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RISCOS QUÍMICOS
Carga horária 30h
Prof. Alessandro Costa da Silva, Químico Industrial
Departamento de Química e Biologia
Universidade Estadual do Maranhão
Contatos: alessandro@uema.br ou
alessandro.silva@pq.cnpq.br
Mestre em Agroquímica, UFV - BRA.1995
Doutor em Edafologia, UFV e Univ. de Alcalá - ESP. 1999
Pós-Doutor em Ciência do Solo, Univ. de Montpellier - FRA. 2004
EMENTA
Conceituação e classificação dos agentes químicos;
Reconhecimento e precauções de ambientes de riscos;
Limites de tolerância no manuseio de substâncias
químicas; Contaminantes sólidos, líquidos e gasosos;
Medidas de controle coletivo e individual; Laboratório de
manuseio de equipamentos de avaliação de contaminantes
orgânicos e inorgânicos em diferentes estados físicos;
Instrumentos de aferição, medição e quantificação;
Determinação de vazão dos equipamentos de avaliação;
Riscos relativos ao manuseio, armazenagem e transporte
de substâncias agressivas; Princípios e conceituação de
identificação de produtos perigosos; Noções de sinalização
de segurança; Estudos de casos de agentes químicos no
Brasil; Normas Regulamentadoras especificas, NRs.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Conhecer e inserir uma nova concepção de modelo de
gerenciamento das atividades laborais visando
minimizar os problemas causados por produtos
químicos de forma ativa e/ou passiva;
Criar uma filosofia multiplicadora (no que se refere
aos riscos químicos) nos funcionários da empresa
com ou sem efeito cascata, visando a geração de
tecnologia química segura;
Fomentar a inser(atua)ção de profissionais da Higiene
Ocupacional na busca pela melhoria na qualidade
de vida laboral do trabalhador.
3 Prof. Dr. Alessandro Silva - UEMA
NRs
Vinculadas
NR 6 (EPI no ambiente industrial)
NR 7 (PCMSO progControMed&SadOcup)
NR 9 (programa de prevenção de riscos)
NR 15 (atividades e operações insalubres)
NR 16 (atividades e operações perigosas)
NR 22 (atividades de mineração)
NR 25 (resíduos industriais)
NR 26 (sinalização de segurança)
NR 29 (atividades portuárias)
NRR 5 (produtos químicos na agricultura)
NRR 4 (EPI no ambiente rural)
4 Prof. Dr. Alessandro Silva - UEMA
“The mitigation chemical goals for sustainability”
Richard Miller (1973)
ecology chemistry
sustanable chemistry
clean-up chemistry
green chemistry
environmental chemistry
More informations:
www.epa.gov/greenchemistry
Marketing Desenvolvimento de
Disposição Final (*) produto/processo
Consumo Matérias-
do Produto Primas
Efeitos agudos
Efeitos crônicos
…..
Efeitos mutagênicos
Efeitos carcinogênicos
Efeitos teratogênios
Efeitos sobre o poder reprodutivo
A+B C (D + E + ...)
A+B C + D BIODEGRADÁVEL
+n +n +n +n
xA + yB zC +wD
.... MONITORAMENTO E CONTROLE ...
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PRODUTOS QUÍMICOS
COMO FATORES DE RISCO
INFLAMÁVEIS
Extremamente inflamáveis
Facilmente inflamáveis
Inflamáveis
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TÓXICOS
IRRITANTES
Substâncias não corrosivas que por contato com a
pele ou mucosas pode provocar reação
inflamatória.
substâncias corrosivas a baixas concentrações são
irritantes
quanto mais solúvel em água, mais irritante para o trato
respiratório
solventes orgânicos são irritantes por dissolução da
camada lipídica protetora da pele.
Metais alcalinos
hidretos de metais alcalinos
Amidas de metais alcalinos
Alquilmetais (Li e Al, principalmente)
reagentes de Grignard (alquilantes)
D Sf = entropia de formação
D Hf = entalpia de formação
D Gf = entalpia livre de formação
D Gf = D Hf - D Sf
NA INTERNET:
http:physchem.ox.ac.uk/MSDS/incompatibles.html
NA BIBLIOTECA:
Chemical Safety Matters, IUPAC - 1992, Appendix E.
Caracterizando o problema:
atividades do laboratório
relação de produtos utilizados
técnicas instrumentais utilizadas
relação das operações e análises efetuadas no lab
quantidade, periodicidade e variedade dos resíduos
gerados
organização do laboratório
possibilidade de substituição ou minimização
Telas de amianto
DESCONTAMINAÇÃO
Estimar o risco
Grupo/indivíduo
mais crítico
Análise (Dose-Resposta)
Exposição ao
Risco
Avaliação da Exposição
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
A INCERTEZA É A FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE O
QUANTO UMA MEDIDA OU UM CÁLCULO SÃO CORRETOS
DADO:
FATOR POTENCIAL CÂNCER
(Pulmonar/SÍLICA).
FPC = 8.4 mg/Kg/dia;
UNIDADE DE RISCO DA SUBSTÂNCIA (SI).
URS = 2.4 X10-3 g/m3
FORMAS DE CÁLCULO DO RISCO INDIVIDUAL
DE CONTRAIR ALGUMA FORMA DE CÂNCER
RI = 9.6 x 10 -4
Dose
? Resposta
Dose
? Resposta
R = F (Do)
AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA
Avaliação de risco
(atualizada em 2010)
(atualizada em 2010)
(atualizada em 2015)
TOXICOCINÉTICA
Absorção digestivas dos
Exemplo de metais que
metais presentes na água
atravessam barreiras
biológicas As org. 20%
Placentária Hematoencefálica
Zinco 12%
Arsênico sim não
Cobre 10%
Cádmio não sim
Hg metálico sim sim Chumbo 5-10%
Hg orgânico sim sim Ferro 15%
Manganês sim sim Manganês 3%
Chumbo sim sim Cadmio 2%
Selênio sim não
Hg met. 0,01%
Hg org 100%
(Ver estudo de Caso) aa
Armazenamento de produtos
químicos
Imprescindível
conhecer todos as informações disponíveis sobre
os produtos químicos que serão armazenados
MSDS
Frascos adequadamente rotulados
Três princípios fundamentais:
Redução do estoque ao mínimo
Estabelecer segregação adequada
Isolar ou confinar certos produtos
Redução do estoque
Estantes
metal (com fio terra) ou alvenaria são indicados
para a maioria dos produtos. Para os corrosivos
as estantes metálicas não são adequadas
É recomendável que tenham um anteparo para
evitar transbordamento pra outra prateleira no
caso de derramamento. Sistema de “gavetas” é
também interessante
Devem ter no máximo 2 m de altura
Devem estar bem fixadas (solo, teto e paredes)
Armários protegidos
Armários especiais para inflamáveis .
contenção
Devem ser “aterrados” (fio terra)
fechamento
Devem estar adequadamente
sinalizados
Devem ter rede corta-chamas e
exaustão
Refrigeração
Não são recomendados refrigeradores comuns
(domésticos) para armazenamento de produtos
voláteis como éter etílico e outros solventes
Câmaras frias devem ter ventilação exaustora e
iluminação à prova de explosão. Os comandos
devem ser externos
Ventilação
poderá ser natural ou forçada e deverá ser ligada
pelo menos 10 minutos antes da entrada no local
Piso
Revestimento antiderrapante e que não acarrete
em eletricidade estática
Drenagem para caixa de contenção
Isolamento/confinamento
Telas de amianto
Delimitação de áreas
Hierarquia:
Substituição
Processos que impeçam liberação
Isolamento/Confinamento
Ventilação local extratora
Extração localizada: capelas
Deverá permitir a observação do que está no seu
interior
A eficiência deverá ser similar com a janela aberta
ou fechada
Deverá ser de fácil limpeza e descontaminação
Não deverá ser ruidosa
Os efluentes gasosos deverão passar por um
sistema filtrante antes do descarte para atmosfera
externa
Dimensões
ABHO, Associação Brasileira de Higiene Ocupacional. Avaliação Qualitativa de Riscos Químicos. Ed.Abho, São Paulo. 2016. 248p.
BREVIGLIERO, E. ; POSSEBON J. . Higiene Ocupacional. Agentes Biológicos, Químicos e Físicos. EdSenac. São Paulo, 2017. 456p.
FREITAS, C. M. S.; PORTO. M. F.; MACHADO, J. M. Acidentes Industriais Ampliados. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro. 2000. 170p.
NORMAS REGULAMENTADORAS, ATUALIZADAS EM 2018. Disponível em: http://www.maconsultoria.com/normas-regulamentadoras-a
RAMAZINI, E. T. As doenças dos Trabalhadores. Editora FundaCentro, Rio de Janeiro. 2016. 321p.
RIBEIRO, M. G..; PEREIRA FILHO, W. R.; RIEDERER, E. E. Avaliação Qualitativa de Riscos Químicos-Orientações Básicas para o
Controle da Exposição a Produtos Químicos. EdFundaCentro, São Paulo. 2012. 266p.
SILVA, A. C. Química Ambiental: uma abordagem introdutória e generalista. Eduema, São Luís, 2016. 294p.
SOTO, J. S. O. V. Riscos Químicos. Editora FundaCentro. São Paulo. 1992. 210p.
TORREIRA, R. P. Manual de segurança industrial. 3ª. Ed. Margus, São Paulo: 2005. 189
ABNT -Associação Brasileira de Normas Técnicas. Coletânia de Normas de Mineração e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, ABNT, 1993. 58p.
ABRASCO, Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Fiocruz. Rio
de janeiro, 2015. 624p.
BRITO, O. Gestão de riscos: uma abordagem orientada a riscos operacionais. São Paulo: Saraiva, 2007.
CAMPOS A. CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: uma Nova Abordagem. São Paulo: SENAC, 7ª edição, 2004.
CETESB. Manual de orientação para elaboração de estudo e análise de riscos. São Paulo, 2005. 230p..
COSTA, M.A.F.; COSTA, M.F.B. Biossegurança de A a Z. 2a.Edição. Rio de Janeiro, Publit. 2009. 230p.
GLEASON, M. N. et al. Clinical toxicology of commercial products; acute poisoning. New York, John Wileys, 2009.230p.
GOES, Roberto Charles. Toxicologia industrial. EdRevinter. Rio de Janeiro, 2007, 250p.
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REBELO F. Riscos Naturais: acção antrópica e industrial. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2003.
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kaolin minespoil located in Minas Gerais, Brazil. Commun. Soil Plant Anal. 34(5):671-680,2003.
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SILVA, A C. Evaluation of risk of contamination by heavy metals, in degraded land by kaolin mining activities 5th international symposium
on environmental geotechnology and global sustainable development. (103-105), Belo horizonte, 2000
TUFFI, S; CORREA, M; AMARAL,L; RIANI, R. Higiene do trabalho e programa de prevenção de riscos ambientais. Ed. LTr. São Paulo.
2008. 235p.
87 VEYRET, Y. (Org.) Os Riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. Editora Contexto. São Paulo, 2007. 210p.
POR FIM.....
AGRADEÇO, PELA PACIÊNCIA
ABRAÇOS.
contatos : alessandro@uema.br
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