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«O que distingue o desenvolvimento do atraso é a aprendizagem. O


aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver
com os outros e o aprender a ser constituem elementos que devem ser vistos
nas suas diversas relações e implicações. Isto mesmo obriga a colocar a
educação durante toda a vida no coração da sociedade – pela compreensão
das múltiplas tensões que condicionam a evolução humana. O global e o local,
o universal e o singular, a tradição e a modernidade, o curto e o longo prazo, a
concorrência e a igual consideração e respeito por todos, a rotina e o
progresso, as ideias e a realidade – tudo nos obriga à recusa de receitas ou da
rigidez e a um apelo a pensar e a criar um destino comum humanamente
emancipador.

[…]

Um perfil de base humanista significa a consideração de uma


sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores
fundamentais. Daí considerarmos as aprendizagens como centro do processo
educativo, a inclusão como exigência, a contribuição para o desenvolvimento
sustentável como desafio, já que temos de criar condições de adaptabilidade e
de estabilidade, visando valorizar o saber. E a compreensão da realidade
obriga a uma referência comum de rigor e atenção às diferenças.»

Guilherme de Oliveira Martins

In Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, 2017

1
ÍNDICE

Página
Introdução …………………………………………………………………………………………………………………….. 3

1. Contexto e Identidade da Comunidade Educativa ……………………………………………………… 4

2. Cultura Institucional e Pedagógica


2.1. Filosofia Educativa ……………………………………………………………………………………………… 5
2.2. Ação Educativa …………………………………………………………………………………………………… 9
2.2.1. Ação Educativa - operacionalização
 Ensino e aprendizagem | Construção do conhecimento: ………………………… 10
 enfoque no aluno
 enfoque no professor
 Desenvolvimento profissional | Construção do conhecimento: ………………. 13
 enfoque no pessoal docente
 enfoque no pessoal não docente
 Escola – Família – Comunidade | Parceria Educativa: ……………………………… 14
 enfoque na escola
 enfoque na família
 enfoque na comunidade
 Observatório de Supervisão e Avaliação …………………………………………………… 16

3. Glossário …………………………………………………………………………………………………………………… 17

4. Referências bibliográficas ………………………………………………………………………………………….. 18

2
INTRODUÇÃO

Este Projeto Educativo de Escola releva de uma filosofia de base humanista, que inscreve a ação
educativa como eixo transversal, com enfoque na construção do conhecimento e no desenvolvimento
identitário, numa perspetiva colaborativa entre todos os agentes educativos, entendendo a escola
como uma comunidade reflexiva, habitada por “profissionais do humano”1. Traduzem ainda esta
filosofia, reforçando-a, prolongando-a e expandindo-a, a epígrafe inicial e as citações que integram cada
uma das áreas de intervenção.

Na construção deste projeto, foram as seguintes as preocupação metodológicas:


1. auscultação dos elementos da comunidade educativa feita em três vertentes:
 princípios a consignar no PEE, que visassem a orientação da vida escolar
relativamente a dinâmicas de ensino e aprendizagem, comunicação e formação;
 boas práticas a manter e outras a dinamizar;
 medidas a desenvolver no âmbito da Flexibilidade e da Autonomia;
2. cruzamento com os referenciais de autoavaliação e da avaliação externa;
3. perceção das realidades decorrentes da oferta educativa da escola;
4. procura de identidade numa comunidade educativa;
5. perspetivação das competências do século XXI;
6. relação de continuidade do PEE anterior.

Foram documentos de referência:

 PEE anterior
 Referenciais ANCEP
 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017)
 Referencial de avaliação da escola
 Parâmetros da avaliaçãoexterna
 Modelo de avaliação das bibliotecas escolares/rede de bibliotecas escolares
 Lei base do sistema educativo
 DL nº 54/2018 de 6 de julho (educação inclusiva)
 DL nº 55/2018 de 6 de julho (currículo básico e secundário).

1
In Alves & Machado (2010). O Pólo de Excelência. Caminhos para a Avaliação do desempenho Docente. Porto: Areal editores.
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1. CONTEXTO E IDENTIDADE DA COMUNIDADE EDUCATIVA

A Escola Secundária Dr. Joaquim Ferreira Alves está localizada em Valadares, no concelho de Vila
Nova de Gaia. Serve uma vasta área que congrega ainda as freguesias de Vilar do Paraíso, Madalena e
Gulpilhares, dando resposta educativa às famílias com jovens adolescentes.
Esta escola integra-se numa vasta área suburbana, com índices de desenvolvimento demarcados
pela cobertura da rede de distribuição de água e controlo regular da sua qualidade, serviços de
tratamento de águas residuais e de recolha regular e seletiva de lixo, equipamentos de saúde - centros
de saúde, farmácias e outros; transportes coletivos – camionagem, caminho-de-ferro e táxis;
abastecimento alimentar em fruta, legumes, carne e peixe, em sistemas médios e tradicional. A
indústria, os serviços e o comércio são áreas económicas que têm vindo a crescer, enquanto a
agricultura vai perdendo a sua importância.
A população apresenta ter, a nível de qualificações, maioritariamente, o nível básico (60%),
seguindo-se a qualificação de nível secundário (13%) e só depois a de nível superior (9%), havendo
ainda a considerar uma faixa de população sem qualquer qualificação.
A escola tem, como oferta educativa, o ensino regular no 3º ciclo do Ensino Básico, com oferta
em LE2 (Espanhol, Francês) e Oficina das Artes Plásticas, na área artística, bem como o Ensino
Secundário, com os Cursos Científico-Humanístico, em todas as áreas, e Cursos Profissionais (Técnico
de Análises de Laboratório, Técnico de Turismo e Técnico de Multimédia). Destaca-se o Projeto CLIL
por ser oferta única em todo o Concelho.
Várias instituições culturais e desportivas implantadas na zona dinamizam e interagem com a
escola nas áreas da música, do teatro, do desporto, das tradições, da saúde e do património cultural.
Várias instituições próximas têm vindo também a oferecer oportunidades de interação: a Academia de
Música de Vilar do Paraíso, a Estação Litoral da Aguda, o Parque das Dunas da Aguda, o Parque
Biológico, em Avintes, o Museu da Imprensa, no Porto, o Museu de Arte Contemporânea, em
Serralves.
A existência do Centro de Formação de Associação de Escolas Aurélio da Paz dos Reis, dedicado
à formação de professores e de pessoal não docente, assim como o CRC Aurélio Paz dos Reis, incidindo
na componente da educação e sitos na própria escola, são valências que a escola potencia.
Nos últimos anos letivos, têm vindo a surgir alunos estrangeiros oriundos de países lusófonos ou
não. O número de alunos com dificuldades de aprendizagem e com apoio específico tem também
vindo a crescer.
O quadro de professores é estável, com uma situação profissional maioritariamente pertencente
ao quadro da escola, havendo um pequeno grupo de professores contratados. A escola tem também
dado resposta ao estágio profissional nas áreas disciplinares de História /Geografia, Filosofia, Inglês e
Artes Visuais.
O pessoal assistente operacional e administrativo tem uma formação maioritariamente ao nível
do 9º ano, para os primeiros, e ao nível do 12º ano, para os segundos.
Os pais e encarregados de educação, assim como a respetiva associação (APEVA), têm vindo a
colaborar nas dinâmicas escolares.

4
2. CULTURA INSTITUCIONAL E PEDAGÓGICA
2.1. Filosofia Educativa

Procura esta escola formar cidadãos conscientes, informados e responsáveis, participantes na


vida social, cultural, política e económica. São, por isso, suas preocupações educativas a qualidade do
ensino e das aprendizagens, a formação pessoal, social e cívica, numa perspetiva de construção
holística de conhecimento, tendo por horizonte a formação de alunos capazes de, pelas suas
competências (integrando conhecimentos, capacidades e atitudes), se tornarem cidadãos de pleno
direito.
Propondo-se balizar as práticas pedagógicas, organizacionais e socializantes no aprender a
conhecer, no aprender a fazer, no aprender a viver em comum e no aprender a ser, perspetiva a
responsabilidade partilhada, a construção conjunta de percursos formativos e o trabalho colaborativo,
como parâmetros para a sua ação educativa.
Na assunção de que a Escola, enquanto instituição, tem um papel insubstituível no combate à
desigualdade e à exclusão social, a escola secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves baseia o seu
trabalho educativo no conhecimento das características dos alunos e do seu enquadramento na
comunidade, atendendo aos problemas, necessidades e mais-valias de que são portadores, “numa
perspetiva de construção coletiva que lhes permitirá apropriarem-se da vida, nas dimensões do belo,
da verdade, do bem, do justo e do sustentável, no final de 12 anos de escolaridade obrigatória”2.

São diversificadas as valências que constituem a filosofia educativa desta escola:


1. Assumir a escola como espaço de promoção de uma educação de qualidade, assente em
critérios de sucesso quanto ao desenvolvimento de competências e à preparação para a vida
futura, através de um ensino que garanta:
 formação de um cidadão de sucesso, capaz de integrar conhecimento, resolver
problemas, dominar diferentes linguagens científicas e técnicas, cuidar do seu bem-estar,
ser cooperante e autónomo, com sensibilidade estética e artística;
 aprendizagens efetivas e significativas;
 aquisição e desenvolvimento de competências-chave na seguintes áreas:
 linguagens e textos
 informação e comunicação
 raciocínio e resolução de problemas
 pensamento crítico e pensamento criativo
 relacionamento interpessoal
 autonomia e desenvolvimento pessoal
 bem-estar e saúde
 sensibilidade estética e artística
 saber técnico e tecnologias
 consciência e domínio do corpo.

2
In Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, 2017, p.12.
5
2. Proporcionar um clima de segurança que mantenha:
 equidade na importância atribuída às disciplinas;
 boas práticas de relacionamento interpessoal em todos os espaços da escola;
 boas práticas de utilização de espaços e equipamentos;
 organização do tempo letivo em turno normal.

3. Desenvolver as atividades de aprendizagem com base:


 na implementação de percursos estruturados e significativos, tradutores das relações
disciplinares;
 flexibilidade curricular;
 no acesso a planos curriculares específicos, promotores de sucesso escolar;
 na tendência para a não graduação dos anos inicial e intermédio no 3.º ciclo;
 em metodologias variadas, desafiadoras e diferenciadoras, respeitando os diversos estilos
de aprendizagem dos alunos, por forma a garantir que todos realizem as aprendizagens
essenciais à conclusão da escolaridade obrigatória;
 na articulação e rentabilização dos recursos em conhecimento e dos tecnológicos, que
potenciem áreas de confluência de trabalho interdisciplinar e transdisciplinar;
 em práticas de avaliação processual, adequada e sistemática de conhecimentos,
capacidades e atitudes;
 na corresponsabilização de alunos e encarregados de educação;
 na consecução de projetos de desenvolvimento pessoal e social, bem como de promoção
da intervenção cívica e democrática.

4. Desenvolver o trabalho colaborativo e a partilha de experiências pedagógicas e didáticas:


 na realização das atividades de aprendizagem disciplinares ou do domínio de autonomia
curricular (DAC);
 na operacionalização dos PCT;
 no estabelecimento de parcerias internas e externas, com projetos e programas de
desenvolvimento das atividades de aprendizagem;
 no desenvolvimento de percursos inovadores que potenciem aprendizagens efetivas.

5. Implementar processos avaliativos coerentes com as práticas desenvolvidas, baseados:


 em critérios transparentes e coerentes com a matriz metodológica;
 na prática da avaliação formativa, considerando a auto e a coavaliação, bem como o
aperfeiçoamento e a progressão;
 na valorização de processos de aperfeiçoamento e de progressão, em relação a metas
individuais ou de grupo.

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6. Desenvolver processos de interação escola-família no sentido de:
 assegurar o diálogo regular entre diretores de turma e pais e encarregados de educação;
 fomentar vivências pessoais e coletivas, na construção conjunta de um ambiente social e
de trabalho adequado ao desenvolvimento de competências;
 implementar estratégias conjuntas de correção de situações e práticas desajustadas;
 promover a responsabilidade cívica face a problemas da atualidade.

7. Incrementar a ação transversal da Biblioteca escolar, enquanto serviço técnico-pedagógico,


no apoio ao desenvolvimento curricular e à promoção de diferentes literacias (leitura, media,
informação tecnológica e digital), mediante:
 disponibilização de recursos em conhecimento nos diferentes suportes, articulados com
o currículo e projetos da escola;
 colaboração com os docentes e suas atividades didáticas, bem como com as estruturas de
coordenação educativa e de supervisão pedagógica.

8. Apoiar a ação do Serviço de Psicologia e Orientação, do Centro de Apoio à Aprendizagem e do


Gabinete de Orientação para o Ensino Superior, enquanto parceiros técnico-pedagógicos,
contribuindo para:
 a diagnose, acompanhamento e resolução de casos emergentes;
 o acompanhamento de alunos e de conselhos de turma;
 uma orientação facilitadora da definição de projetos de vida.

9. Potenciar a comunicação estratégica entre os vários elementos da ação educativa,


 melhorando as redes comunicacionais na escola e na comunidade;
 rentabilizando os meios tecnológicos disponíveis.

10. Promover o desenvolvimento profissional dos vários elementos da ação educativa,


mediante:
 divulgação de recursos em conhecimento, orientados para áreas de intervenção na
escola;
 identificação de necessidades de formação relacionadas com o plano de ação educativa;
 dinamização (por formadores internos ou externos) de ações de formação que respondam
a necessidades identificadas;
 operacionalização do Plano de Formação, salvaguardando o horário de funcionamento das
atividades escolares.

11. Promover a qualidade dos serviços prestados na escola, considerando:


 o atendimento;
 a organização racional.

7
12. Incentivar boas práticas na relação entre a escola, a associação de pais, as autarquias e
instituições locais, que:
 promovam o cruzamento de interesses comuns;
 incrementem a responsabilidade social dos parceiros.

13. Valorizar processos de criação de parcerias com instituições locais, que:


 potenciem a ação educativa da escola;
 propiciem experiências promotoras de responsabilidade social;
 suportem a orientação da aprendizagem ao longo da vida.

14. Implementar sistemas de supervisão da ação educativa e a autoavaliação da escola numa


perspetiva formativa, através de:
 monitorização do PEE e de outros documentos estruturantes;
 acompanhamento da evolução da ação educativa da escola;
 promoção da melhoria de processos educativos.

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2.2. Ação Educativa

9
2.2.1. AÇÃO EDUCATIVA “(…) a aprendizagem deve ser concebida em termos de descoberta, e não de armazenamento, por parte do aprendiz e (…) a
- operacionalização - comunicação de um pensamento ou de uma ideia de uma pessoa a outra é, para esta, outro dado feito e não uma ideia.”
João Formosinho e Joaquim Machado

EN S I NO E A PR EN D IZ A G EM ↔ C O N ST RU ÇÃ O DO C O N HEC IM EN T O
ENFOQUE NO ALUNO
OBJETIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS METAS
 Cuidar do percurso educativo do aluno e da construção
da sua identidade pessoal e social.  Diagnoses direcionadas para o conhecimento da  Todos os docentes de equipas  Redução dos incidentes
cultura “prévia” e das competências específicas e pedagógicas / conselhos deturma: disciplinares registados em 10%.
1. Valorizar representações, competências, culturas de
transversais do aluno. - questionários / inquéritos (diretor
que é portador.
 Uso de atividades de diferenciação pedagógica. de turma / mediador)  Ensino básico:
2. Responder às suas necessidades cognitivas, afetivas e
 Uso de metodologias ativas em sala de aula, - questionários sobre“tipos de - Erradicar o absentismo e o
sociais, aos seus interesses e às suas expectativas de abandono escolar.
variando as estratégias, as atividades e os materiais inteligências” e “estilos de
conhecimento. - Aumentar para 90% a taxa de
 Recurso a um processo de investigação/ação aprendizagem” .
3. Tutelar a apropriação individual (subjetiva) do currículo conclusão do ciclo no tempo previsto.
variado, abrangendo os diferentes níveis cognitivos.  Planificações anuais e periódicas.
(entendido como o referencial de aprendizagens que - Atingir 70% de taxa de sucesso
 Dinamização dos domínios de autonomia  Plano Curricular de Turma / Projeto
decorre do PEE). pleno nos 7.º e 8.º anos.
4. Despertar a curiosidade pelo saber e pela construção curricular e de projetos transdisciplinares e de Formação.
- Superar 65% de taxa de
autónoma e partilhada do conhecimento. multidisciplinares  Serviços de Psicologia e de Orientação. sucesso pleno no 9.º ano.
5. Desenvolver competências e aprendizagens  Orientação e responsabilização dos alunos pela  Apoio pedagógico (pelo próprio - Reduzir em 10% a taxa de
significativas numa perspetiva transdisciplinar e holística planificação e organização do seu trabalho, de visitas professor, preferencialmente). insucesso nas disciplinas de
do conhecimento, assentes em estruturas cognitivas cada de estudo, de atividades culturais, desportivas,  Equipas de trabalho dentro dos Matemática e de Português no 9.º
vez mais complexas, direcionadas para a solução de ecológicas, de solidariedade social … Departamentos Curriculares. ano.
problemas.  Participação ou dinamização de atividades  Equipas pedagógicas / Conselhos de - Superar 60% de percurso direto no
curriculares e extracurriculares. Turma. ensino básico
6. Promover o desenvolvimento do espírito de
 Avaliação formativa com recurso a mecanismos de - Aumentar para 10% a taxa de
iniciativa, do sentido crítico, da responsabilidade e da
autorregulação sistemática. alunos com média ponderada de
autonomia.
cinco na conclusão do ciclo no
7. Incentivar o desenvolvimento da solidariedade, do
tempo previsto.
respeito pela alteridade e pelo ambiente.

10
8. Encorajar, desenvolver e pôr em prática valores:  Auto e coavaliação de competências ao longo e no  Projeto GFA i.  Ensino secundário-Cursos
responsabilidade e integridade; excelência e exigência; final de cada período letivo. Científico-Humanístico:
 Projeto GFA.
curiosidade, reflexão e inovação; cidadania e participação;  Avaliação do desempenho docente com alunos no - Tender para 0% da taxa de
 Sala de estudo.
liberdade. final de cada período letivo. abandono escolar.
9. Avaliar, com rigor e transparência, processos de  Biblioteca escolar. - Atingir 80% da taxa de conclusão
aprendizagem e de autoaperfeiçoamento, reorientando  Instrumentos de avaliação. no tempo previsto.
percursos, valorizando o esforço e reforçando a autoestima. - Aumentar para 15% a taxa de
10. Fomentar nos alunos a cultura avaliativa individual e alunos que obtêm classificação de
partilhada. pelo menos 17,5 valores.
11. Perspetivar orientações de prosseguimentos de estudos -Reduzir em 10% a taxa de
ou de saídas profissionais. insucesso nas disciplinas.
- Obter uma diferença média não
superior a 20% entre CIF e CE.
- Atingir uma média de CE por
disciplina superior à média nacional
homóloga.
 Ensino secundário – Cursos
Profissionais:
-Aumentar para 75% a taxa de
conclusão no tempo previsto.
- Aumentar para 10% a taxa de
alunos que concluem com
média igual ou superior a
dezasseis.

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2.2.1. AÇÃO EDUCATIVA «O docente tem de ensinar a pensar e ser ele próprio reflexivo, apresentando uma dupla vertente ao ser aprendente, ou seja, alguém
que sabe selecionar, elaborar e organizar a informação, numa atitude de aprendizagem contínua, e ensinante, ou seja, alguém que
- operacionalização - planifica de modo a que os alunos aprendam estrategicamente e se autorregulem.»
A.M. Veiga Simão

EN S I NO E A PR EN D IZ A G EM ↔ C O N ST RU ÇÃ O DO C O N HEC IM EN T O
ENFOQUE NO PROFESSOR
OBJETIVOS ESTRATÉGIAS RECURSOS

 Promoção de contextos favoráveis a aprendizagens variadas e significativas,  Planificações anuais e periódicas assentes
desenvolvendo competências específicas e transversais. na diferenciação pedagógica.
1. Orientar o percurso educativo dos alunos, nos anos iniciais  Gestão flexível e dinâmica dos curricula, de modo a contemplar as realidades  Programas e normativos ministeriais.
e intermédios de ciclo, para um percurso sem retenções, emergentes da sala de aula.  Instrumentos de avaliação.
numa perspetiva de desenvolvimento humano visando o  Manutenção de equipas pedagógicas estáveis.
 Conselhos de Turma e Equipas Pedagógicas.
exercício de uma cidadania plena e competente.  Valorização das representações e expectativas dos alunos.
 Grupos de docência com o mesmo
 Desenvolvimento de dispositivos de diferenciação pedagógica.
 Avaliação dos alunos em situações de aprendizagem processual, incentivando programa disciplinar.
2. Trabalhar em equipa, contribuindo para a construção de o autoaperfeiçoamento numa perspetiva formativa  Equipas de trabalho interdisciplinares.
culturas colaborativas.  Dinamização de situações de auto e coavaliação.  Departamentos curriculares.
 Criação de projetos assentes em necessidades ou representações comuns.  Professores/ alunos-turma.
 Desenvolvimento de hábitos de reflexão e de análise conjunta sobre a praxis  Pais e encarregados de educação.
3. Participar na gestão e organização da escola. pedagógica.  Convidados externos.
 Partilha de saberes, experiências, dificuldades, dúvidas, “cuidando” do outro
 Centros e outras instituições de formação.
com atenção e respeito e visando a procura de soluções.
4. Enfrentar os deveres e os problemas éticos da profissão.  Biblioteca escolar.
 Participação assertiva e resiliente em projetos e equipas de trabalho da
escola.  Serviços de Psicologia e Orientação e
 Dinamização de projetos/criação de atividades promotores do combate à Educação Especial.
5. Gerir a sua formação contínua.
discriminação, ao preconceito e à violência de qualquer espécie.
 Desenvolvimento de práticas exemplificativas do sentido da responsabilidade,
da solidariedade e da justiça.
 Colaboração na criação e garantia de regras de convivência social e promoção
do seu cumprimento.
 Criação de um plano pessoal de desenvolvimento profissional.
 Desenvolvimento de projetos de formação conjunta em colaboração com
colegas.

12
«Apesar da urgência, é necessário que as pessoas possuam o tempo e as condições humanas e materiais para ir mais longe. O trabalho
2.2.1. AÇÃO EDUCATIVA
de formação deve estar próximo da realidade escolar e dos problemas sentidos pelos professores. É isto que não temos feito. Quando
- operacionalização - os professores aprendem mais, os alunos têm melhores resultados.»
Ann Lieberman

DE SE N VO L V IM E N T O P ROF I S SI O NA L ↔ C O N S TR UÇ ÃO D O CO N HEC IM E NT O
ENFOQUE NO PESSOAL DOCENTE ENFOQUE NO PESSOAL NÃO DOCENTE
OBJETIVOS ESTRATÉGIAS OBJETIVOS ESTRATÉGIAS

 Elaboração de um Plano de Formação que


abarque as áreas prioritárias da escola, visando a  Elaboração de um Plano de Formação que
1. Proporcionar atualização 1. Proporcionar atualização profissional abarque as áreas prioritárias da escola, visando a
profissional pertinente e relevante. realização de: pertinente e relevante. realização de cursos de formação e seminários
- seminários (disciplinares ou interdisciplinares) sobre temáticas adequadas às necessidades do
2. Implementar e desenvolver práticas sobre temáticas de caráter científico, pedagógico- público-alvo.
de colecionação e de auto e didático, psicológico e tecnológico;
cossupervisão. - workshops para construção e aplicação de 2. Incentivar a autoformação.
instrumentos pedagógico-didáticos e de avaliação;
- cursos de formação no âmbito da liderança, da
supervisão e da avaliação, dirigidos a: diretores de
turma e de curso, mediadores, coordenadores,
avaliadores do desempenho docente, entre outros;
 Coadjuvação e assessoria em sala de aula.
 Fóruns de discussão sobre ação educativa.

RECURSOS RECURSOS
 Centros e Instituições de Formação.  Professores singulares.  Centros e Instituições de Formação.  Professores singulares.
 Centro de Recursos em Conhecimento.  Especialistas convidados .  Centro de Recursos em Conhecimento.  Especialistas convidados .

 Biblioteca escolar.  Biblioteca escolar.

13
«Desenhar para a aprendizagem não pode basear-se numa divisão do trabalho entre aprendizes e não-aprendizes, entre aqueles que organizam a
2.2.1. AÇÃO EDUCATIVA aprendizagem e aqueles que a levam a cabo, ou entre aqueles que criam o significado e aqueles que o executam; não pode ser totalmente assumido
por uma comunidade separada diretiva, educativa ou formadora. As comunidades de prática já intervêm no desenho da sua própria aprendizagem
- operacionalização -
porque, em última instância, decidirão o que devem aprender, o que faz falta para ser um participante de pleno direito e como se devem introduzir os
principiantes na comunidade (…).» Etienne Wenger

EN S I NO – F AM ÍL I A – CO M U N ID A DE ↔ PA R CER I A E DUC A TI V A
ENFOQUE NA ESCOLA ENFOQUE NA FAMÍLIA ENFOQUE NA COMUNIDADE
OBJETIVOS ESTRATÉGIAS OBJETIVOS ESTRATÉGIAS OBJETIVOS ESTRATÉGIAS
1. Promover boas práticas  Projetos/Atividades 1. Promover um maior  Divulgação dos serviços da 1. Promover a  Criação de parcerias com
de relacionamento representativosdeboas práticas envolvimento das famílias na escola. colaboração coma escolas, autarquias e
interpessoal. de Cidadania. vida escolar dos seus  Divulgação das áreas de comunidade social e instituições sociais.
educandos. formação da escola. educativalocal.  Desenvolvimento de
2. Promover a  Sessões de Formação 2. Colaborar com as famílias  Divulgação de projetos e atividades culturais e
comunicação de forma para a Cidadania. na promoção de práticas de atividades de teor educativo. 2. Manter os níveis de desportivas abertas à
eficiente e eficaz. vidasaudável e segura.  Dia GFA. segurança na área comunidade.
 Desenvolvimento de 3. Colaborar com as famílias  Realização de encontros
 Promoção de reuniões evolvente da escola,
3. Criar identidade e atividades de enriquecimento na orientação vocacional dos
com pais e encarregados de diligenciando nesse temáticos para partilha de
educandos
sentido de pertença. no âmbito do Projeto Geração educação sobre o processo sentido informação e formação.
4. Colaborar com as famílias
Ferreira Alves.
no desenvolvimento das de ensino e aprendizagem.  Realização de ações de
4. Atualizar recursos e
competências sociais dos  Desenvolvimento de 3. Promover a publicitação do trabalho
equipamentos  Manter afixação das salas de seus educandos projetos, envolvendo alunos, valorização do trabalho realizado pelos alunos.
aula às turmas 5. Criar canais de pais e encarregados de desenvolvido pela escola  Dia GFA.
comunicação que facilitem a educação. junto da comunidade  Estabelecimento de
informação e permitam a  Promoção de seminários envolvente. parcerias que possibilitem a
abertura necessária à temáticos dinamizados pelo construção partilhada de
participação das famílias. Serviço de Psicologia e atividades.
6. Promover a qualificação Orientação.
formativa das famílias.

RECURSOS RECURSOS RECURSOS


 Serviços de Psicologia e Orientação e de Educação Especial.  Serviços de Psicologia e Orientação e de Educação Especial.  Escolas locais (diferentes graus de ensino).
 Técnicos de saúde.  Técnicos de saúde.  Centro de formação e outras instituições parceiras da
 Página Web da escola.  Página Web da escola. escola.

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 Biblioteca escolar.  Autarquias e entidades privadas relacionadas com o
 Contactos através do DT: desenvolvimento local ou capazes de responder a
 atendimento e reuniões na escola necessidades relativas aos Cursos profissionais.
 telefone e SMS  Centro de Saúde.
 correio eletrónico-  PSP - ”Escola Segura”.
 Meios de comunicação locais e jornal da escola.  Professores e Técnicos de Ação Educativa.
 Biblioteca escolar.
 Página da APEVA na Internet.
 Serviços de Psicologia e Orientação e Educação
Especial.
 Página Web da escola.

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«Para construir uma cultura avaliativa é importante que a avaliação se assuma como uma prática quotidiana que todos realizam, que afeta
2.2.1. AÇÃO EDUCATIVA a instituição no seu conjunto, não para sancionar e controlar, mas para melhorar e potenciar o desenvolvimento dos seus membros. Desta
- operacionalização - forma, a avaliação não poderá reduzir-se a uma prática que realizam uns (com autoridade e poder) sobre outros, mas um processo
reflexivo, sistemático e rigoroso de questionamento sobre a realidade, que deve atender ao contexto, considerar globalmente as situações,
atender tanto ao explícito como ao implícito e reger-se por princípios de validade, participação e ética.»
Palmira Alves e Eusébio Machado

OB SE RV ATÓ RIO DE S UPE RV IS ÃO E AV AL IAÇ ÃO

OBJETO DA SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO SUGESTÕES METODOLÓGICAS INTERVENIENTES

1. Ação educativa.  Atualização dos referenciais de avaliação.  Núcleo constituído por elementos
provenientes do Conselho Geral, do Conselho
2. Resultados da aprendizagem.  Elaboração de um Plano de Ação, integrando:
Pedagógico e da equipa de Autoavaliação da
3. Estratégias de melhoria.  definição de objetivos escola, podendo cooptar-se outras entidades.
 seleção de técnicas e de instrumentos de recolha
4. Organização, gestão e liderança escolar.
de dados
5. Relações com o contexto (interno e externo).  identificação das fontes de informação
6. Processos de autorregulação.  clarificação dos processos de análise e de
validação da informação
 calendarização da ação supervisiva e avaliativa
 interpretação de resultados
 comparação dos resultados com os referenciais
de avaliação
 divulgação dos resultados e recomendações.

Projeto Educativo da Escola Secundária Dr. Joaquim G. Ferreira Alves


Aprovado pelo Conselho Geral em ___ de _________ de 2018

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GLOSSÁRIO

APEVA – Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos das Escolas Preparatória

e Secundária de Valadares

CAA – Centro de Apoio à Aprendizagem

CLIL – Competence and Language Integrated Learning

CRC – Centro de Recursos em Conhecimento

DAC – Domínio de Autonomia Curricular

DT – Diretor de Turma

EE – Encarregado de Educação

GOES – Gabinete de Orientação para o Ensino Superior

LE2 – Língua Estrangeira 2

PCT – Plano Curricular de Turma

PEE – Projeto Educativo de Escola

PSP – Polícia de Segurança Pública

PTE – Plano Tecnológico de Escola

SPO – Serviço de Psicologia e Orientação

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alaiz, V. et al., 2003. Auto-Avaliação de Escolas. Pensar e praticar. Porto: edições Asa.
Alarcão, I., 2003. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez.
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