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Catarina Lima Cichon - 134.964 Isabela Arantes Ribeiro - 134.

984
Larissa Carriel de Oliveira - 134.925 Larissa Madella Oliveira - 135.000
Mayhara Trindade Costa - 134.929 Natália Mesquita Pereira - 135.003

Problema 2 - Bioquímica
1.​ Leveduras são utilizadas para a produção de bebidas alcoólicas.
a. Descreva como o açúcar da uva (principalmente frutose) é convertido em etanol
pela levedura.
A levedura secreta a enzima invertase (β–D–frutosidase) que hidrolisa a
sacarose contida no meio, obtendo glicose e frutose. A frutose entra na via
glicolítica, como frutose-6-fosfato, que participa da terceira reação dessa via e é
obtida por meio da sua fosforilação pela hexoquinase.
Nessa via, 2 NAD​+ ​são reduzidos em NADH, é obtido piruvato. Esse, é o
substrato da fermentação alcóolica. Ele é convertido em acetaldeído, pela piruvato
descarboxilase produzindo CO​2​, que posteriormente é reduzido, pelo NADH
originado na glicólise, se transformando em etano, essa reação é catalisada pela
álcool desidrogenase. É regenerado NAD​+​, que poderá ser aproveitado em uma
nova glicólise,
b. Explique porque concentrações de acetato são frequentemente elevadas durante
a fermentação alcoólica
Isso ocorre pois, para a formação do produto final, o etanol, o piruvato sofre
uma oxidação catalisada pela enzima piruvato desidrogenase que resulta na
formação de um intermediário acetaldeído, que logo sofre outra oxidação. Com isso
durante a fermentação há o aumento da concentração desse intermediário no meio
intracelular, para que a reação ocorra e a coenzima seja reoxidada.

2. ​Tem sido observado que células deficientes em álcool desidrogenase acumulam


grandes quantidades de glicerol durante a fermentação anaeróbica. Explique o
porquê.
A álcool desidrogenase é a enzima conversora de acetaldeído, derivado do
piruvato, em etanol, por não acontecer essa conversão ocorrerá um acúmulo de
acetaldeído e piruvato, isso acontece pela reação entre eles ser reversível e a
conversão de fosfofenolpiruvato em piruvato não ser, ou seja, o piruvato não pode
“voltar” a via glicolítica. Durante a glicólise os NAD​+ são reduzidos a NADH, e
deveriam ser reoxidados na formação do etanol, mas isso não ocorre, por conta da
falta da enzima. Isso acarreta no bloqueio da via glicolítica antes da conversão de
gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-bifosfoglicerato, já que essa reação não ocorre pela
falta de NAD​+​. Com isso é acumulado gliceraldeído-3-fosfato, e por ele ser mais
tóxico para a célula do que seu isômero, é favorecida a formação da dihidroxicetona
fosfato. Ela, é convertida para glicerol-3-fosfato pela enzima glicerol 3 fosfato
desidrogenase com a reoxidação de NADH, que está em excesso, favorecendo a
formação do glicerol. Caso as células estejam deficientes da enzima álcool
desidrogenase a produção de etanol é interrompida e irá ocorrer o acúmulo de
dihidroxicetona fosfato que será convertid a glicerol, acumulado em grandes
quantidades nas células.

3. Um mutante de levedura deficiente na enzima fosfofrutoquinase foi isolado. A


levedura mutante conseguia crescer usando glicerol como fonte de energia, mas
não glicose. Explique o porquê.
A levedura não conseguia crescer utilizando glicose pois não é capaz de
convertê-la em piruvato a partir da via glicolítica já que a fosfofrutoquinase está
mutada e é uma enzima de grande importância para a via, por catalisar a terceira
reação (conversão de frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato). Porém, essa
levedura consegue crescer usando glicerol, já que ele é capaz de entrar na via
glicolítica e assim obter piruvato. O glicerol é convertido em glicerol-3-fosfato, que é
transformado em dihidroxicetonafosfato que, por fim, é convertido em
gliceraldeído-3-fosfato que entra na via glicolítica na quinta reação, ou seja, depois
da reação catalisada pela fosfofrutoquinase 1. Assim, como o gliceraldeído-3-fosfato
entra na via abaixo da reação que está com a enzima mutada, a levedura consegue
obter piruvato, precursor da fermentação, e assim conseguir energia e crescer a
partir do glicerol.

4. Leveduras são usadas como fermento na produção de pães. Explique, em termos


bioquímicos, porque a massa de pão cresce quando colocada em local aquecido.
O principal constituinte do pão é a farinha de trigo, que tem como
componentes as proteínas glutenina e gliadina. Para prepará-lo ela é misturada a
água, formando uma massa, que deve ser submetida a força mecânica. Ao ser
amassada com as mãos ou com uso de máquina, as proteínas presentes na farinha
interagem e formam uma rede, chamada de glúten. Depois disso, da adição de
todos os ingredientes e do fermento biológico, a massa é deixada em repouso,
coberta para que que a temperatura do sistema aumente e as leveduras tenham o
ambiente adequado para a multiplicação e favorecer a fermentação.
É nesse momento que as leveduras presentes no fermento biológico
colocado, realizam sua função que gera o crescimento do pão.
Os carboidratos presentes na massa são digeridos pelas leveduras em
galactose, glicose ou frutose, para serem utilizados por suas células na produção de
energia, por meio da glicólise. Nela, há a formação de piruvato, que sofre
fermentação. Esse, é convertido a acetaldeído através da ação da
piruvatodescarboxilase, gerando gás carbônico (CO​2​) e reoxidando o NADH em
NAD​+​. Como o CO​2 produzido é um gás, ele tende em escapar para o ambiente,
mas como a glúten o aprisiona e por isso a massa expande.

5​. Durante a fermentação anaeróbica, a maioria da glicose disponível é oxidada por


meio da via glicolítica e o restante entra na via das pentoses fosfato para gerar
NADPH e ribose. Isso também ocorre durante a respiração aeróbica, porém a
porcentagem de glicose que entra na via das pentoses fosfato é muito maior na
respiração aeróbica do que durante a fermentação anaeróbica. Explique o porquê.
A utilização da via das pentoses é muito maior em meio aeróbico devido a
essa via ser utilizada para reagir com os radicais de oxigênio por conta do ambiente
redutor fornecido pela relação NADPH e NADP​+​, sendo as reações oxidativas da via
as que produzem ribose 5-fosfato, CO​2 e NADPH . Inicialmente o NADP​+ é reduzido
na reação de oxidação da glicose 6-fosfato pela glicose 6-fosfato desidrogenase
(G6PD) na formação de 6-fosfoglicano-δ-lactona. Após a lactona ser hidrolisada por
uma lactonase, gera um 6-fosfogliconato, durante a desidrogenação e
descarboxilação deste composto há mais uma redução de NADP​+ para NADPH e a
formação de D-ribose-5-fosfato. A fosfopentose isomerase converte a ribulose em
ribose 5-fosfato.
A equação final pode ser escrita desta maneira:
Glicose 6-fosfato + 2 NADP​+​ + H​2​O → ribose 5-fosfato + CO​2​ + 2 NADPH + 2H​+

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