Universidade Federal Fluminense

Professor Ruderico
Economia das Organizações
Aluno: Matheus Prieto Ladario

“Theory of the firm in as evolutionary perspective”

Cohendent, P., Llerena, P., Marengo, L.

1. Como a Teoria Evolucionária da Firma vê a firma?

Na Teoria evolucionária da Firma os autores citam que a empresa é

uma instituição econômica que desempenha várias funções através da
implementação de diversos mecanismos que interagem em
complexidade, às vezes conflitantes, e ainda bastante inexplorada,
maneiras. Citam que uma teoria deve abandonar a visão uni-dimensional
da maioria das abordagens e tentar abordar especificamente a interação
entre mecanismos, vendo a empresa como um delicado equilíbrio entre
os processos. Os autores definem o nome desse equilíbrio como balanço
de coerência da empresa e a análise de algumas das condições pode ser
alcançada entre os diversos mecanismos de trabalho da empresa, bem
como de uma relevância externa em relação a mecanismos de fora da
empresa. Segundo os autores o argumento principal é que a coerência
interna é uma condição necessária para o desempenho da empresa,
entretanto, só a relevância dos mecanismos de organização a um
ambiente específico de concorrência permitem que o desempenho seja
alcançado.
Na visão dos autores o conhecimento que caracteriza a empresa é
antes de tudo conhecimento produtivo, ou seja, saber fazer as coisas.
Este conhecimento é normalmente distribuído, o que significa que é a
organização, com sua estrutura peculiar das interações entre seus
componentes, que sabe como fazer as coisas, embora nenhum dos seus
componentes pode dominar esse conhecimento na sua totalidade.

2. Quais são os principais tipos de mecanismos envolvidos na gestão de uma

firma na visão desses mesmos autores?

Para os autores os tipos de mecanismos são:

• Mecanismos cognitivos: No qual as empresas devem promover a

formação de uma base de conhecimento comum e que incluem os
mecanismos de trocas de informações internas e com o meio
ambiente;
 • Mecanismos de incentivos: No qual as empresas devem
estruturar os pagamentos aos fatores de produção para que os
esforços se orientem em determinadas direções e;

• Mecanismos de coordenação: No qual promovam propriamente a

coordenação que articulam as ações individuais para que se alcance
fins comuns.

Para a visão evolucionária a firma esses mecanismos de coordenação são

interdependentes e interagem entre si de forma complexa.

3. O que é uma Teoria Evolucionária da Firma? Quais são as principais

características da abordagem evolucionária da firma?

A visão evolucionária da firma segundo se constitui em dois focos, onde

primeiro, se preocupa com uma visão dinâmica da firma, no qual a
empresa é vista em permanente processo de mudança e segundo,
prioriza a importância do conhecimento e os mecanismos cognitivos,
sendo o tratamento da informação e o processamento do conhecimento o
ponto central das organizações. Ainda segundo os autores uma teoria
evolucionária da firma é uma teoria que explica a estrutura e o
comportamento da firma a partir da dinâmica da interações entre suas
partes constitutivas da firma entre si e com seu ambiente.

As principais características da abordagem evolucionária da firma são:

1) Modelos evolucionários salientam a importância da heterogeneidade

entre os agentes - A diversidade não é visto apenas como uma hipótese
realista, mas também como uma importante força motriz para a dinâmica
evolutiva;
2) Modelos evolucionários supõe que a adaptação e o aprendizado
coletivo exigem diversidade, gerada por mecanismos de variação, que
sempre introduzem novas características nas empresas, mas também
mecanismos que garantam a necessária coerência global: os mecanismos
de seleção. Cada organização econômica pode ser considerada como um
sistema evolutivo que implementa um certo equilíbrio entre os
mecanismos de variação e mecanismos de seleção sobre o que constitui a
base do conhecimento organizacional;
3) Modelos evolucionários supõe que o processo de aprendizagem é
impulsionada pela busca de uma melhor perfomance.

4. Quais as conseqüências para a atividade de coordenação, quando o

“conhecimento” é crucial para firmas que lidam com sistemas complexos de
produção?

Segundo os autores existem duas consequências para a atividade de

coordenação quando o conhecimento é crucial, que são:
1) Conhecimento de processos de produção complexos é
necessariamente distribuído e não pode ser plenamente compreendido
e controlado por um único indivíduo. A principal função de uma
organização torna-se a coordenar este conhecimento disperso;
2)Coordenação, neste caso geralmente envolve a criação de
organismos compartilhados do conhecimento: conjunto de fatos,
noções, "modelos do mundo", regras, procedimentos que são - pelo
menos em parte - conhecido por todos os membros da organização
envolvidos em uma dada interação. Num certo sentido este tipo de
coordenação é uma pré-condição para a coordenação das ações que é
analisada pela literatura mais atual e que implicitamente assume que
todos esses mecanismos de coordenação entre os diferentes
conhecimentos já estão alinhados.