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Projeto de Ferro Carajás

O projeto
O Projeto de Ferro Carajás é um projeto de implantação de um complexo minerário, pela Mineradora
Vale. Está situado na região da Serra dos Carajás, na subdivisão Serra Sul, estando uma parte no
território da Floresta Nacional do Carajás, no Pará. A exploração de minério de ferro é feita no bloco
D de corpo geológico S11 (S de Sul). Em escala global, ele é o maior projeto de mineração da História.
O projeto inclui:

1. infraestrutura para exploração da mina


2. usina de beneficiamento (ou planta de processamento)
3. transportador de minério entre mina e usina de 9 km de extensão
4. estação de carregamento de trens (TLO)
5. ramal ferroviário de 101 km de extensão até a Estrada de Ferro Carajás, já existente
6. duplicação (504 km) e remodelamento de linhas (226 km) da ferrovia existente
Os estudos de engenharia foram iniciados em 2005. Entretanto, a licença de instalação foi emitida
pelo IBAMA apenas em julho de 2013. Ocorrendo o início da operação no segundo semestre de 2016.
O investimento total orçado é de US$ 19,49 bilhões, cerca de R$ 40 bilhões, sendo cerca de US$ 8
bilhões destinados às instalações da mina e da usina (itens 1 a 4 da lista acima.
Fatos básicos
O projeto adota o sistema truckless que em substituição aos britadores fixos e caminhões fora de
estradas, o sistema utiliza britadores móveis e correias transportadores. No lugar dos 100 caminhões
fora-de-estrada que seriam necessários para esta tarefa, uma estrutura composta de escavadeiras e
britadores móveis extrai o minério de ferro e alimenta cerca de 30 quilômetros de correias
transportadoras, que levam o produto até a usina de processamento. A substituição, além de
diminuir a quantidade de resíduos, como pneus, filtros e lubrificantes, permite a redução de 70% do
consumo de combustível.
O beneficiamento a umidade natural dispensa o acréscimo de uso de água e utiliza a própria
umidade do minério para retirar as impurezas. O sistema diminui o consumo de água em 93%, o
equivalente ao abastecimento de uma cidade de 400 mil habitantes. Com a adoção da tecnologia, há,
ainda, redução no consumo de energia elétrica. Outra vantagem é a eliminação de barragens de
rejeito, já que o ultrafino de minério com alto teor de ferro, que iria para a barragem, não será
descartado, permitindo que, em 30 anos de vida útil da mina, 300 milhões de toneladas sejam
incorporados à produção.
O projeto visa reduzir 93% do consumo de água, 70% do consumo de diesel, 50% das emissões de
gases do efeito estufa, somado a economia de 18mil MWh/ ano de eletricidade por ano, reutilização
de 86% da água captada, além de 97% das atividades serem fora da Floresta Nacional de Carajás.
Além disso, foi desenvolvido um sistema que permitiu a reutilização de até 80% da água utilizada na
obra do ramal ferroviário. O que representa uma economia de 9,1 milhões de litros.
Avanço socioeconômico

A cidade de Canaã dos Carajás cresceu exponencialmente com a mineração. O município lidera o
ranking do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) no Pará, à frente da capital do estado,
Belém, e de outras como Manaus, Salvador, Maceió, Aracajú, Porto Velho e Macapá.
Outrossim, é que durante o pico das obras tiveram-se mais de 40 mil trabalhadores, na fase de
operação da mina foram 2,6 mil empregos diretos, somado a 7 mil empregos indiretos.
Principais impactos e consequências
Impacto sobre uma vegetação já ameaçada e pelos efeitos sobre as lagoas do Violão e do Amendoim,
corpos d’água de importância ambiental. Somado a poluição do ar, do solo, das águas; falta de
informações para as comunidades, poluição sonora, trepidação e rachadura nas casas; desmatamento
e assoreamento dos igarapés; conflitos nas comunidades e violações do direito à educação.

Bibiografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Ferro_Caraj%C3%A1s_S11D
http://www.vale.com/brasil/PT/initiatives/innovation/s11d/Paginas/default.aspx
http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/Home.aspx
https://exame.abril.com.br/negocios/vale-inaugura-o-maior-projeto-de-minerio-de-ferro-de-
sua-historia/
https://amazonia.org.br/2013/10/impactos-ambientais-e-viola%C3%A7%C3%B5es-de-
direitos-caracterizam-maior-projeto-da-vale/

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