Professional Documents
Culture Documents
CONCELHO DE lAGOA
s.
1995
FI CHA TÉCNJCA
AUTOHES: Mü rio Varela Gomes , João Luís Ca rdoso e Francisco J.S. Al ves.
CAPA E ARRA NJO GRÁFICO: Mürio Vare l;1 Gomes
IL USTRAÇÃO: Fernando de Almeida (fig. 6H); Francisco j. S. Alves (fi gs. 1, 5H, 59, 70); Carlos Pe re ir;1Ca lli xto (fi gs.
43, 66); Hele na Figue iredo (fig . 25); Cristin a Gaspa r (figs. 4, 6, 26 , 53); Mário Vare la Gomes (figs. 2, 3, H, ] O, 13,
14, 16, 17, 1H, 19, 20,21, 24,27 , 2H, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 37, 38, 42 , 44, 46, 52, 54 , 55 , 56 , 57,60.61, 63\ An;1
Ma chado (fi gs. 11, 12, 23,36,4 5, 47, 4H, 50, 51 , 62, 64, 65, 67, 69); Ja ime Palhinha (figs. 9, 22 , 34, 49); Carl os Tavares
d a Sil va, An tú nia C. Soares e Joaquina Soares (fi gs. 39, 40); Estüc io da Ve iga (figs. 5, 7, J 5, 4 n
rOTO COMPOSJÇÃO , MONTAGEM , IMl'HESSÂO E ENCADER NAÇÃO: Gráfi ca Eumpam Ltd ."
Me lll Ma rtins, l'ortu g:11.
Índice
Apresenta ção .. ... ..... ..... ............... ... ..... ....... .. ............. ... ............ .. .... ...... ......... .... ............... p. 5
Introdu ção. ........ ..... ... ... .... ... ... ........ ....... ...... ... .... ..... ....... ... ... ..... .... ................................... p. 7
2. ln ven tá ri o. Estações, sítios e ac hados com inte resse arq ueológico .. .. .... ................. p. 29
3. Bibliog rafi a ............. .. ... ...... ... .. .. .. ... .... .... ..... .... .. .. ....... .. .. .... ...... .. ....... ... ..... ... .......... ...... p.99
Apresentação
Recordo-me de ter escrito e m 1987 q ue se ass istia a uma ruptura com valo res tradicionais ,
ao aparecimento de novos va lo res, à pe rda de referê ncias culturais e , cada vez mais,
permeabiliza mo-nos por va lores alhe ios , s urgindo assim a necessidade de desenvolver, a
nível da Câmara Municipal de Lagoa , acções de protecção e divulgação do nosso património
histó rico-cultural , de ta l forma que se relacio nava a vivificação do património com a
necessidade de redescobri-lo e dá-lo a conh ecer, conside rando da maio r importâ ncia a
actividade editorial, enquanto instrumento privilegiado para a promoção local e regional.
Muitas destas palavras, decorrida uma década, conservam, no contexto presente, a sua
ampla actualidade , e mbora se vislu mbre de alguns organ ismos , e sobretudo de muitas
autarquias locais , outra postura . Os cidadãos, por seu lado, tambélTl tê nl vindo a mostrar a
sua crescente preocupação e muitos são os que pretende m retomar caminhos , encarando
o presente como explicação do passa do e este como orie ntação de futuro, sem contudo
assumir revivalismos alheios ao progresso e ao desenvolvimento humano.
A Arqueologia e a História irmanam-se no aprofund ame nto das ligações cu lturais ao nosso
passado ...
Encetou , há alguns anos, a De legação Regio nal da Secre taria de Estado da Cultura uma
iniciativa que pretendia promove r os levantamentos arqueológicos dos diversos concelhos
do Algarve , infe lizmente não teve seq uência que possibilitasse chega r ao Co ncelho de Lagoa.
Compete também às autarquias promover o conhecimento, protege r e preservar o
patrimóni o histó rico-cultura l das suas áreas geográfi cas, procurando uma intervenção
sistemática dos va lores culturais e, naturalmente, do Património Arqueológico. Este , como
outros foram , é um passo mais nesta tarefa que temos de e mpreender de forma art iculada
e ntre estudiosos e as a utarqu ias.
5
Sentiu o Pe lo uro da Cultura da Câmara Municipal de Lagoa a necessidade de incentivar
e patrocionar a retoma daquela iniciativa d e Le vantame nto Arq ueológico do Algarve
relativamente ao se u Concelho. Tendo contactado o Arqtº Mário Vare la Gomes, mostrou este,
de pronto, a sua disponibilidade para encetar cam inhos de co laboraçâo conducentes a esta
me ritória tarefa. Va re la Gomes, profundo conhecedo r d os va lores arq ueo lógicos d o
Concelho - há mais de uma vinte na de anos qu e e mpree nde ra estudos sobre o Neolítico
n esta á rea geográfica e, nomeadame nte , nos sítios d a Ca ra muje ira e Are ias das Almas. Apesar
de um afastamento relativo à edili dade dura nte qu ase uma década , continuou a dedicar
ate nção aos va lores arqu eológicos do Concelho de Lagoa. Assim , fo i co m mútu o ag rado ,
pe nso, qu e se enta bulo u um pro fícu o relacio name nto, qu e espe ra mos conduza a outros
sucessos.
Desta fe ita e mpree ndeu o Levantamento Arqu eológico d o Co ncelho d e Lagoa , e m
cola boração com o utros auto res , João Luís Cardoso e Francisco J. S. Al ves, a qu e m d esejo
expressar o mais vivo ag radecime nto desta autarquia.
Com a edição d este Leva nta me nto Arqu eológico do Alga rve - Concelho de Lagoa ,
prestam Mário Va re la Go mes e os dois co-auto res um inestimáve l se rviço <1 Arq ueologia e
à Histó ria d o Concelho . Este Leva nta me nto não é certa me nte um estudo de finitivo, p leno ,
mas passa rá a ser indubitave lme nte uma d as principa is fontes da historiografia loca l, u m
marco de consulta imprescindível, e ncontrando-se elementos que, no mo me nto , se procura ra m
até à exa ustão e constitu e m peças d e extre mo va lo r pa ra explica r desde as ma is re motas
oc upações d este te rritó rio até patrimó nio e marcos arqu eológicos ou históricos de séculos
p assad os, mas rece ntes.
Espe ra-se , obv ia me nte, qu e este trabalho e esta publicação possa contribu ir p a ra a
redescoberta d e ca minhos d e proble mati zação das realid ades pere nes, influe nciand o o pções
culturais, n a utili zação e dispo nibili zação de rec ursos, e no o rd e na me nto d o te rritó rio .
o Ve read o r d a Cultura
da Câmara Municipal d e La goa
6
Introdução
o Concelho de Lagoa, co nstituído por alva rá régio de D. José, datado de 16 de Janeiro
de 1773, tinha , então, por te rmo os lugares de Estombar, Mexilhoeir,\ da Carregação e
Ferragudo, ficand o peltença da Casa da Rainha. Actualmente , abrange uma :ll·ea de 93,6 klTIS 2 ,
repartida por cinco freguesia s: Carvoeiro, a mais recente , Estombar, Ferragudo, Lagoa e
Porches , esta última integrada somente em 1834.
Situ ado na zona ainda corres pondente ao denominado Barlavento do Algarve , o con-
celho de Lagoa é limitado , a oriente , pela ribeira de Vale de Engenho o u de Porches e, a
ocidente , pelo rio Arade, be neficiando a sul, de extensa linh a de costa. Podemos , mesmo ,
dizer qu e ,~jaz todo !la costa do mar ouçiano", ta l co mo Zu rara 0 915, 267) situou o Reino
do Algarve.
Apesar da s ua apreciáve l riqu eza arqueológica. onde se destaca a esta ção pré-histórica
de Cara muje ira , descoberta e m 1974 e cujos menires são hoje conhecidos do mundo
científico, não se têm ne le processa do traba lhos de investigação qu e o valorizem. S,10
exce pção as peq ue nas escavações reali zados no Ilhéu do Rosário. enl nieados do passado
século e sob o ri en ta ção de Está cio da Veiga, em Ferragud o e na Gruta de lbn Amar
(Mexilhoeira), ainda q uase in éditas, apesar de te rem sob re e las decorrido mais de vinte e
cinco anos, ou as breves ca mpanhas verificadas na Caramujeira. De facto , os conhecimentos
disponíveis sobre o seu património arqu eológico res ultam , sobretudo, de a lguns achados
ocasio nais, das prospecções de Estácio da Ve iga , das qu e um de nós procedeu nos anos
sete nta CM.V.G.), e das ago ra efectuadas e a que se somaram muitas informa ções dispersas.
tendo em vista a elabo ração do presente estud o .
Refi ra-se, a propósito, a falt a de novid ades e o extremo laconismo de que enfe rma o
volu me , ainda recentemente publicado , da "Carta Arqueológica de Porhll.j,al" (1992) e que
7
abrange o co ncelho de Lagoa, o nd e, somente, é re fe rid a um a peque nlsslma parte do se u
ace rvo arqu eológico, dado te re m s ido inve ntari adas, ape nas, vinte e quatro esta ções .
Deve m-se, a inda, contributos importantes, para o conhecimento do passado desta reg ião
d o Algarve , aos trabalhos de prospecção sub-aqu áti ca verifica dos nos CIltimos anos, sob
orienta ção de um dos auto res (F.A .), de qu e é pertine nte desta ca r a descobe rta do va lioso
co njunto de ca nhões da Po nta do Altar.
Também a lg uns exemplares da arq uitectura civil e industri al, dos séculos XVl a XVIll , n,10
tiveram, até ao momento, a va lo ri zação devida , e, por tal facto, tê m vindo rap idame nte a
desa parece r, aqu i se fa ze ndo o registo dos qu e, todavia , sobrevivem.
Continu ámos a ca rtografar, confo rme aconteceu no LevanlamenloArqueológico doAlgarue
- Con celh o de Vila do Bispo (Go mes e Silva, 1987), a totalidade da s grutas o u fuma s. Muito
embo ra nruitas de las não tenham proporcio nad o vestígi os a rqu eológicos, não só emp restam
:1 pa isage m ineg{lve l e característi ca be leza, como po de rJo, uma vez estud ada s, o fe rece r
in te ressantes dados etn o- histó ri cos.
De igua l modo. foram regist<ld os arqu eossítios desa parecidos ou oc ultos, mas qu e futuros
trabalh os pode rão v ir a redesco brir.
Ma is uma vez , tanto vastas á reas agricultada s co rno o utras urba ni za das o bstaram, po r
ce rto , a qu e se detect;) sse maior núme ro de arqueossítios. E mesmo para a lg uns dos
ide ntifi cados, a ve rdade ira dimensão da sua importância só po de rá se r ava liada co m eSCl-
va ções arqu eológ icas.
Os resultados ago ra ,1prese ntad os contaram com as refe rê nc ias bibliográficas, quase
exa ustivas, qu e constam d o Levantamento Arqueológico -Bibliográ/ico do Algarue (Go mes
e Gomes , 1988) , embora tivessemos de visita r rod os aqu eles locais , te ndo-se pe rco rrido, de
carro e , sobretudo, a pé , g rand e parte do co ncelho .
Ficá mos a deve r e ntu s i{lsti ca e prestimosa colabo ração a Ja ime Palhinha, qu e nos indi co u
info rmad o res , sítios , mate riais ou cede u leva ntamentos inéditos po r e le pacie ntemen te
efectuados ao lo ngo de muiros anos , a Duarte Bigodinho, João Hamos e Ca rl os Soa res,
Amigos q ue nos acompan haram e m muitas das v is itas e proporcio na ram va liosas notícias.
També m sem os in ce ntivos e o apo io incondi ciona l do Dr. José Inácio Ma rques Eduard o ,
verea do r do Pe lo uro da Cul tura da Câ mara Mu nicipal de Lagoa , não teria s ido possíve l leva r
a ca bo o prese nte trabalh o .
8
1. O Espaço e o Homem
9
cobertura, muito retalhados pela erosão, oferecendo condições propícias ao estabelecimento
de povoados abeltos neolíticos, quando são representadas por areias soltas, e lavadas, de
aspecto dunar. Tal facto deverá reportar-se à evolução pedogénica recente; na verdade , em
profundidade, os depósitos consolidam-se, adquirindo características arenítico-conglomeráticas
e cores avermelhadas, devido à impregnação de óxidos de ferro, responsáve is pela
cimentação obselvada.
Nalguns locais , os le itos conglomeráticos atingem certa impoltância , sendo essencialmente
constituídos por seixos, de pequeno a médio tamanho, de quartzo ou de quartzito.
Os depósitos mais mode rnos reconhecidos no concelho de Lagoa , correspo ndem a
aluviões e areias de praia. As primeiras são abundantes na região da vila de Lagoa; trata-se
de extensa área estreita e alongada de orientação este-nordeste - su l-sudoeste , desenvolvendo-
-se a partir da referida povoação, correspondendo ao e nchime nto de uma depressão pré-
-existente, de características e ndorreicas, constituindo, até ao fim da Idade Média, domínio
lacustre. As obras de drenage m e secagem então realizadas, ainda hoje bem evidentes,
transformaram aquela depressão em fértil zona agrícola. Por fim , as areias de praiJ
acumulam-se em pequenos recõ ncavos abrigados, costeiros, junto ;,1 fo z de cursos de água,
na maioria de ca rácter não permanente.
A geomorfologia da regiélo é condicionada pela estrutura monoclinal referida. Assim se
explicam as vastas superfícies regulares , e tabulares, sobretudo olJsetvadas nos at1oramentos
miocénicos, pontuadas por pequenas elevações pouco marcadas, embora profundamente
escavadas pelos cursos de água , em consequência da natureza carbonatada das rochas que
as constituem.
O lito ral , em contrapartida , é ca ra cterizado pe la acentuada eros<1o das referida s
assentadas miocén icas, que até ele se prolongam, formando arribas verticais , de grande
beleza , por vezes atingindo algumas dezenas de metros de desnível sobre o mar. Numerosos
e profundos ,ligares , de o rige m cársica, em comunicaç;10 com o mar, acentua m, por
abatimento, o recorte coste iro; o recuo assim produzido é testemunhado pelos pinácul os
isolados no mar, cuja máxima expressão é corporizada pelo grande rochedo conh ecido por
Pedra do Altar.
As principais características climáticas desta regi<1o foram estudadas por F.R. Cunha (957).
O conce lho de Lagoa abrange,segundo a classificação climática de Thornthwaite (948) , dois
tipos principais: Numa franja correspondente à parte setentrional , e ocupando cerca de
1/ 3 da superfície total do concelho, predomina climasub-húmidoseco, enquanto que a zona
média me ridional , por seu turno, corresponde a domínio climático sem i-árido (Cunha, 1957,
fig . C-19). A área onde se implanta o concelho de Lagoa, e ncontra-se abrigada , tanto do
.. leva nte" que fustiga sobretudo a orla do Sotavento, como dos ventos de norte, ma is activos
na costa do Barlavento.
Com uma vasta área ocupada por camp inas aproveitadas por regadio, depois da secage m
dos pântanos - que poderia ter ocorrido, ao menos o seu início , na época de den om ina ção
islâmica - as culturas denunciam ca racte rísti cas especiais , de natureza sub-tropi cal medi-
terrânea , explica das pela pequena precipitaç<1o, uma fo rte insola ção e tempe raturas do ar
re lativame nte altas. A proximidade oceânica concorre, por seu turno, para amenizar os
rigores do Vedo e elo Inverno, conduzindo à cria ção de uma "verdadeira eshf/à natural"
(Cu nha, 1957, IV) , apta ,1 produção hortícola e pomícola , esta última estendendo-se pela
10
regJao elo Barroca I (n:ls franja s setentrionais el o co ncelho). ']',Ii s coneli çc)es exce pciunai s
poss ibilitam, ta I11bém , ;1oco rrê nci:1ele "Ol.f Iras espécies de c/i nza m etis quente (' . .J que llâ() súo
exploradas com carúc/er eco"l/(Jrn ic(), COIllO se/anl (f l!,o ia!Jciro , o a JI1c llc!oirn , o CUI/C/ du
açúcm', a hanal1eira e aji/.l,!wiro de pi/a»(Cunha , 1957, IV). I)e rea lçar que a explur:I<-C'jo de
ca na el o açúcar, se bem que el e há ll1uito ahanelon:ld:l , p:lrece te r ticl o 11:1 reg i,i() :llgu1l1
desenvo lv imento .
A vegetaç;io é co nseq ut: l1 c i:1eh s con d i(.'óes cI i 111:Í tic,ls c1escri la se, obv i:lm e nte , c1:1 n :!tll re/.: I
dos solos (p red o minand o os ca lc 'tri os). Ernh oLl muito d egr:t elaeLt , n os se us aspectos c
características primiti v:ls, p eb intcns:t press;lo hll rn:lIla , :linda h()j e se poelem e l1trevCI', e m
zon as nào agric ultadas e el e ll1:ti s elifícil acesso, l1lanclu s de vcgeL1(.: <Io espo nt:1l1e;1 o u sellli-
-espontânea, em equilíhriu c lil11:Ítico. Com de ito, e ncont ram-se na reg i:lo mui!:l s espl'C iec>
xero fíti cas, sobretlld o 110 litor:t1 c na pane eng lob:lda no tipo sCl11 i-:t ri elo, co m o sej:1111 :I S
piteiras e a palme ira :ll1j o u d:l s V: ISSOULI S (ChCfl lloe/'Ops hurllilis ), lÚli c l represent :IIl11' CI11
Portugal Co ntine nr:t1 ele lIlll:l fl o r:! esse I1 Ci:t1nH.:' nll' trupic:t1. NesLl reg i:lo L' Il('()I1[L I-SL' ,
também , ;1 <lmcneloeir:l (Allll:r',r!O!IIS C0/1/111lll/is), a fi gue iu ( Fi c lls Cílrica) l' :l :t1 f:lrl'Oheila
(Ceraton ia siliquo), espéc ies ig ll :t1me nre mllit o res iste ntes :1 sec l CC lIl1lu . 19") ' , '-I r ),
cultivada s intensivél m e l1te até h:1 roucos :In os, Illa s hoje e m rase ele decl í ni o ~l cL' nru : Ic!( ), ui
C01110 as cultura s el e regael io, nas v:lr/.e:l.,'i perto do lito r:tI. Ape n:t s :1 proelll Ç-IO de c itrin o.'i.
recorrencl o a técnic ls :tgrícolas m ()ele rn ~l s, parece eloclIlll e nt:l r, 11 :1aU lI :llidad L', () SlICL'S.,'i() d:l.'i
(escassas) proclu (,'oes ~I g ríco las , es pec ialm ent c n ~ 1 /.() n ~1 do 1):lrroctI .
Os teste mu nhos hu m~1 nus m a i.,'i remotos , recon hecic!us lU j re i el o :I cru :tI cO llcel ho c!e'
Lagoa, corresponc.len1 :lO :tparecimento de peqll en os .,'ic ixos CJU:lrtzíticos, hem rol:td(JS l'
achatael os, rudim e ntarmente t:llhad os, c mum:l o u em :! Il1 \): IScxtrcmi cLt eles. e m ger~tl l'lllulll : 1
elas faces, reco lhicl os:'t superfíc ie L' iII situ el e :llgllns locli .'i cI :1 S lI ~ 1 or b lit () r~tI . LJ Ill:! ( I:l S nui s
impo rtantes d essas oco rrê nc i:l s sitll~l-se n:l 1'0 1. e1:l ribeiu e1c V: tl e d e EngL'n ho o u de Porc hes .
Em co rte exposto l1a S U ~ I m arg em dire ita, so bre' a aClu:tI rr:l i:l el e Arllla(';lO ele l)ê LI , a .'iUCL'SS:IO
o bse rvada roi a segu intc (clL' \):lixo rX1ra ci m :I ):
c:.O - Substr:tto miocénico. Siltitos cl r\) o n:lud os ele co r all1:lrl'!:tel:l, mllit() I'ussilíkms
UamelihrânCJ li ios, eCJ li i noele rmes) , sep" r:lel os e1:l C. I por su perfíc ie elL' eros:lo L' :tI )~ I rLIIl C Imcnto.
C. I - Arenitos el e co r ros:l e!:t, co m bi vos esb ranCJ lI ipelos: OI)Sc l'\'a I11-Sl' r:I.'iS ~ l gl'ns
cong lome r:ltic ls sllb- horií'.ollt:lis, fo rma eLt s por se ixos ele qU ~ lrr zo, nni s r:ILl ll1entl' (k '
q uarrzito, em gera l bem roLlelos (m:'l x imo C(..f Sem s): te m ('c re l ele iílll d e espcssu r:1 e f()rnL'Cell
a Ig u ns se ixos :l I'ei<,'oaelos (lll icro lll Sit:l n ian o).
II
C.2 - Areias soltas de cor amarela-acastanhada. Possui cerca de 1m de potência e ofereceu
material lítico, lascado, de arestas pouco erodidas.
C.3 - Areias com raras indústrias - cerâmicas e sílices - atribuíveis ao Neolítico. Formam
paleossolo sub-horizontal de coloração acinzentada. Tem 0.30m a 0.50m de espessura.
C.4 - Areias soltas esb ranquiçadas, de cor acinzentada, com 0.30m de es pessura média,
constituindo a superfície do terreno.
o corte descrito, com 25m de cota máxima, oferece grande interesse, por docume ntar a
existência de indústrias paleolíticas arcaicas , coevas do depósito det rítico desc rito. Trata-se
da formação Qa, as ,.Areias e cascalheiras de Faro - Quarteira», atribuída ao Plistocénico
infe rior CManupella, 1992) que integra outras estações do concelho de Lagoa CAlporchinhos,
Areias das Almas, Lombos, Caramujeira , Caramujeira-Sul, Vale de Centianes). Este conjunto
lítico inscreve-se , pois , entre os rep resentantes das mais antigas indústrias e nco ntradas em
território nacional , as quais, por seu turno, pertencem ao grupo dos mais recuados
testemu nh os humanos e m solo europeu, contando com mais de um milh,10 de anos
(Cardoso e Penalva , 1979; Azevedo, Cardoso, Penalva e Zbyszewski , 1979; Penalva , ] 979;
Cardoso, 1985; 1995).
As indústrias arcaicas, por nós reunidas no concelho de Lagoa , têm equival ente no litoral
do Barlavento Algarvio, no concelho de Vila do Bispo. Com efeito, em diversos retalhos de
praias e levadas do litoral ocidental , foram recolhidos artefactos em tudo idênticos a estes.
A altitude de tais rechãs permitiram atribuí-las ao Pré-Acheulense. Tratar-se-iam , com efeito,
de indústrias correlativas de depósitos de idade calabriana, atendendo às cotas em que se
situam , comparativamente ao nível do mar actual (a cerca de 125m de altitude , na mais
importante ocorrência, Mirouço, 5Kms noroeste de Vila do Bispo). Porém, não podere mos
dar demasiada importância à altimetria destes depósitos, como critério de atribuição de idad e
absoluta, atendendo ,10 inte nso tectonismo da região, com provas evidentes de neotectónica ,
como a conhecida falha de Fonte do Calhau , a norre de Vila Nova de Milfontes (A ndrad e,
1937-38, figs 80, 8"1). A observação da distribuição dos e picentros dos sismos ocorridos na
plataforma contin e ntal sublinha , igualmente, a instab ilid ade tectónica da eÀ1:remidade
sudoeste do território (Ribeiro , 1979).
Os depósitos que , no Mirouço (Vila do Bispo) , se situam a 125m de altitude, desenvolvem-
-se, mais a sul , entre Ponta Ruiva e Laredo das Corchas a 95m, o que evidencia a variabilidade
devida à refe rida instabilidade. Já anteriormente, na fach ada meridional do Algarve, se
recolheram provas conclusivas quanto à falibilidade do método altimétrico, quando tomado
como elemento decisivo - quantas vezes único - para a determinação da idade dos
depósitos respectivos. Com efe ito, nas forma ções de carácter núvio-lacustre de Algoz
(Silves) , a altitudes perfeitamente compatíveis com as tradicionalmente conferidas aos
depósitos do últin10 interglaciário, de Riss-Wurm, recolheu-se um co njunto faunístico cujas
ca racterísticas p,11eo ntológicas indicam idade do início do Plistocénico médio (A ntunes,
Azzaroli, Faure , Guérin e Mein , 1986). Não espanta, pois, que os depósitos da unidade Qa,
ames referida , e onde se recolhe ram as peças líticas em causa, se prolongassem até ao níve l
do mar actual, nào obstante serem, com todas as probabilidades , do Quaternário antigo , e
assim considera dos (Man upe lla , 1992).
12
Conforme referimos, outros locais forneceram indicações semelhantes, em cortes
efectuados para a extracção de ineltes, que atingiram camadas de areias consolidadas, de
matriz ferruginosa, subjacentes às areias de cor cinzenta-esbranquiçada, soltas, com
indústrias neolíticas. Trata-se de equivalentes da C.l do cOite da foz da ribeira de Vale de
Engenho e, como ela, integráveis na unidade litostratigráfica Qa; em tais camadas
recolheram-se diversos seixos afeiçoados, de quartzito, in situ.
Outros altefactos de ocasião e uso polivalente, talhados uni e bifacialmente, em seixos
de quartzito ou quartzo, encontrados sobretudo nas estações de Caramujeira e Areias das
Almas, podem ser atribuídos a fases mais evolucionadas do Paleolítico. Ali identificámos
raspadores, percutores, núcleos, lascas, etc... Certos núcleos poliédricos e discóides
oferecem técnica mustierense, podendo, portanto, peltencer ao Paleolítico Médio.
O registo arqueológico volta a ser importante no Epipaleolítico, como acontece nos
vizinhos concelhos de Portimão e de Vila do Bispo. De facto, reconheceu-se conjunto
industrial lascado, de características mirenses, cujo início poderá ascender ao final do
Paleolítico Su perior.
A base de tais indústrias macrolíticas é essencialmente constituída por seixos rolados de
grauvaque, de dimensões em regra superiores a 12-15cms. O seu artefacto mais expressivo
é o machado mirense, de morfologia variada, cuja forma-tipo possui um gume terminal largo,
convexo ou em leque, acentuado pelos estrangulamentos laterais da parte mesial, simétricos
e obtidos por bojardagem.
Um estudo tipológico, recorrendo ao maior conjunto até hoje recolhido, proveniente do
concelho de Vila do Bispo, foi recentemente realizado (Cardoso e Gomes, 1994), concluindo-
-se da existência de oito formas diferenciadas, com base em dois processos de análise
multifactorial: por ordenação em correspondentes principais e por hierarquização aglomerativa.
Acompanha esta peça um instrumental lítico variado, incluindo seixos afeiçoados de gumes
mais ou menos extensos, desde discos, talhados em toda a periferia, até seixos truncados
numa das extremidades ou percutores, alguns deles com depressões sobre as faces
(motivando a designação de bigornas).
É característica dos artefactos referidos a técnica de lascamento utilizada, o talhe
remontante, constituído por levantamentos múltiplos, imbricados (engradin) e sobrepostos,
velticais ou sub-verticais, a partir de uma das faces do seixo. Desta forma , os gumes assim
obtidos são espessos, bem adaptados aos trabalhos de raspagem de corpos duros, por
exemplo, de troncos de árvore, complementando funções desempenhadas pelos machados
mirenses. Cremos, com efeito, que uma das tarefas principais daqueles instrumentos - que
não seriam segurados na mão, como admitem alguns autores (Pereira e Bicho, 1994,34), mas
sim fixados, como qualquer machado, a cabos de madeira - se destinava, ao menos em
parte, ao abate de lenhosas tendo em vista vários fins, sobretudo a desflorestação e a
construção de habitações. Só a atribuição de tais peças a função especializada e de carácter
largamente dominante, como a proposta , poderá explicar a exuberância com que ocorrem
em determinados locais dos concelhos de Vila do Bispo e de Portimão, fazendo deslocar para
o Barlavento Algarvio o centro de distribuição de tais indústrias, que anteriormente se julgava
no litoral do Baixo Alentejo, a sul do rio Mira .
Neste contexto, o surgimento de tais materiais no concelho de Lagoa é de grande impor-
tância, por vir demonstrar a progressão, ao longo da costa meridional algalvia, para nascente ,
13
das "indústrias mirenses», colmatando-se, desta forma, descontinuidade até ao presente
existente entre os extremos, ocidental e oriental, do Algarve (Cardoso e Gomes, 1994).
O local onde se recolheu o conjunto mais expressivo é o de Mato Serrão L Trata-se de
uma jazida implantada em encosta suave, de exposição meridional, correspondendo a
depósito de areias soltas, de cor cinzenta-esbranquiçada, em parte resultantes da lavagem
da formação Qa - «Areias e cascalheiras de Faro - Quarteira».
A prospecção superficial revelou escassos fragmentos de cerâmica lisa e grosseira, muito
rolados, com grande dispersão, atribuíveis ao Neolítico Antigo. No limite ocidental do terreno
visitado, a situação revelou-se mais interessante. Com efeito, mercê de revolvimentos
recentes, efectuados em área circunscrita da camada superficial de areias soltas, foi posto a
descoberto em cerca de 15m2, conjunto coerente, provavelmente integrando uma estrutura
habitacional, ou "fundo de cabana», constituído por artefactos tipicamente mirenses a que
não faltavam os machados (um inteiro e diversos fragmentados). Por outro lado, num
pequeno talude do caminho adjacente ao local referido, observou-se, a cerca de 0.20m de
profundidade, fiada de pequenas pedras, inclinando ligeiramente para sul, que poderá
corresponder a empedrado, coevo da estrutura habitacional referida.
Trata-se, evidentemente, de local que justifica investigação mais detalhada, mediante
escavação.
Testemunhos da presença humana epipaleolítica, representados por artefactos de
tipologia idêntica aos mencionados, foram também registados ao longo das arribas litorais,
talhadas nos calcários miocénicos. Com efeito, o topo destas, frequentemente muito
carsificado, conserva, de mistura com os depósitos argilosos residuais (terra rossa), seixos
bem rolados, de qualtzo, quartzito ou grauvaque, ostentando afeiçoamento, especialmente
estes últimos, transformando-os em diversos altefactos de tipologia mirense , incluindo
machados (Ponta do Altar, Lageal, Benagil, Marinha).
É difícil explicar por acções naturais a presença em tais sítios de seixos de grauvaque com
dimensões que podem atingir 12-15cms de comprimento. Não admitimos que o transporte
litoral tenha sido responsável por tais ocorrências, nem, tão pouco, o transpolte fluvial ,
drenando terrenos paleozóicos, situados muito mais para o interior. Qualquer destes agentes
não teria competência para deslocar peças tão volumosas. Deste modo, resta-nos aceitar a
hipótese de constituiremmanupoltes, nalguns casos objecto de transformação em instrumentos
diversos.
Em face dos elementos obtidos nas prospecções, verifica-se que, no decurso do
Epipaleolítico, grupos humanos ocuparam tanto o litoral como zonas mais afastadas deste
(Bemparece, Bemposta, Torrinha , Lobite), sugerindo aproveitamento diferenciado dos
recursos naturais disponíveis, talvez de carácter sazonal. Assim, enquanto ao longo do litoral
se poderia obter, no decurso de grande palte do ano, moluscos e crustáceos, nas terras do
interior, embora não demasiadamente longe do mar, viabilizando o acesso ao litoral , se
praticaria economia de recolecção menos especializada, ao longo de todas as estações.
A idade das indústrias mirenses tem sido sobejamente discutida , embora pouco se tenha
avançado desde a década de 1940, quando G. Zbyszewski e colaboradores declararam,
a propósito dos materiais recolhidos na praia do Telheiro, ao norte do Cabo de S. Vicente:
«... il s'agit d 'une industrie contemporaine de la demiere série de Miljontes qui établi un
passageduPaléolithiqueaz,txindustriesplusrécentesd'âge mésolithique» (Formosinho, Vaultier
14
e Zbyszewski, 1945, 17; Cardoso e Gomes, 1994). Conforme mencionámos, as significativas
observações efectuadas no concelho de Lagoa permitem, mesmo, confirmar aquela
conclusão.
15
ama nhar, estas comunidades se deslocassem sazonalmente para o litoral, onde, em grande
palte do ano, beneficiando do clima benigno da região, facilmente encontrariam, na
recolecção, as bases ele me ntares da sua subsistência, tal como as suas antecessoras do
Epipaleolítico/Mesolítico.
Com efeito , os povoados neolíticos detectados no concelho de Lagoa, distribu e m-se ao
longo da faixa litoral e junto a pequenas linhas de água doce. Mostram ocupação dispe rsa,
com exte nsões por vezes vastas CCaramujeira, 25ha; Areias das Almas, 14ha) e ne les não se
detectaram estruturas perenes. Tais teste munhos indicam não só a grand e mobilidade das
populações de então , como a sua estre ita depe ndê ncia em re lação aos recursos marinhos
ou, melho r, aos proporcionados pela inte rface costeira , onde é sempre maio r e mais variado
o espectro de be ns a lime ntares. Por outro lado, a serra de Monchique, nomea dame nte nas
s uas zonas mais baixas e onde existiram bosques ricos em caça, ilustrava a estratégia
integrada de exploração dos recursos naturais, dado e m certas é pocas do ano aqu e le
territóri o pode r te r sido explorado em alternativa aos recursos pro porcionados pelo lito ral.
Assim se explicaria o baixo índice de fix~,ção daquelas primeiras populações neolíticas,
como a ausência de povoados nas proximidades das necrópoles megalíticas de Monchique,
considerado espaço sagrado, onde seriam inumados, individualme nte e em se pulturas de
tipo cistóide, os mais destacados membros de tais comunidades, nomeadame nte a partir do
Neolítico Médio.
Quando o habitat se to rnou mais estável, dada a crescente importância da agricultura no
contexto eco nómico, durante o Neolítico Final , a se rra de Mo nchique qu ase de ixou d e se r
procurada como espaço fun erário , surgindo então os primeiros sepulcros no Barroca l e no
Litoral do Ba rl avento, mostrando enterrame ntos colectivos. Estes pa recem te r sido introdu zidos
tardiamente , e m re lação a outras regiões do Su l de Portugal, fa cto que pode se r explicado
pe la adopção e m é poca ava nçada da agricultura e dos laços de coesão po r e la provocados,
no reforço das rela ções soc iais no seio de cada comunidade humana e inte r-grupos. Tal
situação explica-se pe lo possível insucesso das iniciativas individua is no se io da co munidade
ag ro-pastoril , e pela sobrevivê ncia da agricultura , itine rante , dos prime iros te mpos neolíticos,
be m como do contexto econó mico-social a' ela associada.
Se os habitats se e ncontram representados pelas dive rsas ocorrências referidas, as
necrópoles também estão registadas. É exemplo a gruta de Ibn Amar, situada junto ao ri o
Arade, na s ua margem esq ue rd a e pe rto da povoa ção de Mexilhoe ira da Carregação . Ali fo i
exumad o inte ressa nte co njunto de cerâmicas com decoraçélo impressa e incisa, do Neolíti co
Antigo, acompanhando o u constituindo, e las pró prias, ofere ndas fun e rá rias.
Os traba lhos dese nvolvidos por um de nós CM.V.G.) no Barlavento Algarvio, permitem
aceitar, e mbo ra não sem algumas reservas, que o mega litismo aco mpanhou todo o Neolítico ,
desde os se us a lvores, nos finais do VI milénio A.C. , até à implantação das prime ira s
sociedades calcolíticas . De facto , apesa r de ali quase se desconh ecere m mo nume ntos
16
funerários megalíticos, fora da serra de Monchique, à excepção dos sepulcros tardios de
Pedra Escorregadia (Vila do Bispo) e de Alcalar 1 (Portimão), têm vindo a ser descobertos
numerosos menires, com formas, dimensões e decorações variadas, nomeadamente nos dois
extensos povoados de Caramujeira e Areias das Almas, no concelho de Lagoa, onde se
recensearam cerca de meia centena.
Campanhas de prospecção e escavações iniciadas, em 1974, naqueles arqueossítios,
demonstraram a sua intensa ocupação, ao longo do tempo. Tais trabalhos seguiram-se à
identificação nos finais do ano anterior, do grande menir 1 de Caramujeira, constituído por
dois elementos talhados em calcário conquífero de cor branca, que se ajustariam perfeitamente,
segundo superfícies planas, totalizando 3.17m de altura. Os restantes menires, estelas-
-menires e bétilos, estes de pequenas dimensões (0.45m), mostram, em geral, decoração
formada por faixas verticais de cordões ondulantes, com dois, três ou quatro elementos,
como cadeias de elipses, de igual modo dispostas verticalmente e unidas ou não por linha
central. As faixas de cordões ondulados alternam, em alguns monumentos, com formas
triangulares, também em relevo, adossadas a cinturas fálicas. Certos monólitos mostram
covinhas, normalmente de pequenas dimensões, na maioria das vezes abertas quando se
encontravam tombados, dado se registarem nas faces expostas.
Um dos menires de Caramujeira (m. 14) oferecia restos de pintura de cor vermelha ,
formando larga mancha com contornos difusos.
Apenas dois dos monumentos de Caramujeira foram encontrados in situ, durante as
escavações, jazendo todos os restantes fora de contexto, embora testemunhos então
recolhidos afiançassem que alguns estavam organizados em conjuntos de três, quatro e cinco
elementos, conforme descreveu Estrabão (IlI.1.4) em relação aos que se erguiam no Cabo
de S. Vicente e verificámos em outros pontos do Barlavento (Lagos e Vila do Bispo).
Tanto na Caramujeira como em Areias das Almas, as áreas com maior concentração de
espólio correspondiam a um mais elevado número de menires.
As evidências estratigráficas reconhecidas naquelas duas estações arqueológicas indicaram
dois horizontes culturais neolíticos, para além de ocupações mais antigas , atribuídas ao
Paleolítico e ao Epipaleolítico, conforme atrás se referiu.
O primeiro horizonte neolítico é integrável no estádio cultural que tem vindo a ser
denominado por ,Neolítico Antigo Final-- ou «Evolucionado--, incluindo não poucas estruturas
de combustão, utensilagem macrolítica e numerosos artefactos de sílex, quartzito , quartzo
e cristal de rocha (lamelas, algumas de dorso abatido, furadores, buris, raspadores , núcleos,
etc ... ), assim como enxós, que aproveitam seixos e têm apenas o gume polido, pequenos
machados de secção circular ou oval , fabricados em rochas metamórficas, placas sub-
-rectangulares de arenito, com restos de pintura vermelha, percutores, elementos dormentes
e moventes de mós e, ainda, grande número de fragmentos de cerâmica. Estes pertenceram
a vasos hemisféricos, esféricos e em forma de saco, sendo alguns munidos de pegas
horizontais, maciças, com decoração incisa, ou com dupla perfuração vertical. Por vezes
exibem ornamentação plástica, constituída por cordões isolados ou associados entre si ,
alguns puncionados , horizontais, verticais ou oblíquos. Muitos outros fragmentos mostram ,
nas superfícies exteriores, decoração incisa e impressa, não cardial, ou associam aquelas duas
técnicas, formando linhas horizontais paralelas e métopas. Certos exemplares oferecem
impressões sobre o bordo, no exterior, no interior ou na parte superior e , por vezes, em duas
daquelas zonas.
17
Os materiais mencionados encontram estreitas afinidades com os da denominada
..Cultura de las Cuevas», da Andaluzia Oriental, com alguns exumados em grutas da
Estremadura ou nas camadas superiores dos concheiros dos vales do Tejo e do Sado, mas,
sobretudo, com os espólios dos povoados do Alentejo Litoral e do extremo Barlavento
do Algarve (Cabranosa e Padrão n. Datações radiocarbónicas de restos malacológicos
exumados numa estrutura de combustão em Padrão I (Vila do Bispo), indicaram cronologia
calibrada, depois de feita a correcção para o efeito de reservatório, da segunda metade
do VI milénio A.C.
O segundo horizonte cultural indicado, com paralelos na Estremadura, Alentejo Litoral e
na região costeira de Huelva, está representado por fragmentos de vasos hemisféricos e
esféricos, sendo abundantes os pertencentes a taças carenadas de fundo convexo. Aquelas
primeiras formas apresentam bordo com lábio de secção semicircular, aplanado e, também,
espessado no interior ou externamente, mas não «almendrado», como é típico do Calcolítico
do Sudoeste. Algumas possuem elementos de preensão oblongGs, colocados perto do bordo,
surgindo, ainda, decorações impressas e incisas, estas em maioria. Dali provém, também,
um fragmento de peso de tear, com forma paralelepipédica e perfuração a meio de um
dos topos.
A indústria lítica conta com machados e enxós de pedra picotada/ polida, surgindo peças
de grandes dimensões, algumas com secção sub-rectangular e altefactos de pedra lascada ,
nomeadamente núcleos, lamelas, lascas, furadores e raspadores, sendo mais comuns os
sobre lasca larga, de sílex, com retoques abruptos. Registaram-se, ainda , elementos
dormentes e moventes de mós, os primeiros com típica forma de sela, percutores etc. ..
Note-se que nos dois povoados não foram encontrados fragmentos de pratos com bordo
«almendrado» ou ..crescentes», de cerâmica, artefactos caracteristicamente calcolíticos , tal
como fragmentos de cadinhos para fundição do cobre, ou objectos neste metal. De igual
modo, as pontas de seta , em geral abundantes nos contextos tardo-neolíticos de outras
regiões do Ocidente Peninsular, estão ausentes.
A recente revisão dos materiais de ambas estações permite considerar a existência de novo
horizonte cultural preenchendo o hiatus existente entre os descritos, ou seja , do Neolítico
Médio. A este período, mal conhecido da nossa Pré-História, pertenceriam algumas
cerâmicas almagradas, possivelmente fragmentos de vasos ovóides, ce rtos exemplares
impressos e incisos, como os que mostram uma linha sob o bordo, lamelas de dorso abatido,
enxós e machados de secção circular ou oval e, ainda, pequenas placas sub-rectangulares,
entre outros materiais.
A grande sobrevivência da ocupação humana nos locais que temos vindo a referir
ret1ectiu-se, ainda, nos menires, dado que as suas decorações oferecem não só distintos graus
r .
de erosão, como, pelo menos, em três monólitos de Caramujeira observa-se que elas toram
realizadas em momentos distintos e afastados no tempo.
Os menires de pequenas dimensões, por vezes decorados com faixas ondulantes de
curvas abertas, incisas ou com pouco relevo, sugerem cronologia mais antiga. Nos
monumentos mais recentes, não só se atingem maiores alturas, como as decorações são mais
complexas, com faixas largas , compostas por vários cordões ou por grandes elipses, mas,
sobretudo, bem em relevo.
Podemos concluir qu e os menires de Caramujeira e Areias das Almas são ret1exo de
18
actividades sócio- re ligiosas ali processadas durante todo o Neolítico . Aquelas comun ida des
humanas terão continuado formas de subsistência estrutura lmente herdadas dos últimos
caçadores-recolectores holocénicos, onde mariscar, teve, pelo menos, em grande parte do
ano, pape l determinante . No entanto, entre a costa e a serra de Monchique, o mais vigoroso
relevo da região, estend ia-se um território com grande variedade de recursos, pelo que a
economia de produção de alimentos, suportada pela domestica ção de animais e plantas , ter-
-se-á imposto de modo lento, e a agricultura ali terá sido, até tarde, praticada em peque na
escala; a preponderância económica agro-pastoril foi atingida, apenas, com o Calcolítico.
19
É muito restrita a informação disponível sobre tais necró poles, sabendo-se, apenas, que
as sepulturas eram do tipo cista , estruturadas por lajes dispostas de cutelo, cobertas po r o utras
maiores, formando as câmaras onde jaziam os corpos na posição fetal e em decuhitus late ral.
Também não se detectaram os habitats correspondentes a tais jazidas, conhecendo-se, no
e ntanto, alguns <utefactos de cobre/ bronze, encontrados casualmente, atribuídos àq uela
mesma Idade.
No sítio das Fontes Grandes, junto de nascentes qu e abastecem linha de água subsidiári a
do Arade, descobriram-se dois grandes machados planos, de cobre/bronze, com largo gume
arqueado, que poderão ter constituído um esconderijo ou possível depósito ritual, integrado
e m cultos relacionados com aquele manancial (Veiga, 1891, 270).
Da zona dos Crastos, onde assinalámos um dos cemitérios referidos, prové m uma ponta
de seta O ll de dardo, com forma lanceolada e espigão não muito lo ngo, conservada no Museu
Municipal de Arqueologia de Silves.
A extensa gruta-santuário, conhecida como Furna dos Mouros ou Grut,l de Ibn Amar,
ofereceu importante espólio atribuível ao período tardio da Idade do Bronze (Bronze II)
e à Idade do Bronze Final (1200-800 a.c.), designadamente um estreito machado plano
de cobre/bronze , uma taça com care na baixa e paredes côncavas, muito semelhante às
habitualmente encontradas nas necrópoles, fragmentos de outras, com diferentes formas e
dimensões, e de vasos, com bordo extrovertido, em geral cozidos em ambiente redutor, com
as superfícies bem alisadas, brunidas ou penteadas . Dali provém, ainda, parte de uma taça
com grafito , e m forma de X no inte rior do fundo , e de outra, com bordo espessado, de pe rfil
subcircular, conte ndo rara decoração radial brunida no inte rio r, de cor negra, que contrasta
com a cor cinzenta clara das paredes e do fundo. Estes materiais devem ter sido d epositados
na gruta, constituindo oferendas às divindades aquáticas e cto nianas qu e, talve z, se
acreditasse ali existirem, e m especial nas suas nascentes e lagos, conforme julgamos ter
acontecido em cavidades subterrâneas da Pe nínsula de Lisboa o u na Lapa do Fumo, nos
arredores de Sesimbra. Outra hipótese, menos provável e que não inviabiliza, totalme nte,
a apresentada, é a daquelas cerâm icas terem acompanhado enterramentos ali processados ,
embora o espó lio osteológico humano recolhido seja não só muito diminuto como não haja
a certeza de ser atribuído ao mesmo episódio cultural.
O espólio proto-histórico, exumado na gruta de Ibn Ama r, e ncontra paralelos no do
povoado, aberto e possivelmente de carácter sazonal, de Pontes de Marchil (Faro), o nde uma
amostra de conchas (Ruditapes decussatu~), datada pelo radioca rbono, ofereceu crono logia
de 3350 ± 45 B.P. que, Lima vez corrigida para o efe ito de reservatório e ca librada,
corresponde a 1261 cal. A.c. CICEN-648).
Pertence à P Idade do Ferro (Pe ríodo Orientalizante Pleno, séculos VIII-VII) o conteCl do
da sepultura , de inumação, descoberta nos finais do século passado, nos arredores de Lagoa ,
que continha uma xorca de bronze , com doze pendentes, um bracelete aberto, do mesmo
metal, cujas extremidades são cabeças de ofídeos, grandes contas de pasta vítrea, de cor
negra ocu ladas a branco, e outras de cor azulou castanha, material que ingressou no Museu
Municipal de Faro, e, ainda, fragmentos de vasos de cerâmica e de armas de ferro que se
perde ram. Trata-se de acelvo com características orientalizantes, por certo ali chegado
através do comércio fenício, datável nos séculos VII-VI a.c., muito semelhante aos
20
prove nie ntes de outras nec ró po les , ta nto do Alga rve , desig nadamente dos co ncelhos de
Silves e de Lagos, como do Baixo-Alentejo, a que , nã o raro, estào associad as este las
epig rafadas, conte ndo a mais antiga escrita do Ocide nte Europe u.
De ve, do mesmo modo, se r atribuíd o à Iª ldade do Fe rro , mas poss ive lme nte, a uma fa se
ma is rece nte - Pe ríodo O rie nrali zante Evo luído (séc ulos VI-V a.c.) - o es peto de assa r,
de bro nze, nã o muito lo ngo e po uco es pesso, de g ua rdas estre itas e e mpunhadura ligeira-
mente modelada, com extremidade e m pastilha. recolhido aquando das dra gage ns efectu adas,
em 1970, junto à foz do Arade , hoje no Ce ntro de D ocum e ntaç~lo do Muse u de Po rti mão.
Integra o «tipo II .. o u «and alu z", se ndo seme lhante aos prove nie ntes de Fe rnào Vaz, Azougada
e Beja, no Baixo-Ale ntejo (S il va e Gomes, 1992, 145, 146).
Aquele arte fa cto pode rá te r estado re lacionado com asse ntame nto co nte mpo rân eo,
situado nas prox imidades e pe rto de uma das marge ns do estu á ri o do Arade , ta nto no actu a l
concelho de Po rtimão (Alto de S. Francisco) co mo no de Lagoa (Fe rragudo) , o u co m a fe itor ia
fe níc io-púnica do Ce rro da Rocha Branca. Esta situ ava -se e m antiga pe nínslda , na q ue le
meSlT10 ri o , a ce rca de 6Kms para mo ntante e junto ao loell o nd e ho je se e rg ue a c id ade de
Silves. Ne la se ide ntifico u impo rta nte ocupa ção sidé ri ca, de feição se mita, re monta nd o ao
séc ulo VlIl , de no minando-se, ao tempo da romani zação, Cilpes e dand o o rigern ,'ICl ue la
cidade, ant iga ca pital do Alga rve. Julga-se qu e o pró prio hidró nimo Arade , se ja de o ri ge m
fe nícia .
O utros espólios, da ldade do fe rro, fo ram reconhecidos, por Estác io da Ve iga, e m Fe rrag ud o,
junto <l pra ia da Ang rinh a , sob constru ções romanas, o nd e descob riu uma rep resentação
de se rpe nte, de b ro nze, q ue g uarda o Museu Nacio nal de Arq ueologia.
Também do Ilhé u do Rosá rio , na cont1u ê ncia do rio Ode lo uca co m o Arade , provê m
mate riais sidé ri cos tardi os, co mo cerâ micas pinta das de ba nelas e fragme ntos de â nfo ras dos
prime iros te mpos elo pe ríodo re publica no (Dressel O. A este mesmo mo me nto fo i atribuído
o frag me nto , co m porç,lo ele bordo, de ânfo ra ibe ro- púnie l (fo rma O de Pellicer),
e nco ntrado, e m 1982, durante as dragagens e fectu adas e ntre Po rtimão e fe rragudo (S il v;l,
Soares e Soares, 1987, 208, fi g. 5-1).
Contrariame nte ao qu e acontecia para as Idades dos Metais, os teste munhos d,l
colo ni zação ro ma na no concelho de Lagoa sào be m significativos . Ta l ocorrê nc ia eleve-se
;\ prese nça de te rre nos co m boa capac idade ag rícola e , sobretud o , ,\ g rande riq ueza piscíco b
e e m sal do se u lito ral , recortado po r falésias altas q ue a lte rnam com e nsead as e praias
abrigadas , be ne ficia nd o , durante todo o ano , de ca racte rística ame nidade c1 im:tti ca . O g ra nd e
dese nvo lvime nro q ue e nt,lo rerú expe rime ntado a zona ocide nta l do actu a l concelho fi co u,
ainda , a de ve r-se ,\ existê nc i:l do rio Arade, principal via de pe netração no h in lerland do
Barl ave nto Algarvio , por o nd e e ram escoad os, desde há muito , os produtos das nu me rosas
minerações de cobre situadas na zona de S. Ba rtolome u de Messines (Ata laia , Pico Alto,
Cumiada. Sa nto Estêvão, Mo nte Rosso, etc ... ), e o nde existe fe rro e m abundâ ncia, o q ue
21
explica a presença da feitoria de Rocha Branca. Mas o Arade, também originou veigas fétteis
em ambas margens do seu curso inferior, desenvolvendo largo estuário, com excelentes
condições de fundeadouro e portuárias, onde existiram importantes complexos industriais
de salga e conserva de peixe. Foi, exactamente, junto à foz que, na actual área do concelho
de Lagoa, Estácio da Veiga (1891,181-187) investigou, na praia da Angrinha, rica villa, com
sector industrial, servida pelo pequeno curso de água do Vale da Areia.
A norte da ribeira de Ferragudo, onde actualmente se ergue a Fábrica Fialho,descobriram-
-se novos vestígios romanos e duas raras mós asinariae. A cerca de 2kms para montante
existem, no Vale da Amargura, importantes ruínas romanas com estruturas ainda visíveis e
lagaretas escavadas na rocha, junto das quais existiu extensa necrópole do mesmo período.
Ali recolhemos fragmentos de ânforas, com porção de bordo, das formas Almagro 50,
utilizadas no transporte de produtos piscícolas.
Provém, da mesma vil/a, um fragmento de asa de ânfora do mesmo tipo com a marca,
impressa, PARAU, idêntica à encontrada na Quinta das Antas, na Luz de Tavira e, talvez , da
mesma oficina que produziu tégulas de Portimões (Portimão) com a marca PARDAU
(Pereira, 1974-77, 246, 249),
Mais a montante, o antes referido Ilhéu do Rosário, evidenciou ocupação republicana e
ulterior, ali se podendo, ainda , observar alguns restos de compartimentos e um tanque de
salga. Dois fragmentos de ânforas recolhidos pertencem à forma Dressel 1, dos finais do
século II a.c. a meados do século I a.c., sendo utilizadas no transporte de vinho, provindo
da Campânia e de outras regiões da Península Itálica.
Perto, em ambas margens do Arade, parece ter havido conjuntos de tanques de salga hoje
desaparecidos. Não longe da margem esquerda daquele rio, existiu uma estrada romana que
ligaria a antiga Silves à zona de Estombar.
São bem elucidativos da intensa actividade económica processada no estuário do rio
Arade, durante o período romano, os materiais exumados no seu leito, pelas dragagens de
1970 e, sobretudo, de 1982, em parte publicados por C. Tavares da Silva, A. Coelho Soares
e j. Soares (1987) . Nos primeiros daqueles trabalhos foram, ainda, localizadas seis
embarcações, embora nenhuma delas possa ser atribuída a tal período.
Entre o material anfórico romano mais recuado, encontram-se fragmentos de Dressell,
nas suas variantes A e B, datáveis dos finais do século II ao primeiro quartel do século I a.c. ,
e de ânforas neopúnicas, da forma MaPiá C2, suas contemporâneas, provenie ntes da
região de Tânger, onde serviam de embalagem a conservas de peixe. Outros exemplares ,
quase inteiros, da mesma forma , foram recolhidos durante prospecções subaquáticas ,
efectuadas sob a orientação de um de nós (F.A.). Fragmentos de cerâmicas campanienses ,
de origem itálica, das classes A (região de Nápoles) e B (Etrúria), podem situar-se nos sé-
culos III e II a.c.
Diferentes fragmentos de ânforas, descobertos no mesmo local pelas dragagens referidas,
pertencem a formas, com origem e funções distintas, abrangendo largo espectro cronológico,
desde os finais do século I a.c. (ânforas Haltern 70, Dressel 7-11) ao século V el.C .. Ali se
identificou a ânfora Dressel2-4, que substituiu a Dressell a partir de 75 a.c. e atinge o século
II d.C., e a Beltran II, de produção bética dos séculos I-II el.c. , utilizada no transporte de
conservas piscícolas. Também de fabrico peninsular, da Bética e Lusitânia (Baixo-Sado e
Algarve Ocidenta!), as ânforas Dressel 14 ou Beltran IV, que serviam de embalagem ao
22
liquamen, apreciado 1T1Olho de peixe, e as Dressel20, apenas produ zidas na Bé tica, ma is
raras , usadas no transporte de aze ite , aufe rem de cronologia idênt ica.
Mais tardias, já do Baixo-Império, abundantes e tendo larga sobrevivência (séculos Ill-
-v d .e.) , as ânforas Almagro50e Almagro51C, de manufactura algarvia ou do Ba ixo-Sado,
são as mais frequentes no espólio resgatado no estuário do Arade, destinand o-se ao
armaze namento e transporte de preparados piscícolas, parece m te r suced ido à Beltran IV.
Um fragme nto de asa daquela prime ira forma exibe , impressa, a marca LEVGEN, send o mu ito
semelhantes às prove nientes dos fornos do Martinhal (Vila do Bispo), q ue d eve ri am
abastece r o Barlavento Algarvio. Ali se fabri ca ram , a partir da prime ira metad e do sécul o JIJ ,
ânforas Almagro50, 51 A -B , 51C: e ajfBeltnm 65A(Gonles e Sil va , 1987, 67-69; Silva, Soa res
e Corre ia , 1990) .
Por fim , estão presentes no estuúri o do Arade fra gme ntos de ânforas da forma Beltran.56
(c(/ricana p,rande), o riginári as das provín c ias romanas de África, sobret ud o da região de
Tunes, e ntre ,1 seg unda metade do sécu lo II e os inícios do sécul o V el. e. , pode ndo te re m
se rvido tanto ao transporte de aze ite como de conservas.
Nas draga ge ns do Arade surgiram, ainda , fra gme ntos de peças de terra sigillata itá lica ,
um com a marca (L) CRISPI(VS), s udgúlica, hispâ nica e cla ra, ass im como um exemp lar
pe rte nce nte a prato de Late Roman C (forma 3 de Ha yes), com o rige m no Medite rrâ neo
Orie ntal e cuja difusão é atribuída aos séculos V e VI el.e. (Silva, Soares e Soares, 1987)
As mes mas dragage ns entrega ram in Clme ras moedas ro m'1I1<.\s, no meadame nte um aureus
de Fa ustina (séc. II el. e.), e mbora a grand e ma io ria se e ncontre iné dita .
O ut ros estabe lecime ntos de pre parados piscícolas poderão ter existid o ao longo da costa
do actu ~tl concelho de Lagoa, hoje desapa recidos devido à grande e rosão provocada pela
acção do mar, conforme docume ntam as barragens de Presa dos Mo uros e a de Po nte dos
Mouros , perto da foz da s linhas de água que as abasteciam , instaladas e m te rrenos sem
utilidade agrícola. Com aq ue la última constru ção poderia m esta r relacio nadas as desa pa recidas
cetá rias da pra ia de Armação de Pê ra.
Conhecem-se outros assentame ntos roma nos, dedicados à explo ração agrícola dos solos
actua lme nte das classes A e 13, e m redor dos te rre nos baixos e alagadiços , o nde existiu V,lsta
lagoa, o u dispe rsos pe la resta nte úrea do actual concelho , como de monstram sep ul turas e
achados av ulsos. A econo mia de e ntão deve ri a basear-se , nesta reg i,10, na comple me nra ridade
das actividades agrícolas e piscatórias.
É p ossível q ue na po nta da Senh o ra da Hocha ou nas suas proxúl1id ades se e rguesse um
te mp lo visigótico, cu jos materiais fo ram reutilizados na ermi eb ainda hoje a li co nservada.
Note-se, co ntud o , qu e no Foral de p orch es, de 1286 , não se es pecifica , na zo na, a existência
de q ualqu e r edifi cação daq uele tipo.
23
sobre elas dispomos, por vezes apenas a partir de curtas referências escritas. Todavia,
sabemos que, na área do actual concelho de Lagoa, existiram duas importantíssimas
povoações islâmicas, defendidas por castelo: Estombar e Porches.
A primeira, andou sempre muito ligada ü história de Silves da qual dependia, como seu
dispositivo defensivo avançado, capaz de controlar o espaço que corresponde hoje ü parte
ocidental do concelho de Lagoa, em especial o estuário do Arade e aquele tracto de costa,
onde também se erguiam torres de vigia.
A região de Estombar era então próspera , continuando o mar e o Arade a proporcionarem
peixe e sal em abundância, os campos a produzirem cereais e frutos (figos. amêndoa,
alfarroba, azeitona), assim como esparto e linho, produtos que dali se exportavam para
outros pontos da Península. A riqueza cerealífera ficou bem expressa na quantidade de
moinhos que as águas do Arade faziam mover, e cujos testemunhos chegaram até nós, alguns
deles de inegável origem medieva sendo, aliás, citados por Edrici, na primeira metade do
século XlI (Blázquez, 1901, 16). A produção pecu{tria também desempenhou papel
importante na economia da regdo, não só de bovinos mas, ainda , de ovicaprinos, cuja 1<1
chegou a ser exportada no período islâmico (Iria, 1956, 411).
As instalações de salga e conserva de pescado, outrora sob administração romana. deram
origem a pequenas comunidades piscatórias, como Ferragudo e Carvoeiro, onde se
continuaria, ciclicamente, a capturar o atum e outras espécies, vendidas frescas, fumadas ou
salgadas, ainda em ânforas ou já em barricas de madeira.
Tal actividade, embora mal conhecida, está como que simbolicamente documentada
pela grande fateixa de ferro, do século XIII, recuperada no mar frente à praia do Clrvoeiro.
Sabe-se que , no século XVI, existiram armações destinadas ~1 pesca do arum frente a
Quarteira, Nossa Senhora da Rocha e Carvoeiro (Magalh~'ies, 1970, 154).
A baleação, que se processava nos mares algalvios durante o período de administraç~10
muçulmana e tendo , sobretudo, em vista a obtençcl0 do âmbar cinzento, desempenhou
significativo papel económico até, pelo me nos, aos finais da Idade Média. De facto , tal
actividade é referic.b nos forais de Silves (1266) e Porches (286), como em diferentes
documentos dos séculos XIV e XV (Iria, 1956,209,2 14,215,217,409) .
No foral outorgado a Silves por D. Afonso III (1266), reservam-se para a Coroa as salinas
existentes no concelho, por certo as do estuário do Arade (Mexilhoeira), e ntre outras,
documentando significativa actividade económica.
No lado oposto ao que re ferimos, erguia-se o castelo de Porches, hoje reduzido a alguns
paredôes que urge restaurar e musealizar, protegendo outra importante comunidade
repartida entre as tarefas piscatórias e o amanho das terras. Salinas, possivelmente nos
Salgados, junto a Armação de Pêra , e fornos de cerâmica , mostram a sua importância ao
tempo da Reconquista , pelo que D. Afonso III o doou, em 1250, ao seu chanceler Estevam
Annes e D. Dinis concedeu-lhe foral, em 1286. O topónimo com qu e é primeiramente
denominado, Cas/rum Porches, ainda ali se mantém vivo na pequena povoação de Crastos.
Próximo, a poente, encontravam-se os reguengos que o rei naquele documento reserva par:\
a Coroa (Vale de El Rei) (Botão, 1990), também referidos no antigo foral de Silves.
Tal como aconteceu nos assentamentos humanos costeiros, no hinterland, onde as villae
romanas dependiam economicamente da agricultura, mantiveram-se tais explora ções
embora sob diferente regime administrativo, beneficiando, com a chegada de colonos
24
muçulmanos, não só de novas espécies frutícolas e hortícolas, como de diferentes modos
de trabalhar a terra, nomeadamente processos de captação e armazenamento de água, e
de irrigação.
Uma das espécies que, ent,lo, terá ali sido plantada, sobretudo nos terrenos de matriz
arenosa e próximos do mar, foi a cana-de-açúcar, cujo cultivo se encontra documentado na
região (Loulé, Quarteira), até ao século XV (Iria, 1956, 381-383). É possível que tal cultivo
se tenha verificado nos reguengos ainda hoje denominados por Vale de EI Rei e próximo
a Vale de Engenho, quiçá aludindo a instalação transformadora, movida a água e utilizada
na indústria açucareira. A mesma função poderão ter tido alguns dos antigos moinhos do
Arade.
O lugar de Sesmarias, a sudoeste de Lagoa, com a qual comunicava pelo antigo caminho
da Canada, utilizado para o acesso do gado do litoral à Serra (Monchique), indica a existência
de terras incultas, depois distribuídas a agricultores, possivelmente utilizadas no cultivo de
cereais. A situação de abandono de muitos bons terrenos agrícolas, na posse de mouros
forros , designadamente em Lobite, foi denunciada nas Cortes de Elvas (361), pelo que
D. Pedro, ordenou que fossem tratados ou entregues a outros que o fizessem. Apesar de
tais medidas e dos privilégios concedidos aos moradores de Silves, por D. Fernando, devido
ao despovoamento da zona, a situação parece não se ter alterado, dado que, em 1376,
à região chegam cargas de trigo, uma delas através do porto da Mexilhoeira (Estombar),
de modo a suprir a sua falta (Iria, 1956, 318).
Nos inícios do século XV (439) a situação parece não ter mudado substancialmente.
Silves tinha então de trocar os seus excedentes em gado por trigo e nos finais do século XVI,
segundo Frei João de S. José, mantinham-se muitos campos abandonados , sobretudo os de
Lobite. Contudo, durante o século XVI, dali seria exportado vinho, azeite e sal , não só para
a Flandres e Inglaterra, como possivelmente para outros destinos da Europa Setentrional
(Iria, 1982, 23-25, 28; 1990, 65).
A actual vila de Lagoa seria, ao tempo da concessão do foral de Silves por D. Afonso III
(1266), significativo núcleo urbano, possivelmente de origem muçulmana, dado naquele
texto serem mencionados os "reguengos de Lagoa e de Arroche/a», e de neste último local
termos identificado (M .V.G.) importante alcaria dos séculos XII-XIII.
Algumas pequenas povoações de população islâmica, de que hoje quase nada resta,
foram referidas no "Livro do Almoxarifado de Silves", do reinado de D. Afonso V (1474),
e onde, não raro, süo mencionadas propriedades de mouros forros (Quintã, Lobite,
Bemposta, etc. .. ).
Lobite, importante centro agrícola, é citado em documento relativo às Cortes de Elvas, no
reinado de D. Pedro J (] 361), informando o "Liuro do Almoxar{/ado de Silves» dos seus extensos
figueirais e vinhedos nos finais da Idade Média . E é neste período que a povoação de Lagoa
ganha importância , exactamente através da agricultura, mas a que não será, também,
estranha a sua proximidade com o estuário do Arade, onde se desenvolveu a natural vocaç,10
de empório internacional, conforme demonstram os muitos achados provenientes das suas
águas.
A Lagos, mas, também, à foz do Arade, a S. Lourenço da Barrosa, fundada em 1463 e
depois Vila Nova de Portimão (504) e a Silves, chegavam, em meados do século XV,
produtos vindos de Ceuta e da Madeira e, mais tarde, os proporcionados pelo recente
25
comércio ultramarino, em geral, mas também os originários tanto da Europa Atlântica como
Mediterrânica.
O crescimento de Lagoa, em meados do século XV (1469), reflecte-se em ser considerada
«aldea" e de o rei D. Afonso V autorizar Henrique Moniz, alcaide-mor de Silves, a nela
construir um ou dois fornos de cozer pão para todos os moradores, beneficiando da
"renda delles" (Iria, 1990, 137).
De facto, devido ao significativo surto económico experimentado, apesar de alguns
períodos de crise, Lagoa contava, em 1577, com trezentos vizinhos, momento em que se
acentuam os interesses mercantis baseados na cerealicultura e a que pertence a edificação
de não poucas casas que ainda se conservam, demonstrando a existência de aglomerado
urbano impoltante e extenso. É então fundada a igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora da
Luz (1560-70), tal como algumas ermidas das proximidades (S. Pedro) e o convento de Nossa
Senhora do Carmo (1550). No entanto, Lagoa não foi visitada por D. Sebastião, quando, em
Janeiro de 1573, se dirigiu de Silves para Albufeira, passando por Alcantarilha que contava,
na altura, com cento e cinquenta vizinhos (Iria, 1976, 101).
Em 1598, o lugar de Lagoa tinha trezentos e cinquenta vizinhos, conforme comunica ao
Papa o bispo do Algarve, D. Fernão Martins Mascarenhas, a propósito de um surto de peste
que ali se havia declarado. A crise prolongou-se e em 1601 faltou o trigo e o centeio em Lagoa
(Magalh<1es, 1988,39,42). Alguns anos depois, segundo Henrique Fernandes Sarr<1o (607),
Lagoa teria já quinhentos moradores, deixando expresso que "este lugar era capaz de ser vila"
(Guerreiro e Magalh<1es , 1983 , 45, 157).
Tanto Frei]oão de S.]osé como Henrique Fernandes Sarrão, respectivamente em meados
do século XVI ou nos primeiros anos da centúria seguinte , referem, embora sem lhe
atribuirem a data de edificação, a importante obra de drenagem das lagoas que deram o nome
à povoação, transformando os solos limítrofes em «terras lavra dias,,! excelentes para o cultivo
de cereais. É bem possível que a mesma, ainda hoje visível, tivesse, então, muitos anos, dado
que não é indicada a data precisa da sua construção, entretanto caída no esquecimento.
Também em centros urbanos vizinhos como Estombar e, em menor grau, Porches, notou-
-se tal desenvolvimento, ali se descobrindo edifícios quinhentistas com as características
cantarias chanfradas. A igreja matriz de Estombar, ou de S. Tiago, terá sido erguida na década
de 1550-60 e a da Misericórdia um pouco mais tarde (586), embora em anexo existisse um
hospital mandado edificar em 1531. A ermida do Espírito Santo, hoje profanada e no interior
da antiga alcáçova, remonta , pelo menos, ao século XVI.
Porches teve igreja matriz em 1560, cujo orago é Nossa Senhora da Encarnação, tendo
a poente da povoação existido uma ermida, dedicada a S. Sebastião, destruída pelo terramoto
de 1755. Nos finais daquela centúria, contava, apenas, com cinquenta moradores.
A igreja de Ferragudo tem vindo a ser atribuída aos inícios do século XVI (520) , altura
em que D. Leonor instituiu a povoação. Esta era defendida por muralha construída entre 1502
e 1538, por ordem do bispo D. Fernando Coutinho, observando-se, ainda em 16] 7, aquele
dispositivo com três torres adossadas.
A Mexilhoeira da Carregaçào era também uma aldeia a que , em 1495, D. João II deu
privilégio de couto. Ali se carregavam, nos finais do século XVI e nos primeiros anos do
século seguinte, segundo Henrique Fernandes Sarrão, "muitos navios e naus defígo para o
reino e/ora dele" (Guerreiro e Magalhães, 1983, 156).
26
A ermida de Santo António, junto à Mexilhoeira, deve pertencer ao mesmo período,
enquanto que o cemité rio, com túmulos escavados na rocha, da vizinha quinta de S. Pedro,
poderá ser algo mais antigo, talvez dos séculos XIII-XV.
Naquela mesma povoação descobriu-se, em 1982, extensa pedreira subterrânea, onde
eram extraídas mós para moinhos, de rijo calcário conquífero e , possivelmente, pedra para
cal , de modo a abastecer os fornos que sabemos terem existido na região de Estombar, no
século XVI (Magalhães, 1970, 182). Na mesma centúria o Algarve exportava cal para o Norte
de África, sobretudo para as fortificações portuguesas ali existentes. Perto de Lagoa existem
grandes pedreiras a cé u aberto (Cercas), de calcários, cuja idade não foi possível dete rminar.
Todavia , desconhecem-se referências escritas a estas explorações , por certo pertencentes à
Coroa.
As preocupações com a defesa do território, com longa costa aberta às incursões da
pirataria , mou ra, turca e fran cesa, ou aos ataques espa nhóis aquando da Guerra da
Restauração, conduziram a que ao longo dos séculos se construissem, remodelasse m ou
restaurassem diferentes fortificações. Uma das mais antigas posições muralhadas do actual
concelho de Lagoa , o castelo de Porches, deve ria encontrar-se, em meados do século XVI ,
totalmente arruinado, dado que, em 1559, o capitão Pedro da Silva, sargento-mór de
ordenanças de Silves propõe q ue se construa uma torre, em Nossa Senhora de Porches,
após o dese mbarque de piratas, na praia da Armação de Pêra , em 14 de Julho daqu ele ano
(Iria , 1976, 53-55). Pouco ma is de um século depois (1666), piratas mo uros mataram o
morador de uma quinta dos arredores de Lagoa CMagalh~les, 1988, 83) e, e m 1718, foi
afundado pe rto do ca bo Carvoeiro um navio inglês, ca rregado com me rcadorias, que se
destinava a Faro.
A fortificação de Nossa Senhora da Rocha foi provida, nos inícios do século XVII, de
muralha abaluartada e cisterna , sendo sucessivame nte reparada até ao século XIX, altura em
qu e foi desmantelada a sua artilharia (1840) .
No extremo oposto do concelho, à entrada do estuário do Arade, ergue-se , muito alterada,
a fortaleza abaluartada de S. João Baptista, edificada em 1643-44, tal como outras do
Barlavento Algarvio CBurgau e Ponta da Atalaia no co ncelho de Vila do Bispo) , sendo
reequipada em 1654, abandonada em 1861, arrendada a particulares (1822) e, depois,
vendida. É mais tardia a fortificação, abaluartada , mandada edificar por Nuno de Mendonça ,
capitão-general do Re ino do Algarve, em 1670-75, sobranceira ~1 praia do Ca rvoe iro,
desactivada em 186l.
A ata laia de Ferragudo, de planta ci rcular, transformada no século XVIIl ou no XIX em
mo inho de vento , cuja ve rdade ira origem se ignora, pode remontar à Idade Média , talvez ao
reinado de D. João I, dadas as preocupações então verificadas com a defesa da costa do
Algarve. Não longe , a ata laia da Ponta do Altar, sobre a barra do Arade, parece ser de Idade
Mode rna , tal como as to rres da Lapa e a de Alfanzina ou do cabo Carvoe iro , possivelmente
dos reinados de D . Manuel o u de D. João III. Recorde-se que a vizinha cidade de Portimâo
terá sido muralhada somente no reinado daquele último soberano Cm de 1559).
No século XVII assistiu-se ao crescimento dos principais núcleos urbanos da região de
Lagoa , tendo sido fundado nos seus inícios , por D. Diogo Vieira Boyo, o convento de
S. Francisco no Calvário, junto a Estombar e hoj e e m ruínas. O conve nto de S.José, e m Lagoa,
foi construído e m 1710 ou 171 3; o retábulo do altar-mór da capela , ainda do século XVIII
e recentemente resta urado, provém de Lagos.
27
No dizer de Joaquim Romero Magalhães 0988, 11), «Entra m os n o século XVJhzum A 19a rue
cheio de vitalidade, que sem demoras vence a guerra, a peste e afom e que o ajligem de 1596
a 1605, .
A prosperidade então verificada condu ziu a que Lagoa tivesse, em 1758, mais de dois mil
e trezentos habitantes, distribuidos por setecentos e sessenta e o ito fogos e a que Estombar,
na mesma data, possuisse trezentos e trinta e seis fogos e ali existissem nove mo inhos ,
conforme info rmo u o seu prior, Lo urenço de Mello e Cunha. A povoação de Fêrragudo,
elevada à categoria de freguesia em 1730, tinha , naquela mesma data , a penas , sessenta fogos .
A região de Lagoa , como todo o Barlavento Algarvio, sofreu grandeme nte com o
terramoto de 1755, caindo muitos dos seus templos e principais edifícios. Todavia, a
recuperação fez-se com alguma ra pidez, sendo a povoação, fin almente , elevada à categoria
de vila, através do foral concedido, em 1773, por D. José. Para tal contribuiu o binómio
agricultura-pesca que fo i, quase desde sempre , o supo rte económico do Litoral Algarvio ,
pratica ndo-se a cerealicultura, a horticultura e a fruticultura, sobretudo de figos, alfarroba,
amê ndoa , laranja , azeitona e prod uzindo-se derivados (azeite e aguardente de figo, esta
destilada industrialmente, e ntre 1750-60, no sítio das Fontes). Em Lagoa ho uve, ainda, em
meados do século XVIII , plantações de sumagre, utilizado na curtimenta de couros, assim
como se produziu vinho de excelente qualidade (Magalhães, 1988, 163, 227). Junto à costa
continuava a explorar-se o sal e a efectuarem-se as campanhas de pesca do atu m (Quarte ira)
e da sard inha, que chegaram quase aos dias de hoje.
I
,
28
2. Inventário. Estações, sítios e achados com interesse arqueológico
o registo das estações, dos locais e achados com interesse arqueológico, foi feito de
poente para nascente e de norte para sul. Todos os arqueossítios foram numerados de 1 a n.
Para o seu registo cartográfico utilizaram-se as folhas 594, 595, 603 e 604, da Carta Militar
de Portugal, à escala 1/25.000, sendo localizados através de coordenadas Gauss.
O concelho de Lagoa , pertence ao distrito de Faro e integra as freguesias de Estombar,
Ferragudo, Lagoa , Carvoeiro e Porches, segundo a sua ordenação de poente para nascente.
No inventário a seguir apresentado considerámos os seguintes descritores:
l. Número de ordem, topónimo, tipo de testemunho e freguesia a que pertence.
2. Situação geográfica e ambiente geológico, no caso dos arqueossítios pré-históricos.
3. Coordenadas geodésicas Gauss e folha da Carta Militar de Portugal onde se insere .
4. Descrição e trabalhos arqueológicos efectuados.
5. Cronologia.
6. Bibliografia.
29
L PlllllíllCll 111110 ' lílll
OllOlíllCO
eCllCOlíllCO
<) IDIOIUIlOm
• 10lIl1 01 fIliO
0101118
I
-; J i
Q IUÇUlI.IO \
o
175
I
• IlillYll ' . 2 -
F Ig Invent - .
* loomo , comlPORUIO \
arqueossítios. afio de
ot:t====:----1~KM
+
I Fig. 3 - lhé u do Rosário. Vista de nordeste (RVIlI79-27).
32
1.1. ILHÉU DO ROSÁRIO, RUÍNAS DO
~ (ESTOMBAR)
2. Na confluência da ribeira de Odelouca
i,
I i :I
L __ .J ~ com o rio Arade , a 9Kms da costa . Mede
cerca de 100m de comprimento por
177:TT777777'C"--J ~ - - - ____ .J
'---1LL<'-LL<LLLLLLL2. __ __________ ___ __ J
40m de la rgura.
3. W 687 234 (C.M.P. , 595, Silves, esc.
1:25.000, 1979).
o 5M
'=========' 4. As escavações dirigidas por Estácio da
Veiga , em 1878, descobriram restos de
construções romanas e medievais, assim
n----T----l como materiais a rqueológicos do
,I I I
,I I Neolítico (machado e pendente) à Idade
-_ /
"
(~I I
\
I
/ )
...... _- Média, embora sejam mais frequentes
I
/
.... -" I
I
.... - ,
~
\
os romanos (sigillatae, ânforas, moedas,
\ , \I ,\,
I I II " ,
contas, etc ... ), nomeadamente os do
\ I 1\ I I I
\ I II I I I período republicano. Dali provêm dois
\ I II I I I
\ \ II \ : I grandes fragmentos de ânforas Dressel 1
I I II
I \ I,
I I
I ,
I
I
(sécs II - I a.c.), utilizadas no transporte
I I,
II II I
I I
I ,
I
I
do vinho da Campânia, anzóis e uma
, v/ ' ; I
, I :
pequena máscara de sítula, em bronze,
\
~
e ntre o ut ros ob jectos . Ainda se
\
recon hecem ruínas de construções, uma
delas com um tanque e possivelmente
ligada a complexo romano de salga ou
conselva de peixe, e outras que parecem
ser da antiga capela, cujo orago e ra
, Nossa Senh ora do Rosário, onde se
'I I
'I I
I, I conservava um fragmento de cruzeiro,
II I
I I , hoje guardado na igreja de Ferragudo.
I I ,
\ \ I 5. Neolítico, Idade do Ferro, Período
II I
\ \ I Romano e Idade Média.
\\, /
, ,, ,
~
/
/ 6. Almeida , 1962, 237 ; Canana , 1981 , 1,4;
/
',', I // Domingues, 1957, 145; Ferreira, 1966-
"...... I /
',"-l / -67, 125, 128, 129; Leitão, 1917, 1;
\ I /
\ I "
Loureiro, 1909, 188; Machado, 1990,
\ I I
\ I I 340; Martins, 1969a , 1; Nunes , 1963, 8;
\.l/ Rodrigues, s/ d, 237; Saa, 1957, 146;
Salgado, 1786, 262 , 263, 308; Santos ,
o 2QCM 1915, 3; Santos, 1972, 188-194; Varela ,
t::1=====:::::l1
1981, 3, 5; Vasco ncellos, 1917, 130;
1918, 121-123; 1927, 257-259; Veiga,
1887, 352; Viana , Formosinho e Ferreira ,
Fig. 5 - Ihé u do Rosário. Planta das ruínas.
1953 , 131,132; n/ a, 1957a, 1,6; 1967, 1,
Fig. 6 - Ihé u do Rosário. Ânforas Dressel 1. 4; 1983ar, 3.
33
2.1. SENHORA DO ROSÁRIO , MOINHO DA 4. Do is machados de bronze, e ncontrados
(ESTOMBAR) e ntre du as p e dras, p oss ive lme nte
2. Junto à margem esqu erda do rio Arade, constituindo esconderijo ou depósito
cerca de 500m, a mo ntante, da con- ritual. Um deles, então na colecção de
flu ência com a ribe ira de Ode lo uca . Pedro Júdice, foi publicado po r Estácio
3. W 693 233 (CM.P., 595 , Silves, esc. da Veiga .
1: 25.000, 1979) . 5. Idade do Bronze.
4. Co nservam-se as ruínas e restos do 6. Correa , 1924 , 31; 1928 , 150; Gomes,
açude. 1994, 91 ; Oliveira, 1911 ,24 , 169; Rocha,
5. Idade Média o u Idade Mode rna (ainda Marques, Antunes e Pais, 1989, 31;
funci o nava no séc ulo XVIII). Rodrigues, s/ d , 234; Schu ba rt, 1975,
6. Game iro, Piscarreta e Palhinha, 1989; 192; Ve iga, 1891 , 188.
Oliveira, 1911 , 130.
4. 1. FERRARIAS (ESTOMBAR)
2. A ce rca de 2.5Kms, nordeste, de
Esto mbar.
3. W 698 223 (CM. P., 595, Silves, esc.
1:25.000, 1979).
4. Antigas manufacturas de fe rro. Talvez
aqui se e ncontrasse o sítio do Algar,
registado, e m 1862, na Câmara de Lagoa ,
como mina de ,:ferro e a lguns metaes" .
5. Idade Média (?).
6. Inédita.
34
4. Grand e desti laria para ag ua rd ente de
figo, de Isac Correyolas, eq ui pada com
três ca lde iras , armazéns, lagar de vinho,
de duas varas, casa de habitação e
bomba d e água. Desmantelada.
5. Idade Moderna (1750-1760).
6. Cardoso, 1758, 661; Lopes, 1841 , 144,
145; Magalhães, 1988, 231, 233.
3S
o.,
. ó .~:·· . '. .. ' 0 . • ...~:~.
• .. p
.: .
' ..
.. ~ ...
. o
. . '. . ~.
. .
. '.o o'\)
.
'0: o ...
o
.•.. .
. . . . .:::~.~
o ' . ::. . . 0'-
. -d.~...
. ~: • O
. .
37
17.1. IBN AMAR , FURNAS DOS MOUROS ,
GRUTAS DA MEXILHOEIRA OU DE
(ESTOMBAR)
2. Sobre a margem esq ue rda do ri o Arade,
a 200 m , poe nte, do v.g. Fontaínhas
e a ce rca de 1. 5Kl11s, nor-d este, da
Mexilhoe ira da Ca rregaç;lo. Cav idades
subterrân eas abert<lS nos ca lcári os
miocénicos.
3. W 674 212 CC.M. P., 594, Mexilhoeira
Grande, esc. ] :25 .000 , 1979).
4. Exte nsa «gru ta santu ário», de topografi a
compl exa, co m nasce ntes e lagos, qu e
ofe rece u nlllTle roso espól io d o
Neolítico Ant igo (mac hados, e nxós,
pe rcllto res, mós , lâ minas d e sílex,
ce râm icas, impressas ou inc isas , e
contas) , em alguns casos possivelme nte
acompanh a ndo e nte rramentos, assim
como ce râmicas da Idade do Bronze
Final (formas ca re nadas , re ti c ul a
brunida e "penteada ,.) e medievais.
5. Neolítico, Idade do Bronze e Idade
Média. 3. W 672 210 (C. M.P. , 594, Mexilh oe ira
6. Arna ud. O li ve ira e Jo rge, 1971 , 124; G rande , esc. 1:25.000, 1979).
Bentes , s / d ; B o n n e t , 1850, 40; 4. Edifíc io bem co nse rvado , se nd o a
ca lde ira COlTllll11 co m ;1 d o mo inho
Ca rrapi çü, 1971a , 1, 3; Costa, 1971;
refe rid o a nte riormente.
Francês, 1963 , 1, 7; Ga mito , 1988, 27 ,
5. , Id ade Moderna.
31; L. , 1978, I ; Machado e Ma chado,
6. Game iro , Piscarre ta e Pa lhinha , ] 989 :
:I 945 , 214, 215; 1948 , 453; Marques ,
Mendon ça , 1988 ; O liveir;l , 1911 , L30.
1992 , 65 , 67; i\tlarqu es e Andrade, 1973,
128; Martins , ] 969 , 10; O live ira, 1911 ,
19.] . MOINHO DO BISPO (ESTOMBAn)
15,16, 19, 159; ROS,I , 1966a , ] , 2; 1970 ,
2. Na marge m esqu e rda d o ri o Arad e, a
94; 1992 , 22 1; Sil va e Gomes , 1992 ,
cerca de 750111 , sul-sudoeste , d o v.g.
120; Ve ig:I , 1886 , 64-66; 1891, 94; Via na, Fo ntaínhas (Va le Crevo).
] 939w', 1, 2; n/ a , ] 977e, 1; 1985t, 7; 3. W 673 207 CC.M.P. , 594, Mexilh o e ir:1
1987m , 7. Grande , esc. 1: 25.000, ] 979) .
4. Edifício e cald e ira a inda bem co n-
18.1. MANUE L ALEIXO , MOINHO DE se rvad os . Foi , rece nte men te , :1daptadü
(ESTOMBAR) a hab itação d e ve ra ne io. Fig. 10 - Mo inho de Man
2. Na marge m esqu e rda do rio Arad e, a 5. Idade Moderna. Aleixo CRlII/95-33).
ce rca d e 500m , sud oeste , do v.g. 6. Ga meiro , Piscarreta e Palhinha, ] 989 ; Fig. 11 - Gruta de Ibn
Fo ntaínhas (Vale de Crevo). Mendo nça , 1988; Olive ira , 1911 , 130. Espólio do Neolítico Anti
38
,
i
j :".
;
\,
\
\
\
I
J
I
, \ \
\
,,
" \
\
\
\
\ \
I
\ I
,/ W\"
I
I
' I
\
\
I
I
I
I
I
I
I
L __________ _
o
4. Edifício o nd e se g uardava o sa l.
5. Idade Moderna.
6. Inédito.
41
Almeida Coutinho (1758), já profanada.
Ali existiam seis painéis de azu lejos
com representações da Via-Sacra.
Foi arruinada pelo terramoto de 1755,
depois reconstruída , sendo abando-
nada em 1828-30. Encontra-se e m
avançado estado de degradação.
5. Idade Moderna (séculos XVII-XVIII).
6. Adragão, 1985, 149; Azevedo, 1898,
146; Cardoso, 1758, 653; Costa, 1712,
4; Gameiro, Piscarreta e Palhinha, 1989;
Iria , 1956, 58; Leal , 1873b, 72; Linha,
1984,4,8; Mourinho, 1983c, 3; Oliveira ,
1911 ,87, 91 , 164-167; Rosa , 1977b, 5;
1990, 27; Santos , 1942i, 3; Va ladares,
1958, 1, 2; n/ a, 1983x, 24.
42
28.1. ESTOMBAR , f .I.LOS DE CES- 29 .1. ESTOMBAR, AZENHA DE CES -
TOMBAR) TOMBAR)
2. Na povoação e nos terre nos circun- 2. Na ribe ira de Vale Formoso ou de
vizinhos. Estombar, junto à "malhada do mar».
3. W 685 200 cc.M.r. , 595, Silves, esc. 3. W 679 203 cc.M.r ., 594, Mexilhoeira
1:25.000, 1979). Grande, esc. 1:25.000 , 1979).
4. Artefactos de difere ntes pe ríodos , 4. Regista-se um afo l·.tmento de 1376,
no meadame nte machados de pedra sendo referida no ',iuro do Almoxa-
po lida e de bro nze . Destaca-se um r~fado de Silues» \. 1474). O prior
conjunto de contas de vidro polícromas, Lourenço de Mello da Cunha me n-
de Idade Mode rn a, publicado por ciono u, em 1758, nove moinhos na
Estácio da Veiga . zona de Estombar.
5. Neolítico, Calcolítico, Idade do Bronze, 5. Idade Média .
Pe ríodo Romano, Idade Mécl. ..l e Idade 6. Ca rdoso, 1758, 670; Botão, 1992, 63;
Mode rna . Iria, 1956, 318; Lea l e Domingues,
6. Alarcâo, 1988, 182; Chaves , 1955, 140; 1984, 55, 101.
Correa , 1924, 31; 1928, 150; Domingues,
1945,70,279; Ga mito, 1988, 27 ; Gomes, ESTOMBA R, CASTE LO DE CES-
1994, 91 ; Marques, 1992,69; Mourinho, )MBAR)
1983, 3; Rodri gues, s/ d , 234; Rosa, 2. 'o na :t1ta da povoação de Estombar,
1975, 136, 138; Schubart, 1971 , 211 ; .'\in.o d o largo Dr. José Lapa
1975, 192; Ve iga , 1887, 371; 1891 , 94, mdes Manuel.
2
95, 188; Viana, 1960-61 , 8. 35 200 CC.M.P., 595 , Silves, esc.
000, 1979).
4. , l't 'ka ção em ta ipa , hoje q uase
co mpletamente destruída , de que ainda
se reconhecem os restos de uma to rre ,
de planta quadra ngul ar, medindo 5m
de lado, e o arranqu e dos pa nos de
muralha a q ue se e nco ntrava adossada.
\ "\'.
I
Alcobaça, se nd o. de po is , co nquistada ,
em 1243 , por D. Paio Pe res Correia .
Os vinhos de Estumbarou t.'stombre
são refe ridos, e m 1398, nas Cortes do
Porto .
5. Idade Méd ia (muçulmano) .
6. Alegria, 1986, 264; Adragão, 1985 , 149;
Almeida, 1947, 442 ; Ca llixto , 1991 ,
1618; Chaves, 1924, 10, 11 ; Cru z, 1960,
fig . 1; Domi ngues , 1960, 344; 1967a , 1,
IS - Estolllh:l r. C, ,I:l r. 4; 1971 , 194, 197; Gomes, 1993, 40;
. '/ ,) Gouveia, 1928,3, 10; Guerreiro e Maga-
43
lhães, 1983, 66, 67, 75, 156, 157; Iria,
1956, 99, 107; 109, 251; 1982, 77, 114;
Leal, 1873b, 73; Linha, 1984, 4, 8;
Lo pes, 1841, 294; Machado, 1978, 249;
Ma rques, 1992, 77; Mo urinho, 1966a,
2,4; 1983a , 3; 1983b, 3; Oliveira, 1911 ,
21 , 56-58; Santo Agostinho, 1792, 86,
92; Sa ntos , 1937d , 1; 194 2b , 1;
Vasconcellos , 1938e, 3; 1938f, 3; Vieira ,
1911 , 13; n/ a, 1898g, 389, 390; 1949c,
fig. 1; 1957c, 1, 4; 1987m, 7.
44
Seis capelas laterais (Nossa Senhora
da Conce ição, Nossa Senhora do
Rosário, Santíssimo Sacrame nto, Senhor
Jesus Crucificado, Santo António e das
Almas) gua rdam retábulos de talha
dourada , do sécul o XVIII , a lguns
contendo image ns dos m agos, e m
madeira polícroma. A cape la do Senhor
Jesus Crucificado fo i co nstruída e m
1589 e mostra medalhões com os bustos
de S. Pedro e S. Paulo.
Este templo conserva, ainda , outras
imagens e alfaias litúrg icas, nomea-
damente um cru cifixo indo-po rtuguês,
de ma rfim, do século XVII.
É, desde 1984, Imóve l de Inte resse
Público (dec. nº29/ 84).
5. Idad e Mo d e rna e Id ad e Conte m-
porânea.
6. Aavv, 1976, 238, 239; Adragão, 1985,
149; C 1958, 3; Ca rdoso, 1758, 651 ;
Corre ia, 1984, 21-41; 1987, 30, 49, 53,
64,65,69,73,79,80; Costa , 1712 ,4;
Francês , 1963, 7; Franco, 1929, 44;
Júnior, 1877a , 1,3; Lameira, 1988, 36;
1992, 23-81 ; Lea l, 1873b, 72; Linha ,
1984, 4, 8; 1993, 15; Lopes , 1841 , 294;
1993, 15; Mourinho, 1966 , 4, 5; 1976, 6;
O liveira , 1911 ,86,89,91, 110, 132-136;
Proença , 1927, 269; Ramos, 1990, 42 ,
43; Rosa, 1990, 26-, 27; 1992 , 288, 293 ;
Santos, s/ d , 170; Simões, 1949d , 1,4;
Smith, 1940, 135-159; Sousa , 1915,37;
Valadares, 1958c, 1; 1958h , 1, 2; n/ a,
1957a, 1, 6; 1957c, 1, 4; 1957e, 1, 4;
1965a, 1; 1983ap, 3.
45
4. Edifício de planta rectangular, com nave .,
única , cobelta por abóbada de be rço,
fundado nos finais do século XVI (586),
e sacristia a nexa onde fun cionou um
hospital. Este foi mandado edifica r, e m
1531, pelo escude iro Diogo Pincho,
conforme inscrição ali conservada na
ve rga de uma porta .
Fo i re parado e m 1677, se ndo
arruinado pelo terramoto de 1755 e
novame nte reerguido .
A fachada , e ncimada por frontão,
triangular e pinaculado, conserva porta
quinh e ntista, so b ócul o, sendo o
ca mpa nário do século XVIII (754).
Ta nto o arco triunfa l como a cape-
la-mó r, ofe recem pinturas do sé-
cul o XVIII ( 767). Na ca pe la-mó r,
observa-se retábulo , de talha dourada,
dos inícios do século XVIII.
Guarda algumas imagens religiosas,
de made ira , do século XVII , assim
como oito bandeiras e nove varas de
mand o, daquela mesma centú ria .
5. Idade Mode rna.
6. Adragão, 1985, 149; Ca rdoso, 1758,
655 , 656; Correia, 1987, 66, 67, 73;
Lameira, 1988, 35; 1992, 82-87; Linha,
1984 , 4, 8; Mourinho, 1983 , 3; Oliveira,
1911 , 88, 91, 137, 138; Pinto e Pinto,
19'68 , 3 15-331 ; So usa, 1915, 37 ;
Valadares, 1958b , 1,3; 1958i, 1, 2.
1911 , a escola primária . Conselva pOltal Oliveira, 1911 , 88 , 91, 108, 145; Sousa , Fig . 19 - Estom bar. Solar
de ca ntaria chanfrada. 1915 , 40. Gaivões OUIl/ 95-32).
46
35.1. GAIVÕES, SOLAR DOS (ESTOMBAR) 37.1. ESTOMBAR, CASA "MANUELINA" DE
2. Na povoação de Estombar, na esq uina (ESTOMBAR)
da rua do Remexido com a rua João 2. No largo Dr. José Lapa Fernandes
Gaivão. Manuel, n Q 12.
3. W 685 200 (CM. P. , 595, Silves, esc. 3. W 685 200 (CM.P., 595, Silves, esc.
1:25.000, 1979). 1:25.000, 1979).
4. Casa de dois pisos, com origem no 4. Edifício térreo com portal, em cantaria,
séculoXVI e grandemente remodelada de arestas chanfradas.
no século XVIII. Conserva, no interior, 5. Idade Moderna (séc. XVI).
capela . Oferece, numanexo, porta, em 6. Inédita.
cantaria da região, com arestas
chanfradas. 38.1. ESTOMBAR, CASA "MANUELINA" DE
5. Tdade Moderna. (ESTOMBAR)
6. Oliveira, 1911, 145; Sequeira, s/d, 62. 2. Na rua Mouzinho de Albuquerque,
n Q 27.
36.1. POÇO VELHO (ESTOMBAR) 3. W 685 200 (CM.P., 595, Silves, esc.
2. Frente à casa da Família Gaivão. 1:25.000, 1979).
3. W 685 200 (CM.P., 595, Silves, esc. 4. Edifício térreo, com duplo beirado,
1:25.000, 1979). porta, em cantaria da região, de arestas
Fig. 20 - Estombar. Poço Velho
OUV/94-31) 4. Poço público, com planta circular, chanfradas, e janela decorada com
reconstruído recentemente. estuques (séc. XVIII?).
Fig. 21 - Estombar. Casa da 5. Idade Moderna (sécs XVI e XVIII).
rua Mouzinho de Albuquer-
5. Idade Moderna (séc.XVI).
que (RVV94 6. Inédito. 6. Inédita.
47
41.1. LOBITE, ALCARIA DE (LAGOA) 4. Recolheram-se vários artefactos de
2. A cerca de lKm, norte, de Lagoa. pedra polida.
3. W 725 198 (Ç.M.P ., 604, Lagoa , esc. 5. Neolítico.
1:25.000, 1979). 6. Oliveira, 1911, 20, 157.
4. Povoação, possivelmente de origem
muçulmana dada a existência, no século 44.1. SANTO ANTÓNIO, ERMIDA DE (ES-
XVI, de grande número de mouros TOMBAR)
forros. É citada em documentos da 2. Na povoação de Mexilhoeira da
chancelaria de D. Pedro I 0357-1367), Carregação, num cerrinho sobranceiro
nomeadamente nas Cortes de Elvas ao rio Arade.
(361), e no "Livro do Almoxarifado de 3. W 666 202 (CM.P., 594, Mexilhoeira
Silves» (474) , como Lobre, Loubrete Grande, esc. 1:25.000, 1979).
ou Loubite. Hoje reconhecem-se ali , 4. Construída no século XVI, perto do
apenas, algumas ruínas. local onde se situava o solar da família
5. Idade Média e Idade Moderna . Alistão, tendo sido mandada edificar,
6. Botão, 1992, 68; Guerreiro e Magalhães, segundo a tradição, por um dos seus
1983,45; Iria , 1956,305,309,349; 1982, membros. Foi arruinada pelo terramoto
23-25; 1983, 142, 144; Leal e Domingues, de 1755. Conserva, na capela-mór,
1984, 43-52, 61-68, 95-101; Marques, retábulo de talha dourada , de meados
1984, 248, 249, 281; Oliveira, 1911, do século XVIII, com imagens , do
161. mesmo século, como a do padroeiro,
e uma sepultura.
42.1. CALHAU, PORTO DA MEXILHOEIRA 5. Idade Moderna e Idade Contem-
OU DO (ESTOMBAR) porânea .
2. Junto ao rio Arade, na extremidade 6. Cardoso, 1758, 657; Lameira , 1988, 35;
poente da povoação da Mexilhoeira. 1992, 88-93; Leal, 1873d, 205; Linha,
3. W 666 202 (CM.P ., 594, Mexilhoeira 1984,4, 8; Mourinho, 1967,3; Oliveira,
Grande, esc. 1:25.000, 1979). 1911, 88, 149, 150; Sousa , 1915, 38;
4. Cais, medindo cerca de sete metros de Valadares, 1958b, 1, 4; 1958i, 1, 2.
largura e catorze de comprimento.
45.1. ALISTÕES , SOLAR OU CASTELO
Referido, em 1758, como "hum porto
DOS (ESTOMBAR)
com praça, que lhe chamão o Calháo, 2. Perto da ermida de Santo António, na
junto do rio de Vila Nova». Mexilhoeira da Carregação .
5. Idade Moderna. 3. W 665 202 (CM.P ., 594, Mexilhoeira
6. Cardoso, 1758, 662 ; Iria, 1956, 306; Grande, esc. 1:25.000, 1979).
1983, 132, 133; Oliveira, 1911,90. 4. Casa fortificada, da família dos Alistões,
hoje arrazada.
43.1. MEXILHÃO, ACHADOS DE (ES- 5. Idade Moderna (século XVIII).
TOMBAR) 6. Oliveira , 1911 , 157-159.
2. No sítio do Mexilhão, na Mexilhoeira
da Carregação. 46.1. JÚDICES, SOLAR DOS (ESTOMBAR)
3. W 664 199 (CM.P ., 603, Portimão, 2. No largo António Joaquim Júdice, na
esc . 1:25.000, 1978). Mexilhoeira da Carregação.
48
3. w 673 200 CC.M. P., 594, Mexilhoeira de a ltura. Ali se encontraram grandes
Grande, esc. 1:25.000, 1979). mós, para moinhos de maré ou fluv iais.
4. Edifício, de do is pisos e águas-furtadas, 5. Idade Mode rna (?)
o nde moraram os desce nde ntes do 6. Linha , 1984, 4, 8.
co rso Paulo André Júdice.
5. Idade Mode rna . 48. 1. S. SEBASTrÃO, ERMIDA DE (ES-
6. Mesquita, 1982, 1,9; Sequeira, s/ d , 62 . TOMBAR)
2. A cerca de 250m, poe nte, da povoação
47 .1. MEXILHOEIRA DA CARREGAÇÃO, de Estombar, em antiga propriedade
de Pedro Júdice, denominada quinta
PEDREIRA SUBTE RRÂNEA DA
de S. Sebastião.
CESTOMBAR)
3. W 680 200 CC.M .P., 595 , Si lves, esc.
2. Na ru a D . João II , sob ed ifícios e
1:25.000, 1979).
quintais an exos.
4. Templo, arruinado pelo terramoto de
3. W 669 200 CC.M. P., 594, Mexilhoe ira 1755, de que resta pouco mais do que
Grande, esc. 1:25.000 , 1979). o micro-topónimo .. igreja».
4. Con junto d e ga le ri as e salas , 5. Idade Moderna.
descobe rtas em 1982, com O.90m a 6. Júdice , 1929a , 3; Oliveira, 1911 , 88,
1.20m de largura e com 0.80 a 1.80m 138, 160; Sousa, 1915 ,38.
,---
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
. 22 - Mexilhoeira. Planta \ '0 0
\ '=======:::::J'
49
49.1. S. SEBASTIÃO, NECRÓPOLE DE (ES-
TOMBAR)
2. A cerca de 250m, poente, da povoação
de Estombar, em uma elevação com
21m de cota, a norte das instalações
agrícolas da quinta de S. Sebastião.
3. W 680 200 (CM.P., 595, Silves, esc.
1:25.000, 1979).
4. Necrópole, onde se encontraram vários
esqueletos, inumados em decubitus
dorsal, com os braços ao longo do
corpo ou dobrados, sobre o ventre,
desprovidos de qualquer estrutura de
protecção.
5. Idade Média (?)
6. Inédita.
50
4. Terreno de areias plistocénicas, onde 4. Antigas salinas e grande armazém,
se recolheram artefactos de pedra junto ao rio, para depósito do sal.
lascada e elementos de mós. 5. Idade Moderna (séc. XVI).
Reconheceu-se estratigrafia, formada 6. Inédito.
por duas unidades bem dife-
renciadas. A inferior, assente em 54.1. QUINTA DE S. PEDRO, NECRÓPOLE
complexo argilo-arenoso, de cor DA (ESTOMBAR)
vermelha e bem consolidado, é cons- 2. Na quinta de S. Pedro, a sudeste de
tituída por areias soltas de cor castanha, Mexilhoeira da Carregação.
contendo artefactos com talhe de tipo 3. W 665197 (C.M.P., 603, Portimão, esc.
"Ianguedocense», sobre seixos de 1:25.000, 1978).
grauvaque. A superior, de areias soltas, 4. Contaram-se onze sepulturas escavadas
da mesma cor, mas de tom mais escuro, na rocha, hoje desaparecidas.
entregou um núcleo de quartzo leitoso 5. Idade Média.
e resíduos de talhe, de sílex, assim 6. Oliveira, 1911, 163.
como pequenos fragmentos de
cerâmica. Provém desta zona, mas em 55.1. COTOVIO, JAZIDA DE (ESTOMBAR)
local hoje pertencente ao concelho de 2. Área planáltica, de areias quaternárias,
Silves, um grande vaso do Neolítico a cerca de 500m, sul, de Estombar, a
Antigo, provido de quatro pequenas 300m, norte, do v.g. Cotovio e a 3Kms,
asas verticais, da colecção M. Bentes, poente, de Lagoa .
de Ferragudo. 3. W 685 193 (C.M.P., 604, Lagoa , esc.
5. Epipaleolítico e Neolítico. 1:25.000, 1979).
6. Bentes, s/d; Veiga, 1887, 373, 374. 4. Encontraram menires de calcário, hoje
desaparecidos, assim corno altefactos
52.1. CERCAS, PEDREIRAS DE (LAGOA) de pedra (núcleo, percutores,
2. A cerca de 200m, norte, das casas da raspadores, etc ... ) e cerâmicas.
quinta das Cercas, 1Km, nordeste, de 5. Epipaleolítico e Neolítico.
Lagoa. 6. Inédita.
3. W 724 199 CC.M.P., 604, Silves, esc.
1:25.000, 1979). 56.1. BEMPOSTA, JAZIDA DE (LAGOA)
4. Duas profundas explorações, em poço, 2. Zona planáltica , com 60m de altitude,
abertas nos calcários miocénicos. com areias qU<lú::rnárias, a cerca de
5. Idade Moderna m 1.5Km, noroeste , de Lagoa , e a sul de
6. Inéditas. um caminho que conduzia a Estol11-
bar.
53.1. PARCHAL, SALINAS E ARMAZÉNS 3. W 703 193 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
DO SAL DO (ESTOMBAR) 1:25.000, 1979).
2. Na margem esquerda do rio Arade, 4. Reconheceu-se sequência estratigráfica,
junto ao Km 328 da linha férrea, entre constituída por três níveis, sendo o
as povoa ções de Parchal e de inferior formado por complexo argilo-
Mexilhoeira da Carregação. -arenoso, de cor vermelha, a que se
3. W 659196 CC.M.P., 603, Portimão, esc. sobrepunham areias, pouco conso-
1:25.000, 1978). lidadas, de cor castanha clara , que
51
ofereceram artefactos de talhe
«langu edoce n se». Recolheram-se
algumas peças unifaciais, sobre seixos
de grauvaque (raspador e pico). O
nível superior era formado por areias,
soltas, de cor castanha mas de tom
mais escuro.
5. Epipaleolítico.
6. Inédita.
52
3. W 676188 (C.M.P., 603, Portimão, esc. de cor azul e nove de cor castanha,
1:25.000, 1978). espó lio qu e se conserva no Museu
4. Pequ e no templo de planta rectangular, Municipal de Faro, assim como um
coberto por abóbada de canhão, par- fragmento de peça de ferro e outro de
cialmente arruinado, pelo terramoto vasilha d e ce râmi ca . Uma outra ,
de 1755, e reconstruído. romana , e ntregou uma vasilha de terra
5. Idade Moderna (séc. XVI). sigillata e um anel de bronze.
6. Cardoso, 1758,657; Oliveira, 1911 ,88, Lagoa era , no século XVI, impoltante
138, 162, 163; Rosa , 1992, 285, 286; povoação, contando , em 1577, com
Sousa, 1915, 38. trezentos vi zinhos. Em 1758, segundo
o Pe Inácio de Sousa, tinha 768 fogos
61.1. LAGOA, ACHADOS DE (LAGOA) e 2299 habita ntes.
2. Na vila de Lagoa e nos terrenos em seu 5. Neolítico, Idade do Bronze, Idade do
redor. Ferro, Pe ríodo Romano, ldade Média e
3. W 715 188 (C.M.P. , 604, Lagoa , esc. Idade Moderna.
1:25.000, 1979), 6. Beirão , 1986, 38; Beirão e Gomes,
4. Têm-se enco ntra do nume ros os 1980, 14, 33; Botelho, 1903, 212 , 214;
artefactos de pedra polida , de cobre Botto, 1899, 10, 12, 28, 38; Branco,
ou bronze , assim como sepulturas, e m 1937, 2; Cardoso, 1758, 85; Casimiro,
locais indeterminados. Uma, da Iª Idade 1987c, 5; Chaves, 1962 , 1, 4; 1972, 1, 4;
do Ferro, continha xorca com doze Ferrreira, 1964b, 95; Formosinho,
pendentes, bracelete , com as ex- Ferreira e Viana , 1953-54, 195, 196;
tre midades e m forma de cabeça de Gomes e Domingos, 1983, 294, 296,
ofídeo, três contas de pastra vítrea , de 297; Guerreiro e Magalhã es, 1983 , 45 ,
cor negra oCLdadas a branco, dezoito 157; Iria , 1956, 193; Júdice, 1929, 3;
1929a, 3; 1929b, 3; Marques, 1992,77;
Rocha , Marques, Antunes e Pais , 1989,
31; Rosa , 1975b, 136; Santos, 1972,
127; Silva e Gome s , 1992, 150;
~ i? Vasconcellos, 1918, 111 ; 1919-20 , 100,
Ó , 101 ; 1927 , 247 ; 1927-29b, 177; Veiga ,
(!afl 1887, 374; 1891 , 96; Via na , 1955b, 553;
í3 Viana , Ferreira e Formosinho , 1954,
t';)
~ ~
~ " 45, 46; n/ a , 1898g, 389.
~
eJ~ ,fl ç~
o o
IÍ=====:::::::::JI
5CM
cl======c========~1 10 C M
53
62.1. NOSSA SENHORA DA LUZ, IGREJA
MATRIZ OU DE (LAGOA)
2. No centro da vila de Lagoa, com a
fronta ria voltada para o largo dos
Combate ntes da Grande Guerra.
3. W 715 188 (CM.P. , 604, Lagoa, esc.
, ,, .. "..
~
1:25.000, 1979).
4. Templo edificado em 1560-70. Oferece ...J
54
63.1. MISERICÓRDIA , IGREJA DE NOSSA Em anexo, fun cionou o Hospital da
SENHORA DA VISITAÇÃO OU DA Mise ricórd ia , refe rido e m 1758, e
(LAGOA) reabilitado em 1864. Também ali existiu
2. Na praça da República, em Lagoa. um pequeno cemité rio, onde e ra m
3. W 715 188 cc.M.r., 604, Lagoa, esc. sepultados os pobres. O hospita l arde u
1:25.000, 1979), em 1900.
4. Edifício, do sécu lo XVII , de p lanta 5. ldade Moderna.
rectangular, com cobertura de made ira 6. Aavv , 1976, 306; Adragão, 1985, 149;
e telhas. A fachada mostra frontão , Cardoso , 1758, 87, 90; Goodolphim,
pinaculado, com a coroa real. 1897, 197, 198;]údice, 1929a, 3; Lameira,
A capela-mór conserva retábulo, em 1922 , 234-240; Pinto e Pinto, 1968, 247-
talha dourada , dos fina is do século XVII. -259 ; Rosa , 1990, 46, 47; Sousa , 1915,
As paredes encontram-se revestidas 40; Va lada res, 1958b, 1, 3.
por azu lejos, dos sécu los XVII-XVIll,
co m friso s d e a çafates florido s, 64.1. S. JOSÉ, CONVENTO E CAPELA DE
enq uadrados por fo lh agem. Sofreu CLAG OA)
re paros após o terramoto de 1755. O 2. Na zona norte da vila de Lagoa , junto
tecto é de madeira , e m forma de à rua Joaquim Eugén io Júdice.
29 - Lagoa. Igreja de
ssa Senhora da Luz. Portal masseiras. 3. W 715 188 cc.M.r ., 604, Lagoa , esc.
ltraseiras (RVlI/34-6). Guarda algumas imagens re ligiosas 1:25.000, 1979).
. 30 - Lagoa . Igreja da de made ira, dos séc ul os XVII e XVIII , 4. Edifício de do is pisos, co m claustro,
ricórdia (RVlI/94-3). assim como oito bande iras . cisterna e torre-mirante sobre a rco,
fundado em 1710 o u 1713. Na porta da
ca pe la, sob a torre- mira nte, e ncontra-
se esc rita a data de 1738.
Casa ca rmelita, serv iu de recolhi-
mento de mulheres e crianças do sexo
fe minino. Resistiu ao terramoto de
1755 , se ndo desactivada e m 1911 .
A ca pe la-mór apresenta retáb ulo , de
talha dourada , do séc ulo XVIII, vindo
da cape la do Compromisso Marítimo
de Lagos, há cerca de cinqu enta a nos
e ali adaptado, pelo esculto r-restau-
rador Ca rlos Soa res, e ntre 1989 e 1993 .
A torre conserva , ainda , um sino
dos fina is do sécul o XVIII (1794) .
5. ldade Mode rna (séc ulo XVIII) .
6. Adragão, 1985 , 149; Alme ida, 1970,
171 ; Ca rdoso, 1758, 86; Iria , 1956, 58;
Júdice, 1929, 3; Linha , 1984, 4,8; Rosa ,
1984b, 1, 4; 1992 , 238 , 239; Sousa ,
1915,40; Va ladares, 1958d , 1,4; 1958j,
1, 4; Vida l, 1938, 343-352; 1938a; n/ a,
1983i, 3, 4; 1984h, 8 .
55
Fig. 31 - Lagoa. Conv
s. José (RVII/ 94-6). (
65.1. NOSSA SENHORA DO PÉ DA CRUZ, 4. Passo, com nicho e frontão em relevo.
ERMIDA DE (LAGOA) Um quarto passo encontrava-se no
2. No local onde hoje se erguem os Paços largo Alves Roçadas.
do Concelho. 5. Idade Moderna (séc . XVIII).
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa, esc. 6. Inédito.
1:25.000, 1979).
4. Conservam-se, ainda, vestígios 70.1. LAGOA, PELOURINHO DE (LAGOA)
arquitectónicos, como um tecto, em 2. Localizava-se na antiga praça do
abóbada, e decorações florais. Pelourinho, tendo sido demolido
5. Idade Moderna. anteriormente a 1808, quando ali foi
6. Adragão, 1985, 149; Cardoso, 1758,87; içado o estandarte real e aclamado
]údice, 1929a, 3; Linha, 1984, 4, 8. D. João VI.
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
66.1. ESPÍRITO SANTO, CAPELA DO 1:25.000, 1979).
(LAGOA) 4. Desconhecem-se outras informações.
2. Na rua do Espírito Santo, em Lagoa. 5. Idade Moderna (séc. XVIII).
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa , esc: 6. Branco, 1937d, 2; Chaves, 1962, 1, 4;
1.25.000, 1979) 1972, 1,4; Iria , 1941 , 79.
4. Templo, destruído pelo terramoto de
1755 e cujo espaço foi profanado. Ali 71.1. LAGOA, PORTA "MANUELINA .. DE
se conserva parte do aparelho da pri- (LAGOA)
mitiva porta de ingresso. 2. Na rua Alexandre Herculano, nº 15,
5. Idade Moderna. ant iga rua de S. João.
6. Cardoso, 1758, 87.
3. W 715 188 (CM.P. , 604, Lagoa , esc.
1:25.000, 1979).
67.1. LAGOA, PASSO DA PAIXÃO (LAGOA)
2. Na rua C João Bernardo. 4. Porta, em cantaria da região, com as
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa, esc. arestas chanfradas.
1:25.000, 1979). 5. Idade Moderna (séc. XVI).
4. Passo, com nicho e frontão em relevo. 6. Inédita.
5. Idade Moderna (séc. XVIII).
6. Inédito. 72.1. LAGOA, PORTA "MANUELINA.. DE
(LAGOA)
68.1 . LAGOA, PASSO DA PAIXÃO (LAGOA) 2. Na rua do Saco.
2. No largo Dr. Guerra ]údice. 3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa , esc.
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa, esc. 1:25.000, 1979),
1 :25.000, 1979). 4. Porta , em cantaria da região, com as
4. Passo, com nicho e frontão em relevo.
arestas chanfradas.
5. Idade Moderna (séc. XVIII).
5. Idade Moderna (séc. XVI).
6. Inédito
6. Inédita.
69.1. LAGOA, PASSO DA PAIXÃO (LAGOA)
2. Na rua Luís de Camões. 73.1. LAGOA, CASA "MANUELINA .. DE
3. W 715 188 (CM.P., 604, Lagoa, esc. (LAGOA)
1:25.000, 1979). 2. Na rua Teófilo Braga.
57
3. w 715 188 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. 4. Casa, com dois pisos, mostrando o
1:25 .000, 1979). lintel de uma das portas a inscrição
4. Casa térrea, com porta, em cantaria da "PESSANHA * 1735".
região, de arestas chanfradas. 5. Idade Moderna.
5. Idade Moderna (séc. XVI) . 6. Inédita.
6. Inédita.
78 .1. LAGOA , CASA "MANUELINA" DE
74.1. LAGOA, PORTA "MANUELINA" DE (LAGOA)
(LAGOA) 2. No beco António Pinto.
2. Na rua Dr. Sebastião Pinto, nº14. 3. W 7] 5 188 (C.M .P., 604, Lagoa , esc.
3. W 715 188 (C.M .P., 604, Lagoa, esc. 1:25.000, 1979),
1:25.000, 1979). 4. Conservam-se algumas paredes e dois
4. Porta, em cantaria da região, com vãos de porta , em cantaria da região,
arestas chanfradas. com arestas chanfradas .
5. Idade Moderna (séc. XVI). 5. Idade Moderna (séc. XVI) .
6. Inédita. 6. Inédita .
58
dois elementos dormentes e um
movente, de pedra, pertencentes a
moinhos movidos por burros (molae
asinariae), hoje guardados no Centro
de Documentação do Museu de
Portimão.
5. Período Romano.
6. Inéditos.
60
, /
61
89.1. NOSSA SENHORA DO CARMO, um raspador, lascas de quartzito e um
CONVENTO DE NOSSA SENHORA pedaço do elemento movente de mó
DO SOCORRO OU DE (LAGOA) manual.
2. A lKm, este-sudeste, da povoação de 5. Neolítico.
Lagoa , ao Km 53 da E.N. 125. 6. Inédita .
3. W 729 183 (CM .P., 604, Lagoa, esc.
1:25.000, 1979). 92.1. CABEÇOS, MINERAÇÕES DE (PORCHES)
4. Casa de carmelitas descalços, fundada 2. Zona a cerca de lKm, noroeste, de
em ISSO, por Pedro Fernandes, escrivão Porches, também conhecida como
da Câmara da rainha D. Catarina. Foi Ferrarias, próximo do sítio de Redores.
destruída pelo terramoto de 1755, dela 3. W 755 185 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
se conservando as ruínas e um pequeno 1:25.000, 1979).
portal. 4. Restos de minerações a céu abelto. A
5. Idade Moderna. mina foi, ainda, registada na Câmara
6. Cardoso, 1758, 86; Botto, 1899, 16; de Lagoa , em 1862, como contendo ·
Costa, 1712,4; Guerreiro e Magalhães, ,{ erro argentífero». Nas proximidades
1983, 45, 157; Iria, 1956, 58; Júdice, existe um poço antigo, denominado
1929, 3; Júnior, 1877,3; Linha, 1984,4, "poço velho».
5. Idade Média (?)
8; Santa Maria, 1718, 388-390; Santos,
1942j, 4; n/ a, 1723a, 31. 6. Oliveira, 1912, 147.
62
-107; Rosa, 1990,69,70; Sousa, 1915 ,41,
42,71; Valadares, 1958b, 1, 3; 1958j, 1,4.
64
mate riais, um espeto de bronze, d a
,~ ~ Tª Idade do Ferro, fragmentos de
ânforas ibero-pún icas, cerâmicas
.
ca mpanie nses, fragmentos de ânforas
} e de outras ce râmi cas romanas, um
-
"
,
I
I 7
7
;)
Clureus de Fa ustinaCséc . 11 el.c.),
cerâmicas, moeda s e m uitos o utros
mate riais medievais ou mode rnos.
5. Idade do Ferro , Pe ríodo Romano,
Idade Média e Idade Mo de rn a.
6. Alves, 1986, 132 , 140; Matos e Alves,
1987; Silva, Soares e Soares, 1987.
f
- ~~' - -
'-----...i·-c=b==~)
CilIIlI
4. Ca nhão cuj a ti pologia se desconhece.
5. Idade Moderna.
6. Inédito.
-
,g )
J
IGREJA MATRI Z OU DE CFEH-
HAGUDO)
2. Na parte a lta da povoação, com a
fachada vo ltad a pa ra o rio Arade.
3. W ~55 175 CCM.r ., 603 , Portinlão,
esc. 1: 25.000, 1978).
4. Edifício , fundado no sécu ]o}-.rVI(1520),
ating ido pe lo terramoto de 1755.
Ofe rece pla nta rectangul ar, com
cobe rtura de made ira e te lhas. A
cape la-mó r co nse rva retáb ul o , de
talha d o urada , d o séc ul o XIX. Dois
retábu los colate ra is e qua tro latera is,
- ? de talh a do urada e políc roma , fo ram
co nstruíd os no mes mo séc ul o .
L
F ... .·
....----) Na sacristia , a lé m de image ns re li-
g iosas, de mad e ira , e ncontra-se um
fragmento de cru zeiro cio séc ul o XVI,
7 de pedra calcá ria da região, com as
65
~ cm
representações de Nossa Senhora, 2. Na margem esquerda do rio Arade ,
numa face , e de Cristo Crucificado, a 250m, su l, de Ferragudo e na base
na outra, proveniente do Ilhéu do da colina onde se ergue o FOlte de
Rosário, assim como um conjunto de S. João ou Castelo do Arade .
ex-votos, ou «milagres», pintados em 3. W 654 171 (CM.P., 603, Portimão,
madeira ou lata, com te mática esc. 1:25.000, 1978).
marítima , dos sécu los XVIfI e XIX. 4. Restos de edifícios , a lguns co m
5. Idade Moderna e Idade Contem- mosaicos e estuq ues pintados, e de
porânea. tanqu es pa ra salga de peixe. Um
6. Adragão, 1985, 85; Cardoso, 1758, nível pré-romano entrego u, entre
298; Corte-Real, 1994; Iria , 1973, 19- outros materiais , uma serpente de
-27; 1984, 320, 321; Lameira, 1992, bronze. Foram, a inda , encontradas
97-145; Leal, 1837b, 169; Lopes, 1841, uma moeda de bronze, cunhada no
296; Martins, 1990,46-49; Sousa, 1915, reinado de Nero, peças de vidro e
39; Valadares, 1958b, 1, 3; Vascon- várias cerâmicas.
cellos, 1927, 265; n/ a, 1932c, 2. 5. Idade do Ferro e Período Romano .
6. Alarcão, 1973, 197; 1988, 184; Chaves,
107.1. FERRAGUDO , TORRE DE (FE RRA- 1914, 293; Fabiào , 1992-93,236, 249;
GUDO) Fabião e Ca rvalho , 1990,50; Ferreira,
2. Na pane mais alta da povoação de 1983,52; Figueiredo, 1948, 18; Gomes,
Fe rragudo. 1986a , 61 ; Iria , 1950, 730; Marques,
3. W 656 175 (C M.r. , 603, Portimão, 1992, 73, 75; Martins, 1990, 16;
esc. 1:25.000 , 1978). Mascarenhas, 1978, 10; O liveira , 1911 ,
4. Ruínas de ata laia, de planta circular, 24; Pere ira , 1976, 168; Rosa , 1975b,
transformada em moinho e muito 138; Santos, 1971 , 135-138; Silva e
adulterada.
Gomes, 1992, 155; Vasconcellos, 1913,
5. Idade Média (séc. XV).
6. Ca llixto 1991 , 196; Martins, 1990, 43- 520; Veiga, 1891 , 181-187; n/ a, 1932c,
-45 . 2; 1983p, 11 ; 1983u, 24.
68
113.1. POÇO PARTIDO, NECRÓPOLE DE
(LAGOA)
2. Perto das ruínas de um moinho de
vento, a cerca de 500m, nordeste, do
Km 1 da E.N. 1273 e a 2Kms, sudeste,
de Lagoa.
3. W 723 165 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
1: 25.000, 1979).
4. Conjunto de sepulturas, estruturadas
por lajes, contendo, ainda, ossos
humanos.
5. Período Romano (?).
6. Inédita .
69
3. W 755 168 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. clara, contendo materiais do Neolítico
1:25.000, 1979). Antigo e Médio. Por fim, a camada
4. Ruínas, sepulturas e materiais mais alta da sequência, representada
arqueológicos vários. por areias de cor castanha mais escura
5. Idade Média e Idade Moderna. e menos compactadas, entregou
6. Inédita. artefactos do Neolítico Final.
5. Paleolítico, Epipaleolítico e Neolítico.
116.1. AREIAS DAS ALMAS, POVOADO E 6. Beirão e Gomes, 1986, 1232; Gomes,
MENIRES DE (PORCHES) 1983, 137; 1983a, 386, 398; 1986;
2. Planalto, de areias plistocénicas, com 1989, 247, 248, 266; Gomes e
91m de cota máxima, a cerca de 1Km, Monteiro, 1979b, 20; Gomes, Monteiro
sudoeste, de Porches e a poente da e Serrão, 1976a, 6, 7; 1978, 33, 40;
E.N. 530. Marques, 1992, 81-83; Monteiro e
3. W 759 169 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. Gomes, 1979,355-379; 1981 ,79,80,
1:25.000, 1979). 84; Vicente e Martins, 1979, 119, 120.
4. Extensa área de habitat, descoberta
em 1975 (M.Y.G.), onde se recolheram
numerosos materiais, líticos e
cerâmicos, e se identificaram
estruturas de combustão e menires ,
talhados em calcário, sendo muitos
deles decorados. Oferecem diferentes
dimensões , desde pequenos
monumentos, de aspecto betilóide , a
um monólito com 2.10m de altura.
Os materiais líticos remontam ao
Paleolítico e atingem o Neolítico Final,
enquanto que as cerâmicas demons-
tram a ocupação deste arqueossítio
desde o Neolítico Antigo (impressas,
incisas e com decoração plástica) até
ao Neolítico Final (taças carenadas e
vasos de bordo espessado).
Foram observadas sequências
estratigráficas, cujas características
gerais são as seguintes: Na base
encontra-se um complexo argilo-
-arenoso , de cor avermelhada,
consolidado. Na sua parte superior
recolheram-se seixos de quartzo,
quartzito e grauvaque, de talhe
rudimentar, em geral com arestas
boleadas. Sucede-se estrato de areias,
menos compactas, de cor castanha
70
o .OCM
~I==========~==========~I
71
--
---- ---- -- - -- ---------- -- ---- _:~:~~
\ '- '
11 7
I
I
\,
,
\
\
)
,,
I
I
o 10CM
t::1==========:JI
•
,,r--_ -,,
.0
i:
,I , I
I
,,
I
I
\rI
I
I
I
,,
I
I
I
I
, I
I
I I
,, ,
I I
,
I
\
\
\
I
I
I
I
I
,,
I
I
I
,
I
I
I
, I
, I
I
,
\
I
,
I
I
,I
I
I I
,,
I I
I
I
I
I /-
I //
I /
, II
I I
I /
, I
, I
, I
I \6 ,
l...... /
-----../
- Areias das Almas.
do Neolítico Antigo.
O~t:============1
500 M
119.1. ARADE 3, NAVIO (FERRAGUDO) desconhecida , recuperado , em 1970,
2. A cerda d e 250m, noroeste , do navi o pe lo comandante da draga que então
Arade 2. o pe rava no local.
3. \XI 65 2 165 CC lvl.P. , 603, Portimão , 5. fdad c Mode rna .
esc. I :25.000, 1978). 6. In édito.
-4 . Navi o, d e mad e ira e de que se des-
conh ece a tipol og ia , d e scobe rto 123 .1. ARADE 1, NAVIO CFERRAGUDO)
aquando das dragage ns d e 1970. 2. Na foz do ri o Arade, no inte rior do
5. Idade Média ou Idade Moderna. mo lhe , 750m , s udoeste , da praia
6. Inédito. Grande.
3. W 652 160 CC M.P., 603, Portimão,
120.1. ARADE 2, NAVIO CFElm.AGUDO) esc. 1:25.000, 1978).
2. Na fo z d o rio Arad e , no interior do 4. Navio, el e maele ira , secc ionado
molhe , a 400m , s ud oeste, da pra ia tr,ll1sve rsalme nte , elesco b e rto em
Grand e. 1970, aqu:ll1e1 o ela elragage m . Uma
3. W 654 164 CCM.P. , 603, Portimão, a mostra el e maeleira foi elatada , pelo
esc. 1: 25.000 , 1978). raelicarbono , apresentando inte rvalo
4. Navi o, de madeira, co m casco de para calibra ç<.l o , a 2 sigma, de 1489-
forro trincado , descobe rto aquando 1605 cal. D .C (G rN-7978)'
das dragage ns d e 1970. 5. Idade Mode rn a (sécs XVI-XVII).
5. Idade Mé dia ou ld ad e Mo de rna. 6. Al ves, 131 0 t, Ke rmorva nt, Lo rin e
6. Matos e Alves, 1987. Matias, 1990; Alves , Soares e Cabral ,
1993, 155, 156; Alves , Soares , Cabral ,
121.1. MOLH E, CEPO DO (FERRAGUDO ) Co mes e Ribe iro , 1994 , 41 0, 413;
2. Na foz do ALlde, lÜ O lo nge da pane Matos c Al ves, 1987.
montan te el o m o lh e s ituad o a
nascente . 124.]. Af~ ADE 6, NA VI O CFERI<A GUDO)
3. \XI 6')6 '161 CCM.P ., 603, Portimão , 2. Jazia ú entrada eLl barra d o Arad e ,
esc. ] :25.000, 1978). qua se e nrre as exrre mi eLleles dos do is
4 . Cepo d a â ncora , de c hu m bo , do «ti po ITlo 1bes.
com c lvilha median a" , me dind o ce rca 3. \V 649 1'i8 (C M.P. , 603, Po rtimão,
ele 2m el e co mprime nto e rec upe rado
esc. 1 :25.000 , 1978) .
e m 1970 .
4. Nav io, d e made ira , cuja tipo logia se
5. Períod o Ro mano.
desconhece , d escoberto aq ua nd o elas
6. Alve s , Re ine r, Alme iel;t e Veríss imo ,
dra gagen s de 1970 .
1988-89; ] 33, 152 , 153 .
5. fd ade Mé di a o u Tebel e Mo d e ma.
122.1. MOLHE, CANJ-IÀODO CFERRAG UDO) 6. ln é d ito .
2. Ja z ia nas proximidades d o arranqu e
elo mo lh e, do laelo nascente , d a foz 125.1. PONTA D O Al.TAR. ATALA IA DA
do Arad e . ( F El~RAG UDO)
74
3. w655 155 CC.M.P., 603, Portimão, de Ferragudo. O substrato é cons-
esc. 1:25.000, 1978). tituído por calcários miocénicos.
4. Restos de torre de vigia, em alvenaria. 3. W 658 156 CC.M.P., 603, Portimão,
5. Idade Moderna. esc . 1:25.000, 1978).
6. Adragão, 1985, 84; Almeida, 1947, 4. Recolheram artefactos de pedra
445, 446; Iria, 1956, 107; Loureiro, lascada, sobre seixos de grauvaque e
1909, 189; Marques, 1992, 73, 75. de quartzo, nomeadamente raspa-
dores, um deles de talhe "Iangue-
126.1. PONTA DO ALTAR, JAZIDA DA docense» e outro denticulado ,
CFERRAGUDO) percutores, um fragmento de núcleo
2. Restos de depósito plistocénico, muito e restos de talhe .
erodido à superfície, na zona da 5. Epipaleolítico.
Ponta do Altar, a cerca de 2Kms , sul, 6. Ferreira, 1983, 52.
75
127.1. MATO SERMO 1, POVOADO DE 129.1. CARAMU]EIRA , POVOADO E
(CARVOEIRO) MENIRES DA (LAGOA)
2. Terrenos de areias soltas, plisto- 2. Extenso planalto de areias plio-
cénicas, a cerca de 3.5Kms, sudoeste, -plistocénicas, com 91m de cota
de Lagoa e a 500m, sudeste, do v.g. máxima , situado de ambos lados da
Pias. E.N. 1154, 1Km, norte, do v.g .
3. W 693 161 (CM.r., 604, Lagoa , esc. Caramujeira e a cerca de 4Kms,
1:25.000, 1979). sudeste, de Lagoa.
4. Reconheceu-se nível , «empedrado», 3. W 748 162 (CM.P ., 604, Lagoa , esc.
com indústrias de pedra lascada , de 1:25.000, 1979).
tipo «languedocense». Foi encontrada, 4. Habitat disperso, descoberto em 1974
numa área restrita, a associação por M.V.G. e Jorge Pinho Monteiro,
integrando um machado «mirense», onde se reco lheram arte fact os
dois fragmentos de outros, assim paleolíticos e epipaleolíticos (bifaces,
co mo raspadores e percutores, raspadores, lascas), assim como do
moventes e um núcleo. Predominam Neolítico Antigo , Médio e Final:
os artefactos de grauvaque, embora cerâmicas, machados e enxós de
estejam presentes outros talhados em pe dra polida, percutores, mós,
arenitos grosseiros, quartzito e sienito lamelas, lâminas, furadores e ras-
nefelínico. Nos níveis superiores padores de sílex, etc ... Os fragmentos
recolheram-se cerâmicas neolíticas. de cerâmica oferecem formas e
5. Epipaleolítico e Neolítico. decorações características daqu elas
6. Inédita . três fases do Neolítico. Os mais antigos
pertence ram a recipientes com as-
128.1. MATO SERMO 2, POVOADO DE pecto de saco, exibindo decora ções
(CARVOEIRO) plásticas, incisas ou impressas , desta-
2. Cabeço, com 72m de altitude, de cando-se , entre os mais recentes, as
areias soltas, holocénicas, a cerca de taças carenadas, com fundo hemis-
3.5kms, sul-sudoeste, de Lagoa e a férico e as de bordo espessado (Neo-
1Km, sudeste, do v.g. Pias. lítico Final).
3. W 698 158 (CM.P ., 604, Lagoa, esc. Este arqueossítio entregou vinte e
1:25.000, 1979). cinco menires, muitos del es
4. Foram e n co ntradas ce râ micas, decorados , de variadas formas e
algumas almagradas, um percutor/ dimensões , desde peque nas peças,
movente, um dormente de mó manual betilóides, a outras estelares, até ao
e restos de talhe , de sílex e quartzito. espesso bilíto, com 3.50m de altura
Um dos fra gmen tos de cerâmica qu e se e ncontra hoje exposto no
pertenceu a grande vaso, com bordo Museu Nacional de Arqueologia, e m
espessado internamente, muito Lisboa. Um daqueles mo nólitos
semelhante a outro de Caramujeira. conservava, ainda , raros restos de
5. Neolítico. pintura de cor vermelha.
6. Inéd ita. Escavações dirigidas por um de
nós (M.V.G .),]orge Pinho Monteiro e
76
Eduardo da Cunha Serrão, em 1975, e Monteiro , 1976,6; 1976a, 7; 1976b, 4;
apenas pelo primeiro em 1976, ali de- Gomes, Monteiro e Serrão, 1976, 7-24;
tectaram níveis estratigráficos, os mais 1976a, 4-10; 1978, 33-72; Gonçdlves,
antigos integrando estruturas de com- 1981b, 179; Guilaine, 1994, 349; Marques,
bustão, atribuídas ao Neolítico Antigo. 1992, 63, 77, 79; Miguel, 1984-85,
5. Paleolítico, Epipaleolítico, Neolítico 160, 161 ;Monteiro e Gomes , 1979,
Antigo/Médio e Neolítico Final. 355-374; 1981, 80-84; Montjardin, 1987,
6. Arnaud, 1978, quadro I; Beirão, 1986, 109-117; Rocha , Marques, Antunes e
20; Beirão e Gomes, 1986, 1232; Pais, 1989,3 1; Silva, Soares e Penalva,
Devignes, 1993, 78, 85; 1994, 46-48; 1985, 14; Vicente e Martins, 1979,
Gamito, 1983,337,343; Gomes, 1983, 119; Vilaça, 1988,25,78; Zbyszewski,
Fig. 51-Caramujeira.Artefactos
137; 1983a , 386, 388-390, 393, 398; Ferreira, Sousa, NOlth e Leitão, 1977,64,
líticos lascados. 1989,246,248,251,254,266; Gomes e 71; n/a, 1976g, 5; 1976k, 1; 1979,6,7.
77
~~
--,
~_4h
Fig. 52-Caramujeira.Artefactos
do Neolítico Antigo.
o W~
Cl============c===========~1 Fig. 53-Caramujeira.Arte factos
d o Neolítico Final.
78
\
\
\ 1
\
,, 1
I
, I
"- I
'-
'- I
I
---
- - - - - - - - - -11
I
I
I
I
I
I
,)
10CM
======r======1
001=
54-Caramujeira . Menir 1
20)
- Caramujeira. Menir 15
175-10)
81
130.1. CARAMUJE1RA-SUL, POVOADO DE 132.1. PORCHES VELHO, NECRÓPOLE DE
(LAGOA) (PORCHES)
2. Área planáltica, de areias plio-plis- 2. No loca l conhecido por Porches
tocénicas, com encosta suave voltada Velho, a cerca de 2Kms, sul-sudoeste,
a sul, a 250m, poente, do Km 2.5 da de Porches e a 750m, poente, da
E.N. 1154 e a cerca de 4.5Kms, sudeste, E.N.530.
de Lagoa. 3. W 761 161 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
3. W 752 156 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. 1:25.000, 1979).
1:25.000, 1979). 4. Sepulturas, de forma trapezóidal ,
4. Reconheceu-se sucessão estratigráfica estruturadas por lajes.
idêntica à observada em Caramujeira, 5. Idade do Bronze.
tendo-se recolhido, na superfície de 6. Gomes, Gomes, Beirão e Matos, 1986,
contacto das areias verme lh as 64; Marques , 1992,81; Mateus, 1973a,
consolidadas, da base, alguns seixos 1,4; Oliveira, 1912, 19; Rocha, Marques,
de q u artzito, de forma ovóide Antunes e Pais, 1989, 31; Rodrigu es,
achatada, bem rolados pelo mar s/d, 234; Santos, 1972, 128; Schubart,
responsável pela acumulação 1975,192; Veiga, 1887,376,377; 1891 ,
daqueles materiais (cota de 60- 97; n/a, 1976k, 1.
-75m). Na base da camada seguinte,
constituída por areias, pouco com- 133.1. PORCHES VELHO , RUÍNAS E
pactas e de cor castanha clara , iden- ACHADOS DE (PORCHES)
tificaram-se alguns artefactos de 2. A cerca de 2Kms , su l-sudoeste, de
grauvaque, de quartzito e de micro- Porches e a 750m, poente, da E.N. 530.
sienitos, com características «langue- 3. W 761 161 (C.M.P ., 604, Lagoa, esc.
docenses». A parte superior daquele 1:25.000, 1979).
estrato ofereceu cerâmicas lisas do 4. Povoação possivelmente de origem
Neolítico Antigo e Médio. A camada muçulmana. Teve foral outorgado,
superficial não entregou materiais em 1286, por D. Dinis e confirmado
característicos. por D. Pedro, mas no reinado de
5. Paleolítico, Epipaleolítico e Neolítico. D. Fernando foi integrada no
6. Inédita . ·Termo de Silves», perdendo o título
de vila.
Segundo aque le docume nto a li j{l
131.1. RAMALHEIRO, ALCARIA DO existiam fornos de olaria. No loca l
(PORCHES) têm-se encontrado restos de edifíc ios,
2. A cerca de 1.5Kms, sudoeste, de sepulturas e objectos variados.
Porches, perto do Poço Santo. Recolheram-se, à superfície do
3. W 757 167 (C.M.P. , 604, Lagoa, esc. terreno, fragmentos de loiça, no-
1:25.000, 1979). meadamente de pratos e escudelas,
4. Restos de ruínas e abundantes esmaltadas de cor branca , de a l-
fragmentos de cerâmica, designa- guidares, vidrados a verde, de panelas
dame nte medieva is portuguesas. e infusas de cerâmica comum, etc .. .,
5. Idade Média e Idade Moderna. assim como moedas , uma de las
6. Mateus , 1973a , 1, 4. cunhada no reinado de D. Fernando.
82
5. Período Romano, Idade Média e Idade 5. Período Romano.
Moderna. 6. Canana, 1981 , 1, 4; Cardoso, 1990,
6. Adragão, 1985, 152, 153; Alarcão, 91 , 92, 98, 99; Gomes, 1958, 89;
1988, 184; Almeida, 1947, 443, 444; Marques, 1992, 63, 81, 82; Oliveira,
Botão, 1990; Cardoso, 1758, 1495; 1898, 237, 238 ; 1912, 157, 158;
Domingues , 1945, 281 ; 1960, 344; Quintela, Cardoso e Mascarenhas ,
Gue rre iro e Magalhães , 1983, 157; 1988, 21-23, 26, 27 ,
Iria, 1956, 111 , 112; Lopes, 1841, 299;
Marques, 1992,81,82; Olive ira, 1912,
139-143; Rocha, Marques, Antunes e 136.1. PONTA DO ALTAR B, NAVIO DA
Pais, 1989, 31 ; Rosa, 1975b, 136; (FERRAGUDO)
Sousa, 1915,41; Veiga, 1891,96; n/ a , 2. A poente da Ponta do Altar, frente à
1985b, 4; 1987m, 7. praia do Pintadinho, entre seis e
nove metros de profundidade.
134.1. VALE DO OLIVAL, ACHADOS DO 3. W 655 155 (CM.P., 603, Portimão,
(PORCHES) esc. 1:25.000, 1978).
2. Zona planáltica, de areias plio- 4. Restos do naufrágio de grande navio,
-plistocé nicas e com 58m de cota, possivelmente de nacionalidade
sobranceira à margem direita da espanhola, descobetto em 1992. Entre
ribe ira de Porches. A cerca de 1Km, o espólio recolhido detectou-se um
este-nordeste, do v.g. Alporchinhos núcleo de oito canhões de bronze,
e a 500m , poe nte, da E.N. 530-1. um outro de fe rro e uma âncora
3. W 781 ] 59 (C M.P. , 604, Lagoa, esc. daquele mesmo metal.
1:25.000, 1979). Foram, ainda, recuperadas moedas
4. Encontraram-se numerosos artefactos de prata (reais) e de cobre, projécteis
de pedra polida. de chumbo, fivelas, etc ...
5. Neolítico. Quase todos os canhões, de bronze,
6. Gomes, 1958, 89, 90. deste conjunto excepcional, em que
seis são do «tipo colubrina bastarda»
135.1. PONTE DOS MOUROS, BARRAGEM e dois do «tipo ca me lete», ostentam as
DA (POHCHES) armas reais de Espanha, incluindo no
2. No vale do Olival ou ribe ira de se4 centro o escudo português. Um
Porches, a ce rca de 1Km da sua foz, deles, datado cle 1590, refere Filipe II
entre os concelhos de Lagoa e de e um outro, o mais recente, datado de
Silves. 1606, menciona Filipe III . Três destes
3. W 785 160 (CM.P., 604, Lagoa , esc. canhões tê m gravado o nome do
1:25 .000, 1979). conhecido fundidor Fernando de
4. Restos de paredão, em op'u s incertum, Ballesteros que trabalhou em Lisboa.
conse rvando um contraforte do lado Desconhecem-se, por ora , tanto o
da marge m direita , onde se encontra nome desta embarcação como a data
me lho r conservado. É possível que precisa do se u afundamento.
esta barrage m estivesse re lacionada 5. Idade Mode rna (primei ra metade do
com as desa parecidas cetárias da séc. XVII)
praia de Armação de Pêra. 6. Alves , 1993; 1993a; 1994.
83
3. W 658 154 (C.M.P., 603, Portimão,
esc. 1:25.000, 1978).
4. Conjunto de canhões e balas, de
ferro, detectado nos inícios dos anos
setenta . Uma das bocas do fogo
encontra-se depositada no jardim da
Capitania do Porto de Portimão.
5. Idade Moderna (séculos XVII-XVIII).
6. Inédito.
85
mesma direcção, do v.g. Pias. O
substrato é constituído por calcários
do Miocénico marinho.
3. W 681 150 CC.M.P., 604, Lagoa, esc.
1:25.000, 1979).
4. Recolheram-se indústrias de pedra
lascada, nomeadamente seixos
afeiçoados, de tipo .. languedocense»,
e abundantes restos de talhe .
Predominam as peças de grau-
vaque, embora se tenham identificado
outras de qu artzito e de sienito
nefelínico.
Os artefactos estão representados
por seixos afeiçoados, de talhe re-
montante , por um .. disco», um
raspador, um machado mirense
inteiro e outro fragmentado , etc ...
5. Epipaleolítico.
6. Inédita.
86
145.1. CRASTOS, JAZIDA DE (PORCHES)
2. Área planáltica, com areias plis-
tocénicas, a cerca de 2Kms, sul-
-sudoeste , de Porches e a 750m,
poente , da E.N . 530.
3. W 761 161 CC.M.P. , 604, Lagoa , esc.
1:25.000, 1979).
4. Encontraram-se artefactos líticos
lascados (raspadeira nucleiforme
sobre seixo de quartzito, raspador
sobre lasca de grauvaque, percutor e
restos de talhe), assim como de pedra
polida.
o lOCM 5. Epipaleolítico e Neolítico.
cl ===========c==========~1
6. Veiga , 1887, 377, 378.
87
4. Encontrada aquando da abertura de
uma cisterna. Desenvolve-se no
sentido da praia do Barranco.
5. Indeterminada .
6. O liveira, 1912, 118; Rocha , Marques,
Antunes e Pais, 1989, 31.
88
3. W 772 145 (CM.P., 604, Lagoa, esc. 3. W 774 145 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
1:25.000, 1979). 1:25.000, 1979).
4. Recolheram-se, à superfície do solo, 4. Oferece forma subcircular e ali perto
indústrias de pedra lascada, em encontrou Estácio da Veiga três
grauvaque, sobretudo lascas, com machados de pedra polida.
bolbo e restos da superfície cOltical. 5. Neolítico.
5. Epipaleolítico. 6. Machado e Machado, 1948, 454;
6. Inédita. Oliveira, 1912, 15; Rocha, Marques,
Antunes e Pais, 1989,31; Rosa , 1966a ,
150.1. PORCHES, CASTELO DE (PORCHES) 1,2; 1970,94; 1992, 221; Veiga, 1886,
2. Tem sido identificado com os restos 68, 69, 378; Viana, 1939w, 1, 2.
de uma estrutura, de planta quadran-
gular, construída em taipa e hoje 152.1. FURNA DA COVA REDONDA (POR-
quase desaparecida, situada ime- CHES)
diatamente a noroeste da ponta da 2. Junto à praia da Cova Redonda , a
Senhora da Rocha. cerca de 750m, nascente, da ponta da
3. W 773 146 CCM.P., 604, Lagoa , esc. Sr~ da Rocha.
1:25.000, 1979). 3. W 781 147 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
4. Fortificação, doada, em 1250, a 1:25.000, 1979) .
Estevam Annes, chanceler de 4. Cavidade natural.
D. Afonso III (CastrumPorches). Com 5. Indeterminada.
a morte daquele regressou à Coroa. 6. Adragão, 1985, 87.
5. Idade Média (muçulmana e por-
tuguesa). 153.1. ARMAÇÃO DE PÊRA, JAZIDA DE
6. Aavv, 1976, 447; Adragão, 1985, 86; CPORCHES)
Cardoso, 1758, 1496; Bot~lo, 1990; 2. Depósito plistocénico e holocénico,
1992,85; Callixto, 1991 , 17, 18; Gou- com 24m de altitude , sobranceiro ao
veia, 1928,3, 10; Iria , 1956, 101, ]03, lado poente da praia de Armação de
110-113 , 157 ,2 10, 213 , 264 , 271 , 294 , Pêra, 100m, sul, da E.N. 530-1.
295, 301, 311, 411; Marques, 1987, 3. W 789 151 CCM.P., 604, Lagoa, esc.
115, 116; 1992,81,82; Oliveira, 1912, 1:25.000, 1979).
50,55,56,72,83,85,139-143; Ramos, 4. Reconheceu-se sequência estratigrá-
Ribeiro e Peres, 1929, 254, 255; Rocha, fica constituída, na base, por
Marques, Antunes e Pais , 1989, 31; complexo argilo-arenoso, conso-
Rosa, 1966<1, 1, 2; 1992, 221; 1975b, lidado e de cor vermelha , contendo
136; 1990, 70; Veiga, 1887, 377; n/ a, artefactos sobre seixos, de quartzito
1987m,7. ou de quartzo , com forma ovóide
achatada, muito rolados após o talhe .
151.1. NOSSA SENHORA DA ROCHA, Sucede-se nível de areias claras e
FURNA DE (PORCHES) menos compactas, embalando
2. A norte da fortaleza e ermida de escassos restos de talhe , de quartzito,
Nossa Senhora da Rocha. Aberta nos com pátina eólica. Por fim , um nível
calcários miocénicos. de areias soltas, de cor castanha,
89
o fereceu um «gomo d e laranja«, d e
grauvaqu e, um ra s pado r, s imples
rect ilíneo sob re lasca d e q uartzito, e
uma ponta com retoqu e inve rso, sobre
lasca de sílex. Este ú ltimo nível é
atribuíve l ao Epipa leolítico.
5. Pa leo lítico c Epipa leo líti co.
6. In édita.
90
No século XVIII a capela e ra 157.1. CARVOEIRO , JAZIDA DE (CAR-
abobadada e o telhado oferecia forma VOEIRO)
piramidal, com oito bdos. 2. Hesto de praia plistocénicl , muit o
Guarda imagem polícroma, de Nossa e rodida , nas falésias litorais, e ntre o
Senhora , do sécu lo XVII. forte de Carvoeiro e o Algar Sêco. a
5. Idade Moderna e Idade Contem- cerca d e 5Kms , s ul-sud oeste , d e
porânea (séculos XVlJ-XIX). Lagoa.
6. Adragão, 1985, 151; Almeida, 1947, 3. W 702 143 cc.M.r. , 604, Lagoa, esc.
444; Callixto, 1989,216; 1991 ,77-102 ; 1:25.000, 1979).
Cardoso , 1758, 90; Dias, 1902, 41; 4. Recolh era m-se, ií s up e rfí c ie do
Júdi ce, 1929b, 3; Iria, ] 956, 109; terreno, artefactos d e pedra la scada ,
Lame ira , 1992 , 15-19; Lea l, 1873, 123; d e tipo «Ianguedoce nse», e resíduos
Linha, 1984,4,8; Valadares , 1958b, 1; d e ta lhe. Foram utili za d os, co mo ma-
1958 i, 1, 2; n/ a , 1948a , 1. té rias-prima , o grauvaque e o mi cro-
sienito.
5. Epipaleolítico.
6. Inédita .
91
160.1. VALE DE CENTIANES, JAZIDA DE sudeste, de Lagoa e a 50001, sudoeste,
(CARVOEIRO) do V.g. Vale d'El-Rei.
2. Numa elevação com 7301 de altitude, 3. W 744 145 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
50001, poente, do Km 3 da E.N. 1273 1:25.000, 1979).
e a 4.5Kms, sul-sudeste, de Lagoa. 4. Reconheceram-se dois níveis arqueo-
3. W 724 143 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. lógicos. O mais antigo entregou arte-
1:25.000, 1979), factos, de grauvaque, com talhe de
4. Recolheram-se, em cortes e à tipo «languedocense», e, o mais re-
superfície do terreno, assente em cente, fragmentos de cerâmicas neo-
nível de areias argilo-arenosas de cor líticas, uma lasca laminar, de sílex,
vermelha, artefactos sobre seixo, de assim como pequeno núcleo da
forma ovóide achatada, de ..estilo mesma rocha.
microlusitaniano», e muito rolados 5. Epipaleolítico e Neolítico.
pelo mar responsável pela acumu- 6. Inédita .
lação do depósito. Encontrou--se,
ainda, num nível superior, pequeno 163.1. ALGAR RAIVOSO (LAGOA)
seixo, de grauvaque, afeiçoado em 2. A poente da praia da Marinha.
ponta. 3. W 748 137 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
5. Paleolítico e Epipaleolítico. 1:25.000, 1979).
6. Inédita. 4. Cavidade natural.
5. Indeterminada.
161.1. AREIAS DE ALFANZINA, POVOADO 6. Machado e Machado, 1945, 215; 1948,
DE (CARVOEIRO) 454; Viana, 1938, 238.
2. Planalto de areias plio-plistocénicas,
com 8301 de cota máxima, a cerca de 164.1. MARINHA, JAZIDA DA (LAGOA)
75001, sudeste, do v.g. Carvoeiro e a 2. Resto do depósito de praia plis-
poente do Km 2.5 da E.N. 1273. tocénica, muito erodido, com 38m de
3. w 727 146 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. altitude, na arriba litoral, a cerca de
1:25.000, 1979), 6Kms, sudeste, de Lagoa e a 1.5Kms,
4. Habitat, descoberto em 1975 (M.Y.G) sul, do V.g. Caramujeira.
Ali recolhemos cerâmicas, artefactos 3. W 750 138 (C.M.P. , 604, Lagoa , esc.
de pedra polida, percutores e o ele- 1:25.000, 1979).
mento dormente de uma mó, em 4. Recolheram-se indústrias de pedra
calcário conquífero. lascada, de tipo .. languedocense»,
5. Neolítico. além de abundantes restos de talhe.
6. Gomes, 1989, 248; Gomes e Monteiro, Encontraram-se raspadores sobre
1979,20; Gomes, Monteiro e Serrão, seixo, núcleos, percutores e lascas
1978, 38, 39, 68; Marques, 1992, 85, retocadas ou com sinais de utilização.
86. As matérias-primas empregues,
foram o grauvaque, o sienito, o mi-
162.1. MONTE DA FAZENDA, JAZIDA DO cro-sienito e o sílex.
(LAGOA) 5. Epipaleolítico.
2. Planalto de areias quaternárias, com 6. Inédita .
6501 de altitude, a cerca de 5Kms,
92
165. 1. FURNADAMALHADADOBARAÇO 3. W 767 141 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
(LAGOA) 1:25.000, 1979).
2. Na arriba litoral, a cerca de 500m , 4. Cavidade natural.
nascente, da pra ia da Marinha. 5. Indeterminada.
3. W 756 138 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. 6. Bello , 1960, 2, 6.
1:25.000, 1979).
4. Cavidade natural, com nascente de 169.1. FURNADOSFRADINHOS(PORCHES)
água doce. 2. Entre a praia do Barranco e o Pontal.
5. Indeterminada. 3. W 771 141 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
6. Inédita. 1:25.000, 1979).
4. Cavidade natural.
166.1. ALBANDEIRA,]AZIDADE(PORCHES) 5. Indeterminada.
2. Restos de praia plistocénica, na arriba 6. Machado e Machado, 1945, 216; 1948,
litoral, a nascente da Praia de Alban- 454.
deira, e a cerca de 2Kms, sudeste, do 170.1. FURNA DO PONTAL (PORCHES)
V.g. Caramujeira. 2. Na falésia litoral, a 500m, sudoeste,
3. W 763 139 (C.M.P., 604, Lagoa, esc. da ponta da Senhora da Rocha e a
1:25.000, 1979). cerca de 3.5Kms, sul, da povoação de
4. Recolheram-se artefactos de pedra Porches.
lascada, de tipo «languedocense .. , 3. W 770 143 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
predominando os seixos afeiçoados, 1:25.000, 1979).
de grauvaque (raspadores e núcleos). 4. Cavidade natural, sub-hemisférica,
Descobriram-se, ainda, numerosas abelta nos calcários do Miocénico.
lascas de talhe e descorticagem, de 5. Indeterminada.
grauvaque, e outras, raras, de sílex, 6. Adragão, 1985, 87; Machado e
das quais uma transformada em Machado, 1945, 215; 1948,454; Passos,
raspador. 1967, 10; Viana, 1938, 238.
5. Epipaleolítico.
6. Inédita.
171.1. PRAIADOBARRANCO ,FURNASDA
(PORCHES)
167.1. FURNAS DOS PENTES OU DAS
2. Nas falésias litorais, a cerca de 4Kms,
GRALHAS (PORCHES)
sul-sudoeste, do v.g. Alporchinhos,
2. Cerca de 250m, nascente, da praia de
aberta nos calcários miocénicos.
Albandeira.
3. W 770 145 (C.M.P., 604, Lagoa, esc.
3. W 765 138 (C.M.P., 604, Lagoa, esc
1:25.000, 1979), 1:25.000, 1979).
4. Duas cavidades naturais. 4. Cavidades subterrâneas, junto à
5. Indeterminada. praia .
6. Machado e Machado, 1945, 215; 1948, 5. Indeterminada .
454. 6. Viana, 1939w, 1, 2.
93
3. w 772148 CCM.P., 604, Lagoa , esc.
1:25.000, 1979).
4. Duas cavidades naturais junto à praia .
5. Ihdeterminada.
6. Viana, 1939w, 1, 2.
94
67 - Nossa Senhora da
, Ermida (RXVI/94-29),
, Planta da ermida ,
69 - Nossa Senhora da
ha, Entrada da galilé
94-25).
reutiliza um capitel medieval. Ali se 4. Cepo de âncora, de chumbo, do «tipo
realizava uma romaria, no primeiro com cavilha mediana», medindo
Domingo de Agosto. 0.90m de comprimento e descobel10
As peças de artilharia foram em Abril de 1993. Encontra-se no
retiradas e m 1840. Portisub-Clube Subaquático d e
É, desde 1963, Imóvel de Interesse POl1imão.
Público (dec. nº 45.327/63), 5. Período Romano.
5. Idade Média, Idade Moderna e Idade 6. Inédito.
Contemporânea.
6. Aavv, 1976, 447; Adragão, 1985, 86; 176.1. ALFANZINA,]AZIDA DE (CARVOEIRO)
Alarcão, 1988, 184; Almeida, 1947, 2. Restos de praia quaternária, com 44m
445; 1966-67, 233, 234; Callixto, 1979, de altitude, no cabo Carvoeiro, a
153; 1989, 216; 1991 , 19-76; Campos, poente do farol de Alfanzina e da
1970, 23; Cardoso, 1758, 1495,1496; E.N.1274.
Castela, 1950, 22, 23; Chaby, 1869, 3. w 723 135 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
300; Dias, 1902, 47; Guedes, 1988, 1:25.000, 1979),
4. Recolheram-se, à superfície do
128; Guerreiro e Magalhães, 1983,
terreno, resíduos de talhe de artefactos
157; Iria, 1956, 112, 113; 1973, 14-18;
de pedra lascada, nomeadamente de
Lameira, 1982, 268-271; Leal , 1873f,
grauvaque.
204; 1873h, 379, 384; Linha, 1984, 4,
5. Epipaleolítico.
8; Lopes, 1841, 298; 1993, 15; 6. Inédita.
Magalhães, 1988,84; Marques, 1992,
89, 91; Mateus, 1973, 10; Nunes, 177.1. ALFANZINA, GRUTA DE (CARVOEIRO)
1955b, 1, 4; Oliveira, 1892, 2; 1898, 2. Na falésia litoral , do cabo Carvoeiro,
237; 1912, 71, 72, 83-85, 124-136; a cerca de 200m, poente, do farol de
Pimentel, 1899, 177,469; Pinto, 1984, Alfanzina ou de Carvoeiro.
57; Proença , 1927, 263, 270; Reis, 3. W 723 135 (CM.P., 604, Lagoa, esc.
1967,514; Rocha, Marques, Antunes 1:25.000, 1979),
e Faria, 1989, 31; Rosa, 1978k, 8; 4. Cavidade natural, abe11a nos calcários
1990, 70; Santa Maria , 1718,458,459; do Miocénico marinho, a poente do
Santos, 1937g, 2; 1942i, 3; 1971, 139, farol de Alfanzina ou de Calvoeiro.
140; Sousa , 1915,41; Valadares, 1958, 5. Indeterminada.
1, 2; 1958b, 1, 3; 1958h , 1, 2; Veiga, 6. Linha , ] 984. 4, 8.
1887,378; n/a, 1898g, 390; 1963b, 1;
c_ _ _ _~ B:,---------)
1967d, 1, 4; 1975b, 84; 1987m, 7.
96
178.1. FURNA DO FAROL DE ALFANZINA 4. Recolheram-se indústrias , sobre
(CARVOEIRO) seixos rolados , de grauvaque,
2. Na falésia litoral, do cabo Carvoeiro, incluindo um núcleo e raspadores,
a cerca de 100m, poente, do farol de convexos , sobre lasca.
Alfanzina. 5. Epipaleolítico.
3. W 724 134 (C.M.P ., 604, Lagoa , esc. 6. Inédita.
1:25.000, 1979).
4. Cavidade natural , aberta nos calcários 182.1. CABO CARVOEIRO, NAVIO DO
do Miocénico. (CARVOEIRO)
5. Indeterminada. 2. Perto do cabo Carvoeiro.
6. Machado e Machado, 1945, 216; 1948, 3. W 724 127 (C.M.P., 604, Lagoa , esc.
454. 1:25.000, 1979),
4. Navio inglês, com mercadorias que
179.1. ALFANZINA , TORRE DE (CAR- se destinavam a Faro, afundado por
VOEIRO) dois corsários de Salé.
2. No cabo Carvoeiro, frente ao local 5. Idade Moderna (719) .
onde hoje se ergue o farol de 6. n/ a, 1719,370.
Alfanzina , a cerca de 5Kms, sul , de
Lagoa. 183.1. CABO CARVOEIRO , NAVIO DO
3. W 725 135 (C.M.P. , 604, Lagoa, esc. (CARVOEIRO)
1:25.000, 1979). 2. Ao largo do cabo Carvoeiro, a cerca
4. Torre de vigia, ou facho, com planta de 30m de profundidade.
quadrangular, de que restam pouco 3. W 723 133 (C.M.P., 604, Lagoa , esc.
mais que os alicerces. 1:25.000, 1979).
5. Idade Moderna (séc. XVI?). 4. Navio, de tipo indeterminado, onde
6. Guerreiro e Magalhães, 1983, 157. foram recuperadas duas ânforas, cuja
tipologia se desconhece.
180.1. FURNA DO BARCO (LAGOA) 5. Período Romano (?).
2. Entre as praias do Carvalho e de 6. Inédito .
Benagil.
3. W 738 134 CC.M.P., 604, Lagoa, esc. 184.1. CABO CARVOEIRO , GALÉ DO
1:25.000, 1979). (CARVOEIRO)
4. Cavidade natural. 2. Na enseada do Carvoeiro, "humpouco
5. Indeterminada. a Leste do Cabo», perto da Senhora da
6. Machado e Machado, 1945, 216; 1948, Rocha.
454. 3. W 778 127 (C.M.P., 604, Lagoa , esc.
1:25 .000, 1979),
181.1. BENAGIL, JAZIDA DE (LAGOA) 4. Galé, afundada no Verão de 1554,
2. Restos de praia plistocénica, na arriba durante o recontro entre a frota do
litoral, cerca de 6Kms, sul-sudeste, corsário .. turco»Xaramet Arraes, com
de Lagoa , e a 1.2Kms, sul , do V.g. oito galés, e a esquadra do Algarve ,
Vale d 'El Rei. comandada por D. Pedro da Cunha.
3. W 742 135 (C.M.P. , 604, Lagoa, esc. Esta era composta por quatro galés,
1:25.000, 1979). três patachos e duas caravelas.
97
Xaramet foi preso e enviado para
Lisboa, sendo, em 1561, trocado por
um «turco» convertido.
5. Idade Moderna (554).
6. Iria, 1973, 16; 1976, 41-43; Lopes,
1841 , 120; Oliveira, 1912, 92, 93;
Quintella, 1839, 465-467; Vascon-
cellos, 1921, 2.
98
3. Bibliografia
AA vv, 1976, n'Souros Artísticos de POr/ugal. Selecções do Render's 1993a, Os destroços de ponta do Altar n, MUI/do Náutico. n" 12,
Digest,667 pp., Lisbm. rr. 72 , 73.
ADRAGÀO, J,v., 1985, Algarve. Novos Guias de Po rtugal , Editorial 1994, Os canhões (la Po nta do Altar 13, 'l'ributla do Algarve. ano Xli ,
Presença, 196 pp., Lisboa. nO135, pp. 45-52.
ALARCÀO,.J. de, 1973, I'ortllgal !<omauo. coi. História Mundi , Editorial ALVF.s, F.J,S., BLOT,j., KERMORVANT, A., LO RI N, A., e MATIAS, M,J .,
Verbo, 273 pp., 55 figs, 84 ests, Lisboa . 1990, Sistemas de detecção geotlsica cm arqueon'llItica utili zados
em Portugal: Os casos Arade 1, Redoutablefe Alfeizer.l0, Actas do
1988, !<omaul'or/ugal. voUI , fase. 3, Aris & Philips Ltd, 216 pp., 166 I/I"sj omadas de 'l'eledetecçàoe Geofísica Ajllicadas à Arqueologia.
figs , 6 mapas, Wanninster. Geociências, vol. 5, p. 135.
ALEGIUA , .J.A., 1986, Arquitectura tradicio nal: Marrocos e Algarve, ALVf.'>, f .) .S., REINER, F., ALMEIDA, M ..J.R ., e VERÍSSIMO, L. , 1988--
AnaL, do Muuicipio de Faro. vol XVI, pp. 241-268. 89, Os cepos de âncor.1 cm chumbo descobe rtos em águas
portuguesas - Contribuiç;10 para uma retlcx;10 sobre a navegaç;10
ALMEIDA , F. de, 1962, Arte visigótica em Portuga l, O Arqueólogo ao longo da costa atlântica da Península Ibérica na Anti guklade, ü
l'or/uguI'S. Nova Série, voi. IV, pp. 7-256, LXXI ests. Arqueólogo I'ortuguês, série IV, 'vols 6-7, pp. 109-185.
1966-67, Mais pedrJs visigóticas de Lisboa e do gru po Lusit;; nico, ALVF$, F.J.S. , SOARES, A.M.M., c CA13RAL,).M.P., 1993, As primei ",s
Arquivo de Beja. vols XXl ll-XXIV, pp. 224-240 , 4 plantas. datações de rad iocarbo no em Portugal di rectamente relacionados
com o património arq ueológico nava l c subaquático, H Omel'lagem
AlMEIDA, F. de, 1971J, Hi,t6na da Ig~ia em I'or/ugal, LivrJria Civilização
aI/(. dOSSmlf(w.lúnior. voi. Tl, pp. 151-163, Instituto de In vestigaç;; o
Editora , voi. m, 654 pr., Porto .
Científica Tro pica l, Lisboa.
99
ANnJNF.~ , M.T. , AZZAI!OLl, A. , FAUHE, M., GUÉTnN, C. , MEIN, P. , BOTILHO, H. , 1903, An:hcologia do Algarve, ()Arcbe()/q~(, PO"fl, IR',I(~·.
19Hó, Mammifêres pléist(>cenes de Alg()z, en Algarve: une révision , vol. VIII, pp. 212-214.
Ciências da 'Iilrra. vol.H, pp. 73-H6.
BOTTO ,J.M.P. , IX99 , G/ossârinCrílicotlns /JrilldjJais l11ollumenlos d()
AUNAlJl) . J.M ., 197H, O Megalitismo em POltugal. Problemas c Pcrs- Museu Arche()h~~ico /r~/allle /}. H en riquc, ornado com ti p/UIlIa de
[)Cctivas. Actas das "'./onuldas ArfJuC!()lr~t.:ic;as da Ass()ciaçüo dos Milreu (J·~,·t()iJ e resjJectiua ínteI1)fY!laçâ() ichmJ().~/Y-{/ica. 120 11(1., 1
Art/ue6/oJ!.(Js I'orfugueses. vol. r, pp. 97-112, '1 quadro, Ass()ciaç~i() mapa , Faro.
dos Arqueólogos PortuguC!'iCS, Lisboa.
IlIIANCO, V. , 1937, Velharias. Os pelourinhos algarvios , OJl'reiodnSlI1
AHNAUD, .f.M., OLIVEIHA. V.S. de, e ,lOHGE, V. de O. , 1971 , ° (Faro), ano 1H, n" 1049, p. 2.
povoado fortificado Neo e Eneolítico do Penedo de Lcxim (Mafra).
Campanha preliminar de escavaçClCs - 1971J, () Arqueá/oRO 1937d, Velharias. Os pelourinho, algarvios, Corre{udo Sul(Farn) , ano
l'orluRuês. série m, vol. v, pp. ))7-131. 18, n" lO53 , p. 2.
AZEVEDO, ).M.S. de, 1))63. Albuf.:i'" Medieval, Aclas do CorIR"'!SSO C. , A. , 19SH, Importantes obr.ls de..: restauro efectuadas na igreja da
Hisfâric() de Portugal Met!ieu{). JJracC/ ra Augusta. vols XlV-XV, Misericórdia de Estomhar, )omal do A{~Clrue (Vil:! He:tI de St"
pp. 41-44. António) , ano 2, nU ~2, p.3.
AZEVEDO. P.A . de, 1H\lH. Extl: ltOS archeologicos elas -Memúrias CABRITA ,1itNIOH . .I .. 1940, () IiisjJo S(./)"/Io o. Fra ncisco (;omes do
Parochiaes de 17)H-, ()Arcbe%!<o I'orlu!<uês. vol. IV, pp. 135-15.', Ave/ar (J<,\ boço liioRJ'á,/lco) . Tir. Uni:l0 , 7H pp. , Faro.
24)-2)3.
CALLlXTO, C.P., 197\1, Apontamentos para a História das Fortificaçúes
AZEVEDO , T.M. : CAHDOSO , .f .L. , PENA LVA , c., c ZBYSZEWSKI, G ., da Praça de faro. III. Curiosas c imrol1antcs informaçües sobre {}
1979. Conlriblliç~l() par.I () con hecimento das indúst ria s líticas mais passado da cidade de Faro, Al'luisdoMunic{jJiotleFut'l). \'{)I. rx , !1p.
amiga, elo território pOltuguês: as ia/.id:1S com -pchhle culture- da 143-155.
Forma,:io de Belverele (Vilafranquiano médio), Selúbal
Arqueol('1{ica. vol.V, pp. 31-44. 1989, As forrit1caçõcs marítimas do tc mpo da Hcstauraç:io, Hislúria
das Forl!ficaçlies I'orl/./Ruesas fiO Mundo. pp. 207-220, Publicaç<>es
I3EIHÃO, c. dc M. , 19H6. {I1'/e Cioilisatirl1l l'mIObislr)/1que C/U Sud Alfa S.A. , Lisboa.
du I'orlugal (ler ÂRe du ~'erJ. Ed. de Boccard, 16H pp., XV csts,
Paris. 1991 , Caslelos e f-'orl{jicaçôes 111arílimas do (.fJl/celbo de l.a,Ww.
Algarve em Foco, 203 pp .. Faro.
llEIHÃO. c. de M. , e GOMES , M.V., l\IHO, ri I. U Idade do Ferro 1/0 Sul
c/e Po/"lup,a/ -lijJip.r{,~/ftl (! Cultura, Museu N~lci()nal de Arqueologia CAMPOS, C., 19711. M01lUlI/elllusda AlltiRI.ridadeúmIJeell/l'orlugal.
e Etnologia , 33 pp. , Lisho:\. Ediç:io do Autor, 396 pp. , 592 figs. LishO:t .
19H6, Testelllunhos arqueológicos na ~rL'a do Funcho - Alto Arade CANANA , A., 19H1. Dd'es:! elo Patrimúnio Histúrico de Silves c n:l0
(Silves) , 4" Omgresso do Alwrrue. vol. II , pr. 1231 -123H, Haca l só .. conversa com José Luís Cabrita , .!ornal do AIJ.!.ar/)(! (Vila Hc~d
Cluhe , Lisho:\. de St" António), ano 2\ n" 128), pp. 1, 4.
BELLO, L. , 19~7 . AI-Gharh -Onde :t Terra se :tcah:t e o m:tr comcça-, CAHDOSO, L., 17)H, IJiccirmario (,'eograjJbiw do Nei/"w de I'o rlugal.
Nutícias do A(~arue(Vila Heal ele St" Anr(lI1io), :tno V , n" 230, pp. vols 14, 1), 19, 29, manuscrito da Torre do Tomho.
1, 4.
CAHDOSO , ,J.L. , 19H), I'r6-Hisr(Jlia da Península de Setúha l, I.ivm -
19úO, AI-Gharh. Onde a Terra se :tcaha e o m:tr começa , Nolícias do Guia da H.:n :urstlo "Formaçà() f'lío- fJual(!n/(:irios~ da /J(!lIÍllSlIltI de
A(~arw(Vila He:tl de St" Anrú nio). :tno VII, n.'" .'\Ól -" ú.\ pp. 2, 6. Selúbal. pp. 37-)4. I Heuni:l0 d o Q"atern:í ri o Ih6rico, Lishoa .
IU::NTES, M. , s/ d, Cc r~ll1li Gls c.b s Furnas da Mexilhoeira da Ca rrcga ç~l() 1990, Ikt rragcns J{Or1lanas do Alg~lrv e, h'ncoIJlro tIe Arf/ueologio do
(ld:tde do Bronze) , se p:trat:! com 23 pp. AIRarue. pp. H)-107, Dclcgaç:,o Ilegional do Su l d:! Secretaria de
Estado d:! CU IrUI: I, Faro.
BLÁZQlJEZ, A .. 1911!. Ahu-AIJ-Allu-Mobc/llled-al-tdrisi - f)escri/Jli<Ín
de ~:'i){/Jiu. s/ editora , 63 pp., Madrid . 1l)l)) , As mais antig;ls prC:-;L'nças humanas na Es(remadura. , Ietas dos
Primeiros Cursos /lIterllacio71ais d e Vento. pp. H5-116, C[1I11ara
BONNET, C. , IH)II. A/R(lI'/'e-l'orluRcil. f)escri/Jlio/l (;eogrC//Jb ique el Munici pal de Ca:-;clis, Casca is.
Geologiqul! de cetle jJnwiw;e, Acad émic Royale eles Scienccs de
Lishonne. VIII + 1H6 pp. , Lishonne. CAHDOSO, ,J.L., e GOMES, M.V. , 1993-94 , Presa dos Mouros -uma
barragem romana inédita do Algarve (Lago~d, Cfnúmhr(l!,((.
BOTÃO, M. de F. , 1990, ()J-(Jrcildel'orcbes. Alg:trve cm Foco, 4) pp. , vols. 32, 35, pp. 137-1 44.
Faro,
CAIlDOSO, .J.L. , c GOMES . M.V .. 1994, Ca",cterizaçio do -machado
1992 , Silves Capital de um Neino 111ec!iel}u, Call1~lra Munidrxll de Silves , mirense... Os materiais de M011lc dos Amante s (Vi la do lJisp{).
192 pp., 16 figs . Silves. Algarve), Selúbal ;lr'(II.le()lti~ica. vol. XI (em puhlicaçlo).
100
CAllDOSO,J,L., e PENALVA , C., 1979, Vestígios de pr:lia Calabriana DEVlGNES, M. , 1993, Contriburion a I'érude de I':lrr mégalithique pcint
com indéL,trias tli ·Pebble Cultur:l' no Alto de Lcic10 - Paço de Arcos, ibériquc, '!i'tlbalb", de A llt/yYlolog ia e Ht1/%gia. vol. 33, pp. 69-91.
fiolelim da Sociedade (i(!{)llÍgica I'ortugu<,sa. n" 21, pp. IIlS-195.
1994, L'art Illégalithique pcint. Récentes découve rtes, Arcb<~,IOf.!itl.
CAlmAPlço, F.J., 1971a, O esquecido patrimúnio espcleolúgico n" 304, pp. 44-49.
algarvi() ~ as grlltls de 111I1C-Allllll;1r {)l I de Fft~t()lnlxlr ..I()nlUI {'/(JA(~Cln}e
(Vila lleal de SI" António) , ano IS . n" 732, pp. 1, 3. DIAS, E.R. , 1902, Notícias Archeológicas Extr.illÍd:ls do ·Portugal
antigo e moderno- de Pinho Leal , /Jolelim de Archilectura e de
CASIMmo , E. , 1987c, Lagoa - Origens de Lagoa , A Avezlllba Archeologia da Neal Associaçâot!ns Arquitectos Ciois (! ArcheoloRus
(Padernc - Albufeira) , ano (,7, 2' série. n" 148, p. S. /)or/u~uezes, 4" série , tomo IX, nU 9, pr. 39-4H.
19S5b, Silves e os seus valores históricos, Voz do Su l (Si lves), ano XL,
CHAI3Y, c., 1869, .\)'Il0J>sedos Decretos Nemetidos ao Exlinto Omselbo
n" 171 4, p.l.
de Guerra. vol. I , Imprensa Nacional , 327 pp. , Lishoa.
1957, Novos aspectos ela Silves ar.iI)ica , Gil Vicl'llte. 2' série, vol. VIl! ,
CHAVES, L. , 191 4, Os ·ex-votos· eswltur:ldos do Museu Erno lógiw
pp. 13-20,47-52 , 111-118, 140-146.
Português , () Arcbeolo/{o !>ortllgu<'s. vol. XlX, pp. 2YO-3tXJ.
CRlJZ. M.I. , 1960, Ci/ste"',del'w1/1gal. Cuk c,·;io Turislllo. n"2. Ed ito rial FIGlJEIHfDO , A.M. de , 194H, OwreslJ<JI/dí'llcia I:/Jistolarel/treHlIlí/io
Publicaçücs Turísric ls, 31 rp" 46 t'igs. Lishoa, H uhl/ere A 1'1/(;1'1 io Mesqu i/a de Fi,~f.leired() (A rqueologia e F.J)if.vc~/la.
1898-190aj, 52 pp., Lisboa.
CUNHA, F.R. , 1957, () Clima do Alga/'l'e. l(elatório Final d o Cu rso. de
Engenheiro Agró nolllo , Instilllto Superior de Agronomi:I , FOllMOSINHO, ,T., fEllllElllA , O. da , e VIANA. A. , 19';3-';4. Estudos
Universidade Técnica de Lishoa , S139 pp. , Lish"". Arqueológicos nas Caldas de Monchique (Geologia , Escor,:o
101
FORMOSINHO , j. , VAlJLTIF.H, M, e Z IWSZF.WSKI, G. , 1945-46, 1976b, Ca r:lInujc ira - Esraçl0 Pré-histórica , IJarlewenlo(Porrim:Lo) , ano
NOll ve llcs décollverts paléolirhiquc~ c n Algarve , 'Ii-abalhos da II , n" 54 , p A.
Sociedade Portuguesa de AnllnjJo/qí!,ia e H/lw/ogia. vo !. X, pp. 185-
-19R 1979, Lagoa - Povoado Pré- histó rico de Alfanzina, h~formação
A rqueló~ ica. n" 1, p. 20.
FRANCÊS, F. da S., 1\>63, As grutas de Ibnc-AIllIn:L r c m Estoml);tr
constituir;lo um:1~Hr; l q;;10 tu ríst ic:I ,.Iontal doAlgarue. (Vib Real ele 197911, Novo menir decorado no povoado ( b s Areia s ( !:I s Almas,
SI" Antón io), all1) 7", n" 320, pp. 1, 7. 11/j'o/'/I1açúu Arrlueotr\~iw. n" I . p. 200.
FH ANCO, M. L. , 192\>, O Alg" l ve, IÜ1)OSiçúo I'ortuguesa em Sevilba. GOMES , M.V. , MONTEmO ,J,p. , e SEHHÀO. E. da c., 1976, Ca ralllujeir;1
Imprens" Nacion:t l. 64 rr. , Lislx,,1. - esta"io pré-histórica , Copa. 03, pp. 7-24.
GAME IHO , .J., I'ISCAlutETA , A. , e PALHI NH A, J., 1989, mo Arade. 1978, A Esta ç,io Pré-histó rica ela Ca r"tll ujeir;l , Trabalhos de 1975/76,
NtJl.'('[.!.â-loéPrecisu. Museu Municipal de Pon inüo, 16 pp., PonimJo. Actas das IIUornadas Arqueol6Jf,icas da Associaçâu do.,,' A rqueó/ngos
Portugueses. pr. 33-72, Asso(ia~:~10 d()s Arq ucól()gos Portugueses,
GAMITO, T.J. , 1983, Bre ve aponranlct1lo sobre o povoamento no Lisboa.
Alga rve desde a Pré-histó ri :t até :1 época Homana c o se u
condicionalisll lo gcogr~lfi co, A nai:,-do il1U1ÚCÍjJiOde Fa ro. vo ]. XliI ,
GOMES, M.V. , e SILVA , c.T. da , 191>7, LeuCl/rlamell/o A rqueológiwdo
pp.33 1-358,
Algarve. Omcelbo de Vila do l!isjJo. Delcgaç;io Hcgiona l do Sul ela
Secrctaria ele Est"elo eb Cu ltura, 84 pp. , 38 figs , Faro.
191>8, Social OJ//'Iplexil)' In .l·outbll'est Iberia 800-300 H.C 'Iz,e G<lse(y'
'fi;1I1e.\xos. B riti sh Arch"cologica l Reports, 111Ierna lion,, 1Series 439,
GOMES, H. V., 1993, A cidade 111uçuI111a"" , A cidade - jomadas
293 rp. , Oxford.
I lltel" e eluridiscIjJ!illares. voUI , pp. 27-54, Universidade Abert:l ,
GOMF.\ .IJ F., c DOMINGOS,J.n.B., 1983. A ·xorca· da Sen:1 das Ripas Lisboa.
(A lenquer), () ArrIUeúlo~() I'or/ug//{Js. série IV, vol. I , pp. 287-3011 .
GOMES, rvl.E.H.H. , 195H, MonU ln C!ll()S arqueol ógicos in6di tos do GONÇALVES, V.S., ]1)8111, Arqueologia cio A lga rve: sinopse retros-
concelho de Sil ves, Actas e Me1'1uJrias de I C01"lf.vesso Nacional de pectiva e perspeu iva ele 111udan\'a, CUo. vol.3, pp. 177-18 1.
A rqueologia. vol. II , flP. 7')-94, Instituto de Alt" Cu ltura , Lisboa.
GOODOLI'H IM , C., lH'J7, As Misericcírdias. Im p rensa Naciona l, 460
GOMES , M.V. , 1983, EI .smiting god" ele Awugada (Moura) , huhaios pp. , 4 eSlS , Lishoa.
de Prehistoria, vol. 4o, pp. 199-220,
GOUVEIA , A. , 192R, O Algarve no li vro uCas tcl os Portl1gl1cses~,
]983:1 , Aspects o f Illcga lithic rc ligio n acco rding to thc portugucse Gorreill OlhallelJse(Ol lúo) , ,"" ) VIII, n" 277, pr. 3,10.
menhirs , Valcal110nica ,\l'111jJosilflH. /II. 'lhe I lllelleclual E."1Jressiotls
ql Prebistoric /Vlc",: Ar! C/llel l(e/(f!,icnl. Centro C~lmLln o di Stucl i GUEDES, L. da C., 1\188, AsjJectos do I<eillo do A Iga rue 1/0S séculos XVI
Preistorici, pr. 385-40l, Capo eli Pontc. e XVII. A ·/Jesripçüu.deAlexcmdreMassaii (627). Arquivo Histó rico
Militar, 269 pp. , 5 ests, Lisboa.
1986, Si/ues 110 Passado, C'illCO (,f IlO."; de trahalhos a rqueológicos.
Câmara M unicipal de Silves , H pp. , 9 figs , Sil ves. GUERRE IRO, M.V. , c MAGALHÀES, J.H. , 198:;, f)//as descriçries do
Alf:!,aruedosécl/lo XVI. Cade rnos da Revista de Hist(ni;\ Econ()m ic:I
1986a , O touro da Herdaele dc Conc " c reiro (A lcétcer do Sa l), e Socia l, n" 3, Sét dOI Costa Eelilora, 182 rr. , '1 fig. , Lisboa.
'l i"Uhalbos de Arrl ueo/ogio do .\'ul. vol. 1. , pr. '59-73.
GUlLA I NE, .I. , 1994 , La Mer I'arwgr'e. l,a Medi/erraJ/ée Au{.ml
19R9 , Arte rupestre c contl:x to arq ueológico, AlmClllsor. vo l. 7 , pp. l'f:criture. 7000-2000 cwa1/1 jésus-Christ. H ac helle, 455 rp. ,
225-269. 334 figs , P;\ris.
1994 , A Nccróro!e d e Alfarrobe ir" (s. Ittnolomeu ele Mess ines) e a ilHA, A. , 1941 , A l7Iuasúo de .lU/lO/ 1/{) Algame (Subsídios para {./
Idade do Bro nze no Conce lho d e Si lves, Xelb. n" 2, 162 rp. , 80 figs. Hist(),.ia ela (/uerra PellillSular - 7808- 1874;. F.diç:io d o autor,
476 pp. , Lisboa.
GOMES , M.V. , e GOMES, H.V. , 1988. I.eua l/tamelllo Arqueológiw-
-/3ibliogrcíjlcodoAlgarue. Sccrctari a de Estado da Cultu ra, Delega"io 1950 , As ruínas de tanqucscle s:l lga de peixcencontraebs recenteme nte
Regional do Sul , 225 f1p. ) Faro. e111 O lhüo, IlIdústria I'ortuguesa. ano 23 , n" 273, pr. 727-732,
4 figs.
GOMES, M.V. , GOMES, H. V., I3EmÀO, c. dc M. , e .'vIATOS, J.L. ele,
191>6, A necrópole da Vinha do Casúo (Vila lllO/./I"U. Algame), no
1956 , Desco!JrirneNfos l)ortuPJleses. () AIRarue e os /Jescohril1lcllfos.
UJlI !e.xfoda Idade do HnJllzet!o,\"udo(!sfe fJ(!J/iJISu lar. Traba lhos de
vul. 11,761 pr. , Instituto ele A lta CulLura , Lis!>"" .
Arqueo logia , 02, I nsri tuto Português do Patrimó nio Cu ltural , 139
PP' ) 92 figs , Lisho~l.
1973, !ix-votos de mureUllfes (! pescadores d() Algarve ( Religiâo (;
GOMES , M.V., e MONTE m O , J.!' ., 1\l71í, C llatnu jeira - Esta"io Pré- Núutica ) . Centro de Estuelos ele Marinha , 54 rp. , 11 figs , Lisbo a.
-hi stórica, l1arlulJell!o ( Po rtim:l o) , ano n, nU 52, [) . 6.
1976, Da ImjJortância (,'eo-I'ulílica doA (wm'e 1/a IJej'esa Marí/ima de
1976a, C:lramujci ra - f.staç:io Pré-histó rica , IJa rlauelllo(Port im:lo), :tn O Portugal, I lOS Séculos XVa XVIII. Acade mia Portugu es a ela Hist ó ria ,
II , n" 53 , p. 7. 21)] pp. , 6 es ts, LisfJm.
102
Portugal. 1'losSéculos XVa XVII/. At:adcmia Portuguesa da História, 1873f, Portuga l, Autigo e ,M oderno, Livraria Matos e Moreira &- COI.,
201 pp., 6 csts, Lishoa. vol. VII, 716 pp., Lishoa.
19H2, () AtRarue C0I1es ,11edieoais PortuRJlesas d o S(ículo XI\!'
lUIS 1873h, IJortllgal. AlltiJ.!o e Moderno. Livr.uia Matos e Moreira & C>I",
(Su!Js[diospara a sua História J. AGldemia PlH1ugllcsa da Histúria , vol. IX . 764 pp. , Lishoa.
142 pp .. Lishoa .
LEAL, M.J .. e 1l0MINGUF.\ J.1l.C ., 1\lH4. l,iI '", d ll AIII/ox{/ri{ad(l d e
I<)H3, O Vinho 110 Algarve Medieval (Suhsidios para a sua História), Silw:i (sécu lo XV). Cima l~1 Municipal de Silves . I 'iI pp .. Silves.
() Vinho 1lU liis/ríria /'or/uguesa - séc. XIII-XIX. pp. 127-166,
Acadcmia Po rrugllcs~1 d~1 Hisr{Jria - Fundaç;io Eng. Amónio de LEITÃO , L 1917. A Volta da Moirama, IJiârioNacio1w/(Lishoa). ' 1110
Almeida, Po rt o. n, n" 357. p. I.
19H4, Ex-vo tos Marítimos Inéd itos dos Séculos XVlI ;!o XIX (Novos LENCASTRE , F. , 1994, Forte de S,lo Jo,lo do Arade . '1i'ihullU do A Igarl'e.
Subsídios para a História). AIJais da Academia Portuguesa da ano X Tl . n" 135, pp. 34-3').
His/üria. Il série. vol. 2'), pp. 31l -.W5.
LINHA , A,M., 1984, Lago a, O concelho e as freguesias, ·/á:hu1/(./ cio
1990 , () Alf.!,arve tias Cortes MedievaL,' I~()rtugues(js do Século XV A /garve (Llgoa) , ano n, nQ 2 1, pp. 4, H.
rSubsídiojJama.,ua liisttiriaJ. I - 7404-7449. Acadcm ia I'onuguesa
da História. 273 pp .. Li sho,1. LOPF..\ F.. 1993, IJatrim6nioArquitect6I'úcoe.4.rqueolúf.!.icoC/as.\'{ji"cffdo.
IJistri/o de r'aru. Instiruto Poltuguês d o Patrim(mi<) Arquitectúnic{)
JÚDICf., P.M .. 1()2lJ. PelC) Algarve. Afl0 ntamcn tc)s Ill<lnogr..ífic< )s. e Arq ueológico. 47 + XXll pp., Lishoa.
L:.Igoa no Dicion:üio Geogr:Hico, V()Z c/() .\'/11 (Si lvcs), ano X I V,
n ~ ;42. p. j.
LO PE\ J. B. li;! S. , 11141. (.'oru'1!,1Y4Iff ou MelJuíria f:"cul/ümica. r~\f{./(.líslicff
e '(OjUJRlyUh:tI du Neil1ut!oAI.WII·I.le. Typogr~lp hi:l da Arade mi:1 Ik ;1I
1921Ja. Pcl{}Algarvc. ArlH1 laII H.:ntos Il l{)fl()gráficns. Llg()a f1{) l)icic)f1;lrio
das Sde ncias , ;12 flP .. 33 m:tfla.s, Li sho:L
Gcogr:ttko, \/uzdn SIl!(SilvL's). ano XIV, n ; ·f), p. 3. V
1H4Hr Memorias j )aJ'{1 ti Histúrill J:"c.:c!esiâsticf.I tllJ Uisj){ldo c/o A~!J,{../n 'e.
1929h. Pelo Algarve. Ap<)!1t:ttllentnsnH)!1( )gr:tfio)s, Lag<KI no l)ici{)!1[lri{)
Ti pogr:tphia da Acade mb Jk:1I das Sdencias, 654 pp .. 2·', dor.s.
Gcogr.Hko, Vozdn Suf(S il vcs) , ano X IV , n~ ;44, p. 3.
Li shoa.
JÚNIOR ,J.I'. , 1')77, O Pelourinho. OmviodoSu/(Faro), ano '5H, n"2')9H,
pp. 1,3. LOlJltEmO, A.• 190'), ()s IJortosMarítintrA,de l'()J1u.~al C! lIh{/sAdiac(·1I/es.
vo l. l V, Imprensa Naciona l, 360 pp. , Lishoa .
1977a , Azulej os, (,(lI'reio do Sul (Faro). ano 'iR, n" 2')99 , rp. 1, 3.
MACHADO, A. de II .. c MACHADO. II. de II., 1')4';, Im'ent:írio das
1... , c., 1913, Aquisi ç(lCS do Muscu F.tno!úgico POl1uguês, ()Arc:he()lo.~() Cavernas Ca lC:lrias de po ltugal , O IlIst ituto. vol. l O; , pr. 19H-24;.
I'or/uguês. vol. À'VI ll . pp. 151 - 1(,'i.
lY4H, /1 11'(!Jl.fâril) das Ctll 'enu,/s ('olcú rias de I J()rtugal. Pul11icaçúcs tI(1
1... •.1" l tJ7H, O apnwl'itallll'I1() (urÍ:-i(i ccl das grut:ls de lbnc Amlllar em Instituto de Zoologi:! do Po rto, VO!. 36. Im prensa P(}rt ugll es~1. pp.
Estomh:lr, jurl/al do .4~rJ,lfrue (V il:! Hca l de St!1 Anrúnio), ano 22. 444-473 .
n" 1102. p. I.
MACH ADO. JL.S.. 1')70, Documentos de Estk io da Veiga . P'II: 1 ()
LAGOA , J. d e, 1\)')'i, As f:í licas pedras do al11Of, (;azela de I.a!;<ltt. cstudo da arqueologia do Algarve. 1- Cat:lIogo de Pbl1(:IS. I)csl'-
n" 262, 1'.1 2.
nl lOs e MOS:lic()s, Actas das Ij(wl ltldfISA IYIUe(111ígicf.ls da As.\'()cioçthJ
(/osA rqueúl()R()SH Jrtu,t.!, lIeses, vol. ' , flP. 33.3-3H'). 4"1 figs. Ass()ci:u,::i()
LAMEmA , F.l.e. , I')HH, fl illerârio dli lIarroco 1/11 A(~al'l 'e. Delega" lo
dos Arqt lc()!t>,t.!()S P()rtllgL lc.:se.s , Lisl)():I.
Regional cI"Sulda Sccret,,,ja de Estado da Cu ltura, 104 pp., 14lJ figs,
F,,,o.
~\'IAC H A I )O , .1 . P .. 1978, Crúni ca da C{) nqllista d() Algarve. COlnenL:íri()s
103
territúrio portugllês-I - Definiç.lo c di strihlliç~l() gcogr:.ífi ca da 19ó6a, Crú nica de Estoll1h"r, Hel1liniscências,,1on w/ de f.tl!<o(/ ( Llgoa ).
Cultura de Alpiar,a ( Idade do Ferro), AClasdo/llUmlvessoNaciol/al ano I, nUIl, pp. 2, 4.
d e Al1luml,,!<ia, vol. I, pp. 125-14H, 1 quadro, Ministério da
Edllcaçl0 Naciona l, P Oll 0. 1967, Reminiscências de Eo;;tomha r, .fonlal de l.aJ.!.o{/ O..agulJ . ano I ,
n" 17, p. }
MAHQUES. J., 19H7. Os G,sldos alga rv ios da O rdem de Santiago no
reinado dc I) . Afons() UI, , lel{/Sdos !Jorlladas de Hisl6ria A1edieL'tll 1976, Os fuslt's historiados da Matriz de F~'iro mha r, Folha do !.J()l11inJ.!.o
doAIW/lw e Audaluzi(/. pp. 101 -130, Câlllara Municipal d e Loulé, (Faro), ano LXII , nU31H8, p. ri.
Loulé.
19R3, F$toll1har. As suas terra s c as suas ge ntes, IlarlC/l"'"to(Portill1:io) ,
MAHQUF." T. , 1')l)2 , Carla/lr"u<~i/rj!<icade f 'orluga/. f 'o/1ill1â(). f,{/goa. "no VIII , N° 341 , p. 3.
Siloes. Alhl.(t'eira. f.ou/c'. Seio I3râs de Alporle/. Instituto Português do
Património Cultural , 303 pp., 14 figs , Lisboa. 1983;1 , Est()lnbar. As suas tc rr..1Se aSSll:.ts gentes, I lar!al.'t!llfO(Portiln:lo) .
ano VIII, nU342, p.3.
MAHTINS, G. de O. , 1969, Poder:l0 as gnnas do Algarve constituir
atracç:l0 tllrística',Jomal do AIgarue (Vila Heal de St" António), ano 19R3h, Estoll1har. Assuas terras e as suas gentes, !3a rlauenln(Portill1:"') ,
i3 , nU64H, pp. 1,4. "no VIII , nO343, p. }
1 969~1 , Poder:l0 :IS grutas d() Algarve constituir atr:t cç~lo turísti ca?, 1983c, E~r()ll1bar. As suas terras e as S U ~ I S gentes, !Jarltll/('Nlo(P()rtilll:l() ),
,1ornaldoA /garue(Vila Heal de sr' Ant(,nio), ano 13. n"653, pp. 1,3. ano VIII , nU .345, p. 3.
MAHTINS,.f .A. de,l ., 1990. i':s/lJ(/oHistóriw - !I1ol/ogrâjiwda h c'guesia NOHONH A, F. d(', 1\12 1, Silves, Voz do ,1"111(Sil ves). :111 0 V. n" l H] ,
de FerraR I/do do CONcelho de I,op,na . Algarve clll Foco Editora: pp. 1, 2.
228 pp., 25 figs, faro.
1921:1, Sil ves, Voz d () .1'/./1 (S ilves) , ano V, nU 1H2. pp. 1, 2.
MASCAHENH AS, ,1.1'., 197H, Espeleologia em Moncarapac ho seus
objecti vos e possíveis rellexos (1:1 sua acti vidade no Turi slllo NUNES, A. de S.. 1955h, A Conquista do Alga rve aos Mouros c a
Alga rvio, Correio do Sul (Fa ro), ano 5H, nU 3002, pp. I, 4. Castela , Notícias do /I/game (Vil a Hea l de SI" Ant(,nio), ano II ;
n" 93 , pp. 1, 4.
MATEUS, J.I. , 1973, Q uem olha pela Erm ida d e Nossa Senhor" da
Hocha .,1ol'l/al do/lI,~{/rve(Vi la Hcal de SI" António), ano 17, nUH4H, 1 96.~ , D'Aqui Rio Arade. A Ilha do Ros(lrio,,1ol7/a/ d rull!<ar/!('. ano 6,
1973:1, A Pov(xlç:l0 de J>orchcs tem moti vos de intercsse para a O LI VEIRA , F.x. dA, I H9H, /Is Mouras f:'II ccl/lla das e (JS 1:'1ICf/1/lml/el/los
arqueologia ,,1o,.,,al doA(~{/n 'e(V ila Hea l de Slu An tó nio), ano 7, nU 1/o/llgaroe. Typogl'aphia Il urocrálica, XXV + 299 pp. , 7 ests. Tav ira.
HC,7 , pp. 1, 4.
19 11 , MU1IOp,r(~IICl ele r~,'lom har. COllcelho d e I.agoa. TYf1ogr:lphi:1
MATOS, M.C. d e, e ALVES. F.J. S.. ]l)H7. I)at:"n de meados do século Univcrs:iI de figlleirinhas & (iI. 255 pp .. () ests. Porto.
\.'V I as 111:1is :lntig;I S ellll)~lrCa ç ôes tI() ri() Arad e, I )iârú, de Nntícias.
1912, MU1/()f.!rt~/i·a de IJorches. Cwu.:elbo de I.tlf.!.()(/. Typogr:lphia
nU 43.2H9. 1'1'. 14. 15.
U niversal dc Figudrin has & CíI, 19 L pp., Y L:sts, Porto.
MIGUEL, I. R. de. 1<)H4-H5. En lorno a la p rohlemalica dei habitaI "I
airc lihre en d ncolitico peninsubr, Clladenws de I)rebistoriu y PASSOS , V., 1967, Igrejas Manud in:ls sobre o mar do Algarvc . ./onwl
A rqul'olog ia. n.''' 11-12, pp. 1~3 -1 hl dl' I.og()o (L:tgm ). ano II , n" 26, p.lIJ.
MENDONÇA, A.I'. , 19HH, Moinhos de Ill" ré no rio Ar.lcle , 5" C(J1/grl'ssn PENALVA, C .. 1979, A -Pebhle Culture- de tr.ldi\·:ül afric"na el\)
d o /l1,~(//H!. vol.1 , pp. 29-34, Hacal Cluhe, Sil ves. Portuga l. O esti l(} lllsitan iano, COI1'lU lJicaçl)esdl)S Sert 1iç()s C;e()/(~~icos
de f i() /1I/gal. vo I. 6~ , pp. 215-223.
MESQ\JITA , .I .C.V. , 19H2 , O Pa l:ício de Esr(,i (I). A escassez do
património Alga rvi o- tCnlat iv:I de ex pli ca \,~l (), OAI,r.:tll'(I('( Faro ) , ano PEHEIRA,.I.P., c 1I1CH O , N. F., 1994. Heproduçl0, tec nologia e funç:l0
75, n" .~752, pp. 1, 9. do m:lchado mirense , Viptlsco . Arf/ue% j.!,io e flisf(} ri{/. V() I. ~ ,
pp . .~ 1-4 11 .
MONTEmo,J.I'., eGOMES, M.V. , 197'). Men ires do Alga rve, /lc lasdel
XV (,(J/Igre,;o Nacional de /I rqum/og ia. pp . .~~~-374 , Zaragoza. PEREIRA, M.L.V.S., 1974-77, Marcas de oleiros algarv ios do período
romano , ()A rqueôhJf.!.(J H)/"tug lft~. série 111 , vols VIl-fX , pp. 243-26H.
I 9HI , Thc Menhirs of Portugal , !3o/lelfirw dei Cl'nlro (,'tIlIlUIIO di Sludi
I'reislorici. vol. xvnr, pp. 75-HH.
PEHEIHA , M. L.E. ela V.A. dos S" 1976, Alguns aspcclos da arqucologi:1
rOl11ana do Algarve - Palestra pro feri(b c m 14/ 6/73 na Casa do
MONlJAHDlN. R., 19H7, O hservatioll S Ul' la quest ion des steles et
Alga rve el\) Lisboa , /l l/uis do MU1/icípio de Faro. vol. VI. pp. 1(,]-
stltllcs-menhirs de Francc cC eI'ai llellrs , Acles des.founléesdI·:tudes
de,; Stat/./I!,;-Ml!1/birs. pp. IIJ7-119, Saint-I'ons-de-Thonnieres. -203.
MOIJHI NHO. A. da E.. 1966 , De Estol1lha r, ,1rJl'lw/ de I.agoa (Lagoa) , PTMENTEL, A . 1899, HislfÍria do C I.I!tO de Nossa SeI/hora (!/11 HWfugal.
ano 1. nU I . pp. 4, 5. Livra ri a Edito ra G uil11ar:lcs . Lil", nio IX CO, 50 1 pp .. Lishoa.
\04
pINTO,J.L. , 19H4 , UA Iua rve ( I/otas imjJ/'(!."iol'listas). Livraria POItucnse, 197H, Machado de Castro c o Algarve, U A/uame. nU 362H, pp. 1-6.
172 pp., Po rtuga l.
1984b, SJoJosé de L:'goa tamhém para rui r', FolbadeJ)omilluo(Faro),
PINTO , M.H.M. , e PINTO , V. R.M. , 196H, As Misf!ricrirdias c/o Aluarue. ano LXX, nº 3577 , rr. 1,4.
Ministério da Saúde c Assistência , 392 pr. , 21H figs , Lisboa.
pHOENÇA, !t , 1927, Guia dI! I'ortuual. vol. II, Biblioteca Nacional , J990, 'l('So/./m, A /tí.,ficos do Algarve. Secrctaria de F."ado da Cu ltura ,
XXXIX + 697 rp., 17 plantas, ~1 ests, Lisl-xxl. Delegaç.l0 Hegional do Su l, 11 4 pp., Faro.
QlJINTELA, A.C., CAlmOSO, .J.L. , e MASCAHENHAS, .J.M., 198H, 1992, Crt'micas. Viagem I! Outras HugrelU/Ul!us. Ediç l0 do Autor, 357
Barragens romanas do Algarve, 5!! COI'lf.:resso do Algarve, vaI. I, rr., Faro.
pp. 19-27, Ha"a l Clube, Lisboa .
SÁ, n. de, 1906, Relat6rio dc uma excursiio archeo lógica ao Alentejo
QUINTELA, I. da c., l H39, Arma<"S da Mariuba Portugul!za. vol. I, 525 e Algarve, O Arcbeologo Portuuuês. vol. XI , pr. 197-201.
pp. , Typografia da Academia das Sc iencias, Lislxxl.
SAA, M. , 19~7 , AsG'rcmdes ViasdC/ I.usilânia . O /tineráriodeA1I tollhw
HAMOS, M., IUBEIHO, A., e PERES, D., 1929, História Política , História I'io, vol. IV , f.d. do Auto r, 337 pp., 27 figs, I mapa , Lisboa.
de Portuual(dir. Dami"o Peres), vol. II, Portu calense Editora, 39 1
pp., 343 ests, Barcelos. SALGADO, FI'. V., 1786, Memórias Ficci<'Siásticas d o NeiuodoA lgaroe.
Régia O tTicina Typogr.,fica, tomo I , 316 pp., Lishoa.
HAMOS, M.F.C., 1990, Três obras-p rimas cio mest re manuelino de
Alvor, 6" OJUUt'(!sso do Aluan'e. vol. I , rr. 39-44, Racal Clube, SANTA MARIA, FI'. de, 171H, .I'a1/tuárioMariano. vnl. VI, Officina de
Silves. Antó nio Pcdrozo Galr:lln, 522 rr., Lisboa.
HEIS,J. dos, 1967, IIwocaçôesdeNossaSenboraem l 'ortugal deA quém SANTO AGOSTI NHO, Fr.J . de, 1792, Memoria sobrc huma Chronica
I! Além-MuI' e o seu Padroado, Ed . do Autor, 656 rp., Lisl-xxl. ineelita da Conquista do Algarve, Memórias da I.itleratura Portuguesa.
vol. I , pr. 74-97, Acadcmia Real elas Sciencbs ele Lishoa , Lisboa.
nInEmO, A., 1921 , Oelelouca. Hio da Louca. A sua lenda , Voz do Sul
(Silves), ano V, nº lHO, r. 2. SANTOS, 1-1. , 1915, Coisas antigas elo Algarve, () Sul. ano IV , nU 193 ,
p.3.
HInEmO, A. , 1979, Scism icité et Néotectonique, I I/troducfion à la
Géologie Gél/érale d u I'o rtugal. pp. 29-31 , Serviç' lS Geológicos de 1937d, História elo Passado. Castelos do Algarve ( nº4) , O Algarve
Portuga l, Li slxKI. (Faro), ano 30, n" 1526, p. 1.
HOCHA , !tB., MAHQUES, I \.L. , ANl1JNES,M.T., e PAIS,J. , 1989. Carta 1937g, História do Passaelo. Castelos do Algarve ( nL7), U Aluan'e
Geológ ica de I-'ortugal. Folba 52-H. Al/mIeira. Serviços Geológicos (Faro) , ano 30, nQ 1529 , p. 2.
de Portugal , 36 rr., Lisboa.
1942b, Coisas Antigas do Algarve, / Joan A /RanHo (Tav ira) , ;InO V1 I1 ,
HODHlGUES, A.V., sltl, Ar"ueolq~ia da 1'1!1"lÍll.wla HisjJtl1lica. do n" 401 , p . 1.
Paleo/íticoã NomanizClçâó. Porto Edirora , 487 Jlp. , 24-5 figs, Porto.
1942i, Investi ga ndo no Passaclo, Voz do Sul (Silves) , ano XXVII ,
ROSA , J.A. p. e, 1966, Arte Sacra em Tauira. 99 pr., 64 figs, Tavira. nº 11 24, p. 3.
1966a, As Caverna s do Algarve. Mais ummotivo de atracç:loq uc ainda 1942j, Investiga ndo no Passado, Voz do Sul (Sil ves) , ano XXVII ,
está por cxplorar cientitka e artístic:lmcn te, O A/gurue(Fa ro) , ano n" 1125, p. 4.
59, nU 3060, pp. 1, 2.
1945a, Quem fo ram os ca pit~es es tra ngeiros no cerco ele Silves , Voz
1970, Quatro MeSeS com Este,cio da Veiga (Estudo arqucológico- do Sul (Silves) , ano XXXI , n" 1270, p. 4.
bibliog",tko), Allais do MUl/ iCípio de Fam. vol. II, pp. H7-98.
SANTOS, M.L.E. da V.A. elos, 1971 , Arqueologia l<ollltl1/a d o Algarve.
1971, Quatro Meses com f.s t~c i o l I:! Veiga (Estudo arqueológico- vol. I, 406 rr. , 171 fig" 4 mapas , Associaç.l0 dos Arqueólogos
bibliog",nco), Anais do Município de FC/IV. vol. III, rr.263-274. Portugueses, Li sIXl:.I.
197~, O L:rrgode S. Francisco através dos temros, AIlC/isdoMunicípio 1972 , Arqul!oloUia I<omalla d" AIUa/·ve. vol. 11 , 4 ~9 rr., 194 figs, 2
dI! Faro. vol. V, rr. 53-57. map:.ts, Associa ção do Arqueólogos Po rt ugueses, Lislxxl.
1975b, Quatro Meses com Estúcio da Veiga ( Estudo arq ucológico- SANTOS, H. cios, sl d , Oito Séculos de A/te !>ortuguesa. vol. II. Editoria l
bibliogr.ífico), A/lUis do MU1licípio de Faro. vol. V, pr. 133-142. Notícias, 310 pp., 194 figs, 30 ests, Lishoa .
105
Walter de Gruyter & Co., vol. I , 3(X) pp. , 29 figs; vol. lI , 94 ests, 56 1959, O Manuelino, a Henascença e o Barroco no Algarve, OAlgarue
mapas, Berlim. (Faro), ano 51, n" 2649, pp. 1,4.
SEQUEIHA , M. , s/d , I'alócios e Solares I'or/uguezes. coI. Enciclopédia VAHELA, M., 1981, Arqueologia cm Silves, para quê?, I'a /rimónio e
pela Imagem, Lello-Iimitada-Edilores, 64 pp., 109 t1gs, Po rto. Cu l/u ra. ano I , n" 4, pp. 3-5.
SEl!AFTM,J.L., 19M, Algumas Barr.lgens do MundoAntigo, 4 Q (.(mgresso VASCONCELLOS, D. de, 192 1, A Cidade de Tavira , A Folha 'J'avirrmse
do Algarue. vol. I, pp. 1l5-91, lbcal Clube, Lisboa. (Ta vim), ano I , n" 11 , p.l.
SILVA, A.C.F. da, e GOMES, M.V. , 1992, I'ro{()-His/ória de Por/ugal, 19210, A Cidade de Tavira . Apontamentos par.l a sua hislória , A Folha
Universidade Aberta, 275 pp. , 67 tlgs, Lisboa . 'lClVirense (Tavir.l), ano I , n" 17, pp. 1,2.
SILVA, c.T. (li, SOAHJoS, A.C. , e COl!HEIA, V.H. , 1990, Produçào de 193&, Ecos do Passado ele Tavir.l, Pom A lgarvio (Tavira), ano IV,
ânforas romanas no Martinhal (Sagres), As ÂI1foras l.usilal1as. nO200, p. 3.
Tipologia. Produ çào. O"nérci o. pp. 225-246, Museu Monogr.ítlco
de Con imbriga, Conimbriga, I 938f, Ecos do Passado de Tavira , I'ovo Algar/}io (Tavira), ano IV,
nO201, p. 3.
SILVA, c.T. da , SOAHES,J., e PENALVA, c., 19115, Par.l o eSludo das
comunidades neolíticas do Alentejo Litora l: O Concheiro do Medo VASCONCELLOS,J.L., 1913, Relig i àes da Lusilall ia. vo l. III, Imprensa
Tojeiro, Arqueolog ia, n" 11, pp. 5-15. Naciona l, XVIII + 636 pp., 1 mapa, Lisboa.
SILVA, c.T. da, SOAl!ES, A.C. , e SOAl!ES,J., 1987, NOla sobre ma leria I 1917, Coisas Velhas, O Arcbeologo Porltig uês. vol. XXII, pp. 1tl7-169.
anfóricoda foz do Ar.ldc(Portim,10), .l'e/úbaI A rqueológ ica, vol. VllI,
pp. 203-22tJ. 1918, Pelo Sul ele Portugal, () Arcbeologo I'Or!Ullu<'Js. vol. XXIII,
pp. 104-138.
SIMÃO, A. , 1953, Portim:10 Turístico, Notícias do Algarve(Vila l!eal ele
SI" Antó nio), ano I , n" 23 , pp. 4, 5, !l. 1919-20, F-'Iudos sobre a época elo Ferro em Portuga l, O A rcbeologo
I'or/uguês. vol. XX1V, pp. 99-107.
SIMÕES, J.M. dos S. , 1949d, Os A7.lIlejos das Igrejas Matrizes de
ESlombar e de S. Clemente de Loulé, Correiu do Sul (Faro),
1927, lJe 'f'erm em 'f'erra. vol. II, Imprensa Nacio nal , 300 pp., 255 figs,
ano 30, nV 166tJ, pp. I , 4.
Lislx1:1.
106
nas necrópoles ela Idade do Bronze, do ano de 1937 ao de 1949, para o Rstudo dos Castelos. Direcç,lo-Geral' dos Edifícios e
'/i-ahalbU\' de Antrop%gia e litn%gia. vol. XV, pp. l7-54. Monumentos Nacionais, 61 pp. , 64 t1gs, Porto.
VIANA, A., FORMOSINHO , J. , e FERREInA, O. da V. , 1953, De lo 1957a, A Igreja Matriz ele Estombar vai ser classificada Monumento
prcrromano a lo ,,,ahe en eI Museo Regional de Lagos, Archivo Nacional, Correio do StJl (Faro), ano 38, n2 2057', pp. 1, 6.
/<:'JJtl1lol de Arf/ueologia, vol. XXVI, rr. 113-138.
1957c, A Igreja Matriz de Estombar e o que resta elo Castelo, Correjo
VICENl1', E.P., e MAHTINS, A. da S" 1979, Menires de Portugal, doSll/(Farn) ; ano.~8 , n" 2060, pp. 1,4.
lit/mos. vol. VIJI , rr. lOH-13H.
1957e, A Freguesia de Estomharc as Povoações de Parxal e MexilhocirJ
VI DA L, JE. ele L., 193H, n.
'Ieresa de .\'cIldauba e suas Dominicanas. da CarregaçJ.o carecem de bairros económicos, Jun"lal elo A/{!,arve
Semin{lrio da~ Missües, -519 pp., Cucupes. (Vila !leal de Sr" António), ano 1, n" 25, pp. 1, 4.
1938a, D. 'Iereza de Sa/dauha e as suas Dominicanas. A/hum de 1963b, A ermiela ele Nossa Senhora da Hocha , foi dassitkaela como
/!,ralJuras. Cucupes. Imóvel ele Interesse Público, Correio do.\'uI(Faro), ano 45 , nO 2377,
p. 1.
VlETHA,J.G. , 1911, MemlÍria Monograpbicade Vil/a Nomdel'ortimào,
Typographia Universal (A Varor), VII + W4 rr., 7 ests, Porto. 196501, Já está reparaeb a igreja m:lt;iz de Estol11bar, C"rreio do Sul
(Faro) , ano 47, n" 2477 , p. I.
VILAÇA , R. , 1988, Subsídios para o &tudo da J'ní-HL,tória Neef!1'lte do
BaiYo Mondégo. Trabalhos ele Arqueologia, 05, 114 pr. , 38 figs, 1966b, Ferraguelo e o Turisl11o ,.fomal de I.agoa (Llgoa), ano I , n" 1,
11 ests, lIJ mapas. Instituto Português elo Património Culturdl, p.8.
Lislx>a.
1967, A restalll:lç,10 da Ermiela ele Nossa Senhora elo Hos'lrio, no Ilhéu
ZTlYSZEWSKI, C., FERREIHA, O. ela V" SOUSA, H.R. ele, NORTH, C.T., do mesmo nome a poucos quilómetros de Faro, Correio do Sul.
e LEITÃO, M., 1977, Nouvelles Découvertes de Cromlechs et ele ano 49, n 2 2572, rp. 1,4.
Mcnhirs ali Portugal , COIHUllÚ:açôes do... . SeTl 7iço.'i Geológicos de
Portugal, vol. LXI, rr. 63-73. 1967d, Uma mriosa monografia da Senhor.1 da Rocha num estuelo de
D . Fernando de Almeida, C"rreio do Sul (Faro), ano 49, n" 2579,
ZIJ1tARA. C.E. de, 1915, Crónica da '/i!ll1ada de C'~.tla por E/ Nei rr. 1,4.
o. .foáo J. Academia elas Sciências de Lisboa, CXV + 341 pp. ,
Lisboa. 1975b, Catálogo dos Jmríueis Oass!ficados, Imprensa Nacional ,
237 pp., Lisboa.
N/A, 1719, Gazeta de I.ishoa Oeeidental. nU 40, r. 370.
193&:, O Castelo eleArade llllU homenagem a prestar, U A/garoe 1983", Castelo ele Paderne e , porite Homana , A Auezitlba (Pademc),
(Faro), ano 30, nU 1563, r . 2. ano 62, 2' série, nO41, p. 7.
194ói, Novo apróvcitamento pitoresco - O Castelo de Arade, Correio 1983b, Nós vamos contar a velha história de Loulé, A Auezinha
do.l'ul(Faro) , ano 27 , n" 1518, p. 1. (Paelc rne), ano 62, 2' série, n" 43, r. 1.
194H, O Panorama elo Azulejo em Portugal. Azulejos Algarvios , Duas 1983i, Lagoa, 270 anos de História, 8arlavento (Portimão), ano IX,
Interessantes Descobertas em Portugal, CorreiodnSul(Faro), ano nU 369, pp . 3, 4.
29, nU 15H6, pp. 1, 2.
19830, Um Jardim Muçulmano: Estomhar, CnÍllica do Algarue
194Ha, Algarve Pitoresco. A prai~ do Carvoeiro, Correio do Sul (faro), (Portim,lo), ano I , n" 1, p. 5.
ano 29, nU 1593, r. 1.
1983p, Os Fenícios no Hio Araele, Crónica do A/garue (Portimão) ,
194Hh, Terras da Nossa TeCl:I , Vila ele Llgoa, C'orreioO/hanellse(Olh:1o) , ano I, n" 1, p. 11.
ano I , nU 9, pr. 1,4 . ·
1983u, Dragas -monstros elo arrasto-. Crónica do Algarve (Portimào),
1949c, Casrelos Meelieva is ele Portugal, II Crmgt'('.\~Ç() do Centro Eurojleu ano I, n" 2, p. 24.
107
19H3x, o Convento de Praxe! no sítio do Calvário. Huína que urge 1984ah, Convento de S. José cm Lagoa, () AlgarlJl! (Faro), ano 76,
salvar, Cr(mica do Algarve (Portim,lo), ano I, nO 3, p. 24. nO3843, p. 8.
1983ap, O -Algarve- "", Notícia , O Algarve (Faro), ano 76, nO 3827, 1985b, Lagoa : scu retr:lto físi co histó rico, A!!il1lge(Silves), ano I , n" 9.
p.3. p.4.
19H3ar, Das origens ao presente de Silves, () Arade (Silves), ano I , 1985t, Grutas algarvias est,'o '''''''''çadas, () AlgarlJl! (Faro), ano 78.
n" I , p. 3. n" 3922, pp. I , 7.
19H4e, Grande vila aberta a futura cidade Hora de Lagoa , ano I, n" 1, 1987m, De Porehes a Mexilhoeira da Carregaç,10, .fomal d o Algarue
A Aoezlnba (Paderne), ano 64 , 2' séric, n" (,7, pp. l-H + 1-4. (Vila Hea l de St" António), ano 31 , n" 1587, p. 7.
108