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Jesus dos 12 aos 30 (Parte 1)

Enviado em: 20/06/2011 | Nenhuma Resposta

Jesus dos 12 aos 30 anos


Num primeiro momento, a pergunta “O que fez Jesus dos doze aos trinta anos?” não
parece oferecer nenhum problema. A curiosidade sobre este fato é normal. O problema
começou quando certos grupos ligados ao movimento Nova Era pretenderam respondê-
la utilizando fontes duvidosas.
Como sabemos, esse movimento rejeita toda a cultura judaico-cristã do Ocidente, logo
rejeita também as Sagradas Escrituras como padrão de verdade religiosa e verdade
histórica. Em seu lugar, abraça toda sorte de idéias, filosofias e doutrinas orientais,
principalmente as hindus. Conseqüentemente, a figura que emergiu daí é completamente
estranha ao Jesus, filho de Maria, apresentado nas páginas dos evangelhos.

Ao invés do carpinteiro de Nazaré, seguidor do judaísmo de sua época, foi pintado o


quadro de um asceta hindu, viajante oriental, aluno de gurus e praticante de todo um
misticismo que os cristãos jamais imaginaram fazer parte do comportamento de Jesus.
Ele teria viajado ao Extremo Oriente, após o incidente no Templo de Jerusalém (Lc
2.46), e se iniciado nas doutrinas e práticas da Índia e do Tibete. Na verdade, os adeptos
da Nova Era criaram um Jesus à sua própria imagem e semelhança, para que, assim,
pudessem justificar todas as suas práticas ocultistas.

Como fez outrora o kardescismo, os novaerenses não poderiam também deixar de


incluir Jesus (a quem chamam de Issa ou Isa, seu nome no Alcorão) em seu círculo.
Qualquer movimento religioso que queira alcançar destaque no Ocidente terá de incluir
Jesus de alguma forma em seu credo, nem que para isso seja preciso “criar seu próprio
Jesus”. Mas apenas usar o nome ou a figura dele não é suficiente. Por isso, Paulo
advertiu aos cristãos em Corinto: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva
com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-
vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não
recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” (2Co 11.3,4).

Inconformados com o Jesus bíblico

O dr. Otto Borchet, em seu livro O Jesus histórico, fez um excelente comentário sobre
as muitas tentativas históricas de distorcer a imagem de Jesus, conforme ela nos é
fidedignamente mostrada por Mateus, Marcos, Lucas e João, testemunhas oculares e
contemporâneas dele. “Indubitavelmente [...] cada geração que se aproxima da figura de
Jesus novamente, tem tentado retificar essa imagem no que acha nela deficiente”.1 A
verdade, porém, é que qualquer tentativa de acrescentar algo ao Jesus bíblico falha.
Assim se dá com o Cristo da Nova Era. Acabam apresentando um Jesus totalmente às
avessas do que é declarado na Bíblia. “A verdade é que a figura de Jesus, apresentada
nos evangelhos, tem todas as características de um metal que resiste a todas as ligas.
Qualquer coisa acrescentada a ela [...] mostra-se como substância estranha que não pode
misturar-se no crisol”.2

De modos diferentes, em épocas diferentes, culturas diferentes têm tentado distorcer o


Jesus simples dos evangelhos. O Jesus dos evangelhos apócrifos e o Jesus sem carne e
osso, desprovido de matéria, dos gnósticos do primeiro século da era cristã foram uma
reação da cultura daquela época, que se recusava a aceitar o Homem de Nazaré,
exatamente como ele é. “Cada vez que o espírito de uma raça diferente entrou no
espírito do evangelho, tentou manipular a figura daquele que é o Senhor dessa mesma
história, algumas vezes a ponto de ela ficar deformada e irreconhecível”.3

Portanto, em nada nos espanta o fato de a invasão das religiões orientais no Ocidente ter
levado muitos a alterar novamente as características do Senhor. Para tanto, esse
movimento, encabeçado por adeptos da Nova Era, buscou utilizar-se de um período de
silêncio biográfico sobre Jesus para tecer um amontoado de informações que, longe de
acrescentar algo ao conhecimento dele, distorceu-o completamente.

Assim, sem quaisquer evidências, eles se baseiam em mistificações e boatos estranhos e


duvidosos. O resultado só poderia ser alguém completamente estranho às características
de Jesus, conforme nos é mostrado de forma tão clara nas páginas do Novo Testamento

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