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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

ÓRGÃO DE EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICA - ODEERE


CURSO DE EXTENSÃO EM METODOLOGIA DA PESQUISA

RECONSIDERANDO ETNIA
FICHAMENTO

ROSEMARY SANTOS SOUZA

JEQUIÉ/BA
2018
ROSEMARY SANTOS SOUZA

RECONSIDERANDO ETNIA
FICHAMENTO

Trabalho realizado no curso de Extensão


em Metodologia da Pesquisa, na disciplina
do mês de Outubro, ministrada pela
professora Drª Marise de Santana e pelo
professor Dr Natalino Perovano, com fim
avaliativo.

Jequié/BA
2018
"​O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um
sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu
afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.​ "

Antropologia Estrutural​, 1967.

"​Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser
humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente​".

Aos 97 anos, em 2005, quando recebeu


o 17º Prêmio Internacional ​Catalunha​, na ​Espanha​.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Reconsiderando etnia. Sociedade e Cultura, vol. 6,
núm. 2, julho-dezembro, 2003, pp. 133-147. Universidade Federal de Goiás/Goiania,
Brasil. IN: Roberto Cardoso de Oliveira. ​Identidade, etnia e estrutura social. ​1976.
cap IV.

Nesse texto, o autor discute repensar o conceito de etnia a partir de um


embasamento teórico, pois na Antropologia não lhe era concedido um caráter
científico por conta de seu objeto de estudo não possuir um caráter de concretude.
O autor toma por base os ensinos de Marcel-Israël Mauss, com a obra incompleta ​La
Priére, que faz “crítica aos fatos”; e Claude Lévi-Strauss, criador do estruturalismo,
através dos fatos totêmicos, conduz seus trabalhos sob “crítica às explicações dos
fatos”.

“Pode-se dizer que a etnia ou os fenômenos chamados étnicos, por menos que tenham sido
definidos no campo teórico, da Antropologia, sempre estiveram presentes no campo de
pesquisa dos etnólogos como um hóspede não convidado, impondo-se à observação como
alguma coisa real, resistente, por mais imprecisos que sejam os seus contornos como objeto
cognoscível.” p.133

Sempre presente nas pesquisas dos etnólogos, os fenômenos étnicos ainda


não possuem característica para tornar-se relevante enquanto fato científico. Ainda
assim, tais fenômenos se impõem à observação, ou seja, apesar de apresentarem a
característica de algo inexato ou impreciso, também possuem a peculiaridade da
cognição.

“E se não quisermos permanecer numa posição “confortável” de abrir os olhos para os fatos
sem interrogá-los, deveremos “repensar” a noção de etnia visando constituí-la teoricamente,
antes de aplicá-la à elucidação de objetos concretos empiricamente observáveis.” p.133

A pesquisa científica tem um caráter de concretude em seus objetos de


estudos, podendo ser questionáveis apenas no tocante aos resultados encontrados.
Essa marca torna os fenômenos étnicos passíveis de questionamentos desde sua
intenção de observação empírica dos fatos. Assim faz-se necessário pensar a etnia
em uma perspectiva teórica.
Para elaborar um conceito para etnia, Oliveira usa orientações de dois
antropólogos, Marcel-Israël Mauss1, sociólogo e antropólogo (etnólogo) francês; e
Claude Lévi-Strauss2, antropólogo e filósofo belga, que se divergem na forma de
tratamento dos fatos observáveis.

Mauss, “com seu trabalho inacabado, “La Prière”, mostra qual o percurso que a inteligência
deve fazer para desvendar a realidade da prece, a despeito das dificuldades inerentes aos
fatos susceptíveis de observação. Segundo o nosso autor, ‘os fatos que servem de matéria
a uma teoria da prece não são dados imediatamente como um organismo é dado ao zoólogo
que o descreve. Eles estão registrados em documentos históricos ou etnográficos através
dos quais é preciso saber reconhecê-los de maneira a determinar sua natureza verdadeira’.
Um procedimento especial é, portanto, necessário para destacá-los, e, em certa medida,
construí-los’ (Mauss, 1968:388). E o procedimento a que alude Mauss, a que chama de
crítica, não é senão o da construção metódica do objeto de investigação por meio de
definições, ainda que provisórias, uma vez que elas constituem ponto de partida da pesquisa
científica.” p.133

​ os mostra que o
Marcel Mauss, através de sua obra inacabada, ​La Prière, n
fato, para a construção de uma teoria da prece, não se apresenta de forma palpável,
não existe um objeto concreto a ser observado. Faz-se necessário, então uma
observação mais meticulosa, através de registros etnográficos que possibilitem o
reconhecimento e identificação desse fato. Assim sendo, o objeto de estudo é
construído de forma metódica, através de definições, sendo estas determinantes
para o início da pesquisa científica e que Mauss chama de “crítica”.

“‘uma vez definidos os fatos, é preciso entrar em contato com eles, isto é, observá-los’”
(MAUSS, 1968:388). p.13​4

1
​Lévi-Strauss afirma que Mauss compreendia a nova orientação antropológica: a aproximação entre
a etnologia e a psicanálise.​[3]​ (WIKIPÉDIA)
2
É considerado o fundador da ​antropologia estruturalista​, em meados da década de 1950, e um dos
grandes intelectuais do século XX; porém suas ideias são muito diferentes do pensamento da época
em que viveu, rompem com a ideia de que indíos são somente indíos, não concordava com a divisão
em civilizados e selvagens ou a divisão em superiores e inferiores, além de possuir um maior pensar
ambientalista radical, por mais que sua teoria seja interpretada com base aos olhares de intelectuais
com o pensamento marxista pós-​Guerra Fria do século XXI, ideias assim só apareceram a partir do
final da década de 1960 com o aparecimento da contracultura marxista cultural e ambientalista
radical, embora as obras de Lévi-Strauss vejam os índios do Cerrado de forma "eurocêntrica" ou
"colonialista" em certo ponto.​[1]​[2]​[3]​ (WIKIPÉDIA)
A percepção crítica do fato (da prece), está além de objetos concretos que
explicam seu significado, quer sejam amuletos, escapulários, terços. Estes objetos
antecedem uma definição prévia do fato, como rito oral, abrigando todo um corpo de
manifestações empíricas que se mostram infundadas quanto o sentimento dos
indivíduos.

“Lévi-Strauss [...], encaminha-nos à crítica das explicações dos fatos, a saber, das teorias
construídas sobre fatos percebidos ou observados através de uma ótica estrábica. É sua
crítica modelar do totemismo, das interpretações que, ao longo da história da nossa
disciplina, foram elaboradas sobre os fatos ditos totêmicos” p. 134

Enquanto Marcel Mauss nos conduz à “crítica dos fatos”, Lévi-Strauss nos
ensina à “crítica das explicações dos fatos”, ou seja, das teorias construídas sobre
os fatos percebidos ou observados de forma incorreta. Enquanto antropólogo,
Lévi-Strauss permitiu-se ir acima das observações, da percepção empírica para
fazer uma leitura crítica dos fatos ainda ocultos e mistificados por teorias construídas
sobre suas aparências.

“O que não quer dizer, evidentemente, que tenhamos por meta um trabalho estruturalista ou
um renascimento de uma sociologia maussiana. A constituição teórica da etnia como objeto
legitimo de investigação sociológica (leia-se também antropológica) requer apoio em
posturas teóricas menos ortodoxas (se tomarmos o Lévi-Strauss de O Totemismo), ou que
melhor reflitam o desenvolvimento de nossa disciplina (o que, naturalmente, não é o caso da
“La Prière”).” p.134

Oliveira deixa claro sua posição ante as perspectivas dos dois estudiosos
escolhidos para reflexão do tema, não pretende seguir nem um nem outro
pensamento, entretanto, para legitimar o objeto de estudo sociológico e
antropológico de etnia como teoria, requer apoio em conceitos teóricos menos
conservadores e que tragam melhores reflexões acerca do assunto.
O autor ressalta o início da discussão a partir da consideração por diferentes
estudiosos acerca dos entraves encontrados nas investigações sobre temas étnicos,
contribuintes do crescimento das pesquisas étnicas, com estas tendo seu objeto de
estudo passível de existência objetiva, capaz de legitimar a investigação sociológica
e antropológica, deixando a parte seu caráter abstrato ou ilusório, permitindo ao
pesquisador realizar um trabalho mais específico sobre os fatos.

A ILUSÃO ÉTNICA

O autor inicia a discussão dos problemas nas investigações sobre etnia,


partindo do princípio da identificação do objeto de estudo: quem ou o que é esse
objeto? Ele existe em si mesmo ou carece de adjetivação para torná-lo real,
concreto?

“[...] para mencionarmos alguns dos mais autorizados verbetes registrados em enciclopédias
e em dicionários de Ciências Sociais. Rigorosamente, em nenhum dos contextos a noção de
etnia está desvinculada da idéia de grupo. Ela não tem substância, adquirindo-a apenas
quando associada a um grupo; nas definições referidas não chega a ser sequer uma
“propriedade”, uma “categoria” ou uma “qualidade”, capaz de ser atualizada em tal ou qual
grupo social.” p.135

A definição de etnia por Emílio Willens tem um caráter biológico e


homogêneo. O que se percebe em dicionários e Enciclopédias de Ciências Sociais é
a existência do uso do termo etnia sempre atrelada a ideia de grupo, e, desta forma,
lhe é atribuída um caráter de existência concreta, podendo ser utilizada como
categoria ou propriedade ou mesmo qualidade com a característica de ser atualizada
neste ou naquele grupo social.

I. A resistência da noção de etnia

Oliveira, mostra aqui, a existência de uma resistência quanto à conceituação


do termo etnia, geralmente posta em oposição à raça, esta por sua vez tem uma
base biológica; etnia, uma base estritamente social, o que a faz estar atrelada a
grupo, assim como Cultura está vinculada à Sociedade.
“Compulsando as definições de etnia, “ethnos” e “ethnic”, verificamos que estes termos
estão sempre associados, mas numa relação de oposição, à raça. Enquanto esta noção
estaria definitivamente vinculada a uma base biológica, a noção de etnia estaria por sua vez
vinculada a uma base estritamente social (daí estar sempre associada a grupo), tal como a
noção de Cultura teria por base a Sociedade. Creio que não cabe mais exorcizar a noção de
raça como não devemos lutar ainda para eliminar quaisquer biologismos porventura
agarrados à noção de etnia: o caminho já foi limpo por grande número de antropólogos,
desde antropólogos físicos, como Juan Comas, até antropólogos sociais, como Lévi-Strauss,
entre dezenas que poderíamos mencionar aqui.” p.135

Oliveira também reforça que não existe vínculo entre biologia e etnia,
comprovado por antropólogos sociais e antropólogos físicos. Tal fato contribui para
que o conceito de etnia receba maior atenção dos antropólogos que constróem suas
investigações em torno do conceito de cultura, promovendo uma homologia entre os
termos, distinguindo-os em suas especificidades.

“Se consultarmos a conhecida revisão crítica feita por Kroeber e Kluchohn (1952) do
conceito de Cultura, verificamos que dentre 161 definições encontradas pelos autores em
cerca de mais de uma centena de antropólogos, em nenhuma delas – salvo engano – há
qualquer referência à etnia. E isso é de certo modo surpreendente, considerando-se a
associação natural que o antropólogo moderno faz entre etnia e cultura, seja superpondo-as,
seja apenas relacionando-as entre si como equivalentes.” p.135

Ao analisar o conceito de cultura, não se vê o uso de etnia como elemento


constitutivo de sua definição ou mesmo como objeto de investigação por
antropólogos. Nas 161 definições de cultura elaboradas por Kroeber e Kluchohn
(1952), não são encontrados o termo etnia relacionado ou equivalente a cultura.
Ponto contraditório, considerando por Oliveira por considerar que antropólogos
modernos até o presente fazem uma relação natural entre os termos.
“Quero mencionar dois autores que recentemente escreveram sobre o conceito de cultura:
Paul Bohannan (1973) e Gerald Weiss (1973). O primeiro procura “repensar” cultura
enfatizando seu caráter codificador e tomando como paradigma (analogia no dizer do autor)
a genética.8 Já o segundo autor, preocupado em propor o que chama “um conceito científico
de cultura”, realiza a elaboração de um vocabulário básico destinado a uma ‘realística
manipulação de fatos culturais’, [...].” p. 136

Autores como Paul Bohannan (1973) e Gerald Weiss (1973), escreveram


sobre o conceito de cultura e, erroneamente, não destacaram o termo etnia em
nenhuma das definições apresentadas nem mesmo nas explicações do conceito
dado à cultura.
Paul Bohannan repensa cultura concedendo-lhe um caráter codificador e
toma a genética como paradigma para embasar a elaboração do conceito. Gerald
Weiss, ao conceituar 36 vocábulos, propõe “um conceito científico de cultura”, no
qual pode-se elaborar a manipulação de fatos culturais de forma mais realística.
Diante disso, Oliveira questiona se não seria uma ilusão tentar elucidar e
conceituar o termo etnia diante de tantas “desconsiderações” encontradas em
pesquisas e estudos realizadas por antropólogos.

“O começo da resposta, acredito eu, encontra-se na constatação de que a noção de etnia


começa a se impor a partir dos estudos mais sistemáticos relativos à incorporação de
grupos minoritários em sociedades mais amplas que lhes são envolventes.” p.136

Oliveira busca respostas e com o surgimento do termo etnicidade em inglês,


ethnicity​, evidencia-se que o termo etnia tem sido utilizado em estudos mais
sistemáticos relacionados à inclusão de grupos minoritários em sociedades
complexas, nas quais, a mudança cultural e a aculturação bem como o contexto ou a
estrutura social em que esses grupos são inseridos e obrigados ao contato
sistemático, estão perdendo a relevância na investigação científica.

Abner Cohen apud Oliveira (2003), afirma que o termo etnicidade seria de
pouca utilidade se fosse:
“estendido para diferenças culturais entre sociedades isoladas, regiões autônomas, ou stoks
independentes de populações tais como nações em suas próprias fronteiras nacionais.” p.
136
“Diferenças entre Chineses e Hindus, consideradas dentro de seus respectivos países,
seriam diferenças nacionais, mas não étnicas. Mas quando grupos de imigrantes chineses e
Hindus interatuam numa terra estrangeira enquanto chineses e Hindus, eles podem ser
referidos como grupos étnicos. Etnicidade é essencialmente a forma de interação entre
grupos culturais operando dentro de contextos sociais comuns” (Cohen, 1974:XI).” p.136

Abner Cohen chama atenção para o fato do termo etnicidade ser usado de
forma inespecífica entre grupos grupos sociais isolados, habitando em suas próprias
fronteiras. Neste caso, não existe etnicidade a título de investigação de aspectos
culturais.
Abner Cohen também afirma que não existem diferenças étnicas quando se
investiga aspectos étnicos entre grupos sociais habitantes em seus próprios países,
no caso de Chineses e Hindus; neste caso, existem diferenças nacionais e não se
constituem grupos étnicos.
Mas se Chineses e Hindus se relacionam em outro país, eles são
considerados grupos étnicos. Nesse caso, tem-se três grupos étnicos convivendo
entre si, cada um com seus aspectos étnicos transitando entre si.
A partir desses exemplos pode-se afirmar, segundo Abner Cohen, que
etnicidade surge na forma de interação entre grupos sociais cujas culturas operam
dentro de contextos sociais comuns. Isso reforça a ideia que estudos sobre fato
étnico, por antropólogos são recentes.

“Em primeiro lugar, principia com o que Lévi-Strauss chama da ‘crise moderna da
Antropologia’, quando o isolamento de sociedades simples, ou de pequena escala, vai se
tornando uma ocorrência impossível, ao mesmo tempo em que indivíduos nativos dessas
mesmas sociedades vão se tornando seus próprios estudiosos, relegando o antropólogo
estrangeiro a um crescente ostracismo – a não ser que este reformule sua postura teórica.”
p. 136
“Em segundo lugar, segue-se uma tendência cada vez mais acentuada da antropologia
social de voltar-se com maior empenho ao estudo das sociedades complexas, ou de grande
escala, em cujo interior – como vimos – o fenômeno étnico tem lugar.” p. 136

Oliveira (2003), aponta dois fatores para a resistência em torno de conceituar


etnia, ser tão consistente: primeiro, Lévi-Strauss (1962) apud Oliveira (2003), aponta
que as sociedades simples não mais conseguem viver de forma isolada, tornam-se
seus próprios investigadores afastando o antropólogo, caso este não reformule suas
teorias de pesquisa, concentrando-se aqui a crise da antropologia moderna.
O segundo fator corrobora com o primeiro, na medida em que antropólogos
sociais se esforçam para investigar sociedades complexas, cujo fato étnico
consegue ser observado no interior do grupo. Este torna-se a base do fato étnico,
concedendo-lhe a adjetivação qualificadora. Ou seja, ainda aqui percebe-se a
dificuldade na formulação do conceito de etnia e do uso de sua derivação,
etnicidade.

II. O dilema: comportamento e cognição

Neste ponto, Oliveira (2003), apresenta a possibilidade de mudança de


comportamento dos antropólogos diante da problemática da elaboração do conceito
para etnia. Toma como base a investigação de James Clyde Mitchell3 (1974),
realizada na Zâmbia para encontrar divergências sociais. O máximo e crítico desta
pesquisa separou o aspecto cognitivo do comportamental, encontrou apenas dados
estatísticos não relevantes para identificar como os componentes do grupo se
comportam diante de circunstâncias específicas.

3
Sociólogo e antropólogo britânico, ​em 1937, Mitchell ajudou a fundar o grupo de ​antropólogos /
sociólogos ​sociais do ​Rhodes-Livingstone Institute , agora parte da ​Universidade da Zâmbia . Ele foi
influenciado por ​Max Gluckman e conduziu importantes pesquisas sobre análise de redes sociais na
Universidade de Manchester (veja ​Manchester School ). Na década de 1940 realizou pesquisas de
campo sobre sistemas sociais e condições sociais na ​África Central (sul do ​Malaui​) entrevistando
chefes de domicílios em aldeias e áreas urbanas e observando costumes. Em 1952 ele estava no
comitê editorial do ​Northern Rhodesia Journal.​ (WIKIPÉDIA).
“‘distinguir entre etnicidade como uma construção de fenômenos de percepção ou cognitivos
de um lado e, de outro, o grupo étnico como uma construção de fenômenos de
comportamento’ (1974:1). Malgrado esta distinção entre cognição (ou percepção) e
comportamento não nos pareça a mais adequada para se dar conta das diferentes
dimensões do problema – razões que daremos adiante –, ela tem a vantagem de apontar
precisamente para a necessidade de se chegar à natureza mesma da etnia, deixando de
confundi-la com o grupo étnico.” p. 137

Na pesquisa, Mitchell distingue, cognição de comportamento, relacionando


etnicidade como fenômeno de percepção ou cognitivos; e grupo étnico como
construção de fenômeno de comportamento

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