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5488-(288) Diário da República, 2.ª série — N.

º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

CÂMARA MUNICIPAL DE SABROSA Fevereiro, do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951, com as altera-
Aviso n.º 3873-AH/2007 ções posteriormente introduzidas, do Decreto-Lei n.º 292/95, 14 de
Novembro e da Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto, na sua actual redacção.
Regulamento Municipal de Urbanização e de Edificação

O Dr. José Manuel de Carvalho Marques, presidente da Câmara TÍTULO I


Municipal de Sabrosa, torna público que, em cumprimento das
alíneas a) e e) do n.º 2 do artigo 53.º, alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º Disposições gerais
da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas
pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, bem como do artigo 3.º do
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações
CAPÍTULO I
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, que, sob
proposta da Câmara Municipal, a Assembleia Municipal aprovou, em Generalidades
sessão ordinária, de 28 de Junho de 2006, o Regulamento Municipal
de Urbanização e de Edificação, que a seguir se publica. Artigo 1.º

23 de Janeiro de 2007. — O Presidente da Câmara, José Manuel Âmbito de aplicação


de Carvalho Marques.
As operações urbanísticas, edificação e urbanização no município
de Sabrosa, obedecerão às disposições deste Regulamento, sem pre-
Regulamento Municipal de Urbanização e de Edificação juízo daquilo que estiver definido na legislação em vigor que lhe for
aplicável, nos instrumentos de gestão territorial plenamente eficazes,
Preâmbulo ou em regulamentos específicos, que se lhe sobreponham.

O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo


Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, e pela Lei n.º 15/2002, de CAPÍTULO II
22 de Fevereiro, veio estabelecer o regime jurídico da urbanização e
da edificação, unificando no mesmo diploma a matéria respeitante ao Terminologia
licenciamento municipal das operações de loteamento, das obras de
urbanização e das obras particulares, modificando assim, o anterior Artigo 2.º
quadro legal.
Face ao preceituado no artigo 3.º deste diploma legal, no exercício Áreas do município
do seu poder regulamentar próprio, os municípios devem aprovar regu-
lamentos municipais de urbanização e ou de edificação, bem como O município de Sabrosa, para efeitos de aplicação do presente
regulamentos relativos ao lançamento e liquidação das taxas que sejam Regulamento, considera-se dividido, nas seguintes áreas:
devidas pela realização de operações urbanísticas.
Tendo como objectivo disponibilizar um conjunto de regras que a) Áreas de protecção: correspondem às áreas centrais dos aglo-
possibilitassem fazer face às alterações de fundo preconizadas, foi merados que se consideram imprescindíveis preservar. Englobam-se
sujeito o presente Regulamento, ainda em projecto, à formalidade legal nestas áreas de protecção, obviamente, as áreas e zonas de protecção,
da apreciação pública de forma a fomentar o contributo geral de todos definidas como tal na legislação e regulamentação em vigor;
e em especial das entidades convidadas. b) Áreas urbanas: correspondem a todas as áreas urbanas e
Neste enquadramento foram internamente feitos apenas alguns ajus- urbanizáveis, tal como são definidas nos instrumentos de gestão
tamentos. territorial;
Num contexto temporal de proximidade, surgiram e foram desen- c) Áreas não urbanas: são as restantes áreas não incluídas nas ante-
volvidas várias etapas a nível intermunicipal de integração de normas riores.
condicionadas à paisagem classificada, o que veio apenas a resultar
num conjunto não concretizado de intenções. Artigo 3.º
Em resultado e após a natural e indispensável actualização valo-
rativa, nos moldes preestabelecidos, visa-se com a publicação do pre- Definições
sente Regulamento, estabelecer e definir aquelas matérias que o
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto- 1 — Para efeitos de aplicação do presente Regulamento, considera-
-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, e pela Lei n.º 15/2002, de 22 de -se:
Fevereiro, remete para regulamento municipal, consignando-se ainda a) Plano: a referência genérica aos planos e regulamentos urbanís-
os princípios aplicáveis à urbanização e edificação, as regras gerais e ticos plenamente eficazes;
critérios referentes às taxas devidas pela realização das diversas ope- b) Terreno: a totalidade da propriedade fundiária legalmente cons-
rações urbanísticas. tituída;
Assim, nos termos do disposto nos artigos 112.º, n.º 7, e 241.º da c) Perímetro urbano: demarcação do conjunto de áreas urbanas e
Constituição da República Portuguesa, do preceituado no Decreto-Lei de expansão urbana no espaço físico dos aglomerados e que compreende
n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 177/ os solos já urbanizados ou cuja urbanização se encontre programada
2001, de 4 de Junho e pela Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro, do em plano municipal de ordenamento do território;
determinado no Regulamento Geral das Edificações Urbanas, apro- d) Emparcelamento: conversão de propriedades agrícolas numa só;
vado pelo Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951, com as e) Reparcelamento urbano: é a operação que consiste no agrupa-
alterações posteriormente introduzidas, do consignado na Lei n.º 42/ mento de terrenos localizados dentro de perímetros urbanos delimita-
98, de 6 de Agosto, na sua actual redacção, e do estabelecido nos dos em plano municipal de ordenamento do território e na sua pos-
artigos 53.º e 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alte- terior divisão ajustada àquele, com a adjudicação do lotes ou parcelas
rações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de resultantes aos primitivos proprietários e tem como objectivos, ajus-
Janeiro, se publica o presente Regulamento. tar às disposições do plano a configuração e o aproveitamento dos
terrenos par construção; distribuir equitativamente, entre os proprie-
tários, os benefícios e os encargos resultantes do plano; localizar as
Leis habilitantes
áreas a ceder obrigatoriamente pelos proprietários destinadas à implan-
tação de infra-estruturas, espaços e equipamentos públicos.
Nos termos do disposto nos artigos 112.º, n.º 7, e 241.º da Cons-
tituição da República Portuguesa, no uso da competência conferida 2 — Para efeitos de aplicação do presente Regulamento, no que
pela alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º e alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º concerne às parcelas cadastrais, entende-se por:
da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de Janeiro, o presente Regulamento foi elaborado ao abrigo do a) Parcela para construção urbana: o terreno legalmente consti-
disposto no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de tuído, confinante com a via pública, destinado a construção, descrito
Dezembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto- por um título de propriedade, tendo uma profundidade não superior a
-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho, e pela Lei n.º 15/2002, de 22 de 30 metros e estando incluído numa zona urbana ou urbanizável;
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b) Lote urbano, também designado por lote: área de terreno, mento, das zonas ajardinadas, das bermas e valetas (consoante os casos
marginada por arruamento, destinada à construção e resultante de uma em apreço).
operação de loteamento;
c) Prédio rústico: todo o terreno não incluído na definição de lote 4 — Para efeitos do presente Regulamento as edificações e urbani-
urbano, ou o terreno sobrante de um prédio a que é retirada a parcela zação têm diferentes classificações, entendendo-se por:
para construção urbana;
d) Frente do lote: a dimensão do lote segundo a paralela à via pública. a) Edificação: a actividade ou o resultado da construção, recons-
trução, ampliação alteração, ou conservação de um imóvel destinado
3 — Para efeitos de pormenorização da ocupação urbanística, serão a utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se
consideradas as seguintes definições: incorpore no solo com carácter de permanência;
b) Obras de urbanização: as de criação e remodelação de infra-
a) Edifício: construção que integra, no mínimo, uma unidade de -estruturas destinadas a servir directamente os espaços urbanos ou as
utilização; edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais, redes de
b) Superfície de implantação: área correspondente à projecção esgotos e de abastecimento de água, electricidade, gás e telecomuni-
horizontal da edificação, delimitada a nível do piso imediatamente cações, e ainda espaços verdes e outros espaços de utilização colectiva;
contíguo ao solo, incluindo escadas, alpendres, anexos e pátios e c) Obras de construção: as obras de criação de novas edificações;
excluindo varandas, platibandas em balanço e beirais; d) Obras de reconstrução: as obras de construção subsequentes à
c) Logradouro: espaço físico descoberto pertencente a um lote demolição, total ou parcial de uma edificação existente, das quais
urbano. A sua área corresponde à área do lote deduzida da superfície resulte a manutenção ou a reconstituição da estrutura das fachadas, da
de implantação das edificações nele existentes; cércea e do número de pisos;
d) Alinhamento: linhas e planos, definidos por planos de orde- e) Obras de alteração: as obras de que resulte a modificação das
namento, por regulamentos, ou pela Câmara Municipal, que determi- características físicas de uma edificação existente ou sua fracção,
nam a implantação das edificações e também o limite de uma parcela designadamente a respectiva estrutura resistente, o número de fogos
ou de um lote nos lanços confinantes com a via pública; ou divisões interiores, ou a natureza e cor dos materiais de revesti-
e) Número de pisos: somatório do número total de pavimentos mento exterior, sem aumento da área de pavimento ou de implanta-
utilizáveis (caves, rés-do-chão, sobreloja e andares) com excepção do ção ou da cércea;
sótão ou vão do telhado, se tal pavimento corresponder a um mero f) Obras de ampliação: as obra de que resulte o aumento da área de
aproveitamento para instalações de apoio (arrumos, casas de máqui- pavimento ou de implantação, da cércea ou do volume de uma edifi-
nas, reservatórios, etc.); cação existente;
f) Área total de construção, também designada por área de pavi- g) Obras de conservação: as obras destinadas a manter uma
mentos ou área de lajes: é o valor expresso em m2, resultante do edificação nas condições existentes à data da sua construção, recons-
somatório das áreas de todos os pavimentos (pisos), acima e abaixo trução, ampliação ou alteração, designadamente as obras de restauro,
do solo, medidas pelo extradorso das paredes exteriores com exclusão reparação ou limpeza;
de: sótãos não habitáveis; áreas destinadas a estacionamento; áreas h) Obras de demolição: obras de destruição total ou parcial, de uma
técnicas (Pt., central térmica, central de bombagem, etc.); terraços; edificação existente;
varandas e alpendres; galerias exteriores públicas; arruamentos e i) Operações de loteamento: as acções que tenham por objecto ou
outros espaços livres de uso público cobertos pela edificação; por efeito a constituição de um ou mais lotes destinados imediata ou
g) Área total de demolição: a soma das áreas limites de todos os subsequentemente à edificação urbana, e que resulte da divisão de um
pavimentos a demolir, medida pelo extradorso das paredes exterio- ou vários prédios, ou do seu emparcelamento ou reparcelamento;
res, acima e abaixo do solo; j) Operações urbanísticas: as operações materiais de urbanização,
h) Superfície impermeabilizada: soma das superfícies dos terrenos de edificação ou de utilização do solo e das edificações nele implan-
ocupados por edifícios, ruas, passeios, veredas e outros acessos, esta- tadas para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais,
cionamento, anexos, piscinas, e de modo geral todas as edificações mineiros ou de abastecimento público de água;
que impermeabilizem o terreno; k) Trabalhos de remodelação dos terrenos: as operações urbanísti-
i) Altura total: dimensão vertical da edificação contada a partir do cas, não compreendidas nas alíneas anteriores que impliquem a des-
ponto da cota natural do solo ou do ponto de cota média do terreno truição do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural e das
no plano da fachada, até ao ponto mais alto da construção, incluindo camadas de solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em
a cobertura mas excluindo elementos decorativos e acessórios (cha- maciço para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais
minés, etc.); ou mineiros;
j) Profundidade das edificações: dimensão horizontal medida na l) Construção funerária: toda a construção, obra ou trabalho de
distância entre os planos verticais definidos pelos pontos mais avan- construção civil situada, ou pretendida, no interior dos cemitérios;
çados da fachada principal e a fachada de tardoz, sem contar palas da m) Outras operações urbanísticas: todas as operações urbanísticas
cobertura, nem varandas salientes; não incluídas nos parágrafos anteriores e não isentas de licença ou
k) Rés-do-chão: o piso cujo pavimento fica a uma cota próxima, e autorização administrativa;
normalmente ligeiramente superior, à do passeio ou berma adjacente
ou do terreno natural. Quando o edifício for recuado, este piso pode- 5 — No que concerne à utilização das edificações, entende-se por:
rá ficar até um metro acima ou abaixo das citadas cotas de referência;
l) Cave: o piso imediatamente abaixo do rés-do-chão. No caso de a) Utilização, uso, ou destino: funções ou actividades específicas e
no mesmo edifício haver mais do que uma cave, designar-se-á cada autónomas que se desenvolvem num edifício;
uma delas por 1.ª cave, 2.ª cave, e assim sucessivamente, a contar do b) Unidade funcional ou de utilização: cada um dos espaços autó-
rés-do-chão para baixo; nomos de um edifício, associados a uma determinada utilização;
m) Sobreloja: o piso imediatamente acima do rés-do-chão, normal- c) Anexo: a edificação ou parte desta, e a ela adjacente, referenciada
mente destinado a apoio à actividade comercial do rés-do-chão, ou a a um edifício principal, com uma função complementar e com uma
serviços. Para todos os efeitos (para leitura da cércea, para contagem entrada autónoma pelo logradouro ou pelo espaço público, que não
dos pisos, definição da altura, etc.) conta como um piso; possui título autónomo de propriedade, nem constitui uma unidade
n) Andar: o piso (no caso de não introdução da sobreloja) imedia- funcional;
tamente acima do rés-do-chão, ou o que ficar com o pavimento mais d) Uso habitacional: classificação que engloba a habitação unifamiliar
de 2 metros acima da cota de soleira; e plurifamiliar, as instalações residenciais especiais (albergues, lares,
o) Água-furtada ou sótão: o pavimento resultante do aproveita- residências de estudantes, religiosas e militares) e as instalações hote-
mento do vão do telhado; leiras;
p) Corpo saliente: avanço de um corpo volumétrico, ou uma parte e) Uso terciário: classificação que inclui os serviços públicos e pri-
volumétrica, em balanço, relativamente ao plano de qualquer facha- vados, comércio retalhista e equipamentos colectivos de promoção
da, constituída por uma parte inferior (desde o solo até ao corpo) e privada e cooperativa;
por uma parte superior (localizada desde a parte inferior para cima); f) Uso industrial: classificação que inclui a indústria, armazéns as-
q) Varanda: avanço de um corpo não volumétrico, em balanço, sociados a unidades fabris ou isolados, serviços complementares e infra-
relativamente ao plano de uma fachada; -estruturas de apoio;
r) Largura da via pública: distância, medida no terreno do domínio g) Indústria compatível: indústria que é compatível com o uso
público entre fachadas, ou entre muros de vedação, ou entre os limi- habitacional, de acordo com a legislação em vigor;
tes dos terrenos que bordejam a via, e que é a soma das larguras da h) Comércio: locais abertos ao público de venda e armazenagem e
faixa (ou faixas) de rodagem, dos passeios, das zonas de estaciona- como tal legalmente entendidos;
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i) Armazenagem: locais destinados a depósito de mercadorias e ou Artigo 7.º


venda por grosso.
Sancionamento
Artigo 4.º
1 — Sem prejuízo de outras sanções previstas na lei, os técnicos e
Abreviaturas os industriais de construção civil serão objecto de sanções previstas
no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, actualizado.
Entende-se por: 2 — Sem prejuízo de outras sanções previstas na lei, incorrem em
a) PNPOT — Programa Nacional da Política de Ordenamento do responsabilidade disciplinar os funcionários e agentes da administra-
Território; ção municipal autárquica que deixem de participar infracções às enti-
b) PSIT — Planos Sectoriais com Incidência Territorial; dades fiscalizadoras ou prestem informações falsas ou erradas sobre as
c) PEOT — Planos Especiais de Ordenamento do Território; infracções à lei e aos regulamentos de que tenham conhecimento no
d) PROT — Plano Regional de Ordenamento do Território; exercício das suas funções.
e) PIOT — Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território;
f) PMOT — Plano Municipal de Ordenamento do Território;
g) PDM — Plano Director Municipal; TÍTULO III
h) PU — Plano de Urbanização;
i) PP — Plano de Pormenor; Controlo prévio
j) PSV — Plano de Salvaguarda e Valorização;
k) MP — Medidas Preventivas; CAPÍTULO I
l) RAN — Reserva Agrícola Nacional;
m) REN — Reserva Ecológica Nacional;
n) RJUE — Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação. Disposições gerais
Artigo 8.º
TÍTULO II
Objecto de licenciamento e autorização administrativa
Técnicos 1 — Carecem de prévio licenciamento administrativo:

CAPÍTULO I a) Todas as operações urbanísticas referidas na legislação em


vigor;
Responsabilidades e sancionamento b) Todos os trabalhos que impliquem com a segurança, a salubri-
dade, a estética e a topografia local, incluindo escavações e aterros,
depósitos de materiais e instalações a céu aberto, desde que não abran-
Artigo 5.º gido por operações de loteamento ou plano de pormenor ou recons-
truções de edifícios classificados, em vias de classificação, situados em
Deveres
zona de protecção de imóvel classificado, zona de protecção de imó-
vel em vias de classificação, em áreas sujeitas a servidão administra
1 — As atribuições dos técnicos em geral, são aquelas que resultam
ou restrição de utilidade pública;
da própria actividade e aquelas que digam respeito à observância das
c) Todos os trabalhos de arborização e rearborização, com recurso
normas legais e regulamentares e normas técnicas aplicáveis e as que
às espécies vegetais de crescimento rápido ou o abate de árvores, desde
forem ou não observadas na elaboração dos projectos, bem como
que não abrangidos por operações de loteamento ou plano de porme-
aquelas que relacionadas com o que a seguir se menciona, obriguem o
nor e ainda desde que não estejam relacionados com uso exclusiva-
director técnico da obra; nomeadamente:
mente agrícolas;
a) Cumprir e fazer cumprir, nas obras de edificação e de urbaniza- d) A ocupação temporária do espaço público que decorra directa-
ção sob a sua direcção e responsabilidade, todos os preceitos do pre- mente da realização das obras, desde que não abrangidos por opera-
sente Regulamento e demais legislação, regulamentação específica e ções de loteamento ou plano de pormenor.
urbanística em vigor e ainda todas as indicações e intimações feitas
pela Câmara Municipal e ou pela fiscalização; 2 — Carecem de prévia autorização administrativa:
b) Dirigir as obras, visitando-as com frequência e registando no
a) Todas as operações urbanísticas referidas na legislação em
livro de obra, conservado no local, as datas de início e conclusão da
vigor;
obra, todos os factos que impliquem a sua paragem ou suspensão, o
b) Todos os trabalhos que impliquem com a segurança, a salubri-
andamento e estado dos trabalhos, todas as alterações feitas ao pro-
dade, a estética e a topografia local, incluindo escavações e aterros,
jecto, bem como a qualidade da execução e dos materiais utilizados,
depósitos de materiais e instalações a céu aberto, abrangidos por ope-
equipamentos aplicados e cumprimento das normas legais e regula-
rações de loteamento ou plano de pormenor ou reconstruções de
mentares aplicáveis;
edifícios, sem prejuízo do disposto no número anterior;
c) Comunicar à Câmara Municipal, por escrito, qualquer infracção
c) Todos os trabalhos de arborização e rearborização, com recurso
aos regulamentos e legislação vigentes;
às espécies vegetais de crescimento rápido ou o abate de árvores,
d) Comparecer nos serviços municipais, dentro do prazo que lhe
abrangidos por operações de loteamento ou plano de pormenor e ainda
for fixado por aviso, e transmitir ao dono da obra e ao empreiteiro
desde que não estejam relacionados com uso exclusivamente agrícolas;
a intimação ou notificações feitas;
d) A ocupação temporária do espaço público que decorra directa-
e) Tratar junto da fiscalização e dos serviços municipais, de todos
mente da realização das obras, abrangidos por operações de loteamento
os assuntos técnicos que se relacionem com as obras de edificação e
ou plano de pormenor;
de urbanização sob sua responsabilidade;
e) A ocupação temporária do espaço público que decorra directa-
f) Comunicar de imediato aos serviços municipais, quando por qual-
mente da realização de operações urbanísticas isentas ou dispensadas
quer motivo ou circunstância deixar de dirigir a obra. Esta declaração
de licenciamento ou autorização administrativa.
será apresentada em duplicado, que lhe será devolvido, após os ser-
viços municipais nele terem feito constar o dia e a hora da sua recep-
ção; Artigo 9.º
g) Avisar a Câmara Municipal, por escrito, quando a obra for
suspensa. Isenção e dispensa de licença
ou autorização administrativa
Artigo 6.º
1 — Estão isentas de licenciamento ou autorização administrativa:
Responsabilidade
a) As obras referidas no regime jurídico da urbanização e da
Os técnicos que dirijam obras de ficam responsáveis por estas du- edificação, nas condições aí previstas;
rante o seu prazo de garantia, sem prejuízo do previsto na legislação, b) Os actos que tenham por efeito o destaque, nos termos do regime
prazo esse contado a partir da data da sua efectiva conclusão. jurídico da urbanização e da edificação.
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2 — São dispensadas de licença ou autorização administrativa, tórios, armazéns, ou outras nas quais o carácter provisório e precário
ficando assim sujeitos ao regime de comunicação prévia, as obras de não ofereça quaisquer dúvidas;
alteração no interior de edifícios não classificados ou suas fracções b) O período de tempo das obras em questão esteja bem definido e
que não impliquem modificações da estrutura resistente dos edifícios, não seja superior a um ano, ou o que constar da licença ou autoriza-
das cérceas, das fachadas e da forma dos telhados; ção da obra principal a que respeita e nos mesmos termos da sua
3 — Podem ainda ser dispensados de licença ou autorização admi- conclusão ou prorrogações.
nistrativa, ficando também sujeitos ao regime de comunicação pré-
via, nos termos do regime jurídico da urbanização e da edificação, os 2 — Decorrido o prazo constante do alvará de licença ou autoriza-
trabalhos seguintes, considerados de escassa relevância urbanística, ção de construção, transcorrido os prazos referidos, ou caducada
sempre que não incluídos em áreas sujeitas a servidões administrati- a licença/autorização provisória, a obra deve ser demolida pelo seu
vas e restrições de utilidade pública: titular.
3 — Caso se verifique a inobservância do disposto no número ante-
a) Arruamentos em propriedades particulares (quando não incluí- rior, a Câmara Municipal poderá efectuará a demolição das obras, a
dos em loteamentos); expensas do titular da licença.
b) Muros de vedação com a altura até 1,2 m e muros de suporte
até 1,5 m de altura;
c) Tanques até 1,2 m de altura e piscinas (desde que não se desti- Artigo 12.º
nem a utilização colectiva);
d) Cabos ou tubos ao longo ou a atravessar as vias públicas, quando Edificações em loteamentos
devidamente algaliados em tubagem adequada e enterrada a, pelo menos,
Em loteamentos, as edificações só poderão ser autorizadas, desde
0,6 m;
que as obras de urbanização se encontrem em adiantado estado de
e) Serventias e acessos rurais;
execução, avaliado pelos serviços municipais, e todos os lotes se apre-
f) Construção ou reconstrução de coberturas em estrutura de
sentem devidamente piquetados e assinalados.
madeira, quando não haja alteração da forma e tipo de telhado (no
caso de reconstrução);
g) Reconstrução de construções funerárias sem alteração das carac- Artigo 13.º
terísticas básicas do existente;
h) Construção ou reconstrução de coberturas com estrutura dife- Responsabilidade na execução
rente da anterior (neste caso só para vãos livres até 5,0 m e área até
30 m2), quando não haja alteração da forma e tipo de telhado (no A concessão de licença ou autorização administrativa para execução
caso de reconstrução); de qualquer obra ou a sua dispensa, bem como o exercício da fiscali-
i) Construções de um só piso com a cota de soleira próxima da zação municipal, não isentam o dono da obra, o empreiteiro ou co-
cota do terreno, que tenham uma área até 30 m2, que se destinem a metido daqueles, de rigorosa observância quer da legislação geral ou
garagens, a anexos de habitações (para arrumos, lavandarias ou equi- especial, quer do presente Regulamento, nem os poderá desobrigar da
valente) lojas de apoio à actividade agrícola, espigueiros e equivalen- obediência a outros preceitos gerais ou especiais a que a mesma obra,
tes e alpendres, quando sejam a implantar fora das zonas com lotea- pela sua localização, natureza ou fim a que se destina, haja a subordi-
mentos, PU ou PP, áreas ou zonas de protecção, e ainda fora da zona nar-se.
urbana da sede do município e da vila de São Martinho de Anta. Estas
construções, terão obrigatoriamente uma altura média não superior a
2,8 m e cobertura de águas tradicionais com revestimento a telha
CAPÍTULO III
cerâmica na cor natural;
j) As construções funerárias, com excepção dos jazigos com capela; Instrução e tramitação processual
k) Obras de pequenas alterações ou modificações de fachadas, com
abertura, ampliação ou fechamento de vãos; SECÇÃO I
l) Demolições dos trabalhos com características dos descritos nas
alíneas a) a m); Disposições gerais
m) Utilização do subsolo, dos solos, sob redes viárias municipais ou
de outros bens do domínio público municipal, pelos particulares e pelas Artigo 14.º
entidades concessionárias da exploração de redes de infra-estruturas.
Extractos de plantas
4 — Sem prejuízo do disposto no número anterior são também
consideradas obras de escassa relevância urbanística as obras de 1 — Os extractos das plantas de localização e das plantas de sín-
beneficiação de edifícios ou fracções de edifícios com fins habitacionais tese dos planos referidos neste regulamento e demais legislação em
que disponham de legislação própria e estejam vocacionados para vigor para instrução dos processos, serão fornecidos pela Câmara
apoio financeiro especial à população mais carenciada. Municipal no prazo de 10 dias, mediante a sua requisição e o paga-
mento prévio da respectiva taxa. No caso do requerente pretender o
envio do extracto pelo correio deverá anexar à requisição um enve-
CAPÍTULO II lope devidamente endereçado e selado.
2 — É da responsabilidade do interessado a adição dos restantes
Regimes especiais elementos exigidos neste Regulamento e demais legislação em vigor.

Artigo 10.º Artigo 15.º

Obras de administração da igreja católica Perfis

As obras a executar pela igreja católica relativamente a templos e Os perfis longitudinais e transversais devem ser rigorosos e indica-
capelas regem-se pelas condições legalmente estabelecidas entre o rão a topografia existente e as eventuais alterações pretendidas.
Estado Português e a Santa Sé e deverão os projectos ser submetidos
à prévia apreciação da Câmara Municipal. Artigo 16.º

Artigo 11.º Normas de apresentação

Obras provisórias 1 — Das peças que acompanham os projectos, constarão todos os


elementos necessários a uma definição clara e completa das caracte-
1 — A Câmara Municipal pode conceder licenças ou autorizações rísticas da obra e sua implantação, devendo obedecer às seguintes
precárias para construções provisórias sob as seguintes condições: regras:
a) Quando estas se destinem a ser utilizadas no decurso de outra a) Todas as peças escritas devem ser apresentadas no formato A4
obra devidamente licenciada ou autorizada e a esta afecta, sendo escri- (210 × 297 mm), redigidas na língua Portuguesa, numeradas, datadas
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e assinadas pelo técnico autor do projecto, com excepção dos do- menção, acrescidos, quando for o caso, de tantas cópias quantas as
cumentos oficiais ou suas cópias, e dos requerimentos, que serão assi- necessárias para as consultas às entidades exteriores, na forma e dos
nados pelo dono da obra ou seu representante legal; elementos que respeitem a cada uma delas.
b) Todas as peças desenhadas devem ser apresentadas a tinta inde- 2 — Em casos excepcionais e devidamente justificados, poderão os
lével, em folha rectangular, devidamente dobradas nas dimensões serviços municipais solicitar a entrega de elementos adicionais aos
0,210 m × 0,297 m (formato A4), em papel de reprodução ou im- referidos nas secções seguintes, quando considerados necessários à
pressão informática com gramagem compreendida entre as 70 e as correcta definição da pretensão.
110 g/m2, não devendo ter, dentro do possível, mais de 0,594 m de 3 — Deverá ser também apresentado um exemplar adicional em
altura e possuir boas condições de legibilidade, sendo também nume- suporte informático — disquete de 3,5” ou cd-rom —, podendo tal
radas, datadas e assinadas pelo autor do projecto; ser dispensado em casos devidamente justificados.
c) Todas as peças escritas ou desenhadas só poderão ser aceites se
tiverem uma data sobre a qual não tenha ainda decorrido o prazo de
seis meses ou outro fixado em legislação específica; SECÇÃO II
d) As escalas indicadas nos desenhos não dispensam a apresenta-
ção das cotas definidoras de vãos, espessura de paredes, pés-direitos, Direito à informação
alturas dos beirados e das cumeeiras;
e) Quaisquer rasuras só serão aceites se forem de pequena monta e Artigo 21.º
estiverem devidamente ressalvadas na memória descritiva.
Instrumentos de desenvolvimento e planeamento
2 — Os projectos sujeitos a aprovação de entidades exteriores à
Câmara Municipal deverão obedecer às regras impostas por essas O pedido de informação sobre os instrumentos de desenvolvimento
mesmas entidades. e planeamento é dirigido ao presidente da Câmara Municipal, sob a
forma de requerimento e em modelo aprovado por esta, instruído com
Artigo 17.º a planta de localização à escala 1:25 000 ou superior.
Assinaturas
Artigo 22.º
1 — Todas as comunicações, requerimentos ou petições serão obri-
gatoriamente subscritos pelos interessados ou seu representante legal. Estado e andamento dos processos
2 — A assinatura será conferida presencialmente pelos serviços
recebedores através da exibição ou cópia do bilhete de identidade ou O pedido de informação sobre o estado e andamento dos processos
documento equivalente e serão acompanhados de cópia do cartão de é dirigido ao presidente da Câmara Municipal, sob a forma de reque-
identificação fiscal. rimento e em modelo aprovado por esta.
3 — A assinatura nos termos de responsabilidade, será efectuada
perante os serviços recebedores e reconhecida ou comprovada
presencialmente através da exibição do bilhete de identidade, ou por SECÇÃO III
reconhecimento notarial, ou legalmente equiparado.
Obras de edificação e demolição

Artigo 18.º SUBSECÇÃO I

Devolução de documentos Pedido de informação prévia


1 — Os documentos autênticos apresentados pelos requerentes para Artigo 23.º
comprovar afirmações ou factos de interesse poderão ser devolvidos
quando dispensáveis e exigidos pelo declarante. Requerimento
2 — Quando os documentos devam ficar apensos ao processo e o
apresentante manifestar interesse na sua devolução, os serviços extrai- O pedido de informação prévia é dirigido ao presidente da Câmara
rão fotocópias necessárias e devolverão o original, cobrando a taxa Municipal, sob a forma de requerimento e em modelo aprovado por
respectiva. esta.
3 — O funcionário que proceder à devolução dos documentos ano-
tará sempre na petição a verificação da respectiva autenticidade Artigo 24.º
e conformidade, a entidade emissora e a data da emissão e cobrará
recibo. Instrução do processo
Artigo 19.º 1 — O pedido de informação prévia é instruído com os elementos
previstos na legislação em vigor, nomeadamente planta de localiza-
Cores de representação das peças desenhadas ção à escala 1:1000 ou superior, onde se deve delimitar — a verme-
lho — o terreno, que deverá ser cotado e referenciado a pontos fixos
1 — Em desenhos de alteração e sobreposição (plantas e alçados), existentes, bem como conter os nomes dos confrontantes.
e enquanto não forem oficialmente aprovadas outras normas, devem 2 — Sempre que haja lugar à entrega de fotografias estas deverão
ser representados: ser a cores e nas dimensões mínimas de 13 × 18 cm.
a) A preto — os elementos a conservar; 3 — Sempre que o interessado não seja o proprietário do prédio,
b) A vermelho — os elementos a construir; deverá ser apresentada certidão da descrição e todas as inscrições em
c) A amarelo — os elementos a demolir. vigor emitida pela Conservatória do Registo Predial, referente ao
prédio abrangido.
2 — Todos os desenhos que envolvam elementos a legalizar estes 4 — Deverão ainda ser juntos os elementos complementares ao
devem ser representados a azul. pedido que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em
3 — Nos projectos que envolvam alterações de vulto, poderão ainda função, nomeadamente da sua natureza e localização da operação
ser exigidas peças desenhadas separadas, contendo umas a definição pretendida.
do existente e outras a definição do projecto, representadas com as 5 — Sempre que o pedido de informação prévia apresente omis-
cores indicadas no número anterior. sões ou deficiências supríveis o requerente será notificado a completá-
-lo ou corrigi-lo, considerando-se a tramitação do processo interrom-
pida.
Artigo 20.º 6 — O presidente da Câmara Municipal rejeitará o pedido de infor-
mação prévia sempre que, no prazo de 30 dias após a notificação
Número de cópias referida no número anterior, o interessado não preste as informações
ou não efectue as correcções exigidas.
1 — O pedido e os respectivos elementos instrutórios serão apre- 7 — Todas as peças escritas e desenhadas serão numeradas, datadas
sentados em dois exemplares — original e cópia — com a respectiva e assinadas pelo requerente.
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(293)

SUBSECÇÃO II Artigo 28.º

Pedido de licenciamento Organização do processo — peças desenhadas


do projecto de arquitectura
Artigo 25.º
As peças desenhadas do projecto de arquitectura incluirão:
Requerimento
1 — Planta de implantação à escala 1:200, ou superior, em papel
O pedido de licenciamento de obras de edificação e demolição é e em formato digital (DWG ou DXF) geo-referenciada (projecção de
dirigido ao presidente da Câmara Municipal, sob a forma de requeri- Gauss-Elipsóide Internacional-Datum de Lisboa), com a indicação de:
mento em modelo aprovado por esta.
a) Norte geográfico e confrontações;
b) Delimitação da propriedade na sua totalidade, definindo os ali-
Artigo 26.º nhamentos das fachadas e vedações, abrangendo a rua, os passeios e
o logradouro, incluindo as cotas de nível do solo e de projecto e de
Instrução do processo todos os vértices do terreno;
c) Demonstração da inserção do acesso à construção no arruamento
1 — Os pedidos deverão ser devidamente organizados e instruídos que a vai servir, indicando as cotas do eixo dos arruamentos, do pas-
com os documentos previstos na legislação em vigor sobre licencia- seio, se o houver, do acesso e do piso do rés-do-chão;
mento de obras de edificação e demolição, nomeadamente: d) Área ocupada com a construção, incluindo corpos balançados,
escadas, varandas, devidamente cotadas em relação aos afastamentos;
a) Planta de localização à escala 1:1000 ou superior, com a indi-
e) Infra-estruturas públicas e privadas existentes;
cação precisa de:
f) A implantação das edificações existentes nos lotes ou terrenos
i) Limite do terreno (parcela ou lote) — a vermelho — e os nomes contíguos, até à distância de 20 metros;
dos confrontantes, segundo o título de propriedade; g) Indicação dos lugares de estacionamento, quer estes estejam ou
ii) Localização da obra — a verde — em relação aos arruamentos não criados no interior do edifício e ou dentro ou fora dos limites do
e aos edifícios existentes dentro da área de um círculo com 70 m, terreno.
pelo menos, de diâmetro. Sempre que existam edificações ou
arruamentos que não figurem no levantamento oficial, deverão os 2 — Planta das coberturas, à escala mínima de 1:100.
mesmos ser representados, com observância das normas topográ- 3 — Plantas cotadas de cada pavimento, dos compartimentos a
ficas; construir, reconstruir, alterar ou ampliar, à escala mínima de 1:100
iii) No caso de a pretensão incluir obras de demolição, de amplia- com a indicação nelas, ou em legenda anexa, das áreas e fins de cada
ção, de reconstrução ou alteração, devem ser representadas com as compartimento, bem como os logradouros, terraços, alpendres, telha-
correspondentes cores. dos, etc. No caso de haver prédios contíguos deverão ser apresenta-
dos, nas plantas dos pisos, os respectivos arranques. Na planta da área
b) Sempre que haja demolições, do processo deve constar a locali- reservada aos estacionamentos automóveis, quando previstos, deve-
zação do depósito dos entulhos. rão ser marcados e numerados todos os lugares, devendo as respecti-
vas dimensões estar de acordo com o previsto na legislação aplicável.
2 — Nas áreas de protecção, o pedido de licenciamento será ainda Deverão ainda ser assinalados todos os elementos referidos na legis-
instruído com uma fotografia a cores, no formato 13 × 18 cm — ou lação em vigor.
uma composição fotográfica, quando não for possível abranger toda 4 — Alçados principal, laterais e posterior, na escala mínima de
a frente do local com uma só — do local onde se pretendem realizar 1:100, indicando o seguimento das fachadas dos edifícios ou vedações
as obras, abrangendo os arranques das construções vizinhas, se as contíguas, quando as houver, na extensão de pelo menos 5 m.
houver. 5 — Desenho de acabamentos exteriores, tendo por base os alça-
dos, onde serão designados os tipos e cores dos revestimentos, mate-
Artigo 27.º riais e cores da cobertura, da caixilharia, das portas e do guarnecimento
dos vãos.
Organização do processo — peças escritas 6 — Cortes longitudinal e transversal do edifício, vedações, ane-
do projecto de arquitectura xos ou outras obras, à escala mínima de 1:100, interceptando pelo
menos um deles as escadas interiores, cozinhas e instalações sanitá-
1 — A memória descritiva do projecto de arquitectura deverá rias (quando existam), para perfeita compreensão da obra e sua estru-
relatar a obra que se pretende e o seu uso, bem como descrever as tura. O corte transversal, devidamente cotado, deverá ainda intersectar
opções de natureza arquitectónica e construtiva adoptadas, indicando o logradouro, a vedação, o passeio e, pelo menos, meia faixa de
ainda: arruamento. Os cortes deverão ainda conter os arranques dos terre-
a) O uso anterior quando for o caso e o destino proposto; nos ou edifícios adjacentes, relacionando as cotas do projecto com as
b) Descrição pormenorizada dos materiais de revestimento das cotas desses terrenos ou edifícios. Deverão ser apresentados tantos
fachadas, cores a aplicar, tipo, material e cor das caixilharias, tendo cortes quantos necessários a uma correcta e fácil interpretação do
em conta o disposto no presente Regulamento; projecto.
c) Descrição sumária do sistema de abastecimento de água, da dre- 7 — Sempre que as condições o determinem, e sempre tendo em
nagem de esgotos e das águas pluviais proposto; vista o bom entendimento da pretensão, os serviços municipais poderão
d) As soluções adoptadas quanto à segurança contra incêndios; exigir a entrega de outras peças desenhadas ou de documentos foto-
e) A justificação da adequabilidade do projecto com a regulamenta- gráficos.
ção geral em vigor, nomeadamente sobre o cumprimento das políti-
cas de ordenamento do território, do disposto no RGEU e no pre- Artigo 29.º
sente Regulamento;
f) Descrição, quando for caso disso, das vedações a construir, com Projectos das especialidades
indicação do comprimento e da altura, e referência às peças desenha-
das onde elas estão representadas. 1 — Após a notificação da aprovação do projecto de arquitectura,
o interessado deverá apresentar, no prazo legalmente fixado, um reque-
2 — A memória descritiva será acompanhada de declaração, quando rimento, em modelo aprovado pela Câmara Municipal, acompanha-
for caso disso, de cumprimento da legislação em vigor, tendo em vista do dos projectos complementares das especialidades, ainda não entre-
a vizinhança com vias regionais ou nacionais, linhas de água, vias gues, bem como os respectivos termos de responsabilidade.
férreas, edifícios ou outras instalações com zonas de protecção, nas- 2 — O projecto de arranjos exteriores, quando exigível em função
centes e ou canalizações de interesse colectivo, etc. do tipo de obra, incluirá o plano de modelação do terreno, a indica-
3 — É ainda de apresentação obrigatória, como peça individuali- ção dos materiais a utilizar nos pavimentos e as espécies vegetais a
zada, uma relação dos projectos das especialidades a apresentar após plantar nas áreas ajardinadas, incluindo o respectivo plano de rega e
a aprovação do projecto da arquitectura. de drenagem.
5488-(294) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

Artigo 30.º Artigo 34.º

Impacte semelhante a um loteamento Organização do processo — peças escritas


do projecto de arquitectura
1 — Para os efeitos previstos no regime jurídico da urbanização
e da edificação, considera-se geradora de um impacte semelhante a 1 — A memória descritiva do projecto de arquitectura deverá rela-
um loteamento toda e qualquer construção que reúna um destes requi- tar a obra que se pretende e o seu uso, bem como descrever as opções
sitos: de natureza arquitectónica e construtiva adoptadas, indicando ainda:
a) O uso anterior quando for o caso e o destino proposto;
a) Possua mais de uma caixa de escadas de acesso comum a frac- b) Descrição pormenorizada dos materiais de revestimento das
ções ou unidades independentes; fachadas, cores a aplicar, tipo, material e cor das caixilharias, tendo
b) Disponha de 12 ou mais fracções ou unidades de utilização, com em conta o disposto no presente Regulamento;
excepção das destinadas a estacionamento automóvel; c) A justificação da adequabilidade do projecto com a regulamenta-
c) Apesar de funcionalmente ligados ao nível de subsolo ou por ção geral em vigor, nomeadamente sobre o cumprimento das políti-
elementos estruturais ou de acesso, se apresentem como edificações cas de ordenamento do território, do disposto no RGEU, no alvará de
autónomas acima do nível do terreno. loteamento e no presente Regulamento;
d) A descrição com rigor, quando for o caso, das vedações a cons-
truir, com indicação do comprimento e da altura, e referência às peças
Artigo 31.º desenhadas onde elas estão representadas.
Caução
Artigo 35.º
1 — A caução para demolição da estrutura será libertada após a Organização do processo — peças desenhadas
emissão do alvará de licença de construção. do projecto de arquitectura
2 — A caução para reposição do terreno, será libertada a pedido
do requerente, mas só: As peças desenhadas do projecto de arquitectura incluirão:
a) Quando a obra estiver executada até ao nível do terreno ou do 1 — Planta de implantação à escala 1:200, ou superior, em papel
arruamento; e em formato digital (DWG ou DXF) geo-referenciada (Projecção de
b) Se entretanto se tornarem desnecessários os trabalhos de demo- Gauss-Elipsóide Internacional-Datum de Lisboa), com a indicação de:
lição ou escavação e contenção periférica, e os mesmos não tiverem
sido iniciados; a) Norte geográfico e confrontações;
c) Se já tiver sido emitido o alvará de licença ou autorização de b) Delimitação da propriedade na sua totalidade, definindo os ali-
construção. nhamentos das fachadas e vedações, abrangendo a rua, os passeios e
o logradouro, incluindo as cotas de nível do solo e de projecto e de
todos os vértices do terreno;
SUBSECÇÃO III c) Demonstração da inserção do acesso à construção no arruamento
que a vai servir, indicando as cotas do eixo dos arruamentos, do pas-
Pedido de autorização seio, se o houver, do acesso e do piso do rés-do-chão;
d) Área ocupada com a construção, incluindo corpos balançados,
Artigo 32.º escadas, varandas, devidamente cotadas em relação aos afastamentos;
e) Infra-estruturas públicas e privadas existentes;
Requerimento f) A implantação das edificações existentes nos lotes ou terrenos
contíguos, até à distância de 20 metros;
O pedido de autorização é dirigido ao presidente da Câmara g) Indicação dos lugares de estacionamento, quer estes estejam ou
Municipal, sob a forma de requerimento em modelo aprovado por não criados no interior do edifício e ou dentro ou fora dos limites do
terreno.
esta.
2 — Planta das coberturas, à escala mínima de 1:100.
Artigo 33.º 3 — Plantas cotadas de cada pavimento, dos compartimentos à
escala mínima de 1:100 com a indicação na planta, ou em legenda
Instrução do processo anexa, das áreas e fins de cada compartimento, bem como os logra-
douros, terraços, alpendres, telhados, etc. No caso de haver prédios
1 — Os pedidos deverão ser devidamente organizados e instruídos contíguos deverão ser apresentados, nas plantas dos pisos, os respec-
com os documentos previstos na legislação em vigor sobre autoriza- tivos arranques. Na planta da área reservada aos estacionamentos
ção de obras de edificação e demolição, nomeadamente: automóveis, quando previstos, deverão ser marcados e numerados todos
os lugares, devendo as respectivas dimensões estar de acordo com o
a) Planta de localização à escala 1:1000 ou superior, com a indi- previsto na legislação aplicável. Deverão ainda ser assinalados todos
cação precisa de: os elementos referidos na legislação em vigor.
4 — Alçados principal, laterais e posterior, na escala mínima de
i) Limite do terreno (parcela ou lote) — a vermelho — e os nomes 1:100, indicando o seguimento das fachadas dos edifícios ou vedações
dos confrontantes, segundo o título de propriedade; contíguas, quando as houver, na extensão de pelo menos 5 m.
ii) Localização da obra — a verde — em relação aos arruamentos 5 — Cortes longitudinal e transversal do edifício, vedações, ane-
e aos edifícios existentes dentro da área de um círculo com 70 m, xos ou outras obras, à escala mínima de 1:100, interceptando pelo
pelo menos, de diâmetro. Sempre que existam edificações ou arrua- menos um deles as escadas interiores, cozinhas e instalações sanitá-
mentos que não figurem no levantamento oficial, deverão os mesmos rias (quando existam), para perfeita compreensão da obra e sua estru-
ser representados, com observância das normas topográficas; tura. O corte transversal, devidamente cotado, deverá ainda intersectar
iii) No caso de a pretensão incluir obras de demolição, de amplia- o logradouro, a vedação, o passeio e, pelo menos, meia faixa de
ção, de reconstrução ou alteração, devem ser representadas com as arruamento. Os cortes deverão ainda conter os arranques dos terre-
correspondentes cores. nos ou edifícios adjacentes, relacionando as cotas do projecto com as
cotas desses terrenos ou edifícios. Deverão ser apresentados tantos
cortes quantos necessários a uma correcta e fácil interpretação do
b) Documentos comprovativos ou os pareceres das entidades exte- projecto.
riores ao município, que demonstrem a respectiva aprovação do pro- 6 — Desenho de acabamentos exteriores, tendo por base os alça-
jecto; dos, onde serão designados os tipos e cores dos revestimentos, mate-
c) Sempre que haja lugar à ocupação da via pública, o processo riais e cores da cobertura, da caixilharia, das portas e do guarnecimento
deverá ser instruído nos termos do presente Regulamento; dos vãos.
d) Sempre que haja demolições, do processo deve constar a locali- 7 — Sempre que as condições o determinem, e sempre tendo em
zação do depósito dos entulhos. vista o bom entendimento da pretensão, os serviços municipais po-
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(295)

derão exigir a entrega de outras peças desenhadas ou de documentos d) Sempre que haja construção ou alterações exteriores, deverão
fotográficos. ser junto fotografias a cores, no mínimo 0,24 × 0,18 m, que permi-
tam um perfeito entendimento da pretensão.
Artigo 36.º
4 — No caso dos trabalhos referidos nas alíneas b) e c) do n.º 3 do
Projectos das especialidades artigo 9.º, deverá ser entregue adicionalmente planta de implantação
à escala 1:1 000 ou superior.
1 — O requerente terá de apresentar simultaneamente com o pro- 5 — No caso dos trabalhos referidos na alínea m) do n.º 3 do arti-
jecto de arquitectura os projectos complementares das especialidades — go 9.º, deverá ser entregue adicionalmente planta de implantação à
devidamente visados pelas entidades competentes, quando aplicável — escala 1:1 000 ou superior, na qual se deve delimitar, a vermelho e
acompanhados dos respectivos termos de responsabilidade. com rigor o troço ou área que vai ser objecto de obras.
2 — O projecto de arranjos exteriores incluirá o plano de modelação 6 — Os processos referidos no n.º 4 do artigo 9.º, serão instruídos
do terreno, a indicação dos materiais a utilizar nos pavimentos e as de acordo com os dois primeiros números deste artigo, salvo se a
espécies vegetais a plantar nas áreas ajardinadas, incluindo o respec- respectiva legislação aplicável referir outro metodologia de instrução.
tivo plano de rega e de drenagem.
Artigo 39.º
SUBSECÇÃO IV Apreciação
Comunicação prévia As obras realizadas sem ter sido prestada comunicação do facto,
devidamente instruída, sem ter decorrido o prazo previsto na legisla-
Artigo 37.º ção, ou em desconformidade com os elementos apresentados são
passíveis de embargo e demolição, nos termos da legislação em vigor,
Comunicação sendo a sua realização objecto de processo de contra-ordenação.
A comunicação é dirigida ao presidente da Câmara Municipal, sob SUBSECÇÃO V
a forma de participação, em modelo aprovado por esta.
Emissão do alvará de licença ou autorização
Artigo 38.º
Artigo 40.º
Instrução do processo Requisitos para a emissão
1 — A comunicação será acompanhada dos seguintes documentos: 1 — Não pode ser emitido o alvará de licença ou autorização para
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de qualquer qualquer obra de edificação sem que seja lavrado e anexo ao processo
direito que confira a faculdade de realização da operação; municipal o auto de implantação previsto no artigo 70.º, salvo quando
b) Plantas de localização às escala 1:10 000 e 1:2000, ou superior; a localização ou a natureza da obra levem ao entendimento — a fazer
c) Cronograma de execução das obras; pelos serviços municipais — que tal diligência é dispensável (o que
d) Autorização do técnico autor do projecto inicial, desde que não será objecto de registo no processo). Para a realização desta diligên-
cia (acção/acto de implantação) o requerente deverá, até 15 dias
tenham decorrido mais de cinco anos sobre a data do último alvará de
antes do termo do prazo para emissão do alvará, pedir nos serviços
licenciamento. municipais, a marcação de tal tarefa, sendo da sua obrigação e res-
ponsabilidade comunicar aos demais intervenientes a data e hora
2 — No caso dos trabalhos referidos no n.º 2 do artigo 9.º deverão
marcadas.
ser entregues adicionalmente os seguintes documentos, assinados por 2 — O requerente, solidariamente com o seu empreiteiro e com o
técnico legalmente habilitado: director técnico da obra será sempre, e em todas as situações, o res-
a) Memória descritiva que defina claramente o que se pretende ponsável pela correcta implantação da obra, pelo que é lícito que por
executar, com indicação pormenorizada dos materiais e cores previstas; sua iniciativa seja tida como necessária a diligência da verificação tal
b) Planta de localização à escala 1:1000 ou superior, na qual se como está prevista neste regulamento.
deve delimitar, a verde e com rigor o edifício e ou a parte dele que 3 — A Câmara Municipal reserva-se o direito de fazer a verifica-
vai ser objecto de obras; ção a posteriori, sempre e quando for oportuna tal diligência.
c) Plantas de alterações, à escala 1:100 ou superior, com as cores
apropriadas; Artigo 41.º
d) Planta final, à escala 1:100 ou superior, correspondente à obra
em vista; Prorrogação de prazo
e) Quando se verifique alteração no traçado das redes de infra- 1 — A prorrogação do prazo para conclusão de obras poderá ser
-estruturas existentes, e sempre que se justifique, deve efectuar-se o concedida pelo presidente de Câmara Municipal, nos termos da legis-
seguinte procedimento: lação em vigor, mediante requerimento do interessado, apresentado
i) Indicar e justificar na memória descritiva a solução construtiva antes de terminar a validade da licença ou autorização de execução
adoptada; constante no alvará, acompanhado de declaração do técnico respon-
ii) Apresentar o termo, ou termos, de responsabilidade adequados; sável sobre o estado actual da obra, ou registo complementar no livro
iii) Indicar na planta final as alterações ou inovações aos traçados. de obra com a entrega de fotocópias.
2 — O requerente dispõe do prazo de 30 dias, a contar da data de
f) Em casos excepcionais, poderá ser necessário apresentar projec- notificação do deferimento do requerimento, para apresentar o alvará
tos de especialidade acompanhados dos respectivos termos de respon- a fim de ser averbada a respectiva prorrogação, findo o qual o proce-
sabilidade em conformidade com a legislação em vigor. dimento caduca.

3 — No caso dos trabalhos referidos nas alíneas f), h) e l) do n.º 3 SECÇÃO IV


do artigo 9.º deverão ainda ser entregues os seguintes documentos, Loteamentos, urbanização e remodelação de terrenos
assinados por técnico legalmente habilitado:
a) Memória descritiva que defina claramente o que se pretende SUBSECÇÃO I
executar, com indicação pormenorizada dos materiais e cores previs-
tas, incluindo a nota justificativa da adequabilidade do projecto com a Pedido de destaque
regulamentação geral em vigor, nomeadamente quanto às políticas de Artigo 42.º
ordenamento do território, RGEU e presente Regulamento;
b) Planta de implantação à escala 1:500, cotada, com a indicação Instrução do processo
do terreno afecto, das construções existentes (e a indicação da sua
utilização ou uso) e das vias públicas envolventes; 1 — O pedido de operação de destaque, ou passagem de certidões
c) Planta da construção, alçados e cortes à escala 1:100 (com as para o efeito, é dirigido ao presidente da Câmara Municipal, sob a
cores convencionais, quando aplicável); forma de requerimento em modelo aprovado por esta.
5488-(296) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

2 — Para além do requerimento, deverão ser apresentados os SUBSECÇÃO III


seguintes documentos:
Pedido de licenciamento
a) Certidão da descrição e todas as inscrições em vigor emitida pela
Conservatória do Registo Predial, referente ao prédio abrangido; Artigo 45.º
b) Planta de localização a extrair das cartas do PDM, com indica-
ção precisa do local onde se pretende efectuar o destaque; Requerimento
c) Planta de implantação à escala 1:1000 ou 1:500, em papel e em
formato digital (DWG ou DXF) geo-referenciada (projecção de Gauss- O pedido de licenciamento é dirigido ao presidente da Câmara
-Elipsóide Internacional-Datum de Lisboa), sobre levantamento do Municipal, sob a forma de requerimento em modelo aprovado por
prédio e área envolvente numa extensão de 20 metros a contar dos esta.
limites do prédio, com a indicação precisa de:
Artigo 46.º
i) Limite do terreno de origem — a vermelho — e os nomes dos
Qualificação dos projectistas
confrontantes, segundo o título de propriedade;
ii) Limite da área de destaque — a azul; Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 4.º do
iii) Implantação rigorosa das edificações existentes e previstas, a Decreto-Lei n.º 292/95, de 14 de Novembro, tomam-se como limites
verde, com indicação do uso. que não podem ser excedidos: 20 fogos e ou 6000 m2 de área de inter-
venção.
d) Cópia da notificação da aprovação do projecto de construção
para a parcela a destacar, ou outro documento de igual valor, quando Artigo 47.º
aplicável.
e) A justificação da adequabilidade do projecto para a área e forma Dispensa de discussão pública
da parcela a destacar com a regulamentação geral em vigor, nomea-
damente sobre o cumprimento das políticas de ordenamento do ter- São dispensados de discussão pública as operações de loteamento
ritório, do disposto no RGEU e no presente Regulamento. que não excedam nenhum dos seguintes limites:
a) 20 fogos:
b) 6000 m2 de área de intervenção;
SUBSECÇÃO II c) 10% da população do aglomerado urbano em que se insere a
pretensão, referenciada ao valor do último censo da população.
Pedido de informação prévia
Artigo 48.º
Artigo 43.º
Instrução do processo
Requerimento
1 — Os pedidos deverão ser devidamente organizados e instruídos
O pedido de informação prévia é dirigido ao presidente da Câmara com os documentos previstos na legislação em vigor sobre o licen-
Municipal, sob a forma de requerimento e em modelo aprovado por ciamento de operações de loteamento, nomeadamente:
esta. a) Extracto da planta síntese do PMOT de ordem mais inferior
existente, com a indicação precisa do local onde pretende realizar a
Artigo 44.º operação de loteamento;
b) Com excepção das áreas abrangidas por PP, planta de localiza-
Instrução do processo ção à escala 1:1000 ou superior em papel e em formato digital (DWG
ou DXF) geo-referenciada (Projecção de Gauss-Elipsóide Internacio-
1 — O pedido de informação prévia é instruído com os elementos nal-Datum de Lisboa), com a indicação precisa de:
previstos na legislação em vigor, incluindo: i) Limite do terreno — a vermelho — e os nomes dos confron-
tantes, segundo o título de propriedade;
a) Extracto da planta síntese do PDM, com a indicação precisa do ii) Limite da área de intervenção — a carmim. Sempre que exis-
local onde pretende realizar a operação de loteamento; tam edificações ou arruamentos que não figurem no levantamento
b) Extracto do PP ou do PU, quando os houver, ou planta de situa- oficial, deverão os mesmos ser representados, com observância das
ção ou planta de localização e enquadramento à escala 1:1000 ou normas topográficas convencionais.
superior, em papel e em formato digital (DWG ou DXF) geo-refe-
renciada (Projecção de Gauss-Elipsóide Internacional-Datum de Lis-
boa), na qual se deve delimitar, a vermelho, o terreno, que deve ser Artigo 49.º
cotado e ser referenciado a pontos fixos existentes, bem como con-
ter, sempre que possível, os nomes dos confrontantes. Organização do processo — peças escritas

1 — A memória descritiva da operação de loteamento deverá —


2 — Sempre que o interessado não seja o proprietário do prédio, além do previsto na legislação em vigor — descrever e justificar:
deverá ser apresentada certidão da descrição e todas as inscrições em
vigor emitida pela Conservatória do Registo Predial, referente ao a) A concepção adoptada;
prédio abrangido. b) Descrição sumária do sistema de abastecimento de água, da dre-
3 — Deverão ainda ser juntos os elementos complementares ao nagem de esgotos e das águas pluviais, da rede eléctrica e de telefones
pedido que se mostrem necessários à sua correcta compreensão, em a propor, bem como de outras infra-estruturas a considerar;
função, nomeadamente da sua natureza e localização da operação c) A integração do projecto com a política de ordenamento do
pretendida. território contida nos instrumentos de gestão territorial em vigor.
4 — Sempre que o pedido de informação prévia apresente omis-
sões ou deficiências supríveis o requerente será notificado a completá-lo 2 — A memória descritiva será acompanhada das seguintes peças
ou corrigi-lo, considerando-se a tramitação do processo interrompida. escritas:
5 — O presidente da Câmara Municipal rejeitará o pedido de infor- a) Declaração sob a forma de termo de responsabilidade, do autor
mação prévia sempre que, no prazo de trinta dias após a notificação do projecto quanto ao cumprimento das disposições legais e regula-
referida no número anterior, o interessado não preste as informações mentares aplicáveis, sendo de que no caso de equipas multidisciplinares
ou não efectue as correcções exigidas, ficando o processo na situação haverá um termo de responsabilidade por cada área de intervenção ou
de arquivado. disciplina;
6 — Todas as peças escritas e desenhadas serão numeradas, datadas b) Quadro técnico, com os elementos de síntese da proposta de
e assinadas. loteamento, em modelo a aprovar pela Câmara Municipal;
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(297)

c) Proposta de regulamento de construções e obras complemen- Artigo 54.º


tares;
d) Declaração, quando for caso disso, do cumprimento da legisla- Instrução do processo
ção em vigor tendo em vista a vizinhança com vias regionais ou
nacionais, linhas de água, vias férreas, edifícios ou outras instalações 1 — Os pedidos deverão ser devidamente organizados e instruídos
com zonas de protecção, nascentes e ou canalizações de interesse com os documentos previstos na legislação em vigor sobre autoriza-
colectivo, etc. ção de obras de edificação e demolição, nomeadamente:
a) Planta de situação existente à escala 1:1 000 ou superior, em
Artigo 50.º papel e em formato digital (DWG ou DXF) geo-referenciada (Projec-
ção de Gauss-Elipsóide Internacional-Datum de Lisboa), sobre levan-
Organização do processo — peças desenhadas tamento do prédio e área envolvente numa extensão de 20 metros a
contar dos limites do prédio, com a indicação precisa de:
1 — As peças desenhadas do projecto de loteamento incluirão,
numa primeira fase: i) Limite do terreno — a vermelho — e os nomes dos confron-
tantes, segundo o título de propriedade;
a) Plantas topográficas, às escalas 1:500 e 1:1000, com a indica- ii) Limite da área de intervenção — a azul. Sempre que existam
ção da modelação prevista, nomeadamente: edificações ou arruamentos que não figurem no levantamento oficial,
deverão os mesmo ser representados, com observância das normas
i) Norte geográfico; topográficas convencionais.
ii) Delimitação da propriedade na sua totalidade;
iii) Implantação dos lotes e sua numeração;
Artigo 55.º
iv) Implantação dos espaços verdes, equipamentos e cedências;
v) A implantação dos arruamentos.
Organização do processo — peças escritas
As cotas, que serão sempre obrigatórias para todo o terreno, desta A memória descritiva será acompanhada das seguintes peças escri-
planta topográfica devem referir-se e coincidir com a rede nacional, tas:
nos termos do presente Regulamento.
a) Declaração sob a forma de termo de responsabilidade, do autor
b) Plantas de trabalho, às escalas 1:500 e 1:1000, com a indicação do projecto quanto ao cumprimento das disposições legais e regula-
de: mentares aplicáveis, sendo de que no caso de equipas multidisciplinares
haverá um termo de responsabilidade por cada especialidade;
i) Implantação dos lotes, sua numeração, ocupação das constru- b) Quadro técnico, com os elementos de síntese da proposta de
ções, anexos e outros. As implantações devem ser cotadas quanto à loteamento, em modelo a aprovar pela Câmara Municipal;
profundidade e largura, bem como os seus afastamentos ao limite dos c) Proposta de regulamento de construções e obras complemen-
lotes, indicando ainda a cércea das construções; tares.
ii) Arruamentos, acessos e estacionamentos de veículos.
Artigo 56.º
c) Perfis transversais à escala 1:200 devidamente cotados. Deve-
rão abranger os arruamentos, passeios, baias de estacionamento, zonas Organização do processo — peças desenhadas
ajardinadas, espaços livres ou equipamentos e prolongar-se-ão até às
edificações previstas, com inclusão das mesmas, indicando-se o nú- As peças desenhadas do projecto de loteamento incluirão, numa
mero de pisos, cotas dos pavimentos relacionadas com as cotas dos primeira fase:
arruamentos, mencionando a existência de caves e ou aproveitamento
a) Plantas síntese, à escala 1:1000, com a indicação da modelação
do vão do telhado, se forem previstos; prevista, nomeadamente:
d) Perfis longitudinais dos arruamentos, à escala 1:500 e cotados.
Deverão indicar os edifícios previstos, a as respectivas cérceas e as i) Norte geográfico;
cotas dos pavimentos do rés-do-chão relacionadas com as cotas do ii) Delimitação da propriedade na sua totalidade;
arruamento. iii) A implantação dos arruamentos.

Artigo 51.º As cotas, que serão sempre obrigatórias para todo o terreno, desta
planta topográfica devem referir-se e coincidir com a rede nacional,
Projectos de especialidades de obras de urbanização nos termos do presente Regulamento.

Após a aprovação do projecto do loteamento o requerente apre- b) Plantas de trabalho, às escalas 1:500 e 1:1000, com a indicação
sentará com requerimento adequado, para eventual aprovação, os de implantação dos lotes, sua numeração, ocupação das construções,
projectos das obras de urbanização. anexos e outros. As implantações devem ser cotadas quanto à pro-
fundidade e largura, bem como os seus afastamentos ao limite dos
lotes, indicando ainda a cércea das construções;
SUBSECÇÃO IV c) Perfis transversais à escala 1:200 devidamente cotados. Deve-
rão abranger os arruamentos, passeios, baias de estacionamento, zonas
Pedido de autorização ajardinadas, espaços livres ou equipamentos e prolongar-se-ão até às
edificações previstas, com inclusão das mesmas, indicando-se o nú-
Artigo 52.º mero de pisos, cotas dos pavimentos relacionadas com as cotas dos
arruamentos, mencionando a existência de caves e ou aproveitamento
Requerimento do vão do telhado, se forem previstos;
d) Perfis longitudinais dos arruamentos, à escala 1:500 e cotados.
O pedido de autorização é dirigido ao presidente da Câmara Muni- Deverão indicar os edifícios previstos, a as respectivas cérceas e as
cipal, sob a forma de requerimento em modelo aprovado por esta. cotas dos pavimentos do rés-do-chão relacionadas com as cotas do
arruamento.
Artigo 53.º Artigo 57.º

Qualificação dos projectistas Projectos complementares das especialidades

Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 4.º do O requerente terá de apresentar simultaneamente com o projecto
Decreto-Lei n.º 292/95, de 14 de Novembro, tomam-se como limites de arquitectura os projectos complementares das especialidades acom-
que não podem ser excedidos: 20 fogos e ou 6000 m2 de área de panhados dos respectivos termos de responsabilidade e dos pareceres
intervenção. das entidades exteriores ao município, quando tal seja aplicável.
5488-(298) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

SUBSECÇÃO V com os documentos previstos na legislação em vigor para o valor


total da obra.
Emissão do alvará de licença ou autorização
Artigo 62.º
Artigo 58.º
Obras inacabadas
Requisitos para a emissão
1 — São consideradas obras inacabadas, as obras que se enquadrem
1 — O pedido de emissão do alvará de licença ou autorização é nas condições enumeradas no n.º 1 do artigo 88.º do RJUE.
dirigido ao presidente da Câmara Municipal, sob a forma de requeri- 2 — São ainda consideradas obras inacabadas as obras que tenham
mento em modelo aprovado por esta e deve encontrar-se acompa- deixado caducar o respectivo alvará de licença ou autorização, à mais
nhado com os documentos previstos na legislação. de três anos, e em que fique demonstrado o interesse da conclusão das
2 — Os pedidos de emissão de alvará de licença ou autorização de mesmas por razões ambientais, urbanísticas, de salubridade, técnicas
operações de loteamento com obras de urbanização ou obras de urba- ou económicas, devidamente expressas no processo.
nização deve ainda encontrar-se acompanhado do processo de ocupa- 3 — A finalização das obras inacabadas é requerida ao presidente
ção de via pública e a localização dos entulhos devidamente instruído da Câmara Municipal, sobre a forma de requerimento em modelo
conforme o presente Regulamento e legislação em vigor. aprovado e deverá seguir a tramitação da legislação em vigor.
3 — O requerente, solidariamente com o seu empreiteiro e com o
director técnico da obra, será sempre, e em todas as situações, o res-
ponsável pela correcta implantação das obras, pelo que é lícito que SECÇÃO VI
por sua iniciativa seja tida como necessário a diligência da verifica-
ção tal como está prevista neste Regulamento. Ocupação da via pública

Artigo 59.º Artigo 63.º

Prorrogação de prazo Instrução do processo


1 — A prorrogação do prazo para conclusão de obras poderá ser 1 — A concessão da licença de ocupação e utilização de vias ou
concedida pelo presidente de Câmara Municipal, nos termos da legis- locais públicos de que trata o presente Regulamento, depende de pré-
lação em vigor, mediante requerimento do interessado, apresentado vio requerimento dos interessados, do qual obrigatoriamente deverão
antes de terminar a validade da licença ou autorização de execução constar:
constante no alvará, acompanhado de declaração do técnico respon-
sável sobre o estado actual da obra, ou registo complementar no livro a) A causa da ocupação;
de obra com a entrega de fotocópias. b) Tipo de ocupação que se pretende;
2 — O requerente dispõe do prazo de 30 dias, a contar da data de c) A indicação da área a ocupar (largura e comprimento) e o
notificação do deferimento do requerimento, para apresentar o alvará número de pisos abrangidos;
a fim de ser averbada a respectiva prorrogação, findo o qual o proce- d) A duração da ocupação;
dimento caduca. e) Descrição sumária dos equipamentos a instalar;
f) Largura da via que fica disponível para a circulação de pessoas e
SECÇÃO V viaturas.

Indicações e obrigações especiais 2 — Ao requerimento juntar-se-á planta de localização, à escala de


1:1000, e uma outra de implantação, à escala 1:500 ou superior, onde
deverão ficar bem assinalados o contorno da zona de ocupação pre-
Artigo 60.º tendida, a «frente» do prédio do requerente e a via pública (incluindo
faixa e passeios).
Reapreciação do processo 3 — Este licenciamento só ocorrerá após, ou em simultâneo com,
a concessão do alvará de licença ou autorização das obras que
A reapreciação do processo é requerida ao presidente da Câmara motivam a ocupação, com excepção das situações de obras dispen-
Municipal, sobre a forma de requerimento, em modelo aprovado por sadas de licenciamento/autorização municipal, sendo que, neste caso,
esta durante a audiência prévia, e deverá encontrar-se acompanhado o licenciamento terá lugar depois de esgotado o prazo referido no
dos respectivos projectos específicos que demonstrem a boa execução RJUE.
da infra-estrutura, bem como deverá encontrar-se acompanhado dos 4 — A ocupação de terreno do domínio público na zona urbana da
documentos necessários que demonstrem a responsabilização da sede do município, zona urbana de São Martinho de Anta e zonas de
mesma durante o período estipulado. protecção arqueológica, arquitectónica ou protecção natural será sem-
pre delimitada por um tapume, a instalar nos termos do que consta
Artigo 61.º neste regulamento. A obrigação do tapume é obrigatória, também para
as obras que confinem com a via pública e ou sempre que haja lugar
Renovação do processo à montagem de andaimes, no primeiro caso tapando toda a frente
da obra e no segundo caso envolvendo a frente e as cabeceiras do
1 — A renovação do processo é requerida ao presidente da Câmara andaime.
Municipal, sob a forma de requerimento em modelo aprovado, e 5 — Poderá a Câmara Municipal, sempre que o entenda por con-
deverá encontrar-se acompanhado de todas as peças escritas, dese- veniente, em face da natureza da obra ou da localização, tornar
nhadas e pareceres que entretanto caducaram, confirmação dos mes- extensiva a qualquer ponto do município as norma referida no número
mos, bem como de todas as peças escritas, desenhadas e pareceres que anterior.
entretanto passaram a ser necessários por força da aplicação da legis-
lação em vigor. Artigo 64.º
2 — Sempre que estejamos em presença de uma obra com alvará
de licença ou autorização caducada, sem prejuízo das obras inacabadas, Alvará
o procedimento segue a tramitação da renovação do processo acom-
panhado de declaração do técnico responsável sobre o estado actual 1 — O alvará de licença de ocupação da via pública caduca com o
da obra, ou registo complementar no livro de obra com a entrega de fim do prazo concedido para o efeito ou com a conclusão da obra, se
fotocópias. esta ocorrer primeiro.
3 — Em qualquer uma das situações escritas, o pedido de emissão 2 — O período de tempo pelo qual a licença é concedida é suscep-
do alvará de licença ou autorização deve encontrar-se acompanhado tível de ser prorrogado, desde que haja justificação para tal.
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(299)

TÍTULO IV por forma a que no local da obra seja efectuado um auto de implan-
tação e alinhamentos com definição das cotas de soleira, na presença
dele, dos representantes da fiscalização municipal, do empreiteiro e
Execução e utilização do responsável pela direcção técnica da obra, salvo no caso de excep-
ção prevista no presente Regulamento.
CAPÍTULO I 2 — As obras deverão estar previamente e devidamente implanta-
das, de acordo com o projecto.
Execução 3 — Só depois da confirmação, ou eventual rectificação, no auto
por todos assinado, do bom alinhamento e implantação das obras,
SECÇÃO I bem como da cota de soleira, é que a construção poderá ser licen-
ciada.
Disposições gerais
Artigo 71.º
Artigo 65.º
Termo de responsabilidade
Descoberta de elementos de interesse arqueológico pela direcção e execução de obra

1 — A Câmara Municipal poderá suspender as licenças ou autori- 1 — A apresentação de termo de responsabilidade pela direcção da
zações administrativas de obras concedidas, sempre que, no decorrer obra, subscrito por técnico devidamente habilitado, é indispensável
dos respectivos trabalhos se verifique a descoberta de elementos arqui- para a emissão do alvará de licença ou autorização.
tectónicos ou achados arqueológicos. 2 — No caso de o técnico retirar ou renunciar à sua responsabili-
2 — O prosseguimento dos trabalhos dependerá do estudo e identi- dade pela direcção e execução da obra, considera-se a respectiva
ficação dos elementos descobertos, tarefa para a qual a Câmara Muni- licença ou autorização suspensa, sendo obrigatória a imediata parali-
cipal poderá recorrer aos organismos públicos que tutelam o patrimó- sação da obra até que o requerente apresente declaração de novo téc-
nio arqueológico. nico responsável, sem o que a obra será embargada.

Artigo 66.º Artigo 72.º


Natureza policial Conclusão das obras
1 — A licença ou autorização administrativa para obras é de natu- 1 — Considera-se que uma obra está concluída quando se apresen-
reza policial, não tendo a Câmara Municipal para a sua concessão a tarem executados todos os trabalhos previstos e sido removidos tapu-
obrigação de apreciar a presumível violação de direitos de natureza mes, andaimes, materiais e entulhos, bem como quando tenha sido
privada. efectuada a construção ou reposição dos pavimentos danificados, a
2 — Os prejuízos causados com, ou durante, a execução das obras colocação de candeeiros e ou outro mobiliário urbano, a plantação de
a terceiros ou a coisa do domínio público, ou domínio público muni- espécies vegetais ou o ajardinamento de espaços públicos, sempre que
cipal, são da responsabilidade do dono da obra. tal tenha sido exigido.
2 — No prazo de 30 dias após a conclusão da obra, ou de uma das
Artigo 67.º fases de execução aprovadas, deverá ser entregue na Câmara Munici-
pal o livro de obra, devidamente assinado pelo técnico responsável
Observância das condições por esta, e requerida a apreciação do projecto definitivo, decorrente
de licenciamento ou autorização de eventuais alterações ao projecto inicial. Em simultâneo, será
requerida a autorização de utilização, nos termos da legislação em
1 — As obras deverão ser realizadas em conformidade com o pro- vigor.
jecto/requerimento aprovado. 3 — O projecto definitivo deverá ser apresentado da mesma
2 — Admitem-se alterações em obras apenas nos casos e situações forma que o projecto original, representando com exactidão a obra
expressamente referidos neste regulamento e na legislação em vigor. executada. Em memória descritiva, deverão indicar-se minuciosamente
3 — Fora desses casos e situações, as obras realizadas em discor- todas as alterações verificadas relativamente ao projecto aprovado
dância com o projecto/requerimento aprovado são consideradas, para inicialmente.
todos os efeitos, como obras sem licença ou autorização. 4 — Não pode ser autorizado o uso nem emitido o respectivo alvará
de autorização de utilização sem que tenha sido aprovado o projecto
Artigo 68.º definitivo.

Precauções e normas de prevenção Artigo 73.º

Na execução de obras, seja qual for a sua natureza, serão obrigato- Novos materiais
riamente adoptadas as precauções e dispositivos necessários para garan-
tir a segurança dos operários e populações, as condições do trânsito Sempre que em qualquer obra se pretendam aplicar novos materiais
na via pública e por forma a evitar danos materiais que possam afec- em elementos resistentes ou se usem processos novos de construção
tar os bens de domínio público ou particular. ainda não regulamentados, a decisão fica dependente de parecer favo-
rável de qualquer laboratório oficial de engenharia civil.
Artigo 69.º
Artigo 74.º
Projecto de execução
Adequação às normas em vigor
Para efeitos do previsto no regime jurídico da urbanização e da
edificação, são dispensadas de apresentação de projecto de execução A licença ou autorização administrativa para execução de quais-
as obras de escassa relevância urbanística referidas neste Regulamento. quer obras de ampliação, alteração adaptação ou remodelação, pode
ser condicionada à execução, simultânea, das obras necessárias para
adequar a totalidade do edifício às normas e regulamentos em
SECÇÃO II vigor.
Edificações Artigo 75.º
Artigo 70.º Construção de serventias
Implantação As rampas de serventia a garagens particulares serão criadas:
1 — O requerente que pretenda levantar o alvará de licença ou a) No caso de passeios existentes: por rampeamento da guia, ou
autorização de construção deverá contactar os serviços municipais, seja, chanfro do lancil existente que o torne lancil galgável;
5488-(300) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

b) No caso de não existir passeio, a serventia será instalada em 4 — As varandas devem ser localizadas na fachada anterior ou
partir da berma, de modo a que a altura máxima não ultrapasse 0,3 me- principal afastando-as das linhas divisórias dos prédios contíguos de
tros na situação mais desfavorável. uma distância mínima de 3 m criando-se, deste modo, entre a varanda
e as referidas divisórias espaços livres de qualquer saliência.
5 — Nas edificações com fachada lateral, as varandas podem ocupar
SECÇÃO III a fachada principal até à fachada lateral. Igualmente as varandas das
fachadas laterais podem ocupar estas até à fachada principal.
Saliências 6 — Nas fachadas das edificações à face do arruamento, o valor
máximo do balanço das varandas será de 6% da largura da rua, não
Artigo 76.º podendo exceder 1,20 m, nem 60% da largura do passeio.
7 — O balanço máximo das varandas localizadas quer nas fachadas
Disposições comuns posteriores, quer nas fachadas laterais é de 1,2 m.
8 — As varandas salientes das fachadas situadas em alinhamentos
Nas fachadas dos prédios confinantes com vias públicas, logra- recuados em relação ao arruamento ficam sujeitas ao disposto nos
douros, ou outros lugares públicos sob a administração municipal são n.os 4 e 5 com uma largura de 1,20 m.
admitidas saliências em avanço sobre o plano das mesmas fachadas
nas condições estabelecidas neste regulamento, salvo nas zonas con- Artigo 79.º
sideradas de interesse arquitectónico, em que poderão admitir-se situ-
ações especiais. Alpendrados e ornamentos
Artigo 77.º 1 — As edificações que pela sua localização, importância, caracte-
rísticas ou outros quaisquer motivos possam admitir soluções espe-
Corpos salientes ciais diferentes daquelas do presente Regulamento serão de admitir,
depois de ouvida a comissão municipal de arte e arqueologia, ou os
1 — Os corpos salientes só são de admitir em arruamentos de lar- competentes serviços da administração central.
gura igual ou superior, a 7 m, devendo, porém, quando se tratar de 2 — Os alpendrados devem deixar sempre livres uma altura mínima
corpos salientes fronteiros com vãos de compartimentos para habi- de 2,5 m acima do passeio, medida na parte mais alta deste, e não
tação, aplicar-se o princípio do artigo 60.º do RGEU. podem ser colocados, neste caso, a nível superior ao do pavimento
2 — Nas edificações de esquina, os corpos salientes em cada uma do primeiro andar.
das fachadas são fixados de acordo com a largura do respectivo 3 — A saliência dos alpendrados não pode ser superior à largura do
arruamento. passeio diminuída de 0,5 m.
3 — Se a concordância entre as duas fachadas se fizer por gaveto, 4 — As montras não são consideradas como ornamentos, e não
na zona da fachada compreendida nesta parte poderão ser adoptadas podem formar saliências sobre o plano da fachada quando esta é
saliências que não ultrapassem os planos definidos pelas saliências confinante com a via pública.
permitidas nas fachadas confinantes.
4 — Nas fachadas laterais, não serão considerados corpos salientes
as partes do edifício em saliência sobre o alinhamento da fachada, Artigo 80.º
desde que não ultrapassem o limite fixado para o afastamento do
prédio vizinho. Zonas de protecção, arqueológicas
5 — Os corpos salientes devem ser localizados na zona superior da e de interesse arquitectónico
fachada, ou seja, a 3,20 m do solo, e afastados das linhas divisórias
dos prédios contíguos de uma distância mínima de 3 m criando-se, 1 — As edificações que, pela sua localização, importância, ou quais-
deste modo, entre os corpos salientes e as referidas linhas divisórias quer motivos, possam admitir soluções especiais diferentes daquelas
espaços livres de qualquer saliência. do presente Regulamento, serão de aceitar, desde que recolham pare-
6 — Os corpos salientes localizados na fachada posterior dos edi- cer favorável da comissão de arte e arqueologia ou dos departamen-
fícios ficam sujeitos às mesmas regras aplicáveis às respectivas facha- tos municipais ou ministeriais competentes, conforme os casos.
das principais, excluindo a limitação imposta na parte referente à 2 — Nas zonas de protecção e de interesse arquitectónico defini-
largura dos arruamentos. das pela Câmara Municipal em edital será proibida a fixação no exte-
7 — Os corpos salientes não podem ocupar, em cada fachada, uma rior dos edifícios de aparelhos de acondicionamento de ar, devendo
área que ultrapasse metade da área da zona superior e poderão elevar- os mesmos, quando visíveis do exterior, ficar devidamente protegidos
-se até à linha de cornija. Quando o remate da edificação se fizer por com grelhas metálicas ou outros elementos julgados convenientes, de
platibanda esta deverá acompanhar o recorte do corpo saliente. forma a assegurar o seu perfeito enquadramento estético.
8 — O balanço máximo permitido para os corpos salientes será de
6% da largura da rua, não podendo exceder 1,20 m, nem 60% da lar- SECÇÃO IV
gura do passeio.
9 — Os corpos salientes das fachadas situadas em alinhamentos Obras de urbanização
recuados em relação ao arruamento, ficam sujeitos ao disposto nos
números de 4 a 7 inclusive, podendo ter uma largura máxima de 1,2 m. Artigo 81.º
10 — No caso de existirem, simultaneamente e sobrepostos, cor-
pos salientes, varandas, ornamentos ou quebra-luzes, não pode ser Acompanhamento e direcção das obras
excedido para o conjunto o balanço estabelecido para os corpos sa-
lientes. 1 — As obras de urbanização terão obrigatoriamente um director
técnico.
Artigo 78.º 2 — Estas obras deverão ser acompanhadas pelos serviços munici-
pais, competentes no acompanhamento das obras públicas.
Varandas

1 — As varandas serão autorizadas apenas em ruas de largura igual SECÇÃO V


ou superior a 7 metros, ficando a altura mínima livre de 3,20 m, rela-
tivamente ao solo e o seu escoamento deverá ser feito nas condições Ocupação da via pública
do n.º 6 do artigo 93.º
2 — Nas fachadas confinantes com a via pública não pode haver Artigo 82.º
varandas localizadas na zona inferior.
Deveres decorrentes da ocupação
3 — As varandas das fachadas posteriores dos prédios poderão ser
envidraçadas, devendo contudo ter um vão de ventilação de área su-
A concessão de licença de ocupação obriga os seus beneficiários,
perior a 1/10 da soma das áreas dos aposentos adjacentes e da própria
além da observância das normas do presente Regulamento e das nor-
varanda, sendo obrigatório caixilharia do tipo e cor da existente. As
mas da demais legislação em vigor:
varandas das fachadas principais e das fachadas laterais não poderão
ser envidraçadas para a criação de «marquises», salvo aprovação e a) À observância das condicionantes especificas que forem deter-
execução de projecto de toda a fachada. minadas para o caso concreto;
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(301)

b) Ao acatamento das directrizes ou instruções que forem determi- o interessado terá de instalar para o período de ocupação um equipa-
nadas pelos serviços camarários ou mais entidades públicas com com- mento equivalente pelo lado de fora do tapume nas condições a indi-
petência fiscalizadora ou orientadora e que forem necessárias para car pela fiscalização municipal.
minimizar os incómodos ou prejuízos dos demais utentes desses locais
públicos; Artigo 89.º
c) À reposição imediata, no estado anterior, das vias e locais uti-
lizados, logo que cumpridos os fins previstos ou terminado o período Reposição de equipamentos públicos
de validade da licença;
d) A reparação integral de todos os danos ou prejuízos causados O dono da obra promoverá, a expensas próprias e segundo a orien-
nos espaços públicos e decorrentes, directa ou indirectamente, da sua tação da fiscalização municipal, no prazo de cinco dias após a con-
ocupação ou utilização. clusão da obra, a execução dos trabalhos de reposição de todos os
equipamentos, nomeadamente pavimentos, árvores, candeeiros, sar-
Artigo 83.º jetas, bocas de incêndio, placas de sinalização, etc. que tenham sido
afectadas no decurso da obra.
Máquinas, amassadouros
e depósitos de entulhos e materiais
SECÇÃO VI
1 — Todas as máquinas, amassadouros e depósitos de entulho e
materiais ficarão no interior dos tapumes, e não deverão assentar Condições técnicas especiais
directamente sobre os pavimentos do domínio público.
2 — Os entulhos provenientes das obras deverão ser devidamente Artigo 90.º
acondicionados, não sendo permitido vazá-los nos contentores de
recolha de resíduos sólidos (lixos). Profundidade dos edifícios
3 — Se das obras resultarem entulhos que tenham de ser lançados
do alto, sê-lo-ão por meio de condutas fechadas, de modo a que não 1 — Por norma, e salvo situações de excepção devidamente justi-
haja dispersão/espalhamento de poeiras e ou projecção de quaisquer ficadas, a profundidade dos novos edifícios e daqueles que são total-
detritos para fora da zona de trabalhos. mente reconstruídos, não poderá exceder 15 metros, ou a média obtida
pelas existências a um e outro lado nos casos das zonas de tecido
urbano consolidado, competindo à Câmara Municipal determinar qual
Artigo 84.º a regra a adoptar.
2 — Quando o rés-do-chão for destinado a comércio ou serviços a
Andaimes sua profundidade poderá ir até limites permitidos por outras normas
ou regulamentos, ou até ao máximo de 30 m.
A instalação de andaimes implica obrigatoriamente o seu revesti- 3 — São situações de excepção, e com tratamento fora do aqui
mento vertical a toda a altura, pelo lado de fora e nas cabeceiras, exposto, as habitações isoladas, as construções em zonas e para fins
com redes de malha fina ou telas que, com segurança, impeçam a queda industriais, em zonas de armazenagem, e em zonas de protecção.
de materiais, detritos ou quaisquer utensílios para fora da prumada dos
andaimes.
Artigo 91.º
Artigo 85.º
Afastamentos laterais
Tapumes
1 — Os afastamentos laterais entre fachadas das edificações desti-
Os tapumes de protecção e limite da zona de ocupação, ou de nadas a habitação obedecerão ao preceituado no RGEU.
envolvimento do lanço inicial dos andaimes, serão constituídos por 2 — Em casos especiais (mas nunca para edifícios de habitação
painéis com a altura mínima de 2,2 m e serão executados em mate- colectiva), e a analisar caso a caso, poderá a Câmara Municipal auto-
rial resistente com a face exterior lisa e com pintura em cor suave, rizar um afastamento lateral mínimo às extremas de 3 m, e entre
com as cabeceiras pintadas em listas brancas e vermelhas e dotadas de fachadas de habitações com aberturas de compartimentos habitáveis
sinalização nocturna, luminosa, e com as portas de acesso a abrir para 6 m, mas só quando fique demonstrado que os precedentes das
dentro. preexistências locais e as dimensões dos terrenos existentes, não per-
mitem o enquadramento na regra geral definida no n.º 1.
Artigo 86.º
Artigo 92.º
Corredores para peões
Alinhamentos e alargamentos
Nos casos em que, a pedido do interessado, seja aceite pela Câmara
Municipal a necessidade da ocupação total do passeio e ou até a ocupa- 1 — Quando e sempre que por imperativos urbanísticos ou rodoviá-
ção parcial da faixa de rodagem ou de zonas de estacionamento, serão rios o alargamento da via pública, com um novo alinhamento, impli-
obrigatoriamente construídos corredores para peões com a largura que a integração na via pública de quaisquer parcelas de terrenos ou
mínima de 1 m, imediatamente confinantes com o tapume, e veda- prédios de particulares, tais parcelas serão sempre cedidas graciosa-
dos pelo lado de fora com prumos e corrimão em tubos redondos mente, quer se esteja a tratar da construção de edifícios, quer se trate
metálicos com pintura a branco e vermelho. de obras de vedações, acessos, etc.
2 — Para além da cedência graciosa do terreno será da conta do
Artigo 87.º particular, e a expensas suas, dotar a parcela do alargamento com o
pavimento a determinar pela Câmara Municipal.
Acessos para a actividade comercial 3 — Nas zonas urbanas e ou em outras situações que a Câmara
Municipal tenha por conveniente, o titular da licença ou autorização
Quando se trata de obras em edifícios com actividade comercial, administrativa da obra terá à sua conta a execução, ou reconstrução
ou quando outros interesses o justifiquem, a Câmara Municipal poderá se ela já existir, do passeio público com as características a indicar
dispensar o tapume a delimitar a zona do andaime, sendo nesses casos pelos serviços municipais.
estabelecidas condições de segurança e comodidade para os utentes da 4 — Nas zonas rurais, e quando não houver lugar à construção de
passeios, a Câmara Municipal determinará quais as características do
via pública e do edifício em obras com, no mínimo, num estrado estan-
tratamento a dar ao terreno do alargamento, nomeadamente bermas,
que ao nível do primeiro tecto.
valetas, aquedutamento de águas pluviais, etc.
5 — Poderá a Câmara Municipal, quando o interesse público o reco-
Artigo 88.º mendar, impor a construção de «baias» ou «zonas» de estacionamento.
6 — Os alinhamentos e alargamentos referidos nos números ante-
Equipamentos de interesse público riores serão definidos e impostos pela Câmara Municipal, atentas as
condições da localização das obras, o interesse público, e o disposto
Quando pela instalação de um tapume ficar no interior da zona de em instrumento de gestão territorial e ou noutros regulamentos em
ocupação qualquer boca-de-incêndio, sarjeta, placa de sinalização, etc., vigor.
5488-(302) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

Artigo 93.º Artigo 95.º

Coberturas/telhados Estacionamento público

1 — Por norma, e salvo situações de excepção devidamente justi- 1 — Os lugares de estacionamento público terão como dimensões
ficadas, as coberturas das edificações serão de águas do tipo tradicio- mínimas em planta 5 m de comprimento e 2,5 m de largura.
nal na região, com a inclinação não superior a 45%, e com revesti- 2 — Os lugares de estacionamento público destinados exclusiva-
mento a telha cerâmica na cor natural. mente a aparcamento de viaturas de deficientes motores terão como
2 — O que é dito no número anterior tem aplicação quer para novas dimensões mínimas em planta 5 m de comprimento e 3,5 m de lar-
edificações, quer para a reparação de edifícios existentes. gura.
3 — Não é autorizado o aproveitamento de vão do telhado nos 3 — Salvo disposição em contrário em legislação cuja disciplina se
prédios com andar recuado, sempre que desse aproveitamento resulte sobreponha ao presente Regulamento, são fixados os seguintes
qualquer volume de construção acima do plano de inclinação normal parâmetros mínimos para o dimensionamento dos lugares de estacio-
da respectiva cobertura, a qual não poderá exceder 45%. namento público obrigatório:
4 — O aproveitamento dos vãos de telhado deverá ser sempre
executado por forma a que não seja criado qualquer volume de cons- a) Um lugar de estacionamento por fogo para fogos com área infe-
trução acima dos planos de inclinação normal das respectivas cober- rior a 140 m2;
turas. b) Dois lugares de estacionamento por fogo para fogos com área
5 — A iluminação e ventilação do aproveitamento do vão do telhado igual ou superior a 140 m2;
poderá realizar-se por meio de janelas do tipo trapeiro, mansarda, ou c) Um lugar de estacionamento por cada 50 m2 de área comercial/
recuos avarandados não ultrapassando o plano de cobertura, desde que serviços e nunca menos de um lugar por unidade;
tal solução se revele esteticamente aceitável. d) Um lugar de estacionamento por cada 100 m2 de área bruta
6 — São totalmente interditos os beirais livres que lancem directa- destinada a indústria ou armazéns;
mente as águas sobre a via pública, devendo as águas das coberturas e) Um lugar de estacionamento por cada dois quarto para estabele-
serem recolhidas em algerozes ou caleiras e canalizadas em tubos de cimentos de hotelaria;
queda, até 0,1 m do solo no caso de haver valeta, e havendo passeio f) Um lugar de estacionamento por cada 25 m2 de área bruta para
serem conduzidas em tubagens enterradas até ao colector de águas estabelecimentos de restauração e bebidas e similares de hotelaria;
pluviais. g) Um lugar de estacionamento por cada 20 lugares de lotação de
7 — O disposto no número anterior é aplicável quer às edificações sala de espectáculos, recintos desportivos, e ou outros locais de reu-
novas quer aos edifícios existentes. nião (como por exemplo, as «casas de culto», etc.).
4 — Poderão existir situações de excepção em casos devidamente
justificados quando situados em centros históricos ou núcleos antigos.
Artigo 94.º

Vedações Artigo 96.º

1 — Os muros de vedação no interior dos terrenos não podem Conservação das construções
exceder 1,8 m de altura a contar da cota natural dos terrenos que
vedam. Em casos devidamente justificados serão permitidas vedações 1 — As edificações devem ser objecto de obras de conservação pelo
com altura superior, em sebes vivas, grades ou arame, até à altura menos uma vez em cada período de oito anos, nos termos do RJUE.
máxima de 2,5 m. 2 — Sempre que se verifique que qualquer prédio se não encontra
2 — Nos casos em que o muro de vedação separe em cotas dife- no devido estado de conservação, a Câmara Municipal poderá, em
rentes, a altura de 1,8 m será contada a partir da cota natural mais qualquer altura, intimar os proprietários ou equiparados a procederem
elevada. Não se consideram os aterros que eventualmente venham a às obras necessárias no prazo que lhe for estipulado.
ser feitos e alterem as cotas naturais.
3 — À face da via pública os muros de vedação não poderão ter Artigo 97.º
altura superior a 1,20 m, extensiva aos muros laterais na parte corres-
pondente ao recuo da edificação, quando este existir. Esta altura será Segurança geral
medida a partir da cota do passeio ou do arruamento caso aquele não
exista. Todavia em casos devidamente justificados serão permitidas 1 — É proibido manter poços abertos ou mal resguardados, e o
vedações com alturas superiores com sebes vivas, grades ou redes de mesmo se diz quanto a valas, escavações, ou outras depressões do
arame não farpado com o máximo de 2 m de altura total. No entanto, terreno.
quando haja manifesto interesse em defender aspectos artísticos da 2 — A Câmara Municipal poderá, em qualquer altura e sempre que
urbanização local, poderá a Câmara Municipal impor outras alturas o entenda por conveniente, intimar os proprietários ou equiparados a
para as vedações e sebes vivas. levar a efeito os trabalhos de protecção para corrigir situações de falta
4 — No caso de muros de vedação de terrenos de cota superior à de segurança.
do arruamento, será permitido caso necessário que o muro de suporte
ultrapasse a altura de 1,20 m referida no número anterior, não podendo Artigo 98.º
contudo exceder 0,2 m acima da cota natural do terreno. Para este
efeito não se consideram aterros eventualmente executados. Cores e revestimentos exteriores
5 — A colocação ou pintura de anúncios, dizeres, ou quaisquer recla-
mos nas fachadas, nas empenas ou nos muros, só poderá ser feita 1 — No exterior dos edifícios em paredes, caixilharias, serralharias,
depois de ter sido aprovado pela Câmara Municipal o respectivo pe- algerozes e tubos de queda, aplicar-se-ão como cor ou cores dominan-
dido e após o pagamento das taxas que forem devidas. tes as que já tradicionalmente existam no sítio da obra, ou aquelas que
6 — O pedido de licença para a colocação ou pintura de anúncios, estiverem consignadas em regulamento específico, com especial aten-
reclamos ou dizeres deverá ser instruído em conformidade com o dis- ção para as zonas históricas e construções integradas em área de
posto na regulamentação em vigor. Património Mundial.
7 — Em construções já existentes de reconhecido mérito artístico 2 — Por norma a gama das cores deverá limitar-se àquelas que não
ou panorâmico, poderão vir a ser aprovados outros tipos de vedação colidam com o convencionalmente adoptado na região, sendo de tomar
diferentes dos recomendados neste artigo. como base o seguinte:
8 — Os números anteriores do presente artigo serão aplicados sem
prejuízo do preceituado pelos regulamentos e legislação em vigor, a) Para paredes e muros — branco, ocre, rosa velho, bege ou creme,
nomeadamente no que se refere a vedações, colocação e pintura de sendo que não serão autorizadas mais que duas cores numa edificação;
anúncios à margem das estradas cuja competência seja de outras enti- b) Para caixilharias, gradeamentos, serralharias, algerozes, tubos de
dades. queda — verde garrafa, castanho, «sangue de boi», branco e preto.
9 — Não é permitido o emprego de arame farpado em vedações,
nem a aplicação de fragmento de vidro, lanças, picos, etc., no coroa- 3 — Por norma e para todo o município não são autorizadas quais-
mento das vedações confinantes com a via pública ou com logradouro quer caixilharias de alumínio anodizado.
de prédio vizinho, salvo se por razões especiais a vedação, no seu 4 — Qualquer alteração ao descrito anteriormente carece de auto-
ponto mais baixo, tiver uma altura superior a 2,2 m. rização formal da Câmara Municipal.
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(303)

CAPÍTULO II do artigo anterior, para os quais o alvará poderá ser emitida apenas
para «estabelecimento», mas ressalvando que não poderá ser aberto
Utilização ao público sem que disponha de licença de funcionamento ou laboração.
Nestes casos, é através desta licença que será feita a indicação precisa
SECÇÃO I da utilização autorizada.

Artigo 104.º
Disposições gerais
Condições de emissão do alvará de licença
Artigo 99.º ou autorização de utilização
Numeração de polícia As licenças ou autorizações de utilização só deverão ser requeridas
e emitidos os seus alvarás após a total conclusão das obras, admi-
1 — Em todos os arruamentos, os proprietários são obrigados a tindo-se apenas as excepções previstas no artigo seguinte.
numerar os prédios segundo a ordem estabelecida pelo regulamento
municipal.
2 — A numeração das portas deverá ser sempre conservada em bom Artigo 105.º
estado, não sendo permitido, em caso algum, retirar ou, de qualquer
modo, alterar a numeração de polícia sem prévia autorização da Autorização para estabelecimentos a abrir ao público
Câmara Municipal.
1 — As autorizações de ocupação para estabelecimentos que virão
Artigo 100.º a estar abertos ao público e que, por isso, estão sujeitos a posterior
licença de funcionamento ou laboração, poderão ser emitidas sem que
Convenções a obra esteja concluída, desde que:

1 — Nos edifícios com entrada comum para as habitações ou frac- a) O exterior do edifício, as zonas comuns e os elementos com
ções e possuindo dois fogos ou duas fracções por piso, a designação elas confinantes estejam completamente concluídos;
de direito caberá ao fogo ou fracção que se situe à direita de quem b) Disponha de pontos de água, esgotos e electricidade e de condu-
acede ao patamar respectivo através do elevador, ou pelas escadas tas de evacuação de fumos e de ventilação;
quando não há elevador. c) As paredes se encontrem totalmente rebocadas e os pavimentos
2 — Se em cada andar houver três ou mais fogos ou fracções eles e tectos perfeitamente nivelados.
deverão ser referenciados, segundo a chegada ao patamar como é dito
no n.º 1, pelas letras do alfabeto, de A em diante e no sentido do 2 — O alvará de licença/autorização visa permitir a venda do esta-
movimento dos ponteiros do relógio. belecimento e a conclusão das obras pelo seu utilizador, não sendo
emitida licença de funcionamento sem que elas estejam concluídas
(após a apresentação e aprovação do respectivo projecto e do licen-
SECÇÃO II ciamento das obras).
Utilização dos edifícios Artigo 106.º
Artigo 101.º Telas finais dos projectos
Objecto de licenciamento 1 — Para efeitos do preceituado no RJUE, o requerimento de
ou autorização administrativa licença ou autorização de utilização deve ser sempre instruído com as
telas finais dos projectos de especialidades que em função das altera-
1 — Os pedidos de vistoria para obtenção de licença ou autoriza- ções efectuadas na obra se justifiquem.
ção de utilização para edifícios ou suas fracções, ou os pedidos de 2 — As telas finais devem ser entregues em suporte papel e em
autorização sem vistoria, serão dirigidos ao presidente da Câmara suporte digital — disquete de 3,5” ou em cd-rom — contendo no seu
Municipal e instruídos com os documentos previstos na legislação exterior e claramente visível a indicação do nome do requerente, local
específica e ainda com a prova da atribuição do número de polícia, e tipo de obra e número do processo respectivo.
cópia dos certificados de conformidade exigíveis e prova da coloca-
ção da placa de identificação dos técnicos responsáveis prevista no
RJUE. SECÇÃO III
2 — Os pedidos de vistoria para utilização de edifícios antigos, ou
parte deles, quando não existe em arquivo dos serviços municipais o Propriedade horizontal
seu projecto, será instruído de acordo com o modelo e as normas
aprovadas pela Câmara Municipal. Artigo 107.º

Condições de emissão da certidão


Artigo 102.º de propriedade horizontal
Designação das licenças 1 — Após a realização da vistoria serão emitidas certidões com-
ou autorizações de utilização provativas de que um edifício reúne condições para a sua divisão em
propriedade horizontal, sempre que e só quando:
1 — As licenças ou autorizações de utilização tomarão a designa-
ção de: a) O terreno se encontre legalmente constituído, não se tendo nele
verificado a existência de obras não legalizadas;
a) Licença ou autorização de habitação, para os edifícios ou partes b) Não seja indispensável a sua divisão através de um processo de
autónomas destes destinados a habitação; loteamento;
b) Licença ou autorização de ocupação, para os edifícios ou partes c) Além de constituírem unidades independentes, todas as fracções
autónomas destes destinados a quaisquer outras utilizações que não autónomas, sejam distintas e isoladas entre si e com saída própria
habitacionais. para uma parte comum do prédio ou para o espaço público;
d) Cada uma das fracções autónomas a constituir disponha do
2 — Os estabelecimentos a abrir ao público necessitam ainda, antes mínimo de condições de utilização legalmente exigíveis.
da sua abertura, de licença de funcionamento ou laboração.
2 — Não podem considerar-se como fracções autónomas as depen-
Artigo 103.º dências destinadas a arrumos, onde quer que se situem, nem o vão do
telhado vulgarmente designado por sótão.
Destino de utilização 3 — Os lugares de estacionamento exigidos por força dos usos pre-
vistos no imóvel devem ficar integrados nas fracções que os motiva-
As licenças ou autorização de ocupação devem indicar, de forma ram, não podendo ser fechados como garagem nem constituir espa-
precisa, a utilização autorizada, salvo nos casos abrangidos pelo n.º 2 ços autónomos.
5488-(304) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

4 — Os lugares de estacionamento a mais, para além do exigido, b) Verificação da existência do alvará de licença ou de autorização
podem constituir fracções autónomas ou ser fechados como garagem. e da afixação do aviso dando publicidade à emissão do mesmo;
5 — Nos casos de inexistência em arquivo do projecto aprovado c) Verificação da afixação no prédio da placa identificadora do
do imóvel, as peças desenhadas devem ser ilustradas com um corte director técnico da obra de edificação ou de urbanização, do projec-
que evidencie os pés-direitos dos diferentes andares. tista, do industrial de construção civil e do respectivo certificado ou
6 — Quando se trate de edifícios construídos ou alterados após a título de registo;
entrada em vigor do RGEU, e na situação prevista no número ante- d) Verificação da existência do livro de obra, que deverá obedecer
rior, as certidões a passar pela Câmara Municipal, para efeitos de às determinações legais, e da sua actualização por parte do responsá-
escritura da propriedade horizontal, só poderão ser emitidas após vel técnico da obra e dos autores dos projectos;
concessão de autorização de habitabilidade e ou de utilização do prédio. e) Verificação da segurança, higiene e arrumação do estaleiro, dos
7 — Poderão ser emitidas certidões comprovativas de divisão em tapumes, dos andaimes, das máquinas e dos materiais;
propriedade horizontal, quando essa divisão esteja de acordo com o f) Verificação do alinhamento das edificações, das cotas de soleira,
projecto aprovado de obra já em construção, devendo para tal obede- das redes de água e saneamento, de electricidade e de telefones, e dos
cer às condições referidas nos números anteriores. arruamentos (no caso de loteamentos novos), sendo os alinhamentos
e as cotas referidos ao projecto aprovado, ao loteamento, ou ao plano
Artigo 108.º urbanístico existente para o local;
g) Verificar a conformidade da execução da obra com o projecto
Requerimento aprovado;
h) Verificar o licenciamento da ocupação da via pública por motivo
A emissão de certidão camarária para a constituição em regime de de execução de obras de edificação ou de urbanização;
propriedade horizontal de qualquer edifício deverá ser requerida pelo i) Verificar o cumprimento da execução da obra no prazo fixado;
proprietário ou seu representante legal, devendo o pedido ser instruído j) Verificar a limpeza do local da obra após a sua conclusão, e a
com os seguintes elementos: reposição dos equipamentos públicos deteriorados ou alterados em
1 — Requerimento — com identificação completa do proprietário consequência da execução das obras e ou ocupações da via pública;
e do(s) titular(es) da(s) licença(s) ou autorização(ões) de obras, loca- k) Verificar se há ocupação de edifícios ou de suas fracções autóno-
lização do terreno (rua e número de polícia e inscrição matricial e mas sem alvará de licença ou autorização de utilização ou em desa-
descrição do terreno e respectivas confrontações), solicitando certi- cordo com o uso fixado no alvará;
dão para a constituição em regime de propriedade horizontal, de acordo l) Fazer notificação do embargo determinado pelo presidente da
com o disposto no Código Civil. Câmara Municipal e verificar a suspensão dos trabalhos;
2 — Memória descritiva — descrição sumária do prédio, referindo-se m) Verificar o cumprimento do prazo fixado pelo presidente da
a área do lote e as áreas coberta e descoberta e indicando-se as frac- Câmara Municipal ao infractor para demolir a obra e repor o terreno
ções autónomas, as quais deverão ser designadas por letras maiúsculas. na situação anterior;
Na descrição e identificação das fracções deverá indicar-se a sua com- n) Verificar a existência de alvará de licença ou autorização, a isen-
posição, referindo-se os arrumos, terraços, logradouros e estaciona- ção ou dispensa de licença ou autorização relativo a quaisquer obras
mentos, se existirem, a localização (andar, direito, esquerdo, centro, ou trabalhos correlacionados com obras de edificação, obras de urba-
frente, posterior, etc.), complementada pelos pontos cardeais, desti- nização ou trabalhos preparatórios.
no (habitação, estabelecimento, garagem, etc.) e o número de polícia
pelo qual se processa o acesso à fracção, sempre que este exista ou já 2 — Considera-se ainda actividade fiscalizadora:
tenha sido atribuído. Na descrição de cada fracção deve incluir-se a
respectiva percentagem ou permilagem relativamente ao valor total a) A elaboração de participações/autos de notícia de infracções sobre
do edifício. Devem, também, referenciar-se as zonas comuns a todas o não cumprimento de disposições legais e regulamentares relativas
as fracções ou a grupos de fracções. ao licenciamento, à autorização administrativa ou comunicação pré-
3 — As peças desenhadas deverão contemplar a localização do pré- via, tendo em vista, nomeadamente, a instauração de processos de
dio e ser acompanhadas de plantas com a composição, identificação e contra-ordenação;
designação de todas as fracções, pelas respectivas letras e com a deli- b) A realização de embargos administrativos de obras de edificação
mitação a cores de cada fracção e zonas comuns (dois exemplares). ou urbanização, quando as mesmas estejam a ser efectuadas sem alvará
de licença ou autorização ou em desconformidade com ela, lavrando
Artigo 109.º os respectivos autos;
c) A elaboração de participações/autos de notícia de infracções,
Alterações ao uso decorrentes do não acatamento de ordens de embargo e ou de obras
construídas sem alvará de licença ou autorização;
1 — Nos edifícios constituídos em regime de propriedade horizon- d) A inscrição, no livro de obra, de registos relativos ao estado de
tal, os pedidos de alteração ao uso de quaisquer das fracções serão execução da obra, a qualidade de execução, bem como as observações
analisados, não dependo só da autorização do respectivo condomínio, sobre o desenvolvimento dos trabalhos considerados convenientes,
muito embora seja sempre obrigatória a sua apresentação em condi- especialmente quando ocorrer qualquer irregularidade;
ções formais. e) A fiscalização deverá ainda incidir sobre a colocação de vitrinas,
2 — Além da necessidade do cumprimento das condições que forem tabuletas, candeeiros, anúncios, palas e toldos ou quaisquer elementos
entendidas como preceitos legais a atender, a decisão da Câmara acessórios dos parâmetros convencionais dos edifícios e que sejam
Municipal terá apoio no interesse/utilidade da pretensão, e no que visíveis da via pública.
constar da decisão do condomínio.
Artigo 111.º
TÍTULO V
Do controlo interno
Fiscalização A actividade de controlo interno consiste em verificar e executar
o seguinte:
CAPÍTULO I
a) Os registos de entradas das denúncias, das participações e dos
Actividade fiscalizadora autos de notícia, bem como dar andamento devido a cada registo;
b) Os requerimentos das operações urbanísticas na Câmara Munici-
Artigo 110.º pal e os prazos de desenvolvimento de cada um, em colaboração com
restantes serviços;
Da fiscalização externa c) Receber dos fiscais municipais cópias dos documentos (partici-
pações/autos de notícia, etc.) que dão lugar à formação dos processos
1 — Os actos de fiscalização externa das operações urbanísticas
de contra-ordenação, cujos originais e processos formais tramitam nos
consistem na verificação da sua conformidade com as normas legais
e regulamentares vigentes e em especial nos seguintes aspectos: serviços respectivos, e anexá-las nos processos correspondentes;
d) A aplicação das taxas a cada item do respectivo processo;
a) Verificação da afixação do aviso publicitando o pedido de licença e) Os autos de embargo determinados pelo presidente da Câmara
ou autorização; Municipal.
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(305)

CAPÍTULO II e) Prestar todas as informações que lhes sejam solicitadas pelos


seus superiores hierárquicos, no âmbito da sua actividade, com objec-
Competências tividade, profissionalismo e isenção, fundamentando-as em disposi-
ções legais e regulamentares em vigor;
Artigo 112.º f) Prestar aos demais funcionários todas a colaboração possível e
actuar individual e colectivamente com lealdade e isenção, contribuindo
Competência para fiscalização assim para o prestígio das funções.

1 — A actividade fiscalizadora externa na área do município com- Artigo 115.º


pete aos fiscais municipais, bem como às autoridades administrativas
e policiais e a quem por força de lei puder ter essa incumbência. Incompatibilidades
2 — O controlo interno na área do município compete aos servi-
ços e aos funcionários a eles adstritos. 1 — Os funcionários incumbidos da fiscalização das operações urba-
3 — Além dos funcionários indicados no número anterior, impende nísticas não podem, por forma oculta ou pública, ter qualquer inter-
sobre os demais funcionários municipais o dever de comunicarem as venção na elaboração de projectos, petições, requerimentos ou quais-
infracções de que tiverem conhecimento em matéria de normas legais quer trabalhos ou procedimentos relacionados directa ou indirectamente
e regulamentares relativas às operações urbanísticas, sob pena de com a sua actividade, nem podem associar-se a técnicos, industriais
incorrerem em responsabilidade disciplinar. de construção ou fornecedores de materiais, nem representar empre-
4 — Os fiscais municipais far-se-ão acompanhar de cartão de iden- sas do ramo em actividade na área do município.
tificação, que exibirão quando solicitado. 2 — Não podem ser elaborados projectos de operações urbanísti-
5 — Os funcionários incumbidos da actividade fiscalizadora das cas por técnicos municipais, independentemente da qualidade em que
operações urbanísticas podem recorrer às autoridades policiais, sem- estão investidos, para qualquer especialidade que seja objecto de pare-
pre que necessitem, para o bom desempenho das suas funções. cer ou decisão no âmbito municipal.

CAPÍTULO III Artigo 116.º

Deveres e incompatibilidades Responsabilidade disciplinar

Artigo 113.º 1 — A prestação, pelos funcionários abrangidos pelo presente Regu-


lamento, de informações falsas ou erradas sobre infracções a disposi-
Deveres dos donos das obras ções legais e regulamentares relativas ao licenciamento municipal de
que tiverem conhecimento no exercício das suas funções constitui
1 — O titular da licença ou autorização administrativa, o técnico infracção disciplinar nos termos do RJUE e do Estatuto Disciplinar
responsável pela direcção técnica da obra ou qualquer pessoa que exe- dos Funcionários e Agentes da Administração Pública.
cute os trabalhos são obrigados a facultar aos funcionários municipais 2 — Constitui igualmente infracção disciplinar o incumprimento
incumbidos da actividade fiscalizadora, o acesso à obra e, bem assim, do disposto no artigo anterior.
a prestar-lhes todas as informações, incluindo a consulta de documen-
tação, que se prendam com o exercício das funções de fiscalização,
sendo responsáveis, solidariamente, para que estejam sempre paten- TÍTULO VI
tes no local da obra o projecto aprovado e o livro de obra.
2 — Qualquer indicação de correcção ou alteração deverá ser regis-
tada pelo funcionário municipal no livro de obra respectivo. Taxas
3 — Durante a execução de obras de urbanização, designadamente
no que toca à rede viária, abastecimento de água, saneamento e águas
pluviais, os seus executores (loteador e director técnico, solidaria- CAPÍTULO I
mente) deverão solicitar a presença dos serviços competentes da
Câmara Municipal, para que estes possam proceder à verificação dos Disposições gerais
materiais a aplicar e fiscalizar a sua aplicação antes da execução das
referidas obras. Artigo 117.º
4 — Os resultados da vistoria serão registados no livro de obra, e
assinados por todos os intervenientes. Tabela de taxas

Artigo 114.º As taxas a cobrar pela Câmara Municipal, no âmbito do presente


Regulamento encontram-se na tabela anexa.
Deveres da fiscalização municipal

1 — É dever geral dos funcionários e agentes adstritos à fiscaliza- Artigo 118.º


ção actuar com urbanidade em todas as intervenções de natureza fun-
cional, assim como nas suas relações com os munícipes e também Actualização
com perfeito conhecimento dos preceitos legais e regulamentares que
disciplinam a matéria que esteja em causa e permitam a sua interven- 1 — As taxas serão actualizadas, ordinária e anualmente, em fun-
ção. ção da variação homóloga dos índices de preços no consumidor publi-
2 — Os funcionários incumbidos da fiscalização das operações urba- cados pelo Instituto Nacional de Estatística, acumulados durante
nísticas encontram-se, ainda, sujeitos às seguintes obrigações, no 12 meses, contados de Novembro a Outubro, inclusive.
âmbito da sua actividade: 2 — Os valores resultantes da actualização efectuada nos termos
do número anterior serão arredondados, por excesso, para a dezena
a) Alertar os responsáveis pela obra das divergências, entre o pro- de cêntimo imediatamente superior.
jecto aprovado e os trabalhos executados, dando imediato conheci- 3 — A actualização nos termos dos números anteriores deverá ser
mento por escrito aos serviços respectivos; feita até ao dia 10 de Dezembro de cada ano, por deliberação da
b) Levantar participações/autos de notícia em face de infracções Câmara Municipal, afixada nos lugares públicos do costume até ao dia
constatadas, consignando de modo detalhado os factos verificados e 15 do mesmo mês, para vigorar a partir do ano seguinte.
as normas infringidas, com recurso, sempre que possível, a registo 4 — Independentemente da actualização ordinária, referida, poderá
fotográfico; a Câmara Municipal, sempre que o achar justificável propor à
c) Dar execução aos despachos do presidente da Câmara Municipal Assembleia Municipal a actualização extraordinária e ou alteração da
ou vereador com competência delegada sobre embargos de obras; tabela.
d) Anotar no livro de obra todas as diligências efectuadas no âm- 5 — As taxas da tabela que resultem de quantitativos fixados por
bito da sua competência, nomeadamente em situações de irregulari- disposição legal especial serão actualizadas de acordo com os coefi-
dades; cientes legalmente estabelecidos para as receitas do Estado.
5488-(306) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

Artigo 119.º Artigo 122.º

Liquidação Cobrança de taxas

1 — A liquidação das taxas da tabela será efectuada com base nos 1 — As taxas relativas aos processos das operações urbanísticas por
indicadores da tabela e nos elementos fornecidos pelos interessados, prestação de serviços deverão ser pagas na tesouraria da Câmara
que serão confirmados ou corrigidos pelos serviços municipais. Municipal, no próprio dia da liquidação ou de acordo com o referido
2 — Os valores obtidos serão arredondados, por excesso, para a na legislação em vigor, antes da prática ou verificação dos actos ou
dezena de cêntimo imediatamente superior. factos a que respeitam.
3 — A superfície a considerar para aplicação das taxas é a que 2 — Quando o pagamento seja efectuado com cheque sem provi-
resulta da definição de área total, dada pelo artigo 3.º do presente são, é considerado nulo e proceder-se-á em conformidade com a
Regulamento. legislação aplicável em vigor.
4 — Para as prorrogações do prazo de execução não há lugar à 3 — O alvará ou título a que respeita a taxa não paga ou paga com
cobrança de taxas afectas à superfície, seja qual for o estado de exe- cheque sem provisão considera-se entretanto nulo e o seu uso cons-
cução da obra. titui crime de falsificação de documentos, nos termos da legislação
5 — Na liquidação das taxas dos deferimentos tácitos o cálculo será aplicável em vigor.
efectuado com base nos mesmos indicadores referidos no n.º 1.
Artigo 123.º
Artigo 120.º
Taxas liquidadas e não pagas
Erro na liquidação
1 — As taxas relativas aos processos das operações urbanísticas
liquidadas a pedido do interessado e não pagas no próprio dia da liqui-
1 — Verificando-se que na liquidação das taxas se cometeram erros
dação serão debitadas ao tesoureiro para efeitos de cobrança coer-
ou omissões imputáveis aos serviços e dos quais tenha resultado pre-
civa.
juízo para o município, promover-se-á de imediato a liquidação adi-
2 — Para efeitos deste artigo, consideram-se liquidadas as taxas das
cional.
obras requeridas por particulares, iniciadas ou executadas sem alvará
2 — O contribuinte será notificado, por mandado presencial ou por
de licença ou autorização, quando o dono da obra as não pagar na
correio registado, para no prazo de 15 dias pagar a diferença, sob
tesouraria da Câmara Municipal dentro do prazo que, após o deferi-
pena de não o fazendo, se proceder à cobrança através do juízo das
mento do pedido, lhe seja fixado e notificado.
execuções fiscais.
3 — Incorrerá na prática de contra-ordenação, punível com a coima
3 — Da notificação deverão constar os fundamentos da liquidação
de 50 euros, quem não efectuar o pagamento, no próprio dia da liqui-
adicional, o montante e prazo de pagamento e ainda a advertência de
dação, na tesouraria da Câmara Municipal, das taxas com liquidação
que o não pagamento no prazo fixado implica a cobrança coerciva
eventual, nem devolver, nesse mesmo dia, ao serviço liquidador, o
através do competente serviço de execuções fiscais.
respectivo documento de cobrança.
4 — Não serão de fazer as liquidações adicionais de valor inferior
a 3 euros.
5 — Quando haja sido liquidada quantia superior à devida, de valor Artigo 124.º
superior à estabelecida no número anterior, e não tenham decorrido
cinco anos sobre o pagamento, deverão os serviços promover, oficio- Período de validade das licenças ou autorizações
samente e de imediato, a restituição ao interessado da importância
indevidamente paga, nos termos da legislação aplicável, em vigor. 1 — As licenças anuais caducam no último dia do ano para que foram
6 — As inexactidões ou falsidade de elementos fornecidos pelos concedidas, salvo se por lei ou regulamento, for estabelecido prazo
interessados para liquidação das taxas, que ocasionem a cobrança de certo para a respectiva revalidação, caso em que são válidas até ao
importâncias inferiores às efectivamente devidas, será punida com último dia desse prazo.
coima de montante igual a cinco vezes o valor da importância cobra- 2 — As licenças ou autorizações concedidas por período de tempo
da a menos, mas sempre com um valor de, pelo menos, 100 euros. certo caducam no último dia do prazo para que foram concedidas, que
deverá constar sempre no respectivo alvará.
Artigo 121.º
Artigo 125.º
Isenções
Renovação das licenças
1 — Estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente
Regulamento as seguintes entidades: As licenças renováveis consideram-se emitidas nas condições em
que foram concedidas as correspondentes licenças iniciais, pressupon-
a) As entidades referidas na Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto (Lei das do-se a inalterabilidade dos seus termos e condições, salvo indicação
Finanças Locais); expressa em contrário.
b) Outras pessoas colectivas de direito público ou utilidade pública
administrativa ou de direito privado às quais a lei confira tal isenção. Artigo 126.º

2 — A Câmara Municipal poderá ainda isentar do pagamento de Averbamento de licenças ou autorizações


taxas previstas no presente Regulamento, as seguintes entidades e
agregados familiares: 1 — Os pedidos de averbamento de licenças ou autorizações em
nome de outrem deverão ser instruídos com declarações, com assina-
a) As cooperativas, as associações religiosas, culturais, desportivas turas reconhecidas ou confirmados pelos serviços, dos respectivos
e ou recreativas, legalmente constituídas, pelas obras que se destinem, interessados.
directamente à realização dos seus fins; 2 — Presume-se que as pessoas singulares ou colectivas que tres-
b) As instituições particulares de solidariedade social, legalmente passem os seus estabelecimentos ou instalações ou cedam a respecti-
constituídas, pelas obras que se destinem directamente à realização va exploração, permitem o averbamento das licenças ou autorizações
dos seus fins; de que sejam titulares a favor das pessoas a quem transmitam os seus
c) Os partidos políticos e os sindicatos, pelas obras que se destinem direitos. Nestes casos os pedidos de averbamento devem ser instruí-
directamente à realização dos seus fins. dos com certidão ou fotocópia autêntica ou confirmados pelos servi-
ços, do respectivo contrato de trespasse, cessão ou cedência.
3 — As isenções referidas no número anterior serão concedidas
mediante requerimento dos interessados e apresentação de prova da Artigo 127.º
qualidade em que requerem e dos requisitos exigidos para a concessão
da isenção. Cessação de licenças ou autorizações
4 — As isenções previstas não autorizam os beneficiários a utilizar
meios susceptíveis de lesar o interesse municipal e não abrangem as A Câmara Municipal pode fazer cessar a todo o tempo, nos ter-
indemnizações por danos causados no património municipal. mos do Código do Procedimento Administrativo ou nos termos da
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(307)

respectiva legislação aplicável qualquer licença ou autorização que haja Ti — é um factor que depende do tipo de ocupação de cada lote, e
concedido, mediante notificação formal ao respectivo titular ou repre- toma os valores seguintes:
sentante, não havendo lugar a qualquer restituição de taxas.
Habitação unifamiliar com Si menor ou igual 125 m2 — 10;
Habitação unifamiliar com Si superior a 125 m2 e igual ou inferior
Artigo 128.º a 400 m2 — 15;
Habitação unifamiliar com Si superior a 400 m2 — 20;
Serviços ou obras executados pela Câmara Municipal Outros edifícios de habitação — 30;
em substituição dos proprietários Edifícios de comércio, escritórios ou serviços — 50;
Edifício misto (de comércio, escritórios ou serviços com habita-
1 — Quando os proprietários se recusem a executar, no prazo ção) — 45;
fixado, quaisquer serviços ou obras impostos pela Câmara Municipal Indústria — 45,
no uso das suas competências e seja esta a executá-los por conta Armazéns e outros afins — 10,
daqueles, o custo efectivo dos trabalhos será acrescido de 5% para Garagens e ou anexos de habitações, e caves, quando destinadas a
encargos de administração. garagens ou arrumos — 5.
2 — O custo dos trabalhos, executado nos termos do número ante-
rior, quando não pago voluntariamente no prazo de 20 dias a contar C — é o custo de construção (euros/m2) para o município, fixado
da notificação para o efeito, será cobrado judicialmente, servindo de anualmente por portaria ministerial;
título executivo, certidão passada pelos serviços competentes, compro- V — coeficiente que traduz a influência das áreas cedidas em excesso
vativa das despesas efectuadas. para zonas verdes e ou instalação de equipamentos, o qual terá os
3 — Ao custo total acresce o imposto sobre o valor acrescentado seguintes valores:
à taxa legal, quando devido.
Área superior até 1,25 vezes à calculada nos termos da Portaria
Artigo 129.º n.º 1136/2001 — 0,85;
Área superior a 1,25 vezes e até 1,50 vezes a referida na portaria
Contencioso fiscal acima — 0,70;
Área superior a 1,50 vezes a referida na portaria acima — 0,55.
1 — As reclamações dos interessados contra a liquidação e cobrança
de taxas e demais rendimentos gerados em relação fiscal indevida, são L — coeficiente ao qual se atribui um dos seguintes valores, con-
deduzidas perante a Câmara Municipal. soante a localização:
2 — A impugnações dos interessados contra a liquidação e cobrança
de tais taxas, e demais rendimentos gerados em relação fiscal são Espaço urbano de Sabrosa — 0,10;
deduzidas através de recurso para o Tribunal Tributário de 1.ª Instân- Espaço urbano da vila de São Martinho de Anta — 0,08;
cia. Outros espaços urbanos do município — 0,06.
3 — Do auto de transgressão por contravenções cometidas em
relação à liquidação e cobrança de taxas pode haver reclamação no In — coeficiente que traduz a influência do programa plurianual,
prazo de 10 dias para a Câmara Municipal, com recurso para o Tri- que representa o valor do orçamento em plano de actividades dos
bunal Tributário de 1.ª Instância. investimentos municipais na área sujeita a intervenção em causa e
4 — Compete ao Tribunal Tributário de 1.ª Instância a cobrança que toma o valor indicado na tabela aprovada anualmente pela
coerciva de dívidas ao município proveniente de taxas e licenças ou Câmara Municipal.
autorizações. At — área total do terreno objecto da operação urbanística.

Artigo 130.º 3 — Nas obras de edificação a taxa resultará da aplicação da


seguinte fórmula:
Transgressões
Σ (Si × Ti) × C × L
Constitui transgressão punível com a coima mínima de 60 euros e Tu = + In × At
máxima de 2500 euros, a prática de qualquer acto ou facto sujeito a 1000
licença e ou pagamento de taxa antes da sua prévia liquidação, sem
prejuízo da aplicação de outras medidas mais severas que estejam pre- em que:
vistas em legislação específica. Tu — é o valor da taxa, expresso em euros;
Si — expresso em metros quadrados, é a superfície total de pavi-
mentos para cada tipo de obras definido em Ti;
CAPÍTULO II Ti — é um factor que depende do tipo de ocupação de cada lote, e
toma os valores seguintes:
Realização, reforço e manutenção
Habitação unifamiliar com Si menor ou igual 125 m2 — 3;
de infra-estruturas urbanísticas e cedências Habitação unifamiliar com Si superior a 125 m2 e igual ou inferior
a 400 m2 — 6;
Artigo 131.º Habitação unifamiliar com Si superior a 400 m2 — 9;
Outros edifícios de habitação — 18;
Realização, reforço e manutenção Edifícios de comércio, escritórios ou serviços — 21;
de infra-estruturas urbanísticas Edifício misto (de comércio, escritórios ou serviços com habita-
ção) — média ponderada dos anteriores;
1 — A taxa pela realização, reforço e manutenção de infra-estru- Indústria — 21;
turas urbanísticas, é devida quer nas operações de loteamento quer em Armazéns e outros afins — 3;
obras de edificação e varia proporcionalmente ao investimento mu- Garagens e ou anexos de habitações, e caves, quando destinadas a
nicipal que a operação urbanística em causa implicou ou venha a garagens ou arrumos — 1.
implicar.
2 — Nas operações de loteamento a taxa resultará da aplicação da C — é o custo de construção (euros/m2) para o município, fixado
seguinte fórmula: anualmente por portaria ministerial;
L — coeficiente ao qual se atribui um dos seguintes valores, con-
Σ (Si × Ti) × C × V × L soante a localização:
Tu = + In × At
1000 Espaço urbano de Sabrosa — 0,10;
Espaço urbano da vila de São Martinho de Anta — 0,08;
em que: Outros espaços urbanos do município — 0,06;
Restantes espaços — 0,05.
Tu — é o valor da taxa, expresso em euros;
Si — expresso em metros quadrados, é a superfície total de pavi- In — coeficiente que traduz a influência do programa plurianual,
mentos para cada tipo de obras definido em Ti; que representa o valor do orçamento em plano de actividades dos
5488-(308) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

investimentos municipais na área sujeita a intervenção em causa e K1 — é um coeficiente ao qual se atribui um dos seguintes valores,
que toma o valor indicado na tabela aprovada anualmente pela consoante a localização:
Câmara Municipal. a) K = 0,20 para o espaço urbano de Sabrosa;
At — área total da operação urbanística (considerando a totalidade b) K = 0,15 para o espaço urbano da vila de São Martinho de Anta;
da parcela em áreas urbanas e urbanizáveis e a área mínima para cons- c) K = 0,08 para as outras zonas do município.
trução nos restantes espaços).
3 — A compensação urbanística, por interesse e de acordo mútuo,
4 — O custo das infra-estruturas exteriores ao loteamento mas que poderá ser paga através da cedência de terreno, lotes urbanos ou ou-
sejam necessárias por força deste e construídas pelo promotor, cal- tros imóveis, ou ainda pela realização de obras independentes do
culado pelos serviços municipais, a preços do momento do acto de loteamento.
licenciamento ou autorização administrativa, será descontado na taxa 4 — O pagamento desta taxa deverá ser efectuado antes ou na data
referida no n.º 2, até ao limite desta. da emissão do alvará de loteamento.
5 — Nas obras de edificação e no caso de reapreciação de processos
por intenção de indeferimento resultante da falta de infra-estruturas,
o custo das infra-estruturas a construir pelo promotor, calculado pelos TÍTULO VII
serviços municipais, a preços do momento do acto de licenciamento
ou autorização administrativa, será descontado na taxa referida no Disposições finais e transitórias
n.º 2, até ao limite desta.
6 — O pagamento desta taxa deverá ser efectuado antes ou na data Artigo 133.º
da emissão do alvará.
Dúvidas e omissões
Artigo 132.º
Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na interpretação e aplica-
Cedências ção do presente Regulamento, que não possam ser resolvidas pelo
recurso aos critérios legais de interpretação e integração de lacunas,
serão submetidas para decisão dos órgãos competentes, nos termos
1 — A compensação urbanística a pagar à Câmara Municipal des- do disposto na Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro.
tina-se a suprir a falta de cedências de parcelas para implantação de
espaços verdes públicos e equipamentos de utilização colectiva e as
infra-estruturas que, de acordo com a lei e a licença ou autorização Artigo 134.º
administrativa devam integrar o domínio público municipal.
2 — A compensação, em numerário, será liquidada de acordo com Revogações
a seguinte fórmula:
Com a entrada em vigor do presente Regulamento ficam revoga-
dos: o Regulamento Municipal de Obras e Loteamentos, a parte apli-
Cu = Ic × A × C × K1 cável da tabela de taxas e licenças e o mais das posturas e regulamen-
tos municipais, e deliberações ou normas internas que sobre a matéria
em que: disponham em sentido diferente.

Cu — é a compensação, em euros; Artigo 135.º


Ic — é o índice de construção da operação;
A — é a área de terreno a ceder, nos termos do PMOT ou, em Entrada em vigor
caso de omissão, a estabelecida pela Portaria n.º 1136/2001;
C — é o custo de construção (euros/m2) para o município, fixado O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publi-
anualmente por portaria ministerial; cação.

Tabela de taxas

Taxa
Código Designação
(euros)

1 Edificação:
1.1 Pedido de informação prévia .............................................................................................................................. 10,30
1.2 Autorização:
1.2.1 Taxas de apreciação dos projectos ..................................................................................................................... 25,70
1.2.2 Taxas de apreciação do aditamento ................................................................................................................... 25,70
1.3 Licenciamento:
1.3.1 Taxas de apreciação do projecto de arquitectura, por unidade de ocupação ..................................................... 10,30
1.3.2 Taxas de apreciação dos projectos de especialidade ........................................................................................... 15,40
1.3.3 Taxas de apreciação do aditamento ................................................................................................................... 25,70
1.4 Autorização e licenciamento:
1.4.1 Taxas pela emissão do alvará, a aplicar a todos os licenciamentos e autorizações incluindo os licenciamentos
parciais (após a apresentação da respectiva caução), em função do prazo de execução:
1.4.1.1 Por período até 15 dias ...................................................................................................................................... 12,30
1.4.1.2 Por períodos de 30 dias ou fracção .................................................................................................................... 20,50
1.4.2 Suplemento a acumular com o anterior:
1.4.2.1 Construção, ampliação, reconstrução, alteração, adaptação ou remodelação (por metro quadrado ou fracção),
excluindo as áreas referidas no ponto 1.4.2.2.1 e 1.4.2.2.2:
1.4.2.1.1 Habitação ............................................................................................................................................................ 1,10
1.4.2.1.2 Serviços, comércio retalhista, restauração e bebidas, empreendimentos turísticos e estabelecimentos de hos-
pedagem .......................................................................................................................................................... 1,10
1.4.2.1.3 Comércio grossista, indústria, oficinas e armazéns ............................................................................................ 0,60
1.4.2.1.4 Equipamento de utilização colectiva não integrados em empreendimentos turísticos ...................................... 0,50
1.4.2.2 Construção, ampliação, reconstrução, alteração, adaptação ou remodelação (por metro quadrado ou fracção) de:
1.4.2.2.1 Estacionamento automóvel coberto ................................................................................................................... 0,60
1.4.2.2.2 Anexos para arrumos domésticos, alpendres e alojamentos de animais ............................................................ 0,60
1.4.2.2.3 Instalações destinadas exclusivamente a uso agrícola ou pecuária ..................................................................... 0,50
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007 5488-(309)

Taxa
Código Designação
(euros)

1.4.2.3 Demolições (por metro quadrado ou fracção da área total de demolição) ........................................................ 0,40
1.4.3 Taxas especiais a acumular com as anteriores, quando aplicáveis:
1.4.3.1 Corpos salientes de construção, na parte projectada, sobre as vias ou lugares públicos (por metro quadrado
ou fracção e por piso) .................................................................................................................................... 50,00
1.4.3.2 Varandas, quando projectadas sobre as vias ou lugares públicos (por metro quadrado ou fracção, e por piso) 30,80
1.4.4 Prorrogação do prazo de execução (por cada mês ou fracção) ......................................................................... 30,80
1.5 Ocupação da via pública delimitada por resguardos ou tapumes (a) (b) (c):
1.5.1 Tapumes ou outros resguardos (por mês ou fracção):
1.5.1.1 Por piso do edifício por eles resguardado e por metro ou fracção, sem ocupação de terreno de domínio pú-
blico, incluindo cabeceiras ............................................................................................................................... 1,10
1.5.1.2 Por metro quadrado ou fracção da superfície da via ou terreno público (a acumular com o anterior) ............ 1,50
1.5.2 Andaimes, por andar ou pavimento a que correspondem (só a parte não defendida pelo tapume), por metro
quadrado ou fracção e por mês ou fracção ..................................................................................................... 1,50
1.5.3 Ocupação da via pública fora dos tapumes geral da obra, mas sempre com protecção ou resguardo eficaz para
a segurança dos utentes da via pública:
1.5.3.1 Caldeiras, betoneiras ou tubos de descarga de entulhos (por unidade e por cada mês ou fracção) .................... 5,70
1.5.3.2 Amassadouros, depósitos de entulho ou materiais e outras ocupações autorizadas para obras (por metro qua-
drado ou fracção e por cada mês ou fracção) ................................................................................................ 5,70
1.5.3.3 Guindastes, gruas, veículos pesados e semelhantes (por cada semana ou fracção) ............................................. 20,50
1.5.3.4 Veículo pesado para bombagem de betão pronto ou similar (por veículo e por dia ou fracção) ...................... 12,30
1.5.3.5 Ocupações que impliquem danificação de pavimentos, sem prejuízo da obrigatoriedade do pagamento da repo-
sição (por semana ou fracção) ........................................................................................................................ 12,30
1.6 Utilização de edificações:
1.6.1 Autorização de utilização de edifícios ou fracções, por m2:
1.6.1.1 Habitação ............................................................................................................................................................ 0,20
1.6.1.2 Comércio/serviços ............................................................................................................................................... 0,50
1.6.1.3 Restauração e bebidas .......................................................................................................................................... 1,00
1.6.1.4 Indústria e armazenagem .................................................................................................................................... 0,20
1.6.2 Vistorias, incluindo deslocações e remunerações de peritos e outras despesas:
1.6.2.1 Para autorizações de utilização (a acumular com a autorização de utilização):
1.6.2.1.1 Um fogo e seus anexos ou uma unidade de ocupação ........................................................................................ 33,90
1.6.2.1.2 Por cada fogo ou unidade de ocupação a mais ................................................................................................... 12,30
1.6.2.2 Para prorrogação do prazo de obras de reparação e beneficiação de execução obrigatória por notificação da
Câmara Municipal ........................................................................................................................................... 33,90
1.6.2.3 Para verificação das condições para o estabelecimento do regime de propriedade horizontal:
1.6.2.3.1 Por edifício até quatro fracções autónomas ....................................................................................................... 33,90
1.6.2.3.2 Por cada fracção acima de quatro ...................................................................................................................... 6,20
1.6.2.4 Outras vistorias ................................................................................................................................................... 33,90
1.6.3 Serviços diversos:
1.6.3.1 Marcação de alinhamentos e de cotas, para efeitos de construção (por cada edificação, vedação, etc.) ......... 17,00
1.6.3.2 Certidão para efeitos de propriedade horizontal:
1.6.3.2.1 Por fracção habitacional (por cada 30 metros quadrados ou fracção) ............................................................... 1,60
1.6.3.2.2 Por local de exercício de actividade comercial, industrial, profissão liberal, ou serviços (por cada 30 metros
quadrados ou fracção) ...................................................................................................................................... 2,80
1.6.3.2.3 Por cada local de aparcamento não incluído em fracção habitacional .............................................................. 2,80
1.6.3.3 Aditamentos ao regime de propriedade horizontal (por cada) ........................................................................... 17,00
1.6.3.3.1 Suplemento por cada alteração de fracção ou das partes comuns ..................................................................... 12,30
1.6.3.4 Numeração de prédios (por cada número de polícia fornecido) ........................................................................ 1,50
1.6.3.5 Reapreciação de processo de obras a pedido dos interessados:
1.6.3.5.1 Sem alterações ao projecto ................................................................................................................................ 28,20
1.6.3.5.2 Com alterações ao projecto ............................................................................................................................... 28,20
1.6.3.6 Elaboração de orçamento a que se refere o regime de arrendamento urbano ................................................... 28,20
1.6.3.7 Elaboração de orçamentos na sequência de imposição da execução de obras no exercício das faculdades con-
feridas por lei à Câmara Municipal:
1.6.3.7.1 Para obras que não exijam projecto nem cálculos de betão armado ................................................................. 28,20
1.6.3.7.2 Para obras com projecto, e de orçamento inferior ou igual a 2000 euros ........................................................ 113,00
1.6.3.7.3 Para obras com projecto, e de orçamento superior a 2000 euros ..................................................................... 226,00

2 Operações de loteamento:

2.1 Pedido de informação prévia .............................................................................................................................. 10,30


2.2 Certidão para destaque de uma parcela de terreno ............................................................................................. 28,20
2.3 Autorização:
2.3.1 Apreciação de projectos de loteamento ............................................................................................................. 25,00
2.4 Licenciamento:
2.4.1 Apreciação de projectos de loteamento ............................................................................................................. 25,70
2.4.2 Apreciação e tramitação do conjunto dos projectos de especialidades para obras de urbanização .................... 25,70
2.5 Autorização e licenciamento:
2.5.1 Emissão do alvará de loteamento:
2.5.1.1 Por cada processo de loteamento ....................................................................................................................... 141,20
2.5.1.2 Por cada lote (a acumular com o anterior) ........................................................................................................ 10,30
2.5.1.3 Por cada fogo ou unidade de ocupação (a acumular com os anteriores) ........................................................... 10,30
5488-(310) Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de Fevereiro de 2007

Taxa
Código Designação
(euros)

2.6 Publicação do aviso de emissão do alvará e anúncio do período de discussão pública:


2.6.1 Em jornal de âmbito local .................................................................................................................................. (d)
2.6.2 Em jornal de âmbito nacional ............................................................................................................................ (d)
2.7 Fornecimento de aviso de publicitação (por cada um) ...................................................................................... 10,30
2.8 Reapreciação de processo de loteamento a pedido dos interessados:
2.8.1 Sem alterações .................................................................................................................................................... 20,50
2.8.2 Com alterações ................................................................................................................................................... 20,50
2.9 Recepção das obras de urbanização:
2.9.1 Recepção provisória por tipo de obra de urbanização, incluindo deslocações e remunerações de peritos e
outras despesas (por cada 1000 m2 ou fracção) ............................................................................................. 51,40
2.9.2 Recepção provisória por cada tipo de obra de urbanização, incluindo deslocações de peritos e outras despesas
(por cada 1000 m2 ou fracção) ....................................................................................................................... 51,40

3 Trabalhos de remodelação de terrenos:


3.1 Pedido de informação prévia .............................................................................................................................. 10,30
3.2 Autorização:
3.2.1 Apreciação de projectos ..................................................................................................................................... 25,00
3.3 Licenciamento ....................................................................................................................................................
3.3.1 Apreciação de projectos ..................................................................................................................................... 25,70
3.4 Autorização e licenciamento:
3.4.1 Emissão do alvará:
3.4.1.1 Por metro quadrado de área ............................................................................................................................... 0,03
3.4.1.2 Por metro cúbico de terras movimentadas (a acumular com o anterior) .......................................................... 0,09
3.4.1.3 Por cada mês do prazo para a conclusão dos trabalhos (a acumular com os anteriores) .................................. 5,10

4 Licenças diversas:
4.1 Abertura de um furo para captação de água em terreno do domínio público .................................................... 164,30
4.2 Execução de rampeamento para criação de serventias (por cada ano) ............................................................. 16,40
4.3 Isenção de execução de lugares de estacionamento público obrigatório (por cada lugar) .................................. 256,80

5 Serviços diversos:
5.1 Fornecimento de aviso de publicitação de obras (por cada um) ........................................................................ 10,30
5.2 Fornecimento de livro de obras (por cada um) .................................................................................................. 8,20
5.3 Averbamento de nome de novo proprietário .................................................................................................... 28,20

(a) As licenças desta secção não podem terminar em data posterior à do termo da licença de obras a que respeitam.
(b) Os titulares das licenças são responsáveis pelos estragos ou prejuízos causados na via pública por motivo de ocupação, ficando obrigados, imediatamente após o
termo da licença de ocupação, a reparar os estragos e prejuízos causados.
(c) Os titulares das licenças desta secção são responsáveis pela sinalização adequada dos obstáculos que prejudiquem ou condicionem o tráfego normal, de forma a
evitar acidentes.
(d) Custo a suportar pelo requerente.

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DA GRACIOSA


Aviso n.º 3873-AI/2007

José Ramos de Aguiar, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, dando cumprimento ao que determina o artigo 275.º do
Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de Março, a seguir publica a listagem de todas as adjudicações de obras públicas efectuadas por esta Câmara Muni-
cipal no ano 2006.

Valor da
Tipo adjudicação Data da
Designação da empreitada Adjudicatário
de concurso sem IVA adjudicação
(euros)

Abastecim. de água do caminho da Igreja/Caminho Conc. público 198 900,00 Tecnovia Açores — Soc. de Emprei- 10-8-2006
das Courelas. tada, S. A.

Construção de zona balnear, desportiva e lazer — Conc. limitado 44 374,21 EDIFER — Construções Pires Coelho 12-9-2006
Instalações sanitárias públicas de apoio. & Fernandes, L.da

Construção do edifício do posto de transformação — Conc. limitado 21 632,92 Somague/Ediçor — Engenharia, S. A. 20-10-2006
Pavilhão desportivo de Santa Cruz da Graciosa.

16 de Janeiro de 2007. — O Presidente da Câmara, José Ramos de Aguiar.

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