You are on page 1of 8

ALAVANCAGEM OPERACIONAL: EFETIVAS

CONTRIBUIÇÕES AO PROCESSO DECISÓRIO

Prof. Ivandi Silva Teixeira, MSc –Docente CSE/UFPA


Doutorando do Programa de Engenharia de Produção UFSC/EPS
Cx.Postal 5067-CEP:88.040-970-Fpólis/SC-Brasil-Fonefax (048)334-6375.E-mail:
irteixei@uol.com.br

Profa Regina Cleide Teixeira, MEng –Docente CSE/UFPA


Doutoranda do Programa de Engenharia de Produção UFSC/EPS
Cx.Postal 5067-CEP:88.040-970-Fpólis/SC-Brasil-Fonefax (048)334-6375.E-mail:
irteixei@uol.com.br.

Abstract

For managers, the production factors take a so strong importance when the goal is
to get a competitively in global market. However, they need tools able to quantify
subjective elements, which are included in an organisations productive cycle.

The leverage operational study comes to evidence this element because provide
bases at the management in order to quantify decision process parameters toward to the
competitively, when it deals with the relationship: Price- production volume-and variable
cost- fixes costs.

Área: Estratégia e Organizações


Sub-Area: Estratégia da produção

Key words: management, decision process, competitively, profits.

1- INTRODUÇÃO

Os recursos técnico específicos e característicos da Alavancagem (Leverege), no


momento em que são utilizados de forma eficaz, são capazes de orientar sobre a
potencialidade de uma entidade em utilizar aplicações financeira, (investimentos)
caracterizadas como ativas, a um custo fixo, com o propósito de propiciar a maximização
de retornos aos seus proprietários.

Contudo, um incremento na alavancagem propicia igualmente maiores graus de


incerteza dos retornos, ampliado sobremaneira às suas respectivas regiões. Ou seja, quanto
maior for o grau da alavancagem, maior será o risco, entendido na condição de grau de
incerteza quanto à capacidade da empresa cobrir os seus encargos fixos,.como também
maior deverá ser o retorno previsto. Portanto, é de fundamental importância que a gerência
tenha sempre em mente, a necessidade de avaliar a relação risco-retorno em um contexto
inflacionário/recessivo-imprevisível, como o de nosso país.
O presente estudo, sem a pretensão de esgotar o assunto, de tão grande ênfase no
cenário empresarial nacional, vem propiciar a discussão da aplicação da alavancagem
operacional no contexto das atividades de produção, em relação aos fatores de produção.
Destacando-se contudo, a necessidade de se desenvolver estudos sobre a demanda efetiva
do segmente e/ou da empresa, no momento em que, mediante a prática da alavancagem
operacional, se decida redimensionar a capacidade produtiva de uma organização,
comprometida que possa estar com a qualidade de seus produtos, diante de um mercado
cada vez mais globalizado e competitivo.

Em conformidade com o plano de contas das entidades pode ainda ser vista a
Alavancagem sob a ótica de avaliação do valor adicionado onde geralmente se enfatiza a
participação/remuneração do capital na estrutura de lucros da empresa. Até porque na
operação do 1o. segmento: Lucro operacional líquido, enfatiza-se a Alavancagem
Operacional, enquanto que através do 2o. segmento, operação do Lucro disponível a partir
do operacional líquido, destaca-se o componente não operacional do resultado e
conseqüentemente a Alavancagem Financeira, (objetivo de discussões futuras), sempre
que se buscar as variações percentuais, oriundas de incrementos nas variáveis controláveis
com custos fixos: preço unitário de venda, etc.

2- A ALAVANCAGEM OPERACIONAL

A Alavancagem operacional pode ser entendida como a capacidade de uma


empresa em utilizar-se de “variações” nos custos fixos para aumentar os efeitos da
variação em vendas sobre o Lucro operacional. Estes custos fixos não variam com o
volume da produção, e devem ser remunerados pelas receitas geradas, esta capacidade de
remunerar os custos fixos pode ser entendida em uma das configurações da MS “margem
de contribuição” ou “contribuição marginal”, (TEIXEIRA, 1993). Daí, fica então o
seguinte entendimento: pela alavancagem operacional, incrementam-se os custos fixos, que
por sua vez devem embutir um diferencial ao produto, capaz de elevar as receitas mediante
o acréscimo de preço (caso o mercado suporte) ou através da otimização do giro do
produto no mercado, sempre que a demanda suportar.

No momento em que se varia a estrutura dos fatores de produção de um


organização, devem-se fazer variar os elementos relacionais da produção. Portanto, antes
de se fazer um estudo mais detalhado sobre a Alavancagem Operacional em si, é
importante que se estabeleça uma relação mais íntima entre esta e o ponto de equilíbrio
operacional.

O ponto de equilíbrio operacional pode ser entendido na condição da relação custo-


volume-lucro, e intimamente relacionado com a Alavancagem Operacional, uma vez que
se estabelece de forma clara, o nível com que a empresa precisa manter as suas operações
de forma a cobrir os seus custos operacionais; lucratividade alcançada nestas condições em
conseqüência das variações percebidas nos níveis produção e vendas.

Desta forma, pode ser entendido que o ponto de equilíbrio (Break-Event-Point)


operacional estará sendo obtido sempre que o lucro operacional líquido for nulo, ou seja a
empresa esteja supostamente produzindo e vendendo a quantidade mínima pelo preço
máximo, cuja Receita Líquida seja suficiente tão somente para cobrir os custos
operacionais. Com esta percepção em mente, o ponto de equilíbrio operacional poderá ser
melhor entendido mediante a utilização de recursos algébricos, conforme se destaca:

2
Considerando:
n = volume de produção em unidade;
p = preço por unidade;
cf= custo operacional fixo;
cv= custo operacional variável;
lo= Lucro operacional líquido.
Por definição se destaca:
lo = ( p . n) - (cv . n)- cf

No ponto de equilíbrio, onde lo = 0, (nulo) . Obter-se-á a seguinte leitura:

"!   !   $  
#  = 0 Onde: 
% = 

E desta forma determina-se o volume de produção necessário para a obtenção de


receitas suficientes para remunerar os custos operacionais, ou seja: o volume de vendas no
ponto de equilíbrio:
  &'
=  # ( Eq.

Observe-se a utilização da terminologia preço por unidade e não preço de venda por
unidade, pois “preço” já deve traduzir o valor relativo à venda ao contrário de custo que
traduz aquisição (nota dos autores).

É oportuno observar-se nesta oportunidade, que não há lucro nem tampouco


prejuízo operacional, uma vez que todos os custos foram cobertos e não houve excedente.
Cabe contudo ressaltar que na hipótese de se reduzir o volume de vendas, não haveria a
capacidade de gerar os recurso necessários para cobrir os custos operacionais, acarretando
em prejuízo, enquanto que na premissa de se reduzir o volume de vendas, não haveria a
capacidade de gerar os recursos necessários para cobrir os custos operacionais, acarretando
em prejuízo, enquanto que na hipótese de se incrementar o volume de vendas, observar-se-
ia que os custos operacionais seriam devidamente cobertos, pelas receitas geradas,
verificando-se ainda um excedente, denominado lucro operacional.

Com a intenção de favorecer uma observação mais detalhada destas premissas,


partiu-se para a seguinte ilustração:

A empresa MEGASUL Ltda. Apresentou em um determinado período custos


operacionais fixos de R$ 200,00 e o preço por unidade ficou estabelecido em R$ 2,50; e o
seu custo operacional variável, por unidade em R$ 1,50.

A quantidade que deverá ser vendida para se atingir o ponto de equilíbrio será
determinada pela eq.1:

    
=  
=    

Ratificando este entendimento, pode ser observado o fato de que se a empresa


MEGASUL produzir e vender 200 unidades ou obter R$ 500,00 de receita bruta (R$2,50 x
200 unidades), o lucro operacional da empresa deverá ser nulo, até porque :
cf = custo operacional fixo.............................................R$ 200,00
3
cv = custo operacional variável (R$1,50 x 200 unid.)......R$ 300,00
custo operacional total............................................R$ 500,00
Com vistas a favorecer uma análise crítica e alargar o entendimento destes
conceitos, apresentam-se na seqüência do texto a abordagem gráfica do ponto de equilíbrio
operacional. Em função das características do estudo, cabe destacar o caráter linear que se
atribui aos elementos componentes da estrutura de custos de uma organização, muito
embora já esteja cristalizado no meio acadêmico, a necessidade de se trabalhar os
coeficientes angulares específicos à curvatura que os segmentos de retas possam
experimentar à medida que se distanciam do ponto de equilíbrio.
Nesta seqüência, poderá ser melhor percebido e identificada estas características
com o auxílio da tabela e respectivo gráfico.

Custo fix Custo v. Rvar / u Volume Receita Total Custo Total Lucro
200,00 1,50 2,50 0 - 200,00 (200,00)
50 125,00 275,00 (150,00)
100 250,00 350,00 (100,00)
Pto.Equil. 150 375,00 425,00 (50,00)
200 200 500,00 500,00 0,00
250 625,00 575,00 50,00
300 750,00 650,00 100,00
350 875,00 725,00 150,00
400 1.000,00 800,00 200,00

1.200,00 Empresa Megasul - Ponto de Equilíbrio operacional


Receita Total
1.000,00
Custo Total
Valores em (R$)

800,00
Lucro
600,00
400,00 LUCRO
200,00 PREJUÍZO
-
(200,00) 0 50 100 150 200 250 300 350 400
(400,00) Volume de Produção

Partindo-se dos eixos cartesianos X e Y, plotam-se os valores relativos aos


custos/receitas em valores monetários no eixos das ordenadas (y); e vendas expressas em
unidades no eixo das abcissas (x).
No valor correspondente ao custo fixo, (visto nas ordenadas) traça-se uma
horizontal; denominada custo operacional fixo. A seguir procura-se escalonar
proporcionalmente os valores nos respectivos eixos, cuja correspondência deverá ser
cruzada por linhas tracejadas que se cruzarão, identificando o ponto por onde passarão as
segmentos de retas correspondentes ao custo operacional variável, e Receitas de Vendas.
O custo operacional total, segundo TEIXEIRA(1993), deverá estar representado
por um segmento de reta com origem na intercessão do custo operacional fixo com o eixo
das ordenadas e rigorosamente paralelo ao custo operacional variável. Deve contudo, ficar
o entendimento de que todos os custos + despesas que compõem a receita de uma empresa
devem ser entendidos na condição de operacionais, até porque a razão e os objetivos
sociais de um organização são definidos em função de suas operações, e estas por sua vez,
deverão estar classificadas em “meio” e “fim”.
No gráfico supra apresentado devem ser destacadas as seguintes observações:
1- Custo operacional total = custo operacional fixo + custo operacional variável;
2- O segmento de reta que trata o custo operacional variável tem o seu início no ponto zero
(origem);
3- O segmento de reta que trata o custo total tem a sua origem no ponto ):200 já que, na
produção zero deve ser reconhecida a parcela do custo fixo de forma independente;
4- O ponto de intercessão entre o custo operacional total e a receita correspondente ao
ponto de equilíbrio. Onde as áreas delimitadas pelos segmentos de reta, estabelecem:
a - superior ) LUCRO
4
b - inferior ) PREJUÍZO
5- Estas notas são válidas para empresas tão somente com receitas variáveis (MARTINS,
1990 p.254).
Em função dos propósitos do estudo restringiu-se as conotações ao ponto de
equilíbrio operacional, e, não global, embora seja este idêntico quanto a forma. Neste
momento poder-se-ia observar claramente os efeitos das hipóteses supramencionadas, no
que diz respeito a variação no volume da produção e das vendas, quanto ao resultado
operacional líquido. No entanto, cabe se destacar tão somente algumas observações, com o
propósito de se fazer manter os objetos do estudo, quando se enfatiza as alterações na
estrutura dos custos operacionais fixos.
De acordo com a definição estabelecida em eq.1, o custo fixo, na condição de
numerador, influencia diretamente o resultado: o ponto de equilíbrio, na seguinte ordem:
quanto maior o custo fixo, maior será o ponto de equilíbrio, e vice-versa. Produzindo-se
estas alterações exclusivamente no custo fixo, e fazendo permanecer inalterado os demais
componentes da estrutura operacional de empresa MEGASUL, poderá se observar os
seguintes deslocamentos do ponto de equilíbrio operacional, no que diz respeito ao volume
de produção.
 
a- o custo fixo é incremento em 50% = ./ ++0./

 

b- o custo fixo é otimizado em 50% = * +,++-*

É oportuno salientar-se que o estudo do ponto de equilíbrio nesta abordagem com


fins de fazer ilustrar, se faz bastante simplificado. Abordagens mais aprofundadas quanto
a essência do ponto de equilíbrio podem ser melhor apreciadas sob o entendimento do
ponto de equilíbrio econômico; ponto de equilíbrio financeiro; e, ponto de equilíbrio
contábil (MARTINS,1991,p.232)
2.1-Particularidades das Alavancagem Operacional
Em sua abordagem pragmática, a alavancagem operacional pode ser expressa em
duas distintas forma:
• Pela relação entre a potencialidade de lucratividade obtida pela variação no volume de
produção, indicando o número de vezes que ocorreu a alavancagem. Obtida
algebricamente pela seguinte equação :

% de Variação no lucro
Alavancagem Operacional =
% de Variação no volume de produção
• Pela relação entre a potencialidade de lucro com base na margem de contribuição e esta
potencialidade deduzido a parcela de custos fixos, indicando o Grau de Alavancagem
Operacional produzido. Obtido pela seguinte equação:

n(p-v)
Grau de Alavancagem Operacional =
n(p-v)-f
2.2- Aplicação da Alavancagem Operacional
Aplicando-se as variações, conforme sugeridas anteriormente, se observará nas
tabelas e nos gráficos abaixo, o seguinte comportamento no grau de alavancagem e
respectiva alavancagem operacional, em relação à variação do custo fixo, mantendo-se
constante o nível de produção (nível de venda), o preço, bem como a estrutura de custos
variáveis:
5
a- Mantendo-se constante o preço e o custo variável, o ponto de equilíbrio se desloca na
mesma direção do custo fixo, ou seja: reduzindo-se o custo fixo, será necessário se
produzir menos para obter lucro zero. Aumentando-se o custo fixo, será necessário se
elevar o nível de produção para obter o lucro zero;
b-A alavancagem operacional em relação ao Lucro obtido, se dá na mesma proporção que
o incremento do custo fixo na forma como impactua com o volume de produção
necessário para obter-se lucro. Ou seja: a cada 1% de variação no volume de produção,
corresponderá uma variação de 1% sobre o resultado operacional;
c- O grau de alavancagem operacional é maior às proximidades dos ponto de equilíbrio, o
que leva o entendimento que os maiores impactos se verificam na oportunidade em que
se geram lucros a partir do ponto de equilíbrio operacional;
d- Na medida que os custos fixos são alavancados, aumenta-se o grau de alavancagem
operacional, como também elevam-se os volumes de produção necessários ao ponto de
equilíbrio operacional, de forma idêntica, acrescem os nível de produção necessários à
obtenção de maior lucratividade. Estas percepções se tornam claras analisando-se as
tabelas 1-2-3 e as respectivas representações gráficas:

Os efeitos da alavancagem operacional 1


Custo fix Custo v. Rvar / u Volume Receita Total Custo Total Lucro GAO
200,00 1,50 2,50 0 - 200,00 (200,00)
50 125,00 275,00 (150,00)
100 250,00 350,00 (100,00) (1,0)
Pto.Equil. 150 375,00 425,00 (50,00) (3,0)
200 200 500,00 500,00 0,00
250 625,00 575,00 50,00
300 750,00 650,00 100,00 3,0
350 875,00 725,00 150,00
400 1.000,00 800,00 200,00 2,0

1.200,00 Empresa Megasul - Ponto de Equilíbrio operacional-GAO

1.000,00 Receita Total


Valores em (R$)

800,00 Custo Total


600,00 Lucro
400,00 LUCRO
200,00
PREJUÍZO
-
(200,00) 0 50 100 150 200 250 300 350 400
(400,00) Volume de Produção

Produção em unidades 200 300 400


Receita bruta 500,00 750,00 1.000,00 Ao acrescer 50% no volume
Menos: Custos variáveis (300,00) (450,00) (600,00)
Menos: Custos fixos (200,00) (200,00) (200,00)
de produção, se potencializa
Lucro operacional 0,00 100,00 200,00 uma acréscimo de 100% no
lucro operacional.
Produção em unidades 200 150 100
Receita bruta 500,00 375,00 250,00 Ao se fazer reduzir em 33 % o
Menos: Custos variáveis (300,00) (225,00) (150,00) volume de produção, se
Menos: Custos fixos (200,00) (200,00) (200,00) potencializa uma redução em
Lucro operacional 0,00 (50,00) (100,00)
100% no lucro operacional.
A alavancagem operacional pode ser observada em função de incrementos na
atividade produtiva, onde se observa a relação direta das receitas em função do acréscimo
no volume de produção.

Deve ser observado o fato deste comportamento se fazer de maneira idêntica em


sua forma contrária, ou seja: se for propiciada uma redução no volume de produção, o
lucro tenderá a reduzir em forma idêntica, e vice-versa.
6
Cabe ressaltar que a parcela de custos variáveis realmente dá o tom à este
entendimento, uma vez que a declividade da curva representativa dos lucros encontra-se
relacionada com estes custos. Enquanto que, a parcela de custos fixos pode estar sendo
diluída ao longo da produção, ou seja: quanto maior o volume de produção em relação a
um determinado custo fixo, menor se fará esta parcela quando observado, pela apropriação
à cada unidade produzida.

Sabendo-se que estes custos fixos, independem da quantidade que se produz, cabe a
necessidade de se conhecer, qual a parcela de custos aceitáveis em um determinado
período, em função da demanda de uma empresa, conforme pode se observar nas tabelas e
respectivos gráfico abaixo:

Os efeitos da alavancagem operacional 2


Custo fix Custo v. Rvar / u Volume Receita Total Custo Total Lucro GAO
300,00 1,20 2,50 0 - 300,00 (300,00)
50 125,00 360,00 (235,00)
100 250,00 420,00 (170,00) (0,8)
Pto.Equil. 150 375,00 480,00 (105,00) (1,9)
231 200 500,00 540,00 (40,00)
250 625,00 600,00 25,00
300 750,00 660,00 90,00 4,3
350 875,00 720,00 155,00
400 1.000,00 780,00 220,00 2,1

Empresa Megasul - Ponto de Equilíbrio operacional: GAO


Receita Total
1.200,00
1.000,00 Custo Total
Valores em (R$)

800,00 Lucro
600,00
400,00 PREJUÍZO
200,00 LUCRO
-
(200,00) 0 50 100 150 200 250 300 350 400
(400,00) Volume de Produção

Produção em unidades 200 300


Ao se elevar os custos fixos 400
Receita bruta 500,00 750,00 1.000,00
Menos: Custos variáveis em 50% observa-se um
(240,00) (360,00) (480,00)
Menos: Custos fixos acréscimo de 20% no lucro
(300,00) (300,00) (300,00)
Lucro operacional (40,00) 90,00 220,00
operacional ao nível de 400
Produção em unidades 200 150 100 unidades.
Receita bruta 500,00 375,00 250,00 A Alavancagem potencializa
Menos: Custos variáveis (240,00) (180,00) (120,00)
maiores lucros à maiores
Menos: Custos fixos (300,00) (300,00) (300,00)
Lucro operacional (40,00) (105,00) (170,00) volumes, mas potencializa,
em forma inversa prejuízos
Conforme observado, o grau de alavancagem operacional se dá em função do nível
de nível de produção, em um entendimento voltado para o princípio da realização da
receita e confrontação com as despesas e períodos contábeis, capaz de gerar resultados.
Quanto mais próximo o nível de produção se encontrar do ponto de equilíbrio, tanto maior
será o grau de alavancagem.

O conceito de alavancagem, conforme apresentado mediante entendimento da sua


linearidade, determina que variações positivas e negativas em mesmos níveis, sempre
resultarão em idênticos graus de alavancagem, no momento em que se tenha como
referencial o ponto de equilíbrio operacional. Cabe ressaltar, da necessidade de se
perceber os elevados riscos aos quais um empresa pode se submeter em função de sua

7
alavancagem operacional, uma vez que incrementar níveis de produção nem sempre é
tarefa fácil. Até porque, todos os fatores externos relativos à clientes e mercados devem
ser bem trabalhados de forma a poder garantir qualquer retorno de investimentos futuros.

Portanto, o nível de demanda deve compor os estudos operacionais de uma empresa


que pretenda “alavancar” a sua atividade produtiva em busca de maiores remunerações
dos fatores de produção em um determinado nível de produção, o qual não deve extrapolar
as expectativa da empresa em nível de capacidade física instalada, e potencialidadade de
demanda.

3-Conclusão

A alavancagem operacional, conforme observado ao longo do estudo, aufere


sustentação técnica ao processo decisório. Contudo, é importante que a partir da análise da
alavancagem operacional, o gestor possa ter a sensibilidade de perceber o enorme risco
que passa a correr no momento em que obtém esta alavancagem pelo incremento dos
custos fixos, no momento em que seja imprescindível repassar estes custos aos preços.

Um entendimento útil à gestão se faz no momento em que se potencializa os custos


fixos, com vistas à um incremento na capacidade produtiva instalada com respaldo de uma
demanda que possa garantir os retornos indispensáveis à remuneração de toda a estrutura
de custos da organização. Contudo, a alavancagem não deve ser trabalhada em sua forma
isolada, uma vez que incrementar custos não significa otimizar produção, até porque em
mercados que apontam para a globalização, o que conta realmente, é o valor que o
consumidor possa perceber em um determinado produto.

Daí a necessidade maior de trabalhar os custos fixos, apontando para valores que
estes possam adicionar a uma ou mais atividades, de forma que estes valores uma vez
agregados aos produtos venham a se transformar em diferenciais, se não de preço, mas de
qualidade.

4- Bibliografia

BREALEY, Richard A YERS, Stewart C. Princípios de Finanças Empresariais. Lisboa:


Mcgraw-Hill de Portugal Ltda, 1992.
HORNGREN, Charles T. Introdução à Contabilidade Gerencial. Trad. José Ricardo
Brandão Azevedo. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1985.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.4a ed. São Paulo: Atlas, 1991.
OSTRENGA,Michael et al. Guia da Ernest & Young para gestão total dos custos; trad.
Nivaldo Montingelli Jr. Rio de Janeiro: Record, 1993.
SHANK, John K. et GOVINDARAJAN, Vijay. Gestão Estratégica de Custos; trad. Luis
Orlando Coutinho Lemos. Rio de Janeio: Campus, 1995.
TEIXEIRA, Ivandi Silva et TEIXEIRA, Regina Cleide. Custo da Qualidade: Um
Diferencial Estratégico. ENEGEP/SP. Piracicaba-07-10/out/1996
TEIXEIRA, Ivandi Silva. ABC-(Activity-Based Costing): Um Sistema de Custeio para a
Gestão da Qualidade e Produtividade em Regimes de Economia de Mercado. IV
Congresso Internacional de Custos/SP, out.1995
TEIXEIRA, Ivandi Silva.O Custeio Variável: Mecanismos para a Gestão da Produtividade.
Encontro Nordestino de Contabilidade. Olinda/PE. Outubro/1993.

You might also like