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“São intitulados de Regimes Próprios porque cada ente público da Federação

(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) pode ter o seu, cuja finalidade é
organizar a previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo, tanto
daqueles em atividade, como daqueles já aposentados e também dos
pensionistas, cujos benefícios estejam sendo pagos pelo ente estatal. Desta forma,
de um lado, temos o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, cuja gestão é
efetuada pelo INSS, que vincula obrigatoriamente todos os trabalhadores do setor
privado e também os servidores públicos não vinculados a regimes próprios de
previdência social e, por outro lado, temos vários regimes próprios de previdência
social cujas gestões são efetuadas, distintamente, pelos próprios entes públicos
instituidores. As normas básicas dos regimes próprios estão previstas no artigo 40
da Constituição Federal, na Lei 9.717/98 e nas Portarias do Ministério da
Previdência Social n°s 402/2008 (diretrizes gerais) e 403 (normas de atuária). Veja
aqui Modelo de Projeto de Lei para Regimes Próprios (PDF).”

“No Brasil, a União tem regime próprio para os seus servidores e os Estados
também. Já em relação aos municípios, existem muitos que não instituíram
regimes próprios. Desta forma, os servidores titulares de cargos efetivos desses
Municípios que não optaram por um Regime Próprio, são vinculados obrigatórios
do Regime Geral de Previdência Social (INSS).”

Retirado do Site com perguntas e respostas: http://www.previdencia.gov.br/perguntas-


frequentes/regime-proprio-de-previdencia-perguntas-e-respostas/

As vantagens da aposentadoria
dos servidores públicos
Saiba por que os trabalhadores da iniciativa privada, ao
contrário dos funcionários do governo, devem poupar para o
futuro
Por Marcela Ayres
access_time16 out 2010,

Até o fim dos anos 90, os aposentados do setor público contavam com
benesses generosas: sem o pagamento de qualquer contribuição, era
possível pendurar as chuteiras com menos de 50 anos de idade e
embolsar o mesmo salário da ativa. Por meio de emendas e medidas
provisórias, muitas dessas dadivosas possibilidades foram enterradas
nos últimos anos. Mas as reformas conduzidas pelos governos FHC,
em 98, e Lula, em 2003, não foram suficientes para reduzir
drasticamente o valor dos benefícios e estancar o déficit da
previdência pública.

Enquanto os trabalhadores da iniciativa privada são assistidos pelo


INSS através do Regime Geral de Previdência (RGPS), os servidores
públicos têm a aposentadoria distribuída nos âmbitos municipal,
estadual e federal por meio do chamado RPPS (Regime Próprio de
Previdência Social). E as diferenças entre os dois sistemas vão muito
além de uma única consoante. Para se ter uma ideia, a média do
benefício concedido pelo INSS ficou em 722 reais em dezembro do
ano passado. Por sua vez, a despesa média com o aposentado
ultrapassou os 16.000 reais no Legislativo, ficou em 15.710 reais no
Judiciário e chegou aos 5.628 reais no Executivo, conforme apontam
números do Tesouro Nacional divulgados pelo Ministério do
Planejamento.

O saldo negativo nas contas da Previdência é o reflexo mais visível


dessa abissal diferença. Apesar de não contemplar nem 1 milhão de
servidores inativos, o déficit do RPPS chegou a 47 bilhões de reais em
2009, superando os 42,9 bilhões do setor privado. Há de se ressaltar
que o INSS beneficia muito mais gente – são mais de 27 milhões de
aposentados e pensionistas no país. Como a União é responsável por
cobrir esse rombo, quem arca com a disparidade é o contribuinte. “É
preciso arrecadar impostos de algum lugar para pagar esse valor. Por
não sermos um país rico, mas de renda média, a tributação ainda é
muito concentrada no consumo, o que acaba atingindo a sociedade
como um todo”, explica Marcelo Caetano, economista do Ipea.

Para equilibrar a situação, o governo elaborou um projeto de lei que


fixa o limite da aposentadoria dos servidores ao teto do INSS. Pela
proposta, quem quisesse complementar a renda deveria contribuir, por
conta própria, com um fundo de pensão. “Dessa forma, o valor que
excedesse o teto seria bancado pela poupança dos servidores, e não
pelos recursos do estado”, completa Caetano. Enquanto o projeto
dorme nas gavetas do Congresso desde 2007, o fato é que o
trabalhador da iniciativa privada tem que engordar o cofrinho para se
aposentar ganhando o mesmo tanto que um funcionário público.

É verdade que as últimas mudanças constitucionais dificultaram o


recebimento do provento integral. Hoje, o cálculo para quem ingressa
no serviço público leva em conta a média dos maiores salários
recebidos ao longo de 80% da carreira. No entanto, mantida uma certa
regularidade no cargo, é possível se aposentar com o benefício
inalterado ou com um valor muito próximo a ele. E se no INSS o limite
da aposentadoria é de 3.467 reais, o teto no setor público equipara-se
à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal – 26.723
reais.

Tomemos um exemplo. Caso o último salário de um funcionário


público tenha sido de 10.000 reais, ele poderá embolsar a mesma
quantia depois de inativo, contanto tenha ficado no mesmo cargo
durante 80% do tempo de contribuição. Vale lembrar que ao longo
desse tempo ele terá obrigatoriamente contribuído com 11% do seu
salário para a Previdência, o que significa uma mordida e tanto nos
rendimentos mensais.

Por outro lado, o trabalhador da iniciativa privada que quiser contar


com esse dinheiro necessariamente terá que economizar. Ao contrário
do que acontece com os servidores, o limite para a contribuição nesse
caso é bem mais modesto e corresponde a 11% da aposentadoria
máxima concedida pelo INSS. Assim, o sujeito que ganhar 10.000
reais destinará 381,41 reais à Previdência, ao invés dos 1.100 reais
pagos por um funcionário público com o mesmo salário.

Se a contribuição é menor, o montante recebido lá na frente pode ser


paupérrimo quando comparado ao rendimento da ativa. Por isso,
sustenta o coordenador do Centro de Estudos e Finanças da FGV,
William Eid, quem for levar a aposentadoria máxima do INSS deverá
guardar cerca de 860 reais todos os meses para atingir a mesma meta
em 30 anos. Ao fim deste período, será possível tirar os 10.000 reais
mensais, completando o benefício recebido pelo governo com um
fundo de aproximadamente 1,1 milhão de reais.

https://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/vantagens-aposentadoria-
servidores-publicos-589114/

O regime de Previdência assegurado exclusivamente aos servidores públicos


titulares de cargo efetivo pode ser mantido pelos entes públicos da Federação
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), sendo, neste caso, denominado
de Regime Próprio de Previdência Social – RPPS e suas normas básicas estão
previstas no artigo 40 da Constituição Federal e na Lei 9.717/98. Já o regime dos
trabalhadores da iniciativa privada e dos demais servidores públicos não filiados a
Regime Próprio de Previdência Social é o Regime Geral de Previdência Social –
RGPS, gerido pela autarquia federal denominada de Instituto Nacional do Seguro
Social – INSS e suas normas básicas estão previstas no artigo 201 da Constituição
Federal e nas Leis 8212/91 – Organização da Seguridade Social e Plano de
Custeio e 8213/91 – Planos de Benefícios da Previdência Social. Estas Leis estão
regulamentadas pelo Regulamento da Previdência Social – Aprovado pelo Decreto
3048/99,

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