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Sumário
Resumo de Neuroanatomia
Capítulo 1 – Introdução (3)
Capítulo 1 – Introdução
O sistema nervoso é subdividido em duas porções: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico
(SNP). O SNC é formado pelo encéfalo, localizado internamente a caixa craniana, e pela medula espinhal,
localizada internamente a coluna vertebral. O encéfalo é composto pelo cérebro, subdividido em telencéfalo e
diencéfalo, pelo cerebelo e pelo tronco cerebral, subdividido em bulbo, ponte e mesencéfalo. O SNP é composto
pelos gânglios nervosos e pelos nervos espalhados ao longo do corpo.
No SNC,
Os neurônios podem ser classificados em 4 tipos, de acordo com sua forma e com o número de prolongamentos
protoplasmáticos:
Bipolar: Possui 2 prolongamentos, um dendrito e um axônio, localizados em pólos opostos das células. Está
presente na retina, mucosa olfatória e nos gânglios coclear e vestibular.
Multipolar: Apresentam um grande número de dendritos. Localizados no córtex cerebral, tronco cerebral e
na medula espinal.
Os neurônios podem ainda ser classificados de acordo com sua funcionalidade em:
Neurônios Sensitivos: São encarregados da transmissão do impulso do meio ambiente para o SNC.
Interneurônios: São encontrados somente no SNC, tendo por função conexão entre neurônios, deixando
os circuitos nervosos mais complexos.
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Oligodendrócitos e Células de Schwann: Ambas as células possuem a função de produzir mielina, que através
da bainha que forma ao redor dos prolongamentos protoplasmáticos dos neurônios, possibilita uma condução
saltatória de informações, que é mais acelerada que a contínua, além de conferir proteção à célula. É importante
lembrar que fibras revestidas com mielina geralmente carregam informações importantes e vitais, tais como
movimentos, localização dos membros. Fibras sem mielinização carregam informações como a dor, que, embora
seja importante, não tem uma urgência de ser processada. Os oligodendrócitos, contudo, produzem mielina
somente no SNC e numa proporção de 1: 20-60 neurônios. As células de Schwann produzem mielina no SNP, e
numa proporção de 1: 1 neurônio.
Astrócitos: Dentre suas diversas funções os astrócitos “ligam-se” a pequenos vasos e transportam nutrientes
para os neurônios. Por isso exercem uma função trófica.
Células Ependimárias: São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos encefálicos e o canal central
da medula. Em alguns locais são ciliadas, facilitando o movimento do líquido cefalorraquidiano. As células
ependimárias juntamente com a pia-máter formarão a tela coróide, cujas invaginações formarão o plexo coróide
que produz o líquor.
Microglia: São células fagocitárias originadas do mesênquima que participam de processos de inflamação e
reparação do SNC, desempenhando papel de defesa.
O fechamento dos lábios do tubo neural é um processo que começa em seu centro e migra para as extremidades.
Os pontos de fechamento tardio são denominados neuróporos, sendo um cranial e outro caudal. O término do
fechamento do tubo neural consiste no fim do período de neurulação.
É importante ressaltar que qualquer erro que ocorra no processo de fechamento do tubo neural traz graves
conseqüências ao feto, tais como mielocele e meningomielocele. Muitas vezes esses problemas podem ser
evitados com o acréscimo de vitamina B12 a dieta materna, pois essa vitamina facilita o processo de “costura” do
tubo neural e conseqüente término da neurulação.
1
• Ectoderma
• Placa Neural
ESQUEMA
3
• Sulco Neural
4
• Goteira Neural
5
• Tubo Neural
6
• Crista Neural
O prosencéfalo originará o telencéfalo, mais cranial e que possuirá duas evaginações laterais e o
diencéfalo, mais caudal. Abaixo do diencéfalo, o mesencéfalo permanecerá intacto. Ocorrerá então a
divisão do rombencéfalo em metencéfalo, mais cranial, e o mielencéfalo, mais caudal.
Tubo Neural
Cerebelo
Estrutura Cavidades
Telencéfalo Ventrículos Laterais 1º PC
Prosencéfalo Cérebro
Diencéfalo III Ventrículo 2º PC
Tubo Neural
O Tubo neural, apresenta durante seu desenvolvimento 6 placas ou lâminas em sua parede:
No ponto de união das placas laterais ventral e dorsal encontra-se o sulco limitante, que delimita uma
porção sensitiva (alar) e motora (basal).
Capítulo 5 – Crânio
O Crânio é uma estrutura formada por ossos chatos e irregulares, que guarda no seu interior o encéfalo.
Juntamente com a coluna vertebral (que aloja a medula espinhal), o esterno e as costelas, ele forma o esqueleto
axial, que é o eixo de nosso corpo.
O crânio é subdividido em duas porções: uma inferior, chamada de esplancnocrânio ou crânio visceral, que
proporciona sustentação as vísceras faciais, e uma superior, chamada de neurocrânio ou crânio neural, que aloja
no seu interior a porção encefálica do SNC.
As duas porções do crânio são separadas por uma linha imaginária, que sai da glabela (região do osso frontal
superior ao osso nasal) e vai até a protuberância occipital externa. Essa linha é denominada násion-ínion, sendo o
násion considerado a glabela e o ínion, o
centro da protuberância occipital externa.
Tudo acima dessa linha é neurocrânio e tudo
abaixo esplancnocrânio.
Cortical externa: É a camada mais externa formada por uma lâmina de osso compacto;
Díploe: É a camada intermediária formada por osso esponjoso que tem como conteúdo um lago vascular venoso;
Cortical interna: É a camada mais interna, constituída por osso compacto, porém muito mais fina que a cortical
externa.
OBS: É importante lembrar que ao nascerem, as crianças ainda não apresentam seu processo de ossificação
completo. No caso do crânio esses ossos ainda encontram-se bastante separados, sendo o espaço preenchido
entre eles por tecido conjuntivo. Assim, nestes pontos de junção formam-se áreas bastantes instáveis conhecidas
como fontanelas, vulgarmente chamadas de moleiras.
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Osso Etmóide: Participa da formação óssea do septo nasal. Seus acidentes mais expressivos são: a Crista Galli
localizada na fossa anterior do crânio e os forames da lâmina cribiforme ou crivosa pelos quais passam os ramos
do primeiro par craniano, o nervo olfatório.
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OBS: Acima, figura mostrando os principais acidentes ósseos da base interna do crânio, distribuídos em seus
respectivos andares.Texto sobre os andares cranianos a seguir.
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Andar Anterior
Também chamado de fossa frontal, é a andar mais anterior e raso. Apresenta-se composto pelo osso frontal,
etmóide e esfenóide.
Limite:
Anterior: Superfície interna do osso frontal;
Póstero-medial: Limbo esfenoidal;
Póstero-lateralmente: Asa menor do esfenóide;
Assoalho: Osso frontal, lâmina crivosa e crista Galli (etmóide) e asa menor (esfenóide).
Conteúdo:
Lobo frontal do cérebro.
Principais Acidentes:
Crista Galli;
Lâmina Crivosa (com seus forames);
Forame Cego.
Andar Médio
Também chamado de Fossa Temporal, lembra a forma de uma borboleta em uma visão superior. Seus ossos são o
esfenóide e o temporal.
Limite:
Ântero-medial: Limbo esfenoidal;
Ântero-lateral: Asa menor do esfenóide;
Póstero-medial: Dorso da sela túrsica;
Póstero-lateral: Crista petrosa do osso temporal;
Assoalho: Esfenóide e temporal.
Conteúdo:
Lobos temporais do encéfalo e a glândula hipófise.
Principais Acidentes:
Sela túrsica, limbo esfenoidal, fossa hipofisiária, tubérculo da sela e dorso da sela;
Processos Clinóides Anterior e Posterior;
Canal Óptico, sulco óptico, fissura orbital superior, forame redondo, forame espinhoso, forame redondo e
lacerado;
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Andar Posterior
Também chamado de Fossa Cerebelar, é a maior e mais posterior das fossas cranianas. É constituída por três
ossos: o occipital, o temporal e o esfenóide.
Limite:
Ântero-medial: Dorso da sela túrsica;
Ântero-lateral: Crista petrosa do osso temporal;
Posterior: Osso occipital;
Assoalho: Osso temporal e occipital;.
Conteúdo:
Lobo occipital, cerebelo e tronco encefálico.
Principais Acidentes:
Forame magno, meato acústico interno, forame jugular, canal do hipoglosso;
Côndilos Occipitais;
Clivus;
Protuberância occipital interna;
Fossa Cerebelar
Fissura orbital superior (fissura esfenoidal): Nervo oculomotor (III PC), Nervo Troclear (IV PC),
Nervo oftálmico (V1 PC), Nervo abducente (VI PC) e Veia oftálmica superior.
Meato acústico interno: Nervo facial (VII PC), Nervo vestíbulo coclear (VIII PC) e Artéria labiríntica.
Forame jugular: Nervo glossofaríngeo (IX PC), Nervo vago (X PC), Nervo acessório (XI PC),
Seio sigmóide, Seio petroso inferior e Artéria meníngea posterior.
OBS: O nervo facial apenas passa pelo meato acústico interno. Sua exteriorização se dá pelo forame
estilomastóideo.
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Forames da Lâmina Crivosa
N. Olfatório (I PC)
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2
Canal Óptico
Fissura Orbital Superior
N. Oculomotor (III PC)
N. Troclear (IV PC)
N. Óptico (II PC) N. Oftálmico (V1 PC)
Artéria Oftálmica N. Abducente (VI PC)
Veia Oftálmica
4
Forame Redondo 5
N. Maxilar (V2 PC) Forame Oval
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Forame Lacerado
N. Mandibular (V3 PC)
LEMBRETE: O nervo facial apenas passa pelo meato acústico interno. Ele se exterioriza pelo forame
estilomastóideo. O nervo vestíbulococlear apenas passa pelo meato acústico interno. Ele não se exterioriza do
crânio.
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Forame Vertebral: É um forame de forma oval localizado internamente à vértebra. Quando uma vértebra é
sobreposta à outra, esse forame torna-se um canal, o canal vertebral, por onde passa a medula espinhal;
Corpo Vertebral: É encontrado anteriormente ao forame vertebral. Tem forma cilindróide e possui suas faces
cranial e caudal planas;
Arco Vertebral: É encontrado posteriormente ao forame vertebral. Constitui-se de um par de Pedículos e um
par de Lâminas;
Forame Intervertebral: É formado quando duas vértebras são sobrepostas, juntando as incisuras presentes
nos pedículos. Através desse forame passa o feixe vásculo-nervoso espinhal;
Processo Espinhoso: É formado pela união das duas lâminas do arco vertebral, prolongando-se
posteriormente, na forma de um espinho;
Processo Transverso: Surge da união do pedículo com a lâmina;
Processo Articular Superior e Inferior: Surgem da mesma forma do processo transverso, e apresentam faces
articulares que permitem a articulação óssea entre uma vértebra e outra.
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Região Cervical
São as vértebras relacionadas com o pescoço, identificadas pela letra “C” e seguidas pelo número 1 a 7. A
primeira vértebra cervical, C1, recebe um nome especial: Atlas, bem como a segunda vértebra, C2, que recebe o
nome de Axis. Tanto C1 quanto C2 diferem entre si, dentre as vértebras cervicais e dentre todas as demais
vértebras.
Atlas: Não apresenta corpo, sendo constituída por duas massas laterais interligadas por um arco vertebral
anterior e posterior. No arco anterior, encontra-se uma pequena fóvea articular para o dente da Axis. A face
articular superior de C1 articula-se com os côndilos do osso occipital do crânio.
Axis: Apresenta um pequeno corpo, em cuja superfície superior projeta-se o dente da Axis (processo odontóide),
que se articula com a Atlas.
Quanto à estrutura das vértebras cervicais em geral, pode-se dizer que seu corpo é bastante pequeno,
comparado ao das outras vértebras, devido ao fato de não precisar suportar tanto peso. Possui um forame
transverso em seu processo transverso em que passa a artéria vertebral, fundamental na vascularização do
encéfalo e da medula espinhal. Seu processo espinhoso é bífido, curto e horizontalizado.
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Região Lombar
Relacionada com o abdome, a região lombar é constituída por cinco vértebras, identificadas pela letra “L” e
seguidas pelo número 1 a 5. Como características especiais, as vértebras lombares apresentam estrutura robusta
e corpo vertebral bastante grande, em decorrência do peso que têm que suportar. Apresentam ainda três
processos, o costal, o mamilar e o acessório. Seu processo espinhoso é robusto, curto e em forma de “machado”.
Região Sacral
É constituída por cinco vértebras fundidas que formam uma pirâmide ao inverso. As duas faces laterais dessa
pirâmide articulam-se com o osso do quadril, sendo denominadas partes laterais. Sua face anterior é lisa e
côncava, enquanto a posterior é rugosa e convexa. Essa rugosidade dá-se pela presença de três cristas: uma
mediana, uma intermédia e uma lateral, resultantes respectivamente da união dos processos espinhosos,
articulares e transversos das vértebras fundidas. Inferiormente, a articulação com o cóccix é realizada pelos
cornos sacrais. Súpero-anteriormente encontramos o promontório.
Cóccix Constitui-se da fusão de 2 a 4 vértebras e articula-se com o sacro através dos cornos sacrais.
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Ela faz parte, juntamente com o encéfalo, do SNC e é responsável pela recepção
de estímulos sensitivos vindos de meios externos e transmissão do impulso
motor. Possui substância cinzenta internamente e substância branca
externamente.
Esses nervos espinhais formarão plexos, que inervarão a musculatura (esquelética e lisa) do tronco, membro
superior e inferior:
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Plano Muscular: Formada pelos músculos pertencentes às massas pré-vertebrais, para-vertebrais e da goteira
neural;
Plano Ósseo-ligamentar: É representado pelas vértebras, pelos discos intervertebrais, localizados entre elas,
e pelos ligamentos vertebrais.
Plano Adiposo: Fixa a medula espinhal dentro do forame vertebral, não deixando espaços que possam
provocar traumatismos na mesma. Está localizado entre o periósteo interno da coluna e a meninge mais
externa, a dura-máter, sendo esse espaço conhecido por epidural.
Plano Meníngeo: É formado pelas três meninges que revestem nosso SNC. A mais externa é a dura-máter,
seguida pela aracnóide e por fim pela pia-máter. O espaço localizado entre a dura-máter e a aracnóide
(subdural) é virtual enquanto o espaço entre a aracnóide e a pia-máter (sub-aracnóideo) é real, contendo
mais um fator de proteção da medula, o líquor – líquido céfalo-raquidiano.
Inicialmente encontramos, em uma linha mediana, anteriormente a fissura mediana anterior, e posteriormente o
sulco mediano posterior, que se prolonga até a substância cinzenta através do septo mediano posterior.
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Os sulcos presentes na substância branca mediana delimitam áreas denominadas funículos. Sendo assim temos:
Funículo Anterior: Localizado entre a Fissura Mediana Anterior e o Sulco Colateral Anterior;
Funículo Lateral: Localizado entre o Sulco Colateral Anterior e o Sulco Colateral Posterior;
Funículo Posterior: Localizado entre o Sulco Mediano Posterior e o Sulco Colateral Posterior;
Quanto a substância cinzenta raquidiana, apresenta-se na forma de “H”, o H Medular. Nele podem ser
diferenciadas uma coluna anterior e uma coluna posterior, delimitadas por uma comissura intermediária. No
centro da substância cinzenta encontra-se o canal ependimário, por onde circula líquor.
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Divisão
É subdividido em três andares: o inferior ou bulbo, o médio ou ponte e o superior ou mesencéfalo.
Origem Embriológica
O tronco encefálico é derivado das vesículas encefálicas mais caudais. Assim temos que:
Localização
Localiza-se na fossa craniana posterior, interposto ao cérebro e a medula espinhal.
Limites
É delimitado através de 3 planos:
Plano Superior: Plano horizontal que passa pelos corpos mamilares e vai até a comissura posterior. Separa o
tronco do diencéfalo;
Plano Lateral: É definido como a origem aparente do nervo trigêmeo (V PC);
Plano Inferior: Separa o tronco da medula espinhal, estando localizado a nível do forame magno.
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Face Anterior
O bulbo apresenta em sua face anterior 3 depressões:
Área Bulbar Anterior: Localizada entre a fissura Mediana anterior e o sulco pré-olivar. Na sua superfície
encontramos as pirâmides bulbares, um intumescimento formado por fibras motoras. Na região inferior
encontramos um cruzamento oblíquo de fibras motoras que cobrem a fissura mediana anterior, que garante
que o hemicorpo seja controlado pelo lado oposto do cérebro. A esse cruzamento é dado o nome de
decussação motora.
Área Bulbar lateral: Localizada entre o sulco pré-olivar e o pós-olivar. Observa-se em sua superfície uma
eminência de cada lado denominadas olivas bulbares.
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8.1.2 - Ponte
Delimitação
Limite Inferior: Sulco Bulbopontino (visível apenas anteriormente). Faz limite com o bulbo.
Limite Superior: Sulco pontomesencefálico (visível apenas anteriormente). Faz limite com o mesencéfalo.
Face Anterior
Apresenta um sulco medial denominado Sulco Basilar, onde aloja-se a artéria Basilar. Ao lado do sulco
encontramos, de cada lado, o tóros piramidal, e ainda mais lateral encontra-se a origem aparente do V PC, o
nervo trigêmeo.
8.1.3 - Mesencéfalo
Delimitação
Limite Inferior: Sulco pontomesencefálico (visível apenas anteriormente). Faz limite com a ponte.
Limite Superior: Plano que liga os corpos mamilares à comissura posterior. Limita-se com o diencéfalo.
Face Anterior
Em um corte transversal do mesencéfalo vemos os
pedúnculos cerebrais anteriormente, divididos em
uma porção ventral chamada de Base do pedúnculo
e uma dorsal chamada de Tegmento. Interpondo-se
ao tegmento e a base dos pedúnculos encontra-se a
Substância Negra, aglomerado de neurônios com
deposição de melanina, responsáveis pelo mal de
Parkinson caso lesões degenerativas ocorram neles.
Entre os pedúnculos encontramos a Fossa
Interpeduncular e posteriormente o Aqueduto de
Sylvius.
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A área bulbar posterior (a anterior e a lateral são vistas na face anterior) é delimitada pelo sulco mediano
posterior e pelo sulco lateral posterior. Ela é subdividida, pelo sulco intermediário posterior em dois fascículos:
Fascículo de Goll: Também chamado de fascículo Grácil, localiza-se medialmente, entre o sulco mediano
posterior e o sulco intermediário posterior;
Fascículo de Burdach: Também chamado de fascículo Cuneiforme, localiza-se lateralmente, entre o sulco
intermediário posterior e o sulco lateral posterior;
Na região superior de cada fascículo encontra-se uma saliência de tecido nervoso, que para o fascículo grácil é
chamada de Tubérculo de Goll e para o fascículo cuneiforme, Tubérculo de Burdach. Os feixes que trazem
informações para os tubérculos carregam informações de propriocepção consciente, um tipo de sensibilidade
especial que permite saber onde está cada segmento do corpo sem que precisemos olhar para os mesmos.
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Localização
Está localizado entre o tronco cerebral e o cerebelo, podendo ser visto em um corte sagital, em forma de
triângulo ou em um corte coronal, em forma de losango, sendo dividido em dois triângulos, um superior e outro
inferior.
Limites
Limite Ínfero-lateral: Pedúnculos Cerebelares Inferiores;
Limite Súpero-lateral: Pedúnculos Cerebelares Superiores;
Limite Lateral: Forames de Lutschka;
Limite Superior: Aqueduto Mesencefálico de Sylvius (ânus aquedutal inferior);
Limite Inferior: Óbex, um conglomerado de neurônios com funções viscerais e que é o local de abertura do
canal ependimário da medula no IV ventrículo;
Teto: Véu Medular Inferior ou Posterior e Véu Medular Superior ou Anterior;
Assoalho: Fossa Rombóide. Seu 1/3 inferior forma uma triângulo, que é representado pela porção aberta do
bulbo, e seus 2/3 superiores formam outro triângulo, representado pela face posterior da ponte.
No triângulo superior encontramos a cada lado do Cálamos uma saliência, chamada de Funículo Teres, que se
acaba caudalmente em uma pequena eminência chamada de Colículo facial ou Eminência Teres. Profundamente
ao colículo facial encontra-se o núcleo do nervo abducente, e não o do facial como era de se esperar.
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Quanto ao triângulo inferior, apresenta diversas regiões chamadas de trígonos ou Asas do IV Ventrículo:
Trígono do Hipoglosso (Asa Branca Interna): É o trígono mais medial e corresponde ao núcleo do nervo
hipoglosso (XII PC);
Trígono do Vago (Asa Cinzenta): É lateral ao trígono do hipoglosso e corresponde aos núcleos dos nervos
vago (X PC) e Glossofaríngeo (IX PC);
Área Vestibular (Asa Branca Externa): É Lateral ao trígono do vago, relacionando-se com o equilíbrio;
Tubérculo Acústico: É a estrutura mais lateral de todas, sendo relacionada com a audição;
Existem ainda as Estrias Medulares, na região medial e horizontalizadas, como que divisoras entre os dois
triângulos (superior e inferior).
Comunicações do IV Ventrículo
O IV Ventrículo comunica-se superiormente com o
Aqueduto mesencéfálico de Sylvius e inferiormente
com o Canal Central do Bulbo.
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Capítulo 9 – Cerebelo
O cerebelo é um órgão Supra-segmentar do sistema nervoso central. Ele apresenta uma camada externa
constituída de substância cinzenta, o córtex cerebelar, e uma camada mais interna de substância branca, o corpo
medular. Origina-se da vesícula metencefálica, que é derivada do rombencéfalo.
Face Anterior: Está voltada para o IV ventrículo, fazendo parte de seu teto;
Face Inferior: Voltada para as fossas cerebelares do osso occipital;
Face Superior: Voltada para a face inferior da tenda do cerebelo.
Pedúnculos Cerebelares
Do centro da face anterior do cerebelo observa-se 3 cordões de substância branca que o conectam com o
restante do sistema nervoso central. São eles:
Pedúnculo Cerebelar Superior: Predominantemente eferente. Comunica-se com o mesencéfalo;
Pedúnculo Cerebelar Médio: Comunica-se com a ponte;
Pedúnculo Cerebelar Inferior: Predominantemente aferente. Comunica-se com o bulbo.
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Aprendizagem de
Lobo Posterior menos
Neocerebelo Denteado Córtex Cerebral movimentos, coordenação Cortical
Pirâmide e Úvula
e metria
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V1-Fissura. O. S.
Mesencéfalo Sensibilidade da pele da
V2-Forame Redondo
V N. Trigêmeo
Ponte Face Lateral da ponte
V3-Forame Oval
face e motricidade dos m.
Bulbo da mastigação
Raiz Motora: F. Oval
VI N. Abducente Ponte Sulco Bulbopontino Fissura Orbital Superior Músculo Reto lateral
Mímica, gustação dos 2/3
VII N. Facial Ponte Sulco Bulbopontino Forame Estilomastóideo anteriores da língua e
Glândulas **
Vestibulo-Equilíbrio
VIII N. Vestibulococlear Ponte Sulco Bulbopontino Não Possui
Coclear-Audição
Gustação do 1/3 posterior
IX N. Glossofaríngeo Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular da língua e sensibilidade da
orofaringe
Motricidade da faringe.
X N. Vago Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular Inervação parassimpática
***
Esternocleidomastóideo e
XI N. Acessório Bulbo Sulco Pós-olivar Forame Jugular
trapézio
XII N. Hipoglosso Bulbo Sulco Pré-olivar Canal do Hipoglosso Motricidade da língua
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Capítulo 11 – Diencéfalo
O diencéfalo é uma estrutura encontrada no plano mediano, sendo visualizada apenas na parte inferior do
cérebro (de quem faz parte, juntamente com o telecéfalo). Anteriormente a ele encontra-se a hipófise e
posteriormente a epífise (pineal).
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Capítulo 12 – Telencéfalo
Subdivisão:
Profundamente
Centro Branco Medular
Núcleos da Base
Superficialmente
Córtex Cerebral
1. Fórnix: Une o hipocampo aos corpos mamilares. Integra o circuito de Papez (emoção e comportamento).
2. Cápsula Interna: Contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras
formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e
tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir
a coroa radiada.
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Sintopia Latero-Medial
1. Córtex Cerebral
2. Cápsula Extrema
3. Núcleo Cláustrum
4. Cápsula Externa
5. Putamen do Núcleo Lentiforme
6. Lâmina Medular Lateral
7. Globo Pálido Lateral do Núcleo Lentiforme
8. Lâmina Medular Medial
9. Globo Pálido Medial do Núcleo Lentiforme
10. Cápsula Interna
11. Anteriormente: Núcleo Caudado, Posteriormente: Tálamo
12. Terceiro Ventrículo
*Cauda do Núcleo Caudado
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Dois hemisférios, direito e esquerdo, subdivididos pela fissura longitudinal do cérebro. Três pólos, um anterior,
denominado frontal, um latero-inferior denominado temporal, e um posterior, o occipital.
Lobo Frontal
Apresenta-se dividido em 5 lobos. Quatro destes são visíveis na face externa do cérebro: frontal, parietal,
temporal e occipital. Apenas um, a insúla, está profundamente
à superfície. Pode-se enxergá-lo afastando-se os lábios da
fissura lateral de Sylvius.
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1. Giro Pré-central
2. Giro Frontal Superior
3. Giro Frontal Médio
4. Giro Frontal Inferior
5. Giro Temporal Superior
6. Giro Temporal Médio
7. Giro Temporal Inferior
8. Giro Pós-central
9. Lóbulo Parietal Superior
10. Lóbulo Parietal Inferior
11. Giro Supramarginal
12. Giro Angular
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Corpo Caloso: Dividido em quatro porções (tronco, esplênio, joelho e rosto). Forma o teto dos ventrículos laterais.
Comissura Anterior: Conecta os dois bulbos olfatórios e as áreas piriformes. Une-se ao quiasma óptico pela
lâmina terminal.
Fórnix ou trígono: É formado por duas metades simétricas e laterais. A extremidade anterior, colunas do fórnix,
termina nos corpos mamilares, e a extremidade posterior, pernas do fórnix, termina no hipocampo.
Septo Pelúcido: Cavidade encontrada entre duas lâminas verticais de tecido nervoso, que ligam o fórnix ao corpo
caloso.
Áreas Corticais Primárias
Centro Cortical Motor (homúnculo de penfield)
Anterior a fissura central de Rolando
Sensibilidade da Genitália Externa, perna e pé
Posterior a fissura Central de Rolando
Sistema Límbico (emoções)
Giro do Cíngulo
Centro do Prazer
Área Septal
Centro Cortical da Visão
Fissura Calcariana
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Ventrículos Laterais: São dois ventrículos, um esquerdo (I) e outro direito (II), constituídos por uma grande
porção central, chamada de corpo, da onde se originam três expansões, denominadas cornos, uma para cada
pólo cerebral. Cada ventrículo lateral comunica-se com o III Ventrículo através de um forame interventricular de
Monro.
Terceiro Ventrículo: Anteriormente já explicado, é a cavidade do diencéfalo, tendo a maior parte de seus limites
formadas por ele. Comunica-se inferiormente com o IV ventrículo através do aqueduto de Sylvius.
O líquor é produzido pelos plexos coróides, localizados internamente aos ventrículos encefálicos. Cerca de 95%
dele é formado nos ventrículos laterais. Desses ventrículos, o líquor passa para o III ventrículo através do forame
interventricular de Monro. O líquor então passa para o IV ventrículo através do aqueduto mesencefálico de
Sylvius. No IV ventrículo o líquor passará para o espaço subaracnóideo através de 3 aberturas. Duas laterais,
denominadas forames de Lutchska, e uma medial, o forame de Magendie. No espaço subaracnóideo, o líquor
encontrará diversas cisternas, tais como a magna (cerebelo-medular), pontina etc, e então se dirigirá parte para o
espaço subaracnóideo da medula e outra parte para o seio sagital superior. A parte que dirigiu-se para a medula,
voltará a subir e então também se dirigirá ao seio sagital superior. O líquor então é reabsorvido pelo seio sagital
superior através das granulações aracnóides. Do seio sagital superior, o líquor seguirá juntamente com o sangue
venoso para a confluência dos seios, seio transverso, seio sigmóide e passará então para a veia jugular interna. A
veia jugular interna se juntará com a jugular externa e com a veia subclávia e formará a veia braquiocefálica
(direita e esquerda). As duas veias braquiocefálicas se juntarão formando a veia cava superior que desembocará
no átrio direito do coração (ver seios da dura-máter e drenagem venosa do encéfalo).
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Elas funcionam como barreiras naturais de defesa de nosso sistema nervoso, protegendo-o contra
microorganismos, agentes químicos e inclusive traumatismos. Em uma sintopia de superficial para profunda na
cabeça, encontramos: pele, crânio, dura-máter, aracnóide, pia-máter e tecido nervoso. Entre as meninges ainda
existem espaços, que serão vistos depois.
Dura-máter: É a meninge mais superficial e espessa. É ricamente inervada, ao contrário das outras meninges e
do tecido nervoso, que não possuem terminações nervosas. Logo, cefaléias são em geral decorrentes da dura-
máter.
A dura-máter possui dois folhetos, um externo, que é ricamente vascularizado (artéria meníngea média) e outro
interno. Na coluna vertebral porém, somente um folheto se continua, o interno. É importante ressaltar que o
periósteo interno do crânio, aquele que está em contato com o folheto externo da dura-máter, não possui
osteoblastos e, portanto, não tem a capacidade de regeneração. Isso é extremamente importante pois a
formação de calos ósseos internamente ao crânio poderia causar compressão no tecido nervoso.
Existem pontos onde ocorrem projeções para dentro do encéfalo do folheto interno da dura-máter: são as
chamadas pregas durais. Existem ainda pontos em que o folheto interno se desprende do externo, formando os
seios da dura-máter.
Pregas Durais:
Seios Durais:
Da abóbada craniana:
Seio Sagital Superior: Ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro e acaba na
confluência dos seios;
Seio Sagital Inferior: Ímpar e mediano, percorre a margem livre da foice do cérebro, terminando no seio
reto;
Seio Reto: Impar e mediano, localizado no ângulo de união da foice do cérebro coma atenda do cerebelo.
Recebe em sua extremidade anterior a veia cerebral Magna e o seio sagital inferior e acaba na
confluência dos seios;
Seio Occipital: Pequeno, irregular e impar, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do
cerebelo, acabando na confluência dos seios;
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Da base do crânio:
Seio Esfenoparietal: Par, percorre a face interior da pequena asa do esfenóide, acabando no seio
cavernoso;
Seio Cavernoso: Par, localizado em cada lado do corpo do esfenóide e da sela túrcica;
Seio Intercavernoso: Par, faz a união dos dois seios cavernosos;
Seio Petroso Superior: Par, localizado de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo, acabando
no seio sigmóide.
Seio Petroso Inferior: Par, localiza-se ao longo do sulco petroso inferior, acabando na veia jugular interna;
Plexo Basilar: Ímpar, ocupa a porção basilar do osso occipital. Comunica-se com o seio cavernoso
anteriormente e acaba no plexo venoso vertebral;
Seios da abóbada craniana
Seios da base do crânio
Capítulo 12.11 –
OBS: Ver Drenagem Venosa do Encéfalo 42
A artéria carótida interna segue como um ramo da bifurcação da carótida comum (o outro ramo é a carótida
externa). A artéria carótida comum direita tem origem no tronco braquiocefálico, enquanto a esquerda é ramo
direto do arco aórtico. Ao subirem em direção ao pescoço as artérias carótida interna e externa não seguem a
ordem conforme seu nome as designa: a artéria carótida interna é mais lateralizada e, portanto, mais externa,
enquanto a carótida externa é mais medial e, portanto, mais interna. Isso é de grande valia para a identificação
rápida dessas duas artérias a nível do pescoço. Outro recurso que ainda pode ser utilizado é a observação dos
ramos de cada artéria. A carótida externa, por vascularizar a face e o pescoço, possui inúmeros ramos nessa
região, enquanto a carótida interna só soltará seus primeiros ramos já intra-cranialmente, impossibilitando a
identificação dos mesmos a nível do pescoço.
Ao chegar ao encéfalo, a carótida interna se horizontalizará. Seu primeiro ramo será a artéria oftálmica, que
vasculariza a retina. Depois, a carótida interna dará seus dois maiores e principais ramos: a artéria cerebral
anterior e a artéria cerebral média. A cerebral anterior vasculariza toda a face medial do cérebro, enquanto a
cerebral média, toda a face súpero-lateral. É de extrema importância saber as áreas de atuação dessas artérias
para sabermos possíveis seqüelas que os pacientes possam a vir ter caso ocorra lesão nessas. Por exemplo: se o
paciente tiver lesão na artéria cerebral média, o principal sintoma que deverá ser observado pelo médico são
seqüelas na motricidade do membro superior, face e tronco, já que a face súpero-lateral do cérebro possui uma
importante área cortical motora responsável pelos movimentos que foram perdidos.
A artéria cerebral anterior também dará um ramo de grande valia, a artéria comunicante anterior. Juntas, a
artéria comunicante anterior e a comunicante posterior, que em seguida veremos que é ramo da artéria cerebral
posterior, interligam o polígono de Willis. Essa ligação é muito importante, pois dependendo do nível de
determinada lesão em alguma artéria, o outro lado, através das artérias comunicantes, poderá suprir a deficiência
ocorrida e o paciente se quer notará seqüelas.
A artéria cerebral média também dará alguns ramos importantes. Tratam-se das artérias lentículo-estriadas. Essas
pequenas artérias, que vascularizam o corpo estriado (núcleos da base), possuem parede muito fina. Logo,
aumentos de pressão intracranianos podem afetá-las e estourá-las, acarretando sérias conseqüências para o
paciente.
Finalizada a descrição da região anterior do polígono (carotídea), passemos para a região posterior (artérias
vertebrais).
As artérias vertebrais originam-se na artéria subclávia, que é ramo do tronco braquicefálico na direita e ramo
direto do arco aórtico na esquerda. As artéria vertebrais sobem em direção ao pescoço e largam seus primeiros
ramos. Medialmente encontramos a artéria espinal anterior e lateralmente encontramos duas artérias espinais
posteriores. As artérias espinais fazem a irrigação sanguínea da medula espinhal. O terceiro ramo das artérias
vertebrais é chamado de artéria cerebelar ínfero-posterior.
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Drenagem Venosa
A drenagem venosa do encéfalo é intimamente relacionada com os seios da dura-máter, exigindo conhecimento
prévio dos mesmos, já que o sangue drenado pelas veias encefálicas dirige-se a esses seios para ser encaminhado
posteriormente para a veia jugular interna.
As veias encefálicas, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo em geral, maiores e mais calibrosas
que elas. Elas dividem-se em dois sistemas: um superficial e outro profundo.
Sistema Venoso Superficial: É constituído por veias superficiais superiores, que desembocam no seio sagital
superior e inferiores, que desembocam no seio petroso superior. Três veias são de grande importância:
Sistema Venoso Profundo: Compreende as veias que drenam regiões profundas do encéfalo. Suas três principais
veias são:
Em resumo: O sangue é drenado no encéfalo através de dois sistemas de veias, um superficial e outro profundo,
para os seios da dura-máter. Os seios da dura-máter, conforme já explicado anteriormente, dividem-se em seios
da abóbada craniana e da base do crânio. Comecemos pelos seios da abóbada:
O sangue circulante no seio sagital superior, que recebe sangue da veia cerebral média e da veia de Trolard e
líquor através das granulações da aracnóide, é drenado para a confluência dos seios. A confluência dos seios nada
mais é que a união de três seios: o sagital superior, o reto e o occipital. O sangue, portanto, também é drenado do
seio occipital para a confluência dos seios, assim como ocorre com o seio reto. O seio reto é formado pela união
de um seio, o sagital inferior, e por uma veia, a Cerebral Magna. A veia cerebral magna, que pertence à drenagem
venosa profunda do encéfalo, é formada pela união das veias Cerebral Interna e Basal.
Da confluência dos seios, o sangue parte para o seio transverso, um direito e outro esquerdo, que recebem
sangue das veias anastomóticas de Labbé, e então para o seio sigmóide que fará uma espécie de curva em “S” e
passará pelo forame jugular formando a veia jugular interna.
Quanto aos seios da base, eles são assim descritos: Um dos principais seios da dura-máter é o seio cavernoso
(par). Ele recebe sangue do seio esfeno-parietal (par) e da veia oftálmica. A veia oftálmica, que drena a retina,
drena ainda parte do sangue que provém da veia facial. Os dois seios cavernosos comunicam-se entre si através
do seio intercavernoso. Dos seios cavernosos, o sangue tem três caminhos: ou passa para o seio petroso superior,
e daí para o seio sigmóide; ou passa para o seio petroso inferior, e daí diretamente para a veia jugular interna; ou
para o plexo basilar, que drenará o sangue para o plexo venoso vertebral. Das veias jugulares internas, o sangue
parte para a veia braquiocefálica (direita e esquerda), que são formadas pela união das veias jugular interna,
jugular externa e subclávia (ângulo venoso). A união das duas veias braquiocefálicas formará a veia cava superior,
que drenará o sangue para o átrio direito do coração.
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Base do Crânio
Abóbada Craniana
Superfície Cerebral
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Referências Bibliográficas
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