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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 1
TÍTULOS DE CRÉDITO ............................................................................................................................................................... 2
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS INERENTES AOS TÍTULOS DE CRÉDITOS ........................................................................................... 2
PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ...................................................................................................................................... 3
LITERALIDADE ......................................................................................................................................................................... 3
CARTULARIDADE ...................................................................................................................................................................... 3
AUTONOMIA ............................................................................................................................................................................. 4
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................................................................ 4
QUANTO À ESTRUTURA ............................................................................................................................................................. 4
QUANTO AO MODELO ................................................................................................................................................................ 5
QUANTO À CRIAÇÃO ................................................................................................................................................................. 5
QUANTO À CIRCULAÇÃO ............................................................................................................................................................ 6
ENDOSSO ................................................................................................................................................................................ 7
AVAL ......................................................................................................................................................................................11
PROTESTO ..............................................................................................................................................................................13
DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO CIVIL SOBRE OS TÍTULOS DE CRÉDITO ...............................................................................................14
LETRA DE CÂMBIO ................................................................................................................................................................... 21
NOTA PROMISSÓRIA ................................................................................................................................................................ 25
CHEQUE .................................................................................................................................................................................27
DUPLICATAS ...........................................................................................................................................................................34
LETRA DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .....................................................................................................................................39
TÍTULOS DE CRÉDITO COMERCIAL ............................................................................................................................................40
TÍTULOS DE CRÉDITO INDUSTRIAL............................................................................................................................................41
TÍTULOS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO .......................................................................................................................................41
TÍTULOS DE CRÉDITO RURAIS ..................................................................................................................................................41
QUESTÕES COMENTADAS .........................................................................................................................................................42
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................................................................................72
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................................... 81
APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?! É com um imenso prazer que estamos aqui,
no Estratégia Concursos, para ministrar mais uma aula da disciplina de
Direito Empresarial para o curso de Advogado Geral da União.
Uma vez que definimos a nossa banca examinadora, a ESAF, mudaremos o foco
do nosso curso. Além disso, disponibilizarei questões no formato múltipla
escolha para que vocês possam praticar.
CRONOGRAMA
Aula 05. Títulos de crédito.
GABRIEL RABELO
TÍTULOS DE CRÉDITO
Mas o crédito pode ser apresentado de várias maneiras, seja contratual, seja
por título, escritura.
Mas o que vem a ser o título de crédito?! O conceito, emanado por Cesare
Vivante, é o que melhor responde a pergunta. Tanto que o Código Civil
encampou sua doutrina para narrar:
- O título é um documento.
- O título é literal, isto é, os valores exigidos só podem ser aqueles ali,
expressamente firmados.
- O título é autônomo, isto é, se desvincula da relação que lhe deu origem.
Diversas são as características que podem ser atribuídas aos títulos de crédito.
Listemos algumas:
LITERALIDADE
Por este princípio, só vale no título o que estiver nele escrito. Sendo o título de
crédito um documento, somente aquilo que nele estiver circunstanciado valerá
como obrigação, sua data, valor, titular, entre outros dados.
CARTULARIDADE
Ainda, no mesmo exemplo citado acima, imagine-se que o cheque não foi pago,
por insuficiência de fundos. Todavia, João perdeu o documento. Porém, astuto
que é, providenciou a fotocópia do título. Poderá promover a cobrança com a
apresentação de cópia? Não! Pois, segundo o princípio da cartularidade,
deve-se apresentar o documento para se exercer o direito.
AUTONOMIA
Não poderá X, no vencimento do título, alegar contra Z que não a paga por ser
Y seu devedor de igual ou superior soma, pois, uma vez sendo os títulos
cambiários autônomos, o possuidor de boa fé exercita um direito próprio, que
não pode ser restringido ou desconfigurado em virtude das relações existentes
entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do
título é autônoma em relação às demais.
QUANTO À ESTRUTURA
O título que configura ordem de pagamento é aquele que em que existem três
pessoas: aquele que dá a ordem (sacador) ao devedor (sacado), para que o
título seja pago a alguém (tomador, beneficiário).
QUANTO AO MODELO
Modelo livre são aqueles títulos para os quais a lei não trata
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Modelo vinculado são os títulos para os quais a lei traz a forma exata de como
deve ser, tal como o cheque.
QUANTO À CRIAÇÃO
Contudo, tão logo emitida, a duplicata deixa de ter nexo com o negócio que lhe
deu origem, tornando-se independente. Essa distinção deve estar clara: não
obstante se perfaça em título de crédito causal, assim que emitida,
deixa de ter nexo com o negócio jurídico que lhe deu origem.
Os títulos não causais são aqueles que podem ser emitidos em diversas
hipóteses, tal como a nota promissória, cheque e letra de câmbio.
1) Causal (duplicata)
Criação 2) Não causal (nota promissória, cheque, letra de
câmbio
QUANTO À CIRCULAÇÃO
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O título nominal não à ordem é aquele que não permite o endosso, por
conter cláusula expressa “não à ordem”. Neste caso a transferência deve ser
feita através de cessão civil do crédito.
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no
registro do emitente.
Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.
ENDOSSO
Temos:
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IMPORTANTE:
ENDOSSO EM PRETO INDICA O NOVO BENEFICIÁRIO.
ENDOSSO EM BRANCO NÃO INDICA O NOVO BENEFICIÁRIO.
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do
próprio título.
Outro detalhe trazido pelo Código Civil, mas que costuma ser bem cobrado em
prova, é o seguinte:
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do
próprio título.
§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso,
dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
SIMPLES ASSINATURA:
- No anverso (frente): Aval (Se feito no verso deve indicar expressamente ser
aval).
- No verso: Endosso (Se feito no anverso deve indicar expressamente ser
endosso).
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Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito
de cessão civil.
AVAL
Mas o que vem a ser o aval? Pois bem, Fábio Ulhoa Coelho o define como “ato
cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar
titulo de crédito, nas mesmas condições do devedor deste titulo
(avalizado)”. Vejamos também a explicação do Código Civil:
Veja-se, ainda, que, segundo o Código Civil, é vedado o aval parcial. Atente-
se, contudo, para o fato de que a regra que veda o aval parcial não vale para
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A ESAF, nos idos de 1996, questionou sobre o aval, se tido ou não como
obrigação acessória. Ora, a responsabilidade do avalista é solidária juntamente
com o avalizado. Trata-se, portanto, de obrigação principal, autônoma, no título
de crédito.
O aval, em regra, deve ser feito na frente do título (anverso) – CC, art. 898. Se
for feito no anverso, basta que o avalista assine. Se for feito no verso, contudo,
deverá ser indicado expressamente que se trata de aval, junto da assinatura. É
o que se extrai da leitura dos artigos seguintes do Código Civil:
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
AVAL
SE FEITO NO ANVERSO (FRENTE): BASTA ASSINATURA!
SE FEITO NO VERSO: DEVE SE INDICAR EXPRESSAMENTE TRATAR-SE
DE AVAL.
Assim, de acordo com o artigo 899, §2º, se um negócio jurídico praticado com
simulação é avalizado por Beltrano, não poderá ele alegar eventual nulidade no
aval, uma vez que o verdadeiro prejudicado com tal situação é o credor.
Aval Fiança
Regulado pelo Direito
Regulado pelo Direito Civil
Comercial
Obrigação autônoma Obrigação acessória
Responsabilidade Solidária Responsabilidade Subsidiária
Deve estar contido no título Pode estar em instrumento
de crédito em separado
Não pode o avalista opor as
As exceções pessoais do
exceções pessoais do
afiançado podem ser alegadas
avalizado para se defender do
pelo fiador.
credor de boa-fé
Necessita de autorização do Necessita de autorização do
cônjuge, salvo no regime de cônjuge, salvo no regime de
separação absoluta separação absoluta
PROTESTO
CONCEITO DE PROTESTO
Apenas mais um detalhe que também pode ser cobrado sob o protesto:
Pois bem. O Código Civil apenas traz NORMAS GERAIS sobre o assunto, não
tratando pormenorizadamente de qualquer deles.
Com efeito, não havendo previsão na lei que rege o título, devemos aplicar as
normas do Código Civil.
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua
validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que
lhe deu origem.
O artigo 888 determina que se faltar algum requisito legal para a validade do
documento como título de crédito, ele não anulará o negócio como um todo.
Perderá o documento tão-somente sua validade como título de crédito.
Perde o título o seu caráter cambiário, mas continua vigendo conforme o direito
civil.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa
dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
- ASSINATURA DO EMITENTE.
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- Cláusulas de juros;
- Cláusula que proíba endosso;
- Cláusula que exclua a responsabilidade pelo pagamento ou despesas;
- Cláusula que dispense a observância de termos e formalidades prescritas;
- Cláusula que exclua, restrinja direitos ou obrigações.
Art. 49 – A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus
garantes:
1 – A soma integral que pagou;
2 – Os juros da dita soma, calculados a taxa de 6 por cento, desde a data em
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que a pagou;
3 – As despesas que tiver feito.
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua
assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem,
fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos
que teria o suposto mandante ou representado.
Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para,
em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o
instrumento do mandato.
Deste modo, imagine-se que João confere a Pedro procuração para que assine
título de crédito em seu nome, no período de 01.01.2011 a 05.01.2011. De má-
fé, Pedro emite determinado título em 07.06.2011, quando a procuração já não
era mais válida, para realizar a compra de determinadas mercadorias para a
empresa. Como Pedro não tem mais poderes para proceder à emissão,
responderá pessoalmente pela emissão. 24678074520
Para explicar este artigo, precisaremos conhecer um pouco sobre dois títulos de
créditos ditos impróprios, quais sejam, o conhecimento de depósito e o warrant.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente,
os direitos ou mercadorias que representa.
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Assim, no vencimento, não poderá A, por exemplo, dizer que não pagará C, por
estar o bem que comprou de B eivado de vício. Deve, em virtude do princípio
da autonomia, A proceder ao pagamento e, em seguida, exigir o ressarcimento
por parte de B.
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o
adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua
circulação.
O que este artigo quer, em síntese, dizer é que, se uma pessoa é legítima
portadora de um título, tendo agido de boa-fé para receber os direitos que lhe
são inerentes, não poderá ter seu direito prejudicado por relações travadas
anteriormente.
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao
legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé.
O título que configura venda a prazo pode, tão-logo vença, ser exigido. O
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E mais, uma vez efetuado o pagamento do título, pode o devedor exigir que o
credor lhe entregue o título de volta.
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LETRA DE CÂMBIO
Fonte: http://www.segundoprotestosbc.com.br/sbc/img_up/letracambio.jpg
Suponha-se que Alberto deve uma quantia X a Carlos, e que Breno deve uma
quantia X a Alberto. Uma solução viável para Alberto é emitir uma letra de
câmbio, figurando como sacador, contra Breno (sacado), que passará a dever
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Embora neste exemplo três pessoas tenham existido, pode ocorrer de na nota
promissória sacador e tomador ou beneficiário serem a mesma pessoa.
Um dos motivos que torna a letra de câmbio um título de difícil utilidade prática
é que depende ela do aceite do sacado, do devedor.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido
no lugar designado, ao lado do nome do sacador (LUG, art. 2º).
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Art. 11. Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a
cláusula a ordem, é transmissível por via de endosso.
Art. 12 - O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja
subordinado considera-se como não escrita.
O endosso parcial é nulo.
O endosso ao portador vale como endosso em branco.
- À vista.
- A dia certo.
- A certo termo da vista.
- A certo termo da data.
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Expliquemos rapidamente.
Alberto deve 1.000 reais a Bianca que deve 1.000 reais a Clarissa. Bianca emite
uma letra de cambio, ela recebe o nome de sacador. Alberto aceita (ou nao) a
letra e recebe o nome de sacado. Clarissa que e a credora recebe o nome de
tomador.
Letra de câmbio a certo termo da data: Bianca estipula um prazo, por exemplo,
30 dias. Estes 30 dias começam a contar a partir da emissao do titulo.
Art. 67. O portador de uma letra tem o direito de tirar cópias dela.
A cópia deve reproduzir exatamente o original, com os endossos e todas as
outras menções que nela figurem. Deve mencionar onde acaba a cópia.
A cópia pode ser endossada e avalizada da mesma maneira e
produzindo os mesmos efeitos que o original.
Art. 68. A cópia deve indicar a pessoa em cuja posse se encontra o título
original. Esta é obrigada a remeter o dito título ao portador legítimo da cópia.
Se se recusar a fazê-lo, o portador só pode exercer o seu direito de ação contra
as pessoas que tenham endossado ou avalizado a cópia, depois de ter feito
constatar por um protesto que o original lhe não foi entregue a seu pedido.
Se o título original, em seguida ao último endosso feito antes de tirada a cópia,
contiver a cláusula "daqui em diante só é válido o endosso na cópia" ou
qualquer outra fórmula equivalente, é nulo qualquer endosso assinado
ulteriormente no original.
mencionado. Então, como poderia alguém tirar cópia de uma nota e transferi-la
por endosso, apoderando-se da via original? Não contrariaria o princípio
referido? Para a LUG não.
Essa questão foi abordada pelo CESPE no concurso para Juiz Substituto do TJ
SE, em 2008, do seguinte modo:
a) Pedro pode tirar cópia da nota promissória e transferi-la por endosso, desde
que a cópia indique que o original encontra-se em sua posse.
Este item foi considerado correto pela banca. Embora remeta à nota
promissória, o tratamento legislativo também se encontra na LUG.
NOTA PROMISSÓRIA
Fonte: http://tabelionatoroquedomingues.com.br/images/servicos/np.jpg
Segundo a LUG:
Na nota promissória não existe a figura do aceite, uma vez que emitida pelo
próprio devedor.
Todavia, nada impede que seja emitida em branco. Desta forma, o credor
deve completar o título de boa-fé antes da cobrança ou protesto, sob pena
de não se conferir ao título natureza cambial (Ver in RT 591/220 e in RT
588/210). Torna-se nula a execução de nota promissória sem o preenchimento
de seus requisitos essenciais. A nota promissória não será nula, apenas perderá
as características de título cambial (LUG, art. 76).
Os títulos a dia certo ou a data certa são aqueles que devem ser pagos no dia
neles previsto.
Nos títulos a tempo certo da data o prazo para vencimento começa a correr a
partir do dia da emissão ou saque.
Ainda, para os dois tipos de título (nota e letra), prescreve a LUG que
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser
apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a
apresentação conta-se dessa data.
CHEQUE
Art. 3º O cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja
equiparada, sob pena de não valer como cheque.
Fonte: https://www.tcn.com.br/nastur/ajuda/chequemodelo.gif
Dissemos que o cheque é uma ordem de pagamento à vista (LC, art. 32). Nos
dizeres do STJ “A emissão de cheque pós-datado, popularmente
Importantíssimo agora:
Uma vez expirado este prazo, o beneficiário do cheque tem ainda o prazo de
6 meses para promover a execução (LC, art. 59) ou tentar receber do
banco.
PROTESTO – CHEQUE!!
Cobrança dos endossantes e seus avalistas necessário
Cobrança do emitente e seus avalistas desnecessário
Se, após o protesto, o cheque for pago, o protesto poderá ser cancelado, a
pedido de qualquer interessado, mediante arquivamento de cópia autenticada
da quitação que contenha perfeita identificação do cheque no Cartório de
Protesto de Títulos (art. 48, § 4.º, da LC).
Advirta-se! Olhem este item proposto no concurso para Juiz Substituto TRT 23ª,
em 2008: a ação de execução do cheque prescreve em seis meses contados da
data de sua emissão.
Por fim, mesmo que prescreva a ação de locupletamento, caberá a ação por
cobrança ordinária, desde que se comprove a relação que deu causa à
emissão do cheque.
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DUPLICATAS
Contudo, tão logo emitida, a duplicata deixa de ter nexo com o negócio que lhe
deu origem, tornando-se independente. Essa distinção deve estar clara na
cabeça: não obstante se perfaça em título de crédito causal, assim que
emitida, deixa de ter nexo com o negócio jurídico que lhe deu origem.
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra
espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importância faturada ao comprador.
Percebam que a lei diz prazo não inferior a 30 dias para a emissão
obrigatória de fatura. Se o prazo for menor, torna-se facultativa a emissão.
A lei ainda prescreve que na duplicata poderão constar outras indicações, desde
que não alterem sua feição característica (LD, art. 24).
Fonte: http://www.cosif.com.br/imgs/leisfn/dm.jpg
Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata
única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou
série de duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração
sequencial, pelo acréscimo de letra do alfabeto, também em seqüência (LD, art.
2º, §3º).
Falaremos agora sobre o aceite. Vimos que entre os requisitos para emissão de
uma duplicata consta a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da
obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial.
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Assim, com base nesse texto legal, tem-se que o aceite é o reconhecimento da
dívida pelo sacado (comprador/recebedor dos serviços). O aceite, na
duplicata, é obrigatório (na letra de câmbio é facultativo).
GRAVE-SE, ACEITE:
Duplicata Obrigatório
Letra de câmbio Facultativo
O item está errado, uma vez que é sim motivo para a recusa de aceite.
(obrigatório)
A cobrança não necessita ser efetuada pelo banco. Pode ser feita diretamente
na via judicial.
2) Falta de devolução;
3) Falta de pagamento.
DUPLICATA – PROTESTO
Endossante e respectivos avalistas Protesto em 30 dias
Devedor principal e respectivos avalistas Independe de protesto – se
ocorrido o aceite
Não se pode emitir duplicata com vencimento a certo termo de vista (a letra de
câmbio pode).
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra
espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importância faturada ao comprador.
§ 1º A duplicata conterá:
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
Segundo a norma:
A cédula de crédito rural é título civil, líquido e certo, exigível pela soma dêla
constante ou do endôsso, além dos juros, da comissão de fiscalização, se
houver, e demais despesas que o credor fizer para segurança, regularidade e
realização de seu direito creditório (Decreto Lei 167/67, art. 10º).
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Aval Fiança
Regulado pelo Direito
Regulado pelo Direito Civil
Comercial
Obrigação autônoma Obrigação acessória
Responsabilidade Solidária Responsabilidade Subsidiária
Deve estar contido no título Pode estar em instrumento
de crédito em separado
Vamos à questão?
(A) tanto o fiador como o avalista podem opor ao credor as exceções extintivas
da obrigação que competem ao devedor principal.
(B) tanto o avalista quanto o fiador não podem pleitear o benefício de ordem.
O item está errado. O aval não tem por finalidade garantir satisfações
contraídas por contrato, mas, sim, as contraídas em títulos de crédito. A fiança
sim tem a finalidade de satisfazer obrigações adquiridas em contrato (basta
lembrar-se do fiador quando do aluguel de um imóvel).
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Gabarito C.
Comentários
No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para
circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de
título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância
faturada ao comprador (LD, art. 2o)..
A letra c também está correta. Uma vez emitida, a duplicata deve ser enviada
para que o sacado a aceite. O aceite na duplicata é obrigatório. Contudo, a
própria lei estabelece hipóteses em que ele poderá ser rejeitado, senão
vejamos:
Gabarito E.
Comentários
Segundo seu artigo 1o: Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida.
Gabarito D.
Comentários
Esta regra, todavia, é afastada pelo STJ nos casos de contratos de abertura de
crédito
Gabarito E.
Assinale:
Comentários
A afirmação I está correta porque o aval, que serve para garantir o pagamento
do título de crédito (artigo 14 do Decreto n.° 2.044/1908; art. 30 da LUG), não
pode ser parcial, nos termos do parágrafo único do artigo 897 do Código Civil.
Lembre-se de que as legislações especiais dos mais diversos títulos de crédito
prevêem a possibilidade do aval parcial.
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A afirmação III está correta, pois o aceite é ato a ser praticado pelo sacado
(artigo 21 da LUG). Estudaremos a seguir mais aprofundadamente o assunto.
Gabarito B.
(A) Uma letra de câmbio pode ser endossada a favor do sacado ou aceitante
(endosso de retorno), que podem novamente endossar a letra.
(B) No cheque, o endosso-mandato não se extingue por morte ou incapacidade
superveniente do endossante mandante.
(C) É cabível ação de execução em face do emitente do cheque, ainda que não
apresentado ao sacado no prazo legal, desde que não consumada a prescrição
da ação cambial.
(D) A inobservância de um dos requisitos elencados na Lei 5.474/68 (Lei de
Duplicatas) enseja a perda de executoriedade do título, em razão de vício de
forma.
(E) O endosso de uma nota promissória deve ser puro e simples; qualquer
condição a que ele seja subordinado é considerada como nula.
Comentários
Art. 11. Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a
cláusula a ordem, é transmissível por via de endosso.
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Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não
apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação
cambiária.
Este item está correto. O artigo 2º da Lei de Duplicatas traz requisitos que, uma
vez não atendidos, não gerarão efeitos cambiais como duplicata.
São eles:
§ 1º A duplicata conterá:
Art. 12 - O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja
subordinado considera-se como não escrita.
Gabarito E.
(A) o conhecimento de depósito e o warrant são títulos que devem ser emitidos
simultaneamente pelo depositário, podendo ser transmitidos unidos ou
separadamente, mediante endosso.
(B) o warrant é título de crédito que confere direito de penhor sobre a
mercadoria depositada em armazém geral.
(C) o conhecimento de depósito não pode ser penhorado ou arrestado por
dívidas do portador.
(D) ao portador do conhecimento de depósito é permitido retirar a mercadoria
antes do vencimento da dívida constante do warrant, consignando o armazém
geral o principal e juros até o vencimento e pagando os impostos fiscais,
armazenagens vencidas e mais despesas.
(E) ao portador do warrant que, em tempo útil, não promover o protesto por
falta de pagamento, ou que, dentro de dez dias, contados da data do
instrumento de protesto, não vender a mercadoria, conservará tão somente
ação contra o primeiro endossante do warrant e contra os endossantes do
conhecimento de depósito.
Comentários
O warrant, por sua vez, pressupõe uma operação de crédito, a saber, uma
promessa de pagamento. Seu endosso constitui um penhor (chamado de direito
de crédito real) sobre as mercadorias, em relação à obrigação de um
pagamento ao possuidor do título.
Art. 15 - Os armazéns gerais emitirão, quando lhes for pedido pelo depositante,
dois títulos unidos, mas separáveis à vontade, denominados - "conhecimento de
depósito" e "warrant".
Item incorreto.
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Gabarito C.
Comentários
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata
para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra
espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importância faturada ao comprador.
Gabarito D.
Comentários
Gabarito D.
Comentários
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o
adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua
circulação.
Gabarito B.
Comentários
Gabarito A.
Comentários
Há aceite?
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1) Sim! Não precisa protestar para executar o sacado e seus avalistas, porém,
há necessidade de protesto contra os coobrigados e seus avalistas.
2) Não! Depende-se de protesto para cobrança até mesmo do obrigado direto.
Gabarito B.
a) permite ao sacador que a proteste por falta de aceite, como condição para
cobrança do respectivo valor face ao endossatário.
b) impede que o título circule por meio de endosso, tendo em vista a
imperfeição da relação jurídica cambiária.
c) dá ao sacador o direito de reputá-la vencida antecipadamente e proceder a
sua cobrança judicial, desde que precedida do protesto por falta de pagamento.
d) independe de maior formalidade quanto ao prazo e à forma de sua
efetivação. 24678074520
Comentários
A recusa ao aceite não impede que o título circule por meio de endosso. Caso a
duplicata não possua aceite, é entendimento do STJ que se deve comprovar que
as mercadorias/serviços foram entregues/prestados, no caso de execução
contra o devedor principal. No caso de execução contra endossantes e
respectivos avalistas, desnecessária se torna a comprovação, uma vez que ele
atestou a validade do título com o endosso.
A letra c também está incorreta. O protesto nesta hipótese deverá ser feito por
falta de aceite, e não por falta de pagamento.
Gabarito E.
Comentários
Gabarito C.
Comentários
Gabarito E.
Comentários
O cheque é uma ordem de pagamento à vista (LC, art. 32). Nos dizeres do STJ
“A emissão de cheque pós-datado, popularmente conhecido como
cheque pré-datado, não o desnatura como título de crédito, e traz como
única consequência a ampliação do prazo de apresentação.”
Por fim, mesmo que prescreva a ação de locupletamento, caberá a ação por
cobrança ordinária, desde que se comprove a relação que deu causa à emissão
do cheque.
Gabarito D
Comentários
condições e pelos motivos autorizados pela Lei (arts. 7.º e 8.º da LD.
Portanto, protestada ou não, a duplicata aceita configura título executivo
extrajudicial. A letra a está correta.
A letra e, por fim, está correta. O prazo para propor ação contra o sacado e
seus avalistas é de 03 anos da data do vencimento. O prazo para propor ação
contra os endossantes e seus avalistas é de 01 ano da data do protesto.
Gabarito C.
Comentários
Uma vez que é um título causal, as hipóteses de emissão estão arroladas na lei.
Ademais, pode ser emitida na compra e venda mercantil e prestação de
Gabarito A.
Comentários
Item correto.
Item incorreto.
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não
garante o pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado.
Gabarito B.
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Comentários
Item incorreto.
Art. 896: O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o
adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua
circulação. 24678074520
Item incorreto.
Art. 889, § 1o: É à vista o título de crédito que não contenha indicação de
vencimento.
Item incorreto.
Segundo o CC:
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente,
os direitos ou mercadorias que representa.
Gabarito E.
Comentários
O banco poderá ser responsabilizado caso venha a praticar atos ilícitos, tais
como pagar cheque falsificado, de modo indevido. Contudo, a existência de
fundos e sua suficiência é de responsabilidade do emitente.
Gabarito, portanto.
A nota promissória, pela sua natureza, não comporta aceite, porquanto, pela
assinatura, o emitente se obriga ao pagamento do título.
2) Falta de devolução;
3) Falta de pagamento.
Art. 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o
avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele
abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador.
Gabarito B.
Comentários
Contudo, caso não haja aceite, o título poderá ser executado, desde que o título
esteja protestado e haja comprovação de que as mercadorias foram entregues.
Gabarito B.
I. Aquele que, excedendo os poderes que tem, lança a sua assinatura em título
de crédito, como mandatário ou representante de outrem, obriga pessoalmente
o mandante, que terá contra ele, porém, direito de regresso para haver os
danos eventualmente causados a terceiros.
II. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-
lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de
receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega
do título devidamente quitado.
III. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado
em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os
direitos ou mercadorias que representa.
Comentários
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua
assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem,
fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos
que teria o suposto mandante ou representado.
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente,
os direitos ou mercadorias que representa.
Gabarito B.
Assinale:
(A) Uma letra de câmbio pode ser endossada a favor do sacado ou aceitante
(endosso de retorno), que podem novamente endossar a letra.
(B) No cheque, o endosso-mandato não se extingue por morte ou incapacidade
superveniente do endossante mandante.
(C) É cabível ação de execução em face do emitente do cheque, ainda que não
apresentado ao sacado no prazo legal, desde que não consumada a prescrição
da ação cambial.
(D) A inobservância de um dos requisitos elencados na Lei 5.474/68 (Lei de
Duplicatas) enseja a perda de executoriedade do título, em razão de vício de
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forma.
(E) O endosso de uma nota promissória deve ser puro e simples; qualquer
condição a que ele seja subordinado é considerada como nula.
(A) o conhecimento de depósito e o warrant são títulos que devem ser emitidos
simultaneamente pelo depositário, podendo ser transmitidos unidos ou
separadamente, mediante endosso.
do título.
b) apenas por endosso em preto.
c) pela aposição de aval.
d) por endosso, completando-se a transferência com a tradição do título.
e) pela simples tradição, uma vez que o título se considera coisa móvel.
a) permite ao sacador que a proteste por falta de aceite, como condição para
cobrança do respectivo valor face ao endossatário.
b) impede que o título circule por meio de endosso, tendo em vista a
imperfeição da relação jurídica cambiária.
c) dá ao sacador o direito de reputá-la vencida antecipadamente e proceder a
sua cobrança judicial, desde que precedida do protesto por falta de pagamento.
d) independe de maior formalidade quanto ao prazo e à forma de sua
efetivação.
I. Aquele que, excedendo os poderes que tem, lança a sua assinatura em título
de crédito, como mandatário ou representante de outrem, obriga pessoalmente
o mandante, que terá contra ele, porém, direito de regresso para haver os
danos eventualmente causados a terceiros.
II. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-
lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de
receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega
do título devidamente quitado.
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QUESTÃO GABARITO
1 C
2 E
3 D
4 E
5 B
6 E
7 C
8 D
9 D
10 B
11 A
12 B
13 E
14 C
15 E
16 D
17 C
18 A
19 B
20 E
21 B
22 B
23 B
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