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Aula 01 – 03/11/2010 – Direito Civil

I - NOÇÕES FUNDAMENTAIS DO DIREITO.

1 – Conceito de Direito.

O Direito é o conjunto de regras jurídicas que regulares as relações sociais


impondo sanções aos que não observam.

2 – Conceito de Direito Objetivo – jus est norma agendi

O Direito é a norma de agir. Imposição de uma conduta. Não agindo em


conformidade, aplica-se a sanção. Ex.: Lei de Trânsito.

3 – Conceito de Direito Subjetivo – jus est facultas agendi.

É a faculdade de agir. Assim, não há uma imposição de sanção, diante desta


faculdade. A observância da norma possui em efeito. Ex.: propriedade, não é obrigado a
exercer, mas exercida, concede direitos e impõe deveres.

4 – Direito Positivo

Conjunto de normas e regras vigentes em certa época emanadas de uma


autoridade competente.

5 – Direito Público e Privado.

O conjunto de normas jurídicas de disciplinam o interesse da coletividade. Ex.:


Direito processual, constitucional, administrativo e outros.

O Direito Privado por sua vez é o conjunto de normas ou regramentos que


tutelam os interesses particulares. Ex.: Direito do trabalho, civil, cdc.

Obs.: O professor Rizzato Nunes classifica o direito do trabalho como público. Justifica-se
porque o estado coloca normas de interesse público. Em contrapartida, v. g., ao colocar no
CDC norma que impões a defesa do consumidor (norma pública), acabaria considerando o
CDC como norma de direito público, o que não ocorre.

Critério, então, de classificação: verificar se o interesse é coletivo ou


particular.

II – FONTES DO DIREITO.

1 – Formais: observam um critério legislativo

a) diretos: a legislação e os costumes;


b) indiretos: analogia, princípios gerais do direito, equidade, doutrina e
jurisprudência.

2 – Materiais: arraigados na própria sociedade, conceitos morais éticos, sociais e históricos.

Normas Jurídicas/Legislação: é o preceito normativo escrito, geral, abstrato,


permanente, obrigatório, emanado de uma autoridade competente e dotado de sanção.

Características concernentes:

Escrito Positivismo
Geral Aplicado para o maior número de pessoas possível
Abstrato Reger o maior número de hipóteses/situações possíveis
Permanente Prazo indeterminado
Obrigatório Visa-se a eficácia jurídica
Emanado de autoridade
Dotado de Sanção Visa-se a eficácia jurídica

III – CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS.

1 – Imperatividade.

a) normas impositivas: impostas, tem cunho obrigatório, absoluta. Ex.:


norma cogente de caráter público, norma de habilitação de casamento.

b) normas dispositivas: não são obrigatórias, são relativas, são aplicadas se


as partes não manifestam em sentido contrário. Ex.: regime patrimonial
do casamento.

2 - Quanto a sanção institucionalizada.

a) Perfeitas: impõe a nulidade do ato, caso não observe os regramentos;


b) Mais que perfeitas: nulidade mais sanção. Ex.: casamento de pessoa
casada;
c) Quase perfeitas: apenas sanção. Ex.: 1641, I, do CC.
d) Imperfeitas: nada.

3 – Com relação a eficácia Territorial

a) Federais.
b) Estaduais.
c) Municipais.

4 – Duração das Normas

a) Permanentes.
b) Temporárias.
5 – Alcance

a) Gerais: CC, CPC


b) Especiais: CLT, CDC, lei de inquilinato e outras;
c) Singulares: criadas para viger um ato. Ex.: decreto de nomeação de
funcionário público.

6 – Hierarquia das Normas

a) Constituição Federal
b) Normas Infraconstitucionais:
- Lei Complementar;
- Lei Ordinária;
- Medida Provisória;
- Lei Delegada.
Não há hierarquia, o que difere são os critérios de competência
legislativa, matéria e quorum
c) Decreto Regulamentar:
d) Internos: - estatutos
- resoluções

IV – UTILIZAÇÃO DAS FONTES INDIRETAS DO DIREITO.

1 – Analogia.

Seria a aplicação da norma jurídica semelhante ao caso que não possui


regulação.

2 – Costume.

2.1. Requisitos de cunho:


a) objetivo: pratica reiterado pela coletividade;
b) subjetivo: consciência de obrigatoriedade.

2.2. Espécies:
a) preater legem: suprir a omissão legislativa. Ex.: a lei não fala de que forma
deve tratar o bem arrendado, não existe disposição, usa-se o costume da região;
b) secundum legem: a lei reafirma a pratica costumeira;
c) contra legem: costume não permitido.

3 – Princípios Gerais do Direito

São vetores éticos, morais, comportamentais de uma sociedade. Ex.: boa-fé,


enriquecimento sem causa.

4 – Equidade
Deve-se observar a variação de utilização da equidade, a que se refere na
presente classificação é a determinada no art. 4º da LICC. Assim, tem-se que:

a) decisão com equidade: justa aplicação da lei a caso concreto;


b) decisão por equidade: é a que se baseia no ideal de justiça do julgador.
Ex.: art. 20 do CPC.
c) equidade como meio de integração de normas (art. 4º da LICC):
Qual o valor do fato social?
Teoria Tridimensional de Miguel Reale
Hipótese de ato legislativo do poder judiciário.
Limitação no art. 127 do CC.

Fato Social > Valor


Norma

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