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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

P P P 2017
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
EMEB “ANA HENRIQUETA CLARK MARIM”

SONHO DAS CRIANÇAS


PROJETO COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

São Bernardo do Campo


2017
SUMÁRIO

I - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .................................................................................................................. 4


1. Equipe Gestora .......................................................................................................................................... 5
1.1 Quadro de Horário do Trio de Gestão ............................................................................................. 5
2. Equipe de Orientação Técnica.................................................................................................................. 6
3. Modalidade de Ensino ....................................................................................................................... 6
4. Lista de espera ........................................................................................................................................... 6
5. Horário de Funcionamento da Escola ............................................................................................. 7
6. Horário de Atendimento da Secretaria .................................................................................................... 7
7. Identificação dos Funcionários ............................................................................................................... 7
8. Quadro de Organização de Modalidades ............................................................................................... 8
9. Histórico da Unidade Escolar .................................................................................................................. 9
1. Concepção de infância e de criança .............................................................................................. 15
2. Papel da escola da infância e do educador da escola da infância ............................................. 16
III - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR ................... 17
1. Comunidade ..................................................................................................................................... 17
1.2 Sábado com a comunidade ............................................................................................................ 19
1.3 Reunião com as famílias ................................................................................................................. 20
1.4 Devolutiva da avaliação das famílias do ano de 2016.................................................................. 20
2 Avaliação da Equipe Escolar .......................................................................................................... 26
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS ............................................................................................................. 28
1. Caracterização da comunidade escolar ................................................................................................ 34
3. Equipe escolar.................................................................................................................................. 38
3.1.1 – Caracterização............................................................................................................................... 38
3.1.2. Quadro de Professores ..................................................................................................................... 44
3.1.3 – Plano de formação para os professores ....................................................................................... 47
3.2 – Auxiliares de Educação ..................................................................................................................... 50
3.2.1 Caracterização .................................................................................................................................... 50
3.2.4 Plano de Formação para os Auxiliares de Educação .................................................................. 52
3.3 Funcionários ..................................................................................................................................... 53
3.3.1 Caracterização.................................................................................................................................. 53
3.3.2 Plano de Formação dos Funcionários .............................................................................................. 54
4. Conselhos ......................................................................................................................................... 56
4.1 Conselho de Escola ............................................................................................................................... 56
4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola............................................................................................ 56
4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola ........................................................................................... 57
Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola .............................................................................. 58
4.2. Conselho Mirim ..................................................................................................................................... 59
4.2.1 Caracterização do Conselho Mirim ................................................................................................... 59
4.2.2 Plano de Ação para o Conselho Mirim ............................................................................................. 59
5. Associação de Pais e Mestres ........................................................................................................ 61
5.1 Caracterização ...................................................................................................................................... 61
5.2 Plano de Ação da APM .......................................................................................................................... 62
V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ........................................ 63
1. Objetivos ................................................................................................................................................... 63
Base Nacional Comum Curricular .............................................................................................................. 64
2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Campos de Experiência .......................................... 65
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................ 66
1 O eu, o outro e o nós .................................................................................................................. 66
2. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações ................................................... 81
3 Traços, sons, cores e imagens ................................................................................................... 88
4 Corpo, gestos e movimentos....................................................................................................... 92
2.6 Brincar..................................................................................................................................................... 94
4. Rotina ................................................................................................................................................ 96
3.2 Período de adaptação ...................................................................................................................... 96
3.3 Dia do Brinquedo ............................................................................................................................. 97
3.3 Roda de conversa ou hora de conversa .............................................................................................. 98
3.4 Hora de leitura: ....................................................................................................................................... 99
3.6 Lanche.................................................................................................................................................. 103
3.7 Organização dos espaços................................................................................................................... 104

2
3.7.1 Brinquedoteca ................................................................................................................................... 104
3.7.2 Parque ................................................................................................................................................ 105
3.7.3 Quadra................................................................................................................................................ 107
3.7.4 Biblioteca ............................................................................................................................ 108
3.7.5 Ateliê ................................................................................................................................................ 109
3.7.6 Horta ................................................................................................................................................... 110
4 Avaliação das aprendizagens das crianças ................................................................................ 111
4.1. Educação infantil ................................................................................................................................ 111
4.1 Pauta para a escrita do relatório individual do aluno ................................................................ 112
5 Acompanhamento dos instrumentos metodológicos................................................................ 113
VI. Calendário Escolar Homologado ........................................................................................................ 117
VII. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 118
VIII. ANEXOS............................................................................................................................................... 118
ANEXO I - COMO É NOSSA ESCOLA... ................................................................................................... 118
ANEXO II – EXPOSIÇÕES PERIÓDICAS E FINALIZAÇÃO DOS PROJETOS ...................................... 120
ANEXO III – O CONCEITO DE FESTAS NA ESCOLA: EVENTOS EDUCATIVOS ................................. 123
ANEXO IV – PRINCÍPIOS PARA AÇÃO EDUCATIVA .............................................................................. 127
1. Considerações ao atendimento à diversidade ........................................................................... 127
2. Atitudes realizadas e valorizadas pelos profissionais da escola que favorecem o
desenvolvimento infantil ........................................................................................................................... 128
3. Orientações para o trabalho com crianças com perda auditiva ou suspeita .......................... 129
6 Orientações para o trabalho com crianças com gagueira ........................................................ 129
7 Reflexões sobre a sexualidade na infância ................................................................................. 131
ANEXO V - PARCERIA SAÚDE- ESCOLA ................................................................................................ 132
ANEXO VI - PROJETO: COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM ................................................................ 133
ANEXO VII – PROJETO ESPAÇO: UM SEGUNDO EDUCADOR ............................................................ 134
ANEXO VIII - PROJETO oficina de convivência ...................................................................................... 137
ANEXO IX – PROJETO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL UMA PARCERIA DE TODOS POR UMA
QUALIDADE DE VIDA MELHOR ............................................................................................................... 139
ANEXO XI – PROJETO COLETIVO: EU TE AMO ..................................................................................... 141

3
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

I - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA


“ANA HENRIQUETA CLARK MARIM”

Professora Ana Henriqueta Clark Marim


Decreto 10.246 de 19 de janeiro de 1990
Projeto de lei nº 171/93 de 29 de setembro de 1993.
Ana Henriqueta foi professora, prestou serviços de Orientação Pedagógica e encarregada do serviço
de Educação Pré-escolar. Nasceu em 11 de junho de 1943 e faleceu em 30 de setembro de 1991.
Possuía otimismo contagiante e trabalhou no sentido da construção de cidadãos conscientes.

Rua Sabino Demarchi, 50 – Jardim Industrial – SBC.


Tel: 4122-1506 / 4122-4183
ana.henriqueta@saobernardo.sp.gov.br
www.anahenriqueta.blogspot.com.br
CIE 061888

4
1. Equipe Gestora
MATRÍCULA NOME CARGO FORMAÇÃO

Magistério / Letras /
Pedagogia / Especialização
Jane Bezerra da
34.733-4 Diretora em Supervisão, Coordenação
Silva
e Planejamento de Ensino e
Educação Infantil

Magistério/ Pedagogia/
Luciana Regina
25.788-0 PRVD Matemática
Tasca Rodrigues
Psicopedagogia

Magistério/ Ciências Sociais


Raquel Gonçalves Pedagogia/Administração e
Coordenadora
13.496-5 dos Santos Supervisão Escolar
Pedagógica
Carneiro Especialização Educação
Ambiental e Educação Infantil

1.1 Quadro de Horário do Trio de Gestão

DIAS JANE (DIRETORA) LUCIANA (PRVD) RAQUEL (CP)

Segunda- 8:00 às 11:30 7:30 às 12:00


8:00 às 17:30
feira 13:30 às 16:00 13:00 às 18:00

7:30 às 13:00 7:00 às 12:00 7:30 às 11:00


Terça-feira
flexibilização 13:00 às 17:00 14:00 às 18:00

7:00 às 11:30
10:00 às 15:00 8:15 às 14:15
Quarta-feira Flexibilização
16:00 às 21:15 15:15 às 21:15
17:45 às 21:15
7:30 às 12:00 7:00 às 11:30 10:00 às 12:00
Quinta-feira
13:00 às 18:00 13:30 às 17:00 13:00 às 18:00
10:00 às 12:00 8:00 às 12:00 7:30 às 11:30
Sexta-feira
13:00 às 17:15 13:00 às 18:00 flexibilização

5
2. Equipe de Orientação Técnica

NOME FUNÇÃO ROTINA DE VISITAS À U.E.

Maria Helena Gomes As segundas-feiras no


Orientadora Pedagógica
Santos período da manhã

Fatima Marangoni Assistente Social Quando solicitada

Adriana L. C. Antonialli Fonoaudióloga Quando solicitada

Mirleny Lucena de Moraes Psicóloga Quando solicitada

Emíla Stender de Oliveira Fisioterapeuta Quando solicitado

3. Modalidade de Ensino

Educação Infantil III – nascidos de 1o de abril de 2013 a 31 de dezembro de 2013

Educação Infantil IV – nascidos de 1o de abril de 2012 a 31 de março de 2013

Educação Infantil V – nascidos de 1o de abril de 2011 a 31 de março de 2012

4. Lista de espera

TURMA DEMANDA

INFANTIL V 0

INFANTIL IV 0

INFANTIL III 0

6
5. Horário de Funcionamento da Escola

De segunda-feira a sexta-feira das 7:00h às 18:00h.

6. Horário de Atendimento da Secretaria

De segunda-feira a sexta-feira das 7:00h às 18:00h.

7. Identificação dos Funcionários

MATR. NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO FÉRIAS HORÁRIO

Equipe de
61.955-3 Ana Maria Franciano Ensino Fundamental 8:30 às 17:30
Apoio
Cintia Oliveira Borelli Oficial de
31866-6 Ensino Médio 7:00 às 16:00
Martins escola
Célia Regina Auxiliar de Ensino Médio
61.603-4 20/07 7:00 às 16:00
Figueiredo Limpeza (Incompleto)

Elisabete Bernardes Equipe de


19.731 Ensino Médio 02/03 7:00 às 16:00
José Apoio

Fernanda Cassia Equipe de


12.500-7 Analista de Sistema 01/10 8:00 às 17:00
Dias Apoio

Agente de
Rosangela Aparecida Equipe de
61.319-1 Atividades 22/06 6:00 às 15:00
Perantoni Apoio
Nutricionais
Simone de Oliveira Equipe de
60.096-2 Pedagogia 03/11 7:00 às 16:00
Ribeiro Apoio
Sonia Regina dos S. Equipe de
19.363-2 Ensino Médio Janeiro 7:00 às 16:00
Barbalho Apoio

Merendeira -
21790-1 Zenilda Viana Gomes Pedagogia 05/01 7:00 às 16:00
Readaptada
7
8. Quadro de Organização de Modalidades

Agrupamento Total de Total de


Período Ano/ciclo Turma Professora Auxiliar alunos alunos por
Termo por turma período
INFANTIL III A LUCIANA 28

INFANTIL III B MARCIA 28

INFANTIL III C UIARA 28


ROSANGELA
INFANTIL IV A 25
ELIZETE
INFANTIL IV B 28
FERNANDA
INFANTIL IV C 32
MANHÃ
VANESSA 290
INFANTIL IV D 28
ELAINE
INFANTIL IV E SIMONE 27
ANA MARIA
INFANTIL V A LILIAN 28
ANDRÉIA
INFANTIL V B 32

INFANTIL V C AMANDA 27
JUSCELINA
SELMA
INFANTIL V D MIRNA 27

INFANTIL III D PAULA 25


LILIAN
LOURDES
INFANTIL III E 28

INFANTIL IV F THAÍS 27
SIMONE
INFANTIL IV G ELIZETE 28
LUCIANA
INFANTIL IV H 32
ELAINE
INFANTIL IV I 32
TARDE
337
MELISSA
INFANTIL V E MIRNA 27
JUSCELINA
INFANTIL V F SÉCYLE 27
CAMILA
INFANTIL V G 28
ANGELINA
INFANTIL V H 32
RENATA
INFANTIL V I 32
ANA MARIA
INFANTIL V J 32

8
9. Histórico da Unidade Escolar

1993 – A obra foi concluída e o prédio entregue. Neste ano as matrículas foram realizadas pela
diretora Regina Bego e pela professora Cristina, designadas para iniciarem o trabalho na unidade
auxiliada pela funcionária de apoio Maria de Jesus.

1994 – Inauguração da escola no dia 03 de setembro, com vinte turmas. A denominação


homenageou “Ana Henriqueta Clark Marim”, uma grande educadora da rede municipal, por anos de
serviços prestados. As professoras começaram o trabalho foram: Edwirges, Elen, Maria Soga,
Selma, Cristiane, Maria Cristina, Terezinha, Maria Rozemeyre, Maria Helena, Darlene, Maria Tereza,
Lucimara, Arlete, Ana Paula, Roseli, Sandra, Paula, Maria Aparecida, Izaura; e como oficial
administrativo, Marli, como assistente de direção, Sibele e como diretora Marisa Bertozo.

1995 – Vinda de novas professoras para completar o quadro de titulares: Márcia Tarifa, Elaine,
Liliane, Neusa, Márcia Lopes, Alcione, Cilse (através de permuta com a professora Marli) e Marilene
como assistente para assumir a direção da escola (em 1998 se tornaria diretora efetiva).
Logo nos primeiros momentos do planejamento de 1995 manifesta-se no grupo de professoras o
desejo de realizar um trabalho mais coletivo, de desenvolver um trabalho que visasse à melhoria da
qualidade de ensino quanto ao aperfeiçoamento e a qualificação do professor. Foi o primeiro projeto.

1996 – A escola passa a ter um zelador residente, o Sr. Silvio. No segundo semestre, foi implantado
o PROMAC para o atendimento de jovens e adultos que não puderam estudar na idade regular.
Neste ano surge também o primeiro projeto coletivo, na área de Artes. Apesar do ganho que
representa o esforço coletivo, o trabalho enfrentou algumas dificuldades: algumas pessoas não
tinham afinidade com a área de artes e tiveram dificuldade, por isso tomaram outros rumos e
amargaram a sensação de estar se desviando do projeto do grupo; outro problema foi não termos
definido adequadamente o trabalho, pois não tínhamos subsídio e material pedagógico específico
para desenvolver as propostas, então, apesar de um bom começo na área de Artes, o projeto tomou
um rumo de História. Nossas propostas eram amplas, com uma preocupação interdisciplinar, o que
abria muitas vertentes. Neste ano houve também as Reuniões Setorizadas que se alternavam com
as Reuniões Pedagógicas. Essas reuniões visavam à troca de experiências e neste espaço
apresentamos o nosso projeto.
1997 – Mudança de administração municipal. Começa a haver uma preocupação maior com a
formação dos professores e inicia-se a assessoria aos diretores na área de Língua Portuguesa, com
Regina Scarpa e Eliane Mingúes.
9
1998 – Foi elaborado o plano anual (o primeiro PPE) com o envolvimento de todos os professores,
que fizeram cursos e iniciaram projetos em sala de aula em decorrência da formação; neste ano foi
criada a função de professor de apoio pedagógico e houve novos investimentos em assessorias na
área de Matemática, no trabalho com o período integral e na construção do projeto pedagógico
escolar. Passamos a contar com a ajuda voluntária do Sr. Antonio, o “tio Toninho”, auxiliando a
professora Janete no projeto horta, uma vez que ela havia realizado formação no SESC para
desenvolver tal projeto.

1999 – Foram construídas duas salas “emergenciais” no estacionamento atrás da escola, que a
princípio se destinariam a abrigar classes que faziam rodízio, com a finalidade de eliminar esse
procedimento, mas ao final as classes foram utilizadas para comportar quatro turmas de primeira
série, por conta da municipalização do ensino. Neste ano foram implantados os primeiros
computadores na rede.

2000- Foi celebrado o primeiro convênio com APM para gerenciamento de recursos na unidade
escolar – um marco importante na gestão participativa. Realizamos uma reforma significativa no
prédio. Neste ano, também aconteceu o projeto horta realizado pelas professoras Janete e Márcia
Gonçalves, próximo ao parque, num espaço improvisado, contando com a colaboração de todos na
preservação do espaço e cuidados com as plantas, todo plantio era consumido pelos alunos do
semi-integral. Este projeto foi premiado pelo SESC e publicado em revista, as professoras foram
condecoradas como “benfeitoras da natureza”. Essa premiação coroou o esforço das professoras
que iniciaram o trabalho com horta na unidade escolar e toda a equipe que contribuiu para o seu
sucesso.

2001 – Com a reforma a horta mudou de espaço e os canteiros foram preparados para atender
todas as turmas. Recebemos mais um voluntário para o projeto horta, o “tio Benedito”. Neste ano, a
professora Janete sistematiza esse trabalho com horta como um projeto para toda a escola
desenvolvida por ela em parceria com as professoras no espaço do PIE (Projeto de Interesse da
Educação), assessorando o grupo de professores, planejando as aulas teóricas, práticas e
fornecendo materiais didáticos de acordo com as necessidades de cada turma, agora os alimentos
cultivados eram consumidos pelos alunos das turmas que plantaram. Inicia-se também uma
experiência de formação de professores integrada com a equipe da escola de módulo I (0 a 3 anos),
EMEB “Dolores de T. de Matteo”. Esse trabalho se estende por todo o ano seguinte.

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2002 – Tematizamos, nos espaços de formação, a diversidade cultural com enfoque nas questões
da família. Foi importante na construção do conceito de atendimento à diversidade, pois representou
um passo para rompermos preconceitos e avançar no estreitamento das relações escola/família,
reforçando a participação das mães em todos os eventos promovidos pela escola.

2003 – Realizamos com sucesso a 1ª. Mostra Cultural estruturada como projeto coletivo da escola,
com enfoque em educação ambiental. Em reunião pedagógica foram estudados os temas referentes
à Educação Ambiental com enfoque na reciclagem do lixo e visita ao Centro de Reciclagem do
Bairro Assunção pelos professores, funcionários e mães da APM. Foram instalados ECOPONTOS
na escola.

2004 – As classes de 1ª. Séries foram transferidas para a EMEB Janete Mally Beth Simões, um
prédio novo construído ao lado da nossa escola. Retomamos as duas salas para a demanda da
educação infantil, porém isso não cumpriu a função de suprimir o rodízio, pois a demanda continuou
crescente. Neste ano a Educação de Jovens e Adultos que funcionava no período noturno também
se transferiu para a nova EMEB. Foi também o ano de criação do 1º. Conselho de Escola e do início
da utilização da biblioteca interativa (situada na escola nova) por alunos da nossa unidade.

2005 – A Rede de São Bernardo investe na construção da Proposta Curricular e nossa escola se
engaja na produção do documento sobre desenvolvimento infantil. Toda a equipe de professores
participa de cursos de formação para a rede com este conteúdo e na escola, tivemos o foco na
tematização da área de Artes, considerando as questões do desenvolvimento. A Mostra Cultural
começa a ter outro caráter diversificando-se os temas contemplando as diferentes áreas do
conhecimento.

2006 – Foi um ano conturbado, com atraso na entrega de material escolar e uniforme, paralisação
de professores reivindicando melhores condições de trabalho, mudança no calendário escolar com
recesso em setembro, avaliação de hipóteses de escrita de todos os alunos de seis anos ao final do
ano que não constava do planejamento. Ainda assim, as avaliações finais apontaram um ótimo
desempenho da escola, expresso nas falas dos pais, dos funcionários, da equipe técnica e na
Mostra Cultural.
O convênio firmado entre a PMSBC e a APM da escola destinou verba para a reforma da
escola em 2007.

11
2007 – Por impedimentos administrativos da SEC, a obra de reforma e construção só pode ser
iniciada em dezembro. Neste ano participamos do curso em parceria com Denise Nalini sobre
Língua Portuguesa na Educação Infantil. Introduzimos o almoço em substituição ao lanche e foi
muito bem aceito pelos alunos. Tivemos uma mobilização da comunidade para que fosse servido
leite também no período da tarde, esta reivindicação foi atendida pela SE, o que implicou em uma
reorganização geral da escola para se adequar a esta nova rotina. Realizamos diversos passeios
com foco absoluto na ampliação cultural dos alunos em função dos projetos didáticos. Alteramos a
formatação das festas, discutindo com a equipe de trabalho a questão da laicidade e gratuidade da
escola, abolindo festas de conotação religiosa.

2008 – Iniciamos o ano de forma atípica, pois nossa reforma estava em vias de ser concluída.
Devido a questões de ordem financeira, parte de nossa reforma não foi concluída, como a
construção da Biblioteca, do almoxarifado e a cozinha educacional, e ainda, a cobertura da quadra e
reforma do parque. Este ano foi glorioso para nós, pois finalmente a reivindicação de tantos anos
realizou-se: chegou ao fim o rodízio de turmas por sala de aula em nossa escola. Temos agora duas
salas dos programas educacionais: a brinquedoteca e o ateliê de artes. Vivenciamos uma nova
experiência em relação ao período de adaptação.
Realizamos curso em parceria com Yara Miguel, dando continuidade ao curso de leitura e
escrita na educação infantil, o curso ampliou os conhecimentos dos participantes mudando a visão
do grupo em relação a algumas práticas realizadas pelos professores na hora da história,
valorizando a participação dos alunos nesses momentos e frisando a necessidade de se fazer
leituras diárias para as turmas.

2009 – Ano de nova administração no município, a escola desacelerou o movimento que vinha
realizando em 2008 em relação à reforma. Alterações como: bens patrimoniais, ampliação e reforma
volta a ser responsabilidade da Secretaria de Educação e logo entramos em uma fila para aguardar
estes serviços e compras, não tivemos nenhuma aquisição e nenhum serviço executado pela SE.

2010 – Este ano tivemos a reforma de acessibilidade, que infelizmente não foi concluída, o que
gerou alguns transtornos durante o ano letivo. Tivemos a chegada do Coordenador Pedagógico. A
mostra Cultural deste ano foi avaliada, tanto por pais quanto por professores, de forma muito
positiva.

2011 – Mudança de direção da escola, reorganização dos espaços internos em especial dos
corredores que se tornaram livres de armários. Criação de uma sala para atendimento de pais ou
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pequenas reuniões e continuação da reforma de acessibilidade, que continuou comprometendo
muito a rotina da escola. O grupo avaliou a Mostra Cultural como muito bela, mas houve
questionamentos em razão de seu significado para as crianças e famílias e passamos a refletir sobre
uma nova formatação para a exposição dos trabalhos dos alunos, que continuaria como mais um
tema de formação para 2012.

2012- Este ano nossa escola apresentou muitos ganhos em relação à utilização da área externa,
conseguimos cobrir com toldo uma área próxima ao portão, facilitando a entrada das crianças em dia
de chuva, uma parede com azulejos para utilização das crianças tanto para pintura como para
brinquedos com água, também garantimos uma área com gramado em uma das laterais. É claro que
ainda temos alguns problemas com o uso destas áreas, em especial pela drenagem, mas a partir
destas ações estamos deixando claro que acreditamos em uma escola da infância que possibilite a
ampliação do movimento das crianças, a atividade constante destas em um espaço rico e
desafiador. Chegamos a um novo formato para exposição dos trabalhos das crianças. Os
professores envolvidos em cada projeto definiram a data da exposição, descaracterizando o formato
anterior, contudo o grupo entendeu que esse formato precisaria ser revisto para 2013, porque
demandava mudança constante na rotina da escola. A participação da comunidade foi discrepante
entre as turmas, também por conta dos horários em que as atividades foram desenvolvidas.
(texto revisado em 2013 com a contribuição das professoras Neusa, Selma, Andréia e Ana
Maria.)

A partir de 2013, optamos também por dar continuidade ao histórico narrando os fatos mais
marcantes, sem rupturas, pois consideramos que um ano vai complementando o outro, sem a
necessidade “quebras” nos processos de transformação.
Considerando estes fatos e buscando formas de aproximar mais as famílias da escola,
organizamos em 2013 exposições mensais das produções das crianças, para que no horário da
saída os pais entrassem e observassem o trabalho que estamos realizando. Porém, esta tentativa
de aproximação encontrou alguns desafios, o grupo avaliou que pela quantidade de crianças que se
utilizam do transporte escolar, não estávamos conseguindo atingir um grande número de pais,
portanto no ano de 2014, procuramos aproximar estas exposições das reuniões com pais.
Também estamos passando por um processo gradativo de ampliação de jornada de trabalho
dos professores, este ano a adesão a esta jornada aumentou e a reestruturação de horário do
período da manhã, possibilitando que os professores tenham uma hora inteira e não mais quebrada
na entrada e saída como era no ano passado está resultando em um momento maior para
planejamento, registro, estudo e atendimento às famílias.
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O ano de 2014 foi muito rico no que diz respeito à busca de parcerias que contribuíram muito
trazendo reflexões para as ações do cotidiano e mudanças na atuação junto às crianças. Tivemos a
formação de música com a professora Lisbeth, que proporcionou a vivência musical, sensibilizando
os professores e estimulando-os a investirem mais neste conteúdo, essencial para o
desenvolvimento integral das crianças. A parceria com a equipe do Expresso Lazer também foi
riquíssima, pois conseguimos garantir alguns encontros do Expresso com os professores e
funcionários (Reunião Pedagógica e HTP’s), com ações práticas e reflexivas diretamente com o
adulto e apoio do Expresso para planejar as ações com as crianças, bem como atuar junto a elas,
encorajando o professor a incorporar cada vez mais o brincar em seu planejamento. Tivemos
também a participação da conselheira Vera Gallo na formação direta junto aos pais, um primeiro
encontro com um grupo de pais que nos surpreendeu pela quantidade de pais que compareceram
em um momento onde não conversaríamos diretamente sobre seus filhos, o que nos fez ver o
quanto este assunto interessa as famílias e o quanto era preciso mostrar a esta comunidade o
verdadeiro papel do Conselho Tutelar, o papel de apoiar e auxiliar as famílias em suas dificuldades,
visando sempre o bem estar da criança e do adolescente, portanto a equipe resolveu trazer esta
palestra também na abertura da reunião de pais, onde o alcance junto as família seria bem maior; de
fato os pais compareceram, estiveram atentos durante todo o encontro e ainda permaneceram para
tirar dúvidas antes de irem para a sala conversar com o professor do seu filho.
Iniciamos a parceria com o Instituto Natura, fazendo uma formação inicial somente com os
professores em HTPC para conhecerem o Projeto Comunidade de Aprendizagem. A partir desta
formação, o grupo optou por aderir ao Projeto e foi realizada uma sensibilização com os pais para
ampliarmos cada vez mais a participação dos pais na escola e garantirmos uma escola acessível e
de qualidade para todos.
Outro ponto bastante positivo foi o projeto coletivo “Diversidade”, onde foi possível ter um
olhar mais atento às manifestações das crianças, trazendo reflexão a eles através de histórias e
rodas de conversa. Vale destacar que as professoras Luciana Gongora e Fernanda Carolina
receberam o Prêmio: “Escola: Lugar de brincadeira, cultura e diversidade” em um concurso
promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) em pareceria com a Universidade do Ceará (UFCE)
com o projeto “Diversidade: um mundo de experiências e descobertas”, tendo como objetivo
enfatizar a diversidade que temos ao nosso redor de maneira lúdica, prazerosa e significativa para
as crianças, uma vez que estas puderam construir sua opinião sobre o assunto concretizando seus
aprendizados com a produção de um livro expressando suas preferências, gostos e opiniões.
O Projeto Coletivo Diversidade englobou todas as turmas e a comunidade escolar e o grupo
avaliou que não há mais necessidade de manter um projeto para a discussão de tal tema, pois a
sensibilização já foi realizada e o mesmo está inserido nas ações cotidianas de nossa escola.
14
A partir de 2015, conseguimos, através do Projeto Comunidade de Aprendizagem, envolver
mais a comunidade com a participação nos Grupos Interativos, reuniões de APM/Conselho de
Escolar, Sábado com a Comunidade, Tertúlia Literária. No Encontro Regional de escolas
participantes do Projeto Comunidade de Aprendizagem tivemos apresentação do projeto, a partir do
olhar da família, com a parceria da Vera (mãe de aluno) e a leitura de depoimentos de outras mães,
buscando mobilizar outras escolas para incentivar a participação da comunidade.
Com a finalização do Projeto em parceria com o Expresso Lazer, a escola foi convidada a
compartilhar a experiência com outras escolas, estimulando a participação de outros grupos e
salientando a importância do brincar na educação infantil.
No sábado letivo, como forma de finalização dos projetos tivemos várias apresentações das
crianças, nesta ocasião, contamos com a presença do Sr. Paulo Dias, atual Secretário de Educação,
que pode prestigiar nossos alunos e elogiou muito o trabalho desenvolvido.
No ano de 2016, tivemos uma ampla participação das famílias no Orçamento Participativo e
conseguimos aprovar como prioridade a cobertura da quadra da escola e reforma do espaço
escolar, mas como foi uma demanda não atendida ainda, as famílias estão na expectativa de que a
reforma, realmente, aconteça.
Demos continuidade à realização da Oficina de Convivência, procurando reestruturar a forma
como estávamos fazendo, organizamos Kits para facilitar a montagem dos espaços e
estabelecemos dois horários, adequamos o tempo de duração visando atender o período de
concentração do grupo, também dividimos a quantidade de turmas em dois grupos, desse modo as
crianças tiveram mais tranquilidade para interagir com as diferentes propostas.

II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Desde 2012 nossa equipe vem pautando as discussões coletivas no estudo da infância e da
criança que temos hoje, partindo do resgate da infância de cada um, para que possamos valorizar e
significar ainda mais o momento vivido por nossas crianças. Diante das discussões com toda a
equipe escolar chegamos à elaboração do seguinte texto:

1. Concepção de infância e de criança

Estes termos estão separados, pois a criança sempre existiu, mas a preocupação com a
infância é recente. A concepção de Infância está relacionada ao contexto histórico e social e não à
maturidade biológica do indivíduo e incorpora tudo o que a criança é e faz nesse período de sua
vida, um tempo de brincar, jogar, sorrir, chorar, sonhar, desenhar... sendo o estimulo um fator
15
importante para o desenvolvimento de suas potencialidades. A visão de criança passiva e receptora
é passado, atualmente já compreendemos que a criança é um ser histórico e está inserida em sua
cultura de forma ativa, aprende fazendo, vendo, ouvindo, sentindo, se relacionando,
experimentando, explorando, descobrindo, expressando-se, é um ser que possui capacidade
ilimitada de aprender e para tanto quanto mais experiências e relações estabelecidas com o
ambiente em que vive em um contexto social de permanente contato com a cultura mais elaborada,
mais oportunidades ela tem de se desenvolver plenamente.
Sendo a infância um período de construção e afirmação do caráter, o lúdico e o brincar serão
sempre de vital importância contribuindo para um: Ser... Fazer... Agir... Sentir... Conhecer e ampliar
o conhecimento de mundo da criança com melhor qualidade.

2. Papel da escola da infância e do educador da escola da infância

A escola é o espaço organizado intencionalmente para possibilitar o pensar, o fazer e o


interagir com os demais, planejando e propondo atividades significativas, incluindo a todos,
respeitando e atendendo a diversidade, propiciando momentos para a criança desenvolver seus
saberes de um modo lúdico, sem jamais subestimar sua capacidade. A criança precisa de um
mediador que a auxilie entender seus sentimentos e a nomeá-los, pois pode estar sentindo raiva e
por não conseguir expressar isso jogar-se no chão e espernear, por exemplo, precisando de um
parceiro mais experiente retomando a ação, nomeando e apresentando a fala como uma das formas
de vazão deste sentimento. Precisa aprender a resolver conflitos através da relação com o outro.
Por isso, é de fundamental importância que o educador valorize seus saberes, tendo como base a
afetividade e sendo um modelo ético, levando em conta as individualidades de cada criança. Desse
modo, o papel desenvolvido pelo educador da escola da infância se faz cada vez mais importante,
salientando que todo adulto presente no espaço escolar é também educador e referência para as
crianças, todos estão envolvidos no processo educativo e também precisam estar atentos ao mundo
a sua volta buscando apropriar-se da cultura mais elaborada, sendo um elo desta com as crianças.
Esta visão de criança protagonista de sua aprendizagem, que se apropria de conhecimentos a
partir de suas próprias ações e das experiências que vivencia é reafirmada pelo disposto na Base
Nacional Comum Curricular para a Educação Básica que busca garantir para a Educação Infantil os
seguintes direitos de aprendizagem:
CONVIVER democraticamente com outras crianças e adultos utilizando e produzindo diversas
linguagens, ampliando gradativamente o conhecimento, o relacionamento e o respeito a natureza, a
cultura, a sociedade e as singularidades e diferenças entre as pessoas.

16
BRINCAR cotidianamente de diversas formas e com diferentes parceiros, interagindo e
recriando a cultura infantil, acessando o patrimônio cultural, social e científico e ampliando suas
capacidades emocionais, motoras, cognitivas e relacionais
PARTICIPAR com protagonismo de todo o processo educacional vivido na instituição de
educação infantil, tanto nas atividades recorrentes da vida cotidiana como na realização e avaliação
das atividades propostas, na escolha das brincadeiras, dos materiais, dos ambientes etc.,
apropriando-se ativamente de práticas sociais, linguagens e conhecimentos de sua cultura.
EXPLORAR movimentos e gestos, sons, palavras, histórias, linguagens artísticas, materiais,
objetos, elementos da natureza e do ambiente urbano e do campo, interagindo com o repertório
cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico.
COMUNICAR por meio de diferentes linguagens, opiniões, sentimentos e desejos, pedidos de
ajuda, narrativas de experiências, registro de vivencias, etc.
CONHECER-SE e construir sua identidade pessoal e cultural, constituindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento (gênero, religião, grupo étnico racial, etc.) nas
diversas interações e brincadeiras que vivencia na unidade de educação infantil.

III - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR


(ANO DE 2017)

1. Comunidade

Buscamos ter com as famílias uma relação de parceria durante todo o ano, ouvindo os relatos
de todos nas mais diferentes ocasiões nas reuniões de APM, Conselho de Escola e Comunidade de
Aprendizagem.
A avaliação do trabalho desenvolvido, também aconteceu em todas as reuniões, sendo que
todas as salas faziam um levantamento das principais questões a serem discutidas/revistas em
parceria. Na última reunião, pudemos avaliar um conjunto de aspectos do trabalho desenvolvido e as
questões evidenciadas permaneceram praticamente as mesmas.
A ampliação da atuação das famílias é avaliada de forma muito positiva e a sugestão é que
além de mantermos o Projeto Comunidade de Aprendizagem que ele seja cada vez mais ampliado e
divulgado.
Quanto ao Blog, percebemos que nem todos tem acesso, mas os que têm sugeriram ampliar
a divulgação e inserir cada vez mais informações do cotidiano escolar.
As famílias valorizam o trabalho com a horta e percebem a necessidade de tratarmos da
temática da alimentação saudável, mas demonstraram muito descontentamento com relação ao
17
lanche, solicitando o retorno da refeição, mesmo com todas as reuniões realizadas no decorrer do
ano para tratar do assunto.
Neste ano o cardápio foi alterado, incluindo o complemento além do lanche, atendendo parte
das solicitações dos familiares.
O trabalho desenvolvido pelos professores é avaliado de forma muito positiva, fazem vários
elogios à equipe como um todo, mas ainda demonstram ter dúvidas em relação à concepção da
escola da infância e precisamos dar continuidade nas formações para que possam identificar as
aprendizagens dos filhos através da ludicidade.
Consideraram que os estudos do meio foram ampliados, conforme Projetos e Verba
disponível, e que isso foi muito produtivo, proporcionando muitas aprendizagens para as crianças.
Identificam a necessidade de melhorar a limpeza e a estrutura física da escola, mas
compreendem que esta ação também depende da parceria com a Secretaria de Educação, pois só
assim seria possível uma manutenção adequada do prédio escolar e uma quantidade adequada de
funcionários.
Concordam e validam os instrumentos de comunicação da escola e consideraram a
carteirinha como um importante recurso na garantia da saída com segurança das crianças, mas
identificam que precisa haver realmente a efetivação do uso. Além disso, percebem a necessidade
de um responsável pela segurança na escola durante o dia, pois as rondas esporádicas da guarda
não são suficientes para dar mais tranquilidade para as famílias.
Há um movimento dos professores de cada vez mais ouvir a opinião das crianças. Foi
possível envolvê-los nas reuniões de Conselho Mirim e através de rodas de conversa fizemos um
levantamento das situações do ano que foram mais marcantes e prazerosas.
Enfim, conseguimos montar um quadro, considerando o olhar de todos envolvidos neste
trabalho. Identificamos muitas conquistas e muito para ser feito. E são os desafios que nos
mobilizam a fazer um ano ainda melhor.

1.1 Avaliação das crianças

Este ano tivemos muitos momentos apreciados por nossas crianças, em roda de conversa os
professores fizeram o resgate destes momentos e fizeram o levantamento do que as crianças mais
gostaram. Algumas turmas destacaram o envolvimento das crianças nas propostas de Oficina de
Convivência (momento previamente planejado e espaço preparado para que as crianças tenham
liberdade de escolha e autonomia para brincar do que quiserem), durante a conversa as crianças
conseguiram especificar as propostas realizadas, mostrando que realmente foram significativas e

18
fizeram relação também com a expressão das crianças ao chegarem na escola e encontrarem o
espaço organizado para a proposta.
Outro momento significativo para muitas turmas foi a utilização de fantasias, música e a
baladinha, as crianças de fato mergulhavam no personagem e construíam muitas brincadeiras,
integrando diferentes turmas e faixas etárias.
Em algumas turmas as crianças destacaram o projeto trabalhado durante o ano, mostrando que esta
forma de organização de trabalho de fato envolve as crianças e dá sentido as propostas que são
realizadas.
O uso da tinta também foi destacado, as crianças relataram o quanto gostam de vivenciar
este momento, de manusear e explorar este tipo de material.
Outro ponto levantado foi a realização de alguns eventos como o dia do futebol, o cup cake, a pipoca
e os brinquedos infláveis.

1.2 Sábado com a comunidade

Nos encontros que realizamos com as famílias, buscamos estratégias para apresentar o trabalho
desenvolvido e inseri-los na temática do Projeto Coletivo. Nas avaliações, percebemos que as
famílias validam a proposta de parceria nestes momentos, mas ainda não conseguimos atingir a
ampla maioria, pois muitos apontam que trabalham de sábado e isso acaba impedindo a
presença neste evento.
Cada ano, buscamos pensar em conjunto qual seria a temática mais urgente de ser desenvolvida
pelo grupo. Na verdade, sensibilizamos os familiares para assuntos como diversidade, cuidado
com o meio ambiente, comunidade de aprendizagem, mas são questões que precisam ser
amplamente discutidas e trabalhadas, não se esgotam em um ano e por isso são incorporadas
nos outros projetos desenvolvidos.
Neste ano, nosso projeto coletivo tratará de emoções e sentimentos, teremos como proposta
envolver as crianças e as famílias, pois sabemos que afetando os adultos que lidam com as
crianças teremos a possibilidade de mudança de postura de adultos e das crianças. Sentimos
que tanto as crianças como os adultos não estão conseguindo expressar sentimentos, não tem
tempo e nem espaço para isso numa sociedade, na qual tudo tem que ser feito de forma rápida e
automática. Precisamos possibilitar que tanto crianças, como os adultos possam ser ouvidos,
buscarmos alternativas nas quais, através da vivência afetuosa, os conflitos e situações
“estressantes” possam ser amenizadas e que os conteúdos da escola possam fazer a diferença
no processo de humanização de todos envolvidos.

19
1.3 Reunião com as famílias

No acolhimento das famílias na primeira reunião do ano, com a intenção de iniciar um diálogo
entre família e escola, recepcionamos os pais com uma projeção de situações corriqueiras na
escola, apresentadas de uma forma ao mesmo tempo lúdica e informativa, que influenciam no
andamento da rotina, tais como: a importância da adaptação, da carteirinha de saída, de evitar
atrasos, ver a agenda da criança, assinar autorizações de passeio, entre outras.
Na segunda parte, os familiares foram para as salas para conversar com os professores e ter
um momento de aproximação com este profissional, sendo objetivo da escola apresentar a nossa
rotina, mas também acolher dúvidas, angústias para que todos possam sentir-se mais seguros e
transmitirem este sentimento para as crianças.
Neste momento também foi realizada uma pesquisa para conhecer um pouco da rotina da
criança em casa e sobre os sonhos dos familiares em relação à escola e seus talentos para
colaborar com as diferentes atividades propostas valorizando o papel da família na vida escolar das
crianças.
Buscamos planejar com muito cuidado estes momentos, com dinâmicas, textos, vídeos ou
palestras para reflexão, pois sabemos que são importantes momentos de troca de conhecimentos,
de construção de parcerias. Além disso, fazemos a reunião no período noturno para atender a
necessidade da maioria das famílias que não podem vir durante o dia. Mas os familiares que
precisam vir durante o dia são atendidos nos horários de HTP dos professores ou durante o período
quando temos algum substituto para ficar com a sala.

1.4 Devolutiva da avaliação das famílias do ano de 2016

ENCAMINHAMENTOS A
AÇÕES SUGESTÕES/CONSIDERAÇÕES DAS
PARTIR DA AVALIAÇÃO DE
FAMÍLIAS
2016 E DESAFIOS 2017
1- Participação dos Investimos na parceria, Muito significativo, somando muito para
pais: comunidade de principalmente, com o projeto novas conquistas; deve continuar essa
aprendizagem, APM e comunidade de oportunidade muito gratificante. Ótima
Conselho de escola aprendizagem. Contamos iniciativa e participação dos pais. A
com a ajuda de muitas parceria que a escola faz com os
famílias – pintura de espaços familiares é ótima, pois juntos investimos
da escola, grupos interativos, para uma melhor educação e diversão

20
passeios, festas na escola, para as crianças.
etc. Ampliar cada vez mais a divulgação.
2-Blog Conseguimos ajuda de uma Fácil acesso;
professora para atualizar os Ideia muito boa, principalmente, para
dados e precisamos ampliar quem gosta de acompanhar pela
os acessos. internet;
Ideal para manter os pais informados
sobre a rotina escolar;
Pouco acesso;
Encaminhar lembretes com os
conteúdos adicionados nas agendas;
Mais atualizações;
Divulgação entre os próprios pais;
Parceria com horteira e Projeto muito bom, crianças começaram
3--Projeto: Ação projetos de sala a comer verdura, comer melhor,
Saudável incentivo aos hábitos saudáveis.
Comunicar com a família com
antecedência a participação nos
projetos, mesmo não sendo do projeto.
crianças gostaram muito de levar a
alface para casa, disseram que deveria
haver em todas as turmas.
Crianças plantando também.
Alimentos da merenda deixam a desejar.
4-Programa saúde na Parceria com a UBS para Parceria é muito boa, mas os dentistas
escola triagem de alunos para deveriam encaminhar mais as crianças
tratamentos dentários para limpeza dos dentes;
Muito importante para as crianças ter
essa passagem, principalmente, com o
dentista, pois podem ter medo e a
triagem já identifica algo errado com
eles;
Ajudou na prática de higiene;
Contribuiu com as famílias que não

21
conseguem levar sempre a UBS;
Atendimento demorado;
Continuar com os encaminhamentos;
5- Instrumentos de Ampliação da participação Muito interessante, excelente;
comunicação: das famílias lendo e O texto impresso atrás do calendário
agenda, calendário, assinando bilhetes e dificultou a leitura, pois precisa arrancar
bilhetes e autorização precisamos de ajuda para a folha, buscar alternativas;
de passeios que todos assinem Importante os instrumentos e estão
autorização de passeios. sendo bons até agora. Funciona,
Famílias acompanhando os continuar;
eventos da escola através Muito útil, gostamos do texto;
do calendário, leitura do Manter o trabalho que foi feito durante o
texto no verso. ano;
Antecipar os informes;

6- Biblioteca Ampliação da parceria com a Pensar em meios para começar mais


circulante família na leitura de cedo possível (falta de pasta);
histórias, conservação dos Continuar com o projeto;
livros, devolução no prazo Gostam muito;
Grande evolução em relação ao ano
anterior;
Bom desenvolvimento dos alunos;
Maior divulgação;
Não houve compromisso de todos os
envolvidos em devolver as pastas;
De acordo com os projetos Esse ano foi o melhor;
7- Passeios de sala e interesse do grupo cinema ótimo;
atendendo a solicitação da Muito bom, continuem;
apm de pelo menos 2 por Produtivos de acordo com os projetos;
ano. As crianças adquiriram bastante
conhecimento sobre os sinais de
trânsito;
8- Exposição dos Valorização das produções Todos gostaram e avaliaram
trabalhos nas dos alunos, professores e positivamente a exposição dos trabalhos

22
reuniões de familiares alunos uns aprendendo com e atividades dos alunos;
os outros. Crianças demonstraram interação e
pesquisa;
Tudo organizado, criativo, bonito;
Muito importante para eles aprenderem
mais;
Muito bom!
Continuar;
9- Reunião de Momento geral: vídeos, Horário bom, tudo ótimo, momento de
familiares textos formativos, informes; conhecer o desenvolvimento das
crianças durante o ano letivo.
Momento individualizado Gostam muito dos vídeos;
(com a professora) Todas as dúvidas são esclarecidas;
dinâmicas, textos, informes, Continuar neste formato e horário;
etc Rever horário, fazer pesquisa;
Momento geral, somente no início e no
final do ano;
Informar mais quando tiver problemas,
como falta de funcionário, para que as
famílias pensem em alternativas em
conjunto;
10- Atendimento Mudança de oficiais É uma equipe excelente, mantém a
secretaria/ escola com ótimo funcionamento apesar
Gestão da falta de manutenção e cuidado da
prefeitura, que deveria investir na
educação, pelo contrário querem
diminuir o quadro de funcionários,
afetando nossos filhos, não pensam nas
crianças.
Bom atendimento;
Tratamento mudou muito, pouco trato
com os pais;
11- Limpeza da Funcionários afastados sem Ter mais funcionários para substituição;
escola substituição A escola não teve muita limpeza, pois

23
teve muita troca de funcionário, por isso
permaneceu quase todo o ano suja.

12- Sábado com a Contação de história com a Não ser no mesmo dia - fundamental e
comunidade madalena, atividades da infantil;
comunidade de Ótimo para as crianças.
aprendizagem (grupos Aprendizado ótimo;
interativos e tertúlias).
13-Trabalho Projetos de sala, parceria Ótimo, muitas coisas legais;
pedagógico entre professores, oficina de Um projeto muito bom;
convivência, grupos Criança também multiplica saberes, a
interativos, intersalas, vivência das crianças durante os
entrada e saída coletiva, projetos na escola foram percebidos em
circuito, etc. casa.
O trabalho pedagógico deveria dar mais
lição de casa, atividades para executar
com a família.
A parceria entre professores e a
convivência com as crianças interagindo
é muito boa, pois as crianças conhecem
novos amiguinhos e não convivam com
barreiras e isso faz com que se tornem
cada vez mais cidadãos.
14- Alimentação Parceria com o setor de retorno do almoço ou mais frutas e
alimentação para adequar lanches variados;
cardápio após É preciso manter o almoço, pois criança
mudança/parceria com os desnutrida não dá são crianças, pois
membros da comunidade de sem vitaminas e sem minerais, como
aprendizagem uma criança desta irá se desenvolver e
por sua criatividade e raciocínio em
prática. E o almoço, segundo eles, era
muito gostoso. E afinal a prefeitura desta
cidade é muito rica;
Precisa melhorar;
Consideram que falta muito e as

24
crianças reclamam e no site demonstram
uma coisa e no dia-a-dia é muito
diferente;
Melhorar qualidade e opções;
Na alimentação, o almoço fez muita
falta, pois algumas crianças não comem
bem e vendo outras crianças comerem,
elas acabariam alimentando-se melhor.
E hoje o carboidrato que é servido
também ocasiona o mesmo motivo do
qual retiraram almoço;
Crianças com fome;
15- Parceria com as Diminuição de atrasos; O uso da carteirinha é seguro, porém
famílias: respeito ao Maior atualização de dados, com os professores eventuais não é
horário de entrada e principalmente, através da muito solicitado.
saída; atualização de agenda; Família mais atenta;
dados na secretaria e Tolerância de espera, mais segurança
ficha de autorizados para as crianças;
na sala de aula; uso Responsabilidade de cada pai e mãe
da carteirinha; pelo horário e saída de seus filhos e a
escola já faz tudo como carteirinha para
que haja segurança para próprias
famílias.
Houve uma boa comunicação, só
deveria avisar de eventos na melhoria da
escola.
Os pais ou responsáveis tem que estar
ciente de todo o trabalho que é feito e
que quando há atraso ou dados
pessoais errado, pode trazer problemas.
É muito importante a carteirinha, pois se
trata da segurança da própria criança.
A agenda é a comunicação entre os pais
e o professor.

25
16- Estrutura, Pintura de espaços da Precisa de manutenção;
recursos humanos e escola com ajuda de pais e Deveria ter uma pessoa ou duas só para
materiais professores; a manutenção da escola;
Pequenas manutenções com Ampliar envolvimento;
ajuda do guarda Falta de interesse da prefeitura;
17- Outros itens Portão aberto Passeios muito bons;
Vigilante/segurança Agenda bem comunicativa;
Atendimento na secretaria Atendimento muito bom na secretaria;
muito bom, com muita Satisfação com aprendizado e cuidado;
prontidão Trabalhar mais com letras e números;
Passeios – bastante
proveitosos para as
crianças!

2 Avaliação da Equipe Escolar


“Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...) Temos de saber o que fomos, para
saber o que seremos.” (Paulo Freire)

Mais um ano encerra-se e chegamos de novo no momento de avaliar. Isso não quer dizer que
não retomamos as ações durante todo o ano, pois no decorrer do período letivo vamos observando
as necessidades e revisando as “rotas” sempre. Entretanto, agora conseguimos reunir tudo que
fomos colhendo e com o registro em mãos, traçar encaminhamentos viáveis para o ano de 2017.
Para sensibilizarmos a equipe para este momento, apresentamos o vídeo: “Viver a vida –
Virginia D. Carneiro”´, sendo uma sugestão apresentada pela Elenir, chefe da macrorregião, na
reunião com as equipes de gestão. A partir do vídeo, pudemos pensar um pouco sobre os
obstáculos enfrentados no cotidiano que nos limitam e que tudo depende de como encaramos os
desafios.
Apresentamos o vídeo em HTPC para professores e em várias reuniões de segmento para
tentar contemplar todos os funcionários antes da reunião pedagógica, pois como teríamos um
período reduzido para avaliar (Reunião Pedagógica de meio período) não seria possível fazer tudo
num único momento, mas na dinâmica escolar, enfrentamos um grande desafio que é reunir os
diferentes segmentos, sem ter um horário adequado para isso.
Depois de assistirem ao depoimento, cada funcionário recebeu alguns indicativos para pensar
nos avanços alcançados durante o ano. Percebemos que as pessoas costumam ter um pouco de
26
dificuldade em observar todas as conquistas e com ajuda da Orientadora Pedagógica, Helena,
pensamos estratégias para facilitar a identificação e valorização das conquistas e avançar para além
de um relato que só apontasse as faltas. Além disso, já foram fazendo indicações de estratégias de
superação de desafios para o próximo ano.
No dia da Reunião Pedagógica, apresentamos uma retrospectiva do trabalho desenvolvido e
pudemos pensar nas ações coletivas da escola, utilizando como instrumento norteador o material
encaminhado pela Secretaria de Educação e dividimos em três grupos, conforme as diretrizes
elencadas (Qualidade social da educação por meio da prática pedagógica, Gestão Democrática,
Acesso, permanência e sucesso escolar). Todos os grupos também puderam indicar outros
compromissos, conforme levantamento nas discussões.
Realizamos, também, uma dinâmica, na qual cada funcionário recebeu um cartão de
valorização e com uma frase para reflexão. A frase foi extraída de uma lista elaborada por um
professor americano que sempre inicia o ano letivo com recados de incentivo, motivação para os
alunos e cada profissional teve a oportunidade de indicar uma mensagem/recomendação para
podermos construir a nossa lista “inspiradora” para o ano de 2017. E produzimos muitas frases de
autoria dos grandes pensadores da EMEB Ana Henriqueta e também dos pensadores “renomados”
que servirão como um “mantra” para o próximo ano, tendo uma pequena amostra abaixo da nossa
produção:
“Se nada nos salva da morte, pelo menos que o AMOR nos salve da vida”
(Pablo Neruda)

“Faça tudo com muito amor!”

“Gentileza gera gentileza...”

“Ame as pessoas e não as coisas.”

“Gosto de ver um homem orgulhar-se do lugar onde vive.


Gosto de ver um homem viver de modo que seu lugar orgulhe-se dele.”
(Abrahan Lincoln)”

“Sonho que se sonha só é só um sonho,


Sonho que se sonha junto é realidade.”
(Miguel de Cervantes)

“Arrisque mais.”

27
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS

1. Diretriz: Gestão Democrática

1.1 Compromisso:
Propostas para aperfeiçoar a atuação dos órgãos colegiados.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Participação do Conselho, APM e Comunidade de Aprendizagem juntos nas reuniões
mensais.
 Dia da reunião encaminhado no Calendário mensal para todos os familiares.
 Incentivar sempre a participação dos familiares nestes e em outros momentos, efetivar
estas ações por meio dos projetos, promovendo as reuniões e encontros em horários
acessíveis a todos.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Maior participação dos familiares promovendo a sensibilização em atividades e o
despertar do interesse de estarem envolvidos na vida escolar de seus filhos.
 Conselho mirim – conseguiu efetivar as sugestões/sonhos sugeridos ao longo do ano.
 Projeto Comunidade de Aprendizagem – fomos evoluindo ao longo do ano, pensando
na participação dos pais (APM, Comunidade de Aprendizagem, Conselho de Escola),
professores que possuem pais representantes têm auxiliado inclusive nas reuniões.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Manter o interesse dos pais em perpetuar essas ações e projetos envolvendo a
comunidade.
 Combinados e formação específicas junto à participação desses pais no ambiente
escolar.
 Reunião formativa, pois de uma maneira geral os pais ainda demonstram interesse
maior nas informações e as questões pedagógicas precisam ser construídas junto aos
pais.

1.2 Compromisso:
Evidenciar a participação e corresponsabilidade da comunidade escolar (funcionários,
alunos, famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os envolvidos de

28
forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no documento, desde o acesso,
implementação do projeto, tomada de decisões até a avaliação.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Projeto Comunidade de Aprendizagem;
 Conselho Mirim – conseguiu efetivar as sugestões/sonhos sugeridos ao longo do ano;
 Divulgação do PPP, através do Blog, Calendário Mensal, Reuniões de pais e APM
 Reuniões de pais formativas, com avaliação processual
 Em todas as atividades citadas é prezado o envolvimento da comunidade abrindo a
escola a sua participação. Dando voz as crianças e suas necessidades e valorizando
suas falas e permitindo o acesso por meios tecnológicos as informações e
documentação elaboradas pela equipe escolar.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Maior colaboração das famílias nos movimentos da escola;
 Valorização das ideias e necessidades das crianças promovendo o desenvolvimento
do senso crítico.
 Oportunizar o acesso (livre) as informações e documentação da escola via internet.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Manter a continuidade desse trabalho e promover a maior adesão das famílias.
 Reuniões formativa, pois de maneira geral os pais ainda demonstram interesse maior
nas informações, e as questões pedagógicas precisam ser construídas junto aos pais.

1.3 Compromisso
Ações em parceria com programas, dispositivos da comunidade, dentre outros.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 PSE
 UBS
 Ação Saudável
 Samu
 EOT
 Escolas da região
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

29
 Por meio das parcerias estabelecidas houve maior conscientização das crianças e famílias
quanto a importância do cuidado com a saúde e alimentação saudável.
 Devido acompanhamento às crianças que possuem necessidades especiais.
 Realização da passagem dos alunos que irão para o ensino fundamental, promovendo a
adaptação das crianças ao novo ambiente.
 Estas parcerias este ano aconteceram com mais evidência e com mais regularidade.
Outras que foram mais esporádicas, também foram produtivas.
 Organização para atendimento das crianças foi eficiente, funcional.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Continuar com essas ações e conscientizar cada vez mais as famílias da importância de
buscar apoio médico e profissional especializado.
 Manter as parcerias e a organização no atendimento

2. Diretriz: Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica

2.1 COMPROMISSO
Práticas didáticas significativas, contextualizadas e inclusivas que garantam o processo de
ensino e aprendizagem de todos e de cada um.
• (Integração de mídias e tecnologias, práticas de leitura, mediação de
leitura, pesquisa escolar, acesso à múltiplas linguagens, inclusão).

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Projetos Pedagógicos de acordo com a necessidade de cada grupo – valorizamos a
autonomia de cada turma e escolha de seus projetos
 Aquisição e confecção de material adaptado;
 Projeto Coletivo: Comunidade de Aprendizagem;
 Parceria EOT, professor de AEE, Auxiliares
 Houve avanços em nosso plano de formação com cursos, HTPC’s, reuniões
pedagógicas e HTP voltados para tal. Sentimos que o que é passado ao trio gestor nos
é transmitido.
 Agradecemos e esperamos que continue a abertura de socialização de novas práticas,
com a tertúlia literária.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Maior participação da comunidade em diferentes atividades

30
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.
 Contemplar os campos de experiências nos projetos pedagógicos.
 Ampliar cada vez mais os recursos adaptados
 Construir com essa equipe combinados, horários, espaços usados coletivamente e
com as crianças e também seguir o nosso contrato didático.

2.2 COMPROMISSO
Planos de formação articulados, a partir do levantamento coletivo das necessidades, para
todos e cada um, constituindo diversos espaços e tempos formativos.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Participação de todos funcionários nas Reuniões Pedagógicas – mesclar todos os
segmentos em ambos períodos
 Reuniões “extraordinárias” para discutir demandas específicas de cada grupo –
entender que essas reuniões são para apontar soluções diante dos problemas
enfrentados.
 PPP construído coletivamente e revisto no decorrer do ano em conjunto
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Articulação entre os diferentes segmentos dos funcionários da escola em Reuniões
pedagógicas.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 A ação foi boa com vários avanços, nos sentimos como construtores desse PPP. A
meta é melhorar cada vez mais e continuar proporcionando a participação de todos

2.3 COMPROMISSO
Planos de formação específicos, de acordo com as necessidades dos diversos sujeitos
envolvidos na elaboração do PPP.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Socialização do conteúdo do PPP com todos os segmentos da escola
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Houve avanços em nosso plano de formação com cursos, HTPC’s, reuniões
pedagógicas e HTP voltados para tal. Sentimos que o que é passado ao trio gestor nos
é transmitido.

31
 Agradecemos e esperamos que continue a abertura de socialização de novas práticas,
com a tertúlia literária.
 Maior participação da comunidade em diferentes atividades.
 Parceria muito positiva com a professora Lisbeth e auxiliares de educação.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.
 Promover encontros e trocas entre a equipe de AEE e as professoras para orientações
no decorrer do ano.
 Formação para as mães participantes da Comunidade de Aprendizagem e
Conscientização do uso coletivo dos espaços.
 Esclarecer a todos os segmentos o papel e a importância de cada um na construção
do PPP.

3. Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar

3.1 COMPROMISSO
Formas de acolhimento aos educandos, considerando necessidades coletivas e individuais e
respeitando as diversidades de gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência.

 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso


 Apresentação de todos os funcionários na primeira reunião;
 Participação de todos os funcionários no período de acolhimento dos alunos;
 Propostas diferenciadas para acolher os alunos da melhor forma possível;
 Horário reduzido para atender as especificidades de todos no período de adaptação;
 Espaço organizado de forma atrativa no acolhimento de famílias e crianças;
 Comunicados/informativos através da agenda;
 Ouvir alunos/comunidade na elaboração da rotina/projetos/comunidade de
aprendizagem, conselho mirim, parceria com as famílias dentro da escoal.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Manter e aprimorar o que está dando certo.
 Apresentação dos funcionários da escola de uma forma mais focada, apresentando-se
em pequenos grupos (de sala em sala) melhorando a integração de todos.
 Horário reduzido deve ser mantido, pois auxilia no acolhimento e adaptação efetivos

32
3.2 COMPROMISSO
Articulação das escolas do território/macrorregião para ampliação de ações de acolhimento e
acompanhamento aos alunos e família.
 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso
 Visita à escola do fundamental;
 Troca de experiências no Seminário de Educação;
 Relatório de passagem;
 Reunião de passagem;
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Superar a expectativa de quem recebe para o acolhimento mais efetivo, atendendo às
diversas necessidades dos alunos.
 Vivências diferenciadas para aprimorar, enriquecer nossa prática em sala de aula
(Seminários de Educação)
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Que aconteça uma integração entre os diferentes níveis/creche/infantil /fundamental os
professores.
 Trazer alunos de outros segmentos (fundamental/creche) para maior
integração/interação entre os alunos.

3.3 COMPROMISSO
Organização da rotina a partir das necessidades dos sujeitos.
 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso
 Conselho de escola e mirim
 Comunidade de aprendizagem
 Reunião de pais
 Parceria da APM
 Parceria entre comunidade/escola, através dos projetos desenvolvidos.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Os pais aceitaram essas ações e com isso vem aumentando gradativamente a
presença dentro da escola.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta
 Manter essa presença da comunidade dentro da escola.

33
4. OUTROS COMPROMISSOS
4.1 Compromissos definidos pela equipe escolar no PPP.
 Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso
 Oficina de convivência
 Aluguel de brinquedos
 Sonhos das crianças realizados em parceria com o Conselho Mirim.
 Semana da criança com atividades diferenciadas, porém com o número de dias
reduzidos (2 ou 3)
 A participação de todos na confecção do PPP.
 Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta
 Tem se cumprido cada vez mais as metas do PPP, inclusive, com a participação cada
vez maior das famílias
 As reuniões pedagógicas estiveram mais dinâmicas e entendemos que nestes espaços
formativos é que a gestão democrática acaba sendo efetivada com representatividade
de todos os segmentos.
 Os professores estão empenhados em cumprir os compromissos estabelecidos no
PPP.
 Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.
 Existe uma boa prática de integração entre todos da equipe, mas ainda há resistência
em algumas pessoas de todas as funções;
 Continuar com o olhar de que todos são educadores na escola;
 Continuar encontrando estratégias formativas para todos os segmentos, visando atingir
ainda mais os objetivos da Gestão democrática.
 Inteirar todos os funcionários (apoio em geral) para um conhecimento melhor do
documento.

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA


ESCOLA

1. Caracterização da comunidade escolar

A comunidade conta com uma unidade de Saúde (ao lado da EMEB); EMEBs de ensino
fundamental, EMEBs de educação infantil (0 a 3 anos e 3 a 5 anos) e creches conveniadas, o que
tem contribuído para melhorar o atendimento da demanda da região.

34
No ano de 2010 o texto sobre a caracterização da nossa comunidade foi revisto baseando-se
no estudo dos professores, a partir do vídeo Paradigmas da Pós Modernidade, da educadora Mônica
Hummel, ressaltando a necessidade de se buscar parcerias no entorno, articulando-se com estes
diferentes núcleos e grupos sociais presentes nas comunidades, para favorecer um ensino
significativo e consistente dentro da escola.
Considerando ser de essencial importância a participação dos pais nesta escrita, optamos em
trazer durante as reuniões de pais dinâmicas que favorecessem a fala destes a respeito do bairro
onde moram, da sua rotina, das suas necessidades, das suas alegrias, tristezas, etc.
Em seguida em HTPC, os professores transformaram os registros das reuniões em textos.
Nossa comunidade é heterogênea, em sua maioria, é composta por migrantes ou filhos de
migrantes vindos principalmente das regiões Nordeste, Norte, e do estado de Minas Gerais. Alguns
vieram sozinhos e construíram suas famílias aqui, outros já trouxeram suas famílias e seus sonhos
para cá.
O comércio da região cresceu muito, ampliando o campo de trabalho para as famílias e há
evidências de que houve melhoras no padrão econômico, pois relatam que as condições atuais
permitem melhor qualidade de vida; contudo, muitas famílias ainda enfrentam muitas dificuldades no
dia a dia.
O número crescente de crianças e jovens na região aumentou a necessidade de espaços de
cultura e lazer, e os pais, observando que seus filhos perderam o espaço e a referência de
brincadeiras tradicionais e que a falta de segurança dificulta o brincar na rua, reconhecem a urgente
necessidade de equipamentos em que estes jovens e crianças possam receber atendimento e
formação enquanto os pais trabalham, sem que estas famílias fiquem na dependência de outros
cuidadores informais, que, apesar da boa vontade, nem sempre conseguem afastar as crianças e
jovens de situações que oferecem risco para o seu desenvolvimento (psicológico, físico e moral).
O acesso às novas tecnologias (TV, vídeo games, celulares, etc.) também, de certa forma,
contribuem para afastar as crianças das brincadeiras tradicionais e coletivas, deste modo, a escola é
o lugar onde os pais acreditam que os filhos possam ter estes momentos de integração com outras
crianças; confiam no ambiente escolar e também nos cuidados que seus filhos recebem para o seu
bem-estar físico, social e emocional.
Apesar da falta de áreas de lazer e equipamentos públicos de cultura, a comunidade valoriza
a cultura. Há na comunidade grupos que levam adiante a tradição da congada e de danças típicas.
Durante muitos anos tivemos na rede uma ficha em forma de entrevista com os pais em
relação aos alunos. Tal ficha auxiliava na delimitação de algumas especificidades, interesses e
atividades realizadas pela família e pelo aluno. Contudo, a ficha era muito extensa e, considerando

35
que alguns dados relevantes aos alunos já constavam na ficha de matrícula, decidimos deixar de
aplicar tal instrumento.
Em 2014, observando a necessidade de obtermos mais informações sobre a família de
nossos alunos além daquelas constantes na ficha de matrícula, formulamos um questionário de
maneira que contemplássemos os aspectos importantes a serem levantados de forma mais fácil e
acessível às famílias e que representasse realmente as necessidades da escola.
No ano de 2015 iniciamos o acolhimento dos pais convidando-os a participar do projeto
comunidade de aprendizagem através de seus sonhos e expectativas em relação à escola.
Além de tal dinâmica de busca por uma maior aproximação da escola com as famílias,
também foi proposto o preenchimento de uma ficha cadastral com algumas questões sobre a família
de cada aluno.
Em 2016, retomamos a dinâmica dos sonhos e inserimos tal pesquisa no blog de nossa
escola com o intuito de incentivar o acesso a ele. Para os familiares com dificuldades de acesso à
internet, fornecemos esta ficha impressa.
Continuamos com a dinâmica dos sonhos também em 2017, realizando este movimento com
a equipe escolar, com as crianças e com os pais e iremos buscar, na medida do possível, promover
a realização de alguns destes sonhos.
Avaliando que não obtivemos uma amostragem significativa no blog, retomamos a pesquisa
redimensionando-a e sintetizando-a com o enfoque na rotina da criança, os sonhos e os talentos dos
familiares realizando-a na primeira reunião de pais.

3 Plano de ação para a comunidade escolar

Justificativa:
No ano de 2016, buscamos sensibilizar as famílias para compreender e valorizar o trabalho
desenvolvido pela escola, principalmente, através dos grupos interativos do Projeto Comunidade de
Aprendizagem. Através de reuniões, exposições de trabalhos, contação de história, oficinas, fomos
aproximando a família da escola e buscando a parceria para conseguir prestar um atendimento de
qualidade para alunos e famílias. Tivemos um envolvimento bastante efetivo dos membros do
Comunidade de Aprendizagem, conseguimos realizar alguns sonhos das crianças com a ajuda das
famílias.
Além de continuar sonhando na primeira reunião, fizemos algumas perguntas sobre os
talentos das famílias, o contexto familiar, para conhecer melhor o nosso público alvo.
A partir dos sonhos, faremos a organização de equipes, buscando parcerias para encaminhar
cada desejo. Continuamos tendo como desafio aproximar ainda mais as famílias, procurando
36
transformar os sonhos em realidade. Com a aproximação da família compartilhando o desejo de
melhorar ainda mais a nossa escola, conseguiremos muitos avanços e mesmo aqueles que não
puderem compor as equipes, será possível uma ampla divulgação e valorização da nossa prática,
pois os que acompanharem a rotina poderão compartilhar com os outros que não o puderem fazer,
pois só com a parceria entre família e escola conseguiremos fazer uma escola melhor para todos.

Objetivos Gerais e Específicos:


 Aproximar a família da escola, potencializando os espaços para expressão de ideias,
sentimentos, das singularidades, buscando conhecer melhor as famílias e oportunizando
experiências significativas para que conheçam o trabalho desenvolvido pela escola;
 Ampliar o olhar sobre a própria vida e a visão de mundo, aprofundando questões essenciais
como respeito às diferenças;
 Levantar os sonhos das famílias e em conjunto buscar estratégias para encaminhá-
los/realizá-los;
 Envolver a comunidade no Projeto: Comunidade de Aprendizagem

Ações propostas:
 Sábados com a comunidade e reuniões com familiares
 Ouvir os familiares nos mais diversos momentos, acolhendo e encaminhando às
necessidades (Atendimento Secretaria, da equipe de gestão, Acolhida no portão, HTP,
Reuniões de familiares, Reuniões de APM e Conselho, Sábado com a Comunidade, Agenda,
Telefone, Blog, etc).
 Proporcionar vivências (literárias, teatrais, musicais, etc) que provoquem a reflexão e a
transformação do olhar de todos envolvidos.
 Teremos encontros mensais com a representante do projeto “Comunidades de
Aprendizagem” para junto com as comissões buscarmos alternativas para colocar o projeto
em prática, buscando realizar os sonhos da nossa comunidade.

06/02 Apresentação da Unidade Escolar, seus membros, seu funcionamento,


Reunião com destacando a importância do período de adaptação para as crianças.
Familiares Apresentação do projeto “Comunidade de Aprendizagem”

37
13/05
Sábado com
Oficinas relacionadas ao Projeto Coletivo “Eu te amo”
a
comunidade

03/05 e Reunião com familiares (1º dia - período da manhã e 2º dia – período da
10/05 tarde) com exposição do trabalho das crianças.

Reunião com familiares (1º dia - período da tarde e 2º dia – período da


02/08 e
manhã) com exposição do trabalho das crianças e leitura de relatórios
09/08
individuais.

06/12 Reunião com familiares e exposição do trabalho das crianças e leitura dos
relatórios individuais das crianças.

25/11 Sábado com a comunidade - Finalização dos Projetos

Responsáveis:
Trio gestor, professores e funcionários.

Avaliação
A avaliação do trabalho dar-se-á durante cada encontro através de espaços para
manifestação dos pais, e também ao final do ano em instrumento próprio produzido pela escola, com
base nas orientações da Secretaria de Educação.

3. Equipe escolar

3.1. Professores

3.1.1 – Caracterização

Neste ano de 2017, devido ao processo de remoção, o grupo docente passou por alterações;
recebendo novos professores designados: Letícia, Luciana Maria, Márcia, Marina, Renata e Thiago.

38
Permanecemos ainda com um professor substituto e um professor volante no período da
manhã; e no período da tarde, dois professores volantes. Assim sendo, continuaremos cuidando do
agendamento de faltas previstas, bem como de saídas antecipadas ou entradas tardias, pois a partir
da Resolução nº05/2016 tanto o professor substituto como o professor volante, serão chamados
para substituir em outras escolas.
No momento contamos com vinte e cinco professores, sendo que três possuem duas
matrículas na própria escola, destes dezessete são titulares, três efetivos designados e um
substituto que estão assumindo turmas, três efetivos designados e um substituto como volante,
todos com jornada de trinta horas. Deste total, quinze trabalham no período contrário em outra
unidade ou rede, e destes oito estão atuando no ensino fundamental.
No que se refere ao HTP, os indicativos apontados no ano anterior resultaram em uma maior
qualidade do trabalho e aproveitamento do tempo, sendo destinado à elaboração de planejamentos
e registros, tendo uma vez na semana a devolutiva dos mesmos, com a equipe de gestão,
atendimento aos pais quando necessário, organização de materiais e participação no projeto
“Comunidade de Aprendizagem” e no projeto “Espaço – um segundo educador”, garantindo um dia
para cada equipe reunir-se e desenvolver as ações relativas às mudanças efetivas nos espaços.
No sentido de validar a necessidade das experiências de movimento junto às crianças,
iremos realizar, em alguns de nossos HTPs, dinâmicas que contemplem a expressão corporal
também com os professores.
O HTPC continua estruturado com um encontro semanal, tendo início às 18h15min
estendendo-se até às 21h15min, uma vez que todo o grupo possui a mesma jornada.
O processo contínuo de valorização do “eu” permanece como objetivo de sensibilizar cada
membro do grupo enfatizando ainda mais a importância do trabalho que realizamos.
Iniciamos 2017, com uma dinâmica de acolhimento na qual todos puderam apontar a “escola
que queremos”, sensibilizando o grupo com seus sonhos, de acordo com o Projeto: Comunidade de
Aprendizagem que busca a parceria de todos para realizar sonhos possíveis.

“Sonho com uma escola onde as crianças desenvolvam suas potencialidades com
alegria, paz e harmonia. Sonho com espaço onde possamos construir relações de confiança,
e desenvolver os valores de respeito e solidariedade tão necessários no mundo em que
vivemos.”
Melissa

“Quero que este ano seja abençoado, repleto de paz, alegria, aprendizagens e vitórias.”
Uiara
39
“Que seja um ano bastante produtivo, tranquilo, com muitas conquistas, trabalho,
parceria e empenho. Para mim: eu desejo ser mais paciente.”
Luciana Gongora

“Sonhar junto (parceria). Ser parceiro de sonhos!!!”


Rosângela Pires
No momento da Reunião Pedagógica para discussão do PPP, acolhemos o grupo com uma
dinâmica utilizando um vídeo “Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de forma a nos
sensibilizar e assim, pensarmos em “Três coisinhas à toa que nos fazem feliz”. Deste modo, cada
um pode refletir sobre suas próprias experiências e socializá-las como um disparador para a
retomada do estudo dos Campos de Experiências.
“Cinema com o filhinho, waffle belga, viajar com meus amores.”
Andréia

“Olhar os passarinhos na árvore pela janela da sala de aula (amo!!!), pintar as unhas
com esamlte novo, buscar meus filhos na escola, comer bolinho de chuva caseiro.”
Melissa

“Passear com minha família, olhar meus bichinhos (cachorro e gato) brincando,
descansar na minha cadeira de balanço tomando uma taça de vinho tinto.”
Elaine

“Almoço em família, assistir minha série favorita com meu marido, passear no parque
com meu cachorro.”
Fernanda Strabelli

“Estar com pessoas queridas, ficar na rede com um livro, viajar.”


Marina

“Ajudar o próximo, um abraço gostoso, surpresa.”


Márcia

“Cochilar no sofá, tomar café da tarde, ler antes de dormir.”


Elizete
40
“Almoçar com a família, tomar café com minhas amigas, ouvir os passarinhos cantando
na janela do meu quarto.”
Mirna

“O bom dia espreguiçadinho da minha filha, sexta-feira à noite, bala.”


Sônia
“Fazer o sabão caseiro da vovó (e arroz doce também), dormir de tarde com todos em
uma cama só, tomar café com leite bem quente em xícaras grandes e bonitas de porcelana.”
Letícia

“Sentar num banco de parque e admirar a natureza, sentar no sofá (deitar) e assistir a
um bom filme, comer besteiras quando se tem vontade.”
Thaís

O que me deixa feliz é saber que posso contar com amigos na hora que mais preciso,
amizades sinceras, saber que tenho um trabalho.”
Ana Maria Franciano

“Dormir, comer, gastar, viajar.”


Lilian

“Fazer carinho em quem se ama, comer fandangos ou pingo de ouro deitada na cama
assistindo TV (filme), quando alguém penteia o meu cabelo ou coça as minhas costas.”
Sécyle

“Tomar uma xícara de café fresco, deitar na rede e esperar o tempo passar, ouvir uma
música que remeta à bons momentos.”
Luciana Maria

“Acordar antes do horário e dormir novamente, comer doces, dançar, pessoas bem
humoradas que me fazem rir.”
Renata

“Andar na chuva, tomar um pote de sorvete (sozinha), deitar ao sol.”


41
“Acordar, observar o Vanderlei sorrir, andar descalça, abrir a janela e observar o
amanhecer e o entardecer ao fechar, ver a flor se abrir.”
Rosângela Pires

“Jogar videogame, tomar sorvete, viajar.”


Lucas

“Prestar atenção ao pôr do sol, dormir à toa, ficar sem fazer nada, viajar.”
Amanda

“Estar junto com meus filhos em casa, dançar, ouvir música, férias.”
Bete

“Deus, meus filhos, minha neta.”


Cíntia

“Brincar com meu filho, o que me faz feliz é ter um dia maravilhoso.
Joice

“Quando as crianças daqui da escola falam que estou linda, quando ligo para meus
pais e eles falam Deus te abençoe, o beijo e o abraço dos meus filhos.”
Simone Ribeiro

“Passear com as minhas filhas sem hora marcada, comer sem ficar culpada, ficar
deitada no sofá sem nada para fazer.”
Selma

“Crianças (todas), filhos e liberdade.”


Célia

“Brincar com minha filha, churrasco com a família, comer.”


Fernanda Dias

“O sorriso da minha filha logo pela manhã, estar com quem amo (família e amigos),
ficar à toa.”
42
Paula

“Bem estar espiritual, descansar lendo um bom livro, comer bem e fazer exercícios.”
Lourdes

“Ficar em casa com meu filho, viajar, dormir até cansar.”


Juliana
“Dormir até acordar, ficar com a família e recordar histórias, sonhar acordada, rir de
tudo.”
Uiara
“Banho quente todos os dias, pássaros cantando na minha janela, família reunida no
Natal, aniversário, Páscoa, etc.”
Angelina

“Bater papo com a família, jogar vôlei com os amigos, ficar deitado ouvindo música e
vendo vídeos.”
Tiago

“Meu marido, meus filhos, passear com a minha família.”


Luciana Gongora

“Almoçar com a família, feriados em casa, reencontrar colegas.”


Ana Maria Bomfim

“Acordar sem o despertador, jogar conversa fora com pessoas especiais, barulho de
chuva na casinha de madeira da minha sogra, cheiro de café, sorriso da minha filha.”
Camila

Ao término das discussões realizamos uma atividade de movimento já com o intuito de


trabalhar com o campo de experiência: Corpo, gesto e movimento.
Objetivando ampliar a escuta das crianças e observando as necessidades de nossa
comunidade foi definido o Projeto Coletivo da escola que tratará dos sentimentos e emoções.

43
3.1.2. Quadro de Professores
Escolaridade Tempo de
Situação trabalho Outro local
Matr. Nome PÓS- Horário
funcional GRAD. Na Na de trabalho
GRAD.
PMSBC escola
Amanda
Francisca Magistério / 7:00 às 13 Rede de
27.850-7 Professora Ed Infantil 16 anos
Sola Pedagogia 12:00 anos Mauá
Bolsarim
7:00 às
Ana Maria Professora/ Ed. Duas
27.736-5 Magistério/ 12:00 13
Ferreira Professora Inclusiva/E 16 anos matrículas
17.466-6 Pedagogia 13:00 às anos
Bonfim Substitua d. Infantil na UE
17:00
Andréia Ed.
7:00 às 15
25.805-6 Campesan Professora Pedagogia Inclusiva/E 19 anos
12:00 anos
Pires d. Infantil
Magistério/
Angelina Gestão 13:00 às
32.879-0 Professora secretariado 10 anos 5 anos
Radin Pública 17:00
executivo
Camila da
Magistério/ 13:00 às Rede
33.735-7 Silva Professora 9 anos 7 anos
Pedagogia 17:00 Estadual
Pacheco
Afastada:
Claudiane
PAPP em 13:00 às laboratório
25.801-4 Oliveira Pedagogia
outra UE 17:00 de
Prado
informática
Darci PRVD em
13:00 às Afastada:
27.812-5 Rodrigues outra Pedagogia
17:00 PRVD
Shinohara unidade
7:00 às
Elaine Professora Magistério / Duas
30.815-0 12:00 10
Neves De duas Pedagogia 14 anos matrículas
26.631-8 13:00 às anos
Andrade matrículas cursando na UE
18:00
Elizete Professora Magistério/ Psicopedag 7:00 às Duas
33.990-1 9 anos 7 anos
Freitas duas Pedagogia ogia. 12:00 matrículas

44
Claudino matrículas na UE
Costa
Fernanda
Cristina
Magistério/ Educação 7:00 às
35.939-7 Lobato de Professora 7 anos 5 anos
Letras Inclusiva 12:00
Oliveira
Lopes
Juliana Ciências e
Magistério
Aghinoni Professora suas 7:00 às 11
17.744-4 /Química/ 16 anos
De Substituta tecnologias 12:00 anos
Pedagogia
Oliveira
Lourdes
Aparecida Psicopedag 13:00 às
28.198-0 Professora Pedagogia 17 anos 3 anos
dos ogia. 18:00
Santos
Leticia de EMEB
Artes 13:00 às
43003-0 Oliveira Professora Pedagogia 1 mês 1 mês Mariana
visuais 18:00
Rosa Benvinda
Luciana 13:00 às
Professora 1 mês
Maria 18:00
Luciana
Silva
7:00 às Pref. de
35.943-6 Gongora Professora Pedagogia 8 anos 7 anos
12:00 Santo André
dos
Santos
Marcia
Maria Psicopedag 7:;00 às Pref. De
35183-6 Professora Pedagogia 7 anos 1 mês
Zacharias ogia 12:00 Santo André
de Souza
Marina Psicopedag
Savordelli ogia / 7:00 às Pref. De
41473-7 Professora Pedagogia 2 anos 1 mês
Versolato ciência e 12:00 Santo André
Pugin tecnologia

45
Melissa
Alves de Magistério/ 13:00 às EMEB
32.602-3 Professora 18 anos 6 anos
Oliveira Pedagogia 17:00 Janete Mally
Rafael
Monica
PRVD em
deJesus 13:00 às Afastada:
26.578-4 outra
Bermud 17:00 PRVD
unidade
Dias
Paula
13:00 às
37.448-2 Marim Professora Pedagogia 7 anos 4 anos
18:00
Colombini
Renata Pedagogia/
Arte na 13:00 às Pref. de
41.498-1 Ferreira Professora Administraçã 2 anos 1 mês
Educação 18:00 Santo André
Costa o
Rosangela Magistério/
Educação 7:00 ás 13 Pref. de
26.628-5 B. Andreta Professora Pedagogia / 18 anos
Infantil 12:00 anos Santo André
Pires Letras
Sécyle
Serli Educação 13:00 às
36.035-4 Professora Pedagogia 7 anos 7 anos Rede EMIP
Marques Inclusiva 18:00
Leme
Selma Psicopedag
Magistério/ 7:00 às 13
25.839-9 Peinado Professora ogia./ Ed. 18 anos
Pedagogia 12:00 anos
Fim Inclusiva
Shirley de Mobilidade
7:00 às
18.743-9 Souza Pedagogia Ed. 12 anos 1 mês
12:00
Tisano Inclusiva
Thaís Ed.
13:00 às Pref. de
33.067-2 Cavalcant Professora Pedagogia Inclusiva/ 12 anos 6 anos
18:00 Santo André
e Kassai Ed. Infantil
Tiago Gestão
13:00 às Pref. De São
41531-9 Alves Professor Pedagogia Educaciona 2 anos 1 mês
18:00 Paulo
Bezerra l

46
Miguel
Uiara Magistério/
13:00 às Pref. De
33.448-0 Juliana de Professora Normal 10 anos 7 anos
18:00 Santo André
Jesus Superior
Vanessa
Magistério/ 7:00 às Pref. de
28.552-8 Maria De Professora 10 anos 9 anos
Pedagogia 12:00 Santo André
Jesus

3.1.3 – Plano de formação para os professores


Justificativa:
Partindo do estudo realizado no ano passado voltado para os Campos de Experiência e
buscando relacionar a concepção de infância e criança construída pelo grupo, este ano iremos
sistematizar de forma mais efetiva a organização curricular de nossa escola fazendo uma mudança
pontual na estrutura de nosso PPP, para tanto iremos a partir do embasamento estabelecido pela
versão mais atual da Base Nacional Comum Curricular, que define e estrutura a Educação Infantil
por meio dos Campos de Experiências, estabelecer princípios básicos e direitos de aprendizagem
para esta etapa da educação básica, tendo sempre o olhar voltado para a diversidade, para as
necessidades individuais e coletivas das crianças, fazendo uma ponte entre o estudo do
desenvolvimento infantil e de algumas necessidades educacionais especiais com o que é defendido
pelo trabalho através dos campos de experiência.
Assim, desde o início do ano começamos uma formação com o grupo buscando
sensibilizá-los acerca do trabalho que já é realizado procurando rever as áreas de conhecimento.
Inicialmente iremos abordar de forma geral todos os campos de experiência para adequarmos nossa
escrita e prática, gradualmente aprofundando o estudo e o debate a respeito de cada um deles, uma
vez que o PPP é uma construção coletiva e processual.
Para aprofundarmos ainda mais o estudo buscaremos o apoio da Equipe de Orientação
Técnica no sentido de ampliarmos o conhecimento do grupo e enriquecer as experiências que
propomos, visando estimular o desenvolvimento integral das crianças.

Objetivo Geral:
- Observar de forma sistematizada o trabalho que realizamos junto às crianças, as propostas
que oferecemos e analisá-las de forma crítica diante do estabelecido pela BNCC.

47
- Aprofundar o estudo de cada campo de experiência e de forma gradativa construir com o
grupo a escrita que embasará nossa prática.
- Recapitular o estudo do desenvolvimento infantil, bem como das necessidades educacionais
presentes em nossas crianças.

Objetivos Específicos:
 Realizar estudo teórico a respeito dos Campos de Experiência;
 Sistematizar a escrita do nosso PPP pautada no que define a BNCC estabelecendo
um elo entre o que temos nas áreas de conhecimento e o que o estudo dos Campos
de Experiência nos propõe;
 Buscar parceria com a Equipe de Orientação Técnica para aprofundar o
conhecimento do grupo com relação ao desenvolvimento infantil e as necessidades
que as crianças apresentam.

Conteúdos
1 - O eu, o outro e nós: As crianças vão se constituindo como alguém com um modo próprio
de agir, de sentir e de pensar na interação com outras crianças e adultos. (...) Ao mesmo tempo em
que participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia
e senso de autocuidado.
2- Corpo, gestos e movimentos: O corpo, no contato com o mundo, é essencial na
construção de sentidos pelas crianças, (...) Por meio do tato, do gesto, do deslocamento (...) as
crianças expressam-se (...) construindo conhecimento de si e do mundo.
3- Escuta, fala, pensamento e imaginação: Desde o nascimento, as crianças são atraídas e
se apropriam da língua materna (...). A gestualidade, o movimento exigido nas brincadeiras e nos
jogos corporais, a aquisição da linguagem verbal (oral e escrita) (...) Na pequena infância, a aquisição
e o domínio da linguagem verbal está vinculada à constituição do pensamento (...), sendo também
instrumento de apropriação dos demais conhecimentos.
4- Traços, sons, cores e imagens: As crianças constituem sua identidade pessoal e social
nas interações com diversos atores sociais, aprendendo a se expressar por meio de múltiplas
linguagens no contato com manifestações culturais locais e de outros países. (...)
5- Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: As crianças são curiosas e
buscam compreender o ambiente em que vivem, suas características (...) os usos e a procedência de
diferentes elementos com os quais entram em contato, explicando o “como” e o “porquê” das coisas,
dos fenômenos da natureza e dos fatos da sociedade. (...) Para tanto, aprendem a observar, medir,

48
quantificar, estabelecer comparações, criando uma relação com o meio ambiente, com a
sustentabilidade do planeta (...)

Ações Propostas:
a) Promover momentos de discussão coletiva e em subgrupos, apoiando-se no estudo de cada
campo, aprofundando um por vez, tendo a reflexão constante de nossa prática como eixo
condutor, priorizando a troca de experiências entre o grupo, refletindo sobre a ação de todos e
de cada um;
b) Estudo do meio (museus, teatros, exposição de artes, etc);
c) Realização de seminários entre os professores;
d) Realização de tertúlias pedagógicas;
e) Acompanhamento quinzenal dos planejamentos e registros;
f) Utilização de diferentes recursos tais como vídeos, reportagens e entrevistas, para reflexão e
aprofundamento dos estudos;
g) Estimular a participação do grupo com a troca de indicações de portadores textuais, vídeos,
músicas, imagens que sejam utilizadas como nutrição durante os HTPCs;
h) Formações em parceria com EOT;

Responsáveis:
Trio gestor.

Cronograma
As ações formativas ocorrem prioritariamente em três momentos:
a) Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC): só com professores.
b) Reuniões Pedagógicas (RP): com toda a equipe de funcionários.
c) Acompanhamento Individual (leitura e devolutiva periódica dos planejamentos,
registros, relatórios dos alunos, e diálogos entre o trio gestor e o professor nos momentos de
HTP).

Avaliação do Plano de Formação


A avaliação do trabalho formativo será realizada através de:
– Observação e registro do trio gestor sobre as práticas cotidianas do professor, bem
como em sua participação e envolvimento nas discussões realizadas em HTPC e Reuniões
pedagógicas
– Leitura de planejamentos, registros e relatórios e produções dos professores;
49
– Manifestações avaliativas e auto avaliativas dos professores nos diferentes
momentos.
– Observação do desenvolvimento das crianças dentro do que foi planejado e
proposto.
– Observação da orientadora pedagógica.

Referências

BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na
Educação Infantil. Porto Alegre: Grupo A, 2008.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular/ MEC. Brasília, 2015

________. Novas Diretrizes para a Educação Infantil/ MEC. Brasília, 2013

SALLES, Fátima; FARIA, Vitória. Currículo na Educação Infantil. São Paulo: Ática, 2012.

SÃO PAULO. Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Orientações


Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas Educação Infantil. São
Paulo, 2007

3.2 – Auxiliares de Educação

3.2.1 Caracterização
Este ano estamos com quatro auxiliares em nossa equipe, o que favoreceu o atendimento às
inclusões de nossa escola, porém ainda se torna insuficiente, em especial no período da manhã, não
conseguindo atender a demanda que temos, sendo necessário recorrer às jornadas suplementares
autorizadas pela S.E. com professores do período contrário.
Como permaneceram os mesmos profissionais, todos estavam adaptados ao contexto escolar
e contribuíram muito com o período de adaptação das crianças.
Já estamos a algum tempo buscando inserir estes profissionais no processo de formação
de toda a equipe, em especial nos momentos de reuniões pedagógicas e realizando uma formação
individual nos momentos de discussão de cada caso que ele acompanha, através de conversas com
o professor da sala regular, o professor de AEE e algumas vezes com a equipe técnica, também
realizamos pesquisas a respeito do tipo de necessidades que as crianças atendidas por eles

50
possuem, no intuito de aprofundar o seu conhecimento e melhorar as suas intervenções, sempre
visando aproximar o auxiliar ainda mais do planejamento do professor e do desenvolvimento do
grupo que acompanha, porém a demanda do cotidiano da escola continua fazendo com que não
tenhamos uma regularidade específica para estas conversas, mas de acordo com as possibilidades
fazemos conversas individuais ou coletivas, com o intuito de repensarmos a prática, quando há falta
de casos de inclusão, quando temos professor substituto disponível para auxiliar o professor, mas
não deixamos de buscar alternativas para possibilitar a reflexão. Portanto, este ano continuaremos
nos empenhando e buscando estratégias para superar tais dificuldades, procurando integrar toda a
equipe nas diferentes ações que realizaremos, para tanto procuramos deixá-los informados
repassando as pautas de HTPC, com conversas sobre os encaminhamentos tomados,
compartilhando textos e discussões nos tempos e espaços disponíveis.

3.2.2 Quadro de Auxiliares de Educação

Escolaridade Tempo de
Situação PÓS- trabalho Outro local de
Matr. Nome Horário
funcional GRAD. GRA NA NA trabalho
D. PMSBC ESCOLA

Ensino 8:00 às
Mirna Médio 12:00
Auxiliar de
35.840-6 Arciero (secretari 13:00 7 anos 4 anos
Educação
Vitorino ado) às
17:00

35.516-5 Lilian Alves Auxiliar de Pedagog Ed. 6 3 anos


8:00
Macedo Educação ia/ Infan anos
às
til
12:00
13:00
às
17:00

35.415-1 Simone Auxiliar de Ensino 2 anos


8:00 6
Clotilde Educação Médio
às anos
Beneducci
12:00
51
13:00
às
17:00
8:00 2
41065-2 Juscelina Auxiliar de Pedagog 2 anos
às anos
Paulino da Educação ia
12:00
Silva
13:00
às
17:00

3.2.4 Plano de Formação para os Auxiliares de Educação

Justificativa:
Buscando dar continuidade a inserção do auxiliar de educação em nossa equipe visando
efetivar o atendimento de nossas crianças com qualidade, acreditamos ser importante inseri-lo no
processo de formação, aproveitando todos os momentos disponíveis, como nos dias de falta dos
alunos de inclusão, disponibilidade da professora substituta, para propiciar a participação destes
profissionais no estudo a respeito dos “Campos de Experiência” e no projeto coletivo de nossa
escola direcionado às emoções e sentimentos, bem como promover conversas a respeito das
crianças e turmas que acompanham no sentido de instrumentalizá-los.

Objetivos Gerais
- Integrar os auxiliares aos diferentes projetos em que iremos atuar, mostrando a importância
de todos e de cada um neste processo.
- Manter o espaço sempre aberto para ouvir e acolher as necessidades deste profissional,
procurando acrescentar informações e enriquecer sua prática.

Objetivos Específicos
- Promover a parceria entre professor e auxiliar, no sentido de familiarizá-lo com o
planejamento da turma.
- Integrar os auxiliares às diferentes ações ocorridas em nossa escola.
- Apresentar as discussões que forem realizadas com a equipe técnica ou com professores
do AEE a respeito das crianças que acompanham.
52
Ações propostas
- Proporcionar momentos de interação entre auxiliar, professor e professor de AEE.
- Acompanhar o trabalho desenvolvido por este em “reuniões” periódicas, buscando
aproveitar o momento em que a criança que estes acompanham estiver ausente ou ainda contar
com o apoio de algum professor substituto ou volante para ficar com a criança e possamos assim
promover o encontro.
- Propor que em dia de Reunião Pedagógica participem de meio período, pois temos dois
grupos diversos de professores e precisamos retomar a discussão/formação da manhã, no período
da tarde e o restante das horas retomarmos em outros dias das 17h às 18h, conforme agendamento
prévio.
- Entregar pautas, avisos e textos utilizados nos HTPC’s.

Responsáveis
Equipe gestora

Cronograma
- Participação em reuniões pedagógicas.
- Conversas mensais ou quando a situação assim exigir a respeito do trabalho
desenvolvido.
- Participação em reuniões com especialistas e AEE para orientação do trabalho que
realiza junto a criança.

Avaliação
- Manifestações, avaliativas e auto avaliativas dos auxiliares.
- Observação do desenvolvimento das crianças dentro do que foi planejado e proposto.

3.3 Funcionários

3.3.1 Caracterização
Nossa equipe conta com sete funcionárias auxiliares de limpeza, algumas com formação
em Ensino Médio e outras em Nível Superior Completo ou em curso, sendo um grupo que está
sempre buscando novas oportunidades no mercado de trabalho.
No quadro de atendimento da secretaria, neste ano, tivemos a troca de um dos oficiais,
apesar de recebermos um profissional que nunca tinha trabalhado tivemos uma boa adaptação dele,
53
pois além da dedicação que demonstrou, tivemos a parceria com a oficial que já estava na escola
apresentando o serviço e ajudando no que era necessário. Atuam no atendimento aos pais e alunos,
principalmente, os que não chegam bem de saúde ou que estão machucados. Conversam, acolhem,
orientam e contatam a família quando necessário. Quanto ao preenchimento de documentos,
elaboração de memorandos, relatórios, ofícios, são atribuições realizadas pelos oficiais,
especificamente, sendo que atendem prontamente os prazos e solicitações da equipe escolar e
Secretaria de Educação. Para dar apoio a tantas atribuições tivemos a colaboração da funcionária
readaptada Zenilda, até o mês de outubro de 2016 e infelizmente a funcionária continua afastada.
Na cozinha contamos com duas funcionárias da nova empresa terceirizada, a Convida,
funcionárias muito capacitadas que se desdobravam para conseguir realizar todo o serviço com a
redução do quadro, mas que no final do ano foram dispensadas, segundo empresa, por problemas
técnicos, mas tanto a equipe escolar como famílias não foram favoráveis à demissão, infelizmente,
não fomos consultados para tentar evitar esta decisão. Recebemos, no início do ano, duas
funcionárias, ambas vieram de outras modalidades (fundamental e creche) ainda não tinham
trabalhado no infantil e permaneceram numa equipe reduzida para servir o lanche e mais a colação.
Nas Reuniões Pedagógicas promovemos dinâmicas, para garantir a acolhida de todos de
forma harmônica e prazerosa. Na reunião para retomada do PPP, refletimos juntos a partir da
questão:

3.3.2 Plano de Formação dos Funcionários

Justificativa:
A cada ano procuramos ampliar os espaços de formação dos funcionários, mas no dia-a-dia
isso não é nada fácil. Quando reunimos os funcionários de apoio, secretaria, cozinha em dias que
não são de Reunião Pedagógica para discussões de assuntos específicos comprometemos a
atuação destes importantes personagens nos seus respectivos espaços. Quando conseguimos ter
momentos assim, precisamos aproveitá-los com intensidade, pois eles são raros e de breve
duração. Mas uma vez por mês no máximo, quando estamos com o quadro completo, tentamos
fazer um encontro com alguma proposta de reflexão para que cada grupo possa olhar para as suas
especificidades e buscar a melhoria do trabalho desenvolvido. Neste ano, buscaremos fazer
reuniões individualizadas, conforme solicitação da equipe, para pensar nas necessidades
específicas.
Temos neste ano diversos projetos que precisam do envolvimento de todos para que haja
transformação real na escola. Por isso, a partir dos Projetos: “Comunidades de Aprendizagem” e
“Espaços - um segundo educador”, poderemos envolvê-los na dinâmica com os alunos e
54
comunidade e valorizar o papel de cada um na escola. Reafirmamos que na instituição educacional
não há como não educar, educamos em cada gesto, em cada palavra, educamos o tempo todo e
que seja da melhor forma possível, sempre.

Objetivo Geral:
Envolver os funcionários nos projetos da escola, valorizando o papel de cada um e de todos
na construção de uma escola cada vez melhor.

Objetivos Específicos:
- Manter viva no grupo a concepção de infância que construímos.
- Tornar a escola o espaço privilegiado no processo de humanização da criança, respeitando
a diversidade que nela se coloca.
- Mantê-los informados de todos os projetos, contando com a colaboração no que for possível.

Ações Propostas:
- Promover reuniões entre equipe que extrapolem a divisão de tarefas, trazendo reflexão a
respeito da importância do papel de todos e de cada um.
- Partilhar todas as ações que envolvem comunidade escolar no sentido de envolver toda
a equipe.
- Promover reflexões a partir de textos, vídeos, músicas, buscando aperfeiçoamento da
prática cotidiana de educador.
- Compartilhar as pautas de HTPC mantendo o grupo informado das ações realizadas na
escola com retomada dos encaminhamentos adotados, através de conversas ou registro das
informações.
- Confecção de placas com a foto de cada um dos envolvidos na organização de cada
espaço, valorizando o trabalho do apoio.

Responsáveis:
Equipe de gestão

Cronograma:
Reuniões pedagógicas e de segmento

Avaliação:
A avaliação do trabalho se fará através de:
55
- Observação do trio gestor sobre as práticas cotidianas no espaço escolar;
- Manifestações avaliativas e auto avaliativas de toda a equipe.
- Avaliação do trabalho realizado pela comunidade escolar nas reuniões de pais, nos
sábados letivos e no final do ano.

4. Conselhos

4.1 Conselho de Escola

4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola


A partir da LDB (9394/96) a educação começa a preocupar-se em contemplar o princípio
constitucional da Gestão Democrática da escola pública e no Regimento Escolar Único de SBC
configura-se a importância deste órgão oficialmente para o munícipio, mas não é somente a criação
do órgão que dá conta da participação, surge a demanda de investir na maior atuação do Conselho.
A campanha de incentivo à participação da comunidade faz-se em todos os momentos e em
alguns mais específicos para atendermos os prazos de constituição dos cargos. Na primeira reunião
de pais, foi reiterado o convite feito todos os anos pela equipe de gestão no momento coletivo e
intensificado pelos professores nas salas. Os professores fizeram uma relação com os nomes dos
interessados e além de encaminharmos bilhete para todos os pais, ligamos para os casos que
deixaram o nome. Conseguimos preencher os cargos e alguns dos membros do Conselho são os
mesmos da APM. Mesmo após a formação do quadro do Conselho e da APM, a campanha de
incentivo à participação dos pais continua, pois informamos as datas da reunião, via calendário
mensalmente, para que todos possam vir para compreender melhor o trabalho da escola e a
atuação dos membros. Percebemos que a cada reunião contamos com a presença de familiares que
não tem cargo, mas que começam a se interessar pelo processo e já tivemos caso de familiares que
começaram como ouvintes num ano e no seguinte passaram a compor os cargos.
Tivemos a quantidade suficiente de professores para compor os cargos, mas percebemos que
o grupo fica preocupado de não conseguir participar das reuniões, pois fora do horário de trabalho
não conseguem por terem outros empregos e quando fazemos o encontro no horário de trabalho
percebemos que nem sempre temos um professor disponível para ficar na sala e garantir a
participação dos membros, tentamos ao menos garantir um representante participe, revezando os
membros.
Neste ano conseguimos participação da Sonia, funcionária do apoio, pois todo ano estamos
com o quadro completo e precisamos garantir que haja representantes de todos os segmentos de
forma efetiva.
56
NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO

Jane Bezerra da Silva Gestão (titular) Conselheira 21/02/2018

Luciana Regina Tasca


Gestão (titular) Conselheira 21/02/2018
Rodrigues

Tiago Alves Bezerra Miguel Docente (Titular) Conselheiro 21/02/2018

Sonia Regina dos Santos


Funcionária (Titular) Conselheira 21/02/2018
Barbalho

Thais Cavalcante Kassai Docente (Suplente) Conselheira 21/02/2018

Ana Maria Franciano Funcionária (Suplente) Conselheira 21/02/2018

Pais ou responsáveis
Eliane de Souza Dias Coordenadora 21/02/2018
(titular)
Gisleny Gonçalves Rodrigues Pais ou responsáveis
Conselheira 21/02/2018
de Souza (titular)

Pais ou responsáveis
Ariádilas Dias de Souza Silva Secretária 21/02/2018
(titular)
Pais ou responsáveis
Roberta Maria da Silva Conselheira 21/02/2018
(titular)
Pais ou responsáveis
Elaine Maria de Jesus Conselheira 21/02/2018
(suplente)

Renata da Silva Candido Pais ou responsáveis


Conselheira 21/02/2018
(suplente)

4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola

Objetivos gerais:
Atuar em parceria com APM e equipe de gestão para garantir a qualidade do atendimento
para os alunos, respeitando as diferenças.

Objetivos específicos:
Participar da elaboração do PPP e acompanhar sua efetivação, retomando o que já foi
construído, reescrevendo o texto escrito e revendo as ações para melhorar a qualidade da
educação;

57
Definir prioridades junto com os membros da APM para aquisição de materiais com a Verba
do PDDE e do Convênio;
Acompanhar prestação de contas através da apresentação mensal das cópias dos
documentos e ao final do trimestre com análise da documentação concluída;
Contribuir com o trio gestor na tomada de decisões de cunho administrativo e pedagógico que
precisem do parecer de vários segmentos;
Colaborar com a definição do Calendário Escolar tendo como base o Calendário da Secretaria
de Educação;
Participar no planejamento e nos eventos da escola como passeios, festas, reuniões, etc.
Refletir sobre o trabalho desenvolvimento, focando o respeito à diversidade.

Ações Propostas:
Realizar reuniões mensais conforme cronograma;
Apresentar trechos do PPP que promovam a reflexão e rever em conjunto o que for necessário;
Proporcionar momentos de sensibilização com os participantes em prol da valorização da infância
e respeito diferenças;
Promover dinâmicas que facilitem a compreensão do trabalho realizado pela escola;
Divulgar o trabalho realizado nas reuniões de pais e incentivar novas participações;
Promover discussões para ouvir as necessidades do grupo e levantamento de propostas;
Parceria nos projetos: Comunidade de Aprendizagem e outros;

Responsáveis:
Trio Gestor
Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola
Os membros farão avaliação durante as reuniões através de relatos orais ou registros escritos
e ao final de cada mandato.

Cronograma:

Mês Data Mês Data Mês Data

Fevereiro 21 Junho 28 Outubro 25


Março 29 Julho 26 Novembro 29
Abril 26 Agosto 30 Dezembro 13
Maio 24 Setembro 27

58
4.2. Conselho Mirim

4.2.1 Caracterização do Conselho Mirim


Desde 2013 a equipe escolar tem levantado a ideia de envolver as crianças nas questões
escolares de forma mais sistemática e para tanto acreditamos que a formação do conselho mirim
será de grande valia. Em 2014 iniciamos um projeto coletivo, em que tivemos um grupo de
professores que ficou responsável por organizar o Conselho Mirim, tanto sua constituição como
também a realização das reuniões mensais e a divulgação das mesmas. Realizamos um
processo de eleição nas turmas, no qual os professores esclareceram para as crianças o sentido
deste agrupamento através da história: “Se criança governasse o mundo – Marcelo Xavier”, livro
este que ficou exposto em um painel, no intuito de envolver as crianças para a discussão do
tema. O Conselho Mirim conta com vinte e quatro membros, uma criança de cada turma, e terá
dois encontros mensais, um em cada período.

Este ano iremos utilizar um programa que se assemelha ao utilizado em eleições oficiais, na
estrutura de urna eletrônica. Para tanto, os professores trabalharam com o grupo a fábula
“Assembleia dos ratos”, escolherão os candidatos com a turma, estes candidatos serão
fotografados e inseridos no programa para que as crianças possam fazer a votação diretamente
no computador.

4.2.2 Plano de Ação para o Conselho Mirim

Objetivo geral:
Incentivar a observação das necessidades do contexto escolar, atuando sobre ele através da
participação na tomada de decisões e definição de ações.

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Objetivo específico:
Discutir assuntos do cotidiano escolar e necessidades expressadas pelas crianças em suas
salas de aula e conduzidas por seu representante para as reuniões.

Ações propostas:
Reuniões mensais que definam as ações para o grupo.
Compartilhar com os demais professores em HTPC os assuntos discutidos em reuniões e os
encaminhamentos dados para que estes sejam mediadores da comunicação entre o representante e
sua turma.

Metodologia
Por meio de rodas de conversas, utilizando recursos áudio visuais como: desenhos, cartazes,
vídeos, Power Point, músicas, etc.
Socialização nas salas através dos representantes sobre questões discutidas e propostas de
ações.
Ações diante da socialização e retomada contínua e contextualizada dos encaminhamentos
dados.

Cronograma:
Apresentação e discussão sobre o que é o Conselho Mirim.
Posse das crianças e apresentação dos membros para os demais colegas
Retomada dos sonhos levantados pelas turmas, buscando formas de viabilizar o que
apareceu de forma coletiva.
Definição de proposta sobre atitudes nos espaços, tendo por base os sonhos levantados
pelas crianças.
Socialização do trabalho realizado nas salas.
Avaliação do trabalho efetivado e traçar novos encaminhamentos.

Avaliação:
Será realizada de acordo com a demanda proposta.

60
5. Associação de Pais e Mestres

5.1 Caracterização
Na primeira reunião do ano de 2017, recebemos os familiares com uma pauta geral, incluindo
a temática da participação. Além de falarmos de forma coletiva sobre a importância do envolvimento
das famílias, na sala o professor teve a oportunidade de retomar o assunto e já fazer um
levantamento dos possíveis interessados em participar da APM e do Conselho.
A eleição dos membros foi feita no mesmo dia que o da composição do Conselho Escolar. Os
pais, aparentemente, compreenderam a diferença entre as funções de cada órgão, pois fizemos uma
explanação com slides que sintetizavam as ideias básicas de cada um.

MEMBROS DA APM
MANDATO DE 01 DE ABRIL DE 2016 A 31 DE MARÇO DE 2017

NOME CARGO CATEGORIA

Jane Bezerra da Silva Presidente Diretor da escola


CONSELHO
Alexandra Maria de Lima Pereira Primeiro Secretario Pai ou mãe de aluno
DELIBERATIVO
Gleice de Morais Segundo Secretario Pai ou mãe de aluno
Elaine Maria de Jesus Membro Pai ou mãe de aluno
Lourdes Aparecida dos Santos Membro Professora
Leticia de Oliveira Rosa Diretor executivo Pai ou mãe de aluno
Andreia Aparecida Dias Ferreira Vice-Diretor Pai ou mãe de aluno
DIRETORIA
Renata da Silva Candido 1ºexecutivo
Tesoureiro Pai ou mãe de aluno
EXECUTIVA Carlos Ribeiro da Silva 2º Tesoureiro Pai ou mãe de aluno
Luzia Conceição da Silva Primeiro Secretário Professora
Paula Marin Colombini Fiore Segundo Secretário Professora

CONSELHO Roberta Maria da Silva Presidente Pai ou mãe de aluno

FISCAL Aurineide Henrique da Silva Membro Pai ou mãe de aluno


Elaine Neves de Andrade Membro Professora

61
Fizemos a composição dos cargos, com a explanação das atribuições, mas deixamos bem
claro que todos são ouvidos, que as demandas mais burocráticas são da equipe de gestão e que
precisamos da parceria para que a qualidade do serviço oferecido seja cada vez melhor.
Os funcionários demonstraram interesse, mas a dificuldade continua sendo a participação
efetiva, pois a maioria dos professores trabalha em duas redes e dependendo do horário da reunião
não podem ficar no contraturno. Quando conseguimos conciliar com o horário de trabalho do
professor nem sempre temos alguém disponível para ficar com a sala para garantir a presença na
reunião, mas quando temos professor para substituí-lo tentamos fazê-lo.
Mesmo depois da composição dos cargos, continuamos convidando os pais para as reuniões
através do calendário mensal, sendo comunicado o dia e horário para todos na expectativa de que
quem tiver interesse em acompanhar as reuniões, mesmo sem ocupar um cargo, possa
compreender melhor a atuação da APM e Conselho e para o ano seguinte sentir-se mais seguro e
até participar se for possível para a família.

5.2 Plano de Ação da APM

Objetivos gerais
Atuar em parceria com o Conselho de Escola e equipe de gestão para garantir a qualidade do
atendimento para os alunos;

Objetivos específicos:
Participar da elaboração do PPP e acompanhar sua efetivação, retomando o que já foi
construído, reescrevendo o texto escrito e revendo as ações para melhorar a qualidade da
educação;
Definir prioridades junto com os membros da APM para aquisição de materiais com a Verba
do PDDE e do Convênio;
Acompanhar prestação de contas através da apresentação mensal das cópias dos
documentos e ao final do trimestre com análise da documentação concluída;
Contribuir com o trio gestor na tomada de decisões de cunho administrativo e pedagógico que
precisem do parecer de vários segmentos;
Colaborar com a definição do Calendário Escolar tendo como base o Calendário da Secretaria
de Educação;
Participar no planejamento e nos eventos da escola como passeios, festas, reuniões, etc.
Parceria nos projetos: Comunidade de Aprendizagem e outros;

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Ações Propostas:
Realizar reuniões mensais conforme cronograma;
Apresentar trechos do PPP que promovam a reflexão e rever em conjunto o que for necessário;
Incentivar a participação dos membros no Projeto: “Espaço um Segundo Educador”;
Divulgar o trabalho realizado nas reuniões de pais e incentivar novas participações;
Promover dinâmicas que facilitem a compreensão do trabalho realizado pela escola;
Promover discussões para ouvir as necessidades do grupo e levantamento de propostas;

Cronograma:

Mês Data Mês Data Mês Data

Fevereiro 21 Junho 28 Outubro 25


Março 29 Julho 26 Novembro 29
Abril 26 Agosto 30 Dezembro 13
Maio 24 Setembro 27

Responsáveis:
Trio Gestor

Avaliação
Os membros farão avaliação durante as reuniões através de relatos orais ou registros escritos
e ao final de cada mandato.

V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos
 Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases.
 Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:
o Art. 3º que altera a redação do art. 32 da Seção III Do Ensino Fundamental;
o Art. 5º que estabelece: “Os Municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo até
2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei e
a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2º desta lei”.
 LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

63
Capítulo II
Seção I
Das Disposições Gerais
“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”.
Seção II
Da educação infantil
“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as
crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

Base Nacional Comum Curricular


A BNCC aponta três princípios básicos da Educação Infantil que devem guiar o Projeto
Político Pedagógico da unidade de Educação Infantil:
 Éticos – que envolvem autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem comum,
ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
 Políticos – direitos de cidadania, exercício da criticidade, respeito à ordem democrática.
 Estéticos – sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais.

 Lei Municipal nº 5309/2004 - Art. 3º. “O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios”:
 Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
 Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
 Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
 Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
 Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
 Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
 Valorização do profissional da educação escolar;
 Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
 Garantia de padrão de qualidade;

64
 Valorização da experiência extraescolar;
 Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Campos de Experiência


Dentre todas as legislações reguladoras do currículo, é importante destacar:
 LDB art. 26 § 4º “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das
diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das
matrizes indígena, africana e europeia”.
 Lei 11.769 de 18/08/2008 Art. 1º altera o Art. 26º da LDB acrescentando: “§ 6º A música
deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que
trata o § 2º deste artigo”.
 Lei 9.795 de 27/04/99 Art. 1º, 2º e 3º com o inciso II.
Art. 2º “A Educação Ambiental é componente essencial e permanente da
Educação Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”.

A Base Nacional Comum Curricular estrutura a Educação Infantil em eixos, centros,


campos ou módulos de experiência que envolve as situações e as experiências concretas da vida
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte de
nosso patrimônio cultural e científico. As experiências, geralmente interdisciplinares, podem ser
pensadas e propostas na interseção entre os seguintes campos de experiência.
O eu, o outro e o nós;
Corpo, gestos e movimentos;
Traços, sons, cores e imagens;
Escuta, fala, linguagem e pensamento;
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações;
Ainda não temos esta escrita concluída, pois estamos fazendo grupos de estudo e refletindo,
buscando relacionar o estudo teórico com nossa prática cotidiana, sendo esta a pauta principal de
nosso Plano de Formação para este ano. Este estudo começou no ano passado, tendo como
disparador para o estudo a leitura em pequenos grupos do texto “A experiência de aprender na
educação infantil – Silvana Augusto de Oliveira”, seguido pela discussão no grande grupo, no qual
levantou-se alguns pontos:
- Vivência não é o mesmo que experiência, a experiência é fruto de uma elaboração, portanto,
mobiliza diretamente a criança, produz sentidos que podem ser recuperados na vivência de outras
situações semelhantes, portanto, constitui um aprendizado em constante movimento.
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- Para aprender nessa fase da vida, uma criança necessita adquirir um conjunto de experi-
ências potencializadas em ambientes coletivos, especialmente pensados para ela, permitindo pensar
que não se deve focar uma área de conhecimento, mas sim, a experiência que as crianças podem
ter com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e
tecnológico.
- Na educação infantil a experiência está circunscrita por condições de interação, de
diversidade e de continuidade.
- A experiência é sempre total, integrada e integradora de sentidos, portanto é sempre
simbólica e acontece na interação da criança mediada pela cultura inscrita na história do sujeito que,
dialeticamente, dialoga com a história de seu tempo, de seu meio, de outros homens. Nesse sentido,
podemos dizer que não é com a experiência que a criança aprende, mas sim na experiência.
- A diversidade de experiências é pano de fundo para as elaborações das crianças, mas é a
continuidade que promove a exploração, a investigação, a sistematização de conhecimentos e a atri-
buição de sentido.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIA

1 O eu, o outro e o nós

No centro do processo educativo se colocam as interações, as brincadeiras no qual emergem


as observações, os questionamentos, as investigações e outras ações das crianças articuladas com
as proposições pelos professores integrá-los de forma crítica, criativa na sociedade contemporânea.
Desenvolver habilidades sociais autonomia e identidade, a criança tem sua própria cultura que parte
do brincar, criar e se expressar para se desenvolver. Conhecer sua história, se reconhecer e
reconhecer o outro. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural construindo uma
imagem positiva de si e de seus grupos falando de si.

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Brincar de diferentes formas e com diferentes parceiros, construindo conhecimentos,
desenvolvendo a imaginação, capacidades motoras, criatividade, cognitivas e relacionais,

DIREITOS DE APRENDIZAGEM
 Conviver com crianças e adultos em pequenos e
grandes grupos, reconhecer e respeitar as
diferentes identidades e pertencimento étnico-racial,
de gênero e de religião
 Brincar com diferentes parceiros, envolver-se em
variadas brincadeiras e jogos de regras, reconhecer
o sentido do singular, do coletivo, da autonomia e
da solidariedade, constituindo as culturas infantis.
 Participar das situações do cotidiano, tanto daquelas ligadas ao cuidado de si e do ambiente,
como das relativas às atividades propostas pelo professor e de decisões relativas à escola,
aprendendo a respeitar os ritmos, os interesses e os desejos das outras pessoas.
 Explorar ambientes e situações de diferentes formas, com pessoas e grupos sociais diversos,
ampliando a sua noção de mundo e sua sensibilidade em relação aos outros.
 Expressar as outras crianças e adultos suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas,
hipóteses, descobertas, opiniões, oposições, utilizando diferentes linguagens, de modo
autônomo e criativo, e empenhando-se em entender o que os outros expressam .
 Conhecer-se nas interações e construir uma identidade pessoal e cultural, valorizar suas
próprias características e as das outras crianças e adultos, constituindo uma confiança em si
e uma atitude acolhedora e respeitosa em relação aos outros.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
- Participar de diferentes experiências envolvendo brincadeiras e jogos com outras crianças,
aprendendo a lidar com o sucesso e a frustração.
- Ser estimulada a buscar estratégias para lidar com o conflito nas interações com diversas
crianças e adultos.
- Conhecer e valorizar costumes e manifestações culturais do seu contexto e de outros.
- Expressar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos, por meio de contatos
diretos ou possibilitados pelas tecnologias da comunicação.

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- Demonstrar oposição a qualquer forma de discriminação sempre que presenciá-lo
- Construir uma imagem positiva de si mesma, elevando sua autoconfiança e sua autoestima.
- Desenvolver a capacidade de lidar com as emoções e expressar seus sentimentos, desejos
e necessidades.
- Apropriar-se de instrumentos, estratégias e procedimentos relativos ao autocuidado e à
auto-organização, aprendendo à cuidar de si e valorizando atitudes relacionadas ao bem-estar, à
saúde, à higiene, à alimentação, ao conforto, à segurança e à proteção do corpo.
- Apropriar-se de instrumentos, estratégias e procedimentos relativos ao autocuidado e à
auto-organização, aprendendo à cuidar de si e valorizando atitudes relacionadas ao bem-estar, à
saúde, à higiene, à alimentação, ao conforto, à segurança e à proteção do corpo.
- Desenvolver a capacidade de se auto-organizar e organizar o ambiente.
- Desenvolver sentimentos de confiança e segurança, adaptando-se a situações novas.
- Reconhecer a existência do outro como ser independente, com sentimentos, necessidades e
desejos distintos dos seus, respeitando as diferenças de gênero, raça, etnia, religião e de estrutura
familiar.
- Desenvolver a capacidade de trabalhar e conviver em grupo
- Desenvolver atitudes éticas de solidariedade, cooperação, generosidade, tolerância e respeito ao
outro.

Escuta, fala, pensamento e imaginação


A gestualidade, o movimento realizado nas brincadeiras ou nos jogos corporais, a apropriação
da linguagem oral ou em libras, a expressão gráfica musical, plástica, dramática, escrita, entre
outras, potencializam a organização do pensamento, tanto na capacidade criativa, expressiva e
comunicativa, quanto na sua participação na cultura.

Objetivos de aprendizagem

•Conviver com crianças e adultos compartilhando situações comunicativas cotidianas,


ampliando seu conhecimento sobre a linguagem gestual, oral e escrita, apropriando-se de diferentes

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estratégias de comunicação, constituindo modos de pensar, imaginar, sentir, narrar, dialogar e
conhecer.
•Brincar vocalizando ou verbalizando com ou sem apoio de objetos, fazendo jogos de
memória ou de invenção de palavras, usando e ampliando seu repertório verbal. O brincar favorece
o desenvolvimento da criança em seus aspectos motor, afetivo e social.
•Explorar gestos, expressões corporais, sons da língua, rimas, e os significados e sentidos
das palavras nas falas, nas parlendas, poesias, canções, livros de histórias e outros gêneros
textuais, aumentando o repertório das crianças.
•Participar ativamente de rodas de conversas, de relatos de experiências, de contação de
histórias, elaborando narrativas e suas primeiras escritas não convencionais ou convencionais,
desenvolvendo seu pensamento, sua imaginação e as formas de expressá-los.
•Expressar seus desejos, necessidades, pontos de vista, ideias, sentimentos, informações,
descobertas, dúvidas, utilizando a linguagem verbal ou de libras, entendendo e respeitando o que é
comunicado pelas demais crianças e adultos, ampliando suas competências no que diz respeito às
práticas de oralidade, leitura e escrita, de forma gradativa, inserindo-se no mundo letrado.
•Conhecer-se e construir, nas variadas interações, possibilidades de ação e comunicação
com as demais crianças e com adultos, reconhecendo aspectos peculiares de si e os de seu grupo.

Reflexões sobre oralidade:


O conhecimento da linguagem oral das crianças não é inato. Ele se constitui e se concretiza
nas interações sociais, a partir principalmente, da interação com o outro;
As crianças precisam de experiências em que se faça necessário o uso da linguagem oral; é o
professor quem propiciará este momento da criança;
As crianças atribuem significados, o tempo todo, por meio da interação com o outro; estes
significados não são estáticos, eles se alteram ao longo de seu desenvolvimento;
O professor tem papel fundamental neste processo de construção da linguagem oral. Ele é o
mediador que promove as experiências para as crianças, ao mesmo tempo em que é o modelo para
eles;
Entendemos que o jogo simbólico cumpre a função de possibilitar à criança que compreenda
o mundo que a cerca e os diferentes papéis dos atores sociais. Assim poderá ir construindo e
estruturando internamente a linguagem oral por meio do jogo simbólico. É possível “fazer de conta”
que é o médico, que é a professora etc. podendo assim, utilizar um diálogo específico próprio de
cada papel.
A análise do desenvolvimento da oralidade não pode se limitar a expressões como “o aluno
tem um repertório rico” ou “o aluno tem uma oralidade pobre”: estes termos não dão conta de avaliar

69
de fato o que a criança já tem construído em termos de oralidade. Há necessidade de uma
observação mais apurada, um levantamento de dados objetivos sobre o desenvolvimento desta
criança em relação à oralidade.
É preciso que o professor tenha clareza das intenções, do que quer ensinar para as crianças
para que possa planejar boas situações de aprendizagens, é necessário planejar situações de
práticas de oralidade, considerando que as crianças têm ritmos próprios e vivências diferenciadas e
que a conquista de suas capacidades se dá em tempos diferentes e que os avanços serão
promovidos a partir de sua participação em situações reais de uso da linguagem.

São objetivos do trabalho com oralidade:


 Ser capaz de argumentar suas ideias;
 Conseguir expressar ideias e sentimentos;
 Formular perguntas e responder claramente;
 Ampliar vocabulário;
 Usar a linguagem oral, como forma de solucionar problemas da comunicação e
convivência diária.
 Inventar enredos para brincadeiras, histórias, encenações definindo contexto e os
personagens.

Conteúdos:
 Uso da linguagem oral em situações planejadas pelo professor, para conversar,
brincar, recontar histórias, resolver conflitos, apreciar obras de artes, músicas, entre outros;
 Uso da linguagem oral em situações do cotidiano para contar fatos, levar
recados, perguntar, responder, avisar etc.;
 Estruturação das falas próprias dos papéis nos jogos de faz-de-conta: médico,
professor, secretaria, cabeleireiro, etc.;

Orientações didáticas para as situações de oralidade:


 Planejar boas situações nas quais vivenciem experiências orais e com
diferentes propostas a serem discutidas pelas crianças;
 Ter clareza em relação ao objetivo que estabeleceu para cada situação
comunicativa que propuser, assim terá elementos para mediar as construções orais do grupo,
e principalmente, para avaliar as aprendizagens deste momento;

70
 Elaborar boas perguntas para serem feitas aos alunos, que possibilitem
respostas abertas (evitar perguntas que se possa responder com “sim” ou “não”)
 Mediar a fala das crianças nas situações de oralidade para que possam
ouvir enquanto o outro fala, devolvendo as questões para o grupo, não centralizando a fala
somente no professor; dando voz aos alunos mais tímidos, repetindo para o grupo o que ele
fala baixinho; valorizando a fala daqueles que pouco se colocam; estabelecendo relação entre
as falas dos alunos e fazendo-o de forma a ser modelos para as crianças.
 Escutar atentamente o que a criança tem a dizer, pois sempre há uma
intenção comunicativa que devemos apreender, atribuindo um significado à fala da criança;
 Adequar o espaço: organizar os alunos de maneira que todos se vejam
uns aos outros, garantindo que haja uma interlocução entre os pares;
 Inserir práticas intencionais e sistemáticas de linguagem oral na rotina de
trabalho, por meio de diferentes estratégias.

Estratégias privilegiadas para o desenvolvimento da oralidade:


 Recontos de histórias conhecidas: selecionar histórias que o grupo já saiba o
conteúdo de memória, isto facilitará o reconto, pois as crianças não terão que criar uma
história. A tarefa para a criança, aqui, será de organizar o conteúdo da história e criar
estratégias para narrá-la de forma que os demais a compreendam. Utilizar as ilustrações
como apoio à memória, também é um recurso interessante.

 Rodas de apreciação de obras de arte: cuidar em selecionar boas imagens e


elaborar boas perguntas que serão levadas ao grupo, pois responder a estas perguntas
servirá como referência para outras situações de oralidade. A partir das perguntas feitas pelo
professor, as crianças encontrarão elementos na observação da obra para elaborar respostas
cada vez mais estruturadas.

 Rodas de construção de combinados com o grupo: diferente da hora de


informar as regras da escola, este momento é de construção, e por isto é importante garantir
que o grupo participe na elaboração destes combinados; o professor deve focar poucos
assuntos por vez, de forma que as crianças consigam elaborar falas explicativas, iniciando
pequenos discursos compreensíveis para os demais do grupo, acerca dos combinados;

 Reescrita e produção de texto: selecionar textos e histórias que as crianças já


conheçam o conteúdo, para que, de posse destes elementos, possam ter como desafio

71
apenas organizar os fatos, as ideias (conhecidas) e assim desenvolvam competência para
ditar a sequência da história para quem está escrevendo o texto.

 Recitação de poesias/ parlendas/ rodas de músicas: estes momentos na


rotina são importantes, pois servem para estabilização de textos memorizados. Promover
momentos na rotina em que os alunos recitem poesias, brinquem com as parlendas e cantem
as músicas, também auxilia a ampliação do repertório de palavras e das possibilidades de
comunicação.

 Atividades diversificadas: esta atividade possibilita grande interação entre as


crianças, favorecendo a negociação de uso dos brinquedos, as propostas de trocas e de
parcerias para brincarem juntos. Logo este momento precisa permitir ampla mobilidade das
crianças entre as diferentes atividades.

 Roda de caixa surpresa: o princípio desta atividade é a realização de perguntas


para se adivinhar o objeto dentro da caixa. Para isto é preciso oferecer um desafio possível
para as crianças. É a constância da atividade que ensina as crianças os procedimentos para
este momento, como: selecionar as informações que o ajudarão a descobrir qual é o objeto;
relacionar as informações que vão sendo apontadas pelo grupo ao longo da brincadeira;
elaborar perguntas a partir das pistas que vão sendo dadas pelo professor e/ou colegas;
acolher informações, ouvir quando o outro faz a pergunta; deduzir a partir das perguntas e
respostas e antecipar as possibilidades do objeto. É preciso garantir que este momento seja
lúdico e divertido. Que as crianças possam desenvolver a habilidade de falar em grupo com
confiança e com o máximo de clareza possível.

Como propor uma roda de caixa surpresa com crianças pequenas de forma a ajudar na
construção da imagem mental do objeto?
 Esta atividade precisa ser ensinada as crianças, por isso a
necessidade da constância;

 Delimitar o repertório, por exemplo: material escolar, objetos que


tem na sala, um brinquedo, etc. diminui o leque de possibilidades e facilita que as
crianças tenham condições de inferir sobre o objeto;

 O objeto precisa ser conhecido pelo grupo, para que sejam


capazes de elaborar perguntas sobre ele.

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 Oferecer um “banco de possibilidades visuais” colocando, por
exemplo, três objetos para que as crianças vejam e falem sobre cada um deles: do
que é feito, para que serve, que cor tem, etc. (a professora vai mediando esta
análise); depois se retira os três objetos do campo de visão das crianças e um
deles vai para a caixa.

 Usar outras formas de percepção, por exemplo, a roda da caixa


mágica que se apoia na percepção tátil ou sonora. Desta forma a criança pode
contar com outras informações sobre o objeto, enriquecendo a imagem mental,
facilitando a seleção dos objetos possíveis;

 Professor precisa lembrar-se a todo instante de que é o modelo de


produção oral. É ele que ensina a fazer perguntas através das perguntas que faz.
Assim, o professor tem a tarefa de instrumentalizar a criança, repertoriando-o com
as boas perguntas;

 Elaborar com as crianças, ao longo das rodas, uma lista com


possíveis perguntas;

 Explorar diferentes objetos ao longo da semana, levantando as


diferentes características e em outro momento, levá-los para a roda da caixa
surpresa;

 Oportunizar que todas as crianças possam acertar o objeto ao


longo da proposta com a caixa surpresa, criando diferentes estratégias para isso.
Construção coletiva do jogo simbólico: é uma atividade desafiadora pra todos as
crianças. Garantir este momento na rotina possibilita as crianças a elaborarem falas
mais estruturadas, reproduzindo pequenos discursos dos personagens, dos
diferentes papéis da brincadeira escolhida.

O que garantir ao propor com as crianças a construção do jogo simbólico?

 Propor sistematicamente situações de brincadeiras simbólicas em que os


alunos tenham que desempenhar papéis, imitando-os para produzirem melhores falas
(brincar de salão de cabeleireiro, de escola, de consultório médico, etc.);

73
 O professor precisa ensinar ao aluno como brincar nos diferentes jogos
simbólicos. Para isto deve planejar com as crianças como brincar: que personagens
devem ser considerados nesta ou aquela brincadeira simbólica; quais possibilidades
de falas cada um desses personagens podem ter durante a brincadeira; inclusive deve
ter o cuidado de levantar com o seu grupo de alunos quais materiais são necessários
para desenvolver a brincadeira, e principalmente, como vão substituir os materiais que
não conseguirem, de forma simbólica (por exemplo, o que será o secador de cabelos
caso não consigam um);

 O adulto tem papel mediador quando “empresta a fala” como modelo para
a criança;
 Na rotina é preciso promover dramatizações lúdicas, sempre que
possível;
 A constância desta atividade permitirá que as crianças construam um
novo vocabulário, organizem seu pensamento e exercitem sua oralidade;
 Dinamizar modelos de fala, permitir que amplie suas vivencias e garantir
um rodízio dos diferentes papéis nas propostas com os diversos jogos simbólicos pode
ser uma forma de enriquecer a capacidade expressiva, possibilitando o
desenvolvimento da oralidade individual das crianças.

Reflexões sobre leitura feita pelo professor


As discussões em 2008, na área de Língua Portuguesa, - HTPC e curso em parceria -
contribuíram para que passássemos a olhar este momento da rotina atribuindo maior importância ao
momento da leitura feita pelo professor.
A partir das discussões, das tematizações da prática pudemos elencar alguns pontos
importantes a serem considerados em relação ao planejamento de propostas de leituras para as
crianças:
 A leitura feita pelo professor é para que as crianças aprendam a serem
leitores; e não como recurso para todo tipo de atividade. A leitura é uma prática social,
antes de ser uma prática escolar;
 Para que as crianças desenvolvam concentração nos momentos de leitura
pelo professor é preciso cuidar detalhadamente da experiência leitura (organização
espaço, escolha do livro, entonação de voz, motivação para a leitura etc.)
desenvolvendo assim uma cultura leitora;

74
 O professor deve ser também um modelo de leitor, demonstrando
encantamento pela leitura aos seus alunos. Isso permitirá um maior envolvimento por
parte deles durante as leituras;
 A escolha de bons textos, de textos bens escritos, possibilita ensinar os
conteúdos da linguagem e o comportamento leitor;
 Os momentos de leitura pelo professor oferecem aos alunos muitas
oportunidades de contato com a escrita, portanto ensina-os sobre a linguagem que se
usa para escrever;
 A leitura deve ser reconhecida como conteúdo a ser ensinado aos alunos
e logo um conteúdo a ser detalhadamente planejado. Em complemento é preciso que se
saiba que se aprende ler lendo;
 Formação de comportamento leitor se dá em contato com o livro escrito,
ele é quem garante este contato com o mundo letrado;
 A leitura deve ser incorporada pelos alunos como um momento de prazer
e diversão, por intermédio das leituras diárias feitas pelo professor;
 A criança deve ser informada sobre a correspondência entre o falado e o
escrito, oferecendo elementos de compreensão do processo de escrita e de leitura;
 As crianças aprendem muito quando são realizados momentos de leitura
todos os dias, passam a apresentar comportamentos leitores como: manter-se em
escuta silenciosa, demonstrar preferências, comentar sobre os livros, pedir para ler
novamente, citar autores e editoras comparando com outros títulos, manusear o livro de
maneira adequada, etc.
 Criar situações que levem as crianças a incorporar novas práticas letradas
às suas vidas, fazendo uso das diferentes funções da leitura: ler por prazer, escolher
livros para levar para casa, ler para informar-se, ler como instrumento de pesquisa, etc.
 No estudo realizado pelo grupo de professores em formação sobre o
trabalho de leitura feita pelo professor às crianças, pudemos concluir que o papel de
educadores enquanto formador de leitores é muito importante, porém para que possa
acontecer de fato é preciso que haja intencionalidade por parte do professor e
planejamento de suas intenções sobre o que se quer ensinar.
 A realização de tertúlias literárias com o grupo de crianças também é de
grande valia para desenvolver o gosto pela leitura e a troca entre as crianças a respeito
do que se lê, bem como desenvolver a ideia de que tudo que é falado pode ser escrito,
uma vez que cada criança acompanha o que está sendo lido em seu próprio livro.

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São objetivos do trabalho com leitura:
 Participar de atos de leitura;
 Ler e compreender os textos lidos;
 Aprender comportamento leitor;
 Desenvolver o prazer de ler;
 Identificar diferentes gêneros literários.

Conteúdos:
 Participação sistemática em situação de leitura realizada pelo professor;
 Manuseio e leitura de diferentes portadores textuais;
 Leitura e compreensão dos textos lidos nas diferentes situações propostas;
 Exercício do ouvir e focar a atenção;
 Comparação entre diferentes textos: do mesmo autor, da mesma coleção, mesmo tema
ou outros critérios;
 Critérios de escolhas de livros.

Orientações didáticas:
 Selecionar antecipadamente bons textos, preocupando-se com a
qualidade literária dos livros;
 Conhecer o texto e preparar a leitura com antecedência;
 Organizar as crianças de modo a favorecer a integração e criar ambiente
agradável e aconchegante;
 Garantir o espaço para o contato com os livros;
 Explicar o motivo da escolha do livro, demonstrando encantamento pela
história;
 Apresentar a história fazendo comentários sobre o texto e as ilustrações,
oferecendo informações adicionais sobre o tema ou o autor, despertando o interesse
das crianças para ouvi-la;
 Ter atitudes cuidadosas com a leitura, sabendo que ao ler para o outro
oferecemos referência do que é ser leitor (preocupar-se com a entonação, mostrar-se
interessado, surpreso, emocionado);

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 Atentar para a diferença entre ler e contar histórias. Ambos são
importantes, mas distintos entre si; um não substitui o outro; ambos precisam constar
da rotina semanal;
 Adequar o tempo e o tipo de leitura às condições dos alunos – faixa
etária, momento da rotina etc.;
 Organizar o espaço de maneira a garantir que todos visualizem o livro
durante a leitura; que estejam em local de boa recepção sonora;
 Ao utilizar recursos (fantoches ou outros) para contar ou ler uma história,
tomar muito cuidado para que o foco principal seja o livro - e não o recurso utilizado. O
recurso deve ser apenas um apoio para enriquecer a história;
 Após a leitura, garantir que os alunos se coloquem e opinem sobre o que
foi lido, colocando seus pontos de vista;
 Realizar perguntas sobre a história, o que mais marcou durante a história;
o que achou do final da história, para quem se poderia indicar esta história, por que,
ajudando os alunos a formularem opiniões sobre o que leram;
 Ajudar os alunos a tecerem comentários sobre a leitura e comparações
com outros textos lidos;
 Colaborar com a construção coletiva de sentido para o texto;
 Garantir espaços para que os alunos entrem em contato com os livros
lidos, entre outros (na diversificada, na passagem de uma atividade para outra, na
biblioteca circulante).

São objetivos do trabalho com leitura e escrita:


 Participar de situações de leitura e escrita;
 Escrever e ler segundo suas hipóteses;
 Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseios de diversos portadores;
 Familiarizar-se com a função social da escrita;
 Produzir e revisar textos coletivamente, considerando a estrutura do gênero, tendo o
professor como escriba e mediador da revisão;
 Construir hipóteses de leitura e de escrita;
 Escrever o próprio nome e dos colegas;
 Utilizar estratégias de leitura nas diferentes situações em que se fizer necessário.

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Conteúdos:
 Participação sistemática em situação de escrita;
 Observação e manuseio dos diferentes materiais impressos;
Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento que dispõe, no
momento, sobre o código de escrita;
 Leitura e compreensão dos textos lidos nas diferentes situações propostas;
 Participação em experiências nas quais se faz necessário o uso da escrita;
 Reconhecimento do próprio nome em situações em que se fizer necessário;
 Construção de novas escritas a partir dos nomes dos colegas;
 Utilização de estratégias de leitura para resolução de conflitos acerca do sistema de
escrita;
 Produção e revisão de textos ditados oralmente pelas crianças, tendo o professor
como escriba e mediador no momento da revisão do texto.

Orientações didáticas:
 Planejar situações em que os alunos aprendam conteúdos de leitura e escrita,
em contextos de uso real, exercitando o comportamento leitor e escritor;
 Ensinar os conteúdos de leitura e escrita sem perder suas características. Estes
devem estar inseridos em uma prática social com significado, com sentido;
 Reconhecer a criança como sujeito ativo no processo de construção do
conhecimento;
 Compreender o erro como parte integrante do processo de aprendizagem,
considerando cada uma das hipóteses da criança;
 As intervenções do professor junto a criança, durante a atividade, devem ser
consideradas como parte importante do ensino, pois elas é que vão permitir que a criança
saia do conhecimento inicial, que pense, por exemplo, sobre o que escrever ou como
escrever ou ainda, inferir sobre onde está escrito o que (conforme a proposta que estiver
realizando).
 As intervenções devem ser planejadas: na escolha das propostas de pelas
crianças, na elaboração e antecipação de perguntas feitas a eles, e nos questionamentos que
permitam sua reflexão sobre a escrita e promovam conflitos cognitivos;
 Nos agrupamentos, é importante considerar crianças que tenham saberes
próximos, pois estes poderão trocar o máximo de informações entre eles, visando o
desenvolvimento de todos.

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 O professor deve ser modelo no uso social da leitura e escrita, quando lê para a
classe, por exemplo, bilhetes que serão entregues para os pais, escrevendo bilhetes dizendo
sobre o dia do brinquedo, etc.;
 Nas propostas em que as crianças terão que utilizar estratégias de leitura,
planejar desafios as crianças de forma que tenha que colocar em jogo tudo o que sabem
sobre o sistema de escrita; propostas que possam inferir, antecipar, decodificar e verificar o
que está escrito;
 A escolha do tipo de gênero para que as crianças reflitam sobre a escrita, é fator
fundamental, pois determinados gêneros facilitam e promovem tais reflexões, como: listas,
poesias, parlendas, músicas, trava-língua. Estes textos, com exceção da lista são
memorizados, por isso permitem que as crianças pensem somente em como vão escrever e
não sobre o que escrever;
 Os textos da tradição oral – versinhos, cantigas e parlendas – são mais fáceis de
memorizar por serem curtos e com rimas. Além disso, fazem parte do patrimônio cultural da
infância e muitas crianças tomam contato com eles antes mesmo de vir para a escola, através
da própria família;
 Antes de apresentar o texto escrito, o professor deve ter garantido que todas as
crianças o saibam de cor. Para isso, brincar de roda recitar os textos nos momentos de
circulação e nos tempos de espera para a saída, ouvir CDs e ditar para a professora escrever
em um cartaz são boas estratégias de memorização;
 É importante que os textos coletivos em cartazes fiquem expostos na altura das
crianças para que possam exercitar a leitura;
 Ao apresentar ou construir com as crianças o texto na lousa e/ou em cartaz, é
importante que o professor ensine o procedimento de acompanhar a recitação com o dedo: o
professor mostra como se faz e ensina algumas crianças por vez a fazerem a leitura no texto
coletivo. Em outro momento, os alunos recebem o texto impresso para continuarem
praticando a leitura;
 Cuidar da formatação do texto digitado e impresso usando um tipo de letra bem
legível – a letra Arial é indicada porque é a letra bastão mais simples, o tamanho quatorze é
uma boa escolha para que as letras não sejam muito pequenas. Na digitação, é bom dar dois
espaços entre as palavras para evidenciar a segmentação. É necessário também escrever os
versos mudando de linha de acordo com o ritmo da cantiga ou da recitação para facilitar a
pseudoleitura;

79
 Considerar a leitura de texto memorizado com conteúdos suficientemente
relevantes de modo que se faça esse trabalho com vistas aos objetivos propostos. Para tanto,
não é recomendável que as crianças pintem ou circulem palavras, pois isso pode
comprometer a estética do texto, caso a criança não realize bem a tarefa. Quando a atividade
for a de localizar palavras através dos indícios de leitura, pode-se também utilizar os textos
móveis ou preparar atividades didáticas para este fim. Os textos formarão uma coleção em
pastas ou cadernos de textos destinados a leitura na escola e também podem ser objeto de
leitura em casa, estabelecendo parceria com os pais neste trabalho;

 Ao propor trabalhos em duplas ou em grupos, o professor precisa garantir o bom


posicionamento das crianças diante do texto, de modo que fiquem de frente e tenham boa
condição visual.
 Para produção de textos é importante fazer uma seleção de bons textos para
serem lidos anteriormente pelo professor para a classe. Os alunos precisam ter conhecimento
do conteúdo a ser produzido por eles, como por exemplo, na reescrita de uma fábula
conhecida, o aluno utiliza de elementos apreendidos das narrativas que ouviu da professora,
para produzir seu próprio. Uma vez que o professor é o escriba do texto, o desafio para as
crianças terá que ser somente a linguagem que se usa para escrever.
 A revisão deve ser considerada como uma etapa importante do processo de
aprendizagem da linguagem que usa para escrever. O professor deve ensinar que é preciso
voltar para o texto para melhorá-lo, reescrever partes se necessário, considerando este
movimento em etapas, pois a faixa etária da educação infantil não permite este processo todo
de uma vez;
 Todo tipo de escrita (textos memorizados, cartazes, listas de nomes, listas
construídas com os alunos etc.) devem ficar ao alcance dos alunos para serem consultados
por eles, lidos, apreciados, investigados, servindo como fonte de informação e de pesquisa
para novas escritas; cuidado, porém, para não poluir o ambiente visual com excesso de
informações.
 O ambiente alfabetizador deve favorecer e despertar no aluno o desejo pelo
mundo da leitura e da escrita. Cabe ao professor propiciar e mediar este ambiente de maneira
a garantir o acesso aos materiais escritos e às formas de uso, promovendo reflexões o tempo
todo.

80
2. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Concepção:
As crianças são curiosas, observadoras e buscam
compreender o ambiente em que vivem, suas
características, suas quantidades, os usos e a procedência
de diferentes elementos da natureza e da cultura com os
quais entram em contato, explorando-os e criando
explicações sobre o “como”, o “quando” e o “porquê” das
coisas.
O pensamento lógico–matemático não pode ser confundido com conteúdo matemático, uma
vez que as crianças vivem em uma cultura rodeada por conhecimentos matemáticos básicos – dizer
sua idade e nome do dia, o número da casa e do telefone – e estabelecer indicações sobre maior,
menor, igual, entre outros saberes, as crianças mostram-se igualmente interessadas em utilizá-los
em situações em que determinados problemas são apresentados. Assim, à medida que lhes são
oferecidas oportunidades em suas vivências cotidianas elas aprendem a observar, a medir, a
quantificar, a situar no tempo e no espaço, a contar objetos e a estabelecer comparações entre eles,
a criar explicações e registros numéricos.
A curiosidade é alimentada pelos parceiros mais experientes com os quais interage, permite-
lhes aproximar-se destes conhecimentos pela indagação, experimentação e formulação de noções
intuitivas. As crianças se motivam a conhecer os fenômenos da natureza – como os astronômicos
(ação da luz, calor, som, força, movimento); os naturais (chuva, seca, etc.); os físicos (refletir,
ampliar, inverter imagens, transmitir e ampliar som, propriedades ferromagnéticas); os biológicos
(crescimentos de organismos vivos, suas características).

Direitos de aprendizagem

81
 Conviver com crianças e adultos e com eles criar estratégias de investigar o mundo
social e natural, demonstrando atitudes positivas em relação a situações que envolvam
diversidade étnico racial, ambiental, de gênero, de língua, de religião.
 Brincar com materiais e objetos cotidianos, associados a diferentes papéis ou cenas
sociais, e com elementos da natureza que apresentam diversidade de formas, texturas,
cheiros, cores, tamanhos, pesos, densidades, experimentando possibilidades de
transformação.
 Participar de atividades que oportunizem a observação de contextos diversos,
atentando para características do ambiente e das histórias locais, utilizando
ferramentas de conhecimento e instrumentos de registro e comunicação como bússola,
lanterna, lupa, máquina fotográfica, gravador, filmadora, projetor, computador e celular.
 Explorar e identificar as características do mundo natural e social, nomeando-as,
reagrupando-as e ordenando-as, segundo critérios diversos.
 Expressar suas observações, hipóteses e explicações sobre objetos, organismos
vivos, fenômenos da natureza, características do ambiente, personagens e situações
sociais, registrando-as por meio de desenhos, fotografias, gravações em áudio e vídeo,
escritas e outras linguagens.
 Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural, identificando seus próprios
interesses na relação com o mundo físico e social, apropriando-se dos costumes, das
crenças e tradições de seus grupos de pertencimento e do patrimônio cultural, artístico,
ambiental, científico e tecnológico.

Objetivos de aprendizagem:
 Observar fatos, as situações e fenômenos mais evidentes.
 Conhecer seu corpo e explorar as suas possibilidades.
 Verbalizar suas hipóteses sobre os fenômenos que observam.
 Participar de experimentações capazes de tornar os conceitos científicos
observáveis.
 Comparar diferentes hipóteses sobre suas observações.
 Registrar as experiências realizadas em sala de aula e suas hipóteses.
 Comparar diferenças do ambiente em observações da realidade próxima ao
aluno.
 Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais
nos espaços da instituição.

82
 Identificar e selecionar fontes de informações para responder questões sobre a
natureza e sua preservação.
 Relatar transformações observadas em materiais, animais, pessoas ou no
ambiente.
 Observar, descrever e registrar mudanças em diferentes materiais resultantes de
ações efetuadas sobre eles.
 Identificar relações espaciais, dentro e fora, em cima, embaixo e do lado, e
temporais, antes e depois.
 Registrar o que observou ou mediu, fazendo uso mais elaborado da linguagem
do desenho, da matemática, da escrita, ainda que de forma não convencional, ou utilizando
recursos tecnológicos.
 Classificar e ordenar, objetos, considerando um atributo (tamanho ou peso ou
cor ou outro atributo).
 Relatar fatos importantes sobre o seu nascimento, seu desenvolvimento, a
história de seus familiares e de sua comunidade.
 Fazer observações e descrever elementos e fenômenos naturais como luz solar,
vento, chuva, temperatura, mudanças climáticas, relevo e paisagem.

Jogos
O jogo é mais um momento em que a criança usa seus conhecimentos implícitos. O simples
manuseio pelas crianças de jogos e regras não garante que esteja se desenvolvendo um trabalho
matemático. Para que isto aconteça é preciso que exista intencionalidade educativa: planejamento
do conteúdo, dos objetivos, das etapas do jogo, a intervenção desafiadora e da avaliação. Durante o
ano de 2011 passamos por um processo de formação envolvendo professores, funcionários e pais
sensibilizando a todos a respeito da construção do conceito de número através do trabalho com
jogos matemáticos, durante este processo todos puderam jogar, compartilhar com o outro os
conhecimentos que tinham a respeito de jogos que já conheciam, se apropriar dos que ainda não
conheciam, os funcionários puderam aprender e conhecer os jogos para assim contribuir com a
manutenção do mesmo, percebendo o significado de cada peça encontrada pelo espaço da escola.
Esta formação aconteceu de forma dinâmica, interativa e resultou na transposição para a prática dos
conteúdos estudados, bem como a revisão do texto do PPP nesta área, pensando na distribuição
dos conteúdos matemáticos por faixa etária e graduação dos desafios.

83
Registro de jogos
O registro de um jogo precisa representar a solução de um problema para a criança (o da
necessidade de controlar quantidades). É importante que ela sinta a necessidade real de registrar.
Cada tipo de jogo possui uma especificidade que propicia o trabalho com este ou com aquele
conteúdo, ou com determinados tipos de registro. Em algumas ocasiões o próprio jogo pode não
oferecer a necessidade de registrar. Por isso é importante ter em mente quais objetivos o professor
pretende atingir para a escolha do jogo a ser trabalhado.
Se o registro se faz necessário num jogo é importante que a criança tenha a oportunidade de
buscar formas próprias para resolver este problema. É possível que a própria criança encontre
estratégias de registro diferentes daquelas que o professor poderia ensinar, se isto não acontecer
cabe ao professor fazer com que a criança perceba que o problema ainda não foi resolvido e dar-lhe
pistas, observáveis e referências para que ela possa construir este conhecimento.

Explicitação de estratégias
Quando uma criança desenvolve uma série de ações que a faz ganhar um jogo ou chegar à
solução de um problema ela usa estratégias implícitas de seu conhecimento. Ao tornar estas
estratégias explícitas verbalizando e explicando como chegou a determinado resultado ela faz com
que seu pensamento passe a ser observável para ela própria e para terceiros. Cabe ao professor
validar a solução ou a ideia utilizada pela criança, propondo, por exemplo, que as demais crianças
resolvam outros problemas utilizando-se da mesma estratégia. A explicação e a validação
consolidam a construção de um conhecimento e torna a criança apta a aplicá-lo em outras situações
e a construir novos saberes, possibilitando-a que retorne à sua estratégia sempre que necessário.

LISTA DE JOGOS QUE A ESCOLA POSSUI

JOGO FAIXA ETÁRIA


ADEQUAÇÕES QUE PODEM SER FEITAS
MAIS INDICADA
Diminuir o número de personagens e aumentar
CARA A CARA Infantil V gradativamente.
Fichas com letra bastão para todas as faixas etárias.
LINCE Infantil IV e V Não utilizar os botões, mostrar cada ficha, quem ganha a
figura ganha a ficha.
SOBE E DESCE Infantil IV e V Ganha quem encher o ônibus primeiro, independente de
onde estiver no tabuleiro.
IMAGEM E AÇÃO Infantil V Jogarlousa
Usar com dois dados
branca para(progressivo).
registro.
Usar mímica.
PULA MACACO Indicado para
todas as faixas
etárias
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QUEBRA GELO Indicado para
todas as faixas
TAPA CERTO etárias Colocar menos imagens, selecionando figuras com poucas
Infantil IV e V
semelhanças entre si.
BINGO Indicado para Aumentar gradativamente o número de imagens.
todas as faixas
UNO etárias III – identificação de cores.
Infantil III, IV e V
Para os menores colocar apenas as cartas com números e
MEMÓRIA Indicado para cores sem as cartas com regras diferenciadas.
todas as faixas
etárias III-Iniciar a contagem oral e registro pelo professor através
de palitos, desenhos, tampinhas.
QUILLES Infantil III, IV e V IV – Fazer registros coletivos e comparar quantidades.
V – Realizar registros individuais, fazer somatórias a partir
da proposta de mais de uma rodada. Colocar valores para
os pinos, possibilitando somatória.
ARGOLA Indicado para
todas as faixas
PEGA VARETAS etárias para
Indicado
todas as faixas
etárias Iniciar com formações envolvendo um número menor de
peças.
TANGRAM Infantil IV e V Pranchas com desenhos mais simples, usando as sete
peças na formação da figura.
Graduar os desafios.
BLOCOS LÓGICOS Indicado para
todas as faixas
DOMINÓ etárias para
Indicado
todas as faixas
etárias Inf. III – Retirar o dado de números e utilizar apenas o de
ÁRVORE
Infantil III, IV e V cores. Conforme tira a cor, ele coloca um pino da cor que
PEDAGÓGICA tirou, quando sentir que o grupo avançou colocar o dado
de número.
Iniciar com apenas um dado e deixar aberto até o n° 6.
FECHA CAIXA Infantil I e V Oferecer palitos (material concreto) para a contagem dos
pontos.
QUEBRA CABEÇA Indicado para
todas as faixas
CINCO MARIAS etárias
Indicado para
todas as faixas
BOLICHE etárias III, IV e V
Infantil Semelhante ao quilles.

PERCURSO Indicado para


todas as faixas
BILHAR etárias Jogar com menos fichas.
Infantil IV e V
HOLANDÊS Utilizar material de apoio para contagem.
MANCALA Infantil V

85
SUDOKU Infantil IV e V

CARA DE UM Indicado para


todas as faixas
CORPO DE
etárias
OUTRO

Educação Tecnológica
“A tecnologia é fruto do conhecimento científico avançado aplicado à produção e à cultura
influenciando conhecimentos, formas e técnicas de fazer as coisas, costumes e hábitos sociais,
comunicação e crenças transmitidas de geração em geração”–Frigotto (apud Sampaio,2000, pag.28)
Tivemos alguns HTPC’s destinados à apresentação e discussão do trabalho com Educação
Tecnológica, onde o grupo de professores elaborou um material de apoio com propostas de
atividades e sugestões de projetos para trabalhar com este material.

 Educação Tecnológica: Processo educativo que permite aos alunos conhecer


e compreender a produção de conhecimento voltada à tecnologia; identificar e propor
soluções para os problemas contemporâneos, gerados no cotidiano social, refletindo sobre
eles, conhecer as dimensões do fazer científico, sua relação com a tecnologia e o caráter não
neutro dessas realizações humanas.

 Finalidade: Promover o desenvolvimento de pessoas capazes de integrar


tecnologia à vida cotidiana, de discutir suas consequências sociais, políticas, cultural e
econômica e de posicionar-se de forma crítica e reflexiva diante dos avanços tecnológicos.

 Objetivos:
o Compreender que a evolução da tecnologia é resultado do
processo histórico;
o Conhecer as invenções como uma produção humana;
o Distinguir o que é e o que não é tecnologia;
o Entender como funcionam as máquinas e que forma de energia as
movem;
o Investigar como as máquinas funcionam;
o Vivenciar os princípios de máquinas simples;

86
o Comparar tecnologias atuais e antigas;
o Resolver problemas que envolvem a construção de máquinas;
o Fazer a relação dos conceitos com os objetos do dia-a-dia;

 Competências:
Observar e reconhecer, pela curiosidade, investigação e argumentação as características
tecnológicas dos objetos, dos materiais, das ferramentas e dos recursos tecnológicos;
o Solucionar problemas através dos procedimentos de
investigação científica – construção e verificação de hipóteses e análise de
resultados;
o Apropriar-se de linguagem e vocabulário específicos para
utilização de materiais no cotidiano;
o Realizar atividades de forma autônoma, responsável e
criativa;
o Pesquisar, selecionar e organizar informação e transformá-la
em conhecimento;
o Selecionar estratégias adequadas à resolução de problemas
e à tomada de decisões;
o Resolver problemas do dia a dia;
o Trabalhar em grupo cooperativamente;
o Argumentar para sustentar suas ideias;
o Refletir sobre o uso da tecnologia, avaliando os impactos
para o ambiente e a sociedade;
o Distinguir um objeto artesanal de um industrializado;
o Analisar o princípio de funcionamento de um mecanismo ou
objeto tecnológico.

 Conteúdos:
o História das invenções;
o Construções de máquinas;
o Resolução de situações problemas;
o Desenvolvimento de procedimentos de investigação
científica e estudo de conceitos relacionados à tecnologia, de forma lúdica;
o Exploração e investigação de conceitos tecnológicos;

87
o Máquinas simples – alavancas, rodas e eixos, engrenagens,
roldanas, por meio das construções com o material e observação dos utensílios
do cotidiano;

3 Traços, sons, cores e imagens


As crianças constituem sua identidade pessoal e social nas interações que estabelecem com
diversos atores sociais, durante as quais elas aprendem a se expressar, por meio de múltiplas
linguagens, como as artes visuais, dança,
música e teatro.
Estas linguagens possibilitam a criança
se comunicar, ter consciência das formas, do
seu corpo, dos sons a sua volta. Dessa forma
a criança terá um olhar mais sensível e atento
para ler o mundo e mais possibilidades de
expressar sua visão.
Estabelecer uma rotina para sistematizar o trabalho com estas linguagens implica na
organização do tempo didático e na implantação de atividades permanentes, independentes,
sequenciadas ou projetos como modalidades organizativas. A rotina deve favorecer as crianças
experiências significativas que envolvam: fazer, ver e refletir, contemplar a experiência com as
linguagens básicas e a mistura dessas linguagens.

Direitos de aprendizagem
 Conviver e fruir das manifestações artísticas e culturais da sua comunidade e de outras
culturas – artes plásticas, música, dança, teatro, cinema, folguedos e festas populares
– ampliando a sua sensibilidade, desenvolvendo senso estético, empatia e respeito as
diferentes culturas e identidades.
 Brincar com diferentes sons,
ritmos, formas, cores, texturas,
objetos, materiais, construindo
cenários e indumentárias para
brincadeiras de faz de conta,
encenações ou para festas
tradicionais, enriquecendo seu
repertório e desenvolvendo seu
senso estético.

88
 Participar de decisões e ações relativas à
organização do ambiente (tanto no cotidiano
como na preparação de eventos especiais), à
definição de temas e à escolha de materiais a
serem usados em atividades lúdicas e teatrais,
entrando em contato com manifestações do
patrimônio cultural, Artísitico e tecnológico,
apropriando-se de diferentes linguagens.
 Explorar variadas possibilidades de
usos e combinações de materiais,
substâncias, objetos e recursos
tecnológicos para criar e recriar
danças, artes visuais, encenações
teatrais, músicas, escritas e mapas,
apropriando-se de diferentes
manifestações culturais e artísticas.
 Expressar com criatividade e responsabilidade, suas emoções, sentimentos,
necessidades e ideias brincando, cantando, dançando, esculpindo, desenhando,
encenando, compreendendo e usufruindo o que é comunicado pelos demais colegas e
pelos adultos.
 Conhecer-se no contato criativo com manifestações artísiticas e culturais locais e de
outras comunidades, identificando e valorizando o seu pertencimento étnico-racial, de
gênero e de crença religiosa, desenvolvendo sua sensibilidade, criatividade, gosto
pessoal e modo peculiar de expressão por meio do teatro, música, dança, desenho e
imagens.

Apreciação:

Objetivos
 Expressar seus sentimentos, ideias, opiniões e preferências frente a manifestações
artísticas e culturais;
 Ampliar a sua sensibilidade, desenvolvendo senso estético, empatia e respeito as
diferentes culturas e identidades;

89
 Estabelecer relações entre as manifestações artísticas e culturais mediante suas
vivências cotidianas (emoções, sensações, comparações);

Modalidade organizativa: por meio da vivência, relatos e da exploração lúdica de


manifestações artísticas e culturais como: teatro, música, dança, circo, cinema.

Orientações didáticas
 Ter constância na proposta estabelecendo um momento apropriado na rotina e
seguindo uma periodicidade regular;
 Prever o tempo de duração da atividade para que não se prolongue demais evitando
a dispersão das crianças;
 Ter intervenções que ajudem o aluno a explicitar o que está pensando sobre a obra,
retomando sua fala, fazendo perguntas, complementando e promovendo a troca de saberes no
grupo;
 Algumas atitudes do professor podem ajudar àqueles que apresentam dificuldade
em se concentrar na atividade: chamar o aluno pelo nome para que manifeste sua impressão, dirigi-
lhe uma pergunta ou posicionar-se próximo a ele. O professor é também um modelo de apreciador,
portanto, seu tom de voz, seu envolvimento e empolgação com a atividade valorizam esse momento;
 Em se tratando da produção dos alunos, ensinar o grupo a sair do julgamento
feio/bonito e explorar o trabalho através de outros observáveis: como fez, o que usou, o que
representa aquele desenho, que materiais usou, etc.
 Ensinar os alunos a chamarem de desenho as produções que ainda não tenham
semelhança com o real (garatujas), evitando que façam julgamentos pejorativos, bem como trazer
para obras de artistas que não figuram (abstratos);
 Trazer para a roda de apreciação todos os tipos de produções dos alunos, de todas
as fases de desenvolvimento gráfico da turma, para que as diversas produções sejam valorizadas;
 Selecionar um único ou poucos trabalhos da turma em cada momento de apreciação
pois, do contrário, a atividade se torna cansativa e não concorre para a consecução dos objetivos.

Fazer artístico:
Objetivos
 Expressar-se, através da linguagem visual, exercitando sua sensibilidade e
criatividade;

90
 Estabelecer uma relação prazerosa na realização e exploração das diferentes
propostas;
 Investigar, através da escolha, combinações de materiais descobrindo diferentes
técnicas e possibilidades;
 Conhecer e exercitar suas habilidades nas diferentes modalidades de trabalho em
artes visuais: desenhar, pintar, recortar, compor, colar, modelar, dobrar.

 Cuidar dos materiais de uso pessoal e coletivo e participar das situações de


organização do espaço de trabalho seja na sala de aula, no ateliê ou na exposição de trabalhos;
 Conhecer e explorar, nas suas produções, diferentes elementos da linguagem
visual: linha, cor, forma, volume, luz, sombra, textura.
Modalidade organizativa:
Atividade permanente de proposta
Atividade permanente de oficina de livre escolha
Atividades sequenciadas e projetos
Oficinas de convivência

Periodicidade indicada: Semanal

Orientações didáticas
 Disponibilizar material suficiente para que a criança repita a experiência caso
não fique satisfeita com a sua primeira produção, como, por exemplo, oferecer outra folha
quando a criança diz que errou;

Materiais indicados para atividades de proposta e oficina de escolha


 Suportes recortados em diversos formatos: tiras, quadrados, retângulos,
círculos;
 Suportes de diferentes cores e texturas: cartolina, sulfite, cartão, craft, color set,
camurça, papelão, embalagem de pizza, caixas de leite, e.v.a., lixas;
 Meios secos: hidrocor, lápis de cor, aquarela, giz de cera, giz de lousa, giz
pastel, caneta esferográfica, caneta piloto, lápis grafite, carvão;
 Meios aquosos: guache, aquarela, anilina, tinta plástica, tintas artesanais a partir
de vegetais;

91
 Materiais para composições: botões, palitos e pazinhas de sorvete, areia
colorida, sobras de lápis apontado, tampinhas diversas, caixinhas de embalagens, papéis
diversos, retalhos, algodão, lantejoulas, purpurina, retalhos de E.V.A., garrafas plásticas,
bandejas de ovo, e diversos materiais reaproveitáveis.

4 Corpo, gestos e movimentos

Há algum tempo se acreditava na educação que o exercício do corpo construiria um homem


forte. Hoje acreditamos em vez de homens fortes precisamos é de pessoas saudáveis, e a escola
pode contribuir para o bom desenvolvimento orgânico da criança no sentido que lhe oferece
oportunidades planejadas de trabalhar todas as potencialidades; pode contribuir com o
desenvolvimento emocional no sentido que o adulto presente (o professor ou outros envolvidos no
trabalho de educar) está atento às dificuldades enfrentadas pelas crianças e podem junto com ela ir
construindo o significado de perder e ganhar, ajudando a criança a lidar com a frustração; a construir
significado para o trabalho em equipe e para a ação colaborativa. Por isso o antigo exercício de
movimentos repetitivos e condicionados da educação física foi substituído por atividades lúdicas que
visam o desenvolvimento não de um corpo, mas de uma pessoa. Uma pessoa que está aprendendo
a sentir, a se expressar, a se emocionar, a se relacionar com os outros, a viver em grupo, a seguir e
questionar as regras, a conhecer e controlar melhor o seu próprio corpo. Os jogos corporais podem
ser chamados também de brincadeiras. No entanto são brincadeiras intencionais planejadas por
quem sabe de sua importância na vida da criança. Durante estas atividades pode-se trabalhar uma
grande quantidade de conteúdos, dentre eles: desenvolvimento motor, conhecimento e exploração
do espaço físico, constituição de grupo, interação social, expressão corporal, cooperação, regras e
esquema corporal.

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DIREITOS DE APRENDIZAGEM
CONVIVER com crianças e adultos e experimentar de múltiplas formas a gestualidade que
marca a sua cultura.
BRINCAR utilizando movimentos para se expressar, explorar espaços, objetos e situações,
imitar, jogar, imaginar, interagir e utilizar criativamente o repertório da cultura corporal e do
movimento.

PARTICIPAR de diversas atividades de cuidados pessoais e do contexto social, de


brincadeiras, encenações teatrais ou circenses, danças e músicas: desenvolver práticas corporais e
autonomia para cuidar de si, do outro e do ambiente.
EXPLORAR amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas, descobrir
modas de ocupação e de uso do espaço com o corpo e adquirir a compreensão do seu corpo no
espaço, no tempo e no grupo.
EXPRESSAR corporalmente emoções, ideias e opiniões tanto nas relações cotidianas como
nas brincadeiras, dramatizações, danças, músicas, contação de histórias dentre outras
manifestações, empenhando-se em compreender o que outros também expressam.
CONHECER-SE nas diversas oportunidades de interações e explorações com seu corpo,
reconhecer e valorizar o seu pertencimento de gênero, étnico-racial e religioso.
Objetivos:
 Desenvolver a imagem corporal;
 Ampliação das possibilidades expressivas do próprio movimento;
 Conhecer gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo;
 Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de
deslocamento e ajustando suas habilidades;
 Ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos.

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Conteúdos:
 Equilíbrio;
 Partes do corpo;
 Jogos corporais;
 Habilidades: força, velocidade, resistência, e flexibilidade;
 Habilidades motoras;
 Movimentos de preensão, encaixe, lançar, correr, pular, rolar, escalar, saltar, desviar.
 Interesse e cuidados com o corpo.

Estratégias:
 Brincadeiras;
 Danças
 Músicas com gestos e movimentos;
 Roda cantada;
 Jogos com regras;
 Circuito.

Orientações didáticas:
O movimento da criança precisa ser pensado pelo professor não só nas atividades físicas
(jogos), mas também nos momentos de sala de aula, onde devem se alternar atividades de maior
contenção com atividades que possibilitam maior expressão de movimentos.
Também é importante que o professor pense a possibilidade de locomoção favorável no
espaço da sala (disposição de mesa, acesso aos materiais, propostas de interação entre alunos).
A observação é um grande instrumento em favor dos professores, pois a partir da observação
de momentos livres pode perceber quais são os movimentos que a criança precisa trabalhar, para
transformá-la em atividades desafiante.

2.6 Brincar

O brincar favorece o desenvolvimento da criança em seus aspectos motor, afetivo e social.


Amplia as possibilidades de representação do mundo simbólico, bem como as formas de
compreender e interagir com o mundo social.

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É natural para a criança brincar, porém nem toda brincadeira acontece naturalmente, a
intencionalidade pedagógica é fundamental. A criança também precisa aprender a brincar, para
tanto a escola tem que garantir tempo e espaço para que a brincadeira ocorra.
É necessário qualificar o tempo destinado às brincadeiras, garantindo-as na rotina diária na
escola. É esta constância que irá assegurar à criança a construção de jeitos de brincar, de explorar
diferentes materiais e diferentes espaços.

Brincadeira simbólica: Em nenhum


momento a escola pode esquecer que o brincar é a
forma da criança entender o mundo em que vive, por
isso o espaço da brincadeira simbólica deve estar
reservado, visando: o desenvolvimento do
pensamento simbólico, o desenvolvimento da
afetividade, a compreensão das regras implícitas em
cada papel simbolizado, a construção de significados
para os papéis sociais, usos sociais de objetos de
conhecimento, cuidados com o espaço e com os objetos.

Brincadeiras tradicionais: “As brincadeiras tradicionais fazem parte patrimônio lúdico-


cultural infantil e traduzem valores costumes, formas de pensamento e dos ensinamentos. Seu valor
é inestimável e constitui, para cada indivíduo, cada grupo, cada geração, parte fundamental da sua
história de vida. Brincar: crescer e aprender O resgate do jogo infantil – Adriana Friedman”
As brincadeiras tradicionais dão prazer às crianças, são parte da cultura lúdica infantil, e
utilizá-los é uma forma de resgatá-los. Sendo assim, a escola precisa conhecer, apresentar e
valorizar as diferentes cirandas, brincadeiras cantadas, danças e outras brincadeiras das múltiplas
culturas existentes. Isso implica pesquisar, comparar, divulgar, integrando criança e comunidade
escolar nesse trabalho. O professor participa de forma direta e ativa, brincando com as crianças e
dando-lhes oportunidades de vivenciar essas brincadeiras.
Brincadeiras de construção: A brincadeira de construção possibilita a criança construir,
transformar, destruir, reconstruir, o que pode ocorrer não só com materiais convencionais (diferentes
sucatas, papéis, tecidos, entre outros) cabendo ao professor disponibilizar o material e condições
para que as crianças possam circular no espaço, interagir com materiais e colegas estando em ação
mental e corporal constantemente. Quanto maiores forem as experiências com materiais de
naturezas diversas, tanto maiores serão as alternativas de construção e relações entre elas.

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4 . Rotina

Ter uma rotina sistematizada é importante tanto para o professor quanto para o aluno. Dá
segurança para a criança, além de ajudá-la a se situar no espaço e no tempo escolar, levando a
otimização de sua autonomia, a criança tendo clara a rotina consegue se localizar nos momentos de
transição de uma atividade para outra, apresentando tranquilidade no percurso do dia, diminuindo a
ansiedade (medo do desconhecido), o grupo cria vínculo e interesse pelas propostas, antecipa os
acontecimentos do dia a dia escolar.
A rotina organiza o tempo de trabalho, possibilitando ao professor distribuir melhor as
atividades, considerando a dinâmica de sua classe, as características da faixa etária a que se
destinam, os espaços em que se realizam cada atividade, o tempo necessário para a realização da
mesma, contemplando as áreas de conhecimento e a constância das atividades programadas.
É importante estar aberto à readequação quando necessário, à flexibilidade, ou seja, a
necessidade do professor planejar e também refletir sobre o seu trabalho “ação- reflexão - ação”
sem esquecer de atender as necessidades especiais dos alunos e considerar a alternância entre
atividades de movimento e contenção, bem como considerar os procedimentos e a organização dos
espaços.
Uma rotina sistematizada proporciona uma melhor organização e segurança para todos que
dela compartilham.

3.2 Período de adaptação

Entendemos que o período de adaptação é importante para garantir a criação de vínculo entre
professor e aluno. É neste primeiro contato que as relações são estabelecidas e há de ambos os
lados um firmamento de vínculo e o início da segurança entre os pares.
Em função disso, nossa reunião pedagógica de início de ano teve como objetivo estruturar
este momento. Conversamos sobre a importância de planejar este momento com muito cuidado e
com a ajuda de todos, tivemos até o depoimento de uma professora que disse viu o “sofrimento” do
neto no início das aulas em outra escola e que isso provocou a reflexão em relação a cuidar ainda
mais deste momento de inserção da criança na nossa escola.
Como nos primeiros dias o horário de atendimento é reduzido é possível que as crianças se
apropriem de forma gradativa de todas as novidades do início do ano. Precisa reconhecer o espaço
de toda a escola ou da nova sala, precisa conhecer os novos amigos e na maioria das vezes a nova
professora, pois são poucas salas que mantém por mais um ano a professora.

96
Procuramos manter um funcionário de apoio próximo do espaço das salas para auxiliar o
professor neste período, garantindo que este pudesse estar livre para o atendimento da criança com
mais necessidade de atenção (chorando ou resistente em permanecer na aula). Este apoio
favoreceu o acolhimento na chegada, na recepção dos alunos, bem como durante todo o tempo,
auxiliando as crianças na ida ao banheiro, no momento do lanche, enquanto a professora da classe
estivesse envolvida com outros alunos no desenvolvimento das propostas.
Toda a equipe de funcionários esteve mobilizada para atender e auxiliar no que fosse
necessário, seja na entrada para encaminhar as famílias até as salas, ajudar a localizar os
professores e suas salas, seja ao longo do período oferecendo suporte, limpando, providenciando
materiais, orientando alunos e também na saída dos alunos.
Avaliamos que o planejamento cuidadoso para o acolhimento das crianças permitiu que elas
se sentissem mais seguras, mais tranquilas, pois puderam receber do professor uma atenção mais
individualizada, o que se pode notar no pouco choro. Puderam ser estabelecidos vínculos,
importantes para os momentos posteriores considerando os alunos em sua individualidade.
A entrada das famílias até a sala de aula transmitiu ainda mais segurança, principalmente aos
que choraram, pois nestes casos, a família pode permanecer um tempo junto com as crianças
enquanto se acalmavam. Tornando o momento muito mais tranquilo tanto para quem estava muito
inseguro, quanto para os pais e professores.
Este acolhimento especial, este olhar atento à necessidade da criança que chega, também é
considerado para os alunos que são matriculados ao longo do ano. Todo este processo de criação
de vínculo deve ser garantido ao aluno, independente do período do ano em que se faz necessário o
ingresso na escola ou a mudança de período. Tomamos o cuidado de oferecer ao aluno novo o
horário reduzido por alguns dias (o necessário conforme cada criança). A família o leva até o
professor nestes primeiros dias. Há uma preocupação dos professores em acolher e incluir este
aluno cuidando para que o grupo formado se abra para receber o novo colega.
Os professores organizaram atividades diversificadas para receber os alunos de forma mais
acolhedora e lúdica. Ao mesmo tempo, davam atenção individualizada para os casos de alunos com
maior dificuldade na adaptação, buscando estreitar o vínculo afetivo com todos e garantindo uma
inserção no espaço escolar de forma mais prazerosa.

3.3 Dia do Brinquedo

Em 2011, fizemos uma discussão na primeira Reunião Pedagógica sobre a rotina e sobre os
combinados para o ano. Dentro dos combinados, surgiu no grupo um questionamento sobre “o dia
do brinquedo”, na época o grupo da manhã julgou como desnecessário ter esse dia pela quantidade
97
de brinquedos que a escola tinha recebido da Secretaria de Educação e que o “Dia do brinquedo”
trazia mais elementos desfavoráveis que favoráveis para os alunos, pois muitas crianças esqueciam
ou não tinham brinquedos para trazer no dia, quando traziam não queriam compartilhar, perdiam o
que traziam ou os brinquedos acabam sendo quebrados pelo manuseio de muitas crianças. Nem
sempre a família compreendia que os brinquedos poderiam vir, mas não voltar do mesmo jeito ou
até sumir mesmo, por mais que os professores explicassem que as chances de quebra/perda eram
bem maiores pelo uso intenso e de um maior número de crianças.
O grupo de professores da tarde demonstrou maior vontade em manter a atividade, mas
como muitos eram professores novos na escola e não conheciam os problemas da proposta nesta
comunidade, a maioria acabou preferindo pensar em outras propostas com os brinquedos do acervo
da escola.
No ano de 2012, continuamos sem o dia do brinquedo, pois a maioria do grupo permaneceu
na escola e não foi uma demanda levantada para discussão nos momentos formativos e
entendemos que era uma situação que estava bem resolvida.
No ano de 2013, tivemos uma considerável mudança do grupo e não recebemos tantos
brinquedos da S.E. e com a redução da verba da APM do ano e aumento dos preços de todos os
itens para compra e serviços, os membros da APM e a equipe de gestão estão sendo ainda mais
criteriosos na compra de brinquedos e outros, para garantir que haja recursos para todas as
demandas. Surgiu neste ano, novamente o questionamento sobre o retorno do dia dos brinquedos,
como demanda de alguns professores e alguns pais.
A partir da nutrição em HTPC com o livro: “Isso não é brinquedo”, que traz a importância dos
brinquedos não estruturados para o imaginário infantil e da retomada dos princípios e concepções
construídas pelo grupo, buscaremos outros caminhos de trabalhar com as crianças os objetivos
atendidos com a proposta, oferecendo a cultura mais elaborada, desenvolvendo a solidariedade, o
imaginário, entre outros, sem promover a exclusão que “O dia do brinquedo” acabava gerando.

3.3 Roda de conversa ou hora de conversa


A roda de conversa é o momento em que a turma se reúne, para falar, ouvir, conhecer
coisas novas, contar sobre si e estabelecer combinados sobre a rotina. Este é o momento de
valorizar e desenvolver a oralidade, ampliação de vocabulário e de repertório linguístico, bem como
observar o respeito ao interlocutor, a estrutura da língua falada e a interação entre pares. Algumas
rodas de conversa atendem a objetivos específicos como, por exemplo: Roda de apreciação (obras
de arte),Roda da curiosidade (ciências), roda de música.

98
3.4 Hora de leitura:
Durante a hora da leitura a criança
tem a oportunidade de desenvolver uma
postura leitora, ampliar seu repertório textual e
linguístico, diferenciando a língua falada da
escrita. O aluno tem a possibilidade de fazer
uma interpretação pessoal e desenvolver o
seu senso crítico e adquirir prazer em ouvir
histórias como atividade lúdica e de
entretenimento.

3.5 Atividades diversificadas

REFLEXÃO

“A forma como organizamos e administramos o espaço físico de nossa sala de aula constitui, por si
só, uma mensagem curricular, reflete o nosso modelo educativo (...) A forma como organizamos os
espaços e cada uma de suas áreas e elementos reflete direta e indiretamente o valor que lhe damos
e a função que lhe outorgamos e, além disso, diz muito em relação ao tipo de comportamento
instrutivo e transmite o que esperamos de nossos alunos (as).”

“Se eu considero que as crianças são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, que
aprendem a partir da manipulação e da experimentação ativa da realidade e através das
descobertas pessoais; se, além disso, entendo que “os outros” também são uma fonte importante de
conhecimento, tudo isso terá reflexos na organização de minha sala de aula: tendo espaços para o
trabalho em pequenos grupos, distribuindo o mobiliário e os materiais para que as crianças tenham
autonomia, despertando o interesse infantil para manipular, experimentar e descobrir”

(Qualidade em Educação Infantil- Miguel A. Zabalza)

Contribuição da Prof.ª Adriana

As atividades diversificadas são atividades


permanentes que se realizam na rotina da educação
infantil. Consiste em oferecer cantos com atividades
diferentes – brinquedos simbólicos, jogos de encaixe,

99
jogos de mesa, modelagem, colagem, materiais gráficos para desenho ou pintura, livros. Os alunos
podem escolher o que querem fazer, sendo importante também promover o envolvimento das
crianças na organização do espaço e na distribuição dos diferentes materiais para realizar
determinadas atividades, corresponsabilizando-as pelos cuidados necessários. Essa proposta se
difere das outras atividades que são mais dirigidas, pois nesta, a intervenção maior do professor se
dá no planejamento dos cantos, na observação dos alunos e não na condução da atividade.
Deste modo, os alunos exercitam a possibilidade de se autoconduzirem, manifestando
suas necessidades e preferências pessoais e agrupando-se de forma espontânea, podem fazer suas
escolhas e mudar de canto quando desejarem. Para isso precisam negociar os espaços e os
materiais, interagir com os colegas buscando formas diferentes de brincar, resolvendo possíveis
conflitos, assim progridem na construção do conhecimento de si e na conquista de sua autonomia.

Objetivos para os alunos:


 Construir progressivamente sua autonomia através do exercício da escolha e da
autorregulação no espaço;
 Desenvolver preferências e habilidades no uso dos materiais, no contato com o
objeto e na troca de saberes entre si;
 Interagir com diferentes grupos compartilhando brinquedos e atividades
desafiadoras;
 Aprender regras de jogos em pequenos grupos.
 Desenvolver relações interpessoais de cooperação, parceria, partilha e troca.
 Conhecer, valorizar e ampliar noções de respeito mútuo.

Orientações didáticas:
O professor tem, neste momento, espaço privilegiado de observação e oportunidade de
intervenções mais individualizadas, visto que os alunos não necessitam exclusivamente da
condução do professor para realizar a atividade. Assim, é possível introduzir um novo jogo de mesa
e ensinar as regras a um pequeno grupo, acompanhar interações entre os alunos, intervindo para
ajudá-los na estruturação da brincadeira ou nas relações interpessoais e mediar a resolução de
conflitos. Pode ainda aproveitar este tempo para simplesmente oferecer aconchego e brincar junto
com a criança estreitando os laços com todos e com cada um.
Considera-se também intervenção o modo que o professor estrutura tempo, espaço e
materiais. Em torno desses três elementos, elaboramos as seguintes orientações.

100
T E M P O
De acordo com a organização da rotina do professor e com a rotina da turma, essas
atividades podem funcionar como um meio de transição entre a casa e a escola, acontecendo
no horário da entrada, assim como em qualquer outro momento da aula que parecer
interessante ao grupo. As propostas podem ser mantidas, de acordo com o envolvimento das
crianças, sem ter um período pré-determinado para ser encerrada, pois assim terão
tranquilidade para tomar contato com as diferentes propostas e repeti-las de acordo com suas
preferências. A constância deste tipo de atividade é que permitirá ao grupo de crianças
diminuírem sua ansiedade, ampliarem as formas de resolver conflitos e movimentarem-se
pelo espaço de forma mais tranquila.

E S P A Ç O

Agrupar mesas e arrumar o espaço de forma diferente possibilita que os alunos se


movimentem sem atrapalharem uns aos outros durante a atividade, fazendo o exercício de
se autorregularem.

Os cantos de atividades podem ser realizados nas mesas, no chão e em arranjos


diferenciados utilizando o mobiliário de maneiras originais: cercar um canto com cadeiras,
agrupar as mesas de três ou de duas em duas, tombá-las para dividir ambientes como uma
espécie de parede colocá-las com os pés para cima utilizando o fundo como suporte para
brinquedos. Proporcionar parceria entre salas ou até entre períodos para a construção de
diversificada onde cada turma possa interagir durante o período com o espaço do outro. Os
materiais que irão compor os cantos devem estar ao acesso dos alunos para que aprendam
a pegar e a guardá-los após as atividades.

M A T E R I A I S
“A palavra de ordem em relação ao material que deve estar disponível para manipulação
livre e constante da criança é diversidade: quanto mais variado for o material a que a criança
tiver acesso, mais ela percebe o mundo na sua diversidade, mais ela é levada a comparar, a
estabelecer relações, enfim, mais ginástica faz o seu cérebro e assim desenvolve sua
inteligência. Suely Amaral Mello”

É necessário que se faça apresentação dos materiais antes de iniciar o uso. Para isso, reunir
101
os alunos em roda é uma boa estratégia. Neste momento, irão explicitar os conhecimentos
prévios que têm sobre o material, conhecerão novas possibilidades e irão receber
orientações de como usá-lo, conservá-lo e guardá-lo ao final da brincadeira.
Todas as classes têm jogos de montar, conjunto de panelinhas, pequenas bonecas, kit de
animais e carrinhos para uso nas atividades diversificadas. Esses materiais contribuem para
montar os cantos e podem ser complementados por materiais não convencionais (sucata...).
há outros materiais também na sala dos professores e brinquedoteca que podem ser
transportados para a sala ou área externa onde também é possível propor este tipo de
atividade. Também podemos fazer trocas de materiais entre as salas de aula, ampliando a
diversidade de materiais.
A observação constante é que irá indicar quais materiais são mais procurados pelos alunos,
quais provocam disputa do canto e quais não lhes desperta o interesse. Esses dados podem
provocar mudanças antecipadas ou fazer com que um mesmo canto permaneça por mais
tempo.
É preciso também avaliar o motivo de determinado canto não estar atraindo os alunos.
Talvez eles não estejam sabendo como utilizar o material. Neste caso, além de apresentar
na roda, o professor pode brincar ou jogar junto motivando-os e também pensar em
acrescentar elementos novos para enriquecer determinada brincadeira.
Outras situações foram matéria de discussão no grupo de modo que se produziram
orientações didáticas com base nas seguintes questões:

Como os alunos farão suas escolhas início da atividade sem que isso cause tumulto e
conflitos?

Todas as orientações anteriores sobre tempo, espaço e materiais já são potencialmente


minimizadoras de conflito, mas no momento da escolha, se todos vão ao mesmo tempo em busca
do seu canto preferido, podem ocorrer disputas e conflitos, pois nessa faixa etária os alunos ainda
apresentam movimentos impulsivos.
Quando as atividades diversificadas ocorrem no momento da entrada, essa questão se
resolve mais facilmente, como receber os alunos com os cantos já montados possibilita que as
escolhas se deem conforme eles vão chegando, paulatinamente.
Os cantos devem ser organizados contemplando conteúdos de diferentes áreas de
conhecimento?

O conteúdo principal das atividades diversificadas é a escolha. Para que haja escolha, é
preciso a oferta de materiais que possibilitem a expressão em diferentes linguagens, como o jogo

102
simbólico, a expressão gráfica e artística. No entanto, o professor pode aproveitar esse momento
para propor algum jogo de escrita e leitura ou jogo de matemática, uma pesquisa específica em
livros de ciências, o ensino de uma determinada técnica artística, tomando o cuidado de não tornar a
sua intencionalidade didática um fator cerceador do direito de escolha. Ao contrário, a criança pode
sentir-se convidada e desafiada pelo professor a realizar uma nova atividade e isso será motivador.
Organizar diferentes atividades dentro de uma mesma área de conhecimento é um recurso
do qual o professor pode lançar mão em determinado momento, como por exemplo, uma
diversificada de Artes: colagem, modelagem, livros de Artes, pintura, desenho, desde que a seguir
retome o pressuposto de possibilitar a escolha entre linguagens de diferentes naturezas.
(Texto revisado em HTPC’s a partir da formação realizada em 2012, considerando o
espaço como segundo educador.)

3.6 Lanche
Em 2006, o Conselho de Escola deliberou a mudança do cardápio a ser implantada em
2007: ao invés do cardápio de lanche, passamos a oferecer almoço para todos os alunos e leite
como colação. A implantação foi precedida de um planejamento cuidadoso de toda equipe e dos
pais durante o segundo semestre de 2006, realizando-se visita a outras escolas da região que já
ofereciam almoço e discutindo em grupo a melhor maneira de organizar espaço, mobiliário,
utensílios. Diminuiu o desperdício e o refeitório se tornou um local mais harmonioso, pois os alunos
estão mais envolvidos na sua alimentação, servindo-se apenas do que gostam e na quantidade que
desejam. Os adultos, professores e merendeiras, fazem a mediação ensinando procedimentos e
incentivando-os a se alimentarem bem.
A partir de 2015, foi realizada uma alteração no cardápio da alimentação dos alunos, a
refeição deixou de ser oferecida e retornou o lanche; segundo o setor de alimentação foi feita a
mudança por causa de resultados de pesquisas realizadas que constataram aumento da obesidade
e muito desperdício de alimento.
Na primeira reunião do ano fizemos a conversa com os pais explicando a mudança. Muitos
pais não concordaram e disseram que procurariam a Secretaria de Educação para solicitar o retorno
da refeição.
A escola procurou adaptar-se ao novo modelo de refeição, mas percebemos muitas
crianças estão sentindo fome com o lanche oferecido, além de várias reclamações dos familiares,
sendo que sempre comunicamos a Secretaria de Educação para pedirmos a parceria, mas não foi
possível fazer adaptação no cardápio, só conseguimos intensificar ingredientes para os projetos.
Os alunos continuaram sendo servidos, pois por orientação do setor de alimentação os
alimentos só podem ser manipulados pelos adultos, portanto, não foi possível que os alunos
103
trabalhassem a autonomia, neste momento. Muitos familiares ficavam impressionados com o fato
dos alunos servirem-se sozinhos, pois em casa somente o adulto costuma servir as crianças.
Durante a rotina, garantimos muitas situações para o trabalho com a autonomia, mas o self-service
era um importante momento educativo, pois poucos têm a chance de fazer isso em casa.
Em 2017, com a nova gestão houve o retorno da colação e percebemos que tivemos uma
melhoria da alimentação dos alunos que estão tendo mais uma opção ao alimentar-se na escola o
que, aparentemente, minimizou a preocupação das famílias.

Potencial de aprendizagens:
 Melhorar os hábitos alimentares
 Noções de higiene e educação alimentar
 Atitudes de respeito ao outro

Orientações didáticas:
 Estabelecer combinados e a forma de organização previamente com o grupo.
 Incentivar um comportamento adequado de higiene
 Ter o espaço organizado com os utensílios adequados e ao alcance dos alunos
 Interagir para promover hábitos e atitudes corretos.
 Incentivar a provarem alimentos que não conhecem ou não tem o hábito de
comer.

3.7 Organização dos espaços


Pensando em agilizar e otimizar o pouco espaço que a escola oferece fora as salas de aula,
estes foram reorganizados da seguinte forma:

3.7.1 Brinquedoteca

“A brinquedoteca tem uma mensagem a dar para a escola, porque pode ajudar as crianças
a formarem um bom conceito de mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a criatividade
estimulada e os direitos da criança respeitados”.
(Texto extraído do livro: Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos – página 22)

A brinquedoteca é um espaço importante para a preservação do brincar, um espaço


preparado para ampliar o leque de possibilidades de a criança brincar, com maior variedade de
brinquedos, de cantos simbólicos, dentro de um ambiente especialmente lúdico, Não que a

104
brincadeira não ocorra também na sala de aula ou em qualquer outro espaço da escola, mas a
brinquedoteca é um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir e a experimentar.
Não temos uma sala própria para o brincar, desse modo adaptamos o espaço do palco
para esta finalidade. Temos o objetivo de colocar algumas prateleiras para os brinquedos (bonecas,
carrinhos, e outros), buscamos cantos para o jogo simbólico, de forma a permitir uma liberdade de
combinação de brinquedos e brincadeiras. A ausência de mesas favorece a definição do ambiente
lúdico, a circulação, apesar de restrita, em virtude do espaço pequeno visa favorecer a interação
entre as crianças. Cuidamos para que neste espaço não sejam colocados brinquedos com peças
pequenas demais, e nem brinquedos que sugiram movimentos como correr e pular.
Preparar o ambiente possibilita despertar desejos e interesses a partir das propostas
organizadas pelos educadores. Contudo, o educador também precisa permitir que as crianças
possam fazer rearranjos, criações, transformações, inversões, transgressões ao inicialmente
organizado.

Potencial de aprendizagens:
 Socialização;
 Utilizar a linguagem lúdica para relacionar e entender o cotidiano;
 Organização;
 Respeito aos combinados e aos colegas;

Orientações didáticas:
 Combinados na roda de conversa antes e depois do uso dos espaços, como não
correr, utilizar os brinquedos com cuidado, conservação do espaço.
 Demonstração da utilização dos objetos.
 Acompanhar constantemente se as crianças cumprem os combinados, orientando-
as sempre que necessário.

3.7.2 Parque

O parque é o momento em que a criança se sente mais livre para se expressar do seu
próprio jeito, por isso é um momento muito rico para a observação da criança de forma mais global.
Através desta observação o professor tem condições de discernir em que aspecto sua intervenção é
necessária com cada criança. Algumas crianças precisam de apoio em relação às questões físicas
(conseguir subir, calcular distâncias, planejar estratégias de cada brinquedo) outras demandam
apoio emocional (vencer o medo, a timidez, a insegurança, a falta de iniciativa, etc.). É o olhar atento
do professor que vai identificar qual o apoio cada criança necessita. Nosso parque é grande e em
105
razão da quantidade de turmas que temos faz-se necessário a utilização por duas turmas no mesmo
horário. Além do espaço físico o parque conta com materiais para brincar na areia.
O parque dá a possibilidade de a criança
desenvolver sua habilidade motora, seu pensamento
simbólico, sua afetividade, sua imaginação, a utilização
do espaço de forma mais livre, as regras de convívio, a
convenção do que é certo ou errado no trato com os
colegas, as formas próprias de se expressar, os
procedimentos de autocuidado, necessários para que a
criança possa brincar com segurança, cabe ao professor
orientar os alunos quanto ao uso e conservação dos
brinquedos.
Para garantir que em 2015, os brinquedos ficassem ainda mais acessíveis confeccionamos
um porta-brinquedo de parque e já estamos armazenando os baldinhos, peneirinhas e pás neste
espaço, mas precisamos pensar em conjunto outras possibilidades de brinquedos que possam ser
guardados neste espaço e que enriqueçam cada vez mais as propostas no parque.

Potencial de aprendizagens:
 Socialização (harmonia no relacionamento)
 Autonomia
 Desenvolvimento do pensamento simbólico através da interação com o outro e com
os diferentes objetos.
 Regras de convívio
 Desenvolvimento corporal (movimento)
 Formas próprias de se expressar.
 Questões éticas
 Resolver situações problema

Orientações didáticas:
 Levantamento de regras de convívio e utilização do espaço coletivamente, tais
como: respeitar o direito de todos brincarem; utilizar adequadamente os brinquedos; saber dividir os
espaços e brinquedos; não empurrar; não passar atrás da balança, escorregar um por vez; não jogar
areia; não sair da gangorra sem avisar ao colega...
 Revisar as regras estabelecidas, fazendo adequações sempre que necessário.

106
 Propiciar materiais adequados (diversos) que auxiliem nas brincadeiras simbólicas e
corporais.
 O professor deve estar atento para perceber os conflitos que ocorrem e interferir
sempre que necessário ou quando solicitado pelos alunos.

3.7.3 Quadra

Duas vezes por semana, na grade de


horário, este espaço é reservado para a classe
utilizar a quadra. Infelizmente nossa quadra não é
coberta o que impossibilita a utilização deste espaço
em dias de chuva e compromete o desenvolvimento
de atividades de corpo e movimento, uma vez que
nosso espaço interno é muito restrito.
Os professores definem uma sequência de
atividades e propostas que melhor respondam as
necessidades observadas nos alunos.

Potencial de aprendizagens:
 Desenvolver a cooperação e o respeito.
 Conhecer e desenvolver as potencialidades do corpo.
 Jogos corporais
 Jogos cooperativos
 Jogos competitivos
 Utilizar diferentes materiais

Orientações didáticas:
 Roda de conversa para combinados prévios para determinar o que será realizado e
como.
 Propor atividades que possibilitem a participação de todos.
 Ter um olhar para perceber quando a criança não quer brincar e acolhê-la.
 Acompanhar as atividades, observando e intervindo quando julgar necessário, para
propor novas questões, situações e desafios.
 Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de acordo com
as necessidades do grupo.
107
 Valorizar as conquistas dos alunos.

Circuito:
O circuito é montado na quadra, às terças-feiras e cada turma irá utilizá-lo semanalmente.
Este circuito utiliza materiais como mesa, cordas, pneus, bolas, baldes, estacas, colchões, também é
possível aproveitar os recursos disponíveis na escola (árvores, grades, barras) bem como outros
espaços além da quadra como corredores externos e parque, visando criar uma sequência de
desafios (rolar, saltar, rastejar, passar por dentro, por cima, por baixo, atravessar, lançar, engatinhar,
acertar o alvo, etc). É importante salientar o caráter lúdico desta atividade, que não tem intenção de
treino, mas de vivência.

Potencial de aprendizagens
 Desenvolvimento motor
 Atenção e cuidado com o próprio corpo e do colega
 Sequência e ordem
 Conhecimento do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento.
 Percepção do espaço
Orientações didáticas
 Orientar sobre as etapas do percurso.
 Estabelecer os combinados em roda de conversa previamente
 Planejar o circuito antecipadamente em parceria buscando graduar os desafios.
(desenho)
 Garantir em HTPC um espaço para o planejamento do circuito (desenho)
 Trabalhar com músicas que podem ditar o ritmo do circuito
 Oferecer repertório diferenciado e colocar limites

3.7.4 Biblioteca
Há um espaço (sala ambiente), na escola que
contempla o acervo de livros, sendo que a partir de 2014,
com o projeto coletivo: “Espaço, um segundo educador”,
teremos trimestralmente um grupo destinado a executar
atividades de organização dos livros, montagem do
carrinho temático com sugestões de autores e elaboração
de atividades diversas relacionadas autor e aos temas

108
escolhidos.
Este espaço possibilita maior concentração dos alunos, bem como a circulação, fazer
escolhas de títulos e leitura de diferentes livros. Além disso os livros podem ser levados para a sala
de aula, tanto para a hora da história, quanto para o momento das atividades diversificadas,
compondo o canto de leitura. Há também um acervo destinado ao empréstimo que fica em cada
classe e os professores promovem a escolha na própria sala de aula (biblioteca circulante). Temos
um Datashow que possibilita a maior visualização no momento de exibição de alguma filmagem ou
vídeo, bem com um computador com acesso à internet o que possibilita a realização de pesquisas
dentro dos projetos trabalhados.
Potencial de aprendizagens:
 Desenvolver a postura leitora
 Ampliar o vocabulário
 Leitura individual e pseudoleitura / não convencional
 Entrar no mundo da linguagem que se escreve
 Desenvolver hábitos de cuidado, conservação e manuseio dos livros
 Alimentar a imaginação e a criatividade
 Respeito mútuo
 Ampliação de repertório através de uso dos recursos áudios-visuais
 Desenvolver a concentração
 Enriquecer temas trabalhados em sala de aula

Orientações didáticas:
 Orientações prévias em roda de conversa, destacando as características do local
e das regras tais como: falar baixo, não correr, não puxar o livro das mãos do amigo, observar com
calma cada livro, cuidar dos livros, manterem o silêncio em alguns momentos, concentrar-se no que
está assistindo, ouvindo ou lendo, respeitar o direito do amigo ver e ouvir a história ou o que está
sendo proposto pela professora. Respeitar o tempo do amigo ver o livro e o tempo dado pelo
professor para esse manuseio. Devolver no mesmo lugar que pegou.

3.7.5 Ateliê

O ateliê é um local de exploração, manipulação e


experimentação de diferentes materiais, que separados

109
ou combinados entre si favorecem o trabalho com foco nas artes visuais.
Quanto mais materiais as crianças conhecem mais possibilidades de se expressarem
possuem. Nesse sentido, os contextos de aprendizagem criados pelos professores são
determinantes para que as crianças possam ampliar e transformar seus conhecimentos.
O papel do adulto é de observar, instigar e investigar os procedimentos de criação, dando
condições de pesquisa para as crianças e ao mesmo tempo tornando-se um pesquisador de sua
própria ação. Dessa maneira os professores desempenham uma ação intencional na promoção de
aprendizagem dos seus alunos.
O produto em si não é mais importante do que o percurso de produção, suas produções e
habilidades cognitivas que foram ativadas.

3.7.6 Horta
Nossa escola conta com um espaço para horta com vinte e quatro canteiros, este espaço já
foi usado de forma intensa quando tínhamos a turma de integral que contava com uma professora
de jornada ampliada que dedicava parte de sua carga horária para envolver todas as turmas neste
projeto. Com o fim do atendimento do período integral em nossa unidade este espaço ficou um
pouco esquecido, sendo retomado no ano passado com o envolvimento de quatro turmas no projeto
Eco Viver que teve como objetivo principal revitalizar este espaço, que após um intenso trabalho de
remoção de lixo, capim e tratamento do solo rendeu às crianças envolvidas uma boa colheita e
grandes aprendizagens. Em 2014, a escola não estava mais envolvida neste projeto, porém o uso
da horta não deixou de ser prioridade para algumas turmas que realizaram diferentes projetos neste
espaço.
Em 2015, iniciamos uma parceria com o Projeto Ação Saudável onde a formação foi dirigida à
gestão da escola (PAD) e socializada em HTPC/HTP aos demais professores. Também foi realizada
uma formação com um voluntário da comunidade que foi o horteiro de nossa escola.

110
Este projeto visava a participação dos alunos e envolvimento da comunidade tendo como
objetivo a educação integral dos indivíduos em busca de melhoria da qualidade de vida com vistas à
adoção de hábitos saudáveis.
Ele tinha estreita relação com nosso projeto coletivo de Sustentabilidade ao mesmo tempo
que vinha ao encontro com nossa proposta de incentivar uma participação mais efetiva da
comunidade através da Comunidade de Aprendizagem. Desta forma, tal proposta foi muito
importante para a integração e efetivação dos diferentes projetos das escola.
Ainda contamos com um crescente interesse por parte dos funcionários diante do trabalho
com a horta e a exploração de diferentes lugares da escola para a realização de plantio, o que
culminou em um projeto: Plantando e colhendo saúde, que foi iniciado pelos funcionários da escola.
Além disso, passamos por um processo de embelezamento da escola através do cultivo de um
jardim por iniciativa de uma profesora readaptada da escola e que veio ao encontro do sonho de
muitos pais diante da proposta da Comunidade de Aprendizagem.

4 Avaliação das aprendizagens das crianças

4.1. Educação infantil


A avaliação em nossa unidade escolar é feita basicamente através da observação, do
registro cotidiano e da escrita de relatório individual semestralmente.
Através destes instrumentos podemos saber quais são os conhecimentos prévios trazidos
pelas crianças, como ela está se apropriando dos conhecimentos oferecidos pela escola e como
está acontecendo o processo de desenvolvimento da aprendizagem do aluno enquanto educando e
pessoa, bem como saber quais intervenções do professor estão promovendo esse desenvolvimento
e quais precisam ser ajustadas.
Pelo registro é possível para o professor fazer comparações que tornarão observáveis o
desenvolvimento da criança em relação a ela mesma. Desta forma deixa de ter importância central
os modelos padronizados e uniformizados de conhecimento, onde as crianças precisariam atingir ao
mesmo tempo, os mesmos objetivos para serem encaixadas em conceitos classificatórios.
Existem diferentes formas de registros desenvolvidas em nossa escola, todos eles têm por
objetivo pontuar o processo do desenvolvimento da criança, portanto como já pôde ser observado,
não são desenvolvidas avaliações com caráter cumulativo ou classificatório.
Observações feitas pela equipe escolar, em que é discutido o desempenho das crianças em
eventos e em momentos da rotina (uso do banheiro, lanche, brinquedoteca), também são
consideradas informações importantes para avaliar alguns conteúdos procedimentais e atitudinais.

111
Isto porque acreditamos que são, também, nestas horas que as crianças têm a oportunidade de
fazer uso de forma social dos conhecimentos que constrói durante o processo de escolarização.
Outra forma de avaliação muito interessante é aquela feita juntamente com as observações
dos pais, o que nos permite saber como, e se, a criança está fazendo uso social do aprendizado
desenvolvido na escola.
São desenvolvidas em nossa escola várias formas de registro: os registros diários, feitos
individualmente pelo professor; o registro das atividades das crianças, que é feito através da coleta
periódica de material gráfico, fotografia e gravações; relatório bimestral; os relatos das professoras
sobre as experiências positivas e negativas da sala de aula, em reuniões; textos coletivos e
produções das crianças sobre os assuntos trabalhados num determinado período. E formalizamos o
relatório individual do aluno semestralmente – um documento que registra seu processo de
aprendizagem durante o ano e que acompanha o aluno no ano seguinte como um histórico para a
próxima professora ou escola. Além deste, outro relatório também deve ser produzido
semestralmente que é o relatório da turma, no qual o professor faz um apanhado geral do trabalho
do semestre relatando os principais trabalhos, intervenções e aprendizagens da turma.
Para produzir esse documento de avaliação, o grupo vem realizando estudos e discussões
nos espaços formativos. Hoje temos uma pauta construída e uma constante preocupação em
aprimorar esse instrumento.

4.1 Pauta para a escrita do relatório individual do aluno

(Construída pelo grupo no HTPC do dia 08/11/2004, com base no texto de Jussara Hoffmann
Delineando Relatórios de Avaliação e revisto pela equipe em 25/11/2011)
 No relatório deve aparecer a ação da criança: suas iniciativas, descobertas e interação
com os colegas e com o professor.
 Ter olhar atento para as conquistas dos alunos, ressaltando a importância delas.
 Garantir o caráter individualizado do acompanhamento. Neste sentido, não é
recomendável fazer o relatório por área de conhecimento, priorizar aquelas onde os saberes da
criança podem ser evidenciados (falar daquilo que o professor conhece).
 Desvincular a análise dos aspectos cognitivos aos aspectos sócio-afetivos; considerando
que ambos têm a mesma importância para o desenvolvimento das crianças.
 A observação e o acompanhamento do aluno dão-se em diferentes situações e
contextos.

112
 Os registros de observação feitos ao longo do ano são a fonte de informação a qual o
professor deve recorrer para fazer os relatórios.
 Sinalizar intervenções que favoreceram o desenvolvimento da criança e que poderão
servir de “pista” para futuras intervenções por parte de outros adultos: ao mostrar uma
dificuldade que o aluno enfrentou, mostrar também os recursos (humanos e materiais) com os
quais contou.
 Evitar adjetivos sem contexto que configurem rótulos; abster-se de julgamentos: o mais
adequado é explicar a situação, exemplificar.
 Ter em mente que o relatório não é “final” é o registro do processo evolutivo do aluno.
 Considerando que a criança está sempre em mudança, devemos fugir de definições
estáticas do tipo “é” ou “não é”: mostrar o processo, o movimento da aprendizagem.
 Para retratar o caráter dinâmico da aprendizagem, é adequado fazer uso de palavras
que sugerem movimento como “seu progresso em...”, “melhorou em...”, “avançou...” e indicar
como a criança fazia antes e como passou a fazer.

5 Acompanhamento dos instrumentos metodológicos

- Acompanhar semanalmente os planejamentos didáticos e mensalmente os registros de aula


dos professores, fazendo devolutivas orais e escritas que apontem os aspectos positivos da prática
de forma a validá-los e que também aponte questões a serem pensadas pelos professores de forma
a promover avanços na sua prática, mantendo espaço de diálogo com os professores.
- Fazer, em parceria com o professor, acompanhamento de alunos com necessidades educativas
especiais;
- Investir na construção de instrumentos de avaliação - relatórios semestrais de avaliação da
aprendizagem dos alunos e, evidenciando seus avanços, as intervenções do professor, as
dificuldades observadas e os encaminhamentos propostos;
- Acompanhar os projetos didáticos oferecendo subsídios;
- Realizar observações e registros do cotidiano escolar e das práticas e dinâmicas das salas de
aula, de acordo com os acompanhamentos realizados;
- Mediar entrevistas entre pais e professores e analisar relatórios emitidos pelos professores a
pedido de terapeutas ou médicos, ajudando-os na elaboração de tais documentos;
- Apoiar o desenvolvimento dos projetos trazendo contribuições teóricas, materiais de pesquisa e
viabilizando os recursos necessários através da administração da compra de materiais pedagógicos.

113
6. Ações Suplementares

AEE – Atendimento Educacional Especializado

“O princípio de equiparação de oportunidades entre pessoas, com ou sem deficiência,


significa que as necessidades de todos os indivíduos devem ser levadas em conta com o
mesmo grau de importância. Todos os recursos devem ser empregados de maneira que
garantam iguais oportunidades de participação de todas as pessoas.”
(Poéticas da diferença, p.14 – Instituto Paradigma, 2000)

O AEE – Atendimento Educacional Especializado, serviço da educação especial, tem como


objetivo complementar ou suplementar a formação dos alunos, por meio da disponibilização de
serviços, identificando, elaborando e organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade, bem
como, estratégias a fim de eliminar as barreiras para plena participação na sociedade e
desenvolvimento da aprendizagem, considerando suas necessidades especificas.
São considerados público alvo do AEE:
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual, mental ou sensorial.
II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro
de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e
transtornos invasivos sem outra especificação.
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial
elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
O atendimento no contra turno é realizado na sala de recursos multifuncionais, espaço
organizado com mobiliários didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos
específicos para o atendimento aos alunos público-alvo, no horário inverso da escolarização.
Acontece semanalmente, em horários organizados de acordo com a necessidade e demanda da
escola, com duração de uma hora a uma hora e meia cada encontro, podendo ser alterado,
conforme necessidade.
As ações propostas são baseadas na elaboração de um plano educativo, considerando as
peculiaridades de cada educando. Assim sendo, alunos com as mesmas deficiências podem

114
necessitar de atendimentos diferenciados. Os alunos são atendidos em pequenos grupos ou
individualmente, de acordo com suas necessidades.
O AEE não se confunde com reforço escolar. Este atendimento tem funções próprias do
ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum e nem mesmo a fazer
adaptações aos currículos, às avaliações de desempenho e outros.
Os alunos que estão matriculados no Atendimento Educacional Especializado (AEE) em
nossa unidade escolar têm o diagnóstico de:
- Paralisia Cerebral: temos alunos com mobilidade reduzida;
- Hidrocefalia
- Deficiência Intelectual não especificada;
- Deficiência Intelectual derivada de Síndrome Genética: Síndrome de Down;
- TEA
As estratégias de atendimento são realizadas nesta Unidade de acordo com as orientações
da SE e são as descritas a seguir:

Ação Colaborativa: consiste em planejamento e prática pedagógica conjunta com o professor da


sala de aula comum envolvendo todos os alunos da classe, com o propósito de atender os alunos
público-alvo do AEE. Tem a periodicidade semanal, sendo que o horário e a temática são definidos
pelos profissionais envolvidos, de acordo com o planejamento estabelecido para a turma. As
atividades são realizadas tanto na Sala de Recursos quanto nos demais espaços da escola.

Itinerância: é um acompanhamento periódico realizado pela professora do AEE, a partir do qual são
feitas orientações para o trabalho pedagógico. A periodicidade é estabelecida de acordo com a
necessidade do trabalho e as orientações são feitas no HTP ou HTPC.

Também faz parte das atribuições do professor a realização do Estudo de Caso para inserção
no AEE, que objetiva reconhecer as características e potencialidades do aluno, visando à construção
de diferentes estratégias pedagógicas para sustentação da inclusão escolar. Para a realização do
Estudo de Caso é necessário contemplar as etapas descritas a seguir, de acordo com o documento
Atendimento Educacional Especializado/ Orientações Gerais (SE, 2015):
- Etapa 1 : avaliação do aluno no contexto escolar e extra escolar, a partir de observações
feitas pelos professores, pela coordenação pedagógica e pela professora do AEE.
- Etapa 2: aprofundamento das questões levantadas, com encaminhamentos para os
serviços de saúde, acompanhamento da EOT e inserção ou não do aluno no AEE.

115
Nessa unidade escolar, devido às características da comunidade do entorno, o número de
alunos indicados para Estudo de Caso tem aumentado significativamente, sendo importantes as
parcerias com a equipe gestora e EOT.
Para o acompanhamento do trabalho, para os devidos registros e de acordo com as
orientações da SE, são feitos os planos do AEE (com revisão periódica), relatórios individuais para
inserção no prontuário dos alunos e outros registros, de acordo com as necessidades de cada caso.
O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na
escola e fora dela. Nesta perspectiva faz parte das atribuições do professor trocar informações entre
professores, com as famílias, com a equipe gestora e com profissionais da área de saúde que
acompanham esse aluno, participando dos Conselhos de Ano/Ciclo, das reuniões de pais, de
reuniões com EOT, dentre outras atividades.
Para este ano letivo, a intenção é realizar reuniões específicas com as famílias dos alunos,
com o objetivo de discutir sobre o trabalho realizado na sala de recursos e em todas as ações do
AEE e levantar as necessidades no âmbito pedagógico, fortalecendo a parceria entre família e
escola. Estas reuniões poderão ser individuais, para discussão caso a caso, e coletivas, para
discussão de aspectos gerais.

Matrícula Professor de AEE Horário de atendimento


Terça-feira das 7:00 às 12:00
25.179-5 Lisbeth Soares

Terça- feira
Cristiane 13:00 às 18:00

116
VI. Calendário Escolar Homologado

117
VII. REFERÊNCIAS

BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância?


BASSEDAS, Eulália. Aprender e ensinar na educação infantil
BRASIL. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil;
_______. Indicadores de Qualidade – MEC
CAMARGO, Ana Maria Faccioli de. RIBEIRO, Claudia. Sexualidade(s) e Infância(s) – A
sexualidade como um tema transversal
FARIA, Maria Auxiliadora Soares; MELLO, Suely Amaral. A escola como lugar da cultura mais
elaborada
FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar, brincadeiras e jogos tradicionais
HOFFMAN, Jussara. Avaliação Educação Infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança
MONTEIRO, Priscila, SILVA, Catarina Rosália. Jogos muitas possibilidades
RABIOGLIO, Marta. Considerações sobre jogos de mesa e sua contribuição para a educação
REVISTA EDUCAÇÃO. Cultura e Sociologia da Infância: A criança em foco.
RIBEIRO, Claudia. Sexualidade na Infância In: Revista Pátio nº 16.
RIBEIRO, Marcos. Mamãe, como eu nasci.
_______________. Menino Brinca de Boneca.
SALLES, Fátima. FARIA, Vitória. Currículo na Educação Infantil
SANTO, Marli Pires. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Projeto Político Pedagógico da EMEB Ana Henriqueta Clark
Marim do ano de 2014
__________________________. Cadernos de Validação da Prefeitura Municipal de São
Bernardo do Campo
___________________________. Proposta Curricular da Prefeitura Municipal de São Bernardo
do Campo

VIII. ANEXOS

ANEXO I - COMO É NOSSA ESCOLA...

CARACTERIZAÇÃO DO PRÉDIO

 Construção horizontal em apenas um pavimento


118
a) Espaço interno
12 salas de aula
01 Galpão (refeitório dos alunos)
01 Palco (atualmente adaptado para brinquedoteca)
01 almoxarifado de materiais muito pequeno
01 Cozinha com dispensa
01 Área de serviço
01 Banheiro de funcionárias de limpeza
01 Banheiro de funcionárias da merenda
01 Sala de professores
01 Banheiro de funcionários, masculino
01 Banheiro de professores e direção, feminino
01 Banheiro masculino infantil com três vasos sanitários e um adaptado para NEE
01 Banheiro feminino infantil com três vasos sanitários e um adaptado para NEE
01 Banheiro feminino infantil com seis vasos sanitários
01 Banheiro masculino infantil com seis vasos sanitários e um mictório
01 Sala de secretaria
01 Sala de diretoria
01 Biblioteca
01 Ateliê de Artes adaptado no que seria nosso pátio interno em função da abertura de uma nova
sala de aula onde funcionava o ateliê
A escola sente falta de um lugar adequado para atividades físicas em dias de chuva, uma vez
que a nossa quadra é descoberta e o pátio em que se desenvolvem estas atividades é pequeno e
inadequado para as atividades que exigem movimento. Tentamos durante o ano de 2011 fazer a
retirada do Jardim de Inverno que tínhamos e adequá-lo para um pátio interno, fizemos a retirada e
replantio das árvores, cimentamos, cobrimos, pintamos e compramos tapete e um castelo, porém
em razão da grande procura de vagas no período da tarde para crianças do Infantil III, não tivemos
outra alternativa a não ser mudar os nossos planos e transferir o ateliê para este espaço, abrindo
duas novas turmas desta faixa etária nos dois períodos que atendemos e adiarmos um pouco mais a
nossa meta de ampliar as possibilidades de realização de atividades de corpo e movimento em dias
chuvosos no espaço interno.
Foi previsto, em planta arquitetônica, vários itens que não puderam ainda ser executados.
Estamos aguardando e execução destes itens.

b) Espaço externo
119
Parque infantil com: 04 escorregadores de alvenaria, 01 casinha de
madeira com escorregador (casa do Tarzan), 01 trepa-trepa, 06
01
balanços, 02 balanços especiais para NEE, 01 jipão de madeira, 01
trepa-trepa de madeira e mais duas paredes de escalada.

01 Quadra necessitando de reforma (adequação do piso e cobertura)

Armário de alvenaria para guardar os brinquedos para atividades de


01
corpo e movimento

01 Estacionamento para aproximadamente 12 veículos


01 Horta com 22 canteiros
01 Gramado (sem uso) necessitando de drenagem
Área com parede de azulejos para realização de pintura pelas crianças e
01
pequeno espaço com cobertura de toldo.

CONSTRUÇÃO E REFORMAS AINDA NECESSÁRIAS

 Reformas de Acessibilidade balcão do refeitório para ficar na altura adequada para os


alunos da educação infantil.
 Troca de torneiras para torneiras de pressão ou com sensores.
 Reforma geral da cozinha. (melhor aproveitamento do espaço interno e melhor
organização dos gêneros na despensa)
 Adaptação de um banheiro para cozinha adaptada para uso em projetos e uso de
funcionários.
 Reforma geral e cobertura da quadra.
 Reparos gerais e pintura.

ANEXO II – EXPOSIÇÕES PERIÓDICAS E FINALIZAÇÃO DOS PROJETOS

Dar conhecimento aos pais do trabalho realizado na escola é há muito um desafio dos
professores e da escola. Por muitos anos esta aproximação dava-se em parte através de festas,
onde os pais apreciavam apresentações dos alunos, geralmente espetáculo de música, dança e
dramatização. Estas apresentações muitas vezes se davam de forma desarticulada do trabalho
pedagógico realizado com a classe até aquele momento. Refletindo sobre isso, descobrimos que

120
tais apresentações não tinham significado para os alunos e nem para os professores, mas os pais
continuaram a manifestar a intenção de estarem presentes na vida escolar de seus filhos e, portanto,
sempre cobravam as festinhas abertas à comunidade. Então a escola passou a organizar
anualmente uma mostra de produções dos alunos para que os pais apreciassem as produções e
tomassem conhecimento do trabalho pedagógico realizado com os alunos.
No início a exposição se fazia de forma simples, sem muita estruturação: os professores
escolhiam algumas produções dos alunos e expunham no salão e os pais eram avisados de que os
portões estariam abertos meia hora antes do horário de saída para que pudessem visitar a
exposição. Percebemos então que não estávamos dando a devida importância a este momento e
que isso refletia em um olhar superficial dos pais sobre os trabalhos. A partir desta avaliação, em
2003, elaboramos um planejamento da mostra bem mais estruturado, o que garantiu o sucesso
deste trabalho. O tema naquele ano foi a Educação Ambiental desenvolvida através de várias
linguagens: pinturas, colagens, construção de brinquedos, produções escritas, entre outras. Houve
também o envolvimento de todos os funcionários e também dos pais, inclusive os que eram alunos
do PROMAC, que produziram trabalhos para a Mostra.
Em 2004 optamos por não fechar um único tema para que a mostra refletisse a diversidade
de projetos didáticos desenvolvidos pelos professores. Surgiram trabalhos belíssimos envolvendo a
música, a construção de jogos, as artes visuais, a horta, o reaproveitamento de materiais, entre
outros. Inovamos também abrindo um espaço interativo onde os pais e os alunos participaram da
pintura de painéis. Outro aspecto inovador foi a emissão sonora de uma gravação feita pelos oficiais
de escola, Ronaldo e Cristiane, e pelo Sr. Silvio, zelador da escola. Eles gravaram um texto
anunciando as atrações da mostra e indicando os números das salas para localizar os trabalhos. No
intervalo do anúncio, havia música de fundo.
Em 2005 a Mostra reafirmou seu sucesso. Recebemos a visita dos alunos das escolas
vizinhas, crianças da EMEB módulo I e do Fundamental, que vieram em horário de aula,
monitorados por seus professores. Houve também uma oficina de gravura oferecida aos visitantes
no “cantinho Aldemir Martins” – um espaço destinado a apresentar esse valoroso artista brasileiro.
Além da mostra de trabalhos, que se revelou rica em originalidade e aprendizagem para os alunos e
para os visitantes, apresentamos também o curta metragem “A Calabresa” – uma produção
desenvolvida no município por uma equipe de alunos do curso de animação, dentre os quais está
Ronaldo Zavan, nosso oficial de escola, que se responsabilizou pela projeção, pela acolhida dos
visitantes e pela monitoria.
Em 2006, os trabalhos apresentados, em geral, foram bastante apreciados pela comunidade
pela diversidade das linguagens utilizadas e pela relevância das aprendizagens. Cabe aqui dois
destaques: o trabalho em conjunto pelos professores de 6 anos do período da tarde sobre a temática
121
“A natureza em fúria”, onde puderem, através de experiências e pesquisas em livros e pesquisa de
campo, compreender aspectos relativos a terremoto, furacão, tempestades e vulcão, ao mesmo
tempo que evidencia a eficácia de um trabalho compartilhado entre professores; e o filme
“Chapeuzinho Vermelho” produzido dentro do espaço escolar pelo oficial de escola Ronaldo, com a
participação dos funcionários de apoio, evidenciando uma escola produtora de cultura.
Em 2007, por meio dos trabalhos que foram expostos, tivemos a oportunidade de conhecer
um pouco sobre a história da Patrona de nossa escola, a professora Ana Henriqueta Clark Marim;
pudemos apresentar todo conhecimento construído pelos alunos em relação ao estudo de Artes;
evidenciar a investigação de problemas atuais como a dengue, formando na escola pequenos
multiplicadores de informação para mudanças de atitudes. Concluímos sempre que, ao final, o
trabalho com os projetos promove aprendizagem não somente entre os alunos, mas, através da
pesquisa para realizar o trabalho, os professores aprendem muito, assim também os funcionários,
que são envolvidos de diferentes formas.
Nosso desafio para 2008 foi ampliar a participação dos pais na visitação no dia da Mostra,
pois ela ainda era muito pequena. Muitos pais não vindo à Mostra, muitos alunos também não
vinham, pois diziam depois as famílias “como não teve aula pensamos que podia não vir!”, apesar de
todos terem recebido convite para virem à exposição. Com o intuito de garantir o máximo de
presença dos pais e dos nossos alunos, marcamos, então, a Mostra Cultural para o dia em que já
estava marcada, desde o início do ano, a 3ª Reunião Com Pais, para que, durante a reunião,
prestigiassem os trabalhos realizados pelos alunos. Este pareceu um motivo justo para as famílias
virem e também para justificarem a ausência, ou chegada tardia no trabalho pelo período em que
permaneceram na reunião, pois a frequência de pais na exposição subiu significativamente. Nosso
objetivo foi atingido com sucesso, pudemos observar um aumento considerável da presença das
famílias e dos alunos no dia da apresentação dos trabalhos dos alunos.
Em 2009, trabalhos como projeto de Música e construção de instrumentos musicais, ou o
estudo da órbita terrestre, o uso responsável da água, os animais do fundo do mar, entre tantos
outros, encantaram e ensinaram os visitantes e mostraram que o universo do conhecimento é
diverso e que o espaço da escola é um espaço de acesso mas também de produção de saberes e
de cultura.
Nossa Mostra Cultural tem o intuito de criar no bairro uma cultura de apreciação da
diversidade produzida pelos nossos alunos e pela comunidade escolar, valorizando a instituição
Escola, o empenho e o esforço das famílias, ao mesmo tempo lançando luz sobre a aprendizagem
dos alunos.
Durante o ano de 2011 houve um movimento de toda a equipe no sentido de avaliar a
viabilidade da Mostra Cultural, questionando se apenas um dia de exposição, onde a frequência da
122
comunidade não atinge nem cinquenta por cento da comunidade escolar e onde a equipe se
desdobra para a montagem de uma exposição de poucas horas, pensando sempre se não há outra
forma de mostrar aos pais o trabalho realizado e valorizar a produção das crianças, portanto este
ano o grupo resolveu não fazer Mostra Cultural e se pautar em finalizações de projetos, cada um a
seu tempo e ritmo de sua turma, não havendo a obrigatoriedade de todos concluírem tudo ao
mesmo tempo e onde cada um irá buscar a melhor forma de trazer a comunidade para dentro, da
escola, não só para o fechamento do trabalho, mas também durante o processo de realização do
mesmo.
Em nosso percurso, optamos por fazer exposições mensais, sempre no horário da saída,
buscando aproximar mais os pais da escola e termos um dia para apresentações relacionadas ao
projeto trabalhado no último sábado com a comunidade, contudo, observamos que a participação no
sábado foi satisfatória, porém as exposições no horário da saída não tiveram grande alcance em
razão do grande número de crianças que são atendidas pelo transporte escolar.
Deste modo, optamos aproximarmos as exposições para as datas das reuniões com pais,
momento em que a participação das famílias é maior e que o professor pode contextualizar o
trabalho exposto com os objetivos que tem para o seu grupo e para cada aluno.

ANEXO III – O CONCEITO DE FESTAS NA ESCOLA: EVENTOS EDUCATIVOS

EMEB Ana Henriqueta sempre promoveu festas coletivas para todas as crianças. Ao longo
desses anos, a concepção e a realização dessas festas foram se transformando. As mudanças
foram acontecendo conforme as avaliações e reflexões do grupo, ano a ano, buscando cada vez
mais o conforto das crianças, a promoção de aprendizagens significativas e também a
confraternização de todos.
Nos primeiros anos da escola, as famílias participavam da festa de formatura no final do ano.
Essa festa acontecia em praticamente todas as escolas da rede municipal. No processo de formação
continuada, as escolas foram abrindo mão desse tipo de festa por concluírem que a educação
infantil é uma etapa da educação básica que tem continuidade na educação fundamental, portanto,
as crianças não se formam nos três anos de educação infantil. E também por entenderem que as
festas para os pais era um evento que privilegiava a satisfação dos adultos, muitas vezes cansando
as crianças. Naquela época, havia também a necessidade de as APM’s promoverem festas e
eventos com a finalidade de arrecadar fundos que auxiliassem na manutenção da escola, uma vez
que ainda não havia o repasse direto. Nesta escola também se tentou esse tipo de festa: organizou-
123
se uma festa junina com barracas, bingo e danças dos alunos. O retorno, no entanto, não foi o
esperado e o empenho de trabalho neste tipo de evento é muito grande. Por isso, avaliamos que é
necessário separar eventos com finalidade de arrecadar fundos de atividades de conhecimento das
aprendizagens dos alunos. Foi assim que, a partir de 1996, quando precisávamos arrecadar fundos,
realizávamos bingo aos sábados, fora de dia letivo, contando com o trabalho dos pais da APM, de
professores e de funcionários e compareciam as famílias que se interessassem pela atividade.
Pedíamos colaborações diversas aos pais e com a verba da venda de cartelas antecipadas,
comprávamos os prêmios.
As festas coletivas ao longo do ano eram realizadas somente para os alunos e nelas se
comemoravam os aniversários do trimestre e também algumas datas comemorativas marcantes no
meio social: páscoa, festa junina, festa da criança e natal. As festas exclusivamente para os alunos
são pensadas com objetivos de aprendizagem: os alunos são monitorados pelos professores,
funcionários e pais do conselho de escola e da APM e são incentivados a circularem com
independência pelo espaço, a realizarem escolhas do que querem comer, com o que querem brincar
e na companhia dos colegas que quiserem estar, da mesma sala ou de outras.
Até 2006, de modo geral, as festas mantinham a mesma estrutura: quatro festas ao ano, com
bolo de aniversário em todas e ovo de páscoa na páscoa, brinquedinhos de prenda nas festas
juninas, presente-surpresa na festa da criança e presente de natal, entregue pelo papai Noel. Em
todas as festas, a merenda funcionava como lanchonete, sendo que no natal o salão se
transformava em restaurante, com mesas decoradas, frutas, panetones, bolinhos de carne e
refrigerantes. A cada ano, porém, após a avaliação do trabalho, realizávamos pequenas mudanças
na organização, nos espaços e materiais para favorecer as aprendizagens que objetivamos. Com
isso, as festas têm sido realizadas em dois turnos por período, exceto os alunos de período integral
que conservam seu horário normal de aula.

 MANHÃ – um turno das 8h00 às 9h50 e o outro das 10h00 às 11h50


 TARDE – um turno das 13h00 às 14h50 e o outro das 14h50 às 16h50

Desse modo, a circulação pelo espaço se tornou mais tranquila, o atendimento dos
professores e funcionários na observação e no auxílio às crianças ficou mais eficiente e a
oportunidade de brincar foi ampliada. Toda essa organização demanda muito trabalho em equipe,
pois são quatro festas em um único dia. O envolvimento de todos fez com que tivéssemos sempre
festas muito bonitas e divertidas, com espaços organizados e limpos onde as crianças e os adultos
interagem de forma harmoniosa. Uma verdadeira celebração da alegria que os alunos guardam

124
sempre na lembrança, pois quando deixam a escola e voltam anos mais tarde para visitar-nos,
procuram as professoras e dizem da saudade da escola e das deliciosas festas., diante dos dados
das últimas avaliações, tornou-se necessário pensar num novo modo de realizar as festas coletivas.
Na primeira reunião de professores e funcionários do ano de 2007, a reunião de planejamento
levou para a discussão do grupo as questões-problema que nos indicavam a necessidade de
mudança da formatação das festas:
 Aspectos da avaliação da comunidade: em algumas classes apareceu o desejo dos pais de
participarem das festas e em uma classe, a necessidade de haver mais eventos culturais na escola
(teatro, dança, oficinas, etc.);
 Aspectos levantados pela assistente social Vera Gallo, da equipe técnica, e por alguns
professores sobre o princípio da escola laica que não estaria sendo considerado em comemorações
de festas de tradição religiosas como a da páscoa, a junina e o natal;
 A difícil arrecadação para custear as festas que até então se realizava por contribuições
voluntárias dos pais, sendo que a verba do convênio da APM não pode ser gasta com gêneros
alimentícios e com presentinhos para as crianças. Contar com o dinheiro dos pais contraria o
princípio da gratuidade da escola pública, desta forma deve ser suprimida esta solicitação;
 A manifestação de alguns educadores em HTPC’s afirmando que as festas poderiam
ampliar o repertório de diversão para as crianças, com o aluguel ou a compra de brinquedos pula-
pula, piscina de bolinhas e outros, o que exige planejamento de gasto de verba e o planejamento de
oficinas que permitam a escolha, a diversão e o auto cuidado;
 A comemoração trimestral do aniversário para alguns educadores é sem sentido, porque
acreditam que a comemoração de aniversário de cada um deve se dar no dia; considerando ainda o
caráter laico da escola, os cumprimentos de aniversário só devem ser feitos para as crianças cujos
pais não tenham objeção religiosa.
Lembrando mais uma vez os objetivos que nos movem a promover as festas coletivas:
 A aprendizagem dos alunos em relação a autonomia e a independência;
 A interação dos alunos de diferentes faixas etárias;
 A brincadeira e promoção da alegria;
 A valorização do convívio entre todos e do trabalho em equipe (professores, funcionários
e pais da APM e Conselho de Escola)
Encaminhamos a proposta de termos eventos educativos no ano de 2007, com uma nova
formatação:
 EVENTO DE ENCERRAMENTO PRIMEIRO SEMESTRE
 EVENTO DA CRIANÇA (EM OUTUBRO)

125
 EVENTO DE ENCERRAMENTO DO SEGUNDO SEMESTRE
Esses eventos serão planejados a cada ano pelos professores com brincadeiras e oficinas.
Também pretendemos fazer a locação de brinquedos infantis, como piscina de bolinhas e balão
pula-pula, que podem ser pagos com a verba. Com as funcionárias da cozinha, planejaremos um
lanche ou almoço especial preparado com gêneros da merenda. Dessa forma se resolve a questão
relativa aos custos.
A comemoração do aniversário passará a ser realizada somente na data, sem a festa
trimestral e todos os professores se comprometem a encontrar maneiras de significar a data e tornar
o dia importante para a criança e de confraternização com os colegas da turma. Alguns professores
contaram suas experiências de como comemoram no dia: fazer cartãozinho de aniversário e
pendurar no calendário para que cada aniversariante receba o seu, contar a história do nascimento,
desenhar bexigas e bolo de aniversário na lousa e brincar de apagar e estourar as bexigas, fazer
uma atividade diferente ou deixar que o aniversariante escolha a brincadeira do dia, brincar de
massinha no dia do aniversário e fazer uma festinha de modelagem. Concluindo: o cumprimento do
aniversário na escola deve ser uma experiência lúdica.. No entanto, comemorar o aniversário não é
uma cultura geral e ressaltamos o respeito que se deve ter ao pedido de alguns pais para não
comemorar o aniversário do filho porque não está de acordo com sua religião. Logo a comemoração
do aniversário deve ser conservada no âmbito da família (privado), pois não é função da escola
(público).
Em relação à mudança da temática dos eventos educativos, pensamos em um modo de
incluir todos os alunos, mesmo aqueles que não compartilham das festas de tradição religiosa e de
comemoração festiva do aniversário. Essa modificação, no entanto, ainda nos traz bastante
insegurança. O limite entre o que é conteúdo cultural e conteúdo religioso em um país
multiculturalista como o nosso é bastante tênue. Apesar do encaminhamento tirado nesta primeira
reunião e informado aos pais na reunião do dia seguinte, a reflexão sobre esta decisão se estendeu
pelos HTPC’s do mês de março. Pesquisamos alguns documentos oficiais (PCN, RCN, Proposta
Curricular) e encontramos considerações sobre pluralismo e diversidade, mas nada tão específico
sobre laicidade na escola. Realizamos outras buscas e descobrimos que há pouca bibliografia sobre
o assunto. Selecionamos alguns artigos e definições sobre laicidade para alimentar nossas
discussões, que foram produtivas no sentido de produzir perguntas, confrontar ideias e
argumentações, debater com propriedade e respeito a opiniões divergentes, porém não foram
conclusivas. Pensamos, então, que o debate deve se estender às famílias, mas a via por onde
conduzir esse debate ainda não é clara. Algumas possibilidades são: num primeiro momento, ouvir
os pais que se identificaram como não-participantes das festas de tradição religiosa em separado
dos outros pais que as aprovam, pois eles são esmagadora maioria e isso poderia inviabilizar o
126
diálogo; debater o assunto no Conselho de Escola; planejar uma avaliação das festas junto aos pais
para verificar se a nova proposta foi acertada, se conseguimos incluir a participação daqueles que
até então se recusavam e se os objetivos que alcançávamos nas festas moldes anteriores foram
garantidos.

ANEXO IV – PRINCÍPIOS PARA AÇÃO EDUCATIVA

1. Considerações ao atendimento à diversidade

Entendemos educação inclusiva como a entrada de crianças com necessidades educacionais


especiais no ensino regular. Por bastante tempo incluir significava incluir quem não ouvia, quem não
andava, quem não falava. Hoje, nosso olhar se ampliou. Ao tratar de incluir quem não falava por
motivo de deficiência, passamos a escutar quem não falava por timidez, quem não falava por
vergonha, quem não falava o que queríamos ouvir ou do jeito que gostaríamos de ouvir. Ao cuidar
de adequar atividades para quem não andava, passamos a notar quem tinha grande necessidade de
movimento, quem precisa de outra dinâmica para expressar-se, quem tinha medo do movimento, do
contato com o outro. Ao cuidar do aluno que não ouve, passamos a notar que outros alunos também
pareciam ausentes, absortos, distraídos. E se antes não notávamos estes alunos porque eram
discretos, hoje já não é possível não notá-los, pois nosso saber cresceu e incluir significa pensar em
todos, com ou sem deficiência, mas com singularidades. Em vários aspectos o mundo tem se
tornado cada dia mais discriminatório, seletivo, intensificando a dificuldade daqueles que não tem
acesso aos bens culturais e aos bens de consumo. Na escola, e na escola pública é preciso garantir
aquilo que é direito de todos: educação de qualidade.
Assim, incluir hoje significa: ajustar mobiliário ao tamanho dos alunos, avaliar a rotina e
adequá-la à necessidade de todos, observar atentamente a necessidade de cada aluno, registrar e
pensar em propostas que atendam a todos. Incluir significa agora incluir-se, significa sentir-se
responsável por cada aluno com o que cada um traz de especifico. Precisamos pensar em uma
rotina que dê vez e voz para as crianças, que possibilite a escolha, que respeite as diferenças no
uso dos tempos, espaços e materiais. Estamos buscando através do Conselho Mirim, ampliar a
escuta das crianças, qualificando e efetivando algumas ações sugeridas por elas.
Neste sentido faz-se necessário o diálogo constante entre os profissionais da escola, entre
estes e os pais; o acompanhamento da equipe gestora e da equipe técnica apoiando a ação
reflexiva e prática dos professores; o planejamento, o registro, a avaliação e o replanejamento; o
estudo é fundamental para atualizar nosso saber, leituras, tematização de situações do cotidiano na
busca de novas interpretações que ampliem nossas possibilidades de ação.
127
2. Atitudes realizadas e valorizadas pelos profissionais da escola que favorecem o
desenvolvimento infantil

 Ouvir sempre a criança;


 Oferecer igualdade de oportunidades promovendo a adaptação do currículo –
adaptação de materiais e propostas;
 Explicar o “por que” do não;
 Estar aberto, ter predisposição;
 Trabalhar a afetividade do grupo e desenvolver o vínculo com os que estão a sua
volta;
 Ter limites claros, explicitando os porquês;
 Manter o aluno no seu coletivo, sempre junto com a sua turma; não “segregar”;
 Promover a socialização entre as crianças;
 Valorizar todas as aprendizagens;
 Ampliar o trabalho com a comunidade, orientando os pais para a educação na
diversidade;
 Proporcionar prazer, alegria;
 Respeitar os limites de cada um;
 Proporcionar materiais e espaços adequados;
 Zelar pela equidade de direitos: toda criança tem direito à educação de qualidade;
 Ser exemplo nas ações positivas;
 Apontar o erro, mas também as consequências;
 Articular o trabalho com diferentes profissionais;
 Dedicar-se à causa como educador;
 Acolher a criança e a família e ter atitude de respeito;
 Colocar-se na situação da criança, compadecer-se;
 Alternar atendimento individual e coletivo;
 Cuidar do diálogo e da clareza das propostas;
 Ter profissionais para o atendimento especializado que se fizer necessário;
 Cuidar para que o educador tenha apoio emocional do grupo e da equipe gestora;
 Explorar e valorizar as potencialidades, os saberes do aluno;
 Buscar a troca de experiências;
 Estimular a autonomia;

128
 Valorizar o respeito e incentivá-lo; dar atendimento especial, mas não diferenciado;

3. Orientações para o trabalho com crianças com perda auditiva ou suspeita

 Falar de frente para a criança;


 Utilizar tom de voz adequado. Nem muito alto (forte) nem muito baixo (fraco);
 Evitar tampar o rosto enquanto fala ou falar de costas, pois facilita a compreensão
da criança quando se podem utilizar pistas visuais (leitura labial);
 Apoiar a fala com gestos e imagens;
 Retomar a consigna que deu para o grupo, individualmente para a criança. Verificar
se ouviu o que foi falado;
 Deixar a criança sentada perto do professor;
 Ambiente ruidoso interfere na compreensão da mensagem. Promover um ambiente
mais silencioso;
 Orientar a criança a perguntar sobre qualquer coisa que tenha dúvida (iniciativa).

6 Orientações para o trabalho com crianças com gagueira

Quando nos preocupamos com o jeito que a criança está apresentando ao falar (repetições
constantes de sílabas, palavras, frases) isto pode gerar uma certa angústia; nesta situação as
orientações que seguem abaixo são importantes para direcionar nossas ações e evitar
constrangimentos, tanto para quem fala como para quem escuta.
1. A criança pode perceber por palavras, gestos ou ações que estamos preocupados
com sua maneira de falar, que a sua fala incomoda o ouvinte, nesse caso, lidar com naturalidade
enquanto o ouvimos falar pode ser a referência mais adequada.
2. Não chame a criança de “gaga”. Ser denominada gaga pelas pessoas com quem
convive pode reforçar essa imagem e dificultar que a criança supere este momento, que inclusive
pode fazer parte do seu aprendizado de fala.
3. Um bom modelo de linguagem é importante para a criança ter como referência.
Sempre que possível, fale com a criança calmamente e articulando bem as palavras.
4. Evite ensinar a criança “como falar melhor”. Às vezes querendo ajudá-la a falar
melhor estamos gerando um desconforto na organização do seu discurso. Quando, por exemplo,
fazemos correções constantes nas palavras pronunciadas com alguma alteração e/ou fazemos
exigências relacionadas ao vocabulário mais adequado, ou até mesmo, ensinamos truques para
ajudá-la a falar com menos dificuldade (pedir para falar mais devagar, começar de novo, ficar calmo)
129
podemos passar outra informação a qual não nos damos conta, a de que a criança não está falando
bem, então falar pode se tornar para ela algo de difícil elaboração e que gera muita tensão. Ao invés
de ajudar podemos estar prejudicando.
5. Ao dar atenção ao que a criança tem a nos dizer, ao demonstrar que apreciamos
algumas de suas ações, certos comportamentos, suas produções escolares, etc., através desses
simples gestos e palavras estamos favorecendo o desenvolvimento de sua auto-imagem positiva
que por sua vez poderá auxiliá-la a manter a vontade de se expressar oralmente conosco
independente do fato dela estar manifestando ou não desconforto ao falar.
6. Evite perguntar algo à criança em situação de muita tensão, como, por exemplo, em
uma situação de “choro”. Quando se pergunta algo à criança durante uma crise de choro, ela tem
dificuldade em responder organizando os sons sem repeti-los. Irá gaguejar com certeza. Isto
também poderá acontecer sob o efeito de alguma outra forte emoção.
7. Estabelecer um diálogo, conversar demonstrando interesse e prazer em escutá-la é
importante para qualquer criança (e adulto também). Quando possível conte-lhe histórias ou peça
para falar sobre figuras de um livro.
8. Procure não terminar as frases pela criança, ouça o que ela tem a dizer, mesmo que
isso demore muito. Se tiver que interromper a fala dela faça-o de preferência no final de uma frase.
9. Tente dar uma atenção maior ao conteúdo de sua fala do que a forma como está se
expressando.
10. Ir a um local o qual temos pouca ou nenhuma referência, ou mesmo se as
referências que tínhamos previamente são enganosas, pode nos causar desconforto e prejudicar
nossas interações com as pessoas presentes. Se puder conversar com antecedência com a criança
contando-lhe, descrevendo, como será o lugar visitado, que pessoas poderá encontrar e por quanto
tempo permanecerão lá, poderá auxiliá-la a interagir e se adaptar melhor nesse novo lugar.
11. Se for um dia em que a criança esteja gaguejando pouco, proporcione um período em
que ele tenha oportunidade de falar. Por exemplo: conversar sobre algumas atividades que ele gosta
de fazer e propor a realização de uma em que haja diálogo: contar uma história de um livro fazendo
comentários junto com ele. Explore sua fluência ao máximo, sem exageros e sempre observando as
demais orientações aqui contidas.
12. Se for um dia em que a criança esteja gaguejando muito, organize a rotina por um
período, de modo que a fala não seja o foco maior de sua atenção. Por exemplo: desenhar, montar
quebra-cabeça, ouvir história, fazer uma pintura, etc. Observe após um período se a criança já está
melhor para poder dialogar. A gagueira pode ser passageira, mas é sempre bom conversar com um
especialista quando a situação vem acompanhada de angústia por parte da criança ou da família.

130
7 Reflexões sobre a sexualidade na infância

“Um dos compromissos ético-político da educação infantil consiste em assumir que a educação para
a sexualidade faz parte da vida das crianças e acontece nas relações que se estabelece com elas,
mediando as perguntas que fazem e as possibilidades da percepção do próprio corpo e do corpo de
seus pares (meninos e meninas) na descoberta dos mesmos.” (Claudia Ribeiro,Revista Pátio, Nº 16)

Infância, gênero, sexualidade têm suscitado várias inquietações e infinitas perguntas. No ano
de 2012 tivemos alguns encontros em HTPC e Reuniões Pedagógicas para estudarmos a respeito
da sexualidade infantil, conteúdo diretamente relacionado ao trabalho na educação infantil, para
tanto tivemos o apoio da psicóloga referência de nossa unidade em todos os encontros e a partir daí
foi possível chegar as seguintes conclusões: A gente se constitui humano através da cultura, assim
sendo a sexualidade é também uma construção social (envolvendo família, escola, igreja, mídia
entre outros), o que gera alguns conflitos de valores. A descoberta de que existe uma sexualidade
infantil por si só já foi uma revolução, agora temos que refletir sempre em como encará-la no
ambiente escolar, assim como a questão de gênero também, estamos em uma sociedade diferente
daquela em que éramos crianças e precisamos rever conceitos e valores.
A sexualidade infantil está permeada por uma curiosidade natural que vem através da
percepção corporal, esta vem mediada pela relação criança- meio-adulto, pois o olhar do adulto é
diferente do olhar da criança, envolve a pluralidade de valores das famílias e nossos, enquanto
membros da unidade escolar. A partir de algumas tematizações e discussões o grupo chegou a
algumas reflexões:
 O adulto é modelo, pois em suas atitudes, postura e comportamento transmitem a sua visão
de mundo, onde muitas vezes o adulto fala uma coisa para a criança e faz outra, e com certeza o
que fica forte para a criança é a ação e não a fala, o que está diretamente ligado a algumas
questões de gênero e diversidade, assim sendo devemos estar sempre atentos à postura que
adotamos diante das crianças.

 É necessário diferenciar sexo de sexualidade, muitas vezes a escola pode reprimir por não
saber como agir, pois a grande questão não é apenas conhecer o desenvolvimento infantil, o
que realmente preocupa é qual intervenção fazer. Dependendo da situação uma intervenção
seria fazer uma roda de conversa e trabalhar com algumas histórias

 A questão da descoberta do próprio corpo pela criança é natural, porém é importante


considerar se este comportamento se fixa, tornando-se constante gera uma preocupação. É
essencial ouvir a criança para que o adulto não se antecipe, nem faça julgamentos
131
precipitados; as perguntas têm que ser respondidas até onde a criança quer saber, pois as
crianças criam as suas teorias sobre a sexualidade, e precisam ter espaço para expô-las.
Muitas vezes elas repetem o mesmo movimento até que consigam resolver a questão
internamente.

Evidentemente esta discussão não se encerrou, as dúvidas e reflexões perduram em nosso


cotidiano e nos faz crer que este é um tema que não pode ser esquecido, devendo ser retomado
pelo grupo sempre que necessário.

ANEXO V - PARCERIA SAÚDE- ESCOLA

No ano de 2014, participamos de uma reunião com a Secretaria da Saúde e da Educação


para apresentação do Projeto Saúde na Escola, tendo como foco principal a parceria entre a escola
e a saúde para atendimento integral dos alunos.
A partir deste encontro, fomos informados que a UBS parceira realizaria algumas ações
diretas na escola de avaliação do quadro de saúde dos alunos. Fizemos uma planilha com os dados
básicos dos alunos e com este documento em mãos a equipe da UBS fez visitas durante o ano com
diferentes atuações: pesagem, atualização de vacinas, triagem oftalmológica e bucal e
encaminhamento para especialistas, conforme foi constatada a necessidade pela equipe da UBS.
Além disso, tivemos reuniões de monitoramento de casos de alta vulnerabilidade, contando
com a parceria de diversos setores, principalmente com a ajuda da SE 01, representada pela
Christiane Barros, tendo como foco prestar um atendimento em rede para os alunos que precisavam
de uma assistência diferenciada.
Iniciamos alguns projetos com o foco na alimentação saudável e fizemos o registro no SIMEC
para que o Governo Federal pudesse ter os dados das ações realizadas pela escola para melhoria
da qualidade de vida dos alunos e pretendemos atingir cada vez mais crianças e familiares,
principalmente, com a potencialização da nossa horta e ajuda da comunidade.
Em 2016, tivemos um pouco de dificuldade de parceria com a UBS, pois a gestora ficou
afastada por muito tempo e não tinha outro responsável para fazer as reuniões de monitoramento,
só em novembro que passamos a contar com a ajuda da assistente social Regina que buscou
estabelecer a parceria com a escola encaminhando/acompanhando os casos de alunos que
precisavam de atenção especial.
Ainda temos vários desafios para serem enfrentados, sabemos que a UBS parceira também,
pois sabemos que a demanda de atendimento de saúde desta comunidade é enorme, mas a escola
procurou colaborar no que foi necessário para que o atendimento às crianças desta região fosse

132
cada vez melhor e estamos dando continuidade à parceria em 2017, pois já tivemos encontros para
discussão dos casos e pactuar as ações em parceria.

ANEXO VI - PROJETO: COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

REUNIÃO COM OS PAIS PARA EXPOSIÇÃO DO PROJETO “COMUNIDADE DE


APRENDIZAGEM”

Comunidade de Aprendizagem é um projeto baseado em um conjunto de Atuações


Educativas de Êxito voltadas para a transformação social e educacional, com objetivo de melhorar a
aprendizagem escolar e ampliar a participação da comunidade.
O Instituto Natura, fez uma parceria com a Secretaria de Educação de São Bernardo do
Campo para implementar o projeto Comunidade de Aprendizagem nas escolas de educação infantil
de SBC.
Todas as escolas foram convidadas para uma apresentação do Projeto e a partir deste
encontro inicial as escolas foram decidindo se teriam interesse em participar de uma formação de
dezesseis horas com a equipe do Instituto para compreender melhor o projeto e fazer a opção de
adesão ou não.
A equipe de professores da EMEB ANA H.C.MARIM fez toda a formação em uma Reunião
Pedagógica e quatro HTPCs e ao final decidiu por aderir ao Projeto, considerando importante serem
feitas adequações para atender a faixa etária, pois o projeto foi criado com o foco mais voltado para
o Ensino Fundamental. Com as adaptações devidas, acreditamos que é possível qualificar ainda
mais o nosso trabalho com a parceria. Além disso, o grupo considerou que um dos objetivos do
projeto que é o de ampliar a participação da comunidade na escola é um dos nossos principais
pontos a ser qualificado, pois todo ano buscamos alternativas de ampliar a participação dos pais e
quanto mais parcerias tivermos neste sentido, teremos mais chances de aumentar de forma
quantitativa e qualitativa a participação da comunidade.

Objetivos:
Transformar a escola num espaço cada vez melhor para os alunos, funcionários e
comunidade;
Qualificar o trabalho pedagógico com a parceria e implicação de todos os envolvidos
(funcionários, Instituto Natura, Secretaria de Educação e Comunidade);
Ampliar e qualificar parceria com a comunidade;

133
Ações
Formação equipe escolar;
Sensibilização da comunidade;
Levantamento do sonho dos alunos, dos funcionários e da comunidade;
Organização e formação de comissões para encaminhamentos de demandas/sonhos;
Estabelecer diversos canais de comunicação através de bilhete, blog, cartazes e reuniões;
Planejamento de propostas de atuação da comunidade na escola em momentos da rotina
como intersalas, atividade diversificada, monitoria de biblioteca, etc;

ANEXO VII – PROJETO ESPAÇO: UM SEGUNDO EDUCADOR

JUSTIFICATIVA:
No ano de 2013, implementamos este projeto no intuito de dar continuidade a nossa formação
de 2012 que apontava o espaço como elemento educador e aliado essencial ao processo de
ensino/aprendizagem, onde a intencionalidade pedagógica é fator fundamental para transformar
espaço físico em ambiente educativo. Em virtude de termos um grupo grande, tanto de educadores
quanto de crianças e vários espaços para mantermos em uso com a maior qualidade possível
dividimos o grupo em equipes, que trimestralmente se responsabilizavam em atuar nos diferentes
espaços. Ao avaliarmos no final do ano constatamos que esta é uma alternativa viável, porém se faz
necessário algumas alterações para que possamos ter uma atuação mais eficaz nos diferentes
espaços, fazendo uso de uma hora de HTP semanalmente.

OBJETIVO:
- Observar cada espaço e levantar alternativas de torná-lo desafiador e harmônico, bem como
formas de ter um olhar atento e atuante para cada um deles.
- Registrar adequações realizadas no espaço e comunicar trabalho realizado de diversas
formas: HTP, HTPC, cartazes, blog, etc.
- Retomar o PPP e ver até que ponto este atende a ideia que o grupo tem a respeito de cada
espaço e de sua importância para o desenvolvimento das crianças.

ESPAÇOS:

 BRINQUEDOTECA
134
- como tornar o espaço desafiador e promover a organização dos materiais;
- possibilidade de alternar a organização do ambiente, ora “teca”, ora “simbólica temática”;
- trazer materiais adaptados.
- confeccionar/selecionar com os alunos.

 BIBLIOTECA
- manter a organização dos livros;
- recuperação do acervo;
- organização do painel de sugestões literárias, sites, músicas, entre outros;
- organização do carrinho ou caixa temática;
- disponibilizar livros na estante da sala dos professores, trocando-os periodicamente;

 ATELIÊ
- colaborar na organização do espaço e dos materiais;
- nutrir o espaço com exposições temporárias (de artistas ou das próprias crianças);
- preparar lista para compras e reposição de materiais;

 BRINQUEDOS (sala dos professores, coletivo das salas e final do corredor)


- organização e troca entre as salas;
- conserto e reparo do que for possível;
- acompanhamento para reposição;
- busca de brinquedos alternativos (não estruturados) para sala e parque;
- confecção de brinquedos;

 QUADRA
- circuito, buscar sugestões junto ao grupo para organização do mesmo;
- organização do armário de brinquedos;
- socialização da forma de organização dos mesmos;

 CONSELHO MIRIM
- organizar a eleição dos conselheiros;
- participação da comunidade na posse dos membros;
- participar do planejamento e encontros mensais;

135
- viabilizar a participação dos membros na rotina escolar e atuação destes nos diferentes
espaços buscando envolver as crianças na manutenção dos mesmos;
- equipes dos espaços fazerem formação com o Conselho Mirim;
- levantarem sonhos de melhorias para escola, ideia que faz parte do Projeto comunidade de
aprendizagem;
- confecção de certificados de participação no final do ano com o convite para os pais
participarem da “cerimônia” de entrega.
- Estudos do meio – Câmara e Secretaria de Educação;
- Formações sobre alimentação saudável;

 HORTA
- Envolver o grupo na preparação do espaço e plantio;
- Exploração do espaço com observação do ecossistema presente

 BLOG
Neste ano com a inclusão de nosso Blog no portal da Educação, iniciaremos sua utilização
visando um novo meio de comunicação entre escola e família, propondo um veículo de
informações, contato e divulgação das propostas realizadas na escola.
A partir do ano de 2016, incluiremos o Blog como mais um item no Projeto Espaço: um
segundo educador, possibilitando assim, que os professores retratem a realidade de nossa escola
através da valorização das nossas ações.
- Inserir fotos, textos e informações com a colaboração de todos os professores;
- Divulgar o espaço para os pais;

ORIENTAÇÕES GERAIS:

- Escolha dos profissionais, buscando atender as afinidades de cada um.


- Organização dos grupos de trabalho, mantendo a formação da equipe com professores do
mesmo período.
- Estar atento ao dia e horário de reunir a equipe para o trabalho, já ter combinado um local
para se encontrar, procurando aproveitar ao máximo o tempo disponível. Além disso, quando
não for possível utilizar o dia definido para planejamento e ações de organização do espaço,
ter estipulado um outro dia para garantir que a ação seja semanal.
- Procurar partilhar com o grupo o trabalho realizado, buscando manter a escuta atenta as
sugestões dos demais e também a contribuir com as outras equipes.
136
- Troca semestral do espaço / grupo, portanto é necessário fazer registro objetivo das ações
realizadas para atender.
- Envolver os alunos nas ações de organização dos espaços.
- Buscar estabelecer parceria com o projeto “Comunidades de Aprendizagem”.

PARTICIPANTES:
Equipe de professores (titulares, volantes e substitutos)

ANEXO VIII - PROJETO oficina de convivência


JUSTIFICATIVA
Ao realizarmos o projeto em parceria com o Expresso Lazer em 2014 e 2015 intensificamos a
proposta de intersalas aliadas ao brincar, ao movimento e a exploração dos diferentes espaços da
escola. Com o fim da parceria e o forte desejo que este trabalho intencional e integrado continuasse
presente na escola, propusemos s a equipe (professores e funcionários) a ideia de Oficinas de
Convivência, ideia extraída da revista Avisa Lá – nº 63 – agosto/2015, numa perspectiva de ação
que envolve toda a escola e mistura as crianças das diferentes faixas etárias em propostas que
envolvem autonomia, integração e aprendizagem de forma lúdica.
No intuito de difundir esta ideia na equipe organizamos uma reunião pedagógica atrelando
esta ação aos Campos de Experiência, ou seja, cada proposta colocada foi relacionada ao Campo
de Experiência que atendia. O interessante é que o grupo percebeu que uma mesma proposta
poderia atender a mais que um destes campos, observando a riqueza desta ação. Neste dia a
equipe de gestão organizou os espaços, apresentou as propostas e todos (professores e
funcionários) envolveram-se circulando de forma livre por todos os espaços, demonstrando grande
interação e envolvimento. Fizemos o convite de mantermos a organização para que as crianças
fizessem o mesmo posteriormente. O grupo avaliou de forma positiva o que motivou a equipe a
manter a prática durante este ano.

OBJETIVO
- Possibilitar a circulação das crianças pelos diferentes espaços, com as crianças de
diferentes turmas e idades, em propostas previamente planejadas e organizadas visando garantir
liberdade de escolha, autonomia na realização das ações, contato com diferentes adultos, propostas
e materiais.

ETAPAS
- Levantamento da periodicidade e das datas em que as oficinas irão ocorrer.
137
- Destinar um momento do HTPC para planejamento coletivo da oficina.
- Utilizar os momentos de HTP para preparar espaço e materiais.
- Partilhar as propostas e a localização das mesmas com as crianças com antecedência.

AVALIAÇÃO
É necessário após a oficina pensar sobre seus pontos positivos e negativos, rever o
planejamento, para ver o que deu certo e o que não deu, levantando os desafios para as próximas
em esquecer-se que a avaliação inicial é feita com a própria criança através da observação destas
no exercício da oficina, bem como rodas de conversa após sua conclusão, levantando com elas
sugestões e desafios para as próximas oficinas, material este que deverá ser usado pelos
professores no planejamento seguinte.

SUGESTÕES DE PROPOSTAS DAS OFICINAS

- Material não estruturado: Caixas, canos, tecidos, bobinas, carretéis e outros materiais que
ganham vida e função diferente na mão de cada criança.

- Parque: Propor interferências no espaço que o deixem ainda mais convidativo e desafiador
para as crianças, construir tendas, armações com cordas, brinquedos que possam promover uma
interação diferente com a areia, água para brincar com a areia...

- Espaços laterais: realizar intervenções no espaço com jogos gigantes (memória, dominó,
boliche...), trazendo uma forma alternativa para o jogo

- Culinária Salada de frutas, oficina de docinhos, sendo executada com a parceria entre
crianças e adultos, realizadas, por exemplo, no ateliê da escola.

- Propostas de arte realizar estas propostas em locais diferenciados como papéis colados
nas paredes da área externa com canetinhas penduradas para que as crianças possam desenhar
livremente, o carrinho de tintas levado para a parede de azulejo para que as crianças possam
explorar a pintura.

- Modelagem Massinha industrializada ou caseira com diferentes materiais e sugestões de


propostas para contextualizar a brincadeira.

138
- Leitura Disponibilizar este momento de forma diferenciada a que já se está habituado
diariamente, em um espaço aconchegante para leitura individual, ou outros recursos como
fantoches, dedoches para leitura em pequenos ou grandes grupos.

- Fantasias um recurso a mais para a brincadeira do faz de conta.

- Banho de bonecas para os dias quentes na área externa.

- Experiências com água, com ar, com luz e sombra entre outros que podem ser
distribuídos em diferentes dias de oficina, procurando manter um cantinho reservado para aguçar a
curiosidade e trazer novas descobertas para a s crianças que depois poderão ser transportadas para
a sala de aula, sendo o disparador para novas buscas ou investigações que poderão surgir.

ANEXO IX – PROJETO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL UMA PARCERIA DE TODOS POR UMA


QUALIDADE DE VIDA MELHOR

Justificativa:
No ano de 2015, tivemos uma alteração do cardápio oferecido para as crianças de refeição
para lanche. Segundo os estudos realizados pela Secretaria de Educação, a obesidade no município
aumentou e foi preciso fazer uma pesquisa para conhecer hábitos alimentares e fazer uma
adequação na alimentação das crianças para que não tivessem a duplicidade de almoço, em casa e
na escola. Por termos atendimento parcial teríamos que atender 20% das propriedades nutricionais
indicadas para a faixa etária e com um cardápio de lanche seria possível atingir este índice. Mas a
ideia não foi bem recebida pela comunidade que foi informada na primeira reunião do ano que o
cardápio seria alterado, mas sem que fosse feito um movimento formativo processual, pois a escola
também soube no final de 2014 e não teve como fazer uma preparação para a mudança. Muitas
famílias ainda acreditam que a escola deveria oferecer a refeição, a partir das avaliações que
fizemos no decorrer do ano. No ano de 2015, a escola solicitou a parceria do setor de alimentação
no sentido de buscar um diálogo com a comunidade e conseguir conscientizar a todos sobre a
importância de uma alimentação saudável.
Estamos intensificando ainda mais esta parceria, buscando, em conjunto, oferecer uma
alimentação de qualidade para as crianças e formar as famílias para perceberem a importância na
mudança de hábitos alimentares.

Objetivos:
139
 Oportunizar a melhoria de hábitos alimentares das crianças, famílias e funcionários;
Intensificação do uso da horta para estimularmos hábitos saudáveis de alimentação;
 Conscientização das crianças a partir de vivências lúdicas (jogos, teatros, brincadeiras, etc) e
de oficinas de culinária;
 Produção de alimentos saudáveis na horta com complementação da secretaria para oferta a
todos alunos;
 Adaptar espaço da escola para servir como cantinho de manuseio de alimentos e preparo de
receitas com as crianças;
 Ampliar parceria com a UBS para identificar carências nutricionais;
 Estimular experimentação de novos alimentos e incentivo para ingestão dos itens do cardápio
pelas crianças;
 Realizar modificações na forma de apresentação dos alimentos para torná-los mais atrativos;

Ações
 Formação de professores em HTPC com parceria do setor de alimentação – esclarecimento
de dúvidas, apresentação dos dados para alteração de cardápio e valores gastos com os
tipos de alimentação (refeição e lanche), importância de uma alimentação saudável;
 Formação de pais em APM/Conselho com convite aos outros membros da comunidade que
queiram aprofundar a temática;
 Plantio na horta de acordo com projetos de sala, projeto Espaço segundo educador e parceria
da comunidade com o projeto Comunidade de Aprendizagem;
 Elaboração de jogos pedagógicos para o trabalho com a temática;
 Teatro formativo com participação de alunos, comunidade e setor de alimentação;
 Cardápio ilustrado para divulgação dos itens oferecidos;
 Levantamento de dados reais de crianças com carência nutricional com ajuda de agentes de
saúde para encaminhamento aos órgãos de proteção;
 Troca de utensílios para ofertar os alimentos de forma mais atrativa para as crianças;

ANEXO X – ESTUDO DO MEIO

Durante o ano, os alunos são atendidos com no mínimo dois estudos do meio, para serem
utilizados como disparadores ou como parte integrante dos projetos desenvolvidos. A APM destina
uma parte da Verba para arcar com o transporte e entrada nos locais de alunos e acompanhantes,
conforme necessidade.

140
O grupo nos últimos anos tem optado por visitas em São Bernardo do Campo e nos
municípios vizinhos para valorizar os espaços culturais que dispomos, mas, também, por termos
muitas crianças transportadas que precisam retornar dentro do horário de aula, pois os familiares
não têm quem busque as crianças fora deste período. Quando precisamos fazer uma visita para um
espaço mais distante, de acordo com os projetos, procuramos informar as famílias com
antecedência para que consigam organizar-se, tendo ajuda de alguém para buscar a criança.
Costumamos contar com ajuda dos familiares para acompanhar o passeio, pois percebemos
que além de termos parceiros para os cuidados com as crianças, propiciamos momentos de
ampliação cultural para as famílias também.
Nos últimos anos, temos realizado visitas ao Sabina, Estoril, Sesc Santo André, Centro de
Referência do Trânsito de SBC, Bibliotecas da região, Museus e Pinacoteca.
Nas avaliações de final de ano, os familiares sempre apontam a necessidade de mais visitas,
mas estamos formando as famílias para compreender que estes momentos são definidos a partir de
interesse do grupo, projetos e que temos um limite financeiro para atender uma escola que possui
setecentos alunos.
Além disso, quando é possível, buscamos oportunizar espetáculos teatrais e outras atividades
culturais para todos, na própria escola, pois sabemos que não há opções de atividades lúdicas ou
formativas nas proximidades da moradia dos alunos, dificultando que as famílias tenham acesso aos
espaços culturais. Deste modo, conseguimos garantir as duas vezes visitas anuais e atingir um
número maior de alunos com um melhor custo benefício.

ANEXO XI – PROJETO COLETIVO: EU TE AMO

A criança nos traz uma infinidade de questionamentos não apenas em palavras, mas em
gestos e ações. Ela traz seu mundo e a necessidade de compreendê-lo e, quando se depara com os
diferentes mundos de seus colegas, a intervenção do educador no sentido do acolhimento, mas
também da consideração de cada indivíduo se faz indispensável.
Trabalhando e compreendendo a importância da diversidade, reconhecemos que essa gama de
culturas que se encontram na escola, ao mesmo tempo que lhe proporciona uma maior possibilidade
de integração e conhecimentos, também lhe traz conflitos, muitas vezes com atitudes impulsivas de
agressividade.
A questão da agressividade é um tema recorrente em nossas discussões, pois acontece em
diferentes momentos e cotidianamente em nossa escola e, traçando um panorama de nossa
sociedade, sabemos que ela tem se manifestado sistematicamente em todos os lugares.

141
Sabendo que a agressividade é uma reação às questões relativas à como se expressar, como dar
vazão aos seus sentimentos, como ser visto e reconhecido, como demonstrar algo que não condiz
com suas expectativas ou anseios, definimos que nosso Projeto coletivo abordaria os sentimentos e
emoções, tendo em vista a necessidade da escuta da criança.
Neste sentido, apoiando-se nos estudos recentes que estamos fazendo dos Campos de
Experiências, principalmente no que se refere ao “O eu, o outro e nós”, reconhecemos a criança
como ser integral, e que a escuta não se limita ao ouvir literal, mas sim de considerar, validar,
valorizar tanto suas falas, como ações e comportamentos, além de auxiliá-la em demonstrar suas
emoções e sentimentos.
A riqueza e necessidade de observar o que as crianças sinalizam em suas ações, se
demonstram em todos os lugares, pois as emoções se evidenciam em diferentes momentos. Deste
modo, o momento e espaço de trabalho com as emoções e sentimentos não é único, permeando
toda rotina. O que é natural ao ser humano é a necessidade do outro, mas como chegar até o
outro?
Sabemos, assim, que algumas práticas se fazem necessárias, possibilitando a criança se
expressar de forma verbal e não verbal, expressar suas emoções e necessidades, ver o outro e as
consequências de seus atos para com o outro, pedir, desculpar-se, com dizer algo, como
demonstrar algo, como pedir ajuda, como explicar que ela precisa de toque, que ela precisa do
outro, como vai demonstrar algo que ela desconhece, como vai reagir ao novo.
Desta forma, o investimento com as Oficinas de Convivência, com histórias, vídeo, diferentes
formas de expressão, propostas de integração permearão de forma decisiva nosso Projeto.
Para a escolha do nome do projeto foi feita uma votação entre as crianças, onde o nome “Eu
te amo” foi o escolhido para representá-lo.

142

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