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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITARIO DE GURUPI


CURSO DE ENGENHARIA BIOTECNOLÓGICA

RECICLAGEM DE LIXO BIOLÓGICO DA UFT - CAMPUS DE GURUPI- E


APROVEITAMENTO COMO ADUBO ORGÂNICO.

Mauren Cristine Agustini da Silveira

GURUPI-TO
JANEIRO DE 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITARIO DE GURUPI

1
CURSO DE ENGENHARIA BIOTECNOLÓGICA

RECICLAGEM DE LIXO BIOLÓGICO DA UFT - CAMPUS DE GURUPI E


APROVEITAMENTO COMO ADUBO ORGÂNICO

Acadêmica: Mauren C. A. da Silveira (COORDENADORA)

GURUPI-TO
JANEIRO DE 2010

Conteúdo

2
1 JUSTIFICATIVA

1.1 JUSTIFICATIVA ACADÊMICA

“Kiehl (1985), citado por Teixeira (2002), define compostagem como sendo:
“um processo controlado de decomposição microbiana, de oxidação e
oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica” e nesse processo
ocorre uma aceleração da decomposição aeróbica dos resíduos orgânicos por
populações microbianas, concentração das condições ideais para que os
microorganismos decompositores se desenvolvam, (temperatura, umidade,
aeração, pH, tipo de compostos orgânicos existentes e tipos de nutrientes
disponíveis), pois utilizam essa matéria orgânica como alimento, e sua
eficiência baseia-se na interdependência e inter-relacionamento desses fatores.
O processo é caracterizado por fatores de estabilização e maturação que variam
de poucos dias a várias semanas, dependendo do ambiente”[F. Oliveira, H.
Lima, J.P, 2004]

A técnica da compostagem, utilizada como recurso natural de adubação aproveitando


resíduos biológicos, é um recurso que detém pouco espaço, tempo de manejo semanal
relativamente curto, não exige mão de obra qualificada e usa materiais de preços reduzidos.
Os restos de alimentos, em casca, não cozidos, produzidos diariamente no refeitório e os
demais resíduos de experimentos com vegetais do campus da UFT de Gurupi (como restos
de melancia, restos de folhagem, cana, milho e corte da grama paisagística) já são em

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quantidade expressiva para começar um experimento de compostagem reutilizando esses
resíduos, podendo ser aproveitado como adubo orgânico em plantações de experimentos
sob estufa e sombrite e/ou como matéria estabilizadora do ambiente, no caso da utilização
do resíduo in natura.
A instalação de um setor de compostagem em uma universidade é viável e pode ser um
modelo a ser seguido pela prefeitura. (Dutra, Bruno. R. M et. al, 2004)
O procedimento para a compostagem tem métodos diferentes para tipo de material a ser
compostado e pode ser orientado por professores a alunos como forma de interação e
atividades produtivas que podem motivar tanto novos alunos como os veteranos. As
observações sobre o método podem ser aproveitadas e direcionadas diferentemente para
cada curso, como alterações necessárias de pH ao solo, processos fermentativos, processos
de adubação e forragem, quantidades balanceadas de matéria seca, etc.
As diferentes combinações entre alimentos e resíduos agro-industriais geram adubos com
propriedades químicas apropriadas para diferentes culturas.
Em trabalhos relacionando casca de café e bagaço de mandioca, consegui-se um meio de
cultura por Fermentação em estado sólido para crescimento de fungos que passaram a
produzir mais hormônio vegetal GA3 que os métodos usuais.[Machado, C. M.,2002]

1.2 JUSTIFICATIVA AMBIENTAL

Cerca de três quartos do lixo doméstico é composto por matéria orgânica que pode ser
compostada.[Santos,M.,2008] Com a técnica da compostagem reduz-se até 35% do lixo
jogado em aterros, que é o responsável pela formação do chorume que contamina o lençol
freático e pela geração do gás metano que é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.
[Gallas, J. D. F. et al, 2005; Rocha C. et al.,2008]
O lixo é usado em países europeus como adubos, por seu valor barato. Os dados obtidos
dos lixos fermentados indicam que são comparáveis aos níveis de nutrientes encontrados no
estrume de curral (N-0, 2 a 2,6%; P2O5-0,3 a 3,2%; K2O -0,3 a 1,8%) e “Constituem um
extraordinário recurso para a adubação de plantas ornamentais ou não e hortas em chácaras

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e sítios suburbanos e alhures, além de ter potencial para a correção de pH dos solos
arenosos e argilosos, bem como, da sua textura”. “Um metro cúbico de lixo negro
(fermentado) pesa entre 800 e 1200 quilogramas”. [Malavolta, E., 1926.]

1.3 JUSTIFICATIVA TÉCNICA PARA O SOLO

A compostagem pode ser alternativa viável para sistemas de produção orgânica, em virtude
de sua elevada qualidade nutricional e biológica.
A elevação dos teores de matéria orgânica, CTC, fósforo, potássio e cálcio, magnésio, pH e
saturação por bases permite obter um elevado grau de fertilidade dos solos no sistema
orgânico.
Pode-se usar fosfato de rocha, utilizado para enriquecimento do composto, pois conduz à
obtenção de matéria orgânica com maiores teores de fósforo, cálcio e zinco. [F. Oliveira et.
Al,2004]
Quanto mais variados forem os materiais utilizados para fazer o composto, maior a
variedade de nutrientes que o composto fornecerá, [Barreira L.P.,2006] e com a reunião de
vários materiais provenientes de lixo da casa de alunos, professores e funcionários, é
garantida tanto a variedade quanto a quantidade.
Um adubo produzido a partir da compostagem tem a diminuição do teor de fibras do
material, o que no caso do composto que será incorporado ao solo evitará o fenômeno da
"fixação do nitrogênio", que provoca a falta deste nutriente para a planta. Retarda a
absorção do fósforo pelos colóides do solo e aumenta a capacidade de troca catiônica
(CTC), ajuda a segurar potássio, cálcio, magnésio e outros nutrientes. [Tamanini C.
R.,2004] Fornece elementos nutritivos ao solo. Embora em pequenas quantidades, promove
a melhoria da nutrição de macro e micro nutrientes em solos minerais. Além disso, pode
reduzir o potencial germinativo de sementes de plantas invasoras (daninhas). [Dornelles,
M.S. et al.,2007, Rosas C.,2005]
Para o caso de plantações em solo, na palha não compostada que fica ao chão, há inibidores
de crescimento vegetal e o adubo orgânico degrada essas substâncias.[Olibone, D. et
al.,2006] O composto orgânico forma com a terra “grumos” que retêm água e fornecem às

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plantas quando necessitam. Com a formação de “grumos”, são criados mais espaços para o
oxigênio, que é essencial para o bom crescimento das raízes. [Valente, B.S et. Al,2009,
Reis, M. F. P.,2005 8]
Pode funcionar como tampão de pH, minimizado a acidificação do solo. [2, 8]
O uso de resíduos in natura no solo melhora a capacidade de retenção de água do solo. O
composto pode reter uma quantidade de água igual a 200% do seu peso em seco, em
comparação com 20% num solo com pouco húmus. Isto resulta em uma boa aeração, um
melhor desenvolvimento do sistema radicular e maior facilidade dos cultivos.
[Myiazaka,S.; Camargo. O A et al., 1984., 8]
Além de neutralizar diversas toxinas e metais do solo; atuando como matéria inoculante no
solo, juntamente com microorganismos e outros seres, tais como minhocas e insetos, que
são os construtores do solo. O que não ocorre com adubos químicos. [Zaparolli, I. D.1999,
8]
O adubo produzido através da compostagem melhora a estrutura do solo, tem efeito
regulador da temperatura do solo, aumenta o teor em matéria orgânica e libera lentamente
os nutrientes para as plantas. [Zaparolli, I. D.,1999, 1] A matéria orgânica ajuda na retenção
de nutrientes fornecidos quimicamente, dando tempo ao aproveitamento dos mesmos pelas
plantas, amenizando os efeitos de sua infiltração rápida para as camadas mais profundas do
solo. [Oliveira F.N. S.,2004]
Promove a solubilização de nutrientes em solos minerais através da ação dos ácidos
orgânicos húmicos contidos nos húmus (vegetais ou animais decompostos). [F. Oliveira et.
Al,2004]
Favorece uma maior atividade microbiana no solo, resultando em melhorias para o solo,
pois a matéria orgânica serve de alimento para a população microbiana do solo. Também
pode reduzir a toxidez de pesticidas e de outras substâncias. [Malavolta, E., 1926.]

2 OBJETIVO

• Projeto apresentado a Universidade Federal do Tocantins - UFT, Campus


Universitário de Gurupi, com o objetivo de utilizar o lixo biológico (alimentos crus
e restos vegetais) disponível tanto no campus da UFT como os que forem

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conseguidos através da conscientização dos alunos, funcionários e professores para
o aproveitamento na formação de adubo natural e/ou forragem de experimentos
científicos feitos sob estufa e sombrites.
• Determinar quais materiais verdes e castanhos disponíveis no campus de Gurupi são
indicados para tempo de compostagem menor, garantindo um adubo de boa
qualidade física e química.
• Interdisciplinaridade com discentes e docentes, interação dos cursos e projeção
acadêmica, visto que poderão ser feitos testes de micro nutrientes no composto no
Laboratório de Solos pela UFT - Campus de Gurupi, além da interação com outros
laboratórios e pesquisadores.
• Determinar as combinações de matérias disponíveis no campus que podem ser
compostadas e separar essas combinações em grupos definidos química e
fisicamente que satisfaça às exigências nutricionais para as culturas mais utilizadas
em pesquisa pela UFT – Campus de Gurupi.

3 MÉTODO

O procedimento dos resíduos orgânicos será realizado na Universidade Federal do


Tocantins - campus Gurupi, no início do segundo semestre do ano letivo de 2010.
A coleta de resíduos será feita em dois tambores colocados em locais estratégicos, para
depósitos dos resíduos por alunos, professores, funcionários e funcionários do refeitório.
O adubo pode ser obtido após dois ou três meses do início da compostagem. [L.
Corradini,2006] O método da compostagem requer cuidados duas vezes por semana a fim
de garantir: arejamento do processo (que fornecerá oxigênio para as bactérias aeróbias
durante a decomposição), umidade ideal (pouca umidade atrasa a decomposição, muita
umidade sufoca os microorganismos mais eficientes); temperatura ideal nas diferentes
etapas (começando por 13°C, estabilizando em 15°C, subindo para aproximadamente 55°C,
não podendo ultrapassar os 65°C, diminuindo para os 15°C no término do processo) e o pH
[2, 8, 1
ideal (pH inicial entre 5,5 e 8,5 e o composto final deve ter um pH entre 7.5 e 9.0). F.
Oliveira et. Al,2004]

7
O adubo resultante deve ter uma cor castanha e não preta, com odor agradável ou cheirando
a terra. [2]
Deve-se ter atenção quanto a dimensão dos materiais, que deve ser entre 2 cm e 8 cm.
Quanto menor for o tamanho das partículas mais fácil é o ataque microbiano porque a
superfície específica aumenta e são diminuídos os riscos de compactação e de falta de
oxigênio. [2, 3, 7, 8]
Poderá ser adicionado fosfato de rocha, utilizado para enriquecimento do composto, isso
conduz à obtenção de matéria orgânica com maiores teores de fósforo, cálcio e zinco.
[F. Oliveira et. Al,2004]

Serão usados cinco compostores para cada tipo de material selecionado, após a
caracterização dos alimentos disponíveis em maior proporção.
Cada compostor será destinado a uma etapa, com número de dias especificado para a
obtenção daquela etapa:
Início, fase mesofila, fase termófila, arrefecimento e maturação.
O tipo de material selecionado dependerá do resultado do início do projeto, na catalogação
de material disponível, portanto, um número de 3 (três) conjuntos de cinco compostores
será o ideal para ter uma base de comparação entre materiais usados: casca de tubérculos,
restos de frutas e bagaço de cana.

l3.1 MATERIAIS QUE PODEM SER COMPOSTADOS E QUE NÃO DEVEM SER
COMPOSTADOS

lTabela 1. Materiais que podem ser utilizados no processo de compostagem

Resíduos a compostar Resíduos a não compostar

8
Verdes Castanhos Carne, peixe, laticínios egorduras (queijo,
manteiga, molhos);
Restos de vegetais crus; Palha; Excrementos de animais (podem conter
microrganismos patogênicos);

Restos de cascas de frutas; Aparas de madeira que Resíduos de jardim tratados com pesticidas;
sobrevivam ao processo
de compostagem);

Borras de café, incluindo Aparas de relva; Plantas doentes ou infestadas com insetos;
filtros;

Cascas de ovos Erva seca; Cinzas de carvão;


esmagadas;

Folhas verdes; Folhas Secas; Ervas daninhas (com sementes);

Folhas e sacos de chá; Ramos pequenos; Têxteis, tintas e pilhas;

Cereais; Restos de relva cortada e Vidro, metal e plástico;


flores

Ervas daninhas (sem Aparas de gramas; Medicamentos e outros produtos químicos


sementes);

Fonte: Rosas, 2005

No caso de excrementos de animais, podem trazer microrganismos patógenos que poderiam


ser evitados, além de poderem interferir no processo de compostagem à base de vegetais,
por competirem com microrganismos da fermentação, [8] requer mais tempo para a tentativa
de eliminação dos patógenos por temperatura, e o uso do adubo a ser produzido na UFT
será destinado ao trabalho científico que requer monitoramento de possíveis influências.
A adição de matéria verde e castanha deve ser de aproximadamente 1:1, para se obter a
razão 30:1 de carbono/azoto. Esse equilíbrio é quebrado se forem adicionados carnes, ossos
e alimentos cozidos. [2,F. Oliveira et. Al,2004]

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l3.2 ESCOLHA DO LOCAL

O experimento será implantado em um local próximo ao acesso de água para molhar a


compostagem evitando o aumento da temperatura (acima de 600C), caso necessite, e a
drenagem do solo deve ser levada em conta.
Durante a decomposição a temperatura interna deverá subir, provocada pela ação e
crescimento de microrganismos que atacam os resíduos. Essa temperatura deve sofrer a
mínima possível ação do sol, pois se deve ter controle da compostagem também através da
verificação da temperatura e se for influenciada pelo sol, não será possível ter certeza de
que fase está a compostagem. Por isso o compostor deve ficar ao abrigo do sol e do vento
que também pode fazer evaporar mais rapidamente a água que é essencial à locomoção de
microrganismos no meio.
Por outro lado, no caso de chuva, deve-se cobrir o composto, pois a água em excesso pode
diminuir a entrada de oxigênio, mesmo com o revolvimento semanal do composto,
favorecendo o crescimento de bactérias anaeróbias, desequilibrando o sistema. [2]

l3.3 TIPOS DE COMPOSTOR USADO

Dentre os métodos de compostagem, o que parece mais apropriado à UFT é um compostor


feito de tambor de óleo de 200L com tampa, pois tem uma boa profundidade, espaço para
revolvimento, é protegido da chuva e animais, esteticamente apropriado, deixa exalar
menos cheiro que compostores ao chão, além de ser resistente e tem preço reduzido.

l3.4 PROCESSO

No fundo do recipiente furado serão colocadas pedras para ter uma boa drenagem, primeira
camada de 15 a 20 cm de palha e matéria seca como troncos e galhos picados para facilitar

1
0
a circulação de ar e absorver o excesso de água.[2] Um pouco mais acima será feito um corte
retangular mantendo o lado inferior do retângulo, para servir de abertura para retirar o
material já compostado. Essa abertura será mantida fechada por lacre até o momento de
abri-la.
Adicionará no máximo uma mão cheia de terra ou composto pronto. Na terra há
microrganismos que começarão a decomposição junto com os microrganismos dos
resíduos. Grandes quantidades de terra adicionadas diminuem o volume útil do compostor e
compactam os materiais, o que é indesejável, por isso só é adicionado uma camada de terra.
[2] Depois adicionam-se matéria verde, como cascas de frutas, legumes e cascas de ovos e
restos de folhagem fresca. Molha-se novamente com o cuidado de não encharcar.
Serão adicionados materiais castanhos e molhados. [2]
O fator umidade pode ser verificado apanhando um pouco de resíduo na mão e apertando-
o. O ideal é que não escorra líquido. [???]
Na última camada sempre terminará com matéria castanha e de forma plana para inibir
odores e proliferação de insetos e manter a entrada de ar homogênea.
As camadas poderão ser adicionadas todas de uma vez na primeira formação e depois à
medida que os resíduos forem disponíveis. A pilha deve ter mais ou menos um metro de
altura. [2, 8,11]
O chorume que será liberado é um ótimo fertilizante concentrado que poderá ser usado nas
plantas adicionando-se uma colher de sopa para um litro de água. [4] Deve ser lembrado que
as folhas perdem cerca de 3/4 do seu volume quando compostadas. [2]

l3.5 FATORES DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM

A compostagem é realizada por microrganismos presentes na terra e nos resíduos e


acontece em etapas como reação em cadeia, onde microrganismos decompõem as fibras
vegetais e liberam os nutrientes para as plantas. No caso da compostagem supervisionada,
tentaremos reduzir os insetos, controlar o arejamento, a temperatura, a umidade e o pH a
fim de produzir um adubo em menor tempo possível, e com o aproveitamento máximo da
ação de microrganismos dando a eles condições de meio necessárias para o
desenvolvimento. [2, 3, F. Oliveira et. Al,2004,A. Oliveira,2005]

1
1
l3.5.1 Características dos resíduos

Pode-se controlar a diminuição do tempo de compostagem juntando 1:5 a 1:10 de resíduos


parcialmente decompostos; podem também ser adicionadas lamas de estações de tratamento
de efluentes, desde que tendo em atenção a umidade. [2]
O tamanho dos resíduos terá entre 4 e 8 cm para facilitar o aumento da superfície de
contato com o oxigênio, possibilitando uma degradação anaeróbica mais rápida e a razão
C:N deve ser de 30:1, para isso deve-se ter a mesma quantidade de matéria castanha e
verde.
Se essa quantidade for maior para matéria castanha o crescimento é retardado por falta de
azoto, conseqüentemente, os microrganismos levarão mais tempo para degradar os
resíduos; se a quantidade de matéria verde for muito alta, o excesso de azoto acelera a
decomposição, mas consome mais rapidamente o oxigênio, criando zonas anaeróbias,
impedindo o crescimento de bactérias aeróbias e estimulando o crescimento de bactérias
que transformam o azoto em amônia, que provoca mau cheiro, e o produto final é um
adubo escuro e pobre em azoto que foi transformado, que é menos nutritivo para a planta.
[1, 2, 12,A. Oliveira,2005]
Essa informação pode ser usada para obter-se um tempo de compostagem
mínimo possível, pois com muito carbono a ser quebrado, demora-se mais tempo a
decomposição e muito azoto, será transformado em amoníaco gasoso e fétido.

l3.5.2 Umidade

Os microrganismos só conseguem decompor os resíduos e se locomoverem na fase


dissolvida, por isso é preciso molhar as camadas. Umidade inferior a 30% inibe a atividade
microbiana e no caso de revolver demais o composto, pode provocar a evaporação da água
adicionada, sendo necessário molhar mais para ajustar o teor de umidade.

1
2
O importante é manter a umidade entre 50% e 60%, e essa variação se dá pelas diferentes
capacidades de retenção de água pelos resíduos e estrutura física do compostor. Sempre que
revolver o material deve-se fazer o teste de apertar um bocado de composto e verificar se
está ou não com muita água. Se escorrer água, deve adicionar somente materiais castanhos
e revolver mais as camadas e se tiver com pouca água adicionar mais durante o
revolvimento. [4,F. Oliveira et. Al,2004]

l3.5.3 Revolvimento

O revolvimento é para a homogeneização inicial de oxigênio, nutrientes e microrganismos.


Pode ser controlada a temperatura e a umidade através do revolvimento, por facilitar a
evaporação. A decomposição sem oxigênio é retardada em 90% e além da amônia é
produzido o sulfato de hidrogênio (que dá ao composto um cheiro de ovo podre), a
cadaverina e a putrescina. A oxidação das moléculas orgânicas dos resíduos também é
inibida o que dificulta sua digestão pelos microrganismos. Por isso, o revolvimento da
pilha de compostagem duas vezes por semana é indispensável. [8, 11, 1 F. Oliveira et. Al,2004
A periodicidade do revolvimento depende do tamanho do compostor e do tipo de material
adicionado. O primeiro revolvimento pode ocorrer ao terceiro dia e os seguintes em dias
alternados, num total de 4 a 5 vezes por mês.

l3.5.4 Temperatura

Deve ser mantida entre os 50 e 60ºC, sendo ideal os 55ºC, em que se acelera o processo de
compostagem e morrem as ervas daninhas. A maioria dos microrganismos não sobrevive a
mais de 70ºC e com temperaturas elevadas, passa a ter efeito inverso sobre os
microorganismos, retardando e até eliminando a atividade microbiana. [12]
É importante que a temperatura se obtenha por ação microbiana e não pelo calor do sol.
Diferentes temperaturas que ocorrem durante a compostagem e que promovem o
desenvolvimento de diferentes comunidades microbianas:
1º Fase de decomposição inicial

1
3
Estão em maior quantidade bactérias psicrófilas que vivem a temperaturas próximas dos
13ºC. Mas estas vão começar a decompor o material e vão produzir calor que vai aumentar
a temperatura e inibir o crescimento.
2º Fase mesófila de temperaturas moderadas
Nesta fase as bactérias mesófilas estão em maior quantidade, já que vivem bem em
temperaturas superiores a 15ºC. A maior parte da decomposição que ocorre numa pilha de
compostagem é mesófila.
3º Fase termófila ou de altas temperaturas
Aqui as temperaturas ultrapassam os 40/45ºC, mas os microorganismos termófilos só estão
ativos até aos 70/80ºC. Na maioria dos casos, as temperaturas mais elevadas persistirão
apenas durante três a cinco dias. À medida que os microorganismos morrem as
temperaturas começam a baixar, mas tal não significa que a compostagem está concluída,
apenas indica que os termófilos concluíram o seu trabalho.
4º Fase de arrefecimento e maturação
Depois da morte dos termófilos, os mesófilos começam a crescer em maior quantidade e a
temperatura começa a descer. Os resíduos depositados inicialmente já perderam o seu
aspecto inicial e a queda de temperatura indica que já está em ponto de maturação.
O controle da temperatura é feito constatando-se a temperatura ambiente acima do
compostor e dentro dele em três níveis, superfície, meio e base.
Esse controle é necessário para verificar se a temperatura do ar está influenciando a
temperatura interna. E a medida da temperatura em vários locais é para monitorar se a
compostagem está sendo realizada gradativamente com a adição de resíduos. [2]

l3.5.5 Controle de patógenos

A maior parte dos patógenos será destruída a 55ºC e a eliminação total pode ser conseguido
[2,
deixando atingir os 70ºC durante 1 a 2 horas, o que exige uma operação atenta. F.
Oliveira et. Al,2004]

l3.5.6 pH

1
4
Um pH inicial entre 5,5 e 8,5 é o mais adequado aos microorganismos presentes na
compostagem, mas o processo pode decorrer com sucesso fora desta gama de valores. O
composto final deve ter um pH entre 7.5 e 9.0.
O controle do pH pode ser feito por uma fita indicadora diretamente no composto, ou
leitura em peagâmetro após homogeneização com água destilada. [2,F. Oliveira et. Al,2004]

l3.6 POSSÍVEIS PROBLEMAS

Apesar da orientação do tipo de lixo a ser depositado, os resíduos adicionados poderão


interferir na compostagem. Os mesmos deverão ser retirados antes de ir para o compostor.
Além disso, todo material orgânico deve ser picado o máximo possível, quando não
triturado, e no caso de lixo doméstico deve ser supervisionada essa característica e se
necessário, refazer a picagem antes de ser depositado direto no compostor (Tabela 2).

Tabela 2. Problemas, possíveis causas e soluções

PROBLEMA CAUSA POSSÍVEL SOLUÇÃO

Materiais adicionados: Adicione materiais verdes,


Processo lento demasiados castanhos ou corte os materiais em pedaços
demasiados grandes menores e revire a pilha.

1
5
Revire a pilha regularmente,
Umidade em excesso,
adicione materiais castanhos;
Demasiados materiais
se a pilha persistir em ficar
verdes.
úmida, remova a tampa.

Revire a pilha ou diminua seu


Cheiro a podre (amônia) Compactação
tamanho

Pilha pequena Aumente o tamanho da pilha

Adicione água, verificar se a


Umidade insuficiente
parte superior está fechada.

Arejamento insuficiente Revire a pilha

Adicione materiais verdes,


Falta de azoto corte os materiais em pedaços
Temperatura muito baixa
menores e revire a pilha.

Aumente o tamanho da pilha


Clima frio
ou isole-a com palha

Pilha muito grande Diminua o tamanho da pilha


Temperatura muito alta
Arejamento insuficiente Revire a pilha

Retirar esses alimentos da


Presença de restos de carne, pilha, revirar e adicionar
Pragas materiais castanhos. Se houver
peixes, óleo ou gordura.
formigas é indício de que a
pilha está muito seca e precisa
ser regada
l Fonte: Rosas, 2005

l3.7 TEMPO FINAL DE COMPOSTAGEM

O tempo para compostar matéria orgânica dependerá dos fatores citados. Quanto maior for
a atenção ao processo, mais rapidamente será obtido o adubo; portanto, se as necessidades
nutricionais dos microrganismos forem atendidas, se os materiais forem adicionados em

1
6
pequenas dimensões, alternando camadas de materiais verdes com materiais castanhos,
mantendo o nível ótimo de umidade, pH, verificando-se a temperatura e remexendo a pilha
1 a 2 vezes por semana, o composto poderá estar pronto em 2 a 3 meses.
Por outro lado, se o material for adicionado continuamente, a pilha remexida
ocasionalmente e apenas a umidade controlada, o composto estará pronto ao fim de 3 a 6
meses. [2,3]
A característica de um composto pronto é não degradar mais, mesmo depois de revolvido.
As suas características físicas variam com a natureza do material original, com as
condições em que a compostagem se realizou e com a extensão da decomposição.
Geralmente o composto é de cor castanha, apresenta baixa razão C-N e alta capacidade
para permuta catiônica e para absorção de água. Se a cor do composto for preta, é o
produto de um sistema de compostagem anaeróbia, sem chorume que foi degradado, muito
úmido e é menos útil do que a produzida de forma aeróbia. [2,3]
O composto deverá ser farelento, ou seja, macio e não fibroso. Um bom composto bem
amadurecido deverá cheirar a terra, mas nunca a mofo e a podre. [2,3]
Deverá apresentar-se à temperatura ambiente. O composto que ainda está mais quente do
que o ar atmosférico terá que ser decomposto durante mais algum tempo. [2,3]
Ao constatarem-se as características finais do processo, retirar o composto da pilha de
compostagem e deixar o material que ainda não foi degradado.
Deixar o composto repousar 2 a 4 semanas antes da sua aplicação, especialmente em
plantas sensíveis, colocando-o em local protegido do sol e chuva (fase de maturação). [3]
Algumas aplicações estão especificadas na tabela 3.

Tabela 3. Recomendação de adubação de compostos orgânicos


Agricultura Plantio Cobertura

Abacaxizeiro 2 a 3 L/cova 1 a 2 L/pé semestre

1
7
Abóbora e pepino 5 a 8 L/cova 5 a 7 L/pé semestre

Açaizeiro para fruto 8 a 10 L/cova 8 a 10 L/pé semestre

Coqueiro 8 a 10 L/cova 8 a 10 L/pé anual

Hortaliças de folhas largas 3 a 5 L/cova 3 a 5 L/pé semestre

Melancieira 6 a 8 L/cova 5 a 7L/pé semestre

Mamoeiro 4 a 5 L/cova 1 a 2 L/pé na frutificação

Maracujazeiro 6 a 8 L/cova 6 a 8 L/pé anual

Outras fruteiras
Pimentãozeiro e pimenteira-
3 a 5 L/cova
de-cheiro

Pimenteira-do-reino 3 a 4 L/cova
Jardinagem
Arbustos 10 a 20 L/m2 4 a 5 L/ m22 a 3 L/pé semestre

Gramados 5 a 8 L/ m2 2 a 3 L/ m2 semestre

Plantas interiores 3 a 5 L/cova 2 a 3 L/ m2 semestre

Vaso
Vaso pequeno (1 litro) 0,2 a 0,3L/vaso 0,1 a 0,2 L/vaso semestre
Vaso médio (2,5 litros)
0,4 a 0,6 L/vaso 0,2 a 0,3 L/vaso semestre

Vaso grande (5 litros) 0,8 a 1,2 L/vaso 0,2 a 0,3 L/vaso semestre
Fonte: Teixeira et al., 2002

4 SUBSTRATO

1
8
Substrato é um sistema de reserva de nutrientes para plantas que temporariamente precise
ficar fora do solo, por germinação ou transporte.
Suas características devem ser:
Conter nutrientes que serão adicionados por adubação ou a partir da própria matéria de que
é feito; ter capacidade de reter água sem encharcar, pois quando estes retêm muita água
reduzem a aeração e acúmulo de CO2 afetando a respiração das raízes provocando a
redução de absorção de nutrientes e quando não retêm água suficiente, a concentração de
sais aumenta, podendo provocar toxidez ou retirada de água da planta; ter pH próximo à
neutralidade, para isso corrige-se com calcário dolomítico. Os nitratos geralmente elevam o
pH e os amoniacais reduzem-no; Deve ter alta capacidade de troca catiônica (CTC). Isso
não se aplica ao caso de sistema líquido para transporte de nutrientes, onde o substrato é
inerte. Caso o substrato tenha CTC baixa, a adubação deve ser mais freqüente. Caso o
substrato tenha uma CTC alta, a adubação deve ser feita antes do plantio, porém, neste caso
o risco por toxidez em excesso é maior, pois a irrigação da lavagem do excesso de sais é
limitada; Deve ter boa aeração; Como fator econômico deve ser leve. [Minami, K. 1999]
O valor do substrato industrializado em comparação com o valor do caseiro é de cerca de
quatro vezes mais oneroso, porém, a sua utilização em larga escala e seu balanceamento
químico e físico destinado a certos tipos de planta aumentam o crescimento da planta em
menos tempo e uniformemente, o que garante ao produtor uma colheita uniforme e segura.
Com base num estudo feito por M. H. Fermino, A. L. Trentin, A. N. Kampf de Porto
Alegre - RS com o trabalho “Caracterização química e física de materiais alternativos para
composição de substratos para plantas”, os mais promissores para o uso em substrato para
plantas foram a serragem e o bagaço de cana e a casca de arroz carbonizada. [Minami, K.
1999]

l4.1 ADUBAÇÃO EM SUBSTRATO

1
9
Um substrato pode ter suas características melhoradas. Para que um substrato possa ter sua
função melhorada, é necessário que se observe a sua propriedade física, a sua capacidade
química, a sua condição biológica, a sua acidez, alcalinidade, salinidade, toxicidade, além
de capacidade de suporte de planta. [Minami, K. 1999]
Uma função do substrato é prover a planta de nutrientes, porém nem sempre o substrato
contém nutrientes, devido aos seus componentes. Caso isso ocorra, a planta pode sofrer
uma parada de crescimento ao ser transplantada. [Minami, K. 1999]
Do ponto de vista comercial há aqueles substratos que contêm adubo e os que não contêm.
Na maior parte dos substratos comerciais para mudas, o adubo está em quantidade para dar
o arranque inicial do crescimento delas.[Minami, K. 1999]
Pressupõe-se que o crescimento deva ser controlado pelo produtor, através de adubação
criteriosa e balanceada. Assim o produtor pode manipular o crescimento das plantas.
[Minami, K. 1999]

l4.1.1 Adubação de substrato

A adubação deve ser feita de acordo com os tipos de substratos existentes no mercado:
Substrato com adubo de arranque (ou aditivado)
Deve ser feita uma adubação complementar após os primeiros dias do plantio e mantê-la ao
longo do crescimento da planta, observando as diferentes necessidades nutricionais da
planta.[Minami, K. 1999]
A adubação complementar ou de manutenção é feita geralmente via ferti-irrigação ou
foliar.
A adubação complementar de manutenção e adubação de condicionamento (geralmente via
foliar) são usadas para condicionar a planta a crescer, parar de crescer; resistir melhor às
condições secas, às doenças, ou ao transplante; elevar o nível de nutrientes dentro da planta
sem causar fitotoxicidade. Geralmente, durante a fase de transplante ao solo as plantas
paralisam o crescimento até restabelecerem o mecanismo de absorção dos nutrientes e
água. Com a adição de adubo ao substrato elas não paralisam o crescimento durante a
formação de raízes.[Minami, K. 1999]

2
0
Observações para adubação de substrato:
Adubos e/ou soluções nutritivas desbalanceadas podem causar deficiência de certos
elementos:
Excesso de NH4 causa deficiência de Ca, Cu, Mg; excesso de NO3 causa deficiência de K;
excesso de Ca causa deficiência de P, K, Fe, Mn, NH4, Zn, B e Cu.
A relação entre os nutrientes deve ser de:
N: K: Ca: Mg: 1: 1: 1: 0,5
Mn: Fe: 1: 2 ou 1: 5
Fe: Cu: 10: 1
A adubação mínima de um fosfato deve conter: calcário dolomítico, super fosfato, mistura
de micronutrientes, agente molhante se for preciso, fontes de N e K para as primeiras
semanas.[Minami, K. 1999]
Um exemplo de adubação mínima de substrato à base de material orgânico e vermiculita:
calcário dolomítico (2-3 Kg/m3; Super fosfato simples (1-2 Kg/m3) ou superfosfato triplo
(0,5 Kg/m3); Nitrato de K ou Ca (0,5 Kg/m3); Agente molhante (90 mL/m3);
Micronutrientes, conforme recomendações especiais recomendadas pelo fabricante.
[Minami, K. 1999]

5 METAS

A quantidade de adubo adquirido dependerá da quantidade de resíduos e controle dos


fatores que influenciam o processo. Mas em média obtém-se 50% do peso total de resíduos
em composto, num prazo máximo de três meses a partir do início da compostagem.
Lembrando que os materiais a compostar sempre estarão sendo adicionados por cima e
fornecendo o alimento para microrganismos de baixo da pilha.
Os alunos poderão aplicar conhecimentos interdisciplinares na prática ao tentar resolver
problemas envolvendo o processo, como mudança de pH, temperatura insuficiente ou
pedido de manipulação do processo para se obter um adubo mais ácido ou mais básico. O
adubo orgânico produzido pela UFT poderá ser manipulado para fornecer nutriente e

2
1
substâncias específicas em função das condições regionais e exigências nutricionais dos
cultivares, pois há tabelas com as composições de alguns materiais empregados no preparo
do composto (resultados em material seco a 110 °C) e padrões de composição química do
composto. [L. Corradini,2006,A. Oliveira,2005]
As seguintes análises podem ser incorporadas durante o processo de compostagem para
avaliação do adubo a ser produzido, enriquecendo a prática e finalidade do projeto:
Densidade (das amostras) e volume (das pilhas), temperatura (registro contínuo), umidade,
pH, azoto (pelo método Kjeldahl), Norg, NO3, NH4+ , CO2, ácidos húmicos e fúlvicos, C e
N solúveis, C e N microbianos, P fracionamentos, celulose, hemicelulose e lenhina, CBO e
CQO, P, K, Ca, Mg, Na, Cu, B, Zn, Fe, Mn, S, Densidade das populações microbianas nas
diferentes fases do processo de compostagem, Salmonella spp. e Escherichia coli.,
sementes de infestantes, biotestes de fitotoxicidade. [ L. Hall et. al,2003,15]
Análises de alumínio, cálcio, fósforo, CaMg, H+Al, potássio, matéria orgânica e textura já
são feitas atualmente em solo, no laboratório de Solos da UFT- campus Gurupi, restando as
análises de micro nutrientes, já previstas e que serão implantadas em breve.
A partir destes testes, os alunos poderão construir uma tabela de padrões de fertilidade
voltados para experimentos, como constatou Malavolta em 1974:
“As soluções extratoras dos elementos são formas simuladas de absorção,
realizadas pelas raízes das plantas. A eficiência dessas soluções é testada e
calibrada continuamente, com dados obtidos em ensaios de vasos e campo, com
a adição de doses crescentes de adubo. Em função das respostas desses ensaios
e dos resultados analíticos, torna-se possível o estabelecimento de níveis de
fertilidade, padrões para cada um dos nutrientes e às vezes até mesmo em
função de interação entre os elementos”.

6. REFERÊNCIAS

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compostagem.pdf. Acesso em 22 de janeiro de 2010.
(2)ROSAS, C.“Compostagem Doméstica – Oportunidade de Cidadania” – Confagri, 2005:

2
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http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Solo/Documentos/doc68.htm. Acesso
em 20 de Janeiro de 2010.
(2)DORNELLES, M.S. et al. Cartilha Agroecológica - Projeto Uso de compostagem e
vermicompostagem na agricultura. Cáceres: UNEMAT, 2007, 18p.
(2)Valente, B.S., E.G. Xavier, T.B.G.A. Morselli, D.S. Jahnke, B. de S. Brum Jr.,
B.R. Cabrera, P. de O. Moraes, D.C.N. Lopes. Fatores que afetam o desenvolvimento da
compostagem de resíduos orgânicos . Archivos de zootecnia vol. 58(R), p. 85.
(2)REIS, Mariza Fernanda Power. Avaliação do processo de compostagem de resíduos
sólidos urbanos .Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Engenharia.
Porto Alegre, julho de 2005.
(3) Maria Helena Olivera Santos. Desperdício de alimentos e sua interferência no meio
ambiente .Instituto Construir e Conhecer; Goiânia; Enciclopédia Biosfera N.05; 2008;
ISSN 1809-0583
http://www.esb.ucp.pt/compostagem/compost/compost.html. Acesso em 22 de janeiro de
2010.
(3)Taminini, Cristina Rincon. Recuperação de áreas degradadas com a utilização de
biossólido e gramínea forrageira . Dissertação apresentada como requisito parcial para a
obtenção do grau de Mestre em Agronomia área de Concentração “Ciência do Solo”, do
Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2004
(4)Gallas, J. D. F. et al, 2005 Contaminação por chorume e sua detecção por resistividade.
Revista Brasileira de Geofísica vol.23,no.1,São Paulo,Jan./Mar.,2005
(5)Olibone,D., Calonego,J.C., Pavinato,P.S., Rosolem,C.A. Crescimento inicial da soja sob
efeito de resíduos de sorgo .Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 24, n. 2, p. 255-261, 2006
(7)http://www.novosurbanos.wordpress.com. Acesso em 18 de Janeiro de 2010.
(8)Luciana Pranzetti Barreira, Arlindo Philippi Junior, Mario Sergio Rodrigues. Usinas de
compostagem do Estado de São Paulo: qualidade dos compostos e processos de produção
Eng. sanit. ambient.Vol.11 - No 4 - out/dez 2006, 385-393
(5)Myiazaka,S.; Camargo. O A et al. Adubação orgânica, adubação verde e rotação de
culturas no estado de São Paulo. Campinas. Fundação Cargil,1984

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(5)Irene Domenes Zapparoli. O Adubo Orgânico Proveniente de Estações de Tratamento
de Esgoto:Questões Técnicas e Tendências de Mercado. Londrina,Paraná,1999

(5)Francisco Nelsieudes Sombra Oliveira,Hermínio José Moreira Lima,João Paulo


Cajazeira. Uso da Compostagem em Sistemas Agrícolas Orgânicos. Embrapa
Agroindustria Fortaleza,2004

(9)Manejo e Operação da Central de Compostagem na Votorantim Celulose e Papel S.A./


L. Corradini.-Eng. Agrº. Cidade de Luiz Antônio, 2006: (Simposio_Biossolidos_13.pdf) -
Acesso em 17 de dezembro de 2010.
(10)A compostagem como processo de valorização dos resíduos produzidos na extracção
de azeite em contínuo/ L. Hall, M. Sàágua, M. Bartolomeu, A. Anselmo, M. Rosa. Lisboa,
2003. Acesso em 20 de dezembro de 2010.
(11)”Manual de Compostagem”; Brito, Miguel- Escola Superior Agrária de Ponte de Lima:
http://www.ci.esapl.pt/mbrito/compostagem/Apresentação_manual_de_compostagem.htm.
Acesso em 18 de dezembro de 2010.
(15)http://www.ci.esapl.pt/mbrito/compostagem/UC_compostagem_esquema_das_pilhas.ht
m . Acesso em 18 de dezembro de 2010.
(12)Uso da Compostagem em Sistemas Agrícolas Orgânicos/F. Oliveira, H. Lima, J.P.
Cajazeira- Embrapa: Fortaleza- CE. Dezembro, 2004.
(16)Compostagem Caseira de Lixo Orgânico Doméstico/A. Oliveira-Embrapa, Mandioca e
Fruticultura Tropical: Cruz das Almas, BA. Dezembro, 2005.
(13)Malavolta, E., l926.
Adubos e adubações/E. Malavolta, F Pimentel-Gomes e J.C. Alcarde. São Paulo, 30p. ;
p.56-57, 2002
(14)Malavolta, E., 1974
Nutrição mineral e adubação de plantas cultivadas. São Paulo: Pioneira, 1974. 129p. ;
139p.
(17)Minami, K. 1999 USP- ESALQ
Adubação em substrato. Piracicaba, 2000

2
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(18)Dutra, Bruno. R. M.,Habib, Mohamed, Barbosa, George, L. M. 2005.
Desenvolvimento de um modelo de compostagem como instrumento de reciclagem de
resíduos orgânicos na moradia estudantil da Unicamp.
(19)Clarice Oliveira da Rocha, George do Nascimento Ribeiro, Antônio José Ferreira
Gadelha, Diogo Fernandes Barros. Utilização da compostagem no tratamento de resíduos
sólidos e seus benefícios para o meio ambiente . Rebaga (Mossoró – RN – Brasil) v.2, n.1,
p. 01-05 de janeiro/dezembro de 2008 http://rbga.gvaa.com.br/

2
5
7 MATERIAIS

Material necessário:
Materiais orgânicos; Água; 1 Tela fina para proteger o compostor de insetos;2 Tambores de
plástico grandes com tampa( para captação de resíduos domésticos);2 Tambores de plástico
ou metal pequeno;1 Bancada de madeira improvisada;1 Compostor de jardim (improvisado
ou não);2 Tesouras de podar (para reduzir a dimensão dos resíduos a compostar); 1
Triturador (opcional);5 Bandejas plásticas (20X30 cm) para a separação de resíduos
domésticos;1 Ancinho (para remexer o material de compostagem);2 Termômetros, sendo
um comprido e outro de ambiente(um para o interior da pilha de compostagem, outro para
verificar a temperatura ambiente sobre a compostagem);1 Regador;2 Pares de luvas
compridas amarelas;1 Caixa de máscara tipo descartável; Papel contacte transparente (para
identificar os tambores);Folha para impressão (para identificar os tambores);

8 CRONOGRAMA

Fev Mar Abr Abr Abr+ Abr Abr/dias Mai Jun Jul Ago
+3 6 +4 restantes
dias dias dias

2
6
Conscientização de X X

funcionarios e alunos

Compras/seleção de local para X


recebimento de material e processamento

Inicio do processamento X

Revolvimento, leitura do ph, X


umidade,temperatura e molhar a pilha

Molhar a pilha X
Revolvimento,leitura do ph, umidade, X X X X
temperatura

Verificar fase/Revolvimento a cada uma X X X


semana /leituras e molhar a cada 3 dias ou
quando as leituras indicarem

Verificar fase,continuar X X
revolvimento/leitura/molhar

Repouso de 2 a 4 semanas X
Uso/inínicio de verificação de resultados X
em mudas de várias espécies de plantas

9 ORÇAMENTO

MATERIAIS DE VALOR VALOR


MEDIDA QTDE
CONSUMO UNITÁRIO TOTAL

2
7
Tela fina RL 1 R$ 25,00 R$ 25,00

Tambores plástico 200 L com


UN 5 R$ 130,00 R$ 650,00
tampa

Tambores de plástico 100 L UN 2 R$ 40,00 R$ 80,00

Tesouras de podar UN 2 R$ 13,00 R$ 62,00

Bandejas plásticas (20X30 UN 5 R$ 38,00 R$ 190,00


cm)
Ancinho UN 5 R$ 11,50 R$ 57,50

Termômetro climático UN 5 R$ 25,00 R$ 125,00

Termômetro digital (0-100ºC)


UN 5 R$ 100,00 R$ 500,00
com sensor externo

Regador UN 5 R$ 13,00 R$ 65,00

Pares de luvas compridas


UN 5 R$ 9,00 R$ 45,00
amarelas

Caixa de máscara descartável UN 10 R$ 25,00 R$ 250,00

TOTAL R$ 2.049,50

2
8

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