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Ordem
Apostila de
Direito Penal e Processo Penal
2
I – INCIDENTES DA EXECUÇÃO PENAL
3
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em
outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º,
do artigo 86, desta Lei.
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II – MODELO DE REQUERIMENTO NA FASE DA EXECUÇÃO PENAL
1 – DOS FATOS
2 – DA FUNDAMENTAÇÃO
3 – DO PEDIDO
________________________________
ADVOGADO
1
Sucinta narrativa da sentença condenatória.
2
Narrar o fundamento de fato e de direito do benefício pretendido, acrescentando comentários
doutrinários e jurisprudenciais.
5
III - AGRAVO (ASPECTOS GERAIS)
3
Vara de Execuções Criminais é a denominação utilizada na Lei de Organização e Divisão
Judiciárias em Minas Gerais (Lei Complementar nº 59/2001, alterada pela Lei Complementar nº
85/2005).
6
_____ VARA CRIMINAL FEDERAL4 DE ________________), tendo em vista que
existe a possibilidade de retratação (revisão da decisão recorrida).
Na petição deverá o agravante indicar as peças que serão
copiadas para a formação do traslado (“termos em que, para a formação de
instrumento, indica as peças de fls. _______ para o traslado e pede deferimento), pois
o recurso em questão, em regra, deve subir por instrumento, permanecendo os autos
de execução na Vara de Execuções Criminais, para o prosseguimento do
cumprimento da pena.
Interposta a petição, após a formação do instrumento, o
agravante será intimado para, no prazo de dois dias, apresentar as razões recursais,
realizando-se, na seqüência, a intimação do agravado, para as contra-razões,
retornando os autos ao prolator da decisão impugnada para o juízo de retratação
(possível revisão da decisão recorrida), denominado efeito regressivo deste recurso.
Negado seguimento ao agravo, deve a decisão ser impugnada
através da carta testemunhal, com previsão nos arts. 639 a 646 do Código de
Processo Penal.
Nas razões recursais, o impugnante deverá indicar o número
do processo, nome das partes, tribunal competente, breve relatório, fundamentação e
o pedido de reforma da decisão.
Mantida a decisão (no juízo de retratação), os autos serão
remetidos ao tribunal respectivo. Reformada a decisão em primeira instância, a parte
contrária poderá recorrer da decisão (inversão do recurso), por simples petição, sem a
necessidade de razões ou contra-razões, sendo os autos remetidos ao tribunal
respectivo.
Saliente-se que, com o julgamento do recurso no Tribunal,
sendo desfavorável ao condenado, “é cabível a oposição de embargos infringentes de
decisão não-unânime proferida em sede de agravo” (STJ – 5ª Turma – Resp. 336607
– 13.5.2002; STF – 2ª Turma – HC 77456 – 26.3.1999).
4
Somente será competente a Justiça Federal quando o sentenciado estiver recolhido em
estabelecimento sujeito à competência da União, pois estabelece o enunciado da Súmula 192
do STJ que “compete ao juízo das execuções penais do estado a execução das penas
impostas a sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a
estabelecimentos sujeitos a administração estadual”.
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Estabelece a Lei de Execução Penal que o recurso de agravo
não tem efeito suspensivo. Contudo, terá efeito suspensivo quando juiz determinar a
desinternação ou a liberação do agente em cumprimento de medida de segurança,
conforme art. 179 da LEP, que estabelece, in verbis:
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IV – MODELO DE PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO
________________________________, já qualificado,
nos autos da execução penal nº _______, por seu advogado, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão de fls.____,
que indeferiu _______________ interpor RECURSO DE AGRAVO5, com fundamento
no art. 197, da Lei de Execução Penal.
Pede deferimento
5
O prazo para a interposição de agravo é de 5 dias, idêntico para o RESE, não tendo efeito
suspensivo, salvo a hipótese do art. 179 da LEP.
6
A norma prevista no art. 588 do Código de Processo Penal, usado analogicamente, concede
prazo de 2 dias para a apresentação das razões. Contudo, na prova da ordem, deve o
candidato apresentar a petição recursal e as razões.
7
O recurso de agravo segue o mesmo rito do recurso em sentido estrito, possuindo, portanto,
efeito regressivo, isto é, possibilita ao juiz prolator da decisão contra a qual se insurge a parte
que refaça o seu entendimento, modificando o julgado, nos termos do art. 589 do CPP, razão
pela qual JAMAIS se esqueça de pedir a retratação.
8
Deve-se registrar o benefício na execução penal pretendido.
9
O agravo deve subir por instrumento, permanecendo os autos principais na Vara de
Execuções Penais.
9
V – MODELO DE RAZÕES DE AGRAVO
AUTOS Nº ___________
AGRAVANTE: __________________
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
RAZÕES
1 – DOS FATOS
2 - DA FUNDAMENTAÇÃO
10
Somente será competente a Justiça Federal quando o sentenciado estiver recolhido em
estabelecimento sujeito à competência da União, pois estabelece o enunciado da Súmula 192
do STJ que “compete ao juízo das execuções penais do estado a execução das penas
impostas a sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a
estabelecimentos sujeitos a administração estadual.”
11
Indicação do dispositivo de lei que autoriza a fruição do benefício pretendido pelo
condenado.
10
Nesse sentido, ensina12 ____.
3 - DO PEDIDO
_______________________
ADVOGADO
12
Transcrever comentário doutrinário.
13
Inserir jurisprudência, se possível.
11
VI - EMBARGOS INFRINGENTES (ASPECTOS GERAIS)
14
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 5a Ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2006. p. 972.
12
para que os EMBARGOS sejam processados. (STF - HC
- Rel. Sydney Sanches - RTJ 130/646 e JSTF-LEX
133/262)
15
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. cit. p. 971.
13
VII – MODELO DE PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS INFRINGENTES
EMBARGOS INFRINGENTES16
Termos em que,
Pede deferimento.
________________________________
ADVOGADO
16
Ou embargos de nulidade quando a matéria tratada for exclusivamente processual.
14
VIII – MODELO DE RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
AUTOS Nº _____________
EMBARGANTE : __________________
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO
1 – DOS FATOS
____________, qualificado nos autos, foi denunciado
pelo Ministério Público pela prática do crime previsto no art. , porque________17 .
Regularmente processado, adveio para o feito a sentença
de fl. , sendo o recorrente condenado pela prática do crime ________18.
Inconformado com a r. decisão monocrática, apresentou
recurso de apelação, que não teve provimento, em decisão por maioria, justificando-se
a interposição do presente recurso nos termos do voto vencido.
Este é o breve relatório.
2 – DA FUNDAMENTAÇÃO
___________ (exposição das teses defensivas, com a
utilização do voto vencido).
Diante desse contexto, deve prevalecer o entendimento
proclamado no voto minoritário.
3 – DO PEDIDO
Isso posto, recebido e processado o presente recurso,
requer-se a reforma do fustigado acórdão, para prevalecer o teor do voto vencido,
visando a __________, como medida de justiça.
Ita speratur justitia
17
Sucinta narrativa do fato descrito na denúncia.
18
Sucinta narrativa da sentença.
15
IX – CARTA TESTEMUNHÁVEL (ASPECTOS GERAIS)
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X – MODELO DE PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
PROC. Nº ______
CARTA TESTEMUNHÁVEL
Pede deferimento.
________________________________
ADVOGADO
17
XI – MODELO DE RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
AUTOS Nº _____________
TESTEMUNHANTE: __________________
TESTEMUNHADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
1 – DOS FATOS
2 – DA FUNDAMENTAÇÃO
19
Sucinta narrativa do fato descrito na denúncia.
20
Sucinta narrativa da sentença.
18
Com a devida vênia do digno julgador monocrático, a
decisão que não recebeu o recurso de agravo não pode prevalecer.
Conforme se verifica dos autos, com a intimação do
recorrente em 13.04.2007 (sexta), o prazo para o recurso de agravo teve início no dia
16.04.2007 (segunda), com término no dia 20.04.2007 (sexta).
Entretanto, o honrado magistrado da Vara de Execuções
Criminais, equivocadamente, entendeu que o prazo para o recurso de agravo, diante
do silêncio da Lei de Execução Penal, era de dois dias, terminando, portanto, no dia
17.04.2007.
Com a devida vênia, o ilustre julgador desprezou o
enunciado da Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal, que estabelece, in verbis:
“É de 5 (cinco) dias o prazo para interposição de agravo
contra decisão do juiz da execução penal”.
3 – DO PEDIDO
_______________________
ADVOGADO
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XII - PRIMEIRO EXERCÍCIO PRÁTICO – PROFISSIONAL
Carlos foi processado e condenado com trânsito em julgado pela prática de homicídio
simples (artigo 121, caput) praticado na cidade de Avaré, no ano de 2001, tendo sido
condenado pelo Juiz de Avaré à pena de 6 anos de reclusão
a ser cumprida em regime fechado, em face de sua condição de reincidente. Iniciada a
execução de sua pena na Penitenciária de Avaré, passaram-se exatos 2 anos desde o
início do cumprimento da sua pena no regime fechado,
ainda não pleiteando Carlos qualquer benefício no âmbito da execução penal, não
obstante o seu bom comportamento na prisão e a existência da Vara de Execução na
cidade de Avaré.
QUESTÃO: Como advogado de Carlos, faça a peça adequada (OAB/SP – 132º
EXAME).
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XIII - SEGUNDO EXERCÍCIO PRÁTICO - PROFISSIONAL
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XIV - TERCEIRO EXERCÍCIO PRÁTICO-PROFISSIONAL
Ernesto Manoel foi condenado por juízo criminal singular, a cumprir 6 (seis) anos de
reclusão, em regime prisional fechado, por ter sido incurso nas penas do artigo 213,
caput, do Código Penal. Houve recurso interposto pela defesa e o Tribunal confirmou a
sentença do juízo a quo. Contudo, o V. acórdão, expressamente, admitiu a progressão
meritória do regime prisional. Já em fase de execução penal, transcorrido o lapso
temporal do cumprimento da pena no regime fechado, o condenado pleiteou
transferência ao semi-aberto. O exame criminológico concluiu favoravelmente à
progressão e foi no mesmo sentido o parecer do Conselho Penitenciário. Entretanto,
apoiando-se naquele do Ministério Público, o Juiz das Execuções indeferiu o benefício,
fundamentando-se na Lei nº 8072/90.
QUESTÃO: Como advogado de Ernesto Manoel, tome a providência cabível.
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XV - QUARTO EXERCÍCIO PRÁTICO- PROFISSIONAL
"A", com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, quando
parou para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas
proximidades, começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e
desrespeitosas. "A", pegando no porta-luvas do carro seu revólver devidamente
registrado, com a concessão do porte inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção
de assustar os adolescentes. Contudo, o projétil, chocando-se com o poste,
ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. "A" foi denunciado e
processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por homicídio simples – art. 121,
caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo
que o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O
Ministério Público recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara do Tribunal competente
reformou a decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser
capitulado conforme a denúncia, devendo "A" ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto
vencido seguiu o entendimento da r. sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio culposo.
O V. acórdão foi publicado há sete dias.
QUESTÃO: Como advogado de "A", elabore a peça adequada.
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XVI - QUINTO EXERCÍCIO PRÁTICO- PROFISSIONAL
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