A07 EspecRolamentos

08/05/2018
Prof. Eng. Emerson O. Batista
A07 – Especificação de Rolamentos
Elementos de Máquina II
Elementos de Máquina 2
Prof. Me. Eng. Emerson de Oliveira Batista
1
Processo de Dimensionamento
• Definição inicial:
– Carga
• Tipo de solicitação a que está sujeito
– Pode ser 2 tipos:

• Carga Estática
– Quando o rolamento estiver atuando parado ou com oscilações.
– Dimensionado pela capacidade de carga estática (Co)
• Carga Dinâmica
– Quando o rolamento atuar com movimento (𝑛 ≥ 10 𝑟𝑝𝑚)
– Dimensionado pela capacidade de carga dinâmica (C)
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08/05/2018
Processo de dimensionamento
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• Capacidade de Carga Estática (Co)
– Carga que provoca uma deformação plástica no elemento rolante e
na pista.
– Deformação da ordem de 1/10.000 do diâmetro do elemento
rolante.
– Em condições normais de oscilação, isso corresponde a uma
pressão de superfície de 4.000 Mpa
𝐶𝑜 = 𝑓𝑠 ∙ 𝑃𝑜
Onde:
Co → capacidade de carga estática [N]
fs → fator de esforços estáticos [adimensional]
Po → carga estática equivalente [N]
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• Fator de Esforços Estáticos
– Coeficiente de Segurança usado para preservar a ocorrência de
deformações plásticas excessivas nos pontos de contato (corpos rolantes
e pista)
𝐶𝑜
𝑓𝑠 =
𝑃𝑜
Co → Capacidade de Carga Estática [kN]
Po → Carga estática equivalente [kN]
– Indicados os valores abaixo (depende do fabricante):

• 1,5 ≤ 𝑓𝑠 ≤ 2,5 para exigências elevadas
• 1,0 ≤ 𝑓𝑠 ≤ 1,5 para exigências normais
• 0,7 ≤ 𝑓𝑠 ≤ 1,0 para exigências reduzidas
5
• Capacidade de Carga Estática (Co)
– Suposta carga resultante
– Determinada com base nas cargas axiais e radiais atuando
simultaneamente no rolamento.
– Quando o rolamento for solicitado por uma carga radial ou axial
isoladamente, esta será a carga equivalente.
– Para cargas simultâneas, utiliza-se:
𝑃𝑜 = 𝑋𝑜 ∙ 𝐹𝑟 + 𝑌𝑜 ∙ 𝐹𝑎
Onde:
Po → carga estática equivalente [N]
Xo → fator radial [adimensional]
Yo → fator axial [adimensional]
Fr → carga radial [N]
Fa → carga axial [N]
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08/05/2018
• Capacidade de Carga Dinâmica (C)
– Carga na qual 90% de um lote de rolamentos chega a um milhão de
rotações (sem sinais de fadiga).
– Valores tabelados em catálogos
– Calculado por:
𝑓𝑙
𝐶= ∙𝑃
𝑓𝑛
Onde:
C → capacidade de carga dinâmica [N]
P → carga dinâmica equivalente [N]
fn → fator de rotação [adimensional]
fl → fator de esforços dinâmicos [adimensional]
7
• Carga Dinâmica Equivalente
– Quando ocorre atuação simultânea de cargas radiais e axiais
no rolamento.
– Calculada por:
𝑃 = 𝑥 ∙ 𝐹𝑟 + 𝑦 ∙ 𝐹𝑎
Onde:
Fr → carga radial [N]
Fa → carga axial [N]
x → fator radial [adimensional]
y → fator axial [adimensional]
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• Exposição a altas temperaturas:
– Necessidade de um fator que comporte a questão térmica
envolvida:
𝑓𝑙
𝐶= ∙𝑃
𝑓𝑛 ∙ 𝑓𝑡
– Onde:
• C → Capacidade de carga dinâmica [kN]
• P → Carga dinâmica equivalente [kN]
• fl → fator de esforços dinâmicos

• fn → fator de rotação
• ft → fator de temperatura de trabalho
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• Fator de temperatura de trabalho
– Depende da temperatura de serviço
Tmax [ºC] 120 200 250 300

ft 1,0 0,73 0,42 0,22
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08/05/2018
• Norma DIN ISO 622
– Baseada na qualidade dos aços e influência da lubrificação
– Duração até a fadiga
𝐿𝑛𝑎 = 𝑎1 ∙ 𝑎2 ∙ 𝑎3 ∙ 𝐿𝑛
Onde:
𝐿𝑛𝑎 → duração até a fadiga [h]
𝑎1 → fator de probabilidade
𝑎2 → fator de matéria prima

𝑎3 → fator das condições de serviço
𝐿𝑛 → Vida nominal do rolamento [tabela]
11
• Fator a1
– Probabilidade de falha
Pfalha [%] 10 5 4 3 2 1
Duração L10 L5 L4 L3 L2 L1
a1 1,0 0,62 0,53 0,44 0,33 0,21
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• Fator a2
– Características da matéria prima e seu tratamento térmico

• Aços de alta qualidade (FAG)
– 𝑎2 = 1
• Fator de altera em altas temperaturas de trabalho
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• Fator a3
– Condições de serviço
• Afetam a vida útil do rolamento
– Elementos ambientais que afetam
» Ambiente de funcionando limpo
» Lubrificação adequada
» Carga atuante não excessiva
• Reconhecimento de mal dimensionado
– Existência de “pittings” nas pistas

» Erosão produzida por cavitação
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• Fator a23
– Combinação dos dois fatores anteriores
• Adequação de matéria prima
• Condições de serviço
𝑎23 = 𝑎2 ∙ 𝑎3
• Fator definido pelo diagrama que combina Viscosidade relativa e

diâmetro médio do rolamento.
– Aplicação dos diagramas da norma
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• Diagrama 01
– Viscosidade relativa por
diâmetro médio do
rolamento
16
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08/05/2018
Exemplo 01
Para um rolamento cujo diâmetro
médio é 60 [mm] trabalhando em
uma rotação de 360 [rpm],
determine a viscosidade relativa a
ser utilizada no óleo lubrificante a
ser aplicado. 48
Resposta: 48 cSt.
60
17
• Diagrama 02
– Viscosidade relativa por
Temperatura
• Permite determinar a
viscosidade do
lubrificante a ser
utilizado.
– Deve-se conhecer:
• Temperatura de serviço
• Viscosidade cinemática
do óleo a 40ºC
18
9
08/05/2018
Exemplo 02
Para um rolamento que trabalha
em um mecanismo a 70ºC com um 70
lubrificante que a 40ºC tem
viscosidade 180 cSt, determinar a
viscosidade de serviço.
Resposta: 48 cSt.
48
19
• Diagrama 03
– Fator a23
• Fator combinado material e
temperatura.
– Deve-se conhecer:
• Viscosidade relativa
(diagrama 1)
• Viscosidade de trabalho
(diagrama 2)
– Calcula-se
• Relação das viscosidades
𝑣
𝑋=
𝑣1
20
10
08/05/2018
• Diagrama 03
– Área 1: escura
• Durabilidade permanente
para condições ideais de
serviço.
– Área 2: cinza
• Usado na prática
• Mais importante
• Uso de lubrificação e
aditivos adequados
21
Exemplo 03
Aplicando o diagrama 3.
48
𝑋= = 1,0
48 Otimista
1,50
Pessimista
0,75
1,0
22
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08/05/2018
• Norma DIN ISO 281
– Baseada na fadiga.
𝑝
𝐶
𝐿10 =𝐿= 106 𝑟𝑜𝑡𝑎çõ𝑒𝑠
𝑃
Onde:
L10 ou L → vida nominal [106 rotações]
C → capacidade de carga dinâmica [N] - tabelado
p → expoente de duração da vida
23
• Vida nominal expressa em horas:
𝐿 ∙ 106
𝐿ℎ10 = 𝐿ℎ = ℎ
𝑛 ∙ 60
Onde:
Lh10 ou Lh → duração de vida nominal [h]
L → vida nominal [106 rotações]
n → rotação [rpm]
24
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08/05/2018
Combinação de rolamentos
• Contato angular
– Par para execução universal como rolamento fixo
25
• Contato angular
– Par para fusos de execução universal como rolamento fixo
26
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08/05/2018
• Rolos cônicos
– Como rolamento fixo
27
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– Indicados os valores abaixo (depende do fabricante):

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• fl → fator de esforços dinâmicos

– Depende da temperatura de serviço

Tmax [ºC] 120 200 250 300

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𝑎2 → fator de matéria prima

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– Características da matéria prima e seu tratamento térmico

– Existência de “pittings” nas pistas

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• Fator definido pelo diagrama que combina Viscosidade relativa e

– Aplicação dos diagramas da norma

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