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EVERSON
MARCONE SANTOS
}{
ANE MONTARROYOS
FRED CAJU
OS
TEIMOSOS
&
A
POESIA
DO
CONTRA
D. EVERSON MARCONE SANTOS ANE MONTARROYOS FRED CAJU
Agradeço a todos aqueles que me leram por toda a década que passou e um pouquinho da outra. Deus esteja
conosco! – D. EVERSON.
“A ordem sem liberdade é tirania. A liberdade sem ordem é anarquia”. Sou grato pelas pessoas que conheci nesta
coletânea, e por permitirem minha participação neste e-book, e sou grato a poesia que não se limita, que não se
basta, e a todos que lerem o e-book um obrigado e se divirtam com interpretação das poesias, “Tirem a
humanidade da miséria, plantem homens e livros!”, a todos paz e poesia! – MARCONE SANTOS.
Queridos leitores e amigos, agradeço pela leitura do e-book e desejo que a mais bela flor ofertada nos poemas
também esteja presente no meio do caminho de cada um de vocês – ANE MONTARROYOS.
FRED CAJU prefere usar a sua cota na sessão de agradecimentos para perguntar aos proponentes à leitura desse e-
book: por que você lê poesia? Sagaz que és, poderias me indagar: e você, por que escreve poesia? No final, não
importaria nenhuma das duas respostas, uma vez que está claro que os nossos motivos são iguais...
(Pernambuco, 2010)
OS TEIMOSOS & A POESIA DO CONTRA
CONTATOS (@)
CHEGUEI E NÃO IMPORTA
por D. EVERSON
D. EVERSON: CHEGUEI E NÃO IMPORTA 5
O EXCOMUNGADO POETA
06.06.2010
Abril, 2010.
RECIFE CONCRETISTA
Cidade
Concreto
Ladrão
Tensão
Tesão
Inundação
Pega: Ladrão
Pega: Ladrão
Pega: Ladrão
CARRO DE BOI
14.05.2009
— Eo tap!
— Top ae?!
— Po -e-ta?
— Ta peo?
A vingança é um prato
Que se oferece dormido.
VIDA DE CACHORRO
09.06.2010
DOIS
ONIRISMO
Bezerros, 22.07.2010
VÓRTEX DA TEIMOSIA
SESSÃO I
POSTES
Quando retirado
O conhecimento é repassado
Através de
Milhões e milhões de quilômetros
De conexões, os fios
nos une numa só energia.
ACABO DE DESFAZER
O que resolvi
Contrariei o contrário
Resumi o absurdo fiquei surdo
Não suportei
Arriei
Amei
PORTAS E PORTÕES
Do outro lado
Teimei
Abri o portão
Escorreguei das nuvens
Desci no horizonte
Quebrei todos os dentes
E os dedos
Parei lá em ‘caixa-prego’
Passei a fabricar portas
Agora todos querem uma saída.
RAZÃO VICIADA
E como fetiche
Íris sem o arco
Atravanca o desejo
Arranca-lhe a roupa
Corre nua
A imagem refletida
Escorre como água.
A ESTANTE
Tudo vazio
Só o silêncio
Mofa alegre.
Mas o vazio
Não é de livros,
É dos leitores.
O mofo alegre
Não é dos livros
Nem dos autores,
O mofo, intrinsecamente,
É da mente
Dos causadores,
Causadores da ausência
Diálogo intermitente
Da eterna falta.
A demência
Análoga a carência
Da semente.
Plante um livro
Para ver nascer
A árvore da ciência,
Ciência ignóbil
Da poesia
Que nunca extravia.
O PREGO
O movimento é segredo
Não se sabe identificar a natureza
Ela é todo segredo.
O vento e a luz são mães gêmeas
Educando e instruindo sua vasta cria
Nada comete erros
Tudo é paz...
Fiquei sentado
Depois de desistir ir adiante.
Norteado, passei a meditar
A minha distância
A minha liberdade
Baixei os olhos a minha frente,
Olhei pro lado, extasiado
Parei a meditação...
Vi um prego
Enferrujado,
Peguei-o,
Parei tudo pra pensar:
Por que danado um prego tava ali?
Conceito formado
Conceito forçado
Conceito formado
Conceito forçado.
Sensacionalismo
Objeto
Sensacionalismo
Objeto.
Anomalia
Prazer
Anomalia
Prazer.
Prosopopeia
Catalepsia
Prosopopeia
Catalepsia.
Ausência
Conformismo
Ausência
Conformismo.
Mentira
Adestramento
Mentira
Adestramento.
Má formação
Mau exemplo
Má formação
Mau exemplo.
Macaco
Ursinho Puff
Macado
Ursinho Puff.
Você
Comédia
Você
Comédia.
Plin! Plin!
VÓRTEX DA TEIMOSIA
SESSÃO II
BORBOLETA
A paz
é uma borboleta:
pousa
nas músicas
do dia;
nos girassóis
do jardim;
nos galhos
da árvore
seca;
voa ao redor
de mim.
Talvez,
repousará
algum dia
enfim.
FLOR AMARELA
INCÊNDIO
o fogo destruiu
a bela árvore de emoções
o verde mudou de cor
cinzas
mas a semente ali germinada
permanece
sobrevive escondida
nesta terra fértil
de sentimentos vastos
cujas chamas reacendem
a cada reencontro.
GIRASSOL
gira flor
nasce sol
reluz jardim.
INVERNO
Frio.
Neve.
Tristeza,
sem fim.
Eis que
um caminho
florido
emerge
diante de
mim.
ROSA DILACERADA
(para Elisangela Montarroyos)
SOL ESCARLATE
A muralha gélida
construída outrora em minh'alma
hoje, dissolve-se em flocos de neve
derretidos pelo sol escarlate de dezembro
inundando o jardim quase morto em mim
donde, agora, nascem lírios de alegria
girassóis de paixão
e violetas perfumadas
de suave saudade.
SORRISOS DESPEDAÇADOS
A alegria evaporou
por entre
sorrisos
despedaçados
Tristeza?...
Talvez,
sensação de
pétala no ar
ausente da rosa
e do espinho.
Talvez,
excesso de
poeira
no porta-retrato.
Talvez,
pedaços de
fotografia
a redesenhar o chão
do quarto:
este pequeno
espaço
a abrigar
angústias e ausências.
ORVALHO EM FLOR
SONHOS DE MENINO
Os sonhos
de menino
são fluidos
como
as ondas
do mar.
Ele,
homem
tardio e
perdido,
segue no azul
seu destino
como alguém
que caminha
entre
o oceano
e o céu
em busca
dos sonhos
de menino.
TEUS OLHOS
VÓRTEX DA TEIMOSIA
SESSÃO III
PODER ABSOLUTO
OLEPARTNOC A
VIVAOVIVO
Foto: Walter Pezão Foto: D. Everson Foto: Giulia Tamborini Foto: Camille van den Broek
CONTATOS:
D. EVERSON (danielevrson@yahoo.com.br)
MARCONE SANTOS (marconeeorock@yahoo.com.br)
ANE MONTARROYOS (ane.montarroyos@gmail.com)
FRED CAJU (caju.fred@gmail.com)
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