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CURRÍCULO REFERENCIAL DA

EDUCAÇÃO BÁSICA PARA O


ESTADO DA BAHIA

Primeira versão

2018
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO
2. TERRITORIALIDADE NA SINGULAR E PLURAL BAHIA: IMPLICAÇÕES
CURRICULARES
3. MARCOS LEGAIS
4. MARCOS TEÓRICOS, CONCEITUAIS E METODOLÓGICOS
5. ETAPAS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO
5.1. Educação Escolar Indígena
5.2. Educação Especial
5.3. Educação de Jovens e Adultos
5.4. Educação do Campo
5.5. Educação Escolar Quilombola
6. TEMAS INTEGRADORES NO CURRÍCULO DO ESTADO DA BAHIA
6.1. Educação para a Diversidade
6.2. Cultura Digital
6.3. Educação para o Trânsito
6.4. Educação Ambiental
6.5. Educação Fiscal
7. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
8. EDUCAÇÃO INFANTIL
8.1. Introdução
8.2. Concepção de Infância e sua Formação
8.3. Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento
8.4. Articulações e garantias
8.5. Educação infantil na perspectiva da educação integral como
direito
8.6. Entretecimentos entre currículo, didática e processos de
aprendizagem na educação infantil
8.7. As transições entre educação infantil e ensino fundamental:
questões didáticas e curriculares
8.8. Transversalidades fundantes e as transversalidades das
competências da Base
8.9. Avaliação da Aprendizagem
8.10. Campos de experiência no currículo da educação infantil
8.11. As transições entre educação infantil e ensino fundamental
8.12. Organizador Curricular
9. ENSINO FUNDAMENTAL
9.1. Introdução
9.2. Concepção de Infância, Adolescência, Juventude, Adultez e Terceira
Idade
9.3. Modalidades de ensino
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9.4. Temas integradores
9.5. Orientações metodológicas
9.6. Avaliação da aprendizagem
9.7. Área de Linguagens (Texto introdutório)
9.7.1. Competências específicas de Linguagens
9.7.1.1. Língua Portuguesa (Texto introdutório)
9.7.1.1.1. Competências específicas de Língua Portuguesa
9.7.1.1.1.1. Organizador curricular
9.7.1.2. Arte (Texto introdutório)
9.7.1.2.1. Competências específicas de Arte
9.7.1.2.1.1. Organizador curricular
9.7.1.3. Educação Física (Texto introdutório)
9.7.1.3.1. Competências específicas de Educação Física
9.7.1.3.1.1. Organizador curricular
9.7.1.4. Educação Língua Inglesa (Texto introdutório)
9.7.1.4.1. Competências específicas de Língua Inglesa
9.7.1.4.1.1. Organizador curricular
9.8. Área de Matemática (Texto introdutório)
9.8.1. Competências específicas de Matemática
9.8.1.1. Matemática (Texto introdutório)
9.8.1.1.1. Organizador curricular
9.9. Área de Ciências da Natureza (Texto introdutório)
9.9.1. Competências específicas de Ciências
9.9.1.1. Ciências (Texto introdutório)
9.9.1.1.1. Organizador curricular
9.10. Área de Ciências Humanas (Texto introdutório)
9.10.1. Competências específicas de Ciências Humanas
9.10.1.1. Geografia (Texto introdutório)
9.10.1.1.1. Competências específicas de Geografia
9.10.1.1.1.1. Organizador curricular
9.10.1.2. História (Texto introdutório)
9.10.1.2.1. Competências específicas de História
9.10.1.2.1.1. Organizador curricular
9.11. Área de Ensino Religioso (Texto introdutório)
9.11.1. Competências específicas de Ensino Religioso
9.11.1.1. Ensino Religioso
9.11.1.1.1. Organizador curricular

10. PROJETO DE VIDA E AS TRANSIÇÕES PARA O ENSINO MÉDIO

REFERÊNCIAS

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1. APRESENTAÇÃO

Prezados (as) Colaboradores(as)

Com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para


as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, os Estados e o Distrito
Federal começaram a (re)elaboração dos seus currículos visando a garantir as
aprendizagens essenciais que todos(as) os(as) estudantes devem desenvolver
ano a ano.
O Currículo Bahia está sendo elaborado em Regime de Colaboração
entre Estado e Municípios em um movimento desafiador, fraterno, criativo e
acima de tudo, colaborativo. A finalidade é elaborar um documento a partir das
normativas da BNCC e que apresente as diversidades e singularidades do
território baiano, até o final do ano de 2018, colaborando assim, com a (re)escrita
do Projeto Político Pedagógico (PPP) das unidades escolares.
Tudo começou com escuta. Estudantes, professores, funcionários,
família e comunidade das Redes de Ensino Estadual, Municipais e Privada foram
convidados a dizer sobre os aspectos que estão funcionando e o que ainda
precisa melhorar nas suas unidades escolares, sendo orientados a falar sobre
“uma escola que faz sentido para o desenvolvimento integral dos(as)
estudantes”. Foram mais de 24 mil contribuições durante a realização da Escuta
Inspiracional, fruto da parceria firmada entre o Instituto Inspirare, Instituto Telus
e Instituto Unibanco, para legitimar o processo de escuta para a construção e a
materialidade do documento no Estado.
Ainda, no processo de fortalecimento do Regime de Colaboração e
mobilização à participação, a União Nacional dos Dirigentes Municipais
(UNDIME) solicitou aos municípios seus documentos orientadores para subsidiar
a elaboração da versão preliminar do Currículo Bahia, além de promover
diálogos formativos em 17 Territórios de Identidade, com as comunidades
educativas, com o objetivo de envolver e orientar as equipes técnicas no
processo de estudo e discussão do documento da BNCC.
A escrita deste documento contou com o trabalho de uma equipe
formada por dois Coordenadores estaduais (um representante da Secretaria de
Educação do Estado da Bahia e um representante da União Nacional de
Dirigentes Municipais de Educação, seccional Bahia), três Coordenadoras de
Etapa (uma coordenadora de Educação Infantil e duas do Ensino Fundamental),
três Redatores de Educação Infantil; 19 Redatores de Ensino Fundamental, além
de profissionais colaboradores.

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O Currículo Bahia apresenta-se subdividido em Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio (Projeto de Vida e Transições), além dos
textos sobre as Modalidades, Avaliação Educacional e Temas Contemporâneos
que afetam a vida humana em escala local, regional e global. Nas duas primeiras
etapas são apresentados textos introdutórios e organizadores curriculares. O
documento não está acabado pois, depende da participação dos professores,
gestores, estudantes, pais e/ou responsáveis e a sociedade civil, como um todo,
a partir das contribuições durante a consulta pública.
A intenção é mobilizar, incentivar e orientar a todos para contribuirem na
construção do currículo referencial para o Estado, por meio da consulta pública,
no período de 15 de outubro a 13 de novembro do corrente ano, na expectativa
de um documento que respeite a diversidade e especificidades do território
baiano, os direitos de aprendizagens e desenvolvimentos dos estudantes, sejam
eles das redes de ensino estadual, municipal ou privada e atenda as
especificidades de cada etapa de ensino e suas modalidades.

Bom trabalho a todos(as)!

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2.TERRITORIALIDADE NA SINGULAR E PLURAL BAHIA:
ELEMENTOS IDENTITÁRIOS PARA A POLÍTICA CURRICULAR
DO ESTADO

A política curricular para o estado da Bahia emerge a partir de um campo


de reflexões que se configura, se conforma e se integra ao território. Território
aqui, percebido a partir dos olhares de Milton Santos, que nos apresenta a
dimensão do território usado, que não se limita ao conjunto dos sistemas
naturais, mas que incorpora o “chão” à identidade, ao sentimento de pertencer
(SANTOS, 2008). Milton nos convidava a pensar sobre a relação entre a
dinâmica territorial e a manifestação da consciência social, reflexão que nos é
bastante cara, no contexto de organização de um currículo referencial para um
estado multidiverso e de dimensões continentais, como a Bahia.
As formulações curriculares precisam encontrar ressonância no chão
dos territórios, assumindo a centralidade dessa categoria teórica, no desenho de
rotas que façam emergir as singularidades presentes na pluralidade dos
Territórios de Identidade, acolhendo-as no âmbito da política curricular.
O Estado da Bahia organiza os seus 417 municípios em 27 Territórios
de Identidade, que se constituem como unidades de planejamentos das políticas
públicas, delineadas a partir de agrupamentos identitários municipais,
geralmente contíguos, formado de acordo com critérios sociais, culturais,
econômicos e geográficos (BAHIA, 2014).
A política territorial em nosso Estado contempla tanto a dimensão
ambiental e econômica, quanto a cultural, social e política, objetivando a criação
de um ambiente de cooperação entre os atores sociais, bem como
potencializando as várias dinâmicas sociais e econômicas em curso, em um
determinado território, articulando-as a partir de um mesmo referencial de
planejamento das políticas de desenvolvimento e das iniciativas locais (BAHIA,
2010).
Esta compreensão do território como categoria fundante para o
planejamento de todas as políticas setoriais do Estado da Bahia, surge com mais
força a partir de 29 de dezembro de 2014, com a publicação da Lei Nº 13.214,
que dispõe sobre os princípios, diretrizes e objetivos da Política de
Desenvolvimento Territorial do Estado da Bahia, acentuando o compromisso de
ter o território assentado na engrenagem do currículo, percebendo-o como
produção do cotidiano, de identidades e de perspectivas emancipatórias, se
entendemos o território como o lugar de realização das manifestações da
existência do homem (SANTOS, 2008).
É, no lócus do território, que as novas formas de solidariedade, de
parceria e de cooperação entre os sujeitos sociais se tornam possíveis, e é
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também através dele que os arranjos produtivos locais e a dinâmica da economia
criativa devem incidir sobre a Educação Básica, entretecendo na trama do
currículo das unidades escolares, através de situações contextuais concretas,
saberes e sotaques que agreguem aos conhecimentos escolares o necessário
suporte para a interpretação e interferência no mundo.
Torna-se necessário retomar Milton Santos (2006), mais uma vez, para
compreender a configuração territorial como resultado de uma produção
histórica e refletir sobre a potência que o currículo abriga no contexto de uma
sociedade, que é a da informação, e cujo currículo em construção, suporte para
a formação de sujeitos, de sociabilidades e de historicidades, exerce papel
predominante nas rupturas da desterritorialização ou, conforme reflete Deleuze
e Guattari (1992), na unidade e reconexão, da reterritorialização.
Os 27 Territórios de Identidades (TI) do Estado da Bahia foram revelados
a partir de múltiplos aspectos, contemplando dimensões culturais,
geoambientais, político-institucionais e econômicas, e encontram-se alinhados
aos Territórios Educacionais. Os indicadores territoriais elaborados pela
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da BAHIA (SEI) podem ser
encontrados nos anexos do Currículo BAHIA. A seguir temos um quadro síntese
dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), em interface com os TI:

Quadro 1 – Quadro síntese dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), em interface com os TI

TERRITÓRIO/Nº LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E


MUNICÍPIOS
NTE/ SEDE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

América Dourada, Barra do Mendes,


Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Centro Norte Baiano. Vegetação
Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Remanescentes de Caatinga
IRECÊ / 01/
Ipupiara, Irecê, Itaguaçu da Bahia, João Arbórea, Contato Caatinga-
Irecê
Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Floresta Estacional e presença de
Morro, Presidente Dutra, São Gabriel, Refúgio Ecológico
Uibaí e Xique-Xique

Barra, Bom Jesus da Lapa, Brotas de


Macaúbas, Carinhanha, Feira da Mata,
Ibotirama, Igaporã, Malhada, Matina, Vale Sanfranciscano. Há
VELHO CHICO/ 02/ Morpará, Muquém predomínio de Caatinga, Cerrado
Bom Jesus da Lapa do São Francisco, Oliveira dos e Contato Caatinga/Floresta
Brejinhos, Paratinga, Riacho de Estacional e Caatinga/Floresta
Santana, Serra do Ramalho e Sítio do
Mato

CHAPADA Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Centro Sul Baiano. A vegetação é


DIAMANTINA/ 03/ Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, formada por áreas de Caatinga,
Seabra Iramaia, Iraquara, Itaetê, Jussiape, Cerrado, Floresta Estacional,

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Lençóis, Marcionílio Souza, Morro do Refúgio Ecológico, Floresta
Chapéu, Mucugê, Nova Redenção, Estacional Submontana e
Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio Semidecidual, com grande
de Contas, Seabra, Souto Soares, variedade de ambientes
Utinga e Wagner vegetacionais.

Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal,


Nordeste Baiano. A Caatinga,
Cansanção, Conceição do Coité, Ichu,
Floresta Estacional, Vegetação
Itiúba, Lamarão, Monte Santo,
SISAL / 04 / Serrinha Secundária e, até mesmo, áreas
Nordestina, Queimadas, Quijingue,
de Cerrado compõem a
Retirolândia, Santaluz, São Domingos,
vegetação do território.
Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente

Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro


Preto, Buerarema, Camacan,
Sul Baiano. A Floresta Ombrófila
Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul,
Densa do bioma Mata Atlântica
LITORAL SUL / 05 / Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju
compõe a vegetação do TI, com
Itabuna do Colônia, Itajuípe, Itapé, Itapitanga,
destaque para o uso de sistema
Jussari, Maraú, Mascote, Pau-Brasil,
agroflorestal
Santa Luzia, São José da Vitória,
Ubaitaba, Una e Uruçuca

Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Majoritariamente Sul Baiano.


Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Remanescentes da Floresta
BAIXO SUL
Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Ombrófila Densa, Vegetação
/ 06 /
Norte, Presidente Tancredo Neves, Arbórea e Arbustiva e Mangue
Valença
Taperoá, Teolândia, Valença e compõem a vegetação do
Wenceslau Guimarães território.

Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Sul Baiano. A Floresta Ombrófila


EXTREMO SUL 07 /
Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu, Lajedão, Densa do bioma Mata Atlântica é
Teixeira
Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, a vegetação predominante no
de Freitas
Prado, Teixeira de Freitas e Vereda território.

Centro Sul Baiano. A vegetação


Caatiba, Firmino Alves, Ibicuí, Iguaí, diversificada com ocorrência de
MÉDIO SUDOESTE
Itambé, Itapetinga, Itarantim, Itororó, Floresta Estacional Decidual,
DA BAHIA /
Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Floresta Ombrófila Densa,
08 / Itapetinga
Potiraguá e Santa Cruz da Vitória Floresta Estacional Semidecidual,
e Fragmentos de Caatinga

Amargosa, Brejões, Cravolândia, Elísio


Centro Sul Baiano, com
Medrado, Irajuba, Itaquara, Itiruçu,
VALE DO JIQUIRIÇÁ / vegetação natural formada, em
Jaguaquara, Jiquiriçá, Lafayette
09 / Amargosa sua maioria, pela Floresta
Coutinho, Lajedo do Tabocal, Laje,
Estacional, associada ou não à
Maracás, Milagres, Mutuípe, Nova
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Itarana, Planaltino, Santa Inês, São Vegetação Secundária e pelo
Miguel das Matas e Ubaíra contato com a Caatinga

Vale Sanfranciscano. A Caatinga


Arbórea, Arbustiva e Parque,
Campo Alegre de Lourdes, Canudos,
SERTÃO DO SÃO Cerrado Arbóreo Florestado,
Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão
FRANCISCO Floresta Estacional, Vegetação
Arcado, Remanso, Sento Sé,
/ 10 / Juazeiro Secundária, Floresta de Galeria e
Sobradinho e Uauá
Campos Rupestres formam a
variada vegetação do território

Extremo Oeste Baiano. A


Angical, Baianópolis, Barreiras, vegetação dominante no território
Buritirama, Catolândia, Cotegipe, é a do bioma Cerrado com
BACIA DO RIO
Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Luís presença de Cerrado Arbóreo
GRANDE / 11
Eduardo Magalhães, Mansidão, Florestado e Gramíneo Lenhoso.
/ Barreiras
Riachão das Neves, Santa Rita de Há também Floresta de Galeria,
Cássia, São Desidério e Wanderley Floresta Estacional Semidecidual,
Decidual Montana e Caatinga.

Centro Sul Baiano. Áreas de


BACIA DO Boquira, Botuporã, Caturama, Érico Refúgio Ecológico, Caatinga,
PARAMIRIM / Cardoso, Ibipitanga, Macaúbas, Floresta Estacional e de Cerrado
12 / Macaúbas Paramirim, Rio do Pires e Tanque Novo compõem o mosaico vegetacional
do território.

Brumado, Caculé, Caetité, Candiba,


Centro Sul Baiano. A Caatinga
Contendas do Sincorá, Dom Basílio,
Arbórea é predominante no
Guanambi, Ibiassucê, Ituaçu, Iuiu,
SERTÃO território de identidade, com
Lagoa Real, Livramento de Nossa
PRODUTIVO ocorrência de muitas áreas de
Senhora, Malhada de Pedras, Palmas
/ 13 / Caetité contato com outros biomas, a
de Monte Alto, Pindaí, Rio do Antônio,
exemplo de Floresta Estacional e
Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu e
Cerrado Arbóreo
Urandi

Boa Vista do Tupim, Iaçu, Ibiquera,


Centro Norte Baiano.A vegetação
PIEMONTE DO Itaberaba, Itatim, Lajedinho, Macajuba,
é formada, majoritariamente, por
PARAGUAÇU / 14 / Mundo Novo, Piritiba, Rafael Jambeiro,
Floresta Estacional Semidecidual
Itaberaba Ruy Barbosa, Santa Terezinha e
e Vegetação Secundária
Tapiramutá

Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Centro Norte Baiano. A


Bacia do Capim Grosso, Gavião, Ipirá, Mairi, vegetação é formada por Floresta
Jacuípe / 15 / Ipirá Nova Fátima, Pé de Serra, Pintadas, Estacional Semidecidual,
Quixabeira, Riachão do Jacuípe, São Vegetação Secundária, Caatinga

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José do Jacuípe, Serra Preta, Várzea e Remanescentes da Floresta
da Roça e Várzea do Poço Estacional.

Centro Norte Baiano. A Caatinga


Arbórea e Arbustiva, os Contato
Caatinga-Floresta Estacional e
Caém, Capim Grosso, Jacobina, Miguel Cerrado-Floresta e a Vegetação
PIEMONTE
Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Secundária formam a paisagem
DA DIAMANTINA / 16
Saúde, Serrolândia, Umburanas e vegetacional do território. Há
/ Jacobina
Várzea Nova Tensão Ecológica nos Contatos
Cerrado-
Floresta e Caatinga-Floresta
Estacional

Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Nordeste Baiano. Áreas de


Dantas, Cipó, Coronel João Sá, Caatinga, Vegetação Secundária,
SEMIÁRIDO Euclides da Cunha, Fátima, Heliópolis, Cerrado e Floresta Estacional
NORDESTE II /17 / Jeremoabo, Nova Soure, Novo Triunfo, compõem a vegetação do
Ribeira do Pombal Paripiranga, Pedro Alexandre, Ribeira território. Há também áreas de
do Amparo, Ribeira do Pombal, Santa Contato Cerrado-Caatinga
Brígida e Sítio do Quinto Arbórea Aberta

Nordeste Baiano. Áreas de


Acajutiba, Alagoinhas, Aporá, Araçás,
Cerrado, Remanescentes de
Aramari, Cardeal da Silva, Catu,
Floresta Ombrófila, Vegetação
LITORAL NORTE E Conde, Crisópolis, Entre Rios,
Arbórea e Arbustiva e Mangue,
AGRESTE BAIANO / Esplanada, Inhambupe, Itanagra,
Contato Cerrado-Caatinga-
18 / Alagoinhas Itapicuru, Jandaíra, Olindina,
Floresta Estacional e Vegetação
Ouriçangas, Pedrão, Rio Real e Sátiro
Secundária formam a paisagem
Dias
natural do território

Água Fria, Amélia Rodrigues, Anguera,


Antônio Cardoso, Conceição da Feira, Centro Norte Baiano. A Caatinga,
PORTAL DO Conceição do Jacuípe, Coração de Vegetação Secundária,
SERTÃO / 19 / Feira Maria, Feira de Santana, Ipacaetá, remanescentes de Floresta
de Irará, Santa Bárbara, Santanópolis, Estacional e de Floresta
Santana Santo Estevão, São Gonçalo dos Ombrófila Densa formam a
Campos, Tanquinho, Teodoro Sampaio vegetação do território
e Terra Nova

Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo


Campo, Bom Jesus da Serra,
SUDOESTE BAIANO / Centro Sul Baiano. Os ambientes
Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas,
20 / Vitória da vegetacionais são o da Caatinga
Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada,
Conquista e da Floresta Estacional Decidual
Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida,
Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá,

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Planalto, Poções, Presidente Jânio
Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal
e Vitória da Conquista

Cabeceiras do Paraguaçu, Cachoeira,


Castro Alves, Conceição do Almeida,
Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Mesorregião Metropolitana de
RECÔNCAVO / 21 / Governador Mangabeira, Maragogipe, Salvador. A vegetação do TI é
Santo Antônio de Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, formada por remanescentes da
Jesus Salinas da Margarida, Santo Amaro, Floresta Ombrófila, Vegetação
Santo Antônio de Jesus, São Felipe, Arbórea e Arbustiva e Mangue
São Félix, Sapeaçu, Saubara e
Varzedo

Aiquara, Apuarema, Barra do Rocha, Centro Sul e Sul Baiano. A


Boa Nova, Dário Meira, Gongogi, Caatinga, Vegetação Secundária
MÉDIO RIO DE
Ibirataia, Ipiaú, Itagi, Itagibá, Itamari, e Contato Caatinga/Floresta
CONTAS / 22 / Jequié
Jequié, Jitaúna, Manoel Vitorino, Nova Estacional compõem a cobertura
Ibiá e Ubatã natural do TI

Brejolândia, Canápolis, Cocos, Coribe, Extremo Oeste Baiano. O


BACIA DO RIO
Correntina, Jaborandi, Santa Maria da Cerrado, a Floresta Estacional e a
CORRENTE
Vitória, Santana, São Félix do Coribe, Floresta de Galeria compõem o
/ 23 / Santa Maria da
Serra Dourada e Tabocas do Brejo mosaico vegetacional do
da Vitória
Velho território.

Vale Sanfranciscano. O território


tem como destaque a vegetação
ITAPARICA / 24 / Abaré, Chorrochó, Glória, Macururé, preservada, com áreas de
Paulo Afonso Paulo Afonso e Rodelas Caatinga, Cerrado, Floresta de
Galeria e também Tensão
Ecológica

Centro Norte Baiano. A


vegetação do território é formada
Andorinha, Antônio Gonçalves, por Caatinga Arbórea e Arbustiva,
PIEMONTE
Caldeirão Grande, Campo Formoso, Cerrado, Contato Cerrado-
NORTE DO
Filadélfia, Jaguarari, Pindobaçu, Ponto Floresta Estacional, Vegetação
ITAPICURU /
Novo e Secundária e Contato Cerrado-
25 / Senhor do Bonfim
Senhor do Bonfim Caatinga, além de áreas de
Tensão Ecológica e Refúgio
Ecológico Montano

METROPOLITANO Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Região de Salvador. A vegetação


DE SALVADOR / Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de do território é composta por
26 / Salvador Deus, Mata de São João, Pojuca, Remanescentes de Floresta

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Salvador, São Francisco do Conde, Ombrófila Densa, Vegetação
São Sebastião do Passé, Simões Filho, Arbórea e Arbustiva e Mangue
Vera Cruz.

Sul Baiano. A vegetação do TI é


COSTA DO Belmonte, Eunápolis, Guaratinga,
formada, predominantemente,
DESCOBRIMENTO / Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto
pela Floresta Ombrófila Densa e
27 / EUNÁPOLIS Seguro e Santa Cruz Cabrália
Vegetação Secundária.

Uma educação contextualizada no território nos convoca a olhar para


as singularidades e as pluralidades dos 27 Territórios de Identidade do estado
da Bahia, na tentativa de oferecer aos sujeitos centrais da educação, os
estudantes, percursos de formação escolar que dialoguem com os seus
contextos, cotidianos e concretos, de vida. Não se deve perder de vista a
potência do território na construção de identidades, muito menos o
multidimensional fenômeno da educação, que, situado no tempo-espaço
concreto da escola, atua como elemento constitutivo das práticas e da cultura
humana, e que deve estar a favor de um importante pacto social que promova
a autonomia e o bem comum, evocando, a partir da pluralidade territorial, uma
identidade transformadora.

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3. MARCOS LEGAIS

O Direito à Educação para todos é uma conquista muito recente na


história de emancipação política, em nosso país. Essa realidade remonta aos
anos da colonização portuguesa, alicerçada no patriarcado e no escravismo dos
povos indígenas, dos africanos e dos mestiços, visando exclusivamente ao
acúmulo de riquezas para a metrópole. Essa herança deixou marcas profundas
e irreparáveis na constituição política, econômica e social do país, uma herança
que ainda convive, na atualidade, com resquícios dos princípios escravistas,
racistas, misóginos, homofóbicos, machistas, eugenistas e genocidas, de forma
controversa às prerrogativas do Estado Democrático de Direitos.
No Brasil, após quase quatrocentos anos de escravidão, o Estado
Republicano não estabeleceu um projeto de reparação para os povos “libertos”
e alijados de acesso a direitos, no sentido de garantir as condições mínimas de
inserção social, como acesso à terra, à moradia, à educação e à saúde,
tampouco houve o reconhecimento e valorização da pluralidade cultural desses
povos; dessa forma, a identidade nacional tornou-se frágil, existindo, até os dias
de hoje, a intolerância e desrespeito à diversidade. Não houve uma
preocupação em se construir um conceito de povo, uma identidade nacional e
tampouco de garantir aos trabalhadores acesso a direitos, mesmo os mais
elementares como alimentação e moradia. (Currículo em Movimento da
Educação Básica, DF).
A partir da “abolição da escravidão” até o final do século XX, algumas
mudanças na conjuntura social ocorreram no país e, dessa forma, outros atores
sociais, aumentando a parcela dos grupos preteridos ao acesso aos direitos
fundamentais previstos na Constituição (mulheres, lésbicas, gays, pessoas
trans, pessoas com deficiência, povos do campo, povos itinerantes,
comunidades tradicionais) e, em um movimento contrário, a resistência e a luta
pela garantia desses direitos, permanecem coexistindo nos diversos espaços
sociais e, não diferente, nos espaços educacionais.
Essas lutas internas no país, pelos direitos dos cidadãos e cidadãs, em
muitos momentos da história, uniram-se aos movimentos internacionais que
buscavam os mesmos objetivos, em todo o mundo.

Entre estes, inclui-se os que versam sobre o combate às


desigualdades, desde os mais gerais, como a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948); até os mais específicos,
como: a Convenção Interamericana sobre a Concessão dos
Direitos Civis da Mulher (1948); a Convenção sobre os Direitos
Políticos da Mulher (1953); a Convenção Internacional sobre a
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Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965);
a Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Ensino
(1967); a Convenção nº169 da Organização Internacional do
Trabalho – OIT sobre Povos Indígenas e Tribais – 27/06/1989; a
Declaração dos Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias
Nacionais, Étnicas Religiosas e Linguísticas (1992); e a
Declaração e Plano de Ação de Durban (2001).(Currículo em
Movimento da Educação Básica, DF)

Assim, em muitos momentos, o Brasil, pressionado pelos movimentos


externos, tornou-se signatário de declarações, tratados e acordos
internacionais, e muitos dessas normativas legais influenciaram a nossa
legislação, em alguns casos positivamente e em outros, nem tanto.
Diante do exposto, falar sobre os marcos legais que versam sobre a
Educação e a política curricular no país e no Estado da Bahia, é falar desse
contexto sócio histórico, sobretudo da população excluída do acesso aos
direitos fundamentais. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou
desigualdades educacionais em relação ao acesso à escola, à permanência dos
estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes
desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição
socioeconômica de suas famílias. (BRASIL, 2017)
Diante do exposto, o Estado da Bahia, não pode se furtar a apresentar
um referencial curricular que desconsidere o contexto sócio histórico e as
múltiplas identidades culturas do seu povo, numa perspectiva de valorizar e
potencializar as produções de conhecimentos elaborados pelas comunidades
escolares dos 27 Territórios de Identidade, em prol da transformação da
realidade individual e coletiva dos cidadãos e cidadãs baianas, a partir da
reparação dos processos excludentes à educação dos grupos preteridos
historicamente e na garantia do direito de aprender de todos (as) estudantes,
ou seja, para fazer valer a justiça social.

Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-


pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do
trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos
do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade
de superação dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e
redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar e
deixar claro o foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as
necessidades dos estudantes são diferentes. (BRASIL, 2017)

Neste entendimento, os marcos legais, ora aqui apresentados,


precisarão ser, efetivamente, considerados na elaboração das propostas

14

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


curriculares de todas as Unidades Públicas e Privadas do Estado da Bahia, a
partir dos seus Projetos Políticos Pedagógicos.
Lembrando que a garantia dos direitos dos cidadãos e cidadãs, e, por
conseguinte à transformação social, perpassa pelo compromisso e
responsabilidade de todos (as) os atores sociais envolvidos(as) na educação de
todas as crianças, jovens, adultos e idosos, ou seja, a legislação por si só não
repercute em mudanças; o compromisso pelo seu cumprimento perpassa pelo
planejamento, execução, avaliação e monitoramento da política educacional, a
partir do controle social, em fazer cumprir-se.
Sendo assim, tomaremos como partida o Artigo 205, da Constituição
Federal de 1988, que reconhece a educação como direito fundamental
compartilhado entre Estado, família e sociedade ao determinar que: educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL,
1988)
Já o Artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90,
reafirma a quem resguarda o dever de assegurar os diretos fundamentais das
crianças e adolescentes: É dever da família, da comunidade, da sociedade em
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
No Artigo 7º do Estatuto da Juventude, Lei 12.852/2013, versa sobre o
direito do jovem "à educação de qualidade, com a garantia de educação básica,
obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade
adequada. (BRASIL, 2013)
Ainda sobre o direito à educação de adultos e idosos que não tiveram direito
à educação na idade adequada, o Artigo 21º do Estatuto do Idoso (Lei 10,741/03)
estabelece que "o Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à
educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas
educacionais a ele destinados". (BRASIL, 2003).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN Nº 9.394/96,
no Art. 2º, define os princípios gerais e finalidades da educação: “A educação,
dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais
de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.”
O Art. 3º, da LDBEN Nº 9.9394, delineia os princípios basilares para o
ensino.
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
15

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e
apreço à tolerância.
E, de acordo com o Art. 27 da LDBEN, os conteúdos curriculares
da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à
ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em
cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV -
promoção do desporto educacional e apoio às práticas
desportivas não-formais.

O Artigo 2ª da Lei Nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano


Nacional de Educação – PNE apresenta como diretrizes:
[...] I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do
atendimento escolar; III - superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria
da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para
a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se
fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão
democrática da educação pública; VII - promoção humanística,
científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento
de meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de
qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da
educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos
humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

A legislação apresenta indicações quanto à elaboração dos currículos


dos sistemas, redes e Unidades Escolares e, neste sentido, o Artigo 210 da
Constituição Federativa estabelece a necessidade de fixar “conteúdos mínimos
para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum
e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL,
1988).
A partir desse marco constitucional, a LDB, no Inciso IV de seu Artigo 9º,
afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996).

16

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Por meio do Parece CNE/CEB nº 7/2010, o Conselho Nacional de
Educação promulgou novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DNC), que
visam

estabelecer bases comuns nacionais para a Educação Infantil,


o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as
modalidades com que podem se apresentar, a partir das quais
os sistemas federal, estaduais, distrital e municipais, por suas
competências próprias e complementares, formularão as suas
orientações assegurando a integração curricular das três
etapas sequentes desse nível da escolarização,
essencialmente para compor um todo orgânico. (BRASIL,
2010).

Essas premissas legais foram consideradas nas Metas 2, 3, e 7 do


PNE, no que se refere aos currículos das etapas e modalidades de Educação
Básica, quando orienta para a elaboração de uma Base Nacional Comum
Curricular, especificamente nas estratégias:

"[...] 2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e


Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o
§ 5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base
nacional comum curricular do ensino fundamental [...]"
[...] 3.3) "pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o
§ 5o do art. 7o desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base
nacional comum curricular do ensino médio [...]";
"[...] 7.1) "estabelecer e implantar, mediante pactuação
interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação
básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos
e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as)
alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio,
respeitada a diversidade regional, estadual e local [...]"

Em dezembro de 2017, é homologada a Base Nacional Comum


Curricular (BNCC), das etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental,
que normatiza as prerrogativas da Carta Magna, das DNC e do PNE, ao defini-
la como:

documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico


e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos
devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
17

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade
com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).
(BRASIL, 2017)

Os Currículos Escolares, conforme preconizam os princípios e diretrizes


da LDB, DCN, reafirmados na BNCC, precisam reconhecer "que a educação tem
um compromisso com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas
dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica" (BRASIL,
2017), ou seja, numa perspectiva de formação integral e integradora dos sujeitos.
As aprendizagens essenciais estabelecidas pela BNCC se concretizarão
mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação, na qual
precisam ser consideradas a realidade local, a autonomia dos sistemas ou das
redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto, as
características e a participação dos estudantes.
Essas decisões precisam estar articuladas às especificidades e às
necessidades dos grupos sociais que convivem nos espaços sociais, incluindo
as escolas públicas e privadas do Estado, em atendimento às diferentes
modalidades da Educação Básica, conforme previsto nas orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e da legislação, voltadas para a política
curricular do Estado. A seguir apresentam-se os normativos legais, nacionais e
estaduais que versam sobre as modalidades de Educação.
• Educação Especial - Diretrizes Operacionais para o atendimento
educacional especializado na Educação Básica (BRASIL, e as
Diretrizes da Educação Inclusiva no Estado da Bahia).
• Educação de Jovens e Adultos (EJA) - Diretrizes Operacionais para
a Educação de Jovens e Adultos - EJA (BRASIL); Diretrizes
Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em
situação de liberdade nos estabelecimentos penais (PARECER
CEB).
• Educação do Campo - RESOLUÇÃO CNE/CEB 1, de 3 de abril de
2002 - Institui as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica
nas Escolas do Campo, um conjunto de princípios e procedimentos
para serem observados nos projetos das instituições que integram
os diversos sistemas de en-ino; PARECER CNE/CEB Nº 1/2006 -
Recomenda a adoção da Pedagogia da Alternância em escolas do
campo; RE-SO-LUÇÃO nº 2, de 28 de abril de 2008- Estabelece
diretrizes complementares, normas e princípios para o
desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação
Básica do Campo; DECRETO nº 7.352, de 4 de novembro de 2010
- Dispõe sobre a Política Nacional de Educação do Campo e o
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRO-NERA;
Lei nº 12.960 de 27 de março de 2014 - altera a LDBEN para constar
18

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


a exigência de manifestação de órgão normativo do sistema de
ensino (conselho) para o fechamento de escolas do campo,
indígenas e quilombolas, considerando para tanto a justificativa
apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico
do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar;
RESOLUÇÃO CEEN Nº 103 - Dispõe sobre a oferta da Educação
do Campo, no Sistema Estadual de Ensino da Bahia; LEI
ESTADUAL nº 11.35, de 23 de de-zembro de 2008 - Institui o
Programa Estadual de Apoio Técnico-Financeiro às Escolas Família
Agrícola – EFAs e Escolas Familiares Rurais – EFRs do Estado da
Bahia; DECRETO Nº 14.110, de 28 de agosto de 2012 - Dispõe
sobre a regulamentação da Lei nº 11.352, de 23 de dezembro de
2008, que institui o Programa Estadual de Apoio Técnico-Financeiro
às Escolas Família Agrícola - EFAs e Escolas Familiares Rurais -
EFRs do Estado da Bahia, através de entidades sem fins lucrativos
[...].
• Educação Escolar Indígena- Resolução CNE/CEB nº 3, de 10 de
novembro de 1999 - Fixa Diretrizes Nacionais para o
funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências; a
Resolução CNE/CEB Nº 13/2012, de 15 de junho de 2012 – Define
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Indígena na Educação Básica e Lei Nº 11.645, de 10 março de
2008 – Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena"; e Portaria nº
3918/2012 de 13 de abril de 2012 - Dispõe sobre a reorganização
curricular das unidades escolares da educação escolar indígena,
integrantes da rede pública estadual.
• Educação Escolar Quilombola - Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Escolar Quilombola e Resolução Nº 68 de 30 de
julho de 2013 que estabelece normas complementares para
implantação e funcionamento das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, no
Sistema Estadual de Ensino da Bahia.
Por fim, a elaboração dos currículos escolares e as propostas
pedagógicas precisam articular os conhecimentos científicos às temáticas da
contemporaneidade em escala regional, local e global, numa perspectiva de
promover e desenvolver nos estudantes de todas as etapas e modalidades da
Educação Básica, o desenvolvimento de cidadãos autônomos, responsáveis,
engajados e imbuídos na formação de uma sociedade mais justa, sustentável,
equânime, igualitária, inclusiva e laica

19

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Assim, compete abordar a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em
conformidade com a Lei 10. 639/03 e as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana e o estudo das temáticas da "História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena", conforme versa a Lei nº 11.645/ 2008 e
da Seção I - Do direito à Educação, do Estatuto da Igualdade Racial e de
Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia , Lei nº 13.182/2014.
Tais temáticas são centrais e urgentes de serem tratadas nos
currículos escolares do Estado da Bahia, na perspectiva de elevar o
conhecimento sobre as contribuições desses povos na constituição social,
política, econômica, científica, acadêmica e cultural do Brasil.
Desconsiderar essas contribuições é uma atitude de autonegação.
Assim, urge tratar dessas temáticas nas escolas públicas e privadas do
Estado e, assim, erradicar as práticas racistas e de intolerância religiosa, em
substituição ao reconhecimento e valorização da cultura e aos valores afro-
brasileiros e indígenas e aos conhecimentos ancestrais do que somos,
enquanto povo baiano.
Outros temas precisam também ser contemplados, dentre eles:
• Direitos da criança e do adolescente - Lei nº 8.069/1990.
• Direitos dos Jovens - Lei nº 12.852/2013.
• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso - Lei nº
10.741/2003.
• Educação em direitos humanos - Decreto nº 7.037/2009, Parecer
CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012), CNE/CP nº
3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004.
• Educação ambiental (Lei nº 9.795/1999 que Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências; o Parecer CNE/CP nº 14/2012 que estabelece
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental;
Resolução N° 11 do Conselho Estadual de Educação que Dispõe
sobre a Educação Ambiental no Sistema Estadual de Ensino da
Bahia; a Lei nº 12.056/2011 que institui a Política de Educação
Ambiental do Estado da Bahia, e dá outras providências.
• Educação para as Relações de Gênero e Sexualidade - Dos Princípios
Fundamentais da Constituição Federativa, 1988; Artigo 16 da Resolução
n. 07 do Conselho Nacional de Educação, de 14 de dezembro de 2014;
Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº 4/2010
• Educação para o trânsito - Lei nº 9.503/1997.
• Educação alimentar e nutricional - Lei nº 11.947/2009.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


• Saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação
financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural -
Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/2010.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


4. MARCOS TEÓRICOS, CONCEITUAIS E METODOLÓGICOS

Como um referencial curricular, o Currículo Bahia reafirma a


configuração singular e plural do Estado e aceita trabalhar com os seus desafios
socioeducacionais, face à sua complexa realidade socioeconômica, geopolítica
e cultural, assim como em face das demandas dos espaços escolares advindas
daí. Prima, assim, por assumir que uma política de currículo para a Educação
Básica, tem, acima de tudo, o compromisso com a qualificação da formação para
uma cidadania plena, em que saberes dos diversos campos do conhecimento
deverão confluir para o desenvolvimento integral dos estudantes, considerando
as competências gerais e específicas a serem desenvolvidas.
Nesses termos, afirma a necessidade de que as aprendizagens
construídas e conquistadas pelas competências pautadas por este referencial
curricular se consolidem a partir da qualificação da formação sociotécnica,
científica, tecnológica, ética, política, estética, cultural e espiritual. Neste veio,
este referencial implica-se em proposições vinculadas criticamente às questões
dos saberes e da formação tanto locais como globais, suas relações e
entretecimentos.
Assim, entende que um referencial contemporâneo deve se configurar
tanto através de saberes historicamente construídos, quanto pelo acontecimento
e as múltiplas experiências relevantes para um currículo da Escola Básica.
Conectividade, circunstancialidade, flexibilidade, criticidade, criatividade,
consciência, responsabilidade formacional, e compromisso político-educacional
são condições fulcrais para que um currículo conquiste pertinência e relevância
contemporâneas.
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, as Modalidades
Educacionais pleiteadas pelo nosso sistema educacional, assim como os Temas
Integradores constitutivos da nossa Educação Básica, têm no Referencial
Curricular do Currículo Baiano uma visão integrada, conectiva e transversalizada
pela perspectiva da equidade social, através de uma educação de qualidade
para todos e a partir de todos.
Trata-se assim, de um referencial que visa mobilizar, propor e explicitar
que os atos de currículo de educadores, estudantes e famílias, entre os vários
entes sociais implicados aos saberes de possibilidades formativas, sejam
exercitados e constituídos através de pedagogias ativas, visando a um processo
de ensino contextualizado, de maneira a possibilitar aprendizagens significativas
e socialmente referenciadas, baseadas numa relação harmônica e equilibrada
entre os sujeitos envolvidos no cotidiano pedagógico, considerando a dimensão
do sentimento como elemento basilar do trinômio ensino-aprendizagem-
sentimento.
22

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Esta abordagem metodológica ativa e criativa envolve, portanto,
processos formativos dialógicos, problematizadores e propositivos, inspirados
numa educação de possibilidades emancipatórias. Assim, perspectivam-se
professores implicados em compartilhar suas experiências profissionais com os
saberes e a vida, de maneira a interagir como mediadores de aprendizagens
criticamente reflexivas, e capazes de acrescentar ao processo de
desenvolvimento integral dos estudantes, que implica na valorização e utilização
dos conhecimentos para entender e explicar a realidade; o exercício da
curiosidade intelectual; a valorização e fruição das diversas manifestações
artísticas e culturais; utilização de diferentes linguagens; compreensão,
utilização e criação de tecnologias digitais para o exercício do protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.
Envolve, também, valorização da diversidade de saberes e vivências
culturais que tratam do mundo do trabalho, a partir das escolhas, fruto dos seus
projetos de vida; cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;
autoconhecimento e cuidado com a saúde física e emocional; exercício da
empatia, do diálogo, da resolução de conflitos e a cooperação; ação pessoal e
coletiva com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação; tudo isso numa perspectiva inclusiva, que envolve as relações
étnico-raciais, de gênero, regional, linguística e religiosa, contemplando as
dimensões da Integralidade, que trata do desenvolvimento integral; Identidade,
que se refere ao pertencimento e empoderamento; e Inovação, que abrange
tanto o contexto do mundo digital quanto pessoal, envolvendo o saber olhar para
si e o desenvolvimento das competências socioemocionais.
Dessa forma, o Currículo Bahia vai ao encontro das necessidades e
demandas do mundo do trabalho, da produção, das culturas, das diversas
existencialidades e da configuração sociotécnica da contemporaneidade.
Pleiteia como transversalidades, o desenvolvimento educacional de valores
como a solidariedade, a sensibilidade, a equidade, a compaixão e a
sustentabilidade ambiental, como pautas a serem desenvolvidas, visando à
formação para uma cidadania o mais plena possível, fortalecendo o processo de
construção de identidade dos sujeitos, de forma a sentirem-se empoderados,
pela noção específica de pertencimento, de discernimento e de capacidade de
empreender em transformações individuais e sociais.
Com uma sensibilidade explícita em relação à formação qualificada de
professores, este referencial vincula, de maneira afirmativa, à sua configuração
e implementação a formação inicial e permanente de professores em atuação,
concebendo-a como processos de aprendizagem plurais e permanentes,
constituídos de dentro das experiências aprendentes do trabalho docente e
através dos relevantes espaçostempos que a sociedade contemporânea nos
oferece para aprender, para aprender e sentir, para aprender a aprender e se
formar.
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Como um referencial curricular, conclama instituições educacionais e
seus educadores a tomá-lo como um conjunto de proposições fundamentadas e
justificadas, a serem pensadas com autonomia pedagógica, responsabilidade
socioeducacional, atitude formacional criativa e protagonismo institucional, tanto
da perspectiva operacional como da vontade de qualificação da formação para
e na Educação Básica do nosso Estado.
O coletivo de educadores mentor do Currículo Baiano, formado por
técnicos e gestores educacionais, professores da Educação Básica,
pesquisadores universitários e membros de instituições parceiras, entenderam,
desde as ações inaugurais desse referencial, que vislumbrava-se diante de nós
educadores baianos, a oportunidade ímpar de fazermos história educacional
através de uma política de currículo, acima de tudo, pensada e implementada
como construção propositiva, solidária e democrática, que percebe, no cotidiano
da escola, possibilidades fecundas para processos decisórios, implicando
currículos, até porque, uma política de currículo como referencial não é o
currículo da escola.
A escola tem seu potencial político, inteligência institucional e
operacional para se apropriar das políticas curriculares com responsabilidade e,
também, propor suas singularidades curriculantes com pertinência, até porque o
“direito à aprendizagem e ao desenvolvimento” dos seus estudantes e
professores, deverá sempre ser tomado como perspectival. Ou seja, pluralmente
considerado, por mais que tenha que pleitear como compromisso coletivo o bem
comum socialmente referenciado a partir da educação.
Espera-se, assim, que pelas práticas e reflexões dos nossos
educadores, o Currículo Baiano possa mobilizar instituições educacionais do
nosso Estado, nos seus espaço-temporalidades próprios, para compor
renovações, diante dos infindáveis, (in)tensos e desafiantes acontecimentos que
as problemáticas humanas e os saberes de possibilidades formativas se nos
apresentam no presente.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5. MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

5.1 Educação Escolar Indígena

Os Povos Indígenas têm direito a uma educação escolar específica,


diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue, comunitária e de qualidade,
conforme define a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar
Indígena no Brasil. A Constituição Federal de 1988 foi um divisor de águas na
relação entre o Estado brasileiro e os Povos indígenas. A partir de suas
prerrogativas, surgiram vários dispositivos legais que normatizam e encaminham
possibilidades para uma escola indígena específica, diferenciada, intercultural e
bilíngue/multilíngue, reconhecendo o direito dos povos indígenas manterem suas
identidades étnicas, fazendo uso de suas línguas maternas e processos próprios
de aprendizagem.
Na Constituição de 1988, admite-se que o Brasil é um país multicultural.
O artigo 231 reconhece aos índios a sua “organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens”. No artigo 210, foi assegurada às comunidades indígenas a
“utilização de conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais” garantindo-se, também, ainda neste artigo, a “utilização
de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem”.
Através do decreto Presidencial nº 26/91, foi feita a transferência da
gestão dos processos de educação escolar em comunidades indígenas da Funai
para o Ministério da Educação – MEC que criou a Coordenação Nacional de
Educação Indígena para acompanhar e avaliar as ações pedagógicas da
Educação Indígena do país. Posteriormente, através da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB, Lei 9.394/96, no artigo 78, instituiu-se como dever
do estado a oferta de uma educação escolar indígena bilíngue e intercultural,
sendo previsto que o Sistema de Ensino da União, “com a colaboração das
agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá
programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar
bilíngue e intercultural aos povos indígenas”, objetivando proporcionar às suas
comunidades e povos a recuperação de suas memórias históricas, a reafirmação
de suas identidades étnicas, a valorização de suas línguas e ciências, e garantir-
lhes o acesso às informações, aos conhecimentos técnicos e científicos da
sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não indígenas.
No artigo 79 da LDB/96, foi estabelecida a obrigação da União em apoiar
técnica e financeiramente os sistemas de ensino estaduais e municipais, “no
provimento da educação intercultural às comunidades indígenas”, mediante
25

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


“programas integrados de ensino e pesquisa” que visem fortalecer as práticas
socioculturais e a língua materna de cada comunidade indígena; manter
programas de formação de pessoal especializado, destinados à educação
escolar nas comunidades indígenas; desenvolver currículos e programas
específicos, inclusive os conteúdos culturais correspondentes às respectivas
comunidades; elaborar e publicar sistematicamente material didático específico
e diferenciado.
Em 1999, as Diretrizes para a Política Nacional da Educação Escolar
Indígena, aprovadas em 14 de setembro de 1999, pelo Parecer nº 14/99 da
Câmara Básica do Conselho Nacional de Educação, fundamentam a educação
indígena, determinam a estrutura e funcionamento da escola indígena e
propõem ações concretas em prol desta Educação. Estas Diretrizes foram
elaboradas pelo Comitê Nacional de Educação Indígena criado pelo MEC e
composto por representantes de órgãos governamentais e não governamentais,
representantes dos povos indígenas e de seus professores. A seguir, a
Resolução nº 3/99, preparada pela Câmara Básica do Conselho Nacional de
Educação e publicada em 17 de novembro de 1999, fixa as Diretrizes Nacionais
para o funcionamento das escolas indígenas, cria a categoria “escola indígena”,
reconhecendo-lhe “a condição de escolas com normas e ordenamentos jurídicos
próprios”, garantindo-lhe autonomia pedagógica e curricular.
A Educação Escolar Indígena é uma modalidade educacional com
práticas pedagógicas específicas calcadas nos princípios da especificidade, na
interculturalidade, no bilinguismo/multilinguismo, na diferença e valorização das
culturas indígenas. Os principais objetivos da Educação Escolar Indígena são:
valorização das culturas dos povos indígenas e a afirmação e manutenção de
sua diversidade étnica; fortalecimento das práticas socioculturais e da língua
materna de cada comunidade indígena; formulação e manutenção de programas
de formação de pessoal especializado, destinados à educação escolar nas
comunidades indígenas; desenvolvimento de currículos e programas
específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às
respectivas comunidades; elaboração e publicação sistemática de material
didático específico e diferenciado; e afirmação das identidades étnicas e
consideração dos projetos societários definidos de forma autônoma por cada
povo indígena. São reconhecidas como escolas indígenas, aquelas localizadas
em terras indígenas, escolas com normas próprias e diretrizes curriculares
específicas, voltadas ao ensino intercultural e bilíngue ou multilíngue, gozando
de prerrogativas especiais para organização das atividades escolares,
respeitando o fluxo das atividades econômicas, sociais, culturais e religiosas e
as especificidades de cada comunidade.
Nessa construção, o professor indígena é elemento fundamental para
que os saberes próprios da comunidade educativa indígena sejam difundidos e
incorporados nas práticas da escola, em sua origem, uma instituição exógena. É
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


indiscutível que o professor indígena realmente conhece, intimamente, e
desfruta do patrimônio cultural do seu povo, passado de pai para filho através da
oralidade e outras práticas sociais. De outro modo, a escola continuará sendo
um instrumento de exclusão de saberes e silenciamento da memória indígena.
A participação do professor indígena, dessa forma, garante a especificidade da
educação escolar. E um bom exemplo da importância do professor indígena
nessa construção encontra-se na produção de material didático específico, que
deve ser fruto de uma discussão e produção coletiva do povo. Outros fatores que
também dependem do protagonismo indígena para a qualidade do ensino
específico é a gestão da escola e das práticas pedagógicas; de modo que seja
possível traçar currículos, disciplinas, conteúdos e calendários que atendam e
estejam de acordo com os interesses e necessidades da comunidade.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5.2 Educação Especial

A Educação Especial/Inclusiva é uma modalidade de Educação que


perpassa, transversalmente, todos os níveis, etapas e modalidades de ensino,
oferecendo um conjunto de serviços e recursos especializados para
complementar e/ou suplementar o processo educacional dos estudantes com
necessidades educacionais específicas. A inclusão socioeducacional dos
estudantes com deficiência (cegueira, baixa visão, deficiência auditiva, surdez,
surdocegueira, deficiência intelectual ou deficiências múltiplas), transtornos
globais do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett
ou transtorno desintegrativo da infância) e altas habilidades/superdotação é um
desafio a ser enfrentado por todos, e a transformação da escola não deve ser
entendida como uma mera exigência do ordenamento legal, e sim, um
compromisso inadiável das escolas, família e sociedade, como forma de garantir
a esses estudantes o acesso à educação.
Em caráter complementar ou suplementar, a Educação Especial oferece
o Atendimento Educacional Especializado (AEE) por meio de Salas de Recursos
Multifuncionais (SRM) implantadas em escolas regulares e/ou Centros de
Atendimento Educacional Especializado que elaboram, disponibilizam e aplicam
recursos pedagógicos e de acessibilidade. O AEE se distingue das atividades
realizadas em salas de ensino comum, pois seu objetivo é acompanhar e apoiar
o estudante, fornecendo meios que proporcionem ou ampliem suas habilidades
funcionais, favorecendo a inclusão escolar e social. Os Centros, além de oferecer
o AEE, exercem um papel importante nas regiões onde estão implantados, por
desenvolverem ações articuladas com as escolas da rede estadual e com os
municípios, promovendo formação continuada em educação especial inclusiva,
adaptação de material, acompanhamento e apoio às SRM.
Em consonância com a perspectiva inclusiva da educação especial, a
compreensão de currículo deve ser a de um conjunto de estratégias e conteúdos
que reconheçam e valorizem a diversidade demandada pelos estudantes. Nesse
contexto, as barreiras arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais são
identificadas e eliminadas, pois o ponto principal da ação pedagógica deixa de
ser a condição de deficiência e se desloca para a organização do ambiente e
planejamento dos serviços visando à acessibilidade.
Para uma efetiva aprendizagem e sucesso das práticas pedagógicas em
uma escola que se orienta pela marca da inclusão, o currículo deve ser apoiado
por componentes específicos do Atendimento Educacional Especializado, tais
como: Ensino do Sistema Braille, Técnicas de Soroban; Orientação e mobilidade;
Aulas de Atividade da Vida Autônoma; Ensino do uso de recursos de tecnologia
assistiva; Ensino do uso da comunicação alternativa e aumentativa; Ensino da
Língua Brasileira de Sinais (Libras); Intérprete de Libras/língua portuguesa; Guia
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


intérprete para surdocegos; Estratégias para o desenvolvimento dos processos
mentais; Ensino de escrita cursiva; Ensino do uso de recursos ópticos não-
ópticos; Informática acessível etc.
Assim, é necessário que a unidade escolar implemente mudanças em
seu Projeto Político Pedagógico e planejamento, identificando a demanda e as
reais necessidades dos estudantes, para desenvolver um currículo escolar
inclusivo, que garanta a aprendizagem e o processo de avaliação, considerando
e respeitando as especificidades, bem como os limites e possibilidades,
conforme estabelecido na legislação sobre essa modalidade de ensino.
A Educação Especial é respaldada na Lei Nacional Nº. 9.394/96, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; na Lei Brasileira de
Inclusão Nº 13.146/2015, “destinada a assegurar e a promover, em condições
de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa
com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”; no Decreto Nº.
6.949/2009, que ratifica a convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência/ONU; na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da
Educação Inclusiva (2008); na Resolução CNE/CEB Nº. 04/2009 – que institui
Diretrizes operacionais para o Atendimento Educacional Especializado – AEE;
na Resolução 04/2009 do Conselho Nacional de Educação, que “Institui
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial”; na Resolução CEE Nº
79/2009 que estabelece normas para a Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva para todas as etapas e Modalidades da Educação Básica no
Sistema Estadual de Ensino da Bahia, na Nota Técnica – SEESP/GAB/Nº
11/2010, que dispõe sobre Orientações para a institucionalização da Oferta do
Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Salas de Recursos
Multifuncionais (SRM) implantadas nas escolas regulares e nas Diretrizes para
a Educação Inclusiva no Estado da Bahia, disponível em:
www.educacao.ba.gov.br/educacaoespecial.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5.3 A Educação de Jovens e Adultos

A EJA – Educação de Jovens e Adultos se constitui numa modalidade


da Educação Básica inserida nas políticas públicas nacionais e visa assegurar
aos jovens, adultos e idosos, o direito à educação de qualidade, considerando a
especificidade do seu tempo humano, onde os saberes e as experiências
adquiridas, ao longo de sua trajetória de vida, norteiam tanto a ação pedagógica
quanto o currículo, ancorados em uma concepção de educação e de mundo,
peculiar a estes sujeitos.
A política pública da Educação de Jovens e Adultos estabelece a
garantia de uma educação para todos aqueles que não tiveram acesso ou
oportunidade de estudos, no Ensino Fundamental e Médio, tendo em vista o
estabelecido no art. 205 da Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, na
Lei nº 9.394/96, art. 37, que regulamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação de Jovens e Adultos, emanadas do Parecer CNE/CEB nº 6 de
7 de abril de 2010 e na Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de julho de 2010, no
decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, nas normas complementares
emanadas da Secretaria Estadual de Educação e do Conselho Estadual de
Educação, como a Resolução Nº 239, de 12 de dezembro de 2011, que
oportuniza aos sujeitos da EJA concluírem sua escolarização, quer seja pela sua
oferta de Ensino para a Educação Básica e Profissional integrada ou
subsequente, quer seja pela sua oferta de Certificação, dentro e fora da escola,
por meio dos Postos de Extensão, de modo presencial ou semipresencial,
promovendo uma educação plural para sujeitos plurais.
No cenário educacional, os sujeitos da EJA, configuram-se enquanto
aqueles que não tiveram passagens anteriores pela escola ou, ainda, aqueles
que não conseguiram acompanhar e/ou concluir a Educação Básica, evadindo
da escola pela necessidade do trabalho ou por histórias margeadas pela
exclusão por raça/etnia, gênero, questões geracionais, de opressão entre outras.
Arroyo (2005) assevera que:
Os jovens-adultos populares não são acidentados ocasionais que,
gratuitamente, abandonaram a escola. Esses jovens e adultos repetem histórias
longas de negação de direitos. Histórias que são coletivas. As mesmas
vivenciadas por seus pais e avós; por sua raça, gênero, etnia e classe social.
(ARROYO, 2005, p. 30).
Nos últimos anos, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem
conquistando importantes avanços, seja no campo normativo e no jurídico, seja
no campo teórico e no da mobilização em prol de uma educação de qualidade
para todos. Nesse aspecto, o reconhecimento da diversidade do público da EJA
exige o reconhecimento, no individual como sujeito de aprendizagem e, no
coletivo, como sujeitos diversos no que se refere a grupos etários, geracionais,
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


étnicos (indígenas, quilombolas, ciganos...) geográficos (urbano ou rural), grupos
de educação especial e privados de liberdade.
“É sem dúvida, um ganho para esta temática” (AGUIAR, 2008). Isso,
não somente porque a EJA se insere em um campo de tradição e de luta pelo
direito à educação para todos, mas, principalmente, porque não se resume aos
processos formais de transmissão e aquisição de aprendizagens; vai além:
pretende ocupar-se dos diferentes saberes e dos diferentes processos de
aquisição e produção de novos conhecimentos, o que pressupõe a existência de
sujeitos que se constituem como autores de seu próprio processo de
aprendizagem. Sujeitos “capazes de pensar a si mesmos, capazes de intervir,
de transformar, de falar do que fazem, mas também do que sonham, do que
constatam, avaliam, valoram, que decidem e que rompem com o estabelecido”.
(FREIRE, 1997, p. 10)
Assim considerando, um currículo para a EJA não pode ser previamente
definido, se não passar pela mediação com os estudantes e seus saberes, e com
a prática de seus professores, o que vai além do regulamentado, do consagrado,
do sistematizado em referências do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
para reconhecer e legitimar currículos praticados, construídos coletivamente que
contemplem a diversidade sexual, cultural, de gênero, de raça/etnia, de crenças,
valores e vivências específicas aos sujeitos da EJA.
De acordo com Freire (2001, p. 15) o conceito de Educação de Adultos
vai se movendo na direção da Educação Popular, na medida em que a realidade
vai fazendo exigências à sensibilidade e à competência científica dos edu-
cadores e educadoras.
Assim sendo, para a garantia do direito dos jovens, adultos e idosos à
Educação Básica, o currículo deverá ser pautado em uma pedagogia crítica, que
considere a educação como dever político, com espaço e tempo propícios à
emancipação dos educandos e à formação da consciência crítico-reflexiva e
autônoma.
A EJA possui uma proposta curricular com base na aprendizagem por:
Eixos Temáticos e Temas Geradores. Estes últimos organizam (e organizam-se)
as diferentes áreas do conhecimento, de acordo com a dinâmica expressa no
modelo curricular, que se assenta na política-pedagógica da Educação Popular,
na Teoria Psicogenética que explica a construção do conhecimento, bem como,
na Teoria Progressista/Freireana (à luz da visão do ser humano integral e
inacabado).
Metodologicamente, deverá adequar-se às condições de vida dos jovens
e adultos e relaciona-se ao Mundo do Trabalho; da Arte de da Cultura e da
Ciência e da Tecnologia devendo, portanto, possibilitar a problematização da
realidade social, favorecendo a capacidade de aprender a conhecer e fazer
fazendo, para ser sendo, levando em consideração o tempo pedagógico

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


específico, destinado ao processo de formação, de modo a garantir o acesso, a
permanência e a continuidade dos estudos.
Os processos pedagógicos objetivam o desenvolvimento da pluralidade
de dimensões da formação humana. De igual modo, o processo de
aprendizagem, socialização e formação, deverá respeitar e considerar a di-
versidade de vivências, de idades, de saberes culturais e valores dos educandos,
seguindo um percurso formativo, que tomará como base, o princípio da
dialogicidade no processo de construção e reorientação do trabalho educativo.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5.4 Educação do Campo

A Educação do Campo é o resultado de diversas lutas dos movimentos


sociais populares do campo por justiça social. Historicamente, essas lutas
renderam conquistas importantes, a exemplo dos dispositivos constitucionais e
marcos políticos e legais que versam sobre o tema em questão. No âmbito
nacional, houve a aprovação da Resolução CNE/CEB 1/2002, que institui as Di-
retrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, um con-
junto de princípios e procedimentos para serem observados nos projetos das
instituições que integram os diversos sistemas de ensino; Parecer CNE/CEB N°
1/2006, que recomenda a adoção da Pedagogia da Alternância em escolas do
campo; Resolução nº 2/2008, que estabelece diretrizes complementares,
normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento
da Educação Básica do Campo; o decreto N° 7.352/2010 que dispõe sobre a
Política da Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária-PRONERA; Lei nº 12.695/2012, que dispõe sobre o apoio téc-
nico ou financeiro da União no âmbito do Plano de Ações Articuladas e a lei nº
12.960/2014, que altera a LDBEN para constar a exigência de manifestação de
órgão normativo do sistema de ensino (conselho) para o fechamento de escolas
do campo, indígenas e quilombolas, considerando para tanto o posicionamento
apresentado pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto
da ação e a manifestação da comunidade escolar.
No estado da Bahia houve a implementação da Lei N° 11.352/2008, que
institui o Programa Estadual de Apoio Técnico- Financeiro às Escolas Família
Agrícola – EFAs e Escolas Familiares Rurais – EFRs do Estado da Bahia,
regulamentada pelo decreto Nº 14.110/2012 e a Resolução do CEE Nº. 103/2015
que dispõe sobre a oferta da Educação do Campo, no Sistema Estadual de
Ensino da Bahia; Lei N° 13.907/2018, que assegura aos alunos e egressos das
Escolas Família Agrícola - EFAs e Escolas Familiares Rurais - EFRs, tratamento
equivalente aos alunos e egressos da Educação Estadual. Esses e outros
aparatos jurídicos reforçam o reconhecimento de que os povos do campo são
sujeitos de direito.
De acordo com a Resolução CEE N° 103/2015, a oferta da Educação do
Campo, no Sistema Estadual de Ensino da Bahia, no nível da Educação Básica,
destina-se à formação integral das populações do campo, em escolas do campo,
entendidas como unidades de ensino situadas na área rural ou aquelas
localizadas em áreas urbanas, desde que atendam, prioritariamente, as
populações do campo (Art°1°- CEE N°103/2015). No documento proveniente da
Conferência Nacional de Educação (CONAE 2010) é defendido que questões
ligadas à justiça social, ao trabalho e à diversidade estejam presentes nas
diversas instituições educativas e em todos os níveis e modalidades de
educação. Quanto à Educação do Campo enfatiza: superar as discrepâncias e
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


desigualdades educacionais entre o urbano e o campo; garantir a oferta da
educação do campo no país, levando em consideração a diversidade e as
desigualdades regionais; garantir às escolas do campo padrões básicos de
infraestrutura; valorização do meio; articulação com as demais modalidades de
ensino dentre outros.
Segundo o instrumento jurídico supracitado, os princípios da Educação
do Campo são: compreensão do trabalho como princípio educativo e da cultura
como matriz do conhecimento; respeito à diversidade da população do campo
em todos seus aspectos; garantia da definição de projetos educativos com
pedagogias condizentes às condições e aos anseios das populações do campo;
reconhecimento das unidades escolares como espaços públicos de ensino e
aprendizagem, produção de conhecimento e articulação de experiências de vida
dos educandos; desenvolvimento de políticas de formação de profissionais da
educação para o atendimento às especificidades, considerando-se as condições
concretas da produção e reprodução social da vida no campo; valorização da
identidade da escola por meio de projetos político-pedagógicos com organização
curricular e metodológicas adequadas às necessidades dos educandos e
comunidades do campo; flexibilização na organização escolar, visando à
adequação do tempo pedagógico, à definição do calendário, os processos de
organização de turmas, sem prejuízos das normas de proteção da infância contra
o trabalho infantil; e controle social da qualidade da educação escolar, mediante
a efetiva participação da comunidade e dos movimentos sociais relacionados às
questões do campo, na gestão da escola (Resolução - CEE N°103/2015).
Nessa perspectiva, na escola pensada o processo de
ensino/aprendizagem deve partir da realidade dos povos do campo e ter a
identidade valorizada por meio de projetos educativos com pedagogias próprias
e que atendam às especificidades da população do campo. Isso implica a
construção de um currículo próprio, calendário escolar flexível, produção de
material didático e paradidático que dialogue com o contexto local dos
educandos/as e que dê conta da organização dos espaços e tempos
pedagógicos integrados: Tempo Escola e Tempo Comunidade. Sabendo que
como nos afirma (Queiroz, 2004)
Numa concepção de alternância formativa, não é suficiente a
aproximação ou a ligação de dois lugares com suas lógicas diferentes e
contraditórias, ou seja, a escola e o trabalho. É necessária uma sinergia, uma
integração, uma interpenetração rompendo com a dicotomia teoria e prática,
abstrato e concreto, saberes formalizados e habilidades (saber – fazer),
formação e produção, trabalho intelectual e trabalho físico (manual).
Além disso, a matriz curricular precisa ser contextualizada e conter em
seu arcabouço, componentes curriculares condizentes com as relações sociais
da vida no campo brasileiro, a exemplo da agroecologia. O currículo não é
apenas um conjunto de conteúdos elencados, pois toda sua concepção
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


perpassa pelas relações sociais que envolvem a sociedade. Para a educação do
campo o currículo deve ser desenvolvido a partir das necessidades concretas
dos/das educandos/as, elaborado por muitas mãos e múltiplos olhares,
composto por saberes próprios das comunidades e em diálogo com os
conhecimentos científicos e saberes universalizados. O resultado desse
processo deverá ser a formação integral dos/as educandos/as e
desenvolvimento do meio onde a produção do conhecimento parte,
principalmente, da realidade próxima, das atividades práticas e do trabalho
coletivo.
A compreensão do trabalho, como princípio formativo, significa pensar a
formação pelo trabalho humano numa perspectiva emancipatória, no sentido de
analisar, conhecer e transformar a natureza para o bem estar e desenvolvimento
da sociedade. Essa concepção caminha de forma oposta ao viés capitalista que
perpetua a lógica de exploração da força de trabalho. Destaca-se como
referência para prática de uma educação do campo contextualizada àquela
embasada nos princípios da Pedagogia da Alternância. A Pedagogia da
Alternância tem atendido às necessidades da população do campo e se
mostrado como a melhor alternativa para a Educação Básica do campo para os
anos finais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação Profissional
Técnica e nível médio (Parecer CNE/CEB N° 1/2006). Esse princípio pedagógico
valoriza a cultura local, as experiências cotidianas dos/as educandos/as e das
comunidades das quais estão inseridos/as, bem como o modo de pensar e
produzir dos sujeitos do campo.
Em suma, a concepção de Educação do Campo busca romper com a
proposta de educação tradicional que organiza o currículo nos moldes da
educação urbana, assim como nos diz Caldart (2002), como se a escola do
campo fosse um mero apêndice da escola da cidade. A Educação do Campo
defende uma concepção pedagógica onde os conteúdos estão, intrinsecamente,
atrelados a realidade, um currículo próprio, construído por meio das experiências
de vida dos/as educandos/as e da efetiva participação dos movimentos sociais
populares e da comunidade extraescolar. “Uma educação no/do campo”.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5.5 Educação Escolar Quilombola

A Educação Escolar Quilombola – EEQ exige pedagogia própria,


respeito à especificidade étnico-cultural, ao contexto local e ao percurso histórico
de cada comunidade, observando os princípios constitucionais e os princípios
que regem a educação básica brasileira tanto nas escolas quilombolas como nas
escolas que atendem educandos/as oriundos/as dos territórios quilombolas.
Surge da pressão do Movimento Negro, do Movimento Quilombola e das
comunidades por um sistema educacional condizente com seus anseios e lutas:
pelo combate ao racismo, pela terra, pela territorialidade, pelo território ancestral,
no campo e na cidade, demarcando a temática dessa modalidade e dos
quilombos, de forma geral, no cenário político, econômico, ambiental e social. As
lutas e reivindicações realizadas pelos diversos sujeitos permitiram um salto
qualitativo no que diz respeito aos instrumentos legais que demarcam o percurso
histórico do tema no cenário nacional.
No ano de 2003, foi sancionada a Lei Federal 10.639/2003, que altera a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96, tornando obrigatório o ensino
de História e Cultura afro brasileira e africana no currículo escolar da Educação
Básica. Posteriormente, foi criado o documento que determina as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico Raciais
estabelecendo a inclusão de conteúdos sobre a História e a Cultura africana e
afro brasileira no currículo, subsidiando novas práticas pedagógicas de combate
ao racismo, preconceito e discriminação no processo de formação brasileira. Em
2012, foram implementadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Escolar Quilombola (Resolução CNE/CEB nº 8, de 20 de novembro
de 2012) e, em 2013, na Bahia, as Diretrizes Curriculares Estaduais para a
Educação Escolar Quilombola (Resolução CNE/CEB nº 68, de 20 de dezembro
de 2013), que orientam os sistemas de ensino a monitorar e garantir a
implementação da modalidade no estado.
Segundo a Resolução CNE/CEB Nº 8, de 20 de novembro 2012, Escolas
Quilombolas são aquelas localizadas em território quilombola e Educação
Escolar Quilombola compreende a educação praticada nas escolas quilombolas
e nas escolas que atendem estudantes oriundos de territórios quilombolas.
Sendo assim, trata-se de uma educação diferenciada onde a realidade, as
discussões sobre identidade e cultura, a memória coletiva devem ser
trabalhadas a partir da história de luta e resistência desses povos, bem como
dos seus valores, referenciais e marcos civilizatórios.
Para compreensão da presente proposta de educação torna-se
fundamental o conhecimento de alguns dos seus princípios, tais como: direito à
igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade; direito à educação pública,
gratuita e de qualidade; respeito e reconhecimento da história e da cultura afro-
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


brasileira como elementos estruturantes do processo civilizatório nacional;
proteção das manifestações da cultura afrobrasileira; valorização da diversidade
etnicorracial ;promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor ,credo, idade e quaisquer outras formas de discriminação ;garantia dos
direitos humanos, econômicos, sociais, culturais, ambientais; garantia do
controle social pelas comunidades quilombolas; reconhecimento dos
quilombolas como povos ou comunidades tradicionais; respeito aos processos
históricos de luta pela regularização dos territórios tradicionais dos povos
quilombolas, dentre outros (Resolução CNE/CEB nº 68, de 20 de dezembro de
2013).
Nessa perspectiva, a EEQ deve considerar o contexto sociocultural e a
realidade dos povos quilombolas em seus projetos educativos. Os conteúdos
que irão compor o currículo deverão convergir para a garantia do direito dos/das
educandos/as de conhecerem sua verdadeira história, o processo de formação
dos quilombos, em suas diversas escalas geográficas, bem como o
protagonismo dos movimentos Negro e Quilombola nas conquistas
mencionadas. Para isso, deve-se negar a história contada, de cima para baixo,
seguir a proposta política de um currículo construído com os quilombolas e para
os quilombolas, baseado nos saberes tradicionais, conhecimento e referência às
matrizes culturais. O currículo precisa garantir os valores das comunidades,
como a cultura, as tradições, o mundo do trabalho, a terra, a territorialidade, a
oralidade, a estética, o respeito ao ambiente e à memória.
As Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Escolar
Quilombola defende em seu Art. 29 que o currículo deve abranger “aos modos
da organização dos tempos e espaços escolares das atividades pedagógicas,
das interações do ambiente educacional com a sociedade, das relações de poder
presentes no fazer educativo e nas formas de conceber e construir
conhecimentos escolares, constituindo parte importante dos processos
sociopolíticos e culturais de construção de identidades”.
Em seu Art. 33, inciso II, há a referência sobre a necessidade de
flexibilização na organização curricular, no que diz respeito à articulação entre a
base nacional comum e a parte diversificada, no sentido de garantir a relação
entre o conhecimento escolar e os saberes tradicionais que são aqueles
conhecimentos produzidos pelas comunidades quilombolas. Outro ponto
importante refere-se à inclusão das comemorações nacionais, regionais e locais
no currículo.
Na Bahia, a defesa por uma EEQ adquire mais importância a partir da
análise de que esse ente federativo é um dos cinco estados brasileiros com
maior número de comunidades remanescente de quilombo. Segundo a
Fundação Cultural Palmares, de acordo com as certidões expedidas, existem
748 comunidades remanescentes de quilombos certificadas, atualizadas até a
portaria Nº 122/2018, publicada no DOU 26/04/2018. A Bahia possui ainda o
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


maior número de educandos/as matriculados/as em escolas quilombolas.
Segundo os dados do Censo Escolar de 2017, o estado possui 582 unidades
escolares quilombolas com 72.693 educandos/as onde atuam 3.347
educadores/as. Sendo assim, é dever do Estado a construção e garantia de uma
EEQ de qualidade e contextualizada.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6. TEMAS INTEGRADORES NO CURRÍCULO DO ESTADO DA
BAHIA

6.1 Educação para a Diversidade

A contemporaneidade coloca desafios para a construção de uma


educação efetivamente inclusiva e que respeite a diversidade humana, social,
cultural e econômica, sobretudo, das populações historicamente excluídas.
A política de inclusão, em todas as etapas e modalidades de ensino da
Educação Básica, dos estudantes que apresentam necessidades educacionais
especiais, muitas vezes advindas das necessidades econômicas e sociais,
historicamente estruturadas, e não apenas às de ordem cognitivas ou físicas,
não consiste somente na permanência física desses alunos na escola, mas no
propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a
diversidade desses estudantes, exigindo, assim, um conjunto de estratégias
político pedagógicas na escola, que se consolidem em elaborações curriculares;
levantamento de objetivos, critérios, procedimentos de avaliações; metodologias
de ensino diversificadas, adaptadas aos contextos, realidades e necessidades
individuais e coletivas dos estudantes; incluindo o repensar dos espaços físicos
da escola, no âmbito da acessibilidade e da convivência entre os pares para
potencializar a inclusão.
Quando falamos em necessidades educacionais especiais, falamos em
estudantes que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola,
os que estejam repetindo anos escolares, os que sejam forçados a trabalhar, os
que vivem nas ruas, os que estão respondendo medidas socioeducativas, os que
vivem em extrema pobreza, os que são vítimas de abusos e discriminação racial,
sexual e religiosa e, até mesmo, os que apresentam altas habilidades como a
superdotação, uma vez que a inclusão não se aplica apenas aos alunos que
apresentam alguma deficiência.
Para incluir, a escola precisa, primeiramente, acreditar no princípio de
que todos os sujeitos podem aprender e que todos devem ter acesso igualitário
a um currículo básico, diversificado e uma educação de qualidade, ou seja, a
escola precisa concretizar os seus currículos a partir de uma pedagogia centrada
no/na estudante.
Nessa perspectiva, o trato com as questões da educação especial, da
educação para as relações de gênero e sexualidades, da educação para as
relações étnico-raciais e a laicidade no currículo escolar, se torna imperativo,
uma vez que as ausências dessas tratativas se estruturaram em processos
educacionais excludentes, historicamente construídos em nossa sociedade.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A educação para as relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade e
para a laicidade, nos currículos escolares, toma especial relevância, sobretudo,
no atual contexto histórico, quando verificamos os crescentes índices de
violência contra a mulher, e ainda maior no recorte interseccional de mulheres
negras, bem como contra a população LGBT, a persistência das desigualdades
de gênero e étnico-racial – ancorada no sexismo, machismo e práticas misóginas
e racistas, a disseminação do discurso do ódio, fomentando a LGBT-fobia e, por
fim, a vulnerabilidade do Estado laico, nos ambientes educacionais.
Diante de tantos problemas, é preciso reafirmar que falamos de um país
que tem no corpo de sua Constituição Federal o princípio de um Estado
Democrático de Direito apresentando no seu Art. 1º a soberania, a cidadania e a
dignidade da pessoa humana, dentre outros, como fundamentos para a
efetivação dessa democracia.
Vale ressaltar que, na sequência, o Art. 3º apresenta quatro objetivos
fundamentais para a República Federativa do Brasil, sendo que, em se tratando
da Carta Magna, que rege a nossa sociedade, dois deles justificariam a
relevância de inserção das questões étnico-raciais, de gênero e sexualidades
nos currículos escolares.
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A democratização do acesso à educação pública é um direito
constitucional muito recente em nosso país, sobretudo, para as camadas
populares, historicamente alijadas do acesso aos direitos fundamentais, para o
pleno exercício da cidadania. A partir desse fenômeno, a escola torna-se um
espaço de encontros e convivências de sujeitos e de contextos culturais, políticos
e sócio- econômicos diversos e, nesse sentido, todos os sujeitos imbuídos no
processo de ensino-aprendizagem, no cumprimento da legislação e na
efetivação das políticas públicas, necessitam compreender a complexidade e
contradições existentes na constituição social do nosso país e, especialmente,
no Estado da Bahia, acolher e contemplar as narrativas historicamente
negligenciadas e invisibilizadas desses sujeitos, a fim de promover reflexões,
respeito, conhecimentos e desconstrução de estereótipos, preconceitos e todo
tipo de discriminação.
A escola, dentro de uma proposta curricular e pedagógica responsável,
comprometida e imbuída no cumprimento dos direitos educacionais dos/das
estudantes, precisa avançar na desconstrução de práticas, atitudes e valores
que destoem dos princípios éticos e legais que permeiam as relações sociais.
Neste sentido, faz-se necessário que a equipe pedagógica das escolas,
compreenda o seu papel fundamental na construção e na mediação do processo
ensino e aprendizagem, podendo este, como ator/atriz social e educacional,
colaborar para o respeito às diferenças e minimização das desigualdades
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


sociais, raciais e correlatas, efetivando o que preconizam as políticas públicas
educacionais para a diversidade.
No que se refere, especificamente, ao currículo sobre estudos de
Gênero, faz-se necessário compreender que ‘Gênero’ é um conceito,
historicamente, vem referenciando duas espécies humanas, a fêmea (gênero
feminino) e macho (gênero masculino). A partir dele é que, na segunda metade
do século 20, as Ciências Sociais instituíram outro conceito, o de papéis de
gênero, para circunscrever o conjunto de representações, posições, valores
culturalmente atribuídos à mulher e ao homem, já nos marcos de uma tradição
patriarcal que, até então, vem predominando em boa parte do mundo ocidental.
Segundo Joan Scott, é preciso desconstruir o “caráter permanente da
oposição binária” masculino feminino, na qual “usualmente se concebem
homens e mulheres como opostos que se relacionam dentro de uma lógica
invariável de dominação-submissão” (LOURO, 2014), como se essa fosse a
“única e permanente forma de relação entre os dois elementos”. (LOURO, 2014).
Seja no âmbito do senso comum, seja revestido por uma linguagem
“científica”, a distinção biológica, ou melhor, a distinção sexual, serve para
compreender – e justificar a desigualdade social, a forma como essas
características são representadas ou valorizadas, aquilo que se diz ou pensa
sobre elas que vai construir, efetivamente, o que é feminino ou masculino em
uma dada sociedade e em um dado momento histórico”. (LOURO, 2014, p.37).
Nessa perspectiva, Teresa de Laurentis (apud LOURO, 2014, p.37),
afirma que há pouco avanço em se dizer que a diferença sexual é cultural [...]
“em relação ao homem- sendo ele a medida, o padrão, a referência de todo
discurso legitimado”.
Assim, as formas de opressão e desqualificação do feminino, vão as
últimas consequências dos abusos, a violência contra meninas e mulheres. Por
muito tempo foi invisível e, até mesmo, considerada normal, pois, vigorava
predominantemente a ideia de que as mulheres eram propriedade dos homens.
Presente em todas as fases da vida, até mesmo na infância, a violência
atinge meninas e mulheres de todas as classes sociais e ocorre, sobretudo, no
âmbito doméstico, onde é frequentemente marcada pelo silêncio e pela dor,
especialmente quando se trata de violência sexual.
Diante do exposto, é preciso que a escola se aproprie da literatura e da
legislação, promotora da equidade de gênero, dentre elas as propostas
apresentadas no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013 – 2015.
Capítulo 2. Educação para igualdade e cidadania. Cujos Objetivos Específicos
são:
I. Eliminar conteúdos sexistas e discriminatórios e promover a inserção
de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das diversidades
nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da Educação Básica. II.
Promover a formação continuada de gestores/as e servidores/as públicos/as de
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


gestão direta, sociedades de economia mista e autarquias, profissionais da
educação, como também a formação de estudantes de todos os níveis, etapas
e modalidades dos sistemas de ensino público de todos os níveis nos temas da
igualdade de gênero e valorização das diversidades. III. Promover políticas para
a ampliação do acesso e permanência das mulheres no ensino profissional,
tecnológico e no ensino superior, com destaque para as áreas científicas e
tecnológicas, com igualdade de gênero, raça, etnia, considerando as mulheres
em sua diversidade. IV. Estimular a produção de conhecimento sobre relações
sociais de gênero, identidade de gênero e orientação sexual, levando em
consideração os aspectos étnicos, raciais, geracionais e das pessoas com
deficiência. V. Promover políticas para reduzir o analfabetismo feminino, em
especial entre as mulheres acima de 50 anos, negras e indígenas. VI. Contribuir
para a redução da violência de gênero no ambiente escolar e universitário, com
ênfase no enfrentamento do abuso e exploração sexual de meninas, jovens e
adolescentes.
A mesma lógica da repressão ao feminino recai sobre os homens e
mulheres homossexuais e pessoas trans, pois a expressão das suas identidades
sexuais, vão de encontro aos referenciais legitimados pela sociedade machista.
Dessa mesma lógica, advém as discriminações, a LGBT – fobia, as violências
simbólicas e físicas e, até mesmo, homicídios à população LGBT.
As questões de identidades de gênero, além das questões culturais que
as envolvem, de algum modo incluem ou englobam as questões de sexualidade
ou identidades sexuais. Segundo Jeffrey Weeks (apud Louro, 2014, p. 30),
“sexualidade tem a ver com as palavras, as imagens, o ritual, a fantasia como
com o corpo” sendo impossível se “compreender a sexualidade observando
apenas os seus componentes ‘naturais’ [...] “esses ganham sentido através de
processos inconscientes e formas culturais”.
A educação para as relações de gênero e sexualidade, ou das
identidades de gênero e sexuais perpassa por compreender essas questões
como inerentes a uma das múltiplas dimensões humanas. Neste sentido, todos
os seres humanos se identificam na dinâmica do gênero e da sexualidade, em
determinado momento, uma vez que as “identidades são sempre construídas,
elas não são dadas e acabadas” (LOURO, 2014, p. 31).
A educação para as relações de gênero e sexualidade na escola tem
como objetivo informar e problematizar questões relacionadas à sexualidade,
incluindo posturas, crenças, tabus e valores a ela associados. Diferencia-se
também da educação realizada pela família, pois possibilita a discussão de
diferentes pontos de vista associados à sexualidade, sem a imposição de
determinados valores sobre outros (BRASIL,1997).
No que se refere ao corpo, outro viés da sexualidade humana, em todas
as idades, a educação formal precisa auxiliar os/ as estudantes na compreensão
do funcionamento do próprio corpo. Além disso, discutir, pedagogicamente,
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


sexualidade com estudantes, adequando às respectivas faixas etárias e
cognitivas, é falar em proteção, empoderamento, autoestima, alteridade e
autonomia, no que diz respeito ao próprio corpo.
Assim, a educação para as relações de gênero e sexualidades tem a
intenção de fazê-los compreender as identidades de gênero e sexuais, como
dimensões humanas, asseguradas pela legislação, sem discriminação e
violências associadas aos modos de expressar-se e expressar as sexualidades
das outras pessoas. Essas identidades são condições, inexoravelmente,
humanas.
No que se refere às identidades ético-racial, precisa ser visibilizada no
currículo das unidades escolares baianas, tendo em vista a necessidade de
enfrentar o racismo que caracteriza a sociedade brasileira. Neste sentido,
questões de ordem racial, tantas vezes negadas, ocultadas, sobressaem nos
números da desigualdade, sobretudo na educação, e não podem ser
consideradas isoladamente, mas na relação com outras dimensões identitárias
a elas associadas. Isto significa dizer que a identidade negra se constitui e é
vivenciada a partir da intersecção com outras identidades – gênero, sexualidade,
territorialidade, deficiência, regionalidade.
Ao longo da história, foi construída uma visão negativa sobre a cultura e
identidade negra, fazendo com que fosse internalizada, no imaginário social,
uma imagem totalmente antagônica do negro e sua consequente marginalização
(GOMES, NILMA, 2001).
Como forma de romper as fronteiras do preconceito étnico- racial
construída ao longo de nossa história, compete à escola revisar o parágrafo 4 do
Art 26 da LDB 9394/96 que diz: § 4o O ensino da História do Brasil levará em
conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo
brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia. Assim
como, efetivar o cumprimento as Lei 10.639/03 e 11645/08 que vêm reforçar a
importância de inserir nos currículos, o Ensino da História e Cultura Afro-
brasileira e indígena.
As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 corroboram para construção
identitária positiva, partindo da preocupação dos docentes em ser uma
referência positiva na construção de identidade de seus alunos partindo da
premissa de que o professor além de assumir um papel político é um formador
de opinião; vale ressaltar que a construção da identidade não é um fator isolado,
acontece com a interação e a influência da sociedade.
A diferença precisa ser vista como subsídio para formação humana
desses sujeitos, uma vez que a escola tem o papel de propagar uma educação
democrática, desconstruindo todos os estereótipos incutidos nas práticas
educacionais e sociais. A herança cultural africana e indígena precisa ser
explorada positivamente e não de uma forma midiática sem levar em

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


consideração a real situação de invisibilidade a que o negro e o indígena são
submetidos.
No Brasil, Estado Democrático de Direito, a constituição da relação
participativa entre Estado e sociedade já acumula um conjunto de referências
sobre a educação para as relações de gênero e sexualidades, bem como para
as relações étnico-raciais, advindos de diversos processos e espaços de diálogo,
colocando na pauta as aspirações dos/as cidadãos/ãs de direito.
A tomada de consciência deverá passar por vários questionamentos,
inicialmente, por parte do/a educador/a, para depois chegar ao/a educando/a, a
partir de questionamentos, a saber: Como vêm sendo construídas as nossas
identidades de gênero, de raça, sexualidade, classe social, idade, profissão?
Como temos aprendido a ser quem somos? Sempre procurando de forma
pedagógica, discutir as questões, sem negligenciar as situações discriminatórias
que aparecerem, ou melhor, enfrentá-las.
Visando alcançar uma educação de qualidade para todas as pessoas,
faz-se necessário incorporar a diversidade em toda a sua complexidade na
gestão das políticas de educação, na dinâmica da aprendizagem e das relações
estabelecidas no interior dos espaços escolares, e não apenas nas condições
de acesso à educação.
Para tanto, a escola precisa considerar seu papel fundamental na
eliminação das discriminações e para a emancipação dos grupos historicamente
discriminados, pois a valorização sociocultural do indivíduo só se dará através
de ações pedagógicas, cujo objetivo deve ser contribuir, dentre outras coisas,
para a construção de sua identidade.
Estas ações devem ser pautadas na valorização de sua cultura, de sua
história, elevando sua autoestima, fazendo-o perceber seu papel e de seus
ancestrais e como sujeito da sua própria história. Acreditamos que essas ações
contribuam para o aumento do respeito às diferenças num país multirracial e
pluricultural como o nosso e diminua a evasão escolar de determinados grupos.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6.2 Educação Ambiental

O currículo, no sentido amplo, é entendido como filosofia e prática social


na educação que visa contribuir, de forma significativa, para o processo de
construção de conhecimento dos estudantes, de modo que eles se tornem
sujeitos autônomos, críticos e participativos na sociedade.
Esta proposta se assenta na base de um currículo flexível capaz de se
adequar a cada contexto das unidades escolares, de cada região do Estado e
às preferências de estilos de ensino de cada professor/professora. Entretanto,
ela destaca alguns conteúdos que, por sua relevância, são considerados
referenciais que se traduzem num conjunto de habilidades e competências que
devem estar contidos nos documentos balizadores.
A Educação Ambiental, um dos temas integradores do Currículo do
Estado da Bahia, é definida, pela Lei Estadual 12.056/2011, como o conjunto de
processos permanentes e continuados de formação individual e coletiva para a
sensibilização, reflexão e construção de valores, saberes, conhecimentos,
atitudes e hábitos, visando à uma relação sustentável da sociedade humana com
o ambiente que integra. Assim, diante do atual cenário global em que a
preocupação com as mudanças climáticas, a degradação da natureza, a redução
da biodiversidade, os riscos socioambientais locais e globais, as necessidades
planetárias evidenciam-se na prática social, cabe às unidades escolares incluir
os princípios da Educação Ambiental de forma integrada aos conteúdos
obrigatórios como forma de intervenção ampla e fundamentada para o exercício
pleno da cidadania, conforme destacado nas Leis de Diretrizes e Bases da
Educação (Lei nº 9.394/1996) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais de
Educação Ambiental estabelecidas pela Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012,
do Conselho Nacional de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Ambiental.
Nesse contexto, é de suma importância que a comunidade escolar
conheça os programas relativos à Educação Ambiental promovidos pelo
Governo do Estado, a fim de fortalecê-la e enraizá-la. Destacamos o Programa
de Educação Ambiental do Sistema Educacional da Bahia – ProEASE, que tem
como finalidade orientar e fortalecer o processo educativo, uma vez que
apresenta princípios, diretrizes, linhas de ação e fornece subsídios teóricos que
objetivam ampliar os conhecimentos dos(as) professores(as) de forma que
ações permanentes estejam integrando a temática ao cotidiano e ao Projeto
Político Pedagógico, contribuindo para a formação integral e cidadã dos(as)
estudantes por meio de uma prática transformadora e emancipatória e,
consequentemente, atingindo toda a sua dimensão no espaço escolar.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Para Layrargues (1999), a resolução de problemas locais pode ser uma
estratégia metodológica privilegiada para a prática educativa e também um
instrumento importante para a Educação Ambiental.
O trabalho com Educação Ambiental deve partir do pressuposto que
existe um tensionamento entre sociedade e ambiente, oriundos da relação de
poder historicizadas, não naturalizadas e possíveis de transformação
(Cavalcante, 2005). O fluxo reflexivo do pensamento crítico ilustra bem a
dinâmica preconizada pela Educação Ambiental.
Adaptação da Ilustração do Fluxo Reflexivo do Pensamento Crítico de
Costa-Pinto & Macedo (2012).
Diversos mecanismos são utilizados para a implementação da Educação
Ambiental nas Escolas. Para Vasconcellos (1997), a presença, em todas as
práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser
humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição
imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
Há várias concepções de Educação Ambiental. Destacamos a
importância de apropriação dessas concepções, por parte dos educadores e
educadoras, de forma a trabalhar com os estudantes de forma crítica -
questionando as condicionantes sociais que geram problemas e conflitos
socioambientais, emancipatória - visando à autonomia dos sujeitos frente às
relações de expropriação, opressão e dominação, e transformadora - buscar a
mudança do padrão societário, no qual se definem a degradação da natureza e,
em seu interior, da condição humana (Bahia, 2015), conforme preconizado pelas
Políticas Nacional (Lei 9795/99) e Estadual de Educação Ambiental (Lei
12.056/2011) e pelas Resoluções dos Conselhos - Nacional e Estadual - de
Educação.

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6.3 Educação para o Trânsito

No mundo inteiro, busca-se um trânsito seguro com ações de


engenharia, educação, policiamento e fiscalização. Todas as experiências em
Educação para o Trânsito de crianças jovens e adultos objetivam conscientizá-
los para conviver no espaço viário e formar cidadãos que respeitem a legislação
e não se envolvam em acidentes de trânsito. Não se pode tratar esse tema
apenas como um caráter informativo; é necessário que ele faça parte da
construção do conhecimento da criança, do jovem e do adulto.
A Educação para o Trânsito é o caminho para um trânsito seguro e
preservação da vida. O comprometimento e a conscientização com a segurança
no trânsito promovem a convivência harmoniosa na divisão do espaço das vias
terrestres públicas e privadas e evitam as transgressões infracionais às leis de
trânsito.
Podemos dizer que o objetivo geral da Educação para o Trânsito é
despertar uma nova consciência viária que priorize a prevenção de acidentes e
a preservação da vida. Envolve, genericamente, três aspectos: conhecimento,
prática e conscientização, sendo necessário que seja dirigida a todas as
pessoas, principalmente às crianças e jovens.
A cada quatro minutos, uma criança morre vítima do trânsito. Por isso é
importante educar as crianças para conviverem com esta realidade, para que
compreendam a necessidade de atitudes responsáveis e aprendam a preservar
suas vidas. Os jovens na faixa etária de 18 a 29 anos estão também inseridos
no grupo de risco no trânsito. É bom salientar que os resultados da violência do
trânsito no país são de aproximadamente 50.000 mortos por ano e 500.000
feridos.
Cada vez mais as campanhas relacionadas ao trânsito têm como
principal foco a conscientização de crianças e jovens, considerados os grupos
mais vulneráveis e de maior exposição ao risco de acidentes de trânsito. A
Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito, 2011/2020 foi criada
justamente pela necessidade de se unir esforços no mundo inteiro visando
estabelecer ações para a redução dos acidentes e salvar vida.
Para a redução das estatísticas de mortes no trânsito é importante
orientar as crianças sobre como se comportar no trânsito, quando estão no papel
de pedestre ou como ocupante de um veículo. A Educação para o Trânsito ajuda
a criança e o jovem a entenderem o comportamento adequado no uso do espaço
viário e a ter consciência dos seus limites e de suas capacidades.
O comportamento humano da criança e do jovem ao transitar é
influenciado pelas ações dos pais, dos familiares, do grupo, pelas relações
interpessoais e por condutas negativas. É necessário que a escola esteja

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


presente em sua vida e forme cidadãos mais conscientes e que desenvolva o
senso crítico que será levado para a vida toda.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) vigente, nos seus 20 capítulos e
os seus 341 artigos a palavra “educação” pode ser lida “vinte e oito vezes”, além
de 13 palavras e termos correlatos como: aprendizagem, currículo de ensino,
currículo interdisciplinar, escola pública e outros.
É no final da década de 90, que o termo Educação para o Trânsito se
consolida através do próprio CTB que teve o texto atualizado pela Lei nº. 9.503,
de 23 de setembro de 1997 e que no seu Capítulo VI – Da Educação para o
Trânsito estabelece no Art. 74 “A educação para o trânsito é direito de todos e
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de
Trânsito”. E no século XXI, mais precisamente, em junho de 2009, que as
Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito na Pré-Escola e no Ensino
Fundamental são aprovadas pelo Departamento Nacional de Trânsito
(DENATRAN).
É de fundamental importância ainda no capítulo VI o Artigo 76, “A
educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º
e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de
atuação”.
É relevante frisar que as regras estão num plano puramente idealista,
sendo difícil a sua aplicação, porquanto requerem uma modificação dos próprios
programas escolares, nas etapas e suas modalidades. A organização e
implantação da Educação para o Trânsito no ensino e, inclusive nas pré-escolas,
com vistas a formar uma mentalidade e hábitos de respeito ao trânsito e às leis
que o regulamentam é uma ação que requer urgência. O objetivo da lei vigente
não se resume em apresentar meras informações, ou instruções
complementares é vital a inserção da construção do conhecimento no currículo
escolar.
Ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) cabe oferecer as
propostas ou traçar as linhas básicas da educação e dos objetivos a serem
visados. O comportamento humano influencia as ações, por isso, torna-se cada
vez mais necessário incorporar os valores de cidadania e ética à vida dos
condutores de veículos para que sejam refletidos no trânsito.
Não bastam apenas as leis, é um erro apostar apenas na aplicação de
multas, pois ela, sem ações efetivas de educação, não muda muito o
comportamento humano. É necessário que o cidadão perceba-se como ser
integrante, dependente, e agente transformador do ambiente, identificando seus
elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria
do trânsito e, consequentemente, para a qualidade de vida. A Educação para o
Trânsito é imprescindível nas escolas regulares e vai além de folhetos e
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


adesivos, requer, entre outros aspectos, execução contínua de programas
educativos que fortaleçam o desenvolvimento humano e garantam a qualidade
de vida como impõe a Legislação.
O desafio da sociedade é a redução de acidentes e perceber o perverso
impacto que dele advém no âmbito econômico, político, da saúde e
principalmente no seio familiar. Dentro dessa busca existe um longo caminho a
ser percorrido na direção de um trânsito seguro para todos e a Educação para o
Trânsito pode cumprir um papel primordial na redução dos acidentes, cabendo
assim uma reflexão sobre o fenômeno.
As estatísticas dos acidentes de trânsito e a violência crescem a cada
dia, constituindo-se em uma das principais causas de mortes, principalmente
entre crianças e jovens, por isso é importante que a sociedade se mobilize,
estabelecendo uma consciência coletiva e individual, criando soluções
duradouras entre as quais o estabelecimento da Educação para o Trânsito no
currículo escolar.
Por fim, a Educação para o Trânsito é uma instrumentalização na busca
da conscientização e atuação segura no compartilhamento do espaço viário e
uma nova abordagem de repensar a prática pedagógica com a construção de
aprendizagens significativas para todos.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6.4 Cultura Digital

A transformação da materialidade dos bens culturais analógicos em


dados codificados digitais representa uma alteração significativa nos processos
de produção, reprodução, distribuição e armazenamento dos conteúdos
simbólicos - a cultura digital expressa a mudança de uma era.
Hoje, graças à complexa ecologia dos meios de comunicação, o que
acontece a milhares de quilômetros faz parte da nossa experiência cotidiana.
Ambientada pelas tecnologias da comunicação, a sociedade atual vive em vários
lugares simultaneamente, uma espécie de amálgama entre presença física e
presença à distância. Nesse contexto, o geógrafo Rogerio Haesbaert propõe
adotar a noção de multiterritorialidade, na medida em que existe a possibilidade
de “experimentar vários territórios ao mesmo tempo e de, a partir daí formular
uma territorialização efetivamente múltipla” (2004, p.11). A noção de
multiterritorialidade traduz a demanda contemporânea de apropriação e
pertencimento flexíveis, de territorialidades mais instáveis e móveis.
Anteriormente, a relação com os acontecimentos se dava no passado, como a
luz das estrelas no céu. Na nova circunstância social, as pessoas experimentam
uma presentificação do mundo – é o “tudo ao mesmo tempo agora”.
A revolução digital possibilitou a existência de uma espacialidade virtual,
o ciberespaço, e a interconexão progressiva das pessoas e organizações ao
redor do globo, alterando, radicalmente, também, os processos produtivos – por
isso, a revolução digital também é conhecida como terceira revolução industrial.
Atualmente, são 4,1 bilhões de pessoas conectadas em todo o mundo
(INTERNET WORLD STATS, 2018) e 120,7 milhões no Brasil (CGI.BR/NIC.BR;
CETIC.BR, 2018). O crescimento exponencial da conectividade no mundo, a
estruturação de políticas multidimensionais e transacionais, a economia que
ultrapassa as fronteiras dos países e imbrica todos eles - essa configuração atual
do mundo interdependente é chamada pelo sociólogo catalão Manuel Castells
de Sociedade em Rede (CASTELLS, 2007).
A facilidade de conexão e a redução de custos de equipamentos,
especialmente de celulares/ smartphones, marca um ponto de ruptura com a
lógica de broadcasting. A internet redefiniu a relação entre produtores
(profissionais de criação e distribuição de conteúdo) e consumidores. Os
consumidores convertem-se em produtores ou editores, na medida em que
difundem conteúdos próprios, remixados por eles ou simplesmente
compartilham materiais de sua seleção. O acesso facilitado e barato também
deu vazão ao caudaloso rio de informações até então represado. Um estudo da
International Data Corporation indica que, até 2025, a quantidade de dados
produzidos no mundo será de 163 zettabytes (cada zettabyte é um trilhão de

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


gigabytes), 10 vezes a quantidade de dados gerados em 2016, que totalizou
16,1ZB (IDC, 2017).
A ambiência criada pela profusão de suportes e a constante circulação
de conteúdos favorecem a emergência de formatos narrativos híbridos,
adequados ao mundo hiperconectado. “Na era da convergência midiática,
discutir a linguagem de cada mídia separadamente não é mais suficiente para
se entender como a mensagem adquire novos contornos, dependendo do meio
que a veicula” (GONÇALVES, p. 16, 2014). A internet torna tudo isso possível
porque
Os conteúdos digitais absorvem textos, imagens, sons e podem ser
transferidos em altíssima velocidade, a partir de pacotes de informação
padronizados de acordo com inúmeras regras, chamadas protocolos, que
definem efetivamente o modo, os limites e as formas dessa comunicação. [...] A
internet é capaz de transferir e vincular tudo o que possa ser digitalizado.
(SILVEIRA, 2007, p.27).
Este contexto abre espaço para inovações estéticas e formais. “Estamos
descobrindo novas estruturas narrativas, que criam complexidade ao
expandirem a extensão das possibilidades narrativas, em vez de seguirem um
único caminho, com começo, meio e fim”, afirma Henry Jenkins (2008, p. 165).
Os novos formatos narrativos presumem a ambiência em rede e interação entre
várias mídias, a fim de melhor aproveitar a convergência de suportes e a
conectividade do mundo contemporâneo.
No universo de pessoas e instituições produzindo conteúdo, multiplica-
se, exponencialmente, a forma de conectar-se, de interagir e colaborar entre si
– e, frequentemente, com agentes fora de seu círculo mais próximo, muitas
vezes desconhecidos. A colaboração motivada por predileções comuns não
mobiliza somente números, mas expertises, sensibilidades, histórias de vida;
enfim, as mais variadas formas de conhecimento humano. Sob a égide da
colaboração, as comunidades criadas, a partir de interesses afins, conseguem
“alavancar a expertise combinada de seus membros. O que podemos não saber
ou fazer sozinhos, agora podemos fazer coletivamente” (JENKINS, 2008, p.54).
É o que Pierre Levy chama de “Inteligência Coletiva”.
O que é inteligência coletiva? É uma inteligência distribuída em todos
os lugares, constantemente valorizada, coordenada em tempo real, que leva a
uma efetiva mobilização de competências. Acrescentamos a nossa definição
essa ideia indispensável: a base e o objetivo da inteligência coletiva é o
reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas, e não o culto de
comunidades fetichizadas ou hipostasiadas. Uma inteligência distribuída em
toda parte: esse é o nosso axioma inicial. Ninguém sabe tudo, todo mundo sabe
alguma coisa, todo conhecimento está na humanidade. Não há reservatório de
conhecimento transcendente e conhecimento não é outro senão o que as
pessoas sabem. (LEVY, 2004, p. 19)
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A realização da inteligência coletiva, numa sociedade em rede inclusive,
abre espaço para teorizações a respeito da aprendizagem, como o Conectivismo
(SIEMENS, 2004), que alerta para a nossa capacidade em acessar o
conhecimento de outras pessoas. A mesma elaboração teórica observa que a
educação formal não é mais a maior parte do aprendizado, bem como chama
atenção para a habilidade de fazer distinções entre informações importantes e
sem importância num contexto de abundância.
As tecnologias de conectividade contemporâneas abriram um campo de
possibilidades de interação, cada vez mais desenvolvido e expandido, a partir do
qual são inauguradas novas formas de estar em comunidade. Não é à toa que a
palavra mais em moda hoje em dia seja share (“compartilhar”). Segundo Henry
Jenkins “novas formas de comunidade estão surgindo: essas comunidades são
definidas por afiliações voluntárias, temporárias e táticas, e reafirmadas através
de investimentos emocionais e empreendimentos intelectuais comuns” (Jenkins:
2008, p.55). O pesquisador afirma que produção mútua e troca recíproca de
conhecimento são as forças que mantêm as comunidades, ainda que seus
membros possam mudar de um grupo a outro, à medida que mudam seus
interesses, e pertencer a mais de uma comunidade ao mesmo tempo.
A Cultura Digital articula-se com qualquer outro campo além das
tecnologias, como Arte, Educação, Filosofia, Sociologia, Ciências Naturais etc.
Justamente pela ubiquidade crescente das tecnologias digitais (SANTAELLA,
2013), instigam instituições e espaços formativos a conceber novos jeitos de
aprender, tanto dentro quanto fora do espaço escolar.
Esses novos jeitos de aprender, nos dias de hoje, escapam ao modelo
hierárquico, sequencial, linear e fechado em apenas um turno escolar.
Compreendem a ideia de rede no ato de conhecer, alterando formas e jeitos de
aprendizagem e interpelando-nos a pensar novas formas de escolarização e de
fazer cultura. (BRASIL, 2009, p.11)
Nesse sentido, emergem desafios pedagógicos e estruturais a serem
enfrentados pelas redes de educação, escolas, gestores e professores. No
âmbito dos desafios pedagógicos, é possível listar:
a) Conhecimento transmídia - A era da convergência, com seus
hibridismos, fluxos por múltiplos suportes e acesso, cada vez maior, a meios de
comunicação e produção multimídia, multiplicam as alternativas de geração e
circulação do conhecimento. A escola, entretanto, continua privilegiando,
majoritariamente, o binômio leitura/escrita e, assim, deixa de se relacionar com
o campo de possibilidades aberto na sociedade contemporânea. A questão aqui
não é o abandono da leitura e da escrita, mas reconhecimento e valorização da
diversidade atual de possibilidades de expressão e produção de conhecimento
legadas pelas inúmeras mídias a que se tem acesso, incluindo novas estéticas
e formatos.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


b) Escola na sociedade em rede - Os espaços formais de educação são
frequentemente criticados pelo seu isolamento perante o resto da sociedade.
Reposicionada como mais um dos elos de geração e disseminação do
conhecimento, a escola precisa superar essa solidão, dialogar e articular-se com
outros centros produtores de conhecimento. Integrar e se beneficiar da
inteligência coletiva (LEVY, 2004). De forma correlata, também os docentes têm
que aprender a trabalhar de forma mais horizontal - com alunos e outros agentes
educacionais -, abandonando o posto de fonte única do conhecimento e
assumindo-se como curador de itinerários na grande rede do conhecimento.
c) Produção e autoria - Nunca os meios para pesquisar, produzir e
circular conhecimento estiveram tão disponíveis para tanta gente – e isso se
transforma em oportunidades educativas, pois “as tecnologias digitais propiciam
possibilidades de interação, de autoexpressão e de autoria nunca antes
experimentadas” (BONNEL et. al, 2016, p.115). O cenário atual favorece uma
mudança na atitude de professores e estudantes, agora pensamos como
“criadores de conteúdos, de cultura, de ciência, de tecnologia e de artefatos
criativos (PRETTO, 2017, p.57). Os processos criativos autorais podem e devem
ser percebidos como estratégias de aprendizagem, ao implicar em
comprometimento e dedicação intensivos. Nessas situações, os educandos “se
deparam com conceitos em um contexto significativo, portanto o conhecimento
está integrado a uma rica teia de associações”. “Como resultado, os estudantes
são mais capazes de acessar e aplicar o conhecimento em novas situações”
(RESNICK, 2017, p.53 – tradução nossa) . Para além da aprendizagem em si, a
produção permite que todos se coloquem na posição de sujeitos, autores não
apenas daquilo que produziram, mas de seus próprios percursos formativos. A
radicalidade dessa transformação requer uma revisão do modelo hegemônico
escolar – instrucionista, hierárquico, sequencial, linear e fechado em apenas um
turno. A escola precisa atuar “como uma plataforma educativa, e que se constitua
num ecossistema de aprendizagem, comunicação e produção de culturas e
conhecimentos [...] com um estímulo à criação permanente, à remixagem, à
mistura de tudo [...] (PRETTO, 2017, p.58)
d) Colaboração - As práticas colaborativas são estruturais e
estruturantes na sociedade em rede. No âmbito da educação, isso é ainda mais
evidente, pois a natureza do conhecimento é colaborativa. A ciência, assim como
a arte, avança à medida que ideias são confrontadas e complementadas. Em
projetos ou atividades colaborativas, a criação, teste, homologação e uso
supõem e dependem da ação coletiva, dentre outras experiências que também
chamam atenção. A colaboração entre pares supõe a autorregulação e não
reconhece valores ou autoridades extrínsecos à ação em si. Como prenuncia o
quarto princípio do código de ética hacker: “o julgamento dos hackers deve ser
feito pela qualidade do que eles efetivamente fazem e realizam [...] e não por
critérios falsos, como escolaridade, idade, raça ou posição. (PRETTO, 2010).
53

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Assim, a lógica colaborativa se contrapõe ao modelo escolar hegemônico,
organizado na perspectiva da aprendizagem atomizada e individual, sob a tutela
de uma autoridade validadora. Além de castrar o potencial de colaboração dos
alunos (e as muitas possibilidades de aprendizagem correlatas), este modelo é
descolado da vida, cada vez mais cooperativa. Dependemos cada vez mais dos
outros para lidar com informações e conhecimento que não somos capazes de
processar sozinhos. “Até agora, nossas escolas ainda se concentram em gerar
aprendizes autônomos; buscar informações com outras pessoas ainda é
classificado como ‘cola’” (JENKINS, 2008, p. 178).
e) Conexão/condições sociais e materiais - Não é possível dar os passos
descritos anteriormente sem a estruturação dos espaços educacionais para
atender, com propriedade e de maneira satisfatória, as necessidades da
educação contemporânea. As escolas enfrentam dificuldades na adequação de
infraestrutura elétrica e lógica, bem como nos investimentos em conexão de
banda larga e equipamentos – além de, eventualmente, a própria cultura escolar.
As unidades escolares tampouco têm acesso facilitado à pessoal especializado
na configuração e manutenção dos equipamentos que eventualmente
disponham. A falta de estrutura nos espaços formativos pode ampliar o digital
divide que existe entre classes mais e menos abastadas, relegando às últimas
práticas escolares do século passado. Essa desigualdade de oportunidades é,
portanto, cultural, social e também cronológica, pois distancia ainda mais a
escola do tempo vivido.
O enfrentamento aos desafios mencionados oferece a estudantes - e
também a professores - o desenvolvimento de boa parte das 10 Competências
Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Há uma relação direta com
as seguintes competências e dimensões:
1. Conhecimento (dimensão: Aprendizagem e conhecimento)
2. Pensamento científico, crítico e criativo (dimensão: Criatividade;
Pensamento científico e crítico)
3. Repertório Cultural (dimensão: Repertório cultural; Identidade e
Diversidade)
4. Comunicação (dimensão: Comunicação)
5. Cultura digital (dimensão: Computação e programação;
6. Pensamento computacional; Cultura e mundo digital)
7. Trabalho e projeto de vida (dimensão: Projeto de vida)
8. Argumentação (dimensão: Argumentação)
9. Empatia e cooperação (dimensão: Empatia; Diálogo e cooperação)
10. Responsabilidade e cidadania (dimensão: Responsabilidade).

54

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6.5 Educação Fiscal

O tema integrador Educação Fiscal exerce um papel importante na


consecução desses objetivos, principalmente por dar ênfase ao sujeito de direito
na condução da vida social e nas relações humanas, sobretudo nas unidades
escolares, uma vez que aborda os direitos assim como os deveres que todos
têm com o país, com o Estado, com a comunidade e os semelhantes. Partindo-
se desses princípios, a Educação Fiscal é concebida como processo educativo
que visa à construção de uma consciência voltada ao exercício da cidadania,
objetivando a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos
instrumentos de controle social e fiscal do Estado, estabelecendo como
norteadores de suas práticas os seguintes princípios: Ético – da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; Estético – da
sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e
culturais; Político – dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática. Princípios estes que se
apresentam como promotores da articulação entre os campos do conhecimento
e os aspectos da cidadania.
Para Canivez (1991) o “cidadão ativo” se diferenciará do “cidadão
passivo” pelo modo como ele participa dos assuntos que envolvem a sua vida
em comunidade. Todavia, o desenvolvimento de uma postura ativa de exercício
da cidadania tem como pressuposto básico uma “competência”, competência
esta que se adquire durante a vida por meio dos diferentes saberes,
conhecimentos e experiências e que não pode estar restrita ao recebimento de
informações para apenas permitir ao cidadão, enquanto indivíduo governado, ter
a compreensão de seus direitos e deveres, mas de prepará-lo, muito além de
seu intelecto, para se posicionar de forma ativa, crítica e sensata no ambiente
em que está inserido.
E isso inclui, também, a relação do cidadão com seus governantes, e de
forma específica, no que se refere a sua participação no processo de
planejamento e acompanhamento da aplicação dos recursos públicos. E, neste
processo, a escola e o professor/professora têm um papel primordial para a
formação de sujeitos fiscalmente educados e, estes, consequentemente,
poderão influir as decisões da sociedade em que vive com intuito de garantir
direitos e deveres em benefício da coletividade.
O tema integrador Educação Fiscal, constitui, assim, em um
conhecimento a ser contemplado por todas as disciplinas, preservando-se as
especificidades de cada uma, uma vez que os conteúdos estão relacionados a
questões sociais e econômicas, como efeito, principalmente, do sistema

55

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


produtivo. Envolve um processo de sensibilização, informação, apropriação e
conscientização dos indivíduos sobre as questões fiscais.
A construção dos saberes em Educação Fiscal deve acontecer de
maneira articulada com os conteúdos estruturantes das diversas disciplinas e
por meio de diferentes processos e linguagens, a exemplo de colóquios, textos,
músicas, poesias, artes visuais, artes cênicas e outras. Neste momento histórico
de inquietações nos diferentes setores da sociedade, contextualizar os desafios
do cotidiano, pode representar um convite aos sujeitos envolvidos nos processos
de ensino e da aprendizagem a assumirem o papel de agentes transformadores
e responsáveis pela elaboração do próprio saber, com uma visão local e global
e capazes de intervir e modificar a realidade social.
A implementação da Educação Fiscal se constitui como prática
educativa voltada para o entendimento da realidade social e dos direitos e
responsabilidades nos níveis pessoal e coletivo e a afirmação do princípio da
participação política. Compreendem a socialização de conhecimentos acerca da
Administração Pública, de modo especial, a tributação, a alocação e o controle
dos gastos públicos, conceitos imprescindíveis para o entendimento da função
socioeconômica dos tributos e, principalmente, a formação de uma consciência
cidadã, ou seja, cidadãos críticos, dotados de condições que permitam entender
os contextos históricos, sociais e econômicos, conscientes, responsáveis.
A escola, que historicamente é o palco e alvo da disputa de interesses
específicos, representa a organização dual da nossa sociedade, característica
da economia, sob e no capitalismo, tem a função precípua de tornar o indivíduo
cada vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situação no mundo, para
intervir e promover sua transformação (SAVIANI, 1985) e, quando se passa a ter
consciência do poder de influenciar e decidir, um novo mundo pode ser
vislumbrado.
A Educação Fiscal poderá ser um dos caminhos de estímulo para o
exercício de uma postura ativa na decisão sobre gestão dos recursos públicos.
E é só neste sentido que se pode entender a cidadania, oportunizando a
compreensão da função socioeconômica dos tributos e possibilitando às
pessoas participarem da vida do governo e de seu povo e, consequentemente,
o fortalecimento do ambiente democrático e a busca da justiça social (Brasil,
2009).

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


7. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Ter uma Educação Básica igualitária e de qualidade é um direito


assegurado por lei, desde 1988, na Constituição Federal Brasileira (Art.205 e
206). Um processo de ensino e aprendizagem de sucesso representa a
equidade no atendimento com qualidade aos estudantes ao longo da sua
escolarização. Para acompanhar esse processo, é imprescindível uma
avaliação sistemática e abrangente de todo processo pedagógico. Nesse
contexto, as avaliações externas e internas da instituição e as de desempenho
e aprendizagem dos estudantes são ferramentas para aferir a eficácia das
políticas educacionais implementadas.
Avaliar é refletir sobre as informações obtidas com vistas a (re) planejar
ações, é uma atividade orientada para o futuro. A avaliação deve ser base para
se (re) pensar e (re) planejar a gestão educacional e a ação pedagógica, pois
informa o quanto conseguimos avançar e ajuda a pensar em como impulsionar
novas ações educativas, projetos e definir novas políticas públicas. A avaliação
é um ponto de partida, impulsionador, um elemento de definição a mais para se
refletir a gestão educacional, (re) pensar e (re) planejar as ações pedagógica
dentro e fora da sala de aula, um caminho a ser trilhado, ao longo dos anos,
tendo como foco principal o processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, a avaliação permite o trânsito entre lugares já percorridos e
novos lugares, inclusive ainda não explorados, para que sejam cotidianamente
(re) construídos como parte de um processo coletivo, dialógico, complexo,
realizado por pessoas com expectativas, compromissos, conhecimentos,
prática e desejos coletivos. Para tanto, a avaliação educacional deve ser
compreendida como uma ferramenta determinante na coleta de informações,
necessárias aos elementos que compõem o sistema educacional responsável
pela determinação das políticas educacionais, pelos sistemas de ensino,
diretores de escolas, professores e os próprios estudantes para tomada de
decisões e para acompanhar e aperfeiçoar “a dinâmica institucional.
Nesse processo, procedimentos externos (organizados por órgãos
locais e centrais da administração) e procedimentos internos (organizados pela
unidade escolar) oferecem elementos para o desenvolvimento tanto da
avaliação institucional como da avaliação do processo de ensino e de
aprendizagem, tornando possível a criação de políticas públicas, planejar
intervenções pedagógicas focalizadas nas reais necessidades das escolas e
dos estudantes, permite identificar estágios de aprendizagem, definição de
materiais didáticos, formação de educadores, (re) elaboração de currículos,
detectar a distância ou a proximidade entre o que o ensino é e o que deveria

57

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ser. Dessa forma a avaliação pode abranger o sistema educacional de um país,
ou uma rede de ensino, ou um grupo de escolas, ou uma escola, ou uma turma
de alunos, ou, até mesmo, um único aluno. Quem define o tipo de avaliação e
o instrumento a ser utilizado é o objeto a ser avaliado.
Como procedimentos externos temos as Avaliações Externas, feitas em
larga escala na Educação Básica, que fazem parte das políticas públicas da
educação brasileira há duas décadas. Esta categoria é organizada e
desenvolvida pelo Ministério da Educação-MEC, organismos internacionais e
pelas Secretarias de Educação Estadual e Municipal, no entanto a partir de 2005
com a Prova Brasil1 e de 2007 com o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb2), passaram a ter maior destaque no cenário político-educacional
de municípios e estados. A avaliação do desempenho escolar tem como objetivo
diagnosticar o desempenho dos (as) estudantes das redes de ensino e subsidiar
a definição e o acompanhamento de políticas públicas educacionais. Às
escolas, caberão dados e informações que podem subsidiá-las no
aperfeiçoamento da ação pedagógica.
É necessário que se amplie a compressão sobre os dados
disponibilizados para as unidades escolares e sistemas de ensino, bem como a
apropriação e o uso dos resultados das avaliações externas, pois fornece pistas
importantes para que se reflita sobre o desenvolvimento do trabalho pedagógico
no interior das escolas. O ponto de partida é a leitura e interpretação dos
mesmos buscando ampliar a percepção sob as possibilidades de diálogo entre
essas avaliações e as práticas de ensino e de gestão, tanto no âmbito das
escolas, como das secretarias de educação, objetivando o sucesso escolar.
Assim, as avaliações externas vêm ganhando a atenção crescente de
gestores públicos e comunidades escolares, por deixarem claro um
compromisso com os resultados da educação e fornecerem parâmetros
objetivos para o debate sobre a melhoria da qualidade no ensino, bem como a
utilização dos dados e das informações produzidas pelas avaliações externas,
que podem subsidiar e criar novas perspectivas em relação a diretrizes e
políticas educacionais. Entretanto, as avaliações externas não dão conta da
amplitude e complexidade do trabalho em sala de aula, não detalham
dificuldades, não apresentam de forma clara informações que permitam
intervenções imediatas durante o processo pedagógico.

1 A Prova Brasil é uma avaliação em larga escala aplicada aos alunos de 5º e 9º anos do
Ensino Fundamental, nas redes estaduais, municipais e federais.

2 O Ideb é um indicador sintético, composto pela combinação dos dados de proficiência


média, calculada a partir do desempenho dos alunos na Prova Brasil e do rendimento
médio das taxas de aprovação.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


As avaliações externas podem fornecer pistas importantes para reflexão
do trabalho pedagógico no interior das escolas, embora não forneçam todas as
informações necessárias para avançar na ampliação da oferta de oportunidades
de aprendizagem dentro sala de aula por isso é preciso que sejam utilizados
dados obtidos através de diferentes ferramentas avaliativas utilizadas no
cotidiano das escolas, que são capazes de fornecer informações adicionais
qualificadas sobre o processo de ensino e aprendizagem para complementar e
dialogar com as avaliações externas e a avaliação da aprendizagem.
Como procedimento interno temos a avaliação institucional e a
avaliação do processo de ensino e de aprendizagem. A institucional é um
instrumento de conhecimento do contexto e das necessidades da instituição
escolar; tem como objeto a escola na sua totalidade ou o seu processo
pedagógico, que deve ser realizada, internamente, pelo coletivo da escola ,
envolvendo todos os atores que fazem parte do processo (funcionários,
professores, gestores, comunidades, pais e estudantes).É um processo de
acompanhamento das atividades desenvolvidas em instituições de ensino com
o objetivo de promover a melhoria contínua da aprendizagem para o progresso
dos estudantes, durante a escolarização, através do aprimoramento da ação
pedagógica.
A avaliação do processo de ensino e de aprendizagem é uma das
atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico. Este processo inclui
outras ações que implicam a própria formulação dos objetivos da ação
educativa, na definição de seus conteúdos e métodos, entre outros elementos
da prática pedagógica, como afirma Krug (2001, p.108): “a avaliação não é um
fim em si mesmo, é um processo permanente de reflexão e ação, entendido
como constante diagnóstico, buscando abranger todos os aspectos que
envolvem o aperfeiçoamento da prática sócio-política pedagógica”.
Portanto deve ser um processo dinâmico e sistemático que acompanha
o desenvolvimento pedagógico do ato educativo de modo a permitir seu
constante aperfeiçoamento. Implica numa reflexão crítica da prática, no sentido
de observar avanços, resistências, dificuldades e possibilidades tanto do
professor quanto do estudante. Sua função é de, permanentemente,
diagnosticar e acompanhar o ensino de cada professor e a aprendizagem de
cada estudante a fim de contribuir para o avanço da aprendizagem.
A avaliação é parte integrante da Proposta Curricular e do Projeto
Político Pedagógico da escola, e deve considerar o patamar de importância e a
relevância da avaliação como algo construído e consolidado em uma cultura de
“avaliar para garantir o direito da aprendizagem”, e não em avaliar para
classificar e limitar tal direito.
O que propomos é a construção de uma prática educativa em que a
avaliação esteja presente em todo processo de ensino e de aprendizagem, que
considere os princípios norteadores do currículo: identidade, diversidade,
59

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


autonomia, interdisciplinaridade e contextualização e que permita ao estudante
pensar sobre o seu processo de aprendizagem e ao professor sobre sua prática
como nos diz Krahe (1990, p.21):
“[...] a avaliação não serve mais para simplesmente quantificar
a aprendizagem do educando, e com isso moldá-lo para um
padrão social existente, mas sim para, através de uma interação
entre avaliando e avaliador, repensar a situação e em uma
avaliação participativa despertar consciência crítica dentro de
um compromisso com a práxis dialética em um projeto histórico
de transformação”.

E se aliarmos as informações obtidas através dos procedimentos


externos aos e procedimentos internos poderemos vencer o grande desafio de
construir um novo caminho, com um novo olhar sobre a avaliação, considerando
seu caráter reflexivo e dinâmico de forma a se elaborar políticas públicas
adequadas, intervenções pedagógicas com foco nas necessidades detectadas
e evidenciadas durante o processo, tanto das escolas quanto dos estudantes
nos permitindo formar cidadãos críticos conscientes, criativos, solidários e
autônomos.

60

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


8. ETAPA EDUCAÇÃO INFANTIL

8.1 Introdução

No fluxo e na dinâmica da implementação da Base Nacional Comum


Curricular para a Educação Infantil, efetiva-se e explicita-se aqui, o Referencial
Curricular para a Educação Infantil do Currículo Bahia. Faz-se necessário
afirmar, como princípio fundante, que a BNCC não pode se configurar enquanto
norma que visa uma mera coesão curricular, no currículo do Estado, do
Município ou da Escola.
Trata-se de uma normatização que orienta, referencia, mas que não
deve se configurar como uma prescrição totalizante, até porque, nos processos
de democratização das realizações curriculares, não há e nem deverá haver
autoridades curriculares únicas, se levarmos em conta os contextos
socioeducacionais de apropriação curricular. Na busca por uma “coesão”
pretendida pela BNCC, como política de currículo, com autonomia e
responsabilidade socioeducacional, o Currículo Bahia movimenta-se numa
apropriação crítico-contextualizada de suas orientações.
Faz-se necessário afirmar, que este documento não pode ser tomado
como uma prescrição curricular, mas um Referencial que para ser pertinente e
relevante deve ser estudado e debatido, para depois desse processo ser
apropriado pelos educadores da Educação Infantil nos contextos municipais, nas
escolas e salas de aula.
Levando em conta a extensão e a diversidade territorial, socioeconômica
e cultural do Estado da Bahia, assim como suas complexas e intensas
necessidades educacionais, com implicações diretas de como emerge a
condição concreta das infâncias baianas e o que exigem historicamente em
termos das necessidades socioeducacionais para uma formação qualificada,
esse Referencial se configura dentro de uma perspectiva multirreferencial, na
medida em que se inspira na compreensão de que a criança não é uma
invariante existencial, social e/ou cultural.
Dessa forma é que, para fins curriculares, pensamos no bem comum
socialmente referenciado e na emergência e acolhimento da diferença, como
realidades com as quais devemos trabalhar dispositivos curriculares e processos
formativos e aprendermos mutuamente no convívio socioeducacional, em face
da sua riqueza e importância formativo-experiencial.
Não abrindo mão dos processos de autonomização e de
responsabilização da escola no que concerne a relação com as normas e a
ineliminável e complexa dinâmica curricular e seus “atos de currículo” (MACEDO,
61

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


2013; 2016), fundamental é, pensarmos nas crianças em formação como
atores/atrizes e autores/autoras curriculantes. Com suas experiências, ações e
protagonismos aprendentes, elas podem acrescentar cotidianamente ao
currículo, assim como, os grupos e instituições com os quais ela interage,
tomando-os como analisadores e propositores de processos decisórios da
gestão curricular.
É importante neste processo, a intercriticidade das suas contribuições à
experiência e à dinâmica curricular. Nestes termos são instituintes de atos de
currículo. É assim que autoformação (formar-se), heteroformação (formar-se
com o outro) e metaformação (reflexão voltada para a análise valorada do próprio
processo formativo) passam a se configurar como realizações importantes para
a qualificação da formação da criança. Nesses termos, pedagogias ativas, ou
seja, construcionistas, social e culturalmente referenciadas são apropriadas em
favor de uma didática coerente com essas perspectivas curriculares e as
aprendizagens aí requeridas.
É assim que cuidado e aprendizagem qualificada e a aprendizagem
qualificada pelo cuidado, bem como interações singularizadas, tomando a
criança como ser de desejo, intenção e pensamento, vivendo de forma
entretecida de experiências corporais, cognitivas e socioculturais, assim como
inserida e atuante nas complexas dinâmicas das sociedades em que vivem.
Fundamental imaginar um currículo para Educação Infantil inserido
reflexiva e criticamente nas intensas, enlarguecidas e dinâmicas culturais da
contemporaneidade. Currículos contemporâneos se configuram pela vivência e
apropriação de saberes e atividades que se complementam, que vivem reflexiva
e intensamente a experiência e o acontecimento, e que no presente se nos
apresentam com potencialidades para qualificação da formação.
Num mundo cibercultural ,por exemplo, entre outros mundos culturais,
onde as crianças os vivenciam com intenso protagonismo, numa dinâmica,
muitas vezes, ambivalente no que se refere às questões éticas, afetivas e
cognitivas, na mesma medida dessa intensidade experiencial, não há como um
currículo e seus atos deixarem de criar as condições para se configurar
processos de aprendizagem qualificados, implicando experiências e
experimentações aprendentes, nas quais as aprendizagens deverão articular
saberes curriculares vinculados aos campos dos saberes sistematizados, da
experiência, da ética, da estética, da política, da cultura e da espiritualidade.
Com isso, pautas vinculadas à justiça social como questões de
desigualdade socioeconômica, de gênero, etnicorraciais, geracionais e de
orientação sexual são transversais à formação da criança. Trata-se aqui, de uma
formação cidadã qualificada pela interseccionalidade da formação.
Ademais e de forma realçada, qualquer experiência curricular e seus
atos de currículo devem ter como preocupação contínua reflexões aprofundadas
sobre qual a concepção de infância que norteia o currículo, por se tratar de uma
62

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


construção filosófica, sociocultural e política fundamental para se qualificar um
currículo de Educação Infantil.

8.2 Concepção de infância e sua formação

O vir a ser da criança é apanhado na sua virtualidade ineliminável sem


que uma lógica etapista do desenvolvimento infantil seja a última palavra para
que iniciativas pedagógicas se configurem. A positividade do Ser-criança em
incessante auto-organização, em incessante criação (poiesis), chega primeiro,
sem se desconsiderar, obviamente, o que a criança tem de espécie humana,
mas essa não emerge sem aquela, é uma impossibilidade na emergência da
própria human-idade do Ser-criança. Vir a ser significa criação incessante, a
emergência poiética inarredável de toda criança.
A ideia de infância, que atende a um etapismo evolucionista, é uma
exterodeterminação, ou seja, é definida de fora da própria infância vivida,
Carvalho (2012, p. 13) argumenta no sentido de que possamos experimentar
inverter essa lógica, em que o enfoque mudaria “de um currículo para educar a
infância para uma infância que possa educar o currículo”. É nesses termos que
essa autora nos fala da necessidade de “abertura do currículo para o plano da
imanência do mundo, da vida vivida de nossas crianças” (CARVALHO, 2012, p.
47).
Se imaginarmos que um currículo pode instaurar-se conjugado à
experiência irredutível da formação da criança, até porque essa experiência é,
também, da nossa perspectiva, um ato de currículo (MACEDO, 2013),
poderíamos ter aqui uma oportunidade ímpar de experienciar uma fecunda
desterritorialização dos padrões rígidos que ainda persistem nas políticas de
currículo e na escola, travestidos de belas e progressistas ideias, em muitas
oportunidades um novo pronto curricular.
Nesses termos, crianças curriculantes se apresentariam para configurar
e colorir mais (in)tensamente os cenários curriculares, em geral feitos para elas,
mas raramente com elas. Seus modos de sentir pensar e criar mundos
relacionais comporiam as propostas curriculares, sem que adultos as
encaixassem nos seus tempos e crenças narcísicos e obsessivos, nos quais a
maturidade, a eficiência buscada estaria num futuro curricular traçado como uma
“linha dura” (percurso; caminho, itinerário curriculares). Nesse caso, a zona de
conforto de uma pretensa maturidade infantil é, acima de tudo, arrogância.
Assim, uma inflexão se torna necessária: experiências infantis concretas e
saberes em uso – competências - seriam entretecidos num currículo singular e
singularizante.
No que se refere às concepções de currículo e formação que nos
orientam, partimos da premissa de que currículo é uma realização pedagógica
63

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


interessada que se configura na vontade e opção em conceber, organizar,
institucionalizar e avaliar conhecimentos e atividades eleitos como formativos,
na dinâmica ampliada dos processos educacionais e formacionais. Fundamental
afirmar que toda vez que nos envolvemos em questões e práticas curriculares,
também estamos envolvidos em pautas, demandas e proposições de cunho
formativo, mesmo que não-conscientes.
Currículo e formação são, para todos os fins práticos, realidades
indissociáveis, apesar das dicotomias históricas que criamos entre essas pautas
educacionais. No que se refere ao fenômeno formação, que implica na
experiência irredutível e, ao mesmo tempo relacional de sujeitos em
aprendizagem, convoca sempre um debate sobre sua valoração, formação não
se explica, se compreende. Trata-se de uma experiência que jamais pode ser
simplificada por qualquer modelo teórico ou avaliativo, só o próprio sujeito da
formação, de maneira relacional e singular, é capaz de atualizar e proporcionar
a compreensão da sua experiência formativa.
Ademais, faz-se necessário ressaltar que o formativo é sempre do
âmbito do valorado, até porque, em algum lugar e de alguma perspectiva,
alguém ou algum segmento social dirá que alguma aprendizagem é ou não é
boa. O que se explica, em realidade, são as condições educacionais e
pedagógicas para que a formação aconteça, ou seja, seus dispositivos, formas
de mediação, disponibilizações tecnológicas e materiais, espaços e tempos
necessários para a qualificação da formação, modelos metodológicos, teóricos
e de gestão da formação. A experiência formativa propriamente dita é irredutível
a qualquer explicação. Só o Ser da experiência formativa é capaz de expressá-
la.
Tomando os meios educacionais como referência, só alcançamos a
experiência formativa se o outro nos revelar, conscientes de que, tanto ele
quanto nós, também experimentaremos, nos processos formativos, a condição
do não-saber, do não-conhecer nas itinerâncias e errâncias dessa experiência.
Essa perspectiva retira qualquer possibilidade de um currículo para a Educação
Infantil pautado no adultocentrismo ou na extradeterminação.
Como nossas crianças se formariam como entes inteiros e positivados?
Quais as propostas curriculares relevantes para pleitear a complexidade das
suas necessidades socioeducacionais nos plurais contextos do nosso Estado?
Estas nos parecem indagações fundantes para reflexões e propostas de uma
Educação Infantil comprometida com a formação de entes de direito à
aprendizagem/formação qualificadas.
Ao aceitarmos o desafio de pensar a infância numa perspectiva ampliada
e radicalmente distinta das concepções que quiseram compreender a criança
como uma invariante na história e na cultura, pretendemos expressar, sobretudo,
o desejo de contribuir para um projeto de Educação Infantil que possa ser
considerado patrimônio sociocomunitário, pois entendemos que este nível de
64

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


educação não pode estar à mercê das categorias teóricas corporativistas, das
descontinuidades pedagógicas, dos jogos políticos e das instáveis
disponibilidades burocráticas de setores político-administrativos.

8.3 Direitos de aprendizagem e desenvolvimento

Faz-se necessário pontuar que é preciso se compreender a Educação


Infantil no âmbito da Educação Básica como uma especificidade pedagógica
com uma forte compreensão ontológica, ou seja, aí está o Ser criança em
formação. Dissolver a Educação Infantil nos princípios e métodos adultocêntrico
do Ensino Fundamental, alguns já contestáveis, é não reconhecer que a criança
precisa de uma educação diferenciada, ou mesmo negar a própria necessidade
de significar o espaçotempo da educação da criança de 0 a 6 anos.
Necessário imaginar que a condição para se viver a infância deveria
atravessar toda a experiência do chamado Ensino Fundamental, até para fazer
jus ao sentido radical que essa denominação pode estar nos revelando.
Ademais, os objetivos da Educação Infantil precisam envolver as duas
modalidades que lhe são inerentes. A creche e a denominada pré-escola não
podem deixar de contemplar objetivos singulares. É preciso afirmar a infância
como “um mundo outro” (CHOMBART DE LAUWE, 1991).
É preciso, portanto, não fazer da conjugação da Educação Infantil com
o Ensino Fundamental um processo de subordinação a esse e a sua tradição
pedagógica, para não cairmos numa certa pedagogização essencialista da
Educação Infantil. Essa atitude que defendemos não significa, como alerta
Kuhlmann Jr., uma demarcação no estilo avestruz, face à realidade nacional,
fazendo uma reserva de domínio descomprometida com o Ensino Fundamental.
Trata-se de reconhecer a importância dos dois momentos, que deverão
entretecer-se, articular-se intensamente, pois vivenciar a Educação Infantil e
suas especificidades e valorizar o Ensino Fundamental como uma demanda de
potência democrática ineliminável é reconhecer que, afinal de contas, formação
aqui está tratando da infância, na sua condição humana e nas suas diferenças
ontológicas.

8.4 Articulações e garantias

Ao publicizar o Programa de Ampliação do Ensino Fundamental, o


Ministério da Educação aponta para uma ação de equidade social, ou seja, de
justiça social pela via da diferença, ao garantir a todas as crianças mais um ano
de escolarização, corrigindo, por consequência, as distorções produzidas pelos
mecanismos do Fundef. Não se tratava tão somente da antecipação da
escolarização obrigatória, mas também de sua ampliação, o que poderia
significar mais permanência com mais qualidade.
65

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


No que se refere à Educação Infantil, apostou-se que o deslocamento
das crianças de seis anos para o Ensino Fundamental geraria, como efeito
positivo, o aumento de vagas nessa etapa educativa. Em realidade, estudos de
Campos e Silva, (2011) mostram que a transição tem sido feita de forma
inconsistente em alguns contextos educacionais brasileiros, e que as
expectativas da iniciativa não vêm ocorrendo. Por exemplo, a pressão por vagas
na Educação Infantil continua.
Preocupar-se com uma prática pedagógica que não compartimentalize
Educação Infantil e Ensino Fundamental é fundar mais uma atitude de
desconstrução das fragmentações que tanto aprendemos a fabricar. Aproximar,
articulando, esses dois momentos educacionais é um procedimento que nos
direciona justamente para a complexidade da aprendizagem como fenômeno
sociointerativo que deve sempre, de forma inarredável, estar compromissada
com a qualificação da formação.
É preciso que qualquer orientação norteadora sobre a educação das
crianças pequenas parta das suas ontologias, das suas condições socioculturais
concretas, compreendendo que o conhecimento do mundo envolve afeto, prazer,
desprazer, fantasia, brincadeira, movimento, poesia, ciências, artes, linguagem,
música, matemática, etc., que, para a criança, a brincadeira é uma forma de
linguagem, assim como a linguagem pode ser uma forma de brincadeira
(KUHLMANN JR., 1999), e que o polimorfismo é a forma de expressão
preponderante deste mundo outro.
Nessa nova realidade, o Ensino Fundamental de nove anos traz diversas
implicações, desde a exigência de investimentos em aspectos físicos e materiais
para atender à criança de seis anos no espaço escolar, até a destinação de
recursos relacionados às políticas de formação de professores e demais
necessidades de cunho pedagógico. Podemos dizer que, mesmo com o avanço
das políticas públicas para a pequena infância, verificamos que as propostas
educativas criadas para este momento histórico revelam que, de forma
elaborada, o caráter compensatório ainda se faz presente.
Vale ressaltar que a Educação Infantil é complementar à educação da
família e um direito da criança; portanto não se constitui apenas como um pré-
requisito para o seu ingresso na escola. Reiteramos que o fato de a Educação
Infantil fazer parte da Educação Básica não subentende que deverá antecipar o
modelo escolar do Ensino Fundamental, extremamente contestável quando se
trata da relação dessa proposta pedagógica com as diversas infâncias que se
apresentam à escola buscando formação.
Convencido da necessidade de parâmetros para a educação da infância,
o MEC (BRASIL, 1995, p. 11) apresentou critérios de qualidade para que a
Educação Infantil respeitasse os direitos fundamentais das crianças:

1. Nossas crianças têm direito à brincadeira;


66

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


2. Nossas crianças têm direito à atenção individual;
3. Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e
estimulante;
4. Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza;
5. Nossas crianças têm direito à higiene e à saúde;
6. Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia;
7. Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade,
imaginação e capacidade de expressão;
8. Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos;
9. Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade;
10. Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos;
11. Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu
período de adaptação à creche;
12. Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural,
racial e religiosa.

O que podemos concluir dessas elaborações de possibilidades


autonomistas e emancipacionistas, é que devemos falar não apenas de direito à
aprendizagem, mas de direito à formação qualificada via aprendizagens
relevantes e pertinentes. Toda proposta curricular que tem como base propostas
de aprendizados, tem que ser submetida a processos ampliados de debate sobre
sua valoração, pois esse é o campo do formacional.
Na medida em que nem toda aprendizagem é boa, a formação requer
uma aprendizagem eleita como formativa, do contrário, podemos estar repetindo
padrões e crenças legitimados por centros de poder da educação, sem reflexões
profundas sobre suas pertinências e relevâncias formativas, até porque, levando
em conta os argumentos aqui já desenvolvidos sobre a formação, a formação,
da perspectiva curricular, é sempre uma (in)tensa pauta ética e política, e
envolve, portanto, opções, escolhas em face de demandas diversas.
Neste mesmo veio, devemos nos interrogar quem elege o que é
formativo para as crianças, como elegem e para que elegem. Vale dizer que para
nosso interesse de texto, o formativo para as crianças, implica em compreender
o que e como elas estão aprendendo, envolvendo os atos de currículo
(MACEDO, 2010; 2012; 2013) que envolvem e fazem a mediação dessa
aprendizagem. Portanto, não falemos apenas de direito à aprendizagem, mas de
direito à formação qualificada, onde aprendizagens mediadas e com conteúdos
cognitivos, éticos, estéticos, políticos e culturais estejam presentes em
processos de qualificação dessa própria formação.
Vale ressaltar o argumento de Kohan (2003). Para esse autor, em
educação associamos infância à primeira idade, pensando os seres humanos
atravessando estágios cujos percursos costumam ter o signo do progresso. A
infância seria o primeiro degrau associado a uma marca do ser em potência – e
67

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


não em ato -, do que pode ser, mas ainda não é, do que virá a ser, se
acompanhamos a infância com um bom currículo, numa referência aberta a uma
concepção exterodeterminante de desenvolvimento, a uma perspectiva de
quase condenação sociopedagógica.
A proposta pedagógica para a Educação Infantil e a incorporação da
criança de seis anos no Ensino Fundamental é justificada como uma tentativa de
superar um discurso que difundiu o assistencialismo separado da educação.
Buscou-se, e ainda busca -se, a construção de uma identidade localizada em
outro extremo, exaltando a excelência educativa pautada no modelo escolar,
como se este fosse o melhor parâmetro de qualidade.
A permanência de crianças de seis anos no Ensino Fundamental hoje é
fato, ou seja, é uma política que se efetivou. Com efeito, em 2006, a redação da
Lei 11.274 modificou o Artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996. A partir de então, definiu-se que o aluno ingressaria nos
estabelecimentos escolares que ministravam o Ensino Fundamental aos seis
anos de idade, em caráter obrigatório.
Alguns incisos do Artigo mencionado afirmam a necessidade de que os
educandos desenvolvam, ao longo da segunda etapa da Educação Básica, a
habilidade de aprender, considerando relevante o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo, além da percepção adequada do ambiente natural e social.
O estudo do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores que regem
a sociedade em que vivemos deveria fazer parte do currículo.
O Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Educação Básica
(SEB), o Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental
(DPE) e a Coordenação Geral do Ensino Fundamental (COEF) publicaram, em
2004, um documento intitulado “Ensino Fundamental de nove anos: orientações
gerais”, dizendo ter como objetivo incentivar políticas que pudessem promover
transformações estruturais nas instituições escolares, no que se refere ao
processo de “ensino/aprendizagem, avaliação, currículo, conhecimento e
desenvolvimento humano”.
Ao mesmo tempo, postulava-se a necessidade de que não houvesse
uma ruptura entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental e, nesta direção,
reforça a importância das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil na revisão da proposta pedagógica do Ensino Fundamental, que passaria
a atender às crianças de seis anos:

[...] O objetivo de um maior número de anos de ensino


obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo
de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com
isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior
aprendizagem não depende do tempo de permanência na
escola, mas sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto,
68

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


a associação de ambos deve contribuir, significativamente, para
que os educandos aprendam mais. Seu ingresso no Ensino
Fundamental obrigatório não pode constituir-se em medida
meramente administrativa. O cuidado na sequência do processo
de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de seis anos
de idade implica o conhecimento e a atenção às suas
características etárias, sociais e psicológicas. As orientações
pedagógicas, por sua vez, estarão atentas a essas
características para que as crianças sejam respeitadas como
sujeitos do aprendizado (BRASIL, 2004, p.17-18).

Importante notar que, se no âmbito formal o primeiro ano passou a


pertencer ao Ensino Fundamental, do ponto de vista da prática pedagógica ainda
está inserido na Educação Infantil. Por isso, as Diretrizes continuam sendo
orientações para o planejamento dos conteúdos que deveriam ser trabalhados
com as crianças de seis anos.
Recomenda-se atenção às singularidades dos alunos desta faixa etária,
a não antecipação do currículo da antiga primeira série, ao mesmo tempo em
que se estimula a alfabetização precoce. O fato de o educando estar imerso em
um “ambiente alfabetizador” já na Educação Infantil, ou seja, de ter acesso a
situações em que a leitura e a escrita possuem usos reais de expressão e
comunicação, seria um elemento facilitador para um processo de transição
“natural” entre a primeira e a segunda etapa da Educação Básica.

8.5 Educação infantil na perspectiva da educação integral como direito

É inegável que o debate acerca da Educação Infantil e sua oferta


enquanto garantia de direito vem sendo afirmada desde a Constituição Federal
como parte da Educação Básica. Neste sentido, muitos são os temas e
abordados na contemporaneidade sobre educação infantil. Aqui dedicaremos
atenção e centralidade a Educação Infantil na perspectiva da Educação Integral.
Compreendendo educação integral como a escola de tempo completo e de
formação integral humana.
Fatos que contribuem de forma efetiva para a discussão sobre a
importância da educação infantil na perspectiva da educação integral referem-
se às diversas experiências e arranjos educativos desenvolvidos nos diversos
territórios; ao crescimento de iniciativas estaduais e municipais de políticas de
Educação Integral incentivadas pelo programa indutor da implantação e
implementação de educação integral do Governo Federal, por meio do Programa
Mais Educação instituído pelo Ministério da Educação em 2007.
A força do debate na agenda nacional e a construção da meta 6 no Plano
Nacional de Educação - Oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo,

69

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as)
alunos(as) da Educação Básica. São frutos do resgate ao pensamento e
contribuições de educadores brasileiros como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro,
Florestan Fernandes e Paulo Freire, que marcaram a história da educação
brasileira pela luta da garantia do direito de aprender dos meninos e meninas da
escola pública.
Conforme Moll (2009), o debate sobre Educação Integral exige uma
ampliação da visão sobre a escola, considerando que sua composição envolve
uma rede de espaços sociais, sendo institucional ou não, mas que contribuem
para a construção de comportamentos, juízos de valor, saberes e formas de ser
e estar no mundo.
Vale ressaltar que a apropriação e desenvolvimento da leitura e da
escrita, constituem processos que para grande maioria das crianças no Brasil,
só se inicia na escola; somos, indiscutivelmente, um país de negação de direitos
deixando milhares de brasileiros, que aqui identificamos como avós, mães, pais,
adultos, famílias dos coletivos populares que compõem o cenário de analfabetos
e semi-analfabetos que constituem o contexto familiar das nossas crianças e
jovens estudantes.
Dessa forma, ter acesso a uma escola em que possa estar por mais
tempo, em uma escola que não produza na ampliação do tempo, mais do
mesmo, mas, que avance para articulação com a comunidade, para educação
em direitos humanos, para a educação e os diversos saberes a partir de
situações significativas de leitura e escrita, arte e cultura, esporte e lazer. Uma
escola que cumpra seu papel na produção do conhecimento a partir do
desenvolvimento das diversas dimensões do sujeito.
Nesse sentido, pensar a formação docente na Educação Infantil na
perspectiva da educação integral nos reporta à ideia de um redimensionamento
de tempos e espaços educativos e por consequência da ampliação das práticas
do diálogo e do princípio democrático. Em verdade, a educação, em seu sentido
amplo e real, por si só em seu significado já deveria dar conta formação integral
do homem. Contudo, no Brasil, em função de uma educação escolar direcionada
ao atendimento das massas populares, historicamente constituída de um tempo
e uma dedicação limitada e insuficiente, o termo educação integral ganha ênfase
ao falarmos de uma educação escolar de dia inteiro, como defende Anísio
Teixeira:
Precisamos restituir-lhe o dia integral, enriquecer-lhe o programa
com atividades práticas, dar-lhe amplas oportunidades de
formação de hábitos de vida real, organizando a escola como
miniatura da comunidade, com toda a gama de suas atividades
de trabalho, de estudo, de recreação e de arte. (TEIXEIRA,
2007, p.67).

70

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Analisar o sentido do termo educação integral nos permite repensar a
educação escolar que é oferecida, de forma específica, nas escolas públicas no
Brasil; uma educação escolar que, diminuída em seu tempo, não oportuniza
diversos aprendizados e experiências que permitam o desenvolvimento pleno da
criança e do jovem estudante.
Como reafirma a lei nº 12.796, 04 de abril de 2013, no artigo. 29, “A
educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade”. Assim, creches e pré-escolas devem buscar trabalhar a educação
infantil na perspectiva da educação integral humana desenvolvendo as
habilidades e potencialidades das crianças.
A Educação Infantil na perspectiva da Educação Integral conduz à
necessidade de repensar espaços, tempos e oportunidades educativas, exige a
construção de um novo olhar sobre a escola, o currículo, as práticas
pedagógicas, os sujeitos e os lugares que educam, que fazem da escola lugar
central da ação educativa, capaz de articular os diversos saberes. Para tanto, a
formação de professores que atuem neste contexto, a partir da qualificação de
suas práticas e experiências pedagógicas, é condicio sine qua non.
Aqui se articulam três grandes desafios da Educação Brasileira, a saber:
1. Educação Infantil, 2. Educação Integral e 3. Formação de Professores,
desafios que demandam decisões políticas e investimentos financeiros, desafios
que nos impulsionam a manter na agenda o debate e o compromisso de
enfrentá-los apesar de todas as adversidades.
Ao articular a Educação Infantil com a educação integral, a partir do
Plano Nacional de Educação, tanto Barbosa, (2011), quanto Aquino, (2012)
afirmam que “[...] a oferta da Educação Infantil para crianças de 4 a 6 anos vem
se fazendo, primordialmente, em tempo parcial” vale ressaltar o que diz a
estratégia 1.17, (meta 1), do Plano Nacional de Educação, conforme os autores
Desse modo, é preciso considerar, apoiar e acompanhar a estratégia
1.17 do PNE 2014, que prevê o estímulo do acesso à Educação Infantil em
tempo integral para todas as crianças, conforme as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil. (BARBOSA, ALVES, SILVEIRA & SOARES,
2014, p. 509).
Refletir a formação do educador neste tempo exige considerar seu papel
social, sua história, seus saberes, experiências e sua realidade política e
econômica. O educador como sujeito protagonista de sua ação, como sujeito
disponível e predisposto à formação e transformação de sua prática. Neste
sentido, importa afirmar que toda e qualquer proposta pedagógica que se
constitua como séria, comprometida com o processo educativo e verdadeira, só
se constitui e pode avançar, se estiver em sua base a formação dos profissionais
da educação, especialmente, formação docente como pressuposto básico.
71

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


8.6 Entretecimentos entre currículo, didática e processos de aprendizagem
na educação infantil

Atos de currículo, mediação didática e processos de aprendizagem são


entretecimentos do campo educacional que guardam relações profundamente
necessárias. Podemos dizer que currículos para se qualificarem através de seus
atos precisam de mediações didáticas qualificadas, condição para a
possibilidade de aprendizagens e processos formativos também qualificados.
No caso da Educação Infantil, currículos e seus atos precisam que a
didática assuma de início as especificidades das aprendizagens e do
desenvolvimento infantis, bem como as transversalidades que fundam a
educação das crianças como a concepção de infância, o cuidado, a ludicidade,
a interação acolhedora e motivacional para que o ensino não perca a
compreensão de que lida via mediações com as infâncias em educação.
Métodos ativos e construcionistas que tomam as crianças como autoras
das suas aprendizagens, que compreendam a aprendizagem como um
fenômeno ao mesmo tempo cognitivo, social, cultural, ético e político, podem
qualificar os atos de currículo através dos entretecimentos com a didática e a
compreensão do processo de aprendizagem das crianças.
Educadores atenciosos, acolhedores, brincantes, mediadores de
aprendizagens criativas, facilitadores das experiências aprendentes das
crianças, conectados com uma Educação Infantil contemporânea e cientes da
pluralidade dos espaços tempos de formação dos nossos tempos, podem trazer
para a Educação Infantil entretecimentos ricos e valorosos entre currículo,
didática e processos de aprendizagem.

8.7 As transições entre educação infantil e ensino fundamental: questões


didáticas e curriculares
É num cenário da Educação Infantil impactado não apenas pelo
paradigma da necessidade, mas, a fortiori, pelo paradigma do direito da criança
à educação, que a ideia forte hoje em pauta no discurso oficial sobre o “direito à
aprendizagem” se configura. Entretanto, da nossa perspectiva, o conteúdo desse
discurso precisa de uma reflexão, ou mesmo, de uma inflexão mais que
fundamental, em realidade fundante. Se não, vejamos. Para o campo das
práticas educacionais, a aprendizagem é uma pauta de interesse inarredável em
termos pedagógicos. Concordamos, entretanto, como vimos afirmando, em
termos valorativos nem toda aprendizagem é boa, levando em conta a
perspectiva de quem vive a experiência do aprender, suas necessidades,
demandas e direitos.
Para a educação, como lugar eminentemente político e ético, a
aprendizagem só se legitima se for valorada e referenciada socialmente. Nesse
72

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


sentido, o que constitui formação para uma criança vai muito além do que está
prescrito, do que deve aprender, nos provoca Pierre Dominicé (2012). Sem nos
alongar nessa argumentação introdutória, mas importante para explicitarmos
nossas intenções de texto, ao se falar em “direito à aprendizagem” fica-se a meio
caminho de uma complexidade fundante e de uma necessidade socialmente
referenciada: o direito à (aprendizagem) formação. É com esse sentido político-
pedagógico do aprender formando-se e do aprender a formar-se na escola de
Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental, que
caminharemos com nosso texto político-curricular, onde a provocação central é
jamais desvincular aprendizagem da formação, envolvendo aí as questões do
currículo da educação das crianças pequenas.
Por outra perspectiva mais ampla, Silva, Pasuch e Silva (2012)
explicitam que vivenciamos, nas décadas de 1980 e 1990, a transição da
Educação Infantil pautada no paradigma da necessidade, para um paradigma do
direito da criança sujeito de direitos. Para a autora, essa transição marca o
reconhecimento da importância da Educação Infantil para o processo de
formação da criança pequena em ambiências de cuidado e de aprendizagens
organizadas para educá-la.
Quanto a didática da Educação Infantil, inspirada no trabalho com os
Campos da Experiência, torna-se necessário definir os objetivos centrais da
Pedagogia da Infância. De acordo com Moises Kuhlmann Jr. (1999), não se trata
de dizer que o conhecimento e a aprendizagem não pertençam ao universo da
educação infantil, porém a dimensão que assumem na educação das crianças
pequenas coloca-os numa relação extremamente vinculada aos processos
gerais de constituição da criança: a expressão, o afeto, a sexualidade, a
socialização, o brincar, a linguagem, o movimento, a fantasia e o imaginário.
Tal didática não é aquela “por meio das quais se incentivam
aprendizagens particulares”, mas a que busca aprofundar os tipos de
experiências que as crianças vivem e podem viver diariamente [...] (a
manipulação, o rabisco, os transformismos, o contar histórias, as atividades
motoras, o comentário de figuras) ” e, ao mesmo tempo, “tenta-se identificar
situações inéditas que possam incentivar nas crianças a exploração e
transformação do ambiente” (BONDIOLI; MANTOVANI, 1998, p. 31).
Como a realidade da criança e ainda bastante fragmentada, marcada
pelo “aqui e agora”, a possibilidade de continuidade garante o crescimento e a
qualidade das experiências dos meninos e das meninas. Isso significa dizer que
a continuidade implica condições objetivas (i) de tempo, para que as crianças
possam permanecer em seus percursos de investigação; (si) de materiais em
quantidade suficiente para que cada criança do grupo não o seja constantemente
interrompida e com variedade ampliada para aumentar seu repertório de
negociações entre os próprios materiais; (si) de espaço, pois se faz necessário
garantir opções diversas de atuações das crianças em um mesmo local, sem
73

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


que as obrigue a permanecer todas em uma mesma atividade por longos
períodos de tempo; e (iv) de grupo, pois já se sabe que as crianças conseguem
atuar melhor quando estão em pequenos grupos.
Novamente, alerto para o fato de que os campos de experiências não
operam em tempos compartimentados: eles atravessam de forma objetiva o
modo como o contexto é organizado e, subjetivamente, nas ações e intervenções
do adulto que os acompanha. Em especial, quando nos referimos ao princípio
da continuidade, estamos a convocar os professores para o seu papel de
responder a essa “forte exigência de continuidade. [...] Estabelecendo hábitos,
isto é, momentos reconhecíveis pela sua identidade e repetitividade, ou ainda,
[...] prestando atenção às possibilidades intrínsecas a cada experiência”
(BONDIOLI; MANTOVANI, 1998, p. 32). Na continuidade das experiências é que
reside a força e a vitalidade da ação das crianças em compreender, explorar e
aprofundar as suas hipóteses afetivas, cognitivas e sociais sobre o mundo.
A partir desse ponto de vista, “o princípio da continuidade da experiência
significa que toda experiência tanto toma algo das experiências passadas quanto
modifica de algum modo a qualidade das experiências do presente e que virão”
(DEWEY, 2010, p. 36). Daí o convite a um outro princípio, a significatividade. O
caráter lúdico e contínuo das experiências das crianças abre um espaço para a
produção da ludicidade, da continuidade e da significatividade das experiências
infantis podem servir como guias importantes na elaboração e organização dos
currículos para a de significados pessoais, seja pelo prazer do já-vivido
característico na atividade lúdica, seja por germinar algo que está embrionário
na criança na continuidade de suas experiências.
Bondioli e Mantovani (1998, p. 32, grifo das autoras) nos indicam estes
princípios como sendo “de uma didática do fazer com as crianças pequenas” que
aqui neste texto serviram para ampliar e nos fazer pensar sobre a experiência
nos campos de experiência.
Na Pedagogia de Projetos, por exemplo, a abordagem educativa está
centrada na criança e na possibilidade de que ela possa expressar-se através
de todas as suas linguagens como desenhos, pinturas, palavras, movimentos,
dobraduras, modelagens, montagens, dramatizações, colagens, esculturas,
músicas, o que a conduz a uma ampla possibilidade de expressão e de
criatividade.
A organização das atividades baseia-se numa contínua e responsável
flexibilidade e inventividade didática em relação à variabilidade dos ritmos, dos
tempos e dos estilos de aprendizagem, além das motivações e dos interesses
das crianças.
A organização da programação pedagógica, a partir do trabalho
centrado nas experiências, além de valorizar as experiências das crianças,
favorece ainda uma organização flexível e autônoma, na qual cada escola de
educação infantil possa valorizar as suas experiências e culturas locais. Permite
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ainda que a escola da infância possa ter flexibilidade e autonomia para construir
um projeto próprio, criativo a respeito das orientações das políticas de currículo.

8.8 Transversalidades fundantes e as transversalidades das competências


da Base

Transversalidades fundantes: concepção de infância, cuidado,


interação, ludicidade e formação. Enquanto transversalidade, as políticas
curriculares e as atitudes e práticas advindas da sua apropriação deverão deixar
evidentes de que concepção de infância partem suas concepções curriculares e
como cultivam essa concepção nos seus atos de currículo.
Como, por exemplo, superam as concepções pedagógicas
adultocêntricas de criança e/ou reduzidas ao etapismo psicológico, que imaginou
sempre a criança como ser imaturo e insuficiente, tendo o “amadurecimento”
adulto como meta. Como apreendem, por outro lado, as crianças na sua inteireza
existencial/relacional, social, ética, estética, cultural e política e, em termos
curriculares, como, ademais, um ator/atriz curriculante. Ou seja, que acrescenta
ao currículo que experiencia.
Da perspectiva do cuidado como uma transversalidade curricular, mas
presente na constituição mesma em toda educação de crianças, deixar claro que
o cuidado é parte de todo e qualquer ato de currículo. O cuidado deve estar no
cuidar, na mediação das aprendizagens, das interações cognitivas, afetivas,
artísticas e linguísticas. É assim que essa transversalidade insubstituível
qualifica um currículo em Educação Infantil.
No que se refere às interações é fundamental saber acolher,
compreender, orientar e reorientar as experiências curriculares das crianças em
toda e qualquer atividade que envolva o currículo e seus atos.
As interações saudáveis e acolhedoras qualificam, por consequência, o
processo formativo veiculado pelos atos de currículo. Interações qualificadas
qualificam também a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças em toda
a sua integralidade. Até porque, como todo o ser humano, a criança é um ser
constituído pela sua individualidade, mas, em muito, pelas interações que a
constituem em toda a sua vida de relação com saberes, assim como, e por
consequência, em relação às suas aprendizagens.
Compreendida como experiência singular de cada criança, a formação,
construída como possibilidade de qualificação das aprendizagens, integra a ideia
de que uma aprendizagem boa é aquela que qualifica a vida da própria criança.
Implica, portanto, em boas mediações para se chegar a uma formação
qualificada, que tem na sua dinâmica a autoformação, formação consigo mesma
como ser reflexivo e crítico, heteroformação, formação com o outro (pais,
professores, colegas, autores, personagens da literatura, etc.) ecoformação,
75

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(formação na relação com as experiências com outros seres) metaformação,
reflexão sobre o seu próprio processo formativo.
Um currículo de Educação Infantil só se legitima se qualificar a formação
da criança nos níveis da sua integralidade, envolvendo saberes de campos de
conhecimento sistematizados incluindo saberes e experiências éticas, estéticas,
culturais, políticas e espirituais.
Quanto à ludicidade emerge num currículo de Educação Infantil como
uma transversalidade que vai ao encontro da própria forma de configuração das
experiências infantis vinculadas às brincadeiras e os jogos e suas
potencialidades formativas. Um currículo de Educação Infantil deverá ser sempre
um currículo brincante para um ser brincante (CONCEIÇÃO; MACEDO, 2018).
Necessário realçar, que afirmar que a criança aprende brincando é algo
que ultimamente vem sendo discutido com afinco nos meios educacionais. Da
nossa perspectiva, o brincar é uma característica fundamental do ser humano,
do qual a criança depende muito para se desenvolver. Portanto, para crescer ela
deve brincar, bem como para se equilibrar frente ao mundo.
Uma preocupação emerge quando a tendência em nossas escolas é
de adotar a brincadeira com o caráter de preparo e não com o caráter recreativo.
Essa realidade faz com que a utilização problematizada da brincadeira na escola
se torne premente. Trazer o lúdico como brincadeira de forma vivenciada e
reflexiva de volta para o cotidiano educacional das crianças salvá-lo de certa
prática instrumentalista é um dos aspectos importantes para o qual tentamos
chamar à atenção.
Tomar consciência desse processo requer, na verdade, mudanças nas
atitudes dos atores e sujeitos do currículo. Essas mudanças, porém, não
acontecem de forma automática. São necessárias vivências reflexivas para
incorporar a inspiração lúdica vinculada à brincadeira. Talvez, seja necessário
reinspirar e reencantar na escola o brincar na educação das crianças. Com o
corpo, com o espaço e os objetos; com a imaginação, a criatividade, a
inteligência; com a intuição, com as palavras e com o conhecimento, com nós
mesmos e com os outros. Assim, estaremos redescobrindo também essa
linguagem para comunicar-nos e expressar-nos.
Tanto o brincar, como o faz-de-conta, podem ser consideradas
atividades fundamentais para o desenvolvimento da autonomia, uma das
finalidades inelimináveis da educação e a fortiori da educação das crianças. Nas
brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes,
tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem
também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da
utilização e experimentação de regras e papéis sociais vivenciados nas
brincadeiras.
Essas compreensões já estão presentes nos Referenciais Curriculares
da Educação Infantil. Falta, entretanto, que estas inspirações entrem na vida dos
76

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


currículos de educação infantil de forma tal, que representem o início da
configuração de uma cultura e de uma práxis educativa, que atente para a
multiplicidade das expressões lúdicas dos segmentos infantis; edifiquem a
ludicidade curricular da educação enquanto uma construção identitária.
A escola, enquanto espaço institucionalmente organizado, que contém
regras específicas para o seu funcionamento, em geral, impõe à criança e,
logicamente, à ludicidade, a sua óptica. A inserção do processo dicotômico entre
o brincar e o trabalho, entre ludicidade e produtividade, frente à fragilidade da
significação desta perspectiva de ludicidade, por sua vez, impele a escola buscar
uma “formação” puramente cognitiva e utilitarista, marcando a vida da criança
através da imitação de ações produtivistas, como forma de preparação para uma
escolaridade reducionista.
Claramente estabelece uma oposição em relação aos anseios lúdicos
infantis. O mundo produtivo, a cultura ocidental e, consequentemente, a escola
vão destituindo as atividades lúdicas de seu valor, considerando-as apenas
como uma atividade de descanso em face do excesso de energia. Um estigma
para a vivência do lúdico
Na escola, a criança manipula os brinquedos que são oferecidos, mas
temos dúvidas se ela brinca, porque, muitas vezes, não se reconhece nessa
experiência. O lúdico deixou de ser a totalidade que se constrói para nela habitar.
As práticas da fantasia, por exemplo, que deveria ser acolhida, respeitada e
estimulada antes da entrada em cena do discurso racional, são, muitas vezes,
esvaziadas (CONCEIÇÃO; MACEDO, 2018).
Quanto às “Dez Competências” concebidas pela última versão
atualizada da BNCC, ou seja:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre
o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
- Utilizar diferentes linguagens–verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
das linguagens artísticas, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
77

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
- Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se
de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica
e responsabilidade.
- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
- Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.
- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Essas competências são aqui apropriadas como transversalidades que
podem emergir em todos os argumentos do Currículo do Estado da Bahia. Ou
seja, compreendidas como saberes em uso, nos quais saberes, habilidades e
valores, compõem as competências transversais a serem desenvolvidas,
entretecidas à formação política, ética, estética, cultural, espiritual e religiosa
configuram-se como uma continuidade a ser cultivada pelos atos de currículo
durante toda a Educação Básica, respeitando e acolhendo as especificidades de
cada etapa.
As transversalidades pontuam e atravessam como espirais as etapas
formativas produzindo conexões diversas com as competências, seus
componentes e todo e qualquer conteúdo ou atividades vinculadas à formação
como um todo. São, em realidade, macroconcepções que acolhem e também se
conectam a todos os atos de currículos e, por consequência, às experiências
formativas.
Entretanto, faz-se necessário afirmar, como ressaltamos em nossos
argumentos ao longo desse Referencial, que existem outras transversalidades
78

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


que não implicam tão somente no que a BNCC preconiza, ou mesmo poderá
ressignificar o que a BNCC pleiteia como Competência a ser trabalhada, levando
em conta a singularidade dos contextos de formação.
O exercício importante é se perguntar: que transversalidades emergem
no meu contexto curricular-formacional que a BNCC não pleiteia como
transversalidade nas suas competências? Como podemos trabalhar seu
enriquecimento, sua crítica, sua reconfiguração e sua complementação?

8.9 Avaliação da aprendizagem

Como um ato de currículo, a avaliação na Educação Infantil não pode se


configurar perdendo de vista as especificidades do desenvolvimento da criança
e suas mediações. Também não pode perder de vista as transversalidades
fundantes e ampliadas aqui citadas, bem como, as transversalidades outras que
surgirão das singularidades dos contextos de onde emergem as crianças.
Eminentemente processuais, percebidas como atos de currículo para qualificar
a formação da criança, compreendida como um diagnóstico pedagógico para
orientar e reorientar seu desenvolvimento e suas aprendizagens, a avaliação
deve incentivar a autoformação, a heteroformação, a ecoformação e a
metaformação, como já descrevemos na IIIª Parte deste Referencial. Nesses
termos, o portfólio e o álbum de memória são dispositivos de avaliação de
possibilidades valorosas para uma formação qualificada num contexto curricular
da Educação Infantil.
Esses dispositivos podem e devem favorecer uma avaliação centrada
numa visão positivada da criança. Errar para acertar como ato criativo, por
exemplo, faz do “erro” um caminhar sem punições, classificações e
hierarquizações, pois dessa perspectiva a avaliação só tem um objetivo: ajudar
a compor uma aprendizagem qualificada e digna para criança através das suas
itinerâncias e errâncias aprendentes. Ademais, quanto mais pluralizarmos as
formas de avaliação, mais nos aproximamos das singularidades das crianças,
mesmo que tenhamos orientações curriculares sobre conhecimentos
sistematizados, experiências, habilidades, valores a serem trabalhados e
avaliados.
Dessa forma, a “aprendizagem boa” – sempre um fenômeno valorado
singularmente por diversas culturas - construída pelos processos avaliativos, é
aquela que qualifica por sua mediação a formação da criança. Até porque, o
significado de avaliação aqui cultivado é, também, um momento importante de
desenvolvimento, aprendizagem e formação da criança. Jamais pode ser
reduzido a um exame diagnóstico classificatório eivado de expectativas
competitivas. Exames não têm compromisso com formação qualificada, seu
compromisso é com verificação classificatória pura e simples, com fins de
hierarquização. As crianças não podem crescer aprendendo que, os mundos
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


humanos em aprendizagem mediadas por instituições educacionais, são
configurados por esses valores pautados na predação do outro pela
competitividade.

8.10 Campos de experiência no currículo da educação infantil

Como pensar uma base nacional comum para todos os níveis de


educação e ensino sem perder a especificidade da Educação Infantil e aquilo
que Carlina Rinaldi chamou de “Currículo Emergente” (1999) com a proposta de
diferenciar-se de um planejamento como um método de trabalho que estabelece
de antemão objetivos educacionais gerais e específicos?
Cabe então questionar o formato do currículo escolar organizado por
disciplinas, que muitas vezes é trazido como modelo para Educação Infantil, de
modo que possamos pensar novas formas de lidar com os saberes, materiais,
tempos e espaços educacionais específicos da Educação Infantil para as
crianças pequenas. Por tal razão, destacamos a necessidade de refletirmos
sobre os campos de experiência no contexto da educação da infância e suas
contribuições para pensar o processo de construção de conhecimentos, para
construir um processo educativo que considere as trocas entre as crianças e
entre adultos e crianças. Em síntese, buscar contribuir para um processo
educativo que tem na criança a sua centralidade.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Nesse caso, a dúvida e a fascinação são fatores muito bem-vindos,
juntamente com a investigação, a descoberta e a invenção. Com base no art. 9º
das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil abre-se a
proposição dos Campos de Experiências como proposta norteadora para a
organização curricular da Educação Infantil. Essa abordagem considera as
experiências da criança, esta como sujeito que age, cria e produz cultura, visão
que supera a lógica da criança como mera receptora dos conhecimentos, os
campos de experiências colocam o fazer e o agir da criança no centro do saber,
além de articular os direitos de aprendizagens da criança, que destaca seis

princípios básicos, a saber: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e


conhecer-se.
Desenvolver a autonomia significa ter confiança em si e confiar nos
outros; provar satisfação no fazer sozinho e saber pedir ajuda ou poder exprimir
insatisfação e frustração, elaborando progressivamente respostas e estratégias;
exprimir sentimentos e emoções; participar das decisões emitindo opiniões,
aprendendo a operar escolhas e assumir comportamentos e atitudes.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Adquirir competências significa brincar, movimentar-se, manipular, ter
curiosidade, perguntar, aprender a refletir sobre a experiência por meio da
exploração, da observação e do confronto entre propriedades, quantidades,
características, fatos; significa escutar – e compreender – narrações e discursos,
contar e revocar ações e experiências e traduzi-las com marcas pessoais e
compartilháveis; ser capaz de descrever, representar e imaginar, “repetir”, com
simulações e jogos de papel, situações e eventos com linguagens diferentes. A
escola da infância se apresenta como um ambiente protetor, capaz de acolher e
aprender com as diferenças e de promover as potencialidades de todas as
crianças que, entre três e seis anos, exprimem uma grande riqueza de
necessidades e emoções, que estão prontas para encontrar e experimentar
novas linguagens, que colocam para si mesmas, aos seus pares e aos adultos
questionamentos desafiadores e inesperados, que observam e interrogam a
natureza, que elaboram as primeiras hipóteses sobre as coisas, sobre os
eventos, sobre o corpo, sobre as relações, sobre a língua, sobre os diversos
sistemas simbólicos e sobre as mídias, dos quais, geralmente, já usufruem não
somente e nem sempre de modo passivo; e sobre a existência de outros pontos
de vista.
A aprendizagem começa por meio da ação, da exploração, o contato
com os objetos, a natureza, a arte, o território, em uma dimensão lúdica, para
compreender como forma típica de relação e de consciência. No jogo,
principalmente naquele simbólico, as crianças se exprimem, contam, reelaboram
de maneira criativa as experiências pessoais e sociais. Na relação educativa, os
professores desenvolvem uma função de mediação e de facilitação e, ao
fazerem a própria pesquisa das crianças, as ajudam a pensar e a refletir melhor,
solicitando-lhes a observar, descrever, narrar, fazer hipóteses, dar e pedir
explicações em contextos cooperativos e de confronto difuso.
É preciso valorizar a experiência e os conhecimentos das crianças para
ancorar novos conteúdos. No processo de aprendizagem a criança carrega
consigo uma grande riqueza de experiência e de conhecimentos adquiridos fora
da escola e, através dos diversos meios de comunicação, hoje disponíveis para
todos, coloca em jogo expectativas e emoções, apresentando-se dotada de
informações, habilidades, modalidades de aprendizagem que a ação didática
terá que oportunamente reconhecer, explorar e problematizar. Desta forma, a
criança consegue dar sentido ao que vai aprendendo. Promover intervenções
adequadas às diferenças para fazer com que estas não se tornem
desigualdades.
Os professores acolhem, valorizam e estendem as curiosidades, as
explorações, as propostas das crianças e criam ocasiões de aprendizagem para
favorecer a organização daquilo que as crianças vão descobrindo.
A experiência direta, o jogo, o procedimento de tentativas e erros
permitem a criança, oportunamente guiada, aprofundar e sistematizar as
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


aprendizagens. Cada campo de experiência oferece um conjunto de objetos,
situações, imagens e linguagens, referidos aos sistemas simbólicos de nossa
cultura, capazes de evocar, estimular, acompanhar aprendizagens
progressivamente mais seguras. Na escola da infância os objetivos para o
desenvolvimento da competência sugerem ao professor orientações, atenções
e responsabilidades no criar pistas de trabalho para organizar atividades e
experiências que promovam a competência, que nesta idade é entendida de
modo global.
Assumindo assim os “campos de experiência” como “mundos
cotidianos de experiência da criança”, podemos compreendê-los como a
predisposição de ambientes específicos por parte dos professores, que
permitem possíveis ações de descoberta por parte das crianças.
A experiência direta, o jogo, o caminho por tentativas e erros, permitem
que a criança, devidamente orientada, aprofunde e sistematize as
aprendizagens. Cada campo de experiência oferece um conjunto de objetos,
situações, imagens e linguagens, relacionados aos sistemas simbólicos da
nossa cultura, capazes de evocar, estimular, acompanhar progressivamente
aprendizagens mais seguras. (MIUR, 2012, p. 24)
Tratam-se de âmbitos do fazer e do agir próprios da criança, do qual o
adulto se torna um válido apoiador, observando atentamente o que acontece,
aumentando a potencialidade da mesma ação, ajudando a colher os significados
e as descobertas que constantemente se revelam. “Os professores acolhem,
valorizam e ampliam as curiosidades, as explorações, as propostas das crianças
e criam oportunidades de aprendizagem para incentivar a organização daquilo
que as crianças vão descobrindo” (MIUR, 2012, p. 24). Em uma escola infantil
elaborada dessa forma serão continuamente valorizadas as experimentais,
individuais e coletivas.
A organização de um currículo por campos de experiência consiste em
colocar no centro do projeto educativo o fazer e o agir das crianças.
Compreender a ideia de experiência como contínuas e participativas interações
dos meninos e das meninas privilegia as dimensões de ação destes com a
complexidade e a transversalidade dos patrimônios da humanidade.
Em seu estado máximo, uma experiência se converte para o sujeito da
experiência em uma interpretação ampliada sobre o eu e o mundo, sobre aquilo
que naquele momento significa ser o seu ambiente. Pode-se dizer que é a partir
das experiências que o homem produz sentidos pessoais e coletivos,
constituindo um aprendizado constante, já que nenhuma experiência termina em
si mesma. Esse modo de compreender a experiência atribui um sentido particular
para a compreensão dos campos de experiência. Sabemos, por exemplo, que é
comum nas instituições as crianças serem meras espectadoras de sequências
de atividades ou ficarem refém de propostas sem sentido.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Tal perspectiva convoca, antes de tudo, inventar uma docência
(BONDIOLI; MANTOVANI, 1998) e reexaminar a gramática pedagógica
construída dentro das escolas. Para Oliveira-Formosinho (2003), um modelo
curricular subjaz uma definição de gramática pedagógica, uma vez que “cria
linguagem, significados e uma estrutura conceitual e prática; um contexto de
experiência e comunicação com a experiência; um contexto de ação e reflexão-
sobre-a-ação” (OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2003, p. 7).
Assim, os campos de experiências não podem ser tratados como
divisões de áreas ou componentes disciplinares tal qual a escola está
acostumada a se estruturar. Não significa olhar simples e isoladamente para uma
divisão curricular, apartando-a da organização do contexto, mas compreender
que a organização dos espaços, a escolha dos materiais, o trabalho em
pequenos grupos, a gestão do tempo e a comunicação dos percursos das
crianças constituem uma ecologia educativa. Implica conceber que ali se
abrigam as imagens, as palavras, os instrumentos e os artefatos culturais que
constituem os campos de experiência.

O eu, o outro, o nós


Início da busca por uma identidade: quem sou, quem o outro é e quem
nós somos juntos. Nesta etapa é preciso estar atento para as relações sociais.
Nos anos iniciais da infância, a criança observa a natureza e os seres
vivos, o seu nascer, seu evoluir e sua extinção. Observa o ambiente que a
circunda e colhe as diferentes relações entre as pessoas; escuta as narrativas
dos adultos, as expressões de suas opiniões e de sua espiritualidade e fé; e
testemunha os eventos e vê a representação por meio das mídias; participa das
tradições da família e da comunidade a que pertence, mas se abre ao confronto
com outras culturas e costumes; percebe ser igual e diferente na variedade das
situações, de poder ser acolhida e excluída, de poder acolher e excluir. Recolhe
discursos acerca de orientações morais, a coisa é certa a coisa é errada, o valor
atribuído as práticas religiosas. Pergunta-se onde estava antes de nascer, e
quando e onde terminará a sua existência. Coloca perguntas sobre a existência
de Deus, a vida e a morte, a alegria e a dor. As perguntas das crianças requerem
uma atitude de escuta construtiva por parte dos adultos, de clareamento,
compreensão e explicitação das diversas posições.
Nesta idade, portanto, se define e se articula, progressivamente, a
identidade de cada criança como conhecimento do próprio corpo, da própria
personalidade, do próprio estar com os outros e explorar o mundo. São os anos
de descoberta dos adultos como fonte de proteção e conteúdo, das outras
crianças como companheiras de jogos e como limite da própria vontade. São os
anos em que se começa a reciprocidade no falar e no escutar; em que se
aprende discutindo. A criança procura dar um nome aos estados de humor,
experimenta o prazer, a diversão, a frustração, a descoberta; se choca nas
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


dificuldades da divisão e nos primeiros conflitos, supera progressivamente o
egocentrismo e pode colher outros pontos de vista. Este campo representa o
âmbito eletivo em que os temas dos direitos e dos deveres, do funcionamento
da vida social, da cidadania e das instituições acham uma primeira “palestra”
para serem olhados e afrontados concretamente.
A escola se propõe como espaço de encontro e de diálogo, de
aprofundamento cultural e de recíproca formação entre pais e professores para
afrontarem juntos estes temas e propor às crianças um modelo de escuta e de
respeito, que as ajudem a encontrar respostas a suas perguntas, de sentido em
coerência com as escolhas da própria família, na comum intenção de reforçar os
pressupostos da convivência democrática.

Corpo, gestos e movimentos


Refere-se à tomada de consciência do próprio corpo e das suas
possibilidades, bem como a percepção acerca dos gestos e dos movimentos. O
corpo como forma de ser e estar nesse contexto a importância dos estímulos e
brincadeiras.
As crianças tomam consciência do próprio corpo, utilizando-o desde o
nascimento como instrumento de conhecimento de si no mundo. Mover-se e o
primeiro fator de aprendizagem: procurar, descobrir, brincar, pular, correr para a
escola e fonte de bem-estar e de equilíbrio psicofísico. A ação do corpo propicia
viver emoções e sensações prazerosas, de relaxamento e de tensão, mas
também a satisfação do controle dos gestos, na coordenação com os outros;
consente experimentar potencialidades e limites do próprio aspecto físico,
desenvolvendo ao mesmo tempo, a consciência dos riscos dos movimentos
incontrolados.
As crianças jogam com seu corpo, comunicam, se exprimem com a
mímica, se transvestem, se colocam à prova, também nestes modos percebem
a completude de si próprias consolidando autonomia e segurança emotiva. O
corpo tem potencialidades expressivas e comunicativas que se realizam numa
linguagem caracterizada por uma estrutura sua e por regras que a criança
aprende a conhecer por meio de percursos específicos de aprendizagem; as
experiências motoras permitem integrar as diferentes linguagens, alternar a
palavra e os gestos, produzir e desfrutar música, acompanhar narrações,
favorecer a construção da imagem de si e a elaboração do esquema corporal.
As atividades informais, de rotina e de vida cotidiana, a vida e os jogos
ao ar livre são tão importantes quanto o uso de pequenas ferramentas e
instrumentos, quanto o movimento livre ou guiado em espaços dedicados,
quanto os jogos psicomotores e podem ser ocasião para educação da saúde por
meio de uma sensibilização da correta alimentação e da higiene pessoal. A
escola da infância objetiva desenvolver, gradualmente, na criança a capacidade
de ler e interpretar as mensagens provenientes do próprio corpo e dos outros,
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


respeitando-o e tendo cuidado. A escola da infância objetiva também
desenvolver a capacidade de exprimir e de comunicar por meio do corpo para
alcançar e refinar as capacidades perceptivas e de consciência dos objetos, a
capacidade de se orientar no espaço, de se movimentar e de comunicar segundo
a imaginação e a criatividade.

Traços, sons e imagens


É na educação escolar que a criança precisa conviver com diversas
manifestações artísticas e desenvolver suas próprias criações e ou produções.
Nesse contexto ganha grande influência a música, a dança, a pintura e outras
atividades relacionadas ao mundo da arte e ao desenvolvimento do senso crítico.
As crianças exprimem pensamentos e emoções com imaginação e
criatividade: a arte orienta essa propensão, educando para o prazer do belo e
para o sentir estético. A exploração dos materiais à disposição permite viver as
primeiras experiências artísticas, que são capazes de estimular a criatividade e
contagiar outras aprendizagens. As linguagens à disposição das crianças, como
a voz, o gesto, a dramatização, os sons, a música, a manipulação dos materiais,
as experiências gráfico-pictóricas, as grandes mídias, são descobertas e
educadas para que desenvolvam nos pequenos o sentido do belo, a consciência
de si mesmos, dos outros e da realidade. O encontro das crianças com a arte e
ocasião para ver com olhos diferentes o mundo que as circunda.
Os materiais explorados com os sentidos, as técnicas experimentadas e
compartilhadas no atelier da escola, as observações de lugares (praças, jardins,
paisagens) e de obras (quadros, museus, arquiteturas) ajudarão a melhorar as
capacidades perceptivas, cultivar o prazer da fruição, da produção e da invenção
e aproximá-las da cultura e do patrimônio artístico. A música é uma experiência
universal que se manifesta em modos e gêneros diferentes, todos de equivalente
dignidade, carga emocional e rica de tradições culturais.
A criança, interagindo com a paisagem sonora, desenvolve as próprias
capacidades cognitivas e de relação, aprende a perceber, escutar, pesquisar e
discriminar os sons dentro de contextos de aprendizagem significativos. Explora
as próprias possibilidades sonoro-expressivas e simbólico representativas,
fortalecendo a confiança nas próprias potencialidades. A audição das produções
sonoras pessoais lhe abre o prazer de fazer música e a compartilhar repertórios
provenientes de vários gêneros musicais. A criança se confronta com as novas
mídias e com as novas linguagens da comunicação, como espectadora e como
autora. A escola pode ajudá-la a se familiarizar com a experiência da
multimodalidade (a fotografia, o cinema, a televisão, o digital), favorecendo um
contato ativo com as “mídias” e a pesquisa de suas possibilidades expressivas
e criativas.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Escuta, fala, pensamento e imaginação
É na escola que se desenvolvem situações mais complexas com as
diversas estruturas linguísticas. Nesse contexto, deve-se explorar contações de
histórias, momento de instigar a imaginação, motivar atitudes de
questionamentos e trabalhar a atenção e escuta; aqui avançam as primeiras
situações com o mundo da escrita.
A língua, em todas suas funções e formas, é um instrumento essencial
para comunicar e conhecer, para render pouco a pouco mais complexo e melhor
definido o próprio pensamento, também graças ao confronto com os outros e
com a experiência concreta e a observação. É o meio para se exprimir em modos
pessoais, criativos e sempre mais articulados. A língua materna é parte da
identidade de cada criança, mas o conhecimento de outras línguas propicia o
encontro com novos mundos e culturas.
As crianças se apresentam na escola da infância com um patrimônio
linguístico significativo, mas com competências diferenciadas, que são
atentamente observadas e valorizadas. Em um ambiente linguístico cuidado e
estimulante as crianças desenvolvem novas capacidades quando interagem
entre elas pedindo explicações, confrontando pontos de vista, formulando jogos
e atividades, elaborando e compartilhando conhecimentos. As crianças
aprendem a ouvir histórias e contos, dialogando com adultos e colegas, jogando
com a língua que usam, provam o prazer da comunicação, se desafiam com a
exploração da língua escrita.
A vida escolar oferece a possibilidade de experimentar uma variedade
de situações comunicativas ricas de sentido, em que cada criança se torna capaz
de usar a língua em seus diversos aspectos, adquire confiança nas próprias
capacidades expressivas, comunica, descreve, conta, imagina. Percursos
didáticos apropriados são orientados a extensão do léxico, a correta pronúncia
de sons, palavras e frases, a pratica das diversas modalidades de interação
verbal (ouvir, tomar a palavra, dialogar, explicar), contribuindo para o
desenvolvimento de um pensamento lógico e criativo. O encontro com e a leitura
de livros ilustrados, a análise das mensagens presentes no ambiente
encorajando a progressiva aproximação das crianças à língua escrita, motivando
um relacionamento positivo com a leitura e a escrita. As crianças, geralmente,
vivem em ambientes plurilíngues e, se corretamente orientadas, podem se
familiarizar com uma segunda língua, em situações naturais, de diálogo.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


As crianças exploram, continuamente, a realidade e aprendem a refletir
sobre as próprias experiências descrevendo-as, representando-as,
reorganizando-as a partir de diversos critérios. Desta forma, colocam as bases
para a sucessiva elaboração de conceitos científicos e matemáticos que serão
propostos na escola primaria. A curiosidade e as questões sobre os fenômenos
87

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


naturais, sobre si mesmo e sobre os organismos vivos e sobre histórias, fábulas
e jogos tradicionais com referências matemáticas, podem começar a achar
respostas observando sempre melhor os fatos do mundo, procurando entender
como e quando acontecem, intervindo para mudá-los e experimentando os
efeitos das mudanças.
Começam, deste modo, as primeiras atividades de pesquisa que dão,
por sua vez, resultados imprevisíveis, mas que constroem na criança a
necessária confiança nas próprias capacidades de entender e de achar
explicações. Explorando objetos, materiais e símbolos, observando a vida de
plantas e animais, as crianças elaboram ideias pessoais para confrontar com
aquelas dos colegas e dos professores.
Aprendem a fazer perguntas, a dar e a pedir explicações, a se deixar
convencer pelos pontos de vista dos outros, a não se desencorajar se suas ideias
não resultam apropriadas. Podem, portanto, dar início a um percurso de
conhecimento mais estruturado, em que exploram as potencialidades da
linguagem para se exprimir e o uso de símbolos para representar significados.
As crianças elaboram a primeira “organização física” do mundo externo
por meio de atividades concretas que chamam sua atenção aos diferentes
aspectos da realidade, as características da luz e das sombras, aos efeitos do
calor. Observando o próprio movimento e aquele dos objetos, colhem a duração
e a velocidade, aprendem a organizá-los no espaço e no tempo e desenvolvem
uma primeira ideia de contemporaneidade. Tocando, removendo, construindo e
reconstruindo, afinando os próprios gestos, as crianças individuam qualidades e
propriedades dos objetos e dos materiais, imaginam a estrutura e sabem montá-
los em outras formas; reconhecem e dão um nome as propriedades individuais,
percebem suas eventuais transformações.
Creem entender como são feitos e como funcionam máquinas e
mecanismos que fazem parte de sua experiência, procurando entender também
aquele que não se vê diretamente: as mesmas transformações da matéria
podem ser intuídas com base em modelos elementares de estruturas “invisíveis”.
O próprio corpo é sempre objeto de interesse, principalmente, no que se refere
aos processos escondidos, e a curiosidade das crianças permite começar as
primeiras interpretações sobre sua estrutura e sobre seu funcionamento. Os
organismos animais e vegetais, observados em seus ambientes ou em
microambientes artificiais, podem sugerir um “modelo de vida” para entender os
processos mais elementares e a variedade dos modos de viver. Pode-se, assim,
chamar a atenção das crianças sobre as mudanças insensíveis ou visíveis que
acontecem em seu corpo, naquele dos animais e das plantas e até as contínuas
transformações do ambiente natural.
A familiaridade com os números pode nascer a partir daqueles que os
usam na vida do dia a dia; além do mais, pensando nas quantidades e nos
numerosos objetos diferentes, as crianças constroem as primeiras competências
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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


fundamentais do contar objetos ou eventos, acompanhando-os com os gestos
para indicar, para tirar e para adicionar. Assim começa o conhecimento do
número e da estrutura das primeiras operações, subdividem em partes os
materiais e realizam atividades elementares de medida. Gradualmente, iniciando
os primeiros processos de abstração, aprendem a representar com símbolos
simples os resultados de suas experiências. Movimentando-se no espaço, as
crianças escolhem e executam os percursos mais idôneos para alcançar uma
meta pré-fixada, descobrindo conceitos geométricos como aqueles de direção e
de ângulo. Sabem descrever as formas de objetos tridimensionais,
reconhecendo as formas geométricas e individuando as propriedades (por
exemplo, reconhecendo no “quadrado” uma propriedade do objeto e não o objeto
mesmo). Operam e jogam com materiais estruturados, construções, jogos de
mesa de vários tipos, de vida cotidiana, tornando-se, progressivamente,
conscientes de sons, entoações, significados diferentes.

8.11 As transições entre educação infantil e ensino fundamental

É num cenário da Educação Infantil impactado não apenas pelo


paradigma da necessidade, mas, a fortiori, pelo paradigma do direito da criança
à educação, cuja ideia forte hoje em pauta no discurso oficial sobre o “direito à
aprendizagem” se configura. Entretanto, da nossa perspectiva, o conteúdo desse
discurso precisa de uma reflexão, ou mesmo, de uma inflexão mais que
fundamental, em realidade fundante. Senão, vejamos. Para o campo das
práticas educacionais, a aprendizagem é uma pauta de interesse inarredável,
em termos pedagógicos, concordamos, entretanto, como vimos afirmando, em
termos valorativos, nem toda aprendizagem é boa, levando em conta a
perspectiva de quem vive a experiência do aprender, suas necessidades,
demandas e direitos.
Para a educação, como lugar eminentemente político e ético, a
aprendizagem só se legitima se for valorada e referenciada socialmente. Nesse
sentido, o que constitui formação para uma criança vai muito além do que está
prescrito, do que deve aprender, nos provoca Pierre Dominicé (2012). Sem nos
alongar nessa argumentação introdutória, mas importante para explicitarmos
nossas intenções de texto, ao se falar em “direito à aprendizagem” fica-se a meio
caminho de uma complexidade fundante e de uma necessidade socialmente
referenciada: o direito à (aprendizagem) formação.
É com esse sentido político-pedagógico do aprender formando-se e do
aprender a formar-se na escola de Educação Infantil e das séries iniciais do
Ensino Fundamental, que caminharemos com nosso texto político-curricular,
onde a provocação central é jamais desvincular aprendizagem da formação,
envolvendo aí as questões do currículo da educação das crianças pequenas.

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Por outra perspectiva mais ampla, Silva, Pasuch e Silva (2012)
explicitam que vivenciamos nas décadas de 1980 e 1990, a transição da
Educação Infantil pautada no paradigma da necessidade, para um paradigma do
direito da criança sujeito de direitos. Para a autora, essa transição marca o
reconhecimento da importância da Educação Infantil para o processo de
formação da criança pequena em ambiências de cuidado e de aprendizagens
organizadas para educá-la.

8.12 Organizador Curricular

No âmbito da organização curricular, a partir da lógica de uma Base


Curricular Nacional importa destacar que seu objetivo não visa definir o currículo
da escola, tem como premissa subsidiar propostas pedagógicas da escola sob
a condição destas serem frutos de uma construção coletiva que considere a
participação da comunidade educacional e nesse contexto articular participação
das famílias e da comunidade no sentido de garantia dos direitos da criança. Na
Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, o Organizador Curricular
tem como pressuposto articular os princípios preconizados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Infantil, aos Campos de Experiências, ao
processo de desenvolvimento da aprendizagem e à formação integral da criança.
Respeitando e considerando a organização do trabalho pedagógico na
realidade das escolas nos diversos territórios do Estado da Bahia, planejamentos
e propostas pedagógicas desenvolvidas nas unidades escolares de educação
infantil, o organizador curricular apresentado neste documento, segue a
periodização por faixa etária: 0-1a6m / 1a7m-3a11m / 4a-5a11m. Contudo, essa
divisão não representa uma estrutura fixa e estática do desenvolvimento da
criança; é uma divisão que se aproxima das atividades pedagógicas no contexto
do cotidiano escolar.
O organizador curricular é um dispositivo de referência que permite
enxergar a criança enquanto sujeito histórico que, por meio dos campos de
experiências, cria e recria suas vivências, desenvolve suas competências e
constrói sentidos sobre o mundo a sua volta. Nesse sentido, o projeto
pedagógico da escola deve ser construído por meio de um processo democrático
que privilegie a participação dos professores, auxiliares, coordenadores, família
e toda comunidade escolar, que cuida e educa os meninos e meninas da
Educação Infantil. Nesse processo, é fundamental criar vínculos entre o
conhecimento que os alunos já trazem de suas realidades com os
conteúdos/saberes que ele deseja desenvolver. Importa compreender o
organizador curricular como dispositivo de referência para construção de

90

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, bem como, para a
ampliação do campo das orientações metodológicas.

TRANSVERSALIDADES

Transversalidade relacionada com os Transversalidade relacionada com as


conceitos fundantes: competências:

- Pensar em uma criança baseada no vir a 1. Conhecimento


ser, em sua capacidade de criação 2. Pensamento crítico e criativo
constante e no seu protagonismo. 3. Repertório Cultural
- Ter como eixos norteadores a interação e 4. Comunicação
brincadeira e sua importância no 5. Cultura digital
desenvolvimento da criança a partir de suas 6. Trabalho e projeto de vida
experiências. 7. Argumentação
- Cuidado precisa estar presente em todo ato 8. Autoconhecimento e autocuidado
de currículo. 9. Empatia e cooperação
- Educação Integral, pensar em uma 10. Responsabilidade e cidadania
formação que respeite a criança em sua
integralidade e em espaços e tempo que
amparem este novo olhar.

EXPECTATIVAS DE
CAMPOS DE
FAIXA ETÁRIA APRENDIZAGEM E ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
EXPERIÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO

Utilizar os diversos espaços


(EI01CG01) Movimentar as educativos incentivando-o
partes do corpo para exprimir virar/rolar, arrastar/engatinhar,
corporalmente emoções, andar/correr, pegar/soltar; utilizar
necessidades e desejos. cubos e caixas grandes para o
CORPO, GESTOS 0-1 a 6m (EI01CG02) Experimentar as entrar, sair e voltar, encaixar e
E MOVIMENTOS possibilidades corporais nas desencaixar, puxar e empurrar
brincadeiras e interações em objetos e ou brinquedos.
ambientes acolhedores e Ao desenvolver atividades que
desafiantes. envolva o cuidado com o corpo da
criança envolvê-la através do

91

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI01CG03) Imitar gestos e diálogo e afeto, proporcionando
movimentos de outras sua participação.
crianças, adultos e animais.

(EI01CG04) Participar do
cuidado do seu corpo e da
promoção do seu bem-estar.

(EI01CG05) Utilizar os
movimentos de preensão,
encaixe e lançamento,
ampliando suas
possibilidades de manuseio
de diferentes materiais e
objetos.

(EI01CG01BA) Interagir com


o meio cultural através de
sons e brincadeiras que
valorizem a cultura local.

(EI02CG01) Apropriar-se de Criar espaços e rotinas que


gestos e movimentos de sua contribua com o desenvolvimento
cultura no cuidado de si e da sua autonomia.
nos jogos e brincadeiras.
Proporcionar diferentes
(EI02CG02) Deslocar seu oportunidades para que a criança
corpo no espaço, orientando- experimente diferentes
se por noções como em possibilidades e desenvolva suas
frente, atrás, no alto, habilidades manuais.
embaixo, dentro, fora etc., ao
se envolver em brincadeiras Explorar os espaços educativos
1a 7m e atividades de diferentes incentivando andar/correr,
- naturezas. pegar/soltar; utilizar cubos e
caixas grandes para o entrar, sair
3a 11m (EI02CG03) Explorar formas e voltar, encaixar e desencaixar,
de deslocamento no espaço puxar e empurrar objetos e ou
(pular, saltar, dançar), brinquedos. Atividades utilizando
combinando movimentos e pneus, bambolês, raquetes, e
seguindo orientações. outros objetos que por meio de
(EI02CG04) Demonstrar propostas diferenciadas
progressiva independência possibilitem diversos tipos de
no cuidado do seu corpo. movimentos com o corpo.
Importante estar atento para
(EI02CG05) Desenvolver diversas formas de a criança
progressivamente as vivenciar o equilíbrio corporal.
habilidades manuais,
92

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


adquirindo controle para
desenhar, pintar, rasgar,
folhear, entre outros.

(EI03CG01) Conhecer a
multiplicidade de funções e
manifestações motoras a
partir da compreensão
acerca da postura corporal e
assim criar com o corpo
formas diversificadas de
expressão de sentimentos,
sensações e emoções tanto
nas situações do cotidiano
quanto em brincadeiras,
dança, teatro, música.

(EI03CG02) Demonstrar
controle e adequação do uso
Explorar diferentes possibilidades
de seu corpo em brincadeiras
de movimento e cuidados com o
e jogos, escuta e reconto de
4a seu corpo a partir de vivências que
histórias, atividades
possibilite o conhecimento de
- artísticas, entre outras
diferentes formas e expressões.
possibilidades.
5a 11m
(EI03CG03) Criar
movimentos, gestos, olhares
e mímicas em brincadeiras,
jogos e atividades artísticas
como dança, teatro e música.

(EI03CG04) Adotar hábitos


de autocuidado relacionados
a higiene, alimentação,
conforto e aparência.

(EI03CG05) Coordenar suas


habilidades manuais no
atendimento adequado a
seus interesses e
necessidades em situações
diversas.

93

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI01TS01) Explorar sons
produzidos com o próprio
corpo e com objetos do
ambiente.

(EI01TS02) Traçar marcas


Utilizar objetos sonoros artísticos
gráficas, em diferentes
incluindo os de tradição e cultura
suportes, usando
local; fazer gestos e movimentos
instrumentos riscantes e
relacionados às músicas infantis e
tintas.
sons apresentados. Utilizar
(EI01TS03) Explorar “cantigas” de roda
diferentes fontes sonoras e
materiais para acompanhar
brincadeiras cantadas,
0 - 1a 6m canções, músicas e
melodias.

(EI02TS01) Criar sons com


materiais, objetos e
instrumentos musicais, para
TRAÇOS, SONS, acompanhar diversos ritmos
CORES E de música.
FORMAS
(EI02TS02) Utilizar materiais
variados com possibilidades
1a 7m Proporcionar diferentes
de manipulação (argila,
oportunidades para que a criança
massa de modelar),
- experimente diferentes
explorando cores, texturas,
possibilidades e desenvolva suas
3a 11m superfícies, planos, formas e
habilidades manuais.
volumes ao criar objetos
tridimensionais.

(EI02TS03) Utilizar diferentes


fontes sonoras disponíveis
no ambiente em brincadeiras
cantadas, canções, músicas
e melodias.

4a -
(EI03TS01) Utilizar sons Proporcionar diferentes
5a 11m produzidos por materiais, oportunidades para que a criança
objetos e instrumentos experimente diferentes
musicais durante possibilidades e desenvolva suas
brincadeiras de faz de conta, habilidades
encenações, criações
musicais, festas.

94

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI03TS02) Expressar-se
livremente por meio de
desenho, pintura, colagem,
dobradura e escultura,
criando produções
bidimensionais e
tridimensionais.

(EI03TS03) Reconhecer as
qualidades do som
(intensidade, duração, altura
e timbre), utilizando-as em
suas produções sonoras e ao
ouvir músicas e sons.

(EI01EF01) Reconhecer
quando é chamado por seu
nome e reconhecer os
nomes de pessoas com
quem convive.

(EI01EF02) Demonstrar
interesse ao ouvir a leitura de
poemas e a apresentação de
músicas.

(EI01EF03) Demonstrar
interesse ao ouvir histórias
ESCUTA, FALA, 0 lidas ou contadas,
PENSAMENTO E observando ilustrações e os Oferecer à criança diferentes
IMAGINAÇÃO -
movimentos de leitura do possibilidades de leitura e vivências.
1a 6m adulto-leitor (modo de
segurar o portador e de virar
as páginas).

(EI01EF04) Reconhecer
elementos das ilustrações de
histórias, apontando-os, a
pedido do adulto-leitor.

(EI01EF05) Imitar as
variações de entonação e
gestos realizados pelos
adultos, ao ler histórias e ao
cantar.

95

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI01EF06) Comunicar-se
com outras pessoas usando
movimentos, gestos,
balbucios, fala e outras
formas de expressão.

(EI01EF07) Conhecer e
manipular materiais
impressos e audiovisuais em
diferentes portadores (livro,
revista, gibi, jornal, cartaz,
CD, tablet etc.).

(EI01EF08) Participar de
situações de escuta de textos
em diferentes gêneros
textuais (poemas, fábulas,
contos, receitas, quadrinhos,
anúncios etc.).

(EI01EF09) Conhecer e
manipular diferentes
instrumentos e suportes de
escrita.

Ouvir com atenção


(EI02EF01) Dialogar com compreendendo o sentido da
crianças e adultos, mensagem, seguir instruções.
expressando seus desejos, Atividades que estimulem a
necessidades, sentimentos e atenção auditiva, a capacidade de
opiniões. imaginação e criatividade.
(EI02EF02) Identificar e criar Realizar brincadeiras como roda
diferentes sons e reconhecer de conversa fazendo a simulação
1a 7m
rimas e aliterações em de planejamento das atividades do
- cantigas de roda e textos dia perguntando o que as crianças
poéticos. acham da proposta. Trabalhar com
3a 11m
(EI02EF03) Demonstrar uso significativo e lúdico do
interesse e atenção ao ouvir calendário escolar, observando a
a leitura de histórias e outros passagem do tempo ao passo que
textos, diferenciando escrita se desenvolve e avança as
de ilustrações, e atividades. Utilização de histórias e
acompanhando, com músicas ajudam nesse processo,
orientação do adulto-leitor, a bem como, estimular a criatividade
direção da leitura (de cima da criança a partir de diferentes
possibilidades de criação de sons

96

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


para baixo, da esquerda para por meio de gestos e ações
a direita). corporal.

(EI02EF04) Formular e Explorar possibilidades de gestos,


responder perguntas sobre acompanhamento de ritmos
fatos da história narrada, musicais, apreciar diversas
identificando cenários, modalidades de danças, fazer
personagens e principais atividades de colagem, pinturas,
acontecimentos. dobraduras e recortes.

(EI02EF05) Relatar Desenvolver atividades e


experiências e fatos brincadeiras que permitam a
acontecidos, histórias comparação entre objetos e formas
ouvidas, filmes ou peças identificando suas propriedades.
teatrais assistidos etc. Observar e manipular objetos,
organizar elementos em
(EI02EF06) Criar e contar sequência, relacionar número ao
histórias oralmente, com numeral.
base em imagens ou temas
sugeridos. Vivenciar situações que estimulem
a imaginação, a curiosidade, o
(EI02EF07) Manusear encanto e o questionamento
diferentes portadores acerca dos espaços físicos, social,
textuais, demonstrando do tempo e da natureza.
reconhecer seus usos
sociais.

(EI02EF08) Manipular textos


e participar de situações de
escuta para ampliar seu
contato com diferentes
gêneros textuais (parlendas,
histórias de aventura,
tirinhas, cartazes de sala,
cardápios, notícias etc.).

(EI02EF09) Manusear
diferentes instrumentos e
suportes de escrita para
desenhar, traçar letras e
outros sinais gráficos.

4a (EI03EF01) Expressar ideias, Promover ações e atividades que


desejos e sentimentos sobre envolvam fenômenos da natureza.
- suas vivências, por meio da Participar da limpeza do ambiente
linguagem oral e escrita e aprender a lidar com o lixo que
97

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5a 11m (escrita espontânea), de produz. Aprender a cuidar de si, do
fotos, desenhos e outras outro e do ambiente. Criar
formas de expressão. atividades criativas e significativas
com uso de relógio e calendário
(EI03EF02) Inventar explorando a compreensão sobre o
brincadeiras cantadas, tempo.
poemas e canções, criando
rimas, aliterações e ritmos. Desenvolver atividades e
brincadeiras que permitam a
(EI03EF03) Escolher e comparação entre objetos e formas
folhear livros, procurando identificando suas propriedades.
orientar-se por temas e Observar e manipular objetos,
ilustrações e tentando organizar elementos em
identificar palavras sequência, relacionar número ao
conhecidas. numeral.
(EI03EF04) Recontar Explorar quantidades e formas,
histórias ouvidas e planejar objetos e figuras. Contar, comparar
coletivamente roteiros de e medir diferentes instrumentos e
vídeos e de encenações, objetos. Brincar com jogos e
definindo os contextos, os brinquedos educativos. Fazer
personagens, a estrutura da atividades que envolvam notações
história. numéricas, mediadas e ordens.
(EI03EF05) Recontar Organizar e classificar objetos em
série, tamanhos, classes e formas;
histórias ouvidas para
produção de reconto escrito, promover brincadeiras e jogos que
tendo o professor como envolvam ações como contar,
comparar, percorrer retas e curvas,
escriba.
saltar e ultrapassar obstáculos
(EI03EF06) Produzir suas simples.
próprias histórias orais e
escritas (escrita espontânea), Explorar experiências que
contribuam significativamente para
em situações com função
social significativa. ampliação da compreensão acerca
das relações espaço e tempo,
(EI03EF07) Levantar relações quânticas, formas,
hipóteses sobre gêneros medidas e espessuras
textuais veiculados em
portadores conhecidos,
recorrendo a estratégias de
observação gráfica e/ou de
leitura.

(EI03EF08) Selecionar livros


e textos de gêneros
conhecidos para a leitura de

98

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


um adulto e/ou para sua
própria leitura (partindo de
seu repertório sobre esses
textos, como a recuperação
pela memória, pela leitura
das ilustrações etc.).

(EI03EF09) Levantar
hipóteses em relação à
linguagem escrita, realizando
registros de palavras e
textos, por meio de escrita
espontânea.

(EI03EF01BA) Conhecer e
interpretar o ambiente,
realizando comparações para
desenvolver condições
favoráveis ao pensamento
lógico e matemático.

(EI01EO01) Perceber que


suas ações têm efeitos nas
outras crianças e nos
adultos.

(EI01EO02) Perceber as
possibilidades e os limites de
seu corpo nas brincadeiras e
interações das quais
participa.
O EU, O OUTRO,
O NÓS (EI01EO03) Interagir com
0-1a 6m crianças da mesma faixa
etária e adultos ao explorar
espaços, materiais, objetos,
brinquedos.

(EI01EO04) Comunicar
necessidades, desejos e
emoções, utilizando gestos,
balbucios, palavras.

(EI01EO05) Reconhecer seu


corpo e expressar suas
sensações em momentos de

99

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


alimentação, higiene,
brincadeira e descanso.

(EI01EO06) Interagir com


outras crianças da mesma
faixa etária e adultos,
adaptando-se ao convívio
social.

(EI02EO01) Demonstrar
atitudes de cuidado e
solidariedade na interação Explorar experiências sensoriais,
com crianças e adultos. sentimentos, memórias
expressivas e corporais
(EI02EO02) Demonstrar vivenciadas na família e na
imagem positiva de si e comunidade onde vive.
confiança em sua
capacidade para enfrentar
dificuldades e desafios.

(EI02EO03) Compartilhar os
objetos e os espaços com
crianças da mesma faixa
etária e adultos.
1a 7m (EI02EO04) Comunicar-se
com os colegas e os adultos,
-
buscando compreendê-los e
3a 11m fazendo-se compreender.

(EI02EO05) Perceber que as


pessoas têm características
físicas diferentes,
respeitando essas
diferenças.

(EI02EO06) Respeitar regras


básicas de convívio social
nas interações e
brincadeiras.

(EI02EO07) Resolver
conflitos nas interações e
brincadeiras, com a
orientação de um adulto.

100

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI03EO01) Demonstrar Brincando e dançando as crianças
empatia pelos outros, combinam movimentos de pular e
percebendo que as pessoas correr e vão avançando para
têm diferentes sentimentos, movimentos mais complexos,
necessidades e maneiras de nesse sentido perceber o corpo
pensar e agir. como forma de linguagem, como
possibilidade de expressão. Criar
(EI03EO02) Agir de maneira cenários a partir de histórias que
independente, com confiança contribuam para dramatização e
em suas capacidades, interpretação de casos. Construir
reconhecendo suas maquetes, pinturas, dobraduras.
conquistas e limitações. Contação de histórias e contos
(EI03EO03) Ampliar as infantis.
4a
relações interpessoais, Incentivar diálogos com pessoas
- desenvolvendo atitudes de mais velhas da comunidade,
participação e cooperação. colher histórias e brincadeiras
5a 11m
(EI03EO04) Comunicar suas infantis. Estimular a troca de
ideias e sentimentos a experiências entre a criança e a
pessoa mais velha, descobrir
pessoas e grupos diversos.
histórias locais, tradições e
(EI03EO05) Demonstrar saberes populares a partir do
valorização das contato com as pessoas do
características de seu corpo território, com essa experiência,
e respeitar as características construir, álbuns organizando
dos outros (crianças e fotografias, pôsteres, danças e
adultos) com os quais dramatizações.
convive.
Fazer os reconhecimentos de
(EI03EO06) Manifestar fotografias de si e da sua família,
interesse e respeito por construir álbuns identificando as
diferentes culturas e modos pessoas e suas características.
de vida. Atividades com instrumentos e
jogos de diferentes origens
(EI03EO07) Usar estratégias culturais e tradições.
pautadas no respeito mútuo
para lidar com conflitos nas Brincadeiras de inversão de
interações com crianças e papeis, atividades de
adultos. dramatização e teatro, contação
de histórias e práticas cotidianas
de diálogos que avaliem situações
de conflitos, atividades de
quietude e atenção, trabalhos com
a respiração e reflexão.

101

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EI01ET01) Explorar e
descobrir as propriedades de
objetos e materiais (odor,
cor, sabor, temperatura).

(EI01ET02) Explorar relações


de causa e efeito
(transbordar, tingir, misturar,
mover e remover etc.) na
interação com o mundo
físico.

(EI01ET03) Explorar o
ambiente pela ação e
observação, manipulando,
experimentando e fazendo
descobertas.
0-1a 6m (EI01ET04) Manipular,
experimentar, arrumar e
ESPAÇOS, explorar o espaço por meio
TEMPOS, de experiências de
QUANTIDADES, deslocamentos de si e dos
RELAÇÕES E objetos.
TRASNFORMAÇÕ
ES (EI01ET05) Manipular
materiais diversos e variados
para comparar as diferenças
e semelhanças entre eles.

(EI01ET06) Vivenciar
diferentes ritmos,
velocidades e fluxos nas
interações e brincadeiras (em
danças, balanços,
escorregadores etc.).

(EI02ET01) Explorar e
descrever semelhanças e
1a 7m diferenças entre as
características e
- propriedades dos objetos
(textura, massa, tamanho).
3a 11m
(EI02ET02) Observar, relatar
e descrever incidentes do
cotidiano e fenômenos

102

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


naturais (luz solar, vento,
chuva etc.).

(EI02ET03) Compartilhar,
com outras crianças,
situações de cuidado de
plantas e animais nos
espaços da instituição e fora
dela.

(EI02ET04) Identificar
relações espaciais (dentro e
fora, em cima, embaixo,
acima, abaixo, entre e do
lado) e temporais (antes,
durante e depois).

(EI02ET05) Classificar
objetos, considerando
determinado atributo
(tamanho, peso, cor, forma
etc.).

(EI02ET06) Utilizar conceitos


básicos de tempo (agora,
antes, durante, depois,
ontem, hoje, amanhã, lento,
rápido, depressa, devagar).

(EI02ET07) Contar oralmente


objetos, pessoas, livros etc.,
em contextos diversos.

(EI02ET08) Registrar com


números a quantidade de
crianças (meninas e
meninos, presentes e
ausentes) e a quantidade de
objetos da mesma natureza
(bonecas, bolas, livros etc.).

4a (EI03ET01) Estabelecer
relações de comparação
- entre objetos, observando
5a 11m suas propriedades.

(EI03ET02) Observar e
descrever mudanças em
103

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferentes materiais,
resultantes de ações sobre
eles, em experimentos
envolvendo fenômenos
naturais e artificiais.

(EI03ET03) Identificar e
selecionar fontes de
informações, para responder
a questões sobre a natureza,
seus fenômenos, sua
conservação.

(EI03ET05) Classificar
objetos e figuras de acordo
com suas semelhanças e
diferenças.

(EI03ET06) Relatar fatos


importantes sobre seu
nascimento e
desenvolvimento, a história
dos seus familiares e da sua
comunidade.

(EI03ET07) Relacionar
números às suas respectivas
quantidades e identificar o
antes, o depois e o entre em
uma sequência.

(EI03ET08) Expressar
medidas (peso, altura etc.),
construindo gráficos básicos

104

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


9. ETAPA ENSINO FUNDAMENTAL

9.1 Introdução

O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da Educação Básica,


atendendo estudantes na faixa etária de 06 a 14 anos de idade e também através
das modalidades de ensino jovens com mais de 14 anos, adultos e terceira
idade. Envolve, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período,
passam por mudanças físicas, cognitivas, afetivas, sociais, emocionais entre
outras coisas.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069, de 13 de julho de
1990) considera criança, a pessoa até 12 anos de idade incompletos e,
adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos de idade (art. 2°). Em seus artigos 3º
e 4º, consideram a criança e o adolescente como sujeitos de direitos, que devem
gozar de proteção integral e de todas as oportunidades e facilidades, a fim de
lhes facultar o desenvolvimento em todas as suas dimensões física, mental,
moral, espiritual e social, com liberdade e dignidade, sendo dever da família, da
comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar a efetivação
dos direitos referentes a todos os aspectos da sua vida.
Essas mudanças impõem desafios na elaboração de currículo para a
etapa do Ensino Fundamental, de modo a superar as lacunas que ocorrem tanto
entre as etapas da Educação Básica, mas principalmente entre a educação
infantil e o Ensino Fundamental e as duas fases do Ensino fundamental: Anos
Iniciais e Anos Finais, garantindo integração e continuidade dos processos de
aprendizagens dos estudantes respeitando suas singularidades e as diferentes
relações que são estabelecidas entre os conhecimentos.
A BNCC nos aponta a necessidade de articulação do currículo entre as
etapas, da elaboração de um currículo que permita progressão entre os anos de
ensino, através do desenvolvimento das aprendizagens essenciais definidas e
que estejam em articulação com as 10 (dez) competências gerais proposta no
documento.
No currículo Bahia o Ensino Fundamental está estruturado conforme
orienta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, 20 de
dezembro de 1996 e a Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010
que Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove
anos, está constituído de uma Base Nacional Comum e de uma Parte
Diversificada como estabelece o artigo 7º e o seu parágrafo único da Resolução
Nº 2, de 22 d dezembro de 2017:

105

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Art. 7º Os currículos escolares relativos a todas as etapas e
modalidades da Educação Básica devem ter a BNCC como
referência obrigatória e incluir uma parte diversificada, definida
pelas instituições ou redes escolares de acordo com a LDB, as
diretrizes curriculares nacionais e o atendimento das
características regionais e locais, segundo normas
complementares estabelecidas pelos órgãos normativos dos
respectivos Sistemas de Ensino.
Parágrafo único. Os currículos da Educação Básica, tendo como
referência a BNCC, devem ser complementados em cada
instituição escolar e em cada rede de ensino, no âmbito de cada
sistema de ensino, por uma parte diversificada, as quais não
podem ser consideradas como dois blocos distintos justapostos,
devendo ser planejadas, executadas e avaliadas como um todo
integrado.

Sua estrutura está organizada em áreas de conhecimento e respectivos


componentes curriculares, conforme descrito a seguir:

I. Área de Linguagens:
Componentes Curriculares: Língua Portuguesa; Educação Física;
Língua Estrangeira e Arte;
II. Área de Matemática:
Componente curricular: Matemática;
III. Área de Ciências da Natureza:
Componente curricular: Ciências;
IV. Área de Ciências Humanas:
Componentes curriculares: História; Geografia;
V. Área de Ensino Religioso
Componente curricular: Ensino Religioso.

A BNCC está sendo complementada por uma parte diversificada que


constitui um todo integrado através do Currículo Bahia e sua articulação deverá
possibilitar a sintonia dos interesses mais amplos de formação básica do cidadão
com a realidade local. As necessidades dos estudantes, as características
regionais da sociedade, da cultura e da economia e perpassam todo o currículo.
O Ensino Fundamental está organizado em dois grandes momentos:
Anos Iniciais (1º ao 5ºano) e Anos Finais (6º ao 9º). O Currículo Bahia apresenta
um texto introdutório por etapa, área e componente curricular e um organizador
Curricular para cada componente curricular por ano letivo.

A ÁREA DE LINGUAGENS

106

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A Área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes
curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa, sendo
que este último oferecido no Ensino Fundamental - Anos Finais. O objetivo é
possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas,
que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações
artísticas, corporais e linguísticas, dando continuidade à Educação Infantil.
No Ensino Fundamental - Anos Iniciais, os componentes curriculares
tematizam diversas práticas, considerando especialmente aquelas relativas às
culturas infantis tradicionais e contemporâneas, embasadas pelo processo de
alfabetização. Já no Ensino Fundamental - Anos Finais, as aprendizagens, nos
componentes curriculares dessa área, ampliam as práticas de linguagem
conquistadas no Ensino Fundamental - Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem
de Língua Inglesa.
Nesse segmento, a diversificação dos contextos permite o
aprofundamento de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que
se constituem e constituem a vida social. Os estudantes devem se apropriar das
especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo, no qual elas
estão inseridas, compreendendo que elas são dinâmicas, e que todos participam
desse processo de constante transformação. A dimensão analítica das
linguagens não são apresentadas como fim, mas como meio para a
compreensão dos modos de se expressar e de participar no mundo, constituindo
práticas mais sistematizadas de formulação de questionamentos, seleção,
organização, análise e apresentação de descobertas e conclusões.

Competências específicas de Linguagens

Em consonância com a BNCC, em articulação com as competências


gerais da Educação Básica, a área de Linguagens deve garantir aos alunos o
desenvolvimento das seguintes competências específicas:
1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica,
social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e
valorizando-as como formas de significação da realidade e
expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas,
corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana
para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de
participação na vida social e colaborar para a construção de uma
sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos

107

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à
resolução de conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que
respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, atuando criticamente frente a questões do mundo
contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as
diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais,
inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da
humanidade, bem como participar de práticas diversificadas,
individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar
por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir
conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais
e coletivos.

Língua Portuguesa

A língua é um fenômeno vivo, extremamente flexível, assim como seus


falantes. Para entender a necessidade de seu estudo é preciso cuidar de
analisá-la nas diversas situações (formais e informais) em que seu uso se faz
presente e necessário; comunicar; resolver problemas; aproximar pessoas;
amenizar conflitos; externar ideias, sentimentos e emoções; convencer; refletir;
deleitar-se; construir. Afinal, como canta Caetano Veloso nos versos de “Língua”:
“o que quer e o que pode essa língua?”. E, para isso, nada melhor que refletir
sobre as diversas situações em que a mesma se faz presente na vida cotidiana
dos nossos estudantes baianos, imaginando situações vindouras objetivando
garantir à disciplina a perspectiva da aprendizagem significativa.
No cenário baiano, assim como em boa parte do país, vivemos, ainda,
os reflexos da precária escolarização da população, que não dispõe, em sua
totalidade, do acesso aos livros e bens culturais, frutos da chamada cultura
letrada, não necessariamente por falta de distribuição, mas, principalmente, pela
ausência do hábito de leitura em parcela significativa das cidades,
independentemente, do nível econômico de cada um. Os índices de proficiência
em leitura e escrita, por mais que já tenham dado algum sinal de melhoria, ainda
avançam a passos muito lentos, dificultando o progresso do estado e do país.
Há muito o que fazer para transformar esse quadro, e se os nossos estudantes
não trazem esses bons hábitos de casa, a escola acaba por assumir sozinha, na
maioria dos municípios baianos, a responsabilidade por esta questão.

108

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


As metas da escola como instituição democrática de acesso ao
conhecimento e compensadora de disparidades sociais são desafiadoras e
perpassam, prioritariamente, por garantir o direito a um objeto de conhecimento
construído historicamente pela humanidade, a linguagem escrita, porém sem
entendê-la ou limitá-la à aquisição de um mero código. Em outras palavras, a
escola deve proporcionar o acesso digno e oportuno ao mundo letrado. Vale
reafirmar: a escrita não é simplesmente um código, pois não representa fielmente
a fala, possui por isso, sua história como objeto de conhecimento, além de suas
próprias características. Devido a isso, a escola deve promover estímulos para
que o(a) professor(a) sinta-se implicado(a) nesse processo, executando práticas
diárias e reais de leitura e escrita na sala de aula, de maneira interdisciplinar,
bem como um ambiente alfabetizador para seus estudantes.
Antigamente, o que se entendia como sujeito alfabetizado estava
reduzido ao indivíduo que assinava o seu nome e escrevia simplórios textos. No
entanto, esta visão está muito distante das que vigoram atualmente, momento
em que não mais se considera o entendimento e a apropriação do sistema
alfabético de escrita (alfabetização) dissociado das práticas sociais da mesma
(letramento). Desta forma, alfabetizar letrando ou um letrar alfabetizando é o
recomendável e esperado.
Tal concepção vem reforçar a necessidade de educar para o mundo, de
ensinar ao estudante que a escrita e a leitura vão mais além do que conhecer as
26 letras do alfabeto. Para isso, é necessário o trabalho com práticas reais de
leitura e escrita, ou seja, trazer para a escola a enorme diversidade textual que
existe para além dos muros dessa instituição: textos que estão presentes na
nossa cultura letrada, quer sejam pertencentes a situações formais ou informais,
mas de fato inerentes aos nossos costumes baianos.
Como afirmam Teberosky e Tolchinsky (1992, p. 6), “a linguagem escrita
surge do uso da escrita em certas circunstâncias e não da escrita em si”.
Portanto, o estudante possui plenos direitos a oportunidades em que se
apresentem a leitura e a escrita em seus usos reais e contextualizados. Neste
sentido, por exemplo, é importante, na produção textual, a orientação dos
professores guiando os estudantes com perguntas, tais como: “Para quem está
sendo dirigido esse texto?”; “Qual a finalidade de sua construção?”; “Qual o seu
uso?”; entre outras. O compromisso, portanto, é, nos anos iniciais (1º ao 2º),
ajudar o estudante na apropriação do sistema alfabético, porém, ao mesmo
tempo, acompanhá-lo no letramento. O exercício desses saberes será ampliado
nos anos seguintes, as diferentes práticas da linguagem continuarão a ser
trabalhadas, do 3º ao 5º anos, formando, constantemente, leitores e escritores
críticos e reflexivos, competentes de fato para o convívio social e capazes de
modificar a sociedade, resolvendo problemas e questões.
Lev Vygotsky foi um dos teóricos pioneiros em estudar a linguagem e os
efeitos cognitivos e sociais da mesma no processo de aquisição desse objeto de
109

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


conhecimento. Também foi pioneiro em criticar o “como” se ensinava essa
aquisição, criticando a ênfase que se dava na “melhor forma de se trabalhar o
sistema alfabético”, e não em “como” o indivíduo aprende.
Já nos anos 1970, surgiram pesquisas mais específicas, apontando
resultados contundentes sobre como a criança concebe e desenvolve a
linguagem escrita – a exemplo da pesquisa que culminou na obra “Psicogênese
da Língua Escrita”, desenvolvida pelas pesquisadoras, seguidoras de Jean
Piaget, Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1979). Essas autoras evidenciaram as
hipóteses infantis na tentativa de entender o complexo sistema alfabético, cuja
culminância de sua aquisição seria o entendimento de que a escrita representa
a fala. Desde então, coloca-se em evidência a criança como sujeito ativo também
nesse campo, como já haviam demonstrado outros teóricos em diferentes áreas
do conhecimento.
Como sabemos, o letramento deve ocorrer de maneira integrada ao
processo de alfabetizar. Assim, o cuidar, o brincar e o educar devem estar
atrelados a metodologias nas quais se contemplem os jogos de palavras, as
parlendas, os trava-línguas, os ritmos musicais presentes na nossa cultura, a
poesia, as rimas, as aliterações, entre outros recursos. Pois todos esses
recursos auxiliarão o estudante no acesso aos aspectos formais da linguagem
(consciência fonológica, morfológica e sintática), imprescindíveis para o
entendimento da leitura e da escrita, bem como lhe proporcionarão práticas
significativas, uma vez que farão com que entre em contato com textos presentes
na sua cultura.
As teorias interacionistas do desenvolvimento humano apontam, em
suas pesquisas, a importância de se reconhecer o erro como parte de hipóteses
que o indivíduo vai construindo na tentativa de interação e entendimento com
determinado objeto de conhecimento. Por sua vez, os estudos específicos sobre
a aquisição e o desenvolvimento da linguagem atestam a importância de se
considerarem os níveis progressivos de conceptualização da escrita que os
indivíduos vão elaborando no processo lento e gradual que é o entendimento do
sistema alfabético.
É a partir desta perspectiva que as metodologias e as atividades
planejadas para a alfabetização devem ser intencionais e integradas, e não
apresentadas de maneira isolada ao estudante. Inúmeras pesquisas indicam que
o processo de apropriação da escrita é lento, complexo, gradual e ocorre,
progressivamente, à medida que o estudante, em situações de desafio,
desconstrói e constrói suas hipóteses acerca do sistema alfabético. Para tanto,
a presente proposta considera as competências e as habilidades a serem
desenvolvidas em cada um desses dois anos, relacionadas tanto ao processo
de alfabetização quanto ao processo de letramento.
Por isso, no Ensino Fundamental (Anos Iniciais), este componente
curricular dialogará, de maneira interdisciplinar, com os demais componentes,
110

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


na medida em que são articuladas diversas práticas de leitura e escrita relativas
ao universo infantil. Nos dois primeiros anos, deve-se dar o enfoque ao processo
de alfabetização (decodificação dos códigos linguísticos), mas numa perspectiva
de alfabetizar letrando, uma vez que é preciso não somente decodificar os
códigos, como também, identificar, entender e utilizar a leitura e a escrita em
situações reais.
A partir da homologação da BNCC, entendemos que a sistematização
da alfabetização deve ocorrer, nos dois primeiros anos, enquanto a
ortografização se estenderá para os demais anos iniciais. O que se propõe é que
haja a construção da consciência fonológica, do conhecimento sobre as
diferentes estruturas silábicas, as regularidades ortográficas diretas, as
diferentes grafias do alfabeto (nos dois primeiros anos); construção das
regularidades ortográficas (contextuais e morfológicas) na ortografização;
desenvolvimento da fluência em leitura, nos três primeiros anos, de forma
gradativa em níveis de complexidade.
É através do uso da língua materna que somos capazes de receber e
processar informações quaisquer, inclusive as informações matemáticas, bem
como esclarecer dúvidas, comunicar nossos resultados e propor soluções. A
língua materna é aquela na qual são lidos os enunciados, são feitos os
comentários e a qual permite interpretar o que se ouve ou o que se lê.
Cabe aqui ressaltar a importância do trabalho interdisciplinar para
subsidiar o desenvolvimento das habilidades específicas de cada componente
curricular, que demandam, cada um a seu modo, diferentes possibilidades
comunicativas que precisam caminhar juntas ao ensino da língua. Assim, o
componente assume também um caráter transversal, uma vez que subsidia os
demais.
No campo específico do currículo, provocamos, em cada componente
curricular, ideias para a criação de estratégias de planejamento focadas na
aprendizagem da leitura e da escrita. Para tal, parte-se do pressuposto de que,
ensinar a ler e a escrever, é compromisso de todas as áreas, para tanto é
necessária ao(à) professor(a) a utilização de diversos materiais impressos de
gêneros textuais variados, promovendo, constantemente, um ambiente fecundo
de leitura e escrita.
Em tal processo, o uso da biblioteca e o acesso às novas tecnologias
são incentivos indispensáveis à formação de leitores e escritores produtores de
conhecimentos, até porque as possibilidades efetivas de aprendizagem da
leitura e da escrita são um direito do estudante que a escola, dentre outras
competências, deve promover.
Apesar da presença de importantes autores na nossa literatura,
consagrados nacionalmente e/ou populares, como Gregório de Matos, Cuíca de
Santo Amaro, Castro Alves, Luiz Gama, Adonias Filho, Sosígenes Costa, Jorge
Amado, João Ubaldo Ribeiro, Zélia Gattai, dentre outros autores locais, não é
111

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


suficiente ainda para a construção do hábito da leitura do texto literário, por
exemplo. O número de frequentadores de bibliotecas ainda é muito baixo.
Nesse sentido, é preciso propor a participação efetiva e significativa dos
estudantes em atividades de leitura que, em certa medida, promovam demandas
de progressão, fluência e compreensão de produção de sentido, só assim,
ocorrerá a ampliação de repertório e experiências leitoras. Isso será possível por
meio de práticas pedagógicas que contemplem o uso de gêneros textuais
diversos, dos mais simples aos mais complexos, ao longo da vida escolar o que,
provavelmente ,acarretará o aumento gradativo da fluidez de leitura e escrita do
estudante, além do progressivo estado de maturação psicológica, cultural e
social que ganhamos naturalmente ao longo da vida.
É por meio da leitura que podemos perceber situações presentes em
nossas vidas e as intenções escondidas atrás das falas. É lendo que
aprendemos a gostar de ler. Devemos ler para identificar a ideia do texto,
argumentar, questionar, descobrir, refletir, consultar, julgar, opinar, avaliar,
concluir. Enfim, ler é importante para descobrirmos o mundo a nossa volta.
Assim, percebemos que a leitura funciona como um processo de transformação
do ser humano, numa espécie de enriquecimento que também vem de fora para
dentro, um desenvolvimento em vários aspectos, que se realiza através da
interação autor, texto e leitor. A leitura é responsável por promover o
desenvolvimento, o discernimento e o despertar da consciência humana.
Paralelo a este legado, vivenciamos um cenário polêmico em relação à
leitura, no que diz respeito a esta como promotora de reflexão crítica: a internet.
Pesquisas apontam que nunca se leu tanto quanto na contemporaneidade
devido à disseminação da internet, conforme os estudos de Canclini e Chatier,
por exemplo, mas o que de fato anda lendo nossos estudantes? Como leem?
Como a escrita e a oralidade se manifestam neste novo suporte virtual? Os
textos literários também circulam neste espaço, sob quais formatos? Todas
essas inquietações alimentam nosso currículo.
A diversidade sociocultural e econômica de nosso estado apresenta
contextos heterogêneos que exigem do professor um olhar inquieto e
mobilizador de reflexões linguísticas importantes para o cotidiano dos
estudantes, que vivenciam modos de vida diferentes: urbano e rural. Se por um
lado temos a importância da agropecuária para a economia do estado e esta é
fator relevante por unir universos linguísticos e vocabulares significativos para a
ambientação da língua - feiras agropecuárias, vaquejadas, feiras livres, festejos
religiosos associados a padroeiros e períodos de plantio e colheitas,
quermesses, que marcam o universo de boa parte dos interiores baianos – por
outro, temos a globalização como fenômeno que contribui para a expansão das
tecnologias, como a dos smartphones, e, por consequência, uma nova
configuração não apenas dos espaços urbanos, mas também dos rurais.

112

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A língua deve ser trabalhada e contemplada em sua diversidade cultural,
uma vez que, no Brasil, estimamos mais de 250 línguas faladas no país
(indígenas, de imigração, de sinais, crioulas e afro-brasileiras, além do português
e de suas variedades), atendendo a perspectiva intercultural. Nesse contexto, a
escola precisa apresentar propostas pedagógicas inclusivas e devidamente
contextualizadas que visem conhecer e valorizar as realidades nacionais e
internacionais, bem como a diversidade e os usos linguísticos. Assim,
combateremos o preconceito linguístico, e, em certa medida, teremos um zelo
especial, às línguas ameaçadas de extinção no país e no mundo.
Além disso, a Bahia é, reconhecidamente, um celeiro cultural importante,
principalmente no cenário musical brasileiro. A diversidade de ritmos, letras e
temas do nosso cancioneiro enriquece esse suporte, promotor de reflexões
identitárias importantes, haja vista nossa constituição histórica, permeada pela
mistura de povos, etnias e crenças.
Há que contextualizar o estudo da língua a partir das situações
comunicacionais que ocorrem nas feiras livres, por exemplo, organizadas
semanalmente nos municípios do interior baiano, promotoras de encontros
significativos de pessoas de classes sociais e idades diferentes. Há que pensar
na diversidade de gêneros que circulam neste espaço: receitas, cantorias,
literatura oral e popular, diálogos, lista de compras, cardápio, panfletos,
propagandas, jornais impressos locais e tantos outros. Assume-se aqui o ensino
da língua na perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem, pois esta ocorre
numa ação interindividual orientada para finalidades específicas, para atender
aos processos de interlocuções que se realizam nas práticas sociais existentes.
Sabendo-se que o sujeito se constitui pela linguagem e esta perpassa e
assegura o desenvolvimento de todas as competências gerais descritas na
BNCC através dos gêneros textuais, o estudo destes permite a exploração de
diversas habilidades, de modo a contribuir efetivamente para a presença viva e
dinâmica em sociedade. Desse modo, a Língua Portuguesa ocupa um lugar de
destaque no currículo brasileiro, visto que as demandas impostas pelas
situações sociais próprias da esfera pública exigem dos sujeitos, além da
constituição ética necessária, o acionamento de competências, estratégias e
habilidades mediadas pelas proficiências oral, leitora e escrita.
O Currículo Bahia elege a concepção interacionista, tratando a língua
como um meio de interação social, praticada através dos gêneros textuais. Essa
concepção mantém estreitos laços com a concepção interacionista de
aprendizagem, dando voz e vez ao sujeito em suas especificidades
socioculturais, portanto, um sujeito que fala, escreve, ouve e lê, em situações
diversas e em diferentes suportes. Nosso grande desafio é atender, de maneira
significativa, todas as modalidades de ensino, numa perspectiva inclusiva, cabe
então, proporcionarmos aos estudantes (de todas as modalidades) experiências,
que em certa medida, contribuam para a ampliação dos letramentos,
113

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


possibilitando-lhes a participação significativa e crítica em sociedade, utilizando
sua língua.
As práticas de linguagens assumidas neste componente curricular
dialogarão e contextualizarão com os campos de atuação previstos na BNCC:

Tabela 1 – campus de atuação


Anos iniciais Anos finais

Campo da vida cotidiana

Campo artístico literário Campo artístico-literário

Campo das práticas de estudo e Campo das práticas de estudo e


pesquisa pesquisa

Campo da vida pública Campo da vida pública

Campo de atuação da vida pública


Fonte: BRASIL, 2017

A importância da proposta de ensino pautada nesses campos centra-se


na proposta de formação integral e contextualizada com os diferentes espaços
sociais: na família, na escola e nos demais espaços. Assim sendo, os estudantes
estarão inseridos em contextos de ensino e aprendizagem que os levarão a
produção do conhecimento, da pesquisa e do exercício da cidadania que
estabelecem uma relação progressiva e articulada com as práticas mais
cotidianas (informais) às mais institucionalizadas (formais).
O que fugia da norma culta e da norma padrão costumava ser deixado
de fora da aula de Língua Portuguesa e, se, muitas vezes, associavam-se tais
normas à formalidade, fugia da aula de língua materna também a informalidade
da comunicação cotidiana. Por conta disso, é necessário levar em consideração
que existem níveis de formalidade, bem como de informalidade, sendo que todos
eles podem ser trabalhados em sala de aula. Um dos objetivos da aula de
Português é tornar o aluno competente para comunicar-se e interagir
socialmente por meio da Língua Portuguesa em qualquer contexto que esteja
inserido.
Interagir pela linguagem é produzir discursos que se organizam a partir
de finalidades e intenções do locutor e de componentes circunstanciais
presentes na alteridade dialógica. Tais componentes dão conta, não só, de
conhecimentos necessários para o estabelecimento e manutenção do discurso,
da relação de afinidade e da posição social e hierárquica que os interactantes
ocupam. O discurso quando produzido, manifesta-se, linguisticamente, por meio
de textos, e estes se manifestam num ou noutro gênero textual.

114

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Os gêneros são formas de se realizar linguisticamente objetivos
específicos em situações sociais e particulares. São, de acordo com Bakhtin
(1997, p.279), um conjunto de “tipos relativamente estáveis de enunciados”.
Marcuschi (2002) complementa essa informação ao considerá-los como
fenômenos sócio-históricos e culturalmente sensíveis; podem ser tomados como
famílias de textos com uma série de semelhança, uma vez que o predomínio da
função supera a forma na determinação do gênero evidenciando uma
intertextualidade inter-gêneros, ou seja, um gênero com a função de outro e uma
heterogeneidade tipológica quando um gênero acolhe outros vários.
Assim, o componente curricular pauta-se na diversidade de gêneros
textuais (orais, escritos e multissemióticos). Os gêneros textuais foram/são
construídos, historicamente e culturalmente pelas sociedades, na tentativa de
atender objetivos diversos: informar, entreter, buscar, localizar, divulgar,
emocionar, fruir, vender, pesquisar, comunicar, enumerar, listar e tantos outros.
Cabe ressaltar que, são infinitos e surgem, na medida em que, as demandas
comunicativas exigem e quando são assimilados e colocados em práticas
comunicativas pelos falantes de uma sociedade. Nesse sentido, o papel da
escola é proporcionar aos estudantes mecanismos para que estes reconheçam
as características, as finalidades e as funcionalidades destes. Deve ainda,
proporcionar aos estudantes a participarem de situações de escuta e produção
de textos em diferentes gêneros textuais, uma vez que esses circulam
socialmente, sendo considerados como práticas sociais de diferentes esferas e
campos de atividades humanas.
Outro ponto a ser considerado neste componente são os gêneros
digitais, práticas de linguagem contemporâneas, que assumem, cada vez mais,
características multissemióticas e multimidiáticas. Isso se dá pelas diferentes
formas de produzir, de disponibilizar, de interagir, de curtir, de comentar e de
configurar as novas ferramentas digitais existentes e disponíveis nos ambientes
da Web: redes sociais; áudios; vídeos; playlists, vlogs, blogs, fanfics, podcasts;
infográficos; enciclopédias, livros e revistas digitais; e tantos outros. Vale
ressaltar ainda, a importância da orientação, da checagem, da verificação dos
conteúdos e publicações (re)conhecidas, na maioria das vezes e casos, como
pós-verdade. Assim, compete à escola garantir o trato, a análise, a pesquisa e a
identificação das “informações” veiculadas na web.
Já as tipologias textuais, sequências linguísticas lógicas referem-se e
são utilizados para a composição dos gêneros textuais, são elas: a narração, a
exposição, a dissertação, a argumentação, a descrição e a injunção. Estas são
necessárias e essenciais para a produção e a construção de sentido dos gêneros
textuais e servem para adjetivá-los. Deste modo, o educando precisa,
principalmente, compreender que em um gênero textual, por exemplo, pode
contemplar mais de uma tipologia. Assim, a escola deve proporcionar práticas

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


de leitura e produção de textos que contemplem todas estas, proporcionando ao
educando autonomia linguística.
Os campos de atividades/campos de atuação apresentam-se como
contextualização dos gêneros nas práticas de linguagens propostos pela BNCC
e para estudo de cada um deles se fez necessária a definição dos objetos de
conhecimento nas diferentes práticas de linguagens/eixos (oralidade, leitura,
produção de texto, análise linguística/semiótica). Estes elementos estruturam o
estudo do texto, organizados em campos de atuação, conferindo à língua a
condição de objeto de reflexão, análise e estudo que possibilita ao sujeito o
exercício da cidadania e protagonismo de suas próprias vidas, a partir do
desenvolvimento da autonomia.
Ressalta-se ainda, no ensino desse componente curricular a importância
de trabalharmos e fazer com que os alunos (re)conheçam a intertextualidade, ou
seja, o diálogo entre os textos, quando apresentam influências de um sobre
outro, sendo em menor ou maior grau; sendo explícita ou implícita. Nesse
contexto, o aluno desenvolverá a capacidade de relacionar textos, percebendo
os efeitos de sentidos decorrentes deste fenômeno, identificando a polifonia
resultante da inserção de diferentes vozes nos textos. Este trabalho ainda ganha
importância, na medida em que, estabelece práticas de compartilhamento que
promovem a escuta e a produção de diferentes gêneros e em diferentes suportes
e mídias, que se prestam à expressão das preferências e das apreciações do
que foi lido/ouvido/assistido.
Estudar as nuances e potencialidades da língua materna é um desafio
na contemporaneidade, pois o fato de ser algo conhecido e de domínio do
estudante, obriga a escola a tornar seu ensino mais atrativo, significativo e útil,
além de, desmistificar a ideia de um componente curricular meramente
prescritivo, enraizado pelo estudo da gramática tradicional, que contribuiu para
que poucos alcançassem alguma emancipação sociocultural. Conseguir
analisar as peculiaridades da língua torna-se compromisso relevante para
conferir aos estudantes o desenvolvimento de habilidades e competências
capazes de emancipar os sujeitos cultural e intelectualmente, tal como descrito
nas competências especificas do componente Língua Portuguesa.
As competências específicas da área compõem um percurso que
explicita como as competências gerais se expressam nas áreas e nos
componentes curriculares. Sendo assim, segue um exemplo de como isso
acontece e que permitirá a você, professor, entender como a leitura do
organizador curricular está estruturada:
No que se refere ao Ensino Fundamental (Anos Finais), os conhecimentos
e aprendizagens construídas implicam na sequência dos anos iniciais. Isso é
possível pela diversificação e aprofundamento das práticas sociais de leitura e
escrita. Atende também às transformações das práticas de linguagem que

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Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


emergiram neste século, essas por sua vez, devidas, em grande parte, ao
desenvolvimento das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC).
Nossos protagonistas são os adolescentes/jovens baianos que devem
participar com maior criticidade nas diversas situações comunicativas,
interagindo com um número cada vez mais crescente de interlocutores,
materializados em contextos dentro e fora da escola; reais e digitais. Assim,
nossa proposta é contribuir ainda mais para sua formação autônoma, integral, e,
acima de tudo, para a valorização de sua cultura, memória e território.
As diversas Linguagens, neste documento, assumem o status de objetos
de estudo, uma vez que, são dinâmicas e participam diretamente do processo
de comunicação. Portanto, é valido ressaltar que cada uma possui
especificidades, principalmente culturais. Assim, devem ser respeitas e
valorizadas dentro dos seus contextos. Este componente contempla, ainda a
cultura digital, no contexto atual, pois utilizamos linguagens e diferentes
letramentos, principalmente, da hipermídia, dos hipertextos e dos suportes e
gêneros textuais digitais.
A oralidade, por muito tempo, não foi considerada como objeto de
estudo, só nas últimas décadas, observa-se uma atenção especial para este eixo
que compreende as práticas de linguagens que ocorrem na modalidade oral.
Esta modalidade deve ser trabalhada com o intuito de atingir objetivos como: (re)
conhecer, refletir, proceder, produzir, identificar, estabelecer relações, oralizar,
dentre outros. Neste contexto, a escola deve propor atividades que a envolvam
de maneira significativa e sistematizada como: seminários, vlogs, debates, júri
simulado, webconferência, entrevistas, spot de campanha, jingle, etc.
A leitura e a escuta compreendem as práticas de linguagens de
interações ativas entre os interlocutores desse processo: o (s) autor (es), (os)
leitor (es), o (s) ouvinte (s) e o (s) espectador (es) das imagens, das fotografias,
dos desenhos, dos filmes, das músicas/canções, das pinturas, dos movimentos
corporais e dos textos, sejam eles escritos, orais e/ou multissemióticos. Estas
devem ser trabalhadas e apresentadas na sala de aula, contemplando seus
objetivos diversos: fruir, pesquisar, discutir, debater, sustentar, (re) conhecer,
contextualizar e tantos outros. Nesse sentido, é preciso propor a participação
efetiva e significativa dos estudantes em atividades de leitura, que em certa
medida, contemplem demandas de progressão, fluência e compressão de
produção de sentido. Tais atividades proporcionam a ampliação de repertório e
experiências leitoras, quando desenvolvidas através de práticas pedagógicas e
gêneros textuais diversos.
A (s) literatura (s) compreende (m) as práticas de linguagens de
interações ativas entre os interlocutores: o (s) autor (es), (o)s leitor (es) e o (s)
espectadores. Este eixo relaciona-se com o Campo artístico-literário. Sua
importância centra-se na possibilidade de o estudante entrar em contato com
arte literária, bem como oportunizá-los a reconhecerem, valorizarem e fruírem
117

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferentes culturas representadas por este eixo: a literatura indígena, a literatura
africana, a literatura portuguesa, a literatura afro-brasileira, a literatura brasileira
e tantas outras manifestações artísticas em língua portuguesa.
Ao trazê-la à tona para a sala de aula, possibilitamos aos nossos
estudantes o desenvolvimento da fruição, de modo a evidenciar a condição
estética desse tipo de leitura e de escrita, e ainda de (re) conhecer características
de um determinado tempo, espaço, cultura, princípios e valores que são
materializados passados pela função utilitária da literatura. Nesse contexto, a
escola deve garantir, não apenas a formação de um sujeito crítico, mas a
formação de um leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de se
implicar na leitura dos textos, de “desvendar” seus múltiplos sentidos.
No âmbito do campo artístico-literário, trata-se de possibilitar o contato
não apenas com as manifestações artísticas em geral, e sim, de oferecer as
condições para que se possa reconhecer, valorizar e fruir sobre as
manifestações regionais. Tratando-se de Bahia, temos autores consagrados que
apresentam em suas obras temáticas importantes, que em certa medida,
influenciam para a formação da identidade e valorização da cultura de nossos
educandos. São alguns deles: Jorge Amado, Mestre Didi, Zélia Gattai, Gregório
de Matos, Castro Alves, João Ubaldo Ribeiro Lívia Natalia,Narcimária Correia do
Patrocínio Luz, Adonias Filho, dentre outros.
A produção de textos relaciona-se às práticas de linguagem,
principalmente, quando faz referência à interação e à autoria, tanto no âmbito
individual, como no coletivo. Este eixo deve concretizar-se em todas as suas
dimensões no escrito, no oral e multissemiótico. É preciso, então, direcionar os
alunos a (re) conhecerem as diferentes finalidades e projetos enunciativos:
sistematizar; divulgar, relatar, levantar, comparar, argumentar, dissertar,
colaborar, produzir, relacionar, expressar, organizar e outros. Cabe ressaltar
também, que nesta atividade valem resguardar a progressão curricular, frente às
práticas discursivas que demandam o aumento (necessário) da informatividade,
da sustentação argumentativa, do uso de recursos estilísticos e coesivos e da
autonomia para a produção, edição e revisão das produções textuais.
A análise linguística/semiótica contempla todos os campos linguísticos
da língua(fono-ortografia, morfossintaxe, sintaxe, semântica, variação linguística
e elementos notacionais da escrita), uma vez que,envolvem os procedimentos e
estratégias (meta)cognitivas, que influenciam na análise e avaliação nos
processos de leituras e produção de textos; dos efeitos de sentido; na
composição e produção dos textos; na escolha do léxico e da variedade
linguística; na utilização dos elementos e mecanismos linguísticos; na sincronia
com outras linguagens e planos. Este eixo ainda é responsável pelas reflexões
sobre os fenômenos da mudança linguística e da variação linguística,
reconhecidos também como objetos de estudos, sendo observados em
quaisquer níveis de análise.
118

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Cabe, portanto à escola levar os estudantes a refletirem acerca do valor
social atribuído às variedades de prestígio, bem como (re)avaliarem as
variedades estigmatizadas cujos falantes, ao longo da história, sofreram com o
preconceito linguístico, reconhecendo os seus valores culturais e marcas sociais.
É preciso, então, direcionar os alunos a (re)conhecerem, analisar, perceber,
correlacionar as classes de palavras, as funções sintáticas, as variedades
linguísticas, a acentuação gráfica e as irregularidades e regularidades
ortográficas.

•Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
COMPETENCIA produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
GERAL

•Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
COMPETENCIA DA global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
ÁREA

•Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos
de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e
COMPETENCIA partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos e continuar aprendendo.
ESPECIFICA DE LÍNGUA
PORTUGUESA

•(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando


os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento
HABILIDADE DE
LINGUA
adequados, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.
PORTUGUESA

O Organizador Curricular
ÁREA LINGUAGEM

COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ANOS INICIAIS

119

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e
sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades
de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes
campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de
participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se
envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo
a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar
aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante
de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à
situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos
meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e
ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e
projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso
estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como
formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o
potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais
para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção),
aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

1º ANO

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA COTIDIANA


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, quadras, quadrinhas,
Leitura/escuta
Compreensão em parlendas, trava-línguas, dentre outros
(compartilhada e 1, 2, 3, 9
leitura gêneros do campo da vida cotidiana,
autônoma)
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto e relacionando sua
forma de organização à sua finalidade.

120

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF01LP17) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, listas, agendas,
calendários, avisos, convites, receitas,
Escrita
Escrita autônoma e instruções de montagem e legendas para
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 10
compartilhada álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou
autônoma)
impressos), dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/
finalidade do texto.
(EF01LP18) Registrar, em colaboração
com os colegas e com a ajuda do
Escrita professor, cantigas, quadras, quadrinhas,
Escrita autônoma e
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 parlendas, trava-línguas, dentre outros
compartilhada
autônoma) gêneros do campo da vida cotidiana,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF01LP19) Recitar parlendas, quadras,
Produção de texto
Oralidade 3, 9 quadrinhas, trava-línguas, com entonação
oral
adequada e observando as rimas.
(EF01LP20) Identificar e reproduzir, em
listas, agendas, calendários, regras,
Análise avisos, convites, receitas, instruções de
Forma de
linguística/semióti 1, 2, 3, 5, 7 montagem e legendas para álbuns, fotos
composição do texto
ca (Alfabetização) ou ilustrações (digitais ou impressos), a
formatação e diagramação específica de
cada um desses gêneros.
(EF12LP04) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor ou já com certa
autonomia, listas, agendas, calendários,
Leitura/escuta avisos, convites, receitas, instruções de
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 montagem (digitais ou impressos), dentre
leitura
autônoma) outros gêneros do campo da vida
cotidiana, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto e
relacionando sua forma de organização à
sua finalidade.
(EF12LP05) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, (re)contagem de
histórias, poemas e outros textos
Escrita
versificados (letras de canção,
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 9 Escrita compartilhada
quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras
autônoma)
e histórias em quadrinhos, dentre outros
gêneros do campo artístico-literário,
considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.

121

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF12LP06) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, recados, avisos,
convites, receitas, instruções de
Produção de texto montagem, dentre outros gêneros do
Oralidade 1, 2, 3, 5
oral campo da vida cotidiana, que possam ser
repassados oralmente por meio de
ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em
cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas,
Análise
Forma de trava-línguas e canções, rimas,
linguística/semióti 2, 3, 9
composição do texto aliterações, assonâncias, o ritmo de fala
ca (Alfabetização)
relacionado ao ritmo e à melodia das
músicas e seus efeitos de sentido.
(EF15LP14) Construir o sentido de
Leitura/escuta histórias em quadrinhos e tirinhas,
Leitura de imagens
(compartilhada e 2, 3, 9 relacionando imagens e palavras e
em narrativas visuais
autônoma) interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).

CAMPO DE ATUAÇÃO: PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01LP22) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, diagramas,
Escrita
entrevistas, curiosidades, dentre outros
(compartilhada e 1, 2, 3, 5 Produção de textos
gêneros do campo investigativo, digitais
autônoma)
ou impressos, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade
do texto.
(EF01LP23) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, entrevistas,
Planejamento de curiosidades, dentre outros gêneros do
Oralidade 1, 2, 3, 5, 10 texto oral Exposição campo investigativo, que possam ser
oral repassados oralmente por meio de
ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF01LP24) Identificar e reproduzir, em
Forma de enunciados de tarefas escolares,
Análise composição dos diagramas, entrevistas, curiosidades,
linguística/semióti 1, 2,3 textos/Adequação do digitais ou impressos, a formatação e
ca (Alfabetização) texto às normas de diagramação específica de cada um
escrita desses gêneros, inclusive em suas
versões orais.
122

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF12LP17) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, enunciados de tarefas
Leitura/escuta escolares, diagramas, curiosidades,
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 pequenos relatos de experimentos,
leitura
autônoma) entrevistas, verbetes de enciclopédia
infantil, entre outros gêneros do campo
investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA PÚBLICA


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01LP22) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, diagramas,
Escrita
entrevistas, curiosidades, dentre outros
(compartilhada e 1, 2, 3, 5 Produção de textos
gêneros do campo investigativo, digitais
autônoma)
ou impressos, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade
do texto.
(EF01LP23) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, entrevistas,
Planejamento de curiosidades, dentre outros gêneros do
Oralidade 1, 2, 3, 5, 10 texto oral Exposição campo investigativo, que possam ser
oral repassados oralmente por meio de
ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF01LP24) Identificar e reproduzir, em
Forma de enunciados de tarefas escolares,
Análise composição dos diagramas, entrevistas, curiosidades,
linguística/semióti 1, 2,3 textos/Adequação do digitais ou impressos, a formatação e
ca (Alfabetização) texto às normas de diagramação específica de cada um
escrita desses gêneros, inclusive em suas
versões orais.
(EF12LP17) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, enunciados de tarefas
Leitura/escuta escolares, diagramas, curiosidades,
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 pequenos relatos de experimentos,
leitura
autônoma) entrevistas, verbetes de enciclopédia
infantil, entre outros gêneros do campo
investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.

123

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


CAMPO DE ATUAÇÃO: ARTÍSTICO LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01LP25) Produzir, tendo o professor
como escriba, recontagem de histórias
Escrita lidas pelo professor, histórias imaginadas
Escrita autônoma e
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 9 ou baseadas em livros de imagens,
compartilhada
autônoma) observando a forma de composição de
textos narrativos (personagens, enredo,
tempo e espaço).

Análise Formas de (EF01LP26) Identificar elementos de uma


linguística/semióti 2, 3, 9 composição de narrativa lida ou escutada, incluindo
ca (Alfabetização) narrativas personagens, enredo, tempo e espaço.

(EF12LP18) Apreciar poemas e outros


textos versificados, observando rimas,
Leitura/escuta
Apreciação sonoridades, jogos de palavras,
(compartilhada e 1, 2, 3, 9
estética/Estilo reconhecendo seu pertencimento ao
autônoma)
mundo imaginário e sua dimensão de
encantamento, jogo e fruição.
(EF12LP19) Reconhecer, em textos
Análise Formas de versificados, rimas, sonoridades, jogos de
linguística/semióti 1, 2, 3, 9 composição de textos palavras, palavras, expressões,
ca (Alfabetização) poéticos comparações, relacionando-as com
sensações e associações.
(EF15LP15) Reconhecer que os textos
literários fazem parte do mundo do
Leitura/escuta
Formação do leitor imaginário e apresentam uma dimensão
(compartilhada e 9
literário lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma)
em sua diversidade cultural, como
patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
Leitura/escuta ajuda do professor e, mais tarde, de
Leitura colaborativa e
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 maneira autônoma, textos narrativos de
autônoma
autônoma) maior porte como contos (populares, de
fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
concretos, observando efeitos de sentido
Leitura/escuta
Apreciação criados pelo formato do texto na página,
(compartilhada e 9
estética/Estilo distribuição e diagramação das letras,
autônoma)
pelas ilustrações e por outros efeitos
visuais.
Leitura/escuta Formação do leitor
(EF15LP18) Relacionar texto com
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 literário/Leitura
ilustrações e outros recursos gráficos.
autônoma) multissemiótica

124

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP19) Recontar oralmente, com e
Contagem de
Oralidade 3, 5, 9 sem apoio de imagem, textos literários
histórias
lidos pelo professor.

CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

Leitura/escuta (EF01LP01) Reconhecer que textos são


(compartilhada e 1, 2, 3 Protocolos de leitura lidos e escritos da esquerda para a direita
autônoma) e de cima para baixo da página.

(EF01LP02) Escrever, espontaneamente


Escrita
Correspondência ou por ditado, palavras e frases de forma
(compartilhada e 2
fonema-grafema alfabética – usando letras/grafemas que
autônoma)
representem fonemas.

Construção do (EF01LP03) Observar escritas


Escrita
sistema alfabético/ convencionais, comparando-as às suas
(compartilhada e 1, 2, 3
Convenções da produções escritas, percebendo
autônoma)
escrita semelhanças e diferenças.

Análise Conhecimento do
(EF01LP04) Distinguir as letras do
linguística/semióti 2 alfabeto do
alfabeto de outros sinais gráficos.
ca (Alfabetização) português do Brasil

Análise (EF01LP05) Reconhecer o sistema de


Construção do
linguística/semióti 2 escrita alfabética como representação
sistema alfabético
ca (Alfabetização) dos sons da fala.

Análise Construção do
(EF01LP06) Segmentar oralmente
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
palavras em sílabas.
ca (Alfabetização) da ortografia

Análise Construção do
(EF01LP07) Identificar fonemas e sua
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
representação por letras.
ca (Alfabetização) da ortografia

Análise Construção do (EF01LP08) Relacionar elementos


linguística/semióti 2 sistema alfabético e sonoros (sílabas, fonemas, partes de
ca (Alfabetização) da ortografia palavras) com sua representação escrita.

(EF01LP09) Comparar palavras,


Análise Construção do
identificando semelhanças e diferenças
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
entre sons de sílabas iniciais, mediais e
ca (Alfabetização) da ortografia
finais.

125

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Análise Conhecimento do
(EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto
linguística/semióti 2 alfabeto do
e recitá-lo na ordem das letras.
ca (Alfabetização) português do Brasil

Análise Conhecimento das (EF01LP11) Conhecer, diferenciar e


linguística/semióti 2 diversas grafias do relacionar letras em formato imprensa e
ca (Alfabetização) alfabeto/ Acentuação cursiva, maiúsculas e minúsculas.

Segmentação de
Análise (EF01LP12) Reconhecer a separação
palavras/Classificaçã
linguística/semióti 2 das palavras, na escrita, por espaços em
o de palavras por
ca (Alfabetização) branco.
número de sílabas

(EF01LP13) Comparar palavras,


Análise
Construção do identificando semelhanças e diferenças
linguística/semióti 2
sistema alfabético entre sons de sílabas iniciais, mediais e
ca (Alfabetização)
finais.

(EF01LP14) Identificar outros sinais no


Análise
texto além das letras, como pontos finais,
linguística/semióti 2 Pontuação
de interrogação e exclamação e seus
ca (Alfabetização)
efeitos na entonação.
(EF01LP15) Agrupar palavras pelo
Análise Sinonímia e critério de aproximação de significado
linguística/semióti 2 antonímia/Morfolo- (sinonímia) e separar palavras pelo
ca (Alfabetização) gia/Pontuação critério de oposição de significado
(antonímia).
(EF12LP01) Ler palavras novas com
Leitura/escuta
Decodificação/Fluênc precisão na decodificação, no caso de
(compartilhada e 2
ia de leitura palavras de uso frequente, ler
autônoma)
globalmente, por memorização.
(EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com
Leitura/escuta a mediação do professor (leitura
(compartilhada e 2, 3, 8 Formação de leitor compartilhada), textos que circulam em
autônoma) meios impressos ou digitais, de acordo
com as necessidades e interesses.
Construção do
(EF12LP03) Copiar textos breves,
sistema alfabético/
mantendo suas características e voltando
Escrita Estabelecimento de
para o texto sempre que tiver dúvidas
(compartilhada e 2 relações anafóricas
sobre sua distribuição gráfica,
autônoma) na referenciação e
espaçamento entre as palavras, escrita
construção da
das palavras e pontuação.
coesão
(EF15LP01) Identificar a função social de
Reconstrução das textos que circulam em campos da vida
Leitura/escuta
condições de social dos quais participa cotidianamente
(compartilhada e 1, 2, 3
produção e recepção (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
autônoma)
de textos nas mídias impressa, de massa e digital,
reconhecendo para que foram
126

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em


relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos
sentidos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as
Leitura/escuta condições de produção e recepção desse
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura texto, o gênero, o suporte e o universo
autônoma) temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefácio
etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.

Leitura/escuta
(EF15LP03) Localizar informações
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
explícitas em textos.
autônoma)

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido


Leitura/escuta
produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura
expressivos gráfico-visuais em textos
autônoma)
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem
escreve); a finalidade ou o propósito
Produção de
(escrever para quê); a circulação (onde o
textos
Planejamento de texto vai circular); o suporte (qual é o
(escrita 1, 2, 3, 5, 7
texto portador do texto); a linguagem,
compartilhada e
organização e forma do texto e seu tema,
autônoma)
pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do
texto, organizando em tópicos os dados e
as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
Produção de
produzido com a ajuda do professor e a
textos
colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
(escrita 2, 3, 5 Revisão de textos
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
compartilhada e
reformulações, correções de ortografia e
autônoma)
pontuação.

127

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Produção de (EF15LP07) Editar a versão final do texto,
textos em colaboração com os colegas e com a
(escrita 2, 3, 5, 10 Edição de textos ajuda do professor, ilustrando, quando for
compartilhada e o caso, em suporte adequado, manual ou
autônoma) digital.
Produção de (EF15LP08) Utilizar software, inclusive
textos programas de edição de texto, para editar
Utilização de
(escrita 10 e publicar os textos produzidos,
tecnologia digital
compartilhada e explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações
Oralidade de intercâmbio oral com clareza,
pública/Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido
Oralidade 3, 5
conversacional em pelo interlocutor e usando a palavra com
sala de aula tom de voz audível, boa articulação e
ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando
Oralidade 3 Escuta atenta perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características
da conversação espontânea presencial,
Características da respeitando os turnos de fala,
Oralidade 3 conversação selecionando e utilizando, durante a
espontânea conversação, formas de tratamento
adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
(EF15LP12) Atribuir significado a
aspectos não linguísticos
Aspectos não
(paralinguísticos) observados na fala,
linguísticos
Oralidade 1, 3 como direção do olhar, riso, gestos,
(paralinguísticos) no
movimentos da cabeça (de concordância
ato da fala
ou discordância), expressão corporal, tom
de voz.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
Relato oral/Registro
Oralidade 3 comunicativos (solicitar informações,
formal e informal
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
2º ANO

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA COTIDIANA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF12LP04) Ler e compreender, em
Leitura/escuta colaboração com os colegas e com a ajuda
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 do professor ou já com certa autonomia,
leitura
autônoma) listas, agendas, calendários, avisos,
convites, receitas, instruções de montagem
128

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(digitais ou impressos), dentre outros
gêneros do campo da vida cotidiana,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto e relacionando sua
forma de organização à sua finalidade.
(EF12LP05) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, (re) contagem de histórias,
Escrita poemas e outros textos versificados (letras
Escrita
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 9 de canção, quadrinhas, cordel), poemas
compartilhada
autônoma) visuais, tiras e histórias em quadrinhos,
dentre outros gêneros do campo artístico-
literário, considerando a situação
comunicativa e a finalidade do texto.
(EF12LP06) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, recados, avisos, convites,
receitas, instruções de montagem, dentre
Produção de texto outros gêneros do campo da vida
Oralidade 1, 2, 3, 5
oral cotidiana, que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais,
em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em
cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas,
Análise Forma de
trava-línguas e canções, rimas, aliterações,
linguística/semióti 2, 3, 9 composição do
assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao
ca (Alfabetização) texto
ritmo e à melodia das músicas e seus
efeitos de sentido.
(EF15LP14) Construir o sentido de
Leitura/escuta Leitura de imagens histórias em quadrinhos e tirinhas,
(compartilhada e 2, 3, 9 em narrativas relacionando imagens e palavras e
autônoma) visuais interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
(EF02LP12) Ler e compreender ,com certa
autonomia, cantigas, letras de canção,
Leitura/escuta dentre outros gêneros do campo da vida
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 cotidiana, considerando a situação
leitura
autônoma) comunicativa e o tema/assunto do texto e
relacionando sua forma de organização à
sua finalidade.
(EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes e
cartas, em meio impresso e/ou digital,
Escrita
Escrita autônoma e dentre outros gêneros do campo da vida
(compartilhada e 1, 2, 3, 5
compartilhada cotidiana, considerando a situação
autônoma)
comunicativa e o tema/assunto/finalidade
do texto.

129

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF02LP14) Planejar e produzir pequenos
relatos de observação de processos, de
Escrita
Escrita autônoma e fatos, de experiências pessoais, mantendo
(compartilhada e 1, 2, 3, 5
compartilhada as características do gênero, considerando
autônoma)
a situação comunicativa e o tema/assunto
do texto.

Produção de texto (EF02LP15) Cantar cantigas e canções,


Oralidade 1, 2, 3, 9
oral obedecendo ao ritmo e à melodia.

(EF02LP16) Identificar e reproduzir


bilhetes, recados, avisos, cartas, e-mails,
Análise Forma de
receitas (modo de fazer), relatos (digitais
linguística/semióti 1, 2, 3, 5 composição do
ou impressos), a formatação e
ca (Alfabetização) texto
diagramação específica de cada um
desses gêneros.
(EF02LP17) Identificar e reproduzir, em
relatos de experiências pessoais, a
sequência dos fatos, utilizando expressões
Análise Forma de
que marquem a passagem do tempo
linguística/semióti 2, 3 composição do
(“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”,
ca (Alfabetização) texto
“amanhã”, “outro dia”, “antigamente”, “há
muito tempo” etc.), e o nível de
informatividade necessário.

CAMPO DE ATUAÇÃO: PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF12LP17) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, enunciados de tarefas
Leitura/escuta escolares, diagramas, curiosidades,
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 pequenos relatos de experimentos,
leitura
autônoma) entrevistas, verbetes de enciclopédia
infantil, entre outros gêneros do campo
investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF02LP20) Reconhecer a função de
Leitura/escuta textos utilizados para apresentar
Imagens analíticas
(compartilhada e 2, 3 informações coletadas em atividades de
em textos
autônoma) pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas,
registros de experimentações).
(EF02LP21) Explorar, com a mediação do
Leitura/escuta
professor, textos informativos de diferentes
(compartilhada e 2, 3, 10 Pesquisa
ambientes digitais de pesquisa,
autônoma)
conhecendo suas possibilidades.

130

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF02LP22) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, pequenos relatos de
Escrita experimentos, entrevistas, verbetes de
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 6 Produção de textos enciclopédia infantil, dentre outros gêneros
autônoma) do campo investigativo, digitais ou
impressos, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade
do texto.
(EF02LP23) Planejar e produzir, com certa
Escrita
autonomia, pequenos registros de
(compartilhada e 1, 2, 3, 5 Escrita autônoma
observação de resultados de pesquisa,
autônoma)
coerentes com um tema investigado.
(EF02LP24) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, relatos de experimentos,
registros de observação, entrevistas,
Planejamento de
dentre outros gêneros do campo
Oralidade 1, 2, 3, 5 texto oral Exposição
investigativo, que possam ser repassados
oral
oralmente por meio de ferramentas digitais,
em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/
finalidade do texto.
(EF02LP25) Identificar e reproduzir, em
Forma de
relatos de experimentos, entrevistas,
Análise composição dos
verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou
linguística/semióti 2, 3, 5 textos/Adequação
impressos, a formatação e diagramação
ca (Alfabetização) do texto às normas
específica de cada um desses gêneros,
de escrita
inclusive em suas versões orais.

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA PÚBLICA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECíFICAS CONHECIMENTO
(EF12LP08) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, fotolegendas em notícias,
Leitura/escuta manchetes e lides em notícias, álbum de
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 fotos digital noticioso e notícias curtas para
leitura
autônoma) público infantil, dentre outros gêneros do
campo jornalístico, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do
texto.
(EF12LP09) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
Leitura/escuta
Compreensão em do professor, slogans, anúncios
(compartilhada e 1, 2, 3
leitura publicitários e textos de campanhas de
autônoma)
conscientização destinados ao público
infantil, dentre outros gêneros do campo

131

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


publicitário, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF12LP10) Ler e compreender, em


colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, cartazes, avisos, folhetos,
Leitura/escuta
Compreensão em regras e regulamentos que organizam a
(compartilhada e 1, 2, 3, 7
leitura vida na comunidade escolar, dentre outros
autônoma)
gêneros do campo da atuação cidadã,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF12LP11) Escrever, em colaboração
com os colegas e com a ajuda do
professor, fotolegendas em notícias,
Escrita manchetes e lides em notícias, álbum de
Escrita
(compartilhada e 1, 2, 3, 5 fotos digital noticioso e notícias curtas para
compartilhada
autônoma) público infantil, digitais ou impressos,
dentre outros gêneros do campo
jornalístico, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF12LP12) Escrever, em colaboração
com os colegas e com a ajuda do
professor, slogans, anúncios publicitários e
Escrita
Escrita textos de campanhas de conscientização
(compartilhada e 1, 2, 3, 5
compartilhada destinados ao público infantil, dentre outros
autônoma)
gêneros do campo publicitário,
considerando a situação comunicativa e o
tema/ assunto/finalidade do texto.
(EF12LP13) Planejar, em colaboração com
os colegas e com a ajuda do professor,
slogans e peça de campanha de
conscientização destinada ao público
Produção de texto
Oralidade 1, 2, 3, 5, 7, 10 infantil que possam ser repassados
oral
oralmente por meio de ferramentas digitais,
em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF12LP14) Identificar e reproduzir, em
fotolegendas de notícias, álbum de fotos
Análise
Forma de digital noticioso, cartas de leitor (revista
linguística/semiót
1, 2, 3, 5 composição do infantil), digitais ou impressos, a
ica
texto formatação e diagramação específica de
(Alfabetização)
cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.
Análise
Forma de
linguística/semiót (EF12LP15) Identificar a forma de
1, 2, 3 composição do
ica composição de slogans publicitários.
texto
(Alfabetização)

132

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF12LP16) Identificar e reproduzir, em
anúncios publicitários e textos de
Análise campanhas de conscientização destinados
Forma de
linguística/semiót ao público infantil (orais e escritos, digitais
1, 2, 3, 5, 7 composição do
ica ou impressos), a formatação e
texto
(Alfabetização) diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive o uso de
imagens.
(EF02LP18) Planejar e produzir cartazes e
folhetos para divulgar eventos da escola ou
da comunidade, utilizando linguagem
Escrita
Escrita persuasiva e elementos textuais e visuais
(compartilhada e 1, 2, 3, 5, 7
compartilhada (tamanho da letra, leiaute, imagens)
autônoma)
adequados ao gênero, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do
texto.
(EF02LP19) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
do professor, notícias curtas para público
infantil, para compor jornal falado que
Produção de texto
Oralidade 1, 2, 3, 5 possa ser repassado oralmente ou em
oral
meio digital, em áudio ou vídeo, dentre
outros gêneros do campo jornalístico,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.

CAMPO DE ATUAÇÃO: ARTÍSTICO LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF12LP18) Apreciar poemas e outros
textos versificados, observando rimas,
Leitura/escuta
Apreciação sonoridades, jogos de palavras,
(compartilhada e 1, 2, 3, 9
estética/Estilo reconhecendo seu pertencimento ao
autônoma)
mundo imaginário e sua dimensão de
encantamento, jogo e fruição.
(EF12LP19) Reconhecer, em textos
Análise
Formas de versificados, rimas, sonoridades, jogos de
linguística/semiót
1, 2, 3, 9 composição de textos palavras, palavras, expressões,
ica
poéticos comparações, relacionando-as com
(Alfabetização)
sensações e associações.
(EF15LP15) Reconhecer que os textos
literários fazem parte do mundo do
Leitura/escuta
Formação do leitor imaginário e apresentam uma dimensão
(compartilhada e 9
literário lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma)
em sua diversidade cultural, como
patrimônio artístico da humanidade.

133

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
Leitura/escuta ajuda do professor e, mais tarde, de
Leitura colaborativa e
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 maneira autônoma, textos narrativos de
autônoma
autônoma) maior porte como contos (populares, de
fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
concretos, observando efeitos de sentido
Leitura/escuta
Apreciação criados pelo formato do texto na página,
(compartilhada e 9
estética/Estilo distribuição e diagramação das letras,
autônoma)
pelas ilustrações e por outros efeitos
visuais.

Leitura/escuta Formação do leitor


(EF15LP18) Relacionar texto com
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 literário/Leitura
ilustrações e outros recursos gráficos.
autônoma) multissemiótica

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e


Contagem de
Oralidade 3, 5, 9 sem apoio de imagem, textos literários
histórias
lidos pelo professor.

(EF02LP26) Ler e compreender, com


Leitura/escuta
Formação do leitor certa autonomia, textos literários, de
(compartilhada e 2, 7, 8, 9
literário gêneros variados, desenvolvendo o gosto
autônoma)
pela leitura.

Escrita
Escrita autônoma e (EF02LP27) Reescrever textos narrativos
(compartilhada e 2, 3, 5
compartilhada literários lidos pelo professor.
autônoma)

(EF02LP28) Reconhecer o conflito


Análise
Formas de gerador de uma narrativa ficcional e sua
linguística/semiót
2, 3 composição de resolução, além de palavras, expressões
ica
narrativas e frases que caracterizam personagens e
(Alfabetização)
ambientes.
Análise
Formas de (EF02LP29) Observar, em poemas
linguística/semiót
2, 3, 9 composição de textos visuais, o formato do texto na página, as
ica
poéticos visuais ilustrações e outros efeitos visuais.
(Alfabetização)

CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

134

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF12LP01) Ler palavras novas com
Leitura/escuta
Decodificação/Fluênc precisão na decodificação, no caso de
(compartilhada e 2
ia de leitura palavras de uso frequente, ler
autônoma)
globalmente, por memorização.
(EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com
Leitura/escuta a mediação do professor (leitura
(compartilhada e 2, 3, 8 Formação de leitor compartilhada), textos que circulam em
autônoma) meios impressos ou digitais, de acordo
com as necessidades e interesses.
Construção do
(EF12LP03) Copiar textos breves,
sistema alfabético/
mantendo suas características e voltando
Escrita Estabelecimento de
para o texto sempre que tiver dúvidas
(compartilhada e 2 relações anafóricas
sobre sua distribuição gráfica,
autônoma) na referenciação e
espaçamento entre as palavras, escrita
construção da
das palavras e pontuação.
coesão
(EF15LP01) Identificar a função social de
textos que circulam em campos da vida
Reconstrução das social dos quais participa cotidianamente
Leitura/escuta
condições de (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
(compartilhada e 1, 2, 3
produção e recepção nas mídias impressa, de massa e digital,
autônoma)
de textos reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em
relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos
sentidos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as
Leitura/escuta condições de produção e recepção desse
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura texto, o gênero, o suporte e o universo
autônoma) temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefácio
etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.
Leitura/escuta
(EF15LP03) Localizar informações
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
explícitas em textos.
autônoma)
(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido
Leitura/escuta
produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura
expressivos gráfico-visuais em textos
autônoma)
multissemióticos.

135

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem
escreve); a finalidade ou o propósito
Produção de
(escrever para quê); a circulação (onde o
textos
Planejamento de texto vai circular); o suporte (qual é o
(escrita 1, 2, 3, 5, 7
texto portador do texto); a linguagem,
compartilhada e
organização e forma do texto e seu tema,
autônoma)
pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do
texto, organizando em tópicos os dados e
as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
Produção de
produzido com a ajuda do professor e a
textos
colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
(escrita 2, 3, 5 Revisão de textos
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
compartilhada e
reformulações, correções de ortografia e
autônoma)
pontuação.
Produção de (EF15LP07) Editar a versão final do texto,
textos em colaboração com os colegas e com a
(escrita 2, 3, 5, 10 Edição de textos ajuda do professor, ilustrando, quando for
compartilhada e o caso, em suporte adequado, manual ou
autônoma) digital.
Produção de (EF15LP08) Utilizar software, inclusive
textos programas de edição de texto, para editar
Utilização de
(escrita 10 e publicar os textos produzidos,
tecnologia digital
compartilhada e explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações
Oralidade de intercâmbio oral com clareza,
pública/Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido
Oralidade 3, 5
conversacional em pelo interlocutor e usando a palavra com
sala de aula tom de voz audível, boa articulação e
ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando
Oralidade 3 Escuta atenta perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características
da conversação espontânea presencial,
Características da respeitando os turnos de fala,
Oralidade 3 conversação selecionando e utilizando, durante a
espontânea conversação, formas de tratamento
adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.

136

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP12) Atribuir significado a
aspectos não linguísticos
Aspectos não
(paralinguísticos) observados na fala,
linguísticos
Oralidade 1, 3 como direção do olhar, riso, gestos,
(paralinguísticos) no
movimentos da cabeça (de concordância
ato da fala
ou discordância), expressão corporal, tom
de voz.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
Relato oral/Registro
Oralidade 3 comunicativos (solicitar informações,
formal e informal
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
(EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto,
grafia correta de palavras conhecidas ou
Construção do
Escrita com estruturas silábicas já dominadas,
sistema alfabético/
(compartilhada e 2 letras maiúsculas em início de frases e
Convenções da
autônoma) em substantivos próprios, segmentação
escrita
entre as palavras, ponto final, ponto de
interrogação e ponto de exclamação.
(EF02LP02) Segmentar palavras em
Análise Construção do
sílabas e remover e substituir sílabas
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
iniciais, mediais ou finais para criar novas
ca (Alfabetização) da ortografia
palavras.
(EF02LP03) Ler e escrever palavras com
correspondências regulares diretas entre
Análise Construção do
letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
correspondências regulares contextuais
ca (Alfabetização) da ortografia
(c e q; e e o, em posição átona em final
de palavra).
(EF02LP04) Ler e escrever corretamente
Análise Construção do
palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV,
linguística/semióti 2 sistema alfabético e
identificando que existem vogais em
ca (Alfabetização) da ortografia
todas as sílabas.

Análise Construção do (EF02LP05) Ler e escrever corretamente


linguística/semióti 2 sistema alfabético e palavras com marcas de nasalidade (til,
ca (Alfabetização) da ortografia m, n).

Análise Conhecimento do (EF02LP06) Perceber o princípio


linguística/semióti 2 alfabeto do acrofônico que opera nos nomes das
ca (Alfabetização) português do Brasil letras do alfabeto.

Análise Conhecimento das (EF02LP07) Escrever palavras, frases,


linguística/semióti 2 diversas grafias do textos curtos nas formas imprensa e
ca (Alfabetização) alfabeto/ Acentuação cursiva.

137

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Segmentação de
Análise
palavras/Classificaçã (EF02LP08) Segmentar corretamente as
linguística/semióti 2
o de palavras por palavras ao escrever frases e textos.
ca (Alfabetização)
número de sílabas

Análise (EF02LP09) Usar adequadamente ponto


linguística/semióti 2 Pontuação final, ponto de interrogação e ponto de
ca (Alfabetização) exclamação.

(EF02LP10) Identificar sinônimos de


palavras de texto lido, determinando a
Análise Sinonímia e
diferença de sentido entre eles, e formar
linguística/semióti 2 antonímia/Morfologia/
antônimos de palavras encontradas em
ca (Alfabetização) Pontuação
texto lido pelo acréscimo do prefixo de
negação in-/im-.

Análise (EF02LP11) Formar o aumentativo e o


linguística/semióti 2 Morfologia diminutivo de palavras com os sufixos -ão
ca (Alfabetização) e -inho/-zinho.

3º ANO

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA COTIDIANA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP14) Construir o sentido de
Leitura/escuta histórias em quadrinhos e tirinhas,
Leitura de imagens
(compartilhada e 2, 3, 9 relacionando imagens e palavras e
em narrativas visuais
autônoma) interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
(EF03LP11) Ler e compreender, com
autonomia, textos injuntivos instrucionais
(receitas, instruções de montagem etc.),
Leitura/escuta com a estrutura própria desses textos
Compreensão em
(compartilhada e 2, 3 (verbos imperativos, indicação de passos
leitura
autônoma) a ser seguidos) e mesclando palavras,
imagens e recursos gráfico- visuais,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF03LP12) Ler e compreender, com
autonomia, cartas pessoais e diários, com
expressão de sentimentos e opiniões,
Leitura/escuta
Compreensão em dentre outros gêneros do campo da vida
(compartilhada e 2, 3, 7
leitura cotidiana, de acordo com as convenções
autônoma)
do gênero carta e considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto
do texto.

138

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03LP13) Planejar e produzir cartas
Produção de pessoais e diários, com expressão de
textos sentimentos e opiniões, dentre outros
(escrita 2, 3, 5, 7 Escrita colaborativa gêneros do campo da vida cotidiana, de
compartilhada e acordo com as convenções dos gêneros
autônoma) carta e diário e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF03LP14) Planejar e produzir textos
injuntivos instrucionais, com a estrutura
própria desses textos (verbos
Escrita
imperativos, indicação de passos a ser
(compartilhada e 2, 3, 5 Escrita colaborativa
seguidos) e mesclando palavras, imagens
autônoma)
e recursos gráfico-visuais, considerando
a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.
(EF03LP15) Assistir, em vídeo digital, a
Produção de texto programa de culinária infantil e, a partir
Oralidade 3, 10
oral dele, planejar e produzir receitas em
áudio ou vídeo.
(EF03LP16) Identificar e reproduzir, em
textos injuntivos instrucionais (receitas,
instruções de montagem, digitais ou
Análise impressos), a formatação própria desses
linguística/semiót Forma de textos (verbos imperativos, indicação de
2, 3
ica composição do texto passos a ser seguidos) e a diagramação
(Ortografização) específica dos textos desses gêneros
(lista de ingredientes ou materiais e
instruções de execução – "modo de
fazer").
(EF03LP17) Identificar e reproduzir, em
gêneros epistolares e diários, a
Análise formatação própria desses textos (relatos
linguística/semiót Forma de de acontecimentos, expressão de
2, 3, 7
ica composição do texto vivências, emoções, opiniões ou críticas)
(Ortografização) e a diagramação específica dos textos
desses gêneros (data, saudação, corpo
do texto, despedida, assinatura).

CAMPO DE ATUAÇÃO: PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF03LP24) Ler/ouvir e compreender,
Leitura/escuta com autonomia, relatos de observações e
Compreensão em
(compartilhada e 1, 2, 3 de pesquisas em fontes de informações,
leitura
autônoma) considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.

139

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03LP25) Planejar e produzir textos
para apresentar resultados de
Produção de
observações e de pesquisas em fontes
textos
de informações, incluindo, quando
(escrita 1, 2, 3, 5 Produção de textos
pertinente, imagens, diagramas e gráficos
compartilhada e
ou tabelas simples, considerando a
autônoma)
situação comunicativa e o tema/assunto
do texto.
(EF03LP26) Identificar e reproduzir, em
Forma de relatórios de observação e pesquisa, a
Análise
composição dos formatação e diagramação específica
linguística/semiót
1, 2, 3, 5 textos desses gêneros (passos ou listas de
ica
Adequação do texto itens, tabelas, ilustrações, gráficos,
(Ortografização)
às normas de escrita resumo dos resultados), inclusive em
suas versões orais.
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o
Leitura/escuta apoio do professor, informações de
(compartilhada e 1, 2, 3, 7 Pesquisa interesse sobre fenômenos sociais e
autônoma) naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
(EF35LP18) Escutar, com atenção,
apresentações de trabalhos realizadas
Escuta de textos
Oralidade 3 por colegas, formulando perguntas
orais
pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
(EF35LP19) Recuperar as ideias
Compreensão de principais em situações formais de escuta
Oralidade 3, 6
textos orais de exposições, apresentações e
palestras.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou
pesquisas escolares, em sala de aula,
Planejamento de com apoio de recursos multissemióticos
Oralidade 2, 3, 5 texto oral (imagens, diagrama, tabelas etc.),
Exposição oral orientando-se por roteiro escrito,
planejando o tempo de fala e adequando
a linguagem à situação comunicativa.

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA PÚBLICA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF03LP18) Ler e compreender, com
autonomia, cartas dirigidas a veículos da
mídia impressa ou digital (cartas de leitor
Leitura/escuta e de reclamação a jornais, revistas) e
Compreensão em
(compartilhada 2, 3, 6, 7 notícias, dentre outros gêneros do campo
leitura
e autônoma) jornalístico, de acordo com as
convenções do gênero carta e
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
140

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03LP19) Identificar e discutir o
propósito do uso de recursos de
Leitura/escuta persuasão (cores, imagens, escolha de
Compreensão em
(compartilhada 3, 6, 7 palavras, jogo de palavras, tamanho de
leitura
e autônoma) letras) em textos publicitários e de
propaganda, como elementos de
convencimento.
(EF03LP20) Produzir cartas dirigidas a
veículos da mídia impressa ou digital
Produção de (cartas do leitor ou de reclamação a
textos jornais ou revistas), dentre outros
(escrita 2, 3, 5, 6, 7 Escrita colaborativa gêneros do campo político-cidadão, com
compartilhada opiniões e críticas, de acordo com as
e autônoma) convenções do gênero carta e
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF03LP21) Produzir anúncios
publicitários, textos de campanhas de
Produção de conscientização destinados ao público
textos infantil, observando os recursos de
(escrita 1, 2, 3, 5 Escrita colaborativa persuasão utilizados nos textos
compartilhada publicitários e de propaganda (cores,
e autônoma) imagens, slogan, escolha de palavras,
jogo de palavras, tamanho e tipo de
letras, diagramação).
(EF03LP22) Planejar e produzir, em
colaboração com os colegas, telejornal
para público infantil com algumas notícias
e textos de campanhas que possam ser
Planejamento e
Oralidade 1, 2, 3, 5, 7 repassados oralmente ou em meio digital,
produção de texto
em áudio ou vídeo, considerando a
situação comunicativa, a organização
específica da fala nesses gêneros e o
tema/assunto/ finalidade dos textos.
Análise (EF03LP23) Analisar o uso de adjetivos
linguística/semi Forma de em cartas dirigidas a veículos da mídia
ótica 2 composição dos impressa ou digital (cartas do leitor ou de
(Ortografização textos reclamação a jornais ou revistas), digitais
) ou impressas.
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de
Produção de vista sobre tema polêmico relacionado a
textos situações vivenciadas na escola e/ou na
(escrita 2, 3, 6, 7 Escrita colaborativa comunidade, utilizando registro formal e
compartilhada estrutura adequada à argumentação,
e autônoma) considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em
Análise
notícias, manchetes, lides e corpo de
linguística/semi Forma de
notícias simples para público infantil e
ótica 2, 3, 5 composição dos
cartas de reclamação (revista infantil),
(Ortografização textos
digitais ou impressos, a formatação e
)
diagramação específica de cada um
141

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


desses gêneros, inclusive em suas
versões orais.

CAMPO DE ATUAÇÃO: ARTÍSTICO LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP15) Reconhecer que os textos
literários fazem parte do mundo do
Leitura/escuta
Formação do leitor imaginário e apresentam uma dimensão
(compartilhada 9
literário lúdica, de encantamento, valorizando-os,
e autônoma)
em sua diversidade cultural, como
patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
Leitura/escuta ajuda do professor e, mais tarde, de
Leitura colaborativa e
(compartilhada 1, 2, 3, 9 maneira autônoma, textos narrativos de
autônoma
e autônoma) maior porte como contos (populares, de
fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
concretos, observando efeitos de sentido
Leitura/escuta
Apreciação criados pelo formato do texto na página,
(compartilhada 9
estética/Estilo distribuição e diagramação das letras,
e autônoma)
pelas ilustrações e por outros efeitos
visuais.

Leitura/escuta Formação do leitor


(EF15LP18) Relacionar texto com
(compartilhada 1, 2, 3, 9 literário/Leitura
ilustrações e outros recursos gráficos.
e autônoma) multissemiótica

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e


Contagem de
Oralidade 3, 5, 9 sem apoio de imagem, textos literários
histórias
lidos pelo professor.

(EF03LP27) Recitar cordel e cantar


Oralidade 2, 3, 9 Performances orais repentes e emboladas, observando as
rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma


Leitura/escuta autônoma, textos literários de diferentes
Formação do leitor
(compartilhada 1, 2, 3, 9 gêneros e extensões, inclusive aqueles
literário
e autônoma) sem ilustrações, estabelecendo
preferências por gêneros, temas, autores.

142

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP22) Perceber diálogos em textos
Leitura/escuta Formação do leitor narrativos, observando o efeito de sentido
(compartilhada 2, 3, 4, 5 literário/ Leitura de verbos de enunciação e, se for o caso,
e autônoma) multissemiótica o uso de variedades linguísticas no
discurso direto.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
Leitura/escuta textos versificados, observando rimas,
Apreciação
(compartilhada 3, 9 aliterações e diferentes modos de divisão
estética/Estilo
e autônoma) dos versos, estrofes e refrões e seu efeito
de sentido.
(EF35LP24) Identificar funções do texto
Leitura/escuta dramático (escrito para ser encenado) e
(compartilhada 2, 3, 9 Textos dramáticos sua organização por meio de diálogos
e autônoma) entre personagens e marcadores das
falas das personagens e de cena.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais,
Produção de
com certa autonomia, utilizando detalhes
textos
Escrita autônoma e descritivos, sequências de eventos e
(escrita 3, 5, 9
compartilhada imagens apropriadas para sustentar o
compartilhada
sentido do texto, e marcadores de tempo,
e autônoma)
espaço e de fala de personagens.
(EF35LP26) Ler e compreender, com
Produção de certa autonomia, narrativas ficcionais que
textos apresentem cenários e personagens,
Escrita autônoma e
(escrita 3, 9 observando os elementos da estrutura
compartilhada
compartilhada narrativa: enredo, tempo, espaço,
e autônoma) personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
Produção de (EF35LP27) Ler e compreender, com
textos certa autonomia, textos em versos,
(escrita 3, 9 Escrita autônoma explorando rimas, sons e jogos de
compartilhada palavras, imagens poéticas (sentidos
e autônoma) figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com


Oralidade 3,9 Declamação entonação, postura e interpretação
adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas,


Análise
cenário, personagem central, conflito
linguística/semi Formas de
gerador, resolução e o ponto de vista com
ótica 2, 3, 9 composição de
base no qual histórias são narradas,
(Ortografização narrativas
diferenciando narrativas em primeira e
)
terceira pessoas.
(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto
Análise
e discurso direto, determinando o efeito
linguística/semi
Discurso direto e de sentido de verbos de enunciação e
ótica 2, 3
indireto explicando o uso de variedades
(Ortografização
linguísticas no discurso direto, quando for
)
o caso.

143

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Análise
(EF35LP31) Identificar, em textos
linguística/semi Forma de
versificados, efeitos de sentido
ótica 3, 9 composição de textos
decorrentes do uso de recursos rítmicos e
(Ortografização poéticos
sonoros e de metáforas.
)

CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF15LP01) Identificar a função social de


textos que circulam em campos da vida
Reconstrução das social dos quais participa cotidianamente
Leitura/escuta
condições de (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
(compartilhada e 1, 2, 3
produção e recepção nas mídias impressa, de massa e digital,
autônoma)
de textos reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em
relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos
sentidos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as
Leitura/escuta condições de produção e recepção desse
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura texto, o gênero, o suporte e o universo
autônoma) temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefácio
etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.
Leitura/escuta
(EF15LP03) Localizar informações
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
explícitas em textos.
autônoma)

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido


Leitura/escuta
produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura
expressivos gráfico-visuais em textos
autônoma)
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
Produção de
professor, o texto que será produzido,
textos
Planejamento de considerando a situação comunicativa, os
(escrita 1, 2, 3, 5, 7
texto interlocutores (quem escreve/para quem
compartilhada e
escreve); a finalidade ou o propósito
autônoma)
(escrever para quê); a circulação (onde o
144

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


texto vai circular); o suporte (qual é o
portador do texto); a linguagem,
organização e forma do texto e seu tema,
pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do
texto, organizando em tópicos os dados e
as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
Produção de
produzido com a ajuda do professor e a
textos
colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
(escrita 2, 3, 5 Revisão de textos
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
compartilhada e
reformulações, correções de ortografia e
autônoma)
pontuação.
Produção de (EF15LP07) Editar a versão final do texto,
textos em colaboração com os colegas e com a
(escrita 2, 3, 5, 10 Edição de textos ajuda do professor, ilustrando, quando for
compartilhada e o caso, em suporte adequado, manual ou
autônoma) digital.
Produção de (EF15LP08) Utilizar software, inclusive
textos programas de edição de texto, para editar
Utilização de
(escrita 10 e publicar os textos produzidos,
tecnologia digital
compartilhada e explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações
Oralidade de intercâmbio oral com clareza,
pública/Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido
Oralidade 3, 5
conversacional em pelo interlocutor e usando a palavra com
sala de aula tom de voz audível, boa articulação e
ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando
Oralidade 3 Escuta atenta perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características
da conversação espontânea presencial,
Características da respeitando os turnos de fala,
Oralidade 3 conversação selecionando e utilizando, durante a
espontânea conversação, formas de tratamento
adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
(EF15LP12) Atribuir significado a
aspectos não linguísticos
Aspectos não
(paralinguísticos) observados na fala,
linguísticos
Oralidade 1, 3 como direção do olhar, riso, gestos,
(paralinguísticos) no
movimentos da cabeça (de concordância
ato da fala
ou discordância), expressão corporal, tom
de voz.

145

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
Relato oral/Registro
Oralidade 3 comunicativos (solicitar informações,
formal e informal
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
(EF03LP01) Ler e escrever palavras com
Análise correspondências regulares contextuais
Construção do
linguística/semiót entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu;
2 sistema alfabético e
ica r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não i) em
da ortografia
(Ortografização) sílaba átona em final de palavra – e com
marcas de nasalidade (til, m, n).
Análise (EF03LP02) Ler e escrever corretamente
Construção do
linguística/semiót palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV,
2 sistema alfabético e
ica VC, VV, CVV, identificando que existem
da ortografia
(Ortografização) vogais em todas as sílabas.

Análise
Construção do
linguística/semiót (EF03LP03) Ler e escrever corretamente
2 sistema alfabético e
ica palavras com os dígrafos lh, nh, ch.
da ortografia
(Ortografização)
(EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo
Análise
Conhecimento das ou circunflexo) em monossílabos tônicos
linguística/semiót
2 diversas grafias do terminados em a, e, o e em palavras
ica
alfabeto/ Acentuação oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas
(Ortografização)
ou não de s.
Análise Segmentação de (EF03LP05) Identificar o número de
linguística/semiót palavras/Classificaçã sílabas de palavras, classificando-as em
2
ica o de palavras por monossílabas, dissílabas, trissílabas e
(Ortografização) número de sílabas polissílabas.

Análise
(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em
linguística/semiót Construção do
2 palavras, classificando-as em oxítonas,
ica sistema alfabético
paroxítonas e proparoxítonas.
(Ortografização)
(EF03LP07) Identificar a função na leitura
Análise
e usar na escrita ponto final, ponto de
linguística/semiót
2, 3 Pontuação interrogação, ponto de exclamação e, em
ica
diálogos (discurso direto), dois-pontos e
(Ortografização)
travessão.
Análise (EF03LP08) Identificar e diferenciar, em
linguística/semiót textos, substantivos e verbos e suas
2 Morfologia
ica funções na oração: agente, ação, objeto
(Ortografização) da ação.

Análise
(EF03LP09) Identificar, em textos,
linguística/semiót
2 Morfossintaxe adjetivos e sua função de atribuição de
ica
propriedades aos substantivos.
(Ortografização)

146

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03LP10) Reconhecer prefixos e
Análise sufixos produtivos na formação de
linguística/semiót palavras derivadas de substantivos, de
2 Morfologia
ica adjetivos e de verbos, utilizando-os para
(Ortografização) compreender palavras e para formar
novas palavras.
(EF35LP01) Ler e compreender,
Leitura/escuta silenciosamente e, em seguida, em voz
Decodificação/Fluênc
(compartilhada e 3 alta, com autonomia e fluência, textos
ia de leitura
autônoma) curtos com nível de textualidade
adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da
biblioteca e/ou do cantinho de leitura da
Leitura/escuta
sala de aula e/ou disponíveis em meios
(compartilhada e 8 Formação de leitor
digitais para leitura individual, justificando
autônoma)
a escolha e compartilhando com os
colegas sua opinião, após a leitura.
Leitura/escuta
(EF35LP03) Identificar a ideia central do
(compartilhada e 2, 3 Compreensão
texto, demonstrando compreensão global.
autônoma)

Leitura/escuta
(EF35LP04) Inferir informações implícitas
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
nos textos lidos.
autônoma)

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras


Leitura/escuta
ou expressões desconhecidas em textos,
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
com base no contexto da frase ou do
autônoma)
texto.
(EF35LP06) Recuperar relações entre
partes de um texto, identificando
Leitura/escuta substituições lexicais (de substantivos por
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura sinônimos) ou pronominais (uso de
autônoma) pronomes anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto,
conhecimentos linguísticos e gramaticais,
Produção de
Construção do tais como ortografia, regras básicas de
textos
sistema alfabético/ concordância nominal e verbal,
(escrita 2, 3, 5
Convenções da pontuação (ponto final, ponto de
compartilhada e
escrita exclamação, ponto de interrogação,
autônoma)
vírgulas em enumerações) e pontuação
do discurso direto, quando for o caso.
Construção do (EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto,
Produção de sistema alfabético/ recursos de referenciação (por
textos Estabelecimento de substituição lexical ou por pronomes
(escrita 2, 3, 5 relações anafóricas pessoais, possessivos e demonstrativos),
compartilhada e na referenciação e vocabulário apropriado ao gênero,
autônoma) construção da recursos de coesão pronominal
coesão (pronomes anafóricos) e articuladores de

147

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


relações de sentido (tempo, causa,
oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.

Produção de (EF35LP09) Organizar o texto em


Planejamento de
textos unidades de sentido, dividindo-o em
texto/Progressão
(escrita 2, 3, 5 parágrafos segundo as normas gráficas e
temática e
compartilhada e de acordo com as características do
paragrafação
autônoma) gênero textual.
(EF35LP10) Identificar gêneros do
discurso oral, utilizados em diferentes
situações e contextos comunicativos, e
suas características linguístico-
Forma de expressivas e composicionais
Oralidade 3, 6 composição de (conversação espontânea, conversação
gêneros orais telefônica, entrevistas pessoais,
entrevistas no rádio ou na TV, debate,
noticiário de rádio e TV, narração de
jogos esportivos no rádio e TV, aula,
debate etc.).
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções,
textos falados em diferentes variedades
linguísticas, identificando características
regionais, urbanas e rurais da fala e
Oralidade 3, 4 Variação linguística respeitando as diversas variedades
linguísticas como características do uso
da língua por diferentes grupos regionais
ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para
Análise
Construção do esclarecer dúvida sobre a escrita de
linguística/semiót
2, 3 sistema alfabético e palavras, especialmente no caso de
ica
da ortografia palavras com relações irregulares
(Ortografização)
fonema-grafema.
(EF35LP13) Memorizar a grafia de
Análise
Construção do palavras de uso frequente nas quais as
linguística/semiót
2 sistema alfabético e relações fonema-grafema são irregulares
ica
da ortografia e com h inicial que não representa
(Ortografização)
fonema.
Análise (EF35LP14) Identificar em textos e usar
linguística/semiót na produção textual pronomes pessoais,
2, 3 Morfologia
ica possessivos e demonstrativos, como
(Ortografização) recurso coesivo anafórico.

4º ANO

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA COTIDIANA

148

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP14) Construir o sentido de
Leitura/escuta histórias em quadrinhos e tirinhas,
Leitura de imagens
(compartilhada e 2, 3, 9 relacionando imagens e palavras e
em narrativas visuais
autônoma) interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
(EF04LP09) Ler e compreender, com
autonomia, boletos, faturas e carnês,
dentre outros gêneros do campo da vida
Leitura/escuta
Compreensão em cotidiana, de acordo com as convenções
(compartilhada e 2, 3
leitura do gênero (campos, itens elencados,
autônoma)
medidas de consumo, código de barras) e
considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.
(EF04LP10) Ler e compreender, com
autonomia, cartas pessoais de
Leitura/escuta reclamação, dentre outros gêneros do
Compreensão em
(compartilhada e 2, 3 campo da vida cotidiana, de acordo com
leitura
autônoma) as convenções do gênero carta e
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF04LP11) Planejar e produzir, com
autonomia, cartas pessoais de
Produção de reclamação, dentre outros gêneros do
textos campo da vida cotidiana, de acordo com
(escrita 2, 3, 5, 6 Escrita colaborativa as convenções do gênero carta e com a
compartilhada e estrutura própria desses textos
autônoma) (problema, opinião, argumentos),
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
(EF04LP12) Assistir, em vídeo digital, a
programa infantil com instruções de
Produção de texto
Oralidade 3, 10 montagem, de jogos e brincadeiras e, a
oral
partir dele, planejar e produzir tutoriais
em áudio ou vídeo.
(EF04LP13) Identificar e reproduzir, em
textos injuntivos, instrucionais (instruções
de jogos digitais ou impressos), a
Análise
formatação própria desses textos (verbos
linguística/semiót Forma de
2, 3, 5 imperativos, indicação de passos a ser
ica composição do texto
seguidos) e formato específico dos textos
(Ortografização)
orais ou escritos desses gêneros (lista/
apresentação de materiais e
instruções/passos de jogo).

CAMPO DE ATUAÇÃO: PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

149

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o
Leitura/escuta apoio do professor, informações de
(compartilhada 1, 2, 3, 7 Pesquisa interesse sobre fenômenos sociais e
e autônoma) naturais, em textos que circulam em
meios impressos ou digitais.
(EF35LP18) Escutar, com atenção,
apresentações de trabalhos realizadas
Escuta de textos
Oralidade 3 por colegas, formulando perguntas
orais
pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.
(EF35LP19) Recuperar as ideias
Compreensão de principais em situações formais de escuta
Oralidade 3, 6
textos orais de exposições, apresentações e
palestras.
(EF35LP20) Expor trabalhos ou
pesquisas escolares, em sala de aula,
Planejamento de com apoio de recursos multissemióticos
Oralidade 2, 3, 5 texto oral (imagens, diagrama, tabelas etc.),
Exposição oral orientando-se por roteiro escrito,
planejando o tempo de fala e adequando
a linguagem à situação comunicativa.
(EF04LP19) Ler e compreender textos
Leitura/escuta
Compreensão em expositivos de divulgação científica para
(compartilhada 3
leitura crianças, considerando a situação
e autônoma)
comunicativa e o tema/ assunto do texto.

(EF04LP20) Reconhecer a função de


Leitura/escuta
Imagens analíticas gráficos, diagramas e tabelas em textos,
(compartilhada 3
em textos como forma de apresentação de dados e
e autônoma)
informações.
(EF04LP21) Planejar e produzir textos
sobre temas de interesse, com base em
Produção de
resultados de observações e pesquisas
textos
em fontes de informações impressas ou
(escrita 2, 3, 5 Produção de textos
eletrônicas, incluindo, quando pertinente,
compartilhada
imagens e gráficos ou tabelas simples,
e autônoma)
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF04LP22) Planejar e produzir, com
Produção de
certa autonomia, verbetes de
textos
enciclopédia infantil, digitais ou
(escrita 2, 3, 5 Escrita autônoma
impressos, considerando a situação
compartilhada
comunicativa e o tema/ assunto/finalidade
e autônoma)
do texto.
(EF04LP23) Identificar e reproduzir, em
Análise Forma de
verbetes de enciclopédia infantil, digitais
linguística/semi composição dos
ou impressos, a formatação e
ótica 2, 3, 5 textos
diagramação específica desse gênero
(Ortografização Coesão e
(título do verbete, definição,
) articuladores
detalhamento, curiosidades),
150

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.

Análise Forma de (EF04LP24) Identificar e reproduzir, em


linguística/semi composição dos seu formato, tabelas, diagramas e
ótica 2, 3, 5 textos gráficos em relatórios de observação e
(Ortografização Adequação do texto pesquisa, como forma de apresentação
) às normas de escrita de dados e informações.
Produção de (EF04LP25) Planejar e produzir, com
textos certa autonomia, verbetes de dicionário,
(escrita 2, 3, 5 Escrita autônoma digitais ou impressos, considerando a
compartilhada situação comunicativa e o
e autônoma) tema/assunto/finalidade do texto.

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA PÚBLICA


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de
Produção de vista sobre tema polêmico relacionado a
textos situações vivenciadas na escola e/ou na
(escrita 2, 3, 6, 7 Escrita colaborativa comunidade, utilizando registro formal e
compartilhada e estrutura adequada à argumentação,
autônoma) considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em
notícias, manchetes, lides e corpo de
Análise notícias simples para público infantil e
Forma de
linguística/semiót cartas de reclamação (revista infantil),
2, 3, 5 composição dos
ica digitais ou impressos, a formatação e
textos
(Ortografização) diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas
versões orais.

Leitura/escuta (EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos,


Compreensão em
(compartilhada e 2, 3 participantes, local e momento/tempo da
leitura
autônoma) ocorrência do fato noticiado.

(EF04LP15) Distinguir fatos de


Leitura/escuta
Compreensão em opiniões/sugestões em textos
(compartilhada e 2, 3, 6
leitura (informativos, jornalísticos, publicitários
autônoma)
etc.).
(EF04LP16) Produzir notícias sobre fatos
Produção de
ocorridos no universo escolar, digitais ou
textos
impressas, para o jornal da escola,
(escrita 2, 3, 5 Escrita colaborativa
noticiando os fatos e seus atores e
compartilhada e
comentando decorrências, de acordo com
autônoma)
as convenções do gênero notícia e
151

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.

(EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos


ou televisivos e entrevistas veiculadas em
Planejamento e rádio, TV e na internet, orientando-se por
Oralidade 2, 3, 5, 10
produção de texto roteiro ou texto e demonstrando
conhecimento dos gêneros jornal
falado/televisivo e entrevista.
(EF04LP18) Analisar o padrão
Análise
Forma de entonacional e a expressão facial e
linguística/semiót
3 composição dos corporal de âncoras de jornais
ica
textos radiofônicos ou televisivos e de
(Ortografização)
entrevistadores/entrevistados.

CAMPO DE ATUAÇÃO: ARTÍSTICO LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP15) Reconhecer que os textos
literários fazem parte do mundo do
Leitura/escuta
Formação do leitor imaginário e apresentam uma dimensão
(compartilhada e 9
literário lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma)
em sua diversidade cultural, como
patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a
Leitura/escuta ajuda do professor e, mais tarde, de
Leitura colaborativa e
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 maneira autônoma, textos narrativos de
autônoma
autônoma) maior porte como contos (populares, de
fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
concretos, observando efeitos de sentido
Leitura/escuta
Apreciação criados pelo formato do texto na página,
(compartilhada e 9
estética/Estilo distribuição e diagramação das letras,
autônoma)
pelas ilustrações e por outros efeitos
visuais.

Leitura/escuta Formação do leitor


(EF15LP18) Relacionar texto com
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 literário/Leitura
ilustrações e outros recursos gráficos.
autônoma) multissemiótica

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e


Contagem de
Oralidade 3, 5, 9 sem apoio de imagem, textos literários
histórias
lidos pelo professor.

152

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP21) Ler e compreender, de forma
Leitura/escuta autônoma, textos literários de diferentes
Formação do leitor
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 gêneros e extensões, inclusive aqueles
literário
autônoma) sem ilustrações, estabelecendo
preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos
Leitura/escuta Formação do leitor narrativos, observando o efeito de sentido
(compartilhada e 2, 3, 4, 5 literário/ Leitura de verbos de enunciação e, se for o caso,
autônoma) multissemiótica o uso de variedades linguísticas no
discurso direto.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
Leitura/escuta textos versificados, observando rimas,
Apreciação
(compartilhada e 3, 9 aliterações e diferentes modos de divisão
estética/Estilo
autônoma) dos versos, estrofes e refrões e seu efeito
de sentido.
(EF35LP24) Identificar funções do texto
Leitura/escuta dramático (escrito para ser encenado) e
(compartilhada e 2, 3, 9 Textos dramáticos sua organização por meio de diálogos
autônoma) entre personagens e marcadores das
falas das personagens e de cena.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais,
Produção de
com certa autonomia, utilizando detalhes
textos
Escrita autônoma e descritivos, sequências de eventos e
(escrita 3, 5, 9
compartilhada imagens apropriadas para sustentar o
compartilhada e
sentido do texto, e marcadores de tempo,
autônoma)
espaço e de fala de personagens.
(EF35LP26) Ler e compreender, com
Produção de certa autonomia, narrativas ficcionais que
textos apresentem cenários e personagens,
Escrita autônoma e
(escrita 3, 9 observando os elementos da estrutura
compartilhada
compartilhada e narrativa: enredo, tempo, espaço,
autônoma) personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
Produção de (EF35LP27) Ler e compreender, com
textos certa autonomia, textos em versos,
(escrita 3, 9 Escrita autônoma explorando rimas, sons e jogos de
compartilhada e palavras, imagens poéticas (sentidos
autônoma) figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com


Oralidade 3,9 Declamação entonação, postura e interpretação
adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas,


Análise cenário, personagem central, conflito
Formas de
linguística/semiót gerador, resolução e o ponto de vista com
2, 3, 9 composição de
ica base no qual, histórias são narradas,
narrativas
(Ortografização) diferenciando narrativas em primeira e
terceira pessoas.

153

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto
Análise e discurso direto, determinando o efeito
linguística/semiót Discurso direto e de sentido de verbos de enunciação e
2, 3
ica indireto explicando o uso de variedades
(Ortografização) linguísticas no discurso direto, quando for
o caso.
Análise (EF35LP31) Identificar, em textos
Forma de
linguística/semiót versificados, efeitos de sentido
3, 9 composição de textos
ica decorrentes do uso de recursos rítmicos e
poéticos
(Ortografização) sonoros e de metáforas.

Análise (EF04LP26) Observar, em poemas


Forma de
linguística/semiót concretos, o formato, a distribuição e a
2, 3, 9 composição de textos
ica diagramação das letras do texto na
poéticos visuais
(Ortografização) página.

Análise
Forma de (EF04LP27) Identificar, em textos
linguística/semiót
2, 3, 9 composição de textos dramáticos, marcadores das falas das
ica
dramáticos personagens e de cena.
(Ortografização)

CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP01) Identificar a função social de
textos que circulam em campos da vida
Reconstrução das social dos quais participa cotidianamente
Leitura/escuta
condições de (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
(compartilhada e 1, 2, 3
produção e recepção nas mídias impressa, de massa e digital,
autônoma)
de textos reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em
relação ao texto que vai ler
(pressuposições antecipadoras dos
sentidos, da forma e da função social do
texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as
Leitura/escuta condições de produção e recepção desse
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura texto, o gênero, o suporte e o universo
autônoma) temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens,
dados da própria obra (índice, prefácio
etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a adequação
das hipóteses realizadas.

154

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Leitura/escuta
(EF15LP03) Localizar informações
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
explícitas em textos.
autônoma)

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido


Leitura/escuta
produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura
expressivos gráfico-visuais em textos
autônoma)
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem
escreve); a finalidade ou o propósito
Produção de
(escrever para quê); a circulação (onde o
textos
Planejamento de texto vai circular); o suporte (qual é o
(escrita 1, 2, 3, 5, 7
texto portador do texto); a linguagem,
compartilhada e
organização e forma do texto e seu tema,
autônoma)
pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do
texto, organizando em tópicos os dados e
as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
Produção de
produzido com a ajuda do professor e a
textos
colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
(escrita 2, 3, 5 Revisão de textos
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
compartilhada e
reformulações, correções de ortografia e
autônoma)
pontuação.
Produção de (EF15LP07) Editar a versão final do texto,
textos em colaboração com os colegas e com a
(escrita 2, 3, 5, 10 Edição de textos ajuda do professor, ilustrando, quando for
compartilhada e o caso, em suporte adequado, manual ou
autônoma) digital.
Produção de (EF15LP08) Utilizar software, inclusive
textos programas de edição de texto, para editar
Utilização de
(escrita 10 e publicar os textos produzidos,
tecnologia digital
compartilhada e explorando os recursos multissemióticos
autônoma) disponíveis.
(EF15LP09) Expressar-se em situações
Oralidade de intercâmbio oral com clareza,
pública/Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido
Oralidade 3, 5
conversacional em pelo interlocutor e usando a palavra com
sala de aula tom de voz audível, boa articulação e
ritmo adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando
Oralidade 3 Escuta atenta perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.

155

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP11) Reconhecer características
da conversação espontânea presencial,
Características da respeitando os turnos de fala,
Oralidade 3 conversação selecionando e utilizando, durante a
espontânea conversação, formas de tratamento
adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
(EF15LP12) Atribuir significado a
aspectos não linguísticos
Aspectos não
(paralinguísticos) observados na fala,
linguísticos
Oralidade 1, 3 como direção do olhar, riso, gestos,
(paralinguísticos) no
movimentos da cabeça (de concordância
ato da fala
ou discordância), expressão corporal, tom
de voz.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
Relato oral/Registro
Oralidade 3 comunicativos (solicitar informações,
formal e informal
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender,
Leitura/escuta silenciosamente e, em seguida, em voz
Decodificação/Fluênc
(compartilhada e 3 alta, com autonomia e fluência, textos
ia de leitura
autônoma) curtos com nível de textualidade
adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da
biblioteca e/ou do cantinho de leitura da
Leitura/escuta
sala de aula e/ou disponíveis em meios
(compartilhada e 8 Formação de leitor
digitais para leitura individual, justificando
autônoma)
a escolha e compartilhando com os
colegas sua opinião, após a leitura.

Leitura/escuta
(EF35LP03) Identificar a ideia central do
(compartilhada e 2, 3 Compreensão
texto, demonstrando compreensão global.
autônoma)

Leitura/escuta
(EF35LP04) Inferir informações implícitas
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
nos textos lidos.
autônoma)

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras


Leitura/escuta
ou expressões desconhecidas em textos,
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
com base no contexto da frase ou do
autônoma)
texto.
(EF35LP06) Recuperar relações entre
partes de um texto, identificando
Leitura/escuta substituições lexicais (de substantivos por
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura sinônimos) ou pronominais (uso de
autônoma) pronomes anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
156

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto,
conhecimentos linguísticos e gramaticais,
Produção de
Construção do tais como ortografia, regras básicas de
textos
sistema alfabético/ concordância nominal e verbal,
(escrita 2, 3, 5
Convenções da pontuação (ponto final, ponto de
compartilhada e
escrita exclamação, ponto de interrogação,
autônoma)
vírgulas em enumerações) e pontuação
do discurso direto, quando for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto,
recursos de referenciação (por
Construção do
substituição lexical ou por pronomes
Produção de sistema alfabético/
pessoais, possessivos e demonstrativos),
textos Estabelecimento de
vocabulário apropriado ao gênero,
(escrita 2, 3, 5 relações anafóricas
recursos de coesão pronominal
compartilhada e na referenciação e
(pronomes anafóricos) e articuladores de
autônoma) construção da
relações de sentido (tempo, causa,
coesão
oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Produção de (EF35LP09) Organizar o texto em
Planejamento de
textos unidades de sentido, dividindo-o em
texto/Progressão
(escrita 2, 3, 5 parágrafos segundo as normas gráficas e
temática e
compartilhada e de acordo com as características do
paragrafação
autônoma) gênero textual.
(EF35LP10) Identificar gêneros do
discurso oral, utilizados em diferentes
situações e contextos comunicativos, e
suas características linguístico-
Forma de expressivas e composicionais
Oralidade 3, 6 composição de (conversação espontânea, conversação
gêneros orais telefônica, entrevistas pessoais,
entrevistas no rádio ou na TV, debate,
noticiário de rádio e TV, narração de
jogos esportivos no rádio e TV, aula,
debate etc.).
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções,
textos falados em diferentes variedades
linguísticas, identificando características
regionais, urbanas e rurais da fala e
Oralidade 3, 4 Variação linguística respeitando as diversas variedades
linguísticas como características do uso
da língua por diferentes grupos regionais
ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para
Análise
Construção do esclarecer dúvida sobre a escrita de
linguística/semiót
2, 3 sistema alfabético e palavras, especialmente no caso de
ica
da ortografia palavras com relações irregulares
(Ortografização)
fonema-grafema.

157

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP13) Memorizar a grafia de
Análise
Construção do palavras de uso frequente nas quais as
linguística/semiót
2 sistema alfabético e relações fonema-grafema são irregulares
ica
da ortografia e com h inicial que não representa
(Ortografização)
fonema.
Análise (EF35LP14) Identificar em textos e usar
linguística/semiót na produção textual pronomes pessoais,
2, 3 Morfologia
ica possessivos e demonstrativos, como
(Ortografização) recurso coesivo anafórico.

Análise
Construção do (EF04LP01) Grafar palavras utilizando
linguística/semiót
2 sistema alfabético e regras de correspondência fonema--
ica
da ortografia grafema regulares diretas e contextuais.
(Ortografização)
(EF04LP02) Ler e escrever,
Análise
Construção do corretamente, palavras com sílabas VV e
linguística/semiót
2 sistema alfabético e CVV em casos nos quais a combinação
ica
da ortografia VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai,
(Ortografização)
ei, ou).
Conhecimento do (EF04LP03) Localizar palavras no
Análise
alfabeto do dicionário para esclarecer significados,
linguística/semiót
2, 3 português do reconhecendo o significado mais
ica
Brasil/Ordem plausível para o contexto que deu origem
(Ortografização)
alfabética/Polissemia à consulta.
Análise
Conhecimento das (EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo
linguística/semiót
2 diversas grafias do ou circunflexo) em paroxítonas
ica
alfabeto/ Acentuação terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).
(Ortografização)
(EF04LP05) Identificar a função na leitura
e usar, adequadamente, na escrita ponto
Análise
final, de interrogação, de exclamação,
linguística/semiót
2, 3 Pontuação dois-pontos e travessão em diálogos
ica
(discurso direto), vírgula em
(Ortografização)
enumerações e em separação de
vocativo e de aposto.
Análise (EF04LP06) Identificar em textos e usar
linguística/semiót na produção textual a concordância entre
2, 3 Morfologia
ica substantivo ou pronome pessoal e verbo
(Ortografização) (concordância verbal).

Análise (EF04LP07) Identificar em textos e usar


linguística/semiót na produção textual a concordância entre
2, 3, 5 Morfossintaxe
ica artigo, substantivo e adjetivo
(Ortografização) (concordância no grupo nominal).

Análise (EF04LP08) Reconhecer e grafar,


linguística/semiót corretamente, palavras derivadas com os
2 Morfologia
ica sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar
(Ortografização) (regulares morfológicas).

158

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5º ANO

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA COTIDIANA


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP14) Construir o sentido de
Leitura/escuta histórias em quadrinhos e tirinhas,
Leitura de imagens em
(compartilhada 2, 3, 9 relacionando imagens e palavras e
narrativas visuais
e autônoma) interpretando recursos gráficos (tipos de
balões, de letras, onomatopeias).
(EF05LP09) Ler e compreender, com
autonomia, textos instrucional de regras de
Leitura/escuta jogo, dentre outros gêneros do campo da
Compreensão em
(compartilhada 2, 3 vida cotidiana, de acordo com as
leitura
e autônoma) convenções do gênero e considerando a
situação comunicativa e a finalidade do
texto.
(EF05LP10) Ler e compreender, com
autonomia, anedotas, piadas e cartuns,
Leitura/escuta
Compreensão em dentre outros gêneros do campo da vida
(compartilhada 1, 2, 3
leitura cotidiana, de acordo com as convenções
e autônoma)
do gênero e considerando a situação
comunicativa e a finalidade do texto.
(EF05LP11) Registrar, com autonomia,
Produção de
anedotas, piadas e cartuns, dentre outros
textos
gêneros do campo da vida cotidiana, de
(escrita 1, 2, 3, 5, 6 Escrita colaborativa
acordo com as convenções do gênero e
compartilhada
considerando a situação comunicativa e a
e autônoma)
finalidade do texto.
(EF05LP12) Planejar e produzir, com
autonomia, textos instrucionais de regras
Escrita de jogo, dentre outros gêneros do campo
(compartilhada 2, 3, 5 Escrita colaborativa da vida cotidiana, de acordo com as
e autônoma) convenções do gênero e considerando a
situação comunicativa e a finalidade do
texto.
(EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, a
postagem de vlog infantil de críticas de
Oralidade 3, 10 Produção de texto oral brinquedos e livros de literatura infantil e, a
partir dele, planejar e produzir resenhas
digitais em áudio ou vídeo.
Análise (EF05LP14) Identificar e reproduzir, em
linguística/semi textos de resenha crítica de brinquedos ou
Forma de composição
ótica 2, 3, 6 livros de literatura infantil, a formatação
do texto
(Ortografização própria desses textos (apresentação e
) avaliação do produto).

159

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


CAMPO DE ATUAÇÃO: PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIA OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o
Leitura/escuta apoio do professor, informações de
(compartilhada e 1, 2, 3, 7 Pesquisa interesse sobre fenômenos sociais e
autônoma) naturais, em textos que circulam em meios
impressos ou digitais.
(EF35LP18) Escutar, com atenção,
apresentações de trabalhos realizadas por
Oralidade 3 Escuta de textos orais colegas, formulando perguntas pertinentes
ao tema e solicitando esclarecimentos
sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais


Compreensão de
Oralidade 3, 6 em situações formais de escuta de
textos orais
exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas


escolares, em sala de aula, com apoio de
Planejamento de texto recursos multissemióticos (imagens,
Oralidade 2, 3, 5 oral diagrama, tabelas etc.), orientando-se por
Exposição oral roteiro escrito, planejando o tempo de fala
e adequando a linguagem à situação
comunicativa.
(EF05LP22) Ler e compreender verbetes
Leitura/escuta de dicionário, identificando a estrutura, as
Compreensão em
(compartilhada e 3 informações gramaticais (significado de
leitura
autônoma) abreviaturas) e as informações
semânticas.

Leitura/escuta
Imagens analíticas em (EF05LP23) Comparar informações
(compartilhada e 3, 6
textos apresentadas em gráficos ou tabelas.
autônoma)

(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre


Produção de tema de interesse, organizando resultados
textos de pesquisa em fontes de informação
(escrita 2, 3, 5 Produção de textos impressas ou digitais, incluindo imagens e
compartilhada e gráficos ou tabelas, considerando a
autônoma) situação comunicativa e o tema/assunto do
texto.
(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto,
conhecimentos linguísticos e gramaticais:
Análise Forma de composição
regras sintáticas de concordância nominal
linguística/semiót dos textos
1, 2, 3, 5 e verbal, convenções de escrita de
ica Adequação do texto às
citações, pontuação (ponto final, dois-
(Ortografização) normas de escrita
pontos, vírgulas em enumerações) e
regras ortográficas.

160

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto,
Análise recursos de coesão pronominal (pronomes
Forma de composição
linguística/semiót anafóricos) e articuladores de relações de
2, 3, 5 dos textos
ica sentido (tempo, causa, oposição,
Coesão e articuladores
(Ortografização) conclusão, comparação), com nível
adequado de informatividade.

CAMPO DE ATUAÇÃO: VIDA PÚBLICA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF35LP15) Opinar e defender ponto de
Produção de vista sobre tema polêmico relacionado a
textos situações vivenciadas na escola e/ou na
(escrita 2, 3, 6, 7 Escrita colaborativa comunidade, utilizando registro formal e
compartilhada estrutura adequada à argumentação,
e autônoma) considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em
notícias, manchetes, lides e corpo de
Análise
notícias simples para público infantil e
linguística/semi Forma de
cartas de reclamação (revista infantil),
ótica 2, 3, 5 composição dos
digitais ou impressos, a formatação e
(Ortografização textos
diagramação específica de cada um
)
desses gêneros, inclusive em suas versões
orais.
(EF05LP15) Ler/assistir e compreender,
com autonomia, notícias, reportagens,
Leitura/escuta vídeos em vlogs argumentativos, dentre
Compreensão em
(compartilhada 3, 6 outros gêneros do campo político-cidadão,
leitura
e autônoma) de acordo com as convenções dos
gêneros e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP16) Comparar informações sobre
Leitura/escuta
Compreensão em um mesmo fato veiculadas em diferentes
(compartilhada 3, 6
leitura mídias e concluir sobre qual é mais
e autônoma)
confiável e por quê.
(EF05LP17) Produzir roteiro para edição
Produção de de uma reportagem digital sobre temas de
textos interesse da turma, a partir de buscas de
(escrita 2, 3, 5, 10 Escrita colaborativa informações, imagens, áudios e vídeos na
compartilhada internet, de acordo com as convenções do
e autônoma) gênero e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
(EF05LP18) Roteirizar, produzir e editar
vídeo para vlogs argumentativos sobre
Planejamento e
Oralidade 2, 3, 5, 10 produtos de mídia para público infantil
produção de texto
(filmes, desenhos animados, HQs, games
etc.), com base em conhecimentos sobre
161

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


os mesmos, de acordo com as convenções
do gênero e considerando a situação
comunicativa e o tema/ assunto/finalidade
do texto.

(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre


acontecimentos de interesse social, com
base em conhecimentos sobre fatos
Oralidade 3, 6 Produção de texto
divulgados em TV, rádio, mídia impressa e
digital, respeitando pontos de vista
diferentes.
(EF05LP20) Analisar a validade e força de
Análise
argumentos em argumentações sobre
linguística/semi Forma de
produtos de mídia para público infantil
ótica 6 composição dos
(filmes, desenhos animados, HQs, games
(Ortografização textos
etc.), com base em conhecimentos sobre
)
os mesmos.
Análise (EF05LP21) Analisar o padrão
linguística/semi Forma de entonacional, a expressão facial e corporal
ótica 2, 3, 4, 5, 10 composição dos e as escolhas de variedade e registro
(Ortografização textos linguísticos de vloggers de vlogs opinativos
) ou argumentativos.

CAMPO DE ATUAÇÃO: ARTÍSTICO LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP15) Reconhecer que os textos
literários fazem parte do mundo do
Leitura/escuta
Formação do leitor imaginário e apresentam uma dimensão
(compartilhada e 9
literário lúdica, de encantamento, valorizando-os,
autônoma)
em sua diversidade cultural, como
patrimônio artístico da humanidade.
(EF15LP16) Ler e compreender, em
colaboração com os colegas e com a ajuda
Leitura/escuta do professor e, mais tarde, de maneira
Leitura colaborativa e
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 autônoma, textos narrativos de maior porte
autônoma
autônoma) como contos (populares, de fadas,
acumulativos, de assombração etc.) e
crônicas.
(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e
concretos, observando efeitos de sentido
Leitura/escuta
Apreciação criados pelo formato do texto na página,
(compartilhada e 9
estética/Estilo distribuição e diagramação das letras,
autônoma)
pelas ilustrações e por outros efeitos
visuais.

162

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Leitura/escuta Formação do leitor
(EF15LP18) Relacionar texto com
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 literário/Leitura
ilustrações e outros recursos gráficos.
autônoma) multissemiótica

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e


Contagem de
Oralidade 3, 5, 9 sem apoio de imagem, textos literários
histórias
lidos pelo professor.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma


Leitura/escuta autônoma, textos literários de diferentes
Formação do leitor
(compartilhada e 1, 2, 3, 9 gêneros e extensões, inclusive aqueles
literário
autônoma) sem ilustrações, estabelecendo
preferências por gêneros, temas, autores.
(EF35LP22) Perceber diálogos em textos
Leitura/escuta Formação do leitor narrativos, observando o efeito de sentido
(compartilhada e 2, 3, 4, 5, 9 literário/ Leitura de verbos de enunciação e, se for o caso,
autônoma) multissemiótica o uso de variedades linguísticas no
discurso direto.
(EF35LP23) Apreciar poemas e outros
Leitura/escuta textos versificados, observando rimas,
Apreciação
(compartilhada e 3, 9 aliterações e diferentes modos de divisão
estética/Estilo
autônoma) dos versos, estrofes e refrões e seu efeito
de sentido.
(EF35LP24) Identificar funções do texto
Leitura/escuta dramático (escrito para ser encenado) e
(compartilhada e 2, 3, 9 Textos dramáticos sua organização por meio de diálogos
autônoma) entre personagens e marcadores das falas
das personagens e de cena.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com
Produção de
certa autonomia, utilizando detalhes
textos
Escrita autônoma e descritivos, sequências de eventos e
(escrita 3, 5, 9
compartilhada imagens apropriadas para sustentar o
compartilhada e
sentido do texto, e marcadores de tempo,
autônoma)
espaço e de fala de personagens.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa
Produção de autonomia, narrativas ficcionais que
textos apresentem cenários e personagens,
Escrita autônoma e
(escrita 3, 9 observando os elementos da estrutura
compartilhada
compartilhada e narrativa: enredo, tempo, espaço,
autônoma) personagens, narrador e a construção do
discurso indireto e discurso direto.
Produção de (EF35LP27) Ler e compreender, com certa
textos autonomia, textos em versos, explorando
(escrita 3, 9 Escrita autônoma rimas, sons e jogos de palavras, imagens
compartilhada e poéticas (sentidos figurados) e recursos
autônoma) visuais e sonoros.

163

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF35LP28) Declamar poemas, com
Oralidade 3,9 Declamação entonação, postura e interpretação
adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas,


Análise cenário, personagem central, conflito
Formas de
linguística/semiót gerador, resolução e o ponto de vista com
2, 3, 9 composição de
ica base no qual, histórias são narradas,
narrativas
(Ortografização) diferenciando narrativas em primeira e
terceira pessoas.
(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e
Análise
discurso direto, determinando o efeito de
linguística/semiót Discurso direto e
2, 3, 9 sentido de verbos de enunciação e
ica indireto
explicando o uso de variedades linguísticas
(Ortografização)
no discurso direto, quando for o caso.
Análise (EF35LP31) Identificar, em textos
Forma de
linguística/semiót versificados, efeitos de sentido decorrentes
3, 9 composição de textos
ica do uso de recursos rítmicos e sonoros e de
poéticos
(Ortografização) metáforas.
(EF05LP25) Representar cenas de textos
dramáticos, reproduzindo as falas das
Oralidade 2, 3, 9 Performances orais personagens, de acordo com as rubricas
de interpretação e movimento indicadas
pelo autor.
Análise (EF05LP28) Observar, em ciberpoemas e
Forma de
linguística/semiót minicontos infantis em mídia digital, os
2, 3, 9, 10 composição de textos
ica recursos multissemióticos presentes
poéticos visuais
(Ortografização) nesses textos digitais.

CAMPO DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF15LP01) Identificar a função social de
textos que circulam em campos da vida
Reconstrução das social dos quais participa cotidianamente
Leitura/escuta
condições de (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e
(compartilhada e 1, 2, 3
produção e recepção nas mídias impressa, de massa e digital,
autônoma)
de textos reconhecendo para que foram produzidos,
onde circulam, quem os produziu e a quem
se destinam.
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em
relação ao texto que vai ler
Leitura/escuta (pressuposições antecipadoras dos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura sentidos, da forma e da função social do
autônoma) texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o
164

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


gênero, o suporte e o universo temático,
bem como sobre saliências textuais,
recursos gráficos, imagens, dados da
própria obra (índice, prefácio etc.),
confirmando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura de
textos, checando a adequação das
hipóteses realizadas.

Leitura/escuta
(EF15LP03) Localizar informações
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
explícitas em textos.
autônoma)

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido


Leitura/escuta
produzido pelo uso de recursos
(compartilhada e 1, 2, 3 Estratégia de leitura
expressivos gráfico-visuais em textos
autônoma)
multissemióticos.
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do
professor, o texto que será produzido,
considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem
escreve); a finalidade ou o propósito
Produção de
(escrever para quê); a circulação (onde o
textos
Planejamento de texto vai circular); o suporte (qual é o
(escrita 1, 2, 3, 5, 7
texto portador do texto); a linguagem,
compartilhada e
organização e forma do texto e seu tema,
autônoma)
pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do
texto, organizando em tópicos os dados e
as fontes pesquisadas.
(EF15LP06) Reler e revisar o texto
Produção de
produzido com a ajuda do professor e a
textos
colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
(escrita 2, 3, 5 Revisão de textos
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
compartilhada e
reformulações, correções de ortografia e
autônoma)
pontuação.
Produção de (EF15LP07) Editar a versão final do texto,
textos em colaboração com os colegas e com a
(escrita 2, 3, 5, 10 Edição de textos ajuda do professor, ilustrando, quando for
compartilhada e o caso, em suporte adequado, manual ou
autônoma) digital.
Produção de
(EF15LP08) Utilizar software, inclusive
textos
Utilização de programas de edição de texto, para editar
(escrita 10
tecnologia digital e publicar os textos produzidos, explorando
compartilhada e
os recursos multissemióticos disponíveis.
autônoma)

165

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15LP09) Expressar-se em situações de
Oralidade intercâmbio oral com clareza,
pública/Intercâmbio preocupando-se em ser compreendido
Oralidade 3, 5
conversacional em pelo interlocutor e usando a palavra com
sala de aula tom de voz audível, boa articulação e ritmo
adequado.
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas
de professores e colegas, formulando
Oralidade 3 Escuta atenta perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que
necessário.
(EF15LP11) Reconhecer características da
conversação espontânea presencial,
Características da respeitando os turnos de fala,
Oralidade 3 conversação selecionando e utilizando, durante a
espontânea conversação, formas de tratamento
adequadas, de acordo com a situação e a
posição do interlocutor.
(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos
Aspectos não não linguísticos (paralinguísticos)
linguísticos observados na fala, como direção do olhar,
Oralidade 1, 3
(paralinguísticos) no riso, gestos, movimentos da cabeça (de
ato da fala concordância ou discordância), expressão
corporal, tom de voz.
(EF15LP13) Identificar finalidades da
interação oral em diferentes contextos
Relato oral/Registro
Oralidade 3 comunicativos (solicitar informações,
formal e informal
apresentar opiniões, informar, relatar
experiências etc.).
(EF35LP01) Ler e compreender,
Leitura/escuta silenciosamente e, em seguida, em voz
Decodificação/Fluênc
(compartilhada e 3 alta, com autonomia e fluência, textos
ia de leitura
autônoma) curtos com nível de textualidade
adequado.
(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca
e/ou do cantinho de leitura da sala de aula
Leitura/escuta
e/ou disponíveis em meios digitais para
(compartilhada e 8 Formação de leitor
leitura individual, justificando a escolha e
autônoma)
compartilhando com os colegas sua
opinião, após a leitura.

Leitura/escuta
(EF35LP03) Identificar a ideia central do
(compartilhada e 2, 3 Compreensão
texto, demonstrando compreensão global.
autônoma)

Leitura/escuta
(EF35LP04) Inferir informações implícitas
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura
nos textos lidos.
autônoma)

166

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Leitura/escuta (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura ou expressões desconhecidas em textos,
autônoma) com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperar relações entre


partes de um texto, identificando
Leitura/escuta substituições lexicais (de substantivos por
(compartilhada e 2, 3 Estratégia de leitura sinônimos) ou pronominais (uso de
autônoma) pronomes anafóricos – pessoais,
possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto,
conhecimentos linguísticos e gramaticais,
Produção de
Construção do tais como ortografia, regras básicas de
textos
sistema alfabético/ concordância nominal e verbal, pontuação
(escrita 2, 3, 5
Convenções da (ponto final, ponto de exclamação, ponto
compartilhada e
escrita de interrogação, vírgulas em
autônoma)
enumerações) e pontuação do discurso
direto, quando for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto,
recursos de referenciação (por substituição
Construção do
lexical ou por pronomes pessoais,
Produção de sistema alfabético/
possessivos e demonstrativos),
textos Estabelecimento de
vocabulário apropriado ao gênero,
(escrita 2, 3, 5 relações anafóricas
recursos de coesão pronominal (pronomes
compartilhada e na referenciação e
anafóricos) e articuladores de relações de
autônoma) construção da
sentido (tempo, causa, oposição,
coesão
conclusão, comparação), com nível
suficiente de informatividade.
Produção de (EF35LP09) Organizar o texto em
Planejamento de
textos unidades de sentido, dividindo-o em
texto/Progressão
(escrita 2, 3, 5 parágrafos segundo as normas gráficas e
temática e
compartilhada e de acordo com as características do
paragrafação
autônoma) gênero textual.
(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso
oral, utilizados em diferentes situações e
contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e
Forma de
composicionais (conversação espontânea,
Oralidade 3, 6 composição de
conversação telefônica, entrevistas
gêneros orais
pessoais, entrevistas no rádio ou na TV,
debate, noticiário de rádio e TV, narração
de jogos esportivos no rádio e TV, aula,
debate etc.).
(EF35LP11) Ouvir gravações, canções,
textos falados em diferentes variedades
linguísticas, identificando características
Oralidade 3, 4 Variação linguística regionais, urbanas e rurais da fala e
respeitando as diversas variedades
linguísticas como características do uso da
língua por diferentes grupos regionais ou
167

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.

(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para


Análise
Construção do esclarecer dúvida sobre a escrita de
linguística/semiót
2, 3 sistema alfabético e palavras, especialmente no caso de
ica
da ortografia palavras com relações irregulares fonema-
(Ortografização)
grafema.
Análise (EF35LP13) Memorizar a grafia de
Construção do
linguística/semiót palavras de uso frequente nas quais as
2 sistema alfabético e
ica relações fonema-grafema são irregulares e
da ortografia
(Ortografização) com h inicial que não representa fonema.

Análise (EF35LP14) Identificar em textos e usar na


linguística/semiót produção textual pronomes pessoais,
2, 3 Morfologia
ica possessivos e demonstrativos, como
(Ortografização) recurso coesivo anafórico.
(EF05LP01) Grafar palavras utilizando
Análise
Construção do regras de correspondência fonema-
linguística/semiót
2 sistema alfabético e grafema regulares, contextuais e
ica
da ortografia morfológicas e palavras de uso frequente
(Ortografização)
com correspondências irregulares.
(EF05LP02) Identificar o caráter
polissêmico das palavras (uma mesma
Conhecimento do
Análise palavra com diferentes significados, de
alfabeto do
linguística/semiót acordo com o contexto de uso),
2, 5 português do
ica comparando o significado de determinados
Brasil/Ordem
(Ortografização) termos utilizados nas áreas científicas com
alfabética/Polissemia
esses mesmos termos utilizados na
linguagem usual.
Análise
Conhecimento das (EF05LP03) Acentuar corretamente
linguística/semiót
2 diversas grafias do palavras oxítonas, paroxítonas e
ica
alfabeto/ Acentuação proparoxítonas.
(Ortografização)
(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de
Análise
textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos
linguística/semiót
2, 3 Pontuação e reconhecer, na leitura de textos, o efeito
ica
de sentido que decorre do uso de
(Ortografização)
reticências, aspas, parênteses.
Análise
(EF05LP05) Identificar a expressão de
linguística/semiót
2 Morfologia presente, passado e futuro em tempos
ica
verbais do modo indicativo.
(Ortografização)

Análise (EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na


linguística/semiót escrita e na oralidade, os verbos em
2, 5 Morfologia
ica concordância com pronomes
(Ortografização) pessoais/nomes sujeitos da oração.
168

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Análise (EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de
linguística/semiót conjunções e a relação que estabelecem
2, 3 Morfologia
ica entre partes do texto: adição, oposição,
(Ortografização) tempo, causa, condição, finalidade.

Análise
(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas,
linguística/semiót
2 Morfologia derivadas e compostas, e derivadas por
ica
adição de prefixo e de sufixo.
(Ortografização)

ÁREA LINGUAGEM

COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ANOS FINAIS

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR


1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,
heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de
construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos
diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas
possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive
escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e
criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos, e continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa
diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à
situação comunicativa, ao (s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a
conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e
ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e
projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho
etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-
culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e
encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da
experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão
e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais

169

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6º. E 7º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

Reconstrução do (EF06LP01) Reconhecer a


contexto de produção, impossibilidade de uma neutralidade
circulação e recepção de absoluta no relato de fatos e identificar
textos diferentes graus de parcialidade/
Caracterização do imparcialidade dados pelo recorte feito
Leitura 3-7-10 campo jornalístico e e pelos efeitos de sentido advindos de
relação entre os gêneros escolhas feitas pelo autor, de forma a
em circulação, mídias e poder desenvolver uma atitude crítica
práticas da cultura digital frente aos textos jornalísticos e tornar-
se consciente das escolhas feitas
enquanto produtor de textos.

Reconstrução do
contexto de produção,
circulação e recepção de (EF07LP01) Distinguir diferentes
textos propostas editoriais – sensacionalismo,
Leitura 3-7-10 Caracterização do jornalismo investigativo etc. –, de forma
campo jornalístico e a identificar os recursos utilizados para
relação entre os gêneros impactar/chocar o leitor que podem
em circulação, mídias e comprometer uma análise crítica da
práticas da cultura digital notícia e do fato noticiado.

Reconstrução do
(EF07LP02) Comparar notícias e
contexto de produção,
reportagens sobre um mesmo fato
Leitura circulação e recepção de
divulgadas em diferentes mídias,
textos
analisando as especificidades das
3-7-10 Caracterização do
mídias, os processos de (re)elaboração
campo jornalístico e
dos textos e a convergência das mídias
relação entre os gêneros
em notícias ou reportagens
em circulação, mídias e
multissemióticas.
práticas da cultura digital

Reconstrução do (EF67LP01) Analisar a estrutura e


contexto de produção, funcionamento dos hiperlinks em textos
Leitura 3-7-10 circulação e recepção de noticiosos publicados na Web e
textos vislumbrar possibilidades de uma
Caracterização do escrita hipertextual
campo jornalístico e

170

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


relação entre os gêneros
em circulação, mídias e
práticas da cultura digital

(EF67LP02) Explorar o espaço


reservado ao leitor nos jornais, revistas,
impressos e on-line, sites noticiosos
etc., destacando notícias,
fotorreportagens, entrevistas, charges,
Apreciação e réplica assuntos, temas, debates em foco,
Leitura 3 – 7 – 8 - 10
posicionando-se de maneira ética e
respeitosa frente a esses textos e
opiniões a eles relacionadas, e publicar
notícias, notas jornalísticas,
fotorreportagem de interesse geral
nesses espaços do leitor.

Relação entre textos (EF67LP03) Comparar informações


sobre um mesmo fato divulgadas em
Leitura 3 – 7 – 8 - 10 diferentes veículos e mídias,
analisando e avaliando a
confiabilidade.

Estratégia de leitura (EF67LP04) Distinguir, em segmentos


Distinção de fato e descontínuos de textos, fato da opinião
Leitura 6 – 7 – 8 - 10 opinião enunciada em relação a esse mesmo
fato.

Estratégia de leitura: (EF67LP05) Identificar e avaliar


identificação de teses e teses/opiniões/posicionamentos
argumentos explícitos e argumentos em textos
Leitura 6–7 Apreciação e réplica argumentativos (carta de leitor,
comentário, artigo de opinião, resenha
crítica etc.), manifestando concordância
ou discordância.

(EF67LP06) Identificar os efeitos de


sentido provocados pela seleção
Leitura 6–7 Efeitos de sentido lexical, topicalização de elementos e
seleção e hierarquização de
informações, uso de 3ª pessoa etc.

(EF67LP07) Identificar o uso de


Leitura Efeitos de sentido recursos persuasivos em textos
6–7 argumentativos diversos (como a
elaboração do título, escolhas lexicais,

171

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


construções metafóricas, a explicitação
ou a ocultação de fontes de
informação) e perceber seus efeitos de
sentido.

(EF67LP08) Identificar os efeitos de


sentido devidos à escolha de imagens
estáticas, sequenciação ou
sobreposição de imagens, definição de
figura/fundo, ângulo, profundidade e
Efeitos de sentido foco, cores/tonalidades, relação com o
Leitura 3 – 6 – 7 – 10 Exploração da escrito (relações de reiteração,
multissemiose complementação ou oposição) etc. em
notícias, reportagens, fotorreportagens,
foto-denúncias, memes, gifs, anúncios
publicitários e propagandas publicados
em jornais, revistas, sites na internet
etc.

(EF67LP09) Planejar notícia impressa


e para circulação em outras mídias
(rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as
condições de produção, do texto –
objetivo, leitores/espectadores,
veículos e mídia de circulação etc. –, a
partir da escolha do fato a ser noticiado
(de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de
Estratégias de produção:
Produção de 1–2-3–5–7 dados e informações sobre o fato – que
planejamento de textos
textos 10 pode envolver entrevistas com
informativos
envolvidos ou com especialistas,
consultas a fontes, análise de
documentos, cobertura de eventos
etc.–, do registro dessas informações e
dados, da escolha de fotos ou imagens
a produzir ou a utilizar etc. e a previsão
de uma estrutura hipertextual (no caso
de publicação em sites ou blogs
noticiosos).

Textualização, tendo em (EF67LP10) Produzir notícia impressa


vista suas condições de tendo em vista características do
Produção de 1–2-3–5–7 produção, as gênero – título ou manchete com verbo
textos 10 características do gênero no tempo presente, linha fina
em questão, o (opcional), lide, progressão dada pela
estabelecimento de ordem decrescente de importância dos

172

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


coesão, fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras
adequação à norma- que indicam precisão –, e o
padrão e o uso estabelecimento adequado de coesão
adequado de e produzir notícia para TV, rádio e
ferramentas de edição internet, tendo em vista, além das
características do gênero, os recursos
de mídias disponíveis e o manejo de
recursos de captação e edição de
áudio e imagem.

(EF67LP11) Planejar resenhas, vlogs,


vídeos e podcasts variados, e textos e
vídeos de apresentação e apreciação
próprios das culturas juvenis (algumas
possibilidades: fanzines, fanclipes, e-
zines, gameplay, detonado etc.), dentre
outros, tendo em vista as condições de
produção do texto – objetivo,
leitores/espectadores, veículos e mídia
de circulação etc. –, a partir da escolha
Estratégias de produção:
de uma produção ou evento cultural
Produção de 1–2-3–5–7 planejamento de textos
para analisar – livro, filme, série, game,
textos 10 argumentativos e
canção, videoclipe, fanclipe, show,
apreciativos
saraus, slams etc. – da busca de
informação sobre a produção ou evento
escolhido, da síntese de informações
sobre a obra/evento e do
elenco/seleção de aspectos, elementos
ou recursos que possam ser
destacados positiva ou negativamente
ou da roteirização do passo a passo do
game para posterior gravação dos
vídeos.

(EF67LP12) Produzir resenhas críticas,


vlogs, vídeos, podcasts variados e
produções e gêneros próprios das
culturas juvenis (algumas
Textualização de textos possibilidades: fanzines, fanclipes, e-
Produção de 1–2-3–5–7 zines, gameplay, detonado etc.), que
argumentativos e
textos 10 apresentem/descrevam e/ou avaliem
apreciativos
produções culturais (livro, filme, série,
game, canção, disco, videoclipe etc.)
ou evento (show, sarau, slam etc.),
tendo em vista o contexto de produção
dado, as características do gênero, os
173

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


recursos das mídias envolvidas e a
textualização adequada dos textos e/ou
produções.

(EF67LP13) Produzir, revisar e editar


textos publicitários, levando em conta o
contexto de produção dado, explorando
recursos multissemióticos,
relacionando elementos verbais e
Produção de 1–2-3–5–7 Produção e edição de visuais, utilizando adequadamente
textos 10 textos publicitários estratégias discursivas de persuasão
e/ou convencimento e criando título ou
slogan que façam o leitor motivar-se a
interagir com o texto produzido e se
sinta atraído pelo serviço, ideia ou
produto em questão.

(EF67LP14) Definir o contexto de


produção da entrevista (objetivos, o
que se pretende conseguir, por que
aquele entrevistado etc.), levantar
informações sobre o entrevistado e
sobre o acontecimento ou tema em
questão, preparar o roteiro de
perguntar e realizar entrevista oral com
envolvidos ou especialistas
Planejamento e relacionados com o fato noticiado ou
1–2-3–5–7
Oralidade produção de entrevistas com o tema em pauta, usando roteiro
10
orais previamente elaborado e formulando
outras perguntas a partir das respostas
dadas e, quando for o caso, selecionar
partes, transcrever e proceder a uma
edição escrita do texto, adequando-o a
seu contexto de publicação, à
construção composicional do gênero e
garantindo a relevância das
informações mantidas e a continuidade
temática.

6º. E 7º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

174

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF67LP15) Identificar a proibição


imposta ou o direito garantido, bem
como as circunstâncias de sua
aplicação, em artigos relativos a
Estratégias e
normas, regimentos escolares,
procedimentos de leitura
Leitura 1–2–3–5–7 regimentos e estatutos da sociedade
em textos legais e
civil, regulamentações para o mercado
normativos
publicitário, Código de Defesa do
Consumidor, Código Nacional de
Trânsito, ECA, Constituição, dentre
outros.

(EF67LP16) Explorar e analisar


espaços de reclamação de direitos e de
envio de solicitações (tais como
ouvidorias, SAC, canais ligados a
órgãos públicos, plataformas do
consumidor, plataformas de
Contexto de produção, reclamação), bem como de textos
circulação e recepção de pertencentes a gêneros que circulam
textos e práticas nesses espaços, reclamação ou carta
Leitura 2–3–5–6
relacionadas à defesa de de reclamação, solicitação ou carta de
direitos e à participação solicitação, como forma de ampliar as
social possibilidades de produção desses
textos em casos que remetam a
reivindicações que envolvam a escola,
a comunidade ou algum de seus
membros como forma de se engajar na
busca de solução de problemas
pessoais, dos outros e coletivos.

Relação entre contexto (EF67LP17) Analisar, a partir do


de produção e contexto de produção, a forma de
características organização das cartas de solicitação e
composicionais e de reclamação (datação, forma de
estilísticas dos gêneros início, apresentação contextualizada do
Leitura 6–2–4–5 (carta de solicitação, pedido ou da reclamação, em geral,
carta de reclamação, acompanhada de explicações,
petição on-line, carta argumentos e/ou relatos do problema,
aberta, abaixo-assinado, fórmula de finalização mais ou menos
proposta etc.) cordata, dependendo do tipo de carta e
Apreciação e réplica subscrição) e algumas das marcas
linguísticas relacionadas à

175

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


argumentação, explicação ou relato de
fatos, como forma de possibilitar a
escrita fundamentada de cartas como
essas ou de postagens em canais
próprios de reclamações e solicitações
em situações que envolvam questões
relativas à escola, à comunidade ou a
algum dos seus membros.

Estratégias, (EF67LP18) Identificar o objeto da


procedimentos de leitura reclamação e/ou da solicitação e sua
Leitura 2–3–4–5 em textos sustentação, explicação ou justificativa,
reivindicatórios ou de forma a poder analisar a pertinência
propositivos da solicitação ou justificação.

(EF67LP19) Realizar levantamento de


questões, problemas que requeiram a
Estratégia de produção: denúncia de desrespeito a direitos,
Produção de planejamento de textos reivindicações, reclamações,
1–2–3–5
textos reivindicatórios ou solicitações que contemplem a
propositivos comunidade escolar ou algum de seus
membros e examinar normas e
legislações.

6º. E 7º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir


1–2–3–5– de recortes e questões definidos
Leitura Curadoria de informação
10 previamente, usando fontes indicadas e
abertas.

(EF67LP21) Divulgar resultados de


Estratégias de escrita: pesquisas por meio de apresentações
Produção de 1–2–3–5–
textualização, revisão e orais, painéis, artigos de divulgação
textos 10
edição científica, verbetes de enciclopédia,
podcasts científicos etc.

Estratégias de escrita:
Produção de 1–2–3–5– (EF67LP22) Produzir resumos, a partir
textualização, revisão e
textos 10 das notas e/ou esquemas feitos, com o
edição

176

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


uso adequado de paráfrases e
citações.

(EF67LP23) Respeitar os turnos de


fala, na participação em conversações
e em discussões ou atividades
1–2–3–5– Conversação coletivas, na sala de aula e na escola e
Oralidade
10 espontânea formular perguntas coerentes e
adequadas em momentos oportunos
em situações de aulas, apresentação
oral, seminário etc.

(EF67LP24) Tomar nota de aulas,


apresentações orais, entrevistas (ao
vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e
Procedimentos de apoio
1–2–3–5– hierarquizando as informações
Oralidade à compreensão Tomada
10 principais, tendo em vista apoiar o
de nota
estudo e a produção de sínteses e
reflexões pessoais ou outros objetivos
em questão.

(EF67LP25) Reconhecer e utilizar os


critérios de organização tópica (do
geral para o específico, do específico
para o geral etc.), as marcas
linguísticas dessa organização
Análise
1–2–3–5– Textualização (marcadores de ordenação e
linguística/sem
10 Progressão temática enumeração, de explicação, definição e
iótica
exemplificação, por exemplo) e os
mecanismos de paráfrase, de maneira
a organizar mais adequadamente a
coesão e a progressão temática de
seus textos.

(EF67LP26) Reconhecer a estrutura de


Análise hipertexto em textos de divulgação
1–2–3–5–
linguística/sem Textualização científica e proceder à remissão a
10
iótica conceitos e relações por meio de notas
de rodapés ou boxes.

(EF67LP27) Analisar, entre os textos


literários e entre estes e outras
1–2–3–5–9 manifestações artísticas (como cinema,
Leitura Relação entre textos
– 10 teatro, música, artes visuais e
midiáticas), referências explícitas ou
implícitas a outros textos, quanto aos

177

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


temas, personagens e recursos
literários e semióticos

(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e


compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura
adequados a diferentes objetivos e
levando em conta características dos
gêneros e suportes –, romances
infanto-juvenis, contos populares,
contos de terror, lendas brasileiras,
Estratégias de leitura
Leitura 1–3–6–7–9 indígenas e africanas, narrativas de
Apreciação e réplica
aventuras, narrativas de enigma, mitos,
crônicas, autobiografias, histórias em
quadrinhos, mangás, poemas de forma
livre e fixa (como sonetos e cordéis),
vídeo-poemas, poemas visuais, dentre
outros, expressando avaliação sobre o
texto lido e estabelecendo preferências
por gêneros, temas, autores.

Reconstrução da (EF67LP29) Identificar, em texto


textualidade dramático, personagem, ato, cena, fala
1–2–3–5–9 Efeitos de sentidos e indicações cênicas e a organização
Leitura
– 10 provocados pelos usos do texto: enredo, conflitos, ideias
de recursos linguísticos principais, pontos de vista, universos
e multissemióticos. de referência.

(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais,


tais como contos populares, contos de
suspense, mistério, terror, humor,
narrativas de enigma, crônicas,
histórias em quadrinhos, dentre outros,
que utilizem cenários e personagens
Produção de realistas ou de fantasia, observando os
Construção da
textos elementos da estrutura narrativa
3–5-9 textualidade Relação
próprios ao gênero pretendido, tais
entre textos
como enredo, personagens, tempo,
espaço e narrador, utilizando tempos
verbais adequados à narração de fatos
passados, empregando conhecimentos
sobre diferentes modos de se iniciar
uma história e de inserir os discursos
direto e indireto.

178

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


6º. E 7º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF67LP31) Criar poemas compostos


por versos livres e de forma fixa (como
quadras e sonetos), utilizando recursos
visuais, semânticos e sonoros, tais
Construção da
Produção de como cadências, ritmos e rimas, e
2–5 textualidade Relação
textos poemas visuais e vídeo-poemas,
entre textos
explorando as relações entre imagem e
texto verbal, a distribuição da mancha
gráfica (poema visual) e outros
recursos visuais e sonoros.

Análise (EF67LP32) Escrever palavras com


linguística/semi Fono-ortografia correção ortográfica, obedecendo às
ótica convenções da língua escrita.
2–5

Análise
Elementos notacionais (EF67LP33) Pontuar textos
linguística/sem
2–5 da escrita adequadamente.
iótica

Análise (EF67LP34) Formar antônimos com


linguística/sem Léxico/morfologia acréscimo de prefixos que expressam
iótica 2–5 noção de negação.

Análise (EF67LP35) Distinguir palavras


linguística/sem Léxico/morfologia derivadas por acréscimo de afixos e
iótica 2–5 palavras compostas.

(EF67LP36) Utilizar, ao produzir texto,


Análise recursos de coesão referencial (léxica e
linguística/sem Coesão pronominal) e sequencial e outros
iótica recursos expressivos adequados ao
2–5
gênero textual.

(EF67LP37) Analisar, em diferentes


textos, os efeitos de sentido
Análise 2–5 decorrentes do uso de recursos
linguística/sem Sequências textuais
linguístico-discursivos de prescrição,
iótica
causalidade, sequências descritivas e
expositivas e ordenação de eventos.

179

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF67LP38) Analisar os efeitos de
Análise sentido do uso de figuras de
linguística/sem Figuras de linguagem linguagem, como comparação,
iótica metáfora, metonímia, personificação,
2–5
hipérbole, dentre outras.

Análise 2–5 (EF06LP03) Analisar diferenças de


linguística/sem Léxico/morfologia sentido entre palavras de uma série
iótica sinonímica.

(EF06LP04) Analisar a função e as


Análise flexões de substantivos e adjetivos e de
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe verbos nos modos Indicativo,
iótica Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e
negativo.

(EF06LP05) Identificar os efeitos de


Análise
sentido dos modos verbais,
linguística/sem Morfossintaxe
considerando o gênero textual e a
iótica
2–5 intenção comunicativa.

(EF06LP06) Empregar,
adequadamente, as regras de
Análise concordância nominal (relações entre
linguística/sem Morfossintaxe os substantivos e seus determinantes)
iótica e as regras de concordância verbal
(relações entre o verbo e o sujeito
2–5 simples e composto).

(EF06LP07) Identificar, em textos,


Análise períodos compostos por orações
linguística/sem Morfossintaxe separadas por vírgula sem a utilização
iótica de conectivos, nomeando-os como
períodos compostos por coordenação.
2–5

(EF06LP08) Identificar, em texto ou


Análise sequência textual, orações como
linguística/sem Morfossintaxe unidades constituídas em torno de um
iótica 2–5 núcleo verbal e períodos como
conjunto de orações conectadas.

Análise (EF06LP09) Classificar, em texto ou


linguística/sem Morfossintaxe sequência textual, os períodos simples
iótica 2–5 e compostos.

180

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Análise (EF06LP10) Identificar sintagmas
linguística/sem Sintaxe nominais e verbais como constituintes
iótica 2–5 imediatos da oração.

(EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto,


Análise conhecimentos linguísticos e
2–5 Elementos notacionais
linguística/sem gramaticais: tempos verbais,
da escrita/morfossintaxe
iótica concordância nominal e verbal, regras
ortográficas, pontuação etc.

(EF06LP12) Utilizar, ao produzir texto,


recursos de coesão referencial (nome e
Análise pronomes), recursos semânticos de
linguística/sem Semântica Coesão sinonímia, antonímia e homonímia e
iótica mecanismos de representação de
2–5 diferentes vozes (discurso direto e
indireto).

(EF07LP03) Formar, com base em


Análise
palavras primitivas, palavras derivadas
linguística/sem 2–5 Léxico/morfologia
com os prefixos e sufixos mais
iótica
produtivos no português.

Análise
(EF07LP04) Reconhecer, em textos, o
linguística/sem Morfossintaxe
2–5 verbo como o núcleo das orações.
iótica

(EF07LP05) Identificar, em orações de


Análise
textos lidos ou de produção própria,
linguística/sem Morfossintaxe
verbos de predicação completa e
iótica
2–5 incompleta: intransitivos e transitivos.

(EF07LP06) Empregar as regras


Análise
básicas de concordância nominal e
linguística/sem Morfossintaxe
verbal em situações comunicativas e
iótica
2–5 na produção de textos.

(EF07LP07) Identificar, em textos lidos


Análise
ou de produção própria, a estrutura
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe
básica da oração: sujeito, predicado,
iótica
complemento (objetos direto e indireto).

(EF07LP08) Identificar, em textos lidos


Análise
ou de produção própria, adjetivos que
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe
ampliam o sentido do substantivo
iótica
sujeito ou complemento verbal.

181

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF07LP09) Identificar, em textos lidos
Análise
ou de produção própria, advérbios e
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe
locuções adverbiais que ampliam o
iótica
sentido do verbo núcleo da oração.

(EF07LP10) Utilizar, ao produzir texto,


Análise conhecimentos linguísticos e
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe gramaticais: modos e tempos verbais,
iótica concordância nominal e verbal,
pontuação etc.

(EF07LP11) Identificar, em textos lidos


ou de produção própria, períodos
Análise compostos nos quais duas orações são
linguística/sem 2–5 Morfossintaxe conectadas por vírgula, ou por
iótica conjunções que expressem soma de
sentido (conjunção “e”) ou oposição de
sentidos (conjunções “mas”, “porém”).

(EF07LP12) Reconhecer recursos de


coesão referencial: substituições
Análise 2–5
lexicais (de substantivos por sinônimos)
linguística/sem Semântica Coesão
ou pronominais (uso de pronomes
iótica
anafóricos – pessoais, possessivos,
demonstrativos).

(EF07LP13) Estabelecer relações entre


partes do texto, identificando
substituições lexicais (de substantivos
Análise
2–5 por sinônimos) ou pronominais (uso de
linguística/sem Coesão
pronomes anafóricos – pessoais,
iótica
possessivos, demonstrativos), que
contribuem para a continuidade do
texto.

Análise (EF07LP14) Identificar, em textos, os


linguística/sem Modalização efeitos de sentido do uso de estratégias
iótica 2–5 de modalização e argumentatividade.

8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

182

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Reconstrução do
(EF08LP01) Identificar e comparar as
contexto de produção,
várias editorias de jornais impressos e
circulação e recepção de
digitais e de sites noticiosos, de forma
textos
a refletir sobre os tipos de fato que são
Leitura Caracterização do
noticiados e comentados, as escolhas
campo jornalístico e
sobre o que noticiar e o que não
relação entre os gêneros
noticiar e o destaque/enfoque dado e a
em circulação, mídias e
1–2–3–5–6 fidedignidade da informação.
práticas da cultura digital
– 7 - 10

(EF08LP02) Justificar diferenças ou


semelhanças no tratamento dado a
Leitura Relação entre textos uma mesma informação veiculada em
textos diferentes, consultando sites e
1–2–3–5–6 serviços de checadores de fatos.
– 7 - 10

(EF08LP03) Produzir artigos de


opinião, tendo em vista o contexto de
produção dado, a defesa de um ponto
Textualização de textos
Produção de 1–2–3–5–6 de vista, utilizando argumentos e
argumentativos e
textos – 7 - 10 contra-argumentos e articuladores de
apreciativos
coesão que marquem relações de
oposição, contraste, exemplificação,
ênfase.

(EF09LP01) Analisar o fenômeno da


Reconstrução do disseminação de notícias falsas nas
contexto de produção, redes sociais e desenvolver estratégias
circulação e recepção de para reconhecê-las, a partir da
textos verificação/avaliação do veículo, fonte,
Leitura Caracterização do data e local da publicação, autoria,
campo jornalístico e URL, da análise da formatação, da
relação entre os gêneros comparação de diferentes fontes, da
em circulação, mídias e consulta a sites de curadoria que
práticas da cultura digital atestam a fidedignidade do relato dos
1–2–3–5–6
fatos e denunciam boatos etc.
– 7 - 10

(EF09LP02) Analisar e comentar a


Leitura Relação entre textos cobertura da imprensa sobre fatos de
relevância social, comparando

183

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferentes enfoques por meio do uso de
ferramentas de curadoria.

1–2–3–5–6
– 7 - 10

(EF09LP03) Produzir artigos de


opinião, tendo em vista o contexto de
produção dado, assumindo posição
diante de tema polêmico,
Textualização de textos
Produção de 1–2–3–5–6 argumentando de acordo com a
argumentativos e
textos – 7 - 10 estrutura própria desse tipo de texto e
apreciativos
utilizando diferentes tipos de
argumentos – de autoridade,
comprovação, exemplificação princípio
etc.

Reconstrução do
contexto de produção, (EF89LP01) Analisar os interesses que
circulação e recepção de movem o campo jornalístico, os efeitos
textos das novas tecnologias no campo e as
Leitura Caracterização do condições que fazem da informação
1–2–3–5–6 campo jornalístico e uma mercadoria, de forma a poder
– 7 - 10 relação entre os gêneros desenvolver uma atitude crítica frente
em circulação, mídias e aos textos jornalísticos.
práticas da cultura digital

Reconstrução do (EF89LP02) Analisar diferentes


contexto de produção, práticas (curtir, compartilhar, comentar,
circulação e recepção de curar etc.) e textos pertencentes a
1–2–3–5–6 textos diferentes gêneros da cultura digital
Leitura Caracterização do (meme, gif, comentário, charge digital
– 7 - 10
campo jornalístico e etc.) envolvidos no trato com a
relação entre os gêneros informação e opinião, de forma a
em circulação, mídias e possibilitar uma presença mais crítica e
práticas da cultura digital ética nas redes.

(EF89LP03) Analisar textos de opinião


(artigos de opinião, editoriais, cartas de
Estratégia de leitura: leitores, comentários, posts de blog e
apreender os sentidos de redes sociais, charges, memes, gifs
Leitura
globais do texto etc.) e posicionar-se, de forma crítica e
Apreciação e réplica fundamentada, ética e respeitosa frente
a fatos e opiniões relacionados a esses
textos.

184

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–3–5–6
– 7 - 10

(EF89LP04) Identificar e avaliar


teses/opiniões/posicionamentos
explícitos e implícitos, argumentos e
Estratégia de leitura:
contra-argumentos em textos
apreender os sentidos
Leitura argumentativos do campo (carta de
globais do texto
leitor, comentário, artigo de opinião,
Apreciação e réplica
resenha crítica etc.), posicionando-se
frente à questão controversa de forma
1–2–3–5–6 sustentada.
– 7 - 10

(EF89LP05) Analisar o efeito de


sentido produzido pelo uso, em textos,
Leitura Efeitos de sentido de recurso a formas de apropriação
textual (paráfrases, citações, discurso
1–2–3–5–6 direto, indireto ou indireto livre).
– 7 - 10

(EF89LP06) Analisar o uso de recursos


persuasivos em textos argumentativos
diversos (como a elaboração do título,
Leitura Efeitos de sentido escolhas lexicais, construções
metafóricas, a explicitação ou a
ocultação de fontes de informação) e
1–2–3–5–6 seus efeitos de sentido.
– 7 - 10

(EF89LP07) Analisar, em notícias,


reportagens e peças publicitárias em
1–2–3–5–6 várias mídias, os efeitos de sentido
– 7 - 10 devidos ao tratamento e à composição
dos elementos nas imagens em
Efeitos de sentido
movimento, à performance, à
Leitura Exploração da
montagem feita (ritmo, duração e
multissemiose
sincronização entre as linguagens –
complementaridades, interferências
etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos
e sampleamentos das músicas e
efeitos sonoros.

185

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF89LP08) Planejar reportagem
impressa e em outras mídias (rádio ou
TV/vídeo, sites), tendo em vista as
condições de produção do texto –
objetivo, leitores/espectadores,
veículos e mídia de circulação etc. – a
partir da escolha do fato a ser
aprofundado ou do tema a ser focado
(de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de
dados e informações sobre o fato ou
Estratégia de produção:
Produção de 1–2–3–5–6 tema – que pode envolver entrevistas
planejamento de textos
textos – 7 - 10 com envolvidos ou com especialistas,
informativos
consultas a fontes diversas, análise de
documentos, cobertura de eventos etc.
-, do registro dessas informações e
dados, da escolha de fotos ou imagens
a produzir ou a utilizar etc., da
produção de infográficos, quando for o
caso, e da organização hipertextual (no
caso a publicação em sites ou blogs
noticiosos ou mesmo de jornais
impressos, por meio de boxes
variados).

(EF89LP09) Produzir reportagem


impressa, com título, linha fina
(optativa), organização composicional
(expositiva, interpretativa e/ou
opinativa), progressão temática e uso
1–2–3–5–6 de recursos linguísticos compatíveis
– 7 - 10 Estratégia de produção: com as escolhas feitas e reportagens
Produção de
textualização de textos multimidiáticas, tendo em vista as
textos
informativos condições de produção, as
características do gênero, os recursos
e mídias disponíveis, sua organização
hipertextual e o manejo adequado de
recursos de captação e edição de
áudio e imagem e adequação à norma-
padrão.

Estratégia de produção: (EF89LP10) Planejar artigos de


Produção de planejamento de textos opinião, tendo em vista as condições
textos argumentativos e de produção do texto – objetivo,
apreciativos leitores/espectadores, veículos e mídia
de circulação etc. –, a partir da escolha
186

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


do tema ou questão a ser discutido(a),
da relevância para a turma, escola ou
comunidade, do levantamento de
dados e informações sobre a questão,
de argumentos relacionados a
diferentes posicionamentos em jogo, da
definição – o que pode envolver
consultas a fontes diversas, entrevistas
com especialistas, análise de textos,
organização esquemática das
1–2–3–5–6 informações e argumentos – dos (tipos
– 7 - 10 de) argumentos e estratégias que
pretende utilizar para convencer os
leitores.

(EF89LP11) Produzir, revisar e editar


peças e campanhas publicitárias,
envolvendo o uso articulado e
1–2–3–5–6 complementar de diferentes peças
– 7 - 10 publicitárias: cartaz, banner, indoor,
Estratégias de produção: folheto, panfleto, anúncio de
planejamento, jornal/revista, para internet, spot,
Produção de
textualização, revisão e propaganda de rádio, TV, a partir da
textos
edição de textos escolha da questão/problema/causa
publicitários significativa para a escola e/ou a
comunidade escolar, da definição do
público-alvo, das peças que serão
produzidas, das estratégias de
persuasão e convencimento que serão
utilizadas.

(EF89LP12) Planejar coletivamente a


realização de um debate sobre tema
previamente definido, de interesse
1–2–3–5–6 coletivo, com regras acordadas e
planejar, em grupo, participação em
– 7 - 10
Estratégias de produção: debate a partir do levantamento de
planejamento e informações e argumentos que possam
Oralidade sustentar o posicionamento a ser
participação em debates
regrados defendido (o que pode envolver
entrevistas com especialistas,
consultas a fontes diversas, o registro
das informações e dados obtidos etc.),
tendo em vista as condições de
produção do debate – perfil dos
ouvintes e demais participantes,
187

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


objetivos do debate, motivações para
sua realização, argumentos e
estratégias de convencimento mais
eficazes etc. e participar de debates
regrados, na condição de membro de
uma equipe de debatedor,
apresentador/mediador, espectador
(com ou sem direito a perguntas), e/ou
de juiz/avaliador, como forma de
compreender o funcionamento do
debate, e poder participar de forma
convincente, ética, respeitosa e crítica
e desenvolver uma atitude de respeito
e diálogo para com as ideias
divergentes.

(EF89LP13) Planejar entrevistas orais


com pessoas ligadas ao fato noticiado,
especialistas etc., como forma de obter
dados e informações sobre os fatos
cobertos sobre o tema ou questão
1–2–3–5–6 discutida ou temáticas em estudo,
– 7 - 10 levando em conta o gênero e seu
contexto de produção, partindo do
levantamento de informações sobre o
entrevistado e sobre a temática e da
Estratégias de produção:
elaboração de um roteiro de perguntas,
planejamento, realização
Oralidade garantindo a relevância das
e edição de entrevistas
informações mantidas e a continuidade
orais
temática, realizar entrevista e fazer
edição em áudio ou vídeo, incluindo
uma contextualização inicial e uma fala
de encerramento para publicação da
entrevista isoladamente ou como parte
integrante de reportagem
multimidiática, adequando-a a seu
contexto de publicação e garantindo a
relevância das informações mantidas e
a continuidade temática.

Argumentação:
Análise movimentos (EF89LP14) Analisar, em textos
linguística/sem argumentativos, tipos de argumentativos e propositivos, os
iótica 1–2–3–5–6 argumento e força movimentos argumentativos de
– 7 - 10 argumentativa sustentação, refutação e negociação e

188

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


os tipos de argumentos, avaliando a
força/tipo dos argumentos utilizados.

(EF89LP15) Utilizar, nos debates,


operadores argumentativos que
Análise marcam a defesa de ideia e de diálogo
linguística/sem Estilo com a tese do outro: concordo,
iótica discordo, concordo parcialmente, do
1–2–3–5–6 meu ponto de vista, na perspectiva aqui
– 7 - 10 assumida etc.

(EF89LP16) Analisar a modalização


realizada em textos noticiosos e
argumentativos, por meio das
modalidades apreciativas, viabilizadas
por classes e estruturas gramaticais
Análise
como adjetivos, locuções adjetivas,
linguística/sem 3–4–5 Modalização
advérbios, locuções adverbiais,
iótica
orações adjetivas e adverbiais, orações
relativas restritivas e explicativas etc.,
de maneira a perceber a apreciação
ideológica sobre os fatos noticiados ou
as posições implícitas ou assumidas.

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA


COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
PRÁTICAS DE LINGUAGEM HABILIDADES
ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF89LP17) Relacionar textos e


documentos legais e normativos de
importância universal, nacional ou local
que envolvam direitos, em especial, de
Reconstrução do crianças, adolescentes e jovens – tais
contexto de produção, como a Declaração dos Direitos
Leitura 2–3–4–5 circulação e recepção Humanos, a Constituição Brasileira, o
de textos legais e ECA -, e a regulamentação da
normativos organização escolar – por exemplo,
regimento escolar -, a seus contextos
de produção, reconhecendo e
analisando possíveis motivações,
finalidades e sua vinculação com
experiências humanas e fatos

189

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


históricos e sociais, como forma de
ampliar a compreensão dos direitos e
deveres, de fomentar os princípios
democráticos e uma atuação pautada
pela ética da responsabilidade (o outro
tem direito a uma vida digna tanto
quanto eu tenho).

(EF89LP18) Explorar e analisar


instâncias e canais de participação
disponíveis na escola (conselho de
escola, outros colegiados, grêmio livre),
na comunidade (associações, coletivos,
movimentos, etc.), no munícipio ou no
país, incluindo formas de participação
Contexto de
digital, como canais e plataformas de
produção, circulação
participação (como portal e-cidadania),
e recepção de textos
1 – 2- 3 – 5 – serviços, portais e ferramentas de
Leitura e práticas
6 – 7 – 10 acompanhamentos do trabalho de
relacionadas à defesa
políticos e de tramitação de leis, canais
de direitos e à
de educação política, bem como de
participação social
propostas e proposições que circulam
nesses canais, de forma a participar do
debate de ideias e propostas na esfera
social e a engajar-se com a busca de
soluções para problemas ou questões
que envolvam a vida da escola e da
comunidade.

(EF89LP19) Analisar, a partir do


contexto de produção, a forma de
organização das cartas abertas,
abaixo-assinados e petições on-line
(identificação dos signatários,
Relação entre explicitação da reivindicação feita,
contexto de produção acompanhada ou não de uma breve
e características apresentação da problemática e/ou de
1 – 2- 3 – 5 –
Leitura composicionais e justificativas que visam sustentar a
6 – 7 – 10
estilísticas dos reivindicação) e a proposição,
gêneros discussão e aprovação de propostas
Apreciação e réplica políticas ou de soluções para
problemas de interesse público,
apresentadas ou lidas nos canais
digitais de participação, identificando
suas marcas linguísticas, como forma
de possibilitar a escrita ou subscrição
190

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


consciente de abaixo-assinados e
textos dessa natureza e poder se
posicionar de forma crítica e
fundamentada frente às propostas

(EF89LP20) Comparar propostas


políticas e de solução de problemas,
identificando o que se pretende
fazer/implementar, por que
(motivações, justificativas), para que
(objetivos, benefícios e consequências
esperados), como (ações e passos),
quando etc. e a forma de avaliar a
Estratégias e
eficácia da proposta/solução,
procedimentos de
1 – 2- 3 – 5 – contrastando dados e informações de
Leitura leitura em textos
6 – 7 – 10 diferentes fontes, identificando
reivindicatórios ou
coincidências, complementaridades e
propositivos
contradições, de forma a poder
compreender e posicionar-se
criticamente sobre os dados e
informações usados em
fundamentação de propostas e analisar
a coerência entre os elementos, de
forma a tomar decisões
fundamentadas.

(EF89LP21) Realizar enquetes e


pesquisas de opinião, de forma a
levantar prioridades, problemas a
resolver ou propostas que possam
contribuir para melhoria da escola ou
da comunidade, caracterizar
demanda/necessidade, documentando-
Estratégia de a de diferentes maneiras por meio de
produção: diferentes procedimentos, gêneros e
1 – 2- 3 – 5 –
Produção de textos planejamento de mídias e, quando for o caso, selecionar
6 – 7 – 10
textos reivindicatórios informações e dados relevantes de
ou propositivos fontes pertinentes diversas (sites,
impressos, vídeos etc.), avaliando a
qualidade e a utilidade dessas fontes,
que possam servir de contextualização
e fundamentação de propostas, de
forma a justificar a proposição de
propostas, projetos culturais e ações de
intervenção.

191

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF89LP22) Compreender e comparar
as diferentes posições e interesses em
jogo em uma discussão ou
Escuta apresentação de propostas, avaliando
Apreender o sentido a validade e força dos argumentos e as
1 – 2- 3 – 5 –
Oralidade geral dos textos consequências do que está sendo
6 – 7 – 10
Apreciação e réplica proposto e, quando for o caso, formular
Produção/Proposta e negociar propostas de diferentes
naturezas relativas a interesses
coletivos envolvendo a escola ou
comunidade escolar.

(EF89LP23) Analisar, em textos


argumentativos, reivindicatórios e
1 – 2- 3 – 5 – Movimentos
Análise propositivos, os movimentos
6 – 7 – 10 argumentativos e
linguística/semiótica argumentativos utilizados (sustentação,
força dos argumentos
refutação e negociação), avaliando a
força dos argumentos utilizados.

1 – 2- 3 – 5 – (EF89LP24) Realizar pesquisa,


Curadoria de
Leitura 6 – 7 – 10 estabelecendo o recorte das questões,
informação
usando fontes abertas e confiáveis.

(EF89LP25) Divulgar o resultado de


pesquisas por meio de apresentações
1 – 2- 3 – 5 – Estratégias de escrita:
orais, verbetes de enciclopédias
Produção de textos 6 – 7 – 10 textualização, revisão
colaborativas, reportagens de
e edição
divulgação científica, vlogs científicos,
vídeos de diferentes tipos etc.

1 – 2- 3 – 5 – (EF89LP26) Produzir resenhas, a partir


6 – 7 – 10 das notas e/ou esquemas feitos, com o
manejo adequado das vozes
Estratégias de escrita:
envolvidas (do resenhador, do autor da
Produção de textos textualização, revisão
obra e, se for o caso, também dos
e edição
autores citados na obra resenhada),
por meio do uso de paráfrases, marcas
do discurso reportado e citações.

(EF89LP27) Tecer considerações e


formular problematizações pertinentes,
Conversação
Oralidade em momentos oportunos, em situações
espontânea
1 – 2- 3 – 5 – de aulas, apresentação oral, seminário
6 – 7 – 10 etc.

192

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas,
aulas digitais, apresentações
multimídias, vídeos de divulgação
científica, documentários e afins,
1 – 2- 3 – 5 –
6 – 7 – 10 identificando, em função dos objetivos,
informações principais para apoio ao
Procedimentos de
estudo e realizando, quando
Oralidade apoio à compreensão
necessário, uma síntese final que
Tomada de nota
destaque e reorganize os pontos ou
conceitos centrais e suas relações e
que, em alguns casos, seja
acompanhada de reflexões pessoais,
que podem conter dúvidas,
questionamentos, considerações etc.

(EF89LP29) Utilizar e perceber


mecanismos de progressão temática,
tais como retomadas anafóricas (“que,
cujo, onde”, pronomes do caso reto e
oblíquos, pronomes demonstrativos,
Análise Textualização nomes correferentes etc.), catáforas
2–5
linguística/semiótica Progressão temática (remetendo para adiante ao invés de
retomar o já dito), uso de
organizadores textuais, de coesivos
etc., e analisar os mecanismos de
reformulação e paráfrase utilizados nos
textos de divulgação do conhecimento.

(EF89LP30) Analisar a estrutura de


hipertexto e hiperlinks em textos de
Análise 1 – 2- 3 – 5 – Textualização divulgação científica que circulam na
linguística/semiótica 6 – 7 – 10 Web e proceder à remissão a conceitos
e relações por meio de links.

(EF89LP31) Analisar e utilizar


modalização epistêmica, isto é, modos
de indicar uma avaliação sobre o valor
de verdade e as condições de verdade
de uma proposição, tais como os
Análise asseverativos – quando se concorda
Modalização
linguística/semiótica com (“realmente, evidentemente,
naturalmente, efetivamente, claro,
certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou
discorda de (“de jeito nenhum, de
forma alguma”) uma ideia; e os quase-
asseverativos, que indicam que se

193

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 – 2- 3 – 5 – considera o conteúdo como quase
6 – 7 – 10 certo (“talvez, assim, possivelmente,
provavelmente, eventualmente”).

8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF89LP32) Analisar os efeitos de


sentido decorrentes do uso de
mecanismos de intertextualidade
(referências, alusões, retomadas) entre
os textos literários, entre esses textos
Leitura 1–2–3–5–6 Relação entre literários e outras manifestações
– 7 – 10 lextos artísticas (cinema, teatro, artes visuais
e midiáticas, música), quanto aos
temas, personagens, estilos, autores
etc., e entre o texto original e paródias,
paráfrases, pastiches, trailer honesto,
vídeos-minuto, vidding, dentre outros.

(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e


compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura
adequados a diferentes objetivos e
levando em conta características dos
gêneros e suportes – romances, contos
contemporâneos, minicontos, fábulas
Estratégias de contemporâneas, romances juvenis,
Leitura 1–2–9 leitura Apreciação e biografias romanceadas, novelas,
réplica crônicas visuais, narrativas de ficção
científica, narrativas de suspense,
poemas de forma livre e fixa (como
haicai), poema concreto, ciberpoema,
dentre outros, expressando avaliação
sobre o texto lido e estabelecendo
preferências por gêneros, temas,
autores.

Reconstrução da (EF89LP34) Analisar a organização de


Leitura 1–2–9 textualidade e texto dramático apresentado em teatro,
compreensão dos televisão, cinema, identificando e

194

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


efeitos de sentidos percebendo os sentidos decorrentes
provocados pelos dos recursos linguísticos e semióticos
usos de recursos que sustentam sua realização como
linguísticos e peça teatral, novela, filme etc.
multissemióticos

(EF89LP35) Criar contos ou crônicas


(em especial, líricas), crônicas visuais,
minicontos, narrativas de aventura e de
ficção científica, dentre outros, com
temáticas próprias ao gênero, usando
Construção da
Produção de textos 1–2–9 os conhecimentos sobre os
textualidade
constituintes estruturais e recursos
expressivos típicos dos gêneros
narrativos pretendidos, e, no caso de
produção em grupo, ferramentas de
escrita colaborativa.

(EF89LP36) Parodiar poemas


conhecidos da literatura e criar textos
em versos (como poemas concretos,
ciberpoemas, haicais, liras,
microrroteiros, lambe-lambes e outros
tipos de poemas), explorando o uso de
Relação entre
Produção de textos 1–2–9 recursos sonoros e semânticos (como
textos
figuras de linguagem e jogos de
palavras) e visuais (como relações
entre imagem e texto verbal e
distribuição da mancha gráfica), de
forma a propiciar diferentes efeitos de
sentido.

8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto,


Análise conhecimentos linguísticos e
linguística/semióti 1–2–5 Fono-ortografia gramaticais: ortografia, regências e
ca concordâncias nominal e verbal, modos
e tempos verbais, pontuação etc.

195

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08LP05) Analisar processos de
Análise formação de palavras por composição
linguística/ 1–2–5 Léxico/morfologia (aglutinação e justaposição),
semiótica apropriando-se de regras básicas de
uso do hífen em palavras compostas.

(EF08LP06) Identificar, em textos lidos


Análise ou de produção própria, os termos
linguística/semióti Morfossintaxe constitutivos da oração (sujeito e seus
ca modificadores, verbo e seus
complementos e modificadores).
1–2–5

(EF08LP07) Diferenciar, em textos


Análise lidos ou de produção própria,
linguística/semióti Morfossintaxe complementos diretos e indiretos de
ca verbos transitivos, apropriando-se da
regência de verbos de uso frequente.

1–2–5

(EF08LP08) Identificar, em textos lidos


Análise ou de produção própria, verbos na voz
linguística/semióti Morfossintaxe ativa e na voz passiva, interpretando os
ca 1–2–5 efeitos de sentido de sujeito ativo e
passivo (agente da passiva).

(EF08LP09) Interpretar efeitos de


sentido de modificadores (adjuntos
adnominais – artigos definido ou
Análise
1–2–5 indefinido, adjetivos, expressões
linguística/semióti Morfossintaxe
adjetivas) em substantivos com função
ca
de sujeito ou de complemento verbal,
usando-os para enriquecer seus
próprios textos.

1–2–5 (EF08LP10) Interpretar, em textos lidos


ou de produção própria, efeitos de
Análise
sentido de modificadores do verbo
linguística/semióti Morfossintaxe
(adjuntos adverbiais – advérbios e
ca
expressões adverbiais), usando-os
para enriquecer seus próprios textos.

196

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–5 (EF08LP11) Identificar, em textos lidos
Análise
ou de produção própria, agrupamento
linguística/semióti Morfossintaxe
de orações em períodos, diferenciando
ca
coordenação de subordinação.

1–2–5 (EF08LP12) Identificar, em textos lidos,


Análise
orações subordinadas com conjunções
linguística/semióti Morfossintaxe
de uso frequente, incorporando-as às
ca
suas próprias produções.

1–2–5 (EF08LP13) Inferir efeitos de sentido


Análise
decorrentes do uso de recursos de
linguística/semióti Morfossintaxe
coesão sequencial: conjunções e
ca
articuladores textuais.

(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto,


recursos de coesão sequencial
Análise 1–2–5 (articuladores) e referencial (léxica e
linguística/semióti Semântica pronominal), construções passivas e
ca impessoais, discurso direto e indireto e
outros recursos expressivos adequados
ao gênero textual.

(EF08LP15) Estabelecer relações entre


Análise partes do texto, identificando o
linguística/semióti 1–2–5 Coesão antecedente de um pronome relativo ou
ca o referente comum de uma cadeia de
substituições lexicais.

(EF08LP16) Explicar os efeitos de


sentido do uso, em textos, de
Análise estratégias de modalização e
linguística/semióti Modalização argumentatividade (sinais de
1–2–5
ca pontuação, adjetivos, substantivos,
expressões de grau, verbos e
perífrases verbais, advérbios etc.).

Análise (EF89LP37) Analisar os efeitos de


linguística/semióti
1–2–4–5 Figuras de sentido do uso de figuras de linguagem
ca linguagem como ironia, eufemismo, antítese,
aliteração, assonância, dentre outras.

Análise
linguística/semióti Morfossintaxe (EF09LP05) Identificar, em textos lidos
ca 1–2–5 e em produções próprias, orações com

197

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


a estrutura sujeito-verbo de ligação-
predicativo.

1–2–5 (EF09LP06) Diferenciar, em textos


Análise lidos e em produções próprias, o efeito
linguística/semióti Morfossintaxe de sentido do uso dos verbos de
ca ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e
“permanecer”.

(EF09LP07) Comparar o uso de


Análise
1–2–4–5 regência verbal e regência nominal na
linguística/semióti Morfossintaxe
norma-padrão com seu uso no
ca
português brasileiro coloquial oral.

1–2–5 (EF09LP08) Identificar, em textos lidos


e em produções próprias, a relação que
Análise
conjunções (e locuções conjuntivas)
linguística/semióti Morfossintaxe
coordenativas e subordinativas
ca
estabelecem entre as orações que
conectam.

1–2–5 Elementos (EF09LP09) Identificar efeitos de


Análise
notacionais da sentido do uso de orações adjetivas
linguística/semióti
escrita/morfossintax restritivas e explicativas em um período
ca
e composto.

1–2–4–5 (EF09LP10) Comparar as regras de


Análise
colocação pronominal na norma-padrão
linguística/semióti Coesão
com o seu uso no português brasileiro
ca
coloquial.

1–2–5 (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido


Análise
decorrentes do uso de recursos de
linguística/semióti Coesão
coesão sequencial (conjunções e
ca
articuladores textuais).

(EF09LP12) Identificar estrangeirismos,


Análise caracterizando-os segundo a
linguística/semióti 1–2–4–5 Variação linguística conservação, ou não, de sua forma
ca gráfica de origem, avaliando a
pertinência, ou não, de seu uso.

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

198

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF69LP01) Diferenciar liberdade de


Apreciação e expressão de discursos de ódio,
3–6–7–8– réplica posicionando-se contrariamente a esse
Leitura
10 Relação entre tipo de discurso e vislumbrando
gêneros e mídias possibilidades de denúncia quando for
o caso.

(EF69LP02) Analisar e comparar peças


publicitárias variadas (cartazes,
folhetos, outdoor, anúncios e
propagandas em diferentes mídias,
spots, jingle, vídeos etc.), de forma a
perceber a articulação entre elas em
Apreciação e campanhas, as especificidades das
3–6–7–8– réplica várias semioses e mídias, a adequação
Leitura
10 Relação entre dessas peças ao público-alvo, aos
gêneros e mídias objetivos do anunciante e/ou da
campanha e à construção
composicional e estilo dos gêneros em
questão, como forma de ampliar suas
possibilidades de compreensão (e
produção) de textos pertencentes a
esses gêneros.

(EF69LP03) Identificar, em notícias, o


fato central, suas principais
circunstâncias e eventuais
decorrências; em reportagens e
Estratégia de fotorreportagens o fato ou a temática
3–6–7–8– leitura: apreender retratada e a perspectiva de
Leitura
10 os sentidos globais abordagem, em entrevistas os
do texto principais temas/subtemas abordados,
explicações dadas ou teses defendidas
em relação a esses subtemas; em
tirinhas, memes, charge, a crítica,
ironia ou humor presente.

(EF69LP04) Identificar e analisar os


3–6–7–8– efeitos de sentido que fortalecem a
Leitura Efeitos de sentido persuasão nos textos publicitários,
10
relacionando as estratégias de
persuasão e apelo ao consumo com os
199

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


recursos linguístico-discursivos
utilizados, como imagens, tempo
verbal, jogos de palavras, figuras de
linguagem etc., com vistas a fomentar
práticas de consumo conscientes.

(EF69LP05) Inferir e justificar, em


textos multissemióticos – tirinhas,
charges, memes, gifs etc. –, o efeito de
humor, ironia e/ou crítica pelo uso
Leitura Efeitos de sentido
ambíguo de palavras, expressões ou
imagens ambíguas, de clichês, de
3–6–7–8– recursos iconográficos, de pontuação
10 etc.

(EF69LP06) Produzir e publicar


notícias, fotodenúncias,
fotorreportagens, reportagens,
reportagens multimidiáticas,
infográficos, podcasts noticiosos,
entrevistas, cartas de leitor,
comentários, artigos de opinião de
interesse local ou global, textos de
apresentação e apreciação de
produção cultural – resenhas e outros
próprios das formas de expressão das
culturas juvenis, tais como vlogs e
Relação do texto podcasts culturais, gameplay, detonado
com o contexto de etc.– e cartazes, anúncios,
Produção de textos produção e propagandas, spots, jingles de
experimentação de campanhas sociais, dentre outros em
papéis sociais várias mídias, vivenciando de forma
1–2–3–4–5 significativa o papel de repórter, de
– 6 – 7 – 10 comentador, de analista, de crítico, de
editor ou articulista, de booktuber, de
vlogger (vlogueiro) etc., como forma de
compreender as condições de
produção que envolvem a circulação
desses textos e poder participar e
vislumbrar possibilidades de
participação nas práticas de linguagem
do campo jornalístico e do campo
midiático de forma ética e responsável,
levando-se em consideração o contexto
da Web 2.0, que amplia a possibilidade

200

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


de circulação desses textos e “funde”
os papéis de leitor e autor, de
consumidor e produtor.

(EF69LP07) Produzir textos em


diferentes gêneros, considerando sua
adequação ao contexto produção e
circulação – os enunciadores
envolvidos, os objetivos, o gênero, o
suporte, a circulação -, ao modo
(escrito ou oral; imagem estática ou em
movimento etc.), à variedade linguística
e/ou semiótica apropriada a esse
contexto, à construção da textualidade
relacionada às propriedades textuais e
do gênero), utilizando estratégias de
Produção de textos Textualização
planejamento, elaboração, revisão,
edição, reescrita/redesign e avaliação
de textos, para, com a ajuda do
professor e a colaboração dos colegas,
corrigir e aprimorar as produções
realizadas, fazendo cortes, acréscimos,
reformulações, correções de
1–2–3–4–5
concordância, ortografia, pontuação em
– 6 – 7 – 10
textos e editando imagens, arquivos
sonoros, fazendo cortes, acréscimos,
ajustes, acrescentando/ alterando
efeitos, ordenamentos etc.

(EF69LP08) Revisar/editar o texto


produzido – notícia, reportagem,
resenha, artigo de opinião, dentre
outros –, tendo em vista sua
adequação ao contexto de produção, a
1–2–3–4–5 Revisão/edição de mídia em questão, características do
Produção de textos – 6 – 7 – 10 texto informativo e gênero, aspectos relativos à
opinativo textualidade, a relação entre as
diferentes semioses, a formatação e
uso adequado das ferramentas de
edição (de texto, foto, áudio e vídeo,
dependendo do caso) e adequação à
norma culta.

(EF69LP09) Planejar uma campanha


Produção de textos Planejamento de
publicitária sobre questões/problemas,
textos de peças
temas, causas significativas para a
201

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


publicitárias de escola e/ou comunidade, a partir de um
campanhas sociais levantamento de material sobre o tema
1–2–3–4–5 ou evento, da definição do público-alvo,
– 6 – 7 – 10 do texto ou peça a ser produzido –
cartaz, banner, folheto, panfleto,
anúncio impresso e para internet, spot,
propaganda de rádio, TV etc. –, da
ferramenta de edição de texto, áudio ou
vídeo que será utilizada, do recorte e
enfoque a ser dado, das estratégias de
persuasão que serão utilizadas etc.

(EF69LP10) Produzir notícias para


rádios, TV ou vídeos, podcasts
Oralidade noticiosos e de opinião, entrevistas,
*Considerar todas as comentários, vlogs, jornais radiofônicos
habilidades dos eixos e televisivos, dentre outros possíveis,
leitura e produção 1–2–3–5–9 Produção de textos relativos a fato e temas de interesse
que se referem a – 10 jornalísticos orais pessoal, local ou global e textos orais
textos ou produções de apreciação e opinião – podcasts e
orais, em áudio ou vlogs noticiosos, culturais e de opinião,
vídeo orientando-se por roteiro ou texto,
considerando o contexto de produção e
demonstrando domínio dos gêneros.

Oralidade
(EF69LP11) Identificar e analisar
*Considerar todas as
1–2–3–5–9 posicionamentos defendidos e
habilidades dos eixos
– 10 refutados na escuta de interações
leitura e produção Produção de textos
polêmicas em entrevistas, discussões e
que se referem a jornalísticos orais
debates (televisivo, em sala de aula,
textos ou produções
em redes sociais etc.), entre outros, e
orais, em áudio ou
se posicionar frente a eles.
vídeo

(EF69LP12) Desenvolver estratégias


de planejamento, elaboração, revisão,
Oralidade edição, reescrita/ redesign (esses três
*Considerar todas as últimos quando não for situação ao
habilidades dos eixos vivo) e avaliação de textos orais, áudio
Planejamento e
leitura e produção e/ou vídeo, considerando sua
produção de textos
que se referem a adequação aos contextos em que
jornalísticos orais
textos ou produções foram produzidos, à forma
orais, em áudio ou composicional e estilo de gêneros, a
vídeo clareza, progressão temática e
variedade linguística empregada, os
elementos relacionados à fala, tais

202

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–3–5–9 como modulação de voz, entonação,
– 10 ritmo, altura e intensidade, respiração
etc., os elementos cinésicos, tais como
postura corporal, movimentos e
gestualidade significativa, expressão
facial, contato de olho com plateia etc.

1–2–3–5–9 Participação em
– 10 discussões orais (EF69LP13) Engajar-se e contribuir
de temas com a busca de conclusões comuns
Oralidade controversos de relativas a problemas, temas ou
interesse da turma questões polêmicas de interesse da
e/ou de relevância turma e/ou de relevância social.
social

(EF69LP14) Formular perguntas e


Participação em decompor, com a ajuda dos colegas e
discussões orais dos professores, tema/questão
1–2–3–5–9 de temas polêmica, explicações e ou argumentos
Oralidade – 10 controversos de relativos ao objeto de discussão para
interesse da turma análise mais minuciosa e buscar em
e/ou de relevância fontes diversas informações ou dados
social que permitam analisar partes da
questão e compartilhá-los com a turma.

Participação em
discussões orais (EF69LP15) Apresentar argumentos e
de temas contra-argumentos coerentes,
Oralidade controversos de respeitando os turnos de fala, na
interesse da turma participação em discussões sobre
1–2–3–5–9 e/ou de relevância temas controversos e/ou polêmicos.
– 10 social

(EF69LP16) Analisar e utilizar as


formas de composição dos gêneros
jornalísticos da ordem do relatar, tais
como notícias (pirâmide invertida no
impresso X blocos noticiosos
Análise Construção hipertextuais e hipermidiáticos no
linguística/semiótica composicional digital, que também pode contar com
3 – 6 – 7 – 10 imagens de vários tipos, vídeos,
gravações de áudio etc.), da ordem do
argumentar, tais como artigos de
opinião e editorial (contextualização,
defesa de tese/opinião e uso de
argumentos) e das entrevistas:

203

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


apresentação e contextualização do
entrevistado e do tema, estrutura
pergunta e resposta etc.

(EF69LP17) Perceber e analisar os


recursos estilísticos e semióticos dos
3 – 6 – 7 – 10 gêneros jornalísticos e publicitários, os
aspectos relativos ao tratamento da
informação em notícias, como a
ordenação dos eventos, as escolhas
lexicais, o efeito de imparcialidade do
relato, a morfologia do verbo, em textos
noticiosos e argumentativos,
reconhecendo marcas de pessoa,
número, tempo, modo, a distribuição
dos verbos nos gêneros textuais (por
exemplo, as formas de pretérito em
Análise
Estilo relatos; as formas de presente e futuro
linguística/semiótica
em gêneros argumentativos; as formas
de imperativo em gêneros
publicitários), o uso de recursos
persuasivos em textos argumentativos
diversos (como a elaboração do título,
escolhas lexicais, construções
metafóricas, a explicitação ou a
ocultação de fontes de informação) e
as estratégias de persuasão e apelo ao
consumo com os recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal,
jogos de palavras, metáforas,
imagens).

(EF69LP18) Utilizar, na
escrita/reescrita de textos
argumentativos, recursos linguísticos
que marquem as relações de sentido
entre parágrafos e enunciados do texto
e operadores de conexão adequados
Análise
Estilo aos tipos de argumento e à forma de
linguística/semiótica
composição de textos argumentativos,
de maneira a garantir a coesão, a
3 – 6 – 7 – 10
coerência e a progressão temática
nesses textos (“primeiramente, mas, no
entanto, em primeiro/segundo/terceiro
lugar, finalmente, em conclusão” etc.).

204

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


3 – 6 – 7 – 10 (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais
que envolvam argumentação, os
Análise efeitos de sentido de elementos típicos
Efeito de sentido
linguística/semiótica da modalidade falada, como a pausa, a
entonação, o ritmo, a gestualidade e
expressão facial, as hesitações etc.

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF69LP20) Identificar, tendo em vista


o contexto de produção, a forma de
organização dos textos normativos e
legais, a lógica de hierarquização de
seus itens e subitens e suas partes:
parte inicial (título – nome e data – e
Reconstrução das
ementa), blocos de artigos (parte, livro,
condições de
capítulo, seção, subseção), artigos
produção e
(caput e parágrafos e incisos) e parte
circulação e
final (disposições pertinentes à sua
adequação do
1–2–3–4–5 implementação) e analisar efeitos de
Leitura texto à construção
– 6 – 7 – 9 - 10 sentido causados pelo uso de
composicional e ao
vocabulário técnico, pelo uso do
estilo de gênero
imperativo, de palavras e expressões
(Lei, código,
que indicam circunstâncias, como
estatuto, código,
advérbios e locuções adverbiais, de
regimento etc.)
palavras que indicam generalidade,
como alguns pronomes indefinidos, de
forma a poder compreender o caráter
imperativo, coercitivo e generalista das
leis e de outras formas de
regulamentação.

(EF69LP21) Posicionar-se em relação


a conteúdos veiculados em práticas
não institucionalizadas de participação
1–2–3–4–5 Apreciação e social, sobretudo àquelas vinculadas a
Leitura
– 6 – 7 – 9 - 10 réplica manifestações artísticas, produções
culturais, intervenções urbanas e
práticas próprias das culturas juvenis
que pretendam denunciar, expor uma
205

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


problemática ou “convocar” para uma
reflexão/ação, relacionando esse
texto/produção com seu contexto de
produção e relacionando as partes e
semioses presentes para a construção
de sentidos.

(EF69LP22) Produzir, revisar e editar


textos reivindicatórios ou propositivos
sobre problemas que afetam a vida
escolar ou da comunidade, justificando
1–2–3–5–6 Textualização, pontos de vista, reivindicações e
Produção de textos
– 7 – 9 - 10 revisão e edição detalhando propostas (justificativa,
objetivos, ações previstas etc.),
levando em conta seu contexto de
produção e as características dos
gêneros em questão.

(EF69LP23) Contribuir com a escrita de


textos normativos, quando houver esse
tipo de demanda na escola –
regimentos e estatutos de
organizações da sociedade civil do
1–2–3–5–6 âmbito da atuação das crianças e
– 7 – 9 - 10 Textualização, jovens (grêmio livre, clubes de leitura,
Produção de textos
revisão e edição associações culturais etc.) – e de
regras e regulamentos nos vários
âmbitos da escola – campeonatos,
festivais, regras de convivência etc.,
levando em conta o contexto de
produção e as características dos
gêneros em questão.

(EF69LP24) Discutir casos, reais ou


simulações, submetidos a juízo, que
envolvam (supostos) desrespeitos a
artigos, do ECA, do Código de Defesa
do Consumidor, do Código Nacional de
Trânsito, de regulamentações do
Oralidade Discussão oral mercado publicitário etc., como forma
de criar familiaridade com textos legais
– seu vocabulário, formas de
1–2–3–5–
organização, marcas de estilo etc. -, de
10
maneira a facilitar a compreensão de
leis, fortalecer a defesa de direitos,
fomentar a escrita de textos normativos

206

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(se e quando isso for necessário) e
possibilitar a compreensão do caráter
interpretativo das leis e as várias
perspectivas que podem estar em jogo.

(EF69LP25) Posicionar-se de forma


consistente e sustentada em uma
discussão, assembleia, reuniões de
1–2–3–5– colegiados da escola, de agremiações
e outras situações de apresentação de
10
propostas e defesas de opiniões,
Oralidade Discussão oral
respeitando as opiniões contrárias e
propostas alternativas e
fundamentando seus posicionamentos,
no tempo de fala previsto, valendo-se
de sínteses e propostas claras e
justificadas.

(EF69LP26) Tomar nota em


discussões, debates, palestras,
apresentação de propostas, reuniões,
como forma de documentar o evento e
apoiar a própria fala (que pode se dar
Oralidade Registro no momento do evento ou
posteriormente, quando, por exemplo,
for necessária a retomada dos
assuntos tratados em outros contextos
1–2–3–5–
públicos, como diante dos
10
representados).

(EF69LP27) Analisar a forma


composicional de textos pertencentes a
gêneros normativos/ jurídicos e a
gêneros da esfera política, tais como
propostas, programas políticos
1–2–3–5– (posicionamento quanto a diferentes
Análise de textos ações a serem propostas, objetivos,
10
Análise legais/normativos, ações previstas etc.), propaganda
linguística/semiótica propositivos e política (propostas e sua sustentação,
reivindicatórios posicionamento quanto a temas em
discussão) e textos reivindicatórios:
cartas de reclamação, petição
(proposta, suas justificativas e ações a
serem adotadas) e suas marcas
linguísticas, de forma a incrementar a
compreensão de textos pertencentes a

207

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


esses gêneros e a possibilitar a
produção de textos mais adequados
e/ou fundamentados quando isso for
requerido.

(EF69LP28) Observar os mecanismos


de modalização adequados aos textos
jurídicos, as modalidades deônticas,
que se referem ao eixo da conduta
(obrigatoriedade/permissibilidade)
1–2–3–5– como, por exemplo: Proibição: “Não se
10 deve fumar em recintos fechados.”;
Obrigatoriedade: “A vida tem que valer
a pena.”; Possibilidade: “É permitido a
entrada de menores acompanhados de
Análise
Modalização adultos responsáveis”, e os
linguística/semiótica
mecanismos de modalização
adequados aos textos políticos e
propositivos, as modalidades
apreciativas, em que o locutor exprime
um juízo de valor (positivo ou negativo)
acerca do que enuncia. Por exemplo:
“Que belo discurso!”, “Discordo das
escolhas de Antônio.” “Felizmente, o
buraco ainda não causou acidentes
mais graves.”

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF69LP29) Refletir sobre a relação


Reconstrução das entre os contextos de produção dos
condições de gêneros de divulgação científica – texto
produção e didático, artigo de divulgação científica,
recepção dos reportagem de divulgação científica,
1–2–3–5–6
Leitura textos e verbete de enciclopédia (impressa e
– 7 – 9 – 10
adequação do digital), esquema, infográfico (estático e
texto à construção animado), relatório, relato
composicional e ao multimidiático de campo, podcasts e
estilo de gênero vídeos variados de divulgação científica
etc. – e os aspectos relativos à
208

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


construção composicional e às marcas
linguísticas características desses
gêneros, de forma a ampliar suas
possibilidades de compreensão (e
produção) de textos pertencentes a
esses gêneros.

(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do


professor, conteúdos, dados e
informações de diferentes fontes,
1–2–3–5–6 levando em conta seus contextos de
– 7 – 9 – 10 produção e referências, identificando
Relação entre
Leitura coincidências, complementaridades e
textos
contradições, de forma a poder
identificar erros/imprecisões
conceituais, compreender e posicionar-
se criticamente sobre os conteúdos e
informações em questão.

(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas –


tais como “em
primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por
Apreciação e
Leitura 1–2–3–5–6 outro lado”, “dito de outro modo”, isto
réplica
– 7 – 9 – 10 é”, “por exemplo” – para compreender
a hierarquização das proposições,
sintetizando o conteúdo dos textos.

(EF69LP32) Selecionar informações e


Estratégias e dados relevantes de fontes diversas
1–2–3–5–6 procedimentos de (impressas, digitais, orais etc.),
– 7 – 9 – 10 leitura Relação do avaliando a qualidade e a utilidade
verbal com outras dessas fontes, e organizar,
Leitura
semioses esquematicamente, com ajuda do
Procedimentos e professor, as informações necessárias
gêneros de apoio à (sem excedê-las) com ou sem apoio de
compreensão ferramentas digitais, em quadros,
tabelas ou gráficos.

Estratégias e (EF69LP33) Articular o verbal com os


procedimentos de esquemas, infográficos, imagens
leitura Relação do variadas etc. na (re)construção dos
1–2–3–5–6 verbal com outras sentidos dos textos de divulgação
Leitura
– 7 – 9 – 10 semioses científica e retextualizar do discursivo
Procedimentos e para o esquemático – infográfico,
gêneros de apoio à esquema, tabela, gráfico, ilustração etc.
compreensão – e, ao contrário, transformar o
209

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


conteúdo das tabelas, esquemas,
infográficos, ilustrações etc. em texto
discursivo, como forma de ampliar as
possibilidades de compreensão desses
textos e analisar as características das
multissemioses e dos gêneros em
questão.

(EF69LP34) Grifar as partes essenciais


do texto, tendo em vista os objetivos de
leitura, produzir marginálias (ou tomar
Estratégias e
notas em outro suporte), sínteses
procedimentos de
organizadas em itens, quadro sinóptico,
leitura Relação do
quadro comparativo, esquema, resumo
verbal com outras
Leitura ou resenha do texto lido (com ou sem
1–2–3–5–6 semioses
comentário/análise), mapa conceitual,
– 7 – 9 – 10 Procedimentos e
dependendo do que for mais
gêneros de apoio à
adequado, como forma de possibilitar
compreensão
uma maior compreensão do texto, a
sistematização de conteúdos e
informações

(EF69LP35) Planejar textos de


divulgação científica, a partir da
elaboração de esquema que considere
as pesquisas feitas anteriormente, de
notas e sínteses de leituras ou de
registros de experimentos ou de estudo
de campo, produzir, revisar e editar
1–2–3–5–9 textos voltados para a divulgação do
- 10 Consideração das conhecimento e de dados e resultados
condições de de pesquisas, tais como artigo de
produção de textos divulgação científica, artigo de opinião,
Produção de textos de divulgação reportagem científica, verbete de
científica enciclopédia, verbete de enciclopédia
Estratégias de digital colaborativa , infográfico,
escrita relatório, relato de experimento
científico, relato (multimidiático) de
campo, tendo em vista seus contextos
de produção, que podem envolver a
disponibilização de informações e
conhecimentos em circulação em um
formato mais acessível para um público
específico ou a divulgação de
conhecimentos advindos de pesquisas

210

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


bibliográficas, experimentos científicos
e estudos de campo realizados.

(EF69LP36) Produzir, revisar e editar


textos voltados para a divulgação do
conhecimento e de dados e resultados
de pesquisas, tais como artigos de
divulgação científica, verbete de
Estratégias de
1–2–3–5–9 enciclopédia, infográfico, infográfico
escrita:
Produção de textos – 10 animado, podcast ou vlog científico,
textualização,
relato de experimento, relatório,
revisão e edição
relatório multimidiático de campo,
dentre outros, considerando o contexto
de produção e as regularidades dos
gêneros em termos de suas
construções composicionais e estilos.

(EF69LP37) Produzir roteiros para


elaboração de vídeos de diferentes
tipos (vlog científico, vídeo-minuto,
programa de rádio, podcasts) para
1–2–3–5–9 Estratégias de
Produção de textos - 10 divulgação de conhecimentos
produção
científicos e resultados de pesquisa,
tendo em vista seu contexto de
produção, os elementos e a construção
composicional dos roteiros.

(EF69LP38) Organizar os dados e


informações pesquisados em painéis
ou slides de apresentação, levando em
conta o contexto de produção, o tempo
disponível, as características do gênero
1–2–3–5– Estratégias de apresentação oral, a multissemiose, as
10 produção: mídias e tecnologias que serão
planejamento e utilizadas, ensaiar a apresentação,
Oralidade
produção de considerando também elementos
apresentações paralinguísticos e cinésicos e proceder
orais à exposição oral de resultados de
estudos e pesquisas, no tempo
determinado, a partir do planejamento
e da definição de diferentes formas de
uso da fala – memorizada, com apoio
da leitura ou fala espontânea.

211

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69LP39) Definir o recorte temático
da entrevista e o entrevistado, levantar
informações sobre o entrevistado e
sobre o tema da entrevista, elaborar
roteiro de perguntas, realizar entrevista,
Estratégias de a partir do roteiro, abrindo
Oralidade
produção possibilidades para fazer perguntas a
1–2–3–5– partir da resposta, se o contexto
10 permitir, tomar nota, gravar ou salvar a
entrevista e usar adequadamente as
informações obtidas, de acordo com os
objetivos estabelecidos.

(EF69LP40) Analisar, em gravações de


seminários, conferências rápidas,
trechos de palestras, dentre outros, a
construção composicional dos gêneros
de apresentação – abertura/saudação,
introdução ao tema, apresentação do
plano de exposição, desenvolvimento
dos conteúdos, por meio do
encadeamento de temas e subtemas
1–2–4–5– Construção
(coesão temática), síntese final e/ou
10 composicional
conclusão, encerramento –, os
Elementos
Análise elementos paralinguísticos (tais como:
paralinguísticos e
linguística/semiótica tom e volume da voz, pausas e
cinésicos
hesitações – que, em geral, devem ser
Apresentações
minimizadas –, modulação de voz e
orais
entonação, ritmo, respiração etc.) e
cinésicos (tais como: postura corporal,
movimentos e gestualidade
significativa, expressão facial, contato
de olho com plateia, modulação de voz
e entonação, sincronia da fala com
ferramenta de apoio etc.), para melhor
performar apresentações orais no
campo da divulgação do conhecimento.

(EF69LP41) Usar adequadamente


Usar ferramentas de apoio a apresentações
adequadamente orais, escolhendo e usando tipos e
Análise ferramentas de tamanhos de fontes que permitam boa
linguística/semiótica 1–2–4–5– apoio a visualização, topicalizando e/ou
10 apresentações organizando o conteúdo em itens,
orais inserindo de forma adequada imagens,
gráficos, tabelas, formas e elementos
212

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


gráficos, dimensionando a quantidade
de texto (e imagem) por slide, usando
progressivamente e de forma
harmônica recursos mais sofisticados
como efeitos de transição, slides
mestres, layouts personalizados etc.

(EF69LP42) Analisar a construção


composicional dos textos pertencentes
a gêneros relacionados à divulgação de
conhecimentos: título, (olho),
introdução, divisão do texto em
subtítulos, imagens ilustrativas de
conceitos, relações, ou resultados
complexos (fotos, ilustrações,
esquemas, gráficos, infográficos,
diagramas, figuras, tabelas, mapas)
etc., exposição, contendo definições,
descrições, comparações,
enumerações, exemplificações e
remissões a conceitos e relações por
meio de notas de rodapé, boxes ou
Construção
1–2–4–5– links; ou título, contextualização do
composicional e
Análise 10 campo, ordenação temporal ou
estilo Gêneros de
linguística/semiótica temática por tema ou subtema,
divulgação
intercalação de trechos verbais com
científica
fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e
reconhecer traços da linguagem dos
textos de divulgação científica, fazendo
uso consciente das estratégias de
impessoalização da linguagem (ou de
pessoalização, se o tipo de publicação
e objetivos assim o demandarem, como
em alguns podcasts e vídeos de
divulgação científica), 3ª pessoa,
presente atemporal, recurso à citação,
uso de vocabulário
técnico/especializado etc., como forma
de ampliar suas capacidades de
compreensão e produção de textos
nesses gêneros.

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

213

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


CAMPOS DE ATUAÇÃO: CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE


HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF69LP44) Inferir a presença de


Reconstrução das valores sociais, culturais e humanos e
condições de de diferentes visões de mundo, em
produção, textos literários, reconhecendo nesses
Leitura 1–2–4–5 circulação e textos formas de estabelecer múltiplos
recepção olhares sobre as identidades,
Apreciação e sociedades e culturas e considerando a
réplica autoria e o contexto social e histórico
de sua produção.

(EF69LP45) Posicionar-se criticamente


em relação a textos pertencentes a
gêneros como quarta-capa, programa
(de teatro, dança, exposição etc.),
Reconstrução das sinopse, resenha crítica, comentário
condições de em blog/vlog cultural etc., para
produção, selecionar obras literárias e outras
Leitura 1–2–4–5 circulação e manifestações artísticas (cinema,
recepção teatro, exposições, espetáculos, CD´s,
Apreciação e DVD´s etc.), diferenciando as
réplica sequências descritivas e avaliativas e
reconhecendo-os como gêneros que
apoiam a escolha do livro ou produção
cultural e consultando-os no momento
de fazer escolhas, quando for o caso.

(EF69LP46) Participar de práticas de


compartilhamento de leitura/recepção
de obras literárias/ manifestações
Reconstrução das artísticas, como rodas de leitura, clubes
condições de de leitura, eventos de contação de
produção, histórias, de leituras dramáticas, de
Leitura circulação e apresentações teatrais, musicais e de
recepção filmes, cineclubes, festivais de vídeo,
Apreciação e saraus, slams, canais de booktubers,
réplica redes sociais temáticas (de leitores, de
cinéfilos, de música etc.), dentre outros,
tecendo, quando possível, comentários
1–2–4–5 de ordem estética e afetiva

214

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69LP47) Analisar, em textos
narrativos ficcionais, as diferentes
formas de composição próprias de
cada gênero, os recursos coesivos que
constroem a passagem do tempo e
articulam suas partes, a escolha lexical
típica de cada gênero para a
caracterização dos cenários e dos
personagens e os efeitos de sentido
decorrentes dos tempos verbais, dos
1–2–4–5 Reconstrução da tipos de discurso, dos verbos de
textualidade e enunciação e das variedades
compreensão dos linguísticas (no discurso direto, se
efeitos houver) empregados, identificando o
Leitura de sentidos enredo e o foco narrativo e percebendo
provocados pelos como se estrutura a narrativa nos
usos de recursos diferentes gêneros e os efeitos de
linguísticos e sentido decorrentes do foco narrativo
multissemióticos típico de cada gênero, da
caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e
psicológico, das diferentes vozes no
texto (do narrador, de personagens em
discurso direto e indireto), do uso de
pontuação expressiva, palavras e
expressões conotativas e processos
figurativos e do uso de recursos
linguístico-gramaticais próprios a cada
gênero narrativo.

Reconstrução da
(EF69LP48) Interpretar, em poemas,
textualidade e
efeitos produzidos pelo uso de recursos
compreensão dos
expressivos sonoros (estrofação, rimas,
efeitos
aliterações etc), semânticos (figuras de
Leitura de sentidos
linguagem, por exemplo), gráfico-
provocados pelos
espacial (distribuição da mancha
usos de recursos
1–2–4–5 gráfica no papel), imagens e sua
linguísticos e
relação com o texto verbal.
multissemióticos

(EF69LP49) Mostrar-se interessado e


envolvido pela leitura de livros de
Adesão às literatura e por outras produções
Leitura
práticas de leitura culturais do campo e receptivo a textos
que rompam com seu universo de
expectativas, que representem um
215

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–4–5 desafio em relação às suas
possibilidades atuais e suas
experiências anteriores de leitura,
apoiando-se nas marcas linguísticas,
em seu conhecimento sobre os
gêneros e a temática e nas orientações
dadas pelo professor.

(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a


partir da adaptação de romances,
contos, mitos, narrativas de enigma e
de aventura, novelas, biografias
romanceadas, crônicas, dentre outros,
indicando as rubricas para
caracterização do cenário, do espaço,
Relação entre do tempo; explicitando a caracterização
Produção de textos
textos física e psicológica dos personagens e
1–2–4–5
dos seus modos de ação;
reconfigurando a inserção do discurso
direto e dos tipos de narrador;
explicitando as marcas de variação
linguística (dialetos, registros e jargões)
e retextualizando o tratamento da
temática.

(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos


processos de planejamento,
textualização, revisão/ edição e
Consideração das
reescrita, tendo em vista as restrições
condições de
temáticas, composicionais e estilísticas
produção
dos textos pretendidos e as
Estratégias de
Produção de textos configurações da situação de produção
produção:
– o leitor pretendido, o suporte, o
planejamento,
contexto de circulação do texto, as
textualização e
finalidades etc. – e considerando a
revisão/edição
1–2–4–5 imaginação, a estesia e a
verossimilhança próprias ao texto
literário.

(EF69LP52) Representar cenas ou


textos dramáticos, considerando, na
Produção de caracterização dos personagens, os
Oralidade aspectos linguísticos e paralinguísticos
textos orais
das falas (timbre e tom de voz, pausas
e hesitações, entonação e
expressividade, variedades e registros

216

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–4–5 linguísticos), os gestos e os
deslocamentos no espaço cênico, o
figurino e a maquiagem e elaborando
as rubricas indicadas pelo autor por
meio do cenário, da trilha sonora e da
exploração dos modos de
interpretação.

(EF69LP53) Ler em voz alta textos


literários diversos – como contos de
amor, de humor, de suspense, de
terror; crônicas líricas, humorísticas,
críticas; bem como leituras orais
capituladas (compartilhadas ou não
com o professor) de livros de maior
extensão, como romances, narrativas
de enigma, narrativas de aventura,
literatura infanto-juvenil, –
contar/recontar histórias tanto da
tradição oral (causos, contos de
esperteza, contos de animais, contos
de amor, contos de encantamento,
1–2–4–5
piadas, dentre outros) quanto da
tradição literária escrita, expressando a
compreensão e interpretação do texto
Produção de por meio de uma leitura ou fala
Oralidade textos orais expressiva e fluente, que respeite o
Oralização ritmo, as pausas, as hesitações, a
entonação indicados tanto pela
pontuação quanto por outros recursos
gráfico-editoriais, como negritos,
itálicos, caixa-alta, ilustrações etc.,
gravando essa leitura ou esse
conto/reconto, seja para análise
posterior, seja para produção de
audiobooks de textos literários diversos
ou de podcasts de leituras dramáticas
com ou sem efeitos especiais e ler e/ou
declamar poemas diversos, tanto de
forma livre quanto de forma fixa (como
quadras, sonetos, liras, haicais etc.),
empregando os recursos linguísticos,
paralinguísticos e cinésicos
necessários aos efeitos de sentido
pretendidos, como o ritmo e a

217

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


entonação, o emprego de pausas e
prolongamentos, o tom e o timbre
vocais, bem como eventuais recursos
de gestualidade e pantomima que
convenham ao gênero poético e à
situação de compartilhamento em
questão.

(EF69LP54) Analisar os efeitos de


sentido decorrentes da interação entre
os elementos linguísticos e os recursos
paralinguísticos e cinésicos, como as
variações no ritmo, as modulações no
tom de voz, as pausas, as
manipulações do estrato sonoro da
linguagem, obtidos por meio da
estrofação, das rimas e de figuras de
linguagem como as aliterações, as
assonâncias, as onomatopeias, dentre
outras, a postura corporal e a
Recursos gestualidade, na declamação de
linguísticos e poemas, apresentações musicais e
semióticos que teatrais, tanto em gêneros em prosa
operam nos textos quanto nos gêneros poéticos, os efeitos
pertencentes aos de sentido decorrentes do emprego de
gêneros literários figuras de linguagem, tais como
comparação, metáfora, personificação,
metonímia, hipérbole, eufemismo,
ironia, paradoxo e antítese e os efeitos
de sentido decorrentes do emprego de
palavras e expressões denotativas e
conotativas (adjetivos, locuções
adjetivas, orações subordinadas
adjetivas etc.), que funcionam como
modificadores, percebendo sua função
na caracterização dos espaços,
tempos, personagens e ações próprios
de cada gênero narrativo.

6º., 7º., 8º. E 9º. ANOS

CAMPOS DE ATUAÇÃO: TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

218

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


PRÁTICAS DE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
LINGUAGEM ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF69LP55) Reconhecer as variedades


Análise
1–2–4–5 Variação linguística da língua falada, o conceito de norma-
linguística/semiótica
padrão e o de preconceito linguístico.

(EF69LP56) Fazer uso consciente e


Análise reflexivo de regras e normas da norma-
1–2–4–5 Variação linguística
linguística/semiótica padrão em situações de fala e escrita
nas quais ela deve ser usada.

ARTE

Introdução

A Arte é reconhecida, no currículo Bahia, como um campo do


conhecimento próprio, indo muito além do trabalho com a dimensão sensível. É
um fenômeno social e cultural de caráter universal que permite acessar dados e
informações sobre a cultura a partir do conhecimento e análise crítico-reflexiva
de quando as obras de arte foram realizadas, sua história, os elementos
constitutivos, junto ao processo formal de constituição de uma produção artística,
tendo como um dos seus objetivos o desenvolvimento pleno e integral dos
estudantes.
Sendo a escola um local privilegiado de cultura, é imprescindível
assegurar o lugar da arte na educação, requerendo dos educadores a
compreensão da sua importância (Arte) no desenvolvimento humano.
Fowler (2001, pp. 9-13) nos elucida bem sobre isso, ao afirmar que a
Arte ensina a pensar receptivamente, desenvolvendo a sensibilidade e
consciência; a pensar esteticamente tendo a consciência estética, como modo
de nos relacionarmos com o mundo, ainda permite a referência da arte para
outros aspectos da vida; ensina a pensar criativamente, pois a ambiguidade das
formas de expressão simbólica requer um pensamento de ordem superior; e a
pensar comunicativamente, pois sendo todas as formas de arte, meios de
comunicação, dão acesso ao ser expressivo e comunicativo e à participação na
criação do seu próprio mundo.
Destarte, na estruturação do currículo Bahia, a Arte se constitui como
um componente curricular dentro da Área de Linguagens, o que, em nenhuma
medida, reduz seu valor ou sua importância na formação das crianças e jovens,
tendo em vista o necessário conhecimento de mundo a partir de múltiplas
219

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


referências. Não se constitui disciplina acessória para ajudar a compreender
conteúdo dos demais componentes. Ela pode e deve ser trabalhada de forma
contextualizada, interdisciplinar, assegurando-se que não haja negligência de
seus conteúdos próprios que ajudam na reflexão e na crítica de objetos artístico-
culturais situados em diversos tempos históricos e em diferentes contextos
culturais.
A BNCC propõe a distribuição e organização das linguagens como
unidades temáticas. Na proposta curricular ora apresentada, declinamos da
denominação unidade temática assumindo o termo linguagem por considerar
que melhor representa a especificidade desta área de componente, aqui
considerada componente curricular. Assim, o componente curricular Arte fica
constituído por quatro linguagens: Artes Visuais, Música, Dança e Teatro, sendo
perpassado de forma interdisciplinar por uma unidade do conhecimento ora
denominada Artes Integradas, conforme estabelece a BNCC.
As Artes Visuais podem ser definidas como processos e produtos
artísticos e culturais, criados nos diversos tempos históricos e contextos sociais,
que tem a expressão visual como principal elemento de comunicação. Portanto,
considera-se aqui como Arte Visual, um conjunto de manifestações, desde a
pintura e escultura, até vídeo arte, animações, colagens, arte urbana, instalações
artísticas, performances, arte corporal (Body Art), apresentações de rua, história
em quadrinhos, artes decorativas, arte multimídia, design gráfico, de produtor e
de moda, dentre outros (WANNER, 2010).
O trabalho com Artes visuais possibilita aos estudantes explorar
múltiplas culturas visuais, dialogar com as diferenças e conhecer outros espaços
e possibilidades inventivas e expressivas, de modo a ampliar os limites escolares
e criar novas formas de interação artística e de produção cultural, sejam elas
concretas, sejam elas simbólicas.
A Dança se constitui como prática artística pelo pensamento e
sentimento do corpo, mediante a articulação dos processos cognitivos e das
experiências sensíveis implicados no movimento dançado. Os processos de
investigação e produção artística da dança centram- -se naquilo que ocorre no e
pelo corpo, discutindo e significando relações entre corporeidade e produção
estética.
A ação corporal constitui e faz parte de toda atividade humana. A criança
utiliza-se do movimento para conhecer a si e ao mundo, em constante
mobilidade, relaciona-se com seu entorno, com todos e tudo que a cerca. Ainda
há que se compreender, que a ação física é a primeira forma de aprendizagem
da criança, essencial para o seu desenvolvimento integral e integrado: seu
potencial motor, afetivo e cognitivo. Ao movimentar-se, a criança e o jovem
experimentam e movimentam-se em prol da construção de sua autonomia.
Através da Dança, é possível desenvolver na criança o entendimento de
como seu corpo funciona, suas possibilidades de movimento, expressando-se e
220

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


relacionando-se com o mundo de forma integrada entre motricidade, cognição e
afetividade. Em Dança pode-se trabalhar com estímulos sonoros ou o silêncio,
com os jogos tradicionais infantis que tem grande carga de movimento, a
exemplo das cirandas, amarelinhas e muitos outros que são importantes fontes
de pesquisa. É essencial acolher e valorizar as manifestações populares,
atentando-se para as especificidades da cultura da dança e suas manifestações
em cada localidade.
A Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons,
que ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade
subjetiva quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores
diversos estabelecidos no domínio de cada cultura.
A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela
percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais
sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos
alunos. Esse processo lhes possibilita vivenciar a música inter-relacionada à
diversidade e desenvolver saberes musicais fundamentais para sua inserção e
participação crítica e ativa na sociedade.
O Teatro instaura a experiência artística multissensorial de encontro com
o outro em performance. Nessa experiência, o corpo é lócus de criação ficcional
de tempos, espaços e sujeitos distintos de si próprios, por meio do verbal, não
verbal e da ação física. Os processos de criação teatral passam por situações
de criação coletiva e colaborativa, por intermédio de jogos, improvisações,
atuações e encenações, caracterizados pela interação entre atuantes e
espectadores.
O fazer teatral possibilita a intensa troca de experiências entre os alunos
e aprimora a percepção estética, a imaginação, a consciência corporal, a
intuição, a memória, a reflexão e a emoção. Ainda que, na BNCC, as linguagens
artísticas das Artes visuais, da Dança, da Música e do Teatro sejam
consideradas em suas especificidades, as experiências e vivências dos sujeitos
em sua relação com a Arte não acontecem de forma compartimentada ou
estanque.
As quatro linguagens deste componente se articulam em seis dimensões
do conhecimento artístico que se associam simultânea e indissociavelmente ao
trabalho de Arte, a saber: (1) Criação; (2) Crítica; (3) Estesia; (4) Expressão; (5)
Fruição; (6) Reflexão. Estas dimensões não são eixos temáticos, mas sim “linhas
maleáveis” que se interpenetram e constituem a especificidade do conhecimento
em Arte no contexto escolar (BRASIL, 2016, p. 113).
A seguir a definição da BNCC para cada uma destas dimensões:
• Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam,
produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que
confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações
em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas.
221

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Esta dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico,
processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos,
negociações e inquietações.
• Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em
direção a novas compreensões do espaço em que vivem, com base no
estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as
diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e
conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos,
envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais,
econômicos e culturais.
• Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao
espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes
materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como
forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua
totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o
protagonista da experiência.
• Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as
criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito
individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com
os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários
específicos e das suas materialidades.
• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura
para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa
dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada com
produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares e
grupos sociais.
• Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e
ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos,
artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as
manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor.
A integração e articulação de tais dimensões do conhecimento às quatro
linguagens permite ultrapassar o tratamento do componente curricular Arte como
uma atividade para ensino de técnicas e códigos.
Constituem-se objetivos do ensino de Arte:
• Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções
artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das
comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em
distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um
fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos
e dialogar com as diversidades.
• Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas
integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas

222

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo
audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de
cada linguagem e nas suas articulações.
• Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais –
especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que
constituem a identidade brasileira –, sua tradição e manifestações
contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.
• Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a
imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no
âmbito da Arte.
• Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e
criação artística.
• Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo,
compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de
produção e de circulação da arte na sociedade.
• Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas,
tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções,
intervenções e apresentações artísticas.
• Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e
colaborativo nas artes.
• Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional,
material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.
A Educação pela Arte, por sua vez, constitui-se como forma de propiciar
o desenvolvimento do pensamento artístico, além de proporcionar, a muitos
indivíduos, uma relação afetiva com o meio em que vivem, possibilitando-lhes
relacionar-se com o meio social de forma mais prazerosa, de forma ativa e
protagonista.
O ensino de Arte não pode ser tratado como suporte para as demais
disciplinas constitutivas do quadro curricular, como acontece tradicionalmente.
Posicioná-la de tal modo significa retirar seu caráter específico enquanto área do
conhecimento humano. De acordo com Fusari (1992, p. 16) é fundamental
entender que “a arte se constitui de modos específicos da atividade criativa dos
seres humanos”, portanto, deve ser pensada em suas propriedades, demandas
e objetivos, com vistas à formação estética, crítica e social dos estudantes,
especialmente por contribuir com a educação integral do estudante.
Em consonância com o que preconiza a BNCC, o objetivo geral do
ensino em Arte prevê desenvolvimento integral do indivíduo, a saber: intelectual,
cultural, emocional, social, perceptivo, físico, estético e criador, compreendendo,
reconhecendo e aplicando os elementos que integram as diversas linguagens
artísticas em sua vivência no contexto cultural e social a que está inserido.
Os objetos de conhecimento de Arte devem ser selecionados a partir de
uma análise histórica, de forma crítica, permitindo ao estudante uma percepção
da arte em suas múltiplas dimensões, indo além da multiculturalidade e

223

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


investindo em um trabalho com o ensino de Arte na perspectiva descolonizadora
e não hegemônica.
No processo de ensino aprendizagem do componente curricular Arte há
que se tratar dos aspectos essenciais da criação e percepção estética dos
alunos, bem como a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a cultura do
cidadão contemporâneo, de forma progressiva e contextualizada. A cultura de
arte do estudante é desenvolvida ao fazer, conhecer e apreciar produções
artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o
recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar e acompanha o processo
de desenvolvimento da criança e do jovem.
Os objetos de conhecimento foram organizados progressivamente, entre
o 1º e o 5º, tendo como referência as habilidades e competências previstas na
BNCC, consideradas, também, as necessidades e realidade local. Destacamos
que tais objetos de conhecimento não podem ser banalizados; é essencial que
sejam valorizados e ensinados às crianças e jovens através de situações e/ou
propostas problematizadoras, pautadas nas metodologias ativas, assegurando
a participação de cada um dentro da sala de aula. Tais orientações favorecem o
emergir de formulações pessoais de ideias, hipóteses, teorias e formas
artísticas. Progressivamente, e por meio de trabalhos contínuos, essas
formulações tendem a se aproximar de modos mais elaborados de fazer e
pensar sobre arte. Introduzir o aluno do primeiro ciclo do Ensino Fundamental às
origens do teatro ou aos textos de dramaturgia por meio de histórias narradas
pode despertar maior interesse e curiosidade sem perder a integridade dos
conteúdos e fatos históricos.
As linguagens, bem como a unidade temática Arte Integrada, não
deverão ser trabalhadas independentemente ou na ordem em que foram
escritas. Desse modo, o entendimento é que haja o entrelaçamento entre elas,
sendo promovido um diálogo profícuo para a construção de um currículo na
escola.
Inclusive, o professor possui a liberdade para organizar e ampliar as
ideias aqui propostas Incentivamos o desenvolvimento de trabalhos com projetos
e com a interdisciplinaridade, bem como sugerimos que esteja presente a
abordagem de temáticas da diversidade na perspectiva da inclusão, a fim de
fortalecer estes estudantes de que, com estratégias específicas, eles podem
vivenciar as seis dimensões do conhecimento. Por exemplo, o surdo pode
vivenciar a experiência sonora através do corpo, o cego por meio de experiências
táteis, dentre outras adaptações possíveis para qualquer tipo de necessidade
educacional especial.
A ação artística também costuma envolver criação grupal. Nesse
momento, a arte contribui para o fortalecimento do conceito de grupo como
socializador e criador de um universo imaginário, atualizando referências e
desenvolvendo sua própria história. A arte torna presente o grupo para si mesmo,
224

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


por meio de suas representações imaginárias. O aspecto lúdico dessa atividade
é fundamental.
Ainda, há que se considerar, quanto ao ensino de Arte, a passagem da
Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Enquanto na Educação Infantil os
estudantes vivenciam uma orientação curricular diferenciada, ou seja, o
processo de aprendizagem deixa de ser estruturado em campos de
experiências, em que as brincadeiras, os jogos, norteiam o processo de
aprendizagem e desenvolvimento, para ingressarem em uma organização
curricular estruturada em áreas de conhecimento e componentes curriculares,
como se organiza no Ensino Fundamental.

ÁREA LINGUAGEM
COMPONENTE CURRICULAR ARTE

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais


do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de
diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um
fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as
diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive
aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo
cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada
linguagem e nas suas articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas
manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua tradição e
manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando
espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma
crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais,
por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com
suas histórias e diferentes visões de mundo.

1º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE COMPETENCIA
TEMÁTICAS/ HABILIDADES
CONHECIMENTO S
LINGUAGENS
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas
Artes visuais Contextos e 1e3 distintas das artes visuais tradicionais e
práticas contemporâneas, cultivando a percepção, o

225

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
(EF15AR27BA) Apontar a influência da matriz
das Artes Urbanas das Artes Visuais nas
manifestações artísticas das culturas locais,
regionais e nacionais.

(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos


constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
Elementos da forma, cor, espaço, movimento etc.).
1, 3 e 9
linguagem (EF15AR28BA) Explorar e reconhecer
elementos constitutivos das artes visuais nas
obras das Artes Urbanas

(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência


de distintas matrizes estéticas e culturais das
artes visuais nas manifestações artísticas das
culturas locais, regionais e nacionais.
(EF15AR29BA) Identificar formas distintas das
Matrizes estéticas Artes Visuais tradicionais e contemporâneas,
1,3 e 4
e culturais cultivando a linguagem das Artes Urbanas.
(EF15AR30BA) Reconhecer e analisar a
influência de distintas matrizes estéticas e
culturais presentes nas primeiras formas de arte
dos diferentes povos brasileiros das culturas
locais, regionais e nacionais.

(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de


expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos,
Materialidades 1, 4, 5 e 8 recursos e técnicas convencionais e não
convencionais.
(EF15AR31BA) Identificar e apreciar formas
distintas das artes visuais com a criação de
formas de moldes vazados com elementos:
ponto, linha, forma, cor.

(EF15AR05) Experimentar a criação em artes


visuais de modo individual, coletivo e
Processos de colaborativo, explorando diferentes espaços da
4 escola e da comunidade.
criação
(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as
dos colegas, para alcançar sentidos plurais.

(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias


Sistemas da
4e8 do sistema das artes visuais (museus, galerias,
linguagem
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).

226

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR32BA) Identificar as formas
geométricas a partir do controle da motricidade,
respeitando a percepção do imaginário)

(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas


distintas de manifestações da dança presentes
em diferentes contextos, cultivando a
Contextos e percepção, o imaginário, a capacidade de
Dança 1e3 simbolizar e o repertório corporal.
práticas
(EF15AR33BA) Apreciar, reconhecer, identificar
e produzir elementos constitutivos do
espetáculo de dança.

(EF15AR09) Estabelecer relações entre as


partes do corpo e destas com o todo corporal
na construção do movimento dançado.
(EF15AR10) Experimentar diferentes formas de
orientação no espaço (deslocamentos, planos,
Elementos da
1e3 direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
linguagem
(lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.
(EF15AR34BA) Adquirir a disciplina necessária
à prática de uma atividade física e artística: a
capoeira.

(EF15AR35BA) Conhecer e descrever aspectos


Matrizes estéticas históricos da dança da capoeira.
1, 2, 3, 4 e 8
e culturais (EF15AR36BA) Contextualizar a história da
capoeira através de vivências corporais.

(EF15AR11) Criar e improvisar movimentos


dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com
base nos códigos de dança.
Processos de (EF15AR12) Discutir, com respeito e sem
4e8
criação preconceito, as experiências pessoais e
coletivas em dança vivenciadas na escola, como
fonte para a construção de vocabulários e
repertórios próprios.
(EF15AR37BA) Vivenciar práticas de dança na
escola, na comunidade e em espaços culturais
da região.

(EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente


Contexto e diversas formas e gêneros de expressão
Música 1, 4, 5 e 8
práticas musical, reconhecendo e analisando os usos e
as funções da música em diversos contextos de

227

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


circulação, em especial, aqueles da vida
cotidiana.
(EF15AR38BA) Perceber as propriedades do
som em diversos contextos.

(EF15AR14) Perceber e explorar os elementos


constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de
Elementos da composição/criação, execução e apreciação
1, 4, 8 e 9 musical.
linguagem
(EF15AR39BA) Identificar gêneros musicais em
diferentes contextos de circulação, em especial
aqueles da comunidade, vida cotidiana e outros
contextos culturais.

(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas,


como as existentes no próprio corpo (palmas,
voz, percussão corporal), na natureza e em
objetos cotidianos, reconhecendo os elementos
Materialidades 1, 2, 3 e 4 constitutivos da música e as características de
instrumentos musicais variados.
(EF15AR40BA) Experimentar improvisações e
composições de modo individual, coletivo e
colaborativo.

(EF15AR17) Experimentar improvisações,


composições e sonorização de histórias, entre
Processos de outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
1e3
criação instrumentos musicais convencionais ou não
convencionais, de modo individual, coletivo e
colaborativo.

(EF15AR41BA) Conhecer, utilizar e aprender os


Matrizes estéticas
1, 2, 3, 4 e 8 toques básicos da capoeira a partir da utilização
e culturais
de instrumento.

(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida


cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
fisicalidades, diversidade de personagens e
narrativas etc.).
Contextos e
Teatro 1, 4 e 8 (EF15AR42BA) Reconhecer e apreciar formas
práticas
distintas de manifestações do teatro,
aprendendo a ver e a ouvir histórias
dramatizadas e cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório ficcional.

Elementos da (EF15AR20) Experimentar o trabalho


1, 2, 3, 4 e 5 colaborativo, coletivo e autoral em
linguagem
improvisações teatrais e processos narrativos
228

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


criativos em teatro, explorando desde a
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e
reflexiva.
(EF15AR22) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF15AR43BA) Identificar, reconhecer e
vivenciar diferentes estéticas teatrais.
(EF15AR44BA) Descobrir teatralidades na vida
cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
Processos de fisicalidades, diversidade de personagens e
1, 2, 4 e 5
criação narrativas etc.). Desenvolver essa habilidade
por meio de jogos teatrais com desafios
diferenciados na busca de soluções para
estimular a percepção de elementos do teatro
em todos os lugares, incluindo na vida
cotidiana.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
Processos de
Artes integradas 1, 2, 4 e 8 projetos temáticos, as relações processuais
criação
entre diversas linguagens artísticas.

(EF15AR24) Caracterizar e experimentar


brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
Matrizes estéticas canções e histórias de diferentes matrizes
1, 2, 3, 4, 5 e 9 estéticas e culturais.
culturais
(EF15AR45BA) Realizar rodas de capoeira com
dança jogo e música.

(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio


cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo-se
Patrimônio
3e9 suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
cultural
de diferentes épocas, favorecendo a construção
de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.

(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e


recursos digitais (multimeios, animações, jogos
Arte e Tecnologia 5e6 eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística.
229

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


2º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE COMPETENCI
TEMÁTICAS/ HABILIDADES
CONHECIMENTO AS
LINGUAGENS
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas
distintas das artes visuais tradicionais e
contemporâneas, cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
Contextos e (EF15AR27BA) Apontar a influência da matriz
Artes visuais 1, 3 e 4
práticas das Artes Urbanas das Artes Visuais nas
manifestações artísticas das culturas locais,
regionais e nacionais.
(EF15AR46BA) Explorar os diversos espaços
dedicados à preservação e elaboração da Arte
na comunidade local e adjacências.

(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos


constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, cor, espaço, movimento etc.).
Elementos da (EF15AR47BA) Identificar, descrever, explicar e
1, 3 e 4
linguagem apreciar formas distintas das Artes Visuais
tradicionais e contemporâneas, cultivando a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar.
(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
artes visuais nas manifestações artísticas das
Matrizes estéticas culturas locais, regionais e nacionais.
1e3
e culturais
(EF15AR29BA) Identificar formas distintas das
Artes Visuais tradicionais e contemporâneas,
cultivando a linguagem das Artes Urbanas.
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de
expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos
e técnicas convencionais e não convencionais
(EF15AR48BA) Experimentar diferentes formas
Materialidades 1, 2, 4 e 8 de expressão artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.),
fazendo uso sustentável de materiais,
instrumentos, recursos e técnicas convencionais
e não convencionais na composição das formas
geométricas dentro do contexto da arte urbana
com moldes vazados.

230

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, cor, espaço, movimento etc.).
Processos de (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as
2e6
criação dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
(EF15AR49BA) Reconhecer e explorar
elementos constitutivos das Artes Visuais em
diversos contextos.
(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do
sistema das artes visuais (museus, galerias,
Sistemas da instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).
8e9
linguagem
(EF15AR51BA) Reconhecer categorias dos
espaços destinados as Artes Visuais (museus,
galerias, instituições).
(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas
distintas de manifestações da dança presentes
em diferentes contextos, cultivando a percepção,
o imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório corporal.
(EF15AR52BA) Experimentar e apreciar formas
Contextos e distintas de manifestações da dança
Dança 1, 3 e 7
práticas presentes na cultura local (danças tradicionais e
contemporâneas), percebendo sua relação com
outras produções artísticas e culturais de tempos
e lugares distintos cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório corporal.

(EF15AR09) Estabelecer relações entre as


partes do corpo e destas com o todo corporal na
construção do movimento dançado.
(EF15AR10) Experimentar diferentes formas de
orientação no espaço (deslocamentos, planos,
Elementos da
1, 3 e 4 direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
linguagem
(lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.
(EF15AR34BA) Adquirir a disciplina necessária
à prática de uma atividade física e artística: a
capoeira.

(EF15AR35BA) Conhecer e descrever aspectos


Matrizes estéticas históricos da dança da capoeira.
1,3 e 9
e culturais (EF15AR36BA) Contextualizar a história da
capoeira através de vivências corporais.

231

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR11) Criar e improvisar movimentos
dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com
base nos códigos de dança. (EF15AR12)
Discutir, com respeito e sem preconceito, as
experiências pessoais e coletivas em dança
vivenciadas na escola, como fonte para a
construção de vocabulários e repertórios
próprios.
Processos de (EF15AR53BA) Criar e improvisar movimentos
1, 4 e 8
criação dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com
base nos códigos de dança apresentados nas
manifestações locais.
(EF15AR54BA) Discutir, com respeito e sem
preconceito, as experiências pessoais e
coletivas em dança vivenciadas na escola,
como fonte para a construção de vocabulários e
repertórios próprios, a partir da recriação das
danças locais.
(EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente
diversas formas e gêneros de expressão
musical, reconhecendo e analisando os usos e
as funções da música em diversos contextos de
Contexto e
Música 1e2 circulação, em especial, aqueles da vida
práticas
cotidiana.
(EF15AR55BA) Explorar os elementos
constitutivos da música em diversos contextos
musicais.
(EF15AR14) Perceber e explorar os elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
Elementos da brincadeiras, canções e práticas diversas de
1e4
Linguagem composição/criação, execução e apreciação
musical.
(EF15AR56BA) Explorar as propriedades do
som em diversos contextos.
(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas,
como as existentes no próprio corpo (palmas,
voz, percussão corporal), na natureza e em
objetos cotidianos, reconhecendo os elementos
Materialidade 1, 4, 5 e 6 constitutivos da música e as características de
instrumentos musicais variados.
(EF15AR57BAExplorar diferentes fontes
sonoras de modo individual, coletivo e
colaborativo.
232

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR58BA) Reconhecer os timbres das
diferentes fontes sonoras.
(EF15AR16) Explorar diferentes formas de
registro musical não convencional
Notação e (representação gráfica de sons, partituras
1e5
Registro Musical criativas etc.), bem como procedimentos e
técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não
Processos de
4e8 convencionais, de modo individual, coletivo e
Criação
colaborativo.
(EF15AR59BA) Experimentar improvisações e
composições de modo individual,
coletivo e colaborativo.
(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida
cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
fisicalidades, diversidade de personagens e
Contextos e
Teatro 1 narrativas etc.).
Práticas
(EF15AR60BA) Reconhecer os diferentes
elementos constitutivos do teatro, relacionando-
lhes com suas utilizações e funções no
cotidiano.
(EF15AR20) Experimentar o trabalho
colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos
criativos em teatro, explorando desde a
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
Elementos da estéticas e culturais.
1, 4 e 8
Linguagem (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e
reflexiva.
Processos de (EF15AR61BA) Identificar, reconhecer e
1e8
Criação vivenciar diferentes estéticas teatrais.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas.
Processo de
Artes Integradas 1e2 (EF15AR62BA) Reconhecer e experimentar, em
Criação
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas da cultura
local.
Matrizes (EF15AR24) Caracterizar e experimentar
Estéticas e 1, 3, 4, 5 8 e 9 brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
Culturais
233

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


canções e histórias de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
(EF15AR45BA) Realizar rodas de capoeira com
dança jogo e música.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo-se
suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
de diferentes épocas, favorecendo a construção
de vocabulário e repertório relativos às
Patrimônio
1, 3 e 9 diferentes linguagens artísticas.
Cultural
(EF15AR63BA) Conhecer e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a local,
favorecendo a construção de vocabulário e
repertório relativos às diferentes linguagens
artísticas.
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
Artes e
7 eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
Tecnologia
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística.

3º ANO
UNIDADES OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ CONHECIMENT COMPETENCIAS HABILIDADES
LINGUAGENS O
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas
distintas das artes visuais tradicionais e
contemporâneas, cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
Contextos e (EF15AR64BA) Identificar e apreciar formas
Artes Visuais 1, 4 e 8
Práticas distintas das artes visuais, enfatizando a
produção artística moderna brasileira como
propositora da independência cultural do país
e cultivando a percepção, o imaginário, a
capacidade de simbolizar e o repertório
imagético.
(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, cor, espaço, movimento etc.).
(EF15AR65BA) Demonstrar, empregar e ilustrar
Elementos da elementos constitutivos das artes visuais
1, 4 e 8
Linguagem (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento
etc.), identificando-os e percebendo-os nas
manifestações artísticas visuais estudadas
como elementos que caracterizam visualmente
as obras de Artes Urbanas

234

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
artes visuais nas manifestações artísticas das
culturas locais, regionais e nacionais.
(EF12AR66BA) Reconhecer e analisar a
Matrizes influência de distintas matrizes estéticas e
Estéticas e 1, 3 e 8 culturais das artes visuais nas manifestações
Culturais artísticas do modernismo brasileiro presentes
nas culturas locais, regionais e nacionais.
(EF15AR67BA) Reconhecer a influência de
distintas matrizes estéticas e culturais das Artes
Visuais nas manifestações artísticas das
culturas locais.
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de
expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos,
Materialidades 1, 4 e 8 recursos e técnicas convencionais e não
convencionais.
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes
visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da
escola e da comunidade.
(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as
dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
(EF15AR68BA) Dialogar sobre a sua criação e
Processos de
7e8 as dos colegas, para alcançar sentidos
Criação
plurais, ampliando a percepção da
multiplicidade de significados atribuíveis às
manifestações artísticas.
(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias
do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).
(EF15AR69BA) Reconhecer algumas
Sistemas de
1e9 categorias do sistema das artes visuais
Linguagem
(museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, curadores etc.), destacando a
presenças dos museus de arte moderna em
diferentes capitais do Brasil.
(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas
distintas de manifestações da dança presentes
em diferentes contextos, cultivando a
Contextos e percepção, o imaginário, a capacidade de
Dança 1e4
Práticas simbolizar e o repertório corporal.
(EF15AR70BA) Apreciar, reconhecer e produzir
elementos constitutivos do espetáculo de
dança.
(EF15AR09) Estabelecer relações entre as
Elementos da
1, 3, 4 e 8 partes do corpo e destas com o todo corporal
Linguagem
na construção do movimento dançado.

235

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR10) Experimentar diferentes formas de
orientação no espaço (deslocamentos, planos,
direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
(lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.
(EF15AR34BA) Adquirir a disciplina necessária
à prática de uma atividade física e artística: a
capoeira.
(EF15AR38BA) Contextualizar a história da
Matrizes capoeira através de vivências corporais.
Estéticas e 1, 2, 3, 4 e 8 (EF15AR71BA) Vivenciar a ginga e os golpes
Culturais de defesa e ataque a partir de dinâmicas em
grupo.
(EF15AR11) Criar e improvisar movimentos
dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com
base nos códigos de dança. (EF15AR12)
Discutir, com respeito e sem preconceito, as
experiências pessoais e coletivas em dança
Processo de
3, 4 e 8 vivenciadas na escola, como fonte para a
Criação
construção de vocabulários e repertórios
próprios.
(EF15AR72BA) Vivenciar práticas de dança na
escola, na comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR73BA) Apreciar e relatar as
apresentações de dança ocorridas na escola, na
comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente
diversas formas e gêneros de expressão
musical, reconhecendo e analisando os usos e
as funções da música em diversos contextos de
circulação, em especial, aqueles da vida
cotidiana.
Contexto e
Música 1, 4 e 8 (EF15AR74BA) Identificar e apreciar
práticas
criticamente diversas formas e gêneros de
expressão musical, enfatizando a música
popular brasileira reconhecendo os usos e as
funções da música em diversos contextos de
circulação, em especial, aqueles da vida
cotidiana.
(EF15AR14) Perceber e explorar os elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de
Elementos da
1, 2 e 8 composição/criação, execução e apreciação
Linguagem
musical.
(EF15AR75BA) Distinguir os elementos
constitutivos da música em diversos contextos
musicais.
236

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR76BA) Distinguir as propriedades do
som em diversos contextos.
(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas,
como as existentes no próprio corpo (palmas,
voz, percussão corporal), na natureza e em
objetos cotidianos, reconhecendo os elementos
constitutivos da música e as características de
Materialidades 2, 4 e 5 instrumentos musicais variados.
(EF15AR77BA) Explorar diferentes fontes
sonoras de modo individual, coletivo e
colaborativo.
(EF15AR78BA) Reconhecer os timbres das
diferentes fontes sonoras
(EF15AR16) Explorar diferentes formas de
registro musical não convencional
Notação e (representação gráfica de sons, partituras
1e5
Registro Musical criativas etc.), bem como procedimentos e
técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
Processos de outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
4e8
Criação instrumentos musicais convencionais ou não
convencionais, de modo individual, coletivo e
colaborativo.
Matrizes (EF15AR79BA) Conhecer, utilizar e aprender os
Estéticas e 2, 3, 4 e 8 toques básicos da capoeira a partir da utilização
Culturais de instrumento.
(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida
cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
Contextos e
Teatro 1e4 fisicalidades, diversidade de personagens e
práticas
narrativas etc.).
(EF15AR80BA) Apreciar, reconhecer e
vivenciar diferentes estéticas teatrais.
(EF15AR20) Experimentar o trabalho
colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos
Elementos da
1e3 criativos em teatro, explorando desde a
Linguagem
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
Processos de meio de músicas, imagens, textos ou outros
1, 2, 4, 5 e 8
Criação pontos de partida, de forma intencional e
reflexiva.
(EF15AR22) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
237

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR81BA) Experimentar possibilidades
criativas que levem a diferentes formas de
expressão (entonação e timbre de voz e
movimentos corporais expressivos) que
caracterizarem diferentes personagens,
levantando a discussão sobre o respeito às
diferenças e a diversidade de pessoas e
situações. A construção do personagem pode
começar com jogos de pesquisa, identificando
como agem pessoas do convívio (na escola, no
bairro, na família) quando estão alegres, tristes,
bravas etc., discutindo estereótipos, pois é
importante o aluno perceber quando o seu
personagem é estereotipado, ou seja, quando é
apenas uma repetição de um modelo
previamente conhecido, o que pode
comprometer a sua potência teatral.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas
Processo de (EF15AR82BA) Reconhecer e experimentar,
Artes Integradas 1, 2 e 4
Criação em projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas, partindo do
conhecimento já adquirido em arte nas quatro
linguagens estudadas.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
Matrizes
canções e histórias de diferentes matrizes
Estéticas e 2, 3, 4 e 8
estéticas e culturais.
Culturais
(EF15AR45BA) Realizar rodas de capoeira com
dança jogo e música.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo-se
Patrimônio
1, 3 e 9 suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
Cultural
de diferentes épocas, favorecendo a construção
de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
Arte e
1, 5 e 6 eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
Tecnologia
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística.

4º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas
Contextos e
Artes Visuais 1, 2, 3, 4 e 8 distintas das artes visuais tradicionais e
Práticas
contemporâneas, cultivando a percepção, o
238

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
(EF15AR27BA) Apontar a influência da matriz
das Artes Urbanas das Artes Visuais nas
manifestações artísticas das culturas locais,
regionais e nacionais.
(EF15AR83BA) Conectar, relacionar, diferenciar
e interpretar formas distintas das artes visuais
urbanas presentes na cultura local e regional
(arte da Bahia, incluindo as mulheres artistas e
os artistas de diferentes etnias) e perceber as
influências das matrizes estéticas que as
constituem, cultivando a percepção, o imaginário,
a capacidade de simbolizar e o repertório
imagético.
(EF15AR84BA) Conectar, interpretar e produzir
elementos constitutivos do berimbau.
(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, cor, espaço, movimento etc.).
(EF15AR85BA) Analisar, classificar, debater,
Elementos da
1, 2, 4 e 8 distinguir e elaborar elementos constitutivos das
Linguagem
artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço,
movimento etc.), das obras estudadas, de
objetos culturais e de imagens do cotidiano
escolar e das Artes Urbanas.
(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
artes visuais nas manifestações artísticas das
culturas locais, regionais e nacionais.
(EF15AR84BA) Conectar, interpretar e produzir
Matrizes elementos constitutivos do berimbau.
Estéticas e 1, 2, 3, 4, 8 e 9 (EF15AR86BA) Reconhecer e analisar a
Culturais influência de distintas matrizes estéticas e
culturais (arte e cultura de negros, de
descendentes europeus e de diversas etnias que
constituem o povo baiano) das artes visuais nas
manifestações artísticas das culturas locais,
regionais e nacionais.
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de
expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos
e técnicas convencionais e não convencionais.
Materialidades 1, 2, 4 e 8
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes
visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da
escola e da comunidade.
(EF15AR87BA) Perceber e construir as
materialidades que exigem fazer escolhas, de
239

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


investigação e manipulação da matéria
(materiais- tinta, argila, sucata, cola, materiais
naturais, etc... e meios- tela, papel, tecido,
madeira, aço, etc...)
(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as
dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
(EF15AR88BA) Experimentar a criação em artes
visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da
Processos de
1, 2, 4, 5, 6 e 8 escola e da comunidade, incluindo a produção de
Criação
córdeis, xilogravuras, ilustrações, pinturas,
mosaicos, cerâmica, esculturas,
instalações, fotografia, entre outros. Estimulando
o aluno a aprender a dialogar sobre o seu
processo de criação e justificar suas escolhas.
(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do
sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).
(EF15AR89BA) Reconhecer algumas categorias
do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores
Sistemas da etc.). Percebendo a as semelhanças e diferenças
1, 8 e 9
Linguagem entre categorias do sistema das artes visuais: 1-
Espaços de criação, produção e criadores; 2-
Espaço de catalogação, difusão, preservação e
suas equipes; 3- Espaço de exposição,
comercialização e seu público; 4-Espaços
públicos que são utilizados para abrigar obras de
arte.
(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas
distintas de manifestações da dança presentes
em diferentes contextos, cultivando a percepção,
Contextos e o imaginário, a capacidade de simbolizar e o
Dança 1, 2, 4 e 8
Práticas repertório corporal.
(EF15AR90BA) Compor, articular, formular e
executar elementos constitutivos do espetáculo
de dança.
(EF15AR09) Estabelecer relações entre as
partes do corpo e destas com o todo corporal na
construção do movimento dançado.
(EF15AR10) Experimentar diferentes formas de
Elementos da orientação no espaço (deslocamentos, planos,
Linguagem 1, 3, 4 e 8 direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
(lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.
(EF15AR34BA) Adquirir a disciplina necessária à
prática de uma atividade física e artística: a
capoeira.
Matrizes (EF15AR91BA) Vivenciar, contextualizar e
Estéticas e 1, 3, 4 e 8 executar a ginga e os golpes de defesa e ataque
Culturais a partir de dinâmicas em grupo.

240

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR11) Criar e improvisar movimentos
dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com base
nos códigos de dança. (EF15AR12) Discutir, com
respeito e sem preconceito, as experiências
Processos de pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
1, 4 e 8
Criação escola, como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
(EF15AR72BA) Vivenciar práticas de dança na
escola, na comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR73BA) Dialogar e analisar as
apresentações de dança ocorridas na escola, na
comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente
diversas formas e gêneros de expressão musical,
reconhecendo e analisando os usos e as funções
da música em diversos contextos de circulação,
em especial, aqueles da vida cotidiana.
(EF15AR92BA) Identificar e apreciar criticamente
diversas formas e gêneros de expressão
Contextos e
Música 1, 2, 3, 4 e 8 musical, reconhecendo os estilos musicais
Práticas
brasileiros, tais como: músicas africanas, congo,
reggae, Hip-hop, forró, MPB, samba,
gospel, músicas indígenas, sertanejo, entre
outros. Reconhecendo e analisando os usos e
as funções da música em diversos contextos de
circulação, em especial, aqueles da vida
cotidiana.
(EF15AR14) Perceber e explorar os elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de
Elementos da
1e4 composição/criação, execução e apreciação
Linguagem
musical.
(EF15AR93BA) Analisar os usos e as funções da
música em diversos contextos de circulação, em
especial, aqueles da vida cotidiana.
(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas,
como as existentes no próprio corpo (palmas,
voz, percussão corporal), na natureza e em
Materialidades 1, 4 e 8
objetos cotidianos, reconhecendo os elementos
constitutivos da música e as características de
instrumentos musicais variados.
(EF15AR16) Explorar diferentes formas de
Notação e registro musical não convencional (representação
1, 3 e 4
Registro Musical gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem
como procedimentos e técnicas de registro em

241

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


áudio e audiovisual, e reconhecer a notação
musical convencional.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não
Processe de
1e4 convencionais, de modo individual, coletivo e
Criação
colaborativo.
(EF15AR94BA) Experimentar improvisações e
composições de diversos gêneros musicais de
modo individual, coletivo e colaborativo.
Matrizes (EF15AR95BA) Identificar, utilizar e desenvolver
Estéticas e 1, 3, 4 e 8 os toques básicos da capoeira a partir da
Culturais utilização de instrumento.
(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida
cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
Contextos e fisicalidades, diversidade de personagens e
Teatro 1, 2 e 4
Práticas narrativas etc.).
(EF15AR96BA) Apreciar, reconhecer e vivenciar
diferentes estéticas e suas estruturas cênicas e
textuais.
(EF15AR20) Experimentar o trabalho
colaborativo, coletivo e autoral em improvisações
teatrais e processos narrativos criativos em
teatro, explorando desde a teatralidade dos
gestos e das ações do cotidiano até elementos
de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Elementos da
1, 2, 4, 5 e 8 (EF15AR22) Experimentar possibilidades
Linguagem
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF15AR97BA) Reconhecer, analisar e
manusear os diferentes elementos constitutivos
do teatro, relacionando-lhes com suas utilizações
e funções no cotidiano.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao compor
e encenar acontecimentos cênicos, por meio de
músicas, imagens, textos ou outros pontos de
partida, de forma intencional e reflexiva.
(EF15AR22) Experimentar possibilidades
Processos de
1, 4 e 8 criativas de movimento e de voz na criação de
Criação
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF15AR98BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo
estereótipos, levantando a discussão sobre o
respeito às diferenças e a diversidade de
pessoas e situações.

242

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções
e histórias de diferentes matrizes estéticas e
Artes Processos de culturais.
1, 2, 3, 4 e 8
Integradas Criação (EF15AR99BA) Analisar, experimentar e
executar projetos temáticos, as relações
processuais entre diversas linguagens
artísticas, valorizando os elementos e recursos
processuais específicos de cada uma das
linguagens na cultura baiana.

(EF15AR24) Caracterizar e experimentar


brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções
e histórias de diferentes matrizes estéticas e
Matrizes
1, 2, 3, 4, 5, 6 culturais.
Estéticas e
e8 (EF15AR45BA) Realizar rodas de capoeira com
Culturais
dança jogo e música.
(EF15AR108BA) Identificar elementos visuais, de
dança e musicais do berimbau.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas diversas,
em especial a brasileira, incluindo-se suas
Patrimônio
1e9 matrizes indígenas, africanas e europeias, de
cultural
diferentes épocas, favorecendo a construção de
vocabulário e repertório relativos às diferentes
linguagens artísticas.
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
1e5 eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística

5º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS
(EF15AR01) Identificar e apreciar formas
distintas das artes visuais tradicionais e
contemporâneas, cultivando a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
Contextos e (EF15AR101BA) Estruturar, relacionar,
Artes Visuais 1, 2, 3, 4, 5 e 8
Práticas interpretar, organizar e produzir formas distintas
das artes visuais e Artes Urbanas produzidas a
partir das tecnologias contemporâneas, tais
como: o Cinema, a Fotografia, a Arte
Cibernética, Arte de computador, Arte digital,
entre outros..., percebendo essas
243

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


manifestações artísticas em seu entorno e em
diferentes partes do mundo, cultivando a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, cor, espaço, movimento etc.).
(EF15AR102BA) Analisar, interpretar, debater,
Elementos da
1, 3, 4 e 8 distinguir e elaborar elementos constitutivos das
Linguagem
artes visuais Urbanas presentes nas
manifestações artísticas que utilizam
tecnologias contemporâneas, de objetos
culturais e de imagens do cotidiano escolar.
(EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
artes visuais nas manifestações artísticas das
culturas locais, regionais e nacionais.
(EF15AR84BA) Conectar, interpretar e produzir
Matrizes elementos constitutivos do berimbau.
Estéticas e 1, 3, 4 e 8 (EF15AR86BA) Reconhecer e analisar a
Culturais influência de distintas matrizes estéticas e
culturais (arte e cultura de negros, de
descendentes europeus e de diversas etnias
que constituem o povo baiano) das artes visuais
nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais e nacionais.
(EF15AR04) Experimentar diferentes formas de
expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos
Materialidades 1, 2, 4 e 8
e técnicas convencionais e não convencionais.
(EF15AR05) Experimentar a criação em artes
visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da
escola e da comunidade.
(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as
dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
(EF15AR68BA) Dialogar sobre a sua criação e
Processos de
1, 4 e 8 as dos colegas, para alcançar sentidos
Criação
plurais, ampliando a percepção da
multiplicidade de significados atribuíveis às
manifestações artísticas.
(EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do
sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).
Sistema de (EF15AR69BA) Reconhecer algumas categorias
1, 2, 4 e 8
Linguagens do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores
etc.), destacando a presenças dos museus de
arte moderna em diferentes capitais do Brasil.

244

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR08) Experimentar e apreciar formas
distintas de manifestações da dança presentes
Contextos e
Dança 1, 4 e 8 em diferentes contextos, cultivando a
Práticas
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório corporal.
(EF15AR09) Estabelecer relações entre as
partes do corpo e destas com o todo corporal na
construção do movimento dançado.
(EF15AR10) Experimentar diferentes formas de
orientação no espaço (deslocamentos, planos,
Elementos da
1, 3, 4 e 8 direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
Linguagem
(lento, moderado e rápido) na construção do
movimento dançado.
(EF15AR34BA) Adquirir a disciplina necessária
à prática de uma atividade física e artística: a
capoeira.
(EF15AR103BA) Vivenciar, estruturar,
Matrizes Culturais relacionar, interpretar e executar a ginga e os
1, 3, 4 e 8
e Estéticas golpes de defesa e ataque a partir de dinâmicas
em grupo.
(EF15AR11) Criar e improvisar movimentos
dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos
estruturais, dinâmicos e expressivos dos
elementos constitutivos do movimento, com
base nos códigos de dança. (EF15AR12)
Discutir, com respeito e sem preconceito, as
experiências pessoais e coletivas em dança
Processes de
1, 2, 4 e 8 vivenciadas na escola, como fonte para a
Criação
construção de vocabulários e repertórios
próprios.
(EF15AR72BA) Vivenciar práticas de dança na
escola, na comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR73BA) Dialogar e analisar as
apresentações de dança ocorridas na escola, na
comunidade e em espaços culturais.
(EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente
diversas formas e gêneros de expressão
musical, reconhecendo e analisando os usos e
as funções da música em diversos contextos de
circulação, em especial, aqueles da vida
cotidiana.
Contextos e (EF15AR92BA) Identificar e apreciar
Música 1, 3, 4, 5 e 8
Práticas criticamente diversas formas e gêneros de
expressão musical, reconhecendo os estilos
musicais brasileiros, tais como: músicas
africanas, congo, reggae, Hip-hop, forró, MPB,
samba, gospel, músicas indígenas, sertanejo,
entre outros. Reconhecendo e analisando os
usos e as funções da música em diversos

245

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


contextos de circulação, em especial, aqueles
da vida cotidiana.
(EF15AR14) Perceber e explorar os elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
brincadeiras, canções e práticas diversas de
Elementos da composição/criação, execução e apreciação
1, 3, 4 e 8
Linguagem musical.
(EF15AR104BA) Empregar, ilustrar e
contextualizar os usos e as funções da música
em diversos contextos de circulação, em
especial, aqueles da vida cotidiana.
(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas,
como as existentes no próprio corpo (palmas,
voz, percussão corporal), na natureza e em
Materialidades 1, 4 e 8
objetos cotidianos, reconhecendo os elementos
constitutivos da música e as características de
instrumentos musicais variados.
(EF15AR16) Explorar diferentes formas de
registro musical não convencional
Notação e (representação gráfica de sons, partituras
1e5
Registro Musical criativas etc.), bem como procedimentos e
técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não
Processos de
1, 4 e 8 convencionais, de modo individual, coletivo e
Criação
colaborativo.
(EF15AR94BA) Experimentar improvisações e
composições de diversos gêneros musicais de
modo individual, coletivo e colaborativo.
Matrizes (EF15AR95BA) Identificar, utilizar e desenvolver
Estéticas e 1, 3, 4 e 8 os toques básicos da capoeira a partir da
Culturais utilização de instrumento
(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida
cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
Contextos e fisicalidades, diversidade de personagens e
Teatro 1, 2, 4, 5 e 8
Práticas narrativas etc.).
(EF15AR105BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir diferentes
estéticas e suas estruturas cênicas e textuais.
(EF15AR20) Experimentar o trabalho
colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos
Elementos da
Teatro 1, 2, 4, 5 e 8 criativos em teatro, explorando desde a
Linguagem
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
246

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR22) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF15AR106BA) Aplicar, experimentar, articular
e formular os diferentes elementos constitutivos
do teatro, relacionando-lhes com suas
utilizações e funções no cotidiano.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e
reflexiva.
Processos de (EF15AR22) Experimentar possibilidades
1, 4 e 8
Criação criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF15AR98BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo
estereótipos, levantando a discussão sobre o
respeito às diferenças e a diversidade de
pessoas e situações.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
Artes Processos de estéticas e culturais.
1, 2, 3, 4 e 8
Integradas Criação (EF15AR107BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, valorizando os
elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura baiana.

(EF15AR24) Caracterizar e experimentar


brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
Matrizes
1, 2, 3, 4, 5, 6 e estéticas e culturais.
Estéticas e
8 (EF15AR45BA) Realizar rodas de capoeira com
Culturais
dança jogo e música.
(EF15AR108BA) Identificar elementos visuais,
de dança e musicais do berimbau.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo-se
Patrimônio
1e9 suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
Cultural
de diferentes épocas, favorecendo a construção
de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
247

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
Artes e
1e5 eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
Tecnologia
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística

6º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS
(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar
formas distintas das artes visuais tradicionais e
contemporâneas, em obras de artistas
brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e
em diferentes matrizes estéticas e culturais, de
modo a ampliar a experiência com diferentes
contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes
Contextos e estilos visuais, contextualizando-os no tempo e
Artes Visuais 1e9 no espaço.
Práticas
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as
linguagens das artes visuais se integram às
linguagens audiovisuais (cinema, animações,
vídeos etc.), gráficas (capas de livros,
ilustrações de textos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.
(EF69AR89BA) Reconhecer e explorar as cores
primárias, secundárias e terciárias, quentes e
frias dialogando com os diversos contextos da
arte urbana.

(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos


das artes visuais (ponto, linha, forma, direção,
cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento
etc.) na apreciação de diferentes produções
artísticas.
Elementos da
1e3 (EF69AR90BA) Conhecer e manipular os
Linguagem diversos instrumentos e utensílios específicos
do fazer artístico visual e artesanal.
(EF69AR91BA) Experimentar e aplicar
diferentes técnicas de produção manual em
artes visuais.

Matrizes (EF69AR92BA) Experimentar a criação em


esteticas e 3 Artes Visuais na modalidade do Grafite, de
Culturais modo individual, coletivo e colaborativo,

248

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


explorando diferentes espaços da escola e da
comunidade.
(EF69AR93BA) Reconhecer, identificar e recriar
sentidos estéticos presentes nas produções
visuais de cunho histórico e identitário.
(EF69AR94BA) Conhecer e validar as diversas
formas de expressão da arte visual presentes
na cultura afro-brasileira, através da aplicação
da lei 10.639/10, que estabelece a
obrigatoriedade do ensino de "história e cultura
afro-brasileira" dentro das disciplinas que já
fazem parte das grades curriculares dos ensinos
fundamental e médio.

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes


formas de expressão artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
Materialidades modelagem, instalação, vídeo, fotografia,
1e6 performance etc.)
(EF69AR95BA) Reconhecer algumas categorias
do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.)

(EF69AR06) Desenvolver processos de criação


em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de
materiais, instrumentos e recursos
convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.
Processos de (EF69AR96BA) Conhecer, analisar e relacionar
1 os diferentes aspectos estéticos que marcam as
criação
artes visuais na história.
(EF69AR97BA) Identificar e distinguir os traços
e os elementos que caracterizam a arte visual
afro-brasileira contemporânea.
(EF69AR98BA) Desenvolver processos de
criação em artes visuais que mobilize diálogos
entre o passado e o presente.
(EF69AR99BA) Reconhecer algumas categorias
do sistema das artes visuais (museus, galerias,
instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).

(EF69AR08) Diferenciar as categorias de artista,


Sistemas da artesão, produtor cultural, curador, designer,
4
linguagem

249

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes visuais.
(EF69AR100BA) Experimentar e aplicar
diferentes técnicas de produção manual em
artes visuais.
(EF69AR101BA) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas
produções visuais.

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes


formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e
grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas.
(EF69AR102BA) Identificar, reconhecer,
analisar, vivenciar e contextualizar diferentes
estéticas de expressão, representação e
Contextos e encenação da dança, e suas respectivas
Dança 3
práticas estruturas rítmicas e coreográficas.
(EF69AR103BA) Conhecer, identificar e
explorar a diversidade de possibilidades que a
dança mobiliza com os seus vários ritmos,
movimentos e jogos de corpo através da prática
da capoeira, Hip-Hop, Dança de Salão, Forró,
Xote, Samba de roda, Arrocha, Valsa, Salsa,
Lambada, dança contemporanea e dança afro-
brasileira.

(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos


do movimento cotidiano e do movimento
dançado, abordando, criticamente, o
desenvolvimento das formas da dança em sua
história tradicional e contemporânea.
(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores
de movimento (tempo, peso, fluência e espaço)
como elementos que, combinados, geram as
ações corporais e o movimento dançado.
Elementos da
4 (EF69AR105BA) Analisar e experimentar
linguagem
diferentes elementos (figurino, iluminação,
cenário, trilha sonora etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para
composição cênica e apresentação
coreográfica.
(EF69AR104BA) Reconhecer, validar e aplicar
um amplo repertório de movimentos corporais
que dialogue com a linguagem da reflexão e
fruição.

250

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR12) Investigar e experimentar
procedimentos de improvisação e criação do
movimento como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
(EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos,
danças coletivas e outras práticas de dança de
diferentes matrizes estéticas e culturais como
referência para a criação e a composição de
danças autorais, individualmente e em grupo.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes
elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha
sonora etc.) e espaços (convencionais e não
Matrizes estéticas convencionais) para composição cênica e
3e4
e culturais apresentação coreográfica.
(EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e
coletivas em dança vivenciadas na escola e em
outros contextos, problematizando estereótipos
e preconceitos.
(EF69AR105BA) Analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, favorecendo a
afirmação de identidades, cidadanias e a
construção de vocabulário e repertório relativos
às diferentes linguagens artísticas do corpo.

(EF69AR106BA) Pesquisar e analisar diferentes


formas de expressão corporal, representação e
encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança, de artistas
locais, de grupos artísticos, culturais, brasileiros
e estrangeiros de diferentes épocas.
(EF69AR107BA) Relacionar e conectar as
práticas artísticas da dança às diferentes
Materialidades 3e9 dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR108BA) Conhecer e se apropriar da
história das estéticas da dança em estudos
dirigidos sobre as danças circulares, samba de
roda, forró, sapateado, Jazz, dança afro-
brasileira, hip-hop, dança de rua e as diversas
danças de salão, contextualizando-as no tempo
e no espaço.

(EF69AR109BA) Discutir as experiências


Processos de pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
1, 3 e 8
criação escola e em outros contextos sociais,
problematizando estereótipos e preconceitos

251

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


étnicos, de gênero e sexualidade, nas suas
interseccionalidades.
(EF69AR110BA) Descrever a partir de
experimentações, das quais possibilite dançar o
passado, dançar a ancentralidade e suas
mitologias, dançar o silêncio, dançar os sons do
corpo identitário e os sons do mundo na sua
diversidade.

(EF69AR111BA) Identificar, validar e vivenciar


práticas de dança na escola, na comunidade e
em espaços culturais locais.
(EF69AR112BA) Pesquisar, reconhecer e visitar
espaços artísticos voltados para ensaios de
dança e de produções de artistas e de grupos de
dança da comunidade local.
Sistemas de
1 (EF69AR113BA) Apreciar, analisar e criticar as
linguagem
produções e apresentações de dança ocorridas
na escola, na comunidade e em espaços
culturais locais e nacionais.
(EF69AR114BA) Conhecer, validar e entrevistar
estudantes, artistas dançarinos, produtores da
escola, da comunidade e também artistas e
produtores de grande circulação midiática.

(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da


apreciação musical, usos e funções da música
em seus contextos de produção e circulação,
relacionando as práticas musicais às diferentes
dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente,
diferentes meios e equipamentos culturais de
circulação da música e do conhecimento
musical.
(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de
Contexto e
Música 1 músicos e grupos de música brasileiros e
práticas
estrangeiros que contribuíram para o
desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes
estilos musicais, contextualizando-os no tempo
e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade
de apreciação da estética musical.
(EF69AR115BA) Identificar, reconhecer e
explorar fontes históricas de materiais sonoros
provenientes dos sintetizadores de som,
reconhecendo timbres de instrumentos musicais
na sua diversidade artística e cultural.

252

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR116BA) Pesquisar e reconhecer os
usos e funções da música em seus contextos de
produção e circulação, especialmente a trilha
sonora de propagandas eJingles, relacionando
essa prática musical às diferentes dimensões da
vida social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética.

(EF69AR20) Explorar e analisar elementos


constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
composição/criação, execução e apreciação
Elementos da musicais.
1
linguagem
(EF69AR117BA) Pesquisar, identificar e
desenvolver os diferentes modos de produção
musical, através dos ciberespaços, numa
dinâmica que conecte o contexto social e a
arte urbana com o Rap, hip-hop, street dance,
musica eletrônica, etc.

Conhecer, utilizar e aprender os toques básicos


Matrizes estéticas da capoeira como elemento histórico e cultural
1e3
e culturais estético, a partir da utilização de instrumentos
de percussão apropriados.

(EF69AR118BA) Pesquisar fontes históricas de


materiais sonoros para as práticas de
composição, criação, apreciação e produção
musical, reconhecendo os valores culturais
como parte integrante na identificação de
Materialidades 1e6 instrumentos musicais diversos.
(EF69AR119BA) Reconhecer e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical e
sua diversidade.

(EF69AR22) Explorar e identificar diferentes


formas de registro musical (notação musical
tradicional, partituras criativas e procedimentos
da música contemporânea), bem como
procedimentos e técnicas de registro em áudio e
Processos de audiovisual.
1
criação.
(EF69AR120BA) Identificar e reconhecer a
utilidade de objetos e materiais sustentáveis na
produção musical, numa dinâmica que envolve
saberes históricos e ancestralidades na
produção de sons e efeitos sonoros diversos.

253

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR121BA) Explorar e criar improvisações,
composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras,
entre outros, utilizando vozes, sons corporais
e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos,
convencionais ou não convencionais,
expressando ideias musicais de maneira
individual, coletiva e colaborativa.

(EF69AR122BA) Pesquisar e Identificar


diferentes estilos musicais, contextualizando-os
Sistemas da
1 no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
linguagem
capacidade de apreciação da estética musical e
ampliação de repertórios na sua diversidade.

(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e


grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de
diferentes épocas, investigando os modos de
criação, produção, divulgação, circulação e
organização da atuação profissional em teatro.
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes
Contextos e
Teatro 3 estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e
práticas
no espaço de modo a aprimorar a capacidade
de apreciação da estética teatral.
(EF69AR123BA) Pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos urbanos para o
acontecimento teatral, em diálogo com a arte
cênica contemporânea.

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos


envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários. (EF69AR27) Pesquisar e criar
Elementos da formas de dramaturgias e espaços cênicos para
4e8
linguagem o acontecimento teatral, em diálogo com o
teatro contemporâneo.
(EF69AR124BA) Reconhecer e explorar os
diferentes tipos de personagens relacionados às
estéticas teatrais estudadas.

(EF69AR28) Investigar e experimentar


diferentes funções teatrais e discutir os limites e
desafios do trabalho artístico coletivo e
colaborativo.
Processos de (EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as
2, 7 e 8 construções corporais e vocais de maneira
criação
imaginativa na improvisação teatral e no jogo
cênico.
(EF69AR30) Compor improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos ou outros estímulos (música,
254

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


imagens, objetos etc.), caracterizando
personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
(EF69AR125BA) Vivenciar e executar práticas
diversas de teatro na escola, na comunidade e
em espaços culturais.
(EF69AR126BA) Explorar diferentes elementos
envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.
(EF69AR127BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, problematizando
estereótipos e debatendo sobre o respeito às
diferenças e a diversidade de gênero, raça,
sexualidade e suas inteseccionalidades.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR128BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
Processos de diversas linguagens artísticas, valorizando os
Artes integradas 2
criação elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
(EF69AR129BA) Analisar aspectos históricos,
sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e
as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.)
(EF69AR33) Analisar aspectos históricos,
sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e
as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.).
Matrizes estéticas (EF69AR130BA) Pesquisar e experimentar a
8
culturais pratica do Hip-hop como forma de arte que
integra a musica, a dança e o texto poético
ritmado.
(EF15AR131BA) Identificar elementos visuais,
no letramento de dança e musicas através de
instrumentos de percussão.
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio
cultural, material e imaterial, de culturas
Patrimônio
1 diversas, em especial a brasileira, incluindo
cultural
suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
de diferentes épocas, e favorecendo a

255

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


construção de vocabulário e repertório relativos
às diferentes linguagens artísticas.
(EF15AR132BA) Identificar e validar os diversos
elementos constitutivos das artes urbanas como
patrimônio artístico e cultural.

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes


tecnologias e recursos digitais para acessar,
apreciar, produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios artísticos, de modo
reflexivo, ético e responsável.
(EF15AR133BA) Pesquisar e elaborar
Arte e tecnologia 5 diferentes modos de acesso as tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação, produção e montagens de peças
artísticas que integrem as diversas linguagens.

7º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS
(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar
formas distintas das Artes Visuais tradicionais e
contemporâneas, em obras de artistas
brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas
e em diferentes matrizes estéticas e culturais,
de modo a ampliar a experiência com diferentes
contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
Contextos e (EF15AR134BA) Analisar os elementos
Artes Visuais 1
Práticas constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
espaço, movimento etc.) na apreciação de
diferentes produções artísticas.
(EF15AR135BA) Analisar situações nas quais
as linguagens das artes visuais se integram às
linguagens audiovisuais (cinema, animações,
vídeos etc.), gráficas (capas de livros,
ilustrações de textos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.

(EF69AR04) Analisar os elementos


constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
Elementos da
1e4 forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
Linguagem
espaço, movimento etc.) na apreciação de
diferentes produções artísticas.
256

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR136BA) Conhecer e manipular os
diversos instrumentos e utensílios específicos
do fazer artístico visual e artesanal.
(EF69AR137BA) Experimentar e aplicar
diferentes técnicas de produção manual em
artes visuais

(EF69AR138BA) Experimentar a criação em


Artes Visuais na modalidade do Grafite, de
modo individual, coletivo e colaborativo,
explorando diferentes espaços da escola e da
comunidade.
(EF69AR139BA) Reconhecer, identificar e
recriar sentidos estéticos presentes nas
Matrizes produções visuais de cunho histórico e
esteticas e 3 identitário.
Culturais (EF69AR140BA) Conhecer e validar as
diversas formas de expressão da arte visual
presentes na cultura afro-brasileira, através da
aplicação da lei 10.639/10, que estabelece a
obrigatoriedade do ensino de "história e cultura
afro-brasileira" dentro das disciplinas que já
fazem parte das grades curriculares dos
ensinos fundamental e médio.

(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes


formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura,
escultura, modelagem, instalação, vídeo,
Materialidades 1e2 fotografia, performance etc.)
(EF69AR141BA) Reconhecer algumas
categorias do sistema das artes visuais
(museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, curadores etc.

(EF69AR06) Desenvolver processos de criação


em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de
materiais, instrumentos e recursos
Processos de convencionais, alternativos e digitais.
criação 1, 2, 6, 8 (EF69AR07) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.
(EF69AR142BA) Conhecer, analisar e
relacionar os diferentes aspectos estéticos que
marcam as artes visuais na história.

257

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR143BA) Identificar e distinguir os
traços e os elementos que caracterizam a arte
visual afro-brasileira contemporânea.
(EF69AR144BA) Desenvolver processos de
criação em artes visuais que mobilize diálogos
entre o passado e o presente.
(EF69AR145BA) Reconhecer algumas
categorias do sistema das artes visuais
(museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, curadores etc.).

(EF69AR08) Diferenciar as categorias de


artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações
entre os profissionais do sistema das artes
visuais.
(EF69AR146BA) Experimentar e aplicar
Sistemas da 1
diferentes técnicas de produção manual em
linguagem
artes visuais.
(EF69AR147BA) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas
produções visuais

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes


formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e
grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas.
(EF69AR148BA) Identificar, reconhecer,
analisar, vivenciar e contextualizar diferentes
estéticas de expressão, representação e
Contextos e encenação da dança, e suas respectivas
Dança 3
práticas estruturas rítmicas e coreográficas.
(EF69AR149BA) Conhecer, identificar e
explorar a diversidade de possibilidades que a
dança mobiliza com os seus vários ritmos,
movimentos e jogos de corpo através da
prática da capoeira, Hip-Hop, Dança de Salão,
Forró, Xote, Samba de roda, Arrocha, Valsa,
Salsa, Lambada, dança contemporanea e
dança afro-brasileira.

(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos


do movimento cotidiano e do movimento
Elementos da
4 dançado, abordando, criticamente, o
linguagem
desenvolvimento das formas da dança em sua
história tradicional e contemporânea.

258

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores
de movimento (tempo, peso, fluência e espaço)
como elementos que, combinados, geram as
ações corporais e o movimento dançado.
(EF69AR150BA) Analisar e experimentar
diferentes elementos (figurino, iluminação,
cenário, trilha sonora etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para
composição cênica e apresentação
coreográfica.
(EF69AR151BA) Reconhecer, validar e aplicar
um amplo repertório de movimentos corporais
que dialogue com a linguagem da reflexão e
fruição.

(EF69AR12) Investigar e experimentar


procedimentos de improvisação e criação do
movimento como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
(EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos,
danças coletivas e outras práticas de dança de
diferentes matrizes estéticas e culturais como
referência para a criação e a composição de
danças autorais, individualmente e em grupo.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes
elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha
sonora etc.) e espaços (convencionais e não
Matrizes estéticas convencionais) para composição cênica e
3e4
e culturais apresentação coreográfica.
(EF69AR15) Discutir as experiências pessoais
e coletivas em dança vivenciadas na escola e
em outros contextos, problematizando
estereótipos e preconceitos.
(EF69AR152BA) Analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, favorecendo a
afirmação de identidades, cidadanias e a
construção de vocabulário e repertório relativos
às diferentes linguagens artísticas do corpo.

(EF69AR152BA) Pesquisar e analisar


diferentes formas de expressão corporal,
Materialidades representação e encenação da dança,
3e9 reconhecendo e apreciando composições de
dança, de artistas locais, de grupos artísticos,
culturais, brasileiros e estrangeiros de
diferentes épocas.

259

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR153BA) Relacionar e conectar as
práticas artísticas da dança às diferentes
dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR154BA) Conhecer e se apropriar da
história das estéticas da dança em estudos
dirigidos sobre as danças circulares, samba de
roda, forró, sapateado, Jazz, dança afro-
brasileira, hip-hop, dança de rua e as diversas
danças de salão, contextualizando-as no tempo
e no espaço.

(EF69AR155BA) Discutir as experiências


pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
escola e em outros contextos sociais,
problematizando estereótipos e preconceitos
étnicos, de gênero e sexualidade, nas suas
Processos de interseccionalidades.
1, 3 e 8
criação (EF69AR156BA) Descrever a partir de
experimentações, das quais possibilite dançar
o passado, dançar a ancentralidade e suas
mitologias, dançar o silêncio, dançar os sons
do corpo identitário e os sons do mundo na
sua diversidade.

(EF69AR157BA) Identificar, validar e vivenciar


práticas de dança na escola, na comunidade e
em espaços culturais locais.
(EF69AR158BA) Pesquisar, reconhecer e
visitar espaços artísticos voltados para ensaios
de dança e de produções de artistas e de
grupos de dança da comunidade local.
Sistemas de
1e4 (EF69AR159BA) Apreciar, analisar e criticar as
linguagem
produções e apresentações de dança ocorridas
na escola, na comunidade e em espaços
culturais locais e nacionais.
(EF69AR160BA) Conhecer, validar e entrevistar
estudantes, artistas dançarinos, produtores da
escola, da comunidade e também artistas e
produtores de grande circulação midiática.

(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da


apreciação musical, usos e funções da música
em seus contextos de produção e circulação,
Contexto e relacionando as práticas musicais às diferentes
Música 1
práticas dimensões da vida social, cultural, política,
histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente,
diferentes meios e equipamentos culturais de

260

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


circulação da música e do conhecimento
musical.
(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de
músicos e grupos de música brasileiros e
estrangeiros que contribuíram para o
desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes
estilos musicais, contextualizando-os no tempo
e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR161BA) Identificar, reconhecer e
explorar fontes históricas de materiais sonoros
provenientes dos sintetizadores de som,
reconhecendo timbres de instrumentos
musicais na sua diversidade artística e cultural.
(EF69AR162BA) Pesquisar e reconhecer os
usos e funções da música em seus contextos
de produção e circulação, especialmente a
trilha sonora de propagandas
eJingles, relacionando essa prática musical às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR20) Explorar e analisar elementos


constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
composição/criação, execução e apreciação
Elementos da musicais.
1e2
linguagem
(EF69AR163BA) Pesquisar, identificar e
desenvolver os diferentes modos de produção
musical, através dos ciberespaços, numa
dinâmica que conecte o contexto social e a
arte urbana com o Rap, hip-hop, street dance,
musica eletrônica, etc.

(EF69AR164BA) Conhecer, utilizar e aprender


Matrizes estéticas os toques básicos da capoeira como elemento
3
e culturais histórico e cultural estético, a partir da utilização
de instrumentos de percussão apropriados.

(EF69AR165BA) Pesquisar fontes históricas de


materiais sonoros para as práticas de
composição, criação, apreciação e produção
musical, reconhecendo os valores culturais
Materialidades 1, 2 e 4
como parte integrante na identificação de
instrumentos musicais diversos.
(EF69AR166BA) Reconhecer e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os

261

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical e
sua diversidade.

(EF69AR22) Explorar e identificar diferentes


formas de registro musical (notação musical
tradicional, partituras criativas e procedimentos
da música contemporânea), bem como
procedimentos e técnicas de registro em áudio
e audiovisual.
(EF69AR167BA) Identificar e reconhecer a
utilidade de objetos e materiais sustentáveis na
Processos de produção musical, numa dinâmica que envolve
1e2
criação saberes históricos e ancestralidades na
produção de sons e efeitos sonoros diversos.
(EF69AR168BA) Explorar e criar
improvisações, composições, arranjos, jingles,
trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes,
sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou
eletrônicos, convencionais ou não
convencionais, expressando ideias musicais de
maneira individual, coletiva e colaborativa.

(EF69AR169BA) Pesquisar e Identificar


diferentes estilos musicais, contextualizando-os
Sistemas da
1 no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
linguagem
capacidade de apreciação da estética musical e
ampliação de repertórios na sua diversidade.

(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e


grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de
diferentes épocas, investigando os modos de
criação, produção, divulgação, circulação e
organização da atuação profissional em teatro.
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes
Contextos e
Teatro 3 estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e
práticas
no espaço de modo a aprimorar a capacidade
de apreciação da estética teatral.
(EF69AR170BA) Pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos urbanos para o
acontecimento teatral, em diálogo com a arte
cênica contemporânea.

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos


envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
Elementos da iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
3e5
linguagem vocabulários. (EF69AR27) Pesquisar e criar
formas de dramaturgias e espaços cênicos para
o acontecimento teatral, em diálogo com o
teatro contemporâneo.

262

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR171BA) Reconhecer e explorar os
diferentes tipos de personagens relacionados
às estéticas teatrais estudadas.

(EF69AR28) Investigar e experimentar


diferentes funções teatrais e discutir os limites e
desafios do trabalho artístico coletivo e
colaborativo.
(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as
construções corporais e vocais de maneira
imaginativa na improvisação teatral e no jogo
cênico.
(EF69AR30) Compor improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos ou outros estímulos (música,
imagens, objetos etc.), caracterizando
personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e
Processos de considerando a relação com o espectador.
1, 2, 6 e 8
criação
(EF69AR172BA) Vivenciar e executar práticas
diversas de teatro na escola, na comunidade e
em espaços culturais.
(EF69AR173BA) Explorar diferentes elementos
envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.
(EF69AR174BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, problematizando
estereótipos e debatendo sobre o respeito às
diferenças e a diversidade de gênero, raça,
sexualidade e suas inteseccionalidades.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR175BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
Artes Processos de diversas linguagens artísticas, valorizando os
integradas criação 2 elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
(EF69AR176BA) Analisar aspectos históricos,
sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e
as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.)
(EF69AR33) Analisar aspectos históricos,
Matrizes estéticas
sociais e políticos da produção artística,
culturais 8
problematizando as narrativas eurocêntricas e
263

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.).
(EF69AR177BA) Pesquisar e experimentar a
pratica do Hip-hop como forma de arte que
integra a musica, a dança e o texto poético
ritmado.
(EF15AR178BA) Identificar elementos visuais,
no letramento de dança e musicas através de
instrumentos de percussão.

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio


cultural, material e imaterial, de culturas
diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
Patrimônio de diferentes épocas, e favorecendo a
1
cultural construção de vocabulário e repertório relativos
às diferentes linguagens artísticas.
(EF15AR179BA) Identificar e validar os
diversos elementos constitutivos das artes
urbanas como patrimônio artístico e cultural.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes
tecnologias e recursos digitais para acessar,
apreciar, produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios artísticos, de modo
reflexivo, ético e responsável.
(EF15AR180BA) Pesquisar e elaborar
Arte e tecnologia 5e7 diferentes modos de acesso as tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação, produção e montagens de peças
artísticas que integrem as diversas linguagens.

8º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS

(EF15AR181BA) Pesquisar, apreciar e analisar


formas distintas das artes visuais tradicionais e
contemporâneas, em obras de artistas
brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e
em diferentes matrizes estéticas e culturais, de
Contextos e 1
modo a ampliar a experiência com diferentes
Artes Visuais Práticas
contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF15AR182BA) Pesquisar e analisar
diferentes estilos visuais, contextualizando-os
no tempo e no espaço.

264

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR183BA) Analisar situações nas quais
as linguagens das artes visuais se integram às
linguagens audiovisuais (cinema, animações,
vídeos etc.), gráficas (capas de livros,
ilustrações de textos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.

(EF15AR184BA) Analisar os elementos


Elementos da constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
1, 2, 4, 6 e 8
Linguagem forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
espaço, movimento etc.) na apreciação de
diferentes produções artísticas.

(EF15AR185BA) Analisar os elementos


constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
Matrizes espaço, movimento etc.) na apreciação de
Estéticas e diferentes produções artísticas.
1, 3 e 7
Culturais (EF15AR186BA) Apreciar e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
Artes Visuais nas manifestações artísticas das
culturas Ocidental e oriental.

(EF15AR187BA) Experimentar diferentes


formas de expressão artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.),
fazendo uso sustentável de materiais,
instrumentos, recursos e técnicas convencionais
Materialidades
1e4 e não convencionais.
(EF15AR188BA) Experimentar a criação em
artes visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da
escola e da comunidade.

(EF15AR189BA) Desenvolver processos de


criação em artes visuais, com base em temas
ou interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de
Processos de materiais, instrumentos e recursos
5e8
Criação convencionais, alternativos e digitais.
(EF15AR190BA) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.

(EF15AR191BA) Reconhecer e Diferenciar as


Sistema de
diversas categorias do sistema das artes visuais
Linguagens 3e7
(museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, etc.) e as categorias de artista,
265

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


artesão, produtor cultural, curador, designer,
entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes visuais e
destacando a presenças dos museus de arte
moderna em diferentes capitais do Brasil.
(EF15AR192BA) Pesquisar e analisar
diferentes formas de expressão, representação
e encenação da dança, reconhecendo e
Contextos e apreciando composições de dança de artistas e
Dança 1, 2 e 5
Práticas grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas. Propondo estudos e diálogos entre
dança clássica, dança Moderna e dança
Contemporânea.
(EF15AR193BA) Explorar elementos
constitutivos do movimento cotidiano urbano e
do movimento dançado, abordando,
criticamente, o desenvolvimento das formas da
dança em sua história tradicional e
contemporânea.
(EF15AR194BA) Experimentar e analisar os
Elementos da fatores de movimento (tempo, peso, fluência e
Linguagem espaço) como elementos que, combinados,
1e3
geram as ações corporais e o movimento
dançado.
(EF15AR195BA) Analisar e experimentar
diferentes elementos (figurino, iluminação,
cenário, trilha sonora etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para
composição cênica e apresentação coreográfica
(EF15AR196BA) Investigar brincadeiras, jogos,
danças coletivas e outras práticas de dança de
diferentes matrizes estéticas e culturais como
referência para a criação e a composição de
danças autorais, individualmente e em grupo.
Matrizes Culturais
(EF15AR197BA) Analisar e valorizar o
e Estéticas 8
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, e favorecendo
a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF15AR198BA) Investigar e experimentar
procedimentos de improvisação e criação do
movimento como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
Processos de
8 (EF15AR199BA) Discutir as experiências
Criação
pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
escola e em outros contextos, problematizando
estereótipos e preconceitos.
266

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR200BA) Dialogar e analisar as
apresentações de dança ocorridas na escola, na
comunidade e em espaços culturais.
EF15AR201BA) Identificar e apreciar
criticamente diversas formas e gêneros de
expressão musical, reconhecendo os estilos
musicais brasileiros, tais como: músicas
africanas, congo, reggae, Hip-hop, forró, MPB,
samba, gospel, músicas indígenas, sertanejo,
entre outros. Reconhecendo e analisando os
usos e as funções da música em diversos
contextos de circulação, em especial, o contexto
urbano.
EF15AR202BA) Analisar criticamente, por meio
da apreciação musical, usos e funções da
música em seus contextos de produção e
circulação, relacionando as práticas musicais às
Contextos e diferentes dimensões da vida social, cultural,
Música 1e3
Práticas política, histórica, econômica, estética e ética.
EF15AR203BA) Identificar, reconhecer e
explorar fontes históricas de materiais sonoros
provenientes dos sintetizadores de som,
reconhecendo timbres de instrumentos musicais
na sua diversidade artística e cultural.
(EF15AR204BA) Pesquisar e reconhecer os
usos e funções da música em seus contextos de
produção e circulação, especialmente a trilha
sonora de propagandas eJingles, relacionando
essa prática musical às diferentes dimensões da
vida social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética.
(EF15AR205BA) Explorar e analisar elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
composição/criação, execução e apreciação
musicais.
(EF15AR205BA) Analisar criticamente, por
meio da apreciação musical, usos e funções da
Elementos da música em seus contextos de produção e
4e6
Linguagem circulação, relacionando as práticas musicais às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR206BA) Pesquisar, identificar e
desenvolver os diferentes modos de produção
musical, através dos ciberespaços, numa
dinâmica que conecte o contexto social e a
arte urbana com o Rap, hip-hop, street dance,
musica eletrônica, etc.

267

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR207BA) Identificar e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR208BA) Explorar e analisar elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
composição/criação, execução e apreciação
musicais.
Materialidades 2, 6 e 8 (EF69AR209BA) Pesquisar fontes históricas
de materiais sonoros para as práticas de
composição, criação, apreciação e produção
musical, reconhecendo os valores culturais
como parte integrante na identificação de
instrumentos musicais diversos.
(EF69AR210BA) Reconhecer e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical e
sua diversidade.

(EF69AR211BA) Explorar e identificar diferentes


formas de registro musical (notação musical
tradicional, partituras criativas e procedimentos
da música contemporânea), bem como
Notação e procedimentos e técnicas de registro em áudio e
Registro Musical 3 audiovisual.
(EF69AR212BA) Identificar a Cifra e a notação
musical não convencional contemporânea com
seus diversos tipos de registro.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não
convencionais, de modo individual, coletivo e
colaborativo.
(EF69AR213BA) Explorar e criar
improvisações, composições, arranjos, jingles,
Processos de trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes,
Criação 1e3 sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou
eletrônicos, convencionais ou não
convencionais, expressando ideias musicais de
maneira individual, coletiva e colaborativa.
(EF69AR214BA) Identificar e reconhecer a
utilidade de objetos e materiais sustentáveis na
produção musical, numa dinâmica que envolve
saberes históricos e ancestralidades na
produção de sons e efeitos sonoros diversos.
268

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF69AR215BA) Conhecer, utilizar e aprender
Matrizes os toques básicos da capoeira como elemento
Estéticas e histórico e cultural estético, a partir da utilização
3
Culturais de instrumentos de percussão apropriados.

(EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida


cotidiana, identificando elementos teatrais
(variadas entonações de voz, diferentes
fisicalidades, diversidade de personagens e
narrativas etc.).
(EF69AR216BA) Explorar diferentes elementos
envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
Contextos e vocabulários.
Teatro
Práticas 3 (EF69AR217BA) Reconhecer e apreciar artistas
e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de
diferentes épocas, investigando os modos de
criação, produção, divulgação, circulação e
organização da atuação profissional em teatro.
(EF69AR218BA) Identificar e analisar
diferentes estilos cênicos, contextualizando-os
no tempo e no espaço de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética teatral.

(EF15AR20) Experimentar o trabalho


colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos
criativos em teatro, explorando desde a
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
Elementos da
(EF15AR22) Experimentar possibilidades
Linguagem 3e5
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF69AR219BA) Explorar diferentes elementos
envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
meio de músicas, imagens, textos ou outros
Processos de pontos de partida, de forma intencional e
Criação reflexiva.
3, 4 e 8 (EF15AR22) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
EF69AR220BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
269

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


um personagem teatral, problematizando
estereótipos e debatendo sobre o respeito às
diferenças e a diversidade de gênero, raça,
sexualidade e suas inteseccionalidades.
(EF69AR221BA) Experimentar a gestualidade e
as construções corporais e vocais de maneira
imaginativa na improvisação teatral e no jogo
cênico.
(EF69AR222BA) Compor improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos ou outros estímulos (música,
imagens, objetos etc.), caracterizando
personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
(EF69AR223BA) Pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos para o
acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
Artes Contextos e EF69AR224B) Relacionar as práticas artísticas
Integradas Práticas 2 às diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR225BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, valorizando os
elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
(EF69AR226BA) Identificar e manipular
diferentes tecnologias e recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir, registrar e
Processos de
8 compartilhar práticas e repertórios artísticos, de
Criação
modo reflexivo, ético e responsável.
(EF69AR227BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, valorizando os
elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
(EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio
1 cultural, material e imaterial, de culturas
270

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Matrizes diversas, em especial a brasileira, incluindo-se
Estéticas e suas matrizes indígenas, africanas e europeias,
Culturais de diferentes épocas, favorecendo a construção
de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR228BA) Analisar aspectos históricos,
sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e
as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.).
(EF69AR229BA) Pesquisar e experimentar a
pratica do Hip-hop como forma de arte que
integra a musica, a dança e o texto poético
ritmado.
(EF69AR230BA) Identificar elementos visuais,
no letramento de dança e musicas através de
instrumentos de percussão.
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística.
(EF69AR231BA) Analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
Patrimônio
9 culturas diversas, em especial a brasileira,
Cultural
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, e favorecendo
a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR232BA) Identificar e validar os diversos
elementos constitutivos das artes urbanas como
patrimônio artístico e cultural.
(EF69AR233BA) Pesquisar e elaborar
diferentes modos de acesso as tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação, produção e montagens de peças
Artes e 5e7
artísticas que integrem as diversas linguagens.
Tecnologia
(EF69AR234BA) Identificar e manipular
diferentes tecnologias e recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e repertórios artísticos, de
modo reflexivo, ético e responsável.

9º ANO
UNIDADES
OBJETOS DE
TEMÁTICAS/ COMPETENCIAS HABILIDADES
CONHECIMENTO
LINGUAGENS
(EF15AR235BA) Pesquisar, apreciar e analisar
Contextos e
Artes Visuais 1e3 formas distintas das artes visuais tradicionais e
Práticas
contemporâneas, em obras de artistas
271

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas
e em diferentes matrizes estéticas e culturais,
de modo a ampliar a experiência com diferentes
contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF15AR236BA) Pesquisar e analisar
diferentes estilos visuais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, através da prática do
Desenho, Grafite, Pintura, Colagem, Histórias
em Quadrinhos, Dobradura, Gravura,
Escultura, Fotografia e Vídeo.
(EF15AR237BA) Analisar situações nas quais
as linguagens das artes visuais se integram às
linguagens audiovisuais (cinema, animações,
vídeos etc.), gráficas (capas de livros,
ilustrações de textos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.
(EF15AR238BA) Analisar os elementos
constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
espaço, movimento etc.) na apreciação de
diferentes produções artísticas.
Elementos da
(EF69AR239BA) Conhecer e manipular os
Linguagem
1e2 diversos instrumentos e utensílios específicos
do fazer artístico visual e artesanal.
(EF69AR240BA) Experimentar e aplicar
diferentes técnicas de produção manual em
artes visuais.
EF69AR241BA) Reconhecer, identificar e
recriar sentidos estéticos presentes nas
produções visuais de cunho histórico e
identitário.
(EF69AR242BA) Conhecer e validar as
diversas formas de expressão da arte visual
presentes na cultura afro-brasileira, através da
Matrizes
aplicação da lei 10.639/10, que estabelece a
Estéticas e
1e7 obrigatoriedade do ensino de "história e cultura
Culturais
afro-brasileira" dentro das disciplinas que já
fazem parte das grades curriculares dos
ensinos fundamental e médio.
(EF15AR243BA) Apreciar e analisar a influência
de distintas matrizes estéticas e culturais das
Artes Visuais nas manifestações artísticas das
culturas Ocidental e oriental.
(EF15AR244BA) Experimentar diferentes
formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura,
Materialidades escultura, modelagem, instalação, vídeo,
1e6
fotografia etc.), fazendo uso sustentável de
materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
272

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR245BA ) Reconhecer algumas
categorias do sistema das artes visuais
(museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, curadores etc.
(EF69AR06) Desenvolver processos de criação
em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de
materiais, instrumentos e recursos
convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios
conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas
Processos de
produções visuais.
Criação 1, 5, 6, 7 e 8
(EF69AR246BA) Conhecer, analisar e
relacionar os diferentes aspectos estéticos que
marcam as artes visuais na história.
(EF69AR246BA) Identificar e distinguir os
traços e os elementos que caracterizam a arte
visual afro-brasileira contemporânea.
(EF69AR247BA) Desenvolver processos de
criação em artes visuais que mobilize diálogos
entre o passado e o presente.
(EF69AR248BA) Reconhecer e Diferenciar as
diversas categorias do sistema das artes
visuais (museus, galerias, instituições, artistas,
artesãos, etc.) e as categorias de artista,
artesão, produtor cultural, curador, designer,
entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes visuais e
Sistema de destacando a presenças dos museus de arte
Linguagens moderna em diferentes capitais do Brasil.
1, 3 e 5
(EF69AR249BA) Pesquisar, analisar e
reconhecer situações nas quais as linguagens
das artes visuais se integram às linguagens
audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.),
gráficas (capas de livros, ilustrações de textos
diversos etc.), cenográficas, coreográficas,
musicais etc.
Dança (EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes
formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e
grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas.
Contextos e
1, 2 e 5 (EF69AR250BA) Identificar, reconhecer,
Práticas
analisar, vivenciar e contextualizar diferentes
estéticas de expressão, representação e
encenação da dança, e suas respectivas
estruturas rítmicas e coreográficas.
(EF69AR251BA) Conhecer, identificar e
explorar a diversidade de possibilidades que a
273

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


dança mobiliza com os seus vários ritmos,
movimentos e jogos de corpo através da
pratica da capoeira, Hip-Hop, Dança de Salão,
Forró, Xote, Samba de roda, Arrocha, Valsa,
Salsa, Lambada, dança contemporanea e
dança afro-brasileira.
(EF15AR252BA) Pesquisar e analisar
diferentes formas de expressão, representação
e encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e
grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes
épocas. Propondo estudos e diálogos entre
dança clássica, dança Moderna e dança
Contemporânea.
(EF15AR253BA) Explorar elementos
constitutivos do movimento cotidiano urbano e
do movimento dançado, abordando,
criticamente, o desenvolvimento das formas da
dança em sua história tradicional e
contemporânea.
(EF15AR254BA) Experimentar e analisar os
fatores de movimento (tempo, peso, fluência e
Elementos da
1, 3 e 8 espaço) como elementos que, combinados,
Linguagem
geram as ações corporais e o movimento
dançado.
(EF15AR255BA) Analisar e experimentar
diferentes elementos (figurino, iluminação,
cenário, trilha sonora etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para
composição cênica e apresentação
coreográfica.
(EF15AR256BA) Investigar brincadeiras, jogos,
danças coletivas e outras práticas de dança de
diferentes matrizes estéticas e culturais como
referência para a criação e a composição de
danças autorais, individualmente e em grupo.
Matrizes Culturais (EF15AR257BA) Analisar e valorizar o
1, 3 e 4
e Estéticas patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, e favorecendo
a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes
elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha
sonora etc.) e espaços (convencionais e não
convencionais) para composição cênica e
Processos de
1, 3 e 8 apresentação coreográfica.
Criação
(EF15AR258BA) Investigar e experimentar
procedimentos de improvisação e criação do
movimento como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
274

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF15AR259BA) Discutir as experiências
pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
escola e em outros contextos sociais,
problematizando estereótipos e discutindo
preconceitos étnicos, de gênero e sexualidade,
nas suas interseccionalidades.
(EF15AR260BA) Descrever a partir de
experimentações, das quais possibilite dançar o
passado, dançar a ancentralidade e suas
mitologias, dançar o silêncio, dançar os sons do
corpo identitário e os sons do mundo na sua
diversidade.
(EF15AR261BA) Identificar e apreciar
criticamente diversas formas e gêneros de
expressão musical, reconhecendo os estilos
musicais brasileiros, tais como: músicas
africanas, congo, reggae, Hip-hop, forró, MPB,
samba, gospel, músicas indígenas, sertanejo,
entre outros. Reconhecendo e analisando os
usos e as funções da música em diversos
contextos de circulação, em especial, o
contexto urbano.
(EF15AR262BA) Analisar criticamente, por
meio da apreciação musical, usos e funções da
música em seus contextos de produção e
circulação, relacionando as práticas musicais às
Contextos e
Música diferentes dimensões da vida social, cultural,
Práticas 1e3
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF15AR263BA)) Identificar, reconhecer e
explorar fontes históricas de materiais sonoros
provenientes dos sintetizadores de som,
reconhecendo timbres de instrumentos
musicais na sua diversidade artística e cultural.
(EF15AR264BA) Pesquisar e reconhecer os
usos e funções da música em seus contextos
de produção e circulação, especialmente a
trilha sonora de propagandas
eJingles, relacionando essa prática musical às
diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF15AR265BA) Explorar e analisar elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
Elementos da
1, 3, 4 e 8 composição/criação, execução e apreciação
Linguagem
musicais.
(EF15AR266BA) Analisar criticamente, por
meio da apreciação musical, usos e funções da
música em seus contextos de produção e
circulação, relacionando as práticas musicais às

275

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR267BA) Pesquisar, identificar e
desenvolver os diferentes modos de produção
musical, através dos ciberespaços, numa
dinâmica que conecte o contexto social e a
arte urbana com o Rap, hip-hop, street dance,
música eletrônica, etc.
(EF69AR268BA) Identificar e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR269BA) Explorar e analisar elementos
constitutivos da música (altura, intensidade,
timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de
recursos tecnológicos (games e plataformas
digitais), jogos, canções e práticas diversas de
composição/criação, execução e apreciação
musicais.
Materialidades 1, 2 e 4
(EF69AR270BA) Pesquisar fontes históricas
de materiais sonoros para as práticas de
composição, criação, apreciação e produção
musical, reconhecendo os valores culturais
como parte integrante na identificação de
instrumentos musicais diversos.
(EF69AR271BA) Reconhecer e analisar
diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética musical e
sua diversidade.
(EF69AR272BA) Explorar e identificar
diferentes formas de registro musical (notação
musical tradicional, partituras criativas e
procedimentos da música popular
Notação e
contemporânea), bem como procedimentos e
Registro Musical 1e3
técnicas de registro em áudio e audiovisual.
(EF69AR273BA) Identificar a Cifra e a notação
musical não convencional contemporânea com
seus diversos tipos de registro.
(EF15AR17) Experimentar improvisações,
composições e sonorização de histórias, entre
outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
instrumentos musicais convencionais ou não
convencionais, de modo individual, coletivo e
Processos de
colaborativo.
Criação 1e2
(EF69AR274BA) Identificar e reconhecer a
utilidade de objetos e materiais sustentáveis na
produção musical, numa dinâmica que envolve
saberes históricos e ancestralidades na
produção de sons e efeitos sonoros diversos.
Contextos e (EF15AR19) Descobrir teatralidades na vida
Teatro 1
Práticas cotidiana, identificando elementos teatrais
276

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(variadas entonações de voz, diferentes
fisicalidades, diversidade de personagens e
narrativas etc.).
(EF69AR275BA) Pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos para o
acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo ediversidade da linguagem
gestual.
(EF69AR276BA) Explorar diferentes
elementos envolvidos na composição dos
acontecimentos cênicos (figurinos, adereços,
cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer
seus vocabulários.
(EF69AR277BA) Reconhecer e apreciar
artistas e grupos de teatro brasileiros e
estrangeiros de diferentes épocas, investigando
os modos de criação, produção, divulgação,
circulação e organização da atuação
profissional em teatro.
(EF69AR278BA) Identificar e analisar
diferentes estilos cênicos, contextualizando-os
no tempo e no espaço de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética teatral.
(EF15AR20) Experimentar o trabalho
colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos
criativos em teatro, explorando desde a
teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
Elementos da
1e8 (EF15AR22) Experimentar possibilidades
Linguagem
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF69AR279BA) Explorar diferentes elementos
envolvidos na composição dos acontecimentos
cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus
vocabulários.
(EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de
conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao
compor e encenar acontecimentos cênicos, por
meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e
Processos de reflexiva.
Criação (EF15AR22) Experimentar possibilidades
3, 4 e 8
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
(EF69AR280BA) Experimentar possibilidades
criativas de movimento e de voz na criação de
um personagem teatral, problematizando
estereótipos e debatendo sobre o respeito às
277

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


diferenças e a diversidade de gênero, raça,
sexualidade e suas inteseccionalidades.
(EF69AR281BA) Experimentar a gestualidade
e as construções corporais e vocais de maneira
imaginativa na improvisação teatral e no jogo
cênico.
(EF69AR282BA) Compor improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos ou outros estímulos (música,
imagens, objetos etc.), caracterizando
personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e
considerando a relação com o espectador.
(EF69AR283BA) Pesquisar e criar formas de
dramaturgias e espaços cênicos para o
acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo.
(EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em
projetos temáticos, as relações processuais
entre diversas linguagens artísticas.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
Artes Contextos e EF69AR284B) Relacionar as práticas artísticas
2
Integradas Práticas às diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR285BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, valorizando os
elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
(EF15AR24) Caracterizar e experimentar
brinquedos, brincadeiras, jogos, danças,
canções e histórias de diferentes matrizes
estéticas e culturais.
((EF69AR286BA) Identificar e manipular
diferentes tecnologias e recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir, registrar e
Processos de
1e8 compartilhar práticas e repertórios artísticos, de
Criação
modo reflexivo, ético e responsável.
(EF69AR287BA) Estruturar, relacionar,
interpretar, organizar e produzir projetos
temáticos, as relações processuais entre
diversas linguagens artísticas, valorizando os
elementos e recursos processuais específicos
de cada uma das linguagens na cultura local.
Matrizes (EF69AR288BA) Analisar aspectos históricos,
Estéticas e 1 sociais e políticos da produção artística,
Culturais problematizando as narrativas eurocêntricas e

278

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


as diversas categorizações da arte (arte,
artesanato, folclore, design etc.).
(EF69AR289BA) Pesquisar e experimentar a
prática do Hip-hop e Capoeira como forma de
arte que integra uma diversidade de elementos;
a musica, a dança, a luta, o ritmo, o jogo e o
texto poético ritmado.
(EF69AR290BA) Identificar elementos rítmicos
e visuais no letramento de dança e da música,
através de instrumentos de percussão
(atabaque, timbau, pandeiro).
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
criação artística.
(EF69AR291BA) Analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, e favorecendo
Patrimônio a construção de vocabulário e repertório
Cultural 9 relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR292BA) Identificar e validar os
diversos elementos constitutivos das artes
urbanas como patrimônio artístico e cultural.
(EF69AR293BA) Analisar e valorizar o
patrimônio cultural, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial a brasileira,
incluindo suas matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, e favorecendo
a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR233BA) Pesquisar e elaborar
diferentes modos de acesso as tecnologias e
recursos digitais (multimeios, animações, jogos
eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de
Artes e
criação, produção e montagens de peças
Tecnologia
5 artísticas que integrem as diversas linguagens.
(EF69AR234BA) Identificar e manipular
diferentes tecnologias e recursos digitais para
acessar, apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e repertórios artísticos, de
modo reflexivo, ético e responsável.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Introdução
279

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A escrita do novo currículo de Educação Física para a Bahia tem sido
permeada pela compreensão do próprio contexto de elaboração e homologação
da BNCC, a dinâmica estabelecida pela instituição responsável por esse
processo (Secretaria de Educação e seus atores sociais), a visita ao documento
já instituído e a compreensão dele pelos docentes que vivem a realidade das
escolas, a escuta e contribuição dos cursos de formação de professores de
Educação Física no estado, além da demanda dos docentes em alinhamento
com o interesse e características do púbico alvo do ensino fundamental.
Neste sentido, identifica-se um elemento primordial para a efetivação e
vida do currículo na rede: os processos de socialização de suas respectivas
produções, pois mesmo construindo um currículo adequado, necessita-se de um
processo de formação continuada e permanente para que as ações pedagógicas
do Currículo Bahia sejam efetivadas e possam interferir na realidade social dos
cidadãos.
Outro desafio que está posto e que toma o pano de fundo de todo o
debate curricular é o distanciamento entre o que se tem identificado como direito
de aprendizagem em cada ano do Ensino Fundamental e as políticas de
educação que regulam essa fase da Educação Básica. Parece salutar que o
currículo garanta o direito de aprendizagem e que ele seja a referência para
alterações nas políticas públicas educacionais no Estado da Bahia. É imperioso
discutir e agir, nas instâncias devidas, acerca das políticas públicas que
nortearão a Educação Básica no estado da Bahia, sob pena de tornar o processo
de implementação da BNCC no novo currículo da rede, um ato meramente
burocrático e pontual, sem efeito algum na realidade social.
Neste cenário, organizar um currículo para Educação Física constitui-se,
pedagogicamente, como possibilidade de construção da cidadania com
autonomia intelectual, ética e moral, por meio dos conhecimentos historicamente
construídos, e fundamentados legalmente neste componente curricular
obrigatório da Educação Básica, integrada à proposta pedagógica da escola
(BRASIL, 2003). Neste sentido, compreende-se que este componente deverá
ser ofertado em todos os níveis e modalidades de ensino, sendo ministrado por
docentes licenciados em Educação Física.
Como tal, o componente curricular Educação Física (EF), no contexto da
Área das Linguagens, constitui-se como relevante para o processo de formação
e desenvolvimento integral dos estudantes, durante o Ensino Fundamental,
oferecendo possibilidades enriquecedoras de ampliação do diversificado
universo da cultura corporal às crianças, aos jovens e adultos na Educação
Básica.
Assim, a ampliação cultural aqui referendada compreende saberes e
práticas corporais, experiências estéticas, emotivas e lúdicas, que se inscrevem,

280

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


mas não se restringem à racionalidade típica dos saberes científicos que,
comumente, orientam as práticas pedagógicas na escola. Além disso, as
experiências irrestritas com as práticas corporais e a segurança que esse
conhecimento pode oferecer a cada estudante lhe oportunizará experiências de
autonomia e segurança em contextos de saúde e lazer, que na vida do ser
humano trabalhador moderno, toma contornos ainda mais relevantes e
fundamentais.
Os estudantes do Ensino Fundamental possuem modos próprios de vida
e múltiplas experiências pessoais e sociais, o que torna necessário reconhecer
a existência de infâncias, no plural, e, consequentemente, a singularidade de
qualquer processo escolar e sua interdependência com as características da
comunidade local. As crianças possuem conhecimentos que precisam ser, por
um lado, reconhecidos e problematizados nas vivências escolares com vistas a
proporcionar a compreensão do mundo e, por outro, ampliados de maneira a
potencializar a inserção e o trânsito dessas crianças nas várias esferas da vida
social (BRASIL, 2017).
Diante do compromisso com a formação estética, sensível e ética, a
Educação Física, aliada aos demais componentes curriculares, assume, nessa
composição curricular, o compromisso claro com a qualificação para a leitura, a
produção e a vivência das práticas corporais. Para tanto, entende-se que os
professores devem buscar formas de trabalho pedagógico pautadas no diálogo,
considerando a impossibilidade de ações uniformes, ou lineares, que possam
atender às demandas específicas de grupos naturalmente não incluídos
Adicionalmente, para aumentar a flexibilidade na delimitação dos
currículos e propostas curriculares, tendo em vista a adequação às realidades
locais, as habilidades de Educação Física para o Ensino Fundamental propostas
na BNCC estão organizadas em quatro blocos (1º e 2º anos; 3º ao 5º ano, 6º e
7º e 8º e 9º anos) e se referem a distintos objetos de conhecimento em cada
unidade temática.
Nas aulas, as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno
cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório. Desse
modo, é possível assegurar aos estudantes a (re)construção de um conjunto de
conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus
movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros, além de
desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal em
diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação de forma confiante
e autoral na sociedade (BRASIL, 2017). No entendimento para o currículo de
Educação Física da Bahia, considera-se que somente haverá ampliação do
acervo cultural corporal dos estudantes do Ensino Fundamental se todos os
conhecimentos tematizados pelo docente contemplar a inclusão como princípio
de suas ações pedagógicas, de modo que tanto o público ora excluído, quanto

281

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


aqueles que não demandam tratamento específico, desfrutem das
aprendizagens desejadas para essa etapa educacional.
No panorama da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação
Física Escolar é compreendida como fenômeno cultural dinâmico, diversificado,
pluridimensional, singular e contraditório, tematizada por meio das práticas
corporais em suas diversas formas de “codificação e significação social,
entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos,
produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história” (BRASIL, p. 217,
2017).
Neste documento, compreende-se que há três elementos
fundamentais comuns às práticas corporais: movimento corporal como
elemento essencial; organização interna (de maior ou menor grau), pautada por
uma lógica específica; e produto cultural vinculado com o lazer/entretenimento
e/ou o cuidado com o corpo e a saúde (BRASIL, 2017, p. 211,).
Vale ressaltar que a conceituação de práticas corporais necessita
atender a esses três elementos fundamentais, além de serem aquelas realizadas
fora das obrigações laborais, domésticas, higiênicas e religiosas, nas quais os
sujeitos se envolvem em função de propósitos específicos, sem caráter
instrumental. Essa condição assertiva, evita que qualquer movimento corporal
seja inserido no currículo sem critério ou relação direta com o intento pedagógico
do componente no Ensino Fundamental.
Dito isso, a Educação Física no Ensino Fundamental deverá oferecer,
por meio das práticas corporais, acesso a uma dimensão de conhecimentos e
de experiências as quais o estudante não teria de outro modo. A vivência da
prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particular e
insubstituível e, para que ela seja significativa, é preciso problematizar,
desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos e significados que os
grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corporal.
Não obstante, as práticas corporais são textos culturais passíveis de
leitura e produção, e exatamente por esse entendimento, se configura dentro da
Área das Linguagens, conforme reafirmado nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010). A
qualificação desse processo de leitura e produção da cultura corporal necessita,
em grande medida, lidar com a realidade conforme ela se apresenta, ou seja,
considerando todas as formas de caminhar, a saber: com duas pernas, com uma
perna, com bengala, com andador, com cadeiras de rodas etc. A boa leitura do
mundo das práticas corporais exige convivência próxima entre os diferentes,
entre aqueles que já estão naturalmente incluídos e aqueles que demandam,
diariamente, adaptar-se para sobreviver ou, ao menos, realizar tarefas simples
do dia a dia.
A busca pelo desenvolvimento dessas 10 competências específicas da
Educação Física, ao final do Ensino Fundamental, será definida pela orientação
282

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


a partir de 8 Unidades Temáticas nas quais estarão elencadas diversas
habilidades a serem desenvolvidas pelos docentes. As proposições temáticas
poderão ser ampliadas a partir das experiências dos professores e das
professoras, das características da realidade local, dos avanços da produção
científica da área, das tecnologias disponíveis, bem como através da articulação
com outras áreas do conhecimento, considerando a identidade étnico-racial,
religiosa, de gênero e de sexualidade e os (as) estudantes público alvo de uma
educação inclusiva para o Ensino Fundamental.
Considerando a extensão geográfica e multiplicidade cultural que
compõe a identidade do estado da Bahia, a proposta curricular em tela leva em
consideração a organização geográfica dos 27 territórios de identidade que
marcam o estado da Bahia, pois necessitam ser considerados nas proposições
de conhecimento de cada Unidade Temática.
A título de exemplo, nos territórios Litoral Sul, Baixo Sul e Extremo Sul
os professores poderão contextualizar as aprendizagens a partir da tematização
dos Jogos Indígenas. Por outro lado, no Território Chapada Diamantina os
docentes poderão aprofundar as questões relacionadas a este território nas
Práticas de Aventura na Natureza. E, somando a essa dimensão, em todos os
territórios de identidade do estado da Bahia deverá ser contextualizado pelos
professores os JERP – Jogos Estudantis da Rede Pública Estadual.

Unidades temáticas e organização do conhecimento

Diante da proposta indicada pela BNCC e das Orientações Curriculares


do Ensino Fundamental de 9 anos na Bahia, o desenho curricular proposto para
Educação Física Escolar organizará o conhecimento e as unidades temáticas a
partir das discussões de González e Schwengber (2012), a saber: a) as
possibilidades do se-movimentar dos seres humanos; b) as práticas corporais
sistematizadas (Brincadeiras e jogos, Esportes, Danças, Ginásticas, Lutas,
Práticas corporais de aventura, Capoeira); c) Representações/Conhecimentos
da Cultura Corporal de Movimento: (Práticas corporais e sociedade; Saúde, lazer
e Práticas corporais). Neste contexto, a Figura 1 representa as ênfases,
diferenciadas em etapas e ciclos escolares

283

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Sendo assim, a presença da Educação Física na condição de
componente curricular obrigatório da Educação Básica, e não apenas como um
espaço de distração/compensação das atividades desenvolvidas em sala de
aula, demanda deixar claro quais são os conhecimentos que devem ser
ensinados neste espaço/tempo.
Ao brincar, dançar, jogar, praticar esportes, ginásticas ou atividades de
aventura, para além da ludicidade, os estudantes se apropriam das lógicas
intrínsecas (regras, códigos, rituais, sistemáticas de funcionamento,
organização, táticas etc.) a essas manifestações, assim como trocam entre si e
com a sociedade as representações e os significados que lhes são atribuídos.
Por essa razão, a delimitação das habilidades privilegia oito dimensões de
conhecimento (BRASIL, 2017), nas quais utilizaremos os exemplos que
envolvem casos de inclusão, buscando facilitar o entendimento do docente:
• Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se
origina pela vivência das práticas corporais, pelo envolvimento corporal na
realização das mesmas. São conhecimentos que não podem ser acessados sem
passar pela vivência corporal, sem que sejam efetivamente experimentados.
Trata-se de uma possibilidade única de apreender as manifestações culturais
tematizadas pela Educação Física e do estudante se perceber como sujeito “de
carne e osso”. Faz parte dessa dimensão, além do imprescindível acesso à
experiência, cuidar para que as sensações geradas no momento da realização
de uma determinada vivência sejam positivas ou, pelo menos, não sejam
desagradáveis a ponto de gerar rejeição à prática em si. O caminhar de um cego
nunca será um conhecimento efetivo até que o estudante vidente, não seja
desafiado a experimentar as suas tarefas naturalizadas do dia a dia de olhos

284

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


vendados, com e sem companhia. Não há outra forma de aprender esse
conhecimento se não for através da vivência.
• Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita ao
estudante ter condições de realizar de forma autônoma uma determinada
prática corporal. Trata-se do mesmo tipo de conhecimento gerado pela
experimentação (saber fazer), mas dele se diferencia por possibilitar ao
estudante a competência necessária para potencializar o seu envolvimento com
práticas corporais no lazer ou para a saúde. Diz respeito àquele rol de
conhecimentos que viabilizam a prática efetiva das manifestações da cultura
corporal de movimento não só durante as aulas, como também para além delas.
Ainda utilizando a cegueira como referência explicativa, a partir da
experimentação o estudante poderá e deverá desenvolver melhor a utilização de
seus sentidos táteis e auditivos para usar e efetivamente se apropriar desse
conhecimento.
• Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensíveis
geradas pelas vivências corporais, bem como das diferentes práticas corporais
oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos. Essa dimensão está
vinculada à apropriação de um conjunto de conhecimentos que permita ao
estudante desfrutar e ser competente em uma prática corporal, de poder dar
conta das exigências colocadas no momento de sua realização no contexto do
lazer. Trata-se de um grau de domínio da prática que permite ao sujeito uma
atuação que lhe produz satisfação. Ao incorporar em sua vida conhecimentos
que podem lhe ser uteis no dia a dia, o estudante também apresentará a
condição de fruição acerca desse conhecimento, na medida em que, se
enxergará competente e mais seguro no caso de a cegueira acometer alguém
da família ou de lidar com esse público na vida em sociedade.
• Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na
observação e na análise das próprias vivências corporais e daquelas
realizadas por outros. Vai além da reflexão espontânea, gerada em toda
experiência corporal. Trata-se de um ato intencional, orientado a formular e
empregar estratégias de observação e análise para: (a) resolver desafios
peculiares à prática realizada; (b) apreender novas modalidades; e (c) adequar
as práticas aos interesses e às possibilidades próprios e aos das pessoas com
quem compartilha a sua realização. Sendo ou não um cego, a experiência com
esses conhecimentos lhe permitirá refletir sobre as condições sociais que
envolvem esse público e sua vida cotidiana, tornando-se, certamente, um agente
efetivo na luta por condições melhores de vida social.
• Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados em
discussões e vivências no contexto da tematização das práticas corporais que
possibilitam a aprendizagem de valores e normas voltadas ao exercício da
cidadania em prol de uma sociedade democrática. A produção e partilha de
atitudes, normas e valores (positivos e negativos) são inerentes a qualquer
285

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


processo de socialização. No entanto, essa dimensão está diretamente
associada ao ato intencional de ensino e de aprendizagem e, portanto, demanda
intervenção pedagógica orientada para tal fim. Por esse motivo, deve-se focar
na construção de valores relativos ao respeito às diferenças e no combate aos
preconceitos de qualquer natureza. Ainda assim, não se pretende propor o
tratamento apenas desses valores, ou fazê-lo só em determinadas etapas do
componente, mas assegurar a superação de estereótipos e preconceitos
expressos nas práticas corporais. É muito mais simples não se preocupar com a
inclusão quando se está incluído. Essa reflexão determina um perfil de
aprendizado onde valores verdadeiros da vida em sociedade se colocarão como
desafio para a vida dos estudantes, haja vista que ao experimentar e refletir
sobre a cegueira, o mesmo estará reconstruindo seus valores e colocando em
tela novos desafios para a construção de uma sociedade mais justa e em
melhores condições de igualdade.
• Análise: está associada aos conceitos necessários para entender as
características e o funcionamento das práticas corporais (saber sobre).
Essa dimensão reúne conhecimentos como a classificação dos esportes, os
sistemas táticos de uma modalidade, o efeito de determinado exercício físico no
desenvolvimento de uma capacidade física, entre outros. Essa dimensão do
conhecimento permitirá ao estudante adentrar o mundo paralímpico, em suas
regras, normas e modos de pensar o esporte e as práticas corporais, a ponto de
compreender conceitos como “classificação funcional” e perceber sua relevância
e interferência na prática esportiva profissional paralímpica.
• Compreensão: está também associada ao conhecimento conceitual,
mas, diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao esclarecimento do
processo de inserção das práticas corporais no contexto sociocultural,
reunindo saberes que possibilitam compreender o lugar das práticas corporais
no mundo. Em linhas gerais, essa dimensão está relacionada a temas que
permitem aos estudantes interpretar as manifestações da cultura corporal em
relação às dimensões éticas e estéticas, à época e à sociedade que as gerou e
as modificou, às razões da sua produção e transformação e à vinculação local,
nacional e global. Por exemplo, pelo estudo das condições que permitem o
surgimento de uma determinada prática corporal, em uma dada região e época,
ou os motivos pelos quais os esportes praticados por homens têm uma
visibilidade e um tratamento midiático diferente dos esportes praticados por
mulheres. Ou estudos que mostrem os estereótipos construídos acerca da
inutilidade de uma pessoa com deficiência podem oferecer elementos concretos
que imbricados nas dimensões anteriores, fortalecem a condição de
esclarecimento acerca dos contextos socioculturais em que vivem.
• Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e
conhecimentos necessários para os estudantes participarem de forma
confiante e autoral em decisões e ações orientadas a democratizar o acesso das
286

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


pessoas às práticas corporais, tomando como referência valores favoráveis à
convivência social. Contempla a reflexão sobre as possibilidades que eles e a
comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada prática no lugar em que
moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para tal, os agentes
envolvidos nessa configuração, entre outros, bem como as iniciativas que se
dirigem para ambientes além da sala de aula, orientadas a interferir no contexto
em busca da materialização dos direitos sociais vinculados a esse universo. De
posse desse perfil de conhecimentos, certamente pode-se criar a expectativa de
que o estudante com essa formação tornar-se-á um agente protagonista das
ações em sua comunidade de moradia ou na comunidade de trabalho ou estudo.
Vale ressaltar que não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões,
tampouco uma ordem necessária para o desenvolvimento do trabalho no âmbito
didático. Cada uma delas exige diferentes abordagens e graus de complexidade
para que se tornem relevantes e significativas. Porém, é fundamental que cada
uma dessas dimensões seja referência para o trabalho pedagógico, e, por
consequência, sejam o ponto de diálogo com os processos avaliativos dos
docentes da Educação Física, de modo que os mesmos, tenham bem claro, o
que estão ensinando, e portanto, o que devem verificar na aprendizagem dos
estudantes no processo avaliativo.
Na organização curricular, as unidades temáticas estão articuladas,
pedagogicamente, considerando as características dos conhecimentos
acumulados da Educação Física, dos professores, do contexto social e cultural
da escola, dos alunos e alunas, atreladas às competências gerais e específicas
do componente curricular e das habilidades propostas do quadro organizador.
Além disso, a escola e o docente devem considerar esses pressupostos e
observar a articulação com as competências gerais da BNCC e as competências
específicas da Área de Linguagens, de modo que o componente curricular de
Educação Física possa garantir aos estudantes o desenvolvimento de
competências específicas ao final de seu ciclo de Ensino Fundamental.

ÁREA LINGUAGENS
EDUCAÇÃO FÍSICA

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a


organização da vida coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de
aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do
acervo cultural nesse campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os
processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.

287

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal,
analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas
consumistas e preconceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e
combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus
participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes
práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural
dos povos e grupos.
8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em
contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças,
ginásticas, esportes, lutas, práticas corporais de aventura e capoeira, valorizando o
trabalho coletivo e o protagonismo.

1º e 2º
UNIDADE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICA ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Possibilidades do 1, 2, 10 Corpo e movimento (EF12EF01BA) Experimentar e fruir as
movimentar-se qualidades do movimento a partir da
manipulação de objetos e suas
possibilidades expressivas.
(EF12EF02) Experimentar, fruir e recriar
diferentes brincadeiras e jogos da cultura
popular, presentes no contexto comunitário
e regional, reconhecendo e respeitando as
diferenças individuais de desempenho dos
colegas.
Jogos e 1, 2, 10 Brincadeiras e (EF12EF03) Explicar, por meio de múltiplas
Brincadeiras. jogos da cultura linguagens (corporal, visual, oral e escrita),
popular presentes as brincadeiras e os jogos populares do
no contexto contexto comunitário e regional,
comunitário e reconhecendo e valorizando a importância
regional. desses jogos e brincadeiras para suas
culturas de origem.
(EF12EF04) Planejar e utilizar estratégias
para resolver desafios de brincadeiras e
jogos populares do contexto comunitário e
regional, com base no reconhecimento das
características dessas práticas.
(EF12EF05) Colaborar na proposição e na
produção de alternativas para a prática, em
outros momentos e espaços, de
brincadeiras e jogos e demais práticas
corporais tematizadas na escola,
produzindo textos (orais, escritos,

288

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


audiovisuais) para divulgá-las na escola e
na comunidade.

Esporte 2, 10 Esportes de marca (EF12EF06) Experimentar e fruir, prezando


Esportes de pelo trabalho coletivo e pelo protagonismo,
precisão dos esportes de marca e de precisão e
suas respectivas adaptações, identificando
os elementos comuns a esses esportes.
(EF12EF07) Discutir a importância da
observação das normas e das regras dos
esportes de marca e de precisão, para
assegurar a integridade própria e as dos
demais participantes.
Ginásticas 10 Ginástica geral (EF12EF08) Experimentar, fruir e
identificar diferentes elementos básicos da
ginástica (equilíbrios, saltos, giros,
rotações, acrobacias, com e sem materiais)
e da ginástica geral, de forma individual e
em pequenos grupos, adotando
procedimentos de segurança.
(EF12EF09) Planejar e utilizar estratégias
para a execução de diferentes elementos
básicos da ginástica e da ginástica geral.
(EF12EF10) Participar da ginástica geral,
identificando as potencialidades e os
limites do corpo, e respeitando as
diferenças individuais e de desempenho
corporal.
(EF12EF11) Descrever, por meio de
múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita
e audiovisual), as características dos
elementos básicos da ginástica e da
ginástica geral, identificando a presença
desses elementos em distintas práticas
corporais.
Danças 2,10 Danças do (EF12EF12) Experimentar e fruir diferentes
contexto danças do contexto comunitário e regional
comunitário e (rodas cantadas, brincadeiras rítmicas e
regional. expressivas), e recriá-las, respeitando as
diferenças individuais e de desempenho
corporal.
(EF12EF13) Identificar os elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das
danças do contexto comunitário e regional,
valorizando e respeitando as
manifestações de diferentes culturas.
Capoeira 1,2,7 Capoeira no (EF12EF14BA) Experimentar e fruir as
contexto musicalidades e fundamentos da capoeira,
comunitário e dos instrumentos e dos cânticos.
regional.

289

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


3º ao 5º
UNIDADE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICA ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Possibilidades do 2, 10 Corpo e movimento (EF12EF01BA) Experimentar e fruir as
movimentar-se qualidades do movimento a partir da
manipulação de objetos e suas
possibilidades expressivas.
(EF12EF02BA) Compreender a
capacidade, a estrutura, o funcionamento
do corpo e os
elementos que compõem o seu
movimento.
Jogos e 2, 10 Brincadeiras e (EF35EF03) Experimentar e fruir
brincadeiras jogos populares do brincadeiras, jogos populares do Brasil e
Brasil e do mundo do mundo, incluindo aqueles de matriz
Brincadeiras e indígena e africana, e recriá-los,
jogos de matriz valorizando a importância desse
indígena e africana; patrimônio histórico cultural.
(EF35EF04) Planejar e utilizar estratégias
para possibilitar a participação segura de
todos os alunos em brincadeiras e jogos
populares do Brasil e de matriz indígena e
africana.
(EF35EF05) Descrever, por meio de
múltiplas linguagens (corporal, oral,
escrita, audiovisual), as brincadeiras e os
jogos populares do Brasil e de matriz
indígena e africana, explicando suas
características e a importância desse
patrimônio histórico cultural na
preservação das diferentes culturas.
(EF35EF06) Recriar, individual e
coletivamente, e experimentar, na escola e
fora dela, brincadeiras e jogos populares
do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de
matriz indígena e africana, e demais
práticas corporais tematizadas na escola,
adequando-as aos espaços públicos
disponíveis.

Esportes 10 Esportes de campo (EF35EF07) Experimentar e fruir diversos


e taco tipos de esportes de campo e taco,
Esportes de rede/parede e invasão, identificando seus
rede/parede elementos comuns e criando estratégias
Esportes de individuais e coletivas básicas para sua
invasão execução, prezando pelo trabalho coletivo
e pelo protagonismo.
(EF35EF08) Diferenciar os conceitos de
jogo e esporte, identificando as
características que os constituem na
290

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


contemporaneidade e suas manifestações
(profissional e comunitária/lazer).

Ginásticas 2,10 Ginástica geral (EF35EF09) Experimentar e fruir, de forma


coletiva, combinações de diferentes
elementos da ginástica geral (equilíbrios,
saltos, giros, rotações, acrobacias, com e
sem materiais), propondo coreografias
com diferentes temas do cotidiano.
(EF35EF10) Planejar e utilizar estratégias
para resolver desafios na execução de
elementos básicos de apresentações
coletivas de ginástica geral, reconhecendo
as potencialidades e os limites do corpo e
adotando procedimentos de segurança.
Danças 2,10 Danças do Brasil e (EF35EF11) Experimentar, recriar e fruir
do mundo danças populares do Brasil e do mundo e
Danças de matriz danças de matriz indígena e africana,
indígena e africana valorizando e respeitando os diferentes
sentidos e significados dessas danças em
suas culturas de origem.
(EF35EF12) Comparar e identificar os
elementos constitutivos comuns e
diferentes (ritmo, espaço, gestos) em
danças populares do Brasil e do mundo e
danças de matriz indígena e africana.
(EF35EF13) Formular e utilizar estratégias
para a execução de elementos
constitutivos das danças populares do
Brasil e do mundo, e das danças de matriz
indígena e africana.
(EF35EF14) Identificar situações de
injustiça e preconceito geradas e/ou
presentes no contexto das danças e
demais práticas corporais e discutir
alternativas para superá-las.
Lutas 2,10 Lutas do contexto (EF35EF15) Experimentar, fruir e recriar
comunitário e diferentes lutas presentes no contexto
regional comunitário e regional e lutas de matriz
Lutas de matriz indígena e africana.
indígena e africana (EF35EF16) Planejar e utilizar estratégias
básicas das lutas do contexto comunitário
e regional e lutas de matriz indígena e
africana experimentadas, respeitando o
colega como oponente e as normas de
segurança.
(EF35EF17) Identificar as características
das lutas do contexto comunitário e
regional e lutas de matriz indígena e
africana, reconhecendo as diferenças entre

291

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


lutas e brigas e entre lutas e as demais
práticas corporais.

Capoeira 2,10 Capoeira, História (EF35EF18BA) Experimentar fruir e recriar


e Cultura: o ritual, as musicalidades e fundamentos da
malícia, a dança, a capoeira, dos instrumentos, dos cânticos e
teatralização, o das ladainhas.
jogo, a luta, o (EF35EF19BA) Compreender a capoeira
canto, o toque dos como patrimônio imaterial, que constitui a
instrumentos e a cultura e história afro-brasileira.
ética da capoeira. (EF35EF20BA) Identificar as origens,
contextos e significado histórico-social da
capoeira na Bahia e no Brasil e seu papel
na luta e resistência dos povos negros.

6º e 7º
UNIDADE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICA ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Jogos e 2,10 Jogos eletrônicos (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola
Brincadeiras Jogos e e fora dela, jogos eletrônicos diversos,
brincadeiras valorizando e respeitando os sentidos e
populares significados atribuídos a eles por diferentes
Jogos de matrizes grupos sociais e etários.
indígenas e (EF67EF02) Identificar as transformações
africanas. nas características dos jogos eletrônicos
em função dos avanços das tecnologias e
nas respectivas exigências corporais
colocadas por esses diferentes tipos de
jogos.
(EF35EF03) Recriar, individual e
coletivamente, e experimentar, na escola e
fora dela, brincadeiras e jogos populares
do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de
matriz indígena e africana, e demais
práticas corporais tematizadas na escola,
adequando-as aos espaços públicos
disponíveis.
Esportes 10 Esportes de campo ((EF67EF04) Experimentar e fruir esportes
e taco de marca, precisão, invasão e técnico-
Esportes de combinatórios, valorizando o trabalho
rede/parede coletivo e o protagonismo.
Esportes de (EF67EF05) Praticar um ou mais esportes
invasão de marca, precisão, invasão e técnico-
Esportes técnico- combinatórios oferecidos pela escola,
combinatórios. usando habilidades técnico-táticas básicas
e respeitando regras.
Relações culturais. (EF67EF06) Planejar e utilizar estratégias
para solucionar os desafios técnicos e
táticos, tanto nos esportes de marca,
precisão, invasão e técnico-combinatórios

292

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


como nas modalidades esportivas
escolhidas para praticar de forma
específica.
(EF67EF07) Analisar as transformações na
organização e na prática dos esportes em
suas diferentes manifestações
CULTURAIS (profissional e
comunitário/lazer).
(EF67EF08) Propor e produzir alternativas
para experimentação dos esportes não
disponíveis e/ou acessíveis na
comunidade e das demais práticas
corporais tematizadas na escola.
2,10 Ginástica geral (EF67EF09) Experimentar e fruir
Ginástica de exercícios físicos que solicitem diferentes
condicionamento capacidades físicas, identificando seus
Ginásticas físico. tipos (força, velocidade, resistência,
flexibilidade) e as sensações corporais
provocadas pela sua prática.
(EF67EF10BA) Realizar movimentos
ginásticos e reconhecer as sensações
afetivas e/ou sinestésicas como prazer,
medo, tensão, desagrado, enrijecimento,
relaxamento, no processo de
autoconhecimento a sua corporalidade.

Danças 2,10 Danças do Brasil e (EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar


do mundo danças urbanas, identificando seus
Danças de matriz elementos constitutivos (ritmo, espaço,
indígena e africana gestos).
Danças urbanas (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias
para aprender elementos constitutivos das
danças urbanas.
(EF67EF13) Diferenciar as danças
urbanas das demais manifestações da
dança, valorizando e respeitando os
sentidos e significados atribuídos a eles por
diferentes grupos sociais.
Lutas 2,10 Lutas do contexto (EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar
comunitário e diferentes lutas do Brasil, valorizando a
regional própria segurança e integridade física, bem
Lutas de matriz como as dos demais.
indígena e africana (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias
básicas das lutas do Brasil, respeitando o
colega como oponente.
(EF67EF16) Identificar as características
(códigos, rituais, elementos técnico-táticos,
indumentária, materiais, instalações,
instituições) das lutas do Brasil.
(EF67EF17) Problematizar preconceitos e
estereótipos relacionados ao universo das
lutas e demais práticas corporais,
293

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


propondo alternativas para superá-los,
com base na solidariedade, na justiça, na
equidade e no respeito.
Práticas corporais 2,10 Práticas corporais (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes
de aventura de aventura práticas corporais de aventura urbanas,
urbanas valorizando a própria segurança e
integridade física, bem como as dos
demais.
(EF67EF19) Identificar os riscos durante a
realização de práticas corporais de
aventura urbanas e planejar estratégias
para sua superação.
(EF67EF20) Executar práticas corporais de
aventura urbanas, respeitando o
patrimônio público e utilizando alternativas
para a prática segura em diversos espaços.
(EF67EF21) Identificar a origem das
práticas corporais de aventura e as
possibilidades de recriá-las, reconhecendo
as características (instrumentos,
equipamentos de segurança,
indumentária, organização) e seus tipos de
práticas.
Capoeira 2,10 Capoeira, História (EF67EF22BA) Experimentar e fruir as
e Cultura: o ritual, musicalidades, os movimentos básicos da
malícia, a dança, a capoeira, dos instrumentos e dos
teatralização, o cânticos.
jogo, a luta, o (EF67EF23BA) Compreender a capoeira
canto, o toque dos como jogo e dança e seu significado como
instrumentos e a patrimônio imaterial.
ética da capoeira. (EF67EF24BA) Identificar e compreender
a relevância social dos grandes mestres da
capoeira, com ênfase na Bahia.
Saúde, lazer e 3,4, 5, 8, Saúde, doença, (EF67EF24BA) Diferenciar atividade
práticas lazer ativo, práticas física/sedentarismo, saúde/doença,
corporais. corporais, atividade lazer/trabalho, inatividade
física, física/sedentarismo, e propor formas de
sedentarismo. reversão desses comportamentos.
(EF67EF25BA) Experimentar e fruir
diversas práticas corporais que solicitem
diferentes capacidades físicas
relacionadas à saúde, identificando seus
tipos (força e resistência muscular,
flexibilidade, resistência aeróbica e
composição corporal) e as sensações
corporais provocadas pela sua prática.
(EF67EF26BA) Construir, coletivamente,
procedimentos e normas de convívio que
viabilizem a participação de todos nas
práticas corporais/atividades físicas, com o

294

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


objetivo de promover a saúde e o lazer
ativo.

(EF67EF25BA) Compreender os diversos


paradigmas contemporâneos do ser
humano e sua corporeidade, a partir das
discussões sobre as questões da saúde,
do lazer ativo e atividade física,
oportunizando a formação de hábitos e
estilos de vida saudáveis.

8º e 9º
UNIDADE COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICA ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Esportes 2, 7, 10 Esportes de (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis
campo e taco (jogador, árbitro, jornalista, narrador, público
Esportes de e técnico) e fruir os esportes de rede/parede,
rede/parede campo e taco, invasão e combate,
Esportes de valorizando o trabalho coletivo e o
invasão protagonismo, por meio de projetos
Esportes técnico- escolares e comunitários, mobilizando
combinatórios pessoas e recursos.
Relações culturais (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes
Eventos de rede/parede, campo e taco, invasão e
esportivos combate oferecidos pela escola, usando
habilidades técnico-táticas básicas.
(EF89EF03) Formular e utilizar estratégias
para solucionar os desafios técnicos e
táticos, tanto nos esportes de campo e taco,
rede/parede, invasão e combate como nas
modalidades esportivas escolhidas para
praticar de forma específica.
(EF89EF04) Identificar os elementos
técnicos ou técnico-táticos individuais,
combinações táticas, sistemas de jogo e
regras das modalidades esportivas
praticadas, bem como diferenciar as
modalidades esportivas com base nos
critérios da lógica interna das categorias de
esporte: rede/parede, campo e taco, invasão
e combate.
(EF89EF05) Identificar as transformações
históricas do fenômeno esportivo e discutir
alguns de seus problemas (doping,
corrupção, violência etc.) e a forma como as
mídias os apresentam.
(EF89EF06) Verificar locais disponíveis na
comunidade para a prática de esportes e
das demais práticas corporais tematizadas
na escola, propondo e produzindo
alternativas para utilizá-los no tempo livre.
295

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF89EF07BA) Reconhecer, refletir e
argumentar sobre as questões conceituais,
culturais e históricas do esporte.

Ginásticas 7,10 Ginástica geral (EF89EF08) Experimentar e fruir um ou


Ginástica de mais programas de exercícios físicos,
condicionamento identificando as exigências corporais desses
físico diferentes programas e reconhecendo a
importância de uma prática individualizada,
adequada às características e necessidades
de cada sujeito.
(EF89EF09) Discutir as transformações
históricas dos padrões de desempenho,
saúde e beleza, considerando a forma como
são apresentados nos diferentes meios
(científico midiático etc.).
(EF89EF10) Problematizar a prática
excessiva de exercícios físicos e o uso de
medicamentos para a ampliação do
rendimento ou potencialização das
transformações corporais.
(EF89EF11) Experimentar e fruir um ou
mais tipos de ginástica de conscientização
corporal, identificando as exigências
corporais dos mesmos.
(EF89EF12) Identificar as diferenças e
semelhanças entre a ginástica de
conscientização corporal e as de
condicionamento físico e discutir como a
prática de cada uma dessas manifestações
pode contribuir para a melhoria das
condições de vida, saúde, bem-estar e
cuidado consigo mesmo.
Danças 7,10 Danças do Brasil e (EF89EF13) Experimentar, fruir e recriar
do mundo danças de salão, valorizando a diversidade
Danças de matriz cultural e respeitando a tradição dessas
indígena e culturas.
africana (EF89EF14) Planejar e utilizar estratégias
Danças urbanas para se apropriar dos elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das
danças de salão.
(EF89EF15) Discutir estereótipos e
preconceitos relativos às danças de salão e
demais práticas corporais e propor
alternativas para sua superação.
(EF89EF16) Analisar as características
(ritmos, gestos, coreografias e músicas) das
danças de salão, bem como suas
transformações históricas e os grupos de
origem.

296

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Lutas 7,9,10 Lutas do contexto (EF89EF17) Experimentar e fruir a
comunitário e execução dos movimentos pertencentes às
regional lutas do mundo, adotando procedimentos de
Lutas de matriz segurança e respeitando o oponente.
indígena e (EF89EF18) Planejar e utilizar estratégias
africana básicas das lutas experimentadas,
reconhecendo as suas características
técnico-táticas.
(EF89EF19) Discutir as transformações
históricas, o processo de esportivização e a
midiatização de uma ou mais lutas,
valorizando e respeitando as culturas de
origem.
Práticas corporais 7,10 Práticas corporais (EF89EF20) Experimentar e fruir diferentes
de aventura de aventura na práticas corporais de aventura na natureza,
natureza valorizando a própria segurança e
integridade física, bem como as dos demais,
respeitando o patrimônio natural e
minimizando os impactos de degradação
ambiental.
(EF89EF21) Identificar riscos, formular
estratégias e observar normas de segurança
para superar os desafios na realização de
práticas corporais de aventura na natureza.
(EF89EF22) Identificar as características
(equipamentos de segurança, instrumentos,
indumentária, organização) das práticas
corporais de aventura na natureza, bem
como suas transformações históricas.
Capoeira 7,10 Capoeira, História (EF89EF23) Experimentar e compreender
e Cultura: o ritual, as musicalidades e os movimentos da
malícia, a dança, a capoeira, dos instrumentos e dos cânticos.
teatralização, o (EF89EF24) Compreender e refletir a
jogo, a luta, o capoeira como patrimônio imaterial, que
canto, o toque dos constitui a cultura e a história afro-brasileira
instrumentos e a (EF89EF25) Identificar e compreender a
ética da capoeira. relevância social dos grandes mestres da
capoeira, com ênfase na Bahia.
Saúde, lazer e 3,4,5,8,10 Saúde, doença, (EF89EF26) Diferenciar saúde, lazer e
práticas lazer ativo, qualidade vida, e como esses constructos
corporais. práticas corporais, estão relacionados.
promoção da (EF89EF27) Refletir sobre os baixos níveis
sáude. de atividades físicas, lazer e a exposição a
comportamentos sedentários como
potenciais riscos à saúde.
(EF89EF28BA) Compreender sobre
adaptações fisiológicas relacionadas à
saúde em detrimento das atividades físicas.
(EF89EF29BA) Compreender a relevância
e o papel do lazer e das práticas corporais,
nas ocorrências diárias de conflitos
interpessoais,
297

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


escolares e sociais.
(EF89EF30BA) Refletir a multiplicidade de
padrões de desempenho, saúde, beleza e
estética corporal, analisando, criticamente,
os modelos disseminados na mídia e discutir
posturas consumistas e preconceituosas.
(EF89EF31BA) Identificar as características
do corpo humano e os comportamentos nas
diferentes fases da vida, e nos diferentes
gêneros, aproximando-se da noção de ciclo
vital do ser humano.
(EF89EF32BA) Experimentar e
compreender a importância das práticas
corporais/atividades físicas de forma
autônoma para potencializar o envolvimento
em contextos diversos, ampliando as redes
de sociabilidade e a promoção da saúde
mental e física.
(EF89EF33BA) Experimentar e
compreender a organização alimentar nos
processos de gasto calórico, bem como
suas relações antes, durante e depois das
atividades físicas.

LÍNGUA INGLESA

Introdução

Aprendizagem é um processo ativo e deve ser construído por


professores e estudantes continuamente, através de análise, desconstrução e
construção de novas formas de ser e pensar. Aprender uma língua estrangeira
é mais significativo e efetivo quando a língua é usada para a comunicação.
Aprende-se uma língua usando-a e o ensino da língua inglesa não deve ter um
fim em si mesmo, ou seja, o estudo deve priorizar sua função comunicativa e
não apenas a análise de sua estrutura.
Neste sentido, a proposta curricular de ensino de Língua Inglesa, que
compõe o Referencial Curricular do Estado da Bahia, destaca que o ensino da
língua inglesa nas escolas deve ocorrer através de seu uso como ferramenta de
acesso ao conhecimento e a bens culturais. Dessa forma, alunos e alunas
podem identificar o lugar de si e do outro em um mundo plurilíngue e multicultural
de forma crítica e reflexiva. Para tanto, a autonomia da aprendizagem por parte
dos estudantes deve ser incentivada e promovida permanentemente, a fim de
despertar o protagonismo social, já que saber um idioma estrangeiro pode

298

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


contribuir para a elevação da autoestima e o fortalecimento da autoconfiança, e
assim, com os estudantes se sentindo empoderados, podem promover
melhorias em seu contexto social.
Considerando que saber uma língua estrangeira é uma forma de
contribuir para o bem estar pessoal e social, já que cada sujeito pode
ressignificar a sua existência no planeta, colocando-se a serviço da sociedade
não apenas no que tange ao mercado de trabalho, mas, principalmente, com
relação a seu posicionamento como cidadão responsável, crítico e
transformador. Há na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a proposta de
fundamentar as práticas de ensino do inglês a partir de sua função sociopolítica,
uma vez que essa é a língua de contato entre grupos ou membros de um grupo
de falantes de línguas distintas. O inglês é, geralmente, a língua usada para
comunicação em relações de várias naturezas, sejam elas pessoais,
educacionais ou de negócios.
Com relação ao multiletramento, quando se concebe a ideia do uso do
inglês como meio de comunicação e acesso à informação, surge também a
necessidade de inserir nas práticas educacionais uma variedade de gêneros
textuais e linguagens viabilizadas pela participação no mundo digital, através de
atividades desenvolvidas com textos multimodais autênticos com foco na
linguagem escrita, visual e também oral. Neste sentido, o multiletramento surge
naturalmente a partir da utilização de diversos gêneros textuais, tais como
propagandas de revistas e jornais, comerciais, traillers, resenhas e cenas de
filmes e séries, tirinhas, histórias em quadrinhos, dentre textos.
Dessa forma, atende-se à urgente necessidade de engajamento social
e político e autoafirmação identitária criada pelo constante e rápido
desenvolvimento da tecnologia, bem como pelas mudanças nas relações
geopolíticas causadas pela globalização.
Assim, considerando as atuais condições sociais, culturais e políticas,
conforme a BNCC, para que o ensino da língua inglesa possibilite a construção
de conhecimentos, e o desenvolvimento de competências e habilidades
relevantes à formação de cidadãos conscientes, críticos, engajados e produtivos,
se faz necessário o reconhecimento dessa língua estrangeira como língua
franca, o que implica a adoção da postura formativa, do multiletramento e de
abordagens pedagógicas focadas no desenvolvimento humano.
No que tange ao cunho formativo, a prática do ensino de inglês se
constitui sob as perspectivas linguística, crítica e sociopolítica, consolidando a
língua inglesa como instrumento de acesso ao conhecimento e comunicação
com o mundo, atrelando o processo de ensino e aprendizagem à familiaridade
com outras culturas e costumes, bem como ao exercício do respeito à
diversidade.
O desenvolvimento integral do ser humano significa considerar não
apenas seus sentimentos e intelecto, mas também a forma como este age e
299

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


interage com o outro em contextos variados. Assim, as abordagens pedagógicas
do componente Língua Inglesa, com foco no desenvolvimento humano integral,
exigem práticas que priorizem o combate ao preconceito linguístico por meio da
legitimação de estruturas gramaticais, vocabulário e sotaques de falantes da
língua inglesa fora da Inglaterra e dos Estados Unidos, bem como através da
valorização do inglês produzido por não nativos, sempre zelando pela
inteligibilidade.
A proposta curricular do Estado da Bahia, no que se refere ao
componente Língua Inglesa é norteada pela BNCC e visa promover o
desenvolvimento das competências específicas em consonância com as
competências gerais presentes no documento normativo.
O ensino de língua inglesa, na proposta curricular do Estado da Bahia,
tem como objetivo possibilitar o desenvolvimento das competências gerais e das
específicas. Este documento está estruturado a partir de cinco eixos
organizadores, que são Oralidade, Leitura, Escrita, Conhecimentos
Linguísticos e Dimensão Intercultural, seguidos dos Objetos de
Conhecimento e das Habilidades. Esses eixos, apresentados a seguir, não
devem ser tratados separadamente, e nem de forma linear eles devem figurar
de forma transversal validando as diversas formas de prática da linguagem.
O eixo Oralidade refere-se às práticas de compreensão e produção oral
a partir da dimensão do uso da língua como prática social. Nessa perspectiva, a
interação significativa dos sujeitos passa a ser o foco da prática pedagógica.
Interação significativa remete à necessidade de que o trabalho com a oralidade
seja realizado tendo em vista a vivência e uso da língua como prática social, na
qual os estudantes sejam vistos como usuários se posicionando, interpretando,
argumentando, questionando, informando, explicando, dentre outras ações que
demonstrem sua contribuição como agente modificador da sociedade.
O eixo Leitura diz respeito às práticas de linguagem a partir da interação
do leitor com o texto escrito, através da compreensão e interpretação dos
gêneros que circulam nos diversos campos da sociedade. A leitura deve ser
entendida como uma atividade interativa na qual o leitor atribui significados ao
texto, a partir de suas vivências de mundo. Neste sentido, as práticas de leitura
em língua inglesa devem promover o desenvolvimento de estratégias, que
favoreçam a construção de significados.
O eixo Escrita compreende práticas de produção escrita como um ato
social, considerando a finalidade da escrita e enfatizando a produção processual,
individual e colaborativa. Tal abordagem contribui para uma escrita autoral,
abrindo espaço para que os alunos e alunas ajam como protagonistas.
O eixo Conhecimento Linguístico envolve práticas de uso, análise e
reflexão sobre a língua inglesa, e não se resume ao ensino de vocabulário e
gramática. Deve-se considerar o uso social da língua, e não apenas sua
organização. Neste sentido, o eixo conhecimentos linguísticos deve estar a
300

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


serviço das práticas de oralidade, escrita e leitura. Em outras palavras, a
abordagem do ensino de língua inglesa deve ir além de ensinar normas sobre a
língua, deixando de ser entendida como objeto de ensino, mas, por meio desta
língua, ter acesso a outros conteúdos para construir conhecimento e, assim,
desenvolver as competências e as habilidades tratadas neste documento.
O eixo Dimensão Intercultural reforça a concepção do inglês como
língua franca e propõe uma nova abordagem de ensino da língua inglesa, a partir
de reflexões sobre língua, cultura e identidade, a fim de que sejam estabelecidas
relações entre as pessoas, levando-se em conta que as culturas estão em
constante processo de interação e (re)construção. Neste sentido, o estudante
deve ser constantemente estimulado a refletir sobre sua própria identidade, a
partir do contato com outras identidades com vista a se tornarem pessoas
capazes de romper barreiras físicas e mentais para viver no mundo cada vez
mais globalizado.
A proposta curricular está estruturada a partir das correlações entre as
competências gerais, as competências da área de Linguagens e as
competências específicas do componente Língua Inglesa. Essas relações
podem ser observadas no quadro a seguir:

Para garantir o direito de aprendizagem do componente Língua Inglesa


para todos os estudantes em todo território nacional, é de extrema importância
considerar as modalidades de educação não convencionais como a Educação
do Campo, Educação para Jovens e Adultos (EJA), Educação Formal
Quilombola e Indígena, bem como aqueles aprendizes com necessidades
especiais.
É imprescindível, contanto, salientar que para a concretização do que é
indicado pela BNCC, deve-se priorizar o contexto sócio histórico no qual o sujeito
está inserido, fazendo todos os ajustes necessários para se contemplar as
demandas específicas de cada comunidade, o que deve repercutir na formação
inicial e continuada do(a) professor(a), na carga horária do componente, na
301

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


adoção e criação de material didático, bem como na estrutura e na organização
das instituições escolares.

ÁREA LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA INGLESA

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo,


criticamente, sobre como a aprendizagem da língua inglesa contribui para a inserção dos
sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do trabalho.
2. Comunicar-se na língua inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias
impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de
ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e
interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.
3. Identificar similaridades e diferenças entre a língua inglesa e a língua materna/outras
línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação
intrínseca entre língua, cultura e identidade.
4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua inglesa, usados em diferentes países
e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a
diversidade linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e
multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.
5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar,
selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na
língua inglesa, de forma ética, crítica e responsável.
6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua
inglesa, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato com
diferentes manifestações artístico-culturais.

6º ANO
COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
EIXOS HABILIDADES
ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

302

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06LI01) Interagir em situações
do dia a dia de intercâmbio oral,
demonstrando iniciativa para utilizar
a língua inglesa em apresentações,
Construção de cumprimentos e despedidas, em
laços afetivos ambientes presenciais e/ou virtuais.
(EF06LI02) Coletar informações do
grupo, perguntando sobre o outro e
ORALIDADE
Funções e usos da respondendo sobre si, sobre
língua inglesa em família, escola e comunidade.
Práticas de
sala de aula (EF06LI04) Reconhecer, com o
compreensão e
(classroom apoio de palavras cognatas e pistas
produção oral de língua
language) do contexto discursivo, o
inglesa, em diferentes
assunto e as informações principais
contextos discursivos 1, 2, 4, 5 Estratégias de em textos orais sobre temas como
presenciais ou
compreensão de escola, família e comunidade.
simulados, com
textos orais. (EF06LI05) Aplicar os
repertório de falas
conhecimentos da língua inglesa
diversas, incluída a fala
para falar de si e de outras
do professor.
pessoas,
Produção de textos explicitando informações pessoais
orais, com a e características relacionadas a
mediação do/a gostos, preferências e
professor/a rotinas.
(EF06LI06) Planejar apresentação
sobre a família, a comunidade e a
escola, compartilhando-a
oralmente com o grupo.
(EF06LI07) Formular hipóteses
Levantamento de sobre a finalidade de um texto em
hipóteses sobre a língua inglesa, com base em sua
finalidade de um estrutura composicional (tipografia,
texto. layout, títulos e subtítulos, imagens,
LEITURA
legendas, dentre outros).
(EF06LI08) Identificar o assunto de
Práticas de leitura de
um texto, reconhecendo sua
textos diversos em
organização textual e
língua inglesa (verbais,
palavras cognatas.
verbo-visuais,
Estratégias de (EF06LI09) Localizar informações
multimodais) presentes
leitura (skimming, específicas em texto.
em diferentes suportes e 3, 4, 5, 6 scanning) (EF06LI10) Conhecer a
esferas de circulação.
organização de um dicionário
Tais práticas envolvem
bilíngue (impresso e/ou on-line)
articulação com os
Construção de para
conhecimentos prévios
repertório lexical e construir repertório lexical.
dos alunos em língua
autonomia leitora (EF06LI11) Explorar ambientes
materna e/ou outras
virtuais e/ou aplicativos para
línguas.
construir repertório lexical na língua
Leitura inglesa.
compartilhada, com (EF06LI12) Interessar-se pelo texto
a mediação do lido, compartilhando suas ideias.
professor
303

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06LI13) Listar ideias para a
ESCRITA
produção de textos com mediação
Planejamento do do/a professor/a, levando em conta
Práticas de produção de
texto: brainstorming o tema e o assunto.
textos em língua inglesa
e organização de (EF06LI14) Organizar ideias,
relacionados ao
ideias selecionando-as em função da
cotidiano dos
estrutura e do objetivo do texto.
alunos, presentes em
(EF06LI15) Produzir textos
diferentes suportes e
multimodais escritos em língua
esferas de circulação. 2, 3, 4, 5 inglesa (histórias em quadrinhos,
Tais práticas envolvem a
Produção de textos cartazes,
escrita
escritos, em chats, blogues, agendas,
mediada pelo professor
formatos diversos, fotolegendas, entre outros), sobre
ou colegas e articulada
com a mediação do si mesmo, sua família, seus
com os conhecimentos
professor amigos, gostos, preferências e
prévios dos alunos em
rotinas, sua comunidade e seu
língua materna e/ou
contexto escolar.
outras línguas.
CONHECIMEN-TOS (EF06LI16) Construir repertório
LINGUÍSTICOS relativo às expressões usadas para
Construção de
o convívio social e o uso da língua
Práticas de análise repertório lexical
inglesa em sala de aula.
linguística para a (EF06LI19) Utilizar o presente do
reflexão sobre o indicativo para identificar pessoas,
funcionamento da língua Reflexão e
descrever rotinas diárias, fazer e
inglesa, com base nos escolhas
responder perguntas.
usos de linguagem linguísticas para
(EF06LI20) Utilizar o presente
trabalhados nos eixos fins comunicativos,
contínuo para descrever ações em
Oralidade, Leitura, 4, 5 priorizando a
progresso.
Escrita e Dimensão inteligibilidade: usos
(EF06LI21) Reconhecer o uso do
intercultural. do presente simples
imperativo em enunciados de
e contínuo,
atividades, comandos e
imperativo, caso
instruções.
genitivo (‘s),
(EF06LI22) Descrever relações por
pronomes do caso
meio do uso de apóstrofo (’) + s
reto e adjetivos
(EF06LI23) Empregar, de forma
possessivos.
inteligível, os adjetivos
possessivos.
DIMENSÃO Países que têm a (EF06LI24) Investigar o alcance da
INTERCULTU-RAL língua inglesa como língua inglesa no mundo como
língua materna e/ou língua materna, e/ou oficial
Reflexão sobre aspectos oficial (primeira ou segunda língua).
relativos à interação (EF06LI01BA) Reconhecer a língua
entre culturas (dos
1, 5, 6 A língua inglesa inglesa como língua franca.
alunos e aquelas como língua franca (EF06LI25) Identificar a presença
relacionadas a demais da língua inglesa na sociedade
falantes de língua Presença da língua brasileira/comunidade (palavras,
inglesa), de modo a inglesa no cotidiano expressões, suportes e esferas de
304

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


favorecer o convívio, o circulação e consumo) e seu
respeito, a superação de significado.
conflitos e a valorização (EF06LI26) Avaliar, criticamente,
da diversidade entre os elementos /produtos culturais de
povos. países de língua inglesa absorvidos
pela sociedade
brasileira/comunidade.
7º ANO
COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
EIXOS HABILIDADES
ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Usos da língua
(EF07LI01) Interagir em situações
inglesa para
de intercâmbio oral em inglês para
convivência e
realizar as atividades em sala de
colaboração em
aula, de forma respeitosa e
sala de aula.
colaborativa, trocando ideias e
engajando-se em brincadeiras e
jogos.
ORALIDADE
(EF07LI02) Entrevistar os colegas
Práticas
para conhecer suas histórias de
Práticas de investigativas
vida a fim de valorizar e respeitar a
compreensão e
diversidade.
produção oral de língua
(EF07LI03) Mobilizar
inglesa, em diferentes
2, 4, 5 conhecimentos prévios para
contextos discursivos Estratégias de
compreender texto oral.
presenciais ou compreensão de
(EF07LI04) Identificar o contexto, a
simulados, com textos orais
finalidade, o assunto e os
repertório de falas diversos
interlocutores em textos orais
diversas, incluída a fala
presentes no cinema, na internet,
do professor.
na televisão, entre outros.
(EF07LI05) Compor, em língua
inglesa, narrativas orais sobre
fatos, acontecimentos e
Produção de textos
personalidades marcantes do
orais, com
passado, utilizando recursos
mediação do/a
multimodais.
professor/a
Estratégias de (EF07LI06) Antecipar o sentido
LEITURA
leitura global de textos em língua inglesa
por inferências, com base em
Práticas de leitura de
leitura rápida, observando títulos,
textos diversos em
primeiras e últimas frases de
língua inglesa (verbais,
Construção do parágrafos e palavras-chaves.
verbo-visuais,
sentido global (EF07LI07) Identificar a(s)
multimodais) presentes
informação(ões)-chave de partes
em diferentes suportes e 3, 4, 5, 6 de um texto em língua inglesa
esferas de circulação.
(parágrafos).
Tais práticas envolvem
(EF07LI08) Relacionar as partes
articulação com os
de um texto (parágrafos) para
conhecimentos prévios
construir seu sentido global.
dos alunos em língua
Objetivos de leitura
materna e/ou outras
(EF07LI09) Selecionar, em um
línguas.
texto, a informação pertinente ao
305

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


objetivo da leitura.
(EF07LI10) Escolher, em
ambientes virtuais, textos em língua
inglesa, de fontes confiáveis, para
estudos/pesquisas escolares.
Leitura (EF07LI11) Participar de troca de
compartilhada opiniões e informações sobre
textos de apreciação cultural e
sobre personalidades marcantes do
passado e da contemporaneidade.
(EF07LI12) Planejar a escrita de
textos em função do contexto
Planejamento de (público, finalidade, layout e
ESCRITA produção escrita, suporte).
com mediação do/a (EF07LI13) Organizar texto em
Práticas de produção de professor/a unidades de sentido, dividindo-o
textos em língua inglesa em parágrafos ou tópicos e
relacionados ao Produção de textos subtópicos, explorando as
cotidiano dos alunos, escritos, em possibilidades de organização
presentes em diferentes formatos diversos, gráfica, de suporte e de formato do
suportes e esferas de com mediação do/a texto.
circulação. Tais práticas
2, 3, 4, 5 professor/a (EF07LI14) Produzir textos diversos
envolvem a escrita sobre fatos, acontecimentos e
mediada pelo professor personalidades do passado (linha
ou colegas e articulada do tempo/timelines, biografias,
com os conhecimentos verbetes de enciclopédias, blogues,
prévios dos alunos em entre outros).
língua materna e/ou Revisão e reescrita (EF07LI01BA) Revisar e reescrever
outras línguas. das produções as produções levando em
textuais consideração o objetivo, formato e
clareza do texto de acordo com
referências multimodais.
Estudo do léxico: (EF07LI15) Construir repertório
CONHECIMENTOS construção, lexical relativo a verbos regulares e
LINGUÍSTICOS pronúncia e irregulares (formas no passado),
polissemia preposições de tempo (in, on, at) e
Práticas de análise conectores (and, but, because,
linguística para a then, so, before, after, entre
reflexão sobre o outros).
funcionamento da língua (EF07LI02BA) Experimentar, por
inglesa, com base nos meios de jogos e brincadeiras, o
usos de linguagem Reflexão e conhecimento lexical para a
4, 5 escolhas consolidação do repertório.
trabalhados nos eixos
Oralidade, Leitura, linguísticas para (EF07LI16) Reconhecer a
Escrita e Dimensão fins comunicativos, pronúncia de verbos regulares no
intercultural. priorizando a passado (-ed).
Estudo do léxico inteligibilidade: usos (EF07LI17) Explorar o caráter
do passado simples polissêmico de palavras de acordo
e contínuo para com o contexto de uso.
afirmar, negar e (EF07LI18) Utilizar o passado
perguntar, simples e o passado contínuo para
pronomes do caso produzir textos orais e escritos,
306

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


reto e do caso mostrando relações de sequência e
oblíquo, verbo causalidade.
modal can (EF07LI19) Discriminar sujeito de
(presente e objeto utilizando pronomes a eles
passado) relacionados.
(EF07LI20) Empregar, de forma
inteligível, o verbo modal can para
descrever habilidades (no presente
e no passado).
DIMENSÃO
INTERCULTURAL (EF07LI21) Analisar o alcance da
língua inglesa e os seus contextos
Reflexão sobre aspectos de uso no mundo globalizado.
relativos à interação (EF07LI22) Explorar modos de falar
entre culturas (dos em língua inglesa, refutando
alunos e aquelas A língua inglesa
preconceitos e reconhecendo a
relacionadas a demais como língua franca
1, 5, 6 na sociedade
variação linguística como fenômeno
falantes de língua natural das línguas.
inglesa), de modo a contemporânea
(EF07LI23) Reconhecer a variação
favorecer o convívio, o linguística como manifestação de
respeito, a superação de formas de pensar e expressar o
conflitos e a valorização mundo por falantes nativos e não
da diversidade entre os nativos.
povos.
8º ANO
COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
EIXOS HABILIDADES
ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Interação
discursiva:
(EF08LI01) Fazer uso da língua
negociação de
inglesa para resolver mal-
sentidos e
entendidos, emitir opiniões e
esclarecimento de
esclarecer informações por meio de
mal-entendidos e
ORALIDADE paráfrases ou justificativas.
posicionamento
(EF08LI02) Explorar o uso de
respeitoso em
Práticas de recursos linguísticos (frases
situações de
compreensão e incompletas, hesitações, entre
conflitos de
produção oral de língua outros) e paralinguísticos (gestos,
opiniões
inglesa, em diferentes expressões faciais, entre outros)
contextos discursivos 2, 4, 5 em situações de interação oral.
Usos de recursos
presenciais ou (EF08LI03) Construir o sentido
linguísticos e
simulados, com global de textos orais, relacionando
paralinguísticos no
repertório de falas suas partes, o assunto principal e
intercâmbio oral
diversas, incluída a fala informações relevantes.
do professor. (EF08LI04) Utilizar recursos e
repertório linguísticos apropriados
Compreensão de
para informar/comunicar/falar do
textos orais,
futuro: planos, previsões,
multimodais, de
possibilidades e probabilidades.
cunho informativo/
jornalístico

307

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Produção de textos
orais com
autonomia

Construção de (EF08LI05) Inferir informações e


sentidos por meio relações que não aparecem de
LEITURA de inferências e modo explícito no texto para
reconhecimento de construção de sentidos.
Práticas de leitura de implícitos (EF08LI06) Apreciar textos
textos diversos em narrativos em língua inglesa
língua inglesa (verbais, (contos, romances, entre outros,
verbo-visuais, Leitura de textos de em versão original ou simplificada),
multimodais) presentes cunho artístico- como forma de valorizar o
em diferentes suportes e literário patrimônio cultural produzido em
esferas de circulação. 3, 4, 5, 6 língua inglesa.
Tais práticas envolvem (EF08LI07) Explorar ambientes
articulação com os virtuais e/ou aplicativos para
conhecimentos prévios acessar e usufruir do patrimônio
dos alunos em língua Reflexão pós-leitura artístico literário em língua inglesa.
materna e/ou outras (EF08LI08) Analisar, criticamente, o
línguas. conteúdo de textos, comparando
diferentes perspectivas
apresentadas sobre um mesmo
assunto.
(EF08LI11) Produzir textos
(comentários em fóruns, relatos
pessoais, mensagens instantâneas,
tweets, reportagens, histórias de
ficção, blogues, entre outros), com
ESCRITA o uso de estratégias de escrita
Produção coletiva e
(planejamento, produção de
/ ou individual de
Práticas de produção de rascunho, revisão e edição final),
textos escritos, com
textos em língua inglesa apontando sonhos e projetos para
mediação do/a
relacionados ao o futuro (pessoal, da família, da
professor/a
cotidiano dos alunos, comunidade ou do planeta).
presentes em diferentes (EF08LI09) Avaliar a própria
suportes e esferas de produção escrita e a de colegas,
circulação. Tais práticas
2, 3, 4, 5 com base no contexto de
envolvem a escrita comunicação (finalidade e
mediada pelo professor adequação ao público, conteúdo a
Revisão de textos
ou colegas e articulada ser comunicado, organização
escritos com a
com os conhecimentos textual, legibilidade, estrutura de
mediação do/a
prévios dos alunos em frases).
professor/a e
língua materna e/ou (EF08LI10) Reconstruir o texto,
colegas
outras línguas. com cortes, acréscimos,
reformulações e correções, para
aprimoramento, edição e
publicação final em diferentes
ambientes virtuais de informação e
socialização.

308

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08LI12) Construir repertório
CONHECIMENTOS lexical relativo a planos, previsões
LINGUÍSTICOS Construção de e expectativas para o futuro.
repertório lexical (EF08LI13) Reconhecer sufixos e
Práticas de análise prefixos comuns utilizados na
linguística para a formação de palavras em língua
reflexão sobre o inglesa.
funcionamento da língua Reflexão e (EF08LI14) Utilizar formas verbais
inglesa, com base nos escolhas do futuro para descrever planos e
usos de linguagem linguísticas para expectativas e fazer previsões.
trabalhados nos eixos fins comunicativos, (EF08LI15) Utilizar, de modo
Oralidade, Leitura, 4, 5 priorizando a inteligível, as formas comparativas
Escrita e Dimensão inteligibilidade: usos e superlativas de adjetivos para
intercultural. de verbos para comparar qualidades e
indicar futuro, quantidades.
comparativos e (EF08LI16) Utilizar, de modo
superlativos, inteligível, some, any, many, much.
quantificadores e (EF08LI17) Empregar, de modo
pronomes relativos. inteligível, os pronomes relativos
(who, which, that, whose) para
construir períodos compostos por
subordinação.
(EF08LI18) Construir repertório
cultural por meio do contato com
DIMENSÃO manifestações artístico-culturais
INTERCULTURAL vinculadas à língua inglesa (artes
plásticas e visuais, literatura,
Reflexão sobre aspectos música, cinema, dança,
Construção de
relativos à interação festividades, entre outros),
repertório artístico-
entre culturas (dos valorizando a diversidade entre
cultural
alunos e aquelas culturas.
relacionadas a demais (EF08LI19) Investigar de que forma
falantes de língua
1, 5, 6 expressões, gestos e
inglesa), de modo a comportamentos são interpretados
Impacto de
favorecer o convívio, o em função de aspectos culturais e
aspectos culturais
respeito, a superação de étnicos.
na comunicação
conflitos e a valorização (EF08LI20) Examinar fatores que
da diversidade entre os podem impedir o entendimento
povos. entre pessoas de culturas
diferentes que falam a língua
inglesa como primeira, segunda ou
língua estrangeira.
9º ANO
COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
EIXOS HABILIDADES
ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

309

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09LI01) Fazer uso da língua
inglesa para expor pontos de vista,
argumentos e contra-argumentos,
considerando o contexto e os
Usos da língua
recursos linguísticos voltados para
inglesa: persuasão
a eficácia da comunicação.
(EF09LI01BA) Escutar com
ORALIDADE respeito o discurso do outro.
(EF09LI02) Compilar as ideias-
Práticas de chave de textos por meio de
compreensão e tomada de notas.
Compreensão de
produção oral de língua (EF09LI03) Analisar
textos orais,
inglesa, em diferentes posicionamentos defendidos e
contextos discursivos
2, 4, 5 multimodais, de
refutados em textos orais sobre
cunho
presenciais ou temas de interesse social e
argumentativo
simulados, com coletivo.
repertório de falas (EF09LI02BA) Planejar
diversas, incluída a fala apresentações orais para propor
do professor. soluções para situações problema.
(EF09LI04) Expor resultados de
Produção de textos
pesquisa ou estudo com o apoio de
orais com
recursos, tais como notas, gráficos,
autonomia
tabelas, entre outros, adequando
as estratégias de construção do
texto oral aos objetivos de
comunicação e ao contexto.
(EF09LI05) Identificar recursos de
Estratégias de persuasão (escolha e jogo de
leitura: recursos de palavras, uso de cores e imagens,
persuasão e tamanho de letras), utilizados nos
LEITURA
argumentação textos publicitários e de
propaganda, como elementos de
Práticas de leitura de
convencimento.
textos diversos em
(EF09LI06) Distinguir fatos de
língua inglesa (verbais,
opiniões em textos argumentativos
verbo-visuais,
da esfera jornalística.
multimodais) presentes
(EF09LI07) Identificar argumentos
em diferentes suportes e
esferas de circulação. 3, 4, 5, 6 principais e as evidências/exemplos
que os sustentam.
Tais práticas envolvem
(EF09LI08) Explorar ambientes
articulação com os
virtuais de informação e
conhecimentos prévios
Práticas de leitura: socialização, analisando a
dos alunos em língua
informações em qualidade e a validade das
materna e/ou outras
ambientes virtuais informações veiculadas.
línguas.
(EF09LI09) Compartilhar, com os
colegas, a leitura dos textos
Reflexão pós-leitura escritos pelo grupo, valorizando os
diferentes pontos de vista
defendidos, com ética e respeito.

310

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09LI10) Propor potenciais
argumentos para expor e defender
ponto de vista em texto escrito,
ESCRITA refletindo sobre o tema proposto e
pesquisando dados, evidências e
Práticas de produção de Pré-escrita: exemplos para sustentar os
textos em língua inglesa construção da argumentos, organizando-os em
relacionados ao argumentação e da sequência lógica.
cotidiano dos alunos, persuasão (EF09LI11) Utilizar recursos verbais
presentes em diferentes e não verbais para construção da
suportes e esferas de persuasão em textos da esfera
2, 3, 4, 5 Produção de textos
circulação. Tais práticas publicitária, de forma adequada ao
envolvem a escrita escritos, com contexto de circulação (produção e
mediada pelo professor mediação do (a) compreensão).
ou colegas e articulada professor(a) / (EF09LI12) Produzir textos
com os conhecimentos colegas (infográficos, fóruns de discussão
prévios dos alunos em on-line, fotorreportagens,
língua materna e/ou campanhas publicitárias, memes,
outras línguas. entre outros) sobre temas de
interesse coletivo local ou global,
que revelem posicionamento
crítico.
(EF09LI13) Reconhecer, nos novos
gêneros digitais (blogues,
Construção de mensagens instantâneas, tweets,
repertório lexical: entre outros), novas formas de
usos de linguagem escrita (abreviação de palavras,
em meio digital e palavras com combinação de letras
CONHECIMENTOS
conectores e números, pictogramas, símbolos
LINGUÍSTICOS
gráficos, entre outros) na
constituição das mensagens.
Práticas de análise
(EF09LI14) Utilizar conectores
linguística para a
indicadores de adição, condição,
reflexão sobre o
oposição, contraste, conclusão e
funcionamento da língua 4, 5 síntese como auxiliares na
inglesa, com base nos
Reflexão e construção da argumentação e
usos de linguagem
escolhas intencionalidade discursiva.
trabalhados nos eixos
linguísticas para (EF09LI15) Empregar, de modo
Oralidade, Leitura,
fins comunicativos, inteligível, as formas verbais em
Escrita e Dimensão
priorizando a orações condicionais dos tipos 1 e
intercultural.
inteligibilidade: 2 (If-clauses).
orações (EF09LI16) Empregar, de modo
condicionais, inteligível, os verbos should, must,
verbos modais have to, may e might para indicar
recomendação, necessidade ou
obrigação e probabilidade.
DIMENSÃO Expansão da língua (EF09LI17) Debater sobre a
INTERCULTURAL inglesa: contexto expansão da língua inglesa pelo
histórico mundo, em função do processo de
Reflexão sobre aspectos
1, 5, 6 colonização nas Américas, África,
relativos à interação A língua inglesa e Ásia e Oceania.
entre culturas (dos seu papel no (EF09LI18) Analisar a importância
311

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


alunos e aquelas intercâmbio da língua inglesa para o
relacionadas a demais artístico, cultural, desenvolvimento das artes e das
falantes de língua científico, ciências (produção, divulgação e
inglesa), de modo a econômico e discussão de novos
favorecer o convívio, o político conhecimentos), da economia e da
respeito, a superação de política no cenário mundial.
conflitos e a valorização (EF09LI19) Discutir a comunicação
da diversidade entre os Construção de intercultural por meio da língua
povos. identidades no inglesa como mecanismo de
mundo globalizado valorização pessoal e de
construção de identidades no
mundo globalizado.

ÁREA DE MATEMÁTICA

O Currículo Baiano da área de Matemática propõe a ampliação e o


aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas até o 9º ano do
Ensino Fundamental. A presente proposta considera que a sociedade
contemporânea, ao realizar ações das mais simples até aquelas que envolvem
conceitos científicos e tecnológicos, utiliza conhecimentos matemáticos que vão
sendo construídos historicamente pelas necessidades diárias dos indivíduos.
Nesta perspectiva, para que a escola acompanhe a história da civilização, ou
seja, o processo de desenvolvimento humano que se encontra ancorado no
contexto da resolução de situações problema, devemos conceber uma nova
dinâmica para a mobilização de saberes matemáticos intrinsecamente ligados a
uma realidade sociocultural.
Para tanto, coloca em jogo, de modo mais interrelacionado, os
conhecimentos já explorados na etapa anterior, de modo a possibilitar que os
estudantes construam uma visão mais integrada da Matemática, ainda na
perspectiva de sua aplicação à realidade.
Neste sentido, cada escola deve ser suficientemente flexível para
contemplar os estudantes de diferentes níveis de habilidade e deve espelhar-se
em suas necessidades – entre estas figuram experiências matemáticas
significativas e interessantes sobre outras áreas de aprendizagem. De mais a
mais, deve oportunizar: a compreensão da necessidade de continuarem
estudando Matemática além dos muros da escola; e uma formação como
sujeitos alfabetizados matematicamente, capazes de fazerem uso social das
habilidades e competências construídas no ensino fundamental.

MATEMÁTICA
312

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Introdução

A escola é um espaço vivo. Pensar na contribuição da Matemática na


construção do Currículo por Competência, tem sido um desafio para os
educadores do mundo contemporâneo. Desenvolvida a partir das civilizações
mediterrâneas, desde egípcios, babilônicos, hebreus, gregos e romanos que, a
partir do século XVI, passaram a todas as regiões do planeta, a Matemática não
nasceu como ela se apresenta hoje. Ela nasceu do esforço de lidar com questões
do dia a dia, formalizando as ideias matemáticas, das práticas sociais, da relação
do homem com o seu meio e da necessidade de resolver problemas postos em
seu contexto de vida, valorizando o conhecimento que esta já possui ao
ingressar na escola.
O currículo, ora proposto aqui, visa proporcionar ao estudante uma
educação matemática entendida tanto como adequada do ponto de vista escolar,
quanto socialmente relevante. A importância da Matemática, como área de
conhecimento, está relacionada aos avanços tecnológicos, sociais e culturais da
história da humanidade, seja por sua grande aplicação na sociedade
contemporânea, seja pelas suas potencialidades na formação de cidadãos
críticos, cientes de suas responsabilidades.
A Matemática e a língua materna – entendida aqui como a primeira
língua que se aprende – têm sido as disciplinas básicas na constituição dos
currículos escolares, em todas as épocas e culturas, havendo um razoável
consenso, relativamente, ao fato de que sem o desenvolvimento adequado de
tal eixo linguístico/lógico-matemático a formação pessoal não se completa.
Portanto, os documentos que interferem em seu funcionamento devem
contemplar o presente e olhar para o futuro.
E neste, futuro olhar, espera-se que a escola, paralelamente ao ensino
dos conteúdos escolares, esteja apta para habilitar os jovens estudantes com
competências que lhes permitam trabalhar em equipe e intervir de forma crítica,
consciente e autônoma. Ou seja, exige-se que a elaboração de um Currículo por
Competência aqui proposto, possa oferecer uma educação de qualidade para
todos: uma educação plural, democrática, inclusiva e hábil na construção de uma
sociedade baseado em valores de cooperação, parceria e solidariedade.
No entanto, ao trabalhar Matemática, o(a) professor(a) tem que se
despojar de seu “saber” e permitir que o estudante seja o protagonista do
processo, portanto o questionamento é muito importante: “Como você pensou?”;
“Você pode me ensinar?”. A inversão de papéis, realizada com seriedade, com
parceria, ajuda a compreender como o estudante está construindo o
conhecimento e, consequentemente, como intervir qualitativamente nesse
processo. Para que haja avanço e ampliação dos esquemas mentais, da rede de
313

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


conhecimentos, é papel do(da) professor(a) propor atividades que gerem
conflitos e, neste aspecto, a Matemática é privilegiada. Assim, as brincadeiras,
os jogos e os problemas são desafios essenciais a serem propostos no processo
educativo.
A transição da Educação Infantil para o ensino Fundamental requer uma
atenção singular e especial, por outro lado, as aprendizagens e o
desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a
brincadeira, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, participar,
explorar, expressar-se e conhecer-se. Nesta proposta, o Currículo do Estado da
Bahia traz como orientação uma discussão para a alfabetização e o letramento
que devem estar presentes em todos os momentos das unidades temáticas
como eixo estruturante e como aspecto transversal nos anos seguintes do
Ensino Fundamental.
A alfabetização matemática é o processo de aprendizagem onde se
desenvolve a habilidade de ler e escrever, que se quer focalizar o processo de
apropriação do sistema da escrita numérica. Já o letramento matemático,
desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais, que se
constituem nos processos de apropriação não só de um código, mas de uma
cultura escrita; é quando se quer caracterizar a atividade matemática como
prática social, que se concebe nas técnicas de apropriação não só de um
conjunto de símbolos, mas de uma prática matemática. Assim, como o termo
letramento expressa uma ideia social de leitura e escrita, o termo “numeramento”
também supõe, mas com relação aos números. Os sujeitos compreendem os
números no seu cotidiano, através da interação com o meio e com os outros e
das experiências das situações vivenciadas.
Este é o caminho que o Currículo do Estado da Bahia pretende
potencializar junto com a BNCC que traz na sua proposta o foco no que o aluno
precisa desenvolver, para que o conhecimento matemático seja uma ferramenta
para ler, compreender e transformar a realidade. Propomos aqui, um
compromisso muito forte com o letramento matemático, definido como as
competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a
formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos,
utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas.
O desenvolvimento dessas habilidades está intrinsecamente relacionado
a algumas formas de organização da aprendizagem matemática, com base na
análise de situações da vida cotidiana, de outras áreas do conhecimento e da
própria Matemática.
Os processos matemáticos de resolução de problemas, de investigação,
de desenvolvimento de projetos e da modelagem podem ser citados como
formas privilegiadas da atividade matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo
tempo, objeto e estratégia para a aprendizagem, ao longo de todo o Ensino
314

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Fundamental, seja dos anos iniciais ou finais. Esses processos de aprendizagem
são potencialmente ricos para o desenvolvimento de competências
fundamentais para a alfabetização e o letramento matemático.
Nos dias atuais, há uma grande necessidade de que os(as)
professores(as) desenvolvam competências profissionais para preparar os
alunos numa formação crítico-social. Para tanto, é preciso substituir as formas
tradicionais de ensino por aprendizagens ativas que tornem o aluno protagonista
do seu próprio processo ensino-aprendizagem, valendo-se dos recursos
didático-pedagógicos presentes no cotidiano.
É necessário estimular a autonomia intelectual dos alunos por meio de
atividades planejadas pelo professor para promover o uso de diversas
habilidades de pensamento como interpretar, analisar, sintetizar, classificar,
relacionar e comparar, como possibilidade de desenvolver o processo de
aprendizagem que foca em uma formação crítica de estudantes e profissionais
voltada para uma inserção consciente no mundo social.
As atividades visam superar objetivos que se restringem ao domínio
técnico-científico e baseam-se no princípio teórico da autonomia, no pressuposto
de um estudante capaz de autogerenciar seu processo de formação ,
favorecendo a autonomia do educando, despertando a curiosidade, estimulando
tomadas de decisões individuais e coletivas, advindas das atividades essenciais
da prática social e em contextos do estudante.
Pensar nessa transição requer propostas inovadoras que possam
auxiliar o fazer pedagógico de cada Unidade Escolar, um olhar mais criterioso
em relação às escolhas das temáticas, às tendências em Educação Matemática
e a sua aplicação como proposta metodológica para o ensino desta disciplina.
Deve-se identificar, no contexto de sua aplicabilidade, quais são as contribuições
que ela proporciona no processo de promoção da cidadania e inclusão social,
por meio do desenvolvimento de competências e habilidades que permitam
aprender e continuar aprendendo, para compreender, questionar, interagir e
tomar decisões. Assim, é necessário elevar a consciência do estudante sobre
sua situação pessoal, cultural e social, construindo competências básicas para
seu desenvolvimento cognitivo.
O Currículo por competência em Matemática que está sendo abordado
neste texto, não é recente. Desde a década de 90 do século passado, ele vem
se fortalecendo no campo pedagógico brasileiro. As competências são definidas,
neste documento, como “a capacidade do sujeito de mobilizar saberes,
conhecimentos, habilidades e atitudes para resolver problemas e tomar decisões
adequadas” (ZABALA, 1998). Além disso, pode ser entendida como capacidade
de mobilizar recursos intelectuais / cognitivos para solucionar situações com
pertinência (GENTILE e BENCINI, 2005).
Já para Perrenoud (1999) as competências elementares, a serem
desenvolvidas, na escola, têm relação com os programas escolares e com os
315

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


saberes de natureza disciplinar, exigindo noções e conhecimentos de
Matemática, Língua Portuguesa, Artes, Educação Física, Língua Inglesa,
Ciências, História e Geografia. Por outro lado, as habilidades estão relacionadas
ao saber fazer, em uma dimensão mais técnica e são necessárias para a
consolidação de uma competência.
Nesse sentido, os eixos temáticos presentes na organização curricular
por competência desta proposta, aspiram ser orientadores da formação de
competências e habilidades, além de realizar aproximações com os objetos de
conhecimentos referenciais para a formação dos estudantes, em cada nível do
Ensino Fundamental, colaborando com a organização conceitual e prática do
que se considera essencial nas escolhas pedagógicas para cada ano/série. O
fundamento do “Currículo por Competências” é a redefinição do sentido dos
conteúdos de ensino, de modo a atribuir sentido prático aos saberes escolares.
Nós vivemos hoje na era da tecnologia e da informação. Nunca se
produziu e se consumiu tanto conteúdo na história da humanidade, em todos os
níveis e áreas da sociedade. Isso se deve à facilidade que temos em acessar
essas informações e conteúdos, principalmente depois do surgimento e da
expansão da internet.
Nesse cenário, a escola teve que (ou deve) mudar seu posicionamento.
Antes dessa revolução da informação em nossa sociedade, a escola era tida
como responsável pela disseminação de conteúdos. Isso já não faz mais
sentido, uma vez que os alunos têm acesso aos conteúdos independente da
escola, podendo ainda, visualizá-los e consumi-los na quantidade, velocidade e
momento que desejarem.
Portanto, a escola deve focar seu trabalho em competências e
habilidades para preparar o jovem para lidar com situações de seu cotidiano e
ser capaz de resolver problemas reais. Essa postura demonstra ainda
alinhamento com as tendências educacionais que enfatizam a importância
de colocar o aluno como protagonista, sendo um agente ativo em seu processo
de ensino e aprendizagem, por meio, por exemplo, de atividades educativas
extraclasse. Nesse sentido, envolve o conjunto de competências e habilidades
básicas que transita pelo direito de aprendizagem, construído a partir da prática,
argumentação, reflexão e produção de conhecimento.
O Currículo do Estado da Bahia traz, neste contexto, um olhar para a
transição entre as competências gerais, competências específicas e habilidades
que possa criar elos onde vão ajudar a desenvolver e substanciar, no âmbito
pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho.

316

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Dessa forma, a escola deve pensar práticas pedagógicas com o objetivo
de desenvolver as habilidades dos estudantes. A evolução das competências
será fruto da mobilização dessas habilidades com o objetivo de resolver
problemas e desafios.
Os conteúdos matemáticos recomendados por grande parte dos
educadores matemáticos para a Educação Básica abrangem o desenvolvimento
de habilidades de resolução de problemas envolvendo as operações
fundamentais da Matemática, o raciocínio algébrico, o estabelecimento de
relações, o reconhecimento de proporcionalidades, dentre outras tantas. Essas
habilidades são importantes, não somente para a trajetória escolar, mas para o
próprio cotidiano da vida moderna.
No Ensino Fundamental, a escola precisa preparar o estudante para
entender como a Matemática é aplicada em diferentes situações, dentro e fora
da escola. Na aula, o contexto pode ser puramente matemático, ou seja, não é
necessário que a questão apresentada seja referente a um fato cotidiano. O
importante é que os procedimentos sejam inseridos em uma rede de significados
mais ampla na qual o foco não seja o cálculo em si, mas as relações que ele
permite estabelecer entre os diversos conhecimentos que o aluno já tem.
Nossa expectativa é fazer com que o aluno compreenda a Matemática
em diferentes situações. Evidencia-se, assim, a importância do conhecimento
matemático como linguagem que, em diálogo com outros conhecimentos, amplia
a compreensão do homem em relação ao mundo físico e social, aspecto que
permite a resolução de situações-problema e transformação da realidade.
Ao tratar da Matemática enquanto componente curricular, este
documento propõe cinco unidades temáticas, correlacionadas, que orientam a
formulação de habilidades a serem desenvolvidas ao longo do Ensino
Fundamental: Números, Álgebra, Geometria, Grandezaa e Medidas,
Estatística e Probabilidade, as quais organizam os objetos de conhecimento
(conteúdos, conceitos e processos) relacionados às suas respectivas
habilidades (aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos
estudantes nos diferentes contextos escolares). As expectativas de

317

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


aprendizagens aumentam a cada nova etapa, bem como as habilidades que se
espera desenvolver a partir do conhecimento construído em sala de aula.

Números
A unidade temática Números pressupõe o desenvolvimento do
pensamento numérico, que engloba a noção de número, de contagem, da ideia
de quantidade, de escrita numérica e de notações matemáticas. As ativividades
contidianas estão permeadas pelas diversas representações do número nos
vários contextos em que ele aparece. Logo, é imprescindível a assimilação dos
conceitos e a realização de procedimentos que os envolvam, a fim de que os
aprendizes possam perceber a Matemática como parte integrante da sua vida, e
não como objeto de estudo exclusivo da escola.
Para esta temática, é desejável que o(a) professor(a) desenvolva
sequências didáticas que permitam ao estudante estender os conhecimentos e
procedimentos já adquiridos anteriormente, ampliando-os em complexidade. A
idéia central que aqui propomos é de uma mediação que o(a) conduza à
construção e coordenação do pensamento lógico-matemático, sem deixar de
lado aspectos importantes como a criatividade, a intuição, bem como a
capacidade de análise e de crítica que constituem um marco referencial para a
interpretação de fatos e conceitos.
No Ensino Fundamental I, é imprenscindível preparar os alunos para ler,
escrever e ordenar números naturais e racionais positivos, de modo que sejam
capazes de identificar e compreender as características inerentes a cada
sistema, como o valor posicional dos algarismos à esquerda ou à direita da
unidade, por exemplo. O Currículo do Estado da Bahia, prevê que, nesse
processo, os alunos também aprendam a argumentar, justificando os
procedimentos utilizados para a resolução de uma dada questão, e a avaliar se
os resultados encontrados deram conta do problema proposto, realizando
cálculos, lançando mão de diferentes estratégias, seja por estimativas ou cálculo
mental, seja por meio de aplicação de algorítimos.
Já no Ensino Fundamental (anos finais), espera-se que possam resolver
problemas com números naturais e racionais positivos envolvendo as operações
fundamentais. Os alunos devem ser provocados a lidar, prioritariamente, com
situações que só possam ser representadas pelos números negativos e
irracionais, abrangendo significados mais abstratos para o conceito de número.
Precisam estar capacitados, também, para reconhecer, comparar e ordenar
números reais, relacionando-os com pontos na reta numérica. Nessa fase, os
alunos também devem dominar o cálculo de porcentagem, juros, descontos e
acréscimos, prevendo o estudo de conceitos básicos de Economia e Finanças,
com o foco na educação financeira dos alunos.

Álgebra
318

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A inserção da temática Álgebra sistematiza o que já constava em outras
recomendações, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Nos PCN,
o pensamento algébrico estava em algumas propostas, principalmente em
Números. Agora é um eixo destacado, com uma unidade específica. A ideia é
organizar de maneira mais coesa os objetivos de aprendizagem e melhorá-la ao
longo do Ensino Fundamental. É de fundamental importância que os alunos
compreendam os procedimentos utilizados, em vez de apenas memorizá-los.
Sendo assim, é preciso propor atividades que contribuam no entendimento de
igualdade, estabelecendo relações e comparações entre quantidades
conhecidas e desconhecidas, como também, tentar expressar alguns
significados para uma expressão numérica.
Os professores do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental que se
aventurarem a ler o texto da Base podem se assustar com uma nova unidade
temática que só costumava surgir a partir do 6º ano: o eixo da Álgebra. Para
muitos, tais conteúdos significam equações e sentenças com números e letras
misturados. Mas calma porque não é só isso. "Não falamos em adiantar as
relações de abstração entre números e letras, mas em trabalhar o pensamento
algébrico", explica o professor Ruy Pietropaolo, um dos autores do texto final da
BNCC. Isso significa "olhar para a aritmética com mais ênfase na maneira de
pensar do que na técnica e no procedimento de cálculo". Ou seja: é mais
importante que as crianças pensem sobre o que está por trás das operações
matemáticas do que apenas memorizem como usar os algoritmos.
No entanto, no Ensino Fundamental (anos finais), a ideia é desenvolver
o pensamento algébrico e organizar de maneira mais coesa os objetivos de
aprendizagem ao longo desses anos, melhorando assim, a aprendizagem.
Segundo a BNCC, as ideias matemáticas fundamentais vinculadas a essa
unidade são: equivalência, variação, interdependência e proporcionalidade
(BRASIL, 2017). Os conteúdos dessa unidade temática devem preparar o aluno
para perceber regularidades e padrões de sequências numéricas e não
numéricas, para interpretar representações gráficas e simbólicas e para resolver
problemas por meio de equações e inequações.
É de fundamental importância que os alunos compreendam os
procedimentos utilizados, em vez de apenas memorizá-los. Sendo assim, é
preciso propor atividades que contribuam no entendimento de igualdade,
estabelecendo relações e comparações entre quantidades conhecidas e
desconhecidas, como também, tentar expressar alguns significados para uma
expressão numérica, para equações e para inequações.
É importante que os alunos compreendam os diferentes significados das
variáveis numéricas em uma expressão, que sejam capazes de estabelecer a
generalização de uma propriedade, investigar a regularidade de uma sequência,
indicar um valor desconhecido em uma sentença algébrica e ainda indicar a
variação entre duas grandezas. Assim, o aluno precisa dominar os
319

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


conhecimentos algébricos a ponto de estabelecer conexões entre variável e
função, entre incógnita e equação e entre parâmetro e fórmula. Também devem
ser preparados para aplicar as técnicas de resolução de equações e inequações,
inclusive no plano cartesiano. A unidade permite trabalhar, ainda, com o
desenvolvimento do pensamento computacional dos alunos e, em especial, com
a linguagem algorítmica, reconhecendo que o conceito de variável e a estrutura
lógica operacional própria dos algoritmos podem ser transportados para a
resolução de problemas modelados pela linguagem algébrica.

Geometria
A Geometria é uma das unidades temáticas que devem ser
desenvolvidos no decorrer do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. As ideias
matemáticas fundamentais associadas a essa temática devem envolver o estudo
de um amplo conjunto de conceitos e procedimentos necessários para resolver
problemas do mundo físico e de diferentes áreas do conhecimento. Espera-se
que os alunos identifiquem e estabeleçam pontos de referência para a
localização e o deslocamento de objetos, construam representações de espaços
conhecidos e estimem distâncias, usando como suporte, mapas (em papel,
tablets ou smartphones), croquis e outras representações.
Em relação às formas, espera-se que os estudantes indiquem
características das formas geométricas tridimensionais e bidimensionais,
associem figuras espaciais a suas planificações e vice-versa. Espera-se,
também, que nomeiem e comparem polígonos, por meio de propriedades
relativas aos lados, vértices e ângulos. O estudo das simetrias deve ser iniciado
por meio da manipulação de representações de figuras geométricas planas em
quadriculados ou no plano cartesiano, e com recurso de softwares de geometria
dinâmica.
As ideias matemáticas fundamentais associadas à unidade temática,
Geometria, para o Ensino fundamental (anos finais), deve envolver o estudo de
um amplo conjunto de conceitos e procedimentos necessários para resolver
problemas do mundo físico e de diferentes áreas do conhecimento. O esperado
é que alguns dos objetos de conhecimento da unidade temática, como, posição
e deslocamentos no espaço, formas e relações entre elementos de figuras
planas e espaciais ajudem o aluno a desenvolver o raciocínio necessário para
investigar propriedades, fazer conjecturas e produzir argumentos a partir dos
conhecimentos da Geometria. O eixo também deve contemplar o trabalho com
as transformações geométricas e as habilidades de construção, representação
e interdependência.
Prevê também, que os alunos sejam preparados para analisar,
transformar, ampliar e reduzir figuras geométricas planas, para perceber seus
elementos variantes e invariantes e, a partir desse estudo, evoluir para os
conceitos de congruência e semelhança. O conteúdo também deve contribuir
320

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


para a formação do raciocínio hipotético-dedutivo. É igualmente relevante, nas
aulas de Geometria, que a ideia de coordenadas seja ampliada para as
representações no plano cartesiano, o que exigirá conhecimentos prévios
envolvendo a ampliação dos conjuntos numéricos e de suas representações na
reta numérica.

Grandezas e medidas
As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são fundamentais
para a compreensão da realidade. As grandezas e medidas de que tratamos
referem-se à medição do tempo, do comprimento, da capacidade, da massa e
da superfície. Tais conhecimentos estão articulados com as diversas tarefas
cotidianas e, quanto maior o contato com estas medidas, maiores são as
possibilidades de o estudante aprendê-las de forma significativa. Assim, a
unidade temática Grandezas e Medidas, ao propor o estudo das medidas e das
relações entre elas – ou seja, das relações métricas –, favorece a integração da
Matemática a outras áreas de conhecimento, como Ciências (densidade,
grandezas e escalas do Sistema Solar, energia elétrica etc.) ou Geografia
(coordenadas geográficas, densidade demográfica, escalas de mapas e guias
etc.).
Essa unidade temática contribui ainda para a consolidação e ampliação
da noção de número, a aplicação de noções geométricas e a construção do
pensamento algébrico. A estruturação didática para este eixo deve possibilitar a
compreensão de que o processo de medição nada mais é que a comparação
entre uma unidade (convencionada, arbitrária) e aquilo que se pretende medir.
Aqui, é fundamental que o(a) professor(a) proponha situações que
envolvam medições efetivas contextualizadas com problemas pertinentes à
realidade do estudante, tais como: utilização de instrumentos não convencionais
para medição (pés, palmos ou outras partes do corpo); uso do calendário para
localizar datas e eventos de longa duração; leitura das horas em diferentes tipos
de relógio; proposição de problemas que os estudantes possam resolver por
comparação direta e indireta; apresentação de situações-problema do cotidiano
social/escolar, como alterações estruturais na sala de aula (troca do quadro ou
de um vidro quebrado etc.); promoção de atividades práticas como: registrar o
horário de início e do término das aulas e calcular a duração da permanência
dos estudantes na escola; fazer o mesmo com o horário de dormir e de acordar
com abordagem interdisciplinar, a partir de jogos. A expectativa é que os
estudantes reconheçam que medir é comparar uma grandeza com uma unidade
e expressar o resultado da comparação por meio de um número.
No Ensino Fundamental (anos finais), os alunos devem ser preparados
para relacionar comprimento, área, volume e abertura de ângulo com figuras
geométricas e para resolver problemas usando unidades de medida
padronizadas. Compreendam que uma mesma medida pode ser expressa por
321

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


valores diferentes e que quando usamos medidas padrão (centímetros ou
metros, por exemplo) existe uma relação de proporção entre elas. O terceiro
ponto importante é a relação de medidas entre grandezas diferentes, como
capacidade (medida em unidades cúbicas) e volume (medida em litros). As
expressões de cálculo de áreas de quadriláteros, triângulos e círculos, e de
volumes de prismas e cilindros são outros conteúdos que o professor precisa
desenvolver com a turma nessa fase do ensino. A unidade também abre espaço
para o trabalho com a linguagem computacional, a partir do estudo de medidas
de capacidade de armazenamento de computadores como grandeza (a exemplo
dos quilobytes, megabytes etc).

Probabilidade e estatística
Considerando que as pessoas precisam compreender as informações
que estão a sua volta, a temática, Probabilidade e Estatística pretende
contribuir para que o estudante interprete e compreenda representações visuais
expressas por meio de gráficos e tabelas. Ela propõe a abordagem de conceitos,
fatos e procedimentos presentes em muitas situações - problema da vida
cotidiana, das ciências e da tecnologia. Isso inclui raciocinar e utilizar conceitos,
representações e índices estatísticos para descrever, explicar e predizer
fenômenos.
No que concerne ao estudo de noções de probabilidade, a finalidade,
no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, é promover a compreensão de que nem
todos os fenômenos são determinísticos. Para isso, o início da proposta de
trabalho com probabilidade está centrado no desenvolvimento da noção de
aleatoriedade, de modo que os alunos compreendam que há eventos certos,
eventos impossíveis e eventos prováveis. É muito comum que pessoas julguem
impossíveis eventos que nunca viram acontecer. Nessa fase, é importante que
os alunos verbalizem, em eventos que envolvem o acaso, os resultados que
poderiam ter acontecido em oposição ao que realmente aconteceu, iniciando a
construção do espaço amostral.
Com relação à estatística, os primeiros passos envolvem o trabalho com
a coleta e a organização de dados de uma pesquisa de interesse dos alunos. O
planejamento de como fazer a pesquisa ajuda a compreender o papel da
estatística no cotidiano dos alunos. Assim, a leitura, a interpretação e a
construção de tabelas e gráficos têm papel fundamental, bem como a forma de
produção de texto escrito para a comunicação de dados, pois é preciso
compreender que o texto deve sintetizar ou justificar as conclusões.
Dentre as possibilidades metodológicas a serem exploradas,
destacamos: construção, leitura e comparação de gráficos e tabelas a partir de
dados do cotidiano; produção de cartazes utilizando símbolos; uso de números
contidos em reportagens e revistas; tratamento da informação a partir de
elementos do cotidiano (contas de água e energia, extratos bancários, dentre
322

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


outros); pesquisa e tabulação de dados; construção e comparação de gráfico e
tabelas; realização de aulas de campo; montagem de portfólio; pesquisa,
apresentação e discussão de tabulação de dados; estudo de casos reais do
cotidiano, difundidos na mídia; utilização de gráfico de barras para calcular a
média simples.
Já nos anos finais, os alunos devem iniciar um trabalho com
experimentos e simulações para confrontar os resultados obtidos na
probabilidade frequentista com os esperados na probabilidade teórica. A
proposta é que eles aprendam a planejar uma pesquisa e a interpretá-la,
passando por todas as etapas necessárias: coleta, organização de dados,
comunicação das conclusões do estudo etc.
Com relação à estatística, deve haver ênfase no desenvolvimento das
habilidades de planejar e construir relatórios de pesquisas estatísticas
descritivas. Ainda nessa fase, os alunos devem ser preparados para tomar
decisões sobre a população a ser pesquisada, a necessidade de usar amostra,
entre outras, compreendendo o significado das medidas de tendência central e
de dispersão.
A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a
questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender,
como ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como
avaliar o aprendizado.
Neste cenário, a contribuição para a escrita do Currículo do Estado da
Bahia afirma, de maneira explícita, o seu pacto com a Educação Integral,
colaborando para garantir o Art. 205. da Constituição Federal de 1988: "A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho".
Dessa maneira, reconhece que a educação baiana, assume o
compromisso de colaborar com a formação e o desenvolviemento humano
global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e
simbólica. No entanto, a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não
apenas com alunos e professores, mas com todos os integrantes que faz parte
do corpo escolar, enquanto instituição educativa.

ÁREA: MATEMÁTICA
COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA – ANOS INICIAIS

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e


preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência

323

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar
descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir
argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender
e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da
Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas
do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de
soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas
práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar
informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo
argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis,
para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento,
validando estratégias e resultados.
6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas,
não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e
sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever
algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social,
com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a
diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer
natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento
e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de
soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão
de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo
com eles.
1º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Contagem de rotina. (EF01MA01) Utilizar números
Números 1–2–3–4–5– Contagem ascendente e naturais como indicador de
6–7–8 descendente. quantidade ou de ordem em
Reconhecimento de diferentes situações cotidianas e
números no contexto diário: reconhecer situações em que os
indicação de quantidades, números não indicam contagem
indicação de ordem ou nem ordem, mas sim código de
indicação de código para a identificação.
organização de
informações.
Quantificação de elementos (EF01MA01) Utilizar números
de uma coleção: naturais como indicador de
Números 1–2–3–4–5– estimativas, contagem um a quantidade ou de ordem em
6–7–8 um, pareamento ou outros diferentes situações cotidianas e
reconhecer situações em que os
324

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


agrupamentos e números não indicam contagem
comparação. nem ordem, mas sim código de
identificação.
Quantificação de elementos (EF01MA02) Contar de maneira
Números 1–2–3–4–5– de uma coleção: exata ou aproximada, utilizando
6–7–8 estimativas, contagem um a diferentes estratégias como o
um, pareamento ou outros pareamento e outros
agrupamentos e agrupamentos.
comparação.
Quantificação de elementos (EF01MA03) Estimar e comparar
de uma coleção: quantidades de objetos de dois
Números 1–2–3–4–5– estimativas, contagem um a conjuntos (em torno de 20
6–7–8 um, pareamento ou outros elementos), por estimativa e/ou
agrupamentos e por correspondência (um a um,
comparação. dois a dois) para indicar “tem
mais”, “tem menos” ou “tem a
mesma quantidade”.
Leitura, escrita e (EF01MA04) Contar a quantidade
Números comparação de números de objetos de coleções até 100
1–2–3–4–5– naturais (até 100) unidades e apresentar o resultado
6–7–8 Reta numérica por registros verbais e simbólicos,
em situações de seu interesse,
como jogos, brincadeiras,
materiais da sala de aula, entre
outros.
Leitura, escrita e (EF01MA05) Comparar números
Números 1–2–3–4–5– comparação de números naturais de até duas ordens em
6–7–8 naturais (até 100) situações cotidianas, com e sem
Reta numérica suporte da reta numérica.
Construção de fatos básicos (EF01MA06) Construir fatos
Números 1–2–3–4–5– da adição básicos da adição e utilizá-los em
6–7–8 procedimentos de cálculo para
resolver problemas.
Composição e (EF01MA07) Compor e decompor
decomposição de números número de até duas ordens, por
naturais meio de diferentes adições, com o
Números 1–2–3–4–5– suporte de material manipulável,
6–7–8 contribuindo para a compreensão
de características do sistema de
numeração decimal e o
desenvolvimento de estratégias
de cálculo.
Problemas envolvendo (EF01MA08) Resolver e elaborar
diferentes significados da problemas de adição e de
adição e da subtração subtração, envolvendo números
Números 1–2–3–4–5– (juntar, acrescentar, de até dois algarismos, com os
6–7–8 separar, retirar) significados de juntar,
acrescentar, separar e retirar, com
o suporte de imagens e/ou
material manipulável, utilizando
estratégias e formas de registro
pessoais.
325

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Padrões figurais e (EF01MA09) Organizar e ordenar
Álgebra 1–2–3–4–5– numéricos: investigação de objetos familiares ou
6–7–8 regularidades ou padrões representações por figuras, por
em sequências meio de atributos, tais como cor,
forma e medida.
Sequências recursivas: (EF01MA10) Descrever, após o
Álgebra 1–2–3–4–5– observação de regras reconhecimento e a explicitação
6–7–8 usadas utilizadas em de um padrão (ou regularidade),
seriações numéricas (mais os elementos ausentes em
1, mais 2, menos 1, menos sequências recursivas de
2, por exemplo) números naturais, objetos ou
figuras.
Localização de objetos e de (EF01MA11) Descrever a
Geometria 1–2–3–4–5– pessoas no espaço, localização de pessoas e de
6–7–8 utilizando diversos pontos objetos no espaço em relação à
de referência e vocabulário sua própria posição, utilizando
apropriado. termos como à direita, à esquerda,
em frente, atrás.
Localização de objetos e de (EF01MA12) Descrever a
pessoas no espaço, localização de pessoas e de
Geometria 1–2–3–4–5– utilizando diversos pontos objetos no espaço segundo um
6–7–8 de referência e vocabulário dado ponto de referência,
apropriado. compreendendo que, para a
utilização de termos que se
referem à posição, como direita,
esquerda, em cima, em baixo, é
necessário explicitar-se o
referencial.
Figuras geométricas (EF01MA13) Relacionar figuras
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais: reconhecimento geométricas espaciais (cones,
6–7–8 e relações com objetos cilindros, esferas e blocos
familiares do mundo físico. retangulares) a objetos familiares
do mundo físico.
Figuras geométricas planas: (EF01MA14) Identificar e nomear
Geometria 1–2–3–4–5– reconhecimento do formato figuras planas (círculo, quadrado,
6–7–8 das faces de figuras retângulo e triângulo) em
geométricas espaciais. desenhos apresentados em
diferentes disposições ou em
contornos de faces de sólidos
geométricos.
Medidas de comprimento, (EF01MA15) Comparar
massa e capacidade: comprimentos, capacidades ou
comparações e unidades de massas, utilizando termos como
Grandezas e 1–2–3–4–5– medida não convencionais. mais alto, mais baixo, mais
Medidas 6–7–8 comprido, mais curto, mais
grosso, mais fino, mais largo, mais
pesado, mais leve, cabe mais,
cabe menos, entre outros, para
ordenar objetos de uso cotidiano.
Medidas de tempo: (EF01MA16) Relatar em
Grandezas e 1–2–3–4–5– unidades de medida de linguagem verbal ou não verbal
Medidas 6–7–8 sequência de acontecimentos
326

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


tempo, suas relações e o relativos a um dia, utilizando,
uso do calendário. quando possível, os horários dos
eventos.
Medidas de tempo: (EF01MA17) Reconhecer e
Grandezas e 1–2–3–4–5– unidades de medida de relacionar períodos do dia, dias da
Medidas 6–7–8 tempo, suas relações e o semana e meses do ano,
uso do calendário. utilizando calendário, quando
necessário.
Medidas de tempo: (EF01MA18) Produzir a escrita de
Grandezas e 1–2–3–4–5– unidades de medida de uma data, apresentando o dia, o
Medidas 6–7–8 tempo, suas relações e o mês e o ano, e indicar o dia da
uso do calendário. semana de uma data, consultando
calendários.
Sistema monetário (EF01MA19) Reconhecer e
Grandezas e 1–2–3–4–5– brasileiro: reconhecimento relacionar valores de moedas e
Medidas 6–7–8 de cédulas e moedas. cédulas do sistema monetário
brasileiro para resolver situações
simples do cotidiano do estudante.
(EF01MA20) Classificar eventos
Probabilidade 1–2–3–4–5– Noção de acaso envolvendo o acaso, tais como
e estatística 6–7–8 “acontecerá com certeza”, “talvez
aconteça” e “é impossível
acontecer”, em situações do
cotidiano.
Probabilidade 1–2–3–4–5– Leitura de tabelas e de (EF01MA21) Ler dados expressos
e estatística 6–7–8 gráficos de colunas simples. em tabelas e em gráficos de
colunas simples.
Coleta e organização de (EF01MA22) Realizar pesquisa,
Probabilidade 1–2–3–4–5– informações envolvendo até duas variáveis
e estatística 6–7–8 Registros pessoais para categóricas de seu interesse e
comunicação de universo de até 30 elementos, e
informações coletadas. organizar dados por meio de
representações pessoais.
2º ANO
Leitura, escrita, (EF02MA01) Comparar e ordenar
comparação e ordenação números naturais (até a ordem de
Números 1–2–3–4–5– de números de até três centenas) pela compreensão de
6–7–8 ordens pela compreensão características do sistema de
de características do numeração decimal (valor
sistema de numeração posicional e função do zero).
decimal (valor posicional e
papel do zero)
Leitura, escrita, (EF02MA02) Fazer estimativas
comparação e ordenação por meio de estratégias diversas a
Números 1–2–3–4–5– de números de até três respeito da quantidade de objetos
6–7–8 ordens pela compreensão de coleções e registrar o resultado
de características do da contagem desses objetos (até
sistema de numeração 1000 unidades).
decimal (valor posicional e
papel do zero)
Leitura, escrita, (EF02MA03) Comparar
comparação e ordenação quantidades de objetos de dois
327

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


de números de até três conjuntos, por estimativa e/ou por
Números 1–2–3–4–5– ordens pela compreensão correspondência (um a um, dois a
6–7–8 de características do dois, entre outros), para indicar
sistema de numeração “tem mais”, “tem menos” ou “tem a
decimal (valor posicional e mesma quantidade”, indicando,
papel do zero) quando for o caso, quantos a mais
e quantos a menos.
Composição e (EF02MA04) Compor e decompor
Números 1–2–3–4–5– decomposição de números números naturais de até três
6–7–8 naturais (até 1000) ordens, com suporte de material
manipulável, por meio de
diferentes adições.
Construção de fatos (EF02MA05) Construir fatos
Números 1–2–3–4–5– fundamentais da adição e básicos da adição e subtração e
6–7–8 da subtração. utilizá-los no cálculo mental ou
escrito.
Problemas envolvendo (EF02MA06) Resolver e elaborar
diferentes significados da problemas de adição e de
Números 1–2–3–4–5– adição e da subtração subtração, envolvendo números
6–7–8 (juntar, acrescentar, de até três ordens, com os
separar, retirar) significados de juntar,
acrescentar, separar, retirar,
utilizando estratégias pessoais ou
convencionais.
Problemas envolvendo (EF02MA07) Resolver e elaborar
adição de parcelas iguais problemas de multiplicação (por 2,
Números 1–2–3–4–5– (multiplicação) 3, 4 e 5) com a ideia de adição de
6–7–8 parcelas iguais por meio de
estratégias e formas de registro
pessoais, utilizando ou não
suporte de imagens e/ou material
manipulável.
Problemas envolvendo (EF02MA08) Resolver e elaborar
Números 1–2–3–4–5– significados de dobro, problemas envolvendo dobro,
6–7–8 metade, triplo e terça parte. metade, triplo e terça parte, com o
suporte de imagens ou material
manipulável, utilizando
estratégias pessoais.
Construção de sequências (EF02MA09) Construir
Álgebra 1–2–3–4–5– repetitivas e de sequências sequências de números naturais
6–7–8 recursivas. em ordem crescente ou
decrescente a partir de um
número qualquer, utilizando uma
regularidade estabelecida.
Identificação de (EF02MA10) Descrever um
Álgebra 1–2–3–4–5– regularidade de sequências padrão (ou regularidade) de
6–7–8 e determinação de sequências repetitivas e de
elementos ausentes na sequências recursivas, por meio
sequência de palavras, símbolos ou
desenhos.
Identificação de (EF02MA11) Descrever os
Álgebra regularidade de sequências elementos ausentes em
328

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1–2–3–4–5– e determinação de sequências repetitivas e em
6–7–8 elementos ausentes na sequências recursivas de
sequência números naturais, objetos ou
figuras.
Localização e (EF02MA12) Identificar e
movimentação de pessoas registrar, em linguagem verbal ou
Geometria 1–2–3–4–5– e objetos no espaço, não verbal, a localização e os
6–7–8 segundo pontos de deslocamentos de pessoas e de
referência, e indicação de objetos no espaço, considerando
mudanças de direção e mais de um ponto de referência, e
sentido indicar as mudanças de direção e
de sentido.
Esboço de roteiros e de (EF02MA13) Esboçar roteiros a
Geometria 1–2–3–4–5– plantas simples ser seguidos ou plantas de
6–7–8 ambientes familiares, assinalando
entradas, saídas e alguns pontos
de referência.
Figuras geométricas (EF02MA14) Reconhecer,
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais (cubo, bloco nomear e comparar figuras
6–7–8 retangular, pirâmide, cone, geométricas espaciais (cubo,
cilindro e esfera): bloco retangular, pirâmide, cone,
reconhecimento e cilindro e esfera), relacionando-as
características. com objetos do mundo físico.
Figuras geométricas planas (EF02MA15) Reconhecer,
(círculo, quadrado, comparar e nomear figuras planas
Geometria 1–2–3–4–5– retângulo e triângulo): (círculo, quadrado, retângulo e
6–7–8 reconhecimento e triângulo), por meio de
características. características comuns, em
desenhos apresentados em
diferentes disposições ou em
sólidos geométricos.
Medida de comprimento: (EF02MA16) Estimar, medir e
unidades não padronizadas comparar comprimentos de lados
Grandezas e 1–2–3–4–5– e padronizadas (metro, de salas (incluindo contorno) e de
medidas 6–7–8 centímetro e milímetro) polígonos, utilizando unidades de
medida não padronizadas e
padronizadas (metro, centímetro e
milímetro) e instrumentos
adequados.
Medida de capacidade e de (EF02MA17) Estimar, medir e
massa: unidades de medida comparar capacidade e massa,
Grandezas e 1–2–3–4–5– não convencionais e utilizando estratégias pessoais e
medidas 6–7–8 convencionais (litro, mililitro, unidades de medida não
cm3, grama e quilograma) padronizadas ou padronizadas
(litro, mililitro, grama e
quilograma).
Medidas de tempo: intervalo (EF02MA18) Indicar a duração de
Grandezas e 1–2–3–4–5– de tempo, uso do intervalos de tempo entre duas
medidas 6–7–8 calendário, leitura de horas datas, como dias da semana e
em relógios digitais e meses do ano, utilizando
ordenação de datas. calendário, para planejamentos e
organização de agenda.
329

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Medidas de tempo: intervalo (EF02MA19) Medir a duração de
Grandezas e 1–2–3–4–5– de tempo, uso do um intervalo de tempo por meio de
medidas 6–7–8 calendário, leitura de horas relógio digital e registrar o horário
em relógios digitais e do início e do fim do intervalo.
ordenação de datas.
Sistema monetário (EF02MA20) Estabelecer a
Grandezas e 1–2–3–4–5– brasileiro: reconhecimento equivalência de valores entre
medidas 6–7–8 de cédulas e moedas e moedas e cédulas do sistema
equivalência de valores monetário brasileiro para resolver
situações cotidianas.
Análise da ideia de aleatório (EF02MA21) Classificar
Probabilidade 1–2–3–4–5– em situações do cotidiano, resultados de eventos cotidianos
e estatística 6–7–8 aleatórios como “pouco
prováveis”, “muito prováveis”,
“improváveis” e “impossíveis”.
Coleta, classificação e (EF02MA22) Comparar
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados em informações de pesquisas
e estatística 6–7–8 tabelas simples e de dupla apresentadas por meio de tabelas
entrada e em gráficos de de dupla entrada e em gráficos de
colunas. colunas simples ou barras, para
melhor compreender aspectos da
realidade próxima.
Coleta, classificação e (EF02MA23) Realizar pesquisa
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados em em universo de até 30 elementos,
e estatística 6–7–8 tabelas simples e de dupla escolhendo até três variáveis
entrada e em gráficos de categóricas de seu interesse,
colunas. organizando os dados coletados
em listas, tabelas e gráficos de
colunas simples.
3º ANO
Leitura, escrita, (EF03MA01) Ler, escrever e
Números 1–2–3–4–5– comparação e ordenação comparar números naturais de até
6–7–8 de números naturais de a ordem de unidade de milhar,
quatro ordens. estabelecendo relações entre os
registros numéricos e em língua
materna.
Composição e (EF03MA02) Identificar
Números 1–2–3–4–5– decomposição de números características do sistema de
6–7–8 naturais numeração decimal, utilizando a
composição e a decomposição de
número natural de até quatro
ordens.
Construção de fatos (EF03MA03) Construir e utilizar
Números 1–2–3–4–5– fundamentais da adição, fatos básicos da adição e da
6–7–8 subtração e multiplicação. multiplicação para o cálculo
Reta numérica mental ou escrito.
Construção de fatos (EF03MA04) Estabelecer a
fundamentais da adição, relação entre números naturais e
subtração e multiplicação. pontos da reta numérica para
Números 1–2–3–4–5– Reta numérica utilizá-la na ordenação dos
6–7–8 números naturais e também na
construção de fatos da adição e
330

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


da subtração, relacionando-os
com deslocamentos para a direita
ou para a esquerda.
Procedimentos de cálculo (EF03MA05) Utilizar diferentes
Números 1–2–3–4–5– (mental e escrito) com procedimentos de cálculo mental
6–7–8 números naturais: adição e e escrito para resolver problemas
subtração. significativos envolvendo adição e
subtração com números naturais.
Problemas envolvendo (EF03MA06) Resolver e elaborar
significados da adição e da problemas de adição e subtração
Números 1–2–3–4–5– subtração: juntar, com os significados de juntar,
6–7–8 acrescentar, separar, acrescentar, separar, retirar,
retirar, comparar e comparar e completar
completar quantidades. quantidades, utilizando diferentes
estratégias de cálculo exato ou
aproximado, incluindo cálculo
mental.
Problemas envolvendo (EF03MA07) Resolver e elaborar
diferentes significados da problemas de multiplicação (por 2,
Números 1–2–3–4–5– multiplicação e da divisão: 3, 4, 5 e 10) com os significados
6–7–8 adição de parcelas iguais, de adição de parcelas iguais e
configuração retangular, elementos apresentados em
repartição em partes iguais disposição retangular, utilizando
e medida. diferentes estratégias de cálculo e
registros.
Problemas envolvendo (EF03MA08) Resolver e elaborar
diferentes significados da problemas de divisão de um
Números 1–2–3–4–5– multiplicação e da divisão: número natural por outro (até 10),
6–7–8 adição de parcelas iguais, com resto zero e com resto
configuração retangular, diferente de zero, com os
repartição em partes iguais significados de repartição
e medida. equitativa e de medida, por meio
de estratégias e registros
pessoais.
Significados de metade, (EF03MA09) Associar o quociente
Números 1–2–3–4–5– terça parte, quarta parte, de uma divisão com resto zero de
6–7–8 quinta parte e décima parte. um número natural por 2, 3, 4, 5 e
10 às ideias de metade, terça,
quarta, quinta e décima partes.
Identificação e descrição de (EF03MA10) Identificar
regularidades em regularidades em sequências
Álgebra 1–2–3–4–5– sequências numéricas ordenadas de números naturais,
6–7–8 recursivas resultantes da realização de
adições ou subtrações
sucessivas, por um mesmo
número, descrever uma regra de
formação da sequência e
determinar elementos faltantes ou
seguintes.
Relação de igualdade (EF03MA11) Compreender a ideia
Álgebra 1–2–3–4–5– de igualdade para escrever
6–7–8 diferentes sentenças de adições
331

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ou de subtrações de dois números
naturais que resultem na mesma
soma ou diferença.
Localização e (EF03MA12) Descrever e
movimentação: representar, por meio de esboços
representação de objetos e de trajetos ou utilizando croquis e
Geometria 1–2–3–4–5– pontos de referência maquetes, a movimentação de
6–7–8 pessoas ou de objetos no espaço,
incluindo mudanças de direção e
sentido, com base em diferentes
pontos de referência.
Figuras geométricas (EF03MA13) Associar figuras
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais (cubo, bloco geométricas espaciais (cubo,
6–7–8 retangular, pirâmide, cone, bloco retangular, pirâmide, cone,
cilindro e esfera): cilindro e esfera) a objetos do
reconhecimento, análise de mundo físico e nomear essas
características e figuras.
planificações.
Figuras geométricas (EF03MA14) Descrever
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais (cubo, bloco características de algumas figuras
6–7–8 retangular, pirâmide, cone, geométricas espaciais (prismas
cilindro e esfera): retos, pirâmides, cilindros, cones),
reconhecimento, análise de relacionando-as com suas
características e planificações.
planificações.
Figuras geométricas planas (EF03MA15) Classificar e
Geometria 1–2–3–4–5– (triângulo, quadrado, comparar figuras planas
6–7–8 retângulo, trapézio e (triângulo, quadrado, retângulo,
paralelogramo): trapézio e paralelogramo) em
reconhecimento e análise relação a seus lados (quantidade,
de características. posições relativas e comprimento)
e vértices.
Congruência de figuras (EF03MA16) Reconhecer figuras
Geometria 1–2–3–4–5– geométricas planas congruentes, usando
6–7–8 sobreposição e desenhos em
malhas quadriculadas ou
triangulares, incluindo o uso de
tecnologias digitais.
Significado de medida e de (EF03MA17) Reconhecer que o
Grandezas e 1–2–3–4–5– unidade de medida resultado de uma medida
medidas 6–7–8 depende da unidade de medida
utilizada.
Significado de medida e de (EF03MA18) Escolher a unidade
Grandezas e 1–2–3–4–5– unidade de medida de medida e o instrumento mais
medidas 6–7–8 apropriado para medições de
comprimento, tempo e
capacidade.
Medidas de comprimento (EF03MA19) Estimar, medir e
(unidades não comparar comprimentos,
Grandezas e 1–2–3–4–5– convencionais e utilizando unidades de medida
medidas 6–7–8 convencionais): registro, não padronizadas e padronizadas
mais usuais (metro, centímetro e
332

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


instrumentos de medida, milímetro) e diversos instrumentos
estimativas e comparações. de medida.
Medidas de capacidade e (EF03MA20) Estimar e medir
de massa (unidades não capacidade e massa, utilizando
Grandezas e 1–2–3–4–5– convencionais e unidades de medida não
medidas 6–7–8 convencionais): registro, padronizadas e padronizadas
estimativas e comparações. mais usuais (litro, mililitro,
quilograma, grama e miligrama),
reconhecendo-as em leitura de
rótulos e embalagens, entre
outros.
Comparação de áreas por (EF03MA21) Comparar,
Grandezas e 1–2–3–4–5– superposição visualmente ou por superposição,
medidas 6–7–8 áreas de faces de objetos, de
figuras planas ou de desenhos.
Medidas de tempo: leitura (EF03MA22) Ler e registrar
de horas em relógios digitais medidas e intervalos de tempo,
Grandezas e 1–2–3–4–5– e analógicos, duração de utilizando relógios (analógico e
medidas 6–7–8 eventos e reconhecimento digital) para informar os horários
de relações entre unidades de início e término de realização
de medida de tempo. de uma atividade e sua duração.
Medidas de tempo: leitura (EF03MA23) Ler horas em
Grandezas e 1–2–3–4–5– de horas em relógios digitais relógios digitais e em relógios
medidas 6–7–8 e analógicos, duração de analógicos e reconhecer a relação
eventos e reconhecimento entre hora e minutos e entre
de relações entre unidades minuto e segundos.
de medida de tempo.
Sistema monetário (EF03MA24) Resolver e elaborar
brasileiro: estabelecimento problemas que envolvam a
Grandezas e 1–2–3–4–5– de equivalências de um comparação e a equivalência de
medidas 6–7–8 mesmo valor na utilização valores monetários do sistema
de diferentes cédulas e brasileiro em situações de
moedas compra, venda e troca.
Análise da ideia de acaso (EF03MA25) Identificar, em
Probabilidade 1–2–3–4–5– em situações do cotidiano: eventos familiares aleatórios,
e estatística 6–7–8 espaço amostral todos os resultados possíveis,
estimando os que têm maiores ou
menores chances de ocorrência.
Leitura, interpretação e (EF03MA26) Resolver problemas
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados em cujos dados estão apresentados
e estatística 6–7–8 tabelas de dupla entrada e em tabelas de dupla entrada,
gráficos de barras. gráficos de barras ou de colunas.
Leitura, interpretação e (EF03MA27) Ler, interpretar e
representação de dados em comparar dados apresentados em
tabelas de dupla entrada e tabelas de dupla entrada, gráficos
Probabilidade 1–2–3–4–5– gráficos de barras. de barras ou de colunas,
e estatística 6–7–8 envolvendo resultados de
pesquisas significativas, utilizando
termos como maior e menor
frequência, apropriando-se desse
tipo de linguagem para
compreender aspectos da
333

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


realidade sociocultural
significativos.
Coleta, classificação e (EF03MA28) Realizar pesquisa
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados envolvendo variáveis categóricas
e estatística 6–7–8 referentes a variáveis em um universo de até 50
categóricas, por meio de elementos, organizar os dados
tabelas e gráficos. coletados utilizando listas, tabelas
simples ou de dupla entrada e
representá-los em gráficos de
colunas simples, com e sem uso
de tecnologias digitais.
4º ANO
Sistema de numeração (EF04MA01) Ler, escrever e
Números 1–2–3–4–5– decimal: leitura, escrita, ordenar números naturais até a
6–7–8 comparação e ordenação ordem de dezenas de milhar.
de números naturais de até
cinco ordens.
Composição e (EF04MA02) Mostrar, por
decomposição de um decomposição e composição, que
Números 1–2–3–4–5– número natural de até cinco todo número natural pode ser
6–7–8 ordens, por meio de adições escrito por meio de adições e
e multiplicações por multiplicações por potências de
potências de 10. dez, para compreender o sistema
de numeração decimal e
desenvolver estratégias de
cálculo.
Propriedades das (EF04MA03) Resolver e elaborar
operações para o problemas com números naturais
Números 1–2–3–4–5– desenvolvimento de envolvendo adição e subtração,
6–7–8 diferentes estratégias de utilizando estratégias diversas,
cálculo com números como cálculo, cálculo mental e
naturais algoritmos, além de fazer
estimativas do resultado.
Propriedades das (EF04MA04) Utilizar as relações
Números 1–2–3–4–5– operações para o entre adição e subtração, bem
6–7–8 desenvolvimento de como entre multiplicação e
diferentes estratégias de divisão, para ampliar as
cálculo com números estratégias de cálculo.
naturais
Propriedades das (EF04MA05) Utilizar as
Números 1–2–3–4–5– operações para o propriedades das operações para
6–7–8 desenvolvimento de desenvolver estratégias de
diferentes estratégias de cálculo.
cálculo com números
naturais
Problemas envolvendo (EF04MA06) Resolver e elaborar
Números 1–2–3–4–5– diferentes significados da problemas envolvendo diferentes
6–7–8 multiplicação e da divisão: significados da multiplicação
adição de parcelas iguais, (adição de parcelas iguais,
configuração retangular, organização retangular e
proporcionalidade, proporcionalidade), utilizando
estratégias diversas, como cálculo
334

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


repartição equitativa e por estimativa, cálculo mental e
medida. algoritmos.
Problemas envolvendo (EF04MA07) Resolver e elaborar
diferentes significados da problemas de divisão cujo divisor
Números 1–2–3–4–5– multiplicação e da divisão: tenha no máximo dois algarismos,
6–7–8 adição de parcelas iguais, envolvendo os significados de
configuração retangular, repartição equitativa e de medida,
proporcionalidade, utilizando estratégias diversas,
repartição equitativa e como cálculo por estimativa,
medida. cálculo mental e algoritmos.
Problemas de contagem (EF04MA08) Resolver, com o
suporte de imagem e/ou material
manipulável, problemas simples
Números 1–2–3–4–5– de contagem, como a
6–7–8 determinação do número de
agrupamentos possíveis ao se
combinar cada elemento de uma
coleção com todos os elementos
de outra, utilizando estratégias e
formas de registro pessoais.
Números racionais: frações (EF04MA09) Reconhecer as
Números 1–2–3–4–5– unitárias mais usuais (1/2, frações unitárias mais usuais (1/2,
6–7–8 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como
unidades de medida menores do
que uma unidade, utilizando a reta
numérica como recurso.
Números racionais: (EF04MA10) Reconhecer que as
representação decimal para regras do sistema de numeração
Números 1–2–3–4–5– escrever valores do sistema decimal podem ser estendidas
6–7–8 monetário brasileiro. para a representação decimal de
um número racional e relacionar
décimos e centésimos com a
representação do sistema
monetário brasileiro.
Sequência numérica (EF04MA11) Identificar
Álgebra 1–2–3–4–5– recursiva formada por regularidades em sequências
6–7–8 múltiplos de um número numéricas compostas por
natural múltiplos de um número natural.
Sequência numérica (EF04MA12) Reconhecer, por
Álgebra 1–2–3–4–5– recursiva formada por meio de investigações, que há
6–7–8 números que deixam o grupos de números naturais para
mesmo resto ao serem os quais as divisões por um
divididos por um mesmo determinado número resultam em
número natural diferente de restos iguais, identificando
zero. regularidades.
Relações entre adição e (EF04MA13) Reconhecer, por
subtração e entre meio de investigações, utilizando
Álgebra 1–2–3–4–5– multiplicação e divisão a calculadora quando necessário,
6–7–8 as relações inversas entre as
operações de adição e de
subtração e de multiplicação e de

335

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


divisão, para aplicá-las na
resolução de problemas.
Propriedades da igualdade (EF04MA14) Reconhecer e
mostrar, por meio de exemplos,
Álgebra 1–2–3–4–5– que a relação de igualdade
6–7–8 existente entre dois termos
permanece quando se adiciona ou
se subtrai um mesmo número a
cada um desses termos.
Propriedades da igualdade (EF04MA15) Determinar o
Álgebra 1–2–3–4–5– número desconhecido que torna
6–7–8 verdadeira uma igualdade que
envolve as operações
fundamentais com números
naturais.
Localização e (EF04MA16) Descrever
movimentação: pontos de deslocamentos e localização de
referência, direção e pessoas e de objetos no espaço,
Geometria 1–2–3–4–5– sentido. por meio de malhas quadriculadas
6–7–8 Paralelismo e e representações como
perpendicularismo. desenhos, mapas, planta baixa e
croquis, empregando termos
como direita e esquerda,
mudanças de direção e sentido,
intersecção, transversais,
paralelas e perpendiculares.
Figuras geométricas (EF04MA17) Associar prismas e
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais (prismas e pirâmides a suas planificações e
6–7–8 pirâmides): analisar, nomear e comparar seus
reconhecimento, atributos, estabelecendo relações
representações, entre as representações planas e
planificações e espaciais.
características.
Ângulos retos e não retos: (EF04MA18) Reconhecer ângulos
Geometria 1–2–3–4–5– uso de dobraduras, retos e não retos em figuras
6–7–8 esquadros e softwares. poligonais com o uso de
dobraduras, esquadros ou
softwares de geometria.
Simetria de reflexão (EF04MA19) Reconhecer simetria
de reflexão em figuras e em pares
Geometria 1–2–3–4–5– de figuras geométricas planas e
6–7–8 utilizá-la na construção de figuras
congruentes, com o uso de
malhas quadriculadas e de
softwares de geometria.
Medidas de comprimento, (EF04MA20) Medir e estimar
massa e capacidade: comprimentos (incluindo
Grandezas e 1–2–3–4–5– estimativas, utilização de perímetros), massas e
medidas 6–7–8 instrumentos de medida e capacidades, utilizando unidades
de unidades de medida de medida padronizadas mais
convencionais mais usuais. usuais, valorizando e respeitando
a cultura local.
336

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Áreas de figuras (EF04MA21) Medir, comparar e
construídas em malhas estimar área de figuras planas
Grandezas e 1–2–3–4–5– quadriculadas desenhadas em malha
medidas 6–7–8 quadriculada, pela contagem dos
quadradinhos ou de metades de
quadradinho, reconhecendo que
duas figuras com formatos
diferentes podem ter a mesma
medida de área.
Medidas de tempo: leitura (EF04MA22) Ler e registrar
de horas em relógios digitais medidas e intervalos de tempo em
Grandezas e 1–2–3–4–5– e analógicos, duração de horas, minutos e segundos em
medidas 6–7–8 eventos e relações entre situações relacionadas ao seu
unidades de medida de cotidiano, como informar os
tempo horários de início e término de
realização de uma tarefa e sua
duração.
Medidas de temperatura em (EF04MA23) Reconhecer
grau Celsius: construção de temperatura como grandeza e o
Grandezas e 1–2–3–4–5– gráficos para indicar a grau Celsius como unidade de
medidas 6–7–8 variação da temperatura medida a ela associada e utilizá-lo
(mínima e máxima) medida em comparações de temperaturas
em um dado dia ou em uma em diferentes regiões do Brasil ou
semana no exterior ou, ainda, em
discussões que envolvam
problemas relacionados ao
aquecimento global.
Medidas de temperatura em (EF04MA24) Registrar as
Grandezas e 1–2–3–4–5– grau Celsius: construção de temperaturas máxima e mínima
medidas 6–7–8 gráficos para indicar a diárias, em locais do seu
variação da temperatura cotidiano, e elaborar gráficos de
(mínima e máxima) medida colunas com as variações diárias
em um dado dia ou em uma da temperatura, utilizando,
semana inclusive, planilhas eletrônicas.
Problemas utilizando o (EF04MA25) Resolver e elaborar
sistema monetário brasileiro problemas que envolvam
Grandezas e 1–2–3–4–5– situações de compra e venda e
medidas 6–7–8 formas de pagamento, utilizando
termos como troco e desconto,
enfatizando o consumo ético,
consciente e responsável.
Análise de chances de (EF04MA26) Identificar, entre
eventos aleatórios eventos aleatórios cotidianos,
Probabilidade 1–2–3–4–5– aqueles que têm maior chance de
e estatística 6–7–8 ocorrência, reconhecendo
características de resultados mais
prováveis, sem utilizar frações.
Leitura, interpretação e (EF04MA27) Analisar dados
representação de dados em apresentados em tabelas simples
Probabilidade 1–2–3–4–5– tabelas de dupla entrada, ou de dupla entrada e em gráficos
e estatística 6–7–8 gráficos de colunas simples de colunas ou pictóricos, com
e agrupadas, gráficos de base em informações das
337

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barras e colunas e gráficos diferentes áreas do
pictóricos. conhecimento, e produzir texto
com a síntese de sua análise.
Diferenciação entre (EF04MA28) Realizar pesquisa
variáveis categóricas e envolvendo variáveis categóricas
Probabilidade 1–2–3–4–5– variáveis numéricas e numéricas e organizar dados
e estatística 6–7–8 Coleta, classificação e coletados por meio de tabelas e
representação de dados de gráficos de colunas simples ou
pesquisa realizada. agrupadas, com e sem uso de
tecnologias digitais.
5º ANO
Sistema de numeração (EF05MA01) Ler, escrever e
Números 1–2–3–4–5– decimal: leitura, escrita e ordenar números naturais até a
6–7–8 ordenação de números ordem das centenas de milhar
naturais (de até seis ordens) com compreensão das principais
características do sistema de
numeração decimal.
Números racionais (EF05MA02) Ler, escrever e
expressos na forma decimal ordenar números racionais na
Números 1–2–3–4–5– e sua representação na reta forma decimal com compreensão
6–7–8 numérica das principais características do
sistema de numeração decimal,
utilizando, como recursos, a
composição e decomposição e a
reta numérica.
Representação fracionária (EF05MA03) Identificar e
Números 1–2–3–4–5– dos números racionais: representar frações (menores e
6–7–8 reconhecimento, maiores que a unidade),
significados, leitura e associando-as ao resultado de
representação na reta uma divisão ou à ideia de parte de
numérica. um todo, utilizando a reta
numérica como recurso.
Comparação e ordenação (EF05MA04) Identificar frações
Números 1–2–3–4–5– de números racionais na equivalentes.
6–7–8 representação decimal e na
fracionária utilizando a
noção de equivalência.
Comparação e ordenação (EF05MA05) Comparar e ordenar
Números 1–2–3–4–5– de números racionais na números racionais positivos
6–7–8 representação decimal e na (representações fracionária e
fracionária utilizando a decimal), relacionando-os a
noção de equivalência. pontos na reta numérica.
Cálculo de porcentagens e (EF05MA06) Associar as
representação fracionária representações 10%, 25%, 50%,
Números 1–2–3–4–5– 75% e 100% respectivamente à
6–7–8 décima parte, quarta parte,
metade, três quartos e um inteiro,
para calcular porcentagens,
utilizando estratégias pessoais,
cálculo mental e calculadora, em
contextos de educação financeira,
entre outros.
338

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Problemas: adição e (EF05MA07) Resolver e elaborar
subtração de números problemas de adição e subtração
Números 1–2–3–4–5– naturais e números com números naturais e com
6–7–8 racionais cuja números racionais, cuja
representação decimal é representação decimal seja finita,
finita. utilizando estratégias diversas,
como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.
Problemas: multiplicação e (EF05MA08) Resolver e elaborar
divisão de números problemas de multiplicação e
racionais cuja divisão com números naturais e
Números 1–2–3–4–5– representação decimal é com números racionais cuja
6–7–8 finita por números naturais. representação decimal é finita
(com multiplicador natural e
divisor natural e diferente de zero),
utilizando estratégias diversas,
como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.
Problemas de contagem do (EF05MA09) Resolver e elaborar
tipo: “Se cada objeto de uma problemas simples de contagem
Números 1–2–3–4–5– coleção A for combinado envolvendo o princípio
6–7–8 com todos os elementos de multiplicativo, como a
uma coleção B, quantos determinação do número de
agrupamentos desse tipo agrupamentos possíveis ao se
podem ser formados?” combinar cada elemento de uma
coleção com todos os elementos
de outra coleção, por meio de
diagramas de árvore ou por
tabelas.
Propriedades da igualdade (EF05MA10) Concluir, por meio
e noção de equivalência. de investigações, que a relação de
Álgebra 1–2–3–4–5– igualdade existente entre dois
6–7–8 membros permanece ao
adicionar, subtrair, multiplicar ou
dividir cada um desses membros
por um mesmo número, para
construir a noção de equivalência.
Propriedades da igualdade (EF05MA11) Resolver e elaborar
Álgebra 1–2–3–4–5– e noção de equivalência. problemas cuja conversão em
6–7–8 sentença matemática seja uma
igualdade com uma operação em
que um dos termos é
desconhecido.
Grandezas diretamente (EF05MA12) Resolver problemas
proporcionais que envolvam variação de
Álgebra 1–2–3–4–5– Problemas envolvendo a proporcionalidade direta entre
6–7–8 partição de um todo em duas grandezas, para associar a
duas partes proporcionais. quantidade de um produto ao
valor a pagar, alterar as
quantidades de ingredientes de
receitas, ampliar ou reduzir escala
em mapas, entre outros.
339

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Grandezas diretamente (EF05MA13) Resolver problemas
proporcionais envolvendo a partilha de uma
Problemas envolvendo a quantidade em duas partes
Álgebra 1–2–3–4–5– partição de um todo em desiguais, tais como dividir uma
6–7–8 duas partes proporcionais. quantidade em duas partes, de
modo que uma seja o dobro da
outra, com compreensão da ideia
de razão entre as partes e delas
com o todo.
Geometria 1–2–3–4–5– Plano cartesiano: (EF05MA14) Utilizar e
6–7–8 coordenadas cartesianas compreender diferentes
(1º quadrante) e representações para a localização
representação de de objetos no plano, como mapas,
deslocamentos no plano células em planilhas eletrônicas e
cartesiano. coordenadas geográficas, a fim de
desenvolver as primeiras noções
de coordenadas cartesianas.
Plano cartesiano: (EF05MA15) Interpretar,
coordenadas cartesianas descrever e representar a
Geometria 1–2–3–4–5– (1º quadrante) e localização ou movimentação de
6–7–8 representação de objetos no plano cartesiano (1º
deslocamentos no plano quadrante), utilizando
cartesiano. coordenadas cartesianas,
indicando mudanças de direção e
de sentido e giros.
Figuras geométricas (EF05MA16) Associar figuras
Geometria 1–2–3–4–5– espaciais: reconhecimento, espaciais a suas planificações
6–7–8 representações, (prismas, pirâmides, cilindros e
planificações e cones) e analisar, nomear e
características. comparar seus atributos.
Figuras geométricas planas: (EF05MA17) Reconhecer,
Geometria 1–2–3–4–5– características, nomear e comparar polígonos,
6–7–8 representações e ângulos. considerando lados, vértices e
ângulos, e desenhá-los, utilizando
material de desenho ou
tecnologias digitais.
Ampliação e redução de (EF05MA18) Reconhecer a
figuras poligonais em congruência dos ângulos e a
Geometria 1–2–3–4–5– malhas quadriculadas: proporcionalidade entre os lados
6–7–8 reconhecimento da correspondentes de figuras
congruência dos ângulos e poligonais em situações de
da proporcionalidade dos ampliação e de redução em
lados correspondentes malhas quadriculadas e usando
tecnologias digitais.
Medidas de comprimento, (EF05MA19) Resolver e elaborar
área, massa, tempo, problemas envolvendo medidas
Grandezas e 1–2–3–4–5– temperatura e capacidade: das grandezas comprimento,
medidas 6–7–8 utilização de unidades área, massa, tempo, temperatura
convencionais e relações e capacidade, recorrendo a
entre as unidades de transformações entre as unidades
medida mais usuais. mais usuais em contextos
socioculturais.
340

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Áreas e perímetros de (EF05MA20) Concluir, por meio
Grandezas e 1–2–3–4–5– figuras poligonais: algumas de investigações, que figuras de
medidas 6–7–8 relações perímetros iguais podem ter áreas
diferentes e que, também, figuras
que têm a mesma área podem ter
perímetros diferentes.
Noção de volume (EF05MA21) Reconhecer volume
Grandezas e 1–2–3–4–5– como grandeza associada a
medidas 6–7–8 sólidos geométricos e medir
volumes por meio de
empilhamento de cubos,
utilizando, preferencialmente,
objetos concretos.
Espaço amostral: análise de (EF05MA22) Apresentar todos os
Probabilidade 1–2–3–4–5– chances de eventos possíveis resultados de um
e estatística 6–7–8 aleatórios experimento aleatório, estimando
se esses resultados são
igualmente prováveis ou não.
Cálculo de probabilidade de (EF05MA23) Determinar a
Probabilidade 1–2–3–4–5– eventos equiprováveis probabilidade de ocorrência de um
e estatística 6–7–8 resultado em eventos aleatórios,
quando todos os resultados
possíveis têm a mesma chance de
ocorrer (equiprováveis).
Leitura, coleta, classificação (EF05MA24) Interpretar dados
interpretação e estatísticos apresentados em
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados em textos, tabelas e gráficos (colunas
e estatística 6–7–8 tabelas de dupla entrada, ou linhas), referentes a outras
gráfico de colunas áreas do conhecimento ou a
agrupadas, gráficos outros contextos, como saúde e
pictóricos e gráfico de trânsito, e produzir textos com o
linhas. objetivo de sintetizar conclusões.
Leitura, coleta, classificação (EF05MA25) Realizar pesquisa
interpretação e envolvendo variáveis categóricas
Probabilidade 1–2–3–4–5– representação de dados em e numéricas, organizar dados
e estatística 6–7–8 tabelas de dupla entrada, coletados por meio de tabelas,
gráfico de colunas gráficos de colunas, pictóricos e
agrupadas, gráficos de linhas, com e sem uso de
pictóricos e gráfico de tecnologias digitais, e apresentar
linhas. texto escrito sobre a finalidade da
pesquisa e a síntese dos
resultados.

ÁREA: MATEMÁTICA
COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA (ANOS FINAIS)

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e


preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma
341

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para
alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir
argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para
compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da
Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras
áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir
e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança
na busca de soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas
práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar
informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo
argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais
disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas
de conhecimento, validando estratégias e resultados.
6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações
imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar
suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens
(gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras
linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência
social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários,
valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem
preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no
planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na
busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não
na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas
e aprendendo com eles.

6º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
Sistema de numeração (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler
decimal: características, e escrever números naturais e
1–2–3–4–5–
Números leitura, escrita e comparação números racionais cuja
6–7–8
de números naturais e de representação decimal é finita,
números racionais fazendo uso da reta numérica.
representados na forma (EF06MA02) Reconhecer o sistema
decimal. de numeração decimal, como o que
Sistema de numeração prevaleceu no mundo ocidental, e
decimal: características, destacar semelhanças e diferenças
1–2–3–4–5–
Números leitura, escrita e comparação com outros sistemas, de modo a
6–7–8
de números naturais e de sistematizar suas principais
números racionais características (base, valor
representados na forma posicional e função do zero),
decimal. utilizando, inclusive, a composição
342

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


e decomposição de números
naturais e números racionais em
sua representação decimal.
Operações (adição, (EF06MA03) Resolver e elaborar
subtração, multiplicação, problemas que envolvam cálculos
divisão e potenciação) com (mentais ou escritos, exatos ou
1–2–3–4–5– números naturais. aproximados) com números
Números
6–7–8 naturais, por meio de estratégias
variadas, com compreensão dos
processos neles envolvidos com e
sem uso de calculadora.
Fluxograma para determinar (EF06MA04) Construir algoritmo em
a paridade de um número linguagem natural e representá-lo
1–2–3–4–5– natural; por fluxograma que indique a
Números
6–7–8 Múltiplos e divisores de um resolução de um problema simples
número natural; Números (por exemplo, se um número natural
primos e compostos. qualquer é par).
Fluxograma para determinar (EF06MA05) Classificar números
a paridade de um número naturais em primos e compostos,
natural; estabelecer relações entre
Múltiplos e divisores de um números, expressas pelos termos
1–2–3–4–5– número natural; Números “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é
Números
6–7–8 primos e compostos. fator de”, e estabelecer, por meio de
investigações, critérios de
divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,
10, 100 e 1000.

Fluxograma para determinar (EF06MA06) Resolver e elaborar


a paridade de um número problemas que envolvam as ideias
1–2–3–4–5– natural; de múltiplo e de divisor.
Números
6–7–8 Múltiplos e divisores de um
número natural; Números
primos e compostos.
Fluxograma para determinar (EF06MA01BA) Resolver situações
a paridade de um número problemas de contagem, que
natural; envolvam o princípio multiplicativo,
1–2–3–4–5–
Números Múltiplos e divisores de um por meio de estratégias variadas,
6–7–8
número natural; Números como a construção de diagramas,
primos e compostos. tabelas e esquemas sem aplicação
de fórmulas.
Frações: significados (EF06MA07) Compreender,
(parte/todo, quociente), comparar e ordenar frações
equivalência, comparação, associadas às ideias de partes de
1–2–3–4–5–
Números adição e subtração; cálculo inteiros e resultado de divisão,
6–7–8
da fração de um número identificando frações equivalentes.
natural; adição e subtração
de frações.
Frações: significados (EF06MA08) Reconhecer que os
1–2–3–4–5– (parte/todo, quociente), números racionais positivos podem
Números
6–7–8 equivalência, comparação, ser expressos nas formas
adição e subtração; cálculo fracionária e decimal, estabelecer

343

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


da fração de um número relações entre essas
natural; adição e subtração representações, passando de uma
de frações. representação para outra, e
relacioná-los a pontos na reta
numérica.
Frações: significados (EF06MA09) Resolver e elaborar
(parte/todo, quociente), problemas que envolvam o cálculo
equivalência, comparação, da fração de uma quantidade e cujo
1–2–3–4–5–
Números adição e subtração; cálculo resultado seja um número natural,
6–7–8
da fração de um número com e sem uso de calculadora.
natural; adição e subtração
de frações.
Frações: significados (EF06MA10) Resolver e elaborar
(parte/todo, quociente), problemas que envolvam adição ou
equivalência, comparação, subtração com números racionais
1–2–3–4–5–
Números adição e subtração; cálculo positivos na representação
6–7–8
da fração de um número fracionária.
natural; adição e subtração
de frações.
Operações (adição, (EF06MA11) Resolver e elaborar
subtração, multiplicação, problemas com números racionais
divisão e potenciação) com positivos na representação decimal,
números racionais. envolvendo as quatro operações
1–2–3–4–5– fundamentais e a potenciação, por
Números
6–7–8 meio de estratégias diversas,
utilizando estimativas e
arredondamentos para verificar a
razoabilidade de respostas, com e
sem uso de calculadora.
Aproximação de números (EF06MA12) Fazer estimativas de
1–2–3–4–5– para múltiplos de potências quantidades e aproximar números
Números
6–7–8 de 10. para múltiplos da potência de 10
mais próxima.
Cálculo de porcentagens por (EF06MA13) Resolver e elaborar
meio de estratégias problemas que envolvam
diversas, sem fazer uso da porcentagens, com base na ideia de
1–2–3–4–5– “regra de três”. proporcionalidade, sem fazer uso
Números
6–7–8 da “regra de três”, utilizando
estratégias pessoais, cálculo mental
e calculadora, em contextos de
educação financeira, entre outros.
Propriedades da igualdade. (EF06MA14) Reconhecer que a
relação de igualdade matemática
não se altera ao adicionar, subtrair,
1–2–3–4–5– multiplicar ou dividir os seus dois
Álgebra
6–7–8 membros por um mesmo número e
utilizar essa noção para determinar
valores desconhecidos na
resolução de problemas.

344

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Problemas que tratam da (EF06MA15) Resolver e elaborar
partição de um todo em duas problemas que envolvam a partilha
partes desiguais, de uma quantidade em duas partes
1–2–3–4–5–
Álgebra envolvendo razões entre as desiguais, envolvendo relações
6–7–8
partes e entre uma das aditivas e multiplicativas, bem como
partes e o todo. a razão entre as partes e entre uma
das partes e o todo.
Plano cartesiano: (EF06MA16) Associar pares
associação dos vértices de ordenados de números a pontos do
1–2–3–4–5–
Álgebra um polígono a pares plano cartesiano do 1º quadrante,
6–7–8
ordenados. em situações como a localização
dos vértices de um polígono.
Plano cartesiano: (EF06MA02BA) Representar e
1–2–3–4–5– associação dos vértices de interpretar o deslocamento de um
Álgebra
6–7–8 um polígono a pares ponto num plano cartesiano por um
ordenados. segmento de reta orientado.
Prismas e pirâmides: (EF06MA17) Quantificar e
planificações e relações estabelecer relações entre o
entre seus elementos número de vértices, faces e arestas
1–2–3–4–5–
Geometria (vértices, faces e arestas). de prismas e pirâmides, em função
6–7–8
do seu polígono da base, para
resolver problemas e desenvolver a
percepção espacial.
Polígonos: classificações (EF06MA18) Reconhecer, nomear
quanto ao número de e comparar polígonos,
vértices, às medidas de considerando lados, vértices e
1–2–3–4–5–
Geometria lados e ângulos e ao ângulos, e classificá-los em
6–7–8
paralelismo e regulares e não regulares, tanto em
perpendicularismo dos suas representações no plano como
lados. em faces de poliedros.
Polígonos: classificações (EF06MA19) Identificar
quanto ao número de características dos triângulos e
vértices, às medidas de classificá-los em relação às
1–2–3–4–5–
Geometria lados e ângulos e ao medidas dos lados e dos ângulos.
6–7–8
paralelismo e
perpendicularismo dos
lados.
Polígonos: classificações (EF06MA20) Identificar
quanto ao número de características dos quadriláteros,
vértices, às medidas de classificá-los em relação a lados e a
1–2–3–4–5–
Geometria lados e ângulos e ao ângulos e reconhecer a inclusão e a
6–7–8
paralelismo e intersecção de classes entre eles.
perpendicularismo dos
lados.
Construção de figuras (EF06MA21) Construir figuras
semelhantes: ampliação e planas semelhantes em situações
1–2–3–4–5–
Geometria redução de figuras planas de ampliação e de redução, com o
6–7–8
em malhas quadriculadas. uso de malhas quadriculadas, plano
cartesiano ou tecnologias digitais.

345

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Construção de figuras (EF06MA03BA) desenvolver
semelhantes: ampliação e noções de semelhanças de figuras
redução de figuras planas planas a partir de ampliações ou
1–2–3–4–5–
Geometria em malhas quadriculadas. reduções, identificando as medidas
6–7–8
que se alteram (ângulos) e as que
se modificam (dos lados, da
superfície e do perímetro).
Construção de retas (EF06MA22) Utilizar instrumentos,
paralelas e perpendiculares, como réguas e esquadros, ou
1–2–3–4–5– fazendo uso de réguas, softwares para representações de
Geometria
6–7–8 esquadros e softwares. retas paralelas e perpendiculares e
construção de quadriláteros, entre
outros.
Construção de retas (EF06MA23) Construir algoritmo
paralelas e perpendiculares, para resolver situações passo a
fazendo uso de réguas, passo (como na construção de
1–2–3–4–5–
Geometria esquadros e softwares. dobraduras ou na indicação de
6–7–8
deslocamento de um objeto no
plano segundo pontos de referência
e distâncias fornecidas etc.).
Problemas sobre medidas (EF06MA24) Resolver e elaborar
envolvendo grandezas como problemas que envolvam as
comprimento, massa, grandezas comprimento, massa,
tempo, temperatura, área, tempo, temperatura, área
capacidade e volume. (triângulos e retângulos),
Grandezas e 1–2–3–4– capacidade e volume (sólidos
Medidas 5–6–7–8 formados por blocos retangulares),
sem uso de fórmulas, inseridos,
sempre que possível, em contextos
oriundos de situações reais e/ou
relacionadas às outras áreas do
conhecimento.
Problemas sobre medidas (EF06MA04BA) Mobilizar ideias
envolvendo grandezas como referentes ao contexto histórico das
Grandezas e 1–2–3–4–
comprimento, massa, grandezas e medidas.
Medidas 5–6–7–8
tempo, temperatura, área,
capacidade e volume.
Ângulos: noção, usos e (EF06MA25) Reconhecer a
Grandezas e 1–2–3–4–
medida. abertura do ângulo como grandeza
Medidas 5–6–7–8
associada às figuras geométricas.
Ângulos: noção, usos e (EF06MA26) Resolver problemas
medida. que envolvam a noção de ângulo
Grandezas e 1–2–3–4–
em diferentes contextos e em
Medidas 5–6–7–8
situações reais, como ângulo de
visão.
Ângulos: noção, usos e (EF06MA27) Determinar medidas
Grandezas e 1–2–3–4– medida. da abertura de ângulos, por meio de
Medidas 5–6–7–8 transferidor e/ou tecnologias digitais
Plantas baixas e vistas (EF06MA28) Interpretar, descrever
Grandezas e 1–2–3–4– aéreas. e desenhar plantas baixas simples
Medidas 5–6–7–8 de residências e vistas aéreas.

346

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Perímetro de um quadrado (EF06MA29) Analisar e descrever
como grandeza proporcional mudanças que ocorrem no
à medida do lado. perímetro e na área de um
quadrado ao se ampliarem ou
Grandezas e 1–2–3–4–
reduzirem, igualmente, as medidas
Medidas 5–6–7–8
de seus lados, para compreender
que o perímetro é proporcional à
medida do lado, o que não ocorre
com a área.
Cálculo de probabilidade (EF06MA30) Calcular a
como a razão entre o probabilidade de um evento
número de resultados aleatório, expressando-a por
favoráveis e o total de número racional (forma fracionária,
resultados possíveis em um decimal e percentual) e comparar
Probabilidade e 1–2–3–4– espaço amostral esse número com a probabilidade
Estatística 5–6–7–8 equiprovável. Cálculo de obtida por meio de experimentos
probabilidade por meio de sucessivos.
muitas repetições de um
experimento (frequências de
ocorrências e probabilidade
frequentista).
Leitura e interpretação de (EF06MA31) Identificar as variáveis
tabelas e gráficos (de e suas frequências e os elementos
Probabilidade e 1–2–3–4– colunas ou barras simples constitutivos (título, eixos, legendas,
Estatística 5–6–7–8 ou múltiplas) referentes a fontes e datas) em diferentes tipos
variáveis categóricas e de gráfico.
variáveis numéricas.
Leitura e interpretação de (EF06MA32) Interpretar e resolver
tabelas e gráficos (de situações que envolvam dados de
colunas ou barras simples pesquisas sobre contextos
ou múltiplas) referentes a ambientais, sustentabilidade,
Probabilidade e 1–2–3–4– variáveis categóricas e trânsito, consumo responsável,
Estatística 5–6–7–8 variáveis numéricas. entre outros, apresentadas pela
mídia em tabelas e em diferentes
tipos de gráficos e redigir textos
escritos com o objetivo de sintetizar
conclusões.
Coleta de dados, (EF06MA33) Planejar e coletar
organização e registro. dados de pesquisa referente a
Construção de diferentes práticas sociais escolhidas pelos
Probabilidade e 1–2–3–4– tipos de gráficos para alunos e fazer uso de planilhas
Estatística 5–6–7–8 representá-los e eletrônicas para registro,
interpretação das representação e interpretação das
informações. informações, em tabelas, vários
tipos de gráficos e texto.
Diferentes tipos de (EF06MA34) Interpretar e
representação de desenvolver fluxogramas simples,
Probabilidade e 1–2–3–4– informações: gráficos e identificando as relações entre os
Estatística 5–6–7–8 fluxogramas. objetos representados (por
exemplo, posição de cidades
considerando as estradas que as

347

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


unem, hierarquia dos funcionários
de uma empresa etc.).

7º ANO
Múltiplos e divisores de um (EF07MA01) Resolver e elaborar
número natural. problemas com números naturais,
envolvendo as noções de divisor e
1–2–3–4– de múltiplo, podendo incluir máximo
Números
5–6–7–8 divisor comum ou mínimo múltiplo
comum, por meio de estratégias
diversas, sem a aplicação de
algoritmos.
Cálculo de porcentagens e (EF07MA02) Resolver e elaborar
de acréscimos e problemas que envolvam
decréscimos simples. porcentagens, como os que lidam
1–2–3–4– com acréscimos e decréscimos
Números
5–6–7–8 simples, utilizando estratégias
pessoais, cálculo mental e
calculadora, no contexto de
educação financeira, entre outros.
Números inteiros: usos, (EF07MA03) Comparar e ordenar
história, ordenação, números inteiros em diferentes
1–2–3–4– associação com pontos da contextos, incluindo o histórico,
Números
5–6–7–8 reta numérica e operações. associá-los a pontos da reta
numérica e utilizá-los em situações
que envolvam adição e subtração.
Números inteiros: usos, (EF07MA04) Resolver e elaborar
1–2–3–4– história, ordenação, problemas que envolvam
Números
5–6–7–8 associação com pontos da operações com números inteiros.
reta numérica e operações.
Números inteiros: usos, (EF07MA1BA) Calcular,
história, ordenação, mentalmente ou por escrito, as
1–2–3–4– associação com pontos da operações com números inteiros
Números
5–6–7–8 reta numérica e operações. (por meio de estratégias variadas),
compreendendo os processos nelas
envolvidos.
Fração e seus significados: (EF07MA05) Resolver um mesmo
1–2–3–4– como parte de inteiros, problema utilizando diferentes
Números
5–6–7–8 resultado da divisão, razão e algoritmos.
operador.
Fração e seus significados: (EF07MA06) Reconhecer que as
como parte de inteiros, resoluções de um grupo de
1–2–3–4– resultado da divisão, razão e problemas que têm a mesma
Números
5–6–7–8 operador. estrutura podem ser obtidas
utilizando os mesmos
procedimentos.
Fração e seus significados: (EF07MA07) Representar por meio
1–2–3–4– como parte de inteiros, de um fluxograma os passos
Números
5–6–7–8 resultado da divisão, razão e utilizados para resolver um grupo de
operador. problemas.

348

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Fração e seus significados: (EF07MA08) Comparar e ordenar
1–2–3–4– como parte de inteiros, frações associadas às ideias de
Números
5–6–7–8 resultado da divisão, razão partes de inteiros, resultado da
e operador. divisão, razão e operador.
Fração e seus significados: (EF07MA09) Utilizar, na resolução
como parte de inteiros, de problemas, a associação entre
resultado da divisão, razão e razão e fração, como a fração 2/3
1–2–3–4–
Números operador. para expressar a razão de duas
5–6–7–8
partes de uma grandeza para três
partes da mesma ou três partes de
outra grandeza.
Números racionais na (EF07MA10) Comparar e ordenar
representação fracionária e números racionais em diferentes
1–2–3–4–
Números na decimal: usos, ordenação contextos e associá-los a pontos da
5–6–7–8
e associação com pontos da reta numérica.
reta numérica e operações.
Números racionais na (EF07MA11) Compreender e utilizar
representação fracionária e a multiplicação e a divisão de
1–2–3–4–
Números na decimal: usos, ordenação números racionais, a relação entre
5–6–7–8
e associação com pontos da elas e suas propriedades
reta numérica e operações. operatórias.
Números racionais na (EF07MA12) Resolver e elaborar
representação fracionária e problemas que envolvam as
1–2–3–4–
Números na decimal: usos, ordenação operações com números racionais.
5–6–7–8
e associação com pontos da
reta numérica e operações.
Linguagem algébrica: (EF07MA13) Compreender a ideia
variável e incógnita. de variável, representada por letra
1–2–3–4– ou símbolo, para expressar relação
Álgebra
5–6–7–8 entre duas grandezas,
diferenciando-a da ideia de
incógnita.
1–2–3–4– Linguagem algébrica: (EF07MA02BA) Produzir diferentes
Álgebra
5–6–7–8 variável e incógnita. escritas algébricas.
Linguagem algébrica: (EF07MA14) Classificar sequências
variável e incógnita. em recursivas e não recursivas,
1–2–3–4– reconhecendo que o conceito de
Álgebra
5–6–7–8 recursão está presente não apenas
na matemática, mas também nas
artes e na literatura.
Linguagem algébrica: (EF07MA15) Utilizar a simbologia
1–2–3–4– variável e incógnita. algébrica para expressar
Álgebra
5–6–7–8 regularidades encontradas em
sequências numéricas.
Equivalência de expressões (EF07MA16) Reconhecer se duas
algébricas: identificação da expressões algébricas obtidas para
1–2–3–4–
Álgebra regularidade de uma descrever a regularidade de uma
5–6–7–8
sequência numérica. mesma sequência numérica são ou
não equivalentes.

349

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Problemas envolvendo (EF07MA17) Resolver e elaborar
grandezas diretamente problemas que envolvam variação
proporcionais e grandezas de proporcionalidade direta e de
1–2–3–4–
Álgebra inversamente proporcionais. proporcionalidade inversa entre
5–6–7–8
duas grandezas, utilizando
sentença algébrica para expressar
a relação entre elas.
Equações polinomiais do 1º (EF07MA18) Resolver e elaborar
grau. problemas que possam ser
1–2–3–4– representados por equações
Álgebra
5–6–7–8 polinomiais de 1º grau, redutíveis à
forma ax + b = c, fazendo uso das
propriedades da igualdade.
Transformações (EF07MA19) Realizar
geométricas de polígonos no transformações de polígonos
plano cartesiano: representados no plano cartesiano,
1–2–3–4– multiplicação das decorrentes da multiplicação das
Geometria
5–6–7–8 coordenadas por um número coordenadas de seus vértices por
inteiro e obtenção de um número inteiro.
simétricos em relação aos
eixos e à origem.
Transformações (EF07MA20) Reconhecer e
geométricas de polígonos no representar, no plano cartesiano, o
plano cartesiano: simétrico de figuras em relação aos
1–2–3–4– multiplicação das eixos e à origem.
Geometria
5–6–7–8 coordenadas por um número
inteiro e obtenção de
simétricos em relação aos
eixos e à origem.
Simetrias de translação, (EF07MA21) Reconhecer e
rotação e reflexão. construir figuras obtidas por
simetrias de translação, rotação e
reflexão, usando instrumentos de
1–2–3–4–
Geometria desenho ou softwares de geometria
5–6–7–8
dinâmica e vincular esse estudo a
representações planas de obras de
arte, elementos arquitetônicos,
entre outros.
A circunferência como lugar (EF07MA22) Construir
geométrico. circunferências, utilizando
compasso, reconhecê-las como
1–2–3–4–
Geometria lugar geométrico e utilizá-las para
5–6–7–8
fazer composições artísticas e
resolver problemas que envolvam
objetos equidistantes.
A circunferência como lugar (EF07MA03BA) Estabelecer a
1–2–3–4– geométrico. relação entre a medida do
Geometria
5–6–7–8 comprimento de uma circunferência
e o seu diâmetro.

350

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Relações entre os ângulos (EF07MA23) Verificar relações
formados por retas paralelas entre os ângulos formados por retas
1–2–3–4–
Geometria intersectadas por uma paralelas cortadas por uma
5–6–7–8
transversal. transversal, com e sem uso de
softwares de geometria dinâmica.
Triângulos: construção, (EF07MA24) Construir triângulos,
condição de existência e usando régua e compasso,
soma das medidas dos reconhecer a condição de
1–2–3–4–
Geometria ângulos internos. existência do triângulo quanto à
5–6–7–8
medida dos lados e verificar que a
soma das medidas dos ângulos
internos de um triângulo é 180°.
Triângulos: construção, (EF07MA25) Reconhecer a rigidez
condição de existência e geométrica dos triângulos e suas
1–2–3–4– soma das medidas dos aplicações, como na construção de
Geometria
5–6–7–8 ângulos internos. estruturas arquitetônicas (telhados,
estruturas metálicas e outras) ou
nas artes plásticas.
Triângulos: construção, (EF07MA26) Descrever, por escrito
condição de existência e e por meio de um fluxograma, um
1–2–3–4–
Geometria soma das medidas dos algoritmo para a construção de um
5–6–7–8
ângulos internos. triângulo qualquer, conhecidas as
medidas dos três lados.
Polígonos regulares: (EF07MA27) Calcular medidas de
quadrado e triângulo ângulos internos de polígonos
equilátero. regulares, sem o uso de fórmulas, e
1–2–3–4– estabelecer relações entre ângulos
Geometria
5–6–7–8 internos e externos de polígonos,
preferencialmente vinculadas à
construção de mosaicos e de
ladrilhamentos.
Polígonos regulares: (EF07MA28) Descrever, por escrito
quadrado e triângulo e por meio de um fluxograma, um
1–2–3–4– equilátero. algoritmo para a construção de um
Geometria
5–6–7–8 polígono regular (como quadrado e
triângulo equilátero), conhecida a
medida de seu lado.
Problemas envolvendo (EF07MA29) Resolver e elaborar
medições. problemas que envolvam medidas
de grandezas, inseridos em
Grandezas e 1–2–3–4– contextos oriundos de situações
Medidas 5–6–7–8 cotidianas ou de outras áreas do
conhecimento, reconhecendo que
toda medida empírica é
aproximada.
Cálculo de volume de blocos (EF07MA30) Resolver e elaborar
retangulares, utilizando problemas de cálculo de medida do
Grandezas e 1–2–3–4– unidades de medida volume de blocos retangulares,
Medidas 5–6–7–8 convencionais mais usuais. envolvendo as unidades usuais
(metro cúbico, decímetro cúbico e
centímetro cúbico).

351

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Equivalência de área de (EF07MA31) Estabelecer
figuras planas: cálculo de expressões de cálculo de área de
áreas de figuras que podem triângulos e de quadriláteros.
Grandezas e 1–2–3–4– ser decompostas por outras,
Medidas 5–6–7–8 cujas áreas podem ser
facilmente determinadas
como triângulos e
quadriláteros.
Equivalência de área de (EF07MA32) Resolver e elaborar
figuras planas: cálculo de problemas de cálculo de medida de
áreas de figuras que podem área de figuras planas que podem
Grandezas e 1–2–3–4– ser decompostas por outras, ser decompostas por quadrados,
Medidas 5–6–7–8 cujas áreas podem ser retângulos e/ou triângulos,
facilmente determinadas utilizando a equivalência entre
como triângulos e áreas.
quadriláteros.
Medida do comprimento da (EF07MA33) Estabelecer o número
circunferência. como a razão entre a medida de
Grandezas e 1–2–3–4– uma circunferência e seu diâmetro,
Medidas 5–6–7–8 para compreender e resolver
problemas, inclusive os de natureza
histórica.
Experimentos aleatórios: (EF07MA34) Planejar e realizar
espaço amostral e experimentos aleatórios ou
Probabilidade e 1–2–3–4– estimativa de probabilidade simulações que envolvem cálculo
Estatística 5–6–7–8 por meio de frequência de de probabilidades ou estimativas
ocorrências. por meio de frequência de
ocorrências.
Estatística: média e (EF07MA35) Compreender, em
amplitude de um conjunto de contextos significativos, o
dados. significado de média estatística
Probabilidade e 1–2–3–4–
como indicador da tendência de
Estatística 5–6–7–8
uma pesquisa, calcular seu valor e
relacioná-lo, intuitivamente, com a
amplitude do conjunto de dados.
Probabilidade e 1–2–3–4– Pesquisa amostral e (EF07MA36) Planejar e realizar
Estatística 5–6–7–8 pesquisa censitária. pesquisa envolvendo tema da
Planejamento de pesquisa, realidade social, identificando a
coleta e organização dos necessidade de ser censitária ou de
dados, construção de usar amostra, e interpretar os dados
Probabilidade e 1–2–3–4– para comunicá-los por meio de
Estatística 5–6–7–8 tabelas e gráficos e
interpretação das relatório escrito, tabelas e gráficos,
informações. com o apoio de planilhas
eletrônicas.
Gráficos de setores: (EF07MA37) Interpretar e analisar
interpretação, pertinência e dados apresentados em gráfico de
Probabilidade e 1–2–3–4–
construção para representar setores divulgados pela mídia e
Estatística 5–6–7–8
conjunto de dados. compreender quando é possível ou
conveniente sua utilização.
8º ANO
1–2–3–4– Notação científica. (EF08MA01) Efetuar cálculos com
Números
5–6–7–8 potências de expoentes inteiros e
352

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


aplicar esse conhecimento na
representação de números em
notação científica.
Potenciação e radiciação. (EF08MA02) Resolver e elaborar
problemas usando a relação entre
1–2–3–4–
Números potenciação e radiciação, para
5–6–7–8
representar uma raiz como potência
de expoente fracionário.
O princípio multiplicativo da (EF08MA03) Resolver e elaborar
1–2–3–4– contagem. problemas de contagem cuja
Números
5–6–7–8 resolução envolva a aplicação do
princípio multiplicativo.
Porcentagens (EF08MA04) Resolver e elaborar
1–2–3–4– problemas, envolvendo cálculo de
Números
5–6–7–8 porcentagens, incluindo o uso de
tecnologias digitais.
Dízimas periódicas: fração (EF08MA05) Reconhecer e utilizar
1–2–3–4– geratriz. procedimentos para a obtenção de
Números
5–6–7–8 uma fração geratriz para uma
dízima periódica.
Valor numérico de (EF08MA06) Resolver e elaborar
expressões algébricas. problemas que envolvam cálculo do
1–2–3–4–
Álgebra valor numérico de expressões
5–6–7–8
algébricas, utilizando as
propriedades das operações.
Associação de uma equação (EF08MA07) Associar uma
1–2–3–4– linear de 1º grau a uma reta equação linear de 1º grau com duas
Álgebra
5–6–7–8 no plano cartesiano. incógnitas a uma reta no plano
cartesiano.
Sistema de equações (EF08MA08) Resolver e elaborar
polinomiais de 1º grau: problemas relacionados ao seu
resolução algébrica e contexto próximo, que possam ser
1–2–3–4– representação no plano representados por sistemas de
Álgebra
5–6–7–8 cartesiano. equações de 1º grau com duas
incógnitas e interpretá-los,
utilizando, inclusive, o plano
cartesiano como recurso.
Equação polinomial de 2º (EF08MA09) Resolver e elaborar,
grau do tipo ax2 = b. com e sem uso de tecnologias,
1–2–3–4– problemas que possam ser
Álgebra
5–6–7–8 representados por equações
polinomiais de 2º grau do tipo ax2 =
b.
Sequências recursivas e não (EF08MA10) Identificar a
recursivas. regularidade de uma sequência
1–2–3–4– numérica ou figural não recursiva e
Álgebra
5–6–7–8 construir um algoritmo por meio de
um fluxograma que permita indicar
os números ou as figuras seguintes.
Sequências recursivas e não (EF08MA11) Identificar a
1–2–3–4–
Álgebra recursivas. regularidade de uma sequência
5–6–7–8
numérica recursiva e construir um
353

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


algoritmo por meio de um
fluxograma que permita indicar os
números seguintes.
Variação de grandezas: (EF08MA12) Identificar a natureza
diretamente proporcionais, da variação de duas grandezas,
inversamente proporcionais diretamente, inversamente
1–2–3–4–
Álgebra ou não proporcionais. proporcionais ou não proporcionais,
5–6–7–8
expressando a relação existente por
meio de sentença algébrica e
representá-la no plano cartesiano.
Variação de grandezas: (EF08MA13) Resolver e elaborar
diretamente proporcionais, problemas que envolvam
1–2–3–4–
Álgebra inversamente proporcionais grandezas diretamente ou
5–6–7–8
ou não proporcionais. inversamente proporcionais, por
meio de estratégias variadas.
Congruência de triângulos e (EF08MA14) Demonstrar
1–2–3–4– demonstrações de propriedades de quadriláteros por
Geometria
5–6–7–8 propriedades de meio da identificação da
quadriláteros. congruência de triângulos.
Construções geométricas: (EF08MA15) Construir, utilizando
ângulos de 90°, 60°, 45° e instrumentos de desenho ou
1–2–3–4– 30° e polígonos regulares. softwares de geometria dinâmica,
Geometria
5–6–7–8 mediatriz, bissetriz, ângulos de 90°,
60°, 45° e 30° e polígonos
regulares.
Construções geométricas: (EF08MA16) Descrever, por escrito
ângulos de 90°, 60°, 45° e e por meio de um fluxograma, um
30° e polígonos regulares. algoritmo para a construção de um
1–2–3–4–
Geometria hexágono regular de qualquer área,
5–6–7–8
a partir da medida do ângulo central
e da utilização de esquadros e
compasso.
Mediatriz e bissetriz como (EF08MA17) Aplicar os conceitos
1–2–3–4– lugares geométricos: de mediatriz e bissetriz como
Geometria
5–6–7–8 construção e problemas. lugares geométricos na resolução
de problemas.
Transformações (EF08MA18) Reconhecer e
geométricas: simetrias de construir figuras obtidas por
translação, reflexão e composições de transformações
1–2–3–4–
Geometria rotação. geométricas (translação, reflexão e
5–6–7–8
rotação), com o uso de
instrumentos de desenho ou de
softwares de geometria dinâmica.
Área de figuras planas, Área (EF08MA01BA) Calcular área de
Grandezas e 1–2–3–4–
do círculo e comprimento de figuras planas bem como o volume
Medidas 5–6–7–8
sua circunferência. de blocos retangulares.
Área de figuras planas, Área (EF08MA19) Resolver e elaborar
do círculo e comprimento de problemas que envolvam medidas
Grandezas e 1–2–3–4–
sua circunferência. de área de figuras geométricas,
Medidas 5–6–7–8
utilizando expressões de cálculo de
área (quadriláteros, triângulos e

354

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


círculos), em situações como
determinar medida de terrenos.

Volume de cilindro reto (EF08MA20) Reconhecer a relação


Medidas de capacidade. entre um litro e um decímetro cúbico
Grandezas e 1–2–3–4– e a relação entre litro e metro
Medidas 5–6–7–8 cúbico, para resolver problemas de
cálculo de capacidade de
recipientes.
Volume de cilindro reto (EF08MA21) Resolver e elaborar
Grandezas e 1–2–3–4– Medidas de capacidade. problemas que envolvam o cálculo
Medidas 5–6–7–8 do volume de recipiente cujo
formato é o de um bloco retangular.
Princípio multiplicativo da (EF08MA22) Calcular a
contagem Soma das probabilidade de eventos, com base
probabilidades de todos os na construção do espaço amostral,
Probabilidade e 1–2–3–4– elementos de um espaço utilizando o princípio multiplicativo,
Estatística 5–6–7–8 amostral. e reconhecer que a soma das
probabilidades de todos os
elementos do espaço amostral é
igual a 1.
Gráficos de barras, colunas, (EF08MA23) Avaliar a adequação
linhas ou setores e seus de diferentes tipos de gráficos para
Probabilidade e 1–2–3–4– elementos constitutivos e representar um conjunto de dados
Estatística 5–6–7–8 adequação para de uma pesquisa.
determinado conjunto de
dados.
Organização dos dados de (EF08MA24) Classificar as
uma variável contínua em frequências de uma variável
Probabilidade e 1–2–3–4– classes. contínua de uma pesquisa em
Estatística 5–6–7–8 classes, de modo que resumam os
dados de maneira adequada para a
tomada de decisões.
Medidas de tendência (EF08MA25) Obter os valores de
central e de dispersão. medidas de tendência central de
uma pesquisa estatística (média,
Probabilidade e 1–2–3–4–
moda e mediana) com a
Estatística 5–6–7–8
compreensão de seus significados
e relacioná-los com a dispersão de
dados, indicada pela amplitude.
Pesquisas censitária ou (EF08MA26) Selecionar razões, de
amostral Planejamento e diferentes naturezas (física, ética ou
execução de pesquisa econômica), que justificam a
amostral. realização de pesquisas amostrais
Probabilidade e 1–2–3–4–
e não censitárias, e reconhecer que
Estatística 5–6–7–8
a seleção da amostra pode ser feita
de diferentes maneiras (amostra
casual simples, sistemática e
estratificada).

355

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Pesquisas censitária ou (EF08MA27) Planejar e executar
amostral Planejamento e pesquisa amostral, selecionando
execução de pesquisa uma técnica de amostragem
amostral. adequada, e escrever relatório que
Probabilidade e 1–2–3–4–
contenha os gráficos apropriados
Estatística 5–6–7–8
para representar os conjuntos de
dados, destacando aspectos como
as medidas de tendência central, a
amplitude e as conclusões.
9º ANO
Necessidade dos números (EF09MA01) Reconhecer que, uma
reais para medir qualquer vez fixada uma unidade de
segmento de reta. comprimento, existem segmentos
de reta cujo comprimento não é
1–2–3–4–
Números expresso por número racional
5–6–7–8
(como as medidas de diagonais de
um polígono e alturas de um
triângulo, quando se toma a medida
de cada lado como unidade).
Números irracionais: (EF09MA02) Reconhecer um
reconhecimento e número irracional como um número
1–2–3–4– localização de alguns na real cuja representação decimal é
Números
5–6–7–8 reta numérica. infinita e não periódica, e estimar a
localização de alguns deles na reta
numérica.
Números irracionais: (EF09MA01BA) Constatar que
reconhecimento e existem situações problemas, em
1–2–3–4– localização de alguns na particular algumas vinculadas à
Números
5–6–7–8 reta numérica. Geometria e às medidas, cujas
soluções não são dadas por meio
de números racionais.
Potências com expoentes (EF09MA03) Efetuar cálculos com
1–2–3–4–
Números negativos e fracionários. números reais, inclusive potências
5–6–7–8
com expoentes fracionários.
Números reais: notação (EF09MA04) Resolver e elaborar
1–2–3–4– científica e problemas. problemas com números reais,
Números
5–6–7–8 inclusive em notação científica,
envolvendo diferentes operações.
Porcentagens: problemas (EF09MA05) Resolver e elaborar
que envolvem cálculo de problemas que envolvam
percentuais sucessivos. porcentagens, com a ideia de
aplicação de percentuais
1–2–3–4–
Números sucessivos e a determinação das
5–6–7–8
taxas percentuais,
preferencialmente com o uso de
tecnologias digitais, no contexto da
educação financeira.
Funções: representações (EF09MA06) Compreender as
numérica, algébrica e funções como relações de
1–2–3–4–
Álgebra gráfica. dependência unívoca entre duas
5–6–7–8
variáveis e suas representações
numérica, algébrica e gráfica e
356

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


utilizar esse conceito para analisar
situações que envolvam relações
funcionais entre duas variáveis.
Razão entre grandezas de (EF09MA07) Resolver problemas
espécies diferentes. que envolvam a razão entre duas
1–2–3–4–
Álgebra grandezas de espécies diferentes,
5–6–7–8
como velocidade e densidade
demográfica.
Grandezas diretamente (EF09MA08) Resolver e elaborar
proporcionais e grandezas problemas que envolvam relações
inversamente proporcionais. de proporcionalidade direta e
inversa entre duas ou mais
1–2–3–4–
Álgebra grandezas, inclusive escalas,
5–6–7–8
divisão em partes proporcionais e
taxa de variação, em contextos
socioculturais, ambientais e de
outras áreas.
Expressões algébricas: (EF09MA09) Compreender os
fatoração e produtos processos de fatoração de
notáveis expressões algébricas, com base
1–2–3–4– Resolução de equações em suas relações com os produtos
Álgebra
5–6–7–8 polinomiais do 2º grau por notáveis, para resolver e elaborar
meio de fatorações. problemas que possam ser
representados por equações
polinomiais do 2º grau.
Demonstrações de relações (EF09MA10) Demonstrar relações
entre os ângulos formados simples entre os ângulos formados
1–2–3–4–
Geometria por retas paralelas por retas paralelas cortadas por
5–6–7–8
intersectadas por uma uma transversal.
transversal.
Relações entre arcos e (EF09MA11) Resolver problemas
ângulos na circunferência de por meio do estabelecimento de
um círculo. relações entre arcos, ângulos
1–2–3–4–
Geometria centrais e ângulos inscritos na
5–6–7–8
circunferência, fazendo uso,
inclusive, de softwares de
geometria dinâmica.
Semelhança de triângulos. (EF09MA12) Reconhecer as
1–2–3–4– condições necessárias e suficientes
Geometria
5–6–7–8 para que dois triângulos sejam
semelhantes.
Relações métricas no (EF09MA13) Demonstrar relações
triângulo retângulo. métricas do triângulo retângulo,
1–2–3–4–
Geometria entre elas o teorema de Pitágoras,
5–6–7–8
utilizando, inclusive, a semelhança
de triângulos.
Teorema de Pitágoras: (EF09MA13) Demonstrar relações
verificações experimentais e métricas do triângulo retângulo,
1–2–3–4–
Geometria demonstração. entre elas o teorema de Pitágoras,
5–6–7–8
utilizando, inclusive, a semelhança
de triângulos.

357

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Retas paralelas cortadas por (EF09MA14) Resolver e elaborar
transversais: teoremas de problemas de aplicação do teorema
1–2–3–4–
Geometria proporcionalidade e de Pitágoras ou das relações de
5–6–7–8
verificações experimentais. proporcionalidade envolvendo retas
paralelas cortadas por secantes.
Polígonos regulares. (EF09MA15) Descrever, por escrito
e por meio de um fluxograma, um
algoritmo para a construção de um
1–2–3–4–
Geometria polígono regular cuja medida do
5–6–7–8
lado é conhecida, utilizando régua e
compasso, como também
softwares.
Polígonos regulares. (EF09MA02BA) Analisar em
poliedros a posição relativa de duas
1–2–3–4–
Geometria arestas (paralelas, perpendiculares,
5–6–7–8
reversas) e de duas faces
(paralelas, perpendiculares).
Distância entre pontos no (EF09MA16) Determinar o ponto
plano cartesiano. médio de um segmento de reta e a
distância entre dois pontos
quaisquer, dadas as coordenadas
1–2–3–4– desses pontos no plano cartesiano,
Geometria
5–6–7–8 sem o uso de fórmulas, e utilizar
esse conhecimento para calcular,
por exemplo, medidas de
perímetros e áreas de figuras
planas construídas no plano.
Vistas ortogonais de figuras (EF09MA17) Reconhecer vistas
1–2–3–4– espaciais. ortogonais de figuras espaciais e
Geometria
5–6–7–8 aplicar esse conhecimento para
desenhar objetos em perspectiva.
Vistas ortogonais de figuras (EF09MA03BA) Representar as
espaciais. diferentes vistas (lateral, frontal e
1–2–3–4–
Geometria superior) de figuras tridimensionais
5–6–7–8
e reconhecimento da figura
representada por diferentes vistas.
Unidades de medida para (EF09MA18) Reconhecer e
medir distâncias muito empregar unidades usadas para
grandes e muito pequenas. expressar medidas muito grandes
Unidades de medida ou muito pequenas, tais como
Grandezas e 1–2–3–4–
utilizadas na informática. distância entre planetas e sistemas
Medidas 5–6–7–8
solares, tamanho de vírus ou de
células, capacidade de
armazenamento de computadores,
entre outros.
Unidades de medida para (EF09MA04BA) Identificar a
medir distâncias muito relevância das unidades
Grandezas e 1–2–3–4–
grandes e muito pequenas. convencionais no processo de
Medidas 5–6–7–8
Unidades de medida comunicação.
utilizadas na informática.

358

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Volume de prismas e (EF09MA19) Resolver e elaborar
cilindros. problemas que envolvam medidas
Grandezas e 1–2–3–4– de volumes de prismas e de
Medidas 5–6–7–8 cilindros retos, inclusive com uso de
expressões de cálculo, em
situações cotidianas.
Análise de probabilidade de (EF09MA20) Reconhecer, em
eventos aleatórios: eventos experimentos aleatórios, eventos
Probabilidade e 1–2–3–4–
dependentes e independentes e dependentes e
Estatística 5–6–7–8
independentes. calcular a probabilidade de sua
ocorrência, nos dois casos.
Análise de gráficos (EF09MA21) Analisar e identificar,
divulgados pela mídia: em gráficos divulgados pela mídia,
elementos que podem os elementos que podem induzir, às
induzir a erros de leitura ou vezes propositadamente, erros de
Probabilidade e 1–2–3–4–
de interpretação. leitura, como escalas inapropriadas,
Estatística 5–6–7–8
legendas não explicitadas
corretamente, omissão de
informações importantes (fontes e
datas), entre outros.
Leitura, interpretação e (EF09MA22) Escolher e construir o
representação de dados de gráfico mais adequado (colunas,
pesquisa expressos em setores, linhas), com ou sem uso de
Probabilidade e 1–2–3–4– tabelas de dupla entrada, planilhas eletrônicas, para
Estatística 5–6–7–8 gráficos de colunas simples apresentar um determinado
e agrupadas, gráficos de conjunto de dados, destacando
barras e de setores e aspectos como as medidas de
gráficos pictóricos. tendência central.
Planejamento e execução (EF09MA23) Planejar e executar
de pesquisa amostral e pesquisa amostral envolvendo tema
apresentação de relatório. da realidade social e comunicar os
resultados por meio de relatório
Probabilidade e 1–2–3–4–
contendo avaliação de medidas de
Estatística 5–6–7–8
tendência central e da amplitude,
tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de
planilhas eletrônicas.
Planejamento e execução (EF09MA05BA) Aplicar conceitos
Probabilidade e 1–2–3–4–
de pesquisa amostral e de álgebra na exploração de
Estatística 5–6–7–8
apresentação de relatório. pesquisas estatísticas.

ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Ciência e sociedade desenvolvem-se, constituindo uma teia de relações


múltiplas e complexas. A sociedade da informação e do conhecimento em que
estamos inseridos nos obriga à compreensão da Ciência, não apenas como
corpo de saberes, mas também como instituição social. Questões de natureza
359

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


científica com implicações sociais são levadas à discussão e os cidadãos são
chamados a dar sua opinião. Dessa maneira, o letramento científico é
fundamental para o exercício pleno da cidadania. O desenvolvimento de
competências para formar esse cidadão emancipado deve ser contemplado no
currículo de Ciências da Natureza.
No Ensino Fundamental, o componente curricular Ciências aborda
temas que são estudados em várias áreas do conhecimento dentro da área das
Ciências Naturais, desde a Astronomia até as Geociências passando pela
Química e a Física. Nesta fase escolar, esses conhecimentos devem ser
apresentados aos estudantes de maneira geral para que eles se apropriem dos
conhecimentos construídos sobre o mundo natural, ampliando seu repertório e
entendo a ciência como prática cultural histórica.
A sociedade contemporânea está fortemente organizada com base no
desenvolvimento científico e tecnológico. Os diferentes marcos na história da
humanidade são determinados por domínios de técnicas que facilitaram a
interação homem-natureza. O homem é um ser que atua na natureza em função
de suas necessidades e o faz para sobreviver como espécie, mas não o faz como
os outros animais. A ação humana sobre a natureza se dá pela incorporação de
experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração;
essa transmissão pela educação e pela cultura permite que a nova geração não
volte ao ponto de partida da que a precedeu (ANDERY, 2012).
A área de Ciências da Natureza, através dos diversos conteúdos
científicos que explora, incide em diversos campos do conhecimento. Contribui
para o desenvolvimento de várias competências em diferentes ambientes de
aprendizagem. Com o ensino de Ciências pretende-se formar o cidadão letrado
cientificamente para que nossos alunos se transformem em pessoas mais
críticas e agentes de mudanças para uma sociedade mais igualitária e justa,
atendendo às demandas de uma sociedade em constante transformação,
entendendo a presença e a influência do conhecimento científico na sociedade.

CIÊNCIAS

Introdução

O componente curricular Ciências deve contribuir para que os


estudantes compreendam o mundo em que vivem e suas múltiplas relações
biológicas, físicas, químicas e históricas. Segundo Laszlo (1996), o mundo é uma
totalidade formada por partes em que as partes estão interligadas
permanentemente uma com as outras. Observando por esse aspecto, o ensino

360

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


de Ciências não pode ser fragmentado, ele deve integrar o conhecimento relativo
ao componente curricular de forma que o estudante perceba o elo entre as
partes. Desta maneira, é importante salientar que várias áreas do conhecimento
são mobilizadas como: Física, Química, Biologia, Astronomia, Meteorologia etc.
Uma vez que Ciências busca fazer um estudo dos fenômenos, a presença destas
áreas do conhecimento torna-se imprescindível.
O ensino de Ciências deve provocar a construção de conhecimento para
além da memorização, identificação e conceituação. A análise, questionamento,
argumentação e a aplicabilidade do conhecimento científico são de vital
importância na esfera pessoal, social e global. A isso chamamos de letramento
científico. Esse tipo de letramento dá sentido às análises das situações do
cotidiano, permite o desenvolvimento do senso crítico, assim como garante a
tomada de decisões de forma ética, analítica e responsável.
Para garantir uma educação com foco na alfabetização ou letramento
científico, torna-se necessário proporcionar situações de ensino que permitam a
observação, investigação de problemas, proposição de hipóteses e possibilidade
de testá-las.
Para tanto, é imprescindível que os estudantes sejam progressivamente
estimulados e apoiados no planejamento e na realização cooperativa de
atividades investigativas, bem como no compartilhamento dos resultados dessas
investigações. Pressupõe organizar as situações de aprendizagem partindo de
questões que sejam desafiadoras e, reconhecendo a diversidade cultural,
estimulem o interesse e a curiosidade científica dos estudantes e possibilitem
definir problemas, levantar, analisar e representar resultados; comunicar
conclusões e propor intervenções.
Dessa forma, o processo investigativo deve ser entendido como
elemento central na formação dos estudantes, em um sentido mais amplo, e cujo
desenvolvimento deve ser atrelado a situações didáticas planejadas ao longo de
toda a Educação Básica, de modo a possibilitar aos estudantes revisitar de forma
reflexiva seus conhecimentos e sua compreensão acerca do mundo em que
vivem. Sendo assim, a Base Nacional Comum Curricular afirma que o ensino de
Ciências deve promover situações na quais os alunos exerçam seu senso de
investigação e sejam chamados a resolver situações problemas com base nos
conhecimentos específicos da área de Ciências da Natureza, especificados na
BNCC.
A curiosidade humana é o principal vetor do aprender e é através das
ciências que se pode entender melhor o mundo e seus fenômenos. Para tanto,
sugere-se o ensino de uma Ciência investigativa, experimental, articuladora e
informativa, pautada no saber “o quê”, “para quê”, “por quê”, “como fazer” e “com
que recursos”. Assim, neste modelo de educação, o foco é o desenvolvimento
de competências e habilidades que permitam ao estudante encontrar

361

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


informações, a fim de lidar com as situações do cotidiano, intervindo de forma
positiva nas diversas esferas ao seu redor: pessoal, social e global.
A BNCC traz as aprendizagens essenciais a ser asseguradas em
Ciências, organizadas em três unidades temáticas que se repetem ao longo de
todo o Ensino Fundamental.
A unidade temática Matéria e energia contempla o estudo de materiais
e suas transformações, fontes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na
perspectiva de construir conhecimento sobre a natureza da matéria e os
diferentes usos da energia.
Essa unidade traz estudos referentes à ocorrência, à utilização e ao
processamento de recursos naturais e energéticos empregados na geração de
diferentes tipos de energia e na produção e no uso responsável de materiais
diversos em uma perspectiva histórica.
Nos anos iniciais, valorizam-se os elementos mais concretos e os
ambientes que os cercam (casa, escola e bairro), oferecendo aos alunos a
oportunidade de interação, compreensão e ação no seu entorno.
Nos anos finais, a ampliação da relação dos jovens com o ambiente
possibilita que se estenda à exploração dos fenômenos relacionados aos
materiais e à energia ao âmbito do sistema produtivo e ao seu impacto na
qualidade ambiental.
A unidade temática Vida e evolução propõe o estudo de questões
relacionadas aos seres vivos, suas características e necessidades, e à vida
como fenômeno natural e social, destacando-se as interações dos seres vivos
entre si e com os fatores abióticos do ambiente. Aborda-se, ainda, a importância
da preservação da biodiversidade e como ela se distribui nos principais
ecossistemas brasileiros. Outro foco é a percepção de que o corpo humano é
um todo dinâmico e articulado, e que a manutenção e o funcionamento
harmonioso desse conjunto dependem da integração entre as funções
específicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que o compõem, abrindo
espaço para discutir o que é preciso para promover a saúde individual e coletiva,
inclusive no âmbito das políticas públicas.
Nos anos iniciais, as características dos seres vivos são trabalhadas a
partir das ideias, representações, disposições emocionais e afetivas que os
alunos trazem para a escola. Esses saberes dos alunos vão sendo organizados
a partir de observações orientadas com o propósito da compreensão do
ambiente natural. Pretende-se também que as crianças ampliem os seus
conhecimentos e apreço pelo seu corpo, identifiquem os cuidados necessários
para a manutenção da saúde e integridade do organismo e desenvolvam atitudes
de respeito e acolhimento pelas diferenças individuais, tanto no que diz respeito
à diversidade étnico-cultural quanto em relação à inclusão de alunos da
educação especial.

362

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Nos anos finais, a partir do reconhecimento das relações que ocorrem
na natureza, evidencia-se a participação do ser humano nas cadeias alimentares
e como elemento modificador do ambiente, seja evidenciando maneiras mais
eficientes de usar os recursos naturais sem desperdícios, seja discutindo as
implicações do consumo excessivo e descarte inadequado dos resíduos.
Contempla-se, também, o incentivo à proposição e adoção de alternativas
individuais e coletivas, ancoradas na aplicação do conhecimento científico, que
concorram para a sustentabilidade socioambiental.
São abordados temas de grande interesse e relevância social nessa
faixa etária, como: sistema reprodutor e sexualidade, conhecimento das
condições de saúde, e saneamento básico, qualidade do ar e condições
nutricionais da população brasileira.
Na unidade temática Terra e Universo, busca-se a compreensão de
características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes – suas
dimensões, composição, localizações, movimentos e forças que atuam entre
eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do planeta Terra,
particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem
como de observação dos principais fenômenos celestes, valorizando os
aspectos históricos associados a essas observações.
O efeito estufa e a camada de ozônio, fenômenos naturais como vulcões,
tsunamis e terremotos, bem como aqueles mais relacionados aos padrões de
circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela
forma e pelos movimentos da Terra são abordados nesta unidade.
Os estudantes dos anos iniciais se interessam com facilidade pelos
objetos celestes, dessa forma, a intenção é aguçar ainda mais a curiosidade das
crianças pelos fenômenos naturais e desenvolver o pensamento espacial a partir
das experiências cotidianas de observação do céu e dos fenômenos a elas
relacionados.
Nos anos finais, intuito é de desenvolver nos estudantes uma visão mais
sistêmica do planeta com base em princípios de sustentabilidade
socioambiental, além disso, o conhecimento espacial é ampliado e aprofundado
por meio da articulação entre os conhecimentos e as experiências de observação
vivenciadas nos anos iniciais, por um lado, e os modelos explicativos
desenvolvidos pela ciência, por outro. A partir de uma compreensão mais
aprofundada da Terra, do Sol e de sua evolução, da nossa galáxia e das ordens
de grandeza envolvidas, espera-se que os alunos possam refletir sobre a
posição da Terra e da espécie humana no Universo.
Essas três unidades temáticas devem ser consideradas sob a
perspectiva da continuidade das aprendizagens e da integração com seus
objetos de conhecimento ao longo dos anos de escolarização. Portanto, é
fundamental que elas não se desenvolvam isoladamente.

363

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Os temas transversais são assim chamados por não pertencerem a
nenhum componente curricular específico, mas por perpassarem por todas as
disciplinas com igual relevância; correspondem a questões presentes na vida
cotidiana, afinal a educação tem como fim integrar o ser humano, torná-lo
sensível para enfrentar os desafios da vida. Alguns temas transversais podem
ser abordados pelo componente Ciências como, por exemplo: Meio ambiente,
Ética, Saúde, Orientação sexual, Pluralidade cultural, Direitos humanos,
Tecnologia e Inclusão.
Apesar da proposta da BNCC e do currículo baiano estarem pautados
num currículo por competências, não há impedimentos para que elementos dos
currículos por projetos, e por problematização sejam abordados em nosso
ambiente educacional. De acordo com Macêdo (2017), aprendizagem baseada
em problemas tem como finalidade a resolução de um problema concreto por
meio da busca de conhecimentos pelos estudantes de forma proativa. Um
currículo por projetos tem a inovação de superar a fragmentação disciplinar,
propondo que o conhecimento seja trabalhado de maneira interdisciplinar, em
que um único tema possa ser trabalhado de maneira relacionada em todas as
disciplinas.
É importante salientar que até hoje tem sido dado mais valor aos
sistemas técnicos educacionais do que propriamente ao ser humano, e nosso
novo desafio é capacitar o estudante para questionar, refletir, transformar e criar
por meio de um método educativo, preocupado com um ensino que facilita
aprendizagem de forma integral favorecendo a formação de um cidadão
emancipado. Isso não quer dizer que devemos abandonar os conceitos da
Ciência e tecnologia, mas sim buscar integrá-las com o respaldo de princípios
éticos, morais e estéticos elevados. Afinal é o despertamento, a construção e o
desenvolvimento deste ser humano que implica o progresso da sociedade
(BARRETO, 2016).
O objetivo do Currículo Bahia é integrar e não afastar o ser humano de
si mesmo, o que implica ter presente seus valores subjetivos, além dos objetivos
proporcionando aos estudantes condições de uma formação adequada, de tal
maneira que possam descobrir, por si sós, suas tendências e valores próprios
bem como sua finalidade de existir, seus deveres naturais para com a sociedade,
incluindo valores que envolvam as pessoas, o ambiente e o equilíbrio dinâmico
destas relações (BARRETO, 2016).

Organizador Curricular

ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

CIÊNCIAS

364

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico
como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem
como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir
segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo
natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem
entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas
tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles
relativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e
defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si
próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem
preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da
Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade
humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências
da Natureza e às suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente
a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
1º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01CI01) Comparar características de
diferentes materiais presentes em objetos
de uso cotidiano, de acordo com suas
características físicas como, por exemplo:
Características dos
metais, papéis, plásticos, madeira,
3,4,8 materiais
percebendo as diferentes texturas, rigidez,
dureza, maleabilidade, tamanhos,
discutindo sua origem, os modos como são
Matéria e descartados e como podem ser usados de
Energia forma mais consciente.
(EF01CI01BA) Identificar ações humanas
que provocam poluição ou degradação do
meio ambiente.
Problemas ocasionados
(EF01CI02BA) Identificar práticas que
4,8 pelo mau uso dos
ocorrem na sua região a qual pratica o uso
materiais
mais consciente desses materiais.
(EF01CI03BA) Relatar problemas
ocasionados pelo lixo.

365

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF01CI02) Localizar, nomear e representar
graficamente (por meio de desenhos)
partes do corpo humano e explicar suas
funções.
(EF01CI03) Discutir as razões pelas quais
Vida e os hábitos de higiene do corpo (lavar as
2,7 Corpo humano
Evolução mãos antes de comer, escovar os dentes,
limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.)
são necessários para a manutenção da
saúde.
(EF01CI04BA) Discutir práticas saudáveis
relacionadas à alimentação, esporte e lazer.
(EF01CI04) Comparar características
físicas entre os colegas, reconhecendo a
2,8 Respeito à diversidade
diversidade e a importância da valorização,
do acolhimento e do respeito às diferenças.
(EF01CI05) Identificar e nomear diferentes
escalas de tempo: os períodos diários
(manhã, tarde, noite) e a sucessão de dias,
semanas, meses e anos.
(EF01CI06) Selecionar exemplos de como
a sucessão de dias e noites orienta o ritmo
Terra e de atividades diárias de seres humanos e
1,2 Escalas de tempo
Universo de outros seres vivos.
(EF01CI05BA) Identificar as estações do
ano e suas características.
(EF01CI06BA) Identificar tecnologias do
cotidiano que auxiliam na medição do
tempo.

2º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF02CI01) Identificar de que materiais
(metais, madeira, vidro etc.) são feitos os
objetos que fazem parte da vida cotidiana,
como esses objetos são utilizados e com
quais materiais eram produzidos no
passado.
(EF02CI02) Propor o uso de diferentes
materiais para a construção de objetos de
uso cotidiano, tendo em vista algumas
Matéria e Propriedades e usos
1,2,3,4 propriedades desses materiais
Energia dos materiais
(flexibilidade, dureza, transparência etc.).
(EF02CI01BA) Localizar através de relatos
orais de familiares e/ou de visitas a
museus, os diferentes usos dos materiais
em diferentes períodos históricos.
(EF02CI02BA) Propor a resolução de um
problema a partir de materiais com
diferentes características que sejam do uso
do cotidiano.
366

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF02CI03BA) Identificar quais materiais,
de seu uso cotidiano, são produzidos a
partir de matéria-prima da região.
(EF02CI03) Discutir os cuidados
necessários à prevenção de acidentes
domésticos (objetos cortantes e
inflamáveis, eletricidade, produtos de
limpeza, medicamentos, etc.)
Prevenção de (EF02CI04BA) Identificar os objetos e
3,4,7 acidentes substâncias que devem ser manipulados
domésticos com cuidado, a fim de evitar acidentes, bem
como proceder de forma preventiva no uso
da eletricidade.
(EF02CI05BA) Discutir fatores de risco em
sua casa, escola e no caminho que
percorre entre a casa e a escola.
(EF02CI04) Descrever características de
plantas e animais (tamanho, forma, cor,
fase da vida, local onde se desenvolvem
etc.) que fazem parte de seu cotidiano e
Seres Vivos no
1,2,3,4 relacioná-las ao ambiente em que eles
ambiente
vivem.
(EF02CI06BA) Observar a importância da
preservação e conservação do ambiente
para manutenção da vida na Terra.
(EF02CI05) Investigar a importância da
Vida e
água e da luz para a manutenção da vida
Evolução
de plantas em geral, destacando os
princípios básicos da fotossíntese.
(EF02CI06) Identificar as principais partes
de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e
2,3,4 Plantas frutos) e a função desempenhada por cada
uma delas, e analisar as relações entre as
plantas, o ambiente e os demais seres
vivos.
(EF02CI07BA) Identificar a flora local
estabelecendo relação com as condições
climáticas da região.
(EF02CI07) Descrever as posições do Sol
Movimento aparente
1,2,6,7 em diversos horários do dia e associá-las
do Sol no céu
ao tamanho da sombra projetada.
(EF02CI08) Comparar o efeito da radiação
solar (aquecimento e reflexão) em
diferentes tipos de superfície (água, areia,
Terra e O Sol como fonte de
solo, superfícies escuras, claras, metálicas,
Universo 1,2 luz e calor
etc.).
(EF02CI08BA) Relatar a influência do sol e
do raio ultravioleta sobre o corpo humano
(benefícios e cuidados).
(EF02CI09BA) Descrever as tecnologias
6 Energia Solar
construídas a partir da energia solar.
3º ANO
367

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir
da vibração de variados objetos e identificar
1,2 Produção de som
variáveis que influem nesse fenômeno.

(EF03CI02) Experimentar e relatar o que


ocorre com a passagem da luz através de
objetos transparentes (copos, janelas de
Efeitos da luz nos
vidro, lentes, prismas, água etc.), no
5,6 materiais
contato com superfícies polidas (espelhos)
e na intersecção com objetos opacos
(paredes, pratos, pessoas e outros objetos
de uso cotidiano).
(EF03CI03) Discutir hábitos necessários
para a manutenção da saúde auditiva e
Matéria e
visual considerando as condições do
Energia
ambiente em termos de som e luz.
(EF03CI01BA) Experimentar paisagens
sonoras de distintos espaços geográficos.
(EF03CI02BA) Comparar o som produzido
pelos objetos e associar essas
Saúde auditiva e
7,8 particularidades com a composição dos
visual
diferentes materiais.
(EF03CI03BA) Observar sons presentes no
corpo e nos espaços de convivência em
que está inserido.
(EF03CI04BA) Concluir que o uso
excessivo do fone de ouvido pode
ocasionar problemas auditivos a médio
prazo.
(EF03CI04) Identificar características sobre
o modo de vida (o que comem, como se
reproduzem, como se deslocam etc.) dos
animais mais comuns no ambiente local.
(EF03CI05) Descrever e comunicar as
alterações que ocorrem no ciclo da vida em
Características e animais de diferentes habitats, inclusive o
desenvolvimento dos homem.
2,3
Vida e Animais (EF03CI06) Comparar alguns animais e
Evolução organizar grupos com base em
características externas comuns (presença
de penas, pelos, escamas, bico, garras,
antenas, patas etc.).
(EF03CI05BA) Identificar as características
de gênero nos animais, inclusive do ser
humano.
(EF03CI06BA) Relatar sobre a extinção de
8 Preservação plantas e animais ameaçados, sugerindo
alternativas para sua preservação.
Terra e Características da (EF03CI07) Identificar características da
1,2,6
Universo Terra Terra (como seu formato esférico, a
368

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


presença de água, solo etc.), com base na
observação, manipulação e comparação de
diferentes formas de representação do
planeta (mapas, globos, fotografias etc.).
(EF03CI08) Observar, identificar e registrar
os períodos diários (dia e/ou noite) em que
o Sol, demais estrelas, Lua e planetas
Observação do céu
1,2,3,6 estão visíveis no céu. Assim como
reconhecer a existência de diferentes
objetos celestes (asteroides, cometas,
galáxias, etc.)
Usos do solo (EF03CI07BA) Identificar as diferenças
4,5
entre os conhecimentos científico e popular.
(EF03CI08BA) Discutir a existências de leis
1,2,6 Leis Universais que regem nosso universo como, por
exemplo, a Lei de Gravidade.
4º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF04CI01) Identificar misturas na vida
diária, com base em suas propriedades
2,3 Misturas
físicas observáveis, reconhecendo sua
composição.
(EF04CI02) Testar e relatar transformações
nos materiais do dia a dia quando expostos
a diferentes condições (aquecimento,
resfriamento, luz e umidade).
Matéria e
(EF04CI03) Concluir que algumas
Energia
Transformações mudanças causadas por aquecimento ou
2,3,4,5 reversíveis e não resfriamento são reversíveis (como as
reversíveis. mudanças de estado físico da água) e
outras não (como o cozimento do ovo, a
queima do papel etc.).
(EF04CI01BA) Destacar alguns processos
simples de separação de misturas (filtração,
catação, peneiração, flotação, decantação).
(EF04CI04) Analisar e construir cadeias
alimentares simples, reconhecendo a
posição ocupada pelos seres vivos nessas
cadeias e o papel do Sol como fonte
primária de energia na produção de
alimentos.
(EF04CI05) Descrever e destacar
Vida e Cadeias alimentares
1,2,3 semelhanças e diferenças entre o ciclo da
Evolução simples
matéria e o fluxo de energia entre os
componentes vivos e não vivos de um
ecossistema.
(EF04CI06) Relacionar a participação de
fungos e bactérias no processo de
decomposição, reconhecendo a importância
ambiental desse processo.

369

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF04CI07) Verificar a participação de
microrganismos na produção de alimentos,
combustíveis, medicamentos, entre outros.
(EF04CI08) Propor, a partir do
1,2,3,6,7 Microorganismos conhecimento das formas de transmissão
de alguns microrganismos (vírus, bactérias
e protozoários), atitudes e medidas
adequadas para prevenção de doenças a
eles associadas.
(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais,
com base no registro de diferentes posições
relativas do Sol e da sombra de uma vara
(gnômon).
2,3,5 Pontos Cardeais
(EF04CI10) Comparar as indicações dos
pontos cardeais resultantes da observação
das sombras de uma vara (gnômon) com
aquelas obtidas por meio de uma bússola.
Os fenômenos (EF04CI11) Associar os movimentos
Terra e cíclicos da Lua e da cíclicos da Lua e da Terra a períodos de
Universo 2,3,5 Terra e a construção tempo regulares e ao uso desse
de um calendário. conhecimento para a construção de
calendários em diferentes culturas.

(EF04CI02BA) Identificar a grandiosidade


Escalas
1,2,3 das distâncias envolvidas nas escalas
astronômicas
astronômicas.

5º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF05CI01) Explorar fenômenos da vida
cotidiana que evidenciem propriedades
físicas dos materiais – como densidade,
condutibilidade térmica e elétrica, respostas
Propriedades físicas a forças magnéticas, solubilidade,
dos materiais respostas a forças mecânicas (dureza,
2,3,4
elasticidade etc.), entre outras.
(EF05CI01BA) Testar a densidade,
condutibilidade elétrica e térmica,
Matéria e
solubilidade e respostas a forças
Energia
magnéticas e mecânicas comparadas a
diferentes materiais.
(EF05CI02) Aplicar os conhecimentos sobre
as mudanças de estado físico da água para
explicar o ciclo hidrológico e analisar suas
2,3,4,6 Ciclo hidrológico implicações na agricultura, no clima, na
geração de energia elétrica, no provimento
de água potável e no equilíbrio dos
ecossistemas regionais (ou locais).

370

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF05CI03) Selecionar argumentos que
justifiquem a importância da cobertura
vegetal para a manutenção do ciclo da
água, a conservação dos solos, dos cursos
de água e da qualidade do ar atmosférico.
(EF05CI02BA) Explorar aspectos de
ambientes naturais preservados daqueles
que sofreram intervenção humana.
(EF05CI03BA) Associar que a poluição do
ar e da água pode ser consequência da
intervenção humana.
(EF05CI04BA) Identificar na região em que
2,3,4,6,8 Impactos ambientais
vive a existência ou não de saneamento
básico e compreender a importância do
tratamento de água e do esgoto para a
qualidade de vida da população.
(EF05CI05BA) Justificar a importância da
preservação dos recursos naturais para o
município.
(EF05CI04) Identificar os principais usos da
água e de outros materiais nas atividades
cotidianas para discutir e propor formas
sustentáveis de utilização desses recursos.
(EF05CI05) Construir propostas coletivas
para um consumo mais consciente e criar
Consumo consciente
2,3,4,6,8 soluções tecnológicas para o descarte
e reciclagem
adequado e a reutilização ou reciclagem de
materiais consumidos na escola e/ou na
vida cotidiana.
(EF05CI06BA) Identificar os símbolos
característicos de reciclagem, bem como as
cores das lixeiras para materiais.
(EF05CI06) Selecionar argumentos que
justifiquem por que os sistemas digestório e
Nutrição do respiratório são considerados
5
organismo corresponsáveis pelo processo de nutrição
do organismo, com base na identificação
das funções desses sistemas.
Vida e
(EF05CI07) Justificar a relação entre o
Evolução
funcionamento do sistema circulatório, a
Integração entre os
distribuição dos nutrientes pelo organismo e
sistemas digestório,
1,2,3 a eliminação dos resíduos produzidos.
respiratório e
(EF05CI07BA) Reconhecer a importância
circulatório.
da mastigação e dos alimentos para a
saúde.

371

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF05CI08) Organizar um cardápio
equilibrado com base nas características
dos grupos alimentares (nutrientes e
calorias) e nas necessidades individuais
(atividades realizadas, idade, sexo etc.) para
a manutenção da saúde do organismo.
(EF05CI09) Discutir a ocorrência de
distúrbios nutricionais e alimentares (como
obesidade, subnutrição, bulimia, anorexia
etc.) entre crianças e jovens a partir da
7,8 Hábitos alimentares análise de seus hábitos (tipos e quantidade
de alimento ingerido, prática de atividade
física etc.).
(EF05CI08BA) Associar a alimentação
humana a questões sociais, condições
ambientais e culturais, como fome, indústria
alimentícia etc.
(EF05CI09BA) Analisar e interpretar rótulos
de alimentos, identificando prazos de
validade, toxidez, presença ou não de
gorduras, açúcares e outros nutrientes.
(EF05CI10) Identificar algumas
constelações no céu, com o apoio de
recursos (como mapas celestes e
Constelações e
aplicativos digitais, entre outros), e os
1,2,3 mapas celestes
períodos do ano em que elas são visíveis
no início da noite.
(EF05CI10BA) Identificar as diferenças entre
Astronomia e Astrologia.
Movimento de (EF05CI11) Associar o movimento diário do
1,2,3 rotação da Terra Sol e das demais estrelas no céu ao
movimento de rotação da Terra.
(EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade
Terra e
Periodicidade das das fases da Lua, com base na observação
Universo
1,2,3,5,6 fases da Lua e no registro das formas aparentes da Lua
no céu ao longo de um período
determinado pelo professor.
(EF05CI13) Projetar e construir dispositivos
para observação à distância (luneta,
periscópio, etc.), para observação ampliada
2,3,5,6 Instrumentos ópticos
de objetos (lupas, microscópios) ou para
registro de imagens (máquinas fotográficas)
e discutir usos sociais desses dispositivos.
(EF05CI11BA) Identificar e valorizar
1,2,3,5,6 Criação do universo diferentes modelos cosmológicos sobre a
criação do Universo.
6º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

372

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06CI01) Classificar como homogênea
Misturas homogêneas e ou heterogênea a mistura de dois ou mais
1,2,3
heterogêneas. materiais (água e sal, água e óleo, água e
areia etc.)
(EF06CI02) Identificar evidências de
transformações químicas a partir do
resultado de misturas de materiais que
originam produtos diferentes dos que foram
misturados (mistura de ingredientes para
fazer um bolo, mistura de vinagre com
bicarbonato de sódio etc.).
Transformações (EF06CI01BA) Investigar a natureza
1,2,3,4,5,6
químicas irreversível dos fenômenos químicos e
relacionar esses fenômenos a diversas
situações do cotidiano.
(EF06CI02BA) Identificar e propor
experimentos que demonstrem as
transformações químicas.
(EF06CI03BA) Analisar, registrar e discutir
os resultados dos experimentos realizados.
(EF06CI03) Selecionar métodos mais
adequados para a separação de diferentes
Matéria e sistemas heterogêneos e homogêneos a
Energia partir da identificação de processos de
Separação de separação de materiais (como a produção
2,3,4,5,6 materiais de sal de cozinha, a destilação de petróleo,
extração do ouro entre outros).
(EF06CI04BA) Investigar processos que
permitem a purificação de um material
homogêneo e a separação dos
componentes de um material heterogêneo.
(EF06CI04) Associar a produção de
medicamentos e outros materiais sintéticos
(os variados tipos de plásticos, entre outros)
ao desenvolvimento científico e tecnológico,
Materiais sintéticos
reconhecendo benefícios e avaliando
(plásticos,
impactos socioambientais.
medicamentos,
(EF06CI05BA) Relatar a importância de
fertilizantes, tintas,
descartar os resíduos em locais adequados,
1,2,3,4,5,6,8 detergentes, etc.) e
bem como as vantagens ambientais,
os impactos
econômicas e sociais da implantação da
negativos que
coleta seletiva nas cidades.
podem causar ao
(EF06CI06BA) Construir levantamento de
meio ambiente
dados sobre a prática de coleta seletiva na
cidade em que mora, bem como das
possíveis formas de reutilização de
materiais sintéticos.
Célula como unidade (EF06CI05) Explicar a organização básica
Vida e
2 da vida. das células e seu papel como unidade
Evolução
estrutural e funcional dos seres vivos.

373

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06CI06) Concluir, com base na análise
de ilustrações e/ou modelos (físicos ou
Níveis de digitais), que os organismos são um
2,3,6
organização complexo arranjo de sistemas com
diferentes níveis de organização e entender
como esses níveis se relacionam.
(EF06CI07) Justificar o papel do sistema
nervoso na coordenação das ações
motoras e sensoriais do corpo, com base
na análise de suas estruturas básicas e
Interação entre os respectivas funções.
sistemas locomotor e (EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a
1,2,3,4,5,6,7,8
nervoso sustentação e a movimentação dos animais
resultam da interação entre os sistemas
muscular, ósseo e nervoso.
(EF06CI07BA) Destacar as contribuições
da ciência e tecnologia para facilitar a vida
daqueles que possuem deficiência motora.
(EF06CI08) Explicar a importância da visão
(captação e interpretação das imagens) na
interação do organismo com o meio e, com
base no funcionamento do olho humano,
selecionar lentes adequadas para a
O sentido da visão e
correção de diferentes defeitos da visão.
1,2,3,4,5,6,7,8 o uso de lentes
(EF06CI08BA) Destacar as contribuições
corretivas.
da ciência e tecnologia para facilitar a vida
daqueles que possuem deficiência visual.
(EF06CI09BA) Propor experimentos que
possam demonstrar o funcionamento do
olho humano.
(EF06CI10) Explicar como o funcionamento
do sistema nervoso pode ser afetado por
substâncias psicoativas.
Drogas psicoativas (EF06CI10BA) Discutir a ação das bebidas
1,2,3,4,5,6,7,8
alcoólicas no funcionamento do cérebro e
de que forma isso afeta o sistema
locomotor, podendo causar acidentes no
trânsito, no trabalho etc.

374

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06CI11) Identificar as diferentes
camadas que estruturam o planeta Terra
(da estrutura interna à atmosfera) e suas
principais características.
(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de
rocha, relacionando a formação de fósseis
a rochas sedimentares em diferentes
períodos geológicos.
(EF06CI13) Selecionar argumentos e
Forma, estrutura e
Terra e evidências que demonstrem a esfericidade
2,3,4,5,6 movimentos da
Universo da Terra.
Terra.
(EF06CI14) Inferir que as mudanças na
sombra de uma vara (gnômon) ao longo do
dia em diferentes períodos do ano são uma
evidência dos movimentos relativos entre a
Terra e o Sol. Estes podem ser explicados
por meio dos movimentos de rotação e
translação da Terra e da inclinação de seu
eixo de rotação em relação ao plano de sua
órbita em torno do Sol.
7º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo
da história, das máquinas simples e propor
soluções e invenções para a realização de
1,2,3 Máquinas Simples tarefas mecânicas cotidianas.
(EF07CI01BA) Identificar e descrever a
utilização de máquinas simples na
construção civil.
(EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e
sensação térmica nas diferentes situações
de equilíbrio termodinâmico cotidianas.
(EF07CI03) Utilizar o conhecimento das
Matéria e formas de propagação do calor para
Formas de
Energia justificar a utilização de determinados
2,3,4,5,6 propagação do calor
materiais (condutores e isolantes) na vida
cotidiana, explicar o princípio de
funcionamento de alguns equipamentos
(garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou
construir soluções tecnológicas a partir
desse conhecimento.
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio
Equilíbrio
termodinâmico para a manutenção da vida
termodinâmico e
1,2,3,4,6 na Terra, para o funcionamento de
vida na Terra
máquinas térmicas e em outras situações
cotidianas.

375

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF07CI05) Discutir o uso de diferentes
tipos de combustível e máquinas térmicas
ao longo do tempo, para avaliar avanços,
questões econômicas e problemas
socioambientais causados pela produção e
uso desses materiais e máquinas.
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças
econômicas, culturais e sociais, tanto na
História dos
vida cotidiana quanto no mundo do
1,2,3,4,5,6 combustíveis e das
trabalho, decorrentes do desenvolvimento
máquinas térmicas
de novos materiais e tecnologias (como
automação e informatização), bem como os
impactos ambientais causados pela
produção.
(EF07CI02BA) Identificar e comparar as
variadas fontes de energia, ressaltando os
pontos positivos e negativos de cada uma
delas.
(EF07CI07) Caracterizar os principais
ecossistemas brasileiros quanto à
paisagem, à quantidade de água, ao tipo de
solo, à disponibilidade de luz solar à
temperatura etc., correlacionando essas
características à flora e fauna específicas.
(EF07CI03BA) Identificar os ecossistemas
presentes no estado da Bahia,
Diversidade de caracterizando-os e destacando todo
2,3,4,6 ecossistemas potencial positivo de cada um deles.
(EF07CI04BA) Propor a construção de
cadeias e teias alimentares possíveis de
acontecer no ecossistema em que está
inserida a escola.
(EF07CI05BA) Caracterizar, de forma geral,
os cinco reinos dos seres vivos.
Vida e
(EF07CI06BA) Comparar as diferenças e
Evolução
semelhanças entre os grupos dos seres
vivos, percebendo o elo entre eles.
(EF07CI08) Avaliar como os impactos
provocados por catástrofes naturais ou
Fenômenos naturais
mudanças nos componentes físicos,
e impactos
2,3,4 biológicos ou sociais de um ecossistema
ambientais
afetam suas populações, podendo ameaçar
ou provocar a extinção de espécies,
alteração de hábitos, migração etc.
(EF07CI09) Interpretar as condições de
saúde da comunidade, cidade ou estado,
Programas e com base na análise e comparação de
2,3,4,5,6,7,8 indicadores de indicadores de saúde (como taxa de
saúde pública mortalidade infantil, cobertura de
saneamento básico e incidência de
doenças de veiculação hídrica, atmosférica

376

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


entre outras) e dos resultados de políticas
públicas destinadas à saúde.
(EF07CI10) Argumentar sobre a
importância da vacinação para a saúde
pública, com base em informações sobre a
maneira como a vacina atua no organismo
e o papel histórico da vacinação para a
manutenção da saúde individual e coletiva
e para a erradicação de doenças.
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso
da tecnologia, incluindo a digital, nas
diferentes dimensões da vida humana,
considerando indicadores ambientais e de
qualidade de vida.
(EF07CI07BA) Descrever as principais
doenças infectocontagiosas comuns na
região em que vive.
(EF07CI08BA) Discutir a importância da
prevenção de acidentes com animais
peçonhentos.
(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma
mistura de gases, identificando sua
Composição do ar
1,2,3,4,5,6,8 composição, e discutir fenômenos naturais
ou antrópicos que podem alterar essa
composição.
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural
do efeito estufa, seu papel fundamental
para o desenvolvimento da vida na Terra,
discutir as ações humanas responsáveis
Efeito estufa
2,3,4,6,8 pelo seu aumento artificial (queima dos
combustíveis fósseis, desmatamento,
queimadas etc.) e selecionar e implementar
propostas para a reversão ou controle
desse quadro.
(EF07CI14) Justificar a importância da
Terra e camada de ozônio para a vida na Terra,
Universo identificando os fatores que aumentam ou
diminuem sua presença na atmosfera, e
Camada de ozônio discutir propostas individuais e coletivas
3,4
para sua preservação.
(EF07CI09BA) Aplicar conhecimentos sobre
efeito estufa e camada de ozônio para
construir explicações sobre a origem da
vida no planeta.
(EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais
Fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e
3 (vulcões, terremotos e justificar a rara ocorrência desses
tsunamis) fenômenos no Brasil, com base no modelo
das placas tectônicas.
(EF07CI16) Justificar o formato das costas
Placas tectônicas e
3 brasileira e africana com base na teoria da
deriva continental
deriva dos continentes.
377

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


8º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF08CI01) Identificar e classificar
diferentes fontes (renováveis e não
renováveis) e tipos de energia utilizados em
residências, comunidades ou cidades.
(EF08CI01BA) Comparar as fontes de
Fontes e tipos de energia renováveis e não renováveis,
2,3,4,5,6,8
energia. destacando os pontos favoráveis e não
favoráveis das mesmas e argumentar sobre
a importância ambiental do uso de fontes
renováveis.
(EF08CI02BA) Destacar as fontes
energéticas mais utilizadas no Brasil.
(EF08CI03BA) Entender como está
organizado o átomo e a participação de
partículas subatômicas na corrente elétrica.
(EF08CI02) Construir circuitos elétricos com
pilha/bateria, fios e lâmpada ou outros
dispositivos e compará-los a circuitos
A natureza elétrica da
elétricos residenciais.
matéria - o estudo do
1,2,3,4,5,6,7 (EF08CI04BA) Identificar alguns materiais
átomo e a construção
que conduzem corrente elétrica com
dos circuitos elétricos
facilidade e outros que impedem ou
dificultam a passagem de corrente.
Matéria e
(EF08CI05BA) Descrever como ocorrem os
Energia
relâmpagos, bem como entender como
pode ocorrer o choque elétrico e os
cuidados para evitá-los.
(EF08CI04) Calcular o consumo de
eletrodomésticos a partir dos dados de
Cálculo de consumo de potência (descritos no próprio equipamento)
1,2,3,4,5,6,7,8
energia elétrica e tempo médio de uso para avaliar o
impacto de cada equipamento no consumo
doméstico mensal
(EF08CI05) Propor ações coletivas para
otimizar o uso de energia elétrica em sua
escola e/ou comunidade, com base na
Uso consciente de
4 seleção de equipamentos segundo critérios
energia elétrica.
de sustentabilidade (consumo de energia e
eficiência energética) e hábitos de consumo
responsável.
(EF08CI03) Classificar equipamentos
elétricos residenciais (chuveiro, ferro,
Transformação de lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) de
2,3,4,5,6,8 energia e distribuição da acordo com o tipo de transformação de
mesma. energia (da energia elétrica para a térmica,
luminosa, sonora e mecânica, por
exemplo).

378

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08CI06BA) Avaliar, com criticidade, os
produtos tecnológicos, lançados no
mercado,
que utilizam energia
(EF08CI07BA) Compreender os dados que
constam no selo Procel e levá-los em
consideração no momento da compra de
um equipamento.
(EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de
geração de energia elétrica (termelétricas,
hidrelétricas, eólicas etc.), suas
semelhanças e diferenças, seus impactos
socioambientais, e como essa energia
chega e é usada em sua cidade,
comunidade, casa ou escola.
(EF08CI08BA) Destacar a importância da
ciência e da tecnologia para o atendimento
das necessidades humanas e de toda a
natureza
(EF08CI07) Comparar diferentes processos
Mecanismos reprodutivos em plantas e animais em
reprodutivos e sua relação aos mecanismos adaptativos e
1,2,3,4,5,6,7,8 relação com a evolutivos.
adaptação e evolução (EF08CI09BA) Descrever a importância da
dos seres vivos. reprodução sexuada para a variabilidade
dos descendentes.
(EF08CI08) Analisar e explicar as
Sexualidade: a ação dos
transformações que ocorrem na puberdade
1,2,3,4,5,6,7,8 hormônios sexuais no
considerando a atuação dos hormônios
corpo e nas emoções.
sexuais e do sistema nervoso.
(EF08CI09) Comparar o modo de ação e a
eficácia dos diversos métodos
contraceptivos e justificar a necessidade de
compartilhar a responsabilidade na escolha
e na utilização do método mais adequado à
Vida e
prevenção da gravidez precoce e
Evolução
indesejada e de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST).
Métodos contraceptivos
(EF08CI10) Identificar os principais
1,2,3,4,5,6,7,8 e infecções sexualmente
sintomas, modos de transmissão e
transmissíveis (IST)
tratamento de algumas IST (com ênfase na
AIDS), e discutir estratégias e métodos de
prevenção.
(EF08CI10BA) Relatar sobre formas de
autocuidado com a saúde a fim de evitar a
exposição a situações de risco, de
contaminação pelo vírus HIV e outros
agentes causadores de IST.
Múltiplas dimensões da (EF08CI11) Selecionar argumentos que
sexualidade humana evidenciem as múltiplas dimensões da
2,3,4,5
(biológica, psicológica, sexualidade humana (biológica,
cultural, ética) sociocultural, afetiva e ética).
379

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Sistema Imunitário
(EF08CI11BA) Justificar como as barreiras
Humano: Imunidade
químicas, físicas e biológicas do nosso
2 inata (barreiras físicas,
corpo fazem a defesa contra agentes
químicas e biológicas) e
invasores.
imunidade específica.
(EF08CI12) Justificar, por meio da
construção de modelos e da observação da
Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua
e dos eclipses, com base nas posições
relativas entre Sol, Terra e Lua.
(EF08CI13) Representar os movimentos de
Sistema Solar, Terra e rotação e translação da Terra e analisar o
Lua e respectivos papel da inclinação do eixo de rotação da
1,2,3,5,6
movimentos. Terra em relação à sua órbita na ocorrência
das estações do ano, com a utilização de
modelos tridimensionais.
(EF08CI12BA) Elaborar hipóteses sobre
acontecimentos, situações ou fenômenos
ocasionados pelo movimento da Terra.
(EF08CI13BA) Relatar como ocorrem os
eclipses.
Terra e (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
Universo padrões de circulação atmosférica e
oceânica e ao aquecimento desigual
causado pela forma e pelos movimentos da
Terra.
(EF08CI15) Identificar as principais
variáveis envolvidas na previsão do tempo
e simular situações nas quais elas possam
Clima e sua relação com
ser medidas.
1,2,3,5,6 a movimentação das
(EF08CI16) Discutir iniciativas que
massas de ar.
contribuam para restabelecer o equilíbrio
ambiental a partir da identificação de
alterações climáticas regionais e globais
provocadas pela intervenção humana.
(EF08CI14BA) Justificar porque os polos
terrestres são mais frios do que as regiões
equatoriais, com base em ilustrações e
modelos explicativos.
9º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF09CI01) Investigar as mudanças de
estado físico da matéria e explicar essas
Aspectos
transformações com base no modelo de
quantitativos das
Matéria e constituição submicroscópica.
2,3 transformações
Energia (EF09CI02) Comparar quantidades de
químicas
reagentes e produtos envolvidos em
transformações químicas, estabelecendo a
proporção entre as suas massas.

380

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09CI03) Identificar modelos que
descrevem a estrutura da matéria
Estrutura da matéria
2,3 (constituição do átomo e composição de
moléculas simples) e reconhecer sua
evolução histórica.
(EF09CI04) Planejar e executar
experimentos que evidenciem que todas as
cores de luz podem ser formadas pela
composição das três cores primárias da luz
e que a cor de um objeto está relacionada
também à cor da luz que o ilumina.
(EF09CI05) Investigar os principais
mecanismos envolvidos na transmissão e
recepção de imagem e som que
revolucionaram os sistemas de
comunicação humana.
Radiações e suas (EF09CI06) Classificar as radiações
2,3,4,5
aplicações na saúde eletromagnéticas por suas frequências,
fontes e aplicações, discutindo e avaliando
as implicações de seu uso em controle
remoto, telefone celular, raio X, forno de
micro-ondas, fotocélulas etc.
(EF09CI07) Discutir o papel do avanço
tecnológico na aplicação das radiações na
medicina diagnóstica (raio X, ultrassom,
ressonância nuclear magnética) e no
tratamento de doenças (radioterapia,
cirurgia ótica a laser, infravermelho,
ultravioleta etc.).
(EF09CI08) Associar os gametas à
transmissão das características
hereditárias, estabelecendo relações entre
ancestrais e descendentes.
(EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel
Hereditariedade
2,3,4 sobre hereditariedade (fatores hereditários,
segregação, gametas, fecundação),
considerando-as para resolver problemas
envolvendo a transmissão de
características hereditárias em diferentes
Vida e
organismos.
Evolução
(EF09CI01BA) Discutir as explicações
formuladas em diferentes épocas, culturas
e civilizações sobre a origem da vida no
planeta Terra.
(EF09CI02BA) Produzir evidências para
1,2,3,4,5 Origem da vida
questionar a validade da geração
espontânea por meio da história da ciência.
(EF09CI03BA) Identificar e se posicionar
sobre as diferentes teorias que explicam a
origem da vida na Terra.

381

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09CI10) Comparar as ideias
evolucionistas de Lamarck e Darwin
apresentadas em textos científicos e
históricos, identificando semelhanças e
diferenças entre essas ideias e sua
Ideias evolucionistas importância para explicar a diversidade
1,2,3,5
biológica.
(EF09CI11) Discutir a evolução e a
diversidade das espécies com base na
atuação da seleção natural sobre as
variantes de uma mesma espécie,
resultantes de processo reprodutivo.
(EF09CI12) Justificar a importância das
unidades de conservação para a
preservação da biodiversidade e do
patrimônio nacional, considerando os
diferentes tipos de unidades (parques,
reservas e florestas nacionais), as
Preservação da populações humanas e as atividades a eles
2,4,5,8
biodiversidade relacionadas.
(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e
coletivas para a solução de problemas
ambientais da cidade ou da comunidade,
com base na análise de ações de consumo
consciente e de sustentabilidade bem-
sucedidas.
(EF09CI14) Descrever a composição e a
Composição,
estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas
estrutura e
rochosos, planetas gigantes gasosos e
localização do
1,2,3,4,6 corpos menores), assim como a localização
Sistema Solar no
do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via
Universo.
Láctea) e dela no Universo (apenas uma
galáxia dentre bilhões).
(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras
do céu e explicações sobre a origem da
Astronomia e cultura Terra, do Sol ou do Sistema Solar às
1,2,3,4,6
necessidades de distintas culturas
Terra e
(agricultura, caça, mito, orientação espacial
Universo
e temporal etc.).
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a
viabilidade da sobrevivência humana fora
da Terra, com base nas condições
necessárias à vida, nas características dos
Vida humana fora da
planetas e nas distâncias e nos tempos
1,2,3,4,6 Terra
envolvidos em viagens interplanetárias e
interestelares.
(EF09CI04BA) Coletar e interpretar
informações sobre as implicações da
exploração do espaço pelo ser humano.

382

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol
Ordem de grandeza
(nascimento, vida e morte) baseado no
astronômica e
2,3,4,6 conhecimento das etapas de evolução de
evolução estelar.
estrelas de diferentes dimensões e os
efeitos desse processo no nosso planeta.

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS

Introdução

As Ciências Humanas no ensino fundamental se constituem como


espaço de debate, reflexão e de compreensão e valorização da diversidade
humana, em suas múltiplas identidades. Sua contribuição para o percurso
formativo dos estudantes se dá através do relacionamento e articulação das
vivências cotidianas aos aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos;
promovendo o desenvolvimento das identidades; contribuindo para a valorização
da diversidade humana e cultural.
Atualmente, nos anos iniciais e finais do ensino fundamental, as ciências
humanas se apresentam por meio de dois componentes curriculares Geografia
e História. Desse modo, a área desenvolve competências e habilidades capazes
de lidar com a sociedade, no que tange à consciência cívica, social (espaço
social) e ambiental, trabalhando na dimensão da construção humana através das
gerações; na compreensão do espaço ocupado pelo homem, suas construções
e intervenções; na constituição das individualidades (consciência de si) e
respeito às coletividades (consciência do outro).
Assim, interessa a compreensão da vida humana enquanto processo e
resultado da cultura, ou seja, da atuação dos seres humanos no meio. Desse
modo, a diversidade humana é desvelada, em um tempo não linear ou mesmo
contínuo, assumindo diversas formas de temporalidade, revelando as
contradições do viver e fazer humano, num espectro de continuidades e rupturas.
Conforme a BNCC, as Ciências Humanas devem estimular uma
formação ética, elemento fundamental para a formação das novas gerações,
auxiliando os estudantes a construir um sentido de responsabilidade para
valorizar: os direitos humanos; o respeito ao ambiente e à própria coletividade;
o fortalecimento de valores sociais, tais como a solidariedade, a participação
voltada para o bem comum; e, sobretudo, a preocupação com as desigualdades
sociais. Cabe, ainda, às Ciências Humanas cultivar a formação de estudantes
intelectualmente autônomos, com capacidade de articular categorias de
pensamento histórico e geográfico em face de seu próprio tempo, percebendo

383

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


as experiências humanas e refletindo sobre elas, com base na diversidade de
pontos de vista.
Em geral, as Ciências Humanas, Geografia, História, Filosofia e
Sociologia partem de conceitos amplos e globais sem estabelecer uma rigidez
entre seu objeto e entre os objetos das ciências afins, o que possibilita e
interseção entre os saberes para a interdisciplinaridade. É assim que podemos
compreender, por exemplo, a relação entre o espaço e tempo histórico.
O espaço geográfico, enquanto totalidade provém da produção e
evolução da sociedade, pois, a sua configuração se materializa a partir do
acúmulo de ações localizadas em diferentes tempos históricos. Por certo, o
espaço emana da relação estabelecida entre homem e natureza; entretanto, o
processo de configuração espacial se dá, principalmente, conforme a
intencionalidade humana.
Para se compreender a relação entre espaço e tempo, faz-se necessário
entendimento do seu contexto articulado entre as partes e a totalidade existente,
dentro de um contexto articulado, lembrando que o tempo se materializa no
espaço e o mesmo transforma-se em produto social.
Os fenômenos espaciais não podem abstrair a apreensão das formas
nos quais o tempo histórico foi transcorrido, vindo a possibilitar outras
configurações atuais impregnadas em sua forma. Assim, faz-se imperativo
resistir das imprecisões que afetam a real importância dos conceitos na
apreciação da construção dos lugares pelas sociedades.
Desta forma, deve-se incorporar que a concepção de espaço se ampara
na compreensão da história. Sem compreender a dimensão temporal, torna-se
difícil conceber o espaço em sua totalidade. Ao romper com o dogma de que a
Geografia estuda exclusivamente, o tempo no presente e a História o tempo no
passado, entende-se que a Geografia precisa dos processos históricos, uma vez
que são subsídios para a compreensão da geografia do presente. Por isso é de
suma importância o estudo e interações entre os saberes como contribuição no
campo da Geografia Histórica no âmbito escolar.
A Base Nacional Comum Curricular destaca sete competências
específicas na área de ciências humanas, não isoladas das dez competências
gerais, a serem desenvolvidas pelos estudantes, durante os nove anos do ensino
fundamental, através dos componentes curriculares de Geografia e História,
conforme a seguir:
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma
a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e
promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-
informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas,
considerando suas variações de significado no tempo e no espaço,

384

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de
problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na
natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo
ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social
e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida
social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação
a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos
instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo
o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e
em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no
mesmo espaço e em espaços variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências
Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem
e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental,
exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o
bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes
gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação
no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a
localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão,
ritmo e conexão.

GEOGRAFIA

Introdução
A intensificação dos processos globalizantes e a expansão do meio
técnico científico informacional vêm provocando mudanças na sociedade e
trazendo repercussões significativas para a educação no que diz respeito às
suas práticas formativas. Essa tendência vem estimulando a revisão de
concepções acerca do currículo, abordagens epistemológicas, didáticas,

385

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


metodológicas e políticas. Por sua vez, o ensino da Geografia em sala de aula
passou a ganhar novos desafios e tantas outras possibilidades de rearranjos
pedagógicos nunca vistos antes em nossa história. Todo o dinamismo mediado
pelas tecnologias da informação e comunicação – TICs vem promovendo novas
formas de investigar, aprender, pensar e produzir o espaço de vivência cotidiana,
demandando de professores e estudantes uma revisão dos métodos de
produção, articulação e aplicação do conhecimento.
Com a expansão da circulação de pessoas, produtos, mercadorias e
capital, a dinâmica social tem se tornado cada mais complexa e instável,
reafirmando a posição de destaque que os saberes geográficos vêm assumindo
nos processos formativos escolares. Ao passo que se reforça a necessidade de
promover a formação de sujeitos críticos, autônomos e conscientes, ganham
força as propostas que apontam para ações integradoras por meio de estudos
inter e transdisciplinares capazes de construir competências e desenvolver a
capacidade humana, de mobilizar habilidades, conteúdos conceituais, atitudinais
e procedimentais com vistas a uma formação integral.
Esse cenário promove novas oportunidades de interação entre as
pessoas de diversas áreas do globo, proporcionando novas trocas diariamente.
Através dessas realidades, mediadas por redes digitais, os estudos sobre
paisagem, região, território e lugar ganham novas proporções, em que conhecer
lugares e pessoas se torna condição cada vez mais elementar para atender
necessidades de sobrevivência e desenvolvimento da humanidade. As noções
de espaço e tempo, além das relações do ser humano com os meios sociais e
naturais, vêm sendo alteradas intensamente. A apreensão do conhecimento e a
compreensão crítica do mundo, com o reconhecimento de suas semelhanças,
diferenças, diversidades e desigualdades, tornam-se, cada dia mais, condições
indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Apesar disso, ainda persistem disparidades em relação ao acesso a bens
básicos como saúde, segurança e educação. De igual modo intensifica-se a
degradação da natureza nas micro e macro escalas, além da crescente violência
e ainda permanência das desigualdades raciais e de gênero. Essa realidade
convida a escola a encarar essas metamorfoses impostas pela exclusão técnica
e novas configurações das relações sociais
Toda essa conjuntura vem sendo marcada por grandes instabilidades,
flexibilidades e metamorfoses aceleradas no cenário político, econômico e social
em diferentes escalas, com consideráveis repercussões tanto na Bahia como em
todo o território brasileiro, exigindo o desenvolvimento de novos saberes
específicos para lidar com esse espaço cada vez mais dinâmico, interativo e
competitivo.
O respeito à dimensão humana dos indivíduos, considerando suas
subjetividades, capacidades criativas, seu direito de ser, viver, sentir, expressar-
se, respeitar a si e ao outro, passa pela apreensão, não apenas cognitiva,
386

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


conceitual e descritiva do espaço habitado, que está em permanente produção,
mas uma intervenção concreta que começa com práticas pedagógicas ativas e
contextualizadas, partindo de demandas locais. O cotidiano dos estudantes
exige novas competências e habilidades que extrapolem a descrição e
memorização e atinjam as necessidades que se colocam para o mundo do
trabalho, vida em comunidade, interação com o meio ambiente, consigo e com
os outros.
O domínio do conhecimento geográfico em uma sociedade democrática,
é de fundamental importância para o exercício cidadão e formação das novas
gerações. Nas palavras de Cavalcanti, (2012, p.136) “a geografia consiste,
portanto, num conjunto de conhecimentos constituídos da perspectiva da
espacialidade. Seu papel é explicitar a espacialidade das práticas sociais”. Para
Filizola (2009, p. 24) o objetivo da Geografia Escolar é preparar um agir cotidiano
ao circular com segurança no espaço, seja o de sua comunidade, seja o de
outrem, demonstrando interesse pelo meio ambiente, tomando decisões,
avaliando ações, assumindo posturas e atitudes críticas diante das mídias.
Diante dessa visão, torna-se vital o aprofundamento do estudo do espaço
capaz de promover a conexão entre diferentes temas em variadas escalas,
envolvendo os princípios geográficos de analogia, conexão, diferenciação,
distribuição, extensão, localização e ordem. A formação do raciocínio
socioespacial dos estudantes perpassa pela compreensão dos
conceitos/categorias estruturantes da ciência geográfica como: paisagem, lugar,
território e região. Esses conceitos são estratégicos para promover o
desenvolvimento do pensamento espacial através do confronto entre a ciência e
as experiências concretas do cotidiano. A ciência geográfica demanda,
constantemente, de observação e análise do mundo construído cotidianamente,
considerando a relação entre a sociedade e a natureza.
O estudo da distribuição dos elementos naturais e humanos, fenômenos
de caráter geográfico, a mobilização de conteúdos para superação de problemas
a partir da curiosidade, uso de métodos de investigação e elaboração de
propostas coletivas mostram-se como atributos fundantes de conscientização
humana, pois dão suporte ao exercício de reflexão e mudança de postura com
intervenções concretas em consonância com a vida prática e real.
A contribuição da Geografia para o fortalecimento do currículo da
Educação Fundamental requer um resgate à trajetória do pensamento
geográfico, já que o ensino deste componente curricular foi fortemente
influenciado pelas transformações na própria ciência em diferentes contextos
históricos. As contribuições do positivismo francês até as abordagens pós-
modernas são fundamentais para a efetivação das políticas formativas
significativas e atualizadas.
Nas últimas décadas, a Geografia passa a desenvolver novos trabalhos,
privilegiando as dimensões subjetivas da relação humana com a natureza,
387

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


considerando a cultura e o modo como se diversificam as percepções do espaço
geográfico e as formas de sua configuração. O espaço passa a ser visto através
de sua singularidade, envolvendo outros saberes principalmente a Sociologia, a
Antropologia, a Ciência Política e Biológica, aprofundando sua identidade
interdisciplinar. O espaço então passa a ser, também, compreendido a partir das
vivências dos grupos humanos e sua correlação entre valores, símbolos e
comportamentos, como discutem Yi-Fu Tuan e Armand Frémont.
Essa tendência vem resgatar um conjunto de ideias, sentimentos e
percepções que as pessoas têm do seu lugar de experiências, que tem o
potencial de reforçar o compromisso cidadão das pessoas com as futuras
gerações, como é expresso nesta proposta formativa em todo o Ensino
Fundamental, desde o primeiro até o nono ano. Essa aproximação entre a visão
crítica e a percepção humanista agregando as vivências e o afeto entre os
grupos sociais com o “espaço vivido”, considerando as dimensões simbólicas e
estéticas dos indivíduos em seu cotidiano abrem um leque de práticas capazes
de serem contextualizadas nos diferentes territórios de identidade do nosso
estado.
Ao entender o sentimento em relação aos lugares, torna-se inevitável
questionar a descaracterização dos lugares em decorrência do processo
evolutivo da globalização. Tal processo considera a uniformização dos modos
de vida e, consequentemente, dos espaços, como, por exemplo, a deterioração
do meio ambiente em função do processo produtivo capitalista, como vem
discutindo David Harvey, Edward Soja e dos brasileiros, Bertha K. Becker, Milton
Santos, Maria Adélia de Souza e Rogério Haesbaert.
Assim, é reafirmada a necessidade de privilegiar competências
comprometidas com a transformação social a partir da ótica dos sujeitos da
escola. Partindo disso, a leitura de mundo e a promoção da autonomia do
estudante no processo de aprendizagem geográfica passa a ser traduzido como
uma condição essencial para o exercício da vida escolar. A promoção da
autonomia está vinculada à ideia de participação social e política no que tange à
descentralização e desconcentração do poder. Essa discussão está diretamente
relacionada à própria construção da democracia, como o princípio inspirador do
pensamento político-pedagógico e da gestão democrática da escola.
Esta proposta curricular reforça a perspectiva de que todo ato educativo
é político, pelo fato de ser manifestação de poder, referente aos saberes que
todos possuem, interação e mediação destes com todos os integrantes do ato
educativo. As abordagens críticas são reforçadas, nesta proposta curricular, ao
ser incluído o desenvolvimento da autonomia com uma das competências
centrais a serem desenvolvidas na proposta educativa da escola. Assim, o
fortalecimento da “autonomia” nas práticas educativas ganha maior expressão,
ao longo da progressão das habilidades elencadas, a cada ano, dentro de cada
eixo temático.
388

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A promoção da autonomia entre os sujeitos da educação requer o
desenvolvimento de metodologias ativas de emancipação, sobretudo num
contexto de instabilidade econômica e social, marcada pela diminuição do
emprego e aumento da violência como se vive neste século. Não apenas pensar
o mundo criticamente, mas também o desenvolvimento de atitudes responsáveis
e éticas diante da realidade concreta são princípios fundantes para o ensino da
Geografia. As práticas pedagógicas neste componente são, por essência,
interativas, dialogadas, privilegiando o questionamento, investigação e
intervenção, partindo do local tendo em vista o global. O ensino que se pretenda
relevante deve ser comprometido com a superação de problemas sociais,
econômicas, políticas, culturais e ambientais.
Os múltiplos conhecimentos devem estar articulados com outros de
caráter popular, filosófico e religioso a partir do contexto de vivência dos
estudantes. Há de se considerar nesse sentido, as especificidades, dialogando
com o cotidiano dos alunos, das demais esferas da sua vida, como o lazer, as
manifestações culturais, inclusive do trabalho. É necessário esforço pedagógico
e sistemático para considerar o mundo, a história, a cultura das populações
quilombolas, indígenas, ribeirinhas, rurais, e as múltiplas modalidades de
educação como a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial,
Educação Prisional, dentre tantos outros presentes no estado da Bahia.
Essa intenção formativa requer revisão da formação dos educadores, no
seu perfil pedagógico e seu posicionamento ideológico, além da visão do seu
papel como profissional. Somado a isso, reafirma-se o compromisso com a
qualidade no que diz respeito ao dever do Estado de garantir a modernização da
estrutura física das escolas, adequações das instalações e atualização dos
materiais que dão suporte às aulas práticas e lúdicas, como mapas, globos e
bússolas, orçamento para subsidiar trabalho de campo e aquisição de
equipamentos tecnológicos que deem suporte aos estudos e produções
cartográficas através de mídias digitais e internet.
O ensino de Geografia, pautado no estudo da interação entre sociedade
e natureza nas diferentes escalas espaciais, proporciona um campo
indispensável para se pensar os caminhos para a organização, incorporação e
sistematização do saber que os alunos constroem nas diversas esferas de suas
vidas a partir do local onde vivem. O estudo do meio favorece, de maneira
especial, considerações sobre o que eles trazem das experiências do espaço e
do tempo. Para a garantia dos direitos de aprendizagens geográficas, exige-se
esforço no sentido de promover atividades extraclasses, com exploração de
múltiplos espaços e tempos dentro e fora da escola, com práticas inter e
transdisciplinares.
Considerar essas múltiplas realidades é um caminho importante para
pensar atividades educativas que respeitem o direito ao lazer e diversão, muitas

389

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


vezes, reduzidos a níveis muito baixos nas práticas cotidianas no que diz
respeito ao ensino da Geografia.
Há de se considerar, também, a valorização da experiência. Ela se
configura através de tudo que passa entre os sujeitos, de tudo que acontece,
que produz sentido para eles, inclusive o que os fazem viver; ela é o que lhes
implica, portanto lhes afeta, toca, mobiliza e também impõe, nos compromete.
Assim, a experiência pedagógica nunca os deixa indiferentes. Adotar a noção de
experiência para se promover práticas educativas transformadoras, reside no
interesse em valorizar os saberes multirreferenciados, para além do que as
tradições científicas e acadêmicas hierarquizadas instituem como válidas. Essa
noção permite entender com maior profundidade como os indivíduos interpretam
e organizam suas realidades e acabam construindo seus ordenamentos, ou seja,
“propõem e constroem investigações implicadas, engajadas” (MACEDO 2015, p.
20), como se pensa numa aprendizagem espacial contemporânea.
As competências de Geografia a serem desenvolvidas no Ensino
Fundamental estão voltadas para produção de um sujeito reflexivo e
comprometido com a intervenção social através da tomada de consciência de si,
do outro, de sua localidade e do mundo. A partir da BNCC, são propostas sete
competências básicas que transitam pelo direito de aprendizagem construído a
partir da prática reflexiva, argumentação, aplicação e produção de
conhecimentos sobre a vida coletiva, interação entre a sociedade e natureza,
com uso dos conhecimentos cartográficos e técnicas de investigação geográfica.
2. Exercitar a curiosidade 3. Identificar, 1. Utilizar os (EF03GE10)
Competências Gerais

Habilidades
Competências Específicas
Competências da Área

intelectual e recorrer à comparar e explicar a conhecimentos Identificar os


abordagem própria das intervenção do ser geográficos para cuidados
ciências, incluindo a humano na natureza e entender a interação necessários para
investigação, a reflexão, na sociedade, sociedade/ natureza utilização da água
a análise crítica, a exercitando a e exercitar o na agricultura e na
imaginação e a curiosidade e interesse e o espírito geração de energia
criatividade, para propondo ideias e de investigação e de de modo a garantir
investigar causas, ações que contribuam resolução de a manutenção do
elaborar e testar para a transformação problemas. provimento de
hipóteses, formular e espacial, social e água potável.
resolver problemas e cultural, de modo a
criar soluções (inclusive participar
tecnológicas) com base efetivamente das
nos conhecimentos das dinâmicas da vida
diferentes áreas. social.

Nessa lógica, a avaliação do avanço e desenvolvimento da aprendizagem


e ensino devem ultrapassar as provas e testes escritos, historicamente
privilegiados quando se valorizava os conhecimentos teóricos e de forma
pontual. Já vem sendo amplamente discutida a importância de se diversificar os
instrumentos, os tempos e espaços de aferição, servindo de referência não
apenas ao estudante, mas também ao professor. Ela faz parte do processo
formativo, daí a importância em ser desenvolvida processualmente, de forma
390

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


dialogada, traçando estratégias para superação de dificuldades. As estratégias
avaliativas devem estar em sintonia com a prática desenvolvida e com os
objetivos selecionados para cada ação pedagógica, a fim de se prezar pela
coerência e servir como estímulo ao avanço da investigação, trocas no processo
formativo e evitar exclusões e classificações desnecessárias. É importante que
não se perca de vista as finalidades da educação em geral e as especificidades
da Geografia como uma ciência humana nem do objetivo do Ensino
Fundamental.
O currículo de Geografia no Ensino Fundamental traz, na primeira coluna,
as cinco unidades temáticas: o sujeito e seu lugar no mundo, Conexões e
escalas, Mundo do trabalho, Formas de representação e pensamento espacial,
Natureza, ambientes e qualidade de vida. Na segunda coluna, são apresentadas
as competências que tem maior articulação com os objetos de conhecimento e
habilidades apresentadas na sequência.

Organizador curricular
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/ natureza e
exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo
a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres
humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio
geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os
princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e
iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de
problemas que envolvam informações geográficas.
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para
compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e
informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para
questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e
pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à
biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base
em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

ANOS INICIAIS
391

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF01GE01) Descrever características observadas


de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e
3-6 O modo de vida identificar semelhanças e diferenças entre esses
das crianças em lugares.
diferentes
lugares (EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças
1–2-3 entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e
lugares partindo de suas experiências concretas
O sujeito e
seu lugar no (EF01GE03) Identificar e relatar semelhanças e
mundo diferenças de usos do espaço público (praças,
2-3 parques) para o lazer e diferentes manifestações
Situações de considerando seus espaços e vivência como
convívio em integrante desse sistema.
diferentes
lugares
(EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente,
6-7 regras de convívio em diferentes espaços (sala de
aula, escola etc.).

(EF01GE05) Observar e descrever ritmos naturais


Conexões e Ciclos naturais e (dia e noite, variação de temperatura e umidade
5–6-3
escalas a vida cotidiana etc.) em diferentes escalas espaciais e temporais,
comparando a sua realidade com outras.

(EF01GE06) Descrever e comparar diferentes tipos


de moradia ou objetos de uso cotidiano
5–6–3
(brinquedos, roupas, mobiliários), considerando
técnicas e materiais utilizados em sua produção.
Diferentes tipos
Mundo do (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho
de trabalho
trabalho
6–2–3 existentes no relacionadas com o dia a dia da sua comunidade
seu dia a dia pensando nos benefícios e malefícios delas

(EF01GEBA01) Levantar ,coletivamente,


6-7 alternativas para lidar com as necessidades e
desafios imposto pelo mundo do trabalho

(EF01GE08) Criar mapas mentais e desenhos com


4–2-3 base em seus itinerários, contos literários, histórias
Formas de inventadas e brincadeiras.
representação
Pontos de
e pensamento (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para
referência
espacial localizar elementos do local de vivência,
4–5-2 considerando referenciais espaciais (frente e atrás,
esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e
fora) e tendo o corpo como referência.

392

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF01GE10) Descrever características de seus
6–1–2 lugares de vivência relacionadas aos ritmos da
natureza (chuva, vento, calor etc.).

(EF01GE11) Associar mudanças de vestuário e


Natureza, Condições de hábitos alimentares em sua comunidade, ao longo
ambientes e 1–2-5 vida nos lugares do ano, decorrentes da variação de temperatura e
qualidade de de vivência umidade no ambiente.
vida
(EF01GEBA02) Levantar, coletivamente,
necessidades ambientais e problemas na relação
1–4–6-7
do homem com a natureza pensando alternativas
para elas.

2º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECIFICAS CONHECIMENTO

6–5–4–3-2 (EF02GE01) Descrever a história das migrações no


bairro ou comunidade em que vive.
(EF02GE02) Comparar costumes e tradições de
diferentes populações inseridas no bairro ou
3–7–1-2 Convivência e comunidade em que vive, reconhecendo a
interações entre importância do respeito às diferenças.
pessoas na
sujeito e seu (EF02GEBA) Descrever costumes e tradições de
6-7 comunidade
lugar no outros povos e cultura.
mundo
(EF02GE03) Listar atitudes de respeito e
4 – 5 -7
valorização das diferentes culturas.
Riscos e
(EF02GE03) Comparar diferentes meios de
cuidados nos
transporte e de comunicação, indicando o seu papel
3–1–2–6-7 meios de
na conexão entre lugares, e discutir os riscos para a
transporte e de
vida e para o ambiente e seu uso responsável.
comunicação
Experiências da
(EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças
comunidade no
2–1 nos hábitos, nas relações com a natureza e no
tempo e no
Conexões e modo de viver de pessoas em diferentes lugares.
espaço
escalas
(EF02GE05) Analisar mudanças e permanências,
Mudanças e
4–2–3-5 comparando imagens de um mesmo lugar em
permanências
diferentes tempos.
(EF02GE06) Relacionar o dia e a noite a diferentes
Tipos de trabalho tipos de atividades sociais (horário escolar,
Mundo do 3–1–2 em lugares e comercial)
trabalho tempos
diferentes (EF02GE07) Descrever as atividades extrativas
6–1–2–3 (minerais, agropecuárias e industriais) de diferentes
lugares, identificando os impactos ambientais.
sono etc.).

393

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF02GE08) Identificar e elaborar diferentes formas
de representação (desenhos, mapas mentais,
5–3–4
maquetes) para representar componentes da
paisagem dos lugares de vivência.
Formas de Localização,
(EF02GE09) Identificar objetos e lugares de
representação orientação e
1–2–3–4–5 vivência (escola e moradia) em imagens aéreas e
e pensamento representação
mapas (visão vertical) e fotografias (visão oblíqua).
espacial espacial
(EF02GE10) Aplicar princípios de localização e
posição de objetos (referenciais espaciais, como
1–2–3–4–5 frente e atrás, esquerda e direita, em cima e
embaixo, dentro e fora) por meio de representações
espaciais da sala de aula e da escola.
Os usos dos (EF02GE11) Reconhecer a importância do solo e
Natureza,
recursos da água para a vida, identificando seus diferentes
ambientes e
1–2–3–6 naturais: solo e usos (plantação e extração de materiais, entre
qualidade de
água no campo e outras possibilidades) e os impactos desses usos
vida
na cidade no seu cotidiano, no da cidade e do campo.

3º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO

(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos


2–3–5-6 culturais dos grupos sociais de seus lugares
de vivência, seja na cidade, seja no campo.
A cidade e o campo: (EF03GE02) Identificar, em seus lugares de
O sujeito e 2–3–5 aproximações e vivência, marcas de contribuição cultural e
seu lugar no diferenças econômica de grupos de diferentes origens.
mundo (EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos
1–2–3–4–5 de vida de povos e comunidades tradicionais
em distintos lugares.
(EF03GEBA03) Pensar em atitudes que
6-7 garantam a liberdade de expressão e respeito
à diversidade nos espaços de vivência
(EF03GE04) Explicar como os processos
Paisagens naturais e naturais e históricos atuam na produção e na
Conexões e
6–1–2–3 antrópicas em mudança das paisagens naturais e antrópicas
escalas
transformação nos seus lugares de vivência, comparando-os
a outros lugares.
(EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e
Mundo do Matéria-prima e outros produtos cultivados e extraídos da
5–3–1-2
trabalho indústria natureza, comparando as atividades de
trabalho em diferentes lugares.

394

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens
Formas de 5–4 bidimensionais e tridimensionais em
representação diferentes tipos de representação cartográfica.
Representações
e pensamento (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas
cartográficas
espacial com símbolos de diversos tipos de
2–3–4-5
representações em diferentes escalas
cartográficas.
(EF03GE08) Relacionar a produção de lixo
doméstico ou da escola aos problemas
causados pelo consumo excessivo e construir
Produção, circulação e propostas para o consumo consciente,
3–1–2–5-
consumo considerando a ampliação de hábitos de
redução, reuso e reciclagem/ descarte de
materiais consumidos em casa, na escola
e/ou no entorno.
(EF03GE09) Investigar os usos dos recursos
naturais, com destaque para os usos da água
Natureza,
em atividades cotidianas (alimentação,
ambientes e 1–2–3–5-7
higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os
qualidade de
problemas ambientais provocados por esses
vida
usos.
(EF03GE10) Identificar os cuidados
Impactos das necessários para utilização da água na
1–2–4–5–6 atividades humanas agricultura e na geração de energia de modo
–7
a garantir a manutenção do provimento de
água potável.
(EF03GE11) Comparar impactos das
1–2–3–4–5 atividades econômicas urbanas e rurais sobre
- 6-7 o ambiente físico natural, assim como os
riscos provenientes do uso de ferramentas e
máquinas.

4º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de
vivência e em suas histórias familiares e/ou
da comunidade, elementos de distintas
culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras
5–1–2–3–4 Território e diversidade
regiões do país, latino-americanas, europeias,
O sujeito e –7 cultural
asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em
seu lugar no cada uma delas e sua contribuição para a
mundo formação da cultura local, regional e
brasileira.
(EF04GE02) Descrever processos migratórios
Processos migratórios
6–2–3–5 e suas contribuições para a formação da
no Brasil
sociedade brasileira.

395

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos
órgãos do poder público municipal e canais de
3–5–7 participação social na gestão do Município,
Instâncias do poder
incluindo a Câmara de Vereadores e
público e canais de
Conselhos Municipais.
participação social
(EF04GEBA01) Descrever os meios de
5-7 acesso aos principais órgãos públicos que
atuam em sua comunidade
(EF04GE04) Reconhecer especificidades e
Conexões e
Relação campo e analisar a interdependência do campo e da
escalas 1–2–3–4–5
cidade cidade, considerando fluxos econômicos, de
informações, de ideias e de pessoas.
(EF04GE05) Distinguir unidades político-
Unidades político- administrativas oficiais nacionais (Distrito,
3–5–2–4 administrativas do Município, Unidade da Federação e grande
Brasil região), suas fronteiras e sua hierarquia,
localizando seus lugares de vivência.
(EF04GE06) Identificar e descrever territórios
étnico-culturais existentes no Brasil e na
Territórios étnico- Bahia, tais como terras indígenas e de
5–4–6–2–7
culturais comunidades remanescentes de quilombos,
reconhecendo a legitimidade da demarcação
desses territórios.
Trabalho no campo e (EF04GE07) Comparar as características do
5–6–3–1–2
na cidade trabalho no campo e na cidade.
Mundo do
trabalho (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
Produção, circulação e de produção (transformação de matérias-
6–3–1–5
consumo primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.
(EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na
Formas de 4–6–2–3–5 Sistema de orientação localização de componentes físicos e
representação humanos nas paisagens rurais e urbanas.
e pensamento (EF04GE10) Comparar tipos variados de
espacial Elementos
mapas, identificando suas características,
4–5–3 constitutivos dos
elaboradores, finalidades, diferenças e
mapas
semelhanças.
(EF04GE11) Identificar as características das
paisagens naturais e antrópicas (relevo,
1–2-5-7 cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em
Natureza, que vive, bem como a ação humana na
Conservação e
ambientes e conservação ou degradação dessas áreas.
degradação da
qualidade de (EF04GEBA) Levantar as principais
natureza
vida necessidades em relação à qualidade
5–6-7 ambiental onde vivem para pensar atitudes de
defesa do meio ambiente e promoção da vida
saudável

396

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


5º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
populacionais na Unidade da Federação em
6–2–1–3-4 Dinâmica populacional
que vive, estabelecendo relações entre
migrações e condições de infraestrutura.
O sujeito e (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-
seu lugar no 2–3–4–5-7 raciais e étnico-culturais e desigualdades
mundo Diferenças étnico-
sociais entre grupos em diferentes territórios.
raciais e étnico-
culturais e (EF05GEBA01) Discutir as principais
desigualdades sociais manifestações de discriminação racial
5–6-7
buscando, coletivamente, formas de combatê-
las.
(EF05GE03) Identificar as formas e funções
das cidades e analisar as mudanças sociais,
2–3–4–5 econômicas e ambientais provocadas pelo
Conexões e seu crescimento.
Território, redes e
escalas
urbanização (EF05GE04) Reconhecer as características
da cidade e analisar as interações entre a
1–2–3–5
cidade e o campo e entre cidades na rede
urbana.
(EF05GE05) Identificar e comparar as
Trabalho e inovação mudanças dos tipos de trabalho e
2–3–5
tecnológica desenvolvimento tecnológico na agropecuária,
na indústria, no comércio e nos serviços.
Mundo do
(EF05GE06) Identificar e comparar
trabalho
2–3–4-5 transformações dos meios de transporte e de
comunicação.
Trabalho e inovação
tecnológica (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de
energia utilizados na produção industrial,
1–2–3-5
agrícola e extrativa e no cotidiano das
populações.
(EF05GE08) Analisar transformações de
Mapas e imagens de paisagens nas cidades, comparando
Formas de 1–2–3–4-5
satélite sequência de fotografias, fotografias aéreas e
representação imagens de satélite de épocas diferentes.
e pensamento
espacial (EF05GE09) Estabelecer conexões e
Representação das
hierarquias entre diferentes cidades,
2–3–4-5 cidades e do espaço
utilizando mapas temáticos e representações
urbano
gráficas.
Natureza, (EF05GE10) Reconhecer e comparar
ambientes e atributos da qualidade ambiental e algumas
qualidade de 1–2–3–5-7 Qualidade ambiental formas de poluição dos cursos de água e dos
vida oceanos (esgotos, efluentes industriais, marés
negras etc.).

397

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF05GE11) Identificar e descrever
problemas ambientais que ocorrem no
1–2–3–5–6 Diferentes tipos de entorno da escola e da residência (lixões,
-7 poluição indústrias poluentes, destruição do patrimônio
histórico etc.), propondo soluções (inclusive
tecnológicas) para esses problemas.

(EF05GE12) Identificar órgãos do poder


público e canais de participação social
responsáveis por buscar soluções para a
Gestão pública da melhoria da qualidade de vida (em áreas
3–5–6-7
qualidade de vida como meio ambiente, mobilidade, moradia e
direito à cidade) e discutir as propostas
implementadas por esses órgãos que afetam
a comunidade em que vive.

ANOS FINAIS
6º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF06GE01) Comparar modificações das
1–2–3–5 paisagens nos lugares de vivência e os usos
O sujeito e desses lugares em diferentes tempos.
Identidade
seu lugar no
sociocultural (EF06GE02) Analisar modificações de
mundo
1–2–3–5-7 paisagens por diferentes tipos de sociedade,
com destaque para os povos originários.
(EF06GE03) Descrever os movimentos do
planeta e sua relação com a circulação geral
2–3–5–6
da atmosfera, o tempo atmosférico e os
padrões climáticos.
(EF06GE04) Descrever o ciclo da água,
Conexões e Relações entre os comparando o escoamento superficial no
escalas componentes físico- ambiente urbano e rural, reconhecendo os
6–2–4–5 naturais principais componentes da morfologia das
bacias e das redes hidrográficas e a sua
localização no modelado da superfície
terrestre e da cobertura vegetal.

(EF06GE05) Relacionar padrões climáticos,


2–3–4–5
tipos de solo, relevo e formações vegetais.

(EF06GE06) Identificar as características das


Mundo do Transformação das paisagens transformadas pelo trabalho
trabalho 1–2–3–5 paisagens naturais e humano a partir do desenvolvimento da
antrópicas agropecuária e do processo de
industrialização partindo de sua realidade

398

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06GE07) Explicar as mudanças na
Transformação das
interação humana com a natureza a partir do
6–1–2–3–7 paisagens naturais e
surgimento das cidades, considerando a
antrópicas
história dos processos em sua comunidade.

(EF06GE08) Medir distâncias na superfície


2–5 pelas escalas gráficas e numéricas dos
Formas de mapas.
representação Fenômenos naturais e
e pensamento sociais representados (EF06GE09) Elaborar modelos
espacial de diferentes maneiras tridimensionais, blocos-diagramas e perfis
5–4–2 topográficos e de vegetação, visando à
representação de elementos e estruturas da
superfície terrestre.
(EF06GE10) Explicar as diferentes formas de
uso do solo (rotação de terras, terraceamento,
aterros etc.) e de apropriação dos recursos
6–1–2–3–5 hídricos (sistema de irrigação, tratamento e
redes de distribuição), bem como suas
vantagens e desvantagens em diferentes
épocas e lugares.

Biodiversidade e ciclo (EF06GE11) Analisar distintas interações das


hidrológico sociedades com a natureza, com base na
Natureza,
1–4–5–3–2 distribuição dos componentes físico-naturais,
ambientes e
incluindo as transformações da biodiversidade
qualidade de
local e do mundo.
vida
(EF06GE12) Identificar o consumo dos
recursos hídricos e o uso das principais
1–2–3–4–5 bacias hidrográficas no seu município, no
Brasil e no mundo, enfatizando as
transformações nos ambientes urbanos.
(EF06GE13) Analisar consequências,
Atividades humanas e vantagens e desvantagens das práticas
1–2–3–6–7
dinâmica climática humanas na dinâmica climática (ilha de calor
etc.) considerando a realidade local.

7º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECIFICAS CONHECIMENTO

(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos


O sujeito e Ideias e concepções
extraídos dos meios de comunicação, ideias e
seu lugar no 3–5 sobre a formação
estereótipos acerca das paisagens e da
mundo territorial do Brasil
formação territorial da Bahia e do Brasil.

399

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos
Conexões e econômicos e populacionais na formação
Formação territorial do
escalas 1–2–3–4–5 socioeconômica e territorial da Bahia e do
Brasil
Brasil, compreendendo os conflitos e as
tensões históricas e contemporâneas.

(EF07GE03) Selecionar argumentos que


reconheçam as territorialidades dos povos
indígenas originários, das comunidades
remanescentes de quilombos, de povos das
6–7–3–5
florestas, do cerrado e da caatinga, de
ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos
sociais do campo e da cidade, como direitos
legais dessas comunidades.

(EF07GE04) Analisar a distribuição territorial


da população baiana e brasileira,
considerando a diversidade étnico-cultural
Características da
4–5–3–2 (indígena, africana, europeia e asiática),
população brasileira
assim como aspectos de renda, sexo e idade
nas regiões brasileiras e nos Territórios de
Identidade do estado.
(EF07GE05) Analisar fatos e situações
Produção, circulação e representativas das alterações ocorridas entre
5–3–2 consumo de o período mercantilista e o advento do
mercadorias capitalismo e suas repercussões na
Mundo do atualidade.
trabalho
(EF07GE06) Discutir em que medida a
Produção, circulação e produção, a circulação e o consumo de
6–1–2–3–4 consumo de mercadorias provocam impactos ambientais,
mercadorias assim como influem na distribuição de
riquezas, em diferentes lugares.

(EF07GE07) Analisar a influência e o papel


5–2–3–4 das redes de transporte e comunicação na
configuração do território baiano e brasileiro.
Desigualdade social e
o trabalho (EF07GE08) Estabelecer relações entre os
processos de industrialização e inovação
2–3–5 tecnológica com as transformações
socioeconômicas do território baiano e
brasileiro.
(EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas
temáticos e históricos, inclusive utilizando
Formas de
tecnologias digitais, com informações
representação Mapas temáticos do
5–4–3 demográficas e econômicas do Brasil e da
e pensamento Brasil
Bahia (cartogramas), identificando padrões
espacial
espaciais, regionalizações e analogias
espaciais.

400

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de
barras, gráficos de setores e histogramas,
Mapas temáticos do
5–4–2–3 com base em dados socioeconômicos das
Brasil
regiões brasileiras e dos territórios de
identidade da Bahia.
(EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos
componentes físico-naturais no território
nacional e estadual, bem como sua
6–3–4–5
distribuição e biodiversidade (Florestas
Natureza, Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos
ambientes e Sulinos e Matas de Araucária).
Biodiversidade
qualidade de
brasileira (EF07GE12) Comparar unidades de
vida
conservação existentes no Município de
residência e em outras localidades brasileiras,
1–2–3–4–5
com base na organização do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC).

8º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão
da população humana pelo planeta e os
principais fluxos migratórios em diferentes
Distribuição da períodos da história, discutindo os fatores
6–1–2–3–4
população mundial e históricos e condicionantes físico-naturais
deslocamentos associados à distribuição da população
populacionais humana pelos continentes e sua
espacialização no país e no estado.
(EF08GE02) Relacionar fatos e situações
representativas da história das famílias do
1–2–3–5 Município em que se localiza a escola,
O sujeito e
considerando a diversidade e os fluxos
seu lugar no
migratórios da população mundial.
mundo
(EF08GE03) Analisar aspectos
Diversidade e
representativos da dinâmica demográfica,
dinâmica da população
3–4–5 considerando características da população
mundial e local
(perfil etário, crescimento vegetativo e
mobilidade espacial).
(EF08GE/BA01) Identificaras desigualdades
presentes na população a partir dos
1 – 2 – 3- 5 - 7 indicadores demográficos, pensando
alternativas para fortalecer o desenvolvimento
social na Bahia, no Brasil e no mundo.

401

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08GE04) Compreender os fluxos de
migração na América Latina (movimentos
voluntários e forçados, assim como fatores e
1–2–3–4–5
áreas de expulsão e atração) e as principais
políticas migratórias da região traçando
paralelos com a dinâmica nacional e baiana.

(EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado,


nação, território, governo e país para o
entendimento de conflitos e tensões na
2–3–4-5 contemporaneidade, com destaque para as
situações geopolíticas na América e na África
e suas múltiplas regionalizações a partir do
pós-guerra.
(EF08GE06) Analisar a atuação das
organizações mundiais nos processos de
integração cultural e econômica nos contextos
3 – 5 -7
Corporações e americano e africano, reconhecendo, em seus
Conexões e organismos lugares de vivência, marcas desses
escalas internacionais e do processos.
Brasil na ordem (EF08GE07) Analisar os impactos
econômica mundial geoeconômicos, geoestratégicos e
geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos
2–3–4–5–7
da América no cenário internacional em sua
posição de liderança global e na relação com
a China e o Brasil.
(EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e
de outros países da América Latina e da
África, assim como da potência
3–4–5-7
estadunidense na ordem mundial do pós-
guerra identificando os desdobramentos disso
na Bahia.
(EF08GE09) Analisar os padrões econômicos
mundiais de produção, distribuição e
intercâmbio dos produtos agrícolas e
industrializados, tendo como referência os
3–4–5 Estados Unidos da América e os países
Corporações e denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia,
organismos China e África do Sul) reconhecendo o papel
internacionais e do desempenhado pela Bahia e sua a
Brasil na ordem contribuição nesse contexto.
econômica mundial (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e
ações dos movimentos sociais brasileiros e
2 – 3 – 5 -7 baiano, no campo e na cidade, comparando
com outros movimentos sociais existentes nos
países latino-americanos.

402

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08GE11) Analisar áreas de conflito e
tensões nas regiões de fronteira do continente
latino-americano e o papel de organismos
3–4–5
internacionais e regionais de cooperação
nesses cenários comparando com a situação
brasileira.
(EF08GE12) Compreender os objetivos e
analisar a importância dos organismos de
3–5 integração do território americano (Mercosul,
OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade
Andina, Aladi, entre outros).
(EF08GE13) Analisar a influência do
desenvolvimento científico e tecnológico na
caracterização dos tipos de trabalho e na
3–5 economia dos espaços urbanos e rurais da
América e da África, estabelecendo
Os diferentes aproximações e distanciamentos com a
contextos e os meios realidade brasileira e baiana.
técnico e tecnológico .
na produção (EF08GE14) Analisar os processos de
desconcentração, descentralização e
recentralização das atividades econômicas a
3–5 -4
partir do capital estadunidense e chinês em
diferentes regiões no mundo, com destaque
Mundo do para o Brasil e a Bahia.
trabalho (EF08GE15) Analisar a importância dos
principais recursos hídricos da América Latina
(Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do
1–2–3–5–6 Amazonas e do Orinoco, Bacia do Rio São
–7 Francisco, sistemas de nuvens na Amazônia
Transformações do e nos Andes, entre outros) e discutir os
espaço na sociedade desafios relacionados à gestão e
urbano-industrial na comercialização da água.
América Latina (EF08GE16) Analisar as principais
problemáticas comuns às grandes cidades
latino-americanas, particularmente aquelas
3–5
relacionadas à distribuição, estrutura e
dinâmica da população e às condições de
vida e trabalho.
(EF08GE17) Analisar a segregação
socioespacial em ambientes urbanos da
3–4–5
América Latina, com atenção especial ao
estudo de favelas, alagados e zona de riscos.

403

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08GE18) Elaborar mapas ou outras
formas de representação cartográfica para
analisar as redes e as dinâmicas urbanas e
2–3–4–5
Cartografia: rurais, ordenamento territorial, contextos
Formas de culturais, modo de vida e usos e ocupação de
anamorfose, croquis e
representação solos da África e América.
mapas temáticos da
e pensamento
América e África (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas
espacial
esquemáticos (croquis) e anamorfoses
2–3–4-5 geográficas com informações geográficas
acerca da África e América e comparar com
outros.
(EF08GE20) Analisar características de
países e grupos de países da América e da
África no que se refere aos aspectos
populacionais, urbanos, políticos e
6–1–2–3 econômicos, e discutir as desigualdades
Identidades e sociais e econômicas e as pressões sobre a
interculturalidades natureza e suas riquezas (sua apropriação e
regionais: Estados valoração na produção e circulação), o que
Unidos da América, resulta na espoliação desses povos.
América espanhola e
portuguesa e África (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e
territorial da Antártica no contexto geopolítico,
sua relevância para os países da América do
1–2–3-
Sul e seu valor como área destinada à
pesquisa e à compreensão do ambiente
global.

Natureza, (EF08GE22) Identificar os principais recursos


ambientes e Diversidade ambiental naturais dos países da América Latina,
qualidade de 1–2–3–4–5
e as transformações analisando seu uso para a produção de
vida –6-7
nas paisagens na matéria-prima e energia e sua relevância para
América Latina a cooperação entre os países do Mercosul.
Diversidade ambiental
e as transformações (EF08GE23) Identificar paisagens da América
Latina e associá-las, por meio da cartografia,
nas paisagens na
1-2–3–4–5 América Latina aos diferentes povos da região, com base em
aspectos da geomorfologia, da biogeografia e
da climatologia.
(EF08GE24) Analisar as principais
características produtivas dos países latino-
americanos (como exploração mineral na
Venezuela; agricultura de alta especialização
Diversidade ambiental
e exploração mineira no Chile; circuito da
e as transformações
1 -2 – 3 – 4 – 5 carne nos pampas argentinos e no Brasil;
nas paisagens na
circuito da cana-de-açúcar em Cuba e no
América Latina
estado; polígono industrial do sudeste
brasileiro e plantações de soja no centro-
oeste e na Bahia; maquiladoras mexicanas,
entre outros).

404

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


9º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF09GE01) Analisar criticamente de que
forma a hegemonia europeia foi exercida em
O sujeito e
A hegemonia europeia várias regiões do planeta, notadamente em
seu lugar no
2–3–4-5 na economia, na situações de conflito, intervenções militares
mundo
política e na cultura e/ou influência cultural em diferentes tempos
e lugares, destacando a repercussão no
território baiano.
(EF09GE02) Analisar a atuação das
Corporações e corporações internacionais e das
2–3–5-7 organismos organizações econômicas mundiais na vida
internacionais da população em relação ao consumo, à
cultura e à mobilidade.
(EF09GE03) Identificar diferentes
manifestações culturais de minorias étnicas,
partindo de sua localidade, como forma de
7–5–3–1-2
compreender a multiplicidade cultural na
As manifestações escala mundial, defendendo o princípio do
culturais na formação respeito às diferenças.
populacional
(EF09GE04) Relacionar diferenças de
1 – 2 – 3 -4 – 5 - paisagens aos modos de viver de diferentes
7 povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando
identidades e interculturalidades regionais.
(EF09GE05) Analisar fatos e situações para
Integração mundial e
compreender a integração mundial
suas interpretações:
1–3–5 (econômica, política e cultural), comparando
globalização e
as diferentes interpretações: globalização e
mundialização
mundialização.
Conexões e (EF09GE06) Associar o critério de divisão do
escalas A divisão do mundo mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema
2–3–4-5
em Ocidente e Oriente Colonial implantado pelas potências
europeias.
Intercâmbios históricos (EF09GE07) Analisar os componentes físico-
e culturais entre naturais da Eurásia e os determinantes
1–2–3–4-5
Europa, Ásia e histórico-geográficos de sua divisão em
Oceania Europa e Ásia.
(EF09GE08) Analisar transformações
territoriais, considerando o movimento de
fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas
1–2–3–4-5
regionalidades na Europa, na Ásia e na
Oceania, comparando casos no Brasil e na
Bahia.

405

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09GE09) Analisar características de
países e grupos de países europeus, asiáticos
e da Oceania em seus aspectos
1–2–3–4–5
populacionais, urbanos, políticos e
-7
econômicos, e discutir suas desigualdades
sociais e econômicas e pressões sobre seus
ambientes físico-naturais.
(EF09GE10) Analisar os impactos do
processo de industrialização na produção e
1 – 2 -3 – 4 - 5
circulação de produtos e culturas na Europa,
Transformações do na Ásia e na Oceania.
espaço na sociedade
urbano-industrial (EF09GE11) Relacionar as mudanças
técnicas e científicas decorrentes do processo
Mundo do 2–3-5 de industrialização com as transformações no
trabalho trabalho em diferentes regiões do mundo e
suas consequências no Brasil e na Bahia.
(EF09GE12) Relacionar o processo de
Cadeias industriais e urbanização às transformações da produção
inovação no uso dos agropecuária, à expansão do desemprego
2–3-5
recursos naturais e estrutural e ao papel crescente do capital
matérias-primas financeiro em diferentes países, com
destaque para o Brasil e Bahia.
(EF09GE13) Analisar a importância da
produção agropecuária na sociedade urbano-
1–2–3–5 industrial ante o problema da desigualdade
mundial de acesso aos recursos alimentares e
à matéria-prima.
(EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de
barras e de setores, mapas temáticos e
esquemáticos (croquis) e anamorfoses
3–4–5-7 Leitura e elaboração geográficas para analisar, sintetizar e
Formas de de mapas temáticos, apresentar dados e informações sobre
representação croquis e outras diversidade, diferenças e desigualdades
e pensamento formas de sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
espacial representação para
analisar informações (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes
geográficas regiões do mundo com base em informações
3–4-5 populacionais, econômicas e socioambientais
representadas em mapas temáticos e com
diferentes projeções cartográficas.

(EF09GE16) Identificar e comparar diferentes


3–4-5 Diversidade ambiental domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia
Natureza,
e as transformações e da Oceania.
ambientes e
nas paisagens na
qualidade de
Europa, na Ásia e na (EF09GE17) Explicar as características físico-
vida
1–2–3–4–5 Oceania naturais e a forma de ocupação e usos da
-7 terra em diferentes regiões da Europa, da
Ásia e da Oceania.

406

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias
industriais e de inovação e as consequências
1–2–3–4–5 dos usos de recursos naturais e das
-7 diferentes fontes de energia (tais como
termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear)
em diferentes países.
HISTÓRIA

Introdução

Não raro, professores e professoras de História são questionados sobre


o porquê de ensinar e aprender História, durante os anos da Educação Básica.
Estudantes se questionam sobre importância de estudar acontecimentos que
precedem, muitas vezes, o seu nascimento e/ou entendimento do seu lugar no
mundo. Muito embora, o ensino de História nas escolas passe por
ressignificações e as rupturas em relação a este componente curricular sejam
sensíveis, quer seja nas formações de professores e professoras, nos diversos
documentos curriculares, quanto na produção de material didático e/ou nas
metodologias adotadas em sala de aula, pensamentos e questionamentos como
estes refletem permanência na concepção de ensino.
Ao historicizar o ensino de História, compreende-se que este, assim como
seus objetos de estudos, é fruto da produção humana e por isso se localiza no
tempo e no espaço. Responder o porquê ensinar e/ou estudar História é uma
oportunidade de historiar o conhecimento histórico e sua produção, bem como
auxiliar os/a estudantes a compreenderem as continuidades e rupturas que
marcam a sociedade na qual eles estão inseridos, além de pensar o papel de
cada sujeito no processo histórico.
Na sociedade marcada pela informação rápida, por vezes instantânea, o
ensino de História, ao longo dos nove anos do ensino fundamental, é pensado
de modo a, progressivamente, favorecer a compreensão dos limites e
ambiguidades da condição humana. E para isto, durante os anos iniciais, é
pautado pela concepção do eu, do outro e do nós, pela valorização de outros
modos de viver, pela visão crítica da comunidade em que se está inserido. De
modo que, nos anos finais, seja possível comparar outras formas/organização
de vida e social, para que a compreensão das diferenças seja algo possível,
respeitando a pluralidade cultural e autonomia dos povos.
Desse modo, o ensino de História parte da perspectiva da inclusão, para
atender a subjetividade e especificidades desses sujeitos, garantindo o
reconhecimento das identidades e acolhendo a diversidade das formas de
aprender e ensinar. Cabe ao currículo potencializar as muitas aprendizagens

407

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


possíveis, de modo a não naturalizar diferenças sociais, étnicas, geracionais,
entre outras.
Na transição entre os anos, observa-se que as habilidades vão ganhando
robustez e os/as estudantes, progressivamente, ao longo das séries iniciais do
ensino fundamental, identificam, descrevem, conhecem e reconhecem,
distinguem, selecionam, copilam, mapeiam, relacionam, comparam e analisam.
Estas ações tornam os aprendizes, durante os quatro anos do ensino
fundamental, aptos a associar, inventariar, discutir, caracterizar, explicar e
aplicar.
Aprender e ensinar História, ao longo do ensino Fundamental, e,
especialmente em suas séries iniciais, não se afasta da leitura de mundo ou da
leitura das palavras. São processos, leitura e letramento, entrelaçados e
indissociáveis das práticas sociais que constroem relações de identidade. Suas
implicações, no ensino de História estão intrinsecamente ligadas à habilidade de
leitura proficiente. Músicas, pinturas, fotografias, textos literários, diários todos
são fontes de pesquisa histórica e potenciais recursos pedagógicos que devem
ser valorizados como habilidades a serem construídas no processo de
desenvolvimento da compreensão leitora no ensino de História. A história
ensinada exige do professor competências que transitam entre a escrita, a leitura
e a oralidade, criando sentido no letramento histórico.
Partindo da compreensão do desenvolvimento integral da pessoa, afinal,
esse/a estudante não é a soma de direitos e necessidades, é, antes de tudo um
indivíduo com muitas potencialidades e que precisa encontrar na escola espaço
e tempo para desenvolvê-las.
Na etapa do Ensino Fundamental, o ensino de História, focado em
competências e habilidades, busca desenvolver a capacidade de lidar com a
informação através de processos que levem à sua apropriação, transpondo-as
para novas situações, e assim garantindo o aprendizado. Trabalhar através de
competências, na História, é trabalhar a compreensão e apropriação de
conceitos. Para tanto, é preciso reconhecer o estudante como sujeito ativo no
processo de aprendizagem, que traz um conhecimento histórico para além da
escola, fruto de sua experiência de vida. A preocupação é que o processo de
ensino aprendizagem seja vocacionado para o desenvolvimento e preparação
dos estudantes para os desafios do século XXI.
As competências, referentes ao componente de História, emergem do
processo de construção do saber histórico, que promove: seleção e tratamento
da informação/utilização de fontes; compreensão/explicação históricas;
desenvolvimento do pensamento crítico/analítico, que são estruturantes para o
desenvolvimento do pensamento crítico/social e para a formação de cidadãos
proativos, capazes de interrogar o presente, ler o passado e atuar na sociedade
em que está inserido. Ao relacionar essas competências às habilidades
propostas para o componente, é possível perceber uma estreita ligação, como
408

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


pode ser observado na Figura 1. Todavia, é o trabalho e a atuação de cada
professor e de cada professora que irá garantir o desenvolvimento pleno de cada
estudante.

Para o desenvolvimento das competências e habilidades do componente


de História, professores e professoras podem utilizar diferentes estratégias e
situações didáticas, como atividades que explorem as diferentes noções de
tempo e temporalidades, a partir, por exemplo, do estudo de diferentes
calendários; trabalho com diversas fontes históricas, explorando as formas de
oralidade, diferentes tipologias textuais; pesquisa em campo, podendo percorrer
espaços desconhecidos ou pouco explorados pelos/as estudantes, através de
(re)visitas a acervos familiares e estudo da história local e territorial. Explorar as
possibilidades de ensino e aprendizagem ativa/colaborativa permite estimular o
engajamento de estudantes no seu processo de aprendizagem e extrapolar as
formas de aprender e ensinar, dentro e fora da sala de aula.

Organizador Curricular

ÁREA CIÊNCIAS HUMANAS


COMPONENTE CURRICULAR HISTÓRIA

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE CURRICULAR

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos


de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais,
ao longo do tempo e em diferentes espaços, para analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo;
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e
processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas

409

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização
cronológica;
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a
documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes
linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a
cooperação e o respeito;
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos
com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários;
5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no
espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com
as diferentes populações;
6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção
historiográfica;
7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo
crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos
ou estratos sociais.

1º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01HI01) Identificar aspectos do
seu crescimento por meio do
As fases da vida e a ideia
1 - 2 - 3 -4 - registro das lembranças particulares
de temporalidade
5-6-7 ou de lembranças dos membros de
(passado, presente, futuro)
sua família e/ou de sua
comunidade.
As diferentes formas de
(EF01HI02) Identificar a relação
organização da família e da
1 - 2 - 3 -4 - entre as suas histórias e as histórias
comunidade: os vínculos
5-6-7 de sua família e de sua
pessoais e as relações de
comunidade.
amizade
Mundo As diferentes formas de (EF01HI01BA) Conhecer a história
pessoal: organização da família e da da sua comunidade a partir de mitos
1 - 2 - 3 -4 -
meu lugar no comunidade: os vínculos e contos populares locais ou
5-6-7
mundo pessoais e as relações de regionais que estabeleçam relações
amizade com a história local.
As diferentes formas de
(EF01HI03) Descrever e distinguir
organização da família e da
1 - 2 - 3 -4 - os seus papéis e responsabilidades
comunidade: os vínculos
5-6-7 relacionados à família, à escola e à
pessoais e as relações de
comunidade.
amizade
(EF01HI04) Identificar as diferenças
entre os variados ambientes em que
1 - 2 - 3 -4 - A escola e a diversidade do vive (doméstico, escolar e da
5-6-7 grupo social envolvido comunidade), reconhecendo as
especificidades dos hábitos e das
regras que os regem.

410

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A vida em casa, a vida na
escola e formas de
(EF01HI05) Identificar e apreciar
representação social e
1 - 2 - 3 -4 - semelhanças e diferenças entre
espacial: os jogos e
5-6-7 jogos e brincadeiras atuais e de
brincadeiras como forma
outras épocas e lugares.
de interação social e
espacial
(EF01HI06) Conhecer as histórias
A vida em família:
1 - 2 - 3 -4 - da família e da escola e identificar o
diferentes configurações e
Mundo 5-6-7 papel desempenhado por diferentes
vínculos
pessoal: eu, sujeitos em diferentes espaços.
meu grupo A vida em família: (EF01HI07) Identificar mudanças e
social e meu 1 - 2 - 3 -4 -
diferentes configurações e permanências nas formas de
tempo 5-6-7
vínculos organização familiar.
A vida em família: (EF01H102BA) Comparar diferentes
1 - 2 - 3 -4 -
diferentes configurações e organizações familiares em sua
5-6-7
vínculos sociedade e em outras sociedades.
(EF01HI08) Reconhecer o
significado das comemorações e
A escola, sua
festas escolares, diferenciando-as
1 - 2 - 3 -4 - representação espacial,
das datas festivas comemoradas no
5-6-7 sua história e seu papel na
âmbito familiar, da comunidade e do
comunidade
município.

2º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF02HI01) Reconhecer espaços de
A noção do “Eu” e do
sociabilidade e identificar os motivos
1 - 2 - 3 -4 - 5 “Outro”: comunidade,
que aproximam e separam as
-6-7 convivências e interações
pessoas em diferentes grupos
entre pessoas
sociais ou de parentesco.
A noção do “Eu” e do (EF02HI02) Identificar e descrever
1 - 2 - 3 -4 - 5 “Outro”: comunidade, práticas e papéis sociais que as
-6-7 convivências e interações pessoas exercem em diferentes
entre pessoas comunidades.
A noção do “Eu” e do (EF02HI03) Selecionar situações
1 - 2 - 3 -4 - 5 “Outro”: comunidade, cotidianas que remetam à percepção
A comunidade
-6-7 convivências e interações de mudança, pertencimento e
e seus
entre pessoas memória.
registros
(EF02HI04) Selecionar e
A noção do “Eu” e do
compreender o significado de
“Outro”: registros de
1 - 2 - 3 -4 - 5 objetos e documentos pessoais
experiências pessoais e da
-6-7 como fontes de memórias e histórias
comunidade no tempo e no
nos âmbitos pessoal, familiar,
espaço
escolar e comunitário.
(EF02HI05) Selecionar objetos e
Formas de registrar e narrar
documentos pessoais e de grupos
1 - 2 - 3 -4 - 5 histórias (marcos de
próximos ao seu convívio e
-6-7 memória materiais e
compreender sua função, seu uso e
imateriais)
seu significado.
411

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Formas de registrar e narrar
(EF02HI01BA) coletar instrumentos
1 - 2 - 3 -4 - 5 histórias (marcos de
de comunicação escrita utilizados,
-6-7 memória materiais e
historicamnete, no município.
imateriais)
(EF02HI06) Identificar e organizar,
temporalmente, fatos da vida
1 - 2 - 3 -4 - 5
O tempo como medida cotidiana, usando noções
-6-7
relacionadas ao tempo (antes,
durante, ao mesmo tempo e depois).
As fontes: relatos orais,
objetos, imagens (pinturas,
fotografias, vídeos),
(EF02HI08) Compilar histórias da
1 - 2 - 3 -4 - 5 músicas, escrita,
família e/ou da comunidade
-6-7 tecnologias digitais de
registradas em diferentes fontes.
informação e comunicação
As formas de
e inscrições nas paredes,
registrar as
ruas e espaços sociais
experiências
As fontes: relatos orais,
da (EF02HI09) Identificar objetos e
objetos, imagens (pinturas,
comunidade documentos pessoais que remetam
fotografias, vídeos),
à própria experiência no âmbito da
1 - 2 - 3 -4 - 5 músicas, escrita,
família e/ou da comunidade,
-6-7 tecnologias digitais de
discutindo as razões pelas quais
informação e comunicação
alguns objetos são preservados e
e inscrições nas paredes,
outros são descartados.
ruas e espaços sociais
(EF02HI10) Identificar e valorizar
diferentes formas de trabalho
1 - 2 - 3 -4 - 5 A sobrevivência e a relação
existentes na comunidade em que
O trabalho e a -6-7 com a natureza
vive, seus significados, suas
sustentabilida
especificidades e importância.
de na
(EF02HI11) Identificar impactos no
comunidade
1 - 2 - 3 -4 - 5 A sobrevivência e a relação ambiente causados pelas diferentes
-6-7 com a natureza formas de trabalho existentes na
comunidade em que vive.
3º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF03HI01) Identificar os grupos
O “Eu”, o “Outro” e os populacionais que formam a cidade,
diferentes grupos sociais e o município e o território, as relações
étnicos que compõem a estabelecidas entre eles e os
1 - 2 - 3 -4 - 5
cidade e os municípios: os eventos que marcam a formação da
-6-7
desafios sociais, culturais e cidade, como fenômenos migratórios
ambientais do lugar onde (vida rural/vida urbana),
vive desmatamentos, estabelecimento de
grandes empresas etc.
(EF03HI02) Selecionar, por meio da
O “Eu”, o “Outro” e os
As pessoas e consulta de fontes de diferentes
diferentes grupos sociais e
os grupos que 1 - 2 - 3 -4 - 5 naturezas, e registrar
étnicos que compõem a
compõem a -6-7 acontecimentos ocorridos, ao longo
cidade e os municípios: os
cidade e o do tempo, na cidade ou território em
desafios sociais, culturais e
município que vive.
412

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ambientais do lugar onde
vive
(EF03HI03) Identificar e comparar
O “Eu”, o “Outro” e os
pontos de vista em relação a eventos
diferentes grupos sociais e
significativos do local em que vive,
étnicos que compõem a
1 - 2 - 3 -4 - 5 aspectos relacionados a condições
cidade e os municípios: os
-6-7 sociais e à presença de diferentes
desafios sociais, culturais e
grupos sociais e culturais, com
ambientais do lugar onde
especial destaque para as culturas
vive
africanas, indígenas e de migrantes.
(EF03HI04) Identificar os
Os patrimônios históricos e patrimônios históricos e culturais de
1 - 2 - 3 -4 - 5
culturais da cidade e/ou do sua cidade ou território e discutir as
-6-7
município em que vive razões culturais, sociais e políticas
para que assim sejam considerados.

4º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
A ação das pessoas, grupos (EF04HI01) Reconhecer a história
sociais e comunidades no como resultado da ação do ser
1 - 2 - 3 -4 - 5 tempo e no espaço: humano no tempo e no espaço,
-6-7 nomadismo, agricultura, com base na identificação de
escrita, navegações, mudanças e permanências ao
indústria, entre outras longo do tempo.
(EF04HI02) Identificar mudanças e
A ação das pessoas, grupos
Transformações permanências, ao longo do tempo,
sociais e comunidades no
e permanências discutindo os sentidos dos grandes
1 - 2 - 3 -4 - 5 tempo e no espaço:
nas trajetórias marcos da história da humanidade
-6-7 nomadismo, agricultura,
dos grupos (nomadismo, desenvolvimento da
escrita, navegações,
humanos agricultura e do pastoreio, criação
indústria, entre outras
da indústria etc.).
(EF04HI03) Identificar as
O passado e o presente: a transformações ocorridas na
1 - 2 - 3 -4 - 5 noção de permanência e as cidade ao longo do tempo e discutir
-6-7 lentas transformações suas interferências nos modos de
sociais e culturais vida de seus habitantes, tomando
como ponto de partida o presente.
(EF04HI04) Identificar as relações
A circulação de pessoas e as entre os indivíduos e a natureza e
1 - 2 - 3 -4 - 5
transformações no meio discutir o significado do nomadismo
-6-7
natural e da fixação das primeiras
comunidades humanas.
Circulação de
(EF04HI05) Relacionar os
pessoas,
A circulação de pessoas e as processos de ocupação do campo
produtos e 1 - 2 - 3 -4 - 5
transformações no meio a intervenções na natureza,
culturas -6-7
natural avaliando os resultados dessas
intervenções.
(EF04HI06) Identificar as
1 - 2 - 3 -4 - 5 A invenção do comércio e a
transformações ocorridas nos
-6-7 circulação de produtos
processos de deslocamento das
413

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


pessoas e mercadorias, analisando
as formas de adaptação ou
marginalização.
As rotas terrestres, fluviais e
(EF04HI07) Identificar e descrever
marítimas e seus impactos
1 - 2 - 3 -4 - 5 a importância dos caminhos
para a formação de cidades e
-6-7 terrestres, fluviais e marítimos para
as transformações do meio
a dinâmica da vida comercial.
natural
As rotas terrestres, fluviais e
(EF04HI01BA) Relacionar a
marítimas e seus impactos
1 - 2 - 3 -4 - 5 história do seu município e território
para a formação de cidades e
-6-7 aos rios e bacias hidrográficas
as transformações do meio
presentes na localidade.
natural
(EF04HI08) Identificar as
transformações ocorridas nos
meios de comunicação (cultura
O mundo da tecnologia: a oral, imprensa, rádio, televisão,
1 - 2 - 3 -4 - 5
integração de pessoas e as cinema, internet e demais
-6-7
exclusões sociais e culturais tecnologias digitais de informação
e comunicação) e discutir seus
significados para os diferentes
grupos ou estratos sociais.
(EF04HI02BA) Levantar meios de
O mundo da tecnologia: a
2 - 2 - 3 -4 - 5 comunicação presentes no seu
integração de pessoas e as
-6-7 município ontem e hoje,
exclusões sociais e culturais
relacionando com a história local.
(EF04HI09) Identificar as
O surgimento da espécie motivações dos processos
1 - 2 - 3 -4 - 5 humana no continente migratórios em diferentes tempos e
-6-7 africano e sua expansão pelo espaços e avaliar o papel
mundo desempenhado pela migração nas
regiões de destino.
Os processos migratórios
para a formação do Brasil: os
grupos indígenas, a presença
portuguesa e a diáspora
(EF04HI10) Analisar diferentes
forçada dos africanos
1 - 2 - 3 -4 - 5 fluxos populacionais e suas
As questões Os processos migratórios do
-6-7 contribuições para a formação da
históricas final do século XIX e início do
sociedade brasileira.
relativas às século XX no Brasil
migrações As dinâmicas internas de
migração no Brasil a partir
dos anos 1960
Os processos migratórios
para a formação do Brasil: os
grupos indígenas, a presença
(EF04HI11) Analisar, na sociedade
portuguesa e a diáspora
1 - 2 - 3 -4 - 5 em que vive, a existência ou não de
forçada dos africanos
-6-7 mudanças associadas à migração
Os processos migratórios do
(interna e internacional).
final do século XIX e início do
século XX no Brasil
As dinâmicas internas de
414

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


migração no Brasil a partir
dos anos 1960
5º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF05HI01) Identificar os
O que forma um povo: do processos de formação das
1 - 2 - 3 -4 - 5
nomadismo aos primeiros culturas e dos povos, relacionando-
-6-7
povos sedentariza-dos os com o espaço geográfico
ocupado.
(EF05HI02) Identificar os
mecanismos de organização do
As formas de organização
1 - 2 - 3 -4 - 5 poder político com vistas à
social e política: a noção de
-6-7 compreensão da ideia de Estado
Estado
e/ou de outras formas de
Povos e
ordenação social.
culturas: meu
(EF05HI03) Analisar o papel das
lugar no O papel das religiões e da
1 - 2 - 3 -4 - 5 culturas e das religiões na
mundo e meu cultura para a formação dos
-6-7 composição identitária dos povos
grupo social povos antigos
antigos.
Cidadania, diversidade (EF05HI04) Associar a noção de
1 - 2 - 3 -4 - 5 cultural e respeito às cidadania com os princípios de
-6-7 diferenças sociais, culturais e respeito à diversidade, à
históricas pluralidade e aos direitos humanos.
(EF05HI05) Associar o conceito de
Cidadania, diversidade
cidadania à conquista de direitos
1 - 2 - 3 -4 - 5 cultural e respeito às
dos povos e das sociedades,
-6-7 diferenças sociais, culturais e
compreendendo-o como conquista
históricas
histórica.
As tradições orais e a (EF05HI06) Comparar o uso de
valorização da memória diferentes linguagens e tecnologias
1 - 2 - 3 -4 - 5 O surgimento da escrita e a no processo de comunicação e
-6-7 noção de fonte para a avaliar os significados sociais,
transmissão de saberes, políticos e culturais atribuídos a
culturas e histórias elas.
(EF05HI07) Identificar os
As tradições orais e a processos de produção,
valorização da memória hierarquização e difusão dos
1 - 2 - 3 -4 - 5 O surgimento da escrita e a marcos de memória e discutir a
Registros da
-6-7 noção de fonte para a presença e/ou a ausência de
história:
transmissão de saberes, diferentes grupos que compõem a
linguagens e
culturas e histórias sociedade na nomeação desses
culturas
marcos de memória.
As tradições orais e a
(EF05HI08) Identificar formas de
valorização da memória
marcação da passagem do tempo
1 - 2 - 3 -4 - 5 O surgimento da escrita e a
em distintas sociedades, incluindo
-6-7 noção de fonte para a
os povos indígenas originários e os
transmissão de saberes,
povos africanos.
culturas e histórias
As tradições orais e a (EF05HI09) Comparar pontos de
1 - 2 - 3 -4 - 5
valorização da memória vista sobre temas que impactam a
-6-7
O surgimento da escrita e a vida cotidiana no tempo presente,
415

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


noção de fonte para a por meio do acesso a diferentes
transmissão de saberes, fontes, incluindo orais.
culturas e histórias
(EF05HI10) Inventariar os
patrimônios materiais e imateriais
1 - 2 - 3 -4 - 5 Os patrimônios materiais e
da humanidade e analisar
-6-7 imateriais da humanidade
mudanças e permanências desses
patrimônios ao longo do tempo.
6º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
1 - 2 - 3 -4 - A questão do tempo, (EF06HI01) Identificar diferentes
5-6-7 sincronias e diacronias: formas de compreensão da noção
reflexões sobre o sentido de tempo e de periodização dos
das cronologias processos históricos
(continuidades e rupturas).
1 - 2 - 3 -4 - Formas de registro da (EF06HI02) Identificar a gênese da
5-6-7 história e da produção do produção do saber histórico e
conhecimento histórico analisar o significado das fontes
que originaram determinadas
formas de registro em sociedades
e épocas distintas.
1 - 2 - 3 -4 - As origens da humanidade, (EF06HI03) Identificar as
5-6-7 seus deslocamentos e os hipóteses científicas sobre o
processos de sedentarização surgimento da espécie humana e
sua historicidade e analisar os
História: significados dos mitos de
tempo, fundação.
espaço e 1 - 2 - 3 -4 - As origens da humanidade, (EF06HI04) Conhecer as teorias
formas de 5-6-7 seus deslocamentos e os sobre a origem do homem
registros processos de sedentarização americano.
2 - 2 - 3 -4 - As origens da humanidade, (EF06HI01BA) Conhecer/
5-6-7 seus deslocamentos e os identificar/localizar sítios
processos de sedentarização arqueológicos do estado da Bahia.
1 - 2 - 3 -4 - As origens da humanidade, (EF06HI05) Descrever
5-6-7 seus deslocamentos e os modificações da natureza e da
processos de sedentarização paisagem realizadas por diferentes
tipos de sociedade, com destaque
para os povos indígenas
originários e povos africanos, e
discutir a natureza e a lógica das
transformações ocorridas.
1 - 2 - 3 -4 - As origens da humanidade, (EF06HI06) Identificar,
5-6-7 seus deslocamentos e os geograficamente, as rotas de
processos de sedentarização povoamento no território
americano.
A invenção 1 - 2 - 3 -4 - Povos da Antiguidade na (EF06HI07) Identificar aspectos e
do mundo 5-6-7 África (egípcios), no Oriente formas de registro das sociedades
clássico e o Médio (mesopotâmicos) e antigas na África, no Oriente
contraponto nas Américas (pré- Médio e nas Américas,
com outras colombianos) distinguindo alguns significados
sociedades Os povos indígenas
416

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


originários do atual território presentes na cultura material e na
brasileiro e seus hábitos tradição oral dessas sociedades.
culturais e sociais
1 - 2 - 3 -4 - Povos da Antiguidade na (EF06HI08) Identificar os espaços
5-6-7 África (egípcios), no Oriente territoriais ocupados e os aportes
Médio (mesopotâmicos) e culturais, científicos, sociais e
nas Américas (pré- econômicos dos astecas, maias e
colombianos) incas e dos povos indígenas de
Os povos indígenas diversas regiões brasileiras.
originários do atual território
brasileiro e seus hábitos
culturais e sociais
1 - 2 - 3 -4 - O Ocidente Clássico: (EF06HI09) Discutir o conceito de
5-6-7 aspectos da cultura na Antiguidade Clássica, seu alcance
Grécia e em Roma e limite na tradição ocidental,
assim como os impactos sobre
outras sociedades e culturas.
1 - 2 - 3 -4 - As noções de cidadania e (EF06HI10) Explicar a formação
5-6-7 política na Grécia e em da Grécia Antiga, com ênfase na
Roma formação da pólis e nas
• Domínios e expansão das transformações políticas, sociais e
culturas grega e romana culturais.
• Significados do conceito de
“império” e as lógicas de
conquista, conflito e
negociação dessa forma de
organização política
As diferentes formas de
organização política na
África: reinos, impérios,
cidades-estados e
sociedades linhageiras ou
aldeias
Lógicas de 1 - 2 - 3 -4 - As noções de cidadania e (EF06HI11) Caracterizar o
organização 5-6-7 política na Grécia e em processo de formação da Roma
política Roma Antiga e suas configurações
• Domínios e expansão das sociais e políticas nos períodos
culturas grega e romana monárquico e republicano.
• Significados do conceito de
“império” e as lógicas de
conquista, conflito e
negociação dessa forma de
organização política
As diferentes formas de
organização política na
África: reinos, impérios,
cidades-estados e
sociedades linhageiras ou
aldeias
1 - 2 - 3 -4 - As noções de cidadania e (EF06HI12) Associar o conceito de
5-6-7 política na Grécia e em cidadania a dinâmicas de inclusão
Roma
417

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


• Domínios e expansão das e exclusão na Grécia e Roma
culturas grega e romana antigas.
• Significados do conceito de
“império” e as lógicas de
conquista, conflito e
negociação dessa forma de
organização política
As diferentes formas de
organização política na
África: reinos, impérios,
cidades-estados e
sociedades linhageiras ou
aldeias
1 - 2 - 3 -4 - As noções de cidadania e (EF06HI13) Conceituar “império”
5-6-7 política na Grécia e em no mundo antigo, com vistas à
Roma análise das diferentes formas de
• Domínios e expansão das equilíbrio e desequilíbrio entre as
culturas grega e romana partes envolvidas.
• Significados do conceito de
“império” e as lógicas de
conquista, conflito e
negociação dessa forma de
organização política
As diferentes formas de
organização política na
África: reinos, impérios,
cidades-estados e
sociedades linhageiras ou
aldeias
1 - 2 - 3 -4 - A passagem do mundo (EF06HI14) Identificar e analisar
5-6-7 antigo para o mundo diferentes formas de contato,
medieval adaptação ou exclusão entre
A fragmentação do poder populações em diferentes tempos
político na Idade Média e espaços.
2 - 2 - 3 -4 - O Mediterrâneo como (EF06HI15) Descrever as
5-6-7 espaço de interação entre as dinâmicas de circulação de
sociedades da Europa, da pessoas, produtos e culturas no
África e do Oriente Médio Mediterrâneo e seu significado.
1 - 2 - 3 -4 - O Mediterrâneo como (EF05HI01BA)Compreender o
5-6-7 espaço de interação entre as conceito de feudo e feudalismo.
sociedades da Europa, da
África e do Oriente Médio
1 - 2 - 3 -4 - Senhores e servos no (EF06HI16) Caracterizar e
5-6-7 mundo antigo e no medieval comparar as dinâmicas de
Escravidão e trabalho livre abastecimento e as formas de
Trabalho e
em diferentes organização do trabalho e da vida
formas de
temporalidades e espaços social em diferentes sociedades e
organização
(Roma Antiga, Europa períodos, com destaque para as
social e
medieval e África) relações entre senhores e servos.
cultural
Lógicas comerciais na
Antiguidade romana e no
mundo medieval
418

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


2 - 2 - 3 -4 - Senhores e servos no (EF06HI02BA) Discutir a noção de
5-6-7 mundo antigo e no medieval tempo e temporalidade no período
Escravidão e trabalho livre medieval
em diferentes
temporalidades e espaços
(Roma Antiga, Europa
medieval e África)
Lógicas comerciais na
Antiguidade romana e no
mundo medieval
1 - 2 - 3 -4 - Senhores e servos no (EF06HI17) Diferenciar
5-6-7 mundo antigo e no medieval escravidão, servidão e trabalho
Escravidão e trabalho livre livre no mundo antigo.
em diferentes
temporalidades e espaços
(Roma Antiga, Europa
medieval e África)
Lógicas comerciais na
Antiguidade romana e no
mundo medieval
1 - 2 - 3 -4 - O papel da religião cristã, (EF06HI18) Analisar o papel da
5-6-7 dos mosteiros e da cultura religião cristã na cultura e nos
na Idade Média modos de organização social no
período medieval.
1 - 2 - 3 -4 - O papel da mulher na Grécia (EF06HI19) Descrever e analisar
5-6-7 e em Roma, e no período os diferentes papéis sociais das
medieval mulheres no mundo antigo, nas
sociedades medievais, nas
sociedades africanas e outras
culturas europeias da antiguidade.
7º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
1 - 2 - 3 -4 - A construção da ideia de (EF07HI01) Explicar o significado
5-6-7 modernidade e seus de “modernidade” e suas lógicas
impactos na concepção de de inclusão e exclusão, com base
História em uma concepção europeia.
A ideia de “Novo Mundo”
O mundo ante o Mundo Antigo:
moderno e a permanências e rupturas de
conexão saberes e práticas na
entre emergência do mundo
sociedades moderno
africanas, 1 - 2 - 3 -4 - A construção da ideia de (EF07HI02) Identificar conexões e
americanas 5-6-7 modernidade e seus interações entre as sociedades do
e europeias impactos na concepção de Novo Mundo, da Europa, da África
História e da Ásia no contexto das
A ideia de “Novo Mundo” navegações e indicar a
ante o Mundo Antigo: complexidade e as interações que
permanências e rupturas de ocorrem nos Oceanos Atlântico,
saberes e práticas na Índico e Pacífico.

419

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


emergência do mundo
moderno
1 - 2 - 3 -4 - Saberes dos povos africanos (EF07HI03) Identificar aspectos e
5-6-7 e pré-colombianos processos específicos das
expressos na cultura sociedades africanas e
material e imaterial americanas antes da chegada dos
europeus, com destaque para as
formas de organização social e o
desenvolvimento de saberes e
técnicas.
1 - 2 - 3 -4 - Humanismos: uma nova (EF07HI04) Identificar as
5-6-7 visão de ser humano e de principais características dos
mundo Humanismos e dos
Renascimentos artísticos e Renascimentos e analisar seus
culturais significados e influências além-mar
Humanismos
1 - 2 - 3 -4 - Reformas religiosas: a (EF07HI05) Identificar e relacionar
,
5-6-7 cristandade fragmentada as vinculações entre as reformas
Renasciment
religiosas e os processos culturais
os e o Novo
e sociais do período moderno na
Mundo
Europa e na América.
1 - 2 - 3 -4 - As descobertas científicas e (EF07HI06) Comparar as
5-6-7 a expansão marítima navegações no Atlântico e no
Pacífico entre os séculos XIV e
XVI.
1 - 2 - 3 -4 - A formação e o (EF07HI07) Descrever os
5-6-7 funcionamento das processos de formação e
monarquias europeias: a consolidação das monarquias e
lógica da centralização suas principais características com
política e os conflitos na vistas à compreensão das razões
Europa da centralização política.
1 - 2 - 3 -4 - A conquista da América e as (EF07HI08) Descrever as formas
5-6-7 formas de organização de organização das sociedades
política dos indígenas e americanas no tempo da conquista
europeus: conflitos, com vistas à compreensão dos
A dominação e conciliação mecanismos de alianças,
organização confrontos e resistências.
do poder e 1 - 2 - 3 -4 - A conquista da América e as (EF07HI01BA) Diferenciar o
as dinâmicas 5-6-7 formas de organização conceito de conquista e de
do mundo política dos indígenas e colonização.
colonial europeus: conflitos,
americano dominação e conciliação
1 - 2 - 3 -4 - A conquista da América e as (EF07HI09) Analisar os diferentes
5-6-7 formas de organização impactos da conquista europeia da
política dos indígenas e América para as populações
europeus: conflitos, ameríndias e identificar as formas
dominação e conciliação de resistência.
1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI10) Analisar, com base
5-6-7 reinos nas Américas em documentos históricos,
Resistências indígenas, diferentes interpretações sobre as
invasões e expansão na dinâmicas das sociedades
América portuguesa americanas no período colonial.

420

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI02BA) Discutir a
5-6-7 reinos nas Américas escravidão indigena e as leis
Resistências indígenas, indigenista no Brasil Colônia.
invasões e expansão na
América portuguesa
1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI11) Analisar a formação
5-6-7 reinos nas Américas histórico-geográfica do território da
Resistências indígenas, América portuguesa por meio de
invasões e expansão na mapas históricos.
América portuguesa
1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI12) Identificar a
5-6-7 reinos nas Américas distribuição territorial da população
Resistências indígenas, brasileira em diferentes épocas,
invasões e expansão na considerando a diversidade étnico-
América portuguesa racial e étnico-cultural (indígena,
africana, europeia e asiática).
1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI03BA) Analisar a
5-6-7 reinos nas Américas diversidade étnico-racial e étnico-
Resistências indígenas, cultural em seu território por meio
invasões e expansão na de hábitos e costumes
América portuguesa (alimentação, festas e festejos;
moda) e pelas relações entre
povos e etnias (indígena, africana,
europeia e asiática).
1 - 2 - 3 -4 - A estruturação dos vice- (EF07HI13) Caracterizar a ação
5-6-7 reinos nas Américas dos europeus e suas lógicas
Resistências indígenas, mercantis visando ao domínio no
invasões e expansão na mundo atlântico e o modo de
América portuguesa produção agrária implantado na
Bahia.
1 - 2 - 3 -4 - As lógicas mercantis e o (EF07HI14) Descrever as
5-6-7 domínio europeu sobre os dinâmicas comerciais das
mares e o contraponto sociedades americanas e
Oriental africanas, analisar suas interações
com outras sociedades do
Ocidente e do Oriente,
Lógicas
relacionando a globalização do
comerciais e
passado e atual e os impactos na
mercantis da
relações étnico raciais.
modernidade
1 - 2 - 3 -4 - As lógicas internas das (EF07HI15) Discutir o conceito de
5-6-7 sociedades africanas escravidão moderna e suas
As formas de organização distinções em relação ao
das sociedades ameríndias escravismo antigo e à servidão
A escravidão moderna e o medieval.
tráfico de escravizados
1 - 2 - 3 -4 - As lógicas internas das (EF07HI16) Analisar os
5-6-7 sociedades africanas mecanismos e as dinâmicas de
As formas de organização comércio de escravizados em
das sociedades ameríndias suas diferentes fases,
A escravidão moderna e o identificando os agentes
tráfico de escravizados responsáveis pelo tráfico e as

421

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


regiões e zonas africanas de
procedência dos escravizados.
1 - 2 - 3 -4 - A emergência do capitalismo (EF07HI17) Discutir as razões da
5-6-7 passagem do mercantilismo para o
capitalismo.
1 - 2 - 3 -4 - A emergência do capitalismo (EF07HI04BA) Comparar
5-6-7 feudalismo, mercantilismo e
capitalismo
8º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIAS OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
1 - 2 - 3 -4 - A questão do iluminismo e (EF08HI01) Identificar os
5-6-7 da ilustração principais aspectos conceituais do
iluminismo e do liberalismo e
discutir a relação entre eles e a
organização do mundo
contemporâneo.
1 - 2 - 3 -4 - As revoluções inglesas e os (EF08HI02) Identificar as
5-6-7 princípios do liberalismo particularidades político-sociais da
Inglaterra do século XVII e analisar
os desdobramentos posteriores à
Revolução Gloriosa.
1 - 2 - 3 -4 - Revolução Industrial e seus (EF08HI03) Analisar os impactos
5-6-7 impactos na produção e da Revolução Industrial na
circulação de povos, produção e circulação de povos,
O mundo
produtos e culturas produtos e culturas.
contemporân
1 - 2 - 3 -4 - Revolução Francesa e seus (EF08HI04) Identificar e relacionar
eo: o Antigo
5-6-7 desdobramentos os processos da Revolução
Regime em
Francesa e seus desdobramentos
crise
na Europa e no mundo.
1 - 2 - 3 -4 - Rebeliões na América (EF08HI05) Explicar os
5-6-7 portuguesa: as conjurações movimentos e as rebeliões da
mineira e baiana América portuguesa, articulando
as temáticas locais e suas
interfaces com processos
ocorridos na Europa e nas
Américas, especialmente na
Bahia, com os motins e levantes
na Bahia colonial.
1 - 2 - 3 -4 - Rebeliões na América (EF08HI01BA) Identificar os
5-6-7 portuguesa: as conjurações objetivos da Revolta dos Búzios e
mineira e baiana relacioná-los aos ideários da
Revolução Francesa.
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI06) Aplicar os conceitos
5-6-7 Unidos da América de Estado, nação, território,
Os
Independências na América governo e país para o
processos
espanhola entendimento de conflitos e
de
• A revolução dos tensões.
independênc
escravizados em São
ia nas
Domingo e seus múltiplos
Américas
significados e
desdobramentos: o caso do
422

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI07) Identificar e
5-6-7 Unidos da América contextualizar as especificidades
Independências na América dos diversos processos de
espanhola independência nas Américas, seus
• A revolução dos aspectos populacionais e suas
escravizados em São conformações territoriais.
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI08) Conhecer o ideário
5-6-7 Unidos da América dos líderes dos movimentos
Independências na América independentistas e seu papel nas
espanhola revoluções que levaram à
• A revolução dos independência das colônias
escravizados em São hispano-americanas.
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI09) Conhecer as
5-6-7 Unidos da América características e os principais
Independências na América pensadores do Pan-americanismo.
espanhola
• A revolução dos
escravizados em São
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI10) Identificar a
5-6-7 Unidos da América Revolução de São Domingo como
Independências na América evento singular e desdobramento
espanhola da Revolução Francesa e avaliar
• A revolução dos suas implicações.
escravizados em São
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil

423

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI11) Identificar e explicar
5-6-7 Unidos da América os protagonismos e a atuação de
Independências na América diferentes grupos sociais e étnicos
espanhola nas lutas de independência no
• A revolução dos Brasil, na América espanhola e no
escravizados em São Haiti.
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI02BA) Analisar os
5-6-7 Unidos da América movimentos pela independência
Independências na América nas províncias brasileiras e a
espanhola guerra pela independência do
• A revolução dos Brasil na Bahia.
escravizados em São
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI12) Caracterizar a
5-6-7 Unidos da América organização política e social no
Independências na América Brasil desde a chegada da Corte
espanhola portuguesa, em 1808, até 1822 e
• A revolução dos seus desdobramentos para a
escravizados em São história política brasileira.
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - Independência dos Estados (EF08HI13) Analisar o processo
5-6-7 Unidos da América de independência em diferentes
Independências na América países latino-americanos e
espanhola comparar as formas de governo
A revolução dos neles adotadas.
escravizados em São
Domingo e seus múltiplos
significados e
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1 - 2 - 3 -4 - A tutela da população (EF08HI14) Discutir a noção da
5-6-7 indígena, a escravidão dos tutela dos grupos indígenas e a
negros e a tutela dos participação dos negros na
egressos da escravidão sociedade brasileira do final do
424

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


período colonial, identificando
permanências na forma de
preconceitos, estereótipos e
violências sobre as populações
indígenas e negras no Brasil e nas
Américas.
1 - 2 - 3 -4 - Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI15) Identificar e analisar o
5-6-7 O Período Regencial e as equilíbrio das forças e os sujeitos
contestações ao poder envolvidos nas disputas políticas
central durante o Primeiro e o Segundo
O Brasil do Segundo Reinado.
Reinado: política e economia
A Lei de Terras e seus
desdobramentos na política
do Segundo Reinado
Territórios e fronteiras: a
Guerra do Paraguai
1 - 2 - 3 -4 - Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI03BA) Analisar a Revolta
5-6-7 O Período Regencial e as dos Malês e seus objetivos, no
contestações ao poder contexto do período regencial
central brasileiro.
O Brasil do Segundo
Reinado: política e economia
A Lei de Terras e seus
desdobramentos na política
do Segundo Reinado
Territórios e fronteiras: a
Guerra do Paraguai
O Brasil no 1 - 2 - 3 -4 - Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI16) Identificar, comparar e
século XIX 5-6-7 O Período Regencial e as analisar a diversidade política,
contestações ao poder social e regional nas rebeliões e
central nos movimentos contestatórios ao
O Brasil do Segundo poder centralizado, a partir da
Reinado: política e economia análise da Revolta da Sabinada.
A Lei de Terras e seus
desdobramentos na política
do Segundo Reinado
Territórios e fronteiras: a
Guerra do Paraguai
1 - 2 - 3 -4 - Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI17) Relacionar as
5-6-7 O Período Regencial e as transformações territoriais, em
contestações ao poder razão de questões de fronteiras,
central com as tensões e conflitos durante
O Brasil do Segundo o Império.
Reinado: política e economia
A Lei de Terras e seus
desdobramentos na política
do Segundo Reinado
Territórios e fronteiras: a
Guerra do Paraguai
1 - 2 - 3 -4 - Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI18) Identificar as questões
5-6-7 O Período Regencial e as internas e externas sobre a
425

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


contestações ao poder atuação do Brasil na Guerra do
central Paraguai e discutir diferentes
O Brasil do Segundo versões sobre o conflito.
Reinado: política e economia
A Lei de Terras e seus
desdobramentos na política
do Segundo Reinado
Territórios e fronteiras: a
Guerra do Paraguai
1 - 2 - 3 -4 - O escravismo no Brasil do (EF08HI19) Formular
5-6-7 século XIX: plantations e questionamentos sobre o legado
revoltas de escravizados, da escravidão nas Américas, com
abolicionismo e políticas base na seleção e consulta de
migratórias no Brasil Imperial fontes de diferentes naturezas.
1 - 2 - 3 -4 - O escravismo no Brasil do (EF08HI03BA) Discutir as formas
5-6-7 século XIX: plantations e de enfrentamento adotadas pelos
revoltas de escravizados, escravizados para resistir à
abolicionismo e políticas escravidão.
migratórias no Brasil Imperial
1 - 2 - 3 -4 - O escravismo no Brasil do (EF08HI04BA) Caracterizar e
5-6-7 século XIX: plantations e contextualizar a formação de
revoltas de escravizados, quilombos, no Brasil e identificar
abolicionismo e políticas comunidades remanescentes de
migratórias no Brasil Imperial quilombo do seu território.
1 - 2 - 3 -4 - O escravismo no Brasil do (EF08HI20) Identificar e relacionar
5-6-7 século XIX: plantations e aspectos das estruturas sociais da
revoltas de escravizados, atualidade com os legados da
abolicionismo e políticas escravidão no Brasil e discutir a
migratórias no Brasil Imperial importância de ações afirmativas.
1 - 2 - 3 -4 - Políticas de extermínio do (EF08HI21) Identificar e analisar
5-6-7 indígena durante o Império as políticas oficiais com relação ao
indígena durante o Império.
1 - 2 - 3 -4 - A produção do imaginário (EF08HI22) Discutir o papel das
5-6-7 nacional brasileiro: cultura culturas letradas, não letradas e
popular, representações das artes na produção das
visuais, letras e o identidades no Brasil do século
Romantismo no Brasil XIX.
1 - 2 - 3 -4 - Nacionalismo, revoluções e (EF08HI23) Estabelecer relações
5-6-7 as novas nações europeias causais entre as ideologias raciais
e o determinismo no contexto do
imperialismo europeu e seus
impactos na África e na Ásia.
1 - 2 - 3 -4 - Uma nova ordem (EF08HI24) Reconhecer os
5-6-7 econômica: as demandas do principais produtos, utilizados
capitalismo industrial e o pelos europeus, procedentes do
lugar das economias continente africano durante o
africanas e asiáticas nas imperialismo e analisar os
Configurações dinâmicas globais impactos sobre as comunidades
do mundo no locais na forma de organização e
século XIX exploração econômica.

426

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 - 2 - 3 -4 - Os Estados Unidos da (EF08HI25) Caracterizar e
5-6-7 América e a América Latina contextualizar aspectos das
no século XIX relações entre os Estados Unidos
da América e a América Latina no
século XIX.
1 - 2 - 3 -4 - O imperialismo europeu e a (EF08HI26) Identificar e
5-6-7 partilha da África e da Ásia contextualizar o protagonismo das
populações locais na resistência
ao imperialismo na África e Ásia.
1 - 2 - 3 -4 - Pensamento e cultura no (EF08HI27) Identificar as tensões
5-6-7 século XIX: darwinismo e e os significados dos discursos
racismo civilizatórios, avaliando seus
O discurso civilizatório nas impactos negativos para os povos
Américas, o silenciamento indígenas originários e as
dos saberes indígenas e as populações negras nas Américas.
formas de integração e
destruição de comunidades
e povos indígenas
A resistência dos povos e
comunidades indígenas
diante da ofensiva
civilizatória
9º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
1 - 2 - 3 -4 - Experiências republicanas e (EF09HI01) Descrever e
5-6-7 práticas autoritárias: as contextualizar os principais
tensões e disputas do aspectos sociais, culturais,
mundo contemporâneo econômicos e políticos da
A proclamação da República emergência da República no
e seus primeiros Brasil.
desdobramentos
1 - 2 - 3 -4 - Experiências republicanas e (EF09HI01BA) Reconhecer
5-6-7 práticas autoritárias: as movimentos sociais, como
tensões e disputas do mundo Canudos e Cangaço, no contexto
O
contemporâneo do sertão nordestino, no início da
nascimento
A proclamação da República República.
da República
e seus primeiros
no Brasil e
desdobramentos
os processos
1 - 2 - 3 -4 - Experiências republicanas e (EF09HI02) Caracterizar e
históricos até
5-6-7 práticas autoritárias: as compreender os ciclos da história
a metade do
tensões e disputas do republicana, identificando
século XX
mundo contemporâneo particularidades da história local e
A proclamação da República territorial até 1954.
e seus primeiros
desdobramentos
1 - 2 - 3 -4 - A questão da inserção dos (EF09HI03) Identificar os
5-6-7 negros no período mecanismos de inserção dos
republicano do pós-abolição negros na sociedade brasileira
Os movimentos sociais e a pós-abolição e avaliar os seus
imprensa negra; a cultura resultados.
afro-brasileira como
427

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


elemento de resistência e
superação das
discriminações.
1 - 2 - 3 -4 - A questão da inserção dos (EF09HI04) Discutir a importância
5-6-7 negros no período da participação da população
republicano do pós-abolição negra na formação econômica,
Os movimentos sociais e a política e social do Brasil.
imprensa negra; a cultura
afro-brasileira como
elemento de resistência e
superação das
discriminações
1 - 2 - 3 -4 - Primeira República e suas (EF09HI05) Identificar os
5-6-7 características processos de urbanização e
Contestações e dinâmicas modernização da sociedade
da vida cultural no Brasil brasileira e avaliar suas
entre 1900 e 1930 contradições e impactos no
território em que vive.
1 - 2 - 3 -4 - O período varguista e suas (EF09HI06) Identificar e discutir o
5-6-7 contradições papel do trabalhismo como força
A emergência da vida política, social e cultural no Brasil,
urbana e a segregação em diferentes escalas (nacional,
espacial regional, cidade, comunidade).
O trabalhismo e seu
protagonismo político
1 - 2 - 3 -4 - A questão indígena durante (EF09HI07) Identificar e explicar,
5-6-7 a República (até 1964) em meio a lógicas de inclusão e
exclusão, as pautas dos povos
indígenas, no contexto republicano
(até 1964), e das populações
afrodescendentes.
1 - 2 - 3 -4 - Anarquismo e protagonismo (EF09HI08) Identificar as
5-6-7 feminino transformações ocorridas no
debate sobre as questões da
diversidade no Brasil durante o
século XX e compreender o
significado das mudanças de
abordagem em relação ao tema.
1 - 2 - 3 -4 - Anarquismo e protagonismo (EF09HI09) Relacionar as
5-6-7 feminino conquistas de direitos políticos,
sociais e civis à atuação de
movimentos sociais.
1 - 2 - 3 -4 - O mundo em conflito: a (EF09HI10) Identificar e relacionar
5-6-7 Primeira Guerra Mundial A as dinâmicas do capitalismo e
questão da Palestina suas crises, os grandes conflitos
A Revolução Russa mundiais e os conflitos
Totalitarismo
A crise capitalista de 1929 vivenciados na Europa.
s e conflitos
1 - 2 - 3 -4 - O mundo em conflito: a (EF09HI11) Identificar as
mundiais
5-6-7 Primeira Guerra Mundial A especificidades e os
questão da Palestina desdobramentos mundiais da
A Revolução Russa Revolução Russa e seu significado
A crise capitalista de 1929 histórico.
428

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 - 2 - 3 -4 - O mundo em conflito: a (EF09HI12) Analisar a crise
5-6-7 Primeira Guerra Mundial A capitalista de 1929 e seus
questão da Palestina desdobramentos em relação à
A Revolução Russa economia global.
A crise capitalista de 1929
1 - 2 - 3 -4 - A emergência do fascismo e (EF09HI13) Descrever e
5-6-7 do nazismo contextualizar os processos da
A Segunda Guerra Mundial emergência do fascismo e do
Judeus e outras vítimas do nazismo, a consolidação dos
holocausto estados totalitários e as práticas
de extermínio (como o
holocausto).
1 - 2 - 3 -4 - O colonialismo na África (EF09HI14) Caracterizar e discutir
5-6-7 As guerras mundiais, a crise as dinâmicas do colonialismo no
do colonialismo e o advento continente africano e asiático e as
dos nacionalismos africanos lógicas de resistência das
e asiáticos populações locais diante das
questões internacionais.
1 - 2 - 3 -4 - A Organização das Nações (EF09HI15) Discutir as motivações
5-6-7 Unidas (ONU) e a questão que levaram à criação da
dos Direitos Humanos Organização das Nações Unidas
(ONU) no contexto do pós-guerra
e os propósitos dessa
organização.
1 - 2 - 3 -4 - A Organização das Nações (EF09HI16) Relacionar a Carta
5-6-7 Unidas (ONU) e a questão dos Direitos Humanos ao processo
dos Direitos Humanos de afirmação dos direitos
fundamentais e de defesa da
dignidade humana, valorizando as
instituições voltadas para a defesa
desses direitos e para a
identificação dos agentes
responsáveis por sua violação.
1 - 2 - 3 -4 - O Brasil da era JK e o ideal (EF09HI17) Identificar e analisar
5-6-7 de uma nação moderna: a processos sociais, econômicos,
urbanização e seus culturais e políticos do Brasil a
desdobramentos em um país partir de 1946.
em transformação
1 - 2 - 3 -4 - O Brasil da era JK e o ideal (EF09HI18) Descrever e analisar
Modernizaçã
5-6-7 de uma nação moderna: a as relações entre as
o, ditadura
urbanização e seus transformações urbanas e seus
civil-militar e
desdobramentos em um país impactos na cultura brasileira entre
redemocratiz
em transformação 1946 e 1964 e na produção das
ação: o
desigualdades regionais e sociais.
Brasil após
1 - 2 - 3 -4 - Os anos 1960: revolução (EF09HI19) Identificar e
1946
5-6-7 cultural? compreender o processo que
A ditadura civil-militar e os resultou na ditadura civil-militar no
processos de resistência Brasil e discutir a emergência de
As questões indígena e questões relacionadas à memória
negra e a ditadura e à justiça sobre os casos de
violação dos direitos humanos.

429

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


1 - 2 - 3 -4 - Os anos 1960: revolução (EF09HI20) Discutir os processos
5-6-7 cultural? de resistência e as propostas de
A ditadura civil-militar e os reorganização da sociedade
processos de resistência brasileira durante a ditadura civil-
As questões indígena e militar.
negra e a ditadura
1 - 2 - 3 -4 - Os anos 1960: revolução (EF09HI21) Identificar e relacionar
5-6-7 cultural? as demandas indígenas e
A ditadura civil-militar e os quilombolas como forma de
processos de resistência contestação ao modelo
As questões indígena e desenvolvimentista da ditadura.
negra e a ditadura
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI22) Discutir o papel da
5-6-7 redemocratização mobilização da sociedade
A Constituição de 1988 e a brasileira do final do período
emancipação das cidadanias ditatorial até a Constituição de
(analfabetos, indígenas, 1988.
negros, jovens etc.)
A história recente do Brasil:
transformações políticas,
econômicas, sociais e
culturais de 1989 aos dias
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI23) Identificar direitos
5-6-7 redemocratização civis, políticos e sociais expressos
A Constituição de 1988 e a na Constituição de 1988 e
emancipação das cidadanias relacioná-los à noção de cidadania
(analfabetos, indígenas, e ao pacto da sociedade brasileira
negros, jovens etc.) de combate a diversas formas de
A história recente do Brasil: preconceito, como o racismo.
transformações políticas,
econômicas, sociais e
culturais de 1989 aos dias
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
430

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI24) Analisar as
5-6-7 redemocratização transformações políticas,
A Constituição de 1988 e a econômicas, sociais e culturais de
emancipação das cidadanias 1989 aos dias atuais, identificando
(analfabetos, indígenas, questões prioritárias para a
negros, jovens etc.) promoção da cidadania e dos
A história recente do Brasil: valores democráticos.
transformações políticas,
econômicas, sociais e
culturais de 1989 aos dias
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI25) Relacionar as
5-6-7 redemocratização transformações da sociedade
A Constituição de 1988 e a brasileira aos protagonismos da
emancipação das cidadanias sociedade civil após 1989.
(analfabetos, indígenas,
negros, jovens etc.)
A história recente do Brasil:
transformações políticas,
econômicas, sociais e
culturais de 1989 aos dias
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI26) Discutir e analisar as
5-6-7 redemocratização causas da violência contra
A Constituição de 1988 e a populações marginalizadas
emancipação das cidadanias (negros, indígenas, mulheres,
(analfabetos, indígenas, homossexuais, camponeses,
negros, jovens etc.) pobres etc.) com vistas à tomada
A história recente do Brasil: de consciência e à construção de
transformações políticas,
431

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


econômicas, sociais e uma cultura de paz, empatia e
culturais de 1989 aos dias respeito às pessoas.
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - O processo de (EF09HI27) Relacionar aspectos
5-6-7 redemocratização das mudanças econômicas,
A Constituição de 1988 e a culturais e sociais ocorridas no
emancipação das cidadanias Brasil a partir da década de 1990
(analfabetos, indígenas, ao papel do País no cenário
negros, jovens etc.) internacional na era da
A história recente do Brasil: globalização.
transformações políticas,
econômicas, sociais e
culturais de 1989 aos dias
atuais
Os protagonismos da
sociedade civil e as
alterações da sociedade
brasileira
A questão da violência
contra populações
marginalizadas
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização
1 - 2 - 3 -4 - A Guerra Fria: confrontos de (EF09HI28) Identificar e analisar
5-6-7 dois modelos políticos aspectos da Guerra Fria, seus
A Revolução Chinesa e as principais conflitos e as tensões
tensões entre China e geopolíticas no interior dos blocos
Rússia liderados por soviéticos e
A Revolução Cubana e as estadunidenses.
tensões entre Estados
Unidos da América e Cuba
A história 1 - 2 - 3 -4 - As experiências ditatoriais na (EF09HI29) Descrever e analisar
recente 5-6-7 América Latina as experiências ditatoriais na
América Latina, seus
procedimentos e vínculos com o
poder, em nível nacional e
internacional, e a atuação de
movimentos de contestação às
ditaduras.
1 - 2 - 3 -4 - As experiências ditatoriais na (EF09HI30) Comparar as
5-6-7 América Latina características dos regimes
432

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


ditatoriais latino-americanos, com
especial atenção para a censura
política, a opressão e o uso da
força, bem como para as reformas
econômicas e sociais e seus
impactos.
1 - 2 - 3 -4 - Os processos de (EF09HI31) Descrever e avaliar os
5-6-7 descolonização na África e processos de descolonização na
na Ásia África e na Ásia.
1 - 2 - 3 -4 - O fim da Guerra Fria e o (EF09HI32) Analisar mudanças e
5-6-7 processo de globalização permanências associadas ao
Políticas econômicas na processo de globalização,
América Latina considerando os argumentos dos
movimentos críticos às políticas
globais.
1 - 2 - 3 -4 - O fim da Guerra Fria e o (EF09HI33) Analisar as
5-6-7 processo de globalização transformações nas relações
Políticas econômicas na políticas locais e globais geradas
América Latina pelo desenvolvimento das
tecnologias digitais de informação
e comunicação.
1 - 2 - 3 -4 - O fim da Guerra Fria e o (EF09HI34) Discutir as motivações
5-6-7 processo de globalização da adoção de diferentes políticas
Políticas econômicas na econômicas na América Latina,
América Latina assim como seus impactos sociais
nos países da região.
1 - 2 - 3 -4 - Os conflitos do século XXI e (EF09HI35) Analisar os aspectos
5-6-7 a questão do terrorismo relacionados ao fenômeno do
Pluralidades e diversidades terrorismo na contemporaneidade,
identitárias na atualidade incluindo os movimentos
As pautas dos povos migratórios e os choques entre
indígenas no século XXI e diferentes grupos e culturas.
suas formas de inserção no
debate local, regional,
nacional e internacional
1 - 2 - 3 -4 - Os conflitos do século XXI e (EF09HI36) Identificar e discutir as
5-6-7 a questão do terrorismo diversidades identitárias e seus
Pluralidades e diversidades significados históricos no início do
identitárias na atualidade século XXI, combatendo qualquer
As pautas dos povos forma de preconceito e violência.
indígenas no século XXI e
suas formas de inserção no
debate local, regional,
nacional e internacional

ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO

Introdução
433

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A área de ensino religioso no currículo reflete transformações socioculturais
fruto de mudanças paradigmáticas no campo educacional das últimas décadas,
relacionadas às perspectivas do respeito à diversidade, inclusão social e
educação integral.
Tem como objeto, o conhecimento religioso, este que é produzido no âmbito
das diferentes áreas do conhecimento científico das Ciências Humanas e
Sociais, notadamente da(s) Ciência(s) da(s) Religião(ões). Essas Ciências
investigam a manifestação dos fenômenos religiosos em diferentes culturas e
sociedades enquanto um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por
respostas aos enigmas do mundo, da vida e da morte.
De modo singular, complexo e diverso, esses fenômenos alicerçaram
distintos sentidos e significados de vida e diversas ideias de divindade(s), em
torno dos quais se organizaram cosmovisões, linguagens, saberes, crenças,
mitologias, narrativas, textos, símbolos, ritos, doutrinas, tradições, movimentos,
práticas e princípios éticos e morais. Os fenômenos religiosos em suas múltiplas
manifestações são parte integrante do substrato cultural da humanidade e estão
contemplados no presente Currículo Bahia.
Assim sendo, os conhecimentos religiosos devem ser trabalhados a partir
de pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou
convicção. Isso implica abordar esses conhecimentos com base nas diversas
culturas e tradições religiosas, sem desconsiderar a existência de filosofias
seculares de vida, de acordo com os próprios fundamentos da BNCC.

ENSINO RELIGIOSO

Introdução

Ao longo da história da educação brasileira, o Ensino Religioso assumiu


diferentes vertentes teórico-metodológicas, geralmente de caráter confessional-
cristão, estando estreitamente vinculado aos interesses do grupo religioso
hegemônico. No Brasil, desde o período colonial até os dias atuais, vem sofrendo
constantes alterações. Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) recebe
uma nova configuração, que busca afastá-lo de toda forma de confessionalismo
e proselitismo religioso.
Desde as últimas décadas do século XX até os dias atuais, a sociedade
brasileira vem passando por diversas transformações que provocaram
mudanças significativas no panorama social, político, cultural e educacional, que
também impactaram no Ensino Religioso. Em função dos promulgados ideais de
democracia, inclusão social e educação integral, vários setores da sociedade
civil passaram a reivindicar uma nova abordagem acerca do conhecimento

434

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


religioso, bem como o reconhecimento da diversidade religiosa no âmbito dos
currículos escolares, imprimindo um grande desafio ao Ensino Religioso, no
sentido de promover uma realidade plurirreligiosa da sociedade, em que se exige
cada vez mais um diálogo inter-religioso, intercultural e uma escola plural.
A Constituição Federal de 1988 (artigo 210) e a LDB nº 9.394/1996
(artigo 33, alterado pela Lei nº 9.475/1997) estabeleceram os princípios e os
fundamentos que devem alicerçar epistemologias e pedagogias do Ensino
Religioso. Posteriormente, a Resolução CNE/CEB nº 04/2010 e a Resolução
CNE/CEB nº 07/2010 reconheceram o Ensino Religioso como uma das cinco
áreas de conhecimento do Ensino Fundamental de 09 (nove) anos. Mais
recentemente, a BNCC (2017) incluiu novamente orientações sobre o Ensino
Religioso nas escolas, trazendo como competências para esse ensino a
convivência com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos,
convicções, modos de ser e viver.
Neste contexto, o Ensino Religioso aqui proposto, busca construir, por
meio do estudo dos conhecimentos religiosos e das filosofias de vida, atitudes
de reconhecimento e respeito às alteridades. Até porque, deve ser papel da
educação desenvolver um currículo que trabalhe o transcendente, o imanente e
a interdisciplinaridade, na perspectiva de uma educação integral, com vistas ao
despertamento, construção e desenvolvimento de uma compreensão da
pluralidade cultural em que o indivíduo se encontra inserido. Assim, propõe-se
um modelo curricular por competência, inter-religioso e plural, concebido de
forma a abranger as mais variadas opções e modalidades de religiosidade e
filosofias de vida. Esta perspectiva não pressupõe que o aluno se identifique com
algum credo ou religião, mas se baseia nas categorias sócio antropológicas de
transcendência e alteridade.
Estabelecido como componente curricular de oferta obrigatória nas
escolas públicas de Ensino Fundamental, com matrícula facultativa, o Ensino
Religioso traz como função educacional, enquanto parte integrante da formação
básica do cidadão, assegurar a formação integral do indivíduo, numa perspectiva
inclusiva, respeitando a diversidade cultural religiosa, sem proselitismos. No
Currículo do Estado da Bahia, enquanto componente curricular, dialoga com os
documentos, diretrizes e orientações curriculares construídos, nas últimas
décadas, tendo como respaldo legal a própria BNCC.
Considerando os marcos normativos e, em conformidade com as
competências gerais estabelecidas no âmbito da BNCC, o Ensino Religioso deve
atender aos seguintes objetivos:
a) proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos,
culturais e estéticos, a partir das manifestações religiosas
percebidas na realidade dos educandos;

435

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


b) propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e
de crença, no constante propósito de promoção dos direitos
humanos;
c) desenvolver competências e habilidades que contribuam para o
diálogo entre perspectivas religiosas e seculares de vida,
exercitando o respeito à liberdade de concepções e o pluralismo de
ideias, de acordo com a Constituição Federal;
d) contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais
de vida a partir de valores, princípios éticos e da cidadania;
e) favorecer estudo e práticas de meditação, caracterizados como
caminho teórico e prático do exercício da atenção plena à
consciência do momento presente, no sentido de contribuir para um
maior bem-estar mental, emocional e físico dos estudantes;
f) despertar, construir e/ou desenvolver a consciência do educando,
em prol da sua formação integral, para compreender o
comportamento humano e os desafios das relações cotidianas;
g) promover o autoconhecimento do educando (conhecer-se), através
do despertamento, conhecimento, desenvolvimento, manutenção e
uso do seu potencial humano individual; a sua autointegração;
portanto, o seu autodesenvolvimento e o seu bem ser e estar social.

O conhecimento religioso, objeto da área de Ensino Religioso,


fundamenta-se nas Ciências da Religião como campo de estudos que garante
uma base epistemológica, visto ter o seu objeto fomentado por estudos,
pesquisas e ações sistematizadas na perspectiva de diferentes ciências, a fim
de compreender tudo o que integra e circunscreve o universo religioso. (SENA,
2006).
Essa Ciência investiga a manifestação dos fenômenos religiosos, em
diferentes tempos, culturas e sociedades como um dos bens simbólicos
resultantes da busca humana por respostas aos enigmas existenciais, do
mundo, da vida, da morte e do universo como um todo, tais como: quem somos,
de onde viemos e para onde vamos; e ainda: qual o Princípio Criador, a
Finalidade da Vida e a Razão da Nossa Existência. Deve estar claro, portanto,
que a ênfase do Ensino Religioso é auxiliar o educando a construir uma resposta
à pergunta pelo sentido da sua vida, o que implica uma reflexão sistemática e
vivências cotidianas em torno de um projeto pessoal moral, ético e cidadão.
De modo singular, complexo e diverso, esses fenômenos alicerçaram
distintos sentidos e significados de vida e diversas ideias de divindades, em torno
dos quais se organizaram cosmovisões, linguagens, saberes, crenças,
mitologias, narrativas, textos, símbolos, ritos, doutrinas, tradições, movimentos,
práticas e princípios morais e éticos. Os fenômenos religiosos em suas múltiplas
manifestações são parte integrante do substrato existencial da humanidade.
436

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


Cabe ao Ensino Religioso tratar os conhecimentos religiosos a partir de
pressupostos morais, éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou
convicção. Isso implica abordar esses conhecimentos com base nas diversas
culturas e tradições religiosas, sem desconsiderar a existência de filosofias
seculares de vida.
O Ensino Religioso pluralista deve apresentar uma visão positiva da
diversidade religiosa, situando-a como parte de um contexto democrático onde
a liberdade de pensamento e de credo pode se expressar. Neste sentido, deve
estimular o diálogo e a interação entre os alunos de diferentes tradições
religiosas, buscando superar os preconceitos e revelar seus pontos de
convergência. Uma perspectiva histórica e sociológica das religiões pode ser
importante para desvendar as razões de muitos conflitos que dividem grupos e
pessoas.
Muitos preconceitos e discriminações estão relacionados com fatos
históricos que, uma vez analisados, permitiriam construir uma outra imagem dos
grupos e pessoas que estão diretamente relacionados a eles. O ensino religioso
deve buscar ainda internalizar nos alunos uma ética de ação e de
comportamento dentro de um mundo plurirreligioso. Uma ética que deve se
traduzir em práticas e atitudes apropriadas para uma convivência humana numa
sociedade pluralista. Ou seja: que os impulsionem a comportar-se
responsavelmente no meio cultural democrático que se apresenta em
consonância com a afirmação da liberdade religiosa e respeito a outras religiões
diferentes da sua”. (STEIL, 1996, p.50-52)
No presente Currículo do Estado da Bahia, o Ensino Religioso contempla
fundamentos teóricos e metodológicos capazes de tratar a religião com
fundamentação teórico-prática, permitindo o respeito à diversidade cultural e
religiosa do Brasil, e, especialmente, da Bahia. Aborda os aspectos religiosos da
história da humanidade, suas diversas culturas e doutrinas religiosas,
considerando uma linha cronológica de tempo, em que se contemple as
tradições e patrimônios orais e imateriais, o respeito às ancestralidades, a
exemplo dos povos indígenas e ciganos, às religiões de matrizes africanas e
orientais, destacando as concepções antropológicas, sociais e culturais de cada
segmento. Aborda ainda a importância do autoconhecimento dos estudantes,
com vistas ao desenvolvimento da oitava competência geral da BNCC que
envolve o conhecer-se, apreciar-se e o cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
A organização didática visa, desta forma, ao desenvolvimento integral
dos estudantes, a partir de uma visão sistêmica, pautada em princípios morais,
éticos e estéticos elevados. Assim, o Ensino Religioso prevê que a escola seja
vista como um lugar sagrado, onde se alimenta a vida, se pacifica o espírito e se
compartilha o amor como a maior forma de sabedoria, propagando virtudes, tais
437

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


como amizade, solidariedade, caridade, fraternidade, perseverança, fortaleza,
temperança, esperança e fé, dentre outras, contidas nas diversas doutrinas e
culturas vivenciadas na Bahia.
Busca ainda valorizar práticas de ciência de interioridade, a exemplo da
Meditação, que proporciona um estado de ser que, naturalmente, produz nos
estudantes e educadores uma ação potencializadora do desenvolvimento das
competências socioemocionais, em consonância com o indicado nas
competências gerais (8ª e 9ª) da BNCC. Tais competências destacam a
importância do exercício da empatia, do diálogo, da resolução de conflitos e da
cooperação, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza; bem como ao processo do agir pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
Os conteúdos deste componente curricular serão vistos em uma relação
transversal, a partir de uma construção epistemológica fundamentada em
diferentes campos de estudo, como a História, a Filosofia, a Antropologia, a
Sociologia, a Política, a Cultura, a Psicologia, entre outros, com o objetivo de
construir uma educação consciente, cidadã, laica e mais autônoma no que tange
às questões da religiosidade, sem perder de vista que a finalidade não é a
construção de uma neutralidade ou uma visão cética da religião, mas a
compreensão da importância do seu estudo para a formação integral do ser
humano.
A respeito da importância do aporte de conteúdos e disciplinas afins,
Cruz, refletindo sobre cidadania e interdisciplinariedade do Ensino Religioso,
afirma que:
[...] para trabalhar dados específicos da sua área, o Ensino
Religioso precisa do socorro de outras disciplinas. Na questão
da cidadania, a história do povo de Deus vai ser trabalhada de
várias formas para se ver como a Bíblia encara essa questão.
Mas vai ser muito difícil ligar a garotada em fatos de um povo
distante, de antes de Cristo, se não houver consciência histórica.
Quem não tem sua sensibilidade poética desenvolvida também
vai ter problemas na interpretação dos textos sagrados de todas
as religiões já que, para falar de Deus e do Transcendente, a
melhor linguagem sempre foi aquela em que as palavras
ultrapassam o seu sentido literal, ou seja: a poesia, a alegoria, o
mito, a parábola, a metáfora. Não se faz reflexão religiosa sobre
a cidadania sem certa dose de boa Sociologia, de interpretação
libertadora da História, de visão adequada da Economia, da
Política, do comportamento das massas e das pessoas
individualmente nos tempos de hoje. Sem esse apoio corremos
438

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


o risco de discursos vazios, por melhores que sejam as
intenções”. (CRUZ, 1996a, p. 40)

Nesta perspectiva, o Ensino Religioso adota a pesquisa e o diálogo como


princípios mediadores e articuladores dos processos de observação,
identificação, análise, apropriação e ressignificação de saberes, visando ao
desenvolvimento de competências específicas. Por isso, a interculturalidade e a
ética da alteridade constituem fundamentos teóricos e pedagógicos, porque
favorecem o reconhecimento e respeito às histórias, memórias, crenças,
convicções e valores de diferentes culturas, tradições religiosas e filosofias de
vida.
Destaca-se a importância do componente Ensino Religioso para a
formação do educando na etapa fundamental do seu processo educacional,
especialmente anos iniciais, cabendo aos pedagogos uma abordagem sistêmica
dos aspectos da religião para a formação do indivíduo enquanto cidadão (sem
proselitismo), possibilitando a esses sujeitos uma vivência responsável e
harmoniosa em sociedade. Para os anos finais, cuja formação do educando está
sob a responsabilidade de docente especialista, com formação na área de
Filosofia ou Teologia, espera-se que o componente curricular esteja
fundamentado na concepção de que a religiosidade é uma forma, entre tantas
outras, de explicar a existência humana, considerando que o seu objeto de
estudo é a análise dos elementos comuns e específicos às diversas religiões,
isto é, o fenômeno religioso em si e nas suas múltiplas expressões. De todo
modo, no que se refere à linguagem, o professor de Ensino Religioso deve falar
a partir dos estudantes, de suas possibilidades e necessidades.
A unidade temática Identidades e Alteridades viabiliza que os
estudantes reconheçam, valorizem e acolham o caráter singular e diverso do ser
humano, por meio da identificação e do respeito às semelhanças e diferenças
entre o eu (subjetividade) e os outros (alteridades), da compreensão dos
símbolos e significados e da relação entre imanência e transcendência, que está
mediada por linguagens específicas, tais como o símbolo, o mito e o rito.
Outro conjunto de elementos (símbolos, ritos, espaços, territórios e
lideranças) integra a unidade temática Manifestações Religiosas, em que se
pretende proporcionar o conhecimento, a valorização e o respeito às distintas
experiências e manifestações religiosas, e a compreensão das relações
estabelecidas entre as lideranças e denominações religiosas e as distintas
esferas sociais. Esta unidade temática contemplará ainda as Crenças Religiosas
e Filosofias de Vida, onde serão trabalhados aspectos estruturantes das
diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, particularmente
sobre mitos, ideia(s) de divindade(s), crenças e doutrinas religiosas, tradições
orais e escritas, ideias de imortalidade, princípios e valores morais, éticos e
estéticos.
439

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


A unidade temática Meditação tem por objetivo ampliar o
autoconhecimento, desenvolver a autoconsciência, o autocontrole físico, mental
e emocional do educando, bem como ampliar a sua competência
socioemocional. Através de parábolas, fábulas, mitologias e histórias, o
estudante buscará identificar a importância da Meditação para sua formação
humana. Será oportunizado ao estudante identificar a dimensão da
atemporalidade, da espiritualidade e da transcendentalidade através de práticas
cotidianas de exercícios de interioridade.
A unidade temática Consciência objetiva, dentre outros, auxiliar aos
educadores/educandos/pais/comunidade, no que concerne à construção do
caráter, na medida em que desperta seus sentimentos e organiza seus
pensamentos, a fim de que seus atos reflitam o todo dessa construção de forma
significativa; além de oferecer uma base sólida para a construção do
pensamento, segundo a noção de virtude e tudo que equivalha. Tem ainda como
finalidade viabilizar ao educando identificar que no Universo tudo são Leis
Naturais, e que a partir delas o ser humano cria as leis materiais; que as relações
humanas devem estar pautadas em valores universais e princípios racionais.
Visa também identificar a importância da religiosidade para o despertamento,
construção e desenvolvimento da Consciência do ser humano; bem como
identificar o papel da Consciência para a ação integral (sentir, pensar e agir) do
indivíduo.
A última unidade temática trata dos elementos básicos religiosos que se
fundamentam na dialética em prol do Autoconhecimento dos educandos. Neste
momento, é importante a experiência pessoal/individual de liberdade para
inserção no pluralismo, e é necessário que sejam trabalhados valores universais
(amizade, amor, solidariedade, equanimidade etc.) e virtudes para a superação
do eu pessoal.
Evidencia-se que, em todos os ciclos e unidades temáticas, é necessária
a atenção do educador quanto às práticas religiosas de cada estudante.
Ademais, também contribui para o entendimento da concepção do
Ensino Religioso, no Currículo do Estado da Bahia, a reflexão de Brito, quando
aborda o tema da educação em tempos de globalização:
No âmbito educacional, gostaria de concentrar o olhar na educação
religiosa ou no ensino religioso e perguntar por sua possível contribuição para a
construção de uma sociedade mais igualitária. Penso num ensino religioso que
superou o ranço apologético e proselitista e situa-se num horizonte
macroecumênico. A palavra religiosa, ao oferecer olhos novos às pessoas,
possibilita um crescimento por dentro, uma transformação interna, uma
experiência de liberdade – valor supremo do ser humano –, liberdade que se
manifesta de modo pleno no dom do outro, no reconhecimento do outro...
heterogêneo, plural e contraditório. A palavra religiosa, por sua natureza
interrogante, mantém vivas as perguntas sobre a vida, sobre o destino humano
440

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


e sobre o futuro. A palavra religiosa, por ser operativa, convida a passar das
ideias ao agir, agir que é desafiado a construir a base de uma convivência
humana mais harmônica. (BRITO, 1998, p. 34-35)
Por fim, cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na
BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam
e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um
arranjo possível (dentre outros). Portanto, adapta-se esta proposta de Ensino
Religioso à necessária pluralidade do campo religioso brasileiro e baiano, visto
que a sua finalidade não é catequizar as novas gerações, mas estudar o
fenômeno religioso em si, considerando a importância da religiosidade para a
formação integral do ser humano

Organizador Curricular
ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO
ENSINO RELIGIOSO

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO PARA O ENSINO RELIGIOSO

1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de


vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.
2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas
experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.
3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor
da vida.
4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.
5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia,
da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.
6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância,
discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no
constante exercício da cidadania e da cultura de paz.

1º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF01ER01) Identificar e acolher as semelhanças
O eu, o outro e o e diferenças entre o eu, o outro e o nós.
3,4 nós (EF01ER02) Reconhecer que o seu nome e o
das demais pessoas os identificam e os
Identidades e
diferenciam.
Alteridades
(EF01ER03) Reconhecer e respeitar as
Imanência e
características físicas e subjetivas de cada um.
1,2,3,4,6 transcendência
(EF01ER04) Valorizar a diversidade de formas de
vida.
Manifestaçõe Sentimentos, (EF01ER05) Identificar e acolher sentimentos,
3,4,5
s Religiosas lembranças, lembranças, memórias e saberes de cada um.
441

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


memórias e (EF01ER06) Identificar as diferentes formas pelas
saberes quais as pessoas manifestam sentimentos,
ideias, memórias, gostos e crenças em diferentes
espaços.
(EF01ER01BA) Experimentar a atenção ao
momento presente, pela respiração, de maneira a
descansar e acalmar os pensamentos.
Foco, Atenção e
Meditação 2,3,4 (EF01ER02BA) Experimentar a prática do
Concentração.
silêncio interior e exterior.
(EF01ER03BA) Reconhecer o valor da oração e
da meditação na centração individual e grupal.
(EF01ER04BA) Refletir sobre crenças
fundamentais, valores importantes para si próprio
e aqueles que tem em comum com outras
Valores pessoas com as quais convive no cotidiano, tais
Consciência 2,3 importantes para si como valores de Leis Naturais e o universo
e para o coletivo. religioso.
(EF01ER05BA) Interagir com questões,
oportunidades, desafios e problemas do mundo
real.
(EF03ER06BA) Identificar a importância da
origem do ser humano para a compreensão das
questões existenciais, tais como: Quem sou? De
Origem, Identidade onde vim? Para onde vou?.
Autoconheci
3,4 Pessoal e Virtudes (EF01ER07BA) Reconhecer sua identidade e
mento
Humanas diferenças, a partir de suas características e seus
interesses.
(EF01ER08BA) Reconhecer em si as virtudes
religiosas predominantes.

2º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF02ER01) Reconhecer os diferentes espaços
O eu, a família e de convivência.
1,2,4,5 o ambiente de (EF02ER02) Identificar costumes, crenças e
convivência formas diversas de viver em variados ambientes
de convivência.
(EF02ER03) Identificar as diferentes formas de
Identidades e Memórias e registro das memórias pessoais, familiares e
Alteridades 1,2 símbolos escolares (fotos, músicas, narrativas, álbuns...).
(EF02ER04) Identificar os símbolos presentes
nos variados espaços de convivência.
(EF02ER05) Identificar, distinguir e respeitar
Símbolos
1,2 símbolos religiosos de distintas manifestações,
religiosos
tradições e instituições religiosas.
(EF02ER06) Exemplificar alimentos considerados
Manifestaçõe Alimentos
2,4,5 sagrados por diferentes culturas, tradições e
s Religiosas sagrados
expressões religiosas.

442

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF02ER07) Identificar significados atribuídos a
alimentos em diferentes manifestações e
tradições religiosas.
(EF02ER01BA) Reconhecer o significado e valor
da Meditação.
(EF02ER02BA) Aprender a conviver e a respeitar
Atenção e
uns aos outros, para além do universo das
Meditação 1,2,4 Convivência
crenças.
interreligiosa
(EF02ER03BA) Experimentar e reconhecer
melhorias na capacidade de comunicação e
relacionamentos interreligioso.
(EF02ER04BA) Reconhecer valores importantes
para si e para os demais em situações
Valores, multiculturais.
Consciência 1,2,6 coletividade e (EF02ER05BA) Reconhecer o impacto das ações
meio ambiente. de cada um sobre o coletivo e o meio ambiente.
(EF02ER06BA) Expressar o interesse pela
comunidade e pelo meio ambiente local.
(EF02ER07BA) Identificar-se como parte
integrante e relevante do meio em que vive.
(EF02ER08BA) Conceber as dimensões
Interações sociais
Autoconheci intrapessoal e interpessoal, bem como, cuidar da
3 e desenvolvimento
mento saúde física e emocional.
pessoal
(EF02ER09BA) Reconhecer pontos fortes e
fragilidades e identificar habilidades que deseja
desenvolver.

3º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF03ER01) Identificar e respeitar os diferentes
espaços e territórios religiosos de diferentes
Identidades e tradições e movimentos religiosos.
2,4 Espaços e territórios
Alteridades (EF03ER02) Caracterizar e distinguir os espaços
religiosos
e territórios religiosos como locais de realização
das práticas celebrativas.
(EF03ER03) Identificar e respeitar práticas
celebrativas (cerimônias, orações, festividades,
peregrinações, entre outras) de diferentes
Práticas celebrativas tradições religiosas.
2,4
(EF03ER04) Caracterizar e distinguir as práticas
celebrativas como parte integrante do conjunto
Manifestaçõe das manifestações religiosas de diferentes
s Religiosas culturas e sociedades.
(EF03ER05) Reconhecer as indumentárias
(roupas, acessórios, símbolos, pinturas corporais)
Indumentárias utilizadas em diferentes manifestações e
1,2,4
religiosas tradições religiosas.
(EF03ER06) Caracterizar as indumentárias como
elementos integrantes das identidades religiosas.

443

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF03ER01BA) Reconhecer os desafios das
O pensar e concepções religiosas e suas crenças com
Meditação 1, 3,4 estratégias de clareza mental e tranquilidade.
pensamento. (EF03ER02BA) Identificar o pensar e suas
manifestações.
(EF03ER03BA) Identificar iniciativas voltadas à
promoção dos direitos humanos e à
Valores, direitos sustentabilidade social e ambiental.
humanos, dilemas (EF03ER04BA) Identificar o senso do que é certo
Consciência 3,4,6
morais e tomada e errado, pelo reconhecimento das questões
de decisões. éticas, morais e estéticas.
(EF03ER05BA) Exercitar dilemas morais
vinculados às diversas situações do cotidiano.
Conhecimentos,
(EF03ER06BA) Reconhecer conhecimentos,
habilidades,
habilidades e atitudes, de maneira a demonstrar
Autoconheci atitudes e
3,4 confiança para realizar novas tarefas,
mento estratégias para
identificando desafios e facilidades, mediante o
desafios presentes
universo das religiões.
e futuros.

4º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF04ER01) Identificar ritos presentes no
cotidiano pessoal, familiar, escolar e comunitário.
(EF04ER02) Identificar ritos e suas funções em
diferentes manifestações e tradições religiosas.
(EF04ER03) Caracterizar e distinguir ritos de
Ritos religiosos iniciação e de passagem em diversos grupos
religiosos (nascimento, casamento e morte).
(EF04ER04) Identificar as diversas formas de
Manifestaçõe
1,2 expressão da espiritualidade (orações, cultos,
s Religiosas
gestos, cantos, dança, meditação) nas diferentes
tradições religiosas.
(EF04ER05) Identificar representações religiosas
em diferentes expressões artísticas (pinturas,
Representações arquitetura, esculturas, ícones, símbolos,
religiosas na arte imagens), reconhecendo-as como parte da
identidade de diferentes culturas e tradições
religiosas.
(EF04ER06) Identificar nomes, significados e
Crenças representações de divindades nos contextos
Religiosas e Ideia(s) de familiar e comunitário.
1,2,4
Filosofias de divindade(s) (EF04ER07) Reconhecer e respeitar as ideias de
Vida divindades de diferentes manifestações e
tradições religiosas.
(EF04ER01BA) Experimentar a meditação
Inteligência e concentrativa.
Meditação 3,4 habilidades (EF04ER02BA) Identifica a importância da
socioemocionais. atenção constante durante atividades contínuas e
repetitivas.
444

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF04ER03BA) Reconhecer as habilidades
socioemocionais como base para o controle
emocional.
(EF04ER04BA) Identificar, respeitar e promover
Direitos e Deveres. os direitos humanos, os deveres, a consciência
Consciência socioambiental e o consumo sustentável.
Consciência 1,2,4,6
socioambiental e (EF04ER05BA) Reconhecer interesse pelas
sustentabilidade questões globais, e compreender causas e
consequências.
(EF04ER06BA) Identificar a
autossustentabilidade humana, nas dimensões
Autoconheci Autossustenta-
1,3 do corpo, das emoções, da cognição, da cultura,
mento bilidade
das relações sociais, interreligiosa e da
espiritualidade.

5º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF05ER01) Identificar e respeitar
acontecimentos sagrados de diferentes culturas e
Narrativas religiosas
tradições religiosas como recurso para preservar
a memória.
(EF05ER02) Identificar mitos de criação em
1,2
diferentes culturas e tradições religiosas.
Mito nas tradiçõs (EF05ER03) Reconhecer funções e mensagens
religiosas religiosas contidas nos mitos de criação
(concepções de mundo, natureza, ser humano,
Crenças divindades, vida e morte).
Religiosas e (EF05ER04) Reconhecer a importância da
Filosofias de tradição oral para preservar memórias e
Vida acontecimentos religiosos.
(EF05ER05) Identificar elementos da tradição
oral nas culturas e religiosidades indígenas, afro-
Ancestralidade e brasileiras, ciganas, entre outras.
1,2,4
tradição oral (EF05ER06) Identificar o papel dos sábios e
anciãos na comunicação e preservação da
tradição oral.
(EF05ER07) Reconhecer, em textos orais,
ensinamentos relacionados a modos de ser e
viver.
(EF05ER01BA) Identificar na meditação a
possibilidade redução de pensamentos distrativos
e análise de novas formas de pensar se
necessário.
Pensar, Pensamento
Meditação 3,4 (EF05ER02BA) Reconhecer pontos fortes e
e cérebro
fracos de sua própria forma de pensar, mediante
símbolos e narrativas interreligiosa.
(EF05ER03BA) Identificar e reconhecer o bem
estar mental, emocional e físico.

445

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF05ER04BA) Exercitar o posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e
do planeta.
(EF05ER05BA) Identificar os níveis de
Ética, Moral desenvolvimento moral e sua relação com o
Consciência 1,2,3,4
e Cuidado comportamento humano.
(EF04ER06BA) Reconhecer questões éticas
básicas e compreender as suas interrelações,
comparando situações mais positivas ou
negativas do ponto de vista ético e moral.
(EF05ER07BA) Compreender a importância da
religiosidade para a formação do ser humano.
Autoconheci Dimensão humana e (EF05ER08BA) Reconhecer a identidade
1,2,4
mento religiosa humana, suas emoções, bem como dos outros no
universo de diversidades, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.

6º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF06ER01) Reconhecer o papel da tradição
Tradição escrita: escrita na preservação de memórias,
registro dos acontecimentos e ensinamentos religiosos.
1,2 ensinamentos (EF06ER02) Reconhecer e valorizar a
sagrados diversidade de textos religiosos escritos (textos
do Budismo, Cristianismo, Espiritismo,
Hinduísmo, Islamismo, Judaísmo, entre outros).
(EF06ER03) Reconhecer, em textos escritos,
ensinamentos relacionados a modos de ser e
viver.
Crenças (EF06ER04) Reconhecer que os textos escritos
Ensinamentos da
Religiosas e são utilizados pelas tradições religiosas de
1,2,4,6 tradição escrita
Filosofias de maneiras diversas.
Vida (EF06ER05) Discutir como o estudo e a
interpretação dos textos religiosos influenciam os
adeptos a vivenciarem os ensinamentos das
tradições religiosas.
(EF06ER06) Reconhecer a importância dos
mitos, ritos, símbolos e textos na estruturação
Símbolos, ritos e das diferentes crenças, tradições e movimentos
1,2 mitos religiosos religiosos.
(EF06ER07) Exemplificar a relação entre mito,
rito e símbolo nas práticas celebrativas de
diferentes tradições religiosas.
Concentração (EF06ER01BA) Identificar a importância dos
mental e o diferentes tipos de meditação.
Meditação 3,4 desenvolvimento (EF06ER02BA) Reconhecer o aumento da
da mente satisfação e produtividade para melhor
emocional compreensão da realidade.

446

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF06ER03BA) Exercitar a empatia, o diálogo, a
Valores e
resolução de conflitos e a cooperação.
Consciência 5,6 comportamento
(EF06ER04BA) Identificar e reconhecer valores
humano
importantes para si e para o coletivo.
(EF06ER05BA) Correlacionar as virtudes e os
Virtudes e vícios vícios na perspectiva religiosa que o ser humano
Autoconheci humanos, possui e suas respectivas condutas.
3,6
mento emoções e (EF06ER06BA) Reconhecer o impacto das
contexto social emoções e sentimentos no contexto escolar e
social.

7º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF07ER01) Reconhecer e respeitar as práticas
de comunicação com as divindades em distintas
manifestações e tradições religiosas.
Místicas e
1,2,3,4 (EF07ER02) Identificar práticas de espiritualidade
espiritualidades
utilizadas pelas pessoas em determinadas
situações (acidentes, doenças, fenômenos
Manifestaçõe climáticos).
s Religiosas (EF07ER03) Reconhecer os papéis atribuídos às
lideranças de diferentes tradições religiosas.
(EF07ER04) Exemplificar líderes religiosos que
Lideranças
1,2,3,4,6 se destacaram por suas contribuições à
religiosas
sociedade.
(EF07ER05) Discutir estratégias que promovam a
convivência ética e respeitosa entre as religiões.
(EF07ER06) Identificar princípios éticos em
Princípios éticos
diferentes tradições religiosas e filosofias de vida,
e valores
discutindo como podem influenciar condutas
religiosos
Crenças pessoais e práticas sociais.
Religiosas e (EF07ER07) Identificar e discutir o papel das
1,4,6
Filosofias de lideranças religiosas e seculares na defesa e
Vida Liderança e promoção dos direitos humanos.
direitos humanos (EF07ER08) Reconhecer o direito à liberdade de
consciência, crença ou convicção, questionando
concepções e práticas sociais que a violam.
(EF07ER01BA) Reconhecer as contribuições das
práticas meditativas para aprimoramento da
atenção, memória e desenvolvimento da
Atenção, memória
Meditação 1,3,4 inteligência.
e inteligência
(EF07ER02BA) Exercitar práticas de atenção
plena e capacidade de reflexão, mediante
símbolos e narrativas interreligiosa.
(EF07ER03BA) Exercitar o acolhimento de si e
do outro nas ações cotidianas.
(EF07ER04BA) Reconhecer os valores
Consciência 1,2,4,6 Valores e Ação
essenciais sobre o que é o certo a se fazer antes
de agir e, em seguida, agir de acordo com essa
reflexão.
447

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF07ER05BA) Reconhecer a importância da
auto-obervação para identificação da autonomia
Auto-observação, com vistas ao alcance da liberdade.
Autoconheci
3, 4 autonomia e (EF07ER06BA) Reconhecer, acolher e lidar com
mento
libertação. mudanças relativas à adolescência e aos fatores
que afetam o seu crescimento pessoal, físico,
social e espiritual.

8º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF08ER01) Discutir como as crenças e
Crenças, convicções podem influenciar escolhas e atitudes
convicções e pessoais e coletivas.
1,2,3,4
atitudes (EF08ER02) Analisar filosofias de vida,
manifestações e tradições religiosas destacando
seus princípios éticos.
(EF08ER03) Analisar doutrinas das diferentes
Doutrinas
1,4,6 tradições religiosas e suas concepções de
religiosas
mundo, vida e morte.
Crenças (EF08ER04) Discutir como filosofias de vida,
Religiosas e tradições e instituições religiosas podem
Filosofias de influenciar diferentes campos da esfera pública
Vida Crenças, (política, saúde, educação, economia).
filosofias de vida (EF08ER05) Debater sobre as possibilidades e
1,2,4,5,6
e esfera pública os limites da interferência das tradições religiosas
na esfera pública.
(EF08ER06) Analisar práticas, projetos e políticas
públicas que contribuem para a promoção da
liberdade de pensamento, crenças e convicções.
Tradições (EF08ER07) Analisar as formas de uso das
1,2,4,6 religiosas, mídias mídias e tecnologias pelas diferentes
e tecnologias denominações religiosas.
(EF08ER01BA) Identificar o valor da
reflexão, da imaginação e da criatividade para a
solução de situações cotidianas.
Criatividade e (EF08ER02BA) Reconhecer o aumento da
Meditação 3, 4
Resiliência. tolerância nas relações interpessoais.
(EF08ER03BA) Reconhecer maiores níveis de
resiliência e criatividade nos diálogos
interreligiosos.
(EF08ER04BA) Reconhecer a importância dos
grupos sociais, seus saberes, identidades e
culturas, com vistas a comportamentos humanos
Sociedade e
Consciência 2,3,4 cada vez mais equilibrados.
Saberes.
(EF08ER05BA) Identificar a importância dos
valores, da generosidade e da compaixão para
consigo e com o outro.

448

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF08ER06BA) Identificar o autoconhecimento
como processo do ser humano que o leva a
Identidade, limites e reconhecer seus limites e suas potencialidades.
Autoconheci potencialidades (EF08ER07BA) Identificar os pontos fortes e
2,3,4
mento individuais e fragilidades de maneira consciente e respeitosa,
coletivas. enfrentando pressões sociais e investindo no
aprimoramento do diálogo, com vistas ao
equilíbrio individual e coletivo.

9º ANO
UNIDADES COMPETÊNCIA OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICAS S ESPECÍFICAS CONHECIMENTO
(EF09ER01) Analisar princípios e orientações
para o cuidado da vida e nas diversas tradições
Imanência e religiosas e filosofias de vida.
transcendência (EF09ER02) Discutir as diferentes expressões de
valorização e de desrespeito à vida nas diversas
modalidades de crenças, por meio da análise de
matérias nas diferentes mídias.
(EF09ER03) Identificar sentidos do viver e do
1,2,3,4,6 morrer em diferentes tradições religiosas, através
do estudo de mitos fundantes.
(EF09ER04) Identificar concepções de vida e
Crenças morte em diferentes tradições religiosas e
Religiosas e Vida e morte filosofias de vida, por meio da análise de
Filosofias de diferentes ritos fúnebres.
Vida (EF09ER05) Analisar as diferentes ideias de
imortalidade elaboradas pelas tradições religiosas
(ancestralidade, reencarnação, transmigração,
ressurreição, metempsicose e hereditariedade.
(EF09ER06) Reconhecer a coexistência como
uma atitude ética de respeito à vida e à dignidade
humana.
Princípios e (EF09ER07) Identificar princípios éticos
1,2,3,4,5,6
valores éticos (familiares, religiosos e culturais) que possam
alicerçar a construção de projetos de vida.
(EF09ER08) Construir projetos de vida
assentados em princípios e valores éticos.
(EF09ER01BA) Identificar e Reconhecer a
redução de afetos negativos, menor
responsividade ao estresse e a percepção de
Afetos positivos, maior autoeficácia.
redução de (EF09ER02BA) Reconhecer potencialidades e
Meditação 3,4 estresse e melhores maneiras de se relacionar com o
melhoria de mundo.
eficácia. (EF09ER03BA) Reconhecer a atenção plena na
respiração e nos sentimentos e pensamentos.
(EF09ER04BA) Reconhecer possibilidades de
viver em Paz e de forma autossustentável.

449

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


(EF09ER05BA) Identificar valores importantes
Comportamento
para si e para o coletivo.
humano, ação
(EF09ER06BA) Reconhecer o papel da
Consciência 1,2,4 integral e
Consciência para a ação integral (sentir, pensar e
responsabilidade
agir) do ser humano, no dia a dia das relações
social.
individuais, sociais e ambientais.
(EF09ER07BA) Identificar o autoconhecimento
como o processo do Ser Humano, que o leva a
emancipação e autonomia.
Autonomia,
Autoconheci (EF09ER08BA) Identificar o autoconhecimento
3,4 Resiliência e
mento como processo do ser humano buscar o seu
Determinação
Centro como força e determinação para a
compreensão da vida e suas diversas
manifestações.

10. PROJETO DE VIDA E AS TRANSIÇÕES PARA O ENSINO MÉDIO

Os anos finais do ensino fundamental precisam estabelecer uma conexão


mais sólida com a etapa final da educação básica, sobretudo quando refletirmos
sobre a função social da escola e sobre a efetividade dela na construção dos
projetos de vida dos estudantes.
Na dimensão da função social da escola, estão assentados importantes
objetivos da etapa ensino médio, à luz da Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
quais sejam, a formação para o exercício da cidadania e a preparação para a
continuação dos estudos em nível subsequente, bem como a preparação para o
ingresso no mundo do trabalho.
A transição do ensino fundamental anos finais para o ensino médio é
permeada por importantes marcos geracionais na vida dos estudantes, sujeitos
adolescentes, com experiências subjetivas marcantes, e cujo caráter identitário,
conforme definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é demarcado por
um processo fundamentalmente biológico, onde os processos de
desenvolvimento cognitivo e de estruturação da personalidade se intensificam.
A adolescência, segundo a OMS, abrangeria sujeitos entre 10 e 19 anos,
sendo a pré-adolescência, dos 10 aos 14 anos, a etapa geracional coincidente
com a escolarização nos anos finais do ensino fundamental. A dimensão
psíquica do comportamento do adolescente está bastante associada às

450

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


mudanças vivenciadas na puberdade, onde as alterações hormonais, as
mudanças na voz, na estrutura física do corpo, são também contributivas ao
processo de maturação atravessado pelos adolescentes.
A despeito de não haver linearidade bem demarcada entre a transição do
adolescente para o jovem, merece destaque a análise da dimensão sociológica
da juventude, que inclui uma pluralidade e heterogeneidade de sujeitos jovens,
conectados a diferentes grupos sociais, tribos, coletivos, e que formam um
mosaico onde prevalece a leitura do coletivo como fator de construção social.
As juventudes constituem uma categoria sociológica e só podem ser
compreendidas em articulação com os processos de interação social, que são
fundantes para os sujeitos nesse período, que é definido pela UNESCO na faixa
etária dos 15 aos 29 anos de idade. Encontramos, portanto, no início do ingresso
no ensino médio, um importante marco sociológico, onde a subjetividade
presente no pré-adolescente vai cedendo lugar a uma intensa construção social.
Trazendo para a dimensão do currículo escolar, essa percepção do
estudante adolescente e do estudante jovem, e suas interfaces com as etapas
de desenvolvimento psíquico e social, somos convocados a pautar diálogos, e
sobretudo escutas, que ajudem a materializar os projetos de futuro desses
sujeitos. É nesse campo que o currículo pode, e deve, se aproximar do cotidiano
e potencializar a construção de significados sobre o conhecimento, sobretudo
quando entendemos a centralidade da escola nessa fase da vida.
A transição do 9º ano para a 1ª série do ensino médio empresta uma
potência à escola como espaço de sociabilidade determinante na construção
social desses sujeitos, e essa oportunidade não pode ser desperdiçada. É um
momento altamente propício para apresentar as demandas das juventudes em
contexto com o território, é momento extremamente favorável de fazer dialogar
os desejos, os esforços individuais, com os limites sociais, culturais e políticos,
que são bastante concretos na sociedade.
Esses limites devem ser conhecidos, devem ser estudados, devem ser
calculadas as possibilidades de superá-los, na perspectiva de encorajar cada
estudante a caminhar na direção do seu sonho, compreender quais são as trilhas
que devem se preparar para transitar, relacionando ainda o seu projeto de vida
451

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


com a felicidade individual e coletiva. Esse é o campo do projeto de vida, aqui
defendido como campo curricular que deve estar presente na transição entre
etapas.
O grupo de pesquisa “Em Diálogo”, da Universidade Federal Fluminense,
que pesquisa a centralidade da categoria juventude no Ensino Médio, nos
apresenta uma definição bastante razoável sobre PROJETO DE VIDA, como
sendo “uma ação do indivíduo de escolher um, dentre os futuros possíveis,
transformando os desejos e as fantasias que lhe dão substâncias em objetivos
passíveis de serem perseguidos, representando, assim, uma orientação, um
rumo de vida”.
O projeto de vida tem eco no campo do desejo, e todo desejo ecoa em
conjunto, concorrendo para um agenciamento, estando sempre próximo das
condições de existência objetiva, unindo-se a elas (DELEUZE; GUATTARI,
2010). Essa potência que o desejo guarda, e essa relação do desejo com o
Projeto de Vida, que vem surgindo com força nas políticas educacionais
contemporâneas, figurando inclusive entre as 10 competências gerais da Base
Nacional Comum Curricular, deve ser inscrito no currículo e na organização dos
componentes curriculares das matrizes do 9º ano e da 1º série do ensino médio,
ajudando a estruturar a conexão entre as intensas mudanças geracionais por
que passam os estudantes que saem do ensino fundamental anos finais e
ingressam no ensino médio.
A dimensão do projeto de vida, e sua defesa como campo curricular
significativo para o sujeito adolescente e para o sujeito jovem, ressoa com força
na reflexão sobre autoconhecimento trazida por Naranjo, onde há uma explícita
salvaguarda da relevância que a dimensão emocional deve ocupar na educação.
Encontramos uma oportunidade ímpar de valorizar e trabalhar as várias
dimensões do ser humano com o projeto de vida, expandindo as aprendizagens
para além da racionalidade cognitiva, que ainda ocupa lugar de centralidade nos
currículos. O projeto de vida possibilita uma aproximação com a educação
interdimensional, onde o Logos (pensamento, razão, ciência), o Pathos
(afetividade, relação do homem consigo mesmo e com os outros), o Eros
(impulso, corporeidade) e o Mythus (relação do homem com a vida e a morte,
452

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


com o bem e com o mal) encontram lugar, e onde sobretudo com a dimensão
transcendental do ser humano, no Mythus, é possível trabalhar os sentidos da
vida dos estudantes (COSTA, 2008).
O projeto de vida comporta a potencialidade de desenvolver as
competências socioemocionais em uma lógica de aprendizagem que suscita o
uso de metodologias ativas, uma vez que a apropriação teórica desse campo do
desenvolvimento humano é mais difícil. O exercício da escuta, os registros
autobiográficos, a observação crítica da realidade, a identificação dos limites e
das potencialidades existentes em si e no território, a observação desperta dos
sonhos, ambições e desejos e dos mecanismos necessários para transformar os
sonhos em realidade, tudo isso deve estar presente no trabalho curricular com o
projeto de vida.
A competência geral que trata do projeto de vida, na BNCC, nos apresenta
o vínculo do projeto de vida com a liberdade, autonomia, criticidade e
responsabilidade. Para o desenvolvimento dessa competência, ao longo da
educação básica, são apresentadas as subdimensões da determinação, esforço,
autoeficácia, perseverança e autoavaliação. Ainda no texto da BNCC,
encontramos um claro apontamento para a organização da escola em atenção
ao acolhimento das diversidades que as juventudes carregam, bem como a um
percurso formativo que, observando diferentes percursos e histórias, faculte aos
sujeitos da aprendizagem a definição dos seus projetos de vida, em âmbito
individual e coletivo.
Demarcando ainda o campo privilegiado de fortalecimento do protagonismo
juvenil e da construção de identidades, que o projeto de vida deve ocupar,
convidamos cada educador e cada educadora a reconhecer seus estudantes
como detentores de saberes, formas de sociabilidade e práticas culturais
(DAYRELL, 2016), e aproveitar esse singular momento do desenvolvimento
humano, entre o final do ensino fundamental e o início do ensino médio, para
fomentar a construção do “eu”, para estimular a autonomia, para encorajar
nossas juventudes a se prepararem para ir além do que, muitas vezes, se
acredita e se credita a elas. Não devemos desperdiçar a extraordinária potência,
que guardam as juventudes, de construir identidades. É mais do que oportuno,
453

Versão preliminar do Currículo Bahia/Consulta Pública


portanto, que possamos mover o currículo na direção da construção de projetos
de vida que inspirem as juventudes a caminhar na direção dos seus desejos e
sonhos, alicerçados em bases éticas, democráticas e humanistas.

454

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