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FISIOPATOLOGIA EM

REUMATOLOGIA

FIBROMIALGIA
(FM)

Profª Fabiana Cahú


INTRODUÇÃO

 1850: Froriep relatou que pacientes com


reumatismos apresentavam pontos endurecidos em
seus músculos e dolorosos à pressão

 1904: Gowers denominou estes pontos de fibrosite.


 Ausência de inflamação local e alterações sistêmica
 Relacionou o quadro com alterações do sono e presença
de fadiga
INTRODUÇÃO
 Anos 70 - Smythe e Moldofsky: observaram que
certas localidades anatômicas eram mais dolorosas
em portadores de fibromialgia, denominando-as de
tender points
 Fibromialgia
DEFINIÇÃO

Síndrome dolorosa difusa crônica (3


meses), não inflamatória, de
etiologia desconhecida, com
“tender points” característicos.
DIAGNÓSTICO
 1990 - Colégio
Americano de
Reumatologia
estabeleceu critérios de
classificação da doença
 Dor bilateral existente
em pelo menos 11 dos
18 pontos dolorosos
TENDER POINTS

Inserção do
músculo
occipital Ponto
médio do
bordo
superior
do
trapézio

Origem do
supraespinho
so acima da
espinha da
escápula
Região cervical
baixa- aspecto
anterior dos
espaços
intertransversos
entre C5-C7

Segundo
espaço
costocondral
Epicondilo lateral Grande trocânter –
– 2 cm distal ao posterior à
epicôndilo proeminência
torcantérica
Gluteos –
quadrante superior
externo

FIBROMIALGIA
(FM)

Joelhos –
bolsa
gordurosa,
próximo à linha
articular
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
 Dor generalizada por pelo menos 3 meses
 Presença de dor em pelo menos 11 dos 18 pontos
dolorosos

Sintomas associados:
 Rigidez matinal

 Fadiga

 Distúrbio do sono

 Alterações do humor: Depressão + Ansiedade

 Cefaléia

 Parestesias

 Síndrome do cólon irritável


DIAGNÓSTICO
 Investigações laboratoriais e os métodos de
imagem são irrelevantes
 Servem apenas para exclusão de outras condições
clínicas
 O diagnóstico é puramente clínico, não existe
complementares que favoreçam sua realização

EXAME DOS PONTOS DOLOROSOS


+
HISTÓRIA CLÍNICA DETALHADA
EPIDEMIOLOGIA

 Prevalência total na população adulta 0,5 a 5%


 Mulheres – 9:1 homens - 70 a 90% dos pacientes
 Brancos > 90% dos pacientes
 Idade – 30 a 50 anos (média)
 Acomete pessoas de maior poder aquisitivo
ETIOPATOGENIA
 Considerada uma manifestação somática do estresse
 Serotonina – neurotransmissor que tem papel
fundamental na regulação do sono profundo e bem
estar - Controla os níveis da Substância P
 Substância P – inibe a descarga de nervos sensoriais
em níveis normais de Serotonina – controla a dor

Fibromiálgicos - ↓ serotonina - ↑ Substância P


 hiperalgesia = dor
TRATAMENTO
 EDUCAÇÃO DO PACIENTE:
 Fibromialgia é uma doença “real” e objetiva
 Não existe uma doença “séria” por trás dos
sintomas
 A doença não é de caráter inflamatório
 Apesar de doença “real”, o paciente tem
controle sobre muitos componentes que podem
modular os sintomas - comportamento
TRATAMENTO
 Antidepressivos: pequenas quantidades levam a
bons resultados
 Melhoram a dor, o sono e o ânimo
 Os anti-depressivos tricíclicos (amitriptilina e
clorimipramina – mais eficazes)
 Fluoxetina – controlam os níveis de serotonina

 Psicoterapia
EXERCÍCIOS AERÓBICOS
 Melhoram o condicionamento
muscular
 Melhora a qualidade do sono
 Aumenta a liberação de
endorfinas
 Devem ser de baixo-impacto,
início gradual
FISIOTERAPIA
 Massagem
 Calor local
 Hidroterapia
 Terapias em estudo
 TENS
 Acupuntura
CAPSULITE
ADESIVA
(OMBRO CONGELADO)
INTRODUÇÃO

Patologia comum que pode


levar a uma severa
incapacidade funcional, com
conseqüente perda dos
movimentos ativos e
passivos na articulação
glenoumeral
CARACTERÍSTICAS

 A cápsula articular torna-se:


 Espessa
 Contraturada

 Inelástica e friável

 Líquido sinovial normal


 Volume articular ↓ (3-15ml) – Normal: 20-25ml
SINAIS E SINTOMAS

 Dor intensa ao repouso e à noite

 Restrição de todos os movimentos do ombro,


pp: flexão, RI e RE e abdução

 Perda progressiva dos movimentos

 Evolução não inferior a 6 meses


ETIOPATOGENIA

 Liberação de neuromediadores da dor


 Diminuição da microcrculação
 Aumento do transudato e liberação de
fibroblastos
 Acúmulo de substâncias que ativam
nociceptores
 Pode ser primária ou secundária a um trauma ou
lesão do ombro
FASES DA DOENÇA
 1ª FASE: fase dolorosa
 Inicio insidioso, gradual e dor mal localizada no ombro
 Dor intensa, constante, agravada com o movimento
 Perda rápida das ADM
 2ª FASE: fase de congelamento
 Dificuldade em afastar o MS do tronco
 Dor contínua
 Rigidez articular – limitação dos movimentos até 90°
 3ª FASE: fase do descongelamento do ombro
 Alívio da dor
 Retorno gradual dos movimento do ombro
 Progressiva recuperação das ADM
DIAGNÓSTICO

 RX: pode apresentar redução do espaço articular –


Retração capsular

 Artrografia = avalia a integridade do manguito


rotador e a capacidade de volume articular do
ombro (normalmente ↓)

 Cuidado com os testes específicos – todos darão +


TRATAMENTO
 Analgésicos

 Antiinflamatórios

 Bloqueio anestésico do nervo supra-escapular: nervo


responsável pela invervação da cápsula articular – leva à
analgesia  facilitando a reabilitação

 Fisioterapia: analgesia, termoterapia (vasodilatação e


distensibilidade da cápsula) e recuperação da ADM
(exercícios passivos + mobilização articular)

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