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Miguel A. Altieri
Contribuições de: Susanna Hecht, Matt Liebman,
Fred Magdoff, Richard Norgaard, e Thomas O. Sikor
Editorial Nordan–Comunidad. Montevideo. 1999.
O que é Agroecologia?
A agronomia e a ecologia de cultivos estão convergindo cada vez mais, mas a rede
entre a agronomia e as outras ciências (incluindo as ciências sociais) necessárias para o
trabalho agroecológico, estão recém emergido.
O manejo ecológico de pragas se centra, no princípio, em enfoques que
contrastam a estrutura e o funcionamento dos sistemas agrícolas com aquelas de
sistemas naturais relativamente não perturbados, ou sistemas agrícolas mais complexos.
Como enfoque metodológico, observam-se alguns elementos de relevância, tais
como:
1. Descrição analítica: diversidade de plantas, acumulação de biomassa, retenção
de nutrientes e rendimento a partir de cultivos mistos (policultura);
2. A análise comparativa: metodologias científicas de tipo estândar para iluminar a
dinâmica de sistemas locais;
3. Comparação experimental: por exemplo, avaliação de rendimento de um cultivo
misto de milho, feijão e abóbora pode ser comparado;
4. Sistemas agrícolas normativos: estão sendo desenvolvidos sistemas de cultivos
que emulam as sequências sucessionais por meio do uso de cultivos que são botânica e
morfologicamente semelhantes a plantas que naturalmente ocorrem em várias etapas
sucessionais (Hart 1979, Ewel 1986).
Ambientalismo
Ecologia
Estudos de desenvolvimento
Diversos estudos apontam que as inovações tecnológicas das ONGs tem sido
restringidas pela carência de técnicos especialistas.
As ONGs agroecológicas têm desenvolvido um método para a geração e
divulgação da tecnologia, que gera novos conhecimentos e ajuda a adaptar a informação
técnica as estratégias de subsistência camponesa. Os objetivos das ONGs nos
programas de investigação e desenvolvimento, incluem:
1. O melhoramento da produção de alimentos básicos;
2. O uso eficiente de recursos locais e a redução de insumos externos;
3. O resgate e a reavaliação de sistemas agrícolas indígenas;
4. O incremento da diversidade de cultivos e animais;
5. O melhoramento da base dos recursos naturais (Altieri e Yurjevic 1991).
Nesse sentido, as ONGs seguem geralmente um planejamento integral que
combina o desenvolvimento e a divulgação tecnológica. Em seu trabalho de base, elas
tem experimentado novas metodologias de investigação e desenvolvimento agrícola
participativo, combinando investigações lógicas.
Com o auxílio das ONGs, a agroecologia também tem chegado as universidades
latino-americanas e aos programas de investigação dos centros de investigação
internacionais (Bebbington e Thiele 1993).
Conclusões