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Lei de Ohm
Olhe mais uma vez a Lei de Ohm, V=IR, do ponto de vista dos
materiais. Reescreva como uma lei que é válida para todos os
pontos dentro de um material, portanto substituímos
6.071 Semicondutores 1
Para introduzir semicondutores, é útil começar pela revisão dos condutores. Existem duas perspectivas
que podemos assumir ao explorarmos a condução,
Podemos pensar em dispositivos e, dessa forma, estaríamos interessados em propriedades de massa
(tensão, resistência, etc)
Ou
(2) Podemos pensar em materiais e, dessa forma, assumirmos uma visão microscópica em termos de
campo elétrico, densidade de corrente, etc.
Primeiro, observamos os materiais dos semicondutores, de forma que a segunda perspectiva é melhor.
Em seguida, introduziremos dispositivos compostos de semicondutores.
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escala log de
ρ ≡ resistividade (ohm cm) condutividade (S)
A ≡ área transversal Prata
cobre
l ≡ comprimento
grafite
R ≡ resistência da amostra
Germânio
silício
σ ≡ condutividade (mho/cm)
1 siemen (S) = 1 mho/m
borracha
vidro
teflon
6.071 Semicondutores 2
Estrutura de banda
permitida
proibida
preenchida
Bandas de semicondutor
energia metal isolante
6.071 Semicondutores 3
As propriedades de condução de um material puro podem ser diretamente relacionadas à estrutura dos
elétrons do material. Como você se lembra de suas aulas de química e física, a estrutura dos elétron é
composta de uma série de níveis de energia que os elétrons preenchem de forma sistemática.
Um metal tem uma banda parcialmente preenchida de níveis de energia, fornecendo, assim, liberdade
para que os elétrons se movam entre eles, movendo-se, dessa forma, através do material.
Um isolante tem uma banda completamente preenchida portanto um grande vão de energia antes da
próxima banda subjacente vazia mais baixa. Os elétrons podem se mover apenas se adquirirem a energia
necessária para saltar para esse conjunto de níveis vazios. Quanto maior for o espaçamento de energia,
mais difícil é conseguir isso e, conseqüentemente, melhor o isolante.
Os semicondutores têm bandas preenchidas, como um isolante, mas com um vão de banda relativamente
pequeno para os níveis não-preenchidos subjacentes mais baixos. Assim, alguns elétrons podem ter a
energia para fornecer mobilidade. É claro que a energia média de um elétron é uma função da temperatura
e, dessa forma, a condutividade é uma função da temperatura.
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Silício e semicondutores
6.071 Semicondutores 4
Primeiro, a condução é bastante baixa para silício puro. Não é zero, mas, acima de tudo, você pode pensar
no silício como uma gama de átomos ligados de forma bivalente.
Da mesma forma, o silício pode ser altamente purificado, de forma que quaisquer impurezas que sejam
intencionalmente colocadas no silício dominarão facilmente defeitos não-intencionais.
Finalmente, embora o silício sejam um condutor ruim, o dióxido de silício (vidro) é um isolante muito
bom.
Muitas das vantagens de se usar silício estão associadas ao processamento extremamente preciso que tem
sido projetado ao longo dos últimos 50 anos.
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para Si:
a 300ºK: ni = pi = 1,5 . 1016
σ = 4,4 . 10-4 S
6.071 Semicondutores 5
elétron
extra
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O poder real de se usar silício é superfíciedo de sua dopagem, adicionando pequenas quantidades de
outros elementos para mudar drasticamente a condutividade.
O silício tem quatro elétrons de valência externos e, assim, gostaria de participar de quatro ligações
covalentes. Dopando-se esses elementos que possuem mais ou menos elétrons de valência, os elétrons ou
lacunas extras (falta de elétrons) fornecem um portador para condução.
O fósforo, e outros elementos de grupo V, possuem cinco elétrons de condução e, assim, quando
adicionados dopados como impurezas ao silício, introduzem portadores de elétrons. Tais materiais são
chamados de tipo n, já que a maioria dos portadores são de carga negativa (um elétron).
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elétron
faltante lacuna
6.071 Semicondutores 7
O boro, e outros elementos do grupo III, possuem apenas 3 elétrons de valência e, dessa forma, quando
adicionados ao silício, introduzem portadores de lacunas (ausência de elétrons). Esses são chamados de
tipo P, já que o tipo de portador eficaz pode ter carga positiva.
É importante reconhecer que, embora as impurezas estejam adicionando portadores e, assim, variando
significativamente a condutividade do material composto, elas não estão mudando a carga. Os aditivos
são adicionados como neutros, e os materiais globais permanecem eletricamente neutros. É exatamente
dessa mesma forma que um bom condutor (digamos o cobre), também é neutro.
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silício dopado
níveis de doador
níveis de receptor
tipo n tipo p
semicondutor dopado
6.071 Semicondutores 8
Do ponto de vista da física de estado sólido, o efeito da dopagem é introduzir níveis de energia no vão de
banda entre a banda de valência preenchida de silício e a banda de condução de nível mais alto. Esses
níveis de doador e receptor reduzem de forma eficaz o vão de banda e tornam a condução mais fácil.
O termo doador é decorrente do fato de que nos, materiais do tipo N, cada átomo dopador doa um elétron.
De forma semelhante, o termo receptor existe porque, nos materiais do tipo P, cada átomo dopador aceita
um elétron (ou é uma lacuna).
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*A demonstração disso está além dessa classe, exigindo estatística de Boltzmann e física de estado sólido.
6.071 Semicondutores 9
Esse é um ponto pequeno, mas a mensagem a se lembrar é que, em semicondutores dopados, a ação
ocorre com o portador de impurezas.
Assim, no tipo N, os materiais dopados seguem os elétrons e, no tipo P, os materiais dopados seguem as
lacunas.
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6.071 Semicondutores 10
Materiais dopados terminam com a condutividade aproximada do grafite (bons condutores com a
condutividade aproximada de um resistor de baixo valor).
Mesmo em um material fortemente dopado, o aditivo ainda só está presente em níveis de partes por
milhão.
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Junção PN
6.071 Semicondutores 11
O interesse nos semicondutores é como eles se comportam quando você une dois ou mais deles. Um
condutor dopado é, por si só, apenas um resistor, e existem formas muito mais fáceis de se construir
resistores.
O dispositivo no canto superior esquerdo é uma junção PN (um material dopado P colocado próximo a
um material dopado N). Isso forma um diodo.
No canto inferior esquerdo, aparece a configuração de portadores, elétrons e lacunas que existiriam se os
dois materiais fossem colocados lado a lado, mas sem se tocar.
Quando uma junção PN é formada, as cargas e as lacunas que se encontram na interface se combinam e
eliminam. Isso introduz uma zona de depleção ao redor da junção, onde há uma falta líquida de
portadores. Mais uma vez, observe que, já que um elétron negativo se elimina com uma lacuna positiva,
então a estrutura líquida permanece neutra.
A eliminação de portadores libera um certo grau de energia, e isso pode ser usado para gerar fótons de luz
(como é o caso dos diodos emissores de luz – LEDs), e, alternativamente, a luz pode ser usada para criar
portadores, como é o caso de foto-diodos e foto-transistores. Estes serão introduzidos mais adiante.
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Junção PN
A eliminação de portadores de carga
através da junção leva a uma separação de
carga, q(x).
Isso, por sua vez, leva a um campo
elétrico, E(x).
zona de depleção
permitividade
ou
A ausência de portadores de carga na interface de uma junção PN significa que há uma separação de
carga através da junção (já que as impurezas não são, de forma alguma, afetados pela eliminação do
portador). A separação de carga introduz um campo elétrico através da junção, e isso é uma tensão.
Observe que, embora exista uma separação de carga, não há excesso de carga, e o dispositivo é
eletricamente neutro.
A área do campo elétrico (ou separação de carga) é chamada de zona de depleção, já que a eliminação de
portadores de carga resulta na área da junção onde não há portadores.
Para dispositivos de silício, a separação de carga resulta em uma tensão de 0,7V através da interface.
Essa é a origem da tensão necessária para ligar um diodo.
Para semicondutores à base de germânio, a separação de carga leva a uma pequena tensão de junção
(0,2V).
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A essência da ação de uma junção PN de polarização direta é que é possível injetar portadores
majoritários. Então, uma junção PN com uma tensão positiva através dela possui elétrons sendo injetados
na região N e lacunas a região P, então, contanto que a tensão através do dispositivo seja suficiente para
superar a tensão de junção, uma corrente irá fluir.
Quando uma junção PN tem polarização direta, a corrente de difusão é muito maior que a corrente de
portadores minoritários, que pode ser ignorada.
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6.071 Semicondutores 14
No caso de polarização reversa, a junção fica ainda mais carente de portadores, e a corrente importante é
a corrente de portadores minoritários (ou corrente de saturação reversa). Isso é pequeno em comparação
com a corrente direta no caso de polarização direta, mas deve ser lembrado para algumas aplicações.
A corrente de portadores minoritários não é influenciada pela tensão através da junção, e é simplesmente
uma propriedade do material. Para o silício ela é baixa, ao passo que para o germânio é de cerca de um
micro-ampère. Esse é o principal motivo por que o silício é mais comum em diodos e transistores.
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Retificador e diodo
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Aqui, fornecemos uma aproximação simples para a corrente em um diodo de silício. As mensagens
importantes são:
características do diodo
Propriedades:
Si ou Ge, determina a queda de tensão através do diodo e a corrente de
superfície.
Tensão reversa máxima, PRV (tensão reversa de pico) ou
PIV (tensão inversa de pico).
IF, para corrente direta máxima
Capacitância da junção, tempo de recuperação reversa.
A capacitância depende do tamanho e da geometria da junção, a capacitância
pode ser encarada paralelamente à junção.
Uma IF grande normalmente significa uma grande capacitância de junção: o
que acontece se você tentar usar esse diodo em altas freqüências?
6.071 Semicondutores 16
Para cada dispositivo existem características definidoras que a indústria considera útil ao descrevê-los.
Mesmo no caso de um dispositivo simples como um diodo, existem centenas de tipos que foram
especificamente projetados para:
Comutação
Retificação
Potência
Alta freqüência
Baixas perdas
Normalmente, ao escolher um diodo, você precisa saber as classificações máximas para tensão e corrente.
Além disso, os diodos possuem uma capacitância significativa, e isso deve ser incluído nos projetos de
alta freqüência.
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Manual do diodo
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Manual típica de um diodo multi-propósito. Retirada do site Fairchild, que é um lugar conveniente para se
encontrar folhas de dados.
Todas as folhas de dados começam mostrando as várias versões do dispositivo, em seguida fornecem as
classificações máximas seguidas das especificações e, talvez, configurações de teste.
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Manual do diodo
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caracterizando um diodo
Se um excesso de corrente for enviado através de um diodo, ele se torna
equivalente a um fusível queimado. Como testamos isso?
sonda positiva
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Se um ohímetro é suficiente para testar a função de um diodo, por que muitos multímetros possuem uma
circuito separada para diodos?
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fonte de
corrente voltímetro
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6.071 Semicondutores 21
Com a separação de carga através da junção de diodo, ele se assemelha a um capacitor com carga. Nós
vimos que, quando curto-circuitado, um capacitor com carga forneceu una fonte drástica de energia, o
diodo também o faz? Em outras palavras, se curto-circuita um diodo, há fluxo de corrente?
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desligado por
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6.071 Semicondutores 23
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Regulador de Tensão
saída
Um regulador de tensão simples.
ent
Supressão de ondulações
insatisfatória, exige um zener com alta
faixa de potência, e variações com
impedância de carga.
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emissor coletor
coletor
base
emissor
base
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coletor emissor
Com polarização direta no BJT, a junção base para emissor PN possui baixa
taxa de recombinação (a base é fina e levemente podada), portanto o elétron se
encaminha ao coletor, onde se torna novamente o portador majoritário.
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emissor
β~100
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6.071 Semicondutores 29
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tempo
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Entrada do Testador:
tempo
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6.071 Semicondutores 32
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Manual 2N2222 (1 de 3)
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Manual 2N2222 (2 de 3)
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Manual 2N2222 (3 de 3)
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Regulador de Tensão
Configuração de seguidor de
emissor.
Corrente de base é de apenas 1/β da
corrente de alimentação.
Filtro RC reduz ondulação.
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O curto-circuito dá a impressão de
que você dobrou a junção para
formar uma segunda junção. Cada
junção possui sua própria zona de
depleção e, conseqüentemente, há
uma diferença de tensão entre os
dois lados da estrutura.
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