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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4
2 HISTÓRIA .................................................................................................................. 4
3 O TIJOLO DE SOLO CIMENTO ............................................................................ 5
4 FABRICAÇÃO ........................................................................................................... 6
5 ANÁLISE DE SUAS VIABILIDADES .................................................................... 8
5.1 Viabilidade técnica ..................................................................................................... 8
5.2 Viabilidade econômica ............................................................................................... 8
5.3 Viabilidade sustentável .............................................................................................. 9
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 9
7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10
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1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRIA
Porém, foi a partir dos anos 60 que o solo-cimento passou a ser estudado com maior
abrangência no país – através do incentivo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo (IPT) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) -, sendo assim,
somente na década de 70, com o auxílio técnico do engenheiro Francisco Casanova, que os
tijolos passaram a ter maior aceitação e utilização nas construções brasileiras.
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Figura 1: casas do Vale Florido em Petrópolis/ RJ. Figura 2: Hospital Adriano Jorge em Manaus/ AM.
Nesse sentido, umas das tecnologias a serem adotadas no mercado atual é o uso do solo para
a confecção de tijolos, em que o processo é basicamente feito pela mistura de solo, cimento
e água, sendo posteriormente compactado e curado à sombra. Portanto, o tijolo em questão
torna-se uma considerável opção devido à sua matéria prima que segundo PISANI (2005,
p.53), “é abundante em todo o planeta, não gasta energia para ser queimado e possui
características isolantes”, dessa forma, promove-se uma maior economia energética tanto
na fabricação quanto no condicionamento de ambientes confortáveis.
Além disso, determinado material garante outras vantagens, sendo elas, uma maior
facilidade no assentamento, uma vez que os tijolos possuem encaixes perfeitos (figura 3) e
podem ser aplicados com cola PVA ou argamassa comum, tornando o processo mais rápido
e prático e gerando obras mais organizadas e livres de entulhos e desperdícios. Na parte
estrutural do projeto, é descartado o uso de madeiras para a composição das caixarias, em
razão de que os dutos que se formam no assentamento são preenchidos com concreto,
formando as colunas estruturais por toda a obra (figura 4). Os dutos que se formam durante
o assentamento e não são concretados formam os condutores para a rede elétrica e hidráulica
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(figura 5), evitando assim, a quebra de paredes como nas obras convencionais. Estes
mesmos dutos permitem que o ar fique em constante movimento na parte interna das
paredes promovendo conforto térmico e acústico para as edificações (figura 6).
À vista disso, a utilização de tijolos solo-cimento resulta em uma obra mais barata, podendo
chegar a 40% de economia, segundo Teixeira (2012). Dessa forma, o emprego deste
determinado material torna-se uma boa alternativa para a construção das mais variadas
tipologias de residências, mas, principalmente, para a construção de casas populares.
Fonte: https://www.tijolosolocimento.com.br/2013/07/
Fonte: https://ecomaquinas.com.br/index.php/bra/tijolo-ecologico-quais-as-vantagens
4 FABRICAÇÃO
Em visita a fábrica Ecoforte Tijolos Ecológicos no bairro Matosinhos em São João del Rei,
tornou-se possível um melhor entendimento sobre o processo de fabricação de tijolos de
solo-cimento.
Os tijolos podem ser produzidos por meio de prensas manuais ou motorizadas, como é o
caso da fábrica visitada, tais prensas possuem capacidade de execução de 800 a 1500 tijolos
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por dia. Os maquinários utilizados apresentam pequeno porte, portanto, a área mínima para
sua instalação é de quatro a sete metros quadrados.
O primeiro passo no processo de fabricação do tijolo deve ser uma análise minuciosa do
solo, que deverá atender a alguns requisitos como, possuir uma boa resistência mecânica e
impermeabilidade, para garantir a excelência do produto final. Portanto, o solo deve
apresentar mais de 60% de areia e não conter pedregulhos, sujeiras e materiais orgânicos
em excesso. Para atender a tais exigências o solo deve passar por uma peneira de quatro
milímetros (figura 7).
Logo após o processo de peneiragem, o material passa para a fase de amassamento, no qual
o solo peneirado é misturado na betoneira com o cimento e a água potável (figura 8),
podendo incluir também nessa etapa corantes, para um melhor resultado estético.
Posteriormente, a massa é destinada à fase de moldagem passando pelo maquinário de
prensa (figura 9), onde o tijolo solo-cimento ganha a sua forma, sendo as formas mais
comuns:
Por fim os tijolos são levados à fase de cura, onde são empilhados (figura 10). A área de
estocagem deve estar totalmente nivelada e não sofrer ação do vento e sol. Durante os sete
primeiros dias de cura é necessário irrigar água sobre os tijolos, mantendo-os umedecidos.
Após esse período o tijolo já apresenta resistência entre 60 a 65%, porém, somente após 28
dias que a cura estará completa, permitindo assim, o transporte e utilização do mesmo.
Figura 7:Peneira de terra e areia. Figura 8:Misturador de solo, cimento e água potável.
Conforme todos os materiais empregados na construção civil, espera-se que o tijolo solo-
cimento garanta segurança e funcionalidade na obra. Com isso, é necessário que tal produto
atenda estritamente à norma da ABNT NBR-8492 (ABNT, 1982), que determina a
resistência à compressão e à absorção de água.
Deste modo, por meio da análise de determinada lei, pode-se concluir que o tijolo solo-
cimento se apresenta mais resistente do que o tijolo de alvenaria convencional, o qual possui
resistência de 20kgf/cm². Além disso, seu resultado de absorção de água é de 15,32% menor
que a de um tijolo tradicional, que é de 45,388% (MOTTA et al., 2014).
Tendo em vista que a construção civil é uma das maiores consumidoras de matérias-primas
– utilizando entre 20 e 50% do total consumido pela sociedade -, e que a mesma tem gerado
uma grande parcela de resíduos sólidos em seus processos produtivos, pesquisadores,
arquitetos e engenheiros buscam constantemente soluções construtivas que visam a
sustentabilidade.
Com isso, o tijolo solo-cimento ganha um destaque significativo na área, uma vez que o
produto não emprega a queima de biomassa em seu processo de cura, sendo assim, são
poupadas grandes quantidades de madeiras, o que sugere que, de forma indireta, a
fabricação do tijolo está relacionada com a preservação dos solos e recursos naturais.
6 CONCLUSÃO
Com isso, um maior incentivo a novas pesquisas na área técnica de produção dos mesmos
torna-se imprescindível, sendo que, um aumento na demanda por tijolos resultaria também
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7 REFERÊNCIAS
JOHN, V. M.; A Construção, o Meio Ambiente e a Reciclagem. 2004. Disponível em: <
http://www.reciclagem.pcc.usp.br/a_construcao_e.htm >.
MOTTA, Jessica Campos Soares Silva. Tijolo de solo-cimento: análise das características
físicas e viabilidade econômica de técnicas construtivas sustentáveis. Belo Horizonte,
2014.
SILVA, Fabio Henrique Rodrigues Ferreira E. Uso do tijolo ecológico para trazer economia
para construção civil. Brasília, 2015.