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do milho
OS ESTÁDIOS DE CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO DE UMA PLANTA DE MILHO
O crescimento e desenvolvimento de uma planta de milho é dividido
em dois grandes estádios: o vegetativo e o reprodutivo.
Durante o estádio vegetativo, que possui um número relativo de es-
tádios entre VE (emergência) e VT (pendoamento), ocorre o desenvol-
vimento da planta.
Durante o estádio reprodutivo, que é dividido em seis estádios, ocor-
re o desenvolvimento da espiga de milho.
ESTÁDIO VEGETATIVO
Os estádios vegetativos (V) são caracterizados pela presença de uma
aba ou “colar” foliar nas folhas novas.
A folha do milho tem três partes principais: limbo, bainha e colar. O
limbo é a parte plana da folha que capta a luz solar, a bainha é a par-
te que enrola ao redor do caule, e o colar é a linha de demarcação
entre o limbo e a bainha, normalmente com uma curvatura distinta
(imagem 1).
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Conforme a planta de milho cresce, cada folha sucessiva é forçada
para fora pelo alongamento do caule e pela expansão da folha em
sequência desde a semente até o pendão. A ponta da folha é a pri-
meira parte visível, seguida pelo limbo da folha e, finalmente, pelo
colar foliar e a bainha.
Quando o colar fica visível, a folha é considerada totalmente expan-
dida e passa a constar no esquema de classificação.
Os estádios vegetativos (quadro 1) de desenvolvimento começam com
a emergência (VE), e continuam numericamente com cada folha su-
cessiva até surgir o pendão (VT).
VE Emergência R1 Embonecamento
VT Pendoamento R6 Maturidade
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IMAGEM 2. OS CABELOS DO MILHO (ESTIGMAS) EMERGEM A PARTIR DA PALHA
MARCANDO O PRIMEIRO ESTÁDIO REPRODUTIVO (R1).
DETERMINANDO OS ESTÁDIOS DE
DESENVOLVIMENTO DO MILHO
Na determinação dos estádios de desenvolvimento do milho, é im-
portante saber que há mais do que um sistema utilizado para descre-
ver o desenvolvimento.
O sistema de “colar” foliar, desenvolvido na Universidade do Estado
de Iowa, Estados Unidos, separa os estádios de desenvolvimento do
milho em vegetativo (V) e reprodutivo (R).
A utilização desse sistema marca os estádios fisiológicos definidos
no desenvolvimento da planta. Isso torna mais fácil fazer a distinção
entre os estádios, em vez de utilizar outros sistemas indicadores, tais
como a altura da planta ou folhas expostas.
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O número de folhas expostas ou sistemas de altura da planta não são
tão precisos quanto o sistema de “colar” foliar. As plantas reagem a
diferentes ambientes/estresses e podem ser mais velhas do que apa-
rentam, se observarmos apenas a sua altura.
O sistema de número de folhas não exige a formação do “colar” foliar,
assim fica aberto à interpretação, e pode levar à definições menos
consistentes.
Em locais continuamente quentes do mundo (regiões tropicais e sub-
tropicais), muitos agricultores se referem aos “dias até a maturidade”.
Essa é uma medida do tempo do plantio até o “pronto para a colheita”,
e é uma boa ferramenta para usar nestas partes do mundo porque as
temperaturas altas e baixas diárias são muito consistentes.
MATURIDADE RELATIVA
As plantas de milho desenvolvem as folhas com base na sua maturi-
dade relativa e no ambiente de crescimento. Os híbridos podem variar
o número de folhas conforme seu ciclo de desenvolvimento, podendo
apresentar média de 15 a 23 folhas completamente desenvolvidas em
sua maturidade. Entre VE e V14, cada novo colar foliar irá aparecer
após o acúmulo de aproximadamente 66 a 84 GDD, dependendo do
híbrido (gráfico 1).
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Entre V15 e VT, o desenvolvimento da folha ocorre mais rápido com
cada novo colar aparecendo após o acúmulo de aproximadamente 48
a 56 GDDs, dependendo do híbrido.
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GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA (VE)
Depois que uma semente de milho é plantada, ela sofre a embebi-
ção e absorverá aproximadamente 30 a 35% do seu peso em água. As
temperaturas do solo têm pouco efeito sobre esse processo.
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As folhas embrionárias crescem através do coleóptilo e a
primeira folha verdadeira (ponta arredondada) surge e é
considerada como a folha V1 durante a classificação inicial
(imagem 4). Todas as folhas subsequentes possuem pontas.
Algumas escalas não contam a folha arredondada e, em vez disso,
nomeiam de estádio VC, entre VE e V1.
As raízes mais altas podem não atingir o solo, pois a planta interrom-
pe o crescimento quando muda do desenvolvimento vegetativo para
o reprodutivo. O desenvolvimento desse estádio depende da genética
e do ambiente.
ESTÁDIOS VEGETATIVOS
INTERMEDIÁRIOS (V6 A V11)
Durante esses estádios as plantas de milho iniciam um período de
alongamento muito rápido do internódio. O ponto de crescimento se
move acima da superfície do solo em torno de V6, e a planta agora
fica suscetível às lesões ambientais ou mecânicas que podem danifi-
car o ponto de crescimento (imagem 9).
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IMAGEM 9. VISTA DISSECADA DE UMA PLANTA EM V6 MOSTRANDO O
RELACIONAMENTO DO PONTO DE CRESCIMENTO COM A SUPERFÍCIE DO SOLO E AS
GEMAS DE MILHO EM DESENVOLVIMENTO.
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IMAGEM 10. PORÇÃO INFERIOR DO COLMO DO MILHO DIVIDIDO
LONGITUDINALMENTE MOSTRANDO O DESENVOLVIMENTO NODAL, ALONGAMENTO
DO INERNÓDIO E POSICIONAMENTO DA RAIZ NODAL.
IMAGEM 11. PARTE SUPERIOR DO COLMO COM PENDÕES VISÍVEIS, PLANTA EM V7.
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IMAGEM 12. VISTA DISSECADA DE UMA PLANTA EM V12.
IMAGEM 13. VISTA DISSECADA DE UMA PLANTA V18. O PENDÃO PODE FICAR VISÍVEL
FORA DO VERTICILO NESSE ESTÁDIO.
IMAGEM 14. TRÊS ESPIGAS DO PONTO MAIS ALTO COM CABELOS (ESTILO-ESTIGMAS).
A ESPIGA PRIMÁRIA ESTÁ À DIREITA.
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O VT ocorre quando o último ramo do pendão emerge e se estende
para fora (imagem 15). O VT se sobrepõe ao R1 quando os cabelos de
milho visíveis aparecem antes do surgimento total do pendão.
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IMAGEM 20. SEÇÃO TRANSVERSAL DA ESPIGA DE UMA PLANTA EM R2 MOSTRANDO
OS GRÃOS E AS GLUMAS.
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ESTÁDIO LEITOSO (R3)
R3 ocorre em 18 a 22 dias após o embonecamento, quando os grãos
começam a mostrar a coloração final, que é amarelo ou branco para
a maioria dos híbridos dentados, ou variações de laranja amarelado
ou branco para híbridos duros.
Os grãos contém cerca de 80% de umidade, o fluído interno é branco
leitoso a partir do amido acumulado (endosperma), e eles preenchem
completamente o espaço entre as fileiras de grãos.
O embrião e o endosperma ficam visualmente distintos na dissecação
(imagem 22). O abortamento do grão relacionado ao estresse ainda é
possível nesse momento.
IMAGEM 23. ESPIGA PRIMÁRIA DE UMA PLANTA R3, COM E SEM PALHAS E CABELO.
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ESTÁDIO PASTOSO (R4)
R4 ocorre em 24 a 28 dias após o embonecamento. Os grãos contém
cerca de 70% de umidade e o fluído interno engrossa até ficar em
uma consistência pastosa, como uma massa.
Os grãos atingem a sua cor final e cerca de metade do seu peso seco
maduro.
IMAGEM 25. ESPIGA PRIMÁRIA DE UMA PLANTA R4, COM E SEM PALHA E CABELOS.
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ESTÁDIO DE FORMAÇÃO DE DENTE (R5)
R5 ocorre 35 a 42 dias após o embonecamento e responde por quase
metade do tempo de desenvolvimento reprodutivo.
Os grãos são constituídos por uma camada exterior de amido duro
em torno do núcleo de amido macio. Quando o núcleo de amido ma-
cio começar a perder a umidade e encolher, uma endentação (dente)
se forma no topo do grão (imagens 26 e 27).
IMAGEM 26. ESPIGA PRIMÁRIA DE UMA PLANTA EM R5, COM E SEM CASCAS E
CABELOS. OBSERVE QUE OS GRÃOS SÃO DENTADOS.
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LINHA DO LEITE
Uma “linha do leite” se forma criando uma separação entre o amido
duro e macio. Ela se forma na coroa do grão e avança em direção à
base, ou ponta do grão, o que normalmente demora cerca de 3 a 4
semanas. O tempo total para esse movimento está relacionado com a
temperatura, disponibilidade da umidade e a genética dos híbridos.
A linha do leite geralmente é conhecida como ¼ da linha do leite, ½
da linha do leite ou ¾ da linha do leite, conforme se move na direção
do sabugo (imagem 28).
IMAGEM 29. ESPIGA PRIMÁRIA DE UMA PLANTA R6, COM E SEM PALHA E CABELOS.
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A formação da camada preta avança da ponta da espiga até a base.
Se a planta de milho morrer prematuramente (antes da maturidade
fisiológica), a camada preta ainda se forma, mas pode demorar mais
tempo, e a produção será reduzida. O estresse nesse estádio não tem
impacto na produção.
MEDIDAS PADRÃO
Uma espiga de milho típica tem de 500 a 800 grãos, com base no am-
biente favorável e nas práticas de produção. O peso médio do grão
em 15,5% de umidade é aproximadamente 350 mg, com uma variação
de 200 a 430 mg.
Um saco comercial de milho em torno de 25,0 kg e contém aproxima-
damente 60.000 sementes.
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SECAGEM DO GRÃO
A taxa da perda de umidade do grão de milho depende muito da tem-
peratura do ar (quadro 2), movimento do ar, umidade relativa e teor
da umidade do grão. O secamento está altamente relacionado com as
características híbridas, como a orientação da espiga, densidade da
planta, impermeabilidade e comprimento da palha, e dureza do grão.
REFERÊNCIAS:
Mahanna, B., B. Seglar, F. Owens, S. Dennis, and R. Newell. 2014. Silage
Zone Manual. DuPont Pioneer, Johnston, IA.
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Confira muito mais conteúdo em
www.pioneersementes.com.br/blog