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ESCOLA TÉCNICA SEQUENCIAL

CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA

Antonio dos Anjos


Isaque Soares
Jéssica Santana
Odair Manoel
Paloma Aparecida
Sergio Henrique

Câncer de mama (Tumor Filoide)

SÃO PAULO
2019
Antonio dos Anjos
Isaque Soares
Jéssica Santana
Odair Manoel
Paloma Aparecida
Sergio Henrique

Câncer de mama (Tumor Filoide)

Trabalho de Conclusão de curso apresentado


Como exigência parcial para obtenção do
Certificado Técnico em Radiologia na
Escola Sequencial
Orientadora Professora Roberta.

SÃO PAULO
2019
Isaque Soares
Odair Manoel
Paloma Aparecida
Sergio Henrique

Câncer de mama (Tumor Filoide)

Aprovado em: ___ /___/___

Banca Examinadora

Professor Presidente Banca


Instituição

Professor Coorientador
Instituição

Convidado especialista
Instituição
Dedicamos este trabalho a Deus e nossos familiares, por serem essenciais em
nossas vidas, a nossa orientadora e demais professores, e aos nossos amigos pela
compreensão e apoio durante todo o trajeto percorrido.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus primeiramente, por ter nos abençoado dando-nos
sabedoria e força para chegarmos até aqui, nos guiando para enfrentarmos todas as
dificuldades que tivemos, aos nossos pais, filhos e companheiros por todo apoio e
paciência durante essa jornada pois cada familiar tem participação imprescindível
em nossas vidas durante todo o percurso, a todos os professores pela dedicaçãoe
paciência,e a escola Técnica Sequencial.
Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado,
consegue estar certo duas vezes por dia.
(Paulo Coelho)
1. SUMÁRIO
2. INTRODUÇÃO

Embora existam muitos tipos de tumores de mama manteremos o foco no tumor


filoide, que é uma neoplasia de tipo muito raro, que histologicamente se assemelha
ao fibroadenoma, o termo vem do grego phyllodes e significa semelhante a uma
folha (Robbins, 2013). Corresponde a menos de 1% dos tumores de mama, e
geralmente tem comportamento histológico benigno. Apresenta-se como tumor
tipicamente móvel, bem delimitado e com superfície lisa que raramente envolve a
área do mamilo. Curiosamente, acomete mais a mama esquerda que a direita. O
tratamento desta é sempre cirúrgico (Carvalho, 2011).
Existem diversos tipos de câncer de mama, porem alguns deles são bastante raros,
e em alguns casos específicos a uma combinação de tumores em um único tumor. A
Multiplicação de células anormais no tecido mamário favorece o surgimento de
tumores, normalmente imperceptíveis no começo, porem em alguns casos pode
aparecer sintoma desde a fase inicial como um nódulo endurecido, dor, vermelhidão
ou secreção pelos mamilos. Atualmente o câncer de mama é o câncer que mais
mata no Brasil perdendo apenas para o câncer de pulmão, por isso, é imprescindível
a realização da prevenção através do autoexame e da mamografia.

3. História

Pela primeira vez descrita por Johannes Muller em 1838, o tumor Filoide apresenta
uma importante diversidade de características histológicas e a sua evolução
biológica e geralmente imprevisível. Daqui resultam duas dificuldades significativas
em relação ao diagnostico a distinção com os fibroadenomas e a classificação em
tumores filoides benignos e malignos.
Parece não existir predisposição genética para o tumor filoide e ele pode aparecer
em mulheres sem nenhuma característica clínica específica na história que permita
prever o comportamento do tumor. O tumor filoide é, de acordo com a OMS, um
tumor fibra epitelial pouco comum, relativamente bem circunscrito, com estrutura
foliácea, constituído por tecido conjuntivo e epitelial e caracterizado pelo aumento de
celular idade do tecido conjuntivo. É um tumor raro que corresponde a 0,3- 1% de
todos os tumores de mama.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do biênio
2018/2019, seja diagnosticado 59.700 novos caso de câncer de mama no Brasil,
com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o
mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.
Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa neoplasia foram esperados para o ano
de 2012, em todo o mundo, o que representa 25% de todos os tipos de câncer
diagnosticados nas mulheres. Suas taxas incidência variam entre as diferentes
regiões do mundo.
De acordo com uma teoria, essa redução deveu-se parcialmente ao menor uso de
terapia de reposição hormonal por mulheres depois que os resultados de um grande
estudo chamado Women´s Health Initiative foram publicados. Saúde feminina em
2002, esses resultados sugeriram uma conexão entre o uso de TRH e o aumento de
risco de câncer de mama.
Acreditasse que esses declínios são uma consequência dos avanços no tratamento,
detecção precoce através da revisão e maior conscientização sobre o assunto.
No entanto, em mulheres com menos de 45 anos, o câncer é mais comum do que
em mulheres brancas. Em geral, as mulheres afras americanas são mais propensas
a morrer de câncer de mama. Mulheres asiáticas, latina e nativa americana têm um
risco menor de desenvolver e morrer por causa disso.
Em 2016, havia mais de 2,8 milhões de mulheres nos Estados Unidos com histórico
de câncer de mama. Isso inclui mulheres que estão recebendo tratamento, e
mulheres que completaram o tratamento.
Em média de 15% das mulheres com câncer de mama têm um membro da família
diagnosticado com a doença.
Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama podem estar associados à
mutação genética (alterações anormais) herdadas do pai ou da mãe. As mutações
de genes BRCA1 e BRCA2 são os mais comuns. Para mulheres com uma mutação
no BRCA1, o risco de desenvolver câncer de mama antes dos 70 anos varia entre
55 e 65% e geralmente ocorre em uma idade mais jovem do que a que normalmente
se desenvolve. No caso de mulheres com mutação no BRCA2 o risco é de 45%. Um
aumento do risco de câncer de ovário também está associado a essa mutação
genética. Nos homens, mutação no BRCA2 eles estão associados a um risco de
sofrer de câncer de mama de aproximadamente 6%. Por outro lado, a mutação no
BRCA1 é uma causa menos frequente de câncer de mama em homens.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são: Sexo
(ser mulher) e idade (envelhecimento).

3.1 Diagnóstico
Nódulo mamário palpável de grandes dimensões (>3 cm) e de rápido crescimento;
geralmente sem dor e sem envolvimento linfo nodal. A história clínica é bastante
sugestiva. Como os médicos não vêm tumores dos phyllodes frequentemente, existe
uma maior dificuldade para o reconhecimento do mesmo, por tanto uma serie de
exames serão necessários para o diagnostico real do tumor. As maiores dicas para
este diagnóstico é o tamanho inicial (>3 cm) e a velocidade de crescimento. As
demais características são muito similares ao fibroadenoma.

3.2 Exame Físico

O exame físico é um exame feito pelo ginecologista através da palpação da mama


para identificar nódulos e outras alterações na mama da mulher. Porém, não é um
exame muito preciso, pois apenas sinaliza a presença de nódulos, sem que haja
verificação de que se trata de uma lesão benigna ou maligna, por exemplo. Assim,
normalmente o médico indica a realização de exames mais específicos, como a
mamografia, por exemplo.
Normalmente este é o primeiro exame feito quando a mulher tem sintomas de
câncer na mama ou descobriu alterações durante o autoexame da mama. 

Figura- 1 Figura-2
3.2.1 Exame de Sangue

O exame de sangue é útil no diagnóstico do câncer de mama, pois normalmente


quando há algum processo cancerígeno, algumas proteínas específicas têm sua
concentração aumentada no sangue, como por exemplo o CA 125, CA 19.9, CEA,
MCA, AFP, CA 27.29 e CA 15.3, que é o normalmente o marcador mais solicitado
pelo médico. Além de serem importantes para auxiliar no diagnóstico de câncer de
mama, os marcadores tumorais também podem informar o médico quando a
resposta à terapia e recorrência do câncer de mama, como é o caso do marcador
CA 27.29.
Além dos marcadores tumorais, é por meio da análise de uma amostra de sangue
que podem ser identificadas mutações em genes supressores de tumor, o BRCA1 e
o BRCA2, que quando multados podem predispor ao câncer de mama. Essa tese
genética é recomendada para quem possui parentes próximos que foram
diagnosticados com câncer de mama antes dos 50 anos, por exemplo.

3.2.2 Ultrassom da mama

O ultrassom da mama é um exame frequentemente feito depois da mulher fazer uma


mamografia e do resultado ter apresentado alguma alteração. Esse exame é
particularmente indicado para mulheres com mamas grandes e firmes,
especialmente se houver casos de câncer de mama na família. Nesses casos a
ultrassonografia é um ótimo complemento à mamografia, já que este exame não é
capaz de mostrar nódulos pequenos em mulheres com mamas grandes. 
No entanto, quando a mulher não tem casos na família, e tem mamas que podem
ser amplamente observadas na mamografia, o ultrassom não substitui a
mamografia. 
Figura- 3 Figura- 4

3.2.3 Ressonância magnética

A ressonância magnética é um exame utilizado principalmente quando existe grande


risco de a mulher ter câncer da mama, especialmente quando existem alterações
nos resultados da mamografia ou do ultrassom. Assim, a ressonância magnética
ajuda o ginecologista a confirmar o diagnóstico e a identificar o tamanho do câncer,
assim como a existência de outros locais que possam estar afetados.
Durante a ressonância magnética a mulher deve ficar deitada de barriga para baixo,
apoiando o peito numa plataforma especial que evita que fiquem pressionadas,
permitindo ter melhor imagem dos tecidos da mama. Além disso, também é
importante que a mulher se mantenha o mais calma e quieta possível para evitar
provocar alterações nas imagens devido ao movimento do corpo.

Figura- 5 Figura- 6
3.2.4 Biópsia da mama

A biópsia normalmente é o último exame de diagnóstico utilizado para confirmar a


presença de câncer, pois este exame é feito no laboratório com amostras retiradas
diretamente das lesões da mama, permitindo observar se existem células tumorais
que, quando presentes, confirmam o diagnóstico de câncer.
Geralmente, a biópsia é feita no consultório de um ginecologista ou patologista com
anestesia local, pois é necessário inserir uma agulha na mama até a lesão para
aspirar pequenos pedaços do nódulo ou da alteração identificada nos outros exames
de diagnóstico.

3.2.5 Exame FISH

O exame FISH pode ser feito após a biópsia, quando existe diagnóstico de câncer

de mama, para ajudar o médico a escolher o tipo de tratamento mais indicado para
eliminar o câncer.
O exame FISH é um teste genético que permite identificar genes específicos nas
células cancerígenas, conhecidos como HER2, que, quando estão presentes,
informam que o melhor tratamento para o câncer é com uma substância
quimioterápica conhecida como Trastuzumabe, por exemplo.

3.2.6 Mamografia

O melhor exame para identificar o câncer de mama ainda na fase inicial é a


mamografia, que consiste num raio X que permite observar se existem lesões na
mama antes mesmo da mulher apresentar algum sintoma de câncer, como por
exemplo dor na mama ou liberação de líquido pelo mamilo. Veja os 12 sinais que
podem indicar câncer da mama.
A mamografia deve ser feita pelo menos a cada 2 anos a partir dos 40 anos, mas
mulheres com histórico de câncer de mama na família devem fazer o exame todos
os anos a partir dos 35 anos de idade, e até os 69 anos. Caso os resultados da
mamografia mostrem algum tipo de alteração, o médico pode pedir outra
mamografia, um ultrassom, ressonância magnética ou biopsia para confirmar a
existência de alteração e confirmar ou não o diagnóstico de câncer.

Figura- 7 Figura- 8

4. Anatomias da mama

A mama é descrita da seguinte forma: mamas são glândulas exócrinas, que fazem
parte do sistema reprodutor, lembrando que a mama estar presente nas mulheres e
nos homens, porem vale ressaltar que a mama se desenvolve na mulher. São
estruturas complexas constituídas por tecido glandular (onde é produzido o leite)
rodeado por tecido gorduroso e por tecido de sustentação. A anatomia interna da
mama é composta por: lobos, lóbulos, ducto, ampola, tecido adiposo e ligamento de
Cooper. A anatomia externa da mama é composta por: mamilo, aréola, prega
inframamária e processo axilar. A mama está localizada entre a 2 ª costela e a 6ª
costela, na borda lateral do esterno até a axila e anterior aos músculos peitorais (D.
DADAN,2009). Figura 1. Anatomia da mama Fonte: (D. DADAN,2009).

Figura- 9 Figura- 10
As mamas podem conter lesões que não são palpáveis. Essas lesões podem ser
vistas no ultrassom e/ou na mamografia. Algumas vezes não são palpáveis pela
localização profunda, pela dificuldade de palpação devido ao tamanho das mamas
ou por serem lesões muito pequenas que esconder um câncer de mama.
Suspeitamos, por exemplo, dos nódulos mal delimitados, de contornos indefinidos e
de densidade diferente da densidade mamária habitual; de cistos de conteúdo
espesso ou com partes sólidas; de microcalcificações agrupadas e de densidades
assimétricas. As microcalcificações não são visualizadas pelo ultrassom, somente
pela mamografia. Além da mamografia simples ou digital, existe a magnificação que
é como se fosse uma ampliação somente da área alterada. 

1= Papila
Figura- 11 pré-glandular
2= Gordura Figura- 12
3= Parênquima fibroglandular
1= Papila
4= Nódulo circunscrito
2= Gordura pré-glandular
5= Gordura retro glandular
3= Parênquima fibroglandular
6= Músculo peitoral maior
4= Gordura retro glandular
7= Músculo peitoral menor
5= Músculo peitoral maior
4.1 Cirurgia

Os tumores Filóides são sempre tratados com cirurgia. Esta operação pode ser uma
mastectomia ou uma excisão local (cirurgia conservadora). O objectivo da cirurgia é
retirar o tumor e uma área de tecido saudável ao seu redor de forma a reduzir as
probabilidades de que o tumor volte a surgir (margem de segurança). O seu médico
especialista discutirá consigo o tipo de cirurgia adequado para si.

4.1.1 Tratamentos adjuvantes

Os tratamentos adjuvantes podem ser considerados para reduzir as probabilidades


de que o tumor volte a surgir, mas normalmente recomenda-se apenas a cirurgia. Os
tratamentos adjuvantes podem ser: quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal.
O objetivo destes tratamentos é reduzir a probabilidade que o tumor volte a aparecer
na mesma mama, na outra mama ou noutra parte do corpo. Contudo, como o tumor
Filóide é um cancro complexo, normalmente não são recomendados mais
tratamentos. O seu médico especialista discutirá consigo a necessidade ou não de
fazer tratamentos adjuvantes.

4.2 Sintomas e Sinais

Para que haja uma identificação precoce da doença é importante que as mulheres
de acima de 40 anos façam o exame de auto toque, sendo que se for pré-disposta a
ter geneticamente aos 35 anos (precoce). É importante o autoexame para que se
identificado algo tenha um tratamento qualificado. Deve-se observar o tamanho,
forma e cor das mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou
rugosidades. é importante que se faça o exame de 7 a 10 dias depois da
menstruação, quando não entrou na menopausa, pois, antes e durante a
menstruação os hormônios Estrogênio e Progesterona estão em alta, aumentando a
glândulas que circulam na linfa. (SCHEILA FRIGATO E LUIZA AKIKO KOMURA
HOGA 2003). O toque pode ser realizado ao banho, que seria o Autoexame em pé,
caso a mulher tenha preferência de forma que ela coloque um de seu braço acima,
atrás do pescoço , ela deve começar pela parte axilar e descendo com as polpas
digitais lentamente para que sinta cada parte do corpo , deve se seguir em sentido
horário , depois feito de um lado seguir para o outro lado e apertar de leve a mama e
observar saída de secreção, cor, odor, quantidade, etc. Autoexame: deitada para
fazer o autoexame é preciso deitar e colocar o braço esquerdo na nuca, colocando
uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo para ficar mais elevado e mais
confortável. Apalpe a mama esquerda com a mão direita e depois faça o mesmo
procedimento com a direita.

4.3 Genética

É constatado que ao nascer nosso genoma forma a fita do DNA/RNA,


informando a cor do cabelo, cor da pele, logo a hereditariedade da família
denominada caso haja maior casos de pessoas cancerígenas, são determinadas a
doença ao nascer, sendo predisposto a ter a doença. (Hipertensão; Câncer de
Mama; Câncer de Próstata e demais outras doenças). Com relação à história
familiar, como fator de risco para o câncer de mama é o mais aceito para a
comunidade científica, pois dados na literatura confirmam que o risco aumenta de
duas a três vezes quando a mulher possui mãe ou irmã com câncer de mama,
sendo que se for ambas o risco aumenta mais, principalmente se foi diagnosticado
em idade precoce.

5. Patologia
Termo filoide faz referência ao aspecto foliáceo das células á microscopia
óptica de pequeno aumento, denotando um padrão de crescimento. Além disto, e
tipo a presença de múltiplas pequenas formações císticas.
5.1 A luta contra o câncer

O recebimento de um diagnóstico de
câncer provoca vários sentimentos,
inquietações e preocupações nas
pessoas, justamente porque o futuro
torna-se obscuro, muitas vezes sem
perspectivas, pois a ameaça da vida
parece tornar-se mais próxima quando o diagnóstico se encontra estabelecido, é
sem dúvidas desafiador e muito difícil tanto para o paciente como para sua família, que
será a base para que o paciente lute contra a doença, o apoio é fundamental durante todo
o tratamento, pois alguns pacientes por medo da doença acabam desenvolvendo doenças
de fundo emocional, dificultando ainda mais este processo que já não é nada fácil, esse
apoio, no entanto, não deve se restringir apenas ao aspecto psicológico. O
acompanhamento às consultas, o cuidado com a alimentação e a preocupação com a
realização dos curativos em casa também são muito importantes. Assim como demostrar
empatia, ter paciência com as mudanças de humor, e com a auto estima baixa já que a
estética pode ser muito comprometida em alguns casos, fazer com que o doente sinta se
acolhido fara total diferença no tratamento, pois em alguns casos a pessoa ao descobrir um
câncer acaba decretando ali mesmo sua “sentença de morte”, já que o mesmo desiste de
lutar e não tem “fé” na sua cura.
Não há nada melhor do que estar cercado por aqueles que amamos. Seja nos
momentos alegres, para compartilhar conquistas e sonhos, seja nos momentos
difíceis, para encontrar forças para seguir em frente e não sucumbir frente aos
desafios enfrentados ao longo da vida.

6. Alimentação

Alimentar-se corretamente durante o tratamento facilitara a recuperação, além de


fazer com que o paciente senta melhor e mais forte, para manter ou recuperar o
peso, tolerar melhor os tratamentos e os efeitos colaterais, diminuir o risco de
infecção e melhorar a cicatrização.
A incidência de desnutrição em pacientes com câncer varia de 40 a 80%, sendo que
os pacientes com tumores na região de cabeça e pescoço, pulmão, esôfago,
estômago, cólon, reto, fígado e pâncreas apresentam uma maior prevalência,
enquanto os pacientes com câncer de mama, leucemia, sarcoma e linfomas tem um
baixo risco de perda de peso. A variação dessa prevalência ocorre primeiramente
pela localização do tumor, mas pode ser também devido a diferentes critérios
utilizados para definir a desnutrição: idade, tamanho do tumor, tipo histológico, grau
de estadiamento, presença de metástase e tratamento oncológico.
Os efeitos clínicos da desnutrição se manifestam por dificuldade de cicatrização,
aumento do risco de infecção e toxicidade do tratamento, maior demanda de
cuidados e custos hospitalares, diminuição da resposta ao tratamento, da qualidade
de vida e sobrevida, quando comparados com pacientes com um adequado estado
nutricional. 
As modalidades de tratamento para o câncer podem incluir cirurgia, quimioterapia,
radioterapia ou a combinação de ambos. Cada uma destas pode resultar em efeitos
colaterais que afetam o estado nutricional. As cirurgias podem resultar em dor local,
dificuldade de mastigação e deglutição, jejum prolongado, fístulas, infecção da ferida
operatória, etc. A radioterapia e a quimioterapia não atuam exclusivamente na
população de células malignas, atuam também nos tecidos normais, causando os
efeitos colaterais e contribuindo para problemas nutricionais específicos e afetando
potencialmente o estado nutricional do paciente. Alguns quimioterápicos levam a
anorexia causando uma anormalidade no paladar, presença de ulceração na
mucosa como mucosite, queilose, glossite, estomatite e esofagite interferindo na
ingestão de nutrientes devido a dor severa. Praticamente todas as drogas
antineoplásicas causam náuseas, vômitos e alterações gastrointestinais como a
diarreia e a constipação, sendo que esses sintomas são proporcionais a quantidade
de droga ministrada, tornando-se mais intensos quando a quantidade de droga for
maior. As primeiras consequências são redução da ingestão alimentar e com isso
uma depleção do estado nutricional.
A gravidade dos efeitos da radiação depende da área tratada, do volume, da dose e
do tempo de tratamento. Apesar de temporários esses sintomas levam a graves
consequências nutricionais, em especial quando os pacientes não são submetidos a
um acompanhamento nutricional precoce e adequado. Portanto, as intervenções
nutricionais proativas em substituição às reativas devem integrar a terapia do câncer
para que haja melhora nos resultados clínicos e na qualidade de vida.
A terapia nutricional pode ser feita por três vias, ou seja, a via oral, enteral ou
parenteral. Cada método tem suas indicações precisas e adequadas, não cabem
considerações sobre qual método é mais seguro ou barato. Havendo condições
sempre a via mais fisiológica é a ideal. Deve-se insistir na via oral, fracionando
melhor as refeições, modificando a consistência da dieta e variando a alimentação
para evitar monotonia. Se apesar destes ajustes não se conseguir atingir as
necessidades calóricas, é válido o uso de suplementos nutricionais orais.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
Os TF da mama são tumores fibroepiteliais raros, responsáveis por menos de 1%
dos tumores de mama. São de difícil manejo, devido sua apresentação
histopatológica variável, com evolução biológica imprevisível (NUNES; DIAS;
TORGAL, 2014).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os TF são classificados em três


categorias: benignos, borderlines e malignos, de acordo com o grau de atividade
mitótica, de atipias, características das margens tumorais e presença de
desenvolvimento estromal. (RODRIGUES et al., 2015).

Os TF malignos são infrequentes e podem ser suspeitados em pacientes com


nódulos de crescimento rápido (LUCARELLI et al., 2015).

O TF possui uma apresentação clínica de um tumor tipicamente móvel, bem


delimitado e com superfície lisa que raramente envolve a área do mamilo. Em geral,
pacientes relatam tumor de crescimento rápido e indolor, detectado ao exame físico
como uma massa de grande extensão. Curiosamente os TF acometem mais a
mama esquerda que a direita (CLARINDO et al., 2012)
MATERIAIS E METODOS

O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa


bibliográfica. O material pesquisado foi constituído de artigos científicos, livros, teses
e dissertações. O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consultas às
seguintes bases de dados científicos: Scielo (Scientific Eletronic Library Online),
além de livros, teses e sites.
A busca foi retrospectiva limitando-se aos artigos científicos publicados entre 2010 e
2018, com uso dos seguintes descritores: Tumor filoide; cirurgia de tumor filoide;
câncer de mama; tumores malignos; diagnóstico de câncer de mama; exames
realizados na mama; como ajudar um paciente com câncer; alimentação para
pacientes oncológicos; mamografia.
Como critério de inclusão para a seleção do material pesquisado foram
consideradas as publicações em língua portuguesa, escritos por profissionais da
saúde e que contemplam os objetivos da pesquisa. Foram excluídos os materiais
duplicados e que não contemplaram os critérios de inclusão acima citados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossa pesquisa visou apontar informações e tratamentos que possam auxiliar
mulheres que se deparam com este tumor, pois ao receber o diagnóstico de câncer
de mama os efeitos tendem a ser traumáticos, porque além da enfermidade, a
mulher se depara com a iminência da perda de um órgão altamente investido de
representações estéticas, assim como o temor de ter uma doença sem cura, repleta
de sofrimentos. A partir do diagnóstico confirmado, a paciente vê sua vida tomar um
rumo diferente do que poderia imaginar, já que o câncer pode acarretar alterações
significativas nas diversas esferas da vida como trabalho, família e lazer. Por isso é
de suma importância que os profissionais da Saúde estejam muitos bem preparados
para auxiliar a paciente em um momento tão delicado. Esperamos que em um futuro
próximo as mulheres se conscientizem sobre a importância do autoexame e de
consultas periódicas preventivas. A prevenção e o controle do câncer estão entre os
desafios científicos e de saúde pública mais importantes da atualidade.

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