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Expediente / Índice

imprensa@sieeesp.com.br

DIRETORIA

Presidente
Benjamin Ribeiro da Silva
Colégio Albert Einstein

Matéria de Capa
4
1º Vice-presidente
José Augusto de Mattos Lourenço
Colégio São João Gualberto
Sieeesp
2º Vice-presidente
Waldman Biolcati Sua atuação e sua estrutura
Curso Cidade de Araçatuba

1º Tesoureiro
José Antonio Figueiredo Antiório
Colégio Padre Anchieta
Comportamento Sexualidade
14 32
2º Tesoureiro
Antonio Batista Grosso
Colégio Átomo
Drogas na escola Sexo é Direito –
1º Secretário
Itamar Heráclio Góes Silva Saúde sexual
Educ Empreendimentos Educacionais

2º Secretário
Antonio Francisco dos Santos
Colégio Novo Acadêmico Capacitação Educação Digital
DIRETORES DE REGIONAIS 16 O que faz a diferença 34 Ciberarquitetura -
ABCDMR
Oswana M. F. Fameli - (11) 4437-1008 na formação Convergências de
Araçatuba profissional do Senai mídia a serviço da
Waldman Biolcati - (18) 3623-1168

Bauru
educação
Gerson Trevizani - (14) 3227-8503

Campinas
Sociedade
18
Antonio F. dos Santos - (19) 3236-6333

Guarulhos
Uma razão para Filantropia
Wilson José Lourenço Júnior - (11) 4963-6842

Marília
Luiz Carlos Lopes - (14) 3413-2437
sonhar 38 OAB e Sieeesp
debatem filantropia
Ribeirão Preto
João A. A. Velloso - (16) 3610-0217

Osasco
José Antonio F. Antiório - (11) 3681-4327 Recreação
Presidente Prudente
Antonio Batista Grosso - (18) 3223-2510 20 Aprendendo
42
Filantropia
Santos
brincando Lei nº 12.868/13
Ermenegildo P. Miranda - (13) 3234-4349
e a Filantropia
São José dos Campos
Maria Helena Baeza - (12) 3931-0086 Educacional:
São José do Rio Preto Motivação Reflexos e Ajustes
Cenira Blanco Fernandes Lujan - (17) 3222-6545

Sorocaba
Edgar Delbem - (15) 3231-8459
24 Pegue a estrela
do mar...
Certificação
48
JANEIRO DE 2014
Editor
Adhemar Oricchio - MTB 8.171 Vale a pena ser uma
Repórteres
Saúde “Escola Legal”
26
Gisele Carmona
Ygor Jegorow (estagiário)
Assessoria de Imprensa e Aleitamento natural
Produção Editorial
Editor-chefe: Adhemar Oricchio

52
Editor gráfico: Balduino Ferreira Leite
Site: Gisele Carmona
Redes Sociais: Ygor Jegorow
Impressão: Companygraf Obrigações
Reflexão
30
Colaboradores
• Ana Paula Saab • Antonio Higa
• Carlos Alberto Nonino
• Clemente de Sousa Lemes Teoria e Prática
• Ivaci de Oliveira • Jocelin de Oliveira
• José Maria Tomazela • José Rodrigues
• Ulisses de Souza
www.sieeesp.org.br
Av. das Carinás, 525 - São Paulo - SP
54 Cursos
CEP 04086-011 - (11) 5583-5500

2 Escola Particular
Editorial

Benjamin

Creche de Ribeiro da Silva


Presidente do Sieeesp

meio período?
Sindicato dos Estabelacimentos de
Ensino no Estado de São Paulo
benjamin@einstein24h.com.br

O secretário
A A falta de vagas nas
creches brasileiras é
motivo de muita preocupação
creches, o que realmente
é mais justo, desde que se
mantenha o tempo integral,
defendeu também
o uso de critérios
e ocupa espaços generosos
na mídia. Mais uma vez estou
que é a forma adequada de
se atender a essa camada da
socioeconômicos
tratando desse assunto, no população trabalhadora. A para a distribuição
momento em que me deparo ideia da criação de creches
com uma notícia no jornal surgiu na década de 1970, das vagas nas
Diário de S.Paulo dando
conta de que na tentativa de
com o aumento do número
de fábricas, foram iniciados
creches
cumprir a meta do prefeito os movimentos de mulheres
Fernando Haddad, da capital e a luta por um local onde
paulista, de zerar a fila da poderiam deixar seus filhos
creche em São Paulo até 2016, enquanto trabalhavam. No
a Prefeitura quer criar vagas início elas tinham um foco
de meio período na cidade. A meramente assistencialista,
proposta passaria a valer já a mas a partir da Constituição diariamente para conseguir
partir do início de 2014. de 1988, do Estatuto da uma vaga para seus filhos.
Até o mês de setembro, Criança e do Adolescente em Estima-se que até 70 mães
oficialmente, a fila à espera 1990 e da Lei de Diretrizes e pedem ajuda à Defensoria
por vagas em creches na Bases da Educação Nacional Pública do Estado por dia
capital paulista era de 156.982, em 1996, é que a educação para ingressar na Justiça.
mas sabe-se que esse número infantil foi colocada como Nos últimos dias, a Câmara
é ainda maior. Ou seja, como a primeira etapa do ensino Municipal aprovou, em
num passe de mágica Haddad básico no Brasil. primeira votação, o projeto do
quer resolver o problema da A promessa anterior do vereador Jair Tatto que cria o
falta de vagas nas creches prefeito Haddad era de auxílio-creche, um benefício
ignorando o problema das se criar 150 mil vagas de que concede meio salário
mães que trabalham e não educação infantil até 2016, mínimo (aproximadamente
têm onde deixar seus filhos, com a construção de 243 R$ 400) para mães com
se realmente for levada a sério creches para 50 mil crianças filhos na fila da creche. Na
a promessa de acabar com o e com convênios. Hoje o gestão anterior, projeto
período integral. O secretário município tem 364 instituições semelhante foi barrado, pois o
municipal de Educação, César e, as outras 1.258, são prefeito Kassab o considerou
Callegari, nega que a medida é conveniadas, atendendo no inconstitucional.
uma artimanha da Prefeitura total, aproximadamente, 210 Esse problema da falta de
para alcançar a meta de zerar mil crianças. Como se vê, não vagas nas creches se arrasta
a fila da creche, deixando claro fosse a iniciativa privada, o há muitos anos e não podemos
que a ideia não é precarizar ou caos na educação infantil em esperar que agora, com
aumentar o atendimento. São Paulo seria total. soluções paliativas, em prejuízo
O secretário defendeu Enquanto o impasse das mães que não têm onde
também o uso de critérios persiste, e a Prefeitura estuda deixar seus filhos, a solução se
socioeconômicos para a o que fazer, dezenas de arraste por mais uma gestão e
distribuição das vagas nas pessoas entram na Justiça por vários anos mais.

Escola Particular 3
Matéria de Capa

SIEEESP
SUA ATUAÇÃO E SUA ESTRUTURA
Adhemar Oricchio

O Sieeesp inicia o ano de 2014 com boas


perspectivas, pois a escola particu-
lar vive um momento de crescimento, o
edição; a oficialização do Departamento
Internacional, responsável pelas viagens
educacionais, que no próximo mês de
Finlândia e Croácia; e o aprimoramento
do setor de comunicação, ampliando
e melhorando a revista mensal Escola
que demonstra a credibilidade e a opção maio realiza a 17ª, visitando a Rússia, Particular e o Jornal Eletrônico semanal,
pelos nossos estabelecimentos privados.
Estatísticas comprovam que a escola par-
ticular recebeu mais de um milhão de alu-
nos nos últimos 10 anos e a escola pública
perdeu mais de 600 mil. Isso se deve ao
investimento das escolas particulares em
novas tecnologias e na capacitação de seus
professores.
É gratificante notar as conquistas da
nossa entidade, mas ainda temos muitas
metas em vista. Uma delas, e a principal,
é a conclusão da nova sede, em estágio
avançado de obras. Muito em breve,
teremos um prédio condizente com o tra-
balho que realizamos. Um lugar em que
poderemos oferecer cursos, palestras,
seminários, pós-graduação e mestrado
de forma confortável para professores,
administradores, mantenedores e pales-
trantes.
Ao completar 81 anos de existência, o
Sieeesp consolida algumas de suas gran-
des metas: o Congresso e Feira Saber,
que este ano inicia os trabalhos para a 18ª
82 Propaganda

4 Escola Particular
Arquivo Sieeesp
A missão e a prioridade da diretoria da nossa entidade
é continuar prestando cada vez mais serviços de
assessoria às escolas, uma vez que nós estamos aqui
para servir aos associados
Benjamin Ribeiro da Silva – presidente do Sieeesp

além de entrar definitivamente nos meios colaborando para que o mantenedor te-
modernos das redes sociais. nha o melhor assessoramento em todos
Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, os setores do seu estabelecimento. Os
presidente do Sieeesp “a missão e a priori- departamentos de Cursos, Relações e
dade da diretoria da nossa entidade é con- Atendimento, Comunicação, Regionais,
tinuar prestando cada vez mais serviços Comercial, Gerência Administrativa, Finan-
de assessoria às escolas, uma vez que nós ceiro, Jurídico, Pedagógico e Internacional
estamos aqui para servir aos associados”. mostram o que foi oferecido de melhor em
Para demonstrar como o Sindicato se cada um deles e que as perspectivas para
preparou para prestar assistência aos seus 2014 são as melhores possíveis. A análise a
sindicalizados e à comunidade educacio- seguir demonstra não só a preocupação do projetos antigos, que continuam produ-
nal, a revista Escola Particular mostra a Sieeesp com a quantidade como também zindo resultados positivos, mesmo com o
atuação e a estrutura dos seus departa- com a qualidade dos serviços oferecidos. passar do tempo. Uma prova dessa labuta
mentos, com destaque para os aspectos diária é o Congresso e Feira de Educação
mais importantes de cada um deles. Foram SEMPRE ALERTA Saber. O evento que está em sua 18ª edição
milhares de cursos, parcerias, reuniões, O ano mal começou e o planejamento já tem data e local para acontecer, além
palestras, assembleias, atendimento às e a estratégia das tarefas tomam conta da confirmação de grandes nomes da
dúvidas mais frequentes, por telefone, e- de toda a estrutura do Sieeesp. Além do área educacional do Brasil e do exterior.
mails, cartas e até mesmo pessoalmente. aprimoramento das áreas de trabalho, os Marque no calendário: dias 25, 26 e 27
Cada departamento do Sieeesp conta departamentos estão em busca de novas de setembro, no Centro de Exposições
com uma função específica e direcionada, formas de atendimento para incrementar Imigrantes, em São Paulo.

Escola Particular 5
Matéria de Capa

Sem duvida, esse é um dos mais impor- A diretoria do Sieeesp projetou um


tantes trabalhos realizados pela equipe salão para eventos, com terraço e, na
do Sindicato, mas não é o único. Parcerias cobertura, uma área de lazer. Estaciona-
interessantes e proveitosas com grandes mento não será mais problema para os
empresas, a oficialização do Departamen- usuários do Sindicato, pois, só no subsolo,
to Internacional, a reformulação do site do o prédio terá 85 vagas, além de um outro
Sieeesp, que será totalmente remodelado rotativo, com vagas para motos em áreas
e dinâmico, o sucesso dos cursos, da Re- separadas, sistema de CFTV com controle
vista Escola Particular, que iniciou uma de acesso, sala de monitoramento, hall de
série de matérias especiais mostrando os entrada, tudo em alto padrão construtivo.
rumos da educação brasileira, o Jornal Ele- Nos andares, foram projetados oito
trônico e as redes sociais, que continuarão sanitários, duas copas, sprinklers, infra-
sendo pauta de discussões e melhorias estrutura de dados completa, forro em
durante todo o ano de 2014. placas e luminárias embutidas, além de
guarita com sistema de CFTV, controle
A NOVA SEDE de acesso com catracas, refeitório com
Muito em breve os associados do estrutura completa e 25 salas para uso,
Sieeesp poderão contar com novas insta- conforme as necessidades operacionais
lações modernas que poderão abrigar do Sieeesp.
todas as atividades da entidade, inclusive Pela descrição, podemos notar que
ampliando sua área de atuação. O prédio, tudo está sendo planejado para dar o me-
com sete andares e 2.550 metros quadra- lhor atendimento possível aos associados
dos de área construída está localizado em e às demais pessoas que procuram os
Santo Amaro, região sul da cidade de São serviços do Sieeesp.
Paulo, próximo a estações do Metrô, trens
da CPTM e ônibus. Terá um subsolo, facha- REGIONAIS
da em revestimento cerâmico, dois eleva- O Departamento de Regionais foi am-
dores, que servirão a dois conjuntos por pliado, com a oficialização, em setembro
andar, sistema de ar condicionado e estará de 2013, da Regional de Guarulhos, que
dotado de três auditórios modulares com já está funcionando na Rua Morvan de
aproximadamente 360 metros quadrados, Figueiredo, 65 – sala 23 – 2º andar – Centro.
que servirão ao incremento das atividades O ano de 2013 foi bastante produtivo
do Departamento de Cursos. para esse setor do Sieeesp, que conseguiu

Arquivo Sieeesp
O prédio, com sete
andares e 2.550
metros quadrados
de área construída
está localizado em
Santo Amaro

6 Escola Particular
Arquivo Sieeesp
O Departamento Jurídico do Sieeesp é coordenado
pelo professor José Antônio Figueiredo Antiório e tem
importante papel junto à diretoria do Sindicato

reunir milhares de mantenedores de esco- JURÍDICO


las do interior nas jornadas trimestrais da O Departamento Jurídico do Sieeesp,
diretoria, além da promoção de cursos de composto por cinco advogadas, um esta-
capacitação para gestores, professores giário e coordenado pelo professor José
e pessoal administrativo. Para manter a Antônio Figueiredo Antiório, tem impor-
qualidade na prestação dos serviços, este tante papel junto à diretoria do Sindicato
departamento conta com uma boa estru- e também para os estabelecimentos de
tura. Cada divisão regional (são 13 sedes ensino sediados no Estado de São Paulo.
espalhadas pelo interior), conta com um Sua atuação se dá diretamente com as
diretor regional, uma secretária, local escolas, na orientação quanto às questões
apropriado para cursos, recursos de infor- jurídicas de maneira preventiva e na
mática e comunicação para acesso rápido solução dos casos concretos enfrentados de São Paulo, normas convencionais que
com a sede do Sieeesp na Capital, visando pelas escolas. Outro importante papel muito favorecem as escolas, quer quanto
principalmente uma orientação mais efi- do Jurídico é quanto à mediação junto às cláusulas econômicas, quer quanto às
ciente aos mantenedores. Além disso, o às entidades sindicais profissionais, ou cláusulas sociais.
Departamento de Comunicação mantém seja, os sindicatos dos Professores e dos Além desse trabalho desenvolvido
um jornalista em cada sede regional para Auxiliares da Administração Escolar no pelo Jurídico junto às escolas, o departa-
contatos com a mídia e elaboração de Estado de São Paulo que somam mais de mento tem auxiliado a diretoria nas ques-
matérias para a revista Escola Particular. 60 entidades profissionais. tões relativas ao Sieeesp, orientando e
Para Waldemar Guedes Rodrigues de Com forte atuação nas negociações defendendo-o administrativa e judicial-
Barros, coordenador das regionais, “essa coletivas de trabalho, o Sieeesp tem alcan- mente, sempre com o intuito de termos
boa atuação mostra claramente a confia- çado, através do professor Antiório, que um Sindicato sólido em plena capacidade,
bilidade que o mantenedor deposita no além de diretor Tesoureiro do Sindicato para bem representar a categoria das es-
trabalho que a diretoria excuta durante é também presidente da Federação dos colas particulares em todo o Estado de
o seu período de gestão” Estabelecimentos de Ensino no Estado São Paulo.

Escola Particular 7
Matéria de Capa
Arquivo Sieeesp

A área pedagógica é a alma da escola


Marlene Schneider

Atendimento, Técnicas de Redação para RELAÇÕES E ATENDIMENTO


Secretaria Escolar e Gestão do Tempo – No ano 2000, com o intuito de melhorar
totalmente on-line. Além desses, foram o atendimento oferecido e fortalecer o
ministrados centenas de cursos que envol- relacionamento com as escolas associadas,
veram mais de 30.000 educadores durante o Sieeesp criou um novo departamento,
o ano de 2013. denominado “Sieeesp Presente”, objeti-
Para 2014, já estão abertas as matrícu- vando, também, trabalhar com divulgação
las para os cursos de Pós-Graduação em e pesquisa junto aos estabelecimentos de
Psicopedagogia Sistêmica & Neuropsi- ensino.
copedagogia Clínica. Promovidos pelo Com a necessidade crescente de um
Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos atendimento personalizado, em 2004 o
de Ensino no Estado de São Paulo) em Sieeesp passou a contar com uma equipe
PEDAGÓGICO parceria com as Faculdades Claretianas. O de telemarketing, atendendo exclusiva-
O Departamento responde aos princi- programa é uma proposta inovadora para mente educadores interessados em in-
pais questionamentos dos mantenedores a ampliação do conhecimento e atuação formações sobre o Congresso e Feira de
sobre a parte pedagógica de seu estabeleci- profissional destinado aos pedagogos, Educação Saber. No decorrer deste período
mento, seja por telefone, e-mail ou pessoal- psicólogos, fonoaudiólogos e demais pro- outros serviços foram incorporados, culmi-
mente. Além disso, faz a parte de pesquisa fissionais ligados às áreas de educação nando com a formação de uma equipe fixa.
e consultas ao Diário Oficial, divulgando as e saúde. As aulas têm início no dia 29 de Atendendo às premissas modernas
novidades sobre legislação e autorização. março de 2014 e nelas, serão utilizados de comunicação e a demanda por infor-
Caso um mantenedor necessite de um pelos professores referenciais teóricos mações, esses serviços foram unidos em
projeto mais amplo, entra em ação um e pesquisas, leituras, reflexões, estudo um único setor, o DRA – Departamento
segundo lado do departamento que é o de casos, oficinas psicopedagógicas e de Relações e Atendimento. Hoje, temos
do banco de dados de pessoas capazes vivências práticas. condições de ouvir as escolas, associa-
de desenvolver a questão que a escola Além desses, o Departamento de Cur- das ou não, com muito mais atenção e
apresenta. Dentre os destaques de 2013, sos do Sieeesp promove a programação encaminhar suas críticas e sugestões
deve-se ressaltar o curso para secretários normal, atendendo aos milhares de educa- para melhorar o atendimento do Sindi-
escolares - “Organizando a Secretaria dores que comparecem para se atualizarem cato, priorizando assim os interesses dos
Escolar”, e o “Selo Escola Legal”, que já e se capacitarem. Sem contar que cabe filiados ao Sieeesp. O novo departamento
tem mais de 1.500 estabelecimentos cadas- a esse setor do Sindicato a coordenação transformou-se em um canal de qualidade,
trados. Outra atividade da coordenação é científico-pedagógica do Congresso Saber, respeito e eficiência, fidelizando a figura
participar das discussões do Conae. que este ano organiza a 18ª edição. principal da entidade, que é o Mantenedor.
Para a coordenadora do setor, Marlene
Schneider “a área pedagógica é a alma da
Arquivo Sieeesp

escola. Nós aqui do Sieeesp assessoramos


no que os mantenedores nos pedem, mas
de forma alguma interferimos no projeto
pedagógico de qualquer escola”.

CURSOS
Sob a supervisão de Maria Regina de
Stéfano, o Departamento de Cursos teve
forte atuação durante 2013, trazendo para
o Sindicato milhares de educadores para
treinamento e capacitação. “Procuramos
estabelecer uma programação que atenda
aos interesses dos mantenedores e dos
educadores, sempre com o intuito de
qualificar e melhorar o nível de ensino do
país”, afirma Regina.
Foram muitos os cursos ministrados Procuramos estabelecer uma
em 2013 por grandes nomes, como o Pro-
grama de Formação e Desenvolvimento programação que atenda aos
para Gestão Escolar, com duração de nove interesses dos mantenedores e
meses; Curso de Especialização no Ensino dos educadores
da Matemática – cálculo mental – sucesso
Maria Regina de Stéfano
Arquivo Sieeesp

no Ideb/Idesp, com duração de 10 semanas;


EAD, curso com metodologia autoinstrucio-
nal, composto de 3 módulos: Qualidade no

8 Escola Particular
sxc.hu
Moscou, um
dos destinos a ser
visitado nas viagens
internacionais do
Sieeesp

COMERCIAL INTERNACIONAL visitados e sente-se a necessidade de rea-


O Departamento Comercial ampliou Visando proporcionar mais um im- lizar um acompanhamento posterior, que
muito sua área de atuação dentro do Sin- portante serviço aos associados, e para conduza ao estreitamento dessas relações
dicato, sem contar o aprimoramento das obter maior visibilidade em outros países, e à consolidação de acordos que venham a
ações já existentes. Mesmo atuando de o Sieeesp oficializou o Departamento de beneficiar a educação particular no Brasil
maneira decisiva em várias áreas, como Relações Internacionais. Na prática, a en- e as escolas associadas ao Sieeesp.
parcerias, comercialização de anúncios tidade já desenvolve há muitos anos esse Entre as atribuições do departamento
para a Revista Escola Particular e Jornal relacionamento internacional, seja nas via- agora oficializado, podemos destacar as
Eletrônico, a atividade de maior destaque gens de estudos ao exterior, seja nos conta- viagens em parceria com o IES – Educação
é mesmo a Feira de Educação Saber. tos com educadores externos convidados Internacional, novos convênios e acordos,
Para a divulgação de novidades em para o Congresso e Feira Saber. “Agora, a criação do banco de dados, apoio ao Con-
termos de produtos e serviços, tanto para teremos acompanhamento sistemático gresso Saber, integração com os demais
a escola quanto para o professor. Em 2013 dessas iniciativas”, afirma o presidente setores do Sieeesp – como o Departamento
a feira foi bastante visitada, alcançando do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, o de Comunicação, instituição do projeto de Es-
nove mil pessoas, com a manutenção grande incentivador dessa proposta. colas-Irmãs com as congêneres dos países
do número de expositores. Os trabalhos Durante as viagens, são estabelecidos visitados, o intercâmbio entre estudantes,
para a Feira Saber 2014 já foram iniciados importantes contatos com autoridades e sem contar as parcerias para a exportação
e seguem em ritmo acelerado. dirigentes do setor educativo dos países e importação de produtos educacionais.

Escola Particular 9
Matéria de Capa

O gerente
administrativo Osni
Rozalino é um dos mais
antigos funcionários da
instituição

ADMINISTRATIVO
Suporte à diretoria. Esta é a principal
função do Departamento Administra-
tivo no Sieeesp, que tem como gerente

Arquivo Sieeesp
Osni Rozalino, um dos mais antigos fun-
cionários da instituição. Sua experiência
de 40 anos dentro do Sindicato ajuda a dar
forma às principais diretrizes propostas
pela diretoria, bem como auxilia no ge- FINANCEIRO
renciamento das ações dos funcionários. Outro departamento prestador de
Como, por exemplo, o CPD, sempre em serviços do Sieeesp é o Financeiro, que
fase de aprimoramento, em busca de um cuida de setores como Departamento
melhor atendimento. Usar a tecnologia Pessoal, Contas a Pagar, Serviços Gerais,
para interligar departamentos, regionais, acompanhamento bancário e assessoria
mantenedores e sociedade em geral. Essa à diretoria na área econômico-financeira,
é uma das principais características do “principalmente com a missão de auxiliar
Departamento de Informática do Sieeesp. a manter o perfeito equilíbrio e o sanea-
Além de assessorar os mantenedo- mento das finanças da entidade”, segundo
res e funcionários do Sindicato, esse de- Júlio de Souza, o responsável por essa área.
partamento auxilia na infra-estrutura de
equipamentos e redes de computadores COMUNICAÇÃO/IMPRENSA
presentes na entidade, agilizando a A missão de informar a comunidade
prestação de serviços e garantindo a educacional e a sociedade como um todo
continuidade de serviços como o do site e manter o Sindicato informado, foi um dos
institucional e o Jornal Eletrônico. principais destaques deste departamento
Outro departamento importante para em 2013. Os resultados comprovam esse
a administração do Sieeesp é o setor de trabalho: centenas de matérias publicadas
Arrecadação. Ao contrário do que se em jornais impressos, Internet e redes so-
pensa, sua função não é apenas cobrar ciais e dezenas de reportagens radiofônicas
os estabelecimentos de ensino para a e televisivas, graças ao empenho conjunto
arrecadação de fundos. Ele também tem e contínuo da assessoria de imprensa,
outros objetivos, como o de informar a em São Paulo, e dos correspondentes
abertura de currículo de escolas, atualizar espalhados pelo interior do Estado e que
os cadastros escolares, localizar escolas contribuem de maneira decisiva para ta-
e fazer remessas de correspondências. manho sucesso.
Em 2014, o principal objetivo será o de Além da divulgação na mídia externa,
melhorar esse contato já existente entre conseguimos grandes feitos com os veícu-
mantenedores e o Sindicato, mostrando los internos. Estamos publicando a edição
que cobrar não é a única utilidade desse 190 da revista Escola Particular, totalmen-
departamento. te renovada, com bastante conteúdo
educacional, muitos anúncios e um forte
apelo comercial e o número de páginas
ampliado; o Jornal Eletrônico, em seu 12º

A revista Escola
Particular está
totalmente renovada
e com bastante
conteúdo educacional

10 Escola Particular
Escola Particular 11
Matéria de Capa

ano de circulação, com nova diagrama-


ção, mais dinâmico e informativo. Outro
destaque é o site oficial do Sieeesp, com
notícias educacionais atualizadas diaria-
mente e bastante informativo. A partir do
início deste ano, iniciamos a reformulação
deste meio de comunicação, que recebe
em média 17 mil consultas mensais.
Ano a ano ampliamos a área de abran-
gência do Departamento de Comunicação,
contando com a colaboração da diretoria,
respondendo prontamente aos pedidos
de entrevistas, tornando o Sindicato uma
referência na área educacional. O fator
primordial para isso é a transparência com
que tratamos a informação.

O site do Sieeesp está


sendo reformulado,
para atender a todas
as consultas com
informações totalmente
atualizadas

REDES SOCIAIS Conheça: APLICATIVOS


Para ampliar nossos canais de comu- • facebook.com/sieeesp (Perfil) A mais recente novidade do Sieeesp é
nicação, além dos sites (sieeesp.com.br e • facebook.com/congressosaber (Página) o aplicativo para celulares (Android, Apple
congressosaber.com.br), ainda contamos • @sieeesp_oficial (Twitter) Store). Basta instalar em seu aparelho e
com as redes sociais. E em somatória ao • XVII Congresso e Feira Saber 2013 utilizar. Você poderá acessar todos os meios
Facebook e ao Twitter, também estamos (Google Plus) de comunicação do Sieeesp e ficar ligado
no Google Plus e no Youtube. • Siesp Saber (Youtube) em tudo que acontece. •

“É gratificante notar as conquistas da nossa entidade,


Arquivo Sieeesp
Arquivo Sieeesp

mas ainda temos muitas metas em vista. Uma delas,


e a principal, é a conclusão da nova sede, em estágio
avançado de obras. Muito em breve, teremos um prédio
condizente com o trabalho que realizamos. Um lugar em
que poderemos oferecer cursos, palestras, seminários,
pós-graduação e mestrado de forma confortável
para professores, administradores, mantenedores
e palestrantes. Uma outra conquista do Sieeesp é a
oficialização do Departamento Internacional que este ano
promove a 17ª viagem educacional”. “Como coordenador do Departamento
Jurídico do Sieeesp e presidente da
Benjamin Ribeiro da Silva
Comissão das Tratativas Salariais, já
estamos nos preparando e trabalhando
“Com a realização do 17º Congresso e Feira Saber, pudemos
Arquivo Sieeesp

para as tratativas salariais de 2014, visto


colaborar para o futuro do nosso país. Debatemos assuntos que será celebrada nova Convenção
diversos relacionados ao universo da educação e, durante Coletiva de Trabalho a partir de 1º de março
os três dias, as atividades foram voltadas para a gestão deste ano, para professores e auxiliares
administrativa e pedagógica e a formação de professores. da administração escolar. O trabalho tem
Utilizamos toda a estrutura de nossa entidade para preparar sido intenso, em busca dos melhores
este evento. Fomos em busca dos melhores mestres do resultados para as escolas particulares
Brasil e do exterior e conseguimos reunir mais de uma que representamos. Continuamos sempre
centena dos mais destacados para trabalhar com os 6 mil atentos na expectativa de prestar serviços
educadores presentes. Mas não paramos por ai, já iniciamos benéficos aos nossos associados”.
os trabalhos para a realização da 18ª edição, em setembro”.
José Antonio Figueiredo Antiório
José Augusto de Mattos Lourenço

12 Escola Particular
Escola Particular 13
Comportamento

DROGAS NA ESCOLA
O consumo de drogas é um fenômeno
mundial e deve ser encarado como
um grave problema de saúde pública em
São raros os jovens que atravessam
a adolescência sem serem expostos às
drogas, trata-se de um “fenômeno da
Na escola pode haver perda de interes-
se, queda de rendimento escolar, atitude
negativista, atrasos e faltas injustificáveis,
todo o mundo. Trata-se de um grande juventude”. Na prática o início ocorre problemas de disciplina, envolvimento
desafio aos pais, médicos, educadores e com o uso de cigarro, vinho e cerveja com colegas usuários de drogas, grande
à sociedade de um modo geral. (drogas legalmente liberadas ao consumo, mudança na aparência física, vestimentas
Os estudos epidemiológicos sobre socialmente aceitas e de fácil acesso), e apresentação pessoal. Alguns sintomas
o consumo de álcool e de outras drogas posteriormente vem o uso da maconha e físicos também podem estar presentes,
evidenciam um crescimento assustador logo a seguir a cocaína, o êxtase, o crack como fadiga, problemas de sono, dores
nas últimas décadas, sendo que os jovens e a heroína, dentre outras. de cabeça, enjôos e mal-estar.
têm tido suas primeiras experiências cada Jovens sob o efeito de drogas apresen-
vez mais precocemente, ocorrendo nor- tam desinibição comportamental, perda Quais são os fatores de risco?
malmente na passagem da infância para do juízo crítico e de reflexos motores, Dificilmente um único fator de risco
a adolescência. fatos que colaboram para que algumas das levará o jovem ao transtorno por uso
Para termos uma ideia, o diagnóstico principais causas de mortes entre adoles- de álcool e drogas. Na verdade, o uso de
de abuso de álcool e de drogas entre ado- centes, como acidentes automobilísticos, drogas está relacionado a uma série de
lescentes americanos cresceu de 3% para suicídio, afogamentos e mortes por arma características, sendo que quanto mais
10% nos últimos dez anos, o consumo de de fogo estejam relacionados, em quase fatores de risco este jovem possuir, maio-
maconha triplicou entre estudantes com metade dos casos, ao consumo recente res serão suas chances de envolvimento
14 anos de idade e dobrou entre os jovens de bebidas alcoólicas ou outras drogas. problemático com essas substâncias.
com 17 anos durante as últimas décadas. Costumo fazer uma analogia com
De um modo geral, diferentes estudos Quais são os sinais de alerta? uma balança de dois pratos. De um lado
revelam que cerca de 10 a 16% dos adoles- Alguns sinais de alerta a pais e pro- da balança colocamos os fatores de risco
centes apresentam algum problema com fessores podem auxiliar na identificação e do outro os fatores de proteção. Um
o álcool ou outras drogas de abuso. de comportamentos relacionados ao jovem se tornará dependente químico de
uso de álcool e drogas. Mudanças de determinada droga se a quantidade de
personalidade e de humor, irritabilidade, fatores de risco sobrepuser os fatores de
quebra de regras, brigas frequentes com proteção. Desta forma, o trabalho preven-
os pais, comportamento irresponsável tivo realizado por pais e educadores será
acompanhado de falta de motivação pelas o de aumentar ao máximo os fatores de
atividades e baixa-estima costumam ser proteção e tentar eliminar esses possíveis
encontrados em adolescentes que se fatores de risco.
iniciam no uso das drogas. Muitas vezes a herança genética de-
sempenha um importante papel no sur-
gimento e manutenção desse problema.
Filhos de pais alcoólatras apresentam até
quatro vezes mais chances de se tornarem
usuários crônicos de álcool quando com-
parados com filhos de não alcoólatras.
Quando investigamos a história familiar
desta criança ou adolescente, comumente
observamos a existência de familiares que
vivenciam ou vivenciaram problemas com
álcool ou outras drogas de abuso.
sxc.hu

14 Escola Particular
Fatores ambientais como eventos de

sxc.hu
vida estressantes, inserção em lares deses-
truturados e violentos, divórcio dos pais,
abuso físico, emocional e sexual, menor Jovens são
atenção paterna e falta de vínculos afetivos
entre familiares aumentam consideravel- “induzidos” pelo
mente as chances de se tornar usuário de
drogas.
poder da mídia e da
A adolescência por si só representa
uma fase problemática para o consumo
própria sociedade de
de drogas. Nesta etapa da vida o jovem
passa por grandes modificações físicas
que o consumo de
e comportamentais. Está criando sua
própria identidade, sua personalidade e
álcool é bom
identifica-se mais com o grupo de amigos,
estando também mais apto a novas ex-
periências, novos desafios, não aceitando quinze anos, carnaval, jogos de futebol e envolvimento problemático com drogas
mais passivamente ordens e orientações grandes confraternizações de jovens são aumentam muito quando a experimenta-
de seus pais. convites para o consumo do álcool, na ção acontece antes dos 15 anos de idade.
Características de temperamento e grande maioria das vezes, legitimados por Desta forma, quanto mais tarde o jovem
personalidade também podem influenciar pais e familiares. experimenta a droga, mais protegido
no aumento do risco de envolvimento com Outras características comportamen- seu cérebro estará e menores serão as
drogas. Por exemplo, crianças e adoles- tais comumente encontradas em jovens chances de um problema mais sério se
centes excessivamente tímidos, retraídos, com risco ao uso de drogas são impul- instalar no futuro. •
impopulares e que não conseguem se sividade, agressividade, dificuldade para
destacar nos esportes ou nos estudos reconhecer uma situação de perigo,
apresentam mais chances de se envol- menor religiosidade e a presença de psi-
verem com as drogas. copatologias. Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da
A influência de modismos representa A precocidade da experimentação infância e adolescência.
outro fator de risco importante. Jovens de álcool e de outras drogas pode repre- Professor visitante
da Bridgewater State
são “induzidos” pelo poder da mídia e sentar também um aumento do risco de University. Mestre em
Educação, Framingham
da própria sociedade de que o consumo transtornos ligados ao uso de substân- State University.
comportamentoinfantil.com
de álcool é bom. As tradicionais festas de cias. Estudos revelam que as chances de

Escola Particular 15
Capacitação

sxc.hu
O que faz a diferença na formação
profissional do Senai

“Este pressuposto é o de que só é


possível conhecer e compreender aquilo
que nós mesmos fizemos, e sua aplicação
à educação é tão primária como óbvia:
N o final de setembro, precisei con-
tratar os serviços de um eletricista
para realizar um pequeno conserto em
consiste em substituir, na medida do
minha casa. Enquanto ele trabalhava, eu
o observei. Notei o cuidado com que fazia
possível, o aprendizado pelo fazer”.
cada etapa do trabalho, como conservava HANNAH ARENDT
o local limpo e a arrumação dos seus ins-
trumentos de trabalho. Apenas para con-
firmar, perguntei se ele tinha estudado no terá orgulho de ostentar durante toda a cionários administrativos e gerentes que
Senai e ele respondeu que sim, terminara sua vida. A partir de então, pode mudar se efetivam as condições para a formação
seu curso em Ribeirão Preto. radicalmente sua trajetória, conseguir do aluno. É claro, também, que os instru-
Poucos dias depois, ao comentar emprego, uma promoção e até mesmo tores precisam sempre atualizar seus
sobre o que ocorrera, soube de outra tornar-se dono de empresas, graças à conhecimentos e sua forma de trabalho,
experiência muito semelhante. Contaram- formação que recebeu. para adequar seu ensino às novas tecno-
me que, durante a compra de uma peça Nessa formação, os instrutores de logias e às novas formas de organização
de decoração, o profissional responsável oficina têm um papel extremamente re- de trabalho das empresas.
mencionara que tinha concluído curso de levante. São eles que recebem jovens, Devem também adaptar-se às novas
ferramentaria no Senai, na Grande São com a missão de transformá-los em pro- normas e legislação do ensino e do traba-
Paulo. Trabalhara como ferramenteiro du- fissionais, ensinando-lhes a transição lho, além de acompanhar as mudanças no
rante algum tempo e, depois, tinha aberto da teoria para a prática do trabalho que modo de ser de cada geração de jovens.
seu próprio negócio, ficando responsável exercerão, além de valores e atitudes. É Mas, no essencial, os objetivos e a forma
pela criação, pelo design e pela fabricação então que os alunos percebem a beleza da de ensinar dos instrutores não mudam. É
de cada peça. Passara, então, a não mais peça que constroem, o seu poder de criar. o instrutor que inicia e acompanha o aluno
aplicar o curso de ferramentaria? Pelo con- Percebem também o que há de mágico no aprender a fazer. E, por meio do apren-
trário, respondera ele. No planejamento no processo produtivo de uma empresa der a fazer, o jovem aprende a ser, aprende
do trabalho, no esmero de sua execução, industrial, que recebe a matéria-prima e a a compartilhar, aprende a criar, aprende
na perfeição do acabamento das peças, converte num alimento, num instrumento a conviver. Assim, o fazer não substitui o
em tudo se concretizava o que aprendera. que um médico usa para salvar vidas, aprender, mas é uma forma eficaz de ele
Essas são apenas duas experiências, que numa televisão que transmite notícias e ser realizado. A ação dos instrutores e a
poderiam chegar a centenas de milhares lazer, numa casa para dar abrigo, ou seja, reação dos alunos – muitas vezes original e
se escutássemos o relato de vida dos que, em tudo que os rodeia. criadora – são a base do sucesso da forma-
nos últimos setenta anos, concluíram É claro que os instrutores não estão ção profissional propiciada pelo Senai. •
cursos no Senai. sozinhos. Precisam dos técnicos que ela-
O ingresso em uma de suas escolas não boram e atualizam currículos e recursos
é apenas para dar ao jovem condição de didáticos. Precisam da equipe administra-
“ganhar um salário para comprar um tênis tiva, que faz registros dos alunos e todos Walter Vicioni é diretor
regional do SENAI-SP,
de marca” e, muito menos, simplesmente os controles administrativos e financeiros. superintendente do
SESI-SP e membro titular
para “tirá-lo da rua”, como dizem os que Precisam do corpo gerencial, que deve do Conselho Estadual de
não conhecem o ensino do Senai. O aluno Educação de São Paulo.
garantir a continuidade de seu trabalho
que conclui o curso ganha uma identidade, e do cumprimento da missão do Senai. É
torna-se um profissional, um atributo que nessa união de instrutores, técnicos, fun-

16 Escola Particular
Escola Particular 17
Sociedade

UMA RAZÃO PARA


SONHAR!

office.microsoft.com
S onhar nos ajuda a definir claramente
nossas metas e a programar nossa
mente para alcançá-las.
“racionalmente”. Ele não faz distinção en-
tre o que queremos atrair e o que queremos
evitar, o que consideramos bom e o que
Os sonhos são o resultado da nossa consideramos ruim. Ele apenas executa a
imaginação fazendo aquilo que a ela cabe sua programação. Processa a informação,
fazer: projetar o futuro. É importante man- fazendo quase instantaneamente todas
ter nossos sonhos vivos e projetando em as associações possíveis de cada dado de
nossa mente uma visão clara do que que- entrada com a infinidade de dados arma-
remos no futuro. É assim que conseguimos zenados.
programar nosso subconsciente. Você poderia perguntar: “E daí? O que
Nosso cérebro tem uma capacidade isso significa?”.
muito maior do que podemos conceber. Dizem que a imaginação é mais pode-
A parte a que temos acesso direto, o cons- rosa que o desejo. Isso reflete uma com-
ciente, representa apenas uma fração de paração direta entre as maneiras de se
toda a sua capacidade. programar o subconsciente (maior capaci-
É no subconsciente que se encontra o dade), e o consciente (menor capacidade).
verdadeiro poder da mente. Essa parte, de Nosso desejo é parte da nossa cogni-
capacidade impressionante, cuida simul- ção, nosso raciocínio consciente. Quere-
taneamente de milhares de processos em mos algo, então, usando o consciente,
todos os sistemas do corpo. fazemos planos, começamos a executá-los
Ela recebe informações e gera respos- e nos esforçamos para manter o foco na di-
tas e comandos, coordenando o funciona- reção escolhida. Entretanto, como a capaci-
mento sincronizado de trilhões de células. dade do consciente é limitada, rapidamente
E ela faz tudo isso em paralelo com todas perdemos o foco, desviando-o para outro
as atividades no consciente, o que inclui o assunto de maior urgência ou prioridade.
raciocínio durante a resolução de proble- Quando nos damos conta, já deixamos de
mas muito complexos. executar o plano inicial há muito tempo e
Além disso, o subconsciente registra e nos sentimos frustrados com a nossa falta
compara cada segundo de informação que de “força de vontade”. Se você algum dia
recebemos por todos os nossos sentidos, já tentou fazer dieta, sabe bem do que
mesmo que não tenhamos “percebido” estou falando.
nada conscientemente. Dá para imaginar Por outro lado, uma tarefa passada ao
tamanha capacidade de processamento subconsciente será executada, em paralelo
de dados? Quantos computadores seriam com milhões de outras, por 24 horas e sete
necessários para realizar esse mesmo tra- dias por semana, até que a solução seja
balho? alcançada.
O único problema é que o subconsci- Uma vez que um objetivo definido é
ente não julga as informações recebidas transferido para o subconsciente através
segundo os padrões que estabelecemos de uma visão criada por um sonho, todas as

18 Escola Particular
informações disponíveis são comparadas e
analisadas no tocante à sua utilidade para a É importante e deliberada na mente, do nosso sonho, da
nossa visão, com todos os detalhes pos-
realização daquele propósito. Isso acontece
com todos os dados adquiridos pelos senti-
manter nossos síveis, como se fosse um filme que se repete
indefinidamente e se torna mais detalhado
dos, tanto os arquivados quanto os novos;
tudo sem que estejamos conscientemente
sonhos vivos e a cada edição, é a maneira de “programar”
o subconsciente.
atentos ao processo.
Um exemplo simples dessa situação
projetando em Por isso, afirmar que a imaginação é
mais poderosa do que o desejo é comple-
acontece quando nossos filhos ainda são nossa mente uma tamente pertinente.
bebês. Eu, por exemplo, tenho um sono Usamos a capacidade limitada do nosso
muito pesado. Pode passar sobre minha visão clara do que consciente para imaginar insistentemente
cabeça um jato voando a baixa altura e
com pós-combustão aberta. Um ruído queremos no futuro nosso desejo sendo realizado e, assim,
comandamos, ou programamos, a parte
enorme. Eu não acordo. Contudo, bastava realmente poderosa da nossa mente para
um suspiro do meu filho no berço para que, realizar a tarefa.
imediatamente, eu acordasse. todos os recursos humanos e materiais É como se o consciente e o subcons-
Da mesma forma, o seu subconsciente necessários para transformar nossa visão ciente fossem partes de um grande porta-
irá buscar por qualquer informação que em realidade. aviões. O consciente seria a cabine, onde
possa ajudá-lo a realizar o seu objetivo. A questão é: como informar ao sub- fica o comandante e alguns poucos tripu-
Geralmente, você nem saberá de onde consciente o nosso desejo, o nosso objetivo lantes, e o subconsciente, os outros cinco
ela veio, mas de repente terá a “inspiração” e todos os detalhes dos nossos planos? mil homens da embarcação.
de como resolver a situação e progredir na A resposta é: utilizando a imaginação. Portanto, comande “seu navio” com
atividade. A repetição insistente, de forma consciente sabedoria. •
Com a solução trabalhada constante-
mente pelo subconsciente, passamos a
agir de forma natural, quase “instintiva”,
para executá-la. Com os nossos sentidos Marcos Pontes
www.marcospontes.com.br
“afinados”, descobrimos novas oportuni- Nascido em Bauru, SP, em 1963, desde 1998 é o único Astronauta à disposição do Brasil, e aguarda
a escalação pelo governo para seu segundo voo espacial. Além das suas funções da carreira
dades e nos associamos às pessoas certas civil de astronauta, é Palestrante Motivacional, Coach Especialista em Desempenho Pessoal e
Desenvolvimento Profissional, Mestre em Engenharia de Sistemas, Engenheiro Aeronáutico
em cada fase do projeto. Tudo parece pelo ITA, Diretor Técnico do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico,
“convergir magicamente” para o nosso Empresário, Consultor Técnico, Embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial,
Presidente da Fundação Astronauta Marcos Pontes e Autor de três livros: Missão Cumprida. A
sucesso. Realizamos todas as atividades história completa da primeira missão espacial brasileira, É Possível! Como transformar seus sonhos
em realidade e O Menino do Espaço, todos publicados pela editora Chris McHilliard do Brasil.
com motivação contagiante e reunimos

Escola Particular 19
Recreação

APRENDENDO BRINCANDO Ygor Jegorow

A música sempre esteve presente na


vida das pessoas. Alguns especialis-
tas acreditam que através dela é possível
Por isso, Márcio Bernardes teve a ideia
de unir o útil ao agradável. Formado em
Educação Física; pós-graduado em Jogos
músicas às atividades, pode-se deixá-las
mais atraentes e divertidas. Além disso,
diz que também é possível aprender brin-
acessar o inconsciente dos indivíduos, mo- Cooperativos e Diretor Geral da equipe cando, pois as crianças assimilam muito
bilizando sentimentos, propiciando trans- Só Rindo Recreação & Eventos, usou sua melhor os estudos quando se divertem
formações e o desenvolvimento dos mais experiência de 11 anos em recreação e com as aulas. Nessa entrevista para a
novos. Esses sentimentos podem ser de eventos pelo Brasil e criou os métodos de Revista Escola Particular ele conta como
alegria e felicidade ou tristeza e desânimo, recreação unindo duas coisas que gosta: surgiu a ideia de usar música, nos explica
desencadeando diferentes emoções e atividades físicas e música. Com isso, sobre o modo lúdico que é usado em seus
gerando pensamentos bons ou ruins, acaba com a ideia de que exercícios devem métodos, e o papel da escola em socializar
contribuindo para a formação do caráter. ser chatos e repetitivos e, adicionando as crianças.

•••••••••••••••••
Na minha oficina todas as
atividades lúdicas têm como
base a música, seja ela tocada
ou cantada, mas como pano de
fundo para um objetivo final
•••••••••••••••••
Escola Particular – Como surgiu a ideia
de usar a música nas atividades?
Márcio Bernardes – A música sempre
Rana Formaturas

esteve presente na minha vida. Eu sem-


pre adorei ouvir música. E trabalho com
recreação há 12 anos. Então pensei: como
posso juntar duas coisas que amo? Essa
foi a primeira ideia. Depois fui estudar
mais a fundo o que poderia ser trabalhado
dentro da música. Não só a atividade pela
atividade. Atividade com conteúdo peda-
gógico. Daí em diante fui desenvolvendo,
as coisas foram acontecendo, até surgir
o projeto: Recreando o Universo da Mu-
sicalidade.
EP – Como são as suas oficinas?
MB – Na minha oficina todas as ativi-
dades lúdicas têm como base a música,
seja ela tocada ou cantada, mas como
pano de fundo para um objetivo final,
utilizando a atividade recreativa como
ferramenta para alcançar o aprendizado
de conteúdos pedagógicos, usando a
recreação como pilar para essa forma de
trabalho e os jogos cooperativos como
estratégia de inclusão de todos.
EP – Qual a importância das atividades
recreativas na vida da criança? O que é
agregado à vida dela?

20 Escola Particular
MB – A gente fala de brincar. Isso é es- então, tem de ter um porquê do que está
sencial, brincando a gente aprende muita fazendo. Não só ver a atividade como um
coisa. Sem brincar, aprendemos também. momento de lazer ou de ócio. Tem de ter
Mas quando temos a oportunidade de um propósito. E eu busco sempre isso,
aprender brincando a assimilação dos um propósito educativo para a atividade
conteúdos fica mais fácil. E o que acho usando a música.
interessante é a parte da educação lúdica. EP – E quanto aos benefícios ao corpo,
A gente está aprendendo de uma forma o que pode ser trabalhado com a música?
lúdica, pode passar diversos conteúdos MB – A música pode ser utilizada
através desse modo. como forma de trabalhar a coordenação
EP – E o que seria esse modo lúdico? motora global, como a lateralidade, o
MB – O lúdico é quando você trabalha esquema corporal, a noção de tempo e
com coisas simbólicas. Pode-se trabalhar ritmo etc., de maneira mais prazerosa e
com atividades recreativas, propriamente lúdica, contextualizando os movimentos
ditas, mas com conteúdo pedagógico, que serão solicitados em determinada
sempre visando um objetivo. atividade. Nesse sentido a aprendizagem
EP – Qual o objetivo das suas ativi- é internalizada espontaneamente e com
dades? descontração.
MB – Eu acredito que a atividade é EP – Atualmente, as crianças estão
uma ferramenta e não só o objetivo final. muito solitárias. Geralmente brincam
Ela tem de levar a um objetivo maior, sozinhas no computador e com jogos

•••••••••••••••••••••••
A música pode ser utilizada como forma de trabalhar
a coordenação motora global, como a lateralidade,
o esquema corporal, a noção de tempo e ritmo
••••••••••••••••••••••• Rana Formaturas

Escola Particular 21
Recreação

sxc.hu

•••••••••••
Se é possível
eletrônicos. Nas suas atividades você es-
trabalhar a mente
timula a socialização das crianças? A escola
também pode ajudar nessa etapa?
brincando, por
MB – Cada vez mais existem condo- que não poderia
mínios que têm tudo dentro. E a criança
não precisa mais sair de lá para se divertir. ser possível
Na minha época, jogava bola na rua, co-
nhecia outras pessoas, a galera do outro trabalhar o corpo
quarteirão. Mas hoje em dia, isso fica mais
difícil. Talvez pela violência nas cidades. enquanto se
Então, as crianças de hoje em dia conhe-
cem apenas o pessoal do condomínio. brinca?
Por isso a escola é importante nessa hora,
pois proporciona à criança um convívio
com outras crianças. Eu citei na palestra •••••••••••
que o objetivo é não deixar as crianças propõe esse movimento de troca. É o que
naquela “panelinha”, não fiquem apenas já falei, a atividade não é só a atividade
com o seu grupinho. Possam brincar com em si, ela é uma ferramenta usada para
o maior número de pessoas possíveis e, alcançar um objetivo maior.
assim, aumentar o nível de informação e EP – Você é formado em educação
aprendizado. física. Você usa isso nas atividades? Existe
EP – Nas atividades você usa apenas a preocupação com os exercícios físicos
música infantil ou usa músicas para todas também? Além da preocupação com o
as idades, fazendo com que não só crian- ensino, existe a preocupação com o corpo?
ças, mas adultos, possam participar? O seu MB – As crianças estão ficando seden-
gosto musical influencia na escolha das tárias e isso acarreta a obesidade. Então,
canções usadas? se é possível trabalhar a mente brincando,
MB – Eu sou eclético. Ouço de tudo, por que não poderia ser possível trabalhar
desde Sidney Magal a Metallica. Nessa o corpo enquanto se brinca? A atividade
palestra, apresentada no Congresso Saber física com o conteúdo pedagógico é a me-
2013, apliquei atividades que cabem tanto lhor saída. Tento tirar essa ideia de que só
para a terceira idade quanto para crian- a musculação é atividade física, aquela
ças. Dependendo da atividade é possível coisa chata, de movimentos repetitivos, le-
adaptá-la para uma determinada faixa vantando peso. E por que não colocar uma
etária. Sempre levo em consideração as música e deixar a coisa animada, fazendo o
características do público de cada idade, pessoal perder calorias e ganhar qualidade
os gostos musicais, e isso dá certo. de vida? •
EP – Como é implantado esse método
nas escolas?
MB – O método é usar a educação Márcio Bernardes
lúdica. Acreditamos que o conhecimento Formado em Educação
Física e pós-graduado em
não é somente depositado de um lado. Jogos Corporativos. Diretor
geral da equipe Só Rindo
Somente eu falo e vocês ouvem. O apren- Recreações & Eventos
dizado não se dá por aí. É legal haver uma
troca. E a música é uma coisa vibrante, ela

22 Escola Particular
Escola Particular 23
Motivação

A sabedoria é uma fonte que não se


esgota, apenas se renova. Quanto Essa história me ajudou a enxergar
mais dividimos o nosso conhecimento,
mais aprendemos sobre a vida. Não temos
o que o meu coração precisava para se
o direito de guardar em um cofre particular
um tesouro capaz de enriquecer a muitos.
libertar do velho e alcançar o novo
Por esse motivo, quero compartilhar com
você uma ilustração que ouvi num mo- O pai observava tudo de longe até que Moral da história: enquanto ficamos ocu-
mento determinante da minha vida. Essa percebeu algo diferente boiando próximo pados com as pequenas conchas, nunca
história me ajudou a enxergar o que o meu às crianças. Parecia uma miragem, mas conseguiremos pegar a estrela do mar.
coração precisava para se libertar do velho não era. O brilho pertencia a uma linda Já notou como muitas vezes agimos
e alcançar o novo. estrela do mar. Imediatamente o homem exatamente assim? Corremos de um lado
Numa linda manhã, certo homem deci- gritou para os filhos: — Queridos, peguem para outro em busca das conchinhas. Só
diu levar os dois filhinhos para um passeio a estrela do mar! pensamos nelas e investimos todo o nosso
na praia. A alegria das crianças diante Eles ouviram a voz do pai, mas ficaram tempo e a nossa disposição nesse trabalho.
daquela imensidão de água contagiava o parados. Então, o homem gritou mais uma Ficamos tão preocupados com aquilo que
pai. Os meninos corriam de um lado para vez: — Aí, pertinho de vocês. Peguem a já conseguimos que não temos a ousadia
outro em busca de conchas trazidas pelas estrela do mar, filhos! de buscar a novidade. Quando surge a
ondas. Eram muitas, talvez centenas espa- Os meninos viram a estrela, mas não se oportunidade de pegar a estrela do mar,
lhadas pela margem. Mas, nenhuma estava mexeram. Não demorou muito para aquela sentimos medo de perder as “conchinhas”
intacta. Eram na verdade fragmentos, raridade desaparecer no mar. Então, o pai da nossa vida.
pedaços de conchas. sem entender a reação estranha dos filhos Claro que é preciso coragem para
perguntou: — Por que vocês não pegaram arriscar. Mesmo que suas mãos fiquem
a estrela do mar? vazias por um tempo, vale a pena acreditar
As crianças levantaram os braços e na “visão” que faz o coração bater mais
mostraram que as mãos estavam comple- forte. Não perca a chance de agarrar a sua
tamente cheias de pedaços de conchinhas. “estrela do mar”. •
sxc.hu

Juliano Matos
Jornalista e palestrante
julianomatos.com.br
palestrante@julianomatos.com.br

24 Escola Particular
Escola Particular 25
Saúde

sxc.hu
O leite materno é a alimentação ideal sociada a baixa oxigenação do cérebro,
para o recém-nascido porque além de nu-
trir e fornecer anticorpos contra diversas
podendo levar ao comprometimento
de seu rendimento escolar devido a seu
O ato da
moléstias, o simples ato de amamentar
transmite o necessário sentimento de
déficit de atenção. Muitas vezes também
apresenta características de irritabilidade,
amamentação é de
amor, carinho, aconchego, criando se-
gurança e vínculo afetivo entre o filho e
e pode, facilmente, ser confundida com
uma criança hiperativa. Quem ficou res-
suma importância
a mãe.
Podemos observar que atualmente
friado e teve obstrução das vias aéreas
sabe muito bem o que queremos dizer.
para certas
a mulher, até por necessidade, tem dedi- Passamos o dia mal-humorados, cansados, funções que serão
cado menos tempo ao filho em virtude sonolentos, sem apetite, sem paladar,
da necessidade de desenvolver suas dormimos mal... Imaginem passar a vida desenvolvidas a
atividades profissionais simultaneamente assim... E fazer esporte, então? Como ter
com as atividades domésticas. Para mi- um bom desempenho se a passagem do partir dessa fase
nimizar esse problema, ela opta pelo ar é totalmente desviada? É lógico que a
aleitamento artificial através do uso da criança terá menor sucesso nesta prática.
mamadeira, tentando evitar conflitos com Da mesma forma, a mastigação tam- dentes, levando à ocorrência de mordidas
suas responsabilidades. Neste caso, com bém fica comprometida. Sem o exercício abertas e problemas de fala.
certeza, a criança será levada a ter grandes dos músculos durante a amamentação Tudo isso, SÓ por causa de uma sim-
prejuízos em seu desenvolvimento frente o tônus muscular fica flácido, não sendo ples troca de forma de aleitamento!
a esta decisão. suficientemente capaz de mastigar ali- É lógico que há situações em que é
O que não se fala muito é que além do mentos resistentes como carnes, legumes impossível a prática do aleitamento na-
fator nutricional, o ato da amamentação é e frutas fibrosas ou duras. A criança tem tural da criança, mas existem formas de
de suma importância para certas funções preguiça e depois de certo tempo começa se minimizar esses danos quando há a
que serão desenvolvidas a partir dessa a recusar este tipo de alimento, pois se necessidade da opção pelo aleitamento
fase, como a respiração nasal, a deglutição cansa de tanto mastigar sem resultado. artificial.
e a mastigação! Sua digestão ficará prejudicada com a Prometo ensinar como proceder cor-
A partir dos movimentos musculares falta desses nutrientes importantes em retamente em uma próxima matéria!
que o bebê faz para conseguir sugar o leite sua alimentação, podendo, novamente, A natureza é sábia e perfeita. Deixe-a
materno, diferentes feixes musculares são ocasionar danos ao seu desenvolvimento. seguir seu fluxo – o natural fluxo da vida – e
acionados, promovendo o desenvolvi- Não escapando do problema, a lín- tudo dará certo. Pense nisso! •
mento facial do bebê. Esses músculos vão gua também será afetada, pois terá sua
garantir as adequadas formas da língua, posição alterada para se adaptar ao uso
lábios, bochechas e outras estruturas que da mamadeira, que é totalmente diferente
têm estreita relação com as funções da da posição de sucção empregada no seio. Dra. Márcia Amar
Mestre e Especialista em
mastigação, deglutição e respiração por Assim, haverá problema na forma em que Odontopediatria
toda a vida. ela se posiciona na boca e como faz seu
Como sabemos, estas funções são movimento para engolir saliva ou alimento
básicas na vida de qualquer pessoa! Crian- (deglutição atípica). Às vezes esta má pos-
ça com respiração bucal crônica está as- tura pode afetar também a posição dos

26 Escola Particular
Escola Particular 27
28 Escola Particular
Escola Particular 29
Reflexão

TEORIA E PRÁTICA
Uma parceria indissociável como
base de uma educação
de qualidade

• Pensar
• •e• • • •
escrever sobre

um assunto sem dúvida
sxc.hu

implica em um risco menor


do que vivenciar
••••••••
E m um primeiro momento parece
existir um enorme abismo separando
a teoria da prática. Entendo que muitos
como quando nos flagramos chegando a
um destino depois de dirigirmos alguns
quilômetros sem sequer termos tido
Renunciar à mesmice e assumir o risco
de pôr a mão na massa dá trabalho, mas
traz contribuições ao coletivo, faz avançar
de nós já ouvimos a expressão “na teoria consciência deste movimento. a humanidade e confere um prazer inenar-
tudo é lindo, mas na prática não funciona.” Não é difícil entender, basta aparecer rável quando começam a aparecer os
De fato, colocar em prática o que está nos com uma proposta diferente e interes- primeiros frutos, principalmente, quando
livros, e agora nos equipamentos digitais, sante no local de trabalho. Logo surgem estes estão relacionados à formação de
é um desafio proporcional ao paradigma “os cegos que veem”, como no poema de seres humanos.
que se pretende superar. Além disso, não é Fernando Pessoa, fazendo as suas pon- Quando José Pacheco teve a brilhante
para qualquer um. Pensar e escrever sobre derações sobre o quanto aquela iniciativa ideia de desenvolver o projeto da Escola
um assunto sem dúvida implica em um risco não trará resultados satisfatórios. E, de da Ponte, certamente, encontrou uma
menor do que vivenciar. verdade, parece que há até uma torcida enorme resistência. Contudo, não se deu
O que tenho observado é que quando contra. por vencido, dedicou-se e conseguiu um
existem determinação e vontade política, Pode parecer mais confortável não resultado tão surpreendente que vem
no sentido de pensar no coletivo, este abis- questionar, não contestar, aceitar as inspirando muitas escolas, inclusive aqui
mo diminui e em alguns casos desaparece. coisas como algumas pessoas preferem: no Brasil. Há alguns anos acompanho uma
E desaparecer não significa eliminação de “Deus quis assim”, “deixa como está para delas e posso afirmar que os resultados têm
conflitos. ver como é que fica”. Entretanto, a vida é sido consistentes e expressivos. Trata-se da
As grandes mudanças começam com a de uma complexidade tal, que aquilo que EMEF Desembargador Amorim Lima, di-
crise e com os que têm coragem de pensar parece previsível em um dado momento, rigida pela excelente profissional Profª. Ana
sobre ela e ousam sair da zona de confor- em outro, surpreende, a tranquilidade das Elisa Siqueira, principal responsável pela
to. Enfrentam dificuldades inerentes ao águas se transforma de repente em um bem sucedida proposta baseada na Ponte.
processo e, o pior, à crítica daqueles que verdadeiro tsunami. Não há como escapar, Estão acontecendo experiências edu-
não se dão ao trabalho nem de pensar o conflito é parte integrante do processo cacionais promissoras em várias partes do
sobre, aqueles que vivem mecanicamente de transformação. mundo e estas podem ser acompanhadas
em um livro que registra a extraordinária

•••••••••••
iniciativa desenvolvida por um grupo
multidisciplinar que trarei no meu próximo
artigo. O objetivo é apresentar uma ex-
periência bem sucedida como convite à re-
O objetivo é apresentar uma experiência flexão e fonte de inspiração para grandes
transformações na educação em 2014. •
bem sucedida como convite à reflexão e
fonte de inspiração para
grandes transformações na
Lucy Duró
Pedagoga, Psicopedagoga
e membro do Laboratório
Interinstitucional de

educação em 2014 Pesquisa em Psicologia


Escolar do Instituto de

•••••••••••
Psicologia da Universidade
de São Paulo.
evoluireducacional.com.br

30 Escola Particular
Escola Particular 31
Sexualidade

sxc.hu
O DIREITO À SAÚDE SEXUAL – O cuida-
do com a saúde sexual deveria estar
disponível para a prevenção e o tratamento
saúde sentem-se cúmplices de um “delito”
se ajudarem o jovem na sua vida sexual.
Assim, mesmo que, em alguns casos, o que
ao ginecologista e urologista. Uma outra
atividade que pode ser bastante útil é rea-
lizar oficinas com pais e filhos para ajudar
de todos os problemas sexuais, preocupa- ele tenha que fazer seja entregar camisi- na comunicação sobre sexualidade entre
ções e desordens. nhas, não consegue! Em vez de entregar eles. No Instituto Kaplan, nós tivemos uma
Preocupação é o que não falta, quando os preservativos, cumprindo o seu papel e experiência muito rica nesse sentido, com
se é um adolescente e a questão é sexua- atendendo a um dos direitos mais simples uma atividade que denominamos “CHEGA-
lidade. É o tamanho do pênis que parece e difundidos, resolve dar conselhos para TE” . Para saber mais, entre no nosso site:
nunca ser o esperado, os seios que não que esse adolescente não tenha relações kaplan.com.br.
crescem no mesmo momento que os da sexuais. E o resultado é o desestímulo do A falta de comunicação e o estresse em
amiga, os pequenos lábios vaginais que jovem para ir aos Postos de Saúde. torno da sexualidade do jovem podem mo-
têm bordas diferentes, a ejaculação que
demora a acontecer ou que não consegue
ser controlada, a menstruação que vem de
forma irregular... Além dessas preocupa- Falar sobre sexualidade com adolescentes
ções com a normalidade do corpo que está
em desenvolvimento, quando se iniciam as ainda pode ser muito difícil para pais e
atividades sexuais, os jovens precisam se
ver às voltas com a ansiedade da primeira
educadores, e também para os jovens
vez, a sua capacidade de desempenho
sexual e o medo da gravidez e de contrair
uma DST/Aids. Quanto àqueles que podem usufruir do tivar a hostilidade, diminuir a autoestima ou
Todas essas preocupações exigem atendimento particular, a situação fica ain- gerar sentimento de culpa e ansiedade, que
cuidados. E todo adolescente deve ter seu da mais complicada, pois para ter acesso ao são fatores que contribuem de forma sig-
direito à saúde sexual respeitado. Mas não serviço de saúde privado é preciso contar nificativa, tanto para o desempenho esco-
é isso que acontece na prática. O desres- com a compreensão e apoio dos pais, o que lar, como para a vulnerabilidade à infecção
peito vai desde o direito de participar de ainda é, para muitos, um desafio difícil de das DST/Aids e a gravidez na adolescência.
atividades de educação sexual ao acesso encarar. Inseguros, sem uma referência de Falar sobre sexualidade com adoles-
aos serviços de saúde. Quanto às escolas, conduta que os tranquilize, os pais sofrem centes ainda pode ser muito difícil para
muitas delas já estão sensibilizadas da com as incertezas e a impotência diante pais e educadores, como também para os
necessidade de se fazer educação sexual, de uma nova concepção de vida sexual. próprios jovens. No entanto, ao longo de
mas, de fato ainda não se empenharam Por outro lado, os adolescentes sentem- minha experiência profissional, de uma
em realizar esse trabalho de forma eficaz. se incompreendidos e até magoados. Se coisa tenho convicção: é fundamental para
Mas, vamos falar um pouco mais sobre isso a primeira vez está para acontecer, ou já a saúde do adolescente que professores,
quando eu trouxer o Direito à Educação aconteceu, eles podem ficar receosos com pais e jovens encontrem um caminho para
Sexual compreensiva (abrangente). a perspectiva de vir a desencadear um es- conquistar essa comunicação. Só assim os
tresse familiar e se intimidam quando pre- adultos e adolescentes poderão conhecer
O atendimento à saúde cisam falar com seus pais, principalmente, o pensamento de cada geração e desmis-
Os jovens estão completamente de- quando a conversa é sobre a consulta ao tificar o sexo na adolescência. •
samparados em relação ao seu direito à ginecologista/urologista.
saúde. Os que precisam dos serviços públi-
cos, nem sempre encontram, nos Postos de O que a escola pode fazer Maria Helena Vilela é
educadora sexual e
Saúde, profissionais que os acolham; pelo A escola pode ajudar bastante propor- diretora do Instituto Kaplan
kaplan.com.br
contrário! Muitas vezes, por temerem que cionando aos pais e alunos oportunidades
o jovem não saiba se prevenir, ou mesmo para lidar com essas situações, como por
por não concordarem com a iniciação se- exemplo, realizando palestras de sensibili-
xual nessa idade, alguns profissionais da zação para os pais sobre a visita periódica

32 Escola Particular
Escola Particular 33
Educação Digital

PARTE III

A lguns casos de desenvolvimento

Arquivo do autor
e aplicação de modelos Ciberar-
quitetônicos, com a integração de mídia
analógico-digital, serão apresentados a
seguir:

A. Sala Inteligente do Instituto Tec-


nológico de Aeronáutica (ITA)
Em 2009, no Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), como parte de uma
ação financiada pela FINEP, foi construída
uma sala inteligente, com recursos comple-
mentares de mídia, como sistemas para
aquisição de audiovisuais, os quais podem
ser vistos nessas imagens.
Figura 1: Vista da Sala Inteligente do
Arquivo do autor

Instituto Tecnológico de Aeronáutica


(ITA). A integração de mídia analógico-
digital contribui para que os processos
de ensino-aprendizagem propiciem
não só a produção de conhecimento
explícito, mas também de habilidades e
competências (conhecimento tácito).
Fonte: http://www.ief.ita.br/
portal/?q=node/114

Figura 2: Vista da sala inteligente do Instituto


Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com destaque
para os sistemas de comunicação e quadro digital
disponíveis para a interação professor-estudantes.
Projeto Ciberarquitetônico: Laborciencia editora
e Instituto Galileo Galilei para a Educação. Projeto
Técnico: Potência Multimídia.

34 Escola Particular
Escola Particular 35
Educação Digital

B. Projeto Jovem Cientista, Instituto

Arquivo do autor
(Itaú) Unibanco
O Projeto Jovem Cientista se constituiu
em uma ação inovadora do Instituto Uni-
banco voltada a desenvolver competências
e habilidades em jovens, estudantes do
ensino médio de escolas da rede pública
brasileira. Com foco nas áreas de Física,
Biologia/Química, Matemática e Língua
Portuguesa o projeto enfatizou o trabalho
socioeducacional, valorizando a iniciativa
dos estudantes, buscando novos talentos,
Figura 3: Estudantes de ensino médio envolvidos
visando desenvolver a prática na iniciação com uma situação-problema, contextualizada,
de pesquisas científicas. para a qual utilizam a construção de um modelo
Os ambientes criados para acolher molecular (analógico) tendo ao fundo apoio de
os estudantes e professores (universi- mídia digital, com acesso à Internet e simuladores.
Estudos demonstraram significativos ganhos de
tários-estagiários, que tiveram forma- qualidade nos processos cognitivos realizados
ção específica para o projeto) foram as pelos estudantes, durante o programa.

A disseminação da Ciberarquitetura nas


escolas tem colaborado para promover
novos formatos de aula, sem se perder as
referências culturais geralmente afeitas aos
professores em comunicação face-a-face

Salas Inteligentes. A integração de mídia Instituto Galileo Galilei para a Educação,


analógico-digital, como equipamentos e podendo ser solicitadas informações
dispositivos para experimentos, acesso gratuitas a respeito de projetos ciberar-
à Internet, objetos educacionais digitais quitetônicos básicos.
e outros recursos propiciou a realização A disseminação da Ciberarquitetura
de pesquisas e demonstrou que a de- nas escolas tem colaborado para promover
senvoltura dos estudantes no trato com novos formatos de aula, sem se perder as
o conhecimento tácito (competências referências culturais geralmente afeitas aos
e habilidades) foi sensivelmente modi- professores em comunicação face-a-face. A
ficada, além de que aspectos voltados ao concepção conceitual e estrutural das Salas
interesse, participação (voluntária) nos Inteligentes contribui para a construção de
encontros e a capacidade de se comunicar uma nova cultura pedagógica na escola e
em público e gerar documentos estrutu- gera uma expressiva redução de custos
rados (conhecimento explícito), também operacionais e manutenção, além de pro-
sofreram mudanças significativas. piciar uma melhor sintonia entre meios
Desde 2010, as patentes relacionadas às (mídia) e perfis de estudantes que utilizam
Salas Inteligentes foram tornadas públicas diariamente recursos digitais na comuni-
pelo autor e encontram-se sob gestão do cação, lazer e aprendizado. •

REFERÊNCIAS
• CARVALHO NETO, C. Z. “Espaços ciberarquitetônicos e a integração de mídias por meio de técnicas derivadas de
tecnologias dedicadas à educação “. Dissertação defendida perante o Programa de Pós-Graduação em Educação
Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2006. Disponível em: http://
www.carvalhonetocz.com/publicacao-academica/. Acesso em 13.11.2013.
Revista Época on-line: Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI12447-15254,00-
A+SALA+DE+AULA+DO+FUTURO.html. Acesso em 13.11.2013.
• Salas Inteligentes, informações públicas e gratuitas: www.igge.org.br (contato@igge.org.br).

Cassiano Zeferino de Carvalho Neto é pós-doutorado em educação digital pelo ITA e doutorado
em engenharia e gestão do conhecimento pela UFSC; é mestre em educação científica e
tecnológica (UFSC) e especialista em qualidade na educação básica (INEAM/OEA/USA). Tem
licenciaturas em Física e Pedagogia (PUCSP). É fundador e atual presidente do Instituto Galileo
Galilei para a Educação (IGGE), e também fundador e diretor executivo da Laborciencia Editora.
www.carvalhonetocz.com. Contato: carvalhonetocz@gmail.com.

Esta coluna conta com o apoio do Instituto para a Formação Continuada em Educação
(www.ifce.com.br).

36 Escola Particular
Escola Particular 37
Filantropia

OAB E SIEEESP
DEBATEM FILANTROPIA

Gisele Carmona
Gisele Carmona

O 1º Seminário OAB-SP/Sieeesp uma grande vitória, embora concorde

“ O Estado contou com a participação de que o caminho a ser percorrido ainda


mais de 120 entidades filantrópicas liga- seja longo. Segundo ela, a assistência
Brasileiro está das à Educação. O encontro, realizado
no dia 6 de dezembro, no salão nobre
social é a grande mazela da humani-
dade, ou seja, ninguém quer ser o
estrangulado e não da OAB SP, foi a primeira iniciativa após
a parceria firmada entre as duas enti-
responsável. “O Estado Brasileiro está
estrangulado e não tem o dinheiro que
tem o dinheiro dades e faz parte do Núcleo de Estudos
do Terceiro Setor do Sieeesp.
pensamos que tem”, afirma.
A advogada comentou a grande
que pensamos O seminário serviu para debater a
filantropia educacional (Lei 12.868/13:
complexidade de mudar a conduta
humana. “Você cria um sistema e in-
que tem

reflexos, ajustes e expectativas). A clui as pessoas de rua, os drogados,
abertura aconteceui às 14h e teve a mas como você os tira de lá depois?
Dra. Lúcia Maria Bludeni, advogada e Precisamos pensar bem, porque não
Dra. Lúcia Maria Bludeni presidente da comissão de direito do é tão simples de se executar”.
terceiro setor da OAB SP, como respon- Os representantes do Sieeesp
sável pelo cerimonial. também estavam presentes na mesa
Para a Dr. Lúcia, o terceiro setor do cerimonial. Benjamin Ribeiro da
deve entender que a lei aprovada é Silva, presidente da entidade, mani-

38 Escola Particular
Escola Particular 39
Filantropia

Gisele Carmona
festou sua satisfação por poder trabalhar assistir às apresentações, comentou
a questão das escolas filantrópicas, afir- que essa é uma boa oportunidade para
mando que esse tema já é uma preocupa- começarmos a ser mais inteligentes. “É
ção antiga do sindicato. Espera, com essa preciso oferecer sugestões plausíveis e
iniciativa atual, poder prestar grandes apresentá-las ao governo, porque eles
serviços a esse segmento educacional. estão tão perdidos nesse assunto quanto
José Augusto de Mattos Lourenço, nós. Precisamos encontrar meios para que
vice-presidente do Sieeesp, um dos grandes todos fiquem bem com essa situação”.
incentivadores do Núcleo de Estudos do Ao final do encontro foi aberto um
Terceiro Setor, agradeceu a presença e a espaço para esclarecer dúvidas dos par-
participação dos mantenedores e acredita ticipantes, que debateram ativamente
que essa parceria tem tudo para prosperar com questionamentos de interesse geral.
e trazer muitos benefícios às escolas. A promessa é de que essa não será a única
Após as apresentações e esclareci- reunião. Segundo os advogados da OAB
mentos de abertura, a Dra. Ana Carolina SP e os representantes do Sieeesp, novos
Barros Pinheiro Carrenho, advogada e debates serão agendados para que a edu-
vice-presidente da comissão de direito do cação brasileira continue se atualizando,
terceiro setor da OAB SP, seguiu o encon- afinal, somente assim construiremos um
tro com a palestra “Assistência Social e país melhor. •
Educação”. Ela simplificou a lei para os par-
ticipantes e tirou dúvidas que surgiram.

Fotos: Gisele Carmona


“Estamos todos trabalhando para uma
sociedade mais justa e solidária”, finalizou.
Em seguida, o Dr. Cláudio Ramos,
advogado, economista, consultor-social,
coordenador de tecnologia da informação
na comissão de direito do terceiro setor da
OAB SP, apresentou a palestra “Lei 12.868/13
e a Filantropia Educacional”. O especialista
tratou as informações educacionais com
mais ênfase e apresentou exemplos. Para
ele, onde está o homem está a sociedade, e
onde está a sociedade está o direito.
Roberto Prado, ex-diretor da AEC
(Associação das Escolas Católicas), após Dra. Lúcia Maria Bludeni

Dra. Ana Carolina B. P. Carrenho Dr. Cláudio Ramos

40 Escola Particular
Escola Particular 41
Filantropia

Lei nº 12.868/13 e a
Filantropia Educacional:
Reflexos e Ajustes

sxc.hu
O Certificado de Entidade Beneficente
de Assistência Social (CEBAS) é cer-
tificação opcional para entidades sem fins
Portanto, há alguns anos, as entidades
educacionais têm seus pedidos protocoliza-
dos e apreciados, no âmbito do Ministério
tre os principais pontos atinentes à área
educacional, destacamos:
1 – Censo Educacional: As entidades
lucrativos das áreas de educação, de saúde da Educação. de educação certificadas deverão pres-
e de assistência social. Trata-se de requi- Nesse contexto, aludida certifica- tar informações ao Censo da Educação
sito para fins de fruição da imunidade de ção demanda a integração entre alguns Básica e ao Censo da Educação Superior,
contribuições sociais como, por exemplo, elementos, quais sejam: o Estatuto, os conforme definido pelo Ministério da Edu-
da cota patronal, conforme o disposto na Controles Internos, as Demonstrações cação (aguarda-se regulamentação). Tal
Lei 12.101/2009. Contábeis de acordo com a Resolução disposição foi incluída, na Lei nº 12.101/2009
Com efeito, a Lei 12.101/2009 (e seu CFC nº 1409/12 (que aprovou a ITG 2002), a pela Lei nº 12.868/2013. Vale ressaltar que
Decreto Regulamentador nº 7.237/2010) foi Prestação de Contas a tempo e modo, bem atualmente o órgão responsável pelos
considerada, à época de sua publicação, como a Regularidade Fiscal na Esfera Fede- censos escolares é o INEP – Instituto Na-
o novo marco regulatório no que tange ral (CND – Certidão Negativa de Débitos cional de Estudos e Pesquisas Educacionais
ao binômio “filantropia – certificação” e ou CPEN – Certidão Positiva com Efeitos Anísio Teixeira.
trouxe, em seu bojo, relevantes alterações de Negativa). 2 – Remuneração de Diretores: uma
na logística da certificação em pauta. Especificamente no tocante ao CEBAS, das principais novidades, trazida pela Lei
Dentre elas, destacamos o fato de dados da Lei de Diretrizes Orçamentárias – nº 12.868/2013, foi a possibilidade de remu-
que, desde o advento da Lei em comento, LDO, de 2013 , dão conta de que a Projeção neração, tanto dos Diretores Estatutários,
novos pedidos, bem como de renovação para 2013, em termos de Renúncia Previ- quanto dos Diretores registrados (CLT).
do CEBAS, levados a efeito pelas entidades denciária oriunda do CEBAS, será da ordem Contudo, tal remuneração deve estar em
sem fins lucrativos, devem ser direcionados de R$ 8.867.707.183, o que representa 0,18% consonância com algumas regras, quais
ao Ministério competente consoante se- do PIB. sejam: a) remuneração aos diretores não
gregação a seguir: Ministério da Educação Recentemente, em 16 de outubro de estatutários que tenham vínculo empre-
(entidades da área educacional), Ministério 2013, foi publicada, no Diário Oficial da gatício (não há limite de valor); b) dirigen-
da Saúde (entidades da área de saúde) e União, a Lei nº 12.868/2013 que, dentre ou- tes estatutários podem ser remunerados
Ministério do Desenvolvimento Social e tros assuntos, modificou substancialmente desde que recebam remuneração inferior,
Combate à Fome (entidades da área de a Lei nº 12.101/2009. Note-se que a Lei em em seu valor bruto, a 70% (setenta por
assistência social). pauta ainda não foi regulamentada. Den- cento) do limite estabelecido para a remu-

42 Escola Particular
Escola Particular 43
Filantropia

sxc.hu
neração de servidores do Poder Executivo 5 – Bolsistas matriculados na educação entidades poderão conceder bolsas de
federal; c) nenhum dirigente estatutário básica: inovação legal onde cada bolsa de estudo parciais, desde que preencham os
remunerado poderá ser cônjuge ou parente estudo integral concedida a aluno ma- seguintes requisitos: a) no mínimo, uma
até 3º (terceiro) grau, inclusive afim, de ins- triculado na educação básica em tempo bolsa de estudo integral para cada nove alu-
tituidores, sócios, diretores, conselheiros, integral equivalerá a 1,4 (um inteiro e nos pagantes; e b) bolsas de estudo parciais
benfeitores ou equivalentes da instituição quatro décimos) do valor da bolsa de de 50%, quando necessário para o alcance
e o total pago a título de remuneração para estudo integral. do número mínimo exigido, conforme
dirigentes estatutários, pelo exercício das 6 – Entidades que prestam serviços definido em regulamento. Sem prejuízo
atribuições estatutárias, deve ser inferior a integralmente gratuitos: deverão garantir das proporções mencionadas, a entidade
5 (cinco) vezes o valor correspondente ao a observância da proporção de, no mínimo, de educação deverá ofertar, em cada uma
limite individual estabelecido no parágrafo um aluno cuja renda familiar mensal per de suas instituições de ensino superior, no
5º, do artigo 12, da Lei nº 12.868/2013. Note- capita não exceda o valor de um salário- mínimo, uma bolsa integral para cada vinte
se que tal cenário não impede a remune- mínimo e meio para cada cinco alunos e cinco alunos pagantes.
ração da pessoa do dirigente estatutário matriculados. 9 – Conceito de alunos pagantes: a Lei
ou diretor que, cumulativamente, tenha 7 – Entidades que atuam na educação nº 12.868/2013 trouxe o conceito de alu-
vínculo estatutário e empregatício, exceto superior e que aderiram ao PROUNI: inova- nos pagantes. Com efeito, consideram-se
se houver incompatibilidade de jornadas ção legal onde somente serão aceitas, no alunos pagantes o total de alunos que
de trabalho. âmbito da educação superior, bolsas de não possuem bolsas de estudo integrais.
3 – Alteração do critério quantitativo: estudo vinculadas ao PROUNI, salvo as Atenção a este ponto: Não se consideram
antes da alteração legislativa o critério, bolsas integrais ou parciais de 50% para alunos pagantes os inadimplentes por
para fins de concessão/renovação do pós-graduação stricto sensu. Excepcional- período superior a noventa dias, cujas ma-
CEBAS, era tripartite, vale dizer, eram mente serão aceitas, como gratuidade, no trículas tenham sido recusadas no período
considerados três critérios: a) 20% de âmbito da educação superior, as bolsas letivo imediatamente subsequente ao
concessão de bolsas anualmente (base de de estudo integrais ou parciais de 50% inadimplemento, conforme definido em
cálculo: receita efetivamente auferida); oferecidas fora do PROUNI aos alunos regulamento.
b) concessão de uma bolsa integral para que preencham os requisitos da renda per 10 – Termo de Ajuste de Gratuidade:
cada nove alunos pagantes (anualmente) capita (artigos 14 e 15 da Lei 12.101/2009), O Termo de Ajuste de Gratuidade (instru-
e c) renda per capita. Contudo, com a alte- desde que a instituição tenha cumprido a mento utilizado para instituições que têm
ração legislativa, estamos diante de novo proporção de uma bolsa de estudo integral o CEBAS indeferido, na área educacional,
critério que considera, tão somente, duas para cada nove alunos pagantes no PROUNI somente por conta do critério quantitativo,
variáveis, quais sejam: a) concessão anual e que tenha ofertado bolsas no âmbito do ou seja, não cumprimento do percentual
de uma bolsa integral para cada cinco alu- PROUNI que não tenham sido preenchidas. de concessão de bolsas), previsto na Lei
nos pagantes e b) renda per capita. Com tal Por fim, somente serão computadas as 12.101/2009, sofreu algumas alterações,
alteração, resta evidente que a proporção bolsas concedidas em cursos de graduação a saber: a) após a publicação da decisão
do “número de bolsistas x pagantes” foi ou sequencial de formação específica regu- relativa ao julgamento do requerimento de
majorada, ou seja, deverá haver número lares, além das bolsas para pós-graduação concessão ou de renovação da certificação
maior de bolsistas. stricto sensu. na primeira instância administrativa, as
4 – Bolsistas com deficiência: inovação 8 – Entidades que atuam na educação entidades de educação disporão de prazo
legal onde cada bolsa de estudo integral superior e que não aderiram ao PROUNI: improrrogável de trinta dias para requerer
concedida a aluno com deficiência, assim inovação legal onde as entidades deverão a assinatura do Termo de Ajuste de Gra-
declarado ao Censo da Educação Básica, conceder anualmente bolsas de estudo na tuidade. O Termo de Ajuste de Gratuidade
equivalerá a 1,2 (um inteiro e dois décimos) proporção uma bolsa de estudo integral poderá ser celebrado somente uma vez
do valor da bolsa de estudo integral. para cada quatro alunos pagantes. As com cada entidade. Ponto relevante é o

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Escola Particular 45
Filantropia

sxc.hu
fato de que as bolsas de pós-graduação 13 – Débitos Tributários: Em caso de
stricto sensu poderão integrar o porcen- decisão final desfavorável, publicada após a
tual de acréscimo de compensação de 20%, data de publicação desta Lei, em processos
desde que se refiram a áreas de formação de renovação de que trata o artigo 35 da
definidas pelo Ministério da Educação. Re- Lei no 12.101/2009, cujos requerimentos te-
centemente, em 25 de outubro de 2013, nham sido protocolados tempestivamente
foi publicada no Diário Oficial da União, (dentro do prazo), os débitos tributários
a Instrução Normativa MEC nº 2, de 24 serão restritos ao período de 180 (cento
de outubro de 2013, que regulamentou o e oitenta) dias anteriores à decisão final,
Termo de Gratuidade e trouxe a logística, afastada a multa de mora. Por outro lado,
bem como os referidos formulários, do em caso de decisão favorável, em proces-
referido Termo. sos de renovação de que trata o artigo 35
11 – Prazo para renovação: houve subs- da Lei no 12.101/2009, cujos pedidos tenham
tancial alteração no prazo de renovação sido protocolados intempestivamente
do CEBAS, ou seja, será considerado tem- (fora do prazo), os débitos tributários se-
pestivo (dentro do prazo) o requerimento rão restritos ao período de 180 (cento e
de renovação da certificação protocolado oitenta) dias anteriores à decisão, afastada
no decorrer dos 360 (trezentos e sessenta) a multa de mora.
dias que antecedem o termo final de vali- 14 – Vigência das alterações, da Lei nº
dade do certificado (a Lei 12.101/2009 previa 12.868/2013, para as entidades educacio-
prazo de 6 (seis meses). nais: Para as entidades de educação, os
12 – Extensão do prazo validade do requerimentos de concessão ou renovação
CEBAS: As certificações concedidas ou que do Certificado de Entidade Beneficente
vierem a ser concedidas, com base nesta de Assistência Social de que trata a Lei no
Lei, para requerimentos de renovação pro- 12.101/2009, protocolados até 31 de dezem-
tocolados entre 30 de novembro de 2009 bro de 2015 serão analisados com base nos
e 31 de dezembro de 2011 terão prazo de critérios vigentes até a data de publicação
validade de 5 (cinco) anos. Outra inovação desta Lei, ou seja, as alterações acima se-
foi o fato de que as entidades de educação rão aplicáveis somente a partir de 2016.
que tenham protocolado requerimentos Exceção: serão aplicados os critérios vigen-
de concessão ou de renovação no período tes após a publicação desta Lei, caso sejam
compreendido entre 30 de novembro de mais vantajosos à entidade postulante.
2009 e 31 de dezembro de 2010 poderão Diante de todas as alterações acima, re-
ser certificadas sem a exigência de uma comendamos que as instituições de ensino
bolsa de estudo integral para cada 9 (nove) façam um planejamento estratégico de
alunos pagantes, desde que cumpridos os modo a agir preventivamente para, deste
demais requisitos legais. Note-se que o modo, proceder às alterações internas
referido prazo de cinco anos é restrito a necessárias para fins de adequação à Lei
estas hipóteses. nº 12.868/2013. •
1 Artigo 195, parágrafo 7º, da Constituição Federal.
2 BRASIL. Câmara dos Deputados. Disponível em: http://www.camara.gov.br/internet/
comissao/index/mista/orca/orcamento/OR2013/info_complem/vol2/08_IncisoVIII.pdf.
Acesso em: 26 de setembro de 2013.

Dra. Vanessa Ruffa Rodrigues


Advogada tributarista da Meira Fernandes Consultoria & Assessoria, Coordenadora de
Atualização Legislativa para o Terceiro Setor da OAB/SP (2013-2015), Graduada em Direito pela
FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas, Especialista em Direito Tributário pela Universidade
Mackenzie, Extensão em Direito Tributário e Societário pela FGV (GVLaw), Extensão em
Tributação do Setor Comercial pela FGV (GVLaw), MBA em Gestão de Tributos e Planejamento
Tributário pela FGV (FGV Management-SP)
vanessa.ruffa@meirafernandes.com.br

46 Escola Particular
Escola Particular 47
Certificação

Vale a pena ser uma “Escola Legal”


1.530 escolas já possuem o selo “Escola Legal”.
E a sua escola, já solicitou?

office.microsoft.com

Adhemar Oricchio

O Projeto
O Sieeesp – Sindicato dos Estabeleci-
mentos de Ensino no Estado de São
Paulo conclama as escolas particulares, “Escola Legal” já
Com o objetivo de orientar a regula-
mentação dessas escolas, garantindo aos
pais mais segurança na hora da matrícula,
associadas, que até o momento não solici-
taram junto ao Departamento Pedagógico está em seu sétimo o Sindicato dos Estabelecimentos de
Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp),
o selo “ESCOLA LEGAL”, que o façam, pois
o objetivo do mesmo é o de orientar os
ano de atuação criou o Projeto “Escola Legal” que, em seu
sétimo ano de atuação, contabiliza 1.530
pais a identificar e escolher uma escola instituições de ensino cadastradas que já
que tenha registro, que esteja autorizado As escolas de Educação Infantil rece- se encontram de acordo com a lei.
o seu funcionamento pelos órgãos legais. bem alunos durante todo o ano e os pais O Sieeesp analisa cada caso individual-
Além disso, é uma prova de que a escola que pretendem matricular seus filhos pre- mente para orientar a escola quanto às
recebe orientação do Sindicato das Escolas cisam estar atentos se a instituição escolhi- providências a serem tomadas, conforme
Particulares nas áreas jurídica, pedagógica, da está devidamente regulamentada con- as necessidades. Na maioria dos casos, as
cursos direcionados a professores e man- forme as exigências da Diretoria Regional instituições que estão em situação irregular
tenedores visando aprimoramento. É, de Educação (antiga Coordenadoria de junto ao Sieeesp são as de Educação Infantil.
portanto, uma campanha de moralização Ensino), órgão municipal responsável pela
da escola privada no estado de São Paulo. fiscalização desse tipo de estabelecimento. Penalidade
O selo “Escola Legal” deve ser fixado em Nem todas as escolas, ao abrirem, cum- Segundo a coordenadora do Depar-
local visível e de fácil acesso a comunidade. prem as exigências para o funcionamento. tamento Pedagógico do Sindicato, pro-

48 Escola Particular
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fessora Marlene Schneider, as escolas procuram, o que é errado, pois a partir do Médio, recebe visitas periódicas de super-
ilegais podem ser penalizadas, correndo momento em que se pretende abrir uma visores, que verificam entre outras coisas a
o risco de serem fechadas. “Quando uma escola, as providências para autorização quantidade de alunos por classe, de acordo
denúncia chega à Diretoria Regional de de funcionamento precisam ser tomadas com a metragem estabelecida legalmente,
Educação, de que determinada escola es- antes de começar a funcionar”. além de analisar a qualificação dos profis-
tá funcionando ilegalmente, uma equipe sionais que ali trabalham.
de três supervisores é encaminhada ao Inspeção
local para analisar as dependências, a Uma escola regulamentada pela Dire- Certificados
documentação e, caso seja confirmada toria Regional de Educação, no caso de O Sieeesp confere o certificado “ES-
a irregularidade, é concedido um prazo instituições de Educação Infantil, ou, pela COLA LEGAL”, às oficialmente autorizadas,
de 30 dias para a escola cumprir as de- Diretoria Estadual de Ensino, responsável com ato publicado no Diário Oficial do
terminações legais. É quando muitos nos pelas escolas de Ensino Fundamental e Município (Educação Infantil), ou do Estado

Escola Particular 49
Certificação

O “Escola Legal”
orienta os pais
de alunos quanto
à necessidade
de escolher uma
escola que tenha

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autorização de
funcionamento
junto aos órgãos
competentes

(Ensinos Fundamental e Médio), ratificando


a legalidade de funcionamento.
“Orientamos os estabelecimentos a O QUE É UMA ESCOLA LEGAL?
afixarem o cartaz em local visível na secre-
taria, de modo que os pais tenham a certeza O Sieeesp – Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo
de que estão matriculando seus filhos em lançou a campanha “Escola Legal” em 2006 com o objetivo de orientar os pais de
uma escola devidamente autorizada por alunos quanto à necessidade de escolher uma escola que tenha autorização de funcio-
órgãos competentes”. namento junto aos órgãos competentes. É, portanto, uma campanha de moralização
Em geral o período em que o Departa- da escola privada no estado de São Paulo.
mento Pedagógico do Sieeesp é mais pro- Os pais são orientados a procurar uma escola que tenha o certificado “Escola
curado para uma assessoria sobre o “Escola Legal” afixado em local visível, pois é a garantia de que a mesma está devidamente
Legal” é entre maio e setembro, quando em ordem com a legislação vigente.
os futuros mantenedores começam a se Para que uma escola particular obtenha esse certificado, é necessário ser asso-
preocupar em organizar os documentos ciada ao Sieeesp, preencher uma ficha de inscrição que será fornecida pelo Sindicato,
necessários para o pedido de autorização além de juntar cópia dos documentos solicitados. Se a instituição não possui ainda
de funcionamento junto às secretarias mu- autorização de funcionamento, mas já deu entrada na documentação, é só preencher
nicipal e estadual de educação e legislação
a ficha, anexando cópia do protocolo do pedido de funcionamento. O Sieeesp fornece
específica quanto a imóveis adequados,
um “certificado temporário” e acompanha a publicação nos Diários Oficiais. Após,
mobiliários e equipamentos para oferece-
encaminha um novo certificado de escola devidamente regularizada.
rem uma escola de qualidade.
O Sindicato pode indicar empresas que Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato, afirma que “a iniciativa é
oferecem descontos na compra de material um sonho antigo da entidade, pois representa a valorização da escola particular no
às escolas associadas, e o Departamento Estado de São Paulo”. Portanto, não deixe de participar, solicite o seu certificado; é
Pedagógico está à disposição dos educa- um serviço gratuito. Envie o material para a sede do Sieeesp, aos cuidados do Depto.
dores durante todo o ano para orientações Pedagógico: Avenida das Carinás, 525 - CEP 04086-011, São Paulo, SP.
pertinentes. •

50 Escola Particular
Escola Particular 51
Classsiesp

AGENDA DE OBRIGAÇÕES • FEVEREIRO DE 2014 •


• 06/02/2014 SALÁRIOS - ref. 01/2014 • 25/02/2014 COFINS – Faturamento - ref. 01/2014
• 07/02/2014 FGTS - ref. 01/2014 PIS – Faturamento - ref. 01/2014
PIS – Folha de Pagamentos - ref. 01/2014
• 10/02/2014 ISS (Capital) - ref. 01/2014
• 28/02/2014 IRPJ – (Mensal) - ref. 01/2014
• 14/02/2014 INSS (Individual) - ref. 01/2014
CSLL – (Mensal) - ref. 01/2014
• 20/02/2014 INSS (Empresa) - ref. 01/2014
Dados fornecidos pela HELP – Administração e Contabilidade
SIMPLES NACIONAL - ref. 01/2014 helpescola@helpescola.com.br • (11) 3399-5546 / 3399-4385

52 Escola Particular
Escola Particular 53
Cursos

SIEEESP - CURSOS DE FEVEREIRO

CÓD. DATA TURNO CURSO PALESTRANTE


EAD – Formação em secretaria escolar (curso totalmente online) Cláudia Maria de Oliveira
www.attamidia.com.br/ead-secretaria.php
3961 3 M Auto conhecimento – Imprescindível para a evolução Willian Pescador
3962 4 T Primeiros socorros para escolas em geral Marcos José de Campos Verde
3963 5 N Uma lenda brasileira em jogo Maria Cecilia Martin Ferri
3964 6 N Carnaval – Fantasias, decorações e máscaras Neusa Castro
3965 7 N Reunião de pais: Prazer ou desprazer? Márcia Zenker
3966 10 N Oficina: as cores de Romero Britto Ariane Hecht
3967 11 N A arte de contar histórias para quem ainda usa fraldas Ivani Magalhães
(capacitação para berçarista)
3968 12 e 13 M “Trabalho em equipe: os bastidores do sucesso” Emília Guan
3969 12 e 19 N Caixa de historias para encantar – Oficina prática Maria Cecilia Martin Ferri
3970 13 T Rodas e brincadeiras cantadas Gisela Bianca Batista e Vania Maria Cavallari
3971 13 e 14 N “Dinâmicas para sala de aula – Jogos educacionais José Virgilio Pettri
3972 14 M Ferramentas para trabalhar as dificuldades de aprendizagem Tania Bello
3973 15 M Oficina: conhecendo, criando um portfólio e atividades para sala Neusa Castro
de aula com papéis
3974 17 M Desenvolvimento psicomotor com felicidade Gisela Bianca Batista
3975 17 N Eixos curriculares para trabalho com crianças de 0 a 2 anos – Jonathas Cesar Muller
Berçarista
3976 18 T A arte de alfabetizar através de jogos e histórias Renata Aguilar
3977 18 N Semear em tempos de colheita: Conversando sobre avaliação Ute Weitbrecht e Leana Naiman Bergel
investigativa e planejamento da instituição
3978 20 e 27 N A importância da psicomotricidade no desenvolvimento da Fabíola Dobrillovich Rodrigues
criança na primeira infância
3979 21 M A psicomotricidade como tema para as reuniões pedagógicas: Vania Maria Cavallari e Gisela Bianca Batista
uma nova estragégia de ensino
3980 21 T Oficina de ideias para utilização da música na sala de aula Gabriela Manzano Geraldini Antonangeli
3981 21 N Construção do leitor crítico: O despertar do escritor Toshico Ito Igaki
3982 24 M Rodas e brincadeiras cantadas Vania Maria Cavallari e Gisela Bianca Batista
3983 24 T A psicomotricidade como tema para as reuniões pedagógicas: Gisela Bianca Batista e Vania Maria Cavallari
Uma nova estragégia de ensino
3984 24 N Primeiros socorros para escolas em geral Marcos José de Campos Verde
3985 25 T O lúdico no ensino fundamental – Uma abordagem Renata Aguilar
psicopedagógica
3986 25 N “Tecnologia – Trabalhando os novos cenários na educação – Até Solange Corrêa Leite e Felipe Villela
que ponto somos modernos? Shinzato
3987 26 M Ferramentas para trabalhar as dificuldades de aprendizagem Tania Bello
3988 27 T Cirandança – Oficina prática Gabriela Manzano Geraldini Antonangeli
3989 28 N Eixos curriculares para trabalho com crianças de 0 a 2 anos – Jonathas Cesar Muller
Berçarista.
Tabela de cursos sujeita a alterações. Para consultar a lista atualizada, acesse nosso site: www.sieeesp.org.br
m= manhã (8h às 12h) / t = tarde (13h30 às 17h30) / n = noite (18h às 22h)
Local do Sieeesp - avenida das Carinás, 525 - Moema
Informações e Inscrições: (11) 5583-5555

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Escola Particular 55
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