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MARCONES MENDES DE SA
MARCONES MENDES DE SA
São Luis-MA
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO – UNDB
MARCONES MENDES DE SA
MARCONES MENDES DE SA
São Luis-MA
2018
Sá, Marcones Mendes de
MARCONES MENDES DE SA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Prof. Dra. Renata Medeiros Lobo Muller (Orientadora)
Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
___________________________________________________________
Prof. Dr. Claudemir Gomes Santana
Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
___________________________________________________________
Prof. Me. Marcelo Henrique Bandeira Costa de Alencar
Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, autor da minha vida e por ter me dado a dadiva de
ter chegado até aqui, e por renovar sempre minha fé;
Aos meus pais por terem sido meu porto seguro, pelo amor incondicional e
dedicação, onde me apoiam em todos os desafios e vitorias;
A minha professora orientadora Dra. Renata Medeiros Lobo Muller pela confiança
e empenho durante todo esse trabalho;
A minha esposa Edinete que me encorajou e deu forças durante toda essa
caminhada;
A todos professores da UNDB, por cederem seus conhecimentos e ensinamentos e
experiências profissionais tão valiosas para a minha formação.
Por fim a todos aqueles que contribuíram para realização deste trabalho, a todos só
tenho dizer o meu muito obrigado.
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível.”
Charles Chaplin
RESUMO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
1.1.Problemática ..................................................................................................................... 17
2.2.Carbonatação .................................................................................................................... 20
2.3.1. Observações referente corrosão nas armadura por ação de íons cloreto ........................ 23
2.3.3. Formas de ação da corrosão nas armadura por ação de íons cloreto .............................. 25
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 41
5. CONCLUSÕES................................................................................................................... 72
ÍNDICE .................................................................................................................................... 85
15
1. INTRODUÇÃO
disso os valores adotados como critérios para compreender os resultados dos potenciais de
corrosão nas barras revestidas com zinco Tabela 2. O foco deste trabalho é verificar a
contribuição da galvanização a frio de zinco de forma a garantir uma maior contribuição na
vida útil das armaduras de concreto armado. Onde através de ensaios de corrosão acelerada, os
corpos de prova serão monitorados através da avaliação do potencial de corrosão, e ao fim dos
ensaios será confirmada a taxa de corrosão através do cálculo de perda de massa.
Tabela 2 - Faixa de potencial utilizado como referência quanto a probabilidade de degradação ou passivação das
armaduras
1.1. Problemática
1.2. Hipóteses
1.3. Justificativas
1.4. Objetivos
1.4.1 Geral
1.4.2. Específicos
2. REFERÊNCIAL TÉORICO
2.2.Carbonatação
Diferente dos ataques por carbonatação, a corrosão por íons cloreto, atinge tanto
concreto reduzindo o pH, quanto ao aço formando pites Figura 3. A ataque se dá pela interação
do íons cloretos(halogênios), presente da névoa salina em regiões litorâneas. O 𝐶𝑙 − impregna
dentro da camada de cobrimento poroso, juntamente com a água H2O. Dessa interação resulta
na formação do ácido clorídrico (HCl) (3) de baixo pH. Com isso tem-se a destruição da camada
passivadora que envolve e protege o aço (MEIRA, 2017).
𝐶𝑙 − + 𝐻2 𝑂 → 𝐻𝐶𝑙 + 𝑂2 (3)
Se tratando da interação dos íons 𝐶𝑙 − com a armadura, quando este por sua vez,
encontra o íon ferro 𝐹𝑒 2+ forma-se o cloreto de ferro II (FeCl2) (4) que é um composto instável.
Há uma reação cíclica, pois por ser instável o cloreto de ferro II reage facilmente com a
hidroxila 𝑂𝐻, sendo o produto da reação o próprio íons cloreto e a formação de hidróxido de
ferro (5).
23
2.3.1. Observações referente corrosão nas armadura por ação de íons cloreto
Segundo Bohni (2005) para que se tenha um processo corrosivo deve se ter:
Existir uma diferença de potencial entre dois pontos na armadura de concreto armado
permitindo o fluxo de elétrons.
O concreto deve estar úmido e assim garantindo a presença de um eletrólito.
A presença de oxigênio facilitando a reação catódica.
O rompimento da camada passivadora que protege a armadura, sendo que tal
rompimento pode se dá por carbonatação do concreto ou pela ação de íons cloreto.
Para se entender os fatores necessários e para que se obtenha o processo corrosivo,
como visto na Figura 3. Ressalta-se que a corrosão trata-se de um processo oriundo do efeito
da carbonatação e dos íons cloreto, entretanto como foco deste trabalho teremos ênfase na ação
dos íons cloreto.
Figura 3 - Condições para surgimento da corrosão
2.3.3. Formas de ação da corrosão nas armadura por ação de íons cloreto
Segundo Freire (2005) a corrosão das armaduras sofre influência por fatores: como
efeito mecânico (vibração e erosão), efeito físico (variação da temperatura), efeito biológicos
(bactérias) e efeitos químicos (sais e ácidos). Se tratando de corrosão de armaduras devido a
ação de cloretos pode-se destacar:
Concreto: desempenha uma função de proteção mecânica. Umas das suas propriedades
atuam exatamente na ocorrência da corrosão de armaduras são elas: ação passivante do
concreto sobre os vergalhões, pH, espessura de cobrimento, permeabilidade (tipo de
cimento, a granulometria dos agregados, e à relação A/C), resistividade (maior atividade
iônica, menor resistividade elétrica do eletrólito e maior probabilidade de corrosão);
Tipos do aço;
Propriedades do meio no qual está inserido o elemento de concreto;
Existência de íons de cloreto no concreto podem ser incorporados na produção do
concreto ou podem adentrar mesmo em estado já endurecido, que ocorre devido
estruturas expostas a ventos contaminados com cloretos, por exemplo atmosferas
marinhas, extratos da lavagem de pisos e fachadas com ácido muriático, efluentes
proveniente de processos industriais.
1
Cloro-aluminato de cálcio hidratado
28
A saturação dos poros do concreto e o acumulo de íons cloreto: a entrada de íons cloreto
no concreto se dá através de métodos de difusão ou absorção de água contaminada com
íons por capilaridade quando há alternância de ciclos de umedecimento e secagem
(TORRES, 2011);
Fissuração: a primeira área afetada pelos íons cloreto é onde há incidência de fissuras,
nessas áreas criam-se minúsculas regiões anódicas dentro das fissuras e áreas catódicas
maiores fora das mesmas. A velocidade de desenvolvimento e propagação da corrosão
depende de quão aberta é a fissura, da relação zona anódica/catódica e da qualidade do
concreto (PAGE et al, 1986).
Este ensaio nasceu nos anos 50 na América do Norte onde passou a ser usada com
frequência nos Estados Unidos. Sua utilização é muito semelhante ao mapeamento das
manifestações patológicas provocadas pela corrosão em estruturas reais. Entretanto
prevalecem-se de estratégias de trabalhos onde conseguem rapidez e economia no processo.
Tais estratégias são determinadas conforme o estado de degradação e o porte da estrutura em
analisada.
O método de potenciais de corrosão traduz-se em avaliar a variação de potencial
entre um eletrodo de trabalho por exemplo os vergalhões das armaduras e um eletrodo padrão
como referência por exemplo: o eletrodo de calomelano saturado, prata-cloreto de prata e cobre-
sulfato de cobre e através do uso de um voltímetro de alta impedância de entrada. Neste método
os resultados se apresentam na forma de linhas equipotenciais atuando sobre a estrutura de
concreto, sendo esse procedimento conhecido como mapeamento de potenciais (TORRES,
2011).
A ASTM C876, (1991) define em seus resultados de referência que são dados pela
Tabela 4. Entretanto deve-se ressaltar que tais valores podem conter desvio em relação as
condições no ensaio. Logo faz-se uso da média em sua análise.
30
𝐸 (6)
𝑅𝑃 =
𝐼
RK (8)
32
Informações importantes devem ser destacadas quanto ao uso desse método como
segue abaixo:
Efeitos estimulados pela polarização;
Resistencia gerada no contato do eletrodo com a superfície do concreto;
Dimensões dos corpos de prova, armadura, frequência, tipo de onda, o efeito da
amplitude de corrente;
Tipos de cimento: o uso de adições de agentes pozolânicos, provoca um incremento na
resistividade quando posto em comparação com o cimento Portland;
O efeito da porosidade no concreto: adensamento e cura utilizada tanto na estrutura real
como em corpos de prova. O aumento do a/c causa uma redução na resistividade
(TORRES, 2011).
Segundo Panek et al (2011), o aço quando é galvanizado com zinco, possui sua
medição de potencial de corrosão em relação ao eletrodo de calomelano saturado reduzida e a
medição de potencial indicador de grande probabilidade de corrosão fica abaixo de -1,043 V,
portanto a passivação é observada em potenciais superiores a -0,650 V. Ainda conforme Panek
et al. (2011), a medição do potencial de corrosão que aponta alta probabilidade de corrosão do
aço galvanizado tendo como padrão uma liga Zinco-Níquel que é abaixo de cerca de -0,953 V,
e a medição do potencial indicador de passivação é superior a -0,550 V. A utilização de tais
resultados que foram adotados como padrão para análise dos valores do potencial de corrosão
33
O zinco vem sendo utilizado por mais de 170 anos como metal de sacrifício e por
trata-se de um revestimento de baixo custo e curto ciclo de preparação do substrato metálico,
boa ductilidade mesmo em camadas espessas (RIEDEL, 1988). A seleção do método de
aplicação do revestimento de zinco, leva em consideração os seguintes fatores: geometria da
peça, tamanho da peça, espessura do revestimento (TOMACHUK, 2015). Segundo a NBR 6118
(2007) em seu item 7.7 define como a adoção da zincagem como medida especial de
conservação e proteção das armaduras, quando submetidas a ambientes de exposição adversa.
Dentre as técnicas de proteção conhecidas destaca-se a proteção galvânica, que se
trata da aplicação de um revestimento metálico de materiais mais nobres que o aço, sendo o
zinco o comercialmente mais o usado. A habilidade de formar uma película protetora, densa e
aderente nos vergalhões da armadura, com torna-se a taxa de corrosão extremamente baixa em
comparação à materiais ferrosos. (YEOMANS, S.2004)
Esse tipo de revestimento pode se dá de diversas formas, dentre as quais pode-se
destacar a galvanização a quente e a eletrodeposição. Na galvanização a quente há uma imersão
da peça em zinco fundido chegando a temperaturas na faixa de 420°C a 460°C. Como próxima
etapa faz-se a imersão da peça em água, para que cesse a formação da camada intermediaria de
(ZnFe). Esse tipo caracteriza pela formação de revestimentos, relativamente espessos, do qual
são chamados “flores de zinco” e por último na parte mais externa uma camada de zinco puro.
Na hierarquia as segue a seguinte ordem, a camada de Fe5Zn21 (fase gama,) com 25% de Fe e
75% Zn e seguida da fase delta (FeZn, ) com 10% de Fe e 90% de Zn, e a fase zeta (FeZn,)
com 6% de Fe e 94% de Zn e por último a fase eta () que é composta de Zn puro (BRESCIANI,
1986 apud TOMACHUK, 2015).
Na eletrodeposição o zinco este em forma de íons, sendo o mesmo aplicado em
forma de banhos eletrolíticos. Os revestimentos eletrodepositados tem como principal
34
Fi
b (9)
ul
b – Tensão de aderência média
Fi – Intensidade da força
u – Perímetro da barras
l – Comprimento de ancoragem
De acordo com Leonhardt et al (1977) define-se o cálculo para resistência a
aderência Fbd determinado através do deslocamento da extremidade livre da barra em relação
ao concreto em 0,1mm conseguido através da Equação 10
Fi ( s 0,1mm) (10)
f bd
u l
Ainda de acordo com Leonhardt et al (1977) o tamanho, o formato do prisma bem como
comprimento do trecho de aderência e seu formato tem influência significativa nos resultados
do ensaio, visto que devido a deformação transversal na placa de apoio por conta do efeito de
compressão transversal agindo sobre a barra, esse efeito causa uma aderência adicional por
atrito
Sendo:
- diâmetro da barra em cm.
Para determinação de tensão de aderência a mesma é definida tendo como base um concreto de
30MPa e através de Equação 12
Ft 30
p 0,0637 (12)
2
f cm
Sendo:
37
l (13)
R
a
a (14)
Ck
l
da reação quando uma carga Q durante um tempo t o total de reação que ocorreu nessa cela.
Isso pode ser descrito pela lei de Faraday (15) como a quantidade de carga necessária para o
consumo de m mols do produto numa reação n elétrons. Sendo F = 96.500C e o número de mols
definido pela razão entre o peso P do material e o peso atômico A (BARD et al, 2001).
P
Q Idt mnF ; m (15)
A
Logo a expressões de peso e espessura do deposito ficara respectivamente.
It A
P (16)
96.500 n
P
L (17)
ad
q processo mdep
% 100 100 (18)
qtéorico mtéorico
A montagem é feita colocando o amperímetro em série no circuito medido o tempo
de deposição. O material depositado é obtido pela variação na massa e o valor teórico de
material que deveria ser eletrodepositado, de acordo com a Lei de Faraday. Imprecisões na
medição da eficiência causa flutuação nos valores de corrente durante o processo de
eletrodeposição, variação dos valores do amperímetro, imprecisão na aferição do tempo
(PONTE, 2017). A importância controle de da corrente que passou no processo, se faz
importante para:
Reposição dos reativos dos banhos, sendo previstos com base no Ah (Ampere hora) de
trabalho;
40
2.9.4. Aditivos
Glicerol
3. METODOLOGIA
A extração dos dados será feita através de bibliografias relevante ao tema proposto,
presente nos mais diversos meios disponíveis. Haverá ainda uma busca de dados através de
experimentação do tipo de solução proposta neste trabalho, através de testes quantitativos e
qualitativos coletados. Os dados obtidos foram através dos ensaios de granulometria de
42
agregados (graúdo e miúdo), massa especifica dos agregados, absorção capilar, perda de massa,
potencial de corrosão pelo eletrodo de calomelano saturado a partir da indução a agressividade
ambiental de forma acelerada através de ciclos de imersão e secagem, com isso proporcionará
a coleta de potenciais de corrosão que permitirá a avaliação do estado das barras.
3.3. Materiais
A brita e a areia teve suas granulometrias estabelecida conforme NBR NM 248 (2003)
assim como dimensão máxima característica, modulo de finura. A massa especifica do agregado
miúdo foi apurada segundo NBR NM 52 (2009) e para o agregado graúdo foi via NBR NM 53
(2003). Já a massa especificado cimento foi determinada via NBR NM 23(2000) Para
determinação da granulométrica do agregado graúdo forma pesados 5kg de brita de origem
basáltica Figura 6.
43
Para proceder-se com separação das frações passantes é feita a montagem do jogo
de peneiras sobre o agitador mecânico conforme Figura 7, onde adiciona-se a amostra de
agregado previamente pesado para que o agitador facilite a separação da frações de agregados
em seguida é feita a pesagem das frações retiras em cada peneira.
Figura 9 - Montagem do jogo de peneiras sobre o agitador e medição das frações retidas
100%
90%
80%
Utilizavel Superior
% Retido Acumulado
70%
10%
0%
0.01 0.10 1.00 10.00 100.00
Diâmetro Equivalente (mm)
100%
90%
80%
% Retido Acumulado
70%
60%
50%
40%
Limite Inferior
30%
Agregado Graúdo
20%
10% Limite Superior
0%
0.01 0.1 1 10 100
Diâmetro Equivalente (mm)
a 110°C, até que se tenha constância de seu peso. Logo após a amostra é resfriada, até atingir a
temperatura ambiente. Prossegue-se com adição de 200cm³ de água no frasco sendo logo em
seguida feita a colocação 500g do agregado seco.
Logo em seguida, é feita a agitação do frasco para a retirada de bolhas e tomando
cuidado para que não se tenha grãos aderidos na lateral, a leitura é realizada pelo nível atingido
na faixa graduada em cm³, para a determinação do resultado faz-se uso da Equação 19, o ensaio
deve ser repetido segundo a norma e a diferença entre as determinações deve ser inferior a
0,05g/cm³ (20).
500
(19)
L 200
O traço de concreto utilizado nesse estudo foi definido baseado nas pesquisas de
MORELLI et al (2012) e ACI (2001) pelo método da ACI2 que tem como base definição de
valores obtidos experimentalmente com relação aos agregados graúdo/miúdo. Para a
determinação da resistência média de projeto aos 28 dias de idade (Fcj) faz-se uso da Equação
21, após isso faz-se a escolha do abatimento de cone conforme Tabela 9, e de posse desse valor
é preciso determinar o consumo de água e teor de ar em função do slump através da
Tabela 10, com isso pode se determinar a relação A/C e também o consumo de
cimento por metro cubico de acordo com a Equações 22, para próximo passo precisa-se
determinar a quantidade de agregado graúdo com uso da Tabela 11 que relaciona modulo de
2
American Concrete Institute
49
finura do agregado miúdo com diâmetro máximo do agregado graúdo e empregasse na Equação
23, como valores cimento e brita definidos e suas massas especificas aplicando na Equação 24
chega-se aos valores do agregado miúdo, para que se tenha todos os itens em função da massa
do cimento divide-se todos itens pelo valor encontrado do cimento e por fim obtém-se o traço
de 1 : 2,3 : 2,7 : 0,48 (cimento : areia : brita : água). O teor de argamassa ficou definido em 60%
conforme Equação 25 sendo a (areia) e m (areia + brita) consumo de cimento de 472,1 kg/m³.
Fcj Fck 1,65 Sd (22)
92,8
A / C 1,11 log (23)
Fcj28
(1 a) (25)
(1 m)
Marcha de cálculo:
MPa
Kgf/m³ A/C:
Kgf/m³
Kgf/m³
Kgf/m³
de slump test onde verifica o abatimento de tronco de cone. Após a confirmação dos parâmetros
de trabalhabilidade, foi feita moldagem dos corpos de prova onde a seguir serão curados para
posteriormente ser verificado a compressão axial.
Mu Ms (27)
%P 100
Mu Mi
O L é a densidade do liquido onde as amostras foram inseridas onde ensaio em
questão foi empregado a água (L = 1,0g/cm³) as medições foram realizadas nas amostras com
28 dias de idade sendo computada uma média de cinco resultados. A absorção por capilaridade
no concreto é um parâmetro necessário, visto que uma absorção excessiva indica maior difusão
nos elementos para dentro do material, portanto um aumento da chance de acontecimento de
corrosão nas armaduras.
54
A B (28)
C
S
4 F (28)
fC
D2
fc = é a resistência à compressão que é expressa em megapascals (MPa)
F = é a força máxima alcançada, expressa em newtons (N)
D = É o diâmetro do corpo de prova, expresso em milímetros (mm)
Tolerância permitida
Idade do ensaio
H
24h 0,5
3d 2
7d 6
28 d 24
63 d 36
91 d 48
NOTA: Para outras idades de ensaio, a tolerância deve ser obtida por interpolação
3.8. Galvanização
Antes do processo de galvanização houve o preparo das barras passando-se por três
etapas necessárias antes de receber o revestimento que foram limpeza superficial, desengraxe e
decapagem. Começou-se inicialmente com a corte das barras no tamanho de 11cm especificado
segundo tamanho da forma do corpo de prova, faz-se adoção de espaçadores tipo disco onde se
garantira o cobrimento uniforme em todas as dimensões do corpo de prova. Na próxima etapa
com auxílio de uma escova de aço é feita a remoção superficial da ferrugem carepas entre outros
detritos da superfícies das barras.
Figura 16 - Limpeza das barras
Fazendo uso do ácido muriático (HCl) ou ácido sulfúrico (H2SO4) a 10% onde o
mesmo trabalha a quente para a obtenção de melhores resultados e sua temperatura de trabalho
é em torno de 60°C. O processo de decapagem é a retirada de carepas de laminação e outras
sujidades que não foram removidas no processo de limpeza ativando e preparando as barras
para recebimento da zincagem ficando com o aspecto conforme
Figura 18
para o processo de zincagem conforme Figura 19 onde o mesmo foi ligado a uma fonte
elétrica e essa por sua vez a um eletrodo de grafite que se encontra imerso no banho eletrolítico
para garantir uma distribuição constante da corrente por meio a solução onde as barras também
se encontram imersas. Para monitoramento das correntes foi adicionado um multímetro assim
fechando o circuito. Portanto ocorrerá a eletrodeposição dos íons presentes na solução
eletrolítica sobre as barras de aço.
Tabela 14 - Composição do banho eletrolítico para zincagem
Composto Concentração (g/L)
Cloreto de potássio 208
Cloreto de zinco 19,6
Ácido bórico 20
Glicerol 6,0
Fonte: Adaptado por CEDRIM et al 2016
Durante o posicionamento das barras no corpo de prova foi atentado para que não
haja mistura de barras galvanizadas com barras não galvanizadas, devido ao efeito de corrosão
eletrolítica que acontece metais com eletropositividade diferentes na presença de um eletrólito.
Metais mais eletropositivos tendem a perder elétrons com maior facilidade (RAMANATHAN,
1997). Logo tem-se um alto índice de fluxo de elétrons migrando do zinco para o aço nesse par
eletrolítico, fazendo com que o zinco seja consumido rapidamente na reação, daí a necessidade
de verificar a compatibilidade galvânica.
Para o alojamento das barras nos corpos de prova que serão expostas aos ataques
químicos, as barras foram previamente pesadas em balança analítica com precisão de 0,01g. A
seguir foi feita a delimitação da área com fita isolante ficando exposta ao ataque de íons cloreto
área de cerca de 15,83cm². As barras foram acondicionadas de forma que a área que ficara
exposta será situada na região central do corpo de prova e cobrimento das armaduras foi
garantido com uso de espaçadores circulares de acordo com Figura 22. Foi adotado dois valores
de cobrimentos 2,5cm e 3,0cm, sendo para cada cobrimento foram moldados um total de cinco
corpos de prova prismáticos de (50x70x90mm²), perfazendo um total de vinte corpos de prova
entre revestidos e barras padrão. Os corpos de prova foram desmoldados após 24 horas e
enviados a cura submersa
62
Logo após esse período os corpos de prova são encaminhados a estufa a 50ºC,
durante dois dias para proceder com a secagem dos corpos de prova conforme mostrado na
Figura 28. Durante cada ciclo a imersão dos corpos de prova em solução de cloreto de sódio, a
altura de imersão foi a mantida a metade da área de exposição da barra.
Figura 28 - Posicionamento dos corpos de prova em estufa
Segundo Cedrim et al (2015) a adoção desse método faz com que o entrada de
cloretos seja por absorção capilar, uma vez que os corpos de prova encontram-se inicialmente
secos, e devido a difusão logo após ocorrer a saturação dos poros se dá de forma acelerada
devido a evaporação de água por causa da parte exposta do concreto. Segundo Helene (1993) a
medida de absorção capilar é feita, de uma simplificação com base na lei de Jurin onde relaciona
altura de ascensão capilar, tensão superficial, densidade do liquido e raio do poro.
Segundo Santos (2006) a difusão trata-se de um processo de transporte de
substancias de um meio a outro conseguido através de uma diferença de concentração. Trata-
se de um processo automático de transporte de massa devido ao gradiente de concentração
ajustado por dois distintos meios em conexão onde a substância se difunde e promove a
igualdade das concentrações fenômeno esse que pode ocorrer tanto em meio liquido quanto
gasoso.
Ainda de acordo com Santos (2006) no material poroso existe uma relação entre o
grau de saturação e a força de sucção capilar. Logo quando há uma área seca exposta, as forças
de sucção por serem maiores, resultaram no movimento da água para dentro do concreto de
forma mais rápida. A concentração salina de NaCl adotada foi de 3% que é uma concentração
próxima a água do mar, além de ser uma concentração critica.
A concentração de NaCl antes de cada ciclo era previamente medida e caso
necessário o ajuste era feito conforme Figura 29, a cada 8 ciclos a solução é trocada por de
mesma concentração. Durante cada ciclo eram coletados os dados da massa dos corpos de
prova, onde a variação da massa faz-se necessário para avaliar o grau de saturação dos poros
do concreto e o potencial de corrosão (ECORR), que se trata de uma indicativo com relação a
condição de passivação da armadura.
Com base na análise dos resultados do potencial de corrosão (ECORR) observa-se
que os vergalhões apresentam um estado ativo e passivo de corrosão, tendo como base o
eletrodo de calomelano saturado. O parâmetro para finalização dos ciclos do ensaio foi
determinado quando após dois ciclos completos e sucessivos os valores do potencial de
corrosão indicavam valores abaixo do valor crítico conforme comparado na Tabela 1
67
Após ser determinada a finalização do ensaio, as barras forma retiradas dos corpos
de prova, e conforme a ASTM G1 (2003) limpas e pesadas onde observa-se a perda de massa
fazendo o comparativo com o valor verificado antes do ensaio, sendo assim a taxa de corrosão
determinada pela Equação 20
K W
CR (29)
AT D
Onde:
K: Constante (m – K: 8,76x107; g/m² – K: 8,76x107xD)
W: Perda de massa (g)
A: Área de exposição (cm²)
T: Tempo de exposição (h)
D: Densidade do aço (D: 7,85g/cm³)
Marcha de calculo
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O agregado miúdo apresentou o modulo de finura 2,2 sendo enquadrada como areia
média estando situada na zona ótima inferior conforme Gráfico 1, a massa especifica da areia
teve como resultado 2,58 Kg/dm³ e dimensão característica máxima (Dmax) de 2,4. Para o
agregado graúdo a sua massa especifica definida em 2,78Kg/dm³ e dimensão característica
máxima (Dmax) igual a 9,5 ficando assim o agregado classificado como brita na faixa de 4,75 –
12,5mm (brita 0) conforme Gráfico 2. Com relação as distribuições granulométricas é definido
de acordo com
O concreto utilizado nesta pesquisa foi caracterizado após os 28 dias, onde suas
propriedades fundamentais: porosidade, densidade aparentes, trabalhabilidade, resistência a
compressão axial e absorção capilar por capilaridade são apresentados conforme Tabela 15
Passivação
0.100
Aço Zinco
-0.100
Potencial de corrosão Ecorr (V)
-0.300
-0.500
-0.700
Aço
Zinco
-0.900
-1.100
0 800 1520 2240 2960 3600 Corrosão
Tempo de ensaio em (Horas)
350
300
Taxa de Corrosão (m/ano)
250
200
150
100
50
0
Referência Zinco
5. CONCLUSÕES
1. Tanque de polipropileno PP
É a estrutura responsável por receber as soluções eletrolíticas onde será feito a deposição
do material Figura 4, por ser um material termoplástico e possuir excelente resistência química.
O tanque do estudo possui dimensões de 4m x 1m x 1m e volume de 4000 litros e valor médio
de R$1.700
Figura 31 - Tanque de polipropileno
5. Agitador
Sua função é fazer o turbilhonamento da solução Figura 7, para promover uma
homogeneidade da película seu valor de mercado incluindo motor(1/4CV) aletas e suporte R$
475
Figura 34 - Agitador acoplado ao tanque de Polipropileno
Mesmo não sendo o foco deste trabalho, existe a necessidade de pensar, de forma
sustentável no tocante a destinação de resíduos, o tratamento poderá ser duas formas, via
estação de tratamento compacta Figura 9 com capacidade de tratamento de 1000𝑙/ℎ segundo
pesquisas/ cotação o sistema completo é de R$12500, sendo que o mesmo necessita de um
operador habilitado, porém não full time, podendo acumular outras funções. A outra forma de
tratamento é contratar empresa especializada que dará destino adequado ao efluente.
Tendo em vista que processo gera resíduos tais como. Efluentes ácidos – soluções
decapante e suas águas de lavagem; efluentes alcalinos – desengraxantes e suas águas de
lavagem; efluentes cianídricos – banhos zinco e suas águas de lavagem
Figura 36 - Estação de tratamento compacta
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ÍNDICE
ABSTRACT, 7
AGRADECIMENTOS, 4
Caracterização das matérias primas para concreto, 38
Caracterização do concreto, 58
Carbonatação, 19
CONCLUSÕES, 61
Elementos que influenciam a deterioração das armaduras, 26
Fatores determinantes da velocidade e profundidade de penetração de íons cloreto, 26
Galvanização, 48
Galvanização a frio, 34
Galvanização como camada de proteção, 32
INTRODUÇÃO, 14
Íons cloreto, 21
LISTA DE FIGURAS, 8
LISTA DE GRÁFICOS, 11
LISTA DE TABELAS, 10
METODOLOGIA, 37
Modelo de vida útil da corrosão segundo Tuuti, 24
Monitoramento e potenciais de corrosão, 27
Potencial de corrosão, 58
REFERÊNCIAL TÉORICO, 18
REFERÊNCIAS, 67
RESULTADOS E DISCUSSÕES, 57
RESUMO, 6
Surgimento e efeitos da corrosão nas armaduras, 18
Taxa de corrosão, 60
Verificação dos potenciais de corrosão, 52