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Jamais altere a ordem das aulas.

Praticaremos um
estudo lento e muito tranquilo. Nossa absorção será
pelo prazer em aprender.

Seja sincero consigo mesmo. Se não entender uma


determinada aula, refaça os exercícios até que você
consiga resolver todas as suas dúvidas.

Não estude tudo de uma vez. Dê um tempo pra sua


cabeça absorver as coisas. Aqui, a gente se ajeita,
sossegado. Sem pressa. Entre uma aula e outra, que
tal uma coca gelada? Ou... quem sabe, um cochilo
descompromissado?
AULA 01

Na análise sintática, o foco principal é a oração. E o que é uma oração?


É um trecho escrito que possui 1 ou mais verbos. Quando ela possui
apenas 1 verbo, o “pedaço” a ser analisado é chamado de período
simples. E quando possui mais de 1 verbo é chamado de período
composto.

Só pra exemplificar:

Período Simples: Ela chegou tarde.


Apenas 1 verbo: Chegou.

Período Composto: Ela chegou tarde e dormiu por aqui.


Mais de 1 verbo: Chegou, dormiu.

Faremos a análise sintática de um período simples: o período que


possui apenas 1 verbo. E como achar o verbo? O verbo é aquela palavra
que indica alguma ação.
Exemplos de verbos: comer, andar, ficar, pular e chegar.

Dicas importantes:

 Sempre marque o verbo da oração. Através do verbo, todos os outros


termos serão encontrados facilmente.

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 Quando você encontrar o sujeito, o restante da oração será,
necessariamente, predicado.
 O verbo sempre estará contido no predicado.

Agora, faça comigo uma análise sintática muito básica. Seguirei uma
LINHA DE RESOLUÇÃO que não tem erro, é usar e achar tudo. Vamos
lá:

O menino chegou atrasado à escola.

1º: Marcar o verbo:


O menino chegou atrasado à escola.
Observação imediata: Trata-se de um período simples porque existe
apenas 1 verbo (chegou).

2º: Usar uma das duas perguntas:


- Quem é que + verbo?
- Que é que + verbo?

Observe que, na oração “O menino chegou atrasado à escola”, o sujeito


é uma pessoa. Portanto, vamos utilizar a pergunta “quem é que
chegou?”
Resposta: “o menino”
Pronto? Achamos o sujeito da oração. Agora, vamos descobrir o
predicado:

- Sujeito: o menino
- Predicado: chegou atrasado à escola

Sem crise: retirei o sujeito “o menino” e coloquei como predicado todo


o restante da oração.

Mais um exemplo:

O ônibus amarelo da escola parou no sinal vermelho.

Observe que, na oração, a palavra ônibus corresponde a “uma coisa” e


não a “alguém”. Então, utilizaremos a pergunta: “que é que parou no
sinal vermelho?”
Resposta: O ônibus amarelo da escola.

IMPORTANTE: quando você fizer a pergunta, tudo o que está próximo


ao sujeito deverá ser citado. Não é correto afirmar que o sujeito é
somente “ônibus”. As outras palavras que acompanham “ônibus”
devem fazer parte do sujeito.

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Faça esses exercícios (depois, confira as respostas)

IDENTIFIQUE O SUJEITO E O PREDICADO DAS ORAÇÕES


ABAIXO:

1. Todos chegaram muito felizes.


2. Eu, Marina, Cláudia e os cachorros ficamos presos dentro da casa
depois da chuva forte.
3. Caiu a água sobre o telhado.
4. A esperança em Deus representa a nossa vitória.
5. Estariam eles perdidos no meio do mato?
6. Parecia muito estranha a água da chuva.

Respostas:
01. Sujeito: Todos
Predicado: Chegaram muito felizes.
Quem é que chegaram muito felizes? Todos.

02. Sujeito: Eu, Marina, Cláudia e os cachorros.


Predicado: Ficamos presos dentro da casa depois da chuva forte.
Quem é que ficamos presos dentro da casa depois da chuva forte? Eu,
Marina, Cláudia e os cachorros. (o verbo “ficamos” está correto; na
verdade, EU faço parte da turma citada nesse sujeito).

03. Sujeito: A água.


Predicado: caiu sobre o telhado.
Que é que caiu sobre o telhado? A água.

04. Sujeito: A esperança em Deus.


Predicado: representa a nossa vitória.
Que é que representa a nossa vitória? A esperança em Deus.

05. Sujeito: Eles.


Predicado: Estariam perdidos no meio do mato.
Quem é que estariam perdidos no meio do mato? Eles.

06. Sujeito: A água da chuva.


Predicado: Parecia muito estranha.
Que é que parecia muita estranha? A água da chuva.

FIM DA AULA 01
Você entendeu até aqui?
Se SIM: avance para a próxima parte

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Se NÃO: retorne ao início e refaça o raciocínio

Atenção: aplique esse procedimento em todas as aulas. Sempre se


pergunte sobre o seu aproveitamento. Pergunte-se, questione-se, seja
sincero. Não tenha pressa, estou contigo nessa caminhada. Se for o
caso, repita a aula até que você consiga absorver as informações
contidas em cada tópico. Logicamente, à medida em que as aulas
evoluem, o conteúdo aumentará. E, em análise sintática, o
conhecimento é cumulativo, ou seja, as informações adquiridas na
primeira aula serão cobradas na última aula.

AULA 02

Agora, vamos descobrir alguns “pedaços”, além do sujeito e do


predicado. Esses “pedaços” podem aparecer em vários lugares e
recebem nomes muito específicos.
Nessa segunda aula, vamos descobrir a utilidade da transitividade
verbal.

O que é uma transitividade verbal? Não sabe?


Dica simples: lembre-se da palavra “trânsito”. E como é a vida no
“trânsito”? Quando a gente está no trânsito, vamos de um lado pro
outro, numa correria maluca. Portanto, no trânsito não podemos ficar
parados, certo? A palavra “trânsito” dá uma ideia de movimento.

A mesma coisa acontece com os verbos. Eles precisam ser classificados


segundo a “transitividade” que estabelecem na oração.

Os verbos são classificados como:


- Verbos transitivos (TRÂNSITO EXIGIDO)
- Verbos intransitivos (TRÂNSITO PROIBIDO)

Mais um importante passo: na sintática, as palavras são classificadas


segundo a importância na oração. Então, temos vários termos
(palavras):
 Termos essenciais
 Termos integrantes
 Termos acessórios

São termos essenciais: o sujeito e o predicado.

Por que são chamados de “termos essenciais”? Simplesmente, porque


são “essenciais” para a formação de qualquer oração. O sujeito e o
predicado representam “a pessoa que exerce a ação” e o predicado
“aquilo que é executado”. Obviamente, há muitos outros termos que

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podem fazer parte do sujeito e predicado, porém eles não são
considerados “essenciais”.

Portanto, lembre-se disso:


Termos essenciais: sujeito (o camarada que faz alguma
coisa) e o predicado (o lance que o camarada faz).

São termos integrantes: os complementos verbais.

E quais são os únicos complementos verbais? Esses complementos


verbais, na verdade, são EXIGIDOS pelos verbos. Esses complementos
são os objetos. São classificados como:

 Objetos diretos (quando são exigidos e completam um verbo


transitivo direto)
 Objetos indiretos (quando são exigidos e completam um verbo
transitivo indireto)
 Objetos direitos e indiretos (quando são exigidos e completam um
verbo transitivo direto e indireto.

Os verbos que exigem um objeto direto e um objeto indireto são


chamados de “bitransitivos” porque BI = 2 transitividades (direto e
indireto).

Uma explicação diferente:


Um verbo que exige um complemento é chamado de transitivo.
Um verbo que não exige um complemento é chamado de intransitivo.

Os únicos complementos verbais na sintática são algumas palavras


classificadas como objetos.
Na próxima aula, descobriremos se essas palavras são objetos diretos,
indiretos ou os dois ao mesmo tempo.

Então, através desses objetos, voltamos ao verbo e fazemos a seguinte


classificação:
 Se rolar um objeto direto o verbo será transitivo direto (ele exige um
trânsito direto, sem quebra-molas).
 Se rolar um objeto indireto o verbo será transitivo indireto (ele exige
um trânsito indireto, com vários quebra-molas, vários obstáculos).
 Se rolar um objeto direto e indireto o verbo será bitransitivo (ele exige
um trânsito direto numa parte, e indireto numa outra parte).

Tudo bem até aqui?

Resumo rápido da matéria:

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Numa oração precisamos encontrar o sujeito e o predicado (porque
são os termos essenciais da oração).
Descobrimos o sujeito através de duas perguntas simples: uma
pergunta para as orações que possuem pessoas como sujeito (quem é
quê?) e uma outra pergunta para as orações que possuem coisas
como sujeito (que é quê?).
Além do sujeito e do predicado, vamos encontrar mais algumas
palavras que possuem utilidade na oração. Quando essas palavras
são muito importantes, são chamadas de “integrantes”. Os termos
integrantes são determinados pelos verbos. Os termos integrantes são
os objetos. Os verbos possuem transitividade.
Fim da Aula 02

AULA 03

Os termos integrantes são PEDIDOS PELOS VERBOS.

E como a gente descobre se um verbo pede ou não um complemento?

Na verdade, quando o verbo é utilizado, essa necessidade de


complemento surge, naturalmente. É muito importante PERCEBER os
verbos em situações distintas, ou seja, os verbos podem exigir
complementos em determinadas situações e, colocados em orações
diferentes, dispensarem esses complementos.

Dicas importantes:
 Cada oração merece uma análise sintática específica.
 Não generalize a análise sintática para todas as orações.
 Você deve fazer uma análise “individual” de cada oração a fim de
descobrir a utilidade dos termos sintáticos.
 Não faça analogias (comparações), isso é muito perigoso.
 Dedique, sempre, um raciocínio sintático para cada oração de um
período.
 RESUMINDO: uma oração possui uma análise sintática e pronto.
Rolou outra oração? Comece tudo de novo, com uma nova análise
sintática, porque o verbo pode pedir ou não um complemento.

Observe:

Maria chegou.
O verbo “chegar” pediu algum complemento?

Quando eu digo que “Maria chegou” o verbo “chegar” NECESSITA de


algum tipo de complemento? Observe que o verbo chegar NESSE
CASO não pede nenhum complemento porque ele passa a ideia

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completa da ação: uma pessoa chegou. Todos conseguem entender a
mensagem transmitida pela mensagem: Maria chegou.

Pode até aparecer algum complemento, porém, ele não é solicitado


pelo verbo.

Exemplos:

Maria chegou à casa dos pais.


Sujeito: Maria
Predicado: Chegou à casa dos pais.
Verbo: chegou
Palavras que sobraram na oração: À casa dos pais.
Essas palavras que sobraram são, NESSA ORAÇÃO, classificadas como
adjuntos adverbiais.

O Adjunto adverbial é um coitado. Na verdade, o sonho dele era o de se


tornar um verbo, porém, não passou de um simples adjunto adverbial.
Viu? Ele serve para indicar condições para o verbo: tempo, modo,
lugar... (por isso o nome dele tem o “JUNTO VERB” que pode ser
interpretado como um termo que “gosta de andar perto do verbo,
fornecendo condições ao verbo”).

O adjunto adverbial é completamente descartável e a oração pode ser,


tranquilamente, compreendida com a sua ausência.

Maria chegou depois da chuva forte.


Sujeito: Maria
Predicado: Chegou depois da chuva forte.
Adjunto adverbial de tempo: Depois da chuva forte.
Oração sem o adjunto adverbial: Maria chegou.

Não se preocupe com o adjunto adverbial, abordaremos esse termo nas


próximas aulas.

Além dos termos essenciais e integrantes, existem os


termos acessórios. Os termos acessórios não são assim tão
importantes na análise sintática.

Vamos ver como eles se apresentam na oração.

São termos acessórios: adjunto adnominal, predicativo e mais alguns


outros (depois, a gente vê tudo isso).

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Não são muito importantes, por isso são chamados de acessórios.
Como exemplo prático, imagine um carro. Você compra um veículo e
ele vem com os equipamentos essenciais e integrantes. SE VOCÊ
quiser, pode botar os acessórios: farol de milha, película nos vidros,
pneus esportivos. Mas, note que esses acessórios não fazem nenhuma
falta para o carro... Certo? Na análise sintática, ocorre a mesma coisa.
Os termos acessórios servem para incrementar a oração, mais nada.

Oração: A cama da menina estava vazia.


Sujeito: A cama da menina.
Predicado: Estava vazia.

Agora, o grande lance: observe que, no sujeito, existe uma palavra mais
importante do que as outras. É uma palavra que, se utilizada sozinha,
representaria todo o sujeito de uma só vez.
Você sabe que palavra é essa?

Olhe de novo para o sujeito: A cama da menina.

A palavra mais importante é “cama”. Prova disso é que consigo ler a


oração assim: “Cama estava vazia”.

Então, como a palavra “cama” é a mais importante do sujeito, é


classificada como NÚCLEO DO SUJEITO. As outras palavras que
acompanham o sujeito são classificadas como termos
acessórios. Vamos dividir tudo novamente:

A cama da menina estava vazia.


Sujeito: A cama da menina.
Predicado: Estava vazia.
Núcleo do sujeito: Cama.
Termos acessórios: A, da, menina.

Tudo entendido até aqui?

Vamos aos exercícios, então.

Nas orações abaixo, encontre o sujeito, o predicado e o


núcleo do sujeito:

a) O exército brasileiro desempenha perfeitamente a sua função como


protetor da pátria.
b) A estudante de direito deixou a sala completamente insatisfeita.
c) Toda a plateia de fãs e curiosos assistiu ao show do Ozzy Osbourne.

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Ficamos por aqui. Na próxima aula abordaremos outros assuntos.
Dúvidas? Volte e leia tudo de novo (sem preguiça, beleza?).

Fim da Aula 03

AULA 04

Olha que coisa maluca:

Caso 1. A menina linda chegou.


Caso 2. A menina chegou linda.

No primeiro caso, a menina (que já possui a característica de LINDA)


chegou. A menina já era conhecida por sua beleza; por onde passava,
arrancava comentários e sussurros apaixonados. E, essa menina linda,
chegou. Quando essa menina linda chegou, todos ficaram
boquiabertos, certo?

No segundo caso, a menina (que era muito comum entre suas amigas)
chegou. A menina era “comum”, tipo aquelas garotas que não chamam
a nossa atenção. Essa menina, de uma beleza muito simples, chegou.
Porém, quando ela chegou, todos ficaram fascinados com a sua beleza.
Ela chegou totalmente diferente!, ela chegou linda!

Há, portanto, uma diferença clara entre os dois casos citados. No


primeiro caso, a menina já possuía uma beleza. No outro, ela chegou e
mostrou-se com uma beleza que não lhe pertencia.

Podemos, então, falar que no primeiro caso, a menina mostrou uma


característica fixa e, no segundo caso, uma característica momentânea.

No primeiro caso, a característica é fixa porque, independente do lugar,


a menina é linda.
Por onde passar, sua beleza será notada.

No segundo caso, coitada, somente naquele instante ela mostrou-se


linda. De repente, numa outra ocasião, será uma menina comum, sem
beleza alguma.

Traduzindo para os termos sintáticos:

A menina linda chegou.


Adjunto Adnominal = característica fixa, acompanha o núcleo do
sujeito

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A menina chegou linda.
Predicativo do sujeito = característica momentânea do sujeito, não fica
ao lado do núcleo do sujeito.

Para finalizar a definição, atente-se para o fato de que outras partículas


que acompanham o sujeito são classificadas como adjuntos
adnominais. É muito fácil identificar os adjuntos adnominais porque o
próprio nome os denuncia. Observe:
adJUNTO adNOMInal = junto nomi = junto de um nome

Logo, como o núcleo de um sujeito será um substantivo (nome), as


características que ficam ao lado dele serão adjuntos adnominais.
Temos outras funções para as palavras que acompanham o núcleo do
sujeito porém, deixaremos esse lance mais pra frente.

Façamos mais algumas questões:

O menino Pedro declarou-se à multidão.


Sujeito: O menino Pedro
Núcleo do Sujeito: Pedro
Adjuntos Adnominais: O, menino
Predicado: declarou-se à multidão

O padre daquela paróquia se esqueceu da missa.


Sujeito: O padre daquela paróquia.
Núcleo do sujeito: padre.
Adjuntos adnominais: O, daquela, paróquia.
Predicado: se esqueceu da missa.

Todos os compradores engraçados fazem boas vendas.


Sujeito: Todos os compradores engraçados.
Núcleo do sujeito: compradores.
Adjuntos Adnominais: Todos, os, engraçados.
Predicado: Fazem boas vendas.

E o PREDICATIVO DO SUJEITO?
Já sabemos que o tal do "predicativo do sujeito" é uma qualidade
momentânea para o sujeito. Vamos aos exemplos?

A mercadoria chegou estragada.


Sujeito: A mercadoria.
Núcleo do sujeito: Mercadoria.
Adjunto Adnominal: A.
Predicado: Chegou estragada.

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Predicativo do sujeito: Estragada (a mercadoria estava ótima, porém,
quando chegou, tinha estragado)

Os trabalhadores ficaram felizes.


Sujeito: Os trabalhadores.
Núcleo do Sujeito: Trabalhadores.
Adjunto Adnominal: Os.
Predicado: Ficaram felizes.
Predicativo do sujeito: Felizes (eles não ERAM felizes... FICARAM
felizes por algum motivo).

Deu pra compreender a diferença entre Adjunto Adnominal e


Predicativo do Sujeito?

Fim da aula 04.

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