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Índice - Artigos

Entendendo os sistemas
embarcados
Introdução
Ao contrário de um PC, que pode executar os mais diversos programas e alternar entre eles,
desempenhando as mais diversas funções, os sistemas embarcados são dispositivos
"invisíveis", que se fundem no nosso cotidiano, de forma que muitas vezes sequer percebemos
que eles estão lá. Eles são formados por fundamentalmente os mesmos componentes de um
PC: processador, memória, algum dispositivo de armazenamento, interfaces e assim por
diante. A principal diferença é que, ao contrário de um PC, eles se limitam a executar bem
uma única tarefa, de maneira contínua e, na maioria das vezes, sem travamentos e panes. Notícias Guias O que há
O fato de ser um sistema embarcado, não diz muito sobre o tamanho ou a importância do
sistema, pode ser desde um furby, até uma máquina com centenas de processadores,
destinada a criar previsões sobre mercados de captais, ou controlar o tráfego aéreo.
Basicamente, qualquer equipamento autônomo que não é um PC, Mac ou outro tipo de
Notícias
computador pessoal, acaba caindo nesta categoria.
Hoje
» Resumo do dia
» Microsoft afirma que jogos 3D são
'experimentos científicos'
» AMD: em breve, eficiência será m
que número de núcleos
» Internet ultrapassará os 2 bilhões
ainda este ano
» Dentro da sala limpa: fotos da pro
processadores
» Lançado Google Chrome 7 estável
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deixem o conselho do OpenOffice.or

Ontem
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» Resumo do dia
» Sobram menos de 5% dos endere
afirma NRO
» AMD demonstra Llano, APU basead
confirma lançamento para 2011
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usuários, e mais de 1200 jogos
» O desktop Linux está morto, mas
importa?

18/10
» Resumo do dia
» Publicado RC do Linux Mint 10
É graças aos sistemas embarcados que o Z80 (em suas inúmeras variações) é até hoje o » Governo da França subsidiará dow
processador mais produzido. Por ser um processador muito simples, de 8 bits, ele é músicas
incrivelmente barato e possui um baixíssimo consumo elétrico. Não seria possível incluir um » Novidades no Google Search Appl
Core Duo ou Athlon num controle remoto, por exemplo, mas um Z80 () cumpre bem a função. » Adobe anuncia Reader X: mais se
Lembra do game boy? Ele era justamente baseado num Z80, acompanhado de um controlador abertura de PDFs
de áudio externo e outros circuitos. Outro exemplo são os S1 Mp3 players, aqueles Mp3 players » Coreia do Sul tornará popular cone
genéricos em formato de pendrive, fabricados em massa pelos mais diversos fabricantes. em 2012
» Cápsula espacial caseira grava im
Outro processador muito usado é o Motorola 68000, o mesmo chip de 32 bits utilizado nos espaço
primeiros Macintoshs. Naturalmente, não estamos falando de exatamente o mesmo chip
introduzido em 1979, mas sim de versões "modernizadas" dele, que conservam o mesmo

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design básico, mas são produzidas usando tecnologia atual e operam a frequências mais altas.
Um exemplo é o chip DragonBall usado nos primeiros Palms, que incluía um processador Notícias do mês de Outubro d
68000, controlador de vídeo e outros componentes, tudo no mesmo wafer de silício.

Artigos Tutoriais
Dicas

Livros

Para dispositivos que precisam de mais processamento, temos as diversas famílias de


processadores ARM, chips RISC de 32 bits, produzidos por diversos fabricantes, que vão da Compre o seu. Lançado e
Samsung à Intel. Embora possuam um design bastante simples, se comparado ao
processadores x86, os chips ARM conservam um bom desempenho. Um Treo 650, por
exemplo, que é baseado num Intel Xscale de 312 MHz, consegue exibir vídeos em Divx com
resolução de 320x240 sem falhas, tarefa que mesmo um Pentium II 266 tem dificuldades para
realizar.

Usando um processador ARM e pelo menos 4 MB de memória, seu sistema embarcado pode
rodar Linux, o que abre grandes possibilidades em termos de softwares e ferramentas de
desenvolvimento. Adicionando um pouco mais de memória, é possível rodar o Windows Mobile
ou o Symbian.

Embora operem a frequências relativamente baixas se comparados aos processadores x86 (na
maioria dos casos apenas 300, 400 ou 500 MHz), os chips ARM são baratos e possuem um
baixo consumo elétrico, por isso são extremamente populares em celulares, PDAs, pontos de
acesso, modems ADSL, centrais telefônicas, sistemas de automatização em geral, video-games
(como o GameBoy Advance) e assim por diante. Cerca de 75% de todos os processadores de
32 bits usados em sistemas embarcados são processadores ARM.

Além da família ARM e Z80, existem inúmeras outras famílias de chips e controladores. Cada
uma conta com um conjunto próprio de ferramentas de desenvolvimento (SDK), que incluem
compiladores, debuggers, documentação e ferramentas úteis. Em alguns casos o SDK é
distribuído gratuitamente, mas em outras precisa ser comprado ou licenciado, o que encarece
o projeto.

Normalmente, você roda as ferramentas de desenvolvimento num PC e transfere o software


para o sistema que está desenvolvendo apenas nos estágios finais do desenvolvimento. Em
alguns casos isso é feito através da porta USB (ou de uma porta serial), mas em outros é
necessário gravar um chip de EPROM ou memória flash com a ajuda do gravador apropriado e
transferir o chip para o sistema embarcado para poder testar o software :).

Um bom exemplo de sistema embarcado é este MP4 player sobre o qual escrevi outro dia. Ele
utiliza apenas três chips, sendo um o controlador principal, outro um chip de memória flash
(usado para armazenamento) e o terceiro um sintonizador de rádio AM/FM, que poderia muito
bem ser retirado do projeto sem prejuízo para as demais funções do aparelho:

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Isto é possível por que o chip principal (um Sigmatel STMP3510) é um microcontrolador que
desempenha sozinho todas as funções do aparelho, incluindo controladores para as diversas
funções disponíveis e até mesmo uma pequena quantidade de memória RAM:

É este tipo de microcontrolador que permite que modems ADSL, MP3 players, celulares e
outros aparelhos que usamos no dia a dia sejam tão baratos em relação ao que custavam a
alguns anos atrás. Com menos chips, o custo cai proporcionalmente.

Existem no mercado os mais diversos tipos de microcontroladores, cada um com um conjunto


próprio de periféricos e funções. Ao invés de desenvolver e fabricar seus próprios chips, as
empresas passaram a cada vez mais utilizar componentes disponíveis no mercado, que são
fabricados em massa e vendidos a preços incrivelmente baixos. Para você ter uma idéia, o
STMP3510 custa apenas 6 dólares se comprado em quantidade. Microcontroladores mais
simples podem custar menos de 1 dólar, enquanto chips menores chegam a custar apenas
alguns centavos.

A maior parte do custo de um processador ou chip qualquer está em seu desenvolvimento.


Mesmo um microcontrolador relativamente simples pode consumir vários milhões para ser
desenvolvido. Entretanto, o custo de produção é relativamente baixo, de forma que os chips
mais vendidos acabam tendo o custo inicial amortizado e passam a ser cada vez mais baratos.

Muitos microcontroladores podem ser conectados a dispositivos analógicos, permitindo o uso


de sensores diversos. Isso permite a criação de dispositivos simples, que monitoram
temperatura, umidade, intensidade da luz, aceleração, campos magnéticos e assim por diante,
executando ações pré-definidas em caso de mudanças, como ligar o ar condicionado, abrir ou
fechar as persianas, ou mesmo disparar o air-bag do seu carro em caso de colisão.

Para aplicações onde um chip personalizado é essencial, existe ainda a opção de usar chips
programáveis, chamados de FPGAs (field-programmable gate arrays) ou, mais raramente, de
LCAs (logic-cell arrays). Como o nome sugere, eles são chips compostos por um enorme
número de chaves programáveis, que podem ser configurados para simular o comportamento
de qualquer outro circuito.

Um único FPGA pode simular não apenas um processador simples, mas também outros
circuitos de apoio, como o controlador de vídeo, interface serial e assim por diante. Os modelos
recentes incluem inclusive uma pequena quantidade de memória RAM e circuitos de apoio, de
forma que você pode ter um sistema completo usando apenas um chip FPGA previamente
programado, um chip de memória EPROM (ou memória flash) com o software, a placa de
circuito com as trilhas e conectores e uma bateria ou outra fonte de energia.

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Os FPGAs são naturalmente muito mais caros que chips produzidos em série, mas são uma
opção em situações onde são necessários apenas algumas centenas de unidades de um design
exclusivo. Imagine o caso do ramo da automação industrial, por exemplo.

Eles são também o caminho para projetos artesanais, que são a nova onda entre quem gosta
de eletrônica ou está cursando engenharia da computação. Um bom site dedicado ao assunto é
o http://www.fpga.ch/, que disponibiliza softwares, layouts de placas e até mesmo projetos
prontos, como este que reproduz uma máquina de arcade antiga, rodando Pac-Man ou Galaga:

Outro bom site é o http://www.fpga4fun.com, que inclui uma grande quantidade de


informações e alguns projetos de exemplo. Os componentes necessários para construir os
projetos podem ser comprados facilmente pela web, basta ter um cartão internacional ou uma
conta no PayPal.

Uma questão interessante nos sistemas embarcados é a memória flash. Com a queda no
preço, mesmo aparelhos que tradicionalmente usavam memória SRAM (muito mais cara) como
forma de armazenamento, como os palmtops e celulares, passaram a utilizar memória flash. O
problema é que a memória flash funciona apenas como espaço de armazenamento e não como
memória de trabalho. Numa analogia com um PC, a memória flash seria similar a um HD, que
serve para armazenar arquivos, mas que não elimina a necessidade de usar memória RAM.
Isso significa que mesmo dispositivos com grandes quantidades de memória flash ainda
precisam de uma cerca quantidade de memória RAM ou SRAM, seja incorporada ao próprio
microcontrolador, seja na forma de um chip separado.

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Nos primeiros Palms, por exemplo, tínhamos um chip de memória flash, que armazenava os
softwares e chips adicionais de memória SRAM, que serviam tanto como memória de trabalho,
quanto como espaço para armazenar dados e programas. A partir do Treo 650, todos os
programas e arquivos passaram a ser armazenados em memória flash (você pode remover a
bateria, sem medo de perder dados) e foi adicionado um chip de memória SRAM que serve
como memória de trabalho :). A grande questão é que memória SRAM é muito mais cara que
memória flash, de forma que vale mais a pena utilizar uma pequena quantidade de SRAM e
uma grande quantidade de memória flash, do que o oposto.

Temos ainda a questão do fornecimento elétrico. A maioria dos circuitos trabalham com tensão
de 5v ou 3.3v, mas é possível usar praticamente qualquer bateria ou fonte de energia, usando
fontes de alimentação ou os circuitos apropriados. Um resistor, acompanhado por um
regulador de tensão e um fusível é geralmente o suficiente para que ele possa ser ligado
diretamente numa bateria de carro, por exemplo. No caso de dispositivos ligados a um PC, é
possível utilizar diretamente a energia fornecida pela porta USB.

Também é possível utilizar placas solares ou outras fontes alternativas de energia, permitindo
a criação de sistemas embarcados capazes de operar de forma autônoma. Um exemplo são os
pontos de acesso repetidores usados por alguns provedores de acesso, que utilizam painéis
solares e baterias, de forma que podem ser instalados num poste ou no topo de um prédio
sem precisarem de qualquer cabeamento.

O uso de redes sem fio também abre algumas possibilidades interessantes na área publicitária.
Imagine o caso de letreiros eletrônicos ou telões publicitários. Se os anúncios pudessem ser
atualizados remotamente, a instalação seria muito mais simples, já que bastaria ligá-los na
eletricidade. Um sistema embarcado, contendo um transmissor wireless, memória e o software
adequado, poderia ser acessado remotamente e programado com os anúncios a exibir.

Enfim, embora os PCs normalmente roubem a cena, os sistemas embarcados são muito mais
numerosos e são responsáveis por toda a estrutura que utilizamos no dia a dia. Eles são
também uma das áreas mais promissoras dentro da área de tecnologia, já que um simples
FPGA pode ser programado para desempenhar praticamente qualquer função.

Por Carlos E. Morimoto. Revisado 2 de junho de 2009 às 19h26 1 comentário

Comentários

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