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HISTORICO DA URBANIZAÇAO BRASILEIRA

Até a década de 1930 as migrações e o processo de urbanização se


organizavam predominantemente em escala regional, com as respectivas
metrópoles funcionando como pólos de atividades secundárias e terciárias. As
atividades econômicas, que impulsionavam a urbanização, desenvolviam-se de
forma independente e esparsa pelo território. A integração econômica entre
São Paulo(região cafeeira), Zona da Mata nordestina(cana-de-açúcar,cacau e
tabaco) , Meio-Norte(algodão, pecuária e extrativismo vegetal) e região
Sul(pecuária e policultura) era extremamente frágil. Com a modernização da
economia, as regiões Sul e Sudeste formaram um mercado único que ,
posteriormente, incorporou o Nordeste, mais tarde o Norte e o Centro-Oeste.

A partir da década de 30, a medida que a infra-estrutura de transportes e


telecomunicações se expandia pelo país, o mercado se unificou, mas a
tendência á concentração das atividades urbano-industriais na região sudeste
fez com que a atração populacional ultrapassasse a escala regional,
alcançando o país como um todo.

Foi neste período que se iniciou a industrialização e a instalação de ferrovias,


rodovias e novos portos integrando o território e o mercado, que se estruturou
uma rede urbana em escala nacional. Até então, o Brasil era formado por
“arquipélagos regionais” polarizados por suas metrópoles e capitais regionais –
ou seja, as redes urbanas estavam estruturadas apenas na escala regional.

Entre as décadas de 50 e 80, ocorreu intenso êxodo rural e migração inter-


regional, com forte aumento da população metropolitana no Sudeste, Nordeste
e Sul. Nesse período, o aspecto mais marcante da estruturação da rede urbana
brasileira foi a concentração progressiva e acentuada da população em
cidades que cresciam velozmente.

E na década de 70-80, o crescimento numérico da população urbana já


era maior que o da população total. O processo de urbanização conhece uma
aceleração e ganha novo patamar, consolidado na década seguinte.

O forte movimento de urbanização que se verifica a partir do fim da segunda


guerra mundial é contemporâneo de um forte crescimento demográfico,
resultado de uma natalidade elevada e de uma mortalidade em descenso,
cujas causas essências são os progressos sanitários, a melhoria relativa nos
padrões de vida e a própria urbanização.

Um marco, pois foi o movimento militar que criou as condições de uma rápida
integração do País a um movimento de internacionalização que aparecia como
irresistível, em escala mundial. A economia se desenvolve, seja para atender
a um mercado consumidor em célebre expansão, seja para responder a uma
demanda exterior. O País se torna grande exportador tanto de produtos
agrícolas não tradicionais ( soja cítricos) parcialmente beneficiados antes de
se dirigirem ao estrangeiro, quanto de produtos industrializados. A
modernização agrícola, aliás, atinge, também produções tradicionais como o
café, o cacau, o algodão; alcança produtos como o trigo, cujo volume
plantado e colhido se multiplica, implanta-se em muitos outros setores e se
beneficia da expansão da classe média e das novas equações d e um
consumo popular, intermitente, com o desenvolvimento da produção de frutas,
verdura e hortaliças. A população aumentada, a classe média ampliada, a
sedução dos pobres por um consumo diversificado e ajudado por sistemas
extensivos de crédito, servem como impulsão à expansão industrial.

Da década de 80 aos dias atuais, observa-se que o maior crescimento tende a


ocorrer nas metrópoles regionais e cidades médias, com predomino da
migração urbana-urbana – deslocamento de população das cidades pequenas
para as médias e retorno de oradores das cidades São Paulo e Rio de Janeiro
para as cidades médias, tanto dentro da região metropolitana quanto para
outras mais distantes, até outros estados.

No Brasil contemporâneo, a mobilidade das pessoas aumenta,


paralelamente a muitas outras formas de exacerbação do movimento, e como
resultado de uma divisão social do trabalho mais intensa. Eram 8,5% de
brasileiros ausentes de seu estado de nascimento em 1940, 10,3% em 1959,
18,25 em 1860, 31,6% em 1970, 38,9% em 1980. Mais da metade dos
brasileiros estariam vivendo, no fim do decênio, fora dos seus lugares de
origem.

A urbanização crescente é uma fatalidade neste País, ainda que essa


urbanização se dê com o aumento do desemprego, do subemprego e do
emprego mal pago e a presença de volantes nas cidades médias e nas
cidades pequenas. Este último é um dado ‘normal’ do novo mercado de
trabalho unificado, bóias-frias etc. não são recrutados por intermediários. Esse
mercado urbano unificado e segmentado leva a novo patamar a questão
salarial, tanto no campo como na cidade. O fato de que os volantes vivendo
na cidade sejam ativos na busca por melhores salários, constitui também dado
dinâmico na evolução do processo de urbanização,como no processo político
do País.
Alunos: Oton Carlos P. da Silva e Samuel da Rosa Bertasso

Turma 5831

Prof: Ronaldo Maia N° 32 e 38

URBANIZAÇÃO
BRASILEIRA

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