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O uso de software a favor da Grafoscopia


Eleosiomar Antônio Bertolini – leobertolini_@hotmail.com
Pericia Criminal e Ciências Forenses
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Curitiba, PR, 15/12/2017

Resumo: Com o propósito de compreender e analisar a grafoscopia e o uso de software a favor


das análises de assinatura e de documentos, busco pesquisar como uma das principais
contribuições o aporte teórico sobre a grafoscopia, o perito em grafoscopia e o uso de software,
oriundo do campo da tecnologia da informação, para a área da perícia grafoscópica,
apresentando brevemente a história da grafoscopia ao longo dos anos, o papel do perito neste
contexto e investigar o uso dos softwares na análise grafoscópica assim, por fim demonstrar as
associações entre o conteúdo proveniente da teoria e a aplicação dos softwares a favor da analise
grafoscópica. Neste percurso, durante as pesquisas percebe-se a evolução grafoscópica e a
utilização cada vez mais frequentes e sistemáticas de peritos. Assim, pensa-se este novo
processo, ainda pouco estudado e de pouca bibliografia como algo novo e transformador,
podemos assegurar que o estudo da grafoscopia a favor da investigação e da justiça eleva o
conceito de utilização dos softwares nesta perspectiva, pois se torna o mais consistente produto
de uma possível solidez dos conhecimentos e habilidades aprendidas a cerca deste tema,
potencializando uma maior e qualitativamente superior aplicação à prática dos aprendizados.
Esta proposta, ressaltando a relação entre a forma tradicional de analise de documentos e
assinaturas e a utilização dos softwares se da a partir da necessidade do perito em se utilizar de
novas ferramentas para qualificar o seu trabalho, além de constituir uma forma específica e
particular de analises.

Palavras-chave: Grafoscopia. Perito Grafoscópico. Software em grafoscopia.

1. Introdução

O processo de analise de assinatura ao longo dos anos vem ganhando novas roupagens e, cada
vez mais os métodos utilizados para este estudo vem ganhando novas tecnologias a favor do
Perito Grafodocumentoscópico.
Neste processo a documentoscopia é parte importante, que combate os crimes contra a fraude
documental. Os especialistas buscam, através de exames, comparações e análises científicas em
documentos de segurança ou não, atestar a autenticidade ou a falsidade do material recolhido,
revelando os processos e métodos utilizados nas falsificações de papéis e assinaturas.
Assim, pensa-se este novo processo, ainda pouco estudado e de pouca bibliografia como algo
novo e transformador, podemos assegurar que o estudo da grafoscopia a favor da investigação
e da justiça eleva o conceito de utilização dos softwares nesta perspectiva, pois se torna o mais
consistente produto de uma possível solidez dos conhecimentos e habilidades aprendidas a
cerca deste tema, potencializando uma maior e qualitativamente superior aplicação à prática
dos aprendizados.
Esta proposta, ressaltando a relação entre a forma tradicional de analise de documentos e
assinaturas e a utilização dos softwares se da a partir da necessidade do perito em se utilizar de
novas ferramentas para qualificar o seu trabalho, além de constituir uma forma específica e
particular de analises, não se distancia muito de uma concepção antecedente, mais ampla da
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grafoscopia tradicional, assim, se pudéssemos considerar a proposta como uma variante de


aperfeiçoamento, sem subestimar as raízes deste estudo, assim como seu embasamento a
referida proposta responderia uma importante pergunta: como assegurar uma analise segura
através da utilização dos softwares na qualidade do processo investigativo de assinaturas?
O conteúdo aqui apresentado, tem como objetivo analisar bibliograficamente como estão sendo
utilizados, na prática, os softwares de análise e assinaturas a favor da pericia grafotécnica,
especificamente pesquisando teoricamente sobre a história da grafoscopia; investigando o uso
dos softwares na análise grafoscopico e por fim demonstrando as associações entre o conteúdo
proveniente da teoria e a aplicação dos softwares a favor da analise grafoscópica.

2. A Grafoscopia ao longo da história

Para entendermos a grafoscopia, é importante que façamos uma breve retomada histórica. Com
a evolução do homem, também foi evoluindo gradativamente as formas de comunicação, até o
surgimento da escrita.
Galdóz (2012) nos relata que desde a Antiguidade o homem procura deixar sua marca para a
posteridade através de escritas, desenhos, pensamentos e muitos outros tipos de expressão,
principalmente a escrita
Do grego (grafos+copain) a grafoscopia faz parte da documentoscopia que estuda o grafismo,
como este se constitui, sua forma e as características. Assim, tem por finalidade encontrar a
origem gráfica, para identificar o autor. Seu maior objetivo é a determinação da autenticidade
ou falsidade da assinatura registrada em documentos públicos ou privada.
Para Falat (2012), o princípio fundamental do grafismo se dá a partir da grafia que é de natureza
individual, portanto é inconfundível, toda escrita produzida pelo ser humano, leva consigo
traços de sua personalidade. O fato é que a forma com que escrevemos, deixa características da
maneira na elaboração das letras, distância entre os gramas, detalhes de gráficos, que cada
punho escritor é capaz de deixar, força da pressão, deslocamento e dinamismo exercida com a
caneta sobre o papel, sendo impossível de imitar a grafia, estudo que a grafoscopia pode
identificar o escritor.
Portanto, para este autor as leis da escrita são independentes do alfabeto, cada pessoa tem suas
características na escrita, não importando cultura, cor, classe social, ou seja, o estudo é igual
em qualquer parte do mundo. É de extrema importância, o indivíduo que estuda o grafismo, ter
um amplo entendimento das leis de Edmond Solange Pellat, são conclusões cientificas, que
deram a grafoscopia, um respaldo incontestável pela usa objetividade, conhecido mundialmente
por todos aqueles que buscam conhecer a escrita, dando base, para entender a natureza essencial
do grafismo, esse alicerce serve para auxiliar o processo de análise dos lançamentos gráficos.
Neste contexto, Feuerharmel (2017), nos faz pensar a análise grafoscópica como um trabalho
de comparação entre duas escritas, uma de autoria conhecida (os padrões gráficos) e outra com
autoria a ser identificada (os escritos questionados), não se trata de uma mera busca por
semelhanças ou diferenças entre estas escritas. Portanto, a análise grafoscópica, como o termo
sugere, não deve se limitar ao confronto entre duas escritas. Para este autor, e preciso que aja
um exame profundo e abrangente de todos os materiais e informações relacionados com o caso
em questão, o que inclui o estudo dos hábitos gráficos dos possíveis escritores envolvidos.
Feuerharmel constata que, ao ser concluído, uma análise grafoscópica deverá revelar, entre
outras informações, se os hábitos gráficos do autor da escrita questionada são iguais a (ou
diferentes de) os hábitos gráficos do autor da escrita padrão, o que eventualmente permitirá que
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se concluam quão as duas escritas foram produzidas pela mesma pessoa ou não. Por isto é
importante termos em mente que

... os hábitos graficos de um escritor se traduzem em caractristica morfologicas em


sua escrita, e é por meio delas que se descobrem os abitos deste escritor. Mas nem
todas as caracteriticas graficas observadas em uma escrita se devem a abitos.
Diferenciar umas de outras é uma imprtante tarefa para o analista. Como sera visto, o
simples fato de o perito basear o seu raciocinio em abitos em vez de caracteristicas
mudara sua forma de trabalho e de avaliação dos resultados obtidos nesse trabalho.
Caracteristicas de uma determinada escrita que tenham relação direta com algum dos
habitos de seu autor e, portanto, que sejam relativamente constantes nessa escrita, mas
tambem pouco comuns na populaçao em geral, podem ser consideradas elementos
individualizadores da escrita. (FEUERHARMEL, 2017:07)

Muito temos a falar sobre nossa escrita, podemos pensar desde quando nascemos, já nascemos
em um mundo letrado onde, símbolos representam a leitura muito antes da alfabetização, aquela
alfabetização que todos nós tivemos na escola, nossos primeiros rabiscos, as primeiras letras,
frases que a professora ensinou. A dimensão escrita se dá deste a tenra idade e nos faz termos
uma escrita própria, inimitável. Neste contexto estamos falando sobre a analise das assinaturas,
a coleta de uma assinatura, para em exame grafotécnico.
Queiroz (2013) em seu artigo nos faz pensar que o homem passa por várias etapas de
desenvolvimento da escrita durante sua vida. No inicio do aprendizado, durante a alfabetização,
a escrita e canhestra. No decorrer do tempo, as habilidades gráficas são desenvolvidas, com
criações de linhas ornamentais com maior habilidade de punho, tendo seu ápice na meia idade.
A partir dai ocorre uma involução com o decaimento desta habilidade até a fase senil.
Para prevenir interferências provocadas pela própria mudança de grafia em relação ao tempo,
Queiroz (2013) considera contemporâneo o material gráfico com cerca de dois anos de
diferença em relação à peça questionada. Para ela, este é um parâmetro relativo, e que muitas
vezes irá depender da sensibilidade do perito, pois a situações em que os grafismos permanecem
com suas características individualizadoras por quarenta anos ou mais: como também há fases
(como a adolescência) em que os grafismos passam por muitas modificações durante um curto
espaço de tempo. Nestes casos, uma variedade de padrões coletados em situações distintas pode
ajudar nos exames.
Todos os nossos movimentos, são originados pelo cérebro, e um destes, é o movimento gráfico,
comandados pelo cérebro e medula, as funções nervosas e musculares atuam na produção da
grafia. Através do sistema nervoso periférico, os nervos sensitivos e motores trabalham em
conjunto, os nervos sensitivos, levam as informações para o cérebro que utiliza dos nossos
sentidos, o cérebro por sua vez, envia os comandos aos nervos motores que transmite aos
músculos, para iniciar os movimentos para a produção do grafismo. Tal funcionalidade do
cérebro, é indispensável para a preparação, criação elaboração e a execução da escrita, não
importando as formas de escrita, alfabético ou por desenhos, sendo assim, a morfogênese,
funciona como o mecanismo importante das operações do grafismo.
Morfologia, estudo que atribui às formas simbólicas, evocação ou mentalização das imagens
que aprendemos, o ser humano vai juntando para si, todas as informações e formas que dizem
respeito ao alfabeto. Nosso cérebro é como um HD do computador, no momento em que
precisamos escrever, quando surge a necessidade de escrever, pesquisaram em nosso arquivo
cerebral as formas e símbolos que aprendemos, e assim colocamos na escrita a forma correta a
ser grafado.
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Gênese, momento em que o cérebro adequa ao objetivo da escrita, logo após a morfologia agir,
o ser humano organiza a forma gráfica a um espaço para escrever, nesse momento em que se
desenvolve a obra do grafismo. A pessoa olha o espaço disponível, mede o tamanho do símbolo
gráfico, planeja a construção do traçado e a trajetória do punho, essa é a parte da criação,
inserido no processo da produção.
Muitas são as pessoas que tem enorme dificuldade no momento da gênese, em adequar sua
escrita no devido espaço, sendo que muitos documentos tem assinaturas que ultrapassam o
limite estipulado, com isso, gera divergências na morfologia da escrita padrão, isso varia para
cada pessoa, tendo ou não o habito de escrever.
Sinergia é o momento em que o cérebro envia informações para os órgãos motores, é a
associação imediata dos músculos do braço e mão que contraem produzindo movimentos que
se caracterizam de força que é aplicada, corresponde na ação de escrever. Basta então que a
pessoa execute sua escrita, na fase da sinergia, é que encontramos a interferência exclusiva do
punho para executar todo o gesto gráfico.
Nós escrevemos em dois sentidos básicos, que é fundamental; o sentido vertical resulta na força
que é aplicada com o a caneta no papel suporte, resultante no que o especialista chame de
pressão. Por outro lado, sentido lateral exerce força para deslocar a caneta, quando arrastamos
o instrumento escritor para qualquer direção do papel, esse movimento é chamado de
progressão. Desta forma, esses dois sentidos “forças” dá-se o nome de dinâmica, que
dependendo de quem escreve, pode acarretar em usar mais ou menos força e rapidez nas
escritas, por isso que ninguém escreve da mesma forma que o outro, existindo a dualidade de
punho, ou seja, dois punhos escrevem sempre diferentes em todos os aspectos.
A trajetória que o punho escritor atravessou durante a escrita, ou não graficamente, onde é
realizada a grafia, no momento em que a escrita começa existir, na qual percebemos a trajetória
do punho. Este momento morfogenético, ira prolongar até acontecer a ação acidental ou
proposital de erguer a pena “caneta”. A parte do momento gráfico, é registrado em todo o tempo
em que o objeto escritor está sobre contato do papel, pense que você está fazendo um desenho
por toda a folha do caderno, e por onde passa o lápis deixa marca das formas e a cor dos traços,
de repente, o desenho continua mas o lápis perde o contato com o papel, por continuas vezes,
deixando de registrar o momento gráfico, tendo em vista que a progressão continua, mas deixa
de ter pressão, este é o exato momento negativo da escrita, esses momentos acontecem devido
a força e velocidade empregada na execução da escrita.
Não há duas pessoas que reagem exatamente o mesmo estímulo, nem duas pessoas escrevem
exatamente o mesmo. Como já mencionado, cada ser humano possui um escrita diferente, ou
seja, há uma unicidade de punho, com inclinação axial, calibre, espaçamentos, proporção
gráfica, valores angulares e curvilíneos, modo de agir em relação as linhas de base, passantes
inferiores, superiores e gramas não passantes.
O primeiro ponto a seguir, é a importância dos padrões, que segundo Falat (2012), para o
sucesso do exame grafotécnico temos que ter atenção na coleta dos padrões, que ele cita os
principais que são a coleta propriamente dita, grupos musculares utilizados, fator psicológico,
padrões contemporâneos, padrões com naturalidade, padrões à vista, membro escritor e por fim
outras patologias.
Assim, concordo com Falat (2012) quando ressalta a importância destes tópicos devem-se ao
fato de que todo o trabalho pericial fundamenta-se na qualidade dos padrões coletados pelo
perito, com exceção dos casos em que as peças a serem cotejadas encontrem-se junto aos Autos.
“Todas as circunstâncias que envolvem uma coleta de padrões bem-sucedida serão
evidenciadas, haja vista a complexidade deste momento. Não podemos descartar detalhes
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como: posicionamento do indivíduo no momento de lançar o grafismo, posição do membro


superior, instrumento escritor utilizado, papel-suporte etc.” (Falat 2012:39).
Neste contexto o manuscrito deve ser de extrema qualidade, para não afetar a perícia, pois as
assinaturas coletadas serão comparadas com a questionada. Desta forma, no momento da coleta
de padrões gráficos, o indivíduo deve estar sentado confortavelmente, na postura correta com
o membro escritor aproximadamente com 45 graus de angulação ao tronco, com o cotovelo
apoiado, importante observar a altura da base e do papel, pois desta forma o escritor ficara na
postura correta, a escrita deve seguir, alguns requisitos de extrema necessidade como, ação
espontâneo do escrevente, contemporaneidade, qualidade e adequabilidade.
O especialista pela coleta dos padrões deve ficar atento a alguns pontos específicos como,
interferências musculares e psicológicas, pois esses dois fatores podem ocasionar uma
assinatura de má qualidade, afetando a comparação entre as grafias. Tal ação pode ficar
comprometida, se o indivíduo, estiver com a musculatura cansada de escrever ou até mesmo
machucada, é essencial que o escrevente esteja relaxado.
Outro ponto a ser observado, é o fator psicológico abalado, seja por medo, culpa ou até mesmo
o ambiente onde se encontre desta maneira, se possível, mudar de assunto, falar em outro tema,
fazer com que o indivíduo mude o foco, assim não irá ter interferência para a coleta das grafias.
Se em um dado momento, o perito perceber que as assinaturas estão sendo lançadas de forma
planejada o especialista poderá efetuar uma pausa, na coleta para que volte ao estado natural.
Para uma pericia satisfatória não existem quantitavos de assinaturas a serem colhidas, Gomide
(2016) acredita que uma quantidade razoável seria em media quinze a vinte assinaturas, ou
dependendo do caso, um pouco menos, ou se preferir o especialista pode até pedir que a pessoa
que está sendo intimada, escreva o que é chamada de “Carta Forense”, pode ser palavras ditadas
e/ou deixar o indivíduo livre para escrever aquilo que desejar, é melhor pecar pelo excesso, do
que pela falta trabalhar de assinaturas. Na análise de assinaturas, qualquer documento que
contenha as grafias, pode ser periciada, um RG, um contrato etc. Cada caso, tem suas
particularidades, nenhum vai ser igual ao outro, cada um vai trazer para o perito, aprendizados
e desafios diferentes.
Importante lembrar que,

Aborda-se basicamente planejamento do trabalho pericial, descrevendo as ações


tomadas para elaboração da perícia, a metodologia empregada na utilização dos
equipamentos e a formataãao do lauto grafotécnico. A descrição das diretrizes tomada
para contemplar e elaborar o trabalho pericial deve ser bastante sucinta, apenas
demonstrando as etapas e o roteiro desde a fase incipiente até a complementação do
laudo pericial grafotécnico/documentoscópica, assim, não sendo acresidas de
comentários mais longos, sendo que os tópicos principais do trabalho discorrerão a
respeito. Na descrição dos subitens integrantes na orientação do trabalho, deverão
constar apenas as ações principais tomadas pelos peritos durante a elaboração dos
trabalhos. (FALAT, 2012:51)

Peça padrão constitui-se em escritas nos documentos emitidos por órgão público, ou qualquer
outro que aponta fidedignidade. Essa peça servira para confrontar com a questionada. Por isso
deve ser verificada sua autenticidade, a origem do documento é de extrema importância.
Em muitos casos, podem acontecer do indivíduo não estar presente para a coleta dos padrões,
nestes casos, o perito poderá usar documentos oficiais, para ter sucesso no exame, o perito
deverá tomar alguns cuidados no momento da coleta. Os matérias usados para a coleta da
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escrita, canetas, lápis e papeis devem ser iguais ao questionados, do tipo de pena e tamanho de
onde vai ser assinado no papel.
Quanto à peça questionada, trata-se do grafismo colocado sob suspeita, que deverá ser
periciado, para determinar sua autenticidade ou não. Monteiro (2008) chama atenção para os
cuidados que o perito deve ter com possível peça questionada, devido a variedades de analises
que será realizado, sendo elas destrutivas ou não destrutivas ao documento, o uso de recursos
para uma análise detalhada, não devem em momento algum ser descartada, pois o especialista
deve descrever todas as ações de seu trabalho e toda e qualquer tipo de alteração no papel
suporte, tais como manchas, rasgados, borrões na escrita, dimensões, etc. Assim,

O ponto fundamental antes da etapa de confronto entre as peças questionadas e os


padrões é a familiarização do perito com as caracteristicas graficas desses elementos.
Desta forma, durante o cotejo entre os grafismos, tanto as convergências quanto as
divergências se tornarão mais faceis de serem diagnosticadas e com isso, fornecer ao
perito subsídios para o estabelecimento da conclusão do trabalho.(FALAT, 2012:61)

Neste contexto, Feuerharmel (2017) ressalta que uma conclusão grafoscópica deve expressar o
grau de convicção do perito quanto á autoria dos escritos examinados e não a probabilidade de
tais escritos serem partido ou não do mesmo punho que forneceu o material padrão, pois não há como
reconhecer e avaliar todos os fatores e variáveis que influenciam um confronto grafoscòpico.
Assim, seria um excesso de otimismo (talvez até ingenuidade) o perito pensar que, por ter
analisado a assinatura de um documento, reuniu todos os elementos necessários para estabelecer
a verdade real sobre o caso em questão. Na maioria dos casos, isso não é totalmente plausível.

3. O papel do Perito em Grafoscopia

Para a analise em Grafoscopia o Perito é o profissional indicado, é um especialista de nível


elevado de conhecimentos técnicos e científicos para detectar assinaturas verdadeiras ou
fraudulentas, atestando a natureza do documento, essa analise complexa, envolve o estudo de
qualquer material sobre o qual uma mensagem permanente ou não pode ser registrada. Ele
estuda não apenas a escrita em um documento, mas os materiais dos quais o documento é
composto, isso inclui o estudo da composição do papel e da tinta para detectar alterações ou
para determinar o período em que o documento foi criado.
Para os autores Silva e Feuerhrmel (2013), a atividade pericial desenvolve-se nos
procedimentos cíveis e penais, cada qual com particularidades. Discutia-se no século XIX se os
peritos poderiam ser considerados testemunhas, pacificando-se o entendimento, em diversos
ordenamentos jurídicos, inclusive no brasileiro, de que a prova pericial não equivale à prova
testemunhal, da mesma forma que perito não é testemunha. Ressalta-se que existem outros
ordenamentos jurídicos, notadamente de inspiração na common law, onde o perito é visto como
uma testemunha especializada.
Assim, Silva e Feuerhrmel (2013) ressaltam algumas das distinções entre o perito e a
testemunha: O perito estabelece relações de causalidade entre dois ou mais fatos mediante
regras inerentes a uma ciência, técnica ou arte, enquanto a testemunha destina à demonstração
de fatos da vida comum, que tomou conhecimento por observação própria ou informação
recebida por terceiros; o perito deve explicar os fatos, enquanto a testemunha deve descrever
os fatos; o perito necessita de tempo para refletir sobre os fatos, preparar e amadurecer as
conclusões, antes de ser ouvido, enquanto a testemunha não necessita de tempo para refletir
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sobre os fatos; o perito pode apresentar conclusões em conjunto com outros peritos, enquanto
a testemunha depõe isoladamente; o perito não é produto das circunstâncias enquanto a
testemunha é produto das circunstancias.
O perito é um indivíduo inserido na sociedade e pode tomar conhecimento de algum fato da
vida comum e, nesta condição, ser chamado como testemunha. Mas, quando o vínculo formado
entre o perito e o processo ocorre em função de sua atuação em exame pericial, deve ser ouvido
com o fim de sanar dúvidas referentes ao método empregado, aos exames realizados e às
conclusões obtidas.
Uma perícia em assinaturas se detém na análise do manuscrito, em primeiro lugar a pessoa do
perito deve se ater em todos os detalhes da assinatura, criar familiaridade com a escrita, tais
como ponto de ataque, ou seja, onde começou a escrita, pontos de parada inconscientes ou de
causa externa, pressão exercida pelo órgão escritor. Se atenta nos movimentos, o dinamismo e,
os hábitos da escrita e a avaliação do significado das respectivas semelhanças, variações ou
diferenças, para identificação da autoria da assinatura.
O especialista deve ter conhecimento das características, formas básicas que dão origem ao
traço, saber diferenciar todas as modalidades da “Escrita” grafia, conhecer os variados fatores
que dão origem aos grafismos, e os vários tipos de fraudes e das falsificações como os decalques
“direto e indireto” a cópia servil, a cópia exercitada, a falsificação de memória, auto
falsificação, etc. Todas as comparações e confrontos de uma assinatura estão sob o aspecto da
morfologia e morfodinâmica “gênese gráfica”, daqueles escritos que estiverem sendo
questionados com aquele sabidamente denominado como padrão de confronto autêntico, que
podem ser padrões pré-existentes, que foram produzidos anteriormente ao documento
questionado e sem fins periciais, e padrões coletados pelo perito, é de extrema importância, o
especialista saber todas as informações do processo.
No contexto citado Silva e Feuerharmel (2013) relatam que na Perícia Cível a nomeação do
perito é feita pelo juiz, que escolhe o perito dentre os profissionais de nível universitário
inscritos no órgão de classe competente (artigo 145§ 1º, do CPC).

... No caso específico de exames documentoscópicos, uma vez que não há um orgão
de classe competente o profissional escolhido pelo juizo deverá ter nível universitário,
bem como conhecimentos científicos e tecnicos para realizar os exames necessários...
Feita a nomeação, o profissiona passa a exercer a função publica de auxiliar de justiça
(art 139 do CPC), com o encardo de assistir o juizo na prova do fato onde seu
conhecimento científico e tecnico é exigido. (SILVA E FEUERHARMEL, 2013:57)

Estes autores discutem com propriedade os deveres do perito e do assistente técnico, concluindo
que são deveres do perito: aceitar o encargo de executar a perícia, realizar a perícia no prazo
estipulado, empregar toda a sua diligência nos exames e na confecção do laudo (artigos 146 e
422 do CPC), comparecer às audiências e fonecer informações verídicas. Assim, o perito nao
tem o poder de escolher se vai ou não realizar a perícia. O cumprimento do prazo estipulado
pelo juízo para a realização da perícia também configura obrigação do perito.
O perito deve empregar toda a sua diligencia nos exames e na confecção do laudo, nem sempre
o laudo terá toda a clareza necessária a um completo entendimento das partes.
No caso do assistente tecnico, devem-se observar os seguintes deveres: apresentar o parecer
técnico no prazo legal, comparecer às audiências e fornecer informações verídicas. Portanto
diversamente do perito, o assistente técnico não comete o crime de falsa perícia. Contudo, isso
não o exime de fornecer inforações verídicas, constituindo um dever ético, extensivo a todos
que pertcipam do processo. Importante entender que:
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São poderes atribuidos ao perito e ao assistente tecnico: receber informações, ouvir


testemunhas e verificar documentos que estejam em poder da parte ou em repartições
públicas (artigo 429 do CPC). Ressalta-se que o perito e o assistente tecnico não tem
o poder coercitivo de, por exemplo, obrigar o servidor público a apresentar
determinado documento. Caso haja recusa, deve informar ao juiz para que este ordene
a apresentação do documento ou outro ato que se faça necessário.
(SILVA E FEUERHARMEL, 2013:60)

Assim, resalto as palavras de Tirotti (2013) quando ressalta o trabalho do Perito Grafotécnico
está focado na análise da autenticidade da escrita e ou assinatura. Como perito judicial ou
assistente técnico, atuando dentro das esferas judiciais ou extrajudiciais, nos casos de incidentes
de falsidade, estelionato, ameaça e outros. Preparado para a elaboração de laudo pericial e ou
parecer técnico, dos quais, com uma análise criteriosa e total dedicação, que em caso de
qualquer questionamento, não paire duvida.

4. A TECNOLOGIA A FAVOR DA GRAFOSCOPIA: O USO DE SOFTWARE

Quando acredito que podemos utilizar os softwares a favor da grafoscopia estou falando de um
leque de possibilidades que a computação oferece, com recursos de baixo nível de investimento,
destinados a aprimorar os trabalhos forences, como a utilização da deconvolução para distinção
de cores, entre outros tantos recursos, em forma de plug-ins e filtros, disponíveis para pronta
utilização.
Queiroz e Sampaio (2013), percebem que

As tecnicas instrumentais acompanhadas de recursos de softwares, como a


espectroscopia e microscopia, vêm sendo utilizadas por muito tempo em várias áreas,
no exame de diversos tipos de materiais, como, biologia, geologia, quimica, física,
dentre outras. No entanto, a aplicabilidade destas tecnicas na area forence,
principalmente no Brasil, é relativamente recente. Particularmente, na
documentoscopia estas tecnicas vem ganhando campo, tanto na verificação da
adulteração documental, em lavagens quimicas e acrescimos, quanto na grafoscopia,
na revelação da escrita sulcada para analise de assinaturas. (QUEIROZ E SAMPAIO,
2013:02)

Exemplos que estes autores nos trazem são os instrumentos voltados para o exame de
documentos, como o Vídeo Comparador Espectral, que permitem utilizar iluminação em váriso
comprimentos de onda e traçar espectros de absorçao, emissão ou reflectância, para análise das
caracteristicas das tintas esferográficas e de impressão. O espectrometro Raman utiliza
dispersão no infravermelho para avaliar e diferenciar tintas. Alem disso, a fluorescência de
infravermelho é uma excelente ferramenta para a diferenciação e visualização de cruzamento
de traços.
Pensando na importancia dos softwares devemos entender o que é a grafoscopia digital, Volpi
(2007), acredita que a grafoscopia digital copreende todos os conceitos e preceitos da
grafoscopia, porém, lança mão das imagens digitais como fonte de informação para os exames
tradicionamente preconizados. Para ele, além, de utilizar programas computacionais
(softwares) automáticos (sem intervenção humana) ou semi-automáticos (com intervenção
humana) para auxiliar nestas análises. Trata-se de tecnologia bastante inovadora, mesmo entre
peritos, bem como, tabeliães, juízes e advogados que necessitam slicitar ou entender uma
perícia com base em imagens digitais.
São muitos os softwares a favor da grafoscopia atualmente, muitos espalhados pelo mundo e,
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poucos ainda no Brasil. Cito o NEGA ACPC, Digital Negatoscope- Associacion Colegial de
Peritos Caligrafos Cientificos Documentologicos, Madri-Espanha, software que estou usando
e percebendo como uma ferramenta pratica e eficaz na análise documentoscópica
principalmente em analises grafoscopicas, este exelente produto serve para analizar e medir as
assinaturas melimetricamente e posso sobrepor as firmas para uma comparação ainda melhor.
Outro produto pouco usado no Brasil, chamado neuroscript uma soluçao fabricada nos Estados
Unidos,no estado do Arizona, software que estuda os movimentos humanos, podendo ser usado
em outras areas como a psiquiatria, educação, neurologia e principalmete na area forense,
ScriptAlyzer é a solução mais acessivel para gravação e anaise de movimentos de manuscritos.
Recentemente encontrei um produto na Espanha com o Senhor Jesus Martin, Doutor pelo
Instituto Cientifico de Criminalistica documental (ICCD) e Presidente de La Soc. Cientifica
Internacional de Analistas Forenses em Documentos. Na ocasião, procurei para adquirir o
sistema EXPERTSYS, é uma estação de trabalho de analise multispectral de assinaturas que
pode ser facilmente usado nos padrões Windows, desenvolvido por ex-peritos da INTERPOL,
especialistas em documentos de Versalhes e engenheiros em informatica.
Posso citar no rol de software o SIGNIFICANTE PENANALYST, que registra manuscritos
por parametro de pressao, aceleração, velocidade e ritmo, tais aspectos são de particularidade
da cada ser humano, podendo identificar a escrita no exato momento em que se escreve, estes
parametros são gravados e o software repassa ao perito usando uma ferramenta chamada
PenAnalyst, passando os dados como pressão velocidade. Portanto, existem muitas opções de
software espalhados pelo mundo, que sem duvida traz para o perito uma maior confiabilidade
em seus trabalhos. Não estou aqui querendo comparar uma analise de DNA ou papiloscopica
que sem duvida são analises primordial para a ciencia forense, mas pontuando alguns pontos
da escrita que são diferentes em cada pessoa, tais como a presão exercida no momonto da
escrita.
Seguindo neste contexto o fabricante Wacom muito conhecido pelas suas mesas digitalizadoras
para desenho, mesa de assinaturas e canetas digitais, deixa a disposição para peritos
grafodocumentoscópico o software especifico para uso forense chamado de SignatureScope,
que garante que os dados eletrônicos sejam superiores às assinaturas em tinta no papel, fazendo
dos dados uma grande importância, deixando claro que é significativo a coleta de dados, que
difere em muitos aspectos das tecnologias de assinatura concorrentes. A vantagem é que os
dados coletados fica armazenado como são coletados, todos os dados como presão, tempo de
escrita e posição, armazenando de forma bruta e permitindo que tempo depois seja usada e
analizada pelo perito, importante dizer que os dados não sofrem alterações para posteriormente
serem usadas. A Wacom deixa claro que o uso é direcionado somente para Examinadores de
documenos forenses, o perito deve se cadastrar e comprovar que é realmente um examinados,
além de assinar termo de responsabilidades.
Em um artigo intitulado “Grafoscopia digital” Angelo Voupi (2007) nos faz refletir sobre as
aplicações da informática para reconhecimento de assinaturas manuscritas estas, desdobram-se
em diferentes ramos. Para os tabelionatos é pertinente para o reconhecimento automático de
firmas por semelhança, buscando-se uma aplicação de "tabelião cibernético" na medida em que
se irá confiar a um computador a função de conferência (semelhança) entre o padrão arquivado
no cartório e a firma a ser reconhecida.
Neste artigo, cita que, desde 2005, em um tabelionato Volpi, desenvolvem-se em parceria com
pesquisadores e técnicos, testes com softwares para reconhecimento automático de assinaturas
por semelhança. Nossa intenção, a princípio era ter um software que permitisse a comparação
entre a imagem da assinatura feita em papel e as digitalizadas, que compõe nosso acervo de
fichas de autógrafo.
A primeira barreira que ele encontra para este escopo é que as assinaturas feitas em documentos
de papel são grafadas sob linhas, nomes e textos. Para que um programa possa reconhecer uma
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firma, ele deve comparar duas assinaturas sem interferência de outras imagens e, portanto,
atualmente impossível, pois a maioria é assinada sobre uma linha com o nome, cargo, carimbo
ou outras interferências gráficas.
Para ele, a solução seria a criação de um programa que, tendo um modelo de assinatura do
cliente, "encontre" somente aquele no papel, expurgando informações que não compõem a
assinatura. Fatos que dificultam a etapa denominada de pré-processamento da imagem digital,
sendo este um problema cientificamente em aberto. Pois não existe uma solução única que
possa ser aplicada a qualquer tipo de documento. As soluções apontadas são ditas "dependentes
do contexto", ou seja, para cada tipo de documento um conjunto de procedimentos
computacionais específicos deve ser aplicado.
A alternativa atual possível que ele encontrou é o uso de assinaturas feitas em telas de pequenos
aparelhos como telefones, agendas, blackbarrys, e outros apetrechos tecnológicos. A vantagem
desta alternativa é que além da imagem estática da leitura, também lê a pressão da caneta e
velocidade na execução da assinatura. Ou seja, agregam vários outros padrões de segurança na
comparação entre assinaturas. Neste caso, elementos dinâmicos.
Trata-se de solução já em uso em alguns lugares, inclusive no Tribunal de Justiça do Distrito
Federal, revelando-se promissora solução para agregar assinaturas manuscritas em decisões
judiciais. Mas ele questiona como isto é feito? Simplificando toda a matemática, estatística,
reconhecimento de padrões e outras áreas do conhecimento humano, o conceito é bem simples.
Na verdade, o programa de computador realiza diversos cálculos que permitem estabelecer o
que é "genuíno" daquela pessoa. E, então, com outros cálculos determinar se a assinatura
questionada "é" ou "não é" compatível com as genuínas. Este sistema tem por base cálculos
individualizadores, ou seja, para cada pessoa um conjunto específico de resultados determina o
que é "genuíno". Nos testes realizados por suas pesquisas os cálculos consideram a inclinação
da escrita e a distribuição do traçado em relação ao espaço disponível para escrever. Muitas
outras características podem ser agregadas, melhorando-se assim o desempenho final do
sistema.
Volpi (2007) ainda constata que as pesquisas mais importantes em inteligência artificial
apontam que os computadores, com suas fantásticas possibilidades de guardar dados, estão
começando a processar muito do comportamento humano, não somente na parte intelectual,
mas física, como no caso acima relatado. Ele acredita que as atividades humanas cognitivas
compõem-se de aprendizado - aquisição de um conhecimento - que o computador faz lendo o
comportamento daquele usuário. E a partir daí passa a comparar com outro dizendo se é o
mesmo ou não. Funcionalidade fantástica, principalmente se combinada com criptografia para
vincular assinatura ao texto. Porém atualmente restritiva e cara, pela captação em aparelhos e
não no papel. E em longo prazo ameaçadora, pois robôs poderão ser treinados a baixo custo
para falsificar nossas assinaturas por braços mecânicos.
Assim, temos mais uma vez a informática, oferecendo soluções positivas de um lado e abrindo
vulnerabilidades de outro.

5. Conclusão

Este estudo expressa meses de trabalho dirigido e orientado, de muitos desafios e descobertas.
Teve como eixo central a Grafoscopia, o papel do perito e o uso de softwares e, para desenvolvê-
lo e fazer uma análise deste tema escolhi a pesquisa bibliográfica como instrumento de estudo
assim, o compromisso foi estudar este tema a partir do olhar de diversos autores renomados.
Num período onde as aprendizagens são rápidas e momentâneas com as tecnologias e todo o
acesso que temos a recursos de aprendizagem, cada vez mais nos questionamos como melhorar
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nossos conhecimentos a cerca de um tema, o que aprender, onde aprender e, neste processo
novas interações e formas de aprender se tornam significativas, é o que constato neste estudo,
pensando no uso dos softwares a favor da grafoscopia.
Assim, ao que esta pesquisa se propôs, acredito obter sucesso consolidando nos objetivos.
Primeiramente foi realizada uma pesquisa sobre o conceito de grafoscopia para alguns autores
e como se deu o seu processo ao longo dos anos. Pesquiso então o papel do perito e, por fim o
uso dos softwares a favor do perito em grafoscopia, neste último encontro escasso material e,
limitado; limitado no sentido de uso e estudos em relação aos softwares, encontrei alguns
materiais principalmente em outros países. Logo cito alguns softwares de meu conhecimento
que podem ser utilizados por perito, assim relato brevemente sobre cada um.
Este estudo gera imediata reflexão e questionamento entre peritos, instigando-os a conhecer
melhor este mundo tecnológico, gerando inquietações nas perspectivas de futuro e
aprendizagem e, os fazem repensar em sua pratica somando conhecimentos e conteúdos em sua
pratica.
Para o perito, o uso dos software vem como uma pratica inovadora e cheia de possibilidades.
Então, entendo que para que o perito ganhe espaço e possibilidades com o uso de software é
necessária buscas constantes, aperfeiçoamento na área e, quando acredito que podemos utilizar
os softwares a favor da grafoscopia estou falando de um leque de possibilidades que a
computação oferece, com recursos de baixo nível de investimento, destinados a aprimorar os
trabalhos forenses.
Destaca-se então, como uma das principais contribuições o aporte teórico sobre a grafoscopia
e o uso de softwares, oriundo do campo da tecnologia da informação, para a área grafoscópica.
Assim, percebe-se que devemos incorporar uma reflexão crítica, aspecto imprescindível nesta
discussão, ressaltando, em especial, suas possibilidades para favorecer a atuação do perito.
Finalizo este estudo expressando a convicção de que, mesmo com a escassa fundamentação
teórica em nosso país sobre o tema, a ciência forense tem a ganhar com estudos e profissionais
engajados nesta área.
As ricas formas de aprendizagem neste campo nos fazem destacar o protagonismo dos peritos,
que tem muito a ganhar se apropriando de softwares e obras literárias oriundas principalmente
da França, México e Espanha.

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