
bem diferente do que ocorre com os escritores do Antigo Testamento.
Na referência 10.10, novas frases demonstram que a obra é uma produção meramente hu­
mana. Segundo o autor, ele próprio irá narrar os fatos, resumindo-os. Dessa forma, descortinou
a verdade a respeito de um texto que estava completamente sob seu domínio. Ou seja, elaborou a
obra de acordo com a sua própria vontade, como bem quis.
Na referência 12.38-45, encontra-se o episódio mais questionável de todo o livro: a coleta de
ofertas que seriam destinadas a Jerusalém, em prol das almas dos soldados judeus mortos por te­
rem tocado em coisa imunda, proibida pela lei mosaica. A comparação é prática: a narração, em
tudo, é semelhante ao texto de Josué 7.1 -26. Assim como Acã levou para o acampamento objetos
proibidos aos judeus (Dt 7.25,26), cuja conseqüência foi a derrota dos israelitas, numa batalha
já ganha, praticamente, os homens de Judas Macabeus também ocultaram, sob as vestes, objetos
consagrados aos ídolos de Jamnia (12.40), o que foi reconhecido, pelos correligionários sobrevi­
ventes de Judas, como o verdadeiro motivo da morte dos transgressores.
Roma se valeu desse episódio para tentar fundamentar a suposta eficácia da oração pelos
mortos, mas sem levar em consideração o seguinte contra-senso: Acã e seus familiares foram ape­
drejados e todo o seu pertence queimado. Já os homens de Judas Macabeu, além de um sepulta-
mento digno, foram beneficiados com uma coleta, destinada a Jerusalém, para expiação do peca­
do, para que os transgressores tivessem direito à ressurreição naquele Dia.
Mas será que o Senhor Deus efetuaria um juízo baseado em dois pesos e duas medidas?
Na referência 13.8, vemos o autor externando seu juízo de justiça (como se o seu juízo pu­
desse ser equiparado ao juízo divino) ao comentar a respeito da morte de certo homem chamado
Menelau da seguinte forma: “... com plena justiça, pois ele havia cometido muitos pecados con­
tra o altar...”.
Na referência 14.37, certo homem, Razias, é denominado “pai dos judeus”, porque, segun­
do o autor, esse ancião tinha virtudes que sempre eram empregadas em benefício do povo judeu.
Todavia, não há como coadunar esse propósito com o pensamento dos fariseus (os mais escru­
pulosos representantes da norma mosaica), que reconheciam, como“pai”(no contexto terreno),
apenas Abraão (Lc 1.73; 3.8).“Pai”era um adjetivo honroso empregado com muito cuidado pelo
povo judeu, e sua atribuição, nesse apócrifo, ao desconhecido Razias, se presta tão-somente para
desabonar a obra em análise.
A honra concedida a Razias, um procedimento particularmente do autor dessa obra, também
é narrada no versículo 41, o que compromete ainda mais a suposta nobreza do personagem. Nessa
referência, Razias, cercado de todos os lados pelo exército inimigo, segue o modelo de covardia de
Saul (1 Sm 31.1 -6),atirando-se sobre aprópria espada, cometendo suicídio. Após tão grave ferimen­
to, o texto descreve sua carreira em direção à muralha, de onde se arremessou sobre o povo. Apesar
do ferimento à espada e da queda (de uma altura de cerca de cinco metros), Razias ainda permane­
ce vivo, conseguindo, não se sabe como, deslocar-se, correndo no meio das tropas, até chegar a uma
rocha, sobre a qual, postado de pé, provavelmente valendo-se da incisão provocada pela espada em
seu abdome, retira as próprias entranhas com as mãos e as lança contra o povo.
O encerramento apoteótico da narrativa realmente parece alcançar níveis cinematográfi­
cos, quando não, fabulosos e míticos. Após tantos excessos, torna-se desnecessário discutir a des­
cabida afirmação de que o suicídio de Razias retratava sua nobreza, posto que tal iniciativa era ve­
dada aos judeus (Êx 20.13).
881
O áp ic e d a fra g ilid a d e h u m a n a su rg e n a re fe rê n c ia 15 .3 8 ,o n d e o a u to r p re s ta c o n ta s a o le ito r
s o b re a q u a lid a d e d a o b ra . E faz isso n o s se g u in te s te rm o s: “Se o fiz b e m , d e m a n e ira c o n v e n ie n te
a u m a c o m p o siç ã o escrita , e ra ju s ta m e n te isso q u e eu q u e ria ; se v u lg a rm e n te e d e m o d o m e d ío ­
cre, é isso o q u e m e foi p o ssív el”.
P o r to d o o ex p o sto , c o n s ta ta -s e q u e , e m b o ra alg u n s a sp e c to s re la c io n a d o s à h is to ric id a d e
p o ssa m m e re c e r c ré d ito , a o b r a , d e m o d o g eral, n ã o goza d o c a rá te r q u a lita tiv o c o m u m a o s liv ro s
d iv in a m e n te in sp ira d o s.

Implicações no livro Sabedoria de Salomão


A o b ra greg a d e s a b e d o ria a c h a -se d iv id id a e m trê s p a rte s. A p r im e ira d elas ( 1 - 5 ) v ersa s o ­
b r e a ap lic a ç ã o d a s a b e d o ria n a v id a h u m a n a , a lé m d e u m a av a lia çã o s o b re a s o rte d o s ím p io s e
d o s ju sto s n e s ta e n a o u tr a v id a . A se g u n d a ( 6 - 9 ) d e s ta c a a o rig e m e a n a tu re z a d a s a b e d o ria , a p r e ­
s e n ta n d o m a n eiras d e alcançá-la. A terceira (1 0 -1 9 ), p a rte co n sid erad a c o m o te m a cen tral, d e m o n stra
a s a b e d o ria d e D e u s in te ra g in d o n a h is tó ria d o p o v o eleito , e n fa tiz a n d o a q u e s tã o d a lib e rta ç ã o d o
ca tiv e iro egípcio. E n tre ta n to , a p re s e n ta u m d e sv io d e a s s u n to , q u e c o n s o m e o s c a p ítu lo s 1 3 ,1 4
e 15, ao a b o r d a r u m a severa c e n s u ra c o n tra a id o la tria .
A a u to ria é a trib u íd a a S a lo m ã o , c o n fo rm e se p o d e p e rc e b e r p ela referên c ia 9 .7,8. N o g reg o ,
a o b ra é in titu la d a S a b e d o ria d e S alom ão.
E m b o ra a lg u n s c o n s id e re m q u e a p r im e ira p a rte d a o b r a , d o c a p ítu lo 1 ao 5, te n h a sid o e sc ri­
ta e m h e b ra ic o , é c e rto q u e su a to ta lid a d e é, o rig in a ria m e n te , grega. E isso é c o m p ro v a d o p e lo fato
d e q u e a c o m p o siç ã o , e m rela çã o a o id io m a , p o ssu i u m a te rm in o lo g ia e x tre m a m e n te rica.
Sua e s c ritu ra ç ã o re m o n ta à se g u n d a m e ta d e d o sé cu lo 1° a.C ., se n d o , p o r ta n to , o m a is re c e n ­
te c â n o n v e te r o te s ta m e n tá rio a d o ta d o p ela Ig re ja ro m a n a e m su a s v ersõ e s b íb licas.
A o b ra a p re s e n ta c la ra se m e lh a n ç a c o m o estilo e s c ritu rís tic o d e S alo m ã o . E n tr e ta n to , lo g o
n o p rim e iro c a p ítu lo (v .1 3 ,1 4 ), u m a d e c la ra ç ã o n o s c h a m a a a te n ç ã o , re s p e ita n d o , re sp e c tiv a ­
m e n te , a o rto d o x ia e a b io lo g ia p rá tic a : “ P ois D e u s n ã o fez a m o r te ”. A in d a q u e e m d e c o rrê n c ia d o
p ec ad o , a m o r te ( física, n e s te ca so ) in c o n te s ta v e lm e n te p ro c e d e u e p ro c e d e d e D e u s, v isto q u e , es­
ta n d o a p e n a s o p r im e iro casal n o É d en , q u e m , a n ã o se r o p r ó p r io D e u s, p o d e ria a d v e rti-lo s c o m
as p alav ras: “P o rq u e n o d ia em q u e d e la co m e re s, te rá s q u e m o r r e r ” (G n 2.17 - BJ).
N a referên c ia 2.24, é q u e s tio n á v e l a a firm a ç ã o d e q u e “fo i p o r in v eja d o d ia b o q u e a m o r te e n ­
tr o u n o m u n d o ”, p o is n ã o c o rre s p o n d e à re a lid a d e o rto d o x a . O te x to d e R o m a n o s 5 .12 n o s escla­
rece q u e a m o r te d e c o rre d o p e c a d o , q u e se tr a d u z n a d e s o b e d iê n c ia d e A d ão ( G n .3 .8 -1 9 ).A c o n ­
s id e ra ç ã o a resp e ito d a m o r te c o m o s e n d o u m a aflição p a r a o h o m e m é d ir e ta m e n te a trib u íd a à
su a p r ó p r ia c o n c u p isc ê n c ia e, n o m á x im o , in d ir e ta m e n te , à in v eja sa tân ica.
A re fe rê n c ia 3.13 fala s o b re a e s te rilid a d e im a c u la d a , s u p o s ta v ir tu d e q u e , e n d o s sa d a p ela
n o ta d e r o d a p é d a B íblia d e Je ru sa lé m , p a re c e re p o r ta r - s e à p esso a e à d o u tr in a M a ria n a , p r a tic a ­
d a p o r R o m a.
U m a n o v a e excessiva d e c la ra ç ã o d o a u to r so b re o s s e n tim e n to s d e D e u s, e m re la ç ã o a o p e ­
ca d o r, p o d e se r vista n a re fe rê n c ia 14.9, n o s se g u in te s te rm o s : “ P ois D e u s d e te s ta ig u a lm e n te o ím ­
p io ”. Já n a refe rê n c ia 11.23,24, o a u to r d e c la ra q u e D e u s a m a to d a s as s u a s c ria tu r a s , p o r q u e n ã o
faz a c ep ç ão d e p esso as (A t 10.34), u m a vez q u e o S e n h o r n ã o p o d e p ecar, ta n to n e s te q u a n to em
q u a lq u e r o u tr o asp e c to (T g 2.9).
U m c o n tra s te in te re s s a n te a re s p e ito d a m o r a d ia e s p iritu a l ( p ó s - m o r te ) d o h o m e m m a u
(17.1 -2 1 ) e d o ju s to (1 8 .1 -4 ) sa lta ao s o lh o s, u m a vez q u e o s te x to s e m a n á lise n ã o fa z e m caso d o

882
estado intermediário, proposto pela herege tese romana que nomeou esse “estado”de purgatório.
Aqui, o purgatório sequer encontra espaço.

Implicações no livro de Eclesiástico


O título, em latim, é Eclesiásticus, denominação recente aplicada por São Cipriano. Já na no­
menclatura grega, o livro é denominado de “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”, cujo autor se vê
mencionado na referência 50.27.
Na introdução, o neto do autor diz ter traduzido o livro quando fora morar no Egito, no ano
38 do rei Evergetes.
Ben Sirac (como também é conhecido o autor) é um escriba que demonstra amor tanto pela
sabedoria como pela lei. É um homem fervoroso quanto ao respeito e zelo que nutre pelo templo,
cujas cerimônias referenciam o sacerdócio. Também conhece profundamente as Escrituras Sa­
gradas, em especial os escritos sapienciais.
A obra, tipicamente, apresenta pouca ordem de disposição dos temas, além de repetições,
numa seqüência de máximas breves.
Possui dois apêndices, que foram acrescidos: um livro de ação de graças (51.1-12) e um po­
ema sobre a busca da sabedoria (51.13-30).
Talvez, o ponto de maior polêmica resida no contexto em que Ben Sirac fala de sua consciên­
cia e certeza de uma libertação vindoura, algo que dependeria da fidelidade à lei e não como obra
de um Messias Salvador.
Na referência 3.14,15, há um equívoco quanto à reparação dos pecados, que poderiam ser
atenuados pelas caridades que um filho realizasse em favor do pai, como se fosse possível, por esse
meio, proceder a devida expiação.
O livro também se acha repleto de máximas desconexas e ininteligíveis, como ocorre na re­
ferência 7.26: “Tens uma mulher segundo teu coração? Não a repudies! Contudo, se não a amas,
nela não confies”. Tal exortação é um tremendo paradoxo, já que nenhum homem escolheria para
si (como esposa) uma mulher que não amasse ou em quem não pudesse confiar.
Outro tema freqüentemente tratado pela apologética cristã, e que respeita a iconografia roma­
na, é o que esclarece aveneração e a adoração. O autor declara aos jovens: “Venera os sacerdotes”. Éo
mesmo erro de se prestar culto às imagens, conforme o costume católico. Dessa forma, o autor tenta
incutir na mente juvenil excessivo valor à personalidade eclesiástica. Mas isso não é cabível.
Versando sobre o amor ao próximo, apresenta graves distorções: “Não ajudes o pecador [... ]
não dês nada ao ímpio [...] recusa-lhe o pão...” (12.4,5,7). O que é plenamente contrário ao que
escreveu Salomão, que ensinou: “Lança o teu pão sobre as águas [...] Reparte com sete e ainda até
com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Ec 11.1,2). Ainda que o figurativo nos
remeta a uma visão evangelística, a própria metáfora infere que o correto é repartir e não negar o
pão ao que tem fome, mesmo que o necessitado seja um inimigo.
As referências 3.1; 12.12; 16.24; 23.7; 31.22; 33.19, entre outras, nos mostram claramente que
Ben Sirac falava do que lhe era peculiar. Tanto é assim que declarou, na referência 13.26, que“a in­
venção de máximas é um trabalho penoso”. Logo, o termo “invenção” revela a dificuldade que o
autor enfrentava nessa empreitada, sem falar que suas sentenças surgiam de suas próprias divaga­
ções. Quanto a Salomão, em nenhum momento, ao escrever suas linhas sapienciais, disse ter sen­
tido alguma dificuldade.
Na referência 22.3, o autor declara: “Um filho mal-educado é a vergonha do pai, mas uma fi­
lha nasce para sua confusão”. Ora, ainda que levemos em consideração o valor atribuído à perso­
883
n a lid a d e fe m in in a n a so c ie d a d e d a q u e la é p o c a , isso n ã o h a b ilita ria ta m a n h o d e s m e re c im e n to ,
a in d a q u e p o r p a r te d e alg u m c o n te m p o râ n e o , à fig u ra d a m u lh e r. N ã o h á p re c e d e n te s e m e lh a n ­
te n as o b ra s d e S a lo m ã o o u n o s te x to s c a n ô n ic o s. E ssa m á x im a , d e c a rá te r q u a s e v u lg ar, in fe re q u e
e ra m e lh o r te r d e z filhos m a l-e d u c a d o s d o q u e u m a filha sáb ia.
N a refe rê n c ia 30.23, e n c o n tr a m o s m a is u m c o n c e ito d o a u to r q u e c o n tra ria a id éia d e S a­
lo m ã o q u a n to à aleg ria e à triste z a . B en S irac e n te n d e q u e “n a triste z a n ã o h á u tilid a d e a lg u m a e,
p o r ta n to , ela d ev e se r a fa sta d a d e si”. Q u a n d o S a lo m ã o (Ec 7.1 -4 ) faz c o m p a ra ç õ e s e n tre a casa e m
q u e h á festa e a casa em q u e h á lu to , a trib u i à s e g u n d a u m a c o n c e n tra ç ã o d e s a b e d o ria e à o u tr a ,
u m lu g a r o n d e p e rm a n e c e m o s tolo s.
P o r tu d o q u e c o n s ta ta m o s , v im o s q u e n ã o h á c o n s e n so e n tre o sá b io S alo m ã o e o p s e u d o -
sá b io B en Sirac.
É in te re ssa n te o e n te n d im e n to d e S irac s o b re o e p is ó d io q u e e n v o lv eu Saul e a n e c r o m a n te
d e E n -D o r (4 6 .2 0 ). R elata, e m f o rm a d e m á x im a s elo g io sas, a s u p o s ta m a n ife sta ç ã o d e S am u el:
“ M e sm o d e p o is d e m o r r e r p ro fe tiz o u , a n u n c io u ao rei se u fim ; d o seio d a te rra elev o u a su a vo z
p a ra p ro fe tiz a r, p a r a a p a g a r a in iq ü id a d e d o p o v o ”.
N a re fe rê n c ia 48.13, s e m e lh a n te m e n te a o q u e se p ro p õ e d e S a m u e l, o e s c rito r a firm a q u e
E liseu, o p ro fe ta , ta m b é m te ria p ro fe tiz a d o a p ó s su a m o rte . A n o ta d e r o d a p é d o s e d ito re s d a B í­
blia d e Je ru sa lé m , p o r si só, d e sm e re c e o a u to r d esse liv ro , p o r q u e c ita, c o m o c o rre la to d o te x to e m
e s tu d o , o te x to d e 2R eis 13.20,21. T od av ia, o te x to d e 2R eis e m re fe rê n c ia n ã o fala n a d a a re s p e i­
to d o a s s u n to , a p e n a s n a r r a o fato d e q u e o m o r to fo i jo g a d o n a co v a d e E liseu e, ao to c a r o s o sso s
d o p ro fe ta , p ro c e d e u a re ssu rre iç ã o . C o m isso, fica iso la d a a a firm a ç ã o d e B en S irac d e q u e h o u v e
u m a p ro fe c ia p ó s - m o r te d e E liseu.
F in a lm e n te , ao e n c e r r a r su a e x p o siçã o , o a u to r co lo ca , e n tre co lch e tes, a p a la v ra “a s s in a tu ­
ra ”. S eu o b je tiv o , co m isso, a o q u e p a re c e , é e n fa tiz a r a o rig e m e a re s p o n s a b ilid a d e d e a u to ria d a
o b ra . M as esse re c u rso n ã o é c o m u m , está c o m p le ta m e n te fo ra d o p a d r ã o c a n ô n ic o q u e se a p r e ­
cia n o s liv ro s in sp ira d o s.

Implicações no livro de Baruc


Q u a n to à su a d isp o s iç ã o o r d in á r ia n as E sc ritu ra s, c o n s ta ta m o s q u e , n a B íb lia g reg a (LX X ),
está e n tre os liv ro s d e Je re m ia s e L a m e n ta ç õ e s d e Jerem ias, e n q u a n to n a B íblia la tin a (V u lg ata)
v em a p ó s L a m e n ta ç õ e s d e Jerem ias.
D e ac o rd o c o m a re fe rê n c ia 1.1-14, p a re c e te r sid o e s c rito p o r B a ru c , q u e e ra u m a esp écie d e
se c re tá rio -e sc re v e n te d e Jerem ias n a s reg iõ e s b a b iló n ic a s ( Jr 3 6 .4 ,3 2 ).
S ua in tro d u ç ã o fo i e sc rita o r ig in a ria m e n te n o g rego. Já o tre c h o q u e r e tr a ta u m a o ra ç ã o , d o
c a p ítu lo 1.15 ao c a p ítu lo 3.8 ( q u e , a p a re n te m e n te , tece c o m e n tá rio à o ra ç ã o d e D a n ie l, c o n fo rm e
re g istra d a e m seu p r ó p r io liv ro , o u seja, e m D a n ie l 9 .4 -1 9 ), p e rte n c e a u m p e r ío d o m a is a n tig o e
c u ja e s c ritu ra ç ã o se a trib u i ao id io m a h e b ra ic o .
Sua d a ta ç ã o é s e m e lh a n te à d o s d e m a is a p ó c rifo s: a n o 100 a.C ., a p ro x im a d a m e n te . S eg u n d o
a v isão ca tó lica, o p ro v e ito d esse liv ro e sta ria n a q u a lid a d e d e te s te m u n h o q u e a p re s e n ta , c o m o se
fosse u m a r e m e m o ra ç ã o d o p ro fe ta .
E m v erd a d e, esse liv ro n ã o se a c h a re p le to d e im p lic a ç õ e s, c o m o p u d e m o s o b s e rv a r n o s d e ­
m a is a p ó c rifo s d o c â n o n c a tó lic o ro m a n o . T od av ia, n ã o é u m a o b r a d iv in a m e n te in sp ira d a .
Talvez, o p o n to d e m a io r im p o r tâ n c ia desse a p ó c rifo seja a tr a d u ç ã o d o c a p ítu lo 6, q u e , c o m o
u m to d o , d e p õ e s e v e ra m e n te c o n tra a ic o n o g ra fia r o m a n a . U m a a p re c ia ç ã o p e r f u n c tó r ia é su fi­
c ie n te p a r a d e s c o rtin a r o e q u ív o c o r o m a n o e m a c re sc e n ta r à B íblia esse v o lu m e , u m a vez q u e , e m -

884
pregando a devida exegese do texto, norteada por uma apologética tanto lógica quanto doutri­
nária, vê-se estampada a acusação contra a tradicional prática idolátrica ditada pelo magistério
eclesiástico da Igreja romana.
A referência 6.34 possibilita uma análise particular,com base no texto que diz: “Ese alguém,
tendo-lhes feito um voto (aos ídolos) não o cumprir, eles não lhe irão pedir contas”. Éjustamen­
te isso que ocorre com o devoto que fizer uma promessa diante do ícone de barro, de madeira ou
de qualquer outra matéria e não cumprir a parte que lhe cabe no pacto: não sofrerá nenhum mal.
Somente a crendice “terrorista”daqueles que propagam esse folclore de ameaça faz que o devoto
tema por causa de uma suposta represália empreendida pelo “santo”.
Toda a seqüência do capítulo 6 insiste, repetidas vezes, em declarar que essas representações
iconográficas“não são deuses”. E tais afirmações, conseqüentemente, têm causado problemas à
maneira de proceder dos próprios católicos romanos.

Acréscimos ao livro de Daniel


As versões católicas da Bíblia, quanto ao texto de Daniel 3.24-50, episódio da fornalha de
fogo, transcrevem palavras de lamentações de Azarias (Abede-Nego) que não encontram parale­
los nos textos canônicos.
Nesta seqüência, prolonga-se, supostamente, a permanência dos companheiros de Daniel no
interior da fornalha para que o “Cântico dos três mancebos” fosse declamado por completo (51 -90).
A contestação que sebaseia subjetivamente na impossibilidade de precisar o tempo de permanência
dos jovens no interior da fornalha não justificaria o acréscimo, já que o texto consagrado conta que
tão logo o rei constatou a imunidade dos mancebos diante das chamas, cessou sua sentença.
Os capítulos 13 e 14 falam, respectivamente, a respeito da história de Suzana, onde se vis­
lumbra a pura inocência de Daniel e os contos de Bei e da serpente sagrada, que são jocosas cen­
suras à idolatria.

Acréscimos ao livro de Ester


O objetivo desses acréscimos é ir além do simples relato secular apresentado pela porção ca­
nônica do livro de Ester, costumeiramente lido nos cerimoniais do purim, quando é ressaltado o
sentido religioso da obra em sua narrativa original.
AVulgata Latina acomoda esses acréscimos no final do canônico, como um apêndice. A obra
foi escrita, aproximadamente, entre os anos 114 e 78 (antes de Cristo), em hebraico, sendo, poste­
riormente, traduzida para o grego.

Merecem confiança os apócrifos do Antigo Testamento?


Resumindo toda esta exposição, consideramos que o amplo emprego dos livros apócrifos, pe­
los cristãos, desde os tempos mais primitivos, é uma evidência de sua aceitação pelo povo de Deus.
Essa longa tradição culminou com o reconhecimento oficial de que esses livros foram inspirados
por Deus. Mesmo os não-católicos, até o presente momento, conferem aos apócrifos uma categoria
de paracanônicos, dependendo da posição que dão a esses livros em suas Bíblias e igrejas.
885
O cânon do Antigo Testamento, até a época de Neemias, era composto de 22 ou 24 livros em
hebraico, que, na Bíblia dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século 4oa.C.
Foram os livros chamados apócrifos, escritos depois dessa época, que obtiveram grande cir­
culação entre os cristãos, por causa da influência da tradução grega de Alexandria. Visto que al­
guns dos primeiros pais da Igreja, de modo especial no Ocidente, mencionaram-nos em seus es­
critos, a Igreja (em grande parte por influência de Agostinho) deu-lhes uso mais amplo e eclesiás­
tico. No entanto, até a época da Reforma, tais livros não eram considerados canônicos.
A canonização que alcançaram, no Concílio de Trento, não recebeu o apoio da história. Ade-
cisão desse Concílio foi polêmica e cheia de preconceito.
Os livros apócrifos, seja qual for o seu valor devocional ou eclesiástico, não são canônicos, o
que se comprova por fatos:
Por que não podemos aceitar os
livros apócrifos do Antigo Testamento
A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.

Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.

A maior parte dos primeiros grandes pais da Igreja rejeitou sua canonicidade.

Nenhum concílio da Igreja os considerou canônicos, o que aconteceu somente no final do


século 4o.

Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou os livros apócrifos.

Muitos estudiosos católicos romanos, ainda durante a Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.

Nenhuma Igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu
os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cris­


tãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se fossem Palavra de Deus, e muito menos ci­
tem esses livros para apoiar qualquer doutrina cristã. Com efeito, quando examinados, segundo
os critérios elevados de canonicidade estabelecidos, verificamos que os livros apócrifos:
• Não são proféticos.
• Não detêm a autoridade de Deus.
Diante de tudo isso, perguntamos: “Merecem confiança os livros Apócrifos do Antigo Testa­
mento?”. A resposta obvia é: NÃO!

Os apócrifos do Novo Testamento


Contrariamente ao que muitos imaginam, os livros considerados “obras ocultas” e de pro­
cedência incerta também fazem parte dos escritos diretamente relacionados a Jesus Cristo, elabo­
rados num período posterior ao seu nascimento, ministério, martírio e ressurreição.
886
Ao contrário do que ocorreu com os apócrifos do Antigo Testamento, os textos do Novo Testa­
mento não tiveram adições de “obras ocultas”, antes, preservou-se a paridade entre as versões bíblicas
existentes, contendo, todas elas, 27 livros, dispostos na forma atual por influência daVulgata Latina.
Devido ao pouco contato da maioria dos cristãos com os temas relacionados ao cânone sa­
grado, permanece, quase que no anonimato bíblico e literário, o rol de escritos neotestamentários
que não figuram entre os já consagrados.
Neste domínio, enumeraremos várias composições que, não obstante terem sido exaustiva­
mente examinadas pelos estudiosos judeus e teólogos protestantes, não atenderam aos critérios
estabelecidos pelo corpo eclesiástico que deliberou acerca da matéria à época da conclusão do câ­
non do Novo Testamento.
Foi no transcurso de vários séculos que o cânon passou a ser reconhecido, graças à morosi­
dade dos meios de transporte e das formas de comunicação disponíveis, o que proporcionava len­
tidão na apreciação dos escritos por parte dos cristãos do Ocidente, para que, enfim,pudessem es­
tar cientes das evidências observadas nos volumes que já haviam percorrido o Oriente.
No período anterior ao ano 313 d.C., os constantes levantes contra a Igreja cristã impediram
seu progresso doutrinário e teológico, determinando um intervalo nas pesquisas, nas considera­
ções e no processo de reconhecimento dos livros analisados.
Restabelecidas as condições necessárias, alcançou-se, em curto prazo, a relação geral de todos os
livros canônicos, consagrados nos Concílios regionais de Hipona (393 d.C.) e Cartago (397 d.C.).
A definição desse primeiro rol de livros sacros inspirados não exigia regularidade precisa,
mas isso somente até que Marcião divulgasse seu cânon gnóstico, no qual estava compreendido
apenas o evangelho de Lucas e dez das epístolas do apóstolo Paulo, procedimento efetivamente
concluído no século 2o.
Cartas e evangelhos apócrifos surgiram durantes os séculos 2oe 3o. Por conta disso, ou seja,
pelo fato de essas obras reclamarem autoridade divina, a Igreja cristã, representada por seus maio­
res expositores, teólogos e estudiosos da ocasião, precisou demarcar limites ao cânon, para que
fosse reconhecido como autêntico e inspirado, tal como as obras anteriores a ele.
Geisler apresenta alguns critérios que poderiam se empregados na distinção dos volumes
aos quais se deseja atribuir canonicidade, enfatizando a diversidade entre determinação e desco­
berta, uma vez que Deus é o único responsável por determinar a autenticidade, cabendo ao ho­
mem apenas descobri-la. O processo se resumiria nas seguintes etapas:

________ O livro foi:________


Escrito por um porta-voz de Deus.
Confirmado por um ato de Deus.
Escrito no poder de Deus
Aceito pelo povo de Deus

Se a obra já atendia claramente ao primeiro critério, então o título canônico geralmente era
dado. A contemporaneidade de homens que tivessem vivido na mesma época do profeta-escritor
ou apóstolo procedia o atestado de veracidade oficial.
Os pais da Igreja de épocas posteriores examinaram a abundância de literatura religiosa para
que pudessem definir, de forma oficial, quais, entre tantas, estavam dotadas de inspiração divina,
conforme o texto de Paulo em 2Timóteo 3.16.
887
Cronologia dos apócrifos neotestamentários

26 - 30 d.C. Crucificação de Cristo.

45 - 70 d.C. Escrita dos evangelhos de Mateus e Lucas.

46 d.C. Paulo inicia seu trabalho missionário.

50 - 70 d.C. Possível período de compilação da fonte “Q” (frases de Jesus) e das


parábolas do evangelho de Tomé.

64 - 70 d.C. Período da escrita do evangelho de Marcos.

Roma reprime a revolta judaica e destrói Jerusalém. Morre a maior parte


70 d.C.
dos judeus seguidores de Jesus.

90 -100 d.C. Escrita do evangelho segundo os hebreus.

Século 2o Escrita da maior parte dos evangelhos apócrifos.

Marcião propõe um cânone com apenas o evangelho de Lucas e dez


144 d.C.
epístolas de Paulo.

150 d.C. Escrita do evangelho de Maria Madalena.

170-180 Taciano propõe o D iassênteron , uma versão condensada dos evangelhos


d.C. tradicionais; obra de sua autoria que a Igreja rejeita.

325 d.C. O Concílio de Nicéia faz uma primeira separação dos evangelhos canônicos
e apócrifos.

335 d.C. O cristianismo se torna a religião oficial do império romano.

O Novo Testamento é oficialmente reconhecido como canônico, exceto o


363 d.C.
livro de Apocalipse.

397 d.C. O Concílio de Cartago decide reincorporar o livro de Apocalipse.

1546 d.C. Confirmação oficial do cânon (na forma como surge na Bíblia católica) no
Concílio de Trento.

1945 d.C. O texto de Tomé é encontrado.

888
Relacionados, de acordo com a importância que se lhes atribui até os dias atuais, oito evan­
gelhos, cuja repercussão despertou a crítica dos estudiosos, o que lhes granjeou (aos livros) posi­
ção de destaque entre as inúmeras obras desse gênero:

Proto-evangelho de Tiago
Evangelho de Maria Madalena
Evangelho de Pedro
Evangelho segundo os egípcios
Evangelho de Filipe
Evangelho de Bartolomeu
Evangelho de Tomé
Evangelho segundo os hebreus

A seguir, as principais características dos evangelhos apócrifos. Todavia, daremos maior ên­
fase ao evangelho de Tomé e ao evangelho segundo os hebreus:

Proto-evangelho de Tiago
O título surgiu no século 16. Até então, a obra era conhecida apenas como Livro de Tiago. O
autor é desconhecido e o nome, embora queira sugerir produção apostólica, fora aplicado tão-
somente com o intuito de atribuir credibilidade à obra. Segundo a tradição, foi escrito em parce­
ria com José (carpinteiro), que narra trechos entre os capítulos 18 e 21.

Evangelho de Maria Madalena


Dois fragmentos, um copta e outro grego, propiciaram a redação desse apócrifo, que é reco­
nhecido por alguns como escrito gnóstico. O texto copta, conhecido em 1896, foi publicado em
1955 e data do século 5o. O texto grego, publicado em 1938, data do século 2°.

Evangelho de Pedro
A atribuição a Pedro, até hoje, é considerada fictícia. Sua datação não ultrapassa a segunda
metade do século 2o. Certamente, seu original procede da Síria. Todavia, alguns crêem que o ber­
ço dessa obra teria sido a Diocese de Serapião, na Antioquia.

Evangelho dos egípcios


Clemente, Hippólito e Epifânio são unânimes em identificar esse apócrifo como sendo
uma obra gnóstica. Seu título não é incontestável, o que impossibilita uma identificação pre­
cisa de seus usuários. Considerado a mais antiga obra gnóstica apócrifa, foi escrito na segun­
da metade do século 2o.
889
Evangelho de Filipe
Reconhecido evangelho gnóstico, os acontecimentos que envolvem Jesus diferem substan­
cialmente daqueles narrados nos evangelhos canônicos. Os trechos preservados em traduções
coptas datam de 300 d.C. ou 400 d.C., enquanto a datação dos originais, considerada contraditó­
ria, está entre 120 d.C. e 180 d.C.

Evangelho de Bartolomeu
Há um tema exótico nesse apócrifo. Estamos falando de um suposto diálogo entre Barto­
lomeu e Jesus com Belial, segundo o qual Bartolomeu pergunta a Belial a respeito de sua queda e
sobre o motivo pelo qual negara homenagem aAdão. A resposta foi: “Eu fui feito de fogo e água, e
primeiro do que ele; eu não adoro o barro da terra”. Daí a provável atribuição de seu nome, isto é,
“aquele que não reconhece autoridade alguma”. Foi escrito durante os séculos 2oe 3o.

Evangelho de Tomé, o Dídimo


A descoberta desse importante manuscrito ocorreu em 1945, quando um camponês de Nag
Hammadi (principal centro de descobrimento de manuscritos antigos) o encontrou, numa das
150 cavernas existentes naquela região do Alto Egito.
Esse evangelho, que o autor chama de “secreto”, possui intensa ligação com o evangelho de
Filipe. E foi justamente isso que despertou grande interesse nos pesquisadores do cristianismo
primitivo, ou seja, por trazer, como atestam, preciosos esclarecimentos, entre os quais, destacam-
se os seguintes:

O fato de distinguir-se completamente do evangelho apócrifo da infância de Jesus, mais


conhecido como evangelho do pseudoTomé (ou pseudoTomás).

A partir dele, torna-se possível identificar três fragmentos dos papiros encontrados em
Oxyrhinchus, datados do século 3o.

Elucida questões atinentes ao pensamento gnóstico da época, além de retratar o pensamento


dos judeus convertidos ao cristianismo.

Pode ser resumido num apanhado de frases e palavras atribuídas ao Senhor Jesus e em pará­
bolas evangélicas. É necessário frisar que essa obra é distinta do evangelho do pseudoTomé.
Seu caráter gnóstico pode ser evidenciado em sua própria argumentação. A existência de tre­
chos de complexo entendimento atesta prováveis deslizes na tradução do texto grego para o cop-
ta. Apesar dessa probabilidade, o grego não figura como idioma original. Há dúvidas entre o se­
mita e o siríaco. Todo o seu texto, porém, parece não passar de uma tradução.
Com apenas um capítulo e 114 versículos, essa obra, caso sofresse a apreciação crítica da or­
890
todoxia e da apologética derivadas dos conceitos canônicos, sucumbiria, sem dúvida, pelas mui­
tas incompreensões que restariam de sua enigmática redação.
No versículo 7, encontramos, por exemplo, um trocadilho tão incompreensível quanto
àqueles observados nos livros de Sabedoria e Eclesiástico. Diz o seguinte: “Bendito o leão que for
comido pelo homem, pois que o leão tornar-se-á homem; e maldito o homem que for comido
pelo leão, pois que o leão tornar-se-á homem”.
O versículo 10 parece contrapor-se ao propósito dos textos canônicos, já que a suposta sen­
tença proferida por Cristo, que diz: “Vim para atear fogo ao mundo”, é contrário aos textos de João
10.10 e 12.47.

Evangelho segundo os hebreus


Este, talvez, seja o evangelho apócrifo mais antigo e mais citado entre aqueles cujo texto ori­
ginal extraviou-se, apresentando outras variações de nomenclatura, como, por exemplo: evange­
lho segundo os hebreus, evangelho de Mateus e evangelho segundo os apóstolos.
Segundo alguns estudiosos, trata-se de uma literatura comumente empregada pelos naza­
renos e pelos ebionitas. O primeiro grupo, provavelmente descendentes dos judeus cristãos que,
antes da derrocada de Jerusalém, no ano 70 d.C., migraram para a orla oriental do Rio Jordão. Em
relação ao segundo, não há concordância se eram os heresiarcas que empregavam o evangelho in­
titulado “dos ebionitas”, fundamentando-se daquele evangelho para que pudessem negar a divin­
dade de Cristo, ou se eram mais um grupo que, embasado na lei mosaica, negava a validade da es­
crita e dos conceitos cristãos. Tais pessoas eram consideradas membros do judaísmo e contrárias à
teologia propagada pelo apóstolo Paulo, considerada por elas como uma teologia universalista.
O texto original, segundo atesta São Jerônimo, teria sido produzido em aramaico, língua
usada pelos judeus daquela época, o que está em conformidade com o título. Os escritos de São Je­
rônimo testemunham a respeito da tradução desse documento. Talvez tivesse sido esse eminente
expositor que traduziu essa obra para o grego e o latim. Todavia, não podemos afirma que ele te­
nha concluído esse trabalho.
Assim como o evangelho de Tomé, porções desse evangelho também permaneceram pre­
servadas apenas na língua siríaca (números 12 e 13). Já o número 41 remanesce exclusivamen­
te em copta.
É fato que os ebionitas utilizaram apenas o evangelho de Mateus como fonte de conheci­
mento e influência, o que explicaria a grande semelhança entre os dois, cogitando-se uma possí­
vel adaptação do canônico na versão apócrifa.

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892
Novo Testamento
INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE

Mateus
T it u l o
O nom e do livro vem d e seu a u to r.o apóstolo M ateus (9.9), tam bém cham ado de L evi(M c2.14),que, na
lista dos doze, geralm ente aparece em sétim o o u oitavo lugar. C om as variações M atias e M atatias, M ateus
era um nom e com um entre os judeus.

A u t o r ia e data
É de M ateus, cujo significado é “dádiva de D eus”. M ateus era coletor de im postos n a Galiléia e, ao ser
cham ado por Jesus, passou a fazer parte dos doze apóstolos. N ão há referências nem inferências que o
coloquem com o autor, m as a tradição da Igreja Prim itiva lhe atribui o prim eiro evangelho.
Alguns o consideram o m ais antigo, com data de com posição en tre os anos 45 e 55 d.C., en q u an to
outros o colocam após o evangelho de M arcos, entre 64 e 68 d.C. A inda segundo a tradição, foi escrito em
aramaico, sendo, m ais tarde, traduzido para o grego.

A ssunto
M ateus é o m ais judaico dos evangelhos. Seus destinatários, com certeza, eram os judeus. Por isso o
escritor apela freqüentem ente para o cum prim ento das profecias na vida de Jesus. Sua intenção é m ostrá-lo
com o o Messias prom etido nas Escrituras do Antigo Testamento. A genealogia do prim eiro capítulo retro ­
cede até Abraão. Por sete vezes, Jesus é cham ado de “filho de D avi”. Os costum es e as palavras judaicas não
são explicados, com o nos outros evangelhos, p orque seu público, com certeza, enten d ia suas expressões.
H á um a grande ênfase sobre a cidade de Jerusalém, cham ada de “a cidade do gran d e rei” (M t 5.35).
M ateus, que tin h a um a m ente sistem ática, acostum ada com anotações, reu n iu to d o o seu m aterial
por tópicos. Nos capítulos 5 a 7, está o Serm ão da M ontanha, que resum e os princípios éticos de Jesus. O
capítulo 10 relaciona a missão dos discípulos. O capítulo 13 reúne algum as parábolas relacionadas ao reino
de Deus. No capítulo 22, a disputa de Jesus com os fariseus, os saduceus e os herodianos. O capítulo 23 se
relaciona às suas repreensões contra os fariseus e os escribas. Finalm ente, nos capítulos 24 e 25 en co n tra­
m os o seu serm ão profético.

Ê nfase ap o lo g é tic a
M ateus é o evangelho da profecia cum prida. A expressão “para que se cum prisse o que fora dito pelo
Senhor p o r interm édio do profeta” aparece doze vezes. Algumas destas citações são contestadas, porque,
às vezes, parecem não apresentar um cum p rim en to literal, m as apenas u m a in terpretação do texto do
Antigo Testamento. Um exem plo referido é o texto de M ateus 1.23, que seria o cu m p rim en to de Isaías
7.14. É alegado que Jesus não foi cham ado de Em anuel. Mas não se pode negar que todos viram em Jesus
a m anifestação da presença de D eus ju n to ao seu povo.
Deve-se considerar que, após a ressurreição, os discípulos perceberam que a chave para o entendim ento
do Antigo Testam ento era o Messias. Então, passaram a olhar todos os detalhes dos livros sagrados, rela-
cionando-os com Jesus.
O livro com prova a inspiração divina das Escrituras judaicas em m uitos po n to s e fornece inúm eros
argum entos contra ensinos errôneos, com o, p o r exemplo, a guarda do sábado, a natureza da ressurreição
e a divindade de Cristo.
-m JT O EVANGELHO SEGUNDO

M ateus
G enealogia de Jesus Cristo 1 °E Ezequias gerou a Manassés; e Manassés gerou a
LIVRO da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, A m om ; e A m om gerou a Josias;
1 filho de Abraão.
2 Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó
11E Josias gerou a Jeconias e a seus irm ãos n a d epor­
tação para Babilônia.
gerou a Judá e a seus irmãos; I2E, depois da d eportação para a Babilônia, Jeco­
3E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez nias gerou a Salatiel; e Salatiel gerou a Zorobabel;
gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; ” E Z orobabel gerou a Abiúde; e A biúde gerou a
4E Arão gerou a Aminadabe; e A m inadabe gerou a Eliaquim; e E liaquim gerou a Azor;
Naassom; e Naassom gerou a Salmom ; HE Azor gerou a Sadoque; e Sadoque gerou a
5E Salm om gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou A quim; e A quim gerou a Eliúde;
de Rute a O bede; e O bede gerou a Jessé; ' 5E Eliúde gerou a Eleazar; e Eleazar gerou a M atã;
6E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salo­ e M atã gerou a Jacó;
m ão da que fo i mulher de Urias. l6E Jacó gerou a José, m arid o de M aria, da qual
7E Salom ão gerou a Roboão; e Roboão gerou a nasceu JESUS, que se cham a o Cristo.
Abias; e Abias gerou a Asa; 17De sorte que todas as gerações, desde A braão até
8E Asa gerou a Josafá; e Josafá gerou a Jorão; e Jorão Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a d epor­
gerou a Uzias; tação p ara a Babilônia, catorze gerações; e desde a
9E Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou a Acaz; e Acaz deportação p ara a Babilônia até Cristo, catorze ge­
gerouaEzequias; rações.

JESUS, que se chama o Cristo do nome Yehoshua, foi o responsável pela criação do nome Je­
(1.16) sus, unindo o *J", de Júpiter, o equivalente romano da supre­
ma divindade Zeus, dos gregos, à divindade dos celtas (gaule­
Adeptos do nome Yehoshua (e suas variantes). Afir­
ses) Esus. O nome Jesus, para essa seita, seria, então, a união
mam que o nome Jesus é de origem pagã e significa
de Júpiter e Esus.
“deus-cavaio" ye = "deus" + sus = "cavalo"). Comparam o
Todavia, é de suma importância lembrarmos que o yod (hebrai­
nome Jesus com Esus - deus mitológico dos celtas, que apa­
co) pode representar a vogal "i" ou a consoante "y". Pierre de la
rece segurando serpentes com cabeça de carneiro. Concluin­
Ramée difundiu, na renascença, as letras “j" e *v* como equivalen­
do, precipitadamente, que os cristãos adoram a serpente, ao in­
tes consonantais para o “i" e o “u" latinos (romanos).
vés do Cordeiro de Deus. Dizem, ainda, que foi Jerônimo quem
Como se não bastasse, os fiéis dessa seüa se valem, ainda, de
criou o nome Jesus e que o Senhor Jesus seria o portador do
um esquema criptográfico conhecido como gematria para afirmar
misterioso número 666.
que Jesus Cristo é o portador do famigerado número 666, sendo,
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: É uma teoria impossível, porém, o nome da besta citada em Apocalipse 13.18. E demons­
“ porque lesous é um termo grego e os partidários do nome tram isso da seguinte maneira: IESUS CRISTVS FIUI DEI ( 1 + 5
Yehoshua apontam para o seu significado em hebraico. Ou seja, + 100 +1 + 5 + 1 + 5 0 + 2 + 5 0 0 + 1 = 666).
lesous é a forma grega do vocábulo hebraico Yeshua. Logo, a te­ Em primeiro lugar, gostaríamos de lembrar que IESUS CRISTVS
oria dos adeptos dessa seita é totalmente impossível. Até porque, FILII DEI é IESVS CRISTVS + FILII DEI. Em segundo, que IESVS
a palavra grega para cavalo é hyppos e não sus. CRISTVS, sozinho, equivale a 112. Em terceiro, que FIUI (geniti­
Outra informação importante: o nome lesous aparece no vo masculino singular) deveria ser FILIVS (nominativo masculino
Novo Testamento antes da tradução de Jerônimo. Os papi­ singular). Assim,teríamos: F I L I V S D E I (1 + 5 0 + 1 + 5 + 500
ros Bodmerianos 66, 75 e 76, à disposição de pesquisadores + 1 = 558), I E S U S C R I S T V S = 112 + F l L I V S D E I = 558
na Biblioteca Bodmer. em Genebra, Suíça, apresentam a abre­ = 670 (670 é diferente de 666).
viação “Is" ou “lc" para lesus. No papiro 75, encontramos os Percebemos, portanto, a necessidade de títulos ou apostos —
evangelhos de Lucas e João, com datação entre os anos 175 sem contar a presença de FIUI ao invés da forma correta FILIVS
e 225 a.D., bem anterior a Jerônimo. que, segundo os adeptos — para se chegar ao número 666.

896
MATEUS 1

N ascim en to de Jesus Cristo ceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi,
l80 r a , o nascim ento de Jesus C risto foi assim: Es­ não tem as receber a M aria, tua m ulher, porque o que
tando M aria, sua m ãe, desposada com José, antes nela está gerado é do Espírito Santo;
de se ajuntarem , achou-se ter concebido do Espíri­ 21E dará à luz um filho e cham arás o seu nom e JESUS;
to Santo. porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
1’Então José, seu m arido, com o era justo, e a não 22Tudo isto aconteceu para que se cum prisse o que
queria infam ar, intentou deixá-la secretam ente. foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz;
20E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apare­ 25Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho,

Eis que a virgem conceberá tra ao nascimento virginal de Jesus, os judeus em Israel usam
(1.23) almah para “senhorita". Há quem diga que o contexto do Anti­
go Testamento náo fornece luz suficiente para o real significa­
Judaísmo e teólogos modernistas. Dizem que o subs­ do de "virgem". Contudo, muitos eruditos afirmam ao contrário.
tantivo hebraico para "virgem", usado nesta passagem (V. Gerard Van Groningen cita cinco autoridades no assunto com
tb. Is 7.14), êalmah, e que o termo mais apropriado para tal pala­ respeito à palavra ugarítica galmatu, encontrada nos documen­
vra seria b'tulah. Seu objetivo, com isso, é dissociar Mateus 1.23 tos de Rãs Shamra. Uma dessas autoridades, H. Wolf, em sua
de Isaías 7.14, a fim de neutralizar a doutrina do nascimento vir­ obra, Interpreting and Glory of the Messiah. diz: “ Nos três luga­
ginal de Jesus. res em que ocorrem glmt, o equivalente exato de almah é usa­
RESPOSTA APOLOGÉTICA: A palavra b'tulah aparece do em referência a uma jovem procurada para casamento" (p.
51 vezes no Antigo Testamento hebraico e é traduzida 44 450). E apresenta a seguinte conclusão; "Um exame dos mate­
vezes por parthénos na Septuaginta. A palavra b'tulah, porém, é riais disponíveis a estudiosos e peritos, como indicado acima,
aplicada à mulher casada (Jl 1.8). o que não ocorre com o subs­ leva-nos à segura conclusão de que, com base no uso do termo
tantivo almah, que aponta para a mulher solteira. tanto em hebraico quanto em ugarítico, o vocábulo almah deve
Com base em Joel 1.8, W. E. Vine diz que b ’tulah, nos textos ara- ser traduzido por virgem'".
maicos tardios, refere-se à mulher casada. Isso, porém, segundo A Septuaginta apóia plenamente esse pensamento, e o teste­
Vine, causa muita confusáo: “Nào sabemos de fato o que o ter­ munho do Novo Testamento (Mt 1.23) fica com a palavra final. Isa­
mo quer dizer. Faz alusão a uma mulher verdadeiramente virgem, ías náo só pretendeu como de fato disse "virgem".
a uma mulher desposada ou a uma mulher que já conheceu ma­ A Igreja da Unificação. Nega o nascimento virginal de Jesus.
rido? À luz destas considerações, parece que a eleição da pala­ o » Segundo afirma, Mariajuntou-secomosacerdoteZacarias
vra almah foi deliberada, tornando-se o único termo hebraico dis­ e desse relacionamento nasceu Jesus.
ponível para indicar com clareza que a mulher a quem se refere
, - j g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Igreja Apostólica nunca
náo está casada".
teve dúvida sobre a questão de Jesus ter sido concebido
O substantivo almah aparece nove vezes no Antigo Testamen­
por uma virgem. Os primeiros líderes da Igreja cristã, chamados
to hebraico (Gn 24.43; êx 2.8; SI 46. no titulo, pois al'moth é plu­
pais da Igreja, corroboraram positivamente com os ensinos dos
ral de almah; SI 68.25; Pv 30.19; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14). Em dois lu­
apóstolos. Em 110a.D., Inácio escreveu: ‘ Pois nosso Deus Jesus
gares. a Septuaginta traduziu almah por parthénos, que significa
Cristo [...] foi concebido no ventre de Maria (...] pelo Espírito San­
"virgem" (Gn 24.43; Is 7.14). A própria Rebeca, chamada de vir­
to. Pois a virgindade de Maria e aquele que dela nasceu [...] são
gem {b’tulah), em Gênesis 24.43, em Gênesis 24.16 é chamada
os mistérios mais comentadosemtodo omundo". Inácio recebeu
de almah, "a quem homem nào havia conhecido".
a informação de seu mestre, o apóstolo João.
A Septuaginta foi traduzida antes do nascimento de Jesus (285
Aristides, em 125 a.D..fala do nascimento virginal de Jesus: "Ele
a.C., segundo Josefo e a carta de Aristéia). Há muitas controvér­
é o próprio Filho do Deus excelso que se manifestou pelo Espiri­
sias quanto a essa data. Mas, qualquer que seja a data, o certo
to Santo, desceu dos céus e, nascido de uma virgem hebréía, se
é que foi antes do nascimento de Cristo. A tradução dos rabinos
encarnou a partir da virgem".
dava a entender que almah, em Isalas 7.14. tratava-se de uma vir­
Em 150 a.D., Justino oferece muitas provas a favor da idéia do
gem. Era justamente esse o significado da palavra em estudo na­
nascimento milagroso do Senhor: "Nosso Mestre Jesus Cristo,
quela época. Assim, é muito suspeito que só depois do surgi­
que é o primogênito de Deus Pai, não nasceu como resultado
mento do cristianismo os judeus tenham procurado reavaliar a
de relações sexuais (...) O poder de Deus, descendo sobre a vir­
acepçáo desse termo.
gem, cobriu-a com sua sombra e fez que, embora ainda virgem,
As versões gregas do Antigo Testamento, que vieram após o
concebesse..."
cristianismo, substituiram parthénos por neanís, que quer dizer
O primeiro grande cristão de fala latina, Tertuliano. nos informa
"jovem". Uma das versões é de Áqüila, judeu e discípulo do rabi­
que, em seus dias (ano 200 a.D.), existia não apenas um credo
no Akiva (morto em 132 a.D.). A outra, de Teodócio, apóstata do
cristão estabelecido, sobre o qual todas as igrejas concordavam,
cristianismo que voltou ao judaísmo (final do século 2° a.D ). E a
mas vários, e cita um deles quatro vezes, o qual inclui as palavras
terceira, de Símaco, ebionita (seita judaica que negava a divinda­
ex vlrgine Maria, que significa: "da Virgem Maria”, dando a enten­
de de Cristo), elaborada em 170 a.D.
der claramente que Cristo nascera de uma mulher virgem.
De uma maneira nada ortodoxa, contrariandoa nossa linha con­
Os textos de Mateus 1.18,20,25 e Lucas 1.34,35 corroboram
servadora, o dr. Aage Bentzen admite que o termo parthénos veio
com tudo isso.
dos próprios judeus: ‘ Contra a Igreja os judeus sustentavam que
lsaias7.l4nâofala de uma virgem (parthénos). mas de uma mu­ Testemunhas de Jeová. Afirmam que Jesus foi criado por
lher jovem (néants)’ . Jeová, mas como um dos principais anjos. Miguel. E mais:
Os cristãos reconheciam, acertadamente, que a versão par­ que o fato de Jesus ser chamado de Emanuel significa, simples­
thénos surgiu com os tradutores judeus. Até hoje, para irem con­ mente. que Deus estava presente por meio dele.

897
MATEUS 1,2

E cham á-lo-ão pelo nom e de E manuel , Q ue tra d u ­ Os magos em B elém


zido é: D eus conosco.
E, TEN D O nascido Jesus em Belém de Judéia,
24E José, despertando do sono, fez com o o anjo do
S enhor lhe ordenara, e recebeu a sua m ulher;
“ E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o p ri­
2 no tem po do rei H erodes, eis que uns m agos
vieram do oriente a Jerusalém,
m ogênito; e pôs-lhe p o r nom e Jesus. 2Dizendo: O nde está aquele que é nascido rei dos

__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: As Testemunhas de Jeová para que não mais engane as nações, até que os mil anos se aca­
*= nào consideram o contexto bíblico, pois as Escrituras iden­ bem. E depois importa que seja solto por um pouco tempo".
tificam Jesus como aquele que é o ‘ resplendor da sua glória, e a Assim, a relação existente antes do nascimento de Jesus se mo­
expressa imagem da sua pessoa [...] porque, aqual dos anjos dis­ dificou, “não a conheceu até que ela deu à luz". Essa passagem
se (amais: Tu és meu Filho, hoje te gerei?” (Hb 1.3-5). declara que. depois do nascimento de Jesus, José e Mana tiveram
Partindo da premissa de que as Escrituras são a Palavra de uma vida conjugal normal, como qualquer outro casal. E, como já
Deus. devemos entender as implicações de suas afirmações. O vimos acima, há exemplos sem limites do uso da palavra com essa
contexto bíblico nos ensina que Jesus "se fez carne" (V. comen­ idéia. Além disso, os evangelhos nos mostram que Maria teve ou­
tário de Jo 1.14). Tomé reconheceu a realidade da pessoa de Je­ tros filhos (Mt 12.46,47; 13.55; Mc 6.3). Não podemos deixar de
sus, ou seja, de sua natureza divina, ao declarar: “Senhor meu, e considerar que nenhum autor do Novo Testamento ensina a dou­
Deus meu!’ , não sendo repreendido por isso. Pelo contrário, Je­ trina da ‘ virgindade perpétua de Maria”. Este ensinamento só veio a
sus lhe disse: “Porque me viste, creste: bem-aventurados os que ser oficializado, pela Igreja Romana, pelo papa Pio IX, em 1874.
não viram e creram” (Jo 20.28.29 V. comentário). Se fosse uma doutrina, um ensinamento vital ou essencial,
como requer o catolicismo romano, certamente Paulo e os de­
E pôs-lhe por nome Jesus mais discípulos teriam mencionado a respeito. Dessa forma, res­
(1.25) ta a essa igreja apegar-se à tradição, porque a Bíblia não acei­
ta tal teoria.
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: O nome Jesus, em por-
U tuguês, vem do grego lesous, que no latim é lesus e no he­
Nascido Jesus em Belém de Judéia
braico, Yehoshua. Sua tradução é ‘ YHWH é salvação” . Josué era
( 2 . 1)
chamado de Yehoshua bert Nun, cuja transliteração é Hoshe’a
Ben Nun. Oséias, filho de Num (Nm 13.8; Dt 32.44) é a sua tra­ 'v Mormonismo. O Livro de Mórmon diz que Jesus nasceu
dução. Em Números 13.16, Moisés mudou o nome Hoshe’a S em Jerusalém (Alma 7.10), e. para justificar esse erro, diz
para Yehoshua. Após o cativeiro babilónico, Yehoshua tornou-se que Belém era um distrito de Jerusalém.
Yeshu’a. O sumo sacerdote Jesua é chamado, em hebraico, de
« _ H RESPOSTA APOLOGÉTICA: A Bíblia afirma claramente
Yehoshu'a (Ag 1.1,12,14; 2.2,4. Zc 3.1,3,6,8,9; 6.11) ede Yeshua
«=. que Jesus nasceu em Belém da Judéia (2.1 -12; Lc 2.4-11).
(Ed 3.2,8.4.3; 5.2; Ne 7.7).
Se fosse usual dizer Jerusalém e não Belém, por que, então, os
A Septuaginta usou lesous tanto para Yehoshua como para
magos foram a Jerusalém procurar o menino e nào o acharam?
Yeshu a, seu equivalente latino lesus, que é o nome do nosso Se­
Esta é mais uma demonstração de que o Livro de Mórmon é um
nhor e Salvador Jesus.
“outro" evangelho (V. comentário de Ez 37.16-21 eG11.8).
E não a conheceu até que...
Viemos a adorá-lo
(1.25)
(2 . 2)
Catolicismo Romano. Declara que Maria foi sempre vir­
ê gem e que este texto tem peculiaridade semítica em sua
linguagem. Como exemplo, cita Génesis 8.7, que diz: “O corvo
r ™ i Testemunhas de Jeová. Traduziram este versículo de for-
1 ' ma distorcida para fundamentar a crença espúria de que
que Noé soltou após o dilúvio não voltou à arca até que as águas Jesus náo é digno de adoração, e também a malsinada doutrina
secassem”, e argumentam: ‘ Isso significaria que, depois do di­ de que Cristo nào é o Deus Todo-Poderoso.
lúvio, o corvo voltou à arca?”. Ainda lança mão do Salmo 110.1
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Durante a tradução, a STV
para apoiar o seguinte raciocínio: ‘ O Deus Pai convida o Messias
“ manipulou o idioma original do Novo Testamento (o grego)
para sentar-se ã sua direita até que ponha os teus inimigos por
com o intuito de fazer valer suas aberrações doutrinárias. Embo­
escabelo dos teus pés. Isso significa que, depois de vencidos os
ra o verbo proskinesai também signifique "reverenciar" e ‘ pros­
inimigos, no fim da história universal, o Messias deixará de se as­
trar-se’ , se considerarmos Apocalipse 19.10, veremos que ele
sentar à direita do Pai?” .
está transcrito da mesma forma como se encontra em Mateus,
Assim, conclui que o versículo em estudo não significa que
quando o anjo diz a João: ‘ Não faças tal (...] adora (proskinesai) a
José, depois do nascimento de Jesus, teve relações conjugais
Deus”. Esta frase é repetida, em Apocalipse 22.9, com a variante
com Maria.
proskineson, com o mesmo propósito de adoração, mas nem por
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Para cada versículo citado isso a STV a traduziu também por "reverenciar", o que demons­
■ em relação a essa possível linguagem semitica temos uma tra que o seu propósito, no caso do versículo em estudo, é negar
infinidade de contextos que demonstram exatamente ao contrá­ a divindade de Jesus.
rio. Veja a preposição “até" em qualquer concordância bíblica Quanto á questão de Jesus ser ou não Todo-Poderoso, é im­
e ficará surpreso a respeito de seu significado. Observe alguns portante considerar que. em Apocalipse 1.8, Jesus se apresenta
exemplos: Levítico 11.24.25: "E por estes sereis imundos: qual­ a João como “o que há de vir, o Todo-Poderoso”. Mas na TNM, as
quer que tocar os seus cadáveres. imundo será atéatarde". Será Testemunhas de Jeová substituíram o nome Jesus por Jeová, dis­
que depois da tarde eles permaneceriam imundo? Apocalipse torcendo, dessa forma, o texto original.
20.3: *E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, A expressão "que há de vir” dá testemunho exclusivo de Jesus,

898
MATEUS 2

judeus? porque vim os a sua estrela no oriente, e para que não voltassem p ara ju n to de Herodes, p ar­
viemos a adorá-lo. tiram p ara a sua terra p o r o u tro cam inho.
3E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda
Jerusalém com ele. Fuga para o E gito
4E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, 13E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor
e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te,
nascer o Cristo. e tom a o m en in o e sua m ãe, e foge p ara o Egito, e
5E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque dem ora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há
assim está escrito pelo profeta: de pro cu rar o m enino p ara o matar.
6E tu, Belém, terra de Judá, 14E, levantando-se ele, to m o u o m enino e sua mãe,
De m odo n enhum és a m enorentre as capitais de de noite, e foi para o Egito.
Judá; I5E esteve lá, até à m o rte de H erodes, para que se
Porque de ti sairá o Guia cum prisse o que foi d ito da p arte do Senhor pelo
Q ue há de apascentar o m eupovo de Israel. profeta, que diz: Do Egito cham ei o m eu Filho.
7Então H erodes, cham ando secretam ente os "‘‘Então H erodes, vendo que tin h a sido iludido
magos, inquiriu exatam ente deles acerca do tem po pelos m agos, irrito u -se m uito, e m a n d o u m atar
em que a estrela lhes aparecera. todos os m eninos que havia em Belém, e em todos
8E, enviando-os a Belém, disse: Ide,e perguntai dili­ os seus contornos, de dois anos p ara baixo, segundo
gentem ente pelo m enino e, quando o achardes, par- o tem po que diligentem ente in q u irira dos magos.
ticipai-m o, para que tam bém eu vá e o adore. l7Então se cu m p riu o que foi dito pelo profeta Je­
9E, tendo eles ouvido o rei, partiram ; e eis que a es­ rem ias, que diz:
trela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, 18Em Ramá se ouviu um a voz,
até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde Lam entação, choro e grande pranto:
estava o m enino. Raquel chorando os seus filhos,
1°E, vendo eles a estrela, regozijaram -se m uito com E n ão q u ere n d o ser co n so lad a, p o rq u e já n ão
grande alegria. existem .
11E, en tran d o na casa, acharam o m enino com
M aria sua m ãe e, prostrando-se, o adoraram ; e Volta de José e seu esta b elecim en to em N azaré
abrindo os seus tesouros, ofertaram -lhe dádivas: '“M orto, porém , H erodes, eis que o anjo do Senhor
ouro, incenso e m irra. apareceu n u m sonho a José no Egito,
12E, sendo po r divina revelação avisados em sonhos ^’D izendo: Levanta-te, e to m a o m en in o e sua mãe,

visto que Jeová (o Pai) jamais prometeu vir àterra em qualquer épo­ Logo, a estrela, neste contexto, não fora empregada com o in­
ca. Em Apocalipse 1.18, Jesus se expressa da seguinte maneira: tuito de adivinhar o futuro, mas de proclamar algo que já havia
"fui morto", um histórico que jamais poderia ser aplicado ao Pai. acontecido: o nascimento do Salvador. Outrossim, há registros
bíblicos que amparam o emprego das estrelas com o propósito
Vimos a sua estrela de revelar a glória divina (S119.1 -6) e sua existência (Rm 1.18-20).
(2 . 1- 12 ) Mas, em nenhum caso, há especulação futurística.
Astrologia. Declara que este texto fundamenta o estudo Testemunhas de Jeová. Declaram, na Tradução do Novo
das estreias. Seu intuito, com isso, é apoiar a previsão de Mundo, que “os astrólogos, prostrando-se, prestaram-lhe
acontecimentos futuros na vida das pessoas. homenagem”, isso porque a sua versão da Bíblia traduziu a pala­
vra proskyneo (“adorar") por "prestar homenagem" todas as ve­
g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Está muito claro no texto
zes que se refere ao Filho de Deus.
«= bíblico em referência que o objetivo da utilização da es­
trela foi anunciar o nascimento de Cristo, algo muito diferente __ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: A versão da Bíblia dessa
de predições indiscriminadas de eventos futuros. Neste contex­ seita (Tradução do Novo Mundo) traslada proskyneo para
to, é bom lembrar que a criança já havia nascido há aproximada­ o português como "prestar homenagem” nas seguintes passa­
mente dois anos. gens, entre outras: Mateus 8.2; 14.33; 15.25; 28.9,17; João 9.38;
A narrativa bíblica declara que Herodes inquiriu dos magos exa­ Hebreus 1.6. No entanto, em relação ao Pai, a Satanás e a deu­
tamente o tempo em que a estrela lhes aparecera (v. 7). Depois, ses falsos a tradução para proskyneo é “adorar" (Mt 4.10; Jo 4.24;
declara que, ao sentir-se iludido pelos magos, Herodes se irritou Lc 4.7; Ap 13.4; 22.8), o que demonstra, claramente, a condição
muito e mandou matar todos os meninos que havia em Belém (e tendenciosa da Bíblia das Testemunhas de Jeová de rebaixar o
em todos os seus contornos) de “dois anos para baixo', segundo Senhor Jesus Cristo à categoria de mera criatura (V. comentá­
o tempo que, diligentemente, havia inquirido dos magos. rio de Hb 1.6).

899
MATEUS 2,3

e vai para a te rra de Israel; porque já estão m ortos os ’Então ia ter com ele Jerusalém, e to d a a Judéia, e
que procuravam a m o rte do m enino. toda a província adjacente ao Jordão;
2'E n tão ele se levantou, e to m o u o m enino e sua 6E eram p o r ele batizados n o rio Jordão, confessan­
mãe, e foi para a terra de Israel. do os seus pecados.
22E, ou vindo que A rquelau reinava na Judéia em 7E, vendo ele m u ito s dos fariseus e dos saduceus,
lugar de H erodes, seu pai, receou ir para lá; m as avi­ que vinham ao seu batism o, dizia-lhes: Raça de ví­
sado em sonhos, p o r divina revelação, foi para as boras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
partes da Galiléia. “Produzi, pois, frutos dignos de arrependim ento;
2,E chegou, e h abitou nu m a cidade cham ada 9E não presum ais, de vós mesmos, dizendo: Temos
p o r pai a A braão; p o rq u e eu vos digo que, m esm o
Nazaré, para que se cum prisse o que fora dito pelos
destas pedras, D eus p ode suscitar filhos a Abraão.
profetas: Ele será cham ado Nazareno.
I0E tam bém agora está posto o m achado à raiz das
árvores; toda a árvore, pois, que não p ro d u z bom
Pregação de João o Batista
fruto, é cortada e lançada no fogo.
E, NAQUELES dias, apareceu João o Batista
3 pregando no deserto da Judéia,
2E dizendo: A rrependei-vos, p orque é chegado o
" E eu, em verdade, vos batizo com água, para o
arrependim ento; m as aquele que vem após m im é
m ais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou
reino dos céus. digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo,
3Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que ecom fogo.
disse: l2Em sua m ão tem a pá, e lim pará a sua eira, e reco­
Voz do que clama no deserto: lherá no celeiro o seu trigo, e queim ará a palha com
Preparai o cam inho doSenhor, fogo que nu n ca se apagará.
Endireitai as suas veredas.
*E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, B atism o de Jesus Cristo
e um cinto de couro em torno de seus lom bos; e ali- 1'E ntão veio Jesus da Galiléia ter com João, ju n to do
m entava-se de gafanhotos e de mel silvestre. Jordão, para ser batizado p o r ele.

Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus A concessão do perdão pelo Pai vem em decorrência de um sin­
(3.2) cero arrependimento. Deus nào exige ou deseja sacrificios que,
supostamente, façam jus ao perdão (1 Sm 15.22). O arrependi­
Espiritismo. Declara o seguinte, a respeito do reino de
mento sincero (At 2.38), no advento do Novo Testamento, eximiu
Deus: "Enquanto uma gota de sangue corre na terra pe­
os israelitas— e também os gentios— da norma mosaica que de­
las mãos dos homens, o verdadeiro reino de Deus ainda não terá
terminava uma oblação pelo pecado (Êx 29.14,36).
chegado..".
RESPOSTA APOLOG ÉTICA: O versículo citado apresen­ Vos batizo com água
ta aos homens uma maneira figurativa de referir-se a Jesus (3.11)
Cristo, uma vez que o "reino de Deus", neste contexto, só pode
Testemunhas de Jeová. Segundo raciocinam, João Batis­
ser alcançado pelo arrependimento, proveniente da fé em Jesus:
ta disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo tal como
o caminho (Jo 14.6), e do reconhecimento de que somos peca­
ele havia batizado com água. E concluem: ‘ assim como a água
dores (Rm 11.32; Gl 3.22). A chegada deste reino é a chegada de
não é uma pessoa, o Espinto Santo também não é uma pessoa".
Jesus. Logo, o reino de Deus já veio aos homens, nào por imposi­
Sua intenção, com isso. é despersonalizar o Espírito Santo, para
ção, mas por proposta. Declarar que o reino de Deus ainda não é
que possam justificar a doutrina de que a terceira pessoada Trin­
chegado, é o mesmo que dizer que Jesus nào veio, portanto, não
dade é apenas uma força ativa.
realizou o sacrifício, o que torna inútil a fé cristà (1Co 15.12-20).
__ g RESPOSTA APOLOGÉTICA: Se aplicarmos o mes-
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento •= mo raciocínio das Testemunhas de Jeová nos escritos
(3.8) de Paulo em Romanos 6.3 e Gálatas 3.27, Jesus deixa de ser
uma pessoa. Na primeira referência, o apóstolo faz uma inter­
/fiK Catolicismo Romano. Usa esta passagem para tentar jus-
rogação: “Ou náo sabeis que todos quantos fomos batizados
\±U tificar a prática de penitências, pela qual. conforme ensina
em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” . E, na segun­
o magistério católico, pode-se obter o perdão divino.
da, diz: "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já
RESPOSTA APOLOG ÉTICA: Otexto em análise requer pro­ vos revestistes de Cristo’ . O fato de as pessoas serem batiza­
cedimentos exteriores que denotem mudança interior, no ca­ das em Cristo e serem revestidas de Cristo justifica a negação
ráter, de forma espontânea, e não na modalidade "divida", uma vez da personalidade de Jesus? Claro que não. Tampouco o argu­
que o homem natural não possui, em si mesmo, meios de pagar seus mento sobre o batismo não contesta a personalidade do Es­
pecados, como tenta ensinar a doutrina católica da penitência. pírito Santo.

900
MATEUS 3,4

l4Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de 2E, tendo jejuado q u aren ta dias e quarenta noites,
ser batizado po r ti, e vens tu a mim? depois teve fome;
1’Jesus, porém , respondendo, disse-lhe: Deixa por 3E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o
agora, porque assim nos convém cu m p rir toda a ju s­ Filho de Deus, m an d a que estas pedras se to rn em
tiça. Então ele o perm itiu. em pães.
16E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis 4Ele, porém , respondendo,disse: Está escrito: N em
que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus só de pão viverá o hom em , m as de to d a a palavra que
descendo com o pom ba e vindo sobre ele. sai da boca de Deus.
I7E eis que um a voz dos céus dizia: Este é o m eu 5Então o diabo o tran sp o rto u à cidade santa, e co­
Filho am ado, em quem m e com prazo. locou-o sobre o pináculo do tem plo,
6E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de
T entação de Jesus Cristo aqui abaixo; p orque está escrito:Q ue aos seus anjos
ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao dará ordens a teu respeito,
4 deserto, para ser tentado pelo diabo. E tom ar-te-ão nas mãos,

Batismo de Jesus Cristo Esta verdade teológica pode, também, ser vista em outros textos
(3.1 5 -17) bíblicos, como, por exemplo. 1Pedro 1.19 e Mateus 26.28.
r— 1 Testemunhas de Jeová. Dizem que o fato de o Pai. o Filho
Para ser tentado pelo diabo
' ' e o Espírito Santo serem mencionados juntos nào significa
(4.1)
que sejam uma Trindade.
r~ '~ j Testemunhas de Jeová. Dizem que Jesus não pode ser
'v Mormonismo. Afirma que esta passagem dá apoio à visáo
■ ' Deus porque Ele foi tentado.
M , de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sáo três persona­
gens ou deuses separados. RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus possui duas nature­
za- zas: Deus (Jo 1.1; 1Jo 5.20) e homem (1Tm 2.5). Como ho­
Uniclsmo. Não acredita na doutrina daTrindade e, por con­
# ta disso, diz que esta passagem está-se referindo às três
manifestações de Jesus.
mem, a Bíblia

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