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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO

DOURO

ENGENHARIA
AGRONÓMICA/FlORESTAL/
ZOOTÉCNICA

QUÍMICA

Texto de Apoio

2009/2010
Composição quantitativa das soluções

Uma solução é uma mistura de duas ou mais substâncias - o solvente e o(s)


soluto(s) - que é homogénea ao nível molecular.

A natureza do solvente e do(s) soluto(s) indica-nos a composição qualitativa da


solução.

A quantidade relativa do(s) soluto(s) e do solvente/solução indica-nos a


composição quantitativa da solução.

A composição quantitativa de uma solução pode ser expressa de diferentes


modos, sendo os mais usuais os seguintes:

• Concentração molar ou Molaridade : nº de moles de soluto por litro de


solução ou o nº de milimoles de soluto por mililitro de solução (mol/L,
mmol/mL ou M)

• Normalidade: nº de equivalentes de soluto por litro de solução ou nº de


miliequivalentes (meq) por mililitros de solução (eq/L, meq/mL ou N) (o
conceito de equivalente será abordado em pormenor mais à frente).

• Molalidade: nº de moles de soluto por quilo de solvente (mol/kg ou m)

• Concentração mássica: massa de soluto em g por litro de solução (g/L)

• Fracção molar de um componente: nº de moles do componente/nº de moles


total na solução (xi)

• Percentagem em massa : razão entre a massa de soluto e a massa de


solução multiplicada por 100%

• Percentagem em volume : razão entre a massa de soluto (em g) e o volume


de solução (em mL) multiplicada por 100%

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• Partes por milhão: razão entre a massa de soluto e a massa de solução
multiplicada por 106 (ppm). Para soluções muito diluídas podemos dizer que a
composição quantitativa em expressa em ppm equivale a mg (soluto)/L de
solução

BREVE INTRODUÇÃO SOBRE OS SEGUINTES CONCEITOS:


EQUIVALENTE, Nº DE EQUIVALENTES, EQUIVALENTE-GRAMA E NORMALIDADE

No final do século XVIII, quando ainda não eram conhecidas as fórmulas


químicas (a teoria atómica de Dalton surgiu apenas por volta de 1880) os cientistas
da época já sabiam, no entanto, que a adição de uma solução de um ácido a uma
determinada quantidade de uma solução de base levava ao desaparecimento, tanto
das características da solução básica como das características da solução ácida. A
mistura já não era azeda nem amarga, não ficava vermelha com a adição de umas
gotas de solução de azul de tornesol, nem ficava carmim com a adição de algumas
gotas de solução alcoólica de fenolftaleína. Havia, portanto, uma reacção entre as
duas soluções e, como as propriedades de ambas eram neutralizadas, este tipo de
reacções foi designado por reacções de neutralização (hoje em dia já sabemos que
esta designação deve ser utilizada com cuidado).
Em termos quantitativos, foram sendo estabelecidas as massas dos diferentes
ácidos então conhecidos que eram necessárias para neutralizar uma certa
quantidade das bases também conhecidas na altura; estes valores foram sendo
colocados em tabelas de modo a proporcionar uma informação sistematizada sobre
este assunto. Era, portanto usual aparecerem nos laboratórios da época tabelas do
tipo*:

Ácidos Bases

36,5g de ácido clorídrico 40 g de hidróxido de sódio


63 g de ácido nítrico 56 g de hidróxido de potássio
49 g de ácido sulfúrico 58g de hidróxido de magnésio
… …

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*os valores aqui apresentados são valores que, por razões óbvias, se achou que eram os mais
apropriados colocar e só por mero acaso é que correspondem aos existentes nas tabelas de então;
contudo, sem dúvida alguma a proporção entre os valores da esquerda e da direita é a mesma quer
aqui quer no antigamente.

Qualquer uma das massas da coluna da esquerda (ácidos) neutraliza qualquer


uma das massas da coluna da direita (bases).
Estes resultados experimentais, e outros, levaram o cientista alemão J. B.
Richter a formular, em 1792 a Lei dos Pesos Equivalentes, que diz o seguinte:

“Os pesos de duas substâncias que se combinam ou reagem com o mesmo


peso de uma terceira substância são quimicamente equivalentes entre si”.

Assim, relativamente a reacções entre ácidos e bases, podemos dizer que 40 g


de hidróxido de sódio, 56 g de hidróxido de potássio e 58 g de hidróxido de
magnésio são massas quimicamente equivalentes, pois todas elas neutralizam
36,5 g de ácido clorídrico, 63 g de ácido nítrico e 49 g de ácido sulfúrico. Por sua
vez, estes três valores de massas dos ácidos também são quimicamente
equivalentes entre si.
O conhecimento das fórmulas químicas tornou possível relacionar as massas
quimicamente equivalentes não só com o nº de moles a que cada uma delas
correspondia, como também e com o nº de moles de ácido com que cada uma
destas massas reagia.

A aplicação directa do conceito de quimicamente equivalente à análise


química quantitativa, em particular às titulações (volumétricas, gravimétricas, etc)
tornou necessário que se definisse o conceito de 1 equivalente (1 eq) de uma
substância, alargando-se a sua aplicação, não só ao caso das titulações de ácido-
base, como a qualquer titulação, independentemente do tipo de reacção que ocorra
entre o titulante e o titulado (oxidação/redução, precipitação e complexação). A par
do conceito de equivalente surgiu, inevitavelmente, o conceito de peso-equivalente
ou equivalente-grama (Eq) de uma substância que corresponde à massa de um
equivalente dessa mesma substância. Assim, podemos dizer que:

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“A massa molar de uma substância está para 1 mole dessa substância, assim
como seu peso- equivalente (ou equivalente-grama) está para 1 equivalente dessa
mesma substância.”

Nota – Antigamente a massa molar era designada por molécula-grama e a massa de uma
mole de átomos por átomo-grama, daí a designação de equivalente-grama para a massa de
um equivalente.

A definição de equivalente de uma substância, contrariamente ao conceito de


mole, está directamente relacionada com o tipo de reacção química em que a
substância participa e só pode ser determinado quando se conhece a
estequiometria da reacção em causa.
A utilização “dos equivalentes” é muito comum em muitas áreas do saber, para
além da Química, tais como a Enologia, Farmacologia, Edafologia, Medicina,
Geologia, Biologia, etc.
O conceito de equivalente será definido, em primeiro lugar, para o caso de
substâncias que participam em reacções de ácido-base e, em seguida, para as
substâncias que se encontram envolvidas em reacções de oxidação/redução ou
reacções redox. O conceito de equivalente em reacções de precipitação e de
complexação não será aqui abordado.

Equivalente de um ácido e equivalente de uma base


O conhecimento das fórmulas químicas veio esclarecer de uma forma simples
os valores experimentais obtidos para as massas quimicamente equivalentes de
ácidos e de bases acima atrás referidas.
Em termos gerais, podemos dizer que numa reacção de ácido/base em fase
aquosa, uma mole de iões H+ reage com uma mole de iões OH - para dar uma mole
de moléculas de água ou seja:

H+ (aq) + OH- (aq) ⇄ H2O (l)

A estequiometria desta reacção é sempre de 1 mole de H+ para 1 mole de


OH-. Por este motivo, definiu-se equivalente de um ácido como sendo a
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quantidade desse ácido que, em reacções de a/b, é capaz de fornecer 1 mole de
iões H+. Por outro lado, um equivalente de uma base foi definido como sendo a
quantidade dessa base que reage com uma mole de iões H+. É fácil, portanto,
inferir, que um equivalente de um ácido reage sempre com um equivalente de
uma base, (e formando-se também um equivalente do respectivo sal (no caso de
haver um sal como produto de reacção). O mesmo se poderá dizer em relação às
correspondentes massas (os respectivos equivalentes-grama), ou seja 1
equivalente-grama de um ácido reage sempre com 1 equivalente-grama de uma
base.
Consideremos então a reacção do ácido clorídrico (HCl) com o hidróxido de
sódio (NaOH):

• 1 mole de HCl fornece uma mole de iões H+; assim, temos que 1 mole de
ácido clorídrico corresponde a 1 equivalente de ácido clorídrico.

• 1 mole de NaOH reage com uma mole de iões H+; assim, temos que 1 mole
de NaOH corresponde a 1 equivalente de NaOH.
• Como 1 equivalente de ácido reage sempre com um equivalente de base a
estequiometria da reacção é de 1 mole de ácido para 1 mole de base ou seja:

1 HCl (aq) + 1 NaOH (aq) ⇄ 1 NaCl (aq) + 1 H2O (l)


↓ ↓ ↓
(1 eq) (1 eq) (1 eq)

Logo, os valores experimentais da tabela acima apresentada (36,5 g de ácido


clorídrico para 40g de hidróxido de sódio) estão explicados.
Se em vez de clorídrico, o ácido for o sulfúrico (H2SO4), estamos perante uma
situação diferente. Neste caso, 1 mole de H2SO4 fornece 2 moles de iões H+, ou
seja, para se ter 1 equivalente de H2SO4 basta termos ½ mole de ácido. A
estequiometria da reacção é neste caso de ½ mole de ácido para 1 mole de base, o
que se pode verificar através da equação química acertada que representa a
reacção entre estes dois reagentes:

1/2 H2SO4 (aq) + 1 NaOH (aq) ⇄ 1/2 Na2SO4 (aq) + H2O (l)
↓ ↓ ↓
(1 eq) (1 eq) (1 eq)

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Os valores da tabela acima apresentada (49 g de ácido sulfúrico para 40 de
hidróxido de sódio) estão, de novo, perfeitamente explicados.
Por outro lado, se a base for o hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), em vez de
hidróxido de sódio (o ácido é de novo o ácido clorídrico), fazendo um raciocínio
análogo ao anterior, podemos dizer que ½ mole de Mg(OH)2 corresponde a 1
equivalente de Mg(OH)2 e que, portanto a estequiometria da reacção é de 1 mole
de ácido (já foi referido atrás que corresponde a 1 equivalente) para ½ mole de
base, como se pode constatar através da equação química acertada que representa
a reacção entre estes dois reagentes:

1 HCl (aq) + 1/2 Mg(OH)2 (aq) ⇄ MgCl2 (aq) + 1 H2O (l)


↓ ↓ ↓
(1eq) (1eq) (1eq)

Mais uma vez, os valores da tabela acima apresentada estão explicados.

Para terminar, consideremos a reacção de H2SO4 com Mg(OH)2. Uma vez que
tanto ½ mole de ácido como ½ mole de base correspondem a 1 equivalente, a
estequiometria da reacção é de ½ mole de ácido para ½ mole de base (o mesmo
que de 1 mole de ácido para 1 mole de base), o que pode ser traduzido pela
seguinte equação química acertada:

1/2 H2SO4 (aq) + 1/2 Ca(OH)2 (aq) ⇄ 1/2 CaCl2 (aq) + 1 H2O (l)
↓ ↓ ↓
(1 eq) (1 eq) (1 eq)

Esta equação é equivalente à seguinte:

1H2SO4 (aq) + 1 Ca(OH)2 (aq) ⇄ 1CaCl2 (aq) + 2H2O (l)


↓ ↓ ↓
(2 eq) (2 eq) (2 eq)
Podemos então concluir que no ponto de equivalência duma titulação de ácido-
-base o nº de equivalentes de ácido é sempre igual ao nº de equivalentes de
base qualquer que seja o ácido e qualquer que seja a base. Daí a sua
designação ponto de equivalência.

Nota – o nº de equivalentes é também designado, por vezes, por nº de equivalentes-


grama, tal como o actual número de moles era antigamente designado por nº de

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moléculas-grama. No entanto esta última designação pode gerar alguma confusão
com a designação de equivalente-grama (Eq) que corresponde à massa de 1 eq

Relativamente ao nº de moles temos que, no ponto de equivalência de uma


titulação de ácido-base o nº de moles de ácido só é igual ao nº de moles de base se
a estequiometria da reacção for de 1 mole de ácido para 1 mole de base

Equivalente ácido/base de um sal


O equivalente de um sal (considerado como produto de reacção de um ácido
com uma base) é definido como sendo a quantidade do sal que contém 1 mole de
iões monopositivos, ½ mole de iões dipositivos, etc ,ou seja, é a quantidade de
sal que contém 1 mole de cargas positivas e, consequentemente 1 mole de cargas
negativas. Um sal contém, portanto, na sua constituição tantos equivalentes de
catiões como de aniões. A noção de equivalente é, pois, aplicada a iões
isoladamente. O peso-equivalente de um sal ou o seu equivalente-grama (Eq)
será naturalmente a massa de um equivalente. Também nos podemos referir ao nº
de equivalentes ou ao equivalente-grama para os iões isoladamente.
Resumindo, podemo-nos referir a :

• 0,20 equivalentes de HCl ( a mesma quantidade que 0,20 mol)

• 0,15 equivalentes de NaOH ( a mesma quantidade que 0,15 mol)

• 0,50 equivalentes de H2SO4 (a mesma quantidade que 0,25 mol)

• 0,20 equivalentes de Ca(OH)2 (a mesma quantidade que 0,10 mol de


Ca(OH)2)) que contém 0,20 equivalentes de Ca2+ (0,10 mol) e 0,20
equivalentes de OH – (0,20 mol) .

• 0,15 equivalentes de ião Cl - (a mesma quantidade que 0,15 mol)

• 0,10 equivalentes de ião Mg 2+ (a mesma quantidade que 0,050 mol), etc

A quantidade química de substância pode pois ser expressa em moles


(unidade do Sistema Internacional) ou em equivalentes.

Equivalente de um agente oxidante e de um agente redutor

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Numa reacção de oxidação/redução, o número de electrões cedidos pela espécie
que se oxida (agente redutor) é igual ao número de electrões captados pela espécie
que se reduz (agente oxidante).
Naturalmente, no que diz respeito a reacções de oxidação/redução, define-se
como equivalente de uma substância como sendo a quantidade de substância que
fornece 1 mole de electrões (agente redutor) ou a quantidade de substância que
capta uma mole de electrões (agente oxidante). A massa de um equivalente
também é aqui designada por peso-equivalente ou equivalente-grama.

Consideremos a reacção do permanganato de potássio (KMnO4) com o ácido


sulfuroso (H2SO3) em que se formam o ião Mn 2+ e ião hidrogenossulfato (HSO4 -)
representada pela seguinte equação química (não acertada):

KMnO4(aq) + H2SO3(aq) ⇄ Mn 2+(aq) + HSO4-(aq)

Em primeiro lugar acertemos a semi-equação de redução:

KMnO4(aq) + 8H+ (aq) + 5e- ⇄ Mn 2+ (aq) + 4H2O (l) + K+ (aq)

Como o ião K+ é um ião espectador podemos simplificar a equação:

MnO4-(aq) + 8H+ (aq) + 5e- ⇄ Mn 2+ (aq) + 4H2O (l)

Uma vez que 1 mole de KMnO4 (ou de ião MnO4-) ao reduzir-se a ião Mn 2+
fornece 5 moles de electrões, isto significa que uma mole de KMnO4 (ou de ião
MnO4-) corresponde a 5 equivalentes de KMnO4 (ou de ião MnO4-). Para se ter 1
equivalente de KMnO4 (MnO4-) é apenas necessário 1/5 de mole.

1 mole de KMnO4 (MnO4-) corresponde a 5 equivalentes de KMnO4 (MnO4-)


ou seja

1/5 mole de KMnO4 (MnO4-) corresponde a 1 equivalente de KMnO4 (MnO4-)

Vejamos agora o que se passa com a semi-equação de redução:

H2SO3 (aq)+ H2O (l) ⇄ HSO4- (aq) + 3H+ (aq) + 2e-

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Nesta caso, como 1 mole de H2SO3 perde 2 moles de electrões, isto significa
que 1 mole de H2SO3 corresponde a 2 equivalentes de H2SO3

1 mole de H2SO3 corresponde a 2 equivalentes de H2SO3


ou seja
½ mole de H2SO3 corresponde a 1 equivalente de H2SO3

NOTA IMPORTANTE – Apesar de em ambas as semi-equações ter sido


necessário recorrer a iões H+ para o seu acerto, como não se trata de uma reacção
de ácido/base, mas sim de uma reacção de oxidação/redução, a definição de
equivalente tem a ver com o nº de electrões e não com o nº de iões H+.

A reacção química global acertada é então:

2 MnO4- (aq) + 5 H2SO3 (aq) + H+ (aq) ⇄ 2Mn 2+ (aq) + 5HSO4 - (aq) + 3H2O (l)
↓ ↓
(2x5=10 eq) (5x2=10 eq)

A estequiometria da reacção é de 2 moles de ião permanganato (agente


oxidante) para 5 moles de ácido sulfuroso (agente redutor); em termos de
equivalentes a proporção de reacção é, como não podia deixar de ser de 1:1.
Podemos concluir que, tal como nas reacções de ácido-base, no ponto de
equivalência duma titulação de oxidação-redução, o nº de equivalentes de agente
oxidante é sempre igual ao nº de equivalentes de agente redutor.

No que diz respeito ao nº de moles, este só é igual, no ponto de equivalência, se


a estequiometria da reacção for de 1 mole de agente oxidante para 1 mole de
agente redutor

Massa molar e Equivalente-grama

A massa de uma mole de uma substância designa-se, como já atrás referimos,


por massa molar, representa-se por M e expressa-se em g/mol.
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A massa de um equivalente de uma substância designa-se, como também já
tivemos oportunidade de referir, por equivalente-grama (ou peso-equivalente),
representa-se por Eq e expressa-se em g/eq.

Assim, dada uma certa massa (m) de um ácido ou de uma base (ou de um
agente oxidante ou de um agente redutor) podemos calcular tanto o nº de moles (n)
como o nº de equivalentes* (nº eq) a que essa massa corresponde da seguinte
forma:

n = m/ M (mol) e nº eq = m / Eq (eq)

Assim, o equivalente-grama de uma substância pode calcular-se dividindo a sua


massa molar pelo nº de equivalentes existentes por mole de substância:

Eq = M (g/mol) / (nº eq/mol) (g/eq)

Por exemplo, para o ácido sulfúrico, cloreto de ferro(III) e permanganato de


potássio temos, respectivamente:

Eq (H2SO4) = M /2 g/eq Eq (FeCl3) = M /3 g/eq e Eq (KMnO4) = M /5 g/eq

Molaridade e Normalidade

A Concentração molar ou Molaridade de uma solução representa o nº de moles


de soluto (n) que existe em um litro de solução (mol/L) ou o nº de milimoles (mmol)
de soluto que existe em um mL de solução (mmol/mL). Esta unidade de
concentração também pode ser representada por M.

A Concentração normal ou Normalidade de uma solução (antigamente


designada também por factor de normalidade) representa o nº de equivalentes (ou
de equivalentes-grama - nº eq) de soluto que existe em um litro de solução (eq/L) ou
o nº de miliequivalentes (ou de miliequivalentes-grama) existentes em um mL de
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solução (meq/mL). Esta unidade de concentração também pode ser representada
por N ou por f.
Estas duas unidades de concentração podem ser facilmente convertidas uma na
outra, desde que se saiba o número de equivalentes que existe por mole de soluto:

c (mol/L) x nº eq/mol = c (eq/L)


↓ ↓
M N ou f

O número de moles (n) e o número de equivalentes (nº eq) existentes num


determinado volume (v) de uma solução cuja concentração é conhecida podem
também ser calculados da seguinte maneira:

n = c (mol/L) x v(L) e nº eq = c(eq/l) x v (L)

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