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DOMÉSTICO
TOMADA DE DECISÃO NOS CONSUMOS FAMILIARES
(CONSUMO DOMÉSTICO EM TEMPO DE CRISE)
2.Perspectiva histórica! 2
2.1.Desenvolvimento familiar no Ocidente! 2
3.Estruturas familiares! 5
3.1.Processo de recomposição familiar! 5
4.Conclusões ! 8
5.Bibliografia! 9
Tomada de Decisão nos Consumos Familiares! Políticas de Consumo Doméstico
A definição clássica de família por George Murdock é explicada da seguinte por, “A família
é um grupo social caracterizado por residência em comum, cooperação económica e
reprodução. Inclui adultos de ambos os sexos, dois dos quais, pelo menos, mantêm um
relação sexual aprovada, e uma ou mais crianças dos adultos que consistam em
relacionamento sexual, sejam dos próprios ou adoptadas” 1.
Quanto mais a família depender do Estado, mais independente fica a sua rede de parentes,
contudo vários estudos indicam também que os parentes fora do núcleo familiar continuam
a desempenhar um papel importante no seio da família e na prestação de serviços por
exemplo, a guarda temporária das crianças.
Podemos concluir que a família contemporânea é caracterizada por uma maior importância
e atributos ao indivíduo e em consequência uma diminuição da importância aos aspectos
comuns do grupo familiar. Este fenómeno contribui no aumento das pessoas solteiras,
1 MURDOCK, Geoge Peter - Social Struture. New York, The Freee Press, 1949, p.1
2 INE - Censos 2001: Resultados definitivos, 2002.
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homens e mulheres a viverem sozinhos, para o aumento da coabitação e para o aumento dos
divórcios.
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! 1.3. Teoria das Trocas Sociais
As motivações individuais são o meio para a compreensão dos fenómenos familiares, pois
estes respondem aos interesses pessoais dos próprios indivíduos no seu familiar. Os
investigadores 3 insistem na análise do comportamento dos indivíduos, porque esta assenta
em atitudes racionais dos mesmos.
As principais conclusões da Teoria das Trocas Sociais assentam então nas seguintes
afirmações:
2.Perspectiva histórica
2.1.Desenvolvimento familiar no Ocidente
A família tradicional do sec. XVIII (ainda pré-industrial) era caracterizada por um conceito
de unidade multifuncional que vivia mais centrada na comunidade e na rede parental. Era
também caracterizada por ser mais uma unidade de produção do que de consumo, procurava
também transmitir a cultura e os costumes às gerações vindouras.
O património, casas e terrenos eram um valor inestimável e de maior importância, que era
transmitido aos filhos honrando os pais com o prosseguindo o mesmo estilo de vida. Estas
familias dependiam sobretudo da agricultura de subsistência e os casamentos dos mais
jovens eram considerados contratos de honra entre as famílias, pois eram os pais que
decidiam o futuro matrimonial dos seus filhos.
Com a Industrialização já no sec. XVIX, a produção passou dos lares para a indústria.
Antigas funções acabaram e novas surgiram no seio familiar, como a educação ou a saúde
que passou a ser tarefas externas e por especialistas fora do agregado familiar. A produção
em massa de produtos industrializados despertou o interesse pelo consumo.
Nesta época as famílias nucleares, eram caracterizadas por serem constituídas por menos
indivíduos, e que a fonte de rendimento partia de um só, normalmente do homem. É
caracterizada ainda por não ter fortes ligações à rede familiar ou à própria comunidade.
Com o advento do automóvel desenvolveu-se maior mobilidade o que permitiu uma maior
adaptação à nova sociedade.
4 Modelo de comparação diz que as relações familiares recompostas são deficientes, comparadas com as relações das
famílias nucleares.
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DÉCADA DE 80: Grande quantidade de casais casados com filhos e famílias complexas
Nos anos 80, a taxa de nupcialidade era mais elevada, e a taxa de nascimento era mais baixa
fora do casamento, indiciando níveis baixos de coabitação, onde também a taxa de divórcios
apresentava-se mais modesta relativamente a outros países, nomeadamente da América do
Norte.
O impacto das tendências demográficas nas estruturas domésticas, através das comparações
feitas entre as estruturas familiares no Censo de 1960 e no Censo de 1991, revelou-se fraco.
Este período foi caracterizado por ter proporções baixas de pessoas sós e de famílias
monoparentais, existindo uma grande quantidade de casais casados com filhos e de famílias
complexas.
Recasamento e famílias recompostas foram no final desta década uma preocupação para
diversos cientistas sociais devido a complexidade das estruturas familiares.
DÉCADA DE 90: A diferenciação estrutural das famílias recompostas
No inicio dos anos 90 as estruturas familiares portuguesas eram essencialmente instituições
familiares tanto na sua forma formal como familiarista.
•Nesta década surgiu uma serie de novas tendências:
•A construção social do papel do padrasto
•O tempo necessário para a família de padrastos ou madrastas desenvolvida num sentimento
coeso de família, no sentido de proximidade emocional
•Relação entre madrastas e os enteados como sendo um problema de tdas as ralações entre
os membros destas famílias
•A variável género das crianças
Foi neste período que se dá um aumento de divórcios e também um aumento dos
nascimentos fora do casamento, assim como a melhoria das condições de vida dos
portugueses em geral. A evolução das estruturas domésticas ao longo da última década,
trouxeram transformações recentes de vida familiar na nossa sociedade, assim como as
estruturas de co-resistência.
As novas tendências estão basicamente assentes nas mutações existentes nos papéis
femininos e masculinos e também em novos valores familiares tais como, taxas mais
elevadas de divórcios e de recasamentos, subidas dos valores da coabitação, a descida de
fecundidade e o aumento de esperança de vida. Todos estes factores transformam e alteram
a estrutura familiar, reduzindo a sua dimensão e complexidade, estimulando novas formas
de vida ou vivência em casal.
O crescimento de famílias monoparentais e famílias recompostas é uma realidade. Para
além destes exemplos também existe um outro problema que é o aumento do nº de
indivíduos que durante o seu crescimento passam a viver sozinhos.
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3.Estruturas familiares
3.1.Processo de recomposição familiar
“O curso de vida familiar e transições tempo passado, presente e futuro urde a teia de
transições familiares”( Cristina Lobo).
As famílias recompostas são herdeiras de histórias passadas devido a alguns dos seus
elementos terem passado por várias transições familiares ou de pontos de transição da
família nuclear para a família monoparental (atendendo ao factor divórcio ou separação, até
ao momento da recomposição.
Algumas famílias recompostas orientam-se mais para o presente, tentando esquecer o
passado e não fazendo muitos planos de futuro 5. Outras podem integrar nas suas vidas
familiares, o passado, o presente e o futuro (Daly 1996).
A recomposição implica um ajuste rápido de todos os protagonistas a uma nova estrutura
familiar, mesmo que alguns não tenham escolhido tal situação (crianças e jovens).
5As orientações temporais de uma família podem expressar-se através de padrões de consumo, da relação com os amigos e
com os familiares (Daly, 2996:52).
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Para uma melhor compreensão das fazes do ciclo de vida das famílias e sobretudo para uma
análise de mercado, Tâmara Hareven e Martine Segalen propõe o seguinte quadro de ciclo
de vida familiar7 temporal:
6COOPER, Sheila M. - “Historial Analisys of Family”. IN: SUSSMAN, Marvin B.; STEINMETS, Suzanne K;
PETERSON, Gary W. (eds)- handbook of Mariage and The Family. Second Edition, london, Plenum Press,
1999.
7 SEGALEN, Martine - Sociologia da Familia. Lisboa, Terramar, 1999.
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VII.Grupo doméstico “pós-parental”, desde da saída do último filho até à reforma do pai.
VIII.Grupo doméstico em envelhecimento, após a reforma do pai.
Esta forma de análise tem relevância para o estudo de mercado porque as necessidades de
consumo familiar varia em termos de número e de idade dos seus membros.
Tipos de família:
Constituição familiar % da população
Caracterização familiar:
Tipo de familia % População
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4.Conclusões
Para descrever o consumo doméstico em tempos de crise é necessário saber que por norma a
experiencia de compra não é 100% racional. Em tempos de crise, existem consumidores que
não deixam de comprar determinados produtos, substituindo apenas as marcas, assim como
existem outros que alteram o comportamento de consumo.
Existem pessoas que economizam comprando produtos “COMODITIES” (não trazem valor
agregado ou emocional) passando a gastar mais em produtos que têm maior valor
emocional. Esta tendência está ligada ao consumo consciente, que não diz respeito apenas
aos interesses ecológicos, mas também ao posicionamento social.
Vivemos numa época em que os excessos são uma constante, originando os estímulos em
todos os sentidos, perturbando-nos de tal forma que passamos a adoptar um comportamento
“BLASE” termo utilizado pelo sociólogo George Simmel, que corresponde ao aspecto que
transportamos e vestimos como forma de nos proteger. Por estes motivos, seleccionamos
apenas o que nos interessa para que esses estímulos não nos tirem o tempo de vida que
ainda nos resta.
O “produto” novo, recente e actual é o caminho para a crise que vivemos actualmente.
Todos nós queremos produtos criativos, inteligentes, divertidos e diferentes de tudo o que já
conhecemos. Produtos inovadores são a procura actual da nossa sociedade, pois estamos a
viver o lado emocional (lado direito do cérebro). Já passamos pelo período da
industrialização e da informação, nos quais os mesmos atributos eram valorizados.
Paixão, emoção e relacionamento são novos factores que obrigam as grandes
transformações no comportamento do consumo em geral.
Os Portugueses têm um comportamento mais racional do que emocional.
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5.Bibliografia
JALAIS, J.; ORSONI, J.; FADY, A., “O Marketing da Distribuição”, 1987, Edições Zénite
MOWEN, John C.; MINOR, Michael S., “Comportamento do Consumidor”, 2003, São
Paulo, Prentice Hall
6.Netgrafia
h#p://economia-‐10d.blogspot.com/2009/11/consumo-‐das-‐familias-‐um-‐quarto-‐do.html
h#p://www.ine.pt
http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1403647