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Stoodi

VIA DE NASCIMENTO: ESCOLHA DA GESTANTE OU QUESTÃO DE SAÚDE


PÚBLICA?

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Via de nascimento: escolha da
gestante ou questão de saúde pública?, apresentando proposta de intervenção,
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Médicos serão controlados e terão que justificar cesáreas

Os médicos serão obrigados a justificar a escolha por cesáreas feitas em


gestantes, e os planos de saúde poderão se recusar a pagá-los caso avaliem que
esse procedimento era desnecessário.
As medidas fazem parte de um pacote anunciado nesta terça (6) pelo Ministério da
Saúde e pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para estimular a
realização de partos normais e impor controle às cesáreas.
O objetivo é reduzir a taxa de cesáreas na rede privada --onde elas representam
84,6% dos partos. Na rede pública, esse índice é de 40%.
Na prática, a ideia é obrigar médicos a indicarem esse procedimento cirúrgico
apenas quando a gestante entrar em trabalho de parto e somente em casos de
necessidade, como quando há risco de sofrimento ao bebê.
De um lado, especialistas avaliam que há um excesso de cesáreas no Brasil e que
há casos em que isso é feito por comodidade, para permitir um agendamento do
parto --a Organização Mundial da Saúde recomenda que elas se limitem a 15% dos
casos.
Outros argumentam ser preciso uma mudança cultural --já que, diferentemente do
que ocorre em outros países, aqui é comum que se dependa de um mesmo médico
por 24 horas, em vez do uso de plantonistas e enfermeiros.
Com as novas regras, médicos poderão ter seu pagamento recusado mesmo se
estiver atendendo a um pedido da gestante. O hospital também pode perder
reembolso.
Para Newton Busso, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
de SP, a medida fere a autonomia dos médicos e o direito de escolha da gestante.
"É uma decisão arbitrária. Não podemos interferir na conduta médica. Vou ter que
esperar a paciente ter dor, sangramento, só para a partir daí fazer a cesárea?", diz.
"Temos que respeitar a decisão da paciente em querer fazer a cesárea, assim
como respeitamos a decisão de quem quer fazer parto em casa."
As novas regras serão publicadas no "Diário Oficial" desta quarta (7). As
operadoras e profissionais terão 180 dias para se adaptarem.
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/203046-medicos-serao-controlados-e-
terao-que-justificar-cesareas.shtml)

Texto II

Parto normal fortalece a saúde do bebê

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dar à luz a um bebê é um ato


natural. De acordo com a instituição, se tudo estiver bem com mãe e com a criança,
o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica.
A cesárea, cirurgia de médio porte, é recomendada em casos de complicações
reais para a mulher e para o bebê e necessita, portanto, de indicação médica.
Conforme a OMS, o índice aceitável de cesarianas fica em torno de 15%.
Para a criança, a principal consequência é a prematuridade e a imaturidade
pulmonar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cesáreas agendadas
também aumentam em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o
recém-nascido e se trata da principal causa do encaminhamento de bebês para UTIs
neo-natais.
A obstetra Renata Reis também enfatiza que a única prova existente que um bebê
está pronto para o nascimento é o trabalho de parto. “Realizar uma cesariana
marcada, ainda que seja em uma idade gestacional mais avançada, com 39 ou 40
semanas, não significa que o bebê está pronto para nascer. Talvez aquele bebê
precisasse de mais tempo para estar completamente formado”, alerta.
A médica ainda destaca que o contato do bebê com as bactérias e os micro-
organismos existentes no canal vaginal estimula o sistema imunológico do recém-
nascido, fazendo com que o parto normal seja responsável por evitar doenças
futuras como asma, obesidade e doenças autoimunes.
(http://www.brasil.gov.br/saude/2015/01/parto-normal-fortalece-a-saude-do-bebe)

Texto III

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