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ORDEM DE SERVIÇO Nº 001, DE 6 DE JANEIRO DE 2017.

Autoriza a priorização dos pagamentos de despe-


sas continuadas no exercício de 2017.

Considerando o disposto no artigo 5° da Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de


1993, e alterações posteriores;

considerando a necessidade de definição de regras para o pagamento das obriga-


ções da Prefeitura Municipal de Porto Alegre constituídas no exercício de 2017 em função do
comportamento das suas disponibilidades de caixa, sem prejuízo ao bom andamento dos servi-
ços públicos;

considerando o risco de continuidade no fornecimento de alguns bens e serviços


ao Município face ao significativo volume físico e financeiro dos pagamentos a fornecedores e
prestadores de serviços;

considerando a necessidade de melhor gerir o fluxo de caixa da Fazenda Munici-


pal, direcionando os recursos à satisfação das obrigações prementes e indispensáveis à manuten-
ção de serviços públicos essenciais, e

considerando o disposto no Decreto nº 19.643, de 4 de janeiro de 2017, que esta-


belece a suspensão temporária dos pagamentos de despesas do exercício de 2016 e anteriores,

D E T E R M I N O:

Art. 1º Fica autorizada a priorização dos pagamentos de despesas constituídas


no exercício de 2017 referentes a:

I – serviços de caráter continuado de:

a) vigilância, limpeza e higienização e outros onde haja preponderância de mão-


de-obra terceirizada;

b) coleta e transporte de lixo, transporte de material escolar, de gêneros alimentí-


cios e de medicamentos;

c) serviços públicos de energia elétrica, de água, de saneamento, de telecomuni-


cações, fixo e celular, correios, incluindo serviços de carregamento de máquina de franquia e de
outros serviços públicos de natureza compulsória;
d) conserto, conservação e manutenção de veículos, elevadores, máquinas e
equipamentos, inclusive de informática;

e) serviços de locação de bens móveis e imóveis;

II – serviços médicos e paramédicos, laboratoriais, bem como assistência médi-


co-hospitalar;

III – obrigações relativas a estágios remunerados;

IV – serviços, locações, materiais e insumos gráficos e de reprografia;

V – serviços de informática e processamento de dados;

VI – serviços e obras de construção, ampliação e reforma de escolas, pré-escolas


e de imóveis destinados à área de saúde pública;

VII – serviços de transporte de móveis e utensílios para mudança de local de re-


partição pública;

VIII – serviços bancários e de seguros em geral;

IX – transporte aéreo, rodoviário, inclusive os decorrentes de taxi;

X – fornecimento de gêneros alimentícios, medicamentos, artigos cirúrgicos e la-


boratoriais, produtos farmacêuticos e odontológicos, materiais escolares, combustíveis e lubrifi-
cantes e outros necessários à continuidade administrativa;

XI – serviços de consultoria em financiamentos junto a organismos internacio-


nais;

XII – obras e serviços autorizados no âmbito do Orçamento Participativo;

XIII – repasses e transferências às escolas, creches comunitárias, conselhos esco-


lares, convênios e programas relacionados à alfabetização;

XIV – amortizações, juros e encargos da Dívida Pública e demais obrigações e


parcelamentos, tais como PIS/PASEP, obrigações previdenciárias, tributos e outros de natureza
compulsória;

XV – serviços de cartórios, custas, e demais serviços relacionados à Justiça;

XVI – convênios e respectivas obrigações;


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XVII – indenizações, consignações e restituições de tributos, cauções e reten-
ções;

XVIII – diárias, jetons, auxílios funerais, auxílio alimentação e despesas de pron-


to pagamento;

XIX – obrigações relativas às anuidades e mensalidades associativas;

XX – obras e serviços considerados como contrapartida de financiamentos;

XXI – assinatura de jornais, revistas, publicações e periódicos;

XXII – obras e serviços emergenciais no sistema viário e pluvial;

XXIII – desapropriação de imóveis para fins de execução de obras vinculadas a


financiamentos, convênios ou objeto de ações judiciais;

XXIV – obras e serviços a serem pagas com recursos de empréstimos e financi-


amentos.

Art. 2º A deliberação das priorizações deverão ser pautadas em função da emer-


gencialidade do gasto, do risco de prejuízos ao bom funcionamento dos serviços públicos decor-
rentes de atraso nos pagamentos, da existência de recursos no período e do comportamento das
disponibilidades.

§ 1º No âmbito da Administração Centralizada a deliberação será de responsabi-


lidade da Secretaria Municipal da Fazenda (SMF), por meio do Tesouro Municipal TM relati-
vamente aos vínculos livres.

§ 2º Na Administração Indireta será de responsabilidade do dirigente máximo da


entidade, relativamente aos recursos próprios.

§ 3º No âmbito dos fundos especiais a deliberação das priorizações de pagamen-


to será de responsabilidade dos respectivos gestores.

Art. 3º As despesas que não se enquadrarem nos incs. I a XXV do art. 1º desta
Ordem de Serviço, poderão ser excepcionalizadas, a pedido do Secretário da Pasta ou do dirigen-
te máximo do órgão, por meio de processo SEI devidamente justificado quanto ao motivo, en-
caminhando-o ao Secretário Municipal da Fazenda a quem compete autorizar.

Parágrafo único. Autorizada a excepcionalização a SMF publicará ato no Diá-


rio Oficial Eletrônico de Porto Alegre (DOPA-e) e providenciará o pagamento ou a remessa de
recursos ao órgão.
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Art. 4º Esta Ordem de Serviço entra em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada a Ordem de Serviço nº 009, de 17 de julho de 2007.

PREFEITURA DE PORTO ALEGRE, 6 de janeiro de 2017.

Nelson Marchezan Júnior,


Prefeito.

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