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Curso de Psicologia
Professora: Hillevi Soares
Disciplina: Técnicas de Exame Psicológico II
A validade dessas técnicas foi obtida a partir de correlações com várias fontes, utilizando-se o
método de consistência interna: informações acerca do examinando, associações livres, traduções
de símbolos mediante análise, comparação de um desenho com outro de uma série, dados obtidos
mediante o Psicodiagnóstico de Rorschach e/ou T.A.T.
A interpretação dos desenhos baseia-se no uso dos significados simbólicos derivados da psicanálise
e do folclore; na experiência clínica; nas associações livres dos clientes; nas simbolizações dos
psicóticos; na correlação entre os desenhos projetivos produzidos em vários momentos da terapia e
em vários estudos experimentais.
2) CARACTERÍSTICAS DA TÉCNICA:
A técnica projetiva H.T.P. (house, tree, person) constitui-se de desenhos temáticos sem modelos,
isto é, de realização gráfica a partir de um tema proposto. Investiga a visão subjetiva que o sujeito
tem de si mesmo e de seu ambiente, das coisas que considera importante, das que enfatiza e das que
ignora.
Criada por Buck em 1946 e publicada em 1948, a técnica se constitui em três itens específicos:
casa, árvore e pessoa. A escolha destes itens por Buck foi devido ao fato de que são itens familiares
a todos, facilmente aceitos para serem desenhados por todas as idades, estimulam verbalizações
mais espontâneas e são simbolicamente férteis em significados inconsciente.
A apresentação dos itens ao examinando, segue uma ordem que permite uma introdução gradual
da tarefa gráfica, os itens psicologicamente mais difíceis de serem desenhados, por provocarem
associações mais conscientes, são deixadas por último.
Na técnica gráfica H.T.P. o sujeito recebe estímulos que, apesar de lhe ser familiar, são
completamente inespecíficos, possibilitando o mecanismo de projeção.
Na análise das produções gráficas três aspectos devem ser levados em consideração:
o aspecto adaptativo - adequação à tarefa solicitada, assim como a correspondência com o
grupo de idade, sexo e/ou eventualmente à patologia;
o aspecto expressivo - o estilo particular de resposta do sujeito, revelado através da qualidade
gráfica;
o aspecto projetivo - a atribuição de qualidades às situações e objetos
3) MATERIAL UTILIZADO:
Folhas de papel branco ofício ou A4, lápis grafite número dois (para o HTP acromático) e borracha
macia.
4) TÉCNICA DE APLICAÇÃO:
Solicita-se ao sujeito que desenhe na primeira folha, o melhor que puder, uma casa; na segunda
folha uma árvore; na terceira folha uma outra árvore; na quarta folha uma figura humana de corpo
inteiro e na quinta folha uma figura humana de corpo inteiro e de sexo oposto ao que foi desenhado
anteriormente.
A instrução dada ao sujeito é ambígua, pois o examinador não dá nenhuma indicação sobre a
representação das figuras, portanto a ênfase dada a cada uma delas e a inclusão ou exclusão dos
detalhes são decisões exclusivas do sujeito.
Após a produção dos desenhos pede-se que o sujeito fale (ou escreva no caso da aplicação coletiva)
sobre cada desenho, sendo às vezes necessário realizar um questionário posteriormente para a
complementar os dados.
Na figura da ÁRVORE são projetados os sentimentos mais profundos e inconscientes que o sujeito
tem a respeito de si mesmo. Abrange os sentimentos mais básicos e duradouros, e menos suscetíveis
de serem alterados, sendo mais fácil atribuir traços e atitudes mais conflitivos ou emocionalmente
perturbadores nesta figura. Segundo Buck, dos três desenhos, a figura da árvore é mais provável de
transmitir a imagem que uma pessoa tem de si mesma no contexto de sua relação com seu ambiente.
Assim como na árvore, a figura da PESSOA investiga a imagem corporal e o autoconceito, porém
esta figura reflete a visão de si mesmo mais próxima da consciência e sua relação com o ambiente,
os mecanismos para lidar com os outros e os sentimentos em relação a eles.
Segundo Hammer, esta figura tende a provocar três tipos de temas: um auto-retrato (representando
o que o sujeito sente ser), um self ideal (um ideal de ego) e uma representação de outras pessoas
significativas (do passado ou do presente, por causa de sua valência positiva ou negativa para o
sujeito).
TELHADO:
Representa a área da fantasia, reflete o grau em que o indivíduo dedica seu tempo à fantasia
ou se volta para esta área para busca satisfação.
PAREDES:
A força e a adequação da representação das paredes estão ligadas ao grau da força do ego e da
personalidade.
PORTA:
JANELAS:
CHAMINÉ:
Em sujeitos bem ajustados representa apenas um detalhe necessário a casa, porém Pode ser
considerada como um símbolo fálico, porém em sujeitos com conflitos psicossexuais.
FUMAÇA:
Pode indicar tensão interna no sujeito ou conflito e turbulências emocional na situação familiar ou
em ambos, se for densa e exagerada.
PERSPECTIVA:
TRONCO:
Representa o sentimento de poder básico e força básica da personalidade, isto é, a força do ego.
Demonstram o sentimento de habilidade para obter satisfação a partir de seu ambiente, recursos
que utiliza para chegar aos outros e de buscar realização.
COPA:
CABEÇA:
São retratados os elementos concernentes ao intelecto, grau de preocupação com a fantasia, controle
racional, preocupações com as relações interpessoais e conceitos do self.
CABELOS:
Assim como a barba, geralmente vista como símbolo de virilidade, força e masculinidade.
FACE:
OLHOS:
NARIZ:
PESCOÇO:
OMBROS:
Representam força e poder. Juntamente com os braços, as mãos e pernas, formam um complexo
que indica a força de empenho do sujeito.
BRAÇOS E MÃOS:
TRONCO:
SEIOS:
Associado com dependência, representando mais o receber do que o dar, também associado à
sexualidade e a feminilidade.
PERNAS:
PÉS:
CINTO / CINTURA:
Separam a parte inferior ou sexual da parte superior ou intelectual, podendo ser tomados como
símbolos de controle.
VESTIMENTA:
A maioria desenha figuras vestidas, a diminuição no número de peças do vestuário pode estar
associada ao narcisismo, ao exibicionismo.
MOVIMENTO:
Tende a identificar pessoas com disposição para resolver seus próprios problemas.
TAMANHO DAS FIGURAS:
Relação dinâmica entre o indivíduo e o seu ambiente ou entre o indivíduo e as figuras parentais.
Indicador de fricção referentes ao papel sexual, hostilidades, dependência, força dos impulsos e
níveis de maturidade sexual.
SEQUÊNCIA:
TAMANHO:
O papel representa, de modo geral, o mundo exterior do sujeito e o desenho a forma pela qual o
sujeito se expressa nesse mundo. Oferece indícios a respeito da auto-estima do sujeito, sua
auto-expansividade característica ou sua fantasia de auto-inflação.
PRESSÃO:
TRAÇOS:
Dentadas- hostilidade.
Tremidas- ansiedade, insegurança
INCLINAÇÃO DO TRAÇO:
USO DA BORRACHA:
DETALHES:
Ausência- sentimentos de vazio e energia reduzida, típicas de sujeitos que empregam defesas de
retraimento, e às vezes depressão.
SIMETRIA:
LOCALIZAÇÃO:
Base no papel -> necessidade de apoio, medo da ação independente e falta de autoconfiança.
MOVIMENTO: