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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)


SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ – BA

Junho de 2013
CTRI São Sebastião

EQUIPE TÉCNICA

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CTRI São Sebastião

ÍNDICE

EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................... 2

1 DESCRIÇÃO ............................................................................................................ 4

2 INFORMAÇÕES GERAIS ........................................................................................... 4

1.1 RAZÃO SOCIAL .................................................................................................. 4


1.2 LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................. 4
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREEDIMENTO ................................................................. 5

4 CONDICIONANTES .................................................................................................. 7

ANEXO 1 - PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO19

ANEXO 2 – PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO ....................................................................... 20

ANEXO 3 – PREV .......................................................................................................... 40

ANEXO 4 – TERMO DE COMPROMISSO DA RESERVA LEGAL ............................................. 67

ANEXO 5 – PLANO DE MONITORAMENTO ...................................................................... 23

ANEXO 6 – ACEITE DA CETREL ...................................................................................... 105

ANEXO 7 – PROJETO EXECUTIVO ................................................................................. 107

ANEXO 8 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - APR ......................................................... 137

ANEXO 9 – MANUAL DE OPERAÇÃO ............................................................................ 143

ANEXO 10 – ETAPA DE IMPLANTAÇÃO CTRI.................................................................. 169

ANEXO 11 – LICENÇA PARA EXTRAÇÃO DE ARGILA ........................................................ 176

ANEXO 12 – CERTIFICADOS DE QUALIDADE GEOMEMBRANAS ...................................... 179

ANEXO 13 – ART ........................................................................................................ 184

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1 DESCRIÇÃO

Em 26 de agosto de 2010, através da Portaria IMA Nº 13.381, a MANTEP –


MANUTENÇÃO PROJETOS E OBRAS INDUSTRIAIS LTDA, obteve Licença
Simplificada para implantar e operar Aterro Industrial Classe I e II, constituindo-se de
1ª Etapa, onde serão implantadas 10 células cobertas com capacidade de cerca de
15.000 m3 cada, totalizando uma capacidade total de 150.000 m 3, considerando uma
disposição média de 2.500 m3/mês de resíduos, com vida útil nesta 1ª Etapa de 5
(cinco) anos, válida até 26/08/2010.

Em 06 de novembro de 2012, através da Portaria Nº 3913, a FOZ DO BRASIL S/A


obteve a titularidade da Licença Simplificada Nº 13.381.

Em 25 de abril de 2013, a FOZ DO BRASIL deu entrada no requerimento Nº


2013.001.004185/INEMA/REQ, para Prorrogação de Prazo de Validade (PPV) da
Licença Simplificada Nº 13.381.

2 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Razão social


FOZ DO BRASIL S/A
CNPJ: 09.437.097/0015-74

1.2 Localização do empreendimento


BR 324, km 566. Distrito de Geari.
São Sebastião do Passé - Bahia
CEP: 43.850-000

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3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREEDIMENTO

A empresa Foz do Brasil S/A irá implantar e operar o Aterro Industrial Classe I e II na
BR 324, km 566 – entroncamento para Santo Amaro da Purificação, na Cidade de
São Sebastião do Passé, Estado da Bahia (Figura 1), nos pontos de coordenadas
em décimo de grau S: 12,53741º; W: 38,59675º (Datum SAD 69 Zona 24).

Figura 1: Localização da área do Aterro Industrial.

A 1ª Etapa da implantação do Aterro Industrial (Figura 2) será composta por 10


células de capacidade de aproximadamente 15.000 m3 cada, totalizando 150.000

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m3. Considerando que a disposição média de resíduos será de 2.500 m3/mês, a vida
útil do aterro está estimada para cinco anos.

Figura 2: 1ª etapa da implantação do Aterro Industrial.

Em março de 2013 iniciou-se a implantação do aterro, com a construção dos


acessos, infraestrutura básica, lagoa de chorume e célula 1 e 2 de 15.000 m³ cada
Entretanto, com o período de chuva que iniciou em meados de abril, fez-se
necessário adiar as obras de implantação. A previsão é retornar aos serviços no mês
de agosto, com duração estimada de três meses e início de operação planejada
para novembro de 2013. Portanto, o encerramento da 1ª etapa com o fechamento
das dez células está previsto para novembro de 2018.

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4 CONDICIONANTES

I. Apresentar ao IMA, no prazo de 60 (sessenta) dias:


a) Projeto de implantação de cinturão verde no entorno do
empreendimento, contemplando, dentre outros: espécie(s) a ser(em)
utilizada(s), incluindo quantitativo e definindo em mapa pertinente a sua
localização;
O Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico é
apresentado no Anexo 1 deste documento.

b) Projeto paisagístico da área;


O Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico é
apresentado no Anexo 1 deste documento.

c) Plano de Desmobilização ou fechamento do aterro;


O Plano de Desmobilização é apresentado no Anexo 2 deste documento.

d) Plano de Enriquecimento Florístico da área de Reserva Legal;


O Plano de Revegetação, Recuperação ou Enriquecimento de Vegetação
(PREV) da área de Reserva Legal foi devidamente cadastrado no CEFIR, o
mesmo é apresentado no Anexo 3 deste documento.

e) Averbação da Reserva Legal da propriedade, na qual o empreendimento


será inserido.
A Reserva Legal da propriedade foi registrada conforme o cadastro no CEFIR,
o cadastro gerou o Termo de Compromisso Nº 2013.001.000328/TC que
segue no Anexo 4 deste documento.

II. Implantar, de preferência, um viveiro próprio na área da empresa, para


produzir mudas, disponibilizar e garantir exemplares de espécies nativas

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da região em quantidade necessária a intensificar o processo de


reposição paisagística e florestal de áreas a serem recuperadas;
As mudas a serem utilizadas no cinturão verde e nas áreas de reposição
paisagística e florestal do empreendimento serão adquiridas em viveiros
localizados próximo a região de São Sebastião.

III. Atuar junto ao Poder Público Municipal, no sentido da elaboração de um


dispositivo legal, referente ao ordenamento e uso do solo, restringindo
ocupações por loteamentos e construções de moradias num raio de 500
metros e/ou limite que não venha sofrer interferências diretas da
inserção do empreendimento;
Em reunião realizada junto ao Prefeito do município de São Sebastião do
Passé, essa demanda foi solicitada. Está agendada uma visita do próprio
Prefeito às obras de implantação do Aterro logo no reinício das atividades.
Após a visita tem-se a expectativa de um documento decretando a área como
de fins industriais, bem como com suas devidas restrições de ocupações no
entorno.

IV. Apresentar ao IMA, avaliação físico-química e biológica de qualidade de


água, no prazo de 30 (Trinta dias), antes da operação do aterro, para fins
de branco ou testemunho pré-operacional e executar, quando do efetivo
início de operação do empreendimento, Monitoramento de lixiviados,
águas subterrâneas e superficiais, conforme especificações a seguir:
• Lixiviados: pH, cor, odor, turbidez, , óleos e graxas, cianetos, fenóis,
cloretos, , sulfatos e sulfetos, amônia não ionizável, nitratos, nitritos,
ferro, zinco, chumbo, mercúrio, cádmio, manganês, coliformes totais e
fecais, cobre, cromo hexavalente, selênio, sólidos totais, oxigênio
dissolvido, arsênio, bário, DBO e DQO, Nitrogênio total e Fósforo total.
Frequência: mensal.
• Águas subterrâneas: Deverá proceder ao enquadramento e contemplar
os parâmetros pertinentes, conforme a Resolução CONAMA 356/08, em

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especial levar em conta os artigos 12 e anexos 1 e 2 da mesma. Utilizar


os 04 (Quatro) poços de monitoramento existentes, levando em conta a
pertinência dos seguintes parâmetros: pH, DBO, Sólidos Totais
Dissolvidos – STD , Coliformes Termotolerantes, Metais Pesados
(Chumbo, cádmio, cobre, mercúrio, níquel, cromo, manganês, zinco,
benzeno, arsênio, alumínio, estanho); periodicidade trimestral no
primeiro ano de operação do aterro
• Águas Superficiais. Água Doce: Atender aos parâmetros pertinentes
estabelecidos para águas classe 2, estabelecidos na CONAMA 357/05,
dentre outros, a considerar: pH, DBO, OD, Sólidos Totais Dissolvidos,
Nitrogênio Amoniacal, Nitrato, Nitrito, Fósforo total, Ferro, Manganês,
Cloreto, alcalinidade, cor, odor, óleos e graxas, Metais Pesados
(Chumbo, cádmio, cobre, mercúrio, níquel, cromo, manganês, zinco,
benzeno, arsênio, alumínio, estanho); periodicidade trimestral no
primeiro ano de operação do aterro; Fitoplâncton (inventário
taxionômico, frequência por grupo taxonômico e pontos amostrais,
abundância relativa, densidade numérica (em número de células/L
distribuição espaço-temporal , relação clorofila-a / feofitina-a, índices de
diversidade e uniformidade); zooplâncton (inventário taxionômico,
frequência por grupos taxionômico e pontos amostrais, densidade,
riqueza de espécie por ponto amostral, distribuição espaço-temporal;
O empreendimento encontra-se em fase de implantação, as análises serão
realizadas antes de iniciarem as operações do aterro. O Plano de
Monitoramento da CTRI é apresentado no Anexo 5 deste documento.

V. Divulgar informações para toda sociedade sobre o controle e


monitoramento da qualidade do ar, água e solo em área de influência
direta e indireta do aterro industrial;
As informações sobre o controle e monitoramento ambiental da CTRI serão
divulgadas para sociedade quando as obras de implantação estiverem

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concluídas e antes do início e durante das operações. O formato e meio de


comunicação será definido em conjunto com o poder público.

VI. Apresentar ao IMA, antes de dispor quaisquer resíduos sólidos na área:


a) O aceite da CETREL para recebimento de liquido percolado (chorume) a
ser tratado nesta unidade localizada em Camaçari;
O aceite da CETREL para recebimento e tratamento do chorume é
apresentado no Anexo 6.

b) Outorga de captação de água subterrânea para abastecimento industrial,


fornecida pelo INGÁ;
A captação de água subterrânea será feita apenas para o abastecimento da
área administrativa, sendo previsto uma vazão de captação de 48 m3/dia. A
Foz do Brasil através do Processo nº 2013-002317/OUT/APPO-0098 solicitou
autorização para perfuração do poço, para posterior pedido de dispensa de
outorga no INEMA.

VII. Apresentar ao INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA, Plano de


Contingência contemplando dentre outras situações: alternativa para
armazenamento do líquido percolado gerado em caso de ser atingido o
nível máximo da bacia de acumulação, necessidade de manutenção
preventiva e/ou corretiva desta bacia;
O líquido gerado no aterro, proveniente da perda de umidade e/ou
decomposição dos resíduos, irá escoar superficialmente através do sistema
de drenagem, que irá conduzir este efluente para a lagoa de acumulação
coberta com capacidade para aproximadamente 500 m3.
A previsão de geração do efluente é mínima, a verificação de remoção será
feita através de inspeções diárias. O sistema de drenagem do aterro possui
controle manual das válvulas, o operador irá fechar as válvulas nos períodos
de manutenção do sistema, e quando for feita a remoção do efluente

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acumulado na lagoa através de caminhão a vácuo para ser enviada a


CETREL para tratamento.

VIII. Destinar o chorume acumulado na lagoa de acumulação para a CETREL,


atendendo às condições estabelecidas em documento de anuência
desta empresa. Fica expressamente proibido o lançamento de efluentes
nos corpos hídricos locais;
O líquido gerado no aterro, proveniente da perda de umidade e/ou
decomposição dos resíduos, será drenado para a lagoa de acumulação e ao
atingir quantidade suficiente será destinado para tratamento na CETREL,
conforme aceite apresentado no Anexo 6. Não será feito nenhum lançamento
de efluente nos corpos hídricos.

IX. Dotar o aterro de sistemas de impermeabilização (superior e inferior),


objetivando impedir a percolação de águas pluviais através da massa de
resíduos, garantindo um confinamento dos resíduos e líquidos
percolados, impedindo a infiltração de poluentes no subsolo e aquíferos
adjacentes;
As obras de implantação do aterro, incluindo todo o sistema de
impermeabilização seguem os parâmetros definidos no Projeto Executivo já
apresentado ao órgão ambiental. O Projeto Executivo segue no Anexo 7
deste documento.

X. Fica proibido o lançamento de qualquer tipo de efluente em corpo


hídrico sem a devida outorga de lançamento de efluentes cedida pelo
Ingá;
O efluente sanitário gerado no empreendimento será tratado em uma Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE) conforme normas técnicas.

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XI. Implantar sistema de drenagem e captação de gases a serem gerados


nas células de disposição de resíduos, conforme projeto apresentado ao
INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE – IMA;
Conforme Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental, o aterro não
possui sistema de drenagem e captação de gases. O resíduo que será
recebido no aterro não apresenta geração de gases suficiente para esse tipo
de instalação.

XII. Apresentar ao INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE – IMA: Análise Preliminar


de Risco do Empreendimento; Prazo: 180 dias;
A Análise Preliminar de Risco - APR é apresentada no Anexo 8 deste
documento.

XIII. Descarregar, espalhar e compactar os resíduos na frente de operações,


cabendo ao operador do aterro assegurar as condições físicas e de
segurança das vias internas, permanentes e transitórias, de maneira a
permitir o acesso dos veículos coletores a esse local, em qualquer
condição climática;
O empreendimento ainda encontra-se em fase de implantação. Entretanto, os
procedimentos de operação de aterro estão devidamente descritos no Manual
de Operação, o mesmo é apresentado no Anexo 9 deste documento.

XIV. Dotar a área do aterro de sistema de segurança, isolando-a do acesso de


estranhos e de sinalização para alertá-los quanto aos perigos do local,
bem como dispor de iluminação e de sistema de comunicação para
ações em situações de emergências;
O empreendimento ainda encontra-se em fase de implantação. Entretanto, a
área do aterro possui isolamento e segurança 24 horas, controlando o acesso
e impedindo a entrada de pessoas não autorizadas. O sistema de
comunicação ainda será instalado.

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XV. Dotar a área do empreendimento, antes das obras de terraplanagem, de


sistema de drenagem superficial visando a proteção de taludes e
bermas, evitando o desencadeamento de processos erosivos. Realizar a
recuperação e correção dos processos de erosão que venham a ocorrer
em função da implantação do aterro;
As obras de implantação do aterro seguem os parâmetros definidos no
Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental. O Projeto Executivo
segue no Anexo 7 deste documento. Entretanto, todos os taludes serão
devidamente executados e protegidos de forma a evitar ações erosivas.

XVI. Evitar intervenções em área úmidas e trechos de riachos situados nos


domínios da propriedade do empreendimento, respeitando as
determinações contidas nas resoluções CONAMA 302/02 e na Lei federal
4.771/65;
O empreendimento atende as determinações contidas na legislação quanto
às restrições ambientais, respeitando as Áreas de Preservação Permanentes
(APPs) e reserva legal, não serão feitas intervenções em áreas úmidas e
cursos d’água.

XVII. Executar a cobertura final destinada a impermeabilizar e a proteger as


superfícies que permanecerão expostas à erosão, tão logo o maciço em
que se dispõem os resíduos atinja, em qualquer de suas parcelas, a
configuração final prevista no projeto, conforme as especificações
técnicas;
As obras de implantação do aterro, incluindo a cobertura final destinada a
impermeabilizar e proteger as células seguem os parâmetros definidos no
Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental, como também no Plano
de Desmobilização. O Projeto Executivo e o Plano de Desmobilização da 1º
Etapa do Aterro Industrial seguem no Anexo 7 e 2 respectivamente.

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XVIII. Executar a manutenção periódica e preventiva dos equipamentos do


sistema de drenagem provisória, de acordo com as especificações do
projeto, das normas técnicas e das recomendações dos fabricantes dos
equipamentos utilizados; manter a rede de drenagem de águas pluviais
permanentemente desobstruídas, de maneira a possibilitar o livre fluxo
das águas, evitando problemas de alagamento e assoreamento dos
corpos hídricos superficiais e subsuperficiais;
O empreendimento ainda encontra-se em fase de implantação. Entretanto, os
procedimentos de manutenção periódica e preventiva dos equipamentos e
sistemas que compõe o aterro estão devidamente descritos no Manual de
Operação, o mesmo é apresentado no Anexo 9 deste documento.

XIX. Implementar e manter, conforme apresentado ao IMA, plano de


emergência que deverá conter as informações de possíveis acidentes e
das ações a serem tomadas, a indicação do responsável (coordenador) e
seu substituto, indicando telefones e endereços, bem como a lista de
todos os equipamentos existentes, incluindo localização, descrição do
tipo e capacidade. É importante que os dados estejam sempre
atualizados e que a forma de apresentação do plano esteja em
consonância com a NBR10.157 – ABNT;
O Plano de Emergência será implantado antes do início das operações do
aterro, quando toda a equipe técnica estiver instalada. O treinamento da
equipe operacional juntamente com todos os procedimentos de capacitação
da equipe está previsto no plano de ação da Foz.

XX. Implementar mecanismos de contenção e drenagem nos pontos da via


interna de acesso ao empreendimento, onde se verificam processos
erosivos.
As obras de implantação do aterro seguem os parâmetros definidos no
Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental. O Projeto Executivo
segue no Anexo 7 deste documento.

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XXI. Umidificar o solo nas vias internas e diversas frentes de serviço quando
este estiver excessivamente seco, visando atenuar impactos causados
pelas emissões de poeira e/ou material particulado, como também
realizar a sinalização e melhoria das vias de acesso ao aterro, visando à
melhoria das condições de segurança dos veículos ao local;
Os serviços de implantação do aterro seguem todos os procedimentos de
segurança. Os sistemas aplicados pela Foz podem ser observados no Anexo
10, onde são apresentadas fotos da etapa de implantação da CTRI, tiradas no
período de março e abril.

XXII. Manter uma distância mínima de três metros entre o nível máximo do
lençol freático e a parte inferior (nível final projetado) das estruturas a
serem implantadas no aterro;
As obras de implantação do aterro seguem os parâmetros definidos no
Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental. O Projeto Executivo
segue no Anexo 7 deste documento.

XXIII. Impedir a entrada de resíduos cuja classificação e composição seja


desconhecida ou não seja adequadamente identificada e compatível
com a finalidade do aterro e na hipótese de detecção, em meio à carga,
de resíduos cuja natureza torne inviável sua disposição final no aterro,
deverá ser realizada sua segregação e devolução à origem, sob
responsabilidade do gerador, para posterior encaminhamento a
tratamento adequado ou disposição final. Na impossibilidade, por
qualquer razão, de cumprimento desta determinação, toda a carga
deverá ser rejeitada;
Todo e qualquer resíduo a ser disposto será analisado pelo responsável
técnico da unidade e apenas os resíduos compatíveis serão aceitos. Os
resíduos dispostos serão cadastrados e rastreados ao longo da vida útil do
Aterro.

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XXIV. Recobrir com uma camada de solo, conforme especificações técnicas


definidas, os resíduos dispostos no aterro ao final do período diário de
trabalho;
Conforme Projeto Executivo já apresentado ao órgão ambiental os resíduos
dispostos no aterro serão espalhados e compactados, uma vez esgotada a
capacidade da célula será realizado o procedimento de encerramento da
mesma, onde será feita uma cobertura com geomembrana de PEAD de 1,0
mm de espessura associada a uma camada de 0,50 m de espessura de solos
argilosos de baixa permeabilidade. Os detalhes de encerramento do aterro
são descritos no Plano de Desmobilização, apresentado no Anexo 2 deste
documento.

XXV. Adotar medidas de controle ambiental em relação às intervenções na


área referentes à jazida de argila para recobrimento da célula:
a) Efetuar o decapeamento da jazida concomitante com a extração mineral;
b) Efetuar o desmonte periódico dos taludes instáveis de frentes de lavra
em atividade;
c) Executar o abatimento de taludes definitivos da cava visando sua
estabilidade;
d) Instalar canaletas e tanque de decantação evitando assoreamento de
cursos d´água;
e) Efetuar a manutenção do sistema de canaletas e do tanque de
decantação (retirada de sedimentos);
f) Efetuar a aspersão de água sobre o pátio e acessos situados no interior
do empreendimento;
g) Planejar a extração visando a possibilidade de se proceder ao
retaludamento, a implantação de sistemas adequados de drenagem, e a
própria revegetação concomitantemente ao avanço da lavra;
As intervenções realizadas na área de extração de argila para recobrimento
das células seguem todas as medidas de controle ambiental necessárias. A

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CTRI São Sebastião

operação de extração de argila encontra-se devidamente licenciada, através


da Licença Unificada Nº 004/2013, emitida pela Secretaria de Agricultura e
Meio Ambiente – SEAMA do município de São Sebastião do Passé. A Licença
Unificada é apresentada no Anexo 11 deste documento.

XXVI. Apresentar ao INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA, antes da


implementação do empreendimento, para fins de branco ou testemunho,
relatório técnico relativo à caracterização sedimentológica e geoquímica,
com ênfase para os metais pesados, nos sedimentos, na área de
influência direta do empreendimento;
A amostragem de solo será realizada no período em que forem ser instalados
os poços de monitoramento, anterior à operação do Aterro.

XXVII. Apresentar ao INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA, quando do início


das operações, Plano de Controle de Operação do Aterro,
contemplando, dentre outros: a) sistema de registros de materiais
(resíduos) que chegarão ao aterro; b) mapeamento dos resíduos
dispostos e dos locais de disposição visando controle efetivo após
término da vida útil;
O Manual de Operação é apresentado no Anexo 9 deste documento. Para o
controle de operações do aterro a empresa utiliza o sistema próprio para
controle de recebimento e destinação final. Esse sistema já é utilizado para as
diversas plantas de tratamento e disposição final de resíduos da Foz.

XXVIII. Fornecer treinamento aos seus funcionários, incluindo, pelo menos: a)


as formas de inspeção, controle, permissão de acesso e orientação do
lançamento de resíduos; b) os adequados procedimentos de operação,
manutenção e monitoramento do aterro e todos os seus sistemas, com
ênfase nas funções e atribuições específicas de cada funcionário; c) os
procedimentos a serem adotados em situações de emergência; d) os

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CTRI São Sebastião

procedimentos de segurança operacional e a correta utilização de


equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPC);
O empreendimento ainda encontra-se em fase de implantação, todos os itens
da condicionante acima serão adotados a partir do momento da operação do
aterro. O treinamento dos funcionários responsáveis pela operação do aterro
será realizado após serem finalizadas as obras de implantação.

XXIX. Realizar ensaios de resistência, de acordo com as normas pertinentes


da ABNT, em todos os lotes das mantas de polietileno de alta densidade
(PEAD), bem como nas costuras das mesmas, a serem utilizadas como
material impermeabilizante;
As mantas de polietileno que serão utilizadas para impermeabilizar as células
do aterro foram adquiridas com a Engepol Geossintéticos Ltda., as mesmas
foram fabricadas pelo processo de matriz plana. Os certificados de qualidade
das geomembranas seguem no Anexo 12.

XXX. Requerer previamente ao IMA a competente licença, no caso de


alteração do projeto apresentado conforme Art. 127º, Decreto Estadual
n° 11.235 de 10 de outubro de 2008, que regulamenta a Lei n° 10.050 de
06 de junho de 2008.
Não houve alteração do projeto apresentado ao órgão ambiental.

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CTRI São Sebastião

ANEXO 1 - PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE E


TRATAMENTO PAISAGÍSTICO

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PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE E
TRATAMENTO PAISAGÍSTICO

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)


SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BA

Março de 2013
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

EQUIPE TÉCNICA

Integrante Função Formação

Eng. Sanitarista e
Felipe Villa Gerente do Projeto
Ambiental

Bruno Nascimento Técnico Tec. Agrícola

Juliana Ferreira Estagiária Eng. Ambiental e Sanitária

2
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

ÍNDICE

EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................... 2

1 OBJETIVOS......................................................................................................... 4

2 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE E TRATAMENTO


PAISAGÍSTICO ........................................................................................................... 4

2.1 CINTURÃO VERDE ....................................................................................... 4


2.2 PAISAGÍSMO ................................................................................................. 5
2.3 ABERTURA DE COVAS................................................................................. 6
2.4 ADUBAÇÃO ................................................................................................... 6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 6

4 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 7

ANEXO 1 - LAYOUT ESQUEMÁTICO DO PLANTIO AO REDOR DA


PROPRIEDADE .......................................................................................................... 8

3
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

1 OBJETIVOS

O Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico têm como


objetivos:
 Minimizar a poluição visual;
 Atuar como barreira contra a ação dos ventos impedindo o transporte de
materiais de baixo peso especifico;
 Minimizar a difusão de odores.

2 PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO CINTURÃO VERDE E TRATAMENTO


PAISAGÍSTICO

O projeto contempla a implantação de barreira vegetal (cinturão verde), paralela à


cerca de mourões de concreto que limitam a área do empreendimento, contornando
todo o seu perímetro. O projeto também contempla o tratamento paisagístico que
será dado no Aterro Industrial de São Sebastião.

2.1 CINTURÃO VERDE

Para a implantação do Cinturão Verde foram selecionadas as seguintes espécies


para plantio:
 Sanção do Campo (Sábia) (Mimosa Caesalpiniifolia)
Leguminosa com ramos espinhentos, que pode ser conduzida como
arbustiva, sendo que por meio de boas e poucas podas rapidamente
torna-se densa e resistente. Sua folhagem verde e ornamental valoriza o
ambiente.
 Eucalipto (Eucalyptus Grandis)
Crescimento rápido, espécie de grande porte com alta capacidade de
adaptação.

4
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

O plantio das espécies será realizado em linhas paralelas à cerca delimitadora da


área do empreendimento, de tal forma que as espécies de uma linha estejam
situadas nos espaço vazio da outra linha. As mudas de Sansão do Campo ficarão a
50 cm da cerca com espaçamento 20 cm entre linhas de mudas, e o Eucalipto será
plantado em duas camadas com 3,0 m entre colunas e espaçamento de 3,0 m entre
linhas. A Figura 3 ilustra o modelo de disposição do plantio das espécies.

Estima-se o plantio de 22.680 unidades de Sansão do Campo e 3.003 unidades de


Eucalipto. Assim, pretende-se impedir completamente o alcance visual da área de
operação do aterro.

Cerca

Cerca Viva
50 cm
Sansão do campo
20 cm
3,0 m

3,0 m
3,0 m
Eucalipto

Figura 3: Modelo da disposição do plantio das espécies no entorno do Aterro Industrial de São
Sebastião do Passé

2.2 PAISAGÍSMO

Além da barreira vegetal o projeto prevê um tratamento paisagístico em toda área do


complexo, esse tratamento será constituído do plantio de grama em placas, também
conhecida como grama esmeralda (Wild Zoysia).

A grama esmeralda possui folhas estreitas e médias de cor verde esmeralda e


estolhões penetrantes, com raízes que atingem cerca de 20 cm de profundidade,

5
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

sua altura ideal é 3 cm que enraízam facilmente. Esse tipo de grama pode ser
utilizada nos taludes executados do aterro, tanto na fase de operação como no
encerramento da célula, e também podem ser utilizadas nas áreas de entorno das
instalações de apoio. Árvores e arbustos servem como elementos de composição
paisagística.

O método de plantio que será empregado são as placas de grama que apresentam
dimensionamento de 0,30 x 0,30 m com espessura mínima de 0,03 m, com
crescimento rápido e prático.

2.3 ABERTURA DE COVAS

As covas para o plantio de mudas de espécies arbóreas e arbustivas deverão


possuir aproximadamente 40 cm de diâmetro por 40 cm de profundidade.

2.4 ADUBAÇÃO

Os adubos devem ser aplicados no fundo da cova e misturados com o substrato


(solo) local. A composição da mistura deverá ser a seguinte:
 3 kg de esterco de curral (uma pá cheia) ou 1 kg de cama de aviário bem
curtido;
 100 g de calcário dolomítico (100%);
 80 g de P2O5 (na forma de fosfato de rocha);
 40 g de K2O;
 10 g de micronutrientes (FTE BR 12).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico do


Aterro Industrial de São Sebastião do Passé visa pleno atendimento a legislação
ambiental vigente e as condicionantes da Licença Ambiental emitida pelo INEMA, de

6
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

maneira a garantir a manutenção da qualidade ambiental da área onde o mesmo


está localizado.

4 REFERÊNCIAS

ANDRADE, G. Aluisio, Caderno de especificações técnicas, Embrapa, 2012.

BARBOSA, L. M. & POTOMATI, A. Manual prático de recuperação de áreas


degradadas e anais do Seminário Regional sobre Recuperação de Áreas
Degradadas: Conservação e Manejo de Formações Florestais Litorâneas. Ilha
Comprida: Secretaria de Meio Ambiente, Prefeitura de Ilha Comprida, São Paulo,
2003.

KALIL-DIAS, F.J. Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) no entorno


de uma lagoa em Porto Seco Pirajá, Salvador, Bahia, Brasil. Projeto, 2009.

7
Projeto de Implantação do Cinturão Verde e Tratamento Paisagístico

ANEXO 1 - LAYOUT ESQUEMÁTICO DO PLANTIO AO REDOR DA


PROPRIEDADE

8
CTRI São Sebastião

ANEXO 2 – PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO

29
PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)


SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BA

Fevereiro de 2013
Plano de Desmobilização

EQUIPE TÉCNICA

Responsável Técnico:

Felipe de Santana Villa


Engenheiro Sanitarista e Ambiental
CREA 46.745/D

Colaboração:

Juliana Lima Marques Ferreira


Estagiária de Engenharia Ambiental e Sanitária

2
Plano de Desmobilização

ÍNDICE

EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................... 2

1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 4

2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 4

3 PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO .................................................................................... 4

3.1 COBERTURA FINAL ............................................................................................ 5


3.2 CRONOGRAMA DO ENCERRAMENTO .................................................................... 5
3.3 ESTIMATIVA DAS QUANTIDADES DE RESÍDUOS ...................................................... 6
3.4 UTILIZAÇÃO DA ÁREA DO ATERRO APÓS SEU FECHAMENTO ................................... 7
3.5 RECURSOS FINANCEIROS .................................................................................. 7
4 ATIVIDADES APÓS ENCERRAMENTO.......................................................................... 8

4.1 MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS ............................. 8


4.2 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ......................................................................... 9
4.3 SISTEMA DE DRENAGEM E TRATAMENTO DE LÍQUIDO PERCOLADO .......................... 9
4.4 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO ............................................................................... 10
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 10

3
Plano de Desmobilização

1 APRESENTAÇÃO

É apresentado o Plano de Desmobilização referente à 1ª Etapa do Aterro Industrial


da Central de Tratamento de Resíduos Industriais (CTRI) de São Sebastião do
Passé no Estado da Bahia.

A 1º Etapa do Aterro Industrial tem capacidade total de 150.000 m3, sendo composta
por 10 células cobertas com 15.000 m3 cada. Considerando uma disposição média
de 2.500 m3/mês, a vida útil desta fase inicial será de aproximadamente 5 anos.

2 OBJETIVOS

O Plano de Desmobilização tem como objetivo:


 Orientar o encerramento futuro do Aterro Industrial;
 Minimizar a necessidade de manutenção futura;
 Evitar a contaminação de lençol freático, águas superficiais e solo com
líquidos percolados contaminados e;
 Garantir a qualidade ambiental da área e seu entorno.

3 PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO

As atividades de fechamento do Aterro Industrial serão executadas à medida que


cada célula atingir sua capacidade de disposição de resíduo. A estratégia é que a
construção aconteça por fases, onde será construída uma célula. Essa célula será
operada, completada e encerrada. A partir daí, inicia-se a segunda fase com a célula
seguinte. Esse ciclo acontecerá até a décima célula, onde acontecerá o
encerramento definitivo do Aterro Industrial.

Com base na capacidade total projetada, na capacidade unitária de cada célula e na


projeção de recebimento e disposição de resíduos, o tempo de vida útil operacional
de cada célula será de 6 meses.

4
Plano de Desmobilização

Após o encerramento do Aterro Industrial, as atividades de monitoramento serão


realizadas conforme legislação aplicável.

3.1 Cobertura final

A cobertura final de cada célula irá funcionar como um sistema de


impermeabilização e proteção do aterro, sendo dividida nas seguintes etapas:
 Selagem da célula com uma camada de solo compactado;
 Aplicação da manta de PEAD lisa, com espessura de 2,0 mm;
 Camada impermeabilizante com aplicação de uma seção mista,
constituídos parte com solos areno siltosos compactados e parte com
solos de características argilosas de baixa permeabilidade, com
coeficiente de permeabilidade K < 1,0 x 10-6 cm/seg;
 Camada de solo natural com aproximadamente 60 cm;
 Revestimento vegetal com o plantio de gramíneas do tipo umidícula com
a técnica de hidrossemeadura, com o objetivo de evitar a ocorrência de
processos erosivos e de minimizar a infiltração de águas pluviais.

3.2 Cronograma do encerramento

O encerramento de cada célula do aterro será realizado com a aplicação das cinco
etapas da cobertura final, como descrito no item anterior. O tempo de execução para
essas cinco etapas é de aproximadamente um mês.

O cronograma de encerramento da 1ª etapa do aterro é apresentado na tabela a


seguir:

5
Plano de Desmobilização

Tempo para
Data estimada Tempo de Data estimada
Capacidade encerramento
Célula 3
para inicio de operação da de
(m ) da célula
operação célula (meses) encerramento
(meses)

1 15.000 Nov/2013 6 1 Mai/2014

2 15.000 Mai/2014 6 1 Nov/2014

3 15.000 Nov/2014 6 1 Mai/2015

4 15.000 Mai/2015 6 1 Nov/2015

5 15.000 Nov/2015 6 1 Mai/2016

6 15.000 Mai/2016 6 1 Nov/2016

7 15.000 Nov/2016 6 1 Mai/2017

8 15.000 Mai/2017 6 1 Nov/2017

9 15.000 Nov/2017 6 1 Mai/2018

10 15.000 Mai/2018 6 1 Nov/2018

Tabela 1: Cronograma de encerramento da 1ª etapa do Aterro Industrial.

3.3 Estimativa das quantidades de resíduos

6
Plano de Desmobilização

A previsão de recebimento anual de resíduos no Aterro Industrial é incremental e


está apresentada na tabela abaixo.

Total
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 3
(m )
Resíduos

15.000 22.500 30.000 32.500 50.000 150.000

Tabela 2: Estimativa das quantidades de resíduos.

3.4 Utilização da área do aterro após seu fechamento

Nenhuma edificação será construída sobre o Aterro Industrial, tendo em vista que
uma massa de resíduos não se caracteriza como um meio apropriado de suporte
para estruturas de fundação.

O Aterro Industrial terá seu acesso controlado após o término de sua vida útil,
visando impedir a entrada de pessoas não autorizadas e animais.

O monitoramento ambiental da qualidade do solo, água subterrânea e superficial


permanecerá após o encerramento do Aterro, de maneira a garantir qualidade
ambiental e o atendimento a legislação vigente.

A área em questão contará com viveiro de mudas e poderá realizar atividades de


educação ambiental.

3.5 Recursos financeiros

Os recursos financeiros previstos para a execução das atividades de encerramento


estão previstos no orçamento geral do Aterro Industrial.

7
Plano de Desmobilização

4 ATIVIDADES APÓS ENCERRAMENTO

Após a desativação da 1ª etapa do Aterro Industrial de São Sebastião, no que se


refere às 10 células, o mesmo terá um programa de monitoramento para os 20 anos
seguintes. Esse período poderá ser futuramente repactuado com o órgão ambiental.

As atividades após encerramento visam manter as características físicas do aterro


preservadas, além de garantir a qualidade do ar, do solo, das águas superficiais e
subterrâneas. Além disso, tem também como objetivo identificar e recuperar
qualquer anormalidade observada.

Para tanto, as vistorias no aterro serão realizadas por técnicos treinados, capazes de
identificar qualquer anomalia no maciço do aterro, em suas estruturas associadas e
na área de influência do empreendimento. Essas ocorrências deverão ser
identificadas e corrigidas.

O serviço de vigilância deverá continuar atuante, de forma a evitar entradas não


permitidas e descargas clandestinas ou indiscriminadas de resíduos, resguardando a
segurança do local.

4.1 Monitoramento das águas superficiais e subterrâneas

Os pontos de amostragem de águas superficiais e subterrâneas, bem como a


frequência de amostragem e análises atenderão as exigências da Licença Ambiental
emitida pelo INEMA.

Serão executados poços de monitoramento do lençol freático para avaliação da


influência do aterro na qualidade da água subterrânea, seguindo as seguintes
especificações:
 Poço(s) a montante do aterro para retirada de amostras representativas
da qualidade das águas do lençol;

8
Plano de Desmobilização

 Poço(s) à jusante do aterro, atingindo diferentes profundidades no lençol


freático onde haja a possibilidade de contaminação, sendo um deles
localizado bem próximo à área das células de disposição.

4.2 Drenagem de águas pluviais

O sistema de drenagem de águas pluviais será construído para permanecer em


utilização mesmo após o término da disposição de resíduos no Aterro Industrial,
sendo um importante sistema de proteção ambiental.

O sistema de drenagem de águas pluviais será constituído de sarjetas revestidas


com solo-cimento, canaletas pré-moldadas de concreto, caixas de passagem,
descidas d’água e bueiros tubulares. As águas desviadas passam por caixas de
passagem ou poços de visita, onde ocorre inspeção e controle, inclusive quanto à
qualidade das águas transportadas, daí sendo descartadas de volta à drenagem
natural.

4.3 Sistema de drenagem e tratamento de líquido percolado

O sistema de drenagem de líquido percolado é formado por um conjunto de


canalizações porosas e preenchido com pedras de 10 cm, que irá interceptar o
efluente líquido. O chorume escoará superficialmente através dos drenos
transversais, localizados no interior das células permitindo a drenagem para as
Caixas de Controle de Chorume (CCC) situadas no pé do talude externo da
plataforma de lançamento e posteriormente para a Lagoa de Acumulação de
Chorume.

As Caixas de Controle de Chorume (CCC) serão dotadas de registros que permitirão


o controle do fluxo nos períodos críticos para evitar transbordamento da Lagoa de
Acumulação de Chorume.

9
Plano de Desmobilização

O tratamento do chorume será feito ex-situ na Central de Tratamento de Efluentes


Líquidos da CETREL, empresa do mesmo grupo econômico da Foz do Brasil.

O sistema de drenagem e tratamento do líquido percolado será realizado até ser


constatado o término da geração do mesmo, e durante esse período serão
realizadas manutenções periódicas do sistema.

4.4 Inspeção e manutenção

O Aterro Industrial durante toda a sua vida útil e após o seu encerramento irá passar
por inspeções e manutenções periódicas, de forma a garantir a integridade de todos
os componentes, estruturas e sistemas do Aterro.

Componente e/ou estrutura da instalação, Frequência de Sugestão para ações


sistema ou peça de equipamento inspeção corretivas

Monitoramento das águas superficiais


Monitoramento das águas subterrâneas
Sistema de drenagem pluvial
Sistema de drenagem de líquido percolado A ser definido A ser definido
Lagoa de acumulação de chorume
Sistema de impermeabilização das células
Cerca de proteção da área

Tabela 3: Inspeção e manutenção.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Plano de Desmobilização do Aterro Industrial da Foz do Brasil em São


Sebastião do Passé visa pleno atendimento a legislação ambiental vigente e as
condicionantes da Licença Ambiental emitida pelo órgão ambiental, de maneira a
garantir a manutenção da qualidade ambiental da área onde o mesmo está
localizado.

10
CTRI São Sebastião

ANEXO 3 – PREV

40
FOZ DO BRASIL S.A.

PLANO DE REVEGETAÇÃO, RECUPERAÇÃO

OU ENRIQUECIMENTO DE VEGETAÇÃO
( PREV )

FAZENDA FAZENDINHA
KM 62 - BR 324 / SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ-BA

DEZEMBRO DE 2012

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores,
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
EQUIPE TÉCNICA:

Ricardo M. Alves
Eng. Agrônomo
CREA: 20.541/D
Tel / Fax: (71) 3351-2247 / (71) 3113-3621
(71) 9973-1539
Email: ricardo.alv@uol.com.br

PARTICIPAÇÃO INDIRETA:

Equipe técnica multidisciplinar elaboradora


de Relatório de Informações Ambientais da
Fazenda Fazendinha

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 2
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
SUMÁRIO Pág.

1. PLANO DE REVEGETAÇÃO, RECUPERAÇÃO OU ENRIQUECIMENTO DE 04


VEGETAÇÃO ( PREV )

1.1. Objetivo. 04

1.2. Considerações gerais 04

1.3. Caracterização sintética dos meios físico e biótico da propriedade e do local do PREV. 05

1.4. Previsão anual de recuperação de área de Reserva Legal e Preservação Permanente. 08

1.5. Técnicas de recuperação, revegetação e enriquecimento da vegetação. 09

1.5.1. Recuperação com plantio de mudas (espécimes nativos). 10

1.5.2. Enriquecimento e adensamento do banco de sementes do solo. 20

1.6. Monitoramento e manutenção após o plantio. 22

1.7. Previsão de mão-de-obra 23

1.8. Cronograma de execução 23

BIBLIOGRAFIA 25

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 3
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
1. PLANO DE REVEGETAÇÃO, RECUPERAÇÃO OU ENRIQUECIMENTO DE
VEGETAÇÃO (PREV):

1.1.Objetivo.

O presente Projeto de Recuperação e Enriquecimento da Vegetação sugerido tem como objetivo


principal recuperar a cobertura vegetal nativa constituinte de área de Reserva Legal e Área de
Preservação Permanente (APP), procurando aproximar ao máximo às condições originais do
ecossistema.

A intervenção e o modelo de projeto sugerido irão criar condições ecológicas para que a sucessão
avance, até atingir um estado estável com representativa biodiversidade, mas que pode não culminar
em ecossistema idêntico em diversidade florística ao que havia antes da supressão da vegetação
realizada para substituição por pastagem cultivada.

As medidas de intervenção para recuperação ambiental irão priorizar a capacidade natural de


mudança ao longo do tempo, procurando reconstruir as complexas interações ocorrentes no
ecossistema de Mata Atlântica e garantir sua sustentabilidade, mesmo que a biodiversidade não
corresponda integralmente à riqueza da mata original.

1.2.Considerações gerais.

A implantação do Aterro de Resíduos Industriais tem como diretriz básica integrar


harmoniosamente o projeto com as características do ambiente local relacionadas aos aspectos
físico-bióticos e priorizar sempre a conservação da natureza, minimizando o máximo possível às
alterações ambientais localizadas que sejam inevitáveis.

O presente Projeto de Recuperação e Enriquecimento da Vegetação complementa os princípios


básicos do empreendimento, tais como: a compatibilização entre o desenvolvimento e o equilíbrio
ambiental; o uso sustentado dos recursos naturais renováveis; e o respeito à preservação e
conservação da biodiversidade, através de inovações tecnológicas que minimizem intervenções e
modificações no ambiente natural. Dessa forma, a recuperação parcial da vegetação nativa
suprimida no passado para implantação de pastagem cultivada constitui-se numa medida de
adequação ambiental e atenderá a regulamentação legal estadual pertinente relacionada aos imóveis
rurais do Estado da Bahia, através da recuperação e regularização da Reserva Legal e das Áreas de
Preservação Permanente.

A vegetação nativa recuperada terá um importante papel com relação aos recursos hídricos, pois
controlará a erosão e conseqüente carreamento de partículas sólidas ou assoreamento; regulará o
fluxo d’água, controlando o escoamento superficial e proporcionando a recarga natural dos
aqüíferos. O enriquecimento da vegetação contribuirá para o conforto térmico, atuando sobre a
radiação solar, a umidade relativa, a velocidade do ar, a acústica do ambiente, além de tornar a
paisagem natural mais admirável e se constituir em fonte de alimento, interação e refúgio para
fauna.

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 4
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
1.3.Caracterização sintética dos meios físico e biótico da propriedade e do local do PREV.

- Clima.

Segundo a Classificação Climática de Thornthwaite, a propriedade está inserida numa região de


abrangência de clima Úmido com média relativa de excedente hídrico anual, megatérmico,
evapotranspiração potencial ( EP ) > 1140 mm e chuvas mais freqüentes e regulares de outono-
inverno. A pluviometria média anual situa-se numa faixa de 1800 a 2000 mm, mais concentrada no
período de outono-inverno, normalmente iniciando no mês de março e prolongando-se até agosto,
com maior concentração nos meses de abril/maio/junho/julho. Evidentemente que em determinados
anos, esses índices pluviométricos podem apresentar variações de quantificação inferiores ou
superiores a média mais comum. A temperatura média anual gira em torno de 24º a 26º C.

- Geologia.

Conforme Relatório de Informações Ambientais elaborado pela Gaia Consultoria, a geologia da


área, embora de difícil descrição, devido à escassez de afloramentos e ao preparo de solo para
introdução do cultivo de cana-de-açúcar e/ou capim, está representada por rochas sedimentares de
idade Cretácea Inferior, pertencentes à Formação Marfim – Kism, integrante do Grupo Ilhas que por
sua vez integra o Super Grupo Bahia. Na porção central, ao longo de amplo vale aberto ocorre, às
margem de curso d’água meandrante, acúmulos de sedimentos Quaternários recentes representados
por siltes e argilas em proporções variadas, com provável predomínio dos siltes, dada a maior
mobilidade das argilas.

- Relevo/Geomorfologia.

Conforme Relatório de Informações Ambientais elaborado pela Gaia Consultoria com mapa plani-
altimétrico, na propriedade se observou duas elevações com diferenças de cota do topo para a base
de cerca de 16 metros (elevação do flanco leste) e 36 metros (elevação do flanco oeste), cuja
distribuição em superfície, alongada segundo a orientação norte-sul, atesta as características de
padrão de fraturamento/falhamento da região. Os topos planos a suavemente abaulados atribuem
grande estabilidade a esses locais, cujas inclinações decrescentes adjacentes se estendem de forma
extensa e suavizada até a cota altimétrica mais baixa do local. Essas características minimizam o
desenvolvimento de processos erosivos, desde que se mantenham os solos cobertos com vegetação,
seja de fisionomia herbácea-arbustiva e/ou arbórea.

Na porção central da propriedade observa-se a existência de amplo vale aberto e de fundo plano, de
orientação norte-sul.

Conforme mapa plani-altimétrico, a cota altimétrica mais alta do imóvel gira em torno de 93,00 m
na extremidade oeste, enquanto a mais baixa gira em torno de 58,00 m, que se expande do setor
central para norte na abrangência de ocorrência do curso d’água intermitente.

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 5
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
- Recursos hídricos.

Recordando e complementando o estudo ambiental realizado pela Gaia Consultoria, os recursos


hídricos no interior do imóvel correspondem a: curso d’água intermitente que corta a propriedade
pelo setor central de sul a norte; extravasadores ou sangradouros procedentes de aguadas com
barramentos existentes em áreas vizinhas, que adentram temporariamente o imóvel em períodos de
fortes chuvas, contribuindo também com acumulação hídrica temporária em barramento provocado
por acesso construído; e sete aguadas construídas por escavação de terra com acúmulo de terra
adjacente conformando barramento, ou influência de estrada/acesso e condição edáfica associada à
cota altimétrica rebaixada com formação de suave abaciamento, cujo objetivo principal seria a
dessedentação dos bovinos e eqüinos.

- Solos.

Conforme Relatório de Informações Ambientais elaborado pela Gaia Consultoria, os solos


predominantes na área do empreendimento normalmente se apresentam associados e com
características físicas eventualmente diferenciadas. As diferenciações estão relacionadas,
principalmente, à profundidade, ocorrência de mosqueados/adensamentos, textura e classes de
drenagem. As escavações/perfil de solos observados e avaliados comprovaram as variações físicas,
influenciadas principalmente pela localização no relevo e influência de umidade.

Conforme Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA-2006), em primeiro (ordem)


nível categórico predominam os Argissolos associados aos Vertissolos, podendo ocorrer os
Luvissolos, na dependência do critério de ocorrência de horizonte diagnóstico B textural com alta
atividade da fração argila e alta saturação por bases em sequência a horizonte A ou E.

Na área de intervenção para implantação do PREV predomina a associação dos referidos solos.

Em relação aos Argissolos, escavações amostradas seqüencialmente sinalizaram a presença do B


textural e incremento de argila do horizonte A para o B com ocorrência ocasional de adensamentos,
mosqueados e caráter plíntico. Conforme observação visual e manejo manual predomina a textura
média-argilosa. Ocorrem pequenas variações na textura e espessura do horizonte A, mas sempre
com predomínio da textura média e muito eventualmente arenosa. O horizonte B argiloso a muito
argiloso e o adensamento com mosqueado e caráter plíntico se encontravam também parcialmente
presentes, com menor ou maior incidência, sempre caracterizando permeabilidade lenta e restrição
temporária à percolação da água.

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 6
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
Figura 01 – Vista parcial de escavação de solos de textura média/argilosa, onde se
identificou incremento de argila e ocorrência de caráter plíntico.

Quanto à questão da fertilidade, será mais bem analisada com a amostragem de solos. Mas em
relação a essa tipologia (Argissolos) de solos, aparentemente predomina características distróficas,
podendo eventualmente ocorrer situações de caráter eutrófico. As situações de distrofia poderão ser
melhoradas e revertidas com adubação balanceada, objetivando o desenvolvimento e crescimento
mais rápido dos espécimes introduzidos.

A questão da variação de profundidade dos solos condicionada por restrições físicas, principalmente
a presença de adensamento com mosquedo e caráter plíntico, poderá se constituir num fator de
interferência no desenvolvimento dos espécimes nativos introduzidos, tornando o crescimento mais
lento parcialmente.

Em relação aos Vertissolos, apresentam característica de expansão de volume, quando úmidos, e


contração, quando secos, evidenciando rachaduras nessa circunstância. O teor relativamente alto de
argila e sua grande atividade conferem ao material desses solos elevada plasticidade e pegajosidade,
quando molhado, e consistência extremamente dura, quando seco, implicando seriamente na sua
utilização.

Variam de pouco profundos a profundos, embora ocorram também solos rasos, conforme o
modelado do relevo e ocorrência de restrições físicas. A permeabilidade é normalmente lenta com
drenagem interna deficiente. São solos normalmente com alta capacidade de troca de cátions, alta
saturação por bases (> 50 %), com teores elevados de cálcio e magnésio, cuja reação de pH situa-se
mais comumente da faixa neutra para alcalina, podendo, menos freqüentemente, ocorrer na faixa
moderadamente ácida. A textura é normalmente argilosa ou muito argilosa, embora possa ser média
(com um mínimo de 300 g de argila por kg de solo) nos horizontes superficiais

- Cobertura Vegetal.

Na abrangência do PREV predomina a pastagem cultivada (Brachiaria spp) com algumas espécies
de frutíferas e nativas de fisionomia arbórea. No setor sul da Área de Preservação Permanente do
curso d’água intermitente se observa a germinação e/ou rebrota de algumas espécies nativas e
frutíferas, aparentemente com capacidade de regeneração natural.

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 7
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
1.4.Previsão anual de recuperação de área de Reserva Legal e Preservação Permanente.

Quanto à área de Reserva Legal é regulamentado no Art. 66 da Lei Federal nº 12.651 de


25/05/2012: “§ 2° A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender os critérios
estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20 (vinte) anos, abrangendo,
a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à sua
complementação”.

Entretanto é intenção da Empresa acelerar o processo de recuperação de Reserva Legal, prevendo-


se o plantio, a cada ano, de no mínimo1/10 (um décimo) da área total necessária à sua
complementação. Dessa forma, será previsto anualmente uma intervenção efetiva em cerca de
1,58 ha com introdução de espécimes nativos no sistema de plantio total, associando-se o
aproveitamento parcial de “plântulas” germinadas, já que a área de Reserva Legal a ser recuperada
totaliza cerca de 15,7942 ha.

No intuito de induzir e estimular a recuperação da Reserva Legal mais rapidamente, além de 1,58 ha
de introdução de mudas nativas, será operacionalizado em dimensão similar anualmente, técnica
conhecida como enriquecimento e adensamento do banco de sementes, que será mais bem detalhada
em subitem posterior.

Estima-se a iniciativa de recuperação da Área de Preservação Permanente por cerca de cinco anos
através de intervenção efetiva anual de 1,50 ha com introdução de espécimes nativos no sistema de
plantio total, associando-se o aproveitamento parcial de “plântulas” germinadas e condução da
regeneração natural, já que a respectiva área total a ser recuperada é dimensionada em cerca de
7,48 ha. Evidentemente que se estima a manutenção/monitoramento por um mínimo de mais quatro
anos após o último ano de plantio.

Apesar da Lei Federal nº 12.651 de 25/05/2012 regulamentar a recuperação de apenas 15,00 m a


partir da borda do leito regular para imóveis com dimensão entre dois e quatro módulos fiscais, é
intenção da empresa recuperar a faixa de 30,00 m, contribuindo mais ainda pela sustentabilidade
ambiental associada ao desenvolvimento.

Em operação similar à recuperação da Reserva Legal também será efetivada, na Área de


Preservação Permanente, a técnica conhecida como enriquecimento e adensamento do banco de
sementes por cerca de 1,50 ha anualmente.

Com as medidas e critérios técnicos anteriores se pretendem antecipar a estimativa inicial de dez
anos e cinco anos para adensamento com vegetação nativa das áreas de Reserva Legal e
Preservação Permanente, respectivamente. Essa previsão pode ser prejudicada e sofrer alterações,
em caso de adversidades climáticas imprevistas, principalmente em relação à vulnerabilidade da
Área de Preservação Permanente, situada em cota altimétrica rebaixada, sujeita a inundações
temporárias periódicas que acentuam o arrastamento de solos, de sementes e de afogamento das
mudas.

Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 8
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Evidentemente que a manutenção prosseguirá com monitoramento mais criterioso por até cerca de
quatro anos posteriores ao último ano de plantio de mudas nativas.

1.5.Técnicas de recuperação, revegetação e enriquecimento da vegetação.

O zoneamento ambiental e características do local, tais como homogeneidade da pastagem cultivada


sacramentada com tratos culturais e bom manejo, ou associação da pastagem cultivada com
presença de invasoras e regeneração natural de espécies de fisionomia arbustiva-arbórea,
condicionam a definição das melhores técnicas de recuperação para diferentes situações ambientais.
Procura-se reduzir os custos do projeto e aumentar a eficiência de retorno ecológico.

Na presente condição ambiental se definirá três situações. Em relação a Reserva Legal se definirá
dois critérios de implantação:

- Plantio em área total definida para aquele ano. Os espécimes serão introduzidos no espaçamento
definido, realizando-se o coroamento inicial para abertura de cova e plantio da muda. Em função de
se priorizar o plantio anualmente no início do período de maior índice pluviométrico (outono-
inverno), a permanência das gramíneas (Brachiaria spp) cultivadas nas entrelinhas das mudas
introduzidas evitará ou minimizará o desenvolvimento de erosão laminar, assoreamentos a jusante e
conseqüente degradação dos solos.

- Plantio em ampla área definida para aquele ano com aproveitamento parcial de plântulas
procedentes da germinação do banco de sementes dos solos. Nessa situação as germinações naturais
serão objeto de trato cultural de “coroamento” e monitoramento até a fase seqüencial de
crescimento e desenvolvimento.

Quanto à recuperação da Área de Preservação Permanente, especialmente o setor sul, onde se


observou regeneração natural de espécimes de fisionomia semi-arbustiva/arbustiva, além das
técnicas anteriores utilizadas na recuperação da Reserva Legal, se definirão os seguintes critérios:

- Condução da regeneração natural através de combate aos fatores principais de limitação,


destruição ou restrição da rebrota ou germinação espontânea, tais como: eliminação de trato cultural
de “roçagem” para manutenção sazonal da pastagem cultivada, combate imediato ao fogo em caso
de ocorrência de queimada e eliminação do pastoreio por rebanho de bovinos e eqüinos. Associam-
se tratos culturais iniciais de “coroamento” e monitoramento até as mudas atingirem o estágio de
sobrevivência natural.

- A seqüência dos anos e desenvolvimento natural da regeneração conduzida favorecerá a elevação


da densidade de vegetação de fisionomia arbustivo-arbórea, através da dispersão de sementes por
processos de autocoria (queda livre), anemocoria (vento), ornitocoria (pássaros) e quiropterocoria
(morcego).

Em ambas as situações de recuperação da Reserva Legal e APP, no intuito de induzir e estimular


essa composição de vegetação mais rapidamente para o ano posterior e se formar uma base inicial
de auto-recuperação, será realizado em dimensão similar de área destinada ao plantio de mudas
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nativas, técnica conhecida como enriquecimento e adensamento do banco de sementes para
formação de fragmentos disseminadores de sementes.

1.5.1. Recuperação com plantio de mudas (espécimes nativos).

Entende-se como sucessão natural, o processo de desenvolvimento de uma comunidade


(ecossistema) em função de modificações seqüenciais na composição e dinâmica natural do
ambiente considerado, evoluindo do estágio pioneiro para o secundário, até culminar no estágio
clímax.

O processo de colonização inicia-se com espécies pioneiras. Essas criam condições adequadas de
microclima e solos para estabelecimento de grupos de plantas secundárias que necessitam de menos
luz e melhores condições de solo. Essa seqüência sucessional evolui até o estágio clímax com maior
diversidade.

Diante da sucessão natural, se estabelecerá metodologia de plantio, através da seleção e alternância


de espécies por grupo ecológico, objetivando equilíbrio e sustentabilidade do ambiente em
recuperação.

Na tabela a seguir se observa as características de espécies arbóreas nativas do Brasil, que compõem
os diferentes grupos ecológicos.

Tabela 01 – Características gerais mais comuns de espécies por Grupo Ecológico


Características Pioneiras Secundárias Secundárias Clímax
iniciais tardias
Crescimento (*) Muito rápido Rápido Médio Lento ou muito
lento
Tolerância à Normalmente Normalmente Tolerante no Tolerante
sombra (*) muito intolerante intolerante estágio juvenil
Altura das 4 a 10 (média Cerca de 10 a 30 Média de 20 a 30 Média de 30 a 45
árvores (m) / (*) com exceções) (média de 20) (Alguns até 50) (Alguns até 60)
Dispersão de Ampla (zoocoria) Restrita Zoocoria, Ampla (zoocoria)
sementes e anemocoria (autocoria), ampla autocoria e e restrito
(zoocoria) e principalmente, (autocoria)
anemocoria anemocoria
Tamanho dos Pequeno Médio Pequeno a Grande e pesado
frutos/ sementes médio, mas
sempre leve
Idade da 1º Prematura (média Intermediária Relativamente Tardia (mais de
reprodução de 1 a 5) (média de 5 a 10) tardia (Média de 20, normalmente)
(anos) / (*) 10 a 20)

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Tempo de vida Muito curto Curto (média de Longo (média de Muito longo
(anos) / (*) (normalmente 10 a 25) 25 a 100) (normalmente
menos de 10) mais de 100)
Ocorrências mais Capoeiras, bordas Capoeirões, Florestas Florestas
freqüentes (*) de matas, florestas secundárias e secundárias em
clareiras médias e secundárias, primárias, bordas estágio avançado
grandes bordas de de clareiras, de sucessão,
clareiras e clareiras florestas
clareiras pequenas pequenas, dossel primárias, dossel
florestal e sub- florestal e sub-
bosque bosque
Adaptado de Ferreti et al. (1995) e Barbosa (2000)
(*): Dependendo das condições ecológicas locais e adversidades ambientais, determinadas espécies
podem divergir ou se diferenciar, ocasionalmente, em relação às respectivas características mais
freqüentes.

- Seleção e indicação das espécies para plantio.

A heterogeneidade florística está relacionada às condições ambientais. Além das variações de


relevo (baixada, inclinação suavizada e topo), a condição edáfica se torna um fator importantíssimo
para seleção das espécies, considerando a estrutura/textura e especialmente as variações de
umidade.

Na abrangência das áreas a serem recuperadas no imóvel, se observa parcialmente as inclinações


suavizadas e o topo de breves colinas, constituindo áreas parcialmente livres de inundação
relacionadas às cotas altimétricas mais elevadas do terreno. Especialmente na abrangência da Área
de Preservação Permanente e no setor norte, onde ocorrem parcialmente solos pesados
(Vertissolos), se torna necessário a indicação de espécies com capacidade de sobrevivência em
condições de inundações temporárias, devido às cotas altimétricas inferiores, conformando uma
situação de baixada acumuladora de excessos pluviométricos. Nessas circunstâncias a infiltração se
torna lenta, devido às características físicas dos solos parcialmente predominantes.

Nesse contexto ambiental, serão adotados os seguintes critérios básicos na seleção de espécies para
recuperação de vegetação:

 Plantio de espécies nativas com ocorrência em florestas da mesma microbacia hidrográfica


ou da região;
 Plantio do maior número possível de espécies para gerar alta diversidade;
 Plantio de mudas procedentes de sementes obtidas em várias árvores matrizes de diferentes
remanescentes florestais, para garantir diversidade genética;
 Utilização de combinações de espécies pioneiras de rápido crescimento e copa ampla junto
com espécies não-pioneiras (secundárias tardias e clímax);
 Plantio de espécies atrativas à fauna que favoreçam a dispersão de sementes e contribuam
com a própria regeneração natural;
 Plantio de espécies adaptadas às condições físico-química dos solos;
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 Plantio de espécies adaptadas a variáveis e condição local de umidade do solo;
 Plantio de espécies leguminosas fixadoras de nitrogênio;
 Aquisição de mudas em hortos de relativa tradição e que sejam fornecedores de mudas de
qualidade fitossanitária garantida;

Na tabela a seguir apresenta-se uma listagem de diversidade de espécies recomendadas, que


poderão ser selecionadas e adquiridas em hortos de produção de muda nativa, sendo discriminadas
de acordo com o entendimento das exigências quanto aos níveis de luz. Serão adotados apenas dois
grupos: pioneiras e não-pioneiras. O grupo das pioneiras será representado por espécies pioneiras e
secundárias iniciais, que deverão crescer rapidamente e propiciar a sombra para as espécies não-
pioneiras, ou seja, as secundárias tardias e as clímax.

Tabela 02 – Listagem de espécimes nativos sugeridos para plantio


Nome científico Nome vulgar G.E. A.F. Indicação
Abarema jupunba (Willd.) Britt. E Killip Ingarana P (Si) x C
Aegiphila Sellowiana Cham. Tamanqueira P x C
Alchornea discolor Poepp. Supiarana P x C
Alchornea glandulosa Poepp & Endl. Tapiá P x B/C
Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell. Arg. Pau-de-tamanco P x B/C
Allophyllus edulis (St. Hil.) Radlk. Chal-chal P x B/C
Amaioua guianensis Aubl. Marmelada-brava NP x C
Andira legalis (Vell.) Toledo Angelim-coco P (Si) x A/B
Andira nitida Mart. ex Benth. Angelim P (Si) x B/C
Andira surinamensis (Bondt) Splitg. Angelim P (Si) x B/C
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez Canelinha NP A
Aniba intermedia (Meisn.) Mez Louro-do-morro NP x C
Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr. Jataí NP C
Aspidosperma illustre (Vell.) Kuh. & Pirajá Pequiá NP C
Aspidosperma parvifolium A. DC. Pequiá-branco NP C
Aspidosperma polyneuron M. Arg. Peroba-mirim NP C
Bactris setosa Mart. Tucum NP x A/B
Bowdichia virgilioides Kunth. Sucupira NP x C
Brosimum glaziovii Taub. Mamica-de-cadela NP x C
Brosimum rubescens Taub. Conduru NP x B/C
Byrsonima sericea DC. Murici P x B/C
Byrsonima stipulacea A. Juss. Murici-da-mata NP x B/C
Caesalpinia echinata Lam. Pau-brasil NP x C
Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Pau-ferro P (Si) A/B
Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea Pau-ferro P (Si) A/B
Calophyllum brasiliensis Camb. Landim NP x A/B
Campomonesia guaviroba (DC.) Kiaersk. Guabiroba NP x B/C

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Campomonesia spp (Adaptados ao local) Guabirova NP x B/C
Caraipa densifolia Mart. Camaçari NP x B/C
Cariniana estrellensis Kuntze. Jequitibá-branco NP B/C
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze. Jequitibá-rosa NP C
Casearia decandra Jacq. Cafezeiro-do-mato NP x B/C
Casearia sylvestres Sw. Cafezinho-do-mato P x C
Cecropia glaziovi Snethlage Embaúba-vermelha P x B/C
Cecropia pachystachya Trec. Embaúba P x A/B
Cedrela fissilis Vell. Cedro NP B/C
Cedrela odorata L. Cedro-vermelho NP B/C
Cedrela odorata L. Cedro NP x C
Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex B. Potumuju P (Si) x B/C
Centrolobium sclerophyllum H. C. Lima Araribá NP x C
Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Catruz NP x C
Clusia nemorosa G. Mey. Ceboleira P x B/C
Coccoloba rosea Meisn Taipoca Si x C
Coccoloba spp - (Adaptados ao local) Canudeiro P (Si) x C
Colubrina glandulosa Perkins Sobrasil P (Si) C
Copaifera sp (Adaptado a região) Pau-de-óleo NP x B/C
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab ex Steud. Louro-cabeludo P (Si) C
Croton urucurana Baill. Tapexingui P A/B
Cryptocarya aschersoniana Mez Canela-branca P (Si) x B/C
Cupania oblongifolia Mart. Cambotá NP x C
Cupania platycarpa Radlk. Cambotá P x C
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Camboatã-de-capoeira P x C
Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau-viola P x A/B
Dendropanax cuneatum Decne. & Planch Maria-mole P (Si) x A/B
Dialium guianensi (Aublet) Sandw. Jitaí NP x C
Didymopanax morototonii (Aubl.) D. at Planch. Matataúba NP x B/C
Dimorphandra jorgei M.F. Silva Falso-angelim NP B/C
Diploon cuspidatum (Hoehne) Cronquist Guapeva NP x C
Diplotropis incexis Rizzini & A. Mattos Sucupira-açu NP C
Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr Canela-peluda NP x B
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Mor. Tamboril P (Si) B/C
Eriotheca globosa (Aubl.) A. Robyns Algodão-bravo P x B/C
Erythrina verna Vell. Mulungu P x C
Erythroxylum deciduum St. Hil. Fruta-de-pomba NP x C
Eschweilera ovata (Camb.) Miers Biriba NP x C
Eugenia brasiliensis Lam. Grumixama NP x C
Eugenia florida DC. Guamirim NP x C
Eugenia spp (Adaptados ao local) Diversos NP x B/C
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Eugenia uniflora L. Pitanga NP x C
Euterpe edulis Mart. Juçara NP x B/C
Ficus glabra Vell. Gameleira-brava P (Si) x B/C
Ficus gomelleira Kunth & C.D. Bouché Gameleira P (Si) x B/C
Ficus hirsuta Schott Figueira-brava P (Si) x B/C
Ficus mexiae Standl. Figueira-preta P (Si) x B/C
Ficus spp (Adaptados ao local) Figueiras / Gameleiras P (Si) x B/C
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Pau-d’alho P (Si) C
Genipa americana L. Jenipapeiro NP x A/B
Gomidesia affinis (Camb.) D. Legrand Batinga NP x C
Gordonia fruticosa (Schrad.) H. Keng Peroba-d'agua NP x B/C
Guapira opposita (Vell.) Reitz. Maria-mole NP x C
Guarea tuberculata (Vell.) Pau-de-balaio NP x A
Guatteria nigrescens Mart. Pindaíba-preta NP x C
Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba P x C
Helicostylis tomentosa (Poep. & Endl.) Rus. Amora-da-mata NP x C
Henriettea succosa (Aubl.) DC. Mundururu-ferro P x B/C
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Wood. Janaúba P (Si) x B/C
Himatanthus sucuuba (Spruce) Wood. Janaguba NP x C
Hyeronima alchorneoides Fr. All. Margonçalo P (Si) x A/B
Hymenaea courbaril L. Jatobá NP x B/C
Inga capitata Desv. Ingá-ferro P (Si) x B/C
Inga edulis Mart. Ingá-de-macaco P (Si) x B
Inga laurina (Sw.) Willd. Ingá-mirim P (Si) x A/B
Inga macrophylla Humb. & Bonpl. ex Willd. Ingá P (Si) x B/C
Inga marginata Willd. Ingá-feijão P (Si) x A/B
Inga spp (Adaptados ao local) Ingá P (Si) x B/C
Jacaranda cuspidifolia Mart. Caroba P C
Jacaranda spp (Adaptados ao local) Caroba P (Si) x C
Lecythis lanceolata Poir. Sapucaia-mirim NP x B/C
Lecythis lurida (Miers.) Mori Inhaíba NP x C
Lecythis pisonis Camb. Sapucaia NP x B/C
Licania Kunthiana Hook. F. Milho-torrado NP x C
Licania salzmannii (Hook. F.) Fritsch Oitizeiro NP x C
Machaerium aculeatum Raddi Jacarandá-espinho P (Si) B/C
Machaerium hirtum (Vell.) Stellf. Sete-capotes P (Si) B/C
Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. Jacarandá-ferro P (Si) B/C
Machaerium scleroxylon Tul. Jacarandá P (Si) C
Machaerium spp (Adaptados ao local) Jacarandá P (Si) B/C
Manilkara salzmannii (DC.) Lam. Maçaranduba NP x B/C
Metrodorea nigra St. Hil. Quebra-machado NP x B/C
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Mimosa artemisiana Heringer & Paula Jurema-branca P B/C
Mimosa bimucronata (DC) O. Kuntze Maricá P A/B
Myrcia rostrata DC. Guamirim-folha-miúda P x C
Myrcia spp (Adaptados ao local) Guamirim P x B/C
Nectandra membranacea (Swartz) Griseb. Louro-graveto NP x C
Ocotea spp (Adaptados ao local) Louro NP x B/C
Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walpers Juerana NP x C
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Farinha-seca NP x B
Pera heteranthera (Schrank) I.M. Johnst. Guajuru P (Si) x C
Piptadenia pterosperma Benth. Angico-vermelho NP C
Plathimenia foliosa Benth. Vinhático NP C
Pogonophora schomburgkiana Miers Amarelinho NP x C
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Abiu NP x B/C
Pouteria durlandi (Standl.) Baehni Abiu-da-mata NP x C
Pouteria macrocarpa (Mart.) D. Dietr. Abiurana NP x C
Pouteria pachycalyx Pennington Bapeba NP x C
Pouteria procera (Mart.) K. Hammer. Mucuri NP x B/C
Pouteria procera (Mart.) K. Hammer. Mucuri NP x B/C
Pouteria torta (Mart.) Radlk. Abiurana NP x B/C
Pouteria venosa (Mart.) Baehni Bapeba-pêssego NP x C
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk Buranhém NP x C
Protium heptaphyllum (Aubl.) March. Amescla P (Si) x A/B
Protium spruceanum (Benth.) Engl. Almecegueira P (Si) x A/B
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Rob. Imbiruçu P x B/C
Psidium cattleianum Sabine Araçá-do-campo P x B/C
Psidium guajava L. Goiaba P x B/C
Psidium spp (Adaptados ao local) Araçá P x B/C
Psychotria carthagenensis Jacq. Juruvarana NP x C
Pterocarpus violacelus Vog. Pau-sangue NP B/C
Rapanea brasiliensis Oliver Roda-saia P x A/B
Rapanea ferruginea (Ruiz et Pav.) Mez Capororoca-mirim P x B/C
Rapanea parvifolia (A. DC.) Mez Capororoca P x A/B
Rapanea umbellata (Mart.) Mez Capororoca-branca P x B/C
Rheedia gardneriana Bacupari NP x B/C
Rinorea bahiensis (Moric.) Kuntze Pau-tambor NP x C
Rollinia mucosa (Jacquin) Baill. Araticum NP x C
Sarcaulus brasiliensis (A. DC.) Eyma Pau-doce NP x C
Schinus leucocarpus Mart. Aroeira-branca P (Si) x B/C
Schinus terebinthifolia Raddi Aroeirinha P x B/C
Schyzolobium parahyba (Vell.) Blake Guapuruvu P C
Sclerolobium densiflorum Bentham Ingauçu NP x C
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Senefeldera multiflora Mart. Sucanga P (Si) C
Senna multijuga (Rich.) Irwin et Barn. Canafístula NP x C
Simarouba amara Aubl. Paraíba NP x B/C
Simarouba versicolor St. Hil. Pau-paraíba NP x C
Simira oliveri (K. Schum.) Steyerm. Arariba P x C
Spondias mombin L. Cajazeira x C
Spondias venulosa Mart. ex Engl. Cajá-graúdo x C
Sterculia excelsa Mart. Embira-quiabo NP x C
Symphonia esculenta Steud. Landirana NP x A/B
Symphonia globulifera L. Guanandi NP x A/B
Swartzia flaemingii Raddi Jacarandá-banana NP x B/C
Tabebuia cassinoides DC. Tamanqueira P (Si) A/B
Tabebuia cristata A.H. Gentry Pau-d’arco-amarelo NP C
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Tol. Pau-d’arco-roxo NP B/C
Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standley Ipê-roxo P (Si) B/C
Tabebuia riodocensis A.H. Gentry Ipê-amarelo NP C
Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich Ipê-amarelo P (Si) C
Tabernaemontana solanifolia A. DC. Leiteiro P (Si) C
Tapirira guianensis Aubl. Pau-pombo P (Si) x A/B
Trema micrantha (L.) Blum. Trema P x C
Trichilia casareti C. DC. Murta-vermelha NP x B/C
Trichilia silvatica DC. Catiguá NP x B/C
Virola gardneri (A. DC.) Warb Bicuíba NP x C
Virola oleifera (Schott) A. C. Smith Bicuíba-vermelha NP x B/C
Vochysia riedeliana Stafleu Buracica NP x B/C
Vochysia spp (Adaptados a região) Cinzeiro NP x B/C
Xylopia brasiliensis Spreng. Pindaíba P (Si) x C
Xylopia emarginata Mart. Pindaíba-do-brejo P (Si) x A
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-porca P (Si) x C
Zygia latifolia (L.) Fawc. & Rendle Arandeua P (Si) x B/C
Ziziphus glasiovii Warm. Quina-preta NP x C
Zollernia latifolia Benth. Mucitaíba NP x B/C
G.E. (Grupo Ecológico): P = Pioneira, NP = Não-pioneira, Si = Secundária inicial;
A.F. (Frutificação intensamente atrativa à fauna); A = Áreas com encharcamento prolongado,
B = Áreas com inundação temporária, C = Áreas bem drenadas, não alagáveis.

- Aquisição de mudas e armazenamento.

A listagem acima foi enriquecida com cerca de 183 espécies, devendo ser priorizado os espécimes
mais freqüentes na região do Recôncavo. Entretanto é importante salientar que desmatamentos
significativos realizados no decorrer dos anos para substituição da vegetação nativa por cultivos de
cana-de-açúcar e pastagem, associado ao corte seletivo de madeira de lei ou de melhor qualidade
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nos estratos de mata remanescentes, empobreceram a biodiversidade micro-regional. É possível que
determinados espécimes ocorrentes na micro-região, no passado, não sejam mais encontrados.

Diante disso, o presente PREV terá como princípio elevar a biodiversidade microrregional com
introdução ou reintrodução de espécimes atualmente mais frequentes na costa leste em destino ao
sul da Bahia. Determinados municípios inseridos na região do Bioma Mata Atlântica apresentam
clima e condições físico-bióticas com relativa semelhança a região do Recôncavo.

A princípio as mudas serão adquiridas em viveiros e hortos da região, podendo ser expandida a sua
aquisição até o sul da Bahia, conforme procedência de origem do ecossistema de Mata Atlântica
com características ambientais de relativa semelhança a microrregião do Recôncavo.

Para o plantio anual inicial está previsto cerca de 2.633 mudas para recuperação da área de Reserva
Legal, considerando 1,58 ha/ano e mais cerca de 2.500 mudas para recuperação da área de
Preservação Permanente, considerando 1,50 ha/ano. Acrescenta-se cerca de 10 % ou 513 mudas de
reserva para o replantio. Para os anos subsequentes, a quantidade de mudas necessária será
contabilizada anualmente, diante da possibilidade de se conduzir parcialmente a regeneração e
germinação espontânea/induzida de espécimes nativos procedentes do banco de sementes do solo.

Para seguir o cronograma de implantação anual, normalmente mais concentrado no período de


maior índice pluviométrico (abril, maio, junho e julho), será construída uma cobertura rústica com
esteios de madeira e sombrite 50 %, podendo ser denominada inicialmente de casa de vegetação
receptora de mudas nativas adquiridas. Até a efetiva implantação no campo será priorizado o
armazenamento sombreado para mudas de espécies não-pioneiras (secundárias tardias e clímax),
enquanto as mudas pioneiras poderão situar-se a pleno sol, condicionando-se o cumprimento diário
de suprimento hídrico.

Caso se torne viável ambientalmente e economicamente a produção de mudas nativas em relação à


aquisição de terceiros, a casa de vegetação poderá ser ampliada e aperfeiçoada as instalações com
sistema de irrigação dimensionado, transformando-se num efetivo viveiro produtor de mudas
nativas para suprir em percentual parcial, as necessidades de plantio dos anos subseqüentes. A
implantação do empreendimento permitirá a extração parcial da camada superficial dos solos,
podendo ser aproveitada parcialmente como substrato na produção das mudas nativas.

1.5.1.1. Técnicas para implantação do projeto.

- Combate às formigas.

O referido combate às formigas será realizado antecipadamente a todas as operações tradicionais de


plantio, localizando-se todos os formigueiros existentes na área de efetivo plantio e mais 100 metros
de margem lateral circunvizinha, inclusive nas propriedades de terceiros.

Será utilizada preferencialmente a isca granulada e seguido às orientações técnicas do fabricante, na


proporção de 10 g por metro quadrado de terra solta de formigueiro identificado, agregando-se
porta-isca que evitará o consumo por animais silvestres e conseqüente prejuízo ecológico. A isca

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granulada deve ser colocada ao lado da trilha ou carreiro por onde as formigas transitam, nas
proximidades do olheiro de alimentação.

- Balizamento e marcação das covas.

Visando um plantio ordenado e que facilite a manutenção periódica, o espaçamento utilizado será
3,00 m x 2,00 m, sendo sinalizado o balizamento com introdução de piquetes para facilitar o
preparo de solo e abertura de covas.

Caso a pastagem não tenha sido rebaixada com pastoreio intensivo, será necessário uma pré-
roçagem mecanizada, antecipadamente ao balizamento e marcação das covas. A pré-roçagem
deverá ser feita por “roçadeira” acoplada a trator leve, exclusivamente na abrangência de áreas,
onde não seja observada plântulas ou germinação espontânea de espécimes nativos arbóreos.

- Limpeza da área e preparo do solo.

Após o balizamento será realizado o coroamento ao redor do piquete de marcação. A limpeza se


restringirá a capina da vegetação predominantemente herbácea num raio de 1,00 m, para evitar
competitividade em busca de luz, de umidade e de nutrientes com as mudas das espécies arbóreas a
serem introduzidas. A matéria vegetal morta resultante da roçada será mantida na área, formando
uma manta protetora do solo que servirá também como fonte de nutrientes e de matéria orgânica.

Nessa técnica, o restante do solo ocorrente nas entrelinhas continuará protegido com
predominância de vegetação herbácea (gramíneas), para evitar o desenvolvimento de sistemas
erosivos. A largura de coroamento (trato cultural) inicial será ampliada de acordo com o
crescimento natural das mudas.

- Coveamento.

As covas serão abertas com dimensões de 0,40 x 0,40 x 0,40 m (largura e profundidade), podendo
ser ampliada para 0,50 x 0,50 x 0,50 m (largura e profundidade), conforme a compactação e o
adensamento dos solos.

Preferencialmente a abertura das covas será realizada com utilização de ferramentas manuais
(enxadeta, chibanca e enxadão), mas no caso dos solos (Vertissolos) mais pesados poderá se optar
por perfuradora mecanizada. Entretanto haverá necessidade de se escarificar as paredes laterais da
cova, a fim de se reduzir o “espelhamento” ou compactação, principalmente por predominar solos
argilosos.

- Adubação/fechamento na cova.

Em função das características habituais dos solos, na abrangência dos Vertissolos será dispensada a
adubação química, podendo ser incorporado apenas o adubo orgânico na proporção média de cerca
de 12 litros/cova de esterco de curral ou cerca de 6 litros/cova de esterco de galinha curtidos.

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Em relação à abrangência de Argissolos Distróficos será indicada uma adubação de fundação básica
com superfosfato-simples e calcário, a ser confirmada nas análises laboratoriais, para proporcionar
um desenvolvimento mais rápido do plantio com mudas sadias e resistentes ao ataque de pragas ou
doenças. Complementa-se com cerca de 12 litros de esterco orgânico sobre a camada de terra
superficial cavada e localizada nas laterais da cova.

Depois de adubado, a terra escavada será removida para cova, misturando-se o adubo incorporado.

- Plantio das mudas.

O plantio será executado no início (abril/maio) da estação chuvosa, preferencialmente em dias


encobertos, nublados ou chuvosos, de temperatura mais amena, evitando-se os dias ensolarados e
quentes. Quando necessário, será obedecido curva de nível para evitar erosão.

O transporte das mudas será feito com criterioso cuidado e os estiletes afiados serão utilizados para
retirada dos sacos plásticos das mudas, evitando-se o destorroamento dos substratos originais,
contribuintes pela aceleração inicial de crescimento das plantas.

O colo da muda deverá ficar em nível com a superfície do terreno e o substrato original, recoberto
por uma levíssima camada de terra. A muda será apertada junto com a terra do interior da cova para
aumentar o contato das raízes originais com o novo ambiente de desenvolvimento da árvore. Todo o
excesso de terra após o plantio será aproveitado ao redor da muda, com formação de pequena bacia
para melhor captação de água da chuva.

Após o plantio, a cobertura morta procedente do coroamento inicial será depositada na coroa da
planta, objetivando atrasar a germinação de plantas concorrentes e manter a umidade do solo por
um período maior.

No caso de ocorrência de “veranico” após o plantio, será realizada irrigação, preferencialmente


mecanizada ou por gotejamento.

A metodologia de plantio será realizada com linhas alternadas de espécies pioneiras (P) e não-
pioneiras (NP) com distribuição em formato de quincôncio (Figura 02). Esse modelo propicia maior
sombreamento pelas pioneiras e maior cobertura do solo, minimizando a ocorrência de erosão e
restringindo a infestação de gramíneas na competição com arbóreas nativas. O espaçamento entre
linhas será de 3,00 m com espaçamento entre mudas de 2,00 m na linha.

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P P P P P P P P P P P P

NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP NP

P P P P P P P P P P P P

Figura 02 – Plantio em “quincôncio” com espécies pioneiras (P) sombreando as não-pioneiras (NP).
Espaçamento de 3,00 m entre linhas e de 2,00 m entre mudas na linha.

Conforme já citado anteriormente, a quantidade de mudas nativas previstas para o primeiro ano será
de 5.646 unidades, sendo 2.633 unidades direcionadas para recuperação da área de Reserva Legal
(1,58 ha / 1º Ano) e mais 2.500 unidades para Área de Preservação Permanente (1,50 ha / 1º Ano).
Cerca de 513 unidades ficaria de reserva para replantio.

Nos anos subseqüentes a evolução da sucessão ecológica será avaliada, permanecendo com a
recuperação anual de cerca de 1,58 ha e 1,50 ha para Reserva Legal e Preservação Permanente,
respectivamente. Entretanto a quantidade de mudas a ser adquirida ou parcialmente produzida
dependerá do resultado das regenerações naturais e germinações espontâneas/induzidas de
espécimes nativos procedentes do banco de sementes do solo.

- Replantio / Repasse de formiga.

Conforme a incidência pluviométrica no período, a revisão da área plantada será programada para
cerca de 60 dias do efetivo plantio, objetivando substituir as mudas de aspecto vegetativo
comprometido e decadente. O grupo ecológico deverá ser respeitado conforme distribuição inicial
no formato de “quincôncio”.

O monitoramento da formiga será constante após o plantio, enquanto as mudas estiverem novas, e
os critérios técnicos de combate serão respeitados, conforme especificado anteriormente.

1.5.2. Enriquecimento e adensamento do banco de sementes do solo.

Com o objetivo de induzir a regeneração florestal serão incorporadas sementes de espécies arbóreas
ao banco de sementes do solo através da semeadura direta. As sementes a serem adquiridas
procederão de fornecedores com qualidade testada.

Antecipadamente ao período de concentração das chuvas (abril/maio/junho/julho) serão balizadas


linhas contínuas a cada 3,00 m, sendo que, na linha, a cada 2,00 m serão abertas alternadamente
clareiras longitudinais com comprimento de 4,00 m e largura de 2,00 m. A abertura de clareiras
consiste na roçada/capina e remoção de toda biomassa do capim até exposição do solo, seguindo-se
com a semeadura de sementes de espécies arbóreas pioneiras de rápido crescimento.

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----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx

xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------

----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx----------xxxxx

Figura 03 – Semeadura direta ( ------------ / Clareiras com 4,00 m de extensão e 2,00 m de largura)
( xxxxx / Intervalos de gramíneas mantidas com 2,00 m de extensão alternadamente)

Na extensão da clareira de 4,00 m de comprimento com 2,00 m de largura, a semeadura deverá ser
realizada com plantadeira manual ou “enxadeta”, em profundidade média de 5,00 cm a cada metro.
Caso ocorram germinações da semeadura, a muda será conduzida com os tratos culturais
necessários de manutenção, obedecendo-se o espaçamento de 2,00 m entre plântulas. Não
ocorrendo à germinação, o plantio da muda localizada será realizado no ano seguinte.

A permanência alternada de extensões de 2,00 m com gramíneas já existentes evitarão o fluxo


hídrico contínuo procedente de chuvas, na linha da clareira aberta, e conseqüente desenvolvimento
de sistemas erosivos, priorizando-se o cuidado maior em inclinações, mesmo que suavizadas.

Em caso de germinações excessivas na linha de plantio, as plântulas excedentes serão


transplantadas no período chuvoso com altura entre 10,00 e 30,00 cm. As plântulas serão
cuidadosamente retiradas do solo, procurando-se danificar o mínimo o sistema radicular. Quando
transplantadas imediatamente no campo, as plântulas serão removidas com umidade regulada e
intermediária, de forma a ser mantida o “torrão” agregado ao sistema radicular. As covas receptoras
das plântulas removidas terão dimensão suficiente para acondicionar o torrão com sistema radicular.
Quando em repicagem temporária para o viveiro, as plântulas serão retiradas do solo com o mínimo
de danos ao sistema radicular e serão mantidas em água até o momento do transplante para
recipientes com substrato de qualidade físico-química adequada. Quanto mais rápido for o
transplante para os recipientes, maior será a sobrevivência das mudas, e para reduzir a perda de
água por transpiração, recomenda-se cortar as folhas pela metade. O intervalo de transferência não
deverá superar 12 horas.

Após a repicagem para os recipientes, as plântulas serão mantidas no viveiro, inicialmente com
sombreamento. Após a pega confirmada, as espécies pioneiras serão transferidas para
armazenamento a pleno-sol, especialmente para readaptação antes do plantio no campo. Estima-se
uma permanência média de cerca de quatro meses no viveiro.

O transplante direto no campo das plântulas excedentes germinadas será priorizado, já que se evita
excessos de manuseio. Além disso, o final do período de armazenamento tecnicamente mais
adequado no viveiro, através da repicagem, poderá coincidir com o período de menor índice
pluviométrico, prejudicando a transferência, o plantio e a manutenção da “muda” nova no campo.

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1.5.2.1. Manejo da área de semeadura direta.

No final do primeiro ano de condução do PREV será avaliada a situação de germinação da área
direcionada para semeadura direta.

Caso a germinação e condução das mudas tenham atingido os objetivos almejados, no início do
período chuvoso do segundo ano serão selecionadas as linhas alternadas onde serão introduzidas as
mudas não-pioneiras. As plântulas pioneiras ocorrentes nessas linhas, indicadas para não-pioneiras
no segundo ano, serão objeto de transplante para falhas identificadas nas linhas das pioneiras ou
serão transferidas para nova área a ser recuperada no segundo ano. Dessa forma serão orientados e
conduzidos os anos subsequentes.

1.6.Monitoramento e manutenção após o plantio.

Depois de realizado o plantio será iniciado o processo de manutenção, quando operações técnicas e
fiscalização periódica serão realizadas, objetivando garantir a conservação do investimento
ambiental.

 Fiscalização constante e combate a formigas periodicamente, quando necessário;

 Replantio com substituição de mudas, quando necessário;

 Observação do crescimento e adaptabilidade da associação das espécies plantadas, conforme


grupos ecológicos (pioneiras e não-pioneiras) associados;

 Investigação local, especialmente condições edáficas a princípio, quando existir irregularidade e


atrofia ocasional no desenvolvimento do plantio de mudas nativas. Em caso de inexistência de
limitação física destacável, substituir as mudas nativas quando se observar crescimento
atrofiado e desproporcional ao restante da comunidade vegetal introduzida;

 Diagnóstico e realização do controle de doenças e pragas durante o crescimento das espécies,


sempre priorizando o equilíbrio ecológico e o combate através de inimigos naturais;

 Dos primeiros três meses a dois anos do plantio efetivam-se rigorosamente os tratos culturais de
coroamento, quando necessário, procurando manter sempre uma pequena bacia de captação da
água da chuva ao redor das mudas plantadas;

 Manter incorporação de estercos para fertilização e melhoria da estrutura do solo e renovar a


cobertura morta, quando decomposta, para manter a umidade do solo conservada;

 Realização de adubação de cobertura, conforme deficiências nutricionais constatadas nas


análises laboratoriais, sempre priorizando a utilização de adubo orgânico. Adubação química de
cobertura será direcionada a princípio para os Argissolos Distróficos;

 Contribuição hídrica com irrigação, quando necessário, especialmente no início do plantio e no


período de menor índice pluviométrico;
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1.7.Previsão de mão-de-obra.

A princípio será mantida mão-de-obra fixa constituída por: 01 coordenador com conhecimento
técnico mais apurado, 01 prático (cabo-de-turma) com experiência em plantio e manutenção de
mudas e 06 auxiliares de campo.

O quadro funcional será complementado com mão-de-obra temporária, quando necessário, e será
quantificado conforme as exigências operacionais do cronograma de execução e a evolução do
PREV anualmente.

Caso nos anos subseqüentes seja necessário se ampliar o quadro fixo de mão-de-obra, as
contratações serão realizadas.

1.8. Cronograma de execução.

As amostras de solos serão coletadas antecipadamente ao primeiro ano de plantio, na abrangência


de Argissolos. Essa coleta deverá ser realizada entre o mês de setembro/outubro, obedecendo-se as
técnicas habituais. Em dezembro o resultado deverá está disponível para o planejamento do plantio
no primeiro ano.

O cronograma de execução será apresentado para o primeiro ano e previsão para o segundo ano. Os
demais anos serão controlados e ajustados de acordo com a evolução do PREV. Conforme item 3.4
(previsão anual de área de Reserva Legal e Preservação Permanente) foi estimado o plantio
seqüenciado e condução de plântulas por cerca de dez anos. Entretanto, os plantios do oitavo, nono
e décimo ano deverão ser mantidos e monitorados após dez anos, possivelmente até o décimo
terceiro ano.

As medidas operacionais serão conduzidas anualmente de forma a estabelecer a área reservada para
plantio de mudas (espécimes nativos) e a área reservada para enriquecimento e adensamento do
banco de sementes do solo com semeadura direta.

Quando necessário à complementação hídrica com irrigação em períodos de “veranico” acentuado,


as alternativas providenciais serão incrementadas, associando-se as condições de porte e
desenvolvimento das mudas.

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO / ANO 1
OPERAÇÕES Meses
J F M A M J J A S O N D
Combate às formigas
Pré-roçagem mecanizada, quando necessário
Balizamento e marcação das covas
Limpeza da área e preparo do solo
Coveamento
Adubação / fechamento de cova
Abertura de clareira para semeadura direta
Semeadura direta
Plantio das mudas / cobertura morta
Replantio
Repasse de formiga
Transplante de mudas / repicagem
Coroamento de mudas de plantio
Coroamento de plântulas e arbustos germinados
Adubação de cobertura
OBS: As amostras de solos serão coletadas entre o mês de setembro e outubro do ano anterior ao
primeiro ano de plantio, especialmente na abrangência de Argissolos.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO / ANO 2


OPERAÇÕES Meses
J F M A M J J A S O N D
Combate às formigas
Pré-roçagem mecanizada, quando necessário
Balizamento e marcação das covas
Limpeza da área e preparo do solo
Coveamento
Adubação / fechamento da cova
Abertura de clareira para semeadura direta
Semeadura direta
Plantio das mudas / cobertura morta
Replantio
Repasse de formiga
Transplante de mudas / repicagem
Coroamento de mudas de plantio
Coroamento de plântulas e arbustos germinados
Adubação de cobertura
OBS: Os demais anos serão controlados e ajustados de acordo com a evolução do PREV. Foi
estimado inicialmente o cronograma de plantio e condução de plântulas por cerca de dez anos, com
manutenção/monitoramento posterior até o décimo terceiro ano.

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SANTOS, Humberto Gonçalves dos et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2.ed. Rio
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TOMÉ Jr., Juarez Barbosa. Manual para interpretação de análise de solo. Guaíba: Agropecuária,
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Av. Tancredo Neves, nº 1632, Edf. Salvador Trade Center, sala 808, Torre Norte, Caminho das Árvores, 26
Salvador, Ba. Tel/Fax 3113-3620, 3113-3621
CTRI São Sebastião

ANEXO 4 – TERMO DE COMPROMISSO DA RESERVA LEGAL

67
TERMO DE COMPROMISSO QUE ENTRE
Termo de Compromisso SI CELEBRAM, O INSTITUTO DO MEIO
nº 2013.001.000328/TC AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS -
INEMA, E FOZ DO BRASIL S/A PARA OS
FINS QUE NELE SE DECLARAM.

Pelo presente instrumento, nos termos do art. 5º, § 6º da Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985, com a redação que
lhe foi dada pela Lei Federal n. º 8.078, de 11 de setembro de 1990, dos artigos 50 e 191 da Lei Estadual nº 10.431/2006 e
do art. 291 do Decreto Estadual nº 14.024/2012, de um lado o INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS
HÍDRICOS - INEMA, Autarquia vinculada à Secretaria de Meio Ambiente – SEMA, criada pela Lei n° 12.212, de 04 de maio
de 2011, inscrita no CGC/MF sob o n. º 13.700.575/0001-69, com sede na Rua Rio São Francisco, n.º 01, Monte Serrat,
CEP - 40.425-060, Salvador-Ba, adiante denominado COMPROMITENTE ou INEMA; e de outro lado, Foz do Brasil S/A
com endereço a BR 324, Nº s/n, Distrito de Geari, km 566, CEP 43.850-000, município de São Sebastião do Passe inscrita
no (CNPJ ou CPF) sob o n° 09437097001574, adiante denominado COMPROMISSADO, neste ato representado pelo
Ticiana Vaz Sampaio Marianetti, de nacionalidade Brasil, CPF nº 54440807534 e RG nº 04.835.223-33,
proprietário/possuidor do imóvel rural situado no município de São Sebastião do Passe, Estado da Bahia, registrado sob o
nº3376 cartório Registro de Imóveis e Hipotecas, inscrito no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - CEFIR, têm
entre si certo e ajustado o presente Termo, o qual se regerá pelas cláusulas e condições ora estipuladas, com inteira
submissão às disposições legais aplicáveis à espécie.

CONSIDERANDO que o INEMA é o órgão executor da política estadual de Meio Ambiente do Estado da Bahia,
competente para exercer o controle ambiental em todo o território do Estado, nos termos da Lei Estadual 12.212, de 04 de
maio de 2011 c/c a Lei Estadual n.º 10.43, de 20 de dezembro de 2006, e do seu regulamento, aprovado pelo Decreto
Estadual n° 14.024 de 06 de junho de 2012;

CONSIDERANDO que a Reserva Legal é uma área com cobertura vegetal nativa de uso restrito que deverá corresponder
a no mínimo 20% da área de toda propriedade ou posse rural no Estado da Bahia, destinada ao uso sustentável dos
recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção da fauna e flora nativas, não sendo permitido o corte raso da vegetação;

CONSIDERANDO os termos da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, dito Novo Código Florestal, e do Decreto
Federal n. 7830-2012, que dispõe sobre a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural e do Programa Ambiental Rural;

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de atender às restrições de uso da Reserva Legal e das Áreas
de Preservação Permanente, conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO que o imóvel rural (nome do imóvel, matrícula, ITR), situado em (endereço do imóvel), está inscrito no
Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – CEFIR;

CONSIDERANDO, que o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - CEFIR é um registro público eletrônico de âmbito
estadual, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades
e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, combate
ao desmatamento, além de outras funções.a regularização ambiental dos imóveis rurais quanto à reserva legal, à
recuperação das áreas de preservação permanente e às autorizações, registros e licenças ambientais inerentes aos
empreendimentos agrossilvopastoris.

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de regularizar as atividades ou empreendimento existentes no


imóvel rural acima especificado, no que concerne ao licenciamento ambiental e à outorga de uso de recursos hídricos;
(PASSIVO DE LICENCIAMENTO E/OU OUTORGA)

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de recuperar as áreas de preservação permanente e/ou


reserva legal já degradadas existentes no imóvel rural acima especificado, de acordo com Plano de Recuperação de Área
Degradada – PRAD e cronograma de execução apresentado; (PASSIVO DE ÁREA DEGRADADA)

O(s) COMPROMISSADO(S) e o COMPROMISSÁRIO firmam o presente Termo de Compromisso, conforme as cláusulas e


condições abaixo estipuladas, suspendendo, no tempo de sua vigência, a aplicação de sanções administrativas contra o(s)
COMPROMISSADO(S), para os passivos ambientais materiais e/ou formais, declarados no CEFIR e constantes neste
Termo de Compromisso.

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO


Constitui objeto do presente Termo de Compromisso o fiel e integral cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) dos
deveres e obrigações assumidos, nas formas e prazos definidos na Cláusula Segunda, visando à implantação de ações de
Regularização Ambiental do Imóvel Rural.

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DO(S) COMPROMISSADO(S)

• Executar o(s) Plano(s) de Recuperação de Área Degradada – PRAD referente aos passivos de Área de Preservação
Permanente e Reserva Legal, conforme cronograma(s) físico(s) de execução, declarado no CEFIR, atendendo às
condições pré-estabelecidas pelo INEMA.
• Executar o(s) Plano(s) de Recuperação referente aos passivos ambientais fora de APP e RL e aqueles inerentes ao
desenvolvimento das atividades previstas nas Divisões A1.1, A2.1, A2.3, A2.5, A2.6, A3.1 e A4 do Anexo IV
Impresso em: 19/04/2013 INEMA/Monte Serrat: Rua Rio São Francisco, N°1, Monte Serrat. CEP:40.425-060 - Salvador - Bahia - Brasil Pág. 1 de 5

Chave de Segurança: 87EBA284EB13F7DD84C7EFC933396477


do Regulamento da Lei Estadual n. 10.431-2006, aprovado pelo Decreto Estadual n. 14.024-2012, especificando, ainda,
quando for o caso, a utilização de recursos hídricos, com cronograma físico de execução máximo de 05 anos, em
percentuais mínimos de 10% no primeiro ano, 25% no segundo ano, 50% no terceiro ano, 75% no quarto ano e 100% no
quinto ano.
• Requerer, no prazo de 360 dias, a regularização dos passivos referente à outorga e ao licenciamento ambiental das
atividades desenvolvidas no imóvel rural, com exceção das atividades agrossilvopastoris previstas nas Divisões A1.1, A2.1,
A2.3, A2.5, A2.6, A3.1 e A4 do Anexo IV do Regulamento da Lei Estadual n. 10.431-2006, aprovado pelo Decreto Estadual
n. 14.024-2012, as quais estarão condicionadas aos prazos previstos no Plano de Recuperação neste Termo de
Compromisso;
• Manter a disposição da fiscalização relatórios anuais e relatório final de execução do PRAD.

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES DO COMPROMITENTE

Constituem atribuições do INEMA:

3.1 Acompanhar e fiscalizar o pleno e fiel cumprimento por parte do(s) COMPROMISSADO(S) das obrigações assumidas
no presente Termo de Compromisso, sem prejuízo das demais ações de controle desenvolvidas no âmbito de suas
competências e atribuições legais e da aplicação das sanções administrativas delas decorrentes, bem como adoção de
medidas judiciais atinentes à matéria.

3.2 Analisar o(s) Plano(s) de Recuperação de Área Degradada referente aos passivos de APP e RL.

3.3 Analisar os Planos de Recuperação dos empreendimentos ou atividades declarados com passivo de regularização
ambiental;

3.4 Emitir o Certificado de Regularidade Ambiental, após a comprovação do fiel, pleno e integral cumprimento pelo(s)
COMPROMISSADO(S) de todas as obrigações assumidas pelo mesmo, estabelecidas na Cláusula Segunda

CLÁUSULA QUARTA - DAS PENALIDADES

O não cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) das obrigações, condições e prazos estabelecidos neste Termo de
Compromisso implicará na aplicação da penalidade de multa, correspondente à classe da infração relacionada ao passivo
ambiental existente na propriedade ou posse rural, conforme legislação vigente:

4.1 A rescisão do presente Termo se dará pelo descumprimento de quaisquer uma das obrigações, condições e prazos por
parte do(s) COMPROMISSADO(S) e suspenderá os efeitos da concessão de regularidade formal ambiental dos
empreendimentos/atividades sob responsabilidade do(s) COMPROMISSADO.

4.2 A eventual inobservância, pelo(s) COMPROMISSADO(S), de qualquer dos prazos estabelecidos no presente Termo de
Compromisso, resultante de caso fortuito ou força maior, na forma do art. 393 do Código Civil Brasileiro, deverá ser
imediatamente comunicada e justificada ao COMPROMITENTE que fixará novo prazo para adimplemento da obrigação.

4.3 As informações apresentadas pelo(s) COMPROMISSADO(S), no momento da inscrição no Cadastro Estadual Florestal
de Imóveis Rurais – CEFIR, serão contrapostas com as imagens e arquivos do banco de dados do INEMA, sujeitando o(s)
COMPROMISSADO(S), quando caracterizada a prestação de informações falsas, às sanções penais cabíveis, além da
imputação de multa pelas infrações cometidas.

CLÁUSULA QUINTA – DO PRAZO DE VIGÊNCIA

A vigência do presente Termo de Compromisso terá início a partir da data da sua geração no âmbito do Cadastro Estadual
florestal de Imóveis Rurais – CEFIR e considerar-se-á encerrado após o cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) de
todas as obrigações assumidas pelo mesmo, estabelecidas na Cláusula Segunda, desde que o cadastro do imóvel rural
seja atualizado pelo(s) COMPROMISSADO(S), a cada 2 (dois) anos.

CLÁUSULA SEXTA - DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

O presente Termo de Compromisso terá eficácia de título executivo extrajudicial, na forma do artigo 5º, § 6º, da Lei Federal
n. º 7.347, de 24 de julho de 1985, com a redação que lhe foi dada pela Lei Federal n. º 8.078, de 11 de setembro de 1990,
do art. 380 do Decreto Estadual nº 11.235/2008, do § 1º do artigo 191 da Lei Estadual nº 10.431 de 20 de dezembro de
2006 e do art. 585, VII do CPC.

CLÁUSULA SÉTIMA – DO FORO

Para dirimir as dúvidas e conflitos oriundos deste Termo de Compromisso, fica eleito o Foro da Comarca da Capital do
Estado da Bahia, com renúncia de qualquer outro por mais privilegiado que seja ou venha a ser.

E por estarem assim certos e ajustados, assinam o presente Termo de Compromisso, em 03 (três) vias de igual teor, forma
e idêntico conteúdo jurídico, na presença das testemunhas abaixo assinadas e identificadas, para um só efeito, dando tudo
por bom, firme e valioso.

Este Termo de Compromisso refere-se exclusivamente à situação da regulação ambiental no âmbito da


atividade descrita, não abrangendo outros empreendimentos ou atividades do mesmo requerente.
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A autenticidade deste Termo de Compromisso pode ser atestada na internet, no endereço:
http://www.seia.ba.gov.br em Serviços On-line/Atestar Certificado, utilizando a chave de segurança deste
Termo de Compromisso:

0E760F8226B1138E03924546281A8705

Termo de Compromisso emitido às 12:23:40 do dia 19/04/2013 <hora e data de Brasília>, válido até
19/04/2015 devendo ser atualizado no prazo máximo de dois anos após a data de emissão.

Pelo presente instrumento, nos termos do art. 5º, § 6º da Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985, com a redação que
lhe foi dada pela Lei Federal n. º 8.078, de 11 de setembro de 1990, dos artigos 50 e 191 da Lei Estadual nº 10.431/2006 e
do art. 291 do Decreto Estadual nº 14.024/2012, de um lado o INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS
HÍDRICOS - INEMA, Autarquia vinculada à Secretaria de Meio Ambiente – SEMA, criada pela Lei n° 12.212, de 04 de maio
de 2011, inscrita no CGC/MF sob o n. º 13.700.575/0001-69, com sede na Rua Rio São Francisco, n.º 01, Monte Serrat,
CEP - 40.425-060, Salvador-Ba, adiante denominado COMPROMITENTE ou INEMA; e de outro lado, Foz do Brasil S/A
com endereço a BR 324, Nº s/n, Distrito de Geari, km 566, CEP 43.850-000, município de São Sebastião do Passe inscrita
no (CNPJ ou CPF) sob o n° 09437097001574, adiante denominado COMPROMISSADO, neste ato representado pelo
Ticiana Vaz Sampaio Marianetti, de nacionalidade Brasil, CPF nº 54440807534 e RG nº 04.835.223-33,
proprietário/possuidor do imóvel rural situado no município de São Sebastião do Passe, Estado da Bahia, registrado sob o
nº3376 cartório Registro de Imóveis e Hipotecas, inscrito no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - CEFIR, têm
entre si certo e ajustado o presente Termo, o qual se regerá pelas cláusulas e condições ora estipuladas, com inteira
submissão às disposições legais aplicáveis à espécie.

CONSIDERANDO que o INEMA é o órgão executor da política estadual de Meio Ambiente do Estado da Bahia,
competente para exercer o controle ambiental em todo o território do Estado, nos termos da Lei Estadual 12.212, de 04 de
maio de 2011 c/c a Lei Estadual n.º 10.43, de 20 de dezembro de 2006, e do seu regulamento, aprovado pelo Decreto
Estadual n° 14.024 de 06 de junho de 2012;

CONSIDERANDO que a Reserva Legal é uma área com cobertura vegetal nativa de uso restrito que deverá corresponder
a no mínimo 20% da área de toda propriedade ou posse rural no Estado da Bahia, destinada ao uso sustentável dos
recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção da fauna e flora nativas, não sendo permitido o corte raso da vegetação;

CONSIDERANDO os termos da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, dito Novo Código Florestal, e do Decreto
Federal n. 7830-2012, que dispõe sobre a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural e do Programa Ambiental Rural;

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de atender às restrições de uso da Reserva Legal e das Áreas
de Preservação Permanente, conforme legislação vigente;

CONSIDERANDO que o imóvel rural (nome do imóvel, matrícula, ITR), situado em (endereço do imóvel), está inscrito no
Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais – CEFIR;

CONSIDERANDO, que o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais - CEFIR é um registro público eletrônico de âmbito
estadual, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades
e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, combate
ao desmatamento, além de outras funções.a regularização ambiental dos imóveis rurais quanto à reserva legal, à
recuperação das áreas de preservação permanente e às autorizações, registros e licenças ambientais inerentes aos
empreendimentos agrossilvopastoris.

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de regularizar as atividades ou empreendimento existentes no


imóvel rural acima especificado, no que concerne ao licenciamento ambiental e à outorga de uso de recursos hídricos;
(PASSIVO DE LICENCIAMENTO E/OU OUTORGA)

CONSIDERANDO o propósito do(s) COMPROMISSADO(S) de recuperar as áreas de preservação permanente e/ou


reserva legal já degradadas existentes no imóvel rural acima especificado, de acordo com Plano de Recuperação de Área
Degradada – PRAD e cronograma de execução apresentado; (PASSIVO DE ÁREA DEGRADADA)

O(s) COMPROMISSADO(S) e o COMPROMISSÁRIO firmam o presente Termo de Compromisso, conforme as cláusulas e


condições abaixo estipuladas, suspendendo, no tempo de sua vigência, a aplicação de sanções administrativas contra o(s)
COMPROMISSADO(S), para os passivos ambientais materiais e/ou formais, declarados no CEFIR e constantes neste
Termo de Compromisso.

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO


Constitui objeto do presente Termo de Compromisso o fiel e integral cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) dos
deveres e obrigações assumidos, nas formas e prazos definidos na Cláusula Segunda, visando à implantação de ações de
Regularização Ambiental do Imóvel Rural.

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DO(S) COMPROMISSADO(S)


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• Executar o(s) Plano(s) de Recuperação de Área Degradada – PRAD referente aos passivos de Área de Preservação
Permanente e Reserva Legal, conforme cronograma(s) físico(s) de execução, declarado no CEFIR, atendendo às
condições pré-estabelecidas pelo INEMA.
• Executar o(s) Plano(s) de Recuperação referente aos passivos ambientais fora de APP e RL e aqueles inerentes ao
desenvolvimento das atividades previstas nas Divisões A1.1, A2.1, A2.3, A2.5, A2.6, A3.1 e A4 do Anexo IV do
Regulamento da Lei Estadual n. 10.431-2006, aprovado pelo Decreto Estadual n. 14.024-2012, especificando, ainda,
quando for o caso, a utilização de recursos hídricos, com cronograma físico de execução máximo de 05 anos, em
percentuais mínimos de 10% no primeiro ano, 25% no segundo ano, 50% no terceiro ano, 75% no quarto ano e 100% no
quinto ano.
• Requerer, no prazo de 360 dias, a regularização dos passivos referente à outorga e ao licenciamento ambiental das
atividades desenvolvidas no imóvel rural, com exceção das atividades agrossilvopastoris previstas nas Divisões A1.1, A2.1,
A2.3, A2.5, A2.6, A3.1 e A4 do Anexo IV do Regulamento da Lei Estadual n. 10.431-2006, aprovado pelo Decreto Estadual
n. 14.024-2012, as quais estarão condicionadas aos prazos previstos no Plano de Recuperação neste Termo de
Compromisso;
• Manter a disposição da fiscalização relatórios anuais e relatório final de execução do PRAD.

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS ATRIBUIÇÕES DO COMPROMITENTE

Constituem atribuições do INEMA:

3.1 Acompanhar e fiscalizar o pleno e fiel cumprimento por parte do(s) COMPROMISSADO(S) das obrigações assumidas
no presente Termo de Compromisso, sem prejuízo das demais ações de controle desenvolvidas no âmbito de suas
competências e atribuições legais e da aplicação das sanções administrativas delas decorrentes, bem como adoção de
medidas judiciais atinentes à matéria.

3.2 Analisar o(s) Plano(s) de Recuperação de Área Degradada referente aos passivos de APP e RL.

3.3 Analisar os Planos de Recuperação dos empreendimentos ou atividades declarados com passivo de regularização
ambiental;

3.4 Emitir o Certificado de Regularidade Ambiental, após a comprovação do fiel, pleno e integral cumprimento pelo(s)
COMPROMISSADO(S) de todas as obrigações assumidas pelo mesmo, estabelecidas na Cláusula Segunda

CLÁUSULA QUARTA - DAS PENALIDADES

O não cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) das obrigações, condições e prazos estabelecidos neste Termo de
Compromisso implicará na aplicação da penalidade de multa, correspondente à classe da infração relacionada ao passivo
ambiental existente na propriedade ou posse rural, conforme legislação vigente:

4.1 A rescisão do presente Termo se dará pelo descumprimento de quaisquer uma das obrigações, condições e prazos por
parte do(s) COMPROMISSADO(S) e suspenderá os efeitos da concessão de regularidade formal ambiental dos
empreendimentos/atividades sob responsabilidade do(s) COMPROMISSADO.

4.2 A eventual inobservância, pelo(s) COMPROMISSADO(S), de qualquer dos prazos estabelecidos no presente Termo de
Compromisso, resultante de caso fortuito ou força maior, na forma do art. 393 do Código Civil Brasileiro, deverá ser
imediatamente comunicada e justificada ao COMPROMITENTE que fixará novo prazo para adimplemento da obrigação.

4.3 As informações apresentadas pelo(s) COMPROMISSADO(S), no momento da inscrição no Cadastro Estadual Florestal
de Imóveis Rurais – CEFIR, serão contrapostas com as imagens e arquivos do banco de dados do INEMA, sujeitando o(s)
COMPROMISSADO(S), quando caracterizada a prestação de informações falsas, às sanções penais cabíveis, além da
imputação de multa pelas infrações cometidas.

CLÁUSULA QUINTA – DO PRAZO DE VIGÊNCIA

A vigência do presente Termo de Compromisso terá início a partir da data da sua geração no âmbito do Cadastro Estadual
florestal de Imóveis Rurais – CEFIR e considerar-se-á encerrado após o cumprimento pelo(s) COMPROMISSADO(S) de
todas as obrigações assumidas pelo mesmo, estabelecidas na Cláusula Segunda, desde que o cadastro do imóvel rural
seja atualizado pelo(s) COMPROMISSADO(S), a cada 2 (dois) anos.

CLÁUSULA SEXTA - DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

O presente Termo de Compromisso terá eficácia de título executivo extrajudicial, na forma do artigo 5º, § 6º, da Lei Federal
n. º 7.347, de 24 de julho de 1985, com a redação que lhe foi dada pela Lei Federal n. º 8.078, de 11 de setembro de 1990,
do art. 380 do Decreto Estadual nº 11.235/2008, do § 1º do artigo 191 da Lei Estadual nº 10.431 de 20 de dezembro de
2006 e do art. 585, VII do CPC.

CLÁUSULA SÉTIMA – DO FORO

Para dirimir as dúvidas e conflitos oriundos deste Termo de Compromisso, fica eleito o Foro da Comarca da Capital do
Estado da Bahia, com renúncia de qualquer outro por mais privilegiado que seja ou venha a ser.

E por estarem assim certos e ajustados, assinam o presente Termo de Compromisso, em 03 (três) vias de igual
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teor, forma e idêntico conteúdo jurídico, na presença das testemunhas abaixo assinadas e identificadas, para um só efeito,
dando tudo por bom, firme e valioso.

87EBA284EB13F7DD84C7EFC933396477

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CTRI São Sebastião

ANEXO 5 – PLANO DE MONITORAMENTO

73
PLANO DE MONITORAMENTO

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)


SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BA

Dezembro de 2012
Plano de Monitoramento

EQUIPE TÉCNICA

Responsável Técnico:

Felipe de Santana Villa


Engenheiro Sanitarista e Ambiental
CREA 46.745/D

Colaboração:

Juliana Lima Marques Ferreira


Estagiária de Engenharia Ambiental e Sanitária

2
Plano de Monitoramento

ÍNDICE

EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................. 2

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 4

2 OBJETIVO ............................................................................................................................ 4

3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ....................................... 5

3.1 AMOSTRAGEM .............................................................................................................. 5


3.2 PERIODICIDADE DE AMOSTRAGEM .............................................................................. 6
3.3 PARÂMETROS E PADRÕES LEGAIS .............................................................................. 7
3.4 RECOMENDAÇÕES PARA A COLETA DE AMOSTRAS .................................................. 13
3.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 13
4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS .......................................... 14

4.1 AMOSTRAGEM ............................................................................................................ 14


4.2 PERIODICIDADE DE AMOSTRAGEM ............................................................................ 15
4.3 PARÂMETROS E PADRÕES LEGAIS ............................................................................ 16
4.4 RECOMENDAÇÕES PARA A COLETA DE AMOSTRAS .................................................. 18
4.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 18
5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SOLOS ....................................... 18

5.1 AMOSTRAGEM ............................................................................................................ 19


5.2 PERIODICIDADE DE AMOSTRAGEM ............................................................................ 20
5.3 PARÂMETROS E PADRÕES LEGAIS ............................................................................ 21
5.4 RECOMENDAÇÕES PARA A COLETA DE AMOSTRAS .................................................. 25
5.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 25
6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE CHORUME .............................................................. 25

6.1 AMOSTRAGEM ............................................................................................................ 26


6.2 PERIODICIDADE DE AMOSTRAGEM ............................................................................ 26
6.3 PARÂMETROS E PADRÕES LEGAIS ............................................................................ 27
6.4 RECOMENDAÇÕES PARA A COLETA DE AMOSTRAS .................................................. 28
6.5 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 28
ANEXO 1 – LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM ..................................................... 29

ANEXO 2 – CRONOGRAMA DE MONITORAMENTO ..................................................................... 30

3
Plano de Monitoramento

1 APRESENTAÇÃO

O presente documento consiste no Plano de Monitoramento e de Proteção dos


Recursos Naturais da Área de Influencia Direta (AID) do Aterro Industrial da
Central de Tratamento de Resíduos Industriais (CTRI) de São Sebastião do
Passé, Bahia.

O Plano de Monitoramento e de Proteção dos Recursos Naturais é uma prática


adotada visando controlar o desempenho ambiental do empreendimento, a partir do
acompanhamento da qualidade dos recursos naturais da AID, considerando as
atividades desenvolvidas na implantação e operação do Aterro Industrial.

Com a implantação e desenvolvimento dos Programas de monitoramento, será


possível adotar medidas preventivas e corretivas, referentes aos impactos
ambientais adversos, passíveis de serem causados pela implantação e operação do
Aterro Industrial.

Serão adotados os seguintes Programas de Monitoramento:


 Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas;
 Programa de Monitoramento das Águas Superficiais;
 Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo;
 Programa de Monitoramento de Chorume.

2 OBJETIVO

O objetivo geral do Plano de Monitoramento e de Proteção dos Recursos Naturais


é estabelecer critérios para o monitoramento das águas subterrâneas, águas
superficiais e qualidade dos solos da AID do Aterro Industrial, como também
acompanhar a geração de chorume nas células do aterro. As ações de

4
Plano de Monitoramento

monitoramento visão à proteção dos recursos naturais da região e se justificam


pelas atividades potencialmente poluidoras do Aterro Industrial.

Os Programas de Monitoramento implantados irão acompanhar continuamente a


evolução dos efeitos do Aterro Industrial na sua área de influência, realizando uma
análise comparativa das condições originais do local com aquelas detectadas
durante as fases de implantação, operação e durante o seu encerramento, como
também visando atender os limites estabelecidos na legislação.

3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

O Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas tem como objetivo principal,


garantir que as atividades desenvolvidas no Aterro Industrial não venham causar
nenhum tipo de degradação ambiental no recurso hídrico subterrâneo.

O monitoramento permite que todas as ações sejam tomadas para prevenir a


poluição das águas subterrâneas, e caso sejam detectadas anomalias também
sejam adotadas medidas para mitigar possíveis impactos na qualidade dessas
águas.
Para evitar que o líquido percolado produzido nas células do aterro atinja o lençol
freático, o aterro foi totalmente projetado com sistema de impermeabilização e
proteção, como também sistema de drenagem e tratamento do chorume.

3.1 Amostragem

O sistema de monitoramento terá o papel de identificar a influência da fonte


poluidora na qualidade da água subterrânea. As amostragens serão efetuadas em
04 poços de monitoramento distribuídos adequadamente nas proximidades da área
de disposição de resíduos, e em 01 poço de captação. Antes do início das

5
Plano de Monitoramento

operações do aterro industrial serão coletadas amostras de água subterrânea, para


caracterização de testemunho das condições de background local.

A localização dos poços seguiu critérios hidrogeológicos, direção e sentido do fluxo


subterrâneo e as características geológicas. Os poços de monitoramento serão
instalados conforme norma NBR 13.895/97 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.

Os pontos de amostragem estão descritos na Tabela 01 e identificados na planta de


localização dos pontos de amostragem (Anexo 01).
COORDENADAS UTM
PONTOS DE AMOSTRAGEM
(ZONA 24)
PM-01 E = 543410 N = 8613470

PM-02 E = 543520 N = 8613740

PM-03 E = 543702 N = 8613580

PM-04 E = 543590 N = 8613310

PC E = 543880 N = 8613686
Tabela 01 – Pontos de Amostragem das Águas Subterrâneas.
(PM = Poço de Monitoramento; PC = Poço de Captação)

3.2 Periodicidade de Amostragem

Os poços de monitoramento e o poço de captação de água para abastecimento


deverão ser instalados em abril de 2013, após a instalação dos mesmos serão
coletadas amostras da água subterrânea para formação de banco de dados.

A coleta das amostras de águas subterrâneas será realizada com frequência


trimestral, conforme definido em condicionante emitida pelo órgão ambiental
durante o processo de licenciamento. A periodicidade de amostragem é
apresentada no cronograma de monitoramento (Anexo 02), onde define a coleta
das amostras nos meses de janeiro, maio e setembro.

6
Plano de Monitoramento

A Tabela 02 apresenta a periodicidade e o número de amostras para cada ponto


de amostragem de águas subterrâneas.
PONTOS DE NÚMERO DE
PERIODICIDADE
AMOSTRAGEM AMOSTRAS
PM-01 01

PM-02 01

PM-03 01 Trimestral

PM-04 01

PC 01
Tabela 02 – Número de Amostras e Periodicidade de Amostragem das Águas Subterrâneas.
(PC = Poço de Captação; PM = Poço de Monitoramento)

As amostras serão coletadas, preservadas e transportadas para o laboratório de


análise por técnicos habilitados e com treinamento específico para este fim.

Os resultados das análises serão avaliados criticamente com base na Resolução


CONAMA N.º 396/08. Os laudos e planilhas de registro de dados devem ficar
arquivados pelo período de 5 (cinco) anos e os laudos das coletas e análises dos
efluentes deverão ser assinados por técnicos responsáveis.

3.3 Parâmetros e Padrões Legais

Os parâmetros a serem analisados em todos os pontos de amostragem das


águas subterrâneas foram selecionados com base nas características dos
resíduos a serem recebidos no Aterro Industrial, como também parâmetros
solicitados em condicionante pelo órgão ambiental, tendo como base a Resolução
CONAMA N° 396/08.

Os resultados das análises deverão ser reportados em laudos analíticos contendo os


itens listados abaixo, conforme Art. 18 da Resolução CONAMA Nº 396/08:
I. Identificação do local da amostragem, data e horário de coleta entrada
da amostra no laboratório, anexando a cadeias de custodia;

7
Plano de Monitoramento

II. Indicação do método de análises utilizando para cada parâmetro


analisado;
III. Limites de quantificação praticados pelo laboratório e da amostra,
quando for o caso, para cada parâmetro analisado;
IV. Resultados dos brancos do método e “surrogates” (rastreadores);
V. Incertezas de medição para cada parâmetro; e
VI. Ensaios de adição e recuperação das analíticos da matriz (skipe).

Os dados obtidos no monitoramento proposto deverão ser comparados com os


padrões da Resolução CONAMA Nº 396/08, para verificação de sua adequação à
legislação. A Tabela 03 apresenta os parâmetros a serem analisados e seus
valores comparativos conforme resolução.

Os ensaios deverão ser determinados e executados com base nos procedimentos


estabelecidos no método analítico definido na Tabela 03 para cada parâmetro de
análise.
DADOS DO LEGISLAÇÃO
MÉTODO CONAMA Nº 396/08
MÉTODO
PARÂMETRO VMP - ANALÍTICO
UNIDADE LQ UNIDADE LQP CONSUMO
HUMANO
DBO mg/l 2 mg/l --- --- SMEWW 5210 B
DQO mg/l 5 mg/l --- --- SMEWW 5220 D
SMEWW 3125 B,
Alumínio mg/l 0,001 µg/l 50 200
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Arsênio mg/l 0,001 µg/l 8 10
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Cádmio mg/l 0,001 µg/l 5 5
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Chumbo mg/l 0,001 µg/l 10 10
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Cobre mg/l 0,001 µg/l 50 2000
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Cromo mg/l 0,001 µg/l 10 50
USEPA 620 A
Coliformes
SMEWW 9223 A
Termotolerantes (E. P/A 100ml --- P/A 100ml --- Ausentes
eB
coli)
SMEWW 3125 B,
Estanho mg/l 0,001 mg/l --- ---
USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Manganês mg/l 0,001 µg/l 25 100
USEPA 620 A
Mercúrio mg/l 1E-04 µg/l 1 1 SMEWW 3125 B,

8
Plano de Monitoramento

USEPA 620 A
SMEWW 3125 B,
Níquel mg/l 0,001 µg/l 10 20
USEPA 620 A
Sólidos Dissolvidos SMEWW 2540 C
mg/l 5 µg/l 2000 1000000
Totais eE
SMEWW 3125 B,
Zinco mg/l 0,001 µg/l 100 5000
USEPA 620 A
EPA 8270 D,
PCB 101 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 105 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 114 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 126 + PCB 166 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 128 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 138 + PCB 158 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 153 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 156 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 169 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 170 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 179 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 180 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 183 µg/l 0,001 µg/l --- ---
PCB

SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 28 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 37 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 44 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 49 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 52 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 66 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 70 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 74 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 8 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 82 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 87 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
PCB 99 µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
PCB 60 µg/l 0,001 µg/l --- --- EPA 8270 D,

9
Plano de Monitoramento

SMEWW 6410 B
1,2,4,5- EPA 8270 D,
µg/l 1 µg/l --- ---
Tetraclorobenzeno SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1,2,4-Triclorobenzeno µg/l 1 µg/l 5 ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1,2-Diclorobenzeno µg/l 1 µg/l 5 1000
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1,3-Diclorobenzeno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1,4-Diclorobenzeno µg/l 1 µg/l 5 300
SMEWW 6410 B
1-Cloro-4- EPA 8270 D,
µg/l 1 µg/l --- ---
fenoxibenzeno SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1-Cloronaftaleno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
1-Nitrosopiperidina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2,3,4,6-Tetraclorofenol µg/l 0,1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2,4,5- Triclorofenol µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2,4,6-Triclorofenol µg/l 0,001 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2,4-Diclorofenol µg/l 0,1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2,4-Dimetilfenol µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2-Metil-4,6-dinitrofenol µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
SVOC

EPA 8270 D,
2-Metilnaftaleno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2-Naftilamina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
3-Metilcolantreno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
4-Cloro-3-Metilfenol µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Acenafteno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Acenaftileno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Acetofenona µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Álcool Benzílico µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Antraceno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Benzo(a)antraceno µg/l 0,01 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Benzo(a)pireno µg/l 0,05 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Benzo(b)fluorateno µg/l 0,01 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Benzo(g,h,i)perileno µg/l 0,05 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Benzo(k)fluorateno µg/l 0,05 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
Bis(2- µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8270 D,

10
Plano de Monitoramento

Cloroetaxi)metano SMEWW 6410 B


EPA 8270 D,
Di(2-etilhexil)ftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Bromofenoxibenzeno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Butil Benzil Ftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Carbazole µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Criseno µg/l 0,01 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Di-n-octilftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dibenzo(a,h)acridina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dibenzo(a,h)antraceno µg/l 0,05 µg/l 0,15 0,05
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dibenzofurano µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dibutilftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dietil Ftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Difenilamina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Dimetil Ftalato µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Fenacetin µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Fenantreno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Fenol µg/l 0,1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Fluoranteno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Fluoreno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Hexaclorobenzeno µg/l 0,005 µg/l 0,01 1
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Hexaclorobutadieno µg/l 0,5 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
Hexaclorociclopentadie EPA 8270 D,
µg/l 1 µg/l --- ---
no SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Hexacloroetano µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Indeno(1,2,3,cd)pireno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
3+4-Metilfenol(m+p- EPA 8270 D,
µg/l 2 µg/l --- ---
Cresol) SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
m-Nitroanilina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Naftaleno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
2-Metilfenol (o-Cresol) µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
o-Nitroanilina µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
p-Nitroanilina µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8270 D,

11
Plano de Monitoramento

SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Pentaclorobenzeno µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
1,E- EPA 8270 D,
Pentaclorofenol mg/l µg/l 2 9
05 SMEWW 6410 B
Pentacloronitrobenzen EPA 8270 D,
µg/l 1 µg/l --- ---
o SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Pireno µg/l 0,01 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
EPA 8270 D,
Propizamida µg/l 1 µg/l --- ---
SMEWW 6410 B
Xilenos µg/l 3 µg/l 15 300 EPA 8260 C
TPH Alifático (C6-C8) µg/l 20 µg/l --- --- EPA 8260 C
TPH Alifático (C8-C10) µg/l 20 µg/l --- --- EPA 8260 C
TPH Alifático (C10-C12) mg/l 0,01 mg/l --- --- Atlantic RBCA
TPH Alifático (C12-C16) mg/l 0,02 mg/l --- --- Atlantic RBCA
TPH Alifático (C16-C21) mg/l 0,035 mg/l --- --- Atlantic RBCA
TPH Alifático (C21-C32) mg/l 0,055 mg/l --- --- Atlantic RBCA
TPH CWG

TPH Aromático (C8-


µg/l 20 µg/l --- --- EPA 8260 C
C10)
TPH Aromático (C10-
mg/l 0,015 mg/l --- --- Atlantic RBCA
C12)
TPH Aromático (C12-
mg/l 0,025 mg/l --- --- Atlantic RBCA
C16)
TPH Aromático (C16-
mg/l 0,025 mg/l --- --- Atlantic RBCA
C21)
TPH Aromático (C21-
mg/l 0,015 mg/l --- --- Atlantic RBCA
C32)
TPH GRO (C6-C10) µg/l 20 µg/l --- --- EPA 8260 C
TPH Total (C6-C32) mg/l 0,055 mg/l --- --- Atlantic RBCA
1,1,1-Tricloetano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,1,2,2-Tetracloroetano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,1,2-Tricloetano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,1-Dicloroetano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,1-Dicloroeteno µg/l 1 µg/l 5 30 EPA 8260 B
1,1-Dicloropropeno µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,2-Dicloroetano µg/l 1 µg/l 5 10 EPA 8260 B
1,2-Dicloropropano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
1,3-Dicloropropano µg/l 5 µg/l --- --- EPA 8260 B
4-Metil-2-Pentanona µg/l 5 µg/l --- --- EPA 8260 B
Benzeno µg/l 1 µg/l 2 5 EPA 8260 B
VOC

Bromodiclorometano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B


Bromofórmio µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Bromometano µg/l 5 µg/l --- --- EPA 8260 B
Cis-1,2-Dicloroeteno µg/l 1 µg/l 5 --- EPA 8260 B
Cis-1,3-Dicloropropeno µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Cloreto de Vinila µg/l 1 µg/l 2 5 EPA 8260 B
Clorobenzeno µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Cloroetano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Clorofórmio µg/l 1 µg/l 5 200 EPA 8260 B
Clorometano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Dibromoclorometano µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B

12
Plano de Monitoramento

Diclorometano µg/l 1 µg/l 10 20 EPA 8260 B


Dissulfeto de Carbono µg/l 1 µg/l --- --- EPA 8260 B
Estireno µg/l 1 µg/l 5 20 EPA 8260 B
Etilbenzeno µg/l 1 µg/l 5 200 EPA 8260 B
m,p-Xilenos µg/l 2 µg/l 10 --- EPA 8260 B
o-Xilenos µg/l 1 µg/l 5 --- EPA 8260 B
Tetracloreto de
µg/l 1 µg/l 2 2 EPA 8260 B
Carbono
Tetracloroeteno µg/l 1 µg/l 5 40 EPA 8260 B
Tolueno µg/l 1 µg/l 5 170 EPA 8260 B
Trans-1,2-Dicloroeteno µg/l 1 µg/l 5 --- EPA 8260 B
Tricloroeteno µg/l 1 µg/l 5 70 EPA 8260 B
Tabela 03 – Parâmetros e Valores Comparativos para Águas Subterrâneas.

3.4 Recomendações para a Coleta de Amostras

Para coletar as amostras de águas subterrâneas deve ser usado frasco de vidro
âmbar ou de polietileno com tampa, nas quantidades e volumes requeridos para a
realização dos ensaios conforme definido pelo laboratório.
Após a coleta, o frasco deve ser hermeticamente fechado e identificado,
colocando a data e o horário da coleta, nome do responsável pelas coletas e
pontos de amostragem. Em seguida, as amostras devem ser acondicionadas sob-
refrigeração até a entrega no laboratório.

O tempo entre a coleta e o recebimento no laboratório não deve exceder 6 horas,


mantendo a amostra sob-refrigeração. No caso das amostras transportadas em
temperatura ambiente, o prazo não deve exceder duas horas.

Devem-se evitar as interferências características de cada uma das análises, como


por exemplo: as garrafas utilizadas como equipamento de coleta, deverão ser de
vidro para evitar a absorção de fósforo, que normalmente ocorrem nas garrafas
de plástico.

3.5 Divulgação dos Resultados

13
Plano de Monitoramento

Deverá ser encaminhado para o órgão ambiental, um relatório contendo os


resultados das análises de todos os pontos e parâmetros comparados aos
padrões da Resolução CONAMA Nº 396/08, bem como discussão dos resultados
e proposição de medidas corretivas com prazos, quando for necessário.

4 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

Os cursos d’água da área do empreendimento são de pequeno porte e sofrem


influência pelas chuvas que ocorrem na região, sendo a maioria efêmeros,
apresentando fluxo de água apenas durante ou logo após um evento chuvoso, os
demais são intermitentes, mantendo o fluxo de água por alguns meses após o
período chuvoso, secando principalmente entre os meses de setembro e fevereiro.
Estes cursos d’água formam bacias hidrográficas de pequena extensão e baixa
drenagem, e fazem parte da bacia que contribui para o Rio Jacuípe.
O monitoramento das águas superficiais localizados na AID do empreendimento visa
detectar possíveis cargas poluidoras que, por ventura possam alcançar essas águas,
principalmente aquelas decorrentes dos sistemas de drenagens superficiais
(pluviais) e dos sistemas subsuperficiais (percolados).

O aterro possui sistema de drenagem, de forma a realizar a coleta e o tratamento de


líquidos percolados no aterro, como também a coleta e o encaminhamento das
águas pluviais precipitadas sobre o aterro, visando proteger a integridade desse
curso d’água.

4.1 Amostragem

As coletas das amostras de águas superficiais devem ser realizadas de acordo com
os métodos da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, descritas nas
seguintes normas:
 ABNT/NBR 9897 de 1987 - Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e
corpos receptores.

14
Plano de Monitoramento

 ABNT/NBR 9898 de 1987 - Preservação e técnicas de amostragem de efluentes


líquidos e corpos receptores.

As campanhas de amostragem serão realizadas no córrego intermitente localizado


na área do empreendimento, em 02 (dois) pontos distintos, sendo um ponto a
montante e outro a jusante do córrego, para averiguar o grau de poluição ao longo
do trecho em estudo.

Os pontos de amostragem estão descritos na Tabela 04 e identificados na planta de


localização dos pontos de amostragem (Anexo 01).
COORDENADAS UTM
PONTOS DE AMOSTRAGEM
(ZONA 24)
AAS - 01 E = 543900 N = 8613314

AAS - 02 E = 543960 N = 8613730


Tabela 04 – Pontos de Amostragem das Águas Superficiais.
(AAS = Amostra de Água Superficial)

4.2 Periodicidade de Amostragem

A amostragem das águas superficiais será realizada apenas nos períodos em que
houver água no córrego a ser analisado, ocorrendo nos períodos de chuva, sendo
de março a julho.

A previsão para a realização da primeira campanha de monitoramento é maio de


2013, em caráter de testemunho das condições inicias da área de estudo. Devido
a característica intermitente do córrego a ser analisado, a amostragem deverá
ocorrer anualmente no período de março a julho, período de incidência de chuva
na região.

A Tabela 05 apresenta a periodicidade e o número de amostras para cada ponto


de amostragem de águas subterrâneas.

15
Plano de Monitoramento

PONTOS DE NÚMERO DE
PERIODICIDADE
AMOSTRAGEM AMOSTRAS
AAS-01 01
Anual
(março a julho)
AAS-02 01
Tabela 05 – Número de Amostras e Periodicidade de Amostragem das Águas Superficiais.
(AAS = Amostra de Água Superficial)

As amostras serão coletadas, preservadas e transportadas por técnicos


habilitados e com treinamento específico para este fim.

Os resultados das análises serão avaliados criticamente com base na Resolução


CONAMA N.º 357/05. Os laudos e planilhas de registro de dados devem ficar
arquivados pelo período de 5 (cinco) anos e os laudos das coletas e análises dos
efluentes deverão ser assinados por técnicos responsáveis.

4.3 Parâmetros e Padrões Legais

Os parâmetros a serem investigados no monitoramento das águas superficiais


foram estabelecidos em condicionante emitida pelo órgão ambiental. Os dados
obtidos no monitoramento proposto deverão ser comparados com os padrões da
Resolução CONAMA Nº 357/05, para os valores máximos estabelecidos para
Classe 2 - Águas Doces, para verificação de sua adequação à legislação. A
Tabela 06 mostra os parâmetros a serem analisados e os seus valores
comparativos.

Os ensaios deverão ser determinados e executados com base nos procedimentos


estabelecidos no método analítico definido na Tabela 06 para cada parâmetro de
análise.

LEGISLAÇÃO
DADOS DO MÉTODO CONAMA Nº 357/05
PARÂMETRO CLASSE 2 - ÁGUAS DOCES MÉTODO ANALÍTICO

UNIDADE LQ UNIDADE VM
DBO mg/l 2 mg/l 5,0 (5 dias a 20ºC) SMEWW 5210 B
DQO mg/l 5 SMEWW 5220 B

16
Plano de Monitoramento

Alcalinidade
mg/l 0 SMEWW 2320 B
Total
SMEWW 3125 B,
Alumínio mg/l 0,001 mg/l 0,1
USEPA 6020 A
SMEWW 3125 B,
Arsênio mg/l 0,001 mg/l 0,01
USEPA 6020 A
SMWW 3125 B,
Cádmio mg/l 0,001 mg/l 0,001
USEPA 60020 A
SMWW 3125 B,
Chumbo mg/l 0,001 mg/l 0,01
USEPA 60020 A
Cloreto mg/l 1 mg/l 250 SMEWW 4500-Cl B
SMWW 3125 B,
Cobre mg/l 0,001 mg/l 0,009
USEPA 60020 A
SMWW 3125 B,
Cromo mg/l 0,001 mg/l 0,05
USEPA 60020 A
SMWW 3125 B,
Ferro mg/l 0,001 mg/l 0,3
USEPA 60020 A
Fósforo Total
(ambiente mg/l 0,01 mg/l 0,03 SMEWW 4500-P-E
lêntico)
SMWW 3125 B,
Manganês mg/l 0,001 mg/l 0,1
USEPA 60020 A
SMWW 3125 B,
Mercúrio mg/l 0,0001 mg/l 0,0002
USEPA 60020 A
SMWW 3125 B,
Níquel mg/l 0,001 mg/l 0,025
USEPA 60020 A
Nitrato mg/l 0,2 mg/l 10 SMEWW 4500-NO3 H
Nitrito mg/l 0,02 mg/l 1,0 EPA 354.1
3,7 (pH ≤ 7,5)
Nitrogênio 2,0 (7,5 < pH ≤ 8,0)
mg/l 0,1 mg/l SMEWW 4500-NH3-F
Amoniacal 1,0 (8,0 < pH ≤ 8,5)
0,5 (pH> 8,5)
SMWW 3125 B,
Zinco mg/l 0,001 mg/l 0,18
USEPA 6020 A
Benzeno µg/l 1 mg/l 0,005 EPA 8260 B
SMWW 3125 B,
Estanho mg/l 0,001
USEPA 60020 A
pH 6,0 a 9,0
Odor --- --- SMEWW 2150 B
Óleos e Virtualmente
mg/l 5 SMEWW 5520 B
Graxas ausentes
Sólidos
Dissolvidos mg/l 5 mg/l 500 SMWW 2540 C e E
Totais
Cor
Pt/Co 5 mg Pt/l 75 SMEWW 2120 C
Verdadeira
Zooplancton --- --- --- --- SMEWW 10200
indivíduos
Fitoplancton 1 --- --- SMEWW 10200
/ml
Tabela 06 – Parâmetros e Valores Comparativos para Águas Superficiais.

17
Plano de Monitoramento

4.4 Recomendações para a Coleta de Amostras

Para coletar as amostras de águas superficiais e sedimentos de fundo, deve ser


usado frasco de vidro âmbar ou de polietileno com tampa, nas quantidades e
volumes requeridos para a realização dos ensaios conforme definido pelo
laboratório.

Após a coleta, o frasco deve ser hermeticamente fechado e identificado,


colocando a data e o horário da coleta, nome do responsável pelas coletas e
pontos de amostragem. Em seguida, as amostras devem ser acondicionadas sob-
refrigeração até a entrega no laboratório.

O tempo entre a coleta e o recebimento no laboratório não deve exceder 6 horas,


mantendo a amostra sob-refrigeração. No caso das amostras transportadas em
temperatura ambiente, o prazo não deve exceder duas horas.

Devem-se evitar as interferências características de cada uma das análises, como


por exemplo: as garrafas utilizadas como equipamento de coleta, deverão ser de
vidro para evitar a absorção de fósforo, que normalmente ocorrem nas garrafas
de plástico.

4.5 Divulgação dos Resultados

Deverá ser encaminhado para o órgão ambiental, um relatório contendo os


resultados das análises de todos os pontos e parâmetros comparados aos
padrões da Resolução CONAMA Nº 357/2005, bem como discussão dos
resultados e proposição de medidas corretivas com prazos, quando for
necessário.

5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DOS SOLOS

18
Plano de Monitoramento

O Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo tem como objetivo principal,


assegurar que as atividades decorrentes da operação do Aterro Industrial não
venham causar nenhum tipo de contaminação nos solos da AID do
empreendimento.

O monitoramento será realizado através de amostragens regulares, em pontos pré-


definidos, cujos dados relativos ao solo serão armazenados no sentido de precaver,
planejar e tomar decisões sobre os possíveis impactos ambientais decorrentes das
atividades operacionais do empreendimento.

A metodologia de monitoramento compreende a análise da qualidade do solo antes


de iniciada a operação do Aterro Industrial para fins de branco ou testemunho,
abrangendo a caracterização sedimentologia e geoquímica, com ênfase para os
metais pesados nos sedimentos, na área de influência direta do empreendimento.

Para tal, foram selecionados pontos de amostragem para monitoramento. Os


critérios de escolha adotados tiveram como fatores relevantes, os locais que
compreendem efetivamente o empreendimento e as áreas adjacentes.

Relatório anual deve ser gerado com o propósito de contextualizar sistematicamente


os dados obtidos nas análises. Este procedimento serve para orientar os
profissionais envolvidos com a finalidade de evitar danos futuros.

5.1 Amostragem

As coletas de campo devem utilizar todos os materiais apropriados para obtenção


das amostras, logística e laboratório onde serão analisadas. O processo de coleta e
análise deve seguir o cronograma em conjunto com a amostragem de águas
subterrâneas. Cada análise realizada deve ser comparada com a primeira “o
branco”. Caso seja identificada alguma não conformidade, ou em caso de acidente,
deve-se produzir uma ação de remediação no sentido de corrigir o problema.

19
Plano de Monitoramento

A amostragem de solo será realizada em 04 pontos distintos localizados na


proximidade da área do aterro, em cada ponto de amostragem serão coletadas 03
amostras, sendo a primeira a uma profundidade de 0,50 m, em seguida serão
coletas uma na franja capilar e outra em profundidade intermediária. As amostras
para análise dos compostos de interesses devem ser coletadas por meio de liners e
devem obedecer as normas de referência.

Os pontos de amostragem estão descritos na Tabela 07 e identificados na planta de


localização dos pontos de amostragem (Anexo 01), ressaltando que as amostras de
solo serão realizadas de forma aleatória tendo como base as coordenadas de
referência, que inicialmente coincidem com os poços de monitoramento de água
subterrânea PM-01, PM-02 e PM-03 e PM-04.
COORDENADAS UTM
PONTOS DE AMOSTRAGEM
(ZONA 24)
AS-01 E = 543410 N = 8613470

AS-01 E = 543520 N = 8613740

AS-02 E = 543702 N = 8613580

AS-03 E = 543590 N = 8613310


Tabela 07 – Pontos de Amostragem do Solo.
(AS = Amostra de Solo)

5.2 Periodicidade de Amostragem

A coleta das amostras de solos será realizada com frequência anual, devendo
acompanhar o período de coleta das amostras de águas subterrâneas, sendo
previsto para nos meses de janeiro. A primeira campanha será realizada em abril
de 2013, e terá caráter de branco.

As amostras serão coletadas, preservadas e transportadas por técnicos


habilitados e com treinamento específico para este fim.

20
Plano de Monitoramento

Os resultados das análises serão avaliados criticamente com base na Resolução


CONAMA N.º 420/09. Os laudos e planilhas de registro de dados devem ficar
arquivados pelo período de 5 (cinco) anos e os laudos das coletas e análises dos
efluentes deverão ser assinados por técnicos responsáveis.

5.3 Parâmetros e Padrões Legais

Os parâmetros para a análise dos solos foram selecionados levando em


consideração as características dos resíduos a serem recebidos no aterro, e
diretrizes da Resolução CONAMA N° 420/09.

Os dados obtidos no monitoramento proposto deverão ser comparados com os


padrões da Resolução CONAMA Nº 420/09, para verificação de sua adequação à
legislação. Os parâmetro e valores comparativos Tabela 09 mostra os valores
comparativos.

Os ensaios deverão ser determinados e executados com base nos procedimentos


estabelecidos no método analítico definido na Tabela 09 para cada parâmetro de
análise.
LEGISLAÇÃO
DADOS DO MÉTODO
CONAMA Nº 420/09 MÉTODO
PARÂMETRO
VI ANALÍTICO
UNIDADE LQ UNIDADE
INDUSTRIAL
1,1,1-Tricloroetano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 25
2006
1,1-Dicloroetano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 25
2007
1,1-Dicloroeteno EPA 8260 C:
mg/kg 0,005 mg/kg 8
2008
1,2,3-Triclorobenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 35
2009
1,2,4,5-
mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Tetraclorobenzeno
1,2,4-Triclorobenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 40
2009
1,2-Diclorobenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 400
2010
1,2-Dicloetano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 0,5
2011
1,3-Diclorobenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2012

21
Plano de Monitoramento

1,4-Diclorobenzeno EPA 8260 C:


mg/kg 0,01 mg/kg 150
2013
2,3,4,6-
mg/kg 0,003 mg/kg 7,5 EPA 8270 D
Tetraclorofenol
2,4,5-Triclorofenol mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
2,4,6-Triclorofenol mg/kg 0,003 mg/kg 20 EPA 8270 D
2,4-Diclorofenol mg/kg 0,003 mg/kg 6 EPA 8270 D
2-Clorofenol mg/kg 0,003 mg/kg 2 EPA 8270 D
Aldrin mg/kg 0,003 mg/kg 0,003 EPA 8270 D
Alumínio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg ---
B, EPA 6010 C
Antimônio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 25
B, EPA 6010 C
Antraceno mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Arsênio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 150
B, EPA 6010 C
Bário SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 750
B, EPA 6010 C
Benzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,005 mg/kg 0,15
2006
Benzo(a)antraceno mg/kg 0,003 mg/kg 65 EPA 8270 D
Benzo(a)pireno mg/kg 0,003 mg/kg 3,5 EPA 8270 D
Benzo(g,h,i)perileno mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Benzo(k)fluoranteno mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Di(2-etilhexil)ftalato mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Boro SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg ---
B, EPA 6010 C
Cádmio SMEWW 3120
mg/kg 0,05 mg/kg 20
B, EPA 6010 C
Chumbo SMEWW 3120
mg/kg 0,05 mg/kg 900
B, EPA 6010 C
Cis-1,2-Dicloeteno mg/kg 0,01 mg/kg 4 EPA 8260: 2006
Cloreto de Vinila mg/kg 0,002 mg/kg 0,008 EPA 8260: 2006
Clorobenzeno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8260: 2006
Clorofórmio mg/kg 0,01 mg/kg 8,5 EPA 8260: 2006
Cobalto SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 90
B, EPA 6010 C
Cobre SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 600
B, EPA 6010 C
Criseno mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Cromo SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 400
B, EPA 6010 C
DDT (isômeros) mg/kg 0,005 mg/kg 5 EPA 8270 D
Dibenzo(a,h)antracen
mg/kg 0,003 mg/kg 1,3 EPA 8270 D
o
Dibutilftalato mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Diclorometano mg/kg 0,01 mg/kg 15 EPA 8260: 2006
Dieldrin mg/kg 0,003 mg/kg 1,3 EPA 8270 D
Dimetil Ftalato mg/kg 0,05 mg/kg 3 EPA 8270 D
Endrin mg/kg 0,003 mg/kg 2,5 EPA 8270 D
Estireno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 80
2006
Etilbenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,005 mg/kg 95
2006
Fenantreno mg/kg 0,003 mg/kg 95 EPA 8270 D
Fenol mg/kg 0,003 mg/kg 15 EPA 8270 D
Ferro mg/kg 0,5 mg/kg --- SMEWW 3120

22
Plano de Monitoramento

B, EPA 6010 C
Hexaclorobenzeno mg/kg 0,003 mg/kg 1 EPA 8270 D
Indeno(1,2,3,cd)piren
mg/kg 0,003 mg/kg 130 EPA 8270 D
o
Manganês SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg ---
B, EPA 6010 C
Mercúrio mg/kg 0,05 mg/kg 70 POP PA 032
Molibdênio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 120
B, EPA 6010 C
Naftaleno mg/kg 0,01 mg/kg 90 EPA 8260: 2006
Níquel SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 130
B, EPA 6010 C
Nitrato mg/kg 2 mg/kg --- POP PA 032
Pentaclorofenol mg/kg 0,003 mg/kg 3 EPA 8270 D
Prata SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg 100
B, EPA 6010 C
Selênio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg ---
B, EPA 6010 C
Tetracloreto de EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 1,3
Carbono 2000
Tetracloroeteno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 13
2001
Tolueno EPA 8260 C:
mg/kg 0,005 mg/kg 75
2002
Trans-1,2- EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 11
Dicloroeteno 2003
Tricloroeteno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg 22
2004
Vanádio SMEWW 3120
mg/kg 0,5 mg/kg ---
B, EPA 6010 C
Xilenos EPA 8260 C:
mg/kg 0,015 mg/kg 70
2006
Zinco mg/kg 0,5 mg/kg 2000 EPA 8270 D
Lindano (g-HCH) mg/kg 0,003 mg/kg 1,5 EPA 8270 D
PCB's (soma 7 lista
mg/kg 0,004 mg/kg 0,12 EPA 8270 D
holandesa)
Cresóis Totais mg/kg 0,008 mg/kg 19 EPA 8270 D
HCH Beta mg/kg 0,003 mg/kg 5 EPA 8270 D
3,4-Diclorofenol mg/kg 0,003 mg/kg 6 EPA 8270 D
1,2,3,4-
mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Tetraclorobenzeno
1,2,3,4,5-
mg/kg 0,003 mg/kg --- EPA 8270 D
Tetraclorobenzeno
2,3,4,5-
mg/kg 0,003 mg/kg 50 EPA 8270 D
Tetraclorofenol
DDD (isômeros) mg/kg 0,005 mg/kg --- EPA 8270 D
DDE (isômeros) mg/kg 0,005 mg/kg --- EPA 8270 D
1,3,5-Triclorobenzeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2006
Percentagem de
mg/kg % p/p mg/kg 0,05 POP PA 058
sólidos
1-Cloro-4-
mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
fenoxibenzeno
SVOC

1-Cloronaftaleno mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D


1-Nitrosopiperidina mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
2,4-Dimetilfenol mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
2,6-Diclorofenol mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D

23
Plano de Monitoramento

2-Metil-4,6-
mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
dinitrofenol
2-Metilnaftaleno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
2-Naftilammina mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
3-Metilcolantreno mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
4-Cloro-3-Metilfenol mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Acenafteno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Acenaftileno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Acetofenona mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Álcool Benzílico mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Benzo(b)fluorateno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Bis(2-
mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Cloroetaxi)metano
Bromofenoxibenzeno mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Butil Benzil Ftalato mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Carbazole mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Di-n-octilftalato mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Dibenzo(a,h)ancridna mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Dibenzofurano mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Dietil Ftalato mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Difenilamina mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Fenacetin mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Fluoranteno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Fluoreno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Hexaclorobutadieno mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Hexaclorociclopentad
mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
ieno
Hexacloetano mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
3+4-Metilfenol )m=p-
mg/kg 0,1 mg/kg --- EPA 8270 D
Cresol)
m-Nitroanilina mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
2-Metilfenol (o-Cresol) mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
o-Nitroanilina mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Pentaclorobenzeno mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
Pireno mg/kg 0,01 mg/kg --- EPA 8270 D
Propizamida mg/kg 0,05 mg/kg --- EPA 8270 D
1,1,2,,2- EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
Tetracloroetano 2006
1,1,2-Tricloroetano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2007
1,1-Dicloropropeno EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2008
1,2-Dicloropropano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2009
4-Metil-2-Pentanona EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
VOC

2010
Bromodiclorometano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2011
Bromofórmio EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2012
Bromometano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2013
Cis-1,3- EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
Dicloropropeno 2014
Cloroetano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2015

24
Plano de Monitoramento

Clorometano EPA 8260 C:


mg/kg 0,01 mg/kg ---
2016
Dibromoclorometano EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2017
Dissulfeto de EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
Carbono 2018
m,p-Xilenos EPA 8260 C:
mg/kg 0,01 mg/kg ---
2019
o-Xileno EPA 8260 C:
mg/kg 0,005 mg/kg ---
2020
Tabela 09 – Parâmetros e Valores Comparativos para Amostragem de Solos.

5.4 Recomendações para a Coleta de Amostras

Para coletar as amostras de solo deve ser usado frasco de vidro âmbar ou de
polietileno com tampa, nas quantidades e volumes requeridos para a realização
dos ensaios conforme definido pelo laboratório.

Após a coleta, o frasco deve ser fechado e identificado, colocando a data e o


horário da coleta, nome do responsável pelas coletas e pontos de amostragem.
Em seguida, as amostras devem encaminhadas ao laboratório.

5.5 Divulgação dos Resultados

Deverá ser encaminhado para o órgão ambiental, um relatório contendo os


resultados das análises de todos os pontos e parâmetros comparados aos
padrões da Resolução CONAMA Nº 420/2009, bem como discussão dos
resultados e proposição de medidas corretivas com prazos, quando for
necessário.

6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE CHORUME

O Programa de Monitoramento de Chorume tem como objetivo acompanhar as


características físico-químicas do chorume gerado no Aterro Industrial, visando
garantir os padrões necessários para posterior tratamento da ETE da CETREL.

25
Plano de Monitoramento

O monitoramento será realizado através de amostragens regulares, as amostras


serão coletadas na bacia de contenção mensalmente.

6.1 Amostragem

O monitoramento de chorume terá o papel de identificar as características do líquido


percolado gerado durante o funcionamento do aterro.

A amostragem será efetuada na lagoa de acumulação de chorume, a Tabela 09


apresenta a localização do ponto de amostragem.
COORDENADAS UTM
PONTO DE AMOSTRAGEM
(ZONA 24)

AC E = 543690 N = 8613686
Tabela 10 – Ponto de Amostragem de Chorume.
AC = Amostra de Chorume

6.2 Periodicidade de Amostragem

A coleta das amostras de chorume será realizada com frequência mensal durante
todo o período de operação do aterro, devendo-se manter mesmo após o
encerramento da sua vida útil, até o momento que for verificado a não geração de
líquido percolado das células do aterro.

As amostras serão coletadas, preservadas e transportadas por técnicos


habilitados e com treinamento específico para este fim.

Os resultados das análises serão avaliados criticamente com base nas


características estabelecidas pela Cetrel S/A para tratamento do chorume. Os
laudos e planilhas de registro de dados devem ficar arquivados pelo período de 5
(cinco) anos e os laudos das coletas e análises deverão ser assinados por
técnicos responsáveis.

26
Plano de Monitoramento

6.3 Parâmetros e Padrões Legais

Os dados obtidos no monitoramento proposto deverão estar em conformidade


com as características de aceite da Cetrel S.A, para tratamento do chorume
gerado no aterro. A Tabela 11 mostra os parâmetros a serem analisados.

Os ensaios deverão ser determinados e executados com base nos procedimentos


estabelecidos no método analítico definido na Tabela 12 para cada parâmetro de
análise.

PARÂMETRO UNIDADE LQ MÉTODO ANALÍTICO

DBO mg/l 2 SMEWW 5210 B


DQO mg/l 5 SMEWW 5220 D
Nitrito mg/l 0,005 POP PA 117
Nitrogênio Total Kjeldahl mg/l 0,1 SMEWW 4500 Norg C, NH3 E
Nitrogênio Total mg/l 0,5 Cálculo
Amômia não Ionizável mg/l 0,02 SMEWW 4500-NH3 F
Arsênio mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Bário mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Cádmio mg/l 0,001 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Chumbo mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Cianeto mg/l 0,005 OIA 1678
Cloreto mg/l 0,5 EPA 300 E 300.1
Cobre mg/l 0,005 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Coliformes Totais NMP/100ml 1 SMEWW 9223 A e B
Cromo Hexavalente mg/l 0,01 EPA 3060 e EPA 3120 B
Ferro mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Manganês mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Mercúrio mg/l 0,00005 EPA 245.7
Nitrato mg/l 0,1 EPA 300 e 300.1
Odor --- --- SMEWW 2150 B
Óleos e Graxas mg/l 5 SMEWW 5520 B
Selênio mg/l 0,008 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Sólidos Totais mg/l 5 SMEWW 2540 B e E
Sulfato mg/l 0,5 EPA 300 e 300.1
Sulfeto mg/l 1 SMEWW 4500 S-F
Turbidez NTU 0,1 SMEWW 2130 B
Zinco mg/l 0,001 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C
Cor Pt/Co 5 SMEWW 2120 C

27
Plano de Monitoramento

Fósforo mg/l 0,01 SMEWW 3120 B, USEPA 6010 C


Fenóis Totais mg/l 0,02 ISSO 14402
Escherichia coli NMP/100ml 1 SMEWW 9223 A e B
Tabela 11 – Parâmetros de Análise de Chorume.

6.4 Recomendações para a Coleta de Amostras

Para coletar as amostras de chorume deve ser usado frasco de vidro âmbar ou de
polietileno com tampa, nas quantidades e volumes requeridos para a realização
dos ensaios conforme definido pelo laboratório.

Após a coleta, o frasco deve ser hermeticamente fechado e identificado,


colocando a data e o horário da coleta, nome do responsável pelas coletas e
pontos de amostragem. Em seguida, as amostras devem ser acondicionadas sob-
refrigeração até a entrega no laboratório.

O tempo entre a coleta e o recebimento no laboratório não deve exceder 6 horas,


mantendo a amostra sob-refrigeração. No caso das amostras transportadas em
temperatura ambiente, o prazo não deve exceder duas horas.

Devem-se evitar as interferências características de cada uma das análises, como


por exemplo: as garrafas utilizadas como equipamento de coleta, deverão ser de
vidro para evitar a absorção de fósforo, que normalmente ocorrem nas garrafas
de plástico.

6.5 Divulgação dos Resultados

Deverá ser encaminhado para o órgão ambiental, um relatório contendo os


resultados de todos os parâmetros analisados, bem como discussão dos
resultados e proposição de medidas corretivas com prazos, quando for
necessário.

28
Plano de Monitoramento

ANEXO 1 – LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM

29
Plano de Monitoramento

CRONOGRAMA DE MONITORAMENTO
ATERRO INDUSTRIAL SÃO SEBASTIÃO - BA

Nº DE
PROGRAMA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
AMOSTRAS
Monitoramento
das Águas 5
Subterrâneas
Monitoramento
das Águas 2
Superficiais
Monitoramento
da Qualidade dos 9
ANEXO 2 – CRONOGRAMA DE MONITORAMENTO

Solos

Monitoramento
1
de Chorume

30
CTRI São Sebastião

ANEXO 6 – ACEITE DA CETREL

105
CTRI São Sebastião

ANEXO 7 – PROJETO EXECUTIVO

107
PROJETO BÁSICO DA 1ª ETAPA DO ATERRO INDUSTRIAL
DESTINADO A DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
CLASSE 1, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO
DO PASSÉ – BAHIA.
VOLUME ÚNICO - MEMORIAL DESCRITIVO,
ESPECIFICAÇÕES E DESENHOS

REV. 1 – EMISSÃO INICIAL


DATA: 11/2012
ÍNDICE

1 - APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 4

2 - DESCRIÇÃO DO PROJETO DA 1ª ETAPA .............................................................................................................. 5

2.1 - DIQUES DE FECHAMENTO / PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO ................................................................................ 7


2.2 - IMPERMEABILIZAÇÃO INTERNA DO ATERRO .............................................................................................................. 8
2.3 - DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ............................................................................................................................... 8
2.4 - DRENAGEM DE CHORUME ....................................................................................................................................... 8

3 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ................................................................................................................................ 9

3.1 - SERVIÇOS PRELIMINARES .................................................................................................................................. 9


3.1.1 - Instalação do Canteiro de Obra/Mobilização e Desmobilização .............................................................. 9
3.1.2 - Serviços Topográficos e Tecnológicos ..................................................................................................... 10
3.1.2.1 - Topografia ......................................................................................................................................................... 10
3.1.2.2 - Controle Tecnológico ........................................................................................................................................ 10
3.1.3 - Caminhos ou Estradas de Serviço............................................................................................................ 11
3.1.4 - Limpeza da Área ..................................................................................................................................... 12
3.2 - DIRETRIZES AMBIENTAIS ................................................................................................................................. 12
3.2.1 - Atividades Físicas de Implantação das Obras ......................................................................................... 12
3.2.1.1 - Instalações Administrativas e de Apoio Logístico (Escritório, Oficina, Almoxarifado, Cantina, etc...) ............... 12
3.2.1.2 - Empréstimos e Jazidas....................................................................................................................................... 12
3.2.1.3 - Bota-Fora........................................................................................................................................................... 13
3.2.1.4 - Terraplenagem .................................................................................................................................................. 13
3.2.2 - Obras de Arte Corrente/Drenagem ......................................................................................................... 13
3.2.3 - Atividades Relacionadas à Mão-de-Obra................................................................................................ 13
3.3 - MOVIMENTO DE TERRA .................................................................................................................................. 13
3.3.1 - Introdução ............................................................................................................................................... 13
3.3.2 - Cortes ...................................................................................................................................................... 14
3.3.3 - Aterros .................................................................................................................................................... 15
3.3.4 - Empréstimos ........................................................................................................................................... 22
3.4 - REVESTIMENTO DAS VIAS DE ACESSO E DA CRISTA DAS PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO ............................ 23
3.4.1 - Reforço do Sub-Leito ............................................................................................................................... 23
3.4.2 - Revestimento Primário ............................................................................................................................ 23
3.5 - REVESTIMENTO VEGETAL ................................................................................................................................ 24
3.6 - SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO DO ATERRO ......................................................................... 24
3.6.1 - Camada Impermeabilizante .................................................................................................................... 24
3.6.2 - Manta de Polietileno (PEAD) ................................................................................................................... 25
3.6.2.1 - Material ............................................................................................................................................................. 25
3.6.2.2 - Instalação .......................................................................................................................................................... 26
3.6.2.3 - Soldas ................................................................................................................................................................ 26
3.6.3 - Camada de Solo Melhorado com Cimento.............................................................................................. 27
3.7 - DRENAGEM DE CHORUME .............................................................................................................................. 28
3.8 - SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ................................................................................................. 28
3.8.1 - Canaletas Tipo Meia Cana ...................................................................................................................... 28
3.8.2 - Caixas de Passagem ................................................................................................................................ 28
3.8.3 - Descidas de Água .................................................................................................................................... 28
3.8.4 - Fornecimento e Assentamento de Tubos Enterrados ............................................................................. 29
1 - APRESENTAÇÃO

É apresentado o Relatório do Projeto Básico da 1ª Etapa do Aterro Industrial destinado a


disposição de Resíduos Especiais Classe 1, localizado no município de São Sebastião do Passé –
Bahia.

Esse projeto refere-se às obras da 1ª Etapa, onde serão construídas 6 células com capacidade de
cerca de 25.000 m³ cada, totalizando uma capacidade total de 150.000 m³. Considerando uma
disposição média de 2.500 m³/mês, a vida útil da 1ª Etapa do aterro será de aproximadamente 5
anos.

O início das obras deste aterro deverá ocorrer durante o próximo período de estiagem da região,
que normalmente ocorre entres os meses de outubro e fevereiro.

Este projeto é composto desse volume único, contendo os seguintes tópicos: Memorial
Descritivo, Especificações e Desenhos.
2 - DESCRIÇÃO DO PROJETO DA 1ª ETAPA

As obras que compõem este projeto são descritas sucintamente a seguir, sendo mostradas em
detalhes nos desenhos do projeto. O Des. 208.10-ATI-PE-DE-GER-001 apresenta o arranjo geral
desse projeto com identificação das 06 células desta 1ª Etapa. O Quadro 2.1 apresenta o
levantamento quantitativo dos principais serviços que compõem este projeto.

QUADRO 2.1 – QUANTITATIVO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS


ITEM DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT.
1.0.0 IMPLANTAÇÃO DO ATERRO
1.1.0 TERRAPLENAGEM GERAL
1.1.1 ESCAVAÇÃO MECANIZADA EM SOLO DE QUALQUER NATUREZA, M3 142.257,00
EXCETO ROCHA PARA EXECUÇÃO DA VIA DE ACESSO PRINCIPAL
1.1.2 CARGA E DESCARGA DE SOLO M3 177.822,00
1.1.3 TRANSPORTE DE SOLO (DMT = 1,0 km) M3 177.822,00
1.1.4 EXECUÇÃO DE ATERRO COMPACTADO DOS DIQUES DE FECHAMENTO, M3 85.560,00
PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO, CAMADA DE PROTEÇÃO DA MANTA
E RAMPA DE ACESSO COM MATERIAL PROVENIENTE DAS
ESCAVAÇÕES OBRIGATÓRIAS, INCLUINDO ESPALHAMENTO,
HOMOGENEIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO
1.1.5 REVESTIMENTO VEGETAL ATRAVÉS DE HIDROSSEMEADURA PARA M2 8.091,00
PROTEÇÃO DOS TALUDES, INCLUINDO ADUBAÇÃO E TRATOS
CULTURAIS
1.1.6 ESPALHAMENTO DE MATERIAL EM LOCAL DE BOTA-FORA M3 56.697,00
1.2.0 IMPERMEABILIZAÇÃO INTERNA DA CÉLULA
1.2.1 FORNECIMENTO DE SOLO ARGILO ARENOSO PROVENIENTE DE JAZIDA, M3 127.813,00
PARA EXECUÇÃO DA CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DAS
CÉLULAS, DOS DIQUES DE FECHAMENTO E PLATAFORMAS DE
LANÇAMENTO, INCLUINDO ESCAVAÇÃO, CARGA, TRANSPORTE E
DESCARGA DO MATERIAL (DMT = 15 km)
1.2.2 EXECUÇÃO DE ATERRO COMPACTADO COM SOLO ARGILO ARENOSO M3 106.511,00
DA CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DAS CÉLULAS, DOS
DIQUES DE FECHAMENTO E PLATAFORMA DE LANÇAMENTO COM
MATERIAL PROVENIENTE DE JAZIDA, INCLUINDO ESPALHAMENTO,
HOMOGENEIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO
1.2.3 FORNECIMENTO DE GEOMEMBRANA LISA DE PEAD, ESP. 2,0 mm PARA M2 26.719,00
IMPERMEABILIZAÇÃO INTERNA DA BASE DAS CÉLULAS
1.2.4 FORNECIMENTO DE GEOMEMBRANA TEXTURIZADA DE PEAD, ESP. 2,0 M2 30.721,00
mm PARA IMPERMEABILIZAÇÃO INTERNA DOS TALUDES
1.2.5 ASSENTAMENTO DE GEOMEMBRANAS DE PEAD LISA E TEXTURIZADA, M2 57.440,00
ESP. 2,0 mm, INCLUINDO SOLDAS E TESTES
1.2.6 ESCAVAÇÃO E REATERRO DE VALAS PARA ANCORAGEM DA M3 85,00
GEOMEMBRANA DE PEAD NA CRISTA DOS DIQUES DE FECHAMENTO E
DAS PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO, INCLUINDO LANÇAMENTO,
ESPALHAMENTO, HOMOGENEIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO COM
SOQUETE PNEUMÁTICO OU PLACA VIBRATÓRIA E EXPURGO DO
MATERIAL EXCEDENTE PARA LOCAL DE BOTA-FORA
1.2.7 EXECUÇÃO DE CAMADA DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO (TRAÇO M3 220,00
1 CIMENTO : 10 SOLO), ESP. 0,10 m, PARA PROTEÇÃO DA MANTA PEAD
NOS TALUDES INTERNOS, INCLUINDO JUNTAS DE DILATAÇÃO
QUADRO 2.2 – QUANTITATIVO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS (CONT.)
ITEM DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT.
1.3.0 PAVIMENTAÇÃO DOS DIQUES DE FECHAMENTO, PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO E
RAMPA DE ACESSO
1.3.1 EXECUÇÃO DE CAMADA DE REFORÇO DO SUB-LEITO, CBR > 10%, ESP. 20 M3 4.060,00
cm, INCLUINDO FORNECIMENTO DO MATERIAL, ESPALHAMENTO,
HOMOGENEIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO (DIQUES DE FECHAMENTO,
PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO E RAMPA DE ACESSO)
1.3.2 EXECUÇÃO DE CAMADA DE REVESTIMENTO, ESP. 20 cm DE BRITA M3 4.060,00
GRADUADA CBR > 60%, INCLUINDO FORNECIMENTO DO MATERIAL,
ESPALHAMENTO, HOMOGENEIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO (DIQUES DE
FECHAMENTO, PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO E RAMPA DE ACESSO)
1.3.3 EXECUÇÃO DA CAMADA DE PROTEÇÃO DA CRISTA DOS DIQUES DE M3 442,00
FECHAMENTO, ESP. 0,10 m, CBR > 60%, INCLUINDO FORNECIMENTO,
ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO
1.4.0 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
1.4.1 EXECUÇÃO DE SARJETA REVESTIDA COM CONCRETO FCK = 15 Mpa M3 121,00
1.4.2 FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE CANALETA PRÉ-MOLDADA DE M 859,00
CONCRETO Ø 500 mm, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO SIMPLES, ESP.
0,05 m
1.4.3 FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE TUBO DE CONCRETO ARMADO M 215,00
CA-1 Ø 500 mm COM PONTA E BOLSA REJUNTADO COM ARGAMASSA,
INCLUINDO LASTRO DE CONCRETO SIMPLES
1.4.4 FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE TUBO DE CONCRETO ARMADO M 133,00
CA-1 Ø 600 mm COM PONTA E BOLSA REJUNTADO COM ARGAMASSA,
INCLUINDO LASTRO DE CONCRETO SIMPLES
1.4.5 ESCAVAÇÃO E REATERRO COMPACTADO DE VALA, INCLUINDO M3 626,00
FORNECIMENTO, LANÇAMENTO, ESPALHAMENTO, HOMOGENEIZAÇÃO E
COMPACTAÇÃO COM SOQUETE PNEUMÁTICO OU PLACA VIBRATÓRIA E
EXPURGO DO MATERIAL EXCEDENTE PARA LOCAL DE BOTA-FORA
1.4.6 EXECUÇÃO DE DESCIDA D'ÁGUA EM DEGRAUS, COM LASTRO EM M 120,00
CONCRETO ARMADO, FCK = 20 Mpa, ARMADA COM TELA METÁLICA
TELCON Q-61 OU SIMILAR, ALVENARIAS LATERAIS EM BLOCO DE
CONCRETO ARGAMASSADO, ACABAMENTO INTERNO COM MASSA
ÚNICA (CIMENTO/AREIA/ARENOSO), ESP. 2,5 cm
1.4.7 EXECUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM (CX) (DIM.: 0,80 x 0,80 m x h= VAR.) UN 60,00
EM ALVENARIA DE TIJOLO MACIÇO ARGAMASSADO, LASTRO E TAMPA
DE CONCRETO ARMADO, FCK = 20 MPa, ACABAMENTO INTERNO COM
MASSA ÚNICA (CIMENTO/AREIA/ARENOSO), ESP. 2,5 cm, INCLUINDO
FORNECIMENTO DE TODOS MATERIAIS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS
1.4.8 EXECUÇÃO DE VALETA TRAPEZOIDAL REVESTIDA COM CONCRETO M 1.023,00
SIMPLES (DIM.: B 1,20 x b 0,60 x h= 0,30 m e ESP. 0,06 m TIPO C)
1.4.9 EXECUÇÃO DE BOCA DE BUEIRO SIMPLES TUBULAR DN 600 mm EM UN 9,00
CONCRETO CICLÓPICO FCK = 11 MPa
1.4.10 EXECUÇÃO DE CANALETA U40 EM CONCRETO ARMADO, FCK = 20 MPa, M 200,00
INCLUINDO GRELHA METÁLICA, FORNECIMENTO DE TODOS MATERIAIS
E SERVIÇOS NECESSÁRIOS
1.4.11 EXECUÇÃO DE DISSIPADOR DE ENERGIA COM PEDRAS DE MÃO UN 9,00
ENCRUSTADAS EM LASTRO DE CONCRETO SIMPLES, INCLUINDO
FORNECIMENTO DE TODOS MATERIAIS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS
QUADRO 2.3 – QUANTITATIVO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS (CONT.)
ITEM DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT.
1.5.0 DRENAGEM DE CHORUME
1.5.1 FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE TUBO PEAD CEGO PN4 (NORMA M 1.441,00
DIN 8074) DN 200 mm, INCLUINDO SOLDA E TESTES
1.5.2 FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE TUBO PEAD PERFURADO PN4 M 1.259,00
(NORMA DIN 8074) DN 200 mm, INCLUINDO PERFURAÇÃO, SOLDA E
TESTES (DRENAGEM TRANSVERSAL)
1.5.3 ESCAVAÇÃO E REATERRO DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DAS M3 619,00
TUBULAÇÕES DE PEAD DN 200 mm, INCLUINDO EXPURGO DO MATERIAL
EXCEDENTE PARA BOTA-FORA
1.5.4 EXECUÇÃO DE DRENO CENTRAL DE CHORUME COM BRITA 1, M3 716,00
INCLUINDO FORNECIMENTO, LANÇAMENTO E ARRUMAÇÃO DO
MATERIAL
1.5.5 EXECUÇÃO DE CAIXA DE CONTROLE DE CHORUME (CCC) EM BLOCO DE UN 5,00
CONCRETO ESTRUTURAL, LASTRO DE CONCRETO ARMADO, FCK = 20
MPa E TAMPA EM GRADE METÁLICA SELMEC, INCLUINDO
FORNECIMENTO DE TODOS MATERIAIS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS
1.5.6 EXECUÇÃO DE POÇO DE PASSAGEM DE CHORUME (PPC), Ø 1,20 m, COM UN 7,00
ANÉIS DE CONCRETO ARMADO (L= 0,50 m x VAR. (h= 1,50 á 3,50 m)),
LASTRO E TAMPA DE CONCRETO ARMADO, FCK = 20 MPa, INCLUINDO
FORNECIMENTO DE TODOS MATERIAIS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS
1.5.7 FORNECIMENTO E MONTAGEM DE PEÇAS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS DAS CAIXAS DE
CONTROLE DE CHORUME (CCC)
1.5.7.1 FLANGE DE PP/FIBRA, ANSI 150 LB, DN 315 mm PÇ 10,00
1.5.7.2 COLARINHO DE PEAD, DN 315 mm PÇ 10,00
1.5.7.3 TUBO FLANGE E PONTA DE FºFº, DN 300 mm, L-0,25m PÇ 10,00
1.5.7.4 JUNTA DE DESMONTAGEM GIBAULT, FºFº, DN 300 mm PÇ 5,00
1.5.7.5 VÁLVULA GAVETA COM FLANGES E CUNHO METÁLICO COM VOLANTE PÇ 5,00
(EURO 23) R23AFV16 FºFº DN 300
1.5.7.6 CURVA DE 90º DE PEAD, DN 315 mm PÇ 5,00

2.1 - DIQUES DE FECHAMENTO / PLATAFORMAS DE LANÇAMENTO

Serão executados diques de fechamento e plataformas de lançamento com seção mista,


constituídos parte por solos argilosos compactados que deverão apresentar características
geotécnicas compatíveis com as especificadas neste projeto, principalmente quanto à
permeabilidade que deverá apresentar coeficiente K < 1 x 10-6 cm/seg., e parte por solos areno
siltosos/silto arenosos compactados, porém sem restrições quando ao seu coeficiente de
permeabilidade. Os aterros mistos dos diques de fechamento envolvendo os materiais citados
serão executados simultaneamente.

Os diques de fechamento, conforme mostrado nos Des. 208.10-ATI-PE-DE-CIV-001 e 002, serão


executados com crista variando entre as cotas 72,00 e 72,50 m, com 6,0 m de largura útil, taludes
internos com inclinação de 1V:1,0H, taludes externos com inclinação de 1V:1,5H e altura média
de 5,0 m.

As plataformas de lançamento 01, 02 e 03 terão crista nas cotas 72,00, 72,50 e 73,00 m,
respectivamente, 12 m de largura útil, taludes internos com inclinação de 1V:1H, taludes externos
com inclinação de 1V:1,5H e altura média de 5,0 m, conforme seções transversais apresentadas
no Des. 208.10-ATI-PE-DE-CIV-002.

A crista das plataformas de lançamento será pavimentada através da execução de uma camada de
reforço do subleito (CBR > 10%), com 0,20 m de espessura, seguida de uma camada de
revestimento primário com brita graduada CBR > 60%, com 0,20 m de espessura, que atenda às
especificações do DNIT para este tipo de revestimento.

Na crista dos diques de fechamento será executada uma camada de revestimento primário com
0,10 m de espessura para permitir o tráfego temporário de caminhões e equipamentos.

2.2 - IMPERMEABILIZAÇÃO INTERNA DO ATERRO

A impermeabilização do aterro será feita através de um sistema duplo constituído por um “liner
mineral” (camada de solo argilo arenoso compactado de baixa permeabilidade) e por uma manta
de PEAD com 2,0 mm de espessura. O solo argiloso utilizado na impermeabilização do aterro
terá coeficiente de permeabilidade K < 1 x 10-6 cm/seg.

Nos taludes internos dos diques de fechamento e das plataformas de lançamento, a camada de
solo argiloso terá 3,0 m de largura e a manta PEAD será texturizada com e = 2,0 mm. A manta
será ancorada na crista dos diques em valas a serem posteriormente reaterradas. A proteção dessa
manta será feita através de uma camada de solo melhorado com cimento (traço 1C:10S em
massa), com 0,10 m de espessura.

Na base do aterro a camada de solo argiloso terá 1,0 m de espessura e a manta PEAD será lisa
com e = 2,0 mm. A manta será ancorada no pé dos diques de fechamento em valas a serem
posteriormente reaterradas. A proteção dessa manta será feita através de uma camada lançada
com 0,40 m de espessura de solos predominantemente areno siltosos selecionados na região.

2.3 - DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

O sistema de drenagem de águas pluviais é mostrado no Des. 208.10-ATI-PE-DE-CIV-001 e 005.

O sistema é constituído de sarjetas revestidas com solo-cimento, canaletas pré-moldadas de


concreto, caixas de passagem, descidas d’água e bueiros tubulares.

2.4 - DRENAGEM DE CHORUME

O projeto do sistema de drenagem de chorume é mostrado no Des. 208.10-ATI-PE-DE-CIV-003


e 006.

O chorume escoará superficialmente através dos drenos transversais, localizados no interior das
células. Os drenos transversais serão constituídos de tubos PEAD perfurados, PN4,  = 200 mm,
e por uma camada drenante de brita 1, envoltos com geotextil não tecido RT-09 ou similar. Os
drenos ficarão em contato direto com os resíduos dispostos no aterro permitindo a drenagem livre
de chorume para as Caixas de Controle de Chorume (CCC) situadas no pé do talude externo da
plataforma de lançamento 01 e posteriormente para a Lagoa de Acumulação de Chorume. A
interligação entre os drenos transversais, as caixas (CCC) e a Lagoa será feita com tubos cegos
PEAD, PN4,  = 200 mm.

As Caixas de Controle de Chorume (CCC) serão dotadas de registros que permitirão o controle
do fluxo nos períodos críticos para evitar transbordamento de chorume na Lagoa de Acumulação.

3 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

3.1 - SERVIÇOS PRELIMINARES

3.1.1 - Instalação do Canteiro de Obra/Mobilização e Desmobilização

A implantação do canteiro de obras será de responsabilidade da Empreiteira, devendo o mesmo


ser dimensionado levando-se em consideração as proporções e características da obra.

Todo o preparo da área para o canteiro envolvendo construções, ligações de energia elétrica, água
e esgoto, manutenção do canteiro e demais serviços necessários ao bom funcionamento do
mesmo, será de responsabilidade da Empreiteira e deverá constar em seus custos.

A obtenção de permissões para a ligação às redes de energia e água, também ficará a cargo da
Empreiteira, a quem caberá o fornecimento e a manutenção, às suas expensas, da iluminação
necessária à obra. Cumpre, ainda, à Empreiteira providenciar o abastecimento de água potável,
suficiente e adequado, do ponto de vista higiênico, para atender a todo o pessoal que trabalha no
canteiro de obra.

A Empreiteira deverá manter do início ao término da obra, instalações sanitárias compatíveis com
a mobilização máxima prevista de pessoal, em condições higiênicas adequadas.

A mobilização consistirá na colocação e montagem no local da obra, de todo o equipamento


necessário à execução dos serviços de acordo com o cronograma de utilização de equipamento
proposto, inclusive depósitos, bem como a construção de escritórios e outras instalações
necessárias ao trabalho da Empreiteira. Incluirá também o preparo e a conservação das áreas e das
vias de acessos a serem utilizadas.

A desmobilização consistirá na desmontagem e retirada do canteiro da obra de todos os


equipamentos e as instalações executadas, mediante prévia autorização da Fiscalização, incluindo
as operações de regularização das áreas utilizadas.

É obrigatório o cumprimento de todas as disposições legais e oficiais pertinentes, além das


normas específicas da FOZ DO BRASIL para contratação de serviços de terceiros.

A Empreiteira obriga-se a instalar, em locais a serem indicados pela Fiscalização, placas


sinalizadoras e/ou indicativas da obra, segundo padrão estabelecido pela FOZ DO BRASIL.
3.1.2 - Serviços Topográficos e Tecnológicos

3.1.2.1 - Topografia

A Fiscalização indicará os pontos de amarração do eixo do traçado e referências de nível (RNs)


que julgar necessários e suficientes, a fim de possibilitar a locação da obra.

Será de responsabilidade da Empreiteira a amarração dos "off-sets" de projeto, levantamento de


seções transversais, nivelamentos de controle geométrico durante a execução da obra e de
serviços complementares.
 Equipamentos

O dimensionamento dos equipamentos de topografia e acessórios será função do número de


frentes de serviço necessárias ao cumprimento das tarefas nos prazos previstos, e será de
responsabilidade da Empreiteira.
 Execução

A Empreiteira deverá fazer a locação da obra com o acompanhamento da Fiscalização.

Os "off-sets" serão marcados a partir das distâncias indicadas nas notas de serviço para a
terraplenagem, a serem calculadas em função dos desenhos de projeto apresentados e
materializados por meio de piquetes e testemunhos, com indicação do número da estaca
correspondente à estaca do eixo.

O aterro tem a sua concepção física atrelada ao sistema viário, de forma que a locação do aterro
implica na locação dos próprios acessos, sendo, portanto, utilizados os métodos de locação
através de linhas estaqueadas de 20 em 20 m, com nivelamento geométrico, e de acordo com o
projeto executivo do sistema viário.

As obras de drenagem, tais como: canaletas, valetas, descidas d'água, caixas, terão seus
posicionamentos indicados em projeto e objeto de revisão no campo pela Fiscalização.
 Controle

O controle dos serviços topográficos será feito pela Fiscalização através de acompanhamento
permanente e de verificações sistemáticas.

3.1.2.2 - Controle Tecnológico

A Empreiteira deverá efetuar todos os controles necessários para assegurar que a qualidade dos
materiais empregados e dos produtos acabados esteja em conformidade com as Especificações.
Os ensaios e verificações de campo deverão ser executados pela Empreiteira em seu laboratório
aprovado pela Fiscalização. Os materiais que não satisfizerem as exigências das Especificações
não poderão ser utilizados na obra.

O laboratório deverá estar capacitado para a realização dos ensaios rotineiros de controle
tecnológico da construção, com relação a equipe, materiais e equipamentos em função do
cronograma físico de construção e dos tipos de serviços necessários.
Os ensaios especiais poderão ser realizados em laboratórios de reconhecida capacidade técnica
situados fora do canteiro de obra. Eventualmente alguns ensaios rotineiros poderão ser feitos
também fora do canteiro com a prévia autorização da Fiscalização.

É prevista a realização dos seguintes ensaios:


 análise granulométrica de solos por peneiramento;
 análise granulométrica de solos com sedimentação;
 limite de liquidez;
 limite de plasticidade;
 compactação;
 Índice de Suporte Califórnia (CBR);
 densidade real de solos;
 densidade "in situ";
 permeabilidade "in situ" e em laboratório;
 umidade;
 impureza orgânica em areia;
 densidade de agregado graúdo;
 análise granulométrica de agregados;
 densidade real de agregado miúdo;
 dosagens de traços de concreto;
 moldagem, cura e ruptura de corpos de prova cilíndricos de concreto.

A Fiscalização poderá utilizar o laboratório da Empreiteira para realização de ensaios diversos de


verificação, sempre que julgar necessário.

3.1.3 - Caminhos ou Estradas de Serviço

Caminhos ou estradas de serviço são vias construídas para permitir o trânsito de equipamentos e
veículos, com as finalidades de interligar cortes e aterros, assegurar acesso ao canteiro de serviço,
empréstimos, jazidas, bota-fora, obras de arte, fontes de abastecimento de água, instalações
previstas no canteiro de obra, etc...
 Equipamento

A implantação dos caminhos de serviço será feita com utilização de equipamentos adequados,
complementada com emprego de serviços manuais.
 Execução

Os caminhos de serviço deverão possuir condições de largura, desenvolvimento, rampa e


drenagem necessários para tráfego normal dos equipamentos e veículos. Somente serão
executados com a autorização da Fiscalização, após a apresentação de projetos específicos com as
indicações de todas as dimensões em planta e perfil, bem como os quantitativos previstos e
descrição dos serviços.
A Empreiteira será responsável pela manutenção dessas obras durante o período de execução dos
trabalhos do objeto contratual. Nenhum pagamento adicional será efetuado a título de execução
de caminhos de serviço, cujo custo deverá estar incluído nos preços unitários.

O controle de qualidade da construção e da operação dos caminhos será efetuado por inspeção
visual da Fiscalização.

3.1.4 - Limpeza da Área

Os serviços de limpeza objetivam a remoção, nas áreas destinadas a implantação das obras, das
obstruções naturais ou artificiais porventura existentes, tais como: matos, tocos, raízes, entulhos,
matacões, estruturas, etc...

3.2 - DIRETRIZES AMBIENTAIS

As especificações a serem seguidas pela Empreiteira para a construção da obra, levando em


consideração o meio ambiente, foram baseadas no conhecimento detalhado da área de influência
da obra e dos impactos mais significativos que poderiam ser causados.

3.2.1 - Atividades Físicas de Implantação das Obras

3.2.1.1 - Instalações Administrativas e de Apoio Logístico (Escritório, Oficina,


Almoxarifado, Cantina, etc...)
 As instalações deverão ser implantadas em locais já impactados, afastados de recursos
hídricos relevantes, a serem definidos pela FOZ DO BRASIL.
 As instalações deverão ser providas de sistema de drenagem pluvial, rede de
abastecimento de água e sistema de disposição de esgotos sanitários (fossas sépticas,
etc...), de forma a preservar os recursos hídricos de superfície e subterrâneos.
 O lixo produzido nas unidades das instalações da Empreiteira, será acumulado e
depositado em locais indicados pela FOZ DO BRASIL.
 Não será permitida a lavagem de veículos e equipamentos nos cursos d’água existentes
nas imediações da obra.
 Após a desmobilização das instalações será feita a recomposição das áreas ocupadas.

3.2.1.2 - Empréstimos e Jazidas

A exploração das áreas de empréstimo será feita sob inteira responsabilidade da Empreiteira, em
obediência a um plano pré-estabelecido, levando em conta a topografia do terreno, as alturas e
inclinações dos taludes, compatíveis com as propriedades geotécnicas dos materiais
escavados. Serão implantadas bermas e sistemas de drenagem superficial paralelamente ao
processo de escavação, para melhorar a estabilidade e evitar erosões e assoreamentos.

As áreas exploradas de empréstimos e jazidas deverão ser obrigatoriamente recompostas pela


Empreiteira após a sua exploração, devendo estes custos estarem incluídos nos seus preços
unitários de escavação.
3.2.1.3 - Bota-Fora

O local de bota-fora deverá ser indicado, devendo a Empreiteira tomar conhecimento durante a
visita de campo à ser feita para elaboração da proposta. Os materiais devem ser depositados em
obediência a um plano pré-estabelecido, devendo ser implantados sistemas eficientes de
drenagem superficial e de proteção vegetal para evitar erosões e assoreamentos.

3.2.1.4 - Terraplenagem

Os serviços de terraplenagem deverão ser imediatamente seguidos da implantação de dispositivos


de drenagem superficial (provisórios e/ou definitivos) e de proteção vegetal dos taludes, assim
como de bermas de cortes e aterros para minimizar os fenômenos erosivos e conseqüentes
assoreamentos.

A exploração de solos costuma exigir o desmatamento, decapeamento e a remoção do solo


orgânico de extensas áreas, que após mineradas, tornam-se inaptas a qualquer uso se não forem
tomadas medidas visando sua recuperação. Os solos expostos pela exploração estão sujeitos à
incidência direta das águas pluviais, tornando-se altamente suscetíveis à erosão e suas
conseqüências.

Normalmente o reafeiçoamento do relevo e reespalhamento da camada vegetal (se reservada à


época da remoção) e/ou o plantio de mudas de árvore e arbusto poderão reverter o processo de
degradação. Assim, recomenda-se, para a recuperação das áreas degradadas devido a exploração
das jazidas, que sejam realizadas a reconformação topográfica com sistemas de drenagem para
disciplinamento das águas pluviais e a revegetação com espécies nativas.

3.2.2 - Obras de Arte Corrente/Drenagem

As obras de arte corrente e de drenagem serão mantidas permanentemente desobstruídas durante


o andamento das obras visando proporcionar o fluxo livre das águas, sem causar alagamentos.

Na eventualidade de se constatar assoreamentos nas obras de arte, inspeções geotécnicas


minuciosas deverão ser feitas na bacia de drenagem, para identificar as áreas afetadas por
processos erosivos, as causas e implementar as soluções mais adequadas.

3.2.3 - Atividades Relacionadas à Mão-de-Obra

A alocação do pessoal para trabalhar na obra deverá obedecer rigorosamente as normas as quais
serão fornecidas a Empreiteira, no que se refere a documentos de contratação, exames médicos,
treinamentos de segurança, EPI’s, etc...

3.3 - MOVIMENTO DE TERRA

3.3.1 - Introdução

Compreende os serviços de terraplenagem necessários à execução do aterro, vias de acesso,


sistema de drenagem, etc. Para tanto, deverão ser mobilizados os equipamentos e máquinas
apropriados aos serviços de escarificação, escavação, carga, transporte, espalhamento e
compactação.

3.3.2 - Cortes

Os serviços aqui abordados compreenderão as operações de escavações comuns realizadas com


equipamentos convencionais de terraplenagem em solos argilosos, siltosos e arenosos, dispostos
em áreas contínuas ou descontínuas, eventualmente entremeadas por blocos de pedra com ou sem
matéria orgânica, raízes e pedregulhos, assim como de carga e transporte destes materiais até o
local de aplicação e/ou de estocagem, conforme indicado no projeto.

Antes do início de quaisquer serviços de escavação deverá ser feito levantamento topográfico
detalhado dos locais, a fim de serem definidas as seções originais do terreno e seções de
escavação que, após aprovadas pelas partes, servirão de base para as medições.

A Empreiteira submeterá à aprovação da Fiscalização o plano geral de origem e destino de


materiais, antes do início de quaisquer serviços, incluindo o tipo e o número de equipamentos
envolvidos, o cronograma, a mão-de-obra e as demais informações necessárias à sua
compreensão, devendo levar em conta as necessidades e os locais de aplicação, de forma a
otimizar o aproveitamento das escavações.

A Fiscalização poderá exigir as modificações que julgar necessárias, e sua aprovação não eximirá
a Empreiteira de responsabilidade pela qualidade dos serviços que executar.

As escavações devem ser realizadas dentro dos alinhamentos e dimensões indicados nos desenhos
aprovados para construção. Aquelas executadas fora desses limites e/ou realizadas por
conveniência da Empreiteira para outras finalidades deverão constar no plano de escavação
aprovado pela Fiscalização.

A Empreiteira deverá tomar todas as providências para evitar a ocorrência de desmoronamentos e


erosões superficiais, devido às escavações e/ou aterros para implantação do projeto. Caso estes
ocorram, a reparação dos danos e a retirada do material resultante deverão ser feitas,
imediatamente, pela Empreiteira e às expensas da mesma.

As áreas a serem escavadas deverão ser previamente desmatadas, destocadas e limpas, bem como
esgotadas e drenadas.

A Empreiteira deverá dispor de equipamento suficiente para que o sistema de esgotamento


permita a realização dos trabalhos a seco, sendo de sua responsabilidade todos os custos de
fornecimento dos equipamentos e das operações de bombeamento e sua operação.

As instalações de bombeamento deverão ser dimensionadas com suficiente margem de segurança


e deverão ser previstos equipamentos de reserva, incluindo grupos moto-bombas a diesel.

A Empreiteira deverá prever e evitar irregularidades das operações de esgotamento, controlando e


inspecionando o equipamento continuamente. Eventuais anomalias deverão ser eliminadas
imediatamente. A água retirada deverá ser encaminhada para local adequado, a fim de evitar o
acúmulo nas áreas vizinhas ao local de trabalho.
Se durante as escavações forem encontrados materiais de características diferentes das previstas, a
Fiscalização poderá alterar os alinhamentos, as seções e as demais dimensões indicados nos
desenhos aprovados para construção.

Sejam quais forem os processos empregados, as escavações deverão ser conduzidas de modo a
produzirem materiais e/ou superfícies finais de escavação adequados aos serviços previstos. Os
materiais destinados às diferentes utilizações serão escavados e colocados nos locais de destino
ou, quando previsto no projeto, armazenados em pilhas de estoque para uso futuro.

A Empreiteira manterá controles adequados na seleção dos materiais escavados, beneficiados ou


não, operando diretamente nas frentes de trabalho, coordenando o tráfego de caminhões para os
locais de aplicação ou pilhas de estoque, numerando e classificando estas pilhas, etc., além de
sinalizar os veículos transportadores com placas que indiquem a origem e o destino dos materiais.

A Fiscalização poderá exigir escavações adicionais, nos casos de ocorrência de materiais, cuja
remoção seja indispensável.

Toda escavação para material de aterro, camada impermeabilizante (argila), camada drenante,
camadas de reforço do sub-leito e de revestimento primário, estará sujeita à aprovação pela
Fiscalização. Para aprovação dos materiais, a Fiscalização deverá ser notificada com uma
antecedência mínima de 1 (uma) semana, para permitir a amostragem e a execução de ensaios
complementares que se façam necessários.

Os materiais escavados para execução dos aterros de diques, da camada de impermeabilização


(argila) e das camadas de proteção superficial deverão preferencialmente ser transportados para os
locais de aplicação em condições de uso imediato. A sua umidade natural deverá ser preservada
ou corrigida de acordo com os limites especificados para compactação. As jazidas deverão ser
adequadamente drenadas e protegidas contra infiltrações provenientes de águas de chuva.

A Empreiteira deverá tomar medidas adequadas, de forma a manter a praça de trabalho com
configuração que permita o rápido escoamento das águas e pronta retomada dos serviços. As
superfícies de escavação e os caminhos de serviço deverão ser mantidos em condições que
garantam a trafegabilidade dos equipamentos.

Todas as escavações deverão apresentar taludes estáveis e superfícies de acabamento final


uniforme e drenagem adequada.

Durante os trabalhos de escavação, a Empreiteira será responsável pela estabilidade e proteção


dos taludes provisórios e pelo escoramento adequado das escavações.

3.3.3 - Aterros

Os serviços aqui abordados compreendem as operações de descarga, espalhamento em camadas


uniformes, umedecimento e/ou aeração, homogeneização e a compactação propriamente dita dos
materiais envolvidos.

Antes do início de quaisquer serviços terrosos deverá ser feito o levantamento topográfico
detalhado dos locais, a fim de serem definidas as linhas das seções já escavadas, aterradas e/ou as
originais do terreno e as linhas iniciais dos maciços de terra, que após aprovadas pelas partes,
servirão de base para as medições.
Equipamentos

Os aterros compactados serão construídos em camadas horizontais de espessura uniforme, fixados


nas especificações ou, em alguns casos pela Fiscalização, através de aterros experimentais e/ou
experiências já consolidadas em outras obras com materiais geotecnicamente semelhantes. Em
sua execução serão utilizados equipamentos convencionais de terraplenagem.

Em locais de difícil acesso aos equipamentos convencionais de terraplenagem e junto a áreas


específicas indicadas pela Fiscalização, a compactação poderá ser obtida por meio de soquetes
mecânicos tipo sapo ou placas vibratórias.

Os aterros experimentais terão por objetivo testar o comportamento dos materiais, equipamentos
e métodos construtivos propostos pela Empreiteira, e serão constituídos de camadas horizontais
de espessura variável, compactadas mecanicamente. Serão construídos em áreas limitadas, as
quais poderão, a critério da Fiscalização, ser localizadas no interior dos maciços e incorporadas
aos mesmos, após a realização de ensaios e a aprovação pela Fiscalização.

A Empreiteira deverá submeter à aprovação da Fiscalização uma lista dos equipamentos a serem
utilizados nos serviços de lançamento, preparo e compactação dos materiais, indicando a
quantidade, o modelo, o ano de fabricação e os usos previstos. A Fiscalização poderá recusar o
uso de quaisquer dos equipamentos listados, mesmo que tenham sido relacionados pela
Empreiteira em sua Proposta.

A Empreiteira deverá utilizar equipamentos em número suficiente para manter uma produção
uniforme, contínua e na quantidade requerida para a execução dos serviços nos prazos
estabelecidos. Deverá ainda mantê-los em boas condições de operação e tomará as providências
necessárias para obter a compactação especificada dentro do desvio de umidade previsto.

A eficiência dos equipamentos, nos casos que se justifiquem, será testada em aterros
experimentais, podendo a Fiscalização, se for o caso, exigir modificações no peso, na pressão e na
velocidade de operação que, a seu critério, sejam necessárias para a obtenção do grau de
compactação desejado.

A compactação será efetuada por rolos convencionais, que tenham alcançado a eficiência exigida
nesta especificação quanto à qualidade do maciço em termos de grau de compactação e umidade
para os materiais disponíveis no local.

Os compactadores mecânicos de operação manual serão utilizados apenas nas áreas confinadas,
nos locais inacessíveis aos equipamentos convencionais, devendo ser obtidos nestes locais
requisitos de compactação exigidos para o maciço.

A umidificação dos materiais a serem compactados mecanicamente deverá ser efetuada por
caminhões-pipa equipados com barras aspersoras que permitam a aplicação uniforme de água na
área a ser regada e o controle da aspersão durante a operação. Não serão permitidos equipamentos
de aspersão com vazamentos que possam prejudicar os aterros.
Para gradeamento, escarificação, homogeneização ou aeração de camadas a serem compactadas,
serão empregadas grades de disco, escarificadores de motoniveladora ou outro equipamento
aprovado pela Fiscalização. A eficiência dos equipamentos será constantemente avaliada e
aprovada, sendo a Empreiteira responsável pela troca ou reforma dos acessórios e equipamentos
que não mais atenderem às Especificações para execução do aterro.

Quando operados em série ou em paralelo em um mesmo material, os rolos deverão possuir as


mesmas características de operação, forma, dimensões e pesos.
 Rolos Tipo Pé-de-Carneiro

A Empreiteira poderá propor rolos comuns com patas curto-ovaladas, longocônicas, curto-
retangulares com superfícies de contato inclinadas (tipo "tamping"), e/ou de outros tipos, cuja
utilização em aterros semelhantes tenha apresentado resultados satisfatórios na obtenção dos
graus de compactação e não apresentem laminações comprometedoras dos aterros aqui
especificados.

Para evitar o acúmulo de terra entre as patas, os rolos deverão ser equipados com hastes ou barras
de limpeza mantidas no equipamento durante todo o período de utilização do mesmo.

O eixo de cada cilindro do rolo deverá ser alinhado de modo a permitir perfeito contato com a
superfície do aterro.
 Rolos Lisos

A Empreiteira poderá propor rolos lisos comuns ou vibratórios, de qualquer tipo, desde que
eficientes na compactação dos materiais.

Os cilindros serão equipados com dispositivos de limpeza, para evitar o acúmulo de materiais
sobre os rolos.
 Compactadores Mecânicos de Operação Manual

Estes compactadores poderão ser acionados por ar comprimido, por motores de combustão
interna ou, ainda, por motores elétricos, e serão empregados nas áreas inacessíveis aos
equipamentos convencionais de terraplenagem, obedecidos os critérios de compactação com a
espessura adequada ao equipamento.

Não poderão ser utilizados materiais contendo raízes, vegetação, materiais orgânicos, blocos de
diâmetro superior a 50% da espessura final da camada solta ou outros inadequados, a critério da
Fiscalização.

Os materiais terrosos poderão ter um tratamento prévio na jazida (locais de escavação


obrigatória), objetivando a correção do grau de umidade e homogeneização, de forma a otimizar
as operações de trabalho nos locais de aplicação do solo. Após o espalhamento da camada,
haverá, quando necessário, a critério da Fiscalização, a correção da umidade e homogeneização
para depois se realizar a compactação.

Execução
 Alinhamentos e Níveis
Os aterros serão construídos de acordo com os alinhamentos, níveis e seções transversais
indicados nos desenhos aprovados para construção ou como determinado pela Fiscalização,
devendo a Empreiteira instalar marcos topográficos, inclusive estaqueamento, para controle dos
níveis e alinhamentos.

Durante a construção, as superfícies dos aterros deverão ser mantidas sempre com uma inclinação
de 2 a 3%, no sentido adequado, para permitir a rápida drenagem das águas pluviais.
 Lançamento e Compactação

O lançamento da primeira camada só poderá ser realizado após o preparo e a aprovação da


fundação pela Fiscalização e quando houver equipamento disponível para espalhamento e
compactação imediatos.

O lançamento e o espalhamento das primeiras camadas serão feitos de modo a regularizar as


depressões existentes na fundação, até a obtenção de uma superfície uniforme.

As superfícies dos aterros serão mantidas em condições de permitir o tráfego dos equipamentos
de construção, e os materiais serão lançados com os equipamentos de transporte orientados em
direções aproximadamente paralelas aos eixos das obras de terra, exceto quando impraticável,
devendo neste caso obedecer ao determinado pela Fiscalização.

Os equipamentos de transporte deverão ser dirigidos de modo a espalhar sua carga


uniformemente.

As camadas eventualmente supercompactadas por efeito do tráfego, a critério da Fiscalização,


serão removidas, ou tratadas e recompactadas, às expensas da Empreiteira, antes do lançamento
de outras camadas.

As superfícies que se apresentarem muito secas, impossibilitando uma boa ligação com a camada
sobrejacente, serão irrigadas e revolvidas até uma profundidade que assegure boas condições de
ligação, a critério da Fiscalização. Se a superfície apresentar-se muito úmida, a camada será
revolvida até apresentar uma umidade adequada à compactação. Quaisquer camadas que, após
serem assim trabalhadas, não apresentarem condições adequadas, serão removidas às expensas da
Empreiteira.

O material lançado e espalhado terá sua superfície nivelada por motoniveladora ou trator de
esteira e, antes da compactação, será gradeado até que todo o material esteja homogeneizado na
profundidade total da camada.

O gradeamento deverá ser executado com grade de discos de diâmetro adequado à espessura do
material lançado. Se achar necessário, a Fiscalização poderá exigir o uso do escarificador das
motoniveladoras.

O material de aterro dos diques deverá ser lançado e espalhado de modo a se obterem camadas
soltas não superiores a 30 cm, a critério da Fiscalização, em função dos equipamentos de
compactação utilizados e dos graus de compactação obtidos em aterro experimental.
Deverão ser realizados ensaios de campo para medir o gradiente de compactação da camada
compactada. Com base nesses ensaios a espessura da camada de material solto poderá ser
reduzida.

Se os trabalhos de lançamento, espalhamento e compactação forem interrompidos por tempo


prolongado, será lançada e espalhada sobre a superfície do aterro compactado uma camada de
proteção, visando evitar o desenvolvimento de trincas de ressecamento e servir de proteção contra
a erosão dos materiais do maciço.

Após a interrupção e antes do reinicio do trabalho de compactação, a camada de material solto


será removida e as camadas superiores de material compactado serão retrabalhadas, sempre que
houver indícios de trincas de ressecamento nas camadas protegidas, sem ônus para a FOZ DO
BRASIL.

Na iminência de chuvas, a superfície do aterro será regularizada e selada convenientemente com


rolos lisos ou equipamentos pneumáticos, para se obter uma superfície de drenagem lisa e reduzir
a infiltração da chuva. Antes do reinício da compactação, a superfície será escarificada a uma
profundidade tal que atinja a última camada compactada no teor de umidade exigido, ou a critério
da Fiscalização.

O material escarificado deverá ser homogeneizado e ter sua umidade ajustada, podendo ser
exigida sua substituição, às expensas da Empreiteira, se não apresentar condições adequadas de
umidade e grau de compactação após ter sido trabalhado.

Nas paralisações eventuais de trabalho, a Empreiteira deverá providenciar para que a última
camada de aterro seja deixada solta antes da paralisação e regada durante todos os dias anteriores
à retomada.

A compactação deverá ser realizada de modo sistemático, ordenado e contínuo, com o número de
passadas necessárias à obtenção do grau de compactação (GC) especificado, porém não inferior a
quatro passadas. Entende-se como uma passada o deslocamento do equipamento de compactação
sobre a superfície da camada em somente uma direção e sentido, mesmo que o equipamento
possua tambores em série.

Especial atenção deverá ser dada pela Empreiteira para execução da camada de argila de
impermeabilização. A sua superfície acabada deverá ser lisa e livre de resíduos, pedregulhos,
buracos e depressões, que possam causar danos à membrana. Eventuais depressões contendo
material mal compactado deverão ser umedecidas e compactadas manualmente.

A Empreiteira poderá utilizar rolo compactador liso para garantir a qualidade da superfície
acabada da argila.

Onde necessário e/ou quando indicado pela Fiscalização, a Empreiteira deverá cobrir
temporariamente a superfície da argila com camada de proteção de solo solto para evitar o
desenvolvimento de trincas de ressecamento.

Sempre que houver formação de trincas na superfície da argila, em qualquer camada de


compactação, esta será retrabalhada sem ônus para a FOZ DO BRASIL, devendo a superfície
final ser aprovada pela Fiscalização.
O equipamento de compactação deverá trafegar na direção longitudinal ao eixo da estrutura de
terra, podendo a Fiscalização, excepcionalmente, liberar o tráfego na direção transversal.

Deverá ser mantido um recobrimento mínimo de 0,10 m entre as superfícies atravessadas por
passadas adjacentes dos rolos.

A Fiscalização poderá exigir a abertura de poços de inspeção, com retirada de blocos


indeformados ou não, onde serão verificadas as condições de homogeneidade e umidade do
material compactado e a presença de bolsões não-compactados.

Nas áreas adjacentes às estruturas de concreto, os materiais deverão ser colocados e compactados
sem causar danos às estruturas, observando entre o lançamento do concreto e a colocação de
aterro o tempo mínimo necessário à obtenção de um ganho de resistência do concreto compatível
com o nível dos esforços introduzidos pelo aterro e pelos equipamentos de compactação e
transporte, a critério da Fiscalização.

O solo deverá ser compactado contra as estruturas de concreto, com equipamento de pneus, de
forma a criar boa aderência entre o solo e o concreto. O teor de umidade do solo deverá estar
entre a umidade ótima e 4 % acima da sua umidade ótima. A superfície da estrutura de concreto
deverá ser umedecida, de modo a garantir boa ligação com o aterro compactado. O contato poderá
ser periodicamente inspecionado, com abertura de poços, para se avaliar a qualidade de ligação
quanto à aderência ao concreto e resistência do maciço, a critério da Fiscalização.

As superfícies dos aterros adjacentes às estruturas de concreto deverão ser mantidas numa
elevação superior às das demais zonas adjacentes do aterro, e terão uma declividade de 2% a
partir das estruturas, para permitir a drenagem em direção oposta às mesmas.
 Juntas de Construção

As juntas de construção dos diques deverão ter uma inclinação máxima de 1V:2,5H. A posição
das juntas que a Empreiteira julgar necessárias durante a execução do serviço deverão ser
submetidas à aprovação prévia da Fiscalização.

Os desníveis de mais de três camadas serão considerados como juntas de construção e, portanto,
só poderão ser executados com prévia aprovação da Fiscalização.

Todas as juntas de construção, antes do lançamento do aterro sobrejacente, a critério da


Fiscalização, deverão ter suas camadas superficiais removidas até uma profundidade onde o
aterro sobrejacente apresente os parâmetros de compactação especificados. Os materiais afetados
pelas trincas de ressecamento deverão ser totalmente removidos da superfície da junta.

As superfícies finais assim obtidas serão escarificadas e umedecidas, camada por camada,
objetivando a perfeita ligação dos aterros adjacentes. Em caso de ocorrência de erosões, a
Empreiteira deverá recompor as superfícies, às suas expensas.

Na formação de juntas transversais e na ligação do aterro novo ao existente, será exigida a


compactação transversal.
 Controle
Os trabalhos serão orientados de forma a garantir maciços compactados coesos e uniformes, por
zonas, isentos de descontinuidades e laminações, e dotados das características de
compressibilidade e permeabilidade determinadas no projeto e nas especificações técnicas.

Para atendimento do controle de qualidade, a Empreiteira realizará poços de inspeção, ensaios,


perfurações, amostragens e observações diretas ou indiretas, de campo e de laboratório, que
utilizará como indicação, em primeira aproximação, da qualidade do produto, os resultados dos
ensaios de controle do grau de compactação e da umidade. A Fiscalização poderá solicitar à
Empreiteira ensaios e testes adicionais que julgar necessários para comprovação da qualidade.
 Lançamento e espalhamento

Antes do lançamento de cada camada, a superfície anterior deverá ser aprovada pela Fiscalização.
As espessuras das camadas lançadas serão controladas, devendo atingir o valor definido nesta
especificação.
 Umidade

Os materiais empregados na execução dos aterros deverão apresentar um teor de umidade


apropriado para a compactação, referido ao ensaio Próctor Normal (NBR-7182, ABNT),
conforme indicado no quadro abaixo:
DESVIO DE UMIDADE MATERIAL
Solo para execução dos diques - 2 a + 2%
Aterros junto a estruturas de concreto 0 a + 4%
Argila da camada de impermeabilização - 2 a + 2%

Para o caso de solo com concreções lateríticas que possuam mais de 20% de material passando na
peneira nº 4, o ensaio de Proctor para controle deverá ser efetuado em cilindro de 15 cm de
diâmetro com a remoção do material com diâmetro superior a 2,54 cm e sua substituição, em
peso, por material com granulometria entre a peneira nº 4 e a de abertura igual a 2,54cm.

Para agilizar a execução dos aterros, os desvios de umidade em relação à ótima poderão ser
avaliados pelo método de Hilf, descrito na Designation E-25, Rapid Compaction Control, do
United States Bureau of Reclamation, com a devida correção em relação ao ensaio Proctor
Normal.
 Compactação

Os materiais dos aterros de diques deverão ser compactados em relação ao ensaio Proctor
Normal, de modo a obter um grau de compactação médio de 98% e desvio padrão inferior a 3%.
Como critério de controle para liberação das camadas será exigido grau de compactação mínimo
de 95%.

Para a camada de impermeabilização será exigido também grau de compactação médio de 98% e
mínimo de 95% para liberação de camadas.

Os valores do grau de compactação médio e de desvio padrão serão verificados semanalmente e,


caso não sejam atingidos, deverão ser adaptados os métodos de execução de compactação, bem
como ser revisto o critério de controle de liberação da camada.
 Ensaios de comprovação
Os ensaios de comprovação (grau de compactação e teor de umidade) serão realizados:
 inicialmente para cada 1.500 m³ de material de aterro dos diques, sendo no mínimo um
ensaio por camada em lançamento;
 inicialmente para cada 500 m³ de argila da camada de impermeabilização, sendo no
mínimo um ensaio por camada em lançamento;
 inicialmente para cada 300 m3 de camadas de revestimento das vias;
 nas junções entre zonas compactadas por sapo e rolo, junto a quaisquer elementos rígidos
construídos no interior dos maciços compactados;
 nas áreas onde os rolos fizerem manobras e/ou mudarem sua velocidade durante as
operações de compactação;
 outros locais, onde for necessário, a critério da Fiscalização.

Os ensaios de caracterização completa serão realizados inicialmente para cada 3.000 m3 de


material colocado nos diques (1 ensaio a cada 5 ensaios de comprovação). Para cada 1.000 m3 de
argila colocada na camada de impermeabilização serão realizados ensaios de caracterização
completa e ensaio de permeabilidade em laboratório, em amostra indeformada coletada no
campo.

A Fiscalização poderá alterar a freqüência dos ensaios de comprovação, intensificando-a no início


dos serviços e reduzindo-a à medida em que se estabelecer uma rotina na execução.

As camadas cujo grau de compactação for inferior ao mínimo especificado serão recompactadas,
e aquelas cuja umidade estiver fora da faixa de desvio admitida serão revolvidas e novamente
preparadas para compactação. Em ambos os casos, os serviços serão às expensas da Empreiteira.

3.3.4 - Empréstimos

A Empreiteira ficará inteiramente responsável pela pesquisa de jazidas de materiais que


apresentem propriedades geotécnicas que atendam as especificações do projeto, devendo estes
materiais serem previamente aprovados pela Fiscalização para aplicação na obra.

As áreas exploradas deverão ser recuperadas ambientalmente devendo estes custos estar incluídos
nos preços unitários de escavação.

As características dos materiais a serem utilizados na obra são apresentadas da forma resumida a
seguir.
Solos Areno Siltosos / Silto Arenosos

Serão utilizados solos areno siltosos/silto arenosos provenientes das escavações obrigatórias com
propriedades geotécnicas adequadas para uso nos aterros dos diques de fechamento e na rampa de
acesso principal.
Solos Argilo Arenosos / Areno Argilosos

Serão utilizados solos argilo arenosos e areno argilosos, provenientes de jazida, com boas
características geotécnicas, principalmente quanto a permeabilidade que deverá ser inferior a
1 x 10-6 cm/seg.
A Empreiteira ficará responsável em resolver qualquer pendência que porventura venha a ocorrer
na liberação da exploração dessas jazidas junto ao CRA e/ou DNPM.

A Empreiteira pode, à seu critério, apresentar outras jazidas de solos desde que liberadas
oficialmente para exploração, que atendam as especificações da obra, ficando a pesquisa sob sua
responsabilidade, cabendo a Fiscalização a aprovação ou não desses materiais para uso na obra.
Reforço do Subleito/Revestimento Primário

Para a execução das camadas de reforço das vias de acesso, das Plataformas de lançamento e das
rampas de acesso deverão ser utilizados solos granulometricamente estabilizados encontrados na
região que atendam às especificações do DNIT.

Para uso nas camadas de revestimento primário, também deverão ser utilizados materiais que
atendam às propriedades mínimas indicadas nas especificações do DNIT. Poderão ser utilizados
brita graduada assim como, solo-brita, bica corrida, raspa de pedreira, etc.

3.4 - REVESTIMENTO DAS VIAS DE ACESSO E DA CRISTA DAS PLATAFORMAS


DE LANÇAMENTO

Conforme projeto, as vias de acesso e a crista das plataformas de lançamento serão revestidas
com materiais que atendam as especificações do DNIT. O fornecimento desses materiais será de
inteira responsabilidade da Empreiteira, devendo antes da aplicação esses materiais serem
liberados pela Fiscalização.

A construção das camadas desses pavimentos deverá ser realizada de acordo com os seguintes
procedimentos:

3.4.1 - Reforço do Sub-Leito

De acordo com a "ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DNER-ES-P 08-71". Deverá ser executado com
materiais que apresentem CBR  10% em amostras compactadas na energia do Proctor
Intermediário.

3.4.2 - Revestimento Primário

De acordo com a "ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DNER-ES-P 10-71 - BASE ESTABILIZADA


GRANULOMETRICAMENTE". Deve-se atentar para que o nível de base desta camada seja sempre
ligeiramente superior ao topo da canaleta de drenagem construída lateralmente, e que todas as
camadas, à partir do reforço do sub-leito, inclusive, tenham declividade transversal mínima de
2%.

Para este material exige-se limite de liquidez inferior ou igual a 40%, índice de plasticidade
inferior ou igual a 12% e no ensaio CBR de amostras compactadas na energia do Proctor
Intermediário, expansão inferior a 0,2% e ISC maior ou igual a 60%. Pode-se usar brita graduada
onde especificado revestimento primário nesse projeto.
3.5 - REVESTIMENTO VEGETAL

Para a proteção contra erosão, os taludes externos dos diques de fechamento nos trechos
indicados no projeto deverão ser revestidos com uma densa cobertura vegetal, podendo-se utilizar
gramíneas tipo umidícula com a técnica de hidrossemeadura.

A Empreiteira se obriga a proceder os tratos culturais suplementares indispensáveis ao


crescimento da vegetação.

A conclusão e medição dos serviços somente se darão quando o revestimento vegetal se


apresentar formado, perfeitamente consolidado e isento de irregularidades, ervas daninhas e
impurezas.

3.6 - SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO DO ATERRO

3.6.1 - Camada Impermeabilizante

Os aterros dos diques de fechamento serão em seção mista, constituídos parte com solos areno
siltosos compactados provenientes das escavações obrigatórias e parte com solos de
características argilosas de baixa permeabilidade, com coef. de permeabilidade
K < 1,0 x 10-6 cm/seg. provenientes de jazida.

A execução da camada impermeabilizante de solos compreende as seguintes etapas: descarga,


espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais.

As camadas com material solto deverão ser lançadas com espessura a ser controlada no campo,
para atingir uma camada compactada limite com 0,25 m de espessura. O teor de umidade deverá
situar-se na faixa de mais ou menos 2% e o grau de compactação médio deverá ser 98%, em
relação às condições ótimas do ensaio de compactação Proctor Normal.

Após a compactação de uma camada e a liberação da mesma através de controle rigoroso,


efetuado pela Fiscalização, deverá proceder-se a escarificação desta camada, previamente ao
lançamento da camada sobrejacente.

Cuidados especiais devem ser tomados em relação a compactação das camadas


impermeabilizantes, no sentido de dar continuidade ao processo de lançamento, homogeneização
e compactação, evitando interrupções prolongadas que possam acarretar em perda de umidade do
material visando minimizar o desenvolvimento de trincas de retração. Deverá ser garantida a
manutenção da umidade dessa camada, através de rega periódica ou da cobertura de toda a área
compactada com mantas plásticas ou com uma camada de no mínimo 0,20m de solo solto a ser
retirada quando do reinicio dos trabalhos.

Em áreas de difícil acesso ou junto a estruturas existentes ou construídas, a compactação deverá


ser executada com equipamentos manuais utilizando-se, neste caso, camadas compactadas com
espessura máxima de 0,15 m.
Durante a operação de compactação deve ser garantida a drenagem superficial, assim como a
proteção da camada com mantas impermeabilizantes, para a hipótese de ocorrência de chuvas.

A Empreiteira deverá levar em consideração nos seus preços a execução do aterro dos diques para
atender as especificações e aos desenhos do projeto, uma vez que nos taludes internos dos diques,
deverá ser feita adicionalmente a remoção do material solto, sem compactação adequada, para
conformação da superfície do talude, numa espessura estimada de 0,50 m, devendo este serviço
está incluído no custo unitário do aterro.

A medição dos aterros será feita por volume compactado, conforme seções transversais de
projeto.

3.6.2 - Manta de Polietileno (PEAD)

O assentamento da manta de PEAD, com espessura de 2,0 mm se dará diretamente sobre os


resíduos. A superfície de contato deverá estar isenta de pedras ou outros materiais pontiagudos
que possam provocar danos à manta.

A ancoragem da manta se dará conforme detalhes mostrados no projeto. O reaterro da cava


deverá ser executado com equipamentos manuais, com camadas de 0,15 m de espessura. O teor
de umidade deverá situar-se na faixa de  2% e o grau de compactação mínimo deverá ser de
98%.

3.6.2.1 - Material

A manta deverá ser instalada sem furos, rasgos, materiais estranhos e inclusões. Qualquer defeito
na mesma deverá ser reparado utilizando-se a técnica da soldagem de fusão de acordo com as
recomendações do fabricante.

Todo o material a ser utilizado nas soldas, deverá ser similar ao material da manta.

As propriedades físicas da geomembrana deverão atender aos seguintes parâmetros determinadas


pelos métodos de ensaio relacionados nos Quadros 3.1 e 3.2, não sendo permitida a utilização de
mantas fabricadas pelo procedimento de balão.

No campo, a integridade de todas as emendas deverá ser testada com injeção de ar comprimido.

QUADRO 3.1 – MANTA PEAD LISA - PROPRIEDADES FÍSICAS


MÉTODOS DE
PROPRIEDADE PEAD - LISA
ENSAIO
Espessura (média mín.) ASTM D 5199 mm (mil) 0,80 (32) 1,00 (40) 1,5 (60) 2,0 (80) 2,5 (100)
Densidade (mín.) ASTM 1505 g/cm³ > 0,94 > 0,94 > 0,94 > 0,94 > 0,94
Resistência à Tração (média min.) ASTM D 638 Tipo IV
. No escoamento kN/m 12 15 22 29 37
. Na ruptura kN/m 22 27 40 53 67
. Alongamento no Escoamento % 12 12 12 12 12
. Alongamento na Ruptura % 700 700 700 700 700
Resistência ao Rasgo (média min.) ASTM D 1004 N 100 125 187 249 311
Resistência ao Puncionamento (média mín.) ASTM D 4833 N 256 320 480 640 800
Conteúdo de Negro de Fumo ASTM D 1603 (%) 2-3 2-3 2-3 2-3 2-3
Dispersão de Negro de Fumo ASTM D 5596 Nota Nota Nota Nota Nota

QUADRO 3.2 – DIMENSÕES DA BOBINA LISA


ESPESSURA LARGURA COMPRIMENTO ÁREA
PESO BOBINA (KG)
MM MIL (M) (M) (M²)
2 80 5,9 50 295 554

3.6.2.2 - Instalação

As geomembranas deverão ser estocadas no canteiro dentro de sua embalagem original e em local
protegido dos raios ultravioletas. Durante as operações de carga, descarga e transporte das
bobinas deverão ser tomadas precauções para evitar danos ao envelope protetor. Ela deverá ser
transportada e entregue em embalagens livres de quaisquer elementos contundentes que possam
danificá-la.

A instalação da manta deverá ser feita por instalador credenciado utilizando equipamentos e
tecnologia aprovados pela Fiscalização.

Os técnicos encarregados da execução dos serviços deverão ter experiência comprovada em


serviços dessa natureza.

A liberação do início da instalação da manta será feita pela Fiscalização, somente após análise
detalhada e aprovação do plano de assentamento da manta apresentado pela Empreiteira.

3.6.2.3 - Soldas

O corte da geomembrana, quando necessário, deverá ser feito empregando equipamentos


definidos pelo fabricante. Caso durante os serviços de instalação ou manuseio da geomembrana
surgirem rasgos ou furos na mesma, deverá ser colado sobre a parte danificada um pedaço de
manta (‘manchão’), com dimensões que ultrapassem as bordas do rasgo/furo em cerca de 15 cm
para cada lado. A união de geomembranas deverá ser realizada por processo de soldagem
definido pelo fabricante, mediante o emprego de máquinas apropriadas para garantir a perfeita
transmissão de esforços.

As emendas deverão ser feitas no próprio local de instalação da geomembrana e as emendas


transversais à dimensão principal da geomembrana, em faixas adjacentes, deverão ser
desencontradas em pelo menos 2,0 m.

As geomembranas deverão ser ancoradas em trincheira, que deverão estar isentas de lama e finos
em suspensão na água e devem ser executadas conforme detalhe do projeto executivo. O reaterro
da cava deverá ser executado com equipamentos manuais, com camadas de 0,15 m de espessura.
O teor de umidade deverá situar-se na faixa de  2% e o grau de compactação mínimo deverá ser
de 95%.

Sempre que possível, a instalação deverá começar de um lado do aterro, desenrolando as bobinas
até o lado oposto do mesmo.
Deverá ser evitado, durante a estocagem, instalação e o manuseio da geomembrana, qualquer tipo
de poluição (lama, óleo, solventes, etc.) sobre a mesma, sob o risco de perda de sua eficiência.

Deverão ser tomados cuidados especiais com a drenagem na área de instalação para evitar o
acúmulo e formação de depósitos ou lâminas d’água e detritos prejudiciais ao comportamento da
geomembrana.

O Instalador deverá dispor os cilindros no local de forma a se ter uma sobreposição de no mínimo
0,15 m nas extremidades da manta para permitir a soldagem.

O Instalador deverá submeter os procedimentos de soldagem da manta no campo, inspeção e


reparos, para aprovação da Fiscalização.

A preparação das áreas de soldagem deverá ser executada com extremo cuidado. Estas áreas
deverão ser previamente limpas, seguindo procedimentos estabelecidos pelo fabricante e
aprovados pela Fiscalização.

Os equipamentos utilizados para soldagem deverão estar capacitados para monitoração e controle
contínuo da temperatura, de forma a garantir a não interferência das condições ambientais.

O Instalador deverá realizar testes em todas as soldas, acompanhado pela Fiscalização. Qualquer
área danificada deverá ser marcada no campo para reparo posterior.

O Instalador deverá fornecer no final da etapa de soldagem, um relatório geral, contendo a


localização das linhas de soldas, de eventuais reparos realizados e certificados dos ensaios
realizados.

3.6.3 - Camada de Solo Melhorado com Cimento

Para execução da camada de solo melhorado com cimento para proteção contra erosões nos
taludes internos do aterro, os materiais deverão ser misturados na umidade ideal, na proporção em
volume de 1 cimento : 10 solos arenosos, até se conseguir uma mistura homogênea,
preferencialmente em usinas misturadoras ou em betoneiras. O fornecimento dos solos a serem
utilizados na mistura será de inteira responsabilidade da Empreiteira e deverão ser previamente
ensaiados e liberados pela Fiscalização.

A mistura deverá ser compactada com utilização de soquetes manuais, placas vibratórias ou sapos
mecânicos, com controle visual de compactação pela Fiscalização.

O tempo decorrido entre o lançamento do solo melhorado com cimento não deve ser superior ao
tempo de pega do cimento, estimado em 02 (duas) horas.

Os painéis de solo melhorado com cimento deverão ter espessura média de 0,10 m, largura de
3,0 m devendo ser executado de baixo para cima de forma alternada, sendo posteriormente
executados os painéis intermediários, tomando-se o cuidado de executar juntas de dilatação, com
espessura de 2,0 mm, preenchidas com isopor.

A Empreiteira deverá apresentar planos de execução desse serviço para aprovação da


Fiscalização.
Cada painel de solo melhorado com cimento concluído deverá ser submetido a processo de cura
através de molhagens periódicas preferencialmente com mangueiras tipo Santeno. O processo de
cura deverá ser mantido por pelo menos 72 (setenta e duas) horas.

A medição do serviço será em volume de painéis assentados, conforme as dimensões previstas no


projeto. O preço deverá incluir o fornecimento de todo o material, lançamento, compactação,
regularização do revestimento, juntas e cura.

3.7 - DRENAGEM DE CHORUME

As especificações dos dispositivos de drenagem de chorume (caixas de controle, caixas de


passagem, etc) são apresentadas em detalhes nos desenhos do projeto. Os tubos de PEAD, serão
Classe PN4, devendo-se ser testadas todas as soldas para estas pressões e submetidas à aprovação
da Fiscalização.

O chorume escoará superficialmente através dos drenos transversais em direção ao tubo PEAD
perfurado, PN4,  = 200 mm, localizado no interior das células.

Envolvendo o tubo PEAD perfurado será executada uma camada drenante de brita 1, que ficará
em contato direto com os resíduos dispostos no aterro. O tubo de PEAD perfurado será
interligados às Caixas de Controle de Chorume (CCC) situadas no pé do talude externo da
plataforma de lançamento 01 através de tubos cegos PEAD, diâmetro  = 200 mm.

3.8 - SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

3.8.1 - Canaletas Tipo Meia Cana

No projeto está prevista a utilização de canaletas pré-moldadas de concreto, tipo meia cana, com
diâmetros de 300 e 500 mm, devendo-se adotar todos os cuidados necessários na execução das
bases de assentamento e nas juntas das canaletas.

As canaletas serão executadas sobre um berço mínimo de concreto com espessura de 0,05 m,
amoldando-se perfeitamente as escavações efetuadas; as juntas deverão ser executadas à cada
3,0 m preenchidas com mastique elástico ou similar; a declividade mínima das valetas deverá ser
de 0,25% a fim de evitar o empoçamento de água em qualquer ponto.

3.8.2 - Caixas de Passagem

As caixas deverão ser executadas em alvenaria de bloco de cimento argamassado, tampa e lastro
de concreto Fck = 20 MPa, segundo formas, dimensões, cotas e nos locais estabelecidos no
projeto, incluindo fornecimento de todos os materiais e serviços necessários.

3.8.3 - Descidas de Água

As descidas d’água deverão ser executadas “in loco” em concreto armado, Fck = 20 MPa,
segundo formas, dimensões e cotas estabelecidas no projeto e adaptadas no campo logo após os
serviços de terraplenagem, incluindo tampas de concreto nas bermas. Estes serviços incluem
fornecimento de todos os materiais e serviços necessários.

3.8.4 - Fornecimento e Assentamento de Tubos Enterrados

Os tubos de concreto armado para drenagem superficial e bueiros de greide, deverão ser do tipo e
dimensões indicados no projeto; serão de encaixe tipo ponta e bolsa e deverão obedecer às
exigências da EB-6, MB-227, EB-103 e MB-228 da ABNT.

O fundo das cavas deverá ser compactado para receber as fundações previstas em projeto.

O assentamento dos tubos deverá ser feito sobre solo compactado ou berço de concreto, em
conformidade com o projeto.

Os berços deverão ser feitos em concreto ciclópico ou em alvenaria de pedra argamassada com
cimento e areia e deverão envolver os tubos até um terço de seu diâmetro.

As juntas dos tubos de concreto deverão ser preenchidas com argamassa de cimento e areia no
traço 1:4. Os tubos deverão ser assentados de modo que a bolsa de cada unidade esteja sempre na
posição de montante, em relação ao escoamento das águas.

O assentamento dos tubos deverá obedecer às cotas e alinhamentos indicados no projeto.


CTRI São Sebastião

ANEXO 8 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - APR

137
APR - ANALISE PRELIMINAR DE RISCOS

Empresa: Foz do Brasil

CTRI São Sebastião

CR/CS: 032613

Descrição do Sistema: Descarregamento de resíduos no aterro

Equipe da APR: Operação:

Felipe Villa Gerente

José Paranhos Tec. Seg. do Trabalho

Bruno Leonardo Eng. Ambiental

Juliana Ferreira Estagiária de Eng. Ambiental

Secretário Juliana Ferreira Revisão: 01 Data: 03.07.2013

OBSERVAÇÕES:
Efetuar o check list do andaime antes de iniciar a atividade.
Todas as recomendações desta APR devem ser divulgadas em todos os grupos em
TDSSMA e com as pessoas que irão executar a atividade.
APR - ANALISE PRELIMINAR DE RISCOS

Sistema: Referência:
Equipamento:
Operação de recebimento de Descarregamento de resíduos no Data: 03.07.2013
Área operacional
resíduos no aterro aterro.
Possíveis Modo Possíveis Cat. Cat Cat
Atividade Risco Causas Detecção Conseqüências Freq Sev Risco Medidas Preventivas
Excesso de
Sinalização da área, placas com indicação
Chegada das Colisão de veículos, velocidade falta de
de velocidade. Delimitação da área de
1. caçambas no batida contra sinalização, Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
pedestres. Distância segura das estruturas
aterro. estrutura. irregularidade do
físicas, boas condições da pista de acesso.
terreno.
Excesso de
Deslocamento das Sinalização da área, placas com indicação
Colisão de veículos, velocidade falta de
caçambas de velocidade. Delimitação da área de
2. batida contra sinalização, Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
carregadas para a pedestres. Distância segura das estruturas
estrutura. irregularidade do
balança. físicas, boas condições da pista de acesso.
terreno.
Utilizar cinto de segurança com duplo
Não utilização de cinto
talabarte, linha de vida, estrutura de
Queda de pessoas de segurança fixado
Desenlonamento andaime com rodapé para evitar queda de
3. e/ou peças e por duplo talabarte na Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
das caçambas. objetos, escada com guarda corpo, piso
ferramentas. estrutura, e rodapé na
uniforme sem espaçamentos, fixação da
borda do andaime.
estrutura.

Colisão de veículos, Excesso de


Deslocamentos Sinalização da área, placas com indicação
velocidade falta de
das caçambas para batida contra de velocidade. Delimitação da área de
4. estrutura. sinalização, Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
as células de pedestres. Distância segura das estruturas
irregularidade do
descarregamento. físicas, boas condições da pista de acesso.
terreno.
Colisão de veículos, Colisão de veículos, Sinalização do local, delimitação do
Basculhamento
5. batida contra batida contra Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM posicionamento das máquinas para evitar
das caçambas.
estrutura. estrutura. choque.
Utilizar cinto de segurança com duplo
Não utilização de cinto
talabarte, linha de vida, estrutura de
Queda de pessoas de segurança fixado
Enlonamento das andaime com rodapé para evitar queda de
6. e/ou peças e por duplo talabarte na Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
caçambas. objetos,escada com guarda corpo, piso
ferramentas. estrutura, e rodapé na
uniforme sem espaçamentos, fixação da
borda do andaime.
estrutura .
Sinalização da área, placas com indicação
Retorno das Colisão de veículos, Excesso de
de velocidade. Delimitação da área de
7. caçambas vazias batida contra velocidade falta de Visual Lesão grave, média, óbito. MO PR RM
pedestres. Distância segura das estruturas
para balança. estrutura. sinalização.
físicas, boas condições da pista de acesso.
Usar respirador com cartuchos polivalentes
Intoxicação por Emanação de Lesões moderadas a
8. Visual Lesões moderadas a crônicas. MO PR RM em local com atmosfera tóxica, luvas de
gases. vapores tóxicos. crônicas
PVC cano longo, óculos ampla visão.

Vazamento de
produtos na área por
ruptura do sistema de Utilizar respirador semi facial com
Vazamento na impermeabilização do
Contaminação do cartuchos polivantes, e monitoramento da
9. célula de sistema de drenagem Visual Lesões pequenas e médias. MO PR RM
solo. célula de drenagem.
drenagem. da célula de Manuais
recebimento de
resíduo.
(1) FREQUÊNCIA
2 4 4 6 6
TMF < 1 1 > TMF ≥ 100 10 > TMF ≥ 10 10 TMF ≥ 10 TMF ≥10
FREQUENTE PROVÁVEL OCASIONAL REMOTO IMPROVÁVEL

Matriz de Aceitabilidade Uma ou mais vezes Uma ou mais vezes Falha única de - Falha de 2 componentes; ou Falha mecânica de
por ano na vida útil do componente; ou - Erro humano em ações
Ex.: Falha humana sistema Erro humano em uma ação independentes e eventuais
Em uma ação roti- Eventual (com - Falhas de equipamento
neira em condições procedimento ou Treinamento)
muito adversas treinamento)
BAIXA Análise Global
Acidente SAF ou desconforto em decorrência de evento Analisar medidas
No processo da área local. para reduzir o risco
Pequena ocorrência ambiental; ou de ocorrências
S Ocorrência ambiental sobre meio forte e resistente comuns a vários
pontos da planta
E MODERADA Análise Global
V Acidente CAF em decorrência de evento no processo Analisar medidas
(lesões crônicas ou agudas); ou para reduzir o risco
E Ocorrência ambiental sobre meio frágil ou sensível; ou de ocorrências
R Evasão de funcionários para local próximo comuns a vários ACEITO
I CRÍTICA
Pontos da planta
Confirmar risco
D Vítimas fatais; grande ocorrência ambiental. Grandes
A danos ao meio ambiente ou as instalações. Exige ações 1. Após Medidas APR
Corretivas imediatas para evitar desdobramento em 2. Vulnerabilidade
D catástrofe. Evasão para ponto de apanha (PCP) / (PCD) Não 3. Med. Contingências
E Aceito. 4. Análise Q. Riscos
CATASTRÓFICA Análise Prévia Confirmar risco
Vítimas fatais; ou grande ocorrência ambiental causando O cenário poderá ser aceito se previamente 1. Após Medidas APR
danos em várias regiões distantes . demonstrado por uma Análise Quantificada de 2. Vulnerabilidade
Danos irreparáveis (custo / tempo) às instalações. Riscos 3. Med. Contingências
4. Análise Q. Riscos
RECOMENDAÇÕES RESP.

Divulgação da APR com os integrantes e parceiros. TS e líderes operacionais

Utilização de EPI´s básicos (capacete com jugular/bota de couro /protetor auricular/luva de vaqueta). Todos envolvidos

Verificar chek-list de máquinas e equipamentos antes do início das atividades. TS e líderes operacionais
CTRI São Sebastião

ANEXO 9 – MANUAL DE OPERAÇÃO

143
FOZ DO BRASIL
MANUAL DE OPERAÇÃO DA CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI) SÃO SEBASTIÃO
DA FOZ DO BRASIL, LOCALIZADO NO KM 566 DA BR-324, NO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ-BAHIA.

CTRI
- SÃO
SEBA
STIÃO

DATA: 15/04/2013
DATA: 01/05/2013
MANUAL DE OPERAÇÃO

REV. 0 - EMISSÃO INICIAL


REV. 1 - ATENDIDO COMENTÁRIOS DO CLIENTE
MANUAL DE OPERAÇÃO DA CENTRAL DE
TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)
SÃO SEBASTIÃO

REV. 1: ATENDIDO COMENTÁRIOS DO CLIENTE


DATA: 01/05/2013

REV. 0: EMISSÃO INICIAL


DATA: 13/04/2013
ÍNDICE

1 - APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 1

2 - DEFINIÇÃO ........................................................................................................................... 4

3 - ROTINA OPERACIONAL ................................................................................................... 7


3.1. RECEPÇÃO DOS RESÍDUOS....................................................................................... 7
3.2. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS .................................................................................... 8

4 - TRATAMENTO DOS EFLUENTS ................................................................................... 11

5 - MÃO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS ............................................................................. 13


5.1. MÃO-DE-OBRA........................................................................................................... 13
5.2. EQUIPAMENTOS ........................................................................................................ 13

6 - MONITORAMENTO .......................................................................................................... 15
6.1. MONITORAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO ....................................................... 15
6.2. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO EFLUENTE ........................................ 15
6.3. MONITORAMENTO DOS RESÍDUOS QUE ADENTRAM NO ATERRO ............. 15
6.4. MONITORAMENTO DO MACIÇO E DO SISTEMA DE DRENAGEM
SUPERFICIAL .............................................................................................................. 16
6.5. MONITORAMENTO DA VAZÃO DE EFLUENTE .................................................. 16
6.6. MARCOS SUPERFICIAIS ........................................................................................... 16
6.7. PIEZÔMETROS ........................................................................................................... 16
6.8. PLUVIÔMETRO .......................................................................................................... 16

7 - MANUTENÇÃO .................................................................................................................. 18
7.1. MANUTENÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO ................................................................... 18
7.2. PAISAGISMO............................................................................................................... 18
7.3. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE EFLUENTES ...................... 19
7.4. MANUTENÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................... 19
7.5. MANUTENÇÃO DA LIMPEZA GERAL DA ÁREA ................................................ 19
7.6. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO GEOTÉCNICO ............ 19
7.7. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL ......................... 19
7.8. MANUTENÇÃO DAS CERCAS E PORTÕES ........................................................... 20
7.9. CONDIÇÕES ADVERSAS – O QUE FAZER? .......................................................... 20

8 - GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 22
208.10-ATI-PE-TX-MAN-001-R11

1 - APRESENTAÇÃO

É apresentado pela GEOTECHNIQUE – Consultoria e Engenharia Ltda, o Manual de Operação


da Central de Tratamento de Resíduos Indistriais (CTRI) São Sebastião da FOZ DO BRASIL,
localizado no km 566 da BR-324, no Município de São Sebastião do Passé-Bahia.

A CTRI São Sebastião contemplará um aterro industrial dividido em 10 (dez) células com
capacidade de disposição de cerca de 15.000 m³ de resíduos industriais Classe I cada, totalizando
uma capacidade total do aterro de 150.000 m³.

Embora simples, a técnica de disposição de resíduios em aterros industriais necessita de alguns


cuidados em seu processo operacional para que sua eficiência seja maximizada. A operação
incorreta do aterro pode lhe conferir características indesejáveis como de um lixão, trazendo
sérios riscos à saúde das comunidades circunvizinhas e ao meio ambiente.

Com a finalidade de orientar os processos que serão adotados na CTRI São Sebastião, foi criado
esse “Manual de Operação de Aterros Industriais”, que visa nortear, de maneira clara, todos os
envolvidos no processo de tratamento dos resíduos, evitando assim possíveis falhas capazes de
comprometer a eficiência do trabalho.

Para isto, contamos com o apoio do Sr. Limpeza.

“Serei seu parceiro nessa empreitada e estarei


sempre aqui para auxiliá-lo nesse trabalho tão
importante: operar e monitorar o aterro com
eficiência”.

Rua Bahia, 466, Pituba – Salvador – Bahia – Brasil – CEP 41.830-160


Tel/Fax (71) 3503-0300 - email: geotechnique@geotechnique.com.br
208.10-ATI-PE-TX-MAN-001-R11

Rua Bahia, 466, Pituba – Salvador – Bahia – Brasil – CEP 41.830-160


Tel/Fax (71) 3503-0300 - email: geotechnique@geotechnique.com.br
208.10-ATI-PE-TX-MAN-001-R11

Rua Bahia, 466, Pituba – Salvador – Bahia – Brasil – CEP 41.830-160


Tel/Fax (71) 3503-0300 - email: geotechnique@geotechnique.com.br
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2 - DEFINIÇÃO

O aterro industrial é um equipamento projetado para receber resíduos sólidos provenientes das
indústrias, com base em estudos específicos de engenharia, que visam reduzir ao máximo os
impactos causados ao meio ambiente. É uma das técnicas mais seguras e de mais baixo custo.

Preferencialmente, o aterro deve possuir uma vida útil superior a 10 anos, prevendo-se ainda o
seu monitoramento por alguns anos após o seu fechamento. No processo de decomposição dos
resíduos sólidos, ocorre a liberação de efluentes líquidos (percolado) muito poluentes, o que leva
um projeto de aterro a exigir cuidados como impermeabilização dos solos, implantação de
sistemas de drenagem eficazes, entre outros, evitando uma possível contaminação da água e do
solo. O aterro industrial tem várias vantagens, dentre elas:

Auto-Suficiência como Destinação Final

Ao contrário de outros métodos, como a incineração, o aterro industrial não apresenta


resíduos no final do seu processo.

Baixo Custo

Apesar do custo inicial ser alto, o aterro industrial permite um controle operacional,
evitando gastos posteriores com meio ambiente.

Controle

Todas as etapas são acompanhadas por técnicos capacitados.

A operação de um aterro industrial deve apresentar as seguintes características principais:

Recepção dos Resíduos

Entrada restrita a veículos devidamente cadastrados, desde que contenham apenas


resíduos permitidos para aquele aterro.

Controle de Entrada

Pesagem, procedência, composição do resíduo, horário de entrada e de saída dos veículos


são observados.

Impermeabilização

Antes da utilização da célula, o local é devidamente impermeabilizado seguindo critérios


que vão depender das características do solo e do clima.

Rua Bahia, 466, Pituba – Salvador – Bahia – Brasil – CEP 41.830-160


Tel/Fax (71) 3503-0300 - email: geotechnique@geotechnique.com.br
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Deposição

A deposição deve ser feita seguindo critérios técnicos definidos, tais como: resíduos
dispostos em camadas compactadas, com espessura controlada, frente de serviço
reduzida, taludes com inclinação definida.

Drenagem

Possuí dispositivos para captação e drenagem dos efluentes, evitando a sua infiltração no
local e o livre escoamento para as lagoas de acumulação e/ou estação de tratamento.

Cobertura

Possuí cobertura de forma a reduzir a produção de efluentes (menor incidência das águas
de chuva).

Acessibilidade

Acesso restrito às pessoas devidamente identificadas. O aterro deve ser bem cercado para
impedir invasões.

Impacto Visual

É amenizado com a construção de um "cinturão verde" com espécies nativas da região.

Rua Bahia, 466, Pituba – Salvador – Bahia – Brasil – CEP 41.830-160


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3 - ROTINA OPERACIONAL

Todo aterro terá uma rotina operacional que deverá ser obedecida.

3.1. RECEPÇÃO DOS RESÍDUOS


Receber os caminhões previamente cadastrados;
Identificar os transportadores;
Registrar e verificar a procedência;
Pesar e registrar toda a operação.

Tem livre acesso ao aterro resíduos sólidos industriais Classe I, tais como borras oleosas,
cascalho de perfuração, etc.

FIGURA 3.1 – RECEPÇÃO DE RESÍDUOS

Na balança será feito o controle de origem, qualidade e quantidade dos resíduos a serem
dispostos no aterro. Os dados devem ser preenchidos corretamente no “formulário para pesagem
diária de veículos”.

FIGURA 3.2 – CONTROLE DE PESAGEM DE VEÍCULOS

PESAGEM DIÁRIA DE VEÍCULOS


TIPO DE Nº DA TIPO DE AUTORIZADO HORA DA HORA DA PESO
DATA CADASTRO AUTORIZAÇÃO
VEÍCULO CHAPA MATERIAL POR ENTRADA SAÍDA CHEIO TARA LÍQUIDO

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É através deste formulário que a FOZ DO BRASIL terá informações sobre a eficiência da
operação do aterro.

3.2. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

No início da operação do aterro, a deposição se processará sobre a base da célula que estará
preparada e impermeabilizada com camada de argila de baixa permeabilidade e com
geomembrana de PEAD sobre a argila. Sobre esta geomembrana deverá existir uma camada de
proteção mecânica em solo.

Descarga

O caminhão deverá bascular os resíduos através das plataformas de lançamento previstas no


projeto mediante presença do fiscal, para controle do tipo dos resíduos. Os caminhões não
precisarão acessar o interior das células.

Espalhamento e Compactação

Os resíduos deverão ser espalhados em rampa, numa proporção de 1 na vertical para 3 na


horizontal (1:3). O trator de esteira deve compactar os resíduos com movimentos repetidos de
baixo para cima (3 a 5 vezes).

É interessante que no aterro se realize, eventualmente, um teste de densidade do resíduos (peso


específico) para ver se a compactação está sendo bem feita.

Este serviço de espalhamento e compactação deverá ter sua periodicidade definida em função da
quantidade de resíduo disposto na célula.

CAMADA DE RESÍDUO BEM COMPACTADA MAIOR SEGURANÇA E EFICIÊNCIA DO


ATERRO

FIGURA 3.5 – ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS

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Cobertura Final
Uma vez esgotada a capacidade do aterro procede-se a cobertura com geomembrana de PEAD de
1,0 mm de espessura associada a uma camada de 0,50 m de espessura de solos argilosos de baixa
permeabilidade.
Após o recobrimento, deve-se plantar a grama nos taludes definitivos e platôs, que servirá como
proteção contra a erosão. Recomenda-se o lançamento de uma camada de cascalho sobre as
bermas, as quais serão submetidas ao tráfego operacional.

Drenagem Interna
Para drenagem interna dos efluentes foi concebido um sistema de drenagem constituído de
drenos de brita, pedrisco e areia com tubulação perfurada de PEAD envolvido com geotextil não
tecido tipo RT-09 ou similar. Esta drenagem permite a retirada dos efluentes do interior das
células sem que haja o carreamento de partículas sólidas.
Este sistema de drenagem conduz os efluentes para a lagoa de acumulação coberta com
capacidade para cerca de 1500 m³, sendo dai destinado à Estação de Tratamento de Efluentes da
CETREL, sempre que for necessário.
A lagoa deverá ser diariamente inspecionada para verificação da necessidade de remoção dos
efluentes.
Quando for detectada a necessidade de remoção, deverá ser realizada a coleta e análise de
amostras dos efluentes para definir qual o melhor tratamento a ser aplicado.
Para minimizar a geração dos efluentes foi adotado como solução, a instalação de válvulas de
controle nas saídas das células. Estas válvulas deverão ser operadas por profissional qualificado
definido pela FOZ DO BRASIL.
As válvulas serão operadas através de uma haste tipo “T”, onde o operador se posicionará sobre
a tampa de inspeção e, de pé, efetuará o movimento circular horário quando a manobra for de
fechamento e anti-horário quando a manobra for de abertura.
Este operador deverá estar munido dos equipamentos de proteção individual (capacete, luvas,
óculos, bota e máscara), bem como estar habilitado pela FOZ DO BRASIL para desempenhar
trabalhos em locais confinados.

Drenagem Superficial
As drenagens superficiais previstas (canaletas, valetas, descidas d’água, caixas de passagem,
etc...), deverão estar instaladas e em pleno funcionamento durante a operação do aterro.
ÁGUA + RESÍDUO => CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA

A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infiltração na célula,
aumentando o volume de efluente gerado. Por isso, deve-se evitar ao máximo a entrada de
chuva na área das células.
Todos os dispositivos de drenagem devem ser mantidos desobstruídos para impedir a
entrada de água no aterro, evitando a contaminação de um maior volume de água.
As águas de chuva coletadas devem ser drenadas diretamente para o meio ambiente.

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ANEXO 04 – QUADRO RESUMO DE ENSAIOS DE CONTROLE DE COMPACTAÇÃO NO


CAMPO

Tratamento dos Efluentes

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4 - TRATAMENTO DOS EFLUENTS

A quantidade e qualidade dos efluentes, variam bastante de um aterro para outro, pois dependem
de fatores como:
Composição dos resíduos;
Quantidade de resíduos dispostos;
Forma de disposição (grau de compactação, cobertura, etc);
Índices de precipitação/evapotranspiração.

Uma vez formado o efluente (percolado), líquido escuro e muito poluente, ele deve ser drenado e
conduzido para um sistema de tratamento, antes de ser lançado no corpo d’água.

FIGURA 4.1 – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO BIOLÓGICO

Na operação do sistema de tratamento é necessário efetuar, de forma sistemática, a medição da


vazão do efluente gerado, bem como a determinação da sua composição, antes e depois do
tratamento.

As técnicas que se aplicam no tratamento do efluente se assemelham com as utilizadas no


tratamento de esgotos: lagoas anaeróbias, facultativas, reatores, digestores, etc. Para a CTRI São
Sebastião, os efluentes serão acumulados temporariamente na lagoa de acumulação e
periodicamente transportados para a CETREL para realização do devido tratamento, que
dependerá das características físico-químicas do efluente.

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5 - MÃO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS

Para operar a CTRI São Sebastião são previstas mão-de-obra e equipamentos qualificados que
atendam à demanda específica desse aterro.

5.1. MÃO-DE-OBRA

Segue a relação de mão-de-obra prevista com a indicação de suas atribuições principais:

MÃO-DE-OBRA ATRIBUIÇÕES
Engenheiro Civil/Sanitarista Coordena o funcionamento do Aterro.
Encarregado Geral Coordena a execução e manutenção das obras e serviços de campo.
Operador de Máquinas Responsável pela operação das máquinas pesadas.
Fiscal Fiscalização, vistoria e liberação dos caminhões e resíduos.
Balanceiro Pesagem de veículos coletores transportadores de resíduos.
Sinalizador Auxílio a motoristas e operadores na frente de serviço.
Vigia Vigilância e segurança no Aterro.
Servente Serviços diversos.

Os operadores deverão ser capacitados com um treinamento para desenvolverem as atividades


técnico-operacionais e/ou administrativas.

5.2. EQUIPAMENTOS

Segue a relação dos equipamentos previstos com a descrição sucinta de suas atividades
principais:

Trator de Esteira

É usado para disposição, compactação e cobertura dos resíduos, bem como para abertura
e manutenção de acessos provisórios e outros serviços eventuais.

Retroescavadeira

É um equipamento fundamental para a abertura de drenos, podendo ser utilizada também


para escavação de solo para cobertura e para o descarregamento dos caminhões.

Caminhões

É utilizado para o transporte dos resíduos e demais materiais necessários durante a


operação.

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6 - MONITORAMENTO

O monitoramento consiste em avaliar a eficiência do aterro em relação a sua operação e ao


controle ambiental.

6.1. MONITORAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO

O monitoramento do lençol freático será feito através da coleta de amostras nos poços a serem
instalados no aterro. Os parâmetros a serem estudados são os mesmos analisados para o
monitoramento das águas superficiais podendo-se fazer a análise para Chumbo, Cádmio, Ferro,
Manganês, Alumínio e Cromo.

Detectada contaminação do lençol freático, informar ao órgão ambiental competente.

6.2. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO EFLUENTE

O controle e monitoramento tem como finalidade conhecer a composição e quantidade de


efluentes de um aterro, para que se possa adotar os corretos reparos.

FIGURA 6.1 – MONITORAMENTO DOS RESÍDUOS

As amostras dos efluentes deverão ser coletadas na lagoa de acumulação e deverão ser realizadas
análises físico-químicas e bacteriológicas.

6.3. MONITORAMENTO DOS RESÍDUOS QUE ADENTRAM NO ATERRO

Deve-se promover o quarteamento, com freqüência ou sempre que houver dúvida quanto ao tipo
e natureza do resíduo a ser disposto no aterro.

Este método permite uma caracterização do resíduo disposto na CTRI São Sebastião.

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6.4. MONITORAMENTO DO MACIÇO E DO SISTEMA DE DRENAGEM


SUPERFICIAL

Verificar os seguintes aspectos:


Eventuais abatimentos no maciço do aterro e nos acessos;
Processos erosivos e danos no sistema de drenagem superficial, como quebra de
tubulações e obstrução de canaletas.

São necessárias inspeções mensais em todos os platôs, taludes, bermas, terraços, pois são pontos
possíveis de acúmulo de água na superfície do aterro.
Não deixar acumular detritos nos dispositivos de drenagem!

6.5. MONITORAMENTO DA VAZÃO DE EFLUENTE

Realizada diariamente e no mesmo horário, a leitura da vazão do efluente permite uma análise da
eficiência da drenagem subterrânea e da cobertura.

6.6. MARCOS SUPERFICIAIS

Para o monitoramento do maciço são utilizados marcos superficiais (instalados no aterro durante
a fase de operação) juntamente com marcos fixos, irremovíveis, implantados fora da área do
aterro (referência de nível e posição relativa).A partir daí são observados, por levantamento
topográfico, os deslocamentos horizontais e verticais (recalques) dos marcos superficiais.

6.7. PIEZÔMETROS

Através dos piezômetros pode-se avaliar os níveis de pressão no interior da massa dos resíduos
depositados (maciço), exercidas pelo efluente ali existente.

O monitoramento constante deste instrumento, juntamente com os marcos superficiais, permite


avaliar a estabilidade do maciço.

6.8. PLUVIÔMETRO

O índice pluviométrico, quando analisado juntamente com as leituras do piezômetro e de vazão


de efluente, permite avaliar a eficiência da drenagem e da cobertura da célula.

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7 - MANUTENÇÃO

Sempre que se constatar algum problema no aterro, deverá ser corrigido rapidamente, de maneira
a evitar o seu agravamento. Assim, é fundamental um serviço de manutenção eficaz.

Entre outros, são previstos os seguintes tipos de manutenção:


manutenção do sistema viário;
paisagismo;
manutenção do sistema de drenagem de efluente;
manutenção das máquinas e equipamentos;
manutenção da limpeza geral da área;
manutenção do sistema de monitoramento geotécnico;
manutenção do sistema de drenagem superficial;
manutenção das cercas e portões.

FIGURA 7.1 - MANUTENÇÃO

7.1. MANUTENÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

Deverão ser desenvolvidos trabalhos de inspeção ao longo dos acessos (uma vez por semana).
Caso seja detectado algum dano, deverá ser executado imediatamente os serviços necessários.

Durante o período chuvoso, especial cuidado deve ser dado à manutenção destes acessos,
procurando manter estoque suficiente de material granular, para a sua recomposição.

7.2. PAISAGISMO

A cobertura vegetal sobre as células é importante para proteger o solo de erosões, pequenas
rupturas nos taludes, etc. Deve-se pois, atentar para sua manutenção.

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7.3. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE EFLUENTES

É importante que o sistema de drenagem de efluentes esteja operando corretamente.

Para que isso ocorra é preciso:


Inspeções visuais periódicas no sistema de drenagem;
Remoção periódica do material depositado no fundo das caixas de controle;
Avaliação dos recalques, identificação de eventuais deslizamentos nos sub-aterros.

7.4. MANUTENÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Realizar a limpeza dos equipamentos e máquinas ao fim de cada dia de trabalho e os possíveis
reparos para conservá-los e garantir a eficiência do aterro.

7.5. MANUTENÇÃO DA LIMPEZA GERAL DA ÁREA

A administração deve promover a remoção dos materiais espalhados pelo vento e, se necessário,
usar cercas móveis. Com isso, evita-se transtornos e o comprometimento do aspecto estético da
área.

7.6. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO GEOTÉCNICO

O sistema de monitoramento geotécnico deve ser mantido durante e após o encerramento das
atividades de operação do aterro.

Cuidados a serem tomados:


proteção em volta dos instrumentos para que estes fiquem bem visíveis;
evitar tráfego próximo destes instrumentos.

Se, mesmo com todos estes cuidados, ainda ocorrerem danos, providenciar imediatamente o
reparo ou troca (os piezômetros, por exemplo, não permitem reparo).

7.7. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL

A manutenção do sistema de drenagem superficial consiste em seguir alguns passos importantes:

Verificação do Estado das Tubulações e Caixas

Observar os poços de visita das tubulações enterradas, as caixas de passagem, a presença


de corpos estranhos e possíveis erosões laterais. É importante ficar atento aos pontos de
lançamento de água direto no solo, pois estes são focos potenciais de erosão.

Inversão no Sentido de Escoamento das Drenagens

Eliminar as depressões muito violentas, através da execução de reaterros e a reexecução


do sistema de drenagem, observando e aferindo o correto caimento. Essa medida pode

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não surtir efeito, sendo necessário medidas mais drásticas, como a execução de novos
dispositivos de drenagem.

Quebra de Tubulações, Canaletas, etc.

Ocorre principalmente por depressões e erosões visto que em sua maioria trabalham por
gravidade. Deve-se vistoriar constantemente estes equipamentos para evitar a sua quebra;
caso ocorra, deve-se reaterrar para corrigir as depressões e reexecutar a drenagem.

Verificação do Estado das Canaletas

Verificar as condições de escoamento das canaletas (riachão, concreto, pedra, etc)


mantendo-as sempre desobstruídas.

Depressões em Taludes e Bermas

Fazer inspeções mensais em todos os platôs, terraços, bermas, taludes, etc. a procura de
possíveis danos. Se os mesmos ocorrerem, deve-se fazer um reaterro para restaurar as
condições anteriores, evitando, principalmente, o acúmulo de água na superfície do
aterro.

7.8. MANUTENÇÃO DAS CERCAS E PORTÕES

Os portões e as cercas devem ser mantidos em perfeitas condições impedindo assim o acesso de
pessoas não autorizadas e animais ao aterro.

7.9. CONDIÇÕES ADVERSAS – O QUE FAZER?

Operação em Épocas Chuvosas

Principalmente no período chuvoso, deve-se ter um estoque de material granular para dreno e de
cascalho para possíveis reparos.

O aterro deve estar preparado para enfrentar qualquer situação.

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Combate a Incêndios

PROBLEMAS SOLUÇÃO
Acúmulo de água, poças, assoreamento, etc. Manutenção rigorosa do sistema de drenagem superficial

Comprometimento dos trânsitos e descarregamento dos caminhões Manutenção das vias não pavimentadas

Fissura nas células provocando infiltração das águas superficiais e, Recomposição da camada de cobertura
conseqüente, aumento da vazão de chorume

O combate a incêndios se inicia na prevenção!

Não surtindo efeito nas medidas de prevenção, algum acidente pode provocar um início de
incêndio. Mas, antes de combate-lo, deve-se desligar a entrada de força, ligar a emergência e
evacuar a área. Os curiosos e pessoas de boa vontade só atrapalham.

É preciso identificar o tipo de incêndio para escolher o equipamento certo. Um erro na escolha
pode piorar a situação.

TIPO DE INCÊNDIO MATERIAL COMBUSTÍVEL MEDIDAS DE PREVENÇÃO AGENTE EXTINTOR

Fogo em materiais de fácil combustão,


A Tecidos, madeiras, papéis, fibras, etc Retirada do calor Água, espuma
a deixa resíduos

Retirada do comburente (oxigênio).


Fogo em produtos que queimam
Neste tipo de fogo não há formação de Gás carbônico, pó químico,
B somente em sua superfície, não Graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.
brasa, devendo-se fazer o abafamento espuma
deixando resíduos
da superfície.

Fogo em equipamentos elétricos Motores, transformadores, quadros de Utilizar agente extintor que não Gás carbônico, pó químico,
C
energizados distribuição, fios sob tensão, etc. conduza eletricidade. seco.

Retirada do comburente pelo uso de


D Fogo em elementos pirofóricos Magnésio, zircônio, titânio, etc. pós especiais. Pode-se usar limalha de Pó químico especial
ferro.

O aterro deve possuir caixa de primeiros socorros, com material adequado e pessoal treinado. O
pronto atendimento de acidentados de incêndio ou explosão pode significar a própria vida do
atingido.

A partir de todas essas informações que lançamos neste Manual podemos ver que, apesar de
relativamente simples, esse método de disposição final do resíduo industrial requer muitos
cuidados para não acarretar grandes impactos no meio ambiente. Estando cientes disso, cabe a
todos nós seguir a rotina necessária para a operação eficiente do aterro industrial da FOZ DO
BRASIL.

Contamos com vocês para tornar esta grande obra um bem proveitoso para todos. Em caso de
dúvidas procurem os técnicos da GEOTECHNIQUE.

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8 - GLOSSÁRIO
industrial e do tratamento dos seus
ÁREA DE EMPRÉSTIMO – local onde se efluentes, que por suas características
coleta o material usado nos aterros. apresentam perigo à saúde humana e/ou ao
BERMAS – parte superior das camadas de meio ambiente, requerendo cuidados
aterro que ficam expostas, objetivando especiais quanto ao acondicionamento,
aumentar a estabilidade do aterro e facilitar coleta, transporte, armazenamento,
a manutenção e o monitoramento da célula. tratamento e disposição. (ABNT: 1995).
São classificados em: Classe I: perigosos;
CERCAS MÓVEIS – cercas provisórias Classe II: não inertes; Classe III: inertes.
colocadas próximo à frente de trabalho,
para evitar o espalhamento do resíduo pelo SOPÉ DO TALUDE – base da rampa.
vento. SUB-ATERROS – camadas inferiores do
EFLUENTE – líquido de cor escura, odor maciço aterrado.
desagradável e muito poluidor, resultante da TALUDES – rampa (formada em aterros ou
decomposição dos resíduos. cortes, com inclinação prevista).
DEPRESSÕES – área muito baixa com VAZÃO – volume de líquido escoado numa
relação às áreas vizinhas. unidade de tempo; escoamento, saída.
EROSÕES – desgaste sofrido pelo solo
devido a ações externas (águas, vento, etc).
JUSANTE – abaixo de um determinado
ponto, num corpo d’água.
LAGOA DE ACUMULAÇÃO – lagoa
onde o efluente é retido por um tempo até
ser transportado para uma ETE.
MACIÇO – resíduo já aterrado.
MONITORAMENTO DO ATERRO -
acompanhamento da evolução do aterro
para avaliar não só o seu andamento como
também a influencia de sua implantação
sobre o meio ambiente.
MONTANTE – acima de um determinado
ponto, num corpo d’água.
PIEZÔMETRO – instrumento sensível que
mede as pressões dentro do resíduo
compactado e recoberto.
RECALQUES – adensamento da camada
do maciço.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS – são todos os
resíduos (...) resultantes da atividade

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CTRI São Sebastião

ANEXO 10 – ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

169
ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS (CTRI)


SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ – BA

Junho de 2013
CTRI São Sebastião

ETAPA DE IMPLANTAÇÃO CTRI

Em março de 2013 iniciou-se a implantação do aterro, com a construção dos


acessos, infraestrutura básica, lagoa de chorume e célula 1 e 2 de 15.000 m³
cada. Entretanto, com o período de chuva que iniciou em meados de abril, fez-
se necessário adiar as obras de implantação. A previsão é retornar aos
serviços no mês de agosto, com duração estimada de três meses e início de
operação planejada para novembro de 2013.

As fotos de 1 a 8 tiradas nos meses de março e abril, e mostram a etapa de


implantação na qual o empreendimento se encontra.

Foto 01: Sinalização na BR 324 alertando sobre a movimentação de


caminhões no acesso ao empreendimento.

2
CTRI São Sebastião

Foto 02: Sinalização na entrada do empreendimento, o acesso só é


permitido para pessoas autorizadas.

Foto 03: Sinalização na entrada do empreendimento informando a licença


ambiental e o alvará de construção.

3
CTRI São Sebastião

Foto 04: Sinalização no canteiro de obras sobre a utilização obrigatória de


EPI´s.

Foto 05: Sede do empreedimento.

4
CTRI São Sebastião

Foto 06: Área operacional sinalizada.

Foto 07: Serviço de escavação da célula.

5
CTRI São Sebastião

Foto 07: Serviço de escavação da célula.

Foto 08: Carro pipa utilizado para umidificar do solo.

6
CTRI São Sebastião

ANEXO 11 – LICENÇA PARA EXTRAÇÃO DE ARGILA

176
CTRI São Sebastião

ANEXO 12 – CERTIFICADOS DE QUALIDADE GEOMEMBRANAS

179
Romaneio de Embarque
Engepol Geossintéticos Ltda - Processo de Fabricação Matriz Plana
Cliente: FOZ BRASIL S/A Data: 02/04/2013
Item: GEO2,00T2F - Processo de fabricação Matriz Plana (flat die) Peso Total (kg): 10644,0
Número de Bobinas: 17 Largura (m): 5,80
Quantidade (m2): 4930 Certificado No: 111-13 Nota Fiscal: 6163
Compri- Espessura Compri- Espessura
Bobina Nº Peso Bobina nº Peso
mento Média mento Média
164114 50 626,0 2,07
165063 50 628,0 2,05
165064 50 628,0 2,05
165248 50 628,0 2,05
165249 50 626,0 2,06
165250 50 626,0 2,06
165251 50 626,0 2,06
165252 50 626,0 2,06
165253 50 628,0 2,05
165254 50 626,0 2,05
165255 50 628,0 2,05
165256 50 630,0 2,05
165257 50 630,0 2,05
165261 50 628,0 2,06
165262 50 628,0 2,06
165263 50 626,0 2,06
165497 50 606,0 2,02
RPCQ 21
Certificado de Qualidade Página 1 de 1

Cliente: FOZ BRASIL S/A Número da Nota Fiscal: 6163


Item: GEO2,00T2F - Processo de fabricação Matriz Plana (flat die)
o
Lote: 026/13 , 033/13 , 035/13 E 042/13 Certificado N : 111-13

A Engepol Geossintéticos Ltda. certifica as propriedades do reservatório geomembrana


fabricado pelo processo de matriz plana, conforme os valores descritos abaixo:

Valor
Ensaios Realizados Norma Unidade Especificado Valor Obtido
+
_
Espessura ASTM D 5994 mm 2,00 2,05
3
Densidade ASTM D 792 g/cm 0,940 0,945
Tensão no Escoamento ASTM D 6693 kN/m 29,0 40,6
Tensão na Ruptura ASTM D 6693 kN/m 21,0 45,0
Alongamento no Escoamento ASTM D 6693 % 12,0 14,8
Alongamento na Ruptura ASTM D 6693 % 100,0 470,2
Resistência ao Rasgo ASTM D 1004 N 249,0 333,4
Resistência à Perfuração ASTM D 4833 N 534,0 824,3
Teor de Negro de Fumo ASTM D 4218 % 2a3 2,3
Dispersão de Negro de Fumo ASTM D 5596 categoria 1e2 1
Altura da Textura ASTM D 7466 mm 0,45 0,86

Data: 02/04/2013 Responsável: Patricia Ferreira

Elaborado: Aprovado: Revisão: 03


24/08/2001 27/08/2001 Válido a partir de 22/06/2011
Romaneio de Embarque
Engepol Geossintéticos Ltda - Processo de Fabricação Matriz Plana
Cliente: FOZ BRASIL S/A Data: 02/04/2013
Item: GEO2,00AD - Processo de fabricação Matriz Plana (flat die) Peso Total (kg):13596,0
Número de Bobinas:25 Largura (m): 5,90
Quantidade (m2): 7375 Certificado No: 112-13 Nota Fiscal: 6173
Compri- Espessura Compri- Espessura
Bobina Nº Peso Bobina nº Peso
mento Nominal mento Nominal
165322 50 548,0 2,00
165321 50 552,0 2,00
165323 50 548,0 2,00
165324 50 546,0 2,00
165325 50 546,0 2,00
165326 50 544,0 2,00
165327 50 546,0 2,00
165328 50 546,0 2,00
165329 50 546,0 2,00
165330 50 546,0 2,00
165331 50 546,0 2,00
165332 50 546,0 2,00
165333 50 546,0 2,00
165360 50 544,0 2,00
165361 50 544,0 2,00
165362 50 544,0 2,00
165363 50 544,0 2,00
165369 50 544,0 2,00
165370 50 542,0 2,00
165594 50 540,0 2,00
165595 50 540,0 2,00
165596 50 538,0 2,00
165597 50 536,0 2,00
165598 50 536,0 2,00
165599 50 538,0 2,00
RPCQ 21
Certificado de Qualidade Página 1 de 1

Cliente: FOZ BRASIL S/A Número da Nota Fiscal: 6173


Item: GEO2,00AD - Processo de fabricação Matriz Plana (flat die)
o
Lote: 038/13 e 044/13 Certificado N : 112-13

A Engepol Geossintéticos Ltda. certifica as propriedades do reservatório geomembrana


fabricado pelo processo de matriz plana, conforme os valores descritos abaixo:

Valor
Ensaios Realizados Norma Unidade Especificado Valor Obtido

Densidade ASTM D 792 g/cm3 0,940 0,948


+
Tensão no Escoamento ASTM D 6693 kN/m 29,0 34,5
Tensão na Ruptura ASTM D 6693 kN/m 53,0 63,4
Alongamento no Escoamento ASTM D 6693 % 12,0 14,4
Alongamento na Ruptura ASTM D 6693 % 700,0 837,5
Resistência ao Rasgo ASTM D 1004 N 249,0 283,0
Resistência à Perfuração ASTM D 4833 N 640,0 748,0
Teor de Negro de Fumo ASTM D 4218 % 2a3 2,3
Dispersão de Negro de Fumo ASTM D 5596 categoria 1e2 1

Data: 02/04/2013 Responsável: Patricia Ferreira

Elaborado: Aprovado: Revisão: 03


24/08/2001 27/08/2001 Válido a partir de 22/06/2011
CTRI São Sebastião

ANEXO 13 – ART

184

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