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Região Académica I
◊ Luanda ◊ Bengo ◊
Caxito, 2018
Escola Superior Pedagógica do Bengo
Departamento de Ensino, Investigação e Extensão de Ciências da Educação
Mulher lutadora, que nunca poupou esforços para que eu concluísse a minha
formação, que sempre dedicou a sua vida pela minha felicidade, que luta todos os
dias pela minha educação, chora as minhas lágrimas e sorri com as minhas alegrias.
iii
AGRADECIMENTOS
À minha querida orientadora, Prof.ª. MSc. Yanelixa América Frutos López, que
no alto de sua sabedoria, soube ser tão humilde e paciente ao repassar todo o seu
conhecimento na elaboração deste trabalho.
Ao Dr. Tarcísio Tcvivole, que muito me tem aconselhado, obrigado por tudo
que tens feito por mim enquanto estudante da ESPB.
iv
Sou grato aos meus colegas e amigos Miguel Correia, Suzaldina Rodrigues,
Justina Ginga, Inácio Bongue e Teresa Sapi, muito obrigado por estarem ao meu lado,
em todos os momentos da minha vida.
Aos meus irmãos Ngoma Simão Benvindo, Tânia e Abigail e aos meus
sobrinhos Nazaré, Neide e Líria que muito me admiram e me têm como exemplo,
muito obrigado, pois, nos momentos de minha ausência dedicada à formação, sempre
fizeram entender que о futuro é feito а partir da constante dedicação no presente!
Agradeço a todos os meus amigos que estiveram nessa batalha comigo, que
souberam entender as minhas ausências, e que sempre me proporcionaram os
melhores momentos juntos.
v
EPÍGRAFE
Duarte (2014)
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
This research is based on the project of extension of the University Guidance to the
Families of Children with Special Educational Needs (OFCNEE) and aims to assess
the social impact of the activities of the university extension of the project mentioned
above. To this end, the mixed research model was used, and, as a main method, the
Dialectic - Materialista was used, as well as the theoretical, empirical and statistical
level methods, enabling the conduct of the investigation. From the problematic
situation, the following scientific problem was determined: how to evaluate the social
impact of the university extension actions of the OFCNEE project? Given this, the result
of the diagnosis made to the students involved in the project, the families of children
with Special Educational Needs (NEE) and to the teachers of the School of Special
Education of Caxito allowed, through the methodology of Change Theory, demonstrate
the results of the university-extension actionsdeveloped by the students, and then
allocate a qualitative assessment of the social impact of the university extension
actions of the project under study in two dimensions: Impact on the Academic
dimension and the Social Dimension, thus responding to the problem of this research,
and therefore to the objective of this investigation.
viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ix
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... iii
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. iv
EPÍGRAFE ............................................................................................................................... vi
RESUMO................................................................................................................................. vii
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1
Objecto de Investigação...................................................................................................... 2
x
1.2.3. Combinação de Fontes de Informação para Avaliação do Impacto Social
8
xi
Especial de Caxito e às Famílias de Crianças com Necessidades Educativas
Especiais. ............................................................................................................................ 23
CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 39
SUGESTÕES ......................................................................................................................... 40
ANEXOS ................................................................................................................................. 43
xii
1
INTRODUÇÃO
Questão de partida
Objecto de Investigação
Campo de Acção
Objectivos da investigação
Objectivo Geral
Objectivos específicos
Estrutura do trabalho
1.1. Avaliação
Para Trigueiro (1992 citado por Rodrigues, 2003), a qualidade e a sua busca
é, essencialmente, uma questão de avaliação. Há necessidades de se avaliar para se
desenvolver a qualidade e há necessidade de se avaliar e inovar a própria avaliação.
Para este auto, a avaliação tem uma função prospectiva pois conduz à
formulação de novas ideias, de novas propostas e tem por finalidade guiar a acção ou
os esforços dos actores empenhados na actividade, especialmente os formadores e
os formandos. Salienta ainda que a avaliação deve produzir mudanças nas acções, o
que pode acontecer em dois momentos: durante avaliativo ou após o processo.
Para este autor, a avaliação externa (ou hétero avaliação) acontece quando
esta é levada a cabo por pessoas que não participam directamente na actividade
avaliada. A mesma é realizada por pessoas com competência técnica e científica,
reforçando uma capacidade de visão globalizante do projeto e da acção.
Segundo Lima (2014, p. 89), “no âmbito das IES, a ideia que fundamenta o
conceito de impacto social é a de apropriação e utilização do conhecimento pela
sociedade”.
organização, por um sector de actividades, por um campo científico ou, ainda, pela
sociedade em geral, originado por processos relacionados à geração ou disseminação
do conhecimento, e ao ensino, realizados no âmbito de instituições de ensino e
investigação.
Para avaliar o impacto ssocial existe uma gama de metodologias, pois, a sua
escolha depende dos nossos objectivos.
10
Pode-se assim dizer, a TM liga recursos a actividades que por sua vez estão
ligados a resultados de curto prazo (outputs) que tendem a gerar mudanças de curto
e médio-prazo (outcomes) que, nesta sequência lógica, geram impacto (Vogel, 2010).
O compromisso social:
1.4.2.1. Características
Histórico Lógico: está relacionado com o estudo de uma trajectória real dos
fenómenos e acontecimentos no decurso de uma etapa ou período. Permite
realizar uma abordagem teórica sobre o campo de acção (Marconi & Lakatos
2003).
Indutivo – Dedutivo: na actividade científica complementam-se entre si, do
estudo de números casos particulares através da indução, consegue
determinar-se generalizações e leis empíricas que consta desta formulação,
18
2.3.1. População
2.3.2. Amostra
e eficiência dos resultados obtidos através das acções realizadas pelos estudantes do
projecto junto das famílias de crianças com NEE.
Junto das famílias, primeiro se faz uma sensibilização das mesmas perante a
problemática, leva-se a cabo uma espécie de divulgação comunitária com vista a
influenciar directamente as famílias e a comunidade. Após isso, se empreende a
exploração dos problemas que as mesmas apresentam quanto à educação de seus
filhos.
(ESPB, 2017).
Este dado mostra que a maioria dos estudantes do projecto (40%) não tem
opinião sobre o que é a extensão universitária. Dos estudantes que definiram a
extensão universitária, uma minoria (26%) definiu de forma correcta com o conceito
voltado à relação da universidade com a comunidade com vista a resolver um
problema social. A maioria (33,3%) definiu-a como sendo a investigação que se faz
no Processo de Ensino e Aprendizagem. Deacordo com os resultados, preocupu a
presente investigação os estudantesapresentarem dificuldades em definir a axtensão
universitária, pelo que, nos remete a reflectir que os professores das disciplinas de
Introdução à Pesquisa Científica e de Seminário I e II da ESPB não ensinam a
extensão universitária como uma via para produção deconhecimento.
alimentam-se de diversas fontes para enriquecerem a sua estrutura teórica, factor que
faz com que os mesmos não sejam meros reprodutores de conteúdos de livros ou de
fragmentos retirados aleatoriamente da Internet ou de obras de outrem. Esta
experiência vivida pelos estudantes envolvidos no projecto OFCNEE faz com que os
mesmos vão adquirindo as competências da pesquisa, fazendo com que saiam na
condição de objecto e tornando-se sujeito parceiro que actuará junto do orientador,
reconstruindo o seu conhecimento, de forma activa e participativa.
Outro dado não menos importante está relacionado com o diagnóstico das
NEE das crianças que frequentam a Escola do Ensino Especial de Caxito, é possível
perceber, através do comentário do P8 que a escola não tem feito um diagnóstico nos
alunos para auferir o tipo de NEE que a criança apresenta. Pode-se ler no comentário
a seguir: “Eu quero bastante que os membros do projecto não parem com as
actividades, que olhem sempre para as crianças com NEE, especialmente aquelas
que têm autismo porque foi constatado algumas crianças com autismo aqui na escola,
30
“…Eles deram conselhos para a minha filha e também nos orientaram a forma
que devemos começar a lhe tratar em casa (F7)”
Pode se dizer que os estudantes realizam acções com crianças com NEE,
bem como com as suas famílias, de modo a aliviar os efeitos da exclusão dessas
crianças. Percebe-se que estes prepararam as famílias no sentido de contribuírem
para o desenvolvimento das potencialidades das suas crianças. Pois estas são seres
e cidadãos e merecem atenção de qualquer um e de toda a sociedade
DIMENSÃO Nº 1 - Recursos
DIMESÃO Nº 2 Modalidades/Actividades
Para esta dimensão, o gráfico nº 9 (ver anexo XIII) de acordo com os relatórios
dos anos 2017 e 2018 arquivados no OBEDS, o projecto OFCNEE realizou acções de
extensão através dos grupos de trabalhos constituídos por estudantes, dos quais:
DIMESÃO Nº 3 - Produtos
DIMESÃO Nº 4 – Output/Resultados
processo de ensino e aprendizagem das crianças com NEE e na inclusão social das
mesmas.
Relação Extensão-Ensino X
Interdisciplinaridade X
ACADÉMICA
Relação Extensão-Investigação X
Interacção Universidade-sociedade X
CONCLUSÕES
SUGESTÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ramirez, M., & Cunha, E., S (2017) Avaliação das ações de Extensão Universitária
sob a perspectiva do públicoalvo: o Índice de Impacto Social. Interfaces - Revista de
Extensão da UFMG, v. 5 (2) Pp. 230-244.
Sept, L., Naylor, S. & Weston, R., (2011). Medindo o Impacto dos Programas
Sociais: Uma revisão das melhores práticas.
3. Qual é a actividade que você teve maior facilidade e maior dificuldade no Projeto?
a. Facilidade:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______
b. Dificuldade:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______
Você conseguiu superar a sua dificuldade? Sim Não . Se sim, como?
_________________________________________________________________________________
____
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________
4. Sua participação no projecto de extensão permitiu a você verificar a relação
ensino/investigação e extensão?
Sim Não . Se sim, de que forma? _____________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
5. O que você recomendaria para um bom desempenho nas atividades de extensão que se
realiza no projecto?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
ANEXO Nº II - Guião de entrevista dirigido aos professores da Escola do Ensino Especial
3. Que sugestões o professor tem a dar para melhorar o trabalho com as famílias
de crianças com NEE?
ANEXO Nº III - Guião de entrevista dirigido às famílias de crianças com NEE
4. O que a família gostaria que os estudantes do projecto fizessem, para além das
acções (actividades) que trabalharam com vocês?
ANEXO Nº IV – Grelha de observação do comportamento dos entrevistados
42
35.7 33.3
30 31.9
24
15
8
100
53
27 30
16 13
8 4 1 3 1 3
Já não havia
outro projecto
Fui
Me identifiquei com vagas para Não tenho
convidado(a) a Outro motivo TOTAL
com o projecto inscrição de opinião
participar
novos
estudantes
Nº 16 8 4 1 1 30
% 53 27 13 3 3 100
Nº %
Fr %
63
27 30
19
1 3 8 2 7
0 -
Nas Durante o
disciplinas projeto de No site de
Não tenho
durante o extensão busca – Num livro TOTAL
opinião
curso de em que Google
licenciatura participo
R 1 8 0 2 19 30
R %
% 3 27 - 7 63 100
ANEXO IX- Gráfico nº 5 – Resposta dos estudantes quanto a questão “Em que aspecto
o projecto de extensão contribuiu para o seu desenvolvimento académico”
Respostas %
93
26.7
20.0
16.7
30
13.3
10.0
6.7
6.7
8
6
5
4
3
2
2
Realizar Ser protagonista
Cooperação e
atividades que Desenvolver Integração entre do processo de
Socialização e colaboração na
não são micro projeto teoria e prática ensino e Não Tenho
produção do resolução de TOTAL
encontradas na de extensão na formação aprendizagem opinião
conhecimento problemas na
grelha curricular universitária profissional enquanto
sociedade
do curso estudante
Respostas 4 2 8 5 6 3 2 30
% 13.3 6.7 26.7 16.7 20.0 10.0 6.7 93
Respostas %
77
23.3
20.0
30
16.7
13.3
6.7
6.7
6.7
3.3
3.3
7
5
4
2
2
1
-
0
Ser Fome Facilit
Saber Educ
meno Resp nto ação Não
Ter trabal Ser Ter ação
s onsa do para Tenh
mais har mais mais para
tímid bilida espíri a o Total
inicia em criati segur a
o (a) de to minh opini
tiva equip vo (a) ança cidad
e social crític a ão
e ania
con… o e… orie…
Respostas 2 2 7 1 1 4 6 5 2 0 30
% 6.7 6.7 23.3 3.3 3.3 13.3 20.0 16.7 6.7 - 77
100
55.6
27.8 16.7
0.0
%
ANEXO Nº XII - Gráfico nº 8 - DIMESÃO Nº 1 - Recursos
DIMESÃO Nº 1 - RECURSOS
94 95 99 100
5 5
GRÁFICO Nº 9 - DIMESÃO Nº 2
MODALIDADES
100.0
76.9
30 39
3 7.7 6 15.4
61.5
52
32
23.1
12 7
13.5
1 1.9
Fr %
Produtos Mudança
Actividades / o Público
Recursos ou Permuta
o
RESULTADOS
Fase IMPLEMENTAÇÃO
ESPERADOS/ALCANÇADOS
ANEXO Nº XVI – Caracterização das NEE e habilidades desenvolvidas com as
famílias
HABILIDADES NÚMERO DE
TIPO DE NEE %
DESENVOLVIDAS FAMÍLIAS
TEA (Transtorno do Habilidades Básicas
4 13,3
Aspecto Autista) Comunicação
Transtorno de Cooperação
3 10,0
conduta Valores
Interacção Social
Deficiência
Habilidades Académicas 8 26,7
Intelectual
Habilidades Sociais
Comunicação
Síndrome de Dawn Habilidades Sociais 4 13,3
Interacção Social
Desenvolvimento da Memória
Surdez 7 23,3
Habilidades da vida diária
Habilidades Sociais
Cegueira 3 10,0
Desenvolvimento da Memória
Comunicação
Limitação Físico-
Habilidades Básicas 1 3,3
motora
Cálculos
TOTAL 30 100
ANEXO XVII – ACTIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA REALIZADAS NO
ÂMBITO DO PROJECTO
Marcha Simbólica