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RESUMO
O presente artigo apresenta uma proposta de intervenção que tem como objetivo demonstrar a
importância da conexão avaliação da aprendizagem e planejamento, que poderá contribuir na
elaboração e reestruturação de estratégias adequadas para melhorar o ensino aprendizagem dos
professores de História de uma escola pública brasileira. Utilizando-se de uma metodologia descritiva
com uma abordagem quali-quantitativa ao estudo de caso, possibilitou uma análise através de
questionários, documentos bibliográficos e escritos, especificamente o planejamento curricular de
História. Assim uma proposta de intervenção poderá favorecer possibilidades pedagógicas de
redimensionar o currículo, adotar metodologias multidisciplinares e interdisciplinares, multiplicidade
de avaliações, reestruturação de planejamento proporcionando a formação continuada dos professores.
ABSTRACT
This article has a proposal of intervention that have point to demonstrate the importance of the
connection learning evaluation & planning, which may contribute to the elaboration and restructuring
of appropriate strategies To improve the teaching of history teachers and learning in a Brazilian public
school. Using a descriptive methodology with a qualitative and quantitative approach to the studied
case, it made possible an analysis through questionnaires, bibliographical and written documents,
specifically the curricular planning of History. The proposal for intervention may favor pedagogical
possibilities of resizing the curriculum, adopting multidisciplinary and interdisciplinary
methodologies, multiplicity of evaluations, restructuring of planning, providing the continuing
education of teachers.
INTRODUÇÃO
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Este artigo faz parte de um recorte de pesquisa realizada em uma escola pública estadual brasileira (Salvador-
Bahia, em 2016) intitulada de: Estratégias de Melhoria no Processo Ensino e Aprendizagem de História através
da Conexão Avaliação e Planejamento para o 1º ano do Ensino Médio, desenvolvida no curso de mestrado em
Educação pela Universidade de Santiago do Chile.
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Historiadora licenciada, especialista em Metodologia do Ensino Superior e História da África e Gestão de
Projetos Educacionais. Mestra em Educação com ênfase em Currículo e Avaliação na Universidade de Santiago
do Chile, Professora de História do quadro permanente da Secretária de Estado da Educação da Bahia e do
Município de Lauro de Freitas-Bahia. E-mail: <otilipds@gmail.com>.
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analisada como um ato isolado, mas sim integrador ao processo de planejar, que tem como
proposta elaborar, reestruturar novas estratégias para melhorar a ação educativa.
Dessa forma, pôde-se observar que a avaliação desenvolvida pelo docente deverá
possibilitar o ensino aprendizagem, contribuindo para uma melhor formação do educando.
Assim, caracterizou-se que dois aspectos envolvem ensino aprendizagem: planejamento e
avaliação. Deve haver a criação de estratégias de ensino para potencializar a conexão com o
processo avaliativo dos estudantes desencadeando o interesse para a aprendizagem da
disciplina História.
Nesse estudo será oportunizada a reflexão pautada em uma análise de que o
professor de História necessita de domínio do conhecimento específico e, principalmente, do
pedagógico para ser capaz de facilitar melhor entendimento para o estudante na disciplina,
modificando a ideia errônea de que a aprendizagem de conhecimentos históricos se dará
através da memorização, e não da interpretação, compreensão dos fatos.
Assim, um processo avaliativo favorecerá uma reflexão contínua da prática
pedagógica, contribuindo para a construção de um planejamento que atenda as reais
necessidades de aprendizagem do estudante. E, no que se refere ao aluno, a avaliação pode ser
vista como uma tomada de consciência de suas conquistas e dificuldades. Isso se pensarmos
que, avaliando a aprendizagem, avalia-se o ensino, levando em consideração, principalmente
para a disciplina História, a contextualização dos fatos históricos vividos pelos estudantes,
favorecendo a forma de aprender.
O uso de estratégias de ensino pelo professor de História é um desafio a ser
enfrentado nas turmas de Ensino Médio. Dessa forma, em sua prática pedagógica, o professor
deve possibilitar uma melhoria no processo do ensino aprendizagem utilizando-se de
estratégias que proporcionam um desenvolvimento científico, humanístico, tecnológico e
sociocultural. As estratégias diante de um processo ensino aprendizagem de História devem
estar inseridas em um processo avaliativo significativo que proporcione uma reflexão sobre o
percurso da aprendizagem do estudante, em uma perspectiva de aprimoramento na melhoria
da qualidade do ensino aprendizagem através de um planejamento prévio e contínuo.
Isso poderia tornar-se concreto, entre outras medidas, se o professor:
[for] capaz de identificar, justificar e explicitar cada passo de sua ação
pedagógica e de suas práticas docentes. Identificar e modificar aquilo que dá
sentido aos saberes e às atividades escolares; buscar estratégias de ensino,
novos procedimentos de avaliação, novos meios de gestão da disciplina em
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sala de aula; servir-se da avaliação de desempenho do aluno para
diagnosticar as limitações individuais e remediar através de uma pedagogia
diferenciada ou da ajuda de outros professores da equipe. (ANTUNES, 2014,
p.79-80).
Um processo avaliativo de uma escola não é um episódio nem um fato isolado,
mas um meio que tem como referência objetivos pedagógicos e se constitui em uma excelente
ferramenta para o planejamento. Busca compreender a coerência didático-pedagógica entre os
elementos da prática educativa como: planejamento, estratégias de ensino/aprendizagem e
avaliação e sua interdependência no contexto escolar.
Neste sentido, o professor da disciplina História tem por finalidade desempenhar
uma prática pedagógica em sala de aula em que utilize de estratégias e múltiplas formas
avaliativas capazes de levar os estudantes a obter um melhor engajamento diante da dinâmica
escolar, levando em conta os saberes históricos transmitidos para sua formação integral.
Diante das reflexões acima destacadas, a fundamentação da intervenção educativa
foi dividida em três tópicos importantes para o desenvolvimento desta proposta: estratégias de
ensino e aprendizagem; ensino da disciplina História; avaliação e planejamento.
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A estratégia, enquanto concepção global de uma ação, organizada com vista
à sua eficácia […]: o elemento definidor da estratégia de ensino é o seu grau
de concepção intencional e orientadora de um conjunto organizado de ações
para a melhor consecução de uma determinada aprendizagem. (ROLDÃO,
2009, p. 57).
Assim, os professores organizam estratégias, ou seja, percursos organizados de
sequências, atividades e tarefas que contribuem adequadamente para a aprendizagem visando
levar os estudantes a aprender e utilizar, de forma eficaz, os conteúdos curriculares
respectivos. As estratégias de ensino são métodos ou técnicas desenvolvidas para serem
utilizadas como meio de alavancar o ensino e a aprendizagem. A definição do uso de
determinada estratégia de ensino-aprendizagem considera os objetivos que o docente
estabelece e as habilidades a serem desenvolvidas em cada série de conteúdo. Assim,
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ENSINO DA DISCIPLINA HISTÓRIA
[...] o professor de História, [...] em sua maneira própria de agir, ser, viver e
ensinar transforma um conjunto de conhecimentos históricos em saberes
efetivamente ensináveis e faz com que os alunos não só compreendam, mas
assimilem e incorporem esses ensinamentos de variadas formas. No espaço
de sala de aula, num processo ativo de desalienação. (FONSECA, 2003, p.
34 e 35).
Entende-se que, na prática em sala e aula, a problemática acerca de um objeto de
estudo de História deve ser construída pelo professor historiador, de forma tal que os
estudantes encontrem significado no conteúdo que aprendem para que, dessa maneira, se
consiga dos estudantes uma atitude ativa na construção do saber e na resolução da
aprendizagem.
É necessário que o professor de História, em sua prática pedagógica, no sentido de
ensino aprendizagem, não esteja embasado só no currículo explícito pela disciplina, sendo
discutido meramente pelo lado factual da visão histórica. É importante que ele se utilize de
recursos materiais didáticos ricos, que disponham de múltiplos significados para desenvolver
o contexto histórico capaz de proporcionar uma expressão própria de conceitos,
desenvolvendo o senso de preservação da memória social coletiva, com o objetivo de que o
estudante construa uma cidadania e identidade pluralística voltada para a formação de uma
sociedade mais democrática.
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
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um ensino de História que considera as infindáveis possibilidades de realização de
aprendizagens por parte dos estudantes, partindo do princípio de que todas as pessoas são
capazes de aprender e de que as ações educativas, as estratégias de ensino, os conteúdos da
disciplina devem ser planejados a partir dessas infinitas possibilidades de aprender dos
estudantes. Este é o desafio do professor de História: construir novos caminhos com o
entendimento reflexivo e dinâmico de avaliação, o que permitirá formar cidadãos críticos,
conscientes, criativos, solidários e autônomos. E, para isso, o professor de História deve ter
consciência do seu papel no processo ensino aprendizagem.
PLANEJAMENTO
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alguns que podem ser de fundamental importância para o estudo da prática educacional: as
estratégias de ensino, o currículo, a avaliação e o planejamento.
O planejamento é um conjunto de ações que são preparadas projetando um
determinado objetivo. Em outras palavras, é, para Luckesi (1992, p. 121), “[...] um conjunto
de ações coordenadas visando atingir os resultados previstos de forma mais eficiente e
econômica”. Assim podemos afirmar que o planejamento é também uma ação de estruturação,
fundamental a toda ação educacional. Alguns autores aponta um ponto que marca muito a
vida do professor, que é o ato de planejar, primeiro vem a intenção, segundo a exposição deste
plano e terceiro a que ele vai atingir.
Por isso que o professor deve sempre dentro das suas ações ter o hábito de fazer a
ação reflexão, é aí que ele vai identificar suas dificuldades e procurar corrigi-las ou
desconstruí-las e construí-las novamente. Com isso, o professor faz muitas opções para que,
no decorrer da sua atividade, o aluno consiga apreender aquilo que está sendo ensinado.
Conteúdos, objetivos, estratégias, avaliação, entre outros são alguns aspectos aos quais o
professor deve estar atento ao elaborar o planejamento.
Nesse sentido, pode-se entender que a avaliação intermedeia ou cruza o trabalho
pedagógico desde seu planejamento até a sua execução, coletando dados para melhor
compreensão da relação entre planejamento, ensino, estratégias e a aprendizagem, orientando
a intervenção didática para reconstruir, reelaborar e, assim, regular o trabalho dos docentes e
das aprendizagens.
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A proposta de intervenção tem como principal estratégia fazer com que o
professor se envolva para executar uma prática didática/pedagógica, de forma necessária que
servirá de guia para realizar um processo de avaliação da aprendizagem de seus alunos. Para
que isso ocorra, são adotadas algumas lógicas de intervenções específicas que o professor de
História deve considerar para melhor orientar o processo de avaliação da aprendizagem. Tais
como: reelaboração do planejamento; multiplicidade de avaliações; formação de professores;
aprendizagem compartilhada entre estudantes/monitoria.
Os professores de História das turmas de 1º ano do Ensino Médio terão momentos
de reelaboração e reestruturação do fazer pedagógico de maneira simples, reflexiva e
compartilhada com coordenadores, articuladores de área, durante as atividades
complementares de três horas semanais, para que promovam um nível de desenvolvimento e
atividades pedagógicas com objetivo de contribuir para o ensino aprendizagem do estudante.
Para que isso ocorra com maior eficácia, foram organizadas oficinas quinzenais,
com uma carga horária de oito horas aos sábados, totalizando cinquenta e seis horas para
serem desenvolvidas em encontros presenciais e semipresenciais. Esses encontros têm como
finalidade promover estudos e executar atividades, de maneira monitorada para adequação
necessária, de acordo os objetivos desenvolvidos para essa proposta de intervenção do ensino
aprendizagem de História, atendendo o contexto dos alunos do 1º ano do Ensino Médio da
escola pública brasileira.
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o diversificação metodológica utilizando métodos que estimulem a aprendizagem,
como: seminários, mapa conceitual, painel, dramatização, projeto interdisciplinar,
músicas, aula in loco (extraclasse, em museus, centro histórico e outros);
o organizar e analisar recursos compatíveis com os conteúdos e os existentes na
instituição;
o determinar quais serão as avaliações utilizadas mediante a temática curricular em
estudo e a metodologia;
o predeterminar as atividades avaliativas a serem discutidas com a classe.
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visando ao ensino/aprendizagem promovendo oficinas nas quais serão desenvolvidas as
seguintes atividades:
o leitura de textos teóricos enviados digitalmente (por Email) referentes aos temas das
oficinas, que são: planejamento, avaliação, currículo de História, legislação que
compõe o fazer pedagógico, novas técnicas e recursos pedagógicos, conexão entre
planejamento e avaliação.
o com esses textos, serão realizadas umas das atividades de fichamento, esquema,
resumo;
o adotar leitura compartilhada como procedimento para reflexão estimulando a
participação dos professores;
o dialogicidade integrada como prática de formação/repensar o fazer pedagógico sobre
planejamento, avaliação, currículo da disciplina História;
o currículo integrado como opção de organização das ações didático-pedagógicas
(interdisciplinaridade);
o encontros temáticos para a leitura de textos seguindo princípios que regem o processo
de formação e informação pedagógica sobre a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e
os Parâmetros Curriculares (PCN);
o aprender a aplicar novas técnicas e recursos tecnológicos;
o tomar conhecimento da importância da conexão planejamento e avaliação.
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o promover reuniões com os monitores para discutir um plano de ação.
Recursos
Para a viabilização do projeto de intervenção, será necessário o uso de alguns
materiais/instrumentos que têm função de suporte no processo de mediação entre teoria e
prática no processo intervenção educacional proposto para a melhora da aprendizagem de
História nas turmas de 1º ano do Ensino Médio, que são os recursos materiais e
bibliográficos: livro didático adotado na instituição; Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Médio (PCN); textos que contemplem as temáticas sugeridas nas oficinas; formulário
de planejamento fornecido pela Instituição; papel ofício; piloto. Recursos tecnológicos: data
show; computadores. Recursos financeiros: verba para pagar palestrantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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professores e as instituições de ensino, por voltar-se à ideia de que ela tem por finalidade
apresentar dados estatísticos sobre índice de aprovação e reprovação. Na verdade, ela é um
caminho para reelaborar, replanejar, reestruturar o processo percorrido para se chegar ao
principal objetivo, a aprendizagem significativa.
Cabe aos profissionais de educação buscar estratégias para responder os diversos
questionamentos com o conhecimento adquirido, ser capazes de respondê-los, mas também
criá-los, como: Quais os benefícios de um projeto de intervenção educacional para os
estudantes, para a instituição, para a sociedade? Talvez não se tenha de imediato essas
respostas. Sabemos que há limitações e que o receio do enfrentamento para quem não conhece
um projeto de intervenção será grande.
Os objetivos propostos a esse estudo deverão ser alcançados a contento, pois
pode-se observar que proposta de um projeto de intervenção que possibilite a
contextualização dos princípios pedagógicos de avaliar e planejar deve estar centrada na
estratégia de planejamento contínuo, uma visão da importância da avaliação para o contexto
educacional.
Reconhece-se o papel do professor de História em desenvolver uma prática
pedagógica através do uso de metodologias e avaliações. Demonstrando a necessidade de
adotar nas escolas públicas brasileiras projetos de intervenção com o objetivo de
fortalecimento do processo ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. Como desenvolver as competências em sala de aula. 11. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2014.
FONSECA, S.G. Didática e prática de ensino de História. 2 ed. Campinas, SP: Papirus,
2003.
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LUCKESI, C. C. Planejamento e avaliação escolar: articulação e necessária determinação
ideológica. São Paulo, FDE, Série Ideias, n. 15, 1992.
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