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A Direfença que existe entre estes órgaos é porque os Órgãos do Poder Local ( autarquias
locais) são órgaos autónomos, isto é gozam autonomia administrativa, financeira e patrimonial e
para o se funcionamento não dependem do orçamento geral do Estado, apenas o Estado atribui a
eles uma compensação, pois estes órgãos geram receitas próprias e a sua gestao cabe ao
municipio; No ambito político os seus órgãos passam a ser eleitos pelos municipes. Enquanto
que os Órgãos Locais do Estado ( Provincia, Distritos, Postos Administrativos e Localidades),
prevalece a questão de hierarquia e obdecem as ordens superiores a nivel central e respondem
directamente ao Chefe do Estado e os seus órgãos são nomeados por um despositivo legal
(despacho); para o seu funcionamento dependem unicamente do Orçamento Geral do Estado,
não tem autonomia própria as suas receitas são canalizadas na Autoridade Tributária de
Moçambique (conta do tesouro).
Os Órgãos Locais do Estado são criadas pela Lei nº 8/2003, de 19 de Maio, que estabelece
normas de organização, competencia e funcionamento dos órgãos locais do Estado, nos escalões
de Provincia, Distrito, Postos Administrativos e Localidades;
Órgãos do Poder Local do Estado são criadas pela Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro, aprova a
criação das Autarquias Locais, Cidades e Vilas.
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Análise crítica a ordem dada pelo Presidente da Republica
O Presidente da Republica foi correcta pese embora deveria ter sido claro, verifica-se que o
Governo da Cidade não observou suas competencias e atribuições, sendo assim espelha-se a falta
de coordenação das actividades entre as entidades ou instituições em causa, situação que
contraria o plasmado no artigo 9 da Lei 8/2003, de 19 de Maio, onde passo a citar “ Na sua
actuação os órgãos locais do Estado respeitam a autonomia e as atribuições e competencias das
autarquias locais.
1. Os órgãos locais do Estado coordenam os seus planos, programas, projectos e acções com
os órgãos das autarquias locais compreendidas no respectivo territorio, visando a
realização harmoniosa das suas atribuições e competencias;
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2. Com a finalidade de coordenar acções especificas e programas de dimensão territorial
comum, poderão ser organizados encontros de coordenação entre o órgão executivo
autárquico e o órgão local do Estado que abrange as áreas das autarquias locais
compreendidas no respectivo território;
3. Estes encontros tem carácter consultivo e em nenhum caso poderão por em causa as
competencias dos respectivos órgãos, devendo produzir memorandos de entendimento
aprovados por ambos.
1. Os órgãos locais do Estado e as autarquias locais podem estabelecer entre si, sem prejuizo
das suas competencias respectivas, formas de parceria para melhorar a prossecução do
interesse público, nomeadamente no dominio da programação e coordenação da
implementação das politicas sectoriais nacionais e locais do desenvolvimento, assim
como para organizar a assistencia tecnica dos órgãos locais do Estado às autarquias locais
2. No estabelecimento de parcerias só serão considerados os projectos ou actividades que
não ponham em causa o interesse público e os planos directores autárquicos.
Estes entes descentralizados verifica-se tutela entre eles e estão na mesma linha e um não
pode exonerar o outro o que devia acontecer é coordenar as actividades dentro da área de
jurisdição não só o artigo 8 da Lei 7/97, de 31 de Maio no seu nº1 e 2 refere que a tutela
administrativa do Estado cebe ao governo e é exercida pelo Ministro que superientende na
Função Pública e na Administração Local do Estado e pelo Ministro que superientende no
plano e finanças, no dominio das respectivas áreas de competencia;
2º Os Governadores Provinciais exercem a tutela administrativa nas autarquias locais nos termos
determinados pelo Conselho de Ministros, sob proposta dos Ministros referidos no numero
anterior.
Por outro lado, As autarquias locais gozam de autonomia mas não constituem estados
independentes a Constituição da República sublinha que o poder local funciona no quadro da
unidade do Estado Moambicano e destaca os interesses superiores do Estado. As autarquias agem
no interesse da população local sem prejuizo de interesses nacionais e da participação do Estado,
artigos 188, 193 da Constituição da República.
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Por outro torno, o artigo 9 da Lei 2/ 97, de 18 de Fevereiro preconiza que as autarquias locais
estão sujeitas à tutela administrativa do Estado segundo as formas e nos casos previstos na lei.
d) A análise crítica partindo como foi exercico o “ poder” entre estes entes descentralizados,
entendo que não houve coordenação entre os dois órgãos sendo que o nº 8 da Lei 2/97, de 18 de
Fevereiro, e considero que a Governadora da Cidade de Maputo negligenciou o cumprimento
das actividades contidas do Plano Quinquenal do Governo e o Municipio agiu defendendo-se por
ter implementado com o plano Quinquenal do Governoporque a lei estabelece que os municipios
devem estar em harmonia com o PQG Por outro lado, a lei acima indicada estabelece que:
Os Vicios