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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

GIOVANA CECILIO
LAURA FERNANDES
LETÍCIA SANTANA

PÓS COLONIALISMO E FEMINISMO


Uma análise do filme Estrelas Além do Tempo

UBERLÂNDIA
2019
GIOVANA CECILIO
LAURA FERNANDES
LETÍCIA SANTANA

PÓS COLONIALISMO E FEMINISMO


Uma análise do filme Estrelas Além do Tempo

Trabalho apresentado para a disciplina de


Teoria das Relações Internacionais II, pelo
curso de Relações Internacionais da
Universidade Federal de Uberlândia - UFU,
ministrada pelo professor Aureo de Toledo
Gomes.

UBERLÂNDIA
2019

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SUMÁRIO

Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------------- 3
Abstract -------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
Sinopse -------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
Análise Pós Colonial --------------------------------------------------------------------------------- 5
Análise Feminista ------------------------------------------------------------------------------------- 7
Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------------- 10
Referências --------------------------------------------------------------------------------------------
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise sucinta acerca da obra
fílmica “Estrelas Além do Tempo”. Portanto, primeiramente será exposto a temática
do filme e o contexto no qual estão inseridos seus acontecimentos, logo em seguida
serão utilizadas duas teorias alternativas do campo das Relações Internacionais, o
Pós Colonialismo e o Feminismo, para examinar sua narrativa. Assim, focando em
alguns pontos e empregando autoras e autores com vertentes que melhor convêm
ao nosso propósito. Na medida do possível, fazendo uma leitura interseccional entre
ambas as teorias.
Palavras-Chave: Estrelas Além do Tempo; Pós Colonialismo; Feminismo; Relações
Internacionais

ABSTRACT

The present work aims to present a succinct analysis about the film work “Hidden
Figures”. Therefore, first the film and the context in which its events are inserted will
be exposed, soon after will be used two alternative theories of the field of
International Relations, the Post Colonialism and the Feminism, to examine its
narrative. Thereby, focusing on some points and using authors with strands that best
suit our purpose. As far as possible, making an intersectional reading between both
theories.
Keywords:​ Hidden Figures; Postcolonialism; Feminism; International Relations

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SINOPSE

O filme Estrelas Além do Tempo (Theodore Melfi, 2017) começa mostrando a


infância de uma das personagens, Katherine (Taraji P. Henson), em 1926, em West
Virginia (EUA), que se mostra uma criança superdotada e com habilidades para
áreas de exatas, já enfrentando dificuldades para encontrar uma boa escola que a
aceitasse. Depois há um salto até 1961, em Hampton, Virgínia, onde as duas outras
personagens são incluídas, Mary (Janelle Monáe) e Dorothy (Octavia Spencer);
esse é o período da segregação racial estadunidense e da corrida espacial entre
EUA e URSS. As três trabalham na NASA, no programa espacial, fazendo a maioria
das contas do programa e são as precursoras do projeto IBM.

Essas mulheres enfrentam vários desafios em suas jornadas devido a condição de


mulheres negras; não encontram apoio nem com os homens que são a massa
predominante e seus companheiros de trabalho, nem com as mulheres, por serem
negras e consequentemente estarem numa posição de inferioridade às mesmas.

Mary tenta se candidatar para uma vaga de engenharia na NASA e pegar aulas de
engenharia na universidade, mas por causa de seu status de negra e mulher é
impedida de início. Katherine tem seu trabalho com lançamentos de foguetes na
corrida espacial deixado de lado e menosprezado pelas mesmas razões, assim
como Dorothy em seu trabalho como supervisora e funcionamento do IBM. São
mulheres batalhando por seu espaço no trabalho, enquanto tentam equilibrar isso
com sua vida pessoal, filhos e maridos. O filme foi indicado ao Oscar 2017 na
categoria de melhor filme, melhor roteiro adaptado (Theodore Melfi) e melhor atriz
coadjuvante para Octavia Spencer, e ganhou o SAG Award de melhor elenco.

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ANÁLISE PÓS COLONIAL

O pós colonialismo traz em sua abordagem a ideia da centralidade da experiência


colonial como elemento formador da sociedade moderna, sendo impossível
desvincular os dois, pois a colonialidade é uma lógica subjacente da fundação e do
desdobramento da civilização ocidental; inerente ao desenvolvimento e sustenta a
modernidade. As relações internacionais é a disciplina que, possivelmente, lida com
mais diferenças, e o pensamento de ver algo diferente à sua concepção levou
muitos a verem "o outro" como ameaça ou inferior e primitivo. Portanto, a discussão
sobre o tratamento da diferença pode ser tido como um dos questionamentos mais
significativos para o pós colonialismo.

“[...] the “post” in postcolonialism did not signify a leaving behind of


colonialism, but rather emphasized the continued relevance of its impact on
the state, politics, class formation, military, bureaucracy, economy, and other
crucial parts of a third-world country’s development after decolonization”
(KRISHNA, ​Globalization and Postcolonialism​ p. 66)

No longa-metragem fica claro a existência desse ponto central da teoria pós


colonial: a existência de marcadores de diferença, que tornam certas pessoas
dispensáveis e outras não. “Uma hierarquia racial/étnica global que privilegia
pessoas europeias em detrimento de pessoas não europeias” (Quijano, 1993,
2000). Walter Mignolo, figura central do pensamento decolonial latino-americano e
um dos fundadores do movimento Modernidade-Colonialidade, apresenta em seus
estudos um conceito de suma importância, o da dispensabilidade da vida humana.
Para o autor, a formação da crença de que certas vidas eram menos válidas que
outras foi essencial para os projetos de colonização e perduram nas sociedades
modernas hodiernamente como parte de suas estruturas, dificultando mudanças e
avanços.

Toda a trama do filme é contextualizada no período da segregação racial nos EUA


durante os anos 60, portanto, tais temáticas saltam aos olhos no decorrer das
cenas. Quando Katherine, após ajudar a construir os cálculos que levariam o
astronauta Glenn ao espaço é dispensada de volta à seu posto de “computador de
cor” é visível que foi exatamente por ser uma mulher negra que estava ocupando
um meio onde existiam na totalidade homens brancos. Seu conhecimento não foi
reconhecido, pois independente de ter provado sua capacidade ela continuava
sendo vista como inferior. De acordo com os argumentos de Mignolo, isso se deve a
desumanização que aconteceu em torno de raça e posição social, que está

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diretamente relacionado ao racismo científico e ao darwinismo social (crenças e
teorias bastante acreditáveis em um Estados Unidos segregacionista da década de
60).

Outra cena em que a dispensabilidade humana pode ser vista é na chegada do IBM
à NASA, que levaria ao desemprego de todo o setor das mulheres negras que
trabalhavam com cálculos, incluindo Dorothy, pois estas mulheres seriam o elo mais
fraco daquela instituição, e por isso mais facilmente descartadas. Esses marcadores
de diferença e dispensabilidade humana formam uma estrutura que determina
funções e status de acordo com os mesmos, que é a matriz colonial de poder. A
matriz está em vigor desde o início da modernidade, ou seja, dos primórdios do
processo de colonização, possuindo três fases. A primeira data das grandes
navegações, onde a ideia de dispensabilidade surgiu pautada em preceitos
religiosos; a segunda é considerada a fase em que buscou-se respaldo científico; e
a última se dá após a Segunda Guerra Mundial, cenário do filme.

Essa matriz atua em quatro domínios: economia, autoridade, gênero e sexualidade,


e conhecimento e subjetividade. No filme vê-se forte a representação da matriz
colonial de poder através da atuação da autoridade -assim como do gênero-, ao
determinar os espaços que negros podem frequentar, como visto na existência de
um único banheiro próprio para negros na NASA, o que prejudicava seu trabalho. A
localidade do banheiro para “pessoas de cor” não é uma mera aleatoriedade, é uma
representação social do país. Todos os ambientes direcionados aos negros eram
nos locais mais distantes e precários, para escondê-los e diminuí-los, reforçando a
superioridade branca e conferindo a eles os holofotes pelos progressos, neste caso,
espaciais.

Além disso, a autoridade contribui para a institucionalização do racismo e do


machismo que as personagens de Mary, Katherine e Dorothy sofrem ao longo da
narrativa. Mary o desafia ao levar à Justiça seu pedido para poder frequentar as
aulas de engenharia da Universidade de Hampton, se tornando a primeira mulher
negra a frequentar esse ambiente. Na área do conhecimento, pode-se ver a matriz
colonial de poder tomando forma quando não só Katherine, mas mulheres em geral,
especialmente negras, são impedidas de terem local de destaque e devido
reconhecimento na produção de conhecimento, justamente por serem mulheres
negras que tentavam desafiar a lógica da matriz, situação bem exemplificada pela
recusa de Stafford de ter o nome de Katherine nos relatórios que ambos produziam.

No trecho abaixo, um diálogo entre Dorothy e Srª Mitchell, pode-se fazer uma
interpretação pertinente à narrativa do herói branco e da dependência dos
pertencentes a grupos que, outrora, foram colonizados e escravizados. O povo
negro, ao passar do tempo e com ganho de direitos, não deixou de ser visto como

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dependente dos anglo-europeus, assim como não tinham aberturas legais para
pararem de agir como tal, não era questão de comodidade e aceitação, mas de
sobrevivência, pois os mecanismos de coerção, tais como os governos, leis e
estruturas autoritárias no geral, estavam contra eles . Assim, há a difusão da crença
do herói branco, que seria o único capaz de levar conhecimento e salvação aos
negros, tirando-os da sua condição de ignorância. Na cena, Dorothy está em
condição de subalterna perante à Mitchell, que está na posição de vantagem por
escolher ser ou não ser a “salvadora”.

- Srª Mitchell! Posso falar um instante? Meu pedido para o cargo de supervisora, senhora,
queria saber se ainda estão me cogitando para o cargo.
- Sim. Oficialmente é um não, não vão designar um supervisor permanente para o grupo
negro.
- Posso saber porquê?
- Eu nao sei o porquê, não perguntei o porquê.
- Precisamos de uma supervisora [...]
- As coisas vão bem do jeito que estão.
- Eu estou fazendo o trabalho de uma supervisora.
- Bom, a nasa é assim: Rápida com foguetes, lenta com promoções.”

Porém pode-se ver uma resistência à essa forma de colonialidade, expressa tanto
por Mary ao enfrentar as leis e ingressar na faculdade de engenharia, como em
Dorothy, ao aprender sozinha a manusear o IBM, que poderia ter sido o fim de seu
emprego. Nisso, pode-se relacionar com a definição de Robert Young sobre pós
colonialismo. Young, crítico do Orientalismo (Escola Europeia de estudos sobre o
Oriente), defende que a resistência pós colonial é uma experiência de reação contra
o domínio na política, bem como no meio social e cultural às imposições coloniais
que vigoram até os dias de hoje como foi bem mostrado em “Estrelas Além do
Tempo.”

ANÁLISE FEMINISTA

A vertente Feminista chega de maneira tardia quanto ciência nas Relações


Internacionais. Raissa Wihby e Raquel Krithsch em seu artigo “Relações
Internacionais, teorias feministas e produção de conhecimento: um balanço das
contribuições recentes” tratam do referente, tendo em vista um ambiente em que
produção de conhecimento sistematiza o local de subordinação da mulher e de
outros setores da sociedade que são marginalizados. E que além disso, excluem/

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marginalizam/ subordinam a produção de conhecimento das mulheres. As autoras
identificam como sendo dois os objetivos básicos de uma epistemologia feminista:(i)
viabilizar uma ciência com objetivos e fins feminista, e (ii) criticar o sexismo e a
ciência androcêntrica, tendo como plano de fundo, mudar o ambiente em que as
análises estão inseridas.

Como apontado por Wihby e Krithsch, é importante ressaltar que o feminismo não
almeja ilegitimar as áreas de conhecimento, mas sim mostrar que há críticas a
serem feitas quanto ao modo de produção de conhecimento e que o seu objetivo
não se encerra ao alcançar mudanças sociais quanto a dominação ou opressão do
gênero, muito mais que isso, almeja uma mudança de pensamento “cognitiva” como
definida pelas autoras.

J. Ann Tikiner aborda gênero como um conjunto de características, variadas, mas


social e culturalmente construídas que tende a ser associadas a seres humanos de
forma dicotômica. Para os seguidores da vertente do feminismo liberal, a
subordinação e diferenciação do gênero ocorre, pois o mesmo é institucionalizado
pelo Estado, sendo assim não será passível de transformações sem que o mesmo
não seja mobilizado. O Estado seria capaz de romper com os preconceitos
inerentes tanto a costumes quanto em leis, capacitando uma igualdade entre as
competições entre os gênero.

No Filme, que se passa por volta da década de 60, na Virgínia, EUA, quando Mary,
decide cursar engenharia, o primeiro empecilho que ela encontra é que no seu
estado mulheres não eram autorizadas a cursar tal disciplina. A capacidade dela,
referente a sua inteligência, era incontestável, porém seus desejo era barrado
constitucionalmente. No entanto, devido a sua vontade não se deixou abater,
recorreu ao poder judiciário, para que conseguisse autorização judicial para fazer o
curso. Ela conseguiu, apesar da restrição de que só poderia assistir aulas
ministradas à noite. Assim Mary se torna não só a primeira mulher a se formar em
engenharia pelo Estado da Virgínia, mas também a primeira mulher negra.

“[...]E eu senhor, eu planejo ser uma engenheira da NASA,mas eu não consigo sem estudar
naquela faculdade de brancos.
Eu não posso mudar a cor da minha pele, então eu não tenho escolha, a não ser, ser a
primeira, o que eu não consigo fazer sem o senhor.
Excelência, de todos os casos que ouvirá hoje, qual importará daqui a 100 anos? qual fará
você ser o primeiro ?”

Enquanto o feminismo liberal trata o Estado como principal responsável - senão o


único - de ter institucionalizado o machismo da sociedade, outras vertentes como os
feminismos subalternos, enxergam a problemática da desigualdade entre homens e
mulheres como estando na estrutura patriarcal das sociedades. O encontro entre o

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feminismo e o colonialismo por volta das décadas de 60 e 70, com o pioneirismo de
Gayatri Spivak foi essencial para o nascimento desse campo dentro do feminismo.
Para feministas decoloniais como ela e Maria Lagunes que foi bastante influenciada
pelos trabalhos de Mignolo, a raça não foi a única maneira de dividir e dispensar
vidas humanas, mas também o gênero, criando mais diferenças sociais que
proporcionaram a ampliação de vidas humanas dispensáveis. O corpo feminino foi
o primeiro espaço de colonização do homem branco.

Angela Davis, filósofa e importante ativista feminista, em seu livro “Mulheres, raça e
classe” faz uma abordagem das diferenças que existem dentro da própria luta
feminista. Angela aborda principalmente a diferenciação das pautas das mulheres
brancas e negras nos EUA, sendo uma das propulsoras do feminismo
interseccional, o qual, juntamente com o feminismo decolonial está sob o
“guarda-chuva” dos feminismos subalternos. Alguns dos argumentos de seu
trabalho é o fato de durante muito tempo o feminismo teve seu locus em demandas
das mulheres brancas, excluindo outras realidades das reivindicações. Além do
mais, a autora aponta que dada a escravidão, ocorreu uma desumanização das
pessoas negras e a banalização da violação dos corpos das mulheres negras.

“- Mary, quem tem mente de engenheiro deveria ser um. Não pode ser um computador o
resto da vida.
-Sr. Zilinski, eu sou uma mulher negra, eu não vou esperar o impossível.
[...]
-Uma pergunta: Se fosse um homem branco iria querer ser um engenheiro?
-Eu já seria um, não iria precisar querer.”

No filme, é claro que as mulheres dos Cálculos matemáticos supervisionado por


Dorothy, tinham demandas muito diferentes das mulheres que trabalhavam em
outros setores da NASA, quando elas precisam atuar em outros setores como a
Katherine, nos cálculos das rotas de foguetes, ou então debater suas demandas
para até mesmo outras mulheres, contudo brancas, não havia espaço para suas
demandas, muito menos compreensão pela outra parte. A segregação racial
contribuía para que a diferenciação e a subordinação se perpetuassem, muitas das
pessoas brancas que frequentavam o ambiente da NASA não sabiam das
dificuldades que as pessoas negras sofriam no mesmo ambiente, ou então não se
importavam. Apesar das pessoas negras ficarem visivelmente desconfortáveis com
as divisões entre “Colored people” e “White only”, como apontado por Angela Davis,
o processo de desumanização, banalizou a dor negra.

“​Sra. Mitchel: - Sabe, Dorothy, apesar do que você possa pensar, eu não tenho nada contra você.
Dorothy: - Eu sei (pausa). Sei que você provavelmente acredita nisso.”

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CONCLUSÃO

Apesar de se tratar de um fato que ocorreu na década de 60,o filme só foi gravado
em 2016, mesmo ano em que a NASA homenageia Katherine com a instalação de
um prédio com o seu nome. Os debates do pós-colonialismo e do feminismo foram
durante muito tempo marginalizados, dada às estruturas pelas quais as relações se
sedimentaram ao longo do tempo, sedimentação justificada pelo fato de que a
mesma perpetua relações de poder, levando a uma hierarquização das relações e
das pessoas.

Tanto a vertente pós-colonial, quanto o feminismo, buscam em seu cerne


proporcionar uma ruptura, seja com a matriz de poder, seja com a subordinação
e/ou injustificada assimetria entre gêneros, respectivamente. Essas correntes estão
cada dia mais presentes nos diálogos das sociedades, com suas ideias em torno de
questões essenciais para que as relações hodiernas sejam como são. Mesmo que
de maneira pouco perceptível e a lentos passos, vão ganhando mais espaço e
apresentando-se mais recorrentemente; isso fez com que a produção de um filme
com essa temática se fizesse relevante.

Contudo, fato de ter levado cerca de 50 anos para que a NASA reconhecesse a
importância dessas mulheres, assim como para que um filme com a temática da
história de mulheres negras se tornasse importante para ser desenvolvido, indica o
quanto os conceitos apresentados pelas teorias acima estão arraigados na
sociedade. A hegemonia branca e masculina cai por terra quando mostrado que a
história é o que se decide contar dela. A sociedade precisa passar pelo processo de
desmascarar a narrativa contada por uma elite acomodada, para que se possa
enxergar além, descobrir a real representatividade. Todas as etnias, gêneros,
nacionalidades, religiões e afins tem o mesmo potencial, mas é necessário que se
conte a verdadeira história que as circundam para que as imagens possam ser
construídas acerca das suas verdadeiras representações, e não por caricaturas
desses grupos desenvolvidas pela hegemonia favorecida e que não teme perder
sua estabilidade.

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REFERÊNCIAS

BALLESTRIN, L (2017). ​Feminismos Subalternos. Revista de Estudos Feministas,


vol. 25, n. 3, 1035-1054.

CAPAN, Z (2016). Decolonising International Relations? Third World Quarterly,


vol. 28, n. 1, p.p. 1-15.

DAVIS, Angela. ​Mulheres, raça e classe​. 1. ed. São Paulo: BOITEMPO, 2016. p.
1-248.

KRISHNA, S. (2009). Globalization and Postcolonialism: hegemony and


resistance in the twenty-first century. ​New York: Rowman and Littlefield
Publishers, inc, cap. 3​.

MELFI, Theodore (2017). ​Estrelas Além do Tempo.

MIGNOLO, W (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade.


Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 32, n. 94, p.p. 1-18.

TICKNER, J.A. (2001). Gendering World Politics: Issues and Approaches in the
Post-Cold War Era. ​New York: Columbia University Press. Cap. 01 e 02.

VENTURA, R; KRITSCH, R (2017). ​Relações Internacionais, teorias feministas e


produção do conhecimento: um balanço das contribuições recentes. Monções,
vol. 6, n. 11, p.p. 24-57.

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