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Centro Universitário Adventista de São Paulo

Lucas Gonçalves Frozza

Relação de Direitos Fundamentais e Idosofobia

Engenheiro Coelho

2018

Resumo
O presente artigo busca mostrar os impactos que foram causados pelo
envelhecimento da população brasileira e também das novas tecnologias para com
a pessoa mais velha e entre elas, vale destacar a discriminação. Acentuou-se a
discriminação contra o idoso nos últimos anos por conta da mudança social e digital
que a sociedade passou, já que grande parte dos mais velhos não conseguiu
acompanhar essas transformações, fazendo com que fossem discriminados por
muitas pessoas por preferirem viver da maneira antiga. Este tipo de discriminação
recebe o nome de idosofobia. Esta possui algumas modalidades e neste texto serão
analisados quais direitos fundamentais do idoso foram feridos. Os direitos
fundamentais dos idosos, que também serão analisados aqui, foram uma resposta
do estado para essa mudança, tentando resolver essas desigualdades entre as
gerações. O texto também procura conscientizar o leitor que o idoso necessita de
proteção para estar em igualdade com os mais jovens por terem passado pelo
processo do envelhecimento.
Palavras Chave: Envelhecimento; Direitos Fundamentais; Idosofobia.
Abstract
This article tries to show the impacts that were caused by the aging of the brazilian
population and also the new technologies to the elderly and among them is the
discrimination. The discrimination to the old people increased in the last years,
because of the social and digital changes that the society spent, since the majority of
the elderly couldn’t follow this transformations, causing the discrimination by a lot of
people just because them prefer to live like thy lived in the past. This kind of
discrimination called Oldphobia. This one has some genres and in this text will be
make an analysis about which fundamental rights were injured in every of them. The
fundamental rights that will be analyzed too here, were an answer for the State to this
change, trying to solve these inequalities between generations. The text also look for
aware the reader that the elderly needs protection because they made the aging
process.

Key Words: Aging; Fundamental Rights; oldphobia.


Introdução

O mundo se encontra na Era do Envelhecimento como a própria ONU chama


a época entre 1975 e 2025 onde a população envelheceu de forma muito rápida.
Com o aumento da expectativa de vida da população, naturalmente teremos mais
idosos em nosso meio, fazendo com que a lei se preocupe com essa população e
procure fazer com que a legislação colabore para uma maior participação de idosos
em sua comunidade. Mas antes de chegar nesta parte da lei, teremos o
entendimento do que é a velhice.
O texto discutirá os motivos que levaram ao envelhecimento populacional,
destacando os motivos que levaram a isso no Brasil. O aumento da população idosa
está diretamente ligado ao aumento também da expectativa de vida das pessoas,
apesar de não ser o único motivo.
O presente artigo busca mostrar as dificuldades enfrentadas pelos idosos em
nossa atual sociedade. É importante salientar que os avanços tecnológicos que
ocorreram a partir da entrada do novo século, deixaram as gerações ainda mais
separadas. A juventude se habituou a utilizar a internet em praticamente todas as
áreas de sua vida, incluindo a social e conseguindo se adaptar facilmente a todas as
mudanças que ocorrem cada ano com as novas tecnologias. Já quem possui idade
mais avançada tem maiores dificuldades de se adaptar a este novo mundo,
preferindo muitas vezes continuar vivendo como eram acostumados.
Essa diferença cultural fez com que os jovens de nossa sociedade atual
olhem para idosos em tom de deboche, muitas vezes o excluindo do convívio social
por terem um pensamento diferente deles. Esses comportamentos são
caracterizados como idosofobia, que serão abordados neste texto relacionando cada
modalidade desta com os direitos fundamentais dos idosos com base no Estatuto do
Idoso e da Constituição Federal.
Este texto tem o objetivo de mostrar como os idosos deveriam viver no Brasil
de acordo com a lei, sabermos quais são as obrigações do Estado para com quem
possui idade mais avançada. Os direitos fundamentais dos idosos serão
apresentados de uma forma analítica de acordo com o a Lei nº 10.741/03 para obter
um entendimento maior do que necessitam.
A idosofobia é caracterizada por ser uma discriminação da pessoa idosa,
apenas por sei idoso. Será analisada no texto, cada uma das modalidades da
idosofobia mostrando quais os direitos fundamentais que foram violados. Devemos
considerar que qualquer manifestação discriminatória contra alguém fere o princípio
da dignidade humana, presente durante o artigo 5o da Constituição Federal de 1988.
1. Conceitos

Nesta sessão serão apresentados dois conceitos importantes para ter-se


melhor entendimento sobre alguns termos no decorrer do texto, com intenção de
facilitar a leitura.

1.1 Idoso, Envelhecimento e Velhice


Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, define-se idoso por
pessoas com mais de 60 anos em países em desenvolvimento e 65 anos nos
desenvolvidos.
Se olharmos para nosso ordenamento jurídico, veremos que a definição de
idoso está de acordo com o que coloca a OMS. O Brasil é um país em
desenvolvimento, logo idoso são todas as pessoas acima de 60 anos, como prevê o
artigo 1ª da lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso) “É instituído o Estatuto do Idoso,
destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior
a 60 (sessenta) anos”.
Veremos agora uma definição geral de envelhecimento. A Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como:
[...] um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível,
universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio
a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne
menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto,
aumente sua possibilidade de adoecimento e morte. (OPAS, 2003 apud
Dátilo; Cordeiro, 2015, pág. 222)
De acordo com a autora Silvana Santos, o envelhecimento provoca em nosso
organismo modificações biológicas, psicológicas e sociais. Ela explica cada tipo de
modificação:
As modificações biológicas são as morfológicas, reveladas por
aparecimento de rugas, cabelos brancos e outras; [...] As modificações
psicológicas ocorrem quando, ao envelhecer, o ser humano precisa
adaptar-se a cada situação nova do seu cotidiano. Já as modificações
sociais são verificadas quando as relações sociais tornam-se alteradas em
função da diminuição da produtividade e, principalmente, do poder físico e
econômico, sendo a alteração social mais evidente em países de economia
capitalista. (SANTOS, 2010, pág. 1036).
Acrescentando ao pensamento da autora, Birren e Schroots subdividem o
envelhecimento em três etapas, a primária, secundária e terciária:
a) O primário é o natural, atinge todos os seres humanos, pois é uma
característica da espécie. Tem efeito cumulativo, pois modifica gradualmente o
corpo humano. Alguns fatores modificam o envelhecimento como exercícios físicos,
dieta, estilo de vida, educação e posição social. (FECHINE; TROMPIERE, 2007)
b) O secundário envolve doenças alheias ao processo natural do
envelhecimento, como doenças cardiovasculares ou cerebrais. O envelhecimento da
pessoa dependendo de fatores externos, neste caso, de sua condição clínica.
(SPIRDUSO, 2005, apud FECHINE; TROMPIERE, 2007)
c) No terciário chegam às perdas cognitivas e físicas por parte da pessoa,
pelo acúmulo de efeitos do envelhecimento e patologias por conta da idade.
(FECHINE; TROMPIERE, 2007)
Outra forma de subdividir a velhice é por idades. Instituído por Roy Shepard,
ele separa idosos por meia-idade, velhice, velhice avançada e velhice muito
avançada. A meia idade ocorre dos 40 aos 65 anos, é quando os primeiros sinais de
decadência começam a aparecer. Na velhice, que acontece entre os 65 aos 75
anos, há uma perda maior de funções e é considerada a primeira fase da velhice. A
avançada ocorre dos 75 aos 85 anos e para Shepard é a fase mediana, onde há um
dano maior a atividades diárias, mas ainda possui independência. Na velhice muito
avançada que acontece acima dos 85 anos, há de se ter maiores cuidados com o
idoso, institucional ou clínico. (SHEPARD, 2003 apud FECHINE; TROMPIERE,
2007).

1.2 Envelhecimento Demográfico

Com o aumento da expectativa de vida da população mundial, houve um


envelhecimento demográfico no mundo. A ONU considera o período de 1975 a 2025
como a Era do Envelhecimento. De acordo com dados da própria organização,
houve nos países desenvolvidos entre 1970 a 2000 a população envelheceu 54%.
Neste mesmo estudo, foi mostrado que nos países em desenvolvimento, a
população envelheceu 123%. (SIQUEIRA, BOTELHO; COELHO, 2007, pág. 900)
O Brasil envelheceu muito a partir da segunda metade do século XX e
acentuadamente no século atual. De acordo com dados do IBGE, a população
brasileira em 1940 era de 4%, passando para 8% em 2000 e há previsão que
alcance os 15% em 2020. (NUNES; PORTELLA, 2003)
As autoras Lilia Nunes e Marilene Portella, assimilam esse envelhecimento da
população, colocam os motivos do aumento do número de idosos especificando os
motivos no Brasil:
O aumento da longevidade deve-se, entre outros fatores, aos
avanços científicos, melhorias na infraestrutura sanitária, melhores
condições socioeconômicas e à redução na taxa de natalidade que ocorreu
nas últimas décadas. (NUNES; PORTELLA, 2003)
As autoras Gilsenir Dátilo e Ana Paula Cordeiro (2015) também expõe em seu
livro Envelhecimento Humano o porquê deste crescimento usando o texto de Marina
Batista, Maria Helena de Almeida e Selma Lancman:
A população idosa vem crescendo acentuadamente nas últimas
décadas, o que se deve à melhoria do acesso aos serviços de saúde,
associado às campanhas de vacinação, avanços tecnológicos da medicina,
aumento do nível de escolaridade, investimento em infra-estrutura de
saneamento básico, dentre outros fatores, culminando na redução nas taxas
de fertilidade e aumento da expectativa de vida (BATISTA; ALMEIDA;
LANCMAN, 2010 apud DÁTILO, CORDEIRO, 2015)
Ainda assim há uma preocupação das autoras com a qualidade de vida dos
idosos. O envelhecimento no Brasil foi acentuado de uma forma que não houve
tempo para o governo brasileiro se preparar. Em 2000, 12% dos idosos possuíam
renda per capita menor que meio salário mínimo e um terço até um salário mínimo.
Números que representam a falta de qualidade de vida de uma grande parte da
população idosa. O grande problema nesta questão são os idosos em miséria.
(DÁTILO, CORDEIRO, 2015)
1.3 Idosofobia

Idosofobia é qualquer tipo de discriminação contra idosos, incluindo brincadeiras


ou exclusão apenas por sua condição de idoso. No direito brasileiro no caput do
artigo 3º do Estatuto do Idoso coloca algumas obrigações que o Estado e a
população precisam ter em relação às pessoas de idade. Pode ser caracterizada
como idosofobia se algumas dessas obrigações forem descumpridas:
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária. (BRASIL, Lei nº 10.741/03, de 1 de outubro de 2003)

2.0 Evolução dos Direitos do Idoso

2.1 A Imagem do idoso ao longo do tempo

Antes de entrar no âmbito jurídico, vamos olhar um pouco para a história de


como os idosos eram vistos na antiguidade e como sua imagem foi se modificando.
Na antiguidade em geral, os idosos eram vistos como sábios, os mais jovens
sempre procuravam recorrer aos conselhos dos que tinham mais idade, pois tinham
mais experiência, mais tempo de vida. Também eram sempre escolhidos para
exercer cargos políticos importantes e tomavam boa parte das decisões.
Após as revoluções industriais no século XVIII as pessoas começaram a ser
julgadas por suas capacidades de produção, desvalorizando os idosos por canta da
idade e a velhice. A prioridade é potencializar os jovens, pois podem produzir mais,
assim que fisicamente melhores. (TRIBUNA, 2003)

2.2 Evolução dos direitos dos Idosos no mundo

Por conta do envelhecimento crescente no século XX, começaram a ser


levantadas discussões para proteger as pessoas idosas, já que não havia direitos
específicos para eles. Essa falta de direitos causava uma desvantagem para a
população idosa, pois não tem a mesma condição física e mental para realizar
atividades cotidianas ou trabalhistas.
Em 1982, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
convocou a Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento que produziu o Plano de
Ação Internacional de Viena sobre o Envelhecimento. Foi o primeiro instrumento
internacional para proteção de idosos. Este plano fez 62 recomendações para
proteção dessa faixa etária, entre elas saúde, nutrição, proteção de consumidores
idosos, família, vida social, habitação e ambiente, segurança, emprego e educação.
(ONU)
Mais tarde, em 1991, a mesma Assembleia Geral da ONU aprovou princípios
em prol de pessoas idosas. Estes foram divididos em cinco seções:
a) Independência: Entre os princípios dentro desta seção estão o acesso a agua,
alimentação, habitação, vestuário e ter sua saúde cuidada adequadamente, além de
acesso a trabalho e educação.
b) Participação: Idosos devem participar na aplicação de políticas que interferem em
seu bem-estar.
c) Cuidados: Os idosos deveriam se beneficiar dos cuidados da família e gozar dos
direitos humanos e direitos fundamentais.
d) Auto Realização: Desenvolver seu potencial através de recursos educativos,
culturais, religiosos e recreativos.
e) Dignidade: Viver sem maus tratos ou qualquer forma de exploração e serem
valorizadas independentes da idade.
Durante a II Assembleia Mundial sobre Envelhecimento em Madrid, no ano de 2002
foi instaurado um novo plano de Ação Internacional para idosos, denominado PIAE.
Das recomendações feitas pelo plano, tiveram três áreas de maior importância. A
primeira era colocar envelhecimento da população na agenda do desenvolvimento, a
segunda foi colocar maior importância na saúde das pessoas, e por ultimo
desenvolver políticas para o meio ambiente que atendam as pessoas de mais idade.
O PIAE também priorizou diminuir as desigualdades sociais e gênero. Outro
importante ponto abordado no texto do plano foi de que as pessoas idosas deviam
viver de forma digna, ou seja, serem cidadãos ativos e com plenos direitos. (DHnet)
Houve também em 2003, a 26o Conferência Sanitária Pan-americana, que na
sessão de Saúde e envelhecimento reafirmou a necessidade de proteção dos
direitos humanos dos idosos, aumento do acesso à saúde e alternativas de atenção
comunitária. (BATISTA; ALMEIDA; LANCMAN, 2010)
A OMS em 2005 lançou em 2005 a Política do Envelhecimento Ativo, que
busca primordialmente a melhora na qualidade de vida dos idosos. Buscou otimizar
questões como Saúde, Segurança e a participação em questões culturais, civis,
sociais e espirituais. Outros aspectos que buscou essa política foram à saúde do
idoso em relação ao meio ambiente, já que com políticas ambientais ajudará a
prevenir doenças crônicas e apoio a cuidadores de idosos tanto formais tanto como
informais. Além desses aspectos, também foram buscados dar maior autonomia aos
idosos, harmonizar as gerações, incentivo a educação e maiores oportunidades de
trabalho, tanto formal quanto informal. (BATISTA; ALMEIDA; LANCMAN, 2010)

2.3 Evolução dos direitos dos idosos no Brasil


No Brasil a primeira vez que são mencionados os direitos aos idosos na letra
da lei é na Constituição Federal de 1988. Em seu artigo 3° é buscado “promover o
bem de todos, sem preconceito em sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988).
Em 1994, foi criada a lei nº 8.842 e regulamentada em 1996 pelo decreto nº
1.948, que buscava assegurar os direitos sociais dos idosos, procurando também
promover sua integração em diversas áreas dentro da sociedade. (QUEIROZ, pág.
4)
Em 1999, através da portaria no 1395 /GM foi lançado a Política Nacional de
Saúde do Idoso como objetivo de preparar o país para as demandas das pessoas
acima de 60 anos, promovendo um envelhecimento saudável, manutenção de
capacidades funcionais dos idosos, prevenir doenças, recuperar a saúde de quem
adoece e reabilitar quem tiver sua capacidade limitada. Além disso, oferece apoio a
cuidados informais e desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o assunto.
(Brasil, 1999)
Em 2003, foi criada a principal fonte de direitos do idoso no Brasil, que é a Lei
nº 10.741, conhecida também por Estatuto do Idoso. Nele é buscado
assegurar à pessoa idosa a efetivação dos direitos à vida, à educação, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária, proibindo qualquer tipo de discriminação, violência, negligência
ou crueldade que atinja ou afronte os direitos do idoso, seja por ação ou
omissão (QUEIROZ, pág. 5).
A partir deste estatuto que hoje é baseado os direitos dos idosos. Neste artigo
ainda veremos um pouco mais aprofundado sobre os direitos fundamentais
presentes nessa lei.

3.0 Direitos Fundamentais dos Idosos no Brasil

Aqui serão apresentados os direitos fundamentais feitos para os idosos dentro da


Lei nº 10.741/03, analisando cada tópico baseado na lei e na análise de Roberto
Mendes de Freitas Júnior que possui obra neste mesmo formato. O estatuto buscou
adaptar os direitos fundamentais de uma forma que se encaixem com as
necessidades das pessoas com idade acima de 60 anos.

3.1 Vida

Neste tópico, o envelhecimento é colocado como um direito personalíssimo, ou


seja, não pode ser transferido, é exercido apenas pelo titular. Este direito também é
um direito social, fazendo com que o Estado seja obrigado a cumpri-lo, já que o
preâmbulo da Constituição Federal afirma que o Estado tem como dever
assegurar o exercício dos direitos sociais. Além disso, o artigo 6o, também da
Constituição Federal, coloca os direitos sociais entreos direitos e garantias
fundamentais. Outro ponto importante a ser colocado é que sem a vida, direitos
como liberdade, dignidade e liberdade não possuiriam valor. (JUNIOR, 2006;
BRASIL, 2003)

3.2 Liberdade e Respeito

O Estado tem obrigação de assegurar aos idosos a liberdade, o respeito e a


dignidade.
A liberdade é garantida de acordo com o texto do estatuto como a faculdade de
ir e vir e estar em locais públicos, liberdade de opinião e expressão, assim podendo
participar da vida comunitária, familiar e política de forma ativa, liberdade de poder
fazer seu culto religioso e poder buscar refúgio ou auxílio.
O respeito citado acima é a proteção de qualquer violação à integridade física,
psíquica e moral, autonomia, valores, crenças e de seu próprio espaço e objetos
pessoais.
Outra forma de respeito ao idoso é o que está previsto no artigo 22 do Estatuto
do Idoso que determina que seja inserido em seu conteúdo matérias que abordam
sobre o envelhecimento, para despertar nos mais jovens senso de valorização à
pessoa idosa, com intuito de acabar com o ódio existente em relação aos anciãos.
Outra medida é o artigo 24 do Estatuto que prevê que os meios de comunicação
mantenham espaços ou horários especiais com programação destinada aos idosos
de cunho educativo e informativo sobre o processo do envelhecimento. (JUNIOR,
2006; BRASIL, 2003)

3.3 Alimentos

O idoso que não possuir meios para se sustentar, poderá entrar com uma ação
de alimentos contra seus descendentes, cônjuge ou parentes. Na decisão o juiz
deverá seguir o princípio da razoabilidade e verificar a condição do alimentante.
O idoso poderá escolher apenas um descendente ou parente para entrar com
uma ação, não há necessidade de entrar contra todos eles. Nesta ação o idoso
poderá escolher entre os prestadores, como diz o artigo 12, assim poderá ser
escolhido o que tiver melhor condição financeira, chegando em um acordo com
maior facilidade. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.4 Saúde

Como a saúde é um direito fundamental no ordenamento jurídico brasileiro,


todos tem acesso à saúde e a garantia desse acesso é o Sistema Único de Saúde, o
SUS. Além disso, os idosos possuem direito a medicamentos gratuitos, próteses,
órteses e atendimento capacitado para os idosos com alguma deficiência.
Também possuem o direito de escolherem o tratamento que preferirem desde
que estejam plenos em relação à capacidade mental. Se não estiverem plenos, seu
curador tomará a decisão, mas caso também não haja curador, a decisão será dos
familiares.
Mesmo não sendo um direito absoluto, o idoso poderá levar consigo um
acompanhante se estiver internado. Não é absoluto, pois o médico pode de forma
justificada e fundamentada vedar a presença do acompanhante.
O Estado também protege o idoso quanto ao valor pago para os planos de
saúde privados. Por conta da idade, a saúde fica mais debilitada, fazendo com que
os idosos gastem mais com despesas médicas. Os planos de saúde podem fazer
alterações em suas mensalidades, mas não podem fazer especialmente para seus
clientes idosos. As empresas administradoras devem seguir as regras da Agencia
Nacional de Saúde, para garantir a segurança dessas normas.
O artigo 6o do Estatuto do Idoso afirma que “todo cidadão tem o dever de
comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha
testemunhado ou de que tenha conhecimento”. (BRASIL,1988) Assim, qualquer
suspeita ou confirmação de maus tratos a idosos tanto por cidadãos ou profissionais
da saúde, deverá ser comunicado ao Delegado de Polícia, Oficial Militar, ao membro
do Ministério Público, juiz de direito, ou a um dos integrantes dos Conselhos
Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.
É também garantido ao idoso o atendimento preferencial nos serviços
públicos de saúde. Isso ocorre por conta da maior debilidade física que o corpo do
idoso apresenta, o corpo possui menor resistência, fazendo com que tenha maior
risco com qualquer problema de saúde que estiver enfrentando. Com o atendimento
imediato, o idoso previne de que algo mais grave possa acontecer ao seu corpo.
(JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.5 Educação, Cultura e Lazer

O grande motivo de estes assuntos estarem presentes nos direitos


fundamentais é por serem direitos sociais e como já foi visto neste texto, o Estado
tem dever de assegurar à população esses direitos. A pessoa ser idosa não significa
que está senil, assim podendo continuar seu desenvolvimento.
No texto do estatuto deste tópico, o foco é adaptar tanto a educação, a cultura
e o lazer para que os idosos possam usufruir da melhor forma possível. Quanto à
educação, no artigo 21 do Estatuto, é previsto adequação de currículos, metodologia
e o material didático, além da criação de cursos específicos para idosos, com
conteúdo voltado às novas tecnologias presentes de acordo com o avanço da
sociedade, focando nas áreas da comunicação e computação. No artigo 25 também
há o incentivo para que se crie universidades para idosos e publicação de materiais
adequados às condições do idoso, por conta da diminuição de sua capacidade
visual, que ocorre durante o processo de envelhecimento.

Os idosos também poderão participar de comemorações cívicas e culturais,


para além de preservar a memória e a história dos tempos antigos que esses
vivenciaram, têm a chance de poderem passar seus próprios conhecimentos à nova
geração, buscando acabar com o preconceito para com os mais velhos. O Estado
ainda garante a participação na produção de bens culturais, incentivo aos
movimentos de idosos e transmissão de informações e habilidades à juventude.
Em relação aos esportes, o Poder Público têm a obrigação de criar programas
de lazer, esporte e atividades físicas como objetivo de melhorar a qualidade física do
idoso e aumente sua participação na sociedade.
Em atividades como eventos artísticos, esportivos, culturais ou de lazer, os
idosos terão descontos de no mínimo 50%, além de atendimento preferencial. Ainda
sobre lazer, os meios de comunicação devem reservar espaços específicos para
abordar sobre assuntos que interessem especificamente os idosos, abordando sobre
o processo de envelhecimento. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.6 Profissionalização e Trabalho

Importante ressaltar primeiramente à Constituição Federal, pois em seu artigo


1o, inciso IV, é colocado que os valores do trabalho consistem em um princípio
fundamental no Brasil.
Assim, garantido ao idoso o trabalho de forma que respeite suas condições
físicas, intelectuais e psíquicas. Outra garantia é a proibição de fixação de limite de
idade em qualquer trabalho, inclusive Concursos Públicos, podendo apenas ser
fixado uma idade limite dependendo da natureza do trabalho. Inclusive a
Constituição Federal, em seu artigo 7o, inciso XXX vedou limite de idade.
O poder público tem a obrigação de incentivar programas de
profissionalização específicos para idosos, e empresas privadas para contratar
pessoas acima de 60 anos. Procurará também através de projetos sociais, preparar
trabalhadores para o período de aposentadoria. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.7 Previdência Social

É assegurada aos idosos e aposentados a previdência social. O calculo do


valor mensal a receber é feito de acordo com o salário do trabalhador durante seu
tempo de contribuição. A pessoa começa a receber este benefício depois de certo
tempo de contribuição, dependendo da natureza do trabalho, não usando critério por
idade. (BRASIL, 2003)

3.8 Assistência Social

A principal diferença entre a previdência social e a assistência é que na


assistência social não há contribuição prévia como acontece na previdência. O
intuito da assistência é a ajuda a quem está em condição de miséria, concedendo à
quem precisa, o mínimo para a sobrevivência.
Os idosos que possuírem mais de 65 anos e não tiverem condições de se
sustentarem, o governo garantirá os meios para sua subsistência, através do
pagamento de um salário mínimo por mês ao beneficiado. Também é
regulamentada a permanência de idosos em instituições filantrópicas e casas de
permanência. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.9 Habitação

O Estatuto também assegura aos idosos uma moradia digna. Se houver


ausência dos familiares, eles morarão em alguma instituição pública ou privada,
onde receberá assistência completa desses órgãos.
Em programas habitacionais do Estado, os idosos possuem prioridade na
aquisição de imóveis. Nesses programas há o espaço reservado de 3% dessas
unidades que seriam destinadas exclusivamente a eles. Há também garantia de
equipamentos urbanos comunitários para esta faixa etária, garantia de
acessibilidade e o financiamento do novo imóvel ser compatível com a renda do
aposentado. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

3.10 Transporte

Além de presente no Estatuto do Idoso, a gratuidade no transporte público


coletivo para o maior de 65 anos encontra-se na Constituição Federal em seu artigo
230 § 2o. Junto com a gratuidade, 10% dos assentos deverão ser destinados a
idosos e terão prioridade no embarque e desembarque destes veículos.
O Estatuto vai além da constituição, oferecendo também gratuidade e
descontos em transportes semiurbanos. Nesses serviços há duas vagas gratuitas
para idosos, além de 50% de desconto para quando essas duas vagas forem
excedidas. Para ambos, o critério é o idoso possuir renda menor que dois salários
mínimos. Os estacionamentos reservam 5% de seu espaço para vagas destinadas a
idosos. (JUNIOR, 2006; BRASIL, 2003)

4.0 Modalidades de Idosofobia e como podemos relaciona-las com


os Direitos Fundamentais do Idoso.
Já sabendo o significado de Idosofobia e tendo o conhecimento dos direitos
fundamentais do idoso expressos no ordenamento jurídico brasileiro, podemos
tomar um conhecimento mais profundo sobre a idosofobia. Luciano Dalvi Norbim e
Fernando Dalvi Norbim elaboraram modalidades para Idosofobia, que serão
analisadas em quais direitos fundamentais seriam compatíveis casa uma delas.

4.1 Idosofobia Limitadora de Autonomia


Ocorre quando o idoso é impedido de exercer sua liberdade somente por ser
idoso, ou seja, não possui autonomia de ir e vir. (Norbim, 2018) O direito
fundamental quebrado neste caso é a liberdade e respeito ao idoso. No caso da
liberdade, é quebrado, pois o idoso tem a faculdade de ir e vir como prevê o art.
10, § 1o, I, do Estatuto do idoso. Já no § 2o do mesmo artigo, é ferido o respeito
quando há violação da autonomia do idoso, já que não se pode priva-lo apenas por
ter tal condição.

4.2 Idosofobia por exclusão de Convivência

Ocorre quando alguém exclui um idoso de sua convivência, apenas por sua
condição de idoso. (Norbim; Norbim, 2018) Seu respeito é violado, pois afetou sua
integridade moral. É agravado quando a própria família o exclui.

4.3 Idosofobia por Abandono de Idoso

Este conceito elaborado pelos autores é relacionado ao abandono de incapaz.


Então primeiramente veremos o significado e a fundamentação deste.
Previsto no artigo 133 do Código Penal, abandono de incapaz, é abandonar
pessoa que está sob seus cuidados e não tem como se defender de riscos do
abandono. No § 3o, é colocado condições do aumento de um terço da pena. Entre
esses está o abandono de pessoa maior de 60 anos e quando o acontece abandono
de um familiar, o que é o caso mais comum quando ocorre com idosos.
Ou seja, esta modalidade ocorre quando alguém que está responsável por
cuidar, ou vigiar o idoso, abandona-o e o deixa alheio às consequências deste
abandono. (Norbim; Norbim, 2018) Este afeta a dignidade do idoso, pois ele
necessita dos cuidados para manter uma vida digna.

4.4 Idosofobia por Tratamento Indigno

O nome é autoexplicativo, caracteriza-se por tratamento indigno ao idoso


apenas por sua condição de idoso. (Norbim; Norbim, 2018) A dignidade do idoso é
ferida quando há qualquer tratamento desumano, violento ou constrangedor a ele.

4.5 Idosofobia Limitadora de Liberdade de Expressão

Ocorre quando alguém limita o idoso de expressar sua opinião sobre algum
assunto apenas por sua condição de idoso. (Norbim; Norbim, 2018) O ato de limitar
a comunicação do idoso é uma violação à liberdade de expressão do idoso, prevista
no art.10 § 1o, I, do Estatuto do Idoso. Também à questão do respeito, pois o idoso
tem livre pensamento do que acha correto. Afeta também sua livre participação na
vida comunitária.

4.6 Idosofobia do Tratamento Indigno em Instituição de Ensino

Quando o idoso é discriminado apenas por ser idoso em instituições de


ensino. (Norbim; Norbim, 2018) Além de afetar sua dignidade e o respeito, é
dificultado seu processo de educação e convivência, consequentemente na
sociedade em geral. Mesmo que não seja um ambiente educacional especial para
idosos como está expresso no Estatuto do Idoso, há de se ter o respeito a eles e
não limitá-lo de exercer atividades educacionais. Além disso, alimenta o ódio entre
gerações, acentuado nos últimos anos.

4.7 Idosofobia Estética

Quando alguém fala à um idoso o que ele deveria fazer algum tratamento
para ter uma aparência mais jovem. (Norbim; Norbim, 2018) O processo de
envelhecimento é algo que ocorre com todos e não se pode evitar. Fere a dignidade
por tratamento constrangedor e o respeito por violar sua integridade moral.

4.8 Idosofobia Rejeitadora

Ocorre quando alguém comete ações que ridicularizam o idoso para que o
idoso se sinta rejeitado apenas por sua condição de idoso. (Norbim; Norbim, 2018)
Atrapalha a interação entre os jovens e os mais velhos, quem rejeita o idoso apenas
por ter essa condição, fere um dos objetivos do Estado, que é a interação do idoso
na sociedade.

4.9 Cyber Oldphobia

É idêntica ao primeiro, sua diferença é que as ações são feitas por ambientes
virtuais como a internet, ou seja, afeta sua dignidade e o respeito.
Mas por conta de ser na internet, pode haver outras consequências. Pode
ferir o lazer do idoso, pois os meios de comunicação em sua maioria possuem fins
de entretenimento e esse tipo de comportamento poderia resultar um uma exclusão
do idoso ofendido. O Estado incentiva o idoso a ter essa inclusão no mundo digital,
pois a internet tornou-se um dos meios mais usados para manter a participação dos
cidadãos na vida comunitária. Então, deve-se fazer o máximo para manter pessoas
de todas as idades ativas virtualmente e um dos passos é pacificar esses meios
para que não haja exclusões. (Norbim; Norbim, 2018)

4.10 Idosofobia Limitadora de Espaço

Quando o idoso é impedido de estar em certo ambiente, apenas por sua


condição de idoso. Este afeta a liberdade do idoso. (Norbim; Norbim, 2018) Dentro
dessa liberdade existem suas variantes, por exemplo, se o idoso for impedido de
entrar em uma igreja por ser idoso, seria ferido a sua liberdade de exercer culto
religioso, se fosse barrado de alguma manifestação política, sua liberdade de
expressão seria ferida e ser impedido de frequentar locais públicos por ser idoso
afetaria sua faculdade de ir e vir. Também fere a moral do idoso, logo o respeito por
ele.

Considerações Finais

No Brasil o número de idosos é crescente. No século XXI esse crescimento


se acentuou ainda mais. Os motivos citados no texto que tiveram consenso entre os
autores que escreverem sobre o assunto são as melhoras na infraestrutura sanitária,
avanços científicos e a redução da taxa de natalidade. Apesar disso, há uma
preocupação de alguns autores em relação aos problemas relacionados à baixa
qualidade de vida do idoso no Brasil, mais especificamente em relação aos idosos
que vivem em extrema pobreza. Há na política do Envelhecimento ativo proposta
pela OMS para melhorar a qualidade de vida de idosos, mas o foco desta política é
maior para aumentar políticas de saúde e segurança nos países que aderiram a
esse plano, incluindo o Brasil. Além destes, busca aumentar a participação do idoso
em todas as áreas da sociedade.
Esse aumento de idosos fez com que o Estado brasileiro procurasse se
envolver mais em relação à assistência desse grupo. Para beneficiar essa parte da
população que crescia, o governo brasileiro criou em 1994 a primeira legislação
específica para assegurar direitos de idosos. Seguido desta veio o Estatuto do Idoso
em 2003, que foi a legislação analisada neste texto, mais especificamente, os
direitos fundamentais instituídos especialmente para os idosos.
Esses direitos fundamentais buscam fazer com que o idoso tenha sua própria
liberdade para expor sua opinião e crenças, e ter sua autonomia. Precisa ser
respeitado pelos outros, para manter sua integridade, ter um serviço melhor na área
da saúde e promover uma educação, trabalho e transportes adaptados às condições
do idoso. Em geral, busca manter o idoso ativo em nossa sociedade atual.
Os direitos fundamentais também serviram para entendermos o que o idoso
necessita para viver em posição de igualdade com os mais jovens, que possuem
melhores capacidades físicas e mentais, devido ao inevitável processo de
envelhecimento que passaram os mais velhos.
A idosofobia surgiu como um problema principalmente nos últimos anos,
principalmente por conta da dificuldade do idoso de conseguir se manter atualizado
com o mundo digital que vivemos, fazendo com que sejam diferentes. Foi importante
relacionar esse tema com os direitos fundamentais, pois conseguimos ver que se o
Estado proteger de forma correta o idoso em seus direitos, será possível o manter
ativo na sociedade, pois se a norma for empregada de forma correta, iria
proporcionar uma integração maior entre as gerações, que aliás é um dos objetivos
do estatuto. Consequentemente aumentaria o respeito da nova geração para o
idoso, diminuindo os casosde idosofobia que são cada vez mais comuns.
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