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FENÔMENOS DE TRANSPORTE

DEQ 4002 – Fenômenos de Transporte


Carga Horária: 45 h - Créditos: 03
A DISCIPLINA
04/04/2019
Ementa
• Propriedades de Transporte. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• Transporte de quantidade de • Bird, R. B.; Stewart, W, E.;
movimento, energia e massa. Lightfoot, E. N. “Fenômenos
• Balanços integrais e de Transporte”, LTC Editora,
diferenciais de quantidade de 2004.
movimento, energia e massa. • Welty, J. R.; Wilson, R. E.;
• Transferência simultânea de Wicks, C. E. “Fundamentals
calor e massa. of Momentum, Heat and
• Analogias de transferência.
Mass Transfer”, 5th Edition
Coeficientes globais. (2007), ou anteriores. John
Wiley & Sons Inc.
Calendário da Disciplina
INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
• O que são os fenômenos de Transporte?

FORÇA MOTRIZ
FENÔMENO DE TRANSPORTE =
RESISTÊNCIA AO FENÔMENO

• Fornece a base para a descrição matemática


de fenômenos “naturais”.
INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
• O processo de transporte é caracterizado pela
tendência ao equilíbrio. Os fatos comuns a todos
os processos de transporte são:

Força motriz O movimento no sentido do equilíbrio é causado por


uma diferença de potencial.

Transporte Alguma quantidade física é transferida


Meio A massa e a geometria do material onde as variações
ocorrem afetam a velocidade e a direção do processo
Níveis nos quais os FT podem ser estudados:

(A) Macroscópico (B) Macroscópico (C) Molecular


“balanços macroscópicos”. “balanços macroscópicos”. Objetiva uma compreensão
fundamental dos mecanismos de
Nenhuma tentativa é feita Nenhuma tentativa é feita
transporte em termos da estrutura
para entender todos os para entender todos os molecular e das forças intermoleculares.
detalhes do sistema. detalhes do sistema.
INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
• Em geral ocorrem simultaneamente;
• As equações básicas que descrevem os 3
fenômenos estão intimamente relacionadas;
• As ferramentas matemáticas utilizadas são
similares;
• Os mecanismos moleculares estão bastante
relacionados.

OBJETIVO: FORNECER VISÃO BALANCEADA DA ÁREA


DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE, APRESENTAR
EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS E USÁ-LAS NA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
AULA 01: VISCOSIDADE E OS
MECANISMOS DE
TRANSPORTE DE MOMENTO
Bird et al., 2004 – CAP 01
Welty et al., 2007 – CAP 07
1. Lei de Newton da Viscosidade
• Sugerida por Newton a partir do empiricismo
=
• Analogia com mecânica dos sólidos

&"'( = ) !ó + ",&-.- " %


(
τ
μ =
!"çã % Taxa deformação
1. Lei de Newton da Viscosidade
• Taxa de Deformação : : |AE∆A 9 : |A
9 = 9 lim
& ∆>,∆@,∆A→C ∆&
1. Lei de Newton da Viscosidade
• Taxa de Deformação

F H|@E∆@ 9 H|@ ∆& F


: 2 9 " .&"' ∆I
9
2
9 = 9 lim
& ∆>,∆@,∆A→C ∆&

: H
9 =
& I
1. Lei de Newton da Viscosidade
Tensão : H
viscosidade = 9 =
Taxa deformação & I

JK
(7.4)
J@

Sistema de Unidades Unidades


Internacional N.s/m2; kg/m.s
Inglês lbf.s/ft2 (slug/ft.s)
C.G.S. Poise = dyna.s/cm2 (g/cm.s)
1. Lei de Newton da Viscosidade

Perfis de velocidade e de tensão de cisalhamento para


esocamento entre duas placas paralelas
1. Lei de Newton da Viscosidade

JKP
@> J@
1. Mostre que o momento por unidade de área tem as
mesmas dimensões que a força por unidade de área.

2. Um fluido A tem o dobro da viscosidade de um fluido B.


qual fluido você esperaria escoar mais rapidamente
através de um tubo horizontal de comprimento L e raio
R para uma mesma diferença de pressão?

3. Calcule o fluxo permanente de momento em lbf/ft2,


quando a velocidade V da placa inferior da figura a
seguir é 1 ft/s na direção positiva de x, a separação das
placas, Y é 0,0001 ft e a viscosidade do fluido é 0,7 cP.
1.1. – Dependência da Viscosidade com T e P
• Em geral a viscosidade dinâmica não depende da
pressão, mas a viscosidade cinemática depende.

• Nos líquidos: tanto µ quanto ν são


praticamente independentes da pressão e
qualquer variação da P pode ser
desprezado, a menos sob pressões
extremamente elevadas.
• Nos gases isto é o caso para µ, porém,
não é o caso da viscosidade cinemática,
pois, a densidade de um gás é
proporcional a sua pressão.
1.1 – Dependência da Viscosidade com T e P

• A viscosidade é causada pelas forças coesivas entre as


moléculas nos líquidos e pelas colisões moleculares nos
gases, e varia extremamente com a temperatura

= "10S/ UVW%

"X Y/Z
=
1 [ \/X
1.1 – Dependência da Viscosidade com T e P
1.2 – Fluidos Não-Newtonianos
1.2 – Fluidos Não-Newtonianos
Independentes do
τ0 Tempo
τyx: Tensão de cisalhamento

n<1
τyx = µ (du /dy)

n=1 Equação mais geral

τ = τo + k .
n<1
γ n

n>1

γ: Taxa de deformação
1.2 – Fluidos Não-Newtonianos
Dependentes do
Tempo
Possuem uma estrutura que muda em função do tempo. Este
comportamento é descrito pelo modelo de Tiu-Borger:
τ = τo - (τo - τe ) exp ( - kt )

τ t1
t2
Tixotrópico
(Afinante)
t2

t1 Reopéctico
(espessante)
t2>t1
γ
2 – Tensão de Cisalhamento num Escoamento
Multidimensional de Fluido Newtoniano em
Regime Laminar
• Stokes estendeu o conceito de viscosidade para um
escoamento tridimensional;
τ
μ =
Taxa deformação

Direção de ação da
Magnitude
força

Direção do eixo normal ao


plano de atuação da força
2 – Tensão de Cisalhamento num Escoamento
Multidimensional de Fluido Newtoniano em
Regime Laminar
Taxa de cisalhamento

F H> |@E∆@ 9 H> |@ ∆& H@ ] 9 H@ ] ∆& F


>E∆> >
9 " .&"' 9 " .&"' 9
:>@ 2 ∆I ∆^ 2
9 = 9 lim
& ∆>,∆@,∆A→C ∆&
Taxa de tensão de cisalhamento

:>@ _H> _H@


9 = [
& _I _^
:>` _H> _H`
9 = [
& _a _^
:@` _H@ _H`
9 = [
& _a _I
τ
Relação da Viscosidade de Stokes μ =
Taxa deformação

(A) Tensão de Cisalhamento: o uso da relação com taxa


de deformação nos leva a escrever a tensão cisalhante em
coordenadas retangulares da seguinte forma:
_H> _H@
>@ = @> = [
_I _^
(7.13a)
_H@ _H`
@` = `@ = [
_a _I
(7.13b)
_H` _H>
`> = >` = [
_^ _a (7.13c)
τ
Relação da Viscosidade de Stokes μ =
Taxa deformação

(B) Tensão de Normal: o seu desenvolvimento é baseado


na Lei de Hooke (Apêndice D) para um meio elástico e seu
resultado é expresso como:
_H> 2
b>> = 2 9 d. f 9 g (7.14a)
_^ 3

_H@ 2
b@@ = 2 9 d. f 9 g (7.14b)
_I 3

_H` 2
b`` = 2 9 d. f 9 g (7.14c)
_a 3
Tensor tensão molecular:

Fhi = g:hi [ hi
• i e j podem ser x, y ou z
• :hi vale 1 se i = j e zero se i ≠ j

Tabela 1.2-1 Sumário dos componentes do Tensor Tensão Molecular.

Direção Vetor força por unidade de Componentes das forças (por unidade de área)
normal à área área agindo sobre a área agindo sobre a área sombreada (componentes de
sombreada (fluxo de fluxo de momento através da área sombreada)
sombreada
momento através da área
sombreada) Componente x Componente y Componente z

x jk = pmk [ nk πkk = p [ τkk πko = τko πkp = τkp


y jo = pmo [ no πok = τok πoo = p [ τoo πop = τop
z jp = pmp [ np πpk = τpk πpo = τpo πpp = p [ τpp

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