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Interpretação dos Salmos.

A - linha é a unidade básica da poesia hebraica.


Uma linha não pode ser confundida com uma sentença em português, porque muitas
linhas contem mais do que uma sentença completa.

1 Louvai ao SENHOR, vós todos os gentios,

louvai-o, todos os povos.

Uma linha também não pode ser confundido com um versículo da


Bíblia,porque muitos versos contem mais de uma linha.

1 ºlinha - Os príncipes dos povos se reúnem, - sentença

(o povo do Deus de Abraão,) - sentença

2.º linha - porque a Deus pertencem os escudos da terra; - sentença

( ele se exaltou gloriosamente ). Salmos 47.9 – sentença

Portanto uma linha uma expressão de pensamento completo e paralelismo.

B – Quando escrevemos poesia, nós agrupamos linhas relacionadas para juntas fomarem uma

linha estrofes. Diversas traduções modernas indicam as divisões entre estrofes por meio de

espaço extra entre elas. Esse espaço funciona como recuo que marca o começo de um novo
parágrafo na prosa portuguesa.

A base primaria para agrupar linhas em uma estrofe é o seu sentido Uma estrofe é um grupo
de linhas que tem seu foco em um tema comum; uma única ideia mantém unidos os versos de
uma estrofe.

Exemplo: Salmos 13.

A uma estrofes é uma grupo de linhas que tem seu foco em tema

comum; uma única ideia mantém unidos os versos de uma estrofes.


Salmos 13.

1Ó SENHOR Deus, até quando

esquecerás de mim?

Será para sempre?

Por quanto tempo esconderás de mim

o teu rosto?

2 Até quando terei de suportar


este sofrimento?

Até quando o meu coração se encherá

dia e noite de tristeza?

Até quando os meus inimigos

me vencerão?

3 Ó SENHOR, meu Deus,

olha para mim e responde-me!

Dá-me forças novamente

para que eu não morra.

4 Assim os meus inimigos não poderão

se alegrar com a minha desgraça,

nem poderão dizer:

“Nós o derrotamos!”

5 Eu confio no teu amor.

O meu coração ficará alegre,

pois tu me salvarás.

6 E, porque tens sido bom para mim,

cantarei hinos a ti, ó SENHOR.

O espaço aparece entre os versículos 2 e 3 e entre os versículos 4 e 5,

1 Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre?


Até quando ocultarás de mim o rosto?
2 Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia?
Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?

3 Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma
o sono da morte;
4 para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários,
vindo eu a vacilar.

5 No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação.
6 Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.
Esse Salmos é formado por três estrofes. Dando um sentido completo do Salmo. Os poetas
hebreus expressão seus pensamentos em poemas compostos basicamente por linhas, e estrofes.

C - O que torna uma linha uma linha? É o paralelismo entre elas. Em uma linha, há um
relacionamento particular entre as linha, um certo fluxo de pensamento de uma linha para
outra linha. Nós denominamos este fluxo de pensamento ou relacionamento de
“paralelismo”. Podemos afirmar, portanto, que o paralelismo é um relacionamento de
correspondência entre duas linhas poética.

1. O que é paralelismo? Correspondência.


Paralelismo se refere à correspondência que ocorre entre as sentenças de
uma linha poética.

Algumas vezes, o nível de correspondência no nível gramatical é tão alto que as formas,
gramaticais de cada linha são idênticas.
Exemplo de correspondência gramatical; Salmos 103.3

Primeira linha - Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades;

Segunda linha - (Ele) quem sara (perdoa) todas as tuas enfermidades (iniquidades);
2. Como o paralelismo funciona?
Dizer a mesma coisa duas vezes em palavras diferentes.
3. Uma nova compreensão do paralelismo.
Paralelismo é a arte de dizer algo similar em ambas as linhas, mas com um
adicional na segunda linha ou até mesmo numa terceira linha.

Exemplo; Salmos 150.1


1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário;

louvai-o no firmamento, obra do seu poder.

Esse santuário se refere ao santuário de Deus no céu ou na terra?

O santuário é no céu, dado que a segunda linha afirma “ louvi-o no firmamento”

Grande Ideia: A grandeza do senhor só pode ser louvada adequadamente


no anfiteatro do cosmo.
Segundo exemplo: Salmos 29.1

Primeira linha - Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, “ anjos”


Seunda linha - tributai ao SENHOR glória e força “motivos”

A repetição de “ Tributai ao Senhor” estabelece uma


correspondência entre duas linhas, a qual nos convida ler as linhas
em conjunta. Tendo estabelecido a correspondência, o poeta então
adiciona uma diferença:
A primeira linha nos conta quem deve dar honra ao Senhor – os
anjos.
Na segunda linha o poeta adiciona a deia do motivo pelo qual os
anjos devem honrar o Senhor, por sua gloria e força. Ou seja, a
segunda linha o poeta adiciona algo de sentido a primeira linha,
nossa compreensão do texto se aprofunda e nosso deleite no texto
floresce.

Terceiro Exemplo: Salmos 29:4

A voz do SENHOR é poderosa;

a voz do SENHOR é cheia de majestade.

Aqui a mudança é de uma característica (poder) por (majestade).

O versículo 5 tem outro movimento:

A voz do SENHOR quebra os cedros;

sim, o SENHOR despedaça os cedros do Líbano.

O movimento é de “ cedros” para “cedros do Líbano”

Quarto exemplo: Salmos 29.10

O SENHOR preside aos dilúvios; como rei,

o SENHOR presidirá para sempre.

O primeira linha nos diz onde o trono do Senhor foi estabelecido – acima das forças que

caóticas que Ele derrotou em batalha.

A segunda linha nos conta por quanto tempo isto é verdade – para sempre.

Portanto; Paralelismo é a arte de dizer algo similar em ambas as linhas, mas com um
adicional na segunda linha ou até mesmo numa terceira linha. Os poetas hebreus nos
convidam, assim, a ler cuidadosamente, procurando pela diferença no segunda linha, seja
ela pequena ou grande.
D–

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