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Antes dos dois anos, a criança deverá ouvir a palavra “ Não” perante um
desejo seu, que não seja apropriado.
Desde muito cedo que as crianças procuram testar os limites daqueles que
as rodeiam. O que é facto, é que encontramos pais e educadores com
atitudes firmes e outros em que o estilo educativo permissivo lidera.
Por detrás de uma birra poderá estar uma criança com sono, fome, ou com
necessidade de um carinho. Se assim for, responda com serenidade e seja
afetuoso. Não são poucas as vezes em que essa atitude é suficiente para
que a birra pare.
Sempre que possível, antes de sair de casa com os seus filhos, previna-se
de possíveis contratempos, leve um brinquedo de que ele goste bastante,
de modo a manter-se ocupado durante o espaço de tempo em que faz as
suas compras.
NÃO SE EXALTE
Procure não se exaltar, se o fizer não vai obter resultados a longo prazo.
Diga ao seu filho que só conversará com ele depois de se acalmar. Falar
apenas resulta se estiver sereno para que consiga ouvir. Não se esqueça
que os pais, nesta altura, também deverão estar calmos.
Mostrar que o que fez, ou seja, que aquele tipo de atitude, nunca resultará
porque os pais não cedem a qualquer birra, é um modo funcional de evitar
que o episódio se repita.
O tom de voz utilizado deverá ser firme, contudo, o afeto pode e deve estar
presente, nomeadamente, pegando ao colo enquanto explica o porquê da
decisão tomada pelos pais naquela situação concreta.
Os pais deverão definir regras claras para que as crianças sejam capazes de
se orientarem.
O “Time out” é uma estratégia utilizada, que tem como objetivo, acalmar a
criança e acalmar-se a si também.
Aqui é-lhe dito que permanecerá naquele local durante alguns minutos até
se acalmar e que não tem permissão para sair enquanto não lhe for
autorizado. O “time-out” é uma técnica e não um castigo. Tem como
finalidade ajudar a criança acalmar-se, controlar-se internamente,
reorganizar-se emocionalmente e pensar no que fez.
A boa notícia é que esta fase é passageira e que, por volta dos quatro anos,
as birras desaparecem.
É mais fácil prevenir uma birra do que lidar com ela. Procure colocar os
seguintes conselhos em prática:
Diga ao seu filho como espera que se comporte e confie que ele irá
seguir as suas indicações;
Ela atira-se para o chão, desata num pranto, berra, esperneia, o volume
aumenta, olham para si de lado, alguns com olhares condenadores como
se estivesse a lesar a sua pobre criança. Sentem-se os piores pais do
mundo…Que se lixe o piquenique. Agora só querem é enfiar-se em casa o
resto do dia…
Todavia, as birras poderão ser a única forma que o seu filho pensa
encontrar para captar a sua atenção. Não se esqueça de lhe dar sempre
muita atenção positiva e de passar alguns momentos a sós com ele todos
os dias.
Se notar que a criança está a iniciar uma birra, distraia-a com algo
como começar a cantar a música favorita dela, por exemplo.
O seu filho faz birras para testar os limites da sua independência. Dê-
lhe alguma independência como por exemplo, escolher a roupa
que vai vestir mas estabelecendo firmemente que tem que se vestir
imediatamente.
Construa a relação com o seu bebé com base na confiança e empatia desde
o momento do nascimento. Sintonize-se com aquilo que o seu filho lhe está
a comunicar e responda-lhe de forma consistente e adequada.
O que é o temperamento?
Pistas para compreender o temperamento da criança
Como agir face a determinados temperamentos da criança?
O QUE É O TEMPERAMENTO?
Por exemplo, algumas crianças são muito ativas enquanto outras são mais
tranquilas, algumas precisam da presença constante dos pais, enquanto
outras tendem a brincar sozinhas durante horas. Algumas crianças são
extremamente sensíveis ao ruído, à luz, outras não. Todas estas diferenças
podem ser observadas nas primeiras semanas depois do nascimento da
criança. Estas são inatas e caracterizam o que é chamado de
temperamento.
IMPOR CONSEQUÊNCIAS
Apesar dos esforços dos pais, em algum momento a criança irá quebrar as
regras. Seguem-se algumas dicas para os pais incentivarem a criança a
cooperar:
1. AS CONSEQUÊNCIAS DEVEM SER NATURAIS E LÓGICAS
Permita que a criança perceba as consequências das suas ações. Se
atirou o brinquedo para o chão e o estragou, então não o tem para
brincar mais.
2. RETENÇÃO DE PRIVILÉGIOS
Se a criança teve um comportamento inadequado, pode retirar-lhe o
seu brinquedo preferido ou o acesso à televisão, durante um
determinado período do dia. Esta retenção deve sempre que possível
estar relacionada com o mau comportamento em si. Não negar algo
que a criança necessita, como por exemplo uma refeição.
3. TIMEOUT
Quando a criança começa a dar indícios de uma birra ou
comportamento inadequado, é importante dar-lhe um aviso. Se o
comportamento persistir a um ponto limite, o ideal é orientar a
criança para um lugar calmo e sem distrações. Pode impor o tempo
limite de um minuto para cada ano de idade da criança. Depois,
oriente a criança para uma atividade positiva.
É ainda importante ter cuidado quando se critica. A crítica não deve estar
dirigida à criança mas sim ao seu comportamento. Em vez de dizer “és um
menino mau”, tente “não deves correr na rua, é perigoso”, por exemplo.
Nunca recorra a punições físicas ou emocionais.
DAR UM BOM EXEMPLO
Desistir, nunca!