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Introdução
O ser humano tem uma capacidade cognitiva única no mundo. É ela que
nos distingue dos outros animais, que nos faz perceber essa distinção, que nos
dota da capacidade de comunicação, que nos dá subsídios para (tentar)
entender o mundo. Mas como adquirimos essa inteligência? Como
desenvolvemos essa inteligência, que desde bebês nos faz distintos dos outros
animais?
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O seu estudo da gênese psicológica do pensamento humano, que procura
distinguir as raízes das diversas variedades de conhecimento a partir de suas
formas mais elementares, e acompanhar seu desenvolvimento nos níveis
subsequentes até, inclusive, o pensamento científico, foi o que chamou de
epistemologia genética.
O Período Sensório-Motor
Segundo Piaget (1977, apud COLE & COLE, 2003) “poder-se-ia dizer que
a lei básica da atividade psicológica desde o nascimento é a busca pela
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manutenção ou repetição de estados de consciência interessantes“ o que
consistiria, então, numa primeira evidência de desenvolvimento cognitivo.
Nessa fase os bebês dirigem sua atenção ao mundo externo, tanto aos
objetos quanto para os resultados de suas ações. As reações circulares
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secundárias também são aplicadas às vocalizações, em que o bebê emite sons
que são selecionados pelos pais, ao reforçarem a emissão dessas vocalizações.
Cole & Cole (2003) citam que essa mudança de reações circulares
primárias para secundárias indicou a Piaget que os bebês estão começando a
entender que os objetos são mais do que extensões de suas próprias ações.
Mas não possuem ainda noção definida do espaço à sua volta, descobrindo o
mundo muitas vezes em ações acidentais.
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6º subestágio: último estágio, o das representações, que vai de 18 a 24
meses. Há o domínio da permanência do objeto, ou seja, há representação dos
objetos ausentes e de seus deslocamentos. A representação, ou seja, a
capacidade de representar mentalmente objetos e ações na memória,
principalmente através de símbolos (incluindo os numerais), significa dizer que
os bebês conseguem representar o mundo para si mesmos, envolvendo-se,
portanto, em ações mentais reais. (COLE & COLE, 2003; PAPALIA et al, 2006)
Referências:
BELLO, José Luiz de Paiva Bello. A teoria básica de Jean Piaget. Vitória, 1995. Disponível em
< http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09.htm >
COLE Michael. COLE, Sheila R. O desenvolvimento da criança e do adolescente. 4.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
PAPALIA, Diane E. OLDS, Sally W. FELDMAN, Ruth. Desenvolvimento Humano. MC Graw, 2008.