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SUMÁRIO

1- Definição....................................................................................................................................
2 - Os 3R’s da Reciclagem.............................................................................................................
3 - Tipos.........................................................................................................................................
3.1 – Ferrosos.............................................................................................................................
3.1.1 – Latas de Aço...............................................................................................................
3.2 - Não Ferrosos......................................................................................................................
3.2.1 – Alumínio......................................................................................................................
3.3 – Plásticos............................................................................................................................
3.4 - Papel..................................................................................................................................
3.5 – Vidros.................................................................................................................................
3.6 – Pneus.................................................................................................................................
3.7 – Entulho...............................................................................................................................
4 – Tempo Necessário para a Degradação....................................................................................
5 – Custo dos Materiais a serem reciclados...................................................................................
6 – Simbologia da Reciclagem.......................................................................................................
7 – Normas da Reciclagem............................................................................................................
8 – Bibliografia................................................................................................................................

1- Definição
Reciclagem é um conjunto de técnicas e processos industriais que tem por finalidade
reutilizar e converter o resíduo descartado em um material semelhante ao original ou em outro
diferente. É o resultado de uma série de atividades pelas quais os materiais que se tornariam
lixo são coletados, separados e processados para serem utilizados como matéria-prima na
manufatura de novos produtos. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e
inserir novamente ao ciclo produtivo o que é descartado.
A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de
80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis
estavam e estão se esgotando. Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).
Uma outra forma de aproveitar os resíduos é a reutilização, que consiste em usar
novamente o mesmo objeto ou produto conservando as funcionalidades operacionais.
A reciclagem, na maioria dos casos, só é possível industrialmente, mas a reutilização
pode ser feita de maneira artesanal, quando, por exemplo, transformam-se garrafas de PET em
sofás ou vassouras.
Pode-se dizer que o papel da reciclagem está em devolver ao consumo da população,
dentro do possível, as substâncias e a energia contida nos resíduos do lixo, de modo que se
extraiam da natureza as quantidades de matérias-primas mínimas, de forma racional e
organizada, protegendo de maneira prática os recursos naturais disponíveis, preservando
efetivamente o meio ambiente.

2 - Os 3R’s da Reciclagem
Os 3 Rs referem-se às palavras Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Este conceito é amplamente
aceito por diversos segmentos da sociedade, pois sintetizam as atitudes práticas que podemos
ter no nosso dia-a-dia para preservar a vida no planeta.
• Reduzir – A redução do lixo está diretamente ligada ao consumo. O que é bastante
estimulado pelo modelo de vida diariamente divulgado pela mídia. Deve-se então
mudar o hábito para obter somente o que é necessário ou produtos reutilizáveis e mais
duráveis.
• Reutilizar - A conexão aqui está com o desperdício. Deve-se, portanto, reaproveitar
tudo o que é possível, passar para outras pessoas o que não mais lhe serve e usar
embalagens retornáveis. Um bom emprego é o artesanato com PET, vidro, papel, etc,
a reutilização do sacos plásticos de supermercados como sacos de lixo; o uso de
embalagens de vidro ou plásticos como potes para usos diversos do lar.
• Reciclar transformar, ter capacidade de imaginar, criar e renovar. Um exemplo muito
comum é o de transformar o material do lixo em outros produtos: você pode separar os
papéis que já foram utilizados e encaminhar para a reciclagem. Você também pode
comprar papéis reciclados.

3 - Tipos
3.1 – Ferrosos
3.1.1 – Latas de Aço

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As latas de aço, produzidas com chapas metálicas conhecidas como folhas de flandres,
tem como principais características a resistência, inviolabilidade e opacidade.
São compostas por ferro e uma pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%)
- materiais que protegem contra a oxidação e evitam por mais de dois anos a decomposição de
alimentos. Quando reciclado, o aço volta ao mercado em forma de automóveis, ferramentas,
vigas para construção civil, arames, vergalhões, utensílios domésticos e outros produtos,
inclusive novas latas.
No Brasil, são consumidas cerca de 1 milhão de toneladas de latas de aço por ano, o
equivalente a 4 quilos por habitante. Nos Estados Unidos, o consumo anual é de 10 quilos por
habitante/ano.

Processo de Reciclagem:
Depois de separadas do lixo, por processo manual, ou através de separadores
eletromagnéticos, as latas de aço precisam passar por processo de limpeza em peneiras para
a retirada de terra e de outros contaminantes. Em seguida, são prensadas em fardos para
facilitar o transporte nos caminhões até as indústrias recicladoras. Ao chegar na usina de
fundição a sucata vai para fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1550 graus centígrados.
Após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado de líquido fumegante, o material é moldado
em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de aço. A sucata
demora somente um dia para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço
usadas por vários setores industriais - das montadoras de automóveis às fábricas de latinhas
em conserva. O material pode ser reciclado infinitas vezes, sem causar grandes perdas ou
prejudicar a qualidade. Aciarias de porte médio equipadas com fornos elétricos processam a
sucata por custo inferior ao das siderúrgicas convencionais.
Benefícios:
• economia de minérios;
• economia de energia;
• economia de água;
• aumento da vida útil dos lixões;
• diminuição das áreas degradadas pela extração do minério;
• diminuição da poluição;
• geração de empregos e recursos econômicos para os intermediários.

3.2 - Não Ferrosos


3.2.1 – Alumínio
O alumínio é um metal de símbolo Al, branco brilhante, leve, dúctil, maleável, é
abundante na natureza, principalmente em forma de silicatos. Sólido, se funde a 660º C e é um
bom condutor de calor e eletricidade. Em estado puro, é bastante mole e maleável. Não se
altera em contato com a água e nem com o ar, pois sua superfície é protegida por uma fina
camada de alumina. É trivalente em seus compostos, como a alumina Al2O3 ou o cloreto AlCl3.
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Na ordem decrescente, de acordo com o peso, dos elementos que constituem a crosta
terrestre, o alumínio ocupa o terceiro lugar, representando cerca de oito por cento em peso do
total. Esse metal faz parte da composição de grande número de rochas e pedras preciosas.
Entre as primeiras, cabe mencionar, graças a seu interesse mineralógico ou metalúrgico, os
feldspatos, as micas, a turmalina, a bauxita e a criolita. Entre as pedras preciosas, aquelas que
apresentam um maior teor de alumínio são o coríndon, as safiras e os rubis.
O alumínio possui altos índices de condutividade elétrica, graças a uma fina capa de
óxido que o protege de ataques do meio ambiente. Apresenta, entretanto, elevada reatividade
quando em contato com outros elementos: em presença de oxigênio, sofre reação de
combustão, liberando grande quantidade de calor, e ao combinar-se com halogênios (cloro,
flúor, bromo e iodo) ou com o enxofre, produz imediatamente os respectivos haletos e sulfetos
de alumínio.

Alumínio primário e secundário


O alumínio não se encontra em estado nativo. Ele é obtido a partir de um minério
chamado bauxita. Para produzi-lo é necessário separar os elementos que compõem a bauxita
da alumina. Chega-se à alumina através de um pó branco e fino, que passa por um processo
de refinação. Depois de uma série de processos químicos chega-se ao alumínio primário.
O alumínio secundário é produzido através da reciclagem dos produtos compostos pelo
alumínio em geral, tais como: janelas, panelas, peças automotivas e principalmente as latas de
alumínio. A produção do alumínio secundário (reciclagem) evita a extração da bauxita, pois
para cada 1 tonelada de alumínio reaproveitado, deixa-se de retirar do solo 5 toneladas do
minério. Outra grande vantagem é que se gasta apenas 750 kWh, enquanto que a mesma
quantidade com o uso do alumínio primário, gasta 17.600 kWh, o que representa uma
economia de energia 95% de energia, seu principal insumo para produção.

Processo de Reciclagem:

Lata de Alumínio
A sucata de latas para bebidas transforma-se novamente em lata após coleta e
refusão, sem que haja limites para o seu retorno ao ciclo de produção.
Em 2004, mais de 45% das chapas para as latas produzidas no Brasil vieram de
material reciclado. A figura abaixo mostra como é o processo de reciclagem de alumínio.

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Alumínio
Qualquer produto feito em alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas
qualidades no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais. Isto confere ao
alumínio uma combinação de vantagens, em que se destacam a proteção ambiental, a
economia de energia e o papel multiplicador na cadeia econômica, por meio da renda gerada
pela coleta de sucata.
Tantos as sobras do processo de fabricação de chapas, perfis e laminados de alumínio,
como a sucata gerada por produtos com vida útil esgotada por meio de refusão.
A reciclagem com produtos com vida útil esgotada depende do tempo que vai do seu
nascimento, consumo e descarte. A isto se chama ciclo de vida de um produto, que pode ser
de 45 dias, como é o caso da lata de alumínio, até 40 anos, como acontece aos cabos de
alumínio para o setor elétrico. Quanto menor for o ciclo de vida de um produto de alumínio,
mais rápido é o seu retorno á reciclagem, razão pela qual os índices de reciclagem no Brasil
apontam para volumes cada vez maiores, desde que a lata de alumínio chegou ao nosso
mercado.

Benefícios
 Econômicos e sociais:
• Assegura renda em áreas carentes, constituindo fonte permanente de ocupação e
remuneração para mão de obra.

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• Injeta recursos nas economias locais, através da criação de empregos, recolhimento de
impostos e desenvolvimento do mercado.
• Reciclar economiza até 95% de energia utilizada para produzir alumínio a partir da
bauxita.
• Cada tonelada reciclada poupa a extração de 5t deste minério, matéria-prima do
alumínio.
• Estimula outros negócios, por gerar novas atividades produtivas (máquinas e
equipamentos especiais).

 Ambientais:
• Favorece o desenvolvimento da consciência ambiental, promovendo um
comportamento responsável em relação ao meio ambiente, por parte das empresas e
dos cidadãos.
• Incentiva a reciclagem de outros materiais, multiplicando ações em virtudes do
interesse que desperta por seu maior valor agregado.
• Reduz o volume de lixo gerado, contribuindo para a solução da questão do tratamento
de resíduos gerados pelo consumo.
• Economiza energia de lixo gerado, contribuindo para a solução da questão do
tratamento de resíduos gerados pelo consumo.

3.3 – Plásticos
A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à
moldagem.
Os plásticos são produzidos através de um processo químico conhecido como
polimerização, a união química de monômeros, moléculas pequenas, que formam moléculas de
grande cadeia ou macromoléculas, chamadas polímeros (do grego poly=muitos e
meros=partes).
Os polímeros podem ser naturais como celulose, algodão, látex, proteínas, ou
sintéticos como os plásticos, que são obtidos por reações químicas.
A matéria-prima do plástico é o petróleo, que é formado por uma mistura de
substâncias orgânicas com pontos de ebulição diferentes.
Estas substâncias, chamadas derivados do petróleo, são separadas através do
processo de destilação fracionada. A fração nafta é conduzida para as centrais petroquímicas,
onde passa por processamentos dando origem a monômeros como, por exemplo, o eteno ou
etileno. Apenas 4% do petróleo extraído é suficiente para atender a produção de plásticos.
Estes monômeros apresentam obrigatoriamente pelo menos uma dupla ligação entre
átomos de carbono.
No processo de polimerização a dupla ligação se rompe, formando ligações simples,
como mostra o exemplo abaixo, que produz o polietileno.

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As estruturas químicas e a massa molar do polímero determinam suas propriedades
físico-químicas. Propriedades como resistência à chama, cristalinidade, estabilidade térmica,
resistência à ação química e propriedades mecânicas, determinam a utilidade do polímero.
Os plásticos são utilizados em quase todos os setores da economia, tais como:
construção civil, agrícola, têxtil, lazer, telecomunicações, eletroeletrônicos, automobilístico,
médico-hospitalar e distribuição de energia.

Materiais plásticos
• Polietileno tereftalato — PET: frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar,
cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, etc.
• Polietileno de alta densidade — PEAD: embalagens para detergentes e óleos
automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras, tampas, tambores para tintas,
potes, utilidades domésticas, etc.
• Policloreto de vinila — PVC: embalagens para água mineral, óleos comestíveis,
maioneses, sucos. Perfis para janelas, tubulações de água e esgotos, mangueiras,
embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, etc. .
• Polietileno de baixa densidade — PEBD: Utilizado na fabricação de embalagens de
alimentos; Ex. Sacos de Arroz ou feijão
• Polietileno linear de baixa densidade — PELBD: sacolas para supermercados e
lojas, filmes para embalar leite e outros alimentos, sacaria industrial, filmes para fraldas
descartáveis, bolsa para soro medicinal, sacos de lixo, etc.
• Polipropileno — PP: filmes para embalagens e alimentos, embalagens industriais,
cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas, autopeças,
fibras para tapetes e utilidades domésticas, potes, fraldas e seringas descartáveis, etc.
• Poliestireno — OS: potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos, bandejas de
supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos, tampas, aparelhos de
barbear descartáveis, brinquedos, etc.
• Outros Neste grupo encontram-se, entre outros, os seguintes plásticos:
ABS/SAN, EVA e PA: solados, autopeças, chinelos, pneus, acessórios esportivos e
náuticos, plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de
computadores, etc.

Plásticos Recicláveis:
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Potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos,
vasilhas, recipientes, artigos domésticos, tubulações e garrafas de PET.

Plásticos não Recicláveis:


Cabos de panela, botões de rádio, pratos, canetas, bijuterias, espuma, embalagens a
vácuo e fraldas descartáveis.

Processos de Reciclagem
 Reciclagem Química
A reciclagem química re-processa plásticos, transformando-os em petroquímicos básicos
que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas. Seu objetivo é a
recuperação dos componentes químicos individuais para reutilizá-los como produtos químicos
ou para a produção de novos plásticos.
Os novos processos desenvolvidos de reciclagem química permitem a reciclagem de
misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau de contaminantes como,
por exemplo, tintas, papéis, entre outros materiais.
Entre os processos de reciclagem química existentes, destacam-se:
• Hidrogenação: As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e
calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.
• Gaseificação: Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de
síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.
• Quimólise: Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na
presença de Glicol/Metanol e água.
• Pirólise: É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este
processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em
refinaria.

 Reciclagem Mecânica
A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou
pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como
sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras,
embalagens não-alimentícias e outros.
Este tipo de processo passa pelas seguintes etapas:
• Separação: separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo
com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também
rótulos de diferentes materiais, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de
um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc.Por ser uma etapa
geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que
executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser
separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva e mais limpo em relação ao

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material proveniente dos lixões ou aterros.
• Moagem: Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e
fragmentados em pequenas partes.
• Lavagem: Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a
retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um
tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.
• Aglutinação: Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se
assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede
do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à formação de uma
massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos, como
cargas, pigmentos e lubrificantes.
• Extrusão: A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da
extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é
resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e
transformando em pellet (grãos plásticos).
 Reciclagem Energética
É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos.A
reciclagem energética distingue-se da incineração por utilizar os resíduos plásticos como
combustível na geração de energia elétrica. Já a simples incineração não reaproveita a energia
dos materiais. A energia contida em 1 kg de plástico é equivalente à contida em 1 kg de óleo
combustível. Além da economia e da recuperação de energia, com a reciclagem ocorre ainda
uma redução de 70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte
esterilizado.

Benefícios
A fabricação de plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando todo o
processo desde a exploração da matéria-prima primária até a formação do produto final. Além
disso, se o produto descartado permanecesse no meio ambiente, poderia estar causando maior
poluição. Isso pode ser entendido como uma alternativa para as oscilações do mercado
abastecedor e também como preservação dos recursos naturais, o que podendo reduzir,
inclusive, os custos das matérias primas. O plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos
mercados tradicionais das resinas virgens, quanto em novos mercados.

3.4 - Papel
O papel é formado por fibras celulósicas que se entrelaçam umas com as outras,
garantindo a sua resistência. Essas fibras são retiradas da madeira. A celulose está presente
nas paredes das células da madeira e ela é um polissacarídeo formado pela ligação de
milhares de monômeros de glicose, conforme mostra a figura 1, produzidos durante a
fotossíntese. Cada célula da madeira é unida por uma substância chamada lignina e é essa
substância que dá resistência ao papel.

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Quimicamente dizemos que as fibras são formadas pelas interações entre as
moléculas de celulose, proporcionadas pelas ligações de hidrogênio entre os grupos hidroxila
dos monômeros de glicose, de acordo com a figura 8. São essas mesmas ligações de
hidrogênio que permitem a formação de folhas de papel. No Brasil, a produção de celulose e
papel utiliza essencialmente espécies de eucalipto, que levam de seis a sete anos para atingir
a idade de corte. Para produzir uma tonelada de papel são consumidas cerca de 20 árvores de
eucalipto. Algumas espécies de pinus também são utilizadas, principalmente na região Sul do
país. A produção de celulose baseia-se principalmente em florestas plantadas, embora alguns
países asiáticos, a América do Norte e a Europa ainda utilizem florestas nativas.
Aqui no Brasil, as principais áreas de reflorestamento estão localizadas nas regiões
Sudeste e Sul.
.

Figura 1- Estrutura de uma cadeia de celulose

Figura 2- ligações de hidrogênio entre cadeias de celulose

Papéis Recicláveis:
caixa de papelão, jornal, revista, impressos em geral, fotocópias, rascunhos, envelopes, papel
timbrado, embalagens tetrapack, cartões e papel de fax.
Papeis não–recicláveis
papel sanitário, copos descartáveis, papel carbono, fotografias, fitas adesivas e etiquetas
adesivas.

Processo de Reciclagem

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Benefícios:
• Redução dos custos das matérias-primas: a pasta de aparas é mais barata que a
celulose de primeira.
• Economia de Recursos Naturais.
• Madeira: Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m 3 de madeira, conforme o
tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para de 15 a 30
árvores.
• Água: Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas
2.000 litros de água, ao passo que, no processo tradicional, este volume pode chegar a
100.000 litros por tonelada.
• Energia: Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de
economia quando se comparam papéis reciclados simples com papéis virgens feitos
com pasta de refinador.
• Redução da Poluição: Com a produção de papel reciclado evita-se a utilização de
processos químicos evitando-se a poluição ambiental: reduzem em 74% os poluentes
liberados no ar e em 35% os despejados na água. A reciclagem de uma tonelada de
jornais evita a emissão de 2,5 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
• Criação de Empregos: estima-se que, ao reciclar papéis, sejam criados cinco vezes
mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais

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empregos do que na coleta e destinação final de lixo.
S?lica ( SiO2) Mat?ria prima b?sica (areia) com fun??o vitrificante.
Pot?ssio ( K2O) • Redução da "conta do lixo": o Brasil, no entanto, só recicla 30% do seu consumo de
Alumina ( Al2O3) Aumenta a resist?ncia
papéis, papelões mec?nica.
e cartões.
S?dio ( Na2SO4)
Magn?sio ( MgO) Garante resist?ncia ao vidro para suportar mudan?as bruscas de temperatura e aumenta a resis
3.5 – Vidros
C?lcio ( CaO) Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosf?ricos.
O vidro é um material duro, frágil e transparente conhecido a mais de 4500 anos.
Provavelmente foi descoberto durante a fundição de metais. É necessária uma elevada
temperatura (15000C) para sua obtenção e manipulação, daí a produção de grandes peças só
ter sido possível a partir de meados do século XX. É um material resistente, não se gasta e
permite a passagem de luz. Os antigos egípcios foram os primeiros a fabricar o vidro.
As composições individuais dos vidros variam muito, pois pequenas alterações são
feitas para proporcionar propriedades específicas, tais como cor, índice de refração,
viscosidade, etc. A sílica, que constitui a base do vidro, é comum a todos os tipos de vidro. A
composição do vidro é mostrada no gráfico abaixo.
Os vidros coloridos são produzidos acrescentando-se à composição corantes como o
selênio (Se), óxido de ferro (Fe2O3), e cobalto (Co3O4) para atingirem as diferentes cores.

Figura 3- Componetes do Vidro

Vidros Recicláveis
Recipientes em geral, copos, garrafas de vários tamanhos, embalagens de molhos, etc.
Vidros não Recicláveis
Vidros planos, espelhos, lâmpadas, tubos de tv, cerâmica, porcelana.

Processo de Reciclagem
Nos sistemas de reciclagem mais completos, o vidro bruto estocado em tambores é
submetido a um eletroímã para separação dos metais contaminantes.
O material é lavado em tanque com água, que após o processo precisa ser tratada e
recuperada para evitar desperdício e contaminação de cursos d'água. Depois, o material passa

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por uma esteira ou mesa destinada à catação de impurezas, como restos de metais, pedras,
plásticos e vidros indesejáveis que não tenham sido retidos. Um triturador com motor de 2 HP
transforma as embalagens em cacos de tamanho homogêneo que são encaminhados para
uma peneira vibratória. Outra esteira leva o material para um segundo eletroímã, que separa
metais ainda existentes nos cacos.
O vidro é armazenado em silo ou tambores e funciona como matéria -prima já
balanceada podendo substituir o feldspato, pois o caco precisa de uma temperatura menor
para fundir. O vidro é um material não-poroso que resiste a temperaturas de até 150 ºC (vidro
comum) sem perda de suas propriedades físicas e químicas. Esse fato faz com que os
produtos possam ser reutilizados várias vezes para a mesma finalidade.
Além da redução de matérias-primas retiradas da natureza, a adição de caco à mistura
reduz o tempo de fusão na fabricação do vidro, tendo como conseqüência uma redução
significativa no consumo energético de produção.

Benefícios:
 O vidro e 100% reciclável. 1 Kg de vidro reciclado produz Kg de vidro novo.
 As propriedades do vidro se mantêm mesmo após sucessivos processos de
reciclagem. Ao contrário do papel, que vai perdendo qualidade ao longo de algumas
reciclagens.
 Para a produção de um material feito de vidro são necessários diversos recursos
naturais como areia, barrilha, calcário, carbonato de sódio, cal, dolomita e feldspato,
sendo este último fundente muito raro. Sendo assim, com a reciclagem, a natureza
pode ser poupada.

3.6 – Pneus
O Brasil produziu 52 milhões de pneus em 2004. Um terço disso é exportado para mais
de 100 países e o restante roda nos veículos nacionais. Apesar do alto índice de reforma no
País, que prolonga a vida útil dos pneus (no caso daqueles destinados a caminhões e ônibus o
pneumático é reformado mais de duas vezes), parte deles, já desgastada pelo uso, acaba
parando nos lixões, na beira de rios e estradas, e até no quintal das casas, onde acumulam
água que atrai insetos transmissores de doenças. Os pneus e câmaras de ar consomem cerca
de 70% da produção nacional de borracha e sua reciclagem é capaz de devolver ao processo
produtivo de terceiros setores (por razões de ordem tecnológica, não retorna para a indústria
de pneumáticos) um insumo regenerado por menos da metade do custo que o da borracha
natural ou sintética. Além disso, economiza energia e poupa petróleo usado como matéria-
prima virgem.
Um pneu é construído, basicamente, com uma mistura de borracha natural e de
elastômeros (polímeros com propriedades físicas semelhantes às da borracha natural),
também chamados de "borrachas sintéticas". A adição de negro de fumo confere à borracha
propriedades de resistência mecânica e à ação dos raios ultra-violeta, durabilidade e

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desempenho. A mistura é espalmada num molde e, para a vulcanização - feita a uma
temperatura de 120-160ºC - utiliza-se o enxofre, compostos de zinco como aceleradores e
outros compostos ativadores e anti-oxidantes. Um fio de aço é embutido no talão, que se ajusta
ao aro da roda e, nos pneus de automóveis do tipo radial, uma manta de tecido de nylon
reforça a carcaça e a mistura de borracha/elastômeros é espalmada, com uma malha de arame
de aço entrelaçada nas camadas superiores. Estes materiais introduzem os elementos
químicos da composição total de um pneu típico.

Processo de Reciclagem
• Na engenharia civil:
O uso de carcaças de pneus na engenharia civil envolve diversas soluções criativas, em
aplicações bastante diversificadas, tais como, barreira em acostamentos de estradas, elemento
de construção em parques e playgrounds, quebra-mar, obstáculos para trânsito e, até mesmo,
recifes artificiais para criação de peixes.
• Na regeneração da borracha:
O processo de regeneração de borracha envolve a separação da borracha vulcanizada dos
demais componentes e sua digestão com vapor e produtos químicos, tais como, álcalis,
mercaptanas e óleos minerais. O produto desta digestão é refinado em moinhos até a obtenção
de uma manta uniforme, ou extrudado para obtenção de material granulado.A moagem do
pneu em partículas finas permite o uso direto do resíduo de borracha em aplicações similares
às da borracha regenerada.
• Na geração de energia
O poder calorífico de raspas de pneu eqüivale ao do óleo combustível, ficando em torno de
40 Mej/kg. O poder calorífico da madeira é por volta de 14 Mej/kg.
Os pneus podem ser queimados em fornos já projetados para otimiza a queima. Em
fábricas de cimento, sua queima já é uma realidade em outros países. A Associação Brasileira
de Cimento Portland (ABCP) informa que cerca de 100 milhões de carcaças de pneus são
queimadas anualmente nos Estados Unidos com esta finalidade, e que o Brasil já está
experimentando a mesma solução.
• No asfalto modificado com borracha
O processo envolve a incorporação da borracha em pedaços ou em pó. Apesar do maior
custo, a adição de pneus no pavimento pode até dobrar a vida útil da estrada, porque a
borracha confere ao pavimento maiores propriedades de elasticidade ante mudanças de
temperatura. O uso da borracha também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos com
a estrada. Por causa destes benefícios, e também para reduzir o armazenamento de pneus
velhos, o governo americano requer que 5% do material usado para pavimentar estradas
federais seja de borracha moída.

3.7 – Entulho
Considera-se entulho o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto,

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argamassa, aço, madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou
demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes.
O entulho de construção compõe-se, portanto, de restos e fragmentos de materiais,
enquanto o de demolição é formado apenas por fragmentos, tendo por isso maior potencial
qualitativo, comparativamente ao entulho de construção.
Os resíduos encontrados predominantemente no entulho, que são recicláveis para a
produção de agregados, pertencem a dois grupos:
• Grupo I - materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassa,
blocos de concreto.
• Grupo II - materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos, azulejos.

Processo de Reciclagem
Apesar de causar tantos problemas, o entulho deve ser visto como fonte de materiais
de grande utilidade para a construção civil. Seu uso mais tradicional - em aterros - nem sempre
é o mais racional, pois ele serve também para substituir materiais normalmente extraídos de
jazidas ou pode se transformar em matéria-prima para componentes de construção, de
qualidade comparável aos materiais tradicionais.
É possível produzir agregados - areia, brita e bica corrida para uso em pavimentação,
contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma
maneira, pode-se fabricar componentes de construção - blocos, briquetes, tubos para
drenagem, placas.
A reciclagem de entulho pode ser realizada com instalações e equipamentos de baixo
custo, apesar de existirem opções mais sofisticadas tecnologicamente. Havendo condições,
pode ser realizado na própria obra que gera o resíduo, eliminando os custos de transporte. É
possível contar com diversas opções tecnológicas, mas todas elas exigem áreas e
equipamentos destinados à seleção, trituração e classificação de materiais. As opções mais
sofisticadas permitem produzir a um custo mais baixo, empregando menos mão-de-obra e com
qualidade superior. Exigem, no entanto, mais investimentos e uma escala maior de produção

Diferentes Aplicações
As propriedades de certos resíduos ou materiais secundários possibilitam sua
aplicação na construção civil de maneira abrangente, em substituição parcial ou total da
matéria-prima utilizada como insumo convencional. No entanto, devem ser submetidos a uma
avaliação do risco de contaminação ambiental que seu uso poderá ocasionar durante o ciclo de
vida do material e após sua destinação final.
Grandes pedaços de concreto podem ser aplicados como material de contenção para
prevenção de processos erosivos na orla marítima e das correntes, ou usado em projetos como
desenvolvimento de recifes artificiais. O entulho triturado pode ser utilizado em pavimentação
de estradas, enchimento de fundações de construção e aterro de vias de acesso.

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Benefícios
• a reciclagem de entulho para os fins visualizados é viável;
• os parâmetros de resistência à tração e flexão dos elementos de concreto com entulho
são semelhantes e chegam a superar aqueles obtidos para elementos de concreto
feitos com agregado primário;
• os parâmetros de resistência à compressão do concreto de entulho podem atingir
valores compatíveis ao concreto com agregado primário.
• Ambientais: Os principais resultados produzidos pela reciclagem do entulho são
benefícios ambientais. A equação da qualidade de vida e da utilização não predatória
dos recursos naturais é mais importante que a equação econômica. Os benefícios são
conseguidos não só por se diminuir a deposição em locais inadequados (e suas
conseqüências indesejáveis já apresentadas) como também por minimizar a
necessidade de extração de matéria-prima em jazidas, o que nem sempre é
adequadamente fiscalizado. Reduz-se, ainda, a necessidade de destinação de áreas
públicas para a deposição dos resíduos.
• Econômicos: As experiências indicam que é vantajoso também economicamente
substituir a deposição irregular do entulho pela sua reciclagem. O custo para a
administração municipal é de US$ 10 por metro cúbico clandestinamente depositado,
aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o controle de doenças. Estima-
se que o custo da reciclagem significa cerca de 25% desses custos.A produção de
agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação
aos preços dos agregados convencionais. A partir deste material é possível fabricar
componentes com uma economia de até 70% em relação a similares com matéria-
prima não reciclada. Esta relação pode variar, evidentemente, de acordo com a
tecnologia empregada nas instalações de reciclagem, o custo dos materiais
convencionais e os custos do processo de reciclagem implantado. De qualquer forma,
na grande maioria dos casos, a reciclagem de entulho possibilita o barateamento das
atividades de construção.
• Sociais: O emprego de material reciclado em programas de habitação popular traz
bons resultados. Os custos de produção da infra-estrutura das unidades podem ser
reduzidos. Como o princípio econômico que viabiliza a produção de componentes
originários do entulho é o emprego de maquinaria e não o emprego de mão-de-obra
intensiva, nem sempre se pode afirmar que a sua reciclagem seja geradora de
empregos.

4 – Tempo Necessário para a Degradação

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Material Tempo de Degradação Material Tempo de Degradação

Aço Mais de 100 anos Isopor indeterminado

Alumínio 200 a 500 anos Louças indeterminado

Cerâmica indeterminado Luvas de borracha indeterminado

Chicletes 5 anos Metais Cerca de 450 anos

Cordas de nylon 30 anos Papel e papelão Cerca de 6 meses

Embalagens Longa Até 100 anos


Plásticos Até 450 anos
Vida (alumínio)

Embalagens PET Mais de 100 anos Pneus indeterminado

Sacos e sacolas
Esponjas indeterminado Mais de 100 anos
plásticas

Filtros de cigarros 5 anos Vidros indeterminado

5 – Custo dos Materiais a serem reciclados

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Latas
Papel Vidro Vidro Plástico Plástico Longa
Papelão de Alumínio PET
Branco Incolor Colorido Rígido Filme Vida
Aço
Bahia
Salvador 200L 200PL 150PL 2.550PL 80 40L 400PL 660PL 400PL -
Distrito Federal
100
Brasília 110L 250L 150 3.600 PL 70 60 250 PL 100 PL 100 L
PL
Minas Gerais
310 600
Itabira 250 PL 380 PL 3.030 P 170 L 105L 766 PL 800 PL 250PL
PL PL
Pernambuco
Recife 140 P 220 L 140 L 2.800 L 20 L 25 L 450 700 P 350 L -
Paraná
Araucária 210 350 190 3.500 - - 250 500 700 50
Rio Grande do Sul
Farroupilha 190PL 400PL 150PL 1.700PL 150L 50L 300PL 550PL 350PL 100PL
São Paulo
Campinas 140L 320L 200L 3.500L 100L 100L 800P 500P 800P 260P
Nova 200
150 PL 200 L - 100L 100 L 350L 350L 350L 50L
Odessa PL
Santo 250 160
120 PL 250 L 3.400PL 140 L 80 700 PL 600PL 600 P
André PL PL
São 650
140 PL 530 PL 3.500 PL 120 70 700 P 700 P 420 P 180 P
Bernardo PL
São Paulo 290 530 - - - - 900 700 - 250
p = prensado - l = limpo - i = inteiro - c = cacos - un = unidade
*Preço da tonelada, em Real

6 – Simbologia da Reciclagem

Simbologia Brasileira de Identificação de Materiais - Plásticos


Identificação PET PEAD PVC PEBD PP PS Plásticos outros

Símbolo

Simbologia Brasileira de Identificação de Materiais – Outros Materiais


Identificação Alumínio Aço Vidro Papel Reciclável Reciclado Lixo Reciclável

Símbolo

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código de cores para os diferentes tipos de resíduos
AZUL papel/papelão
VERMELHO plástico
VERDE vidro
AMARELO metal
PRETO madeira
LARANJA resíduos perigosos
BRANCO resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO resíduos radioativos
MARROM resíduos orgânicos
resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado
CINZA
não passível de separação

7 – Normas da Reciclagem
Normas Técnicas:
ABNT NBR 10004 - Resíduos sólidos -Calssificação

ABNT NBR 13230 - padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas
(plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão
encaminhados à reciclagem.

ABNT NBR 15114 - Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes
para projeto, implantação e operação

ABNT NBR 15115 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução
de camadas de pavimentação - Procedimentos

ABNT NBR 15116 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização
em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural - Requisitos

Legislação:

Art. 164 - A reciclagem de resíduos deve ser adotada quando ocorrerem alternativamente as
seguintes hipóteses:
I- considerada economicamente viável e quando exista um mercado, ou este possa ser criado
para as substâncias produzidas e os custos que isso requer não sejam desproporcionais em
comparação com os custos que a disposição final requereria;
II- considerada tecnicamente possível mesmo que requeira pré-atendimento do resíduo;
III- considerada ambientalmente conveniente.

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Parágrafo Único - A reciclagem deve ocorrer de forma apropriada e segura, de acordo com a
natureza do resíduo, e de forma a não ferir os interesses públicos, nem aumentar a
concentração de poluentes.
Artigo 104 dispõe que os critérios a adotar quanto ao método de reciclagem terão normas
técnicas elaboradas pelo SISNAMA.
Artigo 169 dispõe que as empresas exclusivamente recicladoras gozará de privilégios fiscais e
tributários, cujas normas específicas deverão ser editadas pelo Governo Federal, Estadual,
Municipal e DF.

Resolução CONAMA

258/99. - Dispõe acerca da coleta e destinação final de pneumáticos a ser empregada pelas
empresas fabricantes e importadoras.

257/99 - Disciplina o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e


baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final.

275/01 - Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva.

307/02 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da


construção civil.

8 – Bibliografia

www.sebraerj.org.br
www.cempre.org.br
www.recicloteca.org.br
www.compan.com.br
www.reciclaveis.com.br
www.papelreciclado.com.br
www.cebrace.com.br
www.ambientebrasil.com.br
www.abnt.org.br
www.ambiental-e.com.br

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