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imprensa@sieeesp.com.br
DIRETORIA
Presidente
4
Benjamin Ribeiro da Silva
Colégio Albert Einstein Matéria de Capa
1º Vice-presidente
José Augusto de Mattos Lourenço Precisamos blindar a Educação
Colégio São João Gualberto
2º Vice-presidente
Waldman Biolcati
Curso Cidade de Araçatuba
1º Tesoureiro
José Antonio Figueiredo Antiório
Colégio Padre Anchieta
2º Tesoureiro
Antonio Batista Grosso
Colégio Átomo
10 Inclusão
34 Aprendizagem
Inclusão e O cálculo mental
1º Secretário
Itamar Heráclio Góes Silva Aprendizagem: e a aprendizagem
Educ Empreendimentos Educacionais
Novos rumos matemática
2º Secretário
Antonio Francisco dos Santos
Colégio Novo Acadêmico
16
Waldman Biolcati - (18) 3623-1168
Educação Sexual
42
Bauru
Gerson Trevizani - (14) 3227-8503 Psicomotricidade
Campinas
O que acontece com a
Antonio F. dos Santos - (19) 3236-6333 Aids no Brasil Práticas psicomotoras
Guarulhos
Wilson José Lourenço Júnior - (11) 4963-6842
Marília
Luiz Carlos Lopes - (14) 3413-2437 18 Gestão Operacional 44 Nutrição
Ribeirão Preto A importância e o Meu filho se
João A. A. Velloso - (16) 3610-0217
cuidado na escolha de alimenta mal
Osasco
José Antonio F. Antiório - (11) 3681-4327 um Sistema de Gestão
Educacional
46
Presidente Prudente
Antonio Batista Grosso - (18) 3223-2510 Alfabetização
Santos
Ermenegildo P. Miranda - (13) 3234-4349 O que vai cair na prova?
São José dos Campos
Maria Helena Baeza - (12) 3931-0086
22 Motivação
Benjamin
e Singapura
Será uma
oportunidade
O Sieeesp está ultimando os
detalhes para a realização da
18ª viagem educacional , de 11 a 30
técnico-vocacionais tiveram como
foco o bilinguismo, a alta tecnologia
e a ênfase para matérias técnicas
única de conhecer
de abril de 2015. A organização é da como matemática e ciências. Importa dois sistemas de
IES-Educacional e, desta vez, vamos acrescentar o investimento no
conhecer os sistemas educacionais treinamento de professores, uma vanguarda em
da Coreia do Sul e de Singapura, com
um tour pela Tailândia e uma breve
certa flexibilidade curricular e o
esforço para desenvolver talentos
educação
passagem por Abu Dhabi. individuais. Hoje, como efeito, os
A programação vai ser alunos estão adaptados a um mundo
imperdível, pois é difícil para nossas pós-industrial e globalizado, e o país
escolas e nossos mantenedores aparece como a 4ª praça financeira e
empreenderem essa iniciativa 3° PIB per capita do mundo.
individualmente, e será uma Na Coreia do Sul, a consciência acadêmicos, bem como escolas high
oportunidade única de conhecer dois de que o esforço na educação é tech, de arte , com classes especiais
sistemas de vanguarda em educação, o principal fator de melhoria de (a maioria ligadas a Fundações
que passaram de uma economia renda e de vida motivou escolas e comerciais e industriais), colégios
incipiente para expoentes no professores, famílias e estudantes. politécnicos e vocacionais com
mercado internacional em tão pouco A prioridade dada à implementação diversas especialidades.
tempo. de uma educação de qualidade, Entre as visitas a escolas e os
Em 2014 promovemos uma viagem que desse suporte ao crescimento vários seminários organizados em
para a Rússia e Finlândia e esses da economia, norteia o progresso Singapura e Coreia do Sul, visitaremos
eventos fazem parte do projeto da econômico e sóciocultural da Coreia, a Tailândia, conhecida como a Veneza
nossa entidade, visando estimular com base nos princípios de que todos do Oriente. Vizinha de Singapura,
o intercâmbio de experiências e têm de ter iguais oportunidades de a Tailândia é destino cultural
projetos educacionais, com a efetiva acesso à educação de qualidade, obrigatório para nosso grupo. Possui
participação das escolas particulares. desde o ensino básico ao superior; o mais importante patrimônio
Já tivemos a oportunidade de todos têm direito a excelentes turístico do Sudeste da Ásia,
conhecer mais de 30 países e visitar professores; o reconhecimento nos mesclando uma belíssima arquitetura
centenas de escolas, trocando ideias estudos tem por base a meritocracia. a cenários deslumbrantes. Em
e trazendo inovações, contribuindo Em abril, vivenciaremos a 2ª etapa Bangkok, conheceremos o Grand
assim para a melhoria do ensino do sistema educacional, pois o país Palace e o famoso Budha de
brasileiro e mais conhecimento para está realizando uma reforma que Esmeralda, vamos percorrer num
nossos professores e alunos. procura o equilíbrio entre o ensino cruzeiro o Chao Phraya River, onde
Por exemplo, em Singapura, acadêmico muito competitivo e o a população modesta vive em casas
foi adotado um conjunto de estímulo ao desenvolvimento da de palafitas, mas onde se concentra
políticas governamentais que vocação e habilidades individuais. parte das atrações da cidade: o
priorizaram o ensino de qualidade Conheceremos um dos sistemas Templo Dawn, a Ponte Rama VIII e o
ao de cumprimento de metas mais flexíveis, pois desde o ensino River Front com seus hotéis , bares,
quantitativas. As escolas e cursos médio oferece os tradicionais cursos restaurantes e vida noturna.
Gisele Carmona
educação digna
sos a partir de 2019 ou 2020. A depender
do preço do petróleo e da exploração do
campo de libra é que vamos ver de fato um
montante chegando dessa fonte de explo-
ração petrolífera, mas isso deve acontecer
somente nos anos em que mencionei.
INCLUSÃO E APRENDIZAGEM:
NOVOS RUMOS
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A s dificuldades de aprendizagem
começaram a ter destaque com a A capacitação dos anos houve um aumento significativo
da inclusão nas escolas. Entretanto, a
universalização do ensino no Brasil. A par-
tir da década de 1990 com a LDB9394/96
professores para capacitação dos professores para este
atendimento específico e os concursos
a educação para todos e a inclusão no
ensino ganham força com os avanços al-
este atendimento de mediadores, professores de Libras e
Braile não acompanhou este ritmo de
cançados quanto aos índices de matrícu-
las e a inclusão de alunos portadores de
específico e os crescimento.
Desde a Declaração de Salamanca
necessidades educacionais especiais na
rede regular de ensino.
concursos de (1994), surgiu o termo necessidades edu-
cativas especiais, que veio a substituir o
O atendimento de alunos portadores mediadores não termo criança especial, anteriormente
de deficiência e/ou necessidades edu- utilizado em educação para designar
cacionais especiais em classes comuns acompanhou a criança com deficiência. Porém, este
no Brasil evoluiu de 1998 a 2002 em novo termo não se refere apenas à pes-
151%. Passamos de um total de 43.923 este ritmo de soa com deficiência, pois engloba toda e
matrículas em 1998 para 110.536 em 2002. qualquer necessidade considerada atípica
Isto significa que no período de quatro crescimento e que demande algum tipo de abordagem
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A cocaína é a principal droga estimulan-
te existente. Trata-se de um alcalóide
obtido das folhas da planta Erythroxylon A utilização de
sangramento nasal, sinusite, destruição
do septo nasal e atrofia da mucosa interna
do nariz.
coca e é administrada, principalmente, sob
a forma inalada (pó), podendo também ser cocaína provoca no No usuário da cocaína fumada, o crack,
quadros de pneumonias, bronquite, fibrose
injetada quando diluída em água. O crack é
outra apresentação da cocaína, sob a forma
usuário uma série pulmonar, tosse crônica e edema pulmonar
podem ser encontrados, enquanto que
de pedra e produzido a partir da sobra do
refinamento da cocaína ou da pasta não
de alterações físicas no usuário de cocaína injetada quadros
infecciosos, pela utilização de seringas
refinada misturada ao bicarbonato de sódio
e água. O crack é fumado com a utilização
e comportamentais contaminadas, são comuns. Endocardites,
infecções de pele, abcessos na região da
de cachimbos, assim como a merla, uma injeção, absessos pulmonares e cerebrais,
outra forma de apresentação da cocaína, visuais e táteis (a pessoa vê e sente a pre- septisemia, além de infecções pelo vírus
também chamada de mel, mela ou me- sença de objetos que não existem, como HIV e vírus de hepatite B e C também estão
lado. Trata-se também de uma pasta não bichos e insetos andando pelo seu corpo, associados à via de administração injetável.
refinada da cocaína. por exemplo) normalmente acompanham A cocaína é uma droga capaz de pro-
A utilização de cocaína provoca no o quadro de intoxicação por cocaína. Pes- duzir dependência química, sendo carac-
usuário uma série de alterações físicas e soas com história na família de transtor- terizada principalmente pelo desejo do
comportamentais que inviabilizam a vida nos psicóticos, como esquizofrenia, por consumo da substância e pela síndrome
da pessoa ao longo do tempo. Aumento exemplo, apresentam maiores chances de de abstinência, relacionada basicamente
dos batimentos cardíacos, da pressão arte- desenvolverem a doença caso façam uso com o surgimento de sintomas depres-
rial, da frequência respiratória, associado à de cocaína. sivos como tristeza, falta de motivação,
dilatação das pupilas, tremores e sudorese As emergências dos hospitais também negativismo, irritabilidade, diminuição da
são algumas das alterações físicas facil- recebem com frequência, adolescentes concentração, ansiedade, inquietação,
mente observadas. vítimas de infarto do coração, arritmias cansaço e insônia. •
Mudanças comportamentais como cardíacas e acidente vascular encefálico
agitação motora, inquietação, insônia, (derrame cerebral) provocados pelo con-
euforia, grandiosidade, irritabilidade, sumo da droga.
impulsividade, perda do apetite, delírios Algumas peculiaridades podem chamar Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da infância e
persecutórios (alteração do pensamento a atenção na diferenciação das vias de ad- adolescência. Professor visitante
em que a pessoa acredita que está sendo ministração da droga pelo usuário. Quando da Bridgewater State University.
Mestre em Educação, Framingham
perseguida pela polícia, traficantes ou a cocaína é inalada, frequentemente State University.
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outras pessoas, por exemplo), alucinações podem ser observados quadros de rinite,
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o início de julho a UNAIDS (Pro- Porquê? As causas ainda não foram
grama das Nações Unidas para HIV estudadas, mas uma das hipóteses levan-
e AIDS) divulgou um relatório com notícias tadas é a desinformação entre jovens. Na
animadoras em relação à Aids no mundo: minha opinião é muito mais do que isso:
diminuição em 13% de novas infecções por existe ainda uma dificuldade para aceitar
HIV nesse século e nos últimos três anos. a sexualidade na adolescência. É preciso
Segundo o documento, estima-se que
em 2013, em todo o mundo, 35 milhões
A prevenção pela vencer o desafio de modificar o comporta-
mento dos indivíduos quando estes fazem
de pessoas viviam com HIV. As mortes
relacionadas com a AIDS atingem agora os
educação parte da privacidade e intimidade dos pares
e envolvem valores ligados à afetividade.
seus menores números desde o pico em é considerada A prevenção pela educação é conside-
2005: caíram 35%. E não é só isso, as novas rada a chave para reduzir o índice de novas
infecções, entre crianças, despencaram a chave para infecções pelo HIV. E a escola ainda é o
58% desde 2001. principal espaço para se fazer este trabalho.
No entanto, para a nossa tristeza, o reduzir o índice Para tanto, meus queridos professores,
mesmo documento revelou que o número
de novas infecções pelo o HIV aumentou de novas infecções precisamos deixar de olhar os nossos alu-
nos, sob o ponto de vista da sexualidade,
11% no Brasil e o índice de mortes no país
atribuídas à doença subiu 7% entre 2005 pelo HIV como gostaríamos que eles fossem, e pas-
sar a enxerga-los como de fato eles são. É
e 2013. Aproximadamente um terço das preciso dar aos jovens a principal arma de
novas infecções ocorrem entre jovens de proteção – a informação – mas também
15 a 24 anos. ouvir e atender suas necessidades, interes-
pesquisar sobre o assunto, conversar sobre 54% das pessoas infectadas no mundo todo
A importância e o cuidado
na escolha de um
Sistema de Gestão Educacional
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Com um sistema de gestão é possível obter, de forma rápida e
segura, informações que auxiliem a escola na melhor tomada de
decisão e obtenção de resultados positivos
N o contexto atual da tecnologia, em
meio a tantas siglas, como: bytes,
bits, entre outras, o tempo de resposta à
Dentro deste cenário de transforma-
ções tecnológicas no universo educacional,
as instituições de ensino têm reavaliado
assim maior agilidade e flexibilidade nas
operações diárias.
Dentre as vantagens da utilização de
informação tornou-se um diferencial cada sua gestão atual e, mais do que nunca, um sistema de gestão integrada para uma
vez mais importante para a tomada de percebem o quanto é importante integrar- escola, temos:
decisões e as instituições de ensino não se a esse novo panorama. Assim, torna-se • Eliminação do uso de controles
fogem a esta realidade. indispensável a utilização de um sistema manuais;
Até pouco tempo, pais e alunos pre- de gestão. • Redução de custos com melhor
cisavam ir à escola para ter acesso a in- Hoje em dia, há diversas empresas aproveitamento dos recursos;
formações, como: boletins, ocorrências, que oferecem soluções específicas para a • Eficiência no fluxo da informação e
históricos escolares e segunda via de bole- área educacional – os chamados sistemas qualidade dentro da organização;
tos. Atualmente, com o desenvolvimento de gestão educacional, que possuem uma • Otimização de processos para to-
de soluções tecnológicas cada vez mais variedade de recursos tecnológicos, módu- mada de decisão;
práticas e modernas, essas informações los e diversas funcionalidades, mas todos • Eliminação de redundância das
podem ser acessadas de forma rápida e com o mesmo objetivo: oferecer à escola atividades;
fácil através da internet, a qualquer hora e a otimização dos processos acadêmicos, • Padronização e documentação das
de qualquer lugar. financeiros e administrativos, garantindo operações
Marcos Pontes
Colunista, professor e primeiro astronauta profissional lusófono a orbitar o planeta, embaixador
da ONU para o Desenvolvimento Industrial, de família humilde, começou como eletricista aprendiz
da RFFSA aos 14 anos, em Bauru (SP), para se tornar oficial aviador da Força Aérea Brasileira (FAB),
piloto de caça, instrutor, líder de esquadrilha, engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), piloto de testes de aeronaves do Instituto de Aeronáutica e
Espaço (IAE), mestre em Engenharia de Sistemas graduado pela Naval PostgraduateSchool (NPS
USNAVY, Monterey - CA).
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acompanhe com quem os filhos se rela-
cionam, observe os conteúdos acessados
e preste atenção aos comentários. Essa é
uma boa forma de conhecer como eles se
comportam socialmente. A forma como
se expressam na rede, suas amizades e
os assuntos de interesse podem servir
como indicadores de como eles estão
no momento. O objetivo é conhecer e
orientar, antes de criticar.
Por ultimo, é imprescindível que
os pais fiquem alertas acerca da idade
mínima permitida para determinados
acessos. Estes, com discernimento e
capacidade de compreensão, devem
considerar e, inclusive, compartilhar com
os filhos que tal medida visa protege-los,
já que, possivelmente, aqueles acessos
não indicados para sua idade, poderão
expô-los a situações alheias à sua com-
preensão, para as quais certamente não
• A importância de criar um bom ambi- metedoras? Manter desativado o serviço estão preparados. Importante lembrá-los
ente e uma boa imagem virtual, pois servirá de geolocalização dos dispositivos que está é uma situação temporária que,
para agora e para o futuro (como referência móveis é uma importante medida de muito em breve, será superada tão logo
na busca de cursos, emprego ou um novo proteção. alcance a respectiva idade.
cargo etc.)? • Cuidados ao adicionar “amigos Como exemplo podemos citar a regra
• Controle de Privacidade limitado a virtuais” que não conhece, nem enviar dos 13 anos do Facebook, que segue uma
“amigos”: lembrar que “amigos dos ami- informações a estranhos? lei federal dos Estados Unidos – o Ato de
gos” podem compartilhar? • Não marcar encontros com desco- Proteção a Privacidade Online Infantil,
• O que não pode expor: vida priva- nhecidos ou “amigos virtuais”, sempre ou COPPA, de 1998. Muito embora seja
da, informações pessoais, fotos compro- explicando os motivos? americana, sua aplicabilidade é universal. •
A importância do limite
U ma das maiores dificuldades na educa-
ção de uma criança consiste na tarefa
de saber dosar amor e permissividade com
gera crianças apáticas, desinteressadas e
rigidamente bem comportadas. A neces-
sidade de tocar, mexer, destruir e tentar
Culpa e castigo
Desde cedo, a criança percebe que
seu comportamento impulsivo, em vez de
limite e autoridade. Todos têm consciência reconstruir objetos são atividades impor- satisfação, acarreta uma censura por parte
da importância de impor limites, mas o fato tantes e fazem parte de sua forma de entrar do mundo externo. Como, acima de tudo,
de saber disso não é suficiente para fazer em contato com o mundo externo. a criança deseja o apoio e a aprovação dos
desta uma tarefa fácil. Os pais frequente- A partir dos 18 meses, a criança começa adultos e necessita muito deles, especial-
mente se deparam com muitas dúvidas: a se opor para afirmar-se e existir por si mente dos pais, começa a compreender
Estou agindo certo? Onde eu errei? mesma. É o início da fase do não, tão temida que precisa controlar melhor seus desejos
A criança, até o fim do primeiro ano de pelos pais, e que termina, na melhor das e impulsos. Ao conformar-se gradualmente
vida, obedece ao princípio do prazer. Por hipóteses, por volta dos três ou quatro com as imposições do meio ambiente
isso procura apenas fazer o que lhe causa anos. Nessa fase, trata-se de uma oposição (educação), controlando os desejos que
satisfação e tenta fugir do que é vivido sistemática. Para uma criança, dizer “não” não podem ou não devem ser satisfeitos,
como algo desmotivador. Nesse estágio, significa apenas: “Eu acho que não! E vai se estruturando o sistema moderador
ela age por impulso instintivo. Esse é o você?” Ela quer uma resposta dos pais que, ou filtrador, o ego.
primeiro sistema de funcionamento mental favoráveis ou não, terão o mérito de indicar A parte moral da personalidade se ma-
e é denominado pela psicologia de id. Ao os limites. A partir dos três ou quatro anos, nifesta quando julgamos nossos atos como
mesmo tempo, essa impulsividade é uma a criança passa do “não” sistemático para bom ou mau. Isso depende de um sistema
das necessidades mais prementes em seu o “não” refletido, que afirma seus gostos de autocensura, denominado superego. O
desenvolvimento, que, quando reprimida, e escolhas. superego desenvolve-se a partir do ego,
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Disse ele: [...] “eu próprio mísero homún- dizer, de adultos, afinal eles são referência
culo, sou um desses milhares que passaram de conduta. Mas o que se observa é que a
e gastaram miseravelmente a amicíssima leitura de livros está longe de ser unanimi-
primavera da vida e os anos florescentes dade, e o pior, inclusive para os profissionais
da juventude nas banalidades da escola. da área.
Ah, quantas vezes, mais tarde, quando Apesar de tudo, felizmente, o conheci-
comecei a ver as coisas um pouco melhor, mento nunca esteve tão democrático. Com
a recordação do tempo perdido me arran- o quase infinito repertório que a rede de
cou suspiros do peito, lágrimas dos olhos e compartilhamento chamada internet traz
gritos de dor do coração [...]” (COMENIUS, consigo é possível, com base em fontes
apud COVELLO, 1992, p.19). com total credibilidade, levantar pesquisas
É frequente nos depararmos com estu- e experiências capazes de possibilitar às
dantes memorizando textos e mais textos escolas promover grandes transformações
para conseguir uma boa nota no dia da em seu cotidiano.
prova, mas odiando este ritual sem sentido Para o aluno aprender é preciso, entre
e completamente descolado do contexto outras coisas, motivação, ou seja, motivos
do seu cotidiano. Aí vem a pergunta: a para a ação, no sentido de “ir em busca
prova acaba e sobra o que? Será que se de”. Assim, o meu desejo para este ano
respondêssemos que sobra um distan- que se inicia é que a escola encontre muitos
ciamento cada vez maior entre o aluno e o motivos que a transforme em um espaço
conhecimento estaríamos sendo levianos? de grande interesse para todos e que ali se
O que temos observado em alguns alunos aprenda não só a matemática e as línguas,
que frequentam o ensino superior é que o mas a cultura em sua plenitude: repleta de
ritual continua, estudam para não serem re- arte, música e movimento. •
provados. O interesse pelo conhecimento
está bem distante.
Embora o livro não seja a única fonte
de informação, ele ainda carrega grande
Lucy Duró
relevância no processo de aprendizagem Pedagoga, Psicopedagoga
e membro do Laboratório
porque responde, sobremaneira, o desve- Interinstitucional de Pesquisa em
lar do conhecimento. Portanto, deveria Psicologia Escolar do Instituto
de Psicologia da Universidade de
ocupar um lugar de destaque na cabeceira São Paulo.
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da cama de crianças e jovens, e, porque não
O CÁLCULO MENTAL E A
APRENDIZAGEM MATEMÁTICA
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Q ual o valor e o papel do cálculo mental
nas séries iniciais do Ensino Funda- O ensino da cálculo mental venha recebendo destaque
em diversos programas curriculares e em
mental? Baseado em pesquisas, busquei
identificar quais as concepções de cálculo
Matemática tem pesquisas acadêmicas, ainda há neces-
sidade de se ampliar a discussão tanto em
mental e a sua importância no contexto
educacional, com maior ênfase do 2º ao
se tornado objeto relação ao seu papel na construção dos
conhecimentos matemáticos, quanto às
5º ano do Ensino Fundamental. Durante
muitos anos busquei principalmente com-
de reflexão formas ou metodologias envolvidas no seu
desenvolvimento.
preender tal contexto junto a alunos e
professores, bem como junto às propostas
constante entre O ensino da Matemática tem se tor-
nado objeto de reflexão constante entre
curriculares e aos cursos de formação, os os estudiosos os estudiosos e pesquisadores sobre o
quais tive oportunidade de ministrar, tanto assunto. Grande parte das minhas pes-
no ensino público e também no Sieeesp São vai ao encontro das tendências recentes da quisas e dos estudos por mim realizados
Paulo. Para tanto, analisei questionários psicologia do desenvolvimento cognitivo, sobre o tema me revelaram que a grande
respondidos por alunos e professores. que nos apontam para a importância de dificuldade dos alunos está em relacionar
Particularmente considero cálculo uma aprendizagem com significado e do o que lhe é ensinado na escola com o que
mental como um conjunto de procedi- desenvolvimento da autonomia do aluno. é necessário para o enfrentamento das
mentos de cálculo que podem ser analisa- Desse modo, paralelamente, outras dificuldades no seu cotidiano.
dos e articulados diferentemente por cada perguntas foram sendo traçadas e surgiu É com essa visão que pretendo oferecer
indivíduo para a obtenção mais adequada a necessidade de buscar perceber quais as a escolas e professores, projeto de apoio
de resultados exatos ou aproximados, com concepções de ensino-aprendizagem es- pedagógico para a aplicação de atividades
ou sem o uso de lápis e papel. Os procedi- tariam por trás das estratégias de ensino de de cálculo mental nas séries iniciais do
mentos de cálculo mental devem se apoiar cálculo mental quando aplicadas. Minhas Ensino Fundamental. Assim, esse meu
nas propriedades do sistema de numeração pesquisas se apoiaram em discussões trabalho procura contribuir para a reflexão
decimal e nas propriedades das operações, acerca da exploração e resolução de pro- da importância do cálculo mental para a
colocando em ação diferentes tipos de blemas, da relação professor-saber-aluno construção dessa autonomia discente e
escrita numérica, assim como diferentes e da aprendizagem com compreensão, traçar um olhar sobre o seu valor e papel no
relações entre os números. principalmente as suscitadas por Piaget, campo da educação matemática. •
A prática do cálculo mental permite Kamii e Charnay. Percebi que tanto por
maior flexibilidade de calcular, bem como parte dos documentos quanto dos profes-
maior segurança e consciência na realização sores há o reconhecimento da importância
e confirmação dos resultados esperados, do cálculo mental no ensino-aprendizagem Aguinaldo R. de Miranda
guinacalculo@uol.com.br
tornando-se relevante na capacidade de de matemática, mas, na prática, é pouco 11 3974-9970 e
enfrentar problemas. Tal desenvolvimen- usado em sala de aula e sua concepção 11 99800-5037 (Vivo)
DISCIPLINA E INDISCIPLINA
NO CENÁRIO EDUCACIONAL
Conversando, Refletindo e Vivenciando a disciplina e a
indisciplina no cenário educacional
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E nsinar é complexo e, por isso, impos-
sível de controlar inteiramente as
muitas dúvidas e muitas inquietudes. Estou
na sala de aula or mais de de 22 anos, tanto Temos que
relações na sala de aula, de circulação de
diferentes vivências, saberes e conhe-
na rede de ensino particular como pública,
atuando em todas as etapas de ensino
despertar em
cimentos, de interação e diálogo, de
diferentes práticas, de múltiplos olhares,
fundamental, ensino médio e superior.
Atualmente percebo como é necessário
nossos alunos
linguagens e histórias.
Quando refletimos a questão da dis-
nos percebermos como sujeitos de nossa
própria história, atuarmos com responsabi-
vínculos de afeto,
ciplina e a falta da mesma no cenário lidade, buscarmos interagir conhecimento, cumplicidade e
educacional, se faz necessário identificar saber e vivências. Sempre notei grandes
os motivos da indisciplina. Pois educar, ne- resultados interagindo educação e afetivi- respeito
cessita antes de tudo, conhecer o entorno dade, grandes ganhos, pois alcançamos
cultural e social onde o aluno está inserido. nossos objetivos enquanto professores,
Esse contexto faz parte da história do de- mas também ganhamos amigos para a sejei e lutei por esta realização profissional.
senvolvimento e das relações por meio das vida inteira. Hoje, ao entrar em sala de aula, encarar
quais o sujeito se constitui, é um processo Não é possível dissociar educação e os problemas atuais, a realidade social em
que acontece de forma subjetiva em cada afeto, história e memórias, como saber e que estamos inseridos, enquanto sujeito,
indivíduo de acordo com interferências fazer, disciplina e indisciplina,alegria e desen- utilizo metodologias que me proporcionem
sociais e culturais. Tenho consciência que cantos; percebo que temos, como profes- dinâmicas e práticas educativas, em que eu
essa discussão é fonte inesgotável e que sores, que praticar uma pedagogia cotidiana possa conhecer meus alunos, para assim
são muitas as reflexões e a necessidade de do afeto, da humanização, da cidadania, mediar educação e vida em suas histórias,
compreendê-la. da democracia, para contribuirmos na for- memórias, imagens e vivências que trazem
Trago minha experiência, como pro- mação de cidadãos responsáveis, críticos e consigo, que fazem parte de sua leitura de
fessora, historiadora e pesquisadora em afetuosos.Comprometidos com o lugar em mundo. Com essa prática, a cumplicidade na
História, Educação e Cultura. Em minha que vivem, transformando-os caso se faça relação aluno e professor, permite uma in-
memória afetiva há marcas dos momentos necessário. O ofício de ser mestre é para teração maior entre os objetivos que desejo
em que aprendi com meus alunos a ter mim, antes de tudo vocacional, sempre de- alcançar em minhas aulas, sejam também
em suas variadas e, às vezes, incômodas Percebemos que o professor quando familiar e a relação entre essa família e a
formas de expressão. É importante con- adota metodologias, práticas, que lhe pro- escola incluem-se nas ações preventivas.
siderar que estas mudanças no cenário porcionam conhecer o aluno em todos os Elaborar projetos pedagógicos in-
mundial, nacional e local os quais estamos aspectos, com quem ele vive, sua família, o terdisciplinares e preocupando-se com a
inseridos refletem na nossa sala de aula e que faz nas horas em que não está na escola realidade da comunidade em que a escola
em nossas práticas educativas. e até a profissão de seus pais, oportuniza está inserida, são propostas eficazes, que
É importante enfrentarmos os pro- margem para o surgimento de uma nova permitirá ao aluno capacidades intelec-
blemas apontados no cenário educacional, relação entre o professor e o aluno, e a tuais e afetos, e como resultado o sucesso
como a indisciplina, com afetividade, enten- comunidade escolar poderá refletir melhor escolar. Ao expor sua história de vida, seus
dendo que formação da identidade daquele uma nova forma de vivenciar o social, onde anseios, sonhos, medos, projetos de vida,
que se apresenta em nossa frente, o aluno, todos possam saber se respeitar e se fazer enfim proporcionando um ambiente aco-
dependerá da oportunidade que iremos respeitar. lhedor e revelador, o professor e a equipe
possibilitar para se expressar e de se fazer Contudo, uma boa disciplina em sala pedagógica, estarão favorecendo o diálogo
compreendido. Não pensemos que discipli- de aula não é função única e exclusiva do com seu aluno, troca de vivências, saberes,
na e limite devam ser impostos, eles devem professor. A escola é um grupo de que memórias, compartilhando histórias de vida,
ser trabalhados e internalizados. Só assim todos os envolvidos fazem parte. Antes promovendo e melhorando a qualidade de
serão compreendidos e respeitados.É um de um bom professor em sala de aula, é vida de todos na escola. E esta é uma tarefa
caminho mais seguro na tentativa de re- necessário haver uma equipe gestora e na qual a educação tem um papel relevante,
solver ou amenizar as situações-problemas pedagógica eficaz, com objetivos claros, ao qual não pode negligenciar.
causadas pela indisciplina na sala de aula. atuando com a unidade escolar e a comu- A garantia de um projeto pedagógico
Segundo Tiba (2006, p. 145), “Se os nidade. O pedagogo é a peça fundamental que possibilite resgatar a cidadania e o di-
professores e pais tivessem conhecimento que vai estabelecer a conexão entre a reito do aluno, possibilitando a construção
do que se passa com seus alunos e filhos, escola e a comunidade, entre o professor de seu projeto de vida; buscando adaptações
provavelmente muitos conflitos deixariam e a direção, que possibilitará a prática de curriculares que atendam às necessidades
de existir”. Assim, se o professor e os fa- regras e estratégias escolares, como uma e expectativas de uma sociedade em cons-
miliares se conscientizassem de observar unidade, um trabalho preventivo de boas tante mudança, assegurando uma educação
mais seus alunos e filhos, essa ação teria condutas pode ser uma excelente opção mais afetiva e de qualidade, é possível, mas
um efeito importantíssimo nos dias atuais, para turmas que apresentem dificuldade requer um trabalho coletivo e compro-
evitaria indisciplinas maiores. de comportamento, e também o apoio metido entre Escola, Família e Comunidade.
PROFESSOR:
ACERTE O PASSO E
BUSQUE A PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
COM BOAS
PRÁTICAS
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PSICOMOTORAS
T odo professor comprometido com
uma educação voltada para o desen-
volvimento integral da criança sabe que a
práticas que precisam ser levadas em
conta nesta análise. Assim, as explicações
podem estar ligadas à falta de formação
Psicomotricidade é base de tudo. Acres- adequada para os docentes, acrescida
centa-se a esta ideia uma constatação: da pouca falta de valorização dos pais
o ensino básico já não tem mais a incum- para com tais atividades dentro da rotina
bência de assegurar aos seus estudantes escolar. Além de desencontros entre a
apenas a aprendizagem fundamental e proposta pedagógica da escola e o fazer
conceitual, como leitura, escrita, conhe- docente ou, ainda, nas turmas superlota-
cimentos sobre natureza e sociedade e das. Todos estes aspectos são legítimos
atividades de cálculo. Textos legais e as e merecem nossa atenção. No entanto,
diretrizes nacionais determinam que a nada é mais triste do que uma escola sem
ação educativa seja mais ampla e exigem, espaço físico para os alunos se desenvol-
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dos professores, conhecimentos diversos verem. A falta de espaço físico nas escolas
nas mais diferentes áreas, onde podemos brasileiras é algo que preocupa. Espaços
destacar as atividades artísticas, físicas e adaptados, espaços pequenos, sem ven-
de estímulos, até então negadas em con- tilação e escuros, nem sempre colaboram
textos anteriores da educação. com a intenção de propiciar o desenvolvi-
Aliando os pensamentos expostos ao mento infantil de forma integral, por meio
saber erudito, aprende-se na acadêmica da Psicomotricidade.
que criança que recebe uma educação Sabemos que problemas como estes
psicomotora adequada, se esta for aliada afetam o cotidiano da educação, princi-
a manifestações de afeto, com certeza vai palmente no quesito do desenvolvimento
construir uma base sólida em seu desen- de práticas psicomotoras. Entretanto
volvimento. No entanto, estes discursos não invalidam a construção de práticas
não garantem boas práticas cotidianas inovadoras e sistemáticas que trabalhem
nas escolas. Temos visto pelo país afora, a psicomotricidade como mola propul-
um número enorme de professores da sora do desenvolvimento intelectual da
Educação Infantil e primeiras séries do criança. Desta forma, o professor deve
Ensino Fundamental desprezando concei- estar sempre atento às etapas do desen-
tos, preceitos, procedimentos e atitudes volvimento do aluno, colocando-se na
primordiais para práticas psicomotoras de posição de facilitador da aprendizagem,
sucesso e reduzindo suas rotinas a exercí- mediador de diferentes possibilidades
cios estéreis de “preparação motora” ou que permitam a ampliação das diferentes
“exercícios psicomotores”. percepções e trabalhando com a explora-
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É preciso entender, ainda, que a
reorganização do espaço físico e a
transformação destes em ambientes
educativos são fundamentais para
a aprendizagem
necessários ao desenvolvimento psico- os desafios da leitura e da escrita e do
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A nutrição durante a infância contri-
bui para o desenvolvimento físico Apresente os pratos de maneira agradável,
e intelectual adequados, além de estar
diretamente relacionada com a saúde por
coloridos e com textura própria para a idade
toda a vida.
A recomendação de alimentação in- • Ofereça sempre novos alimentos!
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fantil inicia-se com o aleitamento materno • Varie os alimentos, observando as
exclusivo até os seis meses. Depois, orienta- preferências, consistência, forma de prepa-
se uma introdução alimentar lenta, gradual ro e temperos que seu filho mais gosta.
e correta dos alimentos. A alimentação • Apresente os pratos de maneira
deve ser variada, atrativa e espessa desde o agradável, coloridos e com textura própria
início, evoluindo a frequência e consistência para a idade.
das refeições até chegar na alimentação • Sempre incentive a realização do
semelhante à do adulto. café da manhã. Quando comer pouco no
Como é melhor evitar, pois consertar é almoço e jantar, não troque por outro
mais difícil, procure oferecer uma alimenta- alimento, aguarde de 30 a 60 minutos e
ção saudável para seu filho desde cedo. No ofereça novamente.
caso da criança que já apresente rejeição • Mantenha a frequência alimentar a
por alimentos saudáveis e predileção por cada 2 ou 3 horas (sem beliscos).
alimentos ricos em açúcar e gordura, e • A criança deve participar das com-
pobre em nutrientes, vamos a algumas pras, preparo e montagem do seu prato.
sugestões de estratégias para melhorar a • Caso recuse vegetais: ofereça aqueles
alimentação: que podem ser comidos com as mãos;
inclua em preparações; os membros da Procure uma equipe multidisciplinar
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O QUE
VAI CAIR
NA PROVA?
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PEDOFILIA
JURÍDICO
Arquivo Sieeesp
faltaram e não foram citados na primeira
edição do evento. Existe toda uma
Beatriz Pucci, consultora educacional,
Psicopedagoga e especialista em Alfabeti-
responsabilidade
zação e Educação Infantil, e Sandra Oliveira,
doutora em administração e mestre em
civil e criminal
Educação, administração e comunicação,
apresentaram: Monstro não se aproxima
e a escola
de criança. A palestra era um resumo do
que é abordado no livro: “Monstro não se
não pode
aproxima de criança”, nele foram discuti- compactuar
dos de forma direta e sem rodeios tudo o
que é possível fazer para orientar as crian- com isso
ças em relação ao abuso sexual, desde a
prevenção da violência sexual infantil até
a suspeita, a detecção e a denúncia.
Já no período da tarde, a médica legista
Mariana Ferreira citou em sua apresenta-
ção as repercussões psicológicas no pós-
abuso. Terapia floral foi o tema da palestra eles praticam diariamente na escola” diz a você compartilha aquela foto, você já está
de Katia Pereira. Segundo a presidente da coordenadora. também fazendo parte, pode ser autuado
Associação dos terapeutas florais do Esta- “O aluno não sabe que se ele fizer isso, e ir até a uma delegacia. Nesse seminário,
do de São Paulo, a terapia é muito eficaz na o pai pode vir a responder um processo mostramos para as escolas o que podemos
superação da dor do indivíduo, e também criminal. Existe toda uma responsabilidade fazer e o que não podemos fazer. O papel
em toda a família e até na comunidade. civil e criminal e a escola não pode compac- do coordenador é mostrar para a criança o
Para encerrar o dia de palestras so- tuar com isso. Ela tem de estar atenta aos que pode e o que não pode ser feito. Não
bre pedofilia, Guilherme Schelb marcou problemas”, diz Regina. adianta brigar com o aluno e proibir o uso
presença novamente na segunda edição No Seminário, foram debatidos vários do celular. Eles usam mesmo, é difícil proibir
do seminário. Dessa vez, o Procurador da casos onde crimes são cometidos por tudo isso”, diz. .
República citou as questões de Saúde no alunos e como um aluno pode ser autuado Regina diz que os cursos de Psicopeda-
apoio às vítimas de abuso sexual, apre- só pelo fato de compartilhar uma foto, gogia e Neuropsicopedagogia estão com
sentando a abordagem legal e prática. embora não seja o autor dela. “Um aluno lugar garantido na grade de 2015. A parceria
faz algum mal ao colega, e se o outro aluno com a Meira Fernandes Consultoria conti-
Seminário Educação Digital – 07/11/2014 filma e compartilha o vídeo nas redes so- nua e tem mais alguns seminários em fase
Um assunto que é está muito em pauta ciais, ele também está envolvido no caso. de aprovação. A coordenadora salienta
nos jornais e revistas atualmente é o uso Está compactuando com o bullying”. que existe uma preocupação com o público
de internet e redes sociais nas salas de Os advogados presentes nos semi- que vive fora da capital de São Paulo. “Eu
aulas. E o bullying, algo que já acontecia nários esclarecem isso para os visitantes. me preocupo com as pessoas que moram
no meio acadêmico, está entrando no O que pode e o que não pode ser feito nas no interior e na baixada santista, estamos
mundo digital. redes sociais. O que é considerado crime tentando fazer mais seminários em outras
“Uma parte muito séria é a da educação previsto em lei. Os advogados explicam que cidades do Estado, pois o papel do Sindica-
digital. O aluno não sabe o perigo que está se deve ter bom senso no uso da internet. to é prestar serviço para a escola. Às vezes,
correndo. Quais são os crimes digitais na in- E que isso deve ser explicado aos alunos, o educador se interessa pelo seminário,
ternet, por exemplo, falamos muito de bul- pois é quase impossível evitar o uso de mas não pode vir à capital. Espero que para
lying, mas também existe o cyberbullying. tecnologia nos dias de hoje. “Os alunos 2015, os seminários percorram mais o resto
Em aplicativos de mensagens instantâneas, usam muito as redes sociais hoje em dia. Se do Estado”, diz. •